Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica para Implantação de Uma Indústria de Whey Protein Isolado
Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica para Implantação de Uma Indústria de Whey Protein Isolado
Estudo de Viabilidade Técnico-Econômica para Implantação de Uma Indústria de Whey Protein Isolado
LAÍS CORREIA
LUCAS DAS NEVES MATHEUS
RODRIGO BONELI LIDORIO
VERDI DE CESARO NETO
VICTOR BERTI TIMM
Tubarão
2019
LAÍS CORREIA
LUCAS DAS NEVES MATHEUS
RODRIGO BONELI LIDORIO
VERDI DE CESARO NETO
VICTOR BERTI TIMM
Tubarão
2019
Espaço reservado a folha de aprovação.
RESUMO
O presente trabalho, aqui apresentado como pré-requisito parcial para obtenção do título de
Engenheiro Químico, junto ao curso de Engenharia Química na Universidade do Sul de Santa
se trata da análise da viabilidade técnica e econômica para instalação de uma indústria de Whey
Protein Isolado, avaliando-se todos os conceitos e pontos chave na elaboração de um plano de
negócios pertinentes ao empreendimento. O estudo elenca, respectivamente na ordem aqui
descrita, a elaboração de uma estratégia de mercado e marketing para a venda do produto,
incluindo em sua análise a descrição do público alvo e dos concorrentes já estabelecidos. Logo
em seguida, é elencado a análise técnica do processo, aqui apresentada através das decisões e
tecnologias empregadas na indústria para produção desse suplemento. Após isso, é demonstrado
o sistema de gestão de qualidade, que analisa os melhores métodos e práticas para que a empresa
possa fornecer o melhor padrão de qualidade possível. Em sequência, são observados os
aspectos referentes a legislação ambiental e quais práticas serão utilizadas para que o
empreendimento não cause danos ao meio ambiente, de mesmo modo, também é observada a
gestão de segurança, e como a empresa se encaixa nas normas regulamentadoras fornecidas
pelo governo brasileiro. Por fim, é estruturada a parte financeira do projeto, onde os valores, os
custos e lucros são apresentados e a conclusão com parecer favorável a viabilidade do
empreendimento é confirmada.
This document, a partial requirement to obtain the Chemical’s Engineer degree at Universidade
do Sul de Santa Catarina (UNISUL), discusses the technical and economical viability to the
implementation of industry of Whey Protein, critically analyzing a plethora of concepts and key
points to create a Business Plan correlated to the process. This study presents, respectively, a
strategy plan to gather market and marketing techniques to promote the product, featuring the
target audience and competition already in function at the market. Following this, a more
technical analyzes is presented, including not only the engineering decisions but also the
technologies around the productive process. After that, the quality control of the business comes
to place, presenting the best methods and procedures to achieve maximum quality at the final
product. Next, the legal requirements to such project were covered, as far as legislation, and the
total impact the enterprise will cause at the environment. In the same manner, the aspects of
labor security were described, studying which rules are meaningful to Whey Protein productive
process. In the end, the financial part was expressed, calculating all the costs and money the
business will deal with, closing on the study and giving a favorable approach towards the
viability of the business.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE APÊNDICES
APÊNDICE A: Fluxograma de blocos Whey Protein ....................................................... 208
APÊNDICE B- Questionário Wolf Supplements ............................................................... 209
APÊNDICE C- Fluxogramas pertinentes ao processo ...................................................... 212
APÊNDICE D- Dimensionamento de equipamentos ........................................................ 215
APÊNDICE E- Condições de operação dos equipamentos ............................................... 220
APÊNDICE F - Católogo de equipamentos........................................................................ 232
APÊNDICE G - Ficha de controle de matéria-prima e insumos ..................................... 254
APÊNDICE H - Ficha técnica de produtos acabados ....................................................... 255
APÊNDICE I - Procedimento operacional padrão ........................................................... 256
APÊNDICE J - Planta baixa e layout da Wolf Supplements ............................................ 258
APÊNDICE K - ATAS das reuniões e planos de atividade ............................................... 260
LISTA DE ANEXOS
ANEXO A – Tabelas de dimensionamento de bomba ....................................................... 271
ANEXO B - Dados do soro de leite ..................................................................................... 275
ANEXO C- Dados para cálculo de trocas de calor ............................................................ 276
ANEXO D - TERMOS DE CESSÃO .................................................................................. 279
Sumário
1 INTRODUÇÃO GERAL DO PROJETO ......................................................................... 13
2 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICO ............................................................................ 15
2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 15
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 15
3 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO ................................................................................... 16
4 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 17
5 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E DE MARKETING ............................................ 19
5.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 20
5.1.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 20
5.1.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 20
5.2 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 20
5.3 IDENTIFICAÇÃO ESTRATÉGICA E DEFINIÇÃO DA TECNOLOGIA .............. 21
5.3.1 Logotipo ............................................................................................................. 21
5.3.2 Definição de negócio .......................................................................................... 21
5.3.3 Missão................................................................................................................. 22
5.3.4 Visão ................................................................................................................... 22
5.3.5 Valores ................................................................................................................ 22
5.3.6 Parceiros ............................................................................................................. 23
5.3.7 Definição da tecnologia empregada ................................................................... 24
5.3.8 Diagrama de blocos do processo ........................................................................ 24
5.4 LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA ........................................................................... 25
5.4.1 Micro localização ............................................................................................... 27
5.4.2 Macro localização ............................................................................................... 28
5.5 ESTUDO DO MERCADO, CONDIÇÕES DE COMERCIALIZAÇÃO E
MARKETING ...................................................................................................................... 28
5.5.1 Concorrentes ....................................................................................................... 32
5.6 POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO .................................................................... 44
5.6.1 Análise SWOT.................................................................................................... 45
5.6.2 Plano de ação ...................................................................................................... 48
5.6.3 Implantação da estratégia ................................................................................... 50
5.7 ESTRATÉGIAS COMPETIVAS E EMPRESARIAIS, CONTROLE E
RETROALIMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA .................................................................... 51
5.7.1 Estratégias competitivas ..................................................................................... 51
5.7.2 Estratégias de diferenciação ............................................................................... 52
5.7.3 Controle e retroalimentação da estratégia .......................................................... 53
5.7.4 CONCLUSÃO .................................................................................................... 56
6 ENGENHARIA BÁSICA ................................................................................................ 57
6.1 OBJETIVOS .............................................................................................................. 58
6.2 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 58
6.3 OBJETIVOS .............................................................................................................. 58
6.3.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 58
6.3.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 58
6.4 DESCRIÇÃO DO PROCESSO ................................................................................. 58
6.4.1 Whey Protein e características produtivas .......................................................... 59
6.4.2 Descrição de componentes do soro .................................................................... 62
6.4.3 Etapas do processo produtivo ............................................................................. 66
6.4.4 Descrição do processo produtivo........................................................................ 67
6.4.5 Fluxograma do processo produtivo .................................................................... 69
6.5 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO, MATERIAL DE CONSTRUÇÃO ........... 69
6.5.1 Modo de operação da unidade e turnos de produção.......................................... 70
6.5.2 Equipamentos, instrumentação e controle de processo ...................................... 71
6.6 BALANÇO DE MASSA POR EQUIPAMENTO E GLOBAL ................................ 73
6.7 BALANÇO DE ENERGIA ....................................................................................... 86
6.8 DIMENSIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS ................................................... 87
6.8.1 Equações para dimensionamento dos equipamentos .......................................... 87
6.9 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO E PCP ESTIMADO .................................. 92
6.9.1 Avaliação dos recursos ociosos da fábrica ......................................................... 93
6.9.2 Planejamento do chão de fábrica ........................................................................ 93
6.9.3 Acompanhamento do andamento da produção ................................................... 93
6.9.4 Análise da produção por recurso ........................................................................ 93
6.9.5 Previsão da demanda .......................................................................................... 93
6.9.6 Planejamento da capacidade de produção .......................................................... 94
6.9.7 Controle de produção.......................................................................................... 94
6.10 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 95
7 CONTROLE DE QUALIDADE ...................................................................................... 96
7.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 97
7.2 FERRAMENTAS DA QUALIDADE ....................................................................... 97
7.2.1 Brainstorming. .................................................................................................... 98
7.2.2 Matriz GUT......................................................................................................... 99
7.2.3 Diagrama de Causa e Efeito (Ishikawa). .......................................................... 100
7.2.4 5W2H. .............................................................................................................. 102
7.3 CONTROLE E GARANTIA DA QUALIDADE .................................................... 103
7.3.1 Uso de indicadores ........................................................................................... 103
7.3.2 Programa Boas Práticas de Fabricação (BPF) .................................................. 104
7.3.3 Etapas de controle e garantia da qualidade ....................................................... 109
7.3.4 Procedimentos de Higienização – Ciclo de Sinner. .......................................... 111
7.3.5 Legislação obrigatória e aplicada ..................................................................... 112
7.3.6 Controle de Qualidade - Manutenção ............................................................... 113
7.3.7 Automação, Instrumentação e Controle ........................................................... 114
7.4 GESTÃO DA QUALIDADE................................................................................... 114
7.4.1 5 S´s. ................................................................................................................. 115
7.4.2 Ciclo PDCA ...................................................................................................... 116
7.4.3 SEIS SIGMA .................................................................................................... 118
7.4.4 Certificações ..................................................................................................... 121
7.5 CONTROLE DE QUALIDADE – ANÁLISES FÍSICO QUÍMICAS .................... 122
7.6 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 123
8. ENGENHARIA AMBIENTAL ...................................................................................... 125
8.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 126
8.2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 127
8.2.1 Objetivos Gerais ............................................................................................... 127
8.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 127
8.3 LICENCIAMENTO AMBIENTAL ......................................................................... 127
8.4 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS................................................ 131
8.4.1 Gordura ............................................................................................................. 131
8.4.2 Lactose .............................................................................................................. 134
8.4.3 Resíduos proveniente de descartes de matérias do dia-a-dia ............................ 137
8.5 TRATAMENTO DO EFLUENTE SANITÁRIO .................................................... 138
8.5.1 Caixa de Gordura .............................................................................................. 139
8.5.2 Tanque séptico .................................................................................................. 140
8.5.3 Filtro anaeróbio ................................................................................................ 142
8.5.4 Sumidouro ........................................................................................................ 144
8.5.5 Estipulação final dos impactos ......................................................................... 146
8.6 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 148
9 ENGENHARIA DE SEGURANÇA .............................................................................. 150
9.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 151
9.2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 151
9.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 151
9.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 151
9.3 SOBRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS ................................................ 152
9.3.1 Disposições gerais ............................................................................................ 152
9.3.2 Inspeção prévia ................................................................................................. 153
9.3.3 Serviços especializados em segurança do trabalho e em medicina do trabalho
154
9.3.4 Comissão interna de prevenção de acidentes ................................................... 157
9.3.5 Equipamento de proteção individual – EPI ...................................................... 160
9.3.6 Ergonomia ........................................................................................................ 164
9.3.7 Mapa de risco.................................................................................................... 165
9.3.8 Mitigação de riscos ........................................................................................... 167
9.4 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 168
10 PRÉ VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA ................................................ 169
10.1 OBJETIVOS......................................................................................................... 170
10.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 170
10.1.2 Objetivos específicos ........................................................................................ 170
10.2 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 170
10.3 INVESTIMENTOS .............................................................................................. 171
10.3.1 Investimentos necessários ................................................................................ 171
10.3.2 Recursos do investimento ................................................................................. 174
10.3.3 Montante de recursos próprios ......................................................................... 174
10.3.4 Cronograma de Físico-Financeiro .................................................................... 175
10.3.5 Financiamento .................................................................................................. 175
10.4 ANÁLISE DE CUSTOS E PREÇOS DO PRODUTO ........................................ 178
10.4.1 Custos variáveis de produção ........................................................................... 178
10.4.2 Custos fixos ...................................................................................................... 180
10.4.3 Despesas ........................................................................................................... 180
10.4.4 Impostos sobre os produtos .............................................................................. 181
10.4.5 Preço de venda .................................................................................................. 182
10.4.6 Quadro de funcionários .................................................................................... 183
10.4.7 Depreciação ...................................................................................................... 184
10.5 ANÁLISE DE VIABILIDADE E RISCO DO PROJETO .................................. 184
10.5.1 Fluxo de Caixa .................................................................................................. 184
10.5.2 Demonstrativos do Resultado do Exercício (DRE) .......................................... 186
10.5.3 Taxa mínima de Atratividade (TMA) ............................................................... 187
10.5.4 Taxa Interna de Retorno (TIR) e Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM)
187
10.5.5 Payback Simples e Payback Descontado.......................................................... 188
10.5.6 Valor Presente Líquido (VPL) .......................................................................... 190
10.5.7 Ponto de Equilíbrio ........................................................................................... 191
10.5.8 Retorno Sobre o Investimento (ROI) ............................................................... 191
10.5.9 Custo Benefício ................................................................................................ 191
10.5.10 Sensibilidade a Fatores Externos .................................................................. 193
10.6 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 193
11 CONCLUSÃO GERAL ................................................................................................. 195
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 196
13
Nos últimos anos, observou-se uma crescente demanda de pessoas com interesse e busca
por uma vida mais saudável, evidenciando uma tendência do aumento da procura por alimentos
com propriedades funcionais. Segundo SGARBIERI, 2005 e HARAGUCHI et al., 2006, dentre
os mais recentes alimentos, encontram-se os suplementos nutricionais à base da proteína do
soro do leite bovino, mais conhecidos como Whey Protein, cujo efeito, segundo os autores,
ocorre através do estímulo à síntese proteica devido ao maior aporte de aminoácidos essenciais.
14
3 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO
Entidade Proponente
Nome: Engenharia Química/Universidade do Sul de Santa Catarina - EQM/ UNISUL
Responsável pelo Projeto: Prof. Esp. Diogo Quirino Buss.
Cargo: Prof. da Disciplina Planos de Negócio e Empreendedorismo da Graduação em Enge-
nharia Química/ UNISUL
Laís Corrêia
Acadêmico EQM/Unisul
Verdi de Cesaro Neto
Acadêmico EQM/Unisul
4 JUSTIFICATIVA
A crescente demanda de adeptos a atividade física em busca de uma vida mais saudável
revelou um aumento na procura de suplementos alimentares, sendo um mercado em expansão,
com baixo valor de matéria prima agregado na região sul catarinense devido ao grande número
de laticínios em operação.
Laís Correia
20
5.1 OBJETIVOS
5.2 INTRODUÇÃO
5.3.1 Logotipo
O nome da empresa surgiu pelo interesse dos sócios da empresa pela mitologia Romana,
no qual a loba Lupa Capitolina é símbolo de força, nutrição e amor para os gêmeos Remo e
Rômulo. Então, para a implantação do projeto verificou-se o nome escolhido no site do INPI
(Instituto Nacional da Propriedade Industrial) e analisou-se sua existência. Desse modo, o nome
da empresa a ser implantada se define como Wolf Supplements, no qual “Wolf” significa lobo
em português com a possibilidade de exportação e o slogan como “ Despertando seus instintos”
de modo a transmitir a mensagem de despertar sua força e motivação para maximizar seu bem
estar e autoestima, representada pela logomarca da Figura 1.
O valor agregado está relacionado com sua eficiência, ou seja, concentração de proteí-
nas. Apostando em uma rentabilidade maior e na saúde de seus consumidores a Wolf Supple-
ments focalizou seus investimentos no comércio pela região sul do Brasil até a expansão para
todo território nacional. A adequação dos custos de produção de suplementos devem ser con-
forme as normas de qualidade exigidas para o consumo humano.
22
5.3.3 Missão
5.3.4 Visão
5.3.5 Valores
Agir de forma justa no que diz respeito aos clientes e fornecedores, para um crescimento
mútuo;
5.3.6 Parceiros
5.3.6.1 Fornecedores
5.3.6.2 Clientes
importância para que a organização se torne competitiva no mercado com qualidade aprovada
pelo cliente.
O sistema de produção é a maneira pela qual a empresa produz seus produtos garan-
tindo sua eficiência e eficácia por meio de uma interdependência lógica entre todas
etapas do processo, desde da chegada da matéria prima até a estocagem.
.
Figura 2- Fluxograma de blocos do processo de produção Whey Protein Isolado
Os resíduos gerados pela Wolf Supplements serão destinados à venda, de modo a torná-
los subprodutos. Dentre eles estão a lactose e gordura utilizados como matéria-prima/insumos
especialmente nas indústrias de alimentos, farmacêutica e química para obtenção de inúmeros
produtos entre os quais o ácido lactobiônico, lactitol, β - galactosidases, lactulose, galactooli-
gossacarídeo, a lactosacarose, ácido láctico, polilactato e ainda etanol tratado e reaproveitado.
1
Disponível em: https://www.braçodonorte.sc.gov.br/cms/pagina/ver/codMapaItem/51721
2
Disponível em: https://www.google.com.br/maps/place/Bra%C3%A7o+do+Norte+-+SC/@-28.1580802,-
49.2922876,10z/data=!4m5!3m4!1s0x95211a8e2cbc691d:0x3e26a06fba30eb47!8m2!3d-28.2303185!4d-
49.1423666.
27
3
Disponível em https://www.google.com.br/maps/place/BR-475,+Bra%C3%A7o+do+Norte+-+SC,+88750-
000/@-28.3292996,-
49.5934111,9z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x94e018d41f830f0b:0x89b0b8ca311015ed!8m2!3d-
28.3304446!4d-49.0329502
28
4
Disponível em https://www.google.com.br/maps/place/Bra%C3%A7o+do+Norte+-+SC/@-28.249987,-
49.3115034,11z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x95211a8e2cbc691d:0x3e26a06fba30eb47!8m2!3d-
28.2303185!4d-49.1423666.
29
da empresa, como fatores que geram oportunidades, ameaças externas, perfil dos clientes e
consumidores.
Uma pesquisa feita pelo IBGE para o ano de 2013, de aproximadamente 146.748.000
brasileiros, quantidade equivalente à população entre 14 e 75 anos, coletou informações sobre
práticas esportivas e atividades físicas relativas a 2013. Ao todo, foram realizadas 8.902 entre-
vistas, dos quais 54,1 % praticam exercícios físicos e/ou esportes e 49,1% são considerados
sedentários em todo território brasileiro, sendo maior percentual de sedentários dentre 65 a 74
anos.
Por meio da aplicação de um questionário qualitativo, o qual não representa o todo por
questões de amostragem brasileira (em Apêndice B), realizado através de uma plataforma vir-
tual chamada Survio, com 100 pessoas das regiões de Tubarão, Braço do Norte, Garopaba,
Imbituba, Laguna, Jaguaruna e Criciúma apresentou os seguintes resultados:
(a)
31
(b)
(c)
Observou-se 82% praticam exercícios físicos, cerca de 90% conhecem ou ouvem falar
do Whey Protein e 80% têm curiosidade e/ou têm alguma dúvida.
O perfil dos clientes e consumidores está entre os praticantes de exercícios físicos, não
praticantes, intolerantes a lactose de ambos os sexos com a faixa etária entre 15 e 65 anos, como
também pessoas buscando aprimoramento de receitas. A empresa busca atender e conquistar
um novo nicho de mercado, incluindo as pessoas que ainda não conhecem o produto ou pos-
suem dúvidas quanto a sua indicação de uso.
32
5.5.1 Concorrentes
Uma das mais importantes ameaças externas é a concorrência, deste modo analisou-se
os principais concorrentes internacionais e nacionais, bem como sua localização e histórico.
O Whey Protein isolado VP2 da AST contém a única proteína do soro do leite 100%
isolada e 100% hidrolisada. Isso facilita a absorção e principalmente a utilização desta proteína
pelo corpo. Desta forma, com esta qualidade que com certeza é um grande diferencial em sua
composição.
Sua sede corporativa Ciência esportiva AST está localizada em 120 Capital Drive
Golden, Colorado, EUA e possui lojas em vários outros países além de lojas virtuais.
Optimum Nutrition
5
Disponível em: https://ast-ss.com/about-ast-sports-science/around-the-world/.
33
A Optimum Nutrition, Inc. (ON) faz parte da Glanbia , um grupo internacional líder em
queijos e ingredientes nutricionais. A ON possui e opera duas marcas premium de nutrição
esportiva, a Optimum Nutrition e a American Body Building (ABB). Juntas, essas marcas pro-
porcionam adultos ativos em todo o mundo com uma linha abrangente de produtos em pó, em
barra, em tablet, cápsula e prontos para beber.
Myprotein
Uma das líderes em nutrição esportiva da Europa, com uma linha de produtos de alta
qualidade como proteínas em pó, vitaminas e minerais, alimentos ricos em proteína, snacks
saudáveis e moda fitness.Fundada em 2004, a Myprotein é hoje a marca número 1 da Europa.
Operamos da nossa matriz em Manchester, Reino Unido, com presença em mais de 70 países e
uma equipe ainda mais diversa, desde profissionais até atletas e influenciadores digitais.
6
Disponível em: https://www.optimumnutrition.com/en-us/about-us.
7
Disponível em: https://www.myprotein.com.br/about-us.list.
34
Nutrata Suplementos
Nutrihealth Suplementos
8
Disponível em https://www.gsuplementos.com.br/.
9
Disponível em: https://nutrata.com.br/.
10
Disponível em: Disponível em http://www.nutrihealthsuplementos.com.br/.
35
Integral Médica
Atlhetica Nutrition
11
Disponível em: https://www.integralmedica.com.br/.
36
Max Titanium
Desde 2006, o Supley Laboratório, tem a consolidação da sua marca, Max Titanium,
comprovada pelos resultados dos seus produtos na otimização do desempenho e na melhoria da
performance dos nossos consumidores, sejam eles atletas profissionais ou praticantes de ativi-
dades físicas, bem como, na melhoria da qualidade de vida de cada indivíduo. Seu laboratório
se encontra em Matão/ SP.
12
Disponível em http://www.atlheticanutrition.com/.
13
Disponível em http://maxtitanium.com.br/.
37
Probiótica
Body Action
A Bodyaction Sports Nutrition é uma marca do grupo Rainha que há 38 anos atua no
mercado de nutrição esportiva. Referência no segmento de suplementação, nosso objetivo é
promover saúde e qualidade de vida para todos os praticantes de esportes, seja musculação,
crossfit, ciclismo, entre tantos outros. Localizada em Sumaré/SP e também conta com loja vir-
tual.
14
Disponível em http://www.probiotica.com.br/.
15
Disponível em: https://bodyaction.com.br/.
38
5.5.2. Marketing
Segundo VIDIGAL (2007, p.2), “o marketing é uma palavra em inglês derivada de Mar-
ket, que significa mercado. É utilizada para expressar a ação voltada para o mercado”. Uma
série de estratégias, técnicas e práticas que tem o principal objetivo de agregar valor às deter-
minadas marcas ou produtos a fim de atribuir uma maior importância das mesmas para um
determinado público-alvo, os consumidores.
É a ferramenta mais poderosa empregada pelas organizações em uma luta eterna pelo
crescimento e sobrevivência. O objetivo do Marketing é entender tão bem o cliente que ele se
torne cliente de uma empresa para sempre. “Apenas fazer um bom produto não resulta em su-
cesso para a empresa. O produto precisa ser antes comercializado para consumidores de modo
que seu pleno valor seja percebido” (FTRELL, p.36, 2003).
Composto de
marketing
Venda Promoções
Propaganda Publicidade
pessoal de venda
Fonte: FUTRELL, Charles. Vendas: fundamentos e novas práticas de gestão. São Paulo: Saraiva, 2003.
39
5.5.1.3 Produto
As embalagens contarão com a cor vibrante laranja em contraste com branco, utilizados
no ramo de saúde e esportes a fim de transmitir força e limpeza. A linha de produto será distri-
buída em potes recicláveis/ reutilizáveis de 1 kg, em embalagens com tipo saco laminados de
900 g e a linha Premium com pote recicláveis/ reutilizáveis de 1,5 kg contendo kit de 3 sabores,
cada sachê com 20 gramas de saborizantes.
A fabricação será dividida inicialmente em 30% pote Premium de 1,5 kg contendo kit
de 3 sabores, 40% potes de 1kg, subdivididos em 4 sabores e 30% refis de 900g também sub-
divididos em 4 sabores.
Os sabores disponíveis para potes e refis são: chocolate, baunilha, morango e original.
E os sachês também serão comercializados de forma unitária, nos mesmos sabores: morango,
baunilha e chocolate. Haverá o modo de uso nos produtos indicando o recomendado, ou seja,
terá um Scoopy para porção de Whey e outro mini-Scoopy para o saborizante.
A satisfação do cliente vem em primeiro lugar, para isso a Wolf Supplements mediante
o seu desenvolvimento há grandes possibilidades de exportação e expansão de linhas de produ-
tos e sabores, bem como concentrados, complemento, barrinhas, bebidas e outros alimentos
proteicos para abranger desde crianças até idosos.
5.5.1.4 Preço
A empresa visa um valor que traga lucros a empresa e incentive o consumidor a realizar
a compra. O preço é determinado pelos fatores de posicionamento, objetivos da empresa, novos
produtos e flexibilização.
A Wolf Supplements trabalhará com preços diferenciados, ou seja, preço para compra
varejo, atacado, forma de pagamento e contará com condições de crédito.
43
5.5.1.5 Praça
O Whey Protein Isolado fabricado pela empresa Wolf Supplements será distribuído
inicialmente na região sul de Santa Catarina e posteriormente em todo o mercado nacional.
Contará com uma localização estratégica e privilegiada de fácil acesso a BR-101, que será fun-
damental para a chegada da matéria prima na empresa.
Para atingir suas metas e objetivos contará com vendas diretas através de revendedores
com informações técnicas e nutricionais, vendedores de porta em porta, catálogo, e loja virtual;
vendas indiretas, como varejo e atacado.
O atendimento com o cliente será realizado via telefone, plataforma no site e via redes
sociais. Para adquirir o Market share pretende-se utilizar 5% do faturamento em investimento
para o marketing, divulgação e também parcerias com outras empresas nomeadas no mercado
de médio porte a fim da estabilização da empresa.
5.5.1.6 Promoção
Assim, por meio do preço justo, levando o conhecimento e esclarecendo dúvidas quanto
ao uso do produto e a linha de consumo existente de 100 pessoas conseguiremos ganhar cerca
de 90 delas. Fato bastante interessante que aliada a estratégia de diferenciação e de controle
resultará em números positivos ao longo do tempo, sendo possível assim a expansão de linhas
de produtos bem como expansão da unidade fabril.
A análise SWOT é uma ferramenta de gestão muito utilizada por empresas como parte
do planejamento estratégico dos negócios objetivando relacionar pontos fortes e fra-
cos internos da empresa com oportunidades e ameaças externas do mercado e da con-
corrência.
Desse modo aplicou-se a análise SWOT, uma das ferramentas mais importantes para
compreender a organização em seus ambientes de atuação. Os empresários da Wolf Supple-
ments realizaram o levantamento dos pontos do ambiente interno, caracterizado pelas forças e
fraquezas pelo qual a empresa age diretamente e pontos do ambiente externo, caracterizado
pelas oportunidades e fraquezas no qual os pontos impactam todas as organizações do ramo.
46
Otimização do processo
Controle de qualidade
Ampla distribuição
Parcerias estratégicas
E quanto aos fatores negativos, fraquezas que se caracterizam-se pela posição empresa-
rial estrategicamente desfavorável para um desempenho eficaz, relativamente a um ou mais
fatores-chave de sucesso.
Fonte:Autores, 2019.
Consumo diversificado
Crescimento e-commerce
AMEAÇAS
Economia instável
Novas tecnologias
Existem fatores que são fundamentais para atrair clientes, a marca do produto precisa
49
transmitir confiança e eficiência para atender suas necessidades especificas. Atualmente as pes-
soas gostam de marcas fortes e as exibem. Uma marca forte deixa o produto mais desejado e
ajuda no lançamento de outros. A marca pode valer mais que as coisas materiais de uma em-
presa, mas, para isso, é necessário que ela tenha uma boa identificação com o público alvo.
A Wolf Supplements inicialmente trabalhará com apenas uma linha de produto, Whey
Protein Isolado afim de obter maior eficiência e sucesso no mercado já que este é o produto
mais indicado pelos nutricionistas em geral pelo seu alto teor de proteína, baixíssimo teor de
gorduras e carboidratos sendo prescritos para intolerantes a lactose, glúten, pessoas adeptas a
dietas restritas e até mesmo para receitas para um público mais comum.
Assim contaremos com a estratégia de marketing atuando nos pontos cruciais da dife-
renciação do produto oferecido pela Wolf Supplements e futuramente existe a possibilidade de
expansão de linhas, como barrinhas proteicas, lanches e bebidas proteicas, complemento ali-
mentar e outros suplementos.
A experiência com o processo por parte dos sócios da empresa é um tanto desafiadora,
50
Outro fator importante, é o custo de produção batelada que inicialmente será elevado,
mas conforme a produção o custo será diluído e assim controlável.
Segundo PORTER (p.36, 2004), ele descreve estratégia competitiva como “ações ofen-
sivas ou defensivas para criar uma posição defensável em uma indústria.” As estratégias de uma
empresa podem ser produto de um processo consciente e planejado ou estarem colocadas de
forma implícita, mas internalizadas na cultura da empresa e de seus dirigentes.
Existem dois grandes grupos de estratégias empresariais: estratégias de crescimento,
geralmente visam ao longo prazo, objetivando maior penetração de mercado, desenvolvimento
de mercado, de produto, criação de conglomerados diversificados etc. E estratégias competiti-
vas, utilizadas pelas empresas para enfrentar as cinco forças competitivas e dar sustentação às
estratégias de crescimento.
As estratégias de crescimento da empresa Wolf Supplements foram abordadas com o
composto de marketing e a seguir é apresentado a estratégia competitiva que será utilizada pela
empresa, a estratégia de diferenciação.
52
A vantagem competitiva de diferenciação pode ser atingida por uma empresa, através
das seguintes formas: desenvolvimento dos fatores de diferenciação e criação de valor para os
compradores.
Nesse contexto, a Wolf Supplements inova com um produto diferenciado pela qualidade
e eficácia do produto, que além da linha básica de Whey Protein Isolado encontrada no mercado
nas versões Pote 1kg e Refil 900g, nos sabores morango, chocolate, baunilha e original oferece
também a Linha Premium Pote 1,5kg contendo um kit de sabores separado a fim de diversificar
seu uso, como também a venda dos sabores isolados para facilitar o consumo de todo o produto
conforme os desejos dos clientes.
mercado que são as pessoas que não necessariamente praticam exercícios físicos, mas estão em
busca de uma vida saudável.
Desse modo, a empresa toma como foco o desenvolvimento de técnicas e formas de
transmissão do conhecimento e apresentação do Whey Protein Isolado desde da matéria prima
até o produto final, suas indicações e recomendações de uso. Dentre essas técnicas, está incluído
a publicação de conteúdos e dicas online via site, anúncios YouTube, e vídeos no Facebook e
Instagram, livros sobre receitas, com opções de doces, sobremesas, almoço, lanches e festas
numa versão mais nutritiva e benéfica a saúde contando com o apoio de nutricionistas e profis-
sionais da educação física.
Esta estratégia é composta pelo mapa estratégico, onde relaciona objetivos e perspec-
tivas; objetivo estratégico, o que deseja ser alcançado; indicadores, medidas de acompanha-
mento da empresa; meta, relacionado ao nível de desempenho e planos de ação, práticas ne-
cessárias para que se alcancem os objetivos estratégicos organizacionais.
54
5.7.4 CONCLUSÃO
A atual palavra que define negócio é competitividade. Assim com todo estudo do capí-
tulo constatou-se a extrema importância do gerenciamento estratégico e marketing para a per-
manência e sucesso no mercado.
Portanto, acredita-se que com um eficaz gerenciamento das estratégias utilizadas pela
empresa e um marketing inteligente é possível prever e alterar o destino da organização, atin-
gindo os objetivos, corrigindo planos e direcionando a empresa para lucratividade desejada.
57
6 ENGENHARIA BÁSICA
6.1 OBJETIVOS
6.2 INTRODUÇÃO
6.3 OBJETIVOS
O Whey Protein, nome genérico dado ao agregado de proteínas do soro do leite, é obtido
através do tratamento do soro tido como resíduo após a fabricação do queijo. As proteínas pre-
sentes no soro de interesse para a fabricação do suplemento alimentar são a β-lactoglobulina(β-
Lg), α-lactalbumina(α-La), albumina do soro bovino (BSA) e Imunoglobulinas(Ig). Outras pro-
teínas também estão presentes no soro, porém em menor proporção, estas são a lactoferrina,
lisozima e peptídeos derivados da Caseína (Adaptado, Boschi, 2006).
O soro que a Wolf Supplements utilizará como matéria prima será obtido de laticínios
da região sul catarinense, os quais tem um alto volume desse efluente gerado pela fabricação
do queijo.
Quanto ao soro ele pode ser de caráter doce ou ácido, sendo derivado dos diferentes
processos de coagulação do queijo. O soro doce provém da coagulação enzimática do leite, pela
adição da enzima renina, a qual age como coagulante da caseína presente no leite, possuindo
um pH médio de 6,5, sendo um soro resultante da produção de queijos como o Cheddar ou
Emmental. Já o soro ácido, possui um pH médio de 4,5, provindo da coagulação ácida do leite,
para produção de queijos como o Camembert ou Petit Suisse. A Tabela 22 indica a composição
do leite bovino para os dois tipos de soro (Adaptado, Boschi, 2006 apud Cayot e Lorient, 1997).
Assim o soro a ser utilizado como matéria prima é resultado de um processo de coagu-
lação do leite na fabricação de diferentes tipos de queijo e possui em sua composição sólida o
60
objeto de separação para o produto final da Wolf Supplements que são as proteínas. O processo
produtivo resumidamente pode ser descrito como a separação das proteínas dos outros compo-
nentes do teor sólido do soro resultante da fabricação do queijo, bem como sua concentração e
transformação em um produto final sólido e seco.
Vale ressaltar que as proteínas do soro são as únicas usadas em sua forma nativa em
aplicações alimentícias, devido à baixa força iônica, o que as torna solúveis em larga faixa de
pH, segundo Silva e Van Denter (2005), sendo consideradas de alta qualidade nutricional com
propriedades funcionais segundo Antunes (2003).
De acordo com Boschi (2006) apud Frigon et al. (2009) o soro possui uma elevada carga
orgânica em que a DBO varia entre 30 e 50 g/L e a DQO varia entre 50 e 70 g/L. Sendo que
esses paramentos em adição ao teor de sólidos suspensos, nitrogênio total, fósforo e Coliformes
termotolerantes devem seguir a resolução CONAMA N°430/2011, seção II art. 16 para seu
lançamento.
62
Fonte: www.rcsb.org/structure/1BEB
Fonte: http://www.wikiwand.com/gl/Alfa-lactoalbumina
O BSA é uma proteína globular de grandes dimensões (69 mil Da), com um bom perfil
de aminoácidos essenciais. Está presente no soro em teores de 0,1 a 0,4g/L. Consiste
em cadeias polipeptídicas simples, contendo cerca de 582 aminoácidos com dezessete
ligações dissulfidicas intramoleculares e um grupo tiol livre no resíduo 34. A BSA é
uma proteína transportadora de ácidos graxos, insolúveis no sistema circulatório,
sendo que a ligação com ácidos graxos insolúveis no sistema circulatório estabiliza a
molécula contra desnaturação.
Fonte: https://www.uniprot.org/uniprot/P02769
Quatro das cinco classes de Imunoglobulinas – IgG, IgA, IgM e IgE – ocorrem no
leite bovino em pequenas quantidades, embora a concentração seja alta no colostro.
O leite bovino contém de 0,6 a 1,0 g/L de imunoglobulinas e a IgG é o tipo principal,
pois corresponde a 80% do conteúdo total de imunoglobulinas. Elas são oriundas do
soro sanguíneo. A principal função de Ig no leite é provocar a imunidade passiva do
recém-nascido. O papel funcional do leite e produtos básicos é desconhecido, embora
representem, aproximadamente, 10% do nitrogênio total das proteínas do soro.
Fonte: https://swissmodel.expasy.org/repository/uniprot/G5E6M1?csm=45E3C5C7C2240351
66
As etapas do processo produtivo podem ser listadas na seguinte sequência, desde a che-
gada do soro a fábrica até o empacotamento e estocagem do produto final: primeiro é feita a
descarga do soro em tanques de armazenamento, nos quais o soro irá ficar até quando se iniciar
o processo produtivo em batelada, em sequência no início do processo de batelada é feita a
pasteurização do soro, para posterior transporte a operação de microfiltração com uma sequen-
cial ultrafiltração acompanhada de diafiltração, sendo o retentado encaminhado para o spray
dryer onde será feita a secagem do pó e então encaminhado para o misturador onde será feito o
acréscimo dos aditivos químicos e posterior análise química para confirmar a confiabilidade e
teor de componentes do produto final, por fim ele será empacotado e estocado até a venda.
Secagem: O concentrado proteico será seco por meio de spray drying no qual as partí-
culas entrarão numa espécie de soro cremoso e sairão na forma final, secas no formato de pó.
Mistura: Com o concentrado proteico já sólido será adicionado à formulação, por meio
de um misturador de copos, substancias adoçantes, emulsificantes e aromatizantes, para confe-
rir sabor e facilidade de posterior dissolução em líquido na hora do consumo.
Análise química e física: Será feito por fim a análise das características químicas e
físicas do produto para reconhecimento da conformidade com o permitido por lei e desejado
pela empresa. Estando o produto dentro de todas as conformidades necessárias, seguirá para
empacotamento e estocagem.
Optou-se por trabalhar em processo batelada e não contínuo, pois o processo contínuo
envolve alta taxa de produção, assim gerando um custo mais alto, bem como a necessidade de
uma grande demanda de mercado. Já o processo de batelada pode ser realizado para produzir a
quantidade desejada sem excessos de produção ou risco de falta de matéria prima.
Inicialmente o soro em estado líquido chegará à empresa por caminhões e será armaze-
nado em tanques de armazenagem da ordem de 30.000L cada, pretende-se iniciar com 2 tanques
e futuramente aumentar o número de tanques conforme a necessidade.
Assim no início do processo de batelada o soro é transportado, por meio de uma bomba
centrífuga, dos tanques de armazenamento até um tanque com aquecimento por resistência para
o tratamento prévio contra microorganismos e bactérias que possam estar presentes no soro
após sua armazenagem e transporte do laticínio fornecedor.
O resfriamento será feito em um segundo tanque com transporte por nível. O tanque
possuirá uma serpentina interna, na qual circulará água a temperatura ambiente para o resfria-
mento do soro pasteurizado.
Quanto as proteínas presentes no soro, esta tem sua faixa de desnaturação em torno dos
72°C, porém devido ao baixo tempo de exposição a temperatura elevada acaba por não ocorrer
sua desnaturação, diferente do que se fosse escolhido uma pasteurização lenta, que leva em
torno de 30 minutos, neste caso ocorreria a indesejada desnaturação proteica.
Os resíduos retidos da microfiltração são em sua maior parte gorduras, estas serão re-
movidas na lavagem do equipamento e armazenadas em um tanque para posterior venda.
A solução permeada no ultrafiltrador conterá em sua maioria lactose, caseína, ácido lá-
tico e sais mineiras, essa solução após lavagem do equipamento será encaminhada para um
tanque de armazenamento o qual servirá como reservatório até a venda da mesma.
69
Por fim será encaminhada uma amostra de cada batelada para análise química do pro-
duto pelo setor de controle de qualidade, o qual contará com análises feitas pela própria empresa
e terceirizadas. Estando todas as características de acordo com o produto desejado este será
empacotado e estocado até sua comercialização.
de produtos alimentícios. Assim todos os equipamentos, maquinário, bem como a estrutura fa-
bril será montada tendo como base as normas necessárias para esse ramo de atividade.
Alguns detalhes normativos são que todas as paredes devem possuir ou pintura Epoxi
sem cantos vivos ou ser feita em azulejo. Bem como todos os tanques devem ser feitos em aço
inox polido. As válvulas e conexões devem ser todas sanitizadas. Toda a estocagem de matéria
prima sólida e produto final devem ser feita em cima de estrados, sem contato direto com o
piso.
Quanto à água utilizada no procedimento para diafiltração, ela será primeiramente dire-
cionada para um filtro de polímero e depois para um segundo de carvão ativado, estando assim
purificada e própria para entrar em contato com o produto concentrado.
Para o processo de Spray Drying será utilizado um compressor que possui acoplado os
filtros necessários para purificação do ar que entrará em contato com a solução na câmara de
secagem, atendendo a ISO 8573, que descreve o processo necessário de purificação do ar em
contato com o alimento.
Pretende-se iniciar a produção com dois turnos, pois é previsto a entrada de aproxima-
damente 360.000l de soro por mês, e as bateladas serão realizadas na ordem de 3.000l por vez.
Sendo trabalhado somente de segunda a sexta e sem a necessidade de pagamento de horas ex-
tras, calcula-se uma jornada de vinte dias mensais, sendo assim necessário processar 18.000l
por dia, o que resultaria em seis bateladas por dia, sendo realizadas três por turno.
71
Vale ressaltar que todo o processo não demanda de grande mão de obra, apenas abrir e
fechar válvulas, acionar bombas, ligar e desligar equipamentos, controlar reguladores de tem-
peratura etc.
Segue abaixo listagem dos equipamentos que serão instalados inicialmente na indústria,
podendo haver novas aquisições futuras conforme for à necessidade. No apêndice C consta o
diagrama P&ID da indústria.
Proporção dos componentes sólidos em relação ao teor sólido: Proteínas(B) – 12,12%, gor-
duras(C) – 0,65%, lactose(D) – 67,85%, cinzas(E) – 19,38%.
Fluxos:
74
B.M. Pasteurização
75
Fe = Fs; F1 = F2 = 3.081 Kg
B.M. Microfiltração
76
Entrada:
F3= 3.081Kg(A)
Saída:
Retentado(F4):
Permeado(F5):
Soro(A) – 3.079,84Kg
Proteínas(B) – 23,11Kg
Lactose(D) – 129,40Kg
Cinzas(E) – 36,97Kg
Água(F) – 2.890,03Kg
B.M. Ultrafiltração
Balanço de sólidos:
Para concentração proteica de 65% em base solida o teor de outros sólidos deve ser:
23,11 – 65%
X – 100%
Para concentração proteica de 55% em base solida o teor de outros sólidos deve ser:
23,11 – 55%
X – 100%
Para concentração proteica de 60% em base solida o teor de outros sólidos deve ser:
23,11 – 60%
X – 100%
Balanço de água:
Entrada:
Água(F) – 2.890,03Kg
Saída:
Retentado:
Permeado:
Entrada:
Permeado(F5)
Saída:
Retentado(F6):
Proteínas(B) – 23,11Kg
Gorduras(C) – 0,07Kg
Lactose(D) – 14,57Kg
Cinzas(E) – 0,77Kg
Água(F) – 433,50Kg
Total: 472,02Kg
Permeado(F7):
Água(F) – 2456,53Kg
Total: 2.607,56Kg
Entrada:
Retentado(F6)
Água(F8) – 433,50Kg
Saida(F9):
Proteínas(B) – 23,11Kg
Gorduras(C) – 0,07Kg
Lactose(D) – 14,57Kg
Cinzas(E) – 0,77Kg
Água(F) – 867,00Kg
82
Total: 905,52Kg
B.M. Diafiltração
Balanço de sólidos
Entrada:
Fluxo 9
Saída:
Retentado(F10):
X – 100%
83
Permeado(F11):
Lactose(D) – 12,84Kg
Balanço de água:
Entrada:
Água(F) – 867,00Kg
Saída:
Retentado(F10):
Permeado(F11):
Entrada:
Retentado(F10):
Proteínas(B) – 23,11Kg
Gorduras(C) – 0,07Kg
Lactose(D) – 1,73Kg
Cinzas(E) – 0,77Kg
Água(F) – 129,55Kg
*Média hipotética
Saída(F12):
Proteínas(B) – 23,11Kg
85
Gorduras(C) – 0,07Kg
Lactose(D) – 1,73Kg
Cinzas(E) – 0,77Kg
B.M. Misturador
Fe=Fs; F12=F13
Proteínas – 90%
Gorduras – 0,2%
Carboidratos – 6,1%
Minerais – 2,7%
Outros – 1%
B.M. Global
86
Com bateladas que consomem até 3000 L em aproximadamente 3 horas, pode-se afirmar
que os tanques oferecem:
60000𝐿
𝑁 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎 =
𝑋𝐿 𝑝𝑜𝑟 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑙𝑎𝑑𝑎
Projetado para eliminar os patogênicos presentes no soro do leite, esse equipamento irá
fornecer calor a matéria-prima através de uma resistência elétrica, instalada no interior de um
tanque de pasteurização. É importante que o soro atinja entre 72ºC a 75ºC durante um curto
espaço de tempo.
Com esses dados em mão, é possível estimar a massa de soro dentro do tanque em t=0
(ou seja, no momento em que a resistência será ligada). Relacionando o cp(capacidade calorí-
fica do soro, determinada em laboratório) com a massa do soro, podemos estimar qual a quan-
tidade de calor necessária para promover o ΔT requerido:
𝑄 = 𝑚̇. 𝑐𝑝
̅̅̅. 𝛥𝑇
Por definição, a quantidade de calor que precisará ser retirada do soro também pode ser
descrita como:
𝑄 = 𝑚̇. 𝑐𝑝
̅̅̅. 𝛥𝑇
A quantidade de massa de água necessária para promover esse resfriamento pode ser
descrita como:
̇
𝑄𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜
𝑚̇Á𝐺𝑈𝐴 =
̅̅̅Á𝐺𝑈𝐴 . 𝛥𝑇
𝑐𝑝
6.8.1.4 Microfiltrador
O processo de ultrafiltração exige uma filtração prévia que elimine as impurezas que
podem causar entupimentos no processo. Dessa forma, o microfiltrador precisa ser dimensio-
nado para comportar as exigências do ultrafiltrador e ainda assim manter o processo batelada
funcionando dentro do esperado.
6.8.1.5 Ultrafiltrador
A peça chave no processo de isolamento das proteínas do soro, o ultrafiltrador pode ser
considerado o segundo equipamento mais importante no processo. Possuindo uma série de
membranas alinhadas e alto poder de separação de substâncias, ele foi usado como guia para
dimensionamento de todo projeto.
A taxa de trabalho que será necessária é de 6000L/h de soro passando pelas membranas
do ultrafiltrador, isso exige um equipamento de dimensões robustas, sendo que o escolhido
possui medidas da ordem de 2,2x1x2,4m (comprimento, largura e altura).
90
Um tanque básico que será usado para conferir sabor ao produto final, um misturador
de pós, capaz de comportar as cargas de Whey Protein e dos agentes flavorizantes.
6.8.1.9 Empacotadeira
6.8.1.10 Compressor
Utilizado para fornecer o fluxo de ar necessário para o queimador do spray dryer pro-
mover o aquecimento desse ar que ocupará a câmara de secagem. Compressor robusto, de pa-
rafuso, que possui a pressão e fluxo necessários a demanda do spray dryer. Possui os filtros de
ar necessários para purificação do ar que irá entrar em contato com o alimento acoplados a ele.
Pode operar 24h/dia com paradas mínimas para manutenção com baixo nível de ruído e secador
integrado. Sua vazão efetiva é da ordem de 108,2 PCM ou 183,9m³/h que é suficiente para
fornecer os aproximados 50m³ da câmara de secagem em aproximadamente 20 minutos.
Constará na indústria dois filtros para água que entrará em contato com a solução pro-
teica, os dois estarão em sequência sendo o primeiro deles de PRFV e o segundo de carvão
ativado, as capacidades são de 910l/h e 670l/h respectivamente, eles filtraram a água que entrará
no tanque de dissolução para o processo de diafiltração. Sendo que a ultrafiltração levará em
torno de 1 hora para terminar, os filtros filtrarão a água necessária para diafiltração sem proble-
mas.
Utilizadas para promover os fluxos de soro e água ao longo do início do processo, esses
equipamentos representam boa parte do custo com energia e adequação do processo. Para se
dimensionar os parâmetros das bombas, pode-se se usar as seguintes equações:
5. Previsão de demanda
7. Controle de produção
93
A fábrica contará como recursos básicos a matéria prima que é o soro do leite, os aditi-
vos como lecitina de soja(emulsificante) e saborizantes, as embalagens plásticas, soluções sa-
nitizantes e descartáveis de higiene em geral.
Esses itens estarão listados e sob controle dos engenheiros responsáveis para não haver
excesso e assim ócio dos produtos.
Toda a produção será acompanhada para manter o estoque da empresa de acordo com
as vendas sem a sobra de produção ou a falta da mesma.
Como a linha produtiva da empresa é única e será produzido a princípio um único pro-
duto, seguir-se á o parâmetro teórico calculado de 118,5 𝐾𝑔𝑠𝑜𝑟𝑜 ⁄𝐾𝑔𝑤ℎ𝑒𝑦 como base, assim caso
a produção resulte em um valor menor ou maior que esse serão avaliadas as possíveis causas
que geraram a diferença do valor base.
O controle da produção será feito por meio de ordens de produção como o modelo
abaixo para clientes que comprarem um volume maior do produto, e também para a manutenção
do estoque básico do produto.
Fonte: Modelo de PCP para pequenas empresas do setor alimentício, Vianey Santos de Carvalho, Diego Augusto
de Jesus Pacheco, 2014
95
6.10 CONCLUSÃO
É de suma importância ressaltar que o soro do leite como resíduo não possui valor
econômico e é um agente poluidor que se mal descartado pode gerar grandes problemas
ambientais.
Percebe-se também que a fabricação de Whey Protein se dá por uma linha fabril que
não demanda de muita mão de obra para sua instalação e operação, devido ao baixo número
inicial de equipamentos quando comparado a outras indústrias alimentícias. Bem como um
baixo número de colaboradores, quando em operação, se tornando uma indústria que demanda
de baixos custos para operar e traz grandes retornos produtivos.
96
7 CONTROLE DE QUALIDADE
7.1 INTRODUÇÃO
A qualidade conforme a entendemos hoje, não é mais algo que cria parâmetros diferen-
ciadores entre empresas, ela se tornou uma obrigatoriedade para suas subsistências, o que equi-
vale dizer que se tornou um objetivo imprescindível para se manterem vivas no mercado. No
entanto, para compreendermos o mecanismo de funcionamento da qualidade, faz-se necessário
começarmos com definições, que conforme MARTINS & LAUGENI, grifo do autor, 2006:
Dessa forma a Wolf Supplements, visando sua inserção e manutenção perene no mer-
cado consumidor nacional, tenta desenvolver um sistema de gestão e garantia de qualidade sus-
tentável, utilizando programas e ferramentas essenciais para garantir produtos com excelentes
características operacionais, confiabilidade, conformidade, durabilidade, estética e qualidade
percebida e ainda, obedecendo as normas e leis associadas às exigências do mercado produtor
e consumidor de alimentos.
Aquelas que serão utilizadas, não excluem outras, que futuramente, possam ser aplica-
das em momentos oportunos e em situações específicas, fornecendo melhores respostas e adap-
tando-se rapidamente às necessidades e problemas da empresa, nem tampouco, na ordem em
que serão apresentadas, podendo, dependendo de cada situação, receber a supremacia necessá-
ria de momento.
7.2.1 Brainstorming.
Para SELEME & STADLER, a utilização do brainstorming considera três fases distin-
tas. “A primeira é aquela em que as ideias são geradas, a segunda é destinada à realização dos
esclarecimentos relativos ao processo, e a terceira presta-se à avaliação das ideias propostas.”.
Abaixo apresentamos em tabela, uma síntese de sessão de brainstorming:
99
Gravidade: É a intensidade ou impacto que o problema pode causar se não for soluci-
onado. Os danos podem ser avaliados quantitativa ou qualitativamente e a pontuação varia de
1 a 5 seguindo o critério descrito na tabela supracitada.
100
Essa representação gráfica permite estabelecer, após uma análise criteriosa, quais são as
causas (problemas que dão início à ocorrência do problema maior) que fazem com que o efeito
ocorra, descrevendo as causas que possam interferir direta ou indiretamente no problema (SE-
LEME & STADLER, 2012).
relação entre uma característica da qualidade e seus diversos fatores determinantes (SELEME
& STADLER, 2012). É utilizado, geralmente, após a técnica “brainstorming”.
- 4M (meio ambiente): avalia qual situação pode ser a causa de um determinado efeito
(situações de execução e/ou de infraestrutura fixa);
- 5M (mão de obra): caracteriza o padrão de mão de obra utilizada, se ela é devida-
mente treinada, se tem habilidades necessárias, enfim, se está qualificada para o de-
sempenho da tarefa;
- 6M (medida): traduzida pela forma como os valores são representados (por distância,
temo, temperatura etc.) e pelos instrumentos de medição utilizados.
A seguir apresentamos um diagrama representativo que pode ser aplicado em nossa em-
presa.
102
7.2.4 5W2H.
Não só na resolução de problemas pode ser utilizado o 5W2H, mas também deve ser
utilizado antes ou no momento da elaboração de qualquer planejamento. A resposta aos ques-
tionamentos, geralmente direciona o pensamento e o foco do grupo para os pontos necessaria-
mente importantes.
Simulação nº 1:
O QUE: Diminuição do teor proteico no produto (whey Protein).
PORQUE: Resultados abaixo do padrão após análise de determinação de proteína.
104
COMO: Podem ter sua origem no processo de secagem (temperatura), por alterações do
pH do soro, provocando a desnaturação proteica.
QUANDO: Diariamente (início da batelada) execução de testes de pH, com posteriores
correções necessárias. Regular averiguação das temperaturas de secagem e pasteurização.
Simulação nº 2:
O QUE: Diminuição da produtividade.
PORQUE: Cálculos indicam um quantitativo aproximado da produtividade que não está
sendo alcançado.
COMO: Verificação na composição do soro de leite, decorrente de contaminação lí-
quida empobrecida de proteínas. Alterações das características proteicas (desnaturação). Rom-
pimento ou abertura excessiva das malhas do ultra e microfiltro podem diminuir a restrição à
passagem das moléculas de proteínas, influindo diretamente na produtividade.
QUANDO: Análises visuais diárias da matéria-prima a ser descarregada nos tanques de
armazenamento (presença de contaminantes). Diariamente será conferido a temperatura de pas-
teurização do soro e secagem das proteínas (desnaturação), bem como, semanalmente, verifica-
se as condições do ultrafiltro por análises visuais ou com implemento de dispositivos ou instru-
mentos ópticos disponíveis na empresa.
Uma das formas de controlar a qualidade dos produtos é a utilização do programa “Boas
Práticas de Fabricação”. Esse programa, estabelecido conforme a Portaria nº 368 do Ministério
da Agricultura e do Abastecimento, emitida em 4 de setembro de 1997, no anexo de seu artigo
3º, item “1 – OBJETIVO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO”, inciso 1.2, declara:
“[...] O presente Regulamento se aplica, onde couber, a toda pessoa física ou jurídica
que possua pelo menos um estabelecimento no qual se realizem algumas das seguintes
105
- Controle de pragas e enfermidades delas oriundas, bem como, o cuidado com a conta-
minação provocado por agentes químicos, físicos ou biológicos utilizados para o controle das
pragas;
7.3.2.2 Adequação da área produtiva com o BPF
- Evitar manipular alimentos aqueles que possuírem alguma enfermidade, doenças con-
tagiosas, feridas, infecções cutâneas, diarreias, ferimentos que possam ser transmitidas ou con-
taminarem os alimentos, dispondo aos empregados a realização de exames médicos regulares,
a utilização de luvas e a prestação de desenvolvimento educacional em higiene, conduta pessoal
e boas práticas saudáveis;
107
- Instalações para lavagem e secagem das mãos, bem como, elementos adequados para
a limpeza e higienização, nas dependências de fabricação (ex. toalhas descartáveis, água fria ou
quente, desinfetantes, detergentes e álcool gel, etc.);
- “[...] dispor de iluminação natural ou artificial que possibilitem a realização das tarefas
e não comprometem a higiene dos alimentos [...], não devendo alterar as cores [...](Art. 3º, item
4, da Portaria MAPA nº 368 de 1997)”;
- “Os produtos deverão ser depositados sobre estrados (de madeira ou similares), sepa-
rados das paredes para permitir correta higienização (Art. 3º, item 4 da Portaria MAPA nº 368
de 1997)”;
OBJETIVO: estabelecer requisitos gerais com o BPF, bem como, os principais tópicos
da instalação predial e industrial às exigências normativas. Estes itens misturam-se e comple-
mentam aqueles descritos nos itens anteriores no que couberem:
- Os estabelecimentos deverão estar situados em zonas isentas inundações, de odores
indesejáveis, de fumaça, poeira e outros contaminantes. Com vias de trânsito interno pavimen-
tadas e que permitam a limpeza (Art. 3º, item 8 da Portaria MAPA nº 368 de 1997);
109
- Os prédios possuírem construção sólida e que não transmita nenhuma substância in-
desejadas aos alimentos, evitando a entrada ou abrigo de insetos, roedores, pragas, fumaça,
poeira e outros vapores (Art. 3º, item 8 da Portaria MAPA nº 368 de 1997);
- As paredes revestidas com materiais não absorventes e laváveis, de cor claras, lisas,
sem fendas, fáceis de limpar e desinfetar (Art. 3º, item 8 da Portaria MAPA nº 368 de 1997);
- Janelas e aberturas que evitem o acúmulo de sujidades e providas com proteção (de
fácil limpeza) contra entrada de insetos;
Faz-se necessário que o POP demonstre alguns itens, respondendo aos seguintes ques-
tionamentos:
- Quem faz?
- O que faz?
- Quando faz?
- Como faz?
111
- Onde faz?
Por se tratar de empresa em que a matéria-prima possui origem animal e o produto final
é direcionado ao ramo alimentício humano, rigoroso processo de higienização deverá ser im-
plantado, visando cumprir a normatização específica, fornecendo um produto de alta qualidade,
livres de agentes microbiológicos patológicos, Dessa forma, utilizaremos um processo que uti-
liza quatro elementos em conjunto, proporcionando limpeza e desinfecção excelentes em todo
o processo industrial, conhecido como “Ciclo de Sinner”. Neste processo ocorre uma interação
entre ação mecânica, ação química, tempo e temperatura.
Ação da temperatura: Está relacionada com a cinética das reações químicas, acele-
rando a decomposição das incrustações e destruição de patógenos sensíveis à elevação da tem-
peratura (termo sensíveis).
Também deverá se adequar e cumprir aos diversos itens, no que couber, do regulamento
de inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal – RIISPOA, emitido pelo DI-
POA – Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Art. 1º - O presente Regulamento estatui as normas que regulam, em todo o território
nacional, a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal.
Art. 2º - Ficam sujeitos a inspeção e reinspeção, previstos neste Regulamento, [...] o
leite, [...] e seus subprodutos derivados.
§ 1º - A inspeção a que se refere o presente artigo abrange, sob o ponto de vista in-
dustrial e sanitário a inspeção [...], o recebimento, manipulação, transformação, ela-
boração, preparo, conservação, acondicionamento, embalagem, depósito, rotulagem,
trânsito e consumo de quaisquer produtos e subprodutos, [...], destinados ou não à
alimentação humana.
Art. 24 - Os estabelecimentos do leite e derivados são classificados em: [...]
3 - Estabelecimentos industriais, compreendendo: a) usinas de beneficiamento; b) fá-
brica de laticínios; c) entrepostos usinas; d) entrepostos de laticínios.
Art. 27 - Entende-se por "estabelecimentos industriais" os destinados ao recebimento
de leite e seus derivados para beneficiamento, manipulação, conservação, fabricação,
maturação, embalagem, acondicionamento, rotulagem e expedição, a saber[...]. (Re-
gulamento de inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal – RIIS-
POA).
Essas normas apresentam ainda as especificações físico químicas do produto, bem como
os aditivos e quantidade de aditivos permitidos em legislação. Dessa forma a adição de estabi-
lizantes, reguladores de textura, reguladores de acidez, antiumectantes, coadjuvantes, sabori-
zantes, corantes etc., terão suas concentrações definidas na legislação pertinente ou em subsi-
diárias quando da ausência da primeira.
Facilitado pelo processo batelada de extração das proteínas, bem como, o monitora-
mento dos valores e resultados estimados, as alterações nas medições dos instrumentos, as mo-
dificações dos parâmetros de desempenho do processo etc., desenvolver-se-á a manutenção
preditiva, possibilitado pela antecipação da identificação de um problema futuro, verificando
em períodos sistemáticos, que abrangem a finalização de cada expediente, a existência de prin-
cípios de problemas ou riscos em potencial, descrevendo a gravidade, a urgência e a tendência
dos problemas e de suas consequentes correções (auxiliado pela Matriz GUT).
7.4.1 5 S´s.
De origem japonesa, os cinco sensos foram traduzidos para a língua portuguesa para
que essa ferramenta fosse aplicada nas fábricas, nos escritórios e em outros sistemas
produtivos. Sua implementação mudou radicalmente a percepção de que as indústrias
ou os locais de produção poderiam ser sujos, bagunçados e desorganizados (SELEME
& STADLER, 2012).
Seu principal objetivo é tornar os processos da gestão de uma empresa mais dinâmicos
e objetivos, sendo largamente utilizado na busca da melhoria contínua. Segundo Werkema:
117
O ciclo PDCA é assim chamado devido ao nome em inglês de cada uma das etapas que
o compõem:
P: do verbo “Plan”, ou planejar. Consiste em selecionar algo que necessite de melhoria.
Após uma avaliação adequada (inclusive econômica e financeira), será efetuado um plano com
medidas adequadas para obtenção da melhoria.
A: do verbo “Action”, agir de forma a corrigir eventuais erros ou falhas. Com a obtenção
de sucesso, o processo é documentado e transformado em novo padrão.
Ele pode obedecer a seguinte ordem apresentada, corroborada por Maria C.C. Werkema:
No ciclo “P/Plan”.
1. Identificação do problema (definição clara do problema e sua importância);
2. Observação (Investigar os aspectos específicos do problema com uma visão
ampla e sob vários pontos de vista);
3. Análise (descobrir as causas fundamentais);
4. Planejamento da ação (elaborar um plano para bloquear as causas funda-
mentais);
No ciclo “D/Do”.
5. Ação (executar o plano elaborado para bloquear as causas fundamentais)
No ciclo “C/Check”.
6. Verificação (verificar se o bloqueio foi efetivo);
No ciclo “A/Action”.
7. Padronização (prevenir contra o aparecimento do problema);
8. Conclusão (recapitular todo o processo de solução do problema e planejar o
trabalho futuro). (WERKEMA, 1995).
Importante ressaltar que ciclo PDCA deve ser utilizado constantemente, realizando um
verdadeiro círculo virtuoso para a melhoria contínua.
118
Muito embora a Wolf Supplements não busque a certificação ISO a curto prazo, pen-
sando inicialmente adentrar no mercado interno ou do Mercosul, ela tentara implantar uma ide-
ologia ISO (9001 e 9004), que se baseiam em boas práticas de melhoramento da qualidade.
Dessa forma ela visará desenvolver os seguintes itens, bastante reforçados pela Gestão
ISO e descritos por Martins & Laugeni:
- Foco no cliente;
- Liderança;
- Envolvimento dos funcionários;
- Administração por processos;
- Visão sistemáticas para o gerenciamento;
- Melhoria contínua;
- Tomada de decisão baseada em fatos;
- Relação cliente-fornecedor mutuamente benéfica. (MARTINS & LAUGENI, 2006).
Além dessa ideologia apresentada pela gestão ISO, será realizada a tentativa de implan-
tação do método “Seis Sigma”, desenvolvido na empresa Motorola por Bill Smith, Mikel Harry
e Richard Schroeder, ganhando força com Jack Welch e Lawrence Bossidy na empresa GE
(General Eletric).
Buscando entrar forte no mercado produtor de proteínas do leite (Whey Protein), ven-
cendo concorrências já estabelecidas no mercado e fabricando produtos com a máxima quali-
dade, através do aprimoramento contínuo dos produtos e processos, optamos pelo método de
controle estatístico “Seis Sigma”, que segundo George Eckes e Luiz C. R. Carpinetti:
“[...] é uma abordagem testada e aprovada em várias partes do mundo, e que tem sido eficaz em
ajudar empresas a dominarem sua concorrência.” (ECKES, 2001).
[...] é um programa de melhoria que tem por objetivo a redução de desperdícios da
não qualidade e consequentemente a redução de custos e a melhoria no atendimento
de requisitos de clientes, como qualidade de produto e confiabilidade da entrega. O
Seis Sigma foi definido por Mikel Harry e Richard Schroeder como “uma estratégia
inovadora (breakthrough strategy) para a melhoria da qualidade, redução de custos e
melhoria da satisfação dos clientes”. Outra conceituação apresentada por eles para o
Seis Sigma diz: “Um processo de negócio que permite que as empresas melhorem
drasticamente suas atividades de forma a reduzir desperdícios ao mesmo tempo em
que aumenta a satisfação dos clientes.” (CARPINETTI, 2016).
Ele é ainda, uma forma de estimar, com base em procedimentos e conceitos de probabi-
lidade e estatística, uma taxa de ocorrência de não-conformidades, ou itens fora de especifica-
ção, desde que os valores variáveis se comportem simetricamente em torno de um valor central.
Neste contexto, utiliza-se um modelo matemático de distribuição Normal ou Gaussiana, repre-
sentativo da dispersão total do processo, já que se torna quase impossível realizar esse procedi-
mento de forma individualizada. O objetivo a ser alcançado pela gestão da qualidade é manter
o sistema dentro de uma distribuição entre a média (µ) e seis desvios padrão (σ) dessa média,
ou seja, uma probabilidade de 3,4 ocorrências a cada bilhão de resultados.
Fonte
Existem duas metodologias diferentes para utilização desta ferramenta. Uma delas mo-
difica e absorve o processo já existente, a segunda, é utilizada para criar projetos, processos e
serviços. Utilizaremos a primeira, que se adequa melhor aos nossos objetivos, e que utiliza as
iniciais (DMAMC) ou (DMAIC), que significam:
Define the problem: Define a equipe de trabalho, os clientes, bem como, as necessida-
des e exigências a partir de opiniões de consumidores;
Measure key aspects: Medir os principais aspectos do processo atual, coletando dados
importantes e traduzi-las para o conceito do sigma;
120
Este método quando utilizado, auxilia no processo de tomada de decisões, pois são ba-
seados em dados estudados, números registrados e fatos e não em decisões baseadas em expe-
riencias pessoais e individuais.
Quando se tenta implantar este sistema, geralmente se tem um sentimento de impossi-
bilidade em alcançar o Seis Sigma, avaliando sua aplicação prática com os resultados coletados
nos processos da empresa. Este sentimento, inclusive, é passível de gerar falta de motivação.
Isso ocorre porque o visualizamos apenas como mais uma ferramenta estatística. Na verdade,
entretanto, sua importância principal é criar um sentimento de insatisfação constante com os
16
Disponível em: https://www.6sigma.us/six-sigma-training-india/.
121
resultados atuais, fazendo com que busquemos sempre fazer as coisas da melhor maneira pos-
sível, fazendo com que os resultados se aproximem da perfeição. Conforme informa George
Eckes:
Esta é a filosofia fundamental do Seis Sigma. A busca da perfeição: insatisfação cons-
tante com o desempenho atual.
Assim, embora o Seis Sigma seja uma mensuração técnica do desempenho em relação
às exigências dos clientes, existe uma definição mais importante para este método,
que é uma filosofia cultural de insatisfação constante com o desempenho atual.
Este aspecto do Seis Sigma determina que, seja qual for o desempenho atual, a busca
da melhoria por meio da redução contínua da variação deve ser a principal meta de
todas as pessoas dentro da empresa. (ECKES, 2001).
7.4.4 Certificações
A maioria das análises deverão ser realizadas na própria empresa, seguindo rotinas pré-
estabelecidas de coleta de amostras, principalmente aquelas envolvidas ao processo produtivo.
Neste sentido deverão ser realizadas análises para:
7.6 CONCLUSÃO
Com o auxílio dessas ferramentas podemos avaliar, com olhar clínico, o universo interno
e externo da empresa. Reconhecendo nossas limitações e compreendendo que o controle e
gestão de qualidade não é algo que encontramos pronto, precisamos adaptar, criar se for o caso,
modificar para a realidade e necessidade da empresa.
Precisamos entender que a gestão excelente não se conquista de imediato. Requer estudo
continuado, persistência, perspicácia, boa vontade, dentre outras qualidades sempre
necessárias. Claro que a perfeição absoluta nunca será alcançada em qualquer empresa, por
mais dedicada e competente seja, más devemos buscá-la sempre, de forma constante, utilizando
como meta e incentivo essa perfeição, de modo a progredir sempre.
124
Desta forma, a Wolff Supplements, buscará sempre, de forma humilde e lógica, aplicar
estas ferramentas de gestão nas tomadas de decisões, reconhecendo que sempre pode melhorar,
encontrando estímulo para o aperfeiçoamento.
125
8. ENGENHARIA AMBIENTAL
8.1 INTRODUÇÃO
Portanto, o autor deixa claro que é preciso agir com inteligência e racionalidade ao se
analisar a implementação de um novo empreendimento, visto que a preservação e conservação
do meio onde será implantado deva ser prioridade máxima na análise, sobrepondo-se a outros
tópicos como custos ou possíveis facilidades que possam surgir caso o ambiente não seja
preservado.
17
“Environmental engineering requires that the impact and interaction of engineered structures on and with the
natural environment be considered in any project.”
18
“The process of calculating projected effects that a proposed action or construction project will have on
environmental quality is called environmental assessment. A methodical, reproducible, and reasonable method is
needed to evaluate both the effect of the proposed project and the effects of alternatives that may achieve the
same ends but that may have different environmental impacts”
127
viabilizar a implantação de sua estrutura fabril de acordo com a legislação ambiental vigente.
Neste caso, é estabelecido no artigo 225º, encontrado no capítulo VI, do título VIII Da Ordem
Social, encontrado na constituição federal brasileira, em seu inciso IV, onde consta que cabe ao
poder público:
8.2 OBJETIVOS
19
CONSEMA: Conselho Estadual do Meio Ambiente, estado de Santa Catarina.
129
Figura 34: Classificação de atividades quanto ao seu porte poluidor, em função da área útil
área útil geral - somatório das áreas utilizadas pelo empreendimento necessárias para
a realização da atividade licenciada incluídas, quando houver, as áreas dos setores de
apoio, as áreas destinadas à estocagem, à circulação, às manobras e ao estacionamento
de veículos pesados, além das áreas efetivamente utilizadas ou reservadas para
disposição ou tratamento de efluentes e resíduos. A área útil deve ser expressa em
hectare (ha).
20
Disponível em: http://www.sds.sc.gov.br/index.php/biblioteca/consema/legislacao/resolucoes/654--56/file
130
A Wolf Supplements irá contratar um profissional qualificado, como requisitado pela lei,
que possa elaborar o RAP, que é fundamental para obtenção das demais licenças ambientais,
sendo elas a LAP, LAI e LAO. As licenças são definidas na resolução CONSEMA (2017), no
artigo 2º incisos XXV, XXVI e XXVII, respectivamente, como:
Em posse dessas licenças, a empresa pode se declarar apta a atuar, mantendo as medidas
necessárias para obtenção do licenciamento, que possui prazo de validade definido pelo órgão
responsável, que define em seu artigo 17:
Todo processo industrial gera resíduos que precisam ser destinados corretamente para
que se haja manutenção do meio ambiente ao redor do empreendimento. Por ser um processo
que utiliza a filtração para concentrar as proteínas, a produção de Whey Protein gera um fluxo
de resíduos, que nada mais são do que as substâncias não são desejadas no produto final, em
outras palavras, que são extraídas do soro do leite.
No caso do processo batelada que será utilizado pela empresa, existem duas correntes
de resíduos principais, sendo elas uma corrente de gordura, e a outra de lactose. Vamos analisar
mais a fundo o que são esses resíduos, assim como qual será a destinação aplicada pela Wolf
Supplements a eles.
8.4.1 Gordura
Também conhecida pelo nome de lipídio, as gorduras são substâncias essências na dieta
de diversos seres vivos, tecnicamente falando, os lipídios, podem ser definidos como:
21
“Lipids can be more formally defined as substances such as a fat, oil or wax that dissolves in alcohol but not in
water. Lipids contain carbon, hydrogen and oxygen but have far less oxygen proportionally than carbohydrates.”
132
Junto com as proteínas e carboidratos, é um dos três nutrientes usados como fonte de
energia pelo corpo. A energia produzida pelas gorduras equivale a 9 calorias por grama.
Proteínas e carboidratos cada fornecem 4 calorias por grama.
Como demonstrado através das definições do autor, as gorduras são fontes de energia e
seu consumo faz parte da dieta normal que todo pessoa deveria ingerir. Elas não são substâncias
estranhas ao corpo, pelo contrário são preciosas fontes de energia. No entanto, o acúmulo de
gorduras em excesso pelo corpo também pode causar diversas doenças.
22
“Along with proteins and carbohydrates, one of the three nutrients used as energy sources by the body. The
energy produced by fats is 9 calories per gram. Proteins and carbohydrates each provide 4 calories per gram”
23
“O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado
pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC
está entre 18,5 e 24,9”
133
Uma vez que óleos e gorduras são ésteres, eles sofrem reação de hidrólise ácida ou
básica. A hidrólise ácida produzirá simplesmente o glicerol e os ácidos graxos
constituintes. Já a hidrólise básica produzirá o glicerol e os sais desses ácidos graxos.
Pois bem, esses sai são o que chamamos de sabão.
“Assim, aquecendo gordura em presença de uma base, realizamos uma reação química
que produz sabão. Essa reação, a hidrólise básica de um triéster de ácidos graxos e glicerol, é
chamada de saponificação.” (PERUZZO; CANTO, 2003, p. 196, grifo do autor)
Por se tratar de um processo que demanda da gordura como base principal, a venda
desse resíduo para produção de sabão se encaixa perfeitamente com a ideia e escopo planejado
para a Wolf Supplements, visto que a implantação de um sistema de tratamento de efluentes
seria muito oneroso ao projeto.
24
Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/quimica-sabonete.htm
134
8.4.2 Lactose
Em termos mais técnicos, de acordo com Bobbio & Bobbio (2003, grifo nosso):
25
Disponível em: https://www.infoescola.com/bioquimica/lactose/
135
A lactose também é lembrada por uma condição enfrentada por diversas pessoas,
inclusive praticantes de exercícios físicos, que buscam no Whey Isolado justamente uma saída
para isso. É a conhecida intolerância a lactose, definida por Shiel Jr (2018, tradução nossa)26:
A intolerância a lactose é uma condição médica comum que resulta em diarreias, dores
abdominais, e gases(flatulências) e é causada pela reduzida ou inexistente atividade
da enzima lactase, Quando existe uma deficiência de lactase, a lactose no intestino
não pode ser quebrada para a digestão.
Como observado, a única a lactose é derivada somente do leite que vem de origem
animal. Isso exemplifica a importância de se utilizar esse resíduo proveniente da produção de
whey protein, visto que é um processo industrial que também se baseia no tratamento de
derivados do leite. O reaproveitamento desse resíduo por outras indústrias é uma ótima saída
para se aproveitar todos os recursos vindos da matéria-prima.
Uma vez em sua forma bruta, Belitz; Grosch; Schieberle (2009, p 877, tradução nossa)27
demonstram como ela é transformada em produto final:
26
Lactose intolerance is a common medical condition that results in diarrhea, abdominal pain, and gas
(flatulence) and is caused by reduced or absent activity of enzyme lactase. When there is a deficiency of lactase,
the lactose in the intestine cannot be split for digestion.
27
.”The raw lactose is raffinated by solubilization, filtration and several crystallizations. The snow-white α-
lactose monohydrate is pulverized in a pin mill and separated according to particle size in a centrifugal classifier.
Spray drying of lactose is gaining in importance”
136
Por apresentar grande mercado e diversos subprodutos, a Wolf Supplements optou por
comercializar a lactose produzida em sua planta com empresas interessadas em comprá-la, seja
para purificação e posterior venda, ou seja para purificação e utilização direta na indústria.
28
Enzymatic or acidic hydrolysis of lactose provides a glucose-galactose mixture which is twice as sweet as
lactose. A further increase in taste intensity is achieved by enzymatic isomerization of glucose. Such enzyme-
treated products contain about 50% galactose, 29% glucose and 21% fructose.
137
Para lidar com isso, a Wolf Supplements optará por um sistema de descarte inteligente,
simples e de fácil implementação, o sistema de coleta seletiva. Segundo o Ministério do Meio
Ambiente [2012?]:
Visto a importância desse tipo de coleta, a Wolf Supplements pretende instalar em sua
unidade lixeiras de coleta seletiva, e instruir seus colaboradores a descartarem corretamente os
resíduos gerados no dia-a-dia.
138
O último resíduo a ser considerado nessa seção do projeto é o efluente sanitário gerado
pela instalação. Por sem um ambiente fabril com circulação de pessoas, é natural que se deva
projetar um sistema próprio de esgoto, visto a localização do empreendimento (relativamente
longe do sistema de coleta público). Portanto, pretende-se dimensionar um sistema de fossa
séptica relativamente robusto para o empreendimento.
D_NQ_NP_704905-MLB25130672387_102016-F.jpg
139
“Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no
esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que estes
componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.”
Também de acordo com NBR 8160 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 1999, p.6):
As caixas de gordura devem ser instaladas em locais de fácil acesso e com boas
condições de ventilação. As caixas de gordura devem possibilitar a retenção e
posterior remoção da gordura, através das seguintes características: -capacidade de
acumulação da gordura entre cada operação de limpeza; -dispositivos de entrada e de
saída convenientemente projetados para possibilitar que o afluente e o efluente
escoem normalmente; -altura entre a entrada e a saída suficiente para reter a gordura,
evitando-se o arraste do material juntamente com o efluente; -vedação adequada para
evitar a penetração de insetos, pequenos animais, águas de lavagem de pisos ou de
águas pluviais, etc.
“As caixas de gordura devem ser dimensionadas levando-se em conta o que segue:-para
a coleta de apenas uma cozinha, pode ser usada a caixa de gordura pequena (5.1.5.1.3 a)) ou a
caixa de gordura simples (5.1.5.1.3 b));”
O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula:
-V = 1000 + N (CT + K Lf)
-Onde: V = volume útil, em litros
-N = número de pessoas ou unidades de contribuição
-C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia
-T = período de detenção, em dias
-K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de
acumulação de lodo fresco
-Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia
As variáveis solicitados são obtidas nas tabelas disponíveis nos anexos da NBR,
disponíveis online, link presente nas referências. Para fins de cálculo, foram considerados 19
funcionários utilizando o espaço da fábrica.
Com base nas tabelas citadas, foram extraídos os seguintes valores para a fábrica da
30
Disponível em: http://acquasana.com.br/legislacao/nbr_7229.pdf
142
Wolf Supplements. N=19 pessoas, C= 70 L, Lf= 0,3 L, T= 1 dia e K=65. Aplicando a fórmula31,
chegamos a um volume útil de 2700,5 Litros. Foi considerado um headspace ou margem de
segurança de 25%, portanto, o volume total do tanque dimensionado foi de 3375 Litros.
Parte complementar do tratamento realizado no tanque séptico, será empregado para dar
mais robustez e qualidade ao projeto de tratamento sanitário realizado na Wolf Supplements.
Portanto, é válido ressaltar que a instalação do sistema em local adequado deva ser
observada, evitando mudanças drásticas nas condições do efluente a ser tratado pelo filtro
anaeróbio.
33
Disponível em: http://www.facisbrasil.com.br/imagens/produtos/FILTRO-ANAEROBIO1.jpg
144
Para obter as dimensões, é preciso respeitar o que diz a NBR 13969 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1997, p.4):
“A altura do leito filtrante, já incluindo a altura do fundo falso, deve ser limitada a 1,20
m.”
Portanto, se definiu um filtro com 1,20 metros de altura e diâmetro igual a 0,42 metros.
8.5.4 Sumidouro
Fica claro que a proteção do solo e o despejo correto dos restos do efluente nele é
objetivo da instalação de um sumidouro. Como fica claro nas citações do autor, a importância
do sumidouro se dá pois ele é peça chave na proteção do solo onde será descartado o efluente.
Por estar tão relacionado com o solo, é necessário que se faça um estudo de infiltração
do efluente no solo em questão, a fim de determinar a taxa de percolação. Como esse estudo
exige ação direta no solo da região, não foi possível realiza-lo. No entanto, para fins de
dimensionamento, irá se assumir uma taxa de percolação média de 80 min/m.
Usando a tabela presente na NBR, disponibilizada online, link presente nas referências,
encontramos uma taxa de aplicação diária equivalente a 0,14 m³/m².dia. Em posse desses dados,
podemos partir para o dimensionamento do sumidouro.
𝐴𝑙 = 𝜋 . 𝐷 . 𝐻
Em seguida, definimos a altura e diâmetro para o sumidouro respeitando a NBR
13696/1997. Portanto, definimos altura como sendo 3 metros e diâmetro de 1 metro. Chegando
a uma área lateral de 9,42 m².
𝜋. 𝐷²
𝐴𝑓 =
4
Usando o diâmetro de 1 metro, chegamos a uma área de fundo= 0,8 m². Agora, soma-
se a área lateral a área de fundo, totalizando At=10, 22 m². Essa área ultrapassa a área estimada,
mas será mantida como margem de segurança. Portanto, podemos concluir que as dimensões
de altura igual a 3 metros e diâmetro de 1 metro servem para o sumidouro que será implantado
pela Wolf Supplements.
8.6 CONCLUSÃO
Com base no capítulo apresentado, é possível entender quais licenças são pertinentes ao
processo produtivo do Whey Protein, assim como o impacto que elas podem gerar, seja na
forma de custos de adequação, ou tempo necessário para sua obtenção. No entanto, elas
garantem que a empresa irá desenvolver uma política de engenharia ambiental que beneficiará
a sociedade como um todo.
9 ENGENHARIA DE SEGURANÇA
9.1 INTRODUÇÃO
9.2 OBJETIVOS
A ampla gama das normas cobre todos os aspectos de diversos processos produtivos,
por isso, cada empresa se sujeita a um número de normas, enquanto é “dispensada” de outras.
Todas as normas podem ser consultadas online a fim de esclarecimentos. Por esse motivo, só
será discorrido sobre algumas normas que impactam mais diretamente no processo produtivo
de Whey Protein isolado.
34
A data de publicação refere-se a última atualização da legislação, portanto referindo-se ao texto válido
atualmente.
153
Esses dois incisos definem bem a obrigatoriedade e o compromisso que precisam ser
firmados pela Wolf Supplements como empresa. É interessante notar que o empregador não
está somente relacionado a legislação vigente em si (como descrito pelo inciso 1.1), mas
também a regras estabelecidas em esferas menores, como estados, munícipios e acordos
coletivos firmados eventualmente.
Cabe ao empregador: (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83) a) cumprir e
fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do
trabalho; b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando
ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; (Alteração
dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09) Obs.: Com a alteração dada pela Portaria n.º
84, de 04/03/09, todos os incisos (I, II, III, IV, V e VI) desta alínea foram revogados.
c) informar aos trabalhadores: (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de 07/02/88) I. os
riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; II. os meios para
prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; III. os resultados
dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os
próprios trabalhadores forem submetidos; IV. os resultados das avaliações ambientais
realizadas nos locais de trabalho. d) permitir que representantes dos trabalhadores
acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e
medicina do trabalho; (Alteração dada pela Portaria n.º 03, de 07/02/88) e) determinar
procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao
trabalho. (Inserção dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09)
Com base no último inciso, fica claro a mensagem passada pelas disposições gerais,
onde o empregador se compromete não somente a fornecer o aparato para um trabalho mais
seguro, mas também a informar e conscientizar seus empregados sobre o conceito de segurança
do trabalho. Também é exigido compromisso e bom senso junto aos órgãos fiscalizadores de
segurança no trabalho.
Para que a fábrica da Wolf Supplements possa operar dentro da lei, além da emissão das
licenças de caráter ambiental, elencadas no capítulo Xzão doidão do presente documento,
também precisará de uma aprovação junto ao ministério do trabalho.
A NR-2, em seu inciso 2.1 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 1983, p.1) estabelece que:
“Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar aprovação
de suas instalações ao órgão regional do MTb. (Alteração dada pela Portaria n.º 35, de 28/12/83)”
A NR-2, em seu inciso 2.2 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 1983, p.1) também declara
que:
Visto que o CAI é necessário para o funcionamento, a empresa irá seguir o determinado
pela legislação de segurança no trabalho a fim de poder atuar dentro da legalidade. É importante
também demonstrar, a justificativa dada para a inspeção prévia, descrita na NR-2, inciso 2.6
(MINISTÉRIO DO TRABALHO, 1983, p.1):
Esse item é muito importante para a definição da SESMT35 na Wolf Supplements, pois
ela define que existem exceções ao item 4.1 previstos na própria norma regulamentadora. Para
se iniciar o processo de avaliação do grau de risco, é necessário consolidar alguns dados
pertinentes a esse processo.
35
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
156
36
Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf
157
37
Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf
158
A NR-5 em seu item 5.2 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2011, p.1) também define:
Como visto nessas citações da norma, a CIPA pode ser definida, como uma série de
procedimentos que visam proteger os funcionários através de uma relação de mútua de
cooperação entre o empregado e o empregador. Portanto, é importante entender como se deve
dimensionar e estruturar isso.
A NR-5, em seu item 5.6 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2011, p.1) estipula que:
-Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.
-Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio
secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente
os empregados interessados.
159
Tendo esses pontos expostos, pode-se partir para o dimensionamento da CIPA referente
a fábrica da Wolf Supplements. De acordo com a norma, o quadro a seguir indica o grau de
risco a serem utilizados para estipular o número de membros da comissão.
.
Figura 42: Corte da norma que estipula a classificação de atividades econômicas junto ao dimensionamento do
CIPA.
Com base na figura acima, podemos observar que a Wolf Supplements se encaixa na
classificação C-2 Alimentos. Com essa informação em mãos, podemos utilizar a próxima
imagem para dimensionar a CIPA pertinente ao empreendimento.
38
Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf
160
Com base no quadro, pode-se determinar que a Wolf Supplements não necessita de
integrantes da CIPA, por possuir apenas 19 funcionários. Isso se deve ao pequeno porte do
empreendimento. Vale ressaltar, que assim como no dimensionamento realizado na SESMT,
caso haja aumento do número de funcionários, se faz necessário que se repita o processo de
dimensionamento da CIPA.
39
Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf
161
40
Disponível em: https://i0.wp.com/www.saudeevida.com.br/wp-content/uploads/2014/08/epis.jpg?ssl=1
162
A NR-6, em seu item 6.61 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2018, p.2) declara, quanto
as responsabilidades do empregador:
Em caráter geral, a NR-6, em seu item 6.4 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2018, p.1)
estabelece que:
No entanto, devido ao caráter de pequeno porte da Wolf Supplements, que não apresenta
SESMT tampouco CIPA, a NR-6 em seu item 6.5.1 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2018,
p.1):
Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI
adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado,
ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e 2 trabalhadores usuários. (Alterado
pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
Portanto, a responsabilidade da avaliação dos riscos e dos EPI’s adequados recai sobre
a Wolf Supplements.
Uma das principais medidas que serão implementadas será a utilização de zona de
desinfecção e sanitização logo na entrada da fábrica, garantindo não só a qualidade do produto
163
produzido e a higiene do processo, mas também a higienização dos próprios funcionários. Boa
parte dos riscos pode ser combatida através da manutenção desse nível de higienização.
Por fim, também é preciso entender os riscos mais improváveis, mas que também podem
acontecer. A utilização do GNC é bem segura, no entanto, em caso de vazamentos ou estruturas
mal conservadas podem ocorrer explosões ou intoxicações. Além disso, também é válido citar
a ocorrência de desabamentos ou acidentes envolvendo as pilhas de estoque do produto Whey
Protein.
Com base nos riscos citados previamente, será definido os EPI’s a serem utilizados na
empresa. A Wolf supplements irá oferecer os seguintes EPI’s a seus colaboradores, visando
protege-los de eventuais riscos durante sua jornada de trabalho:
Óculos de proteção
Capacete de proteção
Calçado especial
Roupa específica para o trabalho com alimentos
Luvas
Protetores auriculares
9.3.6 Ergonomia
Portanto, fica claro que esse aspecto é importante para as condições desenvolvidas na
Wolf Supplements. Um dos aspectos mais relevantes, se encontra na norma NR-17, em seu item
17.3.2 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2018, p.1 e 2):
Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa
postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de
atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do
assento; b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; c) ter
características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação
adequados dos segmentos corporais.
Com base nessa definição, e nos riscos elencados anteriormente, foi montando o mapa
de risco da Wolf Supplements. A legenda segue as orientações descritas pela figura:
41
Disponível em: http://portal.pucminas.br/cipa/index_padrao.php?pagina=618
166
42
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Legenda_do_Mapa_de_Risco.png
167
9.4 CONCLUSÃO
10.1 OBJETIVOS
10.2 INTRODUÇÃO
A busca intensa das organizações por melhorias produtivas e inovações tem gerado
transformações, e maior competitividade. A gestão financeira proporciona o alcance para pôr
em prática tais ideias e traz com maior propriedade dados e informações de custos e taxas de
retorno, oferecendo maior possibilidade de permanência no mercado.
10.3 INVESTIMENTOS
Os investimentos consistem em dar o poder de realizar o projeto, mas para de fato ser
posto em prática, leva-se em conta fatores como: despesas pré-operacionais, gastos fixos e
variáveis, capital de giro, entre outros inúmeros fatores para considerar. Feito este levantamento,
juntamente com a estratégia, define-se o preço do produto e se compara junto ao mercado
concorrente, para enfim ter a taxa de atratividade para dar validade ao empreendimento.
É nessa fase do projeto que o mais importante é ser realista, e elaborar o plano de
negócios para melhor se adaptar ao modelo projetado, ter ideia de quanto tempo este projeto
levará para retornar o investimento, e aí sim começar a gerar lucro.
É nessa fase do projeto que o mais importante é ser realista, e elaborar o plano de
negócios para melhor se adaptar ao modelo projetado, ter ideia de quanto tempo este projeto
levará para retornar o investimento, e aí sim começar a gerar lucro.
O capital necessário para abrir uma empresa e manter ela funcionando por um
determinado período é levantado previamente e resumido aos investimentos iniciais, de modo
geral é o que mostra as tabelas 15, 16, 17, 18 e 19.
ao montante inicial necessário para implantação do projeto somado ao custo da matéria prima
e o capital de giro para seis meses, pois como as vendas serão feitas por sua maioria online,
oferecemos a condição de parcelar no cartão em até seis vezes sem juros.
7,41%
Recursos Próprios
BNDES
92,59%
A estrutura societária da Wolf Suplements contará com seis sócios fundadores e terá
igual participação na divisão do montante de recursos próprios da empresa, sendo de 16,67%
para cada sócio, visto que cada um investirá o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais),
totalizando o valor correspondente ao capital disponível de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais),
a Figura 47 abaixo ilustra os correspondentes membros associados com sua porcentagem de
participação da empresa.
175
Total = R$ 300.000,00
Podemos observar que se estimou um tempo médio de dois anos para o alcance da
capacidade máxima de produção levando em conta que é uma suposição, podendo assim ser
alterada para mais ou para menos, pois se trata de uma variável que depende da realidade da
produção.
10.3.5 Financiamento
176
Para operações indiretas, onde a instituição financeira credenciada que assume o risco
da operação, a taxa de juros final é composta pelas seguintes taxas a seguir:
Fator Custo;
Taxa do BNDES;
Fator taxa do Agente.
A linha Premium será a que apresentará o diferencial de distribuição, onde ele virá com
o pote de 1,5 quilogramas sem sabor, com uma Shakera, livro de receitas e 3 sabores a escolher
na hora da compra na forma de refis. As outras duas linhas virão com sabor para concorrer com
o mercado da maneira tradicional na qual o produto já é comercializado.
Os custos variáveis, como o próprio nome indica, variam de acordo com alguma
constante, neste caso é a produção. Tem relação direta com o volume ou quantidade atingida
em um determinado período, usualmente calculada por mês.
Tabela 22: Custos variáveis mensais para uma produção de 60% da capacidade máxima.
Tabela 23: Custos variáveis mensais para uma produção de 100% da capacidade máxima.
Custos Variáveis Unidade Custo Unitário Quantidade Custo Total Custo/kg
Saborizante kg R$ - 280,80 R$ 6.014,86 R$ 1,9278
Lecitina de Soja kg R$ 52,29 31,20 R$ 1.631,57 R$ 0,5229
Energia Elétrica kW R$ 0,53 5116,4 R$ 2.711,69 R$ 0,8691
Água m³ R$ 13,56 252,18 R$ 3.419,56 R$ 1,0960
Transporte (Soro do Leite) km R$ 3,48 115,82 R$ 403,05 R$ 0,1292
Estoque % R$ - 10 R$ 601,49 R$ 0,1928
Produtos adicionais Unidade R$ 8,50 694,00 R$ 5.899,00 R$ 1,8907
Sacos com 20g kg R$ 0,59 520 R$ 306,80 R$ 0,0983
Pote 1,5kg kg R$ 2,02 1040 R$ 2.100,80 R$ 0,6733
Pote 1kg kg R$ 1,09 1040 R$ 1.133,60 R$ 0,3633
Embalagens 900g kg R$ 1,30 1040 R$ 1.352,00 R$ 0,4333
Qualidade % R$ - 1 R$ 4.458,82 R$ 1,4291
Marketing % R$ - 5 R$ 22.294,12 R$ 7,1456
Taxa Cartão Crédito % R$ - 4,6 R$ 9.229,77 R$ 2,9583
Taxa Cartão Débito % R$ - 1,5 R$ 2.006,47 R$ 0,6431
Comissão das Vendas % R$ - 0,5 R$ 2.229,41 R$ 0,7146
Total R$ 65.793,02 R$ 21,0875
Fonte: Os Autores, 2019.
180
Tabela 24: Custos fixos mensais com 60% da capacidade máxima de produção.
Custos Fixos Valor Total Custo/kg
Folha de pagamento R$ 33.300,00 R$ 17,79
Imposto sobre a folha de pagamento R$ 11.245,41 R$ 6,01
Total R$ 44.545,41 R$ 23,80
Fonte: Os Autores, 2019.
O custo por quilograma varia porque depende da produção mensal, onde foi feito
o cálculo com a mínima e a máxima capacidade produtiva para fins de comparação e formação
do preço do produto.
10.4.3 Despesas
Com os valores dos custos fixos e variáveis e despesas, faz-se o cálculo do custo de
produção total, onde:
𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠⁄𝐾𝑔 + 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠⁄𝐾𝑔 + ⁄𝐾𝑔
Com base nos valores mostrados nas tabelas acima, calculou-se o preço de produção,
assim:
máximo de faturamento imposto pelo simples nacional, mas considerou que como há a
possibilidade de um reajuste deste valor, e também até chegarmos no patamar máximo de
produção levará tempo. Constatando um valor do DAS (Documento de Arrecadação do Simples
Nacional) no total anual de R$ 720.000,00 (setecentos e vinte mil reais).
O preço do Whey Protein foi definido através de uma análise reunindo todos os custos
envolvidos anteriormente comparando-se com o preço vendido no mercado, para ter uma
dimensão do potencial produto e sua margem de lucro e a possibilidade de inserção no mercado.
Estima-se que a empresa contará com dezenove colaboradores, dentre eles, dois
engenheiros, um em cada período, um gerente de recursos humanos, dois responsáveis pelas
vendas e um outro de marketing, um gerente financeiro, um responsável pela qualidade, dois
na limpeza, um motorista e oito operadores, pois faremos turnos variáveis sendo quatro em cada
período.
Para fazer o cálculo dos encargos sociais e trabalhistas foi necessário a consulta a tabela
29, que identifica o percentual de cada item também identificado para um salário de mensalista.
Encargos Trabalhistas
13° Salário 8,33%
Férias 11,11%
Encargos Sociais
INSS 0,00%
SAT/RAT 0,00%
Salario Educação 0,00%
INCRA/SEST/SEBRAE/SENAT 0,00%
FGTS 8,00%
FGTS/Provisão de Multa para Recisão 4,00%
Total Previdenciário 12,00%
Previdenciário s/13° e Férias 2,33%
SOMA BÁSICO 33,77%
Fonte: Júlio César Zanluca, 2019.
10.4.7 Depreciação
[...] um dos conceitos mais importantes da contabilidade, devido não só à sua presença
praticamente em todas as demonstrações de resultados, como também à sua relevante
participação percentual no total de gastos (custos e despesas) da maioria das empresas
particularmente das companhias industriais.
O fluxo de caixa refere-se ao montante recebido e gasto por uma empresa durante um
período de tempo definido. É a principal ferramenta para apurar e organizar o que a empresa
tem disponível de forma a possibilitar o uso de outros indicadores a partir deste método. Por
essa razão foi escolhido como instrumento para basear as análises seguintes de viabilidade do
projeto.
Calcularam-se dois fluxos de caixa, os dois com períodos de cinco anos, mas um anual
e outro mensal, e percebeu-se que dado este tempo com as perspectivas elencadas, nós
trabalharíamos com um fluxo de caixa positivo, onde levando em conta que os equipamentos
depreciam ainda assim teríamos um tempo hábil para utilizarmos e renovarmos conforme a
necessidade, talvez sem o uso de novos financiamentos e a possibilidade de expandirmos nossa
unidade fabril com novas tecnologias e produtos.
Analisando os resultados obtidos, ressalta-se que diante dos dois cenários que foram
dispostos acima observa-se que a resultado é positivo, e é a partir desses dados que os próximos
resultados da viabilidade do projeto vão ser calculados.
Seguindo este conceito definimos a taxa mínima de atratividade em 10%, pelo fato de a
taxa SELIC estar em torno de 6,5% a.a, segundo o Comitê de Política Monetária (COPOM).
10.5.4 Taxa Interna de Retorno (TIR) e Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM)
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é uma taxa de desconto hipotética que tende a igualar
a zero o valor de todas as entradas de um fluxo de caixa com o valor atual de todas as saídas.
Este método posteriormente é comparado com a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) que é de
preferência de quem pretende viabilizar o projeto.
188
Analisando os resultados acima observamos que todos deram acima da taxa mínima de
atratividade, então de acordo com este indicador o projeto é viável.
O Payback Simples mede o tempo necessário para que as entradas do fluxo de caixa do
projeto se igualem ao valor do investimento.
O Payback Descontado diferentemente do simples, que não considera que o valor muda
conforme o tempo e utiliza o fluxo de caixa descontado com auxílio de uma Taxa Mínima de
Atratividade (TMA). A Tabela 35 traz o Payback simples e descontado otimista, e a Tabela 36
traz a mesma análise de forma pessimista:
189
O resultado do VPL depende do custo inicial, dos retornos e suas datas de ocorrência,
e da taxa requerida ajustada ao nível de risco do projeto. De outra maneira, o VPL é
função da configuração do fluxo de caixa e da taxa requerida do projeto.
Este método compara o fluxo de caixa do projeto desde seu início, agregando todas as
entradas e saídas que existiu neste período, trazendo esses valores futuros para a data inicial, e
como o objetivo é ter retorno nos investimentos utiliza-se uma Taxa Mínima de Atratividade
(TMA) para definirmos o retorno mínimo que esperamos. Se o Valor Presente Líquido (VPL)
for positivo, significa que o valor das entradas é maior do que o investimento inicial, neste caso
implicará na viabilidade do projeto, caso contraria se o valor der negativo o valor das entradas
descontadas da taxa imposta é menor do que o investimento inicial, ou seja, a aprovação do
projeto implicará em uma perda financeira.
A equação para o cálculo do VPL é dada a seguir:
𝐹𝐶1 𝐹𝐶2 𝐹𝐶3 𝐹𝐶𝑛
𝑉𝑃𝐿 = − 𝐼𝑁𝑉 + ( + + + ⋯ + )
(1 + 𝑖)1 (1 + 𝑖)2 (1 + 𝑖)3 (1 + 𝑖)𝑛
Onde:
VPL=Valor Presente Liquido
FC=Fluxo de caixa líquido
n= Vida do projeto em anos
i= taxa mínima de atratividade (TMA)
INV= Investimento inicial
O Valor Presente Líquido foi calculado a partir dos fluxos de caixa apresentado
anteriormente, para a análise otimista obteve-se um valor presente líquido de R$ 9.318.395,26.
Já para a análise pessimista, o valor presente líquido foi de R$ 7.145.497,78. Como os valores
foram positivos, o projeto é viável de acordo com este indicador.
191
O conceito de custo benefício traz consigo uma ideia de pôr as vantagens e desvantagens
em uma balança e para o lado que mais pesar estará a resposta para o que está se analisando.
Pode ser usado para investimentos, produtos, áreas específicas.
Nós decidimos fazer uma análise de custo benefício da nossa linha Whey Isolado
Premium 1,5 quilogramas, onde analisamos todos os custos envolvidos para trazer uma nova
forma de distribuir o nosso produto, onde vamos oferecer nesta linha três sabores a escolha,
uma Shakera e um livro de receitas, dimensionamos todo este custo adicional e comparamos
com um custo sem oferecer estes produtos. O benefício que traz aos consumidores, por se tratar
de um produto com uma quantidade grande, oferecer ele com o sabor separado por se tratar de
uma bebida feita na hora e dar poder de escolha do sabor ou fazer sem ele misturando com
algum alimento, da vantagem e opções para não tornar o produto enjoativo e é o que faremos o
nosso público alvo enxergar, que será o desafio imposto para executarmos bem o projeto. Na
tabela 38 elencamos pontos importantes para ganhar espaço no mercado, mas olhando para o
custo envolvido também do nosso produto frente ao que é oferecido pelo nosso concorrente
hipotético que serve para o geral no mercado, mostrado na tabela 39.
Comparando os resultados das duas tabelas, podemos destacar que a Wolf ganhou nas
duas analises, sabendo que os critérios em que a Wolf perdeu na primeira tabela 38, foi levado
em consideração na tabela 39 para medir seu custo benefício que se mostrou maior, mesmo
perdendo um pouco de margem de lucro, aumentando um pouco o custo do produto, a estratégia
demonstra que compensa investir em um produto de maior valor pro consumidor final.
193
Com base na análise Swot realizada, temos preocupações quanto aos fatores externos,
ou seja, riscos que independem da nossa organização, mas que podem ser minimizados se
prevermos que eles podem ocorrer. Pretende-se em relação a forte concorrência, inovar o
método de distribuição do produto oferecendo três sabores junto ao produto Premium de 1,5
quilogramas ao invés de somente um sabor como é oferecido pela concorrência. A questão da
economia instável, estamos cientes que o Brasil é um país complicado, pois é difícil prever
quando as crises econômicas vão ocorrer, nosso plano é se atentar mantendo um estoque
equilibrado e acompanhar atentamente o fluxo de caixa para que a empresa não gaste mais do
que recebe. Com relação às novas tecnologias, sabemos que é sempre importante inovar e
vamos buscar correr atrás desta nova possibilidade, mas olhando também para questão de
viabilidade desta tecnologia, com base no custo e benefício desta nova ferramenta.
Outro ponto que devemos nos atentar é a ameaça da mudança da legislação vigente que
é algo que teremos que seguir se atentando para manter a empresa sempre dentro da lei. A
mudança nos hábitos de consumo é algo que pode ocorrer com qualquer nicho de mercado
alimentício e pretendemos expandir o leque de produtos oferecidos como concentrados,
barrinhas, bebidas prontas, entre outros alimentos ligados diretamente com nossa área de
atuação, podendo assim testa-los no mercado e verificar seu resultado de aceitação. Temos a
visão que a inovação é necessária em qualquer ramo e investiremos parte do lucro em P&D
com a finalidade de transformar ameaças em futuras vantagens competitivas.
10.6 CONCLUSÃO
tanto para as análises de cenários otimistas quanto pessimistas. Vale ressaltar que o retorno do
investimento se dá na média de tempo estipulado pelo Payback que ficou entre quatro a seis
anos que vai de encontro com o prazo de quitação do financiamento.
195
11 CONCLUSÃO GERAL
Baseado nas informações elencadas pelo presente documento foi possível observar o
grande mercado e volume de dinheiro movimento pela indústria fitness. Isso só consolida e
corrobora a ideia de que o Whey Protein é um produto em alta demanda atualmente. Através da
análise de mercado e marketing é possível estabelecer uma posição competitiva frente os
concorrentes presentes.
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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198
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https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/39279/000825735.pdf. Acesso em 23 de
outubro de 2018.
FUTRELL, Charles. Vendas: fundamentos e novas práticas de gestão. São Paulo: Saraiva,
2003. 521 p. ISBN 8502035592.
http://www.cidasc.sc.gov.br/inspecao/files/2012/08/PORTARIA-368.pdf. Acesso em 24 de
abril de 2019.
http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/manualpadronizacaopops/356c2f1c-27d8-
419d-9ddb-49b42607eb8b. Acesso em 11 de abril de 2019.
LAPPONI, Juan Carlos. Projetos de investimento na empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950. Dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos
produtos de origem animal. Disponível em:
http://www.cidasc.sc.gov.br/inspecao/files/2012/08/LEI-N-1283-DE-18-DE-DEZEMBRO-
DE-1950.pdf. Acesso em 10 de abril de 2019.
20000-litros-_JM?matt_tool=77253759&matt_word&gclid=CjwKCAjw8qjnBRA-
EiwAaNvhwAHV4nuJ7wpw8ZzYvFPbzKtC8hnVaObgECo5yanil4fX8dMCvWZ5vBoCtNo
QAvD_BwE&quantity=1>. Acesso em 27 Mai. 2019.
LIVRE, Mercado. Tanque misturador sob medida aço inox 304. Disponível em
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1072682953-tanque-de-mistura-misturador-aco-
inox-304-sob-medida-_JM. Acesso em 18 de setembro de 2018.
OLIVEIRA, Álvaro Guimarães. Contabilidade Financeira. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
SANTOS, Edno Oliveira dos. Administração financeira da pequena e média empresa. São
Paulo: Atlas, 2001.
SANTOS, Luiz Alberto Alves dos. Planejamento e gestão estratégica nas empresas. 5º ed.
São Paulo: Atlas, 1992.
SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Quanto custa para
registrar uma empresa. Santa Catarina, 2018. Disponível em http://www.sebrae-
sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=1900&%5E%5E. Acesso em 20 de setembro de 2018.
SHIEL JR, Willian. Medical definition of fats. MedicineNet, 2018. Disponível em:
https://www.medicinenet.com/script/main/art.asp?articlekey=15383.Acesso em: 12 de abril de
2019.
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https://www.medicinenet.com/script/main/art.asp?articlekey=15383.Acesso em: 12 de abril de
2019.
SHIEL JR, Willian. Medical definition of lipids. MedicineNet, 2018. Disponível em:
https://www.medicinenet.com/script/main/art.asp?articlekey=15383.Acesso em: 12 de abril de
2019.
Fluxograma eq.
213
Fluxograma P&ID
214
Posicionamento: Vertical
Área ocupada: 2 m²
Volume: 5.000 L
Altura: 3 m
Diâmetro: 1,5 m
Espessura da chapa: 8mm
Temperatura: ambiente
Pressão: 1 atm
Altura: 1,8 m
Diâmetro: 1,2 m
Temperatura: 35°C
Pressão: 1 atm
Consumo: 3 Kw
Empacotadeira (P – 01)
Material: Aço INOX 304
Posicionamento: Vertical
Área ocupada: 0,36 m²
Fluxo: 25 ciclos/min
Altura: 1,6 m
Largura: 0,55 m
218
comprimento: 0,65 m
Temperatura: ambiente
Consumo: 0,4 Kw
Compressor (C – 01)
Material: Ferro
Posicionamento: Horizontal
Área ocupada: 2,4 m²
Fluxo: 183,9 m³/h
Altura: 2 m
Largura: 0,8 m
comprimento: 3 m
Temperatura: ambiente
Pressão: 7,5 bar
Tensão: 380 V
Consumo: 18,5 Kw
Bombas
Considerado para cálculo a pior hipótese que seria quando o tanque de armazenagem do soro
a ser transportado está praticamente vazio, não havendo assim pressão da coluna de soro que
facilitaria o trabalho da bomba. O ponto de entrada no tanque de aquecimento será na parte
superior, não havendo assim também pressão exercida por coluna de soro no tanque receptor.
A tubulação é de aço INOX 304, bem como os tanques, válvulas e bomba. Serão utilizadas
duas válvulas na sucção, dois joelhos e um t, no recalque serão utilizados dois joelhos. Será
utilizado apenas um tanque por processo de batelada e não os dois simultaneamente. Assim
segue abaixo cálculo da bomba necessária para o processo:
Comprimento da tubulação de sucção: 0,5+1,5+0,5 = 2,5m
Comprimento da tubulação de recalque: 0,5+6+0,2= 6,7m
Os tanques não possuem pressão manométrica.
Deseja-se encher o tanque de aquecimento em no máximo 5 minutos, para promover uma
melhor homogeneidade térmica no tanque, assim a vazão desejada é de 3000L/300s = 10L/s.
Portanto, Q = 10 L/s ou 0,01 m³/h.
Como os valores de densidade, viscosidade dinâmica e cinemática, capacidade calorífica do
soro são muito próximos ao da água foi considerado alguns dados tabelados de água como
fluído para os cálculos.
Recalque:
V = (1,5 + 3,0) / 2 = 2,25 m/s
Velocidade econômica por Remi e Telles – Tabela 40- Água / Descarga da bomba( 1,5
a 3,0 m/s )
Q = V.A
222
Especificando:
VR = Q
A
VR = 0,01m3/s = 2,1m/s
( .(0,0779m)2 )
4
A velocidade 2,1m/s será a velocidade adotada na tubulação de recalque, uma vez que
está entre 1,5 e 3,0m/s.
Sucção:
Vs = 1,22m/s
223
A velocidade encontrada está dentro da faixa estabelecida por Remi (1 a 2,5m/s) e por
Telles (1,0 a 1,5) para tubos de sucção, ver tabela 40.
hL = fD . L .V2
D 2
Vs = 1,22m/s
= encontrado através da interpolação da viscosidade dinâmica da tabela 45, dividida pelo peso
específico, obtido pela densidade do soro da tabela 46.
1 Acessórios
e = 0,0457mm = 0,00045
D 102,3mm
hL = fD . L .V2
D 2
hL = 0,0193 . 16,62m . (1,22m/s)2
224
0,1023m 2
hL = 2,333m /s que dividindo por 9,81m/s2 = 0,238m.c.a
2
2
VR = 2,1m/s
e = 0,0457mm = 0,00059
D 77,9mm
hL = fD . L .V2
D 2
hL = 0,0198 . 13,963m . (2,1m/s)2
0,0779m 2
Perda de carga:
Potencia da bomba:
Assim optou-se por uma bomba de 1,5cv, com consumo de aproximadamente 1,01Kw.
Como o equipamento trabalhará em média 30 minutos diários estima-se um consumo diário
de 0,5Kw.
225
Tanque de pasteurização
Tanque de 5.000l contendo 4 resistências em cobertura de aço INOX 304 para contato com o
soro. As resistências devem aquecer o soro que entrará em temperatura ambiente(25C) até a
temperatura de 75C. Esse aquecimento será feito de forma rápida, em até 1 minuto, e após
atingir 75C será mantido por 15s para efetuar a pasteurização do soro que será encaminhado
para o resfriamento. Serão consideradas hipóteses de mistura perfeita, temperatura homogenia
em todo o tanque para o cálculo.
Q = m * cp * Dt
Q = 3.081.000g * 0,975cal/gC * (75-25)C
Q = 150.198,75 Kcal
E = Q/t = 150.198,75 / 60 = 2.503,31 Kcal/s
Assim cada resistência deve fornecer: 2.503,31/4 = 625,83 Kcal/s
Sabendo que 1 cal = 4,184 J, temos 652,83 * 4,184 = 2.618,46 KJ/s
E 1 J/s = 1 W, a potência necessária das resistências deve ser de no mínimo 2,62 Kw.
Tanque de resfriamento
Tanque de 5.000l contendo uma serpentina para resfriamento. O soro entrará à uma
temperatura de 75ºC e ficará retido no tanque até atingir a temperatura de saída de 45ºC. A
água entrara na serpentina com temperatura ambiente(25ºC) e sairá a 45ºC. Para o cálculo são
consideradas as hipóteses de mistura perfeita, temperatura homogenia em todo o tanque, troca
térmica homogenia em toda a serpentina, desconsiderada perda de carga da serpentina.
A temperatura da parede do tanque foi considerada a mesma do soro que estará contido no
tanque e foi desconsiderada a perda de calor por condução, devido a ser muito pequena e não
haver isolantes térmicos, como trata-se de um processo de resfriamento. Temos:
∆𝑇
𝑄𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 =
Σ𝑅
75−25
𝑄𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 = ln(𝑟2)
𝑟1 1
+
2 KL 𝐻𝐴
Pr = 0,709
𝛽 = 0,003𝐾 −1
У = 16,9*10−6m²/s
α = 2,67*10−5m³/s
g = 9,81 m/s²
𝑔 ∗ 𝛽 ∗ (𝑇𝑠𝑢𝑝 − 𝑇𝑖𝑛𝑓. ) ∗ 𝐷³
𝑅𝐴𝐷 =
У∗α
9,81 ∗ 0,003 ∗ (75 − 25) ∗ 1,5³
𝑅𝐴𝐷 =
16,9 ∗ 10−6 ∗ 2,67 ∗ 10−5
1
0,387∗𝑅𝐴𝐷 6
𝑁𝑢𝐷 = 0,6 + 8
9 27
0,559 16
(1+( ) )
𝑃𝑟
( )
1
0,387∗110,06∗108 6
𝑁𝑢𝐷 = 0,6 + 8
9 27
0,559 16
(1+( ) )
0,709
( )
𝑁𝑢𝐷 = 248,09
𝐾
h = 𝐷 ∗ 𝑁𝑢𝐷
h = 2.464,36 W/m²*K
75−25
𝑄𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑜 = 1 = 1.741.070,34W ou 6,27 ∗ 106 KJ/h
2.464,36 ∗ 14,13
Q = U * A * ∆𝑇
𝑑𝑇
m * Cp * 𝑑𝑡 = U * A * (𝑇𝐿 − 𝑇)
𝐵𝑡𝑢
U=250 ℎ.𝑓𝑡 2 .℉
Cp = 0,975cal/gºC
Tl = 25
T= 75
M=3.081Kg
Primeiramente foi definido o diâmetro das voltas da serpentina como 1m, foi escolhido uma
serpentina helicoidal de cobre, com diâmetro nominal de 1 in, com a distância entre as espiras
de 4 in. Assim o tanque conterá 23 espiras ao todo, como inicialmente as bateladas serão de
3.000l o soro terá contato apenas com 14 das 23 espiras. De acordo com o anexo X, a área
externa por ft linear é igual a 0,2618 ft²/ft. Como cada espira apresenta 1m ou 3,28 ft de
diâmetro a área por espira pode ser calculada pela seguinte equação:
−𝑈∗𝐴
𝑑𝑇 ∗𝑡
𝑚á𝑔𝑢𝑎 * 𝐶𝑝𝑎 * 𝑑𝑡 = -F * 𝐶𝑝 * (𝑇𝑆 − 𝑇0 ) + U * A *(𝑒 𝑚∗𝐶𝑝 - (𝑇1 − 𝑇𝑚 ))
U tabelado = 250 BTU/h*ft²*F = 1.419,56 J/s*m²*K = 5.110,416 KJ/h*m²*K
−5.110,416∗3,51
(45−25) ∗𝑡
22,3 * 4,18 * = -F * 4,18 * (45-25) + 5.110,416 * 3,51 * (𝑒 3.081∗4,082 −(75-35))
𝑑𝑡
1
1.864,28 * 𝑑𝑡 = -F * 83,6 + 17.937,56*(𝑒 −1426,26∗𝑡 - 40)
1.864,28 = -F * 83,6 dt + 17.937,56*(𝑒 −1426,26∗𝑡 - 40) dt
1.864,28 = -F*6,9638 + 12,5563 – 59.767,95
F=8.848 kg/h ou 2,46 L/s
Como foi calculado um tempo de 5 min. para o resfriamento do soro no tanque seria necessário
circular 738L de água pela serpentina, porém como há uma grande perda energética para o
ambiente pela transferência de calor convectivo, para o mesmo fluxo de água espera-se um
tempo menor de resfriamento, assim pode-se tomar com tranquilidade que o tempo de
resfriamento nunca será maior que 5 min., tendo então 5 min. de enchimento do tanque, 5 min.
no máximo de resfriamento e a descarga do tanque está condicionada ao processo de
microfiltração, assim o tempo de descarga é o mesmo da microfiltração. Totalizando assim 10
min. de tempo de processo no tanque de resfriamento.
Microfiltrador
Projetado de fábrica para promover um fluxo de 6000l/h, tendo o tempo de processo de:
t = F / V = 6000l/h = 0,5 h = 30 min.
3000l
Ultrafiltrador 1
Projetado de fábrica para promover um fluxo de 6000l/h, tendo o tempo de processo de:
t = F / V = 6000l/h = 0,5 h = 30 min.
3000l
Tanque de diluição
Tanque no qual será diluído o concentrado proteico em água, possuirá um agitador para
promover a mistura. Abaixo segue o cálculo de um agitador modelo turbina de rushton:
Usoro = 1,0365 Cp
Psoro = 1027 Kg/m³
D/T = 0,5
D = 0,6 m
N = 60 RPM
N = 0,7 eficiencia
4 defletores
229
Cálculo da potência
Wutil = Npo * p * N³ * D^5
Wutil = 5 * 1027 * 1³ * 0,6^5
Wútil = 399,3 W
Weixo = Wutil/n
Weixo = 399,3/0,7 = 570,43 W
Como o tanque conterá aproximadamente 900 litros, W/V resulta em 633,8 W/m³ se
enquadrando num grau de agitação forte, o que é considerado mais usual e adequado.
Assim o tanque de agitador terá um consumo energético de aproximadamente 0,6 Kw.
Como o equipamento trabalhará em média 3h diárias estima-se um consumo diário de 1,8Kw.
Seu tempo de processo é o mesmo do ultrafiltrador, assim não deve entrar no cálculo do
tempo de processo total da batelada.
Ultrafiltrador 2
Projetado de fábrica para promover um fluxo de 6000l/h, tendo o tempo de processo de:
t = V/F = 3000l = 0,5 h = 30 min.
6000l/h
Compressor
Projetado de fábrica para promover um fluxo de 183,9m³/h, tendo o tempo de processo para
trocar todo o ar da câmara do spray dryer dado pelo tempo de:
t = F/V = 90m³ = 0,49 h = 29,4 min.
183,9m³/h
Consumo: 18,5Kw
Como o equipamento trabalhará em média 3h diárias estima-se um consumo diário de
55,5Kw.
Spray Dryer
Projetado de fábrica para promover uma secagem da ordem de 182L/h de água, sendo
necessário secar em média 130L de água:
t = F/V = 130l = 0,714 h = 42,86 min.
182l/h
Consumo: 30Kw
230
Misturador
Projetado de fábrica para promover uma mistura de até 50l de mistura estima-se que 5
minutos do equipamento ligado promova a mistura suficiente dos componentes desejados.
Consumo: 2,2Kw
Como o equipamento trabalhará em média 0,5h por dia estima-se um consumo diário de
1,1Kw.
Empacotadeira
Projetado de fábrica para promover o envasamento do produto na média de até 25 unidades por
minuto, assim estima-se que dois minutos da máquina ligada sejam suficientes para embalar os
26kg. Que serão aproximadamente produzidos por cada batelada.
Consumo: 0,4Kw
Como o equipamento trabalhará em média 12 min. por dia estima-se um consumo diário de
80W.
Tempo de produção
Somando todo o tempo de processo da batelada obtemos:
𝑡𝑎𝑞𝑢𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝑡𝑟𝑒𝑠𝑓𝑟𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝑡𝑚𝑖𝑐𝑟𝑜𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 + 𝑡𝑢𝑙𝑡𝑟𝑎𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 1 + 𝑡𝑢𝑙𝑡𝑟𝑎𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 2 + 𝑡𝑠𝑒𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 +
𝑡𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 +𝑡𝑒𝑚𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜
11,5min.+10min.+30min.+30min.+30min.+43min.+5min.+2min.= 161,5 min.
Totalizando assim em média 2,7h por batelada, porém o processo será realizado de forma
otimizada, quando o concentrado proteico estiver se encaminhando para a segunda
ultrafiltração já estará se iniciando a segunda batelada, assim se economiza um tempo de 1,3h
aproximadamente, gerando um tempo total de trabalho por turno, considerando as 3 bateladas
de 5,5h, sobrando 2,5h para a realização da sanitização dos equipamentos quando necessária,
bem como organização e controle fabril, também havendo folga se houver possíveis atrasos no
procedimento de fabricação, tendo essa margem em vista, quando iniciadas as atividades se
notar-se a possibilidade e necessidade de acordo com as vendas, da realização de mais uma
batelada no turno essa poderá ser realizada.
Total 272,5kW
272,5𝑘𝑊
Consumo médio = = 11,35kWh
24ℎ
Tendo em vista que o máximo consumo energético será quando estiver ocorrendo o fim da
secagem no spray dryer ao mesmo tempo que a primeira ultrafiltração da batelada
subsequente, junto com o misturador do tanque de diluição, atingindo um consumo
instantâneo de 41,6 kW aproximadamente.
Bibliografia
Fabricantes/fornecedores
Alambiques Santa Efigênia
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Email: [email protected]
Telefones p/ contato:
+55 31 3757-1137 / 1254 / 1281
(31) 98484-2110 (Claro)
(31) 98492-6927 (Vivo)
MF Rural
Marília/SP- Rua Sete de Setembro, 1440
Site: https://www.mfrural.com.br
Telefone p/ contato:
233
(14) 3401-4400
Tanque de Aquecimento/Resfriamento
Bibliografia
ÇENGEL, Yunus A. Heat Transfer: A Pratical Approach. New York: McGraw-Hill,
2004
Fabricantes/fornecedores
Expomaq
Suzano/SP- Rua Maria Rogério Jorge, 10.100 – Vila Inêlandia
Email: [email protected]
Telefones p/ contato:
+55 (11) 4392-9096
+55 (11) 4751-3482
MF Rural
235
Nome do Equipamento
Microfiltrador
Bibliografia
FAGNANI, RAFAEL. Microfiltração em produtos lácteos: princípios e aplicações.
Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/colunas/rafael-fagnani/microfiltracao-
em-produtos-lacteos-principios-e-aplicacoes-99178n.aspx . Acesso em 09/10/2018.
Fabricantes/fornecedores
Grupo PENTAIR – X-Flow BV
Marssteden 50, 7547 TC Enschede
Site: https://xflow.pentair.com/pt-pt
Telefones p/ contato:
+31 (0)53 428 73 50
Representante:
+55 (11) 33785408
Bibliografia
PERRY, R. H., & GREEN, D. W. (2008). Perry's chemical engineers' handbook. New
York, McGraw-Hill.
Fabricantes/fornecedores
Grupo PENTAIR – X-Flow BV
Marssteden 50, 7547 TC Enschede
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+55 (11) 33785408
O spray dryer é utilizado para promover uma secagem rápida e eficiente da mistura
aquosa que contém alto índice proteico. Por se tratar do ramo alimentício, um aqueci-
mento por longos períodos para promover a secagem é evitado. Desse modo, se da prefe-
rência a secagem por spray drying, onde a solução que contém as proteínas passa por uma
câmara aquecida na qual o líquido presente evapora e o pó seco de Whey Protein é reti-
rado pela parte inferior. O fabricante dimensiona o equipamento de acordo com o fluxo
de produção desejado.
Bibliografia
PERRY, R. H., & GREEN, D. W. (2008). Perry's chemical engineers' handbook. New
York, McGraw-Hill.
Fabricantes/fornecedores
Spray Process
Estrada do Itaqui, 711 – Jardim Nova Itapevi, Itapevi-SP
E-mail: [email protected]
Telefone p/ contato:
+55 (11) 4142-5731
Bibliografia
BOMBAS CENTRÍFUGAS
Disponível em: http://www.tetralon.com.br/processos-industriais/bombas-centrifugas/.
Acesso em: 15/10/2018
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FABO BOMBAS
Rua Willian Booth, 2500 – Curitiba-PR
Telefone p/ contato:
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FIGURA 6-Modelo de bomba centrífuga em aço inox AISI 304
243
As bombas centrífugas são amplamente empregadas para fornecer energia aos fluídos
presentes em um processo. Através de um motor elétrico, esses equipamentos podem
movimentar grandes faixas de fluído ao longo do processo, sendo essenciais no transporte
de água pela linha industrial, tanto utilizada na lavagem dos equipamentos como após
filtrada na mistura com a solução para diafiltração. Segue o mesmo principio de dimen-
sionamento das bombas citadas no tópico anterior.
Bibliografia
BOMBAS CENTRÍFUGAS
Disponível em: http://www.tetralon.com.br/processos-industriais/bombas-centrifugas/.
Acesso em: 15/10/2018
Fabricantes/fornecedores
SCHNEIDER MOTOBOMBAS
Rua Hans Dieter Schmidt, 1501 Distrito Industrial CEP 89219-504
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Suporte Técnico: 0800 648 0200
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HBR
Sede: Rua Marco Giannini, 280 - Butantã - 05550-000 - São Paulo, Brasil
Telefone p/ contato:
+55 (11) 3611-6022
E-mail: [email protected]
FIGURA 6-Modelo de bomba centrífuga
245
Bibliografia
COPRESSOR
Disponível em: http://metalplan.com.br/wp-content/uploads/2018/03/catalogo-rotor-
plus.pdf
Fabricantes/fornecedores
LOJA DO MECÂNICO
Centro de distribuição: Franca a Ibiraci, KM 2,5 - Recanto Tapajós, CEP: 14402-347 -
Franca - SP - Brasil
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Site: https://www.lojadomecanico.com.br
Bibliografia
NATURALTEC
Disponível em: http://www.naturaltec.com.br/filtracao-teoria/
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NATURALTEC
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+55 (11) 5072-5452
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Síntese Natural
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+55 (11) 5072-5452
E-mail: [email protected]
Site: http://www.snatural.com.br
FIGURA 7-MODELO DE EMPACOTADORA
249
Bibliografia
250
,EMBAFLUX EMPACOTADORAS
Disponível em: <http://www.embaflux.com.br/pt-br/Produtos/empacotadoras>. Acesso
em 15/10/2018
Fabricantes/fornecedores
EMBAFLUX
Rua Av. Manoel Elias, 1260, Porto Alegre/RS, Brasil
Telefones p/ contato:
+55 51 3348-4844
+55 51 3347-3322
+55 51 99268-0018
Site: http://www.embaflux.com.br
CETRO
Rua Inconfidência, 6-60 - Vila Vergueiro, Bauru/SP
Telefones p/ contato:
+55 (11) 3514-2600
+55 (48) 3771-0261
Site: www.cetroloja.com.br
FIGURA 7-MODELO DE EMPACOTADORA
Bibliografia
MISTURADOR PARA PÓ
Disponível em: https://www.maquinaindustrial.com.br/maquinario-usado/?e=Mistura-
dor+para+po+50+L+Consolid_207-350. Acesso em 09/10/2018
Fabricantes/fornecedores
252
MAQUINA INDUSTRIAL
Rua Antônio Blanco, 1451, Jardim São João Batista, CEP: 13567-060 – São Carlos - SP
Telefones p/ contato:
0800 033 0080
+55 (16) 3419-4648
+55 (16) 3361-6681
Site: www.maquinaindustrial.com.br
INTELIMAQ
Rua Professor Nelson de Senna, 642, São Paulo-SP
+55 (11) 5565-1217
+55 (11) 5677-6448
E-mail: [email protected]
Site: www.intelimaq.com.br
FIGURA 8- MISTURADOR PARA PÓ 50L
Tipo e(mm)
Tubo estirado 0,0015
Latão, chumbo, vidro 0,0076
Aço comercial ou Aço carbono ou 0,0457
Ferro Usinado
Ferro fundido (recoberto com 0,1219
asfalto)
Ferro galvanizado 0,1524
Tubos de aduelas de madeira 0,1829 a 0,914
Ferro fundido (não revestido) 0,2591
Concreto 0,305 a 3,05
Aço rebitado 0,914 a 9,14
Fonte: Fenômenos de transporte 1, UNITEC, UNISUL, D. de Nez, 2010.
272
Acessório K Le/D
Válvula globo, aberta 7,5 350
Válvula de ângulo, aberta 3,8 170
Válvula gaveta, aberta 0,15 7
Válvula gaveta ¾ aberta 0,85 40
Válvula gaveta ½ aberta 4,4 200
Válvula gaveta ¼ aberta 20 900
Joelho padrão 90º 0,7 32
Joelho raio curto 90º 0,9 41
Joelho raio longo 90º 0,4 20
Joelho padrão 45º 0,35 15
T,com saída lateral 1,5 67
T, com saída reta 0,4 20
Curva 180º 1,6 75
Ampliação Gradual - 12
Cotovelo de 90º, raio - 22
longo
Cotovelo de 45º 0,4 16
Curva de 90º(R/D=1) 0,9 21
Curva de 45º 0,2 15
Entrada normal 0,5 17
Entrada de borda - 35
Junção - 30
Redução - 6
Registro de globo aberto 100 350
Saída de canalização 1,00 32
T, saída bilateral 1,8 65
Válvula de pé e crivo - 250
Válvula de retenção - 100
Registro de gaveta 0,2 -
aberto
Fonte: Fenômenos de transporte 1, UNITEC, UNISUL, D. de Nez, 2010.
274
Fonte: B.W. Hammer and A.R. Johnson, the specific heat of milk and milk derivates, 10/1913.
Fonte: Vicosity of Whey Protein Solutions, M.R. Alizadehfard and D.E. Wiley, UNESCO,
Iranian Journal of Polymer Science and Technology, Vol. 4 No 2, 1995.
276
Fonte: https://www.unicamp.br/fea/ortega/aulas/aula14_Agitacao.pdf