Jornal Ecoestudantil N.º 33 Junho 2019

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 36

s

Número 33, janeiro – junho 2019


m en t o d e Escola
Agrupa e ia - TAVIR
A O,50
t o Co r r
gus
Jorge Au
BIBLIOTECA ESJAC

Olimpíadas da Economia

A Economia da Felicidade

T eve lugar na cidade de


Coimbra a VI edição das
Olimpíadas da Economia, organi-
zadas pela Faculdade de Econo-
mia da Universidade de Coimbra,
tendo a mesma sido considerada
um êxito pela organização e por
todos os alunos envolvidos.
A Escola Secundária Dr. Jor-
ge Augusto Correia fez-se repre-
sentar por Miguel Oliveira, aluno de
Ciências Socioeconómicas, que
teve uma participação muito boa,
apesar de não ter sido apurado
para a fase internacional que Miguel Oliveira (3.º elemento a contar da esquerda, na última fila) entre
decorrerá em agosto na cidade de os finalistas da fase nacional das Olimpíadas da Economia 2019
Moscovo.
Fica o testemunho do nosso participante:

“Nos passados dias 26, 27 e 28 de abril decorreu a final Nesta edição:


das Olimpíadas da Economia. Tive conhecimento deste projeto Pré-Escolar
através do Professor Rui Tavares, no âmbito da disciplina de
Economia C. Este ano tive o prazer de participar na fase final Ensino Básico
deste evento, que decorreu na cidade de Coimbra, representan- Cidadania
do a nossa escola. Projetos
Esta eliminatória consistiu na realização de uma prova
escrita e na participação em diversos desafios e palestras que Ciências Experimentais
me permitiram aprender mais sobre a Economia da Felicidade Eco dos Espaços
(tema escolhido para a edição) e sobre os principais problemas
que a economia mundial enfrenta atualmente. Teatro
A par de toda esta vertente educativa pude também Línguas
conhecer melhor a cidade de Coimbra, a Universidade e intera-
gir com jovens de todo o país. Achei a experiência muito gratifi- Visitas de Estudo
cante e aconselho a participação neste projeto!” Educação Física
Artes Visuais
Rui Tavares
(Professor do Grupo disciplinar de Economia) e
Miguel Oliveira, 12.º B
PRÉ-ESCOLAR
Escola Básica da Horta do Carmo
Brincar e aprender
Fernanda Guerreiro, educadora de infância, trabalha com um grupo de meninos e meninas do pré-
escolar na Escola Básica da Horta do Carmo e enviou-nos fotografias que testemunham algumas das
atividades de aprendizagem que têm sido dinamizadas na Sala 1, contando também com a colaboração
das famílias dos alunos:
Placar da Primavera

Dia Mundial da Água (22 de março) e Preservação do Planeta

Página 2
ENSINO BÁSICO
Escola Básica 2/ 3 Dom Paio Peres Correia
Aprender dentro e fora da escola
Por Ângela Moreira (Professora do Grupo Disciplinar 220 — Português e Inglês)

Ovonauta Por este rio acima Sexualidade Responsável

Durante o mês de
novembro, as turmas PCA3 e
PIEF assistiram a ações de
Informação e Sensibilização
sobre VIH/SIDA e Sexualida-
de Responsável. Estas
foram dinamizadas pelo
No dia 18 de outubro, a Movimento de Apoio à Proble-
turma PIEF, acompanhada pelo mática da Sida (MAPS), cujos
diretor de turma, professor Fer- temas abordados estão no
nando Afonso, a técnica de âmbito das problemáticas do
intervenção local (TIL), Sandra VIH/Sida, sexualidade.
Cabrita, e a professora Ângela No início, os alunos
Moreira, realizou a atividade estavam um pouco inibidos
Percursos interpretativos na devido à linguagem que as
formadoras permitiram que
fosse usada, mas o balanço
No dia 9 de outubro, os final foi positivo e do agrado
alunos da turma PCA3, acom- de todos.
panhados pela professora de
Português, Mónica Gonçalves,
e pela diretora de turma,
Ângela Moreira, dirigiram-se
ao Centro de Ciência Viva,
das 14:30 às 15:20, para a ati-
vidade OVONAUTA. Esta
consistiu na construção e oti-
mização de uma cápsula para
transportar um ovo. No final Ribeira do Alportel e da Assê-
da atividade, este foi lançado ca.
de uma altura de 12 metros. A Oferta Educativa do Ficaram agendadas para
Centro Ciência Viva de Tavira, o segundo período duas
para 2018-2019, contempla, novas sessões, desta vez
entre outros, o projeto Por este sobre toxicodependência.
rio acima: Património Natural Nessas sessões pretende-se
e Água. Este promove o conhe- desenvolver, fomentar e
cimento e a reabilitação e pro- assegurar uma prestação de
teção de rios e ribeiras, sensibi- serviços à comunidade
lizando a sociedade para uma escolar, no âmbito das
cidadania mais ativa, mais problemáticas do VIH/Sida,
aberta, transversal e participa- sexualidade, dependências e
da. outras problemáticas de
Com esta atividade, os emergência social, contribuin-
alunos adquiriram conhecimen- do para a sensibilização e
tos sobre a fauna e a flora da prevenção das
zona e, no final, procederam à Página 3
mesmas.
limpeza da área circundante da
ENSINO BÁSICO
Escola Básica 2/ 3 Dom Paio Peres Correia

Aprender dentro e fora da escola


Por Ângela Moreira (Professora do Grupo Disciplinar 220 — Português e Inglês)

Identidade de género Centro RIAS Castro Marim


No dia 22 de janeiro, o
Centro de Recuperação e
Investigação de Animais Sel-
vagens (RIAS) recebeu a tur-
ma PCA da escola EB 2,3 D.
Paio Peres Correia de Tavira
no Centro de Interpretação
Ambiental.

A escola tem como mis- No dia 11 de mar-


são promover a igualdade de ço, a turma PCA, acompanha-
oportunidades e educar para da pelas professoras Ângela
os valores da igualdade entre Moreira e Mónica Gonçalves,
homens e mulheres. É de visitou o Castelo de Castro
extrema importância desenvol- Marim e o Forte São Sebas-
ver um esforço para a elimina- tião. A vista panorâmica sobre
ção da discriminação em fun- Os alunos puderam o rio, a zona do Sapal, a ser-
ção do género e, consequen- observar alguns animais em ra algarvia, Espanha e as
temente, de relações de intimi- recuperação através de câma- salinas foram algumas das
dade marcadas pela desigual- ras de vigilância, e conhecer coisas observadas.
dade e pela violência. Faz par- as causas de ingresso que os
te essencial da educação para A visita guiada com o Sr.
trouxeram até ao Centro Pedro foi bastante elucidati-
os direitos humanos o respeito RIAS. Perceberam que não se va. No final, foi feito um
pelos direitos e pelas liberda- devem libertar espécies exóti- piquenique no parque Revelim
des individuais, na perspetiva cas na natureza, porque irão
da construção de uma cidada- onde foram tiradas várias foto-
comprometer a sobrevivência grafias que vão ser usadas
nia para todos. das espécies autóctones. para o trabalho que a turma
Neste âmbito, as turmas Viram asas de diversas aves, está a realizar com a profes-
do PCA e PIEF, assistiram, no desde gaivotas a falcões e
passado dia 15 de janeiro, à sora Mónica Gonçalves, nas
mochos. Porém, foi a asa de aulas de Ritmos de Mudança.
sessão de sensibilização grifo que, pela sua dimensão, A visita correu muito bem
“Identidade de género e trouxe espanto a esta turma. e foi do agrado de todos.
orientação sexual”, dinami- No final da visita, tiveram
zada pelo MAPS (Movimento a possibilidade de devolver à Expressão artística:
de Apoio a Problemática da natureza uma gaivota-de- Criação de sólidos em 3D
SIDA). patas-amarelas, ainda juvenil. ou maquete.
Foi um momento interes-
sante de descoberta e partilha
sobre o bullying, a discrimina-
ção e o preconceito que ainda
existe na sociedade portugue-
sa.
Elaborado nas aulas com a professora
Ângela Moreira (PCA e PIEF - janei-
Página 4 ro 2019) PIEF e PCA com o
professor Fernando Gonçalves.
CIDADANIA
Cidadania e Desenvolvimento
PARLAMENTO DOS JOVENS 2019

Alterações climáticas — reverter o aquecimento global


Por Teresa Brito (Professora de História e coordenadora do Projeto)

É importante que haja cais ao nível do IMI, IUC e


uma ação concertada entre as IRC (casas com eficiência
políticas públicas de 200 energética com redução de
nações do mundo e os uma percentagem a deter-
milhões de ações individuais minar no IMI; compra de
que uma cidadania ativa e res- carros elétricos com isen-
ponsável implica. ção de IUC; e Indústrias
Ao longo da História pouco poluidoras com redu-
Humana, o Homem foi capaz ção de uma percentagem a
de elevar a sua qualidade de determinar no IRC).
vida e tornar-se poderoso com
o conhecimento que conse-  Festival EcoFest - promo-
guiu alcançar. Nunca tanta ção de um festival que fun-
coisa mudou em tão pouco cionaria como evento
mediático para uma maior

N
tempo para tanta gente. É um
mundo melhor, mais volátil, consciencialização sobre
mais imprevisível, mais com- “Alterações Climáticas”
plexo e mais difícil de gover- através de concertos, deba-
o dia 23 de janeiro nar, porque mais difícil de con- tes, exibições de curtas e
decorreu a sessão escolar do trolar. longas metragens, concur-
Parlamento Jovem no Auditó- Este projeto de Cidada- sos de projetos de combate
rio da Escola Secundária Dr. nia e Desenvolvimento teve ao aquecimento global e
Jorge Augusto Correia, em como objetivos desenvolver o palestras alusivas ao tema.
Tavira. Nesta sessão, discuti-espírito crítico e estruturar a
ram-se as medidas que formação dos alunos com Os deputados mais vota-
devem ser tomadas para fazer base em valores que os ajuda- dos são todos alunos do 11.º
face a um problema global rão a ser cidadãos empenha- C2: Rita Azevedo, Maria Caro-
sobre o qual todos temos a dos na construção de um lina Peixe e Francisco Grilo.
nossa quota de responsabili- mundo melhor. Como suplente ficou a deputa-
dade: “Alterações climáticas As medidas mais vota- da Iara Celestiano.
—reverter o aquecimento das para o projeto de reco- A deputada suplente
Global”. mendação da escola foram as candidatou-se ao cargo de
Os alunos do 11.º C1 e seguintes: repórter da Sessão Distrital do
11.º C2 problematizaram o Parlamento Jovem, que decor-
assunto, constatando que se  Promoção de uma econo- reu em Faro a 21 de março, e
trata da maior ameaça ao bem mia de baixo carbono com foi selecionada para fazer a
-estar da população mundial e redução do uso de carnes cobertura jornalística nas
ao equilíbrio da natureza. É vermelhas, redução do uso Redes Sociais.
urgente estabelecer um novo de plástico, recurso às Os deputados presentes
paradigma de desenvolvimen- energias renováveis e aos na Sessão Distrital foram con-
to com decisões de impacto transportes públicos. vidados para participarem na
sobre o consumo e estilos de Sessão Nacional que decorre-
vida mais sustentáveis e  Promoção de políticas con- rá no Parlamento em Lis-
menos gravosos para as certadas de incentivos fis- boa, a 21 de maio. Página 5
gerações atuais e vindouras.
CIDADANIA

Combater as alterações climáticas


Texto por Kateryna Lomeiko, 11.º C1; Fotografia por António Rodrigues, 11.º C1
nosso dia a dia: louça, sacos
de compras, produtos de
higiene. Optar por garrafas de
vidro e sacos de tecido já
pode fazer a diferença.
Nem todas as cidades
oferecem a possibilidade de
separação de lixo, nem todas
as ruas têm caixotes de lixo
amarelos, verdes e azuis. Não
é difícil alterar esta situação.
Com essas e várias outras
medidas, podemos evitar a

E
anos a Terra vai mudar com- transformação do nosso pla-
pletamente: as próximas gera- neta num armazém de garra-
ções nunca chegarão a saber fas, latas e pacotes de leite.
que o ar deve ser azul e claro, Os espaços verdes
m todo o mundo, em estão a desaparecer progres-
a terra, verde e limpa. O futuro
todos os países, em sivamente, sendo trocados por
está nas nossas mãos, e nós
cada cidade, há problemas temos que agir. infraestruturas. As florestas
para os quais todos procuram estão em extinção. Nunca
Nunca houve tantos pro-
e conseguem encontrar solu- tantas árvores foram cortadas
gramas, artigos e filmes sobre
ções. Esses problemas são como na atualidade. Para
as alterações climáticas como
políticos, económicos e agora. As crianças de hoje em cada árvore que está a ser
sociais, entre outros. No cortada deveriam ser planta-
dia sabem o que é a recicla-
entanto, há problemas que das cinco, dez, vinte. Quanto
gem, o tratamento de resíduos
englobam não só cidades e mais melhor.
domésticos e a separação de
países, mas todo o planeta. plástico, embalagens, vidros e A maior parte da terra
As alterações climáticas deveria ser ocupada não por
cartão. Contudo, não são só
são o assunto discutido por casas, centros comerciais e
as crianças que devem ter
todos, todos os dias e até parques de estacionamento
conhecimento disso tudo,
minutos. Não existe nenhuma somos todos nós. de carros, mas por parques
pessoa que nunca tenha ouvi- naturais, campos e florestas.
Não vamos ajudar o nosso
do falar do aquecimento glo- Esta medida promove não só
planeta apenas falando, mas
bal, desflorestação, aumento a diminuição da poluição do ar
sim fazendo alguma coisa.
do nível de água do mar, Para começar, poderíamos mas também habitats para os
extinção de espécies, polui- animais. Estes animais preci-
simplesmente deixar de utili-
ção. E todos sabem quais são sam de ter casas tal como
zar plástico, que é uma das
as soluções para que essas nós, e se continuarmos a des-
maiores fontes de poluição.
alterações não avancem, mas trui-las, existe uma hipótese
Esta resolução não é fácil de
nem todos lutam pelo seu pôr em prática, uma vez que de, a certa altura, destruirmos
futuro, que não é bem seu, a nossa própria casa, a Terra,
este material é cada vez mais
mas, sim, do mundo em que e não temos a outra.
usado em vez de outros. Se
vivemos. Soluções são inúmeras,
continuar assim, os nossos
Neste momento, não exis- filhos e netos vão viver num mas há que agir já. Em alguns
te nenhum problema mais gra- países, o governo não faz o
mundo feito de plástico. Não
ve do que esse, uma vez que máximo que pode fazer. Por
devem ser feitos de plástico
se nós não agir- isso, temos que fazer um
Página 6 mos, em poucos os bens que utilizamos no
esforço para sermos ouvidos e
CIDADANIA

atendidos. Temos que lutar começarem a agir imediata- resolvidos. Falem com os
pelo clima. E já o começámos mente. Os cartazes feitos por pais, professores, amigos.
a fazer. alunos de várias escolas do Escrevam, divulguem nas
A greve de alunos e a Algarve não deixaram nin- redes sociais. Isso não custa
manifestação em Faro, “Faz guém indiferente a essa situa- nada, mas ajuda. Todos têm
pelo clima”, ocorrida no dia 15 ção. É um passo para um futu- de ter conhecimento dos pro-
de março, é um bom exemplo ro melhor. Alguns já foram blemas ambientais. Todos têm
de uma ação de protesto e de dados, mas temos muitos de se unir e lutar pela Terra,
sensibilização. Apesar de não mais para dar. pelo clima, pelo futuro.
ter alcançado todos os seus Falem: é uma das coisas Nós precisamos da Ter-
objetivos, trouxe uma grande que podemos fazer para os ra, tal como a Terra precisa de
motivação para as pessoas problemas começarem a ser nós.

Artigo orientado pela professora do Grupo Disciplinar de Filosofia, Sofia Henriques Cardoso.

Prioridade para a resolução da crise climática

N
Por José Couto (Professor do Grupo Disciplinar de História)

e um problema muito sério tomada de medidas por todos


a manhã do passa- que ameaça a vida na Terra e e cada um de nós, no dia a
do dia 13 de mar- que, para além de exigir a dia, por forma a que a mudan-
ço, a pedido da Associação de tomada de medidas urgentes ça do clima não se torne irre-
Estudantes e no âmbito de a nível dos governos, exige a versível e, portanto, fatal.
uma greve/marcha/encontro
mundial de jovens, marcada
para o dia 15 de março, foi rea-
lizada, na sala de convívio dos
alunos da Escola Secundária,
uma sessão de sensibilização
e esclarecimento sobre as alte-
rações climáticas, que foi
dinamizada por uma equipa do
Centro de Ciência Viva de
Tavira.
A sessão, que contou
com a presença de dezenas de
alunos de diferentes áreas cur-
riculares, foi apresentada pelo
vice-presidente da Associação
de Estudantes, Miguel Santos.
De seguida, e durante quase
duas horas, os dinamizadores
João Afonso e Pedro Rebelo
desenvolveram um conjunto de
atividades práticas e interativas
que fizeram com que os alunos
e professores presentes se
mostrassem interessados e
fossem levados a participar.
No final, era geral a ideia
de que as alterações climáticas Página 7
são uma questão transnacional
PROJETOS
Projeto Erasmus+ Connect Your Learning
Por Ana Cristina Matias (Professora Bibliotecária)

busca uma outra integração desta experiência que está a


dos novos recursos tecnológi- decorrer entre três parceiros

N
cos e dos media digitais no (Polónia, Portugal e Croácia)
ambiente escolar. Para tal, a está já em fase de finalização.
equipa de professores envolvi- No sentido de melhor coor-
da no projeto tem desenhado denar a ação dos parceiros,
em todos os projetos cenários de aprendizagem realizou-se no passado mês de
europeus envolvem a mobili- que convidam à interação, à abril, de 22 a 25, o terceiro
dade de alunos, como é o contribuição criativa e às múl- encontro do projeto, desta vez
caso de Connect Your Lear-
tiplas formas de interligação na Polónia. Nele participaram o
ning. Porém, todos implicam que hoje temos ao nosso dis- professor António Silva e a
uma experiência pedagógica, por. Os mesmos têm sido apli- adjunta do diretor, professora
preferencialmente inovadora, cados em contexto de sala de Anna Alba Caruso.
que torne as aprendizagens aula e os resultados analisa-
dos alunos mais significativas. Saiba mais no site do proje-
dos. to:
Esse é um dos objetivos de Uma publicação conjunta
Connect your Learning que https://youthart.eu/connect/

Projeto Erasmus+ AMOR

D
Por João Pedro Martins, 11.º B

e 18 a 22 de mar-
ço, os alunos João
Martins, Tomás Zica, Sara
Pacheco e Débora Petrova do
11.º B, acompanhados pelos
professores António Silva,
Carmen Pedroso e o senhor
diretor José Baía, participaram
no segundo encontro do Pro-
jeto Erasmus+, Ancient Heri-
tage Meets Modern Resear-
chers - AMOR, que se reali-
zou em Arucas, ilha Grã
Canária, Espanha.
Entre diversas atividades
desenvolvidas, destaco a visi-
rituais sagrados ligados a Esta forma de comunicação
ta a Risco Caído, candidato a
ciclos astrológicos. também foi reconhecida Patri-
Património Mundial da Unes-
Também foi muito inte- mónio Oral e Imaterial da
co. Risco Caído foi uma des-
ressante aprender e praticar o Humanidade pela Unesco.
coberta arqueológica de 1996,
Silbo Gomero (linguagem nati- O terceiro encontro deste
mas este local é constituído
va), uma forma útil e facilitado- Projeto decorreu de 6 a 10 de
por diferentes estratos de
ra de conversa quando as maio em Avalon, França.
diversas eras. No coração da
pessoas se encontram distan-
colossal cratera vulcânica de
tes. As palavras são comuni- Visite o site do projeto:
Tejeda, os aboríge-
Página 8 cadas através do assobio. https://afmbasi.wixsite.com/amor
nes faziam os seus
PROJETOS
Erasmus + KA2

Walls and Bridges

O
Por Anabela Quaresma (Professora do Grupo Disciplinar de Inglês)

Agrupamento de
Escolas Dr. Jorge
Augusto Correia acolheu na
semana de 18 a 22 de feverei-
ro o segundo encontro do pro-
jeto Erasmus + KA2 intitulado
“Walls and Bridges”, que reu-
niu trinta alunos e catorze pro-
fessores de escolas dos
seguintes países: Espanha,
Itália, Hungria, Turquia e Sué-
cia. O encontro debruçou-se
sobre os temas da inclusão
escolar, usando as metáforas
de muros e pontes para
conhecer melhor a forma
como devemos para praticar a
incluisão. Durante os traba-
lhos, para além dos alunos e Anica, grupo disciplinar de “Esta experiência enriqueceu-
professores estrangeiros, esti- Educação Especial, para me muito a nível cultural”,
veram envolvidos professores debaterem as questões rela- Carlos Arez, 10.º ano
do nosso Agrupamento e alu- cionadas com a escola inclusi-
va e conheceram in loco a “Um projeto que recomendo
nos da nossa escola. Estes vivamente”,
alunos receberam em sua realidade do Agrupamento.
Miguel Oliveira, 12.º ano
casa os alunos estrangeiros. O encontro terminou com
Ao longo dos dias do um jantar partilhado, na canti- “Uma experiência muito diver-
encontro, os alunos apresen- na da escola, com a importan- tida e diferente”,
taram trabalhos sobre as suas te participação das famílias Vitória Sampaio, 10.º ano
escolas, regiões e países, que acolheram os alunos das
“Este projeto deu-me a oportu-
assim como trabalhos sobre escolas parceiras.
nidade de conhecer diferentes
as metáforas relacionadas Ao longo do encontro foi
costumes.”,
com muros e pontes nas dife- visível a construção de pontes Jorge Conceição, 10.º ano
rentes culturas. entre todos, criando-se um
ambiente de união muito enri- “Uma experiência bastante
Os professores reuniram interessante.”,
-se ainda com as professoras quecedor, evidente nos
Francisco Lopes, 10.º ano.
Teresa Venâncio e Patrícia seguintes testemunhos:

Página 9
PROJETOS

De 18 a 22 de fevereiro desapareceram 3 professoras desta Escola


Por Edite Azevedo (Professora do Grupo Disciplinar de Filosofia)

E
Igreja Nova de Gibellina, Província de Trapani, Sicília, Itália.

Assim, os parceiros, de influências de todo o mun-


scape Classroom – sobre temas da sua especiali- do. Construída no século XI
Digital Turn é o nome dade, constroem aulas com combina traços islâmicos, lati-
de mais um projeto europeu filmes, textos, inquéritos, tra- nos e bizantinos, fica no Palá-
abraçado por esta Escola e balho individual, de pares ou cio dos Normandos e é uma
com direito a fugas. Com coor- de grupo que podem ser dina- genial síntese de saberes e
denação grega foi, no entanto, mizadas com ou sem profes- beleza. Exatamente o que se
em Portugal, e na ESJAC, sor. Convém que as sessões pretende com este projeto.
que se fez a primeira reunião não ultrapassem os 100 minu- Trocar, sintetizar, conhecer
(12 a 16 de novembro de tos. Uma das plataformas usa- para poder admirar, pensar
2018). das é Learning Designer: em conjunto, fazer diferente,
Italianos e espanhóis, https://www.ucl.ac.uk/learning- aderir a outras formas de
lituanos e gregos, sem esque- designer/. comunicar com os alunos.
cer os polacos, são os parcei- Ir ao encontro, facilitar Suster o mundo.
ros. Já tínhamos trabalhado aprendizagens, facultar meios,
com todos, exceto com os orientar em vez de dirigir, per- E a colaboração entre
lituanos, o que parece mitir a criatividade e a autono- professores não terminou por
demonstrar que os afetos tam- mia nas aprendizagens são aqui. O terceiro encontro de
bém estão presentes. Gosta- alguns dos valores a desen- trabalho do Projeto Erasmus +
mos de trabalhar juntos e de volver. - Escape Classroom, Digital
dar o primeiro empurrão. A fuga deu-se para a Turn, decorreu em Vilnius, na
Escape classroom - Sicília. Entre reuniões de tra- Lituânia, de 6 a 10 de maio.
Digital Turn visa produzir em balho, não escaparam museus
todas as línguas nacionais e igrejas, exposições, templos Visite a página do Proje-
envolvidas e também em e anfiteatros gregos, sim, gre- to (https://escapeclassroom-
inglês materiais diversificados gos de verdade, com boa ges- digitalturn.weebly.com/) e lá
que, em diferentes platafor- tão do tempo. Mas, o que encontrará novas sugestões
mas digitais, desenvolvam o mais terá impressionado todos de boas práticas para o espa-
gosto de apren- terá sido, em Palermo, a visita ço educativo.
Página 10
der aprendendo. à capela Palatina, pela mistura
PROJETOS
Programa Eco-Escolas

O
Por Augusta Carvalho (Professora do Grupo Disciplinar de Biologia e Geologia)
 Declaração do interesse do
Município em colaborar com
Programa Eco- a escola, sendo, assim, o
Escolas é vocacio- Município o principal parcei- de Ação de cada escola candi-
nado para a educação ro da escola na implementa- data ao Galardão. Os temas
ambiental, a sustentabilidade ção deste Programa. de trabalho complementares
e a cidadania que a Fundação Uma escola que adere são atualmente: Transportes,
para a Educação Ambiental ao Eco-Escolas compromete- Ruído, Espaços Exteriores,
(FEE) implementa em vários se a desenvolver um conjunto Agricultura Biológica, Biodi-
países desde meados dos de ações e atividades que versidade e Alterações Cli-
anos 90. Destina-se funda- deverão envolver os diferentes máticas.
mentalmente ao ensino básico elementos da comunidade
(do 1º ao 3º ciclo), podendo, A Escola D. Paio Peres
escolar e da comunidade
no entanto, ser adaptado e Correia está inscrita no Pro-
envolvente, nomeadamente o grama Eco-Escolas e galar-
implementado noutros graus Município, e ainda realizar ati-
de ensino. Pretende encorajar doada com Bandeira Verde,
vidades no âmbito dos temas- desde o ano letivo 2005/06.
ações e reconhecer o trabalho base (água, resíduos e ener-
de qualidade desenvolvido no Para além da escola D. Paio
gia) e de pelo menos um dos Peres Correia, estão ainda
âmbito da Educação Ambien- temas do ano. Depois constitui
tal para a Sustentabilidade inscritas no programa as EB
-se o Conselho Eco-Escolas. Horta do Carmo, EB1 de
pelas escolas inscritas. Este integra um coordenador
Implementado em Portu- Cabanas de Tavira e EB1/JI
deste Programa, um elemento
gal pela Associação Bandeira de Conceição de Tavira, esco-
da direção da escola, um las do nosso agrupamento.
Azul da Europa (ABAE) desde representante dos pais, vários
o ano letivo 1996/97,o Progra- professores e representantes Exemplos de atividades
ma conta neste momento com de alunos dos vários níveis de desenvolvidas e a desenvolver
mais de 1.600 escolas inscri- ensino, bem como outros ele- neste ano letivo 2018/19:
tas no ano letivo de mentos fora da escola, como, Hastear da Bandeira Verde,
2018/2019. A ABAE foi consti- por exemplo, da Divisão de galardão atribuído pelo traba-
tuída em janeiro de 1990, sen- Ambiente da Autarquia. A lho desenvolvido no ano letivo
do reconhecida desde então Autarquia é, sem dúvida, o anterior.
como a secção portuguesa da principal parceiro da escola
FEE. neste Programa Eco-Escolas,
O programa Eco-Escolas com todo o seu apoio logístico
pode ser adotado por qualquer e material.
escola, desde que se inscreva No início do ano é feita
e que siga a sua metodologia: no início do ano uma Auditoria
 Manifestação da vontade de Ambiental, que pretende ser
melhorar o seu desempe- uma ferramenta de diagnósti-
nho ambiental, envolvendo co e de avaliação. Procurar-
os alunos nos processos de se-á, no início de cada ano
decisão e implementação escolar, caracterizar a situa-
do Programa, em qualquer ção existente para identifica-
das suas fases; ção o que necessita de ser
 Concordância de adesão corrigido e/ou melhorado.
ao Programa por parte do/a Água, Resíduos, Energia
diretor/presidente da esco- constituem os temas-base do
la; Programa Eco-Escolas pelo
Página 11
que devem constar do Plano
PROJETOS
Recolha seletiva, sema- Atividade "A minha
nal, dos resíduos da escola, praia", com o apoio do Centro
para reciclagem, realizada ao Ciência Viva e participação das
logo do ano, pelas turmas do turmas 8.ºA e 8.º B, para reco-
8.º ano. lha e triagem do lixo da praia.

Remoção de chorão
na Praia do Barril

Plantação de árvores
na escola
Esta atividade assinalou
a comemoração do Dia Mun-
dial da Árvore e da Floresta,
realizada no final de março.
Contou com a presença da
Direção da Escola, a participa-
Palestra dinamizada pelo ção de várias turmas do 5.º ao
Centro Ciência Viva de Tavira 8.º anos e vários professores
sobre microplásticos, poluição Um agradecimento especial à
marinha e aquecimento global, ALGAR na oferta do compos-
realizada na biblioteca da to para enriquecimento do
Escola D. Paio e integrada na solo, da Câmara Municipal
Semana da Ciência e Tecno- de Tavira e Tavira Verde no
logia. apoio na preparação do terre-
no para a plantação e na ofer-
ta de árvores, bem como ao
ICNF na oferta também de
algumas árvores que foram
plantadas.
Preparação do terreno,
reparação do espaço do lago,
remoção de ervas, manuten-
ção da horta biológica de
espécies aromáticas, dinami-
zado pelo professor José Fili-
pe, turmas do 5.º e 6.º anos e
algumas turmas do 8.º ano.
Página 12
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS

B
Por Manuel Neto, Pedro Cunha e Rita Silva, 10.º A1

Outras atividades a dinamizar: atmosférico normal contém


21% de oxigénio, no interior
 Visita à ETAR de Almar- iosfera 2, um ambi- da Biosfera 2 essa taxa foi
gem, colocar dois compos- cioso projeto que caindo aos poucos, chegando
tores na horta da escola; começou a ser executado em a 14%. Para assegurar a
 Realizar recolha de pilhas, 1986, foi financiado pelo bilio- sobrevivência dos biosferia-
tinteiros e baterias de tele- nário Edward P. Bass que nos, a direção do projeto foi
móveis; nele gastou cerca de 200 forçada a injetar oxigénio,
milhões de dólares. Consistiu abandonando assim o objetivo
 Voluntariado Ambiental num imenso laboratório ecoló- inicial de uma autossuficiência
para a Água - monitoriza- gico em vidro e aço, totalmen- completa. Isto ocorria pois o
ção da qualidade da água te isolado do exterior, cons- solo era exageradamente rico
da Ribeira; truído no Arizona, EUA. em material orgânico, onde
 Brigadas de monitorização O objetivo era criar um viviam microrganismos cuja
dos consumos da água e ambiente totalmente autossufi- respiração consumia oxigénio.
da energia; ciente em que os seres huma- No entanto, a taxa de dióxido
nos, que habitavam em con- de carbono não aumentava
 Identificação das espécies como deveria. Verificou-se,
junto com 3800 espécies de
de árvores da escola e animais e vegetais, pudessem finalmente, que boa parte dele
colocação de placas de sobreviver através da recicla- estava a ser absorvido pelo
identificação; gem do ar , da água e da pro- cimento fresco, utilizado na
 Visitas de estudo ao aterro dução do próprio alimento. construção. Foram ainda dete-
sanitário da Algar; A Biosfera 2 ocupa uma tados altos níveis de óxido
área de mais de 12.000 m², nitroso, que em concentrações
 Comemoração do Dia onde foram criados cinco altas pode causar danos ao
Mundial do Ambiente/Dia ecossistemas: uma floresta cérebro.
Eco-Escolas (5 de junho). tropical húmida com pequenas Ainda assim, o maior
montanhas; um oceano com problema estava na dificulda-
Apoios: 4 milhões de litros de água de de se conseguir alimento
com um recife de coral; uma suficiente. Por um lado, por-
savana com plantas herbá- que o nível de iluminação
ceas; um pântano; e um estava abaixo do previsto, por
deserto. Havia ainda uma outro, porque as plantações
plantação que fornecia algum começaram a ser atacadas
alimento aos habitantes, e por pragas. Os biosferianos
também uma área residencial começaram a perder peso e a
que abrigaria os primeiros questão do alimento tornou-se
"biosferianos". uma tão grande que houve
Um dos maiores proble- sérias desavenças entre eles,
mas relacionou-se com a com- com brigas e
posição do ar. Enquanto o ar acusações Página 13
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS

sobre roubo de comida. das , fracassou em tentar imi-


Das 25 espécies de ver- tar o grande sistema que é o
tebrados originalmente utiliza- planeta Terra. Existem dema- “Quando estava em casa,
dos para o projeto, apenas 6 siadas variáveis que têm de na «biosfera 1», e pedia
sobreviveram. A maior parte se ter em conta, interações uma piza, demorava cer-
dos insetos também se extin- subtis que ainda não identifi- ca de 10 minutos a obtê-
guiu. A perda de polinizadores camos e, por isso, não con- la, por outro lado, dentro
limitou as plantas a uma única trolamos. Todos os fatores, da biosfera 2, demorava
geração, sendo incapazes de todas as pequenas coisas por
se reproduzir. Alguns organis- mais insignificantes que pare- cerca de seis meses para
mos, no entanto, prosperaram, çam, são importantes. Assim, conseguir fazê-la, pois
como certas plantas daninhas, todas as pequenas falhas se necessitávamos de pro-
uma espécie de formigas e acumulam, criando um desas- duzir o trigo, os vege-
baratas. tre que continua num efeito tais..."
A Biosfera 2, mesmo dominó. No fundo este projeto
com tantos elementos presen- apenas nos mostrou a gran-
tes, com vários ecossistemas diosidade e complexidade que Testemunho de Jane Poynter -
cientista "hospedada" na Biosfera 2
e variáveis a serem controla- é a Biosfera 1.

Artigo orientado pela professora de Biologia, Augusta Carvalho.

Simulacro de incêndio
Por Filomena Madalena (Professora responsável pela Segurança)

D ada a importância
que reveste a tes-
tagem do Plano de Emergên-
Na Escola Secundária
Dr. Jorge Augusto Correia
encontra-se implementado um
cia da Escola, no que respeita Plano de Emergência Interno,
à evacuação da comunidade em que são definidas medidas
educativa dos diversos blocos de controlo para situações
do edifício da escola secundá- especiais de emergência.
ria, realizou-se, no dia 2 de Numa organização em que se
abril, mais um exercício inter- acolhe diariamente um núme-
no - simulacro de incêndio. ro elevado de utentes, maiori-
Os simulacros refletem tariamente jovens, é imperioso
um cenário real de emergên- que, numa situação de emer-
cia de diferentes situações, gência, as regras sejam cum-
nomeadamente, incêndios, pridas e todos os intervenien-
acidentes, terramotos, inunda- tes saibam o papel que lhes cada um o papel que lhe com-
ções, entre outros. Acima de compete. pete.
tudo, estes exercícios servem O exercício decorreu É fundamental ter a
para que num cenário real se com normalidade, tendo a consciência de que do nosso
consiga lidar o melhor possí- comunidade escolar participa- comportamento podem depen-
vel com sentimentos de pâni- do ativamente. Demonstrou der vidas, sendo este o ponto
co, evitando que os danos através da sua rápida reação base para que todos os envol-
provocados nas instalações que a rotina dos procedimen- vidos no simulacro encarem o
sejam agravados tos está ficando cada vez mais exercício com seriedade e res-
Página 14 com danos ou interiorizada, conhecendo ponsabilidade.
perdas humanas.
FORMAÇÃO GERAL
A Europa do século XXI:
As línguas, uma ponte para a interculturalidade

N
Por Joana Nascimento e Lília Santos, 10.º C2

o dia 10 de janeiro,
realizou-se, no auditório da
Escola Secundária Dr. Jorge
Augusto Correia, a palestra “A
Europa do século XXI: As lín-
guas, uma ponte para a inter-
culturalidade”, conduzida
pelas docentes da Universida-
de do Algarve Neuza Costa e
Maria de Jesus Vilar, doutora-
das, respetivamente, em
Comunicação, Cultura e Artes,
e Literatura. Na sessão estive-
ram presentes as turmas 10.º
A1 e C2 e11.º A3 uma vez que
a Área de Cidadania e desen-
volvimento destas turmas se
debruça sobre o tema intercul-
turalidade.
A afirmação “As línguas
abrem-nos portas para a
diversidade e aumentam o
conhecimento sobre a cultu- ancestral e secular, resultando das respetivas culturas, come-
ra dos outros” sintetiza toda a numa profunda crise de identi- çou a promover o Multilin-
mensagem passada ao longo dade. Algo também muito guismo. Por isso, desenvol-
da palestra, o que faz com que importante é a língua franca, veu uma política com duas
se possa compreender o quan- ou seja, o idioma falado por vertentes:
to as línguas aumentam o um grande número de pes-  A proteção da diversidade
conhecimento de quem as soas e usado para estabelecer linguística europeia;
domina e são uma porta de relações comerciais ou para
passagem de informação e de comunicações básicas, numa  A promoção da aprendiza-
ideias. comunidade em que coexis- gem das línguas.
A presente palestra foi tem duas ou mais línguas. O A influência entre línguas
fundamental para aumentar o inglês, o mandarim e o árabe e culturas é cada vez mais for-
nosso conhecimento sobre o são línguas de grande desta- te, sendo muitas vezes cimen-
tema e consolidar em nós a que devido à sua conexão ao tada pelo uso das tecnologias,
importância da aprendizagem Mundo Comercial e Empreen- pela importância das artes e
de línguas. Primeiramente, por- dedor. pelos fluxos migratórios.
que esta enfatizou o facto de, A União Europeia, que Ao longo dos tempos, a
no Planeta Terra, existirem tem 24 línguas oficiais, vendo língua portuguesa foi influen-
aproximadamente 7 mil lín- a epidemia que o desapareci- ciada por outros povos e lín-
guas, das quais 2 mil estão em mento de alguns idiomas esta- guas. Em Portugal, Eça de
risco de desaparecer. Quando va a causar, e na tentativa de Queirós foi, por exemplo, um
uma língua desaparece, extin- promover as outras línguas, dos escritores
gue-se também uma cultura bem como a aprendizagem Página 15
que mais con-
FORMAÇÃO GERAL
tribuiu para este fenómeno, menos a língua espanhola, o Com as migrações
enriquecendo o português que propicia o aparecimento foram-se criando certos este-
com anglicismos (termos da de erros gramaticais graves, reótipos de um país, ideias
língua inglesa) e galicismos por exemplo. essas que foram reforçadas
(termos de língua francesa). Outro aspeto interessan- com o início do turismo.
Já para o caso do inglês, o te sobre a interculturalidade é Seguem-se, então, alguns
destaque vai para William a aprendizagem de línguas dos estereótipos mais fre-
Shakespeare, que contribuiu nos Estados Unidos da Améri- quentes:
para o desenvolvimento de ca. Os norte-americanos sem-
uma linguagem literária e a pre tiveram uma certa resis- PORTUGAL
evolução do inglês arcaico tência a outros idiomas, embo- -Não é Espanha?
para o moderno. ra nos anos 80 essa aprendi-
-Bacalhau
Um outro bom exemplo zagem tenha ganho muitos
da utilização de palavras de apoiantes, tornando-se assim -Fado
outras línguas é o termo algo de prestígio. Atualmente,
“Okay” (O.K.). A língua portu- a situação está um pouco dife-
guesa tem várias expressões rente, havendo uma divisão ESPANHA
equivalentes a esta (‘está opinativa em relação ao tema. -Tourada
bem’, ‘está bom’, …), o que -Flamenco
levanta várias questões: Qual
o motivo da utilização desse -Mulheres atraentes
termo? A pequenez da pala-
vra? O som? Ou simplesmen-
te a vontade de demonstrar IRLANDA
uma evolução e um à-vontade -Batatas
com expressões de outras lín-
guas? Talvez um pouco de - Famílias numerosas e
todas. muitos parentes
Nesta palestra aprendeu-
se ainda o que são línguas de -Álcool
contacto (línguas que intera-
gem, influenciando-se) e que
no caso do português foi a lín- Há sempre uma imagem
gua castelhana. O castelhano internacional de cada país,
é falado, a nível demográfico, simbolizado por certos pratos,
por cerca de 567 milhões de Tanto a bandeira como personalidades e obras. Por
pessoas, sendo que o país o hino são os principais sím- exemplo, Portugal é muitíssi-
com maior número de falantes bolos de um país, uma vez mo conhecido pela sua gas-
é o México. Esta língua sofreu que representam toda a nação tronomia, principalmente
também influências devido ao e toda a cultura adjacente. pelos pratos com bacalhau. O
império que Espanha estabe- Com base no Hino de Portugal nosso país tem também o
leceu na América. Por isso nota-se uma grande ligação reconhecimento internacional
mesmo, esse “espanhol” é com o épico (especialmente pelos seus doces conven-
mais rico, sendo composto por no facto de exaltar o Povo tuais, especialmente pelos
palavras de origem indígena. Português) e com a poesia, pastéis de nata.
Um problema que preo- bem como com o espírito
cupa um pouco os professores guerreiro.
de espanhol é a sua similari-
dade com o português. Este
fenómeno faz com que os alu-
nos portugueses
Página 16 tenham tendên-
cia a estudar
FORMAÇÃO GERAL

Fish and Chips


Também Inglaterra e
Espanha têm os seus pratos
mais típicos que são, o cha-
mado fish and chips (peixe e
batatas fritas, na tradução lite-
ral) e paella, respetivamente. Um outro aspeto impor- Por fim, e num balanço
tante está relacionado com a global, consideramos que a
pintura. Em Portugal, um dos palestra “A Europa do sécu-
nomes mais soantes é, por lo XXI: As línguas, uma pon-
exemplo, Josefa de Óbidos. te para a interculturalidade”
Já em Espanha, Francisco de é fundamental para a melhor
Goya é um dos mais ilustres perceção do futuro, uma vez
pintores. que as línguas e respetivas
culturas são fundamentais
para a conquista, descoberta
e evolução do mundo. Ter
Paella conhecimento de outras cultu-
ras contribui para a diversida-
Outra importante ima- de e cimenta o respeito e a
gem de marca de todos os comunicação entre povos.
países são as celebridades. Esta sessão de formação
Portugal é chamado o ‘País Cordeiro Místico’, destinada a alunos transmitiu
dos Poetas’, sendo Luís Vaz de Josefa de Óbidos a informação de que ter cultu-
de Camões (o autor d‘Os ra é saber respeitar; e que
Lusíadas, uma das mais sem cultura e sem línguas
importantes obras literárias não é possível existir um
portuguesas) e Fernando povo. Assim, é de sublinhar
Pessoa (Mensagem) dois dos que é essencial que todos
mais famosos. Atualmente, o tenham contacto com pales-
futebolista Cristiano Ronaldo tras deste género uma vez
é o português mais reconheci- que permitem refletir sobre a
do do mundo. Internacional- Europa do século XXI e pro-
mente, destacam-se os ingle- mover a recetividade à inter-
ses William Shakespeare culturalidade.
(Romeu e Julieta; Macbeth; O
Mercador de Veneza) e The- Artigo orientado pela professora de
resa May (Primeira-ministra); Português, Ana Cristina Matias.
o espanhol Miguel de Cer-
vantes (D. Quixote de la Man-
cha) e o norte-americano El Lazarillo de Torme,
Donald Trump (Presidente), Página 17
entre muitos outros de Francisco de Goya
ECO DOS ESPAÇOS

or,
je leit leitor Semana da Leitura 2019
H o nh ã

D
a Por Ana Cristina Matias (Professora Bibliotecária)
Am
ria ou de Álvaro de Campos,
heterónimo de Fernando Pes-
e entre as soa, em três salas de espera
diversas desta unidade de saúde reple-
atividades em que a equipa tas que utentes que os ouvi-
de professores da biblioteca ram atentamente.
se envolveu, não podemos
deixar de destacar a Semana
da Leitura que decorreu, a A Semana encerrou com
nível nacional, de 11 a 15 de a publicação de um e-book,
março. Projeto de leitura: as esco-
A Rede de Bibliotecas de lhas do 10.º C2, e com
Tavira coordenou a semana
«Encontro com autor - Ofir
que se articulou, no nosso
Chagas e a Lenda de um
concelho, em torno de quatro
iniciativas centrais: Galeria de Tavira a Ler contou, no Templário Algarvio». A tur-
Autores, nos transportes dia 14 de março, com Alice ma 10.º C2 foi a anfitriã e
urbanos Sobe e Desce, Leitu- Pacheco (12.º C1), João Cor- organizou comigo a apresen-
ra Espontânea, em diversos vo (12.º A3), Mara Monteiro tação deste romance históri-
locais da cidade, Tavira a Ler, (10.º C2) e Joana Nascimento co, tendo a turma 11.º DESP
na Rádio Gilão, e Encontros (10.º C2), acompanhados por e a professora Paula Pereira,
com autores. mim, no Programa “Haja entre outros, sido os convida-
Para o caso do ensino Manhã”. dos.
secundário, a Leitura Espon-
tânea ocorreu no Centro de
Saúde de Tavira, na manhã
de 12 de março. Jéssica Cruz
(10.º C2), Lília Santos (10.º
C2), Miguel Oliveira (12.º B) e
Rita Silva (10.º A1), após a
amável receção pela diretora
executiva, Dr.ª Luísa Prates,
recitaram poesia da sua auto-
2.ª edição do Concurso de Book Trailers

E m estreita articulação
com o Projeto de Leitura indi-
vidual que cada aluno tem de
Para o ensino secun-
dário, os contemplados
foram Ana Sofia Jesus,
Diogo Valadares, Joa-
na Ferreira e Pedro
desenvolver no âmbito da dis- Martins, alunos do 12.º
ciplina de Português, a Rede A1, que realizaram, em
de Bibliotecas de Tavira orga- grupo, um vídeo de
nizou a 2.ª edição do Concur- promoção da leitura do
so de Book Trailers. romance de Gonçalo
M. Tavares, Jerusalém. A Nos restantes ciclos tam-
Os prémios foram atribuí-
menção honrosa foi para Rita bém houve trabalhos a con-
dos no passado dia 8 de maio
Silva, aluna do 10.º A1, pelo curso, tendo sido apurado um
na Biblioteca
Página 18 seu vídeo relativo ao romance book trailer vencedor para
Municipal Álva-
Ela e ele, de Marc Levi. cada nível de ensino.
ro de Campos.
ECO DOS ESPAÇOS

VIII Olimpíadas Nacionais de Filosofia


Por Sofia Henriques Cardoso (Professora do Grupo Disciplinar de Filosofia)

A docente de
filosofia, Sofia Henri-
ques Cardoso, envai-
dece-se porque, pela
primeira vez, a Escola
Secundária Dr. Jorge
Augusto Correia partici-
pou nas Olimpíadas
Nacionais de Filosofia.
A VIII edição decorreu
nos dias 3 e 4 de maio
na Escola Secundária
António Damásio nos
Olivais, em Lisboa. Estive-
ram presentes Ana Carolina privilégio de visitar o Museu Durante as Olimpíadas
Pereira (11.º A3) e António Nacional de Arte Contemporâ- Nacionais de Filosofia, hou-
Rodrigues (11.º C1) que tive- nea, no Chiado, acompanha- ve muitas, muitas atividades
ram uma prestação que foi dos da curadora da exposição, paralelas à competição, quer
muitas vezes enaltecida pelo Dr.ª Maria de Aires Silveira, para professores, quer para
seu exemplar comportamen- “Arte Portuguesa. Razões e alunos, com palestras, con-
to, envolvimento nas ativida- Emoções”, e visitado a exposi- cursos de speed thinking,
des e aguçado espírito críti- ção “Metamorfoses da Huma- debates, jantares, almoços,
co no que concerne às gran- nidade”, de Graça Morais. canto, dança, passeios,
des questões debatidas. Visitas que foram gentilmente exposições e jogos.
Estes dois dias foram oferecidas pela curadora da O balanço foi muito
extremamente produtivos, exposição. positivo porque houve
tendo iniciado com a nossa O essencial da prova é momentos de importante par-
partida de Tavira às seis da um ensaio filosófico escrito em tilha e discussão profícua!
manhã do dia 3 de maio e três horas que depois foi clas- Espero que a escola volte a
terminado com o nosso sificado pelos professores de participar no próximo ano,
regresso às vinte e três filosofia acompanhantes e, uma vez que Portugal tam-
horas do dia 4 de maio. Os numa fase posterior, pelos bém será o país acolhedor
alunos representantes da professores que elaboraram a das Olimpíadas Internacio-
nossa escola tiveram ainda o prova. nais.

Página 19
TEATRO

Apreciação crítica: Frei Luís de Sousa, pela Companhia ACTA

A
Por Joana Silva, 11.º A3
Em adição à forma de repre-
sentar a peça, o encenador conse-
guiu, com muito sucesso, ridiculari-
zar a nossa sociedade através das Companhia de
personagens da peça e a sua Teatro do Algarve
representação enquanto nos basti- (ACTA) encenou uma peça
dores. Por exemplo, Maria, filha de alusiva à obra Frei Luís de
Madalena e de Manuel de Sousa, Sousa de Almeida Garrett.
fora da representação da persona-
Decidiu criar a sua própria ver-
gem da obra de Garrett, desempe-
nhava o papel de adolescente fútil, são em que o enredo tratava
birrenta, distante de tudo e de de um pequeno grupo de ato- da ou confusa. Assim, a peça
todos; a atriz representou, de um res orientados por um encena- de teatro torna-se mais fácil
modo geral, os adolescentes da dor para representarem esta de compreender.
atualidade. Lembro-me também, mesma obra de Garrett. Contudo, sem um con-
claramente, do ator que representa- A peça de teatro, que tão tacto prévio e uma leitura
va Manuel de Sousa Coutinho. bem retrata o romantismo, atenta da obra Frei Luís de
Enquanto nos bastidores, era um dramático e melancólico, é Sousa a sua compreensão
homem extremamente acanhado, aqui apresentada de uma for- seria ainda difícil. Esta peça
passivo, sem um mínimo de autori- ma mais leve e cómica. Ape- retira à original não só muitas
dade e controlo sobre os que o cenas, mas também diversas
rodeavam, que é algo também mui-
nas algumas partes da obra
to frequente na nossa sociedade. original, mas talvez as mais personagens, que são consi-
Todas as personagens que repre- relevantes, são apresentadas deradas importantes. Para
sentavam os atores nos bastidores pelos atores, intercaladas com mim, que já havia estudado a
satirizavam a nossa sociedade pequenas cenas que mostram obra integral, o enredo tornou-
atual de uma forma cómica e subtil. a vida destes, antes de um se mais fácil de acompanhar.
Matilde Garcia, 11.º A2 espetáculo. A contradição e Pude rever a peça estudada
oposição entre os atores e as na que me foi apresentada
personagens que representam pela ACTA, e pude reparar em
As cenas escolhidas para é notória e contribui para a muitos aspetos, tais como
representar foram essenciais para parte cómica da peça, que é momentos do decorrer da
o desenrolar da peça e explicam- aqui muito bem explorada. ação e algumas falas das per-
nos automaticamente a mesma. No Esta adaptação torna sonagens, ou mesmo alguns
entanto, a exclusão da também a obra de Almeida detalhes sobre as mesmas, o
personagem de Frei Jorge não fez Garrett muito mais acessível. que pensavam e como agiam.
tanto sentido, sendo que na cena O encenador, enquanto dirige Sem um estudo prévio, não
em que o Romeiro “afirma” ser D. seria capaz de ter feito estas
os atores para a representa-
João de Portugal, fá-lo a Frei Jorge
e nunca a D. Madalena. Este ção das cenas, ajuda à com- observações.
momento poderia distorcer a peça preensão de toda a peça que Em suma, considero que
para quem ainda não a tivesse pode ser por vezes complica- a peça de Almeida Garrett foi
estudado. bem interpretada e bem resu-
Ana Martins, 11.º C2 mida. O carácter cómico adi-
O teatro é uma peça dentro de cionado tornou-a mais fácil de
outra peça. Isto é, entre a gravidade de acompanhar. Penso que, mes-
Frei Luís de Sousa existem pequenos momentos de alívio cómico em que apa- mo não sendo representada
recem “atores a fazerem de atores”, revelando, assim, a criatividade do ence- na íntegra, foi muito bem apre-
nador. Nesses momentos fazem-se críticas à nossa sociedade, dando vida e sentada por parte da compa-
um olhar mais moderno à peça.
Ana Carolina Pereira, 11.º A3
nhia de teatro.

Artigo orientado pela


Página 20 professora de Português, Lina Correia.
TEATRO

Os Tavilas
“O teatro é o primeiro soro que Por Luana Lourenço, 10.º C2
o homem inventou para se pro-
teger da doença da angústia.”
Jean Barrault

F oi por mera curiosi-


dade que entrei para
o Clube de Teatro da ESJAC,
depois de ter recebido um
convite por parte da minha
professora de Português. Pen-
sava que seria difícil integrar-
me e não tinha a noção de
que “Teatro é arte ao vivo”,
título de uma das nossas
peças. Mariana Guerreiro, Luana Lourenço e Cristiana Francisco
Na primeira sessão de
trabalho, fizemos a nossa
apresentação e jogos de
conhecimento mútuo. O que
mais gosto no Clube é toda a
nossa união e a confiança que
depositamos uns nos outros.
Depois, as nossas brincadei-
ras ajudam-nos a crescer e a
aceitar diferentes pontos de
vista.
Os ensaios começaram
e, bastante nervosa, represen-
tei a personagem Belchior na
peça de Natal de 2018. Feliz-
mente, correu tudo bem.
Receber os primeiros elogios
foi uma prova de que estava a
evoluir no que eu mais gosto
de fazer hoje em dia. Professor Reinaldo Barros, Lurdes Horta e Luana Lourenço
Para o Dia Mundial do
Teatro, 27 de março, ensaiá- tos, Henrique Vicente, Lurdes a maneira como podemos ser
mos uma adaptação de «A Horta, Mariana Guerreiro, Rita personagens diferentes. Tudo
Dama das Camélias». Esta Silva e Sebastião Correia. Os isto só foi possível com a aju-
peça de Alexandre Dumas foi professores Luís Gonçalves e da do nosso encenador, pro-
recriada de uma forma bastan- Reinaldo Barros também parti- fessor Luís Gonçalves, que
te divertida, tendo eu desem- ciparam como personagens. tem muita paciência para lidar
penhado o papel de secretá- Não estou há muito tem- connosco.
ria. As restantes personagens po no Clube de Teatro, mas já
foram representadas pelos aprendi muito e tenciono conti- Artigo orientado pela professora
de Português,
meus colegas Cristiana Fran- nuar a evoluir. O que torna o Ana Cristina Matias. Página 21
cisco, Francisco Chacim San- teatro mágico de certo modo é
LÍNGUAS

Prémio Traduzir 2019


Texto por Serafim Gonçalves e fotografias por Margarida Beato (Professores do Grupo Disciplinar de Inglês)

D ecorreu no passado
dia 13 de março mais uma edi-
ção do Prémio Traduzir, o Tra-
duzir 2019, que já vai na 20.ª
edição.
Esta iniciativa da Faculda-
de de Ciências Humanas da
Universidade Católica, destina-
da a alunos dos 11.º e 12.º
anos, atraiu a atenção de 18
alunos de Inglês e um aluno de
Espanhol, que deram o seu
melhor na preparação e elabo-
ração presencial da tradução
dos textos a concurso.
Lembramos que os nossos
alunos já conseguiram uma pri-
meira menção honrosa em 2012
e, no ano passado, um dos nos-
sos alunos foi selecionado para
a "final four" do concurso.

Exposição de trabalhos na Biblioteca ESJAC

Um dos painéis sobre o tema


«Youth in a Global Era» realizados
pelos alunos de Inglês, 11.º TTUR
e TGPSI, orientados pela professo-
ra Teresa Leal. Painel com poemas criados pelos alunos do 10.º B, no
âmbito disciplina de Português, dirigida pela professora
Lina Correia e em articulação com o estudo da lírica camo-
niana e o tema, “A experiência amorosa e a reflexão sobre
Página 22
o amor».
LÍNGUAS

I
Discrimination
By Marta Varatojo, 12.º C1

think the new generation is more willing to accept people who


are different compared to the older generation. I feel like
each day we are more open-minded. I’m talking about sexu-
ality, body modifications, different cultures and ethnicities, etc.
Some centuries ago, everyone had to have certain characteristics to fit in. Anyone that was
different had to suffer the consequences, even if they didn’t choose to be different. Nowadays al-
most everyone is taught that being different is actually something normal.
Fortunately the new generation is much more open-minded than the older ones, which
means that almost everyone is accepted by the community for being who they are and who they
want to be.
There are still people who judge others for being different (like transsexuals), but I believe
that will change in a few years. Everyone is entitled to being who they want to be and not being
judged by it.
If others are happy, we should be happy. We shouldn’t judge someone just because they are
different. If they are happy, that’s all that should matter.

Artigo orientado pelo professor do Grupo Disciplinar de Inglês, Serafim Gonçalves

TV is outdated

S
By Carina Ventura, 10.º C1

ocial Media is making TV the most outdated way of


knowing what's happening!
The once beloved TV is now getting down in the bar of the
most popular ways to know what's happening in the world! It is nothing new that social media is
the fastest way to know the most important things that are happening at this very moment.
It is a click away to publish a piece of news now, take a look at Twitter ! One of the most be-
loved Apps! It's also people's new favourite way of telling everyone what has happened any-
where in the world.

Looking for a future

O
By 11.º A1

n the 3rd of March, Wednesday, students from 11th


grade, classes A1 and A3, went to Futurália, in Lis-
bon, on a bus. The purpose of this fair is to present to
students from the whole country the many options
they have for their future. Fotografia retirada de https://www.cmjornal.pt/sociedade/
detalhe/milhares_de_alunos_visitam_futuralia
The wide range of interests they may have is present in this
annual event. Spread everywhere are sections for the ones who love maths, literature, law,
sports, music, medicine and even special forces of protection, like the military, the police and the
fire department. After visiting this low cost entrance fair, students often feel secure about the op-
tions they have after high school either to study abroad or to get another degree.
Other classes also had the privilege to explore Futurália and try to understand or figure out
what is best for them and what will be the next chapter of their life.
Página 23
Artigos orientados pela professora do Grupo Disciplinar de Inglês, Margarida Beato.
LÍNGUAS

As heroínas sem capa


Por Ana Fernandes, 11.º A1

F
padrão de beleza, é assediada
e julgada por tal. O corpo da
mulher também sofre, sem
elizmente, a mulher dúvida, mais do que o do
portuguesa dos dias de hoje é homem, desde a primeira
valorizada na sociedade, menstruação até à menopau-
embora não seja tanto com sa, passando pela gravidez.
devia ser. Não é um caminho fácil de ser
As mulheres, as ditas percorrido.
heroínas sem capa, são mães, Porém, nenhum caminho é
são filhas, são amigas, são, pior do que o caminho pelos
sem dúvida, umas guerreiras. direitos, exatamente pelos
Têm ao longo da sua vida mesmos simples direitos que
imensos desafios e obstácu- os homens têm sem qualquer Imagem retirada de:
https://www.linkedin.com/in/sara-ferreira-3b784856/?
los. Não digo que os homens luta: um salário igual, o direito originalSubdomain=pt
também não os tenham, mas ao voto, o direito a ser presi-
digo afirmativamente que não dente, o direito à escolha e à
têm tantos quanto estas. independência. mos este percurso de sofri-
À mulher, desde muito Também eu, hoje como mento e luta, porque tenho
cedo, é-lhe imposto um rapariga e futura mulher, já ainda a esperança de poder-
padrão de beleza no qual ela percorro este caminho, tal mos poupar as nossas filhas a
tem de se enquadrar, para como a minha mãe percorreu. este caminho.
que não seja alvo de gozo ou Por isso, só espero que nós, Artigo orientado pelo professor
de troça. Porém, se atinge o mulheres e homens, mude- de Português, Luís Gonçalves.

Sobre o preconceito

N
Por Manuel Machado, 11.º B

somos diferentes e temos o ser gozada, a vontade de não


a minha opinião, dever de aceitar a maneira de querer estar em contacto com
por mais que nin- ser de cada um. o exterior, a vontade de não
guém seja, ou que a intenção Atualmente, em que querer sair de casa, a vonta-
seja não ser preconceituoso, sociedade nos encontramos? de de isolar-se para não ser
toda a gente o é. Onde estão os jovens que “atacado” com afirmações
Efetivamente, o precon- brincam todos juntos, os que o irão rebaixar.
ceito abunda na sociedade jovens que ajudam a comuni- Deveríamos começar a
atual e cada dia existe mais. dade, os jovens que querem pensar em formar futuros
Ou é porque o amigo é fazer uma sociedade melhor? jovens, jovens com princípios,
homossexual, ou é porque o Mas afinal, em que século porque, a meu ver, se o pre-
amigo é gordo, ou é porque o vivemos?! conceito continuar, haverá
amigo tem demasiado acne… Estamos a tornar-nos consequências, como guer-
Mas afinal, vivemos em numa sociedade horrorosa em ras, conflitos, entre outros, e a
que século? Século XV? que a nossa felicidade é o mal sociedade maravilhosa que
Século XVIII? Não! Século dos outros, em que a nossa todos queremos que exista,
XXI! Ninguém é perfeito, nin- felicidade é a tristeza e a infe- pode nunca vir a surgir.
guém é igual a licidade dos outros! Só a víti-
Página 24 Artigo orientado pela professora
ninguém, todos ma conhece a humilhação de de Português, Ana Rita Diniz.
LÍNGUAS

Haverá sempre alguém para vos apoiar

A
Por Joana Gonçalves, 10.º A3

A meu ver, cada caso é


violência no namo-
um caso e, como tal, nunca
ro é um assunto
existe um igual a outro. Mas
bastante controverso e polé-
uma coisa é certa: ao mínimo
mico. Antes de podermos
indício deve haver uma rápida
expressar a nossa opinião,
intervenção.
devemos informar-nos sobre o Imagem retirada de:
A violência no namoro é
que é a mesma. http://aemurtosa.edu.pt/sensibilizacao-sobre-violencia-
algo que se vai desenvolven- domestica-violencia-no-namoro/
A violência no namoro é
do pouco a pouco, e, por
um ato de violência pontual ou
vezes, quando a vítima se ma não tem liberdade para
contínua, cometida por um
apercebe, já está completa- fazer tudo isso?
dos parceiros (ou por ambos)
mente “refém”. O que num dia Segundo os direitos
numa relação de namoro, com
pode ser apenas um comentá- humanos, todos têm liberdade
o objetivo de controlar, domi-
rio, como: “Não leves essa para fazerem as suas esco-
nar e ter mais poder do que a
saia tão curta para a escola” lhas, exceto quando ultrapas-
outra pessoa envolvida na
ou “Não saias com aquele sam o limite de liberdade do
relação. Na maior parte das
amigo/a”, pode-se transformar outro. E é precisamente isso
vezes, a violência é apenas
num autêntico pesadelo. As que o agressor faz, tira a liber-
associada ao aspeto físico e
redes sociais são, na minha dade à vítima! Um direito que,
não ao psicológico. No entan-
opinião, um dos motivos pelo por esta ser humana, já o tem
to, não existe violência física
qual a percentagem de violên- por adquirido e ninguém o
sem psicológica, mas pode
cia tem aumentado cada vez deve tirar.
haver violência psicológica
mais, visto que através das Para tentar evitar isto, é
sem física. A violência psicoló-
mesmas o agressor pode con- fulcral que ambos saiam com
gica causa também danos
trolar mais facilmente. amigos e que convivam com
irreparáveis, ao contrário da
Mas afinal, de quem é a outras pessoas. Se isso não
física.
culpa? Do agressor? Da víti- se verificar, a relação começa
Este tipo de violência
ma? Em pleno século XXI, a tornar-se tóxica. Os amigos
tem inúmeras causas, tais
ainda há quem pense que a devem também estar atentos
como: a falta de autoestima
culpa é sempre da vítima, ou a algum comportamento anor-
da vítima, pois acha que não
porque levou aquela roupa mal.
merece melhor do que aquilo;
provocante, falou com deter- A mensagem que quero
problemas e traumas psicoló-
minada pessoa, ou pôs like transmitir é de que a violência
gicos que o agressor tenha.
naquela foto. E será que a víti- no namoro não escolhe ida-
des, raças, caras ou condi-
ções financeiras. No futuro,
nunca se sabe quem poderá
ser uma potencial vítima, mas
nunca se esqueçam que nin-
guém vos pode tirar a vossa
liberdade e, se alguma vez se
sentirem ameaçados, não
tenham medo e denunciem!
Haverá sempre alguém para
vos apoiar!
Artigo orientado pela professora
de Português, Ana Rita Diniz.
Imagem retirada de: Página 25
https://www.dnoticias.pt/pais/apav-lanca-hoje-campanha-sobre-violencia-no-namoro-YB2751212
VISITA DE ESTUDO

Na peugada de Eça Apesar dos aspetos um pouco


menos positivos, como as condi-

N
Por Ana Fernandes, 11.º A 1
ções da pousada, as horas passa-
acerca do estabelecimento, das no assento de um autocarro, o
considero que serviu para nos cansaço da caminhada, sei que me
relacionarmos e convivermos apoderei de um maior conhecimen-
os dias 28 e 29 de mais uns com os outros. to sobre Os Maias. Creio que tenho
No dia seguinte, partimos uma visão completamente diferente
março, as turmas A1, A3 e daquilo que li, ou daquilo que pen-
C1do 11.º ano deslocaram-se para Sintra, vila muito elogia-
sei ler. Li umas coisas, pensei
a Lisboa e a Sintra com o da por Eça no capítulo VIII, na outras e, na verdade, nada disso
intuito de observarem locais visita de Carlos da Maia à pro- correspondia à realidade. Pensei
importantes do romance de cura de Maria Eduarda. que sabia o que tinha acontecido,
Eça de Queirós, Os Maias. Nas ruas de Sintra, pará- por onde passavam as persona-
Com partida de manhãzi- mos em vários locais históri- gens, onde se situavam as suas
nha de Tavira, tiveram como cos que Eça nos apresenta na casas. Após ter ouvido as explica-
destino o Cais do Sodré, em sua obra e conhecemos tam- ções e observações dos guias,
Lisboa, de onde posteriormen- bém um bocadinho da história percebi que, afinal, tinha imaginado
da vila, graças às informações uma história diferente.
te caminharam pela baixa lis- Margarida Custódio, 11.º A1
boeta. Aí visitaram vários que a guia nos transmitia.
locais, tais como: Grémio Contemplámos locais,
Literário, Teatro da Trindade como o Hotel Lawrence e o
(em que ocorreu uma leitura Palácio de Seteais , recordá-
dramatizada de um excerto do mos as aventuras e as desa-
livro pelos alunos), Rua de S. venças de Eusebiozinho e de Enquanto lia a obra, imaginava
Francisco, Hotel Central e o Palma Cavalão com as suas como eram as personagens e os
Chiado. Tiveram ainda direito “amigas” espanholas, no Hotel espaços em que viviam, passavam
Nunes… Durante o percurso, e conviviam, como: o Hotel Central,
a uma paragem na famosa
observámos algumas fotos de o Hotel Bragança, a estátua de
Manteigaria onde provaram os Camões, o Chiado, as ruas de Sin-
pastéis de nata locais. como eram os locais na altura tra e vários outros locais. Nesta
Achei uma experiência de Eça. visita de estudo, pude ver esses
muito interessante: depois de À tarde, visitámos a Quinta locais, não como eram naquela
ter lido o livro, ter a oportuni- da Regaleira onde contemplá- altura, claro, mas com um pouco de
dade de observar aqueles mos paisagens extraordinárias imaginação e com a ajuda das nos-
locais que Eça me descrevia e ficámos a conhecer a histó- sas guias acho que cheguei bem
nas suas palavras, poder ria deste local e do seu funda- perto. Esta visita fez-me apreciar
vivenciar e imaginar pelos dor. ainda mais o livro e ficar com uma
“meus próprios olhos” o que Chegados ao fim da nossa ideia melhor dos espaços que Eça
visita, voltámos para Tavira. de Queirós descreve no seu livro.
me contou e, principalmente,
verificar o contraste entre as Visitas de estudo deste Alexandra Silva, 11.º A1
suas palavras e a realidade, género deveriam ser obrigató-
uma vez que a sua descrição rias, uma vez que são extre-
na história é, por vezes, mamente enriquecedoras.
influenciada pelos sentimentos Contextualizam na perfeição o
das personagens e dele pró- tema de Os Maias. Temos a Para além de educativa,
prio. sensação de que também a visita foi também fascinante
Terminada a nossa visita vivemos a história de Carlos e e esplêndida, já que tivemos a
guiada por Lisboa, deslocámo- Maria Eduarda, visto que pas- oportunidade de ver paisa-
nos para a Pousada de Oei- sámos pelos mesmos sítios gens lindas e de aumentar a
ras, onde viríamos a dormir por onde passaram e recordá- nossa cultura.
nessa noite. Embora não mos o que lá viveram, tirando-
tenhamos uma crí- nos assim algumas dúvidas Artigos orientados pelo professor de
Página 26 que poderíamos ter.
tica muito positiva Português, Luís Gonçalves.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Obesidade: medidas de prevenção e combate
Por Ana Laura dos Reis José Silva, 11.º A3
A regra essencial é manter o gasto calórico do corpo igual ou superior à quantidade de calorias ingeridas.
1. Siga as proporções reco- 3. Coma cada 3 a 4 horas comum é que estas “dieta
mendadas pela Roda relâmpago” resultem, pouco
dos Alimentos
tempo depois, no inverso: a
recuperação do peso, acom-
panhada, frequentemente, de
um aumento superior ao peso
original.
Se tem excesso de peso,
Comendo várias vezes procure ser acompanhado por
ao dia, não tem demasiada um médico ou nutricionista e
fome quando chega à refeição estabeleça metas razoáveis
seguinte. Coma porções sufi- para a sua dieta. Tão impor-
cientes para se sentir saciado. tante como emagrecer é man-
Use o seguinte truque: come- ter um peso saudável ao longo
ce as refeições principais com do tempo.
Pratique uma dieta equi- uma sopa de legumes, sem
librada e variada, rica em batata. Para além de conter
legumes, cereais integrais, fru- água, muitas vitaminas e sais
Conclusão
ta e peixe. Reduza os alimen- minerais, ajuda a saciar a sen-
Nos dias de hoje já exis-
tos com açúcar e as gorduras sação de fome. Isto evita a
te uma grande preocupação
saturadas, presentes sobretu- ansiedade que certas dietas
em combater a obesidade.
do nas gorduras processadas de emagrecimento podem
A dificuldade de tratar a
i n d u s t r i a l m e n t e causar.
obesidade não deve desani-
(hidrogenadas), carnes verme- mar quem se vê diante de tal
4. Mantenha uma ativida-
lhas, manteiga e lacticínios de física regular problema. Existem, hoje, mui-
gordos. tos recursos disponíveis para
2. Aprenda a conhecer os o tratamento da obesidade.
alimentos e os nutrien- Medicações e dietas restritivas
tes não mostram vantagem a lon-
go prazo sobre a aquisição e
Quando manutenção de hábitos de
ingere um vida saudáveis. A cirurgia
alimento, Escolha uma atividade bariátrica, embora exiba resul-
procure que lhe dê prazer e inclua-a tados notáveis, ainda se asso-
saber que na sua rotina, de preferência cia a elevada frequência de
tipo de nutrientes está a forne- diária. A regularidade é impor- consequências adversas.
cer ao seu organismo. Não tante. Sempre que possível, O foco de tratamento de
precisa de transformar-se num ande a pé nas suas desloca- todo o indivíduo obeso deve
“conta-calorias”, mas é impor- ções e privilegie o contacto ser a mudança de hábitos die-
tante ter a noção de que cer- com a natureza com peque- téticos, a aquisição de hábitos
tos alimentos são mais calóri- nos passeios ou caminhadas saudáveis de vida e a prática
cos do que outros. Aprenda ao ar livre. de exercício físico.
sobretudo a detetar as calo-
rias escondidas nos alimentos 5. Emagreça e mantenha
pré-cozinhados ou processa- um peso saudável Excerto de um trabalho de pesquisa orientado
dos industrialmente (muitas Muitas pessoas conse- pelo professor de Educação Física, Luís Rocha.
vezes sob a forma de gordu- guem perder peso em tempo
recorde. No entanto, o mais Página 27
ras invisíveis).
DESPORTO ESCOLAR

Natação

R
Por Cátia Messias (Professora de Educação Física)

ealizou-se no passado dia 8


de maio, o Encontro Regio-
nal do Desporto Escolar. De entre as
modalidades participantes, destaca-
se a Natação cuja responsável é a
professora Cátia Messias.
O nosso aluno, Nuno Fernandes, do
8.º ano da Escola Básica D. Paio
Peres Correia, alcançou o 2º lugar,
tendo-lhe sido atribuída a medalha
de prata na prova dos 50m costas,
no escalão Iniciados.
Felicitamo-lo pela sua dedica-
ção e empenho.

Voleibol — juvenis feminino


Por Raul Pina
(Professor de Educação Física)

20 de março - Secundária de
VRSA - 14h30; 02 de abril -
Secundária de Tavira - 14h30).
O grupo-equipa de volei-
bol do Desporto Escolar da
ESJAC é constituído por 19
atletas que souberam honrar a
escola que representam.
Ano e Turma NOME
10.º C2 Alexandra Vélez
10.º E Joana Ventura
10.º TTUR Beatriz Martins

N
11.º A1 Margarida Custódio
das - Lusófona e Maristas de 11.º A2 Kiki Harsevoord
Lisboa. 11.º A2 Matilde Garcia
os dias 3 a 5 de Os treinos e jogos foram 11.º A2 Juliana Fernandes
janeiro de 2019 a muito importantes para as 11.º A3 Joana Silva

equipa de voleibol - juvenis nossas atletas no sentido de 11.º B Sara Pacheco


uma melhoria técnica e tática 11.º C1 Adriana Santos
femininas, do desporto escolar 11.º C1 Daniela Assis
do nosso Agrupamento, deslo- antes de iniciar o campeonato
11.º C1 Patrícia Martins
cou-se a Lisboa na companhia regional do desporto escolar. 11.º C1 Raquel Moedas
do professor responsável por Este campeonato contou 12.º A1 Ana Jesus
esta modalidade, Raul Pina. com quatro encontros durante 12.º A1 Maria Livramento
Aí realizaram um conjunto de o segundo período escolar (16 12.º B Joana Martins

treinos e jogos de treino com de janeiro - Secundária de 12.º C2 Júlia Souza


Olhão - 14h30; 20 de fevereiro 12.º C2 Renata Duarte
Página 28
as equipas de
voleibol federa- - Secundária de Tavira - 9h30;
ARTES VISUAIS
Cosplay e Prop Making — sabe o que é ?
Por Alice Pacheco, 12.º C1
Durante os meses de janeiro de fevereiro esteve patente no espaço da Biblioteca ESJAC uma exposição de peque-
nos objetos inteiramente construídos com a paciência e a minúcia de Marcos Macheco (10.º E). A professora Edite
Azevedo descobriu este seu hobby e convidou-o a dar a conhecer à comunidade escolar o seu trabalho.

M arcos Pacheco é um
estudante do 10.º
ano, no curso de Artes
Visuais, da Escola Secundária
de Tavira. As suas constru-
ções inserem-se na arte de
Cosplay e Prop Making. Quan-
do mais novo, construía obje-
tos pequenos, não relaciona-
dos com Cosplay, e só os
começou a fazer a partir dos
13 anos.
O que é o Cosplay e
Prop Making e como é que
esta forma de arte aconteceu
no processo criativo de Mar-
cos? Cosplay e Prop Making
consistem em visualizar um
fato ou adereço de uma perso-
nagem e construí-lo na vida
real através de determinados escolher o que pro-
materiais. As matérias-primas duz um maior desa-
que Marcos utiliza são normal- fio, ou então aceita
mente EVA (que é um material sugestões de ami-
flexível e moldável a altas gos.
temperaturas) e cartão. Marcos quer
A história de como estes prosseguir estudos
conceitos surgiram no artista é em Arte e, em segui-
peculiar. Encontrava-se no da, tenciona traba-
carro e pôs as mãos à frente lhar em oficinas
da cara. Pensou que poderia artísticas para con-
transformar a forma como seguir desenvolver
tinha as mãos na face numa competências para o
máscara e, quando chegou a Prop Making.
casa, iniciou a construção Ao longo deste texto, o impossível de concretizar.
desse projeto. Mais tarde, Prop Making foi apresentado Porém, com esforço, trabalho
começou a fazer pesquisas na como uma forma de arte, mas árduo, resiliência, predisposi-
internet sobre construções de é, de igual forma, um ofício ção e uma colher de sorte é
máscaras, e foi aí que desco- que consiste em conceber possível agarrar os sonhos
briu o Cosplay. Hoje em dia, adereços para filmes, séries com uma mão bem aberta.
recorre a personagens de fil- ou teatro. Esse é o seu Artigo orientado pela professora
mes, séries, livros, BDs e, emprego de sonho. de Psicologia,
Alcançar os sonhos mos- Edite Azevedo. Página 29
dependendo das suas arma-
duras ou fatos, acaba por tra-se uma tarefa quase
ARTES VISUAIS
Museu Zer0 — A Arte Digital instala-se em Santa Catarina
Por Reinaldo Barros (Professor de Artes Visuais)
Entrevista a Joana Carmo
Para nós, Joana Carmo tem sido o “rosto” do Museu Zer0. Conhecemo-la na apresentação que fez do
Museu na nossa Escola e foi através dela que recebemos os artistas Jorge Mestre Simão (dia 19 de feverei-
ro – “Disparo de Arte Digital”) e Henrique Vieira Ribeiro (dia 22 de fevereiro – “À Conversa com a Arte Digi-
tal”). Solicitamos-lhe uma pequena entrevista para dar a conhecer o projeto do Museu Zero.

Reinaldo Barros - O Museu Zer0 das para serem exibidas nos comerciais ligadas à economia
nasceu por iniciativa do Instituto espaços deste museu, muito rural do interior algarvio. O
Lusíada de Cultura – ILC e conta
com o apoio de várias entidades fortes em termos estéticos, Museu Zero será instalado
para a sua concretização. Percebe mas também oriundas de numa parte das instalações
-se, pelo manifesto de intenções acervos de outros museus agrícolas e industriais, aban-
que apresentou, que é um projeto internacionais. O Museu Zer0 donadas já há alguns anos, da
maturado, pensado, assumido e assentará também de uma for- Cooperativa Agrícola de Santa
muito participado. [Pode saber
mais em: http://museu0.pt/ilc ]. ma muito singular no território Catarina da Fonte do Bispo.
Joana, o que oferece o Museu onde será instalado. Antes de Apostamos no seu contri-
Zer0 de inovador à promoção, mais, pela sua localização no buto para o desenvolvimento
divulgação e criação de arte em conjunto agrícola dos silos, regional do Algarve, pelo
Portugal? que se destaca incontornavel- envolvimento por parte das
Joana Carmo - O conceito mente na região. Procuramos principais entidades públicas e
principal do projeto do Museu uma continuidade entre paisa- associativas ligadas à etno-
Zer0 será a criação de um gem, arquitetura e arte. grafia, música, cinema e artes
lugar de exposição de obras Pensamos, contudo, visuais, para a nova fase, que
de arte digital. Queremos exi- que, exatamente por ser ino- se aproxima, de preparação
bir essas obras ao público, vador e apostar numa área da sua instalação, programa-
mas também acolher artistas artística e criativa que traça os ção artística e cultural, e fun-
residentes. Pretendemos seus primeiros passos em cionamento.
desafiar criadores, artistas, todo o mundo, será uma opor- Um projeto nos domínios
centros de investigação, tunidade que nem a região das artes digitais, e desta
museus e universidades a nos nem os seus principais atores dimensão, em Portugal e
proporem projetos muito ino- poderão desperdiçar. numa região como o Algarve,
vadores, e que nos deem visi- é por si mesmo um enorme
bilidade, pela sua originalida- RB - O Museu Zer0 poderia ter-se desafio.
de e valores estéticos, a nível instalado num local mais centrali- Estamos certos de que,
internacional. Queremos, zado, como Lisboa ou Porto, mas
sendo as tecnologias e estru-
sobretudo, ser um elemento optou por instalar-se em Santa
Catarina, um território agrícola e, turas a criar simples instru-
de orgulho para a região. aparentemente periférico, com mentos ao serviço dos artis-
Sendo bastante inovado- menos público e fora dos circui- tas, estes serão inspirados
ra dentro da arte contemporâ- tos usuais de produção e consu- pelos elementos paisagísticos
nea, e apostando naturalmen- mo de arte. Quais as vantagens
e etnográficos da região, o
te na utilização de imagens e expetáveis desta opção estratégi-
ca? que será também um incentivo
sons para, com o apoio das à visita por parte de residen-
JC - Santa Catarina da Fonte
tecnologias, serem criadas tes, visitantes e turistas na
do Bispo, no concelho de
obras de arte que desafiam os região.
Tavira, é uma das localidades
próprios artistas a novos pro-
situadas na designada Zona
cessos criativos, a arte digital RB - O Museu Zer0 parece-me
de Baixa Densidade na qual
acaba por surpreender sem- estar apostado em manter um diá-
ainda subsiste alguma ativida-
pre quem as aprecia. logo aberto e uma relação de pro-
de agrícola, centrada exata- ximidade e parceria com os cur-
Apostamos, por isso, na
mente em torno dos dois laga- sos de artes da Universidade do
produção de
Página 30 res de azeite aí existentes, Algarve. Se assim é, o que se
obras concebi- pode esperar, em termos de mas-
bem como de instalações
ARTES VISUAIS
sa crítica, inovação e produção no Algarve como a nível ligação deve ser feita a partir
artística, no médio prazo? nacional, mas sobretudo as das escolas, principalmente
JC - Apostaremos não só nos parcerias que conseguirmos da região do Algarve, sendo
valores artísticos e criativos já alavancar junto dos museus essencial para o projeto a
existentes na região, e de for- europeus, já hoje existentes, e apresentação e sensibilização
ma particular nos alunos e com quem estamos já a traba- para a arte digital, mediante o
jovens artistas saídos da nos- lhar. contacto com as mais diversas
sa Universidade, como tam- Para a sua instalação e tipologias, visando informar e
bém na auscultação e envolvi- funcionamento, iremos contar formar públicos que se
mento de artistas já com um de forma muito particular com venham a tornar os seus prin-
percurso consagrado a nível os conhecimentos e compe- cipais visitantes.
nacional que aqui têm vindo a tências existentes a nível Ora, não possuindo o
fixar a sua residência. Estes internacional, nacional e regio- Museu Zer0 ainda instalações
beneficiarão certamente da nal. em condições de poder rece-
ligação às áreas de formação É ainda de realçar que, ber visitantes, seria necessá-
existentes na nossa Universi- quando se fala de internacio- rio o Museu dirigir-se direta-
dade. nalização, não se pretendem mente aos alunos e professo-
O Museu Zer0 acolherá criar quaisquer tipos de rela- res, procurando um tipo de
nas suas instalações um polo ção “dependente do estrangei- interação o mais interessante
de investigação da Universida- ro” mas sim o próprio reconhe- possível. Para isso, convidá-
de do Algarve. Espera-se, cimento internacional do nível mos alguns artistas – Henri-
assim, servir de local de cria- de qualidade artístico das que Vieira Ribeiro, Jorge Mes-
ção e produção artística privi- obras que aqui se produzirão, tre Simão, Miguel Neto, Rui
legiado, dando desta forma para que o Museu Zer0 seja António e José Jesus para, na
um papel muito importante à em si próprio mais um ele- primeira pessoa, falarem da
formação e à criação artística mento de atração à região de sua experiência enquanto
em arte digital. novos públicos, visitantes, e artistas e do que os move,
Decorrente do trabalho já porque não, mesmo de novos levando os alunos a perceber
em curso com a UAlg e com o residentes. a necessidade do uso do digi-
Centro de Investigação em Realce-se a aposta que tal aplicada à arte.
Artes e Comunicação (CIAC), se terá que realizar ao nível Os resultados têm sido
que tem já facilitado uma das tecnologias que se irão bastante positivos e foram
aprendizagem mútua muito aqui instalar e colocá-las ao além das nossas expetativas.
interessante, haverá certa- serviço dos artistas, quer seja O Museu Zer0 já visitou cerca
mente oportunidades muito para iniciativas de criação e de dez escolas algarvias e
interessantes, quer para a produção em local, quer para tem marcadas sessões para
dinamização de residências a sua posterior apresentação os meses de abril e maio para
artísticas em conjunto, quer e difusão a nível internacional. mais algumas. No final de
para a criação, produção e cada uma das sessões, temos
apresentação de obras de RB - Joana, o Museu Zer0 permi- recebido comentários muito
arte, por parte de professores tiu-nos receber na Escola jovens estimulantes , quer de profes-
e alunos da nossa Universida- criadores portugueses. Considero
sores, quer de alunos.
de. que é sempre importante este
contacto dos alunos com a reali-
dade do artista. Quais são os RB – Quais vão ser os próximos
RB – O Museu Zer0 tem também objetivos desta relação de proxi- projetos do Museu Zer0?
como objetivo projetar-se interna- midade que o Museu Zer0 tem JC - Neste momento está a
cionalmente. Que vantagens procurado estabelecer com as decorrer a primeira residência
poderão obter a região e o País escolas da região algarvia? E artística resultante de uma
com essa visibilidade? quais os resultados já observa-
JC - Os nossos parceiros dos? parceria entre o Museu Zer0 e
serão as entidades públicas e JC - O Museu Zer0 vê como o Centro de Arte Multimédia
associativas de maior relevân- grande objetivo a ligação às holandês V2. Foram selecio-
cia para as artes digitais, tanto pessoa. Pensamos que essa nados quatro Página 31
artistas, dois
ARTES VISUAIS
portugueses e dois residentes À conversa com a arte digital
na Holanda, que terão o desa-
fio de criar obras de arte que Por Reinaldo Barros
possam ajudar a responder
aos desafios ecológicos do
presente, usando tecnologias
sustentáveis. Este programa
começa com uma primeira
residência no V2, em Roter-
dão, de 4 a 12 de abril, e
encerra com uma segunda
residência em Tavira, de 9 a
17 de maio.
O Museu Zer0 também
marca presença no Video
Lucem, projeto de cine-
concertos do Cineclube de
Faro, inserido no 365 Algarve,
mostrando, no início de cada
Sal da Terra. Fotografia. (Inkjet print on cotton paper, 45×70 cm).
sessão, o seu clip de apresen-
tação, seguido de uma obra
de vídeo-arte.
A partir de uma atividade de sensibilização à Arte Digital propos-
Esperamos também con- ta pelo Museu Zer0, no dia 22 de fevereiro, o artista Henrique Vieira
tinuar a levar atividades a Ribeiro esteve na nossa Escola, com a turma do 10º ano do Curso de
escolas e a algumas associa- Artes Visuais, para falar sobre new media e arte digital. Desenho, foto-
ções culturais do Algarve, grafia, escultura, performance, instalação, manipulação de imagem e
especialmente em Faro, som foram alguns dos temas abordados. A partir do seu percurso de
vida e profissional, o artista falou sobre o método de trabalho e o pro-
Olhão, S. Brás de Alportel, cesso de criação que aplica no desenvolvimento das suas obras. Pos-
Tavira ou Moncarapacho. Este teriormente, tivemos a oportunidade de fazer uma pequena entrevista.
ano letivo serviu como uma
primeira experiência para
conhecer escolas e espaços RB - Henrique, os teus trabalhos, de Tavira, também tive o pra-
culturais, professores, alunos pelo que pudemos compreender, zer de fazer apresentações
e quais as suas expetativas. nascem de uma profunda reflexão
em torno de um tema. Por exem- em Vila Real de Santo Antó-
Iremos também começar em plo, em o “Sal da Terra”, exploras, nio, Portimão e Lagos, estan-
breve a pensar no que quere- por meio de fotografias digitais do para breve agendadas
mos partilhar com essas que fizeste em salinas, de uma apresentações para Faro e
escolas e associações no pró- forma evocativa, poética e metafó- Loulé, cobrindo desta forma
ximo ano letivo. rica, um tema bíblico que se liga à
condição do Homem no mundo. uma área muito considerável
Mas não há nada como ir Podes explicar-nos o processo de do Algarve.
acompanhando o site do trabalho que foi passar do registo Quanto à questão que
Museu Zer0, que em breve fotográfico à exposição? me colocas, foi um processo
será melhorado, para ficar a HVR - Antes de te responder, natural, uma vez que ao longo
par das novidades. gostava de aproveitar para da construção dos meus pro-
Mais informações sobre o Museu agradecer a oportunidade de jetos vou também pensando
Zer0 em: falar sobre o meu trabalho, de que forma devem ser finali-
https://youtu.be/2TseD4BMjEc agradecimento extensível ao zados, ou seja, mostrados.
https://vimeo.com/303477307 Museu Zero, entidade respon- No caso da série fotográ-
https://vimeo.com/307287471 sável pelo conjunto de iniciati- fica “Sal da Terra”, as etapas
vas de sensibilização sobre passam basicamente pela
Arte Digital junto das escolas captação (com máquina),
Página 32
secundárias, onde, para além escolha e edição (não neces-
ARTES VISUAIS

O artista Henrique Vieira Ribeiro, a representante do Museu Zer0, Joana Carmo, o professor
Reinaldo Barros e a turma 10.º E do Curso de Artes Visuais.

sariamente por esta ordem), para a dimensão do mito. Nesse alteração de escala que refe-
impressão de teste, impressão trabalho, para lá da forma do obje- res para as imagens da
to, também alteras substancial-
final (após a definição do tipo mente a escala, fazendo com que “queda”, em que, aqui sim, a
de papel e dimensão) e, final- o observador mergulhe fisicamen- cama toma proporções de pai-
mente, a forma de as colocar te na obra. Fala-nos um pouco sagem envolvente, de linha do
na parede. Neste caso, a deste mítico “voo de Ícaro” que horizonte.
opção recaiu sobre um emol- encontraste e revelaste. Contudo, não consigo
duramento em faia com um HVR - A tua pergunta está deixar de remeter a resposta a
pass-partout. muito bem estruturada e, na esta questão para um excerto
verdade, já contém pratica- do texto presente no meu site,
RB - Na tua série “O Voo e Queda mente todas as pistas neces- que aproveito para convidar a
de Ícaro” (de que nos mostraste o sárias para “entrar” no traba- visitar e descobrir mais sobre
processo de trabalho fotográfico), lho. Há apenas um reparo no
transformaste uma cama, com os
este e outros projetos:
seus lençóis amarrotados pelos
que respeita à escala, já que “(...)Percurso que remete ain-
sinais da presença de “alguém” nas imagens do “voo” a escala da para uma dimensão cartográfica,
fisicamente ausente, num espaço das camas é próxima da real – através da qual ficcionamos o papel
geográfico com relevos e reen- ou seja 1:1 – deixando essa de Ícaro ao sobrevoar estes
trâncias, que remete, pela poética, mapas, mapas que fazem sonhar,
tal como as ilhas ou os territórios
desconhecidos e, tal como nos des-
creve a lenda mitológica, também
nós não resistimos à tentação
de voar demasiado perto do Sol,
sendo forçados irremediavelmente a
retornar ao ponto de vista iniciático –
horizontal – à (pela) condição de
meros mortais.”
Assim, quero dizer com o
texto que a base deste traba-
lho partiu de uma reflexão
acerca do nosso papel (seres
humanos) na sociedade,
fazendo poste-
O Voo e Queda de Ícaro. Fotografia. (Inkjet print on fineart canvas, 100×200 cm). riormente uma Página 33
ARTES VISUAIS
analogia com a mitologia gre- HVR - Em primeiro lugar, particulares em Portugal, França e Inglater-
ga através da lenda de Ícaro, recomendar que não se tome ra, assim como em instituições, como o
Museu do Combatente, Galeria Artur Bual e
para a qual eu lanço o desafio a opção de seguir um percur- Associação 25 de Abril. Está ainda represen-
de irem investigar, caso não a so numa vertente artística por tado na Fundação Calouste Gulbenkian e na
conheçam. A história recorda- uma falsa ideia de facilitismo. Coleção Figueiredo Ribeiro – Quartel da Arte
nos que não passamos de A Arte é uma área que requer Contemporânea de Abrantes.
meros mortais. toda a dedicação possível, e Próximas exposições individuais: maio,
cujo sucesso, mesmo nesses Fundação Portuguesa das Comunicações, e
RB - O teu trabalho artístico tam- casos, está dependente de junho, Museu Nacional de Arte Contemporâ-
nea do Chiado – MNAC.
bém explora as qualidades mate- uma série de fatores que não
riais e simbólicas dos suportes são possíveis de controlar. Para conhecer melhor o seu traba-
(ferro, água, terra, madeira, etc.) e lho, fazemos o convite a que visite o site do
a sua relação com a nossa perce- Por exemplo, o artista não artista - http://henrique.vieiraribeiro.net/
ção. Pelo vídeo e pelo som, traba- consegue controlar o “gosto”
Pode também conhecer em vídeo o
lhas a nossa relação com as ener- do outro, tendo que ter paciên- seu processo de trabalho em https://
gias e as vibrações. Digamos que, cia e persistência de modo a youtu.be/fc5w2JPIY7k (Henrique Vieira
em alguns dos teus trabalhos, há encontrar o seu espaço. Ribeiro - Em Estúdio) ou ouvir o curador e o
uma grande apropriação e envol- Por isso, a recomenda- artista falarem sobre a sua exposição “As
vimento do corpo e da mente. Viagens de Paulo V.” em https://
Fala-nos um pouco de um desses ção que posso fazer é que se
vimeo.com/208524016
trabalhos de instalação. dediquem aos vossos proje-
HVR - A instalação vai sendo tos, leiam muito, vejam muito
Exposição do Curso de Artes Visuais
uma abordagem cada vez cinema, se possível diferente
mais recorrente nos meus tra- do que circula nos meios mais
balhos. Por exemplo, uma das comerciais, visitem exposi-
obras que penso ter apresen- ções e conversem com o
tado na conversa com os alu- maior número de artistas que
nos, designada por ...no prin- conseguirem, partilhem expe-
cípio, foi criada especifica- riências e referências, não
mente para uma exposição esquecendo que as etapas se
que fiz em 2018 no Quartel da fazem gradualmente, passo a
Arte Contemporânea de passo.
Abrantes - Coleção Figueiredo
Ribeiro. Funcionou como pon- Henrique Vieira Ribeiro (Lisboa, 1970),
to de ligação entre as restan- mestre em Arte Multimédia, vertente de
tes obras presentes, cujo Audiovisuais, pela Faculdade de Belas Artes
desígnio era a de trazer fisica-
da Universidade de Lisboa, e licenciado em
mente o elemento água para Arte Multimédia, vertente de Fotografia, pela
mesma instituição. Docente convidado na
dentro da exposição. Este era Escola Superior de Arte e Design – Caldas
um ponto comum a todos os da Rainha (2015/2016 e 2016/2017) nas
trabalhos apresentados cadeiras de fotografia, projeto audiovisual e
(fotografia, desenho e vídeo). multimédia e desenho digital. Participou em
A peça estabelece ainda uma 2017 na residência artística ResArt Marvão.
Na prática autoral, as suas inquietações
continuidade com o concep- têm como origem aspetos relacionados com
tualismo introduzido, contendo a condição humana, nomeadamente a refle-
ligações a temas bíblicos e xão acerca da necessidade/desejo de trans-
mitológicos e ,ainda, a apro- cendência do ser humano. Neste aspeto, o
priação de um diálogo do filme objeto enquanto portador de vida, enquanto
testemunho mnemónico, desempenha um
Solaris, de 1972, de Andrei papel preponderante. Utiliza a fotografia e o
Tarkovski, como mote. vídeo como media nucleares, que em con-
junto com o desenho formam os seus supor-
RB - Que conselhos darias a tes de eleição, tendo, contudo, o resultado
quem quer final das suas obras vindo a adquirir um
Página 34 seguir uma car- cariz de instalação.
reira artística. Está representado em várias coleções
ARTES VISUAIS
Fotografia
Invisibilidades da Paisagem
Por Alice Pacheco, 12.º C1

J oão Corvo tem dezoito


anos e frequenta a Escola
Secundária Dr. Jorge Correia,
no 12.º A3, Curso de Ciências
e Tecnologias. Entre vários
hobbies, que serão referidos
mais abaixo, adora tirar foto-
grafias.
Não posso caracterizar a
fotografia como uma paixão
de João Corvo , pois ele quali-
ficou a palavra como
“demasiado forte” para ser, no
seu caso, associada à fotogra-
fia. De facto, paixão é uma
palavra que suscita sensações
arrebatadoras.
João Corvo possui uma
perspetiva da fotografia muito
própria, que foi construindo
desde os seis anos, idade
com que começou a fotogra-
far. Considera que para foto-
grafar é preciso ter o que
denominou como “olho de
fotógrafo”, ou seja, dispor de Dois exemplos da exposição de fotografia “Invisibilidades da paisagens", por
muita observação, uma visão João Corvo (12.º A3) no átrio da Biblioteca ESJAC (1 a 28 de fevereiro).
apurada e paciência. Mencio-
nou, de igual forma, que outro
aspeto muito importante na um curso de fotografia, um
fotografia é saber trabalhar Todo este conhecimento curso no ensino superior, ou,
jogando com luz e sombra. acerca de fotografia foi, maio- no caso de não realizar
Refere que treinou numa pare- ritariamente, adquirido através nenhum destes dois, entrar no
de onde projetava luz e criava de abundantes pesquisas. exército. Ainda não tomou
sombras, fotografando-as. Como referi anteriormen- uma decisão, no entanto, o
Para este jovem, fotografar te, João Corvo cultiva vários facto de não saber o que
depende de vários fatores, outros hobbies, para além da escolher não deverá apoquen-
como os eventos do dia e o fotografia, como a numismáti-
tar ninguém. O tempo dirá.
tempo, entre outros. Tenta ca, a filatelia, o tiro com arco,
captar momentos únicos, desporto escolhido depois de
expressando emoções e senti- experimentar muitos outros, e
mentos. a leitura. Artigo orientado pela professora
No futuro, João Corvo de Psicologia,
tem três escolhas em mente: Edite Azevedo. Página 35
Ficha Técnica
colas Chefe de Redação: Ana Cristina Matias
r up am e nto de Es AVIRA Conselho de Redação: Ana Margarida Palmilha, Car-
Ag ia - T
sto Corre
men Castro, Gabriela Calé, Filomena
e A u gu Madalena, Margarida Beato, Maria de
Jorg Jesus Horta e Maria Dolorosa Nunes
Redação: Alunos e Professores do AEJAC
BIBLIOTECA ESJAC Paginação: Ana Cristina Matias
Impressão: Reprografia ESJAC
e-mail: [email protected]
http://www.estbiblioblogue.blogspot.com/ https://www.facebook.com/www.bibliotecaESJACTavira/

Medalha de Prata nas Semifinais das Olimpíadas de Química+

M
Por Cristina Castilho (Professora de Física e Química)

ais uma vez, a


Escola participou
nas semifinais das Olimpíadas
de Química - Mais - que
decorreram no dia 9 de março
no Departamento de Química
e Farmácia da Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Uni-
versidade do Algarve.
O empenho e a vontade
de participar em eventos de
ciência fizeram de João Silva,
Lurdes Horta e Sara Domin-
gos da turma A2 do 11.º ano
uns excelentes representantes
que trouxeram para o Agrupa- As Olimpíadas foram ao Sr. Paulo Mateus que nos
mento a medalha de prata, sábado, o transporte foi cedi- levou a Faro.
correspondente a um honroso do pelo Agrupamento e foi o Parabéns à equipa!
2.º lugar.
VII Olimpíadas da Língua Portuguesa

B
Por Ana Cristina Matias (Professora Bibliotecária)

Além de um primeiro grupo


de escolha múltipla relativa a
atividades de compreensão
eatriz Rosa (12.º escrita e domínio da gramática
A2) e Nuno Ribeiro portuguesa, com a cotação
(11.º A2) foram os dois alunos de 120 pontos, a prova da
que num conjunto de 27 can- fase regional contou com um
didatos da ESJAC consegui- grupo de escrita com 50 pon-
ram superar os 180 pontos da tos para a boa estruturação
prova escrita nacional, da 1.ª temática e discursiva e 30
fase, das Olimpíadas da Lín- pontos para a correção lin-
gua Portuguesa, realizadas a guística.
28 de fevereiro passado. Durante o almoço oferecido
Por isso, no dia 2 de maio, a todos os participantes na
acompanhados pela professo- Secundária João de Deus, os
ra Ana Cristina Matias, dispu- nossos alunos revelaram-se
taram a fase regional na esco- satisfeitos com a sua presta-
la coordenadora regional, ção. Aguardemos os resulta-
Escola Secundária João de dos.
Deus, em Faro.

Você também pode gostar