ENGENHEIRO Civil
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ENGENHEIRO Civil
BLOCO 1
Com esse material composto (concreto e armadura – barras de aço), surge então o
chamado “concreto armado”, onde as barras da armadura absorvem as tensões de tração
e o concreto absorve as tensões de compressão, no que pode ser auxiliado também por
barras de aço (caso típico de pilares, por exemplo).
PROPRIEDADES DO CONCRETO
Estruturas de Aço;
Vigas de tapamento;
Fundações;
Chama-se fundação, a parte de uma estrutura que transmite ao terreno subjacente a
carga da obra.O estudo de toda fundação compreende preliminarmente duas partes
essencialmente distintas:
b) estudo do terreno.
Com esses dados, passa-se à escolha do tipo de fundação, tendo-se presente que:
Quando a camada ideal for encontrada à profundidade de 5,0 à 6,0m, podemos adotar
brocas, se as cargas forem na ordem de 4 a 5 toneladas
Em terrenos firmes a mais de 6,0m, devemos utilizar estacas ou tubulões.
Condições econômicas: A - a = B - b
A-B=a-b
Como referência temos
Boa = 4,0 kg/cm²
Regular = 2,0 kg/cm²
a) Abertura de vala
* Profundidade nunca inferiores a 40cm
* Largura das valas: - parede de 1 tijolo = 45cm
- parede de 1/2 tijolo = 40cm
Em terrenos inclinados, o fundo da vala é formado por degraus (Figura 3.8),
sempre em nível
b) Apiloamento
Se faz manualmente com soquete (maço) de 10 à 20kg, com o objetivo
unicamente de conseguir a uniformização do fundo da vala e não aumentar a
resistência do solo.
c) Lastro de concreto
Sobre o fundo das valas devemos aplicar uma camada de concreto magro de
traço 1:3:6 ou 1:4:8 (cimento, areia grossa e pedra 2 e 3) e espessura mínima de
diminuir a pressão de contato, visto ser a sua largura maior do que a do alicerce;
Uniformizar e limpar o piso sobre o qual será levantado o alicerce de alvenaria
e) Cinta de amarração
É sempre aconselhável a colocação de uma cinta de amarração no respaldo
dos alicerces. Normalmente a sua ferragem consiste de barras "corridas", no caso
de pretender a sua atuação como viga deverá ser calculada a ferragem e os
estribos. Sobre a cinta será efetuada a impermeabilização.
Para economizar formas, utiliza-se tijolos em espelho, assentados com
argamassa de cimento e areia traço 1:3.
A função das cintas de amarração é "amarrar" todo o alicerce e distribuir
melhor as cargas, não podendo contudo serem utilizadas como vigas.
parede de um tijolo
Sapatas Isoladas
São fundações de concreto simples ou armado.
As sapatas de concreto simples (sem armaduras), possuem grande altura, o que lhes
confere boa rigidez. Também são denominadas de Blocos.
As sapatas de concreto armado, podem ter formato piramidal ou cônico, possuindo
pequena altura em relação a sua base, que pode ter forma quadrada ou retangular
(formatos mais comuns).
Sapatas corridas
Executadas em concreto armado e possuem uma dimensão preponderante em relação às
demais.
Radiers
Quando todas as paredes ou todos os pilares de uma edificação transmitem as cargas
ao solo através de uma única sapata, tem-se o que se denomina uma fundação em radier.
Os radiers são elementos contínuos que podem ser executados em concreto armado,
protendido ou em concreto reforçado com fibras de aço.
3.4.1 - Estacas
São peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas, cravadas ou confeccionadas no solo,
essencialmente para:
a) Transmissão de carga a camadas profundas;
b) Contenção de empuxos laterais (estacas pranchas);
c) Compactação de terrenos.
Podem ser: - Pré-moldadas
- Moldadas in loco
As estacas recebem esforços axiais de compressão. Esses esforços são resistidos pela
reação exercida pelo terreno sobre sua ponta e pelo atrito entre as paredes laterais da
estaca e
o terreno. Nas estacas prancha além dos esforços axiais temos o empuxo lateral
(esforços
horizontais), Figura
Esforços nas estacas
Brocas
São feitas a trado, em solo sem água, de forma a não haver fechamento do furo nem
desmoronamento.
4,0m
Tipos de trado
Perfuração da broca
Ao atingir a profundidade das brocas, as mesmas são preenchidas com concreto fck
13,5 MPa utilizando pedra nº 2, sempre verificando se não houve fechamento do furo,
bem como falhas na concretagem.
Fazemos isso através da cubicagem (volume) de concreto que será necessária para cada
broca.
Geralmente as brocas não são armadas, apenas levam pontas de ferro destinadas a
amarrá-las à viga baldrame ou blocos. No entanto, certas ocasiões nos obrigam a armá-
las e nesses casos, isto é feito com 4 (quatro) ferros e estribos em espiral ou de acordo
com o projeto estrutural.
- armada
Esses valores são aproximados, pois sua execução é manual, geralmente o fundo do
furo não é compactado e o lançamento do concreto é feito diretamente no solo, sem
nenhuma
proteção.
É conveniente adotar cargas não superiores a 5 toneladas por unidade, em solos
suficientemente coesivos e na ausência de lençol freático.
A execução de brocas na presença de água deve ser evitada e somente é admitida
quando se tratar de solos de baixa permeabilidade, que possibilitem a concretagem antes
do
acúmulo de água.
Estacas Escavadas
As estacas escavadas caracterizam-se também por serem moldadas no local após a
escavação do solo, que é efetuada mecanicamente com trado helicoidal.
São executadas através de torres metálicas, apoiadas em chassis metálicos ou
acoplados em caminhões (Figura . Em ambos os casos são empregados guinchos,
conjunto de tração e haste de perfuração, podendo esta ser helicoidal em toda a sua
extensão ou trados acoplados em sua extremidade. Seu emprego é restrito a perfuração
acima do nível d'água. (Falconi et al, 1998)
Perfuratriz
Estaca Strauss
A estaca Strauss é executada utilizando equipamento mecanizado composto por um
Os tubulões dividem-se em dois tipos básicos: à céu aberto (com ou sem revestimento)
e a ar comprimido (pneumático) revestido.
O revestimento dos tubulões podem ser constituídos de camisa de concreto armada ou
de aço. Sendo a de aço perdida ou recuperada.
Os tubulões à céu aberto é o mais simples, resulta de um poço perfurado manualmente
ou mecanicamente e a céu aberto. Seu emprego é limitado para solos coesivos e acima
do nível
d'água, existindo dois sistemas de execução Chicago e Gow.
No sistema Chicago a escavação é feita com pá, em etapas, as paredes são escoradas
com pranchas verticais ajustadas por meio de anéis de aço. Já no sistema Gow o
escoramento é
efetuado utilizando cilindros telescópicos de aço cravados por percussão (Caputo,
1973).
Os tubulões a ar comprimido ou pneumáticos utiliza uma câmara de equilíbrio em
chapa de aço e um compressor (Figura 3.26). O princípio é manter, pelo ar comprimido
o terreno e o alicerce.
Outro processo utilizado dispensa o uso da pintura com piche líquido sobre a
argamassa.
Nesse sistema aplica-se uma argamassa de cimento e areia no traço 1:3 e pintura com
cimento cristalizante e aditivo (Kz + água + K11 na proporção de 1:4:12; Viaplus 1000;
Tec
100 ou similar). Podemos utilizar aditivo acrílico que proporciona uma composição
semi
flexível. Aplicar sempre com as paredes úmidas em três demãos cruzadas.
Recomendações importantes para uma boa execução da impermeabilização:
- Deve-se sempre dobrar lateralmente cerca de 10 a 15cm
- A camada impermeável não deve ser queimada, mas apenas alisada, para que sua
superfície fique semi-áspera evitando rachaduras.
- Usa-se a mesma argamassa para o assentamento das duas primeiras fiadas da
parede.
Detalhe da aplicação da argamassa impermeável
Obs.: O tempo de duração de uma impermeabilização deverá corresponder ao tempo
de uso de uma construção. Sua substituição envolve alto custo e transtorno aos
usuários.
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uma construção.
Impermeabilização em locais de pouca ventilação
- Onde o solo encostar na parede levantar o revestimento interno e externo no mínimo
3.6 - DRENOS
Existem casos que para maior proteção da impermeabilização dos alicerces e também
das paredes em arrimo, necessitamos executar DRENOS, para garantir bons resultados.
Os drenos devem ser estudados para cada caso, tendo em vista o tipo de solo e a
profundidade do lençol freático, etc...
Os drenos subterrâneos podem ser de três tipos:
- Drenos horizontais (ao longo de uma área) (figura 3.29)
- Drenos verticais (tipo estacas de areia)
- Drenos em camada (sob base de estrada)
De modo gerérico, os drenos horizontais são constituídos:
Figura
cima.
rebaixa-lo.
Exemplo de aplicação dos drenos
TIPOS DE Terreno
Rochas: São materiais componentes da crosta terrestre, os quais por essa definição,
assumem a categoria dos produtos efusivos do magma, dos quais fazem parte basaltos e
granitos. Há outro grupo de rocha, os chamados sedimentares, dos quais fazem parte
calcários e alguns arenitos e siltitos. Finalmente temos também os denominados
metamórficos, dos quais temos os gnaisses, mármores, alguns arenitos, siltitos e
argilitos.
Blocos de rochas e matacões:
Blocos de rochas são definidos como partes de jazimentos fraturados e intemperizados
com diâmetro médio acima de 1m, e geralmente no subsolo, se encontram esparsamente
e envolto de solo laterítico (residual).
Matacões são fragmentos similares às dos blocos de rocha, porém com diâmetro médio
entre 0,25m a 1,0m.
As frações de diâmetro entre 0,07m a 0,25m são denominados de pedras e são
comumente encontrados dentro dos solos residuais, solos coluvionares e às vezes em
solso aluvionares.
Rochas alteradas: São encontradas normalmente em torno das rochas firmes, com
características da rocha matriz, porém já apresentando fissuras e laterização por força do
intemperismo, onde internamente às fissuras, apresentam alterações profundas, por
conta de intrusões de outros materiais.
Solos: São os materiais que tem origem de meteorização das rochas (intemperismo
físico, químico e biológico). São tipicamente a capa do esqueleto rochoso da litosfera.
Sapatas
Utilizadas como base para edificações de diferentes portes, as sapatas de concreto são
simples, seguras e econômicas. Mesmo assim, dependem de especificação e execução
que levem em conta as características do solo e da estrutura
Da mesma forma, a garantia de que a umidade do solo não atacará a armadura da sapata
é fundamental para a segurança da edificação a ser construída. Por isso, logo após a
escavação do solo deve ser feito um lastro de 5 cm de concreto magro, ocupando toda a
área sobre a qual será assentada a sapata.
Compatibilidade
"O mais importante na execução de qualquer tipo de fundação é compatibilizar as
cargas atuantes e os deslocamentos previstos com as características do solo de suporte",
ressalta a pesquisadora Gisleine Coelho de Campos,da Seção de Geotecnia do IPT
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo). Segundo a engenheira, é
fundamental verificar a geometria do elemento e as características de uniformidade e
resistência do solo sob a base,além da resistência do concreto e o cobrimento da
armadura.
A ligação entre as armaduras da sapata com a estrutura também é um ponto crítico que
merece atenção especial." As armaduras de espera para os elementos estruturais
precisam dispor de geometria e comprimento adequados aos esforços previstos", afirma
Gisleine, destacando ainda que é preciso considerar sempre a possibilidade de
ocorrência de cargas acidentais, que devem estar contempladas nos coeficientes de
segurança adotados no projeto.
Impacto financeiro
A garantia de economia das sapatas diretas passa obrigatoriamente por um projeto que
tire partido das características desse tipo de fundação. Em geral, sapatas de formato
arredondado ou escalonado demandam mais trabalhos com a execução das fôrmas,
interferindo diretamente na produtividade do canteiro.
Fundação de um edifício residencial com sapatas isoladas
Escavação
Seguindo a orientação do projeto de fundações, inicia-
se a escavação da área a receber as sapatas até a cota
de apoio.
Regularização
Com a área escavada e compactada, o passo
seguinte é depositar concreto magro na área
escavada, nivelando com o auxílio de régua e
colher. Essa camada de regularização, que deve
ter 5 cm de espessura no mínimo, é importante
para garantir que a umidade do solo não ataque
a armadura da sapata.
Conferência
A checagem do nível é um procedimento
imprescindível para garantir boa marcação dos
pilares.
Armação
Depois de definida a localização de todos os
pilares, tem início a inserção da armação,
sempre seguindo a orientação do projeto de
fundações.
Saída para os pilares
Com o auxílio de arames de aço, são presos
também os ferros especiais de arranque dos
pilares.
Concretagem
A concretagem também deve ser feita, de
acordo com as especificações do projetista, até
a parte superior da sapata. A betoneira pode ser
utilizada se a quantidade de concreto ou a
velocidade de concretagem assim o exigirem.
Finalização
A armação do pilar deve ser montada a partir
dos ferros de arranque. Só então serão
colocadas as fôrmas do pilar para o
prosseguimento da concretagem.
São aquelas em que a carga é transmitida ao terreno através de sua base (resistência de
ponta) e/ou superfície lateral (resistência de atrito). As fundações profundas estão
assentadas a uma profundidade maior que duas vezes a sua menor dimensão em planta.
Estacas pré-moldadas
Caracterizam-se por serem cravadas no terreno, podendo-se utilizar os seguintes
métodos:
. percussão . é o método de cravação mais empregado, o qual utiliza-se pilões
de queda livre ou automáticos. Um dos principais inconvenientes desse sistema
é o barulho produzido.
. prensagem . empregada onde há a necessidade de evitar barulhos e vibrações, utiliza
macacos hidráulicos que reagem contra uma plataforma com sobrecarga ou contra a
própria estrutura.
. vibração . sistema que emprega um martelo dotado de garras (para fixar a
estaca), com massas excêntricas que giram com alta rotação, produzindo
uma vibração de alta freqüência à estaca.
Pode ser empregada tanto para cravação como para remoção de estacas, tendo o
inconveniente de transmitir vibrações para os arredores.
Podem ser fabricadas com diversos materiais, sendo as estacas de concreto
e metálicas as mais usuais.
Concreto
As estacas de concreto são comercializadas com diferentes formatos geométricos.
A capacidade de carga é bastante abrangente, podendo ser simplesmente
armadas, protendidas, produzidas por vibração ou centrifugação.
Dica
A cravação das estacas com martelo automático é mais eficiente do que a cravação
manual, pois a força aplicada é constante, permitindo avaliar as características do solo
através de monitoramento eletrônico.
Metálicas
São encontradas na forma de trilhos ou perfis.
Não há possibilidade de quebra e, caso seja necessário realizar emendas, essas devem
ser soldadas, não devendo permitir o uso de luvas ou anéis.
Um problema que ocorre com relativa freqüência em estacas cravadas por percussão
através de espessas camadas de argila mole é o drapejamento, isto é, encurvamento
das estacas, mesmo quando se tomam cuidados com o prumo durante a cravação.
Tal fato, no entanto, é raramente detectado.
O tratamento teórico deste fenômeno só vem sendo realizado muito recentemente,
não havendo, ainda, meios de quantificá-lo na fase de projeto. Por esse motivo a
eficiência das estacas e principalmente das emendas só pode ser comprovada após
experiência acumulada em várias cravações e provas de cargas nestas formações de
argilas moles.
Para a cravação da estaca, lança-se areia e brita no interior do tubo, materiais esses
que são compactados através de golpes de um pilão. Realizada a cravação, executase
o alargamento da base, a armação e, finalmente, a concretagem.
O sistema pode ser empregado na maioria dos tipos de solos, exceto em locais onde há a
presença de matacões e rochas. Estacas muito curtas, ou que atravessam materiais
extremamente moles também devem ter sua utilização analisada cuidadosamente.
Estacas escavadas com perfuratriz, executadas com equipamento de rotação
ou rotopercussão com circulação de água, lama bentonítica ou ar comprimido.
Hélice Contínua
Vantagens e desvantagens
Estacas de Madeira: as estacas de madeira são troncos de árvores cravados com bate-
estacas de pequenas dimensões e martelos leves. Antes da difusão da utilização do
concreto, elas eram empregadas quando a camada de apoio às fundações se encontrava
em profundidades grandes. Para sua utilização, é necessário que elas fiquem totalmente
abaixo d’agua; o nível d’agua não pode variar ao longo de sua vida útil.
Vantagens: preço baixo; fácil emenda; resiste a cravação e transporte; fácil corte; são
leves comparadas com outros materiais; durável sob o nível d’agua.
Estacas Metálicas:
Desvantagens: alto custo; atacável por águas agressivas; atacável por solos corrosivos
(pântanos, pontos alcalinos, solos contaminados) e podem sofrer corrosão por bactérias;
muito esbeltas, difíceis de conservar a verticalidade ou não encurvarem (flambagem) em
argilas moles durante a cravação se existem pedregulhos graúdos ou seixos na argila.
Estacas Strauss: tipo de fundação profunda executada por perfuração através de balde
sonda (piteira), com uso parcial ou total de revestimento recuperável e posterior
concretagem.
Estacas tipo Franki: as estacas tipo Franki são executadas enchendo-se de concreto
perfurações previamente executadas no terreno, através de cravação de tubo de ponta
fechada, recuperado. Este fechamento pode ser feito no inicio da cravação do tubo ou
em etapa intermediária, por meio de material granular ou peça pré-fabricada de aço ou
de concreto.
Estacas Escavadas: tipo de fundação profunda executada por escavação mecânica, com
uso ou não de lama bentonítica, de revestimento total ou parcial, e posterior
concretagem.
Estacas Raiz: é uma estaca de pequeno diâmetro concretada “in loco”, cuja perfuração
é realizada por rotação ou por rotopercussão, em direção vertical ou inclinada. Essa
perfuração se processa com um tubo de revestimento e o material escavado é eliminado
continuamente, por uma corrente fluida (água, lama bentonítica ou ar) que introduzida
através do tubo refluí pelo espaço entre o tubo e o terreno. Completada a perfuração,
coloca-se a armadura ao longo da estaca, concretando-se à medida que o tubo de
perfuração é retirado. Usam-se normalmente concretos especiais auto-adensáveis com
agregados com granulometria fina.
Vantagens: alta capacidade de carga; equipamento com acesso fácil; mínima
perturbação; usam volumes pequenos de materiais; não provocam vibração ou choque
na execução.
Tubulões
Às vezes os tubulões podem ser vistos como estacas escavadas, de grande diâmetro,
com ou sem base alargada, porém eles se diferenciam das estacas porque pelo menos na
sua etapa final há descida de operário para completar a geometri da escavação ou fazer a
limpeza do solo.
Os poços são abertos com diâmetro mínimo de 50cm, e as profundidades podem variar
até cerca de 30m. A NBR 6122/96 recomenda que a base do tubulão deve ser
dimensionada, de modo a evitar alturas superiores a 2m. Indicados para obras que
apresentam cargas elevadas, os tubulões são empregados em grande escala em áreas que
apresentam dificuldade de cravação de espaçõs ou de escavação mecânica (áreas com
alta densidade de matacões, lençóis d'água elevados ou cotas insuficientes entre o
terreno e o apoio da fundação
Tipos de Tubulões
Tubulão a céu aberto é um poço executado acima do nível d'água, ou abaixo caso seja
possível bombeá-la sem risco de desabamento. A carga é transmitida até o solo
resistente através do fuste ou através de uma base alargada. Após a escavação e a
limpeza ou esgotamento da água, procede-se a concretagem.
a) Sem C ontenção Lateral - Esses tubulões, também chamados de pocinhos, têm seu
fuste aberto por escavação manual, ou mecânica, sendo que a base é, em geral, escavada
manualmente. Não utilizam nenhum escoramento lateral e portanto o fuste, e em
especial a base, somente podem ser executados em solos que apresentem um mínimo de
coesão capaz de garantir a estabilidade da escavação. Nestes casos o diâmetro final
resulta sempre maior do que o previsto em projeto (de 5 a 10%), e o atrito lateral ao
longo do fuste é reduzido.
O rebaixamento do lençol freático pode ser executado por qualquer processo, até
mesmo pela instalação de bombas no interior dos próprios tubulões, ou então em poços
destinados a essa operação.
Para tornar possível a escavação abaixo do lençol freático, ou seja, em solos onde haja
água e não seja possível esgotá-la para evitar o desmoronamento das paredes do fuste,
emprega-se os tubulões a ar comprimido com pressão equivalente à pressão de água
intersticial. É importante ressaltar que no caso de utilização de ar comprimido, em
qualquer etapa de execução dos tubulões, deve-se observar que o equipamento deve
permitir que se atendam rigorosamente os tempos de compressão e descompressão
prescritos pela legislação em vigor. Para trabalhar nestas condições, devem ser tomadas
as seguintes providências:
Os canteiros de obra podem ser enquadrados dentro de um dos três seguintes tipos:
restritos, amplos e longos e estreitos.
O primeiro tipo de canteiro (restrito) é o mais freqüente nas áreas urbanas das cidades,
especialmente nas áreas centrais. Devido ao elevado custo dos terrenos nessas áreas, as
edificações tendem a ocupar uma alta percentagem do terreno em busca de maximizar
sua rentabilidade.
(b) criar espaços utilizáveis no nível do térreo tão cedo quanto possível.
A primeira regra recomenda que a obra inicie a partir da divisa mais problemática do
canteiro. O principal objetivo é evitar que se tenha de fazer serviços em tal divisa nas
fases posteriores da execução, quando a construção de outras partes da edificação
dificulta o acesso a este local.
Os motivos que podem determinar a criticalidade de uma divisa são vários, tais como a
existência de um muro de arrimo, vegetação de grande porte ou um desnível acentuado.
A segunda regra aplica-se especialmente a obras nas quais o subsolo ocupa quase a
totalidade do terreno, dificultando, na fase inicial da construção, a existência de um
layout permanente. Exige-se, assim, a conclusão, tão cedo quanto possível, de espaços
utilizáveis ao nível do térreo, os quais possam ser aproveitados para locação de
instalações provisórias de armazenamento, com a finalidade de facilitar os acessos de
veículos e pessoas, além de propiciar um caráter de longo prazo de existência para as
referidas instalações.
"para tanto, é essencial que o arranjo do canteiro de obra seja feito através de um
projeto cuidadosamente elaborado que contemple a execução do empreendimento como
um todo, prevendo as diferentes fases da obra e as necessidades e condicionantes para
cada uma delas".
Fases do canteiro
A definição das fases deverá ser feita de acordo com o anteprojeto arquitetônico, as
metas, os requisitos e diretrizes, os condicionantes da produção, o processo construtivo,
o plano de ataque, os cronogramas de materiais e mão-de-obra, e em função dos
principais marcos existentes, que impliquem em alterações substantivas na alocação de
espaço no canteiro, devido ao início de novos serviços, alteração nos processos de
produção, chegada ou utilização de novos materiais e equipamentos, implantação de
novas instalações, ou à necessidade de liberação de espaços para novas frentes de
serviço, entre outros.
Para cada fase da obra, devem ser definidos os meses críticos, com base na maior
dificuldade de movimentação dos materiais, e em função dos quantitativos de mão-de-
obra.
Alternativas de transporte
A avaliação das alternativas deve ser feita com base em dois critér
Elementos do canteiro
O estudo do arranjo físico do canteiro tem como objetivo otimizar o seu funcionamento
global, em relação à capacidade e segurança das instalações e à produtividade das
operações, através principalmente, da minimização do custo da movimentação dos
materiais e da otimização das relações de proximidade, sendo procurado a melhor
solução global para cada fase, ou pelo menos alternativas que atendam às condições
estabelecidas, mesmo que individualmente a localização de algum elemento não seja tão
boa quanto no momento em que foi estudada individualmente.
(b) distância entre roldana louca e tambor do guincho: esta distância deve estar
compreendida entre 2,5 m e 3,0 m (NR-18), devendo ser considerada para estimar a
posição do guincheiro;
(c) baias de agregados: as baias devem ter largura igual ou pouco maior que a largura da
caçamba do caminhão que descarrega o material, enquanto as outras dimensões (altura e
comprimento) devem ser suficientes para a estocagem do volume correspondente à uma
carga. No caso da areia e brita, por exemplo, as dimensões usuais são aproximadamente
(d) estoques de cimento: a área necessária para estocagem deve ser estimada com base
no orçamento e na programação da obra. As seguintes dimensões devem ser
consideradas neste cálculo:
(e) estoque de blocos: a área necessária deve ser estimada com base no orçamento e na
programação da obra. O estoque deve utilizar o espaço cúbico, limitando, por questões
de ergonomia e segurança do operário, a altura máxima da pilha em aproximadamente
1,40 m;
1,60 m x 2,65 m;
(g) bancada de fôrmas: a bancada deve possuir dimensões em planta que sejam pouco
superiores às da maior viga ou pilar a ser executado;
(h) portão de veículos: o portão deve ter largura e altura que permitam a passagem do
maior veículo que entrará por ele na obra, no decorrer de todo o período de execução.
Usualmente a largura de 4,00 m e a altura livre de 4,50 m são suficientes;
(i) caminhões de transporte de madeira: para verificar se estes caminhões podem entrar
no canteiro e acessar as baias deve-se conhecer o seu raio de curvatura e suas
dimensões. Dimensões usuais são as seguintes:
AreiaDeve ser estocada em local plano, devidamente cercada por madeiras e coberta por
lona de plástico
Maneira correta de ser armazenar a areia
Pedras
Devem ser guardadas como o indicado para a areia. Não precisam ser cobertas.
Cimento
Por ser um material perecível (estocagem de 30 dias), estraga se ficar em contato com
umidade. Deve ser empilhada em local fechado e seco, sem retirá-lo de sua embalagem.
Compre conforme a obra demandar.
Tijolos e blocosEmpilhados de forma a não ultrapassar 1,50 metro de altura. Devem ser
cobertos com uma lona. Tijolos aparentes devem ser empilhados sobre um tablado de
madeira.
Método correto de ser armazenar tijolos
Cal
Empilhado em local fechado, longe de umidade. Assim como o cimento deve-se evitar
sua compra em grandes quantidades (tempo de estocagem: 30 dias). Deve ser comprado
aos poucos, conforme a demanda, pois se trata de um material perecível.
Barras de aço
Devem ser guardadas de mesmo diâmetro juntas. Podem ser armazenadas em locais
abertos, se não ficarem expostas por muito tempo (até 90 dias). Não devem ser
colocadas em contato com a terra.Tubos e conexõesSeparados de acordo com o tipo.
Não devem ficar expostos ao sol.
Madeiras
As chapas compensadas devem ser cobertas com saco plástico e sem contato com o
solo. Não se deve empilhar um grande número, pois o peso pode danificar o material.
Se a obra tiver tábuas para piso, elas devem ser guardadas sobre estrado de madeira. Já
o madeiramento para o telhado deve ser coberto com plástico.
Portas e janelas
Devem ser guardadas dentro de casa e sem retirar suas embalagens. Dispostas em
posição horizontal.
Azulejo e piso cerâmico
Deve evitar armazená-los em locais úmidos. Devem ser empilhados sem retirar as
embalagens de papelão.
Vidro
Não deve ser estocado. Deve ser usado assim que chegar à obra, ou seja, na etapa final
da obra, no acabamento.
Tijolos e blocos
Empilhe-os de forma a não ultrapassar 1,50 m de altura. Cubra-os com uma lona.
Tijolos aparentes devem ser empilhados sobre um tablado de madeira.
Cal
Material perecível. Empilhe-o em local fechado, longe de umidade. Assim como o
cimento, deve-se evitar sua compra em grandes quantidades (tempo de estocagem: 30
dias). Compre aos poucos (conforme demanda).
Barras de aço
Guarde as barras com o mesmo diâmetro juntas. Podem ser armazenadas em locais
abertos, se não ficarem expostas por muito tempo (até 90 dias). Não coloque-as em
contato com a terra.
Tubos e conexões
Separe-os de acordo com o tipo. Evite deixá-los expostos ao sol.
Pedras
Guarde-as como o indicado para a areia. Não precisam ser cobertas.
Telhas
As telhas de barro devem ser empilhadas verticalmente. Disponha-as de modo a ficar
próxima ao local em que serão utilizadas (para evitar quebras). Telhas metálicas devem
ficar um pouco inclinadas para não acumular água.
Madeiras
1. Chapas compensadas: Cubra com saco plástico e não deixe em contato com o solo.
Evite empilhar um grande número, pois o peso pode danificar o material.
2. Tábuas para piso: Devem ser guardadas sobre estrado de madeira.
3. Madeira para telhado: Cubra as vigas com plástico.
Vidro
Não deve ser estocado. Deve ser usado assim que chegar à obra (etapa de acabamento
da obra).
Portas e janelas
Guarde-as dentro da casa, sem retirar suas embalagens, dispondo-as em posição
horizontal.
Locação de obras;
_ o alinhamento da rua;
Nos casos em que o movimento de terra tenha sido feito, deve-se iniciar a locação pelos
elementos da fundação, tais como as estacas, os tubulões, as sapatas isoladas ou
corridas, entre outros. Caso contrário, a locação deverá ser iniciada pelo próprio
movimento de terra.
Uma vez locadas e executadas as fundações, pode ser necessária a locação das
estruturas intermediárias, tais como blocos e baldrames.
Os cuidados com a locação dos elementos de fundação de maneira precisa e correta são
fundamentais para a qualidade final do edifício, pois a execução de todo o restante do
edifício estará dependendo deste posicionamento, já que ele é a referência para a
execução da estrutura, que passa a ser referência para as alvenarias e estas, por sua vez,
são referências para os revestimentos. Portanto, o tempo empreendido para a correta
locação dos eixos iniciais do edifício favorece uma economia geral de tempo e custo da
obra.
A demarcação dos pontos que irão definir o edifício no terreno é feita a partir do
referencial previamente definido, considerando-se três coordenadas, sendo duas
planimétricas e uma altimétrica, as quais possibilitam definir o centro ou eixo central do
elemento que se vai demarcar (fundação, parede, etc.).
A medição das distâncias é feita com uma trena, que pode ser de aço (comum ou tipo
invar) ou de plástico armada com fibra de vidro. Existem também as trenas de pano que,
no entanto, devem ser evitadas, pois se deformam sensivelmente, causando diferenças
significativas nas medidas.
A tabeira pode ser utilizada mesmo em terrenos acidentados e com grande desnível.
Nestes casos é construída em patamares, como ilustra a Figura 2.3.
Figura 2.2 - Ilustração dos elementos auxiliadores para a locação de edifícios: (a) tabeira
[Fonte: LICHTENSTEIN & GLEZER, s.d.]; (b) cavalete [Fonte: IPT, 1987].
Figura 2.3 - Ilustração da tabeira executada em diferentes níveis, acompanhando a
topografia do terreno [Fonte: FABIANI, 1981].
Para a medição das coordenadas, deve-se tomar sempre a mesma origem, trabalhando-
se com cotas acumuladas para evitar a propagação de possíveis erros.
Figura 2.4- Ilustração da demarcação do eixo e das faces de um elemento a ser locado
[Fonte: IPT, 1987].
O ponto que define o eixo central dos elementos deve ser destacado através de pintura,
para que não se confunda com os laterais.
Observe-se que se a locação ocorrer pela face, sempre existirá o risco de haver confusão
na obra, pois não se pode saber qual face foi locada inicialmente, de onde se iniciou as
medidas, se a espessura do revestimento foi ou não considerada.
Assim, após ter sido demarcado o ponto central, deve-se locar os pontos laterais
utilizando-se preferencialmente pregos menores.
De modo geral é preferível que se tenha a tabeira como apoio à demarcação do que o
cavalete, pois este pode se deslocar com maior facilidade, devido a batidas de
equipamentos ou mesmo esbarrões, levando à ocorrência de erros na demarcação. No
entanto, existem situações em que não é possível o emprego da tabeira, como é o caso
da locação de edifícios cuja projeção horizontal seja muito extensa, como por exemplo o
prédio da Engenharia Civil da Escola Politécnica, ou mesmo do Palácio de Convenções
do Anhembi, entre outros. Nestes casos, o uso de equipamentos topográficos auxiliados
por cavaletes é a solução que torna viável a demarcação.
Seja qual for o método de locação empregado, é de extrema importância que ao final de
cada etapa de locação sejam devidamente conferidos os eixos demarcados, procurando
evitar erros nesta fase. A conferência pode ser feita com o auxílio dos equipamentos de
topografia ou mesmo de maneira simples, através da verificação do esquadro das linhas
que originaram cada ponto da locação. Para isto, pode-se utilizar o princípio do
triângulo retângulo (3, 4, 5), como ilustra a Figura 2.5.
Movimento de terra;
Pode definir-se Movimentação de Terras como o conjunto de trabalhos executados por
homens, máquinas e ferramentas destinadas à preparação dos terrenos para a
implantação de estruturas, pavimentos ou outras obras de Construção Civil.
Terra ou saibro – solo corrente (argila, areia, terra) que pode ser escavado com uma
máquina escavadora de pneus ou rastos sem equipamento especial;
Rocha dura – rocha rija, compacta ou em processo inicial de alteração; só pode ser
desmontada a compressor, com explosivos, com produtos químicos expansivos ou com
qualquer técnica especial a definir caso a caso.
Escavações;
A primeira etapa é a escavação do solo que pode ser executada de modo mecânico ou
manual em etapas sucessivas de cima para baixo, seguindo a geometria do projeto da
contenção.
Para cortes verticais, Gässler (1990) apud Lima, 2002, indicou profundidades de cada
estágio de escavação em função do tipo de solo conforme mostra a Tabela 1.
Tabela 1 – Profundidade de escavação em função do tipo de solo, Fonte: Gässler (1990)
apud Lima, A.P., 2002
O solo a ser escavado deve apresentar uma resistência aparente não drenada ao
cisalhamento mínima de 10 kPa, do contrario não se poderá executar escavações com
geometrias verticais. Uma resistência como esta, entretanto, é possível obter na maioria
dos solos argilosos e arenosos, mesmo em areia puras úmidas, devido ao efeito de
capilaridade. Somente em areias secas e sem nenhuma cimentação entre grãos, ou em
solos argilosos muito moles, este processo dificilmente terá sucesso. Ortigão et al.
(1993, p. 292).
Dringenberg e Craizer, 1992 apud Lima, 2002 recomenda onde possível inclinar a face
do talude para promover redução da armadura de reforço. Lima, 2002, recomenda uma
inclinação de 5°a 10° da face do talude, em relação à vertical, para obter-se um ganho
na estabilidade geral do conjunto na fase construtiva.
Segundo, Zirlis et al. (2003) outra medida para minorar os esforços na superfície de
escavação é utilização de bermas entre as linhas verticais de grampeamento. Em virtude
das condições do terreno, a ordem da instalação dos grampos e da estabilização do
parâmetro pode ser invertida.
b) estudo do terreno.
Com esses dados, passa-se à escolha do tipo de fundação, tendo-se presente que:
Tipos de fundações
Os principais tipos de fundação podem ser reunidos em dois grandes grupos: fundações
superficiais e fundações profundas.
A fixação da profundidade que deve alcançar uma fundação, não é um problema fácil,
pois são inúmeros os fatores que podem influenciar para que um solo não atenda a
necessidade de esforço da fundação.
Fundações Superficiais
As fundações superficiais podem ser ainda isoladas quando o elemento suporta apenas a
carga de um pilar que passa pelo seu CG, ou excêntrica quando a resultante das cargas
aplicadas não passa pelo CG da base, é o caso das fundações em divisa de terreno.
Usualmente, uma fundação com carga excêntrica é associada por meio de uma viga de
equilíbrio, com a de um pilar mais próximo.
Outra característica das sapatas é a sua pequena altura em relação às dimensões da base,
são "semiflexíveis" que ao contrário dos blocos, que trabalham à compressão simples,
as sapatas trabalham à flexão.
Fundações Profundas
São aquelas em que o elemento de fundação transmite a carga ao terreno pela base
(resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de atrito do fuste) ou por
combinação das duas, e está assentada em profundidade, em relação ao terreno
adjacente, superior no mínimo ao dobro de sua menor dimensão em planta.
Tubulões - são elementos de fundação de forma cilíndrica, em que pelo menos na sua
etapa final de escavação, há descida de trabalhador. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar
comprimido (pneumático), e ter ou não base alargada. Pode ser executado sem
revestimento ou com revestimento de aço ou de concreto, que neste caso, seu
revestimento (camisa de aço), pode ser perdida ou recuperável.
Para o caso de solos não coesivos poderá ser feita contenção, que são camisas
cilíndricas de concreto ou aço para conter as paredes laterais do tubulão.
Os tubulões que são executados com auxílio de ar comprimido, são aqueles em que o
nível de água do solo e atingido antes da camada de resistência onde deverá ser arrasada
a base do tubulão. Nestes casos deve se tomar cuidado também para evitar danos com a
saúde dos trabalhadores que trabalham sob o efeito do ar comprimido dentro do tubulão,
bem como com o sistema que garante a vida dos trabalhadores e o bom andamento dos
serviços.
Peso final de uma construção corresponde a três elementos, que são assim
determinados:
Carga, que é a resultante da somatória de todos aos pesos dos materiais que entram na
construção do edifício.
Sobre carga, que corresponde à soma de todos os pesos dos elementos que serão
depositados nas dependências do edifício, os quais são: pessoas, móveis e
equipamentos.
Esforços temporários, que atuam sobre o prédio, tais como: chuva, ação do vento e
outras intempéries.
Por meio das fundações é que se atinge essas camadas, e por tanto a elas
transfere-se a carga total correspondente ao peso final da construção.
Fundação direta.
É aquela que por meio de escavações simples atingem a camada rasante de solo
resistente, sobre a qual apóiam-se as fundações.
Sapata corrida – através de peças de concreto armado, com seção retangular ao longo do
comprimento de todas as paredes do prédio, suas cargas são transmitidas,
uniformemente ao solo resistente.
Sapata isolada – por meio de uma placa de concreto armado, no formato quadrado,
retangular ou então de outra figura geométrica, as cargas do prédio são transmitidas por
suas áreas correspondentes, concentradas e uniformemente distribuída para a camada de
solo resistente, sobre a qual se apóia.
Radie – a base total da construção assenta-se sobre uma grande placa, executada em
concreto armado, a qual distribui, uniformemente a carga total do prédio, por uma
grande metragem igual ou maior que a área da edificação; sendo que assim, o seu peso
será descarregada, sobre uma extensa camada resistente do solo.
Deve-se ter em conta, que apesar da fundação direta, ser um processo fácil de
controle e de execução, a mesma só será técnica e economicamente viável, se for
rasante; isto é, em profundidades não superior a 3,00 m, porque acima dessa metragem,
seu custo passa a ser inadequado, e função dos serviços complementares necessários, e
em comparação a outros tipos de fundações.
Fundações indiretas.
Atrito lateral – é a reação que as camadas do solo produzem na estaca, devido o contrato
de sua face externa, ao longo de todo o seu comprimento, dificultando assim a
penetração.
Carga de ponta – é a reação que o solo produz na ponta da estaca, em sentido contrário a
sua penetração, na camada de solo resistente.
A conjugação desses dois esforços: atrito e de ponta, somados com as taxas de
resistências do solo penetrado resultam na determinação da capacidade de suporte carga
de cada estaca.
Moldadas “in loco” – que são preparadas no canteiro de serviços e executadas no seu
próprio local de escavação.
Pré-fabricadas
Esse tipo de estaca tem em geral um comprimento de 6,00 a 9,00 m, com seções
circulares, mínimas de 25 cm.
A grande problemática da estaca de madeira é sua duração, por que quando submersa
tem vida indefinida, mas caso ficar enterrada ou exposta ao ar, ocorre o seu
apodrecimento, ao longo do tempo, o que produz a diminuição de sua seção e
evidentemente a perda de sua capacidade de carga.
Por esse motivo, a partir dos anos 40, a estaca de madeira foi sendo abandonada, aqui
no Brasil, nas obras de construção civil, sendo hoje quase que totalmente desconhecida.
Aplicável em qualquer tipo de solo, com água ou não, com exceção onde houver rochas.
.
Como desvantagens, tem os seguintes pontos:
Sua armação de aço é super dimensionada, para a carga que irá suportar, o que lhe
produz um acréscimo no custo, entretanto esse super dimensionamento se faz
necessário, para que possa absorver os efeitos que sofre em razão dos esforços devido
ao transporte e cravação.
É preciso que haja espaço no canteiro de obra, para o armazenamento das peças
necessárias, afim de que seja atendido o planejamento de cravação.
O canteiro de obra deverá ter espaços livres, que permita o seu deslocamento quando do
trabalho de cravação.
Pesos
Diâmetros
(cm) (kg/m)
20 60
25 85
30 120
35 150
40 200
50 300
Estaca metálica - Formada por perfis de aço nas seções de duplo “T” ou composições de
duas peças soldadas entre si. Possui capacidade de resistência ao ataque de corrosão, em
razão a sua própria composição, ou então por tratamento adequado de pintura
específica.
Em geral é indicada para suportar grandes cargas, como também quando se faz
preciso a sustentação de esforços de compreensão alinhados aos de contenção
por empuxo de terra.
Seu emprego entre nós ainda é limitado a determinados casos, em razão do seu
alto custo.
Circular Quadrada
Pré- Madeira 30 33
fabricada
35 38
40 45
Concreto armado 20 x 20 20
maciço
25 x 25 30
30 x 30 40
35 x 35 50
40 x 40 70
Concreto armado 20 25
circular vazada
25 35
30 45
35 55
40 75
Moldadas “in-loco”
Os furos verticais, dependendo das cargas desejadas, podem ser feitos por:
b – Escavada
b – Franki
b - Ar comprimido
Brocas – são perfurações feitas manualmente, com trado, normalmente em terreno que o
lençol freático, não fora atingido, e em diâmetro em geral de 20 cm, tendo como
profundidade no máximo até 4,00 m, uma vez que acima dessa metragem torna-se
dificultoso o trabalho de perfuração, como também, sua execução perfeitamente na
vertical.
Pelo o seu sistema de execução passa ser uma peça da fundação, de pouca
capacidade, sendo assim, somente, indicada para obras onde são solicitadas pequenas
cargas.
Por ser a perfuratriz montada na estrutura de um caminhão, usa-se o seu próprio motor
desse com elemento gerador da energia precisa.
Um Tripé.
Um Guincho manual.
Processo de execução:
Com o soquete é iniciada a perfuração, até uma profundidade de 1,00 a 2,00 m, furo
esse que servirá de guia para a colocação do primeiro tubo de aço, dentado na
extremidade inferior, chamado Coroa.
Com a introdução da coroa, o soquete é substituído pela sonda de percussão, a qual por
golpes sucessivos vai retirando o solo do interior do tubo, e abaixo da coroa, e dessa
maneira, a tubulação vai penetrando no terreno.
Quando estiver todo cravada rosquea-se, nele, o tubo seguinte e assim por diante, até
atingir a camada de solo resistente, ou e então o comprimento da estaca considerado
suficiente para suportar a carga prevista.
Para garantia da continuidade do corpo da estaca (fuste) é preciso que tenha dentro da
tubulação, uma coluna de concreto que ocupe todo o espaço perfurado e eventuais
vazios no subsolo. Dessa maneira o soquete não tem possibilidade de ter contato com o
solo, nem provocar desbarrancamento do terreno, evitando misturar-se com o concreto.
Seu processo de execução não causa vibrações, o que afeta pouco as construções
vizinhas.
Por ser moldada “in loco” é executada no comprimento desejado, não havendo assim
perda de materiais, ou necessidade de suplementação.
É importante frisar, que a coluna de concreto dentro da tubulação, por seu próprio peso,
já tende a preencher a escavação, e contrabalançar a pressão do lençol freático, se
existir.
20 25 20 15
30 32 25 20
40 38 30 25
60 45 38 30
90 55 48 35
Observação:
A estaca tipo Franki, é idêntica a Strauss, com a pequena diferença de que sua execução
é feita pela a colocação do tubo (camisa) na vertical, com o terreno, e dentro do qual é
feito no fundo um tampão de concreto, seco e adensado pelo soquete.
Esse tampão, que está aderido, fortemente na extremidade do tubo, pela a percussão
continua do soquete, penetra no terreno até a profundidade desejada, quando então será
feito um lançamento de concreto, que também, por percussão formará um bulbo,
dentro do terreno tornando-se a ponta da estaca.
Terminado o bulbo passa-se a execução do fuste, pelo o lançamento de concreto socado
ao mesmo tempo em que, o tubo é retirado, parcialmente, pela a elevação, de cada 30
cm, por vez.
Nota: Em todos os tipos de estacas moldadas “in loco”, que foram acima
descritos, não se faz necessária armação, porque ocorre na maioria das vezes
trabalharem, somente, com esforços de compressão; porém é preciso apenas, que na sua
extremidade superior, antes do término da concretagem, seja colocada, dentro do
concreto, uma armação de três barras de aço CA50 de 10 mm, com comprimentos de
2,00 m, estribadas a cada 30 cm, com aço CA50 de 6,3 mm.
Convém, salientar que no caso da estaca moldada “in loco” sofrer, também,
esforço de tração, então ela deverá ser armada, inteiramente ou parte do seu
comprimento, conforme determinar o cálculo estrutural.
Tubulões - são peças com diâmetros variáveis, superiores a 60 cm, perfurados até
atingirem o solo firme, onde a sua base será aberta em formato de um tronco de cone.
Posteriormente, esse buraco será preenchido totalmente com concreto simples.
Essa peça recebe ou não armação, em função do que o calculo estrutural, assim
definir.
Ar comprimido.
Não havendo água no subsolo perfurado, o processo “céu aberto” é feito, pela
simples abertura de poço manualmente com a retirada da terra por sarilho e balde, até
atingir a camada de solo firme.
Durante essas etapas, que se processam lentamente, pois deve haver um perfeito
controle para evitarem-se embolias gasosas, que é a penetração anormal de gás sob a
forma de bolha na corrente sanguínea, a qual pode ocasionar cambraias, dolorosas, ou
até a morte.
Após a abertura do poço, por um dos dois processos, a sua base será alargada em
forma de um tronco de pirâmide, para obter-se assim a área necessária de distribuição
de carga no solo firme, de acordo com sua taxa de sustentação.
Broca 20 Máximo 5
Escavada 25 / 35 20 / 30
Strauss 25 20
32 30
Franki 38 40
45 50
Moldada “in loco” broca Não gira mais o trado dado à resistência do solo
strauss
franki
Conforme a maneira que as cargas são distribuídas, essas partes das fundações
recebem denominações diferenciadas, tais como:
Quando as cargas são distribuídas em uma linha reta, ao longo de uma fileira de estacas,
a peça linear no sentido das paredes e de seção retangular recebe o nome de Viga de
baldrame.
As cargas são transmitidas, para as vigas de baldrame, por meio das paredes que estão
sobre elas e enterradas no terreno, e essas alvenarias recebem o nome de Alicerces.
Os alicerces em razão das cargas atuantes podem ser executados com: tijolos comuns,
blocos de concreto ou cerâmico.
As cargas transmitidas para os blocos se fazem por meio de Pilares, que nascem a partir
do próprio bloco.
As peças estruturais, que são executadas, como fundação direta ou indireta sob o solo,
tais como: sapata corrida, sapata isolada, radie, estaca, viga de baldrame, bloco, pilar e
alicerce, formam a parte da construção, denominadas Fundações, ou Infra-estrutura.
NOTA: Para melhores esclarecimentos dos processos de execuções e tipos de
equipamentos que são empregados, nas execuções das escadas de fundações, os
mesmos são apresentados, na seguinte ordem:
Desenho nº 1
Desenho nº 2
Desenho nº3
5. Técnicas de construção: canteiro de obras; depósito e armazenamento de materiais;
locação de obras; movimento de terra; escavações; fundações; formas; armação;
concreto; estruturas; alvenarias; coberturas; revestimentos; pisos e pavimentações;
impermeabilizações; esquadrias; ferragens; pinturas; máquinas, equipamentos e
ferramentas.
concreto;
Em alguns casos são adicionados aditivos que modificam suas características físicas e
químicas.
endurecimento.
na sua qualidade.
• Proporcionamento adequado
• Manipulação adequada
Após a mistura, o concreto deve ser transportado, lançado nas formas e adensado
corretamente.
• Cura cuidadosa
Fabricação no local;
Pré-misturado
• Campo de aplicação:
Cimento
Agregados
Como agregados podem ser utilizados materiais naturais e artificiais, que apresentem
resistência suficiente e que não afetem o endurecimento do concreto. Os agregados
devem por isso ser isentos de impurezas (terra, argila, humus) e de componentes
prejudiciais (no máximo 0,02% de cloretos e 1% de sulfatos). O açúcar é especialmente
perigoso, porque impede a pega do cimento.
Estruturas;
Estrutura são elementos em uma edificação cuja finalidade é resistir aos esforços (peso
e carga de uso) de uma edificação e realizar a transmissão desses para as fundações. Os
elementos estruturais podem ser classificados, de maneira simples como vigas, pilares e
lajes.
Armação Positiva: armaduras que ficam na parte inferior de vigas, lajes, cintamentos e
sofrem, durante a deformação das peças estruturais, ação de momento fletor positivo.
Estribos: são posições de aço que tem a função de unir as barras de aço de vigas e
pilares. Os estribos geralmente tem a bitola menor que as barras principais da peça
estrutural.
Cobrimento: o cobrimento é a quantidade de concreto que deve cobrir os aços das peças
estruturais, evitando que o aço sofra o processo de oxidação, fazendo com que a peça
perca resistência.
As peças estruturais são os pilares, vigas, lajes, blocos de concreto, cintamentos, sapatas
e estacas.
Pilares: São peças estruturais de concreto armado ou aço, que trabalham na vertical,
recebendo cargas das vigas ou lajes
Vigas: São peças estruturais de concreto armado ou aço, que trabalham na horizontal,
recebendo cargas das lajes e transferindo-a aos pilares
Lajes: São peças estruturais de concreto armado que trabalham na horizontal, recebendo
as cargas de utilização e peso próprio e transferindo as vigas.
Blocos de fundação: São peças estruturais de transição que fazem a ligação das estacas
ao cintamento.
Estacas: São peças estruturais de fundação que transmitem todas as cargas da edificação
ao solo.
Alvenarias;
Tipos de alvenaria
1. Alvenaria de pedra
A alvenaria de pedras pode ser de pedra bruta com ou sem argamassa. É muito usada
em muros de contenção de terra (muros de arrimo), que no caso de não serem
argamassados, permitem a saída de água pelos intervalos entre as pedras. A alvenaria de
pedra pode também ser de pedra aparelhada, nesse caso sempre argamassada, possuindo
geralmente a forma de paralelepípedo e chamadas de alvenaria de cantaria, sendo menos
usada, devido exigir mão-de-obra especializada e cara.
A argamassa destinada à alvenaria de pedra deve garantir a união das pedras, mantendo
a mesma resistência das aglomeradas. O traço indicado como normal para alvenaria de
pedra é 1:4 de cimento e areia grossa ou 1:2:2 de cimento, areia e saibro.
Confeccionadas com blocos cerâmicos maciços ou furados, são as mais utilizadas nas
construções de um modo geral. O consumo de tijolo por m² de alvenaria, bem como, o
consumo de argamassa para assentamento, depende do tipo de tijolo, das suas
dimensões e da forma de assentamento.
Coberturas;
1 – Conceito
Segundo a Morfologia das Estruturas (do Grego: Morfo = Forma, e Lógia = Estudo), as
coberturas são estruturas que se definem pela forma, observando as características de
função e estilo arquitetônico das edificações. As coberturas têm como função principal a
proteção das edificações, contra a ação das intempéries, atendendo às funções utilitárias,
estéticas e econômicas. Em síntese, as coberturas devem preencher as seguintes
condições:
funções estéticas: forma e aspecto harmônico com a linha arquitetônica, dimensão dos
elementos, textura e coloração;
Entre os detalhes a serem definidos em uma cobertura, deverá ser sempre especificado,
o sistema de drenagem das águas pluviais, por meio de elementos de proteção, captação
e escoamento, tais como:
2 – Tipos de coberturas
2.1 – Naturais
coberturas minerais: são materiais de origem mineral, tais como pedras em lousas
(placas), muito utilizadas na antigüidade (castelos medievais) e mais recentemente
apenas com finalidade estética em superfícies cobertas com acentuada declividade (50%
< d >100 %). Atualmente, vem sendo substituída por materiais similares mais leves e
com mesmo efeito arquitetônico (placas de cimento amianto);
coberturas vegetais rústicas (sapé): de uso restrito a construções provisórias ou com
finalidade decorativa, são caracterizadas pelo uso de folhas de árvores, depositadas e
amarradas sobre estruturas de madeiras rústicas ou beneficiadas.
coberturas vegetais beneficiadas: podem ser executadas com pequenas tábuas (telhado
de tabuinha) ou por tábuas corridas superpostas ou ainda, em chapas de papelão
betumado;
Madeira serrada Tábuas serradas superpostas
diretamente sobre o caibro das tesouras
e pregadas. Podem receber tratamento
impermeabilizante (piche)
tábuas
caibro
frechal
As tábuas podem ser também
pé-direito pregadas na vertical
justapostas com algum
impermeabilizantes ou com
mata-juntas de madeira
d > 45% serrada
3 – Coberturas planas
A cobertura deve ter inclinação mínima que permita o escoamento das águas das
chuvas, e direcionadas segundo o plano (projeto) de captação dessas águas. As
coberturas horizontais têm inclinação entre 1 a 3% e as consideradas inclinadas tem
caimento igual ou maior de 3%. Quanto à inclinação das coberturas, as mesmas podem
ser classificadas em:
coberturas em arcos;
Os sistemas de apoio de coberturas planas podem ser executados em: madeira, metal ou
concreto armado (podendo ser misto, também). A escolha e definição do material são
determinadas pelas exigências técnicas do projeto, como o estilo, a função, o custo, vão
de sustentação, etc. Quanto à definição estrutural, as armações de coberturas podem ser
executadas com os seguintes sistemas:
em Madeira:
em Metal:
em Concreto Armado:
Sistemas de pórticos
Devem ser indicados por setas ortogonais aos lados do polígono de cobertura, a
orientação da declividade dos panos. Junto da seta, deve ser especificada a Inclinação
(angulo º) que o plano de cobertura faz com a horizontal - ou Declividade - tangente
trigonométrica da inclinação, indicada pela letra d (d = h/d = tag %).
º d% º d%
1,0 1,7 17,8 32,0
1,7 3,0 20,0 36,4
5,5 9,6 25,0 46,6
5,7 10,0 26,6 50,0
8,6 15,0 30,0 57,7
10,0 17,6 35,0 70,0
11,3 20,0 40,0 83,9
15 26,8 45,0 100,0
altura das cumeeiras, também chamada de Ponto de Cobertura - é a relação entre a
altura máxima da cobertura e o vão. O Ponto varia entre os limites de 1:2 a 1:8 nos
telhados.
Beirais - caracterizados pela projeção das estruturas de apoio de cobertura alem da linha
de paredes externas, com a execução de forros. Em algumas definições arquitetônicas,
executam-se os prolongamentos das lajes de forro em balanço estrutural, além da linha
de paredes externas.
detalhes complementares
5 – Tipos de telhados
Alpendre Meia-água
cumeeira
Três águas
tacaniça
ventilação
6 – Cobrimento ou Telhamento
possuir leveza, com peso próprio e dimensões que exijam menos densidade de
estruturas de apoio;
podem ser fornecidas com aderência na face inferior de poliestireno expandido para a
redução térmica de calor;
refletem 60% das irradiações solares, mantendo o conforto térmico sob a cobertura. São
resistentes e duráveis;
cuidado deve ser observado para não apoiar as peças diretamente sobre a estrutura de
apoio em metal ferroso, as peças devem ser isoladas no contato;
incombustíveis;
telhas produzidas com traço especial de concreto leve, proporcionando um telhado com
10,5 telhas por metro quadrado e peso de 50 kg/m2;
perfis variados com textura em cores obtidas pela aplicação de camada de verniz
especial de base polímero acrílica;
Tesoura simples
Tesoura com lanternim
Tesoura de alpendre
Para orientar a comunicação com o pessoal nas obras a terminologia das peças que
compõem um telhado é a seguinte:
3
4
14
2 1
5 7 8 10
2
12 11
6
9
13
1
7
15
13
2 2
3
1
1
16
4
1
10
6
9
15
x b
2 cm α
a
d
90º
Dir
b
e
ção
do
d
en
α pequeno
X pequeno
ntee
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α/2
ção
α/2
Dire
ß/2 ß/2
a
ão
cç
Su rm
pe
c.
Sucção
c. perm
0
10
6 mm
b
6 mm
A
+
+
+ ++
+ + +
+ + +
+ + +
Corte AA
Cobrejuntas de
A madeira pregadas
Cantoneira
CH 50x6mm
+ + + ++ + + +
+ + + + + +
Cobrejuntas de
madeira pregadas
Chapa reta
50x6mm
28 0,35 3,81
26 0,45 4,01
24 0,55 5,65
22 0,71 6,87
20 0,90 8,08
A colocação e fixação dos elementos de captação de água devem ocorrer pouco antes do
arremate final do telhado e o engenheiro deve verificar os seguintes pontos antes de
liberar a continuidade dos trabalhos, pois é prudente evitar retorno de operários sobre a
cobertura para fazer reparos para não causar danos às telhas e acessórios e com isso
provocar infiltrações e goteiras:
fazer um teste de vazamento e caimento (ver se água fica parada em pontos da calha);
65 71 91
80 80 100 100
75 75
80 100 100
Calha de platibanda
15 15 15 15
10 10 150
110 120
80 85 100
Rufo interno
10 10
10
75 15 85 15 105 15
Rufo externo
10 10 10
60 70 80
170 10 190 10 10
230
Rufo com pingadeira
140 220
135 40
80 15 40 80 15
55 15 40
15 15
15
12 12 12 12
90 90 105 105
10 13 13 10 30 30
12 12 10 10
130 130 250 250
Beiral – parte da cobertura em balanço que se prolonga além da prumada das paredes.
Caibros – peças e madeira de média esquadria que ficam apoiadas sobre as terças para
distribuir o peso do telhado.
Calha – é canal ou duto em alumínio, chapas galvanizadas, cobre, PVC ou latão que
recebe as águas das chuvas e as leva aos condutores verticais.
Clarabóia – é a abertura na cobertura, fechada por caixilho com vidro ou outro material
transparente, para iluminar o interior.
Platibanda – mureta de arremate do telhado, pode ser na mesma prumada das paredes ou
com beiral.
Rincão (água furtada) – canal inclinado formado por duas águas do telhado.
Ripas – são as peças de madeira de pequena esquadria pregadas sobre os caibros para
servir de apoio para as telhas.
Tirante – é a viga horizontal (tensor) que, nas tesouras, está sujeita aos esforços de
tração.
Última
Norma Código
atualização
NBR5720
Coberturas 02/1982
NB344
NBR5639
Emprego de chapas estruturais de cimento-amianto 12/1977
NB554
NBR7196
Folha de telha ondulada de fibrocimento 06/1983
NB94
NBR7190
Projeto de estruturas de madeira 08/1997
NB11
NBR8948
Telha cerâmica - Verificação da impermeabilidade 07/1985
MB2133
NBR9601
Telha cerâmica de capa e canal 09/1986
EB1701
NBR9600
Telha cerâmica de capa e canal tipo colonial - Dimensões 09/1986
PB1247
NBR9598
Telha cerâmica de capa e canal tipo paulista - Dimensões 09/1986
PB1245
NBR9599
Telha cerâmica de capa e canal tipo plan - Dimensões 09/1986
PB1246
NBR7172
Telha cerâmica tipo francesa 03/1987
EB21
NBR8038
Telha cerâmica tipo francesa - Forma e dimensões 03/1987
PB1013
NBR5642
Telha de fibrocimento - Verificação da impermeabilidade 11/1993
MB1089
NBR5640
Telha estrutural de fibrocimento 03/1995
EB305
NBR7581
Telha ondulada de fibrocimento 02/1993
EB93
Revestimentos;
Revestimentos são todos os procedimentos utilizados na aplicação de materiais de
proteção e de acabamento sobre superfícies horizontais e verticais de uma edificação ou
obra de engenharia, tais como: alvenarias e estruturas.
Revestimento de paredes
1 – Revestimentos argamassados
1.1 – Chapisco
1.2 – Emboço
Pisos e pavimentações;
fácil conservação;
função decorativa;
econômica.
em cerâmica: piso cerâmico não vidrado (lajota colonial) e piso cerâmico vidrado de
resistência variável (decorados e antiderrapantes);
em pedra:
Piso melamínico de alta pressão (PMAP) – são chapas para revestimentos de substratos
rígidos, compostas de material fibroso, celulósico, empregnado com resinas
termoestáveis, amínicas e fenólicas, prensadas por meio de calor e alta pressão,
constituindo um revestimento de elevado índice de resistência ao desgaste, com
espessura de 2 mm, produzidos em diferente versões, específicas para cada aplicação e
uso (convencional, fogo retardante, reforçado etc.).
Nas áreas de garagens, não deixar de executar declividades mínimas para o escoamento
natural d’água.
Se possível, a cota do piso interno de uma edificação deve estar sempre elevado em
relação ao piso externo;
Tipo “blokret” pa ra ti
Decora tivo
Os procedimentos a seguir são indicados para o caso de áreas internas sobre lajes com
contrapiso em painéis de 2,0x2,5 m e espessura mínima de 2,0 cm e espessura máxima
dependendo do desnível necessário ou da correção de nível exigida.
Marcar o nível das mestras de acordo com o projeto (transferir o nível) usando nível de
mangueira, lembrando que nas áreas onde haverá escoamento de água (ralo) prever um
caimento mínimo de 1%;
Dois dias antes da execução do contrapiso colocar os tacos (taliscas) conforme o nível
determinado fixando-os com a mesma argamassa que vai ser usada no contrapiso
(depende do revestimento final que vai ser colocado, conforme tabela a seguir). Molhar
o local onde vai ser colocado o taco e polvilhar com cimento comum para garantir a
perfeita aderência da argamassa com a base;
Traço da argamassa
Água 10 %
Os tacos deverão ficar a uma distância máxima de 2 metros e após 2 dias, lavar bem a
superfície (água em abundância) e executar as mestras, adotando-se os mesmos
cuidados de polvilhar cimento, inicialmente nos locais das mestras e depois em toda a
superfície que vai receber o contrapiso, espalhando e misturando com a água para
formar uma nata de aderência;
Espalhar a argamassa entre os tacos numa espessura um pouco acima da altura dos tacos
e compactando-a com um soquete (a argamassa deve estar em ponto de farofa). Em
seguida, usando os tacos como apoio, nivelar a mestras com uma régua de alumínio
(reguar) e retirar os tacos, preenchendo o espaço com a mesma argamassa;
Logo após a execução das mestras lançar argamassa entre elas até um pouco acima das
mestras, espalhando com uma enxada ou rodo (espessura máxima por camada de 5 cm),
compactar da mesma forma que as mestras, preenchendo os espaços que ficarem abaixo
das mestras, sempre compactando;
De forma idêntica ao sarrafeamento feito antes, cortar a argamassa com uma régua de
alumínio, fazendo o acabamento (cimento alisado ou desempenho) de acordo com o tipo
de revestimento que será executado;
Isolar a área por no mínimo 3 dias após o término do serviço e controlar o trânsito de
equipamentos que possam danificar o contrapiso. Liberar para a execução do
revestimento decorridos 28 dias de cura. Aos 14 dias fazer a verificação e aderência
com um ponteiro de aço. Testar, também, o caimento jogando água com balde a fim de
verificar empoçamento e caimento inadequado. Refazer onde for necessário.
1 2 3 4 1 2 3 4
8 7 6 5 8 7 6 5
9 10 11 12 9 10 11 12
1 2 3 4 1 2 3 4
8 7 6 5 8 7 6 5
9 10 11 12 9 10 11 12
Soquete 8kg
Aplica r soluçã o
betuminosa Régua p/ sa rra fea r
São pisos indicados para áreas de tráfego de veículos pesados, como pátios de
estacionamento de ônibus, carga e descarga de caminhões, postos de combustíveis (não
utilizar asfalto, pois este reage em contato com óleo diesel). A altura (h) deve ser
dimensionada em função do tipo de uso previsto. Na figura a seguir, é mostrado um
perfil de um piso de concreto armado, sendo o esquema de concretagem pode seguir o
sistema em xadrez, como foi mostrado no item anterior.
h/ 2
h/ 2 h/ 3
espa ça dor
Ba rra de
tra nsferência
4 - Pisos de madeira
São pavimentos feitos com madeira frisadas (com encaixe tipo macho e fêmea) com
larguras e comprimentos variáveis fixados sobre vigamento ou contrapiso. Geralmente
os de largura de 5 a 8 cm são pregados com a pregação ficando oculta na mecha
(encaixe). Para larguras maiores pode-se usar cola ou pregação aparente ou ainda,
parafusos. Veja na figura a seguir esquemas de fixação de assoalhos de madeira:
Impermeabilizações;
Definição
Segundo Cunha (1979) a impermeabilização é como uma camada cuja função é
promover a estanqueidade do piso ou parede, impedindo a ascensão capilar da umidade
do solo ou a infiltração de águas superficiais, que pode ser feita por materiais rígidos,
semi-flexivel e flexível, a depender do caso.
Tipos de impermeabilização
Dinis (Apud Moraes, 2002) refere que o material que constitui a impermeabilização
deve possuir rigidez e flexibilidade adequadas às temperaturas de utilização, de forma
que acompanhe os movimentos normais que lhe são impostos, sem perder a
continuidade pelo surgimento de fissuras, ranhuras, rompimentos ou outras falhas. O
mesmo autor trata assim, o sistema de impermeabilização quanto à rigidez e
flexibilidade:
Picchi (Apud Moraes, 2002) refere que para que os sistemas impermeabilizantes sejam
perfeitamente identificados, quanto ao seu funcionamento e desempenho estrutural, é
necessário que se identifiquem também todas as solicitações a que os mesmos estarão
submetidos. Segundo o mesmo autor, de forma geral, pode-se reunir as seguintes
solicitações conforme designado a seguir:
Classificação da impermeabilização
1-Má vibração
2-Desgaste do concreto
3-Efeito de Abrasão
4-Junta de dilatação
5- Tensões verticais
6-Retração hidráulica
Dentre os fatores que podem influenciar nas fissuras do concreto analisados por Alves
(1982), ele aborda em seus estudos que o problema destas fissuras no concreto pode
estar relacionado com a má vibração deste, gerador de inúmeros vazios e aumentos na
porosidade do concreto com agregados inadequados ou mesmo traços errados do
mesmo, com a falta ou a cura tardia do concreto criando um problema gravíssimo de
retração, devido ao composto cimento que possui um alto desprendimento de calor,
elevando a temperatura, para uma posterior evaporação da água da estrutura, que
rapidamente deixa vazios que provocam fissuras na mesma, além das especificações
inadequadas das impermeabilizações e juntas de dilatações que são pontos críticos em
obras, visto que a movimentação dessas lajes está relacionada com a variação térmica,
sendo necessária uma impermeabilização e uma junta flexível.
Diante dessas conseqüências, Verçoza (2010) aponta que a passagem de água nas lajes
traz diversas patologias nas edificações:
d)Oxidação – é a reação química que ocorre nos metais sujeitos a umidade. No aço,
chama-se ferrugem e causam o aumento considerável de volume das barras
desagregando o recobrimento, expondo as armaduras a mais ataques externos;
Esquadrias;
Os serralheiros compram os perfis para uso quase que imediato. Basicamente existem
dois tipos de serralheiros (indústria de caixilhos): os que trabalham de maneira
padronizada e vendem seus produtos através das lojas de materiais para construção e os
que trabalham sob medida, não padronizados.
Sendo assim é comum, nessa fase da obra, a percepção de defeitos das etapas anteriores
pela falta de prumo, nivelamento e alinhamento, fatores estes que a colocação das
esquadrias apontarão, exigindo muitas vezes a execução emergencial de retrabalhos na
obra antes da instalação de portas e janelas.
Esquadrias de alumínio
alvenaria deve estar concluída e chapiscada com vãos das aberturas com folgas de 3 a 7
cm de cada lado, em cima e em baixo, dependendo da orientação do fornecedor;
no caso de edifícios altos, preferivelmente, a estrutura deverá estar concluída para que
seja possível aprumar os contramarcos a partir de fio de prumo externo;
dependendo do tipo de caixilho, as taliscas das paredes internas também devem estar
indicando o plano final do acabamento;
internamente deve haver uma referência de nível do peitoril em relação ao piso acabado
padrão para todas as janelas do mesmo pavimento ou de conformidade com o projeto.
sarrafo
contramarco 1”x2”
perfil cadeirinha
arame
chumbador
cunhas
3 a 7 cm
os chumbadores devem ficar a 20 cm dos cantos e em número suficiente para que não
fiquem a mais de 80 cm uns dos outros;
após conferir todas as referências, dar o aperto no arame de amarração nos sarrafos;
contramarco
tipo cadeirinha
contramarco
argamassa 1:3
sarrafo 1”x2”
cunhas
fazer o chumbamento definitivo com argamassa de cimento e areia média, no traço 1:3,
apenas nos pontos de ancoragem;
Em geral a instalação dos caixilhos de alumínio é feita por pessoal especializado que
pode ser da própria fornecedora dos caixilhos ou por empreiteiro indicado pela mesma.
De qualquer forma, é importante que o engenheiro tome alguns cuidados nesta fase da
obra para assegurar o perfeito funcionamento das janelas e portas de alumínio. Quase
sempre as etapas que antecedem a instalação dos caixilhos são o revestimento interno e
externo.
cunhas de separação
papelão ou carpetes
caixilhos
parede
cunhas de apoio
ripa 1”x2”
piso
após a colocação das esquadrias de alumínio e se ainda existir algum serviço a ser
executado, é recomendável proteger os caixilhos com vaselina ou plásticos adesivos;
a limpeza pode ser feita com água e detergente neutro com até 10% de álcool (jamais
utilizar esponjas de aço ou de outra fibra que possa riscar a superfície de alumínio);
as superfícies de alumínio não podem ser expostas ao contato com cimento, argamassas
ou mesmo resíduo aquoso desses materiais ou com ácido clorídrico (muriático), pois
haverá uma reação química na superfície com a formação de manchas definitivas.
Ferragens;
No quadro a seguir é mostrada a classificação geral das ferragens e nas figuras são
mostrados exemplos de alguns dos tipos de ferragens mais utilizados nas obras
correntes.
Pivô
Gonzos
Comum
Charneiras
Convencionais
Dobradiças Palmelas
Axiais
Sobrepor
Fechaduras
Embutir
Ferrolhos
Fechos
Tarjetas
Tranquetas
Cremonas
Visores
Acessórios
Amortecedores
Fixadores
Molas
Alavancas
Puxadores
Rodízios e guias
1 - Dobradiças
vai e vem
2 - Fechaduras
São os mecanismos instalados nas portas, portões e janelas para travar a sua abertura,
garantir a segurança e permitir o funcionamento da porta ou janela de acordo com a
finalidade. Em geral pode-se classificar as fechaduras em:
de embutir com cilindro - o mecanismo da abertura e fechamento da lingüeta
comandada pela chave é removível, sendo mais utilizadas em folhas de portas que dão
comunicação com a parte externa das edificações;
de embutir tipo gorges - é o tipo mais antigo de fechadura, em que o mecanismo que
aciona a lingüeta da chave é parte integrante do corpo da fechadura;
de acionamento elétrico – as mais comuns são as que por acionamento elétrico liberam a
lingüeta pelo deslocamento da chapa da contratesta. existem, no entanto, no mercado da
construção civil, inúmeros tipos de fechaduras com acionamento elétrico, como
porteiros eletrônicos, chaves de tempo, com cartões magnéticos controladas por central
informatizada etc.
espelho – é a chapa metálica, com diversos acabamentos, cuja peça única tem dois
orifícios para introdução da chave e do eixo do trinco de fechaduras embutidas, com a
finalidade de dar arremate nas laterais da folha da porta onde foram feitos os buracos;
puxadores - são peças com a única finalidade de movimentar a folha e não possuem
mecanismo de trava, apresentadas em dois modelos: do tipo alça e do tipo concha.
Existem, ainda, puxadores do tipo trinco de maçaneta usada em caixilhos de correr;
ferrolho - peça utilizada para prender a folha na soleira ou peitoril, quando houver duas
folhas. Entre os modelos, existe um denominado fecho (ferro pedrez) que é instalado na
face de espessura da folha (encabeçamento), possuindo uma mola que traz sempre a
peça travada;
tarjetas - são peças semelhantes aos ferrolhos, utilizadas para portinholas e portas de
box sanitários, podendo ser executadas em peças mais robustas, com porta cadeado,
para portas e portões externos;
carrancas - são peças fixadas na alvenaria externa para prender as folhas de venezianas
quando abertas, para que o vento não as faça bater;
rodízios – são acessórios utilizados para instalação de folhas de correr, que fazem parte
de um sistema composto de trilho, rodízios, guia, pivô e concha.
fecho para portas e ferrolho de sobrepor
para portas e janelas tranca de sobrepor
janelas de correr
puxador
alavanca amortecedores puxador
janela de
para vitrô para portas tipo concha
correr
À primeira vista, uma parede interna ou uma fachada bem acabada aparenta formar a
base ideal para receber uma pintura, entretanto, a pintura sobre superfícies de reboco ou
de concreto não é assim tão simples como parece, constituindo-se num problema onde
os riscos e as dificuldades surgem em grande número. Os materiais de construção
empregados na preparação e no acabamento das paredes são quimicamente agressivos,
podendo, conseqüentemente, atacar e destruir as tintas aplicadas sobre elas.
Além desses cuidados, outras considerações devem ser levadas em conta em relação à
superfície que será pintada:
Concreto e reboco - aguardar pelo menos 30 dias para cura total. Sobre rebocos fracos,
deve-se aplicar o fundo preparador de paredes para aumentar a coesão das partículas da
superfície, evitando problemas de má aderência e descascamento. Quando essas
superfícies tiverem absorções diferenciadas, deverá ser aplicado um selador acrílico
pigmentado para uniformizar a absorção. O concreto deve estar seco, limpo, isento de
pó, sujeira, óleo e agentes desmoldantes.
Madeira - deve ser limpa, aparelhada, seca e isenta de óleos, graxas, sujeiras ou outros
contaminantes. Madeiras resinosas ou áreas que contém nós devem ser seladas com
verniz. Um procedimento aconselhável é selar a parte traseira e os cantos da madeira
antes de instalá-la, para evitar a penetração de umidade por esse lado. Uma cuidadosa
vedação de furos, frestas, junções é necessária para prevenir infiltrações de água de
chuva.
Ferro e aço - materiais muito vulneráveis à corrosão. Devem ser removidos todos os
contaminantes que possam interferir na aderência máxima do revestimento, inclusive a
ferrugem; o processo de preparo depende do tipo e concentração dos contaminantes e as
exigências específicas de cada tipo de tinta. Alguns tipos de tinta têm uma boa
aderência somente quando a superfície é preparada com jateamento abrasivo, que
produz um perfil rugoso adequado para a perfeita ancoragem do revestimento.
Alumínio - é um metal facilmente atacado por ácidos ou álcalis, e sua preparação deve
constar de uma limpeza com solventes para eliminar óleo, gordura, graxas, ou outros
contaminantes. Aplicar inicialmente um primer de ancoragem para garantir uma perfeita
aderência do sistema de pintura.
Ferro galvanizado - é um metal ferroso com uma camada de zinco, usado para dar
proteção à corrosão por mecanismos físicos e químicos, portanto, não é o ferro que será
pintado, mas sim zinco, que é um metal alcalino. As superfícies galvanizadas devem ser
limpas, secas e livres de contaminantes. Um primer específico para este tipo de
superfície, também denominado primer de aderência, deve ser aplicado inicialmente.
Superfícies mofadas - devem ser cuidadosamente limpam, com a total destruição destas
colônias. Para tanto, deve-se escovar a superfície, e, a seguir, lavá-la com uma solução
de água potável e água sanitária (1:1), deixando agir por cerca de 30 minutos, após o
que a superfície deve ser novamente lavada com água potável, aguardando a completa
secagem antes de iniciar a pintura.
Superfícies caiadas - não oferecem boa base para pintura, tornando-se necessário uma
raspagem completa seguida de aplicação do fundo preparador de paredes.
Superfícies já pintadas - quando a superfície estiver em boas condições, será suficiente
limpá-la bem, após um lixamento, e a seguir aplicar as tintas de acabamento escolhidas.
Quando em má condições, a tinta antiga deve ser completamente removida e a seguir
deve-se proceder como se fosse superfície nova.
- Betoneira
- Britadeiras e moínhos
- Gruas
- Pórticos e pontes-rolantes
- Elevadores e montacargas
- Escavadoras
- Escavadoras-transportadoras (“moto-scrapers”)
- Bate-estacas (pilão)
- Cilindros de compactação
- Bombas centrífugas
- Compressores
- Reservatórios de ar comprimido
- Motores eléctricos
- Barcaças
- Máquinas diversas
Ferramentas.
- TRENA: fita de aço ou lona especiais, de grande comprimento (ex.: 50 m) com escala
gravada. Usada para medições em locação de obra, pequenos serviços topográficos, etc.
- METRO DE PEDREIRO: Pequenas réguas articuladas que se abre para formar uma
régua de certa rigidez, normalmente com 2 metros de comprimento. Usada pelos
operários da obra para medições pequenas em geral.
- LINHA DE NYLON PARA PEDREIRO: Fio de algodão ou fibra sintética, usado para
orientar e conferir alinhamento de serviços como, por exemplo, revestimentos.
- BALDE PARA CONCRETO: Possui uma alça em sua parte inferior para facilitar o
lançamento do concreto na forma. Usado também para transportar agregados, cimentos,
argamassas e líquidos
Tecnologia do Concreto;
O concreto é uma rocha artificial formada por uma mistura de agregados graúdos,
miúdo e material ligante, podendo ter ainda aditivos químicos e minerais. Os agregados
são normalmente classificados por origem, tamanho, forma e textura.
O concreto, devido às suas inúmeras vantagens, tem sido o material mais usado na
construção de prédios residenciais, comerciais, industriais e públicos, pontes, viadutos,
barragens, túneis, silos, reservatórios, etc.
Estes concretos, ainda pouco usados no Brasil, nos últimos dez anos tem tido suas
utilizações bastante ampliada em outros países, particularmente em edifícios altos,
pontes, pavimentos, elementos pré-fabricados, estruturas "offshore", túneis, estacas,
silos, reatores nucleares, estruturas em geral expostas a ambientes agressivos e
recuperação de estruturas. Os concretos de alta resistência e de alto desempenho são
considerados os "concretos do futuro" e vários países estão investindo nele.
1. Cimento
NOME SIGLA
(estampada na embalagem)
Em sua embalagem original - sacos de 50 kg - o cimento pode ser armazenado por cerca
de 3 meses, desde que o local seja fechado coberto e seco. Além disso, o cimento deve
ser estocado sobre estrados de madeira, em pilhas de 10 sacos, no máximo.
2. Pedra
Os seixos rolados são encontrados na natureza. A pedra britada é obtida pela britagem
mecânica de determinadas rochas duras.
O concreto das benfeitorias rurais pode ser feito com pedras 1 ou 2, as mais encontradas
no comércio de materiais de construção.
Tanto os seixos rolados como as pedras britadas devem estar limpos antes de seu uso. O
pó de britagem, o barro da jazida, galhos, folhas, raízes, devem ser retirados à mão ou
por lavagem.
3. Areia
4. Água
A água a ser utilizada no concreto deve ser limpa - sem barro, óleo, galhos, folhas ou
raízes. Em outras palavras, água boa para o concreto é água de beber. Nunca deve ser
utilizada água servida (de esgoto humano ou animal, de cozinha, de fábricas, etc.) no
preparo do concreto.
Propriedades mecânicas
Resistência à compressão
Retração e expansão
Concreto armado
Os vergalhões que compõem a armadura são amarrados uns aos outros com arame
recozido.
Existem também armaduras pré-fabricadas, que já vêm com os vergalhões unidos entre
si: são as telas soldadas, que servem de armadura para lajes e pisos.
Vantagens:
Desvantagens:
Peso próprio alto - 2,5t/m3 = 25KN/m3;
Além do critério resistência, as peças formadas por concreto armado devem atender aos
limites de deformações, e aí se situa a fronteira de sua aplicação: vãos maiores pedem
seções estruturais maiores, e o peso próprio das peças com grandes áreas transversais
acabam tornando a nova seção inviável. As principais características do uso do concreto
armado são: obtenção de peças monolíticas, durabilidade, alta resistência a choques e
vibrações, bom condutor de calor e som, necessidade de escoramentos durante a
fabricação, dificuldade de adaptação e reformas.
Concreto protendido
Permite vencer vãos maiores que o concreto armado convencional; para o mesmo vão,
permite reduzir a altura necessária da viga;
Uma das vantagens mais importantes do concreto protendido é a da alínea ‘d’ acima.
Para ilustrá-la pode-se criar o fato de que as pontes com vigas retas de concreto armado
têm seu vão livre limitado a 30 m ou 40 m, enquanto as pontes com vigas protendidas já
atingiram vãos de 250 m.
Blocos de concreto
Bloco Estrutural
Podem ser estruturais, de vedação ou canaletas, nos formatos inteiro ou meio bloco.
Apresentam texturas das mais finas, que podem ficar aparentes, até as rústicas,
ranhuradas ou com relevos. Os blocos estruturais medem, no máximo, 39 cm de
comprimento x 19 cm de largura x 19 cm de altura, enquanto os de vedação têm 39 x 9
x 19 cm.
(14 x 19 x 39 cm) (14 x 19 x 19 cm) (14 x 19 x 34 cm) (14
x 19 x 54 cm)
São constituídos de Cimento Portland, Agregados (areia, pedra, argila expandida etc.) e
água, sendo ainda permitido o uso de aditivos, desde que não acarretem prejuízo às
características do produto.
Devem ser homogêneos, compactos e com arestas vivas, não apresentar trincas, fraturas
ou outros defeitos que possam prejudicar o seu assentamento, resistência e durabilidade
ou o acabamento em aplicações aparentes, sem revestimento. Se destinados a receber
revestimento, devem ter a superfície suficientemente áspera para garantir uma boa
aderência.
Pavimento Intertravado
O preenchimento das juntas com areia promove diminuição das deflexões e aumento da
capacidade de suporte do revestimento do pavimento. É necessário que exista uma
capacidade adequada de suporte da base para o desenvolvimento do intertravamento. No
entanto, há indicações de que uma rigidez muito elevada da base possa inibir a
ocorrência do fenômeno.
O coeficiente de Poisson dos C.A.D. não se altera em relação aos C.T.: mantém-
se em cerca de 0,2. Esta, por acaso, é uma das características do concreto que demanda
maiores pesquisas.
Por todos estes motivos, já existem levantamentos recentes que dão conta da
utilização em muito maior escala dos C.A.D. pela maior durabilidade, e não pelas mais
elevadas resistências mecânicas, como poderia ser esperado.
Os C.A.D. são, regra geral, mais coesos e viscosos que os C.T.. Existem
recomendações de que o abatimento indicado para a execução de um determinado
serviço em C.T. seja acrescido de até 5 cm para o caso dos C.A.D..
A massa específica real, da ordem de 2,5 kg/dm3, é pouco superior à dos C.T., o
mesmo ocorrendo com o teor de ar aprisionado. Nenhum desses dois parâmetros, em
geral, é considerado inconveniente aos concretos.
Existem dúvidas também com relação à resistência ao fogo dos C.A.D., que, em
alguns ensaios, revelou um comportamento explosivo.
O mesmo tipo de dúvida diz respeito ao desempenho face aos ciclos alternados
de congelamento e degelo, na medida em que o material parece ser incompatível com a
maior parte dos aditivos químicos incorporadores de ar.
Materiais constituintes
Cimento
MEHTA e AITCIN (1990a) comentam que com qualquer tipo de cimento é possível
produzir concretos de alta resistência, sendo preferível, no entanto, o cimento Portland
comum e aqueles com elevados teores de C3S e C2S.
Agregados
Agregados graúdos
Várias são as razões pelas quais um agregado de menor dimensão máxima é capaz de
produzir um concreto mais resistente:
Distribuição granulométrica
Resistência à compressão
TIPO DE ROCHA
O Comitê 363 do ACI (1991) comenta que embora agregados angulares possam
produzir resistências mecânicas maiores, efeitos opostos no aumento do consumo de
água e redução da trabalhabilidade podem surgir se a angulosidade for muito acentuada.
Reatividade
Quando uma rocha não inerte é utilizada, como é o caso das rochas carbonáticas
(calcário, por exemplo), ocorre uma aderência química entre o agregado e a matriz,
melhorando as características da zona de transição e, conseqüentemente, as
propriedades mecânicas do concreto.
A melhoria da zona de transição em concretos com rochas carbonáticas pode ser
atribuída, segundo MONTEIRO e MEHTA (1986), ao refinamento dos grãos uma vez
que a dissolução e reprecipitação do carbonato de cálcio origina uma rede de cristais
menores.
Agregados miúdos
A seleção do agregado miúdo está condicionada à sua demanda de água, fator essencial
devido à sua influência sobre a resistência. Agregados miúdos com partículas
arredondadas e lisas necessitam menos água de mistura e, por este motivo, são
preferíveis para produção de concretos de alta resistência (ACI 363, 1991).
Água
De acordo com o ACI 363 (1991), os requisitos de qualidade da água para concretos de
alta resistência são os mesmos que para concretos convencionais.
Aditivos superplastificantes
Consistência
a) Tipo de cimento:
De uma forma geral, quanto maior a finura do cimento, menor a eficiência do aditivo
devido à diminuição da concentração específica das moléculas adsorvidas na superfície
dos grãos de cimento (BUCHER, 1989).
300
R
ABATIMENTO (mm)
250
200
I
150
100
T
50
0
d) Temperatura
Muitos métodos têm sido adotados para controlar a taxa relativamente alta de perda da
consistência de concretos com superplastificantes.
c) absorção de parte do aditivo como água de molhagem dos agregados, fazendo com
que a ação sobre o aglomerante seja reduzida (menor quantidade de
superplastificante disponível para dispersar os grãos de cimento, já que parte fica
retida nos agregados, principalmente nas areias).
Algumas pesquisas vêm sendo desenvolvidas, com êxito, em busca de novos aditivos
superplastificantes capazes de manter a consistência do concreto por um período de
tempo mais longo - no mínimo 1 a 2 horas. Isto significa que uma das principiais
limitações práticas relativa ao uso destes aditivos poderá, em breve, estar resolvida.
Exsudação e segregação
Adições minerais
TOTAL 55,1 45,0 -18 5.598 3.809 -32 598 523 -12
PILARES M.O. 507 261 1.163 465 774 525 2.443 1.251
VIGAS M.O. 572 464 633 633 1.016 841 2.221 1.939
MAT. 958 1.782 531 531 7.940 7.940 9.428. 10.252
LAJES M.O. 1.036 1.002 388 388 1.587 1.587 3.011 2.976
TOTAL M.O. 2.115 1.727 2.184 1.486 3.377 2.395 7.675 6.166
TOTAL GERAL 4.069 4.800 5.173 3.520 20.273 17.730 29.515 26.050
a) CONCRETOS:
fck 21 MPa
C = 292 kg/m3
fck 60 MPa
aditivo/cimento = 0.0154
b) ARMADURAS:
c) FÔRMAS:
Convencionais plastificadas.
Pela análise dos valores obtidos nas tabelas 1 e 2 pode-se chegar às seguintes
constatações em relação à substituição de um concreto convencional (fck 21) por um
concreto de alta resistência (fck 60) na estrutura em estudo.
A redução do consumo de concreto em vigas só se faz notar com o aumento das tensões
de compressão e cisalhamento. No caso em estudo, chegou-se a uma economia de
aproximadamente 20% em concreto e fôrmas, sem ganho em área de armadura.
Certamente, estes valores aumentariam com uma nova concepção estrutural, onde fosse
possível tirar partido de resistências superiores do concreto.
Utilizando-se somente em pilares o concreto com maior resistência e nas demais peças
estruturais concreto com 21 MPa, obtém-se na execução dos pilares, exclusivamente,
uma economia de 40%, correspondendo a uma redução final de custos de
aproximadamente 11.5% para toda a estrutura de concreto.
Concreto
Para que haja total segurança nas concretagens de qualquer obra independentemente do
seu porte, deve-se executar o controle tecnológico do concreto, seja usinado ou não, no
primeiro caso a concreteira deve assumir a responsabilidade pelo serviço e cumprir as
prescrições relativas às etapas de execução do concreto.
Blocos Estruturais
Hidráulica;
Hidráulica significa etimologicamente condução da água que resulta do grego:
hydor – água e aulos – tubo, condução.
Arruamento e Pavimentação.
Arruamento
A abertura do arruamento consiste inicialmente na execução dos serviços de
terraplenagem, destinados a remodelar o terreno natural de acordo com as características
das ruas projetadas. Para o remodelamento do terreno, são realizados, quando
necessários, cortes e aterros, de tal modo que os greides ou perfis das ruas
correspondam aos definidos em projeto.
É usual, na abertura do arruamento, abranger uma faixa com largura que contemple não
só o leito carroçável como também os passeios. pós a colocação do estaqueamento
pelas equipes de topografia, as áreas a terraplenar são submetidas à avaliação,
identificando-se possíveis interferências como, por exemplo, árvores, trechos com
presença de rochas aflorantes e trechos em várzea. Constatando-se a presença de
vegetação de porte arbóreo, esta é usualmente removida.
Isto permite que o material lançado como aterro se fixe convenientemente, evitando-
se superfícies favoráveis a rupturas.
Quando da demarcação do arruamento,as quadras são também automaticamente
demarcadas. De acordo com as cotas previstas no projeto de obras de terra, poderão
existir locais onde será necessário o desbaste de quadras ou, ainda, aterros parciais.
Nesses casos, o procedimento é semelhante ao utilizado para a abertura de ruas.
Se estiver prevista pavimentação, ela pode ser em concreto, asfalto ou com blocos
simples ou intertravados de concreto. Todas as alternativas resultam redução do grau de
permeabilidade do terreno e, conseqüentemente, diminuindo também o tempo de
concentração das águas superficiais. Tal condição exige um sistema de drenagem
eficiente para evitar áreas de alagamento e erosão.
Pavimentação
Define-se como pavimentação uma superfície qualquer, contínua ou descontínua,
construída com a finalidade de permitir o trânsito leve ou pesado.
PEI 4 PEI 5
Tráfego intenso - recomendado para todas Tráfego superintenso - recomendado para
as dependências de ambientes comerciais todas as dependências de ambientes
de alto tráfego, mais adequado para comerciais de altíssimo tráfego, mais
escritórios, garagens, lojas, etc. adequado para bancos, aeroportos,
escolas, hospitais, etc.
Classificação de pisos cerâmicos
Objetivos:
Pavimentadoras equipadas com rodas oferecem alta mobilidade para projetos que
exigem muita movimentação da pavimentadora com um material rodante de absorção
de batida que promove pavimentação suave.
As pavimentadoras com rodas apresentam potência e opções de tração em todas as
rodas para serem usadas nas aplicações mais difíceis. A assistência de direção produz
um radio de curva incrivelmente pequeno para que essas pavimentadoras se adaptem à
operação em ambientes confinados. O sistema de ventilação retira vapores do túnel da
esteira, bem como da câmara da broca e os redireciona para longe do operador para
oferecer um ambiente de trabalho mais confortável.
Características
1. Nossa Pavimentadora de asfalto modificado com borracha pode realizar a
pulverização de ligante asfáltico e agregados com espalhamento, de forma síncrona, que
permite um contato cheio de ligantes asfálticos e agregados, resultando em desempenho
máximo de coesa.
2. É possível concluir a operação espalhando sem tirar o funil, ideal para o bueiro e
construção de pontes.
3. Dispositivo de mistura poderosa está equipado no tanque de asfalto de borracha para
evitar que o asfalto da precipitação se segrege com seus componentes.
Características
1. Nossa seladora chip síncrona fibra pode executar de forma síncrona ligante asfáltico
pulverização e agregar operações de dispersão de modo a perceber pleno contato entre
aglomerantes e agregados para o desempenho máximo coesa
BLOCO 2
Resistência dos Materiais;
Resistência dos Materiais estuda o comportamento dos sólidos quando estão sujeitos a
diferentes tipos de carregamentos. Esta ciência é conhecida como Mecânica dos Sólidos
e Mecânica dos Corpos Deformáveis. Os sólidos considerados aqui são barras
carregadas axialmente, eixos, vigas e colunas. O material das barras será suposto
homogêneo e isótropo.
O lugar geométrico dos centros de gravidade das seções transversais chama-se eixo da
barra. A barra é reta quando seu eixo é retilíneo, e prismático quando, além de reta tem
todas as seções transversais iguais.
Tensões e Deformações
m
P P
m
- delta
L - épsilon
- sigma
P
Tensão - É a força P por unidade de área A, sendo comumente designada pela letra
grega (sigma minúsculo). Quando a barra da figura está sendo alongada pela força P,
a tensão resultante é uma tensão de tração; se as forças tiverem o sentido oposto,
comprimindo a barra, a tensão é de compressão.
P
(1-1) A unidade no S.I. para tensão é o Pascal (Pa), ou seja, 1 N/m2 = 1 Pa
A
Veja alguns exemplos:
Material Tensão Máxima de Ruptura (MPa)
Aço 350 a 700
Alumínio 210
Cobre 210 a 420
Concreto 14 a 70
Note que 1 MPa (um mega Pascal) = 1 x 106 N/m2 = 1 milhão de N/m2. Outros múltiplos e submúltiplos
decimais das unidades estão na tabela abaixo:
Nome Símbolo Fator pelo qual a Unidade é Multiplicada
exa E 1018 = 1 000 000 000 000 000 000
peta P 1015 = 1 000 000 000 000 000
tera T 1012 = 1 000 000 000 000
giga G 109 = 1 000 000 000
mega M 106 = 1 000 000
quilo k 103 = 1 000
hecto h 102 = 100
deca da 10
deci d 10-1 = 0,1
centi c 10-2 = 0,01
mili m 10-3 = 0,001
micro m 10-6 = 0,000 001
nano n 10-9 = 0,000 000 001
pico p 10-12 = 0,000 000 000 001
femto f 10-15 = 0,000 000 000 000 001
atto a 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001
Outras unidades são encontradas na literatura:
Nome da Unidade Símbolo Valor em Unidades SI
atmosfera atm 101325 Pa
bar bar 105 Pa
milímetro de mercúrio mmHg 133,322 Pa
libra-força por polegada quadrada psi 6867 Pa
metro coluna d´água m.c.a. 104 Pa
O Teste de Tração
A relação entre as tensões e as deformações, para um determinado material, é
encontrada por meio de um teste de tração.
Tensão admissível - Para permitir sobrecargas acidentais, bem como para levar em conta certas
imprecisões na construção e possíveis desconhecimentos de algumas variáveis na análise da estrutura,
normalmente emprega-se um coeficiente de segurança, escolhendo-se uma tensão admissível adm, ou
tensão de projeto. Uma das duas equações deve ser usada:
e
adm ou
c1
lim
adm (1-3)
c2
onde e e lim representam, respectivamente, a tensão no ponto de escoamento e a
tensão máxima do material e c1 e c2 os coeficientes de segurança.
OBJETIVOS
Substituir por métodos científicos os métodos empíricos aplicados no passado.
A mecânica dos solos nasceu em 1925 e foi batizada em 1936 durante a realização
do primeiro Congresso Internacional de Mecânica dos Solos.
ROCHA
Agregado de um ou mais minerais, que é impossível de escavar manualmente, que
necessite de explosivo para o seu desmonte.
INTEMPERISMO
É o conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que ocasionam a
desintegração e decomposição das rochas e dos minerais, formando os solos.
INTEMPERISMO FÍSICO
Ou mecânico é o processo de decomposição da rocha sem alteração química dos
seus componentes. Os principais agentes são:
- Variação de temperatura;
- Repuxo coloidal;
- Congelamento da água;
- Alívio de pressões;
INTEMPERISMO QUÍMICO
É o processo de decomposição da rocha onde os vários processos químicos
alteram solubilizam e depositam os minerais das rochas transformando-a em solo, ou
seja, ocorre a alteração química dos seus componentes. Neste caso há modificação na
constituição mineralógica da rocha, originando solos com características próprias. Este
tipo é mais freqüente em climas quentes e úmidos e, portanto muito comum no Brasil.
Os tipos mais comuns são: Hidrólise; Hidratação; Oxidação e Carbonatação.
HIDRÓLISE
É o mais importante, pois leva a destruição dos silicatos.
HIDRATAÇÃO
Penetração da água nos minerais, através de fissuras. A hidratação ocasiona nos
Granitos e Gnaisses a transformação de feldspato em argila.
CARBONATAÇÃO
O carbonato de cálcio em contato com a água carregada de ácido carbônico se
transforma em bicarbonato de cálcio.
OXIDAÇÃO
Mudança que sofre um mineral em decorrência da penetração de oxigênio na
rocha.
INTEMPERISMO BIOLÓGICO
Ë processo no qual a decomposição da rocha se dá graças a esforços mecânicos
produzidos por vegetais através de raízes, escavação de roedores, etc.
SOLOS RESIDUAIS
Solos residuais são os solos que permanecem no local de decomposição rocha que
lhes deu origem. Para a sua ocorrência é necessário que a velocidade de remoção do
solo seja menor que a velocidade de decomposição da rocha.
A rocha que mantém as características originais, ou seja, a rocha sã é a
que ocorre em profundidade. Quanto mais próximo da superfície do terreno, maior é o
efeito do intemperismo. Sobre a rocha sã encontra-se a rocha alterada, em geral muito
fraturada e permitindo grande fluxo de água através das descontinuidades. A rocha
alterada é sobreposta pelo solo residual jovem, ou saprólito, que é um material arenoso.
O material mais intemperizado ocorre acima do saprólito e é denominado solo residual
maduro, que contém maior percentagem de argila.
SOLOS SEDIMENTARES
Os solos sedimentares ou transportados são aqueles que foram levados de seu
local de origem por algum agente de transporte e lá depositados. As características dos
solos sedimentares do agente de transporte.
Os agentes de transporte são:
- Vento (solos eólicos);
- Água (solos aluvionares);
- Água dos Oceanos e Mares (Solos Marinhos)
- Água dos Rios (Solos Fluviais)
- Água das Chuvas (Solos Pluviais)
- Geleiras (Solos Graciais);
- Gravidade (Solos Coluvionares)
SOLOS EÓLICOS
Transporte pelo vento. Devido ao atrito os grãos dos solos transportados possuem forma
arredondada. A ação do vento se restringe ao caso das areias e dos siltes. São exemplos
de solos eólicos as DUNAS e os solos LOÉSSICOS.
Dunas – Barreira.
Loéssicos – Vegetais.
SOLOS ALUVIONARES
O agente de transporte é a água, os solos sedimentares. A sus textura depende da
velocidade de transporte da água. podem ser classificados como de origem PLUVIAL,
FLUVIAL ou DELTAICO.
CARACTERÍSTICAS:
- Grãos de diversos tamanhos;
- Mais grossos que os eólicos;
- Sem coesão.
SOLOS GLACIAIS
Formados pelas geleiras. São formados de maneira análoga aos fluviais.
SOLOS COLUVIONARES
Formados pela ação da gravidade. Grande variedade de tamanhos. Dentre os solos
podemos destacar o TALUS, que é solo formado pelo deslizamento de solo do topo das
encostas.
SOLOS ORGÂNICOS
Impregnação do solo por sedimentos orgânicos preexistentes, em geral
misturados de restos de animais e vegetais. Cor escura e cheiro forte.
As TURFAS são solos que encorporam florestas soterradas em estado avençado
de decomposição. Não se aplicam as teorias da mecânica dos solos.
SOLOS GROSSOS
SOLOS FINOS
TABELA 1
FRAÇÃO LIMITES (ABNT)
Matacão de 25cm a 1m
Pedra de 7,6cm a 25cm
Pedregulho de 4,8mm a 7,6cm
Areia Grossa de 2,0mm a 4,8mm
Areia média de 0,42mm a 2,0mm
Areia fina de 0,05mm a 0,42mm
Silte de 0,005mm a 0,05mm
Argila Inferior a 0,005
MINERAL
Substância inorgânica e natural, com composição química e estrutura definida. Os
minerais encontrados nos solos podem ser primários ou secundários. Os PRIMÁRIOS,
são os mesmos da rocha de origem, e os SECUNDÁRIOS são formados quando ocorre
a decomposição química.
MINERAIS CONSTITUINTES DOS SOLOS GROSSOS E SILTES
Os solos grossos são constituídos basicamente de SILICATOS apresentam também na
sua composição ÓXIDOS, CARBONATOS E SULFATOS.
SILICATO
Silicato é um composto salino resultante do óxido silício, são abundantes na natureza e
formam os FELDSPATOS, MICAS e QUARTZO e SERPENTINA.
QUARTZO: é o mais importante do grupo dos silicatos. Sua composição é SIO2. São
identificados macroscopicamente e é o mineral mais abundante na crosta
terrestre.(SiO2) sílica cristalina pura, clorita e o talco.
ÓXIDOS
Composto de metalóide e oxigênio, não se une com a água. Hematita (Fe2O3),
Magnetita (Fe2O4) e Limonita (Fe2O3. H2O).
CARBONATOS
Calcita (CaCO3), Dolomita [(CO3)2CaMg]. A calcita é o segundo mineral mais
abundante na crosta terrestre ( ).
SULFATOS
(CaSO4.2H2O) e Anidrita (CaSO4)
ILITAS
São estruturalmente semelhantes as Montmorilonitas. As substituições isomórficas (não
alteram o arranjo dos átomos) que ocorrem tornam ela menos expansiva.
MONTMORILONITAS
Unidades estruturais de alumínio entre duas unidades de silício, e entre as unidades
existem n moléculas de água. São instáveis em presença de água. Ex: BENTONITA.
SUPERFÍCIE ESPECIFICA
É a superfície total de um conjunto de partículas dividida pelo seu peso. Quanto mais
fino for o solo maior será a sua superfície especifica, o que constituí uma das razões das
diferenças entre as propriedades físicas solos finos e dos solos grossos.
FASE SÓLIDA
Caracterizada pelo seu tamanho, forma, distribuição e composição mineralógica dos
grãos.
FASE GASOSA
Ar, vapor d’água e carbono combinado. É bem mais compressível que as fases liquida e
sólida.
É uma película de água que adere às partícula de solos muito finos devido a ação de
forças elétricas desbalanceadas na superfície dos argilo-minerais.
ÁGUA DE CONSTITUIÇÃO
Obras de Terra;
A ABNT (NBR 6502) define solo como “Material proveniente da decomposição das
rochas pela ação de agentes físicos ou químicos, podendo ou não ter matéria orgânica”,
ou simplesmente, produto da decomposição e desintegração da rocha pela ação de
agentes atmosféricos.
Na engenharia Civil o solo é todo o material da crosta terrestre que não oferecesse
resistência intransponível à escavação mecânica e que perdesse totalmente toda
resistência, quando em contato prolongado com a água; rocha: aquele cuja resistência ao
desmonte, além de ser permanente, a não ser quando em processo geológico de
decomposição, só fosse vencida por meio de explosivos.
Origem e Constituição:
Tipos de Solos
solos residuais
solos transportados ou sedimentares
solos de evolução pedogenênica
SOLOS RESIDUAIS
· São originados do processo de intemperização (decomposição) de rochas pré-
existentes, no qual ele se encontra sobre a rocha que lhe deu origem;
· Para que eles ocorram é necessário que a veloc. de decomposição (temp, regime de
chuvas e vegetação) da rocha seja maior do que a velocidade de remoção por agentes
externos;
· Regiões tropicais favorecem a degradação da rocha mais rápida, sendo comum a sua
ocorrência no Brasil;
· Composição depende do tipo e comp. mineralógica da rocha matriz;
· Solo residual maduro – é mais homogêneo e não apresenta nenhuma relação com a
rocha mãe;
· Solo residual jovem – apresenta boa quantidade de material que pode ser classificado
como pedregulho (# > 4,8 mm). São bastante irregulares qto à resistência, coloração,
permeabilidade e compressibilidade
(intensidade do processo de alteração não é igual em todos os pontos).
· Solo saprolítico – guarda características da rocha sã e tem basicamente os mesmos
minerais, porém sua resistência já se encontra bastante reduzida. Pode ser caracterizado
como uma matriz de solo envolvendo grandes pedaços de rocha altamente alterada,
apresenta pequena resistência ao manuseio;
· Solo de alteração de rocha – preserva parte da estrutura e de seus minerais, porém com
dureza inferior à da rocha matriz, em geral muito fraturada permitindo grande fluxo de
água através das descontinuidades;
· Rocha sã – ocorre em profundidade e mantém as características originais, ou seja,
inalterada;
· As espessuras das faixas são variáveis e dependem das condições climáticas e do tipo
de rocha.
b) SOLOS ORGÂNICOS
· Formados em áreas de topografia bem caracterizada (bacias e depressões continentais,
nas baixadas marginais dos rios e baixadas litorâneas);
· Mistura do material transportado com quantidades variáveis de matéria orgânica
decomposta;
· Normalmente são identificados pela cor escura, cheiro forte e granulometria fina;
· Quando a matéria orgânica provém de decomposição sobre o solo de grande
quantidade de folhas, caules e troncos de plantas forma-se um solo fibroso,
essencialmente de carbono, de alta compressibilidade e baixíssima resistência, que se
chama turfa. Provavelmente este é pior tipo de solo para os propósitos do engenheiro
geotécnico.
d) SOLOS EÓLICOS
· Formados pela ação do vento e os grãos dos solos possuem forma arredondada;
· É o mais seletivo tipo de transporte de partículas de solo;
· Não são muito comuns no Brasil, destacando-se somente os depósitos ao longo do
litoral.
Terraplanagem;
A terraplenagem ou movimento de terras, pode ser entendida como o conjunto de
operações necessárias para remover a terra dos locais em que se encontra em excesso
para aquele sem que há falta, tendo em vista um determinado projeto a ser implantado.
1- Unidade de tração
As unidades de tração mais utilizadas nos trabalhos de recuperação e preparação dos
terrenos são:
- tratores de rastos de potência elevada;
- tratores de pneus de potência elevada (tipo industrial ou de trabalhos públicos).
Tratores de rodas
A utilização de tratores de rodas tem vindo a impor-se devido à sua maior polivalência,
embora tenham uma menor capacidade de tracção; a utilização de massas suplementares
e pneus de grandes dimensões, assim como uma melhor distribuição de massas nos
eixos motrizes, têm atenuado estas diferenças.
Estes tratores podem ter apenas um eixo motriz, exemplo do tractor da figura 4, mas
apresentam geralmente mais que um eixo motriz para aumentar a sua capacidade de
tração.
VAGÃO FORA-DE-ESTRADA
Derrubada:
Destocamento:
(brushrake)
Unidades escavo-transportadoras:
SCRAPERS E MOTOSCRAPERS
TRATOR AGRÍCOLA
Equipamento de escavação e carregamento
Tipos de escavadeiras:
A identificação das escavadoras utilizadas nestas obras faz-se em função da forma como
trabalham, sendo as mais comuns as seguintes:
Utilizadas para corte acima do nível da máquina. Se o terreno tem baixa capacidade de
suporte, apoiá-la sobre estivas (plataformas de madeira). Trabalham qualquer tipo de
material, exceto rocha , aceitando até rocha fragmentada, mas tem grande produção com
material de primeira categoria. A caçamba deve ser cheia com um movimento único,
sem aprofundar demais.
Quando a altura de corte ultrapassa o alcance do shovel, trabalha-se em terraços, com
alturas de ataque de no mínimo, 1,50 m por degrau. Os terraços devem ser abertos de
cima para baixo, com distâncias entre frentes de ataque de, no mínimo, 100 m. Ao se
atingir o greide, na plataforma mais inferior, deve-se forçar o trajeto das unidades de
transporte por ele, contribuindo para a compactação do subleito. As equipes em terraços
diferentes devem ser independentes, com as unidades de transporte nunca servindo a
mais de uma carregadeira.
As mais rápidas tem comando hidráulico, concorrendo com as carregadeiras de esteira e
pneus. Devem ser dimensionadas de modo a atender, no limite mínimo, a duas unidades
de transporte, de forma que quando uma acabe de ser carregada, outra tenha acabado de
se posicionar.
Nunca deve escavar enquanto gira. Deve-se procurar trabalhar em cortes largos, de
preferência com duas saídas para os basculantes.
Bulldozers podem auxiliar , principalmente no caso de cortes altas ("fazendo terra").
Nenhuma escavadeira deve se movimentar durante a carga.
Moto-scraper auxiliado por um trator de esteiras
Escavadeiras de arrasto , ou dragas (drag-line):
Atualmente as escavadoras são cada vez mais polivalentes, podendo funcionar com
diferentes tipos de elementos e executar vários tipos de movimentos.
Escavadora hidráulica a funcionar como retroescavadora (balde com a abertura
para baixo) ou com o balde virado com a abertura para cima
Escavadora niveladora com balde rebocado
As escavadoras com rodas com copos são indicadas para a abertura de trincheiras
relativamente largas, com uma profundidade máxima de 2.5 m, mas com raios de
curvatura bastante grande e em que o solo não apresente obstáculos. Para estas situações
as escavadoras são mais indicadas.
A utilização de raios laser nestes equipamentos tem vindo a generalizar-se pois permite
um nivelamento “perfeito” das condutas; a abertura destas, sem esta tecnologia, torna
impossível manter a profundidade das condutas constante.
plásticas de drenagem.
Outro avanço importante surgiu por volta de 1886, com o invento da madeira
compensada ou contraplacada, que passou a substituir as tábuas na formação dos
painéis; nas regiões mais chuvosas as tábuas continuaram a ser usadas no acabamento
externo.
Há, no entanto, técnicas de construção que tornam possível habitações com bom
conforto ambiental mesmo em climas mais quentes. Essas técnicas basicamente são as
paredes duplas que formam câmaras de ar e isolamento entre o forro e o telhado.
A impregnação da madeira com substâncias tóxicas lhe confere resistências aos agentes
biológicos e a impregnação com produtos ignífugos aumenta a resistência ao fogo.
Normalmente, a quantidade de produtos químicos exigida para retardar a combustão da
madeira de forma significativa é bem superior àquelas necessárias para protege-las
biologicamente. Por isso, o tratamento com ignífugos geralmente tem custo mais
elevado do que o tratamento preservativo. Por outro lado, embora os produtos químicos
empregados como retardadores de chama sejam de baixa toxidez, devido às quantidades
empregadas normalmente, a madeira tratada contra o fogo fica também protegida contra
o ataque de agentes biológicos.
Pinus e Eucalipto
O IPT realiza pesquisas com o pinus e os resultados indicam que essa conífera, aos 20
anos, apresenta propriedades mecânicas e desempenho comparáveis ao pinho, assim
como sua densidade se assemelha à da araucária. As árvores mais novas não apresentam
condições satisfatórias para utilização, bem como por apresentarem baixa densidade,
não retêm devidamente os pregos.
Aos 20 e 30 anos, tanto o pinus taeda como o pinus elliotti, poderão substituir o pinho-
do-paraná, pois apresentam diâmetros de 30 a 40cm. O pinus pode substituir inclusive a
peroba nos telhados, utilizando-se outro tipo de estrutura. A adoção de estruturas tipo
CAIBRO TRELIÇADO, que utiliza uma série de tesouras leves e ripas, bastante
utilizadas nos EUA, tem a vantagem de poder ser pré-fabricadas. A carga é distribuída
ao longo da parede e não de forma concentrada. Não parece, mas o volume de madeira
chega a ser menor do que no convencional. As tesouras são justapostas a cada 60cm e
são feitos travamentos para vincular os nós dos banzos de compressão das tesouras.
Esse detalhe construtivo reduz o comprimento de flambagem. Finalmente as ripas são
pregadas sobre as tesouras.
Materiais cerâmicos
1. DEFINIÇÃO
Fabricação
De uma maneira geral, para a fabricação de tijolos, telhas, lajotas, ladrilhos, peças
sanitárias e outras cerâmicas, observam-se as seguintes fases:
Constitui-se nas misturas e na maceração das argilas, para eliminação de nódulos que
comprometeriam a qualidade do produto final. Nas pequenas olarias, de trabalhos
manuais, essa maceração é feita de maneira rudimentar com um moinho de tração
animal. Nas olarias de telhas, o equipamento utilizado é a maromba.
1.3 Moldagem
1.4 Secagem
Se a cerâmica for úmida para o forno, a umidade interior ficará retida pela externa
aparecendo tensões internas e o conseqüente fendilhamento. Um tijolo, por exemplo,
contém cerca de 1kg de água após a moldagem, e a secagem é feita ao ar livre, coberta e
demora 3 a 6 semanas, nas pequenas olarias. Nas maiores pode-se utilizar a secagem por
ar quente-úmido e por radiação infra-vermelha, o que dá um controle rigoroso dessa
fase, mas tem custo elevado.
1.5 Cozimento
É a fase final do processo produtivo da cerâmica. Nas pequenas olarias os fornos são à
lenha, onde os materiais crus são colocados manualmente, empilhados, como a lenha é
posta na parte inferior, obtém-se geralmente, tijolos supercozidos nas primeiras
camadas, bons tijolos nas fiadas intermediárias e tijolos quase crus nas superiores. Os
outros tipos de fornos tem produtos mais satisfatórios porque são contínuos, isto é, os
materiais entram sobre vagonetes e recebem toda a caloria do processo.
2. TIJOLO COMUM
Para a aplicação necessitam ser previamente molhados, sem encharcar, para não
absorver a água da argamassa. Devem ser assentes em amarração e a alvenaria pronta
deve ser molhada para evitar a evaporação brusca da água. Isso é necessário pois, se
houver a retirada da água da argamassa, seu cimento não vai se hidratar,
comprometendo a colagem. Deve-se evitar qualquer dano à alvenaria, como choques ou
batidas, bem como o carregamento, antes da secagem. Se possível, esperar 28 dias,
como no concreto, já que a argamassa é à base de cimento. O traço que apresenta bom
resultado é cimento, cal e areia, 1:2:8. Um traço mais econômico, para alvenarias sem
grandes responsabilidades, é cimento e saibro, 1:8 a 10.
A alvenaria feita com bloco vedação 90mm resiste a 105 minutos de fogo e a estrutural
de 140mm, 175 minutos. Esta, revestida nas duas faces, apresenta isolamento acústico
de 42dB.
Deve-se evitar cortes nos blocos para não enfraquecer a alvenaria e minimizar as perdas
de material. Dessa maneira, quando se pensar na utilização de blocos, deve-se rever o
projeto arquitetônico, de modo a obedecer módulos múltiplos das medidas, inclusive
considerando a largura da alvenaria. Pela uniformidade e prumo que se consegue com
os blocos, é possível aplicação de gesso como revestimento.
4. TELHAS CERÂMICAS
São basicamente de dois tipos: as planas e as curvas. Nas planas destaca-se a “francesa”
e a de escamas, que é uma placa mesmo. Entre as curvas são comuns a “paulistinha” e a
“capa-canal”, dentro delas a “romana”, a “portuguesa” e a “italiana”. Devido à relativa
facilidade de se modificar a fabricação, surge, de vez em quando, algum outro tipo de
telha, devendo estarmos atentos para a qualidade da mesma, estudando as possibilidades
de utilização, impermeabilidade, encaixe, etc.
As telhas cerâmicas não devem apresentar absorção excessiva, máxima de 20%, não
podem permitir a percolação e nem vazamentos nos encaixes. Admitem variação
dimensional de +/-2% e empenamento máximo de 5mm. Quando percutir duas telhas,
deve haver som metálico.
Uma telha francesa pesa cerca de 2,5kg, deve ser aplicada com declividade de 32 a 40%
e utilizar-se 15 peças por m². Quando o projeto exige inclinação maior, a olaria deve
produzir com furo no encaixe para permitir a amarração, o que se faz com arame e
cobre. Normalmente o telhado é feito sobre madeiramento serrado, com ripamento
galgado pela telha, sobre caibros, terças e tesouras dimensionadas convenientemente.
As telhas curvas devem ter as mesmas características do barro das planas, declividade
de 30 a 40% e utilizam-se cerca de 16 peças por m². A NBR-8038 tem as especificações
das telhas francesas e a NBR-9598 das telhas capa e canal “paulista”, a NBR-95600 das
demais. Para o cálculo de quantidades (áreas) não esquecer da inclinação, dos beirais,
etc., o que dá diferenças consideráveis, inclusive quanto a contratação de mão de obra.
5. AZULEJOS
Os azulejos são obtidos a partir de uma mistura de argilas, caulins, areia e outros
minerais (feldspato, quartzo, calcário, talco), prensando em moldes metálicos, queimada
a mais de 900ºC e esmaltada numa das faces pela fusão de um esmalte, geralmente em
segunda queima. A fabricação obedece as seguintes fases:
1) Preparo da Matéria-Prima
São estocadas separadamente e sofrem uma série de análises para controle da qualidade,
individualmente.
2) Mistura
Cada matéria-prima é dosada em peso, com precisão, de acordo com a formulação
preestabelecida; cada lote de mistura é levado para um moinho de tambor, adicionada
água, e ocorre a trituração, sob a ação de pedras sílex, resultando na massa cerâmica
líquida chamada barbotina.
3) Limpeza
A barbotina é limpa de eventuais partículas de ferro pela ação de um ímã e filtrada em
peneira vibratória. Escoa para um tanque onde a presença de agitadores evita a
decantação.
4) Atomização
A barbotina é bombeada para a torre de secagem, o atomizador (spray-dryer), onde é
lançada contra o ar aquecido a 400/500ºC. Isso faz com que evapore a água das
gotículas de barbotina resultando num granulado que se deposita no fundo cônico da
torre, de onde é transportado para silos por correias.
5) Prensagem
Dos silos a massa granulada segue para as prensas, onde o azulejo será moldado em
dois impactos: o primeiro retira o ar da massa (aproximadamente 100kg/cm²) e o
segundo é responsável pela moldagem propriamente dita, a uma pressão de 300kg/cm².
6) Secagem
Os azulejos crus são empilhados em vagonetes providos de prateleiras de material
refratário. Passam a seguir pelo secador, onde a umidade residual é eliminada, processo
que leva cerca de 20 horas, a temperatura de cerca de 120ºC.
7) Primeiro Cozimento
Nesta etapa o azulejo cru, cozido, passa-se a denominar-se “biscoito”. O processo
consiste em pré-aquecimento, cozimento e resfriamento e demora cerca de 72 horas,
normalmente num forno túnel, contínuo. Atinge 1.100ºC.
8) Esmaltação
O esmalte é aplicado por máquinas especiais no biscoito transportado por correias. O
esmalte é obtido pela moagem de “fritas”, espécie de vidro próprio para este fim,
acrescidas de outros minerais e corantes. Dependendo do caso, pode receber uma
impressão por “silk-screen”, antes ou depois da esmaltação, resultando na decoração de
“baixo esmalte”, ou “sobre-esmalte”, respectivamente.
9) Segunda Queima
O biscoito é colocado em engradados refratários em vagonetes que passam em forno
túnel, para a queima do esmalte ou queima de alisamento, que demora cerca de 12 horas
e atinge 1.050ºC.
3) Absorção de Água
É o percentual de água absorvida pela peça, em peso, quando imersa em água em
ebulição por duas horas. É fundamental o conhecimento dessa propriedade para
sabermos o comportamento da argamassa, bem como a conveniência ou não no local de
utilização de determinado produto. Classificam-se em quatro grupos: o BI tem AA
menor que 3%; o BIIa, AA de 3 a 6%; o BIIb, AA de 6 a 10%; e o BIII, tem AA maior
que 10%.
5) Resistência ao Gretamento
Gretamento são micro-fissuras na superfície da peça, parecem teias que prejudicam a
aparência e comprometem a impermeabilidade.
7) Resistência à Abrasão
É importantíssima para podermos definir o material de acordo com a utilização. A
tabela seguinte apresenta uma classificação aproximada, baseada no método PEI –
Porcelam Enamel Institute e é orientativa:
PEI 0 100 Não são recomendados para pisos
PEI I 150 Pavimentos onde se caminha descalço com sapato de sola
macia, sem ligações para o exterior (banheiros,
dormitórios, etc)
PEI II 600 Pavimentos onde se caminha com sapatos normais (salas
residenciais)
PEI III 1.500 Ambientes onde se caminha com sapatos com pequena
quantidade de pó abrasivo (cozinhas, varandas)
PEI IV Até 12.000 Pavimentos onde se caminha com algum abrasivo, mas
não muito severos (entradas, halls, lojas)
PEI V Acima de Pavimentos sujeitos a circulação severa (áreas públicas,
12.000 shoppings, aeroportos, lojas)
Rejuntamento
É o que se chama tomada das juntas. Consiste em preencher as juntas entre os azulejos
com nata de cimento branco ou de cimento portland comum. Há no mercado também os
rejuntes industrializados brancos ou coloridos, de efeito impermeabilizante e estético. A
aplicação do rejunte é feita com rodo de borracha, comprimindo a nata de modo a haver
total preenchimento, passando-se na diagonal. Deve ocorrer pelo menos 3 dias após a
aplicação do azulejo, para permitir a aderência, pois nesse prazo qualquer esforço sobre
as peças será prejudicial. Os azulejos devem ser levemente molhados (depende da
absorção) para que não suguem a água da nata, queimando o rejunte e causando o
esfarelamento do mesmo. O consumo de rejunte varia com o tamanho da junta, tamanho
dos azulejos e a espessura deles. Por exemplo, para rejuntar 1m² de azulejos 15x15 com
junta 3mm e espessura 8mm, gasta-se 1,21kg; para rejuntar 1m² de azulejo 30x30,
espessura 8,5mm e junta 4mm, gasta-se 0,33kg. Maiores detalhes consegue-se nos
catálogos dos fabricantes de argamassa e rejunte.
Corte e Perfurações
Os cortes retilíneos são facilmente feitos com a riscagem do esmalte e posterior
“quebra” do biscoito. Essa riscagem é feita com um bastão de aço provido de ponta de
vídea. Existem no mercado as “riscadeiras”, cortadores providos de uma roda
diamantada que confere um trabalho mais preciso. Além disso, pode-se utilizar uma
serra circular munida de disco de aço diamantado.
6. LADRILHOS
Basicamente produzidos por processos semelhantes aos dos azulejos, apresentam-se sob
grande variedade de tamanhos e padrões. São de dois tipos: o Terracota, quando a
própria argila é o acabamento final, produzido principalmente na cor vermelha ou
caramelo, e os Esmaltados, que podem ser produzidos basicamente por dois métodos, o
primeiro, mais tradicional, biqueima, quando uma cerâmica terracota recebe esmalte e é
novamente queimada e o mais moderno, monoqueima, onde o biscoito cru recebe
esmaltação.
Grês é a argila bastante fusível, com bastante mica e baixo teor de ferro, de cor clara.
Normalmente apresenta menor absorção e maior resistência que as argilas vermelhas.
Cuidados na Obra
Ao receber o material, examinar que todas as caixas apresentem os mesmos códigos de
padrão, qualidade, bitola e tonalidade. A estocagem deve ser ao abrigo de intempéries.
Conferir e reconferir a quantidade de compra, pois a falta do material no andamento dos
trabalhos às vezes impede a continuidade, pois não se encontra mais o mesmo material.
Deve-se guardar sobras, de 5 a 10% para reparos futuros. Quando for imprescindível a
mistura de tonalidade, deve-se fazer uma parede diferente da outra, pois isso dificulta a
percepção já que o efeito da luz incidente será diferente.
A aplicação dos ladrilhos cerâmicos tem seqüência semelhante à dos azulejos, podendo-
se utilizar argamassa tipo cimento-cola, ou massa cimento e areia 1:3. Apesar de alguns
fabricantes não recomendarem molhar os materiais, é prudente efetuar a limpeza da face
de assentamento dos mesmos, pois alguns vem cobertos de pó claro, o engobe, que é
resíduo da esmaltação e costuma causar problemas, pois cola-se o pó e não a cerâmica,
que ficará solta.
Devem ser previstas juntas de dilatação em áreas superiores a 20m², ou quando um dos
lados for maior que 5m e em paredes com área superior a 24m².
7. PASTILHAS CERÂMICAS
Vem de fábrica coladas pela face acabada em folha de papel Kraft formando painéis de
aproximadamente 40x80cm. São aplicadas sobre superfície lisa emboçada ou rebocada,
assentes com argamassa tipo cimento-cola ou com argamassa especial colorida que
também será o rejunte. O painel com papel é pressionado, tomando-se o cuidado da
coincidência das juntas entre painéis e, após a secagem de 72 horas, o papel é retirado
com lavagem com água e soda cáustica, é feito o rejunte, cujos excessos são retirados
24 horas após com solução água/ácido muriático 10:1. Como se nota é um trabalho
demorado e para se obter boa qualidade de acabamento as fachadas necessitam estar em
prumo rigoroso, pois não se pode cortar as pastilhas, bem, como as interferências de
janelas, vitrôs tem que ser criteriosamente analisadas.
8. LITOCERÂMICA
É o revestimento em terracota, que pode ser esmaltado, que imita o tijolo à vista. São
produzidos em medidas próximas de 220x50mm, com espessura de 10 a 15mm. São
assentados sobre emboço, com argamassa cimento-cola ou convencional 1:3. A
qualidade deve ser analisada em cada caso, pois existem no mercado materiais mais ou
menos absorventes, mais ou menos uniformes, resistentes, etc.
1. BLOCO DE CONCRETO
Bloco obtido pela mistura e cura de cimento portland, agregados e água. Esses
agregados são a areia e a pedra, que podem ser substituídos por outros leves como
escória de alto forno, cinzas volantes, argila expandida ou outros que atendam às
especificações.
Comprimento: 39cm
Tolerâncias: 3mm
Altura: 19cm
Largura: 9; 11,5; 14 e 19cm
Resistência à compressão: Bloco de vedação: 4Mpa
Bloco estrutural: 6Mpa
Alguns fabricantes fornecem o bloco tipo aparente, onde uma das superfícies se
apresenta lisa ou com relevos, dispensando qualquer outro acabamento.
Os blocos podem ser assentes com argamassa preparada na obra ou com argamassa
industrializada. Para paredes de vedação o traço indicado é 1:0, 5:4, 5 (cimento, cal
areia). Para paredes estruturais os traços são indicados pelo calculista, que também
indica as ferragens e o grout a serem colocados. As paredes internas executadas com
regularidade aceitam aplicação de gesso diretamente sobre a superfície, dispensando
emboço e reboco.
NORMAS A CONSULTAR:
NBR 7173/82, NBR 7184/82 (blocos vedação); NBR 6136/80, NBR 7186/82, NBR
8215/83, NBR 8798/85, NBR 5718/82 e NBR 8948/85 (blocos estruturais).
Material constituído a partir de uma reação química entre cal, cimento, areia e pó de
alumínio, submetido à cura em vapor à alta pressão e temperatura, resultando em um
produto poroso, leve, com características de isolamento térmico e acústico. Produzido
sob forma de blocos ou painéis.
Argamassa de assentamento: 1:2:9 (cimento, cal, areia). Os blocos devem ser molhados
antes. O encunhamento pode ser feito com restos do material, serrado na diagonal. Os
cortes com serrote comum e os sulcos com lixadeira, maquita ou similares, para não
haver quebras.
Cuidado especial com a mão de obra que deve ser bem orientada quanto à espessura da
argamassa, prumo, etc.
3. BLOCO SILICO-CALCÁRIO
Blocos de forma prismática fabricados por prensagem a partir de uma mistura de cal
virgem em pó e areia silicosa, submetido a um processo de autoclavagem à alta pressão.
Blocos de Vedação:
Apresentam dois furos, tem comprimento de 24cm,
• altura 7,1 ou 11,3cm
• largura 7, 14 ou 19cm
• resistência à compressão: 6Mpa
Bloco estrutural:
Apresentam 14 furos, tem as medidas:
Não existem normas brasileiras, utilizam-se normas alemãs. Esse bloco é conhecido por
bloco alemão.
Vidro
A produção de vidro no Brasil iniciou-se no inicio do séc. XX, com a fundação, por
industriais nacionais da Santa Marina, que com técnicas artesanais, produziu vidros a
plano de 1906 até 1924.
Na década de 40, com a interrupção de importações por causa da 2º. Grande Guerra,
formou-se um consorcio (Santa Marina e a PPG norte-americana), Industria Paulista de
Vidros a Planos, depois Vidrobrás. Esta era sozinha no mercado até 1962 quando o
Provido iniciou atividades. Nos anos 60 a francesa Saint Gobain adquiriu a Santa
Marina e a também multinacional Pilkington se estabeleceu.
Nos anos 80 uma nova tecnologia desenvolvida pela Pilkington, a “float” foi
introduzida. Formou-se uma “joint-venture”entre a Pilkington e a Saint-Gobain criando-
se a CEBRACE, Companhia Brasileira de Cristal. As Grandes vantagens qualitativas do
produto fabricado com a nova tecnologia permitiam também diferencia-lo dos demais,
definindo o segmento especifico de vidro plano flotado.
No inicio dos anos 90 deixou de ser produzido vidro estirado e só existe no pais a
produção de 2 tipos de vidro plano em sua forma básica: o liso flotado e o impresso.
Produção
A partir das matérias primas sílica, alumina, cálcio, magnésio, sódio e potássio são
produzidos os produtos de base: o vidro float e o vidro impresso. Esses produtos
beneficiados podem ser transformados em dezenas de tipos de vidros. A seguir
apresentam-se alguns dos tipos de vidro mais difundidos na construção contemporânea.
Vidro Float
É o vidro comum, também conhecido como vidro plano. O vidro derretido é despejado
sobre uma lâmina de estanho líquido, tornando-se uma placa lisa. Ele é normalmente
usado na construção civil em janelas simples com caixilharia. O vidro flotado é a base
para os outros tipos de vidro, recebendo têmpera ou passando pelo processo de
laminação, por exemplo.
Vidro Temperado
No entanto o vidro temperado não pode ser cortado como os vidros comum e laminado.
Orifícios e recortes devem ser feitos antes do processo de têmpera.
Além disso, a tensão pontual dos pontos de apoio podem levar a um rompimento,
porém, isto é muito difícil se a estrutura e a espessura do vidro estiverem bem
calculados.
Vidro Aramado
É um vidro de segurança, que possui no seu interior uma tela de arame, o que lhe
confere maior resistência, no entanto sua transparência é afetada e o aspecto
quadriculado da tela de arame é aparente, o que torna sua utilização indesejável em
certos projetos que exigem maior transparência.
Vidro Laminado
É o tipo mais resistente de vidro, composto por duas placas de vidro que envolvem uma
película interna plástica, o polivinil butiral (PVB). A maior espessura permite maior
resistência e a película evita que em caso de rompimento estilhaços cortantes se
desprendam da placa. Com as exigências da arquitetura moderna de utilizar o vidro
como elemento de estrutura, como pavimentos, pilares e vigas, o laminado de
temperados está ganhando grande importância. A laminação de duas ou mais chapas de
vidro temperados permite unir as qualidades desses dois tipos de vidros de segurança.
Também conhecidos como vidros Low-E (sigla para Low Emissive), apresentam uma
metalização que permite maior inércia térmica através do vidro, principalmente quando
são incorporados em um vidro insulado (ou duplo), evitando o aquecimento do
ambiente interno.
Vidro Duplo
Vidro Serigrafado
Manutenção
A manutenção dos vidros é simples, bastando sua limpeza com água e produtos
apropriados disponíveis no mercado, não alcalinos. Cuidado especial deve ser dado às
vedações, sejam de massa ou de elastômeros, pois seu não funcionamento
comprometerá esquadria, causando a perda da impermeabilidade, vibrações e até
mesmo a quebra do vidro. As massas devem ser repintadas regularmente e os
elastômeros substituídos quando apresentarem problemas, sendo a inspeção visual.
Estocagem
A estocagem no canteiro de obras, ainda que por pouco tempo, deve obedecer condições
pouco severas, evitando-se poeira, umidade, sol e projeções de cimento ou outros
materiais que possam manchar, incrustar ou riscar. A umidade pode causar a irisação
das chapas (manchas). Devem ser empilhados inclinados a 6% em relação à horizontal e
com espessura máxima de 5cm.
Metais e produtos siderúrgicos,
Os metais aparecem na natureza em estado livre ou, mais comumente, como compostos.
Os minérios são as substâncias portadoras de metais e, as partes não aproveitáveis, as
impurezas denominadas GANGAS.
Como principais processos químicos temos a ustulação (aquecimento sob forte jato de
ar) e a calcinação (aquecimento sob fogo direto).
o cobre é extraído
• Calcopirita (sulfato) Cu2S – Fe2S3 por calcinação e fusão.
• Smithsonina (carbonato)
• Siderita (Co3Fe), cor cinza com matizes amarelas, contém 30 a 42% de ferro.
2. LIGAS
2.1 Aparência
2.2 Densidade
• varia bastante de uma liga para outra. Geralmente vai de 2,56 a 11,45 sendo que a
platina atinge 21,30.
A ordem decrescente começa com o zinco, segue com o chumbo, estanho, cobre, ferro e
aço (MB 270).
A condutibilidade térmica situa-se entre 1,006 e 0,080 calorias grama/s/cm/ºC. A ordem
decrescente é: prata, cobre, alumínio, zinco, bronze, ferro, estanho, níquel, aço e
chumbo.
De uma maneira geral, os metais são bons condutores. O cobre é o mais utilizado e vem
sendo substituído pelo alumínio por razões econômicas.
L-Lo
S-So
So = seção inicial
S = seção estricta (afinada)
É a resistência que o metal opõe a ruptura sob ação de uma carga instantânea. O ensaio
é feito pelo aparelho chamado Pêndulo de Charpy.
2.7 Dureza
A ABNT adota a escala de dureza Brinell. O aparelho Brinell é uma prensa com uma
esfera de aço temperado de diâmetro D que faz penetrar no metal em ensaio com uma
carga P. A esfera imprimirá uma marca com diâmetro d.
2P
Dureza Brinell HB = -------------
D(¶D-D2-d2)
2.8 Fadiga
2.9 Corrosão
A vida útil de um metal depende de sua resistência e da proteção que o mesmo tem
contra a corrosão, além, é claro, da resistência à fadiga, dos esforços que recebe, da ação
de fogo, variações de temperatura, etc. Quase todos os metais apresentam corrosão,
exceção feita ao ouro e à platina. A proteção contra a corrosão é assunto bastante
complexo, devendo ser estudada para cada caso, sendo alguns métodos ou cuidados os
seguintes:
Sem dúvida a liga mais utilizada na construção civil é o aço, pelo seu largo uso como
armação nos concretos. Estudaremos sucintamente outros metais, citando suas
principais características e usos.
3.1 Alumínio
Usado pela primeira vez na arquitetura em 1884, quando foram fundidos 2.800 gramas
para formar a camada protetora do monumento de Washington.
Tem peso específico entre 2,56 e 2,70, ruptura à tração entre 8 e 14kg/mm², dureza
Brinell, 20, funde a 650/660ºC. É bom condutor térmico e elétrico. Pela sua resistência à
corrosão é utilizado em embalagens de alimentos e bebidas, manipulação de ácidos e
solventes em processos industriais e outros.
De condutibilidade elétrica inferior à do cobre, porém mais indicado que este por ter
densidade menor, é preferido na produção de cabos elétricos destinados à condução de
altas tensões. Como é excelente condutor de calor, é utilizado em gigantescos trocadores
de calor industriais, bem como em bandejas para gelar alimentos. Por isso também é
utilizado em utensílios de cozinha, pois assegura aquecimento rápido e uniforme
distribuição de calor.
Apresentações:
Laminados
• lâminas (espessura até 6mm)
• chapas (espessura acima de 6mm)
Extrudados
• barras redondas, quadradas, chatas
• fios
• perfis especiais (uma infinidade)
Obs.: O processo de extrusão, para fabricação de barras e perfis, consiste basicamente
da prensagem de tarugos (lingotes cilíndricos) contra uma matriz de aço “furada”
(ferramenta) com o desenho do perfil que se deseja produzir.
O alumínio está sujeito a grandes oscilações em seus preços, em função dos ciclos de
conjuntura da economia mundial, por se tratar de uma “commodity”, cotada desde 1979
na Bolsa de Mercadorias de Londres (LME). Por isso o preço varia diferentemente da
inflação nacional.
Esquadrias
Os serralheiros compram os perfis para uso quase que imediato. Basicamente existem
dois tipos de serralheiros (indústria de caixilhos): os que trabalham de maneira
padronizada e vendem seus produtos através das lojas de materiais para construção e os
que trabalham sob medida, não padronizados.
3.2 Cobre
Largamente utilizado pelo homem neolítico (5.000 AC), tornando-se o substituto ideal
para a pedra na fabricação dos mais variados utensílios. No entando, o que realmente
deu importância ao metal avermelhado e brilhante foi a descoberta que, fundido com o
estanho, originou uma liga extremamente dura e resistente: o bronze.
Apresenta densidade entre 8,6 e 8,96, dureza Brinell 35, ruptura à tração entre 20 e 60
kg/mm², funde entre 1.050 e 1.200ºC.
Seus principais usos são: motores elétricos, telefones e telégrafos, circuitos elétricos,
tubulações, serpentinas de aquecimento ou refrigeração, coberturas, ornatos, etc.
3.3 Chumbo
Formando liga com antimônio tem grande dureza e baixo ponto de fusão e era bastante
utilizado na produção de caracteres tipográficos. Utilizado na fabricação de bateriasi
(placas dos acumuladores), tubos e conexões para água e esgoto (em desuso), coberturas
(impermeabilização), arremates, absorventes de choque, etc.
Estanho
Tem densidade entre 7,29 e 7,50, dureza Brinell entre 5 e 10, resistência à tração entre 3
e 4 kg/mm².
Solda de Encanador
É a liga chumbo/estanho que funde a 240ºC, sendo que a proporção que resulta em
melhores resultados práticos é 66/34% chumbo/estanho. Essa solda é utilizada na
montagem dos encanamentos de cobre e emendas de calhas e condutores feitos em
chapa de aço galvanizado.
3.4 Zinco
Densidade entre 7 e 7,2, dureza Brinell de 30 a 40, resistência à tração 16kg/mm², funde
a 400/420ºC.
As ligas de zinco podem ser divididas em dois grupos: aquelas em que a porcentagem
dos outros elementos de liga é inferior a 1%, ou seja, mais de 99% de zinco e, aquelas
nas quais a porcentagem de outros elementos é superior a 1%. Ao primeiro grupo
pertencem as ligas usadas em zincografias, pilhas e coberturas. No segundo grupo estão
as ligas ZAMAK e KAYEM, usadas na fabricação de injetados (peças fundidas).
Latão
3.5 Ferro
Encruamento
• Silício (aço solício) – torna o aço mais macio, com grande elasticidade e quase sem
perda de resistência. Usado para molas.
• Oxigênio – torna o aço mais frágil, difícil de trabalhar.
• Nitrogênio – torna o aço mais duro, porém muito frágil.
• Enxofre – é danoso, torna o aço macio e o clareia.
• Fósforo – é danoso, rebaixa o ponto de fusão. Aumenta a dureza, mas diminui muito a
resistência ao choque e a plasticidade.
• Enxofre e Fósforo – tornam o aço mais fácil de trabalhar, diminuindo o desgaste das
ferramentas e tornando a superfície mais polida.
• Manganês – na proporção de 0,25 a 1% aumenta a resistência aos esforços e ao
desgaste e a capacidade de recozimento. O aço não pode ser trabalhado a frio.
• Cromo – de 2 a 3% dá grande dureza, resistência à ruptura e a oxidação.
• Níquel – com menos de 7% dá grande elasticidade e resistência ao choque e à flexão;
de 7 à 15% torna o aço muito quebradiço, não é recomendável; com mais de 15% o aço
se torna inoxidável.
• Aços rápidos – são ligas de tungstênio, molibidênio e vanádio. Muito resistentes,
mesmo à temperaturas elevadas, são usados na fabricação de ferramentas abrasivas.
• Aços inoxidáveis – aço e cromo (18%) e níquel (8%) (aço 18/8). Um aço inoxidável
de superior qualidade tem 18%Cr, 9%Ni e menos que 0,15% de Carbono.
Chapas Galvanizadas
São chapas finas de aço revestidas com zinco. É a imersão da chapa em um banho de
zinco fundido. São padronizadas desde o número 10 (3,515mm) até o número 30
(0,399mm de espessura).
Ferros Perfilados
Ferro fundido, laminado, apresentado em forma de barras redondas, quadradas,
retangulares, perfis L, T, I, U. Os perfis com dimensões menores de 2” (50mm) são
chamados finos e os de mais de 2” são chamados grossos.
Arames e Telas
Os arames são finos fios de aço laminado, galvanizados ou não. A denominação da
bitola é por número, diminuindo o diâmetro à medida que aumenta o número. Vão de
0,2 a 10,0mm.
Pregos
São fabricados a partir de arame galvanizado em máquinas apropriados que cortam o
arame e moldam a ponta e a cabeça do prego.
São denominados por dois números: o primeiro corresponde à bitola do arame na fieira
de Paris e o segundo a uma antiga medida francesa de comprimento, linha, igual a
2,225mm (uma linha é igual a 1/12 da polegada francesa, 27,0mm).
Os aços laminados a quente que não sofrem tratamento algum após a laminação. Suas
características elásticas são alcançadas unicamente pela composição química adequada
com ligas de C, Mn, Si e Cr. Em geral, são caracterizados pela existência de um patamar
de escoamento no diagrama tensão-deformação e grandes deformações de ruptura, no
ensaio de tração. Como são laminados a quente, não perdem suas propriedades se
aquecidos. Por isso, podem ser soldados e não sofrem demasiadamente com a exposição
a chamas moderadas em caso de incêndio.
Os aços encruados a frio são originalmente aços de dureza natural que passam por
algum processo para se conseguir um aumento de resistência. Os processos mais
utilizados são os de tração e de torção.
Pode parecer uma incongruência exigir 8% num caso e satisfazer-se com 5% em outro,
ou então exigir-se duas unidades a mais para os aços de dureza natural. Acontece que
este alongamento de ruptura está associado ao ensaio de dobramento e, não sendo
obedecido, o aço vai romper ao ser dobrado em torno do pino especificado. Esse é o
motivo pelo qual o diâmetro do pino em torno do qual deve ser possível o dobramento a
180º vai crescendo a medida em que o alongamento de ruptura exigido vai diminuindo.
5.3 Nomenclaturas
As barras são obtidas por laminação a quente, com bitola 5 ou superior, podendo sofrer
subseqüentemente um encruamento a frio.
Os fios (ou arames) são obtidos por trefilação ou processo equivalente, com bitola 12,5
ou inferior.
Os aços que podem ser fabricados para uso em concreto armado (CA) são indicados por
CA seguido do número 25, 32, 40, 50 ou 60, que representa a tensão de escoamento
(classe A) ou o limite convencional a 0,2% de deformação permanente, em kgf/mm².
Este valor é designado por fyk, o índice y indicando o escoamento (yeld point) e o índice
k indicando que se trata de valor característico.
Tensão de escoamento:
• CA 25 – 25 kgf/mm²
• CA 32 - 32 kgf/mm²
• CA 40 – 40 kgf/mm²
• CA 50 – 50 kgf/mm²
• CA 60 – 60 kgf/mm²
• CA 25 – 50% mais
• CA 32 - 30% mais
• CA 40 – 10% mais
• CA 50 e CA 60 – também 10% mais
• CA 25 – 18%
• CA 32 - 14%
• CA 40 – 10%
• CA 50 – 8%
• CA 60 – 7%
• CA 25 – 1 a 2Ø
• CA 32 – 2 a 3Ø
• CA 40 – 3 a 4Ø
• CA 50 – 4 a 5Ø
• CA 60 – 5 a 6Ø
5.4 Aderência
Quanto maior for a solicitação do aço no concreto, mais abundantes devem ser as
saliências ou mossas. A primeira exigência das normas a este respeito é que as
saliências ou mossas não permitam a rotação da barra dentro do concreto. Além disso,
as saliências e mossas são estudadas de maneira a não haver concentração de tensões
prejudicando a resistência à aderência ao concreto. Conclui-se que a aderência é a
transferência de carga aplicada numa barra para o concreto que a circunda,
possibilitando a fissuração do concreto em várias seções. Quando a aderência é boa,
aparecem muitas microfissuras, contrariamente se a aderência é ruim, aparecem poucas
fissuras de maiores dimensões, o que não é bom, pois desprotege-se a armadura.
Importante
As bitolas comerciais nos dão a proporção de que a seção transversal de uma barra é
igual a soma das áreas de duas barras imediatamente menores. Dessa forma, uma barra
12,5 pode ser substituída por uma barra 10 mais uma barra 8 (1,25cm², 0,80 + 0,50cm²).
Os aços (fios) fabricados no Brasil são o CP, 160 e 170 (números que indicam a tensão
de ruptura em kgf/mm²). A tensão do escoamento deve se situar 10% menos.
As telas soldadas são especificadas pela denominação comercial, que cita uma letra L, T
ou Q, conforme a armadura principal seja longitudinal, transversal ou sejam iguais nos
dois sentidos, quadrada, seguindo de um número que indica a seção da armadura. Por
exemplo, Q246 é uma tela com 246mm²/m de armadura. A L335 tem armadura
principal no sentido longitudinal igual a 335mm²/m.
As telas padrão Q são empregadas em lajes armadas em cruz e pisos. As telas L e T são
utilizadas em lajes armadas numa só direção, na fabricação de pré-moldados, tubos, etc.
Para absorver momentos negativos em lajes contínuas, empregam-se especialmente as
padrões T.
Asfaltos e alcatrões
BETUME
O betume puro é uma mistura orgânica complexa de hidrocarbonetos pesados,
freqüentemente acompanhada de seus derivados não metálicos, de origem natural ou
pirogênica, caracterizando-se por uma força adesiva e por ser inteiramente solúvel no
sulfeto de carbono.
Suas principais características são:
a. É um aglomerante, como a cal ou o cimento, mas não precisa de água para fazer
pega;
b. É hidrófugo, repele a água;
c. Sensível à temperatura, funde facilmente e facilmente solidifica;
d. Para efeitos práticos, é quimicamente inerte;
e. Tem custo de obtenção relativamente baixo.
Por essas propriedades, o betume encontra grande aplicação na construção civil, como
impermeabilizantes,tintas, pisos, etc. Como inconvenientes apresenta o fato de, se puro,
envelhece facilmente, tornando-se quebradiço, e tem baixo ponto de fusão. O
envelhecimento ocorre por causas físicas (evaporação dos constituintes, voláteis) e
químicas (oxidação, ao ar, dos constituintes, formando compostos solúveis em água).
ASFALTO
1 Asfaltos Naturais
É o mais abundante e barato que os naturais, obtido nas torres de craqueamento. Tem
teor mais elevado de betume e são mais volúveis, porque o resíduo mineral é menor.
São identificados pela TB-27 em dez tipos, sendo nove com os mesmos índices de
penetração do CAN e mais o CAP 200-300. CAP significa Cimento Asfáltico de
Petróleo.
ALCATRÕES
1 Asfaltos Oxidados
2 Asfaltos Diluídos
Os asfaltos comuns precisam ser aquecidos para serem aplicados, visto estarem sólidos
ou quase sólidos à temperatura ordinária. A fim de facilitar a aplicação, procuram-se
processos de tratamentos que permitissem a aplicação à frio, resultando dois tipos de
material: os asfaltos diluídos e os hidrasfaltos.
Os asfaltos diluídos são obtidos por adição de um solvente aos CAP. Resulta um
material de menos viscosidade, o que facilita a colocação, mas diminuído de poder
aglutinante. Depois de aplicado, o tempo que o solvente leva para evaporar chama-se
cura (rápida, média e lenta).
3 Piches
Depois de destilado o alcatrão bruto, resulta o piche, obtido também a partir de asfaltos
impróprios para o refino. São misturas de apenas 11 a 17% de betume, com muita
argila, pedrisco, etc. Tem qualidades inferiores aos alcatroes. É sólido à temperatura
ordinária, e, quando funde, o faz desuniformamente, deixando muitos nódulos ou grãos
no seu seio. Os piches podem ser refinados, perdendo quase todo o betume, resultando o
breu, sólido à temperaturas ordinária, porém de maior dureza.
4 Mastiques
Os materiais betuminosos podem ser misturados entre si ou com fileres diversos (de
calcário, granito, carvão, cinzas volantes, fibra de vidro, amianto, plásticos, negro de
fumo, etc.) gerando as mais diversas pastas, com maior ou menor aderência, poder
ligante, resistência, etc., com usos diversos.
5 Filtro Asfáltico
6 Pavimentações
Pavimento asfáltico é todo o pavimento constituído por agregado aglutinado por asfalto.
O asfalto serve como aglomerante e para impermeabilizar, sendo que o agregado dá a
resistência mecânica.
Areia-Asfalto
(sand-asphalt) é um pavimento asfáltico de baixo custo, feito só com areia e asfalto,
usado quando não há agregado graúdo.
Concreto-Asfáltico
É pavimento asfáltico já com agregado graúdo, com grande estabilidade,
resistência e durabilidade.
Solo-Asfalto
É a mistura de asfalto com solo natural, para se obter estabilização, semelhante ao solo-
cimento, mas que não é apropriado para tráfego.
Macadame
Denomina-se o processo inventado pelo Engº John Mac Adam, que consiste em
sucessivas camadas de agregados de diâmetro cada vez menor. Sobre cada camada o
terreno é molhado e comprimido fortemente. Ao final cobre-se tudo com um cimento
adequado, que pode ser o asfalto.
Aglomerantes e cimento
As pastas são, portanto, misturas de aglomerante com água. São pouco usadas devido
aos efeitos secundários causados pela retração. Podem ser utilizadas nos rejuntamentos
de azulejos e ladrilhos.
As natas são pastas preparadas com excesso de água. As natas de cal são utilizadas em
pintura e as de cimento são usadas sobre argamassas para obtenção de superfícies lisas.
As argamassas e os concretos serão estudados nos capítulos seguintes.
Conceito de Pega
No caso dos cimentos de pega normal, o fim da pega se dá, de cinco a dez horas depois
do lançamento da água ao aglomerante. Nos cimentos de pega rápida, o fim da pega se
verifica poucos minutos após o seu início.
Cal
É o produto obtido pela calcinação de rochas calcárias a temperaturas elevadas.
Existem três tipos de cales: cal aérea (cal virgem e cal hidratada) e a cal hidráulica.
Cal Virgem
É o aglomerante resultante da calcinação de rochas calcárias (CaCO 3) numa temperatura
0
inferior a de fusão do material (850 a 900 C).
Além das rochas calcárias, a cal também é obtida de resíduos de ossos e conchas de
animais.
O fenômeno ocorrido na calcinação do calcário é o seguinte:
0
Ca CO3 + calor (900 C) ⇒ Ca O + CO2
Após a hidratação das pedras, o material deverá descansar por 48 horas no mínimo,
antes de ser utilizado na obra.
Cal Hidratada
Cal hidratada é um produto manufaturado que sofreu em usina o processo de hidratação.
É apresentada como um produto seco, na forma de um pó branco de elevada finura. A
cal é encontrada no mercado em sacos de 20 kg.
A cal hidratada oferece sobre a cal virgem algumas vantagens, entre elas:
Aplicação da Cal
A cal pode ser utilizada como único aglomerante em argamassas para assentamento de
tijolos ou revestimento de alvenarias ou em misturas para a obtenção de blocos de
solo/cal, blocos sílico/calcário e cimentos alternativos.
Durante muito tempo a cal foi largamente empregada em alvenarias, que vêm
atravessando muitos séculos de vida útil. Atualmente o maior emprego da cal se dá,
misturada ao cimento Portland.
A cal também é muito utilizada, dissolvida em água para pinturas, na proporção de mais
ou menos 1,3 gramas por litro de água. A esta solução chama-se nata de cal e sua
utilização é conhecida como caiação. As tintas de cal, além do efeito estético, têm,
também, efeito asséptico, devido a sua alta alcalinidade (PH alto).
Gesso
Definição
Dos aglomerantes utilizados na construção civil, o gesso é o menos utilizado no Brasil.
No entanto, ele apresenta características e propriedades bastante interessantes, dentre as
quais, pode-se citar o endurecimento rápido, que permite a produção de componentes
sem tratamento de aceleração de endurecimento. A plasticidade da pasta fresca e a lisura
da superfície endurecida são outras propriedades importantes.
Cimento Portland
Definição
Cimento Portland é a denominação técnica do material usualmente conhecido na
construção civil como cimento. O cimento Portland foi criado e patenteado em 1824,
por um construtor inglês, chamado Joseph Aspdin.
Naquela época, era moda na Inglaterra construir com uma pedra, de cor acinzentada,
originária da ilha de Portland, situada ao sul do país. Como o resultado da invenção de
Aspdin se assemelhava, na cor e na dureza a pedra de Portland, foi patenteada com o
nome de cimento Portland.
O cimento é um pó fino com propriedades aglutinantes, que endurece sob ação da água,
sendo, portanto, um aglomerante hidráulico. Depois de endurecido, mesmo sob ação da
água, não se decompõe mais.
Agregados
Agregados para Construção Civil são materiais granulares, sem forma e volume
definidos, de dimensões e propriedades estabelecidas para uso em obras de engenharia
civil, tais como, a pedra britada, o cascalho e as areias naturais ou obtidas por moagem
de rocha, além das argilas e dos substitutivos como resíduos inertes reciclados, escórias
de aciaria, produtos industriais, entre outros. Os agregados são abundantes no Brasil e
no mundo.
Os agregados podem ser naturais ou artificiais. Os naturais são os que se encontram de
forma particulada na natureza (areia, cascalho ou pedregulho) e os artificiais são aqueles
produzidos por algum processo industrial, como as pedras britadas, areias artificiais,
escórias de alto-forno e argilas expandidas, entre outros.
Define ainda agregado graúdo como pedregulho ou brita proveniente de rochas estáveis,
ou a mistura de ambos, cujos grãos passam por uma peneira de malha quadrada com
abertura nominal de 152 mm e ficam retidos na peneira ABNT de 4,8 mm. O rachão
beneficiado define-se como o material obtido diretamente do britador primário e que é
retido na peneira de 76 mm. A areia de brita ou areia artificial, segundo CUCHIERATO
(2000), é o material passível de ser obtido em pedreiras a partir de instalações de
beneficiamento a úmido, apresentando uma granulometria entre 4,8 mm e 0,074 mm.
A bica corrida é o conjunto de britas, pedrisco e pó de pedra, sem graduação definida,
obtido diretamente do britador, sem separação granulométrica (ALBUQUERQUE,
1994).
Os arenitos são constituídos por grãos de quartzo normalmente em uma matriz argilosa
ou siltosa, aglomerados por sílica amorfa, óxidos de fero ou carbonatos, sendo que os
ferruginosos são os menos resistentes. Somente os arenitos silicosos se prestam como
rocha britada, mas a sílica presente pode reagir com os álcalis do cimento Portland ou
causar má adesividade a ligantes betuminosos
1. Siltitos são arenitos de grãos extremamente finos, formados de silt, ou seja, depósitos
de lama e sedimentos muito finos
2. Quartizitos são arenitos metamorfizados em que o cimento que ligava os grãos de
areia e que também eram de sílica se recristalizou.
3 Podem apresentar micas ou feldspatos como acessórios comuns. Calcários podem ter
origem metamórfica ou sedimentar com composição mineralógica principalmente
calcítica (cálcio) ou secundariamente dolomítica (magnésio). De origem metamórfica
são mais resistentes mecanicamente, mas com dureza inferior aos silicatos. Apresentam
boas propriedades como pedra britada para concreto hidráulico, mas sua baixa dureza
não os credencia para uso como revestimento betuminoso em rodovias. Os gnaisses são
também rochas metamórficas com composição variada, dependendo da rocha original,
podem ser ganisses graníticos, gnaisses dioríticos e gnaisses sieníticios
Basaltos e diabásios são compostos principalmente de plagioclásio e piroxênios, podem
estar presentes a olivina ou anfibólio. São rochas básicas. Têm alta resistência
mecânica. Caso ocorra sílica amorfa na sua composição, poderá gerar reações com
álcalis do cimento portland e ter adesividade insatisfatória a ligantes betuminosos.
Para uso como pedra britada têm boas propriedades físicas e mecânicas, mas
apresentam características indesejáveis como fragmentos achatados e angulosos nas
frações mais finas. Granitos são rochas plutônicas ácidas constituídas por cristais de
feldspatos potássicos, plagioclásio, quartzo e mica. Há variedades de granitos. Podem
apresentar coloração avermelhada, cinza, amarela e rosada, entre outras. Têm resistência
mecânica relativamente alta e pequena alterabilidade, são, portanto muito adequados
para uso como pedra britada. Os sienitos são rochas hipoabissais constituídas por
feldspatos potássicos, o quartzo raramente atinge mais que 5% da composição desta
rocha para uso como rochas britadas, têm características semelhantes aos granitos.
Os usos das areias e britas estão relacionados ao seu tamanho e granulometria. Chegam
ao consumidor final misturados ao cimento (quando da preparação do concreto), ou sem
nenhuma mistura aglomerante.
ASTM C 586
Instalações hidráulicas;
O local adequado de instalação e funcionamento da unidade hidráulica contribui para a
sua operação normal. Sempre que possível, deve ser instalada em local coberto, arejado,
limpo, seco, num ambiente com o mínimo de impurezas suspensas no ar, e afastado de
irradiação de calor.
Com isso a unidade hidráulica tem uma boa troca de calor com o ambiente e pouca
possibilidade de contaminação do reservatório através do filtro de ar (respiro do
reservatório).
Se a unidade hidráulica for trabalhar num ambiente agressivo, essas condições devem
ser evidenciadas durante o projecto para avaliar a necessidade de instalação de
trocadores de calor, sistema de abastecimento de óleo através de filtros absolutos, filtro
de ar de maior vazão, reservatório de maior dimensão para proporcionar uma melhor
troca de calor com o ambiente, pintura apropriada, etc.
2. Limpeza
Estas áreas devem estar bem separadas dos locais cujas actividades envolvam serviços
de soldagem, pintura e ambientes com acumulação de poeira, água, vapor, etc.
Portanto, para garantir uma boa instalação, inspecção e manutenção, é necessário dar
uma atenção especial à limpeza do equipamento e da área onde será efectuada a
instalação. Todos os componentes devem estar protegidos e isolados, e deverá ser
mantida essa condição até o momento da montagem final. Qualquer impureza que
venha a contaminar o circuito hidráulico resultará em desarranjos prejudiciais.
3. Montagem e Interligação
A tubulação deve ser bem encaminhada e ter boa localização, para facilitar o acesso aos
pontos de regulação e controlo, bem como facilitar a manutenção e evitar acidentes.
A interligação é feita utilizando-se tubos de aço sem costura, mangueiras de alta pressão
e conexões, com dimensionamento compatível com a vazão e pressão do sistema
hidráulico.
Deve ser dada atenção especial à limpeza interna da tubulação para que sejam
removidos todos os indícios de contaminantes, como as lascas formadas após operação
de corte de tubos. Numa eventual oxidação interna, o tubo deve ser decapado e lavado
com querosene.
4. Contaminação
Esse desgaste gera novos contaminantes que, em contacto com os outros componentes,
provocam uma “reação em cadeia” na formação de novos pontos de contaminação no
circuito hidráulico.
Instalações de esgoto;
Os esgotos prediais são, ou deveriam ser, lançados na rede de esgotos da cidade. Essa
rede, que toda cidade possui ou almeja possuir, pode ser instalada de vários sistemas,
dependendo da cidade.
Tratamento do Esgoto
causar.
um rico composto que pode ser usado de maneira restrita como condicionador de
modo a permitir rápido escoamento dos despejos e fáceis desobstruções, deve vetar
a passagem de gases e animais das canalizações para o interior dos prédios, além
O esgoto sanitário deverá ser dividido de acordo com o tipo de dejetos que recebe e
contar com sistema de canalização e dispositivos próprios.
A instalação deverá conter ao menos uma canalização aberta para o exterior (é o tubo de
ventilação), destinada à saída dos gases da rede coletora dos esgotos e a entrada de ar na
canalização.
As águas de chuva, piscinas e jardins não devem ser escoadas pelas instalações de
esgotos sanitários.
-vaso sanitário: tubo de ferro fundido, manilha de barro vibrado ou pvc, com 100 mm
-pia de cozinha: tubo pvc, com 50 mm
-lavatório: tubo pvc, com 40 mm
-bidé: tubo pvc, com 30 mm
-banheira: tubo pvc, com 40 mm
-tanque de lavar roupa: tubo pvc, com 40 mm
-ralo do chuveiro (até o ralo sifonado): tubo pvc, com 30 mm
-trecho do ralo sifonado do banheiro até a CI: tubo pvc, com 50 mm
-ralo da cozinha (até a cs): tubo pvc, com 30 mm
-ligações CS-CI e CGS-CI: manilha de barro ou tubo pvc, com 75 mm
A Ligação da caixa de Inspeçao (Cl) com o coletor público, na rua, é feita com manilha
de barro vibrado ou tubo de pvc, de diâmetro nunca inferior a 100 mm (4 polegadas).
Quando não existe rede pública de esgotos, normalmente se faz um simidouro, onde a
água resultante da instalação sanitária infiltra-se na terra.
Porém, não se permite que os esgotos sejam levados para a terra diretamente, havendo
necessidade de tratá-los. Para este fim, é preciso construir uma fossa séptica, um sistema
que permite a fermentação das fezes depositadas, ocorrendo a digestão através das
bactérias que no local se desenvolvem.
A água que deixa a fossa, para se infiltrar na terra, estará relativamente tratada e com
um número mínimo de germes nocivos. A figura da próxima página mostra o desenho
de uma fossa.
A fossa deve ser construída em concreto; suas dimensões vão depender do número de
pessoas que usarão os sanitários. Tome por base a tabela abaixo:
Todas as tubulações do sistema sanitário devem ser montadas de forma que haja uma
ligeira queda, para facilitar o escoamento das águas. Se usar manilhas de barro virado,
cuide para que as uniões fiquem perfeitamente conectadas.
Descrição
Requisitos
As instalações hidráulicas prediais de água fria são contempladas pela norma técnica da
NBR 5626/1982, da ABNT.
O objetivo desta norma é “fixar as condições exigíveis quanto à maneira e os critérios
pelos quais devem ser projetadas as instalações prediais de água fria, para atender às
exigências técnicas mínimas de higiene, segurança, economia e conforto dos usuários.”
As instalações hidráulicas prediais de água quente são contempladas pela norma técnica
da NBR 7198/1982, da ABNT.
O objetivo desta norma é “fixar as exigências técnicas mínimas quanto à higiene, à
segurança, à economia e ao conforto a que devem obedecer as instalações prediais de
abastecimento de água quente”.
O projeto das instalações hidráulicas prediais de água quente deverá compreender
cálculos, desenhos e memorial descritivo, de modo a:
NBR 7229 – Construção e instalação de fossas sépticas e disposição dos efluentes finais
– Procedimento.
NBR 7362 – Tubos de PVC rígido de seção circular para coletores de esgoto –
Especificação.
NBR 5580 – Tubos de aço – carbono, aptos para rosca NBR 6414, para condução de
fluidos – Especificação.
NBR 5688 – Tubos de PVC rígido para esgoto predial e ventilação – Especificação.
Conforme o item 4.1.4 da NBR 8160, as instalações prediais de esgoto sanitário devem
ser projetadas de modo a:
Permitir o rápido escoamento dos esgotos e fáceis desobstruções
Vedar a passagem de gases e animais das tubulações para o interior das edificações
Por tanto elas deveram coletar e afastar da edificação todos os despejos provenientes do
uso da água para fins higiênicos, e encaminha-los a um destino indicado pelo poder
publico competente.
Ramal de Descarga
Ramal de Esgoto
Tubo de Queda
Subcoletor
Coletor Predial
Sendo assim as águas pluviais devem ser encaminhadas ao sistema público de águas
pluviais, que é dimensionado para permitir o adequado escoamento das vazões
correspondentes, que são bastante superiores às dos esgotos sanitários.
As instalações de águas pluviais são contempladas pela norma técnica NBR 611, tendo
como objetivo:
1.1 Fixar as exigências e critérios necessários aos projetos das instalações de drenagem
de águas pluviais, visando garantir níveis aceitáveis de funcionalidade, segurança,
higiene, conforto, durabilidade e economia.
1.2 Ser aplicada à drenagem de águas pluviais em coberturas e demais áreas associadas
ao edifício,tais como terraços, pátios, quintais e similares. Não se aplica a casos onde as
vazões de projeto e características da área exijam a utilização de bocas-de-lobo e
galerias.
Assim sendo, as instalações de águas pluviais deverão lançar nas sarjetas das vias
públicas a totalidade da chuva precipitada sobre a edificação e deve ser projetadas de
modo a apresentarem:
Estanqueidade
Resistência às intempéries
EB 345 – Requisitos gerais para produtos de cobre e ligas de cobre em chapas e tiras
PB 34 – Requisitos gerais para chapas finas de aço carbono e aço baixa liga e alta
resistência
Instalações de telefone;
embutidas na parede.
Instalações elétricas;
A NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão (última edição da norma, de 1997)
-baseada na norma internacional IEC 60364 - Electric lnstallations of Buildings -, é a
norma aplicada a todas as instalações elétricas cuja tensão nominal é igual ou inferior a
1.000 V em corrente alternada (CA), ou a 1.500 V em corrente contínua (CC).
A NBR 5410 fixa as condições a que as instalações de baixa tensão devem atender, a
fim de garantir seu funcionamento adequado, a segurança de pessoas e animais
domésticos e a conservação de bens. Aplica-se a instalações novas e a reformas em
instalações existentes, entendendo-se, em princípio, como 'reforma' qualquer ampliação
de instalação existente (como criação de novos circuitos e alimentação de novos
equipamentos), bem como qualquer substituição de componentes que implique
alteração de circuito.
_ Estabelecimentos industriais;
_ Edificações pré-fabricadas;
Aos circuitos internos de equipamentos que, embora alimentados por meio de instalação
com tensão igual ou inferior a 1.000 V em CA, funcionam com tensão superior a 1.000
V, como é o caso de circuitos de lâmpadas de descarga, de precipitadores eletrostáticos
etc.;
A qualquer linha elétrica (ou fiação) que não seja especificamente coberta pelas normas
dos equipamentos de utilização;
_ Instalações em minas;
A NBR 5410 é complementada atualmente por outras duas normas, a NBR 13570 –
Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público: Requisitos Específicos - e a
NBR 13534 – Instalações Elétricas em Estabelecimentos Assistências de Saúde:
campos de aplicação.
A NBR 13570 aplica-se às instalações elétricas de locais como cinemas, teatros,
danceterias, escolas, lojas, restaurantes, estádios, ginásios, circos e outros locais
indicados com capacidades mínimas de ocupação (n0 de pessoas) especificadas.
A NBR 13534, por sua vez, aplica-se a determinados locais como hospitais,
ambulatórios, unidades sanitárias, clínicas médicas, veterinárias e odontológicas etc.,
tendo em vista a segurança dos pacientes.
Um equipamento elétrico é uma unidade funcional, completa e distinta, que exerce uma
ou mais funções elétricas relacionadas com geração, transmissão, distribuição ou
utilização de energia elétrica, incluindo-se máquinas, transformadores, dispositivos
elétricos, aparelhos de medição, proteção e controle.
_ Comando: ação destinada a efetuar a manobra, que pode ser de desligamento, ligação
ou variação da alimentação de energia elétrica de toda ou parte de uma instalação, sob
condições de funcionamento normal;
1 - Diagrama Multifilar
Representa do o sistema elétricos, com todos os seus condutores e detalhes onde cada
traço representa um cabo e a simbologia utilizada fica restrita aos aparelhos de
utilização. Para um melhor entendimento vamos tomar como exemplo o circuito de uma
lâmpada acionada por um interruptor:
2 - Simbologia
Diagrama Multifilar
O interruptor paralelo também pode ser chamado de three way, pois o interruptor possui
três terminais, onde o terminal central é denominado terminal comum sendo este ligado
na fase ou retorno para a lâmpada e os demais ligados os retornos para o próximo
interruptor paralelo.
_ Manuais: são os portáteis projetados para serem suportados pelas mãos durante
utilização normal, como é o caso das ferramentas portáteis (furadeiras, ferro de passar
roupas e amperímetro tipo alicate).
A seguir temos uma tabela com a potência típica de alguns aparelhos eletrodomésticos:
Tabela 2 Potências típicas de alguns aparelhos eletrodomésticos
(a) Diretamente, por uma rede de distribuição de energia elétrica de baixa tensão, por
meio de um ramal de ligação; é o caso típico de prédios residenciais, comerciais ou
industriais de pequeno porte;
(b) A partir de uma rede de distribuição de alta tensão (AT), por meio de uma
subestação ou de um transformador exclusivo, de propriedade da concessionária; é o
caso típico de instalações residenciais de uso coletivo (apartamentos) e comerciais de
grande porte;
(c) A partir de uma rede de distribuição de alta tensão, por meio de uma subestação de
propriedade do consumidor; é o caso típico de prédios industriais e comerciais de médio
e grande porte;
Assim teremos a distribuição de energia elétrica através da rede publica de baixa tensão
(a) Quando a instalação é alimentada diretamente por rede pública de baixa tensão, por
(c) Em instalações alimentadas por fonte própria (em baixa tensão), a origem é
considerada de maneira a incluir a fonte como parte da instalação.
mais quadros de distribuição e um circuito terminal é aquele que está ligado diretamente
a equipamentos de utilização ou a tomadas de corrente.
Uma tomada de corrente pode ser definida como um dispositivo elétrico com contatos
ligados
Em uma instalação pode-se distinguir as tomadas de uso específico, onde são ligados
equipamentos fixos, como por exemplo, aparelhos de ar-condicionado e certos
equipamentos estacionários de maior porte, como é o caso de máquinas de xerox, e as
tomadas de uso geral, onde são ligados equipamentos móveis, portáteis e estacionários.
Pode-se ainda falar em pontos de uso específico, que geralmente são caixas de ligação,
onde são ligados equipamentos fixos (que não utilizam plugues). É o caso da maior
parte dos equipamentos industriais e de certos equipamentos eletrodomésticos e
eletroprofissionais.
Instalação temporária é uma instalação elétrica prevista para uma duração limitada às
circunstâncias que a motivam. São admitidas durante um período de construção,
reparos, manutenção, reformas ou demolições, de estruturas ou equipamentos.
Instalação de reparos: substitui uma instalação defeituosa, sendo necessária sempre que
ocorrer um acidente que impeça o funcionamento de uma instalação existente ou de um
de seus setores;
Instalação de trabalho: permite reparos ou modificações em uma instalação existente,
sem interromper seu funcionamento. A instalação de trabalho: permite reparos ou
modificações em uma instalação existente, sem interromper o seu funcionamento;
1. 4 - Equipamentos de utilização
(b) Aparelhos de descarga: utilizam lâmpadas a descarga, que podem ser fluorescentes,
de vapor de mercúrio, de vapor de sódio e de multivapores metálicos etc.
(c) Fornos elétricos: que são os fomos a arco elétrico, a resistência elétrica e de indução;
a) Aparelhos eletrodomésticos
(b )Aparelhos eletroprofissionais incluem desde uma simples máquina de escrever até
um sofisticadoequipamento de processamento de dados;
cargas;
(h) Equipamentos especiais: aqueles que não se enquadram nas categorias anteriores,
tais comoequipamentos hospitalares e equipamentos de laboratórios;
(i) Equipamentos de tecnologia da informática: termo empregado pela NBR 5410 para
designar principalmente:
_ Instalações que utilizam transmissão de sinais com retorno pela terra, interna ou
externamenteligadas a uma edificação;
Para funcionar adequadamente e com segurança toda instalação elétrica deve possuir
um sistema deaterramento adequadamente dimensionado. Assim caracterizamos o
aterramento como uma ligação intencional de um equipamento ou linha a terra.
São considerados solos bons condutores aqueles com resistividades entre 50 e 100 _m, a
tabela abaixo nosmostra valores típicos de resistividade de alguns tipos de solos.
_ Uniformização do potencial.
Uma das funções mais importantes dos sistemas de aterramento é a proteção contra
contatos indiretos.
queimaduras, alem de asfixia imediata. Além deste limite as queimaduras são intensas,
havendo asfixia e necrose dos tecidos. A gravidade das lesões irá depender do tempo de
exposição a corrente elétrica.
Conexões: São elementos metálicos utilizados para conectar os condutores nas emendas
ou derivações. Existe uma grande variedade de conectores, porém destacam-se os
seguintes;
_ Condutor de proteção: É aquele utilizado para a ligação das massas (por exemplo:
carcaça dos equipamentos) aos terminais de aterramento parcial e principal. Será ligado
à malha de terra através do
condutor de aterramento.
Dentro dos esquemas de aterramento, podemos distinguir duas funções primordiais dois
esquemas de aterramento:
massas, e designados por uma simbologia que utiliza duas letras fundamentais:
condutor neutro;
medidas necessárias para que a ênfase com relação à segurança e proteção tenha sempre
como objetivo evitar sobrecargas, curto circuitos, entre outros problemas decorrentes a
erros inerentes de cabeamento e projeto.
Condutor Elétrico
- Material
grandes
grupos:
Exemplos:
_ Fornos elétricos;
_ Chuveiros elétricos;
_ Aquecedores;
_ Ferros elétricos;
Exemplos:
Exemplos:
· resistores, reostatos.
Quanto aos materiais de elevada condutividade destinam-se a todas as aplicações em
que a corrente elétrica
mercúrio.
- Isolação
Isolação define o aspecto qualitativo, como por exemplo: lsolação de PVC, Polivinil
Antiflam, Polietileno, etc.
- Devem ser previstos circuitos distintos para tomadas de uso geral da cozinha, copa-
cozinha e área de
serviço;
- Devem ser previstos circuitos independentes para tomadas com consumo de mais de
10 A;
bifásico e trifásico).
- evitar os perigos que possam resultar da falha de um único circuito, como, por
exemplo, no caso da iluminação.
Chama-se circuito ao conjunto de pontos de consumo, alimentados pelos mesmos
condutores e ligados ao mesmo dispositivo de proteção (chave ou disjuntor).
Cada circuito deverá ter seu próprio condutor neutro. Em lojas, residências e
escritórios, os circuitos de distribuição devem obedecer às seguintes prescrições
mínimas:
- residências: um circuito para cada 60 m² ou fração;
CONDUTORES UTILIZADOS
potência:
P
K x V x fator de potência
I=
Seção mínima do
Tipo de instalação Utilização do circuito
condutor material (mm²)
Circuitos de
1,5
iluminação
em mm² em mm²
S 25 S
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
Tab. 02
S 16 S
16 S 35 16
S 35 S/2
Tab. 03
Quantidade de Condutores
Seção 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
nominal Tamanho Nominal dos eletrodutos nominal dos eletrodutos,
em milímetros, conforme NBR-6150
( mm² ) 16 16 16 16
1,5 16 20 20 20 20 20
2,5 16 16 20 20 20 20 25 25 25 25
4 16 20 20 25 25 25 25 25 32 32
6 20 20 25 25 25 32 32 32 32 32
10 20 25 25 32 32 32 40 40 40 40
16 25 32 32 32 40 40 40 40 50 50
25 32 32 40 40 40 50 50 60 60 60
35 32 40 40 50 50 60 60 60 60 75
50 40 40 50 60 60 60 75 75 75 75
70 40 50 60 60 75 75 75 75 85 85
95 60 60 75 75 75 85 85 85
120 60 75 75 85 85
150 75 75 85 85
185 75 85 85
240 85
(mm) 16 20 25 32 40 50 60 75 85
(polegadas) 3/8 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2 2 2 1/2 3
As águas são tratadas nas chamadas ETAS (estações de tratamento de água) e as etapas
de tratamento são basicamente quatro: coagulação, decantação, filtração e desinfecção.
A tubulação que sai do reservatório elevado (geralmente localizado nas cotas mais
altas), é denominada rede de distribuição, é ela que conduz a água ate as casas passando
por todas as ruas e avenidas da cidade. Em frente a cada edificação é feita uma ligação à
rede de distribuição, são os chamados ramais prediais. Este ramal predial é ligado a um
medidor de vazão onde finalmente se dá início as instalações prediais de água.
Assim as instalações prediais de água fria são o conjunto de tubulações conexões, peças,
aparelhos sanitários e acessórios existentes a partir do ramal predial, que permitem levar
a água da rede pública até os pontos de consumo ou utilização dentro da habitação.
MISTO: parte dos aparelhos e torneiras são alimentados diretamente pela rede pública e
parte pelo reservatório superior:
MATERIAIS EMPREGADOS
Geralmente são empregados tubos de aço galvanizado (f°g°) com ou sem costura, de
cobre, de ferro fundido (f°f°) ou PVC rígido com juntas rosqueadas ou soldadas (mais
usados atualmente).
Para instalações não sujeitas a golpe de ariete, os tubos de PVC com juntas soldadas são
os preferidos devido sua facilidade de manuseio e também porque o seu diâmetro se
mantêm praticamente inalterado ao longo do tempo.
Nas tubulações de recalque, sujeitas à maiores pressões é preferível usar tubo de f°g°
com juntas de roscas ou flangeadas, pois subpressões causadas pelo golpe de ariete
provocam danos nos tubos de PVC.
GOLPE DE ARIETE
DIÂMENTRO MÍNIMO: ½” OU 15 M
P = população, hab
5 pessoas/unidade
Lojas: 1 pessoa/3m2
Depósitos:1 pessoa/10m2
Oficinas 1 pessoa/9m2
Hotéis: 1 pessoal/15m2
Escolas: 1 pessoa/15m2
1 bidê........................................................................................0,1 L/s
1 chuveiro.................................................................................0,2 L/s
2,4 L/s
Para 4 aparelhos pelo gráfico de HAROLD P. HALL, tem-se que a porcentagem de uso
simultâneo é 53%. Assim , a vazão de dimensionamento seria:
Mas como tem-se que só a vazão da bacia sanitária com válvula de descarga já é maior
que 1,27 L/s, estão adota-se:
Q= 1,9 L/s
1 bidê.................................................................................................1
1 chuveiro..........................................................................................2
1 torneira de lavagem........................................................................1
10
Consiste em atribuir “PESOS” (diferente dos Métodos de Hunter) aos diversos apare-
lhos e relaciona-los com as vazões através da expressão:
Q = C. P
1 bidê.........................................................................................0,1
1 chuveiro..................................................................................0,2
1 torneira de lavagem................................................................0,5
41,1
7. RAMAL PREDIAL
REGISTRO TORNEIRA DE
JARDIM
JOELHO DE 90
COM ROSCA
Segundo a NB – 92/80 a velocidade média da água por alimentador predial deve estar
entre os limites de 0,6 m/s e 1,0 m/s. Assim, fixando-se a velocidade e de posse do CD,
pode-se calcular o diâmetro do ramal predial, aplicando-se a equação da continuidade:
Q=SxV
8. Reservatórios
Para suprir as deficiências do abastecimento, deve-se armazenar um volume depara pelo
menos 1 dia de consumo, normalmente se reserva de 2 a 3 vezes o consumo diário, além
disso é costume reservar água para combate a incêndio.
Alimentação;
Extravasor;
Limpeza.
Obs.: para cada compartimento dos reservatórios (superior e inferior) são necessários
instalar automáticos de bóia, comandados eletricamente, por chave de reversão. O
sistema deverá ligar-se automaticamente quando houver água no reservatório inferior e
o superior atingir o nível inferior de água e deverá desligar-se quando atingir o nível
superior desejado ou o nível de água no reservatório inferior atingir um ponto muito
baixo (10 cm antes da válvula de pé).
9. Instalações de recalque
1 h - 15%
x - 100% x = 6,66 h
O cálculo do diâmetro de recalque é feito considerando a equação de bresse para
pequenos diâmetros:
D=cx Q
Em que: q = vazão, m3 / s
C tem sido objeto de estudo e no brasil varia de 0,75 a 1,4. Na realidade escolher o valor
de c equivale a fixar a velocidade e cabe ao projetista escolher o valor de c mais
conveniente.
______________________________________________________________________
_______
c v (m/s)
0,75 2,26
0,80 1,99
0,85 1,76
0,90 1,57
1,00 1,27
1,10 1,05
1,20 0,88
1,30 0,75
1,40 0,65
V = 4 . Q/( x d2)
v = (4.d2/c2)/( .d2) = 4 / . C2
Nas instalações que funcionam apenas algumas horas por dia e utilizam maiores
velocidades, a norma nb 92/80 aconselha utilizar a sequinte equação:
D =1,3 x Q x 4
X
Em que: x = n/25
.Q.H m
p = 75 .
= b. m
b = rendimento da bomba
m = rendimento do motor
10. Barrilete
Chama-se de barrilete o cano que interliga as duas metades da caixa d’água e de onde
partem as colunas de água. Podem ser do tipo ramificado ou do tipo concentrado.
Barrilete ramificado
Barrilete concentrado
11. Colunas
São tubulações verticais que partem do barrrilete delas saem os ramais de distribuição.
Deve-se evitar colocar em uma mesma coluna válvulas de descarga com aquecedores e
outras peça. As colunas são dimensionadas trecho a trecho e para isso é necessário
dispor de um esquema vertical da instalação, com as peças que serão atendidas em cada
coluna
.
Marchas de cálculo
Numerar as colunas;
Calcular o comprimento equivalente, le, que é resultante das perdas de carga localizadas
nas conexões, registros, válvulas, etc.
São as tubulações que partem das colunas e alimentam as ligações dos aparelhos.
Podem ser dimensionados pelo consumo máximo possível ou pelo consumo máximo
provável. Pelo consumo máximo possível usa-se o método das seções equivalentes, em
que todos os diâmetros são obtidos em função da vazão obtida com ½”.
São as tubulações que fazem as ligações dos aparelho. São dimensionados pelas
conforme tabela 7 da nb 92/80.
B) instalando uma válvula redutora de pressão, que pode ser colocada em um pavimento
in-termediário ou no terreo.
Instalações especiais.
Ar condicionado
O ideal para instalação de ar condicionado é um local onde ele fique voltado para a face
maior do ambiente de preferência no centro, fazendo com que o ar circule na melhor
maneira possível.
Em um ambiente entre 2.70 e 3.0 m de pé direito, é bom deixar o evaporador por volta
de 15 cm do teto, nunca com menos de 5 cm, pois prejudica o rendimento e fica horrível
para fixação.
Sistema de drenagem:
Jamais deve se conectar o dreno em rede de esgotos, procure água pluvial, o dreno
consegue trazer pra dentro do ambiente todo o cheiro do local aonde ele foi conectado,
em ultimo caso coloque um sifão.
Este é um ponto que é de extrema importância, pois um flange mal feito pode ocasionar
a perda de gás, e trazer grandes transtornos para reposição deste gás e o equipamento
quando roda sem gás, pode até queimar o compressor. Na instalação do ar condicionado
deve-se utilizar apenas graxa na flange, pois metal adere com metal através de graxa,
nunca utilizar veda rosca ou super bonder.
Testes de vazamentos
A mesma foi projetada para trabalhar ao ar livre, quanto mais ar ela tiver melhor, o
suporte do mesmo deve estar bem fixado, às vezes é necessário furar a parede de lado a
lado e fixar por dentro do ambiente, principalmente se este representar um perigo se
cair.
GÁS
Essas instalações se destinam a distribuir o gás no interior dos prédios, para fins de
aquecimento e para consumo em fogões, aquecedores de água e equipamentos
industriais.
Todo ambiente que contiver aparelhos domésticos a gás deverá ter uma área total
mínima permanente de ventilação de 800 cm², constituída por duas aberturas; uma
superior, comunicando-se diretamente com o ar livre ou prisma de ventilação acima de
1,5 m de altura, de forma a permitir a circulação do ar ambiente, devendo a abertura
inferior variar de 200 a 400 cm². Nos banheiros srá permitida a abertura superior em
comunicação direta com o exterior, através de rebaixos, desde que haja seção livre
mínima de 1.600 cm² até o comprimento máximo de de 4 m.
Sobre o GLP
A utilização cada vez em maior escala do GLP se deve às vantagens que ele apresenta
em relação à maioria dos combustíveis.
- elevado rendimento;
- elevado poder calorífico;
- ausência de toxidez;
- facilidade e rapidez de operação;
- ausência de subprodutos de queima, sólidos ou corrosivos.
No início era empregado apenas em residências isoladas. Hoje é empregado em
edifícios de apartamentos e escritórios, seja em forma de instalações individuais ou em
forma de instalação central.
Em residência de porte pequeno e médio: podem ser usados um botijão de 13 kgf além
de outro como reserva alimentando o fogão e o aquecedor da cozinha, e um outro
botijão com um de reserva para o aquecedor do banheiro, colocados externamente à
casa. Não há rede interna de distribuição de gás. As ligações em tubo de cobre recozido
vão da válvula do botijão até o aparelho a que servem.
Em prédios de apartamentos:
* Instalação individual - cada apartamento tem o seu botijão de gás, com 13 kgf em
áreas abetas de fácil acesso ou locais com abertura mínima de 0,50 x 0,12 m permitindo
a saída de gases para o exterior. Existe o inconveniente de vaivém de botijões pela área
de serviço do edifício.
* Instalação coletiva - armazena-se o GLP em uma bateria de cilindros ou em tanques
com capacidade equivalente, devendo haver sempre uma de reserva. Os cilindros ou
tanques de serviço do prédio são colocados em área externa, podendo-se enterrar o
tanque que será enchido pelo carro-tanque do fornecedor de gás liquefeito.
O local escolhido para a instalação dos cilindros, deve possibilitar a dois homens
carregarem os cilindros do caminhão à cabine, por caminho de acesso desimpedido e
fácil.
Para a situação decorrente de vários dias sem insolação ou com insolação insuficiente,
recorre-se a reservatórios bastante grandes, com isolamento térmico de boa qualidade.
Pode haver necessidade de um aquecedor auxiliar que utilize energia convencional, para
suprir situações de falta de insolação por períodos excepcionalmente grandes. O
equacionamento do problema deveria ser a utilização da energia solar como
aquecimento normal da água onde e sempre que possível, e o aquecimento elétrico ou
com combustível como auxiliar, e não o inverso.
Programação e controle.
Planejamento pode ser definido como um método de decisão adotada, realizado para
antecipar uma ação futura almejada, usando de meios eficazes para materializá-la.
Com relação à elaboração do projeto básico, que serve como fundamento para as
concorrências, o projetista desenvolve o planejamento geral do empreendimento,
considerando todos os elementos disponíveis. É nesta fase onde são gerados os números
para serem gerenciados a fim de cumprir os objetivos do gerenciamento.
O planejamento requer muito tempo para a sua elaboração, exige profissionais com
ampla experiência no ramo, representa um trabalho intenso mesmo para as pessoas com
experiência considerável – e deve ser elaborado no canteiro, utilizando-se das equipes
mobilizadas. Caso o planejamento venha a ser elaborado nos escritórios centrais das
empresas interessadas, por equipes afastadas dos problemas a serem enfrentados,
certamente, conterá imperfeições.
Controle de obra
O controle efetuado pelo sistema P.C.O. (Planejamento e Controle de Obra), inicia a
partir do orçamento quantificado na fase de planejamento, previamente elaborado
através de sua estrutura integrada, segundo as normas usuais da A.B.N.T, para
apropriação dos dados, obedecendo a uma mesma classificação de materiais e serviços,
permitindo ao sistema iniciar o controle em qualquer etapa da obra. Inicia-se o seu
acompanhamento, serviço por serviço, registrando-se, no banco de dados do
computador, as quantidades e valores dos itens já devidamente codificados e em
análoga correspondência com o orçamento pré-estabelecido.
O controle deve ser efetuado em tempo real, ou seja, deve orientar a realização das
atividades corretivas durante a realização das mesmas. O conceito de controle expanda-
se para além da ideia de inspeção ou verificação, identificado fortemente com a
correção das causas estruturais dos problemas e deve ser baseado na pesquisa em estudo
e não apenas na intuição e experiência .
A informação produzida pelo processo de controle permite tomar decisões sobre novos
objetivos e novos padrões de controle. Frequentemente, só é possível planejar a partir de
informações de controle, e não de projeções ou previsões sobre o futuro. Para melhor
conduzir um sistema de controle é necessário que:
A fase de controle se realiza durante a execução da obra, pois está diretamente ligada a
qualidade do planejamento elaborado e a qualidade do acompanhamento físico-
financeiro da obra, propiciando um controle de boa qualidade e permitindo que se
elabore um planejamento de curto prazo durante os serviços em andamento, nos casos
de correções. Os resultados são obtidos através de comparação do planejamento com as
informações obtidas do controle durante e após a execução da obra. A sistematização do
processo de orçamento vem de encontro à necessidade de uma avaliação detalhada dos
custos pelo interessado .
Para que se possa dar início ao planejamento de uma obra, faz-se necessário efetuar
estudos preliminares do empreendimento. É importante também analisar a viabilidade
técnica físico financeiro e econômico da construção, que vai desde a escolha do local a
estudos geotécnicos e topográficos, para verificar se há alguma interferência
significativa que possa vir a trazer problemas futuros, de tal modo que comprometa a
margem de lucro esperada. Também se deve montar um cronograma para atendimento
das datas de início e fim, fixadas pelo proprietário.
Viabilidade econômica
O preço deverá ser maior do que o custo, e as receitas, ou entradas, deverão ser maiores
que os gastos, ou saídas.Quando a decisão de investir está baseada apenas na análise
comparativa da quantidade de recursos entrantes e de saídas referentes ao custeio do
empreendimento, resultando em um lucro, trata-se de viabilização econômica.
Viabilidade financeira
A grande maioria dos negócios de construção civil exige o investimento de capital.
Embora o preço seja, via de regra, superior aos custos, a receita entra no caixa bem
depois da necessidade de pagamentos de despesas. Contratos de prestação de serviços
de construção civil por empreitada e incorporações imobiliárias quase sempre exigem
que se coloque antecipadamente uma quantidade de recursos para alavancar a sua
produção. quando a decisão de investir está baseada na disponibilização de recursos,
com objetivo de se obter o equilíbrio das entradas e saídas, levando-se em conta os
saldos a cada momento (fluxo de caixa), trata-se de viabilização financeira .
Entretanto, não deve, uma análise prévia de viabilidade, se restringir a uma análise
econômico-financeira, pois esta não leva em consideração fatores não quantificáveis
que influenciam na qualidade dos indicadores do resultado final do negócio.
Orçamentação de obras
Os orçamentos têm finalidades diversas e, por isso mesmo, suas características são
diversificadas, dependendo do fim a que se propõem. Os casos mais comuns de
necessidade de orçamentos acontecem primeiro na fase de planejamento da obra, antes
de se ter os projetos definitivos. É o caso dos estudos de viabilidade técnico-econômica,
quando dos estudos preliminares ou projetos básicos, para análise da legislação de uso
dos solos, para estudo prévio de comercialização de obras e outros casos.
Por basear-se em previsões, todo orçamento é aproximado, por mais que todas as
variáveis sejam ponderadas, há sempre uma estimativa associada. O orçamento não
precisa ser exato, porém tem que ser preciso. A aproximação de um orçamento está
embutida, por exemplo, na produtividade adotada para as equipes de trabalhadores, nas
variações de preços dos insumos, no percentual adotado de perdas e desperdício de
materiais, na produtividade de equipamentos,imprevistos, entre outros fatores.
O orçamento não se resume à definição do custo da obra, ele tem uma abrangência
muito maior, servindo de subsídio para outras aplicações, tais como:
Tipos de Orçamentos
O orçamento pode ser definido de acordo com seu grau de precisão e do conteúdo dos
dados do projeto em questão:
Normalmente esse tipo de orçamento é elaborado a partir dos índices sobre o custo
unitário do metro quadrado de construção, obtidos através de revistas técnicas. Estes
índices são obtidos através de revistas técnicas especializadas, por empresas de
consultoria, por experiências de empreendimentos executados anteriormente ou através
dos sindicatos estaduais da construção civil.
A margem de erro nestes casos pode chegar a mais ou menos quarenta por cento, -
margem considerada alta – sendo estas diferenças induzidas pela falta de informação.
2. Orçamento Preliminar
A elaboração do orçamento preliminar tem como objetivo detalhar os quantitativos e
custos dos serviços de construção, embora nem todos os projetos e informações estejam
completos.
3. Orçamento Detalhado
Esse tipo de orçamento busca detalhar os quantitativos e custos de todos os serviços da
construção civil com alto nível de precisão e baixo grau de imprevistos.
Para este tipo de orçamento é necessário que tenhamos informações completas sobre o
empreendimento.
A elaboração deste orçamento se dá com base no levantamento das quantidades e na
obtenção dos preços unitários de construção. A margem de erro nestes casos pode
chegar a mais ou menos dez por cento.
A adequada determinação dos preços de venda cada vez mais é questão fundamental
para sobrevivência e crescimento das empresas, independentemente do porte ou área de
atuação. Contudo, na prática é comum observar companhias que não têm uma acurada
noção de rentabilidade proporcionada por seus produtos e serviços, bem como das
necessidades quanto aos volumes de venda para atingir os respectivos equilíbrios
operacionais.
Entende-se que, o preço de venda é o valor que a empresa cobra de seus clientes em
uma transação comercial, valor que será suficiente para que a empresa cubra todos os
gastos que foram necessários para colocar o produto à disposição do mercado, incluindo
o lucro desejado.
Explica Wernke (2006) que, a primeira informação que a empresa deve conhecer é o
custo da compra, que trata do custo de aquisição das mercadorias destinadas à venda,
deduzindo-se o valor dos impostos creditáveis, caso a empresa esteja enquadrada no
lucro real, que serão compensados com os valores dos impostos da venda.
Calculando-se o preço de venda a partir dos custos, pode-se chegar a um preço de venda
incompatível com o mercado e, portanto, sem condições de competir com a
concorrência. Assim, sugere-se que nas condições atuais analise-se a situação dos custos
e despesas da empresa frente aos preços de mercado, calculando a margem de
contribuição e o faturamento de equilíbrio.
Toda empresa tem como objetivo o lucro, sendo assim, é necessário incorporar ao preço
de venda um percentual que a empresa considere adequado e necessário aos seus
objetivos.
Custos diretos.
O custo direto total da obra é obtido pelo somatório do produto “quantitativo x custo
unitário” de cada um dos serviços necessários para a execução do empreendimento.
É importante destacar que tanto os quantitativos quanto os custos unitários devem ser
calculados de forma bastante precisa, pois a superestimativa de um e/ou outro pode
elevar o custo total orçado, tornando-o incompatível com os praticados no mercado.
Todos os equipamentos têm um rendimento e um ciclo ótimos que podem ser utilizados
como base para fazer uma estimativa antecipada da produtividade. Além disso, deve-se
levar em conta na estimativa da produtividade a natureza da atividade a realizar, a
eficiência da máquina, a eficiência do operador e, no caso dos equipamentos de
escavação, o tipo de solo a ser escavado.
De acordo com o gráfico apresentado, pode-se ver que os valores de depreciação vão
diminuindo com o número de anos em que o equipamento é utilizado, enquanto o custo
dos reparos para mantê-lo em condições de utilização aumenta com o passar dos anos.
Depreciação
Corresponde à parcela referente à perda de valor do equipamento em decorrência de uso
ou obsolescência. A depreciação pode ser classificada em três tipos:
Estima-se, de acordo com a máquina, o valor mínimo (residual) de venda, após uso. Os
fabricantes também disponibilizam a vida útil em horas trabalhadas (ou anos).
Existem diversos métodos para avaliar a depreciação (método linear, método do saldo
devedor, método da soma dos anos). Normalmente se utiliza, pela simplicidade, o
método linear. É importante ter em mente que os custos horários de depreciação
dependerão da curva de depreciação considerada.
• Proteção contra ventos frios: O lado Sul da habitação deve ser reservado à
ambientes transitórios como banheiros, despensas, cozinhas e outros cômodos que
necessitem de poucas aberturas para o exterior. No Brasil, sobretudo na região Sul e
Sudeste, o vento frio vem predominantemente do sul, e devem-se prever proteções
como vegetação ou muros caso não se possa usar esta face para os ambientes já
citados. Com isto a necessidade de calefação é quase nula.
• Iluminação natural: Prefira áreas iluminadas naturalmente para minimizar o uso
de iluminação artificial.
• Lâmpadas adequadas: Opte por lâmpadas de baixo consumo e procure usar
iluminação localizada, colocando luz só onde seja de fato necessária.
• Eletrodomésticos de baixo consumo: Use os aparelhos mais eficientes que
puder e note que nem sempre os mais eficientes são necessariamente os mais
caros.
• Cuide do isolamento térmico: A idéia é manter uma temperatura constante
dentro do edifício. Para isso devem-se preferir materiais com baixo índice de
condutibilidade térmica e baixo teor de energia incorporada. E quanto à alvenaria, os
tijolos de barro maciço são uma boa opção.
• Caixilhos e vidros: Em termos de conservação de energia, preferência para
vidros são fabricados de forma a promover redução da transmissão térmica. Vidros
duplos são indicados para a conservação de energia, mas é conveniente usar
caixilhos com grelhas de ventilação, para facilitar a renovação do ar sem a
necessidade de exaustão mecânica.
– ACVE. Esta análise tem sido aceita por toda a comunidade internacional como a
única base legítima sobre a qual comparar materiais, tecnologias, componentes e
serviços utilizados ou prestados. As normas da família ISO 140001
, que propõem um padrão global de certificação de produtos e identificação de serviços
no segmento ambiental, já incorporam a ACVE, que considera:
Sendo o projeto o ponto de partida do ciclo de vida do edifício, espera-se que grande
parte das soluções minimizadoras de seus impactos parta dos seus planejadores.
Desde evitar a movimentação de terra sempre que possível, até o conhecimento da
topografia e do solo contribui para a criação de projetos integrados à natureza,
incorporando elementos da paisagem local e influenciando a forma da edificação.
As definições desta primeira fase de projeto acarretarão nas conseqüências das fases
seguintes, conforme descrito a seguir:
Arquitetura Bioclimática
BLOCO 3
Estruturas de Concreto Pré-moldado;
O uso de concreto pré-moldado em edificações está amplamente relacionado à uma
forma de construir econômica, durável, estruturalmente segura e com versatilidade
arquitetônica. A indústria de pré-fabricados está continuamente fazendo esforços para
atender as demandas da sociedade, como por exemplo: economia, eficiência,
desempenho técnico, segurança, condições favoráveis de trabalho e de
sustentabilidade.
Sistemas estruturais
Painéis pré-fabricados são utilizados para fechamentos internos e externos, para caixas
de elevadores, núcleos centrais, etc. Os sistemas de painéis pré-fabricados são muito
utilizados em construções residenciais, tanto para casas quanto para apartamentos. Essa
solução pode ser considerada como uma forma industrializada de paredes moldadas no
local, tijolos convencionais ou paredes de alvenaria. Os painéis pré-fabricados podem
ser portantes ou de fechamento. A superfície dos elementos é lisa nos dois
lados, e pronta para receber pintura ou papel de parede. Os sistemas de fechamento pré-
fabricados oferecem as vantagens de rapidez na construção, de acabamento liso, de
isolamento acústico e de resistência ao fogo. Sistemas modernos fazem parte das
chamadas técnicas de construções abertas, os quais significam que a arquitetura é livre
para criar o projeto de acordo com as exigências do cliente. A tendência é construir
espaços abertos livres entre as paredes portantes e usar divisórias leves para definir o
layout interno. Com essa técnica é possível mudar o projeto futuramente, sem maiores
custos.
Fachadas de concreto
Fachadas pré-fabricadas são adequadas para qualquer tipo de construção. Podem ser
executadas em diversas cores, além do concreto cinza, e podem ser projetadas como
elementos estruturais ou somente de fechamento. As fachadas que suportam carga têm
função dupla, decorativa e estrutural. Estas suportam as cargas verticais dos pavimentos
e dos painéis superiores. Os sistemas de fachadas com painéis estruturais constituem
uma solução econômica, uma vez que isto dispensa o uso de pilares nas bordas e as
vigas para apoio de pisos. Outra vantagem dos painéis estruturais o fato de que a
construção fica protegida internamente num estágio bastante inicial da obra.
a) capacidade portante para o vão· Sistemas de lajes com nervuras protendidas são
bastante apropriados para grandes vãos e cargas em construções industriais, armazéns,
centros de distribuição, etc.;
· Sistemas de lajes alveolares protendidas são apropriadas para grandes vãos com cargas
moderadas, para apartamentos, escritórios, estacionamentos etc.
· Sistemas de lajes com placas pré-moldadas são utilizadas para vãos menores com
cargasmoderadas, como por exemplo, residências, apartamentos, hotéis, etc.
· sistemas de lajes com vigotas pré-moldadas são principalmente utilizados para vãos e
cargas menores, principalmente para residências.
c) Peso Próprio
O peso próprio dos elementos para piso pode variar entre menos de 100 kg, como no
caso das lajes com vigotas, para algumas toneladas, como no caso dos painéis em duplo
T para grandes vãos. Assim, a escolha do sistema para piso depende das dimensões dos
vãos no projeto e da capacidade dos equipamentos de montagem que estão disponíveis
no mercado.
d) Isolamento acústico
A propriedade acústica é um critério muito importante na escolha do tipo de piso,
especialmente em construções residenciais. A capacidade de isolamento de ruídos
propagados no ar depende da massa dos painéis por m2. Assim, os pisos de concreto
podem facilmente atender aos requisitos mínimos de desempenho para isolamento de
ruídos com propagação atmosférica. Entretanto, a situação é diferente da transmissão
para ruídos causados por impactos, onde geralmente medidas adicionais devem ser
consideradas, por exemplo no caso de mezaninos suspensos, etc.
e) Resistência ao fogo
Normalmente, os pisos pré-moldados de concreto armado ou protendido conseguem
resistir ao fogo durante 60 a 120 minutos ou mais. Assim, todos os tipos de pavimentos
de concreto podem resistir até 60 minutos, sem nenhuma medida especial. Para uma
proteção de incêndio acima de 90 minutos é necessário aumentar o recobrimento de
concreto das armaduras.
Sistemas celulares
As unidades celulares são algumas vezes utilizadas para algumas partes das construções,
como por exemplo para os banheiros, cozinhas, garagens, etc. Esse sistema é vantajoso
pois é rápido, a fabricação é industrializada até o término, e os equipamentos celulares
podem ser montados completamente na fábrica. Entretanto, estes sistemas apresentam
maiores dificuldades para transporte e menor flexibilidade arquitetônica.
Residências e apartamentos
Residências e edifícios de apartamentos pré-fabricados são geralmente projetados com
sistemasestruturais com painéis, onde uma parte dos painéis são estruturais e outra parte
possui apenas função de fechamento. Esses sistemas são muito utilizados nos países do
Norte Europeu. As fachadas são executadas com painéis sanduíches, com uma camada
interna estrutural, com uma camada intermediária de isolamento entre 50 a 150 mm de
espessura e com uma camada externa não portante de concreto arquitetônico.
A solução mais simples para pisos é utilizar as lajes com vigotas pré-moldadas. Os
elementos são leves e fáceis de serem montados, a superfície inferior da laje é áspera e
necessita de reboco. O escoramento durante a execução depende do tipo da vigota.
Qualquer layout para o pavimento pode ser conseguido, onde a modulação não é sempre
necessária, mas desejável. Esse tipo de piso é bastante empregado no Brasil e em outros
países onde o custo da mão-de-obra é baixo na construção civil.
A tendência atual para edifícios de escritórios é criar grandes espaços internos com os
vãos dos pisos de até 18 a 20 m. Quando a largura total do edifício se encontra dentro
dessas dimensões, a solução mais apropriada é utilizar paredes estruturais nas fachadas,
onde os elementos de piso estão apoiados diretamente nos elementos de fachada. Para
pavimentos muito largos, o mesmo sistema é completado por uma ou mais linhas de
vigas e pilares internos. Os núcleos de contraventamento são executados com
painéis pré-moldados.As lajes alveolares protendidas compõe o sistema para piso mais
apropriado para edifícios de escritório, devido à sua grande capacidade de alcançar
grandes vãos e por permitir pisos com menores espessuras nos pavimentos. É uma
prática comum empregar um elemento de laje alveolar com 400 mm de espessura para
um vão de 17 m para uma sobrecarga de 5 kN/m2. Elementos de laje com 500 mm de
espessura permitem vãos de 21 m para a mesma sobrecarga, mas esse tipo de elemento
ainda não está disponível no mercado em qualquer lugar. A redução da altura da
construção é na verdade um parâmetro muito importante para edfícios de escritórios,
especialmente em áreas urbanas.
Para vãos menores, com até 6 m, sistemas mistos com elementos de placa também são
empregados.
Estruturas de Concreto Protendido;
Definição de protensão
A protensão pode ser definida como o artifício de introduzir, numa estrutura, um estado
prévio de tensões, de modo a melhorar sua resistência ou seu comportamento, sob ação
de diversas solicitações.
Protensão aplicada ao concreto
O artifício de protensão tem uma importância particular no caso do concreto, pelas
seguintes razões:
O concreto é um dos materiais de construção mais importantes. Os ingredientes
necessários à confecção do concreto (cimento, areia, pedra e água) são disponíveis a
baixo custo em todas as regiões habitadas da Terra.
O concreto tem boa resistência à compressão. Resistências da ordem de 200Kgf/cm2
(20MPa) a 500Kgf/cm2 (50MPa) são utilizadas nas obras.
O concreto tem pequena resistência à tração, da ordem de 10% de resistência à
compressão. Além de pequena, a resistência à tração do concreto é pouco confiável. De
fato, quando o concreto não é bem executado, a retração do mesmo pode provocar
fissuras, que eliminam a resistência à tração do concreto, antes mesmo de atuar qualquer
solicitação. Devido a essa natureza aleatória da resistência a tração do concreto, ela é
geralmente desprezada nos cálculos.
Sendo o concreto um material de propriedades tão diferentes a compressão e a tração, o
seu comportamento pode ser melhorado aplicando-se compressão prévia (isto é,
protensão) nas regiões onde as solicitações produzem tensões de tração.
A utilização de aços de elevada resistência, como armaduras de concreto armado, fica
limitada pela fissuração do concreto. De fato, como os diferentes tipos de aço têm
aproximadamente o mesmo módulo de elasticidade, o emprego de aços com tensões de
tração elevadas implica grande alongamento dos mesmos, o que, por sua vez, ocasiona
fissuras muito abertas. A abertura exagerada das fissuras reduz a proteção das
armaduras contra corrosão, e é indesejável esteticamente.
O artifício da protensão, aplicado ao concreto, consiste em introduzir na viga esforços
prévios que reduzam ou anulem as tensões de tração no concreto sob ação das
solicitações em serviço. Nessas condições minimiza-se a importância da fissuração
como condição determinante de dimensionamento da viga.
A protensão do concreto é realizada, na prática, por meio de cabos de aço de alta
resistência, tracionados e ancorados no próprio concreto. O artifício da protensão
desloca a faixa de trabalho do concreto para o âmbito das compressões, onde o material
é mais eficiente. Com a protensão, aplicam-se tensões de compressão nas partes da
seção tracionadas pelas solicitações dos carregamentos. Desse modo, pela manipulação
das tensões internas, pode-se obter a contribuição da área total da seção da viga para a
inércia da mesma.
Sob ação de cargas, uma viga protendida sofre flexão, alterando-se as tensões de
compressão aplicadas previamente. Quando a carga é retirada, a viga volta à sua posição
original e as tensões prévias são restabelecidas.
Se as tensões de tração provocadas pelas cargas forem inferiores às tensões prévias de
compressão, a seção continuará comprimida, não sofrendo fissuração.
Sob ação de cargas mais elevadas, as tensões de tração ultrapassam as tensões prévias,
de modo que o concreto fica tracionado e fissura. Retirando-se a carga, a protensão
provoca o fechamento das fissuras.
Sentido econômico de concreto protendido
As resistências de concreto, utilizadas em concreto protendido, são duas a três vezes
maiores que as utilizadas em concreto armado. Os aços utilizados nos cabos de
protensão têm resistência três a cinco vezes superiores às dos aços usuais do concreto
armado.
O sentido econômico do concreto protendido consiste no fato de que os aumentos
percentuais de preço são muito inferiores aos acréscimos de resistência utilizáveis, tanto
para o concreto como para o aço de protensão.
Vantagens técnicas do concreto protendido
Em relação ao concreto armado, o concreto protendido apresenta as seguintes
vantagens:
Reduz as tensões de tração provocadas pela flexão e pelos esforços cortantes.
Reduz a incidência de fissuras.
Reduz as quantidades necessárias de concreto e de aço, devido ao emprego eficiente de
materiais de maior resistência.
Permite vencer vãos maiores que o concreto armado convencional; para o mesmo vão,
permite reduzir a altura necessária da viga.
Facilita o emprego generalizado de pré-moldagem, uma vez que a protensão elimina a
fissuração durante o transporte das peças.
Durante a operação de protensão, o concreto e o aço são submetidos a tensões em geral
superiores às que poderão ocorrer na viga sujeita às cargas de serviço. A operação de
protensão constituído, neste caso, uma espécie de prova de carga da viga.
Uma das vantagens mais importantes do concreto protendido é a da alínea d acima. Para
ilustrá-la pode-se criar o fato de que as pontes com vigas retas de concreto armado têm
seu vão livre limitado a 30m ou 40m, enquanto as pontes com vigas protendidas já
atingiram vãos de 250m.
Pontes e Obras de Arte Correntes;
PONTES
As estruturas mistas podem ser constituídas, de um modo geral, de concreto-madeira,
concreto-aço ou aço-madeira. Um sistema de ligação entre os dois materiais deve ser
utilizado para assegurar a transferência de esforços de cisalhamento horizontal, e
também evitar o desprendimento vertical dos dois materiais. Esse sistema pode ser do
tipo rígido ou semi-rígido (flexível).
No caso da ligação rígida, a qual pode ser obtida, por exemplo, pela aplicação de um
adesivo epóxi na superfície de contato entre os dois materiais, os pequenos
deslocamentos entre as peças são impedidos. Já o outro sistema pode ser obtido por
conectores metálicos, como pregos e parafusos. O uso dos conectores metálicos
representa grande facilidade de execução da ligação dos dois materiais e é mais
econômico que o emprego de um adesivo epóxi.
O elemento de concreto que compõe a seção mista assegura a proteção da madeira
contra a ação direta da umidade e a abrasão. A importância do sistema de ligação
consiste no aumento da rigidez da seção, implicando num menor deslocamento vertical
e maior capacidade de carregamento da estrutura, em relação à estrutura somente de
madeira.
A indicação da madeira para se compor uma seção mista deve-se ao fato desse
material ser um recurso natural e renovável, possibilitando assim a aplicação de
espécies de reflorestamento, tais como o eucalipto e o pinus. A madeira pode ser
utilizada com seções brutas (toras), serradas e também seções de laminados colados.
Outra vantagem consiste no fato da madeira ser um material de fácil trabalhabilidade.
As estruturas mistas em concreto-madeira são indicadas para diversas aplicações
constituindo sistemas de forro, paredes e pisos para diversas modalidades de construção,
tais como residências, comércios e indústrias. Recentemente, na Itália, esse tipo de
estrutura tem sido empregada para restaurações de piso e forros de construções antigas.
Atualmente, elementos pré-moldados em concreto-madeira são produzidos em escala
industrial por diversos países, como Suécia, Noruega e Finlândia.
A importância das aplicações de estruturas mistas em pontes
As pontes em madeira representam uma solução menos onerosa que as pontes em
concreto. No entanto, a durabilidade da madeira nas construções quando aplicada sem
um tratamento prévio e estando exposta aos fatores ambientais (umidade, oxigênio e
temperatura) permitem o ataque biológico, e conseqüente redução da vida útil da
estrutura. A utilização de uma laje de concreto sobre as peças de madeira da
superestrutura pode prolongar em até três vezes a vida útil daquelas pontes. Todavia, é
sempre recomendável o tratamento preservante da madeira contra ataques de insetos e
microorganismos, principalmente das madeiras de reflorestamento como o eucalipto e o
pinus. As estruturas mistas em concreto-madeira representam uma solução viável na
execução de pontes de pequenos vãos tanto nas vias rurais quanto nas vias urbanas, o
que as torna um sistema construtivo de uso comum nos EUA, Canadá, Suíça e
Austrália.
Principais problemas detectados em pontes de madeira
Como resultado de uma inspeção realizada em algumas pontes de madeira de
pequeno porte na área rural e pinguelas urbanas, foram levantados problemas que
comprometem a utilização dessas estruturas. Tais problemas estão basicamente
relacionados à biodeterioração da madeira, caracterizada pelo apodrecimento dos
elementos estruturais. Tanto nas pontes quanto nas pinguelas aqui abordadas,
geralmente, foram utilizadas como longarinas, em suas superestruturas, seções de
madeira bruta (toras) não tratada. Os tabuleiros foram executados com peças de madeira
serradas (pranchas), dispostas na direção perpendicular às longarinas, ou ainda na
direção paralela às longarinas quando apoiadas sobre transversinas.
Pequenas pontes para pedestres (pinguelas)
As peças de madeira do guarda-corpo dessas estruturas, em grau de suscetibilidade,
geralmente são as primeiras a apresentar problemas de apodrecimento em razão das
pequenas dimensões de suas seções transversais, e também devido à exposição direta
das ligações com a superestrutura, fatores ambientais que propiciam o ataque por
fungos.
Nos pilares de madeira não tratada e engastados diretamente no solo, mais
especificamente na região de interface de contato com o ar, verifica-se uma drástica
redução de suas seções transversais devido ao apodrecimento da madeira.
As pranchas que constituem o piso dessas pinguelas, devido à abrasão e ao
intemperismo, também alcançam num curto tempo de uso um estado precário de
conservação. A existência de frestas no tabuleiro permite a livre passagem de água de
chuva, que alcança tanto as transversinas quanto as longarinas, ficando parte dela retida
nas regiões de contato das peças, favorecendo assim a proliferação de fungos de
podridão.
Pontes de madeira em estradas rurais
Neste tipo de construção, o tabuleiro geralmente é executado sem um sistema capaz
de proteger a madeira das ações de intempéries e/ou mecânicas. Sobre as pranchas do
tabuleiro, em geral é utilizada apenas uma camada de solo, a qual visa a sua proteção
contra o desgaste e também para reduzir os efeitos do impacto vertical sobre a ponte.
A camada de solo permite a percolação de água que alcança o tabuleiro e também as
demais peças da superestrutura da ponte. A umidade retida no solo e na madeira é o
principal fator do processo de apodrecimento das pranchas do tabuleiro e das
longarinas, e também acarreta a oxidação dos elementos metálicos utilizados nas
ligações das peças de madeira.
Problemas nas galerias de córregos e canais
Nos córregos e canais, tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais, são muito utilizadas
as galerias com tubos de concreto, as quais representam uma solução simples e
econômica em relação às pontes em concreto armado. Porém, esse tipo de construção é
capaz de acarretar grandes problemas, principalmente nos períodos de chuva intensa.
A deposição de lixo e vegetações na entrada da galeria podem acarretar a obstrução
total das seções dos tubos de concreto, ocasionando assim inundações das áreas a
montante desse tipo de construção.
O expressivo acúmulo de água pode gerar um processo de erosão do paramento tanto
do canal quanto da galeria, bem como o deslizamento da vegetação de proteção do
talude. A saturação do aterro da estrada pode, além de desestabilizar sua base sobre o
canal, também danificar o pavimento da via, ou ainda a destruição e o arrastamento do
conjunto de obra: aterro, arrimo, tubos de concreto e pavimento.
Uma breve abordagem sobre o dimensionamento
Até o presente não existe no Brasil uma norma específica para o dimensionamento
das estruturas mistas em concreto-madeira. Dessa maneira, o projetista deve nortear-se
mediante indicações de normas internacionais para cada um dos materiais que
constituem a seção do elemento estrutural.
A homogeneização da seção transversal é usual através do método da seção
transformada. Nesse procedimento, determina-se a razão modular (nc), a qual representa
uma relação entre o módulo de deformação longitudinal do concreto (Ec)e o módulo de
elasticidade da madeira (Ew).
nc = Ec/Ew
Na verificação dos estados limites de utilização e último da estrutura (tensões
normais e tangenciais, deslocamentos verticais e ligação), quando utilizado um sistema
de ligação flexível, deve-se considerar o efeito de redução da rigidez da seção. O
parâmetro que quantifica quão flexível é o sistema de conexão, denominado de módulo
de deslizamento, deve ser obtido por ensaios de corpos-de-prova.
Através das indicações da norma alemã DIN (Deutsche Institute für Normung)
1052/73 e homogeneizando a seção transversal constituída por concreto (Ac) e madeira
(Aw), a inércia efetiva é determinada por:
Ief = Iw + ncIc + 1/(1 + k).(ncAcac2 + Awaw2)
O coeficiente k da expressão anterior é função das propriedades geométricas e
elásticas dos materiais, comprimento do elemento estrutural (l) e do espaçamento dos
conectores (s):
k = (p2s/l2K).(EcAcEwAw/EcAc + EwAw)
As distâncias ac e aw representadas na fig. 2 são obtidas, respectivamente, por:
ac = y - (hc/2)
aw = hc + (hw/2) - y
As tensões normais de flexão para o concreto na borda superior e no baricentro da
laje, considerando-se o momento de inércia efetivo e a razão modular, são obtidas
conforme as expressões:
sw2 = (M/Ief).[(aw/1 + k) + (hw/2)]
swm = (M/Ief).(aw/1 + k)
No caso da madeira, as tensões normais na fibra mais tracionada e no baricentro da
alma são calculadas, respectivamente, por:
sc1 = nc (M/Ief).[(ac/1 + k) + (hc/2)]
scm = nc (M/Ief).(ac/1 + k)
O número de conectores (N) a ser empregado na estrutura é determinado pela razão
entre o fluxo e o cisalhamento horizontal (f) e a força admissível pelo conector (F):
N > Ø/F
O fluxo de cisalhamento é proporcional ao momento estático da seção em concreto
(Sc) e à força cortante (V):
Ø = (V *Sc)/[Ief (1 +k)]
Na verificação dos deslocamentos verticais utiliza-se das expressões da resistência
dos materiais, empregando para tanto o momento de inércia efetivo (Ief). Ao projetista
cabe cuidar de detalhes que irão assegurar à estrutura uma vida útil prolongada. É de
fundamental importância impedir a presença de água tanto na madeira quanto no
sistema de ligação, o que pode ser evitado através de pingadeiras e dispositivos de
proteção. Com relação ao concreto, é inadmissível a presença de fissuras ou fendas, o
que comprometeria o comportamento da estrutura mista.
A estrutura mista como solução para os casos apresentados
Conhecidos os reais problemas relacionados à exposição da madeira às intempéries,
busca-se então, indicar a aplicação de estruturas mistas na execução de pontes,
passarelas e pinguelas, bem como nas restaurações daquelas construções em madeira
parcialmente deterioradas que ainda se encontram em condições de utilização. Neste
contexto, diversas pontes em madeira foram reformadas na Austrália, por exemplo, as
quais, após receberem uma laje de concreto sobre seus tabuleiros, possuem uma maior
capacidade de carregamento e é assegurada uma maior vida útil a essas estruturas.
A utilização de uma laje de concreto como tabuleiro de pontes e pinguelas representa
uma solução para proteção contra a biodeterioração da madeira. Se, por um lado, o
emprego da laje em concreto representa um aumento do peso próprio da estrutura da
ponte existente, por outro lado, ao utilizar-se de um sistema de conexão entre a madeira
e o concreto, obtém-se uma superestrutura com seções mais rígidas de maior capacidade
de carga.
Em pinguelas, torna-se possível a eliminação de pilares, necessitando-se então de
apenas encontros que são executados fora da calha do canal.
Para as estradas, sobre canais, o emprego de estruturas mistas em concreto-madeira
representa uma forma de simples execução, e sem dúvida mais econômica que as
pequenas pontes em concreto armado. Em relação ao sistema de galerias
convencionalmente executado com tubos de concreto, pode-se destacar a vantagem da
seção transversal do canal permanecer totalmente livre para o escoamento d'água,
evitando-se assim os riscos expostos anteriormente.
Enfim, tendo em vista o grande número de pontes de madeira, principalmente nas
áreas rurais, e passarelas nas áreas urbanas, e conhecido o estado de degradação do
material quando exposto diretamente às intempéries, abre-se, deste modo, um grande
potencial para a aplicação de estruturas mistas em concreto-madeira.
Segurança e Manutenção de Edificações;
A manutenção de edificações é um tema cuja importância tem crescido no setor da
construção civil, superando, gradualmente, a cultura de se pensar o processo de
construção limitado até o momento quando a edificação é entregue e entra em uso.
As edificações são suporte físico para a realização direta ou indireta de todas atividades
produtivas, e possuem portanto, um valor social fundamental.
Todavia, as edificações apresentam uma característica que as diferencia de outros
produtos: elas são construídas para atender seus usuários durante muitos anos, e ao
longo deste tempo de serviço devem apresentar condições adequadas ao uso que se
destinam, resistindo aos agentes ambientais e de uso que alteram suas propriedades
técnicas iniciais.
É inviável sob o ponto de vista econômico e inaceitável sob o ponto de vista ambiental
considerar as edificações como produtos descartáveis, passíveis da simples substituição
por novas construções quando os requisitos de desempenho atingem níveis inferiores
àqueles exigidos pelas normas ABNT NBR 15575.
3 Definições
Para os efeitos desta Norma aplicam-se as seguintes definições, e as constantes da
ABNT NBR 14037 e ABNT NBR 15575-1:
3.1 Edificação
Produto constituído pelo conjunto de sistemas, elementos ou componentes estabelecidos
e integrados em conformidade com os princípios e técnicas da engenharia e da
arquitetura
3.5 Verificação
Constatação de determinado fato e condição relativa a um objeto, realizada por
profissional capacitado ou habilitado.
NOTAS
Em função da magnitude ou complexidade do fato e condições constatados a verificação
pode evoluir para um estudo mais aprofundado.
3.6 Urgência
Velocidade com a qual o serviço deve ser resolvido
3.7 Gravidade
Indicador do grau de interrupção de não dispor do serviço
4.3.3 O programa deve pelo menos conter uma sistematização ou estrutura que
contemple:
a) designação do sistema, e quando aplicável aos elementos e componentes;
b) descrição da atividade;
d) periodicidade em função de cada sistema, e quando aplicável aos elementos e
componentes;
e) identificação do responsável;
d) documentação referencial e formas de comprovação; e
e) custo.
4.3.4 A periodicidade é variável em função de cada sistema, e quando aplicável aos
elementos e componentes.
O Anexo A contém modelo de indicações de séries temporais para a periodicidade.
4.3.5 Esta Norma apresenta modelos de sistematização das atividades de manutenção a
serem realizadas, e que são normalmente citadas no Manual do Proprietário e no
Manual das Áreas Comuns entregues ao proprietário, atendendo à ABNT NBR 14037.
4.3.6 Os modelos descritos em 4.3.4 devem ser adaptados para cada edificação.
4.3 7 O Anexo A desta Norma apresenta exemplos de modelos – não restritivos – para a
elaboração do programa de manutenção preventiva, a saber:
a) em A.2.1 Periodicidade das verificações para o primeiro ano;
b) em A.2.2 Periodicidades das verificações bi-anual, trienal e qüinqüenal:
c) em A.2.3 Periodicidades a serem estabelecidas conforme o empreendimento,
e especificada pelo fabricante do sistema ou do sub-sistema.
6.1.2 A contratação de serviços de terceiros pode ser feita com base em:
a) preço fixo para determinado serviço claramente discriminado;
b) preço unitário, em que a empresa contratada recebe pelos serviços
efetivamente realizados, tendo como base um preço unitário previamente
pactuado;
c) contrato global por período determinado, com preço previamente
estabelecido, em que o contratado assume a responsabilidade pela manutenção
de uma edificação ou equipamento em funcionamento;
d) por administração, onde a empresa contratada é ressarcida das despesas de
mão-de-obra, materiais e equipamentos necessários para a realização dos
serviços de manutenção e remunerada por uma porcentagem sobre o total das
despesas realizadas.
6.1.3 Para a avaliação das propostas deve-se observar:
a) qualificação da empresa ou profissional em termos de capacidade técnica,
recursos humanos e equipamentos necessários ao desenvolvimento dos serviços;
b) experiência da empresa ou profissional na área, incluindo a menção de outros
serviços em andamento ou já concluídos;
c) referencias formais de outros clientes;
d) proposta técnica apresentada, incluindo atendimento a esta Norma;
e) preço, prazo para a execução, condições de pagamento, cronograma físico-
financeiro com base no contrato; e
f) habilitação jurídica, regularidade fiscal, idoneidade e capacidade financeira da
empresa ou profissional, avaliada em relação ao porte de serviço contratado
7.2 Registros
Devem ser mantidos legíveis e disponíveis para prover evidências da efetiva
implementação do programa de manutenção, do planejamento, das verificações e da
efetiva comprovação da realização das manutenções.
Recomenda-se que para cada registro haja local em que deve constar:
a) sua identificação;
b) as funções responsáveis pela coleta dos dados que compõe o registro;
c) estabelecimento da forma de arquivamento do registro;
d) estabelecimento do período de tempo pelo qual o registro deve ficar
armazenado assegurando sua integridade;
As atas das reuniões de condomínio devem ser consideradas como registros que
evidenciam toda sorte de eventos referentes ao sistema da gestão da manutenção
Manual de Operação,
Uso e Manutenção
Planejamento
Programa da
da Arquivo
Manutenção
Manutenção
Propostas Mapa de
Contratos
Técnicas Cotação
Registros de
Controles
Diário de Obra
da
Arquivo Execução
Relatórios de
Inspeção
7.4 Arquivo
Toda a documentação dos serviços de manutenção executados deve ser arquivada como
parte integrante do manual de operação, uso e manutenção da edificação, ficando sob a
guarda do proprietário, síndico e/ou da administradora do condomínio.
8 Incumbências ou encargos
8.1 O proprietário de uma edificação, o síndico, a administradora e a empresa
responsável pela sua manutenção, devem atender a esta Norma, às normas técnicas
aplicáveis e ao manual de operação, uso e manutenção da edificação.
A.2 Modelos
A.2.1 Periodicidade mínima das verificações para o primeiro ano
a cada semana
Equipe de
Manutenção
Equipament Sauna Úmida Fazer a drenagem de Local
os água no equipamento
industrializa
dos
Verificar nível de
óleo, entradas e saídas
Equipament Grupo de ventilação Equipe de
os Gerador desobstruídas, local Manutenção
industrializa isolado, sempre após Local
dos o uso do equipamento
a cada 15 dias
Iluminação de
emergência
Equipament Efetuar teste de Equipe de
os funcionamento dos Manutenção
industrializa sistemas por quinze Local
dos minutos
a cada mês
/ continua
continuação
a cada mês
a cada 2 meses
a cada 3 meses
a cada 4 meses
/ continua
continuação
a cada 6 meses
Elemento/ Periodicid
Sistema Atividade Responsável
Componente ade
a cada ano
continuação
a cada ano
\continua
continuação
a cada 2 anos
a cada 3 anos
\continua
continuação
a cada 5 anos
Anexo B
(normativo)
B.1 Objeto
Este Anexo apresenta uma lista dos registros que devem estar disponíveis no
condomínio constituindo evidências de que as atividades de manutenção foram levadas
a efeito.
Gerais
Sistemas eletromecânicos
Atestado SPDA
Circuito Fechado de TV
Antena Coletiva
Grupo Gerador
Equipamentos em geral
Relação de equipamentos
Sistemas de segurança
Banheira de Hidromassagem
Deck de madeira
Forros de gesso
Revestimentos especiais
(fórmica, pisos elevados,
materiais compostos de
alumímio)
Forros Madeira
Esquadrias
Alumínio
Vidros
Lazer
Jardim
Play ground
Quadra Poliesportiva
SPA
Desratização e
desinsetização
Pintura e impermeabilização
Pintura / verniz
Verificações com
(internamente e/ou
externamente) registro no Livro de Manutenção ou em formulários
específicos
Impermeabilização
Anexo C
(informativo)
C.1 Introdução
Este Anexo apresenta exemplos de modelo - não restritivos – para as verificações e seus
registros
Sistema Responsável
Data da
Atividade pela Prazo Custos
Subsistema realização
atividade
Condomínio
Endereço
Equipamento
Hora início
Hora término
Data
Data próxima
verificação
Responsável do condomínio
C.3.2 Manutenção Preventiva da Central de Alarme
Segue um modelo possível
Condomínio
Endereço
Equipamento
Hora início
Hora término
Data
Data próxima
verificação
Responsável do condomínio
C.4 Modelos de lista de verificações para um equipamento
C.4.1 Manutenção Preventiva das Bombas
Segue um modelo possível
Condomínio
Endereço
Equipamento Bombas 01 a 04
Elétrica
Testes de alarmes
Mecânica / Hidráulica
01 02 03 04
Verificação da tubulação
(vazamento+oxidalão+conservação)
Hora início
Hora término
Data
Data próxima
verificação
Responsável do condomínio
-------------------------------------------------
Gestão da Qualidade na Construção Civil;
As palavras “qualidade” e “produtividade” invadem o cenário da construção civil, que
começa a enxergar os benefícios diretos da gestão dentro e fora dos canteiros de obra. O
uso de materiais de construção de última geração e o monitoramento de todas as etapas
da obra são algumas estratégias que estão sendo adotadas pelas principais empresas que
compõem o mercado da construção.
“No ramo da construção civil, qualidade é coisa séria.” Esse é o lema que Walter
Segond de Vasconcelos, gestor da Qualidade da Emplavi, adota no seu dia-a-dia de
trabalho. Na construtora, que atua 24 anos no Distrito Federal, não há espaço para erros.
“Todas as etapas da obra são medidas e monitoradas.
Avaliamos os indicadores de desempenho e procuramos sempre melhorar. Além disso,
torna-se necessário não só acompanhar detalhadamente cada etapa da obra, como
também se manter atualizado em relação aos materiais utilizados e se preocupar em
qualificar a mão-de-obra necessária para cada tipo de serviço”, reforça Vasconcelos.
No mesmo caminho da Emplavi estão outras quase 3000 construtoras que atualmente
passam pelo processo de avaliação de conformidade no PBQP-H. Desse total, mais de
duas mil já foram auditadas por organismos certificadores credenciados. Isso demonstra
o alto grau de aceitação e a credibilidade que o Programa conquistou no segmento de
obras e serviços de construção. Nos setores privado e público, a adesão de construtoras
ao Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da
Construção Civil (SiAC/PBQP-H) está se consolidando como fator de diferenciação no
mercado.
Mas ainda existem grandes desafios a serem superados quando o assunto é qualidade.
Melhorar a relação com clientes e saber avaliar o grau de satisfação em relação aos
serviços prestados são alguns dos desafios apontados pela Coordenadora Geral do
PBQP-H, Maria Salette. Segundo a coordenadora, essas preocupações refletem
diretamente no processo de construção de edificações. “No que diz respeito à área de
projetos, certamente, novas atribuições profissionais deverão ser demandadas, tais
como: correção e prevenção de defeitos, recuperação de patrimônio histórico,
regularização técnica de edificações e sítios urbanos, bem como a gestão da operação e
manutenção do ambiente construído; com isto alguns projetistas passarão a ser
diretamente vinculados aos fabricantes de subsistemas”, explica Salette.
Já no que dizem respeito às construtoras, para Salette estas deverão assumir um papel de
coordenação geral do processo, com forte tendência de sub-contratação, que, em alguns
casos, passará a incluir materiais e mão de obra. “As micro e pequenas empresas
fornecedoras de serviços sub-contratados desempenharão um papel técnico e econômico
cada vez mais importante no setor”, ressalta.
Um bom exemplo
Hidrologia aplicada;
A movimentação da água de um meio para outro na Terra . A essa circulação da água
se dá o nome de ciclo hidrológico.
- precipitação
- escoamento superficial
- infiltração
- evaporação
- transpiração
Precipitação
- aumento do tamanho das gotículas por coalizão e aderência até que seja grande o
suficiente para formar a precipitação.
Figura 1 – Ciclo hidrológico
Escoamento superficial
A precipitação que atinge a superfície da Terra tem dois caminhos onde seguir:
escoar na superfície ou infiltrar no solo. O escoamento superficial é responsável pelo
deslocamento da água sobre o solo, formando córregos, lagos, rios e eventualmente
atingindo o mar. A quantidade de água que escoa depende dos seguintes fatores
principais:
- intensidade da chuva
Infiltração
A infiltração corresponde à água que atinge o solo, formando os lençóis d’água. A água
subterrânea é grandemente responsável pela alimentação dos corpos d’água superficiais,
principalmente nos períodos secos. Um solo coberto com vegetação (ou seja, com
menor impermeabilização advinda, por exemplo, da urbanização) é capaz de
desempenhar melhor, as seguintes importantes funções:
Evapotranspiração
A transferência da água para o meio atmosférico se dá através dos seguintes
principais mecanismos denominado evapotranspiração:
- Transpiração: as plantas retiram a água do solo pelas raízes. A água é transferida para
as folhas e então evapora. O mecanismo é importante, considerando-se que em uma área
coberta com vegetação a superfície de exposição das folhas para a evaporação é
bastante elevada.
e) Mananciais
Por manancial conceitua-se a fonte de abastecimento de água, que pode ser, por
exemplo, um rio, um lago, uma nascente ou poço, proveniente do lençol freático ou do
lençol profundo, Figuras 2 e 3.
Figura 3 – Lençol artesiano atingido por dois poços, um jorrante, porque perfurado num
ponto do terreno abaixo do nível piezométrico.
Obs:
2) Lençol artesiano é o que se situa entre duas camadas impermeáveis e cuja água
sofre pressão superior à atmosférica.
- água subterrâneas:
- mananciais protegidos;
- mananciais desprotegidos.
A água é encontrada em todos os corpos do sistema solar nas formas de vapor ou gelo.
A Terra porém, é o único que possui água no estado líquido e em abundância. Ela
representa um recurso natural de valor econômico, estratégico e social, além de ser um
dos elementos fundamentais para existência e bem estar do homem e componente
importantíssimo na manutenção dos ecossistemas do planeta.
Apesar de, aparentemente, a Terra dispor de uma enorme quantidade de água, quase
97% estão represadas nos mares e oceanos e cerca de 2% congeladas nas regiões
polares. Apenas 1% da água doce está efetivamente disponível para o consumo humano,
uso agrícola e industrial. Ela se encontra em córregos, rios e lagos constituindo os
recursos hídricos superficiais, assim como nos interstícios do solo e subsolo, formando
os recursos hídricos subterrâneos. Estes últimos representam cerca de 97% do total de
água doce existente no planeta Terra.
Ciclo da Água
A parte da água infiltrada é retida pelas raízes das plantas e acaba evaporando através da
capilaridade do solo ou através da transpiração desses vegetais; outra parte da água
move-se para as camadas mais profundas, por efeito da gravidade, até chegar à chamada
zona de saturação. Nessa região do subsolo todos os poros da formação sedimentar, as
fissuras das rochas, enfim os espaços vazios são preenchidos com água, constituindo
aquilo que se denomina de Água Subterrânea.
Ciclo da Água
Conservação da Água Subterrânea
A quantidade de água subterrânea que pode ser bombeada com segurança ano após ano,
depende da capacidade do reservatório natural e das condições climáticas e geológicas
que possibilitem a recuperação do aquífero.
A água existente num reservatório natural foi acumulada por anos, ou mesmo séculos.
Se a quantidade de água retirada através do poço for menor que a quantidade recuperada
através da infiltração, o bombeamento pode continuar indefinidamente, sem causar
qualquer efeito desastroso. Porém se o bombeamento for maior que a recarga, poderá
haver em longo prazo o esgotamento do aquífero.
Como todos os demais recursos, a água subterrânea deve ser conservada e utilizada
adequadamente, para assegurar uma disponibilidade no futuro. Por Isso o planejamento,
feito por técnicos especializados é sempre imprescindível.
Infiltração
A infiltração é o nome dado ao processo pelo qual a água atravessa a superfície do solo.
É um processo de grande importância prática, pois afeta diretamente o escoamento
superficial, que é o componente do ciclo hidrológico responsável pelos processos de
erosão e inundações.
Umidade inicial do solo: para um mesmo solo, a capacidade de infiltração será tanto
maior quanto mais seco estiver o solo inicialmente.
Carga hidráulica: quanto maior for a carga hidráulica, isto é a espessura da lâmina de
água sobre a superfície do solo, maior deverá ser a taxa de infiltração. Temperatura: a
velocidade de infiltração aumenta com a temperatura, devido à diminuição da
viscosidade da água.
Presença de fendas, rachaduras e canais biológicos originados por raízes decompostas
ou pela fauna do solo: estas formações atuam como caminhos preferenciais por onde a
água se movimenta com pouca resistência e, portanto, aumentam a capacidade de
infiltração.
Compactação do solo por máquinas e/ou por animais: o tráfego intensivo de máquinas
sobre a superfície do solo, produz uma camada compactada que reduz a capacidade de
infiltração do solo. Solos em áreas de pastagem também sofrem intensa compactação
pelos cascos dos animais.
Cobertura vegetal: O sistema radicular das plantas cria caminhos preferenciais para o
movimento da água no solo o que, consequentemente, aumenta a TI. A presença de
cobertura vegetal reduz ainda o impacto das gotas de chuva e promove o
estabelecimento de uma camada de matéria orgânica em decomposição que favorece a
atividade microbiana, de insetos e de animais o que contribui para formar caminhos
preferenciais para o movimento da água no solo. A cobertura vegetal também age no
sentido de reduzir a velocidade do escoamento superficial e, portanto, contribui para
aumentar o volume de água infiltrada.
b) vazão específica
Vazão por unidade de área da bacia hidrográfica; m3.s-1.km-2, L.s-1.km-2, L.s-1.ha-1.
É uma forma bem potente de expressar a capacidade de uma bacia em produzir
escoamento superficial e serve como elemento comparativo entre bacias.
É comum ter-se como dados que caracterizam uma bacia, as vazões máximas, médias,
mínimas, Q7-10, Q95%, em intervalos de tempo tais como hora, dia mês e ano.
Método do Hidrograma
Se a chuva tiver duração suficiente para permitir que toda a área da bacia hidrográfica
contribua para a vazão na seção de controle, atinge-se no ponto B, o valor máximo para
a vazão resultante da precipitação sob análise (vazão de pico).
Mesmo que toda a área da bacia não contribua para a vazão, o ponto B é um máximo da
hidrógrafa, porém não representando a condição crítica. Caso a chuva tenha duração
superior ao tempo de concentração da bacia, a hidrógrafa tenderá a um patamar, com
flutuações da intensidade de precipitação.
Mas além do escoamento superficial direto, o curso d’água recebe uma contribuição do
lençol subterrâneo, o qual tem uma variação devida à parte da precipitação que se
infiltra.
Captação
A captação tem a finalidade de criar condições para que a água seja retirada do
Redes de esgotos
A água aduzida à população, após sua utilização nas mais diversas atividades, passa a
ser enquadrada como água servida ou esgoto. A utilização da água nas atividades
domésticas, comerciais ou industriais agrega grande quantidade de impurezas estranhas
a uma água natural e, por isso, ela também se torna imprópria para retornar
ao manancial de origem, razão pela qual precisa passar por um processo de adequação
antes da disposição final. Esse processo de adequação recebe a denominação
“tratamento de esgoto”. É na coleta, transporte e tratamento dos esgotos que estaremos
interessados por enquanto.
Quando o esgoto coletado dos prédios for transportado na mesma rede que transporta as
águas da chuva o sistema é dito “sistema unitário”.
Por outro lado, quando esgotos e águas de chuva são transportados em redes separadas,
o sistema é chamado “sistema separador” ou “sistema separador absoluto”.
O sistema unitário, apesar de ser constituído por uma única rede de tubulações e,
portanto menos oneroso, tem uma séria desvantagem. Por coletar e transportar água de
chuva precisa ser conectado as bocas de lobo (estruturas que captam estas águas das
sarjetas) o que permite o desprendimento de gases mau cheirosos do esgoto para a rua,
principalmente em épocas de estiagem.
A rede de esgotos
Depois de gerados os esgotos, é necessário dar uma destinação adequada à eles. A
solução para essa destinação pode ser feita de forma individual ou coletiva.
Esta característica das redes de esgoto exige uma inclinação mínima (Imín) para que o
esgoto possa escoar sob ação da gravidade e isso pode constituir um problema quando a
topografia da cidade for muito “plana”. A figura procura esclarecer esse aspecto das
redes de esgoto comparando a declividade mínima da tubulação com a declividade
natural do terreno.
Nesse caso, a profundidade no final do trecho (h2) será maior que no início (h1).
Quanto mais longa a rede, mais profunda se torna a tubulação e maior volume de terra
precisa ser escavado para a abertura das valas e assentamento da tubulação.
Apesar do terreno apresentar inclinação, esta não é suficiente para garantir a declividade
mínima como em (a). Nesse caso a vala vai aprofundando para jusante e, com isso, os
custos de escavação. Podemos observar que h2 será maior que h1.
1 Profundidade
A profundidade de assentamento deve ser tal que permita uma altura de aterro sobre a
tubulação de pelo menos 90 cm (no leito) ou 65 cm (no passeio).
Nas redes de esgotos podemos encontrar tubos de ferro fundido, aço galvanizado,
concreto, cimento amianto, manilhas cerâmicas e PVC. Estes últimos têm sido muito
empregados devido a uma série de vantagens como peso reduzido, facilidade de
transporte, nenhuma reação química com os componentes do esgoto, etc.
Os diâmetros mais empregados são 100, 150, 200, 250 e 300 mm mas, podemos
encontrar tubos com 1000 mm e até mais.
Poços de visita
São estruturas cuja finalidade é permitir a inspeção da rede para detectar eventuais
problemas. São muito úteis para a limpeza e desobstrução e o afastamento entre eles
deve ser no máximo 100 m. São construídos em alvenaria de tijolos ou concreto pré-
moldado.
São constituídos por uma câmara inferior chamada balão e um acesso mais estreito que
recebe o nome “pescoço”.
As figuras abaixo mostram alguns detalhes destas estruturas que podem ser construídas
em alvenaria de tijolos ou em concreto pré-moldado.
1 Sondagens
Os dados sobre a natureza do solo e da posição do lençol freático são obtidos no local
da obra através de inspeção visual e sondagens.
Sempre que houver indícios da existência de solo desfavorável para abertura de valas,
devem ser feitos furos de sondagem para permitir o conhecimento do material a ser
encontrado durante as escavações.
Bases de assentamento
O contato entre o tubo e o fundo da vala onde ele irá descansar é chamado leito do tubo
e a ele deve ser dada toda atenção sob pena de prejudicar o serviço de alinhamento e
nivelamento feitos até agora.
Em terreno firme e uniforme os tubos podem ser assentados diretamente sobre fundo da
vala constituindo este fundo o próprio leito. De preferência, escavar uma canaleta de
seção semicircular para restringir movimentos laterais do tubo.
Quando o solo do fundo for rochoso ou estiver misturado com rochas (pedras) é
necessário remover o fundo “podre” da vala e preencher com areia “limpa” uniforme
que, depois de apiloada, vai constituir uma base segura e evitar que o tubo se apóie em
pontos isolado e fique sujeito a tensões capazes de danifica-lo.
Em alguns casos, quando o terreno original for muito inconsistente (argila mole, lama) é
necessário construir um berço de concreto magro e até mesmo fazer uso de estacas de
sustentação ao berço.
Água residuária ou " esgoto " o líquido conduzido pelas canalizações de esgotamento
das comunidades é simplesmente água suja ; e a medida que a tecnologia de saneamento
evolui surgem novas técnicas de depuração de águas servidas.
Etapas do Tratamento
Nível do tratamento
Os requisitos a serem atingidos no tratamento do esgoto dependem da legislação
ambiental que prevê padrões de qualidade para o efluente e para o corpo receptor.
Preliminar;
Primário;
Secundário e,
Terciário ou Avançado.
Tratamento preliminar
Este estágio do tratamento, as vezes o único, compreende a utilização de grades de ferro
(manuais ou mecanizadas) para a remoção de sólidos grosseiros e caixas de areia para
remoção da areia que se agrega ao esgoto em seu percurso através da rede coletora de
esgotos.
Uma parcela significativa dos sólidos em suspensão é constituída por matéria orgânica e
a remoção destes sólidos implica remoção de matéria orgânica, portanto um processo
simples como a sedimentação já contribui para a redução da carga de DBO nas
unidades subseqüentes (tratamento secundário).
Deve-se chamar a atenção também que em hipótese alguma o lodo primário pode ser
conduzido aos leitos de secagem. Para isso, o lodo precisa ser estabilizado primeiro
(tratado).
Tratamento Secundário
O principal objetivo do tratamento secundário é a remoção da matéria orgânica. Como
já vimos, a matéria orgânica se apresenta em parte suspensa e em parte dissolvida no
esgoto bruto. Uma parcela da matéria orgânica em suspensão (≈ 40%) foi removida no
tratamento primário junto com os sólidos sedimentáveis que lá ficaram retidos.
b) Cultivo aderido
No crescimento aderido a biomassa cresce grudada num meio de suporte formando uma
camada gelatinosa chamada biofilme. Esse meio de suporte pode ser natural ou
artificial.
Processos de tratamento biológico que utilizam meios de suporte para o crescimento da
biomassa são: Filtro biológico (aeróbio e anaeróbio), Biodisco (disco biológico),
sistemas de disposição no solo, etc.
Exemplos de meios de suporte natural: pedra britada, seixo rolado, pedaços de madeira,
grãos de areia do solo, etc.
Exemplos de meios de suporte artificial: peças de plástico com as mais diversas formas
são encontradas no mercado com diferentes nomes (Flocor, Del-Pak, etc.).
Os meios de suporte (pedras, etc) são geralmente dispostos dentro de uma câmara, onde
o esgoto flui, percolando através deste leito de filtragem.
Ao longo desse percurso, que demora vários dias, se desenvolve o processo de ataque
dos microorganismos sobre a matéria orgânica. O crescimento dos microorganismos é
do tipo disperso.
a) Lagoas anaeróbias
São lagoas relativamente pequenas quando comparadas com os demais tipos de lagoas.
Tem profundidade entre 4m e 5m e são destinadas a receber grande quantidade de
esgotos de modo que todos os mecanismos de reposição de oxigênio sejam incapazes de
manter qualquer teor de Os sólidos sedimentáveis vão ao fundo e sofrem decomposição
anaeróbia da mesma forma que os sólidos em suspensão e dissolvidos na coluna
d’água. O volume destas lagoas é calculado de modo que o esgoto que entra permaneça,
mais ou menos, cinco dias antes de sair. Durante esse tempo a matéria orgânica
(sedimentada, em suspensão e dissolvida) vai sendo gradativamente convertida em
gases (principalmente carbônico, metano e sulfídrico).
Os projetistas são unânimes em afirmar que uma lagoa anaeróbia bem dimensionada (t
= 5 dias) não deve exalar maus odores. A medida que os gases vão se formando, vão se
dissipando na atmosfera. Entretanto, não devemos esquecer que se trata de um processo
induzido por microorganismos anaeróbios e, como tal, muito sensíveis as variações
de temperatura e de carga (flutuações na quantidade de esgoto afluente). Nesse caso,
variações muito acentuadas na quantidade de esgotos afluente ou variações bruscas de
temperatura podem levar ao desprendimento de maus odores.
Podemos observar também que a eficiência deste processo de tratamento é melhor nas
regiões norte e nordeste, onde a temperatura média é mais elevada e as flutuações da
temperatura são menores que na região sul. Os diversos autores apregoam eficiências da
ordem de 50% a 60% para lagoas anaeróbicas. Na região sul entretanto, podemos
esperar eficiências da ordem de 30% a, no máximo 50%, quando bem projetadas.
Chamamos a atenção que, eficiências dessa ordem, indicam que o tratamento não pode
ficar restrito a utilização de uma única lagoa anaeróbia. Por isso, lagoas anaeróbias são
normalmente seguidas por outras unidades de tratamento, em geral lagoas facultativas.
b) Lagoas facultativas
Lagoas facultativas tem funcionamento um pouco diferente das lagoas anaeróbias. São
lagoas projetadas para que os sólidos sedimentáveis entrem em decomposição anaeróbia
no fundo mas, que a parte superior da coluna d’água se mantenha em condições
aeróbias. Assim, nessas lagoas, os mecanismos de estabilização anaeróbia e aeróbia
acontecem simultaneamente, um junto ao fundo e o outro na coluna d’água.
Para garantir que uma parte da coluna d’água se mantenha aeróbia, a lagoa precisa ser
mais rasa e ocupar uma área maior, para o melhor aproveitamento da energia solar que
alimenta o processo de fotossíntese. Vemos então que as condições aeróbias são
mantidas não apenas pela reaeração atmosférica, mas principalmente pela reação de
fotossíntese das algas.
Na coluna d’água o processo é essencialmente o mesmo que ocorre nos corpos d’água,
não necessitando de nenhum equipamento auxiliar. Isso exige um tempo de
permanência do esgoto, dentro da lagoa, um pouco mais elevado, geralmente maior que
20 dias.
Muito interessante é o fato que as algas, assim como as bactérias, respiram o tempo todo
(24 h), isto é, a partir do CO2 e da luz solar elas sintetizam (internamente) moléculas
orgânicas que precisam ser oxidadas para obtenção da energia química necessária ao
crescimento, reprodução e locomoção. Essa oxidação representa uma reação de
respiração que ocorre com consumo de oxigênio. Assim, vemos que as algas tanto
produzem oxigênio (durante o dia) como também o consomem (24h). O balanço entre
produção de oxigênio (fotossíntese) e consumo (respiração) é altamente favorável à
produção, cerca de 15 vezes maior. Isso torna as algas indispensáveis ao funcionamento
das lagoas facultativas (von Sperling, 1996).
Muitos são os gêneros de algas encontradas nas lagoas facultativas mas, com mais
freqüência e maior quantidade as algas verde (clorofícias) dos gêneros Chlamydomonas,
Euglena e Chlorella e as algas azuis (cianofícias) dos gêneros Oscillatoria, Phormidium,
Anacystis e Anabaena.
A predominância das algas verdes é claramente notada pela cor esverdeada do líquido
em praticamente todos os sistemas de lagoas facultativas, entretanto, havendo pouca
disponibilidade de nutrientes ou um abaixamento do pH, as algas azuis tendem a
dominar o processo.
A profundidade de uma lagoa facultativa pode variar de 1,5m a 3,0m enquanto o tempo
de permanência do esgoto na lagoa varia entre 15 dias (regiões mais quentes) e 45 dias
(nas regiões mais frias). A área ocupada por essas lagoas é muito maior que aquela
ocupada pelas lagoas anaeróbias e, assim como aquelas, seu valor depende da
quantidade de esgoto a ser tratado. De modo grosseiro se pode dizer que a área de uma
lagoa facultativa pode variar de 1ha a 40ha e até mais dependendo da população
servida. As normas recomendam que não se utilizem lagoas com mais de 15ha. A
eficiência alcançada é de 70% a 85% quando bem projetadas.
Como a lagoa anaeróbia já reduz em 30% ou 40% o teor de matéria orgânica, o restante
(70 a 60%) exigirá uma área menor para a lagoa facultativa. Esse sistema é o mais
empregado, tanto no tratamento de esgotos domésticos como no tratamento de efluentes
industriais.
O sistema tem uma eficiência um pouco maior que uma única lagoa facultativa e,
continua sendo de operação simples. No entanto, a existência de uma lagoa anaeróbia é
sempre motivo de preocupação devido a possibilidade da liberação de maus odores. Se
o sistema estiver bem equilibrado, isso não deve ocorrer. Entretanto, eventuais
problemas operacionais, como aumento na carga de esgoto ou queda brusca de
temperatura, pode levar ao desprendimento de gases mau cheirosos. É uma boa prática
pensar que, como os sistemas anaeróbios abertos estão sujeitos ao desprendimento de
maus odores, só utilizalos como alternativa de projeto em zonas afastadas das
aglomerações urbanas. A figura, extraída de von Sperling, apresenta de forma
esquemática o sistema australiano.
Num sistema como esse, tratando esgoto doméstico, podemos esperar eficiência global
da ordem de 80% a 90%, se bem projetado e operado, produzindo um efluente com 60
mg/l a 30 mg/l de DBO5, respectivamente.
d) Lagoas aeradas
Quando o terreno disponível para a instalação da lagoa for pequeno, a área exposta ao
sol pode ser insuficiente para manter a fotossíntese.
Nesse caso, podemos optar por um sistema de lagoa em que o suprimento de oxigênio é
feito mecanicamente através de aeradores mecanizados ou dispositivos sopradores de ar.
Neste tipo de lagoa o suprimento de ar é suficiente para oxigenar a camada aeróbia, mas
insuficiente para revolver o lodo do fundo que se decompõe anaeróbicamente, como nas
lagoas facultativas convencionais.
A aeração da lagoa facultativa pode ser uma opção quando a carga de esgoto aumenta
muito devido ao crescimento da população.
É importante observar que o sistema de lagoa aerada é uma alternativa quando a área
disponível é pequena ou quando o sistema convencional já está sobrecarregado. Nesse
caso, a diminuição da área (ou do volume) da lagoa facultativa tem que ser compensada
por um aumento na quantidade de bactérias presentes na massa líquida (liquor). É
óbvio, pois para decompor a mesma quantidade de esgoto num volume menor, só
aumentando a quantidade de bactérias. É claro também que nestas condições a
fotossíntese já não será suficiente para repor o oxigênio consumido por uma quantidade
maior de bactérias atuando sobre uma quantidade maior de esgotos. O suprimento
artificial de oxigênio é a solução para este problema.
O lodo mais recente, formado por bactérias esfomeadas, é retornado para a entrada do
reator num processo chamado recirculação do lodo. Essas bactérias, devido a escassez
de alimento no decantador secundário, chegam ao reator muito dispostas a devorar o
esgoto novo afluente a ETE e o fazem com extrema rapidez. Este lodo formado por
bactérias esfomeadas é, do ponto de vista do tratamento, muito ativo e recebe a
denominação LODO ATIVADO.
O processo é tão intenso que não é permitido ao lodo sedimentar no fundo do reator. A
biomassa é mantida, o tempo todo, em suspensão e completamente misturada para
manter a homogeneidade do tratamento. O gasto de energia é bastante elevado para
manter a concentração de oxigênio dissolvido nunca abaixo de 1 mg/l.
Este tempo maior garante que o lodo seja completamente oxidado dispensando a
necessidade de decantador primário, ou seja, toda carga de esgoto bruto pode ser
diretamente aplicada no sistema reator/decantador secundários.
Este processo tem outra grande vantagem: como não é gerado lodo bruto no decantador
primário, dispensa o reator anaeróbico de lodo.
c) O decantador secundário
O decantador secundário é parte integrante do processo de tratamento por lodos ativados
uma vez que, parte do lodo (fase sólida) sedimentado tem que retornar a entrada do
tanque de aeração.
Geralmente são construídos em concreto e possuem um mecanismo que dirige o lodo
para um poço, de onde é recolhido para a recirculação.
As fotos procuram esclarecer os detalhes construtivos destes decantadores. O
decantador é construído em concreto sob medida para receber os raspadores fornecidos
por diversos fabricantes.
Quando o esgoto percola através do leito de pedras entra em contato com o biofilme e
sofre a depuração.
O esgoto é disposto sobre o leito filtrante por intermédio de uma haste distribuidora
rotativa para que seja uniformemente distribuído.
A NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão (última edição da norma, de 1997)
-baseada na norma internacional IEC 60364 - Electric lnstallations of Buildings -, é a
norma aplicada a todas as instalações elétricas cuja tensão nominal é igual ou inferior a
1.000 V em corrente alternada (CA), ou a 1.500 V em corrente contínua (CC).
A NBR 5410 fixa as condições a que as instalações de baixa tensão devem atender, a
fim de garantir seu funcionamento adequado, a segurança de pessoas e animais
domésticos e a conservação de bens. Aplica-se a instalações novas e a reformas em
instalações existentes, entendendo-se, em princípio, como 'reforma' qualquer ampliação
de instalação existente (como criação de novos circuitos e alimentação de novos
equipamentos), bem como qualquer substituição de componentes que implique
alteração de circuito.
Aos circuitos internos de equipamentos que, embora alimentados por meio de instalação
com tensão igual ou inferior a 1.000 V em CA, funcionam com tensão superior a 1.000
V, como é o caso de circuitos de lâmpadas de descarga, de precipitadores eletrostáticos
etc.;
A qualquer linha elétrica (ou fiação) que não seja especificamente coberta pelas normas
dos equipamentos de utilização;
Às linhas elétricas fixas de sinal, relacionadas exclusivamente à segurança (contra
choques elétricos e efeitos térmicos em geral) e à compatibilidade eletromagnética.
A NBR 5410 é complementada atualmente por outras duas normas, a NBR 13570 –
Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público: Requisitos Específicos - e a
NBR 13534 – Instalações Elétricas em Estabelecimentos Assistências de Saúde:
Requisitos para Segurança. Ambas complementam, quando necessário, prescrições de
caráter geral contidas na NBR 5410, relativas aos seus respectivos
campos de aplicação.
A NBR 13570 aplica-se às instalações elétricas de locais como cinemas, teatros,
danceterias, escolas, lojas, restaurantes, estádios, ginásios, circos e outros locais
indicados com capacidades mínimas de ocupação (n0 de pessoas) especificadas.
A NBR 13534, por sua vez, aplica-se a determinados locais como hospitais,
ambulatórios, unidades sanitárias, clínicas médicas, veterinárias e odontológicas etc.,
tendo em vista a segurança dos pacientes.
Um equipamento elétrico é uma unidade funcional, completa e distinta, que exerce uma
ou mais funções elétricas relacionadas com geração, transmissão, distribuição ou
utilização de energia elétrica, incluindo-se máquinas, transformadores, dispositivos
elétricos, aparelhos de medição, proteção e controle.
1 - Diagrama Multifilar
Representa do o sistema elétricos, com todos os seus condutores e detalhes onde cada
traço representa um cabo e a simbologia utilizada fica restrita aos aparelhos de
utilização. Para um melhor entendimento vamos tomar como exemplo o circuito de uma
lâmpada acionada por um interruptor:
Fig. 1. Ligação de uma lâmpada acionada por um interruptor simples
2 - Simbologia
A simbologia utilizada em instalações elétricas é definida de acordo com um padrão,
sendo a simbologia comumente utilizada esta representada na tabela abaixo.
Diagrama Multifilar
Diagrama unifilar
Fig.12 - Diagrama unifilar de uma lâmpada acionada por um interruptor
intermediário
Em uma instalação elétrica, é possível ter os seguintes tipos de equipamentos:
_ Equipamentos relacionados à fonte de energia elétrica da instalação, que são os
transformadores, os geradores e as baterias;
_ Dispositivos de comando (manobra) e proteção, tais como chaves, seccionadores,
disjuntores, fusíveis e relés; equipamentos de utilização, que podem ser classificados em
equipamentos nãoindustriais( aparelhos eletrodomésticos e eletroprofissionais),
equipamentos industriais (tornos, compressores, prensas, fomos) e aparelhos de
iluminação.
Quanto à instalação, os equipamentos em geral podem ser classificados em:
_ Fixos: são projetados para serem instalados permanentemente em um lugar
determinado, como, por exemplo, um transformador (em um poste), um disjuntor (em
um quadro), um aparelho de arcondicionado (em parede ou janela);
_ Estacionários: não são movimentados quando em funcionamento, não possuem alça
para transporte ou possuem massa tal que não possam ser movimentados facilmente,
como, por exemplo, geladeira ou freezer doméstico, lavadora de roupa,
microcomputador, disjuntor extraível (de um cubículo de subestação);
_ Portáteis: são equipamentos movimentados quando em funcionamento ou que podem
ser facilmente deslocados de um lugar para outro, mesmo quando ligados à fonte de
alimentação, como é o caso de certos eletrodomésticos (como enceradeira e aspirador de
pó) ou aparelhos de medição, (como multímetros);
_ Manuais: são os portáteis projetados para serem suportados pelas mãos durante
utilização normal, como é o caso das ferramentas portáteis (furadeiras, ferro de passar
roupas e amperímetro tipo alicate).
A potência instalada de uma instalação elétrica, de um setor de uma instalação ou de
um conjunto de equipamentos de utilização é a soma das potências nominais dos
equipamentos de utilização da instalação, do setor da instalação ou do conjunto de
equipamentos. Um equipamento que absorve energia elétrica é um
equipamento de utilização, e dependendo da necessidade a potência ativa consumida
pode variar desse zero até sua potência nominal.
Para o equipamento de utilização as cargas podem ainda ser caracterizadas como:
_ Cargas lineares: constituídas pelos equipamentos elétricos, cuja forma de onda de
tensão e corrente de entrada permanecem senoidais em qualquer ponto de operação. É o
caso típico de motores de indução usuais, da iluminação incandescente e de cargas de
aquecimento.
_ Cargas não-lineares: constituídas basicamente pelos equipamentos eletrônicos, cujas
tensão e corrente elétricas são distorcidas, contendo harmônicas.
A seguir temos uma tabela com a potência típica de alguns aparelhos eletrodomésticos:
Assim teremos a distribuição de energia elétrica através da rede publica de baixa tensão
representadas na figura abaixo:
Fig. 14 . Rede pública de distribuição de baixa tensão
Uma subestação é uma instalação elétrica destinada à manobra, transformação e/ou
outra forma de conversão de energia elétrica. Quando este termo é empregado sozinho,
subentende-se uma subestação de transformação.
1. 4 - Equipamentos de utilização
Os equipamentos de utilização podem ser classificados em três grandes categorias:
aparelhos de iluminação, equipamentos industriais e equipamentos não-industriais.
Os aparelhos de iluminação estão presentes em qualquer local e em todo tipo de
instalação e podem ser classificados de acordo com o tipo de fonte utilizada em:
(a) Aparelhos incandescentes: utilizam lâmpadas incandescentes comuns ou refletoras
e as halógenas;
(b) Aparelhos de descarga: utilizam lâmpadas a descarga, que podem ser fluorescentes,
de vapor de mercúrio, de vapor de sódio e de multivapores metálicos etc.
Os equipamentos industriais ou análogos são os utilizados nas áreas de produção das
indústrias e em outras aplicações bem específicas. Podem ser classificados em:
(a) Equipamentos de força motriz: inclui compressores, ventiladores, bombas,
equipamentos de levantamento (como elevadores e guindastes) e em equipamentos de
transporte (como pórticos, pontes rolantes e correias transportadoras);
(b) Máquinas-ferramentas: inclui desde os tornos e fresas até as máquinas operatrizes
mais potentes e sofisticadas;
(c) Fornos elétricos: que são os fomos a arco elétrico, a resistência elétrica e de
indução;
(d) Caldeiras elétricas: constando das caldeiras a resistência e a eletrodo;
(e) Equipamentos de solda elétrica: de eletrodo ou ponto a ponto
Os equipamentos não-industriais são utilizados em locais comerciais, institucionais,
residenciaisetc. e até mesmo em indústrias fora das áreas de produção (em escritórios,
depósitos e laboratórios). Podem ser classificados em:
a) Aparelhos eletrodomésticos
(b )Aparelhos eletroprofissionais incluem desde uma simples máquina de escrever até
um sofisticadoequipamento de processamento de dados;
(c) Equipamentos de ventilação, exaustão, aquecimento e ar-condicionado: são todos
os equipamentosimpostos pelos sistemas industriais de ventilação, aquecimento
ambiental e ar condicionado. Observe queos ventiladores e circuladores de ar portáteis,
bem como os aparelhos de ar condicionado (de parede ou de
janela) e os aquecedores de ambiente portáteis, são considerados 'aparelhos
eletrodomésticos';
(d) Equipamentos hidráulicos e sanitários: inclui todos os equipamentos associados
aos sistemashidráulicos e sanitários dos prédios, tais como bombas de recalque,
compressores de ar, bombas de vácuo, bombas de esgoto e ejetores de poços;
(e) Equipamentos de aquecimento de água: inclui aquecedores e caldeiras utilizados
para aquecimento deágua em prédios excluindo-se os chuveiros e torneiras elétricos e os
aquecedores residenciais, classificadoscomo 'aparelhos eletrodomésticos';
(j) Equipamentos de transporte vertical: inclui os elevadores, as escadas rolantes e os
monta
cargas;
(g) Equipamentos de cozinhas e lavanderias: equipamentos utilizados em cozinhas e
lavandeiras industriais, comerciais e institucionais, com exceção de 'eletrodomésticos'
típicos de cozinhas e lavanderiasresidenciais e de pequenas cozinhas comerciais;
(h) Equipamentos especiais: aqueles que não se enquadram nas categorias anteriores,
tais comoequipamentos hospitalares e equipamentos de laboratórios;
(i) Equipamentos de tecnologia da informática: termo empregado pela NBR 5410 para
designar principalmente:
_ Equipamentos de telecomunicação e de transmissão de dados;
_ Equipamentos de processamento de dados;
_ Instalações que utilizam transmissão de sinais com retorno pela terra, interna ou
externamenteligadas a uma edificação;
_ Equipamentos e instalações de centrais privadas de comutação telefônica (PABX);
_ Redes locais (LAN) de computadores;
_ Sistemas de alarme contra incêndios e contra roubo;
_ Sistemas de automação predial;
_ Sistemas CAM (Computer Aided Manufacturing) e outros que utilizam computadores.
2 - Aterramento
Para funcionar adequadamente e com segurança toda instalação elétrica deve possuir
um sistema deaterramento adequadamente dimensionado. Assim caracterizamos o
aterramento como uma ligação intencional de um equipamento ou linha a terra.
São considerados solos bons condutores aqueles com resistividades entre 50 e 100 _m, a
tabela abaixo nosmostra valores típicos de resistividade de alguns tipos de solos.
Condutor Elétrico
É assim chamado todo material que possui a propriedade de conduzir ou transportar a
energia elétrica, ou ainda, transmitir sinais elétricos.
- Material
Os materiais utilizados na fabricação de condutores de corrente elétrica são
classificados em dois
grandes
grupos:
a) Materiais de elevada resistividade
b) Materiais de elevada condutividade
Os materiais de elevada resistividade destinam-se às seguintes aplicações:
Transformação de energia elétrica em térmica
Exemplos:
_ Fornos elétricos;
_ Chuveiros elétricos;
_ Aquecedores;
_ Ferros elétricos;
_ Soldadores elétricos, etc.
- Isolação
Trata-se de um conjunto de materiais isolantes aplicados sobre o condutor, cuja
finalidade é isolá-lo eletricamente do ambiente que o circunda, como por exemplo, de
outros condutores e a terra e contra contatos acidentais. Serve também para proteger o
condutor contra ações mecânicas, como no caso da enfiação nos eletrodutos. Não se
deve confundir isolação com isolamento.
Isolação define o aspecto qualitativo, como por exemplo: lsolação de PVC, Polivinil
Antiflam, Polietileno, etc.
Os materiais utilizados como isolação devem possuir também, além de alta
resistividade, alta rigidez dielétrica, principalmente para tensões superiores a 1 kV.
DIMENSIONAMENTO DE TOMADAS DE USO GERAL(TUG´S)
As tomadas de uso geral(TUG´s) são definidas como pontos de tomadas destinados a
aparelhos portáteis, e/ou de baixa potência que podem ser retirados ou alterados de seu
lugar, assim uma tomada de uso geral não é projetada para atender um único
equipamento. Como exemplo de tomadas de uso geral temos: aparelho de
som, ventiladores, liquidificadores, etc.
As tomadas de uso geral saem diretamente de um disjuntor do quadro de distribuição,
podendo ser ligadas duas ou mais tomadas em um mesmo circuito como mostra a
figura:
CONDUTORES UTILIZADOS
Os condutores utilizados nas instalações residenciais, comerciais ou industriais de baixa
tensão, poderão ser de cobre ou de alumínio, com isolamento de PVC (cloreto de
polivinil) ou de outros materiais previstos por normas, como EPR ou XLPE.
Antes de decidir como abastecer os pontos de utilização de energia devemos escolher a
maneira de instalar os condutores elétricos.
Uma vez escolhida a maneira de instalar e conhecida à potência dos pontos de
utilização, devemos verificar o dimensionamento dos condutores pela queda de tensão
admissível ou pelo critério da capacidade de corrente ( Ampacidade )
potência:
P
I=
K x V x fator de potência
Seção mínima do
Tipo de instalação Utilização do circuito
condutor material (mm²)
Circuitos de
1,5
iluminação
Tab. 01
S 25 S
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
Tab. 02
S 16 S
16 S 35 16
S 35 S/2
Tab. 03
Seção 3
Quantidade de Condutores
4 5 6 7 8 9 10 11 12
nomina
l Tamanho Nominal dos eletrodutos nominal dos eletrodutos,
( mm² ) em
1,5 16 milímetros,
16 16 conforme
16 16 NBR-6150
20 20 20 20 20
2,5 16 16 20 20 20 20 25 25 25 25
4 16 20 20 25 25 25 25 25 32 32
6 20 20 25 25 25 32 32 32 32 32
10 20 25 25 32 32 32 40 40 40 40
16 25 32 32 32 40 40 40 40 50 50
25 32 32 40 40 40 50 50 60 60 60
35 32 40 40 50 50 60 60 60 60 75
50 40 40 50 60 60 60 75 75 75 75
70 40 50 60 60 75 75 75 75 85 85
95 60 60 75 75 75 85 85 85
120 60 75 75 85 85
150 75 75 85 85
185 75 85 85
240 85
(mm) 16 20 25 32 40 50 60 75 85
(polegadas) 3/8 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2 2 2 1/2 3
A tubulação que sai do reservatório elevado (geralmente localizado nas cotas mais
altas), é denominada rede de distribuição, é ela que conduz a água ate as casas passando
por todas as ruas e avenidas da cidade. Em frente a cada edificação é feita uma ligação à
rede de distribuição, são os chamados ramais prediais. Este ramal predial é ligado a um
medidor de vazão onde finalmente se dá início as instalações prediais de água.
MATERIAIS EMPREGADOS
Geralmente são empregados tubos de aço galvanizado (f°g°) com ou sem costura, de
cobre, de ferro fundido (f°f°) ou PVC rígido com juntas rosqueadas ou soldadas (mais
usados atualmente).
Para instalações não sujeitas a golpe de ariete, os tubos de PVC com juntas soldadas são
os preferidos devido sua facilidade de manuseio e também porque o seu diâmetro se
mantêm praticamente inalterado ao longo do tempo.
Nas tubulações de recalque, sujeitas à maiores pressões é preferível usar tubo de f°g°
com juntas de roscas ou flangeadas, pois subpressões causadas pelo golpe de ariete
provocam danos nos tubos de PVC.
GOLPE DE ARIETE
Quando a água ao descer com velocidade elevada pela tubulação, é bruscamente
interrompida, os equipamentos da instalação ficam sujeitos a golpes de grande
intensidade (elevação de pressão).
Logo, denominados de golpe de ariete à variação da pressão acima e abaixo do valor de
funcionamento normal dos condutos forçados, em consequência das mudanças de
velocidade da água, decorrentes de manobras dos registros de regulagem de vazões. O
fenômeno vem normalmente acompanhado de som que faz lembrar marteladas, fato que
justifica o seu nome. Além do ruído desagradável, o golpe de ariete pode romper
tubulações e danificar aparelhos.
Por essas razões o engenheiro deve estudar quantitativamente o golpe de ariete e os
meios disponíveis para evita-lo ou suavizar os seus efeitos.
Nas instalações prediais, alguns tipos de válvulas de descarga e registro de fechamento
rápido provocam o efeito de golpe de ariete, porém, no Brasil já existem algumas
marcas de válvula de descarga que possuem dispositivos anti-golpe de ariete, os quais
fazem com que o fechamento da válvula de torne mais suave, amenizando quase que
totalmente os efeitos desse fenômeno.
DIÂMENTRO MÍNIMO: ½” OU 15 M
(SABESP:3/4” OU 20mm, é conveniente adota-lo)
A- CONSUMO MÉDIO DIÁRIO: valor médio previsto para utilização num edifício
em 24 horas. É utilizado no ramal predial, hidrômetro, ramal de alimentação, instalação
de recalque e reservatórios.
5 pessoas/unidade
2 pessoas/dormitórios + 1 pessoa/dormitório Empregada
Código de obras de São Paulo: lotação de edificações
- Escritórios 1 pessoa/ 9m2
- Lojas: 1 pessoa/3m2
- Depósitos:1 pessoa/10m2
- Oficinas 1 pessoa/9m2
- Hotéis: 1 pessoal/15m2
- Hospitais e consultórios:1 pessoal/15m2
- Escolas: 1 pessoa/15m2
Q = C. P
7. RAMAL PREDIAL
Ramal predial é a ligação do domicílio à rede de distribuição, o qual é ligado a um
medidor de vazão onde finalmente se dá início as instalações prediais de água, como
ilustrado na Figura 1
HIDRÔMETRO
REGISTRO TORNEIRA DE
JARDIM
JOELHO DE 90
COM ROSCA
Segundo a NB – 92/80 a velocidade média da água por alimentador predial deve estar
entre os limites de 0,6 m/s e 1,0 m/s. Assim, fixando-se a velocidade e de posse do CD,
pode-se calcular o diâmetro do ramal predial, aplicando-se a equação da
continuidade:
Q=SxV
Em que: Q = vazão do ramal predial
V = velocidade média do ramal predial (entre 0,6 m/s e 1,0 m/s)
S = área transversal do ramal
8. Reservatórios
Para suprir as deficiências do abastecimento, deve-se armazenar um volume depara pelo
menos 1 dia de consumo, normalmente se reserva de 2 a 3 vezes o consumo diário, além
disso é costume reservar água para combate a incêndio.
Esta reserva é normalmente distribuída entre o reservatório superior e inferior.
O reservatório inferior deve armazenar 3/5 do consumo
O resrvatório superior deve armazenar 2/5 do consumo.
A reserva de incêndio é estimada em 15% a 20% do consumo diário.
- Alimentação;
- Saída para o barrilete de água para consumo;
- Saída para o barrilete de água de incêndio;
- Extravasor;
- Limpeza.
Obs.: para cada compartimento dos reservatórios (superior e inferior) são necessários
instalar automáticos de bóia, comandados eletricamente, por chave de reversão. O
sistema deverá ligar-se automaticamente quando houver água no reservatório inferior e
o superior atingir o nível inferior de água e deverá desligar-se quando atingir o nível
superior desejado ou o nível de água no reservatório inferior atingir um ponto muito
baixo (10 cm antes da válvula de pé).
9. Instalações de recalque
Em prédios de ocupação coletiva é conveniente que sejam instalados pelo menos 2
conjuntos elevatórios de modo que um deles sempre fique de reserva. As normas exigim
que a capacidade horária mínima das bombas seja de 15% do consumo diário. Assim
para recalcar o volume diário de água seriam necessários:
1 h - 15%
x - 100% x = 6,66 h
D=cx Q
Em que: q = vazão, m3 / s
c = coeficiente prático de bresse
C tem sido objeto de estudo e no brasil varia de 0,75 a 1,4. Na realidade escolher o valor
de c equivale a fixar a velocidade e cabe ao projetista escolher o valor de c mais
conveniente.
______________________________________________________________________
_______
c v (m/s)
0,75 2,26
0,80 1,99
0,85 1,76
0,90 1,57
1,00 1,27
1,10 1,05
1,20 0,88
1,30 0,75
1,40 0,65
V = 4 . Q/( x d2)
v = (4.d2/c2)/( .d2) = 4 / . C2
Nas instalações que funcionam apenas algumas horas por dia e utilizam maiores
velocidades, a norma nb 92/80 aconselha utilizar a sequinte equação:
4
D =1,3 x Q x X
Em que: x = n/25
n = nu’mero de horas de funcionamento da bomba por dia
.Q.H m
p=
75 .
= b. m
b = rendimento da bomba
m = rendimento do motor
10. Barrilete
Chama-se de barrilete o cano que interliga as duas metades da caixa d’água e de onde
partem as colunas de água. Podem ser do tipo ramificado ou do tipo concentrado.
Barrilete ramificado
Barrilete concentrado
11. Colunas
São tubulações verticais que partem do barrrilete delas saem os ramais de distribuição.
Deve-se evitar colocar em uma mesma coluna válvulas de descarga com aquecedores e
outras peça. As colunas são dimensionadas trecho a trecho e para isso é necessário
dispor de um esquema vertical da instalação, com as peças que serão atendidas em cada
coluna
.
Marchas de cálculo
Numerar as colunas;
Marcar com letras os trechos em que haverá derivações para os ramais;
Somar os pesos de todas as peças de utilização (tabela1);
Determinar a vazão, em l/s (figuras 1 ou 2)
Arbitrar um diâmetro d (mm);
Obter outros parâmetros hidráulicos:
Perdas de carga, j(m/m)
Transporte é a movimentação de terra do local Escavado (origem) para o local onde será
depositado em Definitivo e posterior retorno do equipamento descarregado.
Principais tipos de unidades de transporte :
CM - caminhões ( caçamba comuns ou fora-de-estrada )
VG F - vagões com descarga pelo fundo (botton-dump)
VGL - vagões com descarga lateral
VG T - vagões com descarga traseira (rear-dump) e
UNIDADES ESCAVOTRANSPORTADORAS ( SCRAPERS )
CONV 1 scraper convencional
CONV 2 scraper convencional c / rebocador de 2 eixos
EL scraper com esteira elevatória
PP push-pull
MT-TR motor traseiro , tração em todas as rodas
SR scraper rebocado por trator de esteiras
Em áreas com vegetação arbórea densa, como por exemplo talvegues com matas
ciliares, a restituição aerofotogramétrica ou levantamento a laser devem ser
complementados por topografia convencional a fim de corrigir as distorções inerentes
aos métodos utilizados.
e do pavimento existente.