Taxonomia: Classificação e Especiação
Taxonomia: Classificação e Especiação
Dando nomes
P rofessor
pombos...
M aterial
Ana Paula Penna da Silva, Daniel Cabral Teixeira, Fabiana Cordeiro, Fernanda Souza
de Oliveira Campos, Onofre Saback dos Anjos e Silvana S. A. Mesquita
Introdução
Caro professor,
Sugerimos, também, que a quarta aula desta Unidade seja dedicada inicialmente a uma revisão geral da Uni-
dade e, depois, a avaliação do estudante. Para tal, estamos disponibilizando uma série de possibilidades que estão
colocadas nas seções “O que perguntam por aí?” e “Sugestões de Avaliação”.
Por fim, achamos que poderia ser útil falar um pouco sobre o tema taxonomia, considerando as diferentes
abordagens do material didático e as múltiplas possibilidades de integração do desenvolvimento desse conteúdo
através das atividades e ferramentas que sugerimos. Fizemos isso ao longo do texto, apresentando algumas suges-
tões de aprofundamento para você, professor.
Diversidade biológica
“Dando nomes aos bois, aos cavalos, aos pombos...”
Taxonomia
Objetivos da unidade
Listar os passos do processo de descrição de uma nova espécie, feita pelo taxonomista.
Definir especiação biológica como o agente que interrompe a reprodução e a mistura entre as linhagens de uma espécie.
Seções Páginas
58
Recursos e ideias para o Professor
Tipos de Atividades
Avaliação
Questões ou propostas de avaliação conforme orientação.
Folhas de
Atividade dinâmica e inte-
jornais - classi-
rativa na qual os estudantes
ficados (seção
irão separar anúncios de
Dinâmica de de anúncios Grupos de 4
emprego e, depois, por 30 min.
classificação de empregos), alunos
analogia, trabalhar o tema
tesoura ou
sobre a classificação dos
régua e folhas
seres vivos.
em branco.
Uma máquina
Atividade em que os
fotográfica
estudantes irão realizar
com recurso
uma filmagem, utilizando Participação
de filmagem
Filmando em a técnica do “stop motion”, dos alunos
ou um celular 30 min.
“Stop Motion”. com o intuito de trabalhar a formando um
com o mesmo
importância da organização grupo único..
recurso e um
e sua relação com a classifi-
computador
cação dos seres vivos.
com projetor.
60
Página no material do aluno
Seção: 1– Taxonomia e a descrição de uma espécie
40 a 43
Análise, a partir de um
Analisando Material
gráfico, com o objetivo de
gráficos: Quan- impresso a ser Trabalho em
ser criar um debate sobre a 10 min.
tas espécies distribuído na duplas
quantidade de espécies que
existem? sala aos alunos.
já foram identificadas.
Datashow com
computador,
DVD e som Apresentação de animação
Sistemas de
para a apre- sobre o sistema de Turma inteira 20 min.
classificação
sentação de classificação.
animação em
sala.
Impressão de
exercício dis-
Resolução de atividade em Atividade
Cruzadinha da ponível nesse
formato de cruzadinha em realizada em 10 min.
taxonomia material e no
folha duplas
pen drive do
professor.
62
Página no material do aluno
Seção: 3 – Ciência e perguntas
53 a 62
Datashow com
computador,
DVD e som
Entendendo a Apresentação de animação
para a apre- Turma inteira 20 min.
especiação sobre a especiação.
sentação de
animação em
sala.
Feijão preto,
feijão branco,
grãos de milho
e 1 dado de 6
faces (dis- Atividade individual,
A sorte está Atividade
ponível para visando a compreender a 15 min.
lançada individual
impressão e especiação biológica.
montagem no
material e no
pen drive do
professor).
Avaliação
Resolução de
Resolução de questão do Atividade
questões sobre Material didá-
ENEM disponível no material individual ou 10 min.
a temática da tico do aluno
do aluno. em duplas
unidade
Impressão
de material Atividade de resolução de
Atividade
Trabalho em na própria situações-problema pro-
realizada em 30 min.
pares escola para ser postas pelo professor por
duplas
entregue aos duplas de estudantes.
alunos.
Atividade Inicial
Folhas de
Atividade dinâmica e inte-
jornais - classi-
rativa na qual os estudantes
ficados (seção
irão separar anúncios de
Dinâmica de de anúncios Grupos de 4
emprego e, depois, por 30 min.
classificação de empregos), alunos
analogia, trabalhar o tema
tesoura ou
sobre a classificação dos
régua e folhas
seres vivos.
em branco.
64
Aspectos operacionais
Professor,
Estamos sugerindo para você desenvolver com sua turma uma dinâmica interativa que tem como objetivo
introduzir, de forma lúdica e aparentemente despretensiosa, o tema da classificação dos seres vivos. Nossa intenção é
chamar a atenção dos alunos para a grande diversidade de seres vivos e a necessidade de se criar critérios para facili-
tar o estudo. Com isso, pretendemos desmitificar a ideia de que a taxonomia é complicada e meramente memorativa.
Buscamos a correlação do processo de classificar com assuntos do cotidiano e do interesse dos alunos, a fim de esta-
belecermos, ao final, uma analogia entre a dinâmica proposta e o conteúdo a ser trabalhado.
Preparação: Pedir aos alunos que tragam o encarte de classificados de qualquer jornal da região, especifi-
camente a seção de anúncios de empregos. Você mesmo, professor, pode trazer alguns para completar os
grupos dos “esquecidos”.
Organização da turma: Dividir a classe em grupos. Sugerimos formar grupos de quatro alunos, para favo-
recer a participação ativa de todos. Porém, reconhecemos que cada professor vai precisar adequar-se ao
quantitativo de cada turma e às possibilidades de arrumação da sua sala de aula.
Desenvolvimento:
1) Solicitar aos integrantes de cada grupo que selecionem anúncios de oferta de emprego bem variados, a fim
de se obter, por grupo, cerca de 20 anúncios diferentes entre si (cinco por aluno, por exemplo);
2) Orientar para que cada grupo separe seus anúncios em dois conjuntos distintos. Para isso, precisam escolher
um critério para classificação, sem que o mesmo anúncio figure em mais de um conjunto. Por exemplo: um conjunto
dos empregos oferecidos que exigem experiência e outro conjunto dos empregos que não exigem;
4) Esta brincadeira de classificar pode ir continuando, a fim de formar subconjuntos cada vez mais específicos,
podendo ficar assim: empregos que exigem experiência com nível superior e sem nível superior na área do comércio,
na indústria ou na área da saúde;
66
5) Durante cada etapa de classificação, sugerimos que os grupos apresentem os critérios adotados para criar os
subconjuntos, ou seja, seus critérios de classificação. Os critérios estabelecidos pelos grupos podem ser comparados
e analisados quanto sua viabilidade. Podem ser adotados critérios como nível de experiência, escolaridade, domínio
de língua estrangeira, área de atuação, gênero, idade, entre outros que surgirem durante a dinâmica e de acordo com
a experiência dos alunos.
Professor,
Neste momento, sugerimos que seja feita a comparação com o processo de classificação dos seres vivos. Que
tal utilizar o quadro para organizar uma grande chave de classificação dos seres vivos? Você pode começar com uma
chuva de espécies de seres vivos - os mais variados possíveis e já explorados na Unidade 1 -, depois, é só usar a mesma
lógica de organização da dinâmica anterior.
Para ampliar um pouco mais, sugerimos algumas questões que podem contribuir no debate sobre classifica-
ção dos seres vivos:
Por que a escolha de critérios de classificação é importante na classificação dos seres vivos?
Considerando o sistema de classificação taxonômica, se duas espécies pertencem a reinos diferentes, po-
dem pertencer à mesma família?
Aspectos pedagógicos
Professor,
Caso seja conveniente e, de acordo com o interesse despertado na turma, você pode debater as conclusões
sobre as principais ofertas de emprego e a qual público elas atendem, ampliando para um pequeno debate social.
Adaptações: Sugerimos a dinâmica de classificação com anúncios de emprego, mas você pode adaptar para
outros materiais que se encontrem mais accessíveis à sua realidade, como, por exemplo, separar e classificar os pró-
prios sapatos dos alunos, os diferentes tipos de caderno, o material de escrever dos alunos ou a própria estrutura física
dos alunos.
Professor,
Sua exposição pode ser complementada pela leitura dos textos ou sites interativos indicados a seguir:
a) ALMEIDA W.O. et al. A zoologia e a botânica do ensino médio sob uma perspectiva evolutiva: uma alternati-
va de ensino para o estudo da biodiversidade. Cad. Cult. Ciênc. V.2 N. 1 - p. 58-66, 2008.
Atividade Inicial
Aspectos operacionais
Professor,
Nesta atividade, sugerimos um estudo dirigido que deverá ser realizado por cada aluno individualmente. An-
tes de começar, procure deixar muito clara a proposta do estudo dirigido. Se necessário, leia os enunciados.
Quando todos terminarem de fazer a atividade, você poderá dividir a turma em grupos de 4 alunos para deba-
ter as questões mais polêmicas, bem como todo o trabalho realizado. Dessa maneira, essa atividade também propor-
cionará o desenvolvimento das habilidades de comunicação e de argumentação.
68
Segue abaixo o estudo dirigido. Esse material estará disponível também no pen drive. Ao disponibilizar o es-
tudo dirigido aos seus alunos, não se esqueça de colocar linhas para cada uma das questões; é importante que eles
tenham onde colocar suas respostas.
Nome: ____________________________________________________________
Claudio Sarmento
Eduardo Bordoni
Miketsukunibito
Marcelo Xavier
Claudio Sarmento
Postdlf
fir0002/Flagstaffotos
Chris Huh
Fabiana Rocha
Lorax
Eduardo Bordoni
Eduardo Bordoni
70
4) A pulga é mais parecida com o carrapato, com a aranha ou com a vespa?
George Chernilevsky
André Karwath Aka
Richard Bartz
Robert Hooke
Para que você possa responder a essa questão, será necessário recorrer a um método parecido ao que os pesquisa-
dores realizam quando querem classificar um organismo desconhecido. Esse método é chamado de chave de classificação.
Para cada organismo, verifique, em cada item da chave, se a característica dele corresponde ao que está des-
crito na primeira ou na segunda linha. Se você, ao final da linha escolhida, encontrar um nome, isso significa que o
animal considerado pertence a esse grupo. Em caso contrário, se, ao final da linha, houver uma instrução, siga-a, indo
ao item indicado e continuando até encontrar o nome do grupo ao qual pertence o animal.
Chave de Classificação
Tem um par de antenas ou não tem antenas ..................... Passa para o item 4.
Guttorm Fatabo
Ahoerstemeier
Fonte minhoca: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mi%C3%B1oca066eue.jpg; Fonte caramujo: http://pt.wikipedia.
org/wiki/Ficheiro:Achatina_fulica_Thailand.jpg; Fonte lombriga: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Ascaris_lumbricoides.jpeg;
Fonte lesma: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brown_snail_closeup.jpg
Chave de Classificação
3. Com corpo mole, geralmente protegido por uma concha visível ou não .................. Moluscos.
Com corpo mole, segmentado, sem concha e com sedas locomotoras ..................... Anelídeos.
Professor,
72
3) A orca está evolutivamente mais próxima do golfinho, se comparado com a baleia-franca.
As categorias taxonômicas apresentam uma hierarquia. Quanto maior for a semelhança entre dois indivíduos,
mais próximos de pertencerem à mesma espécie; logo, a espécie é a categoria mais específica e o reino é a categoria
mais abrangente.
Quando consideramos dois seres vivos, eles são tanto mais próximos quanto maior for o número de táxons comuns
a que pertencem; portanto, a orca e o golfinho estão evolutivamente mais próximos, pois partilham da mesma família e,
consequentemente, de todos os grupos superiores à família. Já a baleia-franca só compartilha até a mesma ordem.
4) A pulga é mais parecida com a vespa, porque ambas são insetos, enquanto o carrapato e a aranha são arac-
nídeos. Para melhor compreensão, vamos descrever os passos seguidos na chave de classificação:
Carrapato - 1. Ele TEM esqueleto externo (exoesqueleto), logo deve ir para o item 2. Esqueleto externo NÃO é
em forma de concha, item 3. Ele NÃO TEM antenas, item 4. Tem QUATRO pares de patas. Ele, então, é um aracnídeo.
Vespa – Foram feitos os mesmos passos do carrapato, mas ele apresenta TRÊS pares de pernas, e não QUATRO.
Portanto, a vespa é um Inseto.
Lesma - 1. Ela TEM esqueleto externo (exoesqueleto), logo deve ir para o item 2. NÃO possui patas articuladas,
item 3. Ela TEM corpo mole, geralmente protegido por uma concha visível ou não. Portanto, é um molusco.
Minhoca – Foram feitos os mesmos passos da lesma; mas, no item 3, a resposta foi diferente. A minhoca TEM
um corpo mole, segmentado, sem concha e com sedas locomotoras. Logo, a minhoca é um anelídeo.
Aspectos pedagógicos
Se os alunos apresentarem dificuldade na classificação dos animais, lembre-os de observar atentamente as
ilustrações. Dessa forma, o estudo dirigido possibilitará a cada um resolver problemas, vencer dificuldades e desen-
volver métodos próprios de aprendizagem.
Caso observe nos alunos a utilização inadequada dos nomes das categorias taxonômicas, aconselhe-os a faze-
rem a analogia dos endereços presentes no material didático (página 41).
Atividade Inicial
Uma máquina
Atividade em que os
fotográfica
estudantes irão realizar
com recurso
uma filmagem, utilizando Participação
de filmagem
Filmando em a técnica do “stop motion”, dos alunos
ou um celular 30 min.
“Stop Motion”. com o intuito de trabalhar a formando um
com o mesmo
importância da organização grupo único..
recurso e um
e sua relação com a classifi-
computador
cação dos seres vivos.
com projetor.
Aspectos operacionais
Olá, professor!
Sabemos que, muitas vezes, os alunos da EJA não compreendem a real necessidade de estudarem taxono-
mia, simplesmente por não verem relação direta com suas tarefas diárias. Por essa razão, estamos sugerindo uma
atividade que tem como propósito principal levar os estudantes a compreenderem qual a necessidade do processo
de organização e, consequentemente, qual a importância da utilização das regras de classificação biológica para o
desenvolvimento da Ciência.
Em nossa atividade, iremos adotar a técnica de filmagem conhecida por “Stop Motion”, que é usada para fazer
cinema de animação, bastando, para isso, utilizar uma câmera de vídeo (ou um celular com esse recurso). Gostaría-
mos de salientar que se trata de uma atividade lúdica, em que um dos objetivos é aproximar os alunos entre si e estes
ao professor, criando uma “atmosfera” favorável ao desenvolvimento do tema sugerido.
1 – Criar um roteiro
Como se trata de fazer um filme, será necessário criar um roteiro. Vamos sugerir um, para facilitar a descrição
da atividade. Porém, caso seja possível, a turma deverá criar seu próprio roteiro, já que o interessante é justamente
74
desenvolver esse roteiro em conjunto com os alunos, pois assim teremos a participação de todos e a possibilidade de
desenvolvermos diferentes habilidades e competências relacionadas a essa atividade.
Nossa sugestão de título para nosso filme é: Cada coisa tem o seu lugar. Em nossa sugestão de filme, iremos
filmar um quarto desorganizado e como um adulto poderia ajudar ao adolescente a mantê-lo em ordem.
3 – Separando as tarefas
O professor deverá decidir, em conjunto com os alunos, o que cada um irá fazer para garantir o êxito da ativida-
de. Por exemplo, os alunos que tiverem maior facilidade com a câmera poderão ser os responsáveis pelas filmagens;
aqueles que tenham mais disposição para a ação poderão auxiliar na arrumação do cenário e na movimentação das
peças para a sequência das filmagens. Portanto, a participação de todos será importante.
Para esse roteiro, o professor deverá pedir que os alunos tragam para a aula objetos de um quarto de bonecas,
tais como caminha, armarinho, roupinhas e pequenos brinquedos, além de bonecos para representar as personagens.
A brincadeira aqui é representar um quarto de adolescente desorganizado e a importância de mantê-lo em ordem.
5 – Montando o cenário
No local onde será montado o pequeno cenário, o ideal é que se utilize uma cartolina branca ao fundo, elimi-
nando assim “cantos indesejáveis” na filmagem. Além disso, a cartolina poderá ser desenhada e pintada, ajudando,
dessa forma, na montagem do cenário. As demais peças também deverão ser colocadas no cenário, dando a ideia de
se tratar de um quarto desorganizado.
6 – Filmando
O aluno responsável pela filmagem deverá apoiar a câmera de filmagem em uma superfície plana, que dê
visão sem obstáculos para a área onde será montado o cenário para o nosso filme. Após a montagem do cenário,
deveremos ter o início das filmagens, bastando, para isso, filmar as personagens, o cenário, e pressionar a tecla pause
na câmera. Em seguida, rearranjar as personagens e o cenário, e soltar o pause, filmando a cena novamente. Essa
sequência deverá continuar até todo o filme ser rodado.
Quando terminar a atividade, o filme produzido deverá ser projetado na sala, para que todos vejam como
ficou. Caso mais de uma câmera esteja disponível na sua escola, ou se alguns alunos tiverem e queiram trazer suas
máquinas pessoais, nada impede que mais de um roteiro seja criado, e os alunos com maior afinidade para o ma-
nuseio do recurso tecnológico irão auxiliar aqueles que tenham maior dificuldade com esses instrumentos. Nessa
perspectiva, é valioso destacar que o professor deverá ser apenas o mediador, permitindo, assim, que os estudantes
sejam os protagonistas da atividade. É muito comum grupos de estudantes superarem - e muito - as expectativas ini-
cialmente traçadas para essa atividade! Nesses casos, até mesmo um desafio de filmagens pode ser sugerido à turma,
criando-se, inclusive, uma premiação simbólica para os melhores trabalhos apresentados.
Aspectos operacionais
Das páginas 37 a 43, as seções Para Início de Conversa e seção 1 do material do aluno trabalham o conceito de
taxonomia, apresentando uma série de exemplos que justificam a organização dos seres vivos em grupos distintos.
Gostaríamos de apresentar como sugestão essa atividade, a fim de dinamizar o debate e a apresentação desses con-
teúdos. Você poderá trabalhar essa proposta através de arquivo disponível no grid da aula (pen drive).
Coloque a música e peça a seus alunos que prestem atenção à letra, procurando identificar os seres vivos pre-
sentes nela e as características utilizadas pelo compositor para nomeá-los. Sugira que anotem no caderno.
76
O HOMEM DEU NOME A TODOS OS ANIMAIS
Autor: Zé Ramalho
REFRÃO
O homem deu nome a todos os animais
Desde o início
Desde o início
O homem deu nome a todos os animais
Desde o início
Há muito tempo atrás
Viu um animal com tal poder
Garras afiadas e um porte
Quando rugia tremia o chão
Disse com razão
Chamar-se-á leão
REFRÃO
Viu um animal que era tão manso
Puro, lindo
Nenhum mal fará
Mas seu predador que não é bobo
Vou chamar de lobo e sempre o caçará
Era a ovelha
REFRÃO
Viu outro animal se alimentar
No peito da mãe seu leite a sugar
Viu que aquela fêmea não é fraca
Doura e se destaca
E a chamou de vaca
REFRÃO
Viu uma criatura se arrastando
No chão, sibilando lentamente
Só não percebeu foi o veneno
Dentro do seu dente?
Você pode listar no quadro os seres vivos que os alunos encontraram. A música descreve quatro animais: leão,
lobo, ovelha e vaca, além da cobra que não foi nomeada diretamente na música, mas subentendida pelas características.
A turma pode ser incentivada a propor uma divisão em grupos; a ideia é chegar à classificação em mamífe-
ros e répteis.
Agora seria bom se a lista de cada grupo fosse ampliada com mais animais, a fim de permitir o debate sobre
as características comuns de cada grupo. Por fim, poderiam ser apresentados os animais classificados em círculos
concêntricos, como na Figura 2, sugerida na página 40 do material do aluno, a fim de ampliar o conhecimento de
taxonomia no repertório deles.
Formados os círculos, o professor pode nomear as categorias taxonômicas, como reino, classe, ordem, gênero,
e ainda nomear os grupos usando o latim: animalia, plantae, mamalia. É uma oportunidade de debater o porquê do
uso dessa língua na taxonomia.
78
Aspectos pedagógicos
Professor,
Considere que nossa intenção inicialmente é fazer com que os alunos identifiquem a taxonomia como uma
necessidade da biodiversidade. A letra dessa música pode facilitar esse debate sobre a necessidade de se agrupar os
animais e nomeá-los por suas características mais evidentes e diferenciadoras.
Na fase de ampliação dos grupos de mamíferos e répteis pelos alunos, a diversidade dos exemplos pode per-
mitir a formação de círculos concêntricos que englobem diversas categorias taxonômicas.
Estimule os alunos a mobilizarem conhecimentos anteriores ao tentarem identificar os nomes populares das
categorias de classificação, como mamíferos, aves, répteis, ou vertebrados e invertebrados. Você pode ir ampliando
essa lista com as classificações que forem desconhecidas para os alunos. Procure incentivar a anotação dos alunos; se
necessário, repita a música mais de uma vez.
Deixe que os alunos opinem sobre os critérios para formação dos grupamentos. Interfira apenas naqueles que
se mostrarem totalmente incorretos. O celular de um dos alunos pode ser utilizado para tocar a música na sala; é mais
uma oportunidade de mostrar a utilidade pedagógica de ferramentas digitais do cotidiano do aluno.
Professor, a sua condução é muito importante durante essa atividade, pois permitirá que os objetivos
sejam atingidos.
Análise, a partir de um
Analisando Material
gráfico, com o objetivo de
gráficos: Quan- impresso a ser Trabalho em
ser criar um debate sobre a 10 min.
tas espécies distribuído na duplas
quantidade de espécies que
existem? sala aos alunos.
já foram identificadas.
Propomos para esta atividade a análise do gráfico a seguir (com as quantidades de espécies conhecidas e já
catalogadas pela Ciência) e o preenchimento de uma tabela a partir das informações nele apresentadas.
Insetos
Protozoários
Plantas
Algas
Bactérias
Vírus
Outros animais
* valores aproximados
80
Aspectos pedagógicos
Professor,
Com essa proposta, além de debater junto à sua classe a quantidade de espécie conhecidas e catalogadas pela
Ciência e como elas estão distribuídas, estaremos trabalhando a leitura de gráficos e tabelas - tão importantes para
todos os alunos -, principalmente para os da Nova EJA, que encontram esse tipo de leitura em diversos momentos
de seu cotidiano.
Aspectos operacionais
Professor, a seção 1 do material do aluno aborda o trabalho de um taxonomista e o processo inicial para des-
crição de uma nova espécie. Sugerimos que você, professor, possa ir além da simples leitura oral, propondo uma
pequena dramatização desse mesmo material com a participação dos alunos. Assim, aqui vão algumas sugestões
para implementar essa atividade: proponha a leitura dramatizada da história de Joaquim, o taxonomista, que se en-
contra nas paginas 41 a 43 do material do aluno. Sugerimos que a dramatização seja muda, em forma de mímica, com
muitos gestos, enquanto um narrador vai lendo o texto. Para isso, é preciso selecionar alunos para representarem os
seguintes personagens do texto: o narrador; Joaquim; árvores da Mata Atlântica (3 alunos); a lagoa (4 alunos de mãos
dadas); roedores diversos; a armadilha; um roedor de dentes incisivos e mancha amarela nas costas (seria interessante
simular essas características).
Aspectos pedagógicos
Sugerimos que apresente a proposta de leitura dramatizada e proponha uma primeira leitura do texto antes
de dividir as tarefas. Uma segunda leitura seria interessante, para que os alunos possam se apropriar das ações de seus
personagens. Procure incentivar a participação dos alunos, criando um clima descontraído e divertido; sugira que
improvisem caracterizações (chapéu de papel, dentes de papel, folhas usadas de caderno para árvores, faixas com
nomes presos às roupas). Para que toda a turma interaja, você pode formar a Mata Atlântica com todos os alunos que
não participarem como personagens.
Considere que nossa intenção, professor, é levar os alunos a perceberem os passos do processo de descrição
de uma nova espécie, feito pelo taxonomista. Por isso, na dramatização, as etapas precisam ficar bem claras. Que tal ir
listando-as no quadro durante a narração, para debatê-las na conclusão da atividade? Por ser uma atividade diverti-
da, a sua condução é fundamental para que não se perca o objetivo central, mas acreditamos que esse caráter lúdico
possa favorecer a compreensão dos alunos e o engajamento nas conclusões.
Outro eixo importante a ser conduzido refere-se aos direitos e deveres de um taxonomista para com a Natu-
reza. É preciso debater a questão da coleta dos seres vivos, como no texto do Joaquim, que armou armadilhas para
capturar os roedores. Estimule os alunos a opinarem sobre isso, pois trata-se de um tema polêmico nas pesquisas
científicas com animais.
Todo esse debate fornecerá subsídios para que o aluno realize a Atividade 1 “Borboleta no museu?!”, do mate-
rial do aluno, página 43, que trata justamente dessa questão.
82
Para ajudá-lo no enriquecimento da discussão que permeará o tema da classificação das espécies, trouxemos
este texto da Wikipedia:
Peter Halasz
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Biological_classification_L_Pengo_vflip-pt.svg
“A classificação biológica é um sistema organizativo que se rege por um conjunto de regras unificadoras e de crité-
rios que se pretendem universais, mas que, dada a magnitude do conjunto dos seres vivos e a sua inerente diversidade, são
necessariamente adaptados a cada um dos ramos da Biologia.
Tradicionalmente, a classificação de plantas e de animais seguiu critérios diferenciados, hoje fixos no Código Inter-
nacional de Nomenclatura Botânica e no Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, respectivamente, refletindo a
história das comunidades científicas associadas. Outras áreas, como a micologia (que segue a norma botânica), a bacte-
riologia e a virologia, seguiram caminhos intermédios, adotando muitos dos procedimentos usados nas áreas considera-
das mais próximas.
Nos últimos tempos, com o advento das técnicas moleculares e dos estudos do sistema filogenético, as regras ten-
dem para a unificação, levando a uma rápida mutação dos sistemas classificativos e alterando profundamente a estrutura
classificativa tradicional.
A classificação científica é, por isso, um campo em rápida mutação, com frequentes e profundas alterações, em mui-
tos casos quebrando conceitos há muito sedimentados. Nesta matéria, mais importante do que conhecer a classificação
de uma espécie qualquer, importa antes conhecer a forma como o sistema se organiza. Até porque aquilo que é hoje uma
classificação aceite em pouco tempo pode ser outra bem diferente.”
Para se aprofundar ainda mais no tema, sugerimos o seguinte artigo da revista Ciência Hoje: Título: Lista de
espécies mais interessantes descritas em 2008 chama atenção para biodiversidade da Terra:
Resumo: Quentin Wheeler, taxonomista da Universidade do Arizona, apresenta dez novas espécies bastante
incomuns. Segundo Wheeler, o objetivo desse ranking é chamar a atenção do público para a incrível quantidade de
espécies do planeta e para a importância da taxonomia (ciência responsável por descrever, identificar e classificar os
seres vivos) no estudo dessa biodiversidade. “Poucas pessoas têm consciência da quantidade de plantas e animais
fantásticos que ainda não foram descobertos”, ressalta o taxonomista. “Um palpite conservador é que haja cerca de
dez milhões de espécies no planeta, das quais conhecemos pouco menos de 20%.” O pesquisador acrescenta ainda
que a taxonomia é a única ciência diretamente preocupada com a exploração e a documentação da história da evo-
lução, em termos de espécies e de seus representantes. E enfatiza: “O sucesso dessa ciência depende da consciência
do público e do seu apoio.”
Observação da imagem de
Material
Observando as um inseto, para que os alu-
impresso e Atividade em
características nos façam desenhos de sua 20 min.
entregue aos duplas
de um inseto. morfologia externa.
alunos.
Aspectos operacionais
Professor,
Para essa atividade, propomos que as imagens a seguir sejam entregues aos alunos para que eles possam fazer
um desenho baseado em suas observações sobre a morfologia dos insetos. Para isso, destaque que, no desenho que
irão realizar, não poderão faltar o número de patas, a presença ou não de asas e segmentos do corpo.
Cláudio Sarmento
Aspectos pedagógicos
Essa proposta visa a levar os alunos a perceberem que os cientistas, quando descrevem uma nova espécie,
levam em consideração diversos fatores, entre eles as características morfológicas dos organismos. Ao final da ativi-
dade, seria interessante abrir um debate sobre o trabalho dos taxonomistas e a importância para a humanidade da
descoberta de novas espécies.
Datashow com
computador,
DVD e som Apresentação de animação
Sistemas de
para a apre- sobre o sistema de Turma inteira 20 min.
classificação
sentação de classificação.
animação em
sala.
Sugerimos que apresente para a turma a animação sobre o sistema de classificação que está disponível no
portal teca. Para isso, acesse o link: http://teca.cecierj.edu.br/popUpVisualizar.php?id=47036 (Autora: Cláudia Tavares)
Aspectos pedagógicos
É fundamental que, ao final dessa atividade, seja debatida a importância do uso de um mesmo sistema de classi-
ficação para o avanço da Ciência. Uma linha de argumentação interessante pode seguir no sentido de que esse sistema
permite que biólogos de todas as partes do mundo troquem informações sobre as espécies, pois o sistema é universal.
Impressão de
exercício dis-
Resolução de atividade em Atividade
Cruzadinha da ponível nesse
formato de cruzadinha em realizada em 10 min.
taxonomia material e no
folha duplas
pen drive do
professor.
Aspectos operacionais
Professor,
Para complementar a proposta de atividade que já consta do material do aluno, sugerimos uma atividade edu-
cativa, mas com cara de passatempo. Que tal aplicar uma “Cruzadinha da taxonomia”? Esse material estará disponível
no seu pen drive.
86
Para a realização dessa atividade, sugerimos que reúna os alunos em duplas, distribua as folhas e peça a eles
para fazerem.
Nome: _________________________________________________
Complete o diagrama abaixo com as palavras que complementam os oito itens a seguir:
1) Ramo da ciência responsável pela classificação dos seres vivos: ________________.
2) O cão doméstico (Canis familiaris), o lobo (Canis lupus) e o coiote (Canis latrans) pertencem a uma mesma
categoria taxonômica. Esses animais fazem parte de um(a) mesmo(a)_______________________ .
3) De acordo com a classificação dos seres vivos, os reinos são subdivididos em ________________.
4) É considerado o pai da taxonomia atual, por ser considerado um dos pioneiros nessa
área:_______________________.
5) Se reunirmos as famílias Canidae (cães), Ursidae (ursos), Hienidae (hienas) e Felidae (leões), veremos que
todos são carnívoros; portanto, pertencem à(ao) mesma(o)_______________________.
6) O nome científico do cavalo é Equus ferus; o da zebra é Equus grevyi. Os dois animais pertencem a diferentes
____________________.
7) A língua eleita para ser utilizada na taxonomia foi: ________________.
8) Em um trabalho de pesquisa, dois mosquitos foram classificados como Aedes aegypti e Anophe-
les gambiae. O grau de semelhança entre esses mosquitos permite que sejam colocados no(a)
mesmo(a)____________________.
Cruzadinha da Taxonomia
Aspectos pedagógicos
Após a resolução dessa atividade em aula, você poderá promover uma análise coletiva das respostas encon-
tradas pelos alunos. Dessa forma, haverá uma discussão a respeito dos possíveis erros cometidos, aproveitando para
sanar as dúvidas.
Aspectos operacionais
Professor, na atividade a seguir, apresentamos uma lista com três espécies da fauna brasileira que estão ame-
açadas de extinção. No arquivo, os nomes científicos foram escritos sem seguir as regras de nomenclatura científica.
Distribua na turma esta listagem e peça aos alunos que façam as devidas correções nos nomes científicos. Ao final da
atividade, realize uma correção, comentando cada um dos erros encontrados.
88
Imagem modificada, baseada no arquivo disponível:
Fonte: http://www.ibama.gov.br/documentos/listas-de-especies-da-fauna-e-flora-ameacadas-de-extincao -
Aspectos pedagógicos
É fundamental que, ao final dessa atividade, seja debatida a importância do uso de uma nomenclatura uni-
versal, pois permite que biólogos de todas as partes do mundo troquem informações sobre as espécies, como se
falassem a mesma língua.
Datashow com
computador,
DVD e som
Entendendo a Apresentação de animação
para a apre- Turma inteira 20 min.
especiação sobre a especiação.
sentação de
animação em
sala.
Aspectos operacionais
Professor,
Sugerimos que apresente para a turma uma animação sobre a especiação alopátrica, que está disponível no
portal teca. Para acessá-la, procure no link: http://teca.cecierj.edu.br/popUpVisualizar.php?id=49425 (Autor: Funda-
ção CECIERJ).
Aspectos pedagógicos
Ao final da atividade, promova um debate sobre o processo de especiação geográfica e como ele pode levar
ao surgimento de novas espécies.
90
Página no material do aluno
Seção: 3 – Ciência e perguntas
53 a 62
Feijão preto,
feijão branco,
grãos de milho
e 1 dado de 6
faces (dis- Atividade individual,
A sorte está Atividade
ponível para visando a compreender a 15 min.
lançada individual
impressão e especiação biológica.
montagem no
material e no
pen drive do
professor).
Aspectos operacionais
Olá, professor!
No livro do aluno, páginas 60 a 61 e 62, você encontrará uma atividade muito interessante, que acreditamos
ser importante que você os incentive a realizá-la, juntos, com toda a turma. A temática trata das diferenças e seme-
lhanças entre as espécies. Toda a orientação necessária à sua realização está descrita no material do aluno. Não deixe
de tentar!
20 grãos de milho;
Um dado de seis lados. Caso não possua um, segue modelo para ser copiado e utilizado durante a ativida-
de (material disponível no pen drive).
”No século XVIII era amplamente aceita a idéia de que o mundo havia sido idealizado com extrema perfeição por
Deus; mesmo onde a perfeição não havia ainda sido atingida, isso finalmente ocorreria, pois Deus idealizara leis que le-
variam naturalmente a ela. Essa crença reflete-se não somente no pensamento teológico, mas também no otimismo da
corrente de pensamento denominada Iluminismo.
A teoria de Lamarck, por exemplo, postulava um caminho reto rumo à perfeição. Os evolucionistas modernos rejei-
tam a idéia de que a evolução leve à perfeição. A maioria deles acredita que algum tipo de processo evolucionário tenha
ocorrido desde o começo da vida. A mudança gradual ao longo do tempo, de bactérias e seres unicelulares eucarióticos, e
finalmente às plantas floríferas e animais superiores, é muitas vezes chamada de evolução progressiva. Essa terminologia
tem sido frequentemente utilizada para se referir à espécie humana como estágio final de uma série que levou dos répteis
aos primitivos mamíferos, dos placentários aos macacos e, destes, aos hominídeos. Houve época em que era quase que
universalmente aceito que a espécie humana era o ápice da Criação [...].
Será que a série que leva das bactérias à espécie humana significa, de fato, progresso? Nesse caso, como este pode-
ria ser explicado? Nos últimos anos, muitos livros têm debatido a existência ou a validade do conceito de progresso evolu-
tivo. A grande discussão é quanto ao significado da palavra “progresso”. Por exemplo, os que adotam um pensamento tele-
ológico [finalista] diriam que o progresso é um autodirecionamento rumo à perfeição [...]. Outros podem definir progresso
de forma empírica, como a aquisição de algo que seja, de alguma maneira, melhor, mais eficiente e mais bem sucedido
que aquilo que o precedeu. Termos como “inferior” e “superior” também têm sido criticados. Para o Darwinismo moderno,
superior significa mais recente no tempo geológico ou mais acima na árvore filogenética. Mas, um organismo é “melhor”
por ser superior na árvore filogenética?
Progresso costuma ser associado a maior complexidade, divisão de trabalho mais avançada entre órgãos corporais,
melhor utilização dos recursos do ambiente e melhor adaptação. Isso pode ser verdadeiro em certos casos, mas o crânio de
aves e mamíferos atuais não são mais complexos que os de seu ancestrais [...].
92
Ao olharmos para a série evolucionária, não podemos negar que alguns grupos de organismos têm adaptações
particularmente bem-sucedida. A endotermia, por exemplo, permite maior adaptação de aves e mamíferos às flutuações
climáticas. Um cérebro grande e o cuidado com a prole permitem o desenvolvimento cultural e a transmissão da cultura
de geração a geração.[...].
Entre as muitas definições de progresso evolutivo, eu particularmente gosto de uma, que enfatiza sua natureza adap-
tacionista. Progresso é a «tendência que as linhagens têm de desenvolver adaptação cumulativa aos seus modos de vida, pelo
aumento de características que se combinam em complexos adaptativos» (Richard Dawkins, Evolution 51:1016,1997).”
Fonte: AMABIS, José Mariano. MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia: Biologia das populações. volume 3. 2.ed.
Moderna, 2004
Aspectos operacionais
Ao final da leitura, promova um debate com a classe sobre o processo de evolução das espécies. Lembre-se de
que o conhecimento científico nos permite “viajar” ao passado e reconstituir os ambientes em que as espécies viviam.
Além disso, debata junto à turma questões atuais, como o aquecimento global, a poluição do solo e da água, e como
esses fatores podem levar espécies à extinção.
Aspectos pedagógicos
Professor,
Aproveite essas atividades para retomar a definição de espécie e de evolução. Uma sugestão seria pedir que os
estudantes, após qualquer das atividades, expliquem com suas próprias palavras o que vêm a ser esses conceitos. As
diferentes definições poderiam ser exploradas e, caso seja necessário, ocorrer uma revisão sobre o tema, de maneira
a garantir que todos tenham compreendido a temática.
Avaliação
Resolução de
Resolução de questão do Atividade
questões sobre Material didá-
ENEM disponível no material individual ou 10 min.
a temática da tico do aluno
do aluno. em duplas
unidade
Aspectos pedagógicos
Após a resolução desta questão em aula, você poderá promover uma análise coletiva das respostas encontra-
das pelos alunos com uma breve discussão a respeito dos possíveis erros (erros mais comuns) por eles cometidos.
A imagem desta questão do Enem tem como referência o texto de Raquel Aguiar, publicado na revista Ciência
Hoje on-line. Para a autora, o grupo dos primatas, ao qual o homem pertence, pode ter tido origem há 85 milhões de
94
anos, quando os dinossauros ainda habitavam a Terra, e não há 65 milhões de anos, como é comumente aceito. Com
isso, a divergência entre chimpanzés e humanos teria ocorrido não há 5, mas há 8 milhões de anos. Essas estimativas
são resultado de um modelo estatístico elaborado por matemáticos e biólogos ingleses e norte-americanos e foram
publicadas em 18 de abril de 2002 na revista Nature.
Fonte: http://www.icb.ufmg.br/labs/lbem/aulas/grad/evol/choje/primeirosprimatas.html
Avaliação
Atividade a
Pasta-catálogo Montagem de pasta por- ser realizada
Montagem de (por aluno) tfólio com organização das Atividade de maneira
portfólio e folhas de tarefas realizadas durante a individual continuada
tamanho A4 Unidade. durante toda a
Unidade.
Aspectos operacionais
Professor,
Uma excelente maneira de avaliar seu estudante é por meio do portfólio, que se constitui de uma coletânea
de trabalhos e pesquisas realizadas pelos estudantes ao longo de determinado tempo. Para isso, os alunos deverão:
Criar uma folha de identificação que deverá ser a página inicial do portfólio;
Colocar na pasta em sequência cronológica de cada uma das atividades realizadas e que tenham sido indi-
cadas pelo professor para compor a pasta portfólio;
Após cada uma das atividades realizadas, o aluno deverá redigir um pequeno texto, relatando como viu a
atividade e quais as suas conclusões sobre a temática. Essa folha deverá também ser colocada na pasta de
avaliação, imediatamente após a atividade a que ela faça referência.
Avaliação
Impressão
de material Atividade de resolução de
Atividade
Trabalho em na própria situações-problema pro-
realizada em 30 min.
pares escola para ser postas pelo professor por
duplas
entregue aos duplas de estudantes.
alunos.
Aspectos operacionais
Um valioso instrumento de avaliação que pode ser utilizado é o trabalho em pares. Para esse instrumento, será
necessário que o professor:
Separe as turmas em pares. Sempre existe a possibilidade, apesar do nome, de se formarem trios para essa
atividade, pois muitas vezes iremos encontrar número ímpar de alunos em uma classe;
Proponha uma situação-problema que deverá ser analisada por cada dupla de estudantes. É fundamental
que a escolha da situação-problema esteja dentro das condições de avaliação e reflexão dos alunos, mas que
também traga em seu contexto a necessidade de reflexão por parte da dupla para a realização da tarefa. Afi-
nal, o uso de um desafio “bem medido” é sempre proveitoso para o desenvolvimento da temática proposta;
96
Auxilie na formação das duplas, evitando que alunos com extrema dificuldade fiquem juntos, o que pode-
ria dificultar o processo proposto. Por essa razão, é importante que o professor tenha a sensibilidade para
agrupar os estudantes de maneira que eles possam se ajudar mutuamente. O equilíbrio entre as aptidões
é fundamental, pois, dessa forma, os alunos terão a oportunidade de aprender com seus pares e irão mais
facilmente se apropriar do conhecimento;
Realize, ao final da avaliação, uma reflexão com a turma, trazendo novamente a situação-problema, que
havia sido proposta inicialmente, para uma nova análise em grupo único composto por toda a classe.
Exemplo de atividade-problema
Pedro é um aluno da Nova EJA que foi visitar, pela primeira vez, um zoológico. Ele estava acompanhado do
professor de Biologia e de seus colegas de classe. Ficou encantado com a diversidade de espécies que estavam ali
representadas. Além disso, encontrou diversas informações importantes sobre os animais que ele estava observando.
Por sinal, achou linda uma ave de nome bem diferente: a Curica-de-cabeça-azul, que tem o nome científico Pionus
menstruus. No zoológico, ele descobriu que, na Natureza, essa ave alimenta-se de frutos, sementes, nozes, bagas,
flores e brotos.
Ao retornar para casa e contar para sua esposa sobre sua aula, falou sobre as diversas espécies que conheceu,
porém falou especialmente sobre a Curica-de-cabeça-azul, mas não soube informar mais detalhes sobre ela, além de
seus hábitos alimentares. Recorreu, então, à internet. Porém, ficou na dúvida sobre qual nome utilizar para ter certeza
de que estaria recebendo informações exatamente sobre a espécie que ele conheceu no zoológico.
Baseado nas nossas aulas sobre taxonomia e nos debates promovidos em sala sobre essa temática, como po-
deríamos ajudá-lo a ter informações específicas sobre a espécie escolhida? Justifique a sua resposta.
___________________________________________________________________________________
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É fundamental que os alunos cheguem à conclusão de que Pedro deve se utilizar do nome científico da ave
(Pionus menstruus), e não do seu nome popular (Curica-de-cabeça-azul). Isso se deve ao fato de que os nomes popu-
lares podem estar relacionados a diversas espécies diferentes, pois estão relacionados a uma questão cultural. Já o
nome científico trará informações exclusivamente sobre a espécie que ele escolheu no zoológico.
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