Produção de Ovinos de Corte PDF
Produção de Ovinos de Corte PDF
Produção de Ovinos de Corte PDF
Embrapa
Brasília, DF
2015
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Embrapa Caprinos e Ovinos Telefone: (88) 3112-7400
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Fernando Henrique M.A.R. de Albuquerque
Unidade responsável pelo conteúdo e pela edição
Embrapa Caprinos e Ovinos Médico-veterinário, mestre em Zootecnia, pesquisador,
Embrapa Caprinos e Ovinos, Sobral, CE
Comitê de Publicações
Presidente Revisão de texto
Francisco Selmo Fernandes Alves Carlos José Mendes Vasconcelos
Leandro Silva Oliveira
Secretária-executiva Normalização bibliográfica Médico-veterinário, mestre em Zootecnia, analista,
Ana Maria Bezerra Oliveira Lôbo Tânia Maria Chaves Campelo
Embrapa Caprinos e Ovinos, Sobral, CE
Membros Capa, projeto gráfico e diagramação
Alexandre César Silva Marinho Maíra Vergne Dias
Alexandre Weick Uchoa Monteiro
Foto da capa
Carlos José Mendes Vasconcelos
Fernando Henrique M. A. R. de
Diônes Oliveira Santos Albuquerque
Maíra Vergne Dias
Manoel Everardo Pereira Mendes
Tânia Maria Chaves Campelo
Viviane de Souza
1a edição
1a impressão (2015): 2.000 exemplares
Todos os direitos reservados.
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,
constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Embrapa Caprinos e Ovinos
ISBN 978-85-7035-447-1
CDD 636.39
© Embrapa 2015
Apresentação
Observações 54
Literatura recomendada 55
INTRODUÇÃO
1
Introdução
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tegoria de produção, remunera apenas pelo peso ou ta-
manho. Muitas vezes, os animais não são pesados em
balança. A pesagem é feita “pelo olho” (avaliação visu-
al). Os diferenciais de preços são mais observados entre
animais de abate e animais para reprodução (formação,
crescimento e reposição de rebanhos). Um dos motivos Gestação e parto
da ausência de diferencial de preço por qualidade está Estação de monta
nas condições dos animais no momento da comercia-
lização, ocasião em que são vendidos em uma mesma
condição de acabamento de carcaça (quantidade de gor-
dura na carcaça), independente da idade.
Abate Terminação
14 15
SISTEMAS DE TERMINAÇÃO
(ENGORDA)
17
2
Sistemas de Terminação (Engorda)
19
2.1 Engorda em Confinamento
20 21
Nesse tipo de engorda, os animais recebem o ali-
mento no cocho, tanto o concentrado (ração) quanto o
volumoso (capim verde moído, palma picada, silagem Muita atenção ao preço da ração,
de capim, de milho ou de sorgo, feno). Os cordeiros de- ao valor que o animal será vendido
vem ser alimentados duas ou três vezes por dia (início da e ao tempo de engorda, para que o
manhã, meio-dia e final da tarde). confinamento seja lucrativo!
22 23
2.2 Engorda em Pastagem Cultivada
24 25
A conta usada é a seguinte:
Número de piquetes =
(Dias de descanso / Dias de pastejo) + 1
Por exemplo: um lote de cordeiros em engorda, em
pastagem de capim-tanzânia com 5 dias de paste-
jo em cada piquete e descanso de 30 dias para os
animais retornarem ao primeiro piquete. O número
de piquetes será:
Número de piquetes =
(30 dias/5 dias) + 1 =
6 + 1 = 7 piquetes
26 27
ração/dia. Essa suplementação poderá ser fornecida no 2.3 Engorda em Pastagem Nativa
final da tarde. Caso a proporção da suplementação diária
for superior a 1,2% do peso vivo, deve ser dividida em
dois fornecimentos, manhã e tarde, para evitar timpanis-
mo (empazinamento). A terminação de ovinos em pastagem nativa (caa-
tinga sem manipulação) é a forma mais comum encon-
O ganho de peso diário de animais jovens nessas trada no semiárido, porém os animais atingem a condi-
áreas varia de 70 g até 180 g, ou seja, em dez dias ga- ção de abate em idades tardias, superior a dez meses,
nham de 700 g até 1,8 kg. e muitas vezes são comercializados sem apresentar um
adequado acabamento de carcaça.
Observa-se que essa forma de terminação apresen-
ta uma grande variação de resposta, tanto no crescimen- Algumas formas de manejo da caatinga podem
to dos cordeiros quanto no “lucro”. Os principais fatores ser utilizadas para possibilitar maiores produções de cor-
que influenciam essa variação são: eficácia no controle deiros por área. O manejo de raleamento da caatinga é o
da verminose, quantidade de ração usada na suplemen- mais indicado para a produção de ovinos, principalmen-
tação, preço da ração e do adubo, manejo do capim e te se associado ao enriquecimento da pastagem, por
preço de venda dos cordeiros para abate. meio do plantio de capins mais produtivos e adaptados
ao semiárido (buffel, capim corrente, adropogon, massai
É importante que seja feito o controle de verminose e gramão) e da adubação da área.
nos animais, em função dessa doença ser um dos princi-
pais problemas da criação de cordeiros em pastagem. O No período das chuvas, os cordeiros apresentam
controle deve ser feito através do método Famacha®, que ganho de peso diário variando de 40 g a 100 g, ou seja,
orienta a vermifugação somente de animais que estejam em dez dias ganham de 400 g até 1 kg de peso vivo.
com anemia (“olho branco”). Nesse tipo de engorda, a Quando suplementados com ração, podem chegar até
avalição deve ser feita uma vez por semana. 180 g por dia. Animais com até 12 meses (dente de leite)
apresentam melhores desempenho na engorda.
28 29
to) antes de fazer a suplementação. O fornecimento da
ração pode ocorrer no final da tarde, quando os animais
retornam para o aprisco ou para o curral.
30 31
SELEÇÃO DE CORDEIROS PARA ENGORDA
3
Seleção de Cordeiros para Engorda
35
• Sanidade e defeitos (não colocar na engorda
cordeiros com sintomas de doenças: anemia,
diarreia, “mal do caroço”, “boqueira”, “mal do
casco”, catarro e conjuntivite; evitar animais
com defeitos na boca – “queixo curto”, “queixo
comprido”, “boca torta”).
36 37
acompanhamento e avaliação
Foto: Fernando Henrique M.A.R Albuquerque
PRÁTICAS DE MANEJO
Cordeiros selecionados para engorda. DURANTE A ENGORDA
38 39
4
Práticas de Manejo Durante a Engorda
41
Foto: Fernando Henrique M.A.R Albuquerque
42 43
As informações do manejo de entrada devem ser
anotadas em fichas, agendas ou cadernos, para que du-
rante a engorda seja feito o acompanhamento do cres-
cimento de cada animal e dos custos de produção. As
pesagens devem ser realizadas a cada 14 dias, acom-
panhadas da avaliação do escore de condição corporal
(grau de gordura). Quando mais próximo ao ponto de
abate, esse acompanhamento deverá ser realizado uma
vez por semana, para que os animais não passem do
ponto de abate, evitando prejuízos.
44 45
Foto: Humberto Memória
Foto: Leandro Oliveira
46 47
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
DO SISTEMA DE ENGORDA
5
Acompanhamento e Avaliação
do Sistema de Engorda
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• Tempo para atingir o peso de venda (dias em Os principais ganhos (entrada de dinheiro) na en-
que o animal ficou na engorda). gorda são:
• Escore de Condição Corporal na venda (1 a 2,5 • Cordeiros para abate (venda em função do peso
- magro; 3,0 a 4,0 - no ponto; 4,5 a 5,0 - muito vivo - “peso em pé”).
gordo). • Esterco (venda do estrume).
• Quantidade de animais que adoecem durante a
engorda. Ao serem abatidos em frigoríficos, o produtor tem
• Mortalidade de animais (quantidade de cordei- outros produtos para venda:
ros que morrem durante a engorda). • Carcaças (venda da carcaça em bandas ou cortes).
• Vísceras (venda da “fussura” e “buchada”).
Para a avaliação econômica são definidas as fontes
de custo (desembolsos) e de receita (entradas de dinheiro) • Pele (venda do couro).
da fase de engorda. Os principais desembolsos são com:
• Compra de cordeiros para engorda.
• Alimentação (ração – milho, resíduo de algodão,
farelo de soja, “puim” de trigo; sal mineral; pro-
dução de capim, de feno ou de silagem).
• Medicamentos e vacinas (vermífugos, remédio
para tratar animais doentes, vacinas para preve-
nir doenças).
• Mão de obra (pagamento de diaristas para fa-
zer ou ajudar em algum serviço relacionado à
engorda. Por exemplo: cortar capim, fazer feno
ou silagem, consertar cerca, limpar o curral de
engorda).
• GTA (Guia de Trânsito Animal), para transportar
os cordeiros comprados e vendidos.
• Outros custos (brincos e colares para identifica-
ção dos animais, caderno para anotações, cor-
das e outros produtos utilizados nesse período
da criação).
52 53
Observações Literatura recomendada
• A realização da engorda de cordeiros permite ARAÚJO FILHO, J. A. de; CARVALHO, F. C.; SILVA, N. L.
uma maior produção de carne de melhor qualida- Criação de ovinos a pasto no semi-árido Nordestino. So-
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tivada, de cordeiros após a desmama, reduz a BUQUERQUE, F. H. M. A. R. de. Avaliação de sistemas
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