E-BOOK Treasy Guia+para+criar+uma+area+de+Planejamento+e+Controladoria
E-BOOK Treasy Guia+para+criar+uma+area+de+Planejamento+e+Controladoria
E-BOOK Treasy Guia+para+criar+uma+area+de+Planejamento+e+Controladoria
Como implantar
uma área de
Planejamento
Controladoria e
Finanças
PLANEJAMENTO, CONTROLADORIA E FINANÇAS
Valor............................................................................................................................................................................ 10
Tempo ......................................................................................................................................................................... 11
Riscos .......................................................................................................................................................................... 12
Mandato ..................................................................................................................................................................... 14
Comprometimento ..................................................................................................................................................... 14
E depois? ........................................................................................................................................................................ 16
Dica ............................................................................................................................................................................. 31
Muito antes da decolagem de um avião, o piloto já deve possuir em mãos um plano detalhado com
todas as informações necessárias para o voo, sendo a principal delas o destino. E com base no
destino pretendido, outras informações são necessárias e sub-planos vão surgindo.
Mesmo com todos estes procedimentos prévios, não há nenhuma garantia que a rota será 3
percorrida como foi planejada. Podem surgir áreas de instabilidades, ventos fortes, outras
aeronaves na rota e uma série de fatores que farão com que o piloto seja obrigado a realizar
pequenos desvios e ajustes de curso durante o voo.
A única certeza é que o destino estabelecido deve ser alcançado, e para isto o piloto utilizará todos
os instrumentos e habilidades disponíveis para chegar ao destino. O mesmo deve (ou deveria)
acontecer nas empresas, não importando o setor ou tamanho. Tudo deve começar no
planejamento!
Como no exemplo do avião, é muito provável que as coisas não saiam exatamente como foram
planejadas. Desvios sempre vão existir, mas o importante é ter sempre em mente o destino a ser
alcançado. E como para o piloto, as habilidades e experiências adquiridas pelo gestor ao longo do
tempo são importantes, mas sem os instrumentos apropriados fica muito mais difícil saber se o
avião está voando no rumo certo!
Isso vale para uma empresa que estrutura uma área de planejamento e controladoria, mas o que
acontece com empresas que assim não a seguem? Na prática ocorre o efeito cachoeira, um barco
que não possui direção, qualquer uma que venha tomar servirá como destino, e muitas vezes um
destino perigoso e sem regresso.
Para que uma empresa tenha diferenciação no mercado, existe a necessidade da elaboração de um
processo estruturado para suportar e agilizar a tomada de decisões de forma ágil. Este processo é
chamado de planejamento estratégico, e define desde as decisões relacionadas a definição do
preço de venda dos produtos no mercado até a elaboração da estratégia para alcançar os macro
objetivos traçados pela empresa.
A controladoria deve estar inteiramente integrada com todas as demais áreas da empresa, pois
recebe e consolida as informações necessárias para elaboração de um plano de negócios eficiente e
também para gerar os relatórios de acompanhamento de desempenho como o DRE (Demonstração
do Resultado do Exercício), DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa), e o BP (Balanço Patrimonial),
que são utilizados pelos gestores como base para muitas das tomadas de decisões.
O objetivo da controladoria é fazer com que a atividade da empresa seja medida e avaliada, e com
esse resultado acompanhar e comparar com o desempenho medido mês a mês com as metas que
foram definidas anteriormente nas etapas de planejamento e orçamento. Além disto, é importante
realizar o comparativo também com o resultado de outras empresas do ramo, para mostrar aos
gestores como seu resultado poderia ser melhorado e, na sequência, apontar as devidas correções
nas atividades.
Contábil
Gerencial
Custos
Tributária
Controle de ativos
Gestão de riscos
Gestão da informação
O PROFISSIONAL DE CONTROLADORIA
Ele tem a função básica de extrair e consolidar informações relevantes, fidedignas e tempestivas,
gerando relatórios para auxiliar a tomada de decisões dos gestores de cada área, bem como para a
diretoria da organização. Porém, suas atribuições não param por ai. Um gerente de controladoria
deve identificar pontos deficientes ou que podem ser melhorados para contribuir no incremento da
rentabilidade e lucratividade da empresa, monitorando também o nível de exposições ao risco.
Está sob as responsabilidades de um gerente de controladoria atuar com instruções para as demais
áreas da empresa, realizar a análise de desempenho, análise e proposta de ações para a equipe de
gestão, contabilidade, gestão de liquidez de ativos, finanças, planejamento fiscal, governança
corporativa, conformidade e garantia, gestão de riscos, análise de viabilidade de projetos e claro, na
redução de custos e melhorias contínuas na produtividade.
Também estão entre suas atribuições realizar acompanhamento e aplicação das medidas acordadas
durante o processo de planejamento e fazer a programação de recursos em cooperação com
serviços compartilhados.
Além disto, por conhecer a empresa de modo geral, muitas vezes o controller atua na coordenação
e implantação dos diversos sistemas de informações que compõem uma empresa (ERP,
contabilidade, planejamento e orçamento, etc.). Para isto, deve ter aptidões como saber tratar,
refinar e apresentar, de maneira clara, resumida e operacional, dados contidos nos registros da
contabilidade financeira. Deve ainda, para ter um trabalho eficaz, observar inúmeros princípios
E estes são apenas alguns exemplos dos relacionamentos que o controller deve realizar com as
demais áreas da empresa, realizando o levantamento de toda a projeção de receitas, custos,
despesas e investimentos para consolidar e gerar as informações de projeção que serão validadas
com a diretoria da organização e acompanhadas durante todo o exercício em forma de metas e
objetivos.
Por isto é importante que o controller possua a sua disposição ferramentas ágeis e eficientes (como
o Treasy, nosso sistema para planejamento, orçamento e acompanhamento econômico-financeiro),
para auxiliá-lo a realizar o planejamento anual da empresa, definindo as metas e objetivos a serem
alcançados e acompanhar mensalmente os resultados comparando se o que está sendo realizado
está de acordo com o que foi planejado, tomando as providências necessárias para corrigir
possíveis desvios a tempo.
Porém, é comum (e desejável) que o controller possua formação acadêmica em áreas como mais
relacionadas ao setor de planejamento, controladoria e finanças, como Administração de Empresas,
Ciências Contábeis, Economia e outros cursos que complementem a gestão empresarial como um
todo.
7
O PERFIL DO CONTROLLER E OS PRINCÍPIOS QUE DEVEM NORTEAR SEU TRABALHO
Abaixo listamos alguns princípios, características e atitudes desejáveis para a pessoa que atuará na
função de controller. A lista é apenas ilustrativa e não exaustiva, portanto outras características
podem ser necessárias dependendo de cada caso. E claro que é praticamente improvável que uma
mesma pessoa possua todas elas, porém quanto mais próximo chegar, maiores as chances de
contratar uma pessoa com o perfil ideal para a função.
Iniciativa: antecipar fatos na economia global, e fornecer essas informações aos seus
gestores e respectivos setores que necessitem tais alterações;
Comunicação: fornecimento de informações às áreas com linguagem simples, direta e
objetiva sem dar margem para duplas interpretações;
Poder de síntese: deve traduzir fatos em índices, usando sempre a comparação entre o
resultado realizado e o planejado, além de comparativos externos;
Visão: analisar o desempenho e os resultados com ações focadas no futuro;
Oportunidade: fornecer informações aos gestores em tempo hábil para que possam agir
corrigindo ou adaptando-se às novas variáveis externas;
Persistência: acompanhar os desempenhos das áreas frente a seus estudos e interpretações
e possibilitar que suas ações definidas sejam ao máximo possível implementadas para o
crescimento econômico global;
Contribuição: assessorar os demais gestores em melhorar suas deficiências, sem julgamento
do certo ou errado, mostrando o foco necessário;
Imparcialidade: fornecer informações confiáveis também significa questionar quando as
mesmas não são forem satisfatórias, e expor e acompanhar a busca dos reais motivos de
sua execução;
Persuasão: para convencer outras pessoas e setores sobre seus projetos que queira
implantar e compartilhar, inclusive utilizando dos seus relatórios gerenciais para esses elos;
Consciência das limitações: deve ser consciente de que mesmo sendo um profissional com
grande conhecimento em administração, contábeis e economia, deverá buscar ;
Em uma pequena ou média empresa, as dúvidas e preocupações são muitas, e que não deixam
nada a desejar em relação a uma grande empresa. Entre inúmeros itens importantes que precisam
ser monitorados, a controladoria e financeiro tem lugar especial, pois é um dos pilares centrais que
ajudam o empreendimento a se manter e evoluir.
A necessidade não ocorre somente porque a controladoria de uma empresa atua nos instrumentos
legais obrigatórios, mas principalmente porque se trata de um setor altamente estratégico, que
pode ajudar a gerir o negócio de forma holística. Ou seja, além de cuidar do dia a dia financeiro da
empresa, a controladoria funciona como um poderoso instrumento que ajudaria em diagnósticos
de mercado e tomadas de decisões importantes para o bom funcionamento e crescimento do
negócio.
E neste momento surge a segunda dúvida: “promover uma equipe interna de planejamento,
controladoria e finanças ou terceirizar estes serviços a uma consultoria especializada?”.
Para realizar a opção de contratar ou promover alguém da equipe interna para o cargo de futuro
controller, devemos observar inicialmente o perfil desejado (conforme já citado anteriormente). É
muito importante que esta pessoa possua uma base de conhecimentos em administração de
empresas, macro e micro economia, e bom domínio contábil que envolve inclusive toda a parte
tributária, o seu planejamento de uso, atualização frequente, domínio de uma segunda língua
(preferencialmente inglês), excelente prática em informática para desenvolvimento de relatórios,
conhecimentos em sistemas de gestão integrada, e estar disposto a enfrentar o grande desafio
sabendo das suas responsabilidades de alto nível.
Empresas que realizam a promoção interna (desde que ambos lados estejam cientes das
recompensas e responsabilidades), geralmente são mais valorizadas por parte dos colaboradores,
levando assim a um aumento da reputação da empresa em meio a seus profissionais, e
incentivando a carreira na mesma organização.
Estas empresas geralmente já estão no mercado há vários anos, e contam com corpo preparado de
profissionais aptos para dar colocar em prática os conhecimentos e experiências adquiridos no
atendimento a carências estratégicas de empresas que foram suas clientes em projetos anteriores.
Além disto, ao contratar uma consultoria externa, é fundamental que um responsável interno,
muitas vezes a própria direção, faça um acompanhamento regular dos resultados obtidos,
mensurando o quanto a consultoria está contribuindo ou não para a melhoria dos negócios.
Em nosso site, há uma área onde recomendamos alguns consultores e empresas de consultoria em
quem confiamos. Você pode conferir e entrar em contato com os que forem mais compatíveis com
a necessidade de sua empresa.
Uma estratégia que também pode ser muito interessante para uma empresa que esteja iniciando
uma nova área de planejamento, controladoria e finanças, é iniciar de forma mista entre a
promoção de profissionais internos e a contratação de consultorias especializadas.
Desta forma, a empresa pode iniciar com a velocidade oferecida pelas consultorias externas e aos
poucos ir estruturando a área interna de controladoria, retendo o conhecimento fornecido pelas
consultorias e capacitando seus colaboradores para dar continuidade aos processos de gestão
implantados pela consultoria especializada.
É importante que o profissional externo escolhido para iniciar o departamento seja uma pessoa
com perfil dinâmico, que possua bom conhecimento de mercado e de legislação, além de ser de
bastante confiança. Além disso, o profissional deve estar totalmente imerso no contexto do
empreendimento e buscar sempre se atualizar e buscar conhecimentos na área.
Uma vez tomada à decisão de montar uma equipe interna ou contratar uma equipe externa de
controladoria, o próximo passo é ter muito bem definido e documentado o que a diretoria da
empresa espera desta equipe.
10
Entre as definições mais importantes, podemos destacar quatro que se relacionam de forma
totalmente integradas entre si: a expectativa de retorno dos investimentos por parte da diretoria,
o perfil de apetite a riscos da empresa, o nível de mandato delegado a equipe de controladoria,
bem como o comprometimento do restante da empresa para atingir os objetivos estabelecidos.
EXPECTATIVA DE RETORNO
Quando falamos em expectativa, podemos dividir em duas premissas básicas: valor e tempo.
VALOR
O valor, como o próprio nome diz, é o que se espera ganhar com aquela ação, ou seja, qual o
objetivo da iniciativa. Este tipo de avaliação pode ser tanto quantitativa (como, por exemplo, um
aumento de vendas ou uma redução de despesas) ou qualitativa (como a melhoria da qualidade de
trabalho ou um aumento da satisfação dos clientes).
Para isto, uma boa dica é estabelecer o uso de indicadores, com metas claras e bem definidas. Veja
alguns exemplos:
Uma forma bastante eficaz de estabelecer e acompanhar metas, é usar a estratégia SMART:
TEMPO
Já quando falamos em expectativas de tempo, precisamos entender que toda ação consome tempo
(duração) e precisa de um prazo para ser realizada. É muito importante que a área de controladoria
tenha muito bem acordado com a diretoria da empresa quais são as expectativas quanto a cada
objetivo.
Objetivos de curto prazo são aqueles objetivos mais simples, que a empresa pretende 11
alcançar em até um ano;
Objetivos de médio prazo são aqueles que levariam de um a cinco anos para conquistar.
Aqui a complexidade de planejamento e gestão já aumenta um pouco;
Objetivos de longo prazo são aqueles que passam de cinco anos para serem atingidos, logo
exigirão um nível de planejamento e acompanhamento maior para que os resultados
esperados sejam alcançados.
Lembrando que toda iniciativa estratégica precisa ter um escopo bem definido, que
invariavelmente terá um tempo necessário para execução e consumirá recursos para sua
implementação. Portanto, vale lembrar da imagem clássica do triangulo da qualidade:
Antes de falarmos sobre Apetite de Risco, precisamos entender que toda empresa corre riscos, e
precisa sim corre-los para poder buscar diferenciação e novos resultados. Porém, existem diversas
RISCOS
Uma boa gestão de riscos não desacelera o crescimento de uma empresa. Pelo contrário, permite
que ela avance mais rápido e com muito mais segurança, cometendo menos erros, se deparando
com menos problemas, e principalmente estando mais preparada para enfrentá-los, quando eles
aparecem.
12
Muitas organizações deixam de obter o máximo retorno de seus investimentos em gestão de riscos
porque seus processos na área são dissociados e as informações e os dados críticos não são
compartilhados.
Mas por onde começar? Seja com questões de auditoria interna, controles internos ou aspectos
mais globais de riscos, as organizações precisam começar respondendo a algumas questões
fundamentais, como:
Com as respostas obtidas a partir destas perguntas, podemos começar a definir métodos de de
monitoramento e controle, como:
A aplicação das técnicas e metodologias de gestão de risco as operações rotineiras, gestão tática e
tomada de decisões estratégicas, além da capacitação continua da equipe para identificar e tratar
proativamente riscos e oportunidades, geram melhorias significativas no desempenho da empresa.
E a gestão de riscos não é importante apenas internamente. Quando um fundo decide investir
capital em uma empresa, geralmente avalia e toma muito cuidado com os riscos inerentes a este
investimento. As políticas financeiras adotadas por seus dirigentes são um ponto chave para
geração de riqueza para suas organizações e os investidores avaliam como diretores e
administradores, junto ao seu controller, trabalham sobre as variações econômicas e qual nível de
conhecimento dos riscos ligados aos processos de decisão.
O apetite ou tolerância a riscos é uma métrica da empresa que tem a função de alinhar a
sensibilidade e a subjetividade dos vários indivíduos que compõem uma organização, de acordo
com os tipos de incertezas que afetam seu resultado.
É como se fosse criada uma “régua” padrão de análise que proporciona a comparabilidade
necessária para priorizar decisões e definir até que nível a empresa está disposta a correr riscos
relacionados a estas decisões.
Baseado no apetite a risco de cada organização, podemos chegar a seu perfil de risco. São
inúmeras as variações possíveis, mas vamos definir aqui três perfis clássicos de apetite a risco: 13
Perfil Conservador: são empresas avessas a riscos em seus investimentos, mesmo que o
investimento represente a possibilidade de maiores retornos. Não suportam a volatilidade e
sentem-se melhores quando sabem que seus recursos estão protegidos de oscilações.
Priorizam a proteção do patrimônio que já conquistaram e geralmente aplicam a maior
parte de seus recursos em investimentos de baixo retorno, mas alta probabibilidade;
Perfil Moderado: são empresas que também valorizam a segurança em seus investimentos,
mas já aceitam correr algum risco para obter maior rentabilidade, almejando ganhar um
pouco mais que o tradicional. Estas empresas procuram aliar a proteção ao patrimônio que
já possuem ao ganho que investimentos mais arriscados podem proporcionar no longo
prazo. Geralmente investem parte de seus recursos em investimentos mais arrojados e
inovadores e o restante em itens de baixo risco;
Perfil Arrojado ou Agressivo: possuem grande apetite por retornos elevados. Não se
desesperam, e aceitam esperar para recuperar perdas provocadas pelas eventuais baixas do
mercado. Aceitam correr mais risco em busca de ganhos adicionais nos médio e longo
prazos, aceitam perder parte ou totalidade dos recursos investidos. Não precisarão dos
recursos em curto prazo e geralmente investem boa pare de seus recursos em
investimentos mais arrojados.
MANDATO E COMPROMETIMENTO
O texto abaixo foi retirado da ISO 31000, que trata sobre Gestão de Riscos, e nos ajuda a entender
bem a importância da área de planejamento, controladoria, e finanças possuir dois atributos
essenciais para poder atuar na gestão tática e estratégica de forma efetiva: mandato e
comprometimento.
Ou seja, uma vez que a expectativa de retorno foi definida junto a diretoria e o perfil de apetite a
riscos da empresa foi entendido e estabelecido, é necessário agora que a equipe de controladoria
tenha autonomia para tomar as decisões necessárias no sentido de atingir os objetivos
estabelecidos.
Esta autonomia pode ser traduzida também pelos termos mandato e comprometimento.
MANDATO
Mandato para que a equipe de controladoria possa tomar decisões e que estas decisões tenham
validade junto as demais áreas, como se fosse uma espécie de procuração emitida pela própria
diretoria da empresa.
COMPROMETIMENTO
Uma das frases mais famosas e repetidas no mundo dos negócios é também uma das que mais
carrega verdade em sua simplicidade: “O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado”.
Em nosso blog, você já deve ter percebido que falamos muito sobre a importância do planejamento
econômico-financeiro, orçamento empresarial e sobre projeções em geral, mas nada disto é
suficiente se não ocorrer um acompanhamento paralelo do que realmente está acontecendo.
COMO COMEÇAR
Para uma empresa que está começando a estruturar sua área gerencial, o ideal é começar com o
mais simples possível e evoluir os métodos e controles utilizados à medida que forem surgindo
novas necessidades. 15
Se a empresa já tenta começar com algo muito avançado (e consequentemente complexo), as
chances são muito grandes de que os controles se tornem um problema ao invés de uma
ferramenta de apoio.
Desta forma, uma das formas mais simples de começar é com planilhas mesmo. Se você está
começando ou quer evoluir a gestão de sua empresa, em nossa área de downloads você encontra
vários materiais gratuitos que ajudarão a começar.
Estes materiais e planilhas prontas servirão de base para sua empresa começar e a medida que a
necessidade de gestão evoluir, você pode ir ajustando as planilhas, incluindo novos controles ou
mesmo excluindo os que não fazem sentido a empresa.
Outro ponto de extrema importância é saber o que sua empresa precisa acompanhar. As
necessidades de acompanhamento de uma empresa de prestação de serviços podem ser muito
diferentes das necessidades de uma empresa de produção industrial, por exemplo.
Portanto, ninguém melhor que você, que conhece muito bem sua empresa, para definir com
exatidão quais são as informações mais importantes para a gestão e não menos importante, quais
informações devem ser deixadas de lado, para não gerarem trabalho de coleta e análise
desnecessário.
Abaixo listamos alguns pontos simples, mas que podem ajudar a sua empresa a começar a realizar
um controle gerencial:
16
E DEPOIS?
Depois de algum tempo, vai ser natural a identificação de gaps e necessidades específicas, para que
então você comece a desenvolver suas próprias metodologias e ferramentas de acompanhamento.
Uma boa opção é buscar no mercado sistemas especializados em atender o modelo de negócio de
sua empresa. Estes sistemas geralmente já possuem bastante experiência e conhecimentos de
negócio adquiridos durante sua existência através da necessidade real dos negócios de seus
clientes. Desta forma, já concentram muita coisa pronta que pode poupar bastante trabalho,
tempo e dinheiro para sua empresa.
Mas cuidado! É preciso pesquisar bastante e comparar as opções para escolher um sistema que
atenda as necessidade específicas de sua empresa e que fique dentro do orçamento destinado para
este fim. Opções não faltam!
PS: A frase do início do tópico é de William Edwards Deming, que foi um estatístico, professor
universitário, conferencista e consultor norte-americano. Deming ficou conhecido após seu
trabalho no Japão, com o aumento da produção durante o período da segunda guerra mundial. Já
nos anos 50, muito a frente de sua época, ele ensinava às altas direções das empresas como
planejar o aumento da qualidade dos seus produtos. Deming realizou muitas contribuições
significativas para que o Japão se tornasse o renomado desenvolvedor e produtor de inovações de
alta tecnologia e qualidade que é hoje. Deming é tido como sendo a personalidade, não nascida no
Japão, que maior impacto causou sobre o sistema de negócios e de produção fabril japonês (Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Edwards_Deming).
Como vimos no capítulo anterior, sua empresa não precisa reinventar a roda na hora de começar
estruturar uma área de planejamento, controladoria e finanças, muito menos criar novas
metodologias e ferramentas a partir do zero.
Muita coisa pode ser obtida pronta, mas é necessário que seja feita uma analise detalhada da
necessidade de gestão para decidir o que usar.
Nos próximos tópicos deste capítulo, abordaremos alguns dos instrumentos de gestão econômico-
financeira mais comuns e que são utilizados pela maioria das organizações, de diversos portes e
setores: 17
Elaboração de um Plano de Contas
Definição das Demonstrações de Custos, Despesas, e Gastos
Definição do modelo de Demonstrativo de Resultados do Exercício
Definição do modelo de Demonstrativo de Fluxo de Caixa (CP e LP)
Definição do modelo de Balanço Patrimonial
Assim você pode aprender um pouco mais sobre cada um deles e decidir quais são condizentes com
as necessidades de sua empresa.
Um dos passos mais básicos na definição dos métodos de planejamento e controle é a elaboração
de um Plano de Contas, que dará suporte para todas as demais demonstrações.
O Plano de Contas, também conhecido como Modelo Contas, Estrutura de Contas ou ainda Elenco
de Contas, é uma lista que apresenta as contas contábeis (ou gerenciais) necessárias para que a
empresa possa registrar todos os eventos e movimentações econômicas e financeiras que
acontecem durante suas atividades e operações.
Apesar de a estrutura base do plano de contas costuma não variar muito, a sua montagem deve ser
personalizada por empresa, já que cada organização possui necessidade de registro e análise de
informações com detalhamentos específicos, que um modelo de plano de contas “genérico” pode
não compreender. Ou seja, basta seguir de um plano de contas modelo e adicionar ou excluir
contas conforme necessário.
Ativos
Passivos
Receitas
Despesas
Para saber mais sobre Classificação Contábil, sugerimos um artigo de nosso blog onde abordamos
em detalhes este tema.
Este plano de contas servirá como base para montagem do balanço patrimonial, que é uma das
demonstrações contábeis que visa a evidenciar de forma sintética e padronizada a situação
patrimonial da empresa. Portanto, essa demonstração deve ser estruturada e apresentada de
acordo com os preceitos da Lei 6.404/76 (chamada “Lei das S/A”) e segundo os Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
Porém, em muitos casos essa estruturação é realizada apenas para atender a legislação e pode não
atender as necessidades de análise da organização. Para isto a equipe de contabilidade e
controladoria costuma elaborar um plano de contas gerencial, que nada mais é do que um arranjo
diferente das contas existentes, bem como inclusão ou exclusão de outras contas, visando atender
as necessidades de análise dos resultados econômico, financeiro e patrimonial da empresa.
Mas ao definir um plano de contas gerencial deve ser tomado o cuidado de criá-lo de maneira
organizada e estruturada para que as informações geradas para alimentar o plano de contas
contábil também sirvam para alimentar o plano de contas gerencial de maneira automática, pois do
contrário pode aumentar significativamente o trabalho da equipe envolvida, e principalmente a
chance de erros e inconsistências ao se trabalhar com dois planos de contas diferentes.
Caso sua empresa esteja iniciando uma área de controladoria e ainda não tenha um plano de
contas definido, preparamos um modelo de plano de contas para download gratuito.
Este modelo é bem simplificado e resumido, ideal para servir de base para a montagem do plano
de contas personalizado para micro e pequenas empresas que estejam iniciando seus processos
gerenciais. Depois você pode ir criando novas contas conforme a necessidade Para realizar o
download, basta clicar no link abaixo:
Porém, estes relatórios são um possuem um nível de complexidade um pouco maior para quem
está começando, além de nem sempre trazem informações com a granularidade de detalhes
necessária para identificar desvios ocorridos.
20
Portanto, o ideal é começar com uma análise mais simples, como um relatório que permita a gestão
comparativa (planejado x realizado) dos Gastos, Custos e Despesas de sua empresa, de forma mais
abrangente e detalhada, gerando assim indicadores que proporcionam uma visão nítida da
composição dos desembolsos em cada categoria.
Estes indicadores ajudam a identificar onde está indo tudo bem, e outros pontos que precisam de
acompanhamento, ajustes e maior dedicação para um próximo período.
A análise de variação percentual é muito útil para contas com movimentações menores, onde
qualquer desvio será facilmente identificado. Porém, em contas com maior volume de
movimentação é necessário também a análise em valor, pois como os valores destas contas são
muito elevados, desvios percentuais pequenos podem mascarar desvios em valor bastante
expressivos.
Diferentemente do Demonstrativo de Fluxo de Caixa (vermos a seguir), que trabalha pelo regime de
caixa, o DRE é confeccionado pelo regime de competência. Se você não sabe ou não lembra da
diferença, vale a pena dar uma conferida em um artigo de nosso blog onde falamos sobre o tema: 21
Entendendo a diferença entre regime de caixa e regime de competência.
A Demonstração do Resultado do Exercício oferece uma ótima síntese dos resultados operacionais
e não operacionais de uma empresa em um determinado período de tempo.
Embora sejam elaboradas anualmente devido as obrigações legais de divulgação, em geral são
feitas mensalmente para fins administrativos e gerenciais e, trimestralmente para fins fiscais, sendo
uma das mais poderosas ferramentas de análise para os gestores de uma empresa.
Este é um exemplo de como o relatório pode ser estruturado pela empresa, porém como já
dissemos antes, este é um relatório gerencial, ou seja, as empresas podem adicionar ou mesmo
excluir linhas, de acordo com suas necessidades.
Este desdobramento pode ser por unidade de negócios, por lojas, por uma obra de construção,
uma filial, uma área de negócios ou qualquer outra deparmentalização que sua empresa deseje
acompanhar de forma mais detalhada.
Este tipo de análise é comumente chamada de DRE por Centro de Resultado ou DRE por Unidade
de Negócios.
A DRE ajuda a fornecer respostas para questões fundamentais como, por exemplo, mas não se
limitando a:
Como foi a receita líquida com relação aos custos de serviços ou produtos vendidos?
Qual foi a evolução do resultado com relação ao mês anterior?
Nós melhoramos ou não?
Isso facilita muito a verificação de gargalos dentro da empresa, em setores específicos, ou até
mesmo por cliente. As áreas financeira e contábil são as geradoras de informações confiáveis, e o
“dono do negócio” (responsável pela Unidade ou Centro de Custo) pode se apoiar nestes dados
para tomar decisões de forma embasada e estruturada, por serem fidedignas.
Além dos diversos benefícios gerados citados anteriormente, o DRE é fonte para uma série de
importantes indicadores, indispensáveis na gestão de qualquer empresa. Abaixo destacamos alguns
deles:
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
A Margem de Contribuição (MC) é sem exageros, umas das mais importantes informações para o
gerenciamento da rentabilidade da empresa. Isso porque ela demonstra o quando cada produto e
serviço vendido contribui para pagar os custos fixos da empresa.
Apesar de tanta importância, seu calculo é muito simples, dado pela fórmula abaixo:
Se você quiser saber um pouco mais sobre a Margem de Contribuição, em nosso blog temos um
artigo bem detalhado sobre o tema e também disponibilizamos uma planilha gratuita para o cálculo
da Margem de Contribuição e Rentabilidade de sua empresa.
EBITDA OU LAJIDA
Outra informação de extrema importância e que é retirada facilmente do DRE é o EBITDA. Com ele
é possível analisar o desempenho das organizações de forma “livre” de influências externas.
Para conhecer melhor este indicador, vamos começar entendendo o que significa essa sigla.
EBITDA é o acrônimo em inglês para Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and
Amortization, ou seja, a sigla por si só, já ajuda bastante a explicar a função do indicador. E fica
ainda mais simples se traduzirmos literalmente para português, obtendo o termo LAJIDA, que
significa Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.
Portando, em linhas gerais podemos definir o EBITDA como sendo “a geração operacional de caixa” 24
da companhia, ou seja, quanto a empresa gera de lucro (ou prejuízo) apenas em suas atividades
operacionais, sem considerar os efeitos financeiros e de pagamento de tributos.
Para se aprofundar neste assunto, indicamos um artigo bem completo que publicamos há algum
tempo, incluindo a decomposição passo a passo do cálculo do EBITDA.
Sem mais delongas, para auxiliar sua empresa a iniciar a planejar e acompanhamento regularmente
de como está sendo composto seu lucro, montamos uma planilha com um modelo de DRE para
download gratuito. Basta clicar no link ao abaixo para baixar a planilha.
O DFC permite saber quais foram as entradas e saídas de dinheiro que ocorreram em um período
específico, seja no caixa, nas contas bancárias ou nas aplicações financeiras que a empresa possui
com liquidez imediata. Com o DFC é possível ainda averiguar qual o resultado causado na empresa
por cada uma destas movimentações financeiras.
Entre diversas outras informações, a Demonstração de Fluxo de Caixa aponta onde os recursos
financeiros da empresa foram aplicados e qual a origem desses recursos, possibilitando uma
melhor gestão das entradas e saídas de dinheiro, evitando assim que ocorram desvios ou erros.
Ou seja, com informações atualizadas e confiáveis, é possível evitar que a empresa fique sem
dinheiro disponível em caixa para honrar seus compromissos ou então decidir quais as aplicações
mais vantajosas para investir os recursos financeiros disponíveis, seja investindo em ampliações da
própria empresa ou colocando o dinheiro em aplicações financeiras externas, como fundos de
investimentos.
ORÇAMENTO DE CAIXA
Orçamento de caixa é um poderoso instrumento de gestão, sem o qual qualquer empresa fica
totalmente vulnerável quando não o utilizada. Com o orçamento de caixa, é possível relacionar
todos os recebimentos e desembolsos de caixa que são esperados, e com esta informação prever
os efeitos do saldo de caixa nas operações da empresa.
Empresários às vezes questionam: Minha empresa está gerando lucro, mas não tenho dinheiro no
caixa! O que pode estar acontecendo?
E por mais estranho que pareça, é comum encontrarmos casos de empresas que apresentam lucro
(conforme mostrado pelo seu Demonstrativo de Resultados do Exercício), mas pode estar
apresentando dificuldades de ter fluxo de caixa.
O problema geralmente não está na formação do preço de venda, nos gastos fixos e nem nos
custos de produção, e sim nos ciclos de seus pagamentos e recebimentos. Todo esse processo é
envolvido o quesito tempo, e o tempo é para comprar, produzir, vender e receber.
Isso acontece quando os prazos de pagamento de suas despesas e recebimento de suas vendas
estão desbalanceados. Ou seja, a empresa, pode, por exemplo, estar vendendo com prazo de 60
dias para seus clientes pagarem, mas estar comprando e pagando seus fornecedores a vista.
Isto eleva muito a necessidade de capital de giro da empresa para continuar suas operações,
tornando assim muito caro o “custo de capital”. No jargão corporativo, chamamos isto de “financiar
os clientes”.
Uma dica para ter um fluxo de caixa saudável é sempre que possível antecipar recebimentos e
postergar pagamentos. Desta forma sua empresa mantém dinheiro em caixa, diminuindo a
necessidade de recorrer a bancos ou mesmo usando seu capital próprio como capital de giro,
podendo assim investir seus recursos em atividades que ajudarão em seu crescimento.
Outra dica é que para uma empresa é jovem, geralmente a melhor prática nos primeiros anos é
reinvestir os lucros gerados e mantendo uma reserva suficiente de capital de giro, contribuindo
assim para redução de despesas financeiras por falta de fluxo de caixa e aumentando a taxa de
crescimento natural da organização.
Se os acionistas logo no primeiro lucro já fazem a opção por dividendos, poderá contribuir para
uma dificuldade financeira maior futuramente, ou até mesmo falir a companhia nos primeiros anos,
E como já é de praxe, montamos uma com um modelo de DFC para download gratuito. Esta
planilha foi elaborada pelo Método Direto, que é mais usual para controle financeiro, segregado
entre três categorias, operacionais, investimentos, e financiamentos.
BALANÇO PATRIMONIAL
Você já deve ter ouvido falar de alguma empresa que esta “fechada para balanço”, certo? Isto
significa que esse relatório esta sendo montado, geralmente com a auditoria das áreas da empresa
e levantamento e conferência de todos os bens da empresa, incluindo os estoques produtos
acabados e matérias-primas.
Ou seja, o Balanço Patrimonial demonstra de uma forma simples e objetiva, todos os ativos (bens e
direitos) e passivos (dividas e deveres) da empresa, bem como se o patrimônio acumulado está em
ascensão ou declínio.
O Balanço Patrimonial tem este nome justamente pela sua fundamentação, em que as contas de
ativos e passivos devem estar equilibradas; e sempre terá a soma total das contas do ativo igual ao
total das contas do passivo.
Também podemos dividir os ativos e passivos em categorias menores, para facilitar os cálculos e
demonstrações.
Ativo circulante: são os bens e recursos aplicados da empresa, que podem ser convertidos
facilmente em dinheiro em curto período de tempo.
Ativo não circulante: são os recursos de permanência duradoura, como por exemplo, cotas
societárias.
Realizável a longo prazo: similar ao ativo circulante, porem entra nessa categoria os
recursos que demoram mais um ano contábil para serem convertidos em dinheiro.
Ativo fixo: são os bens necessários para a empresa realizar suas atividades, tais como
máquinas, edifícios, terrenos, etc.
29
Já para os passivos, podemos dividir em:
Passivo circulante: são as obrigações que a empresa tem que pagar durante o ano contábil,
tais como salários dos funcionários, fornecedores, impostos etc.
Exigível a longo prazo: semelhante ao passivo circulante porem a empresa só vai pagar nos
anos contábeis seguintes.
O ideal é sempre manter atualizado o relatório Balanço Patrimonial mês a mês para no final do ano
para tornar a emissão anual menos trabalhosa. Lembrando que o BP não deve ser visto apenas
como uma obrigação contábil, e sim com uma importantíssima ferramenta de gestão para a
empresa medir sua evolução e basear a tomada de decisões.
Cada conta (linha no relatório) possui sua importância, que vai variar de acordo com cada setor de
atividade em que a empresa está inserida, portanto não seria prudente afirmarmos aqui que
determinada conta é mais ou menos importante que outra.
Porém, elencamos abaixo algumas das contas mais comuns na análise de balanço, com comentários
sucintos sobre a importância e aplicação de cada uma delas.
Mas recomendamos de forma enfática que você saiba identificar quais são as contas mais
importantes para seu negócio e busque aprender mais sobre elas para poder realizar a correta
leitura de seu Balanço Patrimonial, que dará insights precisos sobre sua empresa.
ESTOQUES
Um dos pontos que exigem bastante atenção no ativo circulante, são os estoques. As contas de
estoques de matéria-prima, produtos acabados, e produtos em elaboração, devem ser muito bem
acompanhadas. Isto porque devemos ter o entendimento que é dinheiro estacionado
temporariamente, e que afeta diretamente a demanda da linha de produção e a disponibilidade
das vendas.
Como o próprio nome induz, a conta de Imobilizado representa o capital investido em bens para
que a empresa possa exercer suas atividades básicas para geração de lucro.
Investir em imobilizado é o mesmo que dizer “vou produzir mais” para aumentar os lucros da
empresa, e por consequência o patrimônio líquido dos acionistas. O cuidado maior para isso é a
decisão por captar recursos de terceiros via financiamentos, ou aplicar capital próprio que a
empresa possui em contas correntes.
Uma das formas para decidir isso é a verificação da taxa de juros dos financiamentos propostos
comprada com a taxa de remuneração dos disponíveis em conta corrente. O prazo de recuperação 30
do investimento com relação ao prazo de quitação de parcelas geradas pelos contratos de
financiamentos.
Mas este é um assunto mais extenso para entrarmos em detalhes agora, e inclusive temos um e-
book inteiro destinado a este tema (investimentos), que você pode baixar gratuitamente em nosso
blog.
CAPITAL SOCIAL
Quando se constitui uma sociedade, ocorre uma subscrição e nesse momento os sócios subscrevem
o capital (isto é, fazem um comprometimento), que deverá ser entregue a sociedade. Este capital
subscrito pode ser integralizado ao patrimônio da empresa em parcelas ou de forma integral,
dependendo do acordo realizado e dos cronogramas propostos.
A subscrição é o ato jurídico formal pelo qual o acionista assume a obrigação de transferir bens ou
direitos para o patrimônio da entidade. Já a integralização corresponde a transferência de recursos
do patrimônio particular para o patrimônio da empresa. A parcela que foi integralizada denomina-
se capital realizado e a parcela não integralizada denomina-se capital a integralizar.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio líquido é a outra parte dos recursos da empresa que chamamos de capital próprio,
por pertencer de forma exclusiva aos sócios e acionistas. Ele é composto basicamente do capital
social, aumentando ou diminuindo anualmente quando é feita a integralização dos lucros
acumulados (que podem ser prejuízo também, diminuindo o patrimônio líquido).
Para um controle do BP é fundamental conhecermos com exatidão suas funções e sabermos como
medir as contas patrimoniais com relação a uma liquidez, administração dos ativos e das dívidas.
Isso servirá de apontamento para a empresa não entrar em quadros de endividamento e buscar
sempre trazer retorno positivo (em forma de lucros) para o capital investido pelos sócios ou
acionistas.
DICA
31
Para fechar, uma dica muito simples validar se o seu Balanço Patrimonial está correto, é começar
conferindo os totais. O total dos Ativos em uma empresa sempre deve ser igual ao total dos
Passivos mais o Patrimônio Líquido.
Isto se deve ao método chamado de Método das Partidas Dobradas, onde cada transação
financeira é registrada na forma de entradas em pelo menos duas contas, nas quais o total de
débitos deve ser igual ao total de créditos. Este método foi registrado por Luca Pacioli em 1494,
mas até hoje continua sendo o sistema padrão usado no mundo todo por empresas e outras
organizações para registrar transações financeiras.
Você pode obter mais informações sobre este método no artigo Classificação Contábil, que
publicamos algum tempo atrás em nosso blog.
Preparamos também uma planilha com um modelo Balanço Patrimonial para download gratuito.
Na planilha, basta preencher as colunas de "saldo" que os percentuais serão calculados
automaticamente.
Está foi a segunda parte do e-book e como você está cadastrado em nossa lista de contatos, dentro
de algumas semanas finalizaremos a terceira e ultima parte e enviaremos a vocês. Esta próxima
parte contemplará os seguintes tópicos:
E para saber mais sobre investimentos, indicadores ou outros temas relacionados à gestão
econômica e financeira, visite nosso site, onde temos uma área em que disponibilizamos
periodicamente materiais relacionados a planejamento, orçamento e acompanhamento para
download gratuito.
São planilhas, e-books, artigos, white papers e outros materiais que certamente vão auxiliar a sua
empresa a evoluir ainda mais seus processos de gestão. Confira em www.treasy.com.br/materiais-
gratuitos.
No blog você pode ainda se cadastrar em nosso newsletter para receber os artigos diretamente em
seu e-mail ou nos adicionar nas redes sociais para ficar por dentro do que acontece por aqui!
Marcelo Dilger Amaral é consultor contábil e tributário e atual nestas áreas desde 1.993. Nos
últimos 10 anos realizou implantação de sistemas de gestão em grupos de empresas e sociedades
de economia mista. Destaca-se em segmentos como: logística de transportes, gás natural,
construção civil e empreendimentos imobiliários. Sua formação: Bacharel em Ciências Contábeis, e
Pós-graduado em Controladoria pela FAE Business School, Pós-graduado em Gestão de Negócios
pela UFPR. Atualmente presta serviços de consultoria contábil e tributária por empresa própria a
MK2 – Assessoria e Consultoria Empresarial em Curitiba.
33
SOBRE O TREASY
Com o Treasy você pode realizar seu orçamento de forma colaborativa e confrontar os resultados
mensalmente com o que foi planejado, identificando facilmente onde estão os desvios e podendo
realizar ajustes a tempo de aproveitar oportunidades ou impedir problemas que possam tirar sua
empresa do curso planejado.