O documento apresenta uma exceção de pré-executividade contra uma ação de execução fiscal movida contra uma igreja. Em três frases, o documento argumenta que: (1) a igreja possui imunidade tributária constitucional sobre seu patrimônio, renda e serviços relacionados às suas finalidades essenciais; (2) a legislação municipal reconhece a isenção de taxas para templos de qualquer culto; (3) portanto, a cobrança da taxa de lixo municipal é ilegal e a ação de execução fiscal deve ser extinta.
O documento apresenta uma exceção de pré-executividade contra uma ação de execução fiscal movida contra uma igreja. Em três frases, o documento argumenta que: (1) a igreja possui imunidade tributária constitucional sobre seu patrimônio, renda e serviços relacionados às suas finalidades essenciais; (2) a legislação municipal reconhece a isenção de taxas para templos de qualquer culto; (3) portanto, a cobrança da taxa de lixo municipal é ilegal e a ação de execução fiscal deve ser extinta.
O documento apresenta uma exceção de pré-executividade contra uma ação de execução fiscal movida contra uma igreja. Em três frases, o documento argumenta que: (1) a igreja possui imunidade tributária constitucional sobre seu patrimônio, renda e serviços relacionados às suas finalidades essenciais; (2) a legislação municipal reconhece a isenção de taxas para templos de qualquer culto; (3) portanto, a cobrança da taxa de lixo municipal é ilegal e a ação de execução fiscal deve ser extinta.
O documento apresenta uma exceção de pré-executividade contra uma ação de execução fiscal movida contra uma igreja. Em três frases, o documento argumenta que: (1) a igreja possui imunidade tributária constitucional sobre seu patrimônio, renda e serviços relacionados às suas finalidades essenciais; (2) a legislação municipal reconhece a isenção de taxas para templos de qualquer culto; (3) portanto, a cobrança da taxa de lixo municipal é ilegal e a ação de execução fiscal deve ser extinta.
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EXMO. SR. DR.
JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA DE FAZENDA
PUBLICA DE CAMAÇARI-BA
Processo n xxxxxx
Ação de execução fiscal
Exequente: Município dexxxxxxxx
Executado: xxxxxxxxxx
xxxxxxx, já qualificada noa autos em épigrafe, neste ato representada
por seu pastor presidente, (qualificação), por seu procurador que esta subscreve, vem, à presença de Vossa Excelência, apresentar EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, conforme as razões a seguir expostas:
DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE/
MATÉRIAS CONHECIDAS DE OFÍCIO QUE NÃO DEMANDEM DILAÇÃO PROBATÓRIA.
Como é cediço, o processo de execução tem como objetivo a
expropriação de bens do devedor , com o objetivo de satisfazer o direito do credor, não sendo possível que o sujeito passivo apresente defesa quando citado, pois a defesa deve ser formulada nos embargos do devedor após garantido o juízo, autuados em apenso nos autos da execução.
Diante desse quadro, e de que o direito sofre constantes mudanças,
além dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nasceu a preocupação em romper ou minimizar a rigidez do sistema do processo executivo, por trazer implicações profundas com o direito de defesa
Quando foi regulada a atual Lei de Execução Fiscal, Lei 6830/80, a
jurisprudência já vinha admitindo, independentemente de prévia garantia à execução, petições em que o executado se manifesta pela existência do pagamento, ou pela anulação do lançamento do crédito executado.
Assim, tem-se entendido que nas hipóteses em que a matéria possa
ser reconhecida de ofício pelo magistrado e que decisão possa ser tomada sem dilação probatória, é admissível que o executado se manifeste nos autos da execução, tese esta defendida largamente pela doutina e jurisprudência moderna.
No mesmo sentido é o entendimento do Egrégio Superior Tribunal de
Justiça, que, no seu papel de instância uniformizadora do direito federal, formulou súmula admitindo a exceção de pré-executividade: Súmula 393/STJ: a exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente as matérias conhecidas de ofício que não demande dilação probatória. Assim conclui-se pelo cabimento da presente manifestação.
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
A imunidade tributária constitucional dos templos de qualquer culto
está prevista no art. 150, VI, b, e § 4° da Constituição Federal de 1988, que se transcreve:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)
VI - instituir impostos sobre: (...)
b) templos de qualquer culto; (...)
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
As imunidades tributárias consistem em regras constitucionais de
natureza dúplice, pois, de um lado, são normas constitucionais que limitam o poder de tributar e demarcam a competência tributaria do ente federativo; do outro, consistem em verdadeiro direito público subjetivo das pessoas direta ou indiretamente por elas favorecidas de não se sujeitarem à tributação, nos termos delimitados pela norma imunizante.
Desta forma, nenhum dos sujeitos abarcados pela imunidade estão
incluídos nos contornos das regras de competência tributária. No caso em tela, isso implica que nenhum ente federativo recebeu da Constituição Federal competência para instituir impostos sobre templos de qualquer culto, desde que respeitados os limites do § 4° do art. 150 da CF/88, ou seja, é vedado aos entes federativos instituir impostos sobre templos de qualquer culto que afetem o seu patrimônio, renda ou serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades.
As imunidades tributárias consistem em supressão da competência
constitucional dos entes tributantes. Assim, o tratamento que a Constituição Federal dispensa às competências dos entes tributantes para instituir tributos deve ser desconsiderado quando se chocar com preceitos imunizantes.
A imunidade de templos de qualquer culto teve sua abrangência
firmada pelo Supremo Tribunal Federal no RE 325.822, que ampliou a acepção de “templo”, até então restrita ao prédio onde se realizava os ritos religiosos e seu anexos, a de “templo-entidade”, em consonância com o §4° do art. 150 da CF/88, que coloca as alíneas “b” e “c” do mesmo artigo, sobre o mesmo tratamento, como se observa da ementa transcrita a seguir:
ARE 658080 AgR / SP - SÃO PAULO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO Relator(a): Min. LUIZ FUX Julgamento: 13/12/2011 Órgão Julgador: Primeira Turma
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. ENTIDADE ASSISTENCIAL. IMÓVEL VAGO. IRRELEVÂNCIA. JURISPRUDÊNCIA DO STF. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO DESPROVIDO. 1. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “c”, da CF alcança todos os bens das entidades assistenciais de que cuida o referido dispositivo constitucional. 2. Deveras, o acórdão recorrido decidiu em conformidade com o entendimento firmado por esta Suprema Corte, no sentido de se conferir a máxima efetividade ao art. 150, VI, “b” e “c”, da CF, revogando a concessão da imunidade tributária ali prevista somente quando há provas de que a utilização dos bens imóveis abrangidos pela imunidade tributária são estranhas àquelas consideradas essenciais para as suas finalidades. Precedentes: RE 325.822, Tribunal Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 14.05.2004 e AI 447.855, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJ de 6.10.06. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “Ação declaratória de inexistência de relação jurídica. Sentença de improcedência. Alegada nulidade por falta de intimação/intervenção do Ministério Público. Ausência de interesse público. Art. 82, III, CPC. IPTU. Imunidade. Decisão administrativa. Entidade de caráter religioso. Reconhecimento da imunidade, com desoneração do IPTU/2009. O imposto predial do exercício anterior (2008), no entanto, continuou a ser cobrado pela Municipalidade, por considerar estarem vagos os lotes na época do fato gerador (janeiro/2008). Comprovação da destinação dos imóveis para os fins essenciais da igreja – construção de seu primeiro templo. Inteligência do art. 150, VI e § 4º, da CF. Dá-se provimento ao recurso.” 4. Agravo regimental a que se nega provimento.
Assim, passou-se a compreender templo, não como estrutura, o
imóvel, mas como entidade, organização religiosa. São imunes de impostos, portanto, o patrimônio, renda e serviços da entidade voltados para suas finalidades essenciais.
Pelo exposto, requer que este juízo reconheça que há ilegitimidade
passiva da executada por estar coberta pela imunidade dos templos de qualquer culto, prevista pelo art. 150, VI, b, da CF/88.
DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA MUNICIPAL
O código Tributário Municipal, instituído pela Lei Municipal n° 1039/2009 prescreve em seu art. 21 o seguinte:
Art. 21. O reconhecimento do direito ao gozo da imunidade será
verificado pela fiscalização municipal, através de ação fiscal, quando preenchido os requisitos legais previstos na Constituição Federal, no Código Tributário Nacional, na Lei Orgânica da Assistência Social e demais normas que regem as entidades constitucionalmente referenciadas. § 2° O reconhecimento da imunidade se dará, na forma do regulamento, por ato do Secretário Municipal da Fazenda, publicado no Diário Oficial do Município, com base em parecer da Junta de Julgamento e relatório circunstanciado elaborado pelo agente fiscal. (grifo nosso).
Sendo assim, cabe mencionar que fora editado uma portaria do
Secretário Municipal da Fazenda, reconhecendo o goza da imunidade tributária do imovél em litigio.
Nesta trilha de pensamento é importente frisar o que dispõe o art. 159
do Código Tributário Municipal:
Art. 159. São isentos da Taxa:
IV - os templos de qualquer culto; Verifica-se que a legislação municipal prêve a dispensa de taxa aos templos de qualquer culto. Observa-se que a referida legislação trás em seu bojo a insenção da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares - TRSD, conforme disposto no art. 189 in verbis;
Art. 189. Ficam isentas da TRSD as unidades imobiliárias
destinadas ao funcionamento de: IV - as pessoas físicas e jurídicas imunes ou isentas do pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana;
Contudo como se observa do crédito contido na CDA que instrui a
presente ação, a cobrança de valores refernte a taxa de TRSD o que contraria a própria legislação municipal. Assim sendo, a organização religiosa imunes de impostos o que torna a cobrança da taxa de TRSD torna ilegal,portanto impele pela necessária extinção da presente ação. DO ÔNUS DA PROVA
É oportuno consignar que as instituições religiosas e as demais
entidades imunes gozam da presunção de que seu patrimônio, renda e serviços são destinados a suas finalidades essenciais, de modo que o afastamento da imunidade só pode ocorrer mediante a constituição de prova em contrário produzida pela administração tributária.
No mesmo sentido, trago à colação os seguintes precedentes
jurisprudenciais do STF:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE
TRIBUTÁRIA. IPTU. ARTIGO 150, VI, “B”, CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO DE ENTIDADE DE CUNHO RELIGIOSO. 1. Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. 2. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, “b”. 3. As áreas da incidência e da imunidade tributária são antípodas. Recurso extraordinário provido.” (RE 578.562, Rel. Min. Eros Grau, Plenário, DJe de 12/9/2008) Imunidade. Entidade educacional. Artigo 150, inciso VI, alínea c, da Constituição Federal. ITBI. Aquisição de terreno sem edificação. Fato gerador. Momento da aquisição. Destinação às finalidades essenciais da entidade. Presunção. Ônus da prova. Precedentes. 1. No caso do ITBI, a destinação do imóvel às finalidades essenciais da entidade deve ser pressuposta, sob pena de não haver imunidade para esse tributo. 2. A condição de um imóvel estar vago ou sem edificação não é suficiente, por si só, para destituir a garantia constitucional da imunidade. 3. A regra da imunidade se traduz numa negativa de competência, limitando, a priori, o poder impositivo do Estado. 4. Na regra imunizante, como a garantia decorre diretamente da Carta Política, mediante decote de competência legislativa, as presunções sobre o enquadramento originalmente conferido devem militar a favor das pessoas ou das entidades que apontam a norma constitucional. 5. Quanto à imunidade prevista no art. 150, inciso VI, alínea c, da Constituição Federal, o ônus de elidir a presunção de vinculação às atividades essenciais é do Fisco. 6. Recurso extraordinário provido.” (RE 470.520, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 21/11/2013) Imunidade. Entidade de assistência social. Artigo 150, VI, c, CF. Imóvel vago. Finalidades essenciais. Presunção. Ônus da prova. 1. A regra de imunidade compreende o reverso da atribuição de competência tributária. Isso porque a norma imunitória se traduz em um decote na regra de competência, determinando a não incidência da regra matriz nas áreas protegidas pelo beneplácito concedido pelo constituinte. 2. Se, por um lado, a imunidade é uma regra de supressão da norma de competência, a isenção traduz uma supressão tão somente de um dos critérios da regra matriz. 3. No caso da imunidade das entidades beneficentes de assistência social, a Corte tem conferido interpretação extensiva à respectiva norma, ao passo que tem interpretado restritivamente as normas de isenção. 4. Adquirido o status de imune, as presunções sobre o enquadramento originalmente conferido devem militar a favor do contribuinte, de modo que o afastamento da imunidade só pode ocorrer mediante a constituição de prova em contrário produzida pela administração tributária. O oposto ocorre com a isenção que constitui mero benefício fiscal por opção do legislador ordinário, o que faz com que a presunção milite em favor da Fazenda Pública. 5. A constatação de que um imóvel está vago ou sem edificação não é suficiente, por si só, para destituir a garantia constitucional da imunidade. A sua não utilização temporária deflagra uma neutralidade que não atenta contra os requisitos que autorizam o gozo e a fruição da imunidade. 6. Recurso extraordinário a que se nega provimento.” (RE 385.091, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 18/10/2013)
Pelo exposto, considerando a ausência de competência para cobrar
impostos da executada, a presunção constitucional da utilização do patrimônio da executada segundo as suas finalidades essenciais, nos termos do § 4°, do art. 150 da Constituição federal de 1988, e da impossibilidade de produção de prova em contrário em sede de execução fiscal, não há outra medida a ser adotada por este juízo senão a extinção do crédito tributário.
DA NULIDADE DO CDA: INOCORRÊNCIA DO FATO GERADOR
A Certidão da Dívida Ativa (CDA) está eivada de vícios que impelem
pela sua nulidade. A CDA consiste na formalização em linguagem competente do crédito tributário constituído pelo processo administrativo do lançamento e não adimplido pelo sujeito passivo. Assim, há uma correlação direta entre o lançamento e a inscrição da dívida ativa.
Conforme visto anteriormente, a executada está amparada pela
imunidade dos templos de qualquer culto inscrita no art. 150 da Constituição federal de 1988. Tratando-se de uma limitação da competência tributária, facilmente se identifica o vício no processo de lançamento, pois inexistente o fato gerador imputado à executada, haja vista a incompetência constitucional do ente tributante. Assim, o Município de Camaçari-BA, não se ateve ao disposto no Código Tributário Nacional, em seu art. 142, vejamos:
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Viciado o lançamento, resta maculada a inscrição em dívida ativa, de
forma insanável. E assim o é, pois não se trata de erro material ou formal, que ensejaria na emenda ou na substituição do CDA. Em verdade, trata-se de inconstitucionalidade do lançamento, retirando qualquer resquício de presunção relativa de certeza de liquidez do título extrajudicial, requisitos indispensáveis previsto no art. 3° da Lei de Execuções Fiscais e 204 do Código Tributário Nacional.
No mesmo sentido entende o Superior Tribunal de Justiça, vejamos:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.
SUBSTITUIÇÃO OU EMENDA DA CDA. IMPOSSIBILIDADE. 1. A jurisprudência desta Corte é assente no sentido da possibilidade de se emendar ou substituir a CDA por erro material ou formal do título, até a prolação da sentença de embargos, desde que não implique modificação do sujeito passivo da execução, nos termos da Súmula 392 do STJ. Tal substituição também não é possível quando os vícios decorrem do próprio lançamento e/ou da inscrição. 2. Entendimento ratificado pela Primeira Seção, ao julgar o REsp1.045.472/BA, sob o regime do artigo 543-C do CPC. 3. Na hipótese dos autos, não se poderia simplesmente permitir a substituição da CDA, ao fundamento da existência de mero erro material no título, pois a aplicação de fundamentação legal equivocada gera a modificação substancial do próprio lançamento tributário. 4. Recurso especial não provido. REsp 1225978 / RJ. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141). DJe 10/03/2011
Destarte, conclui-se pela nulidade insanável da CDA e a consequente
extinção do crédito tributário, o que se requer.
DA CONDENAÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE
SUCUMBÊNCIA
O Superior Tribunal de Justiça pacificou entendimento firmado em sede
de recurso repetitivo admitindo a possibilidade de condenação da Fazenda Pública em honorários advocatícios, vejamos:
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. FAZENDA PÚBLICA SUCUMBENTE. CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. POSSIBILIDADE. 1. É possível a condenação da Fazenda Pública ao pagamento de honorários advocatícios em decorrência da extinção da Execução Fiscal pelo acolhimento de Exceção de Pré-Executividade. 2. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e ao art. 8º da Resolução STJ 8/2008. REsp 1185036 / PE. Ministro HERMAN BENJAMIN. DJe 01/10/2010, DECTRAB vol. 198 p. 53.
Assim, em caso de extinção da execução fiscal por acolhimento da
presente exceção, é cabível a condenação em honorários de sucumbência, que devem ser fixados entre 10 e 20% do valor atualizado da causa, nos termos do § 3°, I do art. 85 do CPC/2015.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto requer:
a) O acolhimento da presente exceção de pré-executividade para reconhecer que há ilegitimidade passiva da executada, por ela estar coberta pela imunidade tributária dos templos de qualquer culto (art. 150, VI, b, CF/88); b) a declaração da presunção de que seu patrimônio, renda e serviços da executada são destinados a suas finalidades essenciais, de modo que o afastamento da imunidade só pode ocorrer mediante a constituição de prova em contrário produzida pela administração tributária; c) Anulação da Certidão da Dívida Ativa pela inocorrência do fato gerador; d) A condenação do exequente em custas e honorários advocatícios de sucumbência; e) A inclusão dos causídicos que subscrevem esta petição para o recebimento de futuras intimações, sob pena de nulidade.