Apostila Principios Da Degustação Técnica-IESB
Apostila Principios Da Degustação Técnica-IESB
Apostila Principios Da Degustação Técnica-IESB
INTRODUÇÃO
Antonio Duarte
SUMÁRIO
1 EQUILÍBRIO E CARACTERÍSTICAS DO VINHO.................................................3
2 DEGUSTAÇÃO ASPECTO VISUAL.....................................................................4
2.1 Apresentação das Cores.......................................................................................6
2.2 Evolução da Cor..................................................................................................7
2.3 Aspectos Analisados no Exame Visual...............................................................9
Cor...............................................................................................................................9
Tonalidade...................................................................................................................9
Fluidez.........................................................................................................................9
Reflexos.......................................................................................................................9
Limpidez....................................................................................................................10
Transparência.............................................................................................................11
3 DEGUSTAÇÃO ASPECTO OLFATIVO..............................................................11
3.1 Tipos de Aroma.................................................................................................11
Ligação da Cor com os Aromas.................................................................................13
Classificação dos Aromas..........................................................................................13
3.2 Aspectos Analisados no Exame Olfativo..........................................................15
Caracteres Gerais.......................................................................................................15
Qualidade...................................................................................................................16
Intensidade.................................................................................................................17
Persistência................................................................................................................17
4 DEGUSTAÇÃO ASPECTO GUSTATIVO...........................................................17
4.1 Os Sabores.........................................................................................................17
Doçura........................................................................................................................18
Acidez........................................................................................................................18
Sabor Salgado............................................................................................................19
Sabor Amargo............................................................................................................19
Sensações Táteis........................................................................................................19
Sensações Olfativas Retronasais................................................................................20
Aroma de Boca..........................................................................................................20
4.2 Aspectos Analisados no Exame Gustativo........................................................20
Açúcares....................................................................................................................21
Acidez........................................................................................................................21
Alcoolicidade.............................................................................................................22
Maciez........................................................................................................................22
Corpo.........................................................................................................................23
Tanicidade..................................................................................................................23
Equilíbrio...................................................................................................................23
Aroma de Boca..........................................................................................................24
Sensações Finais........................................................................................................24
Evolução....................................................................................................................25
5 DEGUSTAÇÃO DE ESPUMANTES.......................................................................26
A doçura é dada pela presença não apenas de açúcar, mas também pela
presença de álcool e glicerina. Estes últimos, embora não tendo um sabor doce
no sentido estrito da palavra, propiciam sensação de doçura. Estas substâncias
se opõem à acidez e à adstringência abrandando-as.
A acidez do vinho provêm em parte de ácidos presentes na uva (ácido
tartárico, málico, cítrico), e em parte de ácidos formados durante a fermentação
(ácido lático, succínico, acético). Estas substâncias, quando em correta
concentração (0,5 a 0,7%), conferem ao vinho vivacidade e, quando em excesso
(0,9 a 1,0%) deixam o vinho duro. Além disso, uma certa riqueza em acidez
torna a cor mais viva e brilhante.
O que dá cor aos vinhos tintos são os pigmentos. Estes são naturais das
uvas, principalmente da sua casca. Existem uvas mais pigmentadas do que
outras. Por exemplo, as uvas Tannat, Syrah, Nebbiolo, Grenache, Cabernet
Sauvignon e Baga produzem vinho menos transparente e com cor profunda. As
uvas Cabernet Franc, Merlot e Pinot Noir (entre as principais) produzem vinhos
de tons médios. E há vinhos de tons mais claros, feitos de uvas pouco
pigmentadas como a Gamay (Beaujolais).
Um dos pigmentos presentes nos vinhos são os compostos fenólicos
denominados antocianos. Estes pigmentos, com o passar do tempo, vão tendo
sua cor alterada devido às reações químicas espontâneas que acontecem com o
vinho engarrafado. Os antocianos inicialmente apresentam tom azulado. Esta
cor evolui para o violeta e depois para o avermelhado. Assim, a cor do vinho nos
indica a idade. Os vinhos mais claros, na evolução, tomam tons alaranjados; os
mais escuros, depois de passar pelo vermelho, se acastanham.
Vinhos rosados
Houve época em que estiveram na moda, principalmente o Mateus Rosé,
os Rosé d’Anjou e os Tavel Rosé. Nos EEUU são chamados blush wine
(originados da uva Zinfandel). A companhia Gallo faz alguns milhões de garrafas
desses vinhos de seis em seis semanas. No momento os vinhos rosados
apresentam um grande apelo, decorrente do sucesso dos champagnes roses.
b) Cereja - são vinhos com um pouco mais de corpo, quando o mosto ficou
mais tempo em contato com as cascas.
Vinhos tintos
a) Vermelho-púrpura - são vinhos que apresentam cor azulada,
determinada pela tonalidade azulada dos antocianos. Esta cor denota
juventude.
Vinhos Tintos
Influência do Plantio
Cor
A cor dos vinhos caracteriza-se, inicialmente, na distinção entre brancos,
tintos e rosados. As tonalidades estão diretamente associadas à evolução dos
vinhos, como já discutido.
Tonalidade
A tonalidade também é um indicativo da idade. Nos vinhos brancos os
mais novos são mais claros do que os envelhecidos, mais escuros. Nos vinhos
tintos essa ordem se inverte.
Fluidez
A fluidez que se toma por base é a da água, escorregadia, que constitui a
maior percentagem dos elementos do vinho. A quantidade de açúcar e de outros
elementos aumenta a densidade do vinho.
A fluidez dá pistas quanto ao grau alcoólico de um vinho. Ao girar um
vinho na taça, este formar arquetes ou lágrimas que, dependendo do tamanho e
da velocidade da queda, podemos deduzir seu grau alcoólico.
Reflexos
O reflexo é observado inclinando-se a taça até um ângulo de 45º. Pode
ser então observada ou não a existência de uma diferença de cor entre o vinho
como um todo e a parte localizada na extremidade do líquido. Os reflexos mais
encontrados são os verdeais, para brancos muito jovens, e alaranjados para os
tintos que estão entrando na fase de envelhecimento. Por vezes, nenhum reflexo
é observado, apresentando a beirada do líquido (unha) a mesma tonalidade do
restante do vinho.
Brancos
Leves – amarelo-palha claro → amarelo-palha escuro
Encorpados – amarelo-palha
Reflexos mais encontrados
Verdeais- para brancos muito jovens
Alaranjados- para os tintos que estão entrando na fase de envelhecimento
Limpidez
Transparência
Aromas primários
Aromas terciários
Animais
Balsâmicos (resinas) Químicos
Madeirizado
Especiarias
Queimados
Frutados
Vegetais
Caracteres Gerais
Qualidade
Intensidade
Persistência
4.1 Os Sabores
Amargo
A avaliação do aspecto
Ácido gustativo do vinho é a que
mais pesa no cálculo da nota
de um vinho. É a avaliação
Salgado
Doce
de mais peso porque, alem do aspecto gustativo propriamente dito, inclui o
aroma de boca e o retrogosto. Estas características, além de confirmar os
aspectos olfativos, podem acrescentar certos aromas que se volatilizam na
temperatura da boca. São quatro os sabores que a língua percebe: o doce, o
ácido, o salgado e o amargo.
Doçura
Acidez
Sabor Salgado
Sabor Amargo
O sabor amargo é devido a presença de polifenóis, do ácido tânico e do
succínico, de produtos de oxidação dos taninos, dos sulfatos, etc.
Sensações Táteis
São as sensações conseguidas através da pele e das mucosas:
Aroma de Boca
Avaliação da qualidade, intensidade e persistência. Estas avaliações têm
que estar relacionadas com os mesmos itens olfativos, não podendo contrariá-
los.
Açúcares
Acidez
Alcoolicidade
É reconhecida pelo aumento da sensação de calor que provoca na boca e
na descida para o estômago. A classificação vai de fraco a muito quente. Os
extremos não são comuns. Quando o vinho apresenta uma alcoolicidade
elevada (14º ou mais) sentimos uma sensação de ligeira queimação e ardência
ao degustarmos o vinho. O álcool passa uma sensação de doçura. A presença
de álcool é fundamental para a estrutura do vinho.
Maciez
Podemos ter:
Magro – vinho um tanto pobre em extrato seco. Se esta carência não criar
um desequilíbrio, pode até ser agradável.
Pouco encorpado – vinho pouco encorpado, porém equilibrado.
Bom corpo – vinho bem estruturado.
Muito encorpado – vinho bem estruturado e equilibrado, que enche a
boca.
Massudo (ou pesado) – vinho que, devido ao excesso de extrato seco,
torna-se pesado.
Tanicidade
Aroma de Boca
Sensações Finais
Evolução
Jovem- vinho que ainda apresenta algum desequilíbrio, por não ter
completado suas transformações. Precisa de um certo afinamento.
Pronto – vinho próprio para o consumo, mas pode evoluir mais.
Maduro – vinho que alcançou o ponto ideal, não vai ficar melhor.
Ligeiramente envelhecido – vinho em que se nota os primeiros sinais de
decadência organolépticas.
Decrépito – vinho organolepticamente apagado, pelo excesso de
envelhecimento.
5 DEGUSTAÇÃO DE ESPUMANTES
Exame visual
Turvo
Velado
Límpido
Brilhante
Cristalino
Persistência do Perlage
Muito persistente
Persistente
Suficientemente persistente
Pouco persistente
Sem persistência
Exame Olfativo
Intensidade e Persistência
Exame Gustativo
Equilíbrio Maciez/Acidez
Nos vinhos brancos, seu equilíbrio é dado pela relação maciez (álcool,
açúcar, glicerina) acidez, ou seja, a maciez atenua a acidez provocando um
contraste.
No caso dos espumantes, temos um percentual de CO2, no mínimo de 3
atmosferas e, como vimos acima, por ser um ácido, reforça e aumenta a acidez
total.
Para que o espumante não seja desagradável e tenha uma boa acidez é
necessário que seja acrescentado o “linquer d’expedition” exeto nos espumante
Nature.
Aroma Gustativo
Considerações Finais
Um espumante de qualidade deve terminar com uma boa ou longa
persistência do aroma. A boca devera ficar fresca e limpa.
Vinhos brancos –
Vinhos Tintos –
Ficha de Degustação
- ANALÍTICA- DESCRITIVA-
ANEXO 1
Ficha de Degustação-
Vinhos Espumantes
ANEXO 2