J e N1 Solda Módulo 1 PDF
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Treinamentos Especializados
SUMÁRIO
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3.1 Classificação dos Eletrodos de Aços ao Carbono e Baixa Liga para Soldagem Manual a Arco com
Eletrodo Revestido, de Acordo com as Especificações AWS A5.1-91 e A5.5-96, Respectivamente ............... 103
3.2 Classificação de Varetas de Aços ao Carbono e Baixa Liga para SoIdagem a Oxi-gás (Especificação
AWS A5.2-92) ................................................................................................................................................... 112
3.3 Classificação dos Eletrodos de Aço Inoxidá vel para a Soldagem Manual a Arco com Eletrodo Revestido -
Especificação AWS A5.4-92 ............................................................................................................................. 113
3.4 Classificação dos Eletrodos Nus (Arames) e Vareta de Aço Ino xidável para Soldagem (Especificação
AWS A5.9-93) ................................................................................................................................................... 116
3.5 Classificação dos Eletrodos de Aço Carbono e Fluxos para Soldagem a Arco Submerso (Especificação
AWS A5.17-89) ................................................................................................................................................. 119
3.6 Classificação dos Metais de Adição de Aços ao Carbono para a Soldagem por Arco com Gás de
Proteção Especificação AWS 5.18-93 ............................................................................................ .................. 122
3.7 Classificação dos Eletrodos de Aço ao Carbono para Soldagem a Arco com Arame Tubular
Especificação AWS A5.20-95 ........................................................................................................................... 123
3.8 Classificação dos Eletrodos de Aço Inoxidá vel para a Soldagem a Arco com Arame Tubular e Varetas
com Núcleo Fluxado de Aço Inoxidável para Soldagem TIG Especificação AWS A5 .22-95 ............................ 124
3.9 Classificação dos Eletrodos de Aço Baixa Liga para Soldagem a Arco com Arame Tubular Especificação
AWS A5.29-80 ............................................................................................................................. ..................... 125
4 AGRUPAMENTO DOS MA TERIA IS DE ADiÇÃO (ELE TRODOS, ARAMES, FLUXOS, ETC) .. 126
5 INSPEÇÃO VIS UAL E DIMENS IONAL DOS CONS UMÍVEIS .................................................... 128
5.1 EMBAL AGEM.......................................................................................................................................... 128
5.2 IDENTIFIC AÇ ÃO D A EMBAL AGEM ....................................................................................................... 128
5.3 CONTROLE NO RECEBIMENTO ....................................................................................................... .... 128
5.4 IDENTIFIC AÇ ÃO..................................................................................................................................... 131
5.5 TRANSPORTE E AR MAZEN AMENTO................................................................................................... 131
6 MANUSEIO, ARMA ZE NAMENTO, SECAGEM E MANUTE NÇÃO DA SECAGEM ................... 133
7 EQUIPAMENTO PARA ARMA ZE NAMENTO, SECAGEM E MANUTE NÇÃ O DA SECAGEM .. 134
7.1 TIPOS DE ESTUFAS .............................................................................................................................. 134
MÓDULO 5 - PROCESSOS DE SOLDAGEM ....................................................................................... 137
1 SOLDAGEM A ARCO COM ELE TRODO REVESTIDO (SAE R)................................................. 138
1.1 DEFINIÇ ÃO ............................................................................................................................................. 138
1.2 FUNDAMEN TOS DO PROCESSO ......................................................................................................... 138
1.3 EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM ........................................................................................................ 138
1.4 CONSUMÍVEIS – ELETRODOS ............................................................................................................. 139
1.5 C ARAC TERÍSTIC AS E APLICAÇÕES ................................................................................................... 140
1.6 PREPARAÇ ÃO E LIMPEZA D AS JUNTAS............................................................................................. 141
1.7 DESCONTINUID ADES INDUZIDAS PELO PROCESSO ....................................................................... 141
1.8 CONDIÇÕES FÍSIC AS, AMBIENTAIS E DE PROTEÇÃO INDIVIDU AL ADEQUAD AS À SOLD AGEM. 142
2 SOLDAGEM A ARCO S UBMERS O (SAS).................................................................................. 144
2.1 DEFINIÇ ÃO ............................................................................................................................................. 144
2.2 FUNDAMEN TOS DO PROCESSO ......................................................................................................... 144
2.3 EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM ........................................................................................................ 145
2.4 CONTROLE DE PROCESSO ................................................................................................................. 146
2.5 C ARAC TERÍSTIC AS E APLICAÇÕES ................................................................................................... 146
2.6 PREPARAÇ ÃO E LIMPEZA D A JUNTA ................................................................................................. 147
2.7 DESCONTINUID ADES INDUZIDAS PELO PROCESSO ....................................................................... 147
2.8 CONDIÇÕES DE PROTEÇÃO INDIVIDU AL........................................................................................... 148
3 SOLDAGEM TIG (SAGT)............................................................................................................. 150
3.1 DEFINIÇ ÃO ........................................................................................................... .................................. 150
3.2 FUNDAMEN TOS DO PROCESSO ......................................................................................................... 150
3.3 EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM ........................................................................................................ 151
3.4 CONSUMÍVEIS - METAIS DE ADIÇ ÃO E GASES ................................................................................. 151
3.5 C ARAC TERÍSTIC AS E APLICAÇÕES ................................................................................................... 152
3.6 PREPARAÇ ÃO E LIMPEZA D AS JUNTAS............................................................................................. 153
3.7 DESCONTINUID ADES INDUZIDAS PELO PROCESSO ....................................................................... 153
3.8 CONDIÇÕES DE PROTEÇÃO INDIVIDU AL........................................................................................... 153
4 - SOLDAGEM MIG/MAG (GAS ME TAL ARC WELDING – GMAW) ........................................... 155
4.1 DEFINIÇ ÃO ............................................................................................................................................. 155
4.2 FUNDAMEN TOS DO PROCESSO ......................................................................................................... 155
4.3 EQUIPAMENTO DE SOLDAGEM....................................................................................................... .... 156
4.4 TIPOS DE TRANSFERÊNCIA DE METAL DE ADIÇÃO ......................................................................... 157
4.5 TIPOS E FUNÇÕES DOS CONSU MÍVEIS – GASES E ELETRODOS .................................................. 157
4.6 COMPOR TAMENTO D A ATMOSFER A ATIVA NO PROCESSO MAG ................................................. 158
4.7 C ARAC TERÍSTIC AS E APLICAÇÕES ................................................................................................... 159
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MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO
OBJETIVO
Através do estudo deste capítulo, o leitor deve tornar-se apto a:
1 INTRODUÇÃO
A série de normas NBR ISO 9000 para Sistema da Qualidade considera a soldagem como um
processo especial que, dependendo da complexidade da construção soldagem, requer métodos
de controle que podem abranger as atividades de projeto, de seleção de materiais, de fa bricação
e de inspeção, a fim de garantir que a qualidade especificada seja atingida.
No que concerne à inspeção de soldagem é importante que esta atividade seja desenvolvida por
profissional devidamente qualificado e certificado, cuja sistemática encontra-se estabelecida na
norma FBTS N-001 (Qualificação e Certificação de Inspetores de Soldagem), utilizada como base
neste módulo.
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A norma técnica FBTS N-001 prevê dois níveis de qualificação e certificação, designados pelos
algarismos arábicos: 1 e 2.
O candidato a Inspetor de Soldagem deverá atender aos requisitos abaixo discriminados, para o
nível que estiver pleiteando.
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O candidato deve ter acuidade visual, natural ou corrigida, avaliada anualmente de acordo com os
seguintes padrões:
a) Para visão próxima: ler as letras J-1 do padrão JAEGER a 40 cm de distância, ou pelo emprego
de método equivalente;
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Para atividades que exijam distinção cromática, pode ser solicitado exame visual complementar
que comprove a capacidade do inspetor de soldagem de efetuar a necessária distinção.
a) Consumíveis 1;
b) Documentos Técnicos 1;
c) Visual/Dimensional;
d) Acompanhamento de Soldagem;
e) Tratamento Térmico;
f) Dureza.
a) Consumíveis 2;
b) Qualificações;
c) Macrografia;
d) Documentos Técnicos 2;
e) Norma/Código.
• Candidato que não obtiver grau suficiente para passar no exame de qualificação deve
aguardar no mínimo 30 (trinta) dias para requerer outro exame.
• Candidato reprovado em qualquer exame pode requerer por duas vezes outro exame, sem
necessidade de refazer as provas em que obteve aprovação, desde que o faça num prazo
máximo de 12 (doze) meses.
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ETAPA 1:
O Inspetor de Soldagem deverá anualmente, efetuar o pagamento de uma taxa estabelecida pelo
CONSELHO e enviar ao BUREAU e atestado de Acuidade Visual.
ETAPA 2:
5.4 RECERTIFICAÇÃO
• Cabe ao Inspetor de Soldagem solicitar o exame simplificado com, no mínimo, 180 dias de
antecedência do término da validade da certificação.
• O Inspetor que não obtiver a nota mínima de sete em cada prova do exame simplificado deve
aguardar, no mínimo, 30 dias para requerer outro exame. Para cada prova em que foi
reprovado, deverá realizar uma prova aleatória adicional a ser selecionada através de sorteio,
sem necessidade de refazer as partes em que obteve grau satisfatório.
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• A mesma sistemática deve ser aplicada também para a prova de interpretação de normas, isto
é, para cada prova de norma em que for reprovado, o Inspetor deverá realizar uma prova de
norma adicional, a ser selecionada por sorteio, caso este seja qualificado em mais de uma
norma.
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a) verificar, por comparação entre marcações e documentos aplicáveis, ensaio visual e controle
dimensional, se o consumível está correto;
b) verificar, por comparação entre certificados da qualidade de material e os requisitos das
instruções de fabricação e execução, preparados por órgão competente em conformidade com
as normas e especificações técnicas de produto, se o consumível esta correto;
c) verificar, por comparação entre certificados da qualidade de material e os requisitos das
normas e especificações técnicas de produto, se o consumível está correto;
d) verificar se o armazenamento, manuseio, ressecagem e manutenção da ressecagem do
consumível estão corretos, de acordo com as instruções do fabricante do consumível.
b) verificar se a calibração dos instrumentos de medição, quando exigidas, estão dentro dos
prazos de validade.
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Executar ensaio visual e controle dimensional da solda completa, de acordo com as normas e
especificações técnicas, as instruções de fabricação e/ou execução e os desenhos.
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) Norma Técnica
• ASME VIII Div. 1 – ASME Boiler and Pressure Vessel Code – Rules for Construction of
Pressure Vesseis
• ASME VIII Div. 2 – ASME Boiler and Pressure Vessel Code – Alternative Rules
• ASME IX – ASME Boiler and Pressure Vessel Code – Welding and Brazing Qualifications
• ASTM Epecification – Annual Book of ASTM Standards, Section 1 – Iron and Steel Products
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OBJETIVOS
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1 TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM
Os termos relacionados, a seguir, são apenas alguns dos mais usuais. Os termos técnicos em
língua inglesa e suas definições são encontrados numa abordagem mais completa na AWS A.3.0.
As designações abreviadas dos processos de soldagem mais usuais, segundo a norma AWS A
3.0, se encontram-se na Tabela 2.1.
Abertura da raiz (root opening) – mínima distância que separa os componentes a serem unidos
por soldagem ou processos afins. (Figura 2.1 A e E)
Alma do eletrodo (core electrode) – núcleo metálico de um eletrodo revestido, cuja seção
transversal apresenta uma forma circular maciça (Figura 2.2).
Ângulo de trabalho (work angle) – ângulo que um eletrodo faz com uma linha de referência
posicionada perpendicularmente à superfície da chapa, passando pelo centro do chanfro,
localizada em um plano perpendicular ao eixo da solda (Figura 2.1).
Ângulo do bisel (bevel angle) – ângulo formado entre a borda preparada do componentee um
plano perpendicular à superfície do componente (Figura 2.1).
Ângulo do chanfro (groove angle) – ângulo integral entre as bordas preparadas dos
componentes (Figura 2.1).
Atmosfera protetora (protective atmosphere) – envoltório de gás que circunda a parte a ser
soldada ou brazada, sendo o gás de composição controlada com relação à sua composição
química, ponto de orvalho, pressão, vazão, etc. Como exemplos temos: gases inertes, gases
ativos, vácuo, etc.
Bisel (bevel) – borda do componente a ser soldado, preparado na forma angular. (Figura 2.1).
Brasagem (brazing, soldering) – processo de união de materiais onde apenas o metal de adição
sofre fusão, ou seja, o metal de base não participa da zona fundida. O metal de adição se distribui
por capilaridade na fresta formada pelas superfícies da junta, após fundir-se.
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Chanfro (groove) – abertura ou sulco na superfície de uma peça ou entre dois componentes, que
determina o espaço para conter a solda. Os principais tipos de chanfros são os seguintes.
(Figura 2.5).
• Chanfro em J (single-J-groove)
• Chanfro em duplo J (double-J- groove)
• Chanfro em U (single-U-groove)
• Chanfro em duplo U (double-U-groove)
• Chanfro em V (single-V-groove)
• Chanfro em X(double-V-groove)
• Chanfro em meio V(single-bevel-groove)
• Chanfro em K (double-bevel-groove)
• Chanfro reto ou sem chanfro (square-groove)
Chapa de teste de produção (production test vessel test plate) – chapa soldada e identificada
como extensão de uma das juntas soldadas do equipamento, com a finalidade de executar
ensaios mecânicos, químicos ou metalográficos.
Chapa de tubo de teste (test coupon) – peça soldada e identificada para qualificação de
procedimento de soldagem ou de soldadores ou de operadores de soldagem.
Cordão de solda (weld bead) – depósito de solda resultante de um passe (Figura 2.4).
Corpo de prova (test specimen) – amostra retirada e identificada da chapa ou tubo de teste,
quando se objetiva conhecer as propriedades mecânicas, entre outras propriedades, do material
analisado.
Corrente elétrica de soldagem (welding current) – corrente elétrica que passa pelo eletrodo na
execução de uma solda.
Corte com eletrodo de carvão (carbon arc cutting) – processo de corte a arco elétrico, no qual
metais são separados por fusão devido ao calor gerado pelo arco formado entre um eletrodo de
grafite e o metal de base. Para a retirada do metal líquido localizado na região do corte, utiliza-se
o ar comprimido.
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• Para solda de aresta – é a medida da espessura do metal de solda até a raiz da solda (Figura
2.8).
• Para solda em chanfro – é a penetração da junta de uma solda em chanfro, ou seja, é a
profundidade do bisel, adicionada à da raiz, caso esta seja especificada, excetuando os
reforços (Figura 2.9).
A dimensão de uma solda em chanfro também pode ser chamada Garganta Efetiva.
• Para solda em ângulo (Figura 2.10).
Para soldas em ângulos de pernas iguais, é o comprimento dos catetos do maior triângulo
retângulo isóscele que pode ser inscrito na seção transversal da solda (Figura 2.10 A, B, C,
D).
Para soldas em ângulos de pernas desiguais, é o comprimento dos catetos do maior triângulo
retângulo que pode ser inscrito na seção transversal da solda (Figura 2.10 E).
Eficiência de Junta – relação entre a resistência de uma junta soldada e a resistência do metal
de base, expressa em percentual.
Eletrodo de carvão (carbon electrode) – eletrodo não consumível usado em corte ou goivagem
a arco elétrico, consistindo de uma vareta de carbono ou grafite, que pode ser revestida com
cobre ou outros revestimentos.
Eletrodo revestido (covered electrode) – metal de adição composto, consistindo de uma alma
de eletrodo no qual um revestimento é aplicado, suficiente para produzir uma camada de escória
no metal de solda. O revestimento pode conter materiais que formam uma atmosfera protetora,
desoxidam o banho, estabilizam o arco e que servem de fonte de adições metálicas à solda.
(Figura 2.2).
Eletrodo para solda a arco (arc welding electrode) – componente do circuito de solda através
do qual a corrente é conduzida entre o porta-eletrodo e o arco.
Eletrodo tubular (flux cored electrode) – metal de adição composto, consistindo de um tubo de
metal ou outra configuração oca, contendo produtos que formam uma atmosfera protetora,
desoxidam o banho, estabilizam o arco, formam escória ou que contribuam com elementos de liga
para o metal de solda. Proteção adicional externa pode ou não ser usada.
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Escama de Solda (stringer bead, weave bead) - aspecto da face da solda semelhante a
escamas de peixe. Em deposição sem oscilação transversal (stringer bead), assemelha-se a uma
Face da Raiz (root face) – parte da face do9 chanfro adjacente à raiz da junta (Figura 2.12).
Face de Fusão (fusion face) – superfície do metal de base que será fundida na soldagem (Figura
2.13).
Face da Solda (weld face) – superfície exposta da solda, pelo lado por onde a solda foi
executada (Figura 2.14).
Fluxo (flux) – composto mineral granular cujo objetivo é proteger a poça de fusão, purificar a zona
fundida, modificar a composição química do metal de solda, influenciar as propriedades
mecânicas.
Gabarito de Solda (weld gage) – dispositivo para verificar a forma e a dimensão de soldas.
Também chamado de “Calibre de Solda”.
Garganta de Solda (fillet weld throat) – dimensão de uma solda em ângulo determinada de três
modos:
Gás de Proteção (shielding gas) – gás utilizado para prevenir contaminação indesejada pela
atmosfera.
Gás Inerte (inert gas) – gás que não combina quimicamente com o metal de base ou metal de
adição.
Geometria da Junta (joint geometry) – forma e dimensões da seção transversal de uma junta
antes da soldagem.
Goivagem (gouging) – variação do processo de corte térmico que remove metal por fusão com
objetivo de fabricar um bisel ou chanfro.
Goivagem a arco (arc gouging) – goivagem térmica que usa uma variação do processo de corte
a arco para fabricar um bisel ou chanfro.
Goivagem por Trás (back gouging) – remoção do metal de solda e do metal de base pelo lado
oposto de uma junta parcialmente soldada, para assegurar penetração completa pela
subseqüente soldagem pelo lado onde foi efetuada a goivagem.
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Junta (joint) – região onde duas ou mais peças serão unidas por soldagem.
Junta de aresta (edge-joint) – junta entre as extremidades de dois ou mais membros paralelos
ou parcialmente paralelos (Figura 2.16).
Junta de ângulo (corner joint, T-joint) – junta em que, numa secção transversal, os
componentes a soldar apresentam-se sob forma de um ângulo (Figura 2.17).
Junta dissimilar (dissimilar joint) – junta soldada, cuja composição química do metal de base
dos componentes difere entre si significativamente.
Junta Sobreposta (Lap Joint) – Junta formada por dois componentes a soldar, de tal maneira
que suas superfícies se sobrepõem.
unta Soldada (welded joint) – união obtida por soldagem, de dois ou mais componentes
incluindo zona fundida, zona de ligação, zona afetada termicamente e metal de base nas
proximidades da solda (Figura 2.19).
Junta de topo (butt joint) – junta entre dois membros alinhados aproximadamente no mesmo
plano. (Figura 2.20)
Margem de solda (weld toe) – junção entre a face da solda e o metal de base (Figura 2.14).
Martelamento (peening) – trabalho mecânico, aplicado à zona fundida da solda por meio de
impactos, destinado a controlar deformações da junta soldada.
Metal de adição (filter metal) – metal ou liga a ser adicionado para a fabricação de uma junta
soldada ou brasada.
Metal de base (base metal) – metal ou liga a ser soldado, brasado ou cortado.
Metal depositado (deposited metal) – metal de adição que foi depositado durante a operação de
soldagem.
Metal de solda (weld metal) – porção de solda que foi fundida durante a soldagem.
Passe de solda (weld pass) – progressão unitária da soldagem ao longo de uma junta. O
resultado de um passe: cordão de solda, camada (Figura 2.4).
Passe estreito (stringer bead) – depósito efetuado seguindo a linha de solda, sem movimento
lateral apreciável. (Figura 2.11A).
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Passe oscilante (weave bead) – depósito efetuado com movimento lateral (oscilação
transversal), em relação à linha de solda. (Figura 2.11 B).
Penetração da junta (joint penetration) – numa junta de topo, é a profundidade da solda medida
entre a face da solda e sua extensão na junta, exclusive reforços. A penetração da junta pode
incluir a penetração da raiz. (Figuras 2.8 e 2.9). Numa junta em ângulo, é a distância entre a
margem e a raiz da solda, tomada de uma reta perpendicular à superfície do metal de base
(Figura 2.9 C).
Penetração total da junta (complete joint penetration) – penetração de junta na qual o metal de
solda preenche totalmente o chanfro, fundindo-se completamente ao metal de base em toda a
extensão das faces do chanfro (Figura 2.15 A).
Penetração da raiz (root penetration) – profundidade com que a solda se prolonga na raiz da
junta (Figura 2.9 C, D).
Perna de solda (fillet weld leg) – distância da raiz da junta à margem da solda em ângulo (Figura
2.10).
Poça de fusão (weld pool) – volume localizado de metal líquido proveniente de metal de adição e
metal de base antes de sua solidificação como metal de solda.
Polaridade direta (straight polarity) – tipo de ligação para soldagem com corrente contínua,
onde os elétrons deslocam-se do eletrodo para a peça (a peça é considerada como pólo positivo e
o eletrodo como pólo negativo, figura 2.21 A).
Polaridade inversa (reverse polarity) – tipo de ligação para soldagem com corrente contínua,
onde os elétrons deslocam-se da peça para o eletrodo (a peça é considerada como pólo negativo
e o eletrodo como pólo positivo, Figura 2.21 B).
Posição plana (flat position) – posição de soldagem utilizada, quando a junta é soldada pelo seu
lado superior; a face da solda se encontra em um plano aproximadamente horizontal. (Figura 2.23
e Figura 2.26).
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fixo o soldador terá que soldar nas posições plana, vertical e sobre-cabeça para executar toda a
solda (Figuras 2.24 e 2.26).
Posição sobre-cabeça (overhead position) – posição na qual se executa a soldagem pelo lado
inferior da junta (Figura 2.25 e 2.26).
Processo de soldagem (welding process) – processo utilizado para unir materiais pelo
aquecimento destes a temperaturas adequadas, com ou sem aplicação de pressão e com ou sem
a participação de metal de adição.
Profundidade de fusão (depth of fusion) – distância que a fusão atinge no metal de base ou no
passe anterior, a partir da superfície fundida durante a soldagem (Figura 2.13).
Raiz da junta (joint root) – porção da junta a ser soldada onde os membros estão o mais próximo
possível entre si. Em seção transversal, a raiz pode ser um ponto, uma linha ou uma área (Figura
2.27).
Raiz da solda (weld root) – pontos, nos quais a parte posterior da solda intersecta as superfícies
do metal de base (Figura 2.10 e 2.28).
Reforço da solda (weld reinforcement) – metal de solda em excesso, além do necessário para
preencher a junta, excesso de metal depositado nos últimos passes (ou na última camada ),
podendo ser na face da solda e/ou na raiz da solda (Figura 2.14 A).
Reforço da face (face reinforcement) – reforço de solda localizado no lado onde a solda foi feita
(Figura 2.14 A).
Reforço da raiz (root reinforcement) – reforço da solda localizado no lado oposto por onde a
solda foi feita (Figura 2.14 A).
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Seqüência de passes (joint buildup sequence) – ordem pela qual os passes de uma solda
multipasse são depositados com relação à seção transversal da junta (Figura 2.4).
Seqüência de soldagem (welding sequence) – ordem pela qual são executadas as soldas em
um equipamento.
Solda (weld) – união localizada de metais ou não-metais, produzida pelo aquecimento dos
materiais a temperatura adequada, com ou sem aplicação de pressão, ou pela aplicação de
pressão apenas, e com ou sem a utilização de metal de adição.
Solda autógena (autogenous weld) – solda de fusão sem participação de metal de adição.
Solda automática (automatic welding) – soldagem com equipamento que executa toda
operação sob observação e controle de um operador de soldagem.
Solda de aresta (edge weld) – solda executada numa junta de aresta (Figuras 2.8 e 2.29).
Solda de costura (seam weld) – solda contínua executada entre ou em cima de membros
sobrepostos, na qual a união pode iniciar e ocorrer nas superfícies de contato (Figura 2.30), ou
pode se dar pela parte exterior de um dos membros. A solda contínua pode consistir de um único
passe ou de uma série de soldas por pontos.
Solda de selagem (seal weld) – qualquer solda projetada com a finalidade principal de impedir
vazamentos.
Solda de tampão (plug weld/slot weld) – solda executada através de um furo circular ou
alongado num membro de uma junta sobreposta ou em T, unindo um membro ao outro. As
paredes do furo podem ser ou não paralelas e o furo pode ser parcial ou totalmente preenchido
com metal de solda (Figura 2.31).
Solda em ângulo (fillet Weld) – solda de seção transversal aproximadamente triangular que une
duas superfícies em ângulo, em uma junta sobreposta, junta em T, junta de aresta (Figuras 2.3 B;
2.9 C; 2.10; 2.13 B).
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Solda em cadeia (chain intermittent fillet weld) – solda em ângulo composta de cordões
intermitentes (cordões igualmente espaçados) que coincidem entre si, de tal modo que a um
trecho de cordão sempre se opõe a um outro. (Figura 2.32 A).
Solda em escalão (staggered intermittent fillet weld) – solda em ângulo, usada nas juntas em
T, composta de cordões intermitentes que se alternam entre si, de tal modo que a um trecho do
cordão se opõe uma parte não soldada. (Figura 2.32 B).
Solda heterogênea – solda cuja composição química da zona fundida, difere significativamente
da do(s) metal (ais) de base, no que se refere aos elementos de liga.
Solda homogênea – solda cuja composição química da zona fundida é próxima a do metal de
base.
Solda por pontos (spot weld) – solda executada entre ou sobre componentes sobrepostos cuja
fusão ocorre entre as superfícies em contato ou sobre a superfície externa de um dos
componentes. A seção transversal da solda no plano da junta é aproximadamente circular (Figura
2.33).
Solda provisória (tack Weld) – também conhecida como “Ponteamento”, é a solda destinada a
manter membros ou componentes adequadamente ajustados até a conclusão da soldagem.
Soldagem (welding) – processo utilizado para unir materiais por meio de solda.
Soldagem a arco (arc Welding) – grupo de processos de soldagem que produz a união de
metais pelo aquecimento destes por meio de um arco elétrico, com ou sem a aplicação de
pressão e com ou sem o uso de metal de adição.
Soldagem com passe à ré (backstep sequence) – soldagem na qual trechos do cordão de solda
são executados em sentido oposto ao da progressão da soldagem, de forma que cada trecho
termine no início do anterior, formando ao todo, um único cordão. (Figura 2.34).
Sopro magnético (arc blow) – deflexão de um arco elétrico, de seu percurso normal, devido a
forças magnéticas.
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Taxa de deposição (deposition rate) - peso de material depositado por unidade de tempo.
Tensão residual (residual stress) - tensão remanescente numa estrutura ou membro, estando
este livre de forças externas ou gradientes térmicos.
Tensão térmica (thermal stress) - tensão no metal resultante de distribuição não uniforme de.
temperaturas
Vareta de solda (welding rod) - tipo de metal de adição utilizado para soldagem ou brasagem, o
qual não conduz corrente elétrica durante o processo.
Zona afetada termicamente (heat-affected zone) - região do metal de base que não foi fundida
durante a soldagem, mas cujas propriedades mecânicas e microestrutura foram alteradas devido
à geração de calor, imposta pela soldagem, brasagem ou corte. (Figura 2.19)
Zona de fusão (fusion zone) - região do metal de base que sofre fusão durante a soldagem.
(Figura 2 19)
Zona fundida - região da junta soldada que sofre fusão durante a soldagem. (Figura 2.19)
Zona de ligação - região da junta soldada que envolve a zona que sofre fusão durante a
soldagem. (Figura 2.19 Tabela 2.1)
Designação abreviada dos processos de soldagem - AWS A 3.0-89
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J E INSPEÇOES
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J E INSPEÇOES
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42
Figura 2.27 – Raiz da Junta
44
Figura 2.28 – Raiz da Solda
45
Figura 2.30 – Solda de costura
46
Figura 2.33 – Solda por ponto s
47
2 TERMINOLOGIA DE DESCONTINUIDADES
NOTA: Descontinuidade é a interrupção das estruturas típicas de uma peça, no que se refere à
homogeneidade de características físicas, mecânicas ou metalúrgicas. Não é necessariamente
um defeito. A descontinuidade só deve ser considerada defeito, quando, por sua natureza,
dimensões ou efeito acumulado, tornar a peça inaceitável, por não satisfazer os requisitos
mínimos da norma técnica aplicável.
Cavidade alongada – Vazio não arredondado com a maior dimensão paralela ao eixo da solda,
podendo estar localizado:
(a) na solda (Figura A.2a);
(b) na raiz da solda (Figura A.2b).
Concavidade excessiva – Solda em ângulo com a face excessivamente côncava (Figura A.4).
Convexidade excessiva – Solda em ângulo com a face excessivamente convexa (Figura A.5).
Desalinhamento – Junta soldada de topo, cujas superfícies das peças, embora paralelas,
apresentam-se desalinhadas, excedendo à configuração de projeto (Figura A.8).
Falta de Fusão - Fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base, ou entre passes da
zona fundida, podendo estar localizada:
(a) na zona de ligação (Figura A.10a); (b) entre os passes (Figura A.10b);
(b) na raiz da solda (Figura A.10c e 10d).
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J E INSPEÇOES
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Inclusão de escória - Material sólido não metálico retido no metal de solda ou entre o metal de
solda e o metal de base podendo ser:
(a) alinhada (Figura A.12a e 12b); (b) isolada (Figura A 12c);
(c) agrupada (Figura A.12d).
Penetração excessiva - Metal da zona fundida em excesso na raiz da solda (Figura A.15).
Perfuração - Furo na solda (Figura A.16a) ou penetração excessiva localizada (Figura A 16b)
resultante da perfuração do banho de fusão durante a soldagem.
Porosidade alinhada - Conjunto de poros dispostos em linha, segundo uma direção paralela ao
eixo longitudinal da solda (Figura A19).
Reforço excessivo – Excesso de metal da zona fundida, localizado na face da solda (Figura
A.22).
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J E INSPEÇOES
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Solda em ângulo assimétrica – Solda em ângulo, cujas pernas são significativamente desiguais
em desacordo com a configuração de projeto (Figura A.24).
Trinca – Tipo de descontinuidade planar caracterizada por uma ponta aguda e uma alta razão
comprimento e largura.
Trinca irradiante – Conjunto de trincas que partem de um mesmo ponto, podendo estar
localizada:
(a) na zona fundida (Figura A.27a);
(b) na zona afetada termicamente (Figura A.27b);
(c) no metal de base (Figura A.27c).
Trinca na margem – Trinca que se inicia na margem da solda, localizada geralmente na zona
afetada termicamente (Figura A.29).
Trinca na raiz – Trinca que se inicia na raiz da solda, podendo estar localizada:
(a) na zona fundida (Figura A.30a);
(e) na zona afetada termicamente (Figura A.30b).
Trinca ramificada - Conjunto de trincas que partem de uma trinca, podendo estar localizada: (a)
na zona fundida (Figura A.31a);
(a) na zona afetada termicamente (Figura A.31b);
(f) no metal de base (Figura A.31 c).
Trinca sob cordão - Trinca localizada na zona afetada termicamente não se estendendo à
superfície da peça (Figura A. 32)
50
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Crosta - Saliência superficial constituída de inclusão de areia, recoberta por fina camada de metal
poroso.
Metal frio - Descontinuidade proveniente do encontro de duas correntes de metal fundido que não
se caldearam.
Porosidade - Conjunto de poros causado pela retenção de gases durante a solidificação. Queda
de bolo - Descontinuidade proveniente de esboroamento dentro do molde.
Rabo de rato - Depressão na superfície da peça causada por ondulações ou falhas na superfície
do molde.
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J E INSPEÇOES
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ANEXOS:
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J E INSPEÇOES
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J E INSPEÇOES
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J E INSPEÇOES
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Português Inglês
Sobreposição - overtap
Solda em ângulo assimétrica - assymetrical fillet weld
Trinca - crack
Trinca de cratera - crater crack
Trinca de contração (fundição) - hot tear
Trinca em estrela - star crack
Trinca Interlamelar - lamellar teaning
Trinca irradiante - radiating crack
Trinca longitudinal - longitudinal crack
Trinca na margem - toe crack
Trinca na raiz - root crack
Trinca ramificada - branching crack
Trinca sob cordão - underbead crack
Trinca transversal - transverse crack
Veio (fundição) - veining, fin
Glossário Inglês-Português
Inglês Português
Angular missalignment - embicamento, deformação angular.
Arc strike - abertura de arco
Assymetrical fillet weld - solda em ângulo assimétrica
Bad reinforcement angle - ângulo excessivo de reforço
Blow hole - porosidade
Branching crack - trinca ramificada
Bum through - perfuração
Chaplet - chapelim (fundição)
Clustered porosity - porosidade agrupada
Cold shut - gota fria (fundição)
Concavity - concavidade
Crack - trinca
Crater crack - trinca de cratera
Crater pipe - rechupe de cratera
Crush - queda de bolo (fundição)
Elongated cavity - cavidade alongada
Excessive concavity - concavidade excessiva
Excessive convexity - convexidade excessiva
Excessive melt through - perfuração
Excessive reinforcement - reforço excessivo
Fin - veio (fundição)
Fissure - trinca, fissura.
Gas pocket - porosidade
Gas pore - poro
High-low - desalinhamento
Hollow bead - cavidade alongada na raiz
Hot tear - trinca de contração (fundição)
Inadequate penetration - falta de penetração
Incomplete fusion - falta de fusão
Incomplety filled groove insuficiente - deposição
Insert - inclusão (fundição)
Interdendritic shrinkage - rechupe interdendrítico
Lack of fusion - falta de fusão
Lack of penetration - falta de penetração
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J E INSPEÇOES
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Inglês Português
Lamellar tearing - trinca interlamelar
Lamination - dupla laminação
Lap - dobra (laminação, forjamento)
Linear misaligment - desalinhamento
Linear porosity - porosidade alinhada
Longitudinal crack - trinca longitudinal
Metallic inclusion - inclusão metálica
Micro crack - micro-trinca
Overlap - sobreposição
Porosity - porosidade
Radiating crack - trinca irradiante
Rat tail - rabo de rato (fundição)
Root concavity - concavidade central
Root crack - trinca de raiz
Sand inclusion - inclusão de areia (fundição)
Scrab - crosta (fundição)
Seam - lasca (forjamento, laminação).
Segregation -segregação
(fundição,forjamento,laminação)
Shift - desencontro (fundição)
Shrinkage cavity - rechupe, chupagem (fundição).
Shrinkage groove - concavidade lateral
Shut metal - metal frio interrupção vazamento
(fundição)
Slag inclusion - inclusão de escória
Spatter - respingo
Star crack - trinca na margem
Transverse crack - trinca transversal
Underbead crack - trinca sob cordão
Undercut - mordedura
Underfill - enchimento incomplete
Veining - veio (fundição)
Worm-hole - porosidade vermiforme
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J E INSPEÇOES
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OBJETIVOS
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J E INSPEÇOES
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1 INTRODUÇÃO
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J E INSPEÇOES
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Figura 3.2 - Exemplos do posicionamento dos símbolos de soldagem para soldas realizadas
em apenas um lado da Junta.
NOTA:
Soldas envolvendo operações em ambos os lados da junta, possuem símbolo nos dois lados da
linha de referência (ver figura 3.3).
71
J E INSPEÇOES
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Figura 3.3 – Exemplo do posicionamento do símbolo de soldagem para solda realizada em ambos
os lados da junta.
A simbologia básica referente à soldagem, divide as soldas em: solda em chanfro, solda em
Ângulo, solda de fechamento ou de aresta, solda de suporte e outros tipos de soldas. Em geral, os
símbolos são semelhantes à configuração da solda a ser realizada.
72
J E INSPEÇOES
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A linha de referência deve estar na horizontal e a linha de chamada deve fazer um ângulo de 60º
com esta, segundo a figura 3.6.
73
J E INSPEÇOES
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Quando a linha de chamada é “quebrada”, significa que a mesma para um membro específico da
junta que deve ser chanfrado (Ver exemplos da figura 3.7).
74
J E INSPEÇOES
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a) A penetração da raiz da solda em ângulo virá indicada entre parênteses (conforme figura 3.9).
b) As pernas da solda estão indicadas ao lado esquerdo do símbolo de solda em ângulo.
d) A abertura da raiz em todos os tipos de solda deve ser representada dentro do símbolo de
solda, conforme mostrado na figura 3.11.
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J E INSPEÇOES
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J E INSPEÇOES
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NOTAS:
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J E INSPEÇOES
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NOTAS:
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J E INSPEÇOES
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Figura 3.21 – Exemplo de dimensionamento para símbolos de solda por ponto ou por projeção
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J E INSPEÇOES
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J E INSPEÇOES
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J E INSPEÇOES
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2.4.12 SOLDA EM CHANFRO COM UMA FACE CONVEXA OU COM FACES CONVEXAS
Figura 3.24 – Exemplos de dimensionamento para símbolos de solda em chanfro com uma face
convexa ou com faces convexas
87
J E INSPEÇOES
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J E INSPEÇOES
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J E INSPEÇOES
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b) Quando o ensaio for realizado em todo o comprimento da junta não há necessidade de incluir
o valor do comprimento no símbolo, figura 3.28.
90
J E INSPEÇOES
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Figura 3.30 – Exemplo de indicação do número de ensaios não destrutivos a ser realizado (no
caso de RAD, o número entre parênteses indica a quantidade de filmes a serem executados em
posições aleatórias).
Figura 3.31 – Exemplo de Indicação de ensaio não destrutivo sem lado específico para ser
realizado.
Os exemplos a seguir (figura 3.32) ilustram a utilização dos símbolos de ensaios não-destrutivos
com os diversos elementos que os compõem.
91
J E INSPEÇOES
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92
J E INSPEÇOES
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I - Radiografia, em número de cinco filmes em posições aleatórias a ser realizada do lado oposto à
seta;
O - Ensaio visual em toda a extensão soldada, a ser realizado do lado da seta e líquido penetrante
em 50 mm da extensão soldada, a ser realizada do lado oposto da seta,
P - Teste por pontos, sem lado específico, em conformidade com o procedimento 137;
93
J E INSPEÇOES
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94
J E INSPEÇOES
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Exemplo A:
1ª operação: Soldagem do chanfro em “V”do lado da seta com solda de suporte pelo lado oposto;
2ª operação: Realizar ensaio de partículas magnéticas em ambos os lados em toda a extensão
da junta soldada.
Exemplo B:
2ª operação: Realizar ensaio por ultra-som em ambos os lados em toda extensão da Junta
soldada.
Exemplo C:
2ª operação: Realizar ensaios combinados, visual e radiográfico pelo lado oposto a seta em toda a
extensão da junta soldada.
Exemplo D:
2ª operação: Após goivagem, realizar a soldagem do chanfro em "U" pelo lado oposto à seta,
3ª operação: Realizar ensaio por ultra-som do lado oposto à seta em toda a extensão da junta
soldada.
Exemplo E:
2ª operação: Após goivagem, realizar ensaio de liquido penetrante pelo lado oposto à seta em
toda a extensão da junta soldada.
Exemplo F:
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J E INSPEÇOES
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Objetivos
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J E INSPEÇOES
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1 CONCEITOS
1.1 Introdução
A seleção dos consumíveis depende do processo de soldagem que, por sua vez, é escolhido em
função de vários fatores, entre os quais:
- metal de base;
- geometria e tipo de junta;
- espessura da peça a ser soldada;
- posição de soldagem;
- tipo da fonte de energia;
- produtividade;
- habilidade do soldador, etc.
1.2.2 Utilizados em Soldagem a Arco Elétrico (processo de soldagem que utiliza energia
elétrica)
• Arco elétrico entre eletrodo refratário (não consumível) e peça:
- Soldagem TIG (GTAW)
- Gás (Argônio, Hélio, Hidrogênio).
- Vareta (GTAW Manual) e arame (GTAW Mecanizado)
97
J E INSPEÇOES
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Os gases inertes são aqueles que não reagem com o metal líquido da poça de fusão. Os gases
inertes mais utilizados na soldagem são: Argônio e Hélio.
O Argônio (Ar) é um gás monoatômico pesado, com peso atômico igual a 40. Possui elevado
poder ionizante que favorece a abertura e estabilidade do arco. Esse gás é obtido da atmosfera
pela liquefação do ar e purificado até o estágio de 99,995% (grau solda).
O argônio misturado ao CO2 proporciona maior estabilidade do arco, sendo muito utilizado na
soldagem MAG de aço carbono. O CO2 é misturado ao argônio em percentagens variáveis de 8 a
25%, melhorando sensivelmente as propriedades mecânicas da junta soldada. A mistura 75% de
Ar + 25% CO2 é empregada no processo arame tubular, pois proporciona excepcional estabilidade
do arco e acelera a solidificação da poça de fusão.
• Hélio
O Hélio (He) é um gás monoatômico muito leve, tendo peso atômico igual a4. Possui uma
condutibilidade térmica elevada e exige uma tensão no arco mais alta do que o argônio,
favorecendo, portanto, maiores velocidades de soldagem. Esse gás é obtido a partir do gás
natural e purificado até alcançar 99,99% de pureza. Tem como vantagem o maior rendimento,
porém, seu uso é limitado a soldagens que utilizam corrente contínua.
98
J E INSPEÇOES
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Devido ao seu maior custo em relação ao argônio, o gás hélio é mais empregado na soldagem
MIG, onde há interesse em soldar alumínio e cobre em grandes espessuras e soldagens com
altas correntes.
Os gases reativos são aqueles que reagem com o metal líquido da poça de fusão, podendo alterar
as propriedades mecânicas do metal depositado. Os gases reativos podem ser de dois tipos: os
ativos e os redutores.
• Gás Ativo
O gás ativo mais empregado na soldagem é o CO2 que além de poder ser utilizado sozinho para a
proteção da poça de fusão, pode também ser utilizado com o argônio na soldagem dos aços
carbono e baixa liga. O Oxigênio também é um gás ativo, mas nunca é utilizado sozinho. Este
geralmente é combinado com o argônio (mistura binária) ou com o argônio mais CO2 (mistura
tríplice).
Como a solidificação do metal líquido ocorre em uma velocidade muito elevada, isto faz com que o
CO fique retido no interior do cordão de solda sob a forma de poro. Com o objetivo de eliminar ao
máximo a formação dessa descontinuidade, faz-se necessário a adição de elementos
desoxidantes na composição química do consumível de soldagem, tais como: Mn e Si, que
reagem com o FeO através das seguintes reações:
Desta forma, a quantidade de CO produzido na reação (1) será muito menor, quando da presença
dos elementos Mn e Si.
Elementos como AI, Ti e Zr também podem ser introduzidos na composição do consumível na
função de "desoxidantes".
A maior desvantagem do uso do CO2 é a tendência em produzir um arco violento, podendo gerar,
desta forma, uma grande quantidade de respingos.
• Gás Redutor
O Hidrogênio (H2) pode ser adicionado ao Ar ou He para aumentar a temperatura do arco e
produzir uma atmosfera levemente redutora. É comum na Europa a utilização de adições de
até 15% H2, mas o risco desta quantidade produzir poros no metal de solda é muito grande.
99
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
hidrogênio molecular (H2), reação essa que é acompanhada de uma grande liberação de energia.
Deve ser notado que o uso de hidrogênio pode causar trinca nos aços carbono e aços- liga; como
também pode causar porosidade no metal de solda de aços ferríticos, alumínio, cobre e nas
soldas multi-passes de níquel e aços inoxidáveis austeníticos.
A Tabela 4.2 apresenta a influência dos gases Argônio e CO2 nas variáveis de soldagem, como
também em algumas características do cordão de solda.
Tabela 4.2 - Influência dos gases Argônio e CO2 nas variáveis de soldagem e características do
cordão de solda .
Com exceção dos gases, todos os consumíveis comumente usados estão cobertos pela
especificação AWS; esta não prevê todos os tipos de metais de adição disponíveis, pois alguns
têm formulação recente e outros têm suas características mantidas como segredo de fabricação.
A Tabela 4.3 fornece exemplos de algumas especificações AWS. O código ASME (American
Society for Mechanical Engineering) utiliza-se da especificação AWS empregando a abreviatura
SF (do inglês, Specification) antes do código de especificação AWS.
100
J E INSPEÇOES
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NOTA: Quanto à aceitação dos gases de proteção, o que se exige dos mesmos é que atendam a
critérios de pureza previamente estabelecidos no procedimento de soldagem.
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J E INSPEÇOES
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mínimas exigidas.
Desta forma, a especificação além de classificar os consumíveis, determina que os mesmos
atendam a requisitos de:
- Fabricação;
- Critérios de aceitação;
- Composição química do metal depositado;
- Propriedades mecânicas do metal depositado;
- Exame radiográfico do metal depositado;
- Embalagem;
- Identificação;
- Garantia, etc.
Por outro lado, a classificação AWS refere-se a um consumível e a respeito do mesmo, fornece,
em valores aproximados, algumas de suas propriedades mecânicas (limite de resistência,
impacto), como também sua composição química e particularidades relativas ao revestimento, ou
seja, fornecendo ao consumível uma designação lógica, que permita identificá-Io mais facilmente
e suas características principais.
AWS A5.1-91
"Especificação para Eletrodos de Aços ao Carbono para a soldagem
manual a Arco com Eletrodo Revestido"
E 6010
E 6013
E 7016
E 7018
E 7048
===> As classificações representam subconjuntos do conjunto especificação.
Exemplo 2:
O eletrodo AWS E7018 produz um limite de resistência do metal de solda de aproximadamente
70.000 psi (E7018), pode ser utilizado em todas as posições de soldagem (E7018) e seu
revestimento é de baixo hidrogênio (E7018). Entretanto, quando nos referimos ao eletrodo E7018,
não significa que ele esteja de acordo com alguma especificação. Para ele pertencer a uma
determinada especificação AWS, ele deverá atender a todas as exigências estipuladas por esta.
Uma delas, por exemplo, seria conter na embalagem a seguinte notação: "Eletrodo de
Especificação AWS A5.1-91 E7018". Atendendo todas as exigências da norma, este poderá ser
certificado, ou seja, receber certificado de qualificação, conforme exigências da especificação
AWS.
102
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Nas especificações A WS, os consumíveis são designados por um.conjunto de algarismos e letras
com um dos seguintes prefixos:
E - Eletrodo para soldagem a arco elétrico;
R - Vareta para soldagem a gás; .
B - Metal de adição para brasagem;
F - Fluxo para arco submerso;
ER - Indica a possibilidade de aplicação com eletrodo nu (arame) ou vareta.
A seguir, serão dados exemplos de critérios e sistemas de classificação dos consumíveis que
foram listados na tabela 4.3.
3.1 Classificação dos Eletrodos de Aços ao Carbono e Baixa Liga para Soldagem Manual a
Arco com Eletrodo Revestido, de Acordo com as Especificações AWS A5.1-91 e A5.5-96,
Respectivamente
Este item irá analisar simultaneamente as especificações em questão, visto que a análise dos
sistemas de classificação de ambas é muito parecida. Sempre quando uma especificação se
divergir da outra em um determinado ponto, o leitor será chamado à atenção para o fato.
3.1.1 Generalidades
Antes de iniciar a análise das duas especificações propriamente, serão apresentadas algumas
informações técnicas inerentes ao assunto em questão.
É importante observar que o eletrodo revestido é composto de duas partes: uma metálica (alma) e
outra na forma de massa (revestimento).
A alma é comum aos diferentes tipos de eletrodos e são aplicados a todos os materiais, tanto para
os aços carbono ou baixa-liga, como para os inoxidáveis sintéticos. Trata-se de um aço de baixo
carbono do tipo efervescente. No revestimento, estão contidos os elementos para a estabilização
do arco, desoxidantes, formadores de escória que podem aumentar a resistência mecânica e/ou
ductilidade do metal de solda.
A expansão dos gases contidos no aço efervescente da alma, mais outros elementos que
integram o revestimento do eletrodo, favorecem a transferência do metal durante a sua fusão,
sobretudo na posição sobre-cabeça e vertical.
Para a fabricação dos eletrodos, primeiro misturam-se os diferentes elementos que compõem o
revestimento. A seguir, de acordo com tipo de eletrodo que se deseja elaborar, se agrega o
aglomerante que pode ser silicato de sódio (Na) ou de potássio (K). Constituída a massa e
remetida para as prensas de extrusão, onde o revestimento é prensado em torno da alma
metálica, tem-se o eletrodo. Após esta etapa, procede-se a secagem a temperaturas que variam
de acordo com o tipo de revestimento.
• Funções do Revestimento
O revestimento deve cumprir, fundamentalmente, três funções: elétrica, física e metalúrgica.
103
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
a - Função elétrica: abertura e estabilidade do arco elétrico, tanto em corrente contínua como em
alternada. Para esse fim, utilizam-se silicato de sódio (Na) e potássio (K).
b - Função física: formação de fumos mais densos que o ar para proteger tanto o metal em
transferência durante a soldagem como o banho de metal fundido, da contaminação pelo
hidrogênio (H2), nitrogênio (N2) e oxigênio (0 2) encontrados no ar atmosférico. Os fumos
contribuem também na transferência metálica nas posições de soldagem desfavorecida pelo efeito
da gravidade. A escória que cobre o metal fundido, recentemente depositado, dá sustento aos
cordões de solda depositados tanto na posição vertical, como na sobre-cabeça.
B) Tipos de Revestimento
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J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
1º - Tipo de corrente;
2° - Tipo de revestimento;
3° - Posição de soldagem;
4º - Propriedades mecânicas do metal depositado na condição “como soldado"
ou “envelhecido".
Importante salientar que o eletrodo que tenha sido enquadrado em uma determinada classificação
dentro de certa especificação, este não poderá ter uma outra classificação. A única exceção é o
eletrodo E7018M que pode também ser classificado como E7018, desde que satisfaça todas as
exigências para ambas as classificações.
Dígito 2: Estes dígitos, em número de dois ou três, indicam o limite de resistência à tração mínima
de metal de solda em "ksi'" (1 ksi = 1.000 psi). Alguns exemplos podem ser vistos na Tabela 4.4.
105
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
E 60 XX 60.000 414
E 70 XX 70.000 482
E 80 XX 80.000 550
E 90 XX 90.000 620
E 100 XX 100.000 690
E 110 XX 110.000 760
E 120 XX 120.000 830
1) Toda a preparação da chapa de teste, envolvendo desde a escolha do metal de base, do tipo e
dimensões do cobre-junta até as condições de soldagem (intensidade de corrente, geometria do
chanfro, posição de soldagem, diâmetro do eletrodo, etc.) são padronizadas, cujas informações se
encontram na especificação em questão.
Dígito 3: Designa a posição de soldagem na qual o eletrodo revestido pode ser empregado com
resultados satisfatórios. Ver tabela 4.5.
Dígito 4:
Este dígito pode variar de O (zero) a 9 (nove). Os dois últimos dígitos designam:
- O tipo de corrente com o qual o eletrodo pode ser usado;
- Tipo de revestimento.
106
J E INSPEÇOES
Treinamentos Es pecializ ados
10 11 12 13 14 15 16 18 18M 19 20 22 (*) 24 27 28 48
Tipo de CA CA CA CA CA CA
CC+ CA CC+ CA CC- CC+ CC+ CA CC+CA CC+ CA CC- CC+CA CC+CA
Corrente CC+/- CC+/- CC+/- CC+/- CC+/- CC+/-
Suav e,
Médio, Suav e Suav e Médio, Médio, Médio Suav e Suav e Suav e Suav e Suav e Médio Médio
Tipo de Arco Forte com Forte com Muito
poucos Sem sem poucos poucos poucos sem sem sem sem sem sem poucos
e Salpicos Salpicos pouco
Salpicos Salpicos salpicos Salpicos, Salpicos, salpicos, Salpicos Salpicos salpicos salpicos salpicos Salpicos, Salpicos,
Transf erência spray Spray salpico,
spray spray spray globular globular globular spray Spray spray Spray spray globular Globular
globular
Penetração Prof unda Prof unda Pouca Pouca Pouca Média Média Média Média Alta Alta Alta Média Alta Média Média
Rutílico Básico Rutílico Ácido Básico Básico
com com Rutilo- com com com com
Celulósico Celulósico Rutílico Rutílico Básico Básico Ácido Ácido
Silicato Silicato Básico ácido Silicato Silicato Silicato Silicato
Tipo de com com com com com com com com
de K e de K e com pó com de K e de K e de K e de K e
Rev estimento Silicato de silicato de Silicato Silicato Silicato Silicato Silicato Silicato
25-40% 25-40% de Ferro Silicato 50% de 50% de 50% de 25-40%
Na K de Na de K de Na de K de K de K
de Pó de de Pó de de K Pó de Pó de Pó de de Pó de
Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro Ferro
Alto Alto Médio Médio Médio Baixo Baixo Baixo Baixo Médio Médio Médio Médio Baixo Baixo
Teor de Médio 15
20 ml / 20 ml / 15 m l/ 15 ml / 15 ml / 2ml / 2 ml / 2 ml / 2 ml / 15 ml/ 15 ml/ 15ml/ 15 ml / 2ml / 2ml/
Hidrogênio ml/ 100g
100g 100 g 100g 100g 100g 100g 100g 100 g 100g 100g 100g 100g 100g 100g 100g
107
3.1.4 Principais Características dos Diversos Tipos de Eletrodos
E-6010: O revestimento deste eletrodo é constituído de um alto teor de celulose; outros materiais
usados geralmente na composição deste revestimento são: TiO2, desoxidantes metálicos (Fe-Mn),
vários tipos de silicatos de magnésio e alumínio e, como aglutinante, silicato de sódio. Eletrodo
fabricado para ser utilizado com corrente contínua polaridade inversa (eletrodo ligado ao pólo
positivo). Produz muitos respingos, quando utilizado com altas intensidades de corrente. Eletrodo
caracterizado por produzir uma transferência metálica do tipo "spray”, um arco bem penetrante e
uma escória fina e de fácil remoção. Eletrodo recomendado para todas as posições,
particularmente em técnicas de passes múltiplos tanto na vertical como sobre cabeça. Eletrodo
aplicado na união de aços ao carbono, principalmente na soldagem de oleodutos e gasodutos;
apresenta vantagens na soldagem de aços galvanizados e em aços baixa-liga.
E-6011: este eletrodo apresenta uma ação no arco e tipo de escória similar ao E6010. A
composição de seu revestimento é muito próxima a do eletrodo anterior, mudando apenas no tipo
de aglutinante (silicato de potássio) e a introdução de pequenas quantidades de compostos de
cálcio. Pode ser utilizado tanto com corrente alternada como com corrente contínua polaridade
inversa. Com esta última, obtém-se uma penetração do cordão inferior comparado com o E6010.
E-6012: eletrodo com revestimento do tipo rutílico, cujo componente principal é o dióxido de titânio
(Ti02), também conhecido "Rutilo". Este material produz um arco elétrico estável, apesar de pouco
penetrante; sua escória é densa. Pode ser empregado com corrente alternada e, para que
também possa ser usado com corrente contínua polaridade direta (eletrodo no negativo), é
acrescentada em sua composição pequena quantidade de compostos de cálcio. Este eletrodo
produz um cordão de solda com ótima aparência; é capaz de sobrepor grandes aberturas de raiz
em condições ruins de montagem e suporta altas intensidades de corrente. Pode ser utilizado em
todas as posições de soldagem; na posição vertical, o mesmo está apto a ser usado tanto na
progressão ascendente quanto na descendente.
E6013: eletrodo com revestimento rutílico, sendo um dos mais utilizados na indústria. Outros
componentes fazem parte do revestimento, a saber: celulose, ferro-manganês, silicato de potássio
(como aglutinante) e outros silicatos; os compostos de potássio permitem que o eletrodo seja
operado com corrente alternada com baixa intensidade de corrente e baixa tensão de arco aberto;
este eletrodo também pode ser operado com corrente contínua com polaridade direta (CC-) e
polaridade inversa (CC+). Comparando este eletrodo com o E6012, têm-se: sua escória é mais
fácil de ser removida; produz um arco mais estável e um cordão de solda quase isento de
inclusões de escória e de óxidos; não suporta altas intensidades de correntes, quando utilizados
nas posições plana e horizontal. O E6013 foi projetado especialmente para ser utilizado em
chapas finas.
E-7014/E7024: eletrodo com revestimento rutílico, similar aos E6012/6013, porém com adição de
pó de ferro no revestimento para obtenção de maiores taxas de deposição. A percentagem de pó
de ferro no E7014 pode variar entre 25 e 40% do peso do revestimento, enquanto no E7024 essa
percentagem pode chegar a 50%. Devido à presença do pó de ferro, é permitido o uso de altas
intensidades de corrente. O E7014 pode ser empregado em todas as posições, enquanto o E7024
é indicado na fabricação de soldas em ângulo nas posições plana e horizontal. Uma característica
do E7024 é o perfil das soldas em ângulo que tende a ser plano ou ligeiramente convexo, sendo a
escória de fácil remoção e, em alguns casos, auto destacável. É ideal para a soldagem por
gravidade. Os eletrodos designados E7024-1 têm as mesmas características do uso do que os
E7024. Eles são utilizados em situações que exijam maior ductilidade e uma menor temperatura
de transição que normalmente produzida pelo E7024.
108
E-7015, E7016, E7018, E7018M, E7028, E7048: estes eletrodos fazem parte da família dos
eletrodos básicos, também conhecidos como "eletrodos de baixo hidrogênio". São conhecidos
dessa forma, tendo em vista seus revestimentos serem constituídos por materiais inorgânicos que
contém uma quantidade mínima de umidade, que por sua vez, produzem metais de solda de baixo
teor de hidrogênio. Para manter os eletrodos básicos com um teor de umidade mínimo em seus
revestimentos, os mesmos devem ser armazenados e manuseados com muito cuidado. Eletrodos
que foram expostos à umidade podem absorver uma quantidade considerável de umidade,
perdendo desta forma suas características de "baixo hidrogênio". Após a realização de uma
ressecagem, conforme estabelecida pelo fabricante do eletrodo ou por uma norma técnica
aplicável, eles podem exibir novamente sua condição de baixo hidrogênio. Outros materiais que
fazem parte do revestimento básico: fluorita (CaF2), carbonato de cálcio (CaC03) e sílica (SiO2).
E-6019: este eletrodo possui um novo tipo de revestimento a base de titânio de ferro (TiO2.Fe2O3)
mais conhecido pelo nome de ilemita. Suas características podem ser definidas como
intermediárias entre um eletrodo E-6013 (rutílico) e um E-6020 (ácido), apropriado para soldar em
passes múltiplos tanto em corrente alternada como contínua, com polaridade negativa ou positiva.
Pode ser usado em todas as posições exceto na vertical descendente.
E-6020/27: eletrodos de revestimento ácido de fácil operacionalidade tanto em corrente alternada
como contínua e nesta última preferencialmente com polaridade negativa. São usados nas
posições plana e filete horizontal. O E-6027 se diferencia do E-6020 pelo conteúdo de pó de ferro
no revestimento, podendo ter este 50% do peso do revestimento, o que lhe confere características
de alto rendimento gravimétrico.
E-6022: eletrodo similar ao E-6020 recomendado para soldas em passes simples com alta
velocidade de deposição em juntas de topo ou sobrepostas nas posições plana, horizontal e filete
em chapa fina.
A Tabela 4.7 mostra a composição química do metal depositado enquanto a tabela 4.8 indica o
significado dos sufixos com relação às propriedades mecânicas dos eletrodos especificados na
norma AWS A 5.1-91.
Tabela 4.7 - Requisitos de composição química do metal depositado para os eletrodos da
especificação AWS 5.1-91
PERCENTUAL EM PESO (%) Limite Para a
comb inação
Class ificação Mn +Ni+Cr +Mo+
AW S C Mn Si P S Cr Mo Ni V V
E-6010
E-6011
E-6012
E-5013
E-6019 Não Especificado (NE)
E-6020
E-6022
E-6027
E-7014
E-7015 NE 1,25 0,90 NE NE 0,20 0,30 0,30 0,08 1,50
E-7024
E-7016
E-70 18 NE 1,60 0,75 NE NE 0,20 0,30 0,30 0,08 1,75
E-7027
E-7028
NE 1,60 0,90 NE NE 0,20 0,30 0,30 0,08 1,75
E-7048
E-7018M 0,12 0,40 a 1,60 0,80 0,030 0,020 0,15 0,35 0,25 0,05 N.E.
109
NOTA: valores simples representam valores máximos.
Tabela 4.8 – Requisitos de propriedades mecânicas do metal depositado para os elet rodos de
a,b
especificação AWS 5.1-91
Ensaio de Tração Ensaio de Impacto
Classifica Limite de Resistênci Alongam ent o Valor Individual
(50,8 mm) Valor Médio Mínimo
ção AWS escoament o a à Tração Mínimo
MPa Ksi MPa Ksi (%) (J) (ºC) (J) (ºC)
E-6010 331 48 414 60 22 27 -29º 20 -29º
E-6011 331 48 414 60 22 27 -29º 20 -29º
E-6012 331 48 414 60 17 NE NE NE NE
E-6013 331 48 414 60 17 NE NE NE NE
E-6019 331 48 414 60 22 27 -18º 20 -18º
E-6020 331 48 414 60 22 NE NE NE NE
C
E-6022 NE NE 414 60 NE NE NE NE NE
E-6027 331 48 482 60 22 27 -29º 20 -29º
d
E-7014 399 58 482 70 17 NE NE NE NE
E-7015 399 58 482 70 22 27 -29º 20 -29º
E-7016 399 58 482 70 22 27 -29º 20 -29º
E-7018 399 58 482 70 22 27 -29º 20 -29º
E-7024 399 58 482 70 17 NE NE NE NE
E-7027 399 58 482 70 22 27 -29º 20 -29º
E-7028 399 58 482 70 22 27 -29º 20 -29º
E-7048 399 58 482 70 22 27 -29º 20 -29º
365- e
E-7018M 53-72 482 70 24 67 -29º 54 -29º
e
E-7016-1 399 58 482 70 22 27 -46º 20 -46º
E-7018-1 399 58 482 70 22 27 -46º 20 -46º
E-7024-1 399 58 482 70 17 27 -18º 20 -18º
110
Dígito 5 - Este sufixo só é utilizado na especificação AWS 5.5-96 Eletrodos Revestidos para a
Soldagem a arco de aços Baixa Liga, e se compõe de letras e algarismos que indicam a
composição química do metal depositado. A tabela 4.9 mostra o significado do dígito 5 para
alguns eletrodos revestidos enquadrados na especificação AWS A5.5.
Tabela 4.9 - Composição química do metal depositado, definida pelo dígito 5, para consumíveis de
especificação AWS 5.5-96.
Classificação
C Mn Si P S Cr Mo Ni V
AWS
Eletrodos para aços ao Carbono-Molibdênio
E-7010-A1 0,12 0,60 0,40 0,03 0,04 - 0,40-0,65 - -
E-7011-A1 “ “ “ “ “ - “ - -
E-7015-A1 “ 0,90 0,60 “ “ - “ - -
E-7016-A1 “ “ “ “ “ - “ - -
E-7018-A1 “ “ 0,80 “ “ - “ - -
E-7020-A1 “ 0,60 0,40 “ “ - “ - -
E-7027-A1 “ 1,00 “ “ “ - “ - -
Eletrodos para aços ao Cromo-Molibdênio
E-8016-B1 0,05-0,12 0,90 0,60 0,03 0,03 0,40-0,65 0,40-0,65 - -
E-8018-B1 “ “ 0,80 “ “ “ “ - -
E-7015-B2L 0,05 “ 1,00 “ “ 1,00-1,50 0,40-0,65 - -
E-8016-B2 0,05-0,12 “ 0,60 “ “ “ “ - -
E-8018-B2 “ “ 0,80 “ “ “ “ - -
E-7018-B2L 0,05 “ “ “ “ “ “ - -
E-8015-B3L “ “ 1,00 “ “ 2,00-2,50 0,90-1,20 - -
E-9015-B3 0,05-0,12 “ 1,00 “ “ “ “ - -
E-9016-B3 “ “ 0,60 “ “ “ “ - -
E-9018-B3 “ “ 0,80 “ “ “ “ - -
E-8018-B3L 0,05 “ “ “ “ “ “ - -
E-8015-B4L “ “ 1,00 “ “ 1,75-2,25 0,40-0,65 - -
E-8016-B5 0,07-0,15 0,40-0,60 0,30-0,60 “ “ 0,40-0,60 1,00-1,25 - 0,05
Eletrodos para aços ao Níquel
E-8016-C1 0,12 1,25 0,60 0,03 0,03 - - 2,00-2,75 -
E-8018-C1 “ “ 0,80 “ “ - - “ -
E-7015-C1L 0,05 “ 0,50 “ “ - - “ -
E-7016-C1L “ “ “ “ “ - - “ -
E-7018-C1L “ “ “ “ “ - - “ -
E-8016-C2 0,12 “ 0,60 “ “ - - 3,00-3,75 -
E-8018-C2 “ “ 0,80 “ “ - - “ -
E-7015-C2L 0,05 “ 0,50 “ “ - - “ -
E-7016-C2L “ “ “ “ “ - - “ -
E-7018-C2L “ “ “ “ “ - - “ -
E-8016-C3 0,12 0,40-1,25 0,80 “ 0,03 0,15 0,35 0,80-1,10 0,05
E-8018-C3 “ “ “ “ “ - - “ -
Eletrodos para aços ao Níquel-Molibdênio
E-8018-NM1 0,10 0,80-1,25 0,60 0,02 0,02 0,10 0,40-0,65 0,80-1,10 0,02
Eletrodos para aços ao Manganês-Molibdênio
E-9015-D1 0,12 1,00-1,75 0,60 0,03 0,04 - 0,25-0,45 0,90 -
E-9018-D1 “ “ 0,80 “ “ - “ “ -
E-10015-D2 0,15 1,65-2,00 0,60 “ “ - “ “ -
E-10016-D2 “ “ “ “ “ - “ “ -
E-10018-D2 “ “ 0,80 “ “ - “ “ -
E-8016-D3 0,12 1,00-1,80 0,60 “ “ - 0,40-0,65 “ -
E-8018-D3 “ “ 0,80 “ “ - “ “ -
111
Eletrodos para todos os outros aços de baixa liga
(A)
E-XX10-G - 1,00 min - - 0,30 mm 0,20 min 0,20 min 0,10
0,80 mm
min
E-XX11-G - “ “ - - “ “ “ “
E-XX18-G - “ “ - - “ “ “ “
E-9018-M (B) 0,10 0,60-1,25 0,80 0,030 0,030 0,15 0,35 1,40-1,80 0,05
E-10018-M - 0,70-1,70 0,60 “ “ 0,35 0,25-0,50 1,40-2,10 “
E-11018-M - 1,30-1,80 “ “ “ 0,40 “ 1,25-2,50 “
E-12018-M - 1,30-2,25 “ “ “ 0,30-1,50 0,30-1,50 1,75-2,50 “
E-7018-W(C) 0,12 0,40-0,70 0,025 0,025 “ “ 0,20-0,40 0,20-0,40 0,08
NOTAS:
(A) A fim de atender às exigências de liga do grupo de sufixo G, o metal de solda
depositado precisa ter o teor mínimo de apenas um dos elementos listados. Os requisitos
adicionais de composição química podem ser estabelecidos, por acordo, entre o comprador e
o fornecedor ou fabricante;
(B) As ligas do grupo de sufixo M são previstas para atender aos requisitos das classificações
cobertas pelas especificações militares norte-americanas;
(C) O eletrodo E-7018-W deve conter entre 0,30 a 0,60% de Cu;
3.2 Classificação de Varetas de Aços ao Carbono e Baixa Liga para SoIdagem a Oxigás
(Especificação AWS A5.2-92)
As varetas para a soldagem são classificadas tendo como base a resistência à tração do metal
depositado.
R XXX
1 2
onde:
A tabela 4.10 mostra alguns exemplos de classificação, enquanto a tabela 4.11 indica a
composição química da vareta de acordo com a norma AWS A 5.2-92.
Tabela 4.10 - Requisitos de limite de resistência mínima para varetas de especificação AWS
A 5.2-92
112
Limite de Resistência Mínimo Alonga mento
Vareta Mínimo %
(psi) (Mpa)
R 45 ---- ---- ----
R 60 60.000 414 20
R 65 65.000 480 16
R 100 100.000 690 14
R XXX - G XXX ---- ----
NOTAS:
A vareta R 65 é utilizada na soldagem a gás de aços carbono e de baixa liga, cujo metal
depositado apresenta os maiores valores de resistência;
A vareta R 100 é uma vareta que por sua composição química destina-se a soldagem de aços de
baixa liga e alta resistência. Possui baixo teor de impurezas;
A vareta R XXX - G, não possui requisitos de composição química. Sua definição pode ser
estabelecida em acordo entre o comprador e o fornecedor ou fabricante. O valor da resistência à
tração será dado de acordo com o resultado do ensaio de tração do metal depositado.
Tabela 4.11 - Requisitos de composição química das varetas de especificação AWS A 5.2-92
3.3 Classificação dos Eletrodos de Aço Inoxidável para a Soldagem Manual a Arco com
Eletrodo Revestido - Especificação AWS A5.4-92
Os eletrodos revestidos são classificados tendo como base a composição química de metal de
solda não diluído (metal depositado), tipo de corrente e posição de soldagem.
113
3.3.2 - Sistema de Classificação
E XXXXX - X X
1 2 3 4
Onde:
Dígito 2 - Estes dígitos, que se referem à composição química do metal depositado podem ser
compostos de três ou mais algarismos ou letras, e indicam uma composição específica (ver
Tabela 4.12). Para os aços inoxidáveis, os dígitos iniciais referem-se à composição química
definida de acordo com a classificação (designação) AISI. American Iron and Steel Institute.
Exemplos:
E-308: metal depositado com composição, média, ou nominal de 19,5% de Cr e 10,0% de Ni para
a soldagem dos aços de composição similar tal como 301, 302, 304 e 305 da classificação AISI.
E-309L: eletrodo cuja composição nominal do metal depositado é 23,5% Cr e 13,0% Ni, mas que
tem restrições com respeito ao conteúdo de carbono, não podendo exceder 0,04%, por isto a
denominação 309 vai acompanhada da letra "L" inicial de LOW, do inglês "baixo" significando
baixo carbono.
E-310H: o metal depositado por este eletrodo é similar ao do E-310, com composição nominal de
26,5% Cr e 21% Ni, neste eletrodo o teor de carbono é alto, por isso a letra "H" é inicial de High,
do inglês "alto", significando alta percentagem de carbono em peso. Neste caso, entre 0,35 a
0,45%.
E-347: o depósito realizado por este eletrodo, em princípio é similar ao E-308, mas com o objetivo
de diminuir a possibilidade de precipitação de carbonetos de cromo e o aparecimento de corrosão
intergranular, tem incorporado um elemento estabilizante, neste caso nióbio, em uma proporção
de oito vezes a percentagem do carbono.
Tabela 4.12 - Composição química do metal depositado, percentual em peso, de alguns
consumíveis enquadrados na especificação AWS 5.4-92
Classificação C Mn Cr Ni Mo Nb+Ta Si P S Cu
AWS
E307-XX 0,04-0,14 3,30-4,75 18,0-21,5 9,0-10,7 0,5-1,5 - 0,90 0,04" 0,03 0,75
E308-XX 0,08 0,5-2,5 18,0-21,0 9,0-11,0 0,75 - " " " "
E 308 L-XX 0,04 " " " " - " " " "
E308Mo-XX 0,08 " " 9,0-12,0 2,0-3,0 - " " " "
E308MoL-XX 0,04 " " " " - " " " "
E309-XX 0,15 " 22,0-25,0 12,0-14,0 0,75 - " " " "
E309L-XX 0,04 " " " " - " " " "
E309Nb-XX 0,12 " " " " 0,70-1,0 " " " "
E309Mo-XX " " " " 2,0-3,0 - " " " "
E310MoL-XX 0,04 " " " " - " 0,03 " "
E310-XX 0,08-0,20 1,0-2,5 25,0-28,0 20,0-22,0 0,75 - 0,75 " " "
E310H-XX 0,35-0,45 " " " " - " " " "
E310Nb-XX 0,12 " " " " 0,70-1,0 " " " "
114
Classificação C Mn Cr Ni Mo Nb+Ta Si P S Cu
AWS
E310Mo:.XX " " " " 2,0-3,0 - " 0,04 " "
E312-XX 0,15 0,5-2,5 28,0-37,0 8,0-10,5 0,75 - 0,90 " " "
E316-XX 0,08 " 17,0-20,0 11,0-14,0 2,0-3,0 - " " " "
E316L-XX 0,04 " " " " - " " " "
E317-XX 0,08 " 18,0-21,0 12.0-14,0 3,0-4,0 - " " " "
E317L-XX 0,04 " " " " - " " " "
E318-XX 0,08 " 17,0-20,0 11,0-14,0 2,0-3,0 6xC-1,0max. " " " "
E320-XX 0,07 " 19,0-21,0 32,0-36,0 " 8xC-1, 0max. 0,60 " " 3,5
E330-XX 0,18-0,25 1,0-2,5 14,0-17.0 33,0-37,0 0,75 - 0,90 " " 0,75
E330H-XX 0,35-0,45 " " " " - " " " "
E347-XX 0,08 0,5-2,5 18,0-21,0 9,0-11,0 " 8xC-1,0max. " " " "
E410-XX 0,12 1,0 11,0-13,5 0,7 " " " " "
E430-XX 010 " 15,0-18,0 0,6 " " " "
Digito 3 - Este dígito refere-se às posições em que o eletrodo pode ser empregado com
resultados satisfatórios.
E-XXX-1X: o número 1 (um) indica que o eletrodo pode ser usado em todas as posições, porém
na prática. Os eletrodos apresentam desempenho satisfatório para soldagem em todas as
posições apenas para os diâmetros até 4 mm. Para diâmetros superiores a 4 mm o desempenho
só é satisfatório nas posições horizontal (apenas para solda em ângulo) e plana isto realmente
acontece com a grande maioria dos eletrodos revestidos.
E-XXX-2X: o número 2 (dois) indica que o desempenho do eletrodo só é satisfatório na posição
horizontal (apenas para solda em ângulo) e na posição plana.
Dígito 4 - Este dígito refere-se ao tipo de corrente em que o eletrodo deve ser utilizado, e em
combinação com o anterior indica os tipos e/ou características do revestimento.
E-XXX-15: este eletrodo deve ser utilizado em corrente contínua e ligado ao pólo positivo (CC+),
ou seja, polaridade inversa. Os elementos químicos da composição destes eletrodos estão
totalmente incorporados na alma e o revestimento está constituído por elementos calcários, similar
ao E-7015 da especificação AWS A5.1.91.
E-XXX-16: este eletrodo pode ser utilizado em corrente alternada (CA) ou em corrente contínua
com polaridade inversa (CC+). Iguais aos anteriores, estes eletrodos têm elementos químicos
totalmente integrados a alma e o revestimento está constituído por dióxido de titânio (TiO2) e
silicato de potássio (K), similar ao E-6013 da especificação AWS A5.1-91.
E-XXX-26: tanto o tipo de revestimento como as características operativas destes eletrodos são
similares as de digito 16, só que, como no caso anterior, a alma está constituída por um aço doce
e os elementos de liga estão no revestimento. Estes eletrodos são recomendados para soldar nas
posições plana e horizontal.
115
NOTA: Estes eletrodos, E-XXX-25 e E-XXX-26, também são denominados comumente como
eletrodos sintéticos.
3.4 Classificação dos Eletrodos Nus (Arames) e Vareta de Aço Inoxidável para Soldagem
(Especificação AWS A5.9-93)
Os consumíveis do tipo arame, vareta e fita enquadrados nesta especificação são classificados
tendo como base a composição química do próprio consumível.
Para o consumível "metal cored", este é classificado tendo como base a composição química do
metal depositado.
E R XXXXX
1 2 3
Onde:
Dígitos 1 + 2 - As letras ER, que são utilizadas sempre juntas, referem-se ao consumível na
forma de um eletrodo nu ou uma vareta, aplicável em processos de soldagem TIG, MIG, MAG e
Arco Submerso. Quando o consumível a ser utilizado for do tipo "metal cored", a letra "R" deverá
ser substituída pela letra "C": EC.
116
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
AWS UNS
C Cr Ni Mo Mn Si P S N Cu Element Amount
Classification Number
0.03 0.03
ER209 S20980 0.5 20.5-24.0 9.5-12.0 1.5-3.0 4.0-7.0 0.90 0.10-0.030 0,75 V 0.10-0.30
0.03 0.03 0,75 - -
ER307 S30780 0.04-0.14 19.5-22.0 8.0-10.7 0.5-1.5 3.3-4.75 0.30-0.65 -
0.03 0.03 - 0,75 - -
ER308 S30880 0.08 19.5-22.0 9.0-11.0 0.75 1.0-2.5 0.30-0.65
0.03 0.03 - 0,75 - -
ER308H S30880 0.04-0.08 19.5-22.0 9.0-11.0 0.50 1.0-2.5 0.30-0.65
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER308L S30883 0.03 19.5-22.0 9.0-11.0 0.75 0.30-0.65
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER308Mo S30882 0.08 18.0-21.0 9.0-12.0 2.0-3.0 0.30-0.65
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER308Lmo S30886 0.04 18.0-21.0 9.0-12.0 2.0-3.0 0.30-0.65
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER309 S30980 0.12 23.0-25.0 12.0-14.0 0.75 0.30-0.65
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER309L S30983 0.03 23.0-25.0 12.0-14.0 0.75 0.30-0.65
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER309Si S30981 0.12 23.0-25.0 12.0-14.0 0.75 0.65-1.00
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER309Lsi S30988 0.03 23.0-25.0 12.0-14.0 0.75 0.65-1.00
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER310 S31080 0.08-0.15 25.0-28.0 20.0-22.5 0.75 0.30-0.65
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER316 S31680 0.08 18.0-20.0 11.0-14.0 2.0-3.0 0.30-0.65
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER316H S31680 0.04-0.08 18.0-20.0 11.0-14.0 2.0-3.0 0.30-0.65
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER316L S31683 0.03 18.0-20.0 11.0-14.0 2.0-3.0 0.30-0.65
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER316Si S31681 0.08 18.0-20.0 11.0-14.0 2.0-3.0 0.65-1.00
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75 - -
ER316LSi S31688 0.03 18.0-20.0 11.0-14.0 2.0-3.0 0.65-1.00
1.0-2.5 0.03 0.03 - 0,75
ER318 S31980 0.08 18.0-20.0 11.0-14.0 2.0-3.0 0.30-0.65 Cb 8 x C min/1.0 max
0.03 0.03 - 3.0-4.0
ER320 N08021 0.07 19.0-21.0 32.0-36.0 2.0-3.0 2.5 0.60 Cb 8 x C min/1.0 max
0.03 0.03 - 0,75
ER321 S32180 0.08 18.5-20.5 9.0-10.5 0.75 1.0-2.5 0.30-0.65 Ti 9 x C min/1.0 max
0.03 0.03 - 0,75
ER330 N08331 0.18-0.25 15.0-17.0 34.0-37.0 0.75 1.0-2.5 0.30-0.65 - -
0.03 0.03 - 0,75
ER347 S34780 0.08 19.0-21.5 9.0-11.0 0.75 1.0-2.5 0.30-0.65 Cb 10 x C min/1.0 max
0.03 0.03 - 0,75
ER347Si S34788 0.08 19.0-21.5 9.0-11.0 0.75 1.0-2.5 0.65-1.00 Cb 10 x C min/1.0 max
117
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
AWS UNS
C Cr Ni Mo Mn Si P S N Cu Element Amount
Classification Number
0.02 0.03 - 0.70-1.5
ER383 N08028 0.025 26.5-28.5 30.0-33.0 3.2-4.2 1.0-2.5 0.50 - -
0.03 0.03 - 0,75
ER409 S40900 0.08 10.5-13.5 0.6 0.50 0.8 0.8 Ti 10 x C min/1.5 max
0.04 0.03 - 0,75
ER409Cb S40490 0.08 10.5-13.5 0.6 0.50 0.8 1.0 Cb 10 x C min/0.75 max
0.03 0.03 - 0,75
ER410 S41080 0.12 11.5-13.5 0.6 0.75 0.6 0.5 - -
0.03 0.03 - 0,75
ER502 S50280 0.10 4.6-6.0 0.6 0.45-0.65 0.6 0.5 - -
0.03 0.03 - 0,75
ER505 S50480 0.10 8.0-10.5 0.5 0.8-1.2 0.6 0.5 - -
0.03 0.03 - 3.25-4.00
ER630 S17480 0.05 16.0-16.75 4.5-5.0 0.75 0.25-0.75 0.75 Cb 0.15-0.30
118
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Exemplos:
ER308L - Mesma composição química do ER308, mas com menor teor de carbono.
ER308MoL - Mesma composição química do ER308L, mas com teor de molibdênio de 2 a 3%.
. ,
NOTAS:
O aumento no teor de Si favorece a utilização do metal depositado nos processos de
soldagem a arco com atmosfera gasosa. Se a diluição pelo metal de base produzir um teor
básico de ferrita, ou um depósito de metal depositado totalmente austenítico, a sensibilidade
do cordão de solda ao fissuramento ou trincamento será superior à apresentada por metais de
adição com menor teor de Si.
Mediante a especificação de baixo carbono, é possível obter-se resistência à corrosão
intergranular provocada pela precipitação de carbonetos, onde o emprego de estabilizadores,
como o nióbio e o titânio. Esta liga de baixo carbono, todavia, não é tão resistente em
temperaturas elevadas, como as ligas estabilizadas com nióbio.
3.5 Classificação dos Eletrodos de Aço Carbono e Fluxos para Soldagem a Arco
Submerso (Especificação AWS A5.17-89)
F X X X – E X XX K
1 2 3 4 5 6 7 8
Onde:
Dígito 1 - A letra F designa um fluxo;
Dígito 2 - Este dígito refere-se ao limite de resistência à tração mínima do metal depositado.
Exemplos:
F 6X - EXXX - Faixa do limite de resistência à tração entre 60.000 e 80.000 psi (415 e 550 Mpa),
onde o número 6 indicado tem relação com o limite mínimo da faixa.
F 7X – EXXX - Faixa do limite de resistência à tração entre 70.000 e 95.000 psi (480 e 650 Mpa),
onde o numero 7 indicado tem relação com o limite mínimo da faixa.
119
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Dígito 3 - Designa a condição de tratamento térmico na qual os testes foram conduzidos: "A"
refere-se à condição "Como Soldado" e "P" ao tratamento térmico após soldagem. O tempo e a
temperatura deste tratamento térmico estão contemplados no corpo da especificação A5.17;
Dígito 4 - Este dígito refere-se à menor temperatura em que se efetuou o ensaio de impacto
(charpy com entalhe em V), obtendo-se valores de no mínimo 27 J para o metal depositado.
Exemplos:
Dígito 7 - Estes dígitos (em número de dois a quatro) referem-se à composição química do
eletrodo conforme tabela 4.14;
Dígito 8 - A letra K indica que o eletrodo foi fabricado com aço acalmado ao silício.
3.5.3 Eletrodos
120
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Composto (d) EC
1 0,15 1,80 0,90 0,035 0,035 0,35
NOTAS:
a) Os valores individuais expressam as percentagens máximas;
b) Devem ser feitas análises para se determinar o teor dos elementos, cujos valores estão
especificados na tabela. Se no decorrer da análise for detectada a presença de outros
elementos, estes devem ser registrados, não sendo permitido que o somatório de seus teores
seja superior a 0,50%;
c) O limite para o Cobre inclui qualquer tipo de revestimento de cobre que pode ser aplicado ao
eletrodo;
d) Eletrodo composto - Trata-se de arames tubulares para aplicação em soldagem a arco
submerso.
3.5.4 Fluxos
A especificação AWS diferencia 4 (quatro) tipos de fluxos, de acordo com o seu processo de
fabricação. São eles:
Como já foi visto, há uma flexibilidade no critério de classificação dos fluxos, pois essa
classificação depende de condições específicas de testes, resultante da avaliação do
desempenho do fluxo em combinação com um determinado tipo de arame. Alguns dos fatores de
avaliação de desempenho são:
121
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Classificação dos Metais de Adição de Aços ao Carbono para a Soldagem por Arco com
Gás de Proteção Especificação AWS 5.18-93
Os metais de adição desta especificação, arame sólido e varetas, são classificados com base na
composição química dos mesmos e, conforme as propriedades mecânicas do metal depositado.
A classificação genérica de um arame para soldagem a arco com gás de proteção de aços ao
carbono tem a seguinte forma:
ER XX S - X
1 2 3 4
Onde:
Dígito 1 - As letras ER, quando utilizadas juntas, referem-se ao consumível na forma de eletrodo,
vareta ou arame, aplicável em processos de soldagem MAG, MIG, TIG e Plasma;
Dígito 2 - Estes dígitos indicam o limite de resistência à tração do metal depositado, em Ksi (1 Ksi
= 1000 psi)
Exemplo: ER 70 S - X = 72.000 Lbs/pol2 = 500 MP;
Dígito 3 - A letra S designa vareta ou arame sólido;
A Tabela 4.15 mostra a composição química e a Tabela 4.16 indica as propriedades mecânicas,
do metal depositado de especificação A WS A 5.18-93
Tabela 4.15 - Exemplos de composição química dos consumíveis, arame sólido e vareta, relativos
à especificação AWS 5.18-93.
Class ificação
C Mn Si P S Cu
AW5
ER 70S-2 0,07 0,90 a 1,40 0,40 a 0,70 0,025 0,035 0,50
ER 70S-3 0,06 a 0,15 0,90 a 1,40 0,45 a 0,70 " " "
ER 70S-4 0,07 a 0,15 1,00 a 1, 50 0,65 a 0,85 " " "
ER 70S-5 0,07 a 0,19 0,90 a 1,40 0,30 a 0,60 " " "
ER 70S-6 0,07 a 0,15 1,40 a 1,85 0,80 a 1,15 " " "
ER 70S-7 0,07 a 0,15 1,50 a 2,00 0,50 a 0,80 " " "
ER 70S-G NE NE NE NE NE NE
122
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Nota: Estes valores serão estabelecidos de comum acordo entre o comprador e o fabricante
3.6 Classificação dos Eletrodos de Aço ao Carbono para Soldagem a Arco com Arame
Tubular Especificação AWS A5.20-95
Onde:
Dígito 1 - A letra E designa um eletrodo;
Dígito 2 - Este dígito indica o limite de resistência à tração mínimo do metal depositado 10 ksi (1
ksi = 1000 psi) nas condições de como soldado, ver tabela 4.17
Tabela 4.17 - Exemplo do significado do 1º e 2º dígito, para consumíveis de especificação AWS
5.20-95
E 6XT- X
62.000 428
E 7XT- X
72.000 497
Dígito 3 - Este dígito indica a posição de soldagem para o qual o eletrodo é recomendado;
123
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
3.7 Classificação dos Eletrodos de Aço Inoxidável para a Soldagem a Arco com Arame
Tubular e Varetas com Núcleo Fluxado de Aço Inoxidável para Soldagem TIG
Especificação AWS A5.22-95
Os eletrodos tubulares, arame tubular e varetas de núcleo fluxado, para soldagem de aços
resistentes à corrosão, ao cromo e ao cromo-níquel estão classificados com base nos seguintes
fatores:
A classificação genérica de um eletrodo tubular para soldagem de aço cromo e aço cromo-níquel
tem a seguinte forma:
124
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
E XXXXX T X - X
1 2 3 4 5
Onde:
Dígito 1 - A letra E designa um eletrodo;
Dígito 2 - Estes dígitos, normalmente em número de três a cinco, referem-se à classificação de
acordo com a composição química do metal depositado, definida de acordo com a classificação
(designação) AISI, conforme a tabela a seguir. (ela é a repetição da tabela 4.12);
Dígito 3 - Indica se tratar de um eletrodo tubular com núcleo fluxado;
Dígito 4 - Refere-se à posição de soldagem: 1- Todas as posições O - Posição plana e horizontal.
Dígito 5 - Indica o meio de proteção, a corrente e polaridade empregadas durante a soldagem
e o processo de soldagem. Os meios de proteção cobertos por esta especificação incluem:
3.8 Classificação dos Eletrodos de Aço Baixa Liga para Soldagem a Arco com Arame
Tubular Especificação AWS A5.29-80
E XX X T X - X
1 2 3 4 5 6
Onde:
Dígito 1 - A letra E designa um eletrodo;
Dígito 2 - Este dígito em número de um ou dois se refere a faixa de valores de resistência à
tração do metal depositado em 10 ksi (1 ksi = 1000 psi) nas condições como soldado, ver Tabela
4.19;
Tabela 4.19 - Significados do 2° dígito para consumíveis de especificação AWS A5.29-80
125
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
NOTA: Os requisitos de resistência à tração deste eletrodo serão estabelecidos em acordo entre
o comprador e o fornecedor ou fabricante.
Dígito 3 - Este dígito indica a posição de soldagem para o qual o eletrodo é recomendado
126
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ASME AWS
Especificação: SFA-5.1 = A 5.1
Classificação: E 7018 = E 7018
Utilizando as especificações AWS, o código ASME agrupa os metais de adição e os designa com
um n° denominado F number. Esta designação ordena os metais de adição em função da
dificuldade que oferecem aos soldadores e operadores de soldagem quanto à execução de soldas
isentas de defeitos. Ver Tabela 4.20.
Esse agrupamento visa reduzir, sempre que possível, a quantidade das qualificações de
desempenho, o que não significa que os metais de adição, ainda que, pertencendo a um mesmo
grupo, possam substituir indiscriminadamente os metais usados nos testes de qualificação. (Este
tema é tratado mais amplamente no módulo 11 - "Qualificação de Procedimentos e Soldadores")
Tabela 4.21- F nºs de eletrodos, arames, etc. Para qualificação de soldadores e operadores
6 * * *
NOTA: Neste F n° (F n° 6) se agrupam todos os outros materiais tais como: arames sólidos e
tubulares para soldagem com proteção gasosa ou não, processos MAG, MIG e FCAW; varetas
para soldagem TIG; arames e fluxos para soldagem a arco submerso; arames para solda oxi-gás,
etc.
127
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Por ocasião do recebimento e utilização, os consumíveis deverão ser examinados de acordo com
os seguintes aspectos:
5.1 EMBALAGEM
Por exigência normativa, as embalagens devem conter as seguintes informações (Figura 4.1)
- nome do fabricante;
- especificação AWS correspondente;
- diâmetro do eletrodo;
- número do lote ou da corrida.
128
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Exame Visual:
É a inspeção, à vista desarmada, do eletrodo, procurando identificar a eventual existência de
oxidação na ponta de pega e ponta de arco, descontinuidades e defeitos na porção revestida e
excentricidade aparente do revestimento.
O exame visual é realizado por meio de planos de amostragem simples e a escolha dos eletrodos
para a formação do lote de amostra deve ser feita de forma aleatória.
As incidências mais comuns nos eletrodos revestidos podem ser ilustradas e classificadas da
seguinte maneira: (Fig. 4.2)
- oxidação da ponta de pega
- oxidação da alma
- redução localizada
129
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
130
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
5.4 IDENTIFICAÇÃO
Exemplo:
ESAB
Eletrodo E 6010 (classe AWS)
OK 22.45 P (marca comercial da ESAB)
A identificação da classe do eletrodo, por exigência normativa, é aplicada por meio de tinta na
porção revestida do eletrodo, próximo à ponta de pega, até 65 mm da extremidade. Ver Figura
4.3.
Figura 4.3 - Dimensão padrão para posicionamento da identificação da classe de eletrodos revestidos.
5.5.1 ELETRODOS
O transporte interno, não sendo a granel, deve ser conduzido sobre "pallets" (estrados de
madeira) através de empilhadeiras. Evita assim danos e choques às embalagens.
131
J E INSPEÇOES
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a) embalagens plásticas;
b) embalagens em folhas de flandres
Sobre cada estrado de madeira do tipo padrão é possível colocar até uma tonelada de eletrodos
embalados, o que corresponde a até sete camadas.
Por medida de segurança, é recomendado posicionar quatro cantoneiras de tábua nos cantos do
estrado. (Fig. 4.5).
No local do armazenamento dos estrados, deverá ser adotado um sistema que garanta
rotatividade, evitando manutenção prolongada das embalagens no estoque a fim de minimizar o
efeito do envelhecimento. Adota-se então a técnica “first in-first out" com os eletrodos mais antigos
saindo em primeiro lugar do estoque para uso.
O armazenamento adequado requer condições controladas de temperatura e umidade, face a não
estanqueidade total das embalagens.
A estocagem das embalagens pode ser feita em um compartimento fechado do almoxarifado
132
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
desde que a temperatura mínima do local não seja inferior a 20 graus C e a umidade atmosférica
relativa máxima de 50%.
Essas condições são atendidas, quase sempre, em ambientes fechados, não requerendo maiores
cuidados. Entretanto, face às diversidades de características geográficas de nosso país, existem
lugares em que o ar poderá conter maior quantidade de água nas temperaturas mais altas do que
nas baixas. Nestes casos a umidade atmosférica poderá ser mantida baixa pelo uso de um
desumidificador.
Em regiões de baixa temperatura no inverno, como a região Sul, recomenda-se o uso de
aquecedor e ventilador para o aquecimento e homogeneização da temperatura. Nessas condições
climáticas, é imperativo que a temperatura do armazenamento situe-se, pelo menos, a 5°c acima
da temperatura ambiente.
Em decorrência da higroscopicidade dos principais constituintes do revestimento de todos os
eletrodos revestidos, básico ou celulósico, em geral, enfatizamos que:
O local de estocagem dos eletrodos em suas embalagens originais terá de ser preparado a fim de
permitir a manutenção das propriedades originais do produto.
- Para efeito de aplicação dos requisitos de secagem, as embalagens são consideradas como não
estanque;
- Os eletrodos, varetas e fluxos em estoque, devem ser armazenados em estufa;
- A ordem de retirada de embalagens do estoque deve evitar a utilização preferencial dos
materiais recém-chegados e, conseqüente, armazenagem prolongada de alguns lotes;
- Os eletrodos devem ser dispostos em prateleiras. Na estufa de secagem em camada não
superior a 50 mm e na estufa de manutenção em camada não superior a 150 mm;
- A secagem e manutenção da secagem de fluxos podem ocorrer em dois tipos diferentes de
estufas:
1°) Estufas com bandeja: onde a camada de fluxo na bandeja não deve ser superior a 50 mm
2°) Estufa sem bandeja: que deve dispor de dispositivo misturador do fluxo
- Quando houver dúvidas quanto ao tratamento a ser dado aos consumíveis, deve ser sempre
consultado o fabricante sobre o manuseio, armazenamento, secagem e manutenção da secagem;
- Devem ser elaborados formulários específicos para controle de secagem dos consumíveis.
133
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Pode-se concluir que cada tipo de consumível merece um tratamento específico de manuseio e o
que dimensiona este tratamento é o grau de higroscopicidade (tendência de absorver umidade) do
revestimento do consumível.
Para executar este serviço tem-se que dispor de equipamentos adequados e em perfeito
funcionamento para abranger todas as fases de tratamento.
Vejamos, por exemplo, o tratamento dispensado a 3 tipos de consumíveis:
Pode ser um compartimento fechado de um almoxarifado, que deve conter aquecedores elétricos
e ventiladores para circulação do ar quente entre as embalagens (Figura 4.6).
Deve manter a temperatura pelo menos 5°C acima da temperatura ambiente, porém nunca inferior
a 20°C, e deve também, estar dotada de estrados ou prateleiras para estocar as embalagens.
134
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Utilizada para a secagem de eletrodos revestidos e fluxos de baixo hidrogênio. Deve dispor de
aquecimento controlado, por meio de resistência elétrica, e renovação do ar, por meio de
convecção controlada através de, por exemplo, válvula tipo borboleta (Figura 4.7).
Deve estar dotada de pelo menos dois instrumentos controladores de temperatura como o
termostato e o termômetro, assim como de prateleiras furadas ou em forma de grade. Para
eletrodos revestidos de baixo hidrogênio, a estufa de secagem deve manter a temperatura até
400°C.
A estufa de manutenção da secagem, normalmente de menor porte que a anterior, deve atender
os mesmos requisitos de funcionamento que a estufa de secagem exceto quanto à temperatura,
que deve atingir até 200°C (Figura 4.8).
135
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
NOTA: Neste tipo de estufa o termostato fica situado na sua face traseira.
OBSERVAÇÕES:
• As prateleiras devem sempre permitir a livre circulação de ar. Para tanto, devem ser furadas
ou em forma de grade.
• Devem existir no m ínimo, duas estufas, sendo um para secagem e outra para manutenção da
secagem, ou ainda cada estufa atendendo alternadamente às duas condições.
136
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
OBJETIVOS
137
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
1.1 DEFINIÇÃO
A soldagem a arco com eletrodo revestido é um processo que produz a coalescência entre metais
pelo aquecimento e fusão destes com um arco elétrico estabelecido entre a ponta de um eletrodo
revestido e a superfície do metal de base na junta que está sendo soldada.
Soldagem com eletrodo revestido (SAER) é a união de metais pelo aquecimento oriundo de um
arco elétrico estabelecido entre a ponta de um eletrodo revestido e a superfície do metal de base,
na junta que está sendo soldada.
O metal fundido do eletrodo é transferido através do arco elétrico até a poça de fusão do metal de
base, formando assim o metal de solda.
Uma escória líquida de densidade menor do que a do metal líquido, que é formada do
revestimento do eletrodo e das impurezas do metal de base, sobrenada a poça de fusão
protegendo-a da contaminação atmosférica. Uma vez solidificada, esta escória controlará a taxa
de resfriamento do metal de solda já solidificado. O metal de adição vem da alma metálica do
eletrodo (arame) e do revestimento que em alguns casos é construído de pó de ferro e elementos
de liga (ver figura 5.1).
A soldagem com eletrodo revestido é o processo de soldagem mais usado de todos que
falaremos, devido à simplicidade do equipamento, à qualidade das soldas, e do baixo custo dos
equipamentos e dos consumíveis. Ele tem grande flexibilidade e solda a maioria dos metais numa
grande faixa de espessuras. A soldagem com este processo pode ser feita em quase todos os
lugares e em condições extremas.
A soldagem com eletrodo revestido, é usada extensivamente em fabricação industrial, estrutura
metálica para edifícios, construção naval, carros, caminhões, comportas e outros conjuntos
soldados.
Como mostrado na figura 5.2, o equipamento consiste de uma fonte de energia, cabos de ligação,
um porta eletrodo, um grampo (conector de terra), e o eletrodo.
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• Fonte de Energia
O suprimento de energia pode ser tanto corrente alternada (transformadores) como corrente
contínua (geradores ou retificadores) com eletrodo negativo (polaridade direta), ou corrente
contínua com eletrodo positivo (polaridade inversa), dependendo das exigências de serviço
a) Corrente contínua - Polaridade direta (CC-): eletrodo ligado ao pólo negativo e peça positiva.
Com essa configuração produz-se uma menor taxa de fusão do eletrodo, associada a uma maior
profundidade de penetração.
b) Corrente contínua Polaridade inversa (CC+): eletrodo positivo e a peça negativa. Com essa
configuração, menores penetrações e maiores taxas de fusão do eletrodo são obtidas.
c) Corrente alternada (CA) - a polaridade alterna a cada inversão da corrente. Com este tipo de
configuração, a geometria do cordão será intermediária àquela obtida em CC+ e CC-.
• Cabos de Soldagem
São usados para conectar o porta eletrodo e o grampo à fonte de energia. Eles devem ser
flexíveis para permitir fácil manipulação. Eles fazem parte do circuito de soldagem e consistem de
vários fios de cobre enrolados juntos e protegidos por um revestimento isolante e flexível
(normalmente borracha sintética). Os cabos devem ser mantidos desenrolados, quando em
operação, para evitar a queda de tensão e aumento de resistência por efeito Joule.
• Porta Eletrodo
É simplesmente um dispositivo que permite ao soldador segurar e controlar o eletrodo.
O eletrodo, no processo de soldagem com eletrodo revestido, tem várias funções importantes. Ele
estabelece o arco e fornece o metal de adição para a solda. O revestimento do eletrodo também
tem funções importantes na soldagem. Didaticamente podemos classificá-las em funções elétricas
físicas e metalúrgicas.
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É importante para um inspetor de soldagem lembrar que o processo de soldagem com eletrodo
revestido tem muitas variáveis a considerar. Por exemplo, ele pode ser usado numa ampla
variedade de configurações de juntas encontradas na soldagem industrial, e numa ampla
variedade de combinações de metal de base e metal de adição. Ocasionalmente, vários tipos de
eletrodos são usados para uma solda específica. Um inspetor de soldagem deve ter conhecimento
profundo sobre a especificação do consumível usada para o serviço, para saber como e quais
variáveis afetam a qualidade da solda.
O processo de soldagem com eletrodo revestido pode ser usado para soldar em todas as
posições. Ele pode ser usado para soldagem da maioria dos aços e alguns dos metais não
ferrosos, bem como para deposição de metal de adição para se obter determinadas propriedades
ou dimensões. Apresenta possibilidade de soldar metal de base numa faixa de 2 mm até 200 mm,
dependendo do aquecimento ou requisitos de controle de distorção e da técnica utilizada.
O controle da energia de soldagem (heat input) durante a operação é um fator relevante em
alguns materiais, tais como aços temperados e revenidos, aços inoxidáveis ou mesmo a queda de
capacidade de absorção de energia ao impacto (ensaio Charpy). A taxa de deposição deste
processo é pequena comparada com os outros processos de alimentação contínua. A taxa de
deposição varia de 1a 5 Kg/h e depende do eletrodo escolhido.
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As peças a serem soldadas, devem estar isentas de óleo, graxa, ferrugem, tinta, resíduos do
exame por líquido penetrante, areia e fuligem do preaquecimento a gás, numa faixa de no mínimo
20 mm de cada lado das bordas e desmagnetizadas.
A solda obtida pela soldagem a arco com eletrodo revestido pode conter quase todos os tipos de
descontinuidades. A seguir estão listadas algumas descontinuidades mais comuns que podem ser
encontradas quando este processo é usado.
• Trinca Interlamelar – esta descontinuidade não se caracteriza como sendo uma falha do
soldador. Ocorre, quando o metal de base, não suportando tensões elevadas, geradas pela
contração da solda, na direção da espessura, trinca-se em forma de degraus, situados em
planos paralelos à direção de laminação.
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• Trincas na Margem e Trincas sob Cordão – São trincas, como veremos, devidas à
fissuração a frio. Elas ocorrem em um certo tempo após a execução da solda e, portanto,
podem não ser detectadas por uma inspeção realizada imediatamente após a operação de
soldagem. Elas ocorrem, normalmente, enquanto há hidrogênio retido na solda. Como
exemplos de fontes de hidrogênio podemos citar: elevada umidade do ar, eletrodos úmidos,
superfícies sujas. Este hidrogênio aliado a uma microestrutura frágil e a um nível de tensões
residuais suficientemente elevados, contribui para o aparecimento desses tipos de trincas.
A soldagem não deve ser executada na presença de chuva e vento, a não ser que a junta a ser
soldada esteja devidamente protegida.
O arco elétrico emite radiações visíveis e ultravioletas, além de projeções e gases nocivos. Por
estes motivos, o soldador deve estar devidamente protegido, utilizando filtro, luvas, roupas de
proteção, vidro de segurança e executar a soldagem em locais com ventilação adequada.
A Figura 5.3 contém resumidamente, algumas das informações mais importantes sobre a
soldagem com eletrodo revestido.
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2.1.1 DEFINIÇÃO
Processo de soldagem a arco elétrico com um ou mais eletrodos consumíveis, nos quais o arco
elétrico e a poça de fusão são protegidos do ambiente pelos produtos resultantes da queima de
um fluxo que é adicionado independentemente do eletrodo. Pode ser utilizado como eletrodo;
arame maciço, arame tubular ou fita.
Soldagem a arco submerso (SAS) une metais pelo aquecimento e fusão destes com um arco
elétrico (ou arcos), estabelecidos entre um eletrodo nu (ou vários eletrodos) e o metal de base. O
arco está submerso e coberto por uma camada de material granular fusível que é conhecido por
fluxo; portanto o regime de fusão é misto: por efeito joule e por arco elétrico. Dispositivos
automáticos asseguram a alimentação do eletrodo (ou dos eletrodos) a uma velocidade de fluxo
em fusão. A movimentação do cabeçote de soldagem em relação à peça faz progredir passo a
passo a poça de fusão que se encontra sempre coberta e protegida por uma escória que é
formada pelo fluxo fundido e impurezas. A figura 5.4 mostra este processo.
Neste processo o soldador ou o operador de solda não necessita usar um capacete ou máscara
de proteção. O profissional não pode ver o arco elétrico através do fluxo e tem dificuldade de
acertar o posicionamento do arco quando se perde o curso. Para contornar tal problema o
equipamento deve possuir um dispositivo simples de guia (mecânico ou luminoso) para orientá-lo.
Vantagens do processo:
O processo de soldagem a arco submerso também solda uma faixa ampla de espessuras, e a
maioria dos aços, ferríticos e austeníticos. Uma utilidade do processo de soldagem a arco
submerso está na soldagem de chapas espessas de aços, por exemplo vasos de pressão,
tanques, tubos de grandes diâmetros e vigas.
144
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A fonte de energia para a soldagem a arco submerso pode ser uma das seguintes:
A tendência atual é para o uso de retificador de tensão constante ou de característica plana. Neste
tipo de equipamento quando se aumenta a velocidade de alimentação de arame o equipamento
aumenta a corrente de soldagem. Para se variar a energia de soldagem é necessário ajustar a
voltagem. As fontes de energia fornecem altas correntes de trabalho. A maioria da soldagem é
feita em uma faixa de 400 a 1500A. A soldagem com corrente contínua permite melhor controle de
formato do passe de soldagem, da profundidade de penetração e da velocidade de soldagem. A
soldagem em corrente contínua normalmente desenvolve-se com polaridade inversa (eletrodo
positivo, CC+). A corrente alternada tem a vantagem de reduzir o sopro magnético (deflexão do
arco, de seu percurso normal, devido a forças magnética). Os eletrodos para soldagem a arco
submerso, tem usualmente composição química muito similar à composição do metal de base.
Fluxos para soldagem a arco submerso também alteram a composição química da solda e
influenciam em suas propriedades mecânicas. As características do fluxo são similares às dos
revestimentos usados no processo de soldagem a arco com eletrodo revestido. Os diferentes tipos
de fluxo estão listados a seguir:
• fundido;
• aglutinado;
• aglomerado;
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• mecanicamente misturado.
A composição da solda é alterada por fatores como as reações químicas do metal de base com
elementos do eletrodo e do fluxo, e elementos de liga adicionadas através do fluxo. A
possibilidade que o processo apresenta de se utilizar várias combinações arame-fluxo, pois
ambos são individuais e dão ao processo grandes flexibilidades para se alcançar as propriedades
desejadas para a solda.
As observações seguintes são importantes para que se tenha domínio sobre a técnica da
soldagem a arco submerso:
A soldagem a arco submerso pode ser usada para muitas aplicações industriais, que incluem
fabricação de navios, fabricação de elementos estruturais, vasos de pressão, etc. O processo
pode ser usado para soldar seções finas, bem como seções espessas (5 mm até acima de 200
mm). O processo é usado principalmente nos aços carbono, de baixa liga e inoxidáveis Ele não é
adequado para todos os metais e ligas. A seguir estão listadas as várias classes de metal de base
que podem ser soldados por esse processo:
A maioria da soldagem a arco submerso é feita na posição plana, com pouca aplicação na
posição horizontal em ângulo. Soldas executadas com este processo usualmente tem boa
ductilidade, alta tenacidade ao entalhe, contém baixo hidrogênio, alta resistência a corrosão e
propriedades que são no mínimo iguais aquelas que são encontradas no metal de base.
Por este processo podem-se executar soldas de topo, em ângulo, de tampão, e também realizar
deposições superficiais no metal de base (revestimento). Na soldagem de juntas de topo com raiz
aberta, um cobre-junta é utilizado para suportar o metal fundido. Na soldagem de revestimento
para prover de propriedades desejadas uma superfície, por exemplo, resistência a corrosão ou
erosão, o metal de adição usado é normalmente uma fita.
A taxa de deposição pode variar de 5,0 kg/h, usando processos semi-automáticos, até um máximo
aproximado de 85 kg/h, quando se usa processos automáticos com vários arcos conjugados.
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• As peças a serem soldadas devem estar Isentas de óleo, graxa, ferrugem, resíduos do exame
por liquido penetrante, areia e fuligem do preaquecimento a gás, numa faixa de no mínimo
20 mm de cada lado das bordas, e desmagnetizad as
• As irregularidades e escória do oxicorte devem ser removidas, no mínimo, por
esmerilhamento.
• Os depósitos de carbono, escória e cobre resultantes do corte com eletrodo de carvão devem
ser removidos.
Na soldagem a arco submerso, a exemplo da soldagem com eletrodo revestido, pode ocorrer
quase todo tipo de descontinuidade, pelo menos as mais comuns. Vejamos alguns aspectos
principais:
• Falta de fusão - pode ocorrer no caso de um cordão espesso executado em um único passe
ou em soldagens muito rápidas, ou seja, nos casos de baixa energia de soldagem.
• Falta de penetração – como já citamos anteriormente, a falta de penetração, quando
acontece, é devida a um alinhamento incorreto da máquina de solda com a junta a ser
soldada.
• Inclusão de escória – pode ocorrer quando a remoção de escória, na soldagem em vários
passes, não for perfeita. Devemos cuidar para que toda a escória seja removida, atentando
que existem regiões onde esta operação é mais difícil: a região entre passes e aquela entre o
passe e a face do chanfro executado no metal de base.
• Mordedura – acontecem com certa freqüência na soldagem a arco submerso, quando a
soldagem processa-se rapidamente e, quando a corrente for muito alta.
• Porosidade – ocorre com freqüência, tendo como causas principais a alta velocidade de
avanço da máquina e o resfriamento rápido da solda. São bolhas de gás retidas sob a escória.
Podemos eliminar a porosidade mudando a granulação (finos em menor quantidade) ou a
composição do fluxo. Outros meios de evitar porosidades são: limpeza adequada da junta,
diminuição de velocidade de avanço da máquina, utilização de arames com maior teor de
desoxidantes e altura do fluxo adequada.
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A Figura 5.6 contém resumidamente, algumas informações mais importantes sobre a soldagem a
arco submerso.
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2.2.1 DEFINIÇÃO
Processo de soldagem a arco elétrico com eletrodo não consumível de tungstênio ou liga de
tungstênio sob uma proteção gasosa de gás inerte ou misturas de gases inerte. Pode ou não ser
utilizado material de adição
Soldagem TIG é a união de metais pelo aquecimento e fusão destes com um arco elétrico
estabelecido entre um eletrodo de tungstênio não consumível e a peça. A proteção durante a
soldagem é conseguida com um gás inerte ou mistura de gases inertes, que também tem a função
de transmitir a corrente elétrica quando ionizados durante o processo. A soldagem pode ser feita
com ou sem metal de adição. Quando é feita com metal de adição, ele não é transferido através
do arco, mas é fundido pelo arco. O eletrodo que conduz a corrente é um arame de tungstênio
puro ou liga deste material
A área do arco é protegida da contaminação atmosférica pelo gás de proteção, que flui do bico da
pistola. O gás remove o ar, eliminando a contaminação do metal fundido e do eletrodo de
tungstênio aquecido pelo nitrogênio e oxigênio presentes na atmosfera. Há pouco ou nenhum
salpico e fumaça. A camada da solda é suave e uniforme, requerendo pouco ou nenhum
acabamento posterior.
A soldagem TIG pode ser usada para executar soldas de alta qualidade na maioria dos metais e
ligas. Não há nenhuma escória e o processo pode ser usado em todas as posições. Este processo
é o mais lento dos processos manuais.
150
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A soldagem TIG é usualmente um processo manual mas pode ser mecanizado e até mesmo
automatizado. O equipamento necessita ter:
• Um porta eletrodo com passagem de gás e um bico para direcionar o gás protetor ao redor do
arco e um mecanismo de garra para conter e energizar um eletrodo de tungstênio,
denominado pistola;
• Um suprimento de gás de proteção;
• Um fluxímetro e regulador-redutor de pressão do gás;
• Uma fonte de energia, com características volt-ampere idênticas ao do eletrodo revestido;
• Uma fonte de alta freqüência;
• Um suprimento de água de refrigeração, se a pistola for refrigerada a água.
As variáveis que mais afetam este processo são as variáveis elétricas (corrente, tensão e
características da fonte de energia). Elas afetam na quantidade, distribuição e no controle de calor
produzido pelo arco e também desempenham um papel importante na sua estabilidade e
finalmente, na remoção de óxidos refratários da superfície de alguns metais leves e suas ligas.
Os eletrodos de tungstênio usados na soldagem TIG são de várias classificações e os requisitos
destes são dados na norma AWS A 5.12, basicamente temos:
A adição de tório e zircônio ao tungstênio, permite a este, emitir elétrons mais facilmente quando
aquecido.
Uma ampla variedade de metais e ligas está disponível para utilização como metais de adição no
processo de soldagem TIG.
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Os metais de adição, se utilizados, normalmente são similares ao metal que está sendo soldado.
Os gases de proteção mais comumente usados para soldagem TIG são o argônio, hélio ou uma
mistura destes dois gases. O argônio é muitas vezes preferido em relação ao hélio porque
apresenta várias vantagens:
Por outro lado, o uso do hélio usado como gás de proteção, resulta em uma tensão de arco mais
alta para um dado comprimento de arco e corrente em relação a argônio, produzindo mais calor, e
assim é mais efetivo para soldagem de materiais espessos (especialmente metais de alta
condutividade, tal como alumínio). Entretanto, visto que a densidade do hélio é menor que a do
argônio, usualmente são necessárias maiores vazões de gás para se obter um arco mais estável
e uma proteção adequada da poça de fusão, durante a soldagem na posição plana.
A soldagem TIG é um processo bastante adequado para espessuras finas dado ao excelente
controle da poça de fusão (arco elétrico). O processo pode ser aplicado em locais que não
necessitam de metal de adição. Este processo pode também unir paredes espessas de chapas e
tubos de aço e de ligas metálicas É usado tanto para soldagem de metais ferrosos como de não
ferrosos. Os passes de raiz de tubulações de aço carbono e aço inoxidável, especialmente
aquelas de aplicações críticas, são frequentemente soldadas pelo processo TIG. Embora a
soldagem TIG tenha um alto custo inicial e baixa produtividade, estes são compensados pela
possibilidade de se soldar muitos tipos de metais, de espessuras e em posições não possíveis por
outros processos, bem como pela obtenção de soldas de alta qualidade e resistência.
A soldagem TIG possibilita soldar alumínio, magnésio, titânio, cobre e aços inoxidáveis, como
também metais de soldagem difícil e outros de soldagem relativamente fácil como os aços
carbono. Alguns metais podem ser soldados em todas as posições, dependendo da corrente de
soldagem e da habilidade do soldador. A corrente usada na soldagem TIG pode ser alternada ou
contínua. Com a corrente contínua pode-se usar polaridade direta ou inversa. Entretanto, visto
que a polaridade direta produz o mínimo de aquecimento no eletrodo e o máximo de aquecimento
no metal de base, eletrodos menores podem ser usados, obtendo-se profundidade de penetração
ainda maior do que a obtida com polaridade inversa ou com corrente alternada. Quando se deseja
baixa penetração, deve-se optar pela situação que leva ao aquecimento mínimo do metal de base,
usando-se a polaridade inversa ou corrente alternada.
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eletrodo e fazer parte da poça de fusão, constituindo-se após sua solidificação numa inclusão de
tungstênio no metal de solda (inclusão metálica).
A faixa de espessura para soldagem TIG (dependendo do tipo de corrente, tamanho do eletrodo,
diâmetro do arame, metal de base, e gás escolhido) vai de 0,1mm a 50 mm. Quando a espessura
excede 5 mm, precauções devem ser tomadas para controlar o aumento de temperatura, na
soldagem multipasse. A taxa de deposição, dependendo dos mesmos fatores listados para
espessura, pode variar de 0,2 a 1,3 Kg/h.
A preparação e limpeza das juntas para a soldagem TIG requer todos os cuidados exigidos para a
soldagem com eletrodo revestido e mais:
• A limpeza do chanfro e bordas deve ser ao metal brilhante, numa faixa de 10mm, pelos lados
interno e externo.
• Quando da deposição da raiz da solda deve ser empregada a proteção, por meio de gás
inerte, pelo outro lado da peça. A este gás injetado na raiz da junta, chamamos de Purga. Para
os aços carbono não é necessária a proteção.
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2.3.1 DEFINIÇÃO
Processo de soldagem a arco elétrico com eletrodo consumível sob proteção gasosa, que utiliza
como eletrodo um arame maciço e como proteção gasosa um gás inerte (MIG) ou um gás ativo
(MAG).
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A pistola contém um tubo de contato para transmitir a corrente de soldagem para o eletrodo e um
bico de gás para direcionar o gás de proteção ás redondezas do arco e da poça de fusão. O
alimentador de arame é composto de um motor pequeno de corrente contínua e de uma roda
motriz.
A maioria das aplicações da soldagem MIG/MAG requer energia com corrente contínua e
polaridade inversa. Nesta situação tem-se um arco mais estável, transferência estável, salpico
baixo, e cordão de solda de boas características. Corrente contínua polaridade direta não é usada
frequentemente, e corrente alternada nunca é utilizada para este processo.
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Há quatro tipos de transferência do metal de adição fundido da ponta do arame para a poça de
fusão, a saber:
• Por transferência globular – ocorre com uma baixa corrente em relação à bitola do eletrodo.
O metal se transfere do eletrodo para a peça como glóbulos, cada um maior em diâmetro que
o eletrodo. Os glóbulos se transferem para a poça sem muita direção e o aparecimento de
salpico é bem evidente.
• Por transferência por spray ou por pulverização axial – ocorre com correntes altas. O
metal de adição fundido se transfere através do arco como gotículas finas.
Com a transferência por spray a taxa de deposição pode chegar até a 10 Kg/h. Entretanto,
essa taxa de deposição restringe o método à posição.
• Por transferência por curto circuito – A fusão inicia-se globularmente e a gota vai
aumentando de tamanho até tocar a poça de fusão, produzindo um curto circuito e extinguindo
o arco. Sob a ação de determinadas forças, a gota é transferida para a peça. Este processo
permite a soldagem em todas as posições, e é um processo com energia relativamente baixa,
o que restringe seu uso para espessuras maiores.
• Por soldagem a arco pulsante – mantém um arco de corrente baixa como elemento de fundo
e injeta sobre essa corrente baixa, pulsos de alta corrente. A transferência do metal de adição
é pelo jato de gotículas durante esses pulsos. Esta característica da corrente de soldagem faz
com que a energia de soldagem seja menor, o que torna possível a soldagem na posição
vertical pelo uso de arames de diâmetros grandes.
A maior parte da soldagem MIG/MAG por spray é feita na posição plana. As soldagens MIG/MAG
por arco pulsante e por transferência por curto circuito são adequadas para soldagem em todas as
posições. Quando a soldagem é feita na posição sobre-cabeça, são usados eletrodos de
diâmetros pequenos com o método de transferência por curto circuito. A transferência por spray
pode ser usada com corrente contínua pulsada.
Os eletrodos para soldagem MIG/MAG são similares ou idênticos na composição àqueles dos
outros processos de soldagem que utilizam eletrodos nus, sendo que para o caso específico da
soldagem MAG, contém elementos desoxidantes tais como silício e manganês em percentuais
determinados.
Como uma regra, as composições do eletrodo e do metal de base devem ser tão similares quanto
possível, sendo que, especificamente para o processo MAG, deve ser levado em conta o
acréscimo de elementos desoxidantes. Para se ter maiores informações sobre os eletrodos
consultar as especificações AWS A 5.9, A 5.18 e A 5.28.
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Por atmosfera ativa entende-se a injeção de gás de proteção ativo, isto é, com capacidade de
oxidar o metal durante a soldagem. Para facilitar o raciocínio sobre os fenômenos envolvidos,
tomemos, como exemplo, a injeção de dióxido de carbono (CO2), ver figura 5.12.
FeO + C → Fe + CO
Pode ocorrer que não haja tempo para a saída do monóxido de carbono (CO), da poça de fusão, o
que provocará poros ou porosidade no metal de solda.
• Na atmosfera ativa:
CO2 →CO + ½ O2
Fé + ½ O2 → FeO
FeO + C → Fé + CO
É sempre conveniente atentarmos para os seguintes detalhes na soldagem com atmosfera ativa
(processo MAG e todos os outros com atmosfera ativa):
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• Falta de fusão – pode acontecer na soldagem MIG/MAG com transferência por curto circuito.
Ocorre também com transferência por spray ou pulverização axial quando utilizamos baixas
corrente.
• Falta de penetração – sua ocorrência é mais provável com a transferência por curto circuito.
• Inclusões de escória – o oxigênio contido no próprio metal de base, ou aquele captado
durante a soldagem sob condições deficientes de proteção, forma óxidos na poça de fusão.
Na maioria das vezes, esses óxidos flutuam na poça de fusão, mas eles podem ficar
aprisionados sob o metal de solda, dando origem a inclusão de escória.
• Lascas, Dobras, Duplas Laminações e Trinca Interlamelar podem vir a tona ou surgir em
soldas com alto grau de restrição.
• Mordedura – quando acontecem, são devidas a inabilidade do soldador.
• Poros e Porosidade – como já vimos, poros e porosidade são causadas por gás retido na
solda, na soldagem MIG/MAG verifica-se o seguinte mecanismo: o gás de proteção, injetado
sem a observância de determinados requisitos técnicos, pode deslocar a atmosfera que o
envolve, a qual contém oxigênio e nitrogênio. O oxigênio e nitrogênio da atmosfera podem
dissolver-se na poça de fusão, dando origem a poros e porosidade no metal de solda.
• Sobreposição – pode acontecer com a transferência por curto-circuito.
• Trincas – podem ocorrer trincas em soldagem com técnica deficiente, como por exemplo, uso
de metal de adição inadequado.
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2.4 SOLDAGEM A ARCO COM ARAME TUBULAR (FLUX CORED ARC WELDING-FCAW)
2.4.1 DEFINIÇÃO
Processo de soldagem a arco que produz a coalescência de metais pelo aquecimento destes com
um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico tubular, contínuo, consumível e o metal
de base. A proteção do arco e do cordão é feita por um fluxo de soldagem contido dentro do
eletrodo, que pode ser suplementado por uma proteção gasosa adicional fornecida por uma fonte
externa.
A soldagem com arame tubular foi desenvolvida visando unir as vantagens do processo MIG/MAG
(semi-automático ou automático) com as do processo com eletrodo revestido (revestimento fusível
formador de gases protetores, escória, elementos de liga, etc.). deste modo o arame eletrodo
maciço foi substituído por outro, composto de um arame tubular com alma de fluxo fusível,
semelhante ao utilizado no arco submerso.
Existem dois tipos de arames tubulares:
• Autoprotegido – onde a proteção do arco e da poça de fusão é feita unicamente pela queima
do fluxo em pó, contido no núcleo do arame.
• Proteção adicional de gás – onde, além dos gases gerados pelo fluxo, é utilizado um gás
adicional para a proteção, que flui pelo mesmo bocal de onde emerge o arame tubular. Os
gases normalmente utilizados são:
- CO2
- Ar + 2% de O2
- Ar + 18 – 25% DE CO2
A escória formada sobre o metal de solda possui as mesmas funções metalúrgicas daquelas
vistas anteriormente nos processos de soldagem com eletrodo revestido e arco submerso (ver
itens 1 e 2 deste módulo); aliada a estas funções, a escória promove um ótimo acabamento.
Pela utilização de arames de maior diâmetro e faixas mais altas de corrente elétrica têm-se, em
comparação com o processo MIG/MAG, elevadas taxas de deposição, juntamente com boa
penetração e velocidades de soldagem altas.
Assim como os arames maciços, utilizados nos processos MIG/MAG, o arame tubular também é
embalado numa forma contínua (bobinado); por esta razão, eles podem ser empregados tanto em
processos semi-automáticos como em processos automáticos. Em ambos os processos, o arame
tubular é alimentado automaticamente através de uma pistola. No processo semi-automático, o
soldador controla a inclinação e a distância da pistola à peça, bem como a velocidade de
deslocamento e a manipulação do arco.
161
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As figuras 5.14 (a) e 5.14 (b) mostram o funcionamento do processo de soldagem com arame
tubular.
Figura 5.14 (a, b) – Soldagem a arco elétrico com Arame Tubular com Proteção Gasosa
162
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A figura 5.15 mostra, esquematicamente, um equipamento para soldagem com arame tubular.
As transferências metálicas no processo arame tubular, além de serem em função dos parâmetros
de soldagem empregados, são também em função do gás ou mistura gasosa utilizada. Neste
processo têm-se os seguintes tipos de transferências:
163
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• Eletrodos – são arames tubulares ocos com alma formada por um fluxo fusível de baixo teor
de hidrogênio. Quando o gás protetor for de natureza ativa, devem estar presentes na
composição química do eletrodo elementos desoxidantes, tais como o Mn, e o Si. No caso dos
arames autoprotegidos, existe na composição química do fluxo a presença do Al.
As especificações AWS A5.20 e A5.29 classificam arames tubulares para aços C-Mn e baixa
liga respectivamente. Para aços inoxidáveis são utilizados arames classificados pela
AWS A5.22.
• Gases de proteção – são utilizados conforme requerido pela especificação do eletrodo (ver
item anterior).
A soldagem com arame tubular tem como principal característica a elevada taxa de deposição, o
que, aliado a uma solda de boa qualidade, tem tido uma vasta aplicação nas diversas áreas da
indústria. Um cuidado especial deve ser tomado pelo soldador durante a remoção da escória
formada sobre cada passe depositado, a fim de evitar inclusões na junta soldada.
O processo de soldagem com arame tubular gera uma grande quantidade de fumaça. Deste modo
o ambiente deverá ter boa aeração preferencialmente através de exaustores.
164
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A figura 5.16 contém um resumo das principais informações sobre o processo arame tubular.
165
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A soldagem por eletroescória não é um processo de soldagem a arco, pois nele o arco é usado
apenas para dar inicio ao processo de soldagem.
Na soldagem eletroescória, uma escória fundida, funde o metal de adição e o metal de base. A
escória protetora da poça de fusão acompanha a soldagem.
O processo começa pela abertura de um arco elétrico entre o eletrodo e a base da junta. Fluxo
granulado é acrescido e fundido pelo calor do arco. Quando uma camada espessa de escória se
forma, toda a ação do arco cessa, e a corrente de soldagem passa do eletrodo para o metal de
base através da escória por condução elétrica. O calor é gerado pela resistência da escória
fundida à passagem da corrente de soldagem e é suficiente para fundir o eletrodo e as faces do
chanfro. O eletrodo fundido (e tubo guia, se é usado) e o metal de base fundido formam a solda
abaixo do banho de escória fundida.
• Fonte de energia
• Alimentador de arame e oscilador.
• Tubo guia e eletrodo.
• Deslocador (não precisa se o guia é consumível).
• Sapata de retenção (sapata de moldagem).
• Controles de soldagem
• Cabos de conexão elétrica
• Isolantes
166
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Há necessidade de se colocar uma chapa apêndice para o início da soldagem, pois o processo,
na sua fase inicial, é instável, com conseqüentes prejuízos à qualidade da solda. Este apêndice é
descartado posteriormente. Para o avanço vertical da soldagem, usa-se usualmente sapatas de
retenção, que podem ser refrigeradas a água. (ver figura 5.18).
As sapatas de retenção servem para conter tanto o metal de solda fundido como o fluxo fundido. A
superfície da solda é moldada pelo contorno ou formato das sapatas enquanto a poça de fusão se
move para cima na junta. Conforme vai ocorrendo a solidificação, impurezas metálicas flutuam
para cima do metal fundido através da escória.
Fontes de energia para o processo de soldagem eletroescória são do tipo transformador-
retificador de tensão constante, que operam na faixa de 450 a 1000 A. elas são similares às
usadas no processo de soldagem a arco submerso. A tensão mínima em circuito aberto da fonte
de energia deve ser de 60 V. é requerida uma fonte de energia separada para cada eletrodo. A
figura 5.19 mostra esquematicamente uma instalação típica de soldagem eletroescória.
167
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A tensão de soldagem é uma outra variável que precisa ser levada em consideração. A tensão
tem efeito maior na profundidade de fusão no metal de base e também na estabilidade de
operação do processo. Aumentando-se a tensão, aumenta a profundidade de fusão e a largura da
poça de fusão e também aumenta o fator de forma (relação largura/profundidade) e, como
resultado, a possibilidade de ocorrência de trinca é menor. Se a tensão é baixa pode ocorrer um
curto circuito entre o eletrodo e a poça de fusão. Se a tensão é alta demais, podem ocorrer
respingos de solda ou aberturas de arco no topo da escória fundida.
É necessária apenas uma pequena quantidade de fluxo para soldagem. Um banho de escória de
40 mm a 50 mm de profundidade é usualmente requerido de maneira que o eletrodo consiga
permanecer no banho e fundir-se debaixo da superfície.
A soldagem eletroescória é um processo de aplicação limitada, usado apenas para fazer soldas
verticais em espessuras médias de aços carbono, de baixa liga, de alta resistência, de médio
carbono, e de alguns aços inoxidáveis. O processo se aplica melhor a espessuras acima de
20 mm. Embora a habilidade manual não seja requerida, o conhecimento da técnica é necessário
para operar o equipamento.
• Alta taxa de deposição e boa qualidade de solda com relação a exames não-destrutivos,
fazem desse processo desejável para seções espessas encontradas em inúmeras aplicações
industriais, tais como: maquinarias pesadas, vasos de pressão, navios e fundidos grandes.
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Soldas feitas com o processo de soldagem eletroescória sob condições de operação adequadas
são de alta qualidade e livres de descontinuidades. Descontinuidades podem aparecer porém, se
não for seguido um procedimento de soldagem adequado.
• Falta de Fusão - soldas de chapas espessas, nas quais o calor é distribuído por oscilação do
eletrodo, podem apresentar falta de fusão na parte central ou perto das sapatas. O efeito de
resfriamento das sapatas pode impedir a fusão do metal de base próximo à superfície em que
a sapata está apoiada. A indicação resultante assemelha-se com uma mordedura. Podem
ocorrer também num inicio de soldagem com temperatura abaixo da necessária.
• Porosidade - quando ocorre, é grosseira e do tipo vermiforme, podendo ser causada por
pedaço de abesto úmido utilizado como vedação entre a sapata de retenção e a peça a ser
soldada, fluxo contaminado ou úmido, eletrodo, tubo guia ou material para inicio de soldagem
úmidos.
• Sobreposição - pode ocorrer se as sapatas não forem bem ajustadas às chapas, permitindo o
vazamento de material fundido.
• Trinca Interlamelar - não tem sido observada na soldagem eletroescória de juntas de topo
porque não se registram tensões no sentido da espessura das chapas do metal de base.
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• Trincas - devido à fissuração a frio não são encontradas na soldagem eletroescória. Isso
devido ao ciclo lento de aquecimento e resfriamento da junta, inerente ao processo. Já as
trincas causadas pela fissuração a quente são comuns na soldagem eletroescória,
principalmente no caso de soldas com alto grau de restrição, devido à granulação grosseira da
junta soldada. Essas trincas propagam-se ao longo dos contornos de grãos.
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A figura 5.20 contém resumidamente, algumas das informações mais importantes sobre a
soldagem por eletroescória.
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O calor do arco funde as faces do chanfro e o eletrodo que é alimentado de maneira contínua. O
metal fundido proveniente do metal de adição e do metal de base fundido forma uma poça de
fusão abaixo do arco e se solidifica.
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O eletrodo pode oscilar horizontalmente através da junta, principalmente em juntas mais espessas
de maneira a distribuir de maneira mais uniforme o calor e o metal de adição.
A medida que a solda se solidifica uma ou ambas as sapatas se ,movem para cima junto com o
cabeçote de soldagem de modo a dar continuidade à solda. Embora o eixo da solda seja vertical,
a posição de soldagem é a posição plana, com deslocamento vertical.
Num sistema típico de soldagem eletrogás, os componentes essenciais, com exceção da forma de
energia, são incorporados num único conjunto (cabeçote de soldagem) que se move verticalmente
para cima, acompanhando a progressão da soldagem. Dispositivos de controle para fluxo de
água, pressão horizontal nas sapatas retentoras, oscilação da pistola de soldagem, alimentador
de arame, e movimento vertical são similares aos usados no processo de soldagem com
eletroescória.
• Fonte de Energia
A fonte de Energia pode ser tanto do tipo tensão constante como do tipo corrente constante.
Quando uma unidade de tensão constante é utilizada, o deslocamento vertical pode ser
controlado manualmente ou por dispositivo, tal como uma célula foto-elétrica, que detecta a altura
da subida da poça de fusão. Com fontes de energia tipo tensão variável (corrente constante), o
deslocamento vertical pode ser controlado pela variação do arco elétrico.
• Alimentador de Arame
É similar ao utilizado nos processos de soldagem automática MIG/MAG e com arame tubular. O
alimentador deve ser capaz de suprir o eletrodo a altas velocidades e de endireitar o arame
tornando sua extremidade reta.
• Pistola de Soldagem
A pistola de soldagem para soldagem eletrogás efetua as mesmas funções daquelas das
soldagens MIG/MAG e com arame tubular. Ela guia o eletrodo para a posição desejada na
abertura da junta e transmite a corrente de soldagem para o eletrodo, e, em algumas aplicações,
ela fornece gás de proteção ao redor do eletrodo e do arco.
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• Sapatas de Retenção
Tal como na soldagem por eletroescória, sapatas são usadas para reter a poça de fusão.
Usualmente ambas as sapatas movem-se para cima com a progressão da soldagem. Em algumas
soldagens uma das sapatas pode ser um cobre-junta estacionário. Para prevenir que a poça de
fusão incorpore o cobre das sapatas, estas são refrigeradas a água para não se fundirem.
Os dois tipos de eletrodos são usados comercialmente. A especificação AWS A 5.26 cobre os
requisitos desses eletrodos para a soldagem de aços carbono e de baixa liga.
Para soldagem de aço com arame tubular, o CO2 é o gás proteção normalmente usado. A mistura
de 80% argônio e 20% CO2 é normalmente usada para soldagem de aço com eletrodos sólidos.
Alguns eletrodos tubulares são do tipo autoprotegido. Quando fundidos, os fluxos geram uma
proteção gasosa para proteger o metal de adição e o metal de solda fundido.
A soldagem eletrogás é usada para a união de chapas espessas que devem ser soldadas na
posição vertical ou que podem ser posicionadas verticalmente para a soldagem. A soldagem é
feita usualmente num só passe.
A viabilidade econômica depende da espessura da chapa e do comprimento da junta. O processo
é usado principalmente para a soldagem de aços carbono e aços liga, mas também é aplicável a
aços inoxidáveis austeníticos, e outros metais e ligas que são soldáveis pelos processos
MIG/MAG. A espessura do metal de base pode variar numa faixa de 10 a 10mm. Usualmente,
quando a espessura é superior a 75mm, o processo de soldagem eletroescória é mais
recomendado que o processo eletrogás.
Quanto maior a junta a ser soldada, maior é a eficiência deste processo. Para soldagem de
campo, por exemplo, juntas verticais de tanques de armazenamento de grande porte, o processo
elimina o grande trabalho e o custo da soldagem manual.
As variáveis de soldagem do processo eletrogás são similares às do processo por eletroescória.
A energia normalmente usada, no processo eletrogás, é de corrente contínua, polaridade inversa.
Fontes de energia usadas para soldagem eletrogás são usualmente na faixa de 750 a 1000 A
para ciclo de trabalho de 100% (uso contínuo).
Neste processo, o calor do arco elétrico deve ser aplicado uniformemente através da junta com
chapas de 30 a 100mm de espessura, a pistola de soldagem é oscilada horizontalmente sobre a
poça de fusão para realizar uma deposição uniforme do metal e a fusão completa de ambas as
partes da raiz. A oscilação horizontal não é usualmente necessária para chapas menores que
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30mm de espessura.
Soldas feitas com processo de soldagem eletrogás sob condições normais de operação resultam
em soldas de alta qualidade e livres de descontinuidades prejudiciais. Entretanto, soldagens feitas
em condições anormais podem resultar em soldas defeituosas.
• Inclusões de Escória
• Porosidade
• Trincas
Se trincas ocorrem, elas são usualmente do tipo trincas a quente. As trincas se formam a altas
temperaturas, junto com, ou imediatamente após, a solidificação. Elas estão localizadas próximo
ao centro da solda.
Trincas na solda podem ser evitadas pela modificação da característica de solidificação da solda.
Isto pode ser realizado pela alteração da forma da poça de fusão, através de mudanças
apropriadas nas variáveis de soldagem. A tensão do arco deve ser aumentada, a amperagem e a
velocidade de deslocamento decrescidas.
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Freqüentemente, o aumento na abertura da raiz entre chapas pode ajudar, embora isto possa não
ser econômico. Se trincas são causadas pelo alto carbono ou alto enxofre no aço, a penetração
do metal de base deve ser mantida baixa para minimizar a diluição do metal de base na solda.
Além disso, um eletrodo com alto teor de manganês pode ser usado para soldagem de aços de
alto enxofre.
- alta taxa de deposição deste processo implica em alto risco de falta de fusão. e
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2.7.1 DEFINIÇÃO
Conjunto de processos de soldagem por fusão nos quais o aquecimento é produzido pela
combustão de um gás.
Soldagem a gás é todo processo que utiliza um gás combustível combinado com oxigênio para
efetuar a união de metais. A fonte de calor, sendo uma chama, é menos potente que o arco
elétrico. O aquecimento da peça exige um tempo maior, permanecendo a peça por mais tempo
em altas temperaturas.
A soldagem pode ser realizada com ou sem pressão, e com ou sem metal de adição. A Figura
5.23 mostra esquematicamente este processo.
O equipamento necessário para este processo varia muito, dependendo da aplicação e do tipo de
combustível usado. O equipamento básico é mostrado na Figura 5.24. Este consiste de cilindros
de gás combustível e cilindros de oxigênio com reguladores para cada mangueira, e de maçarico
de soldagem.
O maçarico desempenha a função de misturador do gás combustível com o oxigênio para prover o
tipo de chama adequado para a soldagem. Este, além da conexão de mangueira e de um
manipulador, contém válvulas de oxigênio e gás combustível para regulagem da mistura.
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Há uma grande variedade de gases disponíveis para soldagem e corte a gás. Normalmente, o
acetileno é o preferido para a soldagem. Acetileno (C2,H2) é um hidrocarboneto que contém uma
porcentagem maior de carbono em peso do que qualquer outro gás hidrocarboneto combustível.
O acetileno é um gás incolor e é mais leve do que o ar. Quando gasoso é instável, se sua
temperatura excede 780º ou sua pressão manométrica sobe acima de 2 kgf/cm 2. Uma
decomposição explosiva pode resultar mesmo não estando presente o oxigênio. Por esta razão,
deve-se manusear cuidadosamente o acetileno.
Varetas de soldagem com várias composições químicas são disponíveis para soldagem de muitos
metais ferrosos e não ferrosos. A vareta é normalmente selecionada de modo a se conseguir
propriedades desejadas na solda. As varetas são classificadas na especificação AWS A 5.2 com
base em sua resistência mecânica.
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• Cone (ou dardo) - de cor azulada, onde ocorre uma combustão incompleta, também dita
combustão primária:
C2 H2 + O2 -7 2CO + H2
• Penacho - região mais comprida, que envolve o cone, e onde a combustão se completa.
Nesta região ocorrem as combustões secundárias segundo as equações:
2CO + O2 → 2C02
H2 + 1/2 O2 → H2 O
Chama Redutora - quando a < 1, isto é, temos maior quantidade de acetileno. Da combustão
incompleta, no cone, resultará um excesso de hidrogênio e de carbono livre (C2 H2 + O2 → 2CO
+ H2 + C), aumentando o teor de carbono do metal de solda. No caso da chama redutora, nela
aparece uma terceira região, sem nome, entre o cone e o penacho e de luminosidade
característica e intensa.
Chama Oxidante - quando a > 1. Há sobra de oxigênio. A atmosfera, rica em oxigênio, oxidará o
metal. A chama oxidante, por ser mais turbulenta, apresenta um ruído característico.
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A soldagem a gás é normalmente aplicada aos aços carbono, aços liga e ferros fundidos. Na
indústria do petróleo é utilizada na soldagem de tubos de pequeno diâmetro e espessura, e na
soldagem de revestimento resistente à abrasão. Pode porém, ser utilizada na soldagem de outros
materiais variando-se a técnica, preaquecimento, tratamento térmico e uso de fluxos.
• é relativamente barato;
• altamente portátil;
• soldagem possível em todas as posições;
• o equipamento é versátil: capacidade de ser usado para várias outras operações, como
brasagem, corte a chama, fonte de calor para preaquecimento, etc.
• pode ser usado para soldar espessuras finas e médias.
Neste processo, o projeto da junta é uma variável importante que deve ser levada em
consideração. Maior abertura da raiz de certas juntas é necessária para permitir penetração total.
• Inclusões de Escória - ocorre normalmente com a chama oxidante; às vezes com a chama
normal. A manipulação inadequada do metal de adição também pode provocar inclusões de
escória.
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A tabela 5.1 a seguir, indica as descontinuidades mais usuais que podem ser encontradas, em
função do processo de soldagem utilizado.
2 PROCESSOS DE CORTE
O corte é uma operação que antecede a soldagem. Um processo de corte é o que separa ou
remove metais. Veremos a seguir três processos de corte por meio do calor:
-Oxicorte (Oxygen cutting - OC)
-Corte com eletrodo de carvão (Air carbon arc cutting - AAC)
-Corte a plasma (Plasma arc cutting - PAC)
2.1 OXICORTE
• Deformação - o aquecimento localizado da peça sem que a mesma tenha liberdade total para
expandir-se, da origem a tensões e deformações. Como regra geral, para aumentar a
liberação de expansão, o corte deve iniciar-se e prosseguir o máximo possível sempre pelo
lado mais próximo às bordas das peças, que apresenta menor rigidez, (ver exemplo na figura
5.27).
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A seleção de gases combustíveis que deve ser considerada para escolher o combustível de
preaquecimento é baseada em inúmeras considerações, tais como, disponibilidade do gás, custo,
e tranqüilidade de manuseio com respeito à segurança.
Cada um desses gases tem características inerentes que devem ser consideradas para a
aplicação do processo “Acetileno”.
É largamente usado como um gás combustível para oxicorte e também para soldagem. Suas
principais vantagens: são disponíveis, chama de temperatura alta e familiaridade dos usuários
com as características da chama.
A chama de temperatura alta e as características de transferência do calor da chama
oxiacetilênica são particularmente importantes para corte de chanfros.
Uma outra vantagem de operação é que o tempo de preaquecimento é uma pequena fração do
tempo total de corte, o que é importante quando se faz pequenos cortes. O acetileno no estado
livre não pode ser usado a pressões manométricas maiores que 103 KPa (15 psi) de pressão
absoluta, as altas pressões ele pode decompor-se de forma explosiva, quando exposto a calor ou
choque.
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Este gás é muito similar em suas características ao acetileno, porém requer cerca de dois
volumes de oxigênio para um volume de combustível para uma chama neutra de preaquecimento,
enquanto que o acetileno necessita de apenas um volume de oxigênio. Assim, o custo do oxigênio
será maior quando o gás metil acetileno-propadieno é usado em lugar do acetileno. Para ser
competitivo, o custo deste gás deverá ser menor que o do acetileno.
O gás MPS tem uma vantagem sobre o acetileno para corte debaixo da água em grandes
profundidades. Como a pressão absoluta de saída do acetileno é limitada a 207 KPa (30 psi), ele
não pode ser usado abaixo de aproximadamente 9m de água. Por outro lado, o MPS pode ser
usado a grandes profundidades.
Para uma aplicação subaquática específica, o MPS, o acetileno e o hidrogênio devem ser
apreciados na escolha do combustível de preaquecimento adequado.
• Gás Natural
A composição do gás natural depende da sua fonte. Seu principal componente é o metano.
Quando o metano queima com oxigênio, a reação química é:
Um volume de metano requer dois volumes de oxigênio para uma combustão completa. A
temperatura da chama com gás natural é menor que a da chama com acetileno. Ela também é
mais difusa e menos intensa. Devido à temperatura da chama ser mais baixa, o que resulta em
baixa eficiência de aquecimento, grandes quantidades de gás natural e oxigênio são requeridas
para produzir a mesma taxa de aquecimento obtida com oxiacetileno. Geralmente, são
necessários maiores tempos de preaquecimento com gás natural que com acetileno.
Para competir com o acetileno, o custo e disponibilidade de gás natural e de oxigênio, o alto
consumo de gás e o tempo longo de preaquecimento deve ser considerado. Os projetos do
maçarico e do bico para o gás natural são diferentes daqueles para acetileno. A condição de
pressão do gás natural geralmente é menor e as relações de combustão são diferentes.
• Propano
O propano é usado regularmente para corte devido à sua disponibilidade e ao seu poder calorífico
ser muito maior que o do gás natural. Para uma combustão apropriada durante o corte, o propano
requer 4 a 4,5 vezes seu volume em oxigênio de preaquecimento. Este requisito é parcialmente
compensado pelo seu alto poder calorífico. Ele é estocado em forma líquida e é facilmente
transportável para o serviço.
• Propileno
Este gás compete com o MPS para quase todos os serviços em que se usa gás combustível. É
similar ao propano em muitos aspectos, mas tem uma chama de temperatura maior. Um volume
de propileno requer cerca de 2,6 volumes de oxigênio para se obter uma chama neutra. O bico de
corte e similar ao utilizado para o MPS.
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• Gasolina
A gasolina é usada como combustível utilizando-se maçarico de corte e bico de projeto específico
para este fim. A chama é altamente oxidante e, portanto, apropriada apenas para utilização em
cortes. A chama de alta temperatura permite cortar aço com espessura de até 360 mm. A gasolina
é armazenada num recipiente pressurizado no estado líquido, porém vaporiza no bico do maçarico
antes de entrar em combustão.
A Figura 5.28 mostra um resumo das principais características do oxicorte.
É um processo de corte a arco em que os metais a serem cortados são fundidos pelo calor de um
arco entre o eletrodo e a peça. Um jato de ar comprimido remove o metal fundido. Normalmente é
um processo manual usado em todas as posições, mas pode ser também operado
automaticamente.
O processo pode ser usado em aços e alguns metais não ferrosos. É comumente usado para
goivagem de soldas, para reparos de defeitos de soldas e reparo de fundidos. O processo requer
uma habilidade de corte relativamente alta.
Na goivagem de soldas é necessário proceder a uma limpeza posterior, para remoção do carbono
depositado. Normalmente, a limpeza por esmerilhamento é satisfatória. A Figura 5.29 mostra as
principais características do corte com eletrodo de carvão.
O corte a plasma usa o calor de um arco de plasma (aproximadamente 15.000° C) para cortar
qualquer metal ferroso ou não-ferroso.
É um processo de corte que separa metais pela fusão de uma área localizada sob um arco
constrito e a remoção do material fundido com um jato (de alta velocidade) de gás ionizado quente
saindo de um orifício. Pode ser usado em corte manual com um maçarico portátil ou em corte
mecanizado utilizando-se máquinas extremamente precisas, com dispositivos de traçagem
especiais. É usado para corte de aços e metais não ferrosos numa faixa de espessura de fina a
média. É indicado no corte de peças que contém elementos de ligas, que produzem óxidos
refratários, por exemplo, aços inoxidáveis e alumínios.
A qualidade do corte a plasma é superior aos outros tipos de corte por meio de calor devido ao
jato de plasma a alta temperatura.
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Para que o tratamento térmico de alívio de tensões alcance seus objetivos é necessário que:
Para se efetuar um tratamento térmico, um método que representa uma solução tecnicamente
perfeita é a utilização de um fomo. No entanto, freqüentemente, as dimensões das peças ou
equipamentos impedem sua entrada no fomo, e em outros casos impõe-se o tratamento de soldas
em elementos que fazem parte de grandes e extensas construções, tais como tubulações, torres
de destilação, vasos de pressão, etc. Nesses casos, e dependendo das normas e condições de
segurança, pode ser efetuado um tratamento térmico localizado.
Existem diversos métodos apropriados para a aplicação de aquecimento e tratamento térmico
localizados, tais como:
• aquecimento por indução;
• aquecimento por resistência elétrica;
• aquecimento por chama.
• Aquecimento por Indução
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induzido um fluxo magnético no núcleo, o qual por sua 'vez induzirá uma tensão no secundário
(ver Figura 2.31).
Transferindo-se este princípio para o aquecimento por indução (ver Figura 5.32) vê-se que o cabo
flexível, colocado na região da solda em várias espiras ao redor da peça, representa o
enrolamento primário. A camada superficial da peça, na região do enrolamento, representa tanto o
núcleo como o enrolamento secundário do transformador. Quando se aplica ao cabo uma tensão
alternada de freqüência apropriada, a parte da peça dentro da região do cabo se aquece, devido a
continua inversão magnética e devido às correntes de Foucault induzidas.
A freqüência influi na profundidade de penetração das correntes induzidas, entretanto,
considerando-se que o tratamento térmico de aços é um processo demorado, a influência da
condução térmica no material é maior. As freqüências mais comumente usadas são 60 e 400 Hz.
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O método de aquecimento por resistência elétrica funciona com o uso de fios ou fios feitos de
materiais que tenham uma resistência elétrica alta, apoiados ou enrolados ao redor das regiões a
serem tratadas e ligados à fonte de energia elétrica. Uma camada de isolamento cobre a
superfície externa das resistências, a fim de se reduzir a perda de calor por radiação. O
aquecimento se realiza mediante a condução do calor produzido pelo fio resistor, para o material
cujas tensões devem ser aliviadas.
Desvantagens:
.A Figura 5.33 mostra um esquema de tratamento térmico por aquecimento com resistência
elétrica.
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A fonte de calor é produzida pela queima de um gás combustível misturado com o ar ou oxigênio.
• Baixo custo.
• Portátil.
Desvantagens:
• Precisão e repetibilidade mínimas.
• Distribuição de temperatura pouco uniforme.
• Uma grande quantidade de operadores habilidosos é requerida.
A maioria dos tratamentos térmicos localizados de solda emprega uma fonte de calor que pode
ser controlada para se obter o ciclo térmico desejado. Estes processos utilizam elementos que
podem ser reutilizados, mas que requerem a atenção de um operador durante o tratamento.
O sistema de aquecimento exotérmico emprega uma fonte de aquecimento completamente
consumível, que não requer muita mão-de-obra na sua instalação, pois usualmente se gasta em
torno de 1 a 2 homens-hora.
O material exotérmico produz calor pela reação controlada de uma mistura química que
desprende calor em conseqüência da reação, que pode ser, por exemplo:
Desvantagens:
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OBJETIVOS
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1 SISTEMAS CRISTALINOS
Os metais no estado sólido apresentam estrutura cristalina, isto é, os átomos que o constituem
são dispostos de uma maneira organizada e periódica. Existe, assim, uma disposição típica dos
átomos que, se reproduzindo, constitui a estrutura cristalina de um dado metal. Esta disposição
típica chama-se célula unitária.
Nos modelos de estudo da estrutura cristalina dos metais, considerando-se os átomos como
esferas, os átomos vibram em torno de suas posições de equilíbrio, definidas pela célula unitária.
A vibração dos átomos é função da temperatura e será tanto maior quanto maior for a temperatura
do metal.
O cubo tem oito átomos dispostos nos vértices e um no centro. Como exemplo de metais que
apresentam o sistema cristalino CCC, pode-se citar o ferro à temperatura ambiente, o titânio a alta
temperatura e o cromo em qualquer temperatura.
Figura 6.2 - Célula Unitária do Sistema Cristalino Cúbico de Face Centrada (C FC)
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O cubo tem oito átomos dispostos nos vértices e seis átomos dispostos no centro das faces.
Como exemplo, de metais que apresentam sistema cristalino CFC, pode-se citar o níquel, o
alumínio e o cobre.
As células unitárias dos metais deste sistema cristalino (CFC) possuem maior número de planos
de maior densidade atômica que os metais CCC. Pelo fato das deformações plásticas se darem
preferencialmente nos planos de maior densidade atômica, os metais do sistema cristalino CFC
possuem maior tenacidade que os metais do sistema CCC.
Como exemplo de metais que apresentam sistema cristalino HC pode-se citar o cobalto, o
magnésio e o zinco.
2 LIGAS METÁLICAS
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Em algumas ligas metálicas encontram-se átomos tanto em solução sólida intersticial como em
solução sólida substitucional.
3 DIFUSÃO
O aumento na temperatura de um metal ou liga metálica no estado sólido, implica em uma maior
vibração dos átomos em torno da sua posição de equilíbrio. Esta vibração proporciona a
possibilidade de uma movimentação atômica no estado sólido, a que se chama de difusão e esta
será tanto maior quanto maior for a temperatura. Cada átomo, portanto, pode se deslocar de sua
posição inicial de equilíbrio por meio de vários mecanismos como, por exemplo, a troca de
posição com outro átomo.
A difusão tem particular importância quando átomos de elementos de liga são segregados em
uma certa região de um material que foi submetido, por exemplo, a resfriamento rápido.
Aquecendo-se o material a temperaturas adequadas haverá a movimentação dos átomos
segregados de forma a se espalharem mais uniformemente ao longo da liga, permitindo assim
propriedades mais homogêneas. Um exemplo em que isto ocorre é na soldagem de certos aços
inoxidáveis austeníticos. A temperatura alcançada na zona afetada termicamente, por ocasião da
soldagem, induz a formação de um composto de carbono e cromo (Cr23C6). Isto impede que os
átomos de Cr fiquem em solução sólida na matriz de Fe, deixando a zona afetada termicamente
vulnerável à corrosão. A difusão pode ser usada para compensar este problema. No caso da junta
soldada ser convenientemente aquecida, os átomos de Cr se movimentarão de forma a ocupar
posições no interior dos grãos. Isto restaura a capacidade da zona afetada termicamente de
resistir à corrosão.
No estado líquido os átomos que constituem os metais não se dispõem de forma ordenada, isto é,
não possuem estrutura cristalina que, como já foi visto, é uma característica dos metais no estado
sólido.
Quando um metal no estado líquido, em um processo de resfriamento lento e contínuo, atinge a
temperatura de solidificação, algumas partículas sólidas, chamadas de núcleos, começam a se
formar. Como a temperatura continua a ser diminuída, os núcleos formados crescem e novos
núcleos são formados. O crescimento de cada núcleo individualmente gera partículas sólidas
chamadas de grãos (ver figura 6.5).
199
J E INSPEÇOES
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Todos os grãos têm a mesma estrutura cristalina e o mesmo espaçamento atômico. Entretanto,
como cada grão cresce de forma independente, a orientação dos planos de cada sistema
cristalino, isto é, de cada grão, é diferente. Portanto, os contornos de grão são regiões onde a
ordenação dos átomos é abruptamente desfeita. Como conseqüência da desordem dos átomos,
os metais se comportam freqüentemente de modo diferente nos contornos de grão.
O arranjo e o tamanho dos grãos e as fases presentes em uma liga constituem o que se chama de
microestrutura que é responsável pelas propriedades físicas e mecânicas da liga. A microestrutura
é afetada pela composição química e pelo ciclo térmico imposto à liga.
Muitas das propriedades das ligas metálicas em alta e baixa temperatura são regidas pelos
contornos de grão. Nestas regiões os átomos não estão ordenados, existindo vazios que
permitem mais facilmente a movimentação atômica. Devido a isto, a difusão ocorre, em geral,
mais rapidamente nos contornos que no centro dos grãos. Em decorrência, as impurezas
segregam nos contornos de grão, podendo formar fases que alterarão desfavoravelmente as
propriedades do material como, por exemplo, a redução de ductilidade ou aumento à
susceptibilidade à trinca durante a soldagem ou tratamento térmico.
Por esse motivo, as estruturas dos metais e ligas são freqüentemente classificadas de acordo com
o tamanho do grão.
O ferro puro solidifica-se a 1535°C em um sistema cristalino CCC, chamado de ferro delta. A
1390º C o sistema CCC transforma-se CFC sendo conhecido como ferro gama. A estrutura CFC
permanece até a temperatura de 910º C quando volta a ser CCC, sendo então denominada de
ferro alfa.
Chama-se de aço, fundamentalmente, uma liga de ferro-carbono com menos que 2% de C. Nos
aços, a solução sólida de carbono em ferro delta chama-se ferrita delta, a solução sólida de
carbono em ferro gama chama-se de austenita e a solução sólida de carbono em ferro alfa,
simplesmente, ferrita. A presença de carbono, assim como de outros elementos de liga, altera as
temperaturas de mudança de fase, que são modificadas a cada composição química.
O equilíbrio quase sempre é o estável, isto é, a fase apresentada é a mais estável. O diagrama
Fe-Fe3C será estudado entre 0%C a 6,7%C. A composição de 6,7%C corresponde ao composto
Fe3C chamado de cementita. Deve-se observar que a cementita não representa a fase mais
estável. A fase mais estável seria a grafita. Como, porém, a decomposição da cementita em
grafita é muito lenta o diagrama Fe-Fe3C é, para efeitos práticos mais úteis e preciso.
200
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Treinamentos Especializados
Deve-se observar que a austenita pode dissolver até 2% de carbono em solução sólida.
Entretanto, a ferrita pode dissolver no máximo 0,025%C. Como abaixo de A1, toda a austenita
se transforma, o carbono precipitado, isto é, que não ficou dissolvido na ferrita, se combina
com o ferro formando um composto intermetálico denominado de cementita (Fe3C). A
cementita contém cerca de 6,67 %C e se precipita em lamelas nos grãos de ferrita. Estes
grãos são chamados de perlita.
O diagrama de fase Fe-Fe3C, embora seja de grande utilidade, não fornece informações acerca
da transformação da austenita em condições diferentes das condições de equilíbrio. Por exemplo,
com o diagrama Fe-Fe3C não se tem informações acerca das velocidades de resfriamento
necessárias para temperar o material ou a que temperatura se dá esta transformação. Uma
maneira de se obter estes dados é através da utilização de um diagrama de transformação
isotérmica ou diagrama TTT (ver figura 6.7), que é obtido pelo resfriamento da austenita a
temperaturas constantes e sua transformação determinada ao longo do tempo.
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• o tempo para a transformação se iniciar e se completar é cada vez menor à medida que
decresce a temperatura, até que, no ponto P, tem-se o mais rápido início de transformação;
(a) logo abaixo de A1, zona em que a velocidade de transformação é muito baixa, forma-se a
perlita grossa, que possui lamelas largas e baixa dureza;
(b) à medida que a temperatura cai, na proximidade do ponto P, a perlita que se forma
adquire lamelas cada vez mais finas e é chamada de perlita fina;
Teor de carbono - quanto maior o teor de C, até a percentagem de 0,8%, mais para a direita
ficará deslocada a curva TTT.
Teor de elementos de liga - quanto maior os teores de elementos de liga, com exceção do Co,
mais para a direita ficará deslocada a curva TTT.
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A conseqüência mais importante do deslocamento da curva TTT para a direita, consiste na maior
facilidade de se obter a estrutura martensítica. Diz-se que um aço A é mais temperável que um
aço B, quando a curva TTT de A está deslocada para a direita em relação à curva TTT de B, isto
é, com menores velocidades de resfriamento se atinge a estrutura martensítica em A.
Figura 6.8 - Diagrama CCT para o aço SAE 1050, austenitizado a 850°C por 30 min.
A posição da curva CCT é influenciada pelos mesmos fatores e maneiras expostos em 6.2 e além
do mais, processos de soldagem com maior aporte de calor e extensão da curva de repartição
térmica, aumentam o tamanho de grão, com conseqüente deslocamento das curvas para a direita.
204
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E = f x P ( soldagem a gás)
V
Considere um ponto da junta soldada, definido pela sua distância ao centro da solda e pela sua
posição em relação à espessura. O calor da operação de soldagem provoca, neste ponto,
variações de temperatura como indica a figura 6.9.
205
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A variação de temperatura em função do tempo, Ө = f(t) num determinado ponto da junta soldada
é o ciclo térmico no ponto considerado. A curva permite a determinação de:
Com as duas funções, torna-se viável o estudo das transformações metalúrgicas no estado sólido
ocorrentes numa junta soldada. O ciclo térmico possibilita a interpretação ou previsão das
transformações, enquanto que a repartição térmica permite determinar a extensão das zonas
onde se passam tais fenômenos.
As curvas temperatura-tempo levantadas em diversos pontos ao longo de uma perpendicular à
solda têm a forma da figura 6.11. À medida que o ponto considerado se afasta da solda, as
temperaturas máximas são decrescentes e atingidas com um certo atraso. O tempo de
permanência acima de uma certa temperatura decresce no mesmo sentido.
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Figura 6.13 - Coeficiente de correção para a energia de soldagem e espessura da peça em função
das geometrias das juntas.
Chama-se de fusão para um determinado metal, a sua passagem do estado sólido para o estado
líquido. Essa transformação se dá com aumento de calor ou energia térmica. Durante a fusão, o
metal passa por um processo de aquecimento.
Durante a breve permanência no estado líquido, a solda sofre alterações em sua composição
química que podem ser atribuídas às seguintes causas:
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9.1 VOLATILIZAÇÃO
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9.4 DILUIÇÃO
A composição química de uma solda não é a mesma que a composição química especificada para
o metal de adição depositado, devido à participação do metal de base na constituição da zona
fundida. O coeficiente de diluição ou simplesmente diluição indica a participação do metal de base
na constituição da zona fundida (ver figura 6.15).
C - diluição.
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Chama-se de solidificação para um determinado metal, a sua passagem do estado líquido para o
sólido. Essa transformação se dá com a perda de calor. Durante a solidificação o metal passa por
um processo de resfriamento.
10.1 EPITAXIA
Durante a solidificação de uma peça fundida, o molde tem a função de resfriador não
influenciando a formação da granulação do material, que vai depender principalmente da
velocidade de resfriamento e do número de núcleos (ver figura 6.5). Em soldagem, porém, a
estrutura de solidificação se desenvolve como um prolongamento dos grãos da zona de ligação.
Os grãos se solidificam adotando a mesma orientação cristalina e o tamanho dos grãos
parcialmente fundidos ou não fundidos. Os contornos de grão ultrapassam a zona de ligação,
assegurando a continuidade metálica ao nível da estrutura cristalina (ver figura 6.16).
Figura 6.16 - Influência da orientação dos grãos do metal de base sobre a estrutura de
solidificação da zona fundida.
Este comportamento, conhecido como epitaxia mostra que o tamanho de grão da zona fundida
depende diretamente da granulação da zona afetada termicamente, que por sua vez é grosseira
em virtude do superaquecimento a que é submetida.
211
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Assim, a zona fundida, além da granulação grosseira, tem uma estrutura orientada conforme a
curvatura das isotermas e a velocidade da fonte de calor ou, com maior precisão, da relação entre
a velocidade de soldagem e a velocidade de solidificação (figura 6.18).
10.3 SEGREGAÇÃO
O diagrama de equilíbrio mostra que à medida que a solidificação progride, o líquido se enriquece
em impurezas ou elementos de liga (ver figura 6.19).
212
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O metal fundido pode conter substâncias dissolvidas que se separam durante a solidificação. É o
caso, por exemplo, do hidrogênio ou mesmo do monóxido de carbono produzido pela reação do
carbono com óxido de ferro. Esses gases podem ser eliminados ou produzir inclusões de aspecto
particular, dependendo da relação entre a velocidade de solidificação e a taxa de separação
líquido-gás (figura 6.20).
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A porosidade vermicular evidencia a orientação de solidificação da solda. Ela ocorre, por exemplo,
na soldagem dos aços efervescentes (não desoxidados) ou quando da utilização dos eletrodos de
baixo hidrogênio por soldadores não qualificados.
11 PREAQUECIMENTO
O preaquecimento consiste no aquecimento da junta numa etapa anterior à soldagem. Tem como
principal efeito reduzir a velocidade de resfriamento da junta soldada, permitindo desta forma
evitar a têmpera, isto é, a formação de martensita; e aumentar a intensidade de difusão do
hidrogênio na junta soldada.
O preaquecimento faz com que a junta soldada atinja temperaturas ligeiramente mais elevadas e
que permaneça nestas temperaturas por mais tempo. Isto permite que o hidrogênio dissolvido, em
sua maior parte na austenita, tenha possibilidade de se difundir. Intensiona-se com o
preaquecimento evitar a formação de martensita, assim como reduzir a possibilidade à fissuração
pelo hidrogênio.
O preaquecimento influencia também as tensões de contração da junta soldada. As tensões de
contração normalmente diminuem com o preaquecimento uniforme e/ou homogêneo. Entretanto,
se a junta possui um alto grau de restrição, as tensões de contração podem ser aumentadas, por
preaquecimento localizado, aumentando a possibilidade da fissuração.
12 PÓS-AQUECIMENTO
13.1 MECANISMO
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• Compostos que contêm hidrogênio, como por exemplo, o vapor d'água, se decompõem na
atmosfera do arco liberando hidrogênio atômico ou iônico (H+). As principais fontes de
hidrogênio são:
-revestimento orgânico dos eletrodos;
-umidade absorvida ou adsorvida pelo revestimento dos eletrodos, particularmente os de baixo
hidrogênio;
-compostos hidratados existentes na peça, como por exemplo, a ferrugem;
-umidade do fluxo, na soldagem a arco submerso;
-umidade do ar.
A solda, no estado líquido, dissolve quantidades apreciáveis de hidrogênio. A solubilidade
decresce com a temperatura e de forma descontínua na solidificação e nas modificações
alotrópicas, conforme mostra a figura 6.14. Conseqüentemente, na fase final do resfriamento, a
solda poderá estar super saturada em hidrogênio.
A figura 6.21, chave para a explicação do fenômeno, indica que durante o resfriamento a ZF já
finalizou a transformação γ → α, enquanto a ZAT permanece por um determinado período de
tempo ∆T na fase γ (por causa de sua maior temperabilidade). Conforme observado na figura
6.14, a solubilidade do hidrogênio na fase α é inferior à da fase γ, e ele se torna
concomitantemente bem mais difusível na primeira fase. O hidrogênio (H+) tende então a
atravessar a zona de ligação através da "janela” que se abre, correspondente ao segmento AB.
Até o ponto B, a ZAT encontra-se ainda totalmente austenítica (γ), podendo então dissolver
grande quantidade de H+. Como, porém o seu coeficiente de difusão na γ é baixo, o H+ irá se
concentrar na região da ZAT logo subjacente ao cordão. Quando esta região carregada em H+ se
transformar em martensita (M), ocorrerá fragilização e fissuração.
215
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Por intermédio destes dados, vê-se que o risco de fissuração é temporário, existindo enquanto o
hidrogênio estiver se desprendendo da solda. É evidente a vantagem do pós-aquecimento de
soldas sensíveis à fissuração a frio, pois, nessas condições - por exemplo, a 250°C durante 2
horas -, o hidrogênio é eliminado enquanto a temperatura da solda é bem superior à temperatura
de transição.
216
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• E útil destacar que o exame radiográfico não permite detectar certos tipos de trincas,
especialmente as sob cordão, sendo necessário o exame ultra-sônico para detectá-Ias. Além
disso, as trincas podem aparecer ou se propagar várias horas após a conclusão da soldagem,
tornando recomendável a aplicação dos exames não-destrutivos com uma defasagem de 48
horas. Esta recomendação se aplica, é claro, às soldas sem pós-aquecimento.
• As medidas preventivas da fissuração pelo hidrogênio são agrupadas em torno de seus quatro
fatores, a saber:
• Teor em hidrogênio: A atmosfera do arco deve ter o menor teor possível em hidrogênio. Os
eletrodos de baixo hidrogênio foram desenvolvidos com este propósito. Entretanto, tais
revestimentos são altamente higroscópicos. Em conseqüência, a. secagem e o manuseio
desses eletrodos são de importância fundamental na prevenção do problema. As exigências
nesse sentido são tanto mais necessárias quanto maior é a umidade relativa no ambiente e
mais críticos são os outros três fatores. A secagem do fluxo, na soldagem a arco submerso,
embora menos necessária face à maior energia de soldagem, é uma medida a ser
considerada no caso dos fluxos básicos.
• Microestrutura frágil: Quando pode ser evitada ou diminuída é um dos recursos preventivos.
O preaquecimento, o aumento da energia de soldagem e a escolha do metal de adição de
menor resistência possível, contribuem para a redução do risco de fissuração. A alta
severidade térmica das soldas provisórias - fixação de dispositivos de montagem - é,
frequentemente, a origem de trincas.
• Tensões: A soldagem com o menor grau de restrição possível é uma medida útil. O
tensionamento das juntas soldadas contribui para a fissuração, especialmente se for levado
em conta que a deformação plástica - através da movimentação das discordâncias - eleva a
concentração de hidrogênio na extremidade dos entalhes. Assim, deve-se considerar a ação
de esforço como exemplo: peso próprio, contração de outras soldas e testes de pressão,
dispositivos para correção de deformações, etc.
• Temperatura: Manter a solda a uma temperatura suficiente que permita a difusão do
hidrogênio, é uma medida que pode ser empregada. Isto pode ser feito por meio de
preaquecimento, do controle da temperatura interpasses e de pós-aquecimento.
É importante observar que existem inúmeras expressões para o CE. A citada acima é uma das
mais comuns (Intemational Institute of Welding - IIW).
217
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14 FISSURAÇÃO LAMELAR
Uma maneira de se evitar que ocorra fissuração lamelar, na soldagem de cordão multipasses de
metal, onde se suspeita ou é comprovada a presença de inclusões não metálicas, é empregando-
se a técnica de amanteigamento, ver a figura 6.24. No amanteigamento deposita-se sobre as
partes a soldar uma camada de material mais dúctil do que está se soldando. Esta medida faz
com que as tensões de origem térmica geradas na soldagem sejam absorvidas por essa camada
de metal depositado, evitando assim, que haja deformação no metal de base capaz de ocasio nar
a de coesão das inclusões alinhadas.
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15 FISSURAÇÃO A QUENTE
A fissuração a quente resulta da segregação de fases de ponto de fusão mais baixo que o metal
da zona fundida ou da zona afetada termicamente. O mecanismo da fissuração a quente é, hoje
em dia, controvertido. O mecanismo descrito a seguir é um dos possíveis e o classicamente
indicado como o formador da fissuração a quente.
Como já foi comentado, a fissuração a quente resulta da segregação de fases de ponto de fusão
mais baixo que o metal da zona fundida ou da zona afetada termicamente. Os grãos envolvidos
por um filme líquido não dispõem de resistência mecânica e ductilidade suficientes para suportar
os esforços devidos à contração da solda. As trincas são do tipo intergranular e se manifestam
macroscopicamente, como indica a figura 6.25.
As medidas preventivas estão relacionadas aos dois fatores principais da fissuração, isto é, a
existência de uma pequena quantidade de fase pré-fusível e os esforços de contração.
219
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contorno dos grãos e nos espaços interdendríticos. Decorrem desse fato as exigências de limpeza
na soldagem das ligas de níquel.
Esse teor é obtido pela seleção do metal de adição, com o auxílio do diagrama de Schaeffler,
como será visto adiante. Admite-se que a ação benéfica da ferrita está relacionada à sua posição
nos contornos de grão e a maior solubilidade quanto aos elementos causadores da fase pré-
fusível: fósforo, enxofre, nióbio, silício, oxigênio, entre os de pior reputação.
Os aços inoxidáveis austeníticos estabilizados com nióbio são também sensíveis à fissuração a
quente.
O final da solda - a cratera - é uma região suscetível à fissuração devido aos elevados esforços de
contração resultantes da solidificação rápida (figura 6.25). A extinção gradativa do arco elétrico
por meio de dispositivo especial (crater filler) é a melhor solução. O esmerilhamento da cratera é
outra solução.
Mesmo que as medidas preventivas sejam adotadas, é aconselhável a Inspeção com líquido
penetrante de cada camada das soldas sensíveis à fissuração a quente.
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Uma peça soldada se assemelha ao sistema de 3 barras. A repartição térmica mostra que a zona
aquecida acima de Ө1 sofre deformações plásticas, analogamente à barra B, determinando o
aparecimento de tensões residuais (figura 6.27). O nível de tensões depende do grau de restrição
da estrutura, na direção considerada. Na maioria dos casos, a restrição é total na direção
longitudinal do cordão de solda. Verificações experimentais confirmam que nessa direção as
tensões são muito próximas do limite de escoamento.
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Não dispondo de rigidez suficiente, as peças se deformam tendendo a aliviar as tensões residuais.
As deformações são proporcionais à extensão da zona plastificada.
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17 TRATAMENTOS TÉRMICOS
Para se obter o controle metalúrgico de uma junta soldada e, por conseqüência, o controle das
propriedades mecânicas, é necessário que se conheça os ciclos térmicos a que a junta soldada é
submetida. Os tratamentos térmicos têm o objetivo de alterar ou conferir características
determinadas à junta soldada.
O tratamento térmico de alívio de tensões pode reduzir a tenacidade do metal de base. Isto se
torna bastante relevante em ocasiões em que se faz necessário a execução do tratamento por
mais de uma vez.
17.2 NORMALIZAÇÃO
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17.3 RECOZIMENTO
O recozimento consiste no aquecimento da peça acima da zona crítica (A3) durante o tempo
necessário para que toda a microestrutura se austenitize, seguido de um resfriamento muito lento,
mediante o controle da velocidade de resfriamento do forno. A microestrutura obtida nos aços
carbono é a perlita grossa e ferrita (ver figura 6.29).
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Os aços carbono são ligas de ferro e carbono, com a quantidade de carbono usualmente inferior a
0,5% e contendo em quantidades pequenas e variáveis manganês, fósforo, enxofre e silício. As
propriedades e a soldabilidade destes aços dependem fundamentalmente da percentagem de
carbono contida, embora sofram influência dos demais elementos assim como dos ciclos térmicos
envolvidos.
Os aços carbono podem ser classificados em cinco tipos gerais, como especificado a seguir. As
propriedades indicadas para cada um desses tipos de aço são todos os valores médios, que
podem variar ligeiramente conforme a especificação, forma de apresentação e espessura do
material.
Existem ainda vários outros tipos de aços carbono, tais como: os aços de alto carbono, aços
rápidos, aços ferramenta, etc., entretanto, trataremos aqui somente daqueles aços mais usados
nas construções soldadas.
225
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A grande maioria de aços carbono empregados como elementos soldados tem percentagem de
carbono inferior a 0,29%. Esses aços podem ser soldados pelos processos usuais de soldagem.
Geralmente aços carbono contendo teores de C ≤ 0,29% e de Mn ≤ 0,60% podem ser soldados
satisfatoriamente sem preaquecimento ou pós-aquecimento em espessuras inferiores a 25 mm.
Entretanto, em aços carbono com teores de C > 0,20% e de Mn > 1,00%, deve-se especificar
procedimentos de soldagem que resultem em baixos teores de hidrogênio dissolvido na solda.
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Quando a espessura da peça a ser soldada é maior que 25 mm, podem ser necessárias
precauções adicionais na soldagem como, por exemplo, preaquecimento, controle da temperatura
interpasses e tratamento térmico de alívio de tensões. Tais precauções visam evitar a fissuração
que pode ocorrer na zona fundida ou na zona afetada termicamente e a redução das propriedades
mecânicas da junta soldada.
Recebem a denominação geral de aços-liga todos os aços que possuam qualquer quantidade de
outros elementos além dos que entram na composição do aço-carbono (C, Mn, Si, P e S).
Esses elementos adicionais são denominados de “elementos de liga". Exemplos de elementos de
liga são: Cr, Ni, Mo, V, Nb, etc.
Estão apresentados a seguir os aços de baixa e média liga mais utilizados nas construções
soldadas.
227
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Esses aços foram desenvolvidos especificamente para serviços em altas temperaturas, onde os
esforços mecânicos: forem elevados e a corrosividade do meio moderada.
A principal aplicação desses aços-liga é para tubulações de vapor, cuja temperatura esteja acima
do limite de temperatura admitida para o aço carbono.
Esses aços são específicos para serviços em temperaturas elevadas com esforços mecânicos
moderados e alta corrosividade do meio.
• Aços Níquel
Elementos de liga
% No minal
2 1/2%
3 1/2%
9%
Os aços contendo níquel como elemento de liga são os materiais específicos para serviços em
baixas temperaturas. Quanto maior a percentagem de níquel, mais baixo também pode ser a
temperatura de utilização do aço.
Existe uma grande variedade de aços-liga desenvolvidos especialmente para apresentarem altos
valores do limite de resistência, que pode atingir até 100 kgf/mm 2. Os elementos de liga são
variáveis, podendo conter Mn, Cr, Mo, V entre outros, em uma quantidade total de até 5%. Esses
aços são submetidos a tratamento térmicos de têmpera e revenido.
Recomenda-se que o metal de adição tenha a mesma composição química nominal que o metal
de base, exceto no teor de carbono que deve ser menor no metal de adição.
Quando aços Cr - Mo de diferentes composições tem que ser soldados pode-se utilizar a
composição que contenha mais elementos de liga ou metal de adição, cuja composição seja
igualou superior à média dos teores de cromo dos metais de base. Por exemplo, na soldagem de
um aço com 1 1/4%Cr - 1/2%Mo com um aço contendo 1/2%Cr – 1/2%Mo, pode-se utilizar o
metal de adição com 1 1/4%Cr – 1/2%Mo. Nesses casos, costuma-se freqüentemente utilizar
metais de adição de aço inoxidável austenítico, principalmente em casos de reparo em que a
228
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solda não pode sofrer tratamento térmico após soldagem. O metal de adição de aço inoxidável
austenítico tem uma excelente ductilidade e absorve as tensões de contração, além de reduzir a
possibilidade de fissuração pelo hidrogênio, pois retém o hidrogênio, que tem alta solubilidade na
austenita. Entretanto, no caso das condições de trabalho cíclico ou em temperaturas que
permitam a difusão do hidrogênio para o metal de base, não se recomenda a utilização de metal
de adição de aço inoxidável austenítico, pois as diferenças entre os coeficientes de expansão
térmica e as composições químicas entre o aço inoxidável austenítico e os aços-liga Cr – Mo são
muito elevadas.
Os aços de alta liga que serão estudados são os aços inoxidáveis. Os aços inoxidáveis não se
oxidam a atmosfera ambiente normal. Esta propriedade é conseguida pelo fato de contarem no
mínimo 12% de cromo.
Os aços inoxidáveis são classificados em três grupos, de acordo com a estrutura cristalina
predominante na liga à temperatura ambiente:
- aços inoxidáveis austeníticos;
- aços inoxidáveis ferríticos;
- aços inoxidáveis martensíticos.
Deve-se, observar que, devido à sua estrutura cristalina os aços inoxidáveis austeníticos não são
magnéticos. Outra característica importante é que os aços inoxidáveis austeníticos têm grande
ductilidade e elevado coeficiente de dilatação térmica, se comparado com os aços de estrutura
ferrítica.
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Esses aços inoxidáveis têm, dependendo do tipo, de 12 a 30% de Cr; a maioria não contém Ni,
porém alguns deles contêm pequenas percentagens desse metal. São todos ligas magnéticas.
Abaixo estão mostrados os principais tipos de aços deste grupo.
• Cromo Equivalente
É definido igualmente como a soma ponderada dos elementos alfágenos e expressa sua
influência de vários elementos químicos relativamente ao Cromo. Schaeffler o definiu como:
• Níquel Equivalente
É definido igualmente como a soma do teor de níquel e dos elementos gamágenos, multiplicados
230
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pelo fator que expressa sua influência relativamente ao níquel. Assim, Schaeffler definiu o teor de
níquel equivalente como:
N ieq = % N i + 30 x % C + 0,5 x % Mn
Região 1
Abrange a região dos aços inoxidáveis ferríticos ao cromo, com baixo teor de carbono. Nesta
região, o problema é o crescimento irreversível dos grãos, quando permanecem por muito tempo
a temperaturas maiores que 1150ºC.
Região 2
Esta região abrange as estruturas martensíticas e parte das estruturas mistas martensítica--
austenítica e martensítica-ferrítica. Nesta região, o problema é a fissuração pelo hidrogênio.
Região 3
Esta região engloba todas as composições de ligas que tem possibilidade de dar, após longo
tempo de permanência em temperaturas na faixa de 500 – 900ºC, aparecimento a uma fase
chamada fase sigma, basicamente Fe - Cr, que tem como principal característica uma grande
231
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fragilidade à temperatura ambiente. A fase sigma, sendo formada basicamente por ferro e cromo,
tem mais facilidade de se formar a partir da ferrita. Entretanto, ligas austeníticas também podem
gerar fase-sigma.
Região 4
Essa região engloba basicamente as composições austeníticas. O problema que pode ocorrer nas
soldagens de ligas cuja composição esteja neste campo, é fissuração a quente.
Região Central
Ao centro do diagrama existe uma região que não pertence a nenhum dos quatro campos. As
composições químicas que pertencem a essa região indicam que a liga está praticamente livre
dos quatro problemas citados. O objetivo então é tentar fazer com que a composição química da
zona fundida caia dentro dessa região, embora esse procedimento não resolva a situação para a
zona afetada termicamente, cuja composição química é do metal de base. Os parâmetros a
controlar para a consecução desse objetivo são, basicamente, a escolha do metal de adição
(eletrodo, fluxo, etc.) e o controle da diluição (participação do metal de base), possível pela
seleção apropriada dos parâmetros do processo de soldagem utilizado.
Ainda que esse objetivo não seja atingido, o diagrama de Schaeffler fornece a indicação do
problema principal a encontrar na soldagem, possibilitando-nos a prevenção (ou correção)
necessária.
% C ≤ 0,15 % Si ≤ 0,50
0,30 ≤ % Mn ≤ 0,60 4% ≤ % Cr ≤ 6%
P ≤ 0,030 0,45 ≤ % Mo ≤ 0,65
S ≤ 0,030
% C ≤ O, 15 % Mn ≤ 2,5
22 ≤ % Cr ≤ 25 % Si ≤ 0,9
12 ≤ % N i ≤ 14 % P ≤ 0,04
% S ≤ 0,03
232
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
- Metal de Adição
Pelo diagrama vê-se que há uma linha reta que liga os centros de gravidade dos retângulos
correspondentes às composições químicas do metal de base e do metal de adição.
A composição química da zona fundida não será a do metal de adição, devido à diluição
(participação do metal de base). Mas estará em algum ponto dessa linha reta, entre o metal de
base e o eletrodo, dependendo do grau de diluição, que por sua vez depende dos parâmetros de
soldagem, do processo e do passe de solda executado. Espera-se a diluição máxima para o
passe de raiz, justamente onde há a maior probabilidade de defeitos.
Com uma diluição de até cerca de 45 % vemos no diagrama que a estrutura da zona fundida será
totalmente austenítica. Como a diluição normal obtida em uma soldagem a arco com eletrodo
revestido é da ordem de 10 a 30%, portanto menor que 45%, não deve ser considerado o
problema de têmpera e fissuração pelo hidrogênio, embora deva ocorrer têmpera em uma faixa da
zona afetada termicamente. O problema que pode ocorrer é a fissuração a quente (região 4 do
diagrama).
No passe de raiz, a estrutura já será totalmente austenítica, qualquer que seja a diluição, por
exemplo, 30%.
Para o 2º passe o metal de base já não será o da tubulação, mas uma mistura entre ele e o metal
da zona fundida do 1º passe, prevalecendo este em proporção.
233
J E INSPEÇOES
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Em aços inoxidáveis Cr - Ni austeníticos, soldas totalmente austeníticas, sem fase ferrítica, são
propensas à fissuração a quente. Soldas contendo de 4 a 10% de ferrita são resistentes à
fissuração.
Para se determinar a percentagem de ferrita em uma solda foi introduzido o conceito de Número
de Ferrita (NF). O estabelecimento deste conceito veio a facilitar a determinação da percentagem
de ferrita uma vez que o número de ferrita de uma solda é medido por leituras magnéticas, com
aparelhos calibrados em corpos de prova padrão.
234
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Objetivos
235
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1 INTRODUÇÃO
A menos que a deformação seja prevista e controlada, as dimensões requeridas podem não ser
obtidas, as premissas de projeto podem ser invalidadas, e a aparência do produto pode ser
afetada.
2 DEFORMAÇÃO NA SOLDAGEM
Considere uma barra de aço mostrada na figura 7.1. À medida que a barra é uniformemente
aquecida ela se expande em todas as direções. Quando o metal resfriar, a temperatura ambiente,
ela terá se contraído uniformemente para retornar às suas dimensões originais.
Mas se a barra tiver sua movimentação restringida enquanto for aquecida (figura. 7.2), a expansão
lateral não poderá ocorrer. Entretanto, a expansão em volume tem que ocorrer, logo a barra se
expandirá em maior quantidade na direção vertical.
236
J E INSPEÇOES
Treinamentos Especializados
Pelo exposto concluímos que, durante o aquecimento, a dilatação ocorreu somente para onde
havia liberdade.
À medida que a barra deformada retorna a temperatura ambiente, ela tenderá a se contrair
uniformemente em todas as direções (Figura. 7.3). A barra será agora mais fina e apresentará
maior comprimento, ou seja: ela sofreu deformação permanente.
Existem diversos fatores que podem contribuir para a deformação durante a soldagem, e, destes,
o aquecimento não uniforme da junta soldada pelo arco ou chama, é o mais importante.
Nas juntas soldadas estas mesmas forças de contração e dilatação atuam no metal de base e na
zona fundida. Quando o metal de adição é depositado e se funde com o metal de base, ele está
no seu estado de expansão máximo. No resfriamento, o metal de solda tende a se contrair para o
volume que normalmente ocuparia as temperaturas mais baixas, mas como ele está ligado ao
metal de base a sua contração fica restringida.
237
J E INSPEÇOES
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Se o esforço de contração for suficiente para "puxar” todo o metal de base (toda a estrutura sendo
soldada) ocorrera uma grande deformação. A restrição deliberadamente imposta (acessórios de
montagem) ou a que surge da natureza dos componentes, tem influência direta na deformação
resultante da soldagem.
O cálculo da deformação promovida pela operação de soldagem torna-se difícil, tendo em vista a
influência da temperatura nas propriedades físicas e mecânicas dos materiais (ver fig. 7.4).
Assim, é de grande valor na fase de projeto ou de fabricação, o entendimento prático das causas
de deformação, dos efeitos da contração nos vários tipos de estruturas e equipamentos soldados
e os métodos para controlar e usar de forma vantajosa as forças de contração.
• Energia de Soldagem
Para compreendermos como a deformação ocorre imaginemos que tenhamos que soldar duas
chapas numa junta de ângulo, conforme a figura 7.5a.
238
J E INSPEÇOES
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Se, a partir da temperatura ambiente, estas duas chapas fossem aquecidas uniformemente e com
completa liberdade para se mover em todas as direções, elas retornariam a sua forma original se
Ihes fosse permitido resfriar uniformemente até a temperatura ambiente. Contudo, durante a
soldagem o aquecimento não é uniforme, e, no resfriamento, a contração desigual do metal de
solda e das chapas ocorre. Se o cordão de solda não estivesse ligado às chapas, este, ao se
resfriar, estaria conforme indicado na figura 7.5c. Desta forma, para que estaria conforme indicado
na figura 7.5c. Desta forma, para que ele se ligasse às chapas conforme indicado na figura 7.5b,
seria necessário esticá-Io longitudinalmente e transversalmente por forças que excederiam a
tensão de escoamento do material.
Durante a soldagem o metal adjacente à solda é aquecido até quase o ponto de fusão. A
temperatura do metal de base a pouca distância da solda e consideravelmente mais baixa. Esta
grande diferença de temperatura causa expansões não uniformes seguidas de um movimento do
metal base ou deformação no metal, se as partes a serem unidas estiverem com sua
movimentação restringida. À medida que a poça de fusão avança, o metal base resfria e se
contrai da mesma forma como ocorre com o metal de solda. Se o metal ao redor da poça
restringe, isto é, dificulta ao metal de base aquecido se contrair novamente, tensões internas se
desenvolvem.
O volume de metal de base adjacente à solda que contribui para a deformação, pode ser
controlado pela quantidade de calor introduzida pela soldagem. Quanto menor a energia de
soldagem, menor será a quantidade de metal de base adjacente à solda aquecida e
consequentemente menor será a deformação.
O calor, além daquele aplicado pelo processo de soldagem, pode também influir na deformação.
O preaquecimento é um exemplo disto, e o preaquecimento localizado e aplicado incorretamente
pode aumentar a deformação.
• Grau de Restrição
Se imaginarmos agora que as chapas da figura 7.5 as tivessem restringidas as suas
possibilidades de deformação, o nível de tensões interna se elevaria, haveria escoamento do
cordão de solda e ao final, a peça se acomodaria na temperatura ambiente com um pequeno
grau de deformação. Contudo, o que ocorre, na realidade é que as tensões internas que
surgem na solda e no metal de base durante o resfriamento encontram alívio na deformação.
Estando a deformação impedida ou dificultada pelo uso de acessórios, o nível de tensões
internas aumenta e no caso de grandes espessuras o surgimento de trincas pode ser
inevitável.
Em resumo, quanto maior o grau de restrição, maior o nível de tensões internas, menor a
possibilidade de deformação, porém muito maior a possibilidade de aparecimento de trincas.
• Tensões Internas
Tensões internas estão geralmente presentes nos componentes de uma estrutura mesmo
antes de sua fabricação e, são causadas por vários processos como, por exemplo, laminação,
dobramento, corte, conformação e oxicorte. A magnitude destas tensões vai depender da
severidade do processo empregado.
O calor aplicado durante a soldagem tende a aliviar estas tensões e a deformação final é uma
combinação daquela devida às tensões internas. Muitas vezes estas tensões se opõem à
deformação causada pela soldagem e assim reduzem a deformação resultante, outras vezes
os efeitos são exatamente o oposto. E extremamente difícil antecipar como secções
conformadas reagem ao calor de soldagem, uma vez que o arranjo das tensões internas é
desconhecido; um trecho de uma secção pode se comportar de maneira inteiramente diferente
de um outro trecho da mesma secção. No caso de chapas e barras, entretanto, as tensões
que o trabalho de conformação causa, são conhecidas, e o comportamento do material pode
239
J E INSPEÇOES
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ser previsto. Por exemplo, uma chapa que tenha sido conformada para um formato curvo
tende ao endireitamento, quanto às tensões de conformação são aliviadas localmente pelo
calor da soldagem, mas, no resfriamento, podem acabar produzindo um maior encurvamento.
É, portanto, difícil estimar precisamente em que extensão o movimento ocorre.
Não é um assunto simples medir estas tensões internas, nem é visualmente prático remove-
las. Na prática, entretanto, é aconselhável assumir que as peças que contenham
consideráveis tensões internas podem trazer problemas no que se refere a deformação e
assim aplicar medidas para controlar seus movimentos durante a soldagem.
• Propriedades dos Materiais
Quanto à natureza dos metais, sabemos que metais diferentes expandem de quantidades
diferentes quando aquecidos. Os coeficientes de dilatação do metal de base e do metal de
solda têm uma influência importante na deformação. A deformação não ocorreria se o material
tivesse coeficiente zero de dilatação mas como isto não acontece, quanto maior o valor do
coeficiente de dilatação maior será a tendência à deformação durante a soldagem. Por
exemplo, uma estrutura ou equipamento fabricado em aço inoxidável deforma sempre mais
que uma estrutura ou equipamento similar fabricado em aço carbono, devido ao maior
coeficiente de dilatação do aço inoxidável.
A tensão de escoamento de metal da solda é outro parâmetro que afeta o grau de deformação de
uma peça soldada. Para acomodar a contração da junta soldada no resfriamento, as tensões
devem atingir a tensão de escoamento do metal da solda. Depois que a solda é alongada e
afinada (sofreu estricções), a solda e o metal de base adjacente ficam tensionados próximos às
suas tensões de escoamento. Quanto maior a tensão de escoamento na área da solda, maiores
as tensões residuais que podem agir para deformar a peça. Inversamente, a deformação em
metais de baixa resistência é menos provável ou menos severa.
A tensão de escoamento de metais pode ser mudada por tratamentos térmicos ou mecânicos.
Para minimizar o empenamento, os metais devem ser soldados e então submetidos a tratamento
térmico de alívio de tensões, quando possível.
A tabela 7.1 lista estas propriedades que são importantes na análise das deformações em aço-
carbono, aço-inoxidável, alumínio e cobre.
240
J E INSPEÇOES
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* Os dados apresentados são aproximados, além de serem valores para temperaturas próximas à
ambiente e servem somente para comparações. Os dados reais para diferentes graus e ligas
destes metais variam consideravelmente; por exemplo, pequenas quantidades de elementos de
liga variam a condutividade térmica do alumínio e cobre.
Pela tabela, podemos perceber que para as mesmas condições de soldagem o aço inoxidável vai
se deformar mais que o aço carbono, pois apesar do módulo de elasticidade e da tensão de
escoamento os dos dois estarem na mesma faixa, a condutividade térmica do aço inoxidável é um
terço da do aço carbono e o coeficiente de dilatação térmica é de 50% maior que o aço carbono, o
que conduz o aço inoxidável a uma maior deformação.
Assim, pela análise de suas propriedades, outros materiais podem ser comparados com relação a
seu grau de deformação na soldagem.
3 TIPOS DE DEFORMAÇÕES
As formas nas quais a deformação pode aparecer são principalmente (ver figura 7.6).
- Contração transversal
- Contração longitudinal
- Deformação angular
- Empenamento (principalmente em materiais finos)
241
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Trata-se de uma redução de dimensão perpendicular ao eixo do cordão de solda. Quanto maior a
seção transversal da zona fundida, maior a contração, ver figura 7.7.
242
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Em primeira aproximação, cada 1 pol2 de seção transversal de zona fundida provoca uma
contração transversal de 1/4 pol. A contração transversal é influenciada pelos seguintes fatores:
• diminui com o aumento do grau de restrição das peças durante a soldagem e resfriamento;
A ação destes fatores deve ser vista em conjunto. Por exemplo: o preaquecimento aumenta a
contração pelo alargamento da zona plastificada, entretanto, proporciona um resfriamento mais
regular que tende a reduzir as deformações. O número de passe pode aumentar a contração,
mas, à medida que a solda é depositada, o grau de restrição tende a conter esta tendência.
O martelamento das soldas ("peening"), à exceção do primeiro e último passes, pode evitar
grande parte da deformação. Por outro lado, o martelamento excessivo é prejudicial.
Uma previsão mais exata, para chapas de espessura maior que 25 mm, soldadas sem restrição,
pode ser feita com a aplicação da fórmula da figura 7.8.
243
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O coeficiente 0,2 deve ser reduzido a 0,18, para chapas de espessura inferior a 25 mm. A fórmula
não se aplica, para espessuras inferiores a 6 mm. A soldagem automática, como por exemplo
arco submerso, graças à menor energia dispendida por unidade de comprimento de solda,
proporciona deformações 50% menores do que os valores fornecidos pela fórmula.
A contração transversal é desprezível para a solda em ângulo.
Figura 7.9 - Contração longitudinal de soldas de topo. Observe que a contração tende para um
valor constante quando a seção total excede os valores indicados pela linha tracejada.
Quando em seção transversal a área das peças não excede em 20 vezes a área da zona fundida
é válida a relação da figura 7.10 .
244
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A contração longitudinal está sujeita aos mesmos fatores de influência que a contração
transversal.
A disposição irregular da zona plastificada em relação à linha neutra da peça a principal razão da
deformação angular. Observe que a assimetria do chanfro, figura 7.6, determina uma contração
maior na região do reforço do que na raiz da solda. O mesmo raciocínio se aplica à distribuição
dos cordões de solda em tomo da linha neutra de um perfil, ver figura 7. 11.
Figura 7.11 - Deformação angular. A, durante a soldagem; B, passagem pela forma correta,
durante o resfriamento; e C, após o resfriamento.
Para peças finas, a deformação angular pode ser calculada pela seguinte fórmula:
245
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Para soldagem de perfis I metálicos, a deformação angular pode ser medida pela fórmula abaixo:
Deformação angular (α) = 0,02 W.m 1,3 ; onde: W, m e t estão mostrados na figura 7.13.
t2
1,3
Os valores de m são dados na tabela 7.2.
W (pol) m1,3
1/4 0,165
5/16 0,220
3/8 0,280
7/16 0,342
1/2 0,406
3/4 0,688
246
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3.4 Empenamento
Reduzir ao mínimo a quantidade de metal depositado numa junta, pois quanto maior a quantidade
de metal depositado numa junta maiores serão as forças de contração. Os chanfros devem ter
abertura e espaçamento pequenos, compatíveis com a penetração completa. Em chapas
relativamente espessas o ângulo do chanfro pode ser diminuindo se o espaçamento da raiz for
aumentado ou se chanfro J ou V for usado, ver figura 7.14.
Uma junta com chanfro em X requer cerca de metade da quantidade de metal depositado da
necessária para uma junta com chanfro em V numa chapa de mesma espessura, ver figura 7.15.
Além disso, a solda em ambos os lados possibilita o equilíbrio dos esforços de contração, ver
figura 7. 15.
247
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Sempre que possível usar soldas intermitentes ao invés de solda contínua. Na união de nervuras
as chapas de painéis, por exemplo, as soldas intermitentes podem reduzir em até 75% a
quantidade de metal depositado, mantendo ainda a necessária resistência, ver figura 7.16.
Usar sempre que possível pouco passe. Do ponto de vista de aquecimento da peça é preferível
usar poucos eletrodos de grande diâmetro a muitos eletrodos de pequeno diâmetro; quando a
contração transversal puder ser um problema. A contração causada em cada passe tende a ser
cumulativa, quando não se aguarda o resfriamento necessário entre os passes aumentando desse
modo a contração total quando muitos passes são usados, ver figura 7.17.
Entretanto, sempre que for possível aguardar o resfriamento entre passes, o ideal, para diminuir
as deformações, é fazer passes mais finos na seqüência mostrada na figura 7.18.
248
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A deformação é minimizada quando se tem o menor braço de alavanca possível para as forças de
contração puxarem o perfil fora do seu alinhamento. A figura. 7.19 ilustra esta situação. Tanto o
projeto das soldas quanto a seqüência de soldagem podem efetivamente ser utilizados para
controlar este tipo de deformação.
Esta prática, mostrada na figura 7.20 compensa uma força de contração com uma força para
efetivamente minimizar a deformação da soldagem. Aqui, também o projeto de montagem e a
seqüência apropriada de soldagem são fatores importantes.
Na técnica de soldagem com passe a ré, a progressão geral da soldagem pode ser, por exemplo,
da esquerda para a direita, mas cada segmento do cordão é depositado da direita para a
esquerda conforme a figura .7.21. À medida que cada cordão é colocado, a extremidade aquecida
se expande, o que temporariamente separa as chapas em B. Mas, como o calor se escoa através
da chapa para C, a expansão ao longo da borda CD leva as chapas a se juntarem. Esta
separação é mais pronunciada quando o primeiro cordão é depositado. Com os cordões
sucessivos, as chapas se expandem cada vez menos devido à restrição das soldas anteriores. A
soldagem com passe a ré pode não ser efetiva em todas as aplicações, e ela pode não ser
econômica quando usada em soldagem automática.
249
J E INSPEÇOES
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Colocar as partes a serem soldadas fora de posição pode fazer com que a contração trabalhe de
maneira construtiva. Diversos conjuntos, são pré-deformados desta maneira, como mostra a figura
7.22a. A quantidade requerida de pré-deformação para que a contração puxe as chapas no
alinhamento pode ser determinada a partir de poucas soldas experimentais.
Uma outra prática comum para balancear as forças de contração em soldagem de peças idênticas
é soldá-Ias uma contra a outra, disposição dorso a dorso, constituindo conjunto simétricos unidas
através de dispositivos de fixação. Estas peças serão separadas após o tratamento térmico de
alívio de tensões; na impossibilidade deste tratamento o pré-encurvamento deve ser combinado
com a disposição dorso a dorso através da inserção de cunhas em posições apropriadas entre as
peças antes de serem fixadas uma contra a outra, ver figura 7.22c.
250
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Os dispositivos auxiliares de fixação e montagem não devem ser removidos por impacto e a área
da solda provisória não deve apresentar mordedura, poro, trinca, redução de espessura ou
remoção incompleta.
251
J E INSPEÇOES
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A reposição de material para corrigir a redução de espessura, se necessária, pode ser feita por
soldagem, observando os requisitos da norma de soldagem para reparos de defeitos de solda.
Um outro exemplo para soldas em ângulo, consiste em se executar soldas intermitentes de acordo
com a seqüência mostrada na figura 7.25.
252
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253
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O lado a ser preenchido por último tem maior volume de metal depositado para compensar a
restrição imposta pela primeira solda. Nestes casos, apesar da profundidade do chanfro ser
menor, seu ângulo será maior para garantir este volume.
A seqüência de soldagem nos recipientes cilíndricos que tiverem deformação mecânica, como
calotas de vasos de pressão, devem levar em consideração a diferença de rigidez para esforços
internos e externos, ver figura 7.27.
254
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Uma vez que complexos ciclos de aquecimento e resfriamento se passam durante a soldagem, e
como é necessário um tempo para a transmissão de calor, é natural que o tempo de soldagem
afete a deformação.
Geralmente é desejável terminar rapidamente a soldagem, antes que um grande volume de metal
adjacente à solda se aqueça e se expanda.
O processo de soldagem usado, o tipo e bitola dos eletrodos, a corrente de soldagem e a
velocidade de deslocamento, afetam desta forma o grau de contração e deformação dos
conjuntos soldados, apesar do processo raramente ser escolhido tendo em vista as deformações.
O uso de eletrodos com revestimento de pó de ferro e os processos automáticos reduzem o
tempo de soldagem, provocando menos deformação.
Tanque de armazenamento
a) Posicionamento das chapas do fundo. A solda em ângulo das chapas sobrepostas permitirá,
numa etapa posterior, a soldagem com restrição da contração transversal;
b) Soldagem da parte do fundo situada sob o costado. São possíveis dois modos de disposição
das chapas, como indica a figura 7.28;
e) Execução das soldas em ângulo entre costado e fundo. Os soldadores devem atuar em setores
diametralmente opostos. Esta solda está sujeita a uma contração longitudinal elevada, motivo pelo
qual somente 20 cm do fundo encontram-se soldados nesta fase;
255
J E INSPEÇOES
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i) Soldagem das juntas de grande comprimento do fundo seqüência P3, P4, P5;
j) Soldagem do fundo ao anel marginal - solda P6. Os soldadores devem atuar em setores
opostos. A seqüência (h, i, j) tem por objetivo, obter a máxima planicidade do fundo; e
k) Soldagem do teto.
256
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A soldagem do costado e do fundo pode ser desenvolvida em paralelo desde que as verticais do
1º anel estejam concluídas. Nos tanques de grande porte - API 650 apêndice D - as conexões
maiores que 305 mm (12") são soldadas e tratadas termicamente antes da montagem.
Esfera
As soldas das colunas às chapas equatoriais e das conexões às chapas polares são feitas na fase
da pré-fabricação e submetidas a tratamento térmico de alívio de tensões, quando o equipamento,
depois de concluído, não for aliviado totalmente. Caso haja alívio total ao final da construção, não
há necessidade deste.
e) Soldagem das juntas horizontais H1. Os soldadores são dispostos simetricamente como indica
a figura 7.30;
f) Montagem das partes que compõem os pólos. Soldagem das juntas V2; e
g) Soldagem das horizontais H3. São soldas que dispõem de pequeno grau de liberdade de
contração e, por isso apresentam a maior probabilidade de apresentar trincas. Este defeito pode
ocorrer tanto durante a montagem como em serviço - no caso dos vasos sem tratamento de alívio
de tensões.
257
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5 CORREÇÃO DE DEFORMAÇÕES
Em tais circunstâncias, normalmente é possível retificar a deformação por um dos métodos abaixo
referidos, contanto que a peça não tenha que se contrair muito e que a deformação resultante seja
bastante pequena para satisfazer as dimensões requeridas da peça.
258
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5.1 Ressoldar
Partes de uma estrutura ou equipamento que estejam empenadas ou com sua forma mudada
podem ser corrigidas por meio do martelamento com marretas e martelos. Muitas vezes, um
conjunto inteiro que esteja empenado pode ser endireitado numa prensa; neste caso devem-se
inserir calços entre o conjunto e as mesas da prensa, ver a figura 7.31.
Quando permitido, o uso de martelos e marretas deve ser criterioso para não se provocar mais
deformação do que se pretende retirar, as regiões da estrutura ou equipamento que sofrerão o
impacto da marreta deverão ser protegidas para se evitar a formação de mossas ou deformações
localizadas.
259
J E INSPEÇOES
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É relativamente fácil corrigir partes de um conjunto soldado dessa maneira, uma vez que a
deformação causada pela soldagem pode ser contrabalanceada pela contração das partes
aquecidas. Ver figura 7.33 .
Existem várias maneiras pelas quais o aquecimento localizado pode ser aplicado para corrigir
deformações indesejáveis, mas somente a experiência pode dizer o melhor método a ser aplicado
a um caso particular.
Em todos os casos, o maior perigo é a super-contração da área que está sendo aquecida, o que
pode causar uma deformação muito pior que a original. A super-contração pode ser causada pelo
aquecimento de uma área muito grande ou pelo aquecimento até de uma temperatura muito alta.
260
J E INSPEÇOES
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Do maçarico a ser utilizado, não se requer altas temperaturas mas é necessário uma grande
chama para uma aquecimento rápido. O sucesso da técnica depende do estabelecimento de um
grande diferencial de temperatura (gradiente) na peça entre o local que recebe a chama e a área
circunvizinha.
Para acelerar a operação e evitar que a área aquecida seja maior, uma pistola atomizadora de
água é algumas vezes usada para acelerar o resfriamento, ver a figura 7.34.
Quando uma chapa, relativamente fina de um painel com uma armação robusta a ela soldada, se
encontra empenada, o empenamento da chapa normalmente pode ser removido pelo
aquecimento de pontos no lado convexo da chapa. Em tais casos, a deformação devida à
soldagem é razoavelmente regular, de modo que os pontos podem ser dispostos simetricamente,
iniciando-se no centro da "barriga" e prosseguindo em direção ao vigamento, conforme figura
7.35.
261
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O aquecimento em linha reta é freqüentemente usado para corrigir a deformação angular causada
por soldas em ângulos de juntas de ângulos - ver figura 7.36. O aquecimento geralmente segue a
linha da junta soldada, mas é ampliado ao componente da junta do lado oposto àquele que foi
soldado.
O aquecimento pode ser acompanhado pelo resfriamento com jatos de água no lado oposto.
Desta forma a contração devida à soldagem é contrabalanceada pela contração causada pelo
aquecimento do maçarico.
262
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As figuras 7.38, 7.39 e 7.40 mostram outros exemplos do uso do aquecimento localizado numa
zona em forma de cunha.
263
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264
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Objetivos
Através do estudo deste módulo o leitor deve tornar-se apto a:
265
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As especificações ASTM acerca de metais de base são normas técnicas que visam padronizar as
características dos materiais. Estas especificações encontram-se atualmente em um conjunto
formado por 16 Seções (00, 01, 02,...15), subdivididas em volumes.
Cada volume contém informações específicas a respeito de determinados assuntos.
EXEMPLOS:
Volume 01.03 - (Steel-Plate, Sheet, Strip, Wire ,- Aços-chapas, Folhas, Fitas, Arames;
Produtos com Revestimentos Metálicos).
Volume 01.04 - (Steel-Structural, Reinforcing, Pressure Vessel, Railway - Aço-Estrutural,
Armação, Vasos de Pressão, Ferrovia; Elementos de Ligação).
ONDE:
1º - Este dígito, representado por uma letra maiúscula, indica a que grupo pertence à norma,
dentro das seguintes classes:
A - Metais ferrosos.
B - Metais não-ferrosos.
C - Aglutinantes, cerâmica, concreto e materiais de alvenaria.
D - Materiais diversos.
E - Assuntos diversos.
F - Materiais para aplicações específicas.
G - Corrosão, deterioração e degradação de materiais.
Es - Normas de última hora.
2º - Estes dígitos, em número de um a quatro, são representados por números que não têm
nenhum significado lógico e que, correspondem apenas à ordem cronológica de numeração das
normas. Para cada grupo geral há uma seqüência numérica correspondente.
EXEMPLO:
Assim, com relação às normas A 432 e A 433, sabe-se que a norma A 433 foi apresentada em
etapa posterior à primeira edição da norma A 432.
3° - Estes dígitos indicam o ano de emissão original ou de adoção como norma ou no caso de
revisão, o ano da última revisão.
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4° - Estes dígitos, quando existem, são apresentados entre parênteses, e indicam o ano da
última reaprovação, sem alteração, da norma.
5° - Este dígito, quando existe, é representado por uma letra minúscula, e indica o número de
revisões sofridas pela norma no ano de aprovação da mesma (a = segunda revisão, b = terceira
revisão, e assim por diante). Se este dígito é representado por uma letra T maiúscula, indica que o
documento representa uma tentativa de norma técnica.
EXEMPLO:
A Metal 516 74 a
Ferroso Número Ano de aprovação Sofreu uma
Seqüencial ou da última revisão no ano de aprovação
Como já foi visto, cada volume de normas contém assuntos específicos. As normas de cada
volume são ordenadas seqüencialmente, de acordo com os caracteres alfanuméricos que
constituem a identificação das mesmas.
EXEMPLO:
Seqüência de ordenação do volume 02.02 (Die-Cast Metals; Aluminum and Magnesium Alloys -
Moldes Fundidos de Metal; Ligas de Alumínio e Magnésio)
Procedimento de consulta:
EXEMPLO
Deseja-se identificar na coleção ASTM as especificações sobre tubulações de aço para serviços
em baixa temperatura ("Seamless and Welded Steel Pipe for Low-Temperature Service).
Consulta-se no índice remissivo do volume 00.01 o assunto pretendido - Steel Pipe (tubulação de
aço) Seamless/Welded for low-temperature service (com costura ou sem costura para serviços em
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Procedimento de consulta:
Procedimento de consulta:
GRUPO I:
Este grupo de especificações indica uma série de requisitos para o enquadramento dos materiais
como, por exemplo, limite mínimo de resistência à tração, alongamento mínimo, faixa permissível
de composição química, etc.
A 335 - Seamless Ferritic Alloy-Steel Pipe for High Temperature Service (Tubos sem Costuras
de Aço-Liga Ferrítico para Serviços em Alta Temperatura).
A 515 -Pressure Vessel Plates, Carbon Steel, for Intermediate - and Higher – Temperature Service
(Chapas de Aço Carbono para Vasos de Pressão para Serviços em Média e Alta Temperatura).
A 516 - Pressure Vessel Plates, Carbon Steel, for Moderate - and Lower – Temperature Service
(Chapas de Aço Carbono para Vasos de Pressão para Serviços em Temperaturas Baixas e
Moderadas).
a) Escopo - Indica o campo de aplicação da especificação, bem como os materiais nela contidos.
b) Documentos aplicáveis - Lista outras especificações indicadas no texto.
c) Requisitos gerais - Normalmente, neste item, indica-se uma especificação ASTM que define
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requisitos gerais como, por exemplo, tolerâncias dimensionais e de peso, modo de identificação
do material, critérios de avaliação de descontinuidades originadas na fabricação, etc.
d) Fabricação - Indica requisitos de fabricação dos materiais.
e) Tratamento térmico - Indica, normalmente em função da espessura, os tratamentos térmicos
que devem ser executados nos materiais.
f) Composição química - Indica a faixa de composição permissível a cada material.
g) Requisitos mecânicos - Indica os ensaios mecânicos requeridos e as propriedades mecânicas
mínimas para material.
h) Requisitos suplementares - Em algumas especificações são listados requisitos
suplementares que, embora não sejam necessários de acordo com a especificação, podem ser
requeridos, conforme o desejo do comprador.
GRUPO II:
Especificações que definem requisitos gerais para os produtos de acordo com a sua forma e
utilização.
Estas especificações indicam requisitos gerais como, por exemplo, tolerâncias dimensionais e de
peso, número de ensaios mecânicos a serem executados, modo de embalagem e identificação
dos produtos, etc. Cada especificação deste grupo é chamada por uma série de especificações do
grupo I.
A 6 - General Requiriments for Rolled Steel Plates, Shapes, Sheet Piling, and Bars for Structural
Use (Requisitos Gerais para Chapas Laminadas de Aço, Perfis, Estacas-Prancha e Barras para
Uso Estrutural).
A 20 - General Requirements for Steel Plates for Pressure Vessels (Requisitos Gerais para
Chapas de Aço Utilizadas em Vasos de Pressão).
A 530 - General Requirements for Specialized Carbon and Alloy Steel Pipe (Requisitos Gerais
para Tubos de Aços Carbono e Baixa Liga Especiais).
GRUPO III :
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A 370 - Methods and Definition for Mechanical Testing of Steel Products (Métodos e Definições
para Ensaios Mecânicos de Produtos de Aço).
Como já foi visto, as especificações ASTM prevêem que o metal de base seja marcado de forma a
que se possibilite identifica-lo facilmente. Para se verificar a maneira com que o metal de base
deve ser marcado, deve-se observar os requisitos das especificações do grupo I e do grupo II (ver
item 1.4).
EXEMPLO:
Verificar como devem ser feitas as marcações para identificar uma chapa de 3000 x 2000 x 25
mm de aço carbono-manganês de especificação ASTM A 516 Grau 70.
Procedimento de consulta:
a) Verificar se na especificação A 516 existe algum requisito quanto à marcação do material. Ver
item 3.1 da A 516.
Resposta:"Deve ser de acordo com a especificação A 20".
A classificação AISI para aços inoxidáveis está contida no Manual de Produtos de Aço AISI para
aços inoxidáveis e aços resistentes ao calor (Steel Products Manual AISI - Stainless and Heat
Resisting Steels). Os aços inoxidáveis, segundo a AISI, são classificados tomando-se por base:
- a microestrutura do aço;
- a composição química do aço.
X YY a
1° 2° 3°
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3° - O último dígito, que aparece algumas vezes na classificação AISI para aços inoxidáveis,
diferencia aços de classificação semelhante, e significa que um dos elementos químicos
constituintes do aço tem a faixa de composição alterada em relação à classificação que não
contém este dígito. O último dígito é representado por uma letra maiúscula ou pelo símbolo do
elemento em questão.
EXEMPLO:
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Dentre todos os materiais listados na especificação ASTM A 240 – 72b, pode-se encontrar as
classificações AISI para aços inoxidáveis 304, 321, 405, 410, etc.
PORTANTO:
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