Apostila Teoria Geral Da Seg Física
Apostila Teoria Geral Da Seg Física
Apostila Teoria Geral Da Seg Física
E CRIMINALÍSTICA APLICADA
APOSTILA
1.0 - Introdução
A atividade desenvolvida pelo homem visando proteger sua vida, a vida de seus familiares e seu patrimônio não é nova.
Para não sofrer o dano o ser humano criou com sua inteligência elementos de proteção e defesa. Antes as cidades eram cercadas por
muralhas e os castelos por fossos ou construídos em locais de difícil acesso. Com o tempo foram organizadas guarnições compostas
por seres humanos para a segurança da comunidade. Os elementos de proteção e defesa foram se diversificando e acompanhando a
evolução da sociedade e hoje em dia a gama de opções para a defesa do patrimônio e da vida é imensa.
Com a diversidade de técnicas e de elementos de proteção por fim surgiu a sua utilização organizada e de forma
profissional.
2.1 - Princípios
Há certo número de conceitos que possuem valor empírico e que devem ser aplicados com intensidades diferentes de acordo com
cada situação. Delinearam 14 conceitos de segurança, calcados na visão feudal dos castelos europeus medievais, os quais tinham
barreiras sucessivas de proteção em torno do seu ponto mais valioso, a torre principal.
2° - A importância de um sistema de segurança é função das ameaças que pesam sobre o que ele protege.
Ao se planejar um sistema de segurança deve-se considerar o valor do que ele se propõe a proteger. Um custoso sistema de segurança
protegendo algo de valor (material ou simbólico) bem menor não tem sentido prático.
4° - Um sistema de segurança deve reduzir ao máximo a demora de intervenção da defesa e retardar ao máximo a
possibilidade de agressão.
Segundo os autores, “...quanto mais rápida for a intervenção quando de uma agressão, mais fácil será controlá-la e reduzir seu
dano...”.
A chave da defesa reside na rapidez da reação do serviço de segurança interna quando de uma agressão. Seguindo a idéia medieval
de barreiras sucessivas para proteção, os sistemas de segurança devem buscar o retardo da ação do agressor, para que aumentem as
possibilidades de ser barrado antes de chegar ao seu objetivo, o torreão central.
5° - O acesso às informações sigilosas é limitado unicamente às pessoas que têm necessidade de conhecê-las em razão de
suas funções.
Esse conceito, também conhecido entre nós como “necessidade de conhecer”, estabelece que devemos restringir ao máximo o
número de pessoas que têm acesso às informações restritas. Podemos guardar um bem em um cofre, mas precisamos saber quem
tem acesso ao cofre, sua chave e seu segredo, e o número dessas pessoas deve ser limitado ao máximo.
8° - Trancados ou não, os bens a serem protegidos devem estar sempre colocados sob uma responsabilidade bem definida.
A melhor pessoa para proteger um bem é seu proprietário. Na falta de uma propriedade individual, deve haver uma responsabilidade
individual pelo bem claramente definida perante a coletividade. Este conceito, juntamente com o 11º e 14º, remete ao gerenciamento
de RH. Pessoas se tornam mais responsáveis quando recebem tarefas importantes e de confiança.
10°- Todo sistema de segurança deve comportar, no mínimo, um elemento de surpresa para o agressor.
Esse conceito complementa o 4º. Guardando-se o segredo de parte das defesas, o agressor será surpreendido por fatores
desconhecidos e inesperados. As surpresas mais eficientes são aquelas que causam nervosismo, que fazem o agressor hesitar e perder
tempo. Por exemplo, pode-se ostentar rondas de vigilantes e cães junto ao perímetro defensivo, como forma de desencorajar
possíveis agressores. Mas pode-se fazer segredo sobre um segundo sistema mais interiorizado de sensores de intrusão, que acionarão
sirenes se ultrapassados e que causarão susto e hesitação ao agressor que tenha se planejado para passar apenas por vigias e cães.
Como será visto mais adiante, esse conceito de elemento surpresa se aplica bem à segurança eletrônica.
Atualmente são utilizados principalmente cães de guarda treinados para o serviço de vigilância. Eles representam uma das
formas mais econômicas de proteção física, pois um vigilante e um cão de guarda treinado podem substituir entre cinco e dez postos
de vigilância, especialmente em locais espaçosos.
Dentro da área tecnológica se encontram enquadrados os chamados Meios Técnicos de Segurança, que são todos os
materiais, dispositivos e sistemas que podemos empregar ou implementar especificamente para a prevenção e proteção contra riscos
e ameaças. Como a denominação abrange uma série extensa de artefatos inanimados, os autores dividem-na normalmente em meios
eletrônicos e meios mecânicos.
Meios eletrônicos são materiais, elementos, dispositivos e sistemas que utilizam as propriedades da elétrica ou da eletrônica
– ou ambas – para prover proteção (Operados por energia elétrica). Já meios mecânicos são materiais, elementos, dispositivos e
sistemas que utilizam as propriedades da mecânica para prover proteção (Operados manualmente).
As defesas passivas são aquelas estáticas, que permanecem constantes haja ou não agressão. Um muro, por exemplo,
estará sempre lá, haja risco ou não. E mesmo que uma agressão ocorra, o muro continuará lá, não alterando seu comportamento. As
defesas ativas são aquelas móveis, que alteram sua configuração reagindo a uma agressão. Um portão que se feche automaticamente
quando acionado o alarme de invasão é um exemplo de defesa ativa. Por fim, as defesas de inteligência são aquelas que possuem
comportamento proativo, visando antecipar-se ao risco e evitar uma agressão. Normalmente atuam à distância, antes que o problema
atinja a empresa Note-se que o termo “distância” aqui é utilizado em seu conceito mais amplo, não significando apenas distância
física. Pode ser também distância temporal. Sendo assim, quando colocamos um empregado dentro da linha de produção com a
tarefa de levantar uma possível ação futura de fraude, estamos atuando com uma defesa de inteligência na distância temporal, mesmo
sendo fisicamente dentro da empresa. Quanto aos meios:
1. Humanos
2. Animais 3. Técnicos:
3.1 Eletroeletrônicos: Operados por energia elétrica
3.2 Mecânicos: (Operados manualmente)
Quanto à atuação:
1. Passivos
2. Ativos
3. De inteligência
Calcada no princípio feudal europeu das sucessivas cinturas de proteção em torno de uma torre principal, essa teoria determina que
um sistema de segurança deve estabelecer zonas
(círculos de proteção) ao redor do objetivo.
Ela não discrimina na verdade quantos
círculos serão estabelecidos, mas sim qual o objetivo de
cada um deles.Tem evoluído nos últimos tempos para
uma “Teoria das Esferas Concêntricas” que, diferente dos
círculos que consideram os perigos somente ao nível do
solo ou próximos a ele, as esferas consideram também os
perigos advindos do subsolo e do espaço. Isso significa
que além de considerar possíveis ataques de ladrões que
tentem ultrapassar as cercas de proteção, considera
também a possibilidade de infiltrações por bueiros ou
túneis escavados intencionalmente, bem
como a possibilidade de invasão pelo ar, por
pára-quedas, ultraleves ou asa delta, além da espionagem
por satélite.
2.4 – Compartimentação
Caso as instalações que precisem ser protegidas cubram uma área física muito extensa, sua segurança como um todo pode
não ser possível por questão de custos. Os custos podem ser diminuídos se a área for dividida em partes e as partes mais importantes
e sensíveis possuírem proteção adequada. Essa técnica é conhecida como “compartimentação” e consiste em proteger várias áreas
menores dentro de uma área maior.
A partir desse conceito se pode também classificar as áreas segundo um critério de criticidade (neologismo que tem
sentido de determinar quão crítica é uma determinada situação), ou seja, o quanto a violação dessa área interfere no negócio da
empresa. Uma classificação muito usada hoje em dia utiliza cores para definir as áreas, conforme o quadro seguinte:
COR CRITICIDADE ACESSO
Branca Inexistente Livre acesso aos empregados e visitantes, sem muita necessidade de acompanhamento
específico.
Verde Baixa Acesso controlado. Poderá haver acompanhamento por CFTV ou pessoal dos
transeuntes.
Amarela Média Acesso restrito e controlado. Há algumas restrições sobre quem poderá acessar a área
e sua permanência poderá ser acompanhada por CFTV ou pessoal.
Vermelha Alta Acesso restrito. Há muitas restrições sobre quem poderá acessar a área e sua
permanência deverá ser acompanhada por CFTV ou pessoal.
Mesmo quando uma invasão não tem sucesso, sempre haverá prejuízos. Se o agressor estiver convencido de que há tamanha
segurança a ponto de se tornar um obstáculo desencorajador, o número de tentativas de invasão diminuirá. Pode-se conseguir este
efeito por meio de avisos bem visíveis informando às pessoas sobre os sistemas de segurança – “CUIDADO COM O CÃO”,
“PERIGO, CERCA ELÉTRICA” etc.
2.7 – Crachás
Há atualmente vários tipos de crachás, desde os mais simples e baratos de papel aos mais sofisticados e caros com
microprocessadores. O que garante o sucesso do controle não é a sofisticação dos crachás, mas a capacidade do gestor de criar um
processo simples de identificação que consiga a participação de todos os empregados, caso contrário qualquer que seja o tipo de
crachá utilizado, e qualquer que seja seu custo, provavelmente não funcionará.
Um sistema de crachás deve se apoiar na compartimentação (reunir ou separar em compartimento ou em compartimentos)
das áreas. Sendo assim, qualquer que adentre a empresa, funcionário ou não, receberá um crachá que lhe garantirá o acesso à algumas
áreas da empresa e a outras não. Uma forma simples e com algum uso atual é colorir os crachás nas mesmas cores das áreas de
acesso. Se combinado com a pintura das portas de acesso e das paredes (ou pelo menos de faixas nas portas e paredes) com as
mesmas cores, isso permite ao usuário do crachá a reconhecer as áreas em que pode entrar e a todo o pessoal da empresa – e a
segurança em particular – identificar e informar sobre entradas não autorizadas. Crachás de visitantes e prestadores de serviço devem
ser devolvidos na saída, bem como os dos empregados que deixem de trabalhar na empresa. Os crachás que dão acesso às áreas
mais críticas devem receber maior atenção, principalmente visando evitar duplicações.
Crachás eletrônicos apenas facilitam o trabalho, pois se houver, por exemplo, sensores de passagem nos portais da
empresa, o controle de presença torna-se mais fácil. O uso da eletrônica não resolverá o problema de um sistema de controle mal
desenhado. Pelo contrário, se o controle de crachás simples estiver ruim, a sua substituição por crachás eletrônicos possivelmente
aprofundará o problema.
2.8 – CPTED
CPTED é um acrônimo, na língua inglesa, para Crime Prevention Through Environmental Design, “Prevenção de Crimes
por meio de Projetos”. É uma abordagem multidisciplinar que busca reduzir o crime e a insegurança colocando lado a lado
planejadores, projetistas, arquitetos e profissionais de segurança que trabalham para criar um clima seguro em de um ambiente, com
projetos que eliminem ou reduzam o comportamento criminal e ao mesmo tempo encorajem as pessoas a manterem-se alertas,
provendo segurança uns aos outros.
"O próprio projeto e uso efetivo do ambiente construído podem conduzir a uma
redução no medo e incidência de crimes, e a uma melhoria da qualidade de
vida”.
National Crime Prevention Institute – EUA
A abordagem do CPTED torna a segurança menos agressiva para as pessoas, evitando o sentimento de "estar prisioneiro"
naqueles que se pretende proteger. Além disso, é totalmente transparente aos usuários, permitindo que se consiga maiores graus de
segurança sem que mostre que se está preocupado com a segurança, o que pode ser uma vantagem.
Os princípios do CPTED podem ser aplicados de forma fácil e barata no construir ou remodelar. Em algumas
comunidades que aplicaram os princípios de CPTED nos EUA a atividade criminal diminuiu em até 40 por cento.
Historicamente, a ênfase da prevenção de crimes esteve na abordagem da dificultação (ato de dificultar) do acesso ao bem
que se queria proteger por meio de dispositivos (fechaduras, sistemas de segurança, alarmes, equipamentos de monitoração etc) e
processos (patrulhamento, legislação etc), estratégias de prevenção de crime que pretendem tornar o acesso ao objetivo do criminoso
mais difícil, mas que podem também criar um sentimento de "estar prisioneiro". Esta abordagem tradicional tende a negligenciar a
oportunidade para controle de acesso e vigilância natural. O CPTED coloca sua ênfase no "natural".
2.8.1 – Origens
1968, Jane Jacobs discutiu a interação do ambiente físico com seus habitantes e quão importante isto era para a vida e
vitalidade de uma rua ou bairro no livro The Death and Life of Great American Cities.
1969, o arquiteto Oscar Newman cunhou a expressão "espaço defensável" quando iniciou seu estudo sobre planejamento
de moradias, associando a ele a percepção das pessoas que ali residiriam sobre segurança. O foco era de como aquelas pessoas se
sentiriam em relação ao senso de propriedade - ou à sua falta (reforço territorial), e a relação disso com a atividade criminal. Parte
de seu trabalho relacionou-se desde então ao projeto de uso de ruas residenciais como um fator impeditivo para o crime.
1971, Clarence Ray Jeffery, criminologista norte-americano cunhou o termo Crime Prevention Through Environmental
Design após estudar a relação entre o ambiente físico e incidência de crimes.
b. Reforço territorial
Encoraja o uso de itens físicos – primordialmente barreiras naturais mas, se necessário, incluindo barreiras artificiais- que
expressem propriedade. O desenho da planta pode criar ou estender a esfera de influência das pessoas. Os utilizadores desenvolvem
então um senso de controle territorial que, quando percebidos por potenciais agressores, serve de fator de dissuasão.
Devem ser definidos os limites da propriedade e tornar bem clara a distinção entre espaço público e privado, utilizando-se
cercas-vivas ou outros métodos.
d. Manutenção
Deve permitir o uso continuado de um espaço para seu propósito planejado e servir como uma expressão de propriedade.
Não se deve permitir qualquer redução da visibilidade de todos sobre o local ou obstrução na iluminação noturna.
Alguns autores incluem o CPTED com parte integrante da teoria da Segurança Física, outros o consideram como um
planejamento separado, que se insere após a análise do risco e antes do planejamento da segurança física propriamente dito. Porém,
mais importante que discutir se CPTED pertence ou não à segurança física é compreendermos que sempre haverá estreita ligação
entre a arquitetura do projeto e a segurança.
DESEJO = Está ligado a características culturais ou a efeitos da propaganda atuando no subconsciente do indivíduo;
MOTIVAÇÃO = Está ligada ao raciocínio, à capacidade de planejar a ação;
OPORTUNIDADE = Está ligada ao ambiente, à maneira como as coisas estão dispostas.
Os dois primeiros fatores atuam internamente no ser humano e modificá-los torna-se uma tarefa difícil, pois lidamos com
aspectos da psicologia humana. O terceiro fator é externo, ligado ao ambiente. Até bem pouco tempo considerava-se que
o profissional de segurança atuaria somente sobre a OPORTUNIDADE. Atualmente, ea abordagem
multidisciplinar, o profissional de segurança atua, em conjunto
com outros profissionais de outras áreas tais como psicólogos e
pedagogos, também sobre a MOTIVAÇÃO e, em uma escala menor, sobre o DESEJO.
3.3 - Cercaduras
É o tipo de barreira estrutural mais utilizado. Normalmente são construídas em uma única linha, mas, quando for
essencial o estabelecimento de maior grau de segurança, duas linhas de cercaduras podem ser instaladas no perímetro. Estas
cercaduras devem ser separadas por distância não inferior a 4,5 metros e não mais de 45 metros para melhor proteção e controle. As
cercaduras devem permitir passagens para execução de serviços, que terão no mínimo 25 cm de diâmetro, devendo ser protegidas
para prevenir abertura não autorizada. A escolha da melhor cercadura depende da situação dos riscos que cada empresa está sujeita,
bem como do orçamento da segurança. Sugere-se um estudo conforme o quadro abaixo:
Para melhorar a segurança de uma cercadura, os seguintes pontos devem ser considerados:
1) Postes, árvores, caixas ou quaisquer outros objetos junto à cercadura podem ser utilizados pelo agressor para escalá-la.
2) Escadas deixadas junto à cercadura são um convite aos invasores. Escadas fixas devem ter seu início protegido dentro de uma
gaiola de metal, com porta fechada.
3) Cercaduras conjugadas com a de outra propriedade, ou que se toquem em pontos específicos, representam perigo extra. Um
invasor pode entrar na propriedade vizinha e depois invadir a propriedade que se quer proteger escalando ou abrindo a outra
cercadura.
4) Deve-se ter especial atenção quando a cercadura toca em outras edificações, pois poderá ser transposta a partir dos telhados
vizinhos ou mesmo utilizando-se as janelas e outras saliências da edificação como apoio para a transposição. Os tipos mais
encontrados são:
Fio cortante.
Enrolados com clipes de segurança. São tiras galvanizadas (chapas de aço inoxidável) combinadas com fio do núcleo,
formando espirais contínuos de vários diâmetros, que são então cortados em conjunto com os grampos pesados. São utilizados em
paredes ou muros, ou mesmo instalado com uma barreira sobre a própria para criar um perímetro de segurança eficaz.
Uma vantagem deste tipo de cercadura é permitir a observação de ambos os lados. Sendo assim, folhagem ou outros
materiais decorativos devem ser evitados, pois reduzem a visibilidade e auxiliam o invasor que, uma vez dentro, estará fora das
vistas dos transeuntes.
Devem ser construídas com no mínimo 2 m de altura e, no caso de cerca dupla, a segunda deve ter no mínimo 1,80 m.
Sua trama não deve ter mais que 2,5 cm de abertura.
De preferência, o arame de suas bordas superior e inferior não deve ser protegido, permanecendo pontiagudo e retorcido,
criando o efeito de arame farpado, pois o risco de alguém inadvertidamente se cortar nas pontas é menor que o risco de permitir que
algum agressor escale a cerca e ultrapasse-a com facilidade (pode-se também lançar arame farpado no seu topo como guarda
superior, criando-se o mesmo efeito).
Considera-se sempre a possibilidade de alguém lançar sobre a cerca uma lona, de forma a permitir escalá-la sem se ferir
nas pontas dos arames do topo.
Deve ser suportada por posteamento de metal ou concreto armado, preso em sapatas com 6 a 8 cm de profundidade e a
tela deve ser rigidamente presa no posteamento. Para impedir que pequenos animais ou pessoas passem por baixo da cerca, a tela
não deve estar a mais de 5 cm do solo, quando este for consistente e não possa ser cavado (cimento, pedra etc). Caso seja sobre terra
ou outro solo não consistente, deve estar enterrada no mínimo 5 cm no solo.
Deve ser pintada com alguma tinta não reflexiva, de forma a não permitir o reflexo da luz do sol. Em dias ensolarados, o
reflexo do metal da cerca – principalmente cercas novas – podem cegar momentaneamente a vigilância, permitindo que um agressor
não seja visto.
Deve ser feita manutenção periódica, procurando pontos de ferrugem e locais onde a cerca se desprendeu do posteamento.
O posteamento também deve ser testado para certificação de que continua firme, pois caso se solte a cerca cairá com ele. A
distância entre postes deve ser de no máximo 2 m.
Muro de alvenaria.
Tem grande uso. Possui a vantagem da durabilidade, além de poder acompanhar o estilo arquitetônico de todo o
complexo, tornando-se menos agressivo às vistas. Pode ser feitos de tijolos, concreto armado, pedra ou similar e aumenta seu grau
de segurança se possuir arame farpado, pregos ou vidro quebrado no seu topo.
Não permite a visibilidade de dentro para fora e nem de fora para centro, o que pode ser uma vantagem ou uma desvantagem
dependendo do que se pretende, pois sem visibilidade se ganha privacidade, mas uma vez que o agressor tenha transposto o muro
não poderá ser observado por transeuntes nem por patrulhas policiais.
Muros sempre apresentam aparência agressiva e o uso da hera (plantas trepadeiras) tem servido para torná-los mais
sociais.
Grades de ferro
Também são duráveis, podem acompanhar o estilo arquitetônico do complexo e são devassáveis, isto é, permitem que se
observe de fora para dentro e de dentro para fora. Normalmente são de alto custo.
Cercas-vivas
São utilizadas como cercadura, principalmente em casas, por sua beleza estética. O uso de plantas espinhosas pode
desestimular o agressor. Há a necessidade de ser cuidada por jardineiro.
3.8 - BDV
Barreiras de detenção de veículos (BDV) são dispositivos de proteção que formam uma barreira compacta mediante
barras ou fileiras de elementos e se dispõe para a detenção de veículos diante de invasão agressiva ou não autorizada. Este tipo de
elemento pode ser utilizado tanto como um sistema de segurança que impeça invasões de veículos quanto como apoio ao controle
de acesso.
Tipos
- Fixas ou fundeadas. Passivas, não acionáveis, de caráter estacionário e permanente.
- Basculantes. Acionáveis que giram em um movimento de básculo sobre um eixo horizontal.
- Ascendentes. Elementos verticais ou horizontais acionáveis que se elevam sobre o solo.
- Extensíveis. Elementos pulsantes acionáveis manualmente que se estendem sobre o solo.
Construção
- Tradicional. Construção ou fabricação básica e generalizada.
-Industrializada. Construção ou fabricação empregando equipamentos e sistemas de fechos de caráter industrializado. -
Específica. Construção ou fabricação de caráter específico e diferenciado.
Operacionalidade
- Manual. Funcionamento mediante o acionamento pela força manual.
- Semi-automática. Funcionamento mediante sistemas de acionamento de caráter elétrico ou pneumático controlados pela ação
humana.
- Automática. Funcionamento mediante sistemas de acionamento de caráter elétrico ou pneumático controlados sem a ação humana.
Grau de segurança
Determinado pelos seguintes parâmetros:
- Tipo de veículo. Características técnicas, dimensões e funcionamento dos veículos que devem ser detidos.
- Peso do veículo. Dimensionamento em toneladas do veículo mais a sua carga.
- Velocidade de impacto. Dimensionamento em Km/h no ponto de impacto do veículo. - Conteúdo do veículo. Definição da carga
passiva ou ativa do veículo.
Espaço posterior percorrido
É a limitação em metros do possível deslocamento do veículo depois do impacto na barreira.
As barreiras de detenção de veículos têm uma dupla função. São empregadas contra a intenção de invasão não autorizada
e como sistema de controle de acesso de veículos. Seu desenho e implantação permitem utilizá-la ostensivamente como um sistema
de segurança dissuasório ou oculta como elemento de surpresa para o agressor.
3.9 - Eclusas
Eclusas. Como é designado o conjunto de elementos fixos e móveis (anteparas, biombos ou parede fina, divisória e portas) que
formam um sistema de controle de acesso para pessoas, veículos ou objetos constituído por duas ou mais portas que não se abrem
de uma só vez, não permitindo o contato direto entre duas áreas adjacentes. Classificam-se em função de: a) Manobra
Refere-se à forma de ação ou movimento que realizam suas portas e partes móveis.
a.1) Pivotante - O movimento de suas folhas realiza-se sobre um eixo vertical, lateral ou central. Pode ser tipo abatível ou giratória.
a.2) Elevadiça - O movimento de suas folhas realiza-se em forma ascendente ou descendente. Tipo guilhotina.
a.3) Deslizante - O movimento de suas folhas realiza-se horizontalmente para direita ou para esquerda. Tipo corredeira. b)
Utilização
b.1) Para pessoas - Dimensionadas para o controle de acesso de pessoas.
b.2) Para veículos - Dimensionadas para o controle de acesso de veículos.
b.3) Para objetos - Dimensionadas para o controle de acesso de maletas, valises, miudezas, correspondências etc. c) Fluxo
É o número de elementos que por unidade de tempo que poderão passar pela eclusa. d)
Ordem de passagem
É a seqüência de passagem dos elementos. e)
Grau de segurança
Refere-se ao nível de resistência a ataques que deve oferecer a eclusa. Sendo e eclusa um sistema, esse grau é determinado pelo
menor grau de segurança dos elementos individuais que compõem a eclusa, os quais serão vistos mais adiante. f)
Configuração
Refere-se à forma arquitetônica na qual está constituída a eclusa. Pode ser:
f.1) Linear - Forma de passagem em linha reta. Pode ser unidirecional ou bidirecional.
f.2) Angular - Forma de passagem em linha quebrada (ou em ângulo). Também pode ser unidirecional ou bidirecional
3.10 - Portões
Portões são barreiras necessárias para o controle do tráfego de entrada e saída através da cercadura. São utilizados para
impedir o acesso ou saída de veículos não autorizados. Quanto menos portões houver, maior a segurança, pois são pontos de
vulnerabilidade na cercadura da mesma forma que portas e janelas são pontos de vulnerabilidade em paredes. Em geral são fechados
com correntes e cadeados. O portão em uma cercadura deve ser tão alto quanto a cerca adjacente e as suas guardas superiores ser
verticais para evitar problemas com seu movimento. São também exemplos de portões a cancela e o muro móvel.
2) Material de defesa
Entendo-se como material de defesa a aquele que faz parte de sua configuração ou fabricação e que se servem para sua proteção.
2.1) Madeira – Material selecionado empregado como base estrutural e em peças maciças. A madeira deve ser dura e estratificada.
2.2) Material metálico – Material empregado como base estrutural ou de painéis, em moldura ou lâmina.
2.2.1) Aço tradicional.
2.2.2) Aço de alta resistência.
2.3) Material sintético – Material empregado como base estrutural ou de painéis e normalmente em lâminas rígidas ou flexíveis.
2.3.1) Blindagem anti-maçarico – Material de diversas composições resistente à aplicação de calor direto.
2.3.2) Blindagem anti-térmica – Material de diversas composições resistente à aplicação de elevadas temperaturas.
2.4) Material combinado – Material empregado como base estrutural ou painéis onde a combinação de alguns materiais permite
melhores graus de segurança.
2.4.1) Concreto de resistência normal – Conglomerado à base de cimento que possui resistência característica do tipo básico, habitual
e fácil de obter.
2.4.2) Concreto de alta resistência – Conglomerado à base de cimento que possui resistência característica de tipo especial, pouco
habitual e difícil de obter.
11
2.4.3) Concreto de fibras – Conglomerado à base de cimento e fibras plásticas ou metálicas que possui elevado grau de segurança
ante o ataque.
2.4.4) Armaduras tradicionais – Contorno de aço de resistência e formas habituais, normalmente utilizado em obras de construção
e concretos armados estruturais.
3) Composição.
3.1) Batente de porta. Estrutura básica para sustentação da folha da porta e integração com a parede.
3.2) Folha da porta. Elemento móvel que constitui a base do fechamento e alojamento dos materiais de defesa, dispositivos de
fechamento e segurança.
3.3) Sistema de ancoragem. Elementos ou dispositivos situados para sua adequada e eficaz integração entre os elementos da folha
de porta e moldura e este ao batente.
3.4) Grade interior. Elemento móvel que funciona como fechamento complementar e controle de acesso nos períodos em que a porta
blindada permanece aberta.
3.5) Sistema de fechos. Elementos fixos e móveis que constituem a base do fechamento e segurança das portas blindadas.
3.6) Abertura motorizada. Mecanismo geralmente elétrico que permite o manejo do sistema de fechos em forma não manual ou
remota.
3.7) Fechadura. Elemento mecânico ou motorizado que constitui a base do acesso e segurança para a abertura e fechamento das
portas.
3.8) Retardador. Elemento mecânico ou motorizado que constitui a base do controle horário para a abertura das portas blindadas.
3.9) Sistema de alarme. Dispositivo de segurança que, incorporado às portas blindadas, permite a detecção de ataque assim como
transmite um sinal correspondente de alerta ou alarme.
3.10) Sistema de bloqueio. Dispositivo de segurança que, incorporado ao sistema de fechos da porta blindada, provoca o bloqueio
desta em caso de ataque mecânico ou térmico.
3.13 - Janelas
Elemento de fechamento principalmente exterior utilizado na arquitetura e na construção em geral e raras vezes é colocado
segundo condições específicas de segurança. Seu emprego diante de invasão tem, em qualquer caso, planejamentos especiais. Sua
função mais comum é a ocultação de vistas e a regulação da luz solar, mas pode vir a apresentar condições notáveis de segurança.
Classificam-se por: a) Tipo de manejo
Refere-se à forma de ação ou movimento que realiza o conjunto ou a parte móvel.
a.1) Pregado (horizontal ou vertical). Movimento de seus painéis ou partes móveis de fechamento sobre eixos horizontais ou
verticais agrupando-se ou pregando-se para sua abertura.
a.2) Extensível. Movimento de seus painéis ou partes móveis de fechamento sobre eixos verticais agrupando-se para sua abertura.
a.3) Enrolável. Movimento de seus painéis, lâminas ou partes móveis de fechamento sobre um eixo horizontal no qual se enrolam
para sua abertura.
a.4) Abaixável. Movimento de seus painéis ou partes móveis de fechamento sobre um eixo vertical lateral ou central sobre o qual
giram para sua abertura ou fechamento.
a.5) Deslizante. Movimento de seus painéis ou partes móveis de fechamento sobre guias horizontais ou verticais nas quais deslizam
para a abertura e fechamento. b) Material
b.1) Aços normais.
b.2) Aços especiais.
b.3) Materiais sintéticos.
b.4) Madeiras.
c) Acionamento
c.1) Manual. Acionamento direto pelo ser humano sem nenhum tipo de mecanismo adicional para seu manejo.
c.2) Mecânico. Acionamento por meio de dispositivo tipo mecânico.
c.3) Eletromecânico ou eletromagnético. Acionamento por meio de dispositivos tipo eletromecânico ou eletromagnético.
c.4) Pneumático. Acionamento por meio de dispositivos tipo pneumático ou ar-comprimido d) Funções
São as possibilidades de uso que apresentam este tipo de fechamento. d.1)
Proteção. Provê segurança perante diversas formas de ataque.
d.2) Visão. Permite a vigilância ou observação direta.
d.3) Ventilação. Permite a circulação do ar.
d.4) Iluminação. Permite a entrada de luz natural ou artificial.
e) Grau de segurança.
São os níveis de segurança que podem oferecer as janelas.
e.1) Resistente a ataque com elementos manuais. Resiste a ataques utilizando meios básicos como alavancas, pés-de-cabra, serras,
tesouras de corte, martelos etc.
12
e.2) Resistente a ataque com equipamento mecânico. Resiste a ataques utilizando meios mecânicos ou eletromecânicos como
talhadeiras, serras elétricas, tesouras de pressão etc.
e.3) Resistente a ataque com projéteis ligeiros. Resiste a ataques utilizando de armas de fogo, de caça ou guerra com projéteis
básicos ou especiais.
e.4) Resistente a ataque com explosivos. Resiste a ataques utilizando materiais ou cargas explosivas para a abertura.
3.14 - Fechaduras
Quando se pensa em sistema de fechamento, é normal se esqueça das fechaduras. Fechaduras não podem ser consideradas
como equipamentos simples que são adicionados às portas ou janelas como apêndices. Realmente, fechaduras que não sejam
elementos definidos e desenhados para a segurança são apenas elementos decorativos e não de proteção. Porém, fechaduras devem
ser parte de um sistema de fechamento cujo objetivo é atrasar a entrada ou a saída de um espaço por um período de tempo tal que
permita a detecção do invasor. Esta é a função de um sistema de fechamento.
São categorizadas como:
Mecânicas – fechaduras com chaves, nos seus vários tipos.
Eletromecânicas – fechaduras com cartões ou similares.
Quase todos os tipos de fechadura operam por meio de uma chave, combinação numérica (segredo), cartões ou impulso
elétrico. A maioria das fechaduras de chave (exceto cadeados) usa para seu funcionamento um mecanismo de travamento que se
estende para além da fechadura, penetrando no receptáculo na moldura da porta. Para anulá-lo, pode-se utilizar uma chave que mova
manualmente o mecanismo de volta em direção à fechadura. As lingüetas são empurradas por molas e são menos seguras que os
mecanismos de travamento. Possuem um ângulo que permite seu deslizamento e fechamento na abertura da moldura da porta sempre
que esta se fecha. A não ser que possua ranhura de segurança será necessário apenas um simples cartão plástico ou uma faca para
empurrá-la de volta à porta.
3.15 - Iluminação
A iluminação permite que seu sistema de segurança continue operando durante a noite e permite que se mantenha um nível
de proteção próximo ao nível existente durante o dia. Uma boa iluminação também funciona como um importante fator de dissuasão
para desencorajamento de possíveis agressores.
Não é comum a compreensão de que a iluminação de proteção sirva para outros propósitos além de dissuadir possíveis
agressores. A falta de uma boa iluminação de proteção é causada por uma percepção falha de suas vantagens, principalmente seu
baixo custo. Para compensar sua falta, aumenta-se o número de postos de vigilância e patrulhas móveis, o que é bem mais caro. A
iluminação de segurança possui como características gerais:
1º) É relativamente barato mantê-la.
2º) Permite reduzir a necessidade de forças de segurança.
3º) Permite proteção pessoal para a força de segurança reduzindo o elemento de surpresa para o intruso.
4º) Requer menor intensidade que a luz de trabalho.
O planejamento de um sistema de iluminação deve considerar a necessidade de luz a partir do perímetro externo, passando
por áreas e benfeitorias sensíveis dentro da empresa e terminando nos locais de onde houver atividade noturna. Normalmente há
menor necessidade de luz nas partes externas que nas partes internas da empresa, exceto nos locais onde haverá atividades tais como
portões de entrada e locais de carga e descarga noturna. Pode também ser utilizado acoplado a um sistema de alarmes, gerando
grande benefício para a segurança.
A iluminação de proteção precisa justificar-se por ao menos um dos três motivos abaixo:
1º) Desencorajar entradas não autorizadas na área da empresa.
2º) Simplificar e garantir a detecção de intrusos que se aproximem ou tentem entrar em áreas protegidas.
3º) Prevenir e detectar roubos internos ou outros problemas do gênero.
O sistema de iluminação deve ter capacidade de continuar operando de forma eficiente durante períodos de baixa
visibilidade tais como serração ou fortes chuvas.
Há também a necessidade de luzes de emergência, iluminação reserva caso haja pane nas luzes principais, rotinas de teste
e manutenção.
Quando se inicia o planejamento de um sistema de iluminação de proteção ou avalia-se um sistema já existente, os
seguintes pontos devem servir de guia:
1º) Fazer uma lista com a descrição, características e especificações dos vários tipos de lâmpadas existentes. 2º)
Fazer uma pesquisa e levantar as características dos vários tipos de iluminação oferecidos pelo mercado.
3º) Fazer alguns diagramas e definir quais as suas necessidades de iluminação, definindo altura, direção e espaçamento da
iluminação.
3.16 - Vigilantes
Emprego de meios humanos.
Podem ser próprios da empresa ou terceirizados, cada solução apresentando vantagens e desvantagens.
Vantagens de vigilantes próprios:
- Geralmente de melhor padrão, pois, eles recebem salários mais altos.
- Geralmente prestam melhor serviço, pois se sentem como parte do negócio.
- Podem ser treinados para dirigir alguns deveres de segurança mais complexos.
- Apresenta menor rotatividade.
- São mais familiarizados com as instalações que protegem.
-Tendem a ser mais leais à companhia.
13
Desvantagens de vigilantes próprios:
- Custam mais caro.
- Têm que ter substitutos disponíveis na própria empresa. Vantagem de vigilantes terceirizados:
- A empresa reduz seus problemas administrativos e de pessoal, reduzindo a carga sobre seu Departamento de Pessoal.
- A empresa é aliviada das responsabilidades paralelas relacionadas à folha de pagamento.
- A empresa transfere para a contratada a responsabilidade de programar e supervisionar o pessoal da vigilância. - A contratada é
capaz de fornecer vigilantes extras em curto espaço de tempo quando necessário. - A contratada assume os riscos da
responsabilidade civil.
Desvantagens de vigilantes terceirizados:
- A empresa perde parte de seu controle sobre a qualificação dos vigilantes.
- Objetivando a redução de seus custos, a contratada pode dar treinamento falho aos vigilantes.
- Também objetivando a redução de seus custos, a contratada pode utilizar empregados de baixo salário e, por conseguinte, de baixa
qualidade profissional.
- Os vigilantes terceirizados não apresentam lealdade para com a organização.
- Podem apresentar elevado índice de rotatividade, o que inviabiliza qualquer programa de treinamento implementado pela empresa.
- Podem não estar familiarizados com a planta.
1. Propósito. Explicita o propósito do plano de forma clara que não permita dúvidas.
2. Área de segurança. Define as áreas, prédios e outras estruturas consideradas críticas e que mereçam proteção, bem como a
prioridade para sua proteção.
3. Medidas de controle. Estabelece restrições para o acesso e movimento nas áreas críticas. Essas restrições devem ser listadas para
pessoal, veículos e carga. a. Controle de pessoal.
16
(1) Área. Define controles referentes a cada área ou estrutura considerada individualmente (a)
Autorização de acesso. Quem a possui e emitida por quem.
(b) Critério de acesso para:
i. Empregados da empresa.
ii. Visitantes.
iii.Vendedores.
iv Pessoal de manutenção. v Pessoal
contratado para trabalhos específicos. vi
Outros.
(2) Identificação e controle.
(a) Tipo. Descreve o sistema a ser utilizado em cada área. Se for utilizado um sistema de crachás,
deve conter uma descrição completa sobre todo os aspectos relativos ao acesso de pessoal nas
diversas áreas da empresa e como os crachás permitirão sua visualização rápida.
(b) Aplicação. Deve incluir regras específicas para cada caso baixo. i. Empregados da empresa.
ii. Visitantes. iii.Vendedores. iv. Pessoal de manutenção.
v. Pessoal contratado para trabalhos específicos.
vi. Outros.
b. Controle de material. Deve-se ter em mente que a área de segurança não define normas na área contábil ou fiscal. A segurança
controla se as normas definidas nessas áreas por quem de direito na empresa estão sendo seguidas para evitar perdas por recebimentos
ou liberações indevidas.
(1) Entrada de material.
(a) Recebimento. Define normas de segurança a serem observadas para recebimento de material e suprimentos de modo rotineiro.
(b) Controle. Define normas e responsabilidades a respeito da inspeção de segurança sobre o material que entra na empresa,
incluindo toda a documentação necessária para o aceite.
(2) Saída de material.
(a) Carregamento. Define normas de segurança a serem observadas para o carregamento de produtos de modo rotineiro.
(b) Controles. Define normas e responsabilidades a respeito da inspeção de segurança sobre o material que sai da empresa,
incluindo toda a documentação necessária para a liberação.
(3) Casos especiais. Define normas de segurança a serem observadas para o recebimento ou carregamento não usuais, em áreas livres
ou restritas. Define também a responsabilidade a respeito da inspeção e liberação, documentação necessária e outros. Normatiza a
procura e inspeção de material caso haja indícios de ameaça, neste caso específico sempre de acordo com a legislação vigente.
c. Controle de veículos.
(1) Frota da empresa. Define normas para o controle da utilização dos veículos da empresa.
Note-se que as normas para a utilização em si não são definidas pela área de segurança da empresa, mas pela logística ou outra área
equivalente. A segurança controla apenas o uso determinado para evitar perdas por utilização indevida.
(2) Veículos particulares dos empregados. Define normas para controle de entrada, revista e saída dos veículos particulares dos
empregados da empresa. A revista só poderá ser realizada se de acordo com a legislação vigente.
(3) Veículos de vendedores, visitantes, contratados e outros veículos. Normas para controle de entrada, revista e saída, sendo a revista
sempre de acordo com a legislação vigente.
(4) Normas para o controle da entrada de veículos em áreas restritas.
(a) Veículos particulares dos empregados.
(b) Frota da empresa.
(c) Veículos de emergência.
(d) Veículos dos vendedores, visitantes, contratados e outros veículos.
d Política e procedimentos para registro de veículos. A política de autorização de entrada de veículos de empregados da empresa
não é, a princípio, definida pela área de segurança, mas pela área de RH. Aqui essa política é explicitada e são definidas normas para
seu cumprimento.
4. Implementação da segurança. Indica de que forma os seguintes itens de segurança serão implementados dentro da área da
companhia.
a. Barreiras de proteção.
(1) Definições. Descrição de que barreiras estruturais serão criadas ou barreiras naturais serão aproveitadas, com o propósito de
cada uma. Deve-se ter atenção para o fato de que barreiras de segurança incluem cercaduras, mas não somente cercaduras. Inclui
também portas, janelas, armários, cofres e todo mais que retarde a ação do agressor que já tenha penetrado em qualquer dos
círculos de proteção.
(2) Zonas Limpas.
(a) Critério. Define os critérios utilizados para a definição da largura de cada zona limpa junto às barreiras e o propósito de cada
uma. Define também, no caso específico das cercaduras, se poderá haver ou qual o tipo de tráfego de pessoas, animais ou veículos
permitidos ou aceitáveis, e em que situações. No caso de portas, janela e similares define se poderá haver trânsito ou aglomeração
de pessoas nas suas proximidades.
(b) Manutenção. Define critérios para a necessidade de manutenção de cada zona limpa tais como altura máxima que a grama
pode alcançar, tipo de material cuja presença seja inaceitável na zona limpa (escadas ou martelos, por exemplo) etc.
(3) Sinalização.
(a) Visual. Define tipo de placas, avisos, faixas etc, seu tamanho, cores, dizeres, locais de colocação e em que direção. (b)
Auditiva. Define avisos, que podem ser sistemáticos ou não, no sistema de som interno, sirene etc.
(4) Portas, janelas e portões.
17
(a) Abertura e fechamento. Inclui horário para abertura e fechamento, responsabilidade por seu fechamento, pela verificação do
fechamento após o expediente e pela sua abertura. Possui também instruções sobre o claviculário, sua localização, seu uso e
responsabilidade, sobre o recebimento das chaves, sua guarda e sua entrega. Deve conter instruções claras sobre quem está
autorizado manter chaves próprias de diferentes setores da empresa consigo, sobre quem está autorizado a receber quais chaves
no claviculário, autorizado por qual autoridade e sob quais circunstâncias (por exemplo, alguém pode estar autorizado a receber
uma chave em dias de trabalho, mas não em feriados).
(b) Requisitos de segurança. Define o tipo e o material a ser utilizado e o motivo – sempre ligado à segurança. Portas, janelas e
portões devem proporcionar o mesmo grau de segurança que as cercaduras, armários ou paredes nas quais eles se inserem.
(c) Travas e fechaduras de segurança. Define também o tipo e o material a ser utilizado.
Deve-se ter em mente que as travas e fechaduras devem proporcionar o mesmo grau de segurança que os portões, portas
ou janelas aos quais pertençam.
d. Comunicações.
(1) Localização. Define a localização e os usuários dos postos-rádio fixos, e usuários dos postos móveis (incluindo telefonia móvel),
localização e usuários dos telefones fixos.
(2) Uso. Define o uso que será dado ao sistema, evitando a sua sobrecarga.
(3) Teste. Define rotinas e responsabilidades de testes do sistema.
(4) Autenticação. Define métodos de autenticação.
5. Forças da Segurança. Inclui instruções gerais do que se aplica para todos os agentes de segurança (em postos fixos ou rondantes).
a. Composição e organização.
b. Turnos de trabalho.
c. Rotas e postos essenciais.
d. Armamento e equipamento.
e. Treinamento.
f. Utilização de cães de guarda.
g. Forças reservas de segurança.
(1) Composição.
(2) Propósito ou missão.
(3) Armamento e equipamento.
(4) Localização.
(5) Conceito de utilização.
7. Uso de observação aérea. Mais relacionado a grandes propriedades, se for utilizada a observação aérea (helicópteros, aviões ou
veículos aéreos não-tripulados) devem ser estabelecidas normas, procedimentos e responsabilidades.
8. Instruções para coordenação. Torna explícito o que for necessário para coordenação com outras agências de segurança, públicas
ou privadas, por exemplo, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Defesa Civil ou mesmo com a gerência de segurança
de outras empresas visando o apoio mútuo.
18
a. Integração com o conceito de emprego e as necessidades de apoio dessas agências.
b. Ligação e coordenação.
(1) Autoridades locais.
(2) Elementos locais de apoio.
9. Sanções. Normalmente estabelecidas pelo setor de RH, explicitam as sanções administrativas e legais passíveis de serem
aplicadas em caso de descumprimento das normas e procedimentos estabelecidos.
10. Custos. Uma descrição dos custos da implantação do plano e de sua manutenção (custo inicial e mensal).
Anexos.
Normas e procedimentos. As normas e procedimentos citadas no corpo do plano, se extensas, poderão ser colocadas em anexo.
Planta baixa da empresa com sua compartimentação.
Planta do sistema de barreiras.
Planta de iluminação.
Planta de sensores e CFTV.
Crachás
Plano de comunicações.
4.5 - Controle
Deve ser feito por meio de indicadores, os quais devem ser escolhidos criteriosamente de forma a permitir uma visão
correta dos efeitos causados pelo plano. Por exemplo, pode-se utilizar uma caixa de sugestões para verificar a satisfação dos clientes
internos com os sistemas implantados. Deve-se ter especial atenção com indicadores que tenham influência direta na lucratividade
da empresa (tais como aumento de casos de recuperação de material roubado por empregados, a diminuição de tentativas de invasão
etc).
4.6 - Avaliação
A avaliação dará à área operacional a possibilidade de acompanhar o desempenho do Plano de Segurança. Esta
ferramenta deverá retratar a aplicação dos processos elaborados, com a finalidade de medir se o que foi planejado está sendo
executado, e se a execução está com o retorno desejado.
Caso contrário, ele deverá ser reajustado. Note-se que a avaliação não deve ser superficial nem precipitada. O aumento de
casos de recuperação de material roubado por empregados por si só não é concludente. Na avaliação deve-se ter em mente que o
objetivo final da segurança é diminuir perdas, o que proporcionará um aumento dos lucros.
Um Plano de Segurança Física deve também considerar a maneira de agir dos agressores. As características das
cercaduras, patrulhas, alarmes, fechaduras, janelas e portas devem ser estudadas pelo pessoal da segurança – para impedir invasões
– na medida do possível com a mesma visão dos possíveis agressores – para tentar invasões. Colocando-se na posição do agressor,
pode-se vir a ter a sua perspectiva, o que ajudará em muito o planejamento das defesas. Agressores normalmente decidem se tentarão
ou não um crime contra aquele local após responder aos seguintes questionamentos:
1°) É fácil entrar?
2°) O quanto o alvo parece atrativo, vulnerável ou visível?
3°) Quais as chances de ser visto?
4°) Se visto, haverá reação contrária?
5°) Há uma rota de fuga rápida?
Caso seu plano não passe no teste acima, refaça-o antes de iniciar sua implementação.
BARRAL, Jean, LANGELAAN, George. Espionagem Industrial. 3ed. Rio de Janeiro: Agents Editores, 1977.
BRASILIANO, Antonio Celso Ribeiro. Planejamento da Segurança Empresarial. 1ed. São Paulo: Cia das Artes, 1999.
19
CRIMINALÍSTICA
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não
podendo supri-lo a confissão do acusado.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal
poderá suprir-lhe a falta.
Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos
com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. (Vide Lei nº 5.970, de 1973)
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as
consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos. (Incluído pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
20
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. Código Penal.
Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especialmente protegido por lei:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou
de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito: Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas
aplicam-se em dobro.
PMGO:
portaria Nº 000499, 11 Fev 2010 – Aprova Normas Procedimentos em caso de Ocorrências de vulto envolvendo Policiais Militares
http://corregedoria.pm.go.gov.br/
1. INTRODUÇÃO
No princípio do século XIX, cabia à medicina legal, além dos exames de integridade física do corpo humano, toda a
pesquisa, busca e demonstração de outros elementos relacionados com a materialidade do crime e demais evidências extrínsecas ao
corpo humano.
Com o advento de novos conhecimentos e desenvolvimentos das áreas técnicas, como física, química, biologia,
matemática, toxicologia, etc., tornaram-se necessidade real a criação de uma nova disciplina para a pesquisa, análise, interpretação
dos vestígios materiais encontrados em locais de crime, tornando-se assim, fonte imperiosa de apoio à polícia e à justiça. Surgiu,
assim, a criminalística como ciência independente em sua ação, como as demais que a constituem.
O nome criminalística foi utilizado pela primeira vez por Hans Gross, considerado o pai da criminalística, juiz de
instruções e professor de direito penal, em 1893, na Alemanha, ao publicar seu livro como sistema de criminalística, Manual do juiz
de instrução.
1.1 CONCEITOS: ‘A Criminalística é o conjunto de procedimentos científicos de que se vale a justiça moderna para averiguar o
fato
delituoso e suas circunstâncias, isto é, o estudo de todos os vestígios do crime, por meio de métodos adequados a cada um deles. O
termo criminalístico foi criado por FRANS VON LISZT, para designar a "Ciência total do Direito Penal". Para Hans Gross
criminalística seria "O estudo global do crime". O 1º Congresso Nacional de Polícia Técnica aprovou a definição do Prof. JOSÉ
DEL PICCHIA FILHO:
"Criminalística é a disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais extrínsecos,
relativos ao crime ou à identidade do criminoso".
Por outro lado, no Rio Grande do Sul, um dos mais geniais peritos brasileiros, o Dr. ERALDO RABELLO assim definiu
a criminalística: "É uma disciplina autônoma integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-científico, auxiliar e
informativo das atividades policiais e judiciárias da investigação criLminal. Na atual conjuntura uma definição simples e concisa
seria:
CRIMINALISTICA É A CIÊNCIA QUE ANALISA SISTEMATICAMENTE OS ASPECTOS MATERIAIS DO ILÍCITO
PENAL, VISANDO, NUMA SÍNTESE DE INDÍCIOS, ELUCIDAR O DELITO E DAR A SUA AUTORIA.
2.1 VESTÍGIOS:
VESTÍGIO: "Todo e qualquer elemento sensível encontrado no local do crime, na vítima ou no suspeito de ter sido o autor do ilícito
penal". Quando um vestígio, através de sua interpretação puder levar a uma prova indiciaria, estamos diante do que tecnicamente
denominamos indício. Ou seja, vestígio é o elemento material não necessariamente relacionado com o evento, é pressuposto de
prova. Indício, pois, é todo vestígio relacionado diretamente com o evento. É um princípio de prova manifesto.
21
Como regra geral, os vestígios materiais podem ser diretamente perceptíveis pelos sentidos (visão, olfato, tato, audição)
ou imperceptíveis diretamente pelos sentidos, subdivididos estes em LATENTES (só podem ser percebidos sensorialmente depois
de revelados) e MICROSCÓPICOS (são aqueles cujas dimensões estão aquém da capacidade de percepção do olho desarmado).
Podem ainda os vestígios ser PERSISTENTES (durabilidade prolongada) ou FUGAZES (quando de fácil e rápido desaparecem).
Em relação ao fato delituoso, os vestígios se classificam em:
a) verdadeiros; Os vestígios são VERDADEIROS quando estão diretamente relacionados com o evento.
b) forjados; Os vestígios são FORJADOS quando produzidos com a finalidade que possa iludir a investigação.
c) ilusórios. O vestígio ILUSÓRIO finalmente não tem nenhuma relação com o crime, podendo ser anteriores ou posteriores ao
próprio delito.
Na hipótese do desaparecimento dos vestígios admite a lei a realização de exame de corpo de delito de forma indireta,
se valendo de depoimentos de testemunhas "diretas" que tenha "visto" a cena do crime.
Dois são, portanto, os requisitos de admissibilidade do exame de corpo de delito indireto, a saber: a)
terem os vestígios desaparecidos;
b) existir pelo menos uma testemunha direta do crime.
O exame de corpo de delito indireto não possui nenhuma formalidade especial. Não existe "termo de compromisso",
mas tão somente uma advertência do crime de falso testemunho, identicamente feito em qualquer depoimento testemunhal.
É elaborado um "auto de exame de corpo de delito indireto" no qual a autoridade questiona a testemunha acercada
materialidade do crime, pois a sua finalidade é exatamente fazer prova da existência do delito. A testemunha tem que ser direta, deve
ter visto os vestígios para poder dizer dos mesmos ainda que tenha chegado ao local do crime após a consumação do ilícito.
Uma outra modalidade de exame de corpo de delito indireto é a denominada "reprodução simulada do fato". Esta é
uma peça pericial, realizada por perito oficial, na qual o experto emite um juízo de valor sobre a versão apresentada do crime. A
reprodução simulada do fato é uma encenação do delito com atores representado, cena por cena, o itinerário da ação criminosa do
acusado.
O perito realiza a reprodução simulada do fato, materializa fotograficamente as cenas e no final, analisa as
possibilidades técnicas, bem como, a coerência lógica das versões apresentadas.
Na reprodução simulada do fato, que trata de um exame de corpo de delito especial, indireto, o perito conclui sobre a
viabilidade da versão, sobre a possível veracidade desta. Na reprodução simulada do fato, o perito emite um juízo de valor, uma
opinião técnica acerca das versões. a) do acusado;
b) de testemunha direta;
c) da vítima.
Na realização de corpo de delito o Código de Processo Penal adotou o princípio da perícia oficial. O perito oficial é
aquele que exerce profissionalmente os misteres da perícia, ocupando cargo público de perito. Porém, em nem todas as cidades o
Estado consegue manter um perito oficial. Assim, onde não houver tal funcionário público deve a autoridade nomear "ADHOC".
Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame (Art.
159, parágrafo 1º do CPP, alterado).
Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo (Art. 159, parágrafo2º, do CPP,
alterado). São essas pessoas, nomeadas para um caso concreto de crime, denominadas de peritos não oficiais. Deve as mesmas
elaborar um laudo pericial ou um auto de exame de corpo de delito, que deve ir para o Inquérito ou Processo conjuntamente com o
termo de compromisso.
Para cada perícia, um termo de compromisso, que no caso é considerado como uma formalidade que constitui elemento
essencial do ato processual. O único fato que justifica a realização do exame de corpo de delito por perito não oficial é a inexistência
na cidade de perito oficial.
A oportunidade da realização da perícia depende da decisão da autoridade policial ou judiciária, pois o perito jamais pode
realizá-la sem a devida requisição. A autoridade requisita a realização do exame de corpo de delito, que é obrigatório por lei nos
crimes que deixam vestígios.
22
O princípio da imediatidade justifica célere realização do exame de corpo de delito ainda na fase de investigação do
Inquérito Policial, pois ante a fugacidade dos vestígios, a sua não realização imediata prejudicaria a eficácia da perícia, muito embora
esta seja um ato de instrução.
Das peças investigatórias dos Inquéritos Policiais, os atos de valor judicial são apenas os representados pelos autos de
corpo de delito.
Todavia, se ainda persistir algum vestígio do delito a autoridade judiciária, ou mesmo, a policial, poderá requisitar um
novo exame de corpo de delito por outro perito que não aquele que já o fez.
Pode também a autoridade requisitar laudo complementar ao já emitido, visando esclarecer ou complementar o laudo
quando entender que nele exista omissão de ponto relevante, obscuridade na conclusão ou até mesmo contradição. Na
redação do artigo 181 do Código de Processo Penal, diz:
"No caso de inobservância de formalidade, ou no caso de omissões, obscuridade ou contradições, a autoridade judiciária mandará
suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo".
Todavia, para tal mister que a autoridade tenha noções de Criminalística, pois somente assim poderá discernir quando
necessário se fizer sua salutar intervenção, em prol do fim maior que é a Justiça, ao requisitar nova perícia.
Não é deselegante a atividade da autoridade que assim procede, pois a sua conduta nesse sentido é uma imposição do
artigo 181 do Código de Processo Penal.
Deselegante entendemos ser a conduta da autoridade, que demonstrando falta de humildade não procura o perito que
elaborou o exame de corpo de delito, para dele questionar diretamente as dúvidas, que muitas vezes existem unicamente por falta de
conhecimentos mínimos de Criminalística.
Do contato da autoridade com o perito, este poderá inclusive auxiliar aquela na elaboração de quesitos a serem respondidos
em laudo complementar. Neste caso, tal laudo poderia carrear para os autos um posicionamento mais próximo do mundo jurídico,
mais clarificando da verdade do fato; se resguardando da máxima que expressa não estar no mundo jurídico o que não estiver nos
autos.
3. LOCAL DE CRIME
3.1Conceito
"Local de crime é toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a configuração de delito e que portanto exija as providências
da Polícia Judiciária".
Neste conceito estão compreendidos, naturalmente, os crimes de qualquer espécie, bem como, todo fato que, não
constituindo crime, deva chegar ao conhecimento da polícia, afim de ser convenientemente esclarecido. Para Eraldo Rabello - "O
local de crime gira em torno da área onde tenha ocorrido uma infração penal e deixou marcas capazes de ser levantadas.
3.2 Classificação:
Vários são os critérios que podem ser adotados para se classificar os locais, todavia de maneira prática sem qualquer
detrimento de outras. Assim, os locais podem ser considerados:
1. Quanto a área onde ocorreu o fato:
a) Local interno: aquele situado no interior de edifícios, residências, lojas, pátios de estacionamento, garagens, etc;
b) Local externo: aquele localizado em campo aberto, cerrado, fazenda, rua, praça, etc.;
1.1. O que diferencia os locais em internos e externos é a existência ou não de delimitação física do espaço;
1.2. Todavia a classificação do local interno ou externo não acarreta conseqüência relevante, a não ser quanto ao aspecto de sua
preservação;
1.3. Os locais internos e externos são subdivididos em:
1.3.1. Ambiente imediato: é o local onde ocorreu o fato, ou seja, o local propriamente dito.
1.3.2. Ambiente mediato: compreende vizinhanças da área onde foi praticado o delito.
2. Quanto a localização: saber se a área é urbana, rural, etc.
3. Quanto a natureza do fato: o local é estudado tendo-se em vista o seu aspecto;
3.1. Determinar a natureza da área onde o mesmo ocorreu;
3.2. Determinar a natureza do fato ocorrido (se de morte violenta, se de furto qualificado, se de acidente, etc.). Em resumo,
quanto a natureza ou local, responder as indagações:
-Onde ocorreu o fato?
-A natureza do fato ocorrido?
-O que aconteceu?
4. Quanto aos vestígios existentes no local:
Com relação aos vestígios, pode ainda ser o local de crime:
4.1. Locais idôneos: preservados ou não violados:
4.2. Locais inidôneos, não apropriados ou violados:
Quando são devassados após a prática da infração penal e antes da chegada dos peritos ao local, em detrimento da perícia.
Pode haver adição e subtração de evidências, prejudicando portanto, a interpretação dos vestígios.
4.3. Locais relacionados:
São aqueles que se referem a uma mesma ocorrência, isto é quando duas ou mais áreas diferentes se associam ou se
completam na configuração do delito. É o que ocorre, por exemplo, na falsificação, num local se prepara o material falsificado e em
outro ele é negociado.
23
esclarecimento. A prova tem por objetivo transformar a suspeita, em certeza. Sem dúvida alguma a fase mais importante para a
investigação criminal é a preservação do local do crime, assegurando, em conseqüência o levantamento das provas.
O primeiro cuidado que um policial deve tomar num lugar onde tem que intervir, para comprovar a existência de um
delito, é evitar que o local onde este se produziu seja destruído. Deve-se evitar a permanência de pessoas estranhas à investigação,
pois um toque em uma marca pode levar a um não esclarecimento do sucedido.
O segundo cuidado, via de regra não oferecem grande dificuldade de interpretação, são sim difíceis de colher, dada a
extrema facilidade com que se perdem para sempre, quando não forem tomadas as precauções adequadas para protegê-lo em sua
integridade.
A possibilidade de produzir provas cientificamente depende quase em sua maior parte do correto procedimento dos
policiais incumbidos da preservação do local até a chegada no mesmo dos técnicos, e da perícia deste último na realização de um
exame eficaz.
Antes de se compreender perfeitamente bem a obrigação que se tem de proteger e conservar os vestígios encontrados, o
policial deve saber o que é um local de crime, conhecendo a sua extensão e entender a necessidade proteger todo esse local,
porque ele é o mais frutífero manancial de informações e, na maioria dos casos, todo êxito emana de uma apreciação inteligente que
permitiram ao perito oportunas conclusões.
Se uma investigação termina em fracasso, a causa é comumente um inadequado exame do local de crime.
a) Considerações iniciais: A problemática da preservação dos locais de crime sempre será mais grave entre a ocorrência do
delito e achegada do primeiro profissional de Segurança Pública, pois nesse espaço de tempo que inexistirá qualquer preocupação
com tais vestígios. TUDO É IMPORTANTE NO LOCAL DE CRIME!
Após a chegada ao local as preocupações iniciais são com a segurança pessoal, a primeira providência é verificar se há
vítimas no local e se estão ainda com vida.
O profissional de Segurança Pública só deve entrar no local (parte central dos vestígios e mais a vítima) se houver vítima
no local e tiver alguma dúvida sobre ela estar realmente morta.
Procedimentos que devem ser adotados ao adentrar no local, visando comprometer o menos possível a preservação dos
vestígios:
1. Deslocar em linha reta até a vítima e fazer o menor trajeto;
2. Parar próximo a vítima e chegar os seus pontos vitais;
3. Não tocar em nenhum objeto do local de crime
4. Estando a vítima morta, não tocá-la e observar a distância;
5. Não circular ao redor da vítima e do local de crime e nem coletar vestígios deixados no local de crime, principalmente
armas e munições.
Ao retornar do ponto onde estava o cadáver, adotar o mesmo trajeto da entrada e, simultaneamente, observar atentamente
onde está pisando, para ver o que possa estar sendo comprometido, a fim de informar aos peritos criminais;
Ao retornar, fazê-lo lentamente para observar toda a área (mantendo seu deslocamento somente pelo trajeto de entrada) e,
com isso, visualizar outros possíveis vestígios. Isto é importante para se saber qual o limite a ser demarcado para preservação dos
vestígios;
Deslocar-se para fora até um ponto onde não haja risco de comprometer algum vestígio, e caso algum vestígio seja
comprometido informar a autoridade policial e os peritos.
b) Um dos grandes e graves problemas das perícias em locais onde ocorrem crimes, é a quase inexistente preocupação das
autoridades em isolar e preservar adequadamente um local de infração penal, de maneira a garantir as condições de se realizar um
exame pericial da melhor forma possível.
No Brasil, não possuímos uma cultura e nem mesmo preocupação sistemática comesse importante fator, que é um correto
isolamento do local do crime e respectiva preservação dos vestígios naquele ambiente.
Essa problemática abrange três fases distintas.
A primeira compreende o período entre a ocorrência do crime até a chegada do primeiro policial. Esse período é o mais
grave de todos, pois ocorrem diversos problemas em função da curiosidade natural das pessoas em verificar de perto o ocorrido,
além do total desconhecimento (por parte das pessoas) do dano que estão causando pelo fato de estarem se deslocando na cena do
crime.
A segunda fase compreende o período desde a chegada do primeiro policial até o comparecimento do delegado de polícia.
Esta fase, apesar de menos grave que a anterior, também apresenta muitos problemas em razão da falta de conhecimento técnico de
alguns policiais para a importância que representa um local de crime bem isolado e adequadamente preservado. Em razão disso, em
muitas situações, deixam de observar regras primárias que poderiam colaborar decisivamente para o sucesso de uma perícia bem
feita.
E, a terceira fase, é aquela desde o momento que a autoridade policial já está no local, até a chegada dos peritos criminais.
Também nessa fase, ocorrem diversas falhas, em função da pouca atenção e da falta de percepção – em muitos casos – daquela
autoridade quanto a importância que representa para ele um local bem preservado, o que irá contribuir para o conjunto final das
investigações, da qual ele é o responsável geral como presidente do Inquérito.
Como podemos observar, a questão do isolamento e preservação de local de crime está, a partir da Lei nº 8862/94, tratada
devidamente e a altura da importância no contexto das investigações periciais e policiais.
O isolamento e a conseqüente preservação do local de infração penal são garantia que o perito terá de encontrar a cena
24
do crime conforme fora deixado pelo (s) infrator (es) e pela vítima (s) e, com isso, ter condições técnicas de analisar todos os
vestígios. É também uma garantia para a investigação como um todo, pois teremos muito mais elementos e analisar e carrear para o
inquérito e, posteriormente, para o processo criminal.
No entanto, mesmo com a previsão legal, a preservação do local de crime é primeiramente uma questão de formação
profissional dos próprios policiais que, por sua vez, quando passarem – todos – a proceder corretamente, estamos iniciando uma
cultura de isolamento e preservação capaz de se fazer respeitar pela própria comunidade. Só depois de todos esse trabalho é que
poderemos dizer que haverá um perfeito isolamento e preservação dos locais de crime.
Qualquer investigação começará com muito mais probabilidade de sucesso se for observados dois fatores básicos,
conforme discutiremos a seguir:
- Iniciar imediatamente as investigações a partir do local onde ocorreu aquele delito, pois será ali que teremos mais chance de
encontrar alguma informação, tanto sob os aspectos da prova pericial, quanto das demais investigações subjetivas, tais como,
testemunhas, relato diversos de observadores ocasionais, visualização da área para avaliar possíveis outras informações de suspeitos,
etc.
- o tempo é fator que trabalha contra os investigadores e peritos para esclarecer qualquer delito. Quanto mais tempo gastamos
ou demorarmos para iniciar determinada investigação, fatalmente estaremos perdendo informações valiosas que em muitos casos
poderão ser essenciais para o resultado final da investigação.
A perícia, nesse mesmo medida, fundamenta o seu trabalho principal nos exames periciais efetuados diretamente no local
onde ocorreu a infração penal. É, a partir do exame do local do crime, que poderemos ter uma visão global de todo o ocorrido.
Quando são mantidos na integridade ou originalidade com que foram deixados pelo agente após a prática da infração penal,
até a chegada dos peritos. Ambientes fechados, são os objetos e móveis em completo desalinho, causado pela movimentação de
procura de coisas a serem roubadas.
Nesses casos, toda essa disposição dos objetos em desalinho deve ser mantida para que os peritos possam fazer os exames de
toda a situação deixada pelos assaltantes. Os vestígios de fragmentos de impressão digital são também muito prováveis de serem
encontrados, necessitando de rigorosa preservação. Portanto, caberá aos policiais orientarem aos moradores para que não toquem
em nada do que fora manuseado pelos delinqüentes.
Nos furtos com arrombamento nós temos a maior incidência dentro dessa classificação de crimes contra patrimônios. São os
chamados locais de arrombamento, que ocorrem nas residências ou prédios públicos e comerciais, um dos que mais ocorrem no
cotidiano da sociedade.
Nesses locais os policias deverão orientar as vítimas a não tocarem em nada, a fim de evitar a adulteração ou destruição dos
vestígios. Preferencialmente, seria conveniente que as pessoas (vítimas) de uma residência furtada sequer entrassem no recinto até
que os peritos tenham realizado a respectiva perícia.
No entanto, voltando a nossa realidade de alta demanda e poucos meios para atende-la, acontecem casos em que a perícia leva
várias horas até atender determinada ocorrência dessa natureza. É nesses casos, principalmente, que os policiais devem explicar as
dificuldades estruturais e pedir a colaboração das pessoas na preservação dos vestígios.
Imaginem a dificuldade de se preservar os vestígios, se tivermos as pessoas transitando pelo interior do recinto. Essa é a parte
primordial de orientação que os policiais devem passar aos moradores e/ou responsáveis pelo ambiente arrombado.
Nos locais de morte violenta, a visualização de alguns vestígios, em determinados casos, não é tarefa fácil, dada as variedades
e sutilezas desses elementos presentes numa cena de crime.
Nas situações em que haja vítima no local, a única providência é quanto à verificação se realmente a vítima está morta. A
partir dessa constatação, não se deve tocar mais no cadáver, evitando-se uma prática muito comum de mexer na vítima e em seus
pertences para estabelecer a sua identificação.
25
5.1.4 LOCAIS DE CRIME CONTRA PATRIMÔNIO
Esses tipos de ocorrências são tão diversificados que fica difícil estabelecermos um parâmetro básico para o isolamento e
preservação do local. Por essa razão, vamos nos ater aqueles mais conhecidos e de maior incidência, qual seja veículos, furtos com
arrombamento e roubos.
Os veículos objeto de exames periciais, quando forem produtos de furto ou roubo, devem ser devidamente preservados em
todo seu estado como foi encontrado, evitando-se ao máximo interferir nos vestígios que possam ter em sua estrutura.
Há uma tendência (ou vício) natural dos próprios policiais em abrir o veículo ou entrarem seu interior, procedimento errado
se considerarmos que, fatalmente, com esse tipo de ação estarão sendo produzidos outros tipos de vestígios que, no caso, serão
ilusórios e nada terão a ver com os originalmente produzidos pelo delinqüente.
Nesse contexto dos vestígios que possam existir em um veículo produto de furto ou roubo, um dos que mais está sujeito a ser
destruídos são os fragmentos de impressão digital.Também outros vestígios que poderão estar no interior do veículo, correm esse
risco de serem alterados ou perdidos totalmente pela falta de cuidado com a preservação dos vestígios. N ocaso de veículos, em
sendo possível, o ideal é que a equipe de perícia faça os exames no local onde fora encontrado, deixando-se quaisquer outros
procedimentos para depois da perícia, tais como a sua remoção ou chamar o proprietário para buscar o veículo.
Na prática esses procedimentos são difíceis de serem implementados e razão da falta de estrutura adequada da perícia em
atender prontamente a todas as perícias requisitadas, o que leva a polícia a providenciar o guinchamento do veículo até o pátio da
delegacia ou até o Instituto de Criminalística a fim de ser periciado. E neste manuseio do veículo que os policias envolvidos na
operação devem ter muita cautela e consciência da importância em terem o máximo de cuidado para preservar os vestígios naquele
veículo.
Os locais de roubos (assaltos) trazem, normalmente, muita dificuldade para a perícia, tendo em vista a exigüidade de vestígios.
Os mais encontrados, quando se trata de roubos em ambientes fechados, são os objetos e móveis em completo desalinho, causado
pela movimentação de procura de coisas a serem roubadas.
Nesses casos, toda essa disposição dos objetos em desalinho deve ser mantida para que os peritos possam fazer os exames de
toda a situação deixada pelos assaltantes. Os vestígios de fragmentos de impressão digital são também muito prováveis de serem
encontrados, necessitando de rigorosa preservação. Portanto, caberá aos policiais orientarem aos moradores para que não toquem
em nada do que fora manuseado pelos delinqüentes.
Nos furtos com arrombamento nós temos a maior incidência dentro dessa classificação de crimes contra patrimônios. São os
chamados locais de arrombamento, que ocorrem nas residências ou prédios públicos e comerciais, um dos que mais ocorrem no
cotidiano da sociedade.
Nesses locais os policias deverão orientar as vítimas a não tocarem em nada, a fim de evitar a adulteração ou destruição dos
vestígios. Preferencialmente, seria conveniente que as pessoas (vítimas) de uma residência furtada sequer entrassem no recinto até
que os peritos tenham realizado a respectiva perícia.
No entanto, voltando a nossa realidade de alta demanda e poucos meios para atende-la, acontecem casos em que a perícia leva
várias horas até atender determinada ocorrência dessa natureza. É nesses casos, principalmente, que os policiais devem explicar as
dificuldades estruturais e pedir a colaboração das pessoas na preservação dos vestígios.
Imaginem a dificuldade de se preservar os vestígios, se tivermos as pessoas transitando pelo interior do recinto. Essa é a parte
primordial de orientação que os policiais devem passar aos moradores e/ou responsáveis pelo ambiente arrombado.
26
qualquer vestígio que ele tenha produzido naquela sua movimentação. Guardará essas informações para repassar aos peritos quando
chegarem ao local.
Atingindo a área externa da cena do crime, observará visualmente todo o espaço que possa ter algum vestígio e providenciará
o isolamento de toda a área, utilizando fitas amarelas, cordas ou quaisquer instrumentos que possam propiciar a delimitação da área,
no sentido de demarcar os limites de acesso de quaisquer outras pessoas, inclusive os próprios policiais. Este policial será o
responsável por qualquer irregularidade que venha a ocorrer nesse espaço de tempo, até a chegada da autoridade policial ou seu
representante.
Se esse policial tiver que sair do local por motivos quaisquer, deve passar para a autoridade policial as informações relativas
ao seu deslocamento no interior da cena do crime, a fim de que esta repasse aos peritos. Caso permaneça no local, ele mesmo dará
as informações aos peritos.
GLOSSÁRIO
27
CORPO DE DELITO: é o conjunto de elementos que constatam a existência do crime; é o conjunto de vestígios materiais deixando
pelo crime.
EVIDÊNCIA FÍSICA: o termo evidência física abrange todos e quaisquer objetos vivos e inanimados, sólidos, líquidos e gasosos
e todas as relações entre estes objetos pertencentes ao problema em questão (Crime);
INDÍCIO: são vestígios capazes de se elevarem à categoria de prova;
PRESERVAÇÃO: locais que foram isolados e protegidos adequadamente, tão logo que a polícia tomou o conhecimento do
acontecimento, são considerados idôneos para fins de exames periciais.
SUBSTRATO: o que forma a parte essencial do ser; aquilo que repousa as qualidades.
VESTÍGIOS: é o sinal que o homem ou animal deixa no lugar por onde passa, por exemplo: rastro, pegada, substâncias (restos de
alimentos, vômito, urina, esperma, sangue), vestes, cadáveres, armas, pêlos, impressões digitais sinais de luta, etc.).
BIBLIOGRAFIA
Cavalcante, Ascendino. Criminalística Básica, Editora Litoral, 1ª Ed., 1983.
Código de Processo Penal Brasileiro;
Tratado de perícias criminalísticas – Porto Alegre, 1ª ed, Editora Sagra, 1995.
Apostilas de Curso de Formação de Peritos Criminais, Academias PC/MS e SEJUSP/MT.
Coletâneas de material técnico em Criminalística pelo autor no período de 1984 a 2008. Artigo
159 do CPP alterado pela Lei nº 11.690, de 9 de julho de 2008.
28