08 Teoria Do Crime
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Direito Penal
Teoria do Crime
DIREITO PENAL
Teoria do Crime
Prof. Douglas Vargas
SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................4
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Introdução
Fala, guerreiro(a)!
Nesta aula, vamos tratar de alguns tópicos um pouco mais avançados na dis-
ciplina de Direito Penal. Mas não se preocupe que não será nada de outro mundo!
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Cada uma dessas teorias tem uma abordagem quando se trata de analisar a
conduta do agente que pratica uma infração penal. Nosso foco estará na chamada
TEORIA FINALISTA, elaborada por Hans Welzel, a qual é majoritariamente aceita
pelos doutrinadores de nosso país.
Teoria Finalista
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reza das coisas para que possa se orientar de maneira correta e elaborar leis adequadas.
coisa, e sim da análise da conduta humana. E, sob esse ponto de vista, a premissa
é de que a ação humana não pode ser dividida, de modo que toda ação voluntária
Em outras palavras: a ação típica (a prática de um fato típico) deve ser visualizada
como uma vontade com conteúdo. E é por esse motivo que o DOLO e a CULPA são
Assim sendo, temos a seguinte estrutura do crime do ponto de vista da teoria finalista:
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lista, em que o dolo integra a conduta típica, que passa a ser dolosa ou culposa.
Com tal mudança, o dolo, do ponto de vista finalista, se torna constituído pelos
seguintes elementos:
crime (o fato típico). Em outras teorias, o dolo e a culpa só são valorados na esfera
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Cabe fazer uma breve observação sobre a chamada teoria da imputação objeti-
Tal teoria originou-se na Alemanha, por volta de 1930, mas acabou se tornando
da teoria da imputação objetiva, haja vista que, segundo parcela significativa dos
doutrinadores, as soluções oferecidas por tal teoria já são alcançáveis pelas demais
teorias já existentes.
“Sintetizando, seus reflexos devem ser muito mais modestos do que o furor de perplexi-
dade que está causando no continente latino-americano. Porque a única certeza, até ago-
ra, apresentada pela teoria da imputação objetiva, é a incerteza de seus enunciados,
a imprecisão dos seus conceitos e a insegurança de seus resultados a que pode
levar! Aliás, o próprio Claus Roxin, maior expoente da teoria em exame, afirma
que ‘o conceito de risco permitido é utilizado em múltiplos contextos, mas sobre
o seu significado e posição sistemática reina a mais absoluta falta de clareza’.
(...) A relação de causalidade não é suficiente nos crimes de ação, nem sempre é neces-
sária nos crimes de omissão e é absolutamente irrelevante nos crimes de mera atividade;
portanto, a teoria da imputação objetiva tem um espaço e importância reduzidos.”
Cezar Roberto Bittencourt
teoria da imputação objetiva, mas que não leve essa teoria para sua prova na hora
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Consumação e Tentativa
Finalmente, um tópico mais prático, divertido de ser tratado. Já era tempo, certo?
“Desde que o desígnio criminoso aparece no foro íntimo da pessoa, como um produto da
imaginação, até que se opere a consumação do delito, existe um processo, parte do qual
não se exterioriza, necessariamente, de maneira a ser observado por algum espectador,
excluído o próprio autor.
A este processo dá-se o nome de iter criminis ou ‘caminho do crime’, que significa o
conjunto de etapas que se sucedem, cronologicamente, no desenvolvimento
do delito.”
pensa em cometer o crime, até que ele realmente seja praticado e gere seu resul-
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Cogitação
minado crime. Como estudamos em nossa aula de princípios, por força do princípio
da lesividade, a cogitação não é uma fase punível, pois ela não causa ofensa al-
Preparação
A preparação, por sua vez, não é uma mera fase interna. Aqui, o autor começa
a trabalhar para que possa iniciar a execução do delito. O autor busca encontrar
meios e locais que possibilitem lograr êxito no delito que está buscando cometer.
Via de regra, a preparação também não é punível – a não ser que o ato prepa-
Autor pretende furtar um banco escavando até o cofre da instituição financeira. Compra,
para isso, pás e britadeiras para cavar o túnel que utilizará para praticar a conduta cri-
minosa. Além disso, faz todo o planejamento na parede de seu quarto.
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Planejar, comprar pás e britadeiras não é uma conduta criminosa, de modo que,
caso o agente desista de furtar o banco e pare nesse ponto da preparação, não
John Wick pretende matar alguns inimigos, e, para isso, compra uma arma de fogo de
numeração raspada no mercado negro.
arma de fogo com numeração raspada por si só é um delito, e o autor poderá ser
responsabilizado mesmo que não venha a finalizar a conduta que desejava (no
caso, os homicídios).
Execução
execução pode resultar na próxima fase (a consumação) caso o agente logre êxito
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Consumação
o resultado do crime, ou, como define o código penal, o crime reuniu todos os ele-
Exaurimento
Embora em regra não seja listado como uma das fases regulares do iter criminis,
o exaurimento é uma fase específica de algumas infrações penais, que, após sua
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É o caso do art. 159 listado acima: para que o delito de extorsão mediante se-
mado!
plo, a família da vítima efetivamente transferir uma quantia solicitada para a conta do
Crime Consumado
sua definição legal. Ou seja: o agente delitivo praticou um fato e conseguiu rea-
De acordo com o que acabamos de estudar, note que o crime consumado, por-
mento de consumação. Nesse sentido, vejamos uma breve (porém muito relevan-
Crime Material
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Crime de Perigo
Crime Tentado
Em primeiro lugar, chamo sua atenção para a frase circunstâncias alheias à von-
tade do agente. Não foi o agente que desistiu, não foi o agente que se arrependeu:
algo externo aconteceu e o agente não teve êxito na consumação do crime – mas,
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cado pelo agente não corresponde à totalidade dos elementos do tipo penal.
Exemplos simples:
Esses exemplos são muito básicos, mas têm uma utilidade enorme para que
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Elementos da Tentativa
indireta ou mediata.
Em palavras mais simples, não temos em nosso Código Penal artigos específi-
cos para os delitos tentados (não existe o Art. 455 – “Tentar matar alguém”, por
da seguinte forma:
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Pena – da Tentativa
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Na prática, essa exceção ocorre quando o legislador, ao editar o tipo penal, equi-
para a forma tentada do delito à forma consumada, atribuindo a mesma pena aos
Fixação da Pena
Classificações da Tentativa
Tentativa Imperfeita
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Tentativa Perfeita
John, de posse de sua arma de fogo, realiza dois disparos contra Iosef. Antes que possa
executar um terceiro disparo, impedido por um terceiro indivíduo.
ia realizar mais disparos). Entretanto, tal fase foi interrompida antes que pudesse
ser finalizada.
John, de posse de sua arma de fogo, realiza 15 disparos contra Iosef, e deixa o local,
acreditando que consumou o delito.
No entanto, Iosef não vem a falecer em razão dos disparos.
delito possa ser TENTADO, sua FASE DE EXECUÇÃO deve admitir o fracionamento
em vários atos.
É o que ocorre no homicídio, por exemplo (o agente pode dar várias facadas,
Entretanto, quando o delito não admite o fracionamento da fase de execução (ou seja,
sua consumação ocorre com apenas um ato), temos os chamados crimes unissubsis-
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Tentativa Cruenta
SOFRE DANO.
a vítima.
Tentativa Incruenta
SOFRE DANO.
Para o STJ, se houver tentativa BRANCA no homicídio, ou se as lesões não forem graves,
deve ser aplicada a redução máxima da pena (2/3), pois o iter criminis (caminho do
crime) ficou em seu estágio inicial.
Não confunda a tentativa incruenta com a tentativa inidônea (que trata do chamado
crime impossível) nem com a tentativa abandonada (que trata da desistência volun-
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Se o autor desistir, não com o fito de ajudar a vítima ou por ter se arrependido
da conduta que está praticando (mas por acreditar que não vai mais conseguir con-
Admissibilidade da Tentativa
vez que não é possível fracionar a sua execução). Acontece, no entanto, que exis-
tem outras categorias de crimes que também não admitem tentativa. Você vai
conhecê-las agora!
1. Crimes Culposos
pode tentar algo que não se quer, sem que, na conduta culposa, o agente não
2. Crimes Preterdolosos
haja vista que o resultado agravador não era intencional. Por exemplo:
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Wanderley Aldo entra em luta corporal com seu desafeto, Connor Jones. O objetivo de
Wanderley é apenas de lesionar Connor, no entanto, acaba exagerando na força e le-
vando este a óbito.
sultado morte, visto que não teve a intenção de matar seu desafeto.
Tendo em vista que o resultado morte não era perseguido, obviamente não se
3. Contravenções Penais
4. Crimes Unissubsistentes
Esse, você já conhece. Como sua fase de execução não admite fracionamento,
5. Crimes de Atentado
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6. Crimes Habituais
O crime habitual é aquele que requer a reiteração dos atos para que a con-
duta típica seja configurada. Não é suficiente praticar a conduta apenas uma
vez. Caso o indivíduo não repita a prática delitiva, os atos praticados serão consi-
É o que ocorre no caso da participação em suicídio (Art. 122 CP), no qual o pró-
prio tipo penal informa que só é punível o delito se ocorrer a morte ou lesão grave.
Desse modo, se ocorrer lesão leve ou não ocorrer lesão alguma, o agente delitivo
FAZER o que deveria, de modo que, se ele não realizar a conduta que lhe é imposta
por lei, o delito se consuma. Se realizar a conduta, não há crime. Não há meio-
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Desistência Voluntária
agente delitivo?
inicialmente existia.
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vo. Ele é que mudou de ideia e desistiu voluntariamente de prosseguir nos atos
Note que Tyrion não responderá PELA TENTATIVA DE HOMICÍDIO, e sim pelas le-
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desistir. Dessa forma, delitos unissubsistentes NÃO SÃO COMPATÍVEIS com o ins-
a morrer apenas com a facada na perna, Tyrion responderia pelo homicídio consu-
mado, normalmente.
Arrependimento Eficaz
Algumas vezes, o indivíduo não apenas irá desistir da execução, mas também
faz de tudo para salvar a vítima de sua conduta original. Trata-se de outra espécie
de tentativa abandonada!
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Veja que, na desistência voluntária, o agente cessa sua conduta delitiva antes
mento eficaz, o agente já realizou todos os atos que precisava para obter o resul-
tado que desejava, devendo fazer alguma coisa para impedir este resultado.
Por exemplo:
Nesta situação, não bastava que Jaime desistisse voluntariamente de sua conduta
que ele teve de praticar uma ação para salvar a vítima. Eis o arrependimento eficaz.
rer, o arrependimento não será eficaz, e não terá o condão de beneficiar o autor.
Nesse sentido, se Jaime não tivesse êxito em salvar Olenna (se, por exemplo, o
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Arrependimento Posterior
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Em primeiro lugar, crimes com violência ou grave ameaça à pessoa estão FORA.
Dessa forma, não é possível que um determinado autor pratique um roubo (Art.
mento posterior.
agente delitivo recebeu a sugestão de reparar o dano e decidiu por fazê-lo, desde
Ainda sobre a reparação do dano, preste bastante atenção no prazo limite: até
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Na situação acima, repare que não houve violência ou grave ameaça, e que a
Crime Impossível
Em alguns casos, o indivíduo vai praticar uma conduta criminosa, mas em tais
res, a maior parte da doutrina entende que estamos diante de um caso de exclu-
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são da tipicidade. Dessa forma, não será configurado o fato típico e, conse-
Tentativa Quase
inidônea Crime
Todas as opções acima são apenas outros nomes utilizados pela doutri-
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Por exemplo:
Veja que, na situação acima, Homer não irá responder nem mesmo pela tentati-
va, pois ficou caracterizado o crime impossível. Não havia nenhuma chance de que
Por fim, temos a absoluta impropriedade do objeto. Nesse caso, o meio utilizado
pelo agente delitivo é idôneo (possui capacidade lesiva), entretanto, é o objeto ma-
terial (coisa ou pessoa contra a qual a conduta está voltada), que é absolutamente
Por exemplo:
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ção, o objeto material era absolutamente impróprio, haja vista que o bem jurídico
(vida) que é protegido pela norma já não mais existia. Dessa forma, não há tenta-
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RESUMO
Teorias da Ação
• Segundo a teoria finalista, a ação típica (a prática de um fato típico) deve ser
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tes causais.
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determinado crime.
• A preparação, por sua vez, não é uma mera fase interna. Aqui, o autor co-
define o código penal, o crime reuniu todos os elementos de sua definição legal.
potencial lesivo.
Crime Consumado
Diz-se o crime:
Crime consumado
I – consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
Momentos da Consumação
Crime Material
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Crime de Perigo
Crime Tentado
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Elementos da Tentativa
Pena – da Tentativa
Classificações da Tentativa
• Tentativa Imperfeita
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• Tentativa Perfeita
• Tentativa Cruenta
sionar a vítima.
• Tentativa Incruenta
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Arrependimento Posterior
Art. 16 – Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato volun-
tário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Crime Impossível
Art. 17 – Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por abso-
luta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
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QUESTÕES DE CONCURSO
tentativa e na consumação.
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embora tenha iniciado a execução do ilícito, não exauriu toda a sua potencialidade le-
siva ante a falha da arma de fogo empregada, fugindo do local do crime em seguida.
a) tentativa perfeita ou crime falho, pois a execução foi concluída, mas o crime não
se consumou.
b) arrependimento eficaz, uma vez que ele, após ter esgotado todos os meios de
do crime visado.
d) tentativa imperfeita, pois ele não conseguiu praticar todos os atos executórios
e) Com relação ao crime impossível, o legislador penal brasileiro adotou a teoria subjetiva.
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à prostituição.
b) Pode ocorrer em crime cometido com violência, desde que o agente se retrate
até a sentença.
c) O dano não precisa ser reparado quando o crime foi sem violência.
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a) ao crime preterdoloso.
b) ao crime consumado.
c) à tentativa branca.
d) ao crime impossível
naturalístico.
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b) diz-se o crime tentado quando não se exaure por circunstâncias alheias à von-
tade do agente.
c) diz-se o crime tentado quando, iniciada a cogitação, não se consuma por cir-
e) diz-se o crime consumado, quando nele se reúnem dois terços dos elementos
c) Diz-se o crime tentado quando nele se reúnem todos os elementos de sua de-
finição legal.
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a) um a dois terços
b) um sexto a um terço.
c) um terço à metade.
e) um sexto à metade.
pontaria o astuto Caio acerta-lhe de leve raspão um disparo no braço. Porém, assustado
Tício que, levado ao hospital pelo próprio algoz, acaba logo liberado com curativo mínimo.
Caio primeiramente diz, em sua autodefesa, que o tiro ocorrera por acidente, chegando
com o fato, mas sua trama acaba definitivamente desvendada pela límpida inves-
tigação policial que se segue. Com esses dados já indiscutíveis, mais precisamente
a) tentativa de homicídio.
b) desistência voluntária.
c) pendimento eficaz.
d) arrependimento posterior.
e) aberratio ictus.
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a) diminuída de um terço.
b) de forma idêntica.
c) de forma proporcional.
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b) crime consumado.
c) crime preterdoloso.
d) crime impossível.
e) tentativa branca.
b) a periculosidade demonstrada.
c) a lesividade já efetivada.
d) o itinerário já percorrido.
e) o exaurimento já alcançado
c) Diz-se o crime tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por cir-
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d) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
20. (FCC/TRF3/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Paulo, sabendo que seu desafeto Pedro não
braço de mar. Todavia, ficou com pena da vítima, mergulhou e a retirou, antes que
a) crime putativo.
b) crime impossível.
c) desistência voluntária.
d) arrependimento eficaz.
e) crime tentado.
a) Diz-se consumado o crime quando nele se reúnem, pelo menos, parte dos ele-
até a metade.
impeça o resultado danoso responderá somente pelos atos por ele já praticados.
d) Pune-se a tentativa ainda que, por ineficácia do meio ou por absoluta improprie-
a quem, com o seu comportamento anterior, tiver dado causa ao resultado delituoso.
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a alternativa INCORRETA:
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a) Tentativa branca é aquela em que o objeto material não é atingido pela conduta
criminosa.
b) Tentativa vermelha é aquela em que o objeto material é atingido pela atuação
criminosa.
c) Tentativa perfeita é aquela em que o agente, mesmo esgotando os meios execu-
tórios disponíveis, não consuma o crime, por circunstâncias alheias à sua vontade.
d) Tentativa imperfeita é aquela em que o agente inicia a execução sem, contudo,
utilizar dos meios que tinha à sua disposição, não se consumando o crime, por cir-
cunstâncias alheias à sua vontade.
e) Tentativa imperfeita é aquela em que o agente, mesmo esgotando os meios exe-
cutórios disponíveis, não consuma o crime, por circunstâncias alheias à sua vontade.
d) a periculosidade do agente.
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27. (VUNESP/TJ-RJ/JUIZ) Caio, decidido a matar Denise, para a casa dela se dirigiu
portando seu revólver devidamente municiado com seis projéteis. Chegando ao lo-
cal, tocou a campainha e, assim que Denise abriu a porta, contra ela disparou um
tiro, que a atingiu no ombro esquerdo. Ao ver Denise caída, Caio optou por não fazer
mais disparos, guardou seu revólver e se retirou do local. Denise foi socorrida por
terceiros e sobreviveu, ficando, porém, com pouca mobilidade em seu braço esquer-
do. Diante do exposto, é correto afirmar que Caio responderá criminalmente por
b) tentativa de homicídio.
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c) Para que o agente somente responda pelos atos já praticados, o chamado arre-
pendimento eficaz deve ser suficiente para impedir a ocorrência resultado, pouco
dimento eficaz, basta voluntariedade por parte do agente, não sendo exigida es-
ocorrência do resultado;
unissubsistentes.
vítima, assim agindo com o escopo de matá-la, João resolve socorrê-la e a leva
c) É hipótese de arrependimento eficaz e João deverá responder por lesão corporal grave.
homicídio.
e) É hipótese de desistência voluntária e João deverá responder por lesão corporal grave.
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GABARITO
1. d 25. a
2. b 26. c
3. d 27. a
4. c 28. c
5. e 29. a
6. d 30. c
7. b
8. e
9. d
10. d
11. a
12. a
13. b
14. a
15. d
16. e
17. a
18. d
19. a
20. d
21. c
22. d
23. d
24. e
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GABARITO COMENTADO
tentativa e na consumação.
Letra d.
ção ocorre com a execução do delito, de modo que não é possível falar em arrepen-
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Letra b.
embora tenha iniciado a execução do ilícito, não exauriu toda a sua potencialidade le-
siva ante a falha da arma de fogo empregada, fugindo do local do crime em seguida.
a) tentativa perfeita ou crime falho, pois a execução foi concluída, mas o crime não
se consumou.
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b) arrependimento eficaz, uma vez que ele, após ter esgotado todos os meios de
do crime visado.
d) tentativa imperfeita, pois ele não conseguiu praticar todos os atos executórios
na execução.
Letra d.
alheias à sua vontade (a falha na arma de fogo). Dessa forma, ocorreu tentativa
imperfeita!
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subjetiva.
Letra c.
alheias à vontade do agente. A partir dessa definição, é correto afirmar que é ad-
prostituição.
Letra e.
Excelente questão. Basta se lembrar da nossa lista com as hipóteses de crimes que
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Letra d.
Fácil demais essa questão! Você sabe que, no arrependimento posterior, não se
admite a aplicação em delitos com violência ou grave ameaça à pessoa.
Além disso, o dano precisa sim ser reparado ou restituído. A única assertiva que
faz sentido, portanto, é a “d”, haja vista que realmente a reparação do dano deve
operar-se até o recebimento da denúncia ou queixa.
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Letra b.
Questão bacana. Em primeiro lugar, crimes culposos não admitem tentativa (não se
Lembrando disso, fica fácil: para haver tentativa, é necessário o início da execu-
a) ao crime preterdoloso.
b) ao crime consumado.
c) à tentativa branca.
d) ao crime impossível
Letra e.
Questão básica. Não pode errar uma dessas de jeito algum. Estamos diante do art.
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naturalístico.
Letra d.
espécie de crime que estudamos. É um pouco chato memorizar, mas uma vez que
Conforme estudamos, nos crimes omissivos próprios, ocorre a consumação com a sim-
ples omissão por parte do agente, que deixa de fazer o que deveria ter feito.
b) diz-se o crime tentado quando não se exaure por circunstâncias alheias à von-
tade do agente.
c) diz-se o crime tentado quando, iniciada a cogitação, não se consuma por cir-
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e) diz-se o crime consumado, quando nele se reúnem dois terços dos elementos
Letra d.
Está de acordo com o artigo 13 da CP. Questão fácil, que possui uma média de 28%
agente. Cuidado com essas pegadinhas – não pode perder pontos dessa forma!
nição legal.
c) Diz-se o crime tentado quando nele se reúnem todos os elementos de sua de-
finição legal.
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Letra a.
A alternativa está de acordo com o artigo 16 do CP. Mais uma questão em que o
d) Errada. Art. 19, CP: “Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só res-
a) um a dois terços
b) um sexto a um terço.
c) um terço à metade.
e) um sexto à metade.
Letra a.
Infelizmente, ainda nos deparamos com questões assim, que abordam unicamente
dois terços.
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erro de pontaria o astuto Caio acerta-lhe de leve raspão um disparo no braço. Po-
mente decide socorrer o cândido Tício que, levado ao hospital pelo próprio algoz,
acaba logo liberado com curativo mínimo. Caio primeiramente diz, em sua autode-
fesa, que o tiro ocorrera por acidente, chegando ardilosamente a indenizar de pron-
to todos os prejuízos materiais e morais de Tício com o fato, mas sua trama acaba
a) tentativa de homicídio.
b) desistência voluntária.
c) arrependimento eficaz.
d) arrependimento posterior.
e) aberratio ictus.
Letra b.
O examinador deu várias voltas para confundir o candidato, mas a questão é simples!
A banca tentou te induzir a marcar arrependimento eficaz, haja vista que Caio
praticou uma ação para prestar socorro à Tício, levando-o ao hospital. Porém,
por Caio).
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Letra a.
Outra questão que trata puramente de decorar a letra da lei. Faz parte.
O crime tentado é punido com a pena correspondente à prevista para o crime con-
a) diminuída de um terço.
b) de forma idêntica.
c) de forma proporcional.
Letra d.
De novo, professor?
Exatamente.
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E você acha que é a última vez que uma questão vai ser reciclada? Com certeza
Letra e.
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b) crime consumado.
c) crime preterdoloso.
d) crime impossível.
e) tentativa branca.
Letra a.
b) a periculosidade demonstrada.
c) a lesividade já efetivada.
d) o itinerário já percorrido.
e) o exaurimento já alcançado
Letra d.
Dessa forma, podemos dizer que o correspondente abatimento será regulado pelo
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c) Diz-se o crime tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por cir-
d) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
Letra a.
sertiva a), a pena será reduzida de um a dois terços, e não em apenas um terço,
20. (FCC/TRF3/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Paulo, sabendo que seu desafeto Pedro não
braço de mar. Todavia, ficou com pena da vítima, mergulhou e a retirou, antes que
a) crime putativo.
b) crime impossível.
c) desistência voluntária.
d) arrependimento eficaz.
e) crime tentado.
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Letra d.
Dessa forma, ao agir e salvar a vítima, evitando o resultado, Paulo praticou de for-
a) Diz-se consumado o crime quando nele se reúnem, pelo menos, parte dos ele-
até a metade.
impeça o resultado danoso responderá somente pelos atos por ele já praticados.
d) Pune-se a tentativa ainda que, por ineficácia do meio ou por absoluta improprie-
te a quem, com o seu comportamento anterior, tiver dado causa ao resultado delituoso.
Letra c.
Fácil demais essa questão! Você já está cansado(a) de saber que o agente que, em-
responderá somente pelos atos por ele já praticados. O examinador simplesmente re-
organizou os termos do art. 15 do CP, sem mudar o seu sentido. Isso é o que importa.
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Letra d.
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Letra d.
Segundo o art. 16, que trata do arrependimento posterior: “Nos crimes cometidos
sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até
a alternativa INCORRETA:
a) Tentativa branca é aquela em que o objeto material não é atingido pela conduta
criminosa.
criminosa.
tórios disponíveis, não consuma o crime, por circunstâncias alheias à sua vontade.
utilizar dos meios que tinha à sua disposição, não se consumando o crime, por cir-
cutórios disponíveis, não consuma o crime, por circunstâncias alheias à sua vontade.
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Letra e.
Nesse sentido, não é a tentativa imperfeita em que o agente ESGOTA os meios execu-
a) tipicidade.
b) antijuridicidade.
c) culpabilidade formal.
d) culpabilidade material.
e) imputabilidade.
Letra a.
Por estar ligada à conduta do agente (que é um dos elementos do fato típico), a
tentativa está muito mais ligada à ideia de tipicidade do que aos outros elementos
Código Penal, “Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena cor-
a) a motivação do crime.
b) a intensidade do dolo.
d) a periculosidade do agente.
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Letra c.
pena leva em consideração o iter criminis percorrido pelo agente. Quanto mais pró-
27. (VUNESP/TJ-RJ/JUIZ) Caio, decidido a matar Denise, para a casa dela se dirigiu
portando seu revólver devidamente municiado com seis projéteis. Chegando ao lo-
cal, tocou a campainha e, assim que Denise abriu a porta, contra ela disparou um
tiro, que a atingiu no ombro esquerdo. Ao ver Denise caída, Caio optou por não fazer
mais disparos, guardou seu revólver e se retirou do local. Denise foi socorrida por
terceiros e sobreviveu, ficando, porém, com pouca mobilidade em seu braço esquer-
do. Diante do exposto, é correto afirmar que Caio responderá criminalmente por
b) tentativa de homicídio.
Letra a.
Você não precisa nem dominar o tema delito de lesões corporais e suas variações
Não prestou socorro à vítima, mas seus atos não tinham o potencial lesivo para causar
o resultado que Caio inicialmente almejava (afinal de contas, o disparo foi no ombro).
Dessa forma, estamos diante da desistência voluntária de Caio, motivo pelo qual a
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Letra c.
omissivos, apenas os próprios é que não admitem tal instituto. Por esse motivo, a
c) Para que o agente somente responda pelos atos já praticados, o chamado arre-
pendimento eficaz deve ser suficiente para impedir a ocorrência resultado, pouco
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dimento eficaz, basta voluntariedade por parte do agente, não sendo exigida es-
ocorrência do resultado;
unissubsistentes.
Letra a.
vítima, assim agindo com o escopo de matá-la, João resolve socorrê-la e a leva
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c) É hipótese de arrependimento eficaz e João deverá responder por lesão corporal grave.
e) É hipótese de desistência voluntária e João deverá responder por lesão corporal grave.
Letra c.
dimento eficaz. João finalizou a execução do delito, mas, mesmo após encerrar
vítima. Dessa forma, responde apenas pelos atos já praticados, quais sejam as le-
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