Currículo MS V108

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 815

1

V 1.08
2
CURRÍCULO DE
REFERÊNCIA DE
MATO GROSSO
DO SUL
EDUCAÇÃO INFANTIL E
ENSINO FUNDAMENTAL

ORGANIZADORES

Helio Queiroz Daher


Kalícia de Brito França
Manuelina Martins da Silva Arantes Cabral

SED-MS
2019

3
Produção
Secretaria de Estado de Educação – SED
União dos Dirigentes Municipais de Educação do Mato Grosso do Sul – UNDIME-MS

Coordenação
Helio Queiroz Daher
Manuelina Martins da Silva Arantes Cabral

Revisão linguística e ortográfica


Ana Claudia Gauto de Sousa Sovernigo
Célia Maria Vieira Ávalos
Célia Trindade de Araújo e Silva
Elçon José de Oliveira
Eliana Aparecida Prado Verneque Soares
Elizângela do Nascimento Mattos
Giani de Oliveira Costa
Márcia Proescholdt Wilhelms

Projeto gráfico e diagramação


Cezinha Galhardo
Moisés de Souza Martins

M433c Mato Grosso do Sul (Estado). Secretaria de Estado de Educação

Currículo de referência de Mato Grosso do Sul: educação infantil e


ensino fundamental / Organizadores Hélio Queiroz Daher; Kalícia de Brito
França; Manuelina Martins da Silva Arantes Cabral. Campo Grande : SED, 2019.
(Série Currículo de Referência; 1).
863p. : il. ; 21 x 29,7 cm

ISBN 978-85-65491-12-9

1. Educação integral - MS. 2. Currículo de referência – MS. 3. Educação


infantil – MS. 4. Ensino fundamental - MS. I. Daher, Hélio Queiroz, org. II.
França, Kalícia de Brito, org. III. Cabral, Manuelina Martins da Silva Arantes, org.
V. Título. VI. Série

CDD 370

4
Reinaldo Azambuja Silva
GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

Murilo Zauith
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

Maria Cecilia Amendola da Motta


SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO DO SUL

Edio Castro
SECRETÁRIO-ADJUNTO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO DO SUL

Helio Queiroz Daher


SUPERINTENDENTE DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS

Manuelina Martins da Silva Arantes Cabral


PRESIDENTE DA UNIÃO DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO – UNDIME/MS

Kalícia de Brito França


VICE-PRESIDENTE DA UNIÃO DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO – UNDIME/MS

5
Prefeituras

Edvaldo Alves de Queiroz Antonio de Padua Thiago


Prefeito de Água Clara Prefeito de Brasilândia

Dalmy Crisostomo da Silva Mario Valerio


Prefeito de Alcinópolis Prefeito de Caarapó

Edinaldo Luiz de Melo Bandeira Delano de Oliveira Huber


Prefeito de Amambai Prefeito de Camapuã

Nildo Alves de Abreu Marcos Marcelo Trad


Prefeito de Anastácio Prefeito de Campo Grande

Edson Stefano Takazono Manoel dos Santos Viais


Prefeito de Anaurilândia Prefeito de Caracol

Roberto Silva Cavalcanti Jair Boni Cogo


Prefeito de Angélica Prefeito de Cassilândia

Marceleide Hartemam Pereira Marques João Carlos Krug


Prefeita de Antônio João Prefeito de Chapadão do Sul

José Robson Samara Rodrigues de Almeida Marcela Ribeiro Lopes


Prefeito de Aparecida do Taboado Prefeita de Corguinho

Odilon Ferraz Alves Ribeiro Rudi Paetzold


Prefeito de Aquidauana Prefeito de Coronel Sapucaia

Alexandrino Arévalo Garcia Marcelo Aguilar Iunes


Prefeito de Aral Moreira Prefeito de Corumbá

Alvaro Nackle Urt Waldeli dos Santos Rosa


Prefeito de Bandeirantes Prefeito de Costa Rica

Pedro Arlei Caravina Aluizio Cometki São José


Prefeito de Bataguassu Prefeito de Coxim

Jorge Luiz Takahashi Valdir Luiz Sartor


Prefeito de Batayporã Prefeito de Deodápolis

Reinaldo Miranda Benites Edilsom Zandona de Souza


Prefeito de Bela Vista Prefeito de Dois Irmãos do Buriti

Kazuto Horii Jean Sergio Clavisso Fogaça


Prefeito de Bodoquena Prefeito de Douradina

Odilson Arruda Soares Délia Godoy Razuk


Prefeito de Bonito Prefeita de Dourados

6
Aguinaldo dos Santos Maurilio Ferreira Azambuja
Prefeito de Eldorado Prefeito de Maracaju

Ilda Salgado Machado Marlene de Matos Bossay


Prefeita de Fátima do Sul Prefeita de Miranda

Rogério Rodrigues Rosalin Valdomiro Brischiliari


Prefeito de Figueirão Prefeito de Mundo Novo

Aristeu Pereira Nantes Jose Izauri de Macedo


Prefeito de Glória de Dourados Prefeito de Naviraí

Jair Scapini Valdir Couto de Souza Júnior


Prefeito de Guia Lopes da Laguna Prefeito de Nioaque

Patricia Denerusson Nelli Arlei Silva Barbosa


Prefeita de Iguatemi Prefeito de Nova Alvorada do Sul

José Arnaldo Ferreira de Melo José Gilberto Garcia


Prefeito de Inocência Prefeito de Nova Andradina

Marcos Antonio Pacco Marcílio Alvaro Benedito


Prefeito de Itaporã Prefeito de Novo Horizonte do Sul

Ricardo Favaro Neto Ivan da Cruz Pereira


Prefeito de Itaquiraí Prefeito de Paraíso das Águas

Éder Uilson França Lima Ronaldo José Severino de Lima


Prefeito de Ivinhema Prefeito de Paranaíba

Vanderley Bispo de Oliveira Dirceu Bettoni


Prefeito de Japorã Prefeito de Paranhos

Edson Rodrigues Nogueira William Luiz Fontoura


Prefeito de Jaraguari Prefeito de Pedro Gomes

Guilherme Alves Monteiro Helio Peluffo Filho


Prefeito de Jardim Prefeito de Ponta Porã

Eraldo Jorge Leite Derlei João Delevatti


Prefeito de Jateí Prefeito de Porto Murtinho

Elizangela Martins Biazotti Paulo Cesar Lima Silveira


Prefeita de Juti Prefeito de Ribas do Rio Pardo

Iranil de Lima Soares Donato Lopes da Silva


Prefeito de Ladário Prefeito de Rio Brilhante

Itamar Bilibio Cleidimar da Silva Camargo


Prefeito de Laguna Carapã Prefeito de Rio Negro

7
Mário Alberto Kruger Enelto Ramos da Silva
Prefeito de Rio Verde de Mato Grosso Prefeito de Sonora

Francisco de Paula Ribeiro Junior Carlos Alberto Pelegrini


Prefeito de Rochedo Prefeito de Tacuru

Cacildo Dagno Pereira Roberto Tavares Almeida


Prefeito de Santa Rita do Pardo Prefeito de Taquarussu

Jeferson Luiz Tomazoni Sebastião Donizete Barraco


Prefeito de São Gabriel do Oeste Prefeito de Terenos

José Fernando Barbosa dos Santos Angelo Chaves Guerreiro


Prefeito de Selvíria Prefeito de Três Lagoas

Francisco Piroli Marcos Benedetti Hermenegildo


Prefeito de Sete Quedas Prefeito de Vicentina

Marcelo de Araujo Ascoli


Prefeito de Sidrolândia

8
Secretários Municipais de Educação
Raimunda Onça da Silva Francisco Aparecido Lins
Água Clara Brasilândia

Márcia Izabel de Souza Ieda Maria Marran


Alcinópolis Caarapó

Zita Centenaro Andreia Santos Ferreira da Silva


Amambai Camapuã

Cimara Fernandes de Oliveira Cabral Elza Fernandes Ortelhado


Anastácio Campo Grande

Adriano Gonçalves da Silva Mariza Leite Ibanes


Anaurilândia Caracol

Nelson Dalponte Helter Arantes de Freitas


Angélica Cassilândia

Sandra Mara Haerter Vedovato Guerino Perius


Antônio João Chapadão do Sul

Maria Margarida de Matos Jeffer Aparecido Peres da Silva


Aparecida do Taboado Corguinho

Ivone Nemer de Arruda Maria Eva Gauto Flor Eringer


Aquidauana Coronel Sapucaia

Vanir Ferreira Linares Filha Genilson Canavarro de Abreu


Aral Moreira Corumbá

Marco Antonio Paschoalim Manuelina Martins da Silva Arantes Cabral


Bandeirantes Costa Rica

Regina Duarte de Barros Dovale Raquel Singh


Bataguassu Coxim

Sonia Nantes de Lima Adriano Araujo Pimentel


Batayporã Deodápolis

Jane Mary Garcia Mattos Carvalho Marcos Savitraz


Bela Vista Dois Irmãos do Buriti

Eraldo Juarez de Souza Roseli Ponce Blanco Costa


Bodoquena Douradina

Roseli Fatima Gambim Upiran Jorge Gonçalvez da Silva


Bonito Dourados

9
Valdecir Roberto Santussi Cleoerdes Fatima Barbosa Carneiro
Eldorado Maracaju

Maria Odete Amaral Elaine Cristina dos Santos Brito


Fátima do Sul Miranda

Patrik Talhina do Amaral Roseli Aparecida Lourenço Brasil


Figueirão Mundo Novo

Maria Conceição Amaral Laboissier Fátima de Lourdes Ferreira Liuti


Glória de Dourados Naviraí

Fatima de Deus Souza Correa Candida Tereza


Guia Lopes da Laguna Nioaque

Rosangela Socovoski Ferragem Paulo Roberto de Oliveira


Iguatemi Nova Alvorada do Sul

Joseli Rita Pires Mariano Fabio Zanata


Inocência Nova Andradina

Denize Pacco Mauro Cezar Camargo


Itaporã Novo Horizonte do Sul

Valdirene Rodrigues Salomão Ines dos Santos Pinho


Itaquiraí Paraíso das Águas

Maria Aparecida Maia Leni Aparecida Souto Miziara


Ivinhema Paranaíba

Nivaldo Dias Lima Flavia Luziano Ramos


Japorã Paranhos

Odil de Souza Brandão Solange Dias Prudente Scalabrini


Jaraguari Pedro Gomes

Eliana Cafure Peixoto Maria Leny Antunes Klais


Jardim Ponta Porã

Eleni Teixeira dos Santos Felipe Thais Regina da Silva Cavalheiro Sanches
Jateí Porto Murtinho

Claudia de Sena Cabral Ribeiro Douglas Souza da Silva


Juti Ribas do Rio Pardo

Elder Nalle Paz dos Santos Botelho Magali de Araújo Lima


Ladário Rio Brilhante

Fanir Cassol Harley de Oliveira Camargo Santos


Laguna Carapã Rio Negro

10
Ana Andrade da Conceição Jose Lidio dos Santos Junior
Rio Verde de Mato Grosso Sonora

Marcos Larreia Alves Carlos Vital Espindola de Avalo


Rochedo Tacuru

Katia Cristina da Silva Luciana de Lima Alves


Santa Rita do Pardo Taquarussu

Kalicia de Brito França Hermes da Silva


São Gabriel do Oeste Terenos

Juraci Barcelos de Mello Maria Celia Medeiros


Selvíria Três Lagoas

Joelba Ferreira Gomes Fernando de Oliveira


Sete Quedas Vicentina

Alice Aparecida Rosa Gomes


Sidrolândia

11
Comissão Estadual para Implementação
da Base Nacional Comum Curricular

Maria Cecilia Amendola da Motta


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO DO SUL

Kalícia de Brito França


UNIÃO DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO DO SUL

Helio Queiroz Daher


CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Maria da Glória Paim Barcellos


SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

Onivan de Lima Correa


FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO DO SUL

Antonia Icassati da Silva


UNIÃO NACIONAL DOS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO

Coordenadores Estaduais do Programa de Apoio à


Implementação da Base Nacional Comum Curricular
(ProBNCC)
Helio Queiroz Daher
CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE EDUCAÇÃO – CONSED

Manuelina Martins da Silva Arantes Cabral


UNIÃO DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO – UNDIME/MS

Articuladora do Regime de Colaboração


Kalícia de Brito França
UNIÃO DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO – UNDIME/MS

Assessores de Implementação
Alfredo Souza de Oliveira
Larissa Moreira da Silva

Analista de Gestão do Programa de Implementação


Thais Dias Luz Borges Santos

12
Coordenadores de Etapa
Luziette Aparecida da Silva Amarilha Ensino Fundamental – Anos Iniciais
EDUCAÇÃO INFANTIL Andreia Silva dos Santos
Danielle dos Santos Souza Ariadene Salma da Silva Pulchério
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Patrícia Machado da Costa Morais
José Flávio Rodrigues Siqueira Selma Aparecida Borges
ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Shirley Almada Morais

Redatores Textos Introdutórios


Educação Infantil Adriana Aparecida Burato Marques Buytendorp
Alexsandra Carla Aschi Alessandra Ferreira Beker Daher
Leusa de Melo Secchi Ana Celia de Oliveira Ferreira
Luziette Aparecida da Silva Amarilha Ana Paula Almeida de Araújo de Sorrilha
Rejane Aparecida Coutinho Ana Virgínia de Oliveira Lemos
Alvara Susi Peixoto Simei
Daniel Santos Amorin
Ensino Fundamental
Edione Maria Lazzari
Linguagens Eleida Arce da Silva Adamiski
Alaércio Guimarães Estela Mara de Andrade
Airta Platero Souza Cabreira Fábio Germano da Silva
Célia Maria Vieira Ávalos Graziela Cristina Jara
Daniele Tais Pott Jean Carlos Almeida Cordoval
Eleida da Silva Arce Adamiski José Gomes Pereira
Elisângela Sanches da Silva Primo Luciana Guilherme da Silva
Fabiano Francisco Soares Lucilene Ledesma da Silva Areco
Flávia de Oliveira Queiroz Barroso Maria Cândida da Silva Abes
Maria Cláudia Córdova Soares Maristela Alves da Silva Teixeira
Renata Menegale Silva Paola Gianotto Braga
Valéria Rita Souza de Oliveira Ramos Custódio Rosângela Pereira Alves de Lemos
Sophia Gomes Figueiró
Matemática Tania Milene Nugoli Moraes
Adriana Cristina Pereira Teresa Cristina Siqueira Borges Martin
Adriano da Fonseca Melo
Mara Urbano da Silva
Leitores críticos - SED
Ciências da Natureza Alessandra Ferreira Becker Daher
Adriana Aparecida Burato Marques Buytendorp
Adayani Roberta Laquanetti de Souza
Alfredo Anastácio Neto
Cristiane Miranda Magalhães Gondin
Tania Milene Nugoli Moraes
Valéria Cristina Ferreira da Silva

Ciências Humanas Articuladoras do Conselho


Analice Teresinha Talgatti Silva
Dielton Eleno de Souza Estadual de Educação - MS
Claudete Soares de Andrade Santos Lourdes da Costa Cardoso
Marcos Vinicius Campelo Junior Vera Lúcia Campos Ferreira

Colaboradores Articuladora da União


Ensino Religioso
Aline Costa de Aguiar Abitbol de Meneses Nacional dos Conselhos
Diácono Kalzely Barbosa dos Santos
Leossandro Carlos Adamiski
Municipais de Educação –
Maria Aparecida Borges da Silva
Padre Márcio Bogaz Trevisan
MS
Rita de Cássia de Souza Meire Luzia de Souza Pereira
Sônia da Cunha Urt

13
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 17
1. INTRODUÇÃO 21
2. A TERRITORIALIDADE DE MATO GROSSO DO SUL 23
2.1 DIVERSIDADE E MODALIDADES EDUCACIONAIS 26
2.2 EDUCAÇÃO DO CAMPO 27
2.3 EDUCAÇÃO ESPECIAL 28
2.4 EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA 30
2.5 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 31
2.6 EDUCAÇÃO QUILOMBOLA 32
3. TEMAS CONTEMPORÂNEOS 33
3.1 O ESTUDO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA 33
3.2 DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES 34
3.3 EDUCAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS 35
3.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 36
3.5 EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO 38
3.6 EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL 39
3.7 EDUCAÇÃO FISCAL 39
3.8 EDUCAÇÃO FINANCEIRA 40
3.9 SAÚDE, SEXUALIDADE E GÊNERO, VIDA FAMILIAR E SOCIAL 41
3.10 RESPEITO, VALORIZAÇÃO E DIREITOS DOS IDOSOS 41
3.11 CONSCIENTIZAÇÃO, PREVENÇÃO E COMBATE À INTIMIDAÇÃO SISTEMÁTICA (BULLYING) 42
3.12 CULTURA SUL-MATO-GROSSENSE E DIVERSIDADE CULTURAL 44
3.13 SUPERAÇÃO DE DISCRIMINAÇÕES E PRECONCEITOS, COMO RACISMO, SEXISMO,
HOMOFOBIA E OUTROS 44
3.14 CULTURA DIGITAL 45
4. EDUCAÇÃO INTEGRAL 49
5. AVALIAÇÃO 51
5.1 AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM 51
5.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 53
5.3 AVALIAÇÕES DE DESEMPENHO 54
6. FORMAÇÃO CONTINUADA 56
REFERÊNCIAS 61
7. EDUCAÇÃO INFANTIL 65
7.1 INFÂNCIA E CRIANÇA 67
7.2 DIREITOS DE APRENDIZAGEM 69
7.3 CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS 70
7.3.1 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO 73
7.4 OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS E AS AÇÕES DIDÁTICAS 74
7.4.1 O EU, O OUTRO E O NÓS 74
7.4.2 CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS 79
7.4.3 TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS 83
7.4.4 ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO 87
7.4.5 ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES 91

14
7.5 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 95
7.6 TRANSIÇÃO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 98
7.7 SÍNTESE DAS APRENDIZAGENS 99
REFERÊNCIAS 101
8. ENSINO FUNDAMENTAL 102
8.1 AVALIAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL 105
8.2 ESTRUTURA DO ENSINO FUNDAMENTAL 107
REFERÊNCIAS 108
8.3 ÁREA DE LINGUAGENS 109
8.3.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS DE ACORDO COM A BNCC (2017) 110
8.3.2 LÍNGUA PORTUGUESA 111
8.3.2.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS PARA LÍNGUA PORTUGUESA DE ACORDO COM A BNCC
(2017) 113
8.3.2.2 CAMPOS DE ATUAÇÃO, PRÁTICAS DE LINGUAGEM, OBJETOS DE CONHECIMENTO,
HABILIDADES E AÇÕES DIDÁTICAS 114
8.3.3 ARTE 298
8.3.3.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ARTE, DE ACORDO COM A BNCC (2017) 301
8.3.3.2 UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO, HABILIDADES E AÇÕES
DIDÁTICAS 302
8.3.4 EDUCAÇÃO FÍSICA 350
8.3.4.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE ACORDO COM A BNCC (2017) 352
8.3.4.2 UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO, HABILIDADES E AÇÕES
DIDÁTICAS 353
8.3.5 LÍNGUA INGLESA 381
8.3.5.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA LÍNGUA INGLESA DE ACORDO COM A BNCC (2017) 385
8.3.5.2 EIXO, UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO, HABILIDADES E AÇÕES
DIDÁTICAS 384
8.3.6 LÍNGUA ESPANHOLA 411
8.3.6.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LÍNGUA ESPANHOLA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 414
8.3.6.2 EIXO, UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO, HABILIDADES E AÇÕES
DIDÁTICAS 415
REFERÊNCIAS 439
8.4 MATEMÁTICA 440
8.4.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE MATEMÁTICA DE ACORDO COM A BNCC (2017) 442
8.4.2 UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO, HABILIDADES E AÇÕES
DIDÁTICAS 443
REFERÊNCIAS 590
8.5 ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – COMPONENTE CURRICULAR CIÊNCIAS 591
8.5.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA DE ACORDO COM A BNCC
(2017) 593
8.5.2 UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO, HABILIDADES E AÇÕES
DIDÁTICAS 594
REFERÊNCIAS 638
8.6 ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS 639
8.6.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS DE ACORDO COM A BNCC (2017) 641
8.6.2 GEOGRAFIA 642
8.6.2.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA DE ACORDO COM A BNCC (2017) 644

15
8.6.2.2 UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO, HABILIDADES E AÇÕES
DIDÁTICAS 645
8.6.3 HISTÓRIA 682
8.6.3.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE HISTÓRIA DE ACORDO COM A BNCC (2017) 684
8.6.3.2 UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO, HABILIDADES E AÇÕES
DIDÁTICAS 686
REFERÊNCIAS 792
8.7 ENSINO RELIGIOSO 793
8.7.1 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ENSINO RELIGIOSO DE ACORDO COM A BNCC (2017) 794
8.7.2 UNIDADES TEMÁTICAS, OBJETOS DE CONHECIMENTO, HABILIDADES E AÇÕES
DIDÁTICAS 795
REFERÊNCIAS 808
COMISSÕES REGIONAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA BASE NACIONAL COMUM
CURRICULAR E ARTICULAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DA PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO
CURRICULAR NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL 810

16
APRESENTAÇÃO

A Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil e Ensino Fundamental, homologada em 20
de dezembro de 2017, define o que todos os estudantes têm direito de aprender e foi referência para a

(re)elaboração dos currículos em todas as redes de ensino do país. Especificamente em Mato Grosso do

Sul, as discussões e estratégias para a implementação de uma base comum tiveram início considerando

as versões anteriores do documento.

Em 28 de agosto de 2017, por meio da Resolução “P” SED n. 2.766, constituiu-se a Comissão Estadual

para a Implementação da Base Nacional Comum Curricular, sob a presidência da Secretaria de Estado

de Educação – SED/MS, com representantes do Conselho Estadual de Educação – CEE/MS, Federação


dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul – FETEMS, Sindicato dos Estabelecimentos de

Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul – SINEPE/MS, União dos Dirigentes Municipais de Educação –

UNDIME/MS e União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação – UNCME/MS.

Considerando o Plano Nacional de Educação – Lei n. 13.005/2014, o qual prevê o Regime de

Colaboração mediante pactuação interfederativa entre União, estados, Distrito Federal e municípios, na

implantação e no estabelecimento de diretrizes pedagógicas para a Educação Básica e a base nacional

comum dos currículos; bem como a Resolução CNE/CP n. 2, de 22 de dezembro de 2017, a qual institui

e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo

das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica, destaca-se o compromisso da

referida Comissão Estadual no estabelecimento e cumprimento do Regime de Colaboração entre o

Estado de Mato Grosso do Sul e seus 79 municípios.

Assim, Estado e municípios estabeleceram parceria a fim de garantir as especificidades locais na


reestruturação de seus currículos, firmando um Termo de Intenção de Colaboração para a Co-

Construção de um Currículo de Referência.

A Comissão Estadual para Implementação da Base Nacional Comum Curricular constituiu as Comissões

Regionais para a implementação da BNCC e a articulação da Proposta de Integração Curricular entre as

Redes Estadual, Municipais e Instituições Privadas de Ensino, por meio da Resolução “P” SED n. 1.219,

de 26 de abril de 2018.

As Comissões Regionais foram mobilizadas pelas doze Coordenadorias Regionais de Educação da


SED/MS, compostas por seus respectivos representantes e da União Nacional dos Conselhos Municipais
de Educação, dos Sindicatos Municipais dos Trabalhadores em Educação e das Secretarias Municipais

17
de Educação. Além disso, a estrutura contou com Articuladores de todas as escolas públicas e dos
Conselhos Municipais de Educação. A principal função das Comissões Regionais e dos Articuladores foi
fomentar a participação no processo de elaboração do currículo sul-mato-grossense, a partir de

diálogos com equipes técnicas, equipes gestoras, professores, pais e estudantes.

A primeira versão do currículo foi preparada por redatores, especialistas de cada área do conhecimento,

e lançada em um Seminário para todos os representantes das Comissões Estadual e Regionais. Essa
mesma versão foi apresentada à sociedade por meio de Consulta Pública, a qual contou com ampla

participação, resultando em 126.399 contribuições. Essa mesma versão foi colocada à disposição dos
profissionais da educação no "Dia D", momento direcionado ao estudo, à discussão e à contribuição

para o Currículo de Mato Grosso do Sul da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

Essas contribuições foram analisadas e incorporadas ao documento, gerando uma segunda versão que

foi enviada novamente a todas as escolas do território sul-mato-grossense para análise e novas

alterações, se necessário, em um dia de “Construção Coletiva”.

A terceira versão do currículo foi encaminhada aos Leitores Críticos vinculados às universidades do

Estado e apresentada em doze Seminários Regionais organizados de acordo com as Comissões

Regionais em 12 polos, quais sejam, Aquidauana, Campo Grande - Metropolitana, Corumbá, Coxim,

Dourados, Campo Grande – Capital, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três
Lagoas. O objetivo dos seminários foi receber novas sugestões para o aprimoramento dessa terceira

versão.

A quarta versão foi apresentada no Seminário Estadual, destinado a todos aqueles que participaram dos

Seminários Regionais, para uma nova análise e ajustes necessários. Após esse evento, o documento foi
enviado aos Conselhos Municipais e Estadual de Educação, os quais acompanharam todo o processo,

para a devida validação.

O Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul foi lançado no dia 30 de novembro de 2018 em uma

cerimônia com a participação dos Secretários Municipais de Educação, representantes das Comissões
Estadual e Regionais. O Conselho Estadual de Educação publicou, em 06 de dezembro de 2018, o Parecer

Orientativo CEE/MS n. 351/2018, o qual regulamenta o Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul
para o Sistema Estadual de Ensino nas etapas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

Assim, a Secretaria de Estado de Educação e a União dos Dirigentes Municipais de Educação agradecem
a colaboração de todos nas atividades desenvolvidas. O trabalho em conjunto foi fundamental para

garantir a contribuição dos profissionais da educação a fim de contemplar, no Currículo de Referência

18
de Mato Grosso do Sul, as aprendizagens essenciais às crianças, aos adolescentes e aos jovens da
Educação Básica, no território sul-mato-grossense.

Apresenta-se um currículo contextualizado com a diversidade sul-mato-grossense e norteado pelas dez

competências gerais da BNCC, as quais visam à promoção das aprendizagens essenciais e indispensáveis
a todos os sujeitos, na perspectiva da Educação Integral, que reflitam tanto na formação quanto no

desenvolvimento humano.

Maria Cecilia Amendola da Motta


Secretária de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul

Manuelina Martins da Silva Arantes Cabral


Presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação de Mato Grosso do Sul

19
1. INTRODUÇÃO

A escola, enquanto instituição social cuja função é garantir acesso à educação formal, é o espaço em
que profissionais da Educação Básica e seu público – constituído por crianças, adolescentes e jovens –

promovem a socialização de informações, tradições e valores histórica e culturalmente constituídos com

a finalidade de promover a construção de conhecimentos.

Ao longo do tempo, políticas públicas, orientações ideológicas e cenários econômicos específicos e as


diversas transformações nas dinâmicas sociais determinaram que as práticas educacionais

extrapolassem os aspectos meramente cognitivos. Atualmente, a escola se apresenta como ambiente

de formação integral, inclusiva e interativa dos estudantes, refletindo as características da sociedade do


século XXI.

Essa formação implica, necessariamente, a adoção de práticas pedagógicas que explorem aspectos

cognitivos, socioemocionais, culturais e políticos, proporcionando situações por meio das quais se

estabeleçam e se fortaleçam as relações interpessoais, a cidadania e a democracia, com respeito e

valorização da pluralidade de ideias. A ênfase desse trabalho recai no estímulo ao posicionamento

crítico-reflexivo frente a fatos e informações, assim como em ações construtivas que favoreçam o

desenvolvimento de competências para a vida em sociedade e o mundo do trabalho.

Para isso, a escola precisa ser compreendida como espaço de produção e circulação do conhecimento,

o que ocorre por meio de vivências que permitem compreender suas dimensões e seus impactos na

sociedade. Para Libâneo (2014), a escola comprometida com a educação integral deve proporcionar

ações pedagógicas, culturais e científicas, pois assim promoverá o desenvolvimento cognitivo, afetivo e
moral.

Em contraposição à tradição de práticas impositivas e reducionistas de repetição e memorização de

conteúdos, a Base Nacional Comum Curricular visa à educação integral, adotando a premissa do

“desenvolvimento humano global” (BNCC, 2017, p. 14). Assim, ao considerar crianças, adolescentes e

jovens como agentes de seu aprendizado, abre-se a oportunidade para que eles se empoderem como

cidadãos, como autores e construtores de conhecimentos.

Nesse contexto, o Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul também reafirma o compromisso com

a educação integral, a fim de assegurar a aprendizagem dos estudantes e promover o desenvolvimento


das dez competências gerais da BNCC.

20
A BNCC apresenta a definição de competência como “a mobilização de conhecimentos (conceitos e
procedimentos), habilidades (práticas cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (2017,

p. 8). Destaca-se que as competências exigidas para o século XXI visam à articulação de conhecimentos,
atitudes e valores no que se refere às emoções e à autonomia, auxiliando no desenvolvimento pleno

dos sujeitos, despertando para a colaboração, criatividade, autoconhecimento, comunicação,


responsabilidade, pensamento crítico, resolução de problemas e abertura para o novo. A prática do

professor, portanto, deverá estar pautada no desenvolvimento de habilidades, no conhecimento


científico e na promoção de atitudes e valores para a convivência no século XXI.
Corroborando o que acima se expõe, elencam-se as dez competências gerais da BNCC:

1- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,

social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e

colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.


2- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,

incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para

investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar

soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3- Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais,

e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4- Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),

corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística,
matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias

e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao

entendimento mútuo.

5- Compreender, utilizar e criar Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação de


forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as

escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir


conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal
e coletiva.

6- Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de

conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do


mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu

projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.


7- Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,

negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e


21
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação
ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8- Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-


se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com

autocrítica e capacidade para lidar com elas.


9- Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se

respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento


e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10- Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,

resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,

democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários (BNCC, 2017, p. 9-10).

Ao transpor as competências e habilidades do currículo para a prática pedagógica, é necessário garantir

os princípios da igualdade e da equidade constantes das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a

Educação Básica – LDB (Lei 9394/96). Assim, além dos conteúdos compartilhados em todo o território

nacional apresentados na BNCC, o Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul aborda conteúdos
locais, com suas especificidades humanas, culturais, históricas, geográficas, linguísticas, artísticas e

biológicas.

Salienta-se que o Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul é instrumento basilar para a Secretaria

de Estado de Educação, as Secretarias Municipais de Educação e as Instituições Privadas de Ensino


elaborarem orientações curriculares e auxiliarem nos processos de revisão dos projetos pedagógicos

das escolas a partir de suas próprias necessidades, sempre em regime de colaboração, com orientações

aos envolvidos na gestão administrativa, formativa e pedagógica de todo o processo educativo.

Este documento traz para os leitores, ao longo de suas páginas, a descrição do panorama histórico da
educação de Mato Grosso do Sul, assim como um conjunto de temas contemporâneos – temáticas que

podem ser articuladas de forma transversal em sala de aula, buscando uma abordagem integradora de

acordo com a realidade local, permeando os diversos componentes curriculares. Além disso,
apresentam-se a proposta de educação integral, suas estratégias de implementação e suas práticas.

Abordam-se, ainda, aspectos relativos à avaliação – conceitos, características e modalidades – e à

formação continuada, reiterando sua importância, suas propostas e sua finalidade. Por fim, são
apresentadas as propostas do Referencial Curricular para a Educação Infantil e para o Ensino

Fundamental ofertados nas escolas públicas e privadas de Mato Grosso do Sul.

22
2. A territorialidade de Mato Grosso do Sul

O Estado de Mato Grosso do Sul tem uma população estimada de 2.748,023 habitantes, segundo dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE/2018, com uma área territorial de

357.145,531 km², e 79 municípios, sendo o 6º estado brasileiro no que diz respeito à extensão territorial.

Está localizado na região Centro-Oeste e seus limites geográficos são: Goiás (nordeste), Minas Gerais

(leste), Mato Grosso (norte), Paraná (sul), São Paulo (sudeste), Bolívia (oeste), Paraguai (sul e oeste). A
maior parte do Estado é formada pela planície do Pantanal e pelo bioma do Cerrado, com clima tropical

e solo fértil formado por terra roxa, o que acabou definindo o seu perfil socioeconômico voltado para a

agricultura e pecuária, principalmente.

O Estado foi criado em 1977, em um momento singular da história brasileira, período de ditadura militar

e também de desenvolvimento do Oeste, iniciado no governo de Getúlio Vargas que lançou um novo

projeto para intensificar a ocupação do Centro-Oeste, conhecido como a “Marcha para o Oeste”, na

década de 1940.

Segundo o Censo do IBGE do ano de 2010, o Estado de Mato Grosso do Sul possui a segunda maior

população indígena do país, com cerca de 77.025 indígenas, distribuídos em 75 aldeias (dados

DSEI/Funasa-MS -2015), localizadas em 27 municípios, representados por oito etnias oficiais: Atikum,

Guató, Guarani, Kaiowá, Kinikinau, Kadwéu, Ofaié e Terena. Cada um desses grupos étnicos é um

conjunto cultural único, com suas tradições, manifestações culturais e línguas. São quatro troncos

linguísticos encontrados no Estado de Mato Grosso do Sul: Tupi-Guarani, Macro Jê, Arúak e Guaikuru.

As migrações de contingentes oriundos dos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e São
Paulo, as imigrações de países, como Alemanha, Espanha, Itália, Japão, Paraguai, Bolívia, Portugal, Síria
e Líbano foram fundamentais para o povoamento de Mato Grosso do Sul e marcaram a fisionomia dessa

região. O Estado também recebeu ciclos migratórios de quilombolas remanescentes de Minas Gerais e

Goiás, que também foram responsáveis pela formação socioeconômica e atualmente, estão distribuídos

em vinte e duas comunidades quilombolas, que mantêm suas práticas culturais.

Segundo informações do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD e do Instituto

de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA de 2010, o Estado de Mato Grosso do Sul apresenta um Índice
de Desenvolvimento Humano – IDH de 0,729, ocupando o décimo lugar no ranking dos estados

brasileiros, o que situa essa Unidade Federativa (UF) na faixa de Desenvolvimento Humano Alto. O IDH
foi calculado com base nos dados do Censo Demográfico de 2010, do IBGE, e considera questões, como

longevidade, renda e educação.

23
Cabe destacar que nas redes públicas e instituições privadas de ensino do Estado de Mato Grosso do
Sul, na etapa do Ensino Fundamental, 404.450 estudantes foram matriculados no ano de 2017; desse
quantitativo 98,9% abrange a população na faixa etária de 6 a 14 anos, conforme Anuário Brasileiro da

Educação Básica (Pnad Contínua - 2018). No que diz respeito aos índices de qualidades educacionais,
faz-se necessário focar nos desafios que se apresentam.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador,
os resultados de dois conceitos importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias

de desempenho nas avaliações. O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos
no Censo Escolar, e das médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Sistema de Avaliação da

Educação Básica – Saeb para as unidades da federação, e a Prova Brasil, para os municípios, conforme

conceituação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

O Ideb 2017, nos anos iniciais do Ensino Fundamental da rede pública, atingiu a meta e cresceu, porém

apresenta desafios para manter e aumentar a posição, de acordo com os gráficos abaixo:

IDEB 2017 NOS ANOS INICIAIS DA REDE PÚBLICA

Fonte: QEdu.org.br. Dado do IDEB/INEP 2017

O Ideb 2017, nos anos finais do Ensino Fundamental da rede pública também atingiu a meta e cresceu,
porém apresenta desafios para manter e aumentar a posição.

24
IDEB 2017 NOS ANOS FINAIS DA REDE PÚBLICA

No que se diz respeito à proficiência dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática, o Estado tem
um grande desafio, como pode-se observar no Quadro abaixo:

Ano Componente Curricular Total % O que é?


É a proporção de estudantes que aprenderam o adequado na
competência de leitura e interpretação de textos até o 5° ano na
5º Português 56% rede pública de ensino.
Dos 36.543 alunos, 21.725 demonstraram o aprendizado
adequado.

É a proporção de estudantes que aprenderam o adequado na


competência de resolução de problemas até o 5° ano na rede
5º Matemática 45% pública de ensino.
Dos 36.543 alunos, 16.324 demonstraram o aprendizado
adequado.

É a proporção de estudantes que aprenderam o adequado na


competência de leitura e interpretação de textos até o 9° ano na
9º Português 39% rede pública de ensino.
Dos 33.053 alunos, 12.972 demonstraram o aprendizado
adequado.

É a proporção de estudantes que aprenderam o adequado na


competência de resolução de problemas até o 9° ano na rede
9º Matemática 18% pública de ensino.
Dos 33.053 alunos, 6.110 demonstraram o aprendizado
adequado.
Fonte: Prova Brasil 2017, Inep.

25
Os dados apresentados nos gráficos e tabela acima, mesmo demostrando uma evolução, apontam para
a necessidade de mecanismos que efetivem a melhor qualidade educacional. Vislumbra-se que este
Currículo de Referência do Estado de Mato Grosso do Sul, construído com base na realidade local e

respeitando as competências cognitivas e socioemocionais, valorizará o processo e promoverá uma


aprendizagem significativa para nossos estudantes.

Assim, espera-se que este Currículo supere a fragmentação das políticas educacionais, contribua para a
efetivação do acesso e permanência na escola e as “aprendizagens essenciais que todos os estudantes

devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham
assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua

o Plano Nacional de Educação (PNE)” (BNCC 2017, p. 17).

2.1 Diversidade e Modalidades Educacionais

As políticas educacionais do Estado de Mato Grosso do Sul coadunam com os princípios de educação

para todos, iniciada em Fóruns realizados em Jomtien, em 1990, e em Dakar, em 2000, nos quais um

importante compromisso foi firmado entre os estados participantes a fim de ajudar a promover

progressos significativos na educação.

A Declaração de Incheon: Educação 2030: rumo a uma educação de qualidade inclusiva e equitativa e à
educação ao longo da vida para todos, escrita em 2015, no Fórum Mundial de Educação promovido

pela Unesco, na cidade de Incheon na Coréia do Sul, foi fundamentada em uma visão humanista da

educação e do desenvolvimento, com base nos direitos humanos e na dignidade, na justiça social,

inclusão, proteção, diversidade cultural, linguística e étnica.

Para cumprir essa importante agenda, as políticas educacionais de MS se estruturam para promoção de
uma organização escolar que se reconheça como espaço de aprendizagens e convivência com as

diferenças, entendendo o papel da educação como fundamental na formação humana das novas
gerações, porque “a educação escolar precisa, cada vez mais, ajudar a todos a aprender de forma mais

integral, humana, afetiva e ética, integrando o individual e social, os diversos ritmos, métodos,

tecnologias, para construir cidadãos plenos em todas as dimensões” (MORAN, 2008, p. 3).

O sistema educacional brasileiro, em seus fundamentos curriculares, aponta para princípios de inclusão,
uma vez que em seus textos legais, esse contexto é evidenciado. A Resolução n. 04, do Conselho
Nacional de Educação, de 13 de junho de 2010, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais da

Educação Básica, afirma:

26
Art. 4º As bases que dão sustentação ao projeto nacional de educação responsabilizam
o poder público, a família, a sociedade e a escola pela garantia a todos os educandos
de um ensino ministrado de acordo com os princípios de:
I - igualdade de condições para o acesso, inclusão, permanência e sucesso na
escola;[...] (grifo nosso)

Ainda, sobre a Resolução n. 04, artigo 9º, destaca-se que a escola de qualidade social adota como
centralidade o estudante e a aprendizagem, o que pressupõe atendimento aos seguintes requisitos: “[...]

II - consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à

diversidade cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações de cada comunidade”.

Esse princípio é reiterado pela Base Curricular Nacional Comum - BNCC, quando afirma, de maneira

explícita, que a Educação Básica deve compreender a complexidade e a não linearidade desse

desenvolvimento humano, assumindo uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescente e
do jovem, promovendo uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento

pleno, nas suas singularidades e diversidades. Reafirma-se que a escola, como espaço de aprendizagem

e de democracia inclusiva, deve promover práticas de respeito às diferenças e diversidades.

Emerge, nesse contexto, uma questão central, combinar a expansão dos direitos universais e a

acessibilidade efetiva para além da igualdade de oportunidades a fim de garantir a equidade de direitos
e de condições.

O princípio inclusivo requer a conjugação do desenvolvimento das capacidades das crianças, dos

adolescentes e dos jovens para a participação social, política, cultural e econômica, com a promoção do
desenvolvimento das instituições de ensino, de modo a oferecer as oportunidades de que essas

crianças, jovens e adolescentes necessitam.

2.2 Educação do Campo

A Educação do Campo é uma política pensada pelo governo e pela sociedade civil e caracteriza o resgate

de uma dívida histórica da Nação junto aos sujeitos do campo, que tiveram, durante muito tempo, o

direito a uma educação de qualidade negada.

A Educação do Campo é pautada pela Constituição Federal (1988), que consolidou o compromisso do

Estado e da sociedade brasileira em promover a educação para todos, garantindo o direito ao respeito
e à adequação da educação às singularidades culturais e regionais.

A Lei n. 9.394/96 estabelece uma base comum a todas as regiões do país, a ser complementada pelos

sistemas federal, estaduais e municipais de ensino e determina a adequação da educação e do

27
calendário escolar às peculiaridades da vida rural de cada região. Reconhece-se, nos Artigos 3º, 23, 27,
28 e 61 da referida Lei, a diversidade sociocultural e o direito à igualdade, possibilitando a definição de
diretrizes operacionais para a educação rural.

No que tange ao Estado de Mato Grosso do Sul, a Deliberação CEE/MS n. 7111, de 16 de outubro de
2003, que dispõe sobre o funcionamento da Educação Básica nas escolas do Campo, assegura que a

educação do campo seja pautada nas seguintes concepções:


 Formação humana, como direito;

 Pensada a partir da especificidade e do contexto do campo e de seus sujeitos;


 Relação com o meio ambiente (agroecologia);

 Adequação dos currículos à realidade do campo;

 Respeito à regionalidade (cultura);

 Valorização dos educadores do campo;

 Construção coletiva (comunidade/escola).

Assim, pode-se promover o protagonismo dos povos do campo, com foco no desenvolvimento humano

e garantia do direito a uma educação pensada a partir das especificidades locais, bem como vinculada

a sua cultura às necessidades humanas, sociais e locais.

2.3 Educação Especial

A Educação Especial pode ser reconhecida como área em expressiva expansão e mudanças. Trata-se da

modalidade de educação escolar oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino, para

educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, de acordo com o artigo 58, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (Redação dada
pela Lei n. 12.796, de 2013).

A transversalidade da Educação Especial é destacada pelo parágrafo 3º do artigo 58, da LDB (Redação
dada pela Lei n. 13.632, de 2018), o qual dispõe que a oferta de Educação Especial tem início na Educação

Infantil e estende-se ao longo da vida. Dessa forma, deve-se propor e garantir um sistema educacional

inclusivo em todos os níveis e modalidades de ensino, sem discriminação e com base na igualdade de

oportunidades.

O desenvolvimento curricular, em sistemas educacionais inclusivos, tem por função procurar respostas
para qualquer manifestação de diferença que possa ocorrer. O grande desafio da atualidade é retirar a

flexibilização da discussão periférica sobre a diferença e elevá-la à questão central, tomada como

28
estratégia fundamental de gestão do currículo, e que possa ter relevância na construção de uma
proposta sensível à diferença comprometida com a promoção da equidade.

A Educação Especial é compreendida, nesse sentido, como um conjunto de serviços que apoia,

complementa e suplementa este Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul; da mesma forma
articulada, deve integrar a proposta pedagógica da escola, para que, mediante a oferta de recursos de

apoio, materiais de acessibilidade, tecnologia assistiva, formação continuada, possa instrumentalizar o


estudante e o professor no contexto da sala de aula.

Tal compreensão é indispensável, posto que as adequações razoáveis que asseguram a efetividade e o
êxito dos processos de ensino e aprendizagem exigem ampla avaliação de habilidades e competências

de cada estudante, as quais devem ser registradas no Estudo de Caso e no Plano de Atendimento

Educacional Especializado. O Atendimento Educacional Especializado – AEE deve ser realizado na sala

de recursos multifuncionais e nos Centros de Atendimento Educacional Especializado, visando ao

desenvolvimento de habilidades cognitivas, socioafetivas, psicomotoras e comunicacionais dos


estudantes, considerando suas singularidades.

Integram o AEE:

 Ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e ensino da Língua Portuguesa como

segunda língua, na modalidade escrita.


 Ensino da Língua Portuguesa para estudantes surdos oralizados.

 Ensino do Sistema Braille.

 Ensino das técnicas de cálculo no Soroban.

 Ensino das técnicas de orientação e mobilidade.


 Ensino do uso de recursos ópticos e não-ópticos para estudantes cegos ou com baixa

visão.

 Utilização de estratégias para o desenvolvimento de processos mentais.

 Uso de tecnologia assistiva.


 Usabilidade e funcionalidade da informática acessível.

 Uso da Comunicação Alternativa e Aumentativa CAA.

 Uso de estratégias para enriquecimento curricular para estudantes com altas


habilidades/superdotação.

Cabe destacar que o AEE é garantido na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e em

marcos regulatórios brasileiros.

29
Para se prover condições de participação e reconhecimento no contexto educacional, devem-se colocar
em prática os princípios do desenho universal para a aprendizagem, mediante diversificação de
métodos, linguagens e recursos de ensino e aprendizagem, adotando flexibilidade nos modos de os

estudantes evidenciarem seus conhecimentos, a fim de que os objetivos curriculares sejam alcançados.

Nesse contexto, a elaboração do Plano Educacional Individualizado – PEI permite planejar ações e

propostas vinculadas ao currículo, que serão apresentadas ao estudante no decorrer da sua escolaridade
para atender às especificidades de sua aprendizagem e seu desenvolvimento. Diferenciar as práticas

pedagógicas requer rever as diversas dimensões que envolvem o currículo escolar, o que exige
planejamento e intervenções fundadas em avaliações educacionais sistematizadas sobre o processo de

ensino e aprendizagem dos estudantes público da Educação Especial (GLAT e PLETCH, 2013).

Para que o acesso ao currículo seja efetivamente oportunizado, mister se faz criar espaço visando à troca

de experiências entre a equipe escolar, para o trabalho colaborativo e o aprimoramento das práticas

pedagógicas, buscando novos conhecimentos que permitam aos profissionais reflexões e atuação como
pesquisadores, compartilhando as boas práticas com seus pares.

2.4 Educação Escolar Indígena

A Educação Escolar Indígena no Brasil vem obtendo significativos avanços desde a década de 70, no

que diz respeito à legislação que a regula, mediante os avanços legais e as novas perspectivas para o

reconhecimento da necessidade de uma educação específica, diferenciada e de qualidade para as

populações indígenas.

A Constituição Federal de 1988, marco na história brasileira para os povos indígenas, tem garantido uma

educação intercultural, bilíngue e diferenciada, que atualmente vem sendo regulamentada em vários
documentos que dão garantia legal e jurídica para a educação escolar de qualidade em áreas indígenas.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB – Lei n. 9394/96 – que orienta e especifica a
educação brasileira, no que diz respeito à educação escolar indígena, no art.78 afirma que a educação

para os povos indígenas deve ser intercultural e bilíngue; o art. 79 prevê que a União apoiará técnica e

financeiramente os sistemas de ensino por meio dos estados ou municípios.

Em 1998, o Ministério da Educação publicou o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas
– RCNE/Indígena, objetivando oferecer subsídios para a elaboração de projetos pedagógicos, com o
intuito de orientar a prática educativa de professores e profissionais da educação em cursos nas áreas

indígenas, bem como oferecer uma educação intercultural dentro de suas características, concepções e

30
princípios, calendários, pedagogia diferenciada, objetivos, conteúdos, espaços e momentos para a
educação escolarizada, conforme os anseios e as expectativas de cada comunidade.

Em 1999, a Resolução CEB n. 3/CNE/99 fixa as Diretrizes Nacionais para o funcionamento das Escolas

Indígenas e estabelece no art. 1º “[...] no âmbito da educação básica, a estrutura e funcionamento das
Escolas Indígenas, reconhecendo-lhes a condição de escolas com normas e ordenamento jurídico

próprio, e fixando as diretrizes curriculares do ensino intercultural bilíngue, visando à valorização plena
das culturas dos povos indígenas e à afirmação e manutenção de sua diversidade étnica”.

Em 2015, o Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul elaborou, com a colaboração dos
povos indígenas e a devida homologação da Secretaria de Estado de Educação, a Deliberação CEE/MS

n. 10.647, que fixa normas para a organização, estrutura e funcionamento das Escolas Indígenas no

Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul.

Conforme o relato histórico apresentado, é evidente que atualmente os povos indígenas têm o direito

garantido a uma escola específica e diferenciada, respeitando a diversidade, as diferenças étnicas, a


língua, a cultura, as tradições e os costumes que constituem cada grupo.

Diante dos avanços legais e sociais que as comunidades indígenas têm conquistado, verifica-se, de outro

lado, a necessidade de que as escolas não indígenas tenham conhecimentos dessas realidades,

principalmente porque essas estão inseridas no contexto histórico e social do Estado de Mato Grosso

do Sul. Nesse sentido, é preciso que as escolas contemplem em seus currículos as especificidades e

diversidades locais e regionais, conforme preconiza a BNCC.

2.5 Educação de Jovens e Adultos

Pensar sujeitos para a Educação de Jovens e Adultos em Mato Grosso do Sul é compreender essa
modalidade de ensino na multiplicidade de circunstâncias e na dinâmica social contemporânea em que

essa diversidade se estabelece.

Cabe ressaltar, a partir da constituição histórica do processo de formação do Estado de Mato Grosso do

Sul, as especificidades e trajetórias distintas dos estudantes da EJA, podendo atender os povos do

campo, das águas e da floresta, os oriundos de países fronteiriços, como Paraguai e Bolívia, e também

os adolescentes, jovens e adultos que se encontram privados de liberdade, além de pessoas com
necessidades educacionais específicas, público da Educação Especial.

Nos municípios de maior concentração das atividades econômicas, associadas aos diferentes setores da

economia sul-mato-grossense, observa-se que os adolescentes, jovens e adultos trabalhadores buscam


31
essa modalidade de ensino como uma oportunidade de concluírem os estudos, muitas vezes por
exigência do próprio trabalho, com vistas ao Ensino Superior, uma vez que entendem o valor
significativo da educação no exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Nessa perspectiva, percebe-se que os adolescentes, jovens e adultos que buscam os cursos de Educação
de Jovens e Adultos procuram mais que conhecimentos prontos para serem reproduzidos, querem

sentir-se sujeitos ativos e participativos na sociedade em que estão inseridos.

Assim, o currículo na Educação de Jovens e Adultos deve contemplar uma forma de organização

abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes estão articulados à realidade em que o


adolescente, o jovem e o adulto se encontram, viabilizando um processo integrador dos diferentes

saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas do conhecimento.

2.6 Educação Quilombola

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica definem

que a Educação Escolar Quilombola requer pedagogia própria, respeito à especificidade étnico-racial e

cultural de cada comunidade, formação específica de seu quadro docente, materiais didáticos e

paradidáticos específicos. Ainda, devem-se observar os princípios constitucionais, a base nacional

comum e os princípios que orientam a Educação Básica Brasileira; além disso, a Educação Escolar
Quilombola deve ser oferecida nas escolas quilombolas e naquelas escolas que recebem esses

estudantes fora de suas comunidades de origem.

De acordo com o artigo 2º do Decreto n. 4.887, de 20 de novembro de 2003, os quilombos são "grupos

étnico-raciais segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações

territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão
histórica sofrida".

As comunidades quilombolas do Estado de Mato Grosso do Sul são múltiplas e variadas e encontram-
se distribuídas em todo o território, tanto no campo quanto nas cidades. Assim, é necessário pensar o

currículo a partir dessa complexidade e contemplar as diferenças culturais e sociais de cada comunidade,

podendo ser ponto de fortalecimento cultural e local, como preconiza a BNCC.

32
3. Temas contemporâneos
Tenho o privilégio de não saber quase tudo.
E isso explica o resto.

Manoel de Barros (2010)

A sociedade atual, constantemente em processos de transformação, exige da educação formal

mudanças de paradigmas no que se refere à orientação e promoção de valores essenciais à vida, às


relações sociais e ao convívio na coletividade. A educação formal tornou-se lócus para a formação ética

dos sujeitos, haja vista as inserções de temáticas desse contexto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional; nas Diretrizes Nacionais Gerais para Educação Básica, bem como na Legislação Estadual.

Essas temáticas devem ser inclusas no currículo e visam contemplar as características regionais e locais

do Estado de Mato Grosso do Sul, estabelecendo links entre a cultura, a economia e os sujeitos que

formam o Estado, além de ser ponto de fortalecimento das diversas comunidades, como também de

partida para as discussões que englobem diversos temas do momento atual. Para tanto, o trabalho

pedagógico deverá partir da interdisciplinaridade, da contextualização e da transversalidade.

3.1 O Estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

A temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena está prevista no Artigo 26 - A da Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional, alterado por meio da Lei n. 11.645, de 10 de março de 2008, que inclui a
obrigatoriedade desta temática nos currículos oficiais das redes de ensino.

Segundo essa Lei, os conteúdos devem incluir:


[...] diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da
população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história
da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura
negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional,
resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à
história do Brasil (BRASIL, 2008).

A Lei ainda determina que esses conteúdos sejam abordados em todo o currículo e em especial nas

áreas em que se concentram a Arte, a Literatura e a História do Brasil. Reconhece-se para essa temática

a Resolução CNE/CP n. 1, de 17 de junho de 2004, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

cujo objetivo é:

33
a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores
que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de
interagir e de negociar objetivos comuns que garantam a todos, respeito aos direitos
legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira
(BRASIL, 2013, p. 492).

Especificamente em Mato Grosso do Sul, é possível recorrer ao Parecer Orientativo CEE/MS n. 131, de

2005, o qual afirma que a população brasileira foi privada, por meio da história contada, dos benefícios

de uma cultura evidentemente plural e rica.

O documento indica que:


[...] a valorização da diversidade, construindo uma nova forma de se relacionar com as
matrizes culturais e identidades que compõem a sociedade brasileira, com o elemento
enriquecedor das relações raciais é uma das principais formas de introduzir a discussão
e trabalhar com esta diversidade (MATO GROSSO DO SUL, 2005, p. 11).

Por fim, o Parecer determina que “a educação é um dos veículos de reprodução do racismo, preconceito
e discriminação tão presentes na sociedade, portanto é tarefa da mesma desconstruir e transformar a

situação posta” (MATO GROSSO DO SUL, 2005, p. 11)

3.2 Direitos das Crianças e dos Adolescentes

A escola, por sua função social, tem grande responsabilidade no desenvolvimento das relações,

concepções, práticas e valores intrínsecos de cada ser, levando em consideração que essas podem ser
formadas, reformadas ou desconstruídas. Portanto, além de contribuir com a formação acadêmica dos

estudantes, tem a missão de educar para o exercício da cidadania.

A inserção dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes no âmbito escolar está pautada na Lei n. 11.525,

de 25 de setembro de 2007, que acrescenta o § 5º ao Art. 32 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de

1996, para incluir conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do Ensino
Fundamental, e na Lei n. 13.010, de 26 de junho de 2014, que altera a Lei n. 8.069, de 13 de julho de

1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), para estabelecer o direito da criança e do

adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos, ou de tratamento cruel, ou

degradante, e altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Explica-se que a Lei n. 11.525/2007 torna obrigatórios, no currículo do Ensino Fundamental,


conhecimentos que tratem dos direitos das crianças e dos adolescentes, conforme o disposto no

Estatuto da Criança e do Adolescente, enquanto a Lei n. 13.010/2014 inclui nos currículos da Educação
Básica conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra
a criança e o adolescente, de forma transversal, em consonância com o Estatuto da Criança e do

Adolescente.

34
Reconhece-se a escola como um espaço de difusão de conhecimentos e de interação social para as
crianças e adolescentes, ou seja, os sujeitos frequentadores da escola são os mesmos a quem o Estatuto
da Criança e do Adolescente protege.

A partir da concepção de que a cidadania só ocorre no exercício da cidadania, a escola, enquanto espaço
de formação, neste currículo entendida como educação integral, promoverá a vivência dos direitos e

deveres das crianças e adolescentes fornecendo subsídios para a vida em sociedade.

Investir na prevenção é uma das formas de proteger as crianças e os adolescentes das situações de risco.

Pode-se investir em prevenção em articulação com a Rede Atendimento, a qual promove uma postura
de respeito e cooperação recíproca, para que seja possível propor soluções adequadas a cada caso. É

imprescindível dialogar e atuar em permanente articulação interinstitucional. Cabe destacar que a Rede

de Atendimento é o conjunto articulado de instituições governamentais e não governamentais

operando para efetivar os direitos das crianças e dos adolescentes. A escola pode e deve fazer os

encaminhamentos para a rede quando constatar alguma violação de direitos.

Conforme priorizado no ECA, o papel da escola, frente às demandas do seu cotidiano, está relacionado

à promoção, prevenção e proteção, devendo conhecer a Rede de Atendimento, para a divisão de

responsabilidades e tarefas e, assim, efetivar os encaminhamentos necessários aos pais, responsáveis

e/ou às autoridades (Conselho Tutelar, Delegacia, Justiça, dentre outros), a fim de garantir o
desenvolvimento intelectual e humano da infância e juventude.

No âmbito educacional, é necessário um trabalho sistemático com todos os autores envolvidos nesse

processo, para elaborar planos de ação pedagógica, priorizando os direitos dos nossos estudantes.

Difundir o conhecimento da Rede de Atendimento para todos da comunidade escolar é fundamental


para buscar e executar estratégias que garantam o cumprimento do ECA.

3.3 Educação em Direitos Humanos

A Educação em Direitos Humanos está assegurada na Resolução CNE/CP n. 1, de 30 de maio de 2012,

que estabelece as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos.

Nessas diretrizes encontra-se a explicação de que a Educação em Direitos Humanos é um dos eixos

fundamentais do direito à educação. Isto quer dizer que a educação deve pautar-se em práticas
educativas alicerçadas nos Direitos Humanos e “em seus processos de promoção, proteção, defesa e
aplicação na vida cotidiana e cidadã de sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e

coletivas” (BRASIL, 2013, p. 512).

35
Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, direitos humanos são
“reconhecidos como um conjunto de direitos civis, políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais,
sejam eles individuais, coletivos, transindividuais ou difusos, referem-se à necessidade de igualdade e

de defesa da dignidade humana” (BRASIL, 2013, p. 512).

Cabe destacar que os conhecimentos da Educação em Direitos Humanos podem ser inseridos no

currículo de três formas: I- pela transversalidade e interdisciplinaridade; II- pelos conteúdos específicos
de componentes curriculares já existentes; e III- pela combinação da transversalidade e da

disciplinaridade.

Diante do exposto, evidencia-se que a escola é um espaço privilegiado para a formação da cidadania

ativa, porque contribui sistematicamente para o desenvolvimento do ser humano. Isso implica propor

aos aprendizes, constantemente, a vivência da Educação em Direitos Humanos, a fim de analisarem,

compreenderem e modificarem o ambiente em que estão inseridos de uma forma positiva,

possibilitando a ponte para uma sociedade mais justa que reflita os anseios invocados nas competências
gerais previstas na BNCC.

3.4 Educação Ambiental

A Educação Ambiental desenvolvida na escola constitui-se pelo princípio de sensibilização e formação

crítica de cidadãos conscientes de suas ações em relação ao mundo em que vivem. De acordo com a Lei

9.795, de 27 de abril de 1999, a Educação Ambiental é entendida como processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente e sua sustentabilidade.

Especificamente, para a educação formal, a referida lei explicita que a Educação Ambiental será
desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e

modalidades do ensino formal. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação


Ambiental, a inserção dos conhecimentos concernentes à Educação Ambiental nos currículos da

Educação Básica pode ocorrer de três maneiras: i) pela transversalidade, mediante temas relacionados

com o meio ambiente e a sustentabilidade socioambiental; ii) como conteúdo dos componentes já

constantes do currículo; e iii) pela combinação de transversalidade e de tratamento nos componentes


curriculares.

No Estado de Mato Grosso do Sul, em 06 de junho de 2018, foi lançado o Programa Estadual de

Educação Ambiental - PROEEA/MS que aborda a Educação Ambiental no espaço formal e apresenta
que:

36
[...] a grande tarefa da escola é proporcionar um ambiente escolar saudável e coerente
com aquilo que pretende que seus estudantes aprendam, para que possa, de fato,
contribuir para a formação da identidade como cidadãos conscientes de suas
responsabilidades com o meio ambiente e capazes de atitudes de proteção e melhoria
em relação a ele (MATO GROSSO DO SUL, 2018, p. 17).

Assim, o Programa, que está estruturado em ações, prevê para a educação formal o “estímulo à execução

de programas, projetos e ações de educação ambiental diretamente para escolas e instituições

parceiras” (MATO GROSSO DO SUL, 2018, p. 27); a “promoção, apoio e incentivo à realização de eventos
de educação ambiental para as escolas públicas e privadas” (MATO GROSSO DO SUL, 2018, p. 31); a

“promoção do intercâmbio das práticas de Educação Ambiental desenvolvidas nas escolas que

apresentam particularidades culturais, ambientais, econômicas e sociais, urbanas e rurais, destacando as

escolas pantaneiras, indígenas, quilombolas e de assentamentos” (MATO GROSSO DO SUL, 2018, p. 31);

a “inserção da educação ambiental na capacitação de agentes multiplicadores e na formação continuada


de professores, favorecendo o intercâmbio de informações, materiais e experiências entre instituições,

para atuação em Educação Ambiental formal e não formal”; e a “inserção da Educação Ambiental na
capacitação de agentes multiplicadores e na formação continuada de professores, favorecendo o

intercâmbio de informações, materiais e experiências entre instituições, para atuação em Educação

Ambiental formal e não formal” (MATO GROSSO DO SUL, 2018, p. 28).

A Educação Ambiental proposta neste Currículo é a que “aponta múltiplos percursos possíveis a serem
trilhados pela escola e pela comunidade, com a adoção de princípios e práticas sociais sustentáveis,

além de favorecer o envolvimento direto dos sujeitos sociais no processo educativo” (BRASIL, 2011).

Essa visão pressupõe a transformação das escolas em Espaços Educadores Sustentáveis, ou seja, em

espaços que “mantêm uma relação equilibrada com o meio ambiente e compensam seus impactos com
o desenvolvimento de tecnologias apropriadas, de modo a garantir qualidade de vida para as gerações

presentes e futuras” (BRASIL, 2011).

Para que essa proposta se efetive, as transformações escolares devem ocorrer em três eixos: espaço

físico, gestão e currículo. A transformação no espaço físico envolve pesquisa acerca do uso e do
funcionamento das edificações, a arquitetura dos prédios escolares e o atendimento às necessidades
locais. As mudanças na gestão estão intimamente relacionadas aos princípios da democracia e da

participação, ou seja, a gestão escolar tem responsabilidade compartilhada, inclusive com a Comissão
de Meio Ambiente e Qualidade de Vida – Com-Vida. Por fim, a modificação no currículo pressupõe a

inserção da Educação Ambiental no Projeto Político Pedagógico da escola, de forma interdisciplinar e


transdisciplinar, para promoção de sujeitos críticos, éticos e pautados em atitudes sustentáveis.

37
Nesse sentido, a escola, enquanto comunidade de aprendizagem, deve ser um dos agentes sociais e
engajar-se na proposição de ações que minimizem impactos ambientais e dialoguem com os princípios
da sustentabilidade.

3.5 Educação para o Trânsito

O Código de Trânsito Brasileiro instituído, pela Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, estabelece que

a Educação para o Trânsito seja promovida na pré-escola e nas escolas de Ensino Fundamental e de

Ensino Médio, por meio de ações planejadas e coordenadas entre entidades do Sistema Nacional de
Trânsito e da Educação. Assim, a Educação para o Trânsito está inserida nas Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para a Educação Básica como pertencente à parte diversificada do currículo.

O objetivo da Educação para o Trânsito é estimular hábitos e comportamentos seguros no trânsito,

transformando o conhecimento em ação, por meio de observação, vivências e situações cotidianas.

Outrossim, a Educação para o Trânsito provoca a interpretação do mundo em que o sujeito vive, ou seja,
pode reconstruir conceitos e valores condizentes ao exercício da cidadania.

Desse modo, faz-se necessário compreender o trânsito como parte da vida cotidiana do cidadão. As

crianças, os adolescentes e os jovens que se enquadram na categoria de pedestre precisam conhecer as

leis, os símbolos e os agentes de trânsito e conviver com os mesmos. Numa proposta contínua de
Educação para o Trânsito, percebe-se a relevância do papel desenvolvido pelos estabelecimentos de

ensino na ampliação dos conhecimentos acerca dos direitos e deveres do pedestre e dos futuros

motoristas.

Para tanto, a escola deverá apresentar em seu Projeto Político Pedagógico (PPP) a Educação para o

Trânsito para que esse tema seja inserido no currículo escolar, tendo como principal foco a formação
cidadã e o desenvolvimento de ações que propiciem aos estudantes experienciar práticas educativas

relacionadas ao assunto proposto, com possibilidades de mudança de valores, comportamento e


atitudes.

De acordo com as Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito, a abordagem do tema trânsito deve

ser realizada de forma abrangente de modo que seja contemplada em todos os componentes

curriculares, haja vista ser uma temática inerente à realidade de todos os estudantes e profissionais que
compõem a equipe escolar. Nessa perspectiva, a Educação para o Trânsito deve ser compreendida como
construção do conhecimento, mormente, ao favorecer o desenvolvimento de atitudes de respeito,

solidariedade, além de outros valores indispensáveis para a convivência e segurança no trânsito, com
vistas à construção de uma sociedade justa, equânime e igualitária.

38
Assim, considera-se que a Educação para o Trânsito não pode ser reduzida à mera transmissão de regras
de trânsito e representação de símbolos e objetos, pois deve suscitar análises e reflexões acerca de
valores e condutas adotadas em prol do bem comum, oportunizando aos estudantes serem agentes

transformadores do espaço em que vivem.

Considera-se, a partir dessa compreensão, que a Educação para o Trânsito corrobora a médio e longo

prazo para reduzir acidentes de trânsito, pois elevam os níveis de consciência social e responsabilidade
individual e coletiva dos cidadãos.

3.6 Educação Alimentar e Nutricional

A temática da Educação Alimentar e Nutricional foi inserida no artigo n. 26 da Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional por meio da Lei n. 13.666, de 16 de maio de 2018. Além disso, há a Política

Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), que foi atualizada pela Portaria n. 2.715, de 17 de

novembro de 2011, e visa à “melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população
brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e

nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição”

(BRASIL, 2013, p. 21).

Entende-se que os momentos de alimentação escolar fazem parte de uma proposta pedagógica
pautada no desenvolvimento pleno dos sujeitos. Por isso, ao tratar a temática transversalmente, torna-

se possível orientar os aprendizes a respeito de hábitos alimentares saudáveis. Nesse sentido, a prática

educativa para a formação de hábitos alimentares saudáveis deve respeitar os valores culturais, sociais,

afetivos e comportamentais, assim como promover a reflexão acerca da cadeia produtiva dos alimentos,

com destaque para as questões de meio ambiente e saúde pública.

3.7 Educação Fiscal

A Educação Fiscal, de acordo com o Documento-Base do Programa Nacional de Educação Fiscal, é

entendida como um processo educativo que visa à construção de uma consciência voltada ao exercício

da cidadania, objetivando e propiciando a participação do cidadão no funcionamento e

aperfeiçoamento dos instrumentos de controle social e fiscal do Estado. O desenvolvimento desse tema

pauta-se na conscientização acerca do pagamento de tributos e no fomento aos cidadãos para


monitorarem a aplicação desses tributos, visando à melhoria de vida da população.

O trabalho com esse tema permite a formação de cidadãos atuantes, que compreendam as manobras

de consumo de massa, a estrutura e o funcionamento da administração pública, a função

39
socioeconômica dos tributos e as estratégias de aplicação dos recursos públicos. Esses poderão
desenvolver valores e atitudes, por meio de competências e habilidades necessárias ao exercício dos
direitos e deveres do consumidor, no que tange aos aumentos de impostos e insumos fiscais, por

exemplo, posicionando-se junto aos órgãos competentes, quando necessário.

Ademais, entende-se que a Educação Fiscal é uma temática a ser desenvolvida transversalmente, pois

estimula a cidadania participativa e extrapola os muros da escola, ao passo que proporciona aos sujeitos
aprendizes a compreensão de que os recursos públicos são provenientes do pagamento de tributos

realizados por todos que habitam este país. Assim, faz-se necessário possibilitar às crianças, aos
adolescentes e jovens, em todas as etapas de ensino e modalidades, a apropriação dos fundamentos

das finanças públicas, por meio de linguagem lúdica e clara, possibilitando-lhes a compreensão de

caminhos possíveis para saberem intervir. Dessa maneira, pretende-se que as crianças, adolescentes e

jovens compreendam que as práticas educativas de Educação Fiscal vinculam-se também à preservação

do patrimônio público e aos direitos individuais e coletivos observados na Constituição Federal de 1988.

3.8 Educação Financeira

A Educação Financeira revela-se como estratégia educativa a partir do Decreto n. 7.397, de 22 de

dezembro de 2010, que institui a Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF que visa à
promoção da educação financeira e previdenciária e a contribuição para o fortalecimento da cidadania,

a eficiência e solidez do sistema financeiro nacional e a tomada de decisões conscientes por parte dos

consumidores.

A ENEF utiliza-se do conceito de Educação Financeira definido pela Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Econômico – OCDE e que se traduz para este Currículo como “o processo mediante
o qual os indivíduos e as sociedades melhoram sua compreensão dos conceitos e dos produtos

financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, adquiram valores e competências
necessários para se tornarem conscientes das oportunidades e dos riscos neles envolvidos” (OCDE,

2005). Desse modo, espera-se que os sujeitos sejam comprometidos com o futuro das sociedades.

Assim, as estratégias de aprendizagem para a Educação Financeira geram novos conhecimentos a partir

da experiência de vida das crianças, dos adolescentes e dos jovens, os quais têm a oportunidade de
dialogarem, vivenciarem e refletirem sobre alguns conceitos, tais como: poupança, crédito,
administração de recursos, investimento, preços, consumo, dinheiro e renda. Logo, o percurso de

aprendizagem no que se refere à Educação Financeira não pode, tão somente, trazer esses conceitos,
mas também fazer com que a criança, o adolecente e o jovem compreendam as suas implicações para

40
a sociedade, inclusive no que tange à garantia dos direitos individuais e coletivos observados na
Constituição Federal de 1988.

3.9 Saúde, Sexualidade e Gênero, Vida Familiar e Social

Entende-se que, para o desenvolvimento do ser social, neste documento nomeado criança, adolescente

e jovem, faz-se necessário compreender o contexto social e histórico em que esse está inserido. A escola

é um dos espaços em que os sujeitos em desenvolvimento demonstram situações de relacionamentos

que dizem respeito à formação e ao lugar que ocupam na sociedade.

Especificamente para as crianças, a escola é um dos primeiros lugares em que descobrem diferenças

porque é no cotidiano escolar que compartilham espaços, dividem ideias, entram em conflitos e
reproduzem/recriam/superam valores. A sexualidade deve ser pauta durante todo o processo de

desenvolvimento das crianças, dos adolescentes e jovens dentro do espaço escolar, no viés da saúde e

compreensão do funcionamento do corpo. Além disso, a cultura, os saberes e a educação que as


crianças, os adolescentes e jovens recebem da família e dos outros espaços sociais fornecem elementos

para a compreensão das questões de sexualidade e gênero.

Dessa maneira, a escola contribui para promoção da saúde, que é entendida pela Organização Mundial

da Saúde como “o completo bem-estar físico, mental e social, e não só a ausência de doenças”. Assim,
costumeiramente, os currículos abordam questões de saúde física, ou seja, aquela preocupada com as

condições do corpo em relação a doenças e ao vigor físico. Mas, para que o princípio da educação

integral seja alcançado, ampliam-se os diálogos de saúde, o que implica a escola favorecer a saúde

mental, que se relaciona à qualidade de vida emocional e cognitiva das crianças, dos adolecentes e dos

jovens, e a saúde social, que se refere à capacidade de interagir com outros e conviver bem em
ambientes sociais.

3.10 Respeito, Valorização e Direitos dos Idosos

Ao estabelecer o Estatuto do Idoso, via Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003, o Brasil inicia a regulação

dos direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Consoante ao

Estatuto, o idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, assegurando-lhe

todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

Além disso, o Estatuto traz a responsabilidade à família, à comunidade, à sociedade e ao Poder Público

da incumbência, em prioridade, da “efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à

41
cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à
convivência familiar e comunitária” (BRASIL, 2003). Nesse tocante, infere-se à escola a responsabilidade
na propagação de conhecimentos e experiências em que os idosos sejam respeitados e valorizados,

além da responsabilidade para com os seus direitos. Assim, retoma-se a discussão de que a escola é
lócus para o exercício da cidadania ativa e essa temática é mais uma oportunidade para as crianças, os

adolescentes e jovens vivenciarem a coletividade.

3.11 Conscientização, Prevenção e Combate à Intimidação Sistemática (Bullying)

A escola é um espaço de socialização e interação que possibilita aos estudantes o encontro com um

universo além do ambiente familiar. Justamente pela variedade de estilos, culturas e valores a escola

também se caracteriza como um espaço de conflitos. “Aprender a lidar com os conflitos escolares de

forma assertiva é essencial para o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis e de um ambiente

escolar sustentável” (Conflitos Escolares, 2018).

O bullying é uma prática violenta e intencional praticada entre pares, com desigualdade de poder, que

gera dor e sofrimento para todos os envolvidos. Essa forma de violência constitui ou alimenta uma

condição de risco, que pode levar o indivíduo a apresentar desordens de diversos níveis (YUNES;

SZYMANSKI, 2001; FANTE, 2012, SCHULTZ et al., 2012). Por provocar tantos males, é importante que a
escola não minimize as ocorrências de bullying, devendo potencializar, por meio dos educadores,

interações significativas que contribuam para processos de resiliência diante das adversidades

encontradas no ambiente escolar (YUNES, 2003; YUNES et al., 2015).

A Lei n. 13.185, de 6 de novembro de 2015, instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática

(bullying) em todo território nacional. Esse Programa conceitua bullying como “todo ato de violência
física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por

indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando
dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas” (BRASIL,

2015).

Dentre os objetivos do programa, destaca-se o de:


IX - promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de
violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação sistemática (bullying), ou
constrangimento físico e psicológico, cometidas por estudantes, professores e outros
profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar (BRASIL, 2015).

A referida lei ainda estabelece às escolas medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate
ao bullying. De maneira complementar a esse Programa, a Lei n. 13.663/2018 foi sancionada e alterou o

artigo 12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, com a finalidade de incluir que as escolas
42
promovam medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, em
especial ao bullying, e estabeleçam a cultura de paz.

A escola é um ambiente que propicia experiências de relações de hierarquia, vivências de igualdade e

convívio com as diferenças, que influenciam a formação do indivíduo (CANTINI, 2004). Devido a essas
características, Pietro, Yunes e Lima (2014) consideram que a escola deveria oportunizar a transformação

das estruturas sociais, e não apenas responsabilizar-se pela difusão de conhecimentos. É de fundamental
importância que a escola não minimize as atitudes violentas que ocorrem em seu ambiente, pois essas

devem ser tratadas e receber a devida atenção e enfrentamento em prol do futuro saudável dos
estudantes.

Conforme contextualizado acima, a escola pode e deve desenvolver ações com o objetivo de

conscientizar sobre o bullying e reunir informações para traçar planos de enfrentamento e prevenção.

Para isso, faz-se necessário discutir com toda a comunidade essa problemática e definir ações coletivas

para sua resolução. Dentre as ações, é importante que os professores e a equipe pedagógica percebam
as situações de ocorrência, intervindo e orientando os estudantes a respeito do problema e suas

consequências, encaminhando os casos das vítimas e dos agressores aos atendimentos de assistência,

saúde ou outra área pertinente.

Cabe destacar que nesse processo é importante a descrição de regras claras sobre o bullying no Projeto
Político Pedagógico, no Regimento Escolar e no Regimento Interno, buscando, assim, formar um elo de

prevenção e cidadania no âmbito escolar. Ações conjuntas levam à compreensão por parte de todos os

sujeitos envolvidos de que a construção coletiva torna-se mais efetiva para o enfrentamento do bullying.

Com relação a essa temática, pondera-se que, de forma geral, os atores educacionais têm dificuldades
para enfrentá-la, adotando em maior medida ações pontuais e de cunho punitivo (FISCHER, 2010;

GONÇALVES, 2011), que vão contra o que a literatura científica tem indicado como prevenção, que são

estratégias sistematizadas, contínuas, de vários tipos e que incidem, principalmente, na melhoria da

qualidade das relações entre pares (FRICK, 2016).

Estudiosos em educação vêm demonstrando cada vez mais a importância de se adotar uma concepção

de escola como lugar onde não apenas se ensina conhecimentos e se transmite conteúdos, mas também
onde se aprende a viver com os outros e a respeitá-los (MENIN; BATAGLIA; ZECHI, 2013; SERRANO,
2002, ZECHI, 2014).

43
3.12 Cultura sul-mato-grossense e diversidade cultural

O Estado de Mato Grosso do Sul, conforme o Parecer CEE/MS n. 235/2006, do Conselho Estadual de

Educação, tem vivenciado experiências que demonstram a relevância das manifestações culturais entre
povos diversos, unidos por questões históricas, geográficas, políticas e ideológicas.

O Parecer também se fundamenta conceitualmente e menciona que a “cultura abrange música, teatro,

artes plásticas, artesanato, manifestações étnicas, prédios históricos, dentre outros e tem um caráter que

extrapola os limites da estética, mas envolve valores, concepções, ideologias, constituição histórica e
diversos outros aspectos que designam um povo” (MATO GROSSO DO SUL, 2006).

Assim, a abordagem desse tema deve destacar as contribuições do campo na cultura de Mato Grosso
do Sul, nas diversas manifestações artísticas e também na constituição e divisão dos territórios, tanto

geográfica quanto historicamente, partindo sempre do contexto da diversidade na qual o estado foi

construído e fundamentado historicamente.

Nesse sentido, a escola, como espaço de educação formal, deve favorecer o conhecimento das

produções regional e local, bem como divulgá-las e valorizá-las, pois a partir do momento em que a

criança, o adolescente e o jovem compreendem a sua história e a história do lugar de onde vieram,

percebendo que a cultura surge de várias contribuições, aprenderão a respeitar e colaborar para a
valorização cultural.

3.13 Superação de Discriminações e Preconceitos como Racismo, Sexismo,

Homofobia e Outros

A escola é difusora de conhecimento científico e garantia do direito à educação previstos na Constituição

Federal. A Carta Magna determina que todos sejam iguais perante a lei e que não haja distinção de

qualquer natureza entre as pessoas, ou seja, não há espaço para discriminações e preconceitos e, por
isso, a escola, como instituição social, deve ser ambiente de combate à violência. Isso quer dizer que a

escola pode oportunizar às crianças, aos adolescentes e aos jovens a apropriação de identidades e a
reflexão sobre os padrões de comportamento vivenciados pela sociedade, buscando uma visão de

equidade, na qual todos tenham os mesmos direitos e deveres, independente de suas origens, credo,
orientação sexual.

Nessa lógica, a escola precisa ser entendida como espaço de convivência de sujeitos cujas ações sejam
pautadas em medidas que anulem e atenuem as práticas de discriminação e preconceitos que violam

44
os direitos humanos e sociais. Assim, o currículo passa a ser possibilitador de uma abordagem educativa,
pautada no diálogo e nas vivências, que supere essas práticas.

3.14 Cultura Digital

A Deliberação CEE/MS n. 10.814, de 10 de março de 2016, que estabelece normas para a Educação

Básica no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, reforça a utilização das Tecnologias da

Informação e da Comunicação como recursos aliados ao desenvolvimento da aprendizagem. Assim,este

Curriculo apresenta a Cultura Digital como tema contemporâneo relevante que deve ser vivenciado nas
escolas contemporâneas.

O mundo expandiu-se além de fronteiras físicas convencionais e não convencionais e a relação com ele
também mudou. As Tecnologias da Informação e Comunicação modificaram a forma de se comunicar

e de aprender. Dessa forma, é necessário promover, nas escolas, estratégias em que a tecnologia se

torne um instrumento capaz de incentivar o desenvolvimento de novas soluções para resoluções de


problemas, potencializando a aprendizagem das crianças, dos adolescentes e dos jovens e

impulsionando a qualidade e a equidade da educação pública, conforme pontua o documento Notas

Técnicas, elaborado pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira/CIEB:

A tecnologia da informação e da comunicação tem modificado a forma como nos


comunicamos e o modo como aprendemos. Com isso, a escola precisa estar preparada
para oferecer aos estudantes subsídios que auxiliem o desenvolvimento de
competências e habilidades necessárias para atuar nesse novo contexto com
protagonismo, postura ética e visão crítica (CIEB, 2018, p. 4).

A escola não pode ser um sistema à parte, e o conhecimento não é privilégio apenas desse espaço. É

preciso abrir as portas à comunidade para entender as aproximações e os afastamentos entre espaços

escolares e Cultura Digital. Uma mudança de atitude diante das tecnologias significa passar a encará-
las como ferramentas de transformação da escola e, consequentemente, da sociedade.

Nesse cenário, Prensky (2001) afirma a importância em reconhecer que os sujeitos mudaram, uma vez
que nasceram em uma nova cultura e aprendem com nova linguagem. Não menos importante é

entender que existem crianças, adolescentes e jovens hábeis no manuseio das Tecnologias da

Informação e Comunicação – TIC, mas com dificuldades para utilizá-las no processo de autogestão do

conhecimento, para o desenvolvimento de soluções tecnológicas, a fim de se tornarem usuários críticos


e autônomos.

O professor que reconhece as crianças, os adolescentes e os jovens como pertencentes a esta geração

será capaz de selecionar as mídias, distinguir suas semelhanças e diferenças, identificar as tecnologias,
45
às quais tem acesso, e quais as competências digitais já possui ou necessita e que possam ser relevantes
para sua formação integral. Esse profissional precisa exercer a curadoria digital, garantir os conteúdos e
perceber que os conceitos não podem ser desconsiderados, pois o que mudou e continua mudando,

em ritmo acelerado, são as possibilidades de acesso à informação, e filtrá-las é fundamental.

Assim, o que se espera dos sujeitos da Educação Básica, como indivíduos imersos na Cultura Digital, é

que compreendam, utilizem e criem tecnologias digitais de forma crítica, significativa e ética, nas
diversas práticas e espaços sociais (incluindo a escola) nos quais atuam e, a partir daí, comuniquem-se,

acessem e produzam informações e conhecimentos, resolvam problemas e exerçam o protagonismo e


a autoria nesses espaços e tempos da sua vida, no mundo contemporâneo (BNCC³, p. 32).

A partir desses pressupostos, discute-se a importância da relação da educação com a cultura. Para

Santaella (2003), há uma divisão das eras em seis tipos de formação: a cultura oral, a cultura escrita, a

cultura impressa, a cultura de massas, a cultura das mídias e a Cultura Digital. A autora defende que não

há separação entre uma forma de cultura e o ser humano, uma vez que somos essas culturas. Tratar da
Cultura Digital requer o entendimento de contextos mais amplos, tanto dentro quanto fora da escola,

sob a perspectiva de integração dessas linguagens com o currículo. A escola deve assumir o papel de

formar cidadãos para a complexidade e os desafios do mundo.

O conceito de Cultura Digital não está consolidado, porém na contemporaneidade ganha destaque. Do
ponto de vista teórico esse tema se aproxima de outros, como sociedade da informação, cibercultura,

revolução digital, era digital, utilizados por autores e pensadores, demarcando esta época, na qual as

relações humanas são fortemente mediadas por tecnologias e comunicações digitais.

Sob essa vertente, pode-se afirmar que os sujeitos estão imersos na Cultura Digital, uma vez que as
tecnologias digitais estão inseridas no cotidiano, quando se utiliza os aplicativos de delivery de

alimentação, de transporte privado urbano, de bancos digitais, de abastecimento de carros, dentre

outros. Assim, quando se fala de mundo contemporâneo e do cotidiano das crianças, dos adolescentes

e dos jovens, está se falando de tecnologia digital.

A Cultura Digital está articulada com qualquer outro campo além das tecnologias. A ideia é que em

todas as áreas do conhecimento as atividades visem à formação integral dos sujeitos, ou seja, que
desenvolvam competências e habilidades ativas diante das tecnologias.A tecnologia pode auxiliar na
compreensão e na construção colaborativa de textos, vídeos e outras formas de comunicação próprias

da Cultura Digital, como: memes, menes, gifs, QR Codes, dentre outras, promovendo o letramento digital.

46
A Cultura Digital é tão maleável que se apresenta tanto a serviço do comportamento consumista quanto
do emancipatório e colaborativo. As crianças, os adolescentes e os jovens contemporâneos deverão ser
capazes de analisar, avaliar, identificar e problematizar a informação recebida, conhecendo e usando os

diferentes tipos de mídias digitais, tanto para identificar situações quanto para transformá-las,
dependendo do contexto, em especial, dos contextos sociais, como sua escola e comunidade.

Após a descrição dos Temas Contemporâneos, verifica-se que práticas pautadas nessas temáticas
auxiliarão no desenvolvimento das Competências Gerais da Base Nacional Comum Curricular, como:

 A “Cultura Sul-mato-grossense e diversidade cultural” e “O estudo da história e cultura afro-brasileira


e indígena” fortalecerão o previsto na Competência 3 - Valorizar e fruir as diversas manifestações

artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da

produção artístico-cultural;

 A “Cultura Digital” fomentará o proposto na Competência 5 - Compreender, utilizar e criar

Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,

produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e

coletiva;

 A “Educação Ambiental” proporcionará o desenvolvimento da Competência 7- Argumentar com base


em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista

e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e

o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao

cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta;


 Os temas “Educação alimentar e nutricional” e “Saúde, sexualidade e gênero, vida familiar e social”

promoverão o alcance da Competência 8 - Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e

emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos

outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas;


 Os temas “Educação em direitos humanos”, “Respeito, valorização e direitos dos idosos”, “Direitos

das crianças e dos adolescentes”, “Conscientização, prevenção e combate à intimidação sistemática


(bullying)” e “Superação de discriminações e preconceitos como racismo, sexismo, homofobia e

outros” contribuirão significativamente para o desenvolvimento da Competência 9 - Exercitar a

empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o

respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade dos
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza;

47
 Os temas “Educação fiscal”, “Educação financeira” e “Educação para o trânsito” potencializam o
trabalho para com a Competência 10 - Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios

éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Ressalta-se que o arranjo enunciado é uma proposição e pode sofrer alterações para que outras

Competências sejam atingidas a partir dos Temas Contemporâneos. Além disso, alerta-se sobre a
necessidade da articulação entre os conhecimentos previstos para cada campo de experiência e área de

conhecimento.

Assim, as práticas educativas serão contextualizadas e promoverão a ampliação de conhecimentos que

serão mobilizados pelas crianças, pelos adolescentes e pelos jovens durante o seu convívio em

sociedade.

48
4. Educação Integral
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.

Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...

Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

Mario Quintana (1989)

O Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul, em consonância com a BNCC, reconhece e preconiza

a educação integral, pois, ao se considerar a multidimensionalidade do ser humano, seu pleno

desenvolvimento deve levar em conta aspectos cognitivos, físicos, afetivos, políticos, culturais, éticos e
sociais. Da mesma forma, a singularidade das crianças, dos adolescentes e dos jovens na construção de
seus percursos formativos demanda que os educadores tenham conhecimento das múltiplas formas

pelas quais as pessoas aprendem, se desenvolvem e se relacionam.

Na perspectiva de promover uma educação que considere os indivíduos em todas as suas dimensões, a

proposta da educação integral não se limita à ampliação do tempo e dos espaços de aprendizagem,

assim como não se resume e não se confunde com a escola em tempo integral, não devendo essas duas

concepções serem tomadas como sinônimas. A integralidade da educação não está intrinsecamente

relacionada ao tempo que se passa na instituição escolar, e sim à proposta educacional refletida pelo

currículo. Logo, escolas de tempo regular e em tempo integral devem possuir o mesmo princípio:

oferecer ao seu público a oportunidade de se desenvolver de maneira plena no exercício de suas mais

diversas atividades individuais e sociais.


Gadotti corrobora essa proposição ao afirmar que:
O princípio geral da educação integral é o da integralidade. O conceito de
integralidade refere-se à base da educação, que deve ser integral, omnilateral e não
parcial e fragmentada. Uma educação integral é uma educação com qualidade
sociocultural (GADOTTI, 2009, p. 97).

Nessa proposta, por meio da integração curricular, do uso intencional das tecnologias digitais, da
proposição de projetos e demais práticas de aprendizagem, o sujeito atua como protagonista,

pesquisador e autor, construindo conhecimentos por meio do desenvolvimento das habilidades e


competências.

A educação integral é também inclusiva porque reconhece as singularidades e as múltiplas identidades


dos indivíduos e se sustenta na construção de um projeto educacional pertinente, contextualizado e

colaborativo, que valoriza o diálogo entre os saberes e a interação permanente entre o que se aprende

e o que se pratica, oportunizando o direito de vivenciar práticas educativas diversificadas a partir da


49
interação com múltiplas linguagens, recursos, espaços, saberes e agentes em uma sociedade que exige
cada vez mais profissionais autônomos, críticos e criativos.

É importante destacar que a BNCC manifesta a ideia de que as competências cognitivas sempre devem

ser trabalhadas juntamente com as socioemocionais, pois desassociá-las implica privilegiar apenas parte
do currículo e realizar uma cisão naqueles que participam do processo educacional, negando-lhes a

oportunidade de construir conhecimentos de forma plural, plena e integrada.


Conforme o documento citado:
a BNCC afirma, de maneira explícita, o seu compromisso com a educação integral.
Reconhece, assim, que a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento
humano global, o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse
desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão
intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. [...] Além disso, a escola, como espaço de
aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de
não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades (BRASIL,
2017, p. 14).

Nesse sentido, o foco das ações recai sobre processos educativos que estimulem a formação humana

em suas diversas potencialidades. De maneira concomitante, busca-se também proporcionar processos


educativos que auxiliem o sujeito da aprendizagem no desenvolvimento de seu projeto de vida.

Esclarece-se que a expressão “projeto de vida” também remonta ao desenvolvimento pleno da pessoa,

visto que a educação integral deve proporcionar práticas pedagógicas que auxiliem na tomada de

decisões, na resolução de problemas e em situações que vão além do planejamento.

Ferreira e Rees (2015) afirmam que “é nesse novo paradigma social que o discurso de educar
integralmente, de preparar os educandos, física, afetiva, cultural e cognitivamente ganha força e atinge

todos os âmbitos da esfera política educacional”.

Busca-se, assim, superar a fragmentação e a abstração dos conteúdos por meio de uma abordagem que

corresponda sobremaneira ao cenário global do século XXI, complexo e multifacetado, que exige das
crianças, dos adolescentes e dos jovens autonomia e mobilização de competências para construir
posturas e atitudes frente ao volume substancial de informações disponíveis, elaborando soluções

criativas e coerentes com responsabilidade em relação ao seu impacto na sociedade.

50
5. Avaliação
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos

severos conosco, pois o resto não nos pertence.

Cecília Meireles (1962)

O direito a uma educação básica equânime e de qualidade no Brasil é assegurado, desde 1988, pela
Constituição Federal. Um processo de ensino e aprendizagem bem-sucedido representa a equidade no

atendimento com qualidade ao longo da formação acadêmica dos sujeitos. Nesse sentido, as avaliações

externas e internas da instituição e as de desempenho e aprendizagem das crianças, dos adolescentes


e dos jovens são ferramentas imprescindíveis para aferir a eficácia das políticas educacionais
implementadas.

A compreensão da avaliação como um processo dinâmico exige integração entre os diferentes contextos

e situações que se apresentam no cenário da educação. Assim, para que o processo de avaliação seja

completo, é preciso considerar os ambientes externos e internos, riscos e oportunidades, analisando

todos os aspectos com rigor.

5.1. Avaliação de Aprendizagem

A avaliação da aprendizagem é um tema em constante discussão no cenário educacional, visto que se


trata de uma etapa imprescindível e indissociável do cotidiano escolar. Porém, é fundamental superar a

concepção histórica que a considera sinônimo de medir, atribuir notas e classificar – ação seletiva e

excludente – em nome de uma prática comprometida com a aprendizagem e que possibilite ao


professor repensar e reconstruir incessantemente seu exercício pedagógico.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB propõe a avaliação como meio de diagnosticar

o desempenho e de promover novos conhecimentos, alicerçada numa perspectiva dinâmica,

diversificada, inclusiva, democrática, comprometida com o desenvolvimento integral, valorizando o


diálogo e a mediação.

A avaliação objetiva a melhoria permanente da aprendizagem, portanto, deve ser coerente com os mais
diversos modos de aprender.

51
Conforme ressalta Luckesi (2011):
A avaliação, em si, é dinâmica e construtiva, e seu objetivo, no caso da prática
educativa, é dar suporte ao educador (gestor da sala de aula), para que aja da forma
mais adequada possível, tendo em vista a efetiva aprendizagem por parte do
educando. A ação pedagógica produtiva assenta-se sobre o conhecimento da
realidade da aprendizagem do educando, conhecimento esse que subsidia decisões,
seja para considerar que a aprendizagem já está satisfatória, seja para reorientá-la, se
necessário, para a obtenção de um melhor desempenho (LUCKESI, 2011, p. 176).

Face ao exposto, o processo avaliativo deve ser um caminho para potencializar a aprendizagem. Da

mesma forma, ele deve nortear o trabalho do professor, fornecendo subsídios para orientar o seu fazer

pedagógico, possibilitando, quando necessário, o replanejamento das suas atividades, refletindo sobre

objetivos, estratégias metodológicas e avaliativas.

Sob esse aspecto, a avaliação deixa de ser vista somente como um instrumento que verifica os acertos

e os erros, tornando-se uma ação integrada ao processo de aprendizagem, visto que é um meio para

acompanhar o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens no cotidiano escolar. Nesse cenário,

emerge o pensamento de Hoffmann (2014, p. 51): “cada aprendizagem se dá em contexto próprio que
é, portanto, o cenário próprio da avaliação. Desarticular esses cenários é não avaliar aprendizagens”.

Desse princípio pode-se depreender a necessidade de planejamentos flexíveis, que estabeleçam

diálogos com as experiências cotidianas da escola e reflitam a diversidade do público atendido.

Hoffmann (2011) ainda pondera que:


Em relação à aprendizagem, uma avaliação a serviço da ação não tem por objetivo a
verificação e o registro de dados do desempenho escolar, mas a observação
permanente das manifestações de aprendizagem para proceder a uma ação educativa
que otimize os percursos individuais (HOFFMANN, 2011, p. 17).

Sob essa ótica, o professor tem papel essencial no processo, pois é necessário que ele tenha claro que
o propósito da avaliação está alicerçado no ato de conhecer, compreender e respeitar os indivíduos de

acordo com suas diferenças, bem como nas estratégias próprias de aprendizagem. Dessa forma,
conseguirá planejar atividades avaliativas que atendam às necessidades de cada um e do grupo como

um todo.

Nesse contexto, os instrumentos de avaliação devem ser planejados com a finalidade de subsidiar a

análise em relação à aprendizagem, observando as dificuldades das crianças, dos adolescentes e dos
jovens e incentivando-os para que possam prosseguir e aprender de forma significativa e contínua.

52
Conforme enfatiza Silva (2010):
[...] a avaliação se materializa numa variedade de instrumentos, por isso a necessidade
de ser contínua, o que significa garantir uma relação lógica entre os diversos
instrumentos utilizados no processo avaliativo, buscando sempre uma coerência
pedagógica e didática entre eles, e destes com os procedimentos de ensino que os
professores planejaram e fizeram uso. Assim, a continuidade dos diversos instrumentos
avaliativos tem a intenção também de superar com qualquer possibilidade de
fragmentação e terminalidade na sua utilização, dando a este processo uma
perspectiva de integralidade, coesão e coerência (SILVA, 2010, p.16).

Cabe destacar que os instrumentos avaliativos precisam ser diversificados, com critérios claros,
condizentes com a prática pedagógica e com os objetivos do processo de ensino e aprendizagem. Para
tanto, sua variedade precisa atender às especificidades e intencionalidades, não devendo sua escolha

ser aleatória, pois possui um caráter metódico e pedagógico (SILVA, 2010).

Portanto, é importante que o trabalho do professor contemple a diversidade do público atingido, que

leve a uma análise investigativa dos dados e que retrate o nível de conhecimento em que os sujeitos se

encontram em prol do processo de aprendizagem. O ato avaliativo só se concluirá com a tomada de

decisão acerca do que fazer com a situação detectada, com a consequente indicação de caminhos
adequados para a ampliação dos saberes, alicerçando suas concepções de formação de pessoas em sua

integralidade – autônomas, críticas e conscientes.

5.2 Avaliação Institucional

A Avaliação Institucional é um instrumento de conhecimento do contexto e das necessidades da

instituição escolar. É uma ferramenta de acompanhamento das atividades desenvolvidas em instituições


de ensino, dentro de uma abordagem construtiva e dialógica. Deve ter sempre por princípio a melhoria

contínua dos processos acadêmicos, a fim de instigar a instituição no seu percurso de crescimento e/ou
consolidação.

O exercício reflexivo de Avaliação Institucional tem o propósito de revelar as diferentes visões dos

segmentos da escola e fomentar as ações desenvolvidas, as políticas que fundamentam as práticas

gestoras e educativas e as inter-relações existentes para que sejam democráticas.

Nesse sentido, Afonso (2005) defende a Avaliação Institucional como uma forma de as instituições se
conhecerem profundamente, pois as especificidades do contexto escolar tornam difícil conhecer sua

organização apenas por informações advindas de processos de avaliações padronizados. A Avaliação

Institucional é um processo planejado e, necessariamente, possui uma coerência interna que possibilita

53
a articulação das informações levantadas, por meio de metodologias que permitam a cada instituição
conhecer e avaliar o seu desempenho quantitativo e qualitativo. Essa avaliação abrange 2 tipos:

- Avaliação Institucional Interna: momento em que a própria instituição volta-se para o levantamento

da sua realidade, utilizando metodologias e instrumentos que possibilitem uma análise abrangente e
profunda sobre a sua estrutura institucional; e

- Avaliação Institucional Externa: agrega o olhar externo ao processo interno. Pode ser praticada por
especialista externo convidado e/ou pelo poder público, por meio de ações de regulação do sistema de

ensino.

Em síntese, a avaliação institucional incide sobre a missão, o programa estratégico e as políticas


desenvolvidas, numa perspectiva global da Instituição. Ainda, permite avaliar a factibilidade das

projeções do planejamento institucional, com base nas ações praticadas anteriormente; planejar e

executar as mudanças; realizar o acompanhamento para a sua melhoria, visando atingir uma

determinada situação desejada; subsidiar os gestores nas tomadas de decisões e dar conhecimento à
comunidade, oportunizando a reflexão acerca da Educação por todos os envolvidos no processo

educacional.

5.3 Avaliações de Desempenho

A avaliação de desempenho em larga escala tem como objetivo contribuir para a melhoria da qualidade
da educação nas redes e sistemas de ensino no Brasil, por meio de diagnósticos sobre o desempenho

das crianças, dos adolescentes e dos jovens. Para tanto, são aplicados testes de proficiência para cada

etapa de escolaridade e componentes avaliados. Os resultados dos testes são interpretados em uma

Escala de Proficiência, a qual estabelece padrões de desempenho dessas crianças, desses adolescentes
e jovens, acompanhando seu desenvolvimento ao longo do tempo.

Essa avaliação tem seus testes construídos com base em uma Matriz de Referência formada por um
conjunto de habilidades e competências consideradas essenciais para que as crianças, os adolescentes

e os jovens consigam avançar no processo de escolarização.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP realiza avaliações

externas, por intermédio do Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB, composto por três
avaliações aplicadas em larga escala:
- Avaliação Nacional da Educação Básica – ANEB: avalia de forma amostral, aqueles que cursam o 5º e

9º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio.

54
- Avaliação Nacional do Rendimento Escolar – ANRESC/Prova Brasil: avalia censitariamente aqueles que
cursam o 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio das escolas das redes
municipais, estaduais e federal.

- A Avaliação Nacional de Alfabetização – ANA: avalia os níveis de alfabetização e letramento em Língua


Portuguesa e Matemática.

Cabe destacar que oferecer educação de qualidade é um desafio que requer uma ação conjunta pautada
no regime de colaboração entre os entes federativos, requisito essencial para atingir as metas

estabelecidas nos Planos Nacional, Estadual e Municipais de Educação. Dentre essas, ressalta-se a meta
7 que visa à qualidade da Educação Básica em todas as etapas e modalidades de ensino, com melhoria

do fluxo escolar e da aprendizagem, estipulando projeções, com base no Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica (Ideb), a serem alcançadas ao longo dos anos.

O Ideb é calculado com base no aprendizado dos sujeitos em Língua Portuguesa e Matemática (Prova

Brasil) e no fluxo escolar (taxa de aprovação). A junção desses indicadores tem por objetivo assegurar a
aprendizagem das crianças, dos jovens e dos adolescentes, contrabalançando os índices de aprovação

e desempenho com o propósito de garantir que sejam aprovados com qualidade. “Com o Ideb,

ampliam-se as possibilidades de mobilização da sociedade em favor da educação, uma vez que o índice

é comparável nacionalmente e expressa em valores os resultados mais importantes da educação:


aprendizagem e fluxo” (INEP).

Ressalta-se que o Ideb é um instrumento norteador para a elaboração de políticas públicas com vistas

à qualidade da educação e permite a identificação de escolas e redes escolares que apresentam

fragilidades quanto ao direito de aprendizagens das crianças, dos adolescentes e dos jovens,
evidenciando a necessidade urgente de intervenção. Também é utilizado para acompanhamento das

metas de qualidade do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE para a Educação Básica. Convém

lembrar que o PDE estabelece para o Brasil alcançar a meta projetada até 2021 de 6,0, média compatível

a um sistema educacional de qualidade similar a dos países desenvolvidos.

De modo abrangente, a avaliação deve ser um processo de reorientação dos caminhos para que ocorra

a aprendizagem, em outras palavras, “a avaliação deve ser encarada como reorientação para uma
aprendizagem melhor e para a melhoria do sistema de ensino” (ABRAMOWICZ, 1998).

55
6. Formação Continuada
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.

Continuamente me estranho.

Nunca me vi nem acabei.

De tanto ser, só tenho alma.


Quem tem alma não tem calma.

Quem vê é só o que vê,

Quem sente não é quem é…

Fernando Pessoa (1973)

A sociedade atual está em constante transformação, ritmada pelas novidades trazidas pelas tecnologias

digitais, midiáticas, pelos produtos, serviços e pelas próprias reformas educacionais, porém muitas vezes

essas mudanças não são percebidas no contexto da educação. Nesse sentido, a Base Nacional Comum

Curricular e o Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul abordam em diferentes pontos a

necessidade de refletir e repensar o cenário educacional, com o intuito de fortalecer a aprendizagem e

o desenvolvimento integral dos estudantes da Educação Básica. Essa realidade é evidenciada por

Miranda (2001, p. 129), ao ressaltar que é “[...] preciso formar diferentemente os professores”.

Segundo a autora, é necessário perceber que o mundo mudou, que as escolas não conseguem

responder às demandas atuais, visto que as práticas pedagógicas são autoritárias. Dessa forma, é

importante incorporar no contexto escolar o princípio de que as crianças, os adolescentes e os jovens


precisam construir seu conhecimento e os professores devem (re)construir, além dos seus
conhecimentos, as suas práticas pedagógicas (op. cit.).

Em face do exposto, a formação continuada torna-se um elemento primordial, pois é essencial que os

docentes estejam preparados para atender às novas demandas sociais, bem como incorporem na prática

pedagógica os fundamentos norteadores da BNCC (2017), o desenvolvimento de competências e a


educação integral. Para tanto, é mister superar a visão de processo formativo como um acúmulo de

cursos e oficinas, incorporando a ideia de um trabalho que promova a reflexão crítica sobre a prática
(NÓVOA, 1995), alicerçada na pesquisa e no trabalho colaborativo com princípios metodológicos,

oportunizando momentos de (re)construção do conhecimento por meio de pesquisa, interação,


colaboração, reflexão e elaboração. Assim, haverá melhores condições de formar um professor reflexivo

e pesquisador (ANDRÉ, 2016).

56
Nessa perspectiva, surge a necessidade de um processo contínuo de autorreflexão, em que o
profissional tem a oportunidade de, permanentemente, pensar sobre sua prática docente, conseguindo
transformá-la de acordo com possíveis demandas que surjam no seu percurso formativo.

A pesquisadora Marli André enfatiza que é preciso defender:


Um processo formativo em que o docente tenha a oportunidade de refletir
criticamente sobre sua prática, analisar seus propósitos, suas ações e seus resultados
positivos e o que é preciso melhorar, de modo a obter sucesso (ANDRÉ, 2016, p. 18).

Ao colocar o professor como mediador primordial para a transformação na aprendizagem efetiva das
crianças, dos adolescentes e dos jovens, entende-se que ele ocupa papel estratégico no enfrentamento
dos contextos que desafiam a educação na contemporaneidade. Sem a mobilização desses atores, não

será possível obter resultados satisfatórios. Conforme André (2016, p. 19) “professores são profissionais
da relação, mediadores da cultura, analistas simbólicos que resolvem problemas diante de realidades
incertas, e são, sobretudo, reinventores de práticas e construtores de sentido”.

Quando o professor adota a perspectiva crítica, investigativa, vislumbra a possibilidade de pensar uma

escola que compreenda seu próprio processo histórico e os equívocos cometidos em relação à
aprendizagem dos sujeitos, preocupando-se, de forma essencial, com as respostas prontas e com os

motivos que condicionaram as crianças, os adolescentes e os jovens a replicarem as verdades muitas

vezes sem questioná-las. É contra essa desatenção que a pesquisa coloca-se na contramão da

perspectiva da cópia pela cópia. O que alimenta o desenvolvimento da pesquisa é precisamente a

inquietude gerada pela curiosidade e pelas hipóteses levantadas.


Nesse sentido, Becker e Marques ponderam:
O professor reflexivo e pesquisador poderá, além e acima de tudo, resgatar uma dívida
histórica que a escola contraiu com a criança. Na espontaneidade do cotidiano, a
criança aprende a perguntar. Frequentemente, o entorno familiar responde com
tamanha ferocidade a esse comportamento infantil que pouco sobra dele depois de
alguns anos; a escola se encarregará de extinguir o que sobrou. (...) O professor-
pesquisador abrirá espaço privilegiado para as perguntas, não apenas das crianças,
mas de todos os estudantes, pois ele sabe que toda investigação começa com uma
pergunta (BECKER e MARQUES, 2010, p. 19).

Dessa forma, é cada vez mais recorrente a estratégia da aprendizagem colaborativa e do

compartilhamento de ideias e experiências no processo formativo do professor. Nessa lógica, adota-se


o princípio de que se aprende também – e de maneira privilegiada – com os sujeitos que compõem as
redes de relacionamentos sociais e profissionais. Nesse universo, cada vez mais conectado, os saberes

são disseminados constantemente e, assim, a influência mútua acontece constante e naturalmente.

Portanto, a aprendizagem colaborativa é um recurso fundamental quando se fala da formação de

57
professores. É importante também nesse processo defender a visão de que, enquanto profissionais da
educação, os professores são sujeitos epistemológicos.

Corroborando essa ideia, Becker e Marques assinalam que “o professor-pesquisador (...) transforma sua

docência em atividade intelectual” (2010, p. 20). Ainda no campo da justificativa teórica para esse olhar
colaborativo da aprendizagem, Imbernón (2009, p. 60) pontua: “A colaboração é um processo que pode

ajudar a entender a complexidade do trabalho educativo e dar melhores respostas às situações


problemáticas da prática”.

O educador que pesquisa e reflete constantemente está na condição de (re)construir saberes e, ao


analisar os diversos fenômenos que se coadunam ao trabalho docente, dialoga com teorias que podem

melhorar não apenas sua ação na escola, mas também a de outros pares para que possam refletir e

transformar suas práticas, e


finalmente, por transformar sua prática em função dessa atividade e, eventualmente,
publicar suas conclusões, exercitando sua capacidade teórica ou reflexiva e
beneficiando, com suas experiências, os colegas professores (BECKER e MARQUES,
2009, p. 20).

Nessa perspectiva, é fundamental que a formação ofereça as condições essenciais para que os

professores possam refletir, analisar e aprimorar sua prática num movimento formativo constante. Da

mesma forma, essa ação deve ser o mote inicial para elevar ações metodológicas que resultem na
integração curricular, bem como no desenvolvimento das competências para o século XXI, favorecendo

a aprendizagem das crianças, dos adolescentes e dos jovens na perceptiva de uma educação integral.

Em consonância com esse pensamento e com a intenção de discutir o perfil do professor sul-mato-
grossense, reafirma-se a opinião de Maldaner (2013), ao destacar que se precisa superar a ideia de
docente como transmissor de conhecimento e de cultura às crianças, aos adolescentes e aos jovens. O

professor necessita incorporar outro perfil, o de pesquisador, em uma prática reflexiva na ação e sobre

a ação. Por conseguinte, terá condições de suplantar a visão de si mesmo como técnico, que apenas
executa o que os pesquisadores pensam.

Busca-se, assim, um profissional que saiba produzir como autor, tenha a pesquisa como uma prática em

seu cotidiano e a realize com domínio de argumento, fazendo as articulações metodológicas necessárias
ao currículo. Esse professor deve considerar o sujeito, seu contexto social, político, cultural e emocional,

possibilitando a aprendizagem por meio da autoria e da produção para que esse sujeito consiga dialogar
com todas as áreas de conhecimento.

58
Os processos formativos têm o propósito de atender às demandas provindas dos desafios que
englobam a prática profissional dos docentes. Isso implica a oferta de temas relevantes que sejam
referências nas formações. A necessidade de atualizações e reconstruções de epistemologias é uma

característica imanente à categoria. Portanto, o professor pode ser considerado um eterno aprendiz
nesse processo de formação, pois, na posição reflexiva, entende-se que fortalecer o trabalho é, também,

ampliar conhecimentos.

Com a intenção de tornar a aprendizagem mais dinâmica e atrativa, a formação continuada pretende

conferir aos professores autonomia na construção de seus próprios conhecimentos, de modo que todos
os envolvidos tenham lugar de destaque. Entende-se, assim, ser necessário ampliar esse processo para

além dos professores, contemplando gestores escolares, coordenadores pedagógicos e servidores

administrativos a fim de, em conformidade com a educação integral, sensibilizar os profissionais da

educação para identificar as reais necessidades das crianças, dos adolescentes e dos jovens, bem como

da comunidade escolar.

Assim, propor formação continuada faz-se necessário como prática, uma vez que é na escola que

surgem as inquietações que poderão ser sistematizadas em forma de ações pedagógicas e

metodológicas que resultarão em efetivas mudanças, tanto na postura quanto na atuação do professor.

De acordo com Imbernón (2009), é preciso “dar a palavra aos protagonistas da ação, responsabilizá-los
por sua própria formação e desenvolvimento na instituição educativa na realização de projetos de

mudanças”.

Para tanto, a formação precisa se valer de algumas diretrizes: metodologias que propiciem ao professor

o papel de protagonista; o foco no conhecimento pedagógico e específico; a carga horária prolongada


e contínua; e o processo colaborativo tendo, como base, a pesquisa, a reflexão e a autoria, com a

abordagem dos conhecimentos cada vez mais integrados no contexto da interdisciplinaridade, com a

intenção de romper a fragmentação dos saberes.

Nesse aspecto, a função da interdisciplinaridade é apresentar às crianças, aos adolescentes e aos jovens
diferentes possibilidades de observação e análise de um mesmo fato. Cabe aqui uma reflexão

importante sobre a formação de professores pesquisadores, para Fazenda (et al.), “a questão da
articulação do saber, do conhecimento, da vivência, da vida do pesquisador e da comunidade tornou-
se um dos objetivos da formação e da pesquisa interdisciplinar que se traduz, na prática, por um trabalho

coletivo e ao mesmo tempo solidário” (FAZENDA, 2015, p. 25).

A discussão e a análise da formação dos professores, na perspectiva democrática, possibilitarão


condições de construir políticas públicas que garantam que essa formação seja sistemática e eficaz.
59
Tendo consciência e sensibilidade para o entendimento de que o exercício docente é estratégia
primordial para uma educação de qualidade, lança-se a base para que essa se fortaleça. Nesse sentido,
Tardif (2005, p. 35) afirma: “A docência é um trabalho cujo objeto não é constituído de matéria inerte

ou de símbolos, mas de relações humanas com pessoas capazes de iniciativas e dotadas de uma certa
capacidade de resistir ou de participar da ação dos professores”. É nessa coletividade de expectativas e

necessidades que nos movemos, para lançar as possibilidades de um futuro que se descortina como
caminho necessário.

Cabe destacar que a formação de professores, as atividades de aprendizagem interdisciplinar na


perspectiva da integração curricular que possam garantir maior interação, a experiência e o convívio

grupal só farão sentido se contemplarem as crianças, os adolescentes e os jovens e aflorarem suas

competências cognitivas e socioemocionais. É importante, também, repensar essas metodologias como

forma de promover a aprendizagem colaborativa em torno do objetivo comum de formação de

indivíduos sociais.

60
REFERÊNCIAS
ABRAMOWICZ, Mere. Avaliação do desempenho profissional do professor e formação do educador: reflexões. Revista de
Educação. PUC-Campinas. v.1. n.4. p-39-42, junho, 1998. Disponível em <https://seer.sis.puc-
campinas.edu.br/seer/index.php/reveducacao/article/view/443/> Acesso em 18 maio 2018.

AFONSO, Almerindo Janela. Avaliação educacional: regulação e emancipação: para uma sociologia das políticas avaliativas
contemporâneas- Editora Cortez- 3 edição- São Paulo, 2005.

ANDRÉ, Marli. Práticas inovadoras na formação de professores. Campinas: Papirus, 2016.

ANICETO, Kátia Regina Pereira; MORAES, Micheleni Márcia de Souza. Educação Integral: da Paidéia aos dias atuais. In: MORAES,
Micheleni Márcia de Souza (org). Trajetórias Formativas em Educação Integral no Estado de Mato Grosso do Sul. Campo
Grande: Editora UFMS, 2016.

BECKER, Fernando e MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko (Orgs). Ser professor é ser pesquisador. Porto Alegre: Mediação, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Curricular – Educação é a Base. Brasília. Versão
Preliminar. 2016.

______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível
em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base/ >. Acesso em: maio, 2018.

______. Presidência da República. Código de Trânsito Brasileiro. Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997.

______. Congresso Nacional. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Assembleia Nacional
Constituinte, Congresso Nacional, 1988.

______. Presidência da República. Decreto n. 7397 de 22 de dezembro de 2010 que institui a Estratégia Nacional de
Educação Financeira - ENEF. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7397.htm>
Acesso em 23 mai 2018.

______. Ministério da Educação e da Cultura, Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica. Resolução CEB n.º 5,
de 17 de dezembro de 2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de
dezembro, Seção 1, p. 18. 2009.

______. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

______. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Disponível em
<http://conferenciainfanto.mec.gov.br/images/conteudo/iv-cnijma/diretrizes.pdf> Acesso em 15 mai 2018.

______. Ministério das Cidades. Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito no Ensino Fundamental. Departamento
Nacional de Trânsito, Conselho Nacional de Trânsito. Brasília: Ministério das Cidades, 2009.

______. Escola de Administração Fazendária. Documento-Base do Programa Nacional de Educação Fiscal. 3ª ed. 2016.
Disponível em <http://educacaofiscal.gov.br/wp-content/uploads/2016/12/DOC-BASE-PNEF-2017_revisado2.pdf> Acesso 23
mai 2018.

______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n.
8.069, 13 jul. 1990. Disponível em: . Acesso em: 27 abri. 2018.

______. Ministério da Educação e da Cultura. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de
seis anos de idade/organização Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. Brasília Secretaria de
Educação Básica, 2007.

______. Presidência da República. Lei n. 9795, de 27 de abril de 1999. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm> Acesso em 15 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 11645, de 10 de março de 2008. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm#art1> Acesso em 23 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm> Acesso em 15 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 11525, de 25 de setembro de 2007. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11525.htm#art1> Acesso em 23 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 13010, de 26 de junho de 2014. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art3> Acesso em 23 mai 2018.

61
______. Presidência da República. Lei n. 9503, de 23 de setembro de 1997. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm> Acesso em 25 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 13185, de 6 de novembro de 2015. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm> Acesso em 23 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 13663, de 14 de maio de 2018. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13663.htm#art1> Acesso em 23 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 10741, de 1º de outubro de 2003. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm> Acesso em 23 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 13.666, de 16 de maio de 2018. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13666.htm> Acesso em 23 maio 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm> Acesso em 23 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de 2001 que aprova o Plano Nacional de Educação.
Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10172.htm> Acesso em 23 mai 2018.

______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e ações para a
educação das relações étnico-raciais. Brasília: Secad, 2006.

______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer n. 11, de 7 de julho de 2010. Disponível
em<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6324-pceb011-
10&category_slug=agosto-2010-pdf&Itemid=30192> Acesso em 17 mai 2018.

______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais.
Apresentação dos temas transversais e Ética. Volume 8. Brasília: MEC/SEF, 2001.

______. Ministério da Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. 1ª ed. 1ª reimp. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_alimentacao_nutricao.pdf> Acesso em 23 mai
2018.

______. MEC/CEB/CED. Programa de formação para professores em exercício na Educação Infantil. Módulo IV, Unidade 5,
vol. 2. Brasília: MEC/CEB/CED, 2006. (Coleção Proinfantil).

______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução n. 1, de 30 de maio de 2012 que estabelece as
Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos. Disponível em <
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rcp001_12.pdf> Acesso em 23 maio 2018.

CAVALIERE, A. M. Educação integral: uma nova identidade para a escola brasileira? Educação & Sociedade, Campinas, v.23,
n.81, p.247-270, dez. 2002.

______. Escolas de tempo integral versus estudantes em tempo integral. Em Aberto, Brasília, v. 22, n. 80, abr. 2009.

______. Anísio Teixeira e a educação integral. Paidéia, maio-ago. v.20, n 46, 249-259, 2010.

CIEB. Centro de Inovação para a Educação Brasileira. Notas Técnicas. Conceitos e conteúdos de Inovação e Tecnologia (i&t)
na BNCC. São Paulo, 2018. Disponível em: < http://www.cieb.net.br/wp-content/uploads/2018/04/CIEB-Notas-12-Conceitos-e-
Conte%C3%BAdos-de-Inova%C3%A7%C3%A3o-e-Tecnologia-na-BNCC.pdf/ >. Acesso em: maio, 2018.

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade na pesquisa científica. Campinas, SP: Papirus, 2015.

FERREIRA, Helen Betane; REES, Dilys Karen. Educação Integral e Escola de Tempo Integral em Goiânia. Educ. Real., Porto Alegre
, v. 40, n. 1, p. 229-251, mar. 2015. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S217562362015000100229&lng=pt&nrm=iso .
Acesso: out. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/2175-623640241.

FISCHER, R. M. (Coord.) Pesquisa: Bullying Escolar no Brasil. Relatório Final. São Paulo: CEATS/FIA, 2010. Disponível em: . Acesso
em: 10 nov. 2010.

FREIRE, Paulo. A educação na cidade. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

______, Paulo Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997.

______, FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

62
FRICK, L. T. Estratégias de prevenção e contenção do bullying nas escolas: as propostas governamentais e de pesquisa no
Brasil e na Espanha. 2016, 272f. Tese (Doutorado em Educação), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Presidente Prudente, 2016.

GADOTTI, M. Educação integral no Brasil: inovações em processo. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2009.

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. 14 ed. rev. e atual. Porto Alegre: Mediação, 2011.

______. O jogo do contrário em avaliação. Porto Alegre: Mediação, 2014.

IMBERNÓN, Francisco. Formação permanente do professorado: novas tendências. São Paulo: Cortez, 2009.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

______, José Carlos. Escola de tempo integral em questão: lugar de acolhimento social ou de ensino-aprendizagem? In. BARRA, V.
Educação: ensino, espaço e tempo na escola de tempo integral. Goiânia: CEGRAF/UFG, 2014.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem: estudos e proposições. 22 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

Maria Tereza (Orgs.). Práticas avaliativas e aprendizagens significativas: em diferentes áreas do currículo. 8 ed. Porto Alegre:
Mediação, 2010.

MALDANER, Otávio Aloísio. A formação inicial e continuada de professores de química: professor/pesquisador. 4 ed.Ijui:
Unijui, 2013.

MATO GROSSO DO SUL. Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul. Parecer n. 235, de 10 de outubro de 2006.
Disponível em <http://www.cee.ms.gov.br/wp-content/uploads/sites/84/2015/08/par-235-2006.pdf> Acesso em 15 mai 2018.

______. Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Lei n. 4.973, de 29 de dezembro de 2016. Disponível em
<http://aacpdappls.net.ms.gov.br/appls/legislacao/secoge/govato.nsf/448b683bce4ca84704256c0b00651e9d/6dbe2dcdf540cdd
e04258098006427c9?OpenDocument> Acesso em 18 mai 2918.

______. Imasul. Programa Estadual de Educação Ambiental de Mato Grosso do Sul. Disponível em <
http://www.imasul.ms.gov.br/wp content/uploads/sites/74/2018/09/PROGRAMA-ESTADUAL-DE-EDUCAC%CC%A7A%CC%83O-
AMBIENTALMS-2018.pdf> Acesso 23 maio 2018.

______. Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul. Deliberação n. 10814, de 10 de março de 2016. Disponível em
<http://www.cee.ms.gov.br/wp-content/uploads/sites/84/2015/08/Del.-10.814-2016.pdf> Acesso em 15 maio 2018

______. Resolução “P” SED n. 2766 de 28 de agosto de 2017. Diário Oficial n. 9483. 2017.

_______. Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul. Parecer Orientativo n. 131 de 2005. Disponível em
<http://www.cee.ms.gov.br/wp-content/uploads/sites/84/2015/08/par-131-20051.pdf> Acesso em 23 maio 2018.

_______. Secretaria Estadual de Educação. Referencial curricular 2012 Ensino Fundamental/ Secretaria de Estado de
Educação de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: 2012.

MENIN, M.S. S.; BATAGLIA, P. U. R.; ZECHI; J. (orgs.). Projetos bem sucedidos de educação em valores: relatos de escolas
públicas brasileiras. São Paulo: Cortês, 2013.

MIRANDA, M. G. O professor pesquisador e sua pretensão de resolver a relação entre a teoria e a prática na formação de
professores. In: ANDRÉ, M (Org.). O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. Campinas, SP: Papirus, 2001.

NÓVOA, Antonio. Os professores e sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1995.

OCDE. Recommendation on Principles and Good Practices For Financial Education and Awareness. Recommendation of
The Council. July, 2005. Disponível em <http://www.oecd.org/finance/financial-education/35108560.pdf> Acesso em 23 maio
2018.

PACHECO, Suzana Moreira. Proposta Pedagógica. In: Educação Integral. Salto para o futuro. Ano XVIII, Boletim 13, Agosto de
2008.

PRENSKY, Marc, Nativos Digitais Imigrantes Digitais. 2001. Disponível em: <
http://www.colegiongeracao.com.br/novageracao/2_intencoes/nativos.pdf.> Acesso em maio 2018.

SANTAELLA, LÚCIA. Revista FAMECO. Porto Alegre n. 22, dezembro 2003. Disponível em: <
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/viewFile/3229/2493>. Acesso em: maio, 2018.

SILVA, Janssen Felipe da. Avaliação do ensino e da aprendizagem numa perspectiva formativa reguladora. In: SILVA, Janssen
Felipe da.; HOFFMANN, Jussara; ESTEBAN,

63
SCHMITZ, Adriana Onofre; MARTINS, Morgana de Fátima Agostini. Adaptações Curriculares a partir da Chilhood autism
rating scale. In: II Jornadas Internacionales Sociedades Contemporáneas, Subjetividad y Educación, 2014, Buenos Aires. Anais da
II Jornadas Internacionales Sociedades Contemporáneas, Subjetividad y Educación. Buenos Aires, 2014., 2014. v. 01. p. 01-11.

SUPLINO, Maryse Helena Felippe de Oliveira. Ensinando pessoas com autismo e deficiência intelectual. Rio de Janeiro:
Diferenças, 2011.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2005

TEIXEIRA, A. Conflitos escolares, 2018. Disponível em <https://www.somospar.com.br/3-dicas-para-gestao-de-conflitos/>.


Acesso em abril 2019.

TORRES, Rosa María. Comunidade de aprendizagem: a educação em função do desenvolvimento local e da aprendizagem.
Instituto Fronesis. s/d. Disponível em
<http://www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/209817/mod_resource/content/1/Comunidades%20de%20Aprendizagem%20-
%20A%20educa%C3%A7%C3%A3o%20em%20fun%C3%A7%C3%A3o%20do%20desenvolvimento%20local%20e%20da%20apre
ndizagem.pdf> Acesso em 9 out 2018.

64
7. Educação Infantil
Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade.
A gente só descobre isso depois de grande.

A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela

intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor.

Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras


pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade.

(Manoel de Barros)

A Educação Infantil “tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de zero a cinco anos
de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade” (art. 29 da LDB – Lei n. 9394/1996). Parte-se dessa finalidade para estabelecer como

uma de suas diretrizes a indissociabilidade entre o cuidado e a educação no atendimento às crianças de

zero a cinco anos. A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é um direito humano e social

de todas as crianças, sem distinção decorrente de origem geográfica, etnia, nacionalidade, sexo,

deficiência, nível socioeconômico ou classe social.

Nesse sentido, as instituições de Educação Infantil, independentemente da modalidade que assumam,

devem cumprir o duplo papel de educar e cuidar, de forma articulada e qualitativa. Ao abordar a relação
dessas duas ações, Kuhlmann Jr (2000, p. 65) é bastante esclarecedor ao expressar que:

A caracterização da instituição da Educação Infantil como lugar de cuidado-e-educação,


adquire sentido quando segue a perspectiva de tomar a criança como ponto de partida
para a formulação de propostas pedagógicas. [...] A expressão tem o objetivo de trazer
à tona o núcleo do trabalho pedagógico conseqüente com a criança pequena. Educá-la
é algo integrado ao cuidá-la. [...] As instituições educacionais, especialmente aquelas
para a pequena infância, se apresentam à sociedade e às famílias de qualquer classe
social, como responsáveis pelas crianças no período em que as atendem. Qualquer mãe
que procure uma creche ou pré-escola para educar seu filho, também irá buscar se
assegurar de que lá ele estará guardado e protegido.

Por isso, adotar a concepção que articule cuidar e educar contribui para a superação da dicotomia entre
as atividades e as ações comumente chamadas de “assistência” e aquelas chamadas de “educação”. Pois,

segundo Campos (1994, p. 35) “todas as crianças possuem estas necessidades e, se todas têm direito à

educação, qualquer instituição que as atenda deve levá-las em conta ao definir seus objetivos [...]”.

A Educação Infantil constitui um período de aprendizagem e desenvolvimento das crianças de 0 a 5


anos, de construção da identidade e de autonomia, do conhecimento do mundo físico social e natural

e, especialmente, um local por excelência de iniciação, manifestação e vivência das diferentes

65
linguagens. Portanto, é um espaço de acesso a todas essas linguagens, devendo possibilitar vivências e
experiências totalizadoras, por meio das quais as crianças possam ampliar seus referenciais de si, do
outro, do mundo, de conhecimento e de cultura. Além disso, já tem uma identidade definida, como

estabelece o artigo 5º das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2009):

A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e pré-


escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que
constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam
de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial,
regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e
submetidos a controle social.

A Educação Infantil é um espaço de aprendizagem, de desenvolvimento e de formação cultural. Por isso,


frequentar a instituição educativa é fundamental para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças
pequenas. Por meio das brincadeiras, interações e múltiplas linguagens a criança pode desenvolver

capacidades importantes, tais como a autonomia, a socialização, a atenção, a imitação, a linguagem, a


motricidade, a memória e a imaginação. Nesse contexto, as crianças exploram e refletem sobre a

realidade e a cultura em que vivem, incorporando-a e, ao mesmo tempo, experimentando e conhecendo

o mundo e recriando essa cultura.

Desse modo, só tem sentido uma educação que não desqualifique a ação da criança; que compreenda

o seu modo de ser, pensar e se desenvolver; que abra espaços para usar, praticar, experimentar todo o

seu potencial inventivo, expressivo e curioso. A Educação Infantil, como constituidora de saberes e

cultura, vê a criança como sujeito, como o ponto de partida para o trabalho educativo que realiza,
articulando cuidado e educação.

Por isso, o currículo deve ser organizado em situações de aprendizagem e desenvolvimento que

envolvam as interações e as brincadeiras articuladas pelas diferentes linguagens que a criança utiliza

para se expressar, conviver, participar, brincar, explorar, conhecer-se, elaborando e ampliando as


experiências e os conhecimentos, que passam pelas múltiplas relações estabelecidas com a natureza e
a sociedade, pelas múltiplas linguagens que ela expressa em situações variadas, pelas múltiplas

interações que vivencia com seus pares e com os adultos que a cercam e que permitem que se constitua

como ser humano.

Nesse contexto, a Educação Infantil torna-se parte do processo de conhecimento rico e intenso vivido
pela criança em interação com a realidade. Constitui a ampliação da aprendizagem, do desenvolvimento,
do universo relacional e cultural infantil, pois “aprendizagem e desenvolvimento não entram em contato

pela primeira vez na idade escolar, mas estão ligados entre si desde os primeiros dias de vida da criança”

66
(VIGOTSKI, 1998, p. 110). Assim, assume-se que a criança dessa etapa educacional está se apropriando
da realidade e essa apropriação é essencialmente coletiva, pois nesse espaço se reúnem sujeitos diversos
com informações, contextos, realidades e curiosidades distintas, que interagem entre si e com os

adultos, que também trazem suas experiências e conhecimentos, que se revelam pertinentes ao grupo.

7.1 Infância e Criança


Cresci brincando no chão, entre formigas.

De uma infância livre e sem comparamentos.


Eu tinha mais comunhão com as coisas do que comparação.
Porque a gente fala a partir do ser criança,

a gente faz comunhão: de um orvalho e sua aranha,


de uma tarde e suas garças, de um pássaro e sua árvore.

(Manoel de Barros)

Compreende-se que a infância é um conceito construído socialmente, fruto do desenvolvimento

histórico da humanidade, portanto uma categoria histórica e social. Pode-se entendê-la, ainda, “como

período da história de cada um, que se estende, na nossa sociedade, do nascimento até
aproximadamente doze anos de idade” (KRAMER, 2003, p. 32). Portanto, a necessidade de compreender

a infância e sua especificidade exige caracterizar a criança concreta e historicamente, e assumi-la como
sujeito e cidadã de direitos, que se constitui na sociedade da qual faz parte.

De acordo com Resolução n. 5/2009/CEB/CNE, art. 4º: [...] "a criança, centro do planejamento curricular,

é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói

sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra,

questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura". Assim, na Educação
Infantil a criança deve vivenciar cotidianamente essas ações e experiências para que possa aprender, se

desenvolver e produzir cultura.

Estudos de Dahlberg, Moss e Pence (2003) explicitam diferentes entendimentos do que seja e do que

deva ser criança na sociedade multifacetada atual. Com as concepções atribuídas à infância no âmbito

da educação institucionalizada planejam-se as experiências, organizam-se os espaços e os tempos que


influenciam diretamente o processo de aprendizagem e desenvolvimento e, consequentemente, a

formação cultural das crianças. Mesmo que não se tenha consciência dessas ideias e concepções, elas
direcionam as práticas, ações e intenções. Dahlberg, Moss e Pence concebem e apresentam uma
concepção de criança como co-construtora de conhecimento, identidade e cultura, um sujeito que tem
vez e voz:

67
A infância é uma construção social, elaborada para e pelas crianças, em um conjunto
ativamente negociado de relações sociais; A infância como construção social é sempre
contextualizada em relação ao tempo, ao local e à cultura, variando segundo a classe,
o gênero e outras condições socioeconômicas. Por isso, não há uma infância natural
nem universal, e nem uma criança natural ou universal, mas muitas infâncias e crianças
(2003, p. 71).

Portanto, a ideia da infância única, abstrata e desvinculada da dinâmica da sociedade não pode ser
sustentada, pois as crianças são seres com histórias e experiências diferentes, tendo, por conseguinte,

mecanismos, necessidades e condições diferenciadas para fazerem parte do meio social onde vivem.
Desse modo, no documento referência para a construção do currículo, busca-se uma proposta que

considere as especificidades da infância, os modos de ser das crianças e suas infâncias, os saberes

constituídos por elas no cotidiano a fim de articulá-los com o patrimônio histórico, social e cultural

construído pela humanidade.

Nessa perspectiva, concebe-se a criança como um sujeito de direitos, defendendo a atenção aos seus

interesses e necessidades desde o nascimento. Considerá-la como sujeito de direitos implica, dentre

outros, garantir no currículo da Educação Infantil a presença de experiências que lhe oportunize

conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Considerando essas formas pelas quais

meninos e meninas de zero a cinco anos aprendem, é necessário, ainda, pensar e estruturar o trabalho

educativo a partir de uma concepção de criança que pensa, age, deseja, narra, imagina, questiona e
elabora ideias sobre o mundo e, assim, criar oportunidades para ela se manifestar por meio de diferentes

linguagens. Tambem é necessario constituir acessibilidade de espaços, materiais, objetos, propostas,

brinquedos e instruções para as crianças com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e

altas habilidades/superdotação, conforme preconiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para a


Educação Infantil (2009).

A criança se desenvolve amplamente a partir da sua própria atividade mediante as relações estabelecidas
com os outros seres humanos, as parcerias que se formam nas relações com os adultos e com outras

crianças e as condições adequadas de vida e de educação. Nas primeiras décadas do século XX, Vigotski

(1998) já havia apontado que a criança, desde bem pequena, é capaz de estabelecer relações com as
outras e com as coisas, em um processo em que percebe os significados e se apropria dos mesmos,

atribuindo-lhes sentido.

Dessa forma, a Educação Infantil como primeira etapa da Educação Básica contribui qualitativamente

para o desenvolvimento dos aspectos intelectuais, emocionais, físicos, sociais e culturais da criança. Com
base nos aprendizados que realiza, amplia suas possibilidades de atividade prática e intelectual e
apropria-se, nesse processo, de novos conhecimentos. Isso, significa compreendê-la como fruto das

68
relações sociais que geram as diversas formas de vê-la e produzir a consciência da particularidade
infantil.

7.2 Direitos de Aprendizagem

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI definem como eixos

norteadores das práticas pedagógicas as interações e a brincadeira. Com o objetivo de garantir

à criança acesso a processos de apropriação e articulação de conhecimentos e aprendizagens


de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, saúde, liberdade, confiança, ao
respeito, à dignidade, convivência e a interação com outras crianças e adultos, foram

estabelecidos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) seis direitos de aprendizagem e


desenvolvimento que deverão permear as vivências de todas as crianças brasileiras. São eles:

 Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando


diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação
à cultura e às diferenças entre as pessoas.

 Brincar cotidianamente de diversas formas em diferentes espaços e tempos, com diferentes


parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais,
seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais,
corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.

 Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e
das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais
como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens
e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.

 Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções,


transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora
dela, ampliando seus saberes sobre a cultura em suas diversas modalidades: as artes, a escrita,
a ciência e a tecnologia.

 Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções,


sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de
diferentes linguagens.

 Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem
positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados,
interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto
familiar e comunitário.

69
Os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento estão articulados aos três princípios
elencados nas DCNEI, quais sejam, princípios éticos: da autonomia, responsabilidade, da
solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas,

identidades e singularidades, correspondem aos direitos de conviver e conhecer-se; políticos:


dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática,

correspondentes aos direitos de expressar-se e de participar; estéticos: da sensibilidade,


criatividade, ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e

culturais, referentes aos direitos de brincar e explorar. Portanto, esses princípios devem nortear
todas as ações dos profissionais e as experiências vivenciadas pelas crianças.

Na garantia desses direitos é necessário considerar que as crianças são diferentes, possuem

culturas diversas, trazendo com elas valores, atitudes, procedimentos e vivências de realidades

diversificadas, portanto devem ser respeitados o tempo, o modo de aprender e de se expressar

de cada uma delas.

A intencionalidade educativa na Educação Infantil consiste em ações planejadas, nas quais os

direitos de aprendizagem devem ser assegurados, considerando as relações e interações das

crianças com os saberes e práticas sociais e os conhecimentos sistematizados, sem perder de

vista as competências gerais da Educação Básica.

7.3 Campos de Experiências

Considerando os direitos acima elencados, a organização curricular da Educação Infantil na

BNCC está estruturada em cinco campos de experiências e, a partir deles, foram definidos os

objetivos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças. Essa forma de organização


curricular requer a articulação dos saberes das crianças, associados às suas experiências, aos

conhecimentos que fazem parte do patrimônio artístico, cultural, ambiental, científico e


tecnológico, em consonância com as orientações das DCNEI (2009).

Considerando a ampliação desses saberes e conhecimentos e a concepção de currículo

definida nas DCNEI (2009), os campos de experiências nos quais se organiza a BNCC são:

O EU, O OUTRO E O NÓS

É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo um modo próprio
de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas
diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vivem suas primeiras experiências sociais (na
família, na instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e questionamentos

70
sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres
individuais e sociais. Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados
pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de
interdependência com o meio. Por sua vez, na Educação Infantil, é preciso criar oportunidades
para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e culturais, outros modos
de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoais e do grupo, costumes,
celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si
mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças
que nos constituem como seres humanos.

CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS

Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais,
coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os
objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem
conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se,
progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes linguagens,
como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se
expressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e
reconhecem as sensações e funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos,
identificam suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a
consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na
Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe
privilegiado das práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e
a liberdade, e não para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover
oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e
na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos,
gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação
e uso do espaço com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorregar,
caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, correr, dar
cambalhotas, alongar-se etc.).

TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS

Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais,


no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências
diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais
(pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual,
entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando
suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual)
com sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens,
manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem
para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o
conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. Portanto, a Educação
Infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços para a produção,
manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da
71
sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças, permitindo que se
apropriem e reconfigurem, permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades,
ao ampliar repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas.

ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO

Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as


pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de interação do bebê são os movimentos
do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que
ganham sentido com a interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando
e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão,
apropriando-se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de
interação. Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças
possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de
histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas
individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se
constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.

Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e
acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no contexto familiar,
comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de língua escrita, reconhecendo
diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infantil, a
imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que
deixam transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador,
mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela
leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o
contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros,
com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem
da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com textos
escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em
rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não
convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de representação
da língua.

ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES

As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo


constituído de fenômenos naturais e socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram se
situar em diversos espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e
amanhã etc.). Demonstram também curiosidade sobre o mundo físico (seu próprio corpo, os
fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as transformações da natureza, os
diferentes tipos de materiais e as possibilidades de sua manipulação etc.) e o mundo
sociocultural (as relações de parentesco e sociais entre as pessoas que conhece; como vivem
e em que trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus costumes; a diversidade entre
elas etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas outras, as crianças também se deparam,
frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem, ordenação, relações entre

72
quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos e de comprimentos, avaliação de
distâncias, reconhecimento de formas geométricas, conhecimento e reconhecimento de
numerais cardinais e ordinais etc.) que igualmente aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação
Infantil precisa promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações,
manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de
informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição
escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo
físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano.

A organização do trabalho por Campos de Experiência procura favorecer as inter-relações entre os

conhecimentos, nas quais as vivências das crianças não podem ser vistas de forma fragmentada, mesmo
porque na Educação Infantil os tempos são diferenciados. Nesse sentido, faz-se necessário que essas

vivências sejam propiciadas pelo professor nas instituições.

Sob essa vertente cabe ressaltar:


Os saberes e conhecimentos prévios do professor, sua formação científica,
artística, tecnológica, ambiental, cultural lhe possibilita enriquecer ou ampliar
o currículo vivido pelas crianças no cotidiano da creche e da pré-escola.
(BARBOSA; RICHTER, 2015, p.196)

Assim, nas propostas pedagógicas deverão ser estabelecidas a identidade da instituição e as escolhas
pedagógicas nas quais os saberes e conhecimentos de diferentes naturezas que compõem os Campos

de Experiências e suas subdivisões internas possibilitem aprendizagem e desenvolvimento a todas as

crianças.

7.3.1 Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento

Tendo em vista as especificidades da Educação Infantil, as crianças precisam vivenciar

experiências significativas na perspectiva de que essas possam incidir sobre a aprendizagem e

o desenvolvimento delas.

Na BNCC, reconhecendo as características das diferentes faixas etárias, os objetivos de


aprendizagem e desenvolvimento foram organizados em três grupos: bebês (de 0 – 1 ano e 6
meses), crianças bem pequenas (de 1 ano e 7 meses – 3 anos e 11 meses) e crianças pequenas

(de 4 anos – 5 anos e 11 meses), porém não inviabilizam outras formas de organização nos

municípios, desde que as propostas respeitem o tempo e o modo de aprender das crianças.

Assim, no presente documento, além dos objetivos definidos pela BNCC, foram inseridos
outros como forma de ampliar os conhecimentos das crianças, cujas preservação, divulgação

e ampliação são papéis das instituições educativas.

73
O desafio de construir coletivamente um currículo para a Educação Infantil que respeite a pluralidade e
diversidade das crianças sul-mato-grossenses, coloca em pauta outros fatores que também devem ser
considerados na consolidação de um trabalho pedagógico de qualidade: a infraestrutura, garantindo

espaços diferenciados, materiais e brinquedos em quantidade suficiente; a proporção adulto/criança; a


gestão do tempo nas instituições; a formação inicial e continuada dos profissionais: professores,

gestores, coordenadores, assim como os administrativos, para que esses entendam a especificidade da
faixa etária; e, também, a interação da instituição com as famílias e outras instituições responsáveis pela

educação das crianças com vistas a subsidiar os projetos educativos em parceria com a comunidade.

7.4 Os Campos de Experiências e as Ações Didáticas

O cuidar e o educar são princípios fundamentais na Educação Básica. Para as ações didáticas, o professor

deve levar em consideração a relevância social e cultural dos objetivos, assegurando a progressão nos

saberes para a formação integral das crianças, nas dimensões afetivas, cognitivas, físicas, sociais e
culturais.

Nesse sentido, as ações didáticas aqui propostas são possibilidades que poderão ser ampliadas

nas instituições a partir de concepções comuns de educação, criança, ensino, aprendizagem e

avaliação, definidas em cada Proposta Pedagógica. Nessas escolhas coletivas o professor terá
como imprimir a intencionalidade pedagógica, planejando de forma sistemática, porém de

maneira contextualizada visando à garantia do direito das crianças de ampliar seus

conhecimentos e de frequentar uma instituição educativa de qualidade.

7.4.1 O Eu, o Outro e o Nós

A interação dentro da instituição de Educação Infantil possibilita à criança o desenvolvimento


das linguagens, as diferentes maneiras de se expressar, o estabelecimento de vínculos, a

solidariedade, a aprendizagem e a autonomia. A construção da identidade pela criança ocorre

por meio das relações sociais que são estabelecidas no convívio com a família, com outras

crianças e adultos.
Nesse sentido, as DCNEI (BRASIL, 2009) preconizam que a criança é:
sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que
vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja,
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza
e sociedade produzindo cultura.

74
Desse modo, é a partir das experiências vivenciadas que a criança compreende e modifica o
mundo e a si mesma. A instituição é um espaço importante para as interações com o outro,

sendo fundamental a intencionalidade educativa nos contextos de aprendizagem, para que os


profissionais permitam os diálogos entre as crianças, o interesse, a curiosidade, os

questionamentos, os cuidados com seu corpo e ambiente, a exploração dos espaços e


materiais, a construção da autonomia e de aprendizagens. Assim, esse campo propõe um

trabalho a partir das situações do cotidiano que perpassam as relações humanas, integrando-
o a outros campos.

Dessa forma:
Cada campo de experiência oferece um conjunto de objetos, situações, imagem e
linguagens, referidos aos sistemas simbólicos de nossa cultura, capazes de evocar,
estimular, acompanhar aprendizagens progressivamente mais seguras (BARBOSA;
FARIA, FINCO, 2015, p. 54-55).

A criança desenvolve autonomia, autocuidado e identidade na interação com seus pares e na


participação de atividades significativas. Dessa forma, a escola é um ambiente com a

capacidade de acolher as diferenças e de promover as potencialidades das crianças,

contribuindo, assim, para suas aprendizagens e seu desenvolvimento.

75
BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI01EO01. s. 01) Observar as manifestações dos bebês e suas escolhas compreendendo seus
Perceber que suas ações têm efeito nas gestos, balbucios, olhares e expressões como comunicação de suas
outras crianças e nos adultos. preferências e/ou rejeições garantindo que suas necessidades sejam
(MS.EI01EO02. s. 02) atendidas.
Perceber as possibilidades e os limites de Proporcionar aos bebês momentos de ajuda, atenção, aconchego e colo de
seu corpo nas brincadeiras e interações das acordo com suas necessidades, garantindo o cuidado, a interação e o
quais participa. acolhimento.
(MS.EI01EO03. s. 03)
Interagir com crianças da mesma faixa etária Comunicar sua presença e intenção antes de tocar o bebê, interagindo e
e adultos ao explorar espaços, materiais, dialogando com ele nos momentos de cuidado, alimentação, sono,
objetos, brinquedos. brincadeiras, possibilitando sua expressão.
(MS.EI01EO04. s. 04) Organizar tempos e espaços com materiais que promovam oportunidades
Comunicar necessidades, desejos e emoções, de interação entre os bebês e profissionais da instituição.
utilizando gestos, balbucios, palavras. Interagir com os bebês para ajudá-los a perceber gradativamente a
(MS.EI01EO05. s. 05) necessidade da troca de fraldas.
Reconhecer seu corpo e expressar suas
sensações em momentos de alimentação, Proporcionar a vivência de diversas brincadeiras como: esconder e aparecer,
higiene, brincadeira e descanso. lançar objetos e resgatar, empilhar e desempilhar, dentre outras,
(MS.EI01EO06. s. 06) possibilitando a interação e espontaneidade entre bebês e adultos.
Interagir com outras crianças da mesma faixa Oferecer aos bebês brinquedos e objetos variados em quantidade suficiente,
etária e adultos, adaptando-se ao convívio para que possam fazer escolhas e explorá-los de diferentes formas.
social.
Incentivar os bebês a alimentarem-se com autonomia, oferecendo diversos
(MS.EI01EO00. n. 07) alimentos e valorizando suas conquistas.
Expressar a necessidade da atenção do
adulto, aconchego e acolhimento. Conversar, cantar, ler e contar histórias diariamente para os bebês
(MS.EI01EO00. n. 08) favorecendo uma relação afetiva e social na construção da linguagem.
Manifestar emoções diante das situações Organizar espaços diversificados e seguros para que os bebês possam
vivenciadas. movimentar-se livremente, favorecendo a autonomia, a imaginação, o
(MS.EI01EO00. n. 09) equilíbrio e a flexibilidade.
Identificar e reconhecer os adultos que
Planejar situações em que seja possível os bebês terem contato com crianças
atuam nele e sentir-se seguro, construindo
de outras turmas e de faixas etárias diferentes.
vínculos afetivos com os adultos e outros
bebês. Propiciar ações que promovam oportunidades de interação entre os bebês,
(MS.EI01EO00. n. 10) familiares, crianças, professores e outros profissionais, possibilitando o
Movimentar-se sozinho de acordo com a sua convívio social nos eventos culturais promovidos pela instituição.
vontade e necessidade. Acolher e auxiliar o bebê a superar momentos de frustração, medo, raiva,
tristeza e fortalecer sentimentos de alegria, prazer e interação.
Participar das brincadeiras com os bebês interagindo com eles na exploração
dos espaços, materiais e brinquedos: objetos com cores, formas, tamanhos e
texturas diversificadas; retalhos de tecido, argolas, bolas, bacias de metal,
blocos de espuma, pequenas almofadas, espelho, dentre outros.
Oportunizar momentos para que sejam capazes de experimentar e utilizar os
recursos que dispõem, para a satisfação de suas necessidades, expressando
seus desejos e sentimentos.
Acolher os bebês e solicitar às famílias objetos de apego e fotos a fim de
favorecer o reconhecimento de si e de seus familiares.
Proporcionar atividades para a interação dos bebês com seus familiares e
profissionais da instituição no período de adaptação.
Promover horário diferenciado para acolhimento e adaptação dos bebês.
Aconchegar os bebês quando demandarem ajuda: pelo choro, pedido de
colo, silêncio prolongado, birra, favorecendo o fortalecimento de vínculos
afetivos.

76
CRIANÇAS BEM PEQUENAS
(1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI02EO01. s. 01) Incentivar as crianças quanto à organização e cuidado dos brinquedos,
Demonstrar atitudes de cuidado e objetos, livros, dentre outros, possibilitando a independência e autonomia.
solidariedade na interação com crianças e Propiciar momentos para que as crianças realizem com progressiva
adultos. autonomia a higiene, calçar-se, alimentar-se e vestir-se valorizando suas
(MS.EI02EO02. s. 02) atitudes e hábitos de autocuidado.
Demonstrar imagem positiva de si e
confiança em sua capacidade para enfrentar Estimular as crianças a resolverem os conflitos por meio do diálogo e ajudá-
dificuldades e desafios. las a buscar soluções.
(MS.EI02EO03. s. 03) Promover brincadeiras e vivências desafiadoras em que as crianças possam
Compartilhar os objetos e os espaços com interagir com crianças da mesma faixa etária e de idades diferentes
crianças da mesma faixa etária e adultos. respeitando os limites e movimentos.
(MS.EI02EO04. s. 04) Planejar momentos em que as crianças possam fazer escolhas e decidir em
Comunicar-se com os colegas e os adultos, qual atividade irão participar.
buscando compreendê-los e fazendo-se
compreender. Incentivá-los a esperar a sua vez para dar opiniões e manifestar ideias.
(MS.EI02EO05. s. 05) Elaborar coletivamente com as crianças os combinados e regras sociais para
Perceber que as pessoas têm características um bom convívio.
físicas diferentes, respeitando essas
Oportunizar momentos em que as crianças percebam que as pessoas são
diferenças.
diferentes e que é necessário respeitar uns aos outros.
(MS.EI02EO06. s. 06)
Respeitar regras básicas de convívio social Incentivar a participação em pequenas tarefas, a cooperação, solidariedade
nas interações e brincadeiras. entre as crianças e professores/profissionais, compartilhando objetos,
(MS.EI02EO07. s. 07) brinquedos e oferecer auxílio quando necessário.
Resolver conflitos nas interações e Ajudar as crianças a lidarem com as emoções e incentivá-las a expressar seus
brincadeiras, com a orientação de um adulto. sentimentos, desejos e necessidades, intervindo e acolhendo quando
(MS. EI02EO00. n. 08) necessário.
Perceber e expressar as necessidades do seu
Propiciar às crianças atividades que valorizem diferentes modos de vida,
corpo tais como: fome, frio, calor, sede,
costumes, alimentação sul-mato-grossense e de outros povos, respeitando a
sono, desconforto relativo a existência de
diversidade cultural.
urina e fezes na fralda.
(MS. EI02EO00. n. 09) Desenvolver um trabalho juntamente com a família para a retirada da fralda
Manifestar preferências em relação às e controle do esfíncter.
atividades propostas, alimentação e Introduzir novos alimentos e incentivar a degustação para que as crianças
brincadeiras. possam manifestar preferências, alimentar-se, quando sentirem necessidade,
(MS. EI02EO00. n. 10) com utensílios adequados e dando-lhes a atenção necessária.
Colaborar com a organização da sala e
Propiciar à criança o reconhecimento da família como grupo social, bem
ajudar nos momentos necessários,
como dos hábitos, valores, crenças, composição familiar como elementos
identificando seus objetos, roupas, calçados
que constituem a história de vida de cada indivíduo.
e brinquedos.
(MS. EI02EO00. n. 11) Planejar ações, palestras em conjunto com profissionais da saúde,
Conhecer as dependências da instituição e envolvendo a criança e a família com relação a hábitos de higiene, doenças
as funções dos funcionários. dermatológicas ou causadas por parasitas, infecções, saúde bucal,
organização e limpeza do vestuário, explicando a importância de forma que
não desmoralize ou crie estereótipos direcionados às atitudes relacionadas à
falta de higiene.

77
CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI03EO01. s. 01) Proporcionar nas vivências atividades para que as crianças ajam de forma
Demonstrar empatia pelos outros, autônoma e capazes de entender a si mesmas e ao outro.
percebendo que as pessoas têm diferentes Organizar o espaço da sala de maneira que as crianças possam escolher as
sentimentos, necessidades e maneiras de
atividades que queiram realizar e trabalhar em pequenos grupos.
pensar e agir.
(MS.EI03EO02. s. 02) Incentivar a troca, a cooperação e o respeito entre as crianças e entre as
Agir de maneira independente, com crianças e os adultos.
confiança em suas capacidades, Possibilitar situações em que as crianças possam escolher e comentar suas
reconhecendo suas conquistas e limitações. preferências e desejos.
(MS.EI03EO03. s. 03)
Orientar para o cuidado da higiene pessoal, a fim de permitir às crianças
Ampliar as relações interpessoais,
vivenciarem situações de forma autônoma e também perceberem a
desenvolvendo atitudes de participação e
necessidade e importância em realizá-las.
cooperação.
(MS.EI03EO04. s. 04) Oportunizar momentos no grupo para conversar sobre os conflitos
Comunicar suas ideias e sentimentos a (individuais ou coletivos) nos quais cada criança manifeste seu ponto de
pessoas e grupos diversos. vista, sua opinião sobre o ocorrido e respeite os posicionamentos do outro.
(MS.EI03EO05. s. 05) Ajudar as crianças a entender e controlar emoções, ansiedades, necessidades
Demonstrar valorização das características e frustações.
de seu corpo e respeitar as características
Planejar brincadeiras e vivências diversas em que as crianças possam
dos outros (crianças e adultos) com os quais
colaborar, respeitar e ser solidárias com o outro.
convive.
(MS.EI03EO06. s. 06) Promover situações para que as crianças reconheçam a existência do outro,
Manifestar interesse e respeito por respeitando as diferenças, a diversidade e fortalecendo vínculos.
diferentes culturas e modos de vida. Dialogar com as crianças sobre situações de preconceitos e discriminações
(MS.EI03EO07. s. 07) que contemplem noções de cooperação, tolerância, solidariedade e respeito
Usar estratégias pautadas no respeito mútuo ao outro.
para lidar com conflitos nas interações com
Oportunizar que as crianças realizem atividades na instituição sem o
crianças e adultos.
acompanhamento direto do adulto.
(MS. EI03EO00. n. 08)
Respeitar e utilizar os combinados e regras Organizar situações variadas para que as crianças possam ampliar e
de convívio social elaborados pelo grupo. diversificar o acesso a produções da cultura regional, dos povos indígenas,
(MS. EI03EO00. n. 09) afrodescendentes, asiáticos, europeus, outros países da América, entre
Participar das atividades e respeitar os outras.
interesses e desejos das outras crianças, Possibilitar que as crianças entendam e participem da elaboração das regras,
colaborando também na realização de compreendendo-as e comprometendo-se com as mesmas.
pequenas tarefas.
Oportunizar situações em que as crianças possam reconhecer sua família
(MS. EI03EO00. n. 10)
como grupo social, bem como os hábitos, valores, crenças e composição.
Perceber a importância da conversa como
forma de resolver os conflitos e , se Incentivar as crianças a superarem o medo e ajudá-las a terem atitude diante
necessário, solicitar ajuda do adulto. das situações vivenciadas.
(MS. EI03EO00. n. 11)
Participar de brincadeiras de faz de conta,
assumindo diferentes papéis sociais.
(MS. EI03EO00. n. 12)
Comparar características de colegas
(tamanho, altura, etnia, preferências etc.),
identificando e respeitando semelhanças e
diferenças.

78
7.4.2 Corpo, Gestos e Movimentos

A infância é um período no qual os movimentos corporais ocupam grande parte do tempo das

crianças. Desde que nascem, os bebês fazem uso do corpo para conhecerem a si mesmos e o
mundo; estabelecendo relações com adultos e outras crianças tomam consciência do seu
corpo e das possibilidades de movimento e sensações que ele proporciona. Assim, eles

utilizam o corpo como elemento central de comunicação e expressão para com o outro e com

o mundo.
Nessa perspectiva:
A ação do corpo propicia viver emoções e sensações prazerosas, de
relaxamento e de tensão, mas também a satisfação do controle dos gestos, na
coordenação com os outros; consente experimentar potencialidades e limites
do próprio aspecto físico, desenvolvendo ao mesmo tempo, a consciência dos
riscos dos movimentos incontrolados (BARBOSA; FARIA, FINCO, 2015, p. 58).

Nesse campo, as experiências motoras nas brincadeiras, danças e dramatizações possibilitam

às crianças identificarem possibilidades na exploração de gestos e movimentos corporais. Elas

descobrem, brincam, manifestam sentimentos, sensações, emoções, desejos e medos,


experiências que vivenciam sozinhas ou na interação com os outros.

Enfim, o corpo “fala” e para que a criança vivencie, interaja e aprenda, utilizando-o como apoio,
é necessário que seja estimulada a ampliar seus movimentos e o seu conhecimento de mundo,

com ações planejadas e a organização de situações que promovam o seu desenvolvimento.

79
BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI01CG01. s. 01) Apoiar os avanços motores dos bebês, valorizando suas características
Movimentar as partes do corpo para corporais.
exprimir corporalmente emoções, Propiciar momentos de massagem aos bebês durante as atividades de
necessidades e desejos.
cuidado.
(MS.EI01CG02. s. 02)
Experimentar as possibilidades corporais nas Possibilitar aos bebês a participação em jogos e brincadeiras que envolvam o
brincadeiras e interações em ambientes corpo, tais como: empurrar, empilhar, arrastar-se, engatinhar, jogar, rolar,
acolhedores e desafiantes. andar, subir, descer, equilibrar-se etc.
(MS.EI01CG03. s. 03) Organizar espaços com situações desafiadoras, de forma que os bebês
Imitar gestos e movimentos de outras possam fazer descobertas com seus pares, sob atenta observação do
crianças, adultos e animais. professor e demais profissionais.
(MS.EI01CG04. s. 04) Disponibilizar objetos e brinquedos para a livre escolha e exploração de suas
Participar do cuidado do seu corpo e da características pelos bebês.
promoção do seu bem-estar.
(MS.EI01CG05. s. 05) Promover situações nas quais os bebês participem de manifestações
Utilizar os movimentos de preensão, encaixe culturais e apresentem suas vivências de forma livre e espontânea.
e lançamento, ampliando suas possibilidades Apoiar as conquistas dos bebês nas experiências pessoais e coletivas,
de manuseio de diferentes materiais e incentivando o desenvolvimento motor e transmitindo segurança nas ações.
objetos.
Organizar e oferecer cestos, baús e caixas com diferentes objetos, texturas,
(MS. EI01CG00. n. 06)
tamanhos e cores.
Ampliar e explorar suas capacidades
corporais, desenvolvendo atitudes de Realizar brincadeiras nos espaços externos das instituições, usando diversos
confiança e autonomia. materiais/brinquedos (bolas, latas, garrafa, cordas, bambolês, pneus, parque,
(MS. EI01CG00. n. 07) circuito almofadado, minhocão etc.).
Explorar os ambientes, internos e externos, Estimular a expressão corporal e facial por meio de gestos, mímicas e ritmos
orientando-se no espaço. espontâneos ao som de músicas e brincadeiras diversas.
(MS. EI01CG00. n. 08)
Proporcionar brincadeiras que contemplem a percepção de si mesmos e dos
Conhecer progressivamente o próprio corpo,
outros, como a exploração da imagem no espelho, brincadeiras de cobrir e
familiarizando-se com a imagem corporal.
descobrir o rosto ou esconder objetos.
(MS. EI01CG00. n. 09)
Adequar gestos e movimentos nas diferentes Incentivar a imaginação a partir da utilização de objetos, como brinquedos,
situações das quais participa (brincadeiras, fantasias e lenços.
atividades cotidianas etc). Propiciar momentos de brincadeiras com areia e água, utilizando baldes,
(MS. EI01CG00. n. 10) potes, peneiras, bacias etc, organizando momentos de interações e
Conhecer várias manifestações culturais brincadeiras nos quais os bebês possam ficar ao ar livre.
relacionadas ao movimento do seu corpo,
respeitando a diversidade e ampliando seu
repertório.

80
CRIANÇAS BEM PEQUENAS
(1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI02CG01. s. 01) Proporcionar situações que estimulem as crianças a movimentarem o corpo a
Apropriar-se de gestos e movimentos de sua partir de cantigas e brincadeiras cantadas.
cultura no cuidado de si e nos jogos e Possibilitar brincadeiras que desenvolvam a capacidade motora: amassar,
brincadeiras.
rasgar, pintar, folhear, recortar, colar, encaixar entre outras.
(MS.EI02CG02. s. 02)
Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se Estimular as crianças a movimentarem-se livremente (andar, correr, pular,
por noções como em frente, atrás, no alto, rolar, andar na ponta dos pés etc.) em diferentes espaços.
embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em Favorecer durante a brincadeira contato das crianças com diferentes materiais
brincadeiras e atividades de diferentes e objetos, como fitas, arcos, bolas e lenços.
naturezas.
Promover vivências para que as crianças explorem diferentes ambientes e
(MS.EI02CG03. s. 03)
possibilidades de uso.
Explorar formas de deslocamento no espaço
(pular, saltar, dançar), combinando Possibilitar situações e brincadeiras em que as crianças reconheçam as partes
movimentos e seguindo orientações. do seu corpo e de seus colegas, respeitando as diferenças corporais relativas
(MS.EI02CG04. s. 04) ao gênero, etnia e faixa etária.
Demonstrar progressiva independência no Proporcionar jogos de imitação que contemplem possibilidades para a
cuidado do seu corpo. exploração da expressão facial, corporal, com apoio de espelhos, fotografias,
(MS.EI02CG05. s. 05) canções etc.
Desenvolver progressivamente as habilidades
Estimular a manipulação e o uso de diferentes materiais na criação de formas
manuais, adquirindo controle para desenhar,
(argila, areia, massa de modelar, gesso), dentre outros.
pintar, rasgar, folhear, dentre outros.
(MS.EI02CG06. n. 06) Favorecer vivências e experimentação de diferentes sensações em situações
Participar de brincadeiras, expressar-se por diversas.
meio da dança e manifestações culturais Promover a ampliação do conhecimento e do uso de materiais, objetos,
relacionadas ao movimento do seu corpo, brinquedos diversos que propiciem o desenvolvimento da autonomia e
respeitando a diversidade. identidade corporal.
(MS. EI02CG00. n. 07)
Oportunizar que as crianças conheçam por diferentes meios (vídeos,
Apropriar-se progressivamente da imagem do
documentários, apresentações culturais e visitações em diversos espaços)
seu corpo, desenvolvendo atitudes de
outras culturas com movimentos e formas de brincar diferentes.
cuidado e interesse, reconhecendo e
respeitando as individualidades e diferenças Realizar brincadeiras nos espaços externos da instituição, utilizando diversos
corporais relativas ao gênero, etnia e faixa materiais e brinquedos.
etária. Promover brincadeiras explorando o faz-de-conta, imaginação e fantasia.
(MS. EI02CG00. n. 08)
Proporcionar leitura e contação de histórias, possibilitando situações de
Explorar o espaço por meio de deslocamento
interações entre as crianças, por meio do manuseio de livros, expressões
de si mesmo e dos objetos.
faciais e gestuais, modulação de voz, utilização de fantoches e figurinos.
(MS. EI02CG00. n. 09)
Brincar utilizando a capacidade de criar e Organizar propostas que envolvam histórias, brincadeiras, jogos, danças e
imaginar: brincar de faz de conta, canções que digam respeito às tradições de sua comunidade e de outras.
confeccionar brinquedos e jogos. Promover experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem
(MS. EI02CG00. n. 10) movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e
Participar de brincadeiras nas quais possa desejos da criança.
perceber as semelhanças e as diferenças entre
Favorecer a participação em brincadeiras nas quais as crianças escolham os
si e o outro.
parceiros, os objetos, os temas, os espaços e os personagens, agindo
(MS. EI02CG00. n. 11)
criativamente sobre eles.
Desenvolver progressivamente as
possibilidades corporais e a capacidade de Planejar vivências envolvendo a dança com músicas de gêneros variados, para
controle do corpo, no sentido de realizar que as crianças possam imitar, criar e coordenar os movimentos.
deslocamentos mais ágeis e seguros, com Propor atividades que favoreçam a exploração do espaço por meio de ações
ações mais precisas no espaço que ocupam. que proporcionem o deslocamento de si e dos objetos.
(MS. EI02CG00. n. 12)
Conhecer manifestações culturais Possibilitar brincadeiras com obstáculos que permitam arrastar, engatinhar,
relacionadas ao movimento do corpo, levantar, subir, descer, passar por dentro, por baixo, saltar, rolar, virar
respeitando a diversidade e ampliando seu cambalhota etc.
repertório. Proporcionar experiências de pesquisa diante do espelho para
reconhecimento da imagem e do próprio corpo.

81
CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI03CG01. s. 01) Propor às crianças o brincar cotidianamente, utilizando práticas corporais
Criar com o corpo formas diversificadas de criativas para realizar jogos e brincadeiras, criar e representar personagens no
expressão de sentimentos, sensações e faz de conta.
emoções, tanto nas situações do cotidiano Promover brincadeiras nas quais as crianças tenham de superar desafios
quanto em brincadeiras, dança, teatro e
motores como a amarelinha, caça ao tesouro, circuitos etc.
música.
(MS.EI03CG02. s. 02) Propiciar momentos em que as crianças possam interagir e se expressar por
Demonstrar controle e adequação do uso de meio de gestos e movimentos, jogos tradicionais, jogos de construção, jogos
seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e motores, jogos rítmicos, jogos de percepção e jogos de faz de conta.
reconto de histórias, atividades artísticas, Proporcionar situações para as crianças utilizarem equipamentos midiáticos
dentre outras possibilidades. para gravar: microfone, celular, gravadores e câmeras.
(MS.EI03CG03. s. 03)
Estimular a criança a produzir movimento, promovendo a autoconfiança e
Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas
atitudes de respeito quanto à sua produção e a dos outros.
em brincadeiras, jogos e atividades artísticas,
como dança, teatro e música. Explorar com Formular atividades em que as crianças possam experimentar diferentes
confiança suas possibilidades de ação e formas de equilíbrio, variando as superfícies e os apoios de corpo.
movimento. Possibilitar situações e brincadeiras em que as crianças reconheçam as partes
(MS.EI03CG04. s. 04) do seu corpo e de seus colegas, respeitando as diferenças corporais relativas
Adotar hábitos de autocuidado relacionados a ao gênero, etnia, faixa etária como também expressar seus sentimentos.
higiene, alimentação, conforto e aparência.
Favorecer a autonomia das crianças em relação aos cuidados com seu corpo.
(MS.EI03CG05. s. 05)
Coordenar suas habilidades manuais no Promover atividades em que as crianças cantem e recriem diferentes cantigas
atendimento adequado a seus interesses e e parlendas (batendo palmas, assoviando, sussurrando etc.).
necessidades, em situações diversas. Propor situações em que as crianças possam explorar elementos da cultura
(MS. EI03CG00. n. 06) corporal relacionadas às brincadeiras, à mímica, à dança ou arte circense e
Explorar o espaço, orientando-se outros considerados pertinentes para que as crianças se expressem e se
corporalmente: frente, atrás, em cima, comuniquem.
embaixo dentro, fora, perto, longe, esquerda
Incentivar e orientar a construção de brinquedos com o uso de material
e direita.
reciclável.
(MS. EI03CG00. n. 07)
Participar de práticas culturais que envolvam Proporcionar situações em que as crianças possam brincar de faz de conta de
atividades e brincadeiras tradicionais diversas formas: sozinhas, com o grupo, com outras turmas de forma livre e
relacionadas ao movimento do seu corpo, orientada.
respeitando a diversidade. Permitir que as crianças possam descobrir e expressar suas capacidades, por
(MS. EI03CG00. n. 08) meio da ação criativa e da expressão da emoção.
Explorar com confiança suas possibilidades de
Organizar propostas que envolvam histórias, brincadeiras, jogos, danças e
ação criando seus próprios movimentos.
canções que digam respeito às tradições de sua comunidade e de outras.
(MS. EI03CG00. n. 09)
Expressar-se por meio de dança e Possibilitar meios de deslocamento, habilidades de força, velocidade,
dramatizações, bem como por outras formas resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras dos quais as crianças
de expressão, sentimentos e emoções. participam.
(MS. EI03CG00. n. 10) Propor circuitos e brincadeiras em que a criança seja encorajada a superar
Explorar de forma global os movimentos seus medos, limites, insegurança e favorecer a cooperação entre as crianças.
corporais, desenvolvendo as capacidades de
Disponibilizar acervo de fantasias, roupas, acessórios e outros materiais para
locomoção, equilíbrio, coordenação e
fomentar o faz de conta.
lateralidade.
(MS. EI03CG00. n. 11) Orientar as crianças sobre as situações de risco na instituição.
Identificar situações de risco no ambiente
mais próximo.

82
7.4.3 Traços, Sons, Cores e Formas

As orientações descritas nas DCNEI (2009) apontam para a elaboração de propostas pedagógicas nas

quais os princípios estéticos e as diferentes manifestações artísticas e culturais devem ser considerados.
O artigo 9º dispõe que a prática pedagógica deve assegurar experiências que promovam o
relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e

gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura.

A imersão dessas manifestações artísticas no currículo da Educação Infantil cria possibilidades para as
crianças investigarem o mundo que está a sua volta e a si mesmas de forma poética e estética,
desenvolvendo, assim, a sensibilidade e a expressividade diante da vida, pois, segundo Gobbi (2010, p.

3) “a dimensão lúdica e a dimensão estética são condições fundamentais para a formação humana”.

Trabalhar com o campo “Traços, sons, cores e formas” significa garantir à criança experiências artísticas

significativas e inseri-la em um universo que vem se constituindo ao longo da existência humana. É


possibilitar a apropriação e a expressão por meio de linguagens diversificadas, cada qual com saber

consolidado, com especificidades próprias e que, além dessas especificidades, cumprem o papel de

“contribuir para transformar o arranjo da consciência dos homens, conferindo-lhes novas formas de

apreensão do real” (FERREIRA, 2010, p. 14), bem como da transformação da realidade.


Assim, na Educação Infantil:
O mundo é multicolorido, multiforme e diverso em suas texturas. Incentivar que as
crianças fiquem mais atentas para as cores, formas e texturas do mundo – tanto da
natureza quanto aos bens culturais – é um grande estímulo para elas e uma
oportunidade de sensibilizar seu olhar e ampliar o seu repertório. Não importa se a
criança está usando formas específicas e cores tais e quais – menos ainda se sabem
seus nomes corretamente. Nos interessa, sim, que suas expressões (desenhos, pinturas,
colagens) possam explorar diferentes formas, cores e texturas, ampliando seu acervo
de sensações e de imagens, combinando-as entre si, de maneira própria, autoral
(BRASIL, 2006, p. 67).

Dessa forma, quanto mais amplo for o repertório da criança em relação aos bens culturais, mais
possibilidades ela terá para aprender a se expressar de forma autoral pelo desenho, pintura, modelagem,
colagem, etc. Quanto mais ricas forem as experiências com a diversidade de linguagens, maiores serão

as possibilidades de expressão e criação.

83
BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI01TS01. s. 01) Criar diálogos musicais com os bebês, cantando, brincando, combinando sons
Explorar sons produzidos com o próprio em diferentes volumes, intensidades, timbres e durações e disponibilizar
corpo e com objetos do ambiente. objetos e instrumentos com variadas possibilidades sonoras para que possam
(MS.EI01TS02. s. 02) experimentar, explorar e imitar.
Traçar marcas gráficas, em diferentes Organizar ambientes ricos em possibilidades sonoras e ampliar o repertório
suportes, usando instrumentos riscantes e musical dos bebês por meio das brincadeiras cantadas, acalantos, parlendas,
tintas. músicas instrumentais e música brasileira de diferentes culturas.
(MS.EI01TS03. s. 03)
Explorar diferentes fontes sonoras e materiais Proporcionar espaços variados, selecionar materiais e tempos para os bebês
para acompanhar brincadeiras cantadas, explorarem tintas, areia, massas, misturas e transformações destes materiais.
canções, músicas e melodias. Respeitar o tempo do bebê, não forçando o contato, mas oferecendo
(MS.EI01TS04. n. 04) repetidas vezes a oportunidade de explorar determinado objeto ou material.
Produzir suas marcas e exploração em Organizar espaços e superfícies amplas, que possibilitem a mobilidade e
diferentes posições: sentado, deitado, em pé. circulação dos bebês.
(MS. EI01TS00. n. 05) Organizar momentos para que, inicialmente os bebês explorem livremente os
Explorar variados materiais plásticos e sons e, também, momentos para que eles vivenciem o ritmo com participação
gráficos, como os meios (tinta, giz de cera, dos professores e outros profissionais.
caneta hidrocor), instrumentos (mãos,
esponjas, pincéis, rolinhos) e suportes (corpo, Colocar-se como referência no uso dos materiais e chamar a atenção dos
papel, papelão, paredes, chão, superfícies de bebês para a exploração, tendo como base inicialmente a imitação e que
mesas). possam, posteriormente, experimentar por si mesmos.
(MS. EI01TS00. n. 06) Selecionar e disponibilizar diferentes objetos riscantes para que os bebês
Sentir-se segura para arriscar-se na possam explorar seus gestos, força, traços e marcas. Organizar cesto de
experimentação dos diferentes meios (tintas, tesouros com instrumentos e objetos sonoros, materiais de diversas texturas,
massas, misturas, areia), familiarizando-se espessuras, formas e cores.
gradativamente com as sensações
Disponibilizar imagens interessantes, móbiles coloridos, formas variadas, que
produzidas.
atraiam o olhar e possibilitem a exploração pelos bebês.
(MS. EI01TS00. n. 07)
Experimentar e observar a transformação dos Criar situações de exploração de imagens diversas, luzes e sombras,
materiais (tintas, água, areia, terra, massas) a nomeando e conversando sobre o que estão vendo, fixando-as em diferentes
partir da sua ação sobre eles. planos (chão, livros, paredes, mesas, teto etc.).
(MS. EI01TS00. n. 08) Organizar brincadeiras para serem vivenciadas pelos bebês com música, artes
Escolher quais materiais quer utilizar, o que plásticas e gráficas, dança, leitura e contação de histórias, fotografia, oriundas
deseja fazer com eles com base em seus dos diferentes grupos culturais.
interesses de investigação.
Proporcionar situações de apreciação de diferentes ritmos e gêneros musicais
(MS. EI01TS00. n. 09)
e experimentação sonora nas suas diversas possibilidades.
Brincar com elementos que constituem a
linguagem visual: imagens, cores, luzes, Favorecer a experimentação das múltiplas possibilidades no uso de tintas
sombras etc. naturais e exploração das diferentes texturas presentes nas “melecas”.
(MS. EI01TS00. n. 10) Proporcionar a observação de diferentes ambientes e paisagens naturais.
Explorar imagens diversas, ilustrações de Organizar situações para que os bebês possam participar de eventos sociais e
livros, fotografias e obras de arte. culturais valorizando a cultura local e regional: aniversários, saraus e festas etc.
Selecionar obras de literatura que favoreçam aos bebês experiências estéticas
e sensoriais.

84
CRIANÇAS BEM PEQUENAS
(1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI02TS01. s. 01) Organizar situações e atividades que possibilitem à criança perceber, escutar,
Criar sons com materiais, objetos e reconhecer e reproduzir sons presentes no ambiente, nos objetos, no corpo,
instrumentos musicais, para acompanhar na natureza e seu entorno.
diversos ritmos de música. Propiciar e explorar repertórios musicais que sejam significativos e trazê-los
(MS.EI02TS02. s. 02) para as crianças como linguagem e arte, possibilitando a expressão de
Utilizar materiais variados com possibilidades preferências musicais e sonoras diante dos diferentes ritmos e gêneros
de manipulação (argila, massa de modelar), musicais.
explorando cores, texturas, superfícies, planos,
formas e volumes ao criar objetos Oferecer às crianças a interação permanente com o mundo sonoro por meio
tridimensionais. da escuta musical, exploração de sons, participação em eventos e produções
(MS.EI02TS03. s. 03) musicais dos diferentes grupos culturais.
Utilizar diferentes fontes sonoras disponíveis Planejar e organizar experiências de fruição e apreciação de arte nas variadas
no ambiente em brincadeiras cantadas, manifestações.
canções, músicas e melodias
Propor oficinas de percursos de produção e criação artística com diferentes
(MS. EI02TS00. n. 04) materiais, meios, suportes, em diferentes planos, texturas e espaço.
Conhecer, ouvir, cantar e dançar diversos
ritmos musicais de diferentes grupos Promover e compartilhar com as crianças sessões de vídeo, apreciação
culturais. musical de gêneros musicais variados de diferentes artistas.
(MS. EI02TS00. n. 05) Organizar mostras de desenho, pintura, colagem, escultura etc. das produções
Conhecer, utilizar e explorar diversos das crianças.
suportes, materiais, instrumentos, técnicas e
Realizar projetos de recitais de poesias memorizadas pelas crianças, música e
procedimentos no seu processo de criação e
dança, e apresentá-los para outras turmas e para a comunidade.
expressão.
(MS. EI02TS00. n. 06) Ampliar as experiências estéticas das crianças por meio da pesquisa, busca,
Conhecer e ter acesso a obras de arte seleção e oferta de variadas manifestações artísticas e culturais da sua
produzidas na sua comunidade, cidade, país e comunidade e de outros grupos tais como: brincadeiras, danças, culinária,
dos diferentes povos e civilizações. dentre outros.
(MS. EI02TS00. n. 07) Observar as manifestações das crianças e preparar junto com elas espaços
Ampliar seu repertório de imagens, músicas, privilegiados para se expressarem ampliando suas experiências.
movimentos, enredos, produções artísticas,
Organizar os espaços físicos e transformá-los em ambientes propícios à
tendo-os como referências culturais nas suas
criação e manifestação dos jogos teatrais com lenços de cores e tamanhos
próprias criações.
variados, objetos sonoros, fantasias, máscaras etc.
(MS. EI02TS00. n. 08)
Produzir e criar diferentes imagens por meio Valorizar as produções das crianças e incentivá-las a reconhecer o valor das
do desenho, pintura, colagem e fotografia, suas produções e da produção do outro.
significando suas ideias, pensamentos e Organizar excursões em locais e contextos culturais para que as crianças
percepções. aprendam com a experiência de ver “in loco”. Convidar artesãos e artistas
(MS. EI02TS00. n. 09) para compartilhar conhecimentos referentes à cultura local.
Apreciar exposições de artes plásticas e
Possibilitar a exploração de materiais, objetos e papéis que possibilitem
fotografia, espetáculos de música, teatro e
construções tridimensionais.
dança.
(MS. EI02TS00. n. 10) Investir na sua formação cultural para frequentar cinemas, assistir a filmes, ir
Desenvolver autoconfiança nas suas ao teatro, museus, ter acesso a vários gêneros literários (contos, romances,
manifestações e produções artísticas e de poesias), assistir a espetáculos de dança, seja nos teatros ou outros espaços,
respeito e valorização pela produção do para colaborar com a criação para e com as crianças.
outro.

85
CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI03TS01. s. 01) Promover o acesso das crianças a um repertório musical diversificado e de
Utilizar sons produzidos por materiais, boa qualidade, favorecendo os vários estilos musicais e culturais.
objetos e instrumentos musicais durante Possibilitar espaços, organizar o tempo e disponibilizar materiais para que as
brincadeiras de faz de conta, encenações, crianças possam apreciar diferentes gêneros musicais, interpretar e produzir
criações musicais, festas.
musicais.
(MS.EI03TS02. s. 02)
Expressar-se livremente por meio de desenho, Criar com as crianças intervenções sonoras ao longo de uma narrativa com a
pintura, colagem, dobradura e escultura, própria voz, com o corpo, com objetos e instrumentos musicais.
criando produções bidimensionais e Disponibilizar instrumentos musicais para que as crianças tenham acesso a
tridimensionais. tipos diferentes de som, explorando a intensidade, duração, altura e timbre.
(MS.EI03TS03. s. 03)
Organizar espaços, tempos, materiais e intervenções para as produções e
Reconhecer as qualidades do som
criações das crianças: desenho, pintura, colagem, modelagem, escultura etc.
(intensidade, duração, altura e timbre),
utilizando-as em suas produções sonoras e ao Possibilitar visitas às exposições de artes visuais, espetáculos de música, teatro
ouvir músicas e sons. e dança.
(MS. EI03TS00. n. 04) Organizar brincadeiras e espaços para que as crianças possam assistir a filmes,
Aprender a escutar e apreciar diferentes fotografar, dançar, recitar poesias, cantar, ouvir histórias etc.
gêneros musicais de artistas locais, regionais,
Planejar e encaminhar estudos do trabalho de arte produzido por artistas
nacionais e internacionais, refinando o gosto
locais, regionais, nacionais e internacionais, propiciando momentos de
e tornando-se mais sensível em relação à
conhecer e produzir a partir dos referenciais conhecidos.
linguagem musical.
(MS. EI03TS00. n. 05) Selecionar obras de literatura infantil que apoiem vivências para conhecer
Dançar ao som de músicas variadas, de autores e suas obras.
diferentes regiões e grupos culturais. Organizar brincadeiras de faz de conta e construção de cenários lúdicos com
(MS. EI03TS00. n. 06) objetos variados que possam ser utilizados e apropriados pelas crianças em
Conhecer, produzir e criar a partir de suas simbolizações e representações.
referências artísticas locais, regionais,
Planejar e desenvolver projetos de apresentações de teatro e dança com as
nacionais e internacionais.
crianças e brincadeiras de improvisação, incluindo pessoas da comunidade.
(MS. EI03TS00. n. 07)
Desenvolver e avançar em seus percursos Convidar pessoas da comunidade e artistas locais para falar sobre diferentes
expressivos e criativos por meio do desenho, manifestações artísticas.
pintura, escultura, literatura, cinema, teatro e Propor ateliês de desenho como atividade permanente de constância diária.
dança.
Organizar momentos de produção livre, tais como: construção com diferentes
(MS. EI03TS00. n. 08)
materiais, pintura, modelagem etc.
Vivenciar recitais de poesias, saraus, teatro,
brincadeiras de improvisação musical e dança, Disponibilizar diferentes materiais às crianças para que possam decidir quais
em diferentes contextos e situações. utilizar, o que fazer com eles, favorecendo o interesse pelos processos de
(MS. EI03TS00. n. 09) investigação e criação.
Ampliar sua experiência de sensibilidade Ampliar as experiências estéticas das crianças, possibilitando o acesso a livros,
artística e apreciação estética por meio das imagens diversas, filmes, fotografias, cenários naturais, museus, parques,
diferentes manifestações de arte. galerias de arte etc.
(MS. EI03TS00. n. 10)
Realizar oficinas de arte, jogos, instrumentos sonoros e brincadeiras de faz de
Conhecer e apreciar as expressões artísticas
conta, proporcionando a aproximação e a experimentação de diferentes
de diferentes povos, frequentando ambientes
expressões com diversos tipos de materiais.
em que as manifestações culturais e artísticas
estejam presentes.
(MS. EI03TS00. n. 11)
Participar da confecção de diferentes
instrumentos sonoros e/ou musicais.

86
7.4.4 Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação

As DCNEI (2009) propõem que sejam garantidas nas propostas pedagógicas experiências que

promovam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários
gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical.

As crianças vivem de forma intensa suas experiências, por meio das interações, brincadeiras,

gestualidades, movimentos, linguagem verbal ou da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), significam e

dão novos significados ao mundo à sua moda: correm e pulam; conversam e recontam histórias; leem e
escrevem; contam, cantam e dançam; pintam e desenham; observam e experimentam; imitam, imaginam
e brincam; choram e riem; brigam e compartilham.

Desse modo:
As manifestações linguageiras das crianças e dos artistas convidam a reorganizar o
mundo e experimentá-lo em outras versões, mediados pelos corpos que se mexem,
que nem sempre falam com palavras e letras, mas que tanto dizem, provocando a
conhecer o desconhecido ao mesmo tempo em que se constroem outros lugares de
experiências, estranhando e conhecendo a todo instante (GOBBI, 2010, p. 2).

Por isso, as crianças necessitam das diferentes linguagens para atuarem socialmente e manifestarem
seus pensamentos, imaginação, ideias, sentimentos, hipóteses, desejos. Essas manifestações

transformadas em experiências potencializam a apropriação do conhecimento, a organização do


pensamento, a capacidade criativa, expressiva e comunicativa e a participação na cultura.

Assim, a Educação Infantil é um lugar, por excelência, de acesso às diferentes linguagens: a musical, a

plástica, a corporal e a pictórica, as quais são elementos de mediação, interlocução e interação entre as

crianças e os adultos e devem ser utilizadas a favor da expressão, imaginação e criação das crianças.

Desse modo, a articulação das diferentes linguagens promove-lhes a aprendizagem e o


desenvolvimento. As diferentes linguagens articuladas marcam uma rede de interações que integra a

criança ao seu meio sociocultural e histórico. Por meio da fala, do pensamento, da escuta e da
imaginação, ela apreende a realidade, interage nela e com ela, transforma-a e, consequentemente,

desenvolve-se, transforma-se, elabora conhecimentos e amplia seus referenciais de mundo e cultura.

87
BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI01EF01. s. 01) Realizar práticas educativas contextualizadas que incentivem a comunicação
Reconhecer quando é chamado por seu nome com os bebês.
e reconhecer os nomes de pessoas com quem Oportunizar espaço e tempo para as manifestações dos bebês, mesmo as não
convive.
verbais e interagir com elas.
(MS.EI01EF02. s. 02)
Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de Valorizar, reconhecer e interpretar as ideias, motivações, necessidades e
poemas e a apresentação de músicas. desejos nas tentativas de comunicação dos bebês (gestos, expressões,
(MS.EI01EF03. s. 03) entonações, balbucios, dentre outros).
Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas Auxiliar a comunicação dos bebês emprestando sua fala para atribuir
ou contadas, observando ilustrações e os significados às suas manifestações.
movimentos de leitura do adulto-leitor (modo
Ler e contar histórias para os bebês com regularidade, preparando-se com
de segurar o portador e de virar as páginas).
antecedência (ler várias vezes a história, cuidar da entonação da voz, dar
(MS.EI01EF04. s. 04) pausas necessárias, variação nos diálogos, dentre outros elementos
Reconhecer elementos das ilustrações de interativos).
histórias, apontando-os, a pedido do adulto-
leitor. Selecionar recursos de apoio que permitam intervir antes, durante e depois da
(MS.EI01EF05. s. 05) leitura e, ao escolher os textos e livros, considerar a qualidade da narrativa e
Imitar as variações de entonação e gestos das imagens e a faixa etária dos bebês.
realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao Constituir rotina nos momentos de ler e contar histórias: luminosidade da
cantar. sala, espaço agradável, caixa surpresa, baú com objetos, dentre outros,
(MS.EI01EF06. s. 06) favorecendo o acesso e manuseio dos materiais pelos bebês.
Comunicar-se com outras pessoas usando
Planejar, organizar os espaços e o tempo de forma que favoreçam a
movimentos, gestos, balbucios, fala e outras
brincadeira e as interações entre os bebês de forma segura.
formas de expressão.
(MS.EI01EF07. s. 07) Oferecer com regularidade objetos e brinquedos variados convencionais e
Conhecer e manipular materiais impressos e não convencionais com diferentes texturas, formatos, cores para que os bebês
audiovisuais em diferentes portadores (livro, possam explorá-los de diversas maneiras.
revista, gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.). Escolher objetos, materiais, brinquedos, livros, ilustrações, histórias dentre
(MS.EI01EF08. s. 08) outros, que contemplem uma pluralidade e diversidade de personagens e
Participar de situações de escuta de textos em representações com diferentes características e possiblidades de inserção no
diferentes gêneros textuais (poemas, fábulas, mundo social e cultural.
contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.)
Tratar os bebês e as pessoas que convivem com eles sempre pelo nome
(MS.EI01EF09. s. 09)
próprio.
Conhecer e manipular diferentes
instrumentos e suportes de escrita. Convidar outras pessoas para ler e/ou contar histórias para os bebês (família,
(MS. EI01EF00. n. 10) comunidade, profissionais e crianças da instituição).
Manifestar, na interação com os outros, suas Oferecer com regularidade histórias e rodas cantadas, músicas, leituras de
preferências por pessoas, brincadeiras, contos, dentre outros e contextualizando a relação dos bebês com os textos.
espaços, animais, brinquedos, objetos e
histórias.
(MS. EI01EF00. n. 11)
Interessar-se pelos livros, ver as ilustrações e
indicar com o olhar ou com o dedo as
imagens de seu interesse.

88
CRIANÇAS BEM PEQUENAS
(1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI02EF01. s. 01) Conversar com as crianças em diferentes contextos de comunicação sobre
Dialogar com crianças e adultos, expressando variados assuntos, fazendo-lhes solicitações verbais, considerando sua
seus desejos, necessidades, sentimentos e capacidade de compreensão.
opiniões. Possibilitar a expressão das crianças na comunicação dos seus sentimentos,
(MS.EI02EF02. s. 02) desejos, compreensões e necessidades, sem apressá-las.
Identificar e criar diferentes sons e reconhecer
rimas e aliterações em cantigas de roda e Socializar as vozes das crianças, possibilitando que todos possam falar e
textos poéticos. escutar.
(MS.EI02EF03. s. 03) Mediar a resolução dos conflitos que surgem durante as interações no uso
Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a dos brinquedos, dos objetos e das brincadeiras compartilhadas.
leitura de histórias e outros textos,
Organizar e desenvolver atividades ligadas à expressividade e à comunicação,
diferenciando escrita de ilustrações, e
por meio de gestos e linguagem verbal.
acompanhando, com orientação do adulto-
leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, Escutar atentamente as crianças e favorecer que elas pratiquem a conversa,
da esquerda para a direita). cantem, ouçam e contem histórias, comentem acontecimentos vividos, vídeos
(MS.EI02EF04. s. 04) e filmes assistidos.
Formular e responder perguntas sobre fatos Realizar rodas de leitura diariamente, selecionando bons textos para dar às
da história narrada, identificando cenários, crianças referências narrativas e de expressão escrita da língua, possibilitando-
personagens e principais acontecimentos. lhes recontar histórias conhecidas, memorizar canções, poemas, trava-língua
(MS.EI02EF05. s. 05) etc.
Relatar experiências e fatos acontecidos,
Explicitar os motivos ou preferências das escolhas dos livros e das histórias
histórias ouvidas, filmes ou peças teatrais
antes de lê-las ou contá-las, e permitir que as crianças opinem sobre elas.
assistidos etc.
(MS.EI02EF06. s. 06) Possibilitar situações e oportunidades de as crianças produzirem escritas e
Criar e contar histórias oralmente, com base leituras à sua maneira.
em imagens ou temas sugeridos. Favorecer que as crianças explorem livros e outros suportes de textos, dando-
(MS.EI02EF07. s. 07) lhes oportunidades de acesso ao repertório literário e às formas lúdicas de
Manusear diferentes portadores textuais, utilização da linguagem oral e escrita.
demonstrando reconhecer seus usos sociais.
Organizar materiais e objetos marcados pela cultura nas brincadeiras de faz
(MS.EI02EF08. s. 08)
de conta e os utilizados pelos adultos nas situações reais (mobiliário de
Manipular textos e participar de situações de
casinha e de espaços variados, acessórios, bolsas, brinquedos, fantasias,
escuta para ampliar seu contato com
vestimentas, embalagens, instrumentos de trabalho etc).
diferentes gêneros textuais (parlendas,
histórias de aventura, tirinhas, cartazes de Desenvolver atividades e projetos de produção de coletâneas de diferentes
sala, cardápios, notícias etc.). gêneros textuais: adivinhas, parlendas, trava-línguas, brincadeiras cantadas
(MS.EI02EF09. s. 09) etc.
Manusear diferentes instrumentos e suportes Ler histórias, contos e poesias para que as crianças se familiarizem com essa
de escrita para desenhar, traçar letras e outros linguagem com a finalidade de provocar ricas criações infantis, do prazer pela
sinais gráficos. leitura, do enriquecimento da imaginação, da fantasia e inventividade.
(MS. EI02EF00. n. 10)
Pesquisar o repertório de histórias e causos das pessoas da comunidade (pais,
Produzir escritas autônomas arriscando-se e
avós, tios, amigos) e da instituição (os profissionais da educação e crianças
testando suas hipóteses em diferentes maiores), e convidá-las para contar alguma história especial que tenham
contextos e situações reais de comunicação. escolhido para compartilhar com as crianças.
(MS. EI02EF00. n. 11)
Assumir o papel de escriba e leitor(a) e organizar situações em que as crianças
Reconhecer o próprio nome do conjunto de
ditem textos produzidos por elas.
nomes do grupo nas situações em que isso se
faz necessário.

89
CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI03EF01. s. 01) Pesquisar e compartilhar com as crianças brincadeiras de diferentes grupos
Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre culturais, possibilitando a criação de cenários e adereços para brincarem com
suas vivências, por meio da linguagem oral e as tradições populares.
escrita (escrita espontânea), fotos, desenhos e Compartilhar com as crianças notícias, informações que circulam socialmente
outras formas de expressão.
e discutir pontos de vista diferentes sobre o assunto, dando a elas
(MS.EI03EF02. s. 02) possibilidades de formular e expressar suas opiniões.
Inventar brincadeiras cantadas, poemas e
canções, criando rimas, aliterações e ritmos. Criar contextos para organizar a vida em grupo, trocar ideias a respeito dos
(MS.EI03EF03. s. 03) estudos que serão realizados, comentar as ações, trazer temáticas que
Escolher e folhear livros, procurando orientar- atendam os interesses e curiosidades das crianças.
se por temas e ilustrações e tentando Ampliar o repertório literário do grupo, selecionando bons livros e diferentes
identificar palavras conhecidas. gêneros textuais (poemas, contos, histórias, parlendas, quadrinhas, adivinhas,
(MS.EI03EF04. s. 04) lendas e canções) e disponibilizando-os para manuseio e leitura.
Recontar histórias ouvidas e planejar Ler diariamente em voz alta para as crianças atentando-se para: relatar as
coletivamente roteiros de vídeos e de razões das escolhas dos textos, dar entonação expressiva na leitura, ajustar a
encenações, definindo os contextos, os voz às características do personagem, enfatizar pausas, criar suspenses,
personagens, a estrutura da história. formular perguntas sobre o que virá ou as impressões das crianças.
(MS.EI03EF05. s. 05)
Recontar histórias ouvidas para produção de Conversar sobre as histórias lidas e ouvidas, favorecendo a troca de opiniões
reconto escrito, tendo o professor como entre o grupo, o entendimento e interesse pela leitura.
escriba. Propiciar momentos para que as crianças possam ler, contar e recontar suas
(MS.EI03EF06. s. 06) histórias, causos e outras histórias.
Produzir suas próprias histórias orais e
Organizar suportes de escrita e propor brincadeiras de faz de conta nas quais
escritas (escrita espontânea), em situações
as crianças precisem utilizar estes materiais: bloco de anotações, canetas,
com função social significativa.
cardápios, talões de cheque, jornais e revistas, livros, computadores etc.
(MS.EI03EF07. s. 07)
Levantar hipóteses sobre gêneros textuais Colocar-se no papel de escriba e leitor para as crianças, propiciando
veiculados em portadores conhecidos, atividades de produção e compreensão de textos.
recorrendo a estratégias de observação Explorar a sonoridade dos textos e palavras (rimas, aliterações, ritmos) por
gráfica e/ou de leitura. meio de jogos e brincadeiras.
(MS.EI03EF08. s. 08)
Criar oportunidades e aproveitar todas as situações que ocorrem nas turmas
Selecionar livros e textos de gêneros
que são necessárias e úteis para escrever e ler com as crianças.
conhecidos para a leitura de um adulto e/ou
para sua própria leitura (partindo de seu Organizar situações na sala nas quais seja justificado o uso dos textos
repertório sobre esses textos, como a informativos diversos: notícias sobre acontecimentos importantes,
recuperação pela memória, pela leitura das informações relativas ao assunto que se está trabalhando, elaboração de
ilustrações etc.). murais, pesquisa sobre um tema; notícias da cidade ou bairro etc.
(MS.EI03EF09. s. 09) Possibilitar o reconhecimento e a escrita do próprio nome e de outras escritas,
Levantar hipóteses em relação à linguagem utilizando os conhecimentos de que dispõe sobre o sistema de escrita
escrita, realizando registros de palavras e alfabética.
textos, por meio de escrita espontânea.
Criar oportunidades para que as crianças possam utilizar a linguagem oral ou
(MS. EI03EF00. n. 10)
a Libras para conversar, brincar, comunicar e expressar desejos, necessidades,
Ouvir, narrar, encenar, apreciar histórias e
opiniões, ideias, preferências e sentimentos e relatar vivências nas diversas
diferentes textos literários para desenvolver
situações de interação presentes no cotidiano.
uma relação prazerosa com a leitura e o texto
e refletir sobre a linguagem escrita em Oferecer atividades que estimulem a produção escrita de listas, convites,
diferentes situações de comunicação e bilhetes, legendas, recontos etc.
produção de escrita autônoma. Favorecer a exploração da sonoridade dos textos e palavras por meio de
(MS. EI03EF00. n. 11) jogos e brincadeiras para ampliação de repertório.
Elaborar perguntas e respostas de acordo
Propor rodas de conversa para as crianças se expressarem sobre questões da
com os diversos contextos de que participam.
sala, da cidade, de temas locais e outros, e convidar pessoas da comunidade
para participarem desses momentos.

90
7.4.5 Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações

O trabalho intencional das experiências mediadas pelo professor abre um leque de

possibilidades para que as crianças se apropriem dos conhecimentos matemáticos e os


relativos ao mundo social e natural, os quais permitem novas formas de pensar para o
desenvolvimento da cultura científica. A valorização dos conhecimentos prévios deve ser uma

premissa de trabalho, porém Arce alerta:


A chave para pensarmos o trabalho nas salas de educação infantil reside na vida
cotidiana das crianças, quando o docente consegue integrar os conteúdos científicos
aos conhecimentos presentes no dia a dia delas. Quando esses conhecimentos ganham
nova forma é que a escola contribui qualitativamente para desenvolvimento intelectual
das crianças ( ARCE, 2018, p.110).

As crianças são curiosas, têm interesse pelo desconhecido; ao propor a familiarização com os

conhecimentos presentes nesse campo, o professor deve evitar o reforço de estereótipos

culturais e possibilitar experiências específicas da região em que vivem e ampliar o acesso a


diferentes práticas sociais.

Importante destacar que é preciso atenção aos encaminhamentos junto às crianças, pois pelo
receio de antecipar conclusões, o professor pode negar informações, cuja compreensão se

dará a partir do entendimento da capacidade mental que cada uma possui naquele momento.

Experiências relacionadas aos saberes e conhecimentos que incentivem a postura investigativa

e agucem a curiosidade e capacidade de questionar, conhecer, argumentar, levantar e checar

hipóteses certamente contribuirão para o desenvolvimento integral e intelectual das crianças.

91
BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI01ET01. s. 01) Desenvolver propostas para contato com madeira, tecidos, alumínio, papel e
Explorar e descobrir as propriedades de papelão etc. de diferentes formas, pesos, texturas e tamanhos.
objetos e materiais (odor, cor, sabor,
Organizar experiências com água em temperaturas diferentes.
temperatura).
(MS.EI01ET02. s. 02) Propiciar experimentação de diferentes alimentos, respeitando o tempo,
Explorar relações de causa e efeito aceitação e apetite.
(transbordar, tingir, misturar, mover e Realizar experiências com substâncias secas, aquosas para atividade de encher
remover etc.) na interação com o mundo e esvaziar, confecção de massinhas e “melecas”, construção e desconstrução
físico. de peças feitas com potes e areia.
(MS.EI01ET03. s. 03)
Estimular o exercício da atenção do bebê para reconhecer pessoas e objetos
Explorar o ambiente pela ação e observação,
que o rodeia.
manipulando, experimentando e fazendo
descobertas. Mediar as relações do bebê com o entorno físico e social, possibilitando a
(MS.EI01ET04. s. 04) exploração visual, auditiva e tátil dos espaços e objetos.
Manipular, experimentar, arrumar e explorar o Organizar situações e materiais para que possa brincar de puxar objetos,
espaço por meio de experiências de enfileirar, encaixar, empilhar, bater, pegar, balançar e empurrar etc.
deslocamentos de si e dos objetos.
Usar a comunicação verbal com o bebê para o conhecimento de objetos do
(MS.EI01ET05. s. 05)
cotidiano, nominando-os, indicando os usos sociais e as propriedades físicas
Manipular materiais diversos e variados para
mais evidentes.
comparar as diferenças e semelhanças entre
eles. Planejar o uso dos brinquedos do parque em que possam rodopiar, balançar,
(MS.EI01ET06. s. 06) escorregar, equilibrar-se, subir e descer.
Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e Possibilitar aos bebês momentos de escolhas e movimentos livres, incentivar a
fluxos nas interações e brincadeiras (em exploração e manifestação das suas descobertas.
danças, balanços, escorregadores etc.).
Oferecer brincadeiras com circuitos motores com tábuas, bancos, pneus,
(MS. EI01ET00. n. 07)
blocos de espuma, panos, caixas de papelão, corda, cones, bambolês etc.
Explorar progressivamente o espaço ao seu
redor, ampliando possibilidades de Realizar atividades com espelho para que o bebê possa observar-se e
socialização. observar o outro fazendo movimentos, caretas etc.
(MS. EI01ET00. n. 08) Incentivar as iniciativas em busca de autonomia, por meio de diálogos e
Participar de experiências que incentivem a movimento.
curiosidade, a exploração e o encantamento.
Interagir com o bebê comunicando todas as ações realizadas.
(MS. EI01ET00. n. 09)
Familiarizar-se com a imagem do próprio Possibilitar a exploração e localização de objetos e espaços.
corpo, identificar as partes e como funcionam, Propiciar o conhecimento e exploração dos espaços da sala, para que o bebê
colocando em jogo seus saberes e possa deslocar-se gradativamente com autonomia, transpondo obstáculos em
descobrindo outros. busca de objetos ou em direção a alguém.
(MS. EI01ET00. n. 10)
Produzir com os bebês massinha de modelar e receitas que com segurança as
Orientar-se em relação à rotina diária (trocas,
crianças possam fazer e explorar (brincar/comer).
lanches, descanso, refeições).
(MS. EI01ET00. n. 11) Participar de eventos sociais e culturais valorizando a cultura local e regional.
Explorar diferentes ambientes com elementos Promover visitas aos museus, apresentações musicais, e outros eventos
naturais como água, terra, pedras e sementes culturais.
etc.
Proporcionar por meio de brincadeiras o contato com objetos e materiais em
que o bebê possa explorar as sensações corporais.
Garantir o respeito pelas especificidades e singuralidades orgânicas dos bebês
no cotidiano: descanso, sono, fome etc.

92
CRIANÇAS BEM PEQUENAS
(1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI02ET01. s. 01) Propiciar o contato com diferentes materiais para exploração de suas
Explorar e descrever semelhanças e diferenças características físicas e propriedades.
entre as características e propriedades dos Oportunizar a observação dos fenômenos naturais sempre que possível e
objetos (textura, massa, tamanho).
promover a exibição de vídeos e fotos que tratam do tema.
(MS.EI02ET02. s. 02)
Observar, relatar e descrever incidentes do Construir com as crianças, terrário, aquário, sementeira, estufa e outros
cotidiano e fenômenos naturais (luz solar, espaços para observação, experiência e cuidado de plantas e animais.
vento, chuva etc.). Promover visitas a locais onde as crianças possam observar e levantar
(MS.EI02ET03. s. 03) hipóteses sobre plantas, animais e seus modos de vida.
Compartilhar, com outras crianças, situações
Incorporar à rotina escolar atividades que possibilitem às crianças a percepção
de cuidado de plantas e animais nos espaços
dos cuidados necessários para a preservação da vida e dos ambientes.
da instituição e fora dela.
(MS.EI02ET04. s. 04) Aproveitar situações do cotidiano para uso de vocabulário científico.
Identificar relações espaciais (dentro e fora, Selecionar diferentes objetos para que a criança possa expressar suas
em cima, embaixo, acima, abaixo, entre e do observações por meio da linguagem oral, desenho ou escritas.
lado) e temporais (antes, durante e depois).
Definir marcadores temporais que evidenciem a passagem do tempo e
(MS.EI02ET05. s. 05)
organizam o cotidiano das crianças. Narrar histórias com diferentes
Classificar objetos, considerando determinado
marcadores de tempo.
atributo (tamanho, peso, cor, forma etc.).
(MS.EI02ET06. s. 06) Incentivar o uso do calendário e utilizando as medidas dia, mês e ano para
Utilizar conceitos básicos de tempo (agora, marcar os acontecimentos.
antes, durante, depois, ontem, hoje, amanhã, Disponibilizar objetos diferenciados para contagem e a resolução de
lento, rápido, depressa, devagar). problemas numéricos com uso de registros convencionais e não
(MS.EI02ET07. s. 07) convencionais.
Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc.,
Propiciar momentos de resolução de problemas não-numéricos por meio de
em contextos diversos.
diferentes registros.
(MS.EI02ET08. s. 08)
Registrar com números a quantidade de Solicitar registros variados a partir da chamada diária assim como a contagem
crianças (meninas e meninos, presentes e de objetos em contextos significativos.
ausentes) e a quantidade de objetos da Favorecer o uso da contagem oral nas brincadeiras, nos jogos e em práticas
mesma natureza (bonecas, bolas, livros etc.). sociais, comunicando quantidades, utilizando a notação numérica e/ou
(MS. EI02ET00. n. 09) registros não convencionais.
Conhecer a história familiar e pessoal,
Organizar situações em que as crianças possam interagir com outras crianças
identificar algumas singularidades próprias e
da mesma idade e de idades diferentes, em situações coletivas e pequenos
das pessoas com quem convive.
grupos.
(MS. EI02ET00. n. 10)
Familiarizar-se com as manifestações culturais Disponibilizar materiais e objetos que favoreçam as brincadeiras de faz de
de sua cidade, do estado e com produções conta.
que fazem parte do patrimônio cultural da Planejar rodas de conversa com as crianças, sobre a história familiar de cada
humanidade. um, incentivando o respeito e valorização.
Promover a participação em brincadeiras da cultura popular, contato com
músicas e histórias que fazem parte do acervo de produção cultural.
Contribuir para que as crianças desenvolvam atitudes de reconhecimento,
respeito, valorização às contribuições histórico-culturais dos povos indígenas,
afrodescendentes, asiáticos, europeus e de outros países da América, bem
como o combate ao racismo e à discriminação.
Promover visitas a museus, pontos turísticos e outros espaços culturais para
conhecimento e valorização da história.
Disponibilizar materiais e ambientes adequados para a realização de
experiências com tintas, líquidos diversos, substâncias secas etc.

93
CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
AÇÕES DIDÁTICAS
DESENVOLVIMENTO
(MS.EI03ET01. s. 01) Selecionar objetos e materiais variados para exploração de suas características
Estabelecer relações de comparação entre físicas e propriedades.
objetos, observando suas propriedades. Realizar experimentos com diferentes substâncias e elementos da natureza,
(MS.EI03ET02. s. 02) para que as crianças possam expressar suas observações, levantar hipóteses e
Observar e descrever mudanças em diferentes explicações.
materiais, resultantes de ações sobre eles, em
experimentos envolvendo fenômenos Propiciar momentos de iniciação à pesquisa, utilizando ferramentas de
naturais e artificiais. conhecimento e instrumentos de registro e comunicação, como lanterna, lupa,
(MS.EI03ET03. s. 03) máquina fotográfica, gravador, filmadora, projetor, computador e celular.
Identificar e selecionar fontes de informações, Apresentar e utilizar diferentes unidades de medidas convencionais e não
para responder a questões sobre a natureza, convencionais.
seus fenômenos, sua conservação.
Propor a resolução de problemas numéricos a partir de situações de compra e
(MS.EI03ET04. s. 04) venda.
Registrar observações, manipulações e
medidas, usando múltiplas linguagens Realizar atividades de estimativas, em seguida a contagem para conferência,
(desenho, registro por números ou escrita por meio de diferentes registros.
espontânea), em diferentes suportes. Organizar atividades nas quais as crianças possam comparar fotos em
(MS.EI03ET05. s. 05) situações e épocas diversas.
Classificar objetos e figuras de acordo com
Realizar rodas de conversas sobre relações de parentesco e constituições
suas semelhanças e diferenças.
familiares, valorizando e respeitando a diversidade.
(MS.EI03ET06. s. 06)
Relatar fatos importantes sobre seu Propor jogos e brincadeiras nos quais as crianças possam operar com as
nascimento e desenvolvimento, a história dos quantidades e orientação espacial: amarelinha, trilhas, mapa do tesouro etc.
seus familiares e da sua comunidade. Construir com as crianças gráficos e tabelas para comparação de altura, pesos,
(MS.EI03ET07. s. 07) tamanho e medidas.
Relacionar números às suas respectivas
Propor situações de desenhos (ampliação e redução), favorecendo o uso do
quantidades e identificar o antes, o depois e o
espaço e escala.
entre em uma sequência.
(MS.EI03ET08. s. 08) Proporcionar atividades com diversos profissionais da instituição e de outras
Expressar medidas (peso, altura etc.) profissões.
construindo gráficos básicos. Propiciar momentos de participação em atividades que valorizem e respeitem
(MS. EI03ET00. n. 09) a cultura do seu grupo de origem e de outros grupos: meios de vida,
Identificar os papéis sociais nos grupos de tradições, folclore.
convívio, dentro e fora da escola, e construir
Participar de eventos sociais e culturais valorizando a cultura regional e local:
sua identidade pessoal e cultural.
aniversários, saraus e festas.
(MS. EI03ET00. n. 10)
Familiarizar-se com as diversas manifestações Propor atividades para conhecimento, valorização das contribuições histórico-
culturais da sua cidade/região, apropriando- culturais dos povos indígenas, afrodescendentes, asiáticos, europeus e de
se dos costumes, crenças, tradições e com as outros países da América, bem como o combate ao racismo e à discriminação.
produções do patrimônio cultural da Promover visitas aos museus, pontos turísticos, bibliotecas, feiras, patrimônio
humanidade. histórico da cidade, apresentações musicais, e outros eventos culturais.
(MS. EI03ET00. n. 11)
Possibilitar aulas-passeio para interação das crianças com a natureza: jardins,
Observar as transformações do ambiente,
praças, reservas, parques, dentre outros.
identificando pontos de referências,
localizando-se no espaço. Propiciar a utilização de imagens ou outros registros para a observação de
mudanças ocorridas nas paisagens ao longo do tempo, identificando a ação
do ser humano sobre essas paisagens.
Vivenciar e estudar situações sobre a preservação do planeta por meio de
atitude responsável com relação à água, à redução e separação do lixo,
compreendendo os processos de reutilização e reciclagem dos materiais.

94
7.5 Avaliação na Educação Infantil

Para melhor conhecer a criança é preciso aprender a vê-la. Observá-la


enquanto brinca: o brilho dos olhos, a mudança de expressão do rosto, a
movimentação do corpo. Estar atento à maneira como desenha o seu espaço,
aprender a ler a maneira como escreve sua história.
Moreira (1991)

A avaliação é um instrumento de reflexão sobre a prática pedagógica na busca de melhores caminhos


para orientar a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças nos seus aspectos: afetivo, físico,

cognitivo, cultural e social. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei n. 9.394/96, no que se
refere à avaliação na Educação Infantil, dispõe no artigo 31, incisos I e V, que:
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras
comuns:
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças,
sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;
V - expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento
e aprendizagem da criança (BRASIL, 1996).

Segundo Hoffmann (2012, p. 13), “Avaliar não é julgar, mas acompanhar um percurso de vida da criança,

durante o qual ocorrem mudanças em múltiplas dimensões com a intenção de favorecer o máximo
possível seu desenvolvimento”. Avaliar é exercer um importante papel de oferecer subsídios para ações

futuras; é um ato intencional e, por isso, precisa ser cuidadosamente planejado e orientado por critérios.

Para que o processo de avaliação da aprendizagem seja adequado, é preciso levar em conta o
desenvolvimento infantil. Desse modo, a avaliação não serve para medir o conhecimento da criança,

mas sim para conhecê-la, auxiliar no seu desenvolvimento, comparando o nível de conhecimento prévio
com o que ela adquiriu no processo de aprendizagem.

Na construção de conhecimentos significativos, cada criança tem seu tempo e faz sua própria leitura
dos objetos. Portanto, há que se atentar para o fato de que os objetivos e os avanços no processo de

aprendizagem acontecem e se manifestam em diferentes tempos e formas distintas para cada criança.
A aquisição de conhecimentos não acontece de forma linear; a análise deve ser individual e gradativa.

Consequentemente, as instituições de Educação Infantil têm a responsabilidade de organizar


procedimentos para acompanhar o trabalho pedagógico e a avaliação do desenvolvimento e da
aprendizagem das crianças “sem o objetivo de seleção, promoção ou classificação”, conforme a

Resolução CNE/CEB n. 005/2009:

95
Art. 10. As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para
acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das

crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo:

I - a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das


crianças no cotidiano;

II - utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios,

fotografias, desenhos, álbuns etc);


III - a continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias

adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela criança (transição


casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior da instituição, transição

creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino Fundamental);

IV - documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da


instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da

criança na Educação Infantil;

V - a não retenção das crianças na Educação Infantil (BRASIL, 2009).

Mediante os múltiplos registros, é necessário garantir que a avaliação possa, por meio da observação

atenta das atividades, das brincadeiras e das interações das crianças, gerar um documento que, além de

acompanhar e avaliar, chegue às famílias com o objetivo de conhecerem o trabalho das instituições.

Vários são os instrumentos que podem ser pensados e estruturados para o acompanhamento do

desenvolvimento e da aprendizagem das crianças:

I) OBSERVAÇÃO

A observação na Educação Infantil é de suma importância para o processo pedagógico. Com essas
informações, será possível ao professor rever e organizar permanentemente as atividades para que as
crianças ampliem o seu conhecimento sobre o mundo. A observação deve ser planejada, direcionada,

com pautas previamente definidas a partir dos objetivos propostos.

Deve-se estar sempre ciente da subjetividade de cada criança; logo, o olhar atento sobre as suas

preferências e as suas experiências será essencial para que o professor avalie a sua prática pedagógica

e, se necessário, reexamine-a.

Destaca-se, portanto, a necessária contextualização em todas as observações e nos registros, os quais

podem ser efetivados por meio de escrita, gravações de falas, diálogos, fotografias, vídeos e trabalhos
das crianças, dentre outros.

96
II) RELATÓRIO

Com os relatórios é possível observar o processo como um todo, o que está tendo êxito e o que deve
ser modificado. Diante dessa perspectiva, os relatórios são fundamentais, pois, por meio deles, podem-

se organizar dados referentes ao desenvolvimento das crianças. O relatório é também um suporte ao


trabalho do professor, pois possibilita reflexões sobre a ação educativa.

Desse modo, para que o relatório seja eficiente, o professor deve fazer pequenas anotações sobre a
participação, o envolvimento, as interações, as atitudes e as escolhas de cada criança durante as

atividades. Assim, poderá observar o desenvolvimento, seja motor, cognitivo, afetivo ou social,
respeitando o tempo de cada criança e as sutis diferenças de acordo com sua faixa etária.

III) PORTFÓLIO

Esse importante recurso permite que, com o registro das experiências e das atividades realizadas,

individualmente, pela criança, se possa nortear e acompanhar o desenvolvimento, avaliar as evoluções,

fazer adaptações e reestruturar o planejamento.

Esse modo de registro serve de histórico do trabalho pedagógico e é de suma importância para as

crianças, pois as coloca constantemente em contato com sua aprendizagem. Esse portfólio pode conter

desenhos, produções artísticas, fotos das crianças nas interações e brincadeiras durantes as atividades

propostas. Além de servir como instrumento de autoavaliação e de registro da memória dos processos,
o portfólio pode ser um objeto de comunicação com os pais ou responsáveis.

Não se tem como fazer uso desse documento sem o relatório e a observação, pois ambos se

complementam. O professor torna-se responsável e conhecedor de sua atuação, que é mediar

conhecimentos essenciais para o desenvolvimento infantil.

É importante ressaltar que, seja qual for o modelo de avaliação, torna-se necessário entender que a

prática avaliativa compreende trabalhar todas as dimensões da criança, associadas ao prazer da

descoberta e à construção de significados com o mundo.

97
7.6 Transição para o Ensino Fundamental
São os passos que fazem os caminhos.
As reticências são os três primeiros passos do pensamento
que continua por conta própria o seu caminho.
Mario Quintana

A inserção da criança da Educação Infantil no Ensino Fundamental deve assegurar o seu direito de ser
criança, que transita entre o mundo concreto e o imaginário, construindo conceitos de forma lúdica e

com liberdade. A organização de ambientes e práticas educativas para favorecer a aprendizagem e o


desenvolvimento deve respeitar o tempo e o modo de aprender e se expressar de cada criança. Assim,

é importante que o trabalho pedagógico ocorra por meio de um planejamento estruturado com
objetivos claros e intencionalidade educativa. Também é necessário considerar que algumas crianças

não frequentaram a Educação Infantil, então, o trabalho do professor pode partir de um diagnóstico
inicial para saber quais conhecimentos elas já possuem e o que é preciso planejar para atender as suas

necessidades.
Nesse sentido, Kramer (2007, p.19-20) aponta que:
Questões como alfabetizar ou não na educação infantil e ensino fundamental
continuam atuais. Temos crianças, sempre, na educação infantil e no ensino
fundamental. Entender que as pessoas são sujeitos da história e da cultura,
além de serem por elas produzidas, e considerar milhões de estudantes
brasileiros de 0 a 10 anos como crianças e não só estudantes, implica ver o
pedagógico na sua dimensão cultural, como conhecimento, arte e vida, e não
só como algo instrucional, que visa a ensinar coisas. Essa reflexão vale para a
educação infantil e o ensino fundamental.

Cabe destacar a importância de se pensar na mudança de etapa como continuidade: tanto a Educação

Infantil como os primeiros anos do Ensino Fundamental envolvem cuidados, atenção, conhecimentos,
aprendizagens, conquistas e ludicidade, devido à faixa etária dessas crianças. Essa passagem deve ser
tranquila para elas e seus familiares, evitando ansiedade e insegurança. As crianças constroem

conhecimentos, têm direitos que precisam ser assegurados, considerando suas necessidades de

aprender, brincar, interagir, experimentar, afinal é imprescindível que o professor favoreça vivências

planejadas e significativas. É importante desenvolver ações articuladas entre as etapas da Educação


Infantil e do Ensino Fundamental para que os professores, a equipe pedagógica e a gestão

compreendam as especificidades de cada uma, com o propósito de estabelecer estratégias de transição,

de forma a respeitar os direitos das crianças e a infância.

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), art. 10, é abordada a questão “de
que as instituições devem criar procedimentos de acompanhamento do trabalho pedagógico e para a
avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação...”

98
Assim, os instrumentos avaliativos são registros importantes para acompanhar a aprendizagem e o
desenvolvimento das crianças.
Sobre essa vertente, a BNCC dispõe que:
[...]as informações contidas em relatórios, portfólios ou outros registros que
evidenciem os processos vivenciados pelas crianças ao longo de sua trajetória na
Educação Infantil podem contribuir para a compreensão da história da vida escolar de
cada estudante do Ensino Fundamental. Conversas ou visitas e troca de materiais entre
os professores das escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental – Anos Iniciais
também são importantes para facilitar a inserção das crianças nessa nova etapa da vida
escolar (BRASIL, 2017).

Ainda no âmbito das DCNEI, o art. 11 aponta que “Na transição para o Ensino Fundamental a proposta

pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e


desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos

que serão trabalhados no Ensino Fundamental”. Portanto, é fundamental que os objetivos da Educação
Infantil estejam voltados para as necessidades das crianças dessa faixa etária, sem adiantar nenhuma

etapa.
Sobre a inserção das crianças em uma nova etapa da Educação Básica, a BNCC recomenda:
A transição entre essas duas etapas da Educação Básica requer muita atenção para que
haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e continuidade
dos processos de aprendizagens das crianças, respeitando suas singularidades e as
diferentes relações que elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a
natureza das mediações de cada etapa. Torna-se necessário estabelecer estratégias de
acolhimento e adaptação tanto para as crianças quanto para os docentes, de modo
que a nova etapa se construa com base no que a criança sabe e é capaz de fazer em
uma perspectiva de continuidade de seu percurso educativo (BRASIL, 2017).

Para que a recomendação acima se efetive, é importante o respeito às ideias, às explicações pessoais e
à forma de pensar das crianças que estão em transição para uma nova etapa da Educação Básica.

7.7 Síntese das Aprendizagens

Considerando os direitos e os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, a BNCC apresenta a

síntese das aprendizagens esperadas em cada campo de experiências como uma referência das

expectativas de aprendizagem para esta etapa da Educação Básica. As articulações entre as sínteses
devem ser buscadas e servem como parâmetros para o planejamento nas instituições.

99
O eu, o outro e o nós Respeitar e expressar sentimentos e emoções.
Atuar em grupo e demonstrar interesse em construir novas relações,
respeitando a diversidade e solidarizando-se com os outros.
Conhecer e respeitar regras de convívio social, manifestando respeito
pelo outro.
Corpo, gestos e Reconhecer a importância de ações e situações do cotidiano que
movimentos contribuem para o cuidado de sua saúde e a manutenção de ambientes
saudáveis.
Apresentar autonomia nas práticas de higiene, alimentação, vestir-se e
no cuidado com seu bem-estar, valorizando o próprio corpo.
Utilizar o corpo intencionalmente (com criatividade, controle e
adequação) como instrumento de interação com o outro e com o
meio.
Coordenar suas habilidades manuais.
Traços, sons, cores e Discriminar os diferentes tipos de sons e ritmos e interagir com a
formas música, percebendo-a como forma de expressão individual e coletiva.
Expressar-se por meio das artes visuais, utilizando diferentes materiais.
Relacionar-se com o outro empregando gestos, palavras, brincadeiras,
imitações, observações e expressão corporal.
Escuta, fala,pensamento Expressar ideias, desejos e sentimentos em distintas situações de
e imaginação interação, por diferentes meios.
Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e
causal, organizando e adequando sua fala ao contexto em que é
produzida.
Ouvir, compreender, contar, recontar e criar narrativas.
Conhecer diferentes gêneros e portadores textuais, demonstrando
compreensão da função social da escrita e reconhecendo a leitura
como fonte de prazer e informação.
Espaços, tempos, Identificar, nomear adequadamente e comparar as propriedades dos
quantidades, relações e objetos, estabelecendo relações entre eles.
transformações Interagir com o meio ambiente e com fenômenos naturais ou artificiais,
demonstrando curiosidade e cuidado com relação a eles.
Utilizar vocabulário relativo às noções de grandeza (maior, menor, igual
etc), espaço (dentro e fora) e medidas (comprido, curto, grosso, fino)
como meio de comunicação de suas experiências.
Utilizar unidades de medida (dia e noite; dias, semanas, meses e ano) e
noções de tempo (presente, passado e futuro; antes, agora e depois),
para responder a necessidades e questões do cotidiano.
Identificar e registrar quantidades por meio de diferentes formas de
representação (contagens, desenhos, símbolos, escrita de números,
organização de gráficos básicos etc).

Assim, faz-se necessário que os professores articulem as sínteses das aprendizagens e


as utilizem como parâmetros para o planejamento anual das instituições e também

para a concretização das atividades no cotidiano.

100
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Maria Carmem Silveira; FARIA, Ana Lucia Goulart e FINCO, Daniela (org.). Campos de experiências na escola da
infância: contribuições italianas para inventar um currículo de educação infantil brasileiro. Campinas: Edições Leitura Crítica,
2015.

BASSEDAS, Eulália. Aprender e ensinar na educação infantil. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

________. Ministério da Educação e da Cultura, Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Básica. Resolução CEB n. 5,
de 17 de dezembro de 2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de
dezembro, Seção 1, p. 18. 2009.

________. Ministério da Educação e da Cultura. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis
anos de idade/organização Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. Brasília Secretaria de
Educação Básica, 2007.

_________. MEC/CEB/CED. Programa de formação para professores em exercício na Educação Infantil. Módulo IV, Unidade 5,
vol. 2. Brasília: MEC/CEB/CED, 2006. (Coleção Proinfantil).

CAMPOS, Maria Malta. Educar e cuidar: questões sobre o perfil do profissional de educação infantil. In: BRASIL. MEC/SEF/COEDI.
Por uma política de formação do profissional de educação infantil. Brasília: MEC/SEF/COEDI, p. 32-42, 1994.

CRAIDY, Carmem Maria; KAERCHER. Gládis Elise P. da Silva. Educação Infantil: Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed Editora,
2001.

DAHLBERG, Gunilla, MOSS, Peter e PENCE, Alan. Qualidade na educação da primeira infância: perspectivas pós-modernas.
Tradução: Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2003.

FALK, Judit,(organizadora). Abordagem Pikler. São Paulo. Omniciência, 2017

FARIA, Vitória; SALLES, Fátima. Currículo na Educação Infantil: Diálogo com os demais elementos da Proposta pedagógica. 2.
Edição. São Paulo: Ática, 2012.

GOBBI, Márcia. Múltiplas Linguagens de meninos e meninas e a Educação Infantil. Anais do I Seminário Nacional: Currículo
em movimento – Perspectivas Atuais. Belo Horizonte: novembro de 2010.

HAI, Alessandra Arce. Educação Infantil: alimentação, neurociência e tecnologia. Campinas: Editora Alínea, 2018.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação e Educação Infantil: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto Alegre: Mediação,
2012.

KRAMER, Sonia. Direitos da criança e projeto político pedagógico de educação infantil. In: BAZÍLIO, Luiz Cavalieri & Kramer,
Sônia. Infância, educação e direitos humanos. São Paulo: Cortez, 2003.

_______, Sonia. A infância e suas singuralidades. In: BRASIL. Ministério da Educação e da Cultura. Ensino fundamental de nove
anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade/organização Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel,
Aricélia Ribeiro do Nascimento. Brasília Secretaria de Educação Básica, 2007.

KHULMANN Jr, Moysés. Educação Infantil e Currículo. In: FARIA, Ana Lúcia Goulart; PALHARES, Marina Silveira (orgs.). Educação
Infantil pós-LDB: rumos e desafios. Campinas: Autores Associados, 2000. p.51-65.

MOREIRA, A.A. O espaço do desenho e a educação do educador. São Paulo: Loyola, 1991.
OLIVEIRA, Zilma Ramos (org.). O trabalho do professor na Educação Infantil. São Paulo: Biruta, 2012.

SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A Matemática na Educação Infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Porto
Alegre: RS. Artmed, 2003.

_______, Kátia Cristina Stocco; DINIZ, Maria Ignez; CÂNDIDO, Patrícia. Matemática de 0 a 6: Brincadeiras Infantis nas aulas de
Matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

SOARES, Suzana Macedo. Vínculo, Movimento e Autonomia. Educação até 3 anos. São Paulo. Omniciência, 2017.

_________, Lev S. Formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo, Martins
Fontes, 1998.

101
8. ENSINO FUNDAMENTAL
A maior riqueza do homem é sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.

Palavras que me aceitam

como sou — eu não aceito.

Não aguento ser apenas


um sujeito que abre portas, que puxa

válvulas, que olha o relógio, que compra pão

às 6 da tarde, que vai

lá fora, que aponta lápis,


que vê a uva etc. etc.

Perdoai. Mas eu

preciso ser Outros.

Eu penso renovar o homem

usando borboletas.

Manoel de Barros (1998)

O Ensino Fundamental, etapa intermediária da Educação Básica, com duração de 9 anos, tem como

fundamento o acesso ao conhecimento historicamente elaborado e a elementos culturais que

asseguram o desenvolvimento humano tão necessário para o convívio em sociedade.

No entanto, cabe mencionar que durante esta etapa, os sujeitos transformam-se, o que quer dizer, que
mudanças nos aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais e emocionais ocorrem nas crianças e nos
adolescentes. Pode-se traduzir esta situação ao mencionar que a criança acessa o Ensino Fundamental

aos 6 anos e finaliza essa etapa aos 14 anos, ou seja, durante o processo de escolarização no Ensino

Fundamental o sujeito tem elementos da infância e da adolescência.

Dito isso, o Currículo deve minimizar os impactos dessas fases e transformações, considerando os ritmos
dos sujeitos e possibilitando estratégias de aprendizagem que não demonstrem rupturas entre as fases

do Ensino Fundamental (anos iniciais e anos finais).

O Currículo dos anos iniciais do Ensino Fundamental reconhece a necessária articulação com as

experiências vivenciadas pela criança na Educação Infantil e preza pelas situações lúdicas de
aprendizagem. Assim, as estratégias de aprendizagem devem sistematizar as experiências das crianças

102
com vistas à ampliação dos conhecimentos e das relações que estão estabelecendo consigo mesmas,
com os outros e com o mundo.
Para tal, o Parecer das Diretrizes Curriculares Nacionais indica que:
A escola deve adotar formas de trabalho que proporcionem maior mobilidade às
crianças na sala de aula, explorar com elas mais intensamente as diversas linguagens
artísticas, a começar pela literatura, utilizar mais materiais que proporcionem aos
estudantes oportunidade de racionar manuseando-os, explorando as suas
características e propriedades, ao mesmo tempo em que passa a sistematizar mais os
conhecimentos escolares (BRASIL, p. 121, 2013).

Além dessas características que visam à redução dos impactos na criança da ruptura entre a pré-escola

e o Ensino Fundamental, há que se considerar que ela está envolvida em processos de alfabetização e

letramento e estes não podem ser interrompidos ao final do primeiro ano do Ensino Fundamental.

Aos sujeitos pertencentes aos anos iniciais do Ensino Fundamental possibilita-se a ampliação da

interação com os espaços; as relações com as múltiplas linguagens; as relações sociais, a afirmação da

identidade e a valorização das diferenças. Dessa forma, “a criança desenvolve a capacidade de

representação, indispensável para a aprendizagem da leitura, dos conceitos matemáticos básicos e para

a compreensão da realidade que a cerca, conhecimentos que se postulam para esse período da

escolarização” (BRASIL, p. 110, 2013).

Ainda, por meio do desenvolvimento da linguagem, as crianças reconstroem, descrevem e planejam

suas ações com o auxílio da memória. Esse desenvolvimento, no Currículo de Mato Grosso do Sul,

aponta para os processos de aprendizagem que envolvem a aquisição da leitura e da escrita vinculada

aos seus usos sociais; à percepção e representação das experiências pela oralidade; pelos signos

matemáticos; pelos registros artísticos; pela cultura digital e pela ciência.

Nesse sentido, a educação integral, prevista neste Currículo, aponta para processos educativos que

favoreçam nas crianças o pensamento criativo, lógico e crítico durante o uso das múltiplas linguagens.

O foco da alfabetização ocupa espaço central nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental e tem

como objetivo garantir às crianças a apropriação do sistema de escrita alfabética e o envolvimento em

práticas de letramentos. Assim, todos os conhecimentos mobilizados pelos componentes curriculares

dos anos iniciais do Ensino Fundamental contribuem para a consolidação desse objetivo. Conforme o
Parecer das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos:
[...] desde os 6 (seis) anos de idade, os conteúdos dos demais componentes curriculares
devem também ser trabalhados. São eles que, ao descortinarem às crianças o
conhecimento do mundo por meio de novos olhares, lhes oferecem oportunidades de
exercitar a leitura e a escrita de um modo mais significativo (BRASIL, p. 22, 2010).

103
Durante os anos iniciais do Ensino Fundamental, o Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul
organiza-se para que sejam consolidadas as aprendizagens anteriores e para a “ampliação das práticas
de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças” (BRASIL, p. 57, 2017).

Desse modo, a autonomia intelectual, pressuposto da educação integral, amplia-se e,


consequentemente, renovam-se os interesses pela vida social no tocante “às relações dos sujeitos entre

si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o ambiente” (BRASIL, p. 57,
2017).

Os sujeitos dos anos finais do Ensino Fundamental correspondem a uma faixa de transição entre a
infância e a adolescência de extremas mudanças biológicas, sociais, psicológicas e emocionais.

Segundo o Parecer CNE/CEB n. 11/2010 “os adolescentes, nesse período da vida, modificam as relações

sociais e os laços afetivos, intensificando suas relações com os pares de idade e as aprendizagens

referentes à sexualidade e às relações de gênero, acelerando o processo de ruptura com a infância na

tentativa de construir valores próprios” (BRASIL, p. 09, 2010). Com isso, as possibilidades intelectuais são
ampliadas o que ocasiona a realização de raciocínios mais abstratos.

Sendo assim, os desafios são mais complexos nos anos finais do Ensino Fundamental, especialmente

porque os conhecimentos adquiridos até o momento serão aprofundados. A ação pedagógica requer a

retomada e a ressignificação de aprendizagens, a fim de ampliar o conhecimento historicamente

acumulado dos adolescentes.

Ademais, os processos educativos devem considerar as mudanças próprias da adolescência,

reconhecendo que esses sujeitos estão em desenvolvimento, ou seja, promovendo práticas escolares

dialógicas que contemplem as diversas formas de inserção social. Sobre isso, as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental indicam que:
Entre os adolescentes de muitas escolas, é frequente observar forte adesão aos
padrões de comportamento dos jovens da mesma idade, o que é evidenciado pela
forma de se vestir e também pela linguagem utilizada por eles. Isso requer dos
educadores maior disposição para entender e dialogar com as formas próprias de
expressão das culturas juvenis [...] (BRASIL, p. 110, 2013).

Outra questão relevante refere-se às transformações sociais originadas pela cultura digital. Sabe-se que
os jovens interagem socialmente em rede, estabelecem novas formas de interação multimidiática e

multimodal, e, por conseguinte, são protagonistas dessa cultura. Entretanto, a cultura digital recorre às
emoções, ao imediatismo, às informações superficiais, ao uso de imagens e às formas de expressão
abreviadas.

104
Nessa perspectiva, a escola, compromissada com a formação integral do sujeito, pode incorporar as
novas linguagens advindas do desenvolvimento das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação,
assim como oportunizar a reflexão e análise de conteúdos midiáticos, por meio de uma educação

consciente para/na cultura digital.

A educação fundamenta-se nos direitos humanos e em princípios democráticos, o que revela a

preocupação e o combate a qualquer forma de violência propagada nesta sociedade. Dá-se atenção
para essa problemática nos anos finais do Ensino Fundamental devido à fragilidade dos sujeitos que,

quando em situação de violência, têm a convivência cotidiana e a aprendizagem comprometidas que,


em última instância, revela-se em fracasso escolar e autodestruição.

Logo, o Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul fomenta o diálogo entre as diferentes culturas

existentes na escola, a compreensão da não uniformidade dos sujeitos, ao reconhecimento da

diversidade de experiências e vivências porque entende a escola como espaço para formação da

cidadania participativa.

Para esse fim, o Currículo dos anos finais do Ensino Fundamental contribuirá na elaboração do projeto

de vida dos adolescentes e jovens e, consequentemente, auxiliará nas suas decisões em relação ao seu

futuro e na continuidade dos estudos no Ensino Médio.

8.1 Avaliação no Ensino Fundamental

A avaliação da aprendizagem tem como premissas legais os artigos 12, 13 e 24 da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional que em síntese reportam-se às incumbências dos estabelecimentos de

ensino, dos docentes e das regras de organização da Educação Básica.

De maneira geral, os artigos fazem referências ao provimento de meios de recuperação dos aprendizes
de menor rendimento, zelam pela aprendizagem das crianças e adolescentes, estabelecem estratégias

de recuperação e avaliação contínua e cumulativa de desempenho, com prevalência dos aspectos


qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas

finais.

De acordo com o Parecer CNE/CEB n. 11/2010 “A avaliação do estudante, a ser realizada pelo professor

e pela escola, é redimensionadora da ação pedagógica e deve assumir um caráter processual, formativo
e participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica” (BRASIL, p. 123, 2010).

105
A partir do entendimento de que avaliar é apreciar e/ou analisar o aprendizado de um sujeito na escola,
torna-se relevante o diagnóstico individual das crianças e dos adolescentes para que o professor
organize o trabalho pedagógico de modo a ampliar os conhecimentos de todos os sujeitos.

Dessa forma, o docente deve utilizar instrumentos avaliativos que o favoreçam na coleta do maior
número de informações que traduzam os conhecimentos apreendidos, não apreendidos e os ainda não

adquiridos.

Destacam-se como condições necessárias ao docente para o ato de avaliar: selecionar estratégias

didáticas coerentes com as habilidades a serem desenvolvidas e aos objetos de conhecimento


apreendidos; estabelecer diferentes instrumentos avaliativos e que estes estejam em conformidade com

as habilidades e objetos de conhecimentos desenvolvidos nas atividades; reconhecer variáveis que

interferem no processo avaliativo; e conhecer os processos de aprendizagem nas crianças e nos

adolescentes. Além disso, ter clareza na relação direta entre objetos de conhecimentos, habilidades,

metodologias e instrumentos avaliativos.

Por fim, reconhecer que o docente possui papel fundamental no processo de avaliação, haja vista que

avaliar é um dos itens do processo de aprendizagem e que não pode ser resumida a realização de testes,

provas, atribuição de notas ou conceitos, mas sim à atividade de mediação. Nesse sentido, o docente,

enquanto profissional mediador possibilitará às crianças e aos adolescentes a ampliação dos


conhecimentos, bem como agir de maneira autônoma, com responsabilidade, resiliência e

determinação.

Nesse processo de mediação, caberá ao professor uma postura reflexiva da aprendizagem, que

sustentará e orientará sua intervenção pedagógica. Reflexão essa que considerará a avaliação como

mediadora, a favor da democratização e permanência do estudante na escola e promoção qualitativa,

que ocorrerá mediante uma postura e compromisso do professor com a realidade educacional e social

que enfrenta, visando ao progresso dos estudantes nos estudos, aprendizagem e sucesso em seu

desempenho.

A realidade educacional e social também requer reflexões por parte dos professores, para avaliar a

criança, o adolescente e o jovem, a si mesmo, a própria avaliação, os erros e sucessos, assim, realizar as

devidas interferências, com base nos resultados obtidos. Dessa forma, considerando os ritmos de

aprendizagem de cada estudante, oportunizar-se-á a descoberta de melhores soluções, com avaliação

mediadora e sucesso no desempenho.

106
8.2 Estrutura do Ensino Fundamental

Neste momento, apresenta-se a organização das áreas e dos componentes curriculares que se dispõem

em quadros com as unidades temáticas, os objetos de conhecimento e as habilidades para cada ano.
Cada habilidade é identificada por um código alfanumérico composto por:
- MS: sigla do Estado;

- EF: indica que são habilidades do Ensino Fundamental;

- par de números: indicam o ano (01 a 09) a que se refere a habilidade, ou, no caso de Língua
Portuguesa, Arte e Educação Física, o bloco de anos;
- par de letras: diz respeito ao componente curricular. (AR - Arte; CI - Ciências; EF - Educação

Física; ER - Ensino Religioso; GE - Geografia; HI - História; LI - Língua Inglesa; LE - Língua

Espanhola; LP - Língua Portuguesa; e MA - Matemática);


- par de número: numeração sequencial das habilidades homologadas da BNCC. As habilidades

incluídas no Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul, ou seja, específicas deste

documento, são numeradas com um par de 00 (zero, zero);

- letra minúscula: situação da habilidade quando comparada à BNCC. São cinco possibilidades

de letras: s - quando a habilidade é a homologada na BNCC sem sofrer nenhuma alteração; c


- quando a habilidade é específica de Mato Grosso do Sul e visa contextualizar uma habilidade

homologada; a - quando a habilidade, em Mato Grosso do Sul, objetiva aprofundar uma

habilidade homologada; d - quando a habilidade homologada foi desdobrada em outras, no

documento de Mato Grosso do Sul; e n para as habilidades novas.

- par de números: sequência numérica das habilidades no Currículo de Referência de Mato


Grosso do Sul.

Além disso, insere-se a aba “Ações Didáticas” a fim de descrever como a contextualização (social, política,
cultural, local e/ou regional) pode ocorrer em habilidades já homologadas; exemplificar, quando for o

caso; e abordar possíveis metodologias que sejam condizentes com os princípios norteadores do

Currículo.

Especificamente para o Componente Curricular Ensino Religioso a aba “Contextualização/


Exemplificação” traz ideias e conceitos que oportunizam a compreensão das habilidades homologadas.

107
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Curricular – Educação é a Base. Brasília. Versão
Preliminar. 2016.

_______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível
em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base/ >. Acesso em: maio, 2018.

_______. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

_______. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Resolução
CNE/CEB nº 7/2010.

_______. Presidência da República. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm> Acesso em 15 mai 2018.

______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer n. 11, de 7 de julho de 2010. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6324-pceb011-10&category_slug=agosto-
2010-pdf&Itemid=30192> Acesso em 17 mai 2018.

_______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB nº 7/2013, aprovado em 14 de março de
2013 – altera a redação do art. 31 da Resolução CNE/CEB
nº 7/2010, que fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.

108
8.3 Área de Linguagens

A linguagem é canal incomensurável para que os indivíduos sejam capazes de elaborar pensamentos,

comunicar-se, acessar os mais diversos tipos de informações e produzir conhecimentos, visto que a vida
em sociedade exige-lhes a apropriação de múltiplas linguagens e de repertórios historicamente
construídos.

Nesse sentido, cabe à área de Linguagens, no Ensino Fundamental, com objetivo de fortalecer o

desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais, possibilitar: o progressivo domínio da


fala, leitura e escrita; a vivência, reflexão, apropriação e recriação dos elementos constitutivos das
linguagens artísticas e corporais; o reconhecimento e a valorização da pluralidade cultural e do uso de

outra(s) língua(s); o respeito às características individuais e sociais, às diferenças de etnias, de classes

sociais, de crenças e de gêneros.

Na perspectiva dos anos iniciais do Ensino Fundamental, destaca-se a relevância da continuidade das
habilidades adquiridas na Educação Infantil, considerando práticas, embasadas em contextos

socioculturais específicos, hibridismos culturais e regionalidades do Estado do Mato Grosso do Sul, em

que a fluidez entre as linguagens sejam fundamentadas no lúdico e nas culturas infantis tradicionais e

contemporâneas, de forma a corroborar que o estudante reconheça-se histórica e culturalmente,


criando e interpretando sua realidade.

No âmbito dos anos finais do Ensino Fundamental, ocorre a inclusão da Língua Inglesa, considerada

língua internacional, agregando, com os outros componentes, relevância e proficuidade à continuidade

da aprendizagem, de maneira objetiva e criativa, a fim de que o estudante amplie seu repertório

linguístico, literário, artístico, de práticas corporais, valorizando a produção de textos orais e escritos, de
linguagens artísticas e corporais, por meio da utilização de Tecnologias Digitais de Informação e

Comunicação no contexto escolar e comunitário.

Nesse cenário, as múltiplas linguagens devem propiciar a construção de identidades pessoais e sociais,

com vistas a formar cidadãos conscientes, que possuam as ferramentas necessárias para participarem

ativamente no desenvolvimento de uma sociedade plural e diversa.

Assim, a língua e as diversas manifestações da linguagem representam elementos essenciais à


comunicação, que transcendem a interação com o outro, pois englobam nesse processo, aspectos
históricos e socioculturais, cotejando a multidimensionalidade do sujeito, de maneira a possibilitar-lhe

formação humana integral.

109
8.3.1 Competências Específicas de Linguagens de acordo com a BNCC (2017):

1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza

dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e


expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.

2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em

diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades

de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa,
democrática e inclusiva.

3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,
visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e

sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de

conflitos e à cooperação.

4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam

os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,

regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.

5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações

artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio


cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas,

da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,

significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se
comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver

problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.

110
8.3.2 Língua Portuguesa
[...] Veja que bugre só pega por desvios, não anda em estradas -

Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas e os ariticuns maduros.


Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de agramática.
(Manoel de Barros)

Diante das exigências contemporâneas e em virtude das crescentes transformações midiáticas, a

educação é desafiada a possibilitar ao estudante desenvolver inúmeras competências, dentre elas a de

pesquisador crítico e articulador, com pensamento científico, centrado no protagonismo e, ainda, que

esse estudante seja proficiente no desempenho de tarefas, na resolução de problemas, na tomada de


decisões em diversos âmbitos da vida, representando vias importantes à participação ativa na sociedade.

Cabe destacar o diálogo existente entre a Língua Portuguesa da Base Nacional Comum Curricular

(BNCC), os documentos, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e as Diretrizes Curriculares

Nacionais (DCNs), as pesquisas atuais da área, as mudanças das práticas de linguagem, devido ao
desenvolvimento tecnológico digital, de informação e comunicação e o Currículo de Referência de Mato

Grosso do Sul. Nessa perspectiva, o componente Língua Portuguesa, no Ensino Fundamental, deve

proporcionar ao estudante produtivas abordagens pedagógicas em pesquisas científicas

interdisciplinares na perspectiva dos multiletramentos.

Nesse sentido, este documento almeja possibilitar que o estudante expanda a relação dos textos a seus

contextos de produção, à participação crítica nas diversas práticas sociais de linguagem, assim como
desenvolva habilidades em diversos campos de aprendizagem, incluindo os gêneros multimidiáticos e

os multissemióticos.

Os objetos de conhecimento para a Língua Portuguesa estão organizados em cinco eixos, distribuídos

em unidades temáticas, que, por sua vez, estão atrelados às habilidades, de forma que promovam

progressão das aprendizagens, podendo estar relacionados aos processos cognitivos e socioemocionais,
assim como apresentar crescente sofisticação e complexidade ao longo das etapas.

Os conhecimentos e habilidades previstos para mais de um ano escolar devem ser contemplados

progressivamente, de forma que sejam abordados nos respectivos anos, como por exemplo os previstos

para o 1º ao 5º ou 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.

A progressão dos conhecimentos e habilidades ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores,
pela ampliação das práticas de linguagem, da experiência estética e intercultural dos estudantes,

111
considerando desde seus interesses e suas expectativas até o que ainda precisam apreender, das
regularidades às irregularidades, dos usos mais frequentes e simples aos menos habituais e mais
complexos.

Nesse âmbito, os campos de atuação, considerados em diferentes segmentos, contemplam dimensões


formativas relevantes e profícuas de uso da linguagem, uma vez que parte do campo da vida cotidiana,

do artístico-literário, das práticas de estudo e pesquisa ao campo da vida pública vislumbram a produção
de conhecimento, pesquisa, o exercício da cidadania e a formação estética.

Portanto, o planejamento requer uma organização do trabalho pedagógico, em que as práticas de


linguagem (eixos), oralidade, leitura, escuta, produção/multissemiótica e análise linguística e semiótica

estejam articuladas a um só tempo, entre si, considerando suas especificidades, de forma que permitam

aos estudantes ampliar suas capacidades de uso das linguagens.

Mediante o que estabelece a BNCC, o ciclo da alfabetização, processo em que as crianças aprendem em

diferentes contextos sociais que representam meios de apropriação de conhecimentos, deve ser
finalizado até o segundo ano do Ensino Fundamental e ocorrer na perspectiva do letramento, em que a

diversidade textual esteja no centro do processo. Cabe o aprofundamento de conhecimento dos

sistemas ortográficos e gramaticais, com foco, também, na diversidade textual ao terceiro, quarto e

quinto anos do Ensino Fundamental.

A literatura, por transcender o tempo, o espaço e humanizar as pessoas, deve perpassar, de modo

indissociável do componente Língua Portuguesa, pelas relações de formação leitora do estudante, da

linguagem literária e da construção estilística, como viés de recepção crítica e responsiva, articulada ao

desenvolvimento pleno do estudante, privilegiando, dentre todas as produções, também, a literária


regional.

Nesse cenário, essa proposta, a partir dos aspectos filosóficos e sociais da visão de educação e

aprendizagem, voltada aos multiletramentos e à ampliação de repertório, de interação e trato com o

diferente, considera como premissas potencializar o multiculturalismo, contemplando além do cânone,


também as culturas regionais, as das infâncias às juvenis, as das mídias às digitais, como tributos ao

patrimônio cultural e linguístico.

Assim, essa proposta pode garantir a educação com qualidade e equidade, por meio de competências
essenciais para a formação humana integral do estudante, ao longo da Educação Básica.

112
8.3.2.1 Competências específicas para Língua Portuguesa de acordo com a BNCC
(2017):

1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e


sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de
seus usuários e da comunidade a que pertencem.

2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes


campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar
da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior
autonomia e protagonismo na vida social.

3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes
campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a
se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar
aprendendo.

4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de


variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.

5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação


comunicativa, ao (s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.

6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios


de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos
discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.

7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e


ideologias.

8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos
pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).

9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso


estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como
formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o
potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.

10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para
expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção),
aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.

113
8.3.2.2 Campos de Atuação, Práticas de Linguagem, Objetos de Conhecimento,
Habilidades e Ações Didáticas

LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ao 5º ANO


Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Leitura/escuta Reconstrução das (MS.EF15LP01.s.01) Esta habilidade permite que o estudante


(compartilhada e condições de Identificar a função social de reconheça que os textos se organizam em
autônoma) produção e recepção textos que circulam em gêneros, que possuem funções sociais
de textos campos da vida social dos relacionadas aos diferentes campos de atuação
quais participa nos quais circulam. Espera-se que o estudante
cotidianamente (a casa, a rua, reconheça que para cada informação há um
a comunidade, a escola) e nas gênero textual que circula nas diversas mídias
mídias impressa, de massa e (impressa, de massa e digital), que fazem parte da
digital, reconhecendo para esfera pública. Ou seja, não é em qualquer gênero
que foram produzidos, onde que se busca informação: para cada intenção de
circulam, quem os produziu e dizer há um gênero mais adequado.
a quem se destinam. Para tanto, é preciso considerar a realidade do
estudante, contemplando em sala de aula gêneros
diversos, como rótulos de alimentos, embalagens
de produtos utilizados diariamente, bulas de
remédios, placas de trânsito, nomes de ruas,
contas de energia, água e telefonia, e suportes
(jornais, revistas, gibis), dentre outros.
A progressão da habilidade pode ser estabelecida
com base nas esferas de atividades selecionadas,
nos gêneros a serem estudados, nas mídias em
que a produção circulará, em quem produziu e a
quem se destina etc.
Estratégia de leitura (MS.EF15LP02.s.02 ) Os vetores desta habilidade são: a antecipação de
Estabelecer expectativas em informações sobre o conteúdo do texto (posições,
relação ao texto que vai ler tratamento temático, visão do interlocutor, valores
(pressuposições etc.); a realização de inferências seja a partir de
antecipadoras dos sentidos, dados do texto, das informações trazidas pelo
da forma e da função social professor sobre o contexto de produção ou do
do texto), apoiando-se em conhecimento prévio do estudante; a verificação
seus conhecimentos prévios tanto das antecipações realizadas quanto das
sobre as condições de inferências. A progressão pode se dar com base
produção e recepção desse nos gêneros abordados, no foco do trabalho
texto, o gênero, o suporte e o didático e no grau de autonomia do estudante na
universo temático, bem como respectiva etapa de ensino. O foco é a realização
sobre saliências textuais, de antecipações, inferências e verificações ao
recursos gráficos, imagens, longo do processo de leitura, a partir da
dados da própria obra (índice, recuperação do contexto de produção e de
prefácio etc.), confirmando recepção do texto a ser lido e do universo
antecipações e inferências temático em jogo.
realizadas antes e durante a
leitura de textos, checando a
adequação das hipóteses
realizadas.
Estratégia de leitura (MS.EF15LP03.s.03) Nesta habilidade é necessário localizar as
Localizar informações informações explícitas em um texto, aquelas que
explícitas em textos. estão, literalmente, expressas, seja ele oral ou
escrito. Pode-se prever que a compreensão de um
texto requer a mobilização simultânea de várias
habilidades e a utilização de diversos
procedimentos, de acordo com o grau de
autonomia do estudante, a finalidade e o tipo de
leitura a ser realizada. A progressão desta
114
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
habilidade pode considerar diferentes critérios: o
gênero e/ou o tipo de texto em jogo; o objetivo
proposto; o tipo de leitura (colaborativa ou
autônoma); o procedimento a ser desenvolvido.
Estratégia de leitura (MS.EF15LP04.s.04) Nesta habilidade os textos das diferentes esferas
Identificar o efeito de sentido de atividade costumam apresentar diferentes
produzido pelo uso de recursos gráfico-visuais: boxes de
recursos expressivos gráfico- complementação, linkagem ou de remissão;
visuais em textos infográficos; negrito, itálico, letra capitular; uso de
multissemióticos. notas de rodapé; hiperlinks; som e movimento;
cores, imagens; dentre outros. A compreensão
adequada do texto depende da identificação dos
efeitos de sentido produzidos pelo uso de tais
recursos, o que implica articulá-los ao texto
verbal. Pode-se prever que a compreensão de um
texto requer a mobilização simultânea de várias
habilidades e a utilização de diversos
procedimentos, de acordo com o grau de
autonomia do estudante, a finalidade e o tipo de
leitura a ser realizada. A progressão desta
habilidade pode considerar diferentes critérios: o
gênero e/ou o tipo de texto em jogo; o objetivo
proposto; o tipo de leitura (colaborativa ou
autônoma); o procedimento a ser desenvolvido.
Podem-se utilizar histórias em quadrinhos,
onomatopeias, sinais de trânsito, placas, símbolos
de identificação, mapas, globo, dentre outros.
Ainda, trazer para a sala de aula textos imagéticos
(charges, tirinhas, vídeos, capas de revistas etc.).
Pode-se, também, usar os recursos tecnológicos
disponíveis, sempre que pertinente, para que haja
o contato com os textos multissemióticos desde a
primeira etapa do Ensino Fundamental até o final
da Educação Básica.
Produção de Planejamento de (MS.EF15LP05.s.05) O foco desta habilidade é o planejamento,
textos texto Planejar, com a ajuda do entendido como etapa inicial do processo de
(escrita professor, o texto que será produção do texto. Planejar diz respeito, então, a
compartilhada e produzido, considerando a organizar ideias da pré-escrita, levando em
autônoma) situação comunicativa, os consideração diversos fatores, como o objetivo do
interlocutores (quem texto final e o público leitor.
escreve/para quem escreve); a Trata-se de uma habilidade fundamental para que
finalidade ou o propósito o estudante reconheça e considere os diferentes
(escrever para quê); a vetores da escrita. A habilidade pode ser
circulação (onde o texto vai desmembrada, nesse caso, envolvendo os dois
circular); o suporte (qual é o tipos de planejamento e prevendo progressão
portador do texto); a (com e sem ajuda):
linguagem, organização e - planejar o conteúdo do texto de acordo com o
forma do texto e seu tema, gênero: criação do conteúdo temático (gêneros,
pesquisando em meios como contos, crônicas etc.) ou a pesquisa desse
impressos ou digitais, sempre conteúdo (textos nos gêneros: notícia, verbetes,
que for preciso, informações artigos em geral etc.);
necessárias à produção do - planejar o texto parte a parte, na ordem
texto, organizando em tópicos demandada pelo gênero trabalhado.
os dados e as fontes Envolve ao menos duas operações distintas,
pesquisadas. passíveis de abordagem separadamente: planejar
e produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,

115
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
estabelecendo objetivos e critérios adequados aos
contextos de circulação previstos.
É possível prever uma progressão com base nos
gêneros a serem abordados na prática de
produção de textos, ao longo dos anos, de modo
a contemplar demandas locais, nacionais e
universais de forma espiral: um mesmo gênero
pode aparecer mais de uma vez em textos e/ou
demandar tarefas cada vez mais complexas
(produzir o final de um conto de aventura lido,
produzir um livro com contos de aventura etc.).
Além disso, podem-se, ainda, propor atividades
que contemplem o ato de planejar com
autonomia progressiva. Ainda, é possível pensar
em agrupamentos didáticos, como, por exemplo,
atividades que envolvam gêneros literários e de
outras ordens, como argumentar e expor,
pesquisa interativa, apresentações/discussões.
Revisão de textos (MS.EF15LP06.s.06) Nesta habilidade deve-se considerar
Reler e revisar o texto prioritariamente o processo de produção escrita,
produzido com a ajuda do necessária ao aprimoramento do texto. Reler e
professor e a colaboração dos revisar diz respeito a observar a própria produção
colegas, para corrigi-lo e com atenção a detalhes de edição e
aprimorá-lo, fazendo cortes, aprimoramento do texto. Pode-se contemplar a
acréscimos, reformulações, revisão processual e final, com e sem colaboração.
correções de ortografia e É indicado hierarquizar a revisão de aspectos
pontuação. ligados à coerência (informações livres de
contradições, completude de ideias etc.) e ao uso
de elementos coesivos, como pontuação e
organizadores textuais (presença de marcadores
de tempo e outros que indiquem a progressão do
texto), assim como dos aspectos ortográficos, com
o uso do dicionário. Sugere-se a realização de
atividades que explorem a revisão de textos
produzidos, em etapas de rascunho, refactura
textual, edição e produção final (em escritas
individuais e coletivas), articulando-as, por
exemplo, ao uso de ferramentas digitais, além de
prever a familiarização dos estudantes com as
ferramentas em questão. A progressão desta
habilidade pode apoiar-se na complexidade dos
gêneros e dos textos, assim como no grau de
autonomia do estudante a cada etapa da
aprendizagem pretendida.
Produção de Edição de textos (MS.EF15LP07.s.07) O foco desta habilidade incide sobre os cuidados
textos Editar a versão final do texto, com a circulação/publicação do texto em suportes
(escrita em colaboração com os impressos ou digitais. Editar, nesse caso, consiste
compartilhada e colegas e com a ajuda do em dar os toques finais à versão final de um texto
autônoma) professor, ilustrando, quando produzido no que diz respeito a sua estruturação
for o caso, em suporte e também nos elementos que o rodeiam, seja em
adequado, manual ou digital. suporte manual ou digital. Para o
desenvolvimento desta habilidade, sugere-se a
realização de atividades que prevejam a edição do
texto em parceria, com base em critérios, como o
suporte em jogo, os recursos e as ferramentas de
edição a serem utilizados. Quando for o caso,
podem ser previstas atividades que envolvam
conhecimentos necessários ao uso de ferramentas
digitais. Destaca-se, ainda, a possibilidade de

116
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
complementação desta habilidade, envolvendo a
análise do projeto gráfico em materiais impressos
e o design em materiais digitais.
Utilização de (MS.EF15LP08.s.08) O foco desta habilidade é o conhecimento e o
tecnologia digital Utilizar software, inclusive domínio de ferramentas digitais na edição e
programas de edição de texto, publicação de textos. Assim, está estreitamente
para editar e publicar os associada à habilidade (MS.EF15LP07.s.07), na
textos produzidos, explorando medida em que pressupõe a atividade de edição
os recursos multissemióticos de texto (o que significa realizar a observação
disponíveis. atenta de sua produção, as revisões e os ajustes
necessários) e de publicação desse texto (ou seja,
deixar a produção disponível para o acesso do
leitor). Envolve a previsão de atividades específicas
para uso do software e para o gênero
produzido/editado, considerando os recursos
disponíveis, a cada ano, com ou sem ajuda do
professor. Podem-se realizar projetos de
elaboração de textos encontrados em: folhetos
com orientações sobre questões/problemas locais,
guias, pesquisas sobre povos indígenas, africanos,
dentre outros.
Esta habilidade pode ser articulada a outras que
proponham a contextualização da prática de
produção de textos.
Oralidade Oralidade (MS.EF15LP09.s.09) O desenvolvimento desta habilidade requer a
pública/Intercâmbio Expressar-se em situações de indicação dos discursos que devem ser
conversacional em intercâmbio oral com clareza, aprendidos, de modo que as especificidades dos
sala de aula preocupando-se em ser textos orais que circulam nessas situações
compreendido pelo tornem-se objeto de ensino. Cabe considerar que
interlocutor e usando a expor oralmente o resultado de pesquisa realizada
palavra com tom de voz requer saberes diferenciados daqueles em que a
audível, boa articulação e proposta é opinar para tomar decisão coletiva, ou
ritmo adequado. mesmo debater sobre aspectos controversos de
um tema.
Pode-se indicar a análise das situações
comunicativas e dos gêneros que nelas circulam,
organizando atividades que prevejam a
articulação entre o planejamento e:
- a produção de textos orais: expor os resultados
de uma pesquisa para uma audiência, participar
de debates sobre questões controversas,
apresentar indicações literárias em uma roda,
realizar/participar de entrevistas, dentre outros;
-a oralização de textos escritos: apresentar
poemas em saraus, ler textos produzidos para
programas de rádio;
- o desenvolvimento da proficiência em gêneros
orais mais produtivos e culturalmente relevantes
na região.
A progressão ao longo dos cinco anos iniciais
pode apoiar-se no grau de complexidade do
gênero oral estudado, no foco em habilidade de
planejamento ou produção e no grau de
autonomia a ser conquistado pelo estudante a
cada etapa.

117
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Escuta atenta (MS.EF15LP10.s.10) É possível articular esta habilidade à organização
Escutar, com atenção, falas de de sequências didáticas para ensino de textos
professores e colegas, orais que envolvam procedimentos e
formulando perguntas comportamentos próprios desse tipo de situação
pertinentes ao tema e comunicativa, como tomar notas e escutar
solicitando esclarecimentos atentamente, com solicitação formal de pedido de
sempre que necessário. turno.
As atividades podem orientar um conjunto de
ações que envolva o estudo e a análise: da
situação comunicativa; do gênero envolvido e
suas marcas linguísticas; da audiência na escuta.
Podem-se estabelecer combinados: organização,
regras, dentre outros. Ainda, organizar, de forma
lúdica, diferentes atividades que estimulem a
atenção e a concentração antecipadas para o
desenvolvimento do trabalho, assim como o uso
de debate, leitura e explicações.
A progressão no desenvolvimento desta
habilidade pode pautar-se pelo grau de
complexidade do gênero em foco (conversa para
tirar dúvida, debate, aula expositiva, seminário
etc.); pelo foco no planejamento ou na atuação;
pelo aspecto da atenção a ser trabalhado (os
gestos e expressões faciais, a entonação, as
noções, conceitos e seus termos, as definições, as
teses, os argumentos etc.); pelo grau de
autonomia a ser conquistado pelo estudante a
cada etapa.
Características da (MS.EF15LP11.s.11) Esta habilidade é fundamental para desenvolver o
conversação Reconhecer características da convívio cotidiano, fora e dentro da escola; refere-
espontânea conversação espontânea se a saber organizar a fala no gênero indicado,
presencial, respeitando os considerando as características do contexto no
turnos de fala, selecionando e qual está sendo produzida:
utilizando, durante a - a organização em tantos turnos quantos forem
conversação, formas de os interlocutores;
tratamento adequadas, de - a efetividade da compreensão mútua, a qual
acordo com a situação e a depende da escuta efetiva do outro, como
posição do interlocutor. balizador da organização da próxima fala;
- as escolhas dos recursos textuais e paratextuais,
que precisam ser adequadas às intenções de
significação e ao contexto da situação de
comunicação.
Podem-se propor atividades que contemplem
diferentes tipos de conversação, em diferentes
situações comunicativas. Gravações em áudio
e/ou vídeo dessas conversas permitem a análise
dos mais variados fatores que podem interferir na
fluidez e na eficácia dos eventos registrados.
Do ponto de vista da progressão, recomenda-se o
trabalho em colaboração realizado coletivamente,
progredindo para o trabalho em grupos/duplas,
até o autônomo, a depender da complexidade do
gênero, do tema e do texto.

118
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Aspectos não (MS.EF15LP12.s.12) Esta habilidade envolve o reconhecimento e a
linguísticos Atribuir significado a aspectosanálise das expressões corporais associadas à fala,
(paralinguísticos) no não linguísticos com o objetivo de determinar seu papel na
ato da fala (paralinguísticos) observados construção dos sentidos dos textos orais.
na fala, como direção do Pode-se propor o estudo de diversas situações de
olhar, riso, gestos, comunicação oral no que se refere aos recursos
movimentos da cabeça (de paralinguísticos, de modo a: analisar os efeitos de
concordância ou sentido produzidos; reconhecer a adequação (ou
discordância), expressão não) das escolhas do locutor; constituir um
corporal, tom de voz. repertório de recursos possíveis de serem
utilizados; selecionar os recursos mais adequados
às intenções de significação do discurso a ser
produzido. Ainda, podem-se propor atividades de
modo articulado à análise de textos orais, em uma
determinada situação comunicativa, de modo a
aproximar os estudantes das características desses
textos e da diversidade de recursos
paralinguísticos que compõem a sua
multimodalidade.
É interessante, do ponto de vista da progressão,
prever uma trajetória que vá do trabalho coletivo
em colaboração até aproximar-se do autônomo.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com Arte (MS.EF15AR19.s.19), no
que se refere à identificação de elementos teatrais
na vida cotidiana, por meio de jogos teatrais e
dramatizações.
Relato oral/Registro (MS.EF15LP13.s.13) Esta habilidade é fundamental para o
formal e informal Identificar finalidades da desenvolvimento da proficiência oral, que se
interação oral em diferentes efetiva em situações, como: solicitar informações
contextos comunicativos em espaços públicos, seminários, mesas-
(solicitar informações, redondas, rodas de conversas etc. Envolve
apresentar opiniões, informar, gêneros, como exposição oral, discussão
relatar experiências etc.). argumentativa e/ou debate, entrevista oral.
Sugerem-se atividades articuladas aos seus
respectivos gêneros, além de expor ideias sobre
temas estudados e argumentar a respeito de
aspectos controversos de temas em geral.
Quanto à solicitação de informações, pode-se
recorrer a diferentes espaços, como biblioteca ou
secretaria da escola, visitas a exposições de arte e
distintos museus, quando for o caso. Trata-se de
uma situação comunicativa na qual o estudante
precisa estar preparado, saber o tipo de
informação a ser solicitada em cada ocasião e o
modo de fazê-la naquele espaço.
As atividades podem orientar ações que
envolvam: o estudo da situação comunicativa; o
planejamento e a análise do gênero envolvido e
suas marcas linguísticas; o papel da audiência no
contexto específico.
A progressão no desenvolvimento desta
habilidade pode pautar-se pelo foco na análise ou
na prática de escuta do gênero previsto; pelo grau
de complexidade do gênero e/ou do texto oral
envolvido; pela situação comunicativa em jogo;
pelo grau de autonomia a ser conquistado pelo
estudante a cada etapa.

119
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

ATUAÇÃO NO CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Leitura/escuta Leitura de imagens (MS.EF15LP14.s.14) Esta é uma habilidade que precisa considerar
(compartilhada e em narrativas visuais Construir o sentido de tanto o trabalho com as habilidades de leitura
autônoma) histórias em quadrinhos e quanto as características dos gêneros quadrinho e
tirinhas, relacionando imagens tirinha (organização interna; marcas linguísticas;
e palavras e interpretando conteúdo temático) dos textos a serem lidos.
recursos gráficos (tipos de Quanto ao nível de autonomia, considera-se que é
balões, de letras, uma habilidade prevista para os anos iniciais.
onomatopeias). Assim, o ideal é prever leituras e análise em
colaboração e, gradativamente, alcançar a
autonomia. Podem-se considerar as características
dos gêneros mencionados e dos textos a serem
sugeridos.
É importante tomar como objeto de estudo as
características das tirinhas e das histórias em
quadrinhos. Ambos os gêneros supõem
ficcionalização, organização interna que articula
recursos verbais aos gráfico-visuais, eixo temporal,
linguagem coloquial, dentre outros aspectos.
A tirinha contém crítica aos valores sociais,
provoca efeitos de humor, organiza-se em tira de
poucos quadrinhos, é publicada em jornais e
revistas. A História em Quadrinhos - HQ é mais
extensa, trata-se de histórias com trama mais
complexa e de diferentes tipos; é publicada em
revistas e livros. O desenvolvimento desta
habilidade requer um trabalho dialógico e
reflexivo, utilizando análise e comparação por
diferenças e semelhanças. Para a progressão,
pode-se considerar: a complexidade do gênero
em foco, a extensão e a complexidade dos textos
e/ou dos recursos e o grau de autonomia do
estudante a cada etapa do ensino. Destaca-se,
aqui, a oportunidade de trabalho interdisciplinar
com Arte (MS.EF15AR04.s.04), no que se refere a
conhecer quadrinhos e tirinhas como uma
expressão artística.

ATUAÇÃO NO CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Leitura/escuta Formação do leitor (MS.EF15LP15.s.15) Esta habilidade trabalha a distinção entre textos
(compartilhada e literário Reconhecer que os textos literários e não literários, o que envolve a
autônoma) literários fazem parte do compreensão da natureza e dos objetivos das
mundo do imaginário e diferentes práticas de leitura, assim como dos
apresentam uma dimensão pactos de leitura que se estabelecem. No que se
lúdica, de encantamento, refere ao nível de autonomia, deve-se atentar para
valorizando-os, em sua o fato de que a formulação da habilidade prevê a
diversidade cultural, como progressão de sua aprendizagem ao longo dos
patrimônio artístico da anos iniciais.
humanidade. Pode-se resgatar a cultura local e regional, para
que o estudante possa valorizar os aspectos
abrangentes de cada gênero textual, sempre que
possível, contemplar obras de autores locais ou
regionais.
Para a progressão pode-se considerar: a
complexidade do gênero em foco, a extensão e a
complexidade dos textos e/ou dos recursos e o

120
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
grau de autonomia do estudante a cada etapa do
ensino.
Leitura colaborativa e (MS.EF15LP16.s.16) Esta é uma habilidade que envolve tanto o
autônoma Ler e compreender, em trabalho com as habilidades de leitura quanto as
colaboração com os colegas e características dos gêneros e dos textos literários
com a ajuda do professor e, narrativos de maior extensão.
mais tarde, de maneira Para desenvolver esta habilidade sugere-se a
autônoma, textos narrativos realização de diferentes atividades de leitura,
de maior porte como contos possibilitando ao estudante o acesso a diversas
(populares, de fadas, obras, de forma que garanta uma variedade de
acumulativos, de gêneros, ao longo dos anos, considerando a
assombração etc.) e crônicas. complexidade dos textos, privilegiando, também,
autores e folcloristas regionais.
Apreciação (MS.EF15LP17.s.17) Esta habilidade envolve: o desenvolvimento das
estética/Estilo Apreciar poemas visuais e habilidades de leitura; o caráter não utilitário
concretos, observando efeitos (lúdico/estético) dos textos literários; as
de sentido criados pelo características dos poemas visuais e concretos.
formato do texto na página, Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
distribuição e diagramação se a realização de atividades de leitura, roda de
das letras, pelas ilustrações e leitores, diário de leitura etc. É importante
por outros efeitos visuais. considerar a disponibilidade de materiais digitais
nas escolas, com recursos, como som, movimento
e imagem, a organização de saraus e de slams, e a
criação de um espaço de socialização de poemas,
selecionados de acordo com os critérios de
apreciação ética, estética e afetiva constituídos
pelos estudantes. A complexidade dos gêneros e
textos previstos, as marcas linguísticas dos
poemas mencionados e o grau de autonomia do
estudante, propostos para cada ano, podem ser
bons critérios para a progressão da aprendizagem.
Formação do leitor (MS.EF15LP18.s.18) Esta é uma habilidade que envolve o
literário/Leitura Relacionar texto com desenvolvimento das habilidades de leitura e as
multissemiótica ilustrações e outros recursos características de gêneros e textos diversos,
gráficos. incluindo recursos gráficos ou ilustrações. É
importante na leitura de textos literários.
Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
se a previsão de estratégias didáticas que
progridam do trabalho em colaboração para a
conquista da autonomia.
Pode-se oportunizar aos estudantes o contato
com diferentes e variados suportes textuais, para
que compreendam a função e a importância das
ilustrações e recursos gráficos inseridos nos
textos, pois esses recursos auxiliam a
compreensão.
Oralidade Contagem de (MS.EF15LP19.s.19) Esta habilidade envolve a leitura compreensiva e o
histórias Recontar oralmente, com e estudo da obra a ser recontada, visando à
sem apoio de imagem, textos apropriação de recursos, como a entonação
literários lidos pelo professor. expressiva e a prosódia, que ajustam os discursos
orais ao contexto. A atividade de reconto também
possibilita a aprendizagem de conteúdos, como
características típicas do registro literário;
organização dos fatos em ordem temporal, linear
ou não, reconhecendo que a escolha por uma ou
outra acarreta diferenças no texto para garantir a
coerência e a coesão; estabelecimento de relações
de causalidade entre os fatos, quando houver,
utilizando os articuladores adequados.

121
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Pode-se prever o reconto coletivo, sempre que
possível, a partir de textos originais e integrais,
escritos em registro literário. Ainda, promover
situações comunicativas específicas para a
contação de histórias, como rodas com familiares
e /ou colegas, saraus, dramatizações, dentre
outras.
Sugere-se que, por meio de histórias referentes ao
Estado de Mato Grosso do Sul, clássicos, gibis e
contos, os estudantes contem fatos, histórias e
acontecimentos/situações que façam parte de seu
contexto, bem como situações vivenciadas por
eles, resgatando a temporalidade dos fatos
ocorridos, utilizando recursos midiáticos.
A progressão desta habilidade pode apoiar-se no
grau de complexidade dos textos e/ou gêneros
literários propostos, nos diferentes tipos de
imagem a serem usados e no foco no
planejamento ou na execução das atividades.

LÍNGUA PORTUGUESA - 1º e 2º ANOS


Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Leitura/escuta Decodificação/ (MS.EF12LP01.s.01) Nesta habilidade indica-se a leitura de textos da


(compartilhada e Fluência de leitura Ler palavras novas com tradição oral, como cantigas regionais e nacionais,
autônoma) precisão na decodificação, no poemas, letra de músicas, dentre outros textos
caso de palavras de uso cuja organização estrutural facilite a memorização.
frequente, ler globalmente, Pode-se orientar a leitura de duas maneiras:
por memorização. quando se tratar de estudantes que estão em
processo de construção do sistema, por meio da
leitura colaborativa de textos conhecidos de
memória, realizando ajuste do texto falado ao seu
registro gráfico; quando se tratar dos estudantes
que já compreenderam o sistema (o que pode
ocorrer até o final do 2º ano), com precisão na
decodificação.
Formação de leitor (MS.EF12LP02.s.02) Nesta habilidade é preciso ensinar procedimentos
Buscar, selecionar e ler, com a e comportamentos leitores: ambos implicam a
mediação do professor mobilização das diversas habilidades de leitura. A
(leitura compartilhada), textos leitura compartilhada é uma atividade que
que circulam em meios potencializa esse trabalho: explicita como agem os
impressos ou digitais, de leitores proficientes. Ao selecionar temas
acordo com as necessidades e pertinentes para o ensino, convém considerar os
interesses. que são do interesse dos estudantes e os que são
relevantes para a compreensão da realidade
vivida. É possível prever a leitura colaborativa,
atividade na qual se estuda um texto por meio de
questões problematizadoras feitas pelo professor,
após uma leitura inicial do texto. A progressão do
trabalho com leitura se dá a partir do nível de
complexidade dos textos e do nível de autonomia
do estudante (trabalho coletivo, grupos, duplas,
autônomo).

122
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º e 2º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Construção do (MS.EF12LP03.s.03) Nesta habilidade é necessário observar e
sistema alfabético/ Copiar textos breves, reproduzir pequenos textos, como recurso para
Estabelecimento de mantendo suas características chamar a atenção do estudante para aspectos,
relações anafóricas na e voltando para o texto como pontuação, acentuação, presença de letra
referenciação e sempre que tiver dúvidas maiúscula, paragrafação e distribuição gráfica de
construção da coesão sobre sua distribuição gráfica, suas partes, dentre outros. O desenvolvimento
espaçamento entre as desta habilidade supõe: a mobilização da atenção
palavras, escrita das palavras e do estudante para com todas as características
pontuação. gráficas do texto (pontuação (medial e final),
paragrafação, acentuação, presença de letras
maiúsculas, distribuição gráfica de suas partes,
translineação); a constante mediação do professor
em todas as etapas das atividades propostas.
Ressalta-se a necessidade de os textos
selecionados serem curtos ou utilizar trechos
significativos de um texto mais longo ou que as
atividades de cópias de textos sejam, também, a
partir de produções dos estudantes.
A progressão pode se dar pela extensão e
complexidade dos textos e pelo nível de
autonomia do estudante.

CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF12LP04.s.04) Nesta habilidade faz-se necessário considerar


(compartilhada e leitura Ler e compreender, em tanto o desenvolvimento de habilidades de leitura
autônoma) colaboração com os colegas e quanto as características de cada um dos gêneros
com a ajuda do professor ou do campo da vida cotidiana e dos textos
já com certa autonomia, listas, específicos a serem lidos. Na previsão de
agendas, calendários, avisos, atividades, devem-se considerar as características
convites, receitas, instruções dos textos selecionados para leitura e dos gêneros
de montagem (digitais ou previstos. Uma receita, por exemplo, organiza-se
impressos), dentre outros pela presença de: título, quantidades dos
gêneros do campo da vida ingredientes, modo de fazer. Pode conter ainda:
cotidiana, considerando a rendimento, grau de dificuldade e tempo de
situação comunicativa e o trabalho. Adequa-se ao portador e espaço de
tema/assunto do texto e circulação: se for para crianças, as quantidades
relacionando sua forma de podem vir indicadas por imagens (xícara, colher
organização à sua finalidade. etc.) e a linguagem será menos complexa, em
especial no modo de fazer. Nas atividades de
estudo, convém focalizar as características que
forem importantes para a compreensão do texto,
articular essas características à finalidade do texto,
prever um trabalho dialógico e reflexivo, assim
como a comparação entre textos por semelhanças
e diferenças. Além do grau de autonomia do
estudante, a progressão da aprendizagem pode
apoiar-se no grau de complexidade dos textos e
dos temas.
Escrita compartilhada (MS.EF12LP05.s.05) Esta habilidade está diretamente relacionada à
Planejar e produzir, em construção da textualidade. Articula a produção
colaboração com os colegas e do texto com o gênero do campo artístico-
com a ajuda do professor, literário e dois vetores do processo de escrita
(re)contagens de histórias, (situação comunicativa e finalidade), comportando
poemas e outros textos ao menos duas etapas - planejamento e escrita -
versificados (letras de canção, que significam organizar as ideias para depois
quadrinhas, cordel), poemas colocá-las no papel.
visuais, tiras e histórias em Após a produção, deve-se proceder às estratégias
quadrinhos, dentre outros de revisão e reelaboração da escrita,

123
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º e 2º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
gêneros do campo artístico- estabelecendo objetivos e critérios adequados aos
literário, considerando a contextos de circulação previstos.
situação comunicativa e a Pode ser desenvolvida por meio de atividades que
finalidade do texto. prevejam: planejar e recontar histórias; planejar e
produzir escrita das histórias recontadas pelo
professor e/ou colegas; planejar e escrever textos
versificados conhecidos de memória
(coletivamente, em duplas ou de modo
autônomo), como letras de canção, quadrinhas e
cordel. Todas as atividades podem indicar a
revisão processual do texto.
É possível articular esta habilidade a outras que
prevejam conteúdos relacionados à participação
em situações comunicativas, como saraus, rodas
de leitura de poemas e oralização de
quadrinhas/cordel, em dia da família na escola,
prevendo a observação e o planejamento da
situação comunicativa com os estudantes.
É preciso ressaltar que a atividade de recontagem
de histórias prevê a elaboração de um texto cujo
conteúdo é conhecido. Dessa forma, é focalizada
nessa atividade a capacidade de textualização, ou
seja, de redigir o enunciado. Já a atividade de
escrita de textos conhecidos de memória envolve
apenas o registro gráfico do texto que, nesse caso,
é tão conhecido quanto o conteúdo temático. A
progressão pode apoiar-se no grau de
complexidade dos gêneros mencionados e/ou da
autonomia a ser desenvolvida pelo estudante em
diferentes etapas de cada um dos dois primeiros
anos.
Oralidade Produção de texto (MS.EF12LP06.s.06) Esta é uma habilidade que articula escrita e
oral Planejar e produzir, em oralização da escrita, considerando o gênero do
colaboração com os colegas e campo da vida cotidiana a ser produzido e três
com a ajuda do professor, vetores da produção, seja escrita, seja oral (a
recados, avisos, convites, situação comunicativa, o tema e a finalidade).
receitas, instruções de Requer planejar e produzir textos orais e/ou para
montagem, dentre outros oralizar, dependendo da situação comunicativa. É
gêneros do campo da vida comum, por exemplo, que recados sejam
cotidiana, que possam ser produzidos oralmente; já as instruções de
repassados oralmente por montagem costumam ser elaboradas por escrito,
meio de ferramentas digitais, podendo ser oralizadas. Como o objetivo final é a
em áudio ou vídeo, transmissão oral dos textos, é possível prever que
considerando a situação o estudante tanto pode saber o conteúdo de um
comunicativa e o recado e elaborar o texto quando falar ao
tema/assunto/finalidade do destinatário (pessoalmente, por meio de
texto. mensagem de voz de aplicativos de celular etc.),
quanto pode necessitar ter o texto produzido por
escrito para poder ler para o interlocutor (como
instruções de montagem e receitas etc.).
Para o desenvolvimento desta habilidade, pode-se
propor que haja: análise da situação comunicativa
e dos gêneros com a finalidade de compreender
as suas características, de modo a oferecer
repertório para a produção; planejamento,
produção e revisão dos textos, com apoio do
registro escrito; acesso e utilização de ferramentas
digitais que viabilizem a produção dos textos, em
áudio ou vídeo.

124
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º e 2º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Ainda, podem-se explorar a imaginação,
criatividade e ludicidade das crianças, utilizando
materiais do cotidiano (por exemplo: brinquedos
prediletos), como instrumentos para produção
textual a partir do vínculo do estudante com o
objeto. Replanejar o texto com apoio do
professor.
A progressão pode apoiar-se nas duas operações:
planejamento e produção, por meio de trabalho
em colaboração, desde o coletivo até o
organizado em duplas/grupos.
Análise Forma de composição (MS.EF12LP07.s.07) Esta habilidade refere-se a reconhecer, no
linguística/ do texto Identificar e (re)produzir, em processo de leitura, recursos linguísticos e
semiótica cantiga, quadras, quadrinhas, discursivos que constituem os gêneros previstos,
(Alfabetização) parlendas, trava-línguas e de modo que seja possível reproduzi-los em
canções, rimas, aliterações, atividades de escrita e reescrita, assim como de
assonâncias, o ritmo de fala criá-los em atividades de produção de textos. Esta
relacionado ao ritmo e à habilidade envolve, portanto, a oralização dos
melodia das músicas e seus textos previstos, com o objetivo de evidenciar
efeitos de sentido. seus padrões rítmicos e sonoros.
Deve-se considerar que os textos previstos são
ótimas referências para a realização de leituras de
ajuste, posto que a sua organização versificada e
o ritmo e melodia oferecem pistas sobre onde
começam e terminam os versos, balizando o
trabalho do estudante. Projetos de coletâneas de
cantigas, parlendas, trava-línguas são sempre
ótimas propostas que viabilizam esse trabalho.
A progressão pode se dar a partir da
diversificação, da extensão e complexidade de
textos, assim como do nível de autonomia
requerido do estudante. Destaca-se, aqui, a
oportunidade para o trabalho interdisciplinar
associado à experimentação com fontes sonoras e
identificação de elementos constitutivos da
música.

CAMPO DA VIDA PÚBLICA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF12LP08.s.08) Esta é uma habilidade que precisa considerar


(compartilhada e leitura Ler e compreender, em tanto o trabalho com as habilidades de leitura
autônoma) colaboração com os colegas e quanto as características de cada um dos gêneros
com a ajuda do professor, do campo jornalístico (organização interna;
fotolegendas em notícias, marcas linguísticas; conteúdo temático) e dos
manchetes e lides em notícias, textos específicos a serem lidos.
álbum de fotos digital O foco do trabalho são os textos jornalísticos.
noticioso e notícias curtas Assim, recomenda-se começar o seu estudo pela
para público infantil, dentre especificidade dos portadores típicos (jornais e
outros gêneros do campo revistas — por exemplo — impressos e digitais),
jornalístico, considerando a para que os estudantes possam conhecer o local
situação comunicativa e o de publicação dos textos, contextualizando-os
tema/assunto do texto. quanto à extensão, orientação de valores e
características gráficas. As rodas de jornal são
boas atividades para esse estudo. É preciso
considerar as características dos diferentes
gêneros que circulam no jornal (notícia,
reportagem, carta de leitor etc.), para orientar os
estudantes no processo de leitura. A leitura
colaborativa trabalhada na habilidade
(MS.EF12LP02.s.02) é atividade fundamental para a
125
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º e 2º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
realização desse trabalho, seja com textos
impressos ou digitais.
Compreensão em (MS.EF12LP09.s.09) Esta é uma habilidade complexa, que precisa
leitura Ler e compreender, em considerar tanto o trabalho com as habilidades de
colaboração com os colegas e leitura quanto as características de cada um dos
com a ajuda do professor, gêneros do campo publicitário (organização
slogans, anúncios publicitários interna; marcas linguísticas; conteúdo temático) e
e textos de campanhas de dos textos específicos a serem lidos.
conscientização destinados ao A habilidade prevê apenas a realização em
público infantil, dentre outros colaboração (trabalho coletivo, em grupos e em
gêneros do campo duplas).
publicitário, considerando a No campo publicitário, circulam textos que
situação comunicativa e o buscam convencer os leitores/ouvintes a
tema/assunto do texto. consumirem determinados produtos, serviços e
ideias, como o anúncio publicitário. Esses textos
são multimodais, articulando imagem, texto
verbal, cores e, quando radiofônicos, televisivos
ou digitais, também sons.
Podem-se trabalhar dois aspectos fundamentais
com esses textos: - compreender as marcas
linguísticas e recursos de outras linguagens no
contexto da função dos gêneros e finalidade dos
textos (como o uso do imperativo, metáforas etc.);
- tematizar as relações de consumo tal como
estão constituídas na sociedade hoje,
relacionando-as com a sustentabilidade.
Podem-se explorar murais, varais literários, com
propostas coletivas e individuais.
A leitura colaborativa trabalhada na habilidade
(MS.EF12LP02.s.02) é atividade fundamental para a
realização desse trabalho.
Compreensão em (MS.EF12LP10.s.10) Esta é uma habilidade que precisa considerar
leitura Ler e compreender, em tanto o trabalho com as habilidades de leitura
colaboração com os colegas e quanto as características de cada um dos gêneros
com a ajuda do professor, do campo da atuação cidadã (organização interna;
cartazes, avisos, folhetos, marcas linguísticas; conteúdo temático) e dos
regras e regulamentos que textos específicos a serem lidos.
organizam a vida na Os gêneros que circulam no campo da atuação
comunidade escolar, dentre cidadã são diversos, com características bastante
outros gêneros do campo da distintas, incluindo cartazes contendo avisos e
atuação cidadã, considerando orientações práticas de comportamento
a situação comunicativa e o (multimodais, podendo conter diferentes
tema/assunto do texto. linguagens) a regulamentos (como o escolar).
É possível prever que a leitura proficiente desses
textos requer, além da mobilização das estratégias
de leitura, a compreensão de suas características,
na relação com a função do gênero e com a
finalidade do texto, nas situações comunicativas
em que circulam.
Podem-se explorar murais, varais literários, com
propostas coletivas e individuais.
A leitura colaborativa trabalhada na habilidade
(MS.EF12LP02.s.02) é atividade fundamental para a
realização desse trabalho.
A progressão da aprendizagem pode se
estabelecer com base nas estratégias (trabalho
coletivo, grupos, duplas) e nos procedimentos a
serem adotados, assim como na complexidade
dos gêneros e dos textos previstos.

126
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º e 2º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Escrita Escrita compartilhada (MS.EF12LP11.s.11) Esta é uma habilidade que articula a produção
(compartilhada e Escrever, em colaboração com textual com os gêneros do campo jornalístico em
autônoma) os colegas e com a ajuda do foco e dois vetores do processo de escrita
professor, fotolegendas em (situação comunicativa e o tema/assunto). Envolve
notícias, manchetes e lides em ao menos duas operações distintas, passíveis de
notícias, álbum de fotos abordagem separadamente: planejar e produzir,
digital noticioso e notícias que significam organizar as ideias para depois
curtas para público infantil, colocá-las no papel.
digitais ou impressos, dentre Após a produção, deve-se proceder às estratégias
outros gêneros do campo de revisão e reelaboração da escrita,
jornalístico, considerando a estabelecendo objetivos e critérios adequados aos
situação comunicativa e o contextos de circulação previstos.
tema/assunto do texto. O desenvolvimento desta habilidade requer:
orientação para uso de procedimentos escritores,
como reler o que está escrito para continuar,
consultar o planejamento para tomar decisões na
escrita, revisar no processo e ao final; indicar
visitas a ambientes digitais para observação dos
gêneros citados, de modo a explicitar suas
características, construindo registros que possam
repertoriar a produção.
É possível, ainda, propor atividades que orientem
a análise de textos dos gêneros para compreender
a multimodalidade que os constitui.
A progressão pode ser pensada com base no
suporte (impresso/digital), na complexidade e/ou
extensão do texto de referência e no grau de
autonomia que se pretenda para o estudante a
cada etapa do ensino.
Escrita compartilhada (MS.EF12LP12.s.12) Esta é uma habilidade que articula a produção de
Escrever, em colaboração com textos dos gêneros do campo publicitário com
os colegas e com a ajuda do foco em três vetores do processo de escrita (a
professor, slogans, anúncios situação comunicativa, o tema e a finalidade).
publicitários e textos de A habilidade prevê a colaboração dos colegas e
campanhas de professores na produção do texto, que envolve
conscientização destinados ao organizar as ideias e utilizar a criatividade para
público infantil, dentre outros depois escrevê-las.
gêneros do campo Envolve ao menos duas operações distintas,
publicitário, considerando a passíveis de abordagem separadamente: planejar
situação comunicativa e o e produzir, que significam organizar as ideias para
tema/ assunto/finalidade do depois colocá-las no papel.
texto. Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados aos
contextos de circulação previstos.
Esta habilidade poderá ser articulada a temas
relevantes para a região, como campanhas de
preservação de parques, praças, de cuidado com
os animais, dentre outros, de modo a criar
situações comunicativas em que faça sentido a
conscientização de outros interlocutores da
comunidade escolar.
Sugere-se a proposição de atividades que:
prevejam o trabalho com portadores para esses
textos, como folhetos e cartazes que possam ser
divulgados no entorno da escola, orientando o
estudo do portador e a reflexão sobre sua
adequação de acordo com a situação
comunicativa; envolvam análise de textos dos

127
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º e 2º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
gêneros do campo publicitário, de modo a
explicitar as suas características, construindo
registros que possam repertoriar a produção;
orientem o uso de procedimentos escritores,
como reler o que está escrito para continuar,
consultar o planejamento para tomar decisões no
momento da escrita e revisar no processo e ao
final.
A progressão pode ser pensada com base na
complexidade e/ou extensão do texto de
referência e no grau de autonomia que se
pretenda para o estudante a cada etapa do
ensino.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a Arte, habilidade
MS.EF15AR19.s.19, por exemplo.
Oralidade Produção de texto (MS.EF12LP13.s.13) Esta é uma habilidade que propõe a produção de
oral Planejar, em colaboração com textos (orais/escritos) do gênero campanha de
os colegas e com a ajuda do conscientização. A habilidade articula as
professor, slogans e peça de atividades escolares relativas a três vetores
campanha de conscientização próprios da produção textual: situação de
destinada ao público infantil comunicação, tema ou assunto e finalidade. Além
que possam ser repassados disso, requer duas operações: planejar e produzir
oralmente por meio de os textos dos gêneros estudados.
ferramentas digitais, em áudio É muito importante que as atividades propostas:
ou vídeo, considerando a prevejam, quando possível, o acesso e a utilização
situação comunicativa e o de ferramentas digitais que viabilizem a produção
tema/assunto/finalidade do dos textos em áudio ou vídeo; envolvam a análise
texto. de textos, no gênero determinado, para
compreender suas características, de acordo com
a situação comunicativa; orientem a
produção/textualização, colaborativa, em mídia
digital.
É preciso considerar que a habilidade prevê
oralizar textos escritos na preparação de materiais
gravados em vídeo (para exibição na TV, em vlogs,
em canais de mídias digitais etc.), e em áudio
(para exibição em rádio e canais das mídias
digitais etc.). Por isso, é fundamental que sejam
previstos estudos dos recursos a serem
empregados nesses materiais, considerando a
especificidade de cada mídia e ambiente, de
acordo com a disponibilidade desses recursos. A
progressão pode pautar-se pelo grau de
complexidade das peças publicitárias visadas, pela
alternância no foco do ensino (o gênero e sua
organização geral; as ferramentas digitais a serem
mobilizadas; o planejamento; a elaboração) e pelo
grau de autonomia a ser conquistado pelo
estudante a cada etapa.

128
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º e 2º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Análise Forma de composição (MS.EF12LP14.s.14) Esta habilidade refere-se a reconhecer, no
linguística/ do texto Identificar e reproduzir, em processo de leitura, recursos de expressão que
semiótica fotolegendas de notícias, constituem os gêneros previstos, de modo que
(Alfabetização) álbum de fotos digital seja possível empregá-los adequadamente nos
noticioso, cartas de leitor textos a serem produzidos.
(revista infantil), digitais ou Deve-se considerar que o desenvolvimento desta
impressos, a formatação e habilidade se dá por meio da frequentação dos
diagramação específica de estudantes a textos organizados nos gêneros
cada um desses gêneros, previstos. A atividade de leitura colaborativa de
inclusive em suas versões estudo e a atividade de revisão processual e final
orais. possibilitam estudar os recursos e analisar a
adequação dos textos produzidos.
É possível desenvolver projetos que prevejam a
leitura de matérias de relevância social (local ou
global) publicadas em revistas/jornais específicos.
A elaboração de cartas de leitor a respeito dessas
matérias viabiliza o desenvolvimento da
habilidade, pois inclui a leitura de estudo das
características do gênero e a produção dos textos.
Sugere-se a realização de rodas de leitura de
jornal que possibilitam ao estudante uma
compreensão mais crítica das matérias, assim
como atividades com roteiros levando em conta
as características dos textos. Ainda, fazer leitura
dos referidos gêneros textuais com frequência,
para que o estudante possa se apropriar e
conseguir identificá-los considerando o uso de
mídias digitais.
A progressão pode apoiar-se no grau de
complexidade dos gêneros e textos mencionados,
assim como pelo nível de autonomia a ser
conquistado pelo estudante a cada etapa.
Forma de composição (MS.EF12LP15.s.15) Esta é uma habilidade que se desenvolve por meio
do texto Identificar a forma de de práticas de leitura e análise de textos
composição de slogans publicitários. Seu foco é reconhecer recursos
publicitários. linguístico-discursivos envolvidos em slogans,
garantindo ao estudante não só compreender
melhor as particularidades dos textos desse
campo, como também empregar os recursos
correspondentes em suas próprias produções.
A progressão pode apoiar-se no grau de
complexidade dos textos publicitários
selecionados para estudo, assim como pelo nível
de autonomia a ser conquistado pelo estudante a
cada etapa.
Forma de composição (MS.EF12LP16.s.16) Esta é uma habilidade que tem como foco que o
do texto Identificar e reproduzir, em estudante reconheça recursos gráficos próprios
anúncios publicitários e textos dos gêneros mencionados, com vistas a sua
de campanhas de apropriação. Seu desenvolvimento ocorre por
conscientização destinados ao meio de práticas de leitura, análise e produção
público infantil (orais e desses textos, permitindo que o estudante venha
escritos, digitais ou a empregá-los adequadamente em sua própria
impressos), a formatação e escrita.
diagramação específica de O desenvolvimento desta habilidade deve estar
cada um desses gêneros, associado à frequentação dos estudantes a textos
inclusive o uso de imagens. organizados nos gêneros previstos. Portanto,
sugere-se trabalhar com projetos de elaboração
de campanhas publicitárias (impressas ou digitais)
relativas a questões de relevância social, com

129
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º e 2º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
recursos digitais, quando possível, para o
estudante se apropriar das técnicas dos aplicativos
adaptados ao uso infantil disponíveis para essa
finalidade.
A progressão pode se dar pela complexidade dos
textos lidos (em função, por exemplo, do tema) e
pelo nível de autonomia que se pretende levar o
estudante a conquistar em cada etapa.

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF12LP17.s.17) Esta é uma habilidade que considera tanto o


(compartilhada e leitura Ler e compreender, em trabalho com as habilidades de leitura quanto as
autônoma) colaboração com os colegas e características de cada um dos gêneros
com a ajuda do professor, investigativos (organização interna; marcas
enunciados de tarefas linguísticas; conteúdo temático) e dos textos
escolares, diagramas, específicos a serem lidos.
curiosidades, pequenos A habilidade prevê tanto a colaboração quanto a
relatos de experimentos, realização autônoma. Assim, é preciso considerar
entrevistas, verbetes de a gradação ao longo dos dois anos.
enciclopédia infantil, entre Enunciados de tarefas escolares precisam ser lidos
outros gêneros do campo e estudados no cotidiano dos trabalhos,
investigativo, considerando a considerando suas características, a depender da
situação comunicativa e o disciplina a que se referem.
tema/assunto do texto. Curiosidades, por exemplo, são textos que
apresentam aspectos inusitados de animais,
lugares, culturas, países etc.
Sugerem-se atividades de estudo que focalizem as
características que forem importantes para a
compreensão desse texto, com a articulação
dessas características à finalidade do texto,
prevendo um trabalho dialógico e reflexivo, assim
como a comparação entre textos por semelhanças
e diferenças.
Pode-se propor leitura de cartazes, simulados,
relatórios, tarefas, entrevistas, dentre outras.

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Leitura/escuta Apreciação (MS.EF12LP18.s.18) Esta é uma habilidade que envolve: o


(compartilhada e estética/Estilo Apreciar poemas e outros desenvolvimento das habilidades de leitura; o
autônoma) textos versificados, caráter não utilitário (lúdico/estético) dos textos
observando rimas, literários; as características dos diferentes gêneros
sonoridades, jogos de poéticos.
palavras, reconhecendo seu Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
pertencimento ao mundo se a proposição de atividades que considerem
imaginário e sua dimensão de tanto a formação de um repertório literário
encantamento, jogo e fruição. específico, como a previsão curricular de
estratégias didáticas que progridam da leitura
colaborativa para a autônoma.
A organização de saraus e de slams cria um
espaço de socialização de poemas, selecionados
de acordo com critérios de apreciação ética,
estética e afetiva constituídos pelos estudantes.
Pode-se propor trabalho que envolva músicas,
poemas, repentes, quadrinhas, dramatização,
ilustração, dentre outros, privilegiando, também,
autores regionais.
A complexidade dos gêneros e textos previstos, as
marcas linguísticas dos poemas mencionados e o

130
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º e 2º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
grau de autonomia do estudante são critérios
para a progressão da aprendizagem.
Análise Formas de (MS.EF12LP19.s.19) Esta habilidade refere-se, no processo de leitura
linguística/ composição de textos Reconhecer, em textos de textos, identificar recursos linguísticos e
semiótica poéticos versificados, rimas, discursivos que constituem os gêneros poéticos
(Alfabetização) sonoridades, jogos de previstos.
palavras, palavras, expressões, Para o desenvolvimento desta habilidade é
comparações, relacionando-as necessária a oralização de tais textos, para que os
com sensações e associações. aspectos relacionados à sonoridade e ao ritmo
possam ser observados, focalizando os efeitos de
sentido provocados pelo uso de metáforas e
recursos rítmicos. Convém, portanto, que a
mediação do professor e o envolvimento
sistemático do estudante em práticas
colaborativas de leitura e escrita sejam
contemplados já nos momentos iniciais.
O professor deve propor atividades que envolvam
a apreciação de poesias, músicas, cantigas, e a
identificação dos recursos poéticos presentes nas
produções, por meio de sequências didáticas de
consciência fonológica, como rimas, aliterações,
associações, dentre outras.

LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO


Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Leitura/escuta Protocolos de leitura (MS.EF01LP01.s.01) Sugere-se desenvolver a prática de leitura em


(compartilhada e Reconhecer que textos são situações significativas, em que o ato de refletir
autônoma) lidos e escritos da esquerda sobre as características do sistema de escrita (por
para a direita e de cima para exemplo, saber a direção em que se lê) aconteça
baixo da página. de modo a trazer para os estudantes o papel da
leitura na vida. Nesse processo, o professor
poderá utilizar os sentidos da leitura e da escrita
utilizando a lousa, o caderno, material impresso
ou projetado por aparelhos eletrônicos, por meio
de indicações.
Escrita Correspondência (MS.EF01LP02.s.02) Sugere-se contextualizar esta habilidade com
(compartilhada e fonema-grafema Escrever, espontaneamente temas de interesse dos estudantes, com a
autônoma) ou por ditado, palavras e previsão da escrita situada em textos cuja unidade
frases de forma alfabética – mínima seja a palavra, como títulos e legendas
usando letras/grafemas que com uma ou mais palavras, modo de preparo de
representem fonemas. receitas culinárias, estrofe de uma cantiga, por
exemplo, de acordo com as possibilidades e
necessidades desses
estudantes. Podem-se contemplar situações de
análise de sons, sílabas, palavras, frases e
pequenos textos - grafema/fonema, em grupos,
em duplas e individualmente.

131
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Construção do (MS.EF01LP03.s.03) A construção do sistema alfabético e o processo
sistema alfabético/ Observar escritas de apropriação/construção desse sistema
Convenções da convencionais, comparando- dependem fundamentalmente de os estudantes
escrita as às suas produções compreenderem o princípio básico: os fonemas
escritas, percebendo são representados por grafemas na escrita.
semelhanças e diferenças. Podem-se proporcionar atividades com:
- textos diversificados de acordo com o nível da
escrita do estudante (lista nominal, texto fatiado
de memória, alfabeto móvel), comparando-os à
sua escrita percebendo semelhanças e diferenças.
Ainda, propor atividades que favoreçam a prática
de leitura e escrita de modo permanente nas salas
de alfabetização, valorizando a análise de
referenciais estáveis de escrita, como o nome
próprio e os textos da tradição oral, que
possibilitam um avanço na compreensão das
relações grafema-fonema.
É importante indicar a progressão de habilidades
que envolvam análise de unidades menores que a
palavra, considerando que os estudantes terão
melhores condições de realizá-la após a
compreensão da base alfabética. Para que essa
análise seja possível, é preciso criar condições
para a realização de comparação entre escritas e,
assim, potencializar a reflexão sobre o sistema de
escrita.
A observação e a análise de escritas acontecem
tanto para reconhecer partes iguais de duas
palavras (na lista de nomes: MARIANA e MARIA)
quanto para identificar semelhanças gráficas em
partes de textos que se relacionam do ponto de
vista sonoro, como as rimas de um poema.
Os textos de referência para atividades como
essas devem ser conhecidos pelos estudantes. O
procedimento de comparação é recurso a ser
utilizado na produção de novas escritas.
Análise Conhecimento do (MS.EF01LP04.s.04) Esta habilidade efetiva-se pelo contato com o
linguística/ alfabeto do Distinguir as letras do material impresso e/ou digital, tanto pela prática
semiótica português do Brasil alfabeto de outros sinais de leitura do professor acompanhada pelo
(Alfabetização) gráficos. estudante quanto pelo exercício de ler, em
interação com os colegas ou, ainda, nas
atividades de escrita.
A progressão da identificação das letras (princípio
acrofônico) acontece gradualmente, com
reorganizações constantes até a produção de
escritas ortográficas. O princípio acrofônico é
compreendido em atividades de escrita, quando a
escolha da letra e a sua nomeação o evidenciam.
Pode-se contextualizar esta habilidade com a
indicação de textos da tradição oral, regionais
que, ao serem utilizados em atividades de leitura
e escrita, contribuem para a compreensão da
relação existente entre fala e escrita.
Podem-se proporcionar atividades em diferentes
situações que levem as crianças a distinguir:
- letras e desenhos;
- letras e rabiscos;
- letras e números;

132
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
- letras e símbolos gráficos, como setas,
asteriscos, sinais matemáticos etc.;
- letras relacionadas ao próprio nome em meio a
diversos sinais.
Construção do (MS.EF01LP05.s.05) Para esta habilidade sugere-se o desenvolvimento
sistema alfabético Reconhecer o sistema de de atividades que contemplem a análise de
escrita alfabética como palavras e suas partes a partir do trabalho com
representação dos sons da textos da tradição oral e listas, progredindo para
fala. uma análise cada vez mais ajustada de partes
menores da palavra, no que se refere:
- à quantidade (quantas letras e sons a
compõem);
- à qualidade (quais letras correspondem a quais
sons);
- à ordem das letras na escrita de cada palavra.
Podem ser criados espaços de reflexão a respeito
da correspondência fonema-grafema (do
princípio alfabético à construção da ortografia),
por meio da comparação reflexiva entre palavras
— habilidade (MS.EF01LP03.s.03) — de modo
progressivamente autônomo, a partir de textos
genuínos do repertório local que atendam
interesses temáticos dos estudantes. Ainda,
desenvolver a percepção da relação entre os sons
da fala, ou fonemas, e as letras, ou grafemas que
os reproduzem na escrita.
Nosso sistema de escrita é alfabético. Isso
significa que seu princípio básico é o de que cada
“som” é representado por uma “letra” – ou seja,
cada “fonema” por um “grafema”.
Deve-se explorar a letra inicial, medial e final da
palavra, nome próprio, trocas de letras iniciais das
palavras, jogos lúdicos. Propiciar textos e músicas
que destaquem os sons dos fonemas, jogos de
figuras e palavras e textos, como poema, parlenda
e adivinhas.
Construção do (MS.EF01LP06.s.06) Esta habilidade envolve a identificação das
sistema alfabético e Segmentar oralmente emissões vocais que compõem a palavra falada -
da ortografia palavras em sílabas. as sílabas (quando o estudante compreende a
relação entre a fala e a escrita, consciência
fonêmica, conhecimento e distinção dos fonemas
no processo de alfabetização). Em situações de
leitura e escrita, esta habilidade funciona como
procedimento de controle do registro e ajuste do
falado ao escrito.
Podem-se propor atividades que orientem a
segmentação oral das palavras em sílabas, em
situações significativas com o uso de cantigas,
parlendas do repertório local e nacional, de modo
a contribuir para a constituição proficiente desta
habilidade.
Após a compreensão do sistema de escrita, esta
habilidade será uma ferramenta para a
compreensão de outros aspectos da linguagem
verbal (tonicidade e acentuação).
Devem-se desenvolver atividades em que os
estudantes identifiquem: as rimas, as sílabas e os
sons existentes no início, no meio e no final de

133
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
palavras compostas com sons semelhantes e
diferentes.
Atenção: sons e sílabas no início de palavra são
mais facilmente reconhecidos.
A tarefa é mais difícil quando se localizam sons no
meio da palavra; a segmentação oral de palavras
em sílabas; a segmentação oral de frases em
palavras.
Deve-se fazer a junção de consoante e vogal
formando sílabas e realizando a segmentação oral
das palavras. Também, desenvolver atividades
associando fonemas e grafemas; realizar jogos
com alfabeto e sílabas móveis montando
palavras, contando o número de letras e sílabas e
identificando as sílabas iniciais, mediais e finais
das palavras.
No começo do processo de alfabetização, um
bom procedimento, já utilizado nas práticas
escolares, é ler em voz alta para as crianças,
apontando cada palavra lida e os sinais de
pontuação no final das frases. Outra maneira de
chamar a atenção dos estudantes para as marcas
de segmentação da escrita é, ao fazer a leitura
oral em sala de aula, solicitar que eles
identifiquem os diferentes marcadores de espaço
(espaçamentos entre as palavras, pontuação,
parágrafos). A exploração desses marcadores no
processo de leitura permite que os estudantes
descubram diferenças entre a segmentação da
fala e a da escrita, o que lhes será útil para o
domínio da ortografia, da pontuação e da
paragrafação, em momentos posteriores de seu
aprendizado da escrita.
Construção do (MS.EF01LP07.s.07) Nesta habilidade podem-se realizar análises
sistema alfabético e Identificar fonemas e sua fonológicas e fonêmicas cada vez mais ajustadas,
da ortografia representação por letras. tanto da palavra quanto na sílaba, até chegar ao
fonema, em situações de leitura e escrita de
textos diversos, especialmente por meio de
parlendas, poemas e cantigas. Podem-se propor
atividades prevendo análises fonológicas e
fonêmicas a partir de textos conhecidos,
analisando palavras e partes delas, culminando
com a análise da relação fonema-grafema, em
situações de reflexão sobre a grafia correta, o que
só deverá ocorrer após a compreensão do
sistema de escrita pelos estudantes.
Podem-se propor:
- trabalho com troca de letras em palavras
semelhantes;
- jogos com alfabeto e sílabas móveis montando
palavras, contando o número de letras e sílabas e
identificando letras iniciais e finais;
- trabalho com os nomes dos estudantes: letra
inicial e final e construção de sílabas para formar
as palavras;
- escrita de listas úteis de nomes, de objetos ou
de decisões, etiquetas que servirão para organizar
a sala de aula, pequenos avisos etc.

134
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Dessa forma, o estudante se vê desafiado a grafar
as palavras que quer empregar e isso provoca a
necessidade de refletir e formular hipóteses sobre
como cada fonema e cada sílaba podem ser
representados na escrita. A criança terá, então,
que se esforçar para distinguir os fonemas que
compõem tais palavras e descobrir possibilidades
coerentes de escrever os “sons” identificados,
apoiando-se nos princípios e regularidades que já
tiver apreendido, mas também buscando soluções
inéditas.
Construção do (MS.EF01LP08.s.08) Para esta habilidade, aplicam-se as mesmas
sistema alfabético e Relacionar elementos sonoros estratégias apresentadas para a habilidade
da ortografia (sílabas, fonemas, partes de (MS.EF01LP07.s.07), com sua representação
palavras) com sua escrita.
representação escrita. As atividades propícias para esse aprendizado são
as que se baseiam na decomposição e
composição de palavras em sílabas. Separar em
sílabas palavras faladas e observar de que
maneira essa separação se configura na escrita
ajudam os estudantes na identificação e
percepção da representação gráfica dos fonemas.
Outras atividades importantes são as que pedem
a identificação e comparação da quantidade, da
variação e da posição das letras na escrita de
determinadas palavras: bingo, texto com lacunas,
colocação de palavras em ordem alfabética,
confronto entre a escrita produzida pelo
estudante e a escrita padrão. Sugerem-se, ainda:
- localizar palavras em textos curtos;
- escrita por meio de imagens;
- jogos com alfabeto e sílabas móveis formando
palavras, contando o número de letras e sílabas e
identificando a letra inicial e a final.
Construção do (MS.EF01LP09.s.09) Para o desenvolvimento desta habilidade,
sistema alfabético e Comparar palavras, sugerem-se atividades:
da ortografia identificando semelhanças e - que possibilitem análises fonológicas de
diferenças entre sons de palavras e partes delas, a partir de textos
sílabas iniciais, mediais e conhecidos (lista de nomes da sala, de objetos,
finais. textos, como parlendas, cantigas), culminando
com a análise da relação fonema-grafema, em
situações de reflexão sobre a grafia correta, que
deve ocorrer apenas após a compreensão da base
alfabética (esses procedimentos são importantes
para a compreensão da base alfabética do
sistema de escrita, assim como das questões
ortográficas);
- jogos e brincadeiras com a sonoridade das
palavras, formando listas de palavras que
comecem, ou que terminem, com determinada
sílaba;
- com palavras que contenham a mesma sílaba
em diferentes posições para observação da
mudança no som e na escrita;
- que realizem a identificação de determinada
relação fonema-grafema em um conjunto de
palavras que a apresenta, como, por exemplo, a
identificação do fonema /f/ nas palavras fita, foto,
futebol, farofa, fofa;

135
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
- que explorem a contraposição entre palavras
parecidas, cuja diferença se deve a um fonema,
representado na escrita por uma letra: cala e cola;
janela e panela; maleta e muleta; saleta e valeta;
- com formação de palavras a partir de letras
dispostas de forma desordenada, como exemplo
(O C A L). Nesse caso, o desafio é descobrir a
correspondência entre “sons” e “letras” para obter
a grafia das palavras desejadas, identificando
semelhanças e diferenças entre sons de sílabas
iniciais, mediais e finais.
Conhecimento do (MS.EF01LP10.s.10) Para o desenvolvimento desta habilidade, pode-
alfabeto do Nomear as letras do alfabeto se apresentar aos estudantes o alfabeto e
português do Brasil e recitá-lo na ordem das promover situações que lhes possibilitem a
letras. descoberta:
- de que se trata de um conjunto estável de
símbolos;
– que as letras, sejam consoantes ou vogais,
foram criadas para indicar fonemas, e o que cada
uma delas pode representar na escrita;
- de que as letras do alfabeto representam os
sons das palavras que falamos.
É recomendado que o estudo do alfabeto se faça
com a apresentação de todas as 26 letras,
preferencialmente seguindo a ordem alfabética,
visto que muitos dos nossos escritos se
organizam pela ordem alfabética.
É importante que todas as letras estejam visíveis
na sala de aula, para que os estudantes, sempre
que for necessário, tenham um modelo para
consultar.
Pode-se contextualizar esta habilidade com textos
regionais da tradição oral que, ao serem
utilizados em atividades de leitura e escrita,
contribuem para a compreensão da relação
existente entre fala e escrita. Ainda, realizar leitura
diária do alfabeto e dinâmica com alfabeto móvel,
explorar músicas e jogos e utilizar o alfabeto
móvel para o reconhecimento e identificação das
letras por meio do som.
Conhecimento das (MS.EF01LP11.s.11) Nesta habilidade podem-se disponibilizar
diversas grafias do Conhecer, diferenciar e diversos materiais impressos e digitais com tipos
alfabeto/ Acentuação relacionar letras em formato de letra diferentes, a fim de possibilitar ao
imprensa e cursiva, estudante diferenciar e relacionar letras em
maiúsculas e minúsculas. formato imprensa e cursiva, maiúsculas e
minúsculas.
Recomenda-se que, inicialmente, a prática em
alfabetização seja orientada com o uso de letra
maiúscula de imprensa, tanto em atividades de
leitura quanto de escrita.
Posteriormente, os materiais, como livros, revistas,
jornais impressos e digitais permitem o acesso a
outros tipos de letra, favorecendo a análise e o
reconhecimento de situações de uso dos
diferentes tipos, além da letra cursiva, de uso mais
frequente no contexto escolar.
Assim, pode-se:

136
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
- expor aos estudantes os diferentes tipos de
letras do alfabeto, propondo atividades de
localização em textos;
- proporcionar suportes variados e pesquisas
utilizando as tecnologias;
- construir alfabeto com rótulos.
O trabalho formal com esta habilidade acontece
após os estudantes compreenderem as regras de
geração do sistema de escrita.
Segmentação de (MS.EF01LP12.s.12) Esta habilidade se efetiva de forma progressiva à
palavras/Classificação Reconhecer a separação das medida que o estudante compreende que escrita
de palavras por palavras, na escrita, por e fala possuem critérios diferentes para
número de sílabas espaços em branco. segmentar as palavras.
Devem-se superar ideias, como:
a) artigos definidos, preposições, conjunções,
pronomes átonos não devem ser representados
por escrito;
b) pronunciar "vemcácomigo" ou "afoto" junto
não torna esses segmentos palavras;
c) na escrita se enxerga agrupamentos de letras
— as palavras — separados por espaços em
branco ou sinais de pontuação, o que não
acontece na fala.
Devem-se propor atividades, como:
- a leitura em voz alta para as crianças, apontando
cada palavra lida e os sinais de pontuação no final
das frases;
- a chamada de atenção dos estudantes para as
marcas de segmentação da escrita, durante a
leitura, solicitando que eles identifiquem os
diferentes marcadores de espaço (espaçamentos
entre as palavras, pontuação, parágrafos) (a
exploração desses marcadores no processo de
leitura permite que os estudantes descubram
diferenças entre a segmentação da fala e a da
escrita, o que lhes será útil para o domínio da
ortografia, da pontuação e da paragrafação, em
momentos posteriores de seu aprendizado da
escrita);
- a leitura de textos fatiados e lacunados.
Referente ao Objeto de Conhecimento
“classificação de palavras por número de sílabas”,
aplica-se no 1º ano do Ensino Fundamental
apenas o trabalho com a separação de sílabas por
meio da contagem de sílabas das palavras,
realizada de forma lúdica, não incorrendo na
classificação por número de sílabas nas palavras.
Construção do (MS.EF01LP13.s.13) Nesta habilidade podem-se propor atividades:
sistema alfabético Comparar palavras, - que possibilitem análises fonológicas de
identificando semelhanças e palavras e partes delas, a partir de textos
diferenças entre sons de conhecidos (lista de nomes da sala, de objetos,
sílabas iniciais, mediais e textos, como parlendas, cantigas), culminando
finais. com a análise da relação fonema-grafema, em
situações de reflexão sobre a grafia correta, que
deve ocorrer apenas após a compreensão da base
alfabética;
- de jogos e brincadeiras com a sonoridade das
palavras, formando listas de palavras que

137
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
comecem, ou que terminem, com determinada
sílaba;
- com palavras que contenham a mesma sílaba
em diferentes posições para observação da
mudança no som e na escrita;
- que realizem a identificação de determinada
relação fonema-grafema em um conjunto de
palavras que a apresenta, como, por exemplo, a
identificação do fonema /f/ nas palavras fita, foto,
futebol, farofa, fofa;
- que explorem a contraposição entre palavras
parecidas, cuja diferença se deve a um fonema,
representado na escrita por uma letra: cala e cola;
janela e panela; maleta e muleta; saleta e valeta;
- com formação de palavras a partir de letras
dispostas de forma desordenada, como exemplo
(O C A L). Nesse caso, o desafio é descobrir a
correspondência entre “sons” e “letras” para obter
a grafia das palavras desejadas, identificando
semelhanças e diferenças entre sons de sílabas
iniciais, mediais e finais.
Pontuação (MS.EF01LP14.s.14) Apesar de esta habilidade não se referir aos sinais
Identificar outros sinais no gráficos de acentuação, é possível incluí-los junto
texto além das letras, como com os sinais de pontuação, como outras marcas
pontos finais, de interrogação gráficas que um texto/palavra apresenta e que o
e exclamação e seus efeitos estudante deve reconhecer.
na entonação. As marcas utilizadas na escrita para distinguir
palavras, frases e sequências de frases não são
“óbvias” nem “naturais”, são convenções sociais
que precisam ser ensinadas e aprendidas na
escola.
Assim, podem-se propor atividades diversas de
análises referentes à pontuação, por meio da:
- Leitura: analisar os efeitos de sentido
produzidos pelo uso feito no texto;
- Escrita: de modo epilinguístico, no uso da
linguagem, ao discutir possibilidades de pontuar,
analisar os efeitos de sentido produzidos pelas
diversas possibilidades que se colocam (ponto
final, de interrogação, de exclamação) e selecionar
as mais adequadas às intenções de significação.
As situações de revisão processual coletiva do
texto potencializam a reflexão sobre esses
aspectos;
- Leitura pelo professor, respeitando pontuação e
fazendo as entonações;
- Leitura e escrita de textos de diversos gêneros,
sem pontuação, para que os estudantes a façam;
- Organização de fichas de palavras, frases e
textos com as pontuações e/ou acentuações para
análises e identificação pelos estudantes.
A progressão se dará pela ampliação gradativa
dos sinais a serem utilizados, mas também deve-
se considerar o nível de autonomia do estudante

138
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Sinonímia e (MS.EF01LP15.s.15) Esta habilidade prevê reconhecer relações de
antonímia/ Agrupar palavras pelo critério sinonímia e antonímia por comparação de
Morfologia/ de aproximação de palavras a partir de uma determinada relação. É
Pontuação significado (sinonímia) e importante que a relação seja apresentada em
separar palavras pelo critério textos, para que o sentido das palavras seja
de oposição de significado apreendido na acepção adequada.
(antonímia). A habilidade possibilita o estudo, por meio do
texto, de dois grupos de palavras: um que
contenha uma lista de palavras com seus
sinônimos e outro que contenha a mesma lista de
palavras com seus antônimos. A tarefa é
identificar o critério de agrupamento de cada
uma das listas. Depois disso, dada uma lista de
palavras, pode-se elaborar um grupo que
contenha os sinônimos dessas, a partir de um rol
dado; depois, elaborar outro grupo que contenha
os seus antônimos, a partir de outro rol.
A progressão pode organizar-se a partir da
complexidade lexical e do nível de autonomia
requerido do estudante.

CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF01LP16.s.16) A compreensão dos textos pela criança é a meta


(compartilhada e leitura Ler e compreender, em principal no ensino da leitura e, para chegar a
autônoma) colaboração com os colegas e esse ponto, as estratégias de decifração e
com a ajuda do professor, reconhecimento são caminhos e procedimentos
quadras, quadrinhas, importantes, porém o trabalho com a
parlendas, trava-línguas, compreensão pode e deve ser começado antes
dentre outros gêneros do mesmo que as crianças tenham aprendido a
campo da vida cotidiana, decodificar e a reconhecer globalmente as
considerando a situação palavras.
comunicativa e o Trata-se de uma habilidade complexa, que precisa
tema/assunto do texto e considerar tanto o trabalho com as habilidades de
relacionando sua forma de leitura quanto as características de cada um dos
organização à sua finalidade. gêneros do campo da vida cotidiana (organização
interna; marcas linguísticas; conteúdo temático) e
dos textos específicos a serem lidos.
Deve-se atentar para o fato de que o trabalho
previsto é em colaboração, e não de modo
autônomo.
Podem-se propor atividades de leitura, como:
- as parlendas, que são textos da tradição oral
que organizam-se em versos rimados, ritmados e,
por vezes, repetitivos, nem sempre com
significado lógico. Podem ter várias finalidades:
ensinar (a contar, por exemplo); arreliar o
adversário; escolher participantes de jogos;
adivinhar; ninar; brincar (pular corda, por
exemplo); finalizar ou começar histórias, dentre
outras. Podem ser acompanhadas por
movimentos corporais.
Nas atividades de estudo convém focalizar as
características que forem importantes para a
compreensão do texto, articular essas
características à finalidade do texto, prever um
trabalho dialógico e reflexivo, assim como a
comparação entre textos por semelhanças e
diferenças.

139
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Escrita Escrita autônoma e (MS.EF01LP17.s.17) Esta habilidade articula a produção textual com o
(compartilhada e compartilhada Planejar e produzir, em gênero em foco e três vetores do processo de
autônoma) colaboração com os colegas e escrita (a situação comunicativa, o tema e a
com a ajuda do professor, finalidade).
listas, agendas, calendários,Envolve ao menos duas operações distintas,
avisos, convites, receitas, passíveis de abordagem separadamente: planejar
instruções de montagem e e produzir, que significam organizar as ideias para
legendas para álbuns, fotos depois colocá-las no papel.
ou ilustrações (digitais ou Após a produção, deve-se proceder às estratégias
impressos), dentre outros de revisão e reelaboração da escrita,
gêneros do campo da vida estabelecendo objetivos e critérios adequados
cotidiana, considerando a aos contextos de circulação previstos.
situação comunicativa e o Os gêneros a serem trabalhados englobam
tema/assunto/ finalidade do aqueles relativos ao campo da vida cotidiana.
texto. Indicam-se situações de produção, nos dois
primeiros anos, tendo o professor como escriba;
levando em conta a complexidade da tarefa,
propor habilidades que envolvam tanto produzir
uma parte (inicial/final) de um texto conhecido
quanto um texto completo. Portanto,
considerando o ano, a ajuda do professor poderá
ocorrer como escriba do texto ditado pela turma
e/ou intervindo no processo de planejamento e
produção, coletivamente e em duplas.
As atividades podem contemplar a produção pelo
ditado ao professor e pela parceria com colegas,
de acordo com a complexidade do gênero.
Escrita autônoma e (MS.EF01LP18.s.18) O registro realizado coletivamente pelo professor
compartilhada Registrar, em colaboração permite observar características do sistema de
com os colegas e com a ajuda escrita, da textualidade (em especial no caso dos
do professor, cantigas, textos que não se sabe de cor).
quadras, quadrinhas, O trabalho coletivo e em pequenos grupos
parlendas, trava-línguas, modeliza procedimentos de escrita e propicia a
dentre outros gêneros do circulação de informações.
campo da vida cotidiana, No registro colaborativo de textos que se sabe de
considerando a situação cor, é pertinente que o conteúdo focal sejam as
comunicativa e o características do sistema de escrita (variedade de
tema/assunto/finalidade do letras e palavras, relação do falado com o escrito),
texto. uma vez que não há decisões a tomar sobre o
que será escrito.
Alguns aspectos textuais podem ser tratados,
como a organização em versos: escrita de cada
um em uma linha, o que implica saber onde
começam e terminam.
Já no registro coletivo de textos que não se sabe
de cor (reescrita/ditado ao professor), o foco
pode estar nos aspectos textuais (sequência dos
fatos, relação entre eles, articulação dos trechos,
realização de concordância nominal e verbal etc.),
pois os estudantes, embora possam conhecer o
conteúdo, têm que elaborar um texto que não
está previamente definido, situação que é
fundamental para o desenvolvimento como
produtores de textos, mesmo antes de saber
grafá-los.
Envolve ao menos duas operações distintas,
passíveis de abordagem separadamente: planejar
e produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.

140
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Oralidade Produção de texto (MS.EF01LP19.s.19) Esta habilidade favorece a reflexão sobre o
oral Recitar parlendas, quadras, sistema de escrita, pois a busca pelas rimas
quadrinhas, trava-línguas, propicia o ajuste entre aspectos sonoros e
com entonação adequada e escritos e envolve a leitura e a compreensão do
observando as rimas. texto a ser recitado, para que o estudante,
conhecendo os sentidos do texto, possa
ler/recitar/declamar com maior fluência,
entonação adequada e utilização de recursos
paratextuais.
É possível articular a habilidade ao eixo de
reflexão sobre o sistema de escrita, prevendo que,
antes de recitar, seja feita leitura, em colaboração
com os colegas ou o professor, garantindo que os
estudantes acompanhem com os textos em mãos.
Podem-se propor recitações gravadas, analisando
as diferentes performances, de modo a constituir
um repertório de recursos e condições que
permitam um desempenho de melhor qualidade.
Nesta habilidade há a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF15AR17.s.17), da Arte, no que se refere a
recitar textos ritmados com a entonação
adequada.
Análise Forma de (MS.EF01LP20.s.20) O trabalho com esta habilidade requer que os
linguística/ composição do texto Identificar e reproduzir, em estudantes reconheçam, na leitura, recursos
semiótica listas, agendas, calendários, linguísticos, discursivos, formatação e
(Alfabetização) regras, avisos, convites, diagramação específica para os gêneros
receitas, instruções de trabalhados, empregando-os adequadamente.
montagem e legendas para Podem-se propor aos estudantes:
álbuns, fotos ou ilustrações - projetos de coletâneas de jogos e/ou
(digitais ou impressos), a brincadeiras (de roda, de corda, de correr etc.) —
formatação e diagramação com as respectivas instruções — impressos ou
específica de cada um desses digitais, em vídeo ou áudio;
gêneros. - realização de registro de atividades por meio de
desenhos e escrita tendo o professor como
escriba;
- confecção de jogos, pauta do dia, agendas,
calendários;
- escrita de listas diversas, individual ou em
grupo.

CAMPO DA VIDA PÚBLICA

Escrita Escrita compartilhada (MS.EF01LP21.s.21) Esta habilidade prevê a colaboração dos colegas e
(compartilhada e Escrever, em colaboração professores na produção do texto, que envolve
autônoma) com os colegas e com a ajuda organizar as ideias e utilizar a consciência do que
do professor, listas de regras significa viver em comunidade para depois
e regulamentos que escrevê-las em formato de lista, articulando a
organizam a vida na produção textual com os gêneros do campo da
comunidade escolar, dentre atuação cidadã e o processo de escrita –
outros gêneros do campo da situação/tema ou assunto do texto.
atuação cidadã, considerando Envolve ao menos duas operações distintas,
a situação comunicativa e o passíveis de abordagem separadamente: planejar
tema/assunto do texto. e produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.

141
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Como repertório temático, pode-se orientar e
realizar com as crianças a análise de leis, como o
Estatuto da Criança e do Adolescente. É possível
propor atividades que prevejam:
- o planejamento coletivo da situação
comunicativa e do texto;
- a análise da forma composicional dos gêneros
do campo da atuação cidadã e dos portadores
que os integram, para identificar suas
características;
- o estudo dos elementos típicos de tais textos
para decidir sobre a pertinência de sua utilização,
considerando as intenções de significação;
- a textualização e a revisão processual e final;
- a elaboração de cartaz de regras e combinados
da sala e/ou escola.
A progressão pode tomar como referência o grau
de complexidade dos textos a serem abordados.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF12EF04.s.07), da Educação Física,
(MS.EF01HI04.s.04), da História, e
(MS.EF01GE04.s.04), da Geografia, associadas à
identificação, discussão e produção de textos
sobre regras de convivência e sua importância.

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Escrita Produção de textos (MS.EF01LP22.s.22) Trata-se de uma habilidade que articula a


(compartilhada e Planejar e produzir, em produção textual com os gêneros do campo
autônoma) colaboração com os colegas e investigativo e três vetores do processo de escrita
com a ajuda do professor, (a situação comunicativa, o tema e a finalidade).
diagramas, entrevistas, Envolve ao menos duas operações distintas:
curiosidades, dentre outros planejar e produzir, que podem ser tratadas
gêneros do campo separadamente, e significam organizar as ideias
investigativo, digitais ou para depois colocá-las no papel.
impressos, considerando a Após a produção, deve-se proceder às estratégias
situação comunicativa e o de revisão e reelaboração da escrita,
tema/assunto/finalidade do estabelecendo objetivos e critérios adequados
texto. aos contextos de circulação previstos.
A ajuda do professor refere-se à atuação como
escriba do texto, podendo orientar o trabalho das
duplas. Podem-se propor atividades que:
- envolvam o uso de procedimentos de consulta a
ambientes digitais em colaboração;
- envolvam análise de textos dos gêneros em
questão para extrair as suas características;
- orientem a revisão coletiva durante a produção;
- desmembrem a habilidade, separando os
gêneros e especificando algumas de suas
características. Pode-se, por exemplo, propor a
produção de conteúdo de diagramas
estabelecidos previamente.
No caso da entrevista, a aproximação ao gênero
poderá ser articulada, regionalmente, a estudos
142
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
das culturas locais, por meio de entrevistas com
parentes e amigos mais velhos dos estudantes.
Oralidade Planejamento de (MS.EF01LP23.s.23) O foco desta habilidade é a produção de áudios
texto oral Exposição Planejar e produzir, em ou vídeos de gêneros investigativos a serem
oral colaboração com os colegas e veiculados em mídias digitais, e envolve duas
com a ajuda do professor, operações complexas sucessivas — planejar e
entrevistas, curiosidades, produzir textos desses gêneros — articuladas com
dentre outros gêneros do três vetores da produção textual: a situação
campo investigativo, que comunicativa; o tema ou assunto; a finalidade da
possam ser repassados produção.
oralmente por meio de Deve-se observar que o trabalho é em
ferramentas digitais, em colaboração e com a ajuda do professor, tanto
áudio ou vídeo, considerando para a pesquisa e estudos realizados quanto para
a situação comunicativa e o a produção do texto oral.
tema/assunto/finalidade do A habilidade pode prever tanto a oralização de
texto. textos escritos produzidos quanto a produção
diretamente oral, por meio de gravações em
áudio e/ou em vídeo dos textos previstos,
utilizando esquemas de apoio escritos.
É possível desmembrá-la, prevendo:
- a pesquisa do conteúdo temático;
- o estudo das principais características de textos
orais no gênero selecionado para produção;
- o planejamento e a elaboração do texto a ser
produzido.
A proposta de trabalho pode ser organizada a
partir de sequências ou em projetos didáticos
com temática que envolva:
- entrevistar as famílias para resgate da história
do local em que vivem;
- participar em rádios comunitárias para divulgar
campanhas realizadas pelos estudantes, dentre
outras possibilidades;
- desenvolver, de forma lúdica, telejornais.
Análise Forma de (MS.EF01LP24.s.24) Esta habilidade refere-se a reconhecer, no
linguística/ composição dos Identificar e reproduzir, em processo de leitura, recursos linguísticos e
semiótica textos/Adequação do enunciados de tarefas discursivos que constituem os gêneros previstos,
(Alfabetização) texto às normas de escolares, diagramas, de modo que seja possível empregá-los
escrita entrevistas, curiosidades, adequadamente nos textos a serem produzidos.
digitais ou impressos, a O desenvolvimento desta habilidade acontece por
formatação e diagramação meio da frequentação dos estudantes a textos
específica de cada um desses organizados nos gêneros previstos.
gêneros, inclusive em suas A atividade de leitura colaborativa e a de revisão
versões orais. processual e final possibilitam estudar os recursos
e analisar a adequação dos textos produzidos.
Projetos que prevejam a elaboração de blogs,
vlogs, canais digitais ou jornais — digitais ou
impressos — nos quais sejam apresentadas
entrevistas e/ou curiosidades, viabilizam o
trabalho, pois incluem a leitura de estudo e a
produção dos textos.
A progressão pode se dar pela diversificação do
tema abordado, pela complexidade dos textos e
pelo nível de autonomia do estudante. Essa
autonomia pode se efetivar pela organização de
atividades em que as tarefas sejam realizadas em
colaboração e progressivamente.

143
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Escrita Escrita autônoma e (MS.EF01LP25s.25) Esta habilidade diz respeito a produzir


(compartilhada e compartilhada Produzir, tendo o professor recontagens de histórias, ou seja, a partir das
autônoma) como escriba, recontagens de informações previamente adquiridas, elaborar
histórias lidas pelo professor, narrativas. Esta habilidade prevê que o professor
histórias imaginadas ou seja o responsável pelo registro das histórias dos
baseadas em livros de estudantes. O seu desenvolvimento pode iniciar
imagens, observando a forma antes de o estudante saber escrever.
de composição de textos A recontagem de histórias prevê a elaboração de
narrativos (personagens, um texto conhecido pelo estudante; é importante
enredo, tempo e espaço). prever atividades que indiquem o planejamento
da situação comunicativa e do texto parte a parte,
tarefa essa que poderá ser coletiva.
A progressão pode apoiar-se na extensão e/ou na
complexidade das histórias programadas e no
foco nesse ou naquele aspecto da composição
(personagens/enredo/tempo/espaço).
O professor solicita que os estudantes recontem
um texto já lido em sala. Como escriba, o
professor faz o registro na lousa e,
posteriormente, a correção da estrutura do texto,
considerando:
- a capacidade de textualização, ou seja, de
redigir o enunciado, dando importância a sua
organização interna: sequência temporal de
ações, relações de causalidade estabelecidas
entre os fatos, emprego de articuladores
adequados entre os trechos do enunciado,
utilização do registro literário, manutenção do
tempo verbal, estabelecimento de coerência e
coesão entre os trechos do texto, dentre outros
aspectos.
Envolve ao menos duas operações distintas,
passíveis de abordagem em separado: planejar e
produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Análise Formas de (MS.EF01LP26.s.26) Esta habilidade refere-se a reconhecer — na
linguística/ composição de Identificar elementos de uma leitura ou escuta — elementos básicos
semiótica narrativas narrativa lida ou escutada, constitutivos dos textos narrativos do campo
(Alfabetização) incluindo personagens, artístico-literário. Seu desenvolvimento permite
enredo, tempo e espaço. ao estudante aprofundar a compreensão de
narrativas e a capacidade de análise e crítica.
Enquanto os estudantes ainda não compreendem
a base alfabética do sistema de escrita, é
importante que haja a previsão de atividades de
leitura colaborativa de estudo, capazes de
propiciar a análise dos recursos indicados, assim
como a roda de leitura.
O texto exposto para que os estudantes possam
ver onde o professor está lendo e acompanhar as
suas indicações é recurso de grande relevância.
A progressão pode se dar pela complexidade dos
textos escutados e pelo nível de autonomia que
se pretende levar o estudante a atingir. Destaca-
144
LÍNGUA PORTUGUESA - 1º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
se, aqui, a oportunidade para o trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF15AR18.s.18), da Arte, e (MS.EF01HI06.s.06),
da História, associadas à identificação de
elementos narrativos em textos lidos, escutados e,
também, encenados.

LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO


Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Escrita Construção do sistema (MS.EF02LP01.s.01) Para esta habilidade sugere-se a realização de


(compartilhada e alfabético/ Utilizar, ao produzir o texto, ditado diagnóstico ou autoditado, para
autônoma) Convenções da escrita grafia correta de palavras levantamento das necessidades de aprendizagem,
conhecidas ou com estruturas seleção de objetivos e trabalho com erros mais
silábicas já dominadas, letras frequentes da turma. Promover atividades diversas,
maiúsculas em início de frases que favoreçam o domínio das convenções
e em substantivos próprios, ortográficas, como reflexão e análise do uso da
segmentação entre as palavras, letra maiúscula, o uso da pontuação, produção de
ponto final, ponto de pequenos textos observando a segmentação entre
interrogação e ponto de palavras, textos fatiados e lacunados; produção de
exclamação. bilhetes por meio de banco de palavras,
construção e utilização de recursos visuais, como
painéis com pontuações, em colaboração com os
estudantes, caixinha de reclamações para
intermediação de conflitos no intuito de uma
escrita convencional, dentre outras.
Podem-se estabelecer objetivos para a ortografia,
numa progressão com início apenas após a
compreensão da base alfabética.
Análise linguística/ Construção do sistema (MS.EF02LP02.s.02) A análise de partes de palavras a partir de textos
semiótica alfabético e da Segmentar palavras em sílabas conhecidos do repertório local quanto à reflexão
(Alfabetização) ortografia e remover e substituir sílabas sobre a convenção da escrita, respeitando a
iniciais, mediais ou finais para condição de os estudantes já terem compreendido
criar novas palavras. o sistema de escrita, fazem parte de atividades a
serem desenvolvidas nesta habilidade, assim como:
- atividades para analisar partes de palavras e
montar outras com textos conhecidos pelos
estudantes, como os nomes da classe, situação em
que a segmentação é favorecida pelo aspecto da
contextualização e compreensão do princípio do
sistema alfabético de que, ao mudar determinada
parte de um nome, muda-se o nome
(MARIO/MARI/ARI/IAM, RIAM);
- recursos lúdicos como bingo com sílabas;
- ditado de palavras, autoditado e alfabeto móvel,
para criação de novas palavras ou análises das
sílabas mediante os objetivos estabelecidos pelo
professor (sílabas iniciais, mediais ou finais);
- ditado e, a partir da palavra ditada, criar outra
utilizando somente a sílaba final, palavras
escondidas (inicial, medial, final), palavra dentro de
palavras, ex: SACOLA – SACO- COLA- SALA, caça-
palavras, cruzadinhas, acróstico;

145
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
- jogo das palavras: formar palavras “dentro” da
palavra, troca letras e sílabas, trabalho com rimas,
para desenvolver a consciência fonológica e
fonêmica.
Construção do sistema (MS.EF02LP03.s.03) O desenvolvimento desta habilidade com
alfabético e da Ler e escrever palavras com correspondências regulares diretas entre letras e
ortografia correspondências regulares fonemas (f, v, t, d, p, b) acontece pela prática da
diretas entre letras e fonemas leitura, escrita e reflexão sobre a convenção da
(f, v, t, d, p, b) e escrita, de modo permanente.
correspondências regulares No caso das regulares contextuais, é pertinente a
contextuais (c e q; e e o, em construção de regras de observação das
posição átona em final de semelhanças e diferenças; portanto, a habilidade
palavra). pressupõe outras distintas, que envolvem
procedimento de análise e registro das
descobertas.
Atividades de leitura e escrita de palavras com
correspondências regulares remetem ao trabalho
com a ortografia. Orientações relacionadas à
ortografia podem indicar a realização do ditado
diagnóstico, seguido de levantamento das
necessidades de aprendizagem, para seleção de
habilidades e trabalho com erros mais frequentes
da turma. Os conhecimentos sobre a convenção
ortográfica, ao longo dos anos, podem prever o
uso do dicionário, além de orientar o ensino de
procedimentos, como rever o que escreveu para
conferir a ortografia; recorrer a fontes confiáveis;
anotar as regularidades descobertas. Os
conhecimentos sobre ortografia são diferentes
daqueles relacionados à construção da base
alfabética devendo, portanto, ser tematizados
apenas após a construção dessa última.
Sugere-se o trabalho com:
- atividades diversificadas (listas de palavras, caça-
palavras, ditado, recortes etc.), cruzadinhas,
pesquisas convencionais e pesquisa de palavras
que o estudante já lê, recortes, atividades de troca
letras, lista e reescrita, bingo de palavras, escrita de
nomes dos desenhos, bancos de palavras.
Construção do sistema (MS.EF02LP04.s.04) Esta habilidade faz parte da compreensão do
alfabético e da Ler e escrever corretamente sistema de escrita e envolve o conhecimento da
ortografia palavras com sílabas CV, V, ordem das letras na palavra e na sílaba, o que não
CVC, CCV, identificando que costuma ser evidente para os estudantes.
existem vogais em todas as Recomenda-se que sejam priorizadas a análise e a
sílabas. comparação entre escritas estáveis e as do
estudante e, além disso, a análise de escritas
diferentes de uma mesma palavra, realizadas em
momentos distintos pelo estudante.
Aprofunda-se esta habilidade enfatizando
procedimentos de análise comparativa da escrita,
que potencializam as possibilidades de
compreensão e avanço do estudante.
É preferível que os textos a serem oferecidos aos
estudantes para a leitura — assim como os
solicitados para a produção — sejam genuínos.
Dessa forma, as palavras que os constituem não
serão selecionadas por grau de complexidade de
sua composição, colocando ao estudante a tarefa

146
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
de lidar com todos os níveis de complexidade ao
mesmo tempo.
Podem-se utilizar materiais concretos, como
alfabeto móvel, silabário.
Sugere-se a utilização de nomes dos estudantes
para análise da escrita: letra inicial, final, medial,
preenchimento de lacunas com as letras faltosas,
caça-palavras com percepção ajustando a fala com
a escrita, alfabeto móvel para que façam a reflexão
e a análise da escrita (observando consoantes,
vogais etc.), análise de rótulos.
Construção do sistema (MS.EF02LP05.s.05) O trabalho com esta habilidade envolve
alfabético e da Ler e escrever corretamente conhecimento das ocorrências de nasalização em
ortografia palavras com marcas de grande parte das palavras da língua portuguesa. A
nasalidade (til, m, n). análise, a comparação e o estabelecimento de
diferenças são recomendados nesse caso, além das
atividades de leitura e escrita.
Esta habilidade remete ao trabalho com a
ortografia, e pode indicar a realização do ditado
diagnóstico, seguido de levantamento das
necessidades de aprendizagem, para a seleção de
habilidades e trabalho com os erros mais
frequentes da turma.
Os conhecimentos sobre a convenção ortográfica,
ao longo dos anos, podem prever o uso do
dicionário, além de orientar o ensino de
procedimentos, como rever o que escreveu para
conferir a ortografia; recorrer a fontes confiáveis;
anotar as regularidades descobertas.
Os conhecimentos sobre a ortografia são
diferentes daqueles relacionados à construção da
base alfabética, devendo, portanto, ser
tematizados apenas após a construção dessa
última.
Pode-se trabalhar a escrita destacando os fonemas
nasalizados com o apoio de figuras, utilizando
como recurso o dicionário infantil.
Sugere-se a pesquisa de palavras dentro do texto,
lista de palavras, textos para localização de
palavras determinadas pelo professor (til, som
nasal etc.), brincadeiras para percepção do som
nasal marcado pelo (~).
Conhecimento do (MS.EF02LP06.s.06) Esta habilidade se efetiva pelo contato com o
alfabeto do português Perceber o princípio acrofônico material impresso e/ou digital, tanto pela prática
do Brasil que opera nos nomes das de leitura do professor acompanhada pelo
letras do alfabeto. estudante, quanto pelo exercício de ler, em
interação com os colegas ou, ainda, nas atividades
de escrita.
A progressão da identificação das letras acontece,
gradualmente, com reorganizações constantes até
a produção de escritas ortográficas.
O princípio acrofônico é compreendido em
atividades de escrita, quando a escolha da letra e a
sua nomeação o evidenciam.
Sugere-se contextualizar esta habilidade com a
indicação de textos regionais da tradição oral que,
ao serem utilizados em atividades de leitura e
escrita, contribuem para a compreensão da relação
existente entre fala e escrita.

147
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
As atividades propostas podem sinalizar relações
progressivas que vão desde um registro gráfico
não convencional (ainda que relacionado à fala)
para uma representação convencional que
contemple a escrita de todos os fonemas.
O princípio acrofônico é um indicador de
possibilidades de som da letra, não oferecendo
referências para todos os fonemas.
Podem-se propor aos estudantes atividades, como
localização das letras em textos, recortes, lista de
palavras, leituras, dentre outras.
Conhecimento das (MS.EF02LP07.s.07) Esta habilidade implica o reconhecimento das
diversas grafias do Escrever palavras, frases, textos diferentes formas de registro gráfico das letras.
alfabeto/ Acentuação curtos nas formas imprensa e Trata-se de habilidade a ser desenvolvida tão logo
cursiva. a compreensão do sistema de escrita tenha
acontecido.
Na leitura e na escrita o reconhecimento da letra
de imprensa maiúscula e minúscula é fundamental;
na letra cursiva, a escrita deve envolver as duas
modalidades.
Esta habilidade requer que o estudante, após a
compreensão do sistema de escrita, adquira
proficiência na grafia de textos com os dois tipos
de letras: imprensa e cursiva.
O uso da letra cursiva requer maior cuidado, pois
implica emendar as letras, além de precisão no
movimento a ser feito. A progressão pode
acontecer no 2º ano, visando, inicialmente, à
agilidade no registro e, depois, à precisão no
desenho das letras.
Sugerem-se jogos envolvendo alfabeto móvel,
para identificação das letras maiúsculas e
minúsculas (palavras que iniciam com
vogais/consoantes), dentre outros, como suporte
para as crianças escreverem palavras, frases e/ou
textos.
Segmentação de (MS.EF02LP08.s.08) O trabalho com a segmentação requer que os
palavras/Classificação Segmentar corretamente as estudantes articulem as referências de palavras que
de palavras por palavras ao escrever frases e constituiram a partir da fala — baseadas na
número de sílabas textos. prosódia — com as obtidas a partir dos textos
escritos — o que seria a segmentação - conjunto
de letras delimitado por espaços em branco e/ou
sinais de pontuação. É nessa articulação que se
constituem os critérios a serem mobilizados pelo
estudante nas práticas de leitura e escrita.
O desenvolvimento desta habilidade de segmentar
o texto em palavras acontece em situações de
prática de leitura e escrita.
Devem-se superar ideias, como:
a) artigos definidos, preposições, conjunções,
pronomes átonos não devem ser representados
por escrito;
b) pronunciar "vemcácomigo" ou "afoto" junto não
torna esses segmentos palavras;
c) na escrita se enxerga agrupamentos de letras —
as palavras — separados por espaços em branco
ou sinais de pontuação, o que não acontece na
fala.
Podem-se propor atividades, como:

148
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
- a leitura em voz alta para as crianças, apontando
cada palavra lida e os sinais de pontuação no final
das frases;
- a chamada de atenção dos estudantes para as
marcas de segmentação da escrita, durante a
leitura, solicitando que identifiquem os diferentes
marcadores de espaço (espaçamentos entre as
palavras, pontuação, parágrafos). A exploração
desses marcadores no processo de leitura permite
que os estudantes descubram diferenças entre a
segmentação da fala e a da escrita, o que lhes será
útil para o domínio da ortografia, da pontuação e
da paragrafação, em momentos posteriores de seu
aprendizado da escrita);
- a leitura de textos fatiados e lacunados.
A progressão deve avançar de modo que o
estudante compreenda que a escrita e a fala
possuem critérios diferentes para segmentar as
palavras.
Referente ao Objeto de Conhecimento
“Classificação de palavras por número de sílabas”,
aplica-se no 2º ano do Ensino Fundamental apenas
o trabalho com a separação de sílabas por meio da
contagem de sílabas das palavras, realizada de
forma lúdica, não incorrendo na classificação por
número de sílabas nas palavras.
Sugerem-se atividades de comparar palavras
quanto ao número de sílabas.
Pontuação (MS.EF02LP09.s.09) Esta habilidade inclui os seguintes aspectos:
Usar adequadamente ponto identificar os sinais gráficos que chamamos de
final, ponto de interrogação e sinais de pontuação; reconhecer — na leitura —
ponto de exclamação. sua função; usar, na produção escrita, esses sinais,
para garantir legibilidade e provocar os efeitos de
sentido desejados. Considerar, ainda, que esse é
um momento propício à organização inicial desse
saber: pela análise dos efeitos de sentido
provocados na leitura de textos, especialmente os
conhecidos.
O estudo da pontuação acontece de duas
maneiras:
a) na leitura: analisar os efeitos de sentido
produzidos pelo uso feito no texto;
b) na escrita: de modo epilinguístico, no uso da
linguagem, podem-se discutir possibilidades de
pontuar, analisar os efeitos de sentido produzidos
pelas diversas possibilidades que se colocam
(ponto final, de interrogação, de exclamação) e
selecionar a mais adequada às intenções de
significação.
As situações de revisão processual coletiva do
texto potencializam a reflexão sobre aspectos
textuais da leitura e da escrita.
Orienta-se que a progressão seja prevista pela
ampliação gradativa dos sinais a serem utilizados,
de modo coerente com os efeitos de sentido
propostos. Deve-se considerar o nível de
autonomia do estudante, a ser construído ao longo
dos anos.

149
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Sinonímia e (MS.EF02LP10.s.10) Esta habilidade avança em relação à
antonímia/Morfologia/ Identificar sinônimos de (MS.EF01LP15.s.15), pois, por um lado, propõe
Pontuação palavras de texto lido, analisar a diferença entre os sinônimos no que se
determinando a diferença de refere ao contexto de uso; por outro solicita formar
sentido entre eles, e formar o antônimo por prefixação definida.
antônimos de palavras Essa tarefa supõe desconstruir a ideia de que os
encontradas em texto lido pelosentidos entre sinônimos são sempre idênticos.
acréscimo do prefixo de Além disso, apresenta ao estudante uma das
negação in-/im-. possibilidades de formação do antônimo, a partir
do acréscimo de um prefixo dado.
A progressão já está definida, posto que esta
habilidade avança em relação à (MS.EF01LP15.s.15).
É fundamental, ainda, que se associe o
desenvolvimento desta habilidade às práticas de
leitura de textos, conforme indicado.
No que se refere à progressão horizontal, pode-se
pensar no estudo de diferentes prefixos possíveis
para se formar o antônimo.
Sugerem-se atividades que orientem a
continuidade da reflexão a partir de inventários
(nesse caso, um inventário de antônimos
constituídos por prefixos variados - in, im, des, anti,
por exemplo - e também sem prefixação).
No que tange aos sinônimos, o grau de
complexidade lexical (palavras mais difíceis)
também pode definir a progressão. Além disso, é
preciso considerar o nível de autonomia requerido
do estudante para realizar a tarefa, que deve ser
progressivamente alcançado.
Sugerem-se, também, atividades, como caça-
palavras, cruzadinha, nomeação de figuras,
empregando antônimos e sinônimos.
Morfologia (MS.EF02LP11.s.11) Esta habilidade implica compreender os conceitos
Formar o aumentativo e o de aumentativo e diminutivo e o modo como são
diminutivo de palavras com os constituídos lexicalmente na sua forma regular:
sufixos -ão e -inho / -zinho. com as terminações -ão/-zão; -inho/-zinho.
A progressão no que se refere a esta habilidade
deve prever diminutivos e aumentativos não
regulares (com outras terminações).
Além disso, é importante analisar os usos do
diminutivo e aumentativo nos textos, que podem
acarretar sentidos depreciativos, pejorativos e
afetivos.
Na progressão, é preciso considerar, ainda, o nível
de autonomia do estudante ao realizar o estudo,
sendo possível propor atividades que orientem o
trabalho em colaboração, inicialmente, e, na
sequência, o desempenho autônomo na oralidade
e na escrita.

CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF02LP12.s.12) O desenvolvimento desta habilidade, por ser


(compartilhada e leitura Ler e compreender com certa complexa, precisa considerar tanto o trabalho com
autônoma) autonomia cantigas, letras de as habilidades de leitura quanto as características
canção, dentre outros gêneros de cada um dos gêneros do campo da vida
do campo da vida cotidiana, cotidiana (organização interna; marcas linguísticas;
considerando a situação conteúdo temático) e dos textos específicos a
comunicativa e o tema/assunto serem lidos. Deve-se atentar para o fato de que o

150
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
do texto e relacionando sua trabalho previsto é com certa autonomia, o que
forma de organização à sua supõe a possibilidade de trabalho em colaboração.
finalidade. Sugere-se o trabalho com cantigas e canções -
gêneros que estão ligados às materialidades letra e
melodia. Na cantiga, a letra é escrita em versos e
estrofes e sempre há rimas, o que nem sempre vale
para as canções. Há vários tipos de cantigas: de
ninar, de roda, de natal, cada um correspondendo
a finalidades específicas.
A estrutura rítmica das cantigas e canções permite
que se estabeleçam relações entre o que se canta e
o que está escrito, o que cria condições para uma
leitura de ajuste, possibilitando a reflexão sobre o
sistema de escrita.
As características que forem importantes para a
compreensão do texto podem ser articuladas à
finalidade desse texto, prevendo um trabalho
dialógico e reflexivo, assim como a comparação
entre textos por semelhanças e diferenças. Podem
ser indicadas atividades que envolvam a leitura em
colaboração e autônoma. Também, a apresentação
de canções e cantigas de fácil compreensão que
possa memorizar e facilitar à escrita e o
entendimento do estudante dentro do contexto.
Escrita Escrita autônoma e (MS.EF02LP13.s.13) Trata-se de uma habilidade que articula a
(compartilhada e compartilhada Planejar e produzir bilhetes e produção textual com os gêneros do campo da
autônoma) cartas, em meio impresso e/ou vida cotidiana e três vetores da produção do
digital, dentre outros gêneros processo de escrita (a situação comunicativa, o
do campo da vida cotidiana, tema e a finalidade).
considerando a situação Envolve ao menos duas operações distintas,
comunicativa e o passíveis de abordagem separadamente: planejar e
tema/assunto/finalidade do produzir, que significam organizar as ideias para
texto. depois colocá-las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita, estabelecendo
objetivos e critérios adequados aos contextos de
circulação previstos.
A habilidade pode ser ampliada por meio de
atividades que contemplem a aprendizagem de
procedimentos de consulta a ambientes digitais,
em colaboração e/ou com a ajuda do professor.
Podem-se propor atividades que:
- envolvam análise de textos dos gêneros do
campo da vida cotidiana, extraindo as suas
características e construindo registros que possam
repertoriar a produção;
- orientem o uso de procedimentos escritores,
como reler o que está escrito para continuar
escrevendo, consultar o planejamento para tomar
decisões e revisar no processo e ao final.
A progressão pode acontecer a partir de dois
critérios: o nível de autonomia do estudante para
realizar as atividades propostas ou a complexidade
do texto a ser elaborado.
Pode-se, também, escrever bilhetes e cartas
coletivamente, organizando as ideias apresentadas.

151
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Escrita Escrita autônoma e (MS.EF02LP14.s.14) Esta habilidade articula a produção textual com o
(compartilhada e compartilhada Planejar e produzir pequenos gênero de relatos de observação de processos e
autônoma) relatos de observação de dois vetores do processo de escrita (situação
processos, de fatos, de comunicativa e o tema/assunto do texto).
experiências pessoais, Envolve ao menos duas operações distintas,
mantendo as características do passíveis de abordagem separadamente: planejar e
gênero, considerando a produzir, que significam organizar as ideias para
situação comunicativa e o depois colocá-las no papel.
tema/assunto do texto. Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita, estabelecendo
objetivos e critérios adequados aos contextos de
circulação previstos.
Sugere-se a produção textual de: projetos de
elaboração de livros contendo diferentes relatos
pessoais temáticos; diários das atividades
desenvolvidas na classe; relatos de passeios
realizados pela escola, dentre outras
possibilidades.
É possível propor atividades que:
- envolvam análise de textos dos gêneros de relato,
explicitando as suas características e construindo
registros que possam repertoriar a produção;
- orientem o uso de procedimentos escritores,
como: reler o que está escrito para continuar,
consultar o planejamento para tomar decisões no
momento da escrita e revisar no processo e ao
final.
A progressão pode acontecer a partir de dois
critérios: o nível de autonomia do estudante para
realizar as atividades propostas ou a complexidade
do texto a ser elaborado.
Oralidade Produção de texto oral (MS.EF02LP15.s.15) Esta habilidade envolve a oralização de textos.
Cantar cantigas e canções, Deve ser antecedida pela leitura compreensiva, de
obedecendo ao ritmo e à modo que, tendo entendido o texto, o estudante
melodia. possa cantar obedecendo ao ritmo e à melodia. A
habilidade favorece, ainda, o desenvolvimento da
fluência leitora, fundamental neste ano do ciclo.
Sugerem-se atividades que evidenciem:
- a cantoria acompanhando a letra da canção;
- a articulação da habilidade ao eixo de reflexão
sobre o sistema de escrita. Para tanto, pode-se
prever que, antes de cantar, seja feita leitura das
letras das canções, em colaboração com os colegas
ou o professor, garantindo que os estudantes
acompanhem com os textos em mãos. Destaca-se,
aqui, a oportunidade de trabalho interdisciplinar
com a habilidade (MS.EF15AR14.s.14), da Arte, no
que se refere à identificação e exploração de
elementos constitutivos da música (ritmo e
melodia), por meio de cantigas e canções;
- autores e folcloristas regionais;
- brincadeiras de rodas, ouvindo e privilegiando a
cultura sul-mato-grossense.

152
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Análise linguística/ Forma de composição (MS.EF02LP16.s.16) Esta habilidade refere-se a reconhecer, na leitura,
semiótica do texto Identificar e reproduzir, em recursos linguísticos e discursivos que constituem
(Alfabetização) bilhetes, recados, avisos, os gêneros previstos, de modo que seja possível
cartas, e-mails, receitas (modo empregá-los adequadamente nos textos a serem
de fazer), relatos (digitais ou produzidos. Pode ser desenvolvida por meio da
impressos), a formatação e intensa frequentação dos estudantes a textos
diagramação específica de organizados nos gêneros previstos.
cada um desses gêneros. Projetos de troca de cartas em classes de escolas
diferentes, de sessões de degustação de pratos da
região, acompanhados de um livro de receitas ou
de um vlog que as apresente podem ser boas
propostas para viabilizar esse trabalho.
A progressão pode se dar a partir da diversificação,
da extensão e complexidade de textos, assim como
do nível de autonomia requerido do estudante.
Análise Forma de composição (MS.EF02LP17.s.17) Esta habilidade refere-se a reconhecer, na leitura,
linguística/semiótic do texto Identificar e reproduzir, em recursos linguísticos e discursivos que constituem
a (Alfabetização) relatos de experiências os gêneros previstos, de modo que seja possível
pessoais, a sequência dos empregá-los adequadamente nos textos a serem
fatos, utilizando expressões produzidos.
que marquem a passagem do No desenvolvimento desta habilidade há que se
tempo (“antes”, “depois”, prever que:
“ontem”, “hoje”, “amanhã”, - a atividade de leitura colaborativa cria bons
“outro dia”, “antigamente”, “há espaços para o estudo das marcas temporais do
muito tempo” etc.), e o nível texto;
de informatividade necessário. - já a revisão coletiva, processual e final possibilita
a análise da adequação dessas marcas em textos
produzidos.
Sugere-se o trabalho com projetos para elaborar
as memórias do grupo e a produção desses textos.
Sites, como o do Museu da Pessoa, oferecem boas
referências.
A progressão pode dar-se pela diversificação
temática dos textos, da extensão e complexidade
deles, assim como do nível de autonomia do
estudante.
É possível propor atividades que envolvam o
trabalho com a leitura colaborativa em um
bimestre, progredindo para leitura mais autônoma
em outro. Ainda, atividades por meio de imagens
sequenciadas, calendário, histórias lidas e relatos
das crianças, roda de conversa para relatos de
fatos e acontecimentos cotidianos e, com a
intervenção do professor, relacioná-los a sequência
lógica e temporal dos fatos.

CAMPO DA VIDA PÚBLICA

Escrita Escrita compartilhada (MS.EF02LP18.s.18) Trata-se de uma habilidade que articula a


(compartilhada e Planejar e produzir cartazes e produção textual com os gêneros de divulgação de
autônoma) folhetos para divulgar eventos eventos nos formatos em questão e dois vetores
da escola ou da comunidade, do processo de escrita (a situação comunicativa e o
utilizando linguagem tema/assunto do texto).
persuasiva e elementos Esta habilidade envolve duas operações distintas,
textuais e visuais (tamanho da que podem ser trabalhadas separadamente:
letra, leiaute, imagens) planejar e produzir, que significam organizar as
adequados ao gênero, ideias para depois colocá-las no papel.
considerando a situação Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita, estabelecendo

153
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
comunicativa e o tema/assunto objetivos e critérios adequados aos contextos de
do texto. circulação previstos.
Sugere-se priorizar eventos locais, considerando: o
uso de procedimentos escritores, como reler o que
está escrito para continuar, consultar o
planejamento para tomar decisões no momento da
escrita, revisar no processo e ao final; a pesquisa
dos temas que sejam relevantes para a região e
permitam o uso da linguagem persuasiva.
É possível, ainda, propor atividades que: prevejam
o planejamento coletivo da situação comunicativa
e do texto; envolvam análise dos portadores e
gêneros que os integram para explicitar suas
características e elaborar registros; analisem os
elementos presentes nos textos (imagens, textos,
tipo de letra, tamanho, cor etc.).
A progressão pode tomar como referência a
complexidade relativa dos textos a serem
abordados e o grau de autonomia do estudante.
Oralidade Produção de texto oral (MS.EF02LP19.s.19) O foco desta habilidade é a produção de gêneros
Planejar e produzir, em jornalísticos, como a notícia, visando à transmissão
colaboração com os colegas e oral direta ou em ambientes digitais.
com a ajuda do professor, Esta habilidade articula a produção prevista a dois
notícias curtas para público vetores (a situação comunicativa e o tema/assunto
infantil, para compor jornal do texto) e requer duas operações sequenciadas:
falado que possa ser planejar e produzir texto para ser oralizado.
repassado oralmente ou em Sugerem-se, quando possível, a previsão do acesso
meio digital, em áudio ou e a utilização de ferramentas digitais que
vídeo, dentre outros gêneros viabilizem a produção dos textos em áudio ou
do campo jornalístico, vídeo.
considerando a situação Podem-se propor:
comunicativa e o tema/assunto - a análise da situação comunicativa e dos gêneros
do texto. indicados, na modalidade oral, com a finalidade de
compreender suas características, para repertoriar
a produção;
- o planejamento, produção e revisão dos textos,
com apoio do registro escrito;
-a previsão da oralização do texto produzido.
Como se trata de oralização de textos escritos,
sugerem-se realizar adaptações para compor um
jornal falado, como:
- prever uma abertura que contenha uma saudação
ao público e contextualize o assunto;
- anunciar a atividade seguinte; dentre outras
especificidades da situação.
A progressão pode apoiar-se no grau de
complexidade dos gêneros jornalísticos previstos.

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Leitura/escuta Imagens analíticas em (MS.EF02LP20.s.20) Esta habilidade consiste em reconhecer que os


(compartilhada e textos Reconhecer a função de textos textos utilizados para apresentar informações
autônoma) utilizados para apresentar coletadas em atividades de pesquisa possuem
informações coletadas em funções relacionadas ao campo de atuação ao qual
atividades de pesquisa pertencem. Assim, é necessário:
(enquetes, pequenas - caracterizar o campo de atuação dos textos
entrevistas, registros de referidos e sua respectiva função;
experimentações). - analisar o tipo de informações que os textos
apresentam e identificar a função específica de
cada gênero.
154
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
O grau de autonomia esperado no
desenvolvimento desta habilidade deve ser
articulado com o repertório suposto para o
estudante no nível de ensino em foco.
A pesquisa, estudo ou investigação é um conjunto
de atividades planejadas para obter informações
sobre determinada realidade, documentando-as e
oferecendo recursos para a compreensão e
resolução de problemas. A pesquisa, estudo ou
investigação pode apresentar novas perspectivas
sobre a realidade investigada ou confirmar
perspectivas já consolidadas.
No decorrer dos trabalhos de pesquisas, espera-se
que os estudantes deduzam, sabendo qual é a
função desse campo de atuação, por meio da
análise das características dos textos indicados, e
que papel esses gêneros possuem no estudo e
desenvolvimento da pesquisa.
As questões a serem respondidas pelos estudantes,
então, são: qual a contribuição que uma
enquete/entrevista/relato de pesquisa pode
oferecer à pesquisa? Qual a sua função?
Pesquisa (MS.EF02LP21.s.21) Esta habilidade consiste em estudar textos
Explorar, com a mediação do informativos de ambientes digitais, como revistas,
professor, textos informativos jornais, sites especializados e orientados para
de diferentes ambientes crianças e blogs confiáveis. O objetivo é a
digitais de pesquisa, exploração de recursos, como hiperlinks para
conhecendo suas outros textos e para vídeos, o modo de
possibilidades. organização das informações e as possibilidades e
limites dos recursos próprios da ferramenta e do
site específico.
Deve-se proporcionar, ao estudante, acesso a
textos de gêneros diversificados, por meio da
exploração de ferramentas de pesquisas
tecnológicas.
Deve-se organizar a progressão a partir do grau de
autonomia, da complexidade dos textos e dos
ambientes. Por exemplo: inicia-se o trabalho com o
manuseio da ferramenta com o texto já aberto em
trabalho colaborativo, no coletivo. Aos poucos,
passa-se do coletivo para duplas e para o trabalho
autônomo. Depois, pode-se iniciar o trabalho a
partir do acesso ao ambiente e, no final, considerar
textos e ambientes mais complexos.
Escrita Produção de textos (MS.EF02LP22.s.22) Trata-se de uma habilidade que articula a
(compartilhada e Planejar e produzir, em produção textual com os gêneros do campo
autônoma) colaboração com os colegas e investigativo em foco e três vetores do processo
com a ajuda do professor, de escrita (a situação comunicativa, o tema e a
pequenos relatos de finalidade).
experimentos, entrevistas, Envolve ao menos duas operações distintas,
verbetes de enciclopédia passíveis de abordagem separadamente: planejar e
infantil, dentre outros gêneros produzir, que significam organizar as ideias para
do campo investigativo, depois colocá-las no papel.
digitais ou impressos, Após a produção, pode-se proceder às estratégias
considerando a situação de revisão e reelaboração da escrita, estabelecendo
comunicativa e o objetivos e critérios adequados aos contextos de
tema/assunto/finalidade do circulação previstos.
texto. Sugere-se desmembrar a habilidade, propondo
atividades que indiquem a ação de planejar de

155
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
modo coletivo à textualização em colaboração com
os colegas.
Podem ser propostas, ainda, habilidades que
orientem procedimentos de consulta a ambientes
digitais em colaboração.
É possível propor, também, atividades que:
- envolvam análise de textos dos gêneros do
campo investigativo, de modo a explicitar as suas
características;
- orientem o uso de procedimentos escritores,
como reler o que está escrito para continuar,
consultar o planejamento para tomar decisões e
revisar no processo e ao final.
Escrita autônoma (MS.EF02LP23.s.23) Trata-se de uma habilidade que articula a
Planejar e produzir, com certa produção textual com o gênero de registro de
autonomia, pequenos registros observação de resultados de pesquisa. Envolve ao
de observação de resultados menos duas operações distintas — planejar e
de pesquisa, coerentes com produzir — que podem ser tratadas
um tema investigado. separadamwente e significam organizar as ideias
para depois colocá-las no papel.
Após a produção, proceder às estratégias de
revisão e reelaboração da escrita, estabelecendo
objetivos e critérios adequados aos contextos de
circulação previstos.
O desenvolvimento desta habilidade permite uma
progressão ao longo do ano, prevendo o
planejamento e a produção coletiva, pelo ditado
ao professor e em parceria com os colegas e a
ajuda do professor.
É possível propor atividades que:
- indiquem situações de pesquisa e tomada de
notas coletivas antes da produção de registros
autônomos;
- orientem o uso de procedimentos escritores,
como reler o que está escrito para continuar,
consultar o planejamento para tomar decisões no
momento da escrita e revisar no processo e ao
final.
Oralidade Planejamento de texto (MS.EF02LP24.s.24) O foco desta habilidade é a reprodução oral, para
oral Exposição oral Planejar e produzir, em mídias digitais, de textos de gêneros investigativos,
colaboração com os colegas e e envolve duas operações complexas sucessivas —
com a ajuda do professor, planejar e produzir textos desses gêneros —
relatos de experimentos, articuladas com três vetores da produção textual:
registros de observação, a situação comunicativa; o tema ou assunto; a
entrevistas, dentre outros finalidade da produção.
gêneros do campo Esta habilidade requer a análise de textos orais do
investigativo, que possam ser gênero previsto, além de duas operações de
repassados oralmente por produção de textos: planejar e produzir.
meio de ferramentas digitais, Sugere-se a proposição de procedimentos de
em áudio ou vídeo, estudo e pesquisa sobre temas relacionados ao
considerando a situação gêneros do campo investigativo a serem tratados
comunicativa e o de modo interdisciplinar, como destacar
tema/assunto/ finalidade do informações relevantes; realizar leitura inspecional
texto. na busca de materiais etc.
As atividades podem:
- envolver a análise de textos, no gênero
determinado, para extrair suas características, de
acordo com a situação comunicativa;

156
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
- prever o planejamento do texto a ser produzido,
oralmente, considerando a situação em que irá
circular (tipo de mídia);
- orientar a produção/textualização.
É preciso considerar que a habilidade inclui tanto
elaborar textos orais quanto oralizar textos
escritos. É possível, por exemplo, preparar um
relato oral de uma viagem, organizando
previamente um esquema orientador e
selecionando recursos a serem empregados na
apresentação (esquemas, imagens, gráficos). Da
mesma forma, é possível escrever um relato e lê-lo
em voz alta na gravação de um vídeo,
selecionando recursos da mídia utilizada (som,
imagem, movimento etc.).
O professor poderá proporcionar vídeos com
temas dos gêneros investigativos, com a
exploração da diversidade dentro do meio virtual e
incentivo à pesquisa de outros temas, podendo
servir de modelo para a produção dos estudantes.
Análise Forma de composição (MS.EF02LP25.s.25) Esta habilidade refere-se a reconhecer, no processo
linguística/semiótic dos textos/Adequação Identificar e reproduzir, em de leitura, recursos linguísticos e discursivos que
a (Alfabetização) do texto às normas de relatos de experimentos, constituem os gêneros previstos, de modo que seja
escrita entrevistas, verbetes de possível empregá-los adequadamente nos textos a
enciclopédia infantil, digitais serem produzidos.
ou impressos, a formatação e O desenvolvimento desta habilidade pode
diagramação específica de acontecer por meio da frequentação dos
cada um desses gêneros, estudantes a textos organizados nos gêneros
inclusive em suas versões orais. previstos.
A atividade de leitura colaborativa e a de revisão
processual e final possibilitam estudar os recursos
e analisar a adequação dos textos produzidos.
Projetos que prevejam a elaboração de dossiês dos
experimentos realizados em determinado
componente curricular viabilizam o trabalho, pois
incluem a leitura de estudo e a produção dos
textos.
A progressão pode se dar pela complexidade dos
textos e pelo nível de autonomia do estudante, em
que as tarefas sejam realizadas em colaboração e,
progressivamente, com autonomia.

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Leitura/escuta Formação do leitor (MS.EF02LP26.s.26) Esta é uma habilidade complexa, que envolve:
(compartilhada e literário Ler e compreender, com certa - o desenvolvimento das habilidades de leitura;
autônoma) autonomia, textos literários, de - o caráter não utilitário (lúdico/estético) dos textos
gêneros variados, literários;
desenvolvendo o gosto pela - as características de gêneros literários diversos,
leitura. inclusive dramáticos e poéticos.
Sugere-se o desenvolvimento de estratégias
didáticas que progridam do trabalho em
colaboração para a conquista da autonomia.
O trabalho com esta habilidade supõe a
constituição de critérios de apreciação estética e
afetiva de materiais de leitura. Para tanto, é preciso
garantir:
- a oferta de material de leitura de qualidade
estética, ética, temática e linguística;

157
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
- espaços nos quais diferentes leitores possam
trocar informações sobre materiais lidos (físicos ou
digitais).
A progressão da aprendizagem pode apoiar-se no
grau de complexidade dos gêneros e textos
previstos, privilegiando autores selecionados e,
também, os regionais.
Escrita Escrita autônoma e (MS.EF02LP27.s.27) Esta habilidade diz respeito a escrever textos
(compartilhada e compartilhada Reescrever textos narrativos baseados em narrativas literárias lidas pelo
autônoma) literários lidos pelo professor. professor, ou seja, a partir das informações
previamente adquiridas.
Esta habilidade está estreitamente relacionada à
(MS.EF01LP25.s.25), estabelecendo com ela uma
relação de progressão: a partir do que aprendeu a
produzir coletivamente e com a intervenção do
professor como escriba no ano anterior, o
estudante começa a empreender individualmente e
com alguma autonomia.
Deve-se ter atenção a alguns aspectos:
- a atividade de recontagem de histórias prevê a
elaboração de um texto cujo conteúdo já é
conhecido pelo estudante, sendo, mesmo assim,
importante prever habilidades que indiquem o
planejamento da situação comunicativa e do texto
parte a parte, tarefa que poderá ser coletiva;
- a capacidade de textualização, ou seja, de redigir
o enunciado, considerando a sua organização
interna: sequência temporal de ações, relações de
causalidade estabelecidas entre os fatos, emprego
de articuladores adequados entre os trechos do
enunciado, utilização do registro literário,
manutenção do tempo verbal, estabelecimento de
coerência e coesão entre os trechos do texto,
dentre outros aspectos.
Envolve ao menos duas operações distintas,
passíveis de abordagem separadamente: planejar e
produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita, estabelecendo
objetivos e critérios adequados aos contextos de
circulação previstos.
A progressão desta habilidade pode tomar como
referência a extensão e/ou complexidade dos
textos narrativos focalizados, assim como o grau
da autonomia a ser conquistada pelo estudante a
cada etapa.

158
LÍNGUA PORTUGUESA - 2º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Análise linguística/ Formas de composição (MS.EF02LP28.s.28) Esta habilidade articula-se com a
semiótica de narrativas Reconhecer o conflito gerador (MS.EF01LP26.s.26), referindo-se aos aspectos
(Alfabetização) de uma narrativa ficcional e semelhantes aos nela definidos. Além disso,
sua resolução, além de implica identificar trechos de textos lidos que
palavras, expressões e frases possam caracterizar elementos das narrativas
que caracterizam personagens ficcionais literárias. Seu desenvolvimento permite
e ambientes. ao estudante aprofundar a compreensão de
narrativas e desenvolver capacidades de análise e
crítica.
Deve-se considerar que esta habilidade articula-se
à (MS.EF01LP26.s.26), representando uma
progressão vertical.
O trabalho a ser desenvolvido é o mesmo que o
previsto para a habilidade (MS.EF01LP26.s.26),
considerando que, no 2º ano, é possível que os
estudantes já tenham compreendido a base
alfabética do sistema de escrita e, dessa maneira,
possam ler os textos junto com o professor, no
momento do estudo, utilizando recursos de
ressaltar trechos relevantes.
A progressão pode se dar pela complexidade dos
textos escutados e pelo nível de autonomia que se
pretende levar o estudante a conquistar em cada
etapa.
Sugere-se realizar leitura com os estudantes e
dramatizar a narrativa, para que haja compreensão
e percepção do conflito da história.
Formas de composição (MS.EF02LP29.s.29) Ao realizar o trabalho com esta habilidade, os
de textos poéticos Observar, em poemas visuais, estudantes devem perceber — no processo de
visuais o formato do texto na página, leitura e estudo de poemas visuais — as figuras
as ilustrações e outros efeitos que o poema compõe no espaço que ocupa,
visuais. verificando se o formato e/ou a disposição das
letras provocam efeitos de sentido peculiares.
O desenvolvimento desta habilidade demanda a
previsão de práticas de leitura e de estudo de
poemas visuais, para que as suas características
fundamentais sejam identificadas:
- a presença de ilustração realizada por meio das
letras e palavras;
- a criação de efeitos visuais incomuns (direção de
escrita; linearização original; efeitos rotativos,
inversões, por exemplo);
- a ocupação figurativa do espaço disponível.
As atividades colaborativas são mais adequadas
para o desenvolvimento desta habilidade, em
especial as coletivas, com mediação do professor.
Sugere-se a exposição do texto aos estudantes,
com indicações explícitas da leitura que está sendo
feita.
A progressão pode apoiar-se no grau de
complexidade dos gêneros e textos propostos, no
tipo de recurso a ser estudado e no nível de
autonomia do estudante a ser conquistado a cada
etapa.

159
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Leitura/escuta Decodificação/ (MS.EF35LP01.s.01) Não se trata de oralizar o texto rapidamente e


(compartilhada e Fluência de leitura Ler e compreender, sem erro na articulação dos sons, mas de ler em
autônoma) silenciosamente e, em voz alta, sem embaraço e com compreensão. A
seguida, em voz alta, com leitura se dá na relação entre texto e leitor; assim,
autonomia e fluência, textos o texto precisa ser adequado às possibilidades e
curtos com nível de interesses do leitor.
textualidade adequado. As atividades que mais potencializam o
desenvolvimento da fluência leitora são aquelas
em que o leitor estuda textos que lerá em voz
alta, em colaboração com outro leitor mais
proficiente, contextualizado em uma situação
comunicativa genuína, como uma leitura
dramática de um texto teatral, interpretando os
personagens, com atividades em que os
estudantes estudam o texto no coletivo, com
mediação do professor, fazem um ensaio da
apresentação, avaliam as performances para
novos ajustes.
Formação de leitor (MS.EF35LP02.s02) Nesta habilidade pode-se considerar quatro
Selecionar livros da biblioteca aspectos: a seleção de materiais de leitura; o uso
e/ou do cantinho de leitura de espaços nos quais esses materiais circulam; a
da sala de aula e/ou apreciação e o compartilhamento da leitura. O
disponíveis em meios digitais primeiro implica utilizar critérios pessoais de
para leitura individual, apreciação (estética, tema, etc). O segundo
justificando a escolha e envolve frequentar salas de leitura e bibliotecas
compartilhando com os físicas e digitais, sabendo solicitar ou encontrar
colegas sua opinião, após a materiais de leitura. O terceiro e o quarto
leitura. envolvem utilizar os critérios de apreciação
pessoal para divulgar sua opinião a respeito de
materiais lidos, em espaços escolares, como uma
roda de leitores, ou espaços digitais, como sites
de comentários sobre livros lidos. Para o
desenvolvimento desta habilidade, considera-se
fundamental a frequentação de espaços
destinados à leitura e a participação em
atividades que promovam o diálogo entre
diferentes leitores, como rodas de leitura e
debates.
Compreensão (MS.EF35LP03.s.03) Trata-se de uma habilidade complexa, de redução
Identificar a ideia central do do conteúdo do texto, em que o estudante
texto, demonstrando articula as informações dos diferentes trechos,
compreensão global. identifica as partes mais relevantes com base em
pistas fornecidas pelo próprio texto e, por meio
desse processo de sumarização, identifica a ideia
central.
Para realizar essa tarefa, é necessário mobilizar
outras habilidades, como as de localização,
inferenciação e construção de informações. Por
isso, sugere-se o desenvolvimento de atividades
que envolvam diferentes gêneros textuais que
circulam no cotidiano do estudante, e que
possibilitem o diálogo sobre o texto lido.

160
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Estratégia de leitura (MS.EF35LP04.s.04) As informações implícitas constituem o sentido de
Inferir informações implícitas um texto. Para desenvolver esta habilidade é
nos textos lidos. preciso explicitar as pistas textuais e/ou as
informações prévias, articulando-as entre si.
Podem-se utilizar atividades, como debate
literário, palavras pouco usadas e a leitura
colaborativa, que podem potencializar o trabalho
com as estratégias de leitura (antecipação,
inferenciação, verificação, localização, construção
de informações pela articulação de trechos dos
textos, generalização).
Estratégia de leitura (MS.EF35LP05.s.05) Esta habilidade é fundamental tanto para a
Inferir o sentido de palavras oralidade quanto para a escrita. Por isso, é
ou expressões desconhecidas necessário considerar que o seu desenvolvimento
em textos, com base no é conexo ao das demais habilidades responsáveis
contexto da frase ou do texto. pela compreensão leitora, especialmente as
inferenciais, ou seja, aquelas que consistem em
(re)construir sentidos com base em pistas do
texto.
Quanto à progressão, deve-se considerar:
- a complexidade dos textos (inclusive em termos
de gênero e tipo de texto);
- o grau de autonomia do estudante na etapa de
ensino em questão;
- os procedimentos didáticos previstos: leitura
individual ou coletiva, entre pares ou com a
mediação do professor;
- o recurso sistemático ou eventual de dicionários
na verificação de hipóteses.
Estratégia de leitura (MS.EF35LP06.s.06) Esta habilidade envolve outros conhecimentos
Recuperar relações entre gramaticais já consolidados e sua utilização
partes de um texto, contribui para a coesão e a coerência no texto.
identificando substituições Trata-se das atividades epilinguísticas, ou seja,
lexicais (de substantivos por situações de uso e, por isso, sugere-se o
sinônimos) ou pronominais desenvolvimento de atividades diversas nas quais
(uso de pronomes anafóricos se analisa o uso dos recursos textuais, e não a sua
– pessoais, possessivos, sistematização em categorias.
demonstrativos) que Esta habilidade será desenvolvida gradativamente
contribuem para a ao longo do Ensino Fundamental, depois da
continuidade do texto. compreensão do sistema de escrita e da
constituição de uma proficiência básica em leitura
e escrita.
A progressão ocorrerá com a complexidade dos
textos, o foco do trabalho (substituições lexicais
ou pronominais; os diferentes tipos de
substituição em cada um dos casos), os
procedimentos didáticos programados e o grau
de autonomia do estudante.

161
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Produção de Construção do (MS.EF35LP07.s.07) Esta é uma habilidade complexa, que envolve um
textos sistema alfabético/ Utilizar, ao produzir um texto, conjunto de habilidades de análise linguística
(escrita Convenções da conhecimentos linguísticos e (ortográfica, morfossintática, sintática e
compartilhada e escrita gramaticais, tais como semântica) e de conhecimentos específicos a ela
autônoma) ortografia, regras básicas de associados, para serem adequadamente
concordância nominal e colocados em produções textuais dos estudantes.
verbal, pontuação (ponto Poderá ser antecedida por outras, que envolvam a
final, ponto de exclamação, análise dos recursos citados em textos lidos de
ponto de interrogação, modo independente (por exemplo, ao analisar a
vírgulas em enumerações) e presença de pontuação e os efeitos de sentido
pontuação do discurso direto, decorrentes do seu uso).
quando for o caso. O trabalho pode ser previsto tanto em
colaboração quanto com autonomia,
progressivamente, a partir do momento em que
os estudantes compreendam as regras do sistema
de escrita.
Sugere-se o desenvolvimento de:
- produções textuais com reescrita coletiva,
estabelecendo combinados para colaboração e
respeito aos posicionamentos divergentes;
- atividades diversas, com apoio de jogos e mídias
digitais com ênfase em concordância nominal
(artigo e substantivo, substantivo e adjetivo),
flexão de gênero (masculino e feminino) e
número (singular e plural) e o uso da pontuação.
Ressalta-se que a expectativa é de que as ações
sejam realizadas a partir dos diferentes gêneros
textuais e não como meros pretextos.
Envolve ao menos duas operações distintas,
passíveis de abordagem separadamente: planejar
e produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Construção do (MS.EF35LP08.s.08) A referenciação faz parte do processo de
sistema alfabético/ Utilizar, ao produzir um texto, organização global de um texto. Portanto, esta é
Estabelecimento de recursos de referenciação uma habilidade fundamental para a construção
relações anafóricas na (por substituição lexical ou do texto, especialmente no que diz respeito à
referenciação e por pronomes pessoais, coesão e à coerência. Seu foco é usar o recurso
construção da coesão possessivos e da referenciação em situação de produção de
demonstrativos), vocabulário textos. Assim, é possível propor atividades prévias
apropriado ao gênero, que envolvam, por exemplo, analisar a presença
recursos de coesão de referenciação em textos lidos, observando os
pronominal (pronomes efeitos de sentido produzidos.
anafóricos) e articuladores de Sugere-se promover a leitura de diferentes
relações de sentido (tempo, gêneros textuais, como história em quadrinhos,
causa, oposição, conclusão, tirinhas, carta ao leitor, dentre outros que
comparação), com nível contribuam para o desenvolvimento desta
suficiente de informatividade. habilidade.
Planejamento de (MS.EF35LP09.s.09) Esta é uma habilidade fundamental para a
texto/Progressão Organizar o texto em construção do texto, especialmente no que diz
temática e unidades de sentido, respeito à articulação entre suas partes. Envolve
paragrafação dividindo-o em parágrafos conhecer as características do gênero para
segundo as normas gráficas e organizar o texto em unidades de sentido de
de acordo com as modo coeso e coerente, ou seja, dividir o texto
características do gênero em parágrafos, respeitando as normas da
textual. pontuação, o encadeamento das ideias e a

162
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
hierarquia das informações presentes, de acordo
com as características do gênero e a finalidade
comunicativa.
Sugere-se nesta habilidade o desenvolvimento de
sequências didáticas, com atividades
diferenciadas, de maneira que mobilize a ação de
organizar os textos em unidades de sentido de
modo coletivo. Isso pode ser feito inicialmente
com a ajuda do professor e em grupos, até
chegar ao trabalho autônomo.
Oralidade Forma de (MS.EF35LP10.s.10) Para o desenvolvimento desta habilidade devem-
composição de Identificar gêneros do se resgatar e/ou articular as atividades propostas
gêneros orais discurso oral, utilizados em com as habilidades orais desenvolvidas nos 1º e
diferentes situações e no 2º ano, principalmente as que se estendem
contextos comunicativos, e por todos os anos iniciais. Recomenda-se o
suas características trabalho em colaboração, realizado
linguístico-expressivas e coletivamente, progredindo para situações em
composicionais (conversação que a autonomia é cada vez mais requerida.
espontânea, conversação A complexidade dos gêneros e/ou dos textos,
telefônica, entrevistas assim como das situações comunicativas em foco,
pessoais, entrevistas no rádio também pode funcionar como critério para a
ou na TV, debate, noticiário progressão da aprendizagem.
de rádio e TV, narração de Devem-se propor atividades, como seminários,
jogos esportivos no rádio e mesas-redondas, rodas de conversa, simulação de
TV, aula, debate etc.). programas de TV etc., que envolvam gêneros,
como exposição oral, discussão argumentativa
e/ou debate, entrevista oral etc.
Oralidade Variação linguística (MS.EF35LP11.s.11) Nesta habilidade podem-se resgatar práticas de
Ouvir gravações, canções, letramento/produtos culturais locais para
textos falados em diferentes legitimá-los, e explorar a gramática das
variedades linguísticas, variedades linguísticas usadas em comparação (e
identificando características não oposição) com outros produtos culturais não
regionais, urbanas e rurais da locais, para que os estudantes possam
fala e respeitando as diversas compreender as diferenças e as similaridades
variedades linguísticas como como constitutivas das identidades de seus
características do uso da falantes.
língua por diferentes grupos Sugerem-se atividades, como:
regionais ou diferentes - projeção de vídeos que evidenciem as variações
culturas locais, rejeitando da língua, propiciando momentos para discussão
preconceitos linguísticos. e reflexão, em que o estudante considere,
respeite e valorize as diferenças;
- realização de peças teatrais, saraus, vídeos,
músicas, dentre outros.
Ressalta-se que esta habilidade também é uma
oportunidade para um trabalho que privilegie as
características regionais de Mato Grosso do Sul,
de forma interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03GE01.s.01), da Geografia;
(MS.EF03HI07.s.07) e (MS.EF03HI08.s.08) da
História, no que se refere à identificação de
características regionais, urbanas e rurais da fala,
respeitando as diversas variedades linguísticas.

163
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Análise Construção do (MS.EF35LP12.s.12) Esta habilidade implica no uso do dicionário para
linguística/ sistema alfabético e Recorrer ao dicionário para resolver problemas de ortografia, o que pode ou
semiótica da ortografia esclarecer dúvida sobre a não envolver a identificação da acepção
(Ortografização) escrita de palavras, correspondente ao uso que gerou a busca. A
especialmente no caso de habilidade pode prever procedimentos, como:
palavras com relações recorrer à ordem alfabética, reiteradamente, para
irregulares fonema-grafema. ajustar o caminho de busca da palavra almejada;
levantar hipóteses sobre a grafia da palavra antes
da busca pela grafia correta.
Nesta habilidade sugerem-se, também, as
orientações previstas para a habilidade
(MS.EF04LP03.s.03).
Construção do (MS.EF35LP13.s.13) Esta habilidade refere-se a reconhecer e lembrar
sistema alfabético e Memorizar a grafia de dos registros corretos das grafias de algumas das
da ortografia palavras de uso frequente nas ocorrências irregulares presentes na língua. Por
quais as relações fonema- isso, o tratamento pela memorização permite aos
grafema são irregulares e estudantes reter imagens visuais das palavras.
com h inicial que não Nesse sentido, sugere-se a realização de ditado
representa fonema. inicial para verificar e organizar as intervenções
com os diferentes tipos de ocorrências irregulares
que se fizerem necessários, podendo ampliar a
habilidade para enfocar: som do S (auxílio,
cidade); do Z; do L e H (família, toalha etc.).
É possível propor as ações necessárias à
memorização, como participar de atividade de
leitura de listas de palavras para destacar o H
inicial, ter uma frequência de leitura articulada à
tarefa de destacar/buscar palavras com
determinada letra; fazer exercícios de pesquisa e
registro para consulta posterior até chegar à
memorização; participar de jogos que favoreçam
a memorização etc. Deve-se observar que a
construção da ortografia inicia-se após a
aquisição da base alfabética.
Morfologia (MS.EF35LP14.s.14) Esta habilidade prevê a aprendizagem das classes
Identificar em textos e usar na gramaticais das palavras indicadas (pronomes
produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos) e
pessoais, possessivos e identificar os papéis que desempenham na
demonstrativos, como constituição da coesão do texto.
recurso coesivo anafórico. É essencial prever um trabalho reflexivo de
observação, análise, comparação e derivação de
regularidades no trabalho com as classes de
palavras, e usar os saberes gramaticais como
ferramentas de constituição da legibilidade.
Portanto, o trabalho com esta habilidade deve
extrapolar o ensino da gramática pela gramática e
ser desenvolvido a partir de situações que
considerem a diversidade de gêneros textuais
presentes no cotidiano do estudante; produção e
reescrita colaborativa. Nesse momento, é possível
antecipar problemas de compreensão que o
interlocutor possa vir a ter e ajustar o texto,
garantindo escolhas adequadas às intenções de
significação.
Na progressão, pode-se considerar a variedade
de recursos anafóricos possíveis de serem
utilizados, progressivamente mais complexos,
garantindo sempre o trabalho em colaboração

164
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
(coletivo e em duplas) em situações de leitura
(identificação), produção e revisão de texto.

CAMPO DA VIDA PÚBLICA

Produção de Escrita colaborativa (MS.EF35LP15.s.15) Esta habilidade consiste em expressar pontos de


textos Opinar e defender ponto de vista sobre temas controversos da vivência do
(escrita vista sobre tema polêmico estudante, como o bullying, o uso da tecnologia
compartilhada e relacionado a situações na sala de aula, meio ambiente, trânsito, dentre
autônoma) vivenciadas na escola e/ou na outros, e argumentar para legitimar essas
comunidade, utilizando opiniões. Nesta habilidade, articula-se a produção
registro formal e estrutura de textos opinativos a dois vetores do processo
adequada à argumentação, de escrita (situação comunicativa e o
considerando a situação tema/assunto do texto) e ao uso adequado do
comunicativa e o registro formal e dos recursos de argumentação.
tema/assunto do texto. Portanto, para o desenvolvimento desta
habilidade sugere-se a participação dos
estudantes em situações que requeiram a
argumentação, como: debates, seminários,
mesas-redondas, assembleias, dentre outras.
Por isso, é necessário:
- ter clareza quanto às temáticas em foco,
estudando-as e identificando posições
apresentadas a respeito delas;
- discutir essas posições em rodas de conversa, de
modo a constituir sua posição pessoal a respeito;
- conhecer as situações comunicativas e gêneros
envolvidos para sua participação;
- identificar procedimentos que precisam ser
adotados para uma participação mais efetiva na
discussão.
Envolve ao menos duas operações distintas,
passíveis de abordagem em separado: planejar e
produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Análise Forma de (MS.EF35LP16.s.16) Nesta habilidade espera-se que o estudante
linguística/ composição dos Identificar e reproduzir, em reconheça, no processo de leitura, recursos
semiótica textos notícias, manchetes, lides e linguísticos e discursivos que constituem alguns
(Ortografização) corpo de notícias simples gêneros jornalísticos, de modo que seja possível
para público infantil e cartas empregá-los adequadamente nos textos a serem
de reclamação (revista produzidos.
infantil), digitais ou Portanto, o desenvolvimento desta habilidade
impressos, a formatação e ocorrerá por meio de práticas de leitura e escrita
diagramação específica de de textos organizados nos gêneros previstos.
cada um desses gêneros, A atividade de leitura colaborativa de estudo e a
inclusive em suas versões de revisão processual e final da escrita
orais. possibilitam estudar os recursos e analisar a
adequação dos textos produzidos. Sugere-se o
desenvolvimento de projetos e sequência
didática, em que ocorra a leitura, a produção e a
reescrita dos gêneros textuais previstos, como:
elaboração de cartas de reclamação (de serviços,
de produtos etc.) para serem publicadas em
revistas e jornais impressos ou em sites
específicos. Ressalta-se que a progressão desta
habilidade dar-se-á mediante a complexidade dos
165
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
textos lidos e produzidos em cada etapa de
ensino.

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Leitura/escuta Pesquisa (MS.EF35LP17.s.17) Esta habilidade consiste em o estudante realizar a


(compartilhada e Buscar e selecionar, com o busca e a seleção de textos sobre fenômenos
autônoma) apoio do professor, sociais e naturais, digitais e impressos. Para tanto,
informações de interesse é necessária a discussão de procedimentos e de
sobre fenômenos sociais e critérios de seleção dos textos nos diferentes
naturais, em textos que ambientes, com o auxílio do professor,
circulam em meios impressos considerando tanto a especificidade de salas de
ou digitais. leitura, bibliotecas escolares, públicas e pessoais,
quanto ambientes digitais.
Trata-se de uma habilidade fundamental para a
formação do estudante leitor. Por isso, sugere-se
o desenvolvimento de situações práticas, com a
indicação do assunto, foco e autores e material de
leitura possível, para que o estudante mobilize-se,
nos ambientes físicos, a fim de procurar e
selecionar livros diretamente nas prateleiras ou,
quando necessário, recorrendo ao encarregado,
bibliotecário ou computador.
Nos ambientes digitais, convém não só considerar
as características do ambiente e da ferramenta de
busca para definir procedimentos, como também
estabelecer critérios de confiabilidade dos sites.
Destaca-se que nesta habilidade o professor pode
abordar temáticas do cotidiano do estudante,
assim como há oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03MA18.s.18), da Matemática;
(MS.EF03HI02.s.02) e (MS.EF03HI03.s.03), da
História, associadas à realização de pesquisas.
Ressalta-se que a progressão desta habilidade
poderá ocorrer, a cada etapa, mediante a
complexidade dos textos e temas pesquisados.
Oralidade Escuta de textos orais (MS.EF35LP18.s.18) Esta habilidade tem como foco que o estudante
Escutar, com atenção, desenvolva a escuta atenta e responsiva de
apresentações de trabalhos apresentações orais em contexto escolar. Assim, a
realizadas por colegas, escuta possibilita a compreensão do texto oral e
formulando perguntas oferece suporte para a formulação de perguntas e
pertinentes ao tema e para esclarecimentos. Portanto, esta habilidade de
solicitando esclarecimentos escuta de textos orais é fundamental para a
sempre que necessário. formação do estudante.
Desse modo, para desenvolvê-la sugere-se a
realização de sequência didática que envolva
discussão de temas/problemáticas sociais
relevantes para a comunidade local e que o
estudante ouça e considere as opiniões
divergentes das suas, e que proponha soluções
para as problemáticas discutidas.

166
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Compreensão de (MS.EF35LP19.s.19) Esta habilidade pode ser desenvolvida a partir das
textos orais Recuperar as ideias principais orientações sugeridas na habilidade
em situações formais de (MS.EF35LP18.s.18). Para que o estudante faça a
escuta de exposições, recuperação do conteúdo ouvido, sugere-se o
apresentações e palestras. trabalho por meio de esquemas, bloco de notas,
tabelas etc.
Planejamento de (MS.EF35LP20.s.20) Nesta habilidade espera-se que o estudante
texto oral Expor trabalhos ou pesquisas aproprie-se da exposição oral de pesquisas em
Exposição oral escolares, em sala de aula, contexto escolar e, por isso, requer o estudo de
com apoio de recursos textos desse gênero, para que reconheça a
multissemióticos (imagens, articulação entre a fala e o uso de roteiro escrito e
diagrama, tabelas etc.), recursos multissemióticos próprios ou
orientando-se por roteiro compatíveis com o gênero previsto.
escrito, planejando o tempo Esta habilidade pode ser desenvolvida no interior
de fala e adequando a de projetos e/ou sequências que articulem a
linguagem à situação especificidade dos textos no gênero exposição
comunicativa. oral ao trabalho interdisciplinar, prevendo, por
exemplo, temas, como alimentação saudável;
brinquedos/brincadeiras de ontem e de hoje;
povos do Brasil, dentre outros. Pode-se realizar,
também, atividades que envolvam o acesso aos
recursos multissemióticos presentes nos textos e
a pesquisa de conteúdo temático.
Ressalta-se a possibilidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03MA26.s.26), (MS.EF03MA27.s.27),
(MS.EF03MA28.s.28), da Matemática;
(MS.EF03CI06.s.06), (MS.EF03CI09.s.09), da
Ciências; (MS.EF03HI03.s.03), da História, e
(EF03GE01), da Geografia, associadas à coleta,
leitura, comparação e interpretação de dados,
com apoio de recursos multissemióticos (listas,
tabelas, ilustrações, gráficos). A progressão dar-
se-á pelo grau de complexidade dos trabalhos
e/ou pesquisas.

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Leitura/escuta Formação do leitor (MS.EF35LP21.s.21) Trata-se de uma habilidade complexa. Para o seu
(compartilhada e literário Ler e compreender, de forma desenvolvimento, é importante considerar: as
autônoma) autônoma, textos literários de atividades de leitura em todos os aspectos; o
diferentes gêneros e caráter não utilitário (lúdico/estético) dos textos
extensões, inclusive aqueles literários; as características de gêneros literários
sem ilustrações, diversos, inclusive dramáticos e poéticos,
estabelecendo preferências privilegiando também autores regionais.
por gêneros, temas, autores. Portanto, os diálogos precisam ser reconhecidos
não apenas pelas marcas gráficas que os
apresentam (dois pontos-travessão; dois pontos-
aspas, por exemplo), ou pela presença dos verbos
dicendi (introdutórios das falas de terceiros), mas
também e, sobretudo, a partir da significação do
texto.
Dessa forma, podem-se propor projetos que
organizem uma exposição de diálogos famosos
(de personagens de livros lidos); ou a produção
de vídeos, em duplas, contendo um diálogo
selecionado pelos estudantes.

167
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Formação do leitor (MS.EF35LP22.s.22) O foco desta habilidade é a apreensão, pelo
literário/ Leitura Perceber diálogos em textos estudante leitor, dos efeitos de sentido
multissemiótica narrativos, observando o produzidos em textos narrativos por: verbos
efeito de sentido de verbos introdutórios da fala de terceiros (verbos de
de enunciação e, se for o enunciação ou dicendi) em casos de discurso
caso, o uso de variedades citado (discurso direto; indireto; indireto livre);
linguísticas no discurso uso de variedades linguísticas na representação
direto. dessas falas no discurso direto.
O desenvolvimento desta habilidade é
fundamental para a compreensão do caráter e da
dinâmica de personagens numa trama, assim
como da organização textual da narrativa. No
entanto, é necessário um trabalho prévio tanto
com o discurso citado quanto com a variação
linguística.
Sugerem-se, como possibilidades, as mesmas
orientações da habilidade (MS.EF35LP21.s.21).
Apreciação (MS.EF35LP23.s.23) O foco desta habilidade é que o estudante
estética/Estilo Apreciar poemas e outros aprecie poemas e outros textos versificados,
textos versificados, compreendendo sua estrutura e os efeitos de
observando rimas, aliterações sentidos.
e diferentes modos de divisão Para tanto, é necessário que se propiciem, nos
dos versos, estrofes e refrões diferentes espaços, momentos em que os
e seu efeito de sentido. estudantes estejam em contato com esses
gêneros textuais, privilegiando, também, a
literatura sul-mato-grossense.
Textos dramáticos (MS.EF35LP24.s.24) Para o desenvolvimento desta habilidade
Identificar funções do texto sugerem-se atividades, como:
dramático (escrito para ser - a leitura colaborativa, para estudo dos textos e
encenado) e sua organização modelização de procedimentos e
por meio de diálogos entre comportamentos leitores, e a roda de leitores,
personagens e marcadores como na habilidade (MS.EF35LP21.s.21);
das falas das personagens e - organização de leituras dramáticas de textos
de cena. teatrais (leituras feitas por um grupo que assume
os diferentes papéis da peça teatral,
representando-os), a qual cria um espaço de
socialização dos textos, além de possibilitar o
desenvolvimento da fluência leitora, como na
habilidade (MS.EF35LP01.s.01).
A progressão da aprendizagem nesta habilidade
dar-se-á mediante a complexidade dos gêneros e
textos previstos, as marcas linguísticas dos textos
dramáticos e o grau de autonomia do estudante
proposto para os três anos.
Produção de Escrita autônoma e (MS.EF35LP26.s.25) Para o desenvolvimento desta habilidade,
textos compartilhada Ler e compreender, com certa sugerem-se, como possibilidades, as mesmas
(escrita autonomia, narrativas orientações da habilidade (MS.EF35LP21.s.21).
compartilhada e ficcionais que apresentem
autônoma) cenários e personagens,
observando os elementos da
estrutura narrativa: enredo,
tempo, espaço, personagens,
narrador e a construção do
discurso indireto e discurso
direto.

168
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Escrita autônoma e (MS.EF35LP25.s26) Esta habilidade prevê que o estudante utilize
compartilhada Criar narrativas ficcionais, recursos de descrição e narração para criar
com certa autonomia, narrativas ficcionais. Relaciona-se às habilidades
utilizando detalhes (MS.EF15LP05.s.05) e (MS.EF02LP27.s.27).
descritivos, sequências de Para o desenvolvimento desta habilidade, podem-
eventos e imagens se propor atividades que:
apropriadas para sustentar o - envolvam o estudo de narrativas representativas
sentido do texto, e da cultura local, nacional e universal (culturas
marcadores de tempo, espaço africana e latino-americana, por exemplo), em que
e de fala de personagens. o estudante compreenda as características que
compõem esses gêneros e possibilitem a
discussão sobre diferentes culturas;
- possibilitem a produção de parte desconhecida
de um conto lido e/ou a colaboração no
planejamento, como forma de extrapolar o
prescrito na habilidade;
- possibilitem a análise das características dos
gêneros, a partir do estudo dos recursos
presentes nos textos.
A progressão desta habilidade dar-se-á com a
ampliação da complexidade do gênero ou texto
proposto nos diferentes anos, começando com
produção coletiva, seguida de trabalho em
duplas/grupos para chegar à produção
autônoma.
Envolve ao menos duas operações distintas,
passíveis de abordagem em separado: planejar e
produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Escrita autônoma (MS.EF35LP27.s.27) Esta habilidade tem como foco a apreensão, por
Ler e compreender, com certa meio da leitura compreensiva, de recursos
autonomia, textos em versos, expressivos – inclusive visuais e sonoros –
explorando rimas, sons e próprios de gêneros poéticos.
jogos de palavras, imagens Para o desenvolvimento desta habilidade devem-
poéticas (sentidos figurados) se promover práticas articuladas e sequenciadas
e recursos visuais e sonoros. de leitura/análise e produção de gêneros
poéticos, com ênfase sobre seus recursos
expressivos, utilizando diferentes textos desses
gêneros, jogos, mídias digitais, dentre outros.
A progressão da habilidade dar-se-á mediante a
combinação de critérios, como: o foco nesse ou
naquele recurso expressivo (rimas/jogos de
palavras/sentidos figurados/recursos visuais etc.);
a complexidade dos gêneros e/ou textos
programados para estudo; o grau de autonomia
que se pretenda levar o estudante a atingir em
cada etapa do ensino.
Escrita autônoma (MS.EF35LP00.n.28) Nesta habilidade aplicam-se as mesmas
Criar, com certa autonomia, orientações, como possibilidades, da habilidade
textos em versos, explorando (MS.EF35LP27.s.27), mas com enfoque
rimas, sons e jogos de naprodução textual, em pares, pequenos grupos,
palavras, imagens poéticas coletiva com apoio do professor e individual.
(sentidos figurados) e Envolve ao menos duas operações distintas,
recursos visuais e sonoros. passíveis de abordagem em separado: planejar e

169
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Oralidade Declamação (MS.EF35LP28.s.29) Esta habilidade envolve leitura e compreensão
Declamar poemas, com dos textos selecionados, para que o estudante,
entonação, postura e conhecendo os efeitos de sentido em jogo, possa
interpretação adequadas. ler/recitar/cantar com fluência, ritmo e entonação
adequados.
Sugere-se o desenvolvimento de atividades que
estejam inseridas em projetos ou sequências
didáticas que envolvam o estudo de poemas da
cultura local, nacional, tradicionais e aqueles
referentes às culturas periféricas, especialmente
os mais representativos e vivos nas culturas locais,
para apresentação em sarau, jograis, slam, dentre
outros.
O desenvolvimento dessas atividades contribui
para que o estudante valorize as culturas diversas,
respeitando as diferenças, e, também, fortalece o
trabalho colaborativo.
Análise Formas de (MS.EF35LP29.s.30) Esta habilidade articula-se com a
linguística/ composição de Identificar, em narrativas, (MS.EF01LP26.s.26) e com a (MS.EF35LP28.s29), na
semiótica narrativas cenário, personagem central, medida em que também visa narrativas literárias.
(Ortografização) conflito gerador, resolução e Seu foco, no entanto, está no reconhecimento
o ponto de vista com base no global da organização da narrativa e, em
qual histórias são narradas, particular, do ponto de vista em que os textos
diferenciando narrativas em lidos/escutados foram narrados, assim como na
primeira e terceira pessoas. identificação da pessoa do discurso que os
sustenta.
Para o desenvolvimento desta habilidade é
necessário possibilitar a frequentação dos
estudantes a textos organizados nos gêneros
previstos. Para a identificação de pontos de vista,
sugerem-se leituras de obras que apresentam
textos clássicos narrados na perspectiva de outro
personagem da história base.
A progressão da aprendizagem desta habilidade
dar-se-á mediante a complexidade dos textos e
pelo nível de autonomia a ser conquistado pelo
estudante a cada etapa (em colaboração: coletiva
e em duplas, até o trabalho autônomo).
Discurso direto e (MS.EF35LP30.s.31) Nesta habilidade espera-se que o estudante
indireto Diferenciar discurso indireto e reconheça as diferenças e semelhanças entre
discurso direto, determinando discurso direto e indireto, focalizando não apenas
o efeito de sentido de verbos a pontuação, mas o uso dos verbos dicendi em
de enunciação e explicando o cada caso; implica compreender que a presença,
uso de variedades linguísticas na fala de personagens, de variedades linguísticas
no discurso direto, quando diferentes daquela em que o texto é narrado,
for o caso. produz efeitos de sentido relevantes.
Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
se a proposição de atividades diversas que
envolvam práticas de leitura e escrita de textos
em que o discurso citado tenha um papel
relevante, como utilização de jogos, produção
coletiva e individual, tendo o professor como
mediador e par mais experiente, dentre outras.

170
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ao 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Forma de (MS.EF35LP31.s.32) Esta habilidade consiste em reconhecer recursos
composição de textos Identificar, em textos linguísticos e discursivos que constituem os textos
poéticos versificados, efeitos de versificados.
sentido decorrentes do uso Para seu desenvolvimento, é necessária a
de recursos rítmicos e utilização de práticas de oralização dos textos
sonoros e de metáforas. mencionados, utilizando diferentes estratégias /
atividades colaborativas de leitura, oralização e
análise, jogos, brincadeiras, dentre outros, para
que os aspectos relacionados à sonoridade e ao
ritmo possam ser observados.

LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO


Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise Construção do (MS.EF03LP01.s.01) Esta habilidade trata dos casos em que o contexto
linguística/ sistema alfabético e Ler e escrever palavras com interno da palavra é que determina que letra usar
semiótica da ortografia correspondências regulares em sua grafia, nos casos citados pela habilidade.
(Ortografização) contextuais entre grafemas e Levar o estudante a construir regras é a estratégia
fonemas – c/qu; g/gu; r/rr; indicada, que pode se dar pela análise
s/ss; o (e não u) e e (e não i) comparativa das ocorrências em listas de palavras,
em sílaba átona em final de favorecendo a antecipação do contexto em que é
palavra – e com marcas de correto usar uma ou outra letra (ex: M/P/B).
nasalidade (til, m, n). Sugere-se a realização de ditado inicial para
verificar e organizar as intervenções necessárias
com os diferentes tipos de ocorrências regulares
contextuais (aquelas em que o contexto define a
letra a ser utilizada), ampliando a habilidade para
ocorrências irregulares: som do S (auxílio, cidade);
do Z; do LH (família e toalha etc.).
Nesse caso, esta habilidade se articulará com
outras que tratam da ortografia, como a
(MS.EF03LP03.s.03) e a (MS.EF35LP13.s.13).
Podem-se realizar atividades de análise de grupos
de palavras previstos na habilidade, para o
levantamento de semelhanças e diferenças,
seguido do registro das conclusões. Ainda que
não se formalizem as regras, esses registros
poderão ser consultados até que a grafia correta
esteja automatizada. Deve-se observar que a
construção da ortografia só se inicia após a
aquisição da base alfabética.
Construção do (MS.EF03LP02.s.02) Esta habilidade consiste em reconhecer,
sistema alfabético e Ler e escrever corretamente compreender e registrar palavras com diferentes
da ortografia palavras com sílabas CV, V, esquemas silábicos. Para desenvolvê-la, é
CVC, CCV, VC, VV, CVV, indicado que não haja controle das escritas
identificando que existem espontâneas dos estudantes desde o 1º ano.
vogais em todas as sílabas. Durante o processo de produção, escrevendo o
que desejam, os estudantes entram em contato
com dúvidas ortográficas, o que é positivo para a
aprendizagem.

171
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Pode-se observar que a construção da ortografia
inicia-se apenas após a aquisição da base
alfabética.
Esta habilidade pode ser articulada às demais que
tratam da ortografia, respeitando a orientação de
realizar ditado inicial para verificar e organizar as
intervenções que se fizerem necessárias.
Construção do (MS.EF03LP03.s.03) Esta habilidade consiste em compreender e
sistema alfabético e Ler e escrever corretamente registrar a grafia de diferentes palavras. Para o
da ortografia palavras com os dígrafos lh, seu desenvolvimento, sugerem-se atividades
nh, ch. diversas, como: analisar listas de palavras com
ocorrências que possam gerar dúvidas, seja por
grafia semelhante (nh/lh), ou por sons
semelhantes (ch/x), atividades com apoio de
diferentes gêneros textuais presentes no
cotidiano do estudante, utilização de jogos,
recursos digitais, músicas, poemas, dentre outras.
Conhecimento das (MS.EF03LP04.s.04) Esta habilidade requer do estudante:
diversas grafias do Usar acento gráfico (agudo - identificar as sílabas das palavras;
alfabeto/ Acentuação ou circunflexo) em - reconhecer qual sílaba é a tônica;
monossílabos tônicos - identificar quais sílabas têm vogais abertas e
terminados em a, e, o e em quais têm vogais fechadas;
palavras oxítonas terminadas - reconhecer sinais gráficos, como o acento
em a, e, o, seguidas ou não agudo e o circunflexo;
de s. - relacionar o acento agudo com vogais abertas e
o circunflexo com as fechadas. Requer, também,
que os estudantes identifiquem as regularidades
da acentuação apontadas na habilidade.
Ressalta-se que o desenvolvimento desta
habilidade deve acontecer depois que o
estudante construir certa proficiência na escrita.
Para o desenvolvimento desta habilidade, sugere-
se a realização de diferentes atividades que
envolvam memorização, nas quais palavras são
afixadas em cartazes que o estudante possa
consultar ao escrever, o emprego na produção
textual, com apoio de materiais lúdicos e recursos
digitais.
É importante observar que, nesse momento, o
foco não deve ser o uso de terminologia da
gramática para se referir às questões abordadas,
por exemplo, (substantivo, adjetivo, concordância
verbal etc.), pois essa abordagem vai progredindo
ao longo das etapas.
Segmentação de (MS.EF03LP05.s.05) Esta habilidade requer do estudante reconhecer e
palavras/Classificação Identificar o número de dividir as sílabas das palavras, classificando-as
de palavras por sílabas de palavras, conforme orientação.
número de sílabas classificando-as em O desenvolvimento desta habilidade pode ocorrer
monossílabas, dissílabas, com a habilidade (MS.EF03LP04.s.04), pois,
trissílabas e polissílabas. embora sejam aprendizagens distintas, uma
corrobora para o desenvolvimento da outra,
sendo esta a progressão do trabalho com
acentuação.
Ressalta-se a importância de as aprendizagens
serem propostas de forma contextualizadas,
contudo sem que o texto se torne mero pretexto.

172
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Construção do (MS.EF03LP06.s.06) Esta habilidade requer a análise de grupos de
sistema alfabético Identificar a sílaba tônica em palavras, com reconhecimento e separação das
palavras, classificando-as em sílabas existentes, para identificar aquela que é
oxítonas, paroxítonas e pronunciada com maior intensidade. O objetivo
proparoxítonas. visado é o de proceder à classificação das
palavras, que é fundamental para a compreensão
de algumas das regras da acentuação gráfica.
Contudo, somente será possível quando o
estudante apresentar certa proficiência na escrita
e consolidação da habilidade que trata da
separação das palavras em sílabas.
Sugere-se a utilização de atividades de
comparação de palavras, reconhecimento de
características comuns às diferentes palavras com
a mesma regra de acentuação, por meio de jogos,
atividades em grupos e coletivas, leitura e escrita.
Pontuação (MS.EF03LP07.s.07) Esta habilidade prevê a identificação dos sinais
Identificar a função na leitura gráficos que estão sendo incluídos; reconhecer -
e usar na escrita ponto final, na leitura - a sua função; usá-los no texto para
ponto de interrogação, ponto apresentar expressividade, legibilidade e provocar
de exclamação e, em diálogos os efeitos de sentido desejados.
(discurso direto), dois-pontos Para desenvolver esta habilidade sugerem-se
e travessão. atividades que envolvam leitura e produção de
textos, de forma que o estudante reconheça os
efeitos produzidos; atividades em que a
pontuação equivocada produz efeito contrário ao
esperado; reescrita de texto coletivamente ou em
pares na qual os estudantes trabalhem de forma
colaborativa, respeitando os diferentes
posicionamentos.
Ressalta-se que o texto não deve ser tratado
como mero pretexto para a apresentação da
pontuação, mas precisa ser contextualizado e/ou
trabalhado de forma interdisciplinar.
Morfologia (MS.EF03LP08.s.08) Esta habilidade prevê a aprendizagem das classes
Identificar e diferenciar, em gramaticais das palavras indicadas (substantivos e
textos, substantivos e verbos verbos) e identificar as funções sintáticas que elas
e suas funções na oração: podem assumir nos enunciados. É importante
agente, ação, objeto da ação. prever um trabalho reflexivo de observação,
análise, comparação e derivação de regularidades
nas atividades com as classes de palavras; usar os
saberes gramaticais como ferramentas de
constituição da legibilidade.
Para o desenvolvimento desta habilidade, sugere-
se a realização de atividades que envolvam tomar
decisões sobre a legibilidade do texto produzido,
especialmente durante a revisão processual
coletiva, e não apenas com exercícios de análise
sintática. Portanto, podem-se realizar atividades
com leitura e produção de texto, em que os
comandos do professor provoquem os
estudantes e os levem a perceber a função dessas
classes gramaticais no texto. Considera-se
fundamental o trabalho em colaboração (coletivo
e em duplas).

173
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Morfossintaxe (MS.EF03LP09.s.09) Esta habilidade prevê reconhecer o adjetivo como
Identificar, em textos, a classe de palavra que atribui características aos
adjetivos e sua função de substantivos. É importante prever um trabalho
atribuição de propriedades reflexivo, com base em inventários, de
aos substantivos. observação, análise, comparação e levantamento
de regularidades que caracterizem essa classe de
palavras.
Podem-se realizar atividades com leitura e
produção de texto, em que os comandos do
professor provoquem os estudantes e os levem a
perceber a função dessa classe gramatical no
texto. Considera-se fundamental o trabalho em
colaboração (coletivo e em duplas), assim como a
utilização de recursos, como materiais concretos e
ferramentas digitais.
Morfologia (MS.EF03LP10.s.10) Esta habilidade trata de reconhecer, ainda que de
Reconhecer prefixos e sufixos modo não sistematizado, as palavras que derivam
produtivos na formação de de outras e que têm o seu sentido modificado
palavras derivadas de pelo acréscimo de prefixos ou sufixos no início ou
substantivos, de adjetivos e no final delas. Esses afixos possuem sentidos
de verbos, utilizando-os para regulares, sendo possível identificar o significado
compreender palavras e para de uma palavra derivada, se a primitiva e o afixo
formar novas palavras. forem conhecidos.
Sugere-se a realização de atividades com gêneros
textuais diversos, presentes nos diferentes
suportes do cotidiano do estudante, como
revistas, jornais, rótulos de embalagens, tabloides,
dentre outros; a utilização de cruzadinhas, caça-
palavras, jogos, ferramentas digitais, dentre
outros.

CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF03LP11.s.11) Trata-se de uma habilidade complexa, que precisa


(compartilhada e leitura Ler e compreender, com considerar tanto o trabalho com as habilidades de
autônoma) autonomia, textos injuntivos leitura quanto as características de cada um dos
instrucionais (receitas, gêneros (organização interna; marcas linguísticas;
instruções de montagem conteúdo temático) e dos textos injuntivos
etc.), com a estrutura própria instrucionais a serem lidos. Deve-se atentar para
desses textos (verbos o fato de que o trabalho previsto é com
imperativos, indicação de autonomia.
passos a ser seguidos) e Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
mesclando palavras, imagens se a realização de atividades que favoreçam o
e recursos gráfico-visuais, reconhecimento das características dos textos
considerando a situação selecionados para leitura e dos gêneros previstos,
comunicativa e o como, por exemplo, as instruções de montagem,
tema/assunto do texto. que se organizam pela presença de:
- apresentação e nomeação de todas as peças;
- esquema gráfico de montagem;
- explicação e uma relação de cuidados
relacionados ao uso, a depender da
especificidade do produto, presença do
imperativo ou infinitivo nas instruções.
Nas atividades de estudo convém focalizar as
características que forem importantes para a
compreensão do texto, e articular essas
características à finalidade do texto. Ressalta-se
que o texto não pode ser considerado pretexto e
que o trabalho com textos instrucionais não se

174
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
limita ao gênero receita, pois há uma infinidade
de outros gêneros presentes no cotidiano do
estudante.
Compreensão em (MS.EF03LP12.s.12) Nesta habilidade sugere-se a aplicação das
leitura Ler e compreender, com mesmas orientações, como possibilidades, da
autonomia, cartas pessoais e habilidade (MS.EF03LP11.s.11), observando as
diários, com expressão de especificidades próprias dos gêneros previstos na
sentimentos e opiniões, habilidade (MS.EF03LP12.s.12).
dentre outros gêneros do
campo da vida cotidiana, de
acordo com as convenções
do gênero carta e
considerando a situação
comunicativa e o
tema/assunto do texto.
Produção de Escrita colaborativa (MS.EF03LP13.s.13) Trata-se de uma habilidade que articula a
textos (escrita Planejar e produzir cartas produção textual com o gênero de cartas
compartilhada e pessoais e diários, com pessoais e diário e dois vetores do processo de
autônoma) expressão de sentimentos e escrita (a situação comunicativa e o tema/assunto
opiniões, dentre outros do texto). Envolve ao menos duas operações
gêneros do campo da vida distintas, passíveis de abordagem
cotidiana, de acordo com as separadamente: planejar e produzir, que
convenções dos gêneros significam organizar as ideias para depois colocá-
carta e diário e considerando las no papel.
a situação comunicativa e o Após a produção, deve-se proceder às estratégias
tema/assunto do texto. de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Para o desenvolvimento desta habilidade há
diversas estratégias possíveis, dentre elas a
proposição de produção de diários pessoais, pois
são bem aceitos pelas crianças. Essa produção
possibilita aos estudantes atender à finalidade de
expressar e relatar sentimentos, opiniões e
acontecimentos da vida pessoal. O elemento fixo
do texto é a data em cada registro. A linguagem
costuma ser informal, mas também pode tender
para o literário.
Assim como o diário, as cartas podem ser reais ou
fictícias, quer dizer, ser o relato do cotidiano ou
de um personagem de uma história determinada,
a partir de obras literárias lidas pelos estudantes
em outros momentos.
Pode-se também trabalhar com projetos de
leitura envolvendo os gêneros citados e a
produção, que pode ser coletiva ou em pares, em
que os estudantes tenham que estabelecer
combinados para o seu planejamento.
Escrita Escrita colaborativa (MS.EF03LP14.s.14) Trata-se de uma habilidade que articula a
(compartilhada e Planejar e produzir textos produção textual com o gênero injuntivo
autônoma) injuntivos instrucionais, com a instrucional e dois vetores do processo de escrita
estrutura própria desses (a situação comunicativa e o tema/assunto do
textos (verbos imperativos, texto). Envolve ao menos duas operações
indicação de passos a ser distintas, que podem ser tratadas
seguidos) e mesclando separadamente: planejar e produzir, que
palavras, imagens e recursos significam organizar as ideias para depois colocá-
gráfico-visuais, considerando las no papel.
a situação comunicativa e o Após a produção, deve-se proceder às estratégias
tema/ assunto do texto. de revisão e reelaboração da escrita,

175
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Esta habilidade ainda prevê que, na produção,
considerem-se os aspectos gráfico-visuais que
possam ajudar na compreensão do texto.
Podem-se prever atividades em que seja possível
reconhecer as características desse gênero, e
trabalhar com a habilidade (MS.EF03LP11.s.11),
considerando suas orientações.
Sugere-se, ainda, o desenvolvimento de projetos
em que haja planejamento, produção e
contextualização, podendo ser socializados, por
exemplo, por meio da exposição de origamis
preferidos da classe (apresentados com as
devidas instruções escritas em espaço reservado,
para que o visitante possa arriscar-se a produzi-
los), mural de dobraduras e as devidas instruções,
espaço do brinquedo, no qual visitantes são
instigados e orientados a montar brinquedos
antigos, a partir de um modelo e de instruções
escritas, com assessoria dos estudantes e com
registros que possam repertoriar a produção.
Oralidade Produção de texto (MS.EF03LP15.s.15) Esta habilidade envolve a recepção atenta e a
oral Assistir, em vídeo digital, a análise de receitas transmitidas em mídia digital,
programa de culinária infantil além de duas outras operações complexas e
e, a partir dele, planejar e articuladas entre si: planejar e produzir textos do
produzir receitas em áudio ou mesmo gênero.
vídeo. Pode ser desenvolvida como desdobramento das
anteriores, que versam sobre leitura e produção
de textos instrucionais. Portanto, esta habilidade
poderá envolver tanto a escrita quanto a
oralização de uma receita conhecida, conforme
orientação do professor. Porém, essa oralização
não envolve produção de conteúdo, mas a leitura
expressiva de textos já produzidos.
Ressalta-se que é necessária a utilização das
ferramentas digitais, quando possível, na
produção de textos orais em ambientes digitais e,
por isso, é fundamental que o professor:
- oportunize momentos de projeção de áudios e
vídeos com receitas aos estudantes;
- crie um ambiente de aprendizagem que
favoreça a colaboração e o trabalho em equipe,
em que o par mais experiente apoie o menos
experiente, bem como a colaboração e o respeito
aos diferentes posicionamentos, durante o
processo de planejamento e produção de receitas
em vídeos ou áudios.
Análise Forma de (MS.EF03LP16.s.16) Esta habilidade refere-se a reconhecer, no
linguística/ composição do texto Identificar e reproduzir, em processo de leitura, recursos linguísticos e
semiótica textos injuntivos instrucionais discursivos que constituem os gêneros previstos,
(Ortografização) (receitas, instruções de de modo que seja possível empregá-los
montagem, digitais ou adequadamente nos textos a serem produzidos.
impressos), a formatação Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
própria desses textos (verbos se a realização de sequências didáticas, com
imperativos, indicação de atividades de leitura colaborativa, de revisão
passos a ser seguidos) e a processual e final que possibilitem analisar a
diagramação específica dos adequação dos textos produzidos. Sugere-se,
textos desses gêneros (lista também, a realização de um projeto, por

176
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
de ingredientes ou materiais exemplo, com a criação de vlogs, com
e instruções de execução – apresentação de receitas típicas da região, sendo
"modo de fazer"). possível aqui o trabalho interdisciplinar com
História e Geografia, pois ao abordar comidas
típicas é possível pesquisar a sua origem.
De igual modo, é possível o trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03MA02.s.02), (MS.EF03MA08.s.08) e
(MS.EF03MA09.s.09), da Matemática, para a
leitura, a compreensão e a utilização de números
decimais e divisão em receitas.
Forma de (MS.EF03LP17.s.17) Esta habilidade refere-se a reconhecer, no
composição do texto Identificar e reproduzir, em processo de leitura, recursos linguísticos e
gêneros epistolares e diários, discursivos que constituem os gêneros previstos,
a formatação própria desses de modo que seja possível empregá-los
textos (relatos de adequadamente nos textos a serem produzidos.
acontecimentos, expressão de Ressalta-se que esta habilidade pode ser
vivências, emoções, opiniões desenvolvida com a habilidade
ou críticas) e a diagramação (MS.EF03LP13.s.13) e, portanto, sugere-se, além
específica dos textos desses das possibilidades já descritas, a realização de
gêneros (data, saudação, sequências didáticas, com atividade de leitura
corpo do texto, despedida, colaborativa, de planejamento, de identificação e
assinatura). de revisão processual.
Sugere-se, também, uma proposta de trabalho
que consista em escrever para pessoas de
diferentes estados para saber como é a vida
delas. É possível, ainda, produzir um blog ou
enviar e-mails.
Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF03LP18.s.18) Esta habilidade consiste em compreender textos
(compartilhada e leitura Ler e compreender, com de diferentes gêneros do campo jornalístico (com
autônoma) autonomia, cartas dirigidas a destaque para as cartas à redação e para as
veículos da mídia impressa ou notícias). As convenções de cada gênero, a
digital (cartas de leitor e de situação comunicativa e o tema/assunto do texto
reclamação a jornais, revistas) constituem-se vetores da compreensão visada.
e notícias, dentre outros Para o desenvolvimento desta habilidade é
gêneros do campo fundamental a participação direta e sistemática
jornalístico, de acordo com as do estudante em práticas de leitura e produção
convenções do gênero carta e de textos do campo jornalístico/midiático, por
considerando a situação meio das quais possa observar os vetores
comunicativa e o mencionados em ação, assim como refletir a
tema/assunto do texto. respeito de seu papel na (re)construção dos
sentidos do texto.
Ressalta-se que é indispensável que o professor,
conforme a realidade da escola, oportunize aos
estudantes amplo acesso às mídias impressa e
digital.
Compreensão em (MS.EF03LP19.s.19) Esta habilidade é complexa, pois precisa
leitura Identificar e discutir o considerar tanto o trabalho com as habilidades de
propósito do uso de recursos leitura quanto as características de cada um dos
de persuasão (cores, imagens, gêneros (organização interna; marcas linguísticas;
escolha de palavras, jogo de conteúdo temático) e dos textos publicitários e de
palavras, tamanho de letras) propaganda a serem lidos.
em textos publicitários e de Para desenvolver esta habilidade sugere-se a
propaganda, como elementos proposição de atividades envolvendo diversos
de convencimento. textos para a identificação do interlocutor
privilegiado, a localização dos recursos
persuasivos apresentados, o reconhecimento dos
efeitos de sentido provocados por tais recursos, a
análise da adequação dos recursos empregados,

177
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
considerando o interlocutor pretendido, a função
do gênero e a finalidade desses textos. Ressalta-
se que a leitura colaborativa é uma atividade
fundamental para a realização desse trabalho.
Podem-se utilizar recursos digitais, quando
possível, pois ampliam as possibilidades de
análise.
Produção de Escrita colaborativa (MS.EF03LP20.s.20) Para o desenvolvimento desta habilidade pode-se
textos (escrita Produzir cartas dirigidas a utilizar, como possibilidade, a orientação da
compartilhada e veículos da mídia impressa ou habilidade (MS.EF03LP13.s13), observando que
autônoma) digital (cartas do leitor ou de tratam-se de gêneros textuais semelhantes, mas
reclamação a jornais ou com características específicas. Esta habilidade
revistas), dentre outros pode ser desenvolvida com a habilidade
gêneros do campo político- (MS.EF03LP18.s.18).
cidadão, com opiniões e Envolve ao menos duas operações distintas,
críticas, de acordo com as passíveis de abordagem separadamente: planejar
convenções do gênero carta e e produzir, que significam organizar as ideias para
considerando a situação depois colocá-las no papel.
comunicativa e o Após a produção, deve-se proceder às estratégias
tema/assunto do texto. de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Escrita colaborativa (MS.EF03LP21.s.21) Trata-se de uma habilidade que articula a
Produzir anúncios produção de gêneros publicitários ao uso de
publicitários, textos de recursos de persuasão apropriados. Diz respeito a
campanhas de organizar as ideias e utilizar a criatividade para
conscientização destinados depois escrevê-las.
ao público infantil, Envolve ao menos duas operações distintas,
observando os recursos de passíveis de abordagem separadamente: planejar
persuasão utilizados nos e produzir, que significam organizar as ideias para
textos publicitários e de depois colocá-las no papel.
propaganda (cores, imagens, Após a produção, deve-se proceder às estratégias
slogan, escolha de palavras, de revisão e reelaboração da escrita,
jogo de palavras, tamanho e estabelecendo objetivos e critérios adequados
tipo de letras, diagramação). aos contextos de circulação previstos.
Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
se a realização de um trabalho contextualizado
em projetos interdisciplinares, que abordem
temáticas relevantes para a comunidade local,
como a conservação do patrimônio público, a
preservação de recursos naturais, a
conscientização sobre a necessidade de consumo
sustentável, o repúdio ao preconceito, a
valorização da cultura local, dentre outras.
Desse modo, podem-se propor atividades em que
a produção aconteça em colaboração e de modo
mais autônomo.

178
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Oralidade Planejamento e (MS.EF03LP22.s.22) Esta habilidade consiste na oralização de textos
produção de texto Planejar e produzir, em destinados a telejornais infantis, articulada a
colaboração com os colegas, quatro vetores: a situação comunicativa; o plano
telejornal para público infantil geral do texto próprio do gênero visado; o tema,
com algumas notícias e textos a finalidade e demanda; e o planejamento e a
de campanhas que possam execução. A habilidade requer, ainda, a análise da
ser repassados oralmente ou mídia e dos textos/gêneros que nela circulam.
em meio digital, em áudio ou Para o seu desenvolvimento é essencial que o
vídeo, considerando a estudante tenha assegurado, mediante a
situação comunicativa, a disponibilidade de recursos da escola, o acesso e
organização específica da fala a utilização de ferramentas digitais que viabilizem
nesses gêneros e o a produção dos textos em áudio ou vídeo.
tema/assunto/ finalidade dos Sugere-se a realização de trabalhos em grupo,
textos. considerando o meio de circulação e as
características do gênero.
Ressalta-se que esta habilidade pode resultar na
produção oral ou na oralização de textos escritos
a serem gravados em vídeo e, por isso, envolve
outras atividades, como:
- produzir a escrita do texto a ser lido e/ou
organizar esquema do texto a ser produzido
oralmente, o que requer muito ensaio coletivo,
com análise crítica;
- estudar os recursos a serem empregados nesse
material, considerando a especificidade da mídia
e o ambiente no qual será veiculado o material.
Destaca-se a possibilidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF15AR26.s.28), da Arte, e (MS.EF35EF03.s.04),
da Educação Física, no que se refere à
comunicação de informações por múltiplas
linguagens.
Análise Forma de (MS.EF03LP23.s.23) Nesta habilidade pode-se utilizar, como
linguística/ composição dos Analisar o uso de adjetivos possibilidade, a orientação presente na habilidade
semiótica textos em cartas dirigidas a veículos (MS.EF35LP16.s.16).
(Ortografização) da mídia impressa ou digital
(cartas do leitor ou de
reclamação a jornais ou
revistas), digitais ou
impressas.

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF03LP24.s.24) Esta habilidade consiste em considerar tanto o


(compartilhada e leitura Ler/ouvir e compreender, trabalho com as habilidades de leitura quanto as
autônoma) com autonomia, relatos de características de cada um dos gêneros
observações e de pesquisas (organização interna; marcas linguísticas;
em fontes de informações, conteúdo temático) e dos textos de relatos e
considerando a situação pesquisas a serem lidos, de forma autônoma, pelo
comunicativa e o estudante.
tema/assunto do texto. Para desenvolvê-la, sugere-se a realização de
atividades, como:
- a pesquisa desses textos na internet para
montar um dossiê e elaborar uma carta de
reclamação, ou de leitor, organizado em um
projeto de leitura e escrita;
- o trabalho com relatos de experimentos e de
pesquisas, pois são textos úteis nas atividades
com temas relacionados às questões sociais,

179
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
como as relações estabelecidas entre as crianças e
o celular, o impacto das redes sociais na vida da
criança, a presença da violência no cotidiano da
cidade; dentre outros.
Observa-se que há, aqui, a oportunidade de
trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03MA26.s.26), (MS.EF03MA27.s.27),
(MS.EF03MA28.s.28), da Matemática,
(MS.EF03CI06.s.06), (MS.EF03CI09.s.09), da
Ciência, (MS.EF03HI03.s.03), da História, e
(MS.EF03GE01.s.01), da Geografia, associadas à
coleta, leitura, comparação e interpretação de
dados de pesquisas.
Produção de Produção de textos (MS.EF03LP25.s.25) Esta é uma habilidade que articula a produção
textos Planejar e produzir textos textual com o gênero de apresentação de
(escrita para apresentar resultados de resultados de observações e pesquisas e dois
compartilhada e observações e de pesquisas vetores do processo de escrita (a situação
autônoma) em fontes de informações, comunicativa e o tema/assunto do texto).
incluindo, quando pertinente, Envolve ao menos duas operações distintas,
imagens, diagramas e passíveis de abordagem separadamente: planejar
gráficos ou tabelas simples, e produzir, que significam organizar as ideias para
considerando a situação depois colocá-las no papel.
comunicativa e o Após a produção, deve-se proceder às estratégias
tema/assunto do texto. de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Para o seu desenvolvimento, sugere-se a
realização de atividades em que os estudantes
compreendam os gêneros envolvidos na
apresentação, como a exposição oral.
Podem-se propor pesquisas a partir de temáticas
que favoreçam a interdisciplinaridade, como
povos originários do Brasil, imigrantes, dentre
outras. Dessa forma, é possível o trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03MA26.s.26), (MS.EF03MA27.s.27),
(MS.EF03MA28.s.28), da Matemática,
(MS.EF03CI06.s.06), (MS.EF03CI09.s.09), da
Ciências, (MS.EF03HI03.s.03), da História, e
(MS.EF03GE01.s.01), da Geografia, associadas à
coleta, leitura, comparação e interpretação de
dados, com apoio de recursos multissemióticos,
incluindo gráficos e tabelas.
Essa ação pode ser proposta entre pares,
pequenos grupos e até mesmo entre as turmas,
visando estabelecer parcerias para a produção.
Para a consolidação dessas atividades é possível
diversificar quanto ao gênero a ser produzido nos
resultados de observações e pesquisas
apresentados, como por exemplo: relatórios
simples, cartazes, gráficos, tabelas, dentre outros.

180
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Análise Forma de (MS.EF03LP26.26) Esta habilidade refere-se a reconhecer, no
linguística/ composição dos Identificar e reproduzir, em processo de leitura, recursos linguísticos e
semiótica textos relatórios de observação e discursivos que constituem os gêneros previstos,
(Ortografização) Adequação do texto pesquisa, a formatação e de modo que seja possível empregá-los
às normas de escrita diagramação específica adequadamente nos textos a serem produzidos.
desses gêneros (passos ou Pode ser desenvolvida como desdobramento da
listas de itens, tabelas, habilidade (MS.EF03LP25.s.25). Para tanto, é
ilustrações, gráficos, resumo necessário que o estudante tenha contato
dos resultados), inclusive em frequente com textos organizados nos gêneros
suas versões orais. previstos. O professor pode propor atividades de
leitura colaborativa e de revisão processual e final,
pois possibilitam estudar os recursos e analisar a
adequação dos textos produzidos. Assim como
projetos que prevejam a elaboração de pesquisas
sobre questões sociais relevantes a serem
divulgadas em seminários viabilizam o trabalho.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03MA26.s.26), (MS.EF03MA27.s.27) e
(MS.EF03MA28.s.28), da Matemática,
(MS.EF03CI06.s.06) e (MS.EF03CI09.s.09), da
Ciência, (MS.EF03GE01.s.01), da Geografia, e
(MS.EF03HI03.s.03), da História, associadas à
coleta, leitura, comparação e interpretação de
dados, com apoio de recursos multissemióticos
(listas, tabelas, ilustrações, gráficos).

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Oralidade Performances orais (MS.EF03LP27.s.27) Esta habilidade envolve a leitura e a compreensão


Recitar cordel e cantar do texto a ser recitado, para que o estudante,
repentes e emboladas, conhecendo os efeitos de sentido em jogo, possa
observando as rimas e ler/recitar/cantar com maior fluência, ritmo e
obedecendo ao ritmo e à entonação adequada.
melodia. Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
se a realização de saraus, jograis, teatros, dentre
outros, abordando além dos gêneros
mencionados, textos poéticos que contemplem a
cultura local, nacional e, principalmente, a
periférica, ou seja, que abordem questões
presentes na cultura da comunidade local.
Ao propor essas atividades, deve-se privilegiar a
colaboração por meio do trabalho em grupos;
promover momentos para planejamento,
pesquisa, elaboração e ensaio, visando ao
desenvolvimento da fluência e observação do
ritmo entre os estudantes.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF15AR14.s.14) e (MS.EF15AR17.s.17), da
Arte, associadas à improvisação, composição e
sonorização de histórias e exploração dos
elementos constitutivos da música.

181
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise Construção do (MS.EF04LP01.s.01) Esta habilidade consiste em entender e registrar


linguística/ sistema alfabético e Grafar palavras utilizando corretamente os tipos de palavras previstas, tanto
semiótica da ortografia regras de correspondência as regras de correspondência regulares diretas (P,
(Ortografização) fonema-grafema regulares B, F, V, T, D), aquelas cujos sons são parecidos,
diretas e contextuais. quanto as regras de correspondência contextuais
(R, RR, M/N, NH), aquelas em que o contexto
interno da palavra é que determina que letra usar,
em uma progressão que contemple, a princípio, a
análise das ocorrências regulares contextuais em
colaboração e, a posteriori, a grafia correta e
autônoma.
Esta habilidade pode ser articulada com outras
que tratam da construção de regularidades, como
a (MS.EF03LP01.s.01), sempre prevendo um
ditado inicial para identificar as necessidades de
aprendizagem dos estudantes.
O trabalho de análise dos casos previstos pode
ser proposto logo que os estudantes
compreendam o sistema de escrita, garantindo
uma progressão com atividades que prevejam a
construção da autonomia da escrita convencional.
As atividades podem, ainda, propor a construção
de regras pela análise comparativa das
ocorrências.
Construção do (MS.EF04LP02.s.02) Esta habilidade relaciona-se à aprendizagem da
sistema alfabético e Ler e escrever, corretamente, ortografia, e pressupõe que o estudante já saiba
da ortografia palavras com sílabas VV e escrever alfabeticamente. Seu foco é o domínio
CVV em casos nos quais a de convenções e normas relacionadas à grafia de
combinação VV (ditongo) é vogais como /e/ e /o/ que, na língua oral, são
reduzida na língua oral (ai, ei, reduzidas a /i/ e /u/ em final de sílabas VV e CVV.
ou). Seu desenvolvimento requer a participação direta
e sistemática do estudante em práticas
significativas de leitura e/ou escrita nas quais a
grafia de palavras também seja objeto de
observação e reflexão. Faz-se necessário, para o
pleno desenvolvimento desta habilidade, que ela
esteja sempre articulada às demais habilidades de
apreensão e domínio da ortografia; venha
associada às práticas de leitura e escrita; envolva
observação, reflexão e apropriação.
A progressão pode apoiar-se nos itens
programados para estudo, assim como no grau
de autonomia que se pretenda levar o estudante
a atingir.
Conhecimento do (MS.EF04LP03.s.03) Trata-se de uma habilidade instrumental, que visa
alfabeto do Localizar palavras no responder a problemas tanto de compreensão
português do dicionário para esclarecer quanto relativos à repetição inadequada de
Brasil/Ordem significados, reconhecendo o palavras no texto produzido, garantindo a coesão
alfabética/Polissemia significado mais plausível e a coerência. Seu desenvolvimento demanda o
para o contexto que deu convívio cotidiano com dicionários e atividades
origem à consulta. de análise, estudo e uso desse instrumento.
Destacam-se alguns aspectos a serem
considerados na progressão do trabalho:
- familiarização com o gênero verbete (impresso
e/ou digital), reconhecendo suas partes e o tipo
de informações que apresentam, e com o

182
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
portador e sua organização interna: ordem
alfabética progressiva (letra inicial; inicial e 2ª letra
etc.);
- forma de apresentação das palavras (verbos no
infinitivo, substantivos e adjetivos no masculino
singular etc.) e apresentação das várias acepções
possíveis da palavra.
Esses aspectos podem constituir a progressão do
trabalho associados ao nível de autonomia do
estudante. Faz-se relevante, ainda, buscar o
significado do vocábulo também pelo contexto,
pela releitura do trecho em que ele foi
encontrado, especialmente no caso dos textos da
esfera literária, de modo a garantir a
familiarização com esse procedimento antes da
busca no dicionário.
Conhecimento das (MS.EF04LP04.s.04) Esta habilidade requer do estudante: identificar as
diversas grafias do Usar acento gráfico (agudo sílabas das palavras; reconhecer qual sílaba é
alfabeto/ Acentuação ou circunflexo) em tônica; identificar quais têm vogais abertas e
paroxítonas terminadas em - quais têm vogais fechadas; reconhecer sinais
i(s), -l, -r, -ão(s). gráficos, como o acento agudo e o circunflexo;
relacionar o primeiro com vogais abertas e o
segundo com as fechadas; identificar as
regularidades da acentuação apontada.
Todo esse trabalho pode ser realizado sem o uso
da metalinguagem (utilizar terminologia da
gramática para se referir às questões abordadas,
por exemplo, substantivo, adjetivo, concordância
verbal etc.). No entanto, é preciso ressaltar que o
seu uso torna a linguagem mais econômica,
podendo facilitar a reflexão, e que o recurso à
metalinguagem é posterior à compreensão do
fato discutido.
A progressão da acentuação inicia-se com as
pautas de memorização, nas quais palavras são
afixadas em cartazes que o estudante pode
consultar ao escrever. Pode-se propor que as
regularidades sejam discutidas por meio de um
movimento dialógico de análise e reflexão,
seguido de emprego na produção textual. As
pautas permanecem para o caso das
irregularidades.
Pontuação (MS.EF04LP05.s.05) Esta habilidade prevê a ampliação do estudo dos
Identificar a função na leitura recursos de pontuação, em relação à habilidade
e usar, adequadamente, na (MS.EF03LP07.s.07), incluindo o uso de vírgula em
escrita ponto final, de enumerações e em separação de vocativo e
interrogação, de exclamação, aposto. Da mesma forma, o estudo prevê:
dois-pontos e travessão em identificar os novos sinais gráficos; reconhecer -
diálogos (discurso direto), na leitura - a sua função; usá-los no texto para
vírgula em enumerações e em garantir legibilidade e para provocar os efeitos de
separação de vocativo e de sentido desejados.
aposto. Deve-se considerar que o estudo da pontuação
acontece de duas maneiras (como na habilidade
MS.EF02LP09.s.09): na leitura, ao analisar os
efeitos de sentido produzidos pelo uso no texto; e
na escrita, ao discutir possibilidades e analisar os
efeitos de sentido correspondentes (nesse caso,
empregar a vírgula em enumerações — ou usar
preposição e/ou ponto e vírgula — para separar

183
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
vocativo e aposto, que também pode ser
delimitado por travessões ou indicado por dois
pontos) e selecionar a que mais se adequar às
intenções de significação.
A progressão está prevista pela ampliação
gradativa dos sinais a serem utilizados de modo
convencional, mas também devem-se considerar
a complexificação dos textos e o nível de
autonomia do estudante.
Morfologia alterar (MS.EF04LP06.s.06) Esta habilidade, intimamente relacionada à
para Morfossintaxe Identificar em textos e usar na (MS.EF05LP06.s.06), envolve trabalhar com
produção textual a substantivos e pronomes pessoais ligados ao
concordância entre verbo, assim como identificar a necessidade de
substantivo ou pronome estabelecer a concordância verbal entre eles na
pessoal e verbo constituição da coesão e da coerência do texto. É
(concordância verbal). interessante prever um trabalho reflexivo de
observação, análise, comparação e derivação de
regularidades nas atividades com as classes de
palavras e suas funções no enunciado; e usar os
saberes gramaticais como ferramentas de
constituição da legibilidade.
O trabalho com esta habilidade deve prever a
utilização instrumental desse saber para tomar
decisões sobre a legibilidade do texto produzido,
especialmente durante a revisão processual
coletiva. Nesse momento, é possível antecipar
problemas de compreensão que o interlocutor
possa apresentar e ajustar o texto, garantindo
escolhas adequadas às intenções de significação.
Pode-se considerar a especificidade da
concordância verbal (número e pessoa),
garantindo sempre o trabalho em colaboração
(coletivo e em duplas).
Morfossintaxe (MS.EF04LP07.s.07) Esta habilidade prevê reconhecer a necessidade
Identificar em textos e usar na de estabelecer a concordância nominal na
produção textual a constituição da coesão e da coerência do texto. É
concordância entre artigo, interessante prever um trabalho reflexivo de
substantivo e adjetivo observação, análise, comparação e levantamento
(concordância no grupo de regularidades que caracterizem as classes de
nominal). palavras, e usar os saberes gramaticais como
ferramentas de constituição da legibilidade do
texto.
O trabalho com esta habilidade deve prever a
utilização instrumental desse saber para tomar
decisões sobre a legibilidade do texto produzido,
especialmente durante a revisão processual
coletiva e final. Nesse momento, é possível
antecipar problemas de compreensão que o
interlocutor apresenta e ajustar o texto,
garantindo escolhas adequadas às intenções de
significação. Deve-se considerar a especificidade
da concordância nominal (gênero e número),
garantindo sempre o trabalho em colaboração
(coletivo e em duplas).

184
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Morfologia (MS.EF04LP08.s.08) Esta habilidade corresponde às regularidades
Reconhecer e grafar, morfológicas abordadas na habilidade
corretamente, palavras (MS.EF05LP01.s.01).
derivadas com os sufixos - Deve-se articulá-la com outras, que prevejam o
agem, -oso, -eza, -izar/-isar conhecimento morfológico gramatical em uma
(regulares morfológicas). progressão que poderá acontecer no ano e entre
os anos do Ensino Fundamental. Indica-se que
sejam realizados ditados diagnósticos, de maneira
a identificar as possíveis ocorrências que ainda
não são grafadas convencionalmente pelos
estudantes, de modo a planejar intervenções
adequadas. Nesse caso, a habilidade se conecta
com todas as demais que tratam do ensino de
ortografia.

CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF04LP09.s.09) Trata-se de uma habilidade complexa, que precisa


(compartilhada e leitura Ler e compreender, com considerar tanto o trabalho com as habilidades de
autônoma) autonomia, boletos, faturas e leitura quanto as características de cada um dos
carnês, dentre outros gêneros gêneros do campo da vida cotidiana (organização
do campo da vida cotidiana, interna; marcas linguísticas; conteúdo temático) e
de acordo com as dos textos específicos a serem lidos. Deve-se
convenções do gênero atentar ao fato de que o trabalho previsto é com
(campos, itens elencados, autonomia.
medidas de consumo, código Convém focalizar as características/elementos que
de barras) e considerando a forem importantes para a compreensão do texto,
situação comunicativa e a articular a existência dessas características à
finalidade do texto. finalidade, prever um trabalho dialógico e
reflexivo no estudo, assim como a comparação
entre textos do mesmo gênero e de gêneros
diferentes, estabelecendo semelhanças e
diferenças.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF04MA10.s.10) e (MS.EF04MA25.s.25), da
Matemática, no que se refere à leitura de valores
monetários e às reflexões sobre consumo
consciente.
Compreensão em (MS.EF04LP10.s.10) Trata-se de uma habilidade complexa, que precisa
leitura Ler e compreender, com considerar tanto o trabalho com as habilidades de
autonomia, cartas pessoais de leitura quanto as características de cada um dos
reclamação, dentre outros gêneros do campo cotidiano (organização
gêneros do campo da vida interna; marcas linguísticas; conteúdo temático) e
cotidiana, de acordo com as dos textos específicos a serem lidos. Deve-se
convenções do gênero carta e atentar ao fato de que o trabalho previsto é com
considerando a situação autonomia.
comunicativa e o As cartas de reclamação circulam em situações de
tema/assunto/finalidade do comunicação em que um cidadão procura
texto. manifestar insatisfação ou resolver algum
problema que pode relacionar-se a um serviço ou
a um produto adquirido, por exemplo. Trata-se de
um gênero que possibilita o exercício da
cidadania, daí a importância do seu ensino.
Podem ser enviadas diretamente ao responsável
pelo problema ou serem publicadas em jornais e
revistas em seções específicas. A linguagem é
sempre mais formal e polida. Organizam-se a
partir dos seguintes elementos: local e data;

185
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
destinatário; cumprimento; apresentação do
problema; despedida; remetente. Devem-se
articular essas características à finalidade do texto,
assim como prever um trabalho dialógico e
reflexivo.
Produção de Escrita colaborativa (MS.EF04LP11.s.11) Esta habilidade articula a produção textual com o
textos (escrita Planejar e produzir, com gênero de cartas pessoais de reclamação e dois
compartilhada e autonomia, cartas pessoais de vetores do processo de escrita (a situação
autônoma) reclamação, dentre outros comunicativa e o tema/assunto do texto). Envolve
gêneros do campo da vida ao menos duas operações distintas, que podem
cotidiana, de acordo com as ser tratadas separadamente: planejar e produzir,
convenções do gênero carta e que significam organizar as ideias para depois
com a estrutura própria colocá-las no papel.
desses textos (problema, Após a produção, deve-se proceder às estratégias
opinião, argumentos), de revisão e reelaboração da escrita,
considerando a situação estabelecendo objetivos e critérios adequados
comunicativa e o aos contextos de circulação previstos.
tema/assunto/finalidade do Esta habilidade pode ser ampliada com atividades
texto. que prevejam a utilização de procedimentos de
busca e consulta a ambientes/espaços impressos
e digitais de publicação das cartas de reclamação,
tanto em colaboração quanto de modo
autônomo, para o exercício pleno da cidadania.
É possível, portanto, propor atividades que:
- envolvam a análise de textos dos gêneros em
questão, para explicitar as suas características;
- orientem o uso de procedimentos escritores,
como reler o que está escrito para continuar,
consultar o planejamento para tomar decisões e
revisar no processo e ao final;
- ampliem para análise dos ambientes de
publicação das cartas.
Oralidade Produção de texto (MS.EF04LP12.s.12) Esta habilidade envolve a recepção atenta e a
oral Assistir, em vídeo digital, a compreensão de textos instrucionais veiculados
programa infantil com em mídia digital, além de duas outras operações
instruções de montagem, de complexas: planejar e produzir tutoriais, prevendo
jogos e brincadeiras e, a partir o acesso e a utilização de ferramentas digitais que
dele, planejar e produzir viabilizem a produção dos textos em áudio ou
tutoriais em áudio ou vídeo. vídeo.
Podem-se propor atividades que:
- envolvam análise de textos, dos gêneros
previstos, para extrair as suas características, de
acordo com a situação comunicativa;
- prevejam o planejamento do texto a ser
produzido, considerando a situação em que irá
circular;
- orientem a produção/textualização dos textos
em áudio ou vídeo.
A progressão pode apoiar-se na extensão e
complexidade das instruções previstas, assim
como nas operações sucessivas que a habilidade
envolve. Destaca-se, aqui, a oportunidade de
trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF15AR24.s.26), da Arte, e (MS.EF35EF01.s.01),
da Educação Física, voltadas à experimentação e
compreensão de jogos e brincadeiras.

186
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Análise Forma de (MS.EF04LP13.s.13) Esta habilidade refere-se a reconhecer, no
linguística/ composição do texto Identificar e reproduzir, em processo de leitura, recursos linguísticos e
semiótica textos injuntivos instrucionais discursivos que constituem os gêneros previstos,
(Ortografização) (instruções de jogos digitais de modo que seja possível empregá-los
ou impressos), a formatação adequadamente nos textos a serem produzidos.
própria desses textos (verbos Deve-se considerar que esta habilidade já
imperativos, indicação de representa um aprofundamento em relação à
passos a ser seguidos) e habilidade (MS.EF01LP20.s.20). No 1º ano, o
formato específico dos textos trabalho acontece por frequentação; no 4º, o
orais ou escritos desses aprofundamento pode ser realizado por
gêneros (lista/ apresentação sequências didáticas. A atividade de leitura
de materiais e colaborativa possibilita estudar os recursos
instruções/passos de jogo). previstos, enquanto a de revisão processual e final
possibilita analisar a adequação dos textos
produzidos. Um projeto interessante pode ser a
elaboração de blogs, vlogs ou revistas temáticas
de jogos: indígenas, da década de 50, de
diferentes regiões do país, da América Latina etc.
A progressão pode dar-se pela complexidade dos
jogos (e dos textos), assim como pelo nível de
autonomia do estudante que se efetiva pela
organização de habilidades em que as tarefas
sejam realizadas em colaboração e,
progressivamente, de modo independente.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF15AR24.s.26), da Arte, e (MS.EF35EF01), da
Educação Física, voltadas à experimentação e
compreensão de jogos e brincadeiras.

CAMPO DA VIDA PÚBLICA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF04LP14.s.14) Esta é uma habilidade complexa, que precisa


(compartilhada e leitura Identificar, em notícias, fatos, considerar tanto o trabalho com as habilidades de
autônoma) participantes, local e leitura, que requer a mobilização de outras
momento/tempo da competências, como a construção de
ocorrência do fato noticiado. informações, a inferenciação e a ativação de
repertório prévio, quanto as características da
notícia (organização interna; marcas linguísticas;
conteúdo temático). A leitura colaborativa,
trabalhada na habilidade (MS.EF12LP02.s.02), é
atividade fundamental para a realização do
trabalho.
Compreensão em (MS.EF04LP15.s.15) Trata-se de uma habilidade complexa que precisa
leitura Distinguir fatos de considerar tanto o trabalho com outras
opiniões/sugestões em textos habilidades de leitura quanto as características
(informativos, jornalísticos, dos textos mencionados (organização interna;
publicitários etc.). marcas linguísticas; conteúdo temático). Esta
habilidade de leitura requer a mobilização de
outras competências, como a localização e a
redução de informações, a articulação de
informações de diferentes partes do texto, a
inferenciação e a ativação de repertório prévio.
Além disso, requer a identificação de valores
éticos e/ou políticos no texto e de elaboração de
apreciações relativas a esses e a outros valores.
A leitura colaborativa, trabalhada na habilidade
(MS.EF12LP02.s.02), é atividade fundamental para
o desenvolvimento desta habilidade.

187
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Produção de Escrita colaborativa (MS.EF04LP16.s.16) Esta habilidade articula a produção de notícias a
textos (escrita Produzir notícias sobre fatos dois vetores do processo de escrita (a situação
compartilhada e ocorridos no universo escolar, comunicativa e o tema/assunto do texto) e ao
autônoma) digitais ou impressas, para o tratamento da matéria de acordo com as
jornal da escola, noticiando convenções do gênero.
os fatos e seus atores e Envolve ao menos duas operações distintas,
comentando decorrências, de passíveis de abordagem separadamente: planejar
acordo com as convenções e produzir, que significam organizar as ideias para
do gênero notícia e depois colocá-las no papel.
considerando a situação Após a produção, deve-se proceder às estratégias
comunicativa e o de revisão e reelaboração da escrita,
tema/assunto do texto. estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Esta habilidade prevê a produção de textos do
gênero notícia, o que envolve organizar as ideias
e utilizar informações coletadas por pesquisa para
depois escrever fatos do entorno do estudante.
Deve-se prever o trabalho contextualizado a partir
de temáticas relevantes para a comunidade local
e para o interesse dos estudantes, como eventos
da comunidade, ações comunitárias em
desenvolvimento, propostas do governo local e
da escola, realização de campeonatos esportivos,
notícias a respeito de funcionamento de
bibliotecas e espaços culturais, funcionamento de
espaços públicos, problemas que a
cidade/comunidade vivencia, dentre outras.
A habilidade requer a análise de textos no gênero
em questão para explicitar suas principais
características e repertoriar a produção. Assim, a
habilidade pode ser desmembrada, prevendo o
estudo do gênero e da situação comunicativa em
que a produção irá circular.
Recomenda-se uma progressão que se inicie com
o trabalho colaborativo coletivo e avance para as
atividades em grupo/duplas e autônomas.
Oralidade Planejamento e (MS.EF04LP17.s.17) Esta habilidade focaliza a produção de materiais
produção de texto Produzir jornais radiofônicos jornalísticos (orais e/ou escritos) para diferentes
ou televisivos e entrevistas mídias. A produção visada está articulada às
veiculadas em rádio, TV e na características dos gêneros previstos. A habilidade
internet, orientando-se por requer a análise da mídia e dos textos/gêneros
roteiro ou texto e que nela circulam.
demonstrando conhecimento Deve-se considerar que esta habilidade prevê
dos gêneros jornal tanto a produção oral quanto a oralização de
falado/televisivo e entrevista. textos escritos. Essa situação coloca as seguintes
condições básicas para a adequação do texto:
- produzir a escrita do texto a ser lido; e/ou
organizar esquema do texto a ser produzido
oralmente, o que requer muito ensaio coletivo,
com análise crítica;
- estudar os recursos a serem empregados nesse
material, considerando a especificidade da mídia
e o ambiente no qual será veiculado o material.
Além disso, as atividades podem prever: a seleção
e estudo dos textos a serem produzidos para
compreender suas características, de acordo com
a situação comunicativa; o
planejamento/pesquisa do conteúdo temático,

188
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
considerando a situação em que irá circular o tipo
de mídia.
Do ponto de vista da progressão, é possível
propor atividades que orientem a
produção/revisão colaborativa e que estejam
inseridas em projetos de produção de jornais
editados para circular em blogs e rádios
comunitárias da escola.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF15AR19.s.19), da Arte, no que se refere à
identificação de elementos teatrais na vida
cotidiana, no caso, nos gêneros jornal
falado/televisivo e entrevista.
Análise Forma de (MS.EF04LP18.s.18) Esta habilidade relaciona-se com a
linguística/ composição dos Analisar o padrão (MS.EF05LP21.s.21), na medida em que prevê o
semiótica textos entonacional e a expressão estudo de aspectos relativos às comunicações
(Ortografização) facial e corporal de âncoras orais (algumas entrevistas, vídeos de vloggers) ou
de jornais radiofônicos ou oralizadas (fala de âncora ou locutor de notícias,
televisivos e de por exemplo). Seu desenvolvimento possibilita a
entrevistadores/entrevistados. compreensão mais crítica e aprofundada dos
textos ouvidos pelo estudante e coloca em jogo a
relação entre entonação, gesticulação, olhares,
tom de voz, expressões faciais, meneios de
cabeça, de um lado, e, de outro, os efeitos de
sentido assim produzidos, evidenciando valores
éticos, estéticos e políticos veiculados na fala.
Recomenda-se que o desenvolvimento desta
habilidade venha associado às diferentes práticas
de escuta atenta e crítica de entrevistas e jornais
radiofônicos e/ou televisivos, para que os
estudantes possam perceber e familiarizar-se
com os padrões denotacionais e a expressão
corporal próprios de âncoras e entrevistadores
nesses meios. Convém prever, ainda, que as
atividades sejam realizadas com base em
gravações de discursos autênticos (registrados
nessas situações), tornando possível assistir,
analisar, reassistir e tirar dúvidas relativas ao
estudo. A progressão pode ser pela complexidade
dos textos lidos (em função, por exemplo, do
tema) e pelo nível de autonomia que se pretende
levar o estudante a conquistar em cada etapa.

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF04LP19.s.19) Esta é uma habilidade complexa, que precisa


(compartilhada e leitura Ler e compreender textos considerar tanto o trabalho com as habilidades de
autônoma) expositivos de divulgação leitura quanto as características de cada um dos
científica para crianças, gêneros (organização interna; marcas linguísticas;
considerando a situação conteúdo temático) e dos textos expositivos de
comunicativa e o tema/ divulgação científica para crianças a serem lidos.
assunto do texto. O grau de autonomia esperado no
desenvolvimento desta habilidade deve ser
articulado com o repertório suposto para o
estudante no nível de ensino em foco.
Textos expositivos de divulgação científica são
fundamentais na vida escolar: é por meio deles
que o conhecimento produzido em diversas áreas
é registrado e divulgado. Por isso, a leitura desses
189
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
será sempre solicitada nas diversas disciplinas, e o
prosseguimento dos estudos pode depender da
proficiência constituída pelo estudante.
Devem-se focalizar as características que forem
importantes para a compreensão do texto,
articular essas características a sua finalidade,
prever um trabalho dialógico e reflexivo, assim
como a comparação entre textos por
semelhanças e diferenças.
Imagens analíticas em (MS.EF04LP20.s.20) Esta habilidade refere-se à necessidade de o
textos Reconhecer a função de estudante reconhecer que os textos podem ser
gráficos, diagramas e tabelas compostos por diferentes recursos semióticos, os
em textos, como forma de quais também compõem os sentidos,
apresentação de dados e caracterizando-os como multissemióticos. O grau
informações. de autonomia esperado no desenvolvimento
desta habilidade deve ser articulado com o
repertório suposto para o estudante no nível de
ensino em foco.
Nos textos de divulgação científica, acadêmicos,
de pesquisa e também nos de imprensa
(reportagens, artigos de divulgação científica,
artigos acadêmicos, relatórios de pesquisa etc.), é
comum a presença de infográficos que sintetizem
dados, esquemas visuais que simulem uma
situação descrita, tabelas que apresentem dados
coletados e gráficos que os agrupem, oferecendo
uma visão geral e comparada de respostas a uma
enquete, por exemplo.
Prevê-se que os estudantes compreendam que
esses recursos podem conter dados não
apresentados no texto verbal e que são
importantes para uma melhor compreensão da
questão discutida no texto. É importante
tematizar a presença desses dados por meio de
perguntas que os coloquem em jogo.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03MA26.s.26), (MS.EF03MA27.s.27),
(MS.EF03MA28.s.28), da Matemática,
(MS.EF03CI06.s.06), (MS.EF03CI09.s.09), da
Ciência, (MS.EF03HI03.s.03), da História, e
(MS.EF03GE01.s.01), da Geografia, associadas à
coleta, leitura, comparação e interpretação de
dados de pesquisas, com apoio de recursos
multissemióticos.
Produção de Produção de textos (MS.EF04LP21.s.21) Esta é uma habilidade que articula a produção
textos(escrita Planejar e produzir textos textual com o tema de interesse do estudante,
compartilhada e sobre temas de interesse, com base em fontes de informação e pesquisa
autônoma) com base em resultados de confiáveis e dois vetores do processo de escrita (a
observações e pesquisas em situação comunicativa e o tema/assunto do
fontes de informações texto). Envolve ao menos duas operações
impressas ou eletrônicas, distintas, que podem ser tratadas separadamente:
incluindo, quando pertinente, planejar e produzir, que significam organizar as
imagens e gráficos ou tabelas ideias para depois colocá-las no papel.
simples, considerando a Após a produção, deve-se proceder às estratégias
situação comunicativa e o de revisão e reelaboração da escrita,
tema/assunto do texto. estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.

190
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Devem-se organizar as atividades em temáticas
significativas para o país ou região, como
ambiente e sustentabilidade (tratamento do lixo,
água etc.), aspectos relacionados à saúde etc.,
articuladas, de modo interdisciplinar, a projetos
que prevejam situações comunicativas orais em
interação com estudantes de outros anos do
Ensino Fundamental.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF04MA27.s.27) e (MS.EF04MA28.s.28), da
Matemática, no que se refere à utilização de
gráficos e tabelas para a realização de pesquisas e
análise de dados. É possível, ainda, propor
atividades que:
- envolvam análise de textos com temáticas de
interesse baseados em outras fontes para
explicitar suas características, construindo
registros que possam repertoriar a produção;
- orientem procedimentos escritores, como reler
o que está escrito para continuar escrevendo,
consultar o planejamento para tomar decisões e
revisar no processo e ao final.
Escrita autônoma (MS.EF04LP22.s.22) Esta habilidade articula a produção textual com o
Planejar e produzir, com certa gênero verbete de enciclopédia e dois vetores do
autonomia, verbetes de processo de escrita (a situação comunicativa e o
enciclopédia infantil, digitais tema/assunto do texto). Envolve ao menos duas
ou impressos, considerando a operações distintas, que podem ser tratadas
situação comunicativa e o separadamente: planejar e produzir, que
tema/assunto/finalidade do significam organizar as ideias para depois colocá-
texto. las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Deve-se prever:
- a consulta a enciclopédias eletrônicas e
impressas a partir da pesquisa em biblioteca
escolar ou ambientes digitais, com análise de
verbetes, de modo a explicitar as suas
características e construir registros que possam
repertoriar a produção;
- a pesquisa do conteúdo temático em fontes
impressas e digitais, com tomada coletiva de
notas ou em grupos;
- o estudo de ambientes digitais que recebem
verbetes de enciclopédia para publicação.
Devem-se propor, também, atividades que
orientem o uso de procedimentos escritores,
como reler o que está escrito para continuar,
consultar o planejamento para tomar decisões no
momento da escrita e revisar no processo e ao
final.
A progressão pode apoiar-se no grau de
complexidade dos verbetes de enciclopédias
impressas ou digitais.

191
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Análise Forma de (MS.EF04LP23.s.23) Esta habilidade refere-se a reconhecer, no
linguística/ composição dos Identificar e reproduzir, em processo de leitura, recursos linguísticos e
semiótica textos verbetes de enciclopédia discursivos que constituem os gêneros previstos,
(Ortografização) Coesão e infantil, digitais ou impressos, de modo que seja possível empregá-los
articuladores a formatação e diagramação adequadamente nos textos a serem produzidos.
específica desse gênero Deve-se considerar que o desenvolvimento desta
(título do verbete, definição, habilidade pode acontecer por meio da intensa
detalhamento, curiosidades), frequentação dos estudantes a textos
considerando a situação organizados nos gêneros previstos. A atividade de
comunicativa e o leitura colaborativa e a de revisão processual e
tema/assunto/finalidade do final possibilitam estudar os recursos e analisar a
texto. adequação dos textos produzidos. Elaborar
verbetes para enciclopédias digitais e produzir um
dossiê impresso sobre um tema estudado pela
classe, que contenha verbetes a respeito dos
conteúdos relativos a esse tema, são
possibilidades de concretizar o trabalho.
A progressão pode se dar pela diversificação do
tema, pela complexidade dos textos, efetivar-se
pela organização de atividades em que as tarefas
sejam realizadas em colaboração e,
progressivamente, de modo autônomo.
Forma de MS.EF04LP24.s.24) Esta habilidade articula-se com a
composição dos Identificar e reproduzir, em (MS.EF03LP26.s.26) e refere-se, no processo de
textos seu formato, tabelas, leitura de estudo, a reconhecer recursos
Adequação do texto diagramas e gráficos em discursivos definidos nos gêneros previstos, de
às normas de escrita relatórios de observação e modo que seja possível empregá-los
pesquisa, como forma de adequadamente nos textos a serem produzidos.
apresentação de dados e Deve-se considerar que esta habilidade
informações. representa uma progressão em relação à
(MS.EF03LP26.s.26). O seu desenvolvimento pode
se dar por meio da frequentação dos estudantes a
textos organizados nos gêneros previstos, com
aprofundamento leve. Deve-se analisar a
adequação do recurso às intenções de
significação e à coerência do texto.
A progressão pode ser pela complexidade do
recurso a ser identificado e pelas tarefas em
colaboração, avançando àquelas realizadas com
mais autonomia.
Produção de Escrita autônoma (MS.EF04LP25.s.25) Esta habilidade pressupõe a leitura compreensiva
textos (escrita Planejar e produzir, com certa e o estudo prévio do texto a ser representado,
compartilhada e autonomia, verbetes de com ênfase sobre as relações que se podem
autônoma) dicionário, digitais ou estabelecer entre a escrita e a fala. Seu
impressos, considerando a desenvolvimento demanda a participação do
situação comunicativa e o estudante em práticas de leitura e análise de
tema/assunto/finalidade do textos diversos.
texto. Envolve ao menos duas operações distintas,
passíveis de abordagem separadamente: planejar
e produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
O foco da habilidade prevê a oralização de textos,
nos quais os estudantes possam planejar e
construir verbetes com autonomia.

192
LÍNGUA PORTUGUESA - 4º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Sugere-se a oralização de textos dramatúrgicos,
de acordo com as indicações autorais constantes
das rubricas, cujo desenvolvimento requer a
participação do estudante em práticas de leitura e
análise desses textos, com ênfase sobre as
relações entre fala e escrita.
A progressão pode combinar critérios, como:
a) a complexidade dos gêneros e/ou textos
programados para estudo;
b) o grau de autonomia que se pretenda levar o
estudante a atingir em cada etapa do ensino.

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Análise Forma de (MS.EF04LP26.s.26) Esta habilidade consiste em identificar a relação


linguística/ composição de textos Observar, em poemas existente entre o poema concreto e o espaço no
semiótica poéticos visuais concretos, o formato, a qual se insere, seja a página de um livro, de um
(Ortografização) distribuição e a diagramação site ou a tela de um computador; analisar os
das letras do texto na página. efeitos de sentido produzidos pelo modo de
ocupação desse espaço. Incluem-se, nessa
ocupação, a disposição, o tipo e tamanho das
letras, a direção da escrita, o tipo de linha
presumido e a diagramação.
Convém esclarecer, ainda, que nos poemas
concretos não há, necessariamente,
figurativização nas representações. Assim, o texto
verbal não precisa ser grafado de modo a
representar figuras. As atividades colaborativas
são mais adequadas para o desenvolvimento
desta habilidade, em especial as coletivas, com
mediação do professor.
A progressão pode apoiar-se no grau de
complexidade dos gêneros e textos propostos, no
tipo de recurso gráfico a ser estudado e no nível
de autonomia do estudante a ser conquistado a
cada etapa.
Forma de (MS.EF04LP27.s.27) Esta é uma habilidade que envolve a leitura e a
composição de textos Identificar, em textos compreensão do texto a ser recitado, para que o
dramáticos dramáticos, marcadores das estudante, conhecendo os marcadores das falas
falas das personagens e de dos personagens e de cena e os efeitos de
cena. sentido em jogo, possa ler/recitar/cantar com
maior fluência, ritmo e entonação adequada.
Podem-se orientar, para além dos gêneros
mencionados, estudos de textos poéticos da
cultura local ou nacional, assim como aqueles
referentes às culturas periféricas, especialmente
os mais relevantes para as culturas locais. Podem
ser previstas também atividades que indiquem o
trabalho em colaboração, de modo a favorecer o
desenvolvimento da fluência e observação do
ritmo entre os estudantes.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF15AR14.s.14) e (MS.EF15AR17.s.17), da
Arte, associadas à improvisação, composição e
sonorização de histórias e exploração dos
elementos constitutivos da música.

193
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise Construção do (MS.EF05LP01.s01) Esta habilidade diz respeito a compreender e a


linguística/ sistema alfabético e Grafar palavras utilizando registrar corretamente os casos das palavras
semiótica da ortografia regras de correspondência previstas, tanto das contextuais, aquelas em que o
(Ortografização) fonema-grafema regulares, contexto interno da palavra que determina que
contextuais e morfológicas e letra usar, sendo necessária a análise de
palavras de uso frequente ocorrências para a construção da regra, quanto
com correspondências das morfológicas, aquelas em que o
irregulares. conhecimento de determinado aspecto
gramatical contribui para saber como grafar a
palavra. Ex.: adjetivos, como manhoso/guloso e
outros são grafados com S.
As palavras de uso frequente com
correspondências irregulares devem ser
memorizadas, conforme a habilidade
(MS.EF35LP13.s.13).
Deve-se articular esta habilidade com outras que
prevejam o conhecimento morfológico
gramatical, em uma progressão que poderá
acontecer neste ano e entre os anos do Ensino
Fundamental. É indicado orientar a realização de
ditados iniciais de modo a identificar as possíveis
ocorrências das palavras que ainda não são
grafadas convencionalmente pelos estudantes, de
modo a planejar as intervenções adequadas.
Esta habilidade conecta-se com todas as demais
que tratam do ensino de ortografia.
Conhecimento do (MS.EF05LP02.s.02) Esta habilidade implica saber que uma palavra
alfabeto do Identificar o caráter pode ter vários significados, em função de vários
português do polissêmico das palavras aspectos relacionados ao contexto de uso: gíria,
Brasil/Ordem (uma mesma palavra com tempo, registro linguístico — literário, usual,
alfabética/Polissemia diferentes significados, de acadêmico, científico etc. Assim, é fundamental
acordo com o contexto de considerar essas variáveis, seja na leitura de um
uso), comparando o texto (reconhecendo o sentido correspondente ao
significado de determinados contexto), seja na elaboração de um texto
termos utilizados nas áreas (empregando-as de acordo com as intenções de
científicas com esses mesmos significação).
termos utilizados na Deve-se considerar que a habilidade envolve dois
linguagem usual. aspectos: reconhecer que uma palavra pode ter
vários sentidos, dependendo do contexto;
comparar o uso comum com o da esfera
acadêmico-científica. A intenção é, portanto,
desenvolver a proficiência leitora acadêmico-
científica.
Sugere-se que a progressão aconteça em função
dos conteúdos trabalhados nas diferentes áreas,
prevendo tanto a complexificação a partir do
texto selecionado, ou seja, prever trabalho com
textos mais complexos, quanto o grau de
autonomia do estudante para realizar a tarefa,
isto é, propor atividades em que o trabalho
aconteça em parceria, progredindo para o
trabalho autônomo.

194
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Conhecimento das (MS.EF05LP03.s.03) Esta habilidade requer do estudante: identificar as
diversas grafias do Acentuar corretamente sílabas das palavras; reconhecer qual sílaba é
alfabeto/Acentuação palavras oxítonas, paroxítonas tônica; identificar quais têm vogais abertas e
e proparoxítonas. quais têm vogais fechadas; reconhecer sinais
gráficos como o acento agudo e o circunflexo;
relacionar o primeiro com vogais abertas e o
segundo com as fechadas. Depois disso, requer
que os estudantes identifiquem as regularidades
da acentuação apontadas.
Todo esse trabalho pode ser realizado sem o uso
da metalinguagem. No entanto, é preciso
ressaltar que o seu uso torna a linguagem mais
econômica, podendo facilitar a reflexão, e que o
recurso à metalinguagem é mais efetivo e
produtivo se for posterior à compreensão do fato
discutido.
A progressão da acentuação inicia-se com as
pautas de memorização, nas quais palavras são
afixadas em cartazes que o estudante pode
consultar ao escrever. Depois, as regularidades
serão discutidas por meio de um movimento
dialógico de análise e reflexão, seguido de
emprego na produção textual.
Pontuação (MS.EF05LP04.s.04) Esta habilidade prevê a ampliação do estudo dos
Diferenciar, na leitura de recursos de pontuação previstos na habilidade
textos, vírgula, ponto e (MS.EF04LP05.s.05), contemplando o estudo de
vírgula, dois-pontos e novos usos da vírgula, dos dois pontos, ponto e
reconhecer, na leitura de vírgula, reticências, aspas e parênteses. Da mesma
textos, o efeito de sentido forma, prevê identificar os novos sinais gráficos;
que decorre do uso de reconhecer, na leitura, a sua função; usá-los no
reticências, aspas, parênteses. texto para garantir legibilidade e para provocar os
efeitos de sentido desejados.
Deve-se considerar que o estudo da pontuação
acontece de duas maneiras: na leitura, ao analisar
os efeitos de sentido produzidos pelo uso no
texto; e na escrita, ao discutir possibilidades,
analisar os efeitos de sentido correspondentes
(nesse caso, comparando os efeitos de sentido de
cada um dos novos recursos, ou seja, identificar
as funções das reticências e das aspas) e
selecionar o recurso que mais se adequar às
intenções de significação. As aspas podem ser
utilizadas para assinalar discurso direto, ou para
indicar pensamento de personagem, por
exemplo, o que representa uma ampliação na
reflexão do 3º ano.
A progressão está prevista pela ampliação
gradativa dos sinais a serem utilizados, mas
também deve-se considerar a complexificação
dos textos e o nível de autonomia do estudante,
que deverá ser considerado com a previsão do
trabalho em colaboração no primeiro semestre e
mais autônomo no segundo.

195
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Morfologia (MS.EF05LP05.s.05) Com esta habilidade é interessante prever um
Identificar a expressão de trabalho reflexivo de observação, análise,
presente, passado e futuro comparação e derivação de regularidades nas
em tempos verbais do modo atividades com os tempos verbais e usar esses
indicativo. saberes como ferramentas de constituição da
legibilidade do texto produzido, especialmente
durante a revisão processual coletiva.
Além disso, é possível propor que, na produção
escrita, o estudante utilize esse saber para
garantir a manutenção do tempo verbal
predominante, o que confere coesão e coerência
ao texto.
O trabalho com esta habilidade deve considerar a
especificidade da expressão do presente em
português brasileiro, que prevê o uso regular da
forma composta [verbo no presente + gerúndio]
— como em “estou fazendo”, por exemplo — em
vez da conjugação simples no presente do
indicativo — faço — que mais parece referir-se a
uma ação costumeira do que à ação que está
acontecendo no presente.
Morfologia (MS.EF05LP06.s.06) Esta habilidade envolve trabalhar com verbos e
Flexionar, adequadamente, na pronomes pessoais sujeitos da oração, assim
escrita e na oralidade, os como identificar a necessidade de estabelecer a
verbos em concordância com concordância verbal na constituição da coesão e
pronomes pessoais/nomes da coerência do texto. É interessante prever um
sujeitos da oração. trabalho reflexivo de observação, análise,
comparação e derivação de regularidades nas
atividades com as classes de palavras e suas
funções no enunciado e usar os saberes
gramaticais como ferramentas de constituição da
legibilidade.
O trabalho com esta habilidade deve prever a
utilização instrumental desse saber para tomar
decisões sobre a legibilidade do texto produzido,
especialmente durante a revisão processual
coletiva.
Nesse momento, é possível antecipar problemas
de compreensão que o interlocutor possa ter e
ajustar o texto, garantindo escolhas adequadas às
intenções de significação. Deve-se considerar a
especificidade da concordância verbal (número e
pessoa), garantindo sempre o trabalho em
colaboração (coletivo e em duplas).
Morfologia (MS.EF05LP07.s.07) Esta habilidade prevê trabalhar com a
Identificar, em textos, o uso compreensão das relações que as conjunções
de conjunções e a relação estabelecem entre segmentos do texto e analisar
que estabelecem entre partes que o seu uso inadequado pode produzir
do texto: adição, oposição, sentidos não desejados. Deve-se prever um
tempo, causa, condição, trabalho reflexivo de observação, análise,
finalidade. comparação e derivação de regularidades de uso
dessa classe de palavras e usar esses saberes
como ferramentas de constituição da legibilidade
do texto.
Deve-se prever a análise da articulação entre
trechos de enunciados, e avaliar os sentidos
produzidos pelas conjunções empregadas e sua
adequação às intenções de significação
pretendidas. Por meio de atividades de uso da

196
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
linguagem no texto, especialmente nos
momentos de revisão processual e final, deve-se
instrumentalizar o estudante para resolver
problemas de compreensão que o interlocutor
possa ter. Na progressão, pode-se considerar a
variedade de recursos possíveis,
progressivamente mais complexos, garantindo
sempre o trabalho em colaboração.
Morfologia (MS.EF05LP08.s.08) Esta habilidade trata de reconhecer que há
Diferenciar palavras palavras que derivam de outras e que têm o seu
primitivas, derivadas e sentido modificado pelo acréscimo de afixos ou
compostas, e derivadas por no início ou no final delas. Esses afixos possuem
adição de prefixo e de sufixo. sentidos regulares, sendo possível identificar o
significado de uma palavra derivada se a primitiva
e o afixo forem conhecidos. Além disso, há, ainda,
as palavras compostas por justaposição e
aglutinação. É interessante a reflexão a partir de
inventários, prevendo-se o uso desse saber para
resolver problemas de compreensão vocabular.
Quanto à progressão, pode-se pensar tanto na
ampliação de afixos possíveis (e os seus
respectivos sentidos) para o processo de
derivação, quanto nos diferentes processos de
composição (justaposição e aglutinação). Pode-se
considerar o grau de complexidade lexical
(palavras mais difíceis) e o nível de autonomia do
estudante.

CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF05LP09.s.09) Esta é uma habilidade que precisa considerar


(compartilhada e leitura Ler e compreender, com tanto o trabalho com as habilidades de leitura
autônoma) autonomia, textos instrucional quanto as características de cada um dos gêneros
de regras de jogo, dentre do campo da vida cotidiana (organização interna;
outros gêneros do campo da marcas linguísticas; conteúdo temático) e dos
vida cotidiana, de acordo com textos instrucionais de regras de jogo a serem
as convenções do gênero e lidos. Deve-se atentar para o fato de que o
considerando a situação trabalho previsto é com autonomia.
comunicativa e a finalidade As instruções de jogos, por exemplo, organizam-
do texto. se pela presença de título, jogadores, material
para jogar, objetivo, regras. Pode-se indicar,
ainda, o grau de dificuldade. O texto adequa-se
ao portador e ao espaço de circulação, alterando
a linguagem, apresentando imagens, por
exemplo. Se for um jogo digital, há referências
específicas desse espaço.
Nas atividades de estudo, convém focalizar as
características que forem importantes para a
compreensão do texto, articular essas
características à finalidade do texto, rever um
trabalho dialógico e reflexivo, assim como a
comparação entre textos por semelhanças e
diferenças.

197
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Compreensão em (MS.EF05LP10.s.10) Esta é uma habilidade complexa, que precisa
leitura Ler e compreender, com considerar tanto o trabalho com as habilidades de
autonomia, anedotas, piadas leitura quanto as características de cada um dos
e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana (organização
gêneros do campo da vida interna; marcas linguísticas; conteúdo temático) e
cotidiana, de acordo com as dos textos específicos a serem lidos. Deve-se
convenções do gênero e atentar para o fato de que o trabalho previsto é
considerando a situação com autonomia.
comunicativa e a finalidade Convém considerar as características dos textos
do texto. selecionados para leitura e dos gêneros previstos.
Os cartuns, por exemplo, são textos humorísticos
que articulam linguagem verbal e gráfico-visual,
apresentando críticas ao comportamento humano
e aos valores, referindo-se a situações genéricas e
pessoas comuns. São textos em que a
compreensão depende da articulação entre
linguagem verbal e gráfico-visual. Assim como
para as anedotas, a inferenciação é habilidade
indispensável para a construção do sentido em
cartuns. Devem-se prever projetos de leitura em
que se organizem exposições de cartuns de
autores específicos ou de temas relevantes em
um determinado momento da vida social.
Produção de Escrita colaborativa (MS.EF05LP11.s.11) Nesta habilidade, o foco é o registro escrito de
textos Registrar, com autonomia, textos de gêneros orais lúdicos e/ou humorísticos
(escrita anedotas, piadas e cartuns, da vida cotidiana. Trata-se de uma habilidade
compartilhada e dentre outros gêneros do complexa que articula a produção desses gêneros
autônoma) campo da vida cotidiana, de a sua prévia escuta atenta; utiliza o estudo desses
acordo com as convenções gêneros como pré-requisito para o registro
do gênero e considerando a escrito de piadas e cartuns, dentre outros.
situação comunicativa e a Envolve ao menos duas operações distintas,
finalidade do texto. passíveis de abordagem separadamente: planejar
e produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Seu desenvolvimento requer a participação direta
e sistemática do estudante em práticas orais e
escritas, nas quais esses gêneros estejam
envolvidos e sejam discutidos e analisados do
ponto de vista dos objetivos em jogo nos textos,
das situações a que estejam associados e das
convenções discursivas e textuais que os
configuram.
Convém que o desenvolvimento desta habilidade
venha sempre associado a práticas articuladas e
sequenciadas de leitura/análise e produção de
gêneros lúdicos e/ou humorísticos da vida
cotidiana, com ênfase sobre a discussão de suas
convenções de gênero, finalidades e situação de
comunicação.
Recomenda-se que a progressão se apoie numa
combinação de critérios: o foco nesse ou naquele
gênero; a complexidade dos gêneros e/ou textos
programados para estudo; o grau de autonomia
que se pretenda levar o estudante a atingir em
cada etapa do ensino.

198
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Escrita Escrita colaborativa (MS.EF05LP12.s.12) Esta é uma habilidade que articula a produção
(compartilhada e Planejar e produzir, com textual com o gênero de textos instrucionais de
autônoma) autonomia, textos regras de jogo e dois vetores do processo de
instrucionais de regras de escrita (a situação comunicativa e o tema/assunto
jogo, dentre outros gêneros do texto). Envolve ao menos duas operações
do campo da vida cotidiana, distintas, que podem ser tratadas
de acordo com as separadamente: planejar e produzir, que
convenções do gênero e significam organizar as ideias para depois colocá-
considerando a situação las no papel.
comunicativa e a finalidade Após a produção, deve-se proceder às estratégias
do texto. de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
O desenvolvimento da habilidade deve prever a
contextualização em projetos temáticos, como,
por exemplo, estudo de jogos de diferentes
culturas (indígenas, latino-americanas, africanas
etc.), elaboração de um DVD com diversos jogos
de tabuleiro da década de 1960, produção de um
livro com jogos inventados pela classe, tarde de
jogos na escola, contendo espaços com jogos da
infância da comunidade escolar, dentre outros.
É possível propor atividades que envolvam análise
de textos dos gêneros do campo da vida
cotidiana em questão, de modo a explicitar suas
características, construindo registros que possam
repertoriar a produção; orientem o uso de
procedimentos escritores, como reler o que está
escrito para continuar, consultar o planejamento
para tomar decisões no momento da escrita e
revisar no processo e ao final.
Oralidade Produção de texto (MS.EF05LP13.s.13) Esta habilidade envolve recepção atenta e
oral Assistir, em vídeo digital, a compreensão de comentários críticos orais
postagem de vlog infantil de veiculados em vlogs infantis. Além disso,
críticas de brinquedos e livros compreende duas outras operações complexas:
de literatura infantil e, a partir planejar e produzir resenhas digitais em áudio ou
dele, planejar e produzir vídeo.
resenhas digitais em áudio ou Convém que se prevejam o acesso e a utilização
vídeo. de ferramentas digitais que viabilizem a produção
dos textos em áudio ou vídeo.
Para o desenvolvimento desta habilidade, deve-se
propor:
- a análise de vlog, identificando os gêneros que
nele circulam;
- a seleção do gênero mais indicado para a
apresentação de críticas do tipo de produto a ser
comentado;
- critérios de análise dos produtos focalizados;
- estudo de recursos da mídia utilizada, assim
como dos paratextuais que compõem a
performance do locutor.
As atividades a serem desenvolvidas, além das
indicações já apresentadas, podem envolver a
análise de textos do gênero resenha, para
compreender as suas características, de acordo
com a situação comunicativa; prever o
planejamento do texto a ser produzido,
considerando a situação em que irá circular;
orientar a produção/textualização desse.

199
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
A progressão pode apoiar-se na extensão e
complexidade das resenhas previstas, assim como
nas operações sucessivas que a habilidade
envolve.
Análise Forma de (MS.EF05LP14.s.14) Esta habilidade refere-se a reconhecer, no
linguística/ composição do texto Identificar e reproduzir, em processo de leitura, recursos linguísticos e
semiótica textos de resenha crítica de discursivos que constituem os gêneros previstos,
(Ortografização) brinquedos ou livros de de modo que seja possível empregá-los
literatura infantil, a adequadamente nos textos a serem produzidos.
formatação própria desses Deve-se considerar que o desenvolvimento desta
textos (apresentação e habilidade pode se dar por meio da intensa
avaliação do produto). frequentação dos estudantes a textos
organizados nos gêneros previstos. A atividade de
leitura colaborativa e a de revisão processual e
final possibilitam estudar os recursos e analisar a
adequação dos textos produzidos. A participação
em sites ou blogs em que são apresentadas
resenhas de livros para os demais frequentadores,
assim como a elaboração de um blog ou jornal de
resenhas de livros e/ou brinquedos viabilizam o
trabalho.
A progressão pode se dar pela diversificação do
objeto cultural resenhado, pela complexidade dos
textos e pelo nível de autonomia do estudante, e
pode efetivar-se pela organização de atividades
em que as tarefas sejam realizadas em
colaboração e, progressivamente, de modo
autônomo.

CAMPO DA VIDA PÚBLICA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF05LP15.s.15) Esta é uma habilidade complexa, que precisa


(compartilhada e leitura Ler/assistir e compreender, considerar tanto o trabalho com outras
autônoma) com autonomia, notícias, habilidades de leitura e de oralidade (como a
reportagens, vídeos em vlogs escuta atenta e crítica), quanto as características
argumentativos, dentre dos textos mencionados (organização interna;
outros gêneros do campo marcas linguísticas; conteúdo temático), inclusive
político-cidadão, de acordo quando forem multissemióticos. A habilidade
com as convenções dos prevê apenas desempenhos autônomos, o que
gêneros e considerando a confere maior importância ao planejamento da
situação comunicativa e o progressão da aprendizagem no ensino da leitura.
tema/assunto do texto. O foco do trabalho são os textos do campo
político-cidadão e jornalístico. Convém que se
preveja o estudo da especificidade dos
portadores (jornais e revistas impressos e digitais,
blogs e vlogs), para que os estudantes possam
conhecer o local de publicação dos textos,
contextualizando-os quanto à extensão,
orientação de valores e características gráficas e
também quanto aos recursos digitais disponíveis
(como postagem imediata de comentários a
respeito das matérias publicadas).
A leitura proficiente desses textos requer a
compreensão de suas características (recursos
multimodais, marcas linguísticas) na relação com
a função do gênero e a finalidade do texto, e com
a situação comunicativa em que circulam.

200
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Compreensão em (MS.EF05LP16.s.16) Esta habilidade envolve a análise de textos de
leitura Comparar informações sobre diferentes mídias, considerando as especificações
um mesmo fato veiculadas dos gêneros em que são organizados, bem como
em diferentes mídias e as finalidades e intencionalidades das mídias
concluir sobre qual é mais utilizadas.
confiável e por quê. Esta habilidade supõe que, diante de textos que
abordem o mesmo assunto, sejam encontradas
informações distintas. Para discutir qual
informação é mais confiável, é preciso definir
critérios que podem abranger diferentes aspectos,
como indicação completa de fonte da matéria;
autoria reconhecida em sua área de atuação;
credibilidade do veículo (qual jornal, qual blog,
qual revista); endereço idôneo do site;
disponibilização de recursos de comunicação com
leitores; dentre outros. A progressão pode ser
pelo grau de autonomia do estudante na
realização da tarefa e pela complexidade dos
textos.
Produção de Escrita colaborativa (MS.EF05LP17.s.17) Esta habilidade articula a produção de roteiros de
textos Produzir roteiro para edição reportagem às convenções do gênero e a dois
(escrita de uma reportagem digital vetores do processo de escrita (a situação
compartilhada e sobre temas de interesse da comunicativa e o tema/assunto do texto). Ela
autônoma) turma, a partir de buscas de prevê a produção de textos para reportagem
informações, imagens, áudios digital, o que envolve organizar as ideias e utilizar
e vídeos na internet, de as informações coletadas por pesquisa para
acordo com as convenções depois escrevê-las.
do gênero e considerando a Deve-se prever a abordagem de temáticas
situação comunicativa e o relevantes socialmente e de interesse dos
tema/assunto do texto. estudantes, como eventos esportivos, espaços de
lazer disponíveis para crianças na região, ações
possíveis de serem realizadas pela população
visando ao desenvolvimento sustentável na
cidade, o papel da tecnologia digital no
município, a disponibilização de equipamentos
públicos e o seu uso pelos cidadãos, a condição
do transporte público local, dentre outras.
Envolve ao menos duas operações distintas,
passíveis de abordagem separadamente: planejar
e produzir, que significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.
Após a produção, deve-se proceder às estratégias
de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
A habilidade requer a análise de textos no gênero
indicado para explicitar suas principais
características e repertoriar a produção. Assim,
esta habilidade pode ser desmembrada em:
estudo do gênero e da situação comunicativa em
que a produção irá circular; análise de ambientes
digitais, como sites, blogs, páginas de jornal
online, para repertoriar a produção; produção do
roteiro. Recomenda-se uma progressão que se
inicie com o trabalho colaborativo coletivo e
avance para as atividades em grupo/duplas e
autônomas.

201
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Oralidade Planejamento e (MS.EF05LP18.s.18) Esta é uma habilidade complexa, que envolve três
produção de texto Roteirizar, produzir e editar etapas distintas de produções orais
vídeo para vlogs argumentativas para vlogs e, ainda, articula esse
argumentativos sobre trabalho com os gêneros visados e três vetores da
produtos de mídia para produção: a situação comunicativa, o tema e a
público infantil (filmes, finalidade.
desenhos animados, HQs, Convém que se prevejam o acesso e a utilização
games etc.), com base em de ferramentas digitais que viabilizem a produção
conhecimentos sobre os dos textos em áudio ou vídeo. O tratamento
mesmos, de acordo com as desta habilidade pode prever: análise de vlogs,
convenções do gênero e identificando os gêneros circulantes; seleção do
considerando a situação gênero mais indicado para a apresentação de
comunicativa e o tema/ críticas do tipo de produto a ser comentado;
assunto/finalidade do texto. critérios de análise dos produtos focalizados;
estudo de recursos da mídia utilizada, assim como
os paratextuais que compõem a performance do
locutor.
As atividades a serem desenvolvidas, além das
indicações já apresentadas, podem envolver
análise de textos do gênero resenha, para
compreender as suas características, de acordo
com a situação comunicativa; supor a pesquisa do
conteúdo temático; prever o planejamento do
texto a ser produzido, considerando a situação
em que irá circular; orientar a
produção/textualização desse; orientar a revisão
colaborativa.
A progressão pode tomar como critérios as
diferentes etapas e as operações envolvidas no
desenvolvimento da habilidade, além do foco nos
diversos aspectos em jogo nas atividades,
propondo-se aquelas que orientem a
produção/revisão colaborativa e que estejam
inseridas em projetos de produção de jornais
editados para circular em blogs e rádios
comunitárias da escola, quando possível.
Produção de texto (MS.EF05LP19.s.19) Esta habilidade tem como foco a argumentação
Argumentar oralmente sobre oral na discussão de questões controversas, muito
acontecimentos de interesse relevante para a participação no espaço público e
social, com base em o exercício da cidadania.
conhecimentos sobre fatos Podem-se formular atividades que contemplem
divulgados em TV, rádio, questões controversas sobre temas de interesse
mídia impressa e digital, da região e/ou de temas recorrentes da realidade
respeitando pontos de vista brasileira, como demarcação de terras indígenas,
diferentes. uso sustentável de recursos naturais, dentre
outros. Podem-se propor diferentes situações e
gêneros em que a habilidade deva ser
desenvolvida, assim como atividades de
planejamento e de produção. A habilidade requer
pesquisa de conteúdo temático e definição de
situações comunicativas que envolvam o gênero a
ser utilizado para argumentar (debate, discussão
em roda etc.).

202
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Análise Forma de (MS.EF05LP20.s.20) O desenvolvimento desta habilidade está
linguística/ composição dos Analisar a validade e força de intimamente associado à recepção atenta e crítica
semiótica textos argumentos em a discursos sobre produtos de mídia para o
(Ortografização) argumentações sobre público infantil. Compreende refletir e analisar os
produtos de mídia para textos midiáticos referidos, com o objetivo de
público infantil (filmes, reconhecer a força dos argumentos e seu poder
desenhos animados, HQs, de persuasão na apresentação de tais produtos.
games etc.), com base em Coloca-se como condição para o
conhecimentos sobre os desenvolvimento desta habilidade o
mesmos. conhecimento do produto pelo estudante.
Convém que o desenvolvimento desta habilidade
venha associado à frequentação dos estudantes a
textos organizados nos gêneros previstos. A
atividade de leitura colaborativa de estudo
viabiliza a análise dos recursos indicados, assim
como a roda de discussão.
É importante analisar também o movimento
argumentativo presente nos textos. A progressão
pode ser pela complexidade dos textos lidos e
pelo nível de autonomia que se pretende levar o
estudante a conquistar em cada etapa.
Forma de (MS.EF05LP21.s.21) Esta habilidade prevê o estudo de aspectos
composição dos Analisar o padrão relativos a comunicações orais (algumas
textos entonacional, a expressão entrevistas, vídeos de vloggers) ou oralizadas (fala
facial e corporal e as escolhas de âncora ou locutor de notícias, por exemplo).
de variedade e registro Seu desenvolvimento permite ao estudante
linguísticos de vloggers de perceber e avaliar o papel persuasivo do padrão
vlogs opinativos ou entonacional, da expressão corporal e da
argumentativos. variedade linguística selecionada no discurso
argumentativo de vloggers.
Deve-se considerar que o desenvolvimento desta
habilidade envolve a previsão de práticas de
escuta atenta, no interior das quais os estudantes
poderão observar, refletir e analisar os aspectos
mencionados da produção oral, relacionando-os a
seus efeitos de sentido. As falas de âncoras
realizam-se de maneiras diferentes, dependendo
do veículo: em alguns, os profissionais
manifestam-se espontaneamente, reagindo a
notícias apresentadas, entrevistas feitas, mas, em
outros, limitam-se à leitura das notícias pelo
teleprompter. No primeiro caso, teremos um
misto de linguagem oral com oralização de texto
lido; no segundo, apenas oralização de texto
escrito.
A progressão pode ser pela complexidade dos
textos lidos (em função, por exemplo, do tema) e
pelo nível de autonomia que se pretende levar o
estudante a conquistar em cada etapa.

203
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Leitura/escuta Compreensão em (MS.EF05LP22.s.22) Esta é uma habilidade complexa, que precisa


(compartilhada e leitura Ler e compreender verbetes considerar tanto o trabalho com as habilidades de
autônoma) de dicionário, identificando a leitura quanto as características de cada um dos
estrutura, as informações gêneros (organização interna; marcas linguísticas;
gramaticais (significado de conteúdo temático) e dos verbetes específicos a
abreviaturas) e as serem lidos.
informações semânticas. O grau de autonomia esperada no
desenvolvimento desta habilidade deve ser
articulado com o repertório suposto para o
estudante no nível de ensino em foco.
Verbetes de dicionário são ferramentas
indispensáveis na vida escolar. Por isso, é
imprescindível que o estudante os conheça e seja
proficiente na sua leitura. É composto por duas
partes: cabeça (ou entrada) — palavra da qual se
busca o significado — e corpo — informações
lexicais e linguísticas sobre a cabeça.
Deve-se considerar que, além de conhecer essa
estrutura, o estudante precisa saber que, no
dicionário, as entradas são organizadas por
ordem alfabética; os verbos são apresentados no
infinitivo; o singular e o masculino são a forma
padrão de apresentação de substantivos e
adjetivos. É preciso saber também o contexto da
palavra para poder selecionar as acepções
adequadas. Esse aprendizado deve acontecer no
uso, em situações genuínas.
Imagens analíticas em (MS.EF05LP23.s.23) Esta é uma habilidade que se refere à leitura e à
textos Comparar informações interpretação de dados de gráficos e tabelas,
apresentadas em gráficos ou compreendendo as diferenças e semelhanças de
tabelas. apresentação correspondentes a cada um. A
habilidade supõe a leitura e a interpretação dos
dados de cada um dos gêneros mencionados
para, depois, realizar a comparação entre ambos.
O grau de autonomia esperado no
desenvolvimento desta habilidade deve ser
articulado com o repertório suposto para o
estudante no nível de ensino em foco.
Precisa-se garantir que os estudantes saibam
realizar a interpretação dos dados de gráficos,
tabelas e outros recursos que compõem,
sobretudo, os textos do campo de estudo e
pesquisa. É importante orientá-los para ler, por
exemplo, o título dos gráficos (pois indicam o que
representam os dados), as legendas (pois
esclarecem quais são os dados apresentados), os
eixos (para verificar qual será a articulação) e
comparar as sínteses que as colunas/fatias
representam. Feita a leitura de um dos recursos, a
ideia é que façam a do segundo e, depois, que
realizem a articulação dos dados de cada recurso,
sem esquecer que o foco é a compreensão do
problema abordado.
A leitura colaborativa é uma atividade que
potencializa esse trabalho.

204
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Produção de Produção de textos (MS.EF05LP24.s.24) Esta é uma habilidade que articula a produção
textos Planejar e produzir texto textual com o tema de interesse do estudante ao
(escrita sobre tema de interesse, organizar resultados de pesquisa e dois vetores
compartilhada e organizando resultados de do processo de produção escrita (a situação
autônoma) pesquisa em fontes de comunicativa e o tema/assunto do texto). Envolve
informação impressas ou ao menos duas operações distintas, que podem
digitais, incluindo imagens e ser tratadas separadamente: planejar e produzir,
gráficos ou tabelas, que significam organizar as ideias para depois
considerando a situação colocá-las no papel.
comunicativa e o Após a produção, deve-se proceder às estratégias
tema/assunto do texto. de revisão e reelaboração da escrita,
estabelecendo objetivos e critérios adequados
aos contextos de circulação previstos.
Devem-se organizar as atividades em temáticas
relevantes para o país ou região, como meio-
ambiente e sustentabilidade (tratamento do lixo,
água etc.), aspectos relacionados à saúde etc.,
articulados de modo interdisciplinar em projetos
que prevejam situações comunicativas orais com
outros estudantes de períodos mais avançados do
Ensino Fundamental.
As atividades podem ser articuladas com a prática
de linguagem oral, prevendo exposição oral para
outras turmas. Destaca-se, aqui, a oportunidade
de trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF05MA24.s.24) e (MS.EF05MA25.s.25), da
Matemática, no que se refere à utilização e
interpretação de gráficos e tabelas em textos. É
possível definir o gênero a ser estudado (verbete
de curiosidade, texto expositivo) e propor
atividades que envolvam análise de textos dos
gêneros em questão para explicitar as suas
características; orientem o uso de procedimentos
escritores, como reler o que está escrito para
continuar, consultar o planejamento para tomar
decisões e revisar no processo e ao final.

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Oralidade Performances orais (MS.EF05LP25.s.25) Esta habilidade possui foco na oralização de


Representar cenas de textos textos dramatúrgicos de acordo com as
dramáticos, reproduzindo as indicações autorais constantes das rubricas. Seu
falas das personagens, de desenvolvimento demanda a participação do
acordo com as rubricas de estudante em práticas de leitura e análise de
interpretação e movimento textos dramáticos.
indicadas pelo autor. Convém que o desenvolvimento desta habilidade
venha sempre associado a práticas articuladas e
sequenciadas de leitura/análise de textos
dramáticos, com ênfase sobre as relações entre
fala e escrita que se estabelecem nesses casos.
A progressão pode combinar critérios, como a
complexidade dos gêneros e/ou textos
programados para estudo e o grau de autonomia
que se pretenda levar o estudante a atingir.

205
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Análise Forma de (MS.EF05LP26.s.26) Esta habilidade refere-se a utilizar conhecimentos
linguística/ composição dos Utilizar, ao produzir o texto,
linguísticos e gramaticais, gerais e específicos, de
semiótica textos conhecimentos linguísticos e gêneros que envolvem o uso tanto da norma
(Ortografização) Adequação do texto gramaticais: regras sintáticas
quanto de citações padronizadas, como relatórios
às normas de escrita de concordância nominal e de experimentos, de observação e pesquisa,
verbal, convenções de escritaentrevistas etc. Seu desenvolvimento envolve o
de citações, pontuação engajamento do estudante em práticas de leitura
(ponto final, dois-pontos, e/ou produção dos gêneros e textos
vírgulas em enumerações) e mencionados, e demanda a aprendizagem prévia
regras ortográficas. dos conhecimentos linguísticos relacionados.
Convém considerar que esta habilidade implica
utilizar conhecimentos linguísticos e gramaticais
como ferramentas para garantir a coesão e a
coerência; aprender e utilizar as convenções
relativas à escrita de citações.
O desenvolvimento da habilidade supõe a
frequentação dos estudantes a textos
organizados nos gêneros previstos. A atividade de
leitura colaborativa de estudo de textos dos
gêneros em jogo, assim como a revisão
processual e final possibilitam estudar os recursos
e analisar a adequação dos textos produzidos.
Forma de (MS.EF05LP27.s.27) Esta habilidade refere-se a reconhecer, no
composição dos Utilizar, ao produzir o texto, processo de leitura, recursos linguísticos e
textos recursos de coesão discursivos que constituem os gêneros previstos
Coesão e pronominal (pronomes na habilidade (MS.EF04LP23.s.23), de modo que
articuladores anafóricos) e articuladores de seja possível empregá-los adequadamente nos
relações de sentido (tempo, textos a serem produzidos.
causa, oposição, conclusão, Deve-se considerar que esta habilidade explicita
comparação), com nível os tipos de articuladores referidos pelas
adequado de informatividade. habilidades (MS.EF05LP07.s.07) e
(MS.EF35LP14.s.14). Trata-se de utilizar, na
produção dos textos, os recursos previstos. Para
tanto, é necessário estudá-los, o que pode ser
feito por meio das leituras colaborativas de texto.
Na revisão coletiva processual e final, analisa-se a
adequação do uso dos recursos, de modo a
garantir a coerência e legibilidade do texto.
Análise Forma de (MS.EF05LP28.s.28) Esta habilidade refere-se a, no processo de leitura
linguística/ composição de textos Observar, em ciberpoemas e e estudo de textos, identificar de que modo o
semiótica poéticos visuais minicontos infantis em mídia espaço é ocupado por ciberpoemas e minicontos
(Ortografização) digital, os recursos disponibilizados nas mídias digitais infantis, quais
multissemióticos presentes recursos multissemióticos os constituem e que
nesses textos digitais. efeitos de sentido foram por eles provocados.
Deve-se considerar que o desenvolvimento desta
habilidade supõe a leitura e estudo de
ciberpoemas e minicontos digitais, para que as
suas características fundamentais sejam
identificadas: o modo de ocupação do espaço —
que pode não ser estático; a presença de recursos
de áudio e movimento; o emprego de recursos de
interação entre leitor e texto para definição — ou
não — dos rumos do poema etc.
A constituição da proficiência do estudante na
leitura de tais textos dependerá tanto da análise
dos efeitos de sentido produzidos pela utilização
dos recursos multissemióticos, quanto do estudo
da adequação desses para a legibilidade do texto
e para a manutenção da sua coerência.

206
LÍNGUA PORTUGUESA - 5º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
As atividades colaborativas são mais adequadas
para o desenvolvimento desta habilidade, em
especial as que são realizadas coletivamente, com
a mediação do professor. A progressão pode se
dar pela complexidade dos textos e pelo nível de
autonomia a ser atingido pelo estudante a cada
etapa.

LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO


Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Leitura Apreciação e réplica (MS.EF69LP01.s.01) Esta habilidade visa a discutir aspectos éticos
Relação entre gêneros Diferenciar liberdade de envolvidos no modo de as pessoas se
e mídias expressão de discursos de posicionarem e argumentarem sobre os assuntos
ódio, posicionando-se ou fatos, com vistas à formação de um sujeito
contrariamente a esse tipo de protagonista, crítico e ético diante de situações de
discurso e vislumbrando conflito, em todas as circunstâncias de leitura, de
possibilidades de denúncia produção de textos que implicam
quando for o caso. posicionamentos e argumentos sobre fatos e
assuntos diversos, mais ou menos polêmicos.
Para desenvolver esta habilidade é importante
incluir projetos que abordem fatos e assuntos
polêmicos específicos da localidade dos
estudantes, bem como a possibilidade de esses
estudantes terem participação efetiva nas
discussões dessas questões. Considerar as
possibilidades de interação dos estudantes com
jornais e revistas locais, impressos ou digitais, e
planejar a sua participação ativa nesses meios
contribuirão para o desenvolvimento desta
habilidade. Também favorece esse
desenvolvimento discutir a diferença entre
liberdade de expressão e discursos de ódio.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF69AR15.s.17), (MS.EF69AR33.s.36), da Arte,
e (MS.EF67EF17.s.16), da Educação Física, no que
se refere à compreensão crítica de diferentes
pontos de vista sobre temas controversos e de
relevância social.
Apreciação e réplica (MS.EF69LP02.s.02) Esta habilidade visa a identificar os elementos da
Relação entre gêneros Analisar e comparar peças linguagem verbal e de outras linguagens, e o
e mídias publicitárias variadas modo como eles se articulam em diferentes peças
(cartazes, folhetos, outdoor, publicitárias para produzir os sentidos desejados,
anúncios e propagandas em considerando o produto em questão e o contexto
diferentes mídias, spots, de produção: quem são os interlocutores e quais
jingle, vídeos etc.), de forma a as suas intencionalidades.
perceber a articulação entre Identificar e conhecer o potencial de significação
elas em campanhas, as dos recursos das diferentes linguagens e mídias
especificidades das várias implicam estudo dos recursos próprios dessas
semioses e mídias, a linguagens e mídias. É importante que a seleção
adequação dessas peças ao parta de — mas não se restrinja a — peças

207
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
público-alvo, aos objetivos do publicitárias mais significativas para os estudantes
anunciante e/ou da campanha (que os tenham como público-alvo), de modo que
e à construção composicional compreendam seu caráter apelativo e percebam
e estilo dos gêneros em as estratégias e os argumentos usados para
questão, como forma de chamar a atenção.
ampliar suas possibilidades de Por se tratar de uma habilidade prevista para ser
compreensão (e produção) de desenvolvida ao longo dos quatro anos, a
textos pertencentes a esses progressão pode ser definida tanto em relação à
gêneros. complexidade da seleção dos textos, no que se
refere aos públicos e aos recursos mobilizados,
quanto em relação aos gêneros a serem
trabalhados.
Cabe enfatizar a relevância de um trabalho com o
discurso publicitário que favoreça a reflexão sobre
a relação propaganda e consumo na adolescência,
propaganda e ética, propaganda e padrões de
beleza, dentre outras relações possíveis, que
estabeleçam o diálogo das disciplinas da área de
Linguagens com as demais áreas do
conhecimento.
Estratégia de leitura: (MS.EF69LP03.s.03) Nesta habilidade o foco está no modo como se
apreender os sentidos Identificar, em notícias, o fato constrói o conteúdo de textos nesses gêneros,
globais do texto central, suas principais sempre relacionado as suas finalidades. Esta
circunstâncias e eventuais habilidade mobiliza outras, como identificar
decorrências; em reportagens marcas de impessoalidade e de subjetividade,
e fotorreportagens o fato ou a diferenciar opinião de argumentos e inferir
temática retratada e a informações acessando conhecimentos prévios
perspectiva de abordagem, sobre o tema/fato/assunto e relacionando com o
em entrevistas os principais conteúdo do texto, para reconhecer o humor, a
temas/subtemas abordados, crítica e a ironia.
explicações dadas ou teses Deve-se considerar que a progressão no trabalho
defendidas em relação a esses com textos desses gêneros pode partir da leitura
subtemas; em tirinhas, de textos com caráter mais informativo para
memes, charge, a crítica, textos que implicam, em maior ou menor medida,
ironia ou humor presente. posicionamento crítico de quem escreve ou cria;
bem como prever uma seleção de textos de
diferentes graus de complexidade nos variados
gêneros.
O trabalho com os recursos linguísticos e
semióticos é essencial para a identificação dos
aspectos citados nesta habilidade, de modo a
garantir que os estudantes compreendam a
relação de sentido entre imagem e texto verbal.
Podem-se prever modalidades didáticas que
garantam a regularidade dessa prática de leitura,
como as rodas de jornais ou rodas de conversa e
as leituras compartilhadas desses variados
gêneros, cuidando para também dar acesso a
jornais, revistas, redes sociais. "Tudo isso
favorecerá o desenvolvimento desta habilidade e
contribuirá para que os estudantes comparem as
compreensões sobre os textos lidos e negociem
sentidos."
Efeitos de sentido (MS.EF69LP04.s04) Esta habilidade contribui para a percepção da
Identificar e analisar os efeitos finalidade e do "poder" do discurso publicitário:
de sentido que fortalecem a estimular o consumo, podendo induzir ao
persuasão nos textos consumismo, com consequências ambientais e
publicitários, relacionando as sociais indesejáveis, como o valor do ter em
estratégias de persuasão e detrimento do ser, que pode resultar em

208
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
apelo ao consumo com os discriminações. Deve-se analisar como os
recursos linguístico- recursos das várias linguagens atuam na
discursivos utilizados, como construção do discurso persuasivo, do
imagens, tempo verbal, jogos pensamento crítico em relação ao consumismo e
de palavras, figuras de suas consequências.
linguagem etc., com vistas a Para o desenvolvimento desta habilidade é
fomentar práticas de consumo importante articular o estudo desses variados
conscientes. gêneros publicitários às discussões
contemporâneas sobre propaganda e consumo,
como a influência da propaganda no
comportamento de adolescentes e jovens e a
ética na propaganda. Discussões de situações
cotidianas são essenciais para que os estudantes
reflitam sobre o quanto elas influenciam o
consumidor.
Efeitos de sentido (MS.EF69LP05.s.05) Esta habilidade visa ao estudo dos recursos das
Inferir e justificar, em textos diferentes linguagens envolvidas na constituição
multissemióticos – tirinhas, desses gêneros de textos multissemióticos e à
charges, memes, gifs etc. –, o compreensão dos efeitos de sentido que a
efeito de humor, ironia e/ou "combinação" desses recursos produz. Envolve
crítica pelo uso ambíguo de ativar conhecimentos prévios sobre o contexto de
palavras, expressões ou produção do texto e relacioná-los às ideias
imagens ambíguas, de clichês, expressas para compreender as intencionalidades
de recursos iconográficos, de e construir sentido sobre o que se lê. Para
pontuação etc. justificar a inferência feita, será necessário refletir
sobre as relações estabelecidas.
Deve-se considerar que o desenvolvimento desta
habilidade supõe o conhecimento prévio dos
textos jornalísticos que motivaram a produção dos
gêneros citados. Entender a crítica ou o humor de
uma charge ou um meme, por exemplo, implica
conhecimento do fato ou assunto criticado ou
humorizado. É importante prever ações e
parcerias que possibilitem aos estudantes acesso
regular a jornais e revistas em diferentes mídias. A
progressão no desenvolvimento desta habilidade
pode ser estabelecida a partir da oposição entre
apenas inferir e também justificar o efeito de
humor. Outro parâmetro para a progressão pode
ser a complexidade e/ou a adequação do gênero
em jogo. Destaca-se, aqui, a oportunidade para o
trabalho interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF69AR03.s.03), da Arte, no que se refere à
identificação, inferência e justificativa de situações
em que diferentes linguagens são integradas,
como textos multissemióticos e artes visuais.
Produção de Relação do texto com (MS.EF69LP06.s.06) O desenvolvimento desta habilidade implica
textos o contexto de Produzir e publicar notícias, vivência de diferentes papéis sociais, como
produção e fotodenúncias, produtor de textos de variados gêneros do campo
experimentação de fotorreportagens, jornalístico/midiático. Analisar e considerar o
papéis sociais reportagens, reportagens contexto em que o texto será produzido e
multimidiáticas, infográficos, circulará são essenciais para garantir a adequação
podcasts noticiosos, da produção à situação. No que se refere à
entrevistas, cartas de leitor, produção de quaisquer dos gêneros citados, o
comentários, artigos de tratamento ético da informação e/ou a posição
opinião de interesse local ou ética em relação a ela devem estar previstos.
global, textos de apresentação Deve-se considerar que esta é uma habilidade que
e apreciação de produção prevê a produção e publicação de textos em
cultural – resenhas e outros gêneros, os mais diversos de seu campo. Do

209
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
próprios das formas de ponto de vista didático, é indicado observar
expressão das culturas juvenis, estudo das principais características dos gêneros
tais como vlogs e podcasts selecionados e orientar a realização das diferentes
culturais, gameplay, detonado operações de produção de textos, quais sejam:
etc.– e cartazes, anúncios, contextualização, planejamento, elaboração do
propagandas, spots, jingles de texto, revisão processual e final. Essas operações
campanhas sociais, dentre podem, inicialmente, ser realizadas em situações
outros em várias mídias, coletivas e em grupos, com mais apoio do
vivenciando de forma professor e, de modo gradual, envolver graus
significativa o papel de crescentes de autonomia do estudante para
repórter, de comentador, de realizá-las. Destaca-se, aqui, a oportunidade de
analista, de crítico, de editor trabalho interdisciplinar com as habilidades
ou articulista, de booktuber, (MS.EF67EF01.s.01) e (MS.EF67EF02.s.01), da
de vlogger (vlogueiro) etc., Educação Física, no que se refere à
como forma de compreender experimentação, observação, produção autoral e
as condições de produção crítica, especificamente no caso dos jogos
que envolvem a circulação eletrônicos.
desses textos e poder
participar e vislumbrar
possibilidades de participação
nas práticas de linguagem do
campo jornalístico e do
campo midiático de forma
ética e responsável, levando-
se em consideração o
contexto da Web 2.0, que
amplia a possibilidade de
circulação desses textos e
“funde” os papéis de leitor e
autor, de consumidor e
produtor.
Textualização (MS.EF69LP07.s.07) Esta habilidade refere-se à produção de textos de
Produzir textos em diferentes gêneros variados do campo jornalístico-midiático,
gêneros, considerando sua levando sempre em conta o contexto de produção
adequação ao contexto e as especificidades do gênero escolhido para a
produção e circulação – os produção. Implica apropriar-se dos
enunciadores envolvidos, os procedimentos da escrita e oralidade, envolvendo
objetivos, o gênero, o suporte, as operações de contextualização, planejamento,
a circulação -, ao modo elaboração do texto e revisão processual e final.
(escrito ou oral; imagem Essas operações podem, inicialmente, ser
estática ou em movimento realizadas em situações coletivas e em grupos,
etc.), à variedade linguística com mais apoio do professor e, de modo gradual,
e/ou semiótica apropriada a envolver graus crescentes de autonomia do
esse contexto, à construção estudante para realizá-las. É possível definir uma
da textualidade relacionada às progressão com base nos gêneros propostos para
propriedades textuais e do cada ano, sempre cuidando de contemplar a
gênero), utilizando estratégias diversidade de linguagens e mídias em que os
de planejamento, elaboração, gêneros sugeridos se constituem (impresso,
revisão, edição, online, rádio, TV, dentre outros).
reescrita/redesign e avaliação
de textos, para, com a ajuda
do professor e a colaboração
dos colegas, corrigir e
aprimorar as produções
realizadas, fazendo cortes,
acréscimos, reformulações,
correções de concordância,
ortografia, pontuação em
textos e editando imagens,

210
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
arquivos sonoros, fazendo
cortes, acréscimos, ajustes,
acrescentando/ alterando
efeitos, ordenamentos etc.
Revisão/edição de (MS.EF69LP08.s.08) Esta habilidade consiste na revisão e/ou edição de
texto informativo e Revisar/editar o texto textos diversos, tendo em vista sua adequação ao
opinativo produzido – notícia, contexto da produção, levando em conta,
reportagem, resenha, artigo também, o uso das ferramentas de edição
de opinião, dentre outros –, variadas em recursos e complexidade, em caso de
tendo em vista sua adequação gêneros multissemióticos.
ao contexto de produção, a Recomenda-se que seja proposto: o trabalho
mídia em questão, articulado com profissionais responsáveis pelas
características do gênero, salas de informática, com conhecimento de
aspectos relativos à aplicativos e ferramentas de edição; a necessidade
textualidade, a relação entre de se recorrer a ferramentas gratuitas de edição
as diferentes semioses, a de imagens, áudios e textos impressos. Para o
formatação e uso adequado desenvolvimento desta habilidade é
das ferramentas de edição (de recomendável propor, ainda, o trabalho
texto, foto, áudio e vídeo, colaborativo nos processos de revisão/edição
dependendo do caso) e entre os estudantes/estudantes e professores.
adequação à norma culta.
Planejamento de (MS.EF69LP09.s.09) Esta habilidade refere-se à produção de textos
textos de peças Planejar uma campanha como um processo que envolve etapas diferentes:
publicitárias de publicitária sobre definir o contexto de produção, planejar, produzir
campanhas sociais questões/problemas, temas, e revisar. Destina-se ao procedimento de planejar
causas significativas para a o texto, que implica curadoria de informação e
escola e/ou comunidade, a produção de roteiros e enquetes para pesquisa,
partir de um levantamento de considerando o contexto de produção definido, e
material sobre o tema ou a esquematização do texto, parte a parte, levando
evento, da definição do em conta as especificidades do gênero da
público-alvo, do texto ou peça campanha publicitária. Recomenda-se discutir a
a ser produzido – cartaz, relação entre as esferas publicitária e jornalística,
banner, folheto, panfleto, conforme sinalizado nas orientações relativas à
anúncio impresso e para leitura. Recomenda-se, também, articular as
internet, spot, propaganda de propostas com a exploração dos documentos
rádio, TV etc. –, da ferramenta reguladores da propaganda e publicidade, com
de edição de texto, áudio ou vistas ao desenvolvimento de uma postura ética
vídeo que será utilizada, do em relação à esfera publicitária. Do ponto de vista
recorte e enfoque a ser dado, didático, é indicado que se contemple um estudo
das estratégias de persuasão das principais características dos gêneros
que serão utilizadas etc. selecionados.
Oralidade Produção de textos (MS.EF69LP10.s.10) Esta habilidade refere-se ao trabalho com as
*Considerar todas jornalísticos orais Produzir notícias para rádios, etapas de produção de notícias: planejamento,
as habilidades dos TV ou vídeos, podcasts produção e revisão processual e final. Para o
eixos leitura e noticiosos e de opinião, planejamento, será necessário considerar a mídia
produção que se entrevistas, comentários, em que o gênero se realizará (uma notícia para
referem a textos vlogs, jornais radiofônicos e TV, rádio ou ambiente digital), para que o roteiro
ou produções televisivos, dentre outros seja feito considerando os recursos próprios da
orais, em áudio possíveis, relativos a fato e mídia em jogo. Esta habilidade demanda seleção e
ou vídeo temas de interesse pessoal, progressão dos gêneros listados, do ponto de
local ou global e textos orais vista das mídias, das habilidades mobilizadas e do
de apreciação e opinião – gênero em questão (dos mais informativos aos
podcasts e vlogs noticiosos, mais opinativos). Também é possível selecionar
culturais e de opinião, gêneros que façam uso das várias mídias e
orientando-se por roteiro ou abordar gradativamente os recursos dessas
texto, considerando o mídias. Por exemplo, para 6º e 7º anos, entrevistas
contexto de produção e em áudio e comentários em vídeo; para 8º e 9º
demonstrando domínio dos anos, entrevistas e mesas de debate em áudio e
gêneros.

211
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
em vídeo. Sugere-se que as questões locais sejam
prioridades sobre as globais.
Produção de textos (MS.EF69LP11.s.11) Esta habilidade foca na escuta e na produção de
jornalísticos orais Identificar e analisar textos orais, sempre considerando o contexto.
posicionamentos defendidos Essas operações cognitivas mobilizam habilidades
e refutados na escuta de de análise e de uso de recursos linguísticos e
interações polêmicas em semióticos, como o reconhecimento da posição
entrevistas, discussões e assumida pelo outro, o movimento argumentativo
debates (televisivo, em sala de usado na entonação e a apreciação dada ao que
aula, em redes sociais etc.), se fala etc.
entre outros, e se posicionar O exercício de identificar e analisar pode começar
frente a eles. com materiais previamente gravados (debates,
entrevistas etc.). Em seguida, podem-se prever
participações face a face ou a distância, mediadas
pela tecnologia, em situações variadas, como
discussões, participação em debates, palestras e
reuniões. Nesses casos, solicitam-se habilidades
de identificar e analisar, enquanto o outro fala,
tendo em vista uma resposta imediata. Sugere-se
articular esta habilidade com as que envolvem
tomadas de notas, pois favorecerá uma resposta
mais qualificada de quem escuta. Deve-se atentar
para a seleção e progressão dos gêneros listados
para a produção de textos orais. Destaca-se, aqui,
a oportunidade de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF69AR15.s.17),
(MS.EF69AR33.s.36), da Arte, e (MS.EF67EF17.s.16),
da Educação Física, no que se refere à
compreensão crítica de diferentes pontos de vista
sobre temas controversos e de relevância social.
Planejamento e (MS.EF69LP12.s.12) Esta habilidade consiste em trabalhar, em todas as
produção de textos Desenvolver estratégias de propostas de produção de textos orais, as etapas
jornalísticos orais planejamento, elaboração, da produção, começando pelo planejamento, a
revisão, edição, reescrita/ partir da análise do contexto (o que se quer dizer,
redesign (esses três últimos para quem, com que finalidade e como dizer).
quando não for situação ao Considerando os gêneros que podem ser
vivo) e avaliação de textos gravados e assistidos/ouvidos posteriormente, é
orais, áudio e/ou vídeo, preciso prever o ensino/aprendizagem de uso de
considerando sua adequação aplicativos de captação e edição de áudio e
aos contextos em que foram imagem, de acordo com a disponibilidade.
produzidos, à forma Nesse contexto de produção, cada situação
composicional e estilo de determina suas estratégias de planejamento,
gêneros, a clareza, progressão elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e
temática e variedade avaliação dos textos. Se a proposta é a produção
linguística empregada, os de um programa noticioso em vídeo, será
elementos relacionados à fala, necessário, depois de definido o fato/assunto:
tais como modulação de voz, - usar câmeras de captação de vídeo e áudio e de
entonação, ritmo, altura e aplicativos de edição do material gravado;
intensidade, respiração etc., os - após pesquisa e seleção de informações,
elementos cinésicos, tais produzir roteiros com indicações do texto a ser
como postura corporal, lido pelo âncora/jornalista, das entradas de
movimentos e gestualidade entrevistas ou outras imagens gravadas.
significativa, expressão facial, Já na produção de um programa noticioso para
contato de olho com plateia rádio, há variação dos recursos para captação, do
etc. grau de detalhamento da notícia (que, para rádio,
em geral, é menor), da presença ou não de efeitos
sonoros de fundo etc.

212
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Oralidade Participação em (MS.EF69LP13.s.13) Esta habilidade refere-se à participação dos
discussões orais de Engajar-se e contribuir com a estudantes em discussões de temas controversos
temas controversos busca de conclusões comuns que sejam de seu interesse e/ou tenham
de interesse da turma relativas a problemas, temas relevância social. Desse modo, sugere-se a
e/ou de relevância ou questões polêmicas de articulação com habilidades do campo da vida
social interesse da turma e/ou de pública e também das práticas de estudo e
relevância social. pesquisa, visto que conduz o estudante a se
inteirar de problemas e temas de seu entorno
imediato e mediato, investigá-los para
compreendê-los e tomar uma posição em
discussões a respeito.
Sugere-se que esta habilidade seja vinculada a
projetos interdisciplinares, como os de
intervenção social, que também mobilizam
habilidades do campo da vida pública (no estudo
da questão problema/tema, caso ela envolva o
conhecimento de normas e leis, por exemplo) e de
práticas de estudo e pesquisa (como a realização
de enquetes para coletar dados a serem tratados
e usados na formulação de argumentos para
apoiar uma posição assumida). Pode, também, ser
mobilizada em um debate deliberativo sobre
alguma questão do convívio escolar e associada
às habilidades próprias de situações orais como
essa, que implicam tomadas de notas, uso de
recursos de entonação, ritmo, expressão facial e
corporal etc. Destaca-se, aqui, a oportunidade de
trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF69AR15.s.17), (MS.EF69AR33.s.36), da Arte,
e (MS.EF67EF17.s.16), da Educação Física, no que
se refere à compreensão crítica de diferentes
pontos de vista sobre temas controversos e de
relevância social.
Participação em (MS.EF69LP14.s.14) Sugere-se que esta habilidade seja desenvolvida
discussões orais de Formular perguntas e com as habilidades (MS.EF69LP13.s.13 e
temas controversos decompor, com a ajuda dos MS.EF69LP15.s.15). Apresentam-se, como
de interesse da turma colegas e dos professores, possibilidades, as orientações descritas na
e/ou de relevância tema/questão polêmica, habilidade (MS.EF69LP13.s.13).
social explicações e ou argumentos
relativos ao objeto de
discussão para análise mais
minuciosa e buscar em fontes
diversas informações ou
dados que permitam analisar
partes da questão e
compartilhá-los com a turma.
Participação em (MS.EF69LP15.s.15) Sugere-se que esta habilidade seja desenvolvida
discussões orais de Apresentar argumentos e com as habilidades (MS.EF69LP13.s.13 e
temas controversos contra-argumentos coerentes, MS.EF69LP14.s.14). Apresentam-se, como
de interesse da turma respeitando os turnos de fala, possibilidades, as orientações descritas na
e/ou de relevância na participação em discussões habilidade (MS.EF69LP13.s.13).
social sobre temas controversos
e/ou polêmicos.
Análise Construção (MS.EF69LP16.s.16) O foco desta habilidade está no estudo da forma
linguística/ composicional Analisar e utilizar as formas de de composição dos gêneros jornalísticos
semiótica composição dos gêneros narrativos e argumentativos, assim como de
jornalísticos da ordem do entrevistas.
relatar, tais como notícias Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
(pirâmide invertida no se um estudo baseado na comparação entre

213
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
impresso X blocos noticiosos textos do mesmo gênero e de gêneros distintos,
hipertextuais e práticas de leitura, produção e análise de textos,
hipermidiáticos no digital, que nas quais seja possível relacionar as formas de
também pode contar com composição dos gêneros às especificidades do
imagens de vários tipos, campo de atuação em que circulam, aos temas e
vídeos, gravações de áudio finalidades e às peculiaridades da mídia em que
etc.), da ordem do são publicados. A progressão pode se dar tanto
argumentar, tais como artigos pelo modo de tratamento do conteúdo (por
de opinião e editorial frequentação ou para aprofundamento) quanto
(contextualização, defesa de pela complexidade dos textos previstos para as
tese/opinião e uso de práticas de leitura e produção. Sugere-se um
argumentos) e das entrevistas: trabalho colaborativo (coletivo mediado pelo
apresentação e professor, e em grupo/duplas), que progrida para
contextualização do o autônomo.
entrevistado e do tema,
estrutura pergunta e resposta
etc.
Estilo (MS.EF69LP17.s.17) Esta é uma habilidade complexa, com foco nas
Perceber e analisar os características, no funcionamento e nos recursos
recursos estilísticos e — linguísticos e semióticos — próprios de
semióticos dos gêneros gêneros jornalísticos narrativos e argumentativos.
jornalísticos e publicitários, os Envolve, ainda, duas operações distintas e
aspectos relativos ao sucessivas: perceber e analisar os efeitos de
tratamento da informação em sentido produzidos pelos recursos linguísticos e
notícias, como a ordenação semióticos mencionados, assim como pelas
dos eventos, as escolhas estratégias persuasivas em jogo, de modo que se
lexicais, o efeito de possam identificar intencionalidades variadas
imparcialidade do relato, a presentes em textos desses gêneros.
morfologia do verbo, em Convém que o desenvolvimento desta habilidade
textos noticiosos e venha sempre associado a práticas de leitura e/ou
argumentativos, produção de textos dos gêneros jornalísticos e
reconhecendo marcas de publicitários previstos. É possível desmembrar a
pessoa, número, tempo, habilidade, ainda, nas operações implicadas
modo, a distribuição dos (perceber/analisar), assim como nos gêneros
verbos nos gêneros textuais jornalísticos e publicitários e/ou nos recursos
(por exemplo, as formas de linguísticos e semióticos neles envolvidos. O
pretérito em relatos; as desenvolvimento desta habilidade implica
formas de presente e futuro atividades de leitura e/ou produção de textos
em gêneros argumentativos; desses gêneros, planejadas de forma a possibilitar
as formas de imperativo em que todos os vetores referidos estejam não só
gêneros publicitários), o uso contemplados, mas articulados entre si.
de recursos persuasivos em
textos argumentativos
diversos (como a elaboração
do título, escolhas lexicais,
construções metafóricas, a
explicitação ou a ocultação de
fontes de informação) e as
estratégias de persuasão e
apelo ao consumo com os
recursos linguístico-
discursivos utilizados (tempo
verbal, jogos de palavras,
metáforas, imagens).

214
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Estilo (MS.EF69LP18.s.18) Esta habilidade envolve o uso de recursos textuais
Utilizar, na escrita/reescrita de que estabeleçam relações adequadas entre as
textos argumentativos, partes do texto, de modo a conferir-lhe
recursos linguísticos que legibilidade e tratamento apropriado do
marquem as relações de conteúdo. Esta habilidade é necessária para
sentido entre parágrafos e estabelecer a progressão e a unidade temática —
enunciados do texto e o "fio da meada" — do texto, assim como sua
operadores de conexão coesão e coerência.
adequados aos tipos de
argumento e à forma de
composição de textos
argumentativos, de maneira a
garantir a coesão, a coerência
e a progressão temática
nesses textos
(“primeiramente, mas, no
entanto, em
primeiro/segundo/terceiro
lugar, finalmente, em
conclusão” etc.).
Efeito de sentido (MS.EF69LP19.s.19) Trata-se de habilidade que consiste em analisar os
Analisar, em gêneros orais recursos típicos da fala do ponto de vista dos
que envolvam argumentação, efeitos de sentido que, em uma dada situação
os efeitos de sentido de comunicativa, podem provocar sobre a
elementos típicos da argumentação pretendida. Requer a observação
modalidade falada, como a dos recursos linguísticos em jogo e dos efeitos de
pausa, a entonação, o ritmo, a sentido que produzem em diferentes situações de
gestualidade e expressão comunicação.
facial, as hesitações etc. Deve-se considerar que o estudo do discurso oral
implica criação de condições que o possibilite,
como gravações em vídeo para serem analisadas;
discussão coletiva sobre as impressões de cada
estudante a respeito dos efeitos de sentido
produzidos pelos elementos empregados na fala;
participação em situações comunicativas orais
diversas, com o intuito de estudar a performance
do enunciador.
A progressão pode ser: pela complexidade do
texto e do gênero; pelo grau de autonomia do
estudante ao realizar as atividades; pelo
tratamento dado ao conteúdo, que pode ser por
frequentação ou para aprofundamento.

CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

Leitura Reconstrução das (MS.EF69LP20.s.20) Esta habilidade refere-se ao reconhecimento das


condições de Identificar, tendo em vista o especificidades dos textos normativos e legais,
produção e circulação contexto de produção, a marcados por um conteúdo de caráter coercitivo
e adequação do texto forma de organização dos ou normativo: como se organizam, que recursos
à construção textos normativos e legais, a linguísticos são comuns nesses gêneros de textos,
composicional e ao lógica de hierarquização de além da presença de verbos no imperativo,
estilo de gênero seus itens e subitens e suas advérbios ou locuções; pode ser observado o uso
(Lei, código, estatuto, partes: parte inicial (título – de verbos e substantivos que trazem uma carga
código, regimento nome e data – e ementa), semântica com esse caráter, como
etc.) blocos de artigos (parte, livro, dever/poder/ser, obrigação/direito/garantia etc.
capítulo, seção, subseção), Para desenvolver esta habilidade, é importante
artigos (caput e parágrafos e reconhecer as especificidades da esfera jurídica
incisos) e parte final em que os textos mencionados são produzidos e
(disposições pertinentes à sua circulam. Portanto, considera-se pertinente prever,

215
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
implementação) e analisar ao longo dessa etapa, um estudo sistemático e
efeitos de sentido causados progressivo sobre o campo da vida pública: Quem
pelo uso de vocabulário são os atores envolvidos? Quais os interesses
técnico, pelo uso do dessa esfera? Que gêneros do discurso são
imperativo, de palavras e produzidos nessa esfera? Quais as finalidades de
expressões que indicam contratos, leis, regulamentos, estatutos,
circunstâncias, como autorização de funcionamento, medida provisória,
advérbios e locuções editais, dentre outros gêneros? De modo geral,
adverbiais, de palavras que são gêneros que normatizam e regulamentam
indicam generalidade, como direitos e deveres do cidadão nos mais variados
alguns pronomes indefinidos, papéis sociais; saber ler esses textos é
de forma a poder fundamental para a vida pública. Espera-se que a
compreender o caráter cada ano o estudante aproprie-se desses gêneros
imperativo, coercitivo e por meio da frequentação e aprofundamento.
generalista das leis e de
outras formas de
regulamentação.
Apreciação e réplica (MS.EF69LP21.s.21) Esta habilidade refere-se ao trabalho de estimular
Posicionar-se em relação a o reconhecimento das práticas no entorno, na
conteúdos veiculados em região e/ou em localidades remotas, bem como
práticas não de análise das suas especificidades por meio do
institucionalizadas de estudo dos recursos das diferentes linguagens em
participação social, sobretudo que se constituem os gêneros envolvidos, o que
àquelas vinculadas a dará subsídios ao estudante para formar opiniões
manifestações artísticas, sobre seus conteúdos. Por exemplo: o grafitar,
produções culturais, como uma prática de letramento, se caracteriza
intervenções urbanas e pelo quê? Quais recursos são utilizados e como
práticas próprias das culturas podem ser usados para fazer a crítica? É
juvenis que pretendam necessário considerar que o desenvolvimento
denunciar, expor uma desta habilidade pode favorecer a participação
problemática ou “convocar” dos jovens em movimentos de bairros, centros
para uma reflexão/ação, culturais comunitários etc., que promovem
relacionando esse práticas culturais locais que se constituem como
texto/produção com seu formas de resistência e de defesa de direitos de
contexto de produção e diferentes naturezas. Exemplos dessas
relacionando as partes e manifestações são os saraus, as rodas de rap e as
semioses presentes para a batalhas de slam que acontecem nas periferias,
construção de sentidos. cujo objetivo é promover o direito à cultura, nos
quais se leem poemas, crônicas e se cantam raps
de autoria, com conteúdos críticos em relação a
algum aspecto da realidade.
Para desenvolver esta habilidade é recomendável
que a escola acolha, problematize e legitime essas
práticas e favoreça o empoderamento dos jovens
para uma atuação cada vez mais qualificada.
Produção de Textualização, revisão (MS.EF69LP22.s.22) Esta habilidade tem relação com as habilidades
textos e edição Produzir, revisar e editar (MS.EF67LP19.s.19) e (MS.EF89LP21.s.21); refere-se
textos reivindicatórios ou à realização de uma investigação das
propositivos sobre problemas necessidades da escola e/ou da comunidade para
que afetam a vida escolar ou levantamento de questões, prioridades e
da comunidade, justificando problemas relevantes que levarão à produção
pontos de vista, reivindicações colaborativa de textos reivindicatórios. Essa
e detalhando propostas investigação fornecerá elementos para planejar
(justificativa, objetivos, ações ações e dará contexto para as produções de
previstas etc.), levando em textos. As habilidades relativas à produção de
conta seu contexto de textos argumentativos também são mobilizadas.
produção e as características Pode-se considerar que a prática de reivindicar
dos gêneros em questão. direitos e deveres ou propor soluções para
problemas favorece o engajamento dos

216
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
estudantes em questões de interesse público, em
especial do seu entorno imediato. A implantação
de projetos de intervenção pode favorecer essa
prática e possibilita o desenvolvimento desta
habilidade em contextos significativos para os
estudantes. Projetos que integrem as diferentes
áreas mobilizam uma gama de conhecimentos e
habilidades, potencializando aprendizagens.
Textualização, revisão (MS.EF69LP23.s.23) Esta habilidade visa estimular a escrita
e edição Contribuir com a escrita de colaborativa de textos normativos diretamente
textos normativos, quando relacionados às práticas escolares, com seus
houver esse tipo de demanda atores previstos. Escritas dessa natureza implicam
na escola – regimentos e atuação protagonista dos estudantes na
estatutos de organizações da apropriação do espaço escolar em diferentes
sociedade civil do âmbito da dimensões, envolvendo uma participação com
atuação das crianças e jovens direitos e responsabilidades.
(grêmio livre, clubes de Para desenvolver esta habilidade recomenda-se
leitura, associações culturais incorporar práticas, como assembleias de
etc.) – e de regras e estudantes com caráter deliberativo e formação
regulamentos nos vários de grupos de trabalho para organização de
âmbitos da escola – eventos, como os citados na descrição.
campeonatos, festivais, regras Essas práticas também favorecem vivências de
de convivência etc., levando leitura e de produção de textos variados, como
em conta o contexto de atas de reunião, estatutos e regulamentos.
produção e as características Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
dos gêneros em questão. interdisciplinar com a habilidade (EF67EF09), da
Educação Física, no que se refere à compreensão
e contribuição com textos normativos e
regramentos de convívio que viabilizem a
participação de todos na prática de exercícios
físicos e atividades artísticas.
Oralidade Discussão oral (MS.EF69LP24.s.24) Esta habilidade refere-se à participação em
Discutir casos, reais ou situações (como discussões coletivas e em grupos,
simulações, submetidos a debates) em que esteja em foco analisar casos sob
juízo, que envolvam a ótica da legalidade e do direito. São
(supostos) desrespeitos a pressupostos dessas situações o conhecimento e
artigos, do ECA, do Código de a compreensão de textos legais e normativos que
Defesa do Consumidor, do servirão tanto para analisar o caso quanto para
Código Nacional de Trânsito, elaborar argumentos sólidos que apoiem a sua
de regulamentações do análise. Recomenda-se que todas as situações de
mercado publicitário etc., interação oral nesse campo (vida pública) sejam
como forma de criar vinculadas a projetos interdisciplinares, para
familiaridade com textos garantir a abordagem de maior número de
legais – seu vocabulário, documentos normativos e reguladores. Diante da
formas de organização, lista aberta desses documentos, é possível propor
marcas de estilo etc. -, de projetos diferenciados para cada ano. Por
maneira a facilitar a exemplo, em uma discussão sobre meio ambiente
compreensão de leis, e consumismo, pode-se propor a análise de uma
fortalecer a defesa de direitos, propaganda, associada à leitura do Código
fomentar a escrita de textos Nacional do Consumidor, ao Estatuto da Criança e
normativos (se e quando isso do Adolescente - ECA e ao Código Brasileiro de
for necessário) e possibilitar a Autorregulamentação Publicitária. Podem-se
compreensão do caráter propor exercícios de retextualização desses textos,
interpretativo das leis e as como a reescrita de um artigo de lei em
várias perspectivas que linguagem informal, que pode colaborar para a
podem estar em jogo. sua interpretação. É recomendável que o ECA seja
um documento revisitado ao longo dos quatro
anos, dada a sua relevância. Destaca-se, aqui, a
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a

217
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
habilidade (EF67EF09), da Educação Física, no que
se refere à compreensão e contribuição com
textos normativos e regramentos de convívio que
viabilizam a participação de todos na prática de
exercícios físicos.
Discussão oral (MS.EF69LP25.s.25) Esta habilidade refere-se à participação em
Posicionar-se de forma diferentes situações orais, nas quais se espera o
consistente e sustentada em posicionamento crítico em relação à questão em
uma discussão, assembleia, foco. O uso de recursos linguísticos e semióticos
reuniões de colegiados da (outras linguagens), como de palavras que
escola, de agremiações e explicitam a posição assumida (se de oposição ou
outras situações de negociação, por exemplo) e o uso de entonação
apresentação de propostas e que deixe em evidência a apreciação do falante
defesas de opiniões, em relação ao que é dito são algumas das
respeitando as opiniões competências mobilizadas. É importante assegurar
contrárias e propostas que, em participações face a face ou a distância,
alternativas e fundamentando mediadas pela tecnologia, em situações variadas,
seus posicionamentos, no como discussões, participação em debates,
tempo de fala previsto, palestras e reuniões, enquanto o outro fala, quem
valendo-se de sínteses e está na escuta analise o que é dito e planeje uma
propostas claras e justificadas. resposta imediata. Articular esta habilidade com
as que sugerem o procedimento de tomada de
notas, começando por fazê-lo com material
gravado, que pode ser revisto indefinidamente,
para depois fazê-lo no ato da interação,
favorecerá uma resposta mais qualificada de
quem escuta.
Registro (MS.EF69LP26.s.26) Esta habilidade refere-se ao trabalho com a
Tomar nota em discussões, tomada de notas para diferentes fins:
debates, palestras, - para alimentar outras produções escritas com a
apresentação de propostas, finalidade de documentar processos e resultados
reuniões, como forma de de reuniões, tais como atas e notas de reunião;
documentar o evento e apoiar - para registro pessoal, visando à reflexão sobre o
a própria fala (que pode se registrado;
dar no momento do evento - como apoio à fala durante a participação em
ou posteriormente, quando, situações orais, como discussões, debates,
por exemplo, for necessária a seminários.
retomada dos assuntos É válido levar em consideração que a tomada de
tratados em outros contextos notas como registro é considerada um gênero de
públicos, como diante dos apoio à compreensão do que se ouve e/ou assiste.
representados). Como procedimento, está vinculada às diferentes
situações, em qualquer campo de atuação. É
comum em práticas, como debates, palestras,
reuniões, aulas e suas variantes em outras mídias.
Supõe a capacidade de identificar informações
relevantes e sintetizá-las em notas, de modo
coerente, garantindo a possibilidade de retomada
das ideias pelo seu autor.
Análise Análise de textos (MS.EF69LP27.s.27) Esta habilidade trata de leitura para estudo das
linguística/ legais/normativos, Analisar a forma especificidades dos textos normativos jurídicos e
semiótica propositivos e composicional de textos reivindicatórios, visando à produção de textos
reivindicatórios pertencentes a gêneros dessa natureza, essenciais para a vida pública,
normativos/ jurídicos e a especialmente em situações de defesa ou de
gêneros da esfera política, tais debates sobre direitos do cidadão. Supõe-se o
como propostas, programas estudo desses gêneros no que diz respeito ao
políticos (posicionamento conteúdo — como pode se organizar e ser
quanto a diferentes ações a construído com os recursos linguísticos
serem propostas, objetivos, adequados, tendo em vista os objetivos
ações previstas etc.), pretendidos. É recomendável que o

218
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
propaganda política desenvolvimento da leitura e a produção de
(propostas e sua sustentação, textos dessa natureza tenham como contexto
posicionamento quanto a inicial as produções e questões locais. Cabe
temas em discussão) e textos enfatizar, ainda, que a natureza dos textos
reivindicatórios: cartas de reivindicatórios mobilizará habilidades propostas
reclamação, petição no campo jornalístico/midiático, visto que esses
(proposta, suas justificativas e textos supõem o uso da argumentação.
ações a serem adotadas) e
suas marcas linguísticas, de
forma a incrementar a
compreensão de textos
pertencentes a esses gêneros
e a possibilitar a produção de
textos mais adequados e/ou
fundamentados quando isso
for requerido.
Modalização (MS.EF69LP28.s.28) Esta habilidade, além de identificar recursos
Observar os mecanismos de empregados em textos dos gêneros citados que
modalização adequados aos representam valores e posições, abrange
textos jurídicos, as modalidades deônticas, como "É proibido pisar na
modalidades deônticas, que grama", "Saia, agora!", "Se quiser, pode usar o
se referem ao eixo da conduta meu carro". Envolve reconhecer os recursos
(obrigatoriedade/permissibilid linguísticos empregados nesses casos,
ade) como, por exemplo: compreender os efeitos de sentido produzidos
Proibição: “Não se deve fumar por eles e analisar a coerência desses efeitos tanto
em recintos fechados.”; com as intenções de significação pretendidas,
Obrigatoriedade: “A vida tem quanto com a especificidade do gênero,
que valer a pena.”; considerando o campo de atuação, finalidade e
Possibilidade: “É permitido a espaço de circulação. A progressão pode se dar:
entrada de menores pela complexidade do texto e do gênero; pelo
acompanhados de adultos tipo de tratamento didático — por frequentação
responsáveis”, e os (aos gêneros/textos) ou para aprofundamento;
mecanismos de modalização pelo grau de autonomia do estudante (em
adequados aos textos colaboração — coletiva, em grupos, em duplas —
políticos e propositivos, as e de modo autônomo); e, especialmente, por se
modalidades apreciativas, em tratar de habilidade que abrange 6º ao 9º ano,
que o locutor exprime um pelo tratamento dado ao conteúdo. Destaca-se,
juízo de valor (positivo ou aqui, a oportunidade de trabalho interdisciplinar
negativo) acerca do que com a habilidade (EF67EF09), da Educação Física,
enuncia. Por exemplo: “Que no que tange à compreensão e à contribuição
belo discurso!”, “Discordo das com textos normativos e regramentos de convívio
escolhas de Antônio.” que viabilizem a participação de todos na prática
“Felizmente, o buraco ainda de exercícios físicos.
não causou acidentes mais
graves.”

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Leitura Reconstrução das (MS.EF69LP29.s.29) Esta habilidade promove o desenvolvimento de


condições de Refletir sobre a relação entre capacidades de leitura relativas à compreensão e
produção e recepção os contextos de produção dos apreciação dos textos, considerando o contexto
dos textos e gêneros de divulgação de produção de divulgação científica:
adequação do texto à científica – texto didático, interlocutores envolvidos, intencionalidades
construção artigo de divulgação científica, relativas ao gênero selecionado e apreciações
composicional e ao reportagem de divulgação implícitas e explícitas sobre o tema tratado,
estilo de gênero científica, verbete de observáveis pela análise dos recursos das
enciclopédia (impressa e linguagens utilizadas, favorecendo habilidades de
digital), esquema, infográfico produção de textos dessa esfera. Para desenvolvê-
(estático e animado), relatório, la, é altamente recomendável envolver diferentes
relato multimidiático de áreas de conhecimento, uma vez que cada uma
219
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
campo, podcasts e vídeos delas possui terminologia e recursos linguísticos
variados de divulgação próprios. Ler um infográfico de uma reportagem
científica etc. – e os aspectos sobre uma descoberta arqueológica, por exemplo,
relativos à construção é diferente de ler um texto do mesmo gênero
composicional e às marcas sobre a variação do Índice de Desenvolvimento
linguística características Humano - IDH ou do custo de vida de uma
desses gêneros, de forma a determinada localidade ao longo de um período
ampliar suas possibilidades de específico. O fato de a natureza dos
compreensão (e produção) de conhecimentos ser diversa, como o exercício de
textos pertencentes a esses uma inferência, por exemplo, leva o estudante a
gêneros. analisar (na leitura) ou mobilizar (na produção)
recursos de linguagens comumente usados nas
diferentes áreas de conhecimentos.
Relação entre textos (MS.EF69LP30.s.30) Esta habilidade implica mobilizar/desenvolver
Comparar, com a ajuda do estratégias e ferramentas de curadoria: busca e
professor, conteúdos, dados e seleção de fontes confiáveis, uso de recursos de
informações de diferentes apoio à compreensão — como tomada de notas,
fontes, levando em conta seus produção de esquemas etc. — bem como análise
contextos de produção e das informações e generalizações, visando à
referências, identificando formulação de apreciações éticas e estéticas
coincidências, expressas em textos de gêneros diversos
complementaridades e (comentários, reportagens de divulgação,
contradições, de forma a resenhas críticas etc.). É importante considerar
poder identificar que, no campo das práticas de estudo e pesquisa,
erros/imprecisões conceituais, comparar informações entre diferentes fontes é
compreender e posicionar-se essencial para o desenvolvimento das diversas
criticamente sobre os dimensões do pensamento científico. O trabalho
conteúdos e informações em com projetos integrados interdisciplinares poderá
questão. potencializar o desenvolvimento dessas
dimensões. É possível propor a progressão no
grau de ajuda dada pelo professor (com vistas à
construção da autonomia do estudante) e na
complexidade do que comparar (quantidade e
tipos de fontes, tipos de gêneros — dos
predominantemente verbais aos multimidiáticos),
quais procedimentos, estratégias e ferramentas
usar, considerando os gêneros selecionados para
o ano, e em que gêneros os estudantes tecerão
suas apreciações a cada ano.
Apreciação e réplica (MS.EF69LP31.s.31) A observação das pistas linguísticas referidas
Utilizar pistas linguísticas – nesta habilidade pode favorecer a percepção das
tais como “em informações, ideias e/ou argumentos que o autor
primeiro/segundo/terceiro considera mais relevantes, bem como a
lugar”, “por outro lado”, “dito identificação de ideias centrais e periféricas,
de outro modo”, isto é”, “por orientando na produção de resumos, esquemas,
exemplo” – para compreender gráficos etc. A articulação com a leitura de
a hierarquização das gêneros e textos de graus crescentes de
proposições, sintetizando o complexidade pode ser um bom critério para a
conteúdo dos textos. progressão curricular.
Estratégias e (MS.EF69LP32.s.32) Esta habilidade pode ser desenvolvida junto com
procedimentos de Selecionar informações e a habilidade (MS.EF69LP30.s.30) e, portanto,
leitura Relação do dados relevantes de fontes sugerem-se as mesmas orientações.
verbal com outras diversas (impressas, digitais,
semioses orais etc.), avaliando a
Procedimentos e qualidade e a utilidade dessas
gêneros de apoio à fontes, e organizar,
compreensão esquematicamente, com ajuda
do professor, as informações
necessárias (sem excedê-las)

220
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
com ou sem apoio de
ferramentas digitais, em
quadros, tabelas ou gráficos.
Estratégias e (MS.EF69LP33.s.33) Esta habilidade busca relacionar as partes verbais,
procedimentos de Articular o verbal com os não verbais e híbridas que compõem um texto de
leitura Relação do esquemas, infográficos, divulgação, identificando a relação de sentidos
verbal com outras imagens variadas etc. na que estabelece entre as partes. Um gráfico, por
semioses (re)construção dos sentidos exemplo, pode complementar uma informação
Procedimentos e dos textos de divulgação dada pelo texto escrito, ou um esquema ou uma
gêneros de apoio à científica e retextualizar do ilustração pode exemplificar a informação verbal.
compreensão discursivo para o esquemático Também busca o uso dessas linguagens não
– infográfico, esquema, tabela,verbais como formas de retextualizar o dito
gráfico, ilustração etc. – e, ao
verbalmente. Ou seja, sugere-se um trabalho em
contrário, transformar o que o estudante transforme em gráfico, por
conteúdo das tabelas, exemplo, um texto verbal e vice-versa, o que
esquemas, infográficos, possibilita se apropriar de diferentes formas de
ilustrações etc. em texto dizer o que pretende,recorrendo a diferentes
discursivo, como forma de linguagens.
ampliar as possibilidades de Pode-se iniciar com exercícios pequenos de
compreensão desses textos e retextualização de tabelas e depois de infográficos
analisar as características dassimples que compõem reportagens de divulgação
multissemioses e dos gêneros para textos escritos, de modo a integrá-los na
em questão. reportagem apenas na linguagem verbal e vice-
versa. Esse exercício pode ir se complexificando ao
longo dos anos, tanto em relação à quantidade de
informação concentrada em um infográfico
quanto na complexidade dos textos selecionados
para a leitura. Como se trata de lidar com textos
de divulgação científica, um desenvolvimento
articulado com as diferentes áreas de
conhecimento pode potencializar as
aprendizagens do estudante.
Estratégias e (MS.EF69LP34.s.34) Esta habilidade refere-se ao uso de estratégias e
procedimentos de Grifar as partes essenciais do procedimentos envolvidos na leitura para estudo
leitura Relação do texto, tendo em vista os (grifar, anotar nas margens etc.) que se
verbal com outras objetivos de leitura, produzir desdobram na produção de diferentes tipos de
semioses marginálias (ou tomar notas textos, conhecidos na área como gêneros de
Procedimentos e em outro suporte), sínteses apoio à compreensão (resumos, quadros,
gêneros de apoio à organizadas em itens, quadro esquemas, resenhas, paráfrases etc.). As operações
compreensão sinóptico, quadro envolvidas na produção de um resumo a partir de
comparativo, esquema, um artigo científico, por exemplo, resultam em um
resumo ou resenha do texto exercício de retextualização. É recomendável
lido (com ou sem propor uma progressão tanto para o ensino e a
comentário/análise), mapa aprendizagem de procedimentos de leitura para
conceitual, dependendo do estudo e das formas de retextualizar o que se lê
que for mais adequado, como (com a produção dos gêneros de apoio à
forma de possibilitar uma compreensão), quanto para a complexidade dos
maior compreensão do texto, textos selecionados para a leitura.
a sistematização de
conteúdos e informações e
um posicionamento frente aos
textos, se esse for o caso.
Produção de Consideração das (MS.EF69LP35.s.35) Esta habilidade refere-se ao planejamento da
textos condições de Planejar textos de divulgação produção de textos como um processo que
produção de textos científica, a partir da envolve etapas diferentes: definir contexto de
de divulgação elaboração de esquema que produção, planejar, produzir e revisar. Mobiliza
científica considere as pesquisas feitas variadas habilidades, como as relativas à curadoria
Estratégias de escrita anteriormente, de notas e de informação e produção de roteiros e enquetes
sínteses de leituras ou de para pesquisa, considerando o contexto de

221
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
registros de experimentos ou produção definido, na fase de planejamento, e as
de estudo de campo, habilidades voltadas à aplicação dos recursos
produzir, revisar e editar linguísticos e semióticos, na elaboração e revisão
textos voltados para a dos gêneros, considerando as especificidades dos
divulgação do conhecimento textos de divulgação científica. Podem-se propor
e de dados e resultados de projetos interdisciplinares. A progressão de
pesquisas, tais como artigo de gêneros ocorrerá de acordo com a complexidade,
divulgação científica, artigo de que pode estar relacionada: ao nível de
opinião, reportagem científica, aprofundamento da pesquisa, com busca de mais
verbete de enciclopédia, ou menos fontes para um tratamento do objeto
verbete de enciclopédia de uma ou de diferentes perspectivas, e uso de
digital colaborativa , mais gêneros de apoio (entrevistas, roteiros etc.);
infográfico, relatório, relato de à quantidade de linguagens usadas na produção
experimento científico, relato de sentidos.
(multimidiático) de campo,
tendo em vista seus contextos
de produção, que podem
envolver a disponibilização de
informações e conhecimentos
em circulação em um formato
mais acessível para um
público específico ou a
divulgação de conhecimentos
advindos de pesquisas
bibliográficas, experimentos
científicos e estudos de
campo realizados.
Estratégias de escrita: (MS.EF69LP36.s.36) Esta habilidade pode ser desenvolvida com as
textualização, revisão Produzir, revisar e editar habilidades (MS.EF69LP35.s.35 e
e edição textos voltados para a MS.EF69LP37.s.37) e, portanto, sugerem-se as
divulgação do conhecimento mesmas orientações.
e de dados e resultados de
pesquisas, tais como artigos
de divulgação científica,
verbete de enciclopédia,
infográfico, infográfico
animado, podcast ou vlog
científico, relato de
experimento, relatório,
relatório multimidiático de
campo, dentre outros,
considerando o contexto de
produção e as regularidades
dos gêneros em termos de
suas construções
composicionais e estilos.
Estratégias de (MS.EF69LP37.s.37) Esta habilidade pode ser desenvolvida com as
produção Produzir roteiros para habilidades (MS.EF69LP35.s.35 e
elaboração de vídeos de MS.EF69LP36.s.36) e, portanto, sugerem-se as
diferentes tipos (vlog mesmas orientações.
científico, vídeo-minuto,
programa de rádio, podcasts)
para divulgação de
conhecimentos científicos e
resultados de pesquisa, tendo
em vista seu contexto de
produção, os elementos e a
construção composicional dos
roteiros.

222
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Oralidade Estratégias de (MS.EF69LP38.s.38) Esta habilidade refere-se especificamente às
produção: Organizar os dados e etapas de planejamento, elaboração/preparação e
planejamento e informações pesquisados em realização de apresentações orais resultantes de
produção de painéis ou slides de pesquisas realizadas. Dá ênfase ao preparo do
apresentações orais apresentação, levando em falante, em relação aos materiais que poderão
conta o contexto de funcionar como um apoio à audiência e/ou ao
produção, o tempo disponível, falante/apresentador, ajudando-o no
as características do gênero encadeamento das ideias durante a realização da
apresentação oral, a apresentação. Podem-se mobilizar aprendizagens,
multissemiose, as mídias e quando possível, quanto ao uso de aplicativos
tecnologias que serão para apresentação. Portanto, é parte do preparo
utilizadas, ensaiar a de uma apresentação oral um ensaio com apoio
apresentação, considerando do material preparado, de modo que o
também elementos apresentador tenha ideia do tempo que gastará e
paralinguísticos e cinésicos e dos recursos linguísticos e semióticos que usará
proceder à exposição oral de em sua fala. Na progressão, podem ser propostas
resultados de estudos e apresentações iniciais breves, com apoio de texto
pesquisas, no tempo a ser consultado/lido, até chegar às apresentações
determinado, a partir do mais longas e elaboradas, com material de apoio à
planejamento e da definição audiência mais sofisticado (com infográficos,
de diferentes formas de uso vídeos etc.), com fala apoiada apenas no material
da fala – memorizada, com oferecido à audiência, sem leitura da exposição, e,
apoio da leitura ou fala ainda, com previsão de participação da
espontânea. audiência/do público.
Estratégias de (MS.EF69LP39.s.39) No contexto desta habilidade, diferentemente do
produção Definir o recorte temático da que se verifica no campo jornalístico/midiático, a
entrevista e o entrevistado, entrevista é mais um meio do que um fim. Nesse
levantar informações sobre o campo, em geral, o objetivo é usá-la como um
entrevistado e sobre o tema instrumento para coletar dados no interior de
da entrevista, elaborar roteiro uma pesquisa. Esse tipo de entrevista também
de perguntas, realizar envolve as etapas de planejamento (seleção de
entrevista, a partir do roteiro, fato/assunto, escolha do gênero, curadoria de
abrindo possibilidades para informação, elaboração de perguntas etc.) e de
fazer perguntas a partir da realização. Para desenvolver esta habilidade
resposta, se o contexto sugere-se a realização de atividades, com
permitir, tomar nota, gravar entrevistas com um profissional, para conhecer
ou salvar a entrevista e usar melhor o seu campo de atuação, numa
adequadamente as apresentação para os colegas sobre a profissão do
informações obtidas, de entrevistado, até chegar às entrevistas para coletar
acordo com os objetivos dados de um determinado grupo social, por meio
estabelecidos. da elaboração de enquetes (cujos resultados serão
organizados em tabelas ou gráficos) ou roteiros
mais elaborados que poderão fazer parte de
artigos de divulgação, seminários etc. Vale
ressaltar a importância de oferecer exercícios que
simulem situações de entrevista em que os
estudantes sejam solicitados a propor novas
perguntas a partir das respostas dadas, o que
pode significar um material final mais rico.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF07LI02.s.02), da Língua Inglesa, e
(MS.EF06MA33.s.33), da Matemática, no que
tange à condução de entrevistas, coleta de dados
e probabilidades.

223
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Análise Construção (MS.EF69LP40.s.40) O foco desta habilidade é a capacidade de
linguística/ composicional Analisar, em gravações de analisar a construção composicional de gêneros
semiótica Elementos seminários, conferências de apresentação oral formal, com vistas à
paralinguísticos e rápidas, trechos de palestras, utilização dessa análise em apresentações
cinésicos dentre outros, a construção próprias no campo da divulgação de
Apresentações orais composicional dos gêneros de conhecimento. Isso implica observação, reflexão e
apresentação – análise da organização geral de seminários,
abertura/saudação, palestras ou conferências, tanto do ponto de vista
introdução ao tema, linguístico quanto paralinguístico. Convém que o
apresentação do plano de desenvolvimento desta habilidade, ao longo dos
exposição, desenvolvimento quatro anos, venha sempre associado ao uso de
dos conteúdos, por meio do gravações de eventos como os mencionados.
encadeamento de temas e Recomenda-se que as atividades propostas
subtemas (coesão temática), articulem o estudo dos diferentes aspectos da
síntese final e/ou conclusão, construção composicional desses gêneros com
encerramento –, os elementos sua adequação às intenções de significação em
paralinguísticos (tais como: foco e à necessidade de compreensão do
tom e volume da voz, pausas interlocutor; prevejam e orientem as estratégias e
e hesitações – que, em geral, técnicas de escuta atenta e de tomada de notas,
devem ser minimizadas –, necessárias à compreensão desses gêneros e à
modulação de voz e interação entre apresentador e ouvintes;
entonação, ritmo, respiração recomendem o uso da metalinguagem
etc.) e cinésicos (tais como: correspondente apenas depois de realizadas as
postura corporal, movimentos atividades de compreensão, observação e análise.
e gestualidade significativa,
expressão facial, contato de
olho com plateia, modulação
de voz e entonação, sincronia
da fala com ferramenta de
apoio etc.), para melhor
performar apresentações orais
no campo da divulgação do
conhecimento.
Usar adequadamente (MS.EF69LP41.s.41) Esta habilidade está diretamente relacionada ao
ferramentas de apoio Usar adequadamente letramento digital, com a articulação de oralidade
a apresentações orais ferramentas de apoio a e escrita. Refere-se, fundamentalmente, ao
apresentações orais, emprego de aplicativos, como PowerPoint e Prezi,
escolhendo e usando tipos e como suporte de apresentações orais (com textos
tamanhos de fontes que condensados e em tópicos, imagens, gráficos,
permitam boa visualização, tabelas etc.), de estudos realizados nos diferentes
topicalizando e/ou componentes, por meio de práticas que
organizando o conteúdo em demandem o uso desses recursos.
itens, inserindo de forma
adequada imagens, gráficos,
tabelas, formas e elementos
gráficos, dimensionando a
quantidade de texto (e
imagem) por slide, usando
progressivamente e de forma
harmônica recursos mais
sofisticados como efeitos de
transição, slides mestres,
layouts personalizados etc.
Construção (MS.EF69LP42.s.42) O foco desta habilidade é o estudo de recursos
composicional e estilo Analisar a construção textuais e discursivos utilizados na elaboração de
Gêneros de composicional dos textos textos de divulgação de conhecimentos, bem
divulgação científica pertencentes a gêneros como a sua aplicação em produções próprias. Sua
relacionados à divulgação de formulação enfatiza a necessidade de articulação
conhecimentos: título, (olho), entre os recursos verbais, não verbais e híbridos,

224
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
introdução, divisão do texto na construção efetiva dos sentidos. Demanda
em subtítulos, imagens observação dos recursos em foco para que se
ilustrativas de conceitos, possa refletir a respeito deles. Pode-se considerar
relações, ou resultados que esta habilidade abrange o estudo de recursos
complexos (fotos, ilustrações, relativos à organização interna do texto verbal;
esquemas, gráficos, aos recursos paratextuais, como imagens, boxes,
infográficos, diagramas, infográficos etc. É importante que o tratamento a
figuras, tabelas, mapas) etc., ser dado a esses recursos seja de correlação, de
exposição, contendo complementaridade, focalizando que o sentido do
definições, descrições, texto é derivado da articulação entre eles, sem o
comparações, enumerações, que a compreensão do conteúdo temático pode
exemplificações e remissões a resultar parcial, superficial ou até inadequada.
conceitos e relações por meio Podem-se promover atividades de leitura e
de notas de rodapé, boxes ou produção de textos, necessárias às análises
links; ou título, visadas pela habilidade e que orientem o
contextualização do campo, emprego da metalinguagem (terminologia
ordenação temporal ou gramatical), para que o seu uso só se dê depois da
temática por tema ou compreensão do aspecto estudado.
subtema, intercalação de
trechos verbais com fotos,
ilustrações, áudios, vídeos etc.
e reconhecer traços da
linguagem dos textos de
divulgação científica, fazendo
uso consciente das estratégias
de impessoalização da
linguagem (ou de
pessoalização, se o tipo de
publicação e objetivos assim o
demandarem, como em
alguns podcasts e vídeos de
divulgação científica), 3ª
pessoa, presente atemporal,
recurso à citação, uso de
vocabulário
técnico/especializado etc.,
como forma de ampliar suas
capacidades de compreensão
e produção de textos nesses
gêneros.
Marcas linguísticas (MS.EF69LP43.s.43) Esta habilidade articula leitura e produção de
Intertextualidade Identificar e utilizar os modos textos, visando aos modos de introduzir vozes em
de introdução de outras vozes textos científicos produzidos pelos estudantes.
no texto – citação literal e sua Envolve, ainda, duas operações distintas:
formatação e paráfrase –, as identificar e utilizar. A identificação e o uso desses
pistas linguísticas modos de citar terceiros têm a finalidade de
responsáveis por introduzir no evidenciar como o autor de textos científicos
texto a posição do autor e dos dialoga com as vozes que traz para seu texto
outros autores citados (discordando ou concordando) e como as
(“Segundo X; De acordo com apresenta (em discurso direto ou indireto, por
Y; De minha/nossa parte, exemplo). Convém considerar que esta habilidade
penso/amos que”...) e os está vinculada ao uso de tecnologia digital, visto
elementos de normatização que contempla também a preocupação com o
(tais como as regras de aprendizado de elementos de normatização do
inclusão e formatação de texto científico (como incluir e formatar uma
citações e paráfrases, de citação no texto, organização de referências
organização de referências bibliográficas) que comumente circula em
bibliográficas) em textos ambientes virtuais ou, mesmo quando impresso,
científicos, desenvolvendo implica uma produção digitalizada.

225
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
reflexão sobre o modo como
a intertextualidade e a
retextualização ocorrem
nesses textos.

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Leitura Reconstrução das (MS.EF69LP44.s.44) Esta habilidade refere-se ao reconhecimento dos


condições de Inferir a presença de valores textos literários como parte do patrimônio cultural
produção, circulação e sociais, culturais e humanos e da humanidade, representativos de culturas e
recepção de diferentes visões de valores dos diferentes grupos sociais. Envolve,
Apreciação e réplica mundo, em textos literários, ainda, resgatar as condições de produção,
reconhecendo nesses textos circulação e recepção desses textos, para, a partir
formas de estabelecer disso, associá-los a uma autoria, mobilizar
múltiplos olhares sobre as conhecimentos de mundo e atribuir sentidos a
identidades, sociedades e eles. Seu desenvolvimento demanda a
culturas e considerando a participação em práticas frequentes e sistemáticas
autoria e o contexto social e de leitura de textos literários de diferentes
histórico de sua produção. gêneros, épocas e contextos culturais. Destaca-se
a importância de a escola acolher e legitimar
produtos culturais representativos de diferentes
grupos sociais, das práticas de literatura mais
prestigiadas historicamente (com a exploração da
chamada arte dos clássicos) às práticas
consideradas marginais e características de
diferentes localidades. Devem-se privilegiar,
também, autores e folcloristas regionais e
considerar as manifestações linguísticas e culturais
de outras comunidades, como quilombolas e
indígenas.
Reconstrução das (MS.EF69LP45.s.45) Estreitamente relacionada à (MS.EF69LP46.s.46),
condições de Posicionar-se criticamente em esta habilidade consiste em apropriar-se de
produção, circulação e relação a textos pertencentes comportamentos próprios de leitores autônomos
recepção a gêneros como quarta-capa, que selecionam o que ler / ver / ouvir,
Apreciação e réplica programa (de teatro, dança, consultando textos que descrevem ou opinam
exposição etc.), sinopse, sobre obras literárias e de outras linguagens.
resenha crítica, comentário Também supõe, de um lado, diferenciar descrição
em blog/vlog cultural etc., de opinião expressa sobre o produto e, de outro,
para selecionar obras literárias reconhecer e fazer uso, em textos orais ou
e outras manifestações escritos, dos recursos do discurso argumentativo.
artísticas (cinema, teatro, Seu desenvolvimento demanda a participação
exposições, espetáculos, CD´s, efetiva do estudante em práticas de leitura e
DVD´s etc.), diferenciando as reflexão como as mencionadas. Para o
sequências descritivas e desenvolvimento, desta habilidade, é necessário
avaliativas e reconhecendo-os promover atividades de leitura, análise e discussão
como gêneros que apoiam a oral dos gêneros e textos citados,
escolha do livro ou produção contextualizadas em situações de efetiva escolha,
cultural e consultando-os no individual ou coletiva, de produções culturais das
momento de fazer escolhas, mais diversas. São essas práticas que permitem ao
quando for o caso. estudante refletir, discutir e deliberar com base
em argumentos explícitos. A progressão pode
basear-se em critérios, como o foco a ser dado às
atividades, a cada momento (leitura/análise e
discussão/deliberação e escolha); a ênfase nas
descrições ou nas opiniões expressas nos textos; o
grau de complexidade dos gêneros e textos
previstos para o estudo; o nível de autonomia a
ser atingido pelo estudante a cada etapa do
ensino.

226
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Reconstrução das (MS.EF69LP46.s.46) Esta habilidade busca reconhecer as
condições de Participar de práticas de especificidades da participação em cada prática,
produção, circulação e compartilhamento de apropriando-se dos diferentes gêneros orais ou
recepção leitura/recepção de obras escritos envolvidos. Favorece o desenvolvimento
Apreciação e réplica literárias/ manifestações de procedimentos, comportamentos e
artísticas, como rodas de capacidades de leitura de apreciação e réplica
leitura, clubes de leitura, sobre os produtos culturais mais diversos, sendo
eventos de contação de condição, portanto, para o desenvolvimento das
histórias, de leituras habilidades (MS.EF69LP45.s.45) e
dramáticas, de apresentações (MS.EF69LP49.s.49). Convém que se abram
teatrais, musicais e de filmes, espaços para acolher e legitimar produtos
cineclubes, festivais de vídeo, culturais representativos de diferentes grupos
saraus, slams, canais de sociais, combatendo estereótipos e preconceitos.
booktubers, redes sociais Desse modo, uma forma eficaz de favorecer a
temáticas (de leitores, de participação nessas práticas é prever sua inserção
cinéfilos, de música etc.), em atividades permanentes e regulares.
dentre outros, tecendo,
quando possível, comentários
de ordem estética e afetiva e
justificando suas apreciações,
escrevendo comentários e
resenhas para jornais, blogs e
redes sociais e utilizando
formas de expressão das
culturas juvenis, tais como,
vlogs e podcasts culturais
(literatura, cinema, teatro,
música), playlists comentadas,
fanfics, fanzines, e-zines,
fanvídeos, fanclipes, posts em
fanpages, trailer honesto,
vídeo-minuto, dentre outras
possibilidades de práticas de
apreciação e de manifestação
da cultura de fãs.
Reconstrução da (MS.EF69LP47.s.47) Esta habilidade busca reconhecer as
textualidade e Analisar, em textos narrativos especificidades da participação em cada prática,
compreensão dos ficcionais, as diferentes formas apropriando-se dos diferentes gêneros orais ou
efeitos de composição próprias de escritos nelas envolvidos. Demanda o
de sentidos cada gênero, os recursos envolvimento frequente e sistemático do
provocados pelos coesivos que constroem a estudante em práticas públicas e formais de
usos de recursos passagem do tempo e leitura e/ou produção de textos, orais e/ou
linguísticos e articulam suas partes, a escritos, em que a correção deve ser realizada.
multissemióticos escolha lexical típica de cada
gênero para a caracterização
dos cenários e dos
personagens e os efeitos de
sentido decorrentes dos
tempos verbais, dos tipos de
discurso, dos verbos de
enunciação e das variedades
linguísticas (no discurso
direto, se houver)
empregados, identificando o
enredo e o foco narrativo e
percebendo como se
estrutura a narrativa nos
diferentes gêneros e os
efeitos de sentido decorrentes

227
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
do foco narrativo típico de
cada gênero, da
caracterização dos espaços
físico e psicológico e dos
tempos cronológico e
psicológico, das diferentes
vozes no texto (do narrador,
de personagens em discurso
direto e indireto), do uso de
pontuação expressiva,
palavras e expressões
conotativas e processos
figurativos e do uso de
recursos linguístico-
gramaticais próprios a cada
gênero narrativo.
Reconstrução da (MS.EF69LP48.s.48) Esta habilidade busca promover o compromisso
textualidade e Interpretar, em poemas, do estudante com a sua formação como leitor
compreensão dos efeitos produzidos pelo uso literário, pronto para vivenciar experiências de
efeitos de recursos expressivos leitura mais desafiadoras. Implica trabalho de
de sentidos sonoros (estrofação, rimas, mediação de leitura mais intenso, que favoreça a
provocados pelos aliterações etc), semânticos ativação de conhecimentos prévios pelo
usos de recursos (figuras de linguagem, por estudante. Pode envolver o planejamento de
linguísticos e exemplo), gráfico- espacial leituras anteriores e também ao longo da leitura
multissemióticos (distribuição da mancha desafiadora (para garantir o conhecimento prévio
gráfica no papel), imagens e necessário para a compreensão do texto). Por
sua relação com o texto exemplo, em caso de uma obra que envolva um
verbal. discurso literário em que o tempo é tratado de
forma não linear e sem sinais explícitos para
indicar essa oscilação, recorrer a um trecho de um
filme em que isso acontece, para depois voltar à
escrita e comparar, pode ser uma estratégia
motivadora para o estudante. Uma forma de se
colaborar para a motivação do estudante para
leituras mais desafiadoras é prever projetos que
articulem o trabalho em sala de aula com a sala de
leitura e/ou biblioteca, quando possível. Ainda,
contar com leituras compartilhadas planejadas,
assim como rodas de leitura, a fim de apresentar
obras mais complexas com sugestão de escolhas,
articuladas com conversas posteriores sobre obras
lidas.
Adesão às práticas de (MS.EF69LP49.s.49) Esta habilidade pode ser desenvolvida com a
leitura Mostrar-se interessado e habilidade (MS.EF69LP48.s.48) e, portanto,
envolvido pela leitura de livros sugerem-se as mesmas orientações.
de literatura e por outras
produções culturais do campo
e receptivo a textos que
rompam com seu universo de
expectativas, que representem
um desafio em relação às suas
possibilidades atuais e suas
experiências anteriores de
leitura, apoiando-se nas
marcas linguísticas, em seu
conhecimento sobre os
gêneros e a temática e nas
orientações dadas pelo
professor.

228
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Produção de Relação entre textos (MS.EF69LP50.s.50) Esta habilidade refere-se a um exercício de
textos Elaborar texto teatral, a partir adaptação, de retextualização e de transformação
da adaptação de romances, de um gênero em outro, guardando a
contos, mitos, narrativas de originalidade do tratamento temático. Ainda que
enigma e de aventura, seja uma ação de retextualização, as habilidades
novelas, biografias relacionadas às operações de produção textual
romanceadas, crônicas, dentre (planejamento, produção e revisão) também
outros, indicando as rubricas devem estar vinculadas a esta habilidade. É
para caracterização do possível articulá-la, ainda, com habilidades de
cenário, do espaço, do tempo; análise de adaptações dessa mesma natureza.
explicitando a caracterização Sugere-se uma progressão na proposição de
física e psicológica dos adaptações, quer dos gêneros escolhidos, quer da
personagens e dos seus complexidade dos enredos dos textos
modos de ação; selecionados, quer, ainda, do grau de autonomia
reconfigurando a inserção do esperado dos estudantes nas produções dessa
discurso direto e dos tipos de natureza. Uma vez que os textos teatrais se
narrador; explicitando as realizam efetivamente quando são encenados,
marcas de variação linguística recomenda-se que essas adaptações tenham
(dialetos, registros e jargões) e como objetivo a encenação. Destaca-se, aqui, a
retextualizando o tratamento oportunidade para o trabalho interdisciplinar com
da temática. a habilidade (MS.EF69AR30.s.33), da Arte, no que
se refere à composição de improvisações e
acontecimentos cênicos com base em textos
dramáticos e outros estímulos. Sugerem-se
privilegiar, também, autores regionais.
Consideração das (MS.EF69LP51.s.51) Esta habilidade refere-se ao comprometimento
condições de Engajar-se ativamente nos dos estudantes com a experimentação de
produção processos de planejamento, produções literárias. Supõe desenvolver
Estratégias de textualização, revisão/ edição capacidades de compreensão das especificidades
produção: e reescrita, tendo em vista as dos gêneros literários e de análise dos recursos
planejamento, restrições temáticas, linguísticos e semióticos usados na construção
textualização e composicionais e estilísticas dos sentidos dos textos, que devem estar a
revisão/edição dos textos pretendidos e as serviço da fruição. Por meio de organizações
configurações da situação de variadas da turma, a colaboração pode ser
produção – o leitor estimulada em produções coletivas, grupos,
pretendido, o suporte, o duplas ou individuais. Pode-se considerar que o
contexto de circulação do engajamento dos estudantes no processo de
texto, as finalidades etc. – e produção de textos literários supõe uma
considerando a imaginação, a motivação interna que pode ser provocada
estesia e a verossimilhança externamente pelas práticas culturais adotadas:
próprias ao texto literário. rodas e clubes de leitura, eventos culturais, como
saraus, mostra de cinema e show de esquetes,
dentre outras. Eventos como esses, além das
parcerias necessárias entre as equipes de gestão e
a equipe de profissionais (responsáveis pela
biblioteca, professores de língua portuguesa, de
arte, de dança etc.), envolvem a colaboração entre
os estudantes no processo de produção e de
circulação dos textos.
Oralidade Produção de textos (MS.EF69LP52.s.52) Esta habilidade busca fazer uso das informações
orais Representar cenas ou textos das rubricas dos textos dramáticos para mobilizar
dramáticos, considerando, na recursos de diferentes linguagens, visando à
caracterização dos produção dos sentidos intencionados. Além da
personagens, os aspectos oralização dramatizada do texto verbal, o figurino
linguísticos e paralinguísticos das personagens, os efeitos de luz e de som, o
das falas (timbre e tom de cenário etc., também ajudam a produzir efeitos de
voz, pausas e hesitações, sentido em uma peça teatral.
entonação e expressividade, A promoção de eventos culturais dentro e fora da
variedades e registros escola, em que representações dramáticas sejam

229
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
linguísticos), os gestos e os realizadas, é recomendável. Nesses eventos, a
deslocamentos no espaço participação da comunidade assume grande
cênico, o figurino e a relevância. O desenvolvimento desta habilidade
maquiagem e elaborando as pode ser potencializado se for proposto um
rubricas indicadas pelo autor trabalho interdisciplinar com professores da área,
por meio do cenário, da trilha em especial, professores de Arte e de Educação
sonora e da exploração dos Física, no interior de projetos culturais. Destaca-se,
modos de interpretação. aqui, a especial oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF69AR30.s.33), da Arte, no que se refere à
composição de improvisações e acontecimentos
cênicos com base em textos dramáticos e outros
estímulos.
Produção de textos (MS.EF69LP53.s.53) O proposto nesta habilidade é alcançar uma
orais Oralização Ler em voz alta textos leitura expressiva, o que supõe um trabalho
literários diversos – como cuidadoso de compreensão leitora. Só é possível
contos de amor, de humor, de ler com expressividade, interpretando os
suspense, de terror; crônicas sentimentos de narradores, eu lírico e
líricas, humorísticas, críticas; personagens, quando se compreendem os textos
bem como leituras orais lidos e tecem-se apreciações a respeito. Prevê-se
capituladas (compartilhadas o uso de recursos de outras linguagens na
ou não com o professor) de construção da interpretação dada ao texto.
livros de maior extensão, Convém considerar que a leitura em voz alta
como romances, narrativas de colabora para o desenvolvimento da fluência
enigma, narrativas de leitora na medida em que, para alcançar a
aventura, literatura infanto- expressividade desejada, os estudantes terão que
juvenil, – contar/recontar ler os textos muitas vezes, trabalhando, por
histórias tanto da tradição exemplo, a entonação, o ritmo, as ênfases que
oral (causos, contos de devem dar a certos trechos. Esse exercício
esperteza, contos de animais, contribui para automatizar o processo de
contos de amor, contos de identificação de palavras. Espera-se que essa
encantamento, piadas, dentre prática de leitura seja significativa, que tenha um
outros) quanto da tradição fim: a escuta em determinado contexto. Nesse
literária escrita, expressando a sentido, a leitura em voz alta pode estar associada
compreensão e interpretação às práticas sugeridas anteriormente, com a
do texto por meio de uma realização de saraus, as oficinas de criação, a
leitura ou fala expressiva e produção de audiobooks para bibliotecas, blogs e
fluente, que respeite o ritmo, outras redes sociais etc.
as pausas, as hesitações, a
entonação indicados tanto
pela pontuação quanto por
outros recursos gráfico-
editoriais, como negritos,
itálicos, caixa-alta, ilustrações
etc., gravando essa leitura ou
esse conto/reconto, seja para
análise posterior, seja para
produção de audiobooks de
textos literários diversos ou de
podcasts de leituras
dramáticas com ou sem
efeitos especiais e ler e/ou
declamar poemas diversos,
tanto de forma livre quanto
de forma fixa (como quadras,
sonetos, liras, haicais etc.),
empregando os recursos
linguísticos, paralinguísticos e
cinésicos necessários aos

230
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
efeitos de sentido
pretendidos, como o ritmo e a
entonação, o emprego de
pausas e prolongamentos, o
tom e o timbre vocais, bem
como eventuais recursos de
gestualidade e pantomima
que convenham ao gênero
poético e à situação de
compartilhamento em
questão.
Análise Recursos linguísticos (MS.EF69LP54.s.54) O foco desta habilidade está no reconhecimento,
linguística/ e semióticos que Analisar os efeitos de sentido pelo estudante, da interação que se estabelece
semiótica operam nos textos decorrentes da interação entre os aspectos linguísticos que constituem os
pertencentes aos entre os elementos textos do campo artístico-literário — organizado
gêneros literários linguísticos e os recursos em prosa ou em verso — e os recursos
paralinguísticos e cinésicos, paralinguísticos que devem ser mobilizados na
como as variações no ritmo, oralização deles de modo a preservar seus efeitos
as modulações no tom de voz, de sentido, por meio da prática frequente e
as pausas, as manipulações do sistemática de leitura, estudo e oralidade.
estrato sonoro da linguagem, Recomenda-se orientar a organização de
obtidos por meio da atividades sistemáticas de leitura compreensiva de
estrofação, das rimas e de textos do campo artístico-literário; atividades de
figuras de linguagem como as estudo dos recursos verbais constitutivos do texto
aliterações, as assonâncias, as literário, visando à identificação dos efeitos de
onomatopeias, dentre outras, sentido que produzem; prever, para o processo de
a postura corporal e a declamação de poemas ou de contação de
gestualidade, na declamação histórias, a identificação dos recursos extraverbais
de poemas, apresentações e cênicos que poderiam ser necessários para a
musicais e teatrais, tanto em interpretação dos textos; orientar, no caso da
gêneros em prosa quanto nos leitura dramática ou representação de textos
gêneros poéticos, os efeitos teatrais, o estudo prévio do texto e a leitura atenta
de sentido decorrentes do das rubricas, para que a representação seja
emprego de figuras de adequada ao indicado no texto, garantindo uma
linguagem, tais como compreensão mais fiel às intenções de
comparação, metáfora, significação presumidas.
personificação, metonímia, Destaca-se, aqui, a oportunidade para o trabalho
hipérbole, eufemismo, ironia, interdisciplinar com as habilidades
paradoxo e antítese e os (MS.EF69AR30.s.33) e (MS.EF69AR32.s.35), da Arte,
efeitos de sentido decorrentes no que diz respeito à exploração, análise e criação
do emprego de palavras e de diálogos entre textos literários e outras
expressões denotativas e manifestações, de diferentes linguagens artísticas.
conotativas (adjetivos,
locuções adjetivas, orações
subordinadas adjetivas etc.),
que funcionam como
modificadores, percebendo
sua função na caracterização
dos espaços, tempos,
personagens e ações próprios
de cada gênero narrativo.

231
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ao 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise Variação linguística (MS.EF69LP55.s.55) Esta é uma habilidade fundamental, relacionada a


linguística/ Reconhecer as variedades da todas as demais que envolvem o domínio de
semiótica língua falada, o conceito de normas urbanas de prestígio e/ou referem-se a
norma-padrão e o de expressar-se, oralmente ou por escrito, "com
preconceito linguístico. correção". Seu desenvolvimento demanda
convívio cotidiano com a variação linguística de
forma que o estudante possa perceber as
características principais de cada variedade e sua
adequação ao contexto de origem. Para o
domínio crítico e consciente da língua, deve-se
considerar que o desenvolvimento desta
habilidade se estende pelos quatro anos finais do
ensino fundamental.
Variação linguística (MS.EF69LP56.s.56) Esta habilidade refere-se ao uso da norma-padrão
Fazer uso consciente e nas situações, gêneros e textos em que ela é
reflexivo de regras e normas requerida. Seu desenvolvimento é indissociável
da norma-padrão em tanto do estudo da variação linguística quanto da
situações de fala e escrita nas compreensão dos valores socialmente atribuídos
quais ela deve ser usada. às diferentes variedades. Demanda o
envolvimento frequente e sistemático do
estudante em práticas públicas e formais de
leitura e/ou produção de textos, orais e/ou
escritos, em que a correção deve ser observada.
Exemplos de situações orais formais: palestras,
seminários, apresentações orais, debates.
Exemplos de situações escritas formais:
entrevistas, notícias, artigo de divulgação
científica, reportagem multimidiática. O
desenvolvimento desta habilidade demanda um
trabalho comparativo com normas e regras de
outras variedades da língua, possibilitando
explorar a ideia de adequação/inadequação da
variedade usada ao contexto de produção do
texto escrito ou falado e, ainda, combater
preconceitos linguísticos. Também é importante
enfatizar que as criações literárias podem ser
material rico para reflexões sobre adequação do
uso ao contexto, visto que, não raro, subvertem
regras e normas da norma-padrão para produzir
efeitos de sentido, como trazer para o texto outras
variedades da língua, para manter coerência com
a construção de certa personagem e/ou contexto
social.

232
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Leitura Reconstrução do (MS.EF67LP01.s.01) Esta habilidade consiste em aprender que, no


contexto de Analisar a estrutura e ambiente virtual, um texto pode apresentar, seja
produção, circulação funcionamento dos hiperlinks no corpo, seja na página em que figura, links que
e recepção de textos em textos noticiosos levam a outros conteúdos. Uma notícia, por
Caracterização do publicados na Web e exemplo, pode remeter a outras notícias e a
campo jornalístico e vislumbrar possibilidades de reportagens anteriores, inserindo-se em uma série
relação entre os uma escrita hipertextual. de textos jornalísticos sobre um mesmo fato; ou
gêneros em um link pode levar o leitor a outros textos de
circulação, mídias e destaque do dia. Sugere-se a realização de
práticas da cultura pequenos exercícios voltados à produção de
digital hipertextos, em que será necessário que o
estudante defina, em um texto produzido por ele,
palavras-chave que levarão a outros links,
observando a relevância e a relação dos textos
que decidir linkar ao seu, a fim de vislumbrar essa
possibilidade de escrita, como prevê a habilidade.
Orienta-se que a análise da escrita hipertextual
seja acompanhada de um trabalho com
procedimentos e estratégias próprios da leitura
em ambiente digital, visando à formação de um
leitor capaz de não perder o foco da leitura,
quando definido previamente, em meio a tantas
possibilidades. Por exemplo: tomar decisão sobre
que link acessar ou não, considerando o objetivo
de leitura. Ressalta-se que é necessário verificar
de que forma será possível o acesso dos
estudantes à internet, considerando a realidade
da escola ou, quando viável, buscar espaços
públicos ou privados que ofereçam rede wi-fi
gratuita para serem espaços eleitos para aulas
fora do ambiente escolar.
Apreciação e réplica (MS.EF67LP02.s.02) Esta habilidade visa contribuir para que o
Explorar o espaço reservado estudante desenvolva uma participação mais
ao leitor nos jornais, revistas, qualificada nos espaços jornalísticos/midiáticos
impressos e on-line, sites citados. Para o seu desenvolvimento sugere-se o
noticiosos etc., destacando trabalho permeado pela familiarização e leitura de
notícias, fotorreportagens, diferentes gêneros textuais jornalísticos,
entrevistas, charges, assuntos, impressos e on-line, em que os estudantes
temas, debates em foco, trabalhem em colaboração, posicionando-se de
posicionando-se de maneira forma respeitosa frente aos posicionamentos
ética e respeitosa frente a divergentes nos textos e entre os colegas, com
esses textos e opiniões a eles atividades de produção de textos orais e escritos,
relacionadas, e publicar visto que faz referência ao posicionamento do
notícias, notas jornalísticas, leitor frente ao que lê/escuta. Ainda, produzir e
fotorreportagem de interesse publicar notícias e outros gêneros de interesse do
geral nesses espaços do público, em sites, blogs, vlogs, da escola. No
leitor. desenvolvimento das atividades é possível
abordar questões, como fake news e os discursos
de ódio existentes, por meio de exemplos nos
quais se apresentem informações suficientes para
que o estudante diferencie um discurso de ódio e
liberdade de expressão e seja capaz de se
posicionar e denunciar aos órgãos competentes,
assim como propor atividades que conduzam à
tomada de decisão quanto a não compartilhar
textos duvidosos.

233
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Relação entre textos (MS.EF67LP03.s.03) Esta habilidade consiste em analisar os efeitos de
Comparar informações sobre sentido produzidos pelos recursos linguísticos
um mesmo fato divulgadas usados, apurar informações, desenvolvendo
em diferentes veículos e procedimentos de curadoria e posicionar-se em
mídias, analisando e relação aos enfoques dados aos fatos/assuntos
avaliando a confiabilidade. veiculados, produzindo textos escritos ou orais.
Pode ser articulada ao trabalho com a habilidade
que sugere a comparação das propostas
editoriais dos jornais (MS.EF07LP01.s.01).
Para o desenvolvimento desta habilidade é
necessário viabilizar as práticas de leitura com
acesso a textos jornalísticos de diferentes jornais
e revistas, impressos ou digitais. A comparação de
notícias que se referem a um mesmo fato ou
assunto, relatado de formas diferentes, pode ser
uma primeira forma de realizar essa reflexão
sobre parcialidade/imparcialidade em textos
dessa esfera.
Estratégia de leitura (MS.EF67LP04.s.04) Esta habilidade refere-se a diferenciar fato de
Distinção de fato e Distinguir, em segmentos opinião mediante a análise de marcas de
opinião descontínuos de textos, fato subjetividade que o autor escolhe deixar no texto,
da opinião enunciada em como pistas que possibilitam identificar o que é
relação a esse mesmo fato. apreciação e o que é fato. Por exemplo, o uso de
adjetivos (inadmissível, louvável), advérbios
(obviamente) e modos e tempos verbais, verbos
modais (poder/dever etc.) pode ser pista do
exercício de modalização do autor. Sugere-se a
realização de atividades, como leitura e debates,
produção de texto individual, em pares e
coletivos, relacionadas à discussão de temas e
fatos de interesse dos estudantes. Antes de
lidarem com textos de circulação social, por
exemplo, pode-se apresentar aos estudantes um
fato e promover uma discussão em que se
posicionem sobre ele e, em seguida, refletir sobre
em que os textos que construíram para opinar
são diferentes desse fato.
Estratégia de leitura: (MS.EF67LP05.s.05) Esta habilidade refere-se tanto às situações de
identificação de teses Identificar e avaliar leitura quanto às de produção de textos, na
e argumentos teses/opiniões/posicionament medida em que identificar e avaliar teses,
Apreciação e réplica os explícitos e argumentos opiniões e posicionamentos sobre o que se
em textos argumentativos lê/ouve são essenciais ao posicionamento crítico,
(carta de leitor, comentário, expressos em textos orais e escritos sobre o que
artigo de opinião, resenha foi lido/escutado. Nos 6º e 7º anos há a
crítica etc.), manifestando expectativa de que os estudantes possam
concordância ou reconhecer, analisar e se posicionar em relação
discordância. aos textos argumentativos de terceiros.
Para o desenvolvimento desta habilidade é
importante que os estudantes tenham acesso a
exemplares dos gêneros que tratem de questões
controversas ou de objetos culturais (no caso da
resenha crítica e do comentário, especialmente)
com os quais tenham familiaridade e possam
mobilizar conhecimentos prévios para apoiá-los,
tanto na avaliação de posições e argumentos nos
textos de terceiros quanto na manifestação de
discordância, visto que não é possível avaliar nem
posicionar-se a respeito do que não se conhece.
Podem-se realizar atividades diversas, como

234
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
fóruns on-line e off-line e debates a partir da
identificação do posicionamento do autor no
texto. Sugere-se, ainda, a utilização de Temas
Contemporâneos presentes no cotidiano do
estudante, como Educação para o Trânsito,
Educação Ambiental, dentre outros.
Efeitos de sentido (MS.EF67LP06.s.06) Esta habilidade consiste em reconhecer os efeitos
Identificar os efeitos de de sentido provocados por recursos léxicos
sentido provocados pela empregados em textos do campo
seleção lexical, topicalização jornalístico/midiático, mediante a análise da
de elementos e coerência desses efeitos tanto em relação às
seleção e hierarquização de intenções presumidas quanto à finalidade do
informações, uso de 3ª gênero e características dos espaços de circulação
pessoa etc. desses textos.
Sugere-se que o desenvolvimento desta
habilidade aconteça, sobretudo, na leitura e no
estudo comparativo de textos, avaliando os
efeitos de sentido decorrentes das diferentes
escolhas. Por exemplo, ao abordar duas
manchetes como "Edifício é invadido na periferia
de São Paulo" e "População ocupa prédio
abandonado", é possível analisar os valores
ideológicos que orientaram as escolhas lexicais e
sintáticas em cada uma delas e, dessa maneira,
compreender a posição implícita do veículo no
qual cada uma foi publicada. Esse exercício
possibilita a realização de uma leitura crítica. Além
disso, o professor pode disponibilizar a produção
dos textos midiáticos e a sua publicação na
página da escola, nas redes sociais, em blogs e
vlogs.

CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Leitura Efeitos de sentido (MS.EF67LP07.s.07) Esta habilidade envolve a observação e o


Identificar o uso de recursos reconhecimento do modo como os recursos
persuasivos em textos linguísticos ou de outras linguagens são usados
argumentativos diversos para construir os discursos persuasivos em textos
(como a elaboração do título, argumentativos.
escolhas lexicais, construções No desenvolvimento desta habilidade é
metafóricas, a explicitação ou necessário prever atividades diversas que
a ocultação de fontes de favoreçam ao estudante a identificação do uso de
informação) e perceber seus recursos persuasivos, sendo capaz de distinguir os
efeitos de sentido. traços característicos do discurso persuasivo. Por
exemplo, reconhecer a força que um argumento
de autoridade usado para sustentar uma opinião
pode trazer ao texto. Sugerem-se atividades em
grupos, de leitura, análise e discussão de textos
argumentativos, considerando a variedade dos
gêneros propostos, dentre eles, comentários,
crônicas, artigos de opinião, charges,
propagandas etc.
Efeitos de sentido (MS.EF67LP08.s.08) Esta habilidade refere-se à abordagem dos
Exploração da Identificar os efeitos de gêneros jornalísticos e publicitários citados,
multissemiose sentido devidos à escolha de considerando o diálogo entre as linguagens que
imagens estáticas, compõem cada um desses gêneros de textos.
sequenciação ou Para o desenvolvimento desta habilidade é
sobreposição de imagens, necessário considerar a relação entre o texto
definição de figura/fundo, verbal que compõe uma notícia e as fotos

235
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
ângulo, profundidade e foco, selecionadas para compor essa notícia, pois pode
cores/tonalidades, relação levar à percepção das escolhas feitas nessa
com o escrito (relações de composição e dos efeitos de sentido que isso
reiteração, complementação produz. Por exemplo, se a notícia se refere a um
ou oposição) etc. em notícias,
acontecimento envolvendo uma personalidade e
reportagens, é acompanhada de uma foto dessa
fotorreportagens, foto- personalidade, o modo como a imagem é
denúncias, memes, gifs, captada pode fazer com que ela pareça vítima,
anúncios publicitários e dissimulada ou culpada de algo — imagem que
propagandas publicados em pode reiterar ou se contrapor ao que é noticiado.
jornais, revistas, sites na Portanto, nesta habilidade devem-se abordar
internet etc. gêneros, dentre eles alguns nos quais predomina
a imagem em detrimento do texto verbal, como
em fotorreportagens, foto-denúncias, memes e
muitos anúncios publicitários, sendo importante
propor um estudo mais aprofundado dos
recursos próprios da fotografia. Dessa forma, é
possível uma articulação com a Arte, pois pode
promover um desenvolvimento produtivo para
ambas. Por isso, sugere-se o trabalho com a
fotografia em notícias, reportagens e anúncios
publicitários, gêneros em que a imagem
predomina e é potencialmente o que produz
significados.
Produção de Estratégias de (MS.EF67LP09.s.09) Esta habilidade consiste no processo de produzir
Texto produção: Planejar notícia impressa e notícias, no que se refere a procedimentos e
planejamento de para circulação em outras ações necessários para planejar um texto,
textos informativos mídias (rádio ou TV/vídeo), considerando as condições de produção e
tendo em vista as condições circulação, decisões quanto ao fato/assunto e seu
de produção, do texto – recorte e os objetivos, além do uso de
objetivo, procedimentos e estratégias de curadoria de
leitores/espectadores, informação.
veículos e mídia de circulação Sugere-se que esta habilidade seja desenvolvida
etc. –, a partir da escolha do com a (MS.EF67LP10.s.10), por meio da
fato a ser noticiado (de proposição de atividades de análise de diversos
relevância para a turma, textos dos gêneros, em diferentes suportes,
escola ou comunidade), do planejamento, produção, revisão e reescrita,
levantamento de dados e individual, em pares, em pequenos grupos ou
informações sobre o fato – coletivamente, avaliando a adequação dos
que pode envolver entrevistas recursos que se pretende utilizar em relação aos
com envolvidos ou com efeitos de sentido intencionados, o que constitui
especialistas, consultas a uma marca do gênero notícia. Pode-se propor a
fontes, análise de produção de uma notícia impressa e uma notícia
documentos, cobertura de para rádio ou TV, que envolvam a produção de
eventos etc.–, do registro um roteiro específico, que sinalize as entradas e
dessas informações e dados, articulações entre texto verbal e não verbal
da escolha de fotos ou (efeitos sonoros, perspectiva da câmera, cortes de
imagens a produzir ou a imagens etc.); a pesquisa de um tema significativo
utilizar etc. e a previsão de para a elaboração de uma campanha publicitária.
uma estrutura hipertextual
(no caso de publicação em
sites ou blogs noticiosos).
Produção de Textualização, tendo (MS.EF67LP10.s.10) Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
Texto em vista suas Produzir notícia impressa se, como possibilidade, o trabalho com a
condições de tendo em vista características habilidade (MS.EF67LP09.s.09), tendo como
produção, as do gênero – título ou proposições, além das já mencionadas na
características do manchete com verbo no habilidade citada, a pesquisa de um tema
gênero em questão, o tempo presente, linha fina significativo para a elaboração de uma notícia, e
estabelecimento de (opcional), lide, progressão

236
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
coesão, dada pela ordem decrescente sua apresentação oral em sala, sendo essa uma
adequação à norma- de importância dos fatos, uso simulação de textos jornalísticos orais.
padrão e o uso de 3ª pessoa, de palavras que
adequado de indicam precisão –, e o
ferramentas de estabelecimento adequado
edição de coesão e produzir notícia
para TV, rádio e internet,
tendo em vista, além das
características do gênero, os
recursos de mídias
disponíveis e o manejo de
recursos de captação e edição
de áudio e imagem.
Estratégias de (MS.EF67LP11.s.11) Esta habilidade refere-se a uma das operações do
produção: Planejar resenhas, vlogs, processo de produção de textos – o
planejamento de vídeos e podcasts variados, e planejamento, que deve ser realizado
textos textos e vídeos de considerando o contexto de produção
argumentativos e apresentação e apreciação (interlocutores, intencionalidades etc.). Planejar,
apreciativos próprios das culturas juvenis nesses gêneros, envolve: seleção de
(algumas possibilidades: fato/assunto/objeto cultural a ser tratado,
fanzines, fanclipes, e-zines, curadoria de informação, elaboração de esquema
gameplay, detonado etc.), do texto a ser produzido parte a parte. Trata-se
dentre outros, tendo em vista de planejar textos que exigem posicionamento
as condições de produção do crítico; a preparação de argumentos; a escolha do
texto – objetivo, movimento argumentativo e outras habilidades
leitores/espectadores, próprias de gêneros argumentativos. Vale
veículos e mídia de circulação enfatizar a importância de considerar, como
etc. –, a partir da escolha de objetos de apreciação, produtos representativos
uma produção ou evento das culturas juvenis. Recomenda-se que o
cultural para analisar – livro, tratamento ético e o posicionamento crítico em
filme, série, game, canção, relação à informação sejam foco de discussão
videoclipe, fanclipe, show, nesse caso.
saraus, slams etc. – da busca Podem-se apresentar aos estudantes gêneros
de informação sobre a constituídos por múltiplas linguagens e mais
produção ou evento voltados às práticas do universo cultural juvenil e
escolhido, da síntese de de entretenimento, em que a elaboração dos
informações sobre a argumentos é orientada por apreciações estéticas
obra/evento e do sobre os produtos culturais, sempre pautadas por
elenco/seleção de aspectos, valores éticos, privilegiando os gêneros
elementos ou recursos que multimodais (vlogs, e-zines, por exemplo), para
possam ser destacados que o estudante tenha contato, posicione-se
positiva ou negativamente ou criticamente em relação a eles, observe
da roteirização do passo a características e semelhanças e planeje,
passo do game para posterior considerando o contexto da produção. Destaca-
gravação dos vídeos. se a possibilidade de trabalho interdisciplinar com
as habilidades (MS.EF67EF01.s.01) e
(MS.EF67EF02.s.02) da Educação Física, no que se
refere à experimentação, observação, produção e
crítica, especificamente, no caso dos jogos
eletrônicos, desde que haja condições de acesso.
Textualização de (MS.EF67LP12.s.12) Esta habilidade refere-se aos procedimentos de
textos Produzir resenhas críticas, produção de textos: definir contexto de produção;
argumentativos e vlogs, vídeos, podcasts planejar; produzir e revisar, com a diferença de
apreciativos variados e produções e que se trata de gêneros argumentativos do
gêneros próprios das culturas campo jornalístico-midiático, que exigem
juvenis (algumas posicionamento crítico. Esta habilidade deve ser
possibilidades: fanzines, desenvolvida com a (MS.EF67LP11.s.11), pois
fanclipes, e-zines, gameplay, configura-se como desdobramento da anterior.
detonado etc.), que Por isso, podem-se utilizar as mesmas

237
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
apresentem/descrevam e/ou orientações. Além disso, sugere-se a proposição
avaliem produções culturais de situações diversas, nas quais os estudantes
(livro, filme, série, game, produzam texto jornalístico para revisar, editar e
canção, disco, videoclipe etc.) apresentar, considerando, também, a proposição
ou evento (show, sarau, slam de atividades que fortaleçam a linguagem oral,
etc.), tendo em vista o habilitando-os a utilizar a adequada para cada
contexto de produção dado, situação, tendo o professor como facilitador.
as características do gênero,
os recursos das mídias
envolvidas e a textualização
adequada dos textos e/ou
produções.
Produção e edição de (MS.EF67LP13.s.13) Esta habilidade refere-se à produção de textos
textos publicitários Produzir, revisar e editar como um processo que envolve etapas diferentes
textos publicitários, levando e mobiliza variadas habilidades, como as relativas
em conta o contexto de à curadoria de informação e à produção de
produção dado, explorando roteiros e enquetes para pesquisa, considerando
recursos multissemióticos, o contexto de produção definido e a
relacionando elementos esquematização (o esboço) do texto, parte a
verbais e visuais, utilizando parte; as habilidades voltadas à aplicação dos
adequadamente estratégias recursos linguísticos e semióticos, na elaboração e
discursivas de persuasão e/ou revisão dos gêneros publicitários.
convencimento e criando Para o desenvolvimento desta habilidade,
título ou slogan que façam o sugerem-se atividades de leitura, exploração dos
leitor motivar-se a interagir documentos reguladores (campo da vida pública)
com o texto produzido e se da propaganda e publicidade, com vistas ao
sinta atraído pelo serviço, desenvolvimento de uma postura ética em
ideia ou produto em questão. relação à esfera publicitária e, posteriormente, à
produção de textos desses gêneros a partir da
contextualização e problematização, em que a
turma, em pequenos grupos, produza um gênero
publicitário diferente. Ressalta-se a possibilidade
de explorar de forma intensa os textos
multimodais, articulados aos aplicativos de edição
de textos, por meio de trabalho colaborativo.
Oralidade Planejamento e (MS.EF67LP14.s.14) Esta habilidade consiste na produção de
produção de Definir o contexto de entrevistas, que envolve: planejar (seleção de
entrevistas orais produção da entrevista fato/assunto, escolha do gênero, curadoria de
(objetivos, o que se pretende informação etc.), produzir (elaboração do texto,
conseguir, porque aquele recorrendo aos recursos das diferentes
entrevistado etc.), levantar linguagens e aos aplicativos necessários, em caso
informações sobre o de textos em áudio e vídeo) e, implicitamente,
entrevistado e sobre o revisar (avaliar a adequação do texto,
acontecimento ou tema em considerando o contexto em que circulará, e
questão, preparar o roteiro de realizar ajustes necessários, com ou sem
perguntar e realizar entrevista aplicativos).
oral com envolvidos ou A habilidade também se refere a entrevistas que
especialistas relacionados são coletadas em áudio e depois transcritas e
com o fato noticiado ou com retextualizadas, como entrevista escrita, o que
o tema em pauta, usando supõe, no processo de retextualização
roteiro previamente (transformação de um texto oral em um texto
elaborado e formulando escrito), uma revisão voltada para eliminação de
outras perguntas a partir das elementos próprios das situações de fala, como a
respostas dadas e, quando for repetição de certas palavras (como, né, aí), a
o caso, selecionar partes, oscilação e reformulação etc.
transcrever e proceder a uma Sugere-se a elaboração de projetos e sequências
edição escrita do texto, didáticas, nos quais os estudantes estejam diante
adequando-o a seu contexto de uma problemática que possibilite planejar,
de publicação, à construção elaborar e executar uma entrevista. Podem-se,

238
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
composicional do gênero e nesse momento, contemplar temáticas
garantindo a relevância das contemporâneas, como meio ambiente, trânsito,
informações mantidas e a preconceito, bullying, dentre outras. Sugere-se
continuidade temática. que a progressão ocorra da seguinte forma: em
um ano (6º ano), o trabalho com a entrevista feita
oralmente para ser transcrita e retextualizada e,
em outro ano (7º ano), o trabalho com entrevistas
que deverão ser finalizadas em áudio e em vídeo,
envolvendo o uso de aplicativos de captação e
edição de imagem e som. Também podem ser
previstas entrevistas que aconteçam ao vivo, o
que supõe um preparo que envolve ensaios e
simulações para avaliação da qualidade das
questões propostas no roteiro, se elas
possibilitam ao entrevistador ir além de uma
resposta sim ou não. Destaca-se, aqui, a
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
habilidade (MS.EF07LI02.s.02), da Língua Inglesa,
no que se refere à condução de entrevistas.

CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

Leitura Estratégias e (MS.EF67LP15.s.15) A habilidade consiste em o estudante distinguir o


procedimentos de Identificar a proibição que é proibição imposta e o que são direitos
leitura em textos imposta ou o direito garantidos e compreender os contextos de
legais e normativos garantido, bem como as aplicação da norma ou direito em textos jurídicos,
circunstâncias de sua normativos e reguladores, elaborados para
aplicação, em artigos relativos diferentes âmbitos da vida em sociedade. A esta
a normas, regimentos habilidade articulam-se as de análise das
escolares, regimentos e características dos gêneros da natureza indicada,
estatutos da sociedade civil, que passam, por exemplo, pelo reconhecimento
regulamentações para o de como se organizam os recursos linguísticos (os
mercado publicitário, Código títulos, capítulos, artigos, parágrafos, incisos etc.)
de Defesa do Consumidor, usados para identificar o que é proibição e o que
Código Nacional de Trânsito, é direito (que implica observar a linguagem
ECA, Constituição, dentre jurídica e o vocabulário recorrente — por
outros. exemplo, uso de palavras como garantia, direito,
obrigação ou o uso predominante do tempo
presente do indicativo e, em menor frequência,
do futuro do indicativo, e os efeitos de sentido
provocados por esses usos).
Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
se um trabalho articulado com a habilidade
(MS.EF67LP14.s.14), no qual, ao planejar textos
publicitários, o estudante recorra, por exemplo, ao
Código de Defesa do Consumidor e, também,
com as habilidades relativas ao trabalho com
carta de reclamação e de solicitação. Vale
destacar a relevância de textos, como o ECA e a
Constituição, que podem ser previstos para
exploração de recortes diferentes nos dois anos.
Contexto de (MS.EF67LP16.s.16) Trata-se de habilidade fundamental para o
produção, circulação Explorar e analisar espaços de exercício da cidadania, pois consiste em conhecer
e recepção de textos reclamação de direitos e de as características dos espaços de circulação de
e práticas envio de solicitações (tais gêneros que impliquem a solicitação e/ou
relacionadas à defesa como ouvidorias, SAC, canais reclamação de direitos, a participação na vida da
de direitos e à ligados a órgãos públicos, comunidade, do estado ou país, e textos que
participação social plataformas do consumidor, possibilitem essas ações, o que permite aos
plataformas de reclamação),
239
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
bem como de textos estudantes organizarem o seu discurso (oral ou
pertencentes a gêneros que escrito).
circulam nesses espaços, Sugere-se a proposição de estudos de caso, para
reclamação ou carta de que os estudantes vivenciem situações do
reclamação, solicitação ou cotidiano que exijam o conhecimento das
carta de solicitação, como ferramentas e dos espaços de reclamação e
forma de ampliar as solicitação, principalmente quanto aos serviços
possibilidades de produção básicos para qualquer cidadão. Portanto, é
desses textos em casos que relevante o levantamento das características e
remetam a reivindicações que procedimentos convencionados para a
envolvam a escola, a apresentação das solicitações e/ou reclamações.
comunidade ou algum de
seus membros como forma
de se engajar na busca de
solução de problemas
pessoais, dos outros e
coletivos.
Relação entre (MS.EF67LP17.s.17) Esta é uma habilidade que vincula a leitura
contexto de produção Analisar, a partir do contexto analítica de cartas de solicitação e de reclamação
e características de produção, a forma de à produção posterior de textos dos mesmos
composicionais e organização das cartas de gêneros. Seu foco é a análise tanto da forma de
estilísticas dos solicitação e de reclamação organização dessas cartas quanto de seus
gêneros (carta de (datação, forma de início, mecanismos argumentativos. Está diretamente
solicitação, carta de apresentação contextualizada relacionada à capacidade de (re)construção dos
reclamação, petição do pedido ou da reclamação, sentidos do texto e de sua coesão e coerência em
on-line, carta aberta, em geral, acompanhada de aspectos, como a ordem de apresentação das
abaixo-assinado, explicações, argumentos e/ou informações e ideias, o que envolve o estudo de
proposta etc.) relatos do problema, fórmula diferentes tipos de organizadores textuais, com
Apreciação e réplica de finalização mais ou menos ênfase nos argumentativos.
cordata, dependendo do tipo Sugere-se o trabalho articulado à
de carta e subscrição) e (MS.EF67LP16.s.16), como
algumas das marcas desdobramento/produção das ações previstas
linguísticas relacionadas à nessa habilidade. Podem-se propor atividades, a
argumentação, explicação ou partir de questões locais polêmicas, debatendo a
relato de fatos, como forma seu respeito, bem como a eleição de critérios, no
de possibilitar a escrita decorrer dos debates, para analisar a pertinência
fundamentada de cartas de reclamações e solicitações.
como essas ou de postagens
em canais próprios de
reclamações e solicitações em
situações que envolvam
questões relativas à escola, à
comunidade ou a algum dos
seus membros.
Estratégias, (MS.EF67LP18.s.18) Esta habilidade envolve duas operações distintas:
procedimentos de Identificar o objeto da identificar e analisar, em textos reivindicatórios, a
leitura em textos reclamação e/ou da pertinência de reclamações ou pedidos. Supõe,
reivindicatórios ou solicitação e sua sustentação, portanto, a capacidade de diferenciar partes
propositivos explicação ou justificativa, de essenciais do conteúdo desses textos: o objeto da
forma a poder analisar a reclamação ou do pedido, de um lado, e os
pertinência da solicitação ou argumentos que os validam, de outro; reconhecer
justificação. a pertinência da reclamação ou do pedido,
considerando o contexto de produção, quem e
para quem se reclama/solicita, quais os interesses
em jogo etc.
Sugere-se o trabalho com diversos gêneros
argumentativos capazes de veicular solicitação e
reclamação, como as cartas mencionadas na
habilidade (MS.EF67LP17.s.17). Portanto, é

240
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
necessária a proposição de atividades diversas
que favoreçam a realização, pelo estudante, da
análise dessas solicitações e reclamações.
Produção de Estratégia de (MS.EF67LP19.s.19) Esta habilidade refere-se à investigação de
textos produção: Realizar levantamento de problemas que levarão à produção de gêneros
planejamento de questões, problemas que reivindicatórios ou propositivos, o que também
textos reivindicatórios requeiram a denúncia de faz referência ao levantamento de questões ou
ou propositivos desrespeito a direitos, problemas.
reivindicações, reclamações, Há articulação entre habilidades desse campo e
solicitações que contemplem do campo de práticas de estudo e pesquisa,
a comunidade escolar ou quando as práticas desse último campo
algum de seus membros e mobilizam habilidades que envolvem tomadas de
examinar normas e notas, sínteses de leituras, elaboração de
legislações. entrevistas, enquetes etc. Destaca-se, aqui, a
oportunidade de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF69AR15.s.17),
(MS.EF69AR33.s.36), da Arte, e (MS.EF67EF17.s.16),
da Educação Física, no que se refere à
compreensão crítica de diferentes pontos de vista
sobre temas controversos e de relevância social.

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Leitura Curadoria de (MS.EF67LP20.s.20) Esta habilidade refere-se à curadoria de


informação Realizar pesquisa, a partir de informação no campo das práticas de estudo e
recortes e questões definidos pesquisa. Supõe o desenvolvimento das
previamente, usando fontes diferentes dimensões do pensamento científico,
indicadas e abertas. crítico e criativo. Por exemplo, para realizar uma
pesquisa científica é necessário pensar no objeto
a ser investigado, no recorte temático (com
elaboração de questões e hipóteses) que
orientará a busca e seleção de informações que
podem solucionar um problema proposto etc.
Sugere-se o desenvolvimento de projetos, nos
quais os estudantes, por meio de
problematização, consigam discernir informações,
fatos e dados, ou seja, promover atividades que
exijam do estudante a expertise na seleção das
informações e fontes, utilizando procedimentos,
como grifar, fazer anotações. Produções que
apoiem a compreensão, como resumos,
esquemas etc. serão importantes no processo de
entendimento dos textos selecionados durante a
pesquisa. Convém que cuidados com a verificação
da fidedignidade das fontes também estejam no
foco do trabalho proposto. Podem-se abordar as
fake news, por exemplo. Destaca-se, ainda, a
oportunidade para o trabalho interdisciplinar com
a habilidade (MS.EF06MA33.s.33), da Matemática,
associada ao planeamento e coleta de dados para
a realização de pesquisas.
Produção de Estratégias de escrita: (MS.EF67LP21.s.21) Esta habilidade refere-se à apropriação de
textos textualização, revisão Divulgar resultados de diferentes modos de divulgar pesquisas
e edição pesquisas por meio de realizadas. Supõe o estudo das especificidades
apresentações orais, painéis, dos gêneros e da adequação de um ou outro ao
artigos de divulgação contexto de produção, com destaque para a
científica, verbetes de natureza dos resultados, as intencionalidades e o
enciclopédia, podcasts público provável. Envolve as operações de
científicos etc. planejamento, produção e revisão do texto no

241
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
gênero escolhido (apresentação, painel, artigo
etc.) para divulgar os resultados.
Esta habilidade pode ser desenvolvida com as
habilidades (MS.EF67LP18.s.18, MS.EF67LP19.s.19
e MS.EF67LP20.s.20) e, por isso, sugere-se que os
estudantes sejam apresentados, por meio de
atividades práticas, aos diferentes gêneros e
recursos para a divulgação de pesquisas, como
gráficos, documentários, releases, dentre outros.
Sugere-se, também, a divulgação de resultados
das pesquisas desenvolvidas, podendo culminar
em feiras de ciências ou em eventos de
fechamento do bimestre, semestre ou ano,
possibilitando formas de divulgação que
envolvam a comunidade escolar, assim como a
criação de site, rádio escolar, blog em que se
concentrem as produções dos estudantes, que
podem variar no gênero, visto que esses espaços
suportam várias mídias.
Estratégias de escrita: (MS.EF67LP22.s.22) Esta habilidade supõe: capacidades de leitura
textualização, revisão Produzir resumos, a partir das para estudo (uso de grifos, produção de
e edição notas e/ou esquemas feitos, marginálias, notas, esquemas) e mobilização de
com o uso adequado de capacidades de leitura, como inferências e
paráfrases e citações. generalizações; planejamento, produção e revisão
de um gênero de apoio à compreensão de textos
lidos/conceitos. Na textualização (elaboração do
texto), promove o aprendizado de modos de
incorporar ao texto as vozes de outros.
Faz-se necessária a proposição de atividades em
que o estudante precise tomar nota, fazer
esquemas e sinalizações, pois se trata de gêneros
de apoio à compreensão de textos. Comumente,
são meios para se chegar à produção (a principal)
ou para o estudo de apropriação de conceitos
que serão aplicados em outros contextos.
Recomenda-se que o desenvolvimento desta
habilidade e dos gêneros nela implicados seja
realizado em todos os componentes e áreas do
currículo. Por isso, é uma oportunidade de
propor, de acordo com a possibilidade, um
planejamento integrado, envolvendo profissionais
de todas as áreas para se prepararem para
práticas em comum, o que potencializará o
aprendizado dos estudantes.
Oralidade Conversação (MS.EF67LP23.s.23) Esta habilidade refere-se à participação do
espontânea Respeitar os turnos de fala, na estudante nas diferentes situações orais
participação em conversações propostas no currículo e articula-se com todos os
e em discussões ou atividades campos de atuação. Visa às interações, de um
coletivas, na sala de aula e na lado mais respeitosas e éticas e, de outro, mais
escola e formular perguntas qualificadas (a esse respeito consultar a
coerentes e adequadas em habilidade MS.EF89LP27.s.27). Sugere-se a
momentos oportunos em proposição de estratégias, nas quais seja
situações de aulas, oportunizada, ao estudante, a participação em
apresentação oral, seminário diferentes momentos e eventos que exija o
etc. planejamento de fala para argumentar, debater,
realizar apresentação oral, fortalecendo o
desenvolvimento da capacidade de identificar as
informações mais relevantes, fazer inferências
sobre o que é dito e relacioná-las a outras

242
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
informações para, a partir disso, elaborar
perguntas sobre possíveis dúvidas ou se
posicionar e argumentar em relação ao que foi
dito.
As anotações resultantes da tomada de notas
podem servir de apoio, nessas situações. É
importante garantir que essa participação
qualificada seja solicitada frequentemente e que
sejam propostos momentos de avaliação da
turma sobre essas participações, no sentido de
aprimorá-las. Essas atividades configuram-se
como oportunidades que favorecem a
abordagem de temas contemporâneos do
cotidiano do estudante que, muitas vezes, geram
polêmica pelos posicionamentos distintos na
sociedade. Ressalta-se que esta habilidade
contribui para desenvolver o respeito ao outro e a
pontos de vista divergentes.
Procedimentos de (MS.EF67LP24.s.24) Nesta habilidade, a tomada de notas tem como
apoio à compreensão Tomar nota de aulas, finalidade principal o registro pessoal visando a
Tomada de nota apresentações orais, reflexões pessoais sobre o registrado. Supõe a
entrevistas (ao vivo, áudio, TV, capacidade de identificar informações relevantes
vídeo), identificando e e sintetizá-las em notas de modo coerente,
hierarquizando as garantindo a possibilidade de retomada das
informações principais, tendo ideias pelo seu autor.
em vista apoiar o estudo e a Sugerem-se as orientações da habilidade
produção de sínteses e (MS.EF67LP22.s.22), ampliando as possibilidades
reflexões pessoais ou outros para a situação em que a tomada de notas é
objetivos em questão. solicitada: a partir de materiais gravados, até ser
proposto para ser realizada durante as interações
(reuniões, aulas, apresentações orais, seminários
etc.), assim como os modos de organização dessa
tomada de notas: uso de setas, itens, abreviaturas,
pequenos esquemas etc., que podem ser
compartilhados entre os colegas, em momentos
planejados pelo professor.
Análise Textualização (MS.EF67LP25.s.25) Esta habilidade refere-se tanto ao
linguística/ Progressão temática Reconhecer e utilizar os reconhecimento de critérios utilizados na
semiótica critérios de organização organização interna dos textos (dividir o texto em
tópica (do geral para o tópicos que permitam a compreensão do
específico, do específico para tema/assunto; utilizar uma ordem e uma
o geral etc.), as marcas hierarquia ao apresentá-los no texto; estabelecer
linguísticas dessa organização as relações adequadas entre as informações),
(marcadores de ordenação e quanto à identificação das marcas linguísticas
enumeração, de explicação, empregadas para tanto: em primeiro/segundo
definição e exemplificação, lugar; isto é, ou seja, por exemplo; para
por exemplo) e os finalizar/concluindo etc. Além disso, refere-se à
mecanismos de paráfrase, de compreensão dos mecanismos de paráfrase (dizer
maneira a organizar mais o mesmo que foi dito anteriormente de outra
adequadamente a coesão e a forma, em uma explicação, por exemplo),
progressão temática de seus identificando as marcas linguísticas utilizadas para
textos apresentá-la (dito de outra forma/em outras
palavras). Esses aspectos contribuem para que o
texto seja coeso e coerente. Esta habilidade
refere-se, ainda, ao emprego dos aspectos
indicados na elaboração dos textos próprios.
Para desenvolver esta habilidade é fundamental o
trabalho permeado pela leitura e produção de
textos, propondo momentos de leitura

243
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
colaborativa, pois o estudo do texto possibilita o
reconhecimento dos critérios empregados na
organização dos tópicos, assim como a
identificação das marcas linguísticas utilizadas.
Textualização (MS.EF67LP26.s.26) Esta habilidade refere-se ao reconhecimento da
Reconhecer a estrutura de estrutura do hipertexto em gêneros de divulgação
hipertexto em textos de científica veiculados em ambientes digitais, assim
divulgação científica e como a capacidade de acessar e articular textos
proceder à remissão a periféricos, como notas de rodapé e boxes, com o
conceitos e relações por meio texto principal. Consiste em compreender que
de notas de rodapés ou notas de rodapé e boxes mantêm relações de
boxes. complementaridade e/ou contraponto com o
texto principal, compondo com ele um todo
solidário. Supõe, ainda, que a análise
empreendida na leitura de hipertextos em
ambiente digital pode favorecer a produção.
Para desenvolver esta habilidade podem-se
propor práticas permanentes e regulares de
leitura de textos de divulgação científica em
ambientes digitais. Podem-se realizar, quando
possível, atividades interdisciplinares, de modo
que possam colaborar com os demais
componentes, no sentido de orientar, por
exemplo, o ensino de procedimentos de leitura e
de produção desses textos, e, por outro lado, os
demais professores possam colaborar com o de
Língua Portuguesa, orientando-o quanto aos
recursos das linguagens específicas (cartografia,
gráficos/infográficos, simulações, por exemplo)
usados na construção de sentidos dos textos.
Portanto, pode-se promover a realização de
projetos e sequências didáticas envolvendo
diversos componentes e abordando temas
contemporâneos, utilizando-se do acesso à
internet, quando possível.

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Leitura Relação entre textos (MS.EF67LP27.s.27) Esta habilidade refere-se ao estudo comparado
Analisar, entre os textos de obras literárias entre si e delas com outras
literários e entre estes e manifestações de arte: a análise das relações
outras manifestações interdiscursivas e intertextuais (os diálogos) entre
artísticas (como cinema, esses diferentes textos. Muitas obras literárias
teatro, música, artes visuais e clássicas, por exemplo, sofrem adaptações para
midiáticas), referências produções em outras linguagens. Esta habilidade
explícitas ou implícitas a de identificar e analisar os diálogos estabelecidos
outros textos, quanto aos entre os vários produtos culturais favorece a
temas, personagens e ampliação de repertório, que contribui para que
recursos literários e os estudantes estabeleçam mais relações entre os
semióticos textos e, portanto, construam mais sentidos sobre
o que leem.
Para o desenvolvimento desta habilidade sugere-
se a realização de atividades de leitura, análise e
comparação com base nos gêneros propostos,
observando as relações de intertextualidade entre
textos de mesmo gênero (o diálogo entre dois
romances ou poemas), proposição de estudo
comparado entre um romance literário e um
filme, uma peça ou novela, cujo roteiro foi criado
a partir do romance, tendo o professor como par
244
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
mais experiente, percebendo que diferentes
linguagens combinadas produzem diferentes
sentidos, mesmo partindo de uma mesma história
ou ideia. Desse modo, sugere-se também o
estudo dos recursos dessas diferentes linguagens
usados na construção dos sentidos. Destaca-se,
aqui, a oportunidade para o trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF69AR30.s.33) e (MS.EF69AR32.35), da Arte,
no que diz respeito à exploração, análise e criação
de diálogos entre textos literários e outras
manifestações, de diferentes linguagens artísticas.
Estratégias de leitura (MS.EF67LP28.s.28) Esta habilidade refere-se a procedimentos e
Apreciação e réplica Ler, de forma autônoma, e estratégias que podem ser usados para
compreender – selecionando compreender e apreciar diferentes gêneros
procedimentos e estratégias literários, considerando as suas marcas
de leitura adequados a específicas. Esse tipo de leitura favorece a fruição
diferentes objetivos e levando literária — que significa ler sem qualquer
em conta características dos compromisso com avaliações ou apresentações
gêneros e suportes –, formais sobre o lido. Entretanto, cabe lembrar que
romances infanto-juvenis, para fruir melhor o texto é essencial ter
contos populares, contos de vivenciado experiências prazerosas de leitura e
terror, lendas brasileiras, conversa sobre textos desses gêneros, em que o
indígenas e africanas, caráter criativo dos discursos literários tenha sido
narrativas de aventuras, evidenciado.
narrativas de enigma, mitos, Para desenvolver esta habilidade considera-se
crônicas, autobiografias, relevante promover ações diversas de leitura, de
histórias em quadrinhos, forma que acolham as mais variadas produções
mangás, poemas de forma culturais, oferecendo, de acordo com as
livre e fixa (como sonetos e possibilidades da escola, um amplo e variado
cordéis), vídeo-poemas, acervo de livros; promover sistematicamente, por
poemas visuais, dentre meio de projetos, momentos que envolvam o
outros, expressando avaliação cultivo da leitura de livre escolha; realizar rodas
sobre o texto lido e de conversa sobre obras lidas; promover e
estabelecendo preferências incentivar a participação em outros eventos
por gêneros, temas, autores. culturais, como saraus, mostras de cinema, teatro,
música etc., com o objetivo de favorecer a
inserção dos estudantes em práticas variadas, e,
assim, ampliar seu repertório cultural e
consciência multicultural. Para tanto, sugere-se,
ainda, a articulação dos professores da área, pois
possibilitará a exploração das diferentes
linguagens e, quando houver, o envolvimento
também do profissional responsável pela sala de
leitura e/ou biblioteca. Ressalta-se que as práticas
relacionadas a esta habilidade favorecem o
desenvolvimento da autonomia dos estudantes.
Reconstrução da (MS.EF67LP29.s.29) Esta habilidade consiste em distinguir os
textualidade Identificar, em texto elementos constitutivos do gênero dramático,
Efeitos de sentidos dramático, personagem, ato, seja em relação à sua forma e aos recursos
provocados pelos cena, fala e indicações cênicas usados nessa forma de se estruturar (as rubricas,
usos de recursos e a organização do texto: a marcação das personagens, a divisão em cenas
linguísticos e enredo, conflitos, ideias e atos etc.), seja em relação ao seu conteúdo (a
multissemióticos principais, pontos de vista, história que quer mostrar: quem são essas
universos de referência. personagens, que ideias e visões de mundo
defendem, como se relacionam, que conflitos são
gerados nessa relação etc.).
Para o desenvolvimento desta habilidade,
considera-se importante promover atividades

245
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
diversas, como leituras dramáticas, que podem
ser parte de um projeto e sequência didática, nas
quais os estudantes leiam, ensaiem, replanejem e
refaçam, considerando que o texto dramático é
concebido para ser encenado no palco. Destaca-
se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF69AR30.s.33), da Arte, no que se refere à
composição de improvisações e acontecimentos
cênicos com base em textos dramáticos.
Produção de Construção da (MS.EF67LP30.s.30) Esta habilidade visa à experimentação do fazer
textos textualidade Relação Criar narrativas ficcionais, tais literário pelo estudante nos gêneros literários
entre textos como contos populares, narrativos. A produção, aqui, também deve ser
contos de suspense, mistério, entendida como processo que envolve as
terror, humor, narrativas de operações de planejamento, produção e revisão
enigma, crônicas, histórias em dos textos, por meio da criação de oficinas
quadrinhos, dentre outros, literárias, em parceria com profissionais da
que utilizem cenários e biblioteca/sala de leitura, quando houver, e com
personagens realistas ou de professores de Arte.
fantasia, observando os Sugerem-se atividades de leitura e análise dos
elementos da estrutura recursos usados na produção de sentido dos
narrativa próprios ao gênero textos oferecidos à leitura nos gêneros referidos,
pretendido, tais como enredo, assim como a proposição de produção pelos
personagens, tempo, espaço estudantes, em pares ou grupos, de forma que as
e narrador, utilizando tempos criações experimentadas sejam efetivamente
verbais adequados à narração colocadas em circulação e alcancem os leitores
de fatos passados, previstos. Desse modo, é possível propor a
empregando conhecimentos elaboração de uma coletânea, tanto impressa
sobre diferentes modos de se quanto digital, com produções dos estudantes
iniciar uma história e de para compor a biblioteca e/ou para distribuir para
inserir os discursos direto e amigos e familiares, bem como a divulgação das
indireto. produções em blogs literários criados para esse
fim, e/ou páginas de facebook; a realização de
concursos, desafios, saraus, clubes de leitura etc.,
acessíveis à comunidade escolar para leitura e
apreciação.
Construção da (MS.EF67LP31.s.31) Esta habilidade visa à experimentação do fazer
textualidade Relação Criar poemas compostos por literário pelo estudante nos gêneros literários
entre textos versos livres e de forma fixa líricos. A produção aqui também deve ser
(como quadras e sonetos), entendida como processo que envolve as
utilizando recursos visuais, operações de planejamento, produção e revisão
semânticos e sonoros, tais dos textos, por meio da criação de oficinas
como cadências, ritmos e literárias, em parceria com profissionais da
rimas, e poemas visuais e biblioteca/sala de leitura, quando houver, e com
vídeo-poemas, explorando as professores de Arte.
relações entre imagem e Esta habilidade supõe a análise dos recursos
texto verbal, a distribuição da usados na produção de sentido dos textos
mancha gráfica (poema oferecidos à leitura nos gêneros referidos.
visual) e outros recursos Sugere-se uma progressão na proposição dos
visuais e sonoros. subgêneros líricos. Recomenda-se que as
produções experimentadas sejam efetivamente
colocadas em circulação e alcancem os leitores
previstos. Sugere-se também, a proposição,
antecipadamente: da publicação de coletâneas
para compor a biblioteca e/ou para distribuir para
amigos e familiares; a divulgação das produções
em blogs literários criados para esse fim, e/ou
páginas de facebook; a realização de concursos,
desafios, saraus, clubes de leitura etc.

246
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise Fono-ortografia (MS.EF67LP32.s.32) Esta é uma habilidade diretamente relacionada


linguística/semiót Escrever palavras com aos contextos de produção e revisão de textos
ica correção ortográfica, escritos. Seu foco é a obediência às convenções
obedecendo as convenções ortográficas do português, o que demanda o
da língua escrita. envolvimento sistemático em práticas de
produção, nas quais esse tipo de conhecimento
seja requisitado, e o domínio e/ou o estudo
concomitante dessas convenções.
Sugere-se a realização de práticas de produção
e/ou revisão de textos, especialmente em
situações públicas e formais em que a ortografia é
requisito necessário. A progressão pode basear-se
nos tópicos de ortografia a serem previstos para
os dois anos em jogo, iniciando com as
regularidades e prosseguindo com as
irregularidades; no grau de complexidade dos
gêneros e textos programados para as práticas de
produção e/ou revisão envolvidas nesse estudo;
no nível de autonomia que se pretende levar o
estudante a conquistar a cada etapa.
Elementos (MS.EF67LP33.s.33) Esta habilidade refere-se ao emprego de regras e
notacionais da escrita Pontuar textos normas de pontuação em textos de qualquer
adequadamente. gênero ou campo de atuação. Demanda o
envolvimento frequente e sistemático em práticas
públicas e formais de leitura e/ou produção de
textos escritos em que a pontuação correta deva
ser observada: e-mail de trabalho, entrevistas,
notícias, artigo de divulgação científica,
reportagem multimidiática etc.
Sugere-se que o desenvolvimento desta
habilidade venha sempre associado a práticas de
leitura e/ou produção de textos dos mais diversos
gêneros e campos de atuação. A progressão pode
adotar como critérios os tópicos a serem
abordados a cada momento, o grau de
complexidade dos gêneros e textos previstos e o
grau de autonomia do estudante pressuposto na
execução da tarefa.
Léxico/morfologia (MS.EF67LP34.s.34) Esta habilidade refere-se a compreender a
Formar antônimos com antonímia como um processo de estabelecimento
acréscimo de prefixos que de oposição de sentidos entre palavras; seu foco
expressam noção de negação. está no reconhecimento da função de certos
prefixos nesse processo. Relaciona-se com a
habilidade (MS.EF06LP03.s.03) e todas as demais
que envolvem processos de formação de
palavras, especialmente os derivativos.
Recomenda-se que esse estudo venha sempre
associado à análise comparativa e à reflexão, com
base em inventários que apresentem palavras em
textos, para que cada uma delas possa ser
compreendida na acepção adequada. Práticas de
leitura e/ou produção de textos são, portanto,
essenciais para a contextualização desse ensino. A
progressão pode apoiar-se nos tipos de prefixos a
serem estudados; no grau de complexidade dos
gêneros e textos envolvidos; no nível de

247
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
autonomia requerido do estudante para realizar a
tarefa.
Léxico/morfologia (MS.EF67LP35.s.35) Esta é uma habilidade fundamental para a
Distinguir palavras derivadas compreensão dos diferentes processos
por acréscimo de afixos e morfológicos e semânticos de formação das
palavras compostas. palavras. O foco está na distinção entre
mecanismos de derivação e de composição,
necessária a qualquer estudo e/ou análise do
léxico. Pressupõe conhecimentos prévios relativos
a classes de palavras e às categorias gramaticais a
que elas se associam.
Sugere-se que o desenvolvimento desta
habilidade venha sempre associado a práticas de
leitura, produção ou oralidade, de forma que o
estudante possa observar esses processos em
ação e refletir sobre como são produtivos e
criativos. Portanto, a apropriação desses
mecanismos pelo estudante é o seu foco, e não a
memorização da terminologia gramatical
correspondente. Jogos de mistura de palavras
para refletir sobre a significação resultante podem
ser atividades muito produtivas e significativas
para os estudantes. As produções de textos
criativos, como os literários e os publicitários,
também podem propiciar situações adequadas
para esse estudo. A progressão pode apoiar-se no
tipo de mecanismo a ser estudado
(derivação/composição), assim como no grau de
complexidade dos gêneros e textos mobilizados.
Coesão (MS.EF67LP36.s.36) Trata-se de uma habilidade essencial para o
Utilizar, ao produzir texto, desenvolvimento da competência em escrita,
recursos de coesão como também se aplica à análise da coesão
referencial (léxica e textual em atividades de leitura. Seu foco é a
pronominal) e sequencial e adequação expressiva, no emprego de recursos
outros recursos expressivos de coesão (referencial e sequencial), ao gênero
adequados ao gênero textual. textual produzido. Envolve o uso de recursos da
língua que evitam a repetição indesejada de
palavras; ajudam o leitor a resgatar, durante a
leitura, o objeto/fato/assunto de que o texto
trata; ajudam a compreender a ordem de
acontecimento das ações. A habilidade também
demanda a análise da situação de comunicação,
das características do gênero e das intenções
e/ou objetivos a serem perseguidos.
Sugere-se a realização de atividades associadas a
práticas de oralidade, leitura ou escrita de textos
dos gêneros previstos para estudo.
Em caso de produções escritas, recomendam-se
atividades de produção e revisão em que o foco
seja o uso desses elementos coesivos na
construção do texto de um determinado gênero.
Em caso de textos orais, podem ser analisadas,
coletivamente, apresentações previamente
gravadas. A progressão pode apoiar-se no tipo de
recurso coesivo a ser abordado, no grau de
complexidade dos gêneros ou textos a serem
considerados e no nível de autonomia que se
pretende levar o estudante a conquistar.

248
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º e 7º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Sequências textuais (MS.EF67LP37.s.37) A habilidade refere-se ao estudo necessário à
Analisar, em diferentes textos, resolução de problemas de compreensão, seja na
os efeitos de sentido leitura, seja na produção/revisão de textos
decorrentes do uso de próprios, derivados da presença e/ou emprego
recursos linguístico- dos recursos linguístico-discursivos mencionados
discursivos de prescrição, referentes ao estabelecimento da progressão
causalidade, sequências temática. Abrange a análise do emprego dos
descritivas e expositivas e recursos em textos de todos os campos de
ordenação de eventos. atuação, pressupondo práticas de leitura e/ou
produção nas quais a reonstrução dos sentidos
do texto esteja relacionada aos efeitos produzidos
pelo uso de recursos de prescrição, causalidade,
sequências descritivas e expositivas e ordenação
de eventos.
Sugere-se o desenvolvimento de atividades que
focalizem tanto os efeitos de sentido produzidos
na leitura, quanto a adequação do uso.
Recomenda-se, ainda, que a metalinguagem só
seja empregada depois de compreendido o
aspecto em foco.
Para a progressão, sugere-se, inicialmente, um
trabalho colaborativo (coletivo e em
grupos/duplas), que progrida para o autônomo e,
também, a complexidade dos gêneros e textos
previstos para o estudo.
Figuras de linguagem (MS.EF67LP38.s.38) O foco desta habilidade está na compreensão e
Analisar os efeitos de sentido análise de figuras de linguagem, como as
do uso de figuras de mencionadas, em gêneros e textos de qualquer
linguagem, como campo de atuação. Trata-se, portanto, de uma
comparação, metáfora, habilidade relevante não só para a compreensão,
metonímia, personificação, mas, também, para a interpretação de textos, na
hipérbole, dentre outras. medida em que evidencia mecanismos de
(re)construção do texto e de seus sentidos.
Sugere-se a realização de atividades
contextualizadas em projetos de produção de
textos do campo literário; na elaboração de
artigos de divulgação de conhecimento; em
projetos de estudo das figuras de linguagem, em
textos literários ou de divulgação de
conhecimento. Recomenda-se que os aspectos
referidos sejam estudados levando em
consideração os efeitos de sentido que produzem
e a relação que estabelecem entre os trechos do
enunciado; que a terminologia gramatical e a
sistematização só sejam abordadas depois que os
aspectos em foco tiverem sido compreendidos. A
progressão pode se dar com base na
complexidade do gênero/texto ou do grau de
autonomia do estudante. Sugerem-se,
inicialmente, atividades colaborativas (coletivas e
em grupos/duplas), que progridam para o
autônomo.

249
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

CAMPO JORNALÍSTICO/ MIDIÁTICO

Leitura Reconstrução do (MS.EF06LP01.s.01) O desenvolvimento desta habilidade promove


contexto de Reconhecer a impossibilidade uma visão crítica de gêneros jornalísticos, como a
produção, circulação de uma neutralidade absoluta notícia e a reportagem, considerados mais
e recepção de textos no relato de fatos e identificar objetivos. Por meio da análise de escolhas de
Caracterização do diferentes graus de palavras, pode-se evidenciar a visão do jornalista
campo jornalístico e parcialidade/ imparcialidade sobre o fato relatado. Também cabe analisar
relação entre os dados pelo recorte feito e imagens e recursos de outras linguagens que
gêneros em pelos efeitos de sentido integram esses textos.
circulação, mídias e advindos de escolhas feitas Para desenvolver esta habilidade, considera-se
práticas da cultura pelo autor, de forma a poder relevante o acesso a textos jornalísticos de
digital desenvolver uma atitude diferentes jornais e revistas, impressos ou digitais.
crítica frente aos textos A comparação de notícias que se referem a um
jornalísticos e tornar-se mesmo fato ou assunto, relatadas de formas
consciente das escolhas feitas diferentes, pode ser uma primeira forma de
enquanto produtor de textos. realizar essa reflexão sobre
parcialidade/imparcialidade em textos dessa
esfera.
Destaca-se, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF69AR15.s.17), (MS.EF69AR33.s.36), da Arte,
e (MS.EF67EF17.s.16), da Educação Física, no que
tange à compreensão crítica de diferentes pontos
de vista sobre temas controversos e de relevância
social.
Reconstrução do (MS.EF06LP02.s.02) Esta habilidade refere-se ao fato de gêneros,
contexto de Estabelecer relação entre os como a crônica, a charge, a reportagem, o
produção, circulação diferentes gêneros editorial, o artigo de opinião, a carta de leitor,
e recepção de textos jornalísticos, compreendendo dentre outros, serem produções que dialogam
Caracterização do a centralidade da notícia. com o que foi noticiado: o aprofundamento sobre
campo jornalístico e um fato ou assunto e uma opinião ou crítica são
relação entre os feitos em torno de algo que é/foi notícia.
gêneros em Deve-se levar em consideração que o contato
circulação, mídias e direto e frequente com os portadores (impressos
práticas da cultura ou digitais) e, em especial, a leitura de matérias
digital correlacionadas possibilitam ao estudante
perceber essas relações entre os gêneros. Prever
um trabalho articulado e contínuo, envolvendo
todas as áreas e a biblioteca, sala de leitura ou
equivalente, quando houver, favorece a inserção
na prática de leitura de textos jornalísticos e
possibilita ao estudante perceber essas relações,
ao ser orientado a, por exemplo, acompanhar a
seção de cartas de leitor de uma edição que faz
remissão a uma notícia publicada em data
anterior.

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise Léxico/morfologia (MS.EF06LP03.s.03) Esta é uma habilidade relevante para a


linguística/semiót Analisar diferenças de sentido compreensão das relações semânticas que
ica entre palavras de uma série podem se estabelecer entre as palavras da língua.
sinonímica. Seu foco está no reconhecimento do sentido
singular que cada palavra de uma série sinonímica
pode aportar (como nas palavras país, pátria,
nação, terra natal etc.), em relação às demais da
mesma série. Trata-se, portanto, de compreender

250
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
a sinonímia como uma relação de proximidade de
sentido, e não de equivalência.
Recomenda-se que esse estudo venha sempre
associado à análise comparativa, reflexiva e
dialógica, com base em inventários que
apresentem palavras em textos, para que cada
uma delas possa ser compreendida na acepção
adequada. Práticas de leitura e/ou produção de
textos são, portanto, essenciais para a
contextualização desse ensino. No que se refere à
progressão, pode-se pensar no grau de
complexidade lexical a ser contemplado (palavras
mais fáceis/mais difíceis); no grau de
complexidade dos gêneros e textos envolvidos;
no nível de autonomia requerido do estudante
para realizar a tarefa.
Morfossintaxe (MS.EF06LP04.s.04) Esta habilidade pressupõe a construção prévia ou
Analisar a função e as flexões conexa de conhecimentos morfossintáticos
de substantivos e adjetivos e relacionados a três classes de palavras
de verbos nos modos (substantivos; adjetivos; verbos) e a modos
Indicativo, Subjuntivo e verbais e categorias gramaticais a elas
Imperativo: afirmativo e relacionadas. Convém lembrar, ainda, que as
negativo. concordâncias verbal e nominal, assim como a
manutenção e a correlação dos tempos verbais
implicadas nesta habilidade, colaboram para a
coesão e a coerência. Demanda a análise dos
tópicos mencionados em textos de todos os
campos de atuação, pressupondo práticas de
leitura e/ou produção nas quais a (re)construção
dos sentidos do texto esteja relacionada aos
efeitos coesivos produzidos pelas funções e
flexões de substantivos, adjetivos e verbos.
O desenvolvimento desta habilidade demanda,
também, propostas nas quais o estudante possa
reconhecer o funcionamento das flexões e sua
relevância para as concordâncias verbal e
nominal; entender a função dos tempos e modos
verbais na organização dos textos; manter e
articulá-los para não perder o fio da meada;
reconhecer os efeitos de sentido que o emprego
de um ou outro tempo/modo verbal pode
provocar; conhecer as funções de cada classe de
palavra na construção de diferentes tipos de
texto, na qualificação das ações, na organização
temporal dos textos de diferentes gêneros em
diferentes condições de produção e circulação.
A progressão pode associar-se aos gêneros
previstos e às três classes de palavras envolvidas
na habilidade e, também, ao nível de autonomia
que se pretende levar o estudante a atingir em
cada proposta.
Morfossintaxe (MS.EF06LP05.s.05) Esta habilidade refere-se ao estudo dos modos
Identificar os efeitos de verbais — indicativo subjuntivo e imperativo —
sentido dos modos verbais, de forma que o estudante consiga identificar os
considerando o gênero sentidos essenciais de cada um. Abrange a análise
textual e a intenção do emprego desses modos em textos de todos os
comunicativa. campos de atuação, pressupondo práticas de
leitura e/ou produção nas quais a (re)construção

251
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
dos sentidos esteja relacionada aos efeitos
produzidos pelos modos verbais.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver, na produção ou na leitura,
algum problema de compreensão/redação,
considerando o sentido provocado pelo uso
inadequado ou incoerente do modo de algum
verbo; sistematizar o conhecimento, depois de
devidamente compreendida a etapa anterior. Em
ambos os casos, sugere-se que as atividades
sejam organizadas a partir de estudo comparativo
de verbos empregados em textos lidos, buscando
a especificidade do sentido de cada modo, ou
seja, o traço de significado que os caracterizam
como pertencentes ao mesmo modo, por meio da
comparação para estabelecer diferenças e
semelhanças.
Para a progressão, sugere-se, inicialmente, um
trabalho colaborativo (coletivo e em
grupos/duplas), que progrida para o autônomo e,
também, considerar a complexidade dos gêneros
e textos previstos para o estudo em cada
momento.
Morfossintaxe (MS.EF06LP06.s.06) Esta habilidade tem como foco as concordâncias
Empregar, adequadamente, nominal e verbal, na produção de textos orais ou
as regras de concordância escritos de qualquer campo de atuação ou
nominal (relações entre os gênero em que a norma-padrão é requerida.
substantivos e seus Requer discussões sobre variação linguística e
determinantes) e as regras de práticas orais, de leitura e/ou produção de textos,
concordância verbal (relações especialmente em situações públicas e formais.
entre o verbo e o sujeito Pressupõe, ainda, o domínio e/ou estudo conexo
simples e composto). das regras dos dois tipos de concordância
mencionados, de classes de palavras (nome e
verbo) e de categorias gramaticais a ela
relacionadas. Está estreitamente relacionada às
habilidades (MS.EF69LP56.s.56),
(MS.EF06LP11.s.11), (MS.EF07LP10.s.10) e
(MS.EF08LP04.s.04).
Para um exercício reflexivo voltado para o uso da
língua, convém que o estudo dos tópicos
gramaticais referidos na descrição desta
habilidade seja realizado em contextos de uso, e
não em atividades isoladas. Por essa razão,
sugere-se que o estudo das concordâncias
nominal e verbal venha sempre programado para
situações de comunicação em que a norma-
padrão é requerida; associado ao planejamento
da fala em situações formais, à produção e à
revisão de textos ou à análise, com vistas a
compreender os efeitos de sentido produzidos
por este ou aquele uso. Recomenda-se, ainda,
articular esta habilidade com as de análise de
gravações de palestras, debates etc., no caso das
produções orais. A progressão pode adotar como
critérios os tópicos a serem abordados a cada
momento (concordância nominal/concordância
verbal), o grau de complexidade dos gêneros e
textos previstos e o grau de autonomia que se

252
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
pretende levar o estudante a atingir em cada ano
e/ou etapa.
Morfossintaxe (MS.EF06LP07.s.07) O foco desta habilidade (diretamente relacionada
Identificar, em textos, à apreensão da organização sintática do texto)
períodos compostos por está na identificação e classificação de períodos
orações separadas por vírgula compostos por coordenação assindética (sem
sem a utilização de conectivos). Requer a observação da organização
conectivos, nomeando-os sintática do texto e reflexões a respeito,
como períodos compostos identificando períodos compostos por
por coordenação. coordenação assindética, apreendendo o
princípio de sua organização interna e
percebendo seu papel na (re)construção dos
sentidos do texto. Envolve, ainda, um
conhecimento prévio de classes de palavras e
funções e categorias gramaticais associadas a
cada uma delas.
Para reflexão e análise linguística/semiótica, é
necessário que o estudo dos tópicos gramaticais
envolvidos seja realizado em contextos de uso, e
não em atividades isoladas. Por essa razão,
sugere-se que esses conteúdos sejam propostos
sempre vinculados à leitura, à produção e à
revisão, com vistas à compreensão de seu papel
na (re)construção do texto e na produção de
efeitos de sentido determinados. Recomenda-se
que o foco do trabalho seja a resolução de
problemas de compreensão e manutenção da
legibilidade do texto, considerando as intenções
de significação; que a compreensão de cada
aspecto anteceda a sistematização; que a
metalinguagem seja empregada de modo que o
estudante compreenda o que se diz. Ao longo do
ano, a progressão pode apoiar-se na
complexidade dos gêneros e textos programados
para o desenvolvimento da habilidade.
Morfossintaxe (MS.EF06LP08.s.08) O foco desta habilidade está na percepção da
Identificar, em texto ou oração e do período como unidades básicas da
sequência textual, orações organização sintática do texto, assim como no
como unidades constituídas reconhecimento da função do verbo como núcleo
em torno de um núcleo oracional.
verbal e períodos como Sugerem-se, para o desenvolvimento desta
conjunto de orações habilidade, as orientações da habilidade
conectadas. (MS.EF06LP07.s.07).
Morfossintaxe (MS.EF06LP09.s.09) O foco desta habilidade está na percepção dos
Classificar, em texto ou períodos simples e dos períodos compostos
sequência textual, os como unidades da organização sintática do texto.
períodos simples compostos. Sugerem-se, para o desenvolvimento desta
habilidade, as orientações da habilidade
(MS.EF06LP08.s.08).
Sintaxe (MS.EF06LP10.s.10) Esta habilidade refere-se à identificação dos
Identificar sintagmas constituintes imediatos (sujeito/predicado) que
nominais e verbais como estruturam a oração. Trata-se, portanto, de uma
constituintes imediatos da habilidade fundamental para o desenvolvimento
oração. de todas as demais habilidades de análise com
foco na sintaxe da oração e do período. Requer a
observação e a análise da organização sintática
do texto e reflexões a respeito do papel dela na
construção do texto e na produção de efeitos de
sentido. Envolve, ainda, um trabalho prévio com

253
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
classes de palavras e com as funções e categorias
gramaticais associadas a cada uma delas.
Recomenda-se que o desenvolvimento desta
habilidade não se constitua como um fim em si
mesmo, mas que contribua para uma
compreensão global, por parte do estudante, do
papel da sintaxe no funcionamento da língua. Isso
significa a proposição de atividades que associem
essas análises à leitura e à produção de textos,
com foco nos efeitos de sentido que as estruturas
sintáticas estudadas podem produzir. Atividades
lúdicas, nas quais os estudantes possam explorar
livremente diferentes alternativas de estruturação
de um mesmo enunciado, identificando os efeitos
de sentido assim produzidos, podem contribuir
significativamente para a percepção e
compreensão da natureza e do funcionamento
dos mecanismos sintáticos em jogo. A progressão
pode basear-se no grau de complexidade dos
gêneros e textos programados para estudo.
Elementos (MS.EF06LP11.s.11) Esta habilidade refere-se à mobilização de
notacionais da Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais
escrita/morfossintaxe conhecimentos linguísticos e específicos na produção de textos de qualquer
gramaticais: tempos verbais, campo de atuação ou gênero, como utilização
concordância nominal e adequada dos tempos verbais, concordância,
verbal, regras ortográficas, ortografia, pontuação etc. Pressupõe discussões
pontuação etc. sobre variação linguística e práticas de leitura
e/ou produção de textos, especialmente em
situações públicas e formais. Requer, ainda,
domínio e/ou estudo conexo de tópicos de
análise linguística como os mencionados
(estreitamente relacionada à habilidade
MS.EF69LP56.s.56).
Convém que o desenvolvimento desta habilidade
venha sempre associado a práticas de leitura e/ou
produção de textos dos mais diversos gêneros e
campos de atuação. Recomenda-se, ainda, que as
atividades propostas explicitem os conhecimentos
a serem construídos nesse período e evitem a
perspectiva do erro gramatical, em favor de uma
abordagem baseada na adequação do uso. A
progressão pode adotar como critérios os tópicos
a serem abordados a cada momento, o grau de
complexidade dos gêneros e textos previstos e o
grau de autonomia do estudante pressuposto na
execução da tarefa.
Semântica Coesão (MS.EF06LP12.s.12) Trata-se de uma habilidade essencial para o
Utilizar, ao produzir texto, desenvolvimento da competência em escrita, mas
recursos de coesão também se aplica à análise da coesão textual em
referencial (nome e atividades de leitura. Seu foco é o emprego de
pronomes), recursos recursos de coesão (referencial) e semânticos na
semânticos de sinonímia, produção, escrita ou oral. Envolve o uso de
antonímia e homonímia e recursos da língua que evitam a repetição
mecanismos de indesejada de palavras; ajudam o leitor a resgatar,
representação de diferentes durante a leitura, o objeto/fato/assunto de que o
vozes (discurso direto e texto trata; ajudam a compreender a ordem de
indireto). acontecimentos das ações; ajudam a identificar as
diferentes vozes do texto e a produzir efeitos de
sentido. Esta habilidade demanda a análise da

254
LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
situação de comunicação, das características do
gênero e das intenções e/ou objetivos a serem
alcançados. Convém que o seu desenvolvimento
seja programado em associação com práticas de
oralidade, leitura ou escrita de textos dos gêneros
previstos para estudo. Será nessas condições que
o estudante poderá refletir sobre a adequação
dos recursos que pretenda empregar. Em caso de
produções escritas, podem-se prever atividades
de produção e revisão nas quais o foco seja o uso
desses elementos coesivos na construção do
texto de um determinado gênero. Em caso de
textos orais, podem ser analisadas, coletivamente,
apresentações previamente gravadas. A
progressão pode apoiar-se no tipo de recurso
coesivo a ser abordado, no grau de complexidade
dos gêneros ou textos a serem considerados e no
nível de autonomia que se pretende levar o
estudante a conquistar.

LÍNGUA PORTUGUESA - 7º ANO


Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Leitura Reconstrução do (MS.EF07LP01.s.01) Esta habilidade implica analisar, interpretar e


contexto de Distinguir diferentes comparar como as escolhas de palavras e outros
produção, circulação propostas editoriais – recursos semióticos (imagens, cores, fontes de
e recepção de textos sensacionalismo, jornalismo letra etc.) ajudam a produzir sentidos. Também
Caracterização do investigativo etc. –, de forma possibilita o desenvolvimento de um olhar crítico
campo jornalístico e a identificar os recursos sobre esse campo de atuação, uma vez que a
relação entre os utilizados para análise de primeiras páginas, das escolhas do que
gêneros em impactar/chocar o leitor que vira manchete e do modo como são formuladas
circulação, mídias e podem comprometer uma contribui para a percepção de que não existe
práticas da cultura análise crítica da notícia e do jornalismo neutro.
digital fato noticiado. É importante considerar que, ao diferenciar as
propostas editoriais, é preciso refletir sobre a
relação entre elas e o público a que se destina
cada jornal ou programa. Prever comparações
entre jornais televisivos mais populares e
policialescos (que podem ser mais próximos do
universo familiar dos estudantes) e jornais
transmitidos no início da manhã ou da tarde, de
emissoras diferentes, possibilita explorar as
diferenças de linguagem e de abordagem,
relacionando-as aos públicos a que se destinam. É
importante prever a investigação de jornais e
programas feitos para adolescentes. Discutir o
que move esses veículos a fazerem um jornalismo
diferenciado para cada público leitor é
fundamental para construir um olhar crítico sobre
o campo.

255
LÍNGUA PORTUGUESA - 7º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Reconstrução do (MS.EF07LP02.s.02) Esta habilidade envolve comparar, analisar e
contexto de Comparar notícias e discutir o modo como um mesmo fato é
produção, circulação reportagens sobre um abordado pelos diferentes jornais e mídias, o que
e recepção de textos mesmo fato divulgadas em inclui analisar escolhas linguísticas e semióticas,
Caracterização do diferentes mídias, analisando com o objetivo de inferir-se a visão de cada um
campo jornalístico e as especificidades das mídias, deles. Esta habilidade também implica conhecer
relação entre os os processos de os recursos de linguagem próprios de cada mídia,
gêneros em (re)elaboração dos textos e a de modo que o estudante possa perceber as
circulação, mídias e convergência das mídias em diferenças entre uma notícia impressa e uma
práticas da cultura notícias ou reportagens radiofônica ou televisiva, por exemplo,
digital multissemióticas. conhecimentos que serão importantes para a
produção de textos.
Pode-se pensar em, no caso de haver jornais,
rádios e redes de TV locais, elegê-los para
comparações e análises, antes de acessar outros
jornais regionais e de grande circulação. Isso
tornará o trabalho mais significativo para os
estudantes, uma vez que os textos farão
referência a fatos e assuntos da localidade, mais
próximos e passíveis de serem verificados
facilmente, em caso de versões contraditórias
entre os veículos. O trabalho com diferentes
mídias também supõe, quando possível,
disponibilizar recursos na sala de aula: TV, DVD,
computador ou aparelhos móveis, assinatura de
jornais e revistas e acesso à internet.
Podem-se abordar textos que além de notícias,
tenham opiniões e argumentações, para que os
estudantes identifiquem estes itens e,
futuramente, opinem sobre os assuntos expostos.

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise Léxico/morfologia (MS.EF07LP03.s.03) Esta é uma habilidade fundamental para a


linguística/ Formar, com base em compreensão dos processos derivacionais de
semiótica palavras primitivas, palavras formação das palavras. O foco está na
derivadas com os prefixos e compreensão e no uso adequado de prefixos e de
sufixos mais produtivos no sufixos. Pressupõe conhecimentos prévios
português. relativos a classes de palavras e às categorias
gramaticais a que elas se associam.
Convém que o desenvolvimento desta habilidade
venha sempre associado a práticas de leitura,
produção ou oralidade, de forma que o estudante
possa observar esses processos em ação e refletir
sobre como são produtivos e criativos. Portanto, a
apropriação desses mecanismos pelo estudante é
o seu foco, e não a memorização da terminologia
gramatical correspondente. Jogos de invenção de
palavras derivadas por prefixação e/ou sufixação,
com o objetivo de refletir sobre a significação
resultante, podem ser muito produtivos.
Propostas de produção de textos criativos, como
os literários e os publicitários, por exemplo,
também podem propiciar situações adequadas
para esse estudo. A progressão pode apoiar-se no
tipo de mecanismo a ser estudado
(prefixação/sufixação), assim como no grau de
complexidade dos gêneros e textos mobilizados.
Nesta habilidade os estudantes irão pesquisar
novas palavras e identificar quais são as primitivas
256
LÍNGUA PORTUGUESA - 7º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
para que consigam formar novas palavras
utilizando prefixo e sufixo.
Algumas sugestões são: formação de grupos que
experimentem criar palavras usando os afixos
estudados e depois desafiando os demais a
explicitar os recursos usados e os sentidos
resultantes. Ir além, com pesquisas de palavras
com prefixos ou afixos para melhor entendimento
do conteúdo, propostas de produção de textos
criativos, como os literários e os publicitários.
Morfossintaxe (MS.EF07LP04.s.04) O foco desta habilidade é a identificação do
Reconhecer, em textos, o núcleo da oração, considerada como uma
verbo como o núcleo das unidade básica da organização sintática do texto.
orações. Está, portanto, diretamente relacionada ao
desenvolvimento de outras habilidades de análise
com foco na sintaxe da oração e do período.
Requer a observação da organização sintática do
texto e a reflexão a respeito do papel dela na
construção da textualidade e na produção de
efeitos de sentido. Envolve, ainda, um trabalho
prévio com classes de palavras e com as funções
e categorias gramaticais associadas a cada uma
delas.
Recomenda-se que o desenvolvimento desta
habilidade não se constitua como um fim em si
mesmo, mas que contribua para uma
compreensão global, por parte do estudante, do
papel da sintaxe no funcionamento da língua. Isso
significa propor atividades que associem essas
análises à leitura e à produção de textos, com
foco nos efeitos de sentido que as estruturas
sintáticas estudadas podem produzir. Atividades
lúdicas, nas quais os estudantes possam explorar
livremente diferentes alternativas de estruturação
de um mesmo enunciado, identificando os efeitos
de sentido assim produzidos, podem contribuir
significativamente para a percepção e a
compreensão da natureza e do funcionamento
dos mecanismos sintáticos em jogo. A progressão
pode apoiar-se no grau de complexidade dos
gêneros e textos programados para estudo.
Morfossintaxe (MS.EF07LP05.s.05) O foco desta habilidade é a identificação de
Identificar, em orações de verbos transitivos e intransitivos em orações de
textos lidos ou de produção textos lidos ou de produção própria. Está,
própria, verbos de predicação portanto, diretamente relacionada ao
completa e incompleta: desenvolvimento de outras habilidades de análise
intransitivos e transitivos. com foco na sintaxe da oração e do período
(especialmente MS.EF07LP04.s.04 e
MS.EF07LP07.s.07). Requer a observação da
organização sintática do texto e reflexões a
respeito do papel dela na construção da
textualidade e na produção de efeitos de sentido.
Envolve, ainda, um trabalho prévio com classes de
palavras e com as funções e categorias
gramaticais associadas a cada uma delas.
Recomenda-se que o trabalho com esta
habilidade não se constitua como um fim em si
mesmo, mas que contribua para uma
compreensão global, por parte do estudante, do

257
LÍNGUA PORTUGUESA - 7º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
papel da sintaxe no funcionamento da língua. Isso
significa propor atividades que associem essas
análises à leitura e à produção de textos, com
foco nos efeitos de sentido que as estruturas
sintáticas estudadas podem produzir. Ainda, levar
os estudantes à observação da organização
sintática do texto e reflexões a respeito do papel
dela na construção da textualidade e na produção
de efeitos de sentido, inserindo atividades de
compreensão dos verbos correspondentes de
maneira interativa e lúdica.
Morfossintaxe (MS.EF07LP06.s.06) Esta habilidade tem foco no domínio das
Empregar as regras básicas concordâncias nominal e verbal, nas situações
de concordância nominal e públicas e formais de comunicação oral e de
verbal em situações produção de textos, nas quais a norma-padrão é
comunicativas e na produção requerida. Seu desenvolvimento demanda a
de textos. participação frequente e sistemática do estudante
nas situações referidas, assim como o estudo
prévio ou concomitante dos dois tipos de
concordância, das classes de palavras (nome e
verbo) e das categorias gramaticais nelas
envolvidas (é um desdobramento da
MS.EF06LP06.s.06, a qual está, portanto,
diretamente relacionada).
Para um exercício reflexivo voltado para o uso da
língua, convém que os estudos dos
conhecimentos linguísticos mencionados sejam
realizados em contextos de uso, e não em
atividades isoladas. Por essa razão, sugere-se que
o estudo das concordâncias nominal e verbal
venha sempre: programado para situações de
comunicação em que a norma-padrão é
requerida; associado ao planejamento da fala e à
produção e revisão de textos, assim como à
análise, com vistas à compreensão dos efeitos de
sentido produzidos por este ou aquele uso.
Recomenda-se, ainda, articular esta habilidade
com as de análise de gravações de palestras,
debates etc., para as produções orais. A
progressão pode adotar, como critérios, os
tópicos a serem abordados a cada momento
(concordância nominal/concordância verbal); o
grau de complexidade dos gêneros e textos
previstos; o grau de autonomia que se pretende
levar o estudante a atingir em cada etapa.
Morfossintaxe (MS.EF07LP07.s.07) Esta habilidade refere-se à identificação da
Identificar, em textos lidos ou estrutura básica da oração em textos lidos ou
de produção própria, a próprios. Está, portanto, diretamente relacionada
estrutura básica da oração: ao desenvolvimento de todas as demais
sujeito, predicado, habilidades de análise com foco na sintaxe da
complemento (objetos direto oração e do período. Requer a observação da
e indireto). organização sintática do texto e reflexões a
respeito do papel dela na construção da
textualidade e na produção de efeitos de sentido,
a partir do reconhecimento e diferenciação de
sujeito, predicado e complementos. Envolve,
ainda, um conhecimento prévio de classes de
palavras e das funções e categorias gramaticais
associadas a cada uma delas.

258
LÍNGUA PORTUGUESA - 7º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Recomenda-se que o desenvolvimento desta
habilidade não se constitua como um fim em si
mesmo, mas que contribua para uma
compreensão global, por parte do estudante, do
papel da sintaxe no funcionamento da língua. Isso
significa propor atividades que associem essas
análises à leitura e à produção de textos, com
foco nos efeitos de sentido que podem se
relacionar às estruturas sintáticas em estudo.
Atividades lúdicas, nas quais os estudantes
possam explorar livremente diferentes alternativas
de estruturação de um mesmo enunciado, podem
contribuir significativamente para a percepção e a
compreensão da natureza e do funcionamento
dos mecanismos sintáticos em jogo. A progressão
pode apoiar-se no constituinte oracional a ser
abordado a cada etapa (sujeito/predicado/objeto
direto/objeto indireto) e/ou no grau de
complexidade dos gêneros e textos programados
para estudo.
Organizar atividades que levem o estudante à
identificação da estrutura básica da oração em
textos lidos ou de produção própria contribui
para uma compreensão global, por parte do
estudante, do papel da sintaxe no funcionamento
da língua. Isso significa que as atividades
propostas devem associar a leitura e a produção
de textos, com foco nos efeitos de sentido que
podem se relacionar às estruturas sintáticas em
estudo. Nesta habilidade os estudantes serão
incitados a produzir textos de fatos reais e atuais,
visando à fonte para que o leitor seja capaz de
identificar de onde vem a notícia. A estrutura do
texto deve seguir a premissa de uma
possibilidade de publicação em meios de
comunicação.
Morfossintaxe (MS.EF07LP08.s.08) Esta habilidade refere-se à identificação do papel
Identificar, em textos lidos ou dos adjetivos na ampliação de sentidos do núcleo
de produção própria, do sujeito ou dos complementos verbais. Está,
adjetivos que ampliam o portanto, diretamente relacionada ao
sentido do substantivo sujeito desenvolvimento de todas as demais habilidades
ou complemento verbal. de análise com foco na sintaxe da oração e do
período (especialmente a MS.EF07LP09.s.09).
Requer a observação da organização sintática do
texto e reflexões a respeito do papel dela na
construção da textualidade e na produção de
efeitos de sentido. Envolve, ainda, um trabalho
prévio com classes de palavras e com as funções
e categorias gramaticais associadas a cada uma
delas.
Recomenda-se que o desenvolvimento desta
habilidade não se constitua como um fim em si
mesmo, mas que contribua para uma
compreensão global, por parte do estudante, do
papel da sintaxe no funcionamento da língua. Isso
significa propor atividades que associem essas
análises à leitura e à produção de textos, com
foco nos efeitos de sentido que podem se
relacionar às estruturas sintáticas em estudo.

259
LÍNGUA PORTUGUESA - 7º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Atividades lúdicas, nas quais os estudantes
possam explorar livremente diferentes alternativas
de estruturação de um mesmo enunciado, podem
contribuir significativamente para a percepção e a
compreensão da natureza e do funcionamento
dos mecanismos sintáticos em jogo. A progressão
pode apoiar-se no grau de complexidade dos
gêneros e textos programados para estudo.
Morfossintaxe (MS.EF07LP09.s.09) O foco desta habilidade é a identificação do papel
Identificar, em textos lidos ou dos advérbios e locuções adverbiais na ampliação
de produção própria, de sentidos do núcleo do predicado oracional.
advérbios e locuções Está, portanto, diretamente relacionada ao
adverbiais que ampliam o desenvolvimento de todas as demais habilidades
sentido do verbo núcleo da de análise com foco na sintaxe da oração e do
oração. período. Requer a observação da organização
sintática do texto e reflexões a respeito do papel
dela na construção da textualidade e na produção
de efeitos de sentido. Envolve, ainda, um
conhecimento prévio de classes de palavras e das
funções e categorias gramaticais associadas a
cada uma delas.
Recomenda-se que o desenvolvimento desta
habilidade não se constitua como um fim em si
mesmo, mas que contribua para uma
compreensão global, por parte do estudante, do
papel da sintaxe no funcionamento da língua. Isso
significa propor atividades que associem essas
análises à leitura e à produção de textos, com
foco nos efeitos de sentido que podem se
relacionar às estruturas sintáticas em estudo.
Atividades lúdicas, nas quais os estudantes
possam explorar livremente diferentes alternativas
de estruturação de um mesmo enunciado, podem
contribuir significativamente para a percepção e
compreensão da natureza e do funcionamento
dos mecanismos sintáticos em jogo. A progressão
pode apoiar-se no grau de complexidade dos
gêneros e textos programados para o estudo
(vale considerar, ainda, a articulação desta
habilidade com a MS.EF07LP08.s.08).
Morfossintaxe (MS.EF07LP10.s.10) Esta habilidade refere-se à mobilização de
Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais
conhecimentos linguísticos e específicos na produção de textos de qualquer
gramaticais: modos e tempos campo de atuação ou gênero. Requer discussões
verbais, concordância sobre variação linguística e práticas de leitura
nominal e verbal, pontuação e/ou produção de textos, especialmente em
etc. situações públicas e formais. Pressupõe, ainda,
domínio e/ou estudo conexo de tópicos de
análise linguística como os mencionados (está
estreitamente relacionada à habilidade
MS.EF69LP56.s.56).
Recomenda-se, ainda, que as atividades
propostas definam os conhecimentos a serem
abordados considerando os tópicos já previstos
para anos anteriores, e que evitem a perspectiva
do erro gramatical, em favor de uma abordagem
baseada na adequação do uso.
A progressão pode adotar como critérios os
tópicos a serem abordados a cada momento, o

260
LÍNGUA PORTUGUESA - 7º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
grau de complexidade dos gêneros e textos
previstos e o grau de autonomia do estudante.
Deve-se conhecer a estrutura textual da notícia
impressa, tendo em vista as características do
gênero — título ou manchete com verbo no
tempo presente, progressão dada pela ordem
decrescente de importância dos fatos, uso de 3ª
pessoa, de palavras que indicam precisão — e o
estabelecimento adequado de coesão, e produzir
notícia para TV, rádio e internet, considerando,
além das características do gênero, os recursos de
mídias disponíveis e o manejo de recursos de
captação e edição de áudio e imagem.
Devem-se promover discussões sobre variação
linguística e práticas de leitura e/ou produção de
textos, especialmente em situações públicas e
formais, pressupondo, ainda, o domínio e/ou
estudo conexo de tópicos de análise linguística e
de estudos sobre denotação e conotação.
Morfossintaxe (MS.EF07LP11.s.11) O foco desta habilidade (diretamente relacionada
Identificar, em textos lidos ou à apreensão da organização sintática do texto)
de produção própria, está na identificação e classificação de períodos
períodos compostos nos compostos por coordenações sindéticas (com
quais duas orações são conectivos) e assindéticas (conectadas por
conectadas por vírgula, ou vírgulas). Requer a análise e compreensão da
por conjunções que organização sintática do texto, reflexões a
expressem soma de sentido respeito e identificação de períodos compostos
(conjunção “e”) ou oposição por coordenação sindética e assindética, além de
de sentidos (conjunções apreender o princípio de sua organização interna
“mas”, “porém”). e as relações de sentido, o que implica perceber
seu papel na (re)construção dos sentidos do
texto. Envolve, ainda, um conhecimento prévio de
classes de palavras e funções e categorias
gramaticais associadas a cada uma delas.
Para a reflexão e a análise linguística/semiótica, é
necessário que o estudo dos tópicos gramaticais
envolvidos seja realizado em contextos de uso, e
não em atividades isoladas. Por essa razão,
sugere-se que esses conteúdos sejam propostos
sempre vinculados à leitura, à produção e à
revisão, com vistas à compreensão de seu papel
na (re)construção do texto e na produção de
efeitos de sentido determinados.
Recomenda-se: que o foco do trabalho seja a
resolução de problemas de compreensão e
manutenção da legibilidade do texto,
considerando as intenções de significação; que a
compreensão de cada aspecto anteceda a
sistematização; que a metalinguagem seja
empregada de modo que o estudante
compreenda o que se diz.
Ao longo do ano, a progressão pode apoiar-se no
foco da identificação da oração coordenada
(assindética/sindética aditiva/adversativa) e na
complexidade dos gêneros e textos programados
para o desenvolvimento da habilidade.

261
LÍNGUA PORTUGUESA - 7º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Semântica Coesão (MS.EF07LP12.s.12) Esta habilidade tem como foco o reconhecimento
Reconhecer recursos de de dois recursos básicos de coesão referencial: as
coesão referencial: substituições lexicais e as pronominais. Trata-se
substituições lexicais (de de uma habilidade essencial para a (re)construção
substantivos por sinônimos) do texto e para a conquista de níveis superiores
ou pronominais (uso de de proficiência em escrita, em qualquer campo de
pronomes anafóricos – atuação e em qualquer gênero. Implica atividades
pessoais, possessivos, diversificadas e sistemáticas de leitura e produção
demonstrativos). e pressupõe conhecimentos prévios sobre
substantivos e pronomes, assim como sobre as
categorias gramaticais a que essas classes de
palavras estão associadas.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver um problema de
compreensão/redação decorrente da presença
e/ou emprego de recursos de coesão referencial;
sistematizar o conhecimento discutido na etapa
anterior. Sugere-se que as atividades sejam
organizadas com base em práticas de leitura e
produção, focalizando as diferentes possibilidades
de referenciação no processo de coesão,
considerando a legibilidade do texto, as intenções
de significação e as possibilidades de
compreensão do interlocutor.
É importante observar, também, a substituição
lexical por hiperônimos, bastante comum, e a
ocorrência de elipse.
A progressão ao longo do ano pode apoiar-se no
tipo de recurso selecionado para estudo
(substituição sinonímica/ substituição
pronominal) e no grau de complexidade dos
gêneros e textos envolvidos nas práticas previstas.
Sugere-se, inicialmente, um trabalho colaborativo
(coletivo e em grupos/duplas), que progrida para
o autônomo.
Coesão (MS.EF07LP13.s.13) Esta habilidade tem como foco o estabelecimento
Estabelecer relações entre de relações entre partes do texto. Trata-se de
partes do texto, identificando uma habilidade essencial para a (re)construção do
substituições lexicais (de texto e para a conquista de níveis superiores de
substantivos por sinônimos) proficiência em escrita, em qualquer campo de
ou pronominais (uso de atuação e em qualquer gênero.
pronomes anafóricos – Seu desenvolvimento ocorrerá por meio de
pessoais, possessivos, atividades diversificadas e sistemáticas de leitura
demonstrativos), que e produção. Pressupõe conhecimentos prévios
contribuem para a sobre substantivos e pronomes, além de
continuidade do texto. categorias gramaticais a que essas classes de
palavras estão associadas (relaciona-se com a
habilidade MS.EF07LP12.s.12).
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver um problema de
compreensão/redação decorrente da presença
e/ou emprego de recursos de substituições
lexicais; sistematizar o conhecimento discutido na
etapa anterior. Sugere-se que as atividades sejam
organizadas com base em práticas de leitura e
produção, focalizando as diferentes possibilidades
de referenciação no processo de coesão e

262
LÍNGUA PORTUGUESA - 7º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
considerando a legibilidade do texto, as intenções
de significação e as possibilidades de
compreensão do interlocutor.
A progressão ao longo do ano pode apoiar-se no
tipo de recurso selecionado para estudo
(substituição sinonímica/ substituição
pronominal) e no grau de complexidade dos
gêneros e textos envolvidos nas práticas previstas.
Sugere-se, inicialmente, um trabalho colaborativo
(coletivo e em grupos/duplas), que progrida para
o autônomo.
Modalização (MS.EF07LP14.s.14) O foco desta habilidade está na identificação de
Identificar, em textos, os estratégias argumentativas e de modalização, em
efeitos de sentido do uso de textos dos mais diversos gêneros, relacionados a
estratégias de modalização e qualquer campo de atuação. Trata-se de uma
argumentatividade. habilidade necessária à compreensão das atitudes
que o locutor/escritor pode assumir em relação
àquilo que diz (estratégias de modalização), como
parte de seu ponto de vista particular; dos
recursos utilizados para convencer ou persuadir o
ouvinte/leitor.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver problemas de compreensão
decorrentes da presença de estratégias de
modalização ou argumentação, também
relevantes para restabelecer a progressão
temática; sistematizar o conhecimento discutido
na etapa anterior.
Recomenda-se que se façam propostas de leitura
e/ou produção em que as estratégias de
modalização e/ou de argumentação sejam
necessárias à eficácia do texto. Convém, portanto,
que a metalinguagem só seja empregada depois
de compreendidos o texto e o aspecto em foco.
A progressão pode apoiar-se no tipo de
estratégia visada (modalização/argumentação) e
no grau de complexidade dos gêneros e textos
selecionados para o estudo. Sugere-se,
inicialmente, um trabalho colaborativo (coletivo e
em grupos/duplas), que progrida para o
autônomo.

263
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Leitura Reconstrução do (MS.EF89LP01.s.01) Esta habilidade demanda realizar abordagens do


contexto de Analisar os interesses que jornalismo em diferentes mídias, apontando para
produção, circulação movem o campo jornalístico, a relação entre o campo jornalístico e o
e recepção de textos os efeitos das novas publicitário. Analisar os aspectos referidos na
Caracterização do tecnologias no campo e as habilidade envolve reflexões sobre: a rapidez e a
campo jornalístico e condições que fazem da instantaneidade das informações e suas
relação entre os informação uma mercadoria, consequências (dentre elas, o risco de um
gêneros em de forma a poder desenvolver tratamento superficial do fato ou assunto); a
circulação, mídias e uma atitude crítica frente aos criação de canais de notícias independentes; a
práticas da cultura textos jornalísticos. abertura para uma participação mais ativa dos
digital leitores, possíveis produtores de conteúdo (com
envio de fotos, vídeos e textos verbais); o
fenômeno das fake news e propagandas
ostensivas. Destaca-se, aqui, a oportunidade para
o trabalho interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF09LI06.s.06), da Língua Inglesa, no que se
refere à distinção e análise da qualidade das
informações em textos jornalísticos.
Reconstrução do (MS.EF89LP02.s.02) Esta habilidade objetiva oportunizar situações de
contexto de Analisar diferentes práticas aprendizagens que favoreçam o protagonismo
produção, circulação (curtir, compartilhar, discursivo potencializado pela chamada web 2.0,
e recepção de textos comentar, curar etc.) e textos promovendo a participação dos sujeitos como
Caracterização do pertencentes a diferentes leitores e produtores de textos. Supõe-se o
campo jornalístico e gêneros da cultura digital desenvolvimento da capacidade de reconhecer as
relação entre os (meme, gif, comentário, intencionalidades do outro (por meio da análise
gêneros em charge digital etc.) envolvidos dos recursos usados na produção dos sentidos do
circulação, mídias e no trato com a informação e que o outro disse) e de se posicionar crítica e
práticas da cultura opinião, de forma a eticamente em relação ao que lê, compartilha,
digital possibilitar uma presença curte ou opina. Faz-se relevante favorecer
mais crítica e ética nas redes. discussões sobre as consequências do
desrespeito, ou da veiculação do preconceito e
do ódio, investindo na preparação dos estudantes
para uma curadoria de textos, além da
averiguação da fidedignidade das informações e
da pesquisa de diferentes perspectivas sobre uma
questão, de forma a construírem uma visão mais
ampla e complexa sobre ela e comentarem com
mais propriedade, recusando os discursos
inflamados, unilaterais e antiéticos.
Destaca-se, aqui, a oportunidade para o trabalho
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF09LI13.s.14), da Língua Inglesa, no que se
refere ao reconhecimento e análise de diferentes
práticas e textos pertencentes a diferentes
gêneros da cultura digital.
Estratégia de leitura: (MS.EF89LP03.s.03) Esta habilidade visa reconhecer como construir
apreender os Analisar textos de opinião opinião e argumentação, com recursos das
sentidos globais do (artigos de opinião, editoriais, diferentes linguagens que constituem os gêneros
texto cartas de leitores, referidos na habilidade, a fim de buscar
Apreciação e réplica comentários, posts de blog e informações para aprofundar o conhecimento
de redes sociais, charges, sobre o assunto/fato que é objeto de crítica e
memes, gifs etc.) e selecionar argumentos relevantes, que
posicionar-se de forma crítica fundamentem seu posicionamento, pautados no
e fundamentada, ética e respeito ao outro.
respeitosa frente a fatos e Faz-se importante propor atividades de leitura
mais complexas, visto que é esperado do leitor se

264
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
opiniões relacionados a esses posicionar de forma fundamentada e ética em
textos. relação ao que lê, bem como investir em
modalidades didáticas que favoreçam a pesquisa
e o aprofundamento sobre os assuntos/fatos em
evidência. Uma atividade para esta habilidade
pode ser a roda de leitura de textos jornalísticos,
na qual os estudantes compartilham leituras feitas
e exercitam a argumentação junto aos seus pares
— o que também possibilita o exercício de
respeito à palavra do outro.
Estratégia de leitura: (MS.EF89LP04.s.04) Esta habilidade diz respeito a posicionar-se, de
apreender os Identificar e avaliar forma sustentada, frente às situações de leitura e
sentidos globais do teses/opiniões/posicionament às de produção de textos, na medida em que
texto os explícitos e implícitos, identifica e avalia teses, opiniões,
Apreciação e réplica argumentos e contra- posicionamentos, argumentos e contra-
argumentos em textos argumentos essenciais a posicionamentos críticos,
argumentativos do campo que se expressam em textos orais e escritos. Nos
(carta de leitor, comentário, 8º e 9º anos, espera-se que, ao se posicionarem,
artigo de opinião, resenha os estudantes possam apresentar argumentos
crítica etc.), posicionando-se que justifiquem o posicionamento assumido com
frente à questão controversa relação aos textos argumentativos analisados.
de forma sustentada. Deve-se prever uma progressão tanto na seleção
dos gêneros argumentativos propostos, como na
complexidade dos textos dos variados gêneros. É
importante que os estudantes tenham acesso a
exemplares dos gêneros que tratem de questões
controversas ou de objetos culturais (no caso da
resenha crítica e do comentário, especialmente)
com os quais tenham familiaridade e possam
mobilizar conhecimentos prévios para apoiá-los,
tanto na avaliação de posições e argumentos nos
textos de terceiros quanto na manifestação de
discordância.
Efeitos de sentido (MS.EF89LP05.s.05) Esta habilidade diz respeito a analisar, em textos
Analisar o efeito de sentido jornalísticos, como os autores incorporam, em
produzido pelo uso, em seus textos, os discursos de outros, e possibilita
textos, de recurso a formas de compreender, por exemplo, a relevância que
apropriação textual essas vozes assumem no discurso do jornalista e
(paráfrases, citações, discurso como são usadas para dar ênfase ao recorte ou
direto, indireto ou indireto enfoque escolhido, sinalizando a não neutralidade
livre). de textos supostamente objetivos, como as
notícias.
O desenvolvimento desta habilidade possibilita ao
leitor tecer apreciações sobre a abordagem dos
textos jornalísticos. Diante de uma reportagem,
por exemplo, perceber um predomínio de
citações ou de discurso direto para trazer ao texto
diferentes vozes que apresentam uma mesma
ideia, versão ou um mesmo posicionamento
sobre o fato ou assunto, em oposição a outras
vozes discordantes a essa ideia, versão ou
posicionamento que são apenas parafraseadas
pelo jornalista, pode sinalizar uma tendência do
autor a enfatizar as vozes dos primeiros.

265
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Efeitos de sentido (MS.EF89LP06.s.06) Esta habilidade envolve as seguintes operações:
Analisar o uso de recursos observar, reconhecer e compreender o modo
persuasivos em textos como os recursos linguísticos ou de outras
argumentativos diversos linguagens são usados na construção de
(como a elaboração do título, discursos persuasivos em textos argumentativos.
escolhas lexicais, construções Faz-se relevante considerar que analisar um
metafóricas, a explicitação ou argumento de autoridade usado para sustentar
a ocultação de fontes de uma opinião, por exemplo, é ir além da
informação) e seus efeitos de identificação desse tipo de argumento no texto.
sentido. Analisar implica uma avaliação (portanto,
um exercício de crítica) da sua pertinência,
considerando o contexto de uso, por exemplo. A
progressão no desenvolvimento desta habilidade
pode ser marcada pelo grau de complexidade da
seleção dos textos argumentativos e pela
variedade dos gêneros propostos, dentre eles,
comentários, crônicas, artigos de opinião,
charges, propagandas etc.
Efeitos de sentido (MS.EF89LP07.s.07) Deve-se, nesta habilidade, observar como os
Exploração da Analisar, em notícias, recursos das diferentes linguagens se articulam
multissemiose reportagens e peças para produzir sentidos. Por exemplo, entender,
publicitárias em várias mídias, em uma peça publicitária para televisão, como
os efeitos de sentido devidos imagem em movimento, cenário, luzes, fundo
ao tratamento e à musical e texto verbal se articulam para produzir
composição dos elementos efeitos de prazer ou de tensão, dependendo
nas imagens em movimento, daquilo que se quer expressar; ou como, em uma
à performance, à montagem reportagem, ou notícia radiofônica, a entonação,
feita (ritmo, duração e as pausas, os efeitos sonoros etc. ajudam a
sincronização entre as produzir este ou aquele efeito.
linguagens – Tendo em vista que esta habilidade é proposta
complementaridades, para os dois últimos anos desse segmento de
interferências etc.) e ao ritmo, ensino, é possível prever uma progressão,
melodia, instrumentos e elegendo as notícias e reportagens multimídias
sampleamentos das músicas para o 8º ano e as peças publicitárias multimídias
e efeitos sonoros. para o 9º; ou propor trabalho com esses gêneros
nos dois anos, com a utilização de textos mais
complexos no último ano.
Produção de Estratégia de (MS.EF89LP08.s.08) Esta habilidade trata do processo implicado na
textos produção: Planejar reportagem impressa prática de produzir textos: definir/considerar as
planejamento de e em outras mídias (rádio ou condições em que o texto será produzido;
textos informativos TV/vídeo, sites), tendo em planejar (seleção de fato/assunto, escolha do
vista as condições de gênero, curadoria de informação, elaboração de
produção do texto – objetivo, esquema do texto a ser produzido parte a parte);
leitores/espectadores, produzir (elaboração do texto, recorrendo aos
veículos e mídia de circulação recursos das diferentes linguagens); e,
etc. – a partir da escolha do implicitamente, revisar (avaliar a adequação do
fato a ser aprofundado ou do texto, considerando o contexto em que vai
tema a ser focado (de circular, e realizar ajustes necessários, aplicando
relevância para a turma, os conhecimentos construídos sobre os recursos
escola ou comunidade), do linguísticos e semióticos).
levantamento de dados e O planejamento e a produção de uma
informações sobre o fato ou reportagem podem ser considerados uma
tema – que pode envolver progressão no trabalho com textos jornalísticos,
entrevistas com envolvidos quanto: aos esforços de pesquisa sobre o
ou com especialistas, fato/assunto e à elaboração do texto, envolvendo,
consultas a fontes diversas, por exemplo, a consulta de maior número de
análise de documentos, fontes e a articulação de diferentes vozes; ao uso
cobertura de eventos etc. -, de recursos de outras linguagens na produção de
do registro dessas sentidos. Planejar para uma ou outra mídia, em

266
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
informações e dados, da um ou outro gênero, também implica o uso de
escolha de fotos ou imagens outros gêneros secundários diferenciados, como a
a produzir ou a utilizar etc., produção de roteiros e entrevistas. Em uma
da produção de infográficos, reportagem, o texto mais longo e o tratamento
quando for o caso, e da mais aprofundado do tema envolvem mais
organização hipertextual (no articulações entre texto verbal e não verbal
caso a publicação em sites ou (efeitos sonoros, perspectiva da câmera, cortes de
blogs noticiosos ou mesmo imagens etc.). Sugere-se, ainda, considerar o nível
de jornais impressos, por de autonomia do estudante, propondo na
meio de boxes variados). progressão trabalhos em colaboração que
avancem para aqueles mais autônomos.
Estratégia de (MS.EF89LP09.s.09) Esta habilidade trata do processo implicado na
produção: Produzir reportagem prática de produzir textos: definir/considerar o
textualização de impressa, com título, linha contexto em que o texto será produzido e
textos informativos fina (optativa), organização circulará; planejar (seleção de fato/assunto,
composicional (expositiva, escolha do gênero, curadoria de informação,
interpretativa e/ou opinativa), elaboração de esquema do texto a ser produzido
progressão temática e uso de parte a parte); produzir (elaboração do texto,
recursos linguísticos recorrendo aos recursos das diferentes a
compatíveis com as escolhas linguagens); e, implicitamente, revisar (avaliar a
feitas e reportagens adequação do texto, considerando o contexto em
multimidiáticas, tendo em que irá circular, e realizar ajustes necessários,
vista as condições de aplicando os conhecimentos construídos sobre os
produção, as características recursos linguísticos e semióticos).
do gênero, os recursos e A produção de uma reportagem pode ser
mídias disponíveis, sua considerada uma progressão no trabalho com a
organização hipertextual e o produção de textos jornalísticos, no gênero
manejo adequado de notícia, por exemplo, quanto: aos esforços de
recursos de captação e edição pesquisa sobre o fato/assunto e à elaboração do
de áudio e imagem e texto, envolvendo, por exemplo, a consulta de
adequação à norma-padrão. maior número de fontes e a articulação de
diferentes vozes; ao uso de recursos de outras
linguagens na produção de sentidos.
Planejar para uma ou outra mídia, em um ou
outro gênero, também implica o uso de gêneros
secundários (mais elaborados) diferenciados,
como a produção de roteiros e entrevistas. Em
uma reportagem, o texto mais longo e o
tratamento mais aprofundado do tema envolvem
mais articulações entre texto verbal e não verbal
(efeitos sonoros, perspectiva da câmera, cortes de
imagens etc.). Sugere-se, ainda, considerar o nível
de autonomia do estudante, propondo trabalhos
em colaboração que avancem para aqueles mais
autônomos.
Do ponto de vista didático, é indicado um estudo
das principais características dos gêneros
selecionados e a realização das diferentes
operações de produção de textos, quais sejam:
contextualização — definição da situação
comunicativa em que o texto será produzido
(quem serão os leitores, onde circulará, com que
finalidade, em qual gênero); planejamento - que
envolve a elaboração do conteúdo temático (o
que será dito) e a organização do texto parte a
parte; elaboração do texto — o processo da
construção do texto (textualização); revisão
processual (durante a produção) e final. Essas
operações podem, inicialmente, ser realizadas em

267
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
situações coletivas e em grupos, com mais apoio
do professor e, de modo gradual, envolver graus
crescentes de autonomia do estudante.
Estratégia de (MS.EF89LP10.s.10) Esta habilidade contempla uma das operações do
produção: Planejar artigos de opinião, processo de produção de textos: o planejamento,
planejamento de tendo em vista as condições que deve ser realizado considerando o contexto
textos de produção do texto – de produção (interlocutores, intencionalidades
argumentativos e objetivo, etc.). Como se trata de gênero que, nesse campo,
apreciativos leitores/espectadores, exige posicionamento crítico e opinativo, o
veículos e mídia de circulação planejamento envolve a preparação de
etc. –, a partir da escolha do argumentos, a escolha do movimento
tema ou questão a ser argumentativo e outras habilidades próprias de
discutido(a), da relevância gêneros argumentativos, além de consulta a
para a turma, escola ou outras fontes/gêneros para construção do
comunidade, do repertório temático. Orienta-se que se tenha
levantamento de dados e especial atenção à escolha e relevância dos temas
informações sobre a questão, a serem planejados e produzidos e ao estudo das
de argumentos relacionados marcas linguísticas do artigo de opinião.
a diferentes posicionamentos É importante considerar que a seleção do artigo
em jogo, da definição – o que de opinião para esses dois anos finais significa
pode envolver consultas a uma progressão no trabalho com os gêneros
fontes diversas, entrevistas argumentativos desse campo.
com especialistas, análise de Planejar e produzir um artigo de opinião
textos, organização demandam apreciações de caráter político sobre
esquemática das informações os fatos/assuntos tratados. Em qualquer dos
e argumentos – dos (tipos de) casos, a apreciação envolve assumir uma postura
argumentos e estratégias que argumentativa ética.
pretende utilizar para O planejamento de gêneros argumentativos,
convencer os leitores. como o artigo de opinião, implica, ainda,
mobilizar com maior intensidade habilidades que
devolvam o pensamento crítico, visto que se
propõe a dar uma resposta a uma questão
polêmica que vai exigir do autor interpretar
informações selecionadas, avaliar o raciocínio e
explicar evidências.
Estratégias de (MS.EF89LP11.s.11) Esta habilidade refere-se à produção de textos
produção: Produzir, revisar e editar como um processo que envolve etapas diferentes
planejamento, peças e campanhas e mobiliza variadas habilidades, como as relativas
textualização, revisão publicitárias, envolvendo o à curadoria de informação e à produção de
e edição de textos uso articulado e roteiros e enquetes para pesquisa, considerando
publicitários complementar de diferentes o contexto de produção definido e a
peças publicitárias: cartaz, esquematização (o esboço) do texto, parte a
banner, indoor, folheto, parte; as voltadas à aplicação dos recursos
panfleto, anúncio de linguísticos e semióticos, na elaboração e revisão
jornal/revista, para internet, dos gêneros publicitários e suas diferentes peças.
spot, propaganda de rádio, Recomenda-se discutir a relação entre as esferas
TV, a partir da escolha da publicitária e jornalística, conforme sinalizado nas
questão/problema/causa orientações referentes à leitura. Ainda, articular as
significativa para a escola propostas com a exploração dos documentos
e/ou a comunidade escolar, reguladores (campo da vida pública) da
da definição do público-alvo, propaganda e publicidade, com vistas ao
das peças que serão desenvolvimento de uma postura ética em
produzidas, das estratégias relação à esfera publicitária. Do ponto de vista
de persuasão e didático, é indicado um estudo das principais
convencimento que serão características dos gêneros selecionados.
utilizadas.

268
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Oralidade Estratégias de (MS.EF89LP12.s.12) Esta habilidade consiste em promover a vivência
produção: Planejar coletivamente a de diferentes papéis em um debate regrado:
planejamento e realização de um debate debatedor, apresentador/mediador, espectador
participação em sobre tema previamente (com ou sem direito a perguntas), e/ou de
debates regrados definido, de interesse juiz/avaliador. Supõe um trabalho coletivo (para
coletivo, com regras definição de questões gerais), em grupo (para
acordadas e planejar, em definição de responsabilidades e planejamento da
grupo, participação em atuação) e individual, embora como parte de um
debate a partir do grupo/coletivo (na vivência do papel definido).
levantamento de informações Sugere-se que esta habilidade também seja
e argumentos que possam vinculada a projetos interdisciplinares. Dialoga
sustentar o posicionamento a com habilidades dos campos da vida pública e
ser defendido (o que pode práticas de estudo e pesquisa. Participar de um
envolver entrevistas com debate é ação complexa que mobiliza habilidades
especialistas, consultas a de curadoria de informação (na pesquisa para
fontes diversas, o registro das aprofundar o tema escolhido e para o preparo
informações e dados obtidos dos argumentos), de produção de textos
etc.), tendo em vista as argumentativos (mobilizando conhecimentos
condições de produção do sobre movimentos argumentativos e recursos
debate – perfil dos ouvintes e linguísticos para a construção das ideias que se
demais participantes, quer apresentar/defender), além de outras
objetivos do debate, habilidades próprias de situações orais que
motivações para sua implicam tomadas de notas enquanto o outro
realização, argumentos e fala, uso de recursos de entonação, ritmo e
estratégias de convencimento expressão facial e corporal.
mais eficazes etc. e participar
de debates regrados, na
condição de membro de uma
equipe de debatedor,
apresentador/mediador,
espectador (com ou sem
direito a perguntas), e/ou de
juiz/avaliador, como forma de
compreender o
funcionamento do debate, e
poder participar de forma
convincente, ética, respeitosa
e crítica e desenvolver uma
atitude de respeito e diálogo
para com as ideias
divergentes.
Estratégias de (MS.EF89LP13.s.13) Esta habilidade trata de tomar a entrevista tanto
produção: Planejar entrevistas orais com como texto autônomo quanto como um
planejamento, pessoas ligadas ao fato instrumento de coleta de informações para serem
realização e edição de noticiado, especialistas etc., incorporadas a notícias. Cabe, em qualquer das
entrevistas orais como forma de obter dados e situações, contemplar todo o processo implicado
informações sobre os fatos na produção de entrevistas: planejar (seleção de
cobertos sobre o tema ou assunto e de quem será entrevistado, curadoria
questão discutida ou de informação etc.), produzir (elaboração do
temáticas em estudo, levando texto, recorrendo aos recursos das diferentes
em conta o gênero e seu linguagens e aos aplicativos necessários, em caso
contexto de produção, de textos em áudio e vídeo); e, implicitamente,
partindo do levantamento de revisar (avaliar a adequação da entrevista ao meio
informações sobre o em que circulará, se autônoma, ou selecionar e
entrevistado e sobre a organizar os trechos relevantes para compor a
temática e da elaboração de notícia ou reportagem).
um roteiro de perguntas, Atentar-se que as entrevistas são propostas tanto
garantindo a relevância das como gêneros autônomos, em que o texto em si
informações mantidas e a é o diálogo entre entrevistador e entrevistado ,

269
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
continuidade temática, quanto como gêneros que se hibridizam, se
realizar entrevista e fazer misturam a notícias, reportagens e outros textos.
edição em áudio ou vídeo, É importante considerar esses diferentes
incluindo uma contextos e usos da entrevista no momento do
contextualização inicial e uma
planejamento. Por exemplo, se a entrevista for um
fala de encerramento para texto integral, após definidos a finalidade e o
publicação da entrevista recorte da entrevista e escolhido o entrevistado,
isoladamente ou como parte as perguntas devem garantir um diálogo
integrante de reportagem produtivo entre entrevistado e entrevistador. Se a
multimidiática, adequando-a entrevista a ser feita objetivar compor uma
a seu contexto de publicação reportagem midiática, dependendo do
e garantindo a relevância dasfato/assunto e do recorte, pode haver mais de um
informações mantidas e a entrevistado e pode ser necessário elaborar mais
continuidade temática. de um roteiro de perguntas.
Análise Argumentação: (MS.EF89LP14.s.14) Esta habilidade tem como foco a análise do
linguística/ movimentos Analisar, em textos funcionamento próprio de textos argumentativo-
semiótica argumentativos, tipos argumentativos e propositivos. Envolve reconhecer a posição do
de argumento e força propositivos, os movimentos autor sobre a questão controversa; os
argumentativa argumentativos de argumentos sustentados; a conexão entre as
sustentação, refutação e ideias, muitas vezes evidenciada por recursos
negociação e os tipos de linguísticos (É certo que/Por outro lado etc.); a
argumentos, avaliando a organização dos argumentos (hierarquização ou
força/tipo dos argumentos enumeração de motivos para sustentar uma
utilizados. posição, por exemplo).
Devem-se propor atividades com textos
argumentativos que apresentem os três
movimentos, para que os estudantes possam se
familiarizar com as marcas dessas construções
textuais, de modo a construir um bom repertório
no final do 9º ano. A progressão pode se dar pelo
aspecto da argumentação programado para
estudo, pela complexidade dos gêneros e textos
previstos ou, ainda, pelo grau de autonomia do
estudante.
Estilo (MS.EF89LP15.s.15) Nesta habilidade o foco está no domínio de
Utilizar, nos debates, operadores argumentativos em produções orais.
operadores argumentativos Envolve a compreensão do conteúdo temático e
que marcam a defesa de ideia da questão controversa em jogo no debate, assim
e de diálogo com a tese do como da posição a ser assumida. Além disso,
outro: concordo, discordo, supõe a compreensão da posição contrária à
concordo parcialmente, do defendida, de modo que seja possível colocar-se
meu ponto de vista, na no lugar do opositor e negociar com ele
perspectiva aqui assumida (exercício de alteridade).
etc. Sugere-se propor o estudo de debates gravados,
focalizando os aspectos indicados (operador
argumentativo e a relação com o posicionamento
dos interlocutores), assim como a participação
efetiva de debates, de modo a criar uma situação
de exercício da habilidade estudada, já que a
participação supõe réplicas e tréplicas às
manifestações dos diferentes debatedores.
Projetos envolvendo debates de questões
polêmicas de relevância social (os efeitos do uso
da tecnologia no mundo; consumo consciente;
comportamentos que podem garantir uma vida
sustentável ao planeta; o impacto do bullying na
vida das pessoas, por exemplo) podem criar um
espaço bastante propício ao desenvolvimento
desta habilidade. A progressão pode apoiar-se no

270
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
grau de complexidade das questões controversas
em debate, no foco a ser dado a cada atividade
(pesquisa sobre o tema/ planejamento/ execução)
e no nível de autonomia a ser atingido pelo
estudante em cada etapa.
Modalização (MS.EF89LP16.s.16) Nesta habilidade o foco está na modalização em
Analisar a modalização textos jornalísticos narrativos e argumentativos.
realizada em textos noticiosos Isso implica: o reconhecimento dos recursos
e argumentativos, por meio linguísticos empregados; a compreensão dos
das modalidades apreciativas, efeitos de sentido produzidos por meio desses
viabilizadas por classes e recursos, assim como de seu enquadramento
estruturas gramaticais como ideológico; a análise da coerência desses efeitos
adjetivos, locuções adjetivas, em relação às intenções pretendidas.
advérbios, locuções Sugere-se que o desenvolvimento da habilidade
adverbiais, orações adjetivas aconteça tanto por meio da leitura de estudo
e adverbiais, orações relativas quanto das atividades de revisão. Portanto, seu
restritivas e explicativas etc., desenvolvimento ocorrerá por meio de práticas
de maneira a perceber a de leitura e/ou produção de textos jornalísticos
apreciação ideológica sobre como os mencionados, e supõe o estudo prévio
os fatos noticiados ou as e/ou concomitante das estruturas gramaticais
posições implícitas ou indicadas. O foco é a análise dos efeitos de
assumidas. sentido produzidos pelos recursos empregados,
considerando a sua coerência com as intenções
presumidas do texto e com as especificidades dos
gêneros.
O estudo da modalização é fundamental para
uma compreensão crítica dos efeitos de
neutralidade produzidos pelo discurso
jornalístico. A progressão pode se dar pelo uso da
metalinguagem e pela complexidade dos textos.

CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

Leitura Reconstrução do (MS.EF89LP17.s.17) Esta habilidade tem como objeto conhecer as


contexto de Relacionar textos e histórias de luta de diferentes setores e grupos da
produção, circulação documentos legais e sociedade (representantes de minorias) que, ao
e recepção de textos normativos de importância longo dos anos, conseguiram normatizar os seus
legais e normativos universal, nacional ou local direitos essenciais, como o direito à vida, à
que envolvam direitos, em alimentação, à educação, à saúde e à moradia. É
especial, de crianças, essencial para ampliar a consciência sobre os
adolescentes e jovens – tais direitos humanos em vários âmbitos da vida em
como a Declaração dos sociedade e sobre o compromisso de uma
Direitos Humanos, a atuação no coletivo, em defesa do Estado de
Constituição Brasileira, o ECA direito.
-, e a regulamentação da Deve-se considerar que esta habilidade põe em
organização escolar – por jogo outras, especialmente as que se referem a
exemplo, regimento escolar -, identidades individuais e de grupos, bem como à
a seus contextos de necessidade de se colocar no lugar do outro,
produção, reconhecendo e experimentando e valorizando diferentes
analisando possíveis vivências culturais e, ao mesmo tempo, atuando
motivações, finalidades e sua em favor da desconstrução de desigualdades que
vinculação com experiências ferem direitos básicos, como o direito à vida.
humanas e fatos históricos e A progressão pode se estabelecer a partir de
sociais, como forma de questões do universo imediato do estudante,
ampliar a compreensão dos levando as discussões para o universo mais amplo
direitos e deveres, de e retornando para questões locais, vinculadas a
fomentar os princípios projetos interdisciplinares, uma vez que a
democráticos e uma atuação diversidade humana é objeto de estudo de
pautada pela ética da diferentes perspectivas. Destaca-se, aqui, a
responsabilidade (o outro oportunidade para o trabalho interdisciplinar com
271
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
tem direito a uma vida digna a habilidade (MS.EF09HI16.s.19), da História, no
tanto quanto eu tenho). que diz respeito a conhecer e identificar relações
entre textos legais sobre direitos humanos, as
normas de convivência dos locais de vivência do
estudante, processos de afirmação de direitos e
instituições voltadas à defesa desses direitos.
Contexto de (MS.EF89LP18.s.18) Esta habilidade diz respeito a conhecer as
produção, circulação Explorar e analisar instâncias características dos espaços de circulação de
e recepção de textos e canais de participação gêneros que impliquem solicitação e/ou
e práticas disponíveis na escola reclamação de direitos, participação na vida
relacionadas à defesa(conselho de escola, outros política da escola, comunidade, estado ou país, e
de direitos e à colegiados, grêmio livre), na textos que possibilitem essas ações, o que
participação social comunidade (associações, permite ao estudante organizar o seu discurso
coletivos, movimentos, etc.), (oral ou escrito) utilizando recursos adequados
no munícipio ou no país, aos interlocutores, com vistas a atingir seus
incluindo formas de objetivos. É uma habilidade fundamental para o
participação digital, como exercício da cidadania.
canais e plataformas de É recomendável que se criem condições para o
participação (como portal e- conhecimento dos espaços referidos, assim como
cidadania), serviços, portais e dos textos dos gêneros que neles circulam. Nesse
ferramentas de estudo, é de grande relevância o levantamento
acompanhamentos do das características e procedimentos
trabalho de políticos e de convencionados para a obtenção de informações
tramitação de leis, canais de sobre propostas em estudo, e a participação de
educação política, bem como debates e manifestação de opiniões.
de propostas e proposições A progressão pode se dar tanto pelo modo de
que circulam nesses canais, tratamento do conteúdo — por frequentação ou
de forma a participar do para aprofundamento — quanto pela
debate de ideias e propostas complexidade dos textos.
na esfera social e a engajar-se
com a busca de soluções para
problemas ou questões que
envolvam a vida da escola e
da comunidade.
Relação entre (MS.EF89LP19.s.19) Trata-se de habilidade de leitura para estudo das
contexto de produção Analisar, a partir do contexto especificidades dos textos normativos jurídicos e
e características de produção, a forma de reivindicatórios, visando à produção de textos
composicionais e organização das cartas dessa natureza, essenciais para a vida pública,
estilísticas dos abertas, abaixo-assinados e especialmente em situações de defesa ou de
gêneros petições on-line (identificação debates sobre direitos do cidadão. Supõe-se o
Apreciação e réplica dos signatários, explicitação estudo desses gêneros no que diz respeito ao
da reivindicação feita, conteúdo, como pode se organizar e ser
acompanhada ou não de uma construído com os recursos linguísticos
breve apresentação da adequados, tendo em vista os objetivos
problemática e/ou de pretendidos.
justificativas que visam É recomendável que o desenvolvimento de leitura
sustentar a reivindicação) e a e a produção de textos dessa natureza tenham
proposição, discussão e como contexto inicial as produções e questões
aprovação de propostas locais. Sugere-se a definição de uma progressão
políticas ou de soluções para para o trabalho com os textos reivindicatórios
problemas de interesse apresentados na descrição da habilidade. Cabe
público, apresentadas ou enfatizar, ainda, que a natureza dos textos
lidas nos canais digitais de reivindicatórios mobilizará habilidades propostas
participação, identificando no campo jornalístico/midiático, visto que esses
suas marcas linguísticas, textos supõem o uso da argumentação.
como forma de possibilitar a
escrita ou subscrição
consciente de abaixo-
assinados e textos dessa

272
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
natureza e poder se
posicionar de forma crítica e
fundamentada frente às
propostas
Estratégias e (MS.EF89LP20.s.20) Esta habilidade implica mobilizar capacidades de
procedimentos de Comparar propostas políticas leitura, tais como localização de informação,
leitura em textos e de solução de problemas, inferências e generalizações, bem como
reivindicatórios ou identificando o que se apreciações valorativas fundamentadas sobre as
propositivos pretende fazer/implementar, propostas políticas e soluções de problemas que
por que (motivações, resultem em tomadas de decisão. As habilidades
justificativas), para que relativas à curadoria de informações também se
(objetivos, benefícios e articulam a esta habilidade.
consequências esperados), Pode-se desenvolver esta habilidade partindo da
como (ações e passos), análise de propostas políticas e solução de
quando etc. e a forma de problemas do contexto local, para depois
avaliar a eficácia da compará-los a outros, o que torna a abordagem
proposta/solução, dos textos indicados mais significativa para os
contrastando dados e estudantes, uma vez que possibilitará uma
informações de diferentes avaliação da eficácia das propostas e soluções
fontes, identificando para o seu entorno. Para um trabalho mais
coincidências, significativo, é necessário enfatizar a importância
complementaridades e de articular essas leituras em contextos de
contradições, de forma a projetos que envolvam as diferentes áreas.
poder compreender e
posicionar-se criticamente
sobre os dados e informações
usados em fundamentação
de propostas e analisar a
coerência entre os elementos,
de forma a tomar decisões
fundamentadas.
Produção de Estratégia de (MS.EF89LP21.s.21) Esta habilidade refere-se à investigação de
textos produção: Realizar enquetes e pesquisas problemas e questões que levarão à produção de
planejamento de de opinião, de forma a gêneros reivindicatórios ou propositivos. A
textos reivindicatórios levantar prioridades, progressão está: nos procedimentos envolvidos
ou propositivos problemas a resolver ou na investigação e na ampliação de alcance do
propostas que possam público; na geração de dados e na função deles
contribuir para melhoria da para a produção de gêneros mais ou menos
escola ou da comunidade, complexos. Supõe a leitura analítica de textos
caracterizar normativos e legais.
demanda/necessidade, É possível propor uma progressão para os dois
documentando-a de anos indicados, em relação ao gênero a ser
diferentes maneiras por meio selecionado.
de diferentes procedimentos, Há articulação entre habilidades deste campo e
gêneros e mídias e, quando do campo de práticas de estudo e pesquisa,
for o caso, selecionar quando as práticas desse último campo
informações e dados mobilizam habilidades que envolvem tomadas de
relevantes de fontes notas, sínteses de leituras, elaboração de
pertinentes diversas (sites, entrevistas, enquetes etc.
impressos, vídeos etc.),
avaliando a qualidade e a
utilidade dessas fontes, que
possam servir de
contextualização e
fundamentação de propostas,
de forma a justificar a
proposição de propostas,
projetos culturais e ações de
intervenção.

273
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Oralidade Escuta (MS.EF89LP22.s.22) Para o desenvolvimento desta habilidade, sugere-
Apreender o sentido Compreender e comparar as se um trabalho integrado à habilidade
geral dos textos diferentes posições e (MS.EF89LP23.s.23), seguindo a mesma
Apreciação e réplica interesses em jogo em uma orientação.
Produção/Proposta discussão ou apresentação de
propostas, avaliando a
validade e força dos
argumentos e as
consequências do que está
sendo proposto e, quando for
o caso, formular e negociar
propostas de diferentes
naturezas relativas a
interesses coletivos
envolvendo a escola ou
comunidade escolar.
Análise Movimentos (MS.EF89LP23.s.23) Esta habilidade implica reconhecer, inicialmente, a
linguística/ argumentativos e Analisar, em textos especificidade dos movimentos argumentativos,
semiótica força dos argumentos argumentativos, indicando: que a sustentação de uma posição
reivindicatórios e supõe a apresentação de argumentos que
propositivos, os movimentos fundamentem a posição defendida; que a
argumentativos utilizados refutação implica a desqualificação da posição
(sustentação, refutação e oposta à defendida no texto; que a negociação
negociação), avaliando a requer a criação de um efeito de que o
força dos argumentos argumentador reconhece o valor de algum
utilizados. aspecto da posição contrária, validando-o, de
modo a quebrar um pouco a resistência do
oponente, aproximando-o da sua posição.
Para isso, é preciso identificar a posição do autor
sobre a questão em pauta; os argumentos e
contra-argumentos apresentados; os recursos
linguísticos usados para introduzir os diferentes
movimentos argumentativos (É certo que/Por
outro lado etc.). Finalmente, avaliar a força dos
argumentos empregados no texto implica
conhecer o tema e realizar reflexões não
superficiais sobre ele.
Deve-se considerar que esta habilidade relaciona-
se, também, além do campo da vida pública, ao
jornalístico/midiático. O que a diferencia, quando
associada ao campo da vida pública, é a
especificidade dos gêneros reivindicatórios, como
as cartas de solicitação e reclamação, as cartas
abertas, o abaixo-assinado.
A avaliação da força dos argumentos requer um
trabalho permanente de alimentação temática e
reflexões da turma sobre temas atuais e
controversos. A progressão pode se dar pela
complexidade do texto e do gênero; pelo tipo de
tratamento didático — por frequentação (aos
gêneros/textos) ou para aprofundamento; pelo
grau de autonomia do estudante (em colaboração
coletiva — em grupos, em duplas — ou de modo
autônomo).

274
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Leitura Curadoria de (MS.EF89LP24.s.24) Esta habilidade refere-se à curadoria de
informação Realizar pesquisa, informação, com vistas à ampliação e qualificação
estabelecendo o recorte das da participação dos jovens nas diferentes esferas
questões, usando fontes da vida pública. Por exemplo, para saber sobre
abertas e confiáveis. seus direitos em alguma dimensão da vida
pública, o estudante terá que buscar textos legais
ou que circularam na mídia (reportagens, notícias,
artigos de opinião etc.), nos quais possa
fundamentar uma reivindicação ou reclamação.
Faz-se necessário considerar que esta habilidade
se articula com habilidades definidas para o
campo de práticas de estudo e pesquisa, no que
diz respeito ao cuidado com a curadoria de
informação.
Nesse sentido, procedimentos, como grifar, fazer
anotações, bem como produções de textos que
apoiem a compreensão, como resumos,
esquemas etc., serão importantes no processo de
compreensão desses textos. Cuidados com a
verificação da fidedignidade das fontes também
precisam estar no foco. Além dos aspectos
procedimentais envolvidos, o estudante também
terá que mobilizar todos os conhecimentos
construídos sobre os usos dos recursos
linguísticos e seus efeitos de sentido, para avaliar
o que selecionar em sua pesquisa.
Produção de Estratégias de escrita: (MS.EF89LP25.s.25) Esta habilidade refere-se à apropriação de
textos textualização, revisão Divulgar o resultado de diferentes modos de divulgar pesquisas
e edição pesquisas por meio de realizadas. Supõe o estudo das especificidades
apresentações orais, verbetes dos gêneros e da adequação de um ou outro ao
de enciclopédias contexto de produção, com destaque para a
colaborativas, reportagens de natureza dos resultados, as intencionalidades e o
divulgação científica, vlogs público provável. Envolve as operações de
científicos, vídeos de planejamento, produção e revisão do texto no
diferentes tipos etc. gênero escolhido para divulgar os resultados.
Uma vez que se recomenda a proposição de
pesquisa envolvendo as diferentes áreas no
interior de projetos integradores, a divulgação de
resultados pode culminar em feiras de ciências ou
em eventos de fechamento do ano, possibilitando
a produção de diferentes formas de divulgação
que envolva toda a comunidade escolar. Por
exemplo, pode-se prever a criação de site ou blog
em que se concentrem produções dos dois anos
que podem variar no gênero, visto que esses
espaços suportam várias mídias.
Estratégias de escrita: (MS.EF89LP26.s.26) Esta habilidade refere-se aos procedimentos de
textualização, revisão Produzir resenhas, a partir das planejamento e à elaboração de resenhas
e edição notas e/ou esquemas feitos, resultantes de variadas leituras de estudo, com
com o manejo adequado das cuidado para o tratamento dos dados e das
vozes envolvidas (do informações coletadas durante a curadoria da
resenhador, do autor da obra informação. Envolve aprender a usar as vozes dos
e, se for o caso, também dos estudantes e das fontes consultadas na
autores citados na obra construção dos sentidos que se pretende. Por
resenhada), por meio do uso exemplo, se a intenção é reforçar uma
de paráfrases, marcas do determinada ideia ou posição, predominarão no
discurso reportado e citações. texto vozes que reforcem essa ideia ou posição.
Faz-se necessário considerar que os gêneros
sugeridos na descrição da habilidade são gêneros

275
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
de apoio à compreensão de textos. Comumente,
são meios para se chegar a uma outra produção
ou para o estudo de apropriação de conceitos
que serão aplicados em outros contextos.
Recomenda-se que o trabalho com atividades
que favorecem a apropriação desta habilidade e
dos gêneros nela implicados seja realizado em
todos os componentes curriculares. Do ponto de
vista didático, é indicado um estudo das
principais características dos gêneros
selecionados.
Oralidade Conversação (MS.EF89LP27.s.27) Esta habilidade é solicitada em situações orais
espontânea Tecer considerações e diversas, em contextos mais ou menos formais,
formular problematizações nos quais se espera uma participação mais ativa
pertinentes, em momentos da audiência. Supõe uma participação qualificada,
oportunos, em situações de apoiada em informações ouvidas ou coletadas e
aulas, apresentação oral, analisadas.
seminário etc. A expressão corporal, o contato visual com o
interlocutor, a entonação, além do respeito ao
turno do outro e da postura ética, devem ser foco
da aprendizagem nessas participações.
Faz-se importante considerar que a participação
mais qualificada, como audiência (parte do
público a que se dirige um apresentador ou
debatedor), implica a capacidade de identificar as
informações mais relevantes, fazer inferências
sobre o que é dito e relacioná-las a outras
informações para, a partir disso, elaborar
perguntas sobre possíveis dúvidas ou se
posicionar e argumentar em relação ao que foi
dito. As anotações resultantes das tomadas de
notas podem servir de apoio nessas situações.
Sugere-se que essa participação qualificada seja
solicitada frequentemente, conforme a
possibilidade, e proponham-se momentos de
avaliação da turma no sentido de aprimoramento.
Procedimentos de (MS.EF89LP28.s.28) Esta habilidade supõe o trabalho com a tomada
apoio à compreensão Tomar nota de videoaulas, de notas para diferentes fins: para alimentar
Tomada de nota aulas digitais, apresentações outras produções escritas com a finalidade de
multimídias, vídeos de documentar processos e resultados do que foi
divulgação científica, apreendido a partir do conteúdo assistido; para
documentários e afins, registro pessoal, visando à reflexão sobre o
identificando, em função dos registrado; como apoio à fala durante a
objetivos, informações participação em situações orais, como discussões,
principais para apoio ao debates, seminários.
estudo e realizando, quando Faz-se válido levar em consideração que a
necessário, uma síntese final tomada de notas como registro é considerada um
que destaque e reorganize os gênero de apoio à compreensão do ouvido,
pontos ou conceitos centrais assistido. Como procedimento, está vinculada a
e suas relações e que, em diferentes situações, em qualquer campo de
alguns casos, seja atuação. É comum em práticas, como debate,
acompanhada de reflexões palestras, reuniões, aulas e suas variantes em
pessoais, que podem conter outras mídias.
dúvidas, questionamentos, Supõe a capacidade de identificar informações
considerações etc. relevantes e sintetizá-las em notas, de modo
coerente, garantindo a possibilidade de retomada
das ideias pelo seu autor. Pode ser proposta uma
progressão que indique a variação dos objetivos

276
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
da tomada de notas e a situação em que ela é
solicitada.
Análise Textualização (MS.EF89LP29.s.29) Esta habilidade refere-se ao campo de atuação na
linguística/ Progressão temática Utilizar e perceber vida pública e, mais especificamente, aos textos
semiótica mecanismos de progressão de divulgação do conhecimento. Remete aos
temática, tais como estudos de como acontece, em tais textos, a
retomadas anafóricas (“que, progressão do tema, considerando elementos
cujo, onde”, pronomes do específicos de coesão, seja referencial, seja
caso reto e oblíquos, sequencial ou, ainda, o uso de organizadores
pronomes demonstrativos, textuais (os conectivos empregados no interior de
nomes correferentes etc.), e entre frases), por meio de leitura e produção de
catáforas (remetendo para textos, nos quais seja possível perceber os
adiante ao invés de retomar o mecanismos em questão e refletir a seu respeito.
já dito), uso de organizadores O desenvolvimento da habilidade pode ser
textuais, de coesivos etc., e contextualizado em projetos de produção de
analisar os mecanismos de revistas (impressas ou digitais) de divulgação de
reformulação e paráfrase conhecimentos, blogs e/ou vlogs e murais
utilizados nos textos de temáticos, relacionados a trabalhos
divulgação do conhecimento. interdisciplinares.
Recomenda-se que o estudo dos aspectos
referidos seja programado por meio de atividades
de leitura e/ou produção de textos que
considerem os efeitos de sentido por eles
produzidos e a relação que estabelecem entre os
trechos do enunciado; que a sistematização dos
conhecimentos e a metalinguagem
correspondente (terminologia gramatical)
somente sejam realizadas/empregadas após os
aspectos em foco serem compreendidos.
A progressão pode tomar como critérios os
mecanismos de progressão temática a serem
estudados a cada momento; a sequenciação entre
leitura compreensiva prévia do texto e a análise
de alguns desses mecanismos; o grau de
complexidade do gênero ou texto a ser analisado;
o nível de autonomia a ser conquistado pelo
estudante a cada etapa.
Textualização (MS.EF89LP30.s.30) Esta habilidade supõe que a análise empreendida
Analisar a estrutura de na leitura de hipertextos em ambiente digital
hipertexto e hiperlinks em pode favorecer a produção deles. Consiste em
textos de divulgação científica compreender que os links em textos de
que circulam na Web e divulgação científica, em ambiente digital, levam a
proceder à remissão a outros conteúdos que mantêm uma relação direta
conceitos e relações por meio no hipertexto de origem, seja de
de links. complementariedade, seja de aprofundamento.
Requer a observação, a reflexão e a análise de
hipertextos.
Nesta habilidade é recomendável a colaboração
entre todas as áreas, com vistas a contemplar
textos de divulgação científica de todas elas, de
modo que, de um lado, o professor de Língua
Portuguesa possa colaborar com os demais, no
sentido de orientar, por exemplo, o ensino de
procedimentos de leitura e de produção desses
textos, e, de outro, os demais professores possam
colaborar com o de Língua Portuguesa,
orientando-o quanto aos recursos das linguagens
específicas (cartografia, gráficos/infográficos,

277
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
simulações, por exemplo) usados na construção
de sentidos dos textos.
A progressão pode combinar diferentes critérios:
a ênfase sobre a leitura de estudo preliminar
desses textos em ambientes digitais ou sobre a
análise do hipertexto e seus links; o grau de
complexidade dos gêneros e textos selecionados
para estudo; o nível de autonomia a ser
conquistado pelo estudante em cada momento.
Modalização (MS.EF89LP31.s.31) Trata-se de analisar os efeitos de sentido
Analisar e utilizar produzidos pelos recursos empregados — a
modalização epistêmica, isto modalização epistêmica — considerando a sua
é, modos de indicar uma coerência tanto com as intenções presumidas do
avaliação sobre o valor de texto quanto com a especificidade do gênero, o
verdade e as condições de campo de atuação, finalidade e espaço de
verdade de uma proposição, circulação. Além disso, está associada aos textos
tais como os asseverativos – argumentativos e às habilidades que envolvem o
quando se concorda com reconhecimento dos movimentos de sustentação,
(“realmente, evidentemente, refutação e argumentação (relaciona-se com a
naturalmente, efetivamente, habilidade MS.EF89LP23.s.23).
claro, certo, lógico, sem Tal como apontado para as habilidades
dúvida” etc.) ou discorda de (MS.EF89LP16.s.16) e (MS.EF69LP28.s.28), sugere-
(“de jeito nenhum, de forma se que o desenvolvimento aconteça por meio da
alguma”) uma ideia; e os leitura/escuta de estudo e das atividades de
quase-asseverativos, que produção e revisão de textos orais e escritos. Isso
indicam que se considera o porque a análise da modalização está associada
conteúdo como quase certo ao uso desses recursos em ações de linguagem,
(“talvez, assim, possivelmente, na condição de produtor e de interlocutor dos
provavelmente, respectivos textos.
eventualmente”). A progressão pode se dar pela complexidade do
texto e/ou do gênero e pelo grau de autonomia
do estudante ao realizar o trabalho (em
colaboração — coletiva, em grupos, em duplas —
e de modo autônomo).

CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Leitura Relação entre textos (MS.EF89LP32.s.32) Esta habilidade supõe o estudo comparado das
Analisar os efeitos de sentido obras literárias entre si e com outras linguagens,
decorrentes do uso de mas significa uma progressão em relação à
mecanismos de anterior por priorizar, para além da identificação
intertextualidade (referências, das relações intertextuais, a análise dos efeitos de
alusões, retomadas) entre os sentido produzidos por elas, implicando, inclusive,
textos literários, entre esses o estudo de gêneros multimidiáticos que são uma
textos literários e outras resposta do público em relação às produções
manifestações artísticas baseadas no original, como é o caso do trailer
(cinema, teatro, artes visuais e honesto e do vidding (que são produções feitas
midiáticas, música), quanto por fãs das obras de literatura, cinema etc.).
aos temas, personagens, A progressão pode ser formulada com base nos
estilos, autores etc., e entre o gêneros propostos, partindo do estudo das
texto original e paródias, relações intertextuais entre obras literárias de
paráfrases, pastiches, trailer diferentes tempos e, em seguida, de adaptações
honesto, vídeos-minuto, de obras para outras linguagens (do romance
vidding, dentre outros. para o cinema) para, posteriormente, propor um
estudo comparativo entre a obra original e
produções parodísticas, sejam de empresas ou de
fãs.
A habilidade abrange, ainda, o estudo de recursos
estilísticos, como a ironia e a hipérbole,

278
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
construídos com recursos verbais e com recursos
de outras linguagens.
Estratégias de leitura (MS.EF89LP33.s.33) Esta habilidade refere-se a procedimentos e
Apreciação e réplica Ler, de forma autônoma, e estratégias que podem ser usados para
compreender – selecionando compreender e apreciar diferentes gêneros
procedimentos e estratégias literários, considerando as suas marcas
de leitura adequados a específicas. Esse tipo de leitura favorece a fruição
diferentes objetivos e levando literária — que significa ler sem qualquer
em conta características dos compromisso com avaliações ou apresentações
gêneros e suportes – formais sobre o lido. Entretanto, cabe lembrar
romances, contos que, para fruir melhor o texto, é essencial ter
contemporâneos, minicontos, vivenciado experiências prazerosas de leitura e
fábulas contemporâneas, conversa sobre textos desses gêneros, nas quais o
romances juvenis, biografias caráter criativo dos discursos literários tenha sido
romanceadas, novelas, evidenciado. Algumas formas de colaborar para a
crônicas visuais, narrativas de motivação do estudante para leituras autônomas
ficção científica, narrativas de são: acolher as mais variadas produções culturais,
suspense, poemas de forma oferecendo um amplo e variado acervo de livros;
livre e fixa (como haicai), prever projetos que envolvam o cultivo da leitura
poema concreto, ciberpoema, de livre escolha; rodas de conversa sobre obras
dentre outros, expressando lidas; outros eventos culturais, como saraus,
avaliação sobre o texto lido e mostras de cinema, teatro, música etc. Ações
estabelecendo preferências dessa natureza favorecem a inserção dos
por gêneros, temas, autores. estudantes em práticas variadas, ampliando seu
repertório cultural e consciência multicultural.
Sugere-se, quando possível, a articulação dos
professores da área, o que possibilitará explorar
as diferentes linguagens, bem como com a
pessoa responsável pela sala de leitura e/ou
biblioteca, quando houver. Esta habilidade
articula-se com a habilidade de mostrar interesse
e envolvimento com a leitura de textos literários,
no sentido de que se envolver nas mais variadas
práticas de leitura literária favorece o
desenvolvimento da autonomia dos estudantes.
Reconstrução da (MS.EF89LP34.s.34) Esta habilidade implica comparar a realização do
textualidade e Analisar a organização de texto dramático em diferentes contextos. Ou seja,
compreensão dos texto dramático apresentado analisar as diferenças e semelhanças entre um
efeitos de sentidos em teatro, televisão, cinema, texto dramático criado para o palco, para o
provocados pelos identificando e percebendo cinema e para a TV ou o rádio, por exemplo; com
usos de recursos os sentidos decorrentes dos que recursos contar em cada caso e como eles
linguísticos e recursos linguísticos e ajudam a produzir os sentidos pretendidos.
multissemióticos semióticos que sustentam sua Deve-se considerar que o texto dramático é
realização como peça teatral, comumente concebido para ser encenado no
novela, filme etc. palco. As outras formas de realização são, em
geral, tratadas como roteiro (de filme/cinema, de
novela). Um estudo do texto dramático que se
aproxime dessas últimas práticas, mais acessíveis
aos estudantes, pode ser mais significativo. Além
disso, o estudo comparativo de textos dramáticos
produzidos para as diferentes mídias implica
refletir sobre as semelhanças e diferenças entre as
linguagens (e seus recursos) usadas na realização
desses textos. Por exemplo, atuar para o palco é
diferente de atuar para a TV ou cinema. O mesmo
acontece com outros recursos e linguagens, como
o som, a iluminação, o cenário, o figurino, a
maquiagem etc.

279
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Produção de Construção da (MS.EF89LP35.s.35) Esta habilidade visa à experimentação do fazer
textos textualidade Criar contos ou crônicas (em literário pelo estudante nos gêneros literários em
especial, líricas), crônicas prosa. A produção aqui também deve ser
visuais, minicontos, narrativas entendida como processo que envolve as
de aventura e de ficção operações de planejamento, produção e revisão
científica, dentre outros, com dos textos, por meio da criação de oficinas
temáticas próprias ao gênero, literárias, em parceria, quando possível, com
usando os conhecimentos profissionais da biblioteca/sala de leitura e com
sobre os constituintes professores de Arte.
estruturais e recursos É importante considerar que esta habilidade
expressivos típicos dos supõe a análise dos recursos usados na produção
gêneros narrativos de sentido dos textos oferecidos à leitura nos
pretendidos, e, no caso de gêneros referidos. Sugere-se uma progressão na
produção em grupo, proposição dos subgêneros narrativos propostos.
ferramentas de escrita Recomenda-se que as produções experimentadas
colaborativa. sejam efetivamente colocadas em circulação e
alcancem os leitores previstos. Ainda, propor
antecipadamente: a publicação de coletâneas
para compor a biblioteca e/ou para distribuir para
amigos e familiares; a divulgação das produções
em blogs literários criados para esse fim, e/ou
páginas de facebook; a realização de concursos,
desafios, saraus, clubes de leitura etc.
Relação entre textos (MS.EF89LP36.s.36) Esta habilidade visa à experimentação do fazer
Parodiar poemas conhecidos literário pelo estudante nos gêneros literários
da literatura e criar textos em líricos, que privilegiem autores diversos, inclusive
versos (como poemas os regionais. A produção deve ser entendida
concretos, ciberpoemas, como processo que envolve as operações de
haicais, liras, microrroteiros, planejamento, produção e revisão dos textos, por
lambe-lambes e outros tipos meio da criação de oficinas literárias, em parceria,
de poemas), explorando o quando possível, com profissionais da
uso de recursos sonoros e biblioteca/sala de leitura e com professores de
semânticos (como figuras de Arte.
linguagem e jogos de Sugerem-se atividades intertextuais, a fim de
palavras) e visuais (como realizar o trabalho com paródias de textos
relações entre imagem e conhecidos.
texto verbal e distribuição da É importante considerar que esta habilidade
mancha gráfica), de forma a supõe a análise dos recursos usados na produção
propiciar diferentes efeitos de de sentido dos textos oferecidos na proposição
sentido. dos subgêneros líricos sugeridos.
Recomenda-se que as produções experimentadas
sejam efetivamente colocadas em circulação e
alcancem os leitores previstos. Ainda, propor
antecipadamente: a publicação de coletâneas
para compor a biblioteca e/ou para distribuir para
amigos e familiares; a divulgação das produções
em blogs literários criados para esse fim, e/ou
páginas de facebook; a realização de concursos,
desafios, saraus, clubes de leitura etc.

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise Figuras de linguagem (MS.EF89LP37.s.37) O foco desta habilidade está na compreensão e


linguística/ Analisar os efeitos de sentido análise de figuras de linguagem como as
semiótica do uso de figuras de mencionadas, em gêneros e textos de qualquer
linguagem como ironia, campo de atuação. Trata-se, portanto, de uma
eufemismo, antítese, habilidade relevante não só para a compreensão,
aliteração, assonância, dentre mas, também para a interpretação, na medida em
outras.

280
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º e 9º ANOS
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
que evidencia mecanismos de (re)construção do
texto e de seus sentidos.
O desenvolvimento desta habilidade pode ser
contextualizado em projetos de produção de
textos do campo literário; na elaboração de
artigos de divulgação de conhecimento; em
projetos de estudo das figuras de linguagem em
textos literários ou de divulgação de
conhecimento. Recomenda-se que os aspectos
referidos sejam estudados levando em
consideração os efeitos de sentido que produzem
e a relação que estabelecem entre os trechos do
enunciado; que a terminologia gramatical e a
sistematização só sejam abordadas depois que os
aspectos em foco tiverem sido compreendidos.
A progressão pode se dar com base na
complexidade do gênero/texto ou do grau de
autonomia do estudante ao realizar o trabalho.
Sugere-se, inicialmente, um exercício colaborativo
(coletivo e em grupos/duplas), que progrida para
o autônomo.

LÍNGUA PORTUGUESA - 8º ANO


Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Leitura Reconstrução do (MS.EF08LP01.s.01) Esta habilidade favorece o desenvolvimento de


contexto de Identificar e comparar as uma atitude crítica em relação ao campo
produção, circulação várias editorias de jornais jornalístico, uma vez que supõe reconhecer,
e recepção de textos impressos e digitais e de sites comparar, analisar e discutir as diferentes
Caracterização do noticiosos, de forma a refletir propostas editoriais, visando públicos distintos.
campo jornalístico e sobre os tipos de fato que Supõe, além de habilidades de análise de
relação entre os são noticiados e comentados, elementos linguísticos e semióticos, a
gêneros em as escolhas sobre o que compreensão da importância de buscar diferentes
circulação, mídias e noticiar e o que não noticiar e fontes de informação para verificação da sua
práticas da cultura o destaque/enfoque dado e a confiabilidade. Como já sinalizado em outros
digital. fidedignidade da informação. campos que se referem ao trabalho com textos
jornalísticos em diferentes mídias, o trabalho com
esta habilidade demanda o oferecimento de
material diversificado aos estudantes. Portanto,
além dos jornais televisivos e radiofônicos, é
preciso garantir acesso aos impressos e aos
digitais. Ao dar foco a esta habilidade, é
importante articular esse trabalho de comparação,
análise e reflexão à discussão sobre fake news e
modos de apurar a fidedignidade das
informações. Nesse sentido, o acesso à internet e
um trabalho voltado para o ensino de
procedimentos de busca e seleção de sites
confiáveis são necessários.

281
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Relação entre textos (MS.EF08LP02.s.02) Esta habilidade pode ser articulada ao trabalho
Justificar diferenças ou com a habilidade que sugere a comparação das
semelhanças no tratamento propostas editoriais dos jornais
dado a uma mesma (MS.EF07LP01.s.01). Consiste em analisar os
informação veiculada em efeitos de sentido produzidos pelos recursos
textos diferentes, consultando linguísticos usados; apurar informações,
sites e serviços de checadores desenvolvendo procedimentos de curadoria;
de fatos. posicionar-se em relação aos enfoques dados aos
fatos/assuntos veiculados, produzindo textos
escritos ou orais. A habilidade prevê que, para
que se faça essa análise, sejam utilizados sites
especializados em checar fatos.
É importante considerar que as sugestões
apresentadas nos campos das habilidades
(MS.EF06LP01.s.01), (MS.EF07LP01.s.01),
(MS.EF07LP02.s.02), (MS.EF89LP01.s.01),
(MS.EF89LP02.s.02) e (MS.EF89LP03.s.03) cabem
para esta habilidade também.
Ao analisar as diferenças e semelhanças no
tratamento dado a uma mesma informação por
diferentes veículos e mídias para justificá-las,
também será importante considerar a proposta
editorial dos veículos que circulam a informação e
a sua natureza. Há jornais e revistas, por exemplo,
que tendem a menos rigorosos na apuração das
informações que veiculam, como acontece com as
revistas comumente categorizadas como revistas
de fofocas. A essas revistas interessa criar uma
aura de mexerico e de sensacionalismo sobre o
fato ou assunto tratado, em geral relacionado a
personalidades públicas.
Produção de Textualização de (MS.EF08LP03.s.03) Esta habilidade envolve procedimentos de
textos textos Produzir artigos de opinião, produção textual: definir contexto de produção,
argumentativos e tendo em vista o contexto de planejar, produzir e revisar. Trata-se de gênero
apreciativos produção dado, a defesa de argumentativo do campo jornalístico-midiático,
um ponto de vista, utilizando que exige posicionamento crítico, a preparação
argumentos e contra- de argumentos, a escolha do movimento
argumentos e articuladores argumentativo e outras habilidades próprias de
de coesão que marquem gêneros argumentativos.
relações de oposição, Vale enfatizar a importância de se considerar,
contraste, exemplificação, como objetos de apreciação, produtos
ênfase. representativos das culturas juvenis.
Recomenda-se que o tratamento ético e o
posicionamento crítico em relação à informação
sejam foco de discussão, nesse caso.
Deve-se considerar que a seleção do artigo de
opinião para esses dois anos finais significa uma
progressão no trabalho com os gêneros
argumentativos desse campo.
Produzir um artigo de opinião demanda
apreciações de caráter político sobre os
fatos/assuntos tratados. A apreciação envolve
assumir uma postura argumentativa ética. Implica,
ainda, mobilizar com maior intensidade
habilidades que desenvolvam o pensamento
crítico, visto que se propõe a dar uma resposta a
uma questão polêmica que vai exigir do autor
interpretar informações selecionadas, avaliar o
raciocínio e explicar evidências.

282
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Do ponto de vista didático, no trabalho com os
gêneros, é indicado que se contemple um estudo
das suas principais características e a realização
das diferentes operações de produção de textos,
quais sejam, contextualização: definir a situação
comunicativa em que o texto será produzido
(quem serão os leitores, onde circulará, com que
finalidade, em qual gênero); planejamento: que
envolve a elaboração do conteúdo temático (o
que será dito) e a organização do texto parte a
parte; elaboração do texto (o processo de
textualização); revisão, processual (durante a
produção) e final. Essas operações podem,
inicialmente, ser realizadas em situações coletivas
e em grupos, com mais apoio do professor e, de
modo gradual, envolver graus crescentes de
autonomia do estudante.

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise Fono-ortografia (MS.EF08LP04.s.04) Esta habilidade se refere à mobilização de


linguística/ Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais
semiótica conhecimentos linguísticos e específicos na produção de textos de qualquer
gramaticais: ortografia, campo de atuação ou gênero em que a norma-
regências e concordâncias padrão é requerida. É indissociável de discussões
nominal e verbal, modos e sobre variação linguística e de análise de textos,
tempos verbais, pontuação especialmente em situações públicas e formais.
etc. Pressupõe, ainda, domínio e/ou estudo conexo de
tópicos de ortografia, de classes de palavras
(nome e verbo) e de categorias gramaticais a ela
relacionadas.
Convém que o desenvolvimento da habilidade
venha sempre associado a práticas de leitura e/ou
produção de textos dos mais diversos gêneros e
campos de atuação. Recomenda-se, ainda, que as
atividades propostas definam os conteúdos
específicos a serem abordados e evitem a
perspectiva do erro gramatical, em favor de uma
abordagem baseada na adequação do uso.
A progressão pode adotar como critérios os
tópicos a serem abordados a cada momento, o
grau de complexidade dos gêneros e textos
previstos e o grau de autonomia do estudante
pressuposto na execução da tarefa.
Léxico/morfologia (MS.EF08LP05.s.05) Com foco nos processos de composição, esta é
Analisar processos de uma habilidade fundamental para a compreensão
formação de palavras por dos processos morfológicos e semânticos de
composição (aglutinação e formação das palavras, assim como de regras
justaposição), apropriando-se básicas de uso do hífen em palavras compostas.
de regras básicas de uso do Seu desenvolvimento pressupõe conhecimentos
hífen em palavras compostas. prévios relativos às classes de palavras e às
categorias gramaticais a que elas se associam.
Convém que o desenvolvimento desta habilidade
venha sempre associado a práticas de leitura,
produção ou oralidade, de forma que o estudante
possa observar esses processos em ação e refletir
sobre como são produtivos e criativos. Portanto, a
apropriação desses mecanismos pelo estudante é
o seu foco, e não a memorização da terminologia

283
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
gramatical correspondente. Jogos de invenção de
palavras compostas por aglutinação e/ou
justaposição, com o objetivo de refletir sobre a
significação resultante, podem ser muito
produtivos. Exemplo: formação de grupos que
experimentem criar palavras usando os processos
estudados e depois desafiando os demais a
explicitar os recursos usados e os sentidos
resultantes. Propostas de produção de textos
criativos, como os literários e os publicitários,
também podem propiciar situações adequadas
para esse estudo. A progressão deve apoiar-se no
tipo de mecanismo a ser estudado (aglutinação/
justaposição), assim como no grau de
complexidade dos gêneros e textos mobilizados.
Morfossintaxe (MS.EF08LP06.s.06) Esta habilidade refere-se ao reconhecimento da
Identificar, em textos lidos ou estrutura básica de uma oração em textos lidos
de produção própria, os ou próprios. Está, portanto, diretamente
termos constitutivos da relacionada ao desenvolvimento de todas as
oração (sujeito e seus demais habilidades de análise com foco na
modificadores, verbo e seus sintaxe da oração e do período.
complementos e Requer a observação da organização sintática do
modificadores). texto e reflexões a respeito do papel dela na
construção da textualidade e na produção de
efeitos de sentido. Envolve, ainda, um
conhecimento prévio de classes de palavras e das
funções e categorias gramaticais associadas a
cada uma delas. Recomenda-se que o
desenvolvimento desta habilidade não se
constitua como um fim em si mesmo, mas que
contribua para uma compreensão global, por
parte do estudante, do papel da sintaxe no
funcionamento da língua. Isso significa propor
atividades que associem essas análises à leitura e
à produção de textos, com foco nos efeitos de
sentido que podem se relacionar às estruturas
sintáticas em estudo. Atividades lúdicas, nas quais
os estudantes possam explorar livremente
diferentes alternativas de estruturação de um
mesmo enunciado, podem contribuir
significativamente para a percepção e
compreensão da natureza e do funcionamento
dos mecanismos sintáticos em jogo (tal como
está formulada, a MS.EF08LP06.s.06 é a retomada
de uma habilidade prevista para o ano anterior,
MS.EF07LP06.s.06).
A progressão pode apoiar-se no constituinte
oracional a ser abordado a cada etapa e/ou no
grau de complexidade dos gêneros e textos
programados para estudo.
Morfossintaxe (MS.EF08LP07.s.07) Esta habilidade refere-se ao estudo da regência
Diferenciar, em textos lidos de verbos de uso frequente, analisando os efeitos
ou de produção própria, de sentido que podem ser provocados ou pelo
complementos diretos e uso indevido de preposições, ou por
indiretos de verbos inadequações na escolha delas. Abrange a análise
transitivos, apropriando-se da do emprego desses complementos em textos de
regência de verbos de uso todos os campos de atuação, por meio de leituras
frequente. de diferentes gêneros, nas quais a regência verbal

284
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
possa ser observada e analisada em contextos e
usos diversos.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver algum problema de
compreensão/redação, considerando o sentido
provocado ou pelo uso inadequado, ou pela
ausência de alguma preposição; sistematizar o
conhecimento discutido na etapa anterior.
Sugere-se que as atividades sejam organizadas a
partir do estudo comparativo de enunciados, nos
quais um mesmo verbo é empregado com
regências inadequadas ou com alteração de
sentidos.
Recomenda-se, ainda, que a metalinguagem só
seja empregada depois de compreendido o
aspecto em foco. Do ponto de vista da
progressão, sugere-se, inicialmente, um trabalho
colaborativo (coletivo e em grupos/duplas), que
progrida para o autônomo.
Morfossintaxe (MS.EF08LP08.s.08) Esta habilidade refere-se ao estudo das vozes do
Identificar, em textos lidos ou verbo, com foco nos efeitos de sentido
de produção própria, verbos provocados pelo uso de uma ou de outra, tanto
na voz ativa e na voz passiva, na leitura quanto em produções próprias.
interpretando os efeitos de Abrange a análise do emprego desses verbos em
sentido de sujeito ativo e gêneros e textos de todos os campos de atuação.
passivo (agente da passiva). Isso implica leituras e/ou produções nas quais a
(re)construção dos sentidos do texto envolva as
diferenças entre as vozes do verbo.
Convém que o desenvolvimento desta habilidade
se organize com base em dois pontos articulados:
realizar uma leitura menos superficial do texto,
analisando os efeitos de sentido provocados pelo
uso das vozes do verbo; sistematizar o
conhecimento produzido no momento anterior.
Em ambos os casos, sugere-se que as atividades
sejam organizadas a partir de estudo comparativo
de enunciados organizados na voz passiva e na
ativa, analisando os efeitos de sentido
decorrentes dessa organização sintática.
Recomenda-se, ainda, o estudo da voz passiva
sintética, muito presente em textos de divulgação
científica e argumentativos, e que a
metalinguagem só seja empregada depois de
compreendido o aspecto em foco.
Do ponto de vista da progressão, sugere-se,
inicialmente, um trabalho colaborativo (coletivo e
em grupos/duplas), que progrida para o
autônomo. Na sequência, sugere-se a
complexidade dos gêneros e textos previstos para
o estudo em cada momento.
Morfossintaxe (MS.EF08LP09.s.09) Esta habilidade refere-se ao estudo dos
Interpretar efeitos de sentido modificadores, incluindo os determinantes
de modificadores (adjuntos (artigos, numerais e pronomes), na perspectiva
adnominais – artigos definido dos sentidos que eles imprimem aos substantivos,
ou indefinido, adjetivos, tanto na leitura quanto em produções próprias.
expressões adjetivas) em Abrange a análise do emprego deles em textos de
substantivos com função de todos os campos de atuação, pressupondo
sujeito ou de complemento práticas de leitura e/ou produção nas quais a

285
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
verbal, usando-os para (re)construção dos sentidos do texto esteja
enriquecer seus próprios relacionada aos efeitos produzidos pelo uso de
textos. modificadores do sujeito ou do objeto (direto ou
indireto).
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver problemas de
compreensão/redação decorrentes de sentidos
associados ao substantivo por modificadores;
sistematizar o conhecimento discutido na etapa
anterior. Em ambos os casos, sugere-se que as
atividades sejam organizadas focalizando os
sentidos que os modificadores acrescentam aos
substantivos e, portanto, aos enunciados, e a
relação dessa modificação com os significados
pretendidos para o texto.
Recomenda-se, ainda, que a metalinguagem seja
empregada depois de compreendido o aspecto
em foco. Do ponto de vista da progressão,
sugere-se, inicialmente, um trabalho colaborativo
(coletivo e em grupos/duplas), que progrida para
o autônomo. Um segundo critério é a
complexidade dos gêneros e textos previstos para
o estudo.
Morfossintaxe (MS.EF08LP10.s.10) Esta habilidade refere-se ao estudo dos sentidos
Interpretar, em textos lidos ou que os modificadores (adjuntos adverbiais,
de produção própria, efeitos advérbios e expressões adverbiais) imprimem aos
de sentido de modificadores verbos, sendo importante considerá-los tanto no
do verbo (adjuntos adverbiais processo de leitura de um texto quanto nas
– advérbios e expressões produções próprias. Abrange a análise do
adverbiais), usando-os para emprego deles em textos de todos os campos de
enriquecer seus próprios atuação, pressupondo práticas de leitura e/ou
textos. produção, nas quais a (re)construção dos sentidos
do texto esteja relacionada aos efeitos produzidos
pelo uso de modificadores verbais.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver um problema de
compreensão/redação decorrente de sentidos
apresentados ao verbo por modificadores;
sistematizar o conhecimento discutido na etapa
anterior. Em ambos os casos, sugere-se que as
atividades sejam organizadas focalizando os
sentidos que os modificadores acrescentam aos
verbos e, portanto, aos enunciados, e a relação
dessa modificação com os significados
pretendidos para o texto.
Recomenda-se, ainda, que a metalinguagem seja
empregada depois de compreendido o aspecto
em foco. Do ponto de vista da progressão,
sugere-se, inicialmente, um trabalho colaborativo
(coletivo e em grupos/duplas), que progrida para
o autônomo. Um segundo critério é a
complexidade dos gêneros e textos previstos para
o estudo.

286
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Morfossintaxe (MS.EF08LP11.s.11) O foco desta habilidade está na percepção do
Identificar, em textos lidos ou período como agrupamento de orações, com
de produção própria, base em dois princípios distintos: a coordenação
agrupamento de orações em e a subordinação. Requer a observação da
períodos, diferenciando organização sintática do texto e reflexões a
coordenação de respeito, identificando agrupamentos de orações,
subordinação. apreendendo o princípio de sua organização
interna e percebendo seu papel na (re)construção
dos sentidos do texto. Envolve, ainda, um
conhecimento prévio de classes de palavras e
funções e categorias gramaticais associadas a
cada uma delas.
Para reflexão e análise linguística/semiótica, é
necessário que o estudo dos tópicos gramaticais
envolvidos seja realizado em contextos de uso, e
não em atividades isoladas. Por essa razão,
sugere-se que esses conteúdos sejam propostos
sempre vinculados à leitura, à produção e à
revisão, com vistas à compreensão de seu papel
na (re)construção do texto e na produção de
efeitos de sentido determinados.
Recomenda-se que o foco do trabalho seja a
resolução de problemas de compreensão e
manutenção da legibilidade do texto,
considerando as intenções de significação; que a
compreensão de cada aspecto anteceda a
sistematização; que a metalinguagem seja
empregada de modo que o estudante
compreenda o que se diz.
A progressão pode apoiar-se no foco da
identificação das orações no contexto do período
em que ocorrem (coordenadas/ subordinadas) e
na complexidade dos gêneros e textos envolvidos
nas práticas de leitura/produção programadas
para o desenvolvimento da habilidade.
Morfossintaxe (MS.EF08LP12.s.12) Esta habilidade refere-se ao estudo da
Identificar, em textos lidos, organização do enunciado em períodos
orações subordinadas com compostos por subordinação, tanto no processo
conjunções de uso frequente, de leitura quanto no de produção, procurando
incorporando-as às suas analisar os sentidos produzidos por esse tipo de
próprias produções. organização sintática. Abrange a análise do
emprego desses períodos em textos de todos os
campos de atuação, pressupondo práticas de
leitura e/ou produção, nas quais a (re)construção
dos sentidos do texto esteja relacionada aos
efeitos produzidos pelas conjunções em
processos de subordinação.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver um problema de
compreensão/redação decorrente da organização
sintática do enunciado por período composto por
subordinação; sistematizar o conhecimento
discutido na etapa anterior.
Sugere-se que as atividades sejam organizadas
focalizando as diferentes possibilidades de
organização sintática do enunciado, considerando
a legibilidade do texto, as intenções de

287
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
significação e as possibilidades de compreensão
do interlocutor.
Recomenda-se, ainda, que a metalinguagem só
seja empregada depois de compreendido o
aspecto em foco. Do ponto de vista da
progressão, sugere-se, inicialmente, um trabalho
colaborativo (coletivo e em grupos/duplas), que
progrida para o autônomo. Um segundo critério é
a complexidade dos gêneros e textos previstos
para o estudo.
Morfossintaxe (MS.EF08LP13.s.13) Esta habilidade refere-se à compreensão das
Inferir efeitos de sentido relações de sentido estabelecidas entre trechos
decorrentes do uso de do texto pelas conjunções e articuladores textuais,
recursos de coesão seja na leitura e compreensão de um texto, seja
sequencial: conjunções e em produções próprias. Abrange a análise do
articuladores textuais. emprego desses recursos em textos de todos os
campos de atuação, pressupondo práticas de
leitura e/ou produção, nas quais a (re)construção
dos sentidos do texto esteja relacionada aos
efeitos produzidos pelas conjunções e por
diferentes articuladores textuais.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver um problema de
compreensão/redação decorrente do emprego de
uma determinada conjunção ou articulador;
sistematizar o conhecimento discutido na etapa
anterior.
Sugere-se que as atividades sejam organizadas
focalizando diferentes possibilidades de
articulação dos trechos, os articuladores
correspondentes, considerando a legibilidade do
texto, as intenções de significação e as
possibilidades de compreensão do interlocutor.
Recomenda-se, ainda, que a metalinguagem só
seja empregada depois de compreendido o
aspecto em foco. Do ponto de vista da
progressão, sugere-se, inicialmente, um trabalho
colaborativo (coletivo e em grupos/duplas), que
progrida para o autônomo. Um segundo critério é
a complexidade dos gêneros e textos previstos
para o estudo.
Semântica (MS.EF08LP14.s.14) Esta é uma habilidade essencial para o
Utilizar, ao produzir texto, desenvolvimento da competência em escrita, mas
recursos de coesão também se aplica à análise da coesão textual em
sequencial (articuladores) e atividades de leitura. Seu foco é o emprego da
referencial (léxica e adequação expressiva de recursos de coesão
pronominal), construções (referencial e sequencial) na produção escrita ou
passivas e impessoais, oral. Envolve o uso de recursos da língua que
discurso direto e indireto e evitam a repetição indesejada de palavras; ajudam
outros recursos expressivos o leitor a resgatar, durante a leitura, o
adequados ao gênero textual. objeto/fato/assunto de que o texto trata; ajudam
a compreender a ordem de acontecimento das
ações; ajudam a identificar as diferentes vozes do
texto e a produzir efeitos de sentido, como o da
impessoalidade. Também demanda a análise da
situação de comunicação, das características do
gênero e das intenções e/ou objetivos a serem
perseguidos.

288
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Convém que o desenvolvimento desta habilidade
seja programado em associação com práticas de
oralidade, leitura ou escrita de textos dos gêneros
previstos para estudo. Será nessas condições que
o estudante poderá refletir sobre a adequação
expressiva dos recursos que pretende empregar.
Em caso de produções escritas, recomendam-se
atividades de produção e revisão em que o foco
seja o uso desses elementos coesivos na
construção do texto de um determinado gênero.
Em caso de textos orais, podem ser analisadas,
coletivamente, apresentações previamente
gravadas.
A progressão pode apoiar-se no tipo de recurso
coesivo a ser abordado, no grau de complexidade
dos gêneros ou textos a serem considerados e no
nível de autonomia que se pretende levar o
estudante a conquistar.
Coesão (MS.EF08LP15.s.15) Esta habilidade tem como foco o estabelecimento
Estabelecer relações entre de relações entre partes do texto, com base na
partes do texto, identificando identificação do antecedente de um pronome
o antecedente de um relativo ou do referente comum a diversos termos
pronome relativo ou o do texto. Trata-se de uma habilidade fundamental
referente comum de uma para a (re)construção do texto e para a conquista
cadeia de substituições de níveis superiores de proficiência em escrita, em
lexicais. qualquer campo de atuação e em qualquer
gênero. Implica conhecimentos prévios sobre
pronomes relativos e sobre a categoria gramatical
a que essa classe de palavras está associada.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver um problema de
compreensão/redação decorrente da presença
e/ou emprego de pronomes relativos, seus
antecedentes e/ou referentes comuns de cadeias
de substituição lexical; sistematizar o
conhecimento discutido na etapa anterior.
Sugere-se que as atividades sejam organizadas
com base em práticas de leitura e produção,
focalizando as diferentes possibilidades de
referenciação no processo de coesão, e
considerando a legibilidade do texto, as intenções
de significação e as possibilidades de
compreensão do interlocutor. Recomenda-se que
a metalinguagem só seja empregada depois de
compreendido o aspecto em foco.
A progressão pode apoiar-se no tipo de recurso
selecionado para estudo (substituição sinonímica/
substituição pronominal) e no grau de
complexidade dos gêneros e textos envolvidos
nas práticas previstas. Sugere-se, inicialmente, um
trabalho colaborativo (coletivo e em
grupos/duplas), que progrida para o autônomo.

289
LÍNGUA PORTUGUESA - 8º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Modalização (MS.EF08LP16.s.16) O foco desta habilidade está na explicação dos
Explicar os efeitos de sentido efeitos de sentido produzidos por estratégias
do uso, em textos, de argumentativas e/ou de modalização, em textos
estratégias de modalização e dos mais diversos gêneros, relacionados a
argumentatividade (sinais de qualquer campo de atuação.
pontuação, adjetivos, Trata-se de uma habilidade necessária à
substantivos, expressões de compreensão das atitudes que o locutor/escritor
grau, verbos e perífrases pode assumir em relação àquilo que diz
verbais, advérbios etc.). (estratégias de modalização), como parte de seu
ponto de vista particular; dos recursos utilizados
para convencer ou persuadir o ouvinte/leitor.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver problemas de compreensão
decorrentes da presença de estratégias de
modalização ou argumentação, também
relevantes para restabelecer a progressão
temática; sistematizar o conhecimento discutido
na etapa anterior.
Recomendam-se propostas de leitura e/ou
produção de textos, nas quais as estratégias de
modalização e/ou de argumentação sejam
necessárias à eficácia do texto. Convém, portanto,
que a metalinguagem só seja empregada depois
de compreendidos o texto e o aspecto em foco. A
progressão horizontal pode apoiar-se no tipo de
estratégia visada (modalização/ argumentação) e
no grau de complexidade dos gêneros e textos
selecionados para o estudo.
Sugere-se, inicialmente, um trabalho colaborativo
(coletivo e em grupos/duplas), que progrida para
o autônomo.

LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ANO


Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento

CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Leitura Reconstrução do (MS.EF09LP01.s.01) Esta habilidade envolve procedimentos de


contexto de Analisar o fenômeno da pesquisa, como escolher palavras ou frases-chave
produção, circulação disseminação de notícias adequadas para um resultado mais eficaz, bem
e recepção de textos falsas nas redes sociais e como capacidades de leitura, como levantar
Caracterização do desenvolver estratégias para hipóteses, localizar informações (expressas em
campo jornalístico e reconhecê-las, a partir da diferentes linguagens) e compará-las, realizar
relação entre os verificação/avaliação do inferências e checar hipóteses a partir dessas
gêneros em veículo, fonte, data e local da comparações. Favorece, ainda, o pensamento
circulação, mídias e publicação, autoria, URL, da crítico e o posicionamento ético em relação ao
práticas da cultura análise da formatação, da compartilhamento das notícias falsas.
digital comparação de diferentes É importante levar em consideração que as fake
fontes, da consulta a sites de news têm dominado as redes sociais. Alguns dos
curadoria que atestam a espaços de grande circulação dessas notícias
fidedignidade do relato dos falsas, na atualidade, são o whatsapp e o
fatos e denunciam boatos etc. facebook, aos quais os adolescentes têm fácil
acesso. Faz-se necessário propor um trabalho que
parta das experiências deles nesses espaços e que

290
LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
os prepare para analisar e averiguar os diferentes
elementos que constituem essas mensagens e
que dão ou não credibilidade a elas. Prever
projetos que envolvam toda a comunidade
escolar para se criar uma rede de proteção contra
as notícias falsas pode mobilizar os estudantes
para ações permanentes de alertas, junto aos
colegas e à comunidade escolar. Além disso,
possibilitar acesso a sites criados com essa
finalidade pode inspirá-los.
Destaca-se a oportunidade para o trabalho
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF09LI06.s.06), da Língua Inglesa, no que diz
respeito à distinção e à análise da qualidade das
informações.
Relação entre textos (MS.EF09LP02.s.02) Esta habilidade pode ser articulada ao trabalho
Analisar e comentar a com a habilidade que sugere a comparação das
cobertura da imprensa sobre propostas editoriais dos jornais
fatos de relevância social, (MS.EF07LP01.s.01). Ela consiste em analisar os
comparando diferentes efeitos de sentido produzidos pelos recursos
enfoques por meio do uso de linguísticos usados nos textos; apurar
ferramentas de curadoria. informações, desenvolvendo procedimentos de
curadoria; posicionar-se em relação aos enfoques
dados aos fatos/assuntos veiculados, produzindo
textos escritos ou orais.
É importante considerar que as sugestões
apresentadas nos campos das habilidades
(MS.EF06LP01.s.01), (MS.EF07LP01.s.01),
(MS.EF07LP02.s.02), (MS.EF89LP01.s.01),
(MS.EF89LP02.s.02) e (MS.EF89LP03.s.03) cabem
para esta habilidade também.
Para analisar e comentar a qualidade da cobertura
dos fatos pela imprensa, será necessário investir
em procedimentos de curadoria, que vão desde o
refinamento da capacidade de selecionar
palavras, expressões ou frases-chave para busca
de um mesmo fato veiculado pelos diferentes
veículos e mídias, até buscar informações sobre a
proposta editorial e o grau de confiabilidade dos
veículos pesquisados.
Produção de Textualização de (MS.EF09LP03.s.03) Esta habilidade trata do gênero argumentativo do
textos textos Produzir artigos de opinião, campo jornalístico-midiático, que exige o
argumentativos e tendo em vista o contexto de posicionamento crítico, a preparação de
apreciativos produção dado, assumindo argumentos, a escolha do movimento
posição diante de tema argumentativo e outras características próprias
polêmico, argumentando de desse gênero. Vale enfatizar a importância de se
acordo com a estrutura considerar, como objeto de apreciação, produtos
própria desse tipo de texto e representativos das culturas juvenis.
utilizando diferentes tipos de Recomenda-se que o tratamento ético e o
argumentos – de autoridade, posicionamento crítico em relação à informação
comprovação, exemplificação, sejam foco de discussão, nesse caso.
princípio etc. É importante considerar que a seleção do artigo
de opinião para esses dois anos finais significa
uma progressão no trabalho com os gêneros
argumentativos desse campo. Produzir um artigo
de opinião demanda apreciações de caráter
político sobre os fatos/assuntos tratados. A
apreciação envolve assumir uma postura
argumentativa ética. A produção de gêneros

291
LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
argumentativos, como o artigo de opinião,
implica, ainda, mobilizar com maior intensidade
habilidades que desenvolvam o pensamento
crítico, visto que se propõe a dar uma resposta a
uma questão polêmica que vai exigir do autor
interpretar informações selecionadas, avaliar o
raciocínio e explicar evidências.
Pode-se propor uma progressão no trabalho com
o gênero, em relação à mediação do professor e à
colaboração entre pares. Destaca-se, aqui, a
oportunidade para o trabalho interdisciplinar com
a habilidade (MS.EF09LI12.s.12), da Língua Inglesa,
associada à produção de textos com
posicionamento crítico.

TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise Fono-ortografia (MS.EF09LP04.s.04) Esta habilidade refere-se ao uso da norma-padrão


linguística/ Escrever textos corretamente, nas situações, gêneros e textos em que ela é
semiótica de acordo com a norma- requerida; tem como foco específico o uso de
padrão, com estruturas estruturas sintáticas complexas, no nível da
sintáticas complexas no nível oração e do período. Requer o estudo da variação
da oração e do período. linguística e a compreensão dos valores
socialmente atribuídos às diferentes variedades, e
demanda o envolvimento frequente e sistemático
em práticas públicas e formais de leitura e/ou
produção de textos, orais e/ou escritos, em que a
correção (adequação) deve ser observada.
Exemplos de situações orais formais: palestras,
seminários, apresentações orais, debates.
Exemplos de situações escritas formais:
entrevistas, notícias, artigo de divulgação
científica, reportagem multimidiática.
Convém que o desenvolvimento desta habilidade
venha sempre associado a práticas de leitura e/ou
produção de textos dos mais diversos gêneros e
campos de atuação.
Recomenda-se, ainda, que as atividades
propostas definam os conhecimentos a serem
abordados considerando os tópicos já previstos
para anos anteriores; explicitem as estruturas
sintáticas complexas a serem estudadas; evitem a
perspectiva do erro gramatical, em favor de uma
abordagem baseada na adequação do uso.
A progressão pode adotar como critérios os
tópicos a serem abordados a cada momento, o
grau de complexidade dos gêneros e textos
previstos e o grau de autonomia do estudante
pressuposto na execução da tarefa.
Análise Morfossintaxe (MS.EF09LP05.s.05) O foco desta habilidade é a identificação da
linguística/ Identificar, em textos lidos e estrutura sintática própria de orações cujo núcleo
semiótica em produções próprias, é um verbo de ligação. Está, portanto,
orações com a estrutura diretamente relacionada ao desenvolvimento de
sujeito-verbo de ligação- todas as demais habilidades de análise com foco
predicativo. na sintaxe da oração e do período.
Requer a observação da organização sintática do
texto e reflexões a respeito do papel dela na
construção da textualidade e na produção de
efeitos de sentido. Envolve, ainda, um
conhecimento prévio de classes de palavras e das
292
LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
funções e categorias gramaticais associadas a
cada uma delas.
Recomenda-se que o desenvolvimento desta
habilidade não se constitua como um fim em si
mesmo, mas que contribua para uma
compreensão global, por parte do estudante, do
papel da sintaxe no funcionamento da língua. Isso
significa propor atividades que associem essas
análises à leitura e à produção de textos, com
foco nos efeitos de sentido que podem se
relacionar às estruturas sintáticas em estudo.
Atividades lúdicas, nas quais os estudantes
possam explorar livremente diferentes alternativas
de estruturação de um mesmo enunciado, podem
contribuir significativamente para a percepção e
compreensão da natureza e do funcionamento
dos mecanismos sintáticos em jogo.
A progressão pode apoiar-se no grau de
complexidade dos gêneros e textos programados
para o estudo (vale considerar, ainda, a relação
desta habilidade com a MS.EF09LP06.s.06).
Análise Morfossintaxe (MS.EF09LP06.s.06) Para o desenvolvimento desta habilidade será
linguística/ Diferenciar, em textos lidos e necessária a produção de texto de forma
semiótica em produções próprias, o individual e, na sequência, a partilha para análise
efeito de sentido do uso dos da estrutura sujeito-verbo de ligação-predicativo.
verbos de ligação “ser”, O foco desta habilidade é a identificação do papel
“estar”, “ficar”, “parecer” e dos verbos de ligação na produção de efeitos de
“permanecer”. sentido específicos. Está, portanto, diretamente
relacionada ao desenvolvimento de todas as
demais habilidades de análise com foco na
sintaxe da oração e do período (especialmente a
MS.EF09LP05.s.05). Requer a observação da
organização sintática do texto e reflexões a
respeito do papel dela na construção da
textualidade e na produção de efeitos de sentido.
Envolve, ainda, um conhecimento prévio de
classes de palavras e funções e categorias
gramaticais associadas a cada uma delas.
Recomenda-se que o desenvolvimento desta
habilidade não se constitua como um fim em si
mesmo, mas que contribua para uma
compreensão global, por parte do estudante, do
papel da sintaxe no funcionamento da língua. Isso
significa propor atividades que associem essas
análises à leitura e à produção de textos, com
foco nos efeitos de sentido que podem se
relacionar às estruturas sintáticas em estudo.
Atividades lúdicas, nas quais os estudantes
possam explorar livremente diferentes alternativas
de estruturação de um mesmo enunciado, podem
contribuir significativamente para a percepção e
compreensão da natureza e do funcionamento
dos mecanismos sintáticos em jogo.
A progressão pode apoiar-se no grau de
complexidade dos gêneros e textos programados
para o estudo (vale considerar, ainda, a relação
desta habilidade com a MS.EF09LP05.s.05).

293
LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
Análise Morfossintaxe (MS.EF09LP07.s.07) Esta habilidade possibilita refletir sobre diferenças
linguística/ Comparar o uso de regência entre a norma-padrão e outras variedades da
semiótica verbal e regência nominal na língua. Um exemplo comum é a regência do
norma-padrão com seu uso verbo assistir (com o sentido de ver algo). De
no português brasileiro acordo com a norma-padrão, esse verbo é regido
coloquial oral. pela preposição a: "Ele assistiu ao filme ontem".
Entretanto, atualmente, até mesmo em textos
jornalísticos encontra-se o uso do verbo sem essa
regência: "Ele assistiu o filme ontem". A
habilidade, portanto, demanda a análise
comparativa de enunciados em que as regências
nominal e verbal obedeçam a regras de diferentes
normas.
Convém reforçar um compromisso fundamental
da escola: ser o espaço em que os estudantes
aprendem a utilizar as variedades de maior
prestígio e com as quais tenham pouca
familiaridade, sem, no entanto, discriminar as
demais. Análises comparativas favorecem a
compreensão do fenômeno da variação
linguística, uma vez que colocam em discussão,
nesse caso, as regras da norma-padrão sobre
concordância e regência entre as palavras, em
contraste com os usos efetivos da língua pelos
falantes. Esse estudo possibilita, de um lado,
colocar em questão as origens das regras da
norma-padrão para relativizá-las; de outro lado,
favorece a compreensão da língua como algo que
muda no tempo e no espaço, de modo a legitimar
todas as variedades e seus contextos culturais.
A progressão do ensino pode pautar-se pelas
diferentes regências selecionadas para estudo
(nominal/verbal), pelo grau de complexidade e/ou
formalidade dos gêneros e textos previstos e pelo
nível de autonomia que se pretenda levar o
estudante a conquistar a cada etapa.
Análise Morfossintaxe (MS.EF09LP08.s.08) Esta habilidade refere-se ao estudo das relações
linguística/ Identificar, em textos lidos e de sentido estabelecidas entre trechos do texto
semiótica em produções próprias, a pelas conjunções e locuções conjuntivas, em
relação que conjunções (e períodos compostos por coordenação e/ou
locuções conjuntivas) subordinação, seja na leitura, seja na produção de
coordenativas e textos próprios. Abrange a análise do emprego
subordinativas estabelecem desses recursos em textos de todos os campos de
entre as orações que atuação, pressupondo o envolvimento do
conectam. estudante em práticas de leitura e/ou produção,
nas quais a (re)construção dos sentidos do texto
esteja relacionada aos efeitos produzidos pelas
conjunções em processos de subordinação.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver um problema de
compreensão/redação decorrente do emprego de
uma determinada conjunção ou locução
conjuntiva; sistematizar o conhecimento discutido
na etapa anterior.
Sugere-se que as atividades sejam organizadas
focalizando diferentes possibilidades de
articulação dos trechos, as conjunções e locuções
correspondentes, e considerando tanto a

294
LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
legibilidade do texto como as intenções de
significação e as possibilidades de compreensão
do interlocutor.
Recomenda-se, ainda, que a metalinguagem só
seja empregada depois de compreendido o
aspecto em foco. Do ponto de vista da
progressão, sugere-se, inicialmente, um trabalho
colaborativo (coletivo e em grupos/duplas), que
progrida para o autônomo. Um segundo critério é
a complexidade dos gêneros e textos previstos
para o estudo.
Análise Elementos (MS.EF09LP09.s.09) Esta habilidade refere-se ao estudo necessário
linguística/ notacionais da Identificar efeitos de sentido para a resolução de problemas de compreensão
semiótica escrita/morfossintaxe do uso de orações adjetivas encontrados, seja na leitura, seja na
restritivas e explicativas em produção/revisão de textos próprios, derivados
um período composto. da presença e/ou emprego de orações adjetivas
restritivas e explicativas em períodos compostos.
Abrange a análise do emprego desses recursos
em textos de todos os campos de atuação,
pressupondo práticas de leitura e/ou produção,
nas quais a (re)construção dos sentidos do texto
esteja relacionada aos efeitos produzidos pelo
contraponto entre orações adjetivas restritivas e
explicativas.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver um problema de
compreensão/redação decorrente da presença
e/ou emprego de orações adjetivas restritivas ou
explicativas em períodos compostos; sistematizar
o conhecimento discutido na etapa anterior.
Sugere-se que as atividades sejam organizadas
focalizando as diferentes possibilidades de
organização sintática do enunciado, considerando
a legibilidade do texto, as intenções de
significação e as possibilidades de compreensão
do interlocutor. Recomenda-se, ainda, que a
metalinguagem só seja empregada depois de
compreendido o aspecto em foco.
Do ponto de vista da progressão, sugere-se,
inicialmente, um trabalho colaborativo (coletivo e
em grupos/duplas), que progrida para o
autônomo. Um segundo critério é a complexidade
dos gêneros e textos previstos para o estudo.
Análise Coesão (MS.EF09LP10.s.10) Esta habilidade refere-se ao estudo de como
linguística/ Comparar as regras de acontece a colocação pronominal em diferentes
semiótica colocação pronominal na variedades linguísticas (em diferentes camadas
norma-padrão com o seu uso sociais e/ou em distintas regiões/estados do país),
no português brasileiro em contraposição às regras da norma-padrão.
coloquial. Abrange a análise do emprego dos recursos em
textos de todos os campos de atuação,
pressupondo práticas de leitura e/ou produção,
nas quais a (re)construção dos sentidos do texto
esteja relacionada aos efeitos produzidos pela
colocação pronominal.
É importante reconhecer que as variedades
relacionam-se, sobretudo, à linguagem oral; que a
utilização de uma variedade linguística não
padrão em textos escritos é possível quando se

295
LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
pretende, por exemplo, caracterizar um
personagem (textos da esfera literária); que as
variedades coloquiais não são idênticas no país
inteiro, devido aos fatores regionais, sociais e
temporais. Dessa maneira, a linguagem informal
não é a mesma no país todo. Recomenda-se que
o trabalho relacionado às variedades linguísticas
seja realizado de tal maneira que o estudante
consiga selecionar a variedade adequada à
situação comunicativa, repudiando qualquer
preconceito linguístico relativo ao uso delas.
Do ponto de vista da progressão, sugere-se,
inicialmente, um trabalho colaborativo (coletivo e
em grupos/duplas), que progrida para o
autônomo. Um segundo critério é a complexidade
dos gêneros e textos previstos para o estudo.
Análise Coesão (MS.EF09LP11.s.11) Esta habilidade refere-se ao estudo necessário
linguística/ Inferir efeitos de sentido para a resolução de problemas de compreensão
semiótica decorrentes do uso de encontrados, seja na leitura de um texto, seja na
recursos de coesão produção/revisão de textos próprios, derivados
sequencial (conjunções e da presença e/ou emprego de recursos de coesão
articuladores textuais). sequencial. Abrange a análise do emprego dos
recursos em textos de todos os campos de
atuação, pressupondo práticas de leitura e/ou
produção, nas quais a (re)construção dos sentidos
do texto esteja relacionada aos efeitos produzidos
pelo uso de recursos de coesão sequencial, como
conjunções e articuladores textuais.
O desenvolvimento desta habilidade pode
organizar-se com base em dois pontos
articulados: resolver um problema de
compreensão/redação decorrente da presença
e/ou emprego de recursos de coesão sequencial;
sistematizar o conhecimento discutido na etapa
anterior.
Sugere-se que as atividades sejam organizadas
focalizando as diferentes possibilidades de
articulação de trechos de enunciados no
estabelecimento da progressão temática,
considerando a legibilidade do texto, as intenções
de significação e as possibilidades de
compreensão do interlocutor. Recomenda-se,
ainda, que a metalinguagem só seja empregada
depois de compreendido o aspecto em foco.
Do ponto de vista da progressão, sugere-se,
inicialmente, um trabalho colaborativo (coletivo e
em grupos/duplas), que progrida para o
autônomo. Um segundo critério é a complexidade
dos gêneros e textos previstos para o estudo.
Análise Variação linguística (MS.EF09LP12.s.12) Esta é uma habilidade que envolve duas
linguística/ Identificar estrangeirismos, operações: identificar e avaliar estrangeirismos,
semiótica caracterizando-os segundo a do ponto de vista da pertinência de seu emprego
conservação, ou não, de sua na leitura e/ou produção, reconhecendo os
forma gráfica de origem, termos e analisando sua adequação.
avaliando a pertinência, ou O desenvolvimento desta habilidade pode ser
não, de seu uso. contextualizado em projetos de leitura e/ou
produção de textos de qualquer campo, ou,
ainda, em projetos de estudo do recurso a
estrangeirismos e de sua pertinência em

296
LÍNGUA PORTUGUESA - 9º ANO
Práticas de Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Linguagem Conhecimento
diferentes gêneros e textos de campos diversos. É
necessária a leitura crítica e/ou a produção
monitorada de textos em que estrangeirismos são
frequentes (informática, moda, tecnologia etc.),
em qualquer campo de atuação.
Recomenda-se que os aspectos referidos sejam
estudados levando em consideração os efeitos de
sentido que produzem; que a terminologia
gramatical e a sistematização a respeito dos
diferentes tipos de estrangeirismos só sejam
abordadas depois que os aspectos em foco
tiverem sido compreendidos.
A progressão pode se dar com base na
complexidade do gênero/texto ou no grau de
autonomia do estudante. Sugere-se, inicialmente,
um exercício colaborativo (coletivo e em
grupos/duplas), que progrida para o autônomo.

297
8.3.3 Arte

“A Arte, em todas as suas formas – a linguagem, a dança, os cantos rítmicos,


as cerimônias mágicas – era a atividade social par excellence, comum a todos

e elevando todos os homens acima da natureza, do mundo animal. A arte

nunca perdeu inteiramente esse caráter coletivo.”


A Necessidade da Arte, Ernest Fisher.

A arte faz parte da história da humanidade, desde os primórdios esteve presente nas cavernas onde os

homens primitivos aprenderam seus desenhos e, da mesma maneira, ensinaram esse ofício a alguém.

Assim, a aprendizagem da arte faz parte de normas e valores estabelecidos em cada ambiente cultural,
conhecimentos que envolvem a produção artística em todos os tempos históricos.

No entanto, a área que trata da educação escolar em Arte tem percurso relativamente recente e coincide

com as transformações educacionais, frutos de discussões, preconceitos e controvérsias, desde o século

XIX até os dias atuais, tendo seu auge no século XX, sendo que, na primeira metade desse século, faziam

parte dos programas das escolas primárias e secundárias as disciplinas Desenho, Trabalhos Manuais,

Música e Canto Orfeônico, concentrando o ensino na transmissão de padrões e modelos das culturas

dominantes. Na escola tradicional, valorizavam-se, principalmente, as habilidades manuais — “os dons”

— os hábitos de organização e precisão, mostrando ao mesmo tempo uma visão utilitarista e imediatista

das artes. Aos professores restava trabalhar com exercícios e modelos convencionais, selecionados por
eles em manuais e livros didáticos. O ensino da arte era voltado essencialmente para o domínio técnico,

mais centrado na figura do professor a quem competia transmitir aos estudantes os códigos, os

conceitos e as categorias ligados a padrões estéticos que variavam de linguagem para linguagem, mas
que tinham em comum, sempre, a reprodução de modelos. O reconhecimento do teatro e da dança
dava-se somente em apresentações escolares, por ocasião das datas comemorativas.

A partir da Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961, o ensino de Arte foi constituído no capítulo II, Art.

26 “ Parágrafo único. Os sistemas de ensino poderão estender a sua duração até seis anos, ampliando,
nos dois últimos, os conhecimentos do estudante e iniciando-o em técnicas de artes aplicadas,

adequadas ao sexo e à idade”. Surge, assim, grande ênfase aos Trabalhos Manuais e Desenho, passando
algumas décadas pelo Desenho Geométrico e Técnico, marcenaria e outros, com características da
Educação Tecnicista.

A arte foi incluída no currículo escolar com o título de Educação Artística pela Lei de Diretrizes e Bases

para o Ensino de 1° e 2° graus 5.692/1971, mas foi considerada atividade educativa e não disciplina. A

298
introdução da Educação Artística no currículo escolar foi um avanço, principalmente se considerar que
houve um entendimento em relação à arte na formação dos indivíduos, no entanto o resultado dessa
proposição foi conflitante como apresentado nos Parâmetros Curriculares Nacionais - Arte, de 1997,

pois muitos professores não estavam habilitados e menos ainda preparados para o domínio de várias
linguagens que deveriam ser incluídas no conjunto das atividades artísticas:
Entre os anos 1970 e 1980, os antigos professores de artes plásticas, desenho, música,
artes industriais, artes cênicas e os recém-formados em educação artística, viram-se
responsabilizados por educar os estudantes em todas as linguagens artísticas,
configurando-se a formação do professor Polivalente em arte (BRASIL, 1997, p.29).

Com a evolução da sociedade e da Educação no Brasil e após vários protestos, manifestações e

discussões, o ensino da Arte passou a ocupar um papel relevante com a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional 9.394/96 e a criação dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte (1996) que, pela

sua constituição obrigatória na Educação Básica, buscou um melhor entendimento para o


desenvolvimento da inovação e a criação do estudante autor, preparando-o para sua compreensão de

mundo e suas dimensões, rumo ao caminho da sociedade do século XXI.

Durante este percurso histórico, algumas modificações da LDB aconteceram em favor da Arte, dentre

elas a lei 13.278/2016 que modificou o Artigo 26, paragrafo 6° e definiu as quatro linguagens artísticas

(artes visuais, dança, música e teatro) como as linguagens que constituirão o componente curricular Arte
na Educação Básica.

Com a homologação da BNCC da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, no dia 22 de dezembro

de 2017, publicada na Resolução CNE/CP n. 2, que institui e orienta a implantação da Base Nacional

Comum Curricular a ser respeitada, obrigatoriamente, ao longo das etapas e respectivas modalidades
no âmbito da Educação Básica, todas as ações vieram acompanhadas de grande expectativa, pois sabe-

se que nesse contexto as propostas da Base Nacional Comum Curricular dispõem de etapas necessárias

para a aprendizagem na Educação Básica e, em seu caráter normativo, traz competências e habilidades
práticas, cognitivas e socioemocionais, cabendo a cada Estado o papel de contribuir para um indicador
comum de qualidade na Educação Nacional.

No Ensino Fundamental, o componente curricular Arte está centrado nas seguintes linguagens: Artes

Visuais, Dança, Música, Teatro, bem como suas práticas integradas, ou seja, o professor deverá garantir

aos estudantes desta etapa os conhecimentos integrados das quatro linguagens artísticas, respeitando,
assim, o direito dos estudantes ao desenvolvimento das diversas formas de expressão.

Entende-se que um currículo deve ser construído e considerado nas peculiaridades da comunidade
escolar, priorizando a valorização de produções locais, regionais, nacionais e mundiais, para que ocorra

299
uma identificação cultural e uma visão crítica de sua existência. O objetivo aqui não é o de formar artistas
plásticos, bailarinos, atores ou músicos, mas sim garantir que esses conhecimentos produzidos
contribuam para a contextualização de saberes e práticas artísticas do estudante. Ressalta-se a

necessidade de um olhar flexível, autônomo e coerente, respeitando a diversidade e as diferenças das


culturas locais do Estado de Mato Grosso do Sul, focando no protagonismo e na articulação das práticas

de: criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e refletir sobre formas artísticas (BNCC, 2017), o que
corrobora a visão de Ana Mae Barbosa, arte-educadora brasileira:
“[...] Através das artes é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a
realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo analisar a
realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que
foi analisada.” – Tópicos Utópicos, Ana Mae Barbosa (1998, p.16).

A BNCC propõe que a abordagem das linguagens articule as seis dimensões do conhecimento que, de

forma indissociável e simultânea, caracterizam a singularidade da experiência artística: criação, crítica,


estesia, expressão, fruição e reflexão. Compreende-se que o percurso formativo do estudante, na ótica

da Educação Integral, pressupõe estratégias personalizadas e essas foram organizadas em unidades


temáticas no currículo, pois não se adequam mais às práticas conteudistas e têm a intenção de constituir

a prática de associações entre as linguagens da Arte, a fim de garantir o desenvolvimento esperado de

suas competências. Uma das opções está nas ações interdisciplinares, fator de extrema importância para
superar a fragmentação dos conteúdos e dos currículos não só na escola, mas também no entendimento

da sociedade e suas emoções como um todo.

A divisão das habilidades esperadas em anos, no componente Arte para a BNCC ocorreu em duas etapas,

sendo de 1º ao 5º ano e de 6º ao 9º ano. Seguindo a orientação da Professora Especialista Maria Helena


Webster, consultora do MEC no ProBNCC, considerou-se, para a progressão do Ensino Fundamental, a

divisão dos anos iniciais trazendo a arte presente no mundo que o cerca para seu ser individual,

organizado em três blocos (1º e 2º anos, abordando o conhecer e o compreender das artes, 3º e 4º
conceitos de aplicação e análise das artes e o 5º ano que ressalta as consolidações e avaliações
pertinentes à prática artística). Nos anos finais, os níveis cognitivos e socioemocionais que refletem e

expressam emoções típicas da adolescência e possibilitam comunicações com os seus pares, para isso
foram divididos em dois blocos – 6º e 7º anos abordam ações didáticas que os fazem recordar

conhecimentos adquiridos, compreensão e aplicação de novos conceitos, e no 8º e 9º anos tratam das


análises, avaliações e criações para a efetiva consolidação. Ressalta-se, entretanto, que cabe ao

professor, a discriminação das etapas, conforme a idade e o ano escolar que ele está trabalhando. Além
disso, a observação contínua das produções dos estudantes para identificar possíveis formas de
comunicações veladas ou implícitas que necessitem de especial atenção.

300
Ao lançar um olhar para a realidade do ensino das Artes em Mato Grosso do Sul, depara-se com um
Estado que tem em sua essência a pluralidade cultural em seu processo de formação. Mato Grosso do
Sul faz divisa com dois países: Paraguai e Bolívia e cinco Estados da Federação: Mato Grosso, Minas

Gerais, Goiás, São Paulo e Paraná que exerceram uma marcante e relevante contribuição cultural.
Destaca-se, também, a presença das comunidades camponesas, das nações indígenas e dos grupos

quilombolas que foram fundamentais no processo de construção da identidade sul-mato-grossense.

Diante dessa realidade, a proposta de construção do currículo do Ensino Fundamental de Arte de Mato

Grosso do Sul propõe conhecer os costumes, os modos de fazer a arte produzida em nosso Estado, bem
como seus artistas, museus e instituições que fomentam a Cultura e a Arte sul-mato-grossense, visando

produzir e apreciar a arte nas escolas e na comunidade. Espera-se que este novo documento seja capaz

de nortear o trabalho dos arte- educadores na construção de um novo limiar da Educação e que as artes

continuem contribuindo para a formação integral do ser humano.

8.3.3.1 Competências específicas de Arte, de acordo com a BNCC (2017)

1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do

seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas

sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno


cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades.

2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas integradas, inclusive

aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação, pelo

cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de cada

linguagem e nas suas articulações.

3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais – especialmente aquelas

manifestas na arte e nas culturas que constituem a identidade brasileira –, sua tradição e
manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em Arte.

4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, resinificando espaços

da escola e de fora dela no âmbito da Arte.

5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística.

6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, compreendendo, de forma crítica
e problematizadora, modos de produção e de circulação da arte na sociedade.

301
7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e culturais, por
meio de exercícios, produções, intervenções e apresentações artísticas.

8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes.

9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com


suas histórias e diferentes visões de mundo.

8.3.3.2 Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento, Habilidades e Ações


Didáticas

ARTE - 1º e 2º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Artes visuais Contextos e práticas (MS.EF15AR01.s.01) O conhecimento das formas nas Artes Visuais
Identificar e apreciar formas propicia ao estudante da alfabetização abertura
distintas das artes visuais ao deleite e à sensibilização, utilizando
tradicionais e experiências, por meio de desenho, pintura,
contemporâneas, cultivando escultura, gravura, animação, vídeo, em busca da
a percepção, o imaginário, a construção de uma formação criativa autoral,
capacidade de simbolizar e o com aproveitamento dos simbolismos próprios
repertório imagético. da infância para, assim, identificar e registrar seu
repertório imagético.
Nesta habilidade, espera-se que o estudante
relate e recorde formas distintas das Artes
Visuais, acompanhando a evolução da
humanidade e cultivando o imaginário, e a
capacidade de transcrever seu repertório
imagético.
Uma das possibilidades para o desenvolvimento
deste trabalho é o Tema Contemporâneo
Cultura Sul-Mato-Grossense e Diversidade
Cultural. Esta habilidade apoia-se na discussão
da (MS.EF15AR04.s.04) e embasa a
(MS.EF69AR01.s.01), primeira habilidade prevista
para os anos finais do Ensino Fundamental
Artes visuais Elementos da (MS.EF15AR02.s.02) Espera-se que o professor conduza o estudante
linguagem Explorar e reconhecer na iniciação à pesquisa, por meio de relatos de
elementos constitutivos das experiências com os elementos visuais. Ressalta-
artes visuais (ponto, linha, se, então, que a linguagem visual, tal qual a
forma, cor, espaço, falada e a escrita, também possui seus códigos,
movimento etc.). ou seja, elementos que servem para formar suas
mensagens – “alfabeto visual”: ponto, linha,
forma, direção, tom, cor, textura, proporção,
dimensão, movimento. A partir deles, obtém-se
a matéria-prima para todos os níveis de
inteligência visual, e é também a partir deles que
se planejam e expressam todas as variedades de
manifestações visuais, objetos, ambientes e
experiências. As imagens visualizadas chegam
aos olhos e à memória dos sujeitos compostas
por esses elementos. Recordar a maneira como
esse processo acontece, atrelado às
representações do mundo, conduz o estudante a
pensar na intencionalidade de educar o olhar
que compõe o objetivo da alfabetização visual.
Assim, podem-se conhecer os elementos da

302
ARTE - 1º e 2º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
composição visual, por meio de leituras de
imagens diversas e de obras de arte
(observações de formas impressas, do entorno,
slide etc.), considerando o todo e as expressões
gráficas, examinando o gosto individual pelo
fazer artístico, o respeito à pluralidade de ideias,
a abertura ao novo e as formas de expressão.
Podem ser utilizados recursos visuais e plásticos
variados e obras de artistas mundiais, nacionais
e do Estado do Mato Grosso do Sul. Esta
habilidade integra-se com a (MS.EF15AR23.n.25)
e embasa a (MS.EF69AR02.s.02).
Artes visuais Matrizes estéticas e (MS.EF15AR03.s.03) Inclui-se, nesta habilidade, a apresentação para
culturais Reconhecer e analisar a o conhecimento e a compreensão de diferentes
influência de distintas matrizes estéticas e culturais, como população
matrizes estéticas e culturais campestre, povos indígenas, quilombolas,
das artes visuais nas orientais, europeus, árabes e outras etnias, para
manifestações artísticas das que o estudante aponte e registre a diversidade
culturas locais, regionais e da nossa formação local, regional e nacional,
nacionais. conforme o Tema Contemporâneo Cultura Sul-
Mato-Grossense e Diversidade Cultural deste
documento curricular. É possível utilizar o relato
familiar e comunitário do estudante no
esclarecimento e na discussão desta habilidade,
destacando a importância da valorização da
responsabilidade social, do pensamento crítico e
dos bens culturais do seu entorno. Assim, tem-se
a oportunidade de um trabalho interdisciplinar
com as habilidades (MS.EF04HI10.s.10) da
História, (MS.EF04GE01.s.01) e
(MS.EF04GE02.s.02) da Geografia, para associar
e reafirmar a diversidade de influências na
cultura.
Artes visuais Materialidades (MS.EF15AR04.s.04) O conhecimento provocado nesta habilidade
Experimentar diferentes demanda a prática, principalmente, da
formas de expressão artística experimentação, utilizando diversas matérias.
(desenho, pintura, colagem, Assim, espera-se que o estudante localize
quadrinhos, dobradura, materiais usados para a produção de sua obra
escultura, modelagem, de arte, levando em conta as quatro peças
instalação, vídeo, fotografia fundamentais: matéria, suporte, ferramenta e
etc.), fazendo uso procedimentos:
sustentável de materiais, 1. Matéria: Identificar os tipos de materiais ou
instrumentos, recursos e meios sustentáveis do local, (tinta, argila, sucata,
técnicas convencionais e não cola, materiais naturais como folhas e pedras
convencionais. etc.).
2. Suportes: base onde a obra é realizada (a tela
de um quadro, o papel de um desenho, o
espaço de uma sala, de um pátio de escola, de
um jardim, da rua etc.);
3. Ferramentas: instrumentos/equipamentos
utilizados na produção (pincéis, lápis, lápis de
cor, grafite, carvão, etc.).
4. Procedimentos: Modos de articular a matéria
na criação da obra (pintura, colagem, escultura,
dobradura etc.).
Essa experiência poderá ser desenvolvida
apoiando-se no Tema Contemporâneo Educação
Ambiental, de nosso documento curricular.
Consideram-se, nesta habilidade, diversas

303
ARTE - 1º e 2º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
propostas didáticas, envolvendo
coletivo/colaborativo, as práticas de
responsabilidade com o mundo em que vivemos
e a discussão acerca dos problemas próprios da
temática abordada. Esta habilidade pode ser
trabalhada com a (MS.EF15AR01.s.01) e embasa
o desenvolvimento da habilidade
(MS.EF15AR05.s.05). Há, também, a
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
(MS.EF12LP05.s.05) e a (MS.EF15LP14.s.14) da
Língua Portuguesa, no que se refere a conhecer
e utilizar histórias em quadrinhos, charges,
tirinhas e outras formas de expressão artística.
Artes visuais Processos de criação (MS.EF15AR05.s.05) O estudante deverá registrar e recordar
Experimentar a criação em múltiplas criações em Artes Visuais de modo
artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, relatando
individual, coletivo e diversas possibilidades encontradas, aprendendo
colaborativo, explorando e praticando o respeito às diversidades,
diferentes espaços da escola conforme o Tema Contemporâneo Direitos das
e da comunidade. Crianças e dos Adolescentes. O desafio para o
estudante consiste em relatar novas ideias,
defender suas escolhas, elaborar novas formas
de proposições estéticas e ser protagonista em
sua singularidade, a serviço da coletividade. Esta
habilidade pode ser trabalhada com a
(MS.EF15AR02.s.02) e à (MS.EF15AR04.s.04) e
embasa a (MS.EF69AR06.s.06).
Artes visuais Processos de criação (MS.EF15AR06.s.06) A habilidade de dialogar pressupõe que o
Dialogar sobre a sua criação estudante possa relatar seu processo de criação
e as dos colegas, para e também escutar sobre a produção dos
alcançar sentidos plurais. colegas, ampliando a percepção da pluralidade
de significados atribuíveis às manifestações
artísticas e identificar diversas formas de
produções. Nesse processo, potencializam-se as
diversas competências cognitivas e
socioemocionais, entre elas o
Autoconhecimento, a Comunicação e a
Criatividade. Esta habilidade pode ser trabalhada
em conjunto com a (MS.EF15AR04.s.04) e a
(MS.EF15AR05.s.05).
Artes visuais Sistemas da (MS.EF15AR07.s.07) Esta habilidade pressupõe conhecer espaços de
linguagem Reconhecer algumas criação e produção, espaços de organização,
categorias do sistema das catalogação e preservação (museus e centros
artes visuais (museus, culturais e as suas equipes), espaços de
galerias, instituições, artistas, exposição e comercialização (galerias de arte e
artesãos, curadores etc.). espaços comerciais) e espaços públicos.
Destaca-se a necessidade prática de uma atitude
de respeito em relação a esses espaços. Esta
habilidade pode ser associada, por exemplo, ao
Tema Contemporâneo Educação Fiscal, que
ajudará o estudante na compreensão da Arte
como profissão e fonte de renda. É importante
que o professor possibilite ao estudante visitas
in loco, ou visitações virtuais e simuladores
disponíveis na Internet. Podem-se utilizar,
também, obras da História da Arte e da Arte de
MS. Esta habilidade pode, também, ser
trabalhada em conjunto com a

304
ARTE - 1º e 2º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
(MS.EF15AR25.s.27) e com a (MS.EF15LP15.s.15)
de Língua Portuguesa.
Dança Contextos e práticas (MS.EF15AR08.s.08) Nesta prática espera-se que o estudante
Experimentar e apreciar experimente e vivencie ações corporais
formas distintas de expressivas, reconhecendo seu corpo, por meio
manifestações da dança da exploração do movimento, buscando desde o
presentes em diferentes prazer até a repulsa, utilizando-se de
contextos, cultivando a brincadeiras e buscando recordar e identificar
percepção, o imaginário, a seus próprios movimentos e de outros, por meio
capacidade de simbolizar e o da cultura local, de seus costumes e valores, da
repertório corporal. projeção de vídeos de diferentes manifestações
da dança. O estudante amplia, assim, o
repertório corporal, a imaginação, a percepção e
a construção de significado do movimento
corporal, das rodas cantadas, brincadeiras com
diversas variações rítmicas, atividades de
expressão corporal, variações rítmicas distintas e
demais possibilidades criativas. Esta habilidade
pode ser relacionada à (MS.EF15AR10.s.10) e
embasa o desenvolvimento da
(MS.EF69AR09.s.09) nos anos finais do Ensino
Fundamental. A interdisciplinaridade é um fator
de extrema importância para superar a
fragmentação dos conteúdos e dos currículos
não só na escola, mas também no entendimento
do conhecimento como um todo. Há, nesta
habilidade, oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a (MS.EF12EF01.s.01),
(MS.EF12EF11.s.11) e a (MS.EF35EF02.s.01) da
Educação Física e (MS.EH01HI05.s.05) da
História, associadas à experimentação e
identificação de semelhanças e diferenças entre
distintas manifestações da dança em diferentes
contextos.
Dança Elementos da (MS.EF15AR09.s.09) Espera-se que o estudante identifique as
linguagem Estabelecer relações entre as relações entre as partes do corpo (pés, dedos
partes do corpo e destas dos pés, mãos, dedos das mãos, quadris, cabeça,
com o todo corporal na pescoço,...) e que conheça e relate as relações
construção do movimento corporais de lateralidade, bem como as
dançado. possibilidades de movimentos combinados
individuais e/ou coletivos, procurando
compreender as diferenças expressivas nas
atividades. Pode-se, nesta habilidade,
estabelecer conexão com a (MS.EF15AR08.s.08).
Esta habilidade embasa o desenvolvimento da
(MS.EF69AR08.s.08), nos anos finais do Ensino
Fundamental, e pode ser associada à
(MS.EF12EF00.n.21) e à (MS.EF12EF08.s.13) da
Educação Física.
Dança Elementos da (MS.EF15AR10.s.10) Espera-se, nesta habilidade, que os estudantes
linguagem Experimentar diferentes sejam conduzidos a relatar, testar, fazer, refazer,
formas de orientação no repetir e sentir prazer e/ou repulsa ao
espaço (deslocamentos, movimento corporal na vivência de espaços,
planos, direções, caminhos orientações e ritmos diferentes. Esta habilidade
etc.) e ritmos de movimento pode também ser trabalhada em conjunto com a
(lento, moderado e rápido) (MS.EF01GE09.s.09) e a (MS.EF02GE10.s.10) da
na construção do Geografia, propiciando ao estudante a
movimento dançado. percepção de seus movimentos e suas relações
com o espaço. Há, ainda, outras oportunidades

305
ARTE - 1º e 2º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
de trabalho interdisciplinar com as habilidades
de diversas áreas do conhecimento, tais como
(MS.EF12EF07.s.05), (MS.EF35EF07.s.05),
(MS.EF35EF09.s.06) da Educação Física e
(MS.EF01MA11.s.11), (MS.EF02MA12.s.12),
(MS.EF03MA12.s.12), (MS.EF04MA16.s.16) e
(MS.EF05MA15.s.15) da Matemática, associadas
à experimentação, descrição e representação de
movimentos de pessoas e objetos no espaço.
Dança Processos de criação (MS.EF15AR11.s.11) A habilidade de conhecer e reconhecer
Criar e improvisar movimentos implica fazer e refazer múltiplas
movimentos dançados de experimentações para combinar os elementos
modo individual, coletivo e estruturantes da dança. Espera-se que o
colaborativo, considerando estudante experimente movimentos dançados
os aspectos estruturais, de modo individual, coletivo e colaborativo.
dinâmicos e expressivos dos Além disso, é possível conectar esta habilidade
elementos constitutivos do às aprendizagens previstas na
movimento, com base nos (MS.EF15AR08.s.08), (MS.EF15AR09.s.09) e na
códigos de dança. (MS.EF15AR10.s.10).
Dança Processos de criação (MS.EF15AR12.s.12) Espera-se que o estudante possa participar,
Discutir, com respeito e sem observar e expressar-se em todas as atividades
preconceito, as experiências que envolvam a dança e as experiências pessoais
pessoais e coletivas em e coletivas em dança vivenciadas na escola, com
dança vivenciadas na escola, respeito e sem preconceito, para discutir e
como fonte para a relatar sobre possíveis preconceitos, não
construção de vocabulários somente na dança, mas também nas diversas
e repertórios próprios. linguagens da Arte. Nesse ponto, há a
oportunidade, também, de danças de origens
diversas para a sua valorização e significado.
Pode relacionar-se com a (MS.EF15AR13.s.13)
interdisciplinarmente, e a (MS.EF15EF13.s.13),
bem como embasar a (MS.EF67EF11.s.11).
Música Contextos e práticas (MS.EF15AR13.s.13) Nesta habilidade espera-se que o estudante
Identificar e apreciar possa sentir e escutar, atentamente, o material
criticamente diversas formas sonoro, identificando e conhecendo as formas
e gêneros de expressão musicais. Isso é indispensável para que se
musical, reconhecendo e estabeleça o diálogo sobre elas e entre suas
analisando os usos e as funções no contexto social e de circulação.
funções da música em Ressalta-se que esse desenvolvimento deve ser
diversos contextos de gradativo e consolidar-se nos anos finais do
circulação, em especial, Ensino Fundamental. Esta habilidade pode ser
aqueles da vida cotidiana. trabalhada em conjunto com a
(MS.EF15AR14.s.14) e embasa o
desenvolvimento da habilidade
(MS.EF69AR16.s.1) nos anos finais do Ensino
Fundamental. Há, nesta ação, a oportunidade de
trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF35LP23.s.23) e (MS.EF35LP27.s.28) da
Língua Portuguesa, no que se refere à
apreciação, leitura e interpretação de letras de
música.
Música Elementos da (MS.EF15AR14 .s.14) Esta habilidade requer que o estudante possa
linguagem Perceber e explorar os conhecer os elementos constitutivos da música,
elementos constitutivos da identificar características e testar elementos
música (altura, intensidade, básicos do som, como altura (sons agudos e
timbre, melodia, ritmo etc.), graves), duração (longos e curtos), intensidade
por meio de jogos, (fortes e fracos) e timbres (a voz do instrumento
brincadeiras, canções e ou pessoa) e os elementos da música, como
práticas diversas de ritmo, melodia e harmonia. Para o

306
ARTE - 1º e 2º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
composição/criação, desenvolvimento desta habilidade, é necessário
execução e apreciação que o estudante possa registrar, relatar e
musical. identificar relações e sentidos com o sonoro e o
musical, por meio de práticas lúdicas,
favorecendo o entusiasmo, a desenvoltura, a
curiosidade e a livre expressão. Esta habilidade
complementa-se com a (MS.EF15AR15.s.15),
incluindo fontes sonoras diversas na exploração
de elementos da música e do som no cotidiano
e pode ser trabalhada em conjunto com a
(MS.EF15AR13.s.13), além de embasar o
desenvolvimento da (MS.EF69AR20.s.23), nos
anos finais do Ensino Fundamental. Há, também,
a oportunidade para o trabalho com a
habilidade (MS.EF12LP07.s.07) da Língua
Portuguesa.
Música Materialidades (MS.EF15AR15.s.15) Na execução desta habilidade espera-se que o
Explorar fontes sonoras estudante possa compreender identificar e
diversas, como as existentes diferentes fontes sonoras convencionais
no próprio corpo (palmas, (instrumentos musicais) e não convencionais
voz, percussão corporal), na (sons como o corpo e objetos). Nos primeiros
natureza e em objetos anos, o estudante está mais próximo da
cotidianos, reconhecendo os percepção do som por ações de percussão
elementos constitutivos da (batida e raspagem), para exemplificar, podem
música e as características ser usados alguns vídeos de grupos musicais
de instrumentos musicais que trabalham com essa vertente. É importante
variados. considerar que, para os estudantes dos
primeiros anos do Ensino Fundamental, o
desenhar do som, com elementos básicos das
Artes Visuais, transformando-os em signos
gráficos, amplia-se a compreensão do som,
silêncio e ruído, por meio do pensamento visual.
Registrar diferentes timbres, alturas, intensidades
e o questionamento sobre a presença múltipla
dos elementos do som, em uma mesma música,
permite a ampliação dos exercícios nos
processos de criação. Os registros não
convencionais possibilitam ao estudante
exercitar uma relação entre duas linguagens da
Arte: Artes Visuais e música. Esta habilidade
dialoga com a (MS.EF15AR02.s.02) - Elementos
da Linguagem e embasa o desenvolvimento da
MS.EF69AR22.s.25, nos anos finais do Ensino
Fundamental. Esta habilidade dialoga com a
(MS.EF15AR14.s.14) e a (MS.EF15AR16.s.16) e
embasa a (MS.EF69AR21.s.24). Há, nesta ação, a
oportunidade para o trabalho interdisciplinar
com as habilidades (MS.EF12LP07.s.07), da
Língua Portuguesa.
Música Notação e registro (MS.EF15AR16.s.16) Espera-se que o estudante conheça variações
musical Explorar diferentes formas rítmicas, de volume, intensidade e relacione-os
de registro musical não aos registros gráficos do som. A criação e
convencional (representação exploração da notação musical não convencional
gráfica de sons, partituras podem acontecer com proposições movidas por
criativas etc.), bem como parâmetros do som — intensidade, altura,
procedimentos e técnicas de duração e timbre. Pode-se explorar o registro do
registro em áudio e som e do silêncio. As gravações em áudio e
audiovisual, e reconhecer a vídeo permitem o registro de audiovisuais. Esta
habilidade dialoga com a (MS.EF15AR02.s.02) —

307
ARTE - 1º e 2º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
notação musical Elementos da Linguagem na unidade temática
convencional. Artes Visuais — e embasa o desenvolvimento da
(MS.EF69AR22.s.25) nos anos finais do Ensino
Fundamental.
Música Processos de criação (MS.EF15AR17.s.17) Esta habilidade deve propiciar ao estudante
Experimentar improvisações, recordar e registrar múltiplas possibilidades de
composições e sonorização sonorização corporal e instrumental, de forma
de histórias, entre outros, individual ou coletiva. Para que o estudante
utilizando vozes, sons consiga desenvolver essa ação, ressalta-se a
corporais e/ou instrumentos importância da valorização do indivíduo,
musicais convencionais ou estimulando a sua criatividade e imaginação. Do
não convencionais, de modo mesmo modo, é fundamental reconhecer,
individual, coletivo e respeitar e valorizar o fazer musical dos
colaborativo. estudantes. Na vivência e no desenvolvimento
de todo o percurso é que se encontram os
aprendizados sonoros. Esta habilidade dialoga
com a (MS.EF15AR15.s.15) e embasa o
desenvolvimento da habilidade
(MS.EF69AR23.26), nos anos finais do Ensino
Fundamental. Há, nesta ação, a oportunidade de
trabalho interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF01LP19.s.19) da Língua Portuguesa, no
que se refere a recitar textos ritmados.
Teatro Contextos e práticas (MS.EF15AR18.s.18) Espera-se, nesta habilidade, que o educador
Reconhecer e apreciar conduza o estudante ao procedimento de
formas distintas de discussão de repertório, por meio da observação
manifestações do teatro e apreciação das formas teatrais, em diferentes
presentes em diferentes formas e contextos. A prática de observação em
contextos, aprendendo a ver diferentes locais públicos permite a percepção
e a ouvir histórias múltipla de como as pessoas se expressam com
dramatizadas e cultivando a a entonação de voz, gestos, forma de narrar
percepção, o imaginário, a acontecimentos, criação de personagens
capacidade de simbolizar e o relacionados a uma função ou tema, dentre
repertório ficcional. outros. O brincar e o faz de conta, mediados e
que se tornam teatro, fazem com que esta
habilidade se concretize. Esta habilidade dialoga
com a (MS.EF15AR19.s.19) e embasa o
desenvolvimento da (MS.EF69AR24.s.27), nos
anos finais do Ensino Fundamental. Há, nesta
ação, a oportunidade de trabalho interdisciplinar
com as habilidades (MS.EF01LP26.s.26) da Língua
Portuguesa e (MS.EF01HI06.s.06) da História,
associadas à identificação de elementos
narrativos em textos lidos, ouvidos e, também,
dramatizados.
Teatro Elementos da (MS.EF15AR19.s.19) O estudante deverá repetir e reagir a diferentes
linguagem Descobrir teatralidades na possibilidades expressivas no contexto da vida
vida cotidiana, identificando cotidiana, por meio da percepção dos elementos
elementos teatrais (variadas teatrais e das atividades lúdicas, percebendo-se
entonações de voz, de modo espontâneo, autêntico, individual e
diferentes fisicalidades, colaborativo. Esta habilidade dialoga com a
diversidade de personagens (MS.EF15AR18.s.18) e embasa o
e narrativas etc.). desenvolvimento da (MS.EF69AR26.s.29), nos
anos finais do Ensino Fundamental. Há, também,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF15AR12.s.13) e
(MS.EF04LP17.s.17) da Língua Portuguesa.

308
ARTE - 1º e 2º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Teatro Processos de criação (MS.EF15AR20.s.20) Espera-se que o estudante reconheça atividades
Experimentar o trabalho de caráter colaborativo e coletivo, por meio de
colaborativo, coletivo e improvisações teatrais, outras diversas
autoral em improvisações linguagens do teatro, gestos e ações do
teatrais e processos cotidiano. A sua ação permite a construção de
narrativos criativos em empatia e autoconfiança. Esta habilidade dialoga
teatro, explorando desde a com a (MS.EF15AR21.s.21) e a
teatralidade dos gestos e (MS.EF15AR22.s.22) e embasa o
das ações do cotidiano até desenvolvimento da (MS.EF69AR30.s.33), nos
elementos de diferentes anos finais do Ensino Fundamental..
matrizes estéticas e culturais.
Teatro Processos de criação (MS.EF15AR21.s.21) O estudante deverá se expressar utilizando-se de
Exercitar a imitação e o faz elementos do cotidiano e do faz de conta,
de conta, ressignificando reconhecendo personagens, tempo e espaço,
objetos e fatos e mímeses, ressignificações, a partir de recursos,
experimentando-se no lugar como músicas, textos e outras possibilidades.
do outro, ao compor e Esta habilidade dialoga com a
encenar acontecimentos (MS.EF15AR20.s.20) e a (MS.EF15AR22.s.22) e
cênicos, por meio de embasa o desenvolvimento da
músicas, imagens, textos ou (MS.EF69AR27.s.30) e da (MS.EF69AR29.s.31),
outros pontos de partida, de nos anos finais do Ensino Fundamental
forma intencional e reflexiva.
Teatro Processos de criação (MS.EF15AR22.s.22) Espera-se que o estudante possa identificar a
Experimentar possibilidades construção de personagens diferenciados ou
criativas de movimento e de comportamentos padronizados, por meio de
voz na criação de um suas experiências e diferentes personagens
personagem teatral, teatrais. Esta habilidade dialoga com a
discutindo estereótipos. (MS.EF15AR20.s.20) e a (MS.EF15AR21.s.21) e
embasa o desenvolvimento da
(MS.EF69AR30.s.33), nos anos finais do Ensino
Fundamental.
Teatro Contextos e práticas (MS.EF15AR00.n.23) O estudante deverá conhecer histórias,
Conhecer histórias, brincadeiras, contos e lendas, mundiais,
brincadeiras, contos e nacionais e de Mato Grosso do Sul e relatar
lendas, mundiais, nacionais e diferentes possibilidades expressivas no
do Mato Grosso do Sul, contexto da vida cotidiana e do folclore, cultura
desenvolvendo a capacidade regional e local, por meio de atividades teatrais,
imaginativa. expressando-se de modo espontâneo, criativo,
individual e colaborativo. Esta habilidade dialoga
com a (MS.EF15AR20.s.20), a
(MS.EF15AR21.s.21) e a (MS.EF15AR22.s.22).
Teatro Contextos e práticas (MS.EF15AR00.n.24) Espera-se, por meio desta habilidade, abordar, a
Compreender com partir da linguagem teatral, a autoaceitação e
naturalidade as reações construção do ser cultural, valorizando os
emocionais provenientes das processos emocionais e de memória. As práticas
atividades práticas teatrais, teatrais conectam-se aos sentimentos, aflorando
através de diversas reações das mais variadas e cabe ao professor
experiências. orientar o estudante sobre a naturalidade do
sentir para o seu desenvolvimento afetivo,
podendo associar-se, por exemplo, à Educação
em Direitos Humanos. Esta habilidade articula-se
com a (MS.EF15AR18.s.18), a (MS.EF15AR20.s.20)
e a (MS.EF15AR22.s.22).
Artes integradas Processos de criação (MS.EF15AR23.s.25) O estudante deverá comunicar-se utilizando
Reconhecer e experimentar, elementos do mundo do faz de conta,
em projetos temáticos, as reconhecendo personagens, tempo e espaço,
relações processuais entre imitações, integrações a partir de recursos, como
diversas linguagens músicas, diversas tipologias textuais, recordando
artísticas. e repetindo diversas possibilidades de

309
ARTE - 1º e 2º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
representação. Esta habilidade pode dialogar
com a (MS.EF15AR05.s.05) que propõe processos
criativos em novos espaços, podendo associar-se
aos Temas Contemporâneos deste Currículo.
Artes integradas Matrizes estéticas e (MS.EF15AR24.s.26) Esta habilidade propõe uma aproximação com
culturais Caracterizar e experimentar as brincadeiras e sons próprios da infância e o
brinquedos, brincadeiras, uso das matrizes estéticas e culturais dos
jogos, danças, canções e diferentes povos e etnias, ao longo da história.
histórias de diferentes Há, nesta habilidade, oportunidade de trabalho
matrizes estéticas e culturais. interdisciplinar com a (MS.EF12EF01.s.01) e a
(MS.EF12EF11.s.08) da Educação Física, com a
MS.EF01HI05.s.05, da História e com a
MS.EF01GE02.s.02 e a MS.EF01GE06.s.06 da
Geografia, associadas à descoberta e
identificação de semelhanças e diferenças entre
brincadeiras, jogos e danças de diferentes
lugares, matrizes estéticas e culturais e tempos
históricos. Há, também, oportunidade de
articulação com as habilidades de Língua
Portuguesa (MS.EF04LP12.s.12),
(MS.EF04LP13.s.13) e com a (MS.EF35EF01.s.01)
da Educação Física, no que se refere à
experimentação e compreensão das regras de
jogos e brincadeiras.
Artes integradas Patrimônio cultural (MS.EF15AR25.s.27) Espera-se que o estudante valorize, nesta
Conhecer e valorizar o habilidade, as manifestações culturais de outras
patrimônio cultural, material comunidades, ao longo da sua história, conheça
e imaterial, de culturas e recorde brincadeiras, jogos, danças, canções,
diversas, em especial a histórias e expressões das diferentes matrizes
brasileira, incluindo-se suas estéticas e culturais, principalmente as
matrizes indígenas, africanas pertencentes à cultura brasileira. As
e europeias, de diferentes manifestações culturais mais amplas geralmente
épocas, favorecendo a envolvem recursos das quatro linguagens da
construção de vocabulário e arte. Esta habilidade embasa o desenvolvimento
repertório relativos às da (MS.EF69AR33.s.36), nos anos finais do Ensino
diferentes linguagens Fundamental, e oportuniza o trabalho
artísticas. interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03HI04.s.04) da História e com a
(MS.EF03GE02.s.02) da Geografia, associadas ao
reconhecimento do patrimônio histórico e
cultural. Oferece, também, a oportunidade de
trabalho interdisciplinar com a habilidade
MS.EF04GE06.s.06 da Geografia, no que se refere
à identificação e à descrição de territórios
étnico-culturais existentes no Brasil, tais como
terras indígenas e comunidades remanescentes
de quilombos e outras.
Artes integradas Arte e tecnologia (MS.EF15AR26.s.28) Esta habilidade diz respeito a utilizar diferentes
Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais, no sentido de
tecnologias e recursos descobrir, conhecer e manusear essas
digitais (multimeios, ferramentas, bem como suas potencialidades
animações, jogos nos processos criativos. Desse modo, espera-se a
eletrônicos, gravações em aproximação do estudante com a imaterialidade
áudio e vídeo, fotografia, na arte, sensibilizando-o para a utilização das
softwares etc.) nos processos primeiras ferramentas tecnológicas e eletrônicas.
de criação artística. Vale, nesta habilidade, explorar recursos da Rede
Mundial de Computadores, APPs disponíveis
para Android e IOS, além de atividades de
criação e programação para novos aplicativos e

310
ARTE - 1º e 2º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
robótica, gamificação e visitações virtuais. Ela se
relaciona diretamente com a (MS.EF15AR25.s.26)
e embasa a (MS.EF69AR26.s.29), nos anos finais
do Ensino Fundamental.

ARTE - 3º e 4º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Artes visuais Contextos e práticas (MS.EF15AR01.s.01) A identificação das formas nas Artes Visuais
Identificar e apreciar formas propicia ao estudante do 3º e 4º anos a vivência
distintas das artes visuais ao deleite e à sensibilização para a observação
tradicionais e do mundo que o cerca, utilizando experimentos
contemporâneas, cultivando pessoais e coletivos de desenho, pintura,
a percepção, o imaginário, a escultura, gravura, animação, vídeo, dentre
capacidade de simbolizar e o outros, em busca da construção de uma
repertório imagético. formação criativa e autoral, por meio dos
simbolismos próprios da infância, ampliando e
estruturando seu repertório imagético.
Nesta habilidade, espera-se que o estudante
identifique e aprecie formas distintas das Artes
Visuais, acompanhando a evolução da
humanidade e cultivando o imaginário e a
capacidade de utilizar o próprio repertório
imagético.
Uma das possibilidades para o desenvolvimento
deste trabalho é o Tema Contemporâneo Cultura
Sul-Mato-Grossense e Diversidade Cultural.
Esta habilidade apoia-se na compreensão da
(MS.EF15AR04.s.04) e embasa a
(MS.EF69AR01.s.01), primeira habilidade prevista
para os anos finais do Ensino Fundamental.
Artes visuais Elementos da (MS.EF15AR02.s.02) Espera-se que o professor priorize o processo de
linguagem Explorar e reconhecer exploração e experimentação com os elementos
elementos constitutivos das da linguagem visual. Ressalta-se, então, a
artes visuais (ponto, linha, necessidade do aprofundamento gradativo em
forma, cor, espaço, conceitos da linguagem visual, tal qual a falada e
movimento etc.). a escrita. Nunca esquecendo que esta também
possui seus códigos, ou seja, elementos que
servem para formar suas mensagens – alfabeto
visual: ponto, linha, forma, direção, tom, cor,
textura, proporção, dimensão, movimento. A
partir deles, obtém-se a matéria-prima para
todos os níveis de inteligência visual, e é
também a partir deles que se planejam e
expressam todas as variedades de manifestações
visuais, objetos, ambientes e experiências. As
imagens visualizadas chegam aos olhos e à
memória dos sujeitos compostas por esses
elementos; recordar a maneira como esse
processo acontece, atrelado às representações
do mundo, conduz o estudante a pensar na
intencionalidade de educar o olhar que compõe
o objetivo da alfabetização visual. Assim,
podem-se reconhecer os elementos da
composição visual, por meio de leituras de

311
ARTE - 3º e 4º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
imagens diversas e de obras de arte
(observações de formas impressas, do entorno,
slide etc.), considerando o todo e as expressões
gráficas, fomentando o gosto pelo fazer artístico,
o respeito à pluralidade de ideias, a abertura ao
novo e as formas de expressão. Podem ser
utilizados recursos visuais e plásticos variados e
obras de artistas mundiais, nacionais e do Estado
do Mato Grosso do Sul. Esta habilidade interage
com a (MS.EF15AR00.n.23) e embasa a
(MS.EF69AR02.s.02).
Artes visuais Matrizes estéticas e (MS.EF15AR03.s.03) Inclui-se, nesta habilidade, a pesquisa e o
culturais Reconhecer e analisar a reconhecimento de diversas influências de
influência de distintas diferentes matrizes estéticas e culturais, como
matrizes estéticas e culturais população campestre, povos indígenas,
das artes visuais nas quilombolas, orientais, europeus, árabes e outras
manifestações artísticas das etnias, para que o estudante aponte a
culturas locais, regionais e diversidade da nossa formação local, regional e
nacionais. nacional, conforme o Tema Contemporâneo
Cultura Sul-Mato-Grossense e Diversidade
Cultural deste documento curricular. É possível
utilizar o relato familiar e comunitário do
estudante no registro desta habilidade,
destacando a importância da valorização da
responsabilidade social, do pensamento crítico e
dos bens culturais do seu entorno. Assim, temos
a oportunidade de um trabalho interdisciplinar
com as habilidades (MS.EF04HI10.s.10) da
História, (MS.EF04GE01.s.01) e
(MS.EF04GE02.s.02) da Geografia, associadas ao
reconhecimento dessa diversidade de influências
na cultura.
Artes visuais Materialidades (MS.EF15AR04.s.04) O conhecimento provocado nesta habilidade
Experimentar diferentes demanda a prática, principalmente, da
formas de expressão artística experimentação, utilizando-se diversas matérias.
(desenho, pintura, colagem, Assim, espera-se que o estudante faça uma
quadrinhos, dobradura, leitura orientada dos materiais a serem usados
escultura, modelagem, para a produção de sua obra de arte, levando
instalação, vídeo, fotografia em conta as quatro peças fundamentais: a
etc.), fazendo uso matéria (valorizando os tipos de materiais
sustentável de materiais, sustentáveis do local), o suporte, a ferramenta e
instrumentos, recursos e os procedimentos:
técnicas convencionais e não 1. Matéria: materiais ou meios (tinta, argila,
convencionais. sucata, cola, materiais naturais como folhas e
pedras etc.).
2. Suportes: base onde a obra é realizada (a tela
de um quadro, o papel de um desenho, o espaço
de uma sala, de um pátio de escola, de um
jardim, da rua etc.);
3. Ferramentas: instrumentos/equipamentos
utilizados na produção (pincel, lápis, lápis de cor
etc.).
4. Procedimentos: Modos de articular a matéria
na criação da obra (pintura, colagem, escultura,
dobradura etc.).
Essa experiência poderá ser desenvolvida
apoiando-se no tópico 3; 3.4 Educação
Ambiental, deste documento curricular.
Consideram-se, nesta habilidade, diversas

312
ARTE - 3º e 4º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
propostas didáticas, envolvendo
coletivo/colaborativo, as práticas de
responsabilidade com o mundo em que vivemos
e a resolução dos problemas próprios desses
processos. Esta habilidade pode ser trabalhada
com a (MS.EF15AR01.s.01) e embasa o
desenvolvimento da habilidade
(MS.EF15AR05.s.05). Há, nesta habilidade, a
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
(MS.EF12LP05.s.05) e a (MS.EF15LP14.s.14) da
Língua Portuguesa, no que se refere a conhecer
e utilizar histórias em quadrinhos, charges,
tirinhas e outras formas de expressão artística.
Artes visuais Processos de criação (MS.EF15AR05.s.05) O estudante deverá registrar e recordar múltiplas
Experimentar a criação em criações em Artes Visuais de modo individual,
artes visuais de modo coletivo e colaborativo, descobrindo diversas
individual, coletivo e possibilidades, aprendendo e praticando o
colaborativo, explorando respeito às diversidades, conforme o Tema
diferentes espaços da escola Contemporâneo Direitos das Crianças e dos
e da comunidade. Adolescentes. O desafio para o estudante
consiste em relacionar novas percepções,
defender suas escolhas, elaborar novas formas
de proposições estéticas e ser protagonista em
sua singularidade, a serviço da coletividade. Esta
habilidade pode ser trabalhada com a
(MS.EF15AR02.s.02) e à (MS.EF15AR04.s.04) e
embasa a (MS.EF69AR06.s.06).
Artes visuais Processos de criação (MS.EF15AR06.s.06) A habilidade de dialogar supõe que o estudante
Dialogar sobre a sua criação possa articular, expressivamente, sobre seu
e as dos colegas, para processo de criação e também escutar e refletir
alcançar sentidos plurais. sobre o fazer de seus colegas, ampliando a
percepção da pluralidade de significados
atribuíveis às manifestações artísticas. Nesse
processo, potencializa-se o registro criativo dos
estudantes. Esta habilidade pode ser trabalhada
em conjunto com a (MS.EF15AR04.s.04) e a
(MS.EF15AR05.s.05).
Artes visuais Sistemas da (MS.EF15AR07.s.07) Esta habilidade pressupõe visitar os diferentes
linguagem Reconhecer algumas espaços de criação e produção, espaços de
categorias do sistema das organização, catalogação e preservação (museus
artes visuais (museus, e centros culturais e as suas equipes), espaços de
galerias, instituições, artistas, exposição e comercialização (galerias de arte e
artesãos, curadores etc.). espaços comerciais), espaços públicos. Destaca-
se a necessidade prática de uma atitude de
respeito em relação a esses espaços. Esta
habilidade pode ser associada, por exemplo, ao
Tema Contemporâneo Educação Fiscal, que
ajudará o estudante na compreensão da Arte
como profissão e fonte de renda. É importante
que o professor possibilite ao estudante visitas
in loco, bem como visitações virtuais e
simuladores disponíveis na Internet. Podem-se
utilizar, também, obras de arte da História da
Arte e da Arte de MS. Esta habilidade pode,
ainda, ser trabalhada em conjunto com a
(MS.EF15AR25.s.27) e com a (MS.EF15LP15.s.15)
de Língua Portuguesa.

313
ARTE - 3º e 4º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Dança Contextos e práticas (MS.EF15AR08.s.08) Nesta prática espera-se que o estudante
Experimentar e apreciar experimente e vivencie ações corporais
formas distintas de expressivas, por meio da pesquisa para
manifestações da dança aprofundamento de novas formas e execução de
presentes em diferentes movimentos expressivos, buscando desde o
contextos, cultivando a prazer até a repulsa, apropriando-se de
percepção, o imaginário, a brincadeiras, apreciando seus próprios
capacidade de simbolizar e o movimentos e de seus pares, presencialmente
repertório corporal. ou por meio da projeção de vídeos de diferentes
manifestações da dança. Dessa forma, amplia o
repertório corporal, a imaginação, a percepção, e
atribui a construção de significado do
movimento corporal, como rodas cantadas,
brincadeiras rítmicas, atividades de expressão
corporal, variações rítmicas distintas e demais
possibilidades criativas. Esta observação pode
ser relacionada à habilidade (MS.EF15AR10) e
embasa o desenvolvimento da (MS.EF69AR09),
nos anos finais do Ensino Fundamental. Há,
nesta ação, oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF12EF01), (MS.EF12EF11), (MS.EF35EF20) da
Educação Física e (MS.EH01HI05) da História,
associadas à experimentação e identificação de
semelhanças e diferenças entre distintas
manifestações da dança em diferentes contextos.
Dança Elementos da (MS.EF15AR09.s.09) Espera-se que o estudante identifique e
linguagem Estabelecer relações entre as diferencie as relações entre as partes do corpo
partes do corpo e destas (pés, dedos dos pés, mãos, dedos das mãos,
com o todo corporal na quadris, cabeça, pescoço). O estudante deverá
construção do movimento comparar e diferenciar as relações corporais de
dançado. lateralidade e possibilidades de movimentos
combinados individuais, procurando
compreender as diferentes expressões corporais
nas atividades. Pode-se, nesta habilidade,
estabelecer conexão com a (MS.EF15AR08). Esta
habilidade embasa o desenvolvimento da
(MS.EF69AR08), nos anos finais do Ensino
Fundamental, e pode ser associada às
(MS.EF12EF24) e a (MS.EF12EF13) de Educação
Física.
Dança Elementos da (MS.EF15AR10.s.10) Espera-se que nesta habilidade os estudantes
linguagem Experimentar diferentes sejam conduzidos a investigar, testar, fazer,
formas de orientação no refazer e lidar com sentimentos de prazer e
espaço (deslocamentos, repulsa ao corpo e/ou movimento, na vivência
planos, direções, caminhos de espaços, orientações e ritmos diferentes. Esta
etc.) e ritmos de movimento habilidade pode também ser trabalhada
(lento, moderado e rápido) especialmente em conjunto com as habilidades
na construção do (MS.EF01GE09.s.09) e (MS.EF02GE10.s.10) da
movimento dançado. Geografia, propiciando ao estudante a
percepção de seus movimentos e suas relações
com o espaço. Há, ainda, outras oportunidades
de trabalho interdisciplinar, com as habilidades
(MS.EF12EF07.s.05), (MS.EF12EF11.s.05),
(MS.EF35EF07.s.05), (MS.EF35EF09.s.06), da
Educação Física; (MS.EF01MA11.s.11),
(MS.EF02MA12.s.12), (MS.EF03MA12.s.12),
(MS.EF04MA16.s.16) e (MS.EF05MA15.s.15), da
Matemática, associadas à experimentação,

314
ARTE - 3º e 4º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
descrição e representação de movimentos de
pessoas e objetos no espaço.
Dança Processos de criação (MS.EF15AR11.s.11) A habilidade de criar e improvisar movimentos
Criar e improvisar implica integrar múltiplas experimentações para
movimentos dançados de combinar os elementos estruturantes da dança.
modo individual, coletivo e Espera-se que o estudante experimente e
colaborativo, considerando organize movimentos dançados de modo
os aspectos estruturais, individual, coletivo e colaborativo. Além disso, é
dinâmicos e expressivos dos possível conectar esta habilidade às
elementos constitutivos do aprendizagens previstas nas habilidades
movimento, com base nos (MS.EF15AR08.s.08), (MS.EF15AR09.s.09) e
códigos de dança. (MS.EF15AR10.s.10).
Dança Processos de criação (MS.EF15AR12.s.12) Espera-se que o estudante possa participar
Discutir, com respeito e sem observar e expressar-se em todas as atividades
preconceito, as experiências que envolvam a dança, com respeito e, sem
pessoais e coletivas em preconceito, e propague experiências pessoais e
dança vivenciadas na escola, coletivas em danças vivenciadas na escola, para
como fonte para a ampliar a discussão sobre esses preconceitos
construção de vocabulários não somente na dança, mas nas diversas
e repertórios próprios. linguagens da Arte. Nesse ponto, há
oportunidade, também, de relacionar a
marginalização das danças típicas de um ou mais
povos, bem como as danças urbanas
contemporâneas. Pode relacionar-se com a
(MS.EF15AR13.s.13) interdisciplinarmente com
(MS.EF15EF13.s.13), e embasar a
(MS.EF67EF11.s.11).
Música Contextos e práticas (MS.EF15AR13.s.13) Nesta habilidade espera-se que o estudante
Identificar e apreciar possa apreciar o material sonoro, identificando e
criticamente diversas formas reconhecendo as formas musicais. Isso é
e gêneros de expressão indispensável para que se estabeleça o diálogo
musical, reconhecendo e sobre elas, relações entre suas funções no
analisando os usos e as contexto social e de circulação. Ressalta-se que
funções da música em esse desenvolvimento deve ser gradativo e se
diversos contextos de consolidar nos anos finais do Ensino
circulação, em especial, Fundamental. Esta habilidade pode ser
aqueles da vida cotidiana. trabalhada em conjunto com a
(MS.EF15AR14.s.14) e embasa o
desenvolvimento da habilidade ,
(MS.EF69AR16.s.18), nos anos finais do Ensino
Fundamental. Há, nesta ação, oportunidade de
trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF35LP23.s.23) e (MS.EF35LP27.s.28) da
Língua Portuguesa, no que se refere à
apreciação, leitura e interpretação de letras de
música.
Música Elementos da (MS.EF15AR14 .s.14) Esta habilidade requer que o estudante possa
linguagem Perceber e explorar os explorar e experimentar as propriedades do som
elementos constitutivos da — altura (sons agudos e graves), duração
música (altura, intensidade, (longos e curtos), intensidade (fortes e fracos) e
timbre, melodia, ritmo etc.), timbres (a voz do instrumento ou pessoa) — e
por meio de jogos, os elementos da música — o ritmo, a melodia e
brincadeiras, canções e a harmonia. Para o desenvolvimento dessa
práticas diversas de habilidade, é necessário que o estudante invente
composição/criação, e reinvente relações e sentidos com o sonoro e o
execução e apreciação musical, por meio de práticas lúdicas,
musical. favorecendo o entusiasmo, a desenvoltura, a
curiosidade e a livre expressão. Essa habilidade
complementa-se com a (MS.EF15AR15.s.15),

315
ARTE - 3º e 4º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
incluindo fontes sonoras diversas na exploração
de elementos da música e do som no cotidiano.
Esta habilidade pode ser trabalhada em conjunto
com a (MS.EF15AR13.s.13) e embasa o
desenvolvimento da habilidade (EF69AR20.s.23),
nos anos finais do Ensino Fundamental. Há,
também, oportunidade para o trabalho com a
habilidade (MS.EF12LP07.s.23), da Língua
Portuguesa.
Música Materialidades (MS.EF15AR15.s.15) Na execução dessa habilidade, espera-se que o
Explorar fontes sonoras estudante possa detectar, diferenciar e
diversas, como as existentes identificar diversas fontes sonoras convencionais
no próprio corpo (palmas, (como os instrumentos musicais) e não
voz, percussão corporal), na convencionais (como os movimentos do corpo
natureza e em objetos e/ou objetos). No terceiro e quarto ano, o
cotidianos, reconhecendo os estudante está apto à inserção de instrumentos
elementos constitutivos da mais complexos, como violão, flautas e teclados.
música e as características Para exemplificar, podem-se usar alguns vídeos
de instrumentos musicais de grupos musicais que trabalham com esses
variados. recursos e têm vasto repertório infantil. É
importante considerar que, para os estudantes
do terceiro e quarto ano do Ensino Fundamental
é importante inserir o desenhar do som já a
partir da pauta musical, com elementos básicos
das Artes Visuais, transformando-os em signos
gráficos, o que amplia a compreensão do som,
silêncio e ruído, por meio do pensamento visual.
Propiciar ao estudante o registro de diferentes
timbres, alturas, intensidades e o
questionamento sobre a presença múltipla dos
elementos do som em uma mesma música
permite a ampliação dos exercícios nos
processos de criação. Os registros convencionais
possibilitam ao estudante exercitar uma relação
entre duas linguagens da arte: Artes Visuais e
música, além de aprofundar e aprimorar a
alfabetização musical, introduzindo assim a
leitura de partituras e a identificação das notas
musicais. Esta habilidade dialoga com a
(MS.EF15AR02.s.02) — Elementos da Linguagem
na unidade temática Artes Visuais — e embasa o
desenvolvimento da habilidade
(MS.EF69AR22.s.02), nos anos finais do Ensino
Fundamental. Esta habilidade dialoga com a
(MS.EF15AR14.s.14) e a (MS.EF15AR16.s.16) e
embasa a (MS.EF69AR21.s.24). Há, nesta ação,
oportunidade para o trabalho interdisciplinar
com as habilidades (MS.EF12LP07.s.07) da Língua
Portuguesa.
Música Notação e registro (MS.EF15AR16.s.16) Espera-se que o estudante classifique variações
musical Explorar diferentes formas rítmicas, de volume, intensidade e está
de registro musical não relacionada a registros gráficos do som. A
convencional (representação criação e exploração da notação musical, não
gráfica de sons, partituras convencional podem acontecer com proposições
criativas etc.), bem como movidas por parâmetros do som — intensidade,
procedimentos e técnicas de altura, duração e timbre. Pode-se explorar o
registro em áudio e registro do som e do silêncio, iniciando pelo
audiovisual, e reconhecer a registro gráfico simples para chegar a
codificação sonora presente nas notas musicais

316
ARTE - 3º e 4º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
notação musical na pauta. As gravações em áudio e vídeo
convencional. permitem o registro de audiovisuais e a melhor
compreensão do som. Esta habilidade dialoga
com a (MS.EF15AR02.s.02) — Elementos da
Linguagem na unidade temática Artes Visuais —
e embasa o desenvolvimento da habilidade
(MS.EF69AR22.s25),nos anos finais do Ensino
Fundamental.
Música Processos de criação (MS.EF15AR17.s.17) Esta habilidade de experimentação refere-se a
Experimentar improvisações, fazer e refazer múltiplas possibilidades de
composições e sonorização sonorização com o corpo e/ou instrumentos
de histórias, entre outros, variados, de forma individual ou coletiva. Para
utilizando vozes, sons que o estudante consiga desenvolver essa ação,
corporais e/ou instrumentos ressalta-se a importância da valorização do
musicais convencionais ou indivíduo, estimulando a sua criatividade e
não convencionais, de modo imaginação. Do mesmo modo, é fundamental
individual, coletivo e reconhecer, respeitar e valorizar o fazer musical
colaborativo. dos estudantes. Na vivência e no
desenvolvimento de todo o percurso é que se
encontram os aprendizados sonoros
significantes para esta faixa etária. Esta
habilidade dialoga com a (MS.EF15AR15.s.15) e
embasa o desenvolvimento da habilidade
(MS.EF69AR23.26), nos anos finais do Ensino
Fundamental. Há, nesta ação, a oportunidade de
trabalho interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF01LP19.s.19) da Língua Portuguesa, no
que se refere a recitar textos ritmados.
Teatro Contextos e práticas (MS.EF15AR18.s.18) Espera-se, nesta habilidade, que o educador
Reconhecer e apreciar conduza o estudante ao procedimento de
formas distintas de criação de um repertório, por meio da
manifestações do teatro observação e apreciação das diversas formas
presentes em diferentes teatrais, em diferentes formas e contextos. A
contextos, aprendendo a ver prática de observação em diferentes locais
e a ouvir histórias públicos permite a percepção múltipla de como
dramatizadas e cultivando a as pessoas se expressam com a entonação de
percepção, o imaginário, a voz, gestos, forma de narrar acontecimentos,
capacidade de simbolizar e o criação de personagens relacionados a uma
repertório ficcional. função ou tema, dentre outros. O brincar e o faz
de conta, mediados e que se tornam teatro,
fazem com que esta habilidade se aprimore.
Esta habilidade dialoga com a
(MS.EF15AR19.s.19) e embasa o
desenvolvimento da (MS.EF69AR24.s.27), nos
anos finais do Ensino Fundamental. Há, nesta
ação, a oportunidade de trabalho interdisciplinar
com as habilidades (MS.EF01LP26.s.26) da Língua
Portuguesa e (MS.EF01HI06.s.06) da História,
associadas à identificação de elementos
narrativos em textos lidos, ouvidos e, também,
dramatizados.
Teatro Elementos da (MS.EF15AR19.s.19) O estudante deverá descobrir diferentes
linguagem Descobrir teatralidades na possibilidades expressivas no contexto da vida
vida cotidiana, identificando cotidiana, por meio da percepção dos elementos
elementos teatrais (variadas teatrais e das atividades lúdicas expressando-se
entonações de voz, de modo espontâneo, criativo, individual e
diferentes fisicalidades, colaborativo. Esta habilidade dialoga com a
diversidade de personagens (MS.EF15AR18.s.18) e embasa o
e narrativas etc.). desenvolvimento da (MS.EF69AR26.s.29), nos

317
ARTE - 3º e 4º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
anos finais do Ensino Fundamental. Há, também,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF15AR12.s.13) e
(MS.EF04LP17.s.17) da Língua Portuguesa.
Teatro Processos de criação (MS.EF15AR20.s.20) Espera-se que o estudante experimente
Experimentar o trabalho atividades de caráter colaborativo e coletivo, por
colaborativo, coletivo e meio de improvisações teatrais e outras diversas
autoral em improvisações linguagens do teatro, gestos e ações do
teatrais e processos cotidiano. Sua execução permite o
narrativos criativos em desenvolvimento de empatia e autoconfiança.
teatro, explorando desde a Esta habilidade dialoga com a
teatralidade dos gestos e (MS.EF15AR21.s.21) e a (MS.EF15AR22.s.22) e
das ações do cotidiano até embasa o desenvolvimento da
elementos de diferentes (MS.EF69AR30.s.33), nos anos finais do Ensino
matrizes estéticas e culturais. Fundamental.
Teatro Processos de criação (MS.EF15AR21.s.21) O estudante deverá se expressar utilizando-se de
Exercitar a imitação e o faz elementos do cotidiano e do faz de conta,
de conta, ressignificando reconhecendo personagens, tempo e espaço,
objetos e fatos e imitações, ressignificações, a partir de recursos,
experimentando-se no lugar como músicas, textos e outras possibilidades.
do outro, ao compor e Esta habilidade dialoga com a
encenar acontecimentos (MS.EF15AR20.s.20) e a (MS.EF15AR22.s.22) e
cênicos, por meio de embasa o desenvolvimento da
músicas, imagens, textos ou (MS.EF69AR27.s.30) e da (MS.EF69AR29.s.31), nos
outros pontos de partida, de anos finais do Ensino Fundamental.
forma intencional e reflexiva.
Teatro Processos de criação (MS.EF15AR22.s.22) Espera-se que o estudante perceba a construção
Experimentar possibilidades de personagens diferenciados ou
criativas de movimento e de comportamentos padronizados, ou muitas vezes
voz na criação de um estereotipados, e que busque construir, por
personagem teatral, meio de suas próprias experiências, personagens
discutindo estereótipos. teatrais. Esta habilidade dialoga com a
(MS.EF15AR20.s.20) e a (MS.EF15AR21.s.21) e
embasa o desenvolvimento da
(MS.EF69AR30.s.33), nos anos finais do Ensino
Fundamental.
Teatro Contextos e práticas (MS.EF15AR00.n.23) O estudante deverá reconhecer e pesquisar
Conhecer histórias, histórias, brincadeiras, contos e lendas, mundiais,
brincadeiras, contos e nacionais e do Mato Grosso do Sul, descobrindo
lendas, mundiais, nacionais e diferentes possibilidades expressivas no contexto
do Mato Grosso do Sul, da vida cotidiana e do folclore cultura regional e
desenvolvendo a capacidade local, por meio de atividades teatrais,
imaginativa. expressando-se de modo espontâneo, criativo,
individual e colaborativo. Esta habilidade dialoga
com a (MS.EF15AR20.s.20), a
(MS.EF15AR21.s.21) e a (MS.EF15AR22.s.22).
Teatro Contextos e práticas (MS.EF15AR00.n.24) Espera-se, por meio desta habilidade, que os
Compreender com estudantes adquiram postura de autoaceitação e
naturalidade as reações construção do ser cultural, valorizando os
emocionais provenientes das processos emocionais e de memória. As práticas
atividades práticas teatrais, teatrais conectam-se aos sentimentos, aflorando
através de diversas reações das mais variadas e, cabe ao professor,
experiências. orientar o estudante sobre a naturalidade do
sentir para o seu desenvolvimento afetivo,
podendo associar-se, por exemplo, à Educação
em Direitos Humanos. Esta habilidade articula-se
com a (MS.EF15AR18.s.18), a (MS.EF15AR20.s.20)
e a (MS.EF15AR22.s.22) e provoca reflexões
diretas quanto ao Autoconhecimento e a

318
ARTE - 3º e 4º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Resolução de Problemas, presentes nas
competências cognitivas e socioemocionais.
Artes integradas Processos de criação (MS.EF15AR23.s.25) O estudante deverá se expressar utilizando-se de
Reconhecer e experimentar, elementos do mundo do faz de conta,
em projetos temáticos, as reconhecendo personagens, tempo e espaço,
relações processuais entre imitações, integrações a partir de recursos, como
diversas linguagens músicas, diversas tipologias textuais, reunindo e
artísticas. explorando as linguagens artísticas e outras
possibilidades. Esta habilidade pode dialogar
com a (MS.EF15AR05.s.05) que propõe processos
criativos em novos espaços, podendo associar-se
aos Temas Contemporâneos deste Currículo.
Artes integradas Matrizes estéticas e (MS.EF15AR24.s.26) Esta habilidade propõe uma aproximação com
culturais Caracterizar e experimentar as brincadeiras e sons próprios da infância e o
brinquedos, brincadeiras, uso das matrizes estéticas e culturais dos
jogos, danças, canções e diferentes povos e etnias, ao longo da história.
histórias de diferentes Há, nesta habilidade, oportunidade de trabalho
matrizes estéticas e culturais. interdisciplinar com a (MS.EF12EF01.s.01) e a
(MS.EF12EF11.s.08) da Educação Física, com a
(MS.EF01HI05.s.05) da História e com a
(MS.EF01GE02.s.02) e a (MS.EF01GE06.s.06) da
Geografia, associadas à experimentação e
identificação de semelhanças e diferenças entre
brincadeiras, jogos e danças de diferentes
lugares, matrizes estéticas e culturais e tempos
históricos. Há, também, oportunidade de
articulação com as habilidades de Língua
Portuguesa (MS.EF04LP12.s.12),
(MS.EF04LP13.s.13) e com a (MS.EF35EF01.s.01)
da Educação Física, no que se refere à
experimentação e compreensão das regras de
jogos e brincadeiras.
Artes integradas Patrimônio cultural (MS.EF15AR25.s.27) Espera-se que o estudante conheça e valorize,
Conhecer e valorizar o nesta habilidade, as manifestações culturais de
patrimônio cultural, material outras comunidades, ao longo da sua história,
e imaterial, de culturas experimentando brincadeiras, jogos, danças,
diversas, em especial a canções, histórias e expressões das diferentes
brasileira, incluindo-se suas matrizes estéticas e culturais, principalmente
matrizes indígenas, africanas aquelas pertencentes à cultura brasileira. As
e europeias, de diferentes manifestações culturais mais amplas geralmente
épocas, favorecendo a envolvem recursos das quatro linguagens da
construção de vocabulário e arte. Esta habilidade embasa o desenvolvimento
repertório relativos às da (MS.EF69AR33.s.36), nos anos finais do Ensino
diferentes linguagens Fundamental, e oportuniza o trabalho
artísticas. interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03HI04.s.04) da História e com a
(MS.EF03GE02.s.02) da Geografia, associadas ao
reconhecimento do patrimônio histórico e
cultural. Oferece, também, a oportunidade de
trabalho interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF04GE06.s.06) da Geografia, no que se
refere à identificação e à descrição de territórios
étnico-culturais existentes no Brasil, tais como
terras indígenas e comunidades remanescentes
de quilombos e outras.

319
ARTE - 3º e 4º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Artes integradas Arte e tecnologia (MS.EF15AR26.s.28) Esta habilidade diz respeito a explorar diferentes
Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais, no sentido de
tecnologias e recursos descobrir, conhecer e utilizar essas ferramentas,
digitais (multimeios, bem como suas potencialidades nos processos
animações, jogos criativos. Desse modo, espera-se a aproximação
eletrônicos, gravações em do estudante com a imaterialidade na arte,
áudio e vídeo, fotografia, sensibilizando-o para a utilização das primeiras
softwares etc.) nos processos ferramentas tecnológicas e eletrônicas. Vale,
de criação artística. nesta habilidade, explorar recursos da Rede
Mundial de Computadores, APPs disponíveis
para Android e IOS, além de atividades de
criação e programação para novos aplicativos,
ou para o trabalho com a robótica. Ela se
relaciona diretamente com a (MS.EF15AR25.s.26)
e embasa a (MS.EF69AR26.s.29), nos anos finais
do Ensino Fundamental.

ARTE - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Artes visuais Contextos e práticas (MS.EF15AR01.s.01) A identificação das formas nas Artes Visuais
Identificar e apreciar formas propicia ao estudante abertura ao deleite e a
distintas das artes visuais sensibilização, utilizando experiências, por meio
tradicionais e de desenho, pintura, escultura, gravura,
contemporâneas, cultivando animação, vídeo, em busca da construção de
a percepção, o imaginário, a uma formação criativa autoral, com
capacidade de simbolizar e o aproveitamento dos simbolismos próprios da
repertório imagético. infância e assim registrando seu repertório
imagético.
Nesta habilidade, espera-se que o estudante
identifique e aprecie formas distintas das Artes
Visuais, acompanhando a evolução da
humanidade e cultivando o imaginário e a
capacidade de simbolizar o ampliar seu
repertório imagético.
Uma das possibilidades para o desenvolvimento
deste trabalho é o Tema Contemporâneo Cultura
Sul-Mato-Grossense e Diversidade Cultural.
Esta habilidade apoia-se na compreensão da
(MS.EF15AR04.s.04) e embasa a
(MS.EF69AR01.s.01), primeira habilidade prevista
para os anos finais do Ensino Fundamental.
Artes visuais Elementos da (MS.EF15AR02.s.02) Espera-se que o professor conduza o estudante
linguagem Explorar e reconhecer à exploração dos elementos visuais. Ressalta-se,
elementos constitutivos das então, que a linguagem visual, tal qual a falada e
artes visuais (ponto, linha, a escrita, também possui seus códigos, ou seja,
forma, cor, espaço, elementos que servem para formar suas
movimento etc.). mensagens – alfabeto visual: ponto, linha, forma,
direção, tom, cor, textura, proporção, dimensão,
movimento. A partir deles, obtém-se a matéria-
prima para todos os níveis de inteligência visual,
e também se planejam e expressam todas as
variedades de manifestações visuais, objetos,
ambientes e experiências. As imagens chegam
aos olhos e à memória dos sujeitos compostas
320
ARTE - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
por esses elementos. Ter consciência da maneira
como esse processo acontece, atrelado às
representações do mundo, conduz o estudante
a pensar na intencionalidade de educar o olhar
que compõe o objetivo da alfabetização visual.
Esta habilidade propicia ao estudante o
reconhecimento dos elementos da composição
visual, por meio de leituras de imagens diversas
e de obras de arte (observações de formas
impressas, do entorno, slide etc.), considerando
o todo e as expressões gráficas, fomentando o
gosto pelo fazer artístico, o respeito à
pluralidade de ideias, a abertura ao novo e as
formas de expressão. Podem ser utilizados
recursos visuais e plásticos variados e obras de
artistas mundiais, nacionais e do Estado do Mato
Grosso do Sul. Esta habilidade integra-se com a
(MS.EF15AR00.n.23) e embasa a
(MS.EF69AR02.s.02).
Artes visuais Matrizes estéticas e (MS.EF15AR03.s.03) Inclui-se, nesta habilidade, o reconhecimento e
culturais Reconhecer e analisar a as influências de diferentes matrizes estéticas e
influência de distintas culturais, como população campestre, povos
matrizes estéticas e culturais indígenas, quilombolas, orientais, europeus,
das artes visuais nas árabes e outras etnias, para que o estudante
manifestações artísticas das aponte a diversidade da nossa formação local,
culturas locais, regionais e regional e nacional, conforme o Tema
nacionais. Contemporâneo Cultura Sul-Mato-Grossense e
Diversidade Cultural deste documento curricular.
É possível utilizar a contextualização familiar e
comunitária do estudante na execução de ações
relacionadas a esta habilidade, destacando a
importância da valorização da responsabilidade
social, do pensamento crítico e dos bens
culturais do seu entorno. Assim, tem-se a
oportunidade de um trabalho interdisciplinar
com as habilidades (MS.EF04HI10.s.10) da
História, (MS.EF04GE01.s.01) e
(MS.EF04GE02.s.02) da Geografia, associadas ao
reconhecimento dessa diversidade de influências
na cultura.
Artes visuais Materialidades (MS.EF15AR04.s.04) O desenvolvimento desta habilidade demanda a
Experimentar diferentes prática, principalmente, a experimentação,
formas de expressão artística utilizando diversas materiais. Assim, espera-se
(desenho, pintura, colagem, que o estudante faça analise e escolhas
quadrinhos, dobradura, reflexivas dos materiais a serem usados para a
escultura, modelagem, produção de sua obra de arte, levando em conta
instalação, vídeo, fotografia as quatro peças fundamentais: a matéria, o
etc.), fazendo uso suporte, a ferramenta e os procedimentos:
sustentável de materiais, 1. Matéria: materiais ou meios - (valorizando os
instrumentos, recursos e tipos de materiais sustentáveis do local (tinta,
técnicas convencionais e não argila, sucata, cola, materiais naturais como
convencionais. folhas e pedras etc.).
2. Suportes: base na qual a obra é realizada (a
tela de um quadro, o papel de um desenho, o
espaço de uma sala, de um pátio de escola, de
um jardim, da rua etc.).
3. Ferramentas: instrumentos/equipamentos
utilizados na produção (pincel, lápis, lápis de cor
etc.).

321
ARTE - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
4. Procedimentos: Modos de articular a matéria
na criação da obra (pintura, colagem, escultura,
dobradura etc.).
Ações assim poderão ser desenvolvidas
apoiando-se no Tema Contemporâneo Educação
Ambiental, deste documento curricular.
Consideram-se, nesta habilidade, diversas
propostas didáticas, envolvendo
coletivo/colaborativo, as práticas de
responsabilidade com o mundo em que vivemos
e a resolução dos problemas próprios desses
processos. Esta habilidade pode ser trabalhada
com a (MS.EF15AR01.s.01) e embasa o
desenvolvimento da habilidade
(MS.EF15AR05.s.05). Há, nesta habilidade, a
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
(MS.EF12LP05.s.05) e a (MS.EF15LP14.s.14) da
Língua Portuguesa, no que se refere a conhecer
e utilizar histórias em quadrinhos, charges,
tirinhas e outras formas de expressão artística.
Artes visuais Processos de criação (MS.EF15AR05.s.05) O estudante deverá experimentar múltiplas
Experimentar a criação em criações em Artes Visuais de modo individual,
artes visuais de modo coletivo e colaborativo, explorando diversas
individual, coletivo e possibilidades, aprendendo e praticando o
colaborativo, explorando respeito às diversidades, conforme o Tema
diferentes espaços da escola Contemporâneo Direitos das Crianças e dos
e da comunidade. Adolescentes. O desafio para o estudante
consiste em selecionar e desfrutar de novas
percepções, defender suas escolhas, elaborar
novas formas de proposições estéticas e ser
protagonista em sua singularidade, a serviço da
coletividade. Esta habilidade pode ser trabalhada
com a (MS.EF15AR02.s.02) e à
(MS.EF15AR04.s.04) e embasa a
(MS.EF69AR06.s.06).
Artes visuais Processos de criação (MS.EF15AR06.s.06) A habilidade de dialogar supõe que o estudante
Dialogar sobre a sua criação possa articular, expressivamente, seu processo
e as dos colegas, para de criação e também escutar e avaliar
alcançar sentidos plurais. analiticamente sua produção e de seus colegas,
ampliando a percepção da pluralidade de
significados atribuíveis às manifestações
artísticas. Nesse processo, potencializa-se a
produção autoral e criativa dos estudantes. Esta
habilidade pode ser trabalhada em conjunto
com a (MS.EF15AR04.s.04) e a
(MS.EF15AR05.s.05).
Artes visuais Sistemas da (MS.EF15AR07.s.07) Esta habilidade pressupõe a investigação e
linguagem Reconhecer algumas descobertas de espaços de criação e produção,
categorias do sistema das espaços de organização, catalogação e
artes visuais (museus, preservação (museus e centros culturais e as
galerias, instituições, artistas, suas equipes), espaços de exposição e
artesãos, curadores etc.). comercialização (galerias de arte e espaços
comerciais), espaços públicos para promoção e
divulgação de diversas formas artísticas.
Destaca-se a necessidade prática de uma atitude
de respeito em relação a esses espaços. Esta
habilidade pode ser associada, por exemplo, ao
Tema Contemporâneo Educação Fiscal, que
proporcionará ao estudante maior compreensão

322
ARTE - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
da Arte como profissão e fonte de renda. É
importante que o professor possibilite ao
estudante visitas in loco, bem como visitações
virtuais e simuladores disponíveis na Internet.
Podem-se utilizar, também, obras de arte da
História da Arte e da Arte de MS. Esta habilidade
pode, também, ser trabalhada em conjunto com
a (MS.EF15AR25.s.27) e com a
(MS.EF15LP15.s.15) de Língua Portuguesa.
Dança Contextos e práticas (MS.EF15AR08.s.08) Nesta prática, espera-se que o estudante
Experimentar e apreciar experimente e vivencie ações corporais
formas distintas de expressivas, reconhecendo seu corpo, por meio
manifestações da dança da exploração do movimento, buscando desde o
presentes em diferentes prazer até a repulsa, utilizando-se de
contextos, cultivando a brincadeiras e buscando apreciar seus próprios
percepção, o imaginário, a movimentos e de outros, presencialmente ou
capacidade de simbolizar e o por meio da projeção de vídeos da cultura local,
repertório corporal. de seus costumes, valores e diferentes
manifestações da dança. Dessa forma, o
estudante ampliará o repertório corporal, a
imaginação, a percepção e a construção de
significado do movimento corporal, cirandas,
brincadeiras com diversas variações rítmicas,
atividades de expressão corporal, variações
rítmicas distintas e demais possibilidades
criativas. Esta habilidade pode ser relacionada à
(MS.EF15AR10.s.10) e embasa o
desenvolvimento da (MS.EF69AR09.s.09), nos
anos finais do Ensino Fundamental. Há, nesta
habilidade, oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a (MS.EF12EF01.s.01),
(MS.EF12EF11.s.11) e a (MS.EF35EF02.s.01) da
Educação Física e (MS.EH01HI05.s.05) da
História, associadas à experimentação e
identificação de semelhanças e diferenças entre
distintas manifestações da dança em diferentes
contextos.
Dança Elementos da (MS.EF15AR09.s.09) Espera-se que o estudante identifique as
linguagem Estabelecer relações entre as relações entre as partes do corpo (pés, dedos
partes do corpo e destas dos pés, mãos, dedos das mãos, quadris, cabeça,
com o todo corporal na pescoço) e que reconheça e explore as relações
construção do movimento corporais de lateralidade, bem como as
dançado. possibilidades de movimentos combinados
individuais e/ou coletivos, procurando
compreender as diferenças expressivas nas
atividades. Pode-se, nesta habilidade,
estabelecer conexão com a (MS.EF15AR08.s.08).
Esta habilidade embasa o desenvolvimento da
MS.EF69AR08.s.08, nos anos finais do Ensino
Fundamental, e pode ser associada à
(MS.EF12EF00.s.21) e à (MS.EF12EF08.s.13) da
Educação Física.
Dança Elementos da (MS.EF15AR10.s.10) Espera-se, nesta habilidade, que os estudantes
linguagem Experimentar diferentes sejam conduzidos a investigar, testar, fazer,
formas de orientação no refazer e sentir prazer e estranhamento com o
espaço (deslocamentos, corpo, na vivência de espaços, orientações e
planos, direções, caminhos ritmos diferentes. Esta habilidade pode também
etc.) e ritmos de movimento ser trabalhada especialmente em conjunto com
(lento, moderado e rápido) a (MS.EF01GE09.s.09) e a (MS.EF02GE10.s.10) da

323
ARTE - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
na construção do Geografia, propiciando ao estudante a
movimento dançado. percepção de seus movimentos e suas relações
com o espaço. Há, ainda, outras oportunidades
de trabalho interdisciplinar com as habilidades
de diversas áreas do conhecimento, tais como
(MS.EF12EF07.s.05), (MS.EF35EF07.s.05),
(MS.EF35EF09.s.06) da Educação Física e
(MS.EF01MA11.s.11), (MS.EF02MA12.s.12),
(MS.EF03MA12.s.12), (MS.EF04MA16.s.16) e
(MS.EF05MA15.s.15) da Matemática, associadas à
experimentação, descrição e representação de
movimentos de pessoas e objetos no espaço.
Dança Processos de criação (MS.EF15AR11.s.11) A habilidade de criar e improvisar movimentos
Criar e improvisar implica fazer e refazer múltiplas experiências e
movimentos dançados de combinações dos elementos estruturantes da
modo individual, coletivo e dança. Espera-se que o estudante vivencie e crie
colaborativo, considerando novos movimentos dançados de modo
os aspectos estruturais, individual, coletivo e colaborativo. Além disso, é
dinâmicos e expressivos dos possível conectar esta habilidade às
elementos constitutivos do aprendizagens previstas na (MS.EF15AR08.s.08),
movimento, com base nos (MS.EF15AR09.s.09) e na (MS.EF15AR10.s.10).
códigos de dança.
Dança Processos de criação (MS.EF15AR12.s.12) Espera-se que o estudante participe, observe e
Discutir, com respeito e sem se expresse em todas as atividades que
preconceito, as experiências envolvam a dança, experiências pessoais e
pessoais e coletivas em coletivas vivenciadas na escola ou projeções de
dança vivenciadas na escola, vídeos e amplie a discussão e reflexão sobre
como fonte para a preconceitos ou pré-conceitos, não somente na
construção de vocabulários dança, mas também nas diversas linguagens da
e repertórios próprios. Arte. Nesse ponto, há a oportunidade, também,
de relacionar a marginalização das danças de
diferentes etnias, bem como às danças urbanas
contemporâneas. Pode relacionar-se com a
(MS.EF15AR13.s.13) interdisciplinarmente, e a
(MS.EF15EF13.s.13), bem como embasar a
(MS.EF67EF11.s.11).
Música Contextos e práticas (MS.EF15AR13.s.13) Nesta habilidade, espera-se que o estudante
Identificar e apreciar possa escutar, atentamente, diferentes materiais
criticamente diversas formas sonoros, reconhecendo e pesquisando diversos
e gêneros de expressão estilos musicais. A inserção de propostas de
musical, reconhecendo e pesquisa é indispensável para que se estabeleça
analisando os usos e as a autonomia investigativa, a cientificidade e o
funções da música em diálogo sobre funções sociais da arte. Ressalta-
diversos contextos de se que esse desenvolvimento deve ser gradativo
circulação, em especial, e poderá se consolidar somente nos anos finais
aqueles da vida cotidiana. do Ensino Fundamental, porém, é importante
que o professor assuma o papel de orientador
ou mediador deste processo. Esta habilidade
pode ser trabalhada em conjunto com a
(MS.EF15AR14.s.14) e embasa o
desenvolvimento da (MS.EF69AR16.s.1), nos
anos finais do Ensino Fundamental. Há, nesta
ação, a oportunidade de trabalho interdisciplinar
com as habilidades (MS.EF35LP23.s.23 e
(MS.EF35LP27.s.28) da Língua Portuguesa, no
que se refere à apreciação, leitura e
interpretação de letras de música.

324
ARTE - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Música Elementos da (MS.EF15AR14 .s.14) Esta habilidade requer que o estudante explore
linguagem Perceber e explorar os os elementos constitutivos da música para
elementos constitutivos da identificar características e testar elementos
música (altura, intensidade, básicos do som, como altura (sons agudos e
timbre, melodia, ritmo etc.), graves), duração (longos e curtos), intensidade
por meio de jogos, (fortes e fracos) e timbres (a voz do instrumento
brincadeiras, canções e ou pessoa) e os elementos da música, como
práticas diversas de ritmo, melodia e harmonia. Para o
composição/criação, desenvolvimento desta habilidade, é necessário
execução e apreciação que o estudante invente e reinvente relações e
musical. sentidos com o sonoro e o musical, por meio de
práticas lúdicas, favorecendo o entusiasmo, a
desenvoltura, a curiosidade e a livre expressão.
Esta habilidade complementa-se com a
(MS.EF15AR15.s.15), incluindo fontes sonoras
diversas na exploração de elementos da música
e do som no cotidiano e pode ser trabalhada em
conjunto com a (MS.EF15AR13.s.13), além de
embasar o desenvolvimento da
(MS.EF69AR20.s.23), nos anos finais do Ensino
Fundamental. Há, também, a oportunidade para
o trabalho com a habilidade (MS.EF12LP07.s.07)
da Língua Portuguesa.
Música Materialidades (MS.EF15AR15.s.15) Na execução desta habilidade espera-se que o
Explorar fontes sonoras estudante seja instigado a investigar e identificar
diversas, como as existentes diferentes fontes sonoras convencionais
no próprio corpo (palmas, (instrumentos musicais) e não convencionais
voz, percussão corporal), na (movimentos como o corpo e objetos que
natureza e em objetos podem produzir sons). O estudante, nesta etapa,
cotidianos, reconhecendo os está mais próximo da percepção do som por
elementos constitutivos da ações diversas, incluindo a iniciação musical.
música e as características Para exemplificar, podem ser usados alguns
de instrumentos musicais vídeos de grupos musicais que trabalham com
variados. músicas produzidas com sons do corpo, a fim de
transformar o corpo em “instrumentos musical”.
É importante considerar que, para os estudantes
do Ensino Fundamental, o desenhar do som,
com elementos básicos das Artes Visuais, e
transformá-los em signos gráficos, amplia a
compreensão do som, do silêncio e do ruído, por
meio do pensamento visual. Propiciar ao
estudante o registro de diferentes timbres,
alturas, intensidades e o questionamento sobre a
presença múltipla dos elementos do som, em
uma mesma música, permite a ampliação dos
exercícios nos processos de criação. Os registros
não convencionais possibilitam ao estudante
exercitar uma relação entre duas linguagens da
Arte: Artes Visuais e música. Esta habilidade
dialoga com a (MS.EF15AR02.s.02) Elementos da
Linguagem e embasa o desenvolvimento da
MS.EF69AR22.s.25, nos anos finais do Ensino
Fundamental. Esta habilidade dialoga com a
(MS.EF15AR14.s.14) e a (MS.EF15AR16.s.16) e
embasa a (MS.EF69AR21.s.24). Há, nesta ação, a
oportunidade para o trabalho interdisciplinar
com as habilidades (MS.EF12LP07.s.07) da Língua
Portuguesa.

325
ARTE - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Música Notação e registro (MS.EF15AR16.s.16) Espera-se que o estudante reconheça variações
musical Explorar diferentes formas rítmicas, de volume, intensidade e relacione-os
de registro musical não aos registros gráficos do som. A criação e
convencional (representação exploração da notação musical não convencional
gráfica de sons, partituras podem acontecer com proposições movidas por
criativas etc.), bem como parâmetros do som — intensidade, altura,
procedimentos e técnicas de duração e timbre. Pode-se explorar o registro do
registro em áudio e som e do silêncio. As gravações em áudio e
audiovisual, e reconhecer a vídeo facilitam a compreensão do registro
notação musical gráfico de audiovisuais. Esta habilidade dialoga
convencional. com a (MS.EF15AR02.s.02) Elementos da
Linguagem e embasa o desenvolvimento da
(MS.EF69AR22.s.25), nos anos finais do Ensino
Fundamental.
Música Processos de criação (MS.EF15AR17.s.17) Esta habilidade de experimentação refere-se a
Experimentar improvisações, fazer e refazer múltiplas possibilidades de
composições e sonorização sonorização corporal e instrumental, de forma
de histórias, entre outros, individual ou coletiva. Para que o estudante
utilizando vozes, sons consiga aprimorar e consolidar esta ação,
corporais e/ou instrumentos ressalta-se a importância da valorização do
musicais convencionais ou indivíduo, potencializando a sua criatividade e
não convencionais, de modo imaginação. Do mesmo modo, é fundamental
individual, coletivo e reconhecer, respeitar e valorizar o fazer musical
colaborativo. dos estudantes e possíveis habilidades
adquiridas. Na vivência e no desenvolvimento de
todo o percurso é que se consolidam os
aprendizados sonoros importantes a cada etapa
do desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
Esta habilidade dialoga com a
(MS.EF15AR15.s.15) e embasa o
desenvolvimento da (MS.EF69AR23.26), nos anos
finais do Ensino Fundamental. Há, nesta ação, a
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
habilidade (MS.EF01LP19.s.19) da Língua
Portuguesa, no que se refere a recitar textos
ritmados.
Teatro Contextos e práticas (MS.EF15AR18.s.18) Espera-se, nesta habilidade, que o educador
Reconhecer e apreciar conduza o estudante ao procedimento de
formas distintas de criação de repertórios variados, por meio da
manifestações do teatro observação e apreciação de diversas formas
presentes em diferentes teatrais, em diferentes contextos. A prática de
contextos, aprendendo a ver observação em locais públicos variados permite
e a ouvir histórias a percepção múltipla de como as pessoas se
dramatizadas e cultivando a expressam, a entonação da voz, gestos, formas
percepção, o imaginário, a de narrar acontecimentos, criação de
capacidade de simbolizar e o personagens relacionados a diferentes situações
repertório ficcional. ou temáticas, dentre outros. O brincar e o faz de
conta tornam-se teatro, ao perceber-se com
potencial criador. Esta ação possibilita que esta
habilidade se concretize e dialogue com outras,
como (MS.EF15AR19.s.19) e embasa o
desenvolvimento da (MS.EF69AR24.s.27), nos
anos finais do Ensino Fundamental. Há, ainda,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF01LP26.s.26) da Língua
Portuguesa e a (MS.EF01HI06.s.06) da História.

326
ARTE - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Teatro Elementos da (MS.EF15AR19.s.19) O estudante deverá descobrir diferentes
linguagem Descobrir teatralidades na possibilidades expressivas no contexto da vida
vida cotidiana, identificando cotidiana, por meio da percepção dos elementos
elementos teatrais (variadas teatrais e das atividades lúdicas expressando-se
entonações de voz, de modo analítico, espontâneo, criativo,
diferentes fisicalidades, individual e colaborativo. Esta habilidade
diversidade de personagens dialoga com a (MS.EF15AR18.s.18) e embasa o
e narrativas etc.). desenvolvimento da (MS.EF69AR26.s.29), nos
anos finais do Ensino Fundamental. Há, também,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF15AR12.s.13) e
(MS.EF04LP17.s.17) da Língua Portuguesa.
Teatro Processos de criação (MS.EF15AR20.s.20) Espera-se que o estudante experimente
Experimentar o trabalho atividades de caráter colaborativo e coletivo, por
colaborativo, coletivo e meio de improvisações teatrais, outras diversas
autoral em improvisações linguagens do teatro, gestos e ações do
teatrais e processos cotidiano. A sua execução permite a construção
narrativos criativos em de empatia e autoconfiança. Esta habilidade
teatro, explorando desde a dialoga com a (MS.EF15AR21.s.21) e a
teatralidade dos gestos e (MS.EF15AR22.s.22) e embasa o
das ações do cotidiano até desenvolvimento da (MS.EF69AR30.s.33), nos
elementos de diferentes anos finais do Ensino Fundamental.
matrizes estéticas e culturais.
Teatro Processos de criação (MS.EF15AR21.s.21) O estudante deverá expressar-se utilizando-se
Exercitar a imitação e o faz de elementos do cotidiano e do faz de conta,
de conta, ressignificando reconhecendo personagens, tempo e espaço,
objetos e fatos e imitações, ressignificações, a partir de recursos,
experimentando-se no lugar como músicas, textos e outras possibilidades.
do outro, ao compor e Esta habilidade dialoga com a
encenar acontecimentos (MS.EF15AR20.s.20) e a (MS.EF15AR22.s.22) e
cênicos, por meio de embasa o desenvolvimento da
músicas, imagens, textos ou (MS.EF69AR27.s.30) e da (MS.EF69AR29.s.31), nos
outros pontos de partida, de anos finais do Ensino Fundamental
forma intencional e reflexiva.
Teatro Processos de criação (MS.EF15AR22.s.22) Espera-se que o estudante possa perceber a
Experimentar possibilidades construção de personagens diferenciados ou
criativas de movimento e de comportamentos padronizados e que construa,
voz na criação de um por meio de suas próprias experiências,
personagem teatral, personagens teatrais diversos. Esta ação, pode-
discutindo estereótipos. se relacionar-se diretamente com o
Autoconhecimento e a Criatividade, previstos
pelas competências cognitivas e
socioemocionais. Esta habilidade dialoga com a
(MS.EF15AR20.s.20) e a (MS.EF15AR21.s.21) e
embasa o desenvolvimento da
(MS.EF69AR30.s.33), nos anos finais do Ensino
Fundamental.
Teatro Contextos e práticas (MS.EF15AR00.n.23) O estudante deverá reconhecer e investigar
Conhecer histórias, novas histórias, brincadeiras, contos e lendas do
brincadeiras, contos e folclore mundial, nacional e do Mato Grosso do
lendas, mundiais, nacionais e Sul e inventar diferentes possibilidades
do Mato Grosso do Sul, expressivas no contexto da vida cotidiana e do
desenvolvendo a capacidade folclore, cultura regional e local, por meio de
imaginativa. atividades teatrais, expressando-se de modo
autoral, espontâneo, criativo, individual e
colaborativo. Esta habilidade dialoga com a
(MS.EF15AR20.s.20), a (MS.EF15AR21.s.21) e a
(MS.EF15AR22.s.22).

327
ARTE - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Teatro Contextos e práticas (MS.EF15AR00.n.24) Espera-se, por meio desta habilidade, estimular,
Compreender com a partir da linguagem teatral, a autoaceitação e
naturalidade as reações construção do ser cultural, valorizando os
emocionais provenientes das processos emocionais e de memória. As práticas
atividades práticas teatrais, teatrais conectam-se aos sentimentos, aflorando
através de diversas reações das mais variadas e cabe ao professor
experiências. orientar o estudante sobre a naturalidade do
sentir para o seu desenvolvimento afetivo e
mediar conflitos de natureza individual ou
coletiva. Pode associar-se, por exemplo, à
Educação em Direitos Humanos. Esta habilidade
articula-se com a (MS.EF15AR18.s.18), a
(MS.EF15AR20.s.20) e a (MS.EF15AR22.s.22).
Artes integradas Processos de criação (MS.EF15AR23.s.25) O estudante deverá expressar-se utilizando-se
Reconhecer e experimentar, de elementos do mundo do faz de conta,
em projetos temáticos, as reconhecendo e criando personagens, em
relações processuais entre diferentes tempo e espaços, imitações,
diversas linguagens integrações a partir de recursos diversos, como
artísticas. músicas, tipologias textuais, reunindo e
explorando as linguagens artísticas e outras
possibilidades de trabalho com temáticas
contemporâneas. Esta habilidade pode dialogar
com a (MS.EF15AR05.s.05) que propõe processos
criativos em novos espaços, podendo associar-se
aos Temas Contemporâneos deste Currículo.
Artes integradas Matrizes estéticas e (MS.EF15AR24.s.26) Esta habilidade propõe uma aproximação com as
culturais Caracterizar e experimentar brincadeiras e sons próprios da idade e com a
brinquedos, brincadeiras, análise crítica das diversas matrizes estéticas e
jogos, danças, canções e culturais dos diferentes povos e etnias, ao longo
histórias de diferentes da história. Há, nesta habilidade, oportunidade
matrizes estéticas e culturais. de trabalho interdisciplinar com a
(MS.EF12EF01.s.01) e a (MS.EF12EF11.s.08) da
Educação Física, com a (MS.EF01HI05.s.05), da
História e com a (MS.EF01GE02.s.02) e a
(MS.EF01GE06.s.06) da Geografia, associadas à
experimentação e identificação de semelhanças
e diferenças entre brincadeiras, jogos e danças
de diferentes lugares, matrizes estéticas e
culturais e tempos históricos. Há, também,
oportunidade de articulação com as habilidades
de Língua Portuguesa (MS.EF04LP12.s.12),
(MS.EF04LP13.s.13) e com a (MS.EF35EF01.s.01)
da Educação Física, no que se refere à
experimentação e compreensão das regras de
jogos e brincadeiras.
Artes integradas Patrimônio cultural (MS.EF15AR25.s.27) Espera-se que o estudante reconheça e valorize,
Conhecer e valorizar o nesta habilidade, as manifestações culturais de
patrimônio cultural, material outras comunidades, ao longo da história,
e imaterial, de culturas experimentando brincadeiras, jogos, danças,
diversas, em especial a canções, histórias e expressões das diferentes
brasileira, incluindo-se suas matrizes estéticas e culturais, principalmente as
matrizes indígenas, africanas pertencentes à cultura brasileira. As
e europeias, de diferentes manifestações culturais mais amplas, geralmente
épocas, favorecendo a envolvem recursos das quatro linguagens
construção de vocabulário e artísticas. Esta habilidade embasa o
repertório relativos às desenvolvimento da (MS.EF69AR33.s.36), nos
diferentes linguagens anos finais do Ensino Fundamental, e oportuniza
artísticas. o trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03HI04.s.04) da História e com a

328
ARTE - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
(MS.EF03GE02.s.02) da Geografia, associadas ao
reconhecimento do patrimônio histórico e
cultural. Oferece, também, a oportunidade de
trabalho interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF04GE06.s.06) da Geografia, no que se
refere à identificação e à descrição de territórios
étnico-culturais existentes no Brasil, tais como
terras indígenas e comunidades remanescentes
de quilombos, dentre outras.
Artes integradas Arte e tecnologia (MS.EF15AR26.s.28) Esta habilidade diz respeito a explorar diferentes
Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais, produzindo,
tecnologias e recursos descobrindo, conhecendo e utilizando novas
digitais (multimeios, possibilidades e potencialidades nos processos
animações, jogos criativos. Desse modo, espera-se a aproximação
eletrônicos, gravações em do estudante com a imaterialidade na arte,
áudio e vídeo, fotografia, sensibilizando-o para a utilização de ferramentas
softwares etc.) nos processos tecnológicas, eletrônicas e digitais. Vale, nesta
de criação artística. habilidade, explorar recursos da Rede Mundial
de Computadores, APPs disponíveis para
Android e IOS, além de atividades de criação e
programação para novos aplicativos e a ênfase
da robótica. Esta habilidade fundamenta-se na
Cultura Digital e se relaciona diretamente com a
(MS.EF15AR25.s.26) e embasa a
(MS.EF69AR26.s.29), nos anos finais do Ensino
Fundamental.

ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Artes visuais Contextos e práticas (MS.EF69AR01.s.01) Nesta habilidade, pesquisar, registrar, apreciar,
Pesquisar, apreciar e analisar enquanto formas distintas das Artes Visuais
formas distintas das artes tradicionais e contemporâneas (desenho,
visuais tradicionais e pintura, escultura, gravura) é sentir deleite,
contemporâneas, em obras prazer, estranhamento e abertura para se
de artistas brasileiros e sensibilizar na fruição dessas manifestações,
estrangeiros de diferentes apreciando criticamente obras de artistas
épocas e em diferentes brasileiros e estrangeiros dentro da História da
matrizes estéticas e culturais, Arte, incluindo a identificação das matrizes
de modo a ampliar a estéticas e culturais, a investigação e a reflexão
experiência com diferentes em Artes Visuais. A partir das características das
contextos e práticas manifestações artísticas e culturais locais e de
artístico-visuais e cultivar a outras comunidades, deve-se buscar a
percepção, o imaginário, a construção de uma formação criativa autoral,
capacidade de simbolizar e o construindo, assim, seu repertório imagético.
repertório imagético. Podem-se desenvolver exercícios comparativos
críticos na prática pedagógica, estimulando o
embasamento para a análise estética, nos anos
finais desta etapa do Ensino Fundamental. Esta
habilidade pode ser articulada com a
(MS.EF69AR.07.s.07).

329
ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Artes visuais Contextos e práticas (MS.EF69AR02.s.02) Esta habilidade propõe a pesquisa e a pronta
Pesquisar e analisar identificação dos estilos em Artes Visuais, sendo
diferentes estilos visuais, estes:
contextualizando-os no 1. Desenho: representação gráfica de um
tempo e no espaço. objeto;
2. Pintura: aplicação de um pigmento
sobre uma superfície;
3. Escultura: criação da forma com
volume;
4. Gravura: ilustração impressa, dentre
outros.
O desafio para o estudante consiste em nomear
e identificar os estilos, desfrutar de novas
percepções, defender suas escolhas, elaborar
novas formas de proposições estéticas e ser
protagonista em sua singularidade, inclusive ao
trabalhar no coletivo, quando deve assumir uma
atitude de empatia e colaboração, ou seja, de
construir juntos. Trabalhos com a mesma
temática, mas representada nos diferentes
estilos visuais, é uma das várias possibilidades
para o desenvolvimento desta habilidade que
também oportuniza o trabalho com a
(MS.EF69AR03.s.03), a (MS.EF69AR06.s.06) e a
(MS.EF69AR08.s.08).
Artes visuais Contextos e práticas (MS.EF69AR03.s.03) Nesta habilidade, o professor deverá propor
Analisar situações nas quais situações em que o estudante possa definir por
as linguagens das artes meio de filmes, animações, ilustrações de textos
visuais se integram às diversos, dentre outros, os elementos das Artes
linguagens audiovisuais Visuais existentes nas linguagens audiovisuais e
(cinema, animações, vídeos gráficas, pois toda representação gráfica é
etc.), gráficas (capas de elemento base da linguagem visual. Em um
livros, ilustrações de textos cenário de um filme, na composição gráfica dos
diversos etc.), cenográficas, figurinos de uma peça teatral, no desenho das
coreográficas, musicais etc. figuras musicais, busca-se explorar a fluidez
entre as linguagens. Em sua aplicação esta
habilidade contextualiza-se com a unidade
temática Artes Integradas, em todos os seus
Objetos de Conhecimento. Pode-se interagir
esta habilidade com a (MS.EF69AR32.s.35).
Artes visuais Elementos da (MS.EF69AR04.s.04) Identificar os elementos das Artes Visuais e
linguagem Analisar os elementos construir múltiplos sentidos imagéticos e críticos,
constitutivos das artes por meio de obras de arte ou outras
visuais (ponto, linha, forma, (observações de formas impressas, do entorno,
direção, cor, tom, escala, slides etc.), considerando o todo e as expressões
dimensão, espaço, gráficas como pontos, linhas, formas, cores,
movimento etc.) na espaços, texturas, composição visual,
apreciação de diferentes fomentando o gosto pelo fazer artístico, o
produções artísticas. respeito à pluralidade de ideias, a abertura ao
novo e as múltiplas formas de expressão. Pode-
se, nesta habilidade, utilizar uma conexão com
os Temas Contemporâneos deste documento
curricular, podendo utilizar recursos visuais e
plásticos variados, além de obras de artistas
mundiais, nacionais e do Estado do Mato Grosso
do Sul. Tratando-se dos elementos constitutivos
das Artes Visuais, propõe-se examinar os
Objetos de Conhecimento, pois eles podem ser
trabalhados em todas as unidades temáticas.

330
ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Esta habilidade pode ser associada à
(MS.EF69AR01.s.01), (MS.EF69AR02.s.02),
(MS.EF69AR03.s.03), (MS.EF69AR05.s.05) e
(MS.EF69AR06.06).
Artes visuais Materialidades (MS.EF69AR05.s.05) Esta habilidade propõe que o professor estimule
Experimentar e analisar a autoconfiança do estudante, deixando-o fruir,
diferentes formas de fazer escolhas, ser apresentado às mais variadas
expressão artística (desenho, técnicas e assim selecionar materiais, formas,
pintura, colagem, cores para a experiência prática em si. Esta
quadrinhos, dobradura, habilidade articula-se com a (MS.EF69AR02.s.02)
escultura, modelagem, e a (MS.EF69AR04.s.04).
instalação, vídeo, fotografia,
performance etc.).
Artes visuais Processos de criação (MS.EF69AR06.s.06) O estudante deverá criar múltiplas produções
Desenvolver processos de em Artes Visuais, de modo individual, coletivo e
criação em artes visuais, com colaborativo, explorando diversas possibilidades,
base em temas ou interesses aprendendo e praticando o respeito às
artísticos, de modo diversidades. A habilidade supõe que, em
individual, coletivo e trabalhos coletivos e colaborativos, o estudante
colaborativo, fazendo uso de possa aprender a discutir sobre o processo de
materiais, instrumentos e criação, negociando e justificando suas escolhas.
recursos convencionais, O desafio para o estudante consiste em
alternativos e digitais. desfrutar de novas percepções, defender suas
escolhas, elaborar novas formas de proposições
estéticas e ser protagonista em sua
singularidade, inclusive ao trabalhar no coletivo,
quando deve assumir uma atitude de empatia e
colaboração, ou seja, de construir juntos.
Explorar materiais alternativos, tais como
papelão, jornais, canos, terra e água pode ser
algumas das múltiplas possibilidades para
trabalhar esta habilidade que pode ser
executada em conjunto com a
(MS.EF69AR32.s.35) e a (MS.EF69AR35.s.38).
Artes visuais Processos de criação (MS.EF69AR07.s.07) Nesta habilidade supõe-se que o estudante
Dialogar com princípios possa expressar-se, verbalmente, sobre seu
conceituais, proposições processo de criação, construir argumentos,
temáticas, repertórios ponderações e também aprender a escutar e
imagéticos e processos de refletir sobre o fazer e as ponderações dos
criação nas suas produções colegas, ampliando a percepção da pluralidade
visuais. de significados atribuíveis às manifestações
artísticas, nesse processo, potencializa-se a
produção criativa dos estudantes. Construções e
experiências coletivas e colaborativas fomentam
a elaboração de conceitos, permeando tomada
de decisões e gerenciando possíveis conflitos. A
complementação desta habilidade pode dar-se
por meio da sua conexão com a
(MS.EF69AR01.s.01), a (MS.EF69AR02.s.02), a
(MS.EF69AR06.s.06) e a (MS.EF69AR07.s.07) e o
Tema Contemporâneo Superação de
Discriminações e Preconceitos, como racismo,
sexismo, homofobia e outros.
Artes visuais Sistemas da (MS.EF69AR08.s.08) Espera-se, nesta habilidade, que o estudante
linguagem Diferenciar as categorias de venha a conhecer as profissões que
artista, artesão, produtor desempenham papéis importantes dentro do
cultural, curador, designer, sistema das Artes Visuais e da coletividade e
entre outras, estabelecendo que, mutuamente, organizam o espaço em que
relações entre os vivemos e percebemos o mundo. Relacionando

331
ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
profissionais do sistema das o trabalho desses diversos profissionais, pode-se
artes visuais. exemplificar as várias categorias desse meio.
Importante ressaltar a valorização da diferença e
da percepção em que se necessita ser flexível
com a sua realidade, aceitando o mundo do
outro desprovido de preconceitos, podendo
gerar uma reflexão. A possibilidade de visitas a
esses profissionais, em seus respectivos
ambientes de trabalho, cria um maior
entendimento acerca de suas diferenciações.
Esta habilidade pode ser desenvolvida em
conjunto com a (MS.EF69AR05.s.0)5 e o Tema
Contemporâneo Educação Financeira.
Dança Contextos e práticas (MS.EF69AR00.n.09) Nesta habilidade, o estudante deverá
Pesquisar, conhecer a demonstrar ser o agente pesquisador da história
história mundial da dança, e da dança, em uma busca individual e/ou coletiva,
seus diferentes estilos, diferenciando estilos, características e transições
transições de caráter entre os períodos históricos, apropriando-se,
ritualístico, folclórico, assim, de maneira crítica e autoral de seu
clássico, moderno, contexto regional. A pesquisa e a prática de
contemporâneo e outros, danças folclóricas e regionais fortalecem a
considerando as tradição regionalista. Esta habilidade pode
características da cultura associar-se à (MS.EF69AR09.s.10), à
folclórica e regional. (MS.EF69AR10.s.1)1 e à (MS.EF69AR13.s.14) e o
Tema Contemporâneo Cultura Sul-Mato-
Grossense e Diversidade Cultural.
Dança Contextos e práticas (MS.EF69AR09.s.10) A pesquisa de diversas formas de expressão
Pesquisar e analisar corporal envolve, sobretudo, a formulação de
diferentes formas de um reconhecimento do próprio corpo em
expressão, representação e movimento, proveniente de uma
encenação da dança, experimentação, realizada pelo estudante com a
reconhecendo e apreciando ajuda do professor, das formas do movimento
composições de dança de dançado, em todas as suas representações na
artistas e grupos brasileiros atualidade e no passado, valorizando a
e estrangeiros de diferentes intencionalidade do fazer artístico e a da
épocas. criatividade. A abertura a novas maneiras de
pensar e agir deve ser estimulada, para que se
mantenha como um processo contínuo,
provocando a consciência corporal. Na prática
da associação entre as linguagens artísticas, é
possível um trabalho conjunto na execução com
as habilidades (MS.EF69AR16.s.18),
(MS.EF69AR17.s.19), (MS.EF69AR29.s.32) e
(MS.EF69AR30.s.33), pois essas se integram.
Dança Elementos da (MS.EF69AR10.s.11) Ao explorar os elementos constitutivos do
linguagem Explorar elementos movimento cotidiano e do movimento dançado,
constitutivos do movimento reproduzindo e criando movimentos e
cotidiano e do movimento desenvolvendo formas de dança, atribui-se um
dançado, abordando, significado próprio, supõe investigar, interpretar,
criticamente, o testar, fazer, refazer e sentir prazer e
desenvolvimento das formas estranhamento com o corpo, na vivência de
da dança em sua história espaços, orientações e ritmos diferentes,
tradicional e buscando matrizes históricas tradicionais e
contemporânea. contemporâneas, além de movimentar-se
explorando noções espaciais e temporais. Pode-
se entender esta habilidade como progressão da
(MS.EF69AR09.s.10) e parte combinada da
(MS.EF69AR11.s.12).

332
ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Dança Elementos da (MS.EF69AR11.s.12) A experimentação, nesta habilidade, contribui
linguagem Experimentar e analisar os para a compreensão da tríade corpo-espaço-
fatores de movimento movimento e o entendimento do espaço para
(tempo, peso, fluência e além do mero lugar, reconhecendo-o como
espaço) como elementos onde o corpo se move e realiza formas,
que, combinados, geram as conforme se movimenta e dança. Entende-se
ações corporais e o esta habilidade como um desdobramento da
movimento dançado. (MS.EF69AR10.s.11) e da
(MS. EF69AR12.s.13).
Dança Processos de criação (MS.EF69AR12.s.13) A habilidade de criar e improvisar movimentos
Investigar e experimentar implica fazer e refazer múltiplas
procedimentos de experimentações para utilizar e combinar os
improvisação e criação do elementos estruturantes da dança, como
movimento como fonte para movimento corporal, espaço e tempo, aos
a construção de códigos específicos de cada ritmo. Espera-se que
vocabulários e repertórios o estudante experimente movimentos dançados
próprios. de modo individual, coletivo e colaborativo.
Além disso, é possível conectá-la às
aprendizagens previstas nas habilidades
(MS.EF69AR13.s.14), (MS.EF69AR14.s.15) e
(MS.EF69AR15.s.17).
Dança Processos de criação (MS.EF69AR13.s.14) Espera-se, nesta habilidade, que ocorra a prática
Investigar brincadeiras, investigativa de novas possibilidades de danças
jogos, danças coletivas e e suas múltiplas combinações, aproveitando a
outras práticas de dança de experiência para aplicar o conhecimento das
diferentes matrizes estéticas matrizes estéticas e culturais, para que o
e culturais como referência estudante crie seus próprios movimentos de
para a criação e a maneira autoral, individual ou em grupo. É
composição de danças possível, ainda, complementar esta habilidade
autorais, individualmente e prevendo discutir preconceitos específicos
em grupo. associados à realidade local, regional ou
nacional, como, por exemplo, contextos sociais,
diferenças etárias, de gênero ou necessidades
físicas especiais. Nesta habilidade, pode-se
estabelecer uma discussão a respeito de Temas
Contemporâneos como Conscientização,
Prevenção e Combate à Intimidação Sistêmica
(Bullying). As habilidades (MS.EF69AR11.s.12),
(MS.EF69AR12.s.13) e (MS.EF69AR13.s.14)
relacionam-se mutuamente.
Dança Processos de criação (MS.EF69AR14.s.15) Nesta experimentação e análise, o estudante
Analisar e experimentar pode, individual ou coletivamente, compor
diferentes elementos criações coreográficas complexas que envolvam,
(figurino, iluminação, por exemplo, peças teatrais, apresentações
cenário, trilha sonora etc.) e musicais, vídeos, danças com ou sem narrativas,
espaços (convencionais e utilizando espaços compreendidos como
não convencionais) para convencionais (palcos), ou não convencionais
composição cênica e (rua, pátio da escola etc.), para que este exercite
apresentação coreográfica. a criação do movimento dançado. Nesta
habilidade podem ser exploradas habilidades,
como determinação, responsabilidade, empatia e
trabalho em conjunto. Pode ser associada às
habilidades (MS.EF69AR09.s.10),
(MS.EF69AR10.s.11), (MS.EF69AR11.s.12),
(MS.EF69AR12.s.13), (MS.EF69AR13.s.14) e
(MS.EF69AR14.s.15).

333
ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Dança Processos de criação (MS.EF69AR00.n.16) O estudante deverá discutir acerca das
Discutir e desenvolver o manifestações de danças em diversos contextos
senso crítico relativo às e possibilidades expressivas na vida cotidiana,
diferentes manifestações da por meio da prática colaborativa da dança, de
dança existentes em diversos forma individual ou em grupo. O professor
contextos, experimentando a deverá atentar-se ao direito que todos os
prática colaborativa da estudantes têm de se sentirem parte nas
dança individual e coletiva, atividades práticas de dança. Tem-se, nesta
vivenciando a sensação de habilidade, mais uma oportunidade para o uso
pertencimento. de temas relacionados ao bullying e preconceito,
contidos neste documento curricular. Esta
habilidade complementa a execução da
(MS.EF69AR15.s.17).
Dança Processos de criação (MS.EF69AR15.s.17) Por meio das discussões e das manifestações da
Discutir as experiências dança, explorar a criatividade do movimento,
pessoais e coletivas em buscando desde o prazer até o estranhamento,
dança vivenciadas na escola problematizando estereótipos e preconceitos. O
e em outros contextos, professor deve propor ao estudante que ele
problematizando realize atividades com movimentos corporais,
estereótipos e preconceitos. buscando apreciar seus próprios movimentos e
de outros, presencialmente, ou por intermédio
da projeção de vídeos de diferentes
manifestações da dança, ampliando o repertório
corporal, a imaginação, a percepção e a
construção de significado do movimento
corporal, rodas cantadas, brincadeiras rítmicas,
atividades de expressão corporal, variações
rítmicas distintas e demais possibilidades
criativas. Esta habilidade pode ser associada à
habilidade (MS.EF69AR30.s.33).
Música Contextos e práticas (MS.EF69AR16.s.18) O estudante deve desenvolver a capacidade de
Analisar criticamente, por comunicar-se por meio da linguagem musical e
meio da apreciação musical, identificá-la cotidianamente no mundo da
usos e funções da música publicidade, da relação social e da política,
em seus contextos de desenvolvendo, assim, o entusiasmo, a
produção e circulação, capacidade de a argumentação e a desenvoltura.
relacionando as práticas Esta habilidade supõe que o estudante possa
musicais às diferentes escutar atenta e criticamente materiais sonoros,
dimensões da vida social, identificando formas musicais, abrangendo
cultural, política, histórica, gêneros, tais como música erudita, música
econômica, estética e ética contemporânea, música popular, incluindo, por
exemplo, estilos, como Pop, Samba, MPB, Hip-
hop, Rap, Rock, Jazz, Techno, dentre outras.
Conhecer as formas musicais é indispensável
para que se estabeleça o diálogo sobre elas,
estabelecendo relações entre suas funções no
contexto social e de circulação, como "jingles"
de comerciais, no rádio e televisão, vinhetas em
vídeos da Internet, músicas típicas da
comunidade, executadas em momentos de
celebração, músicas religiosas, músicas que
fazem crítica social, que tocam nas festas de
família, no rádio, trilha sonora de filmes, novelas,
jogos de vídeogame etc. Para uma melhor
compreensão da execução desta habilidade,
sugere-se a associação conjunta com as
habilidades (MS.EF69AR17.s.19),
(MS.EF69AR18.s.20), (MS.EF69AR19.s.22) e
(MS.EF69AR21.s.23).

334
ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Música Contextos e práticas (MS.EF69AR17.s.19) O estudante deve ser conduzido a utilizar os
Explorar e analisar, diferentes meios de promoção musical, bem
criticamente, diferentes como os estilos musicais que mais fazem
meios e equipamentos sucesso em cada região brasileira, estabelecendo
culturais de circulação da relação direta com a produção musical de Mato
música e do conhecimento Grosso do Sul, examinando-a criticamente. Esta
musical. habilidade relaciona-se diretamente com a
(MS.EF69AR16.s.18) e a (MS.EF69AR34.s.37).
Música Contextos e práticas (MS.EF69AR18.s.20) O estudante deve conhecer a produção musical
Reconhecer e apreciar o do Brasil, sobretudo do Estado, por meio da
papel de músicos e grupos apreciação da discografia regional, priorizando
de música brasileiros e ou promovendo a sua participação em eventos
estrangeiros que ou apreciações virtuais disponíveis na Internet.
contribuíram para o Também deverá ser estimulado a pesquisar as
desenvolvimento de formas influências advindas de diversas civilizações
e gêneros musicais. indígenas, quilombolas e rurais, partindo da
localidade em que vive e, aos poucos, ir
distanciando-se para outras localidades. Nesta
articulação, entende-se o pleno relacionamento
entre as habilidades (MS.EF09GE03.s.03),
(MS.EF69AR16.s.18) e (MS.EF69AR17.s.19).
Música Contextos e práticas (MS.EF69AR00.s.21) Espera-se, nesta habilidade, que o estudante
Pesquisar e identificar investigue a maioria das manifestações musicais
manifestações musicais de do Estado, visando à valorização das nossas
caráter regional tais como: produções regionais/locais. Práticas como
grupos, artistas, audição musical atenta, registro das
compositores, intérpretes, características sonoras e seus
corais e outros. compartilhamentos auxiliam nesses trabalhos de
pesquisa.
Música Contextos e práticas (MS.EF69AR19.s.22) O estudante deve ser conduzido a conhecer e
Identificar e analisar experenciar novos estilos musicais, saindo do
diferentes estilos musicais, repertório do senso comum e partir para novos
contextualizando-os no paradigmas musicais. Deve, também, buscar a
tempo e no espaço, de variação musical de tempo e espaço,
modo a aprimorar a diversificando os ritmos e contextualizando-os
capacidade de apreciação da dentro dos períodos históricos, a fim de mostrar
estética musical. sua formação e transformação ao longo do
tempo. Esta habilidade relaciona-se diretamente
com a (MS.EF69AR17.s.19).
Música Elementos da (MS.EF69AR20.s.23) O processo de aprendizagem tem maior
linguagem Explorar e analisar aceitação e participação quando a exploração da
elementos constitutivos da curiosidade faz com que o estudante deixe o
música (altura, intensidade, papel passivo de assistir às aulas, para assumir a
timbre, melodia, ritmo etc.), posição de protagonista. Nesta habilidade, ele
por meio de recursos poderá, por exemplo, valer-se da gamificação
tecnológicos (games e como método para promover seu protagonismo,
plataformas digitais), jogos, por meio da interação com os conteúdos
canções e práticas diversas abordados. Sem que perceba, o estudante
de composição/criação, desenvolve habilidades e competências
execução e apreciação fundamentais para a sua vida adulta. Ao criar
musicais. jogos musicais, ele trabalha, desde o conteúdo
até a parte visual, sem se esquecer do áudio,
cronograma de execução e prazos. Enquanto
aprende o conteúdo de várias disciplinas,
empregando de forma unificada, ele também
identifica suas principais habilidades e interesses,
promovendo, assim, o autoconhecimento.

335
ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Música Materialidades (MS.EF69AR21.s.24) Nesta habilidade, deve-se estimular a
Explorar e analisar fontes e exploração, a expressão e a produção do silêncio
materiais sonoros em e de sons com a voz, o corpo, o entorno e
práticas de materiais sonoros diversos. É importante
composição/criação, incentivar os estudantes a descobrirem alguns
execução e apreciação sons, (bater os pés, bater palmas, assoprar com a
musical, reconhecendo mão na boca, imitar o som de algum animal
timbres e características de etc.). Deve, também, separar alguns materiais
instrumentos musicais sonoros, como apito, pandeiro, chocalho, flauta
diversos. etc. e desenvolver atividades de exploração com
eles, permitindo que os estudantes conheçam e
experimentem os instrumentos. Eles também
podem confeccionar brinquedos/instrumentos
que causem diferentes sons, como chocalho
(podem valer-se de materiais sustentáveis ou
reutilizáveis). É importante orientar os
estudantes para a realização das atividades
rítmicas, para que toquem no mesmo ritmo,
fazendo algumas variações de intensidade e
timbre. Pode-se, nesta habilidade, oportunizar o
uso do tópico Educação Ambiental. Esta
habilidade relaciona-se com a
(MS.EF69AR22.s.25) e a (MS.EF69AR23.s.26).
Música Notação e registro (MS.EF69AR22.s.25) Nesta habilidade, é importante que o estudante
musical Explorar e identificar reconheça a necessidade do registro sonoro, a
diferentes formas de registro partir de uma prática que dê sentido a esta ação.
musical (notação musical É bastante pertinente que os estudantes se
tradicional, partituras perguntem: Para que preciso escrever uma
criativas e procedimentos da música? De que e de quantas maneiras posso
música contemporânea), fazer isso? Para tanto, é necessário que o
bem como procedimentos e professor entenda que o registro gráfico do som
técnicas de registro em é algo que existe desde os primórdios da
áudio e audiovisual. humanidade. Assim, surgiram o alfabeto, os
códigos de trânsito, as onomatopeias e as
partituras musicais. Existem inúmeros conceitos
e tipos de notação gráfica que, inclusive, podem
ser pesquisados com os próprios estudantes.
Eles próprios já trazem em seus desenhos uma
forma de expressar graficamente e que pode ser
aplicada ao som. Sugere-se observar a relação
entre som e imagem no sentido de buscar
soluções, para organizar ideias musicais em grau
crescente de complexidade. Os desenhos podem
representar tanto instrumentos musicais
tradicionais quanto objetos sonoros encontrados
no cotidiano, de modo que o mais importante
não é definir exatamente o que será tocado, mas
de que maneiras o registro sonoro pode ser
realizado, até que, gradativamente, o estudante
seja incorporado ao universo das partituras
propriamente ditas. Esta habilidade relaciona-se
com a (MS.EF69AR21.s.24) e a
(MS.EF69AR23.s.26).
Música Processos de criação (MS.EF69AR23.s.26) O estudante, na etapa final do Ensino
Explorar e criar Fundamental, já traz concepções estéticas,
improvisações, composições, construídas a partir da cultura em que está
arranjos, jingles, trilhas inserido. Ele está buscando um aprimoramento,
sonoras, entre outros, uma aproximação com o que considera atraente
utilizando vozes, sons na música. Talvez traga modelos de intérpretes

336
ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
corporais e/ou instrumentos com os quais se identifica, ou esteja em busca
acústicos ou eletrônicos, desses modelos, mas, de toda forma, o professor
convencionais ou não só pode descobrir esses objetivos se estiver
convencionais, expressando disponível para escutar, sem preconceitos, o
ideias musicais de maneira material sonoro proposto pelo estudante.
individual, coletiva e Somente valorizando este conhecimento prévio
colaborativa. e partindo deste material já incorporado, o
educador poderá criar as condições para ajudar
o educando a enriquecer a sua experiência
musical. A improvisação desempenha papel
importante nestas condições. Propiciar situações
metodológicas, que permitam ao estudante a
abertura para o novo, pode torná-lo capaz de
ressignificar sua vivência musical criadora e
prazerosa. É importante mostrar que entre eles
já existem excelentes intérpretes e autores
capazes de inventar música. O educador precisa
provocar o estudante a produzir composições
simples, iniciando com canções de torcida,
jingles comerciais, produções rítmicas e
melódicas coletivas e, gradativamente, deixá-lo
criar com curiosidade e autonomia. Esta
habilidade relaciona-se com a
(MS.EF69AR21.s.24) e a (MS.EF69AR22.s.25).
Teatro Contextos e práticas (MS.EF69AR24.s.27) Espera-se, nesta habilidade, que o estudante
Reconhecer e apreciar valorize o trabalho dos artistas, em vários
artistas e grupos de teatro contextos, por meio de pesquisa sobre grupos
brasileiros e estrangeiros de de teatro, atores, atrizes e demais profissionais
diferentes épocas, das artes cênicas. O reconhecimento, por
investigando os modos de exemplo, de um circo, como atividade cênica,
criação, produção, seu modo de produção, criação, circulação, e
divulgação, circulação e organização teatral. Relacionando o trabalho de
organização da atuação diversos profissionais na área do teatro, pode-se
profissional em teatro. exemplificar as várias categorias desse meio.
Importante ressaltar a valorização da diferença e
da percepção em que se necessita ser flexível
com a realidade, respeitando o mundo do outro
desprovido de preconceitos. Tem-se, nesta
habilidade, mais uma oportunidade para o uso
dos temas relacionados ao bullying e ao
preconceito. Esta habilidade complementa a
execução da (MS.EF69AR25.s.28).
Teatro Contextos e práticas (MS.EF69AR25.s.28) Nesta habilidade, é importante o estudante
Identificar e analisar compreender e identificar os diferentes estilos
diferentes estilos cênicos, cênicos (Trágico, Dramático, Cômico, Musical,
contextualizando-os no Dança teatral e outros), por meio de experiências
tempo e no espaço de modo vivenciadas na própria escola ou em apreciações
a aprimorar a capacidade de de diferentes espetáculos cênicos. Também é
apreciação da estética possível a realização de eventos escolares e
teatral. ações que promovam a integração entre as
artes, com o intuito de estabelecer uma relação
responsável com o conhecimento e o fazer
científico e produções. Esta habilidade
estabelece relação direta com a
(MS.EF69AR26.s.29), a (MS.EF69AR27.s.30) e a
(MS.EF69AR30.s.33).

337
ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Teatro Elementos da (MS.EF69AR26.s.29) Nesta exploração e análise, o estudante deverá
linguagem Explorar diferentes produzir composições criativas cenográficas, que
elementos envolvidos na envolvam, por exemplo, peças teatrais,
composição dos apresentações musicais, vídeos, figurinos,
acontecimentos cênicos adereços, cenário, iluminação e sonoplastia em
(figurinos, adereços, cenário, espaços compreendidos como convencionais
iluminação e sonoplastia) e (palcos), ou não convencionais (rua, pátio da
reconhecer seus escola etc.), para que se exercite a criação teatral.
vocabulários. Pode-se, nesta habilidade, explorar habilidades,
como determinação, responsabilidade, empatia e
trabalho em conjunto. Esta habilidade pode
associar-se à (MS.EF69AR25.s.28) e à
(MS.EF69AR26.s.29).
Teatro Processos de criação (MS.EF69AR27.s.30) Espera-se que o estudante possa perceber e
Pesquisar e criar formas de identificar os distintos personagens e construa
dramaturgias e espaços os seus, por meio de suas próprias experiências.
cênicos para o Para a construção da personagem, podem ser
acontecimento teatral, em utilizados diferentes meios, dentre eles, jogos de
diálogo com o teatro pesquisa, identificação de como agem pessoas
contemporâneo. do convívio (na escola, no bairro, na família etc.),
em situações emocionais e comportamentos
diversos. Uma vez que o foco da habilidade em
questão está no criar, é importante evitar
avaliações e julgamentos taxativos e/ou
discriminatórios. Esta habilidade dialoga com a
(MS.EF69AR25.s.28), a (MS.EF69AR26.s.29) e a
(MS.EF69AR30.s.33).
Teatro Processos de criação (MS.EF69AR28.s.31) O estudante deve conhecer e descobrir
Investigar e experimentar diferentes possibilidades expressivas no contexto
diferentes funções teatrais e teatral, experimentando as diversas funções, no
discutir os limites e desafios contexto das artes cênicas, apropriando-se da
do trabalho artístico coletivo cultura regional e local, valorizando-as, por meio
e colaborativo. de atividades lúdicas, expressando-se de modo
espontâneo, criativo, individual e colaborativo.
Teatro Processos de criação (MS.EF69AR29.s.32) Espera-se que o estudante possa vivenciar e
Experimentar a gestualidade compreender os processos criativos em artes
e as construções corporais e cênicas, utilizando-se de elementos da
vocais de maneira gestualidade, improvisações corporais, vocais,
imaginativa na improvisação jogos dramáticos, dentre outros, de modo
teatral e no jogo cênico. criativo, individual e coletivamente, em suas
construções de improvisações teatrais. Esta
habilidade dialoga com a (MS.EF69AR28.s.31) e a
(MS.EF69AR27.s.30).
Teatro Processos de criação (MS.EF69AR30.s.33) Nesta habilidade, espera-se que o estudante
Compor improvisações e possa compor criativamente improvisações
acontecimentos cênicos com teatrais que envolvam as diferentes linguagens
base em textos dramáticos artísticas. É essencial que o professor estimule,
ou outros estímulos (música, influencie positivamente e execute ações como
imagens, objetos etc.), intermediador dessas construções de
caracterizando personagens personagens, de cenários e de toda a
(com figurinos e adereços), composição teatral. O estudante deve ser
cenário, iluminação e conduzido a conhecer e experenciar diferentes
sonoplastia e considerando estilos teatrais, saindo do repertório do senso
a relação com o espectador. comum e partindo para novos paradigmas
cênicos. Deve, também, buscar a variação de
tempo e espaço, diversificando os elementos e
contextualizando-os dentro dos períodos
históricos, a fim de mostrar sua formação e
transformação ao longo do tempo. Esta

338
ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
habilidade relaciona-se diretamente com a
(MS.EF69AR19.s.22).
Artes integradas Contextos e práticas (MS.EF69AR31.s.34) O estudante deve, nesta habilidade, investigar e
Relacionar as práticas analisar criticamente a sociedade na qual está
artísticas às diferentes inserido, por meio das diversas manifestações
dimensões da vida social, artísticas engajadas pertencentes ao seu
cultural, política, histórica, cotidiano (grafite, histórias em quadrinhos,
econômica, estética e ética. tirinhas, charges, músicas instrumentais ou não,
danças encenadas, teatros aplicados etc.). Ao
conhecer a aplicabilidade da arte no cotidiano,
ele também conseguirá analisar criticamente a
própria sociedade. A unidade temática Artes
Integradas baseia-se na compreensão de que
existe a necessidade da fluidez entre as
linguagens artísticas, para um entendimento do
sentido e significado da Arte. Sugere-se a leitura
dos Temas Contemporâneos deste documento
como possível temática a ser abordada para a
efetivação desta habilidade. Na articulação desta
habilidade, entende-se o pleno relacionamento
com a (MS.EF69AR01.s.01), a (MS.EF69AR09.s.09),
a (MS.EF69AR16.s.18), a (MS.EF69AR19.s.22), a
(MS.EF69AR23.s.26) e a (MS.EF69AR25.s.28).
Artes integradas Processos de criação (MS.EF69AR32.s.35) Neste campo, o estudante deverá ser conduzido
Analisar e explorar, em a uma intensa relação com a criação,
projetos temáticos, as apropriando-se das diversas linguagens artísticas
relações processuais entre e associá-las, a fim de provocar novas
diversas linguagens experiências, como happenings, performances,
artísticas. instalações, apresentações cinemáticas,
audiovisuais, entre outras. Cabe ressaltar que as
Artes Visuais não precisam ser estáticas, a
música não é feita só com instrumentos, a dança
pode ser realizada com robôs ou objetos e que
as encenações podem ultrapassar o fazer do
ator. Na articulação desta habilidade, entende-se
o pleno relacionamento com a
(MS.EF69AR07.s.07), a (MS.EF69AR14.s.15), a
(MS.EF69AR23.s.26) e a (MS.EF69AR29.s.32) e o
Tema Contemporâneo Cultura Digital.
Artes integradas Matrizes estéticas e (MS.EF69AR33.s.36) O estudante deve reconhecer-se dentro de um
culturais Analisar aspectos históricos, período histórico, social e político e contar sua
sociais e políticos da história, por meio da produção artística. Para
produção artística, tanto, ele pode pesquisar movimentos artísticos
problematizando as historicamente consolidados, a fim de subsidiar
narrativas eurocêntricas e as sua própria produção artística. Na articulação
diversas categorizações da desta habilidade entende-se o pleno
arte (arte, artesanato, relacionamento com a (MS.EF69AR01.s.01), a
folclore, design etc.). (MS.EF69AR00.n.09), a (MS.EF69AR00.n.16), a
(MS.EF69AR16.s.18) e a (MS.EF69AR22.s.25) e o
Tema Contemporâneo Estudo da História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
Artes integradas Patrimônio cultural (MS.EF69AR34.s.37) O estudante deve conhecer museus e galerias
Analisar e valorizar o distribuídos pelo MS e/ou Brasil, por meio de
patrimônio cultural, material visitas in loco e/ou passeios virtuais pela Internet.
e imaterial, de culturas Também deverá ser estimulado a pesquisar os
diversas, em especial a costumes de diversas civilizações indígenas,
brasileira, incluindo suas quilombolas, rurais, dentre outras, partindo da
matrizes indígenas, africanas localidade em que vive e, aos poucos, ir
e europeias, de diferentes distanciando-se para outras localidades. Na

339
ARTE - 6º e 7º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
épocas, e favorecendo a articulação desta habilidade, entende-se o pleno
construção de vocabulário e relacionamento com a (MS.EF09GE03.s.03), a
repertório relativos às (MS.EF69AR00.n.09) e a (MS.EF69AR00.n.16) e o
diferentes linguagens Tema Contemporâneo Estudo da História e
artísticas. Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
Artes integradas Arte e tecnologia (MS.EF69AR35.s.38) O estudante desenvolverá a capacidade de
Identificar e manipular resolver problemas, por meio de pesquisas de
diferentes tecnologias e softwares ou aplicativos que o auxiliem na
recursos digitais para produção de imagens virtuais, vídeos,
acessar, apreciar, produzir, documentários, animações etc, que valorizem a
registrar e compartilhar produção e a apreciação artística e cultural, no
práticas e repertórios espaço escolar, e a reflexão ética e responsável
artísticos, de modo reflexivo, com o outro e com o meio ambiente. Vale, nesta
ético e responsável. habilidade, explorar recursos da Rede Mundial
de Computadores, APPs disponíveis para
Android e IOS, bem como atividades de criação
e programação para novos aplicativos e
robótica. Na articulação desta habilidade
entende-se o pleno relacionamento com a
(MS.EF69AR03.s.03), a (MS.EF69AR13.s.14), a
(MS.EF69AR14.s.15), a (MS.EF69AR20.s.23) e a
(MS.EF69AR23.s.26) e o Tema Contemporâneo
Educação Ambiental e Cultura Digital.

ARTE - 8º e 9º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Artes visuais Contextos e práticas (MS.EF69AR01.s.01) Nesta habilidade, a proposta é desenvolver
Pesquisar, apreciar e analisar análise, enquanto formas distintas das Artes
formas distintas das artes Visuais tradicionais e contemporâneas (desenho,
visuais tradicionais e pintura, escultura, gravura) é sentir deleite,
contemporâneas, em obras prazer, estranhamento e abertura para se
de artistas brasileiros e sensibilizar na fruição, a expressão e a estesia,
estrangeiros de diferentes dessas manifestações, apreciando criticamente
épocas e em diferentes obras de artistas brasileiros e estrangeiros
matrizes estéticas e culturais, dentro da História da Arte. É importante incluir a
de modo a ampliar a apreciação das matrizes estéticas e culturais.
experiência com diferentes Podem-se desenvolver exercícios comparativos
contextos e práticas críticos na prática pedagógica, estimulando o
artístico-visuais e cultivar a embasamento para a análise estética, nos anos
percepção, o imaginário, a finais desta etapa do Ensino Fundamental. Esta
capacidade de simbolizar e o habilidade pode ser articulada com a
repertório imagético. (MS.EF69AR.07.s.07).
Artes visuais Contextos e práticas (MS.EF69AR02.s.02) Esta habilidade propõe a analisar os estilos e a
Pesquisar e analisar pronta identificação dos estilos em Artes Visuais,
diferentes estilos visuais, classificando em desenho, pintura, escultura e
contextualizando-os no gravura. O desafio para o estudante consiste em,
tempo e no espaço. por exemplo, desenvolver trabalhos com a
mesma temática, mas representada nesses
diferentes estilos visuais. Pode-se, também,
propor temas do cotidiano e autorretratos. Há,
nesta habilidade, oportunidade de trabalho com
a (MS.EF69AR03.s.03), (MS.EF69AR06.s.06) e a
(MS.EF69AR08.s.08).

340
ARTE - 8º e 9º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Artes visuais Contextos e práticas (MS.EF69AR03.s.03) Nesta habilidade, o professor deverá propor
Analisar situações nas quais situações em que o estudante possa analisar os
as linguagens das artes elementos das Artes Visuais existentes nas
visuais se integram às linguagens audiovisuais e gráficas. Pode-se
linguagens audiovisuais reunir um acervo para ser escolhido e ordenado
(cinema, animações, vídeos pelos estudantes, possibilitando a reflexão
etc.), gráficas (capas de contínua deste. Em sua aplicação esta habilidade
livros, ilustrações de textos contextualiza-se com a unidade temática Artes
diversos etc.), cenográficas, Integradas em todos os seus objetos de
coreográficas, musicais etc. conhecimento. Pode-se, ainda, integrá-la à
(MS.EF69AR32.s.35).
Artes visuais Elementos da (MS.EF69AR04.s.04) Nesta habilidade, o estudante deverá analisar
linguagem Analisar os elementos produções artísticas, experimentando a
constitutivos das artes percepção sensível, sendo protagonista desta
visuais (ponto, linha, forma, experiência. Pode-se, nesta habilidade, utilizar
direção, cor, tom, escala, uma conexão com os Temas Contemporâneos e
dimensão, espaço, selecionar recursos visuais e plásticos. Um bom
movimento etc.) na exemplo desta execução é a investigação do
apreciação de diferentes entorno. Esta habilidade pode ser associada à
produções artísticas. (MS.EF69AR01.s.01) (MS.EF69AR02.s.02),
(MS.EF69AR03.s.03), (MS.EF69AR05.s.05) e à
(MS.EF69AR06.06).
Artes visuais Materialidades (MS.EF69AR05.s.05) Esta habilidade propõe que o estudante se
Experimentar e analisar aproprie dos diversos materiais e matérias
diferentes formas de visuais e utilize-os de forma criativa, avaliando-
expressão artística (desenho, se e permitindo-se fruir, numa produção
pintura, colagem, contínua, identificando-se com a expressão
quadrinhos, dobradura, artística para que a ela seja atribuída o sentido
escultura, modelagem, de valor. Esta habilidade articula-se com a
instalação, vídeo, fotografia, (MS.EF69AR02.s.02) e a (MS.EF69AR04.s.04).
performance etc.).
Artes visuais Processos de criação (MS.EF69AR06.s.06) A habilidade supõe que, em trabalhos coletivos e
Desenvolver processos de colaborativos, o estudante possa criar e refletir
criação em artes visuais, com sobre sua própria produção, negociando e
base em temas ou interesses justificando suas escolhas. O desafio para o
artísticos, de modo estudante consiste em dividir com o coletivo
individual, coletivo e essas novas percepções, que coordenam o
colaborativo, fazendo uso de processamento de julgamentos alheios e o
materiais, instrumentos e estabelecer da empatia. Pode-se explorar
recursos convencionais, continuamente e descobrir materiais
alternativos e digitais. alternativos, selecionando-os de acordo com a
adaptação pessoal e coletiva. Existe a
possibilidade de esta habilidade ser trabalhada
em conjunto com a (MS.EF69AR32.s.35) e a
(MS.EF69AR35.s.38).
Artes visuais Processos de criação (MS.EF69AR07.s.07) Supõe-se que o estudante possa formular
Dialogar com princípios conceitos e proposições, como também estimar
conceituais, proposições e valorizar outras criações, ampliando a
temáticas, repertórios percepção da pluralidade de significados
imagéticos e processos de atribuíveis às manifestações artísticas. Nesse
criação nas suas produções processo, potencializa-se a validação pessoal e
visuais. do grupo. Construções e experiências coletivas e
colaborativas fomentam a elaboração de
conceitos. A complementação desta habilidade
pode dar-se mediante a sua conexão com as
habilidades (MS.EF69AR01.s.01),
(MS.EF69AR02.s.02), (MS.EF69AR06.s.06) e
(MS.EF69AR07.s.07) e o Tema Contemporâneo
Superação de Discriminações e Preconceitos,

341
ARTE - 8º e 9º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
como racismo, sexismo, homofobia e outros que
podem fomentar essa prática.
Artes visuais Sistemas da (MS.EF69AR08.s.08) Distinguir e atribuir valor ao trabalho desses
linguagem Diferenciar as categorias de diversos profissionais podem despertar interesse
artista, artesão, produtor profissional nesta área. A possibilidade de visitas
cultural, curador, designer, a esses profissionais, em seus respectivos
entre outras, estabelecendo ambientes de trabalho, cria uma validação,
relações entre os podendo surgir o gosto por uma das áreas
profissionais do sistema das profissionais do sistema. Esta habilidade pode
artes visuais. ser desenvolvida em conjunto com a
(MS.EF69AR05.s.05) e o Tema Contemporâneo
Educação Financeira.
Dança Contextos e práticas (MS.EF69AR00.n.09) Nesta habilidade, o estudante deverá selecionar
Pesquisar, conhecer a e validar os diferentes estilos de dança. A
história mundial da dança, e tradição familiar e/ou regional pode fortalecer
seus diferentes estilos, e esta seleção. Esta habilidade pode associar-se à
transições de caráter (MS.EF69AR09.s.10), à (MS.EF69AR10.s.11) e à
ritualístico, folclórico, (MS.EF69AR13.s.14) e ao Tema Contemporâneo
clássico, moderno, Cultura Sul-Mato-Grossense e Diversidade
contemporâneo e outros, Cultural.
considerando as
características da cultura
folclórica e regional.
Dança Contextos e práticas (MS.EF69AR09.s.10) Analisar diversas formas de expressão corporal
Pesquisar e analisar envolve, sobretudo, a investigação e
diferentes formas de experimentação, das diversas manifestações da
expressão, representação e dança. Essa consolidação busca estudar e
encenação da dança, pesquisar diversas experiências, valorizando a
reconhecendo e apreciando intencionalidade do fazer artístico e a da
composições de dança de criatividade. A abertura a novas maneiras de
artistas e grupos brasileiros pensar e agir deve ser estimulada para que se
e estrangeiros de diferentes mantenha como um processo contínuo,
épocas. provocando a consciência corporal. Na prática
da associação entre as linguagens artísticas é
possível um trabalho conjunto na execução com
as habilidades, pois essas integram-se à
(MS.EF69AR16.s.18), à (MS.EF69AR17.s.19), à
(MS.EF69AR29.s.32) e à (MS.EF69AR30.s.33).
Dança Elementos da (MS.EF69AR10.s.11) Ao explorar a criação de movimentos e
linguagem Explorar elementos validando o significado dos movimentos
constitutivos do movimento corporais do cotidiano e do movimento
cotidiano e do movimento dançado, na vivência de espaços, orientações e
dançado, abordando, ritmos diferentes, atribui-se valores próprios e
criticamente, o coletivos para as matrizes históricas tradicionais
desenvolvimento das formas e contemporâneas. Pode-se entender esta
da dança em sua história habilidade como progressão da
tradicional e (MS.EF69AR09.s.10) e parte combinada da
contemporânea. (MS.EF69AR11.s.12).
Dança Elementos da (MS.EF69AR11.s.12) A análise, nesta habilidade, contribui para a
linguagem Experimentar e analisar os validação da tríade corpo-espaço-movimento,
fatores de movimento avaliando-se como e onde o corpo se move e
(tempo, peso, fluência e realiza formas, bem como a fluência e a
espaço) como elementos articulação combinadas dentro de um tempo
que, combinados, geram as musical. Entende-se esta habilidade como um
ações corporais e o desdobramento da (MS.EF69AR10.s.11) e da
movimento dançado. (MS.EF69AR12. s.13)

342
ARTE - 8º e 9º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Dança Processos de criação (MS.EF69AR12.s.13) As criações de movimentos podem ser
Investigar e experimentar fomentadas, por meio de práticas de
procedimentos de improvisação. Estas criações entendem-se como
improvisação e criação do a dimensão total da estesia, onde o corpo é o
movimento como fonte para protagonista da experiência. Podem-se explorar
a construção de repetições, contrastes, proporções e equilíbrios,
vocabulários e repertórios buscando-se a harmonia, sensibilidade e
próprios. unidade. Além disso, é possível conectá-la às
aprendizagens previstas nas habilidades
(MS.EF69AR13.s.14), (MS.EF69AR14.s.15) e
(MS.EF69AR15.s.17).
Dança Processos de criação (MS.EF69AR13.s.14) A comparação entre práticas de dança, criando e
Investigar brincadeiras, planejando suas próprias sequências expressivas,
jogos, danças coletivas e constitui-se um conceito formulado e
outras práticas de dança de consolidado para si, expressando-se de maneira
diferentes matrizes estéticas individual ou em grupo. É possível, ainda,
e culturais como referência complementar a habilidade, prevendo discutir
para a criação e a preconceitos específicos associados à realidade
composição de danças local, regional ou nacional, como, por exemplo,
autorais, individualmente e contextos sociais, diferenças etárias, de gênero
em grupo. ou necessidades físicas especiais, podendo
estabelecer uma discussão a respeito do Tema
Contemporâneo, como Conscientização,
Prevenção e Combate à Intimidação Sistêmica
(Bullying). As habilidades (MS.EF69AR11.s.12),
(MS.EF69AR12.s.13) e (MS.EF69AR13.s.14)
relacionam-se mutuamente.
Dança Processos de criação (MS.EF69AR14.s.15) Esta habilidade tem por objeto analisar e
Analisar e experimentar compor elementos materiais, para apresentações
diferentes elementos coreográficas. A escolha da música, do figurino e
(figurino, iluminação, espaço para a apresentação, e a possibilidade de
cenário, trilha sonora etc.) e haver iluminações e cenários podem ser
espaços (convencionais e elaboradas de forma coletiva, estimulando a
não convencionais) para resolução de conflitos. Na Arte, a escolha da
composição cênica e linguagem própria, é um processo gradativo e
apresentação coreográfica. permanente, podendo se estender por toda a
vida do ser. Pode-se, ainda, explorar habilidades,
tais como, determinação, responsabilidade,
empatia e autogestão. Esta habilidade pode
associar-se à MS.EF69AR09.s.10,
(MS.EF69AR10.s.11), (MS.EF69AR11.s.12),
(MS.EF69AR12.s.13), (MS.EF69AR13.s.14) e à
(MS.EF69AR14.s.15).
Dança Processos de criação (MS.EF69AR00.n.16) Ao debater sobre a dança, pode-se
Discutir e desenvolver o compreender, de forma crítica e problematizada,
senso crítico relativo às resultando-se na dimensão da reflexão, em que
diferentes manifestações da o estudante possa, talvez, construir argumentos
dança existentes em diversos e ponderações, acerca de suas próprias criações
contextos, experimentando a e do coletivo. O professor deverá atentar-se ao
prática colaborativa da direito que todos os estudantes têm de se
dança individual e coletiva, sentirem parte nas atividades práticas de dança.
vivenciando a sensação de Há, nesta habilidade, mais uma oportunidade
pertencimento. para o uso dos temas relacionados ao bullying e
ao preconceito. Esta habilidade complementa a
execução da (MS.EF69AR15.s.17).

343
ARTE - 8º e 9º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Dança Processos de criação (MS.EF69AR15.s.17) Estereótipos como “os meninos não dançam” ou
Discutir as experiências “existe um corpo padrão para dançar” estão
pessoais e coletivas em arraigados em algumas percepções sobre a
dança vivenciadas na escola dança. As reflexões e discussões sobre estas e
e em outros contextos, outras formas de discriminação podem favorecer
problematizando o entendimento do quão nocivo é o preconceito
estereótipos e preconceitos. e suas complicações para si mesmo e a
sociedade. A dança é uma vivência que conduz
ao bem-estar, a sensação de liberdade e uma
das melhores maneiras de se conectar consigo
mesmo. O professor poderá apresentar aos
estudantes, a biografia de dançarinos e
dançarinas, seus desafios e conquistas. Pode-se
associar esta habilidade à (MS.EF69AR30.s.33).
Música Contextos e práticas (MS.EF69AR16.s.18) Examinar e analisar criticamente a música talvez
Analisar criticamente, por seja um desafio para o trabalho coletivo, pois
meio da apreciação musical, envolve a apreciação e esta é individual para o
usos e funções da música ser. Esta, pode envolver processos afetivos e
em seus contextos de sensibilização. A audição musical do cotidiano,
produção e circulação, as que comumente são ouvidas (rádios,
relacionando as práticas programas de TV, no convívio familiar, etc.)
musicais às diferentes podem interferir na estesia, quando o estudante
dimensões da vida social, é, por exemplo, apresentado a músicas clássicas,
cultural, política, histórica, repertórios da nossa MPB, as de cunho político e
econômica, estética e ética ideológico. Pode ser útil propor a audição em
ambientes alternativos (pátio, sob uma árvore,
quadra, sentados em círculos no chão da sala,
etc.) posições corporais (Pernas cruzadas, mãos
em cima dos joelhos, deitados, etc.) ou alguns de
nossos sentidos (incenso ou odorizador de
ambientes, apagar a luz ou manter os olhos
fechados). Para uma melhor compreensão da
execução desta habilidade, sugere-se a
associação conjunta com a (MS.EF69AR17.s.19), a
(MS.EF69AR18.s.20), a (MS.EF69AR19.s.22) e a
(MS.EF69AR21.s.23).
Música Contextos e práticas (MS.EF69AR17.s.19) Perceber como as músicas que ouvimos chegam
Explorar e analisar, até nós, desde suas gravações, influências
criticamente, diferentes midiáticas e digitais, analisando criticamente os
meios e equipamentos grandes sucessos, em todos os âmbitos, e como
culturais de circulação da isso interfere em nossa sociedade.
música e do conhecimento Diferenciar estilos musicais com segurança,
musical. envolve uma proposta por parte do professor
em que o estudante possa explorar o universo
musical em sua totalidade. Isso envolve afastar-
se de gostos individuais próprios e estabelecer
trocas, mesmo que isso custe ao professor ouvir
gêneros polêmicos, mas presentes na atualidade
e repertório dos estudantes (Funk, Hip-Hop,
Freestyle, Rap etc.) Esta comutação pode
estabelecer uma rica conexão entre o estudante
e seu professor, gerando confiança e respeito
mútuo. Esta habilidade relaciona-se diretamente
com a (MS.EF69AR16.s.18) e a
(MS.EF69AR34.s.37).

344
ARTE - 8º e 9º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Música Contextos e práticas (MS.EF69AR18.s.20) Os gêneros musicais brasileiros, surgiram de
Reconhecer e apreciar o diversas influências, consolidando as
papel de músicos e grupos características nacionais e regionais, resultando
de música brasileiros e em evoluções rítmicas e subgêneros diversos. Os
estrangeiros que gêneros brasileiros como o sertanejo
contribuíram para o (subgênero: sertanejo universitário), a MPB,
desenvolvimento de formas Samba, Pagode, Forró e o Rock, são as
e gêneros musicais. expressões mais destacadas e podem ser
exploradas com facilidade. Em nosso Estado,
alguns gêneros característicos são: Chamamé,
Guarânia, moda de viola, Polca paraguaia,
Sertanejo, Rasqueado, Catira, Sarandi, Cururu,
Siriri, Vanerão, dentre outros. Esses foram
influenciados, principalmente, pela música
indígena, paraguaia, europeia, africana, dentre
outras, pela migração de diversos Estados. O
estudante deve conhecer a produção musical do
Brasil, sobretudo do MS, por meio da apreciação
da discografia regional, priorizando ou
promovendo a sua participação em eventos ou
apreciações virtuais disponíveis na Internet.
Nesta articulação entende-se o pleno
relacionamento com as habilidades
(MS.EF09GE03.s.03), (MS.EF69AR16.s.18) e
(MS.EF69AR17.s.19).
Música Contextos e práticas (MS.EF69AR00.s.21) Espera-se, nesta habilidade, a valorização da
Pesquisar e identificar maioria das manifestações musicais de nosso
manifestações musicais de Estado. Práticas como a audição musical atenta e
caráter regional tais como: o registro das características sonoras, bem como
grupos, artistas, seus compartilhamentos, auxiliam nesses
compositores, intérpretes, trabalhos de pesquisa.
corais e outros. Devem-se, nesta habilidade, validar os artistas,
que fizeram sucesso em nível nacional e o
gênero mais popular em Mato Grosso do Sul e
em sua localidade.
Música Contextos e práticas (MS.EF69AR19.s.22) Na consolidação da apreciação estética musical,
Identificar e analisar durante o aprendizado, encontram-se vários
diferentes estilos musicais, fatores, dentre eles: o meio em que o estudante
contextualizando-os no está inserido, suas preferências como indivíduo,
tempo e no espaço, de sua inserção cultural e suas primeiras
modo a aprimorar a experiências musicais. Devem-se analisar as
capacidade de apreciação da variações musicais de tempo e de espaço,
estética musical. diversificando os ritmos e contextualizando-os
dentro dos períodos históricos, a fim de mostrar
sua formação e transformação ao longo do
tempo. Esta habilidade relaciona-se diretamente
com a (MS.EF69AR17.s.19).
Música Elementos da (MS.EF69AR20.s.23) As audições tecnológicas permitem que o
linguagem Explorar e analisar estudante analise, identifique e diferencie os
elementos constitutivos da elementos da música. Esta proposta vem ao
música (altura, intensidade, encontro dos interesses atuais desta geração,
timbre, melodia, ritmo etc.), quanto ao desenvolvimento tecnológico. As
por meio de recursos possibilidades podem incluir desde palmas,
tecnológicos (games e batuques, jogos musicais, emprego de softwares,
plataformas digitais), jogos, jogos online até criação de vídeos com o
canções e práticas diversas aparelho celular.
de composição/criação, Ao criar, por exemplo, jogos musicais, ele
execução e apreciação trabalha desde o conteúdo até a parte visual,
musicais. sem se esquecer do áudio, cronograma de

345
ARTE - 8º e 9º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
execução e prazos. Enquanto aprende o
conteúdo de várias disciplinas, de forma
unificada, o estudante também identifica suas
principais habilidades e interesses, promovendo,
assim, o autoconhecimento.
Música Materialidades (MS.EF69AR21.s.24) Criar instrumentos sonoros e executar melodias
Explorar e analisar fontes e com os mesmos, resulta na fruição para o
materiais sonoros em estudante, em que é possível a determinação do
práticas de que pode ou não ser possível utilizar planejando
composição/criação, estratégias para a sua prática.
execução e apreciação Reconhecer que cada instrumento tem seu
musical, reconhecendo timbre característico, e identificá-lo apenas pelo
timbres e características de som, pode desenvolver a auto percepção para
instrumentos musicais estabelecer foco mental, que é essencial para a
diversos. formação de um indivíduo protagonista.
Pode-se, ainda, oportunizar o uso do tópico
Educação Ambiental. Esta habilidade relaciona-
se com a (MS.EF69AR22.s.25) e a
(MS.EF69AR23.s.26).
Música Notação e registro (MS.EF69AR22.s.25) A consolidação do registro musical é possível
musical Explorar e identificar por meio do reconhecimento de todos os
diferentes formas de registro elementos musicais e todas as formas possíveis
musical (notação musical de transcrever música.
tradicional, partituras O armazenamento musical em dispositivos
criativas e procedimentos da tecnológicos, desde os primeiros discos de vinil,
música contemporânea), as fitas k7, até o surgimento do mp3, pode ser
bem como procedimentos e uma possibilidade de desenvolvimento desta
técnicas de registro em habilidade
áudio e audiovisual. Esta habilidade relaciona-se com a
(MS.EF69AR21.s.24) e a (MS.EF69AR23.s.26).
Música Processos de criação (MS.EF69AR23.s.26) A expressão musical refere-se a exteriorizar as
Explorar e criar criações subjetivas, que são completamente
improvisações, composições, individuais. Dois cantores podem executar uma
arranjos, jingles, trilhas mesma música, ao mesmo tempo, com o mesmo
sonoras, entre outros, instrumento, e a melodia sair completamente
utilizando vozes, sons diferente.
corporais e/ou instrumentos A música é uma linguagem individual, mas que
acústicos ou eletrônicos, podemos explorar de modo coletivo,
convencionais ou não apreciando, produzindo outros sons, batendo
convencionais, expressando palmas, dançando, cantando junto, pois esta
ideias musicais de maneira talvez seja, uma conexão com nossas emoções e
individual, coletiva e sentimentos mais profundos. Algumas pessoas
colaborativa. registram as letras das músicas de que mais
gostam, escutam milhares de vezes registrando
em sua própria história de vida. Uma palavra, um
momento, um local, podem ser associados a
uma canção inteira inserida em nossas
memórias.
Explorando as memórias musicais, podemos
estimular os estudantes a modificarem as letras
musicais de seu repertório pessoal para jingles,
modificar o gênero de uma música,
transformando, por exemplo, uma música
sertaneja em Hip-Hop. Ressalta-se a importância
do registro em áudio ou vídeo de todas as
atividades.
Esta habilidade relaciona-se com a
(MS.EF69AR21.s.24) e a (MS.EF69AR22.s.25).

346
ARTE - 8º e 9º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Teatro Contextos e práticas (MS. EF69AR24.s.27) Espera-se, nesta habilidade, investigar e apreciar
Reconhecer e apreciar o trabalho dos artistas em vários contextos, por
artistas e grupos de teatro meio de pesquisa sobre grupos de teatro, atores,
brasileiros e estrangeiros de atrizes e demais profissionais das artes cênicas.
diferentes épocas, Relacionando o trabalho de diversos
investigando os modos de profissionais na área do teatro, podem-se validar
criação, produção, as várias categorias desse meio. Importa
divulgação, circulação e ressaltar a valorização da diferença e da
organização da atuação percepção em que se necessita ser flexível com a
profissional em teatro. nossa realidade, respeitando o mundo do outro
desprovido de preconceitos. Tem-se mais uma
oportunidade para o uso dos temas relacionados
ao bullying e ao preconceito. Esta habilidade
complementa a execução da habilidade
(MS.EF69AR25.s.28).
Teatro Contextos e práticas (MS. EF69AR25.s.28) Nesta habilidade, é importante o estudante
Identificar e analisar analisar e validar os diferentes estilos cênicos
diferentes estilos cênicos, (Trágico, Dramático, Cômico, Musical, Dança
contextualizando-os no teatral e outros), por meio de experiências
tempo e no espaço de modo vivenciadas na própria escola ou em apreciações
a aprimorar a capacidade de de diferentes espetáculos cênicos. Também é
apreciação da estética possível a realização de eventos escolares que
teatral. promovam a integração entre as artes e suas
contextualizações, com o intuito que o
estudante, possa criar, organizar, selecionar e
refletir sobre sua própria produção individual,
coletiva e colaborativa. Esta habilidade
estabelece relação direta com a
(MS.EF69AR26.s.29), (MS.EF69AR27.s.30) e a
(MS.EF69AR30.s.33).
Teatro Elementos da (MS.EF69AR26.s.29) A criatividade para explorar materiais
linguagem Explorar diferentes alternativos e comuns, para a confecção e
elementos envolvidos na elementos envolvidos na composição de
composição dos acontecimentos cênicos, talvez seja, o maior
acontecimentos cênicos desafio envolvido nesta habilidade. Sugere-se,
(figurinos, adereços, cenário, por exemplo, uma oficina de customização com
iluminação e sonoplastia) e roupas usadas, cenários que podem ser
reconhecer seus produzidos com placas de papelão e jornais,
vocabulários. iluminação com lâmpadas e papéis como o
alumínio e o celofane, montagem da sonoplastia
utilizando aplicativos de celular. É necessário que
cada um possa participar traçando o objetivo do
grupo. O professor pode mediar, ajudando o
estudante a se identificar com o a função em
que ele mais se destaca, tais como o diretor, os
produtores, os figurinistas, os sonoplastas, os
responsáveis pelo cenário, técnicos de
iluminação e os atores.
Pode-se explorar habilidades, como
determinação, responsabilidade, empatia e
trabalho em conjunto e associá-las à
(MS.EF69AR25.s.28) e à (MS.EF69AR26.s.29).
Teatro Processos de criação (MS.EF69AR27.s.30) Espera-se que o estudante possa interpretar uma
Pesquisar e criar formas de peça consagrada ou de sua autoria, participando
dramaturgias e espaços ativamente dos vários protagonistas necessários
cênicos para o para que o ato teatral aconteça. Esta habilidade
acontecimento teatral, em dialoga com a (MS.EF69AR25.s.28), a
diálogo com o teatro (MS.EF69AR26.s.29) e a (MS.EF69AR30.s.33).
contemporâneo.

347
ARTE - 8º e 9º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Teatro Processos de criação (MS.EF69AR28.s.31) Uma peça teatral não é feita apenas pelos atores
Investigar e experimentar que aparecem no palco, outras pessoas também
diferentes funções teatrais e participam de uma peça e, mesmo que não
discutir os limites e desafios apareçam, são fundamentais para que o
do trabalho artístico coletivo espetáculo se realize. No Teatro: cenografia,
e colaborativo. figurino, maquiagem, iluminação; no Circo:
acrobata, aderecista, camareira, cabeleireira, e
tantos outros. Investigar e experimentar todas
essas funções teatrais pode garantir ao
estudante experiências expressivas e reflexivas
únicas, por meio de atividades lúdicas e
expressando-se de modo espontâneo, criativo,
individual e colaborativo.
Teatro Processos de criação (MS.EF69AR29.s.32) O gesto surge igualmente a partir da realidade
Experimentar a gestualidade cotidiana, dotando-se, por essa razão, de uma
e as construções corporais e certa singularidade. Os diversos usos e a
vocais de maneira manipulação do corpo do outro são elementos
imaginativa na improvisação que prolongam o movimento dramático e, dessa
teatral e no jogo cênico. forma, a estilização. A gestualidade utiliza o
corpo da personagem, mas sem passar por
situações. Aproximamos a improvisação teatral à
dança contemporânea. Uma maneira de buscar
essa habilidade é, por exemplo, por meio da
improvisação e do jogo teatral, tornando cada
vez mais comum suas práticas.
Esta habilidade dialoga com a
(MS.EF69AR28.s.31) e a (MS.EF69AR27.s.30).
Teatro Processos de criação (MS.EF69AR30.s.33) Compor personagens, selecionar músicas, buscar
Compor improvisações e textos teatrais, é como experimentar, viver outra
acontecimentos cênicos com vida. É essencial que o professor estimule,
base em textos dramáticos influencie positivamente e execute ações como
ou outros estímulos (música, intermediador dessas construções de
imagens, objetos etc.), personagens, de cenários e toda a composição
caracterizando personagens teatral. Esta habilidade relaciona-se diretamente
(com figurinos e adereços), com a (MS.EF69AR19.s.22).
cenário, iluminação e
sonoplastia e considerando
a relação com o espectador.
Artes integradas Contextos e práticas (MS.EF69AR31.s.34) Ao conhecer a aplicabilidade da arte no
Relacionar as práticas cotidiano, o estudante, também, conseguirá
artísticas às diferentes analisar criticamente a própria sociedade.
dimensões da vida social, Explorar eventos, como os que utilizam
cultural, política, histórica, performances, tais como, Grafite, Hip-Hop, Beat-
econômica, estética e ética. boys, Beat-girls, Breakdance pode auxiliar essa
compreensão.
Sugere-se a leitura dos Temas Contemporâneos
deste documento como possíveis temáticas a
serem abordadas para a efetivação desta
habilidade. Na articulação desta habilidade
entende-se o pleno relacionamento com a
(MS.EF69AR01.s.01), (MS.EF69AR09.s.09),
(MS.EF69AR16.s.18), (MS.EF69AR19.s.22),
(MS.EF69AR23.s.26) e a (MS.EF69AR25.s.28).
Artes integradas Processos de criação (MS.EF69AR32.s.35) Analisar a forma fluída como as linguagens da
Analisar e explorar, em Arte se integram, pode favorecer o
projetos temáticos, as entendimento de que todas as áreas de
relações processuais entre conhecimento se integram com a Arte, não
diversas linguagens como um suporte metodológico, mas sim, que
artísticas. ela está por toda parte.

348
ARTE - 8º e 9º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Provocá-los continuamente, como por exemplo,
em happenings, performances, instalações,
apresentações cinemáticas, audiovisuais, dentre
outras. Cabe ressaltar que as Artes Visuais não
precisam ser estáticas, que a música não é feita
só com instrumentos, que a dança pode ser
realizada com robôs ou objetos e que as
encenações podem ultrapassar o fazer do ator.
Na articulação desta habilidade entende-se o
pleno relacionamento com a
(MS.EF69AR07.s.07), (MS.EF69AR14.s.15),
(MS.EF69AR23.s.26) e a (MS.EF69AR29.s.32), e o
Tema Contemporâneo Cultura Digital.
Artes integradas Matrizes estéticas e (MS.EF69AR33.s.36) O estudante deve reconhecer-se dentro de um
culturais Analisar aspectos históricos, período histórico, social e político e contar sua
sociais e políticos da história, por meio da produção artística,
produção artística, valorizando-se como indivíduo, como ser que faz
problematizando as parte de uma comunidade e nação, bem como,
narrativas eurocêntricas e as o entendimento que suas ações refletem no
diversas categorizações da meio em que vive.
arte (arte, artesanato, Ao analisar os aspectos de construção das
folclore, design etc.). origens de suas próprias produções, busca-se a
produção de sentido e reflexão.
Na articulação desta habilidade entende-se o
pleno relacionamento entre as habilidades
(MS.EF69AR01.s.01), (MS.EF69AR00.n.09),
(MS.EF69AR00.n.16), (MS.EF69AR16.s.18) e
(MS.EF69AR22.s.25) e o Tema Contemporâneo
Estudo da História e Cultura Afro-brasileira e
Indígena.
Artes integradas Patrimônio cultural (MS.EF69AR34.s.37) O estudante deve analisar seu repertório cultural
Analisar e valorizar o e buscar novas exposições, propostas artísticas,
patrimônio cultural, material por meio de visitas in loco e/ou passeios virtuais
e imaterial, de culturas pela Internet. Também deverá ser estimulado a
diversas, em especial a valorizar os costumes de diversas civilizações:
brasileira, incluindo suas indígenas, quilombolas, rurais, dentre outras,
matrizes indígenas, africanas partindo da localidade em que vive e, aos
e europeias, de diferentes poucos, ir distanciando-se para outras
épocas, e favorecendo a localidades. Na articulação desta habilidade
construção de vocabulário e entende-se o pleno relacionamento entre as
repertório relativos às habilidades (MS.EF09GE03.s.03),
diferentes linguagens (MS.EF69AR00.n.09) e (MS.EF69AR00.n.16) e o
artísticas. Tema Contemporâneo Estudo da História e
Cultura Afro-brasileira e Indígena.
Artes integradas Arte e tecnologia (MS.EF69AR35.s.38) Atualmente, sem a tecnologia seria impossível
Identificar e manipular fornecer aos estudantes, o conhecimento de
diferentes tecnologias e bibliotecas virtuais com milhares de acervos, as
recursos digitais para possibilidades criativas de expressão utilizadas
acessar, apreciar, produzir, em “selfs”, registros em vídeo para apreciação e
registrar e compartilhar gravação de suas performances, apresentações e
práticas e repertórios produções do cotidiano. Esse desafio, faz com
artísticos, de modo reflexivo, que ele tenha interesse em planejar práticas e
ético e responsável. repertórios artísticos, e
desenvolver a capacidade de resolver problemas,
por meio de pesquisas de softwares ou
aplicativos que o auxiliem na produção de
imagens virtuais, vídeos, documentários,
animações etc., valorizando a produção e a
apreciação artística e cultural no espaço escolar,

349
ARTE - 8º e 9º ANOS
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
bem como a reflexão ética e responsável com o
outro e com o meio ambiente. Vale, nesta
habilidade, explorar recursos da Rede Mundial
de Computadores, APPs disponíveis para
Android e IOS, bem como atividades de criação
e programação para novos aplicativos e
robótica. Esta habilidade relaciona-se com a
(MS.EF69AR03.s.03), (MS.EF69AR13.s.14),
(MS.EF69AR14.s.15), (MS.EF69AR20.s.23), e
(MS.EF69AR23.s.26) e o Tema Contemporâneo
Educação Ambiental e Cultura Digital.

8.3.4 Educação Física


“Educação Física é a arte e a ciência do movimento humano que,

por meio de atividades específicas, auxiliam no


desenvolvimento integral dos seres humanos,

renovando-se e transformando-se no sentido

de sua autorrealização e em conformidade

com a própria realização de uma sociedade justa e livre.”


João Paulo S. Medina

A aprendizagem é o foco central da atividade escolar. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB), os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) e a Base

Nacional Comum Curricular (BNCC), a Educação Física tem como objetivo desenvolver a autonomia para
apropriação e utilização da cultura corporal de movimento, a fim de garantir o acesso dos estudantes

às práticas corporais que contribuam para a construção de saberes e valores, os quais proporcionarão

aos estudantes experiências e vivências necessárias à consolidação de um cidadão ético, reflexivo e

crítico, conectado com as mídias digitais e com as transformações globais, voltado sobremaneira às
questões sociais, inclusivas e socioemocionais.

Nesse processo, o professor caracteriza-se como um profissional mediador da aprendizagem, pois as

mídias tecnológicas já ocupam um espaço de grande expressão nesse campo. Para o componente
curricular Educação Física não é diferente, pois ele apresenta, explica, contextualiza, organiza e executa

as práticas corporais que proporcionarão saúde e bem-estar ao estudante e, consequentemente,


qualidade de vida, possibilitando-lhe a identificação das práticas que proporcionam esses benefícios

desvinculados do consumismo.

350
O documento que norteia a Educação Física tem a responsabilidade de articular as práticas corporais,
as unidades temáticas, as dimensões de conhecimento e as competências cognitivas e socioemocionais,
em consonância com as dez competências gerais da BNCC e com as específicas desse componente

curricular.

A Educação Física é um componente curricular que pertence à área de linguagens, por entender que ela

é um instrumento que integra o estudante à cultura corporal de movimento. Esse componente possui
objetivos comuns aos demais componentes dessa área, tais como: a ampliação do uso das práticas de

linguagens, o conhecimento sobre a organização interna das manifestações, a compreensão do modo


de enraizamento sociocultural das diferentes linguagens e o modo pelo qual elas estruturam as relações

humanas. Nesse sentido, entende-se que as práticas corporais são textos culturais possíveis de leitura e

produção, não devendo, portanto, serem limitadas à reprodução de movimentos.

Em conformidade com a BNCC, o componente curricular Educação Física desenvolvido em Mato Grosso

do Sul traz como unidade de estudo e aprendizagem os seguintes temas: Brincadeiras e Jogos, Esportes,
Ginásticas, Danças, Lutas, Práticas Corporais de Aventura. Além desses, aborda o Conhecimento sobre o

corpo, com o objetivo de desenvolver atividades que atendam às necessidades básicas, como: higiene,

hábitos alimentares, capacidades físicas e motoras, bem como o posicionamento desse e dos demais
corpos no espaço.

Diante do compromisso com a formação integral do estudante, o componente curricular Educação Física

de MS, aliado aos demais componentes curriculares, dispõe-se a oferecer subsídios para a qualificação

desse indivíduo, promovendo um elo entre as vivências das práticas corporais com a leitura e a

produção, observando as realidades do Estado e as particularidades de cada região.

Portanto, considerando esses pressupostos e em articulação com a BNCC, este currículo traz abordagens

dinâmicas, diversificadas e pluridimensionais, para assegurar aos estudantes a construção de um

conjunto de conhecimentos que permitam desenvolver autonomia, ampliando sua consciência corporal

e participação de forma ética na sociedade.

351
8.3.4.1 Competências Específicas de Educação Física de acordo com a BNCC
(2017):

1. Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a organização

da vida coletiva e individual.

2. Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de

aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo


cultural nesse campo.

3. Refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das práticas corporais e os processos

de saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais

4. Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal,

analisando, criticamente, os modelos disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e

preconceituosas.

5. Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater

posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes.

6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atribuídos às diferentes práticas

corporais, bem como aos sujeitos que delas participam.

7. Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos

povos e grupos.

8. Usufruir das práticas corporais, de forma autônoma, para potencializar o envolvimento em

contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde.

9. Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e produzindo


alternativas para sua realização no contexto comunitário.

10. Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas,

esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o

protagonismo.

352
8.3.4.2 Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento, Habilidades e Ações
Didáticas

EDUCAÇÃO FÍSICA - 1º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF12EF01.s.01) - Desenvolver atividades, jogos e brincadeiras da
jogos da cultura popular Experimentar, fruir e recriar cultura popular em que o processo de
presentes no diferentes brincadeiras e aprendizagem ocorra com a interação entre os
contexto jogos da cultura popular componentes curriculares.
comunitário e presentes no contexto - Resgatar brincadeiras regionais, fronteiriças,
regional comunitário e regional, indígenas e locais, como Brincadeiras de rua,
reconhecendo e respeitando Esconde- esconde, Amarelinha ou Caracol, Cabo
as diferenças individuais de de força, Pega-pega e suas variedades, Alerta,
desempenho dos colegas. Pular corda, Pular elástico, Corrida da tora,
dentre outras.
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF12EF02.s.02) - Realizar atividades dentro da sala de aula e
jogos da cultura popular Explicar, por meio de desenhar as brincadeiras que as crianças mais
presentes no múltiplas linguagens gostam.
contexto (corporal, visual, oral e
- Propor aos estudantes a realização de pesquisa
comunitário e escrita), as brincadeiras e os
com a família, em forma de relato, sobre as
regional jogos populares do contexto
comunitário e regional, brincadeiras que os familiares brincavam quando
reconhecendo e valorizando eram crianças.
a importância desses jogos e -Vivenciar, de forma lúdica, os jogos de
brincadeiras para suas construção, como: Elefante Colorido, mímica,
culturas de origem. imitação de bichos e as ações dos adultos,
dentre elas, brincar de casinha, dirigir e outras.
(MS.EF12EF00.a.03) - Opinar sobre as brincadeiras e jogos por meio
Posicionar-se criticamente a das rodas de conversa e nos momentos de
partir de suas experiências. socialização.
- Estimular a desconstrução e a construção de
novas regras nas brincadeiras e jogos.
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF12EF00.a.04) - Utilizar as experiências vivenciadas e adquiridas
jogos da cultura popular Explorar experiências pelos estudantes no seu cotidiano, para
presentes no pessoais, sociais e culturais solucionar conflitos que possam surgir dentro
contexto vivenciadas no seu cotidiano
das brincadeiras e dos jogos
comunitário e por meio de brincadeiras e
regional jogos.
Esportes Esportes de marca (MS.EF12EF05.s.05) - Desenvolver atividades que envolvam o correr,
Esportes de precisão Experimentar e fruir, saltar, pular, nadar, lançar e, ainda, o jogo de
prezando pelo trabalho boliche, arco e flecha, estilingue, dardo, acerte o
coletivo e pelo
alvo, dentre outros, valorizando as habilidades
protagonismo, a prática de
individuais, o protagonismo e o coletivo.
esportes de marca e de
precisão, identificando os - Propor atividades lúdicas e cooperativas de
elementos comuns a esses iniciação esportiva, como: disputa dos cones,
esportes. cesta móvel, estafetas e outras.
- Proporcionar momentos para que os
estudantes possam vivenciar e conhecer os
esportes adaptados.
Ginásticas Ginástica geral (MS.EF12EF07.s.06) - Elaborar atividades de ginástica que tenham
Experimentar, fruir e movimentos gradativos, dos mais simples aos
identificar diferentes mais complexos, como rolamentos de variadas
elementos básicos da
formas, vela, estrela, aviãozinho, pequenos
ginástica (equilíbrios, saltos,
circuitos ginásticos e outros, priorizando a
giros, rotações, acrobacias,
com e sem materiais) e da segurança.
ginástica geral, de forma
individual e em pequenos

353
EDUCAÇÃO FÍSICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
grupos, adotando
procedimentos de
segurança.
Ginásticas Ginástica geral (MS.EF12EF10.s.07) - Contextualizar o trabalho didático da ginástica
Descrever, por meio de e da ginástica geral, utilizando as Tecnologias
múltiplas linguagens Digitais de Informação e Comunicação.
(corporal, oral, escrita e - Propor atividades de expressão corporal
audiovisual), as utilizando-se de espelhos, fotografias, canções,
características dos mímicas, desenhos e outros.
elementos básicos da
ginástica e da ginástica
geral, identificando a
presença desses elementos
em distintas práticas
corporais.
Danças Danças do contexto (MS.EF12EF11.s.08) - Resgatar e vivenciar as danças pertencentes ao
comunitário e Experimentar e fruir contexto cultural da comunidade e região, tais
regional diferentes danças do como Siriri, Cururu, Quadrilha, Catira e outras.
contexto comunitário e - Propor atividades de roda e brincadeiras
regional (rodas cantadas, cantadas, como Corre Cotia, Ciranda, Gato e
brincadeiras rítmicas e Rato e outras.
expressivas), e recriá-las, - Propor atividades de expressão corporal,
respeitando as diferenças explorando o ritmo individual e coletivo, de
individuais e de forma que o estudante se perceba e perceba o
desempenho corporal. outro, corporalmente, dentre elas, Adoleta, Tic-
tic Pau, Babaloo, Fui à China e outras.
Danças Danças do contexto (MS.EF12EF12.s.09) - Apropriar-se dos elementos constituintes da
comunitário e Identificar os elementos dança como: coordenação motora, agilidade,
regional constitutivos (ritmo, espaço, flexibilidade, dentre outros, presentes nesta
gestos) das danças do prática, utilizando-os por meio da construção de
contexto comunitário e pequenas coreografias baseadas nas danças
regional, valorizando e típicas das festas regionais e folclóricas.
respeitando as - Vivenciar a dança da cultura sul-mato-
manifestações de diferentes grossense, no contexto regional, por meio dos
culturas. brinquedos cantados, das cirandas, dentre
outros.
Conhecimento Corpo, Saúde e (MS.EF12EF00.n.10) - Desenvolver atividades nas quais o estudante
sobre o corpo. Espaço temporal. Identificar e reconhecer as identifique as partes do corpo, por meio de
partes do corpo e adotar brinquedos cantados, como: Cabeça, Ombro
hábitos de higiene e
Joelho e Pé, Estátua, Disputa das Bolinhas e
alimentação saudável.
outros.
- Propor atividades que estimulem os hábitos de
higiene e alimentação saudável.
(MS.EF12EF00.n.11) - Propor atividades nas quais os estudantes
Analisar o posicionamento identifiquem, de forma lúdica, o posicionamento
do corpo em relação a do seu corpo estático, ou em movimento, em
objetos e a interação com os
relação ao outro como perto, longe, direita,
outros.
esquerda, acima, abaixo etc.

354
EDUCAÇÃO FÍSICA - 2º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF12EF01.s.01) - Desenvolver atividades, jogos e brincadeiras da
jogos da cultura popular Experimentar, fruir e recriar cultura popular, em que o processo de
presentes no diferentes brincadeiras e aprendizagem ocorra com a interação entre os
contexto jogos da cultura popular componentes curriculares.
comunitário e presentes no contexto - Resgatar e vivenciar brincadeiras regionais
regional comunitário e regional, fronteiriças, indígenas e locais, como:
reconhecendo e respeitando Brincadeiras de Rua, Esconde-Esconde,
as diferenças individuais de Amarelinha, Cabo de força, Pega-pega e suas
desempenho dos colegas. variedades, Alerta, Pular Corda, Pular Elástico,
Brincadeiras e Jogos Indígenas, dentre outras.
- Promover momentos para a construção de
brinquedos alternativos e de jogos, como:
Bilboquê, Gira-Gira, Pião, Pé de Lata, Vai e Vem,
Arco e Flecha, Dardo e Estilingue etc.
(MS.EF12EF00.a.02) - Discutir, entender e respeitar os valores sociais,
Compreender o que é a como respeito ao próximo e atitudes não
informação antiética durante discriminatórias diante da diversidade cultural.
e após as brincadeiras e
- Propor roda de conversa antes, durante e
jogos vivenciados.
depois da atividade proposta.
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF12EF02.s.03) - Propor atividades em sala de aula, como:
jogos da cultura popular Explicar, por meio de desenhar e descrever as brincadeiras de que eles
presentes no múltiplas linguagens mais gostam, registrar as antigas não populares
contexto (corporal, visual, oral e
e relacioná-las com as culturas fronteiriças,
comunitário e escrita), as brincadeiras e os
indígenas, pantaneiras e outras presentes na
regional jogos populares do contexto
comunitário e regional, escola.
reconhecendo e valorizando - Vivenciar, de forma lúdica, os jogos de
a importância desses jogos e construção, como Elefante Colorido, mímica,
brincadeiras para suas imitação de bichos e das ações dos adultos por
culturas de origem. exemplo, brincar de casinha, dirigir dentre
outras.
- Propor aos estudantes pesquisa de campo ou
outras sobre brincadeiras e jogos praticados
antigamente e relacioná-los com as brincadeiras
e jogos atuais.
(MS.EF12EF00.a.04) - Propor atividade em que o estudante deverá
Utilizar o pensamento imaginar, criar, recriar ou adaptar uma
criativo para propor brincadeira ou um jogo, utilizando o espaço e os
diferentes alternativas
recursos disponíveis.
durante as brincadeiras e
jogos.
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF12EF03.s.05) - Propor aos estudantes momentos nos quais
jogos da cultura popular Planejar e utilizar estratégias eles possam realizar alterações ou adaptações
presentes no para resolver desafios de nas brincadeiras e jogos, com a finalidade de
contexto brincadeiras e jogos
solucionar problemas ou dificuldades
comunitário e populares do contexto
encontrados durante a realização de atividades,
regional comunitário e regional, com
base no reconhecimento das como alterações nas regras, número de
características dessas participantes, adaptação nos espaços e materiais
práticas. etc.
(MS.EF12EF00.a.0)6 - Opinar sobre as brincadeiras e jogos, por meio
Posicionar-se criticamente a de rodas de conversa e nos momentos de
partir de suas experiências interação e socialização.
de forma coorporativa.

355
EDUCAÇÃO FÍSICA - 2º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF12EF04.s.07) - Fazer uso das diversas brincadeiras e jogos
jogos da cultura popular Colaborar na proposição e vivenciados na escola e em outros locais ou
presentes no na produção de alternativas espaços presentes na comunidade, como praças,
contexto para a prática, em outros
parques, clubes e outros.
comunitário e momentos e espaços, de
- Produzir cartazes, colagens, filmagens e
regional brincadeiras e jogos e
demais práticas corporais recortes que ilustrem as práticas corporais
tematizadas na escola, vivenciadas fora da escola, como assentamentos,
produzindo textos (orais, áreas rurais, comunidades quilombolas,
escritos, audiovisuais) para indígenas, dentre outros.
divulgá-las na escola e na
comunidade.
(MS.EF12EF00.a.08) - Utilizar as experiências vivenciadas pelo
Explorar experiências estudante no seu cotidiano, para solucionar
pessoais, sociais e culturais conflitos que possam surgir dentro de
vivenciadas no seu cotidiano
brincadeiras e jogos.
por meio de brincadeiras e
- Experimentar e vivenciar diversos papéis
jogos.
dentro das brincadeiras e dos jogos, para que os
estudantes possam conhecer e desenvolver
diferentes habilidades.
Esportes Esportes de marca (MS.EF12EF05.s.09) - Desenvolver atividades que envolvam
Esportes de precisão Experimentar e fruir, elementos comuns aos esportes como correr,
prezando pelo trabalho saltar, pular, nadar, lançar e outros, valorizando
coletivo e pelo habilidades individuais e coletivas.
protagonismo, a prática de - Elaborar algumas atividades que possam ser
esportes de marca e de praticadas de forma coletiva ou individual, como
precisão, identificando os corrida em linha reta, corrida de obstáculos,
elementos comuns a esses corrida de revezamento entre outras, para que o
esportes. estudante perceba a importância do trabalho
coletivo e do protagonismo.
- Contextualizar e comparar as atividades e os
movimentos em situações do dia a dia do
estudante, como a necessidade da força
muscular ao carregar uma sacola, subir escadas,
ou subir em uma árvore, dentre outros.
Esportes Esportes de marca (MS.EF12EF06.s.10) - Propor atividades esportivas que levem o
Esportes de precisão Discutir a importância da estudante a entender que as regras dos esportes
observação das normas e podem ser ampliadas.
das regras dos esportes de
- Relacionar as brincadeiras de precisão e de
marca e de precisão para
marcas com as atividades esportivas, verificando
assegurar a integridade
própria e as dos demais as semelhanças.
participantes. - Criar momentos de reflexão para que os
estudantes possam sugerir adaptações às regras
das modalidades esportivas, de acordo com as
características do grupo.
- Proporcionar momentos para que o estudante
possa vivenciar e conhecer os esportes
adaptados.

356
EDUCAÇÃO FÍSICA - 2º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
(MS.EF12EF00.a.11) - Fazer uso de Tecnologias Digitais de
Identificar a presença dos Informação e Comunicação (TDIC), como vídeos,
efeitos positivos e negativos filmes, dentre outros, para apresentar aos
da tecnologia diante das
estudantes atividades esportivas vivenciadas e
atividades esportivas
não vivenciadas no cotidiano.
vivenciadas.
- Demonstrar, por meio de rodas de conversa, a
necessidade de realizar atividade física que
envolva o movimento corporal e o lúdico, como
brincadeiras ao ar livre, brincadeiras cantadas,
jogos de cooperação etc.
Ginásticas Ginástica geral (MS.EF12EF07.s.12) - Elaborar e propor atividades lúdicas e
Experimentar, fruir e recreativas que envolvam os movimentos
identificar diferentes básicos da ginástica como deitar e rolar em
elementos básicos da
colchonetes, saltar e pular na caixa de areia,
ginástica (equilíbrios, saltos,
realizar rolamentos em colchões e com auxílio
giros, rotações, acrobacias,
com e sem materiais) e da do professor, dentre outros, adotando
ginástica geral, de forma procedimentos de segurança.
individual e em pequenos
grupos, adotando
procedimentos de
segurança.
Ginásticas Ginástica geral MS.EF12EF08.s.13 - Elaborar e criar estratégias para realizar
Planejar e utilizar estratégias atividades de oposição que possibilitem o
para a execução de equilíbrio e o desequilíbrio, utilizando os
diferentes elementos básicos
movimentos básicos da ginástica.
da ginástica e da ginástica
- Desenvolver atividades lúdicas que utilizem os
geral.
movimentos básicos da ginástica como, por
exemplo, da música de forma lúdica, em que o
estudante possa fazer uso dos movimentos do
dia a dia oriundos da sua cultura ou do meio em
que vive.
Ginásticas Ginástica geral (MS.EF12EF09.s.14) - Propor atividades em que os estudantes
Participar da ginástica geral, identifiquem a ação do movimento e em quais
identificando as regiões corporais elas acontecem, bem como as
potencialidades e os limites suas possibilidades de movimentos, como pular
do corpo, e respeitando as em um único pé, movimentar-se utilizando as
diferenças individuais e de mãos, os pés, os braços, o tronco, a cabeça e o
desempenho corporal. pescoço, durante a prática da ginástica e de
outras práticas corporais, assim como de outros
movimentos que os estudantes realizam no seu
dia a dia.
Ginásticas Ginástica geral (MS.EF12EF10.s.15) - Propor aos estudantes a produção de
Descrever, por meio de pequenos textos (com auxílio do professor),
múltiplas linguagens como cartazes, filmagens ou desenhos, em que
(corporal, oral, escrita e eles possam relatar ou demonstrar quais
audiovisual), as movimentos básicos da ginástica foram
características dos encontrados nas atividades vivenciadas.
elementos básicos da - Contextualizar a diferença entre ginástica e
ginástica e da ginástica ginástica geral, fazendo uso de Tecnologias
geral, identificando a Digitais de Informação e Comunicação.
presença desses elementos - Propor atividades de expressão corporal
em distintas práticas utilizando espelhos, fotografias, canções,
corporais. mímicas, desenhos e outros.

357
EDUCAÇÃO FÍSICA - 2º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Danças Danças do contexto (MS.EF12EF11.s.16) - Propor atividades, a partir das vivencias e do
comunitário e Experimentar e fruir conhecimento que os estudantes possuem,
regional diferentes danças do utilizando as brincadeiras de rodas e cantadas,
contexto comunitário e como Corre Cotia, Gato e Rato, Ciranda, dentre
regional (rodas cantadas, outras.
brincadeiras rítmicas e - Utilizar as danças pertencentes ao contexto
expressivas), e recriá-las, cultural da comunidade e à região, como
respeitando as diferenças Quadrilha, Catira, Capoeira, Cururu, Siriri, entre
individuais e de outras.
desempenho corporal. - Conhecer diversos e variados ritmos do
movimento corporal, individual ou em grupos,
utilizando-se de coreografias desenvolvidas,
para apresentações no contexto escolar.
- Propor atividades de expressão corporal,
explorando o ritmo individual e coletivo, de
forma que o estudante se perceba
corporalmente, tais como
Adoleta, Tic-Tic Pau, Babaloo, Fui à China, dentre
outras.
Danças Danças do contexto (MS.EF12EF12.s.17) - Apropriar-se dos elementos constituintes da
comunitário e Identificar os elementos dança, como coordenação motora, agilidade,
regional constitutivos (ritmo, espaço, flexibilidade, dentre outros, presentes nesta
gestos) das danças do prática corporal e utilizá-los, por meio da
contexto comunitário e construção de pequenas coreografias baseadas
regional, valorizando e nas danças típicas das festas regionais e
respeitando as folclóricas, como Quadrilha, Festa do peixe, Siriri,
manifestações de diferentes Cururu, dentre outras.
culturas. -Vivenciar as danças da cultura sul-mato-
grossense, no contexto regional, por meio de
brincadeiras e brinquedos cantados, cirandas,
dentre outras.
(MS.EF12EF00.n.18) - Utilizar rodas de conversa para expressar
Compreender o que é o ideias, opiniões e emoções que, historicamente,
preconceito e suas surgem diante de situações de preconceito
consequências durante as ocorridas durante as atividades de dança.
atividades proposta em
dança.
Conhecimento Corpo, Saúde e (MS.EF12EF00.n.19) - Desenvolver atividades em que o estudante
sobre o corpo. Espaço temporal. Identificar e reconhecer as identifique as partes do corpo, por meio de
partes do corpo e adotar brincadeiras e brinquedos cantados, como
hábitos de higiene e
Cabeça, Ombro, Joelho e Pé, Disputa dos Cones,
alimentação saudável.
Estátua, dentre outros.
- Propor atividades que, por meio das múltiplas
linguagens (corporal, oral, escrita e audiovisual)
estimulem os hábitos de higiene e alimentação
saudável como produção de cartazes, vídeos,
filmes, colagens, músicas, dentre outros.
(MS.EF12EF00.n.20) - Propor atividades em que os estudantes
Analisar o posicionamento identifiquem, de forma lúdica, o posicionamento
do corpo em relação a do seu corpo em relação ao outro, como perto,
objetos e a interação com os
longe, direita, esquerda, acima, abaixo etc.
outros.
- Propor atividades lúdicas e recreativas que
desenvolvam noções de espaço temporal como
Acorda seu urso, A galinha e seus pintinhos,
dentre outros.

358
EDUCAÇÃO FÍSICA - 2º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
(MS.EF12EF00.n.21) - Identificar e realizar diversas formas de
Ampliar as possibilidades movimentos corporais com diferentes
expressivas dos movimentos intensidades, entre outras atividades de
corporais. comando como O mestre mandou, O palhaço
que gostava de pudim, dentre outras.
- Expressar, corporalmente, e de formas variadas,
diferentes sentimentos e sensações, como
alegria, tristeza, raiva, calma, frio, calor, fome,
satisfação, por meio do teatro, dentre outros.

EDUCAÇÃO FÍSICA - 3º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF35EF01.s.01) - Vivenciar, recriar e valorizar as brincadeiras e
jogos populares do Brasil e Experimentar e fruir jogos do Brasil e do mundo, incluindo os de
do mundo brincadeiras e jogos origem africana e indígena.
Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do - Valorizar o patrimônio cultural do Estado e da
de matriz indígena e mundo, incluindo aqueles de região, por meio das brincadeiras e jogos
africana - matriz indígena e africana, e existentes na comunidade, como Bugalha, Cabo
recriá-los, valorizando a de Guerra, Pega Bandeira, dentre outras.
importância desse - Promover, durante as aulas, momentos para
patrimônio histórico cultural. contextualizar a origem das brincadeiras
vivenciadas.
- Elaborar oficinas de brinquedos de origem
africana e indígena.
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF35EF02.s.02) - Elaborar estratégias de vivências lúdicas que
jogos populares do Brasil e Planejar e utilizar estratégias envolvam as habilidades motoras e as
do mundo para possibilitar a capacidades físicas, com apreço à segurança, na
Brincadeiras e jogos participação segura de todos promoção de momentos de socialização das
de matriz indígena e os estudantes em sensações, relatando as dificuldades encontradas
africana. brincadeiras e jogos durante as atividades propostas.
populares do Brasil e de - Propor brincadeiras e jogos adaptados aos
matriz indígena e africana. espaços e às condições do meio em que serão
realizados, priorizando a segurança.
- Propor, de maneira segura, brincadeiras e
jogos de origem indígena e africana tematizados
de maneira histórica e crítica, como Acorda
Feitor, Casa Grande e Senzala, Corrida da Tora,
Maculelê, Ladainhas, Capoeira etc.
(MS.EF35EF00.a.03) - Realizar pesquisas de campo, na comunidade,
Identificar e utilizar os jogos com pessoas idosas, avós ou pais, para conhecer
e brincadeiras relatados por as brincadeiras que eles brincavam na infância,
pais, avós ou pessoas idosas propondo um resgate das mesmas.
da comunidade, - Proporcionar oficinas para construção de
relacionando-os aos brinquedos.
contextos socioculturais de - Propor brincadeiras e jogos, como Escravo de
cada época. Jó, Pião, Perna de Pau, Cinco Marias, Bilboquê,
Peteca, relacionando-os ao contexto da época e
atual.

359
EDUCAÇÃO FÍSICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Esportes Esportes de campo e (MS.EF35EF05.s.04) - Vivenciar os esportes de campo e taco,
taco Esportes de Experimentar e fruir diversos rede/parede e invasão, de forma lúdica e
rede/parede tipos de esportes de campo cooperativa, criando e recriando regras simples e
Esportes de invasão. e taco, rede/parede e adaptadas, para valorizar o trabalho coletivo. Ex.:
invasão, identificando seus * Campo e Taco – Bets ou betes, beisebol
elementos comuns e criando adaptado etc.
estratégias individuais e * Rede/parede – Peteca, Raquetebol adaptado
coletivas básicas para sua etc.
execução, prezando pelo * Invasão – Queima, Rugby, Pega Bandeira etc.
trabalho coletivo e pelo - Fazer uso das Tecnologia Digitais de
protagonismo. Informação e Comunicação para explorar
esportes aquáticos, como Biribol, Polo Aquático
e outros.
- Contextualizar os esportes adaptados, fazendo
uso das atividades vivenciadas nas aulas.
Ginásticas Ginástica geral (MS.EF35EF07.s.05) - Elaborar atividades lúdicas que envolvam os
Experimentar e fruir, de elementos básicos da ginástica geral, como
forma coletiva, combinações saltar, rolar, rastejar, equilíbrio, giros e
de diferentes elementos da acrobacias, fazendo uso das atividades do dia a
ginástica geral (equilíbrios, dia.
saltos, giros, rotações, -Proporcionar, por meio de vídeos, televisão ou
acrobacias, com e sem Internet, momentos em que os estudantes
materiais), propondo possam vivenciar apresentações de ginástica
coreografias com diferentes geral, reconhecendo quais são as coreografias
temas do cotidiano. que contam uma história como abertura de
olimpíadas, mundial de futebol e outros.
Danças Danças do Brasil e (MS.EF35EF09.s.06) - Elaborar atividades com dança que valorizam a
do mundo Experimentar, recriar e fruir cultura local e de origem africana e indígena,
Danças de matriz danças populares do Brasil e respeitando ritmos, sons e coreografias típicas
indígena e africana do mundo e danças de do local.
Danças da cultura matriz indígena e africana, - Contextualizar, por meio das Tecnologias
Sul-mato-grossense. valorizando e respeitando os Digitais de Informação e Comunicação, as
diferentes sentidos e danças do Brasil e do mundo, bem como
significados dessas danças conhecer a influência da formação populacional
em suas culturas de origem. nessas danças.
(MS.EF35EF00.a.07) - Realizar pesquisa de campo, ou com auxílio das
Identificar e experimentar as Tecnologias Digitais de Informação e
danças da cultura Sul-mato- Comunicação, sobre as danças da cultura sul-
grossense, no contexto mato-grossense.
regional. - Vivenciar, apreciar e valorizar as danças
populares e regionais, como: Catira, Quadrilha,
Siriri, Cururu, Polca, Chamamé, Guarânia,
Chupim, Xote, Sarandi, Cirandinha, dentre outras.
Danças Danças do Brasil e (MS.EF35EF10.s.08) - Identificar a presença das capacidades físicas,
do mundo Comparar e identificar os durante as práticas de dança, como coordenação
Danças de matriz elementos constitutivos motora, equilíbrio, agilidade e flexibilidade.
indígena e africana comuns e diferentes (ritmo, - Comparar as danças populares do Brasil e do
espaço, gestos) em danças mundo e as danças de matriz indígena e africana
populares do Brasil e do com as danças praticadas nos momentos de
mundo e danças de matriz lazer, em apresentações ou celebrações.
indígena e africana. - Propor atividades de expressão corporal,
explorando o ritmo individual e coletivo, de
forma a se perceber, corporalmente, como
Adoleta, Tic-tic Pau, Babaloo, Fui à China, entre
outras.

360
EDUCAÇÃO FÍSICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Lutas Lutas do contexto (MS.EF35EF09.s.09) - Contextualizar, por meio das Tecnologias
comunitário e Experimentar, fruir e recriar Digitais de Informação e Comunicação ou da
regional diferentes lutas presentes no pesquisa de campo, as lutas pertencentes à
Lutas de matriz contexto comunitário e localidade de origem das matrizes indígena e
indígena e africana regional e lutas de matriz africana.
indígena e africana. - Recriar e vivenciar lutas da localidade, como
Capoeira, Briga de Galo, Luta de Braço, A Bola é
Minha etc.
Conhecimento Corpo, Saúde e (MS.EF35EF00.n.10) - Proporcionar, durante as aulas, momentos em
corporal Espaço temporal. Identificar alterações que os estudantes possam identificar e analisar
corporais durante a alterações corporais, como batimentos
execução de atividades cardíacos, cansaço, dores musculares etc.
físicas.
(MS.EF35EF00.n.11) - Realizar atividades lúdicas e recreativas que
Vivenciar os movimentos trabalhem os planos do corpo, como O mestre
considerando os planos do mandou, Terra e Mar, Lima-Limão etc.
corpo humano: sagital /
horizontal / frontal /
anteroposterior / vertical /
transversal / longitudinal.

EDUCAÇÃO FÍSICA - 4º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF35EF02.s.01) - Formular e empregar estratégias que possam
jogos populares do Brasil e Planejar e utilizar estratégias trazer segurança na realização das habilidades
do mundo para possibilitar a motoras e nas capacidades físicas.
Brincadeiras e jogos participação segura de todos - Propor brincadeiras e jogos adaptados aos
de matriz indígena e os estudantes em espaços e às condições do meio em que serão
africana brincadeiras e jogos realizadas, priorizando a segurança.
Jogos de mesa e populares do Brasil e de - Exemplos de brincadeiras e jogos como Pião,
tabuleiro. matriz indígena e africana. Corrida do Saco, Pé de Lata, Perna de Pau e
outras.
(MS.EF35EF00.a.02) - Convidar pessoas idosas para fazerem relatos
Identificar e utilizar os jogos sobre as brincadeiras que elas brincavam
e brincadeiras relatados por quando eram crianças. Em seguida, propor, por
pais, avós ou pessoas idosas meio de rodas de conversas, momentos para
da comunidade, discussão e comparação com as atuais
relacionando-os aos brincadeiras.
contextos socioculturais de - Exemplos de brincadeiras e jogos: Bola de
cada época. Gude, Amarelinha, Esconde-Esconde, Passa Anel,
Pular Elástico, dentre outros.
(MS.EF35EF00.a.03) - Inserir, de forma gradativa e lúdica, jogos de
Experimentar e fruir de mesa, como Dominó, Dama, Xadrez, Pebolim,
diversos tipos de jogos de Trilha, Vareta, Botão, Resta Um, Futebol de
mesa e tabuleiro, Moeda, Ludo, Jogo da Velha, Tênis de Mesa,
identificando e criando Aero Rock etc., propondo regras simples e/ou
estratégias. adaptadas aos mesmos.
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF35EF03.s.04) - Produzir cartazes, vídeos e pequenos textos
jogos populares do Brasil e Descrever, por meio de relacionados às brincadeiras e aos jogos
do mundo múltiplas linguagens populares do Brasil e de matriz indígena e
Brincadeiras e jogos (corporal, oral, escrita, africana.
de matriz indígena e audiovisual), as brincadeiras - Fazer uso do corpo (expressão facial e
africana e os jogos populares do corporal), por meio de mímicas e canções, como
Brasil e de matriz indígena e instrumento da brincadeira.

361
EDUCAÇÃO FÍSICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
africana, explicando suas - Apresentar aos estudantes jogos e brincadeiras
características e a que valorizem as aprendizagens sobre a
importância desse preservação do patrimônio cultural, como o jogo
patrimônio histórico cultural da onça, dentre outros.
na preservação das
diferentes culturas.
Esportes Esportes de campo e (MS.EF35EF05.s.05) - Experimentar os esportes de campo e taco,
taco Esportes de Experimentar e fruir diversos rede/parede e invasão, utilizando os jogos pré-
rede/parede tipos de esportes de campo desportivos, bem como os adaptados, prezando
Esportes de invasão. e taco, rede/parede e o coletivo e o protagonismo. Ex.:
invasão, identificando seus * Campo e taco – Beisebol, Críquete adaptado,
elementos comuns e criando Bets etc.
estratégias individuais e * Rede/parede – voleibol, tênis de mesa, peteca,
coletivas básicas para sua badminton etc.
execução, prezando pelo * Invasão – basquetebol, futebol, futsal,
trabalho coletivo e pelo handebol etc.
protagonismo. - Fazer uso dos recursos midiáticos, para
identificar e explorar os esportes aquáticos,
como Biribol, Polo Aquático e outros.
- Contextualizar os esportes adaptados, fazendo
uso das atividades vivenciadas nas aulas.
Esportes Esportes de campo e (MS.EF35EF06.s.06) - Fazer uso das rodas de conversas e das
taco Esportes de Diferenciar os conceitos de Tecnologias Digitais de Informação e
rede/parede jogo e esporte, identificando Comunicação, com o intuito de diferenciar o
Esportes de invasão as características que os conceito de jogo e esporte e compreender como
constituem na esses termos são utilizados no cotidiano.
contemporaneidade e suas - Exemplificar e contextualizar os conceitos do
manifestações (profissional e que é esporte educacional, esporte de
comunitária/lazer). participação e esporte de alto rendimento.
Ginásticas Ginástica geral (MS.EF35EF07.s.07) - Propor atividades recreativas e lúdicas que
Experimentar e fruir, de envolvam os elementos básicos da ginástica
forma coletiva, combinações geral, como saltar, rolar, rastejar, equilíbrio, giros
de diferentes elementos da e acrobacias, fazendo uso das atividades do dia
ginástica geral (equilíbrios, a dia.
saltos, giros, rotações, - Propor pesquisas de campo em que os
acrobacias, com e sem estudantes façam visitas a entidades que
materiais), propondo promovam a ginástica, tais como escolas de
coreografias com diferentes dança, academias ou centros culturais.
temas do cotidiano. - Propiciar aos estudantes autonomia e autoria
na construção de coreografias com movimentos
de ginásticas simples e de preferência pessoal.
Ginásticas Ginástica geral (MS.EF35EF08.s.08) - Elaborar atividades de ginástica em que os
Planejar e utilizar estratégias estudantes possam identificar as estruturas
para resolver desafios na corporais e consigam reconhecê-las, durante a
execução de elementos execução da atividade, podendo tomar medidas
básicos de apresentações de segurança.
coletivas de ginástica geral,
reconhecendo as
potencialidades e os limites
do corpo e adotando
procedimentos de
segurança.

362
EDUCAÇÃO FÍSICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Danças Danças do Brasil e (MS.EF35EF00.c.09) - Realizar pesquisa de campo ou com auxílio das
do mundo Identificar e experimentar as Tecnologias Digitais de Informação e
Danças de matriz danças da cultura Sul-mato- Comunicação sobre as danças da cultura sul-
indígena e africana grossense, no contexto mato-grossense.
Danças da cultura regional. - Vivenciar, apreciar e valorizar as danças
Sul-mato-grossense populares e regionais, como Catira, Quadrilha,
Siriri, Cururu, Polca, Chamamé, Guarânia,
Chupim, Xote, Sarandi, Cirandinha, entre outras.
Danças Danças do Brasil e (MS.EF35EF10.s.10) - Identificar as capacidades físicas, durante as
do mundo Comparar e identificar os práticas de dança como coordenação motora,
Danças de matriz elementos constitutivos equilíbrio, agilidade e flexibilidade.
indígena e africana comuns e diferentes (ritmo, - Comparar as danças populares do Brasil e do
espaço, gestos) em danças mundo, bem como as danças de matriz indígena
populares do Brasil e do e africana com as realizadas no lazer, durante as
mundo e danças de matriz apresentações ou celebrações.
indígena e africana. - Propor pesquisa na comunidade, ou por meio
das Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação, sobre as danças mais tradicionais
da região, bem como de outros lugares e, em
seguida, fazer uma comparação entre os
movimentos, ritmos e gestos que cada uma
apresenta.
Danças Danças do Brasil e (MS.EF35EF12.s.11) - Realizar visitas ou convidar instituições locais e
do mundo Identificar situações de comunidades tradicionais que promovam as
Danças de matriz injustiça e preconceito danças, proporcionando momentos para o
indígena e africana geradas e/ou presentes no diálogo com os participantes, visando à
contexto das danças e identificação dos principais tipos de
demais práticas corporais e preconceitos e injustiças apresentados nessas
discutir alternativas para práticas corporais, bem como as alternativas
superá-las. para superá-los.
Lutas Lutas do contexto (MS.EF35EF13.s.12) - Propor aos estudantes a construção de
comunitário e Experimentar, fruir e recriar atividade de lutas e jogos de oposição,
regional diferentes lutas presentes no adaptando o espaço, as regras e os materiais
Lutas de matriz contexto comunitário e disponíveis.
indígena e africana regional e lutas de matriz - Experimentar e recriar lutas presentes na
indígena e africana. região ou localidade, como Capoeira, Briga de
Galo, Luta de Braço, entre outras.
Lutas Lutas do contexto (MS.EF35EF14.s.13) - Contextualizar, por meio de rodas de conversa,
comunitário e Planejar e utilizar estratégias os aspectos das lutas como:
regional básicas das lutas do 1 – A origem da luta – sua compreensão
Lutas de matriz contexto comunitário e histórica e filosófica;
indígena e africana regional e lutas de matriz 2 – Características da luta – tempo, golpes,
indígena e africana gestos previsíveis e imprevisíveis;
experimentadas, respeitando 3 – Habilidades motoras - habilidades básicas
o colega como oponente e fundamentais e específicas, como socar, chutar,
as normas de segurança. segurar, agarrar ou empurrar etc.
4 – Capacidades físicas – força, resistência e
potência.
- Desenvolver as lutas, de forma lúdica e
recreativa, adaptando os espaços e materiais
disponíveis.
Lutas Lutas do contexto (MS.EF35EF15.s.14) - Propor aos estudantes roda de conversas com
comunitário e Identificar as características pessoas da comunidade, como professores de
regional das lutas do contexto artes marciais ou recursos midiáticos, a fim de
Lutas de matriz comunitário e regional e mostrar que as lutas são modalidades esportivas
indígena e africana lutas de matriz indígena e compostas de regras e técnicas de golpes
africana, reconhecendo as sistematizados e aspectos filosóficos, enquanto
diferenças entre lutas e que a briga é o enfrentamento entre duas ou

363
EDUCAÇÃO FÍSICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
brigas e entre lutas e as mais pessoas, sem regras com intenção de
demais práticas corporais. agredir e com uso de violência.
- Identificar os aspectos negativos das práticas
inadequadas das lutas.
Conhecimento Corpo, Saúde e (MS.EF35EF00.n.15) - Proporcionar, durante as aulas, momentos em
corporal Espaço temporal. Identificar alterações que os estudantes possam identificar e analisar
corporais durante a alterações no corpo, como batimentos cardíacos,
execução de atividades cansaço, dores musculares etc.
físicas. - Elaborar estratégias para absorver e amenizar
as alterações corporais ocorridas durante as
práticas corporais.
(MS.EF35EF00.n.16) - Realizar atividades mais complexas, a fim de
Vivenciar os movimentos desenvolver os planos do corpo, como
considerando os planos do direita/esquerda, longe/perto, frente/atrás etc.
corpo humano: sagital /
horizontal / frontal /
anteroposterior / vertical /
transversal / longitudinal.

EDUCAÇÃO FÍSICA - 5º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF35EF00.n.01) - Vivenciar e utilizar os jogos de mesa, como
jogos populares do Brasil e Experimentar e fruir de Dominó, Dama, Xadrez, Pebolim, Trilha, Vareta,
do mundo diversos tipos de jogos de Jogo de Botão, Resta Um, Futebol de Moeda,
Brincadeiras e jogos mesa e tabuleiro, Ludo, Jogo da Velha, Tênis de Mesa, Aero Rock,
de matriz indígena e identificando e criando ente outros, fazendo uso, de forma correta, das
africana - estratégias. suas regras específicas.
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF35EF03.s.02) - Produzir textos ou trabalhos escritos que façam
jogos populares do Brasil e Descrever, por meio de a descrição, a reflexão e a comparação entre os
do mundo múltiplas linguagens jogos e brincadeiras, divididos por regiões do
Brincadeiras e jogos (corporal, oral, escrita, Brasil, com intuito de ampliar o conhecimento e
de matriz indígena e audiovisual), as brincadeiras promover a interação entre os componentes
africana e os jogos populares do curriculares.
Brasil e de matriz indígena e - Apresentar aos estudantes jogos e brincadeiras
africana, explicando suas que valorizem as aprendizagens sobre a
características e a preservação do patrimônio cultural, como Jogo
importância desse da Onça, Caça ao Tesouro, entre outros.
patrimônio histórico cultural
na preservação das
diferentes culturas.
Brincadeiras e Brincadeiras e jogos (MS.EF35EF04.s.03) - Oportunizar aos estudantes espaço e momento
jogos populares do Brasil e Recriar, individual e para que os mesmos possam criar e recriar
do mundo coletivamente, e brincadeiras e jogos populares, desenvolvidos
Brincadeiras e jogos experimentar, na escola e durante as aulas ou na escola.
de matriz indígena e fora dela, brincadeiras e - Usar os espaços disponíveis na comunidade
africana jogos populares do Brasil e (praças e parques), para realizar jogos e
do mundo, incluindo brincadeiras, como Queima, Bets, Peteca, dentre
aqueles de matriz indígena e outros.
africana, e demais práticas
corporais tematizadas na
escola, adequando-as aos
espaços públicos
disponíveis.

364
EDUCAÇÃO FÍSICA - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Esportes Esportes de campo e (MS.EF35EF05.s.04) - Experimentar os esportes de campo e taco,
taco Esportes de Experimentar e fruir diversos rede/parede e invasão, utilizando os jogos pré-
rede/parede tipos de esportes de campo desportivos e os adaptados, prezando o coletivo
Esportes de invasão e taco, rede/parede e e o protagonismo.
invasão, identificando seus -Implementar, durante as aulas, a introdução das
elementos comuns e criando regras básicas e a iniciação aos fundamentos dos
estratégias individuais e esportes vivenciados. Ex.:
coletivas básicas para sua * Campo e taco – Beisebol, Críquete adaptado,
execução, prezando pelo Bets etc.
trabalho coletivo e pelo * Rede/parede – Voleibol, Tênis de Mesa, Peteca
protagonismo. etc.
* Invasão – Basquetebol, Futebol, Futsal,
Handebol etc.
- Fazer uso das Tecnologias Digitais de
Informação e Comunicação, para explorar os
esportes aquáticos, como Polo Aquático, Biribol,
dentre outros.
- Contextualizar os esportes adaptados, fazendo
uso das atividades vivenciadas nas aulas.
Esportes Esportes de campo e (MS.EF35EF06.s.05) - Fazer uso das rodas de conversa, com o intuito
taco Esportes de Diferenciar os conceitos de de diferenciar o conceito de jogo e esporte e
rede/parede jogo e esporte, identificando conhecer como esses termos são utilizados no
Esportes de invasão as características que os cotidiano.
constituem na - Exemplificar e contextualizar os conceitos do
contemporaneidade e suas que é esporte educacional, esporte de
manifestações (profissional e participação e esporte de alto rendimento.
comunitária/lazer). - Utilizar as Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação para contextualizar os esportes
formais e informais e o consumismo que envolve
tais práticas corporais.
Ginásticas Ginástica geral (MS.EF35EF07.s.06) - Elaborar atividades recreativas e lúdicas que
Experimentar e fruir, de envolvam os elementos básicos da ginástica
forma coletiva, combinações geral e suas combinações, como saltar, rolar,
de diferentes elementos da rastejar, equilíbrio, giros e acrobacias, fazendo
ginástica geral (equilíbrios, uso das atividades do dia a dia.
saltos, giros, rotações, - Propor pesquisas de campo em que os
acrobacias, com e sem estudantes façam visitas a entidades que
materiais), propondo promovam a ginástica, como escolas de dança,
coreografias com diferentes academias ou centros culturais.
temas do cotidiano. - Propor aos estudantes a construção de
coreografias com movimentos de ginásticas
simples e de preferência pessoal.
- Propor aos estudantes a construção ou
reprodução de coreografias de ginástica geral
visualizadas na televisão ou na Internet
relacionadas a temas do cotidiano.
Ginásticas Ginástica geral (MS.EF35EF08.s.07) - Propor atividades em grupo nas quais os
Planejar e utilizar estratégias estudantes possam criar apresentações
para resolver desafios na envolvendo os elementos básicos da ginástica.
execução de elementos - Elaborar atividades de ginástica em que os
básicos de apresentações estudantes possam identificar as estruturas
coletivas de ginástica geral, corporais, bem como reconhecê-las durante a
reconhecendo as sua execução, devendo tomar medidas de
potencialidades e os limites segurança.
do corpo e adotando
procedimentos de
segurança.

365
EDUCAÇÃO FÍSICA - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Danças Danças do Brasil e (MS.EF35EF00.c.08) - Realizar pesquisa de campo ou com auxílio das
do mundo Identificar e experimentar as Tecnologias Digitais de Informação e
Danças de matriz danças da cultura sul-mato- Comunicação sobre as danças da cultura sul-
indígena e africana grossense, no contexto mato-grossense.
Dança da Cultura regional. - Vivenciar, apreciar e valorizar as danças
Sul-mato-grossense populares e regionais, como Catira, Quadrilha,
Siriri, Cururu, Chamamé, Vaneira, Guarânia,
Chupim, Xote, Sarandi, Cirandinha, Polca, dentre
outras.
Danças Danças do Brasil e (MS.EF35EF11.s.09) - por meio de debates, palestras, atividades
do mundo Formular e utilizar práticas, vídeos, rodas de conversa, trabalhar os
Danças de matriz estratégias para a execução elementos constitutivos da dança e seus
indígena e africana de elementos constitutivos significados, como:
das danças populares do 1) Ritmo – movimento que ocorre com uma
Brasil e do mundo, e das recorrência regular;
danças de matriz indígena e 2) Espaço – refere-se ao ambiente físico onde
africana. ocorrem os movimentos;
3) Gestos – movimento aliado a um significado
que constitui a expressão de quem dança.
Danças Danças do Brasil e (MS.EF35EF12.s.10) - Realizar visitas a instituições locais e
do mundo Identificar situações de comunidades tradicionais que promovam as
Danças de matriz injustiça e preconceito danças, proporcionando momentos para o
indígena e africana geradas e/ou presentes no diálogo com os participantes, visando identificar
contexto das danças e os principais tipos de preconceitos e injustiças
demais práticas corporais e presentes nessas práticas corporais e apresentar
discutir alternativas para alternativas para superá-los.
superá-las.
Lutas Lutas do contexto (MS.EF35EF14.s.11) - Contextualizar, por meio de rodas de conversa,
comunitário e Planejar e utilizar estratégias os aspectos das lutas como:
regional básicas das lutas do 1 – A origem da luta – sua compreensão
Lutas de matriz contexto comunitário e histórica e filosófica;
indígena e africana regional e lutas de matriz 2 – Características da luta – tempo, golpes,
indígena e africana gestos previsíveis e imprevisíveis, vestuários,
experimentadas, respeitando equipamentos, espaços de práticas;
o colega como oponente e 3 – Habilidades motoras - habilidades básicas,
as normas de segurança. como socar, chutar, segurar, agarrar ou
empurrar;
4 – Capacidades físicas – força, resistência e
potência.
- Experimentar as lutas que apresentam
complexidade em seus movimentos e regras
específicas, como: Capoeira, Huka-huka, Greco-
Romana, Jiu-Jitsu, entre outras.
Lutas Lutas do contexto (MS.EF35EF15.s.12) - Propor aos estudantes uma roda de conversa
comunitário e Identificar as características com pessoas da comunidade, como professores
regional das lutas do contexto de artes marciais, a fim de mostrar que lutas são
Lutas de matriz comunitário e regional e modalidades esportivas compostas de regras e
indígena e africana lutas de matriz indígena e técnicas de golpes sistematizados e aspectos
africana, reconhecendo as filosóficos, enquanto que a briga é o
diferenças entre lutas e enfrentamento entre duas ou mais pessoas, sem
brigas e entre lutas e as regras, com intenção de agredir e com uso de
demais práticas corporais. violência.

366
EDUCAÇÃO FÍSICA - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Conhecimento Corpo, Saúde e (MS.EF35EF00.n.13) - Proporcionar, durante as aulas, momentos em
sobre o corpo Espaço temporal. Identificar alterações que os estudantes possam identificar e analisar
corporais durante a alterações no corpo, como batimentos cardíacos,
execução de atividades cansaço, dores musculares etc.
físicas. - Elaborar estratégias para observar e amenizar
as alterações corporais ocorridas durante as
práticas corporais.
- Propor soluções durante a realização das
atividades físicas, para amenizar as alterações
corporais.
(MS.EF35EF00.n.14) - Realizar atividades mais complexas, a fim de
Vivenciar os movimentos desenvolver os planos do corpo, como
considerando os planos do direita/esquerda, longe/perto, frente/atrás etc.
corpo humano: sagital /
horizontal / frontal /
anteroposterior / vertical.

EDUCAÇÃO FÍSICA - 6º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Brincadeiras e Jogos eletrônicos (MS.EF67EF01.s.01) - propor aos estudantes, por meio de rodas de
jogos Experimentar e fruir, na conversa, que façam um relato sobre os jogos
escola e fora dela, jogos eletrônicos que conhecem e praticam e as
eletrônicos diversos, sensações ao pratica-los.
valorizando e respeitando os - Propor momentos, para que os estudantes
sentidos e significados façam a comparação das sensações vivenciadas
atribuídos a eles por nas práticas dos jogos eletrônicos com aquelas
diferentes grupos sociais e experimentadas em outros tipos de jogos menos
etários. sedentários e discutir sobre as preferências
pessoais.
- Promover, dentro das escolas, competições de
jogos eletrônicos, como Xadrez online, Dama
online, vídeo games, Kinect, Arduíno, dentre
outros.
- Propor a discussão dos benefícios e malefícios
da prática dos jogos eletrônicos.
(MS.EF67EF00.a.02) - Fazer uso das Tecnologias Digitais de
Utilizar uma variedades de Informação e Comunicação, como
ferramentas multimídias e computadores, celulares, tabletes, Xbox e outros,
periféricas para auxiliar a para ampliar as possibilidades de aprendizagem.
produtividade e
aprendizagem pessoal.

367
EDUCAÇÃO FÍSICA - 6º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Esportes Esportes de marca (MS.EF67EF03.s.03) - Propor visitas a clubes, associações ou outras
Esportes de precisão Experimentar e fruir esportes entidades locais que promovam modalidades
Esportes de invasão de marca, precisão, invasão dos esportes de marca, precisão, invasão e
Esportes técnico- e técnico-combinatórios, técnico-combinatórios e dialogar com os
combinatórios valorizando o trabalho profissionais que atuam nessas modalidades
coletivo e o protagonismo. sobre a importância do trabalho coletivo e do
protagonismo na prática das mesmas.
- Os esportes de marca e precisão destacam-se
pelo protagonismo do estudantes; já os esportes
de invasão e técnico-combinatórios prevalecem
nas modalidades coletivas.
- Utilizar-se das Tecnologias Digitais de
Informação e Comunicação e/ou de espaços na
comunidade para identificar e vivenciar os
esportes aquáticos.
- Explorar e experimentar diversos esportes
adaptados vivenciados na comunidade.
Esportes Esportes de marca (MS.EF67EF04.s.04) - Usufruir dos esportes oferecidos pela escola,
Esportes de precisão Praticar um ou mais esportes respeitando suas regras básicas.
Esportes de invasão de marca, precisão, invasão - Os esportes de marca caracterizam-se por
Esportes técnico- e técnico-combinatórios comparar os resultados registrados em
combinatórios oferecidos pela escola, segundos, metros ou quilos. Ex.: Atletismo,
usando habilidades técnico- Remo, Ciclismo, dentre outros.
táticas básicas e respeitando - Os esportes de precisão caracterizam-se pelo
regras. ato de arremessar ou lançar um objeto,
procurando acertar ou aproximá-lo de um alvo
específico. Ex.: bocha, golfe adaptado, tiro com
arco e outros.
- Os esportes de invasão caracterizam-se por
comparar a capacidade de uma equipe em
inserir ou levar uma bola a uma meta ou setor
da quadra do adversário. Ex.: Basquetebol,
Futebol, Futsal, Futebol americano, Handebol e
outros.
- Os esportes técnico-combinatórios reúnem
modalidades que comparam a ação motora com
a qualidade do movimento. Ex.: Ginástica
artística, Ginástica rítmica, dentre outros.
(MS.EF67EF00.a.05) - Propor atividades que estimulem os estudantes
Utilizar o conhecimento a utilizarem seus conhecimentos para tomarem
teórico e prático para a decisões antes, durante e depois das atividades
tomada de decisões antes, esportivas vivenciadas, de forma crítica e
durante e depois das construtiva.
atividades esportivas
vivenciadas.
Esportes Esportes de marca (MS.EF67EF07.s.06) - Realizar pesquisas e rodas de conversa, para
Esportes de precisão Propor e produzir identificar os esportes não disponíveis ou
Esportes de invasão alternativas para acessíveis na comunidade, como Tênis, Futevôlei,
Esportes técnico- experimentação dos Futebol americano e Basebol, fazendo uso dos
combinatórios esportes não disponíveis espaços, dentre eles praças, quadras e parques
e/ou acessíveis na disponíveis na mesma.
comunidade e das demais
práticas corporais
tematizadas na escola.

368
EDUCAÇÃO FÍSICA - 6º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Ginásticas Ginástica de (MS.EF67EF08.s.07) - Propor atividades, como uma corrida de média
condicionamento Experimentar e fruir distância e, logo em seguida, fazer uma análise
físico exercícios físicos que das capacidades físicas solicitadas na realização
solicitem diferentes da corrida, como resistência cardiorrespiratória e
capacidades físicas, força muscular e, ainda, reconhecer quais
identificando seus tipos estruturas corporais foram utilizadas.
(força, velocidade, - Promover debates e discussões sobre a relação
resistência, flexibilidade) e as entre as capacidades físicas e as estruturas
sensações corporais corporais.
provocadas pela sua prática. - Propiciar antes, durante e após as atividades
físicas propostas, momentos para que os
estudantes possam avaliar as sensações
provocadas pelo exercício.
Ginásticas Ginástica de (MS.EF67EF09.s.08) - Elaborar exercícios físicos e utilizá-los nos
condicionamento Construir, coletivamente, espaços ao ar livre, como academias públicas,
físico procedimentos e normas de realizando-os em forma de circuitos simples e
convívio que viabilizem a discutir com os estudantes a relação entre
participação de todos na exercício físico e saúde.
prática de exercícios físicos, - Propor aos estudantes que elaborem
com o objetivo de promover atividades simples como gincanas ou
a saúde. brincadeiras do cotidiano que envolvam
exercícios físicos, observando as diferenças
físicas entre eles e, logo em seguida, propor
atividades que sejam adequadas a todos.
Danças Danças urbanas (MS.EF67EF11.s.09) - Identificar as capacidades físicas durante as
Experimentar, fruir e recriar práticas das danças, como coordenação motora,
danças urbanas, o equilíbrio, a agilidade, a flexibilidade, entre
identificando seus outras.
elementos constitutivos - Recriar e elaborar coreografias das danças
(ritmo, espaço, gestos). urbanas presentes no cotidiano dos estudantes,
como Hip-Hop, Street Dançe e outros,
reconhecendo seus elementos constitutivos,
dentre eles, ritmo, o espaço e gesto.
Danças Danças urbanas (MS.EF67EF12.s.10) - Oportunizar visitas a locais onde pessoas
Planejar e utilizar estratégias praticam diversas modalidades de danças, para
para aprender elementos observar os movimentos dos praticantes;
constitutivos das danças convidar um praticante de danças urbanas para
urbanas. uma visita e realizar oficina na escola ou assistir
a vídeos com tutoriais e apresentações de
danças urbanas.
Lutas Lutas do Brasil (MS.EF67EF14.s.11) - Propor pesquisas com o uso das Tecnologias
Experimentar, fruir e recriar Digitais de Informação e Comunicação, para
diferentes lutas do Brasil, contextualização das modalidades de lutas
valorizando a própria típicas do Brasil, sua compreensão histórica, a
segurança e integridade identificação das regras e normas de segurança
física, bem como as dos e as capacidades físicas presentes que podem
demais. ser aprimoradas com as práticas corporais
envolvidas nas lutas.
- Realizar atividades que vivenciem os
movimentos das lutas pesquisadas, prezando
pela segurança própria e dos demais praticantes.
Lutas Lutas do Brasil (MS.EF67EF15.s.12) - Propor visitas a centros esportivos, clubes,
Planejar e utilizar estratégias associações ou outras instituições onde os
básicas das lutas do Brasil, estudantes possam observar e dialogar com
respeitando o colega como técnicos e praticantes sobre as possibilidades de
oponente. se praticar lutas, como Jiu-Jitsu, Capoeira, Judô,
Caratê, Greco-Romana, entre outras, adaptando-
as as suas características.

369
EDUCAÇÃO FÍSICA - 6º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
- Proporcionar atividades de luta que visam o
respeito ao colega como oponente e
compreender que elas propõem a oposição
entre indivíduos.
Práticas Práticas corporais de (MS.EF67EF18.s.13) - Propor aos estudantes uma pesquisa de campo
corporais de aventura urbanas Experimentar e fruir ou utilizando as Tecnologias Digitais de
aventura diferentes práticas corporais Informação e Comunicação sobre as principais
de aventura urbanas, práticas de aventura urbana. Logo em seguida,
valorizando a própria contextualizar, por meio de rodas de conversa,
segurança e integridade os espaços disponíveis na escola e na
física, bem como as dos comunidade para desfrutar dessas práticas.
demais. - Observar e fazer uso das principais normas de
segurança, para que o estudantes possa usufruir
de algumas práticas de aventura urbana, como
parkour, slackline, skate, patins e outros.
Práticas Práticas corporais de (MS.EF67EF19.s.14) - Discutir em grupo quais os principais
corporais de aventura urbanas Identificar os riscos durante problemas e riscos encontrados nas práticas de
aventura a realização de práticas aventura urbana, na comunidade, e criar
corporais de aventura estratégias para superá-las.
urbanas e planejar - Elaborar atividades ou circuitos que envolvam
estratégias para sua várias atividades possíveis de serem executadas
superação. na escola e adaptar, quando possível, os espaços
para a execução das mesmas.
Práticas Práticas corporais de (MS.EF67EF20.s.15) - Propor rodas de conversas e discussões sobre
corporais de aventura urbanas Executar práticas corporais o que é patrimônio público e identificar quais
aventura de aventura urbanas, estão presentes na comunidade.
respeitando o patrimônio - Realizar visitas a espaços considerados
público e utilizando patrimônios públicos e observar quais práticas
alternativas para a prática corporais de aventura urbana podem ser
segura em diversos espaços. realizadas nesses locais, respeitando-os.
- Proporcionar momentos e possibilidades para
que os estudantes possam criar e recriar novas
práticas corporais de aventura urbana.

EDUCAÇÃO FÍSICA - 7º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Brincadeiras e Jogos eletrônicos (MS.EF67EF02.s.01) - Propor rodas de conversas com o intuito de
jogos Identificar as transformações provocar uma discussão sobre os problemas e
nas características dos jogos os avanços que as tecnologias trouxeram e a
eletrônicos em função dos relação dos jogos eletrônicos com o crescimento
avanços das tecnologias e do sedentarismo entre as crianças e os jovens.
nas respectivas exigências Em seguida, sugerir aos estudantes uma
corporais colocadas por listagem de atividades, brincadeiras e jogos que
esses diferentes tipos de possam ser realizados com o auxílio da
jogos. tecnologia para superar esses problemas.
- Elaborar e propor atividades corporais com
jogos eletrônicos, no intuito de estimular os
movimentos, por meio do uso de sensores que
obriguem seus jogadores a se movimentarem,
como Xbox, utilizando o Kinect e outros.
(MS.EF67EF00.a.02) - Fazer uso das Tecnologias Digitais de
Utilizar uma variedades de Informação e Comunicação, como
ferramentas multimídias e computadores, celulares, tabletes, Xbox e outros,
periféricas para auxiliar a para ampliar as possibilidades de aprendizagem.

370
EDUCAÇÃO FÍSICA - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
produtividade e - Elaborar pequenos campeonatos com as
aprendizagem pessoal. Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação, envolvendo jogos eletrônicos,
como Basquete, Futebol, Xadrez, Tênis e outros,
de acordo com o esporte que está sendo
vivenciado no bimestre ou na aula.
Esportes Esportes de marca (MS.EF67EF03.s.03) - Propor visitas a clubes, associações ou outras
Esportes de precisão Experimentar e fruir esportes entidades locais que promovam modalidades
Esportes de invasão de marca, precisão, invasão dos esportes de marca, precisão, invasão e
Esportes técnico- e técnico-combinatórios, técnico-combinatórios e dialogar com os
combinatórios valorizando o trabalho profissionais que atuam nessas modalidades
coletivo e o protagonismo. sobre a importância do trabalho coletivo e do
protagonismo na prática das modalidades.
- Realizar pequenos campeonatos ou
intercalasses com os esportes desenvolvidos no
bimestre, utilizando as regras, criando
regulamentos simples e adaptados para
execução de jogos, como Handebol, Vôlei,
Basquete, Futsal e outros.
Esportes Esportes de marca (MS.EF67EF04.s.04) Praticar - Usufruir dos esportes oferecidos pela escola,
Esportes de precisão um ou mais esportes de respeitando suas regras básicas.
Esportes de invasão marca, precisão, invasão e - Propor aos estudantes pesquisas, por meio das
Esportes técnico- técnico-combinatórios Tecnologias Digitais de Informação e
combinatórios oferecidos pela escola, Comunicação, sobre os esportes não oferecidos
usando habilidades técnico- na escola, como: Levantamento de peso, Bocha,
táticas básicas e respeitando Raquetebol, Futebol americano, dentre outros,
regras. com adaptações de material e espaço, para que
eles possam ser vivenciados.
(MS.EF67EF00.a.05) - Propor atividades que estimulem os estudantes
Utilizar o conhecimento para a utilizarem seus conhecimentos para tomarem
tomada de decisões durante decisões antes, durante e depois das atividades
as atividades esportivas esportivas vivenciadas, de forma crítica e
vivenciadas. construtiva.
Esportes Esportes de marca (MS.EF67EF05.s.06) - Propor aos estudantes pesquisas sobre a
Esportes de precisão Planejar e utilizar estratégias origem dos esportes de marca, precisão, invasão,
Esportes de invasão para solucionar os desafios vivenciados nas aulas ou no bimestre, bem como
Esportes técnico- técnicos e táticos, tanto nos estratégias para solucionar as dificuldades
combinatórios esportes de marca, precisão, técnicas e táticas encontradas na execução
invasão e técnico- desses esportes, com adaptações no espaço,
combinatórios como nas material, regras e outros.
modalidades esportivas - Utilizar as Tecnologias Digitais de Informação e
escolhidas para praticar de Comunicação e/ou de espaços na comunidade,
forma específica. para vivenciar os esportes aquáticos.
- Explorar e experimentar diversos esportes
adaptados, vivenciados na comunidade.
Esportes Esportes de marca (MS.EF67EF06.s.07) - Elaborar aulas, com o auxílio de recursos
Esportes de precisão Analisar as transformações tecnológicos, sobre as diversas definições de
Esportes de invasão na organização e na prática esporte utilizadas no Brasil, a sua origem e o seu
Esportes técnico- dos esportes em suas significado.
combinatórios diferentes manifestações - Promover palestras ou rodas de conversa com
(profissional e profissionais esportivos, com a finalidade de
comunitário/lazer). fazer uma comparação entre os esportes
educacionais de alto rendimento e os realizados
nos espaços ao ar livre.

371
EDUCAÇÃO FÍSICA - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Esportes Esportes de marca (MS.EF67EF07.s.08) - Recriar e adaptar esportes não disponíveis ou
Esportes de precisão Propor e produzir acessíveis na comunidade, como Tênis, Futevôlei,
Esportes de invasão alternativas para Futebol americano, Basebol e outros, fazendo
Esportes técnico- experimentação dos uso de espaços, dentre eles praças, quadras,
combinatórios esportes não disponíveis parques disponíveis na comunidade.
e/ou acessíveis na - Propor reuniões ou encontros entre agentes do
comunidade e das demais poder público, líderes comunitários e a escola,
práticas corporais bem como soluções sobre como utilizar os
tematizadas na escola. mesmos, para que eles possam se tornar
acessíveis à comunidade.
(MS.EF67EF00.a.09) - Propor, ao final das aulas, momentos para que
Compreender e avaliar o que os estudantes possam relatar, expressar e opinar
foi vivenciado, no decorrer sobre as atividades vivenciadas, sugerindo
das atividades e práticas alternativas, visando solucionar possíveis
esportivas. problemas encontrados durante as aulas.
Ginásticas Ginástica de (MS.EF67EF08.s.10) Propor atividades, como por exemplo, uma
condicionamento Experimentar e fruir corrida de média distância e, logo em seguida,
físico exercícios físicos que fazer uma análise das capacidades físicas
solicitem diferentes solicitadas na realização da mesma como
capacidades físicas, resistência cardiorrespiratória e força muscular e,
identificando seus tipos ainda, conhecer quais estruturas corporais foram
(força, velocidade, utilizadas.
resistência, - Utilizar circuitos, camas elásticas e outras
atividades de maior complexidade na sua
execução e compará-las com as atividades do
dia a dia, como varrer a casa, subir escadas,
verificando a diferença entre força muscular e
resistência muscular.
- Realizar antes, durante e após as atividades
físicas propostas, momentos para que os
estudantes possam avaliar as sensações
provocadas pelo exercício.
Ginásticas Ginástica de (MS.EF67EF09.s.11) - Propor aos estudantes vários tipos de
condicionamento Construir, coletivamente, exercícios físicos com intensidade de moderada
físico procedimentos e normas de a rigorosa, envolvendo os exercícios aeróbicos e
convívio que viabilizem a os de resistência, utilizando o próprio corpo para
participação de todos na executá-los.
prática de exercícios físicos, - Elaborar exercícios físicos e utilizá-los nos
com o objetivo de promover espaços ao ar livre, como academias públicas,
a saúde. realizando-os em forma de circuitos simples e
discutir com os estudantes a relação entre
exercício físico e saúde.
Ginásticas Ginástica de (MS.EF67EF10.s.12) - Propor a construção de cartazes, vídeos, textos
condicionamento Diferenciar exercício físico e pesquisas sobre a diferença entre atividade
físico de atividade física e propor física e exercício físico.
alternativas para a prática de - Elaborar um cronograma simples de exercícios
exercícios físicos dentro e físicos, envolvendo a comunidade escolar
fora do ambiente escolar. (estudantes, professores, funcionários e outros),
podendo ampliar para a família, vizinhos ou
comunidade.
- Fazer uso dos espaços disponíveis na escola,
ou no entorno da mesma, para a prática de
exercícios físicos aeróbicos.
- Observar e registrar as atividades do dia a dia,
diferenciando atividade física de exercício físico,
bem como analisar se os mesmos são
fisicamente ativos, propondo mudanças nos
hábitos, quando necessário.

372
EDUCAÇÃO FÍSICA - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Danças Danças urbanas (MS.EF67EF12.s.13) - Oportunizar visitas a locais onde pessoas
Planejar e utilizar estratégias praticam diversas modalidades de danças, para
para aprender elementos que os estudantes observem os movimentos dos
constitutivos das danças praticantes; convidar um praticante de danças
urbanas. urbanas, para fazer uma visita e/ou uma oficina
na escola, ou assistir a vídeos com tutoriais e
apresentações de danças urbanas.
- Elaborar e recriar coreografias das danças
urbanas vivenciadas, utilizando os elementos
constitutivos.
Danças Danças urbanas (MS.EF67EF13.s.14) Fazer o uso das Tecnologias Digitais de
Diferenciar as danças Informação e Comunicação para elaborar
urbanas das demais pesquisas sobre os tipos de danças
manifestações da dança, historicamente vivenciadas, no decorrer dos
valorizando e respeitando os anos, e compará-los com as danças urbanas
sentidos e significados existentes, bem como com os movimentos que
atribuídos a eles por surgiram a partir da sua origem.
diferentes grupos sociais. - Identificar os principais movimentos
encontrados nas danças urbanas e associá-los às
letras, às vestimentas e ao ambiente físico nos
quais são encontrados, valorizando e
respeitando os seus sentidos e significados.
Lutas Lutas do Brasil (MS.EF67EF16.s.15) - Propor pesquisa aos estudantes com o intuito
Identificar as características de identificar as principais características
(códigos, rituais, elementos presentes nas lutas como sua origem, as
técnico-táticos, principais regras, os objetivos, as habilidades
indumentária, materiais, motoras, as capacidades físicas, o ambiente
instalações, instituições) das físico e as vestimentas.
lutas do Brasil. - Fazer uma relação com as lutas que praticam
na escola, como Judô, Karatê, Capoeira e com
aquelas que só vivenciam por meio de recursos
midiáticos.
Lutas Lutas do Brasil (MS.EF67EF17.s.16) - Realizar visitas a instituições locais que
Problematizar preconceitos promovam lutas, ou convidar praticantes
e estereótipos relacionados residentes na localidade, para uma visita à
ao universo das lutas e escola; propiciar diálogos com os estudantes,
demais práticas corporais, investigando quais as principais situações de
propondo alternativas para preconceito ou estigmatização estão
superá-los, com base na relacionadas aos participantes das modalidades.
solidariedade, na justiça, na - Propor, por meio de rodas de conversa,
equidade e no respeito. alternativas para superar os problemas e
preconceitos encontrados nessa prática corporal.
Práticas Práticas corporais de (MS.EF67EF18.s.17) - Observar e fazer uso das principais normas de
corporais de aventura urbanas Experimentar e fruir segurança, para que o estudante possa usufruir
aventura diferentes práticas corporais de algumas práticas de aventura urbana, como
de aventura urbanas, parkour, slackline, skate, patins e outros.
valorizando a própria - Utilizar as variadas Tecnologias Digitais de
segurança e integridade Informação e Comunicação, para ampliar o
física, bem como as dos conhecimento sobre as práticas de aventura
demais. urbana, principalmente das que não fazem parte
do contexto social do estudante.
- Propor o aumento dos desafios nas práticas
corporais de aventura urbana, valorizando a
própria segurança e a integridade física.

373
EDUCAÇÃO FÍSICA - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Práticas Práticas corporais de (MS.EF67EF19.s.1)8 - Discutir, em grupo, quais os principais
corporais de aventura urbanas Identificar os riscos durante problemas e riscos encontrados nas práticas de
aventura a realização de práticas aventura urbana na comunidade e criar
corporais de aventura estratégias para superá-los.
urbanas e planejar - Elaborar atividades ou circuitos que envolvam
estratégias para sua várias atividades possíveis de serem executadas
superação. na escola e adaptar, quando possível, os espaços
para execução das mesmas.
- Realizar palestras com especialistas, bem como
pesquisas com o uso das Tecnologias Digitais de
Informação e Comunicação sobre os
equipamentos e normas de segurança.
Práticas Práticas corporais de (MS.EF67EF20.s.19) - Propor rodas de conversas e discussões sobre
corporais de aventura urbanas Executar práticas corporais o que é patrimônio público e quais estão
aventura de aventura urbanas, presentes em nossa comunidade.
respeitando o patrimônio - Realizar visitas a espaços considerados
público e utilizando patrimônio público e observar quais práticas
alternativas para a prática corporais de aventura urbana podem ser
segura em diversos espaços. realizadas no mesmo.
- Propor a realização de práticas corporais de
aventura urbana na escola, no entorno da escola
e nos espaços próximos, valorizando as mais
comuns presentes no cotidiano dos estudantes.
Práticas Práticas corporais de (MS.EF67EF21.s.20) - Propor pesquisa para identificar a origem das
corporais de aventura urbanas Identificar a origem das práticas corporais de aventura urbana, os locais
aventura práticas corporais de mais apropriados para a prática da mesma e
aventura e as possibilidades fazer adaptação dos locais disponíveis na escola
de recriá-las, reconhecendo e na comunidade.
as características - Recriar as principais práticas corporais de
(instrumentos, aventura urbana existentes, para serem
equipamentos de segurança, realizadas nas escolas.
indumentária, organização) e - Realizar palestras ou seminários, com a
seus tipos de práticas. participação de especialista, sobre indumentária
e equipamentos utilizados como luvas,
capacetes, óculos, joelheiras, bem como a sua
utilidade durante a prática.

EDUCAÇÃO FÍSICA - 8º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Esportes Esportes de (MS.EF89EF01.s.01) - Proporcionar, durante as aulas, possibilidades
rede/parede Experimentar diferentes para que os estudantes vivenciem e exercitem o
Esportes de campo e papéis (jogador, árbitro e senso crítico em diferentes papéis nos esportes
taco técnico) e fruir os esportes como:
Esportes de invasão de rede/parede, campo e 1- Jogador – participando e atuando no jogo;
Esportes de combate taco, invasão e combate, 2- Árbitro – desempenhar a função de fazer
valorizando o trabalho cumprir as regras;
coletivo e o protagonismo. 3 – Técnico – orientar e dirigir uma equipe ou
atleta.
- Valorizar o protagonismo e o coletivo, por
meio dos esportes de rede/parede (arremessar
ou rebater uma bola na quadra adversária, por
exemplo, no Vôlei), campo e taco (rebater a bola
do adversário o mais longe possível, por
exemplo, na Bets), invasão (introduzir ou levar
uma bola na meta ou setor adversário, por
374
EDUCAÇÃO FÍSICA - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
exemplo, no Handebol) e combate (disputa nas
quais os oponentes devem ser subjugados, com
técnicas, táticas e estratégias de desequilíbrio,
contusão, imobilização ou exclusão de um
determinado espaço, como por exemplo, Judô,
Jiu-Jitsu, Sumô e outros).
Esportes Esportes de (MS.EF89EF02.s.02) - Oportunizar aos estudantes conhecimentos
rede/parede Praticar um ou mais esportes para praticarem vários esportes de rede/parede,
Esportes de campo e de rede/parede, campo e campo e taco, invasão e combate vivenciados na
taco taco, invasão e combate escola, usando os espaços disponíveis ou
Esportes de invasão oferecidos pela escola, adaptando-os, de acordo com as possibilidades
Esportes de combate usando habilidades técnico- da instituição e fazer uso das habilidades
táticas básicas. técnicas e táticas já conhecidas pelo estudante.
- Utilizar as Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação e/ou os espaços na comunidade,
para identificar e vivenciar os esportes aquáticos.
Esportes Esportes de (MS.EF89EF04.s.03) - Propor aos estudantes pesquisas sobre as
rede/parede Identificar os elementos modalidades esportivas praticadas, sua origem,
Esportes de campo e técnicos ou técnico-táticos regras, materiais, identificando seus elementos
taco individuais, combinações técnicos ou técnico-táticos.
Esportes de invasão táticas, sistemas de jogo e - Por meio de rodas de conversa, discutir sobre:
Esportes de combate regras das modalidades 1- técnico-tático individual, ou seja, como se
esportivas praticadas, bem posicionar no espaço e tomar decisões durante
como diferenciar as situação de jogo;
modalidades esportivas com 2- combinações táticas as quais consistem no
base nos critérios da lógica posicionamento coletivo;
interna das categorias de 3- sistema de jogo, divisão e como utilizar o
esporte: rede/parede, campo espaço.
e taco, invasão e combate.
Ginásticas Ginástica de (MS.EF89EF07.s.04) - Elaborar atividades físicas, como caminhadas,
condicionamento Experimentar e fruir um ou corridas em dupla, para que os estudantes
físico mais programas de percebam que, quando duas pessoas estão
Ginástica de exercícios físicos, correndo na mesma velocidade, seus batimentos
conscientização identificando as exigências e a sensação de cansaço são diferentes e, com
corporal corporais desses diferentes isso, possam entender a necessidade de um
programas e reconhecendo programa de exercício físico individualizado.
a importância de uma - Propor aos estudantes pesquisa de campo ou
prática individualizada, por meio das Tecnologias Digitais de Informação
adequada às características e e Comunicação sobre alguns programas de
necessidades de cada exercícios físicos, identificando quais seriam
sujeito. adequados e indicados, para que os estudantes
possam fazer uso dos mesmos no seu cotidiano.
Ginásticas Ginástica de (MS.EF89EF08.s.05) - Utilizar rodas de conversa, pesquisas de campo
condicionamento Discutir as transformações ou as Tecnologias Digitais de Informação e
físico históricas dos padrões de Comunicação, para discutir alguns padrões de
Ginástica de desempenho, saúde e desempenho, beleza e saúde que são
conscientização beleza, considerando a apresentados pelas mídias e compará-los com
corporal forma como são aquilo que a ciência estabelece como saudável.
apresentados nos diferentes
meios (científico, midiático
etc.).
Ginásticas Ginástica de (MS.EF89EF11.s.06) Propor pesquisas sobre quais são as principais
condicionamento Identificar as diferenças e modalidades de ginástica de conscientização
físico semelhanças entre a corporal e de condicionamento físico que
Ginástica de ginástica de conscientização existem.
conscientização corporal e as de - Criar momentos de discussão nos quais os
corporal condicionamento físico e estudantes compartilhem as suas sensações das
discutir como a prática de vivências das ginásticas e possam fazer escolhas
cada uma dessas
375
EDUCAÇÃO FÍSICA - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
manifestações pode acerca de quais se adequam mais às suas
contribuir para a melhoria características e limitações.
das condições de vida,
saúde, bem-estar e cuidado
consigo mesmo.
(MS.EF89EF00.n.07) - Proporcionar debates, palestras e rodas de
Cuidar da sua saúde física e conversa com profissionais de educação física,
psicológica, bem estar, médicos e psicólogos sobre temas, como
afetividade, sexualidade e doping,
evitar exposições a risco. anabolizantes, racismo, bullying, drogas,
sexualidade e outros.
Danças Danças de salão (MS.EF89EF12.s.08) - Propor aos estudantes que compartilhem quais
Experimentar, fruir e recriar danças de salão conhecem ou praticam, além de
danças de salão, valorizando pesquisas sobre suas origens e percurso
a diversidade cultural e histórico, movimentos necessários para a sua
respeitando a tradição execução, estilos musicais e locais de prática.
dessas culturas. - Valorizar as danças de salão, como Chamamé,
Vanerão, Xaxado, Forró, danças de fronteira e
outras danças pertencentes à região ou à
localidade.
Danças Danças de salão (MS.EF89EF13.s.09) - Elaborar diferentes coreografias das danças de
Planejar e utilizar estratégias salão, utilizando-se dos ritmos, espaços,
para se apropriar dos vestuários, equipamentos e gestos próprios de
elementos constitutivos cada dança de salão.
(ritmo, espaço, gestos) das
danças de salão.
Danças Danças de salão (MS.EF89EF15.s.10) - Propor aos estudantes que pesquisem sobre as
Analisar as características origens das danças de salão que eram praticadas
(ritmos, gestos, coreografias nas cortes por grupos de nobres e o seu
e músicas) das danças de percurso histórico, ao qual foram incorporados
salão, bem como suas outros ritmos de acordo com a localidade.
transformações históricas e - Propor que os estudantes visitem ou convidem
os grupos de origem. instituições de sua comunidade que promovam
as danças de salão, para que essas dialoguem
com professores e praticantes acerca das
práticas das mesmas, visando ao aprendizado de
suas características.
Lutas Lutas do mundo (MS.EF89EF16.s.11) - Elaborar atividades que visam à identificação
Experimentar e fruir a das regras e normas de segurança, para a prática
execução dos movimentos de lutas, como Karatê, Judô, Taekwondo e
pertencentes às lutas do outras.
mundo, adotando - Realizar exercícios ou atividades que
procedimentos de segurança desenvolvam as habilidades motoras necessárias
e respeitando o oponente. para a prática das modalidades, tais como: socar,
chutar, segurar, agarrar ou empurrar.
- Identificar as capacidades físicas presentes nas
lutas, como força muscular, resistência muscular
e potência muscular que podem ser aprimoradas
com as práticas das lutas.
Lutas Lutas do mundo MS.EF89EF17.s.12 - Formular e empregar estratégias de
Planejar e utilizar estratégias observação e análise para resolver desafios
básicas das lutas peculiares à prática realizada, apreender novas
experimentadas, modalidades e adequar as práticas às
reconhecendo as suas possibilidades e aos interesses próprios, bem
características técnico- como aos das pessoas com quem se compartilha
táticas. a sua realização.
- Elaborar estratégias valorizando as habilidades
e capacidades físicas e o ambiente físico, como
tatame, espaços adaptados, espaços abertos ou

376
EDUCAÇÃO FÍSICA - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
fechados dentro das escolas onde é praticada a
luta escolhida.
Práticas Práticas corporais de (MS.EF89EF19.s.13) - Usar as Tecnologias Digitais de Informação e
corporais de aventura na natureza Experimentar e fruir Comunicação, quando necessário, para
aventura diferentes práticas corporais demonstrar as diferentes práticas de aventura na
de aventura na natureza, natureza, como trilhas, escaladas, mountain bike,
valorizando a própria corrida de aventura, corrida de orientação, rapel
segurança e integridade e outros.
física, bem como as dos - Promover rodas de conversa e momentos para
demais, respeitando o reflexão sobre a importância da conservação e
patrimônio natural e da não degradação do meio ambiente.
minimizando os impactos de - Elaborar atividades voltadas às práticas
degradação ambiental. corporais de aventura na natureza, fazendo uso
dos espaços disponíveis na comunidade ou nas
escolas, adaptando-os, quando necessário.
- Propor pesquisa sobre quais práticas corporais
de aventura na natureza são praticadas no
município e na região.
Práticas Práticas corporais de (MS.EF89EF20.s.14) - Elaborar atividades voltadas à aprendizagem
corporais de aventura na natureza Identificar riscos, formular dos estudantes sobre as práticas de aventura na
aventura estratégias e observar natureza que permitam a identificação das
normas de segurança para estratégias necessárias para controlar possíveis
superar os desafios na riscos e que possam incluir os locais onde serão
realização de práticas realizadas as práticas, quem irá participar, quais
corporais de aventura na habilidades motoras são requisitadas para as
natureza. atividades e quais os materiais e recursos
disponíveis.

EDUCAÇÃO FÍSICA - 9º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Esportes Esportes de (MS.EF89EF01.s.01) - Proporcionar, durante as aulas, possibilidades
rede/parede Experimentar diferentes para que os estudantes vivenciem e exercitem o
Esportes de campo e papéis (jogador, árbitro e senso crítico em diferentes papéis nos esportes,
taco técnico) e fruir os esportes como:
Esportes de invasão de rede/parede, campo e 1- Jogador – participar e atuar no jogo;
Esportes de combate taco, invasão e combate, 2- Árbitro – desempenhar a função de fazer
valorizando o trabalho cumprir as regras;
coletivo e o protagonismo. 3 – Técnico – orientar e dirigir uma equipe ou
atleta.
- Valorizar o protagonismo e o coletivo, por
meio dos esportes de rede/parede (arremessar
ou rebater uma bola na quadra adversária, por
exemplo, vôlei), campo e taco (rebater a bola do
adversário o mais longe possível, por exemplo,
Bets), invasão (introduzir ou levar uma bola na
meta ou setor adversário, por exemplo,
handebol) e combate (disputa nas quais os
oponentes devem ser subjugados, com técnicas,
táticas e estratégias de desequilíbrio, contusão,
imobilização ou exclusão de um determinado
espaço, como: Judô, Jiu-Jitsu, Sumô e outros.

377
EDUCAÇÃO FÍSICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Esportes Esportes de (MS.EF89EF03.s.02) - Desafiar os estudantes a criarem estratégias
rede/parede Formular e utilizar para solucionar determinados problemas ou
Esportes de campo e estratégias para solucionar situações de conflito que venham a surgir
taco os desafios técnicos e durante a prática de um esporte escolhido.
Esportes de invasão táticos, tanto nos esportes - Criar momentos de discussão nos quais os
Esportes de combate de campo e taco, estudantes possam dialogar sobre os objetivos
rede/parede, invasão e do jogo e como podem organizar-se dentro de
combate como nas suas possibilidades e limitações individuais,
modalidades esportivas propondo novas organizações táticas.
escolhidas para praticar de
forma específica.
(MS.EF89EF00.a.03) - Propor aos estudantes momentos para que
Criar soluções inovadoras e possam criar ou construir soluções diante de
adaptar ideias quando não determinadas situações ou problemas que
tem todas as informações surjam, durante as aulas ou no cotidiano, dando-
para resolver um problema lhes independência para resolvê-las.
surgido durante uma
atividade esportiva.
Esportes Esportes de (MS.EF89EF05.s.04) - Promover debates, rodas de conversas ou
rede/parede Identificar as transformações pesquisas que possibilitem a identificação do
Esportes de campo e históricas do fenômeno esporte como um dos fenômenos culturais de
taco esportivo e discutir alguns maior impacto em nossa sociedade.
Esportes de invasão de seus problemas (doping, - Fazer uma análise sobre o alto investimento
Esportes de combate corrupção, violência etc.) e a financeiro e a grande visibilidade nas mídias que
forma como as mídias os algumas modalidades esportivas recebem em
apresentam. detrimento de outras.
- Avaliar a utilização inadequada dos recursos
financeiros por parte dos governos,
confederações, clubes e dirigentes.
- Avaliar e repudiar a violência no esporte, que
se manifesta tanto entre os atletas como nas
torcidas.
- Utilizar as Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação e/ou de espaços na comunidade,
para identificar e vivenciar os esportes aquáticos.
- Explorar e experimentar diversos esportes
adaptados vivenciados na comunidade.
Esportes Esportes de (MS.EF89EF06.s.05) - Discutir sobre os locais públicos disponíveis no
rede/parede Verificar locais disponíveis entorno da escola, nos quais podem ser
Esportes de campo e na comunidade para a propostas intervenções para adaptação e prática
taco prática de esportes e das dos esportes e demais práticas corporais
Esportes de invasão demais práticas corporais aprendidas na escola, contextualizando-as.
Esportes de combate tematizadas na escola, - Propor aos estudantes que observem e
propondo e produzindo compartilhem outros locais que frequentam no
alternativas para utilizá-los seu tempo livre e que têm potencial para as
no tempo livre. práticas, tais como praças, parques, campos,
quadras e outros, discutindo sobre como
realizá-las nesses ambientes.
Ginásticas Ginástica de (MS.EF89EF09.s.06) - Propor aos estudantes reflexões sobre a prática
condicionamento Problematizar a prática excessiva de exercícios físicos e o uso de
físico excessiva de exercícios substâncias como anabolizantes e estimulantes.
Ginástica de físicos e o uso de - Elaborar pesquisa em que os estudantes
conscientização medicamentos para a investiguem a utilização de suplementos
corporal ampliação do rendimento ou alimentares e medicamentos com fins de
potencialização das emagrecimento e aumento da massa muscular e
transformações corporais. convidar especialistas em nutrição ou médicos
que possam explicar aos mesmos os riscos e
benefícios relacionados ao seu uso, de acordo

378
EDUCAÇÃO FÍSICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
com os casos em que é recomendada a sua
utilização.
Ginásticas Ginástica de (MS.EF89EF10.s.07) - Fazer com que os estudantes discutam sobre
condicionamento Experimentar e fruir um ou quais são as principais modalidades de ginástica
físico mais tipos de ginástica de de conscientização corporal que existem, como
Ginástica de conscientização corporal, Yoga, Pilates, entre outras, onde se originaram e
conscientização identificando as exigências quais as suas principais características.
corporal corporais dos mesmos. - Estimular os estudantes a fazerem uma
comparação entre a ginástica de conscientização
corporal e as que eles conhecem e já
experimentaram no dia a dia.
Ginásticas Ginástica de (MS.EF89EF00.a.08) - Proporcionar debates, palestras e rodas de
condicionamento Cuidar da sua saúde física e conversas com profissionais de educação física,
físico psicológica, bem estar, médicos e psicólogos sobre temas, como
Ginástica de afetividade, sexualidade e doping, anabolizantes, racismo, bullying, drogas,
conscientização evitar exposições a risco. sexualidade e outros.
corporal
Danças Danças de salão (MS.EF89EF00.a.09) - Proporcionar momentos para que os
Vivenciar e compreender a estudantes tenham contato com as
importância de manter, manifestações culturais, como: folclore regional,
celebrar, respeitar e valorizar danças típicas, festas tradicionais e outras,
tradições, manifestações valorizando e respeitando-as.
culturais para o
desenvolvimento da
identidade pessoal e
nacional.
Danças Danças de salão (MS.EF89EF14.s.10) - Propor pesquisas sobre as origens das danças
Discutir estereótipos e de salão que os estudantes conhecem e
preconceitos relativos às praticam, bem como sobre o significado que
danças de salão e demais atribuem a elas, sobre como essas danças
práticas corporais e propor chegaram até eles e como são os seus gestos.
alternativas para sua - Debater e discutir sobre o motivo de algumas
superação. pessoas não gostarem de dançar ou a razão de
existirem preconceitos relacionados às
modalidades de danças ou aos seus praticantes.
Lutas Lutas do mundo (MS.EF89EF17.s.11) - Formular e empregar estratégias de
Planejar e utilizar estratégias observação e análise para resolver desafios
básicas das lutas peculiares à prática realizada, apreender novas
experimentadas, modalidades e adequar as práticas às
reconhecendo as suas possibilidades e aos interesses próprios, bem
características técnico- como aos das pessoas com quem compartilha a
táticas. sua realização.
- Elaborar estratégias valorizando as habilidades
e capacidades físicas, bem como o ambiente
físico onde é praticada a luta escolhida, como
tatame, espaços adaptados, espaços abertos ou
fechados dentro das escolas, além do vestuário e
dos equipamentos.
(MS.EF89EF00.a.12) - Desenvolver atividades que combatam o
Lidar com o estresse, preconceito e o bullying e estimulem o respeito,
frustrações, fracasso e a autoestima, a autonomia, a solidariedade, a
adversidade, persistindo justiça e o fair play, por meio do diálogo.
mesmo em situação de - Criar estratégias que possibilitem aos
ambiguidade e dificuldade. estudantes a persistência, por meio de múltiplas
tentativas/erros.

379
EDUCAÇÃO FÍSICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Lutas Lutas do mundo (MS.EF89EF18.s.13) - Propor que os estudantes escolham uma ou
Discutir as transformações mais lutas do mundo e desenvolvam pesquisas
históricas, o processo de sobre a sua origem, o contexto histórico e
esportivização e a filosófico e a intenção de seus criadores, ao
midiatização de uma ou propor a modalidade, entendendo como a luta
mais lutas, valorizando e se propagou para outros países, como foi o
respeitando as culturas de processo de esportivização e como a
origem. modalidade é apresentada pelas mídias.
Práticas Práticas corporais de (MS.EF89EF19.s.14) - Usar as Tecnologias Digitais de Informação e
corporais de aventura na natureza Experimentar e fruir Comunicação, quando necessário, para
aventura diferentes práticas corporais demonstrar as diferentes práticas de aventura na
de aventura na natureza, natureza, como trilhas, escaladas, mountain bike,
valorizando a própria corrida de aventura, corrida de orientação, rapel
segurança e integridade e outros.
física, bem como as dos - Promover rodas de conversa e momentos para
demais, respeitando o reflexão sobre a importância da conservação e
patrimônio natural e da não degradação do meio ambiente.
minimizando os impactos de - Elaborar atividades voltadas às práticas
degradação ambiental. corporais de aventura na natureza, fazendo uso
dos espaços disponíveis na comunidade ou
escolas, adaptando-os quando necessário.
- Propor pesquisa sobre quais práticas corporais
de aventura na natureza são praticadas no
município e na região.
Práticas Práticas corporais de (MS.EF89EF21.s.15) - Realizar pesquisas e palestras com
corporais de aventura na natureza Identificar as características especialistas, como monitores ambientais e
aventura (equipamentos de bombeiros sobre os equipamentos utilizados
segurança, instrumentos, durante as práticas de aventura na natureza
indumentária, organização) como cordas, remos, capacetes, luvas, joelheiras,
das práticas corporais de roupas apropriadas e outros.
aventura na natureza, bem - Promover discussão sobre as transformações
como suas transformações históricas das práticas corporais de aventura na
históricas. natureza, a evolução e a popularização das
modalidades, influenciando o seu modo de
prática, assim como as suas características.

380
8.3.5 Língua Inglesa
“ Quem aprende uma nova língua adquire uma alma nova.”

Juan Ramón Jiménez

O ensino da Língua Inglesa iniciou-se no Brasil a partir do século XIX, com o objetivo de formar mão de
obra, utilizando o método da gramática-tradução, obrigatório até a publicação da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação em 1961. Reestruturada em 1996, a LDB sofre mudanças novamente e passa à

obrigatoriedade o ensino de uma língua estrangeira.

Em 1998, são criados os Parâmetros Curriculares Nacionais, que defendem “a aprendizagem da Língua
Estrangeira como a possibilidade de aumentar a autopercepção do estudante como ser humano e

cidadão” (PCN, 1998). Dessa forma, é fundamental que o professor seja capaz de despir-se do papel de
detentor, uma vez que o professor “detentor” é aquele que detém todo o saber para si e não

compartilha, e passe a atuar como professor mediador com o intuito de facilitar o processo de

construção do saber, transformando a informação em conhecimento e gerando aprendizagens de forma

que o estudante seja autônomo de seus conhecimentos, podendo questionar, posicionar-se, expressar-

se e perceber-se integrante e agente transformador do ambiente.

O aprendizado de outra língua não somente contribui para o desenvolvimento cognitivo, como também

propicia o respeito e a valorização das diferenças, a aceitação do outro e a autoaceitação,

compreendendo a visão de mundo de outras culturas, além de admirar as próprias, fomentando, assim,
o sentido de pertencimento.

Tanto os avanços tecnológicos quanto as mudanças sociais, culturais e as formas de comunicação, nas

últimas décadas, estimularam a necessidade de uma língua comum, para o alcance de uma comunicação

internacional. Dessa forma, tornou-se referência atual o aprendizado do inglês como língua adicional,
transformando-se em elemento complementar básico e essencial na educação dos estudantes ao

constituir-se em ferramenta que facilita o acesso a novas informações e conhecimentos fundamentais

para a aprendizagem.

Assim, o papel do professor, como mediador, deve potencializar os múltiplos interesses e a autonomia

do estudante, alimentando o desejo do contato com a Língua Inglesa que ultrapasse o ambiente escolar,
com o uso de recursos midiáticos, tais como redes sociais, filmes e músicas, ou vídeos na web,

oportunizando a comunicação em sala de aula, por meio de tarefas desafiadoras e motivadoras,


contemplando a integralização das tecnologias digitais e o uso de textos multimodais, além de
proporcionar aos estudantes a possibilidade de tomar decisões sobre sua própria aprendizagem.

381
O alcance dessas competências traz reflexões sobre as práticas educacionais a fim de se evitar um estudo
pautado em regras gramaticais, repetições e memorizações de vocábulos soltos, fora de contexto, e se
perceba que, para um ensino expressivo, faz-se necessário trabalhar com situações reais de

aprendizagem, em que se articulem interação, conteúdos pertinentes e fatos cotidianos, dando sentido
àquilo que está sendo estudado (LIMA e SILVA, 2003), assegurando dessa forma, a aprendizagem

significativa proposta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que visa à formação e ao
desenvolvimento humano global, supera a fragmentação do conhecimento e considera a criança, o

adolescente, o jovem e o adulto sujeitos multidimensionais de aprendizagem (BNCC, 2017).

Buscando essa educação integral que faz sentido para o estudante, o currículo de Mato Grosso do Sul

foi pensado como uma forma de estudo temático gradativo em que o estudante se conheça e se

reconheça, identifique e aceite suas raízes e construa seu projeto de vida, além da possibilidade de

tomar decisões para alcançar objetivos diferentes, tanto em sua vida pessoal quanto profissional.

Vale ressaltar que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação não assegura o ensino de uma língua
estrangeira nos anos iniciais do Ensino Fundamental; no entanto, o Estado de Mato Grosso do Sul

pensou em uma proposta de matriz curricular para contemplar as necessidades das diversas secretarias

municipais de educação do estado, com o propósito de minimizar a ruptura da aprendizagem dos anos

iniciais para os anos finais do Ensino Fundamental.

No que se refere às especificidades dos anos finais, o currículo foi organizado por eixos temáticos,

partindo do conhecimento do próprio indivíduo, da família e sua importância, da influência da escola

nesse contexto e do fato de sentir-se pertencente à sociedade.

Ao longo dos anos, o estudante será conduzido a refletir sobre situações passadas, a construir sua
história e da família, a conhecer pessoas e fatos marcantes, bem como as contribuições sociais para as

transformações mundiais.

Trilhando essa linha, o estudo caminha para uma projeção de vida, ou seja, quais são os objetivos do

indivíduo e o que é necessário para atingi-los, considerando a influência da família e da escola para o
alcance de tais objetivos e como ele pode contribuir para a (re)formulação de uma sociedade idealizada.

Ao final dessa etapa de ensino, o estudante poderá refletir sobre a trajetória traçada até aquele
momento, entendendo que há possibilidade de outros planos e que ele pode, então, fazer escolhas que
sejam essenciais para o papel de agente transformador da sua própria história e da sociedade.

382
Ao longo dos quatro anos de estudo do Ensino Fundamental, a Língua Inglesa deve ser desenvolvida de
modo que o estudante tenha consciência cultural, que lhe permita apreciar as características de diversas
culturas, e consciência comunicativa, por meio da expressão oral e escrita, interagindo com o mundo e

perceber sua importância e a influência dessas consciências no contexto regional, social, econômico e
político. Afinal, as demandas do século XXI requerem um cidadão capaz de se conhecer e de se sentir

pertencente à sociedade, além de possuir o poder de mudanças e ressignificações.

8.3.5.1 Competências Específicas da Língua Inglesa de acordo com a BNCC


(2017):

1. Identificar o lugar de si e o do outro em um mundo plurilíngue e multicultural, refletindo,

criticamente, sobre como a aprendizagem da Língua Inglesa contribui para a inserção dos

sujeitos no mundo globalizado, inclusive no que concerne ao mundo do trabalho.

2. Comunicar-se na Língua Inglesa, por meio do uso variado de linguagens em mídias impressas,
ou digitais, reconhecendo-a como ferramenta de acesso ao conhecimento, de ampliação das

perspectivas e de possibilidades para a compreensão dos valores e interesses de outras


culturas e para o exercício do protagonismo social.

3. Identificar similaridades e diferenças entre a Língua Inglesa e a língua materna/outras línguas,


articulando-as a aspectos sociais, culturais e identitários, em uma relação intrínseca entre

língua, cultura e identidade.

4. Elaborar repertórios linguístico-discursivos da Língua Inglesa, usados em diferentes países e

por grupos sociais distintos dentro de um mesmo país, de modo a reconhecer a diversidade

linguística como direito e valorizar os usos heterogêneos, híbridos e multimodais emergentes

nas sociedades contemporâneas.

5. Utilizar novas tecnologias, com novas linguagens e modos de interação, para pesquisar,
selecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos em práticas de letramento na

Língua Inglesa, de forma ética, crítica e responsável.

6. Conhecer diferentes patrimônios culturais, materiais e imateriais, difundidos na Língua Inglesa,

com vistas ao exercício da fruição e da ampliação de perspectivas, no contato com diferentes


manifestações artístico-culturais.

383
8.3.5.2 Eixo, Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento, Habilidades e Ações
Didáticas

LÍNGUA INGLESA - 1º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação Vocabulários (MS.EF01LI00.n.01) Os vocabulários propostos devem ser estudados,


discursiva cotidianos Interagir em Língua Inglesa ao longo do ano letivo, de forma lúdica,
fazendo uso da repetição de interativa e informal, utilizando, por exemplo,
sons e vocábulos, tais como: jogos pedagógicos, músicas e textos
greetings, weather, the multimodais. Ressalta-se que a motivação,
alphabet, colors, school colaboração e desenvoltura do professor são
objects, numbers 1 to 10, fundamentais para o aprendizado das crianças.
family members, food,
animals, birthday party, toys,
shapes, playground, sports,
de modo a criar vínculo com
a língua em questão.
Interação Repertório (MS.EF01LI00.n.02) O uso de figuras nessa faixa etária é essencial
discursiva sociocultural Propiciar repertório para a assimilação das palavras às imagens. É
sociocultural com uso de importante o engajamento do professor para
imagens, flashcards a fim de despertar a curiosidade e empatia pela língua,
ampliar vocabulário. dando abertura ao novo.
Interação Funções e usos da (MS.EF01LI00.n.03) Os comandos associados à expressão corporal
discursiva Língua Inglesa em Compreender as expressões devem ser pensados como prática social a fim de
sala de aula em Língua Inglesa utilizadas promover a interação discursiva. O respeito e a
(Classroom em sala de aula a fim de aceitação do outro são fundamentais para que a
language) estimular a comunicação. comunicação aconteça prazerosa e
amigavelmente.
Compreensão Estratégias de (MS.EF01LI00.n.04) O vínculo do lúdico ao ambiente escolar é de
auditiva compreensão de Utilizar, em contexto lúdico, extrema importância quando se trata do ensino
vocábulos e sons, movimentos, gestos e e da aprendizagem de crianças. A criatividade,
simultaneamente olhares em brincadeiras, imaginação e inovação despertam a curiosidade,
jogos e atividades artísticas e tomam o aprendizado prazeroso.
como dança, teatro de
fantoches e música, de
modo a interagir
socialmente.

LEITURA

Estratégias de Compreensão (MS.EF01LI00.n.05) A prática de leituras imagéticas de histórias já


leitura, com textual Fazer o uso de leitura conhecidas na Língua Portuguesa, bem como de
mediação do imagética em textos ou histórias de contextos próprios da cultura
professor histórias literárias inglesa, é ferramenta positiva na construção de
conhecidas na Língua vocabulário na Língua Inglesa. A análise de
Portuguesa buscando textos e as conexões entre as línguas são
assimilá-las à Língua Inglesa estratégias de leitura que possibilitam a
para entendimento, compreensão e a interpretação textual.
compreensão e
conhecimento das novas
palavras.

384
LÍNGUA INGLESA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Leitura visual Estratégias de (MS.EF01LI00.n.06) O acréscimo de características às palavras já
classificação de Analisar os vocábulos conhecidas é importante para a ampliação de
substantivos cotidianos associando os vocabulário e percepção estética, de forma a
respectivos nomes às cores, estimular a criatividade, além de reconhecer e
tamanhos e formatos, como valorizar as diferenças.
forma de descrevê-los.

ESCRITA

Estratégias de Uso da linguagem (MS.EF01LI00.n.07) A experimentação de situações em que a escrita


escrita Vivenciar situações de uso seja realizada é importante para estabelecer
da escrita por meio de conexões entre a grafia, a imagem e o som das
atividades lúdicas e palavras, e fazer o uso da linguagem, seja de
informais além do uso de maneira lúdica e informal e/ou mediante
recurso midiáticos, recursos midiáticos.
percebendo a semelhança
gráfica, à imagem e ao som.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Inglesa Presença da Língua (MS.EF01LI00.n.08) As práticas diferenciadas, com foco nas diversas
no cotidiano da Inglesa como Utilizar as diferentes linguagens aliadas às expressões corporais e ao
criança dimensão linguagens (corporal, despertar da desenvoltura, auxiliam na
intercultural musical, plástica, oral e construção do saber ao demonstrar intenções e
escrita) ajustadas às situações no contexto de comunicação.
intenções e situações de
comunicação, de forma a
compreender e ser
compreendido

LÍNGUA INGLESA - 2º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Inglesa Repertório (MS.EF02LI00.n.01) Resgatar os conteúdos estudados no 1º ano, de


no cotidiano da sociocultural Recordar por meio de modo a ampliar o conhecimento, e estabelecer
criança revisão oral, leitura e de conexões entre o lúdico e a motivação de novas
escrita, o conteúdo aprendizagens.
assimilado durante o ano
letivo anterior de modo a
ampliar a dimensão
intercultural.

ORALIDADE

Interação Vocabulários (MS.EF02LI00.n.02) Os vocabulários propostos devem ser estudados,


discursiva cotidianos Interagir em Língua Inglesa, ao longo do ano letivo, de forma lúdica,
fazendo uso da repetição de interativa e informal. Ressalta-se que a
sons e vocábulos, tais como: motivação, colaboração e desenvoltura do
At the city, Transportation, professor são fundamentais para o aprendizado
Weather (season), das crianças.
Temperature, Food and

385
LÍNGUA INGLESA - 2º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
drinks (lunch / dinner),
Feelings, Professions, de
modo a criar vínculo com a
língua em questão
Interação Repertório (MS.EF02LI00.n.03) O uso de figuras nessa faixa etária é essencial
discursiva sociocultural Propiciar repertório para a assimilação das palavras às imagens. É
sociocultural por meio de importante o engajamento do professor para
vocabulários e situações que despertar a curiosidade e empatia pela língua
envolvam interação dando abertura ao novo.
discursiva com o uso de
imagens, flashcards a fim de
construir novos
conhecimentos.
Interação Funções e usos da (MS.EF02LI00.n.04) Os comandos associados à expressão corporal
discursiva Língua Inglesa em Utilizar as expressões em devem ser pensados como prática social a fim de
sala de aula Língua Inglesa promover a interação discursiva. O respeito e a
(Classroom compreendidas em salas de aceitação do outro são fundamentais para que a
language) aula a fim de estimular a comunicação aconteça prazerosa e
comunicação. amigavelmente.
Compreensão Estratégias de (MS.EF02LI00.n.05) O vínculo do lúdico ao ambiente escolar é de
auditiva compreensão de Utilizar, em contexto lúdico, extrema importância quando se trata do ensino
vocábulos e sons, movimentos, gestos e e da aprendizagem de crianças. A criatividade,
simultaneamente olhares em brincadeiras, imaginação e inovação despertam a curiosidade
jogos e atividades artísticas e tornam o aprendizado prazeroso.
como dança, teatro de
fantoches e música, de
modo a interagir
socialmente.

LEITURA

Estratégias de Compreensão (MS.EF02LI00.n.06) A prática de leituras imagéticas de histórias já


leitura textual Analisar textos ou histórias conhecidas na Língua Portuguesa, bem como de
literárias conhecidas na histórias de contextos próprios da cultura
Língua Portuguesa buscando inglesa, é ferramenta positiva na construção de
assimilá-las à Língua Inglesa vocabulário na Língua Inglesa. A análise de
para entendimento, textos e as conexões entre as línguas são
compreensão e estratégias de leitura que possibilitam a
conhecimento das novas compreensão e a interpretação textual.
palavras.
Leitura visual Vocabulários (MS.EF02LI00.n.07) Os vocabulários propostos devem ser estudados,
cotidianos Analisar os vocábulos ao longo do ano letivo, de forma lúdica,
voltados ao cotidiano com a interativa e informal, utilizando recursos visuais,
finalidade de fazer leitura tais como: flashcards, memory games, picture
visual. dictionary, banner e outros. Ressalta-se que a
motivação, colaboração e desenvoltura do
professor são fundamentais para o aprendizado
das crianças.

ESCRITA

Estratégias de Uso da linguagem (MS.EF02LI00.n.08) O uso da linguagem por meio da escrita é


escrita Vivenciar situações de uso importante para estabelecer conexões entre a
da escrita por meio de grafia, imagem e som às palavras, seja de
atividades lúdicas e maneira lúdica, informal e/ou recursos
informais além do uso de midiáticos. A fim de favorecer o letramento
recurso midiáticos, digital, sugere-se a utilização do alfabeto móvel,

386
LÍNGUA INGLESA - 2º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
percebendo a semelhança dominó de imagens, editor de texto (Libre
gráfica, à imagem e ao som. Office) e outros programas oferecidos, tanto
pelo Linux, de forma gratuita, quanto outras
ferramentas disponíveis.

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Gramática Numbers 1 to 20 (MS.EF02LI00.n.09) O trabalho em equipe, com o uso de jogos de


Identificar os valores tabuleiro e jogos/ aplicativos online, além de
numéricos para utilizá-los atividades que integrem a matemática, favorece
em contextos variados. a identificação e utilização adequada dos valores
numéricos, em contextos variados reais e/ou
imagéticos, que incluam o uso de dinheiro
(moedas e notas impressas).
Gramática Adjectives (MS.EF02LI00.n.010) O estudo de características a respeito dos
Indicar características a colegas, famílias e objetos em situações reais é
colegas, família e objetos em importante para a ampliação de vocabulário,
inglês para assimilação das além de estimular o respeito ao outro e a
qualidades. valorização das diferenças.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Inglesa Presença da Língua (MS.EF02LI00.n.11) Nesta habilidade podem-se utilizar práticas
no cotidiano da Inglesa no cotidiano Utilizar as diferentes diversas de linguagens com o propósito de
criança linguagens (corporal, estimular a comunicação, com desenvoltura e
musical, plástica, oral e entusiasmo. Podem-se trabalhar as quatro
escrita) ajustadas às habilidades do idioma, levando em consideração
intenções e situações de as especificidades dos estudantes (público-alvo
comunicação, de forma a da educação especial).
compreender e ser
compreendido

LÍNGUA INGLESA - 3º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Inglesa Repertório (MS.EF03LI00.n.01) Resgatar os conteúdos estudados no 2º ano, de


no cotidiano da sociocultural Recordar por meio de modo a ampliar o conhecimento, estabelecendo
criança revisão oral, escrita e de conexões entre o lúdico e motivação de novas
leitura, o conteúdo aprendizagens.
aprendido durante o ano
letivo anterior de modo a
ampliar a dimensão
intercultural.

ORALIDADE

Interação Vocabulários (MS.EF03LI00.n.02) Os vocabulários propostos devem ser estudado


discursiva cotidianos Interagir em Língua Inglesa ao longo do ano letivo de forma lúdica,
fazendo uso da repetição de interativa e informal, e que corrobore uma
sons e vocábulos, tais como: aprendizagem mais significativa promovendo a
Time, School subjects, Likes interação discursiva. Ressalta-se que a

387
LÍNGUA INGLESA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
and dislikes, Relatives, motivação, colaboração e desenvoltura do
Countries and Nationalities professor são fundamentais para o aprendizado
de modo a criar vínculo com das crianças. Podem-se trabalhar as quatro
a língua em questão. habilidades do idioma, levando em consideração
as especificidades dos estudantes (público-alvo
da educação especial).
Interação Days of the week, (MS.EF03LI00.n.03) A utilização de contextos que indiquem períodos
discursiva Months of the year, Utilizar o Calendário diário cronológicos baseados em situações reais, além
School schedule de sala para contextualizar de estabelecer conexões com a história, colabora
vocábulos e expressões em para o sentido de pertencimento.
Língua Inglesa que indiquem
períodos cronológicos
Interação Repertório (MS.EF03LI00.n.04) O uso de imagens, frases, vídeos ou outros
discursiva sociocultural Propiciar repertório recursos midiáticos é significativo no processo
sociocultural por meio de de correlação de sentido às palavras. O
pequenos diálogos e com engajamento do professor mediador oportuniza
uso de imagens, flashcards a uma relação natural com a linguagem,
fim de construir novos despertando a curiosidade e a empatia pela
conhecimentos. língua.
Interação Funções e usos da (MS.EF03LI00.n.05) Os comandos associados à expressão corporal
discursiva Língua Inglesa em Utilizar as expressões em devem ser pensados como prática social a fim de
sala de aula Língua Inglesa em sala de promover a interação discursiva. O respeito e
(Classroom aula a fim de estimular a aceitação do outro são fundamentais para que a
language) comunicação. comunicação aconteça prazerosa e
amigavelmente.
Compreensão Estratégias de (MS.EF03LI00.n.06) O vínculo do lúdico ao ambiente escolar é de
auditiva compreensão de Utilizar, em contexto lúdico, extrema importância quando se trata do ensino
vocábulos e sons, movimentos, gestos e e aprendizagem das crianças, tal como o método
simultaneamente olhares em brincadeiras, “total physical response”, uma das estratégias de
jogos e atividades artísticas compreensão de vocábulos e sons. A
como dança, teatro de criatividade, a imaginação e a inovação
fantoches e música, de despertam a curiosidade e o aprendizado se
modo a interagir torna prazeroso.
socialmente.

LEITURA

Estratégias de Compreensão (MS.EF03LI00.n.07) A prática de leituras imagéticas de histórias já


leitura textual Analisar textos ou histórias conhecidas na Língua Portuguesa, bem como de
literárias conhecidas na histórias de contextos próprios da cultura
Língua Portuguesa buscando inglesa, é ferramenta positiva na construção de
assimilá-las à Língua Inglesa vocabulário na Língua Inglesa. A análise de
para entendimento e textos e as conexões entre as línguas são
conhecimento em seu estratégias de leitura que possibilitam a
sentido global. compreensão e interpretação textual em seu
sentido global.

ESCRITA

Práticas de Days of the week, (MS.EF03LI00.n.08) Esta habilidade alinhada à MS.EF03LI00.n.03 na


escrita Months of the year, Criar o Calendário diário de utilização de contextos que indiquem períodos
School schedule sala para contextualizar cronológicos baseados em situações reais, além
vocábulos e expressões em de estabelecer conexões com a história, colabora
Inglês para o sentido de pertencimento.
Estratégias de Uso da linguagem (MS.EF03LI00.n.09) A identificação e utilização dos vocabulários
escrita Identificar e utilizar aprendidos estimulam a curiosidade, viabilizando
corretamente o vocabulário o pensamento crítico, por meio de dinâmicas e
388
LÍNGUA INGLESA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
oferecido, aplicando-o em atividades escritas (jogos de palavras móveis,
contextos de atividades cruzadinhas, scrabbles, forca (hangman) que
escritas. propiciam a assimilação dos vocábulos à escrita.

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Gramática Numbers 1 to 40 (MS.EF03LI00.n.10) O trabalho em equipe, com o uso de jogos de


Identificar e utilizar os tabuleiro e jogos/ aplicativos online, além de
valores numéricos para atividades que integrem a matemática, favorece
aplicá-los em contextos a identificação e utilização adequada dos valores
diversos. numéricos em contextos variados reais e/ou
imagéticos que incluam o uso de dinheiro
(moedas e notas impressas).
Gramática Adjectives (MS.EF03LI00.n.11) O estudo de qualidades que caracterizam os
Indicar características para membros da família em situações reais é
membros da família em importante para a ampliação de vocabulário,
inglês a fim de descrevê-los. além de estreitar os laços, respeitar o outro e
valorizar as diferenças.
Gramática Routine verbs (MS.EF03LI00.n.12) A assimilação dos verbos que denotem rotinas
Empregar, de forma permite a construção de um conhecimento
inteligível, os verbos get up, linguístico, voltado à utilização de situações reais
get dressed, wash face, e habituais, por meio da exploração de recursos
brush teeth, brush hair, eat, diversos, tais como visuais, audiovisuais,
drink, take a shower para midiáticos e/ou multimodais.
descrever rotinas.

EIXO DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Inglesa Presença da Língua (MS.EF03LI00.n.13) Nesta habilidade podem-se utilizar práticas
no cotidiano da Inglesa no cotidiano, Utilizar as diferentes diversas de linguagens com o propósito de
criança conforme a faixa linguagens (corporal, estimular a comunicação, com desenvoltura e
etária musical, plástica, oral e entusiasmo. Podem-se trabalhar as quatro
escrita) ajustadas às habilidades do idioma, levando em consideração
diferentes intenções e as especificidades dos estudantes (público-alvo
situações de comunicação, da educação especial).
de forma a compreender e
ser compreendido.

LÍNGUA INGLESA - 4º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Inglesa Repertório (MS.EF04LI00.n.01) Resgatar os conteúdos estudados no 3º ano, de


no cotidiano da sociocultural Recordar por meio de modo a ampliar o conhecimento, estabelecendo
criança revisão oral, escrita e de conexões que motivem novas aprendizagens.
leitura, o conteúdo Sugere-se que situações mais complexas sejam
aprendido durante o ano abordadas a fim de instigar a experimentação e
letivo anterior de modo a a inovação, dando abertura para a dimensão
ampliar a dimensão intercultural.
intercultural.

389
LÍNGUA INGLESA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação Vocabulários (MS.EF04LI00.n.02) Os vocabulários propostos devem ser estudados,


discursiva cotidianos Interagir em Língua Inglesa ao longo do ano letivo, de forma lúdica,
fazendo uso da repetição de interativa e informal, e que corrobore uma
sons e vocábulos, tais como: aprendizagem mais significativa (adaptada à
Around Town, Sports, realidade regional) oportunizando a interação
Human body, The five discursiva. Ressalta-se que a motivação, a
senses de modo a criar colaboração e a desenvoltura do professor são
vínculo com a língua em fundamentais para o aprendizado das crianças.
questão. Podem-se trabalhar as quatro habilidades do
idioma, levando em consideração as
especificidades dos estudantes (público-alvo da
educação especial).
Interação Informações (MS.EF04LI00.n.03) Sugere-se que analisem e compreendam as
discursiva Pessoais Interagir em grupos a fim de informações pessoais pertinentes, desenvolvidas
socializar informações com o objetivo de propiciar momentos de
pessoais por meio de interação discursiva, além de estimular a
repertório sociocultural criatividade e promover o autoconhecimento, a
construído até o momento. autoaceitação, a empatia e a aceitação do outro.
Interação Repertório (MS.EF04LI00.n.04) O uso de imagens, frases, vídeos ou outros
discursiva sociocultural Propiciar repertório recursos midiáticos é significativo no processo
sociocultural por meio de de correlação de sentido às palavras. O
pequenos diálogos, engajamento do professor mediador oportuniza
imagens, flashcards, textos e uma relação natural com a linguagem,
filmes como processo de despertando a curiosidade e a empatia pela
aprendizagem a fim de língua. A complexidade do estudo deve ser
construir novos gradativa, de modo a desenvolver o pensamento
conhecimentos. crítico.
Interação Funções e usos da (MS.EF04LI00.n.05) O trabalho em duplas/coletivo, associado aos
discursiva Língua Inglesa em (Re)conhecer e utilizar, de recursos visuais, audiovisuais, multimodais e
sala de aula modo inteligível, as midiáticos, é ferramenta que contribui para a
(Classroom expressões em Língua assimilação das funções de uso da língua e de
language) Inglesa em sala de aula para interação, de modo a conhecer as expressões
conversas formais e que denotem pedidos de forma polida,
informais além de fazer importantes para motivar a comunicação.
solicitações de forma polida. Sugerem-se as expressões: “What’s the meaning
of “x”? “Can you repeat please?” “Pardon” “How
do you say such word?” . Com isso, o professor
irá trabalhar as quatro habilidades do idioma,
levando em consideração as especificidades dos
estudantes (público-alvo da educação especial).
Compreensão Estratégias de (MS.EF04LI00.n.06) A metacognição dos vocabulários auxilia na
oral compreensão de (Re)conhecer os vocábulos consolidação de uma aprendizagem mais
vocabulários cotidianos em diálogos e significativa, de modo a oportunizar a interação
conversas, com apoio de discursiva, criando diálogos simples para a
imagens, textos e atividades fluidez da oralidade. Ressalta-se que a
lúdicas com o objetivo de motivação, colaboração e desenvoltura do
utilizá-los adequadamente professor são fundamentais para o aprendizado
conforme o contexto. das crianças.

390
LÍNGUA INGLESA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

LEITURA

Estratégias de Compreensão (MS.EF04LI00.n.07) A abertura para novas possibilidades de leitura


leitura textual Apresentar textos de viabiliza o conhecimento de novos vocábulos e
gêneros diversificados em maior compreensão da finalidade de textos
Língua Inglesa para diversificados em seu sentido global,
compreensão de novos propiciando o despertar do raciocínio lógico, da
vocabulários e a finalidade inovação, experimentação e desenvoltura na
dos textos em seu sentido comunicação.
global.

ESCRITA

Estratégia e Uso da linguagem (MS.EF04LI00.n.08) Atividades lúdicas e dinâmicas diversas são


prática de escrita Identificar e utilizar suportes para proporcionar a identificação e
corretamente o vocabulário utilização dos vocabulários experimentados em
oferecido, aplicando-o em ambiente escolar. Recursos multimodais e
contextos de atividades midiáticos são instrumentos que possibilitam a
escritas como pequenos motivação para sua aprendizagem e seu uso.
diálogos e/ou historinhas.

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Gramática Direções (MS.EF04LI00.n.09) Esta habilidade, correlacionada aos


Propiciar lateralidade de componentes curriculares de educação física,
modo a nortear o sujeito matemática, história e geografia, auxilia na
quanto a sua localização. lateralidade quanto ao espaço temporal e
situacional, viabilizando a consolidação da
aprendizagem de maneira lúdica e dinâmica.
Gramática Forma imperativa (MS.EF04LI00.n.10) Esta habilidade, em consonância com a
Conhecer e aplicar a forma MS.EF04LI00.n.09, oportuniza o conhecimento e
imperativa no sentido de dar a aplicabilidade quanto ao uso da forma
ordens e orientar em relação imperativa. Sugerem-se realizar, em espaços
aos comandos e direções. abertos, dinâmicas que desenvolvam a
autopercepção e a expressão corporal, de modo
a consolidar a aprendizagem.
Gramática Verbos de ação (MS.EF04LI00.n.11) A assimilação dos verbos que denotem ações
Conhecer os verbos que habituais reais ou imagéticas permite a
indiquem ações habituais construção de conhecimento linguístico
(walk, ride, run, jump, play, significativo. Sugerem-se atividades práticas
study, read, write, swim, (mímicas, jogos de memória, imagem e ação)
paint, climb, dance, sleep) cotidianas para solidificação da aprendizagem.
Gramática Verbo (MS.EF04LI00.n.12) A associação desta habilidade com a
Modal can/abilities Identificar e utilizar o verbo MS.EF04LI00.n.11 viabiliza a construção de
modal CAN, de modo a situações reais, de forma a expressar habilidades,
expressar habilidades. possibilidades/impossibilidades, voltadas ao
autoconhecimento, respeito, à aceitação e
valorização do outro.
Gramática Números 1 a 60 (MS.EF04LI00.n.13) O trabalho em equipe, com o uso de jogos de
Identificar e utilizar os tabuleiro e jogos/ aplicativos online, além de
valores numéricos para atividades que integrem a matemática, favorece
aplicá-los em contextos a identificação e utilização adequada dos valores
diversos. numéricos em contextos variados reais e/ou
imagéticos que incluam o uso de dinheiro
(moedas e notas impressas).

391
LÍNGUA INGLESA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

EIXO DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Inglesa Presença da Língua (MS.EF04LI00.n.14) Nesta habilidade podem-se utilizar práticas
no cotidiano da Inglesa no cotidiano, Utilizar as diferentes diversas de linguagens com o propósito de
criança conforme a faixa linguagens (corporal, estimular a comunicação, com desenvoltura e
etária musical, plástica, oral e entusiasmo. Podem-se trabalhar as quatro
escrita) ajustadas às habilidades do idioma, levando em consideração
diferentes intenções e as especificidades dos estudantes (público-alvo
situações de comunicação, da educação especial).
de forma a compreender e
ser compreendido.

LÍNGUA INGLESA - 5º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Inglesa Repertório (MS.EF05LI00.n.01) Resgatar os conteúdos estudados no 4º ano de


no cotidiano da sociocultural Recordar por meio de forma a ampliar o conhecimento, estabelecendo
criança revisão oral, escrita e de conexões que motivem novas aprendizagens.
leitura, o conteúdo Sugere-se que situações mais complexas sejam
aprendido durante o ano abordadas a fim de instigar a experimentação e
letivo anterior de modo a inovação, dando abertura para a dimensão
ampliar a dimensão intercultural. Podem-se trabalhar as quatro
habilidades do idioma, levando em consideração
intercultural.
as especificidades dos estudantes (público-alvo
da educação especial).

ORALIDADE

Interação Informações (MS.EF05LI00.n.02) Sugere-se que analisem e compreendam as


discursiva Pessoais Utilizar os conteúdos já informações pessoais pertinentes, desenvolvidas
estudados nos anos com o objetivo de propiciar momentos de
anteriores, a fim de interação discursiva, além de estimular a
socializar informações criatividade e promover o autoconhecimento, a
pessoais. autoaceitação, empatia e aceitação do outro.
Interação Repertório (MS.EF05LI00.n.03) O uso de imagens, frases, vídeos ou outros
discursiva sociocultural Propiciar repertório recursos midiáticos é significativo no processo
sociocultural por meio de de correlação de sentido entre as palavras. O
pequenos diálogos, engajamento do professor mediador oportuniza
imagens, flashcards, textos e uma relação natural com a linguagem,
filmes a fim de construir despertando a curiosidade e empatia pela
novos conhecimentos. língua. A complexidade do estudo deve ser
gradativa de modo a desenvolver o pensamento
crítico.
Interação Funções e usos da (MS.EF05LI00.n.04) O trabalho em duplas/coletivo, associado aos
discursiva Língua Inglesa em (Re)conhecer e utilizar, de recursos visuais, audiovisuais, multimodais e
sala de aula modo inteligível, as midiáticos, é ferramenta que contribui para a
(Classroom expressões em Língua assimilação das funções de uso da língua e de
language) Inglesa em sala de aula para interação, de modo a conhecer as expressões
conversas formais e que denotem pedidos de forma polida,
importantes para motivar a comunicação.

392
LÍNGUA INGLESA - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
informais além de fazer Sugerem-se as expressões: “What’s the meaning
solicitações de forma polida. of “x”? “Can you repeat please?” “Pardon” “How
do you say such word?” Com isso, o professor irá
trabalhar as quatro habilidades do idioma,
levando em consideração as especificidades dos
estudantes (público-alvo da educação especial).
Compreensão Estratégias de (MS.EF05LI00.n.05) A metacognição dos vocabulários auxilia na
oral compreensão de (Re)conhecer os vocábulos consolidação de uma aprendizagem mais
vocabulários cotidianos em diálogos e significativa, de modo a oportunizar a interação
conversas, com apoio de discursiva, criando diálogos simples para a
imagens, textos e atividades fluidez da oralidade. Ressalta-se que a
lúdicas com o objetivo de motivação, colaboração e desenvoltura do
utilizá-los adequadamente professor são fundamentais para o aprendizado
de acordo com cada das crianças.
contexto.

LEITURA

Estratégias de Compreensão (MS.EF05LI00.n.06) A abertura para novas possibilidades de leitura,


leitura textual Apresentar textos de associada às habilidades do componente
gêneros diversificados em curricular de Língua Portuguesa, oportuniza o
Língua Inglesa para conhecimento de novos vocábulos e maior
compreensão de novos compreensão da finalidade de textos
vocabulários e a finalidade diversificados em seu sentido global,
dos textos em seu sentido propiciando o despertar do raciocínio lógico, da
global. inovação, experimentação e desenvoltura na
comunicação.
Estratégias de Mídias Sociais (MS.EF05LI00.n.07) A exploração em ambientes virtuais, tais como
leitura Interagir na Língua Inglesa redes sociais, jogos e aplicativos diversos,
por meio de recursos favorece aprendizagem significativa e lúdica
midiáticos (Apps, games, para construção do conhecimento em Língua
emoticons) de modo a criar Inglesa.
vínculo com a língua em
questão.
Estratégias de Mídias Sociais (MS.EF05LI00.n.08) A identificação de expressões que denotam
leitura (Classroom (Re) conhecer por meio de conversas formais e informais, além de pedidos
language) recursos midiáticos, em Língua Inglesa, é um norteador para a
situações em que haja consolidação do processo de aprendizagem. Os
expressões que denotem o recursos midiáticos são instrumentos que
uso de conversas formais e motivam um ensino significativo.
informais e pedidos de
forma polida em Língua
Inglesa.

ESCRITA

Estratégias de Uso da linguagem (MS.EF05LI00.n.09) Atividades lúdicas e dinâmicas diversas são


escrita Identificar e utilizar suportes para proporcionar a identificação e
corretamente o vocabulário utilização dos vocabulários experimentados em
oferecido, aplicando-o em ambiente escolar. Recursos multimodais e
contextos de atividades midiáticos são instrumentos que possibilitam a
escritas como pequenos motivação para sua aprendizagem e seu uso.
diálogos e /ou histórias.

393
LÍNGUA INGLESA - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Gramática Números 1 a 80 (MS.EF05LI00.n.10) O trabalho em equipe, com o uso de jogos de


Identificar e utilizar os tabuleiro e jogos/ aplicativos online, além de
valores numéricos para atividades que integrem a matemática, favorece
aplicá-los em contextos a identificação e utilização adequada dos valores
diversos. numéricos, em contextos variados reais e/ou
imagéticos, que incluam o uso de dinheiro
(moedas e notas impressas).
Gramática Tempo verbal (MS.EF05LI00.n.11) A assimilação dos verbos que denotem rotinas
presente simples Recordar os verbos get up, permite a construção de um repertório
get dressed, wash face, linguístico, voltado à utilização de situações
brush teeth, brush hair, eat, reais e habituais. Ressalta-se que para esta
drink, take a shower para habilidade deverá ocorrer um processo
descrever rotinas no tempo gradativo contextualizado provocando uma
verbal do presente simples. complexidade.
Gramática Pronomes (MS.EF05LI00.n.12) A associação desta habilidade à
interrogativos Conhecer e identificar os MS.EF05LI00.n.02 viabiliza a consolidação de
diferentes pronomes aprendizagem significativa a partir de situações
interrogativos, para reais de comunicação.
perguntar a respeito de
pessoas, objetos, lugares ou
causas.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

Interculturalidade A Cultura da Língua (MS.EF05LI00.n.13) O processo de pesquisa sobre a influência da


Inglesa nos diversos Refletir a influência da Língua Inglesa ao longo do tempo oportuniza
países Língua Inglesa nos diversos uma visão progressiva de globalização da
países como forma de língua, além da ampliação/valorização no
valorização da língua em conhecimento das culturas em países que têm o
questão. inglês como língua oficial.
A Língua Inglesa Presença da Língua (MS.EF05LI00.n.14) Nesta habilidade podem-se utilizar práticas
no cotidiano da Inglesa no cotidiano, Utilizar as diferentes diversas de linguagens com o propósito de
criança conforme a faixa linguagens (corporal, estimular a comunicação, com desenvoltura e
etária musical, plástica, oral e entusiasmo. Podem-se trabalhar as quatro
escrita) ajustadas às habilidades do idioma, levando em consideração
diferentes intenções e as especificidades dos estudantes (público-alvo
situações de comunicação, da educação especial).
de forma a compreender e
ser compreendido.

394
LÍNGUA INGLESA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação discursiva Construção de laços (MS.EF06LI01.s.01) Saudações, “classroom language, self-


afetivos e convívio Interagir em situações de introduction”, expressões de uso corriqueiro,
social intercâmbio oral, tais como please, excuse me, bem como
demonstrando iniciativa rodas de conversas e cantigas,
para utilizar a Língua encenações/dramatizações de textos curtos
Inglesa. que contextualizem uma situação real, são
estratégias que podem ser usadas para
promover o diálogo de maneira respeitosa e
amigável entre as pessoas e propiciar a
interação oral oportunizando o uso do
idioma.
Interação discursiva Construção de laços (MS.EF06LI02.s.02) A criação de questionários, enquetes, tabelas,
afetivos e convívio Coletar informações do gráficos e infográficos, para coletar dados,
social grupo, perguntando e possibilita a construção de vocabulário e
respondendo sobre a pode ser realizada por meio de entrevistas,
família, os amigos, a escola como forma de refletir quem somos e as
e a comunidade. nossas relações interpessoais, e de efetivação
da comunicação.
Interação discursiva Repertório (MS.EF06LI00.n.03) O uso dos estrangeirismos presentes no
sóciocultural Promover o cotidiano pode ser um dos instrumentos
(re)conhecimento prévio possíveis para verificação de conhecimento
acerca da língua de modo a prévio com a utilização de games, jogos
ampliar o repertório didáticos, músicas e/ou filmes, ou outras
vocabular. ferramentas educacionais.
Interação discursiva Comunicação oral (MS.EF06LI00.n.04) Pesquisa e estudos associados à exploração
Apresentar informações de recursos tecnológicos, tais como
orais, usando recursos aplicativos, gifs, memes, redes sociais,
multimodais que reforcem montagem de vídeos e outras ferramentas
mensagens de maneira educacionais, são instrumentos motivadores
criativa acerca de temas para a aprendizagem/ conhecimento dos
variados (experiências Temas Contemporâneos e interdisciplinares
pessoais, temas familiares, que relatem experiências pessoais, familiares,
escolares, cultura da Língua escolares, cultura da Língua Inglesa,
Inglesa, problemas globais problemas globais e/ou regionalismo de MS.
e regionalismo de MS)
Interação discursiva Funções e usos da (MS.EF06LI00.n.05) Dinâmicas diversas, associadas ao uso de
Língua Inglesa em Compreender as expressões imperativos, possibilitam a compreensão de
sala de aula em Língua Inglesa utilizadas expressões em situações rotineiras e a sua
(Classroom em salas de aula para utilização para promover a interação
language) atender comandos, quando discursiva coletiva, contribuindo para o
necessário. trabalho em equipe e estimulando o senso
de responsabilidade, valorização e o respeito
ao outro.
Interação discursiva Funções e usos da (MS.EF06LI03.s.06) O trabalho em duplas e/ou coletivo,
Língua Inglesa em Solicitar esclarecimentos associado aos recursos visuais e tecnológicos,
sala de aula em Língua Inglesa sobre o é facilitador para a assimilação das funções
(Classroom que não entendeu e o de uso da língua, de forma a possibilitar que
language) significado de palavras ou dúvidas sejam esclarecidas. O conhecimento
expressões desconhecidas. de expressões, tais como: “What’s the
meaning of “x”? “Can you repeat please?”
“Pardon” “How do you say such word?”, é
importante para uma interação discursiva
significativa. Podem-se trabalhar as quatro
habilidades do idioma, levando em
consideração as especificidades dos

395
LÍNGUA INGLESA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
estudantes (público-alvo da educação
especial).
Compreensão oral Estratégias de (MS.EF06LI04.s.07) A utilização de palavras cognatas e pistas do
compreensão de Reconhecer, com o apoio contexto discursivo podem levar a
textos orais: de palavras cognatas e questionamentos reflexivos a respeito de
palavras cognatas e pistas do contexto situações diversas, que favoreçam a
pistas do contexto discursivo, o assunto e as compreensão oral, por meio da socialização
discursivo informações principais em de textos orais que englobem não somente
textos orais sobre temas os temas familiares como também os
familiares. contemporâneos.
Produção oral Produção de textos (MS.EF06LI05.s.08) O estímulo de questionamentos mediados
orais, com a Aplicar os conhecimentos pelo professor, partindo da reflexão sobre si
mediação do da Língua Inglesa para falar e outras pessoas que remetem a gostos,
professor de si e de outras pessoas, preferências e rotinas com o uso do verbo
explicitando informações “like/dislike” e demais verbos relacionados às
pessoais e características habilidades MS.EF06LI17.s.22 e
relacionadas a gostos, MS.EF06LI18.s.23, é mecanismo que
preferências e rotinas. oportuniza a produção da oralidade, seja por
meio de trabalho em grupos, duplas com
entrevistas ou por encenações, como forma
de valorizar as diferenças, o respeito ao
outro, além do autoconhecimento.
Produção oral Produção de textos (MS.EF06LI06.s.09) A apresentação de vídeos sobre a relação no
orais, com a Planejar apresentação círculo familiar, conduz a uma roda de
mediação do sobre a família, a conversa, que pode ser consolidada por meio
professor comunidade e a escola, de dinâmica de construção de árvore
compartilhando-a genealógica familiar, promovendo
oralmente com o grupo. idealização de laços afetivos, além de
estabelecer a relação do indivíduo com a
sociedade a que pertence.

LEITURA

Estratégias de leitura Hipóteses sobre a (MS.EF06LI07.s.10) Neste ano escolar, a utilização de gravuras,
finalidade de um Formular hipóteses sobre a imagens, ou outros instrumentos visuais e/ou
texto finalidade de um texto em tecnológicos oportuniza a formulação de
Língua Inglesa, com base hipóteses para a finalidade de um texto em
em sua estrutura, língua inglesa. Exemplificam-se textos não
organização textual e pistas literarios a serem trabalhados, tais como
gráficas. descrições, instruções, procedimentos, avisos
publicitários, e-mails, diálogos, páginas da
web, biografias, gráficos, infográficos, etc.
Para dinamizar a leitura dos textos, sugerem-
se métodos de discussão com World Café,
júri, quebra-cabeça textual, leituras em
grupos, etc.
Estratégias de leitura Compreensão geral (MS.EF06LI08.s.11) Os recursos de skimming e scanning, por
e específica: leitura Identificar o assunto de um meio de questionamentos, permitem extrair
rápida (skimming, texto, reconhecendo sua o máximo de informações possíveis acerca
scanning) organização textual e dos textos analisados e motivam as
palavras cognatas. condições naturais de entendimento de um
texto, além de identificação da ideia principal
dos pequenos textos não literários, como
descrições, instruções, procedimentos, avisos
publicitários, e-mails, diálogos, páginas da
web, biografias e gráficos.

396
LÍNGUA INGLESA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Estratégias de leitura Compreensão geral (MS.EF06LI09.s.12) As técnicas de inglês instrumental e a
e específica: leitura Localizar informações elaboração de mapas mentais virtuais,
rápida (skimming, específicas em texto. mediada pelo professor, na busca por
scanning) informações específicas em um texto,
auxiliam na compreensão textual em seu
sentido global.
Práticas de leitura e Construção de (MS.EF06LI10.s.13) A construção de repertório lexical pode ser
construção de repertório lexical e Conhecer a organização de desenvolvida por meio de leitura e
repertório lexical autonomia leitora um dicionário bilíngue vocabulário prévio, na busca de novos
(impresso e/ou on-line) vocábulos, utilizando aplicativos/softwares na
para construir repertório construção e reconstrução de textos,
lexical. elaboração de um dicionário ilustrativo como
forma de conhecer e se apropriar da
organização de um dicionário.
Práticas de leitura e Construção de (MS.EF06LI11.s.14) A exploração em ambientes virtuais, tais
construção de repertório lexical e Explorar ambientes virtuais como redes sociais, jogos e aplicativos
repertório lexical autonomia leitora e/ou aplicativos para diversos para construção de conhecimento
construir repertório lexical em Língua Inglesa, favorece uma
na Língua Inglesa. aprendizagem significativa e lúdica, de modo
a promover a desenvoltura, autogestão,
imaginação, criatividade e o
compartilhamento de ideias.
Atitudes e disposições Partilha de leitura, (MS.EF06LI12.s.15) A leitura de textos que sejam atraentes é de
favoráveis do leitor com mediação do Interessar-se pelo texto fundamental importância para o
professor lido, compartilhando suas desenvolvimento do caráter socioafetivo
ideias sobre o que o texto nesse momento de aprendizagem da língua,
informa/comunica. a fim de possibilitar a comunicação social e
interpessoal entre os partícipes, realizando,
assim, o compartilhamento das leituras por
meio das redes sociais e da sala de aula.

ESCRITA

Estratégias de escrita: Planejamento do (MS.EF06LI13.s.16) A escrita processual de textos, por meio de


pré-escrita texto: Listar ideias para a brainstorming, pode ser realizada ora de
brainstorming produção de textos, maneira individual, ora coletiva, em textos
levando em conta o tema e verbais e/ou não verbais sobre temas
o assunto. variados e/ou pautados nos Temas
Contemporâneos a fim de promover a
consolidação da aprendizagem.
Estratégias de escrita: Planejamento do (MS.EF06LI14.s.17) O planejamento, como metodologia para
pré-escrita texto: organização Organizar ideias, organização de ideias, seja em trabalho
de ideias selecionando-as em função individual ou coletivo, pode ser feito com
da estrutura e do objetivo perguntas que norteiam a construção do
do texto. pensamento com o auxílio de recursos
multimodais que promovam a tomada de
decisões.
Práticas de escrita Produção de textos (MS.EF06LI15.s.18) Além dos textos já definidos por esta
escritos, em Produzir textos escritos em habilidade, recomendam-se trabalhar outros
formatos diversos, Língua Inglesa (histórias em tipos de textos, tais como: descrições,
com a mediação do quadrinhos, cartazes, chats, instruções, procedimentos, avisos
professor. blogues, agendas, publicitários, e-mails, diálogos, páginas da
fotolegendas, entre outros), web, biografias e gráficos com temas sobre si
sobre si mesmo, sua família, e a família, além dos Temas
seus amigos, gostos, Contemporâneos associados às habilidades
preferências e rotinas, sua no que tange à oralidade.
comunidade e seu contexto
escolar.

397
LÍNGUA INGLESA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Estudo do léxico Construção de (MS.EF06LI16.s.19) Atividades lúdicas e dinâmicas diversas,


repertório lexical Construir repertório relativo dentre elas, desafios, enigmas, charadas e
às expressões usadas para gincanas, proporcionam a construção de
o convívio social e o uso da repertório lexical relacionado ao convívio
Língua Inglesa em sala de social assim como o uso da Língua Inglesa
aula. em sala de aula. Recursos multimodais e
midiáticos motivam uma aprendizagem
significativa da língua.
Estudo do léxico Construção de (MS.EF06LI17.s.20) Dentre os temas familiares, podem ser
repertório lexical Construir repertório lexical trabalhados ao longo do ano escolar,
relativo a temas familiares questões sobre preferências, objetos e
(escola, família, rotina componentes curriculares escolares,
diária, atividades de lazer, profissões, meio ambiente, clima, meios de
esportes, entre outros). transporte, lugares e corpo humano, além
dos Temas Contemporâneos como forma de
construção e ampliação de vocabulário.
Estudo do léxico Pronúncia (MS.EF06LI18.s.21) Recursos e produções de vídeos, áudios e
Reconhecer semelhanças e músicas promovem a sensibilização para a
diferenças na pronúncia de escuta das palavras e a percepção das
palavras da Língua Inglesa e semelhanças e diferenças entre as línguas. A
da língua materna e/ou autopercepção, o insight e a experimentação
outras línguas conhecidas. são competências que fortalecem a
efetivação desta habilidade.
Gramática Adjetivos (MS.EF06LI00.n.22) Para que o estudo dos conhecimentos
Descrever características linguísticos seja eficaz e prazeroso, é
pessoais/qualidade sobre necessário que se trabalhe esta habilidade
algo ou alguém com o por meio de dinâmicas e atividades lúdicas,
objetivo de compreender e utilizando materiais diversificados e
respeitar as semelhanças e contextualizados, conforme os Temas
diferenças existentes no Contemporâneos e/ou outros relevantes,
mundo. com o objetivo de compreender e respeitar
as diferenças.
Gramática Presente simples e (MS.EF06LI19.s.23) O uso do presente do indicativo objetiva a
contínuo (formas Utilizar o presente do apresentação e caracterização na descrição
afirmativa, negativa indicativo para identificar de rotinas, e possibilita práticas de
e interrogativa) pessoas (verbo to be) e linguagens diversas, além da valorização,
descrever rotinas diárias. respeito e aceitação de conhecimento sobre
si e o outro. Há diferentes maneiras de se
trabalhar a gramática de forma lúdica e
dinâmica, tais como: mímicas e jogos
diversos (tabuleiros, cards, flashcards virtuais,
passa ou repassa, com torta na cara, roletas
de aprendizagem etc.)
Gramática Presente simples e (MS.EF06LI20.s.24) O entendimento do uso do presente
contínuo (formas Utilizar o presente contínuo contínuo oportuniza criar/praticar situações
afirmativa, negativa para descrever ações em de relevância no momento em que uma ação
e interrogativa) progresso. ocorre, além da ampliação de vocabulário
por meio de situações reais e
contextualizadas.
Gramática Imperativo (MS.EF06LI21.s.25) A linguagem utilizada em sala de aula
Reconhecer o uso do descrita na habilidade MS.EF06LI03.s.06
imperativo em enunciados favorece o reconhecimento e uso do
de atividades, comandos e imperativo, além da possibilidade de ser
instruções. trabalhada com diferentes situações que
envolvam práticas relacionadas ao dia a dia,
tais como receitas, instruções esportivas,

398
LÍNGUA INGLESA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
escrita de convite ou de um pedido, de
maneira que auxilie no desenvolvimento
desta habilidade.
Gramática Caso genitivo (‘s) (MS.EF06LI22.s.26) O emprego do apóstrofo contribui na
Descrever relações por associação entre as relações familiares, posse
meio do uso de apóstrofo e pertencimento.
(’) + s.
Gramática Adjetivos (MS.EF06LI23.s.27) Em articulação com a habilidade
possessivos Empregar, de forma MS.EF06LI22.s.26, seja em textos orais,
inteligível, os adjetivos escritos ou por meio de recursos multimodais
possessivos. e midiáticos, o emprego dos adjetivos
possessivos como ideia de posse e
propriedade deve ser correlacionado aos
Temas Contemporâneos e/ou outros
relevantes de forma que faça sentido para o
interlocutor.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Inglesa no Países que têm a (MS.EF06LI24.s.28) O trabalho com projetos interdisciplinares na
mundo Língua Inglesa Investigar o alcance da busca de informações sobre com a Língua
como língua Língua Inglesa no mundo: Inglesa é falada pelo mundo, seja como
materna e/ou oficial como língua materna e/ou primeira ou segunda língua, é uma estratégia
oficial (primeira ou segunda produtiva para construção de sentido em sua
língua). totalidade, além do despertar para o
conhecimento e interesse pela Língua
Inglesa, com o uso de fontes diversas.
A Língua Inglesa no Presença da Língua (MS.EF06LI25.s.29) Pesquisas, entrevistas, debates e outros
cotidiano da Inglesa no Identificar a presença da meios de atividades favorecem o processo de
sociedade cotidiano Língua Inglesa na percepção da importância do estudo e da
brasileira/comunidade sociedade influência da Língua Inglesa em nosso meio,
brasileira/comunidade como fato inerente ao nosso
(palavras, expressões, desenvolvimento pessoal e de convivência,
suportes e esferas de levando o estudante à reflexão sobre as
circulação e consumo) e palavras utilizadas cotidianamente sem
seu significado. perceber o quanto a língua está inserida na
sociedade.
A Língua Inglesa no Presença da Língua (MS.EF06LI26.s.30) Esta habilidade favorece a reflexão do
cotidiano da Inglesa no Avaliar, problematizando alcance e dos efeitos da Língua Inglesa na
sociedade cotidiano elementos/produtos sociedade brasileira. Os debates e a
brasileira/comunidade culturais de países de realização de atividades interativas com
Língua Inglesa absorvidos recursos de informática, internet, games,
pela sociedade filmes, vídeos e músicas fomentam a
brasileira/comunidade. criticidade e a veracidade dos elementos
absorvidos pela sociedade.
A Língua Inglesa no Presença da Língua (MS.EF06LI00.n.31) As especificidades regionais, por meio de
contexto regional Inglesa no Estado Demonstrar compreensão apresentação cultural, das riquezas e das
de ideias gerais e relações socioeconômicas do Estado de Mato
informação explícita em Grosso do Sul, integradas aos demais
textos variados adaptados à componentes curriculares, reforçam o
realidade do estado de sentido de pertencimento e podem ser
Mato Grosso do Sul, encontradas nos Temas Contemporâneos,
literários ou não literários, principalmente no que se refere à história de
verbais ou não verbais, MS. Sugere-se a montagem de textos e/ou
acerca de temas voltados à painéis que contemplem as figuras regionais
história do estado, ilustres, a arte e os pontos turísticos para
oportunizando sentido de consolidação da aprendizagem.
pertencimento.

399
LÍNGUA INGLESA - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação Funções e usos da (MS.EF07LI01.s.01) Bate papos, brincadeiras e recursos midiáticos,


discursiva Língua Inglesa: Interagir em situações de sejam eles jogos, aplicativos ou redes sociais, são
convivência e intercâmbio oral para atividades que favorecem a interação oral,
colaboração em sala realizar as atividades em sala direcionando-a para situações respeitosas e
de aula de aula, de forma respeitosa colaborativas ao longo do ano escolar.
e colaborativa, trocando
ideias e engajando-se em
brincadeiras e jogos.
Interação Práticas (MS.EF07LI02.s.02) O recurso da entrevista, a partir de um roteiro
discursiva investigativas Entrevistar os colegas para elaborado com a mediação do professor para
conhecer suas histórias de coletar informações em interação oral,
vida. oportuniza um trabalho interdisciplinar com as
habilidades MS.EF69LP39.s.39 e
MS.EF67LP14.s.14. Com base na entrevista
realizada, poderão ser elaboradas linhas do
tempo, tabelas, gráficos e outros tipos de textos.
Esta habilidade fomenta o fortalecimento dos
laços de amizade no grupo além de possibilitar
comunicação sobre os aspectos de relevância no
passado.
Compreensão Estratégias de (MS.EF07LI03.s.03) Mobilizar A seleção de textos multimodais (infográficos,
oral compreensão de conhecimentos prévios para diagramas, mapas mentais, fotografias,
textos orais: compreender texto oral. desenhos, diagramas conceituais, arte e
conhecimentos hipertextos) alinhada às habilidades
prévios MS.EF07LI07.s07,MS.EF07LI08.s08,
MS.EF07LI09.s.09 e MS.EF07LI11.s.11 é
mecanismo que direciona para consolidação de
aprendizagem e sua ampliação.
Compreensão Compreensão de (MS.EF07LI04.s.04) Identificar O trabalho com filmes, seriados, vídeos na
oral textos orais de o contexto, a finalidade, o internet, adequados à faixa etária, além da
cunho descritivo ou assunto e os interlocutores identificação do contexto, da finalidade e do
narrativo em textos orais presentes no assunto, motiva para o conhecimento da
cinema, na internet, na pronúncia e para a compreensão do texto em
televisão, entre outros. sua totalidade, em consonância com a
habilidade MS.EF07LI16.s.16.
Produção oral Produção de textos (MS.EF07LI05.s.05) O estímulo de questionamentos mediados pelo
orais, com mediação Compor, em Língua Inglesa, professor, partindo da reflexão sobre fatos,
do professor narrativas orais sobre fatos, acontecimentos e personalidades marcantes do
acontecimentos e passado, bem como questões relacionadas à
personalidades marcantes família, sociedade e ao mundo, oportuniza a
do passado. oralidade, por meio de trabalho em grupos,
duplas e/ou entrevistas.

LEITURA

Estratégias de Compreensão geral (MS.EF07LI06.s.06) Antecipar Os recursos de skimming e scanning, mediados


leitura e específica: leitura o sentido global de textos por perguntas que permitam extrair o máximo
rápida (skimming, em Língua Inglesa por de informações possíveis acerca dos textos
scanning) inferências, com base em analisados, são facilitadores nas condições
leitura rápida, observando naturais para o entendimento de um texto e
títulos, primeiras e últimas estratégias para identificação da ideia principal
frases de parágrafos e em seu sentido global.
palavras-chave repetidas.

400
LÍNGUA INGLESA - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Estratégias de Compreensão geral (MS.EF07LI07.s.07) Identificar A seleção de textos de gêneros diversos,
leitura e específica: leitura a(s) informação(ões)-chave correspondentes à faixa etária, pode ser
rápida (skimming, de partes de um texto em realizada com trabalhos em duplas e/ou coletivo
scanning) Língua Inglesa (parágrafos). com a finalidade de analisar as informações-
chave de um parágrafo/ texto utilizando as
técnicas de skimming e scanning articuladas à
habilidade MS.EF07LI08.s.08, para socialização.
Exemplos de textos a trabalhar são os que
remetem ao passado (temático e/ou
cronológico).
Estratégias de Construção do (MS.EF07LI08.s.08) A articulação com a habilidade MS.EF07LI07.s.07
leitura sentido global do Relacionar as partes de um é essencial para a construção do sentido global
texto texto (parágrafos) para de um texto partindo da dinâmica de textos
construir seu sentido global. fatiados. A autoria, por meio de sínteses ou
mapas mentais, é competência que estimula a
criatividade e o pensamento crítico.
Práticas de Objetivos de leitura (MS.EF07LI09.s.09) A localização e seleção de informações
leitura e Selecionar, em um texto, a específicas no texto, orientadas por um objetivo
pesquisa informação desejada como de leitura, estabelecem conexões entre as ideias
objetivo de leitura. e a tomada de decisões, seja por meio de
palavras cognatas ou por inferência de sentido.
Práticas de Leitura de textos (MS.EF07LI10.s.10) As funções de siglas de endereços virtuais como
leitura e digitais para estudo Escolher, em ambientes .gov, .org, .edu, .com viabilizam o conhecimento
pesquisa virtuais, textos em Língua em fontes seguras para leitura de textos digitais,
Inglesa, de fontes confiáveis, além de possibilitar a metacognição da sua
para estudos/pesquisas confiabilidade em vídeos, artigos, entrevistas
escolares. evitando fake news, e oportunizando, assim, o
pensamento crítico.
Atitudes e Partilha de leitura (MS.EF07LI11.s.11) Participar A socialização das opiniões e informações dos
disposições de troca de opiniões e elementos de um texto são essenciais para a
favoráveis do informações sobre textos, ampliação e compreensão em seu sentido
leitor lidos na sala de aula ou em global, promovendo a empatia, aceitação do
outros ambientes. outro e o respeito no trabalho em equipe, com o
uso de rodas de leitura ou outras dinâmicas que
permitam o desenvolvimento na competência
leitora e no prazer dessa prática social.

ESCRITA

Estratégias de Pré-escrita: (MS.EF07LI12.s.12) Planejar a É importante ressaltar que o processo da escrita


escrita: pré- planejamento de escrita de textos em função passa por um planejamento daquilo que se
escrita e escrita produção escrita, do contexto (público, pretende escrever (para quem, por que, com que
com mediação do finalidade, layout e suporte). finalidade, de que forma), por uma organização
professor de ideias (argumentos, tópicos, subtópicos,
formato do texto), para se chegar na efetiva
produção textual, associando, dessa forma, às
habilidades MS.EF07LI13.s.13 e
MS.EF07LI14.s.14. Ressalta-se que os textos
precisam ser adequados à faixa etária, vinculados
aos Temas Contemporâneos, além daqueles que
remetam ao passado. Assim, sugere-se o
trabalho em grupos com o objetivo de socializar
as ideias, de forma a propiciar o respeito, a
aceitação e valorização do outro.

401
LÍNGUA INGLESA - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Estratégias de Escrita: organização (MS.EF07LI13.s.13) Organizar A avaliação e o gerenciamento na organização
escrita: pré- em parágrafos ou texto em unidades de das ideias, mediados pelo professor, associados
escrita e escrita tópicos, com sentido, dividindo-o em às habilidades MS.EF07LI12.s.12 e
mediação do parágrafos ou tópicos e MS.EF07LI14.s.14 são estratégias significativas
professor subtópicos, explorando as para o processo da escrita. Destaca-se que os
possibilidades de textos precisam ser adequados à faixa etária,
organização gráfica, de vinculados aos Temas Contemporâneos, além
suporte e de formato do daqueles que remetam ao passado. Assim,
texto. sugere-se o trabalho em grupos a fim de
socializar as ideias, de forma a propiciar o
respeito, a aceitação e valorização do outro.
Práticas de Produção de textos (MS.EF07LI14.s.14) Produzir A pesquisa, aplicabilidade e raciocínio lógico,
escrita escritos, em textos diversos sobre fatos, alinhados às habilidades MS.EF07LI12.s.12 e
formatos diversos, acontecimentos e MS.EF07LI13.s.13, potencializam a consolidação
com mediação do personalidades do passado da aprendizagem no processo de produção
professor (linha do tempo/ timelines, textual. Orienta-se que os textos sejam
biografias, verbetes de adequados à faixa etária, vinculados aos Temas
enciclopédias, blogues, entre Contemporâneos, além daqueles que remetam
outros). ao passado. Assim, sugere-se o trabalho em
grupos a fim de socializar as ideias, propiciando
o respeito, a aceitação e valorização do outro.

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Estudo do léxico Construção de (MS.EF07LI15.s.15) Construir O (re) conhecimento das funções dos verbos
repertório lexical repertório lexical relativo a regulares e irregulares, bem como a utilização
verbos regulares e do "used to", como repertório lexical utilizado
irregulares (formas no para descrever ações no passado, podem ser
passado), preposições de aplicados em situações reais a fim de fazer
tempo (in, on, at) e sentido entre os partícipes, inclusive na
conectores (and, but, associação de tais ações quanto ao uso dos
because, then, so, before, conectores e preposições de tempo em Língua
after, entre outros). Inglesa.
Estudo do léxico Pronúncia (MS.EF07LI16.s.16) Sugerem-se aplicativos, tradutor online, relatos
Reconhecer a pronúncia de de memórias e/ou gravações como atividades
verbos regulares no passado auditivas diferenciadas, de forma a promover a
(-ed). experimentação, e o insight, além de estabelecer
conexões no (re)conhecimento da pronúncia dos
verbos no passado.
Vocabulário Histórias de vida (MS.EF07LI00.n.17) Conhecer A confecção de vocabulário ilustrado digital e/ou
vocabulários voltados as dinâmicas diversas relacionadas são
datas, números, meses do instrumentos que possibilitam a motivação para
ano, dias da semana, objetos a aprendizagem, além de dar suporte na
antigos, vestimentas, termos ampliação de vocabulário concernente a fatos,
tecnológicos, valores e ao acontecimentos e personalidades marcantes do
regionalismo do estado de passado, assim como o regionalismo presente
Mato Grosso do Sul e suas no estado de MS, vinculado ao Tema
histórias, de forma a ampliar Contemporâneo Cultura Sul-mato-grossense e
o repertório sociocultural. Diversidade Cultural.
Estudo do léxico Polissemia (MS.EF07LI17.s.18) Explorar o Nesta habilidade é possível trabalhar, em
caráter polissêmico de conjunto com a Língua Portuguesa, a
palavras de acordo com o identificação das diferenças e similaridades entre
contexto de uso. as línguas, utilizando os cognatos e falsos
cognatos, os homônimos e outras palavras cujo
vocábulo apresente significações diversas.

402
LÍNGUA INGLESA - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Gramática Passado simples e (MS.EF07LI18.s.19) Em consonância com a habilidade
contínuo (formas Utilizar o passado simples e MS.EF07LI15.s.15, que diz respeito aos
afirmativa, negativa o passado contínuo para conectores, sugere-se o trabalho com biografias
e interrogativa) produzir textos orais e de personalidades marcantes da história, tanto
escritos, mostrando relações nacionais quanto regionais, fazendo o uso de
de sequência e causalidade. recursos midiáticos, além de evidenciar as
relações de sequência e causalidade.
Gramática Pronomes do caso (MS.EF07LI19.s.20) O (re)conhecimento de pronomes possibilita a
reto e do caso Discriminar sujeito de objeto identificação dos falantes ou
oblíquo utilizando pronomes a eles similaridades/semelhanças entre as línguas para
relacionados. a discriminação dos sujeitos. Dinâmicas de
organização de frases, identificação dos
pronomes em letras de músicas, áudios e/ou
vídeos viabilizam a consolidação da
aprendizagem.
Gramática Verbo modal can (MS.EF07LI20.s.21) Articulado às propostas de interação oral,
(presente e passado) Empregar, de forma produção e compreensão de textos, por meio de
inteligível, o verbo modal recursos multimodais, jogos, dinâmicas e/ou
can para descrever entrevistas, o emprego do verbo modal can,
habilidades (no presente e utilizado para descrever habilidades, deve ser
no passado). correlacionado às situações reais de maneira que
faça sentido para o interlocutor.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Inglesa A Língua Inglesa (MS.EF07LI21.s.22) O processo de pesquisa sobre a transformação


no mundo como língua global Analisar o alcance da Língua da Língua Inglesa ao longo do tempo, vinculado
na sociedade Inglesa e os seus contextos à habilidade MS.EF07LI10.s.10, viabiliza uma
contemporânea de uso no mundo visão progressiva da globalização da língua.
globalizado. Exemplos a serem trabalhados são atividades de
linha do tempo, slides e a utilização de mapas
enfatizando tais transformações.
Comunicação Variação linguística (MS.EF07LI22.s.23) A exploração de recursos, que ilustrem variações
intercultural Explorar modos de falar em linguísticas sobre a Língua Inglesa, fomenta a
Língua Inglesa, refutando valorização dos aspectos do idioma, a
preconceitos e conscientização de que há diferenças no modo
reconhecendo a variação de falar e que, além de não impedir a
linguística como fenômeno comunicação, enriquecem a língua e promovem
natural das línguas. o respeito e a diversidade cultural, de forma a
refutar preconceitos. Sugere-se a utilização de
trechos de filmes, seriados e/ ou documentários
que evidenciam os contrastes linguísticos.
Comunicação Variação linguística (MS.EF07LI23.s.24) Articulada à habilidade MS.EF07LI22.s.23, o
intercultural Reconhecer a variação reconhecimento da variação linguística propicia
linguística como a compreensão de diferentes modos de
manifestação de formas de expressar ideias, conceitos em função da cultura,
pensar e expressar o mundo. do contexto histórico, geográfico e social em
que vivem os sujeitos, além de evitar o
preconceito, respeitando e valorizando as
diferenças.

403
LÍNGUA INGLESA - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação Negociação de (MS.EF08LI01.s.01) A paráfrase ou justificativa auxilia na análise e


discursiva sentidos (mal- Fazer uso da Língua Inglesa gerenciamento da seleção de ideias para a
entendidos no uso da para resolver mal- utilização de elementos discursivos que
Língua Inglesa e entendidos, emitir opiniões oportunizam a comunicação significativa, uma
conflito de opiniões) e esclarecer informações por vez que a substituição de termos viabiliza
meio de paráfrases ou esclarecimentos de informações e/ou opiniões.
justificativas.
Interação Usos de recursos (MS.EF08LI02.s.02) Em situações de interação oral, a exploração de
discursiva linguísticos e Explorar o uso de recursos recursos linguísticos e paralinguísticos é
paralinguísticos no linguísticos (frases determinante para encontrar o sentido
intercâmbio oral incompletas, hesitações, implícito em um texto. Para o melhor
entre outros) e desenvolvimento desta habilidade sugere-se o
paralinguísticos (gestos, trabalho com teatro, dramatizações, mímicas
expressões faciais, entre
e/ou encenações em vídeo que deem margem
outros) em situações de
à imaginação, desenvoltura, expressão
interação oral.
corporal, criatividade e experimentação.
Compreensão Compreensão de (MS.EF08LI03.s.03) Os questionamentos, como mediação,
oral textos orais, Construir o sentido global permitem extrair o máximo de informações
multimodais, de cunho de textos orais, relacionando possíveis acerca dos textos analisados e são
informativo/jornalístico suas partes, o assunto facilitadores para o entendimento e
principal e informações identificação da ideia principal de um texto em
relevantes. seu sentido global. Sugerem-se textos em que
sejam abordados Temas Contemporâneos e,
principalmente, o regionalismo do estado de
Mato Grosso do Sul.
Produção oral Produção de textos (MS.EF08LI04.s.04) Levando em consideração o projeto de vida, o
orais com autonomia Utilizar recursos e repertório papel da família, da escola e da sociedade, o
linguísticos apropriados uso de repertório linguístico (como o uso do
para will, going to, modal verb may), e/ou de
informar/comunicar/falar do expressões que denotem planos e previsões é
futuro: planos, previsões, essencial para fomentar a interação oral em
possibilidades e
situações de uso da língua. A articulação com
probabilidades.
as habilidades MS.EF08LI12.s.12 e
MS.EF08LI14.s.14 norteia a consolidação da
aprendizagem.

LEITURA

Estratégias de Construção de (MS.EF08LI05.s.05) O conhecimento prévio, alinhado às ideias


leitura sentidos por meio de Inferir informações e explícitas de um texto, possibilita uma leitura
inferências e relações que não aparecem subjetiva para a compreensão do que está
reconhecimento de de modo explícito no texto subentendido (entrelinhas), de forma a
implícitos para construção de sentidos. extrapolar as informações contidas no texto.
Práticas de Leitura de textos de (MS.EF08LI06.s.06) A investigação como norteadora para
leitura e fruição cunho Apreciar textos narrativos compreensão de vocabulários, por meio de um
artístico/literário em Língua Inglesa (contos, trabalho coletivo em textos narrativos que
romances, entre outros, em retratem a cultura inglesa, bem como o
versão original ou regionalismo do estado, promove a valorização
simplificada), como forma do patrimônio cultural, além de propiciar um
de valorizar o patrimônio
sentido de pertencimento.
cultural produzido em
Língua Inglesa.

404
LÍNGUA INGLESA - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Práticas de Leitura de textos de (MS.EF08LI07.s.07) Visitas virtuais em museus, bibliotecas,
leitura e fruição cunho Explorar ambientes virtuais aplicativos de leituras ou qualquer outro
artístico/literário e/ou aplicativos para acessar recurso tecnológico, que viabilize a exploração
e usufruir do patrimônio desses ambientes, são estratégias prazerosas
artístico literário em Língua para exercer a prática da leitura de cunho
Inglesa. artístico/literário. Esta habilidade pode ser
associada aos componentes curriculares de
arte e literatura.
Avaliação dos Reflexão pós-leitura (MS.EF08LI08.s.08) O conhecimento prévio e a investigação
textos lidos Analisar, criticamente, o conduzem ao pensamento crítico,
conteúdo de textos, possibilitando reflexão das diferentes
comparando diferentes perspectivas pautadas em um mesmo assunto.
perspectivas apresentadas Sugerem-se textos em que sejam abordados
sobre um mesmo assunto. Temas Contemporâneos e, principalmente, o
regionalismo do Estado de Mato Grosso do
Sul.

ESCRITA

Estratégias de Revisão de textos com (MS.EF08LI09.s.09) A metacognição das produções, por meio de
escrita: escrita e a mediação do Avaliar a própria produção um trabalho coletivo de socialização das ideias,
pós- escrita professor escrita e a de colegas, com mediados pelo professor, permite reflexão
base no contexto de significativa a respeito da finalidade,
comunicação (finalidade e adequação ao público, conteúdo, organização
adequação ao público, textual, legibilidade e estrutura de frases com o
conteúdo a ser comunicado,
propósito de consolidar a comunicação.
organização textual,
legibilidade, estrutura de
frases).
Estratégias de Revisão de textos com (MS.EF08LI10.s.10) Esta habilidade pode ser trabalhada em
escrita: escrita e a mediação do Reconstruir o texto, com consonância com a habilidade
pós- escrita professor cortes, acréscimos, MS.EF08LI09.s.09, para análise dos textos,
reformulações e correções, reformulações e correções, com a finalidade de
para aprimoramento, edição aprimorar a produção textual final.
e publicação final.
Práticas de Produção de textos (MS.EF08LI11.s.11) A metacognição e o uso adequado das
escrita escritos com mediação Produzir textos (comentários estratégias de leitura, escrita e estudo lexical
do professor/ colegas em fóruns, relatos pessoais, são facilitadores para consolidação
mensagens instantâneas, significativa desta habilidade, como forma de
tweets, reportagens, produzir textos para falar de sonhos e projetos
histórias de ficção, blogues, para o futuro.
entre outros), com o uso de
estratégias de escrita
(planejamento, produção de
rascunho, revisão e edição
final), apontando sonhos e
projetos para o futuro
(pessoal, da família, da
comunidade ou do planeta).

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Estudo do léxico Construção de (MS.EF08LI12.s.12) O (re)conhecimento de repertório lexical,


repertório lexical Construir repertório lexical relacionado a planos, previsões e expectativas
relativo a planos, previsões e para o futuro, permite o uso da linguagem
expectativas para o futuro. como forma de propiciar a comunicação,
levando em consideração temas relevantes que
denotem sentido de pertencimento como, por

405
LÍNGUA INGLESA - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
exemplo, o regionalismo do Estado de Mato
Grosso do Sul.
Estudo do léxico Formação de palavras: (MS.EF08LI13.s.13) A pesquisa de sufixos e prefixos em Língua
prefixos e sufixos Reconhecer sufixos e Inglesa, com a utilização de recursos
prefixos comuns utilizados multimodais e midiáticos, oportuniza a
na formação de palavras em ampliação de vocabulário, vez que por meio
Língua Inglesa. deles se formam outras palavras e outros
significados, abrangendo, assim, um
entendimento mais complexo a respeito da
língua.
Gramática Verbos para indicar o (MS.EF08LI14.s.14) Situações que descrevam planos, expectativas
futuro Utilizar formas verbais do e previsões em seu sentido real são recursos
futuro para descrever planos que podem auxiliar, de maneira efetiva,na
e expectativas e fazer consolidação desta habilidade. Sugere-se que
previsões. esta habilidade seja trabalhada em associação
com as habilidades MS.EF08LI04.s.04 e
MS.EF08LI12.s.12.
Gramática Comparativos e (MS.EF08LI15.s.15) O uso das formas comparativas e superlativas
superlativos Utilizar, de modo inteligível, pode ser alusivo ao projeto de vida do
as formas comparativas e indivíduo e repertório cultural de maneira a
superlativas de adjetivos relacionar sua vida pessoal do passado com o
para comparar qualidades e futuro.
quantidades.
Gramática Quantificadores (MS.EF08LI16.s.16) Esta habilidade pode ser trabalhada em
Utilizar, de modo inteligível, conformidade com a habilidade
corretamente, some, any, MS.EF08LI15.s.15 para efetiva utilização de
many, much. quantificadores. Os Temas Contemporâneos,
assim como outros temas relevantes, podem
ser abordados para o (re)conhecimento dos
quantificadores e suas funções nos diversos
contextos. Sugerem-se atividades em
consonância com o componente curricular de
Matemática.
Gramática Pronomes relativos (MS.EF08LI17.s.17) Em articulçaõ com as propostas de interação
Empregar, de modo oral, por meio de recursos multimodais,
inteligível, os pronomes atividades escritas, jogos, dinâmicas e/ou
relativos (who, which, that, entrevistas, o emprego dos pronomes relativos
whose) para construir abordados nesta habilidade, utilizado para
períodos compostos por construir períodos compostos por
subordinação.
subordinação, deve ser relacionado a situações
reais e promover análise reflexiva de raciocínio
lógico e pensamento crítico.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

Manifestações Construção de (MS.EF08LI18.s.18) A interdisciplinaridade possibilita abertura para


culturais repertório artístico- Construir repertório cultural o novo, de modo a valorizar as diferenças por
cultural por meio do contato com meio do contato com as diversas
manifestações artístico- manifestações artístico-culturais, favorecendo
culturais vinculadas à Língua a criatividade, imaginação e inovação dos
Inglesa (artes plásticas e indivíduos.
visuais, literatura, música,
cinema, dança, festividades,
entre outros), valorizando a
diversidade entre culturas.

406
LÍNGUA INGLESA - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Comunicação Impacto de aspectos (MS.EF08LI19.s.19) A investigação de expressões corporais, gestos
intercultural culturais na Investigar de que forma e comportamentos oportunizam compreensão
comunicação expressões, gestos e e respeito entre os falantes de diferentes
comportamentos são culturas, além da valorização da comunicação
interpretados em função de intercultural. Esta habilidade, em consonância
aspectos culturais. com MS.EF08LI18.s.18, pode ser trabalhada
com o uso de recursos midiáticos,
selecionando aspectos específicos das culturas
a fim de perceber as diferenças e o impacto
delas na sociedade.
Comunicação Impacto de aspectos (MS.EF08LI20.s.20) Além das variações linguísticas, é importante
intercultural culturais na Examinar fatores que podem conhecer a relação com a linguagem das
comunicação impedir o entendimento diferentes culturas, a fim de facilitar a
entre pessoas de culturas comunicação dirimir os aspectos negativos que
diferentes que falam a impedem a desenvoltura, o entusiasmo e uso
Língua Inglesa. da linguagem. Esta habilidade deve ser
trabalhada em conformidade com a habilidade
MS.EF08LI19.s.19, para que haja compreensão
mais efetiva no estudo da comunicação
intercultural.
Comunicação Valorização cultural (MS.EF08LI00.n.21) Visitas a museus, feiras culturais, peças teatrais
intercultural regional Explorar informações a e documentários, enfatizando as
respeito do estado de Mato especificidades regionais e culminando com
Grosso do Sul acerca de apresentações culturais sobre as riquezas e as
temas voltados à história do relações socioeconômicas do Estado de Mato
estado, com o intuito de Grosso do Sul, integradas aos demais
fazer planos, previsões para
componentes curriculares, reforçam o sentido
a melhoria do mesmo,
de pertencimento e valorização como forma de
oportunizando sentido de
fazer planos e previsões para a melhoria do
pertencimento e valorização
estado. Sugere-se a utilização dos Temas
do estado.
Contemporâneos e/ou outros relevantes para a
consolidação dessa aprendizagem.

LÍNGUA INGLESA - 9° ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação Funções e usos da (MS.EF09LI01.s.01) É importante que a prática e a vivência oral com o
discursiva Língua Inglesa: Fazer uso da Língua Inglesa idioma aconteçam em situações significativas de
persuasão para expor pontos de vista, uso, por meio de recursos argumentativos e
argumentos e contra- persuasivos, de modo a expor e defender seus
argumentos, considerando o pontos de vista sobre assuntos variados, pertinentes
contexto e os recursos à faixa etária e relacionados a temas relevantes para
linguísticos voltados para a os contextos locais.
eficácia da comunicação.
Compreensão Compreensão de (MS.EF09LI02.s.02) A seleção de temas e mídias relevantes ao interesse
oral textos orais, Compilar as ideias-chave de do indivíduo é estratégia que facilita a tomada de
multimodais, de textos por meio de tomada notas a fim de compreender os textos orais e
cunho de notas. multimodais de cunho argumentativo em seu
argumentativo sentido global. Sugere-se o uso de imagens e textos
jornalísticos para trabalhar a oralidade
argumentativa.

407
LÍNGUA INGLESA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Compreensão Compreensão de (MS.EF09LI03.s.03) A análise de vídeos jornalísticos de cunho
oral textos orais, Analisar argumentativo oportuniza a ampliação do
multimodais, de posicionamentos defendidos pensamento crítico, o respeito e a valorização do
cunho e refutados em textos orais outro com base nas discussões de Temas
argumentativo sobre temas de interesse Contemporâneos, sociais e regionais.
social e coletivo.
Produção oral Produção de textos (MS.EF09LI04.s.04) A autoria, a criatividade e inovação são
orais com Expor resultados de competências importantes na realização desta
autonomia pesquisa ou estudo com o habilidade, em conformidade com aquelas
apoio de recursos, tais como voltadas à compreensão de leitura e escrita com
notas, gráficos, tabelas, entre o intuito de aprimorar a produção oral. Os
outros, adequando as seminários como forma de exposição de
estratégias de construção do
resultados, bem como apresentação de
texto oral aos objetivos de
infográficos, gráficos, tabelas, dentre outros, são
comunicação e ao contexto.
facilitadores para que ocorra uma consolidação
significativa.

LEITURA

Estratégias de Recursos de (MS.EF09LI05.s.05) A curiosidade, a imaginação, criatividade e


leitura persuasão Identificar recursos de apreciação estética são competências que
persuasão (escolha e jogo de auxiliam na percepção dos recursos persuasivos
palavras, uso de cores e como forma de convencimento. Sugere-se
imagens, tamanho de letras), trabalhar textos publicitários (posicionamento
utilizados nos textos das imagens, diferenças de reportagens, análise
publicitários e de
do foco jornalístico em diferentes veículos de
propaganda, como
comunicação), e utilizar o Excel como recurso
elementos de
midiático, enfatizando a interdisciplinaridade.
convencimento.
Estratégias de Recursos de (MS.EF09LI06.s.06) A relação do conhecimento com o fazer
leitura argumentação Distinguir fatos de opiniões científico favorece reflexão para a distinção de
em textos argumentativos fatos e opiniões de esfera jornalística, seja por
da esfera jornalística. meio de notícias ou reportagens com temáticas
voltadas ao regionalismo de Mato Grosso do Sul,
ou outros temas relevantes.
Estratégias de Recursos de (MS.EF09LI07.s.07) A metacognição e a investigação sustentada
leitura argumentação Identificar argumentos princ. pelo pensamento crítico auxiliam a identificação
ipais e as dos argumentos principais e a busca por marcas
evidências/exemplos que os tipográficas, e as citações de especialistas são
sustentam. evidências que os amparam. O trabalho em
equipe provoca situações de aceitação,
confiança, empatia e respeito entre os partícipes.
Práticas de Informações em (MS.EF09LI08.s.08) A investigação, avaliação e o gerenciamento de
leitura e novas ambientes virtuais Explorar ambientes virtuais informações despertam o senso de
tecnologias de informação e responsabilidade ao repassar notícias veiculadas
socialização, analisando a em ambientes virtuais, tal como as fake news. A
qualidade e a validade das utilização da web 2.0 é uma plataforma que
informações veiculadas. promove a prática de leitura e o uso de novas
tecnologias.
Avaliação dos Reflexão pós-leitura (MS.EF09LI09.s.09) Atividade como roda de conversas, por exemplo,
textos lidos Compartilhar, com os contribui para o trabalho em equipe, a aceitação
colegas, a leitura dos textos do outro e a valorização da diferença na
escritos pelo grupo, socialização da leitura de textos escritos
valorizando os diferentes coletivamente. A seleção de Temas
pontos de vista defendidos, Contemporâneos pode ser utilizada para a
com ética e respeito.
execução desta habilidade.

408
LÍNGUA INGLESA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ESCRITA

Estratégias de Escrita: construção (MS.EF09LI10.s.10) Associada à habilidade MS.EF09LI01.s.01 a


escrita da argumentação Propor potenciais pesquisa de dados, evidências e exemplos que
argumentos para expor e potencializam a construção de argumentos
defender ponto de vista em solidificados e organizados em sequência lógica,
texto escrito, refletindo na defesa do ponto de vista, são importantes
sobre o tema proposto e para a consolidação significativa do pensamento
pesquisando dados,
crítico.
evidências e exemplos para
sustentar os argumentos,
organizando-os em
sequência lógica.
Estratégias de Escrita: construção (MS.EF09LI11.s.11) Em conformidade com a habilidade
escrita da persuasão Utilizar recursos verbais e MS.EF09LI05.s.05, o uso estratégico de recursos
não verbais para construção verbais e não verbais, alinhados às competências
da persuasão em textos da de experimentação, imaginação e criatividade,
esfera publicitária, de forma possibilita a construção de textos persuasivos de
adequada ao contexto de esfera publicitária (charges, propagandas,
circulação (produção e
anúncios) adequados ao contexto de circulação.
compreensão).
Práticas de Produção de textos (MS.EF09LI12.s.12) A escolha de textos com temáticas que sejam
escrita escritos, com Produzir textos (infográficos, atraentes e motivadoras é prática que contribui
mediação do fóruns de discussão on-line, na produção textual, sejam textos infográficos,
professor/colegas fotorreportagens, fóruns de discussão on-line, fotorreportagens,
campanhas publicitárias, campanhas publicitárias, memes, dentre outros,
memes, entre outros) sobre desde que mediados pelo professor, para que
temas de interesse coletivo
demonstrem posicionamento crítico.
local ou global, que revelem
posicionamento crítico.

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Vocabulário Influência Mundial (MS.EF09LI00.n.13) Textos e recursos multimodais e midiáticos são


Conhecer vocabulário de instrumentos motivadores para aprendizagem,
modo a ampliar o repertório de forma a expandir o vocabulário em contexto
sociocultural a respeito da
mundial e viabilizar olhar mais crítico a respeito
influência social, cultural,
econômica e política nas
da influência social, cultural, econômica e política
esferas internacional, nacional nas diferentes esferas.
e/ou regional.
Estudo do léxico Usos de linguagem (MS.EF09LI13.s.14) O (re)conhecimento de novos gêneros digitais
em meio digital: Reconhecer, nos novos permite o estudo de palavras oriundas do meio
“internetês” gêneros digitais (blogues, digital de modo a compreender o significado e
mensagens instantâneas,
constituir mensagem, aguçando a curiosidade,
tweets, entre outros), novas
imaginação e inovação, e ampliando novas
formas de escrita (abreviação
de palavras, palavras com possibilidades de comunicação.
combinação de letras e
números, pictogramas,
símbolos gráficos, entre
outros) na constituição das
mensagens.
Estudo do léxico Conectores (linking (MS.EF09LI14.s.15) Alinhada às habilidades MS.EF09LI01.s.01,
words) Utilizar conectores indicadores MS.EF09LI10.s.10 e MS.EF09LI11.s.11, a utilização
de adição, condição, oposição, de conectores sustenta a construção da
contraste, conclusão e síntese
argumentação e uma intencionalidade discursiva
como auxiliares na construção
da argumentação e
solidificada.
intencionalidade discursiva.

409
LÍNGUA INGLESA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Gramática Present Perfect tense (MS.EF09LI00.n.16) O emprego do tempo verbal present perfect
Empregar, de modo oportuniza fazer uma relação de aspectos que
inteligível, a forma verbal do tiveram início no passado e ainda repercutem
Present Perfect Tense nos dias de hoje. Sugere-se o estudo em
situações reais de modo a compreender a
aplicabilidade, com a produção de teatros,
reprodução de trechos de filmes e séries e
animações. Temas voltados ao estado podem
incitar um maior engajamento nesse processo.
Gramática Orações (MS.EF09LI15.s.17) O conhecimento das formas verbais em orações
condicionais (tipos 1 Empregar, de modo condicionais dos tipos 1 e 2 (if clauses),
e 2) inteligível, as formas verbais utilizando situações reais que levem a um
em orações condicionais dos segundo plano em tomadas de decisões,
tipos 1 e 2 (If-clauses). incentiva o desenvolvimento de pensamento
crítico, argumentações e autoconhecimento.
Gramática Verbos modais: (MS.EF09LI16.s.18) A compreensão dos verbos modais, de modo a
should, must, have Empregar, de modo indicar recomendação, necessidade, obrigação
to, may e inteligível, os verbos should, e/ou probabilidade, pode ser adquirida por meio
might must, have to, may e might de estudo de campanhas publicitárias, debates e
para indicar recomendação, outros instrumentos lúdicos, acerca de situações
necessidade ou obrigação e vividas em ambiente escolar, e na comunidade
probabilidade.
em que está inserida, pautados nos Temas
Contemporâneos.
Gramática Expansão da Língua (MS.EF09LI17.s.19) A análise e compreensão da expansão da
Inglesa: contexto Debater sobre a expansão colonização inglesa pelo mundo proporciona
histórico da Língua Inglesa pelo uma visão global do contexto histórico nesse
mundo, em função do processo em consonância com os demais
processo de colonização nas componentes curriculares, fazendo um trabalho
Américas, África, Ásia e de interdisciplinaridade por meio de mapas e
Oceania.
textos culturais.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Inglesa A Língua Inglesa e (MS.EF09LI18.s.20) A realização de pesquisas, acerca da importância


no mundo seu papel no Analisar a importância da da Língua Inglesa no mundo, oportuniza
intercâmbio Língua Inglesa para o abertura para o novo, por meio do
científico, desenvolvimento das desenvolvimento das ciências, da economia e
econômico e político ciências (produção, política no cenário mundial, permitindo a
divulgação e discussão de aplicação desse conhecimento como forma de
novos conhecimentos), da
valorizar as diferenças, respeitar o outro e
economia e da política no
estabelecer conexões com o mundo.
cenário mundial.
A Língua Inglesa Construção de (MS.EF09LI19.s.21) A apresentação de documentários com relatos
no mundo identidades no Discutir a comunicação de brasileiros bem-sucedidos em lugares nos
mundo globalizado intercultural por meio da quais a Língua Inglesa é a língua oficial, ressalta
Língua Inglesa como a importância do idioma no mundo globalizado,
mecanismo de valorização seu sentido de pertencimento, além da
pessoal e de construção de valorização e respeito entre os sujeitos.
identidades no mundo
globalizado.
Comunicação Influência da Língua (MS.EF09LI00.n.22) O conhecimento e reflexão da Língua Inglesa,
intercultural Inglesa: contexto Conhecer e refletir a respeito como contribuição para o crescimento do Estado
estadual e regional da influência da Língua de Mato Grosso do Sul, provoca novas
Inglesa e sua contribuição oportunidades interculturais.
para o Estado de Mato
Grosso do Sul

410
8.3.6 - Língua Espanhola
“As línguas são a própria extensão das identidades de quem delas se

apropria. Logo quem tramita entre diversos idiomas está redefinindo


sua própria identidade. Dito de outra forma, quem aprende uma língua
nova está se redefinindo como uma nova pessoa.”

(RAJAGOPALAN, Kanavillil)

Dentre as muitas razões para aprender a Língua Espanhola no contexto brasileiro, destaca-se a sua
importância internacional, já que ela está em segundo lugar como veículo de comunicação internacional
e é a terceira língua internacional da política, diplomacia, economia e da cultura, suplantada apenas pelo

inglês e francês. Além disso, é a língua oficial de quatro países, membros efetivos, pertencentes ao
Mercosul, e de quase todos os países que fazem fronteira com o Brasil; desde 2010, o Exame Nacional

do Ensino Médio - Enem traz questões desse idioma. Dessa forma, toda pessoa, que queira ter acesso
ao maior mercado da América do Sul ou interagir efetivamente com os países vizinhos, deve estudá-la.

Objetiva-se, com a oferta da Língua Espanhola no Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul,

possibilitar ao estudante expressar-se de forma efetiva na língua alvo, inserindo-o na cultura dos
diversos países hispanos como forma de estabelecer pontes interculturais e relações com sua própria

cultura, bem como contribuir para a construção da autonomia e do pensamento crítico e o


desenvolvimento de competências para continuar seu aprendizado. Além disso, o estudante poderá

reconhecer o próprio país como ponto de referência para o conhecimento de outras nações, construindo

uma noção de identidade e pertencimento; interagir com estrangeiros falantes de Língua Espanhola,

admitindo as diferenças individuais e culturais e conviver bem com elas, sem preconceitos e sem

discriminação; e expressar ideias, opiniões e também sentimentos e emoções por meio do novo idioma.

Segundo Alcaraz (2005), a proximidade entre as duas línguas produz uma facilidade imediata, uma

vantagem inicial, que pode, em um primeiro instante, representar uma falsa falta de necessidade de

estudo sistematizado do espanhol. A longo prazo, no entanto, o estudante brasileiro tem dificuldade

em adquirir seu domínio pleno. Desse modo, ao selecionar o conteúdo a ser ministrado, não se pode
considerar este aprendiz um iniciante, e sim proporcionar uma gradação dos temas de forma a não

desestimular sua aprendizagem e buscar soluções para as interferências.

Em contrapartida, a semelhança não se dá em todas os campos, nem mesmo em níveis iguais. A maior
proximidade está no campo lexical, mas quando se observa a sintaxe, conserva o português mais
fidelidade com o latim. Disso resulta que, por vezes, pela falta de aprofundamento no estudo sintático,
mediante exercícios mais direcionados a essa problemática, o estudante brasileiro faça uma produção

411
híbrida. Já no campo fonológico, embora se tenha pouca divergência, a que existe já é suficiente para
dificultar uma aprendizagem mais apurada. Quanto às modalidades e registros, a escrita, por ser mais
conservadora, apresenta maior semelhança, já a fala oferece um distanciamento maior. Além disso,

quanto mais os falantes se afastam da “norma culta” maior é também a distância entre as duas línguas
e o inverso também acontece. Desta forma, o desafio do professor de Língua Espanhola está em usar

essa proximidade entre as línguas a favor da aprendizagem do estudante, transformando-a em um


elemento que venha facilitar e não dificultar o conhecimento mais apurado da língua alvo, superando

esse “limbo interlingual”.

Diante do exposto, pensar o ensino da Língua Espanhola para brasileiros vai muito além da noção de

quantidades de falantes e importância econômica. Assim, segundo Goettenauer (2005, p. 61), vislumbrar

apenas o mercado de trabalho em ascensão “reduz expressivamente uma discussão necessária sobre o

que significa em nosso universo globalizado o domínio de uma língua estrangeira“. Portanto, deve-se

admitir que o aprendizado pressupõe outros ideais, pois o estudo de outro idioma proporciona ao
estudante uma oportunidade de refletir sobre a sua língua materna, contribuindo até mesmo para

melhorar suas condições de letramento. Com esta postura, o aprendiz poderia atuar mais criticamente

em relação ao estudo, ocorrendo, assim, o aprendizado efetivo da língua, já que o espanhol necessita

ser internalizado, e usá-lo como veículo de comunicação “só se torna possível à medida que nos
apoderamos dessa segunda língua e a usamos não de forma mecânica, apenas reproduzindo estruturas,

mas sim de modo criativo” (Goettenauer, 2005, p. 63).

O Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul concorda com Rajagopalan (2003, p. 69) no que se

refere aos objetivos para o estudo de uma língua estrangeira, “As línguas não são meros instrumentos
de comunicação, como costumam alardear os livros introdutórios. As línguas são a própria expressão

das identidades de quem delas se apropria. Logo quem transita entre diversos idiomas está redefinindo

sua própria identidade. Dito de outra forma, quem aprende uma língua nova está se redefinindo como

uma nova pessoa. ”

Sendo assim, não se deve limitar apenas em adquirir um instrumento para conseguir um emprego, viajar,

estudar, relacionar-se, pois “Apropriar-se de uma língua distinta da materna é apropriar-se de novas

lentes para mirar o mundo”, segundo Goettenauer (2005, p. 64). Tal apropriação estabelece com o novo
idioma uma afetividade que possibilita se expressar e admitir que somos individual e culturalmente

diferentes e aceitar essas diferenças sem preconceito ou julgamentos, colocando-nos, assim, no lugar

do outro, representado não só pelos espanhóis, mas, principalmente, pelos povos latino-americanos
com os quais “compartilhamos fatos históricos e realidades atuais muito semelhantes” (Goettenauer,

2005, p. 64).

412
Evidenciam-se, segundo Sedycias (2005), dois aspectos no aprendizado de uma LE: o primeiro é o
aperfeiçoamento profissional, pois o aprendizado de línguas tem se tornado um fator importante para
quem deseja se destacar no mercado; o segundo diz respeito ao enriquecimento pessoal, mediante a

possibilidade de contato com uma cultura diversa que pode proporciona até mesmo a valorização da
cultura do aprendiz. Necessita-se, nesse contexto, de um ensino de LE voltado para a construção do

sujeito crítico, aquele que melhor atenda às necessidades de um estudante na realidade do mercado de
trabalho.

Pretende-se, além de aproximar o estudante da língua, que ele também possa estabelecer pontes
interculturais e estabelecer relações com a sua própria cultura, enxergando na língua uma ferramenta a

mais de investigação e também de construção de conhecimento, tornando-se protagonista desse

processo.

Assim, cabe ao professor elaborar estratégias que possibilitem um aprendizado que saia do “sei o

suficiente para ser compreendido e compreender” e adentrar o estudante em um estudo


verdadeiramente eficiente no que se refere à formação de um sujeito capaz de interagir com o outro e

usufruir do contato com outras culturas para, até mesmo por meio desse outro, reconhecer-se a si

mesmo.

413
8.3.6.1 Competências Específicas de Língua Espanhola para o Ensino Fundamental

1. Identificar o lugar de si e do outro em um mundo plurilíngue e pluricultural, refletindo,


criticamente, sobre como a aprendizagem da Língua Espanhola contribui para a inserção do
sujeito no mundo globalizado, inclusive no que concerne o mundo do trabalho e nas relações
com os países vizinhos promovendo a expansão da harmonia comum e entre as pessoas.

2. Comunicar-se na Língua Espanhola, por meio do uso variado de linguagens em mídias


impressas ou digitais, reconhecendo-a como ferramenta de acesso ao conhecimento, de
ampliação das perspectivas e de possibilidades para a compreensão dos valores e interesses
de outras culturas e para o exercício do protagonismo social.

3. Identificar similaridades e diferenças entre a Língua Espanhola e a língua materna/outras


línguas, articulando-as a aspectos sociais, culturais e identitários, em uma relação intrínseca
entre língua, cultura e identidade.

4. Reconhecer a especificidade e a complexidade da Língua Espanhola, desfazendo-se da ilusão


de competência espontânea. Reconhecer a especificidade e a complexidade da Língua
Espanhola, desfazendo-se da ilusão da homogeneidade linguística e entendendo a
competência espontânea inserida no processo de ensino e aprendizagem de LE.

5. Elaborar repertórios linguístico-discursivos da Língua Espanhola, usados por diferentes países,


com ênfase primordial aos países latino-americanos localizados no entorno do Brasil, e por
grupos sociais distintos dentro de um mesmo país, de modo a reconhecer a diversidade
linguística como direito e valorizar os usos heterogêneos, híbridos e multimodais emergentes
nas sociedades contemporâneas.

6. Utilizar novas tecnologias, com novas linguagens e modos de interação, para pesquisar,
selecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos em práticas de letramento na
Língua Espanhola, de forma ética, crítica e responsável, desenvolvendo uma atitude positiva
em relação à aprendizagem da língua.

7. Conhecer diferentes patrimônios culturais, materiais e imateriais, difundidos no mundo


hispânico, com vistas ao exercício da fruição e da ampliação de perspectivas no contato com
diferentes manifestações artístico-culturais.

8. Conhecer e valorizar a cultura de fronteira mediante práticas interculturais que promovam a


negociação e o diálogo entre as culturas, o reconhecimento de suas características próprias, o
respeito mútuo e a valorização do diferente como tal.
414
8.3.6.2 Eixo, Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento, Habilidades e
Ações Didáticas

LÍNGUA ESPANHOLA - 1° ANO


Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação Vocabulários (MS.EF01LE00.n.01) Sugerem-se atividades com uso de figuras, com


discursiva cotidianos Interagir em Língua objetos, jogos e desenhos em que o estudante
Espanhola fazendo uso da possa desenvolver sistematicamente a
repetição de sons e colaboração com os seus pares, reconhecendo-
vocábulos, tais como: Los se como parte de um coletivo, mostrando-se
saludos, los colores, los solidário e empático, além de entusiasmo na
números ( 0-10) , la família, utilização da língua. Oportunidade de trabalho
los juguetes y cuerpo interdisciplinar com a habilidade
humano de modo a criar MS.EF01CI10.a.06.
vínculo com a língua em
questão
Interação Repertório (MS.EF01LE00.n.02) Propor atividades com figuras, formas
discursiva sociocultural Propiciar repertório geométricas, cores e jogos para despertar a
sociocultural com uso de curiosidade e empatia pela língua espanhola.
imagens, flashcards a fim de Oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
ampliar vocabulário. habilidade MS.EF15AR02.s.02
Interação Funções e usos da (MS.EF01LE00.n.03) Propor atividades que estimulem a linguagem,
discursiva língua espanhola em Compreender as expressões como repetição e recursos como músicas,
sala de aula em língua espanhola desenhos animados, histórias e cantigas, dentre
utilizadas em salas de aula a outros.
fim de estimular a
comunicação.
Compreensão Estratégias de (MS.EF01LE00.n.04) Sugerir atividades que possibilitem uma
auditiva compreensão de Utilizar, em contexto lúdico, aproximação com os sons, jogos, dança e
vocábulos e sons, movimentos, gestos, olhares brincadeiras próprias da infância relacionado à
simultaneamente e mímicas em brincadeiras, cultura dos países hispanohablantes para que o
jogos e atividades artísticas estudante perceba a semelhança e diferença
como dança, teatro de entre elas.
fantoches e música, de
modo a interagir
socialmente.

LEITURA

Estratégias de Compreensão (MS.EF01LE00.n.05) Desenvolver atividades que estimulem o


leitura textual Analisar pequenos textos ou conhecimento de histórias literárias por meio de
histórias literárias leituras, representações teatrais apresentação de
conhecidas na língua objetos e fantoches, fazendo conexão entre as
portuguesa buscando línguas.
assimilá-las à língua
espanhola para
entendimento, compreensão
e conhecimento das novas
palavras.

ESCRITA

Estratégias de Uso da linguagem (MS.EF01LE00.n.06) Propõem-se utilizar atividades que trabalhem as


escrita Vivenciar situações de uso diferentes linguagens (corporal, musical, plástica,
da escrita percebendo a oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e
semelhança gráfica, à situações de comunicação, de forma a compreender
imagem e ao som. e ser compreendido, expressar suas ideias,
sentimentos, necessidades e desejos e avançar no
seu processo de construção de significados.

415
LÍNGUA ESPANHOLA - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A língua Presença da língua (MS.EF01LE00.n.07) Sugerem-se utilizar atividades que trabalhem a


espanhola no espanhola como Utilizar as diferentes cultura em suas diferentes manifestações e
cotidiano da dimensão linguagens (corporal, linguagens (corporal, musical, plástica, oral e
criança intercultural musical, plástica, oral e escrita) demonstrando atitudes de interesse,
escrita) ajustadas às respeito e participação frente a elas e
diferentes intenções e valorização da diversidade.
situações de comunicação,
de forma a compreender e
ser compreendido

LÍNGUA ESPANHOLA - 2° ANO


Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A língua Repertório (MS.EF02LE00.n.01) Recomenda-se trabalhar com jogos, imagens,


espanhola no sociocultural Recordar por meio de vídeos, filmes e músicas para relembrar alguns
cotidiano da revisão oral, leitura e de componentes curriculares estudados no ano
criança escrita, o conteúdo anterior.
assimilado durante o ano
letivo anterior para
aprimoramento da língua.

ORALIDADE

Interação Vocabulários (MS.EF02LE00.n.02) Espera-se que o estudante aprimore sua


discursiva cotidianos Interagir em Língua interação de caráter colaborativo e coletivo por
espanhola, fazendo uso da meio da oralidade, com gestos, brinquedos,
repetição de sons e cartazes, desenhos, fantoches, teatro, dentre
vocábulos, tais como: mi outros, tendo o professor como mediador para
escuela, los números ( 0-30), impulsionar o estudante. Oportunidade de
los aninales y donde viven, trabalho interdisciplinar com a habilidade,
vivendas y partes de uma MS.EF02GE05.s.03. É possível contemplar o Tema
casa, ésta es mi casa, medios Contemporâneo Educação Ambiental.
de transporte, mi ciudad y el
paisaje, de modo a criar
vínculo com a língua em
questão.
Interação Repertório (MS.EF02LE00.n.03) O estudante deverá expressar-se utilizando-se
discursiva sociocultural Utilizar repertório de elementos criativos das histórias infantis, com
sociocultural por meio de mediação do professor, por meio de imagens,
vocabulários e situações que emoticons, fantasias, fantoches e flashcards ,
envolvam interação reconhecendo personagens, tempo e espaço .
discursiva com o uso de
imagens, flashcards a fim de
construir novos
conhecimentos.

416
LÍNGUA ESPANHOLA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Interação Funções e usos da (MS.EF02LE00.n.04) Propor atividades lúdicas que instigue o
discursiva língua Espanhola em Utilizar as expressões em estudante a interagir e pronunciar palavras em
sala de aula língua espanhola língua espanhola, com o uso de jogos interativos
compreendidas em salas de que permitam ao estudante expressar emoções,
aula a fim de estimular a sentimentos, pensamentos, desejos e
comunicação. necessidades.
Interação Produção de texto (MS.EF02LE00.n.05) Sugerem–se trabalhar as cantigas, incluindo a
discursiva oral Cantar cantigas e canções diversidade folclórica, observando suas
em língua espanhola, características, como melodia, ritmo e letra em
obedecendo ao ritmo e à comparação à cultura local, com temas
melodia. referentes à realidade da criança ou ao seu
universo imaginário e geralmente com
coreografias. Oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a habilidade MS.EF15AR14
.s.14.
Compreensão Estratégias de (MS.EF02LE00.n.06) Promover uma aproximação com os sons, jogos
auditiva compreensão de Utilizar, em contexto lúdico e brincadeiras próprias da infância relacionado à
vocábulos e sons, (jogos e atividades artísticas, cultura dos países hispanohablantes para que o
simultaneamente teatro de fantoches e estudante aprimore sua percepção relacionando
música), movimentos, a semelhança e diferença entre elas.
gestos, olhares e mímicas,
de modo a interagir
socialmente.

LEITURA

Estratégias de Compreensão (MS.EF02LE00.n.07) Propor atividades lúdicas em grupo, nas quais os


leitura textual Planejar e produzir, em estudantes relatem acontecimentos, sensações e
colaboração com os colegas, pensamentos na língua espanhola, apoiando-se
pequenos relatos utilizando não apenas na fala do professor, mas também
o vocabulário estudado. em sua memória e em seus próprios recursos
expressivos.
Leitura literária Apreciação estética (MS.EF02LE00.n.08) Sugerem–se atividades, nas quais o estudante
Apreciar poemas e outros reconheça o uso de rimas em suas brincadeiras,
textos versificados, espontaneamente, com uso de textos fatiados
observando rimas, e poemas da tradição oral de memória, ou
sonoridades, jogos de identificando e acompanhando a leitura do
palavras, reconhecendo seu professor.
pertencimento ao mundo
imaginário e sua dimensão
de encantamento, jogo e
fruição.

ESCRITA

Estratégias de Uso da linguagem (MS.EF02LE00.n.09) Propõem-se atividades em que o estudante


pré-escrita Vivenciar situações de uso brinque com a sonoridade das palavras,
da escrita percebendo a reconhecendo semelhanças e diferenças entre os
semelhança gráfica à termos, manuseando todo tipo de material
imagem. livros, jornais, cartas, documentos oficiais,
publicidades, calendários, mapas e em vários
outros objetos cuja razão de ser é a própria
escrita) .

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Gramática Alfabeto (MS.EF02LE00.n.10) Desenvolver atividades lúdicas sobre o alfabeto,


Nomear as letras do alfabeto levando o estudante a conhecer esse sistema e
e recitá-lo na ordem das ao desenvolvimento da atenção da memória e
letras. da oralidade.

417
LÍNGUA ESPANHOLA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Gramática Adjetivos (MS.EF02LE00.n.11) Sugerem–se atividades com desafios e dinâmicas
Indicar atributos para que possibilitam desenvolver o raciocínio,
colegas, família e objetos em levando o estudante a pensar de maneira criativa
língua espanhola, como e crítica.
forma de associação.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A língua Presença da língua (MS.EF02LE00.n.12) Orientam-se utilizar atividades que trabalhem a


espanhola no espanhola no Utilizar as diferentes cultura e as diferentes linguagens (corporal,
cotidiano da cotidiano, conforme linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) conhecendo
criança a faixa etária musical, plástica, oral e algumas manifestações culturais, demonstrando
escrita) ajustadas às atitudes de interesse, respeito e participação
diferentes intenções e frente a elas e valorizando a diversidade.
situações de comunicação,
de forma a compreender e
ser compreendido

LÍNGUA ESPANHOLA - 3° ANO


Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A língua Repertório (MS.EF03LE00.n.01) Sugere-se trabalhar com jogos imagens, vídeos,


espanhola no sociocultural Recordar por meio de filmes ou músicas para relembrar alguns
cotidiano da revisão oral, escrita e de componentes curriculares estudados no ano
criança leitura, o conteúdo anterior
aprendido durante o ano
letivo anterior para
aprimoramento.

ORALIDADE

Interação Vocabulários (MS.EF03LE00.n.02) Espera-se que o estudante experimente


discursiva cotidianos Interagir em Língua atividades de caráter colaborativo e coletivo por
Espanhola fazendo uso da meio da oralidade, com gestos, brinquedos,
repetição de sons e cartazes, desenhos, fantoches, teatro, dentre
vocábulos, tais como: La outros, tendo o professor como mediador.
fiesta de cumpleaños, los días
de la semana, meses del año,
estaciones del año ,las horas
(enteras), las profesiones, los
números ( 0-50), el vestuário
y el viaje de modo a criar
vínculo com a língua em
questão.
Interação Dias da semana, (MS.EF03LE00.n.03) Sugerem-se proporcionar momentos em que o
discursiva Meses do ano, Utilizar o Calendário diário estudante possa criar e recriar situações de
Horário escolar de sala para contextualizar comunicação oral (diálogos, dramatizações,
vocábulos e expressões em dentre outros) nas quais utilize a língua
Espanhol espanhola de modo a promover, além da
expressão corporal, a empatia com os colegas e
o professor.

418
LÍNGUA ESPANHOLA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Interação Repertório (MS.EF03LE00.n.04) Estimular o estudante a expressar-se utilizando
discursiva sociocultural Propiciar repertório elementos criativos das histórias infantis, para
sociocultural por meio de produzir sozinho ou em pares pequenos
pequenos diálogos e com diálogos utilizando imagens, emotions, fantasias
uso de imagens, flashcards a fantoches e flashcards, reconhecendo
fim de ampliar seu personagens, tempo e espaço
vocabulário.
Interação Funções e usos da (MS.EF03LE00.n.05) Promover momentos de modo que o estudante
discursiva língua espanhola em Utilizar as expressões em consiga analisar e observar o uso formal e
sala de aula língua espanhola em sala de informal da língua espanhola com auxílio de
aula para conversas formais vídeos, textos imagens, desenho animado.
e informais.
Compreensão Estratégias de (MS.EF03LE00.n.06) Desenvolver atividades de aproximação aos
auditiva compreensão de Utilizar, em contexto lúdico, sons, jogos e brincadeiras próprios da infância
vocábulos e sons, movimentos, gestos, olhares relacionados à cultura dos países
simultaneamente e mímicas em brincadeiras, hispanohablantes para que o estudante perceba
jogos e atividades artísticas a semelhança e diferença entre elas.
como dança, teatro de
fantoches e música, de
modo a interagir
socialmente.

LEITURA

Estratégias de Compreensão (MS.EF03LE00.n.07) Espera – se que o estudante investigue, conheça


leitura textual Analisar lendas e textos de e valorize à cultura da América do Sul , por meio
países da América do Sul do estudo das lendas despertando sua
buscando assimilá-las para sensibilidade quanto as diferenças culturais
entendimento, compreensão mediante essas leituras e contextualizando com
e conhecimento das novas as lendas do Brasil .
palavras.
Estratégias de Compreensão (MS.EF03LE00.n.08) Proporcionar atividades, como a contação de
leitura textual Identificar elementos de histórias, adivinhações e jogos participativos,
uma narrativa lida, ou criando intervenções no espaço para que o
escutada, incluindo estudante possa ambientar narrativas de
personagens, enredo, tempo diferentes maneiras, ao mesmo tempo que se
e espaço. fomenta a interação, a criação e a expressão de
sentimentos e ideias.

ESCRITA

Práticas de Dias da semana, (MS.EF03LE00.n.09) Sugerir a confecção de um calendário bilingue


escrita Meses do ano, Criar o Calendário diário de para a sala de aula em que o estudante possa
Horário escolar sala para contextualizar colocar em pratica o conhecimento aprendido.
vocábulos e expressões em
Espanhol
Estratégias de Uso da linguagem (MS.EF03LE00.n.10) Atividades escritas de identificação e utilização
escrita Identificar e utilizar de vocabulário proposto pelo professor.
corretamente o vocabulário
oferecido, aplicando-o em
contextos de atividades
escritas.

419
LÍNGUA ESPANHOLA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Gramática Números de 0 a 50 (MS.EF03LE00.n.11) Promover atividades lúdicas (pintura, associação


Identificar e utilizar os numérica, caça palavra, bingo, jogos de uso
valores numéricos para coletivo com material reciclado, dentre outros),
aplicá-los em contextos utilizando os números em diversos contextos e
diversos. visando a promoção da empatia e socialização
do estudante.
Gramática Advérbios de (MS.EF03LE00.n.12) Desenvolver atividades com imagens, vídeos e
Tempo Indicar e fornecer dados que jogos online para auxílio da compreensão e
permitem responder à entendimento do conteúdo, bem como para
pergunta de sobre quando situar presente, passado e futuro
decorreu, decorre ou
decorrerá a ação.
Gramática Verbos Ser e Estar (MS.EF03LE00.n.13) Propor atividades lúdicas de expressão e
Empregar, de forma identificação da rotina diária, tais como jogos,
inteligível, os verbos ser y músicas, vídeos, dentre outras.
estar para descrever rotinas.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A Língua Presença da língua (MS.EF03LE00.n.14) Promover um evento cultural onde cada


Espanhola no espanhola no Utilizar as diferentes estudante possa se expressar da maneira que
cotidiano da cotidiano, conforme linguagens (corporal, mais lhe agradar, cantando, representando,
criança a faixa etária musical, plástica, oral e declamando, ou mostrando sua produção.
escrita) ajustadas às
diferentes intenções e
situações de comunicação,
de forma a compreender e
ser compreendido.

LÍNGUA ESPANHOLA - 4° ANO


Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A língua Repertório (MS.EF04LE00.n. 01) Sugere-se trabalhar com jogos imagens,


espanhola no sociocultural Recordar por meio de revisão vídeos, filmes ou música para relembrar alguns
cotidiano da oral, escrita e de leitura, o componentes curriculares estudados no ano
criança conteúdo aprendido durante o anterior
ano letivo anterior para
aprimoramento.

420
LÍNGUA ESPANHOLA - 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação Vocabulários (MS.EF04LE00.n. 02) Espera-se que o estudante experimente


discursiva cotidianos Interagir em Língua Espanhola atividades de caráter colaborativo e coletivo
fazendo uso da repetição de por meio da oralidade, com gestos,
sons e vocábulos, tais como: Los brinquedos, cartazes, desenhos, fantoches,
deportes, los alimentos,las teatro, dentre outros, tendo o professor
bebidas, la cena, los numerales como mediador para impulsioná-lo. É
(0 a 100) y las horas, sitios de possível contemplar o Tema Contemporâneo
una ciudad, ir de compras y da Educação Alimentar e Nutricional.
cumpleaños feliz, de modo a
criar vínculo com a língua em
questão.
Interação Información (MS.EF04LE00.n. 03) Propor atividades lúdicas como teatro,
discursiva Personal Utilizar os conteúdos já brincadeira, encenações, mímicas, entre
estudados nos anos anteriores, a outras para fomentar que o estudante fale
fim de socializar informações sobre si, utilizando os conteúdos estudados.
pessoais.
Interação Repertório (MS.EF04LE00.n.04) Estimular o estudante a expressar-se, usando
discursiva sociocultural Propiciar repertório sociocultural elementos criativos, a partir das histórias
por meio de pequenos diálogos, infantis, para produzir sozinho ou em pares
imagens, flashcards, textos e pequenos diálogos utilizando imagens,
filmes a fim de ampliar emoticons, fantasias fantoches e flashcards,
vocabulário. reconhecendo personagens, tempo e
espaço.
Interação Funções e usos da (MS.EF04LE00.n.05) Promover atividades de conversação na qual
discursiva língua Espanhola em Utilizar as expressões em língua o estudante investigue ou entreviste o
sala de aula espanhola em sala de aula para colega, gravando suas falas para que no
conversas formais e informais e final, possa ouvir e fazer observações e
fazer pedidos de forma polida. assim aprimorar seus conhecimentos.
Interação Produção de texto (MS.EF04LE00.n.06) Espera–se que o estudante compreenda a
discursiva oral Assistir, em vídeo digital, à estrutura e a função do texto instrucional:
programas de culinária infantil e, receita, bula, manual de instrução, dentre
a partir dele, planejar e produzir outros, interprete e elabore com os demais
receitas em áudio ou vídeo. estudantes uma receita, trabalhando os
alimentos e o imperativo.
Compreensão Estratégias de (MS.EF04LE00.n.07) Promover atividades diversas e lúdicas em
oral compreensão de Reconhecer os vocábulos que o estudante faça uso de estratégias para
vocabulários cotidianos em diálogos e planejar e elaborar pequenos diálogos e
conversas, com apoio de conversas.
imagens, textos e atividades
lúdicas a fim de utilizá-los
adequadamente de acordo com
cada contexto.

LEITURA

Estratégias de Compreensão (MS.EF04LE00.n.08) Espera–se que o estudante investigue, conheça


leitura textual Analisar lendas e textos de e valorize a cultura da América do Sul, por
países da América do Sul meio do estudo das lendas, despertando sua
buscando assimilá-las para sensibilidade quanto às diferenças culturais
entendimento, compreensão e mediante essas leituras e contextualizando
conhecimento das novas com as lendas do Brasil.
palavras.

421
LÍNGUA ESPANHOLA - 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ESCRITA

Prática de escrita Funções e usos da (MS.EF04LE00.n.09) Promover atividades onde o estudante crie
língua espanhola em Utilizar as expressões em uma receita utilizando todo conhecimento
sala de aula língua espanhola em sala de relacionado ao vocabulário dos alimentos e
aula para reproduzir conversas socialize com os colegas.
formais e informais e fazer
pedidos de forma polida.
Estratégia e Uso da linguagem (MS.EF04LE00.n.10) Propor um projeto de pesquisa que envolva
prática de escrita Identificar e utilizar lendas locais, histórias familiares ou
corretamente o vocabulário representações comunicativas.
oferecido, aplicando-o em
contextos de atividades
escritas como pequenos
diálogos e historinhas.

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Gramática Dirección (MS.EF04LE00.n.11) Sugere–se trabalhar com placas de trânsito,


Executar lateralidade de modo mapas da cidade, caça ao tesouro, posição que
a nortear a si mesmo quanto a ocupa no bairro, comércio local, para que
sua localização. estudante compreenda o entorno e sua
localização. É possível contemplar o Tema
Contemporâneo de Educação para o Trânsito.
Gramática Presente de (MS.EF04LE00.n.12) Propor atividades em que os estudantes
indicativo Identificar e utilizar o verbo no possam pesquisar e aplicar os conhecimentos
presente de indicativo, para sobre o processo de formação dos verbos,
transmitir um acontecimento identificando as regularidades e
certo e real. irregularidades, observando seus efeitos de
sentido e estabelecendo conexões com o
funcionamento da sua língua materna .
Gramática Substantivo, artigo e (MS.EF04LE00.n.13) Propor atividades lúdicas, utilizando os
pronome pessoal. Identificar e utilizar os recursos digitais e escritos , em que os
substantivos, artigos e estudantes possam pesquisar e aplicar os
pronomes aplicando-os em conhecimentos estabelecendo conexões com
contextos de atividades o funcionamento da sua língua materna.
escritas como pequenos
diálogos e historinhas .

LÍNGUA ESPANHOLA - 5° ANO


Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A língua Repertório (MS.EF05LE00.n.01) Sugere-se trabalhar com jogos imagens, vídeos,


espanhola no sociocultural Recordar por meio de filmes ou músicas para relembrar alguns
cotidiano da revisão oral, escrita e de componentes curriculares estudados no ano
criança leitura, o conteúdo anterior.
aprendido durante o ano
letivo anterior para
aprimoramento.

422
LÍNGUA ESPANHOLA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação Vocabulários (MS.EF05LE00.n.02) Espera-se que o estudante experimente


discursiva cotidianos Interagir em Língua atividades de caráter colaborativo e coletivo por
espanhola, fazendo uso da meio da oralidade, com gestos , brinquedos ,
repetição de sons e cartazes , desenhos, fantoches, teatro, dentre
vocábulos, tais como: que outros, tendo o professor como mediador para
ropa me pongo?, impulsionar o estudante. É possível contemplar
meteorologia, los medios de o Tema Contemporâneo da Educação
comunicación, el medio Ambiental.
ambiente, fiestas populares ,
los deportes, los
sentimentos, los números (0
a 200) , de modo a criar
vínculo com a língua em
questão.
Interação Funções e usos da (MS.EF05LE00.n. 03) Promover atividades lúdicas, como teatro,
discursiva língua espanhola em Utilizar as expressões em brincadeira, encenações, mímicas, dentre outras,
sala de aula língua espanhola em sala para fomentar que o estudante fale sobre si,
de aula para conversas utilizando os conteúdos estudados.
formais e informais.
Interação Repertório (MS.EF05LE00.n.04) Estimular o estudante a expressar-se utilizando
discursiva sociocultural Propiciar repertório elementos criativos das festas polulares para
sociocultural por meio de produzir sozinho ou em pares pequenos
pequenos diálogos, diálogos, utilizando imagens, emoticons,
imagens, flashcards, textos e fantasias fantoches e flashcards , reconhecendo
filmes a fim de ampliar personagens, tempo e espaço.
vocabulário.
Interação Funções e usos da (MS.EF05LE00.n.05) Promover atividades mediante as quais o
discursiva língua espanhola em Utilizar as expressões em estudante pesquise sobre o tema proposto para
sala de aula língua espanhola em sala assim aprimorar seus conhecimentos.
de aula para conversas
formais e informais.
Interação Produção de texto (MS.EF05LE00.n.06) Propor atividade de compreensão,
discursiva oral Assistir, em vídeo digital, a planejamento e produção de textos instrucionais
programa infantil com orais.
instrução de montagem, de
jogos e brincadeiras e, a
partir dele, planejar e
produzir tutoriais em áudio
ou vídeo.
Compreensão Estratégias de (MS.EF05LE00.n.07) Desenvolver atividades com figuras, jogos, caça
oral compreensão de Reconhecer os vocábulos palavras e textos diversos , nas quais o
vocabulários cotidianos em diálogos e estudante interaja com seus colegas por meio
conversas, com apoio de do diálogo e assim aprimore seus
imagens, textos e atividades conhecimentos.
lúdicas a fim de utilizá-los
adequadamente de acordo
com cada contexto.
Interação Performance (MS.EF05LE00.n.08) Propor atividades que levem o estudante a
discursiva Representar cenas de textos identificar o texto teatral como gênero e
dramáticos, reproduzindo as conhecer sua estrutura composicional:
falas das personagens, de ler, analisar e produzir uma peça teatral,
acordo com as rubricas de utilizando o laboratório de informática para
interpretação e movimento pesquisa.
indicadas pelo autor.

423
LÍNGUA ESPANHOLA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

LEITURA

Estratégias de Compreensão (MS.EF05LE00.n.09) Espera–se que o estudante investigue, conheça


leitura textual Analisar lendas e textos de e valorize a cultura da América do Sul, por meio
países da América do Sul do estudo das lendas, despertando sua
buscando assimilá-las para sensibilidade quanto às diferenças culturais,
entendimento, compreensão mediante essas leituras, e contextualizando com
e conhecimento das novas as lendas do Brasil.
palavras.

ESCRITA

Prática de Funções e usos da (MS.EF05LE00.n.10) Promover atividades que possibilitem uma


escrita língua espanhola em Utilizar as expressões em releitura de alguma brincadeira infantil,
sala de aula língua espanhola em sala utilizando todo conhecimento relacionado aos
de aula para reproduzir temas estudado e socialize com os colegas.
conversas formais e
informais e fazer pedidos de
forma polida.
Estratégias de Uso da linguagem (MS.EF05LE00.n.11) Propor atividades nas quais o estudante possa
escrita Identificar e utilizar relatar e descrever como é sua cidade, seu
corretamente o vocabulário bairro, e sua casa.
oferecido, aplicando-o em
contextos de atividades
escritas, como pequenos
diálogos e historinhas.

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Gramática Números 0 até 200 (MS.EF05LE00.n.12) Promover atividades de pintura, associação,


Identificar e utilizar os caça-palavra e bingo, potencializando o
valores numéricos para aprendizado bem como produzir jogos de uso
aplicá-los em contextos coletivo com material reciclado, utilizando os
diversos. números e promovendo a empatia e
socialização do estudante.
Gramática Pronombre (MS.EF05LE00.n.13) Atividades diversas de organização de ideias
interrogativo Conhecer e identificar os (jogos de palavras, associações com figuras,
diferentes pronomes cruzadinha, pergunta e resposta, detetive, caça
interrogativos, para aos pronomes, dentre outras), promovendo a
perguntar a respeito de autonomia e a capacidade de compreender e
pessoas, objetos, lugares ou relacionar ideias.
causas.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

Interculturalidade A Cultura da Língua (MS.EF05LE00.n.14) Sugere-se o trabalho com projeto de pesquisa


espanhola nos Refletir sobre a presença da da história da língua espanhola e dos países
diversos países Língua espanhola nos hispanohablantes, e suas manifestações em
diversos países como forma território brasileiro. Entende-se que essa
de valorização da língua em metodologia promoverá, além da curiosidade
questão. por parte dos estudantes, também a capacidade
de analisar a realidade que os circunda, levando-
os a compreender o multiculturalismo no qual
se insere a sociedade atual.
A língua Presença da língua (MS.EF05LE00.n.15) Promover atividades culturais nas quais cada
espanhola no espanhola no Utilizar as diferentes estudante possa se expressar da maneira que
cotidiano da cotidiano, conforme linguagens (corporal, mais lhe agradar, cantando, representando,
criança a faixa etária musical, plástica, oral e declamando, ou mostrando sua produção.
escrita) ajustadas às

424
LÍNGUA ESPANHOLA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
diferentes intenções e
situações de comunicação,
de forma a compreender e
ser compreendido.

LÍNGUA ESPANHOLA - 6º ANO


Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação discursiva Construção de laços (MS.EF06LE.00.n.01) Propor atividades em que os estudantes


afetivos e convívio Interagir em situações de possam desenvolver sistematicamente a
social intercâmbio oral, colaboração com os seus pares,
demonstrando iniciativa reconhecendo-se como parte de um
para utilizar a língua coletivo, mostrando-se solidário e empático,
espanhola. além de motivado ao utilizar a língua.
Interação discursiva Construção de laços (MS.EF06LE00.n.02) Proporcionar momentos (diálogos e
afetivos e convívio Coletar informações do dramatizações) em que o estudante possa
social grupo, perguntando e criar e recriar situações de comunicação oral
respondendo sobre a para perguntar e dar informações sobre si e
família, os amigos, a escola sobre o outro, de modo a promover além da
e a comunidade. expressão corporal, também a empatia com
os colegas e professores.
Interação discursiva Funções e usos da (MS.EF06LE00.n.03) Utilizar palavras e expressões da língua
língua espanhola Solicitar esclarecimentos espanhola de maneira autônoma para buscar
em língua espanhola sobre informações e organizá-las de modo a
o que não entendeu e o possibilitar seu avanço no estudo da língua.
significado de palavras e
expressões desconhecidas.
Compreensão oral Estratégias de (MS.EF06LE00.n.04) Desenvolver o pensamento crítico,
compreensão de Reconhecer, com o apoio estabelecendo conexões entre as partes do
textos orais: de palavras cognatas e texto oral, e identificar, com a mediação do
palavras cognatas e pistas do contexto professor, suas informações principais ,
pistas do contexto discursivo, o assunto e as partindo das identificações mais gerais para
discursivo. informações principais em as mais específicas.
textos orais sobre temas
familiares.
Produção oral Produções orais, (MS.EF06LE00.n.05) Usar de estratégias verbais e não verbais, em
com mediação do Aplicar os conhecimentos situações comunicativas diversas ( chamada
professor. da língua espanhola para telefônica, apresentação, dentre outras), e
falar de si e de outras gêneros orais diversos, de modo a
pessoas, explicitando desenvolver e promover o conhecimento
informações pessoais e sobre si e sobre o outro.
características relacionadas
a gostos, preferências e
rotinas.
Produção oral Produção de textos (MS.EF06LE00.n.06) Organizar atividade de apresentação oral
orais, com a Planejar apresentação sobre sobre a família, a comunidade e a escola, que
mediação do a família, a comunidade e a estimulem a autonomia do estudante e o
professor escola, compartilhando-a planejamento da responsabilidade e do
oralmente com o grupo. compromisso com projetos e tarefas, por
meio de recursos, como fotografias, vídeos,
dentre outros.

425
LÍNGUA ESPANHOLA - 6º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

LEITURA

Estratégia de leitura Hipóteses sobre a (MS.EF06LE00.n.07) Promover leitura e análise de textos


finalidade de um Formular hipóteses sobre a narrativos/descritivos em diversas situações
texto finalidade de um texto em comunicativas como descrição pessoal,
língua espanhola, com base familiar etc., de maneira a conhecer e
em sua estrutura, compreender a estrutura desses textos.
organização textual e pistas
gráficas.
Estratégia de leitura Compreensão geral (MS.EF06LE00.n.08) Usar de metodologias que levem o
e específica: leitura Localizar informações estudante a estabelecer conexões entre as
rápida específicas em texto. partes de um texto, tendo uma atitude ativa
de seleção e interpretação das informações.
Práticas de leitura e Construção de (MS.EF06LE00.n.09) Sugerem-se atividades em que o estudante
construção de repertório lexical e Conhecer a organização de utilize o dicionário nas aulas e durante o
repertório lexical autonomia leitora um dicionário bilíngue desenvolvimento de projetos relacionados à
(impresso e/ou on-line) língua, de modo que desenvolva a autoria e
para construir repertório a autonomia para solucionar dúvidas e
lexical. ampliar o vocabulário, promovendo a
resolução de problemas advindos da
aquisição de uma língua estrangeira.
Práticas de leitura e Construção de (MS.EF06LE00.n.10) Buscar informações em ambientes virtuais
construção de repertório lexical e Explorar ambientes virtuais para serem utilizadas na resolução de
repertório lexical autonomia leitora e/ou aplicativos para dúvidas advindas do aprendizado da língua
construir repertório lexical ou para representar um repertório de
na língua espanhola. pesquisa de uma temática trabalhada pela
turma, tratando as informações de forma
crítica em um processo de seleção e
interpretação das informações.
Atitudes e disposições Partilha de leitura, (MS.EF06LE00.n.11) Desenvolver atividades em que o estudante
favoráveis do leitor com mediação do Interessar-se pelo texto faça uso da linguagem com entusiasmo ao
professor. lido, compartilhando suas tratar de uma temática específica.
ideias sobre o que o texto
informa/comunica.

ESCRITA

Estratégias de escrita: Planejamento do (MS.EF06LE00.n.12) Escrever textos que contemplem a reflexão


pré-escrita texto Listar ideias para a do estudante não apenas sobre as questões
produção de textos, linguísticas mas, sobretudo, sobre textos que
levando em conta o tema e apresentem diferentes rotinas e constituições
o assunto. familiares, levando ao reconhecimento da
importância da valorização da diferença.
Estratégias de escrita: Planejamento do (MS.EF06LE00.n.13) Sugerem-se atividades de organização das
pré-escrita texto: organização Organizar ideias, ideias para a escrita do texto, atendendo a
de ideias selecionando-as em função sua temática e objetivando o
da estrutura e do objetivo desenvolvimento da capacidade de
do texto. compreender e relacionar conceitos.
Práticas de escrita Produção de textos (MS.EF06LE00.n.14) Produzir escrita permeada por Temas
escritos, em Produzir textos escritos em Contemporâneos que se associam ao
formatos diversos, língua espanhola (histórias vocabulário estudado.
com mediação do em quadrinhos, cartazes,
professor chats, blogues, agendas,
fotolegendas, entre outros),
sobre si mesmo, sua família,
seus amigos, gostos,
preferências e rotinas, sua
comunidade e seu contexto
escolar.
426
LÍNGUA ESPANHOLA - 6º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Estudo do léxico Construção de (MS.EF06LE00.n.15) Estimular a leitura de textos que explorem as


repertório lexical Construir repertório relativo temáticas família, gostos e preferências,
às expressões usadas para o profissões, rotina, dentre outras, de forma a
convívio social e o uso da apresentar os vocábulos contextualizados e
língua espanhola em sala de maneira que o estudante explore o léxico
de aula. em situações futuras de comunicação oral
e/ou escrita .

Estudo do léxico Construção de (MS.EF06LE00.n.16) Usar vocabulário em um contexto discursivo


repertório lexical Construir repertório lexical (textos verbais e imagens; curta-metragem;
relativo a temas familiares novelas; filmes etc.) que possibilite ao
(escola, família, rotina estudante refletir sobre as relações familiares
diária, atividades de lazer, ou práticas esportivas em diferentes
esportes, entre outros). sociedades, e que construam condutas de
respeito mútuo.
Estudo do léxico Pronúncia (MS.EF06LE00.n.17) Desenvolver não apenas a repetição do
Reconhecer semelhanças e alfabeto da língua, mas também estabelecer
diferenças na pronúncia de conexões com a língua portuguesa,
palavras da língua identificando as diferenças e as semelhanças
espanhola e da língua quanto à pronúncia e à representação
materna e/ou outras línguas gráfica.
conhecidas.
Estudo do léxico Polissemia (MS.EF06LE00.n.18) Compreeder o uso de uma palavra em
Explorar o caráter função de seu contexto, podendo a análise
polissêmico de palavra de partir de um documento original - um artigo,
acordo com o contexto de uma reportagem, um conto, uma tirinha,
uso. uma imagem etc.
Gramática Presente do (MS.EF06LE00.n.19) Pesquisar e aplicar os conhecimentos sobre o
indicativo Utilizar o presente do processo de formação dos verbos,
indicativo para identificar identificando as regularidades e
pessoas e descrever rotinas irregularidades, estabelecendo conexões
diárias. com o funcionamento da sua língua materna.
A aplicação desse conhecimento deve estar
relacionada à produção de discursos que
contemplem temáticas contemporâneas.
Gramática Imperativo (MS.EF06LE00.n.20) Promover leitura de textos (receitas,
Reconhecer o uso do conselhos, instruções para chegar a uma
imperativo em enunciados localidade desconhecida, propagandas,
de atividades, comandos, dentre outros) ou gráficos (placas e sinais de
instruções e conselhos. trânsito, dentre outros) que explorem o
imperativo de maneira que os estudantes
reconheçam o modo verbal no contexto
comunicativo.
Gramática Adjetivos (MS.EF06LE00.n.21) Promover atividades com o uso dos recursos
possessivos Empregar, de forma digitais (jogos, caça-palavras, cruzadinhas,
inteligível, os adjetivos músicas etc.)
possessivos.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A língua espanhola no País que têm a (MS.EF06LE00.n.22) Buscar informações sobre a língua espanhola
mundo língua espanhola Investigar o alcance da língua no mundo, problematizando a influência da
como língua espanhola no mundo: como língua e cultura latina enquanto demanda da
materna e/ou oficial língua materna e/ou oficial globalização.
(primeira ou segunda língua)

427
LÍNGUA ESPANHOLA - 6º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
A língua espanhola no Presença da língua (MS.EF06LE00.n.23) Desenvolver trabalho com projetos de
cotidiano da espanhola no Identificar a presença da pesquisa que problematizam de que forma
sociedade cotidiano língua espanhola na a língua espanhola se manifesta em território
brasileira/comunidade sociedade brasileiro. Entende-se que essa metodologia
brasileira/comunidade ( promoverá, além da curiosidade por parte
palavras, expressões, dos estudantes, também a capacidade de
suportes e esferas de analisar a realidade que os circunda,
circulação e consumo) e seu levando-os a compreender o
significado. multiculturalismo no qual se insere a
sociedade atual.
A língua espanhola no Presença da língua (MS.EF06LE00.n.24) Estimular o estudante a ter contato com a
cotidiano da espanhola no Avaliar, problematizando cultura dos países em questão, em uma
sociedade cotidiano elementos/produtos busca por novos conhecimentos e
brasileira/comunidade culturais de países de língua experiências. O professor pode propor
espanhola (Paraguai, pesquisas que levem o estudante a refletir
Bolívia) absorvidos pela criticamente a realidade das culturas do país.
sociedade Esse estudo não deve se limitar ao
brasileira/comunidade. conhecimento estereotipado de comidas e
festas típicas, mas de fatores que promovam
a valorização da diferença.

LÍNGUA ESPANHOLA - 7º ANO


Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação discursiva Funções e usos da (MS.EF07LE00.n.01) Propor atividades em que os estudantes


língua Interagir em situações de possam desenvolver sistematicamente o
intercâmbio oral para respeito, sendo capazes de aceitar as
realizar as atividades em diversidades e as diferenças socioculturais.
sala de aula, de forma
respeitosa e colaborativa,
trocando ideias e
engajando-se em
brincadeiras e jogos.
Interação discursiva Práticas (MS.EF07LE00.n02) Recomendam-se atividades para aprimorar a
investigativas Entrevistar os colegas para fala e a escrita, utilizando a entrevista como
conhecer suas histórias de ponto de partida para construção de roteiro,
vida. desenvolvendo o pensamento investigativo
a fim de conhecer as histórias de vida de
seus colegas. Esta habilidade pode ser
trabalhada de forma interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF69LP39.s.39) e
(MS.EF67LP14.s.14), da Língua Portuguesa.
Compreensão oral Estratégias de (MS.EF07LE00.n.03) Sugere-se a utilização de questões de
compreensão de Mobilizar conhecimentos ativação de conhecimento prévio e de
textos orais: prévios para compreender mundo do estudante e
conhecimentos texto oral. questionamentos sobre experiências
prévios pessoais.
Compreensão oral Compreensão de (MS.EF07LE00.n.04) Realizar atividades, nas quais o estudante
textos orais de Identificar o contexto, a desenvolva a narrativa apresentando uma
cunho descritivo ou finalidade, o assunto e os sequência de ações envolvendo os
narrativo interlocutores em textos elementos narrativos: personagens, tempo e
orais presentes no cinema, espaço. São exemplos de narrativas: a
novela, o romance, o conto ou uma crônica;

428
LÍNGUA ESPANHOLA - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
na internet, na televisão, uma notícia de jornal, uma piada, um poema,
entre outros. uma letra de música, uma história em
quadrinhos, desde que apresentem uma
sucessão de acontecimentos, de fatos.

Produção oral Produção de textos (MS.EF07LE00.n.05) Promover atividades diversas em que o


orais, com mediação em língua espanhola, estudante faça uso de estratégias verbais e
do professor narrativas orais sobre fatos, não verbais, em funções comunicativas,
acontecimentos e utilizando os gêneros textuais ( narrativo e
personalidades marcantes descritivo), de modo a desenvolver e
do passado. promover o autoconhecimento.

LEITURA

Estratégia de leitura Compreensão geral (MS.EF07LE00.n.06) Sugere-se, no primeiro momento, que o


e específica: leitura Antecipar o sentido global professor oriente e fomente a leitura
rápida de textos em língua escolhida, de maneira que o estudante leia
espanhola por inferências, com vontade e compreenda a ideia central e
com base em leitura rápida, as características particulares do texto lido,
observando títulos, estando, assim, preparado para discutir, de
primeiras e últimas frases forma crítica e criativa, as suas ideias.
de parágrafos e palavras-
chave repetidas.
Estratégia de leitura Compreensão geral (MS.EF07LE00.n.07) Proporcionar ao estudante a compreensão
e específica: leitura Identificar a(s) textual, destacando palavras chaves, leitura
rápida informação(ões)-chave de compartilhada, de forma que ao final se faça
partes de um texto em um levantamento das principais ideias
língua espanhola contidas no texto.
(parágrafos)
Estratégia de leitura Construção do (MS.EF07LE00.n.08) Promover atividades de organização das
sentido global do Relacionar as partes de um ideias para a escrita do texto quanto à sua
texto texto (parágrafos) para temática, bem como orientar os estudantes a
construir seu sentido buscarem mais informações, promovendo
global. sua autonomia e capacidade de
compreender e relacionar conceitos.
Práticas de leitura e Objetivos da leitura (MS.EF07LE00.n.09) Proporcionar ao estudante a leitura
pesquisa Selecionar, em um texto, a compartilhada de textos, de forma que ao
informação desejada como final da leitura se faça o levantamento das
objetivo de leitura. informações para questionamento,
discussões e levantamentos de hipóteses
Práticas de leitura e Leitura de textos (MS.EF07LE00.n.10) Sugere-se ao professor que direcione o
pesquisa digitais para estudo Escolher, em ambientes estudante na busca de informações em
virtuais, textos em língua ambientes virtuais, de modo a incentivar a
espanhola, de fontes investigação e o tratamento crítico dessas
confiáveis, para informações disponíveis, em um processo de
estudos/pesquisas seleção e interpretação das informações.
escolares.
Atitudes e disposições Partilha de leitura (MS.EF07LE00.n.11) Proporcionar ao estudante a troca de
favoráveis do leitor Participar de troca de informações entre seus pares, dialogando o
opiniões sobre textos, lidos conhecimento adquirido e, assim,
na sala de aula ou em compartilhando informações chaves e
outros ambientes. relevantes da leitura.

ESCRITA

429
LÍNGUA ESPANHOLA - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Estratégias de escrita: Pré-escrita: (MS.EF07LE00.n.12) Espera-se que estudante redija a primeira
pré-escrita e escrita planejamento de Planejar a escrita de textos versão de seu texto como parte inicial da
produção escrita, em função do contexto construção do conhecimento, para que
com mediação do (público, finalidade, layout após a correção/revisão possa ocorrer a
professor e suporte). reescrita.

Estratégias de escrita: Escrita: organização (MS.EF07LE00.n.13) Espera-se que estudante inicie sua
pré-escrita e escrita em parágrafos ou Organizar texto em organização textual planejando sua ideias
tópicos, com unidades de sentido, sobre o que pretende escrever, que
mediação do dividindo-o em parágrafos identifique a finalidade do texto e quais
professor ou tópicos e subtópicos, estratégias linguísticas usará, tendo como
explorando as mediador, o professor o qual subsidiará e
possibilidades de apoiará todo o trabalho.
organização gráfica, de
suporte e de formato do
texto.
Práticas de escrita Produção de textos (MS.EF07LE00.n.14) Propor ao estudante o desafio de pesquisar
escritos, em Produzir textos diversos e utilizar todo o conhecimento adquirido até
formatos diversos, sobre fatos, o presente momento, para produzir, em
com mediação do acontecimentos e grupo ou individualmente,
professor personalidades do passado textos que contenham fatos, acontecimentos
(linha do tempo/timelines, de personalidades, de familiares, da
biografias, verbetes de comunidade, em tempo passado, sendo
enciclopédias, blogues, todo o trabalho mediado pelo professor. É
entre outros). possível contemplar o Tema Contemporâneo
Cultura Digital.

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Estudo do léxico Construção de (MS.EF07LE00.n.15) Reconhecer a Língua Espanhola como língua


repertório lexical Construir repertório lexical dinâmica, propiciando autonomia para a
relativo a verbos regulares produção linguística, trabalhando em
e irregulares (formas no diferentes situações, como
passado), preposições de jogos, crucigramas, caça- palavras, atividades
tempo (preposiciones y online, dentre outras. É possível contemplar
locuciones prepositivas para o
localizarse en el tiempo y en Tema Contemporâneo Educação para o
el espacio) Trânsito.
Estudo do léxico Pronúncia (MS.EF07LE00.n.16) Propor atividades, utilizando-se de textos,
Reconhecer a pronúncia tirinhas , frases, jogos, músicas, dentre
das letras r, rr, g, j, etc. outras, que contemplem palavras
polissêmicas para que o estudante as
diferencie e compreenda que uma
determinada palavra ou expressão terá mais
de um significado.
Estudo do léxico Polissemia (MS.EF07LE00.n.17) Propor atividades que auxiliem o estudante a
Explorar o caráter compreender o uso de uma palavra em
polissêmico de palavras de função de seu contexto, podendo a análise
acordo com o contexto de partir de um documento original - um artigo,
uso. uma reportagem, um conto, uma tirinha,
uma imagem, dentre outros
Gramática Passado simples (MS.EF07LE00.n.18) Desenvolver atividades em que o estudante
(pretérito perfecto) Utilizar tempos verbais para compreenda e utilize os verbos no passado
produzir textos orais e simples num dado contexto, isto é, partindo-
escritos para expressar se de um documento original - um artigo,
ações realizadas e acabadas uma reportagem, um conto, uma tirinha,
uma imagem etc. Propõe-se uma análise

430
LÍNGUA ESPANHOLA - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
no passado sem relação das funções assumidas pelos verbos na
com o presente. estrutura de um texto.
Gramática Passado (MS.EF07LE00.n.19) Propor atividades em que o estudante
composto(pretérito Utilizar tempos verbais para compreenda e use, de forma adequada, os
perfecto produzir textos orais e verbos estudados, utilizando, de forma
compuesto) escritos para expressar correta, os marcadores temporais,
ações que ocorrem dentro permitindo que o estudante compreenda
de um marco temporal em melhor a comunicação em seus diferentes
que o falante se encontra. níveis, favorecendo o exercício de expressão
tanto oral quanto escrita.
Gramática Passados simples (MS.EF07LE00.n.20) Propor atividades nas quais a abordagem
(pretérito indefinido Utilizar os tempos verbais dos verbos principie pela compreensão do
e pretérito para produzir textos orais e seu uso num dado contexto, isto é, partindo-
imperfecto) escritos, contrastando os se de um conto infantil propõe-se uma
tempos verbais na análise das funções assumida pelos verbos
construção da narrativa. na estrutura do conto. Propor ao estudante
que reescreva o conto utilizando temas
atuais

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A língua espanhola no A língua espanhola (MS.EF07LE00.n.21) Propor ao estudante uma investigação sobre
mundo como língua global Analisar o alcance da língua a tríplice fronteira – Brasil, Paraguai e Bolívia
na sociedade espanhola, seus contextos com o foco da situação fronteiriça em nosso
contemporânea de uso e a situação Estado, promovendo, assim, a capacidade de
fronteiriça com o Brasil. compreender e analisar a realidade das
nossas fronteiras, levando-o a compreender
o multiculturalismo no qual se insere a
sociedade atual.
Comunicação Variação linguística (MS.EF07LE00.n.22) Propor pesquisa de investigação linguística
intercultural Explorar modos de falar em sobre as variantes existentes nos países de
língua espanhola, fala espanhola
refutando preconceitos e
reconhecendo a variação
linguística como fenômeno
natural das línguas.
A língua espanhola no Presença da língua (MS.EF07LE00.n.23) Propor situações de leitura coletiva e
cotidiano da espanhola no Avaliar, problematizando individual, nas quais estudante possa refletir
sociedade cotidiano elementos/produtos sobre o texto e trocar ideias com os colegas,
brasileira/comunidade culturais de países de em intercâmbio cultural via internet. É
língua espanhola possível contemplar o Tema
(Argentina, Chile e Peru). Contemporâneo. O Estudo da História e
Cultura Afro-brasileira e Indígena.

LÍNGUA ESPANHOLA - 8º ANO


Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação discursiva Negociação de (MS.EF08LE00.n.01) Desenvolver atividades em que o


sentidos (mal- Fazer uso da língua estudante possa expressar pontos de
entendidos no uso da espanhola para resolver vista, considerando opiniões divergentes.
língua espanhola e mal-entendidos, emitir argumentando para resolver mal-
conflito de opiniões) opiniões e esclarecer entendidos.

431
LÍNGUA ESPANHOLA - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
informações por meio de
paráfrases ou justificativas.
Interação discursiva Uso de recursos (MS.EF08LE00.n.02) Realizar atividades que envolvam
linguísticos e Explorar o uso de recursos dramatização, músicas, danças, mímicas
paralinguísticos no linguísticos (frases etc.
intercâmbio oral incompletas, hesitações,
entre outros) e
paralinguísticos (gestos e
expressões faciais, entre
outros) em situações de
interação oral,
contextualizadas a países
onde se utiliza a língua
espanhola.
Compreensão oral Compreensão de (MS.EF08LE00.n.03) Propor atividade de compreensão oral
textos orais, Construir o sentido global que contemple as três etapas a seguir:
multimodais, de cunho de textos orais, antes, durante, e depois da escuta, além
informativo/jornalístico relacionando suas partes, o de uma etapa específica para a pronúncia,
assunto principal e o acento e a prosódia da língua.
informações relevantes.
Produção oral Produção de textos (MS.EF08LE00.n.04) Desenvolver atividades que direcionem os
orais com autonomia Utilizar recursos e estudantes a falar de planos futuros que
repertório linguísticos sejam flexíveis na medida em que os
apropriados para estimulem a enfrentar, com criatividade,
informar/comunicar/falar situações de incertezas. Relacionando ao
do futuro: planos, previsões, tema sobre Educação Ambiental, o
possibilidades e professor pode propor um debate para
probabilidades. aproveitar as discussões realizadas
durante o estudo e levantamento de
informações. Quando da preparação para
participar da discussão, o estudante deve
ser orientado a utilizar as expressões
comumente usadas para falar de planos
futuros, utilizando-as para apontar
soluções para as problemáticas elencadas.

LEITURA

Estratégias de leitura Construção de (MS.EF08LE00.n.05) Explorar o texto a partir de seu tema, de


sentidos por meio de Inferir informações e sua composição e do suporte de
inferências e relações que não apareçam veiculação e do contexto de circulação,
reconhecimento de de modo implícito no texto propondo questionamentos que levem o
implícitos para construção de estudante a localizar informações
sentidos. explícitas, estabelecendo conexões entre
as partes do texto.
Práticas de leitura e Leitura de textos de (MS.EF08LE00.n.06) Sugere-se a utilização de projetos de
fruição cunho Apreciar textos narrativos leitura que contemplem os autores dos
artístico/literário em língua espanhola países hispanos estudados durante o ano.
(contos, romances, entre Considerando o aprendizado de língua
outros, em versão original estrangeira como uma possibilidade de
ou simplificada), como contato com um conjunto de valores
forma de valorizar o sociohistoricos-culturais, busca-se a
patrimônio cultural abordagem de obras literárias
produzido em língua fomentando a cultura espanhola
espanhola. materializada em sua literatura..

432
LÍNGUA ESPANHOLA - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Práticas de leitura e Leitura de textos de (MS.EF08LE00.n.07) Utilizar livros interativos e aplicativos de
fruição cunho Explorar ambientes virtuais jogos literários.
artístico/literário e/ou aplicativos para
acessar e usufruir do
patrimônio artístico literário
em língua espanhola.
Avaliação dos textos Reflexão pós-leitura (MS.EF08LE00.n.08) Propor atividades de ampliação da leitura,
lidos Analisar, criticamente, o por meio do levantamento de
conteúdo de textos, informações sobre a temática do texto, de
comparando diferentes modo a levar o estudante a comparar
perspectivas apresentadas diferentes perspectivas apresentadas
sobre um mesmo assunto. sobre um mesmo assunto.

ESCRITA

Estratégias de escrita: Revisão de textos com (MS.EF08LE00.n.09) Pode-se desenvolver a seguinte atividade:
escrita e pós-escrita mediação do professor Avaliar a própria produção escrita de legenda a partir de fotos que
escrita e a de colegas, com registrem algum problema social do
base no contexto de contexto do estudante. Para a escrita, os
comunicação (finalidade e estudantes podem, coletivamente, com o
adequação ao público, intuito de aprenderem a trabalhar em
conteúdo a ser grupo, investigar em sua comunidade
comunicado, organização quais problemas sociais merecem
textual, legibilidade, atenção. As fotos e a problemática
estrutura de frases). levantada podem ser discutidas de forma
interdisciplinar.
Após a escrita das legendas, os
estudantes podem, com a ajuda do
professor, elaborar critérios de avaliação
de seu texto e promover a sua reescrita.
Estratégias de escrita: Revisão de textos com (MS.EF08LE00.n.10) Reelaborar textos adequando as
escrita e pós-escrita mediação do professor Reconstruir o texto, com informações presentes nele, as quais
cortes, acréscimos, devem ser associadas a sua finalidade e
reformulações e correções, posterior publicidade, por meio de uma
para aprimoramento, exposição para a comunidade.
edição e publicação final.
Práticas de escrita Produção de textos (MS.EF08LE00.n.11) Propor produção textual com finalidade
escritos com mediação Produzir textos preestabelecida, de modo que o
do professor/colegas (comentários em fóruns, estudante compreenda o papel social de
relatos pessoais, mensagens sua produção. A partir da observação de
instantâneas, tweets, sua realidade, o estudante pode propor
reportagens, histórias de ações futuras que busquem melhorar
ficção, blogues, entre questões sociais identificadas em suas
outros), com o uso de investigações para a produção das
estratégias de escrita legendas.
(planejamento, produção Suas conclusões, a partir da análise e
de rascunho, revisão e discussão feitos nas aulas, podem ser
edição final), apontando comunicadas por meio dos gêneros
sonhos e projetos para o textuais sugeridos, tais como os
futuro (pessoal, da família, comentários de uma forma geral.
da comunidade ou do
planeta).

CONHECIMENTO LINGUÍSTICOS

Estudo do léxico Construção de (MS.EF08LE00.n.12) Investigar de quais palavras e expressões


repertório lexical Construir repertório lexical são essenciais para a discutir os
relativo a planos, previsões problemas e indicar intervenção no meio
e expectativas para o em que vivem. Podem-se utilizar meios
futuro. eletrônicos ou mesmo um dicionário
433
LÍNGUA ESPANHOLA - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
impresso. O professor pode, ainda, sugerir
que os estudantes busquem textos que
problematizam o tema estudado (tais
como folhetos, campanhas de modo
geral).
Estudo do léxico Formação de palavras: (MS.EF08LE00.n.13) Trabalhar com textos originais, jogos de
prefixos e sufixos Reconhecer sufixos e formação de palavras, dentre outros, além
prefixos comuns utilizados de utilização de dicionário.
na formação de palavras em
língua espanhola.
Estudo do léxico Polissemia (MS.EF08LE00.n.14) Propor atividades para a compreensão do
Explorar o caráter uso de uma palavra em função de seu
polissêmico de palavras de contexto, podendo a análise partir de um
acordo com contexto de documento original - um artigo, uma
uso. reportagem, um conto, uma tirinha, uma
imagem etc.
Gramática Verbos para indicar o (MS.EF08LE00.n.15) Propor atividades de produção de textos
futuro Utilizar formas verbais do sobre temáticas tais como profissões,
futuro para descrever plano de carreira, dentre outros.
planos e expectativas e
fazer previsões.
Gramática Comparativos e (MS.EF08LE00.n.16) Análisar os adjetivos comparativos e
superlativos Utilizar, de modo inteligível superlativos, a partir da observação de
os adjetivos. quadros estatísticos presentes em
infográficos ou outros gêneros textuais
que façam uso desse recurso.
Gramática Quantificadores (MS.EF08LE00.n.17) Propor atividades de produção textual em
Utilizar, de modo inteligível que o estudante possa fazer uso dos
e apropriado, muy e mucho. quantificadores em estudo em situações
de comunicação efetiva. Por exemplo,
pode-se trabalhar a escrita de um
pequeno comentário avaliando uma obra
literária a que os estudantes tenham tido
acesso.
Gramática Pronomes relativos (MS.EF08LE00.n.18) Desenvolver atividades de produção
Empregar de modo textual em que o estudante possa fazer
inteligível, os pronomes uso dos pronomes relativos em situações
relativos para construir de comunicação efetiva.
períodos compostos por
subordinação.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

Manifestações Construção de (MS.EF08LE00.n.19) Propor atividades de cunho exploratório


culturais repertório artístico- Construir repertório cultural que proporcionem a apreciação estética e
cultural por meio do contato com avalorização da diferença.
manifestações artístico-
culturais vinculadas à língua
espanhola ( artes plásticas e
visuais, literatura, música,
cinema, dança, festividades,
entre outros), valorizando a
diversidade entre culturas.
Comunicação Impacto de aspectos (MS.EF08LE00.n.20) Desenvolver pesquisas que proporcionem
intercultural culturais na Investigar de que forma ao estudante a observação e o
comunicação expressões, gestos e conhecimento das diferentes culturas,
comportamentos são como, por exemplo, as expressões
interpretados em função de idiomáticas e seu uso no cotidiano.
aspectos culturais.

434
LÍNGUA ESPANHOLA - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Comunicação Impacto de aspectos (MS.EF08LE00.n.21) Observar e analisar as diversidades
intercultural culturais na Examinar fatores que linguísticas dos países estudados.
comunicação podem impedir o
entendimento entre
pessoas de culturas
diferentes que falam a
língua espanhola.
A língua espanhola no Presença da língua (MS.EF08LE00.n.22) Realizar leitura coletiva e individual,
cotidiano da espanhola no Avaliar, problematizando promovendo a reflexão sobre o texto e
sociedade cotidiano elementos/produtos troca de ideias com os colegas, mediante
brasileira/comunidade culturais de países de língua intercâmbios culturais via internet.
espanhola (Equador,
Colômbia e Venezuela).

LÍNGUA ESPANHOLA - 9º ANO


Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

ORALIDADE

Interação Funções e usos da (MS.EF09LE00.n.01) Sugerem-se atividades em que os estudantes


discursiva língua espanhola: Fazer uso da língua possam planejar e desenvolver sistematicamente
persuasão espanhola para expor a colaboração com os seus pares, expondo seu
pontos de vista, argumentos ponto de vista, após realizar uma leitura
e contra-argumentos, compreensiva do texto, tirinha, fotos, cartazes,
considerando o contexto e gravuras, dentre outros, localizando informações
os recursos linguísticos explícitas no texto.
voltados para a eficácia da
comunicação.
Compreensão Compreensão de (MS.EF09LE00.n.02) Propor atividades com os textos multimodais
oral textos orais, Compilar as ideias-chave de (videoclipe, revista, jornais, gráficos, manuais de
multimodais, de textos por meio de tomada aparelhos eletrônicos, charges, histórias em
cunho de notas. quadrinhos entre outros), observando a
argumentativo linguagem multimodal, aquela que integra som,
imagem, texto e animação.
Compreensão Compreensão de (MS.EF09LE00.n.03) Propor atividades com os textos multimodais de
oral textos orais, Analisar posicionamentos interesse coletivo escolhidos pelos estudantes,
multimodais, de defendidos e refutados em observando que o texto ultrapassa a palavra,
cunho textos orais sobre temas de envolvendo, assim, a grande diversidade de
argumentativo interesse social e coletivo. elementos linguísticos, discursivos e semióticos
presentes.
Produção oral Produção de textos (MS.EF09LE00.n.04) Sugerem-se desenvolver atividades em que o
orais com Expor resultados de estudante utilize a pesquisa realizada para a
autonomia pesquisa ou estudo com o construção de um texto oral, transmitindo as
apoio de recursos, tais como informações, de forma clara, ao interlocutor. Há
notas, gráficos, tabelas, entre nessa habilidade, oportunidade de trabalho
outros, adequando as interdisciplinar com a MS.EF69MA22.s.24.
estratégias de construção do
texto oral aos objetos de
comunicação e ao contexto.

435
LÍNGUA ESPANHOLA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

LEITURA

Estratégias de Recurso de (MS.EF09LE00.n.05) Apresentar as propagandas institucionais de


leitura persuasão Identificar recursos de campanhas de vacinação, doação de sangue,
persuasão (escolha e jogo de doação de órgão, trânsito, dentre outras,
palavras, uso de cores e analisando o emprego de figuras de linguagem
imagens, tamanhos de como comparações, analogias, hipérboles e
letras), utilizados nos textos eufemismos; reconhecer o público-alvo em
publicitários e de uma tentativa de aproximar a linguagem ao
propaganda, como destinatário da mensagem; utilizar o emprego
elementos de de trocadilhos e jogos de palavras com o
convencimento. objetivo de criar no estudante uma atitude mais
reflexiva e responsável. É possível contemplar o
Tema Contemporâneo Saúde, sexualidade e
gênero, vida familiar e social.
Estratégias de Recurso de (MS.EF09LE00.n.06) Mostrar ao estudante a importância da
leitura argumentação Distinguir fatos de opiniões imprensa na sua formação crítica e social.
em textos argumentativos Sugere-se trabalhar com os jornais e revistas,
da esfera jornalística. estejam eles em sua forma impressa, televisiva
ou na Internet, distinguindo os gêneros
jornalísticos, os que informam, como notícias e
reportagens, ou que formam opinião, como os
artigos de opinião assinados, os editoriais, as
cartas de leitor.
Estratégias de Recurso de (MS.EF09LE00.n.07) Sugerem-se atividades com variados textos
leitura argumentação Identificar argumentos jornalísticos em que o estudante identifique qual
principais e as a tese defendida, destaque no texto quais os
evidências/exemplos que os argumentos que sustentam a tese defendida e
sustentam. classifique os argumentos utilizados, de acordo
com o seu conhecimento.
Práticas de Informações em (MS.EF09LE00.n.08) Propor atividades que leve o estudante a
leitura e novas ambientes virtuais Explorar ambientes virtuais conhecer os ambientes virtuais e desenvolver o
tecnologias de informação e espírito investigativo, relacionado à pesquisa e à
socialização, analisando a resolução de problemas; identificar e combater
qualidade e a validade das Fake News, atuando nesse contexto virtual com
informações veiculadas. protagonismo, postura ética e visão crítica.
Nesta habilidade, é possível contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Avaliação dos Reflexão pós-leitura (MS.EF09LE00.n.09) A escola é lugar de compartilhar conhecimentos.
textos lidos Compartilhar, com os Após o estudante elaborar suas opiniões,
colegas, a leitura dos textos proponha uma roda de discussão , um círculo de
escritos pelo grupo, leitura, um piquenique, onde cada estudante
valorizando os diferentes expõe o que produziu, dialogando e trocando
pontos de vista defendidos, impressões a respeito do texto, além de tirar
com ética e respeito. conclusões e emitir opiniões.

ESCRITA

Estratégias de Escrita: construção (MS.EF09LE00.n.10) Espera-se que sejam trabalhadas previamente as


escrita da argumentação Propor potenciais características, as funções e os usos da
argumentos para expor e argumentação e os gêneros textuais em que ela
defender ponto de vista em se apresenta com mais intensidade, para que o
texto escrito, refletindo estudante construa um texto, compreendendo
sobre o tema proposto e que a argumentação consiste em despertar no
pesquisando dados, outro uma consciência ou ação pretendida (seja
evidências e exemplos para positiva ou negativa).
sustentar os argumentos,
organizando-os em
sequência lógica.
436
LÍNGUA ESPANHOLA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Eixo escrita Escrita: construção (MS.EF09LE00.n.11) Propor atividade na qual o estudante apresente
da persuasão Utilizar recursos verbais e um texto publicitário em que a mensagem
não verbais para construção estará centrada no receptor ou interlocutor, com
da persuasão em textos da a finalidade de despertar emoções, sentimentos
esfera publicitária, de forma e sensações. O estudante poderá produzir um
adequada ao contexto de texto publicitário, divulgando um determinado
circulação (produção e evento, como por exemplo, um show, uma feira
compreensão). cultural, de moda, anunciando uma promoção
referente ao comércio logístico, anunciando um
produto que acabou de ser lançado no mercado,
tentando persuadir o leitor de alguma forma
Práticas de Produção de textos (MS.EF09LE00.n.12) Propor ao estudante o desafio de pesquisar e
escrita escritos, com Produzir textos (infográficos, utilizar todo o conhecimento adquirido até o
mediação do fóruns de discussão on-line, presente momento, para produzir, em grupo ou
professor/colegas fotorreportagens, individualmente, infográficos, fóruns de
campanhas publicitárias, discussão on-line, fotorreportagens, campanhas
memes, entre outros) sobre publicitárias, memes, dentre outros, ressaltando
temas de interesse coletivo a reestruturação do texto e a importância da
local ou global, que revelem mediação oral no momento da escrita e reescrita
posicionamento crítico. do texto.

CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS

Estudo do léxico Usos de linguagem (MS.EF09LE00.n.13) Sugere-se a abordagem do vocabulário


em meio digital: Reconhecer, nos novos “internetês”, no contexto de produção de chat,
“internetês” gêneros digitais (blogues, blog e e-mail, dentre outros, que possibilite ao
mensagens instantâneas, estudante refletir sobre as relações entre a
tweets, entre outros), novas escrita formal e informal, promovendo o
formas de escrita autoconhecimento e fazendo parte desses
(abreviação de palavras, modelos diversos.
palavras com combinação de
letras e números,
pictogramas, símbolos
gráficos, entre outros
Estudo do léxico Conectores (MS.EF09LE00.n.14) Sugere-se trabalhar com o auxílio de placas de
Utilizar conectores trânsito, músicas, leituras analíticas e
indicadores de adição, interpretações e jogos interativos, a fim de
condição, oposição, posssibilitar a autonomia do estudante para
contraste, conclusão e argumentar e justificar opiniões, além de
síntese como auxiliares na identificar e analisar estruturas linguísticas.
construção da
argumentação e
intencionalidade discursiva.
Estudo do léxico Polissemia (MS.EF09LE00.n.15) Propor atividades em que o estudante
Explorar o caráter compreenda o uso da polissemia em um
polissêmico de palavras de dado contexto, isto é, partindo-se de um
acordo com o contexto de documento original - um artigo, uma
uso. reportagem, um conto, uma tirinha, uma
imagem, dentre outros.
Gramática Orações (MS.EF09LE00.n.16) Espera-se que o estudante utilize a língua
condicionais Empregar de modo espanhola na interpretação e na intervenção em
inteligível, as formas verbais situações reais ao traduzir e ao exprimir-se com
em orações condicionais. clareza e que aumente e consolide o vocabulário
ativo e passivo, mediante a fixação de novas
palavras e expressões contidas nos textos e
exercícios sobre os mesmos, com auxílio da
leitura de notícias de versões digitalizadas de
jornais em língua espanhola, pequenas
dramatizações, bingo (trabalhar os verbos).

437
LÍNGUA ESPANHOLA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidade Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Gramática Verbos de cambio (MS.EF09LE00.n.17) Propor atividades desafiadoras ao estudante
Empregar, de modo com os verbos e perífrases verbais que denotam
inteligível, os verbos que em mudança ou transformação. Podem-se utilizar
língua espanhola denotam caça-verbos, tirinhas, HQs, filmes, blogs,
mudança ou transformação. cartazes, teatro, dentre outros.

DIMENSÃO INTERCULTURAL

A língua Expansão da língua (MS.EF09LE00.n.18) Sugere-se o trabalho com projetos de pesquisa


espanhola no espanhola: contexto Debater sobre a expansão para responderem ao questionamento sobre a
mundo histórico da língua espanhola pelo expansão da língua espanhola pelo mundo, em
mundo, em função da função da colonização espanhola na América.
colonização espanhola na Entende-se que essa metodologia promoverá,
América. além da curiosidade por parte dos estudantes, a
capacidade de compreender e analisar a
realidade que os circunda, levando-os a
compreenderem o multiculturalismo no qual se
insere a sociedade atual.
A língua A língua espanhola e (MS.EF09LE00.n.19) Sugere-se o trabalho com projetos de pesquisa
espanhola no seu papel no Analisar a importância da com foco no cenário atual da Língua espanhola
mundo intercâmbio língua espanhola para o para o mundo.
científico, desenvolvimento das
econômico e ciências (produção,
político. divulgação e discussão de
novos conhecimentos), da
economia e da política no
cenário mundial.
Comunicação Construção de (MS.EF09LE00.n.20) Sugere-se trabalhar com pesquisa, seminário,
intercultural identidades no Discutir a comunicação chuva de ideias, roda viva e, assim, proporcionar
mundo globalizado intercultural por meio da a abertura de novas possibilidades de entender
língua espanhola como o comportamento do ser humano com seu
mecanismos de valorização mundo, considerando que as pessoas são
pessoal e de construção de peculiares, porque ao mesmo tempo que são
identidades no mundo racionais e emotivas, serenas e eufóricas, são
globalizado também populares e eruditas.

438
REFERÊNCIAS
ALCARAZ, Rafael Camorlinga. Do português ao espanhol: os prós e os contras da proximidade. In: SEDYCIAS, João (org.) O
Ensino do Espanhol no Brasil: passado, presente, futuro. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: Editora C/Arte. 1998

BRASIL. Presidência da República. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm> Acesso em 15 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Disponível em <


http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L4024.htm> Acesso 18 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n, 5.692, de 11 de agosto de 1971. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5692.htm > Acesso em 18 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n. 11.769, de 18 de agosto de 2008. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11769.htm> Acesso em 18 mai 2018.

______. Presidência da República. Lei n.13.278, de 2 de maio de 2016. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13278.htm> Acesso em 18 mai 2018.

______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível
em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base/ >. Acesso em: maio, 2018.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília:
MEC/SEF, 1997. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf> Acesso em 18 mai 2018

GOETTENAUER, Elzimar. Espanhol língua de encontros. In: SEDYCIAS, João. O ensino do espanhol no Brasil: passado, presente,
futuro. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

RAJAGOPALAN, Kanavillil. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003.
SEDYCIAS, João. O Ensino do espanhol no Brasil: passado, presente, futuro. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

439
8.4 Matemática
"Uma grande descoberta resolve um grande problema. Mas há

sempre alguma descoberta na resolução de qualquer problema.


Este pode até ser modesto, mas se desafiar a curiosidade e se puser
em jogo as faculdades inventivas, quem o resolver pelos seus

próprios meios experimentará o prazer e o triunfo da descoberta."

George Pólya

A constituição do conhecimento matemático transpassa a história da humanidade vinculada à


necessidade de resolver problemas e buscar soluções para impasses surgidos com as mudanças sociais.

Entretanto, a necessidade de interagir e desenvolver objetos que propiciem melhores condições de vida
e bem-estar teve uma parcela de contribuição para o avanço dos conhecimentos matemáticos.

Os registros matemáticos, datados de 4000 anos antes de Cristo, trazem cálculos para a distribuição de

terras e a construção de prédios e monumentos, permitindo, inicialmente, criar procedimentos e depois

desenvolver conceitos que perduram até as datas atuais. Desse modo, para cada civilização, no passado,

os objetos matemáticos tinham ou assumiam a função de explicar, ou quantificar o mundo ao seu redor.
Nesse contexto, o número tinha mais uma função quantificadora que “simplificava” o compreender as

coisas do que um papel abstrato de formação de ideia, como atualmente é trabalhado.

Nesse sentido, os professores e estudantes são conclamados a olhar suas culturas e costumes, para, a
partir desse olhar, fazer uma matemática integrando os conhecimentos clássicos com as “matemáticas”

desenvolvidas pelos antepassados de nossas comunidades.

Dessa forma, professores e estudantes podem, por meio do registro de fatos locais ou não, elaborar

problemas e buscar procedimentos para resolverem tais situações, tanto pela experimentação quanto
pela aplicação de conceitos já desenvolvidos e aceitos academicamente. Dessa maneira, pode-se levar

o estudante a realizar a verificação dos resultados, haja vista que as situações foram por ele elaboradas

e provavelmente têm vínculo com momentos de sua vida. Assim, pode-se iniciá-lo em procedimentos

de demonstração, visto que a Matemática tem um caráter hipotético-dedutivo. Dessa forma, o discente

precisa conhecer e dominar os axiomas, postulados e teoremas constituintes do saber matemático.

O trabalho com problemas elaborados pelos estudantes não configura uma novidade, visto que,

analisando as práticas dos professores, já se encontram várias atividades nas quais os estudantes
realizam coletas de dados e os manuseiam para transformá-los em informações estatísticas, tanto por
meio de tabelas como por meio de gráficos. Nesse contexto, os estudantes são convidados a analisarem
os eventos para decidirem sobre as possibilidades de ocorrência ou não, o que proporcionará uma visão
440
menos estática da Matemática, isto é, não como saberes prontos e acabados, mas como saberes que
estão passíveis de serem (re)construídos.

Essa (re)construção exige que o estudante transite entre os campos da Matemática - Aritmética, Álgebra,

Geometria, Estatística e Probabilidade, realizando observações de congruências, ou não, entre os


conceitos dentro do próprio campo e em campos diferentes, ainda que possa representar nos diferentes

campos uma situação, com isso identificando boas estratégias para resolver situações que lhe são
apresentadas, tanto nas atividades de sala de aula como nas do seu cotidiano.

Esse manuseio dos diferentes campos da Matemática é um caminho para novas descobertas de
propriedades e teoremas que justifiquem uma necessidade da sociedade, sobretudo para que o

estudante tenha confiança em si para lançar-se nas resoluções como um desafio dele e não do professor,

ou do autor do livro didático.

Dessa maneira, espera-se que o estudante, nos anos finais do Ensino Fundamental, possa produzir textos

matemáticos, argumentando com elementos próprios dos saberes da área e que seja capaz de realizar
algumas demonstrações, utilizando esses conhecimentos.

O trabalho desenvolvido no Ensino Fundamental deve priorizar o letramento matemático, para que os

estudantes possam agir com criticidade, autonomia e sejam capazes de interagir com seu meio,

propiciando condições para solucionar os problemas do cotidiano e/ou criar ações de proteção à cultura

local, exercendo uma relação direta entre as práticas cotidianas e os conhecimentos matemáticos

estudados.

Então, para desenvolver as habilidades ao longo do Ensino Fundamental, a área de Matemática está, de

acordo com as orientações da BNCC, organizada em unidades temáticas: Número; Álgebra; Geometria;
Grandezas e Medidas; e Probabilidade e Estatística, que se articulam entre si, para garantir que os

estudantes relacionem observações empíricas do mundo real a representações, bem como associem

essas representações ao conhecimento matemático consolidado.

441
8.4.1 Competências específicas da Matemática de acordo com a BNCC (2017):

1. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades e preocupações de

diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, e é uma ciência viva, que contribui para
solucionar problemas científicos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções,
inclusive com impactos no mundo do trabalho.

2. Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argumentos

convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo.

3. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes campos da Matemática

(Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras áreas do conhecimento,


sentindo segurança quanto à própria capacidade de construir e aplicar conhecimentos

matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções.

4. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas práticas


sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações

relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo argumentos

convincentes.

5. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para

modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando


estratégias e resultados.

6. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas, não

diretamente relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas respostas e sintetizar

conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de


texto escrito na língua materna e outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas,

e dados).

7. Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência social, com

base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de

opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.

8. Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no planejamento e


desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na busca de soluções para
problemas, de modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão de uma determinada

questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

442
8.4.2 Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento, Habilidades e Ações
Didáticas

MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Contagem de rotina (MS.EF01MA01.s.01) Contextualizar o trabalho com esta habilidade
Contagem Utilizar números naturais exige orientar práticas distintas em função do
ascendente e como indicador de significado numérico que se deseja explorar.
descendente quantidade ou de ordem em Para quantificação, é possível propor jogos
Reconhecimento de diferentes situações (jogos que associam o algarismo à quantidade
números no cotidianas e reconhecer de objeto: jogo da memória), fazer coleções de
contexto diário: situações em que os objetos, explorar problemas de contagem de
indicação de números não indicam objetos do cotidiano, dentre outras ações. Ser
quantidades, contagem nem ordem, mas exposto à realização de contagem para
indicação de ordem sim código de identificação. responder a perguntas, tais como "quantos tem
ou indicação de ou onde há mais?", é essencial. Para a
código para a exploração da ideia de ordem, é possível utilizar
organização de brincadeiras de tradição oral e situações
informações. cotidianas, como tabelas de campeonatos
esportivos. Ressalta-se a importância de se
trabalhar as culturas, indígenas, ribeirinhas,
quilombolas, dentre outras, explorando as
diferentes formas de contar dessas culturas.
Para o sentido de código, é interessante que
sejam explorados documentos pessoais (cópias
RG, CPF, Certidão de Nascimento, dentre outros),
códigos presentes em contas de água ou luz,
código de barras presentes em embalagens etc.
Caso se explorem números que indiquem
localização, a análise de endereços pode ser útil
(CEP, número da casa, explorar como o carteiro
entrega a correspondência, dentre outros). Esta
habilidade pode ser desenvolvida em conjunto
com Grandezas e Medidas (MS.EF01MA18.s.20)
explorando o calendário para identificar o dia do
mês e o dia da semana.
Números Quantificação de (MS.EF01MA02.s.02) Utilizar-se de jogos, resolução de problemas
elementos de uma Contar de maneira exata ou numéricos cotidianos, bem como as brincadeiras
coleção: estimativas, aproximada, utilizando de tradição oral (amarelinha, caracol numérico
contagem um a um, diferentes estratégias como etc.), pois são contextos naturais e necessários
pareamento ou o pareamento e outros para que a contagem ocorra. Um ponto
outros agrupamentos. importante a ser destacado é a possibilidade de
agrupamentos e os estudantes realizarem atividades genuínas de
comparação. contagem e com variedade de quantidades, sem
limitações a números pequenos. Apenas se os
estudantes se depararem com quantidades
maiores do que 30 é que surge, por exemplo, a
necessidade de agrupar para contar. Vale
lembrar também que, embora o conhecimento
da sequência numérica de rotina não seja
suficiente para que os estudantes saibam
resolver problemas numéricos, sem ele
responder a problemas do tipo "quantos tem?"
seria difícil. Assim, explorar situações que
envolvam esse procedimento é importante; para
isso, poderá ser utilizado material concreto, tais
como palitos, tampinhas, feijões etc. Também
poderá ser utilizada para contagem parlendas,
poemas, brincadeiras diversas, recursos
tecnológicos, livros infantis, dentre outros

443
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
recursos que fazem parte do cotidiano da
criança.
Números Quantificação de (MS.EF01MA03.s.03) Destacar a importância de se propor atividades
elementos de uma Estimar e comparar que os estudantes aprendam a comparar e o
coleção: estimativas, quantidades de objetos de que torna uma estimativa eficiente ou não. Isso
contagem um a um, dois conjuntos (em torno de porque, apenas em situações em que
pareamento ou 20 elementos), por efetivamente uma criança seja desafiada a
outros estimativa e/ou por comparar duas quantidades (em torno de 20
agrupamentos e correspondência (um a um, elementos) é que ela desenvolverá estratégias
comparação. dois a dois) para indicar para isso. Novamente, será nas atividades
“tem mais”, “tem menos” ou numéricas genuínas (nas quais de fato faz
“tem a mesma quantidade”. sentido realizar uma comparação) é que as
estratégias de comparação se desenvolvem. O
mesmo vale para a estimativa. Por isso, além do
que foi comentado para as habilidades
anteriores (MS.EF01MA01.s.01) e
(MS.EF01MA02.s.02), é importante sinalizar que
num jogo, por exemplo, em uma rodada de bafo
figurinhas, devem-se perguntar aos estudantes
quantas figurinhas existem no início da
brincadeira. Após três ou quatro rodadas, o
professor questiona os estudantes sobre a
quantidade de figurinhas que possuem
identificando se tem mais, menos ou a mesma
quantidade do início da brincadeira); se for o
contexto de utilização numérica, comparar a
quantidade de pontos entre os jogadores é útil
para alcançar as habilidades esperadas, bem
como criar situações problematizadoras nas
quais se deva saber a quantidade atual de
objetos de uma coleção em relação a análises
anteriores. Destaca-se também a necessidade de
cuidar que a linguagem matemática seja
utilizada pelo professor, uma vez que termos
como "a mais", "a menos", "igual", "diferente"
também são aprendizagens esperadas para os
estudantes e só acontecerão se houver
preocupação para que isso ocorra. Assim, para
compreender que o 8 é maior do que 6, será
necessário entender que há duas unidades a
mais em 8 do que em 6. Essa ideia de ordem de
grandeza possibilitará estimar quantidades para
além da noção inicial de "muito ou pouco".
Números Leitura, escrita e (MS.EF01MA04.s.04) Destacar que, para que a aprendizagem
comparação de Contar a quantidade de relacionada a esta habilidade possa acontecer, é
números naturais objetos de coleções até 100 necessário explorar diferentes formas de
(até 100). unidades e apresentar o representação numérica: procedimentos
Reta numérica. resultado por registros pessoais de registro de quantidades,
verbais e simbólicos, em aprendizagem da sequência numérica oral e
situações de seu interesse, escrita numérica. Além disso, será importante o
como jogos, brincadeiras, contato do estudante com a ideia de que,
materiais da sala de aula, usando 10 algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9), é
entre outros. possível representar quantidades de diferentes
magnitudes. Nesse momento a representação
dos números na reta numérica é introduzida.
Para a contextualização da habilidade, são úteis
os portadores numéricos, tais como fitas
métricas, quadros de números e calendários, nos
quais os estudantes podem encontrar

444
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
representações convencionais das quantidades,
além de álbuns de figurinhas, jogos locais ou
tradicionais da infância, como amarelinha,
boliche, brincadeiras de perseguição ou jogos de
arremesso para que os estudantes gerem
registros de pontuações que depois possam ser
analisadas, comparadas e organizadas em listas
e tabelas. A numeração escrita poderá ser
desenvolvida pelo estudante ao preencher
calendários, trocar números de telefones entre
os colegas, anotar coisas a respeito de idade de
familiares, número de calçados, quantidade de
irmãos ou de animais de estimação de cada um
etc. As atividades relacionadas à estatística, em
especial as que envolvem a organização de
listas, tabelas e gráficos, são excelentes
contextos para integrar essas duas unidades
temáticas.
Números Leitura, escrita e (MS.EF01MA05.s.05) Comparar números naturais de até duas ordens
comparação de Comparar números naturais exige que os estudantes já tenham desenvolvido
números naturais de até duas ordens em estratégias anteriores de comparação de
(até 100). situações cotidianas, com e quantidades e, também, que possam conhecer
Reta numérica. sem suporte da reta processos de contagem que poderão utilizar
numérica. como forma de estabelecer a comparação. O
suporte da reta numérica está exatamente
relacionado a contar e a localizar os números na
sequência numérica (se 20 vem depois do 18 na
reta numérica, então 20 é maior do que 18; ou,
ainda, de 18 para 20 são 2, então, 20 é maior do
que 18, ou é 2 a mais do que 18. Não se espera
a exploração de unidades e dezenas ainda, o que
será feito a partir do 2º ano. É importante
destacar o papel da reta numérica como
estratégia para auxiliar na aprendizagem dos
conceitos envolvidos na habilidade. Por isso,
sugere-se que ela comece a ser apresentada aos
estudantes nesse momento para auxiliar a
compreensão recorrendo à trena, fita métrica,
metro de pedreiro, régua etc. para medir objetos
da sala de aula e pequenas distâncias.
Números Leitura, escrita e (MS.EF01MA00.n.06) Podem ser utilizadas aqui as mesmas
comparação de (Re) Conhecer antecessor e orientações dadas anteriormente para as
números naturais sucessor de números habilidades (MS.EF01MA04.s.04) e
(até 100). naturais de até duas ordens (MS.EF01MA05.s.05). Utilizar representações tais
Reta numérica. em situações cotidianas. como: reta numérica, tabela numérica e a
sequência numérica como facilitadores para o
estudante encontrar o antecessor e/ou sucessor
de um número de até duas ordens. Levar para a
sala de aula vídeos que retratem passagens de
tempo com o intuito de discutir o que veio
primeiro e o que sucedeu em determinada cena
e/ou solicite aos estudantes que entrevistem
seus familiares em relação à idade, identificando
quem é o mais velho, o mais novo, dentre outras
informações de comparação.
Números Construção de fatos (MS.EF01MA06.s.07) Sinalizar que os fatos básicos da adição, quando
básicos da adição Construir fatos básicos da construídos pelos próprios estudantes,
adição e utilizá-los em compreendendo seu significado, têm maior
possibilidade de serem memorizados

445
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
procedimentos de cálculo gradativamente. As situações-problema são
para resolver problemas. excelentes meios para essa construção e para o
desenvolvimento de processos de cálculo mental
pelo estudante. No entanto, deve-se destacar
que não se espera a memorização de processos
sem sentido, nem a obrigatoriedade de o
estudante usar sentenças matemáticas
convencionais para demonstrar o
desenvolvimento da habilidade. Uma forma de
analisar se ela está ocorrendo é propor, por
exemplo, jogos de dados e verificar se os
estudantes aos poucos ganham agilidade para
indicar a quantidade total de pontos em duas
faces de dados sem contar um a um. A
construção dos fatos básicos decorre do
desenvolvimento de procedimentos para
resolver problemas, conhecendo formas diversas
de representação, inclusive com a apresentação
dos sinais de adição e igualdade, sem exigência
de que essa escrita seja a única forma de
resolução de problemas aditivos.
Números Construção de fatos (MS.EF01MA00.n.08) Destacar a importância de apresentar situações
básicos da adição. Estabelecer a relação entre nas quais os estudantes necessitem realizar
unidades e dezenas com e agrupamentos e reconhecerem em que
sem suporte de materiais momento os algarismos representam unidades e
concretos e reta numérica. em que momento representam agrupamentos
de 10 em 10. Deve-se ressaltar que, nesta fase,
não é necessário a formalização dos conceitos
de unidade e dezena, mas ser uma construção
intuitiva.
Números Composição e (MS.EF01MA07.s.09) Compor e decompor números de até duas
decomposição de Compor e decompor ordens por meio de adições exigem conhecer a
números naturais. número de até duas ordens, sequência numérica escrita e falada com
por meio de diferentes números maiores do que 10, bem como
adições, com o suporte de compreender que um número pode ser escrito
material manipulável, como soma de outros números. Compor e
contribuindo para a decompor números não significam ainda a
compreensão de sistematização de unidades e dezenas pelos
características do sistema de estudantes, mas sim que eles percebam que um
numeração decimal e o número de até dois algarismos pode ser
desenvolvimento de representado por uma escrita aditiva. Por
estratégias de cálculo. exemplo, em uma situação em que tenham 15
palitos, o professor pode perguntar quantas
formas diferentes esses palitos podem ser
separados em dois, três ou cinco grupos com
qualquer quantidade de palitos e depois
registrar numericamente as decomposições.
Ainda, o professor pode pegar um total 20 e
pedir que representem por diferentes adições
como 10 + 10, 15 + 5 ou 5 + 5 + 5 + 5. Essa
compreensão permitirá o desenvolvimento de
estratégias de cálculo. A habilidade prevê o
suporte de materiais manipuláveis. Merecem
destaque as situações-problema que permitam
aos estudantes pensar em formas de compor e
decompor números. Em uma situação em que
tenham, por exemplo, 12 lápis coloridos, é
possível perguntar de quantas formas diferentes
estes lápis podem ser separados em dois, três ou

446
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
quatro grupos com qualquer quantidade de lápis
e depois registrar numericamente as
decomposições. Também em jogos, tais como
pega-varetas, a decomposição será um recurso
útil para contar os pontos das varetas ganhas.
Há, ainda, problemas nos quais os estudantes
possam realizar contagens de objetos e depois
registrar diferentes modos pelos quais
agruparam os objetos para contar. Um aspecto a
ser indicado é o estímulo e o diálogo a respeito
das muitas formas de fazer e representar os
cálculos necessários para resolver um problema.
Números Problemas (MS.EF01MA08.s.10) Destacar que as situações do dia a dia
envolvendo Resolver e elaborar apresentam muitas oportunidades para a
diferentes problemas de adição e de resolução e formulação de problemas. No
significados da subtração, envolvendo entanto, há duas considerações que merecem
adição e da números de até dois destaque: a primeira é que os estudantes devem
subtração (juntar, algarismos, com os ter contato com uma variedade de situações-
acrescentar, separar, significados de juntar, problema em diversos contextos (Juntar, por
retirar). acrescentar, separar e retirar, exemplo – um grupo de 3 objetos e outro de 8
com o suporte de imagens objetos, quando juntados, formam outro com 11
e/ou material manipulável, objetos; - acrescentar, por exemplo – há um
utilizando estratégias e grupo com 8 objetos e, se a esses, acrescentam-
formas de registro pessoais. se 3 objetos, então, forma-se um novo grupo
com 11 objetos; - separar, por exemplo, há um
grupo com 11 objetos e dele separam-se 8
objetos, ficando dois grupos um com 8 e outro
com 3 objetos; - retirar, por exemplo – de um
grupo de 11 objetos, retiram-se 3 objetos e
sobra um grupo com 8 objetos); a segunda é
que não há necessidade de os estudantes
resolverem problemas numéricos usando
sentenças matemáticas no 1º ano. As crianças
primeiro pensam ou agem mentalmente para
obterem a solução (ou as soluções) de um
problema, e tornam-se capazes de representá-la
primeiro com suas próprias palavras e com
símbolos pessoais (materiais, corpo, desenho). É
importante incentivar diferentes processos de
resolução, bem como analisar coletivamente e
discutir a respeito das soluções encontradas.
Ainda, o professor poderá incentivar os
estudantes a fazerem diferentes registros como
parte do processo de construção da linguagem
matemática, para ampliação do raciocínio e da
capacidade de argumentação dos estudantes.
Nessa fase, a elaboração de problemas pode ser
feita coletivamente ou em pequenos grupos.
Essa orientação favorece ao estudante valorizar
sua produção e, também, reconhecer a
necessidade de produzir textos cada vez
melhores. Nesta habilidade o professor pode
associar e trabalhar integrado com a habilidade
(MS.EF01LP19.s.19).

447
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Álgebra Padrões figurais e (MS.EF01MA09.s.11) Organizar e ordenar objetos do cotidiano,
numéricos: Organizar e ordenar objetos identificar um padrão (forma, cor, tamanho etc.)
investigação de familiares ou representações utilizando material manipulativo, como
regularidades ou por figuras, por meio de tampinhas, fichas coloridas e outros, e aplicar o
padrões em atributos, tais como cor, padrão observado na organização de
sequências. forma e medida. sequências. Merece destaque o enfoque de que
a álgebra desenvolve o pensamento algébrico
que permeia toda a Matemática e é essencial
torná-la útil na vida cotidiana. Agrupar,
classificar e ordenar favorece o trabalho com
padrões, em especial se os estudantes explicitam
suas percepções oralmente, por escrito ou por
desenho. Os padrões constituem uma forma
pela qual os estudantes mais novos conseguem
reconhecer a ordem e organizar seu mundo,
revelando-se muito importantes para explorar o
pensamento algébrico. Esta habilidade pode ser
trabalhada em conjunto com a habilidade
(MS.EF01MA15.s.17).
Álgebra Sequências (MS.EF01MA10.s.12) Descrever um padrão implica observar e explorar
recursivas: Descrever, após o sequências numéricas ou geométricas, de modo
observação de reconhecimento e a a perceber sua regularidade e, então, expressá-
regras usadas explicitação de um padrão la. Chama-se sequência recursiva (ou recorrente)
utilizadas em (ou regularidade), os quando um determinado termo pode ser
seriações numéricas elementos ausentes em calculado em função de termos antecessores,
(mais 1, mais 2, sequências recursivas de como, por exemplo, na sequência numérica 0, 2,
menos 1, menos 2, números naturais, objetos 4, 6, 8..., na qual cada elemento a partir do
por exemplo). ou figuras. segundo é obtido da soma do seu antecessor
com 2. É importante acrescentar, já no primeiro
ano, a exploração da ideia de igualdade. É
importante destacar um trabalho envolvendo
noções que facilitam o desenvolvimento do
pensamento algébrico, como a identificação de
regularidades ou padrões. Agrupar, classificar e
ordenar (MS.EF01MA02.s.02),
(MS.EF01MA03.s.03), (MS.EF01MA04 .s.04) e
(MS.EF01MA05.s.05) favorecem o trabalho com
padrões, em especial se os estudantes explicitam
suas percepções oralmente, por escrito ou por
desenho. Por meio das experiências escolares
com busca de padrões, os estudantes deverão
ser capazes de identificar o termo seguinte em
uma sequência e expressar a regularidade
observada em um padrão. Outro aspecto
relevante é a exploração da ideia de igualdade,
por exemplo, com situações nas quais seja
necessário criar um conjunto em que o número
de objetos seja maior que, menor que ou igual
ao número de objetos em um outro conjunto.
Considera-se relevante incentivar os estudantes
a criarem representações visuais das
regularidades observadas, bem como o estímulo
para que expliquem oralmente suas observações
e hipóteses.

448
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Geometria Localização de (MS.EF01MA11.s.13) Para descrever a localização de pessoas ou
objetos e de pessoas Descrever a localização de objetos no espaço, em relação a sua própria
no espaço, pessoas e de objetos no posição, é necessário conhecer os significados
utilizando diversos espaço em relação à sua de termos, tais como, em frente, atrás, à direita,
pontos de referência própria posição, utilizando à esquerda, mais perto, mais longe, entre etc.
e vocabulário termos como à direita, à Utilizar esse conhecimento para realizar a
apropriado. esquerda, em frente, atrás. descrição esperada (João está ali, à minha direita
e Maria está atrás de mim). É importante
destacar que esta habilidade se desenvolve se
houver a exploração do espaço pela criança a
partir de si mesma. Pode-se prever situações que
exijam que os estudantes deem e sigam
instruções de direção para localizar objetos
familiares, bem como em que tenham que
descrever as posições relativas de objetos ou
pessoas usando linguagem posicional (por
exemplo, acima, abaixo, na frente, atrás, dentro,
fora, ao lado de, entre, ao longo) ou nas quais
necessitem descrever as posições relativas dos
objetos em mapas criados em sala de aula. Há,
aqui, oportunidade de trabalho interdisciplinar
com a habilidade (MS.EF01GE09.s.08), da
Geografia, no que se refere à descrição da
localização de objetos no espaço e com a
habilidade (MS.EF12EF00.n.11) de Educação
Física que trata da relação do seu corpo em
relação ao outro.
Geometria Localização de (MS.EF01MA12.s.14) Para descrever a localização de algo ou alguém é
objetos e de pessoas Descrever a localização de preciso reconhecer que é necessário estabelecer
no espaço, pessoas e de objetos no um referencial e explicitá-lo nessa descrição.
utilizando diversos espaço segundo um dado Essa ação implica utilizar termos e expressões
pontos de referência ponto de referência, que denotam localização (longe, em cima,
e vocabulário compreendendo que, para a embaixo, ao lado, entre, à direita, à esquerda,
apropriado. utilização de termos que se mais perto de, mais longe de, o primeiro, o
referem à posição, como último) e, para realizar a descrição esperada,
direita, esquerda, em cima, relacionar o objeto ou pessoa a um referencial
em baixo, é necessário (João é o que está mais perto da porta). A
explicitar-se o referencial. descrição pode ser realizada com palavras,
esboços, desenhos ou uma combinação de duas
ou mais formas. Um aspecto a ser destacado é
que, para que os estudantes sejam capazes de
desenvolver a habilidade em questão, eles
precisam de experiências reais de localização,
experimentando se colocar em locais e realizar
trajetos que depois irão descrever ou
representar, e vivenciar situações em que
possam explorar o espaço ao seu redor.
Observar um objeto em algum lugar do espaço
em que se vive, para então descrever sua
localização segundo um ponto de referência, é o
ponto de partida para se desenvolver a
habilidade. Por exemplo, observar o trajeto dele
à escola e descrever oralmente ou por desenho a
localização de ponto de referência próximo a
casa dele e/ou próximo à escola, dar uma volta
na escola e descrever a localização das salas
indicando um ponto de referência.

449
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Geometria Figuras geométricas (MS.EF01MA13.s.15) Relacionar figuras geométricas a objetos
espaciais: Relacionar figuras conhecidos ou familiares do mundo físico
reconhecimento e geométricas espaciais envolve a introdução dos nomes das figuras que
relações com (cones, cilindros, esferas e se quer comparar a esses objetos, bem como o
objetos familiares do blocos retangulares) a reconhecimento de pelo menos algumas
mundo físico. objetos familiares do mundo características que elas apresentam, em especial
físico. no que diz respeito a ter ou não faces e vértices
e ser ou não redondas. Sugere-se evidenciar que
a observação do mundo ao redor permite ver as
aplicações geométricas das figuras
tridimensionais em construções, na natureza e
na arte, identificando as formas naturais, as
construídas pelo homem e as relacionadas à
cultura local dentro do campo visual da criança e
relacionar com as figuras geométricas espaciais
que lembram, utilizando massa de modelar,
argila e explorando a criatividade. É importante
que, ao utilizar materiais reciclados ou sucata
para que sejam observados pelos estudantes os
objetos nas formas de cones, cilindros, esferas e
blocos retangulares para que nessa fase, os
estudantes reconheçam e nomeiem o cubo, o
cilindro, a esfera e o bloco retangular. Também é
relevante que sejam estimulados a representá-
los por desenhos, mesmo que pouco precisos.
Da mesma forma, devem ser estimulados a
comparar características comuns e não comuns
entre os objetos, usando, para isso, uma
linguagem ainda informal e baseada na
visualização destes — por exemplo, o cubo tem
“pontas” e a esfera não, ou a esfera parece uma
bola e o cubo, um dado. O registro em listas
coletivas dessas observações auxilia a
desenvolver os processos de comunicação
matemática que compõem o letramento
matemático previsto no documento introdutório.
Há, aqui, oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF15AR02.s.02) da Arte, no que se refere à
identificação de elementos gráficos e formas nas
artes visuais e a habilidade (MS.EF12EF01.s.01)
da Educação Física, no que se refere a
brincadeiras e jogos da cultura popular.
Geometria Figuras geométricas (MS.EF01MA14.s.16) Identificar e nomear figuras geométricas planas
planas: Identificar e nomear figuras em sólidos ou desenhos, independentemente da
reconhecimento do planas (círculo, quadrado, posição em que aparecem, envolvem o
formato das faces de retângulo e triângulo) em conhecimento do nome dessas figuras, bem
figuras geométricas desenhos apresentados em como observar algumas de suas características.
espaciais diferentes disposições ou As figuras a serem conhecidas no primeiro ano
em contornos de faces de podem ser prioritariamente quadrado, retângulo,
sólidos geométricos. triângulo e círculo, que estão presentes nos
sólidos indicados na habilidade anterior
(MS.EF01MA13.s.15). Da mesma forma que
acontece com as formas tridimensionais, as
figuras geométricas planas também estão
presentes no cotidiano dos estudantes. Por isso,
é essencial que sejam exploradas em conjunto
com as formas espaciais. Reconhecer as figuras
planas como parte das figuras não planas e

450
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
descrever as figuras verbalmente usando
propriedades simples (quantidade de faces e
vértices dos sólidos não redondos e quantidade
de lados e vértices das figuras planas não
redondas) são aquisições importantes nessa fase
escolar. É importante o desenvolvimento da
memória visual (a capacidade de recordar um
objeto que não está mais no campo de visão,
relacionando suas características com outros
objetos). Para desenvolver o pensamento
geométrico das crianças e seus conhecimentos a
respeito das figuras planas, é preciso propor
situações que coloquem em jogo as
semelhanças e diferenças existentes entre elas,
considerando algumas de suas propriedades tais
como ter ou não pontas, ter lados retos, ser
redondo, ter três lados etc. Aos poucos, elas irão
identificar e classificar as figuras menos apoiadas
na visualização e mais nas suas propriedades
geométricas.
Grandezas e Medidas de (MS.EF01MA15.s.17) Comparar duas grandezas e expressar a
medidas comprimento, massa Comparar comprimentos, comparação realizada usando termos indicados
e capacidade: capacidades ou massas, na habilidade são aspectos essenciais para as
comparações e utilizando termos como mais futuras aprendizagens das medidas utilizando
unidades de medida alto, mais baixo, mais unidades padronizadas ou não. Portanto, é
não convencionais. comprido, mais curto, mais necessário identificar tanto o que pode ser
grosso, mais fino, mais largo, medido (comprimento, capacidade, massa)
mais pesado, mais leve, cabe quanto os termos associados e adequados a
mais, cabe menos, entre cada comparação (mais leve, mais pesado, mais
outros, para ordenar objetos curto, mais comprido, mais largo, mais estreito,
de uso cotidiano. mais cheio, mais vazio, dentre outros). Deve-se
explicitar que, dentre as principais
aprendizagens a serem feitas, está a
identificação do que pode ser medido. Também
desde cedo os estudantes devem aprender que
medir é fazer uma comparação entre grandezas
de mesmo tipo. Medimos massa comparando
com outra massa, comprimento com outro
comprimento, e assim por diante. Pode-se
explorar as noções de alto e baixo a partir dos
próprios estudantes da classe, observar os
colegas na fila, organizando a fila do mais alto
para o mais baixo ou vice-versa, registrar em
papel pardo o contorno do corpo de cada um e,
em seguida, recortar e afixar na parede para
comparar e ordenar a altura de cada um. A
consciência desse foco auxilia os estudantes a
não confundirem ser mais velho com ser o mais
alto da classe, por exemplo. Como as medições
se fazem medindo, as práticas de medição
envolvem atividades de experimentação. Merece
destaque o fato de que, nessa fase, as medições
sejam feitas por meio de comparações que não
envolvam ainda as unidades de medida
convencionais — por exemplo, medir
comprimentos usando palitos de picolé ou
partes do corpo; medir a capacidade de
determinado recipiente usando copinhos ou

451
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
utensílios das próprias crianças etc. Propor
situações-problema relacionadas a medidas.
Grandezas e Medidas de tempo: (MS.EF01MA16.s.18) Relatar uma sequência de acontecimentos
medidas unidades de medida Relatar em linguagem verbal envolve observar, perceber o que acontece,
de tempo, suas ou não verbal sequência de colocar uma ordem na sequência dos fatos para,
relações e o uso do acontecimentos relativos a então, expressar tudo isso com a linguagem
calendário. um dia, utilizando, quando necessária para a descrição. (Primeiro, levantei;
possível, os horários dos depois, me arrumei; às 7h saí para a escola...). O
eventos. registro por escrito de uma sequência temporal
também está envolvido nesta habilidade, ainda
que seja utilizando esquemas e desenhos. O uso
dos números com sentido de ordem (primeiro,
segundo...) substitue temporariamente o uso de
horas, que pode não acontecer no primeiro ano.
É necessário esclarecer que a elaboração do
conceito de tempo exige a vivência de
experiências para compreender as estruturas
temporais. As oportunidades para o
desenvolvimento da habilidade em análise estão
em atividades que os estudantes vivenciem ou
que envolvam fatos e acontecimentos reais de
seu dia. Em primeiro momento, as observações e
registros podem ser feitas no coletivo, com
vivências relacionadas, por exemplo, a um
período de aula, ou à descrição de
acontecimentos da escola, para, então, se
expandir para períodos observados fora da
escola. Pode-se ir de períodos curtos a períodos
mais longos (matutino, vespertino e noturno)
conforme a aprendizagem evolui. O uso de
marcadores temporais, tais como antes de, após
isso, entre isso e aquilo deve ser estimulado,
bem como são indicadores de avanço na
aprendizagem do tempo pelo estudante. Há,
aqui, oportunidade de trabalho interdisciplinar
com as habilidades (MS.EF01CI05.s.09) da
Ciência, e (MS.EF01GE05.s.09) da Geografia,
relacionadas à observação da passagem do
tempo.
Grandezas e Medidas de tempo: (MS.EF01MA17.s.19) Reconhecer e relacionar períodos de tempo
medidas unidades de medida Reconhecer e relacionar exigem conhecer os nomes dos dias da semana,
de tempo, suas períodos do dia, dias da dos meses do ano, bem como compreender
relações e o uso do semana e meses do ano, aspectos, tais como que uma semana tem sete
calendário. utilizando calendário, dias e um mês tem trinta dias, ou que um ano é
quando necessário. dividido em doze meses. É necessário esclarecer
que a compreensão do tempo é processual, não
se limitando ao estudo do calendário ou à leitura
de horas. Para saber o tempo e compreender
suas estruturas de intervalo, duração e unidades
de medida, os estudantes precisam experimentar
instrumentos e situações de medida do tempo
que lhes permitam compreender o sentido do
tempo e as diferentes unidades que são usadas
para medi-lo (horas, dias, meses, anos). Pode-se
destacar a relevância de utilizar situações que
envolvem músicas, exploração de rotinas,
brincadeiras de corda, o uso de relógios digitais
ou de ponteiros como aliados importantes na
criação de um contexto problematizador para o

452
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
tempo. Nessas situações, é importante que os
estudantes sejam levados a refletir sobre a
duração de diferentes eventos, estabelecendo
comparações. É oportuno resgatar, por meio de
pesquisas, as diferentes formas de contar
períodos de dias, semanas, meses e calendários
nos diferentes grupos étnicos. Há oportunidade
de trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF01CI05.s.09) da Ciência; e
(MS.EF01GE05.s.09) da Geografia, relacionadas à
observação da passagem do tempo.
Grandezas e Medidas de tempo: (MS.EF01MA18.s.20) Produzir escrita de datas exige conhecer o
medidas unidades de medida Produzir a escrita de uma calendário e saber como utilizá-lo para fazer
de tempo, suas data, apresentando o dia, o marcações temporais. A aprendizagem de
relações e o uso do mês e o ano, e indicar o dia notações específicas de marcação de datas (por
calendário. da semana de uma data, exemplo, 2/3/2018), entendendo o que cada
consultando calendários. elemento gráfico dessa notação representa (dia,
mês e ano), também está relacionada a esta
habilidade. Além do que já foi mencionado nas
habilidades anteriores relacionadas ao tempo
(MS.EF01MA16.s.18) e (MS.EF01MA17.s.19), vale
indicar a necessidade de utilizar o calendário
diariamente, para analisar a relação de tempo -
ontem, hoje e amanhã - pela observação de
diferentes situações do cotidiano do estudante,
bem como o mês atual, o mês que veio antes, o
que virá depois, assim como criar um ambiente
na sala de aula em que haja estímulo para
marcações temporais, o que propicia o
desenvolvimento da habilidade no estudante. O
estímulo a investigar situações nas quais a
marcação de datas seja importante (datas de
eventos escolares, datas de aniversário, de
nascimento, feriados etc.) favorece muito a
aprendizagem desta habilidade. Há, aqui,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF01CI05.s.09), da Ciência; e
(MS.EF01GE05.s.09), da Geografia, relacionadas à
observação da passagem do tempo.
Grandezas e Sistema monetário (MS.EF01MA19.s.21) Reconhecer e relacionar valores de moedas e
medidas brasileiro: Reconhecer e relacionar cédulas do sistema monetário brasileiro
reconhecimento de valores de moedas e cédulas implicam conhecer as moedas e cédulas, saber
cédulas e moedas. do sistema monetário nomeá-las, identificar como fazer trocas de
brasileiro para resolver moedas por outras, analisar quantas moedas ou
situações simples do cédulas de menor valor são necessárias para
cotidiano do estudante. trocar por outra de valor maior, formar um valor
com o menor número de notas, formar um valor
com maior número de notas etc. Além das
explorações de reconhecimento das notas e
moedas do sistema monetário nacional, uma
boa forma de contextualizar esta habilidade é
explorar o valor de compra do dinheiro, bem
como formas de utilizá-lo em situações de
compra e venda. Uma indicação é a visita a
mercados ou feiras locais, analisar preços de
mercadorias, fazer lista de compras e, se
possível, realizar uma compra de verdade para
poder analisar o que comprar, quanto gastar,
como economizar, a relação entre querer

453
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
comprar e valer a pena gastar etc. Ou organize
um mercadinho com os estudantes pedindo que
traga embalagens de produtos, coloque os
preços utilizando panfletos de mercados,
distribua o “dinheirinho” e os estudantes serão
vendedores e compradores registrando os
valores recebidos e os trocos devolvidos.
Probabilidade Noção de acaso (MS.EF01MA20.s.22) Classificar eventos envolvendo o acaso diz
e estatística Classificar eventos respeito a analisar e descrever as possibilidades
envolvendo o acaso, tais de algo acontecer ou não. A classificação
como “acontecerá com envolve conhecer e refletir sobre termos, tais
certeza”, “talvez aconteça” e como provável, improvável, muito ou pouco
“é impossível acontecer”, em provável, bem como discutir o grau de
situações do cotidiano. probabilidade usando palavras como certo,
possível e impossível. Merece destaque que,
nesta etapa, as experiências iniciais com
probabilidade são informais e visam responder
questões acerca da chance de ocorrer
determinado acontecimento, recorrendo a
expressões como as indicadas na habilidade ou,
de modo similar, mais provável, menos provável.
A ideia é promover a compreensão entre as
crianças de que nem todos os fenômenos são
determinísticos, ou seja, que o acaso tem um
papel importante em muitas situações. Para isso,
o início da proposta de trabalho com
probabilidade está centrado no desenvolvimento
da noção de aleatoriedade, de modo que os
estudantes compreendam a existência de
eventos certos, outros prováveis ou improváveis
e também os impossíveis. Os cálculos de
probabilidade só serão estudados depois. As
questões acerca de acontecimentos mais ou
menos prováveis podem ser feitas a partir das
experiências com dados, lançamento de moeda
ou situações, tais como "tem um cachorro na
minha casa, o que é provável que ele faça? O
que é impossível que ele faça? O que é certo que
ele faça?" Discutir as hipóteses dos estudantes e
analisar as respostas constituem formas de
ajudá-los a analisar possibilidades e previsões.
Explore exemplos de alguns outros fenômenos
que o estudante conheça para os quais
podemos discutir as possibilidades de
ocorrência, por exemplo, jogar um dardo em um
alvo e acertar o centro, aparecer o sol às 3 horas
da madrugada no Brasil, acertar em jogos da
loteria etc.
Probabilidade Leitura de tabelas e (MS.EF01MA21.s.23) Ler dados em gráficos e tabelas simples exige,
e estatística de gráficos de Ler dados expressos em além do conhecimento dos números envolvidos,
colunas simples tabelas e em gráficos de observar e reconhecer nessas representações os
colunas simples. elementos que as constituem. Merece destaque
o fato de que as primeiras análises de gráficos e
tabelas podem ser coletivas, para que os
estudantes compreendam o que, como e para
que analisam. Para esse trabalho, sugere-se que
as perguntas feitas para a análise de um gráfico
ou tabela tenham foco também em questões de
identificação de dados (qual foi o preferido, qual

454
MATEMÁTICA - 1º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
o menos preferido etc.) e outras que relacionam
dados (quantas pessoas a mais preferem x do
que y). Depois disso, pode-se passar a questões
numéricas (comparar quantidades, calcular
somas e diferenças a partir do gráfico etc.). A
utilização de gráficos e tabelas com dados de
mídia social também são importantes para dar
aos estudantes a visão de que esse tipo de texto
aparece muito fora da aula de matemática.
Nesse momento, pode ser retomada a
habilidade (MS.EF01MA03.s.03) com a forma de
consolidar a habilidade.
Probabilidade Coleta e organização (MS.EF01MA22.s.24) As variáveis categóricas ou qualitativas são
e estatística de informações Realizar pesquisa, aquelas que não são expressas numericamente,
Registros pessoais envolvendo até duas ou seja, a resposta à pergunta não é um número,
para comunicação variáveis categóricas de seu mas um nome, tais como como cor dos olhos,
de informações interesse e universo de até preferência por um time de futebol, preferência
coletadas 30 elementos, e organizar por uma marca de automóvel, preferência
dados por meio de musical, dentre outras. A realização da pesquisa
representações pessoais. acontece a partir de procedimentos, tais como
identificar uma questão a ser respondida,
desenvolver procedimentos que vão da escolha
da população investigada a procedimentos de
coleta, organização e publicação dos dados da
pesquisa; e, finalmente, responder à questão
inicial. Vale sugerir que os dados que poderão
ser coletados, organizados e representados
pelos estudantes sejam para responder
perguntas, cujas respostas não se apresentem
demasiadamente óbvias. Assim, por exemplo,
analisar qual é a preferência dos estudantes da
classe, por sorvete de chocolate ou de limão,
frutas preferidas, animais de estimação, esportes
etc. envolve fazer uma pesquisa, organizar os
dados e construir uma representação para
finalmente responder à questão, indicando
quantos preferem mais um sabor que o outro.
Retomar a habilidade (MS.EF01MA02.s.02) como
forma de contextualizar essa habilidade,
consolidando-a.

MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Leitura, escrita, (MS.EF02MA01.s.01) Neste ano, uma das principais aprendizagens a
comparação e Comparar e ordenar serem realizadas diz respeito ao sistema de
ordenação de números naturais (até a numeração decimal e suas regras. É esperado
números de até três ordem de centenas) pela que os estudantes sejam capazes de agrupar
ordens pela compreensão de unidades em dezenas e centenas e realizar
compreensão de características do sistema de comparação de quantidades. Para que isso
características do numeração decimal (valor ocorra, é possível indicar que as contagens de
sistema de posicional e função do zero). objetos, as situações para a estimativa, os jogos,
numeração decimal a utilização de material estruturado, a resolução
(valor posicional e de problemas envolvendo ou não o sistema
papel do zero). monetário e a exploração de estratégias pessoais

455
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
de cálculo são formas de auxiliar na
compreensão dos princípios do sistema decimal.
Comparar e ordenar números considerando até
a ordem das centenas exigem conhecer a
sequência numérica escrita e falada, bem como
estratégias diversas de comparar quantidades.
Sugere-se que seja incluída a representação dos
números em reta numérica e que se utilize
material manipulável (Material Dourado, jogo
Nunca Dez, Quadro de Valor-Lugar, ábaco
aberto e/ou fechado, Sapateira, dentre outros).
Entretanto, também é importante indicar que,
antes mesmo de a escola ensinar, os estudantes
têm hipóteses a respeito de como se registra e
compara quantidades maiores que 100.
Números Leitura, escrita, (MS.EF02MA02.s.02) Fazer estimativas se relaciona a avaliar a ordem
comparação e Fazer estimativas por meio de grandeza de uma quantidade de objetos e
ordenação de de estratégias diversas a atribuir a uma quantidade um valor aproximado,
números de até três respeito da quantidade de desenvolvendo procedimentos para diferenciar a
ordens pela objetos de coleções e avaliação de um palpite sem reflexão. Estimar
compreensão de registrar o resultado da consiste em formar um juízo aproximado relativo
características do contagem desses objetos a um valor, um cálculo, uma quantia, uma
sistema de (até 1000 unidades). medida etc. O conhecimento da numeração
numeração decimal escrita auxilia no registro de estimativas previsto
(valor posicional e na habilidade. Recomenda-se explicitar que a
papel do zero) estimativa ocorre conjuntamente com o sentido
de número e com o significado das operações e
auxilia no desenvolvimento da capacidade de
tomar decisões. O trabalho com estimativas
supõe sistematizar estratégias, sendo que seu
desenvolvimento e aperfeiçoamento se
relacionam a um trabalho contínuo de aplicar,
construir, interpretar, analisar, justificar e verificar
a partir de resultados exatos. As primeiras
experiências que envolvem números já devem
valorizar o uso de estimativas para que seja
possível ao estudante perceber a importância e o
significado do valor estimado (ou aproximado) e
seja capaz de utilizá-lo em situações da vida
diária que comportam seu uso. Manter na classe
cantos de estimativas, nos quais haja desafios
para que os estudantes estimem a quantidade
de objetos de um pote, ou quantos clipes devem
ser colocados em uma "corrente" para ter o
comprimento de seu pé, ou quantos feijões
cabem em um copo, por exemplo, são algumas
das possibilidades de atividades que favorecem
o desenvolvimento desta habilidade.
Números Leitura, escrita, (MS.EF02MA03.s.03) Esta habilidade envolve estabelecer relações
comparação e Comparar quantidades de entre duas ou mais quantidades e expressar
ordenação de objetos de dois conjuntos, numericamente a diferença entre elas. Isso exige
números de até três por estimativa e/ou por elaborar estratégias de comparação, o que exige
ordens pela correspondência (um a um, conhecer a ordem de grandeza expressa pelo
compreensão de dois a dois, entre outros), número que representa a quantidade, o que, no
características do para indicar “tem mais”, caso de números naturais, implica perceber
sistema de “tem menos” ou “tem a quantas unidades há em uma quantidade. Assim,
numeração decimal mesma quantidade”, por exemplo, para comparar o número 18 com o
(valor posicional e indicando, quando for o número 16, o estudante deverá concluir que 18 é
papel do zero) maior do que 16 e expressar a comparação: 16 é

456
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
caso, quantos a mais e dois a menos do que 18 ou que 18 é dois a mais
quantos a menos. do que 16. Expressões, tais como igual, diferente,
maior, menor, a mesma quantidade são
importantes, ainda sem o uso de sinais de
comparação, exceto o da igualdade e dos
símbolos referentes à adição e à subtração. É
interessante destacar a ideia de que a
comparação e a estimativa serão, ao mesmo
tempo, uma aprendizagem conceitual e um tipo
de atividade a ser proposta para que os
estudantes saibam como comparar e o que
torna uma estimativa eficiente ou não. Isso
porque, apenas em situações em que
efetivamente uma criança seja desafiada a
comparar duas quantidades é que ela
desenvolverá estratégias para isso. Novamente,
serão nas atividades numéricas genuínas (nas
quais de fato faz sentido realizar uma
comparação) que a comparação se desenvolve;
nesse momento, o professor poderá relacionar
os termos dezena, dúzia e centena com
aplicações no contexto. O mesmo vale para a
estimativa. Por isso, além do que foi comentado
para as habilidades anteriores, é importante
sinalizar que, quando um jogo for o contexto de
utilização numérica, comparar a quantidade de
pontos entre os jogadores é útil para alcançar as
habilidades esperadas, bem como criar situações
problematizadoras nas quais se deva saber a
quantidade atual de objetos de uma coleção em
relação a análises anteriores. Destaca-se a
necessidade de cuidar que a linguagem
matemática seja utilizada pelo professor, uma
vez que termos como a mais, a menos, igual e
diferente também são aprendizagens esperadas
para os estudantes e só acontecerão se houver
preocupação para que isso ocorra.
Números Composição e (MS.EF02MA04.s.04) Compor e decompor números de até três ordens
decomposição de Compor e decompor por meio de adições exigem conhecer a
números naturais números naturais de até três sequência numérica escrita e falada com
(até 1000) ordens, com suporte de números maiores do que 100, bem como
material manipulável, por compreender que um número pode ser escrito
meio de diferentes adições. como soma de outros números. Compreender
que há diferentes formas de decompor um
número por adições (por exemplo, que 234 pode
ser decomposto como 230 + 4, 200 + 30 + 4 ou
220 + 14) permitirá desenvolver estratégias de
cálculo, bem como apoiará a compreensão das
características do sistema de numeração
decimal. Por outro lado, as características do
sistema apresentadas na habilidade
(MS.EF02MA01.s.01) serão importantes para a
compreensão de formas distintas de compor e
decompor números. A habilidade prevê o
suporte de materiais manipuláveis.
É possível indicar que a exploração da
composição e decomposição de quantidades de
até 3 ordens com materiais manipuláveis, como
fichas numéricas ou jogos, pode favorecer a

457
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
compreensão do Sistema de Numeração
Decimal. Outro bom contexto pode ser o sistema
monetário por meio da análise de formas
distintas de se obter uma quantia com cédulas
diversas e depois representar as soluções
obtidas com escritas aditivas — por exemplo,
investigar diferentes formas de representar 150
reais usando apenas cédulas de real e
representar as soluções encontradas de pelo
menos três maneiras diferentes. Vale a pena
destacar que decompor um número envolve
adição, multiplicação ou uma combinação das
duas operações e que, nesta etapa, será utilizada
apenas a adição. Outro ponto que merece
destaque é que um número, por exemplo, 154,
pode ter mais do que a decomposição usual
expressa em 100 + 50 + 4, sendo possível
também ter escritas tais como 150 + 4 ou 120 +
30 + 4 ou, ainda, 100 + 30 + 20 + 4.
Números Composição e (MS.EF02MA00.n.05) Esta habilidade envolve o estudo de
decomposição de Realizar agrupamento de características do sistema de numeração que
números naturais quantidades de objetos de permitirá identificar números pares e ímpares a
(até 1000) um conjunto, reunindo os partir da formação de grupos de dois a dois. É
objetos de dois a dois, interessante destacar o trabalho com atividades
construindo a ideia de lúdicas para que os estudantes possam
quantidades pares e consolidar habilidades anteriores e descobrir
ímpares. novas características. O desenvolvimento da
habilidade será alcançado se utilizar-se de
situações nas quais haja significado nesse tipo
de agrupamento, cabendo aí até jogos (definição
de regras para iniciar o jogo). Essa pode ser uma
oportunidade para realizar um diálogo com os
estudantes sobre objetos que são utilizados aos
pares (sapatos, meias, luvas, brincos etc.), e
realizar observação do corpo e identificar
membros/partes do corpo que formam pares.
Números Construção de fatos (MS.EF02MA05.s.06) Construir fatos básicos de adição e subtração
fundamentais da Construir fatos básicos da envolve perceber que eles dizem respeito às
adição e da adição e subtração e utilizá- relações estabelecidas entre números menores
subtração los no cálculo mental ou que 10. Por exemplo, 5 + 2 = 7 é um fato básico
escrito. de adição e 7 - 2 = 5 é um fato básico da
subtração. A construção dos fatos básicos
envolve compor e decompor quantidades por
meio de adições e subtrações, e decorre do
desenvolvimento de procedimentos para
resolver pequenos problemas de contagem,
conhecendo formas diversas de representação,
inclusive com a apresentação dos sinais de
adição, subtração e igualdade. Nesta fase é
fundamental recorrer a situações do cotidiano
do estudante para perceber que os fatos básicos
configuram procedimentos para solucionar as
situações. É importante deixar claro que, na
BNCC, no segundo ano, o domínio de fatos
básicos se relaciona diretamente ao cálculo
mental e influencia na resolução de problemas,
fornece meios de controle sobre possíveis erros
em cálculos, amplia o conhecimento do SND e
permite uma boa relação do estudante com a

458
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
aprendizagem das operações. Jogos como pega-
varetas, de arremesso, tais como o de argolas,
para contagem de pontos, atividades com
calculadora e busca de regularidades em
resultados de operações são formas de criar
ambiente de desenvolvimento para sua
aprendizagem. Sugere-se que a reta numérica
seja utilizada para auxiliar na construção dos
fatos básicos de adição e subtração, bem como a
tabela pitagórica da adição para observar
regularidades (um a mais, dois a mais, fatos com
o zero – soma cujo resultado é igual a uma das
parcelas, resultados para dar 10).
Números Problemas (MS.EF02MA06.s.07) Resolver e elaborar problemas de adição e
envolvendo Resolver e elaborar subtração com as ideias de juntar (por exemplo,
diferentes problemas de adição e de um grupo de 3 objetos e outro de 8 objetos,
significados da subtração, envolvendo quando juntados, formam outro com 11
adição e da números de até três ordens, objetos), acrescentar (por exemplo, há um grupo
subtração (juntar, com os significados de com 8 objetos e, a esses se juntam, mais 3
acrescentar, separar, juntar, acrescentar, separar, objetos, então, o grupo passa a ter 11 objetos),
retirar) retirar, utilizando estratégias separar (por exemplo, há um grupo com 11
pessoais ou convencionais. objetos e dele tem que se separar um grupo de
8 objetos, o outro grupo terá 3 objetos) e retirar
(de um grupo de 11 objetos, retiram-se 3
objetos e sobra um grupo com 8 objetos)
envolvem conhecimento numérico e elaboração
de formas pessoais de registrar resolução do
problema, incluindo a notação formal. Merece
destaque que as atividades que envolvem
resolução de situações-problema são das mais
relevantes para a aprendizagem da matemática.
É esperado que, no segundo ano, os estudantes
sejam capazes de formular e resolver problemas
em diversos contextos, envolvendo a adição e a
subtração. Como a BNCC aborda principalmente
os problemas relacionados às operações, é
importante incluir problemas não numéricos.
Vale destacar também que uma situação-
problema, nesta fase, como a própria redação da
habilidade, indica a utilização de estratégias
diversas para a sua resolução. Em especial no
que diz respeito aos problemas de adição e
subtração, deve-se estar atento ao fato de que
envolvem diferentes ideias relativas a essas
operações, uma vez que se encontra em um
campo conceitual que relaciona as duas
operações, o que resulta que a melhor
aprendizagem ocorre quando ambas são
abordadas conjuntamente, rompendo, assim,
com a abordagem tradicional de primeiro
ensinar problemas de adição para depois ensinar
de subtração. A elaboração de problemas pode
ser feita em duplas ou grupos, com estratégias
variadas, tais como elaborar uma pergunta, um
problema parecido e até uma nova pergunta
para o problema. Após a elaboração, será
fundamental explorar o texto produzido visando
aprimorá-lo, modificá-lo ou reescrevê-lo.

459
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Problemas (MS.EF02MA07.s.08) Para resolver e elaborar problemas de
envolvendo adição Resolver e elaborar multiplicação com a ideia de adição de parcelas
de parcelas iguais problemas de multiplicação iguais (4 + 4 + 4 = 3 x 4) considera-se necessária
(multiplicação) (por 2, 3, 4 e 5) com a ideia a experiência anterior tanto com a resolução e
de adição de parcelas iguais elaboração de problemas quanto com a escrita
por meio de estratégias e aditiva. A habilidade introduz as primeiras ideias
formas de registro pessoais, relacionadas à multiplicação com foco na
utilizando ou não suporte de compreensão da relação entre adição e
imagens e/ou material multiplicação. Nessa fase, não há exigência de
manipulável. memorizar fatos básicos da multiplicação, uma
vez que o foco está em uma das ideias dessa
operação. A representação do tipo a x b = c
pode ser incluída como uma forma de
representar uma escrita aditiva de parcelas
iguais. A expressão da relação multiplicativa
pode ser feita com a utilização de recursos de
expressão diversos, tais como desenhos,
esquemas e suporte de imagem. É importante
explicitar que no desenvolvimento das
atividades, as operações não venham antes dos
problemas, mas em conjunto com eles. Aprende-
se uma operação resolvendo problemas
relacionados ao cotidiano do estudante e/ou
problemas estritamente matemáticos,
expressando a resolução de múltiplas maneiras,
sendo uma delas a escrita aritmética. Ainda,
torna-se relevante destacar a importância de
incentivar diferentes processos de resolução nos
quais seja possível a utilização de representações
pessoais (desenhos, esquemas, escritas
numéricas), bem como analisar coletivamente e
discutir a respeito das soluções encontradas. O
incentivo a registros diversos são parte do
processo de apoio à construção da linguagem
matemática, amplia o raciocínio e a capacidade
de argumentar dos estudantes. Isso vale para
situações-problema em geral.
Números Problemas (MS.EF02MA08.s.09) Resolver e elaborar problemas envolvendo
envolvendo Resolver e elaborar dobro, metade, triplo e terça parte exigem
significados de problemas envolvendo conhecimento da habilidade anterior
dobro, metade, dobro, metade, triplo e terça (MS.EF02MA07.s.08) e a introdução de uma nova
triplo e terça parte parte, com o suporte de ideia, que é a de que dividir em duas ou três
imagens ou material partes iguais, se relaciona diretamente com
manipulável, utilizando metade e terça parte, respectivamente. É
estratégias pessoais. importante ter atenção para aprendizagem de
palavras novas, tais como dobro e triplo, e
relacioná-las com a multiplicação por dois e por
três. As primeiras noções de frações como parte
de um todo também estão implícitas nesta
habilidade. A habilidade prevê elaborar formas
pessoais (desenhos, escrita com palavras,
esquemas) de resolução e não por
procedimentos convencionais. É provável que a
aprendizagem desta habilidade se estenda para
o terceiro e quarto anos, uma vez que se passará
a utilizar procedimentos convencionais. Vale
destacar que contagens, problemas, jogos e
exploração de receitas simples são excelentes
contextos para se explorar as ideias centrais

460
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
desta habilidade, em especial, a proposição de
situações que envolvem a divisão de grandezas
discretas em partes iguais (duas ou três partes)
com o suporte de materiais manipuláveis
(coleções de botões, tampinhas, figurinhas,
dobraduras, malha quadriculada etc.). É
importante destacar que compreender metade e
terça parte passa também pela exploração de
objetos que podem ou não ser divididos em
duas ou três partes iguais. Não são esperadas as
representações numéricas de metade e um
terço, mas os estudantes devem ser estimulados
a fazer desenhos e justificar por escrito ou
oralmente as divisões que fazem e as partes que
são obtidas dessas divisões.
Álgebra Construção de (MS.EF02MA09.s.10) Construir sequências numéricas em ordem
sequências Construir sequências de crescente e decrescente envolve conhecer a
repetitivas e de números naturais em ordem sequência numérica de rotina e diferentes
sequências crescente ou decrescente a procedimentos de contagem ascendente e
recursivas partir de um número descendente (escala de 2 em 2, 3 em 3, 5 em 5,
qualquer, utilizando uma 10 em 10 etc.). Além disso, é importante
regularidade estabelecida. identificar outras regularidades dessas
sequências. Por exemplo, na sequência de 5 em
5 a partir do 0 (0, 5, 10, 15, 20, ...) os números
terminam em 0 ou 5 e na sequência de 5 em 5 a
partir do 2 (2, 7, 12, 17, 22, ...) os números
terminam em 2 ou 7. Um dos aspectos mais
importantes para ser considerado em relação à
álgebra dos anos iniciais é que ela não se
assemelha ao tipo de álgebra que se conhece
dos anos finais do Ensino Fundamental e que
envolve técnicas algébricas, resolução de
equações, por exemplo. O trabalho com
regularidades inicia-se pela organização e pela
ordenação de elementos que tenham atributos
comuns. A relação da Álgebra com a unidade
temática Números é bastante natural no
trabalho com sequências numéricas, seja na ação
de completar uma sequência com elementos
ausentes, seja na construção de sequências
segundo uma determinada regra de formação.
Por exemplo, construir uma sequência numérica
começando pelo número três e que cresça de 5
em 5. Esse trabalho contribui para que os
estudantes percebam regularidades nos
números naturais. Esta habilidade explora um
aspecto de buscar padrões e expressá-los em
situações de contagem que são muito
desafiadoras para estudantes desta idade se for
proposto como um jogo, um problema a ser
investigado. É importante destacar também que
o pensamento algébrico evolui se houver
possibilidade de se representar o padrão
observado, e de se falar a respeito dele.

461
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Álgebra Identificação de (MS.EF02MA10.s.11) Descrever um padrão implica observar e explorar
regularidade de Descrever um padrão (ou sequências numéricas ou geométricas, de modo
sequências e regularidade) de sequências a identificar uma de suas regularidades e, então,
determinação de repetitivas e de sequências expressá-las. Uma sequência é repetitiva quando
elementos ausentes recursivas, por meio de tem um mesmo padrão de organização que se
na sequência palavras, símbolos ou repete a cada elemento. Por exemplo, na
desenhos. sequência 2, 4, 6, 8, 10..., o padrão de repetição é
que um termo é obtido somando 2 ao anterior.
Uma sequência recursiva explicita seu primeiro
valor (ou primeiros valores) e define outros
valores na sequência em termos dos valores
iniciais segundo uma regra. Por exemplo, na
sequência 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, a recursividade está
em que, a partir do segundo termo, que é 1, os
demais são obtidos da soma dos dois anteriores:
2 = 1 + 1; 3 = 1 + 2; 5 = 2 + 3 e assim por
diante. Um contexto natural para propiciar a
aprendizagem das ideias envolvidas nesta
habilidade é a identificação e a exploração
propriamente dita dos "segredos" de uma
sequência. Observar sequências já iniciadas,
construir sequências, representar sequências em
retas numéricas e investigar elementos faltantes
de uma sequência serão contextos naturais de
situações que os estudantes precisam resolver.
Em termos gerais, o coração da álgebra nos anos
iniciais está na identificação dos padrões
observados, e na descrição dessas regularidades.
As generalizações podem ser expressas de várias
maneiras — por meio da linguagem natural, de
desenhos, de símbolos e, futuramente, no ensino
fundamental II, com o uso da linguagem
algébrica.
Álgebra Identificação de (MS.EF02MA11.s.12) Descrever elementos ausentes em uma
regularidade de Descrever os elementos sequência exige observar e identificar o padrão
sequências e ausentes em sequências ou regularidade que a constitui e, a partir disso,
determinação de repetitivas e em sequências descrever as características ou como se calcula
elementos ausentes recursivas de números os elementos faltantes para, então, completá-la.
na sequência naturais, objetos ou figuras. As atividades relacionadas a esta habilidade
decorrem imediatamente das considerações
feitas para as habilidades (MS.EF02MA09.s.10) e
(MS.EF02MA10.s.11). Dessa forma, o professor
poderá desenvolver em grupos atividades nas
quais os estudantes vão no primeiro momento
identificar padrões e descrever a regularidade
observada, no segundo momento pode-se
solicitar aos grupos a construção de sequências
faltando elementos, as quais serão trocadas
entre os grupos para novamente serem
descobertas os padrões e completá-las.
Geometria Localização e (MS.EF02MA12.s.13) Identificar e registrar a localização de algo ou de
movimentação de Identificar e registrar, em alguém segundo um ou mais pontos de
pessoas e objetos no linguagem verbal ou não referência requerem ter conhecimento da
espaço, segundo verbal, a localização e os importância dos referenciais para essas ações.
pontos de deslocamentos de pessoas e Assim, o desenvolvimento desta habilidade
referência, e de objetos no espaço, requer a ampliação da linguagem por meio de
indicação de considerando mais de um termos e ícones que indicam localização
mudanças de ponto de referência, e segundo um referencial (por exemplo, utilizar
direção e sentido um croqui da sala de aula para indicar que uma

462
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
indicar as mudanças de pessoa está entre outras duas, ou à direita de
direção e de sentido. uma e à esquerda de outra, ou em frente ao
quadro e ao lado da porta). Já a identificação e a
representação de deslocamentos propiciam
outro tipo de compreensão que se relaciona à
direção e sentido (ir adiante, em linha reta e
mudar de direção virando à direita ou à
esquerda; caminhar na mesma direção, mas em
sentido oposto ao deslocamento de alguém
etc.). Contextos interessantes para o
desenvolvimento desta habilidade podem estar
em aplicativos nos quais os estudantes precisem
deslocar objetos por trilhas e labirintos. Também
pode-se propiciar vivências nas quais os
estudantes possam descrever trajetos ou realizar
percursos usando movimentos corporais ou
descrevendo verbalmente a localização de um
objeto ou pessoa segundo pontos de referências
familiares. Duas explicitações são importantes:
linguagem e representação gráfica. Isso porque
uma forma de avaliar a compreensão que o
estudante tem do espaço e das possibilidades de
nele localizar objetos e pessoas é observando o
uso de termos, tais como ao lado de, entre,
antes de, após o, à esquerda ou à direita. Essas
marcas linguísticas indicam a ampliação de
conhecimento a respeito da localização e devem
ser incentivadas em situações relativas à
habilidade. Embora não seja fácil diferenciar o
significado de direção do significado de sentido,
é importante iniciar esse trabalho propondo
atividades que envolvam a distinção entre essas
duas noções. Outro ponto importante é sugerir
que os estudantes representem deslocamentos
ou localizações feitas por meio de desenhos.
Desenhos e esquemas feitos durante ou após as
atividades de localização espacial auxiliam na
ampliação da compreensão do espaço. Esta
habilidade poderá ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF02GE08.s.06) e (MS.EF02GE10.s.08), no
que se refere à descrição da localização de
objetos no espaço, e com a habilidade
(MS.EF12EF00.n.11) de Educação Física, que trata
da relação do seu corpo em relação ao outro.
Geometria Esboço de roteiros e (MS.EF02MA13.s.14) Esboçar roteiros se relaciona diretamente com a
de plantas simples Esboçar roteiros a ser vivência de ter percorrido trajetos e criado
seguidos ou plantas de formas de representá-los, previsto na habilidade
ambientes familiares, (MS.EF02MA12.s.13). Aqui está explícito o
assinalando entradas, saídas estabelecimento de relações espaciais entre
e alguns pontos de diversos elementos por meio de representações
referência. como mapas, plantas, croquis e diagramas.
Atividades em que os estudantes representem o
roteiro de sua casa até a escola é uma boa
prática para trabalhar as diferenças entre os
mapas de trajetos, bem como atividades que
explorem os cenários de regiões dos povos
indígenas, quilombolas, ribeirinhos, dentre
outras. Pode se destacar que a própria descrição

463
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
da habilidade marca o tipo de contexto que é
adequado para desenvolver o conhecimento
específico de espaço esperado: a leitura e
confecção de mapas e croquis. É possível fazer
esse trabalho de modo integrado com a
Geografia, onde também estão previstas
habilidades de leitura e confecção de plantas e
mapas. Outra situação que propicia o
desenvolvimento desta habilidade está nas
brincadeiras de tradição oral — se, após brincar,
por exemplo de amarelinha, os estudantes
podem ser estimulados a representar o cenário
da brincadeira e detalhes do espaço onde ela
ocorreu. É oportuno resgatar e registrar
características de moradias e organização das
comunidades da cultura local. Merece destaque
que, ao realizar atividades relativas a esta
habilidade, tem relevância especificar posições e
descrever relações de tamanho, distância e
proximidade entre o cenário real e o
representado para que noções de
proporcionalidade possam ser futuramente
desenvolvidas.
Geometria Figuras geométricas (MS.EF02MA14.s.15) Reconhecer, nomear e comparar as figuras
espaciais (cubo, Reconhecer, nomear e espaciais definidas na habilidade implicam
bloco retangular, comparar figuras conhecer os nomes e a introdução de pelo
pirâmide, cone, geométricas espaciais (cubo, menos algumas características que elas
cilindro e esfera): bloco retangular, pirâmide, apresentam, em especial no que diz respeito a
reconhecimento e cone, cilindro e esfera), ter ou não faces e vértices e ser ou não
características relacionando-as com objetos redondas. É recomendado expressar a
do mundo físico. comparação verbalmente ou por escrito. Podem-
se propor atividades em que o estudante explore
embalagens, bem como construa modelos de
figuras espaciais com massa de modelar ou
varetas. Analisar as características e propriedades
das formas presentes em embalagens, bem
como explicitá-las verbalmente ou fazer
representações das formas por meio de
desenhos, auxilia a compreensão das principais
características dos objetos em estudo, bem
como favorece o desenvolvimento de
habilidades de visualização e raciocínio espacial.
É importante estimular os estudantes a usarem o
vocabulário específico relacionado às formas,
tais como os nomes que elas têm, termos como
faces e vértices e, ainda, a nomear as faces de
cubo, pirâmide e paralelepípedo, identificando
as figuras geométricas planas que nelas
aparecem. Uma boa interação entre as culturas
seria realizar um trabalho com atividades
enriquecedoras sobre a geometria indígena e
quilombolas observando as diferenças entre a
geometria ocidental, os nomes utilizados e as
cores são importantes, pois representam
maneiras de se expressar e a posição em que são
desenhadas. Há, aqui, oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF02CI01.s.01), da Ciência, e
(MS.EF02GE09.s.07), da Geografia, no que se

464
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
refere à observação de objetos do cotidiano,
suas características, formas e representação.
Geometria Figuras geométricas (MS.EF02MA15.s.16) Reconhecer, comparar e nomear figuras planas
planas (círculo, Reconhecer, comparar e se relacionam com conhecer os nomes das
quadrado, retângulo nomear figuras planas figuras planas e algumas de suas propriedades,
e triângulo): (círculo, quadrado, retângulo tais como ter ou não lados. O conhecimento
reconhecimento e e triângulo), por meio de dessas características permite a comparação de
características características comuns, em figuras geométricas planas pelo reconhecimento
desenhos apresentados em de características comuns (ter ou não lados e
diferentes disposições ou vértices) e, também, identificar as figuras
em sólidos geométricos. geométricas planas em sólidos ou desenhos,
independentemente da posição em que
aparecem. Deve estar claro que, nesta etapa, já é
esperado que os estudantes classifiquem as
figuras planas usando critérios, tais como figuras
com e sem lados, com e sem vértices ou, ainda,
que separem as figuras pelo número de lados
que elas têm. Quebra-cabeças, mosaicos e a
análise de objetos do cotidiano são contextos
interessantes para a exploração de atividades
que levem ao desenvolvimento desta habilidade.
É importante destacar também a importância de
ler representações de figuras planas na forma de
desenhos ou de produzir desenhos que
representem figuras planas. Nesta habilidade o
professor poderá trabalhar com o recorte e
sequenciação de figuras geométricas planas
(triângulos, retângulos, quadrados, círculos) para
comparar e identificar características integrando
assim com as habilidades (MS.EF02MA09.s.10),
(MS.EF02MA10.s.11) e (MS.EF02MA11.s.12).
Grandezas e Medida de (MS.EF02MA16.s.17) Estimar, medir e comparar comprimentos
medidas comprimento: Estimar, medir e comparar implicam identificar o comprimento como uma
unidades não comprimentos de lados de grandeza que pode ser medida, bem como
padronizadas e salas (incluindo contorno) e entender o sentido de medir (fazer comparação,
padronizadas de polígonos, utilizando escolhendo uma unidade de medida, identificar
(metro, centímetro e unidades de medida não quantas vezes a unidade cabe no comprimento a
milímetro) padronizadas e ser medido e expressar a medição com um
padronizadas (metro, número seguido da unidade). A percepção de
centímetro e milímetro) e que as medições de comprimento podem ser
instrumentos adequados. feitas com unidades não padronizadas (passos,
pés, palitos, barbante) e padronizadas (metro e
centímetro), com o uso de instrumentos de
medida, também é uma aprendizagem esperada,
assim como relacionar a ideia de que uma
medição pode ser expressa por números
diferentes dependendo da unidade de medida
utilizada. Esse fato é determinante para que o
estudante compreenda a relação entre metro e
centímetro, por exemplo. Merece destaque o
fato de que as medidas estão por toda parte e,
por isso, os processos de medição, em especial
os de comprimento, são facilmente identificados
e usados em diferentes contextos. É importante
que sejam destacados tanto a compreensão dos
atributos mensuráveis dos objetos como os
processos de medição. Também é importante
que os estudantes aprendam a utilizar
instrumentos de medida de comprimento, tais

465
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
como régua, trena e fita métrica. Embora a
habilidade preveja a introdução das unidades de
medida de comprimento padronizadas, há um
aspecto a ser considerado: a necessidade de
explorar a relação de equivalência entre
unidades diferentes (por exemplo, que 1m = 100
cm) sem ensinar regras de transformação de
unidades. Outra consideração a ser feita é que
fazer estimativa de medida de comprimento,
depois realizar a medição e comparar o dado
real com a estimativa, é um recurso essencial
para o desenvolvimento de habilidades
referentes ao tema Grandezas e Medidas. Nesse
momento um trabalho sobre as formas de
medição utilizadas pelos indígenas, camponeses,
pescadores, quilombolas levará os estudantes a
perceber que para medir não se necessita de
uma medida padrão universal, e que as
necessidades sociais e culturais dos povos os
levavam a fazer comparações associadas às
partes do corpo (mão, pé, braça, palmo, jarda,
dentre outros). É possível encontrar o uso de
alguns desses padrões, embora aconteça
raramente, pois o sistema métrico decimal se
tornou padrão e é socialmente conhecido. Nesta
habilidade o professor poderá trabalhar a
medição dos locais coletivos da escola e associar
com as habilidades (MS.EF02MA13.s.14) e
(MS.EF02GE09.s.07).
Grandezas e Medida de (MS.EF02MA17.s.18) Estimar, medir e comparar capacidade e massa
medidas capacidade e de Estimar, medir e comparar têm o mesmo sentido explicitado na habilidade
massa: unidades de capacidade e massa, (MS.EF02MA16.s.17), adequada a essas duas
medida não utilizando estratégias grandezas, por isso o professor pode iniciar
convencionais e pessoais e unidades de explorando algumas medidas não padronizadas
convencionais (litro, medida não padronizadas do cotidiano, por exemplo, xícara, copo, colher,
mililitro, cm3, grama ou padronizadas (litro, pitadas, prato, dentre outros, para introduzir os
e quilograma) mililitro, grama e objetos do conhecimentos desta habilidade.
quilograma). Identificar as grandezas, compreender o que é
medi-las (comparando com outra grandeza de
mesma espécie, escolhendo uma unidade e
expressando a medição numericamente com a
identificação da unidade utilizada) é o que está
implícito nesta habilidade. As relações entre litro
e mililitro (1 l equivale a 1000 ml) e entre o
grama e o quilograma (1 kg equivale a 1000 g)
podem ser exploradas. No entanto, a relação
expressa por frações ou decimais ficará para
anos posteriores. Sugere-se destaque para o fato
de que essa é uma habilidade que envolve duas
grandezas importantes: massa e capacidade.
Receitas, exploração da capacidade das
embalagens, utilização de balanças (de cozinha,
de controle corporal, antropométrica) para medir
massa de objetos, visitas a mercados para
analisar o uso de balanças digitais, levantamento
da utilização de medidas de massa e capacidade
no cotidiano das pessoas, dentre outros,
apresentam possibilidades de contextos para
problemas que envolvem a medição. É

466
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
importante que os estudantes conheçam, além
das relações entre quilograma e grama e entre
litro e mililitro, instrumentos de medida e que os
utilizem para realizar medições de modo a
compreender como se mede cada tipo de
grandeza, os cuidados para realizar uma
medição, a importância da escolha da unidade
de medida e a forma de expressar a medição
feita. É importante que os estudantes também
utilizem vocabulário específico, resolvam
problemas onde possam aplicar as
aprendizagens e saibam representar medições
com as respectivas unidades.
Grandezas e Medidas de tempo: (MS.EF02MA18.s.19) Indicar intervalo de tempo de duas datas (por
medidas intervalo de tempo, Indicar a duração de exemplo: de 1º de janeiro a 31 de maio já se
uso do calendário, intervalos de tempo entre passaram cinco meses) envolve a percepção de
leitura de horas em duas datas, como dias da intervalo de tempo e sua duração. A percepção
relógios digitais e semana e meses do ano, de tempo transcorrendo e transcorrido, de
ordenação de datas utilizando calendário, para tempo presente, passado e futuro também está
planejamentos e implícita na habilidade. Pode ser sugerido que
organização de agenda. haja a utilização de situações reais de
planejamento do tempo, com o uso de
calendário, e a exploração de tempo a
transcorrer (entre hoje e a próxima semana,
quantos dias há) e de tempo transcorrido
(quantos dias ou meses já se passaram desde
que as aulas começaram, ou desde a festa
junina). O professor pode solicitar que os
estudantes tragam embalagens para explorar
prazos de validade de produtos, retomando
assim habilidades anteriormente trabalhadas
(MS.EF02MA14.s.15) e (MS.EF02MA17.s.18), da
duração de uma aula ou de outros momentos
relevantes da rotina pessoal e coletiva auxiliam
para o alcance desta habilidade pelos
estudantes. Há, aqui, oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF02HI06.s.06) e (MS.EF02HI07.s.07), da
História, associadas à percepção de intervalos de
tempo e utilização de marcadores, como
calendário, bem como a habilidade
(MS.EF12LP04.s.04) para trabalhar leitura e
compreensão juntamente com os colegas os
calendários, agendas, avisos, dentre outros.
Grandezas e Medidas de tempo: (MS.EF02MA19.s.20) Medir a duração de um intervalo de tempo
medidas intervalo de tempo, Medir a duração de um requer conhecer unidades distintas de medida
uso do calendário, intervalo de tempo por meio de tempo (dias, meses, anos, horas, minutos
leitura de horas em de relógio digital e registrar etc.), bem como de instrumentos diversos de
relógios digitais e o horário do início e do fim medida e marcação temporal — no caso
ordenação de datas do intervalo. específico, o uso de relógios digitais (os relógios
analógicos ou de ponteiros também podem ser
eventualmente considerados). A exploração de
formas diversas de calendário, incluindo
calendários indígenas, meios históricos de
marcação de tempo (ampulhetas, relógios de sol
e de água), a utilização cotidiana do relógio
digital com ênfase na ideia de hora e meia hora
são formas de explorar o tempo de modo
integrado ao cotidiano dos estudantes. Cabe

467
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
destacar a importância de compreender as
categorias temporais de anterioridade,
posterioridade e simultaneidade (passado,
presente e futuro), bem como do conceito de
intervalos de tempo e sua duração. O uso de
relógios analógicos (de ponteiro) favorece a
percepção do tempo passando pela
movimentação dos ponteiros. O professor
poderá trabalhar com o quadro de rotinas na
verificação dos tempos, mencionando a
importância do desenvolvimento de processos
de raciocinar com medidas de tempo e justificar
decisões tomadas em relação a planejamento
pessoal, organização de rotinas e estimativa da
duração de um intervalo de tempo (longo, curto,
rápido, devagar etc.) são outros itens
merecedores de atenção. Há, aqui, oportunidade
de trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF02CI07.s.07), de Ciências, e
(MS.EF02HI07.s.07), da História, no que se refere
à observação e marcação da passagem do
tempo utilizando diferentes tipos de relógios.
Grandezas e Sistema monetário (MS.EF02MA20.s.21) Estabelecer a equivalência entre valores de
medidas brasileiro: Estabelecer a equivalência moedas e cédulas do sistema monetário
reconhecimento de de valores entre moedas e brasileiro implica conhecer as moedas e cédulas,
cédulas e moedas e cédulas do sistema saber nomeá-las, identificar como fazer trocas de
equivalência de monetário brasileiro para moedas de valor menor por outras e analisar
valores resolver situações cotidianas. quantas moedas ou cédulas de menor valor são
necessárias para trocar por outra de valor maior.
A resolução de problemas envolvendo compra,
venda e troco são aplicações do conhecimento
como forma para ele ser desenvolvido pelos
estudantes. Deve ficar claro que, neste segundo
ano, além de ampliar o conhecimento das notas
e moedas de real, é adequado verificar o que é
possível ou não comprar com determinados
valores e como priorizar compras, explorando a
ideia de comparação de preços (mais caro ou
mais barato) utilizando panfletos de
supermercados, lojas, dentre outros, para que os
estudantes compreendam o sentido e a
necessidade de se fazer “economia”.
Probabilidade e Análise da ideia de (MS.EF02MA21.s.22) A probabilidade é a Matemática da incerteza e
estatística aleatório em Classificar resultados de se aproxima mais da realidade. No dia a dia, lida-
situações do eventos cotidianos se mais com a estimativa do que com a precisão.
cotidiano aleatórios como “pouco A ideia de aleatório em que não se sabe qual
prováveis”, “muito será o resultado, mas se pode prever os
prováveis”, “improváveis” e resultados possíveis e os impossíveis, é questão
“impossíveis”. central ao raciocínio probabilístico. A análise de
eventos cotidianos para indicar se eles podem
ou não ocorrer, se é muito ou pouco provável, é
o foco da probabilidade neste ano. Nesse
momento da escolaridade as experiências com
probabilidade devem ser informais, mas deve ser
incentivado o uso de termos que explicitem as
análises das chances de algo ocorrer: muito
provável, pouco provável, improvável, impossível
e certeza. Essas ideias centrais podem ser
exploradas por meio de jogos, análises de

468
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
situações desenvolvidas para isso ou de
perguntas que levem os estudantes a analisar
chances de algo acontecer. Classificar resultados
de eventos (acontecimentos, fenômenos)
cotidianos aleatórios envolve perceber que há
certos acontecimentos que, quando repetidos
inúmeras vezes em processos semelhantes, não
se pode prever qual será o resultado, mas pode-
se indicar os resultados possíveis e os
impossíveis. O lançamento de um dado é
exemplo de um evento aleatório — no caso dos
dados, pode-se ter seis possíveis resultados
diferentes {1, 2, 3, 4, 5, 6}, mas nunca se terá
certeza qual desses números aparecerá quando
o dado for lançado. Nesse mesmo exemplo, é
provável sair qualquer número de 1 a 6 e
impossível sair o 7, porque esse número não está
nas faces do dado. Se um dado for jogado cinco
vezes não é impossível sair o 6 nas cinco
jogadas, embora seja pouco provável. Em um
jogo com dois dados, por exemplo, vale analisar
quais as somas que podem sair e quais são
impossíveis de sair (13, por exemplo). Jogar um
dado 30 vezes, é improvável que saia o 6 nas 30
jogadas, mas não é impossível. Montar uma
tabela (p.ex. tabela pitagórica de 1 a 6 para
representar os dados) com todas as somas
possíveis e ver quais aquelas que têm mais
chance de sair (é mais provável sair soma 7 do
que soma 12, por exemplo) é uma boa estratégia
para a compreensão dos significados de mais
provável, menos provável e igualmente provável.
Probabilidade e Coleta, classificação (MS.EF02MA22.s.23) Comparar informações de pesquisas nas
estatística e representação de Comparar informações de condições previstas na habilidade envolve algum
dados em tabelas pesquisas apresentadas por conhecimento anterior de leitura de gráficos de
simples e de dupla meio de tabelas de dupla colunas para que se possa ler o gráfico em
entrada e em entrada e em gráficos de barras simples horizontais. Especificamente, a
gráficos de colunas colunas simples ou barras, tabela que deve ser lida aqui é uma tabela que
para melhor compreender relaciona duas variáveis de uma mesma
aspectos da realidade população, ou a análise de uma mesma variável
próxima. em duas populações diferentes (por exemplo, a
relação entre as variáveis idade e número de
irmãos em mulheres ou a variável preferência
por times de futebol analisada entre homens e
mulheres). Um ponto de destaque é analisar o
tipo de problematização a ser feita em função
das aprendizagens esperadas. Assim, é possível
explorar elementos que constituem tabelas e
gráficos (mencionados na descrição da
habilidade), propor problemas e abrir espaço
para que os próprios estudantes elaborem
perguntas para serem respondidas a partir da
tabela e do gráfico. Propor que, dada uma
tabela, seja construído um gráfico ou, dado um
gráfico, seja construída uma tabela são formas
de levar os estudantes a alcançar a habilidade
em análise. Como essa conversão não é nada
fácil, sugere-se que o gráfico (ou a tabela)
apresentado seja bastante simples, com poucos

469
MATEMÁTICA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
elementos, e pode-se recorrer a recortes em
revistas, jornais e pesquisas de assuntos
próximos aos estudantes, para explorar gráficos
e tabelas por exemplo. Da mesma forma,
apresentar um gráfico com algumas afirmações
relacionadas a ele, desafiando o estudante a
associar a afirmação que melhor o representa, é
um tipo de problematização que exige uma boa
leitura do gráfico. A linguagem e os elementos
relacionados à tabela (linhas, colunas, dados,
fonte de dados, título, rodapé), assim como a
linguagem e os elementos relacionados aos
gráficos (título, fonte, eixos, legenda) devem ser
progressivamente explorados com os
estudantes, isto é, esta habilidade deve ser
trabalhada durante o ano.
Probabilidade e Coleta, classificação (MS.EF02MA23.s.24) As variáveis categóricas ou qualitativas são
estatística e representação de Realizar pesquisa em aquelas que não são expressas numericamente,
dados em tabelas universo de até 30 pois suas respostas às questões feitas são
simples e de dupla elementos, escolhendo até palavras como cor dos olhos, mês de
entrada e em três variáveis categóricas de nascimento, preferência por um time de futebol,
gráficos de colunas seu interesse, organizando preferência musical, dentre outras. A realização
os dados coletados em da pesquisa acontece a partir de procedimentos
listas, tabelas e gráficos de tais como elaborar as questões sobre o que se
colunas simples. pretende pesquisar e desenvolver
procedimentos que vão da escolha da população
a procedimentos de coleta, organização e
publicação dos dados da pesquisa e a respostas
às questões investigadas. Deve ficar claro que o
foco desta habilidade está em formular questões
que possam ser abordadas por meio da coleta,
organização e apresentação dos dados
relevantes e que permitam responder às
questões iniciais do levantamento. É importante
trabalhar com perguntas cujas respostas não
sejam óbvias e deem margem para a coleta e
representação de dados, para posterior tomada
de decisão a partir do que foi coletado. Assim,
por exemplo, analisar como o dono da cantina
da escola poderia saber se deve ter em estoque
mais sorvete de morango do que de chocolate
ou de limão envolve fazer uma pequena
pesquisa, organizando os dados e, depois,
construir o gráfico para finalmente decidir em
função da preferência daqueles estudantes que
responderam às questões. O professor pode
solicitar aos estudantes que tragam materiais,
exemplares de alguns jornais, revistas e
embalagens, nos quais existam tabelas e ou
gráficos envolvendo pelo menos duas ou três
variáveis categóricas. O professor poderá utilizar
o site do IBGE como fonte para pegar tabelas e
gráficos como temas próximos da realidade do
estudante.

470
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Leitura, escrita, (MS.EF03MA01.s.01) Comparar e ordenar números considerando até
comparação e Ler, escrever e comparar a ordem de unidade de milhar exigem
ordenação de números naturais de até a conhecimento da sequência numérica escrita e
números naturais de ordem de unidade de milhar, falada, bem como estratégias diversas de
quatro ordens estabelecendo relações comparação de quantidades. É oportuno
entre os registros numéricos
resgatar a forma de contar e registrar diferentes
e em língua materna.
quantidades presentes na cultura das
Explorar as diferentes formas
comunidades (indígenas, quilombolas,
de contar presentes nos
povos indígenas ribeirinhos, camponeses, dentre outros). Sugere-
se que seja incluída a representação dos
números em reta numérica em escalas de
múltiplos de 10 e 100. A habilidade prevê que se
dê atenção à representação das quantidades
com algarismos e palavras, estabelecendo
relação entre elas. Sugerir a leitura de tabelas e
de textos que envolvem números da ordem de
unidades de milhar para criar contextos de
leitura, escrita e comparação de quantidades. Os
estudantes deverão ser estimulados a
representar quantidades usando algarismos ou
escrevendo os nomes dos números utilizando a
língua materna. Também é esperado que sejam
exploradas contagens com intervalos diferentes,
em especial usando múltiplos de 10 (10 em 10,
100 em 100, 1000 em 1000), que são úteis no
desenvolvimento de procedimentos de cálculo.
Estimativas da ordem de grandeza dos números
também contribuem para o desenvolvimento do
senso numérico. Nesta habilidade o professor
poderá utilizar jogos envolvendo o agrupamento
de 10 em 10, de 100 em 100 e de 1000 em 1000,
por exemplo, Nunca Dez, Banco Imobiliário com
ou sem o uso do Material Dourado. Ainda, o
professor poderá realizar brincadeiras de
contagem (verbal e por registro) em que os
múltiplos de 10 sejam substituídos por uma
palavra, de forma que trabalhem com a atenção
e sequenciação numérica.
Números Composição e (MS.EF03MA02.s.02) Identificar as características do Sistema de
decomposição de Identificar características do Numeração Decimal – SND – implica saber que
números naturais sistema de numeração ele tem base 10, uma vez que as trocas para uma
decimal, utilizando a nova ordem são feitas a cada dez elementos da
composição e a ordem inferior (a cada dez unidades, uma
decomposição de número
dezena, a cada dez dezenas, uma centena etc.),
natural de até quatro
possui um símbolo para o zero, bem como que,
ordens.
com dez algarismos (0 a 9), se representa
qualquer quantidade e, sobretudo, que é um
sistema posicional (o valor de um algarismo no
número depende da posição que ele ocupa).
Além disso, o SND é aditivo e multiplicativo
(3234 = 3 . 1000 + 2 . 100 + 3 . 10 + 4 . 1). Essas
são as principais características do SND que
começam a ser sistematizadas nesse ano e que
deverão ser concluídas no 5º ano. Vale destacar
que, para aprender o sistema de numeração

471
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
decimal, há três ações que devem acontecer
simultaneamente por meio de atividades
desafiadoras: comparar quantidades, produzir
escritas numéricas e operar com o sistema
(significa que os algoritmos das operações e a
aprendizagem do sistema andam juntos). Aos
estudantes devem ser dadas oportunidades de
refletir sobre as características do sistema. O uso
de calculadoras e materiais didáticos, tais como
ábacos e fichas sobrepostas, são úteis para a
aprendizagem esperada pela habilidade. São
recomendadas as propostas de desenvolver
formas diversas de representar uma mesma
quantidade, com decomposições diferentes,
considerando o que já foi apresentado para o 2º
ano. A resolução de problemas que envolvam
contagens e o sistema monetário com
quantidades expressas por números de até
quatro ordens é um excelente meio para o
desenvolvimento do pensamento aritmético,
relativamente ao SND. Há, aqui, a oportunidade
para o trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF03LP11.s.11) e
(MS.EF03LP16.s.16), da Língua Portuguesa, no
que se refere à leitura, compreensão e utilização
de números em receitas (termos como meia
dezena, dúzia, meia dúzia, xícara, colher, dentre
outros) e pode ser trabalhada com a habilidade
(MS.EF03MA20.s.20), da Matemática, por se
referir a unidades de medidas não padronizadas.
Utilize material manipulável (Material Dourado,
jogo Nunca Dez, Quadro de Valor-Lugar, ábaco
aberto e/ou fechado, Sapateira, dentre outros).
Números Construção de fatos (MS.EF03MA03.s.03) Construir fatos básicos de adição e multiplicação
fundamentais da Construir e utilizar fatos envolve perceber que eles dizem respeito às
adição, subtração e básicos da adição e da relações estabelecidas entre números menores
multiplicação multiplicação para o cálculo que 10. Por exemplo, 5 + 2 = 7 é um fato básico
Reta numérica mental ou escrito. de adição e 7 . 2 = 14 é um fato básico da
multiplicação. A utilização dos fatos básicos no
cálculo básico mental ou escrito se relaciona à
memorização de fatos mais simples, que podem
ser acionados, quando necessário, para a
resolução de atividades numéricas mais
complexas. Vale destacar que, a partir deste ano,
será enfatizado ainda mais o cálculo mental
entendido como o conjunto de procedimentos
relativos aos fatos básicos, aos quais se recorre
de memória, para obter resultados exatos ou
aproximados, sem, contudo, utilizar os
algoritmos tradicionais. O cálculo mental
favorece a compreensão do sistema de
numeração decimal e influência na capacidade
de resolver problemas. Ou seja, além de o
cálculo mental desenvolver o pensamento
numérico, ele aumenta a capacidade do

472
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
estudante de resolver problemas, porque dá a
ele ferramentas próprias para operar com
quantidades “grandes”. A exploração de
regularidades com calculadora e a utilização dos
fatos básicos (da adição e da subtração) e da
decomposição são essenciais para os cálculos
(por exemplo, 57 + 19 = 57 + 20 – 1) são
essenciais para que os estudantes consigam
desenvolver esta habilidade. Deve-se também
destacar a reta numérica e sua relação com
procedimentos de cálculo. Podem-se realizar
atividades a partir de quantidades de objetos
materiais (tampinhas, palitos, dentre outros)
levados pelo professor e/ou pelos estudantes;
esses materiais poderão ser utilizados para
realizar agrupamentos diferentes da mesma
quantidade.
Números Construção de fatos (MS.EF03MA04.s.04) Estabelecer a relação entre números naturais e
fundamentais da Estabelecer a relação entre pontos da reta numérica exige conhecer a
adição, subtração e números naturais e pontos sequência numérica convencional, de processos
multiplicação. da reta numérica para de contagem ascendente e descendente com ou
Reta numérica. utilizá-la na ordenação dos sem escala. O uso da régua e a percepção de
números naturais e também
que há números associados a pontos e a
na construção de fatos da
intervalos numéricos também favorecem o
adição e da subtração,
desenvolvimento desta habilidade. Para marcar
relacionando-os com
deslocamentos para a direita os números na reta numérica é necessário
ou para a esquerda. comparar e ordenar números naturais. A reta
numérica é um excelente recurso para a
construção dos fatos básicos, utilizando
deslocamentos na reta. Deve-se levar em conta
que o desenvolvimento desta habilidade
favorece a construção de estratégias de cálculo
mental ou escrito, exato ou aproximado.
Portanto, a construção dos fatos básicos da
adição e da subtração é necessária. A utilização
da reta numérica pode favorecer essa
construção. Assim, a marcação de pontos de um
jogo e a marcação da sequência numérica são
contextos para a construção da reta numérica.
Um recurso que o professor poderá utilizar é o
varal numérico tanto para trabalhar a
sequenciação como a contagem (adição e
subtração), ascendente e descendente.
Números Procedimentos de (MS.EF03MA05.s.05) Utilizar diferentes procedimentos de cálculo –
cálculo (mental e Utilizar diferentes mental ou escrito, exato ou aproximado – para a
escrito) com procedimentos de cálculo adição e subtração na resolução de problemas,
números naturais: mental e escrito para incluindo estratégias pessoais e convencionais,
adição e subtração resolver problemas envolve conhecer as ideias e significados dessas
significativos envolvendo operações e seus fatos básicos. Um pressuposto
adição e subtração com a ser considerado é o de que problema, em
números naturais. matemática, não significa necessariamente um
texto escrito que se encerra por um ponto de
interrogação. Problema é uma situação que
exige investigação, para a qual não se tem uma
resposta imediata. Por isso, ao explorar
situações-problema envolvendo as operações de

473
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
adição e subtração e formas de resolvê-las no 3º
ano, é recomendável que os estudantes sejam
incentivados a desenvolver estratégias de
cálculo. Pode-se, propor, por exemplo, que,
antes de utilizar uma técnica convencional para
calcular a soma 238 + 497, os estudantes
possam imaginar meios de realizar o cálculo,
produzir registros pessoais das formas
encontradas e, posteriormente, dialogar a
respeito deles coletivamente. As estratégias
convencionais são uma forma, e não a única, de
calcular os resultados de adições e de
subtrações. Ao final do 3º ano já é esperado que
o estudante conheça e utilize os algoritmos
convencionais da adição e da subtração com e
sem recursos e com ou sem reserva, entre outras
estratégias de cálculo. Calculadoras, jogos e
materiais didáticos variados também são úteis
no desenvolvimento desta habilidade. Incluir a
estimativa da ordem de grandeza do resultado
de uma operação antes de realizá-la permite
desenvolver um processo de análise da
razoabilidade de uma soma ou diferença. A
apresentação do algoritmo convencional pode
ser feita usando problemas ou materiais
manipulativos. É importante, entretanto, que
esses algoritmos convivam com as muitas outras
formas de efetuar e representar cálculos.
Números Problemas (MS.EF03MA06.s.06) Resolver e elaborar problemas de adição e
envolvendo Resolver e elaborar subtração com as ideias de juntar (por exemplo,
significados da problemas de adição e um grupo de 3 objetos e outro de 8 objetos,
adição e da subtração com os quando juntados, formam outro com 11
subtração: juntar, significados de juntar, objetos), acrescentar (por exemplo, há um grupo
acrescentar, separar, acrescentar, separar, retirar,
com 8 objetos e se a esses acrescentam-se 3
retirar, comparar e comparar e completar
objetos forma-se um novo grupo com 11
completar quantidades, utilizando
objetos), separar (por exemplo, há um grupo
quantidades diferentes estratégias de
cálculo exato ou com 11 objetos e dele separa-se um grupo de 8
aproximado, incluindo objetos, o outro grupo terá 3 objetos), retirar (de
cálculo mental. um grupo de 11 objetos, retiram-se 3 objetos e
sobra um grupo com 8 objetos), comparar (um
grupo com 11 objetos tem 3 objetos a mais do
que um grupo de 8 objetos) e completar (em um
grupo com 8 objetos, para completar 11, é
preciso acrescentar 3) envolve conhecimento
numérico e elaboração de formas pessoais de
registro da resolução do problema, incluindo a
notação formal. A sistematização de diferentes
algoritmos de adição e subtração, incluindo o
convencional, pode ser feita neste ano. As
orientações para o desenvolvimento desta
habilidade devem indicar a necessidade de se
propor problemas de modo que os diferentes
significados sejam contemplados. Assim, não
basta diversificar os contextos, embora seja
necessário. Deve-se atentar, em especial, aos
problemas de subtração com as ideias de
completar e comparar, que são as ampliações

474
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
em relação aos anos anteriores. No que se refere
à elaboração de problemas, ela tem dupla
interpretação, uma vez que é estratégia utilizada
pelo professor para que os estudantes
desenvolvam habilidades de leitura e escrita de
textos matemáticos e, simultaneamente, uma
aprendizagem a ser feita pelos estudantes sobre
os significados das operações. A elaboração de
problemas pode ter várias propostas distintas,
sendo que, para o terceiro ano, elaborar um
problema parecido a outro já visto, elaborar um
problema dada uma operação ou elaborar
perguntas para um problema são as mais
indicadas. Em particular, em se tratando da
elaboração de problemas com as ideias das
operações indicadas na habilidade, outra
estratégia didática a ser usada é a de propor aos
estudantes que elaborem problemas dada uma
das ideias estudadas. Há dois aspectos a serem
considerados: para elaborar problemas, os
estudantes precisam ter repertório de resolução,
ou seja, referências em problemas já resolvidos;
a elaboração do problema implica que haja um
trabalho posterior com o texto elaborado, e
explicitar esse ponto na proposta é importante.
Fazer revisão coletiva de um problema e trocar
com o colega para uma análise crítica são
estratégias úteis para o processo de explorar o
texto elaborado. Esta habilidade pode ser
trabalhada de forma interdisciplinar com
(MS.EF03LP01.s.01).
Números Problemas (MS.EF03MA07.s.07) Resolver e elaborar problemas de multiplicação
envolvendo Resolver e elaborar com a ideia de adição de parcelas iguais (4 + 4 +
diferentes problemas de multiplicação 4 = 3 . 4) e elementos apresentados em
significados da (por 2, 3, 4, 5 e 10) com os disposição retangular, isto é, na forma de um
multiplicação e da significados de adição de retângulo (no exemplo seria um retângulo
divisão: adição de parcelas iguais e elementos
formado por três linhas com quatro
parcelas iguais, apresentados em disposição
quadradinhos em cada uma, o total de
configuração retangular, utilizando
quadradinhos é 3 . 4 = 12). Considera-se que
retangular, diferentes estratégias de
repartição em partes cálculo e registros. haja experiência anterior tanto com o resolver e
iguais e medida. elaborar problemas quanto com a escrita aditiva
e mesmo a multiplicativa para representar a
resolução dos problemas. A ampliação trazida
pela habilidade em relação ao 2º ano está na
representação retangular. Não há exigência
ainda de memorizar fatos básicos da
multiplicação (por 2, 3, 4, 5 e 10), mas deve ser
incluída a representação do tipo a . b = c como
uma forma de representar uma escrita aditiva de
parcelas iguais. É importante a compreensão de
que resolver problemas não se relaciona
exclusivamente com a aplicação direta de um
algoritmo (técnica) ou uma combinação de
técnicas convencionais para achar uma resposta.
Resolução de problemas envolve a

475
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
aprendizagem de uma série de processos que
necessitam ser aprendidos; dentre eles,
destacam-se a leitura do texto de um problema
e compreender que é comum que haja mais de
um caminho pelo qual seja possível chegar a ela.
Por isso, não enfatizar que a resolução de
problemas é necessariamente de uma operação.
Além de resolver problemas, é importante que
os estudantes sejam levados a elaborar
problemas, sobretudo na forma escrita, em
pequenos grupos ou coletivamente, mediados
pela ação do professor. Quadros numéricos nos
quais se registrem os fatos fundamentais da
multiplicação por 2, 3, 4, 5 e 10 podem ser
organizados para permitir a exploração de
regularidades dos produtos obtidos e, inclusive,
investigar, a partir deles, como seriam os
resultados das multiplicações por 6 e por 8, por
exemplo; a malha quadriculada é um facilitador
para esse contexto ao possibilitar que o
estudante represente as multiplicações (2, 3, 4, 5
e 10) explorando as diferentes representações.
Números Problemas (MS.EF03MA08.s.08) Resolver e elaborar problemas de divisão de um
envolvendo Resolver e elaborar número natural por outro se relacionam com
diferentes problemas de divisão de um explorar novos processos de contagem, agora
significados da número natural por outro para dividir em partes iguais (10 dividido
multiplicação e da (até 10), com resto zero e igualmente por 2 resulta em 5 para cada um) e
divisão: adição de com resto diferente de zero,
medir (2 cabe 5 vezes em 10). A representação
parcelas iguais, com os significados de
da divisão pode ser feita por desenhos, palavras,
configuração repartição equitativa e de
esquemas e símbolos. A habilidade prevê a
retangular, medida, por meio de
repartição em partes estratégias e registros divisão entre números até 10, com resto zero e
iguais e medida. pessoais. resto diferente de zero — no caso de resto zero,
serão explorados os fatos fundamentais da
divisão. A relação com a multiplicação deve ser
feita. Pode-se explicitar que a proposição desta
habilidade envolve um princípio no qual se
considera que conceitos e procedimentos
matemáticos são desenvolvidos mediante a
resolução de problemas. Assim, as ideias trazidas
na habilidade devem ser desenvolvidas por meio
de problemas – inclusive a problematização de
jogos – envolvendo significados da multiplicação
e da divisão. Os estudantes deverão ser
convidados a representar suas resoluções
usando diferentes recursos (papel quadriculado,
desenhos, materiais diversos, registros
numéricos, dentre outros). É necessário que os
estudantes possam comunicar e justificar seus
procedimentos de resolução de problemas, bem
como organizar registros escritos das conclusões
sobre as soluções dos problemas propostos. É
recomendável introduzir as escritas matemáticas
relativas à multiplicação e à divisão, bem como
explorar, com os estudantes, o sentido do resto
na divisão. Nesse caso, o professor poderá

476
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
utilizar a ideia de divisão por 2 com resto zero e
com resto diferente de zero, para iniciar a
sistematização da ideia de números pares e
números ímpares. Há, aqui, oportunidade para o
trabalho interdisciplinar com as habilidades de
Língua Portuguesa (MS.EF03LP11.s.11) e
(MS.EF03LP16.s.16), no que se refere à leitura,
compreensão e utilização de divisão em receitas.
Números Significados de (MS.EF03MA09.s.09) Associar o quociente de uma divisão com resto
metade, terça parte, Associar o quociente de uma zero às frações indicadas na habilidade envolve
quarta parte, quinta divisão com resto zero de o conhecimento de fração como um quociente
parte e décima parte um número natural por 2, 3, (resultado da divisão). Assim, por exemplo, 12 : 3
4, 5 e 10 às ideias de = 4 pode ser escrito como 12/3 = 4, indicando
metade, terça, quarta, quinta que 4 é a terça parte de 12. Um contexto natural
e décima partes. para a exploração das ideias trazidas nesta
habilidade são problemas nos quais os
estudantes devam repartir algo entre si para
descobrir qual parte cabe a cada um. Outra
possibilidade usando a divisão de uma fita ou
barbante de 1m = 100 cm de comprimento em
duas, três, quatro, cinco ou dez partes iguais.
Essa proposta tem também a vantagem de que
será possível relacionar as frações de 1m com
seu valor em centímetros. Os estudantes
poderão fazer investigações mediante um
trabalho envolvendo pesquisa que aborde as
formas de divisão dos povos indígenas,
quilombolas dentre outros. É importante
destacar dois aspectos inerentes a essa
aprendizagem inicial dos números racionais e
sua relação com a divisão. A primeira é que
sejam apresentadas possibilidades de divisão
que envolvam todos discretos (objetos
contáveis, pessoas dentre outros, não pode ser
dividido em várias partes) que está presente
nesta habilidade e todos contínuos (o que pode
ser dividido em várias partes como folha de
papel, barbante, barras de chocolate) que não
estão envolvidos nesta habilidade. No caso de
divisão de todos discretos, a repartição em
partes iguais será dada por conjuntos de objetos
com a mesma quantidade. Por exemplo, dividir
12 pessoas (todo discreto) em 3 grupos com a
mesma quantidade de elementos significa ter 3
grupos com 4 pessoas em cada um. Vale dizer
que se deve ter cuidado com as formas de
representação e com a introdução da linguagem
matemática referente às repartições. Os
estudantes devem ser incentivados a fazer
representações gráficas (desenhos, esquemas)
das divisões e aprender o sentido de metade, de
terça parte ou um terço etc., mas as
representações das frações podem ser
introduzidas ou não. Caso se opte pela
introdução de escritas fracionárias, deve ficar
claro que não é esperado que elas sejam
dominadas pelos estudantes neste ano; haverá o
4º e o 5º anos para essa apropriação.

477
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Álgebra Identificação e (MS.EF03MA10.s.10) Identificar regularidades em sequências
descrição de Identificar regularidades em ordenadas de números naturais resultantes da
regularidades em sequências ordenadas de realização de adições ou subtrações sucessivas
sequências números naturais, por um mesmo número (2, 13, 24, 35... — adição
numéricas recursivas resultantes da realização de sucessiva de 11; ou 150, 135, 120, 105... —
adições ou subtrações subtração sucessiva de 15), sendo que a
sucessivas, por um mesmo descrição do padrão se assemelha ao que já foi
número, descrever uma definido como foco da habilidade
regra de formação da (MS.EF02MA10.s.11). É necessário esclarecer que
sequência e determinar a investigação de padrões numéricos que
elementos faltantes ou relacionam adição e subtração será o contexto
seguintes. para que os estudantes ampliem seu raciocínio
algébrico nesta etapa escolar. Embora o foco
sejam sequências envolvendo adições e
subtrações, podem ser propostas sequências
com figuras geométricas para o
desenvolvimento desta habilidade. Os diferentes
aspectos envolvidos na habilidade (descobrir
termos faltantes, identificar a recursividade etc.)
podem ser abordados sob o enfoque da
problematização, uma vez que a investigação de
padrões é uma atividade importante para o
desenvolvimento do pensamento algébrico. Vale
destacar que nesta habilidade o professor pode
incentivar e valorizar as representações, por
meio de esquemas, desenhos ou palavras, os
padrões e recursividade observadas para
completar e/ou construir sequências.
Álgebra Relação de (MS.EF03MA11.s.11) Compreender a ideia de igualdade para escrever
igualdade Compreender a ideia de sentenças de adições ou subtrações de dois
igualdade para escrever números naturais que resultem na mesma soma
diferentes sentenças de ou diferença significa compreender duas ideias
adições ou de subtrações de distintas: a primeira é a de que se 2 + 3 = 5,
dois números naturais que
então, 5 = 2 + 3, o que indica o sentido de
resultem na mesma soma ou
equivalência na igualdade; a outra ideia implícita
diferença.
na habilidade é a de que é possível que adições
ou subtrações entre números diferentes deem o
mesmo resultado, como, por exemplo, 20 - 10,
30 - 20, 40 - 30 são subtrações diferentes com
resultados iguais. Assim 20 – 10 = 30 – 20, pois
as diferenças são iguais. Do mesmo modo, 10 +
20 = 15 + 15, pois as duas somas são iguais. É
importante destacar que o estudo das operações
aritméticas será o principal contexto para o
desenvolvimento de relações associadas ao
pensamento algébrico. Assim, é possível planejar
atividades nas quais os estudantes resolvam
operações para investigar relações como as
descritas na habilidade. Aqui, o sentido de
analisar, refletir e expressar as percepções
oralmente ou por escrito para depois comparar
as observações e percepções realizadas será
essencial para a abordagem de operações.

478
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Geometria Localização e (MS.EF03MA12.s.12) Descrever e representar trajetos e a
movimentação: Descrever e representar, por movimentação de pessoas ou de objetos no
representação de meio de esboços de trajetos espaço, incluindo mudanças de direção e
objetos e pontos de ou utilizando croquis e sentido, com base em diferentes referenciais, são
referência maquetes, a movimentação uma aplicação das ideias contidas nas
de pessoas ou de objetos no
habilidades (MS.EF02MA12.s.13) e
espaço, incluindo mudanças
(MS.EF02MA13.s.14), agora aqui utilizadas
de direção e sentido, com
conjuntamente para a resolução de problemas
base em diferentes pontos
de referência. de localização e deslocamentos mais complexos.
O desenvolvimento desta habilidade pode se
associar a atividades nas quais os estudantes, em
grupos, sejam desafiados a esconder um objeto
na sala ou em um espaço delimitado da escola,
produzir mapas que descrevam sua localização e
trocar entre si os mapas desenhados para que os
grupos localizem os objetos escondidos uns dos
outros. Esse é um bom contexto para o
desenvolvimento de todos os aspectos
envolvidos nesta habilidade. É importante
destacar que situações desse tipo também são
consideradas problemas a serem resolvidos. Por
outro lado, além das representações visuais e
gráficas, é importante incentivar as descrições de
posição (primeiro, segundo, perto, longe, dentre
outros), trajetos, mudanças de direção e sentido
sejam, tanto escrito quanto oral, com uso da
linguagem materna e de vocabulário
geométrico.
Geometria Figuras geométricas (MS.EF03MA13.s.13) Associar e nomear figuras geométricas espaciais
espaciais (cubo, Associar figuras geométricas definidas na habilidade a objetos do mundo
bloco retangular, espaciais (cubo, bloco físico implicam conhecer os nomes e a
pirâmide, cone, retangular, pirâmide, cone, introdução de pelo menos algumas
cilindro e esfera): cilindro e esfera) a objetos características que elas apresentam, em especial
reconhecimento, do mundo físico e nomear
no que diz respeito a ter ou não faces, vértices e
análise de essas figuras.
arestas ou ser ou não redondas, para a
características e
comparação geométrica. Expressar a
planificações
comparação verbalmente ou por escrito é
recomendado. Para além da nomeação das
figuras espaciais e da identificação de algumas
de suas características, tais como faces, vértices e
arestas, quando existirem, é importante explorar
formas de classificá-las, assim como explicitar e
justificar o critério utilizado. Os estudantes
devem ser desafiados a construir e desenhar
objetos geométricos, seja em malhas, por meio
de suas planificações ou em esboços que os
representem em perspectivas simples, bem
como utilizar massa de modelar, palitos,
embalagens, confecção de origami para
representar os sólidos e suas faces. A associação
das figuras com objetos de uso pessoal ou a
análise de cenários diversos para a identificação
de formas deve ser estimulada. Propor que os
estudantes façam esboços das figuras planas
também é importante para desenvolver

479
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
habilidades visuais e de desenho. Há, aqui,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
habilidade (MS.EF15AR02.s.02) da Arte, no que
se refere à identificação dos elementos da
geometria e das artes visuais em objetos e suas
representações geométricas.
Geometria Figuras geométricas (MS.EF03MA14.s.14) Descrever características de algumas figuras
espaciais (cubo, Descrever características de geométricas espaciais, relacionando-as com suas
bloco retangular, algumas figuras geométricas planificações, envolve conhecer as características
pirâmide, cone, espaciais (prismas retos, mencionadas na descrição da habilidade anterior
cilindro e esfera): pirâmides, cilindros, cones), (MS.EF03MA13.s.13), além de explorar o
reconhecimento, relacionando-as com suas
significado de planificação de uma figura
análise de planificações.
espacial (como fazer um molde, uma
características e
representação plana da figura espacial). Um
planificações
aspecto a ser destacado no ensino de Geometria
é a resolução de problemas, assim como nas
demais unidades temáticas. Um desafio
interessante para esta faixa etária, e que se
caracteriza como um problema com mais de
uma solução possível, é encontrar diferentes
planificações para o cubo e para a pirâmide de
base quadrada, por exemplo. Outro desafio
interessante é o de apresentar alguns desenhos
de moldes do paralelepípedo e pedir aos
estudantes que identifiquem quais dos desenhos
são de fato planificações para esse sólido,
justificando suas escolhas. Em problemas desse
tipo, os estudantes desenvolvem capacidade de
argumentar e ampliam o vocabulário geométrico
(que deve ser usado e incentivado nas aulas),
desenvolvendo suas habilidades para desenhar e
de visualizar mentalmente no espaço as figuras
cujos moldes são apresentados por meio de
desenhos no plano. A escolha das atividades e
do contexto em que se desenvolverá a aula é
aspecto decisivo, seja para alcançar a
aprendizagem prevista na habilidade, seja para o
desenvolvimento integral do estudante. Há, aqui,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
habilidade (MS.EF15AR02.s.02) da Arte, no que
se refere à identificação dos elementos da
geometria e das artes visuais em objetos e suas
representações geométricas.
Geometria Figuras geométricas (MS.EF03MA15.s.15) Classificar e comparar as figuras planas
planas (triângulo, Classificar e comparar mencionadas na habilidade envolvem utilizar
quadrado, retângulo, figuras planas (triângulo, propriedades, tais como a quantidade de lados e
trapézio e quadrado, retângulo, vértices das figuras planas. Essas propriedades
paralelogramo): trapézio e paralelogramo) são importantes para a classificação de figuras
reconhecimento e em relação a seus lados
planas em triângulos e quadriláteros, por
análise de (quantidade, posições
exemplo. Medir os lados das figuras planas e
características relativas e comprimento) e
separar aquelas que têm os lados de mesma
vértices.
medida de outras que não têm é outro aspecto
envolvido na habilidade. Pode-se classificar as
figuras por critérios relativos à quantidade de
lados e vértices. O estudo da posição relativa de

480
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
lados (paralelos ou não) e do perpendicularismo
ou não, nesse momento, ocorrerá por meio de
comparação com instrumentos de medida. Essa
classificação pode ser feita a partir de figuras
presentes em quebra-cabeças, em mosaicos ou
em situações-problema nos quais os estudantes
devem separar formas planas que tenham
recortado. Vale destacar que já é possível
introduzir a terminologia de quadriláteros e
triângulos e, ainda, valorizar as justificativas, as
argumentações e as explicações por que uma
figura se encaixa ou não na categoria de
quadrilátero, por exemplo. Esses processos de
investigar, descrever, representar, argumentar e
justificar marcam aspectos relevantes do
pensamento geométrico e, por isso, devem ser
bastante enfatizados no ensino da Matemática. É
uma oportunidade para o professor, juntamente
com os estudantes, construir quebra cabeças e
mosaicos de imagens locais envolvendo espaços
frequentados pelos estudantes, para isso
utilizando formas geométricas integrado com a
habilidade (MS.EF15AR03.s.03) na
experimentação de diferentes formas de
expressão artística.
Geometria Congruência de (MS.EF03MA16.s.16) Reconhecer que duas figuras são congruentes
figuras geométricas Reconhecer figuras envolve saber que elas têm a mesma forma e o
planas congruentes, usando mesmo tamanho, ainda que estejam em
sobreposição e desenhos em posições diferentes. Malhas e tecnologia são
malhas quadriculadas ou recursos para a exploração desse conceito. Um
triangulares, incluindo o uso
contexto para o desenvolvimento desta
de tecnologias digitais.
habilidade são as situações em que os
estudantes possam explorar peças de quebra-
cabeças que tenham mesmas formas e medidas
por sobreposição ou que sejam desafiados a
desenhar em malhas quadriculadas ou
triangulares duas figuras planas que estejam em
posições distintas, mas que tenham a mesma
forma e o mesmo tamanho, ou investigar entre
diversas figuras aquelas que têm a mesma forma
e o mesmo tamanho, buscando identificar nas
representações em trajes e utensílios das
culturas indígenas e afro-brasileiras as formas
geométricas presentes. Assim, o conceito de
congruência é estudado no 3º ano de forma
intuitiva por meio de material manipulável e
tecnologias digitais. Nesse momento o aspecto
importante a ser considerado é a compreensão
matemática da frase "mesma forma e mesmo
tamanho", uma vez que a palavra tamanho terá
o significado de mesma medida de lados,
mesma medida de ângulos e,
consequentemente, mesma área e mesmo
perímetro.

481
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Grandezas e Significado de (MS.EF03MA17.s.17) Reconhecer que o resultado de uma medida
medidas medida e de Reconhecer que o resultado depende da unidade de medida e implica
unidade de medida de uma medida depende da identificar as unidades de medida mais
unidade de medida utilizada. adequadas para realizar uma medição de uma
grandeza (comprimento, capacidade, massa).
Além disso, o estudante deverá reconhecer que
o resultado de uma medição pode ser
representado por números diferentes tendo em
vista as unidades de medidas escolhidas (uma
unidade é maior ou menor que a outra). Por
exemplo, a medida de um comprimento pode
ser 2 m ou 200 cm, porque 1 m vale 100 cm. É
importante destacar que atividades nas quais os
estudantes tenham que realizar medições, em
contextos diversos, de uma mesma grandeza
com unidades distintas e analisar o resultado
final, explicando os valores obtidos e suas
variações, são o contexto para o
desenvolvimento desta habilidade. Variar as
grandezas e os instrumentos de medida também
é importante. O professor poderá desenvolver
atividades nas quais os estudantes, em grupo,
realizem medições de espaços da escola
utilizando diferentes instrumentos e depois
analisem quais foram os melhores instrumentos
para medir e quais apresentaram maior
dificuldade.
Grandezas e Significado de (MS.EF03MA18.s.18) Escolher a unidade de medida e o instrumento
medidas medida e de Escolher a unidade de mais apropriado para realizar medições implica
unidade de medida medida e o instrumento ter conhecimento do significado do que é medir
mais apropriado para e saber como se mede e utiliza diferentes
medições de comprimento, instrumentos para fazer as medições. É
tempo e capacidade.
importante, ainda, valorizar as culturas
indígenas, afro-brasileiras, ribeirinhas e seus
instrumentos de medidas e como relacionar com
os instrumentos usados pela cultura ocidental
como forma de contribuir com a compreensão
da relação entre um instrumento de medida e a
unidade escolhida para fazer a medição. As
mesmas situações previstas na habilidade
(MS.EF03MA17.s.17) poderão ser trabalhadas
nesse momento visto que a ideia de que medir
se aprende medindo, por isso, os problemas
relacionados a medidas devem envolver
contextos significativos para os estudantes. Além
disso, os estudantes podem ter experiências com
copos graduados, balanças digitais e de dois
pratos, réguas, trenas, dentre outros
instrumentos.
Grandezas e Medidas de (MS.EF03MA19.s.19) Estimar, medir e comparar comprimentos
medidas comprimento Estimar, medir e comparar implicam reconhecer o comprimento e a
(unidades não comprimentos, utilizando capacidade como grandezas que podem ser
convencionais e unidades de medida não medidas, além de entender o significado de
convencionais): padronizadas e medir (fazer uma comparação, escolhendo uma
registro, padronizadas mais usuais
unidade de medida adequada, identificar

482
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
instrumentos de (metro, centímetro e quantas vezes a unidade cabe no que vai ser
medida, estimativas milímetro) e diversos medido, expressar o resultado da medição por
e comparações instrumentos de medida. um número seguido da unidade), resgatando
unidades utilizadas na história da humanidade
(mão, braça, jarda, palmo, côvado, dentre
outras). Entretanto, a comparação para
determinar a medida de tempo não é direta.
Espera-se que o estudante aprenda que uma
medição pode ser expressa por números
diferentes dependendo da unidade de medida
utilizada. Esse fato é determinante para que o
estudante compreenda a relação entre metro e
centímetro, por exemplo. A relação de
equivalência entre metro e centímetro, metro e
quilômetro e metro e milímetro amplia o
conhecimento das unidades padrões de medida
de comprimento. É importante prever que tanto
a compreensão dos atributos mensuráveis dos
objetos como os sistemas e processos de
medição, nos quais se utiliza uma unidade
adequada para medir e expressar a medição por
um número, ocorram naturalmente. Também é
importante que os estudantes aprendam a
utilizar instrumentos de medida de
comprimento, (régua, trena e fita métrica) de
capacidade (copos graduados) e de tempo
(relógios analógicos e digitais, cronômetros,
ampulhetas). Embora a habilidade preveja a
introdução das unidades padrão de medida de
comprimento, há duas coisas a considerar, sendo
a primeira a necessidade de explorar a relação
de equivalência entre unidades diferentes (por
exemplo, que 1 m = 100 cm) sem ensinar regras
de transformação de unidades, por meio de
objetos levados pelo professor e estudantes para
a sala de aula. A segunda consideração diz
respeito ao fato de que o milímetro pode ser
explorado na sua relação com o centímetro (1
cm = 10 mm) ou com o metro (1 m = 1000 mm).
Fazer estimativas de medidas de comprimento,
de capacidade e de tempo e depois realizar as
medições e comparar os dados obtidos com as
estimativas é um recurso essencial no
desenvolvimento de estratégias para a
ampliação da competência métrica.
Grandezas e Medidas de (MS.EF03MA20.s.20) Estimar, medir e comparar capacidade e massa
medidas capacidade e de Estimar e medir capacidade têm o mesmo significado explicitado na
massa (unidades não e massa, utilizando unidades habilidade (MS.EF02MA16.s.17). Identificar as
convencionais e de medida não padronizadas grandezas, compreender como medi-las
convencionais): e padronizadas mais usuais (comparando com outra grandeza de mesma
registro, estimativas (litro, mililitro, quilograma,
espécie, escolhendo uma unidade e expressando
e comparações grama e miligrama),
a medição numericamente com a identificação
reconhecendo-as em leitura
da unidade utilizada) é o que está implícito nesta
de rótulos e embalagens,
entre outros. habilidade. As relações entre litro e mililitro (1 l
equivale a 1000 ml) e entre o quilograma e o

483
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
grama (1 kg equivale a 1000 g) podem ser
exploradas. O conhecimento dessas duas
grandezas e suas respectivas unidades de
medida deverão ser aplicados em leituras de
textos cotidianos, como é o caso de rótulos de
embalagens e bulas de remédios. As medidas
devem ser associadas com a resolução de
problemas. Destaca-se que esta habilidade deve
ser desenvolvida em sintonia com a utilização
dos instrumentos de medida em um contexto
significativo para os estudantes. Por isso, essa é
uma habilidade que naturalmente sugere, nesta
etapa escolar, a possibilidade de um projeto no
qual se investigue o uso das medidas de
capacidade e de comprimento na vida diária das
pessoas (dosagem de medicamentos, medidas
de móveis que serão comprados, de tecidos,
etc.), explorando medidas não padronizadas e a
relação entre as medidas padronizadas. Merece
destaque o cuidado com a ideia de precisão que
já pode aparecer com as unidades padrão de
medida e o melhor uso de instrumentos de
medida. Vale explorar, com os estudantes,
recursos tecnológicos, tais como balanças
digitais e sua precisão em relação a balanças
analógicas. Cabe analisar com os estudantes em
quais situações e para quais medições uma
unidade de medida é adequada ou não e por
que uma mesma medição pode ter
representações numéricas distintas, pois
depende da unidade de medida utilizada.
Destacam-se as relações entre esta habilidade e
outras relacionadas a números (em especial, ao
sistema de numeração decimal e às ideias iniciais
de frações), bem como a habilidades
geométricas.
Grandezas e Comparação de (MS.EF03MA21.s.21) Comparar áreas visualmente ou por
medidas áreas por Comparar, visualmente ou superposição significa compreender uma nova
superposição por superposição, áreas de grandeza associada à medida de superfície,
faces de objetos, de figuras diferenciando-a das demais grandezas. Esta
planas ou de desenhos. habilidade ainda não prevê medida expressa em
números, mas a comparação por superposição
de figuras, de modo a expressar, entre duas
superfícies, qual tem a maior área, lembrando
que área é a medida da superfície. É importante
lembrar que, antes do 3º ano, os estudantes
iniciaram a compreensão do significado de
medir uma grandeza, isto é, identificar um
atributo mensurável, escolher uma unidade de
medida adequada e compará-la com o objeto a
ser medido. Esse processo precisa ser
desenvolvido também para as medidas de
superfície. A ideia de que se mede superfície
com outra superfície e que o resultado da
medição será a área da superfície medida é

484
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
central nesta habilidade. Para que os estudantes
compreendam isso, é interessante que realizem
medições de superfícies familiares, tais como o
chão da sala de aula, usando, por exemplo,
folhas de jornal. Também é interessante que
observem superfícies recobertas por outras,
como, por exemplo, uma parede recoberta por
azulejos, ou o chão com ladrilhos, e quantos
azulejos ou ladrilhos foram usados para recobrir
a superfície observada. A medição da área da
face de um sólido geométrico não é essencial
agora, embora esteja indicada na habilidade. Se
ela acontecer, pode ser feita por comparação
direta e visual, isto é, encostando ou superpondo
as faces do objeto planificado para decidir qual é
a maior. O mais central é que os estudantes
comecem a identificar o significado de medição
de superfície e a relação com o tipo de unidade
utilizada para isso.
Grandezas e Medidas de tempo: (MS.EF03MA22.s.22) Ler e registrar medidas de tempo implicam
medidas leitura de horas em Ler e registrar medidas e aprender as diferentes notações utilizadas para
relógios digitais e intervalos de tempo, registro de horas, sendo capaz de, por meio de
analógicos, duração utilizando relógios relógio digital ou analógico, indicar a duração de
de eventos e (analógico e digital) para um acontecimento. É indicado sistematizar
reconhecimento de informar os horários de
também anotações de datas em geral. O
relações entre início e término de
contexto indicado para esta habilidade é a
unidades de medida realização de uma atividade
resolução de problemas envolvendo utilização
de tempo e sua duração.
de relógios analógicos e digitais, com situações
nas quais é necessário marcar por escrito o início
e final de um acontecimento, bem como sua
duração de desenvolvimento. Nesse sentido, a
análise de situações de sala de aula, a
organização de rotinas, a proposta de marcar o
tempo decorrido entre o início e o final de uma
atividade durante a aula, dentre outras, são
formas de explorar situações problematizadoras
que favorecem a compreensão da medida de
tempo em horas, minutos e segundos. É
recomendável que o uso da linguagem e da
representação das medidas de tempo pelos
estudantes seja feito em conjunto com a
exploração das relações e que se tome como
padrão de representação as abreviaturas das
unidades, o que é proposto pelo Instituto
Nacional de Pesos e Medidas. Há, aqui,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
habilidade (MS.EF03CI08.s.08) da Ciência, no que
se refere à observação e registro da passagem
do tempo.

485
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Grandezas e Medidas de tempo: (MS.EF03MA23.s.23) Ler horas em relógios diversos e reconhecer a
medidas leitura de horas em Ler horas em relógios relação entre hora e minuto, e minuto e segundo
relógios digitais e digitais e em relógios implicam saber que 1h = 60 min, 1min = 60s, e
analógicos, duração analógicos e reconhecer a que, em um dia, há 24h. Assim como na
de eventos e relação entre hora e minutos habilidade (MS.EF03MA22.s.22), o contexto
reconhecimento de e entre minuto e segundos.
indicado para que as aprendizagens previstas
relações entre
por esta habilidade aconteçam é o da resolução
unidades de medida
de problemas, envolvendo utilização de relógios
de tempo
analógicos e digitais. Importa destacar que a
análise de situações de sala de aula, a
organização de rotinas, a proposta de marcar o
tempo que dura do início ao final de uma
atividade durante a aula, dentre outros, são
formas de explorar situações problematizadoras
que favorecem a compreensão da medida de
tempo em horas, minutos e segundos. Dois
pontos merecem destaque: o primeiro é que se
enfatize a necessidade de desenvolver estimativa
da ordem de grandeza da duração de um
evento, em especial em minutos e segundos e,
depois, comprovar se a estimativa realizada foi
razoável ou não; o outro, trata da complexidade
da estimativa da duração de um evento em
segundos, apesar de os estudantes
compreenderem que essa unidade mede um
tempo "pequeno”.
Grandezas e Sistema monetário (MS.EF03MA24.s.24) Resolver e elaborar problemas que envolvam a
medidas brasileiro: Resolver e elaborar comparação e a equivalência de valores
estabelecimento de problemas que envolvam a monetários brasileiros importam a conhecer
equivalências de um comparação e a equivalência notas e cédulas, bem como saber quantas notas
mesmo valor na de valores monetários do de um valor menor são necessárias para trocar
utilização de sistema brasileiro em
por uma nota de valor maior, ou quantas vezes o
diferentes cédulas e situações de compra, venda
valor de uma nota é maior (ou menor) do que o
moedas e troca.
valor de outra. Deve ficar claro que o sistema
monetário pode ser explorado por meio de
situações-problema nas quais os estudantes
possam realizar ou simular situações de compra
e venda e em que precisem trocar notas, analisar
valores, utilizar a noção de desconto e troco.
Uma sugestão é visitar mercados ou feiras locais
(ou utilizar folhetos), analisando preços de
mercadorias, fazendo lista de compras e até, se
possível e conveniente, realizar uma compra de
verdade para analisar o que comprar, quanto
gastar e como economizar.
Probabilidade e Análise da ideia de (MS.EF03MA25.s.25) Identificar, em eventos familiares aleatórios,
estatística acaso em situações Identificar, em eventos todos os resultados possíveis que implicam
do cotidiano: espaço familiares aleatórios, todos analisar e registrar o que pode ocorrer em uma
amostral os resultados possíveis, ação sobre a qual se conhecem os possíveis
estimando os que têm resultados, mas não se tem certeza sobre quais
maiores ou menores chances
desses resultados podem sair, nem em que
de ocorrência.
ordem. Por exemplo, ao jogar dois dados e
anotar a diferença entre os pontos das faces, os
resultados possíveis são {0, 1, 2, 3, 4, 5}, embora
não se saiba em cada jogada qual deles sairá. No

486
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
entanto, é possível saber que o resultado 0 tem
mais chance de sair do que o resultado 5 porque
há seis subtrações com diferença 0 e apenas
uma subtração com a diferença 5. Situações de
jogos com dados são bons contextos para
desenvolver a habilidade prevista. Analisar, por
exemplo, quais são todas as somas que podem
aparecer quando se jogam dois dados e, se
calcular a adição dos números nas faces
superiores, organizar uma tabela de resultados e
observar se é mais comum a soma 7 ou a soma
3, por exemplo, permite decidir qual das duas
somas têm mais chance de sair durante um jogo
que envolva adição de números em dois dados.
Outra possibilidade de trabalhar esta habilidade
será aproveitando o ambiente da sala de aula,
nesse caso, o professor poderá solicitar que os
estudantes escrevam seus nomes em pedaços de
papel e depois de dobrar coloque-os em uma
urna para sorteio com intuito de realizar uma
atividade, ganhar um prêmio, dentre outros; a
partir do número de estudantes, analisar a
chance de sair cada gênero. É importante que a
compreensão e aplicação de conceitos iniciais de
probabilidade sejam trabalhadas, visto que
auxiliam que os estudantes desenvolvam a
capacidade de fazer previsões (levantar
hipóteses) e avaliar a razoabilidade delas por
meio de testes.
Probabilidade e Leitura, (MS.EF03MA26.s.26) Resolver problemas com base nos dados
estatística interpretação e Resolver problemas cujos apresentados em tabelas de dupla entrada e
representação de dados estão apresentados gráficos exige alguma familiaridade com gráficos
dados em tabelas de em tabelas de dupla entrada, e tabelas para que se possa compreender como
dupla entrada e gráficos de barras ou de extrair as informações necessárias ao que está
gráficos de barras colunas.
proposto no problema. É importante que as
atividades com gráficos realizadas em sala de
aula permitam aos estudantes interpretá-los por
meio de questões que envolvam diferentes
níveis de compreensão. A leitura e a
interpretação de gráficos e tabelas contribuem
para o desenvolvimento do letramento
matemático e das atitudes de questionar,
levantar hipóteses e procurar relações entre os
dados. Essas atitudes são inerentes ao processo
de leitura de qualquer tipo de texto. Ao propor
problemas a partir dos gráficos e tabelas, é
importante variar o nível de perguntas a serem
feitas, de modo que o estudante estabeleça
relações entre os dados, façam estimativas, e
previsões. Nesse nível, é possível que o
estudante, dependendo da situação, utilize
informação implícita no gráfico, de modo a
extrapolar os dados, predizendo algum fato. Há,
aqui, oportunidade de trabalho interdisciplinar
com as habilidades (MS.EF03LP25.s.25),

487
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
(MS.EF35LP20.s.20), (MS.EF03LP26.s.26), da
Língua Portuguesa, (MS.EF03CI06.s.06),
(MS.EF03CI09.s.09) da Ciência,
(MS.EF03HI03.s.03) da História, e
(MS.EF03GE01.s.01) da Geografia, associadas à
coleta, leitura, comparação e interpretação de
dados, com apoio de recursos multissemióticos,
incluindo gráficos e tabelas.
Probabilidade e Leitura, (MS.EF03MA27.s.27) Ler, interpretar e comparar dados apresentados
estatística interpretação e Ler, interpretar e comparar em gráficos e tabelas, utilizando termos
representação de dados apresentados em relacionados com frequência, envolvem a noção
dados em tabelas de tabelas de dupla entrada, de que a frequência de um acontecimento é o
dupla entrada e gráficos de barras ou de número de vezes que ele se repete. Assim, por
gráficos de barras colunas, envolvendo
exemplo, se ao jogar o dado dez vezes, notar-se
resultados de pesquisas
que em 5 vezes saiu o número 6, então a
significativas, utilizando
frequência do número 6 é 5 (as cinco vezes em
termos como maior e menor
frequência, apropriando-se que o seis apareceu). Esta habilidade prevê o uso
desse tipo de linguagem desses dados de frequência para entender
para compreender aspectos aspectos relevantes da realidade sociocultural do
da realidade sociocultural estudante. É importante destacar que
significativos. habilidades relacionadas à estatística tem como
foco o desenvolvimento do pensamento
estatístico; nessa fase, pode ser entendido como
a capacidade de utilizar e/ou interpretar, de
forma adequada, os dados apresentados em
tabelas de dupla entrada e de gráficos de
colunas. A resolução de problemas a partir de
gráficos e tabelas será uma forma de trabalhar a
leitura e interpretação individual e/ou
coletivamente. A análise de gráficos presentes
nas mídias pode ser feita com muita cautela,
tendo em vista que esses, geralmente, envolvem
números decimais, porcentagens, números de
ordem de milhões ou mais e gráficos mais
complexos.
Probabilidade e Coleta, classificação (MS.EF03MA28.s.28) Realizar pesquisa envolvendo variável categórica
estatística e representação de Realizar pesquisa implica identificar que as variáveis nos estudos
dados referentes a envolvendo variáveis estatísticos são os valores que assumem
variáveis categóricas, categóricas em um universo determinadas características dentro de uma
por meio de tabelas de até 50 elementos, pesquisa. Variáveis categóricas ou qualitativas
e gráficos organizar os dados
são aquelas que não podem ser expressas
coletados utilizando listas,
numericamente, pois relacionam situações como
tabelas simples ou de dupla
cor dos olhos, preferência por um time de
entrada e representá-los em
gráficos de colunas simples, futebol, preferência por uma marca de
com e sem uso de automóvel, preferência musical, dentre outras. A
tecnologias digitais. realização da pesquisa acontece a partir de
procedimentos, tais como identificar um
problema a ser respondido e desenvolver
procedimentos que vão da escolha da população
investigada a procedimentos de coleta,
organização e publicação dos dados da pesquisa
e da resolução do problema investigado. Neste
ano, a ampliação em relação ao ano anterior está
na escolha de uma amostra maior de pessoas e
na utilização da tecnologia para tabular e

488
MATEMÁTICA - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
representar dados da pesquisa. Em relação à
estatística é importante reiterar que os primeiros
passos envolvem o trabalho com a coleta e a
organização de dados de uma pesquisa de
interesse dos estudantes. O planejamento de
como fazer a pesquisa ajuda a compreender o
papel da estatística na vida cotidiana. Assim, a
leitura, a interpretação e a comparação de dados
estatísticos apresentados em tabelas e gráficos
têm papel fundamental, bem como a produção
de texto escrito para a comunicação de dados e
conclusões. Assim, para trabalhar estatística, o
professor pode partir do levantamento de temas
vivenciados pelos estudantes, por exemplo, a
observação do número de dias ensolarados, o
número de faltas de estudantes durante um mês,
a coleta de opinião de outras pessoas a respeito
de um determinado fato, o levantamento do
local de origem da família, dentre outros
contextos que são adequados para o
desenvolvimento de procedimentos de pesquisa
estatística. Há, aqui, oportunidade para o
trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03LP26.s.26), (MS.EF35LP17.s.17) da
Língua Portuguesa; (MS.EF03HI02.s.02) e
(MS.EF03HI03.s.03) da História, associadas à
realização de pesquisas.

MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Sistema de (MS.EF04MA01.s.01) Ler, escrever e ordenar números naturais até a
numeração decimal: Ler, escrever e ordenar ordem das dezenas de milhar implicam
leitura, escrita, números naturais até a compreender como se representam quantidades
comparação e ordem de dezenas de milhar. dessa magnitude usando a escrita com
ordenação de algarismos e a escrita com palavras. Esta
números naturais de
habilidade envolve também a ordenação e a
até cinco ordens
comparação de números naturais, utilizando
regras do sistema de numeração decimal. A
comparação de números pode ser expressa
usando símbolos para a igualdade e para a
desigualdade (diferente, maior e menor). Os
contextos para o desenvolvimento desta
habilidade são encontrados no uso de tabelas,
de textos do cotidiano, tais como jornais e
revistas que poderão ser úteis para criar
contextos de leitura, escrita e comparação de
quantidades. Os estudantes deverão ser
estimulados a representar quantidades usando
algarismos e também palavras. Também é
esperado que sejam exploradas contagens com

489
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
intervalos diferentes, em especial usando
múltiplos de 100, que são úteis no
desenvolvimento de procedimentos de cálculo.
Outro ponto a ser cuidado é a produção e
análise de maneiras diversas de registro de
quantidades no cotidiano, tais como as que
aparecem em legendas de gráficos, ou no uso
nas mídias (por exemplo, 200 mil). É importante
que os estudantes sejam capazes de representar
a comparação de números naturais usando
diferentes representações, entre elas os sinais
convencionais de maior (>), menor (<) e
diferente (≠). Em diálogo com os estudantes
estimule-os a dizer como fazem para comparar
números, registre suas falas para orientá-los
sobre os critérios apropriados em cada contexto.
Números Composição e (MS.EF04MA02.s.02) Mostrar, por decomposição, que um número
decomposição de Mostrar, por decomposição natural pode ser escrito por meio de adições e
um número natural e composição, que todo multiplicações por potências de dez supõe que
de até cinco ordens, número natural pode ser essa decomposição seja relacionada às
por meio de adições escrito por meio de adições propriedades do sistema de numeração decimal.
e multiplicações por e multiplicações por
Assim, o estudante deverá ampliar a
potências de 10 potências de dez, para
compreensão da estrutura do sistema de
compreender o sistema de
numeração decimal, observando os princípios
numeração decimal e
desenvolver estratégias de que caracterizam um sistema posicional. Por
cálculo. exemplo, o número 3235 pode ser assim
decomposto: 3235 = 3000 + 200 + 30 + 5. Logo,
3235 = 3 . 1000 + 2 . 100 + 3 . 10 + 5. A
decomposição facilita a compreensão de que o
símbolo 3, que aparece duas vezes, representa
valores diferentes, dependendo da posição: 3000
(3 . 1000) e 30 (3 . 10). Essas decomposições são
úteis para efetuar cálculos, desde os pessoais,
como 2 . 128 = 2 . 100 + 2 . 20 + 2 . 8, até os
convencionais. Merece destaque que, nessa fase
escolar, a decomposição de um número por
meio de adições e multiplicações por potências
de dez ainda não virá com notação de potência
(3235 = 3 . 10³ . 2 . 10² + 3 . 10¹ + 5 . 100), o que
somente será feito nos anos finais do ensino
fundamental. No entanto, trabalha-se o princípio
da potência quando se compreende que o valor
de um algarismo em uma escrita numérica
quantitativa depende da posição que ele ocupa
e que, para saber isso, multiplica-se o algarismo
pelo valor da posição. Destaca-se, ainda, o fato
de que trabalhar com essa característica não
implica valorizar fatos isolados, tais como valor
relativo e valor absoluto. Não é o nome que
importa aqui, mas as propriedades do sistema
decimal; um recurso a ser utilizado pode ser o
quadro de valores e lugar (classes hierárquicas).
O uso de calculadoras e de materiais didáticos
como o ábaco e as fichas sobrepostas serão
relevantes para ampliar a compreensão das

490
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
características do sistema de numeração
decimal, em especial, sua natureza multiplicativa
e aditiva: por exemplo, o número 15234, deve
ser entendido como 1 . 10000 + 5 . 1000 + 2 .
100 + 30 . 10 + 4, que é a representação por
potências de 10. São recomendadas as
propostas de desenvolver formas diversas de
representar uma mesma quantidade, com
decomposições diferentes.
Números Propriedades das (MS.EF04MA03.s.03) Resolver problemas com números naturais
operações para o Resolver e elaborar envolvendo adição e subtração utilizando
desenvolvimento de problemas com números estratégias diversas de cálculo exige tanto o
diferentes naturais envolvendo adição conhecimento de formas distintas de calcular
estratégias de e subtração, utilizando quanto a identificação de diferentes significados
cálculo com estratégias diversas, como
dessas operações. Ambos os aspectos são
números naturais cálculo, cálculo mental e
essenciais para a elaboração de problemas, vez
algoritmos, além de fazer
que a experiência em resolver problemas se
estimativas do resultado.
associa com a capacidade de elaborar
problemas. É importante destacar que a
compreensão dos significados da adição e da
subtração deve ser aprofundada neste ano. Para
isso é importante a proposição de situações-
problema envolvendo os diferentes significados.
Portanto, não é suficiente apenas diversificar os
contextos dos problemas. A elaboração e a
resolução de problemas criam contextos para
que os estudantes desenvolvam procedimentos
variados de cálculo. Espera-se que os estudantes
compreendam e utilizem as técnicas operatórias
convencionais da adição e da subtração com
fluência e utilizem diversos procedimentos para
o cálculo mental.
Números Propriedades das (MS.EF04MA04.s.04) Utilizar as relações entre adição e subtração com
operações para o Utilizar as relações entre números naturais implica conhecer que se a + b
desenvolvimento de adição e subtração, bem = c então, c – b = a e c – a = b, por exemplo, 12
diferentes como entre multiplicação e + 9 = 21 então, 21 - 9 = 12 e 21 - 12 = 9. Utilizar
estratégias de divisão, para ampliar as as relações entre multiplicação e divisão implica
cálculo com estratégias de cálculo.
saber que se a x b = c (a ≠ 0 e b ≠ 0) então c : a
números naturais
= b e c : b = a, por exemplo, 8 . 9 = 72 então 72 :
8 = 9 e 72 : 9 = 8. Conhecer essas relações
permite desenvolver estratégias de cálculo
mental e é útil especialmente na construção dos
fatos básicos da adição e da multiplicação. É
importante considerar a necessidade da
proposição de problemas, envolvendo diferentes
significados, como contexto para que os
estudantes utilizem as relações entre a adição e
a subtração para a obtenção do valor
desconhecido de uma sentença, ampliando
assim suas estratégias de cálculo. Esse é um bom
momento para a utilização da calculadora como
um instrumento para produzir resultados e para
construir estratégias de verificação e controle
desses resultados. Outro aspecto a considerar é

491
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
a importância de registrar por escrito as relações
percebidas.
Números Propriedades das (MS.EF04MA05.s.05) Utilizar as propriedades das operações para
operações para o Utilizar as propriedades das desenvolver estratégias de cálculo implica
desenvolvimento de operações para desenvolver identificar regularidades das operações e aplicá-
diferentes estratégias de cálculo. las, quando possível, para a obtenção dos
estratégias de resultados. Propriedades que devem ser
cálculo com enfatizadas: comutativa da adição e
números naturais multiplicação; a associativa na adição e na
multiplicação; o elemento neutro da adição e da
multiplicação e a distributiva da multiplicação
em relação à adição. No cálculo mental de 12 . 3,
por exemplo, pode-se aplicar a propriedade
distributiva da multiplicação em relação à adição,
fazendo (10 + 2) . 3 = 10 . 3 + 2 . 3 = 30 + 6 =
36. É importante considerar que o
reconhecimento das propriedades das
operações é facilitador da aprendizagem das
técnicas operatórias e para o exercício do cálculo
mental. Não se imagina aqui que os estudantes
sejam expostos às propriedades como um
conjunto de nomes sem significado (esses
nomes não precisam ser enfatizados). Mas é
importante que investiguem situações nas quais
percebam que a adição e a multiplicação são
comutativas ao contrário da subtração e divisão
e que a propriedade distributiva fundamenta o
algoritmo da multiplicação. A exploração de
tabelas e o uso de calculadora são recursos para
que os estudantes investiguem essas relações,
analisem e expressem as regularidades
observadas. A aprendizagem dos procedimentos
de cálculos envolve aspectos cognitivos
importantes: compreensão, análise, memória,
identificação de regularidades, estimativa,
levantamento de hipóteses e tomada de decisão.
Para que o trabalho com cálculo possa ser
efetivo é essencial explorá-lo em possibilidades
complementares e não excludentes: cálculo
mental, estimativa, procedimentos pessoais,
algoritmos convencionais, uso da calculadora.
Números Problemas (MS.EF04MA06.s.06) Nesta habilidade espera-se que o estudante
envolvendo Resolver e elaborar resolva e elabore problemas envolvendo os
diferentes problemas envolvendo significados da multiplicação: adição de parcelas
significados da diferentes significados da iguais (4 + 4 + 4 = 3 . 4), contagem de
multiplicação e da multiplicação (adição de elementos apresentados em disposição
divisão: adição de parcelas iguais, organização
retangular (por exemplo, quadradinhos
parcelas iguais, retangular e
dispostos em três linhas com quatro
configuração proporcionalidade),
quadradinhos em cada uma); proporcionalidade
retangular, utilizando estratégias
proporcionalidade, diversas, como cálculo por (com duas garrafas de suco concentrado, fazem-
repartição equitativa estimativa, cálculo mental e se 6 jarras de 1 l. Quantas garrafas são
e medida algoritmos. necessárias para fazer 18 dessas jarras?). A
ampliação indicada nesta habilidade, em relação
ao 3º ano, está na ideia de proporcionalidade,
além da apresentação formal do algoritmo
convencional. Merece destaque que a
formulação de problemas é uma habilidade e, ao
mesmo tempo, uma estratégia didática para que

492
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
os estudantes se apropriem da linguagem
matemática e de formas de expressão
características dessa disciplina. A elaboração de
problemas merece ter tratamento de texto:
reflexão, revisão, análise e reelaboração.
Aprender matemática exige resolução de
problemas em diversos contextos envolvendo
diferentes significados. Ainda que a habilidade
indique resolução de problemas de divisão ou
multiplicação, é importante ter problemas que
envolvam mais de uma operação, que tragam
variação em seu enunciado e desafios
verdadeiros a serem vencidos. É possível propor
que os estudantes construam e sistematizem
fatos fundamentais da multiplicação e da divisão
por meio de investigações, utilizando, por
exemplo, calculadora, uso de tabelas e jogos.
Esses recursos são úteis para os estudantes
investigarem padrões numéricos presentes nos
fatos fundamentais e ampliarem suas formas de
calcular. Aqui, tem-se a oportunidade para o
trabalho interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF15LP06.s.06) de Língua Portuguesa.
Números Problemas (MS.EF04MA07.s.07) Resolver e elaborar problemas de divisão de um
envolvendo Resolver e elaborar número natural por outro se relacionam com
diferentes problemas de divisão cujo explorar novos processos de contagem, agora
significados da divisor tenha no máximo para a repartição equitativa (por exemplo, 10
multiplicação e da dois algarismos, envolvendo objetos distribuídos igualmente em 2 grupos,
divisão: adição de os significados de repartição
resulta em 5 objetos para cada grupo) e para a
parcelas iguais, equitativa e de medida,
medida (distribuir 10 objetos em grupos de
configuração utilizando estratégias
modo que cada grupo tenha 2 objetos, resulta
retangular, diversas, como cálculo por
proporcionalidade, estimativa, cálculo mental e em 5 grupos). A ampliação desta habilidade em
repartição equitativa algoritmos. relação ao 3º ano se dá na ordem de grandeza
e medida dos números envolvidos no divisor (até no
máximo dois algarismos), quanto nas estratégias
de calcular, que agora incluem, além do cálculo
mental e estimativas, o algoritmo convencional.
Situações-problema, o que fazer com o resto de
uma divisão, por exemplo, em um problema do
tipo "tenho 28 fichas para dividir igualmente
entre cinco caixas, quantas fichas ficarão em
cada caixa?", a resposta pode ser 5 fichas em
cada caixa e restam 3. Os dois significados da
divisão – repartição equitativa e medida – devem
ser igualmente enfatizados. É importante
destacar, também, a necessidade de que os
estudantes conheçam variadas estratégias de
realizar a divisão, ainda que os procedimentos
relativos ao algoritmo convencional possam ser
sistematizados no 5º ano. Por exemplo, para
calcular 126 : 3, é possível fazer 120 : 3 + 6 : 3 =
40 + 2 = 42, além da técnica convencional. Outro
ponto de relevância é a estimativa da ordem de
grandeza do quociente da divisão antes de fazer
os cálculos. Dessa forma, estimar que em 2026 :

493
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
12 o quociente é da ordem das centenas, é um
recurso útil para analisar se o resultado obtido
em uma divisão, ou na resolução de um
problema de divisão, faz sentido. Outro aspecto
relevante diz respeito a analisar: em cada caixa e
restam 3. No entanto, se o problema for
"quantas viagens precisaremos fazer para
transportar 28 pessoas em um barco em que
cabem cinco pessoas por vez?", não se pode
simplesmente dizer que são 5 viagens, porque
não é possível deixar 3 pessoas sem serem
transportadas; nesse caso, o resto importa e a
resposta precisa ser 6 viagens. O uso da
calculadora é indicado para aumentar a
possibilidade de os estudantes investigarem
padrões numéricos presentes nos fatos
fundamentais, para produzir resultados e
construir estratégias de verificação desses
resultados. Além disso, deve ser enfatizada a
relação fundamental da divisão de números
naturais: a divisão de a por b (a : b), sendo a e b
naturais, a ≥ b e b ≠ 0, pode ser assim
representada a = c . b + r, sendo r < b,
denominado de resto, por exemplo 20 : 3 = 6 e
resto 2, isto é, 20 = 6 . 3 + 2 → 2 < 3. A
nomenclatura específica da divisão (dividendo,
divisor, quociente e resto) pode ser introduzida.
Números Problemas de (MS.EF04MA08.s.08) Resolver, com o suporte de imagem ou material
contagem Resolver, com o suporte de manipulável, problemas simples de contagem,
imagem e/ou material utilizando estratégias e formas de registros
manipulável, problemas pessoais, significa encontrar estratégias para
simples de contagem, como resolver problemas do tipo "de quantas
a determinação do número
maneiras podemos combinar quatro tipos de
de agrupamentos possíveis
sanduíche com três tipos de bebida, escolhendo
ao se combinar cada
apenas um sanduíche e uma bebida?". A
elemento de uma coleção
com todos os elementos de resolução desse problema, que pode ser por
outra, utilizando estratégias desenho, diagrama, tabela, árvore de
e formas de registro possibilidades ou escrita multiplicativa, se dá ao
pessoais. combinar cada elemento de uma coleção (cada
sanduíche) com todos os elementos de outra
coleção (tipo de bebida); obtêm-se 12
combinações diferentes (4 . 3 = 12). Merece
destaque que o trabalho com as ideias das
operações permite aos estudantes identificarem,
posteriormente, conexões entre as diferentes
áreas temáticas da matemática. Assim, ao
explorar problemas de contagem, o principal
raciocínio envolvido na resolução é o
combinatório, que será muito útil, por exemplo,
em probabilidade. Uma recomendação
importante é estimular os estudantes a
resolverem os problemas propostos, utilizando
diferentes procedimentos e registros (diagramas,
listas, árvore de possibilidades, tabelas). Essas
diferentes estratégias devem ser valorizadas,

494
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
analisadas, discutidas e validadas em sala. A
utilização de diferentes recursos para a resolução
de problemas de contagem aumenta o grau de
compreensão dos estudantes sobre o princípio
multiplicativo.
Números Números racionais: (MS.EF04MA09.s.09) Reconhecer as frações unitárias (frações com
frações unitárias Reconhecer as frações numeradores iguais a 1) como unidades de
mais usuais (1/2, 1/3, unitárias mais usuais (1/2, medida menores do que um, significa identificar
1/4, 1/5, 1/10 e 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e 1/100) uma parte de um todo ou inteiro e verificar
1/100) como unidades de medida quantas vezes ela cabe no inteiro, associando
menores do que uma
que a fração unitária mede ou vale menos do
unidade, utilizando a reta
que o inteiro fracionado. A utilização da reta
numérica como recurso.
numérica é um recurso que permite a
compreensão da relação entre o inteiro e uma
de suas partes. É recomendada as
representações da fração (esquema, desenho,
numérica e escrita) bem como os nomes
específicos dos termos da fração (numerador e
denominador). Além da introdução da reta
numérica para a representação de frações, da
relação com grandezas e medidas e da variação
do todo, o principal avanço na aprendizagem
dos estudantes em relação ao ano anterior será a
representação numérica para a fração. É
importante destacar que a resolução de
problemas e o recurso a materiais manipuláveis
são essenciais para a aprendizagem do conceito
de fração. É indicado um cuidado especial com
as diversas representações da fração (desenho,
reta numérica, escrita em palavras e escrita
numérica), assim como a introdução das ideias
centrais: fração como parte de um todo e fração
como quociente. As representações apoiarão a
compreensão do conceito de fração e devem ser
valorizadas como componentes do processo de
ensino e aprendizagem e não como uma
finalidade em si. É importante manter o trabalho
tanto com todos discretos quanto com todos
contínuos, conforme indicado no 3º ano.
Números Números racionais: (MS.EF04MA10.s.10) Reconhecer que as regras do sistema de
representação Reconhecer que as regras do numeração decimal podem ser estendidas para a
decimal para sistema de numeração representação decimal de um número racional
escrever valores do decimal podem ser decorre da compreensão dessa extensão: a
sistema monetário estendidas para a unidade é formada por 10 décimos e o décimo é
brasileiro representação decimal de
formado por 10 centésimos. Além da utilização
um número racional e
dos princípios do SND, a representação decimal
relacionar décimos e
está associada às frações cujos denominadores
centésimos com a
representação do sistema são potências de 10 (1/10 = 0,1; 1/100 = 0,01). O
monetário brasileiro. estudante deverá entender que 1/10 e 0,1
representam a mesma parte de um inteiro (o
mesmo valendo para 1/100 e 0,01), associando,
assim, que em 1 inteiro há 10 décimos ou 100
centésimos. A notação utilizada para representar
quantidades de valores em reais, bem como a
utilização da reta numérica e a relação com

495
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
medidas de comprimento (1/10; 1/100 e 1/1000
do metro) são úteis na compreensão das
relações previstas na habilidade. Problemas com
sistema monetário, representação de valores
com notas e moedas e que envolvam medidas
de comprimento nos quais os estudantes
precisam usar medidas envolvendo metros,
centímetros e milímetros são contextos naturais
para esta habilidade. A compreensão de que é
possível representar um número racional na
forma decimal pode decorrer do uso do quadro
de ordens da mesma forma que se faz com os
números naturais, estendendo essa
representação para a direita da unidade, e que
essa representação indica a parte decimal do
número racional representado. Esse quadro
facilita a leitura, a comparação, composição e
decomposição de um número racional expresso
na forma decimal. A clareza da relação entre os
números decimais e as frações com
denominadores decimais, em particular, e a
compreensão de que a escrita 0,1 é outra forma
de representar 1/10, e que 0,01 é outra escrita
para 1/100 pode vir da exploração de
regularidades com a calculadora (por exemplo,
investigar como a calculadora mostra os
resultados de números naturais entre 1 e 10
divididos por 10, anotar e depois tentar
representar sem calculadora os resultados de
números entre 1 e 10 divididos por 100,
conferindo suas hipóteses na calculadora). Além
do quadro de valores e a calculadora, a reta
numérica e problemas com escrita de valores
monetários são contextos para a exploração das
ideias contidas nesta habilidade. Há, aqui,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
habilidade (MS.EF04LP09.s.09), da Língua
Portuguesa, no que se refere a leitura de valores
monetários e reflexões sobre consumo
consciente.
Álgebra Sequência numérica (MS.EF04MA11.s.11) Identificar as regularidades presentes em
recursiva formada Identificar regularidades em sequências numéricas compostas por múltiplos
por múltiplos de um sequências numéricas de um número natural implica observar
número natural compostas por múltiplos de sequências como 0, 2, 4, 6, 8, 12, 16... e
um número natural. identificar regularidades, tais como a de que
todos esses números são obtidos quando se
multiplica um número natural por dois (são
múltiplos de 2); ou que cada termo da sequência
0, 3, 6, 9, 12, 15... é obtido multiplicando um
número natural por 3 (sequência dos múltiplos
de 3), e assim por diante. A introdução de
termos como "fator" e "múltiplo de" é
recomendada. Não é prevista a aprendizagem
do significado e do cálculo do mínimo múltiplo
comum. É importante que os estudantes

496
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
compreendam o significado de múltiplo de um
número e que explorem regularidades dos fatos
básicos da multiplicação. Também deve ser
destacada a importância de os estudantes
registrarem por escrito as regularidades
observadas; por exemplo, que todo número
múltiplo de 2 é par, que os múltiplos de 4
também são múltiplos de 2, que os múltiplos de
6 são ao mesmo tempo múltiplos de 2 e de 3
etc. Para isso, pode-se solicitar aos estudantes
que preencham tabelas de múltiplos de
diferentes números entre 1 e 10 e que
comparem os múltiplos de um número com os
de outro, registrando as observações. Ao
comparar múltiplos de 3 e 6, por exemplo, os
estudantes podem perceber que cada múltiplo
de 6 vale o dobro do correspondente múltiplo
de 3, ou que cada múltiplo de 3 têm valor
equivalente à metade do correspondente
múltiplo de 6. Ou ainda comparar os múltiplos
de 5 e 10, os estudantes podem perceber que
cada múltiplo de 10 vale o dobro do
correspondente múltiplo de 5 ou que cada
múltiplo de 5 tem valor equivalente à metade do
correspondente múltiplo de 10.
Álgebra Sequência numérica (MS.EF04MA12.s.12) Reconhecer, por meio de investigações, que há
recursiva formada Reconhecer, por meio de grupos de números naturais para os quais as
por números que investigações, que há grupos divisões por um determinado número resultam
deixam o mesmo de números naturais para os em restos iguais, identificando regularidades,
resto ao ser quais as divisões por um implica identificar dividendo, divisor, quociente e
divididos por um determinado número
resto em uma divisão e analisar a relação entre
mesmo número resultam em restos iguais,
eles, buscando um padrão para expressar uma
natural diferente de identificando regularidades.
regularidade. Por exemplo, observar que cada
zero
número da sequência 1, 4, 7, 10, 13, 16, 19, 22,
...ao ser dividido por 3 o resto é 1. Essa
regularidade pode ser assim expressa: 1 = 3 . 0 +
1; 4 = 3 . 1 + 1; 7 = 3 . 2+ 1; 10 = 3 . 3 + 1; 13 =
3 . 4 + 1 etc. Deve inicialmente ser proposto aos
estudantes que analisem o que ocorre quando
se divide um número par por 2, ou um número
múltiplo de 10 por 5, ou um número terminado
em 0 ou 5 por 5 e pedir o registro do padrão
observado (resto zero em todos os casos). Da
mesma forma, é possível propor problemas nos
quais se analisa o que ocorre com o resto na
divisão de um número ímpar por 2 (o resto será
igual a 1). Esse tipo de atividade reitera o
indicado na habilidade anterior. No entanto,
para desenvolver esta habilidade é preciso ir
além de sequências de pares, de ímpares ou de
múltiplos de um dado número. Um exemplo
para essa ampliação é a identificação de
semelhanças e diferenças entre sequências,
como: as sequências (I) 0, 3, 6, 9 ... (II) 1, 4, 7, 10,
..., (III) 2, 5, 8, 11, ... têm em comum a diferença 3

497
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
entre cada elemento, a partir do segundo, e seu
antecessor. Entretanto, apenas a sequência I é
composta por múltiplos de 3 (deixam resto zero
na divisão por 3). Todos os elementos da
sequência II deixam resto 1 na divisão por 3 e
todos os elementos da sequência III deixam
resto 2 na divisão por 3. A partir dessas
conclusões pode-se perguntar: o número 28
pertence a qual sequência? O estudante deverá
compreender que para responder essa questão
ele não precisará escrever os números seguintes
de cada sequência e que basta ele dividir o
número por 3 e observar o resto. Há jogos que
também são úteis na exploração desta
habilidade. Não se espera que os estudantes
memorizem regras, nem critérios de
divisibilidade.
Álgebra Relações entre (MS.EF04MA13.s.13) Reconhecer as relações inversas entre as
adição e subtração e Reconhecer, por meio de operações de adição e subtração envolve a
entre multiplicação e investigações, utilizando a compreensão de que, se a + b = c, então, c – b =
divisão calculadora quando a e c – a = b. Por exemplo, se 12 + 5 = 17, então,
necessário, as relações 17 – 12 = 5 e 17 – 5 = 12. Reconhecer as
inversas entre as operações
relações inversas entre as operações de
de adição e de subtração e
multiplicação e divisão implica saber que se a . b
de multiplicação e de
= c, com a ≠ 0 e b ≠ 0, então, c : a = b e c : b =
divisão, para aplicá-las na
resolução de problemas. a. Por exemplo, se 5 . 6 = 30, então, 30 : 5 = 6 e
30 : 6 = 5. A investigação das relações e a
resolução de problemas, com e sem o uso da
calculadora, seguidas do registro escrito das
relações observadas, são o que se espera para o
desenvolvimento da habilidade. Tem relevância
o fato de que as relações entre as operações
aritméticas aparecem como habilidade
integrando álgebra e a aritmética porque as
relações entre as operações inversas são
essenciais para procedimentos de cálculo, em
particular o cálculo mental. A investigação
dessas relações, inclusive com o uso da
calculadora, será útil para resolver problemas
diversos, tais como "Pedro tinha 18 figurinhas,
ganhou mais algumas e ficou com 25; quantas
figurinhas ele ganhou?" ou "o produto entre dois
números é 28; sabendo que um dos números é
14, qual é o outro número?". Problemas
envolvendo operações nas quais os números são
substituídos por letras ou figuras também são
úteis para explorar esta habilidade. Assim,
justificar a solução encontrada para os
problemas, por meio da análise das relações
observadas e do registro das relações
estabelecidas, é essencial para que os estudantes
desenvolvam competências da área relacionadas
ao letramento em matemática.

498
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Álgebra Propriedades da (MS.EF04MA14.s.14) Reconhecer e mostrar, por meio de exemplos,
igualdade Reconhecer e mostrar, por que a relação de igualdade existente entre dois
meio de exemplos, que a termos permanece quando se adiciona ou se
relação de igualdade subtrai um mesmo número a cada um desses
existente entre dois termos termos requer, primeiramente, que se
permanece quando se
compreenda o sentido de equivalência: se a + b
adiciona ou se subtrai um
= c + d, então c + d = a + b, por exemplo 8 + 7
mesmo número a cada um
= 10 + 5, então 10 + 5 = 8 + 7. Partindo dessa
desses termos.
compreensão, por meio de investigação e
observação de regularidades, será possível dar
exemplos para indicar a relação expressa na
habilidade, tais como: se 2 + 6 = 7 + 1, então 2
+ 6 + 3 = 7 + 1 + 3; se 16 – 5 = 11, então, 16 – 5
– 3 = 11 – 3; se 4 . 5 = 20, então 4 . 5 – 7 = 20 –
7; se 18 : 3 = 6, então, 18 : 3 + 4 = 6 + 4 . Deve
ficar clara a importância de se compreender os
significados do sinal de igualdade a para o
desenvolvimento do pensamento algébrico. Uma
compreensão relacional do sinal de igualdade
implica entender que ele representa uma relação
de equivalência. Nos anos iniciais, essa relação é,
muitas vezes, interpretada como significando "é
a mesma quantidade que" ao expressar uma
relação entre quantidades equivalentes. Quando
se explora a equivalência, os estudantes
precisam saber que 8 = 8 e 8 = 3 + 5 ou 2 + 6 =
3 + 5 são escritas verdadeiras e que 8 + 3 = 11 +
8 é falso, já que 8 + 3 e 11 + 8 não são
equivalentes. Essa compreensão é necessária
para o uso do pensamento relacional na
resolução de equações em situações, tais como 9
+ 4 = b + 7. Usando o pensamento relacional, é
possível argumentar que, uma vez que 7 é 3
mais do que 4, então b deve ser 3 menos do que
9. Essa capacidade de argumentar sobre a
estrutura na comparação de duas quantidades é
um aspecto do pensamento algébrico. É
recomendado, também, que, ao explorar a ideia
de equivalência, os estudantes percebam que, se
4 = 6 - 2, então, 6 - 2 = 4 ou, ainda, que 2 . 4 . 3
= 3 . 8 . 1, isto é, que uma mesma quantidade
pode ser escrita de formas diversas. As
investigações a respeito da equivalência são
feitas com análise de escritas matemáticas
diversas, bem como pela expressão e registro de
conclusões.
Álgebra Propriedades da (MS.EF04MA15.s.15) Determinar o número desconhecido que torna
igualdade Determinar o número verdadeira uma igualdade que envolve as
desconhecido que torna operações fundamentais depende da
verdadeira uma igualdade compreensão da relação entre as operações,
que envolve as operações bem como do significado do sinal de igualdade
fundamentais com números
como a ideia de que, se somar ou subtrair
naturais.
quantidades iguais aos membros de uma
igualdade, a relação de igualdade existente não
se altera. É importante explicitar que o

499
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
conhecimento desta habilidade depende de
conhecimentos anteriores (expressos nas
habilidades (MS.EF04MA04.s.04),
(MS.EF04MA05.s.05), (MS.EF04MA12.s.12),
(MS.EF04MA13.s.13) e (MS.EF04MA14.s.14). No
entanto, as relações anteriores podem ser
materializadas para resolver problemas, cuja
solução envolve o cálculo de um valor
desconhecido em uma igualdade. Não se trata
de reduzir a habilidade a um simples trabalho
mecânico de calcular o valor desconhecido da
sentença, mas de utilizar as relações estudadas
para determinar esse valor, tendo compreensão
das relações e justificando as escolhas feitas.
Atividades e problemas sugeridos na descrição
das habilidades conexas mencionadas são bons
contextos para o desenvolvimento desta
habilidade, que, em resumo, pode ser entendida
como síntese das demais.
Geometria Localização e (MS.EF04MA16.s.16) Descrever deslocamentos e localização de
movimentação: Descrever deslocamentos e pessoas e de objetos no espaço, por meio de
pontos de localização de pessoas e de malhas quadriculadas e representações como
referência, direção e objetos no espaço, por meio desenhos, mapas, planta baixa e croquis implica
sentido de malhas quadriculadas e desenvolver habilidades visuais, de
Paralelismo e representações como
representação e, além disso, conhecimento de
perpendicularismo desenhos, mapas, planta
vocabulário específico. A utilização de termos
baixa e croquis, empregando
como paralelas e perpendiculares exige uma
termos como direita e
esquerda, mudanças de aprendizagem específica. A noção intuitiva de
direção e sentido, ângulo e de ângulo reto também é importante
intersecção, transversais, para o pleno desenvolvimento desta habilidade.
paralelas e perpendiculares. A utilização de marcação de mudança de sentido
e direção tem suporte na noção de ângulo como
giro. Podem ser utilizadas várias das sugestões já
mencionadas para o 3º ano, na habilidade
correlata a esta. A análise de ruas paralelas em
mapas com ou sem o uso de aplicativos, pode
ser um contexto interessante para a introdução
do tema no 4º ano. Da mesma maneira, após
explorar a ideia de ângulo reto, seria adequado
ter nos mapas e nas representações de plantas
baixas a ideia de ângulo reto e de retas
perpendiculares. É adequado, ainda, que os
estudantes possam conhecer retas que não
sejam nem paralelas nem perpendiculares, isto é,
as retas concorrentes. Esta habilidade abre
espaço para que a noção intuitiva de ângulo seja
inicialmente explorada como giro ou mudança
de direção, antes de associar o ângulo à ideia de
ser ou não reto. As representações por desenhos
e esquemas, bem como registros escritos e
explicações para as relações, trajetos e
deslocamentos, podem ser valorizadas, assim
como a linguagem específica associada aos
conceitos relacionados na habilidade. Há, aqui,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com as

500
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
habilidades (MS.EF15AR08.s.08),
(MS.EF15AR10.s.10) da Arte, (MS.EF12EF07.s.06),
(MS.EF12EF11.s.08), (MS.EF35EF07.s.05), e
(MS.EF35EF09.s.06) da Educação Física,
associadas
à experimentação, descrição e representação de
movimentos de pessoas e objetos no espaço.
Geometria Figuras geométricas (MS.EF04MA17.s.17) Reconhecer, nomear e comparar polígonos,
espaciais (prismas e Associar prismas e pirâmides considerando lados, vértices e ângulos implicam
pirâmides): a suas planificações e diferenciar figuras planas de figuras espaciais,
reconhecimento, analisar, nomear e comparar separar as figuras planas em polígonos e não
representações, seus atributos, polígonos, reconhecendo as características mais
planificações e estabelecendo relações
essenciais dessa categoria de figuras, identificar
características entre as representações
e contar lados e ângulos dos polígonos,
planas e espaciais.
relacionar a quantidade de lados ou ângulos aos
nomes dos polígonos e classificar os polígonos
em triângulos, quadriláteros e outros. A
representação por desenho, com recursos
específicos, tais como régua, compasso,
esquadros ou tecnologias digitais, está associada
tanto à aprendizagem de procedimentos
específicos de uso desses recursos quanto ao
desenvolvimento de habilidades visuais e de
desenho. É importante destacar que a
construção de quebra-cabeças pelos estudantes,
bem como problemas e jogos que envolvam a
análise das propriedades das figuras geométricas
planas são contextos naturais para o
desenvolvimento da habilidade. Outras
possibilidades de exploração das propriedades,
dos conceitos e dos procedimentos envolvidos
na habilidade aparecem na observação de obras
de arte. De fato, gravuras, pinturas e esculturas
contêm muitos estímulos visuais e, quando
problematizadas, podem auxiliar tanto o
desenvolvimento de um senso estético quanto
propiciar que os estudantes vejam a criação que
envolve a matemática, identificando uma das
muitas relações que essa área apresenta em
situações da vida. Aplicativos de computador e
softwares de geometria dinâmica permitem
resolver problemas de representação e
construção de polígonos, ajudando na
compreensão de suas propriedades. Uma das
noções mais importantes, a de ângulos, deve ser
mantida em conjunto com esta habilidade. O uso
de recursos tais como dobradura, compasso e
softwares de geometria dinâmica permitem a
exploração de relações entre lados e ângulos
dos polígonos. A forma de abordar a geometria
é fundamental para que ocorram as
aprendizagens esperadas. Primeiro, é
importante que as atividades sejam
problematizadoras, para desencadear reflexão,
que não sejam de mera identificação e

501
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
nomeação de formas. Observar, analisar,
construir, criar, manipular formas são essenciais
para que haja desenvolvimento do pensamento
geométrico. Segundo, propor que os estudantes
desenhem, escrevam, façam esboços, construam,
expliquem e justifiquem favorece também o
desenvolvimento do letramento matemático e os
processos de raciocínio e argumentação a ele
associados.
Geometria Ângulos retos e não (MS.EF04MA18.s.18) Reconhecer ângulos retos e não retos em figuras
retos: uso de Reconhecer ângulos retos e poligonais implica a percepção de ângulo
dobraduras, não retos em figuras relacionado aos vértices do polígono. Isso
esquadros e poligonais com o uso de implica também relacionar os ângulos com
softwares dobraduras, esquadros ou mudanças de direção decorrente de giros e,
softwares de geometria.
ainda, identificar que um ângulo reto pode ser
associado à quarta parte de um giro completo.
Os ângulos retos e não retos podem ser
identificados por meio de dobraduras, esquadros
ou em software de geometria. É importante
explicitar a necessidade de que, antes das
atividades de identificação de ângulos retos e
não retos, deve ser dada atenção à exploração
do ângulo em situações de representação de
trajetos nos quais haja giros para mudança de
direção. Depois disso, deve-se possível associar
1/4 de um giro completo a um ângulo reto.
Concomitante a este trabalho, deve-se construir
com dobradura o ângulo reto, utilizando essa
noção para a compreensão da ideia de retas
perpendiculares e na identificação de ângulos
retos nos polígonos. Vale ficar atento ao fato de
que os ângulos "não retos", conforme
apresentado na habilidade, são aqueles maiores
ou menores que o reto e que podem ser
nomeados obtuso e agudo, respectivamente.
Aprender a linguagem é importante, ainda que
não seja exigência que os estudantes utilizem
essas palavras no 4º ano. Como sugestão de
contextualização, o professor, por meio de
dobraduras, pode construir o ângulo reto (90º) e
de posse do ângulo convidar os estudantes, em
grupo, a darem uma volta pelo pátio da escola e
identificar os ângulos encontrados: na
arquitetura da escola, muros, móveis, na
natureza etc.; ao retornarem relatarem o que foi
observado com desenhos e registros escritos
atribuindo nomes conforme as aberturas.
Finalmente, seria importante que os
quadriláteros fossem analisados de acordo com
o paralelismo e o perpendicularismo dos seus
lados e que os estudantes identificassem
características comuns, por exemplo, entre
quadrados e paralelogramos, entre retângulos e
paralelogramos etc. (Isso apoiaria a habilidade
(MS.EF04MA17.s.17). Esta habilidade também se

502
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
relaciona com conteúdos expressos na
habilidade (MS.EF04MA16.s.16).
Geometria Simetria de reflexão (MS.EF04MA19.s.19) Reconhecer simetria de reflexão em figuras e
Reconhecer simetria de pares de figuras geométricas planas implica
reflexão em figuras e em associar a reflexão a uma transformação
pares de figuras geométricas geométrica que "espelha" todos os pontos em
planas e utilizá-la na relação a uma reta (dita, eixo de reflexão ou eixo
construção de figuras
de simetria). A simetria relativa a um ponto (dito
congruentes, com o uso de
centro de reflexão) será estudada
malhas quadriculadas e de
posteriormente. O uso de artesanatos indígenas
softwares de geometria.
e/ou imagens (revistas, recortes, web, dentre
outros) dos artesanatos que são construídos a
partir da observação da natureza, enriquecerá a
aprendizagem sobre simetria, pois é um recurso
muito utilizado pelos indígenas em suas artes e
pinturas. A utilização da simetria para a
construção de figuras congruentes (com a
mesma forma e o mesmo tamanho) decorre
diretamente de uma propriedade desta
transformação que mantém todas as medidas –
lados e ângulos – entre uma figura e sua
reflexão. As malhas quadriculadas e os softwares
de geometria servem como suporte para a
compreensão do significado de simetria de
reflexão, bem como apoio para a construção de
figuras congruentes por simetria. É importante
que os estudantes tenham chances de conhecer
a simetria de reflexão. Por meio de dobraduras e
malhas quadriculadas os estudantes
identificarão, se houver, o eixo (ou eixos) de
simetria da própria figura e também obter uma
figura simétrica a uma figura dada relativamente
a uma reta (reflexão em reta). Desse modo o
estudante verificará a congruência da figura
obtida com a figura dada. Uma análise da
presença da simetria de reflexão na arte e na
arquitetura pode ser incluída em sequências
didáticas, ou mesmo projetos, que favoreçam o
desenvolvimento de competência da área e
competência geral.
Grandezas e Medidas de (MS.EF04MA20.s.20) Medir e estimar comprimentos (incluindo
medidas comprimento, massa Medir e estimar perímetro), massas e capacidades utilizando
e capacidade: comprimentos (incluindo unidades de medida padronizadas mais usuais
estimativas, perímetros), massas e implicam identificar essas grandezas,
utilização de capacidades, utilizando compreender o que é medi-las (comparar com
instrumentos de unidades de medida
outra grandeza de mesma espécie, escolhendo
medida e de padronizadas mais usuais,
uma unidade e expressar a medição
unidades de medida valorizando e respeitando a
numericamente com a identificação da unidade
convencionais mais cultura local.
usuais utilizada), conhecer as principais unidades
padrão de medida e estabelecer relações entre
elas, incluindo a expressão por meio de frações
ou decimais. O conhecimento das grandezas e
suas respectivas unidades de medida
favorecerão a compreensão de alguns textos
cotidianos. É importante considerar que esta

503
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
habilidade envolve os números racionais –
representação fracionária e representação
decimal. Deve-se incluir situações-problema
envolvendo o uso das medições, dos
instrumentos de medida e a exploração da
relação entre unidades de medida de uma
mesma grandeza. Estimativas de medida
também devem ser consideradas. Todas as
sugestões de contexto que foram dadas para o
estudo de grandezas e medidas no 3º ano se
aplicam aqui, considerando apenas uma
evolução com foco nas relações entre as
unidades-padrão mais usuais de cada grandeza.
Há, aqui, a oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF04CI01.s.01), no que se refere a medições
de misturas.
Grandezas e Áreas de figuras (MS.EF04MA21.s.21) Medir, comparar e estimar área de figuras planas
medidas construídas em Medir, comparar e estimar desenhadas em malha quadriculada pela
malhas área de figuras planas contagem de quadradinhos ou de metades de
quadriculadas desenhadas em malha quadradinhos envolvem identificar a área de
quadriculada, pela contagem uma superfície como uma grandeza, que será
dos quadradinhos ou de
medida por meio da área de outra superfície,
metades de quadradinho,
que servirá como unidade de medida
reconhecendo que duas
(quadradinho ou metade de quadradinho). A
figuras com formatos
diferentes podem ter a quantidade de vezes que a unidade couber na
mesma medida de área. superfície a ser medida é expressa por um
número que é a área da figura plana. A área do
quadradinho ou de sua metade são unidades de
medida, e a malha quadriculada um suporte para
favorecer a contagem. Espera-se a compreensão
de que o número que expressa a medida da
superfície varia em função da unidade de
medida e que duas superfícies com formatos
distintos podem ter a mesma área. A resolução
de problemas que impliquem medir superfícies
desenhadas em malhas quadriculadas é
oportunidade para o desenvolvimento da
habilidade. É indicado que os estudantes sejam
desafiados a representar, em um quadriculado,
retângulos diferentes com uma mesma área: por
exemplo, desenhando na malha todos os
retângulos de área 18 quadradinhos, e analisar
também a medida dos perímetros de cada
retângulo, de modo a explorar e diferenciar as
duas medidas (área e perímetro), bem como
observar que figuras de mesma área podem ter
perímetros diferentes. Outro aspecto relevante é
a medição de uma mesma superfície usando
duas unidades de medida, bem como solicitar a
justificativa por que os números que expressam
medição são diferentes. O cálculo da medida de
superfície de figuras irregulares, nas quais a
unidade de medida não caiba um número inteiro

504
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
de vezes na medição, é um contexto interessante
para relacionar números racionais às medidas.
Grandezas e Medidas de tempo: (MS.EF04MA22.s.22) Ler e registrar medidas e intervalos de tempo em
medidas leitura de horas em Ler e registrar medidas e horas, minutos e segundos implicam saber ler
relógios digitais e intervalos de tempo em horas em relógios diversos, e utilizar em
analógicos, duração horas, minutos e segundos situações cotidianas a relação entre hora e
de eventos e em situações relacionadas minuto e a relação entre minuto e segundo e
relações entre ao seu cotidiano, como
entre dia e hora. Devem-se propor situações que
unidades de medida informar os horários de
envolvam a marcação do início e término de
de tempo início e término de
uma tarefa, bem como sua duração. É
realização de uma tarefa e
sua duração. recomendado que a abordagem para esta
habilidade seja por resolução de problemas.
Assim, é importante resolver e elaborar
problemas que envolvam medidas de tempo, em
especial o cálculo da duração de um evento,
incluindo a estimativa dessa duração. A
indicação de que as situações propostas para
medidas de tempo sejam do cotidiano dos
estudantes é importante para que eles vivenciem
a necessidade real de calcular durações de
intervalos temporais e de utilizar as relações
entre as unidades de medida. Problemas nos
quais sejam dados o horário de início e a
duração de um evento para que calculem o
horário de término, ou em que sejam dados a
duração e o horário de término para que
encontrem o horário de início, exploração da
estimativa da ordem de grandeza de um
intervalo temporal, a utilização de diferentes
relógios, incluindo um cronômetro para
contagem regressiva para iniciar um evento ou
para sua duração, são bons contextos para o
desenvolvimento desta habilidade.
Grandezas e Medidas de (MS.EF04MA23.s.23) Reconhecer temperatura como grandeza e grau
medidas temperatura em Reconhecer temperatura Celsius como a unidade de medida a ela
grau Celsius: como grandeza e o grau associada implica saber que, além das grandezas
construção de Celsius como unidade de já estudadas, existe outra grandeza cuja medição
gráficos para indicar medida a ela associada e é realizada por um termômetro e que sua
a variação da utilizá-lo em comparações
unidade de medida é o grau Celsius. A
temperatura de temperaturas em
habilidade inclui ainda identificar situações em
(mínima e máxima) diferentes regiões do Brasil
que se usa o grau Celsius e o termômetro para
medida em um dado ou no exterior ou, ainda, em
dia ou em uma discussões que envolvam fazer medições, ler temperaturas, expressá-las
semana problemas relacionados ao por escrito e fazer comparações entre diferentes
aquecimento global. temperaturas, incluindo localidades brasileiras e
as questões ambientais de aquecimento global.
É importante destacar que os estudantes
precisam vivenciar, com a supervisão do
professor ou outro adulto, a utilização e leitura
de termômetros para ler e representar
temperaturas, conhecendo sua unidade de
medida – grau Celsius – relacionando esse
conhecimento a situações da vida diária, tais
como temperatura ambiente, corporal,
temperatura máxima e mínima do dia divulgadas
em sites, jornais escritos, telejornais etc. como

505
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
oportunidade de realizar atividades em grupos
para investigar em diferentes manchetes levadas
pelos estudantes com objetivo de discutir
valores que representam graus e os impactos
dessa temperatura na vida cotidiana. Tabelas de
temperatura e termômetros reais são indicados
como contexto de exploração desta habilidade,
assim como as questões climáticas e as
diferenças de temperatura entre cidades e
regiões brasileiras e de outros países. Não é
meta explorar temperaturas negativas, mas, se
elas aparecerem, os estudantes podem ser
informados sobre ou pesquisar o que elas
significam. Há, aqui, oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF04CI02.s.02) da Ciência, no que se refere a
observação e registro de mudanças de
temperatura.
Grandezas e Medidas de (MS.EF04MA24.s.24) Registrar temperaturas máximas e mínimas
medidas temperatura em Registrar as temperaturas diárias, em locais de seu cotidiano, e elaborar
grau Celsius: máxima e mínima diárias, em gráficos com as variações diárias de temperatura
construção de locais do seu cotidiano, e utilizando, inclusive, planilhas eletrônicas é uma
gráficos para indicar elaborar gráficos de colunas aplicação dos conhecimentos relativos à
a variação da com as variações diárias da
habilidade (MS.EF04MA23.s.23). A utilização de
temperatura temperatura, utilizando,
planilhas eletrônicas é um procedimento a ser
(mínima e máxima) inclusive, planilhas
aprendido, pois é relevante como ferramenta de
medida em um dado eletrônicas.
dia ou em uma organização e representação de dados
semana coletados. Convém destacar que esta habilidade
tem foco em procedimentos de coleta e de
informações relacionadas à temperatura. Assim,
pode-se propor que o estudante faça pesquisas
a respeito da temperatura da cidade onde mora
e apresentar uma tabela com temperaturas
máximas e mínimas em cada dia de uma
semana, por exemplo, e construir um gráfico de
colunas correspondente. Além do gráfico de
colunas, é desejável a introdução do gráfico em
linha, mais comumente utilizado para
representar as temperaturas ao longo de um
período de tempo. Há a possibilidade, inclusive,
de explorar gráficos de temperatura presentes
em diferentes mídias para propor e elaborar
problemas de medidas de temperatura. A
utilização de planilhas eletrônicas passa a ser
uma ferramenta e um objeto de aprendizagem
(aprender a usar planilhas eletrônicas para
representar dados coletados na forma de tabelas
ou gráficos).
Grandezas e Problemas utilizando (MS.EF04MA25.s.25) Resolver e elaborar problemas que envolvam
medidas o sistema monetário Resolver e elaborar situações de compra e venda e formas de
brasileiro problemas que envolvam pagamento envolve o conhecimento do valor
situações de compra e venda das notas e moedas, da representação decimal
e formas de pagamento, de valores monetários, a comparação desses
utilizando termos como
valores e, também, situações reais em que o
troco e desconto,
poder de compra do dinheiro é utilizado. É

506
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
enfatizando o consumo interessante propor aos estudantes momentos
ético, consciente e de reflexões e estudos sobre a interação
responsável. financeira de grupos sociais (índios, quilombolas,
ribeirinhos, dentre outros) que não utilizam o
sistema padrão, bem como a necessidade de
entender a matemática para que as relações
financeiras sejam justas. Na resolução de
problemas, será natural que questões de
consumo e responsabilidade com o uso de
dinheiro, além de termos como parcelas, troco e
desconto sejam aprendidos. A exploração de
diferentes formas de fazer pagamentos (dinheiro
em espécie, cartões, cheques) e sua utilização
pode ser incluída. Operações simples
envolvendo números decimais, com e sem o uso
da calculadora, podem ser aprendidas. As
questões de consumo consciente e de compra e
venda podem ser envolvidas, além de valores,
medidas de tempo, de comprimento, de
capacidade e de massa. A verificação das datas
de validade, preço e quantidade que está sendo
comprada é uma forma de os estudantes
entenderem o que compram, como não ser
lesado, quanto tempo um produto que se
compra leva para se deteriorar quando
descartado, dentre outros aspectos. A utilização
de planilhas de controle de gastos, a exploração
de folhetos de ofertas e a comparação de preços
em lugares diferentes também são
recomendadas. Na resolução e elaboração de
problemas, os estudantes podem operar com
valores de preços, mesmo que ainda não saibam
formalmente calcular com números decimais.
Para isso, recomenda-se o uso de calculadora. O
importante, no caso de somar, subtrair,
multiplicar e dividir com decimais não é
aprendizagem das técnicas, mas sim a
identificação da operação a ser utilizada. Tal
decisão envolve o desenvolvimento do senso
numérico, bem como a compreensão dos
significados de cada operação. Há, aqui,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
habilidade (MS.EF04LP09.s.09) da Língua
Portuguesa, no que se refere à leitura de valores
monetários e reflexões sobre consumo
consciente.
Probabilidade e Análise de chances (MS.EF04MA26.s.26) Identificar, dentre eventos aleatórios cotidianos,
estatística de eventos Identificar, entre eventos aqueles que têm mais chance de ocorrência,
aleatórios aleatórios cotidianos, reconhecendo características de resultados mais
aqueles que têm maior prováveis, sem utilizar frações, implica ser capaz
chance de ocorrência, de reconhecer, em eventos familiares aleatórios,
reconhecendo características
todos os resultados possíveis de ocorrer. Assim,
de resultados mais
por exemplo, ao jogar dois dados e anotar a
prováveis, sem utilizar
soma dos números das faces os resultados
frações.
possíveis {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12}, verifica-

507
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
se que entre as 36 possibilidades (6 . 6 = 36)
algumas dessas somas são mais prováveis que
outras. Assim, é possível saber que o resultado 7
(5 + 2, 2 + 5; 4 +3, 3 + 4; 6 + 1; 1 + 6) tem mais
chance de ocorrer do que o resultado 12 (6 + 6),
porque há seis adições com soma 7 e apenas
uma com soma 12. Neste exemplo, expressar
essas chances de ocorrência (sem o uso de
frações) como há 6 chances em 36 de sair soma
7 e 1 chance em 36 de sair soma 12 é esperado
como aprendizagem. Pode ser esclarecido que,
nos anos iniciais, a noção de probabilidade de
um evento futuro se baseia muito em sua
experiência pessoal, e isso pode causar certa
confusão no uso de termos como eventos
possíveis, certos e prováveis. Por isso, para evitar
incompreensões e decisões baseadas em senso
comum, é importante vivenciar experimentos
situações primeiro para identificar eventos
possíveis e eventos não possíveis e,
posteriormente, provável, improvável e evento
certo (explorando, aí sim, situações do cotidiano
em que eles tenham que analisar e decidir se
elas são ou não prováveis). A ideia-chave para
desenvolver probabilidade é ajudar as crianças a
ver que alguns desses eventos possíveis são mais
prováveis ou menos prováveis do que outros.
Por exemplo, se um grupo de estudantes tiver
uma corrida, a chance de que Luís, um corredor
muito rápido, seja primeiro, não é certa, mas é
muito provável. Em seguida, fazer experimentos
aleatórios, como o lançamento de dois dados, e
anotar as somas ou produtos possíveis entre os
números que saem nas faces, decidindo depois
qual deles tem mais chance (probabilidade de
acontecer), também auxilia no processo de
compreensão proposto pela habilidade.
Probabilidade e Leitura, (MS.EF04MA27.s.27) Analisar dados apresentados em tabelas, simples
estatística interpretação e Analisar dados apresentados ou de dupla entrada, e em gráficos de colunas,
representação de em tabelas simples ou de pictóricos ou não, com base em informações das
dados em tabelas de dupla entrada e em gráficos diferentes áreas do conhecimento, e produzir
dupla entrada, de colunas ou pictóricos, texto com síntese de sua análise envolve algum
gráficos de colunas com base em informações
conhecimento anterior de tabelas e gráficos,
simples e agrupadas, das diferentes áreas do
bem como a experiência de analisá-los e
gráficos de barras e conhecimento, e produzir
registrar por escrito conclusões possíveis de ser
colunas e gráficos texto com a síntese de sua
pictóricos análise. tiradas a partir dessa análise. Pode ser
explicitado que uma tabela é uma organização
composta por linhas ou colunas, e que em suas
interseções se encontram os dados, que podem
ser números, palavras, frases etc. Também é
interessante destacar ser comum, em
publicações, tais como revistas e jornais, usar
figuras relacionadas ao assunto da pesquisa
retratada em um gráfico, tornando-os mais
atraentes. Quando um gráfico é construído

508
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
assim, é chamado de pictórico, ou pictograma.
Um pictograma pode ser feito tendo como base
gráficos de colunas e linhas. É importante que os
estudantes tanto possam construir gráficos a
partir de tabelas e tabelas a partir de gráficos,
observando a relação entre eles quanto analisar
gráficos e tabelas que já tenham sido
elaborados, em especial aqueles presentes na
mídia impressa ou digital e que abordem temas
do cotidiano. A produção de textos para
expressar as conclusões vindas da análise de
gráficos e tabelas faz parte do desenvolvimento
do letramento estatístico. Há, aqui, oportunidade
de trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF04LP20.s.20), e (MS.EF04LP21.s.21) da
Língua Portuguesa, no que se refere à utilização
de gráficos e tabelas para a realização e
comunicação de pesquisas e análise de dados.
Probabilidade e Diferenciação entre (MS.EF04MA28.s.28) Realizar pesquisa envolvendo variáveis
estatística variáveis categóricas Realizar pesquisa numéricas ou quantitativas implica identificar
e variáveis envolvendo variáveis que as variáveis nos estudos estatísticos são os
numéricas categóricas e numéricas e valores que assumem dentro de uma pesquisa.
Coleta, classificação organizar dados coletados Variáveis categóricas ou qualitativas são aquelas
e representação de por meio de tabelas e
que não podem ser expressas numericamente,
dados de pesquisa gráficos de colunas simples
pois relacionam situações como mês de
realizada ou agrupadas, com e sem
nascimento, preferência por um time de futebol,
uso de tecnologias digitais.
marca de automóvel, preferência musical, dentre
outras. A habilidade também prevê a pesquisa
com variáveis numéricas, ou quantitativas. A
realização da pesquisa acontece a partir de
procedimentos, tais como identificar um
problema a ser respondido e desenvolver
procedimentos que vão da escolha da população
investigada a procedimentos de coleta,
organização e publicação dos dados da pesquisa
e da resposta à questão proposta. A ampliação
em relação ao ano anterior está na escolha de
uma amostra maior e na utilização da tecnologia
para fazer planilhas para representar dados da
pesquisa. Deve ficar clara a possibilidade de os
estudantes realizarem pesquisa estatística, que é
o foco central desta habilidade. Assim, para o
desenvolvimento de noções elementares e
iniciais da estatística, o professor pode partir do
levantamento de temas vivenciados pelos
estudantes; por exemplo, a observação do
número de dias ensolarados, o número de
estudantes que faltaram às aulas durante um
mês, a coleta de opinião de outras pessoas a
respeito de um determinado fato, o
levantamento do local de origem da família,
dentre outros contextos. Para explorar variáveis
quantitativas ou numéricas, podem ser usadas a
quantidade de livros lidos em dois meses de aula
na turma, a quantidade de bichos de estimação.

509
MATEMÁTICA - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Há, aqui, oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF04LP20.s.20), e (MS.EF04LP21.s.21) da
Língua Portuguesa, no que se refere à utilização
de gráficos e tabelas para a realização e
comunicação de pesquisas e análise de dados

MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Sistema de (MS.EF05MA01.s.01) Ler, escrever e ordenar números naturais até a
numeração decimal: Ler, escrever e ordenar ordem das centenas de milhar implicam
leitura, escrita e números naturais até a compreender como se representam quantidades
ordenação de ordem das centenas de dessa magnitude usando a escrita com os
números naturais milhar com compreensão algarismos e escrita com palavras. Esta
(de até seis ordens) das principais características
habilidade envolve também a comparação e
do sistema de numeração
ordenação de números naturais, utilizando
decimal.
regras do sistema de numeração decimal. A
comparação de números pode ser expressa
utilizando símbolos para a igualdade e para a
desigualdade (diferente, maior e menor). É
importante explorar as escritas de números
maiores que a unidade de milhar como usadas
nas mídias. Estimativa da ordem de grandeza de
um número também deve ser incentivada, assim
como a representação na reta numérica. Usando
também jogos, materiais manipuláveis, textos de
mídia impressa, gráficos e análises de
representação numérica são bons contextos para
desenvolver esta habilidade. Retomar a
compreensão do sistema de numeração decimal
em que os agrupamentos são de 10 em 10 e no
valor posicional dos algarismos, isto é cada
símbolo (chamado algarismo ou dígito) tem seu
valor determinado pela posição em que ocupa
no número. Construir situações nas quais os
estudantes reconheçam que a leitura de um
número está relacionada com a classe e com a
ordem de cada algarismo (QVL).
Números Números racionais (MS.EF05MA02.s.02) Ler, escrever e ordenar números racionais na
expressos na forma Ler, escrever e ordenar forma decimal com compreensão das principais
decimal e sua números racionais na forma características do sistema de numeração
representação na decimal com compreensão decimal, utilizando, como recursos, a
reta numérica das principais características composição e decomposição e a reta numérica,
do sistema de numeração
envolvem reconhecer que regras do sistema de
decimal, utilizando, como
numeração decimal podem ser estendidas para a
recursos, a composição e
representação decimal de um número racional.
decomposição e a reta
numérica. Perceber que 1 inteiro é composto por 10
décimos ou 100 centésimos ou 1000 milésimos;
associando que é possível representar um
número racional na forma decimal em um
quadro de ordens, da mesma forma que se faz

510
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
com os números naturais, estendendo essa
representação para a direita da unidade e
percebendo que essa representação indica a
parte decimal do número racional representado.
Utilizar o recurso da composição e
decomposição do número decimal envolve
conhecer formas diversas de representar um
número racional utilizando a escrita decimal,
incluindo a utilização de escritas aditivas, como,
por exemplo, 3,45 = 3 + 0,45 = 3 + 0,40 + 0,05 =
3 + 0,25 + 0,20. A representação na reta
numérica pode ter apoio na ideia de dividir um
inteiro em décimos, centésimos e milésimos para
realizar as marcações de números racionais que
será relevante para trabalhar com a comparação
e ordenação desses números. A relação com
medidas de comprimento expressas em notação
decimal, bem como as representações decimais
do sistema monetário, apoiam as aprendizagens
previstas na habilidade. Um contexto para o
desenvolvimento desta habilidade é a
exploração de medidas de comprimento, em
especial a relação entre o metro, o decímetro, o
centímetro e o milímetro. O uso da relação entre
as unidades de medida de comprimento mais
usuais, com a inclusão do decímetro para
favorecer a exploração de um décimo do metro,
a leitura e representação de medições feitas com
régua, a comparação de números racionais na
forma decimal, bem como a relação com o
inteiro e a representação na reta numérica auxilia
os estudantes a relacionarem décimos,
centésimos e milésimos entre si, da mesma
forma que fizeram com unidades, dezenas e
centenas. A expressão da relação entre cédulas e
moedas de real, por meio de números racionais
na forma decimal, é outro contexto que pode ser
útil para a habilidade, especialmente para
introduzir escritas de quantidades expressas na
forma decimal por decomposição. Ao expressar,
usando cédulas e moedas, o valor de R$ 3,50,
por exemplo, é possível ter 3 + 0,50 = 3 + 0,25 +
0,25 = 2,00 + 1,00 + 0,50, dentre outras escritas.
Ao aprofundar o conhecimento dos números
racionais, é necessário que os estudantes
percebam que deixam de valer algumas ideias
que são características dos números naturais,
por exemplo, o fato de que, entre os números
racionais, não tem sentido falar em antecessor e
sucessor, pois, entre dois números racionais
quaisquer, é sempre possível encontrar outro
racional. Assim, o estudante deverá perceber,
por exemplo, que entre 0,7 e 0,8 estão números
como 0,71; 0,713 ou 0,79. A representação na
reta numérica é um recurso adequado para

511
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
auxiliar nessa compreensão. Outro ponto
importante é que, se entre os números naturais,
a quantidade de algarismos era um bom
indicador da ordem de grandeza, o mesmo não
vale para os números racionais. Por exemplo,
5382 > 475. Entretanto, a comparação entre 5,3
e 1,359 não obedece ao mesmo critério, uma vez
que 1,359 < 5,3. Novamente, a representação
por aproximação na reta numérica auxilia a
compreensão, bem como comparar os dois
números utilizando um quadro de valor e
materiais manipuláveis para representá-lo.
Números Representação (MS.EF05MA03.s.03) Identificar e representar frações (menores e
fracionária dos Identificar e representar maiores que a unidade), associando-as ao
números racionais: frações (menores e maiores resultado de uma divisão ou à ideia de parte de
reconhecimento, que a unidade), associando- um todo implica compreender,
significados, leitura e as ao resultado de uma simultaneamente, que o traço da fração pode
representação na divisão ou à ideia de parte
significar a divisão entre o numerador e o
reta numérica de um todo, utilizando a reta
denominador e também como indicador de que
numérica como recurso.
um inteiro foi dividido em certo número de
partes iguais (indicadas no denominador), sem
sobrar resto, e que, dessas partes, foram
tomadas algumas (indicadas no numerador).
Assim, a fração 2/5 pode significar 2 : 5 e um
inteiro dividido em 5 partes das quais se
tomaram 2. Essa relação deve ser explorada em
frações maiores, menores ou iguais a um inteiro,
como, por exemplo: 1/2; 2/2 ou 3/2. Não há
necessidade de nomear as frações estudadas em
própria, imprópria ou aparente, uma vez que o
que importa na habilidade são as duas ideias
envolvendo fração (como divisão e como parte
de um todo) e a representação na reta numérica.
É importante explicitar que esta é uma
habilidade que envolve muitas ideias
importantes. A sugestão é que ela seja
desdobrada em três: uma que trata de frações
como parte de um todo e divisão (em todos
discretos e contínuos); outra que aborde as
representações de frações maiores, menores ou
iguais ao inteiro associadas às duas ideias e,
finalmente, a representação das frações maiores,
menores ou iguais ao inteiro na reta numérica. É
fundamental que todas elas se relacionem com
grandezas e medidas, de modo que os
estudantes possam fazer conexões matemáticas
relativas às duas áreas temáticas em questão. É
indicado que sejam propostos desafios nos quais
haja que se pensar no que ocorre quando se
fraciona um todo discreto e um todo contínuo e
o que diferencia a fração como parte de um
todo ou como divisão. Por exemplo, pode-se
propor situações nas quais os estudantes
tenham que fracionar uma folha de papel, um
pedaço de barbante, uma quantidade de fichas

512
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
ou de botões. Também associarão que a folha e
o barbante (exemplo de todo contínuo) são
fracionados em partes com o mesmo tamanho,
enquanto as fichas e os botões (exemplo de
todo discreto), fracionáveis em grupos com a
mesma quantidade de unidades. A reta numérica
terá uma função relevante na medida em que,
associada aos conhecimentos da habilidade
(MS.EF05MA02.s.02), favorece a compreensão de
que existem números racionais, que são escritos
em formas diferentes, as quais representam a
mesma quantidade, como é o caso de 1/2 e 0,5
ou 5/10. Da mesma maneira, é interessante
propor que representem 1,2 e 1/2 na reta
numérica para que vejam graficamente que
essas duas escritas não representam a mesma
quantidade porque ocupam pontos distintos na
reta. Materiais recomendados para explorar
frações são: receitas culinárias, dominó, quebra-
cabeças, tais como o tangram dentre outros.
Números Comparação e (MS.EF05MA04.s.04) Identificar frações equivalentes implica
ordenação de Identificar frações compreender que há escritas fracionárias
números racionais equivalentes. distintas que representam a mesma quantidade
na representação ou a mesma parte de um todo. O
decimal e na desenvolvimento desta habilidade se relaciona
fracionária utilizando
diretamente com as aprendizagens referentes à
a noção de
habilidade (MS.EF05MA03.s.03). Pode-se
equivalência
destacar que a ideia de equivalência é uma das
mais importantes a serem aprendidas até o 5º
ano de escolaridade. Ela permite que os
estudantes comparem números racionais na
forma fracionária com denominadores diferentes
e também que realizem as operações de adição
e subtração de frações com denominadores
diferentes. Envolve o pensamento algébrico se a
equivalência for explorada como uma
regularidade entre frações que representam
quantidades iguais de um mesmo todo, ainda
que expressas com números diferentes. Um
aspecto a ser considerado é a utilização, pelos
estudantes, das expressões 'equivalente a',
'maior que', 'menor que', 'o mesmo valor' como
linguagem a ser adquirida ao longo da
exploração dos conceitos envolvidos na
habilidade. Problemas com materiais
manipulativos, tais como tiras de frações,
tangram, dentre outros, são adequados para
criar contextos de aprendizagem da habilidade.
Problemas do seguinte tipo: "Julia e Andresa
estão completando um álbum com 240
figurinhas. Júlia já colou metade das figurinhas
de seu álbum e Andresa colou dois quartos do
total de figurinhas do álbum. Quantas figurinhas
cada menina já colou?" são boas situações para
colocar em discussão a ideia de frações

513
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
equivalentes. A representação de frações
equivalentes na reta numérica auxilia na
observação de que escritas fracionárias
diferentes representam quantidades iguais,
quando se referem ao mesmo todo e, por isso,
são representadas pelo mesmo ponto na reta
numérica. Merece atenção que os estudantes
sejam estimulados sempre a representar as
ideias aprendidas de formas diferentes (por
escrito, numericamente, com desenhos), justificar
suas resoluções e, ainda, escrever as
aprendizagens feitas.
Números Comparação e (MS.EF05MA05.s.05) Comparar e ordenar números racionais positivos
ordenação de Comparar e ordenar (representações fracionária e decimal),
números racionais números racionais positivos relacionando-os a pontos na reta numérica
na representação (representações fracionária e implica compreender o significado de
decimal e na decimal), relacionando-os a numerador e denominador em uma fração, a
fracionária utilizando pontos na reta numérica.
compreensão de que uma escrita fracionária
a noção de
representa uma quantidade (de um todo
equivalência
discreto ou contínuo) e que é possível analisar se
uma escrita fracionária representa uma
quantidade maior, menor ou igual a outra,
expressando essa comparação tanto
verbalmente (maior que, menor que, igual a,
diferente de) quanto pelo uso dos sinais de
igualdade ou desigualdade correspondentes às
expressões verbais (<, >, = ou ≠). É preciso
considerar que as aprendizagens esperadas por
esta habilidade decorrem diretamente do que os
estudantes aprendem nas habilidades
(MS.EF05MA03.s.03) e (MS.EF05MA04.s.04). Em
especial, esta habilidade deverá permitir a
utilização de frações equivalentes para que a
comparação entre frações aconteça, além da
observação da ordem de grandeza de uma
fração por sua representação na reta numérica.
Assim, não se espera que seja utilizada qualquer
regra de comparação de frações, em especial a
redução a um mesmo denominador por uso de
mínimo múltiplo comum. A utilização de
problemas relacionando frações com medidas
são bons contextos para favorecer a
aprendizagem da habilidade, tais como
comparar 2/5 de um metro com 4/10 de um
metro; reconhecer qual a peça do tangram que
representa a maior fração do quadrado formado
pelas 7 peças; usando malha quadriculada,
mostrar frações que representem menos do que
1/6 da área de um retângulo formado por 24
quadradinhos; investigar frações que
representem 1/4 do círculo todo e registrar isso
com desenhos e escritas numéricas.

514
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Cálculo de (MS.EF05MA06.s.06) Associar as representações 10%, 25%, 50%, 75%
porcentagens e Associar as representações e 100% respectivamente à décima parte, quarta
representação 10%, 25%, 50%, 75% e 100% parte, metade, três quartos e um inteiro para
fracionária respectivamente à décima calcular porcentagens implica conhecer frações,
parte, quarta parte, metade, suas representações e significados, incluindo a
três quartos e um inteiro,
ideia de equivalência, por meio de representação
para calcular porcentagens,
gráfica, que permitirá compreender que 10% é o
utilizando estratégias
mesmo que 10/100 ou 1/10, que 25% é o
pessoais, cálculo mental e
calculadora, em contextos mesmo que 25/100 ou 1/4 e assim por diante.
de educação financeira, Para que os cálculos sejam realizados utilizando
entre outros. estratégias pessoais, cálculo mental e
calculadora será importante a compreensão do
significado de calcular “1/10 de”; “1/4 de”; “1/2
de” uma quantidade. Os contextos de educação
financeira, envolvendo a relação com sistema
monetário (gastei 10% do previsto; paguei 50% à
vista; usei 100% do meu dinheiro) envolve a
relação das porcentagens com seu uso
cotidiano. Pode ser incluída a sugestão de que
os estudantes, usando materiais manipuláveis
retomem a ideia do que significa calcular 1/2,
1/4, 1/10 de uma quantidade. Outro ponto de
relevância é a abordagem da ideia de "por
cento" como a representação de uma fração de
denominador 100, associando esse sentido ao
símbolo de porcentagem, o que é central no que
se refere à habilidade. Toda exploração deve ser
realizada trazendo procedimentos de cálculo
associados a frações e proporcionalidade e não à
técnica da regra de três. Deve-se destacar o uso
social da porcentagem, em especial em gráficos
e situações apresentadas em diferentes textos de
circulação ampla (mídia impressa, campanhas,
situações de compra e venda etc.). É
recomendável que se inclua a ideia de fração
como razão para uma maior compreensão do
uso da porcentagem em situações estatísticas
que denotam preferências. Por exemplo, 15% de
preferência a um candidato em uma eleição
pode indicar que 15 em cada 100 preferem
aquele candidato e isso se representa também
pela escrita 15/100, ou que 20% de gastos de
uma família com vestuário significa que, de cada
100 reais de gastos da família, 20 são com
vestuário, o que pode ser representado como
20/100. São indicadas atividades que propiciem
a construção da ideia de que 10% correspondem
a 1/10 de uma quantidade, 25% correspondem a
1/4, 50% correspondem a 1/2, 75%
correspondem a 3/4 e 100% correspondem ao
inteiro. Essas explorações podem ser feitas
também usando a calculadora, o que permite
inclusive explorar porcentagens em resolução de
problemas com números de magnitudes
diferentes e que exijam cálculos mais

515
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
sofisticados de divisão e multiplicação quando
em situação de educação financeira. A
tecnologia permite, nesse caso, que o foco seja
na resolução de problemas. A relevância de
registros diversos, de trabalho em grupo e de
registro das aprendizagens deve ser destacada.
A linguagem matemática relativa a frações
também precisa ser valorizada como
aprendizagem a ser feita pelos estudantes.
Números Problemas: adição e (MS.EF05MA07.s.07) Resolver e elaborar problemas de adição e
subtração de Resolver e elaborar subtração com números naturais e com números
números naturais e problemas de adição e racionais, cuja representação decimal seja finita
números racionais subtração com números (uma escrita decimal com um número finito de
cuja representação naturais e com números algarismos após a vírgula), utilizando estratégias
decimal é finita racionais, cuja representação
diversas, como cálculo por estimativa, cálculo
decimal seja finita, utilizando
mental e algoritmos envolvem conhecer as
estratégias diversas, como
operações com números naturais, utilizando as
cálculo por estimativa,
cálculo mental e algoritmos. propriedades do sistema de numeração decimal,
relacionar a representação decimal do número
racional com as características do sistema de
numeração decimal e identificar que uma
operação pode ser realizada com diferentes
procedimentos de cálculo, analisando vantagens
e desvantagens de cada um dependendo da
situação e contextos nos quais ela aparece.
Deve-se levar em conta que as habilidades que
indicam “resolver/elaborar problemas” são mais
complexas no sentido que o estudante deve
interpretar a situação para decidir o que deverá
ser feito. É importante que os estudantes sejam
colocados diante de situações-problema diversas
para que apliquem os conhecimentos referentes
às habilidades anteriores. Destaca-se a
importância de os estudantes serem expostos a
problemas cuja solução não seja dada pela
aplicação imediata de um algoritmo ou conceito,
mas que exija deles reflexão e análise. A
elaboração de problemas merece ter tratamento
de texto, como se faz em língua portuguesa:
precisa de leitor, de revisão, de análise, ter uma
finalidade clara etc. Além disso, é importante
considerar que, para elaborar bons problemas, o
estudante precisa ter repertório de resolução de
problemas interessantes e não apenas
problemas que na verdade são meros exercícios.
A adição e subtração de números decimais de
representação finita deverá ser explorada por
procedimentos pessoais de cálculo,
decomposição ou usando as relações entre
inteiro, décimos, centésimos e milésimos.
Recomenda-se que números decimais cuja
representação seja finita, mas com mais de duas
casas decimais, sejam explorados com
calculadora. A estimativa e o cálculo mental são
importantes estratégias de resolução que

516
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
merecem destaque e devem, não apenas nesse
momento, mas em vários outros, ser trabalhadas.
É esperado que a adição e subtração com
números naturais sejam exploradas com
criptogramas e desafios numéricos, uma vez que
as técnicas operatórias em si já foram exploradas
em anos anteriores, sendo, portanto, uma
retomada para os estudantes. Problemas
envolvendo cálculos com valores monetários e
com medidas (incluindo o cálculo de perímetro
de figuras) são bons contextos para a exploração
de operações de adição e subtração com
números racionais, cuja representação decimal
seja finita.
Números Problemas: (MS.EF05MA08.s.08) Resolver e elaborar problemas de multiplicação
multiplicação e Resolver e elaborar e divisão com números naturais e com números
divisão de números problemas de multiplicação racionais cuja representação decimal seja finita
racionais cuja e divisão com números (com multiplicador natural e divisor natural e
representação naturais e com números diferente de zero), utilizando estratégias
decimal é finita por racionais cuja representação
diversas, como cálculo por estimativa, cálculo
números naturais decimal é finita (com
mental e algoritmos. Esta habilidade envolve
multiplicador natural e
conhecer os significados das operações com
divisor natural e diferente de
zero), utilizando estratégias números naturais e efetuar cálculos, utilizando as
diversas, como cálculo por propriedades do sistema de numeração decimal,
estimativa, cálculo mental e relacionar a representação decimal do número
algoritmos. racional com as características do sistema de
numeração decimal e identificar que uma
operação pode ser realizada com diferentes
procedimentos de cálculo, analisando vantagens
e desvantagens de cada um dependendo da
situação e contextos nos quais ela aparece. A
habilidade prevê a sistematização das estratégias
de cálculo de divisão com números naturais,
incluindo o algoritmo convencional de um
número de até cinco algarismos por outro de até
dois algarismos, além da divisão entre dois
números naturais com quociente decimal.
Números Problemas de (MS.EF05MA09.s.09) Resolver e elaborar problemas simples de
contagem do tipo: Resolver e elaborar contagem envolvendo o princípio multiplicativo,
“Se cada objeto de problemas simples de como a determinação do número de
uma coleção A for contagem envolvendo o agrupamentos possíveis ao se combinar cada
combinado com princípio multiplicativo, elemento de uma coleção com todos os
todos os elementos como a determinação do
elementos de outra coleção, por meio de
de uma coleção B, número de agrupamentos
diagramas de árvore ou por tabelas. Esta
quantos possíveis ao se combinar
habilidade implica associar problemas do tipo:
agrupamentos desse cada elemento de uma
tipo podem ser coleção com todos os “Se cada objeto de uma coleção A for
formados?” elementos de outra coleção, combinado com todos os elementos de uma
por meio de diagramas de coleção B, quantos agrupamentos desse tipo
árvore ou por tabelas. podem ser formados?” Para a resolução, as
estratégias poderão ser diversas, incluindo a
multiplicação. O trabalho com as operações
permite aos estudantes identificarem conexões
entre as diferentes áreas temáticas da
matemática. Assim, ao explorar problemas de
contagem, o principal raciocínio envolvido é o

517
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
de combinatória, que poderá ser útil, por
exemplo, em probabilidade. Acredita-se que a
recomendação principal seja para que os
problemas propostos possam ser resolvidos
pelos estudantes de várias formas possíveis
(diagramas, listas, árvores de possibilidades,
tabelas, quadro de imagens) e que essas formas
sejam valorizadas, analisadas, discutidas e
validadas em sala. Procedimentos de discussão
de soluções para problemas auxiliam os
estudantes a perceberem que vale a pena
dedicar esforço e tempo para enfrentar a
resolução de um desafio, que eles são capazes
de resolver e criar soluções.
Álgebra Propriedades da (MS.EF05MA10.s.10) Concluir, por meio de investigações, que a
igualdade e noção Concluir, por meio de relação de igualdade existente entre dois
de equivalência investigações, que a relação membros permanece ao adicionar, subtrair,
de igualdade existente entre multiplicar ou dividir cada um desses membros
dois membros permanece por um mesmo número, para construir a noção
ao adicionar, subtrair,
de equivalência. Esta habilidade implica que seja
multiplicar ou dividir cada
compreendido, primeiramente, o sentido de
um desses membros por um
equivalência (se a + b = c + d, então c + d = a +
mesmo número, para
construir a noção de b) associado ao sinal de igualdade. Partindo
equivalência. dessa compreensão, por meio de investigação e
observação de regularidades, será possível
compreender a relação expressa na habilidade
para todas as ações previstas na habilidade: se 3
+17 = 12 + 8, então 3 +17 + 5 = 12 + 8 + 5; se 2
+ 6 = 8, então 4 . (2 + 6) = 4 . 8; se 16 - 6 = 10,
então, (16 - 6) : 5 = 10 : 5. Deve-se destacar a
importância de compreender o significado do
sinal de igualdade na aritmética para o
desenvolvimento do pensamento algébrico. Uma
compreensão relacional do sinal de igualdade
implica em entender que ele representa uma
relação de equivalência. Nos anos iniciais, essa
relação é, muitas vezes, interpretada com o
significado "é a mesma quantidade que" ao
expressar uma relação entre quantidades
equivalentes. Quando se explora a equivalência,
os estudantes precisam saber que 8 = 8 e 8 = 3
+ 5 são escritas verdadeiras e que 8 + 3 = 11 + 8
é falso, já que 8 + 3 e 11 + 8 não são
equivalentes. Essa compreensão é necessária
para o uso do pensamento relacional na
resolução de equações em situações como 9 + 4
= b + 7. É importante que o estudante perceba
que se existe uma relação de igualdade entre
dois membros, isso implica que se operar um
dos membros por um número e o mesmo for
feito para o outro membro a relação de
igualdade permanece. As investigações a
respeito da equivalência são feitas com análise
de escritas matemáticas diversas, bem como
pela expressão e registro de conclusões.

518
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Álgebra Propriedades da (MS.EF05MA11.s.11) Resolver e elaborar problemas cuja conversão
igualdade e noção Resolver e elaborar em sentença matemática seja uma igualdade
de equivalência problemas cuja conversão com uma operação em que um dos termos é
em sentença matemática desconhecido implica resolver problemas tais
seja uma igualdade com como "Eu tinha 20 reais e agora tenho 12. O que
uma operação em que um
pode ter acontecido?" ou "A Diferença entre dois
dos termos é desconhecido.
números é 18 e o maior deles é 37. Qual é o
outro número?" ou "Pensei em um número,
multipliquei por 12 e obtive 84. Em que número
pensei?". O pleno desenvolvimento da
habilidade envolve o conhecimento das relações
entre as operações (adição e subtração;
multiplicação e divisão), assim como o sentido
do sinal de igualdade como equivalência, o
conhecimento previsto na habilidade
(MS.EF05MA10.s.10) e, ainda, experiência de
resolver e elaborar problemas. É importante
explicitar que o conhecimento desta habilidade
depende integralmente de conhecimentos
anteriores (expressos nas habilidades
(MS.EF04MA04.s.04), (MS.EF04MA05.s.05),
(MS.EF04MA12.s.12), (MS.EF04MA13.s.13) e
(MS.EF04MA14.s.14). No entanto, aqui, as
relações anteriores são materializadas como
processos de resolução de problemas
envolvendo um valor desconhecido. Não se trata
de reduzir a habilidade ao antigo "determinar o
valor do quadradinho: 3 + □ = 8", mas de usar as
relações estudadas e generalizadas como
ferramenta de resolução e elaboração de
problemas mais complexos, tendo consciência
das relações empregadas e sendo capaz de
justificar e explicitar a escolha feita no processo
de encontrar o valor desconhecido. Atividades e
problemas sugeridos na descrição das
habilidades conexas mencionadas são bons
contextos para o desenvolvimento desta
habilidade, que, em resumo, pode ser entendida
como síntese das demais.
Álgebra Grandezas (MS.EF05MA12.s.12) Resolver problemas que envolvam variação de
diretamente Resolver problemas que proporcionalidade direta entre duas grandezas
proporcionais envolvam variação de implica a compreensão de que a relação de
Problemas proporcionalidade direta proporcionalidade direta estuda a variação de
envolvendo a entre duas grandezas, para uma grandeza em relação à outra em uma
partição de um todo associar a quantidade de um
mesma razão. Ou seja, se uma dobra, a outra
em duas partes produto ao valor a pagar,
dobra; se uma triplica, a outra triplica; se uma é
proporcionais alterar as quantidades de
dividida em duas partes iguais, a outra também
ingredientes de receitas,
ampliar ou reduzir escala em é reduzida à metade. Associar a quantidade de
mapas, entre outros. um produto ao valor a pagar (se um litro custa
R$ 10,00, 2,5 litros quanto custarão?), alterar as
quantidades de ingredientes de receitas (preciso
de 250g de manteiga para uma receita, quanto
precisarei para meia receita?), ampliar ou reduzir
escala em mapas, dentre outros, são aplicações
do raciocínio proporcional. Deve-se considerar

519
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
que o raciocínio proporcional é importante para
o desenvolvimento do pensamento algébrico.
Quando se refere ao pensamento proporcional,
algumas habilidades estão envolvidas, tais como
analisar, estabelecer relações e comparações
entre grandezas e quantidades, argumentar e
explicar relações proporcionais e compreender
as relações multiplicativas. Nos anos iniciais do
Ensino Fundamental, é preciso lembrar que um
dos objetivos da proporcionalidade está em
desenvolver o pensamento algébrico, o que
significa: observar um fato ou relação, identificar
um padrão, algo que se repete, generalizar esse
padrão e fazer deduções a partir dessa
generalização. Assim, nos problemas de
proporcionalidade, é preciso entender a situação
e identificar que a relação entre as grandezas
envolvidas é de um tipo especial. Uma vez
identificado que se trata de uma relação
proporcional direta, é preciso usar esse
conhecimento e fazer alguma generalização,
usando a relação identificada. Por exemplo, se x
dobra, então y dobra ou, se x reduz à metade, y
reduz à metade. Finalmente, a partir da relação
construída entre as grandezas, desenvolve-se a
estratégia de resolução. É desse processo de
generalizações contínuas que se desenvolve o
pensamento algébrico, ao mesmo tempo em
que o estudante do 5º ano aprende aritmética.
Além da resolução de problemas envolvendo as
situações descritas na redação da habilidade, a
exploração de tabelas numéricas nas quais os
números da segunda coluna têm uma relação de
proporcionalidade com os da primeira também é
um contexto interessante para o
desenvolvimento da habilidade. Há a
possibilidade de relacionar esta habilidade com
grandezas e medidas, em situações nas quais os
estudantes, usando malhas quadriculadas,
desenham, por exemplo, um retângulo de lados
2 e 3, calculam a área e quadradinhos, calculam
o perímetro contando os lados dos
quadradinhos e, depois, desenham outro
retângulo cujos lados meçam o dobro do
retângulo original, o triplo, a metade etc. Em
seguida, calculam perímetro e área dos novos
retângulos e comparam com as medidas do
retângulo original e verificam que dobrada a
medida dos lados o perímetro também dobra,
mas a área não dobra (ela quadruplica).
Álgebra Grandezas (MS.EF05MA13.s.13) Resolver problemas envolvendo a partilha de
diretamente Resolver problemas uma quantidade em duas partes desiguais, tais
proporcionais envolvendo a partilha de como dividir uma quantidade em duas partes, de
Problemas uma quantidade em duas modo que uma seja o dobro da outra, com
envolvendo a partes desiguais, tais como compreensão da ideia de razão entre as partes e

520
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
partição de um todo dividir uma quantidade em delas com o todo, o desenvolvimento desta
em duas partes duas partes, de modo que habilidade, significa ser capaz de resolver
proporcionais uma seja o dobro da outra, problemas do seguinte tipo: "Júlio e Antônio
com compreensão da ideia fizeram um trabalho juntos e receberam por ele
de razão entre as partes e R$ 4.800,00. Júlio dedicou 5 dias a realizar a sua
delas com o todo.
parte do trabalho e Antônio, 7 dias. Sabendo
que o valor recebido será dividido proporcional
aos dias de trabalho de cada um. Quanto cada
um receberá pelos dias trabalhados?". Observe
que, se eles tivessem trabalhado a mesma
quantidade de dias, bastaria dividir o valor
recebido por 2. No problema em questão, eles
trabalharam quantidades de dias desiguais. Por
isso, para saber quanto cada um recebeu por seu
trabalho, devemos dividir 4.800 por 12, obtendo
o valor de um dia de trabalho, e pagar o
equivalente a 5 dias para Júlio e 7 dias para
Antônio. Outra forma de resolver o problema é
pensar que, se Júlio trabalhou 5 de 12 dias e
Antônio trabalhou 7 de 12 dias, então Júlio
receberá 5/12 de 4.800 e Antônio, 7/12 de 4.800,
o que dá R$ 2.000,00 e R$ 2.800,00,
respectivamente, para cada um, o que mostra,
de modo mais explícito, a ideia de razão entre as
partes e delas com o todo. É importante a
explicitação de que o contexto para o
desenvolvimento da habilidade é a resolução de
problemas. No entanto, o essencial é explorar a
ideia de divisão em partes proporcionais em si, e
não necessariamente a exigência de que a
resolução seja expressa em forma de razão. Por
isso, a valorização das diferentes formas de
representação da resolução de problemas por
esquemas, desenhos ou outros registros deve
ser valorizada, assim como a representação em
forma de razão, que, para ser conquistada, exige
um ambiente de análise e comparação de
formas diversas de resolver um problema.
Geometria Plano cartesiano: (MS.EF05MA14.s.14) Utilizar e compreender diferentes representações
coordenadas Utilizar e compreender para a localização de objetos no plano, como
cartesianas (1º diferentes representações mapas, células em planilhas eletrônicas e
quadrante) e para a localização de objetos coordenadas geográficas, a fim de desenvolver
representação de no plano, como mapas, as primeiras noções de coordenadas cartesianas,
deslocamentos no células em planilhas
implica desenvolver habilidades verbais, visuais e
plano cartesiano eletrônicas e coordenadas
de representação especificamente relacionadas
geográficas, a fim de
às estratégias de representação aqui
desenvolver as primeiras
noções de coordenadas mencionadas, compreendendo seus princípios,
cartesianas. legendas, escalas e os termos relacionados na
habilidade (direita, esquerda, para cima, para
baixo, intersecção, etc). Uma aprendizagem
importante será a de que um ponto pode ser
localizado usando duas coordenadas e um
sistema de eixos perpendiculares, numerados e
orientados. Deve ser explicitada a ideia de que
são necessárias duas coordenadas para a

521
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
localização de um objeto no plano. Para o
desenvolvimento desta habilidade, é interessante
a utilização de jogos como batalha naval, de
movimentações em malhas quadriculadas,
inclusive as desenhadas no chão para que os
estudantes possam se deslocar, a utilização de
jogos eletrônicos para que os estudantes
localizem objetos usando coordenadas, a
utilização de mapas de rua para que os
estudantes localizem endereços específicos.
Planilhas eletrônicas que são organizadas em
linhas e colunas são também interessantes para
o desenvolvimento desta habilidade, assim como
a análise de aplicativos utilizados para
orientação de pessoas, tais como o GPS.
Geometria Plano cartesiano: (MS.EF05MA15.s.15) Interpretar, descrever e representar a localização
coordenadas Interpretar, descrever e ou movimentação de objetos no plano
cartesianas (1º representar a localização ou cartesiano (1º quadrante) utilizando
quadrante) e movimentação de objetos coordenadas cartesianas, indicando mudanças
representação de no plano cartesiano (1º de direção e de sentido e giros, envolvem que já
deslocamentos no quadrante), utilizando
haja o domínio de processo de localização e
plano cartesiano coordenadas cartesianas,
representação da movimentação de objetos e
indicando mudanças de
pessoas no espaço. Utilizar um vocabulário que
direção e de sentido e giros.
expresse a localização (direita, esquerda, mais
próximo, mais distante, dentre outros) também é
relevante. Experiências de representação de
trajetos em malhas quadriculadas e de leitura de
mapas auxiliam para que, então, possa ser
explorada a ampliação das formas de descrição,
localização e representação de trajetos e
movimentos em um sistema de coordenadas
ordenado (cartesiano) formado por um eixo
horizontal e outro vertical, numerados e que se
interceptam perpendicularmente na origem. O
conhecimento da habilidade (MS.EF05MA14.s.14)
será relevante para a aprendizagem relacionada
nesta habilidade. A localização de um ponto se
dá por uma coordenada indicada por um par de
números, sendo um número do eixo horizontal
(OX) e outro, do vertical (OY). Esse sistema de
coordenadas completo divide o plano em quatro
quadrantes (contados no sentido anti-horário) e,
em cada quadrante, há pontos que podem ser
localizados com números. No entanto, como
apenas o primeiro quadrante tem coordenadas
positivas, apenas ele será explorado nesse ano. A
marcação de mudanças de direção e giros se
associa com a compreensão de conceito de
ângulo. Deve-se ter a indicação de que esta
habilidade se desenvolve no mesmo contexto e
conjuntamente com a habilidade
(MS.EF05MA14.s.14), bem como depende dos
conhecimentos explorados na habilidade
(MS.EF04MA16.s.16). A ampliação em relação à
habilidade (MS.EF05MA14.s.14) está em

522
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
marcações de mudanças de direção e sentido,
bem como de giros nos deslocamentos
registrados no plano. As mudanças de direção e
giros são formas de introduzir as primeiras
noções de ângulo. É possível considerar o uso de
planilhas eletrônicas para relacionar a localização
de uma célula de tabela com as coordenadas de
linha e coluna naturais nesse tipo de software,
com uma complementação que pode ser feita se
a tabela construída na planilha for transformada
em gráfico em barras verticais, horizontais ou em
linha (sem desconsiderar o tipo de variável
representada) e houver o pedido de que as
linhas auxiliares horizontais e verticais sejam
mostradas no fundo do gráfico. Esse recurso
permite associar as coordenadas com as
representações de determinados pontos no
gráfico.
Geometria Figuras geométricas (MS.EF05MA16.s.16) Associar figuras espaciais a suas planificações
espaciais: Associar figuras espaciais a (prismas, pirâmides, cilindros e cones) e analisar,
reconhecimento, suas planificações (prismas, nomear e comparar seus atributos implica em
representações, pirâmides, cilindros e cones) classificar os sólidos em poliedros e corpos
planificações e e analisar, nomear e redondos. Separar os poliedros em prismas,
características comparar seus atributos.
pirâmides e outros, explicitando as principais
características de cada grupo, em especial
relativos ao tipo de superfície que os compõem,
bem como à quantidade de arestas e vértices.
Compreende também a identificação do cilindro,
do cone e da esfera como corpos redondos.
Implica, ainda, conhecer que a planificação é
uma representação plana. As representações
espaciais, que mostram desenhos de prismas e
pirâmides, são uma aprendizagem específica que
envolve desde esboço até representações sobre
diferentes pontos de vista em malhas, incluindo
noções simples de perspectiva. O
reconhecimento de alguns polígonos é
importante para a compreensão de poliedros,
em particular os prismas e pirâmides. Merece
destaque que as planificações, assim como as
representações de desenho em malhas, fazem
parte das aprendizagens dos estudantes
associadas à habilidade. Merecem cuidados os
registros por escrito das propriedades dos
sólidos em estudo, bem como a utilização de
linguagem geométrica em aula. Há a sugestão
de que seja dado destaque ao processo de
argumentar em sala de aula. Sugere-se, ainda,
mais do que associar uma planificação a um
sólido, algo que já foi proposto em anos
anteriores, que os estudantes analisem se uma
determinada planificação permite ou não
construir um determinado sólido. A análise de
planificações “erradas” permite ampliar a
capacidade de visualização dos estudantes, bem

523
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
como faz com que reflitam acerca das
características dos sólidos sugeridos na
habilidade. É importante, ainda, analisar com os
estudantes o que permanece inalterado e o que
sofre modificações na planificação em relação ao
sólido em sua representação tridimensional. Por
exemplo, os estudantes podem perceber que os
ângulos das faces de um cubo continuam retos
na planificação, bem como a quantidade de
quadrados que formam as faces. No entanto, a
planificação não mostra os vértices do cubo.
Registros escritos e leitura de pequenos textos
explicativos a respeito de sólidos auxiliam os
estudantes a utilizarem o vocabulário
geométrico e identificarem propriedades nos
objetos estudados. Associar propostas com arte
e leitura de livros de histórias infantis também
podem ser recursos interessantes para abordar
os conceitos envolvidos na habilidade.
Geometria Figuras geométricas (MS.EF05MA17.s.17) Realizar reflexões juntamente com os estudantes
planas: Reconhecer, nomear e acerca das características gerais do polígono, tais
características, comparar polígonos, como figuras planas fechadas formadas por
representações e considerando lados, vértices lados que, por sua vez, são segmentos de reta e
ângulos e ângulos, e desenhá-los, não se cruzam em nenhum ponto e o encontro
utilizando material de
destes segmentos formam os vértices e ângulos,
desenho ou tecnologias
a fim de distingui-lo de um não polígono. Os
digitais.
elementos de um polígono recebem nomes
especiais devido à sua importância: lados,
vértices e ângulos. Os polígonos recebem nomes
específicos, de acordo com o número de lados
(ou ângulos) que possuem. Explore figuras que
apresentem características que diferenciam
polígonos dos não polígonos e que possibilitem
aos estudantes investigarem a classificação dos
polígonos. Utilize o recurso da malha
quadriculada como facilitador para fazer
desenhos de diferentes polígonos, dobraduras
(origami) e de tecnologias digitais possibilitando
um envolvimento com novas alternativas
diferenciando a aprendizagem.
Geometria Ampliação e (MS.EF05MA18.s.18) Reconhecer a congruência dos ângulos e a
redução de figuras Reconhecer a congruência proporcionalidade entre os lados
poligonais em dos ângulos e a correspondentes de figuras poligonais, em
malhas proporcionalidade entre os situações de ampliação e de redução em malhas
quadriculadas: lados correspondentes de quadriculadas e usando tecnologias digitais,
reconhecimento da figuras poligonais em
implica exploração dos elementos que não se
congruência dos situações de ampliação e de
alteram e dos que se modificam na ampliação e
ângulos e da redução em malhas
na redução de figuras geométricas planas,
proporcionalidade quadriculadas e usando
dos lados tecnologias digitais. envolvendo a aprendizagem do efeito da relação
correspondentes de proporcionalidade entre uma figura e sua
ampliação/redução. A utilização de malhas
permitirá perceber a ideia de ampliação de
figuras relacionadas à proporcionalidade. Dada
uma figura, apresenta-se a proposta de ampliá-
la, por exemplo, dobrando a medida dos lados.

524
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Da mesma forma, pode-se desenhar na malha
uma versão reduzida da figura, dividindo a
medida dos lados pela metade. Após a
ampliação ou a redução, é interessante propor
que se comparem elementos das duas figuras (a
medida dos lados, a medida dos ângulos por
sobreposição, o perímetro e a área) para ver o
que ocorre e com isso produza uma justificativa
oral e/ou escrita. Por exemplo, percebe-se que o
perímetro dobrou, mas a área não. Usando
recorte e sobreposição das figuras, é possível
que investiguem o que aconteceu com os
ângulos da figura ampliada/reduzida em relação
à figura original. Essa possibilidade de criar
argumentos para explicar uma percepção em
geometria contribui para desenvolver a
capacidade de argumentar, característica do
letramento matemático, bem como faz parte de
uma ação para promover as habilidades lógicas
(analisar argumentos, definições; reconhecer
argumentos válidos e não válidos; dar
contraexemplos) e verbais (capacidade de
expressar percepções; elaborar e discutir
argumentos, justificativas, definições; capacidade
de descrever objetos geométricos; usar
desenhos e jogos midiáticos, vocabulário
geométrico oralmente ou por escrito).
Grandezas e Medidas de (MS.EF05MA19.s.19) Resolver e elaborar problemas envolvendo
medidas comprimento, área, Resolver e elaborar medidas das grandezas comprimento, área,
massa, tempo, problemas envolvendo massa, tempo, temperatura e capacidade,
temperatura e medidas das grandezas recorrendo a transformações entre as unidades
capacidade: comprimento, área, massa, mais usuais em contextos socioculturais. Esta
utilização de tempo, temperatura e
habilidade implica identificar as grandezas,
unidades capacidade, recorrendo a
compreender o que é medi-las (comparando
convencionais e transformações entre as
com outra grandeza de mesma espécie,
relações entre as unidades mais usuais em
unidades de medida contextos socioculturais. escolhendo uma unidade e expressando a
mais usuais medição numericamente com a identificação da
unidade utilizada), conhecer as principais
unidades padrão de medida e estabelecer
relações entre elas, incluindo a expressão por
meio de frações ou decimais. O conhecimento
das grandezas e suas respectivas unidades de
medida deverá ser aplicado em leituras de textos
cotidianos, respeitando a diversidade local. É
importante relacionar esta habilidade com os
números racionais na sua forma fracionária e
decimal e incluir situações-problema envolvendo
o uso das medições, dos instrumentos de
medida e a exploração da relação entre unidades
de medida de uma mesma grandeza. Estimativas
de medida também devem ser consideradas.
Todas as sugestões de contexto que foram
dadas para o estudo de grandezas e medidas
nos anos anteriores se aplicam aqui,
considerando apenas uma evolução com foco

525
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
nas relações entre as unidades padrão mais
usuais de cada grandeza. Além disso, nesta
etapa escolar, já é possível explorar, em forma de
um projeto, a utilização das medidas em
situações cotidianas diversas. Ter um olhar
voltado para a medição presente nas ações
cotidianas é importante para a valorização desse
conhecimento.
Grandezas e Áreas e perímetros (MS.EF05MA20.s.20) Concluir, por meio de investigações, que figuras
medidas de figuras Concluir, por meio de de perímetros iguais podem ter áreas diferentes
poligonais: algumas investigações, que figuras de e que, também, figuras que têm a mesma área
relações perímetros iguais podem ter podem ter perímetros diferentes. Esta habilidade
áreas diferentes e que, envolve a diferenciação de área e perímetro,
também, figuras que têm a
associando o perímetro à medida de
mesma área podem ter
comprimento e, a área, como medida de
perímetros diferentes.
superfície. A sugestão é que os estudantes
possam realizar investigação de figuras de
mesma área e perímetros diferentes e vice-versa
usando malha quadriculada e régua. As figuras
podem ser apresentadas aos estudantes e eles
realizarem essas investigações, assim como
propor que eles desenhem figuras
estabelecendo alguns critérios. Nesse momento,
podem ser propostas figuras cujos lados tenham
medidas expressas por números decimais, desde
que se considerem as operações previstas nas
habilidades conexas a esta neste ano.
Grandezas e Noção de volume (MS.EF05MA21.s.21) Reconhecer volume como grandeza associada a
medidas Reconhecer volume como sólidos geométricos envolve o conhecimento de
grandeza associada a sólidos que o volume de um corpo é a medida do
geométricos e medir espaço ocupada por esse corpo. A medição do
volumes por meio de volume é feita em unidade cúbica (centímetro
empilhamento de cubos,
cúbico, metro cúbico), por isso, na habilidade,
utilizando,
está previsto medir volumes por meio de
preferencialmente, objetos
empilhamento de cubos, utilizando,
concretos.
preferencialmente, objetos concretos. O
contexto para explorar esta habilidade é a
montagem de sólidos geométricos com
cubinhos (que aqui funcionarão como unidades
não convencionais de medidas de volume), em
particular paralelepípedos (cubos incluídos),
sendo especialmente indicados para esta
habilidade. Monte um bloco retangular
utilizando cubinhos e defina com os estudantes
o que é comprimento, largura e altura.
Questione o número de cubinhos que foram
necessários para montar esse bloco. Se for
necessário desmonte e deixe que eles contem
um a um, esclarecendo que esse número de
cubinhos é o volume do bloco. Outra maneira é
completar sequências de cubos com material
concreto. Dado a primeira posição da sequência
um cubo formado com 1 cubinho, a segunda
posição um cubo formado por 8 cubinhos, a
terceira, com 27, pede-se aos estudantes que

526
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
determinem a quantidade de cubos de cada
elemento já mostrado na sequência e, usando
cubinhos, construam o quinto cubo da
sequência, depois descubram quantos cubos
seriam necessários para construir o décimo cubo
da sequência. Essa atividade realizada por escrito
e com números favorece a compreensão da
habilidade. O mesmo pode ser feito para uma
sequência de paralelepípedos. Os estudantes
podem deduzir informalmente e expressar por
escrito (usando palavras ou símbolos) uma forma
prática de calcular o volume de paralelepípedos
(cubos incluídos), sem que tenham que contar
todos os cubinhos que empilharam. Uma
ampliação interessante que pode ser feita é a
relação entre a capacidade de uma caixa cúbica
de 10 cm de aresta e a capacidade de um
recipiente qualquer que comporte 1 l. Isso pode
ser realizado com um experimento prático,
mediante o qual os estudantes constroem um
cubo de aresta 10 cm e despejam nele o
conteúdo de um recipiente com capacidade de 1
l. Da mesma forma, pode ser repetido para um
cubo de aresta 1 cm e um recipiente de 1 ml. O
registro da conclusão de que 1 l é equivalente à
capacidade de um cubo de 10 cm de aresta (1
dm³) e que 1 ml equivale à capacidade de um
cubo de aresta 1 cm (1 cm³) é interessante para
que os estudantes associem a equivalência entre
unidades de medida de capacidade/volume.
Probabilidade e Espaço amostral: (MS.EF05MA22.s.22) Apresentar todos os possíveis resultados de um
estatística análise de chances Apresentar todos os experimento aleatório, estimando se esses
de eventos possíveis resultados de um resultados são igualmente prováveis ou não,
aleatórios experimento aleatório, implica ser capaz de indicar o espaço amostral
estimando se esses relativo a um experimento aleatório,
resultados são igualmente
identificando se nele há chances iguais
prováveis ou não.
(igualmente prováveis ou equiprováveis) de um
determinado resultado ocorrer. Por exemplo, ao
decidir qual time de futebol começa a partida
jogando uma moeda, as chances de sair cara ou
coroa são iguais, isto é, no espaço amostral do
evento jogar uma moeda, há duas possibilidades
com chances equiprováveis de acontecer: cara
ou coroa. No jogo de dois times de futebol A e
B, o espaço amostral tem três possibilidades,
geralmente não equiprováveis: empate, vitória
de A e vitória de B. É importante indicar que o
contexto natural para explorar o
desenvolvimento desta habilidade é o de
atividades nas quais os estudantes possam
compreender e indicar o espaço amostral para a
resolução do problema, analisando as
possibilidades de ocorrência de um evento em
relação a todas as possibilidades, verificando se
elas são ou não iguais, de modo a suscitar a

527
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
formulação de hipóteses. Por exemplo, a
definição de quais são os números possíveis de
saírem no lançamento de um dado comum, e se
esses números têm chances iguais ou diferentes.
Ou ainda na investigação de quais os possíveis
resultados da soma ao lançar dois dados em
forma de tetraedros (dados com 4 faces
numeradas de 1 a 4), ver-se-à que serão 16
somas possíveis. Há uma possibilidade de sair
soma 2 e três de sair soma 6, logo a
probabilidade de sair soma 2 é de 1 em 16 e de
sair soma 6 é de 3 em 16.
Probabilidade e Cálculo de (MS.EF05MA23.s.23) Determinar a probabilidade de ocorrência de um
estatística probabilidade de Determinar a probabilidade resultado em eventos aleatórios, quando todos
eventos de ocorrência de um os resultados possíveis têm a mesma chance de
equiprováveis resultado em eventos ocorrer (equiprováveis), implica conhecer o
aleatórios, quando todos os conjunto de todas as possibilidades que fazem
resultados possíveis têm a
parte desse problema, ou seja, o espaço
mesma chance de ocorrer
amostral, e comparar a chance de cada evento
(equiprováveis).
desse espaço amostral acontecer no total de
possibilidades, associando a representação
fracionária como forma de registro da
probabilidade de um evento acontecer. Por
exemplo, ao se lançar uma moeda o espaço
amostral é cara ou coroa, ou seja, há 1 em duas
possibilidades de sair cara, logo a probabilidade
de termos cara é de 1/2, o mesmo vale para
coroa. Já no caso do lançamento de um dado
comum, há 1/6 de probabilidade de sair
qualquer um dos números do espaço amostral.
As situações que foram estudadas na habilidade
anterior (MA.EF05MA22.s.22) deverão ser agora
representadas numericamente. As situações para
contextualizar a habilidade são as mesmas já
exploradas anteriormente, mas, agora, com a
expressão numérica na forma de fração. Atenção
para a introdução de mais uma ideia da fração
que está implícita nesta habilidade: a fração
como razão, quando se expressa, por exemplo, a
ideia de que há 1 em 36 chances de sair soma 12
no jogo de dois dados convencionais e se
expressa isso na forma fracionária 1/36.
Probabilidade e Leitura, coleta, (MS.EF05MA24.s.24) Interpretar dados estatísticos apresentados em
estatística classificação Interpretar dados estatísticos textos, tabelas e gráficos (colunas ou linhas),
interpretação e apresentados em textos, referentes a outras áreas do conhecimento ou a
representação de tabelas e gráficos (colunas outros contextos, como saúde e trânsito, e
dados em tabelas de ou linhas), referentes a produzir textos com o objetivo de sintetizar
dupla entrada, outras áreas do
conclusões. O desenvolvimento desta habilidade
gráfico de colunas conhecimento ou a outros
envolve algum conhecimento anterior de tabelas
agrupadas, gráficos contextos, como saúde e
e gráficos, bem como a experiência de analisá-
pictóricos e gráfico trânsito, e produzir textos
de linhas com o objetivo de sintetizar los e registrar por escrito conclusões possíveis
conclusões. de serem tiradas a partir dessa análise. É
importante sugerir que sejam analisados gráficos
diversos, em particular aqueles que são
veiculados na mídia. Merece destaque o cuidado

528
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
com o tipo de problematização para que não
sejam feitas apenas perguntas de resposta
imediata. A leitura e interpretação de gráficos e
tabelas desenvolvem as habilidades de
questionar, levantar, checar hipóteses e procurar
relações entre os dados. Ao explorar a leitura de
gráficos deve-se propor questões que estimulem
a sua interpretação em níveis diferentes de
compreensão, a partir de questões, para que o
estudante relacione os dados do gráfico. As
inferências são feitas baseadas nos dados
explicitamente apresentados pelo gráfico. Há,
aqui, oportunidade para o trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF35LP20.s.20), (MS.EF05LP23.s.23) e
(MS.EF05LP24.s.24) da Língua Portuguesa, no
que se refere à utilização e interpretação de
gráficos e tabelas em textos.
Probabilidade e Leitura, coleta, (MS.EF05MA25.s.25) Realizar pesquisa envolvendo variáveis
estatística classificação Realizar pesquisa categóricas e numéricas, organizar dados
interpretação e envolvendo variáveis coletados por meio de tabelas, gráficos de
representação de categóricas e numéricas, colunas, pictóricos e de linhas, com e sem uso de
dados em tabelas de organizar dados coletados tecnologias digitais, e apresentar texto escrito
dupla entrada, por meio de tabelas, gráficos
sobre a finalidade da pesquisa e a síntese dos
gráfico de colunas de colunas, pictóricos e de
resultados implicam identificar que as variáveis
agrupadas, gráficos linhas, com e sem uso de
nos estudos estatísticos são os valores que
pictóricos e gráfico tecnologias digitais, e
de linha apresentar texto escrito assumem determinadas características dentro de
sobre a finalidade da uma pesquisa. Variáveis categóricas ou
pesquisa e a síntese dos qualitativas são aquelas que não podem ser
resultados. expressas numericamente, pois relacionam
situações como mês de nascimento, preferência
por um time de futebol, marca de automóvel,
preferência musical, dentre outras. A habilidade
também prevê a pesquisa com variáveis
numéricas ou quantitativas. Esse tipo de variável
pode ser classificado em discreta (se for
relacionada a situações de contagem (por
exemplo: número de revistas vendidas,
quantidade de consultas médicas, número de
filhos) ou contínua como a que se refere a
situações de medida (por exemplo, massa de um
produto, altura de pessoas, tempo de duração
de um evento etc.). A realização da pesquisa
acontece a partir de procedimentos, tais como
identificar um problema a ser respondido e
desenvolver procedimentos que vão da escolha
da população investigada a procedimentos de
coleta, organização e publicação dos dados da
pesquisa e da resolução do problema
investigado. Neste ano, a ampliação em relação
ao ano anterior está na escolha de uma amostra
maior de pessoas e na utilização da tecnologia
para tabular e representar dados da pesquisa.
Um acréscimo deve ser feito em relação às
pesquisas realizadas relativas à habilidade: a

529
MATEMÁTICA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
realização de pesquisas de opinião com 100
pessoas como cenário para a utilização de
porcentagem na expressão dos resultados da
pesquisa, o que permitiria utilizar planilhas
eletrônicas para produzir tabelas e gráficos de
tipos variados expressos em porcentagem. Há,
aqui, oportunidade para o trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF35LP20.s.20), (MS.EF05LP23.s.23) e
(MS.EF05LP24.s.24) da Língua Portuguesa, no
que se refere à utilização e interpretação de
gráficos e tabelas em textos.

MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Sistema de (MS.EF06MA01.s.01) Neste ano, o estudante deverá aprofundar seus
numeração decimal: Comparar, ordenar, ler e estudos sobre números naturais,
características, escrever números naturais e compreendendo que os números naturais estão
leitura, escrita e números racionais cuja inclusos nos números racionais e que todas suas
comparação de representação decimal é propriedades foram incorporadas no conjunto
números naturais e finita, fazendo uso da reta
dos racionais, mas adquirindo novas
de números numérica.
propriedades, como por exemplo, 2 é o sucessor
racionais
de 1 e antecessor de 3 nos naturais, contudo nos
representados na
forma decimal racionais ele não é o imediato sucessor de 1 e
nem o imediato antecessor de 3 por existir entre
1 e 2 como entre 2 e 3 uma infinidade de
números racionais. Nesse sentido, o uso da reta
configura uma ferramenta útil para representar e
comparar os números naturais e racionais. Ainda,
o uso do quadro de valor-lugar, material
dourado e classes hierárquicas são excelentes
recursos para trabalhar a escrita e consequente
leitura dos números racionais na representação
decimal.
Números Sistema de (MS.EF06MA02.s.02) Reconhecer a existência de outros sistemas de
numeração decimal: Reconhecer o sistema de numeração na história da humanidade, suas
características, numeração decimal, como o características (base, valor posicional e função do
leitura, escrita e que prevaleceu no mundo zero) e dificuldades para realizar as operações, a
comparação de ocidental, e destacar questão da escrita e comunicação de valores em
números naturais e semelhanças e diferenças
documentos. Para tanto, pode-se recorrer à
de números com outros sistemas, de
composição e decomposição de números e
racionais modo a sistematizar suas
retomada da representação por meio da
representados na principais características
forma decimal (base, valor posicional e multiplicação de números nos diferentes
função do zero), utilizando, sistemas (por exemplo, 1234 no sistema de
inclusive, a composição e numeração decimal pode ser escrito como 1 .
decomposição de números 1000 + 2 . 100 + 3 . 10 + 4, ou 1234 =
naturais e números racionais MCCXXXIV no sistema de numeração romano
em sua representação em que M representa milhar, C representa
decimal. centena, X representa dezena, V representa meia
dezena e I representa unidade, neste último caso

530
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
não há uma representação para o zero como
posição). Ainda, identificando características de
outros sistemas, como a base (sistema de
numeração maia e o babilônico). Dessa forma,
algumas civilizações criaram símbolos e sistemas
para representar contagens e medições de
acordo com as necessidades e a cultura de cada
povo, e o modo que cada um deles via e
entendia o mundo, assim o professor poderá
explorar as culturas locais das comunidades
indígenas, quilombolas, dentre outras, para
inserir o sistema de numeração utilizada e
comparar com os diferentes sistemas estudados.
Números Operações (adição, (MS.EF06MA03.s.03) As situações-problema são excelentes meios
subtração, Resolver e elaborar para construção e desenvolvimento do cálculo
multiplicação, problemas que envolvam mental explorando estratégias pessoais que vão
divisão e cálculos (mentais ou escritos, auxiliar na compreensão dos princípios do
potenciação) com exatos ou aproximados) com sistema decimal, envolvendo as diferentes
números naturais números naturais, por meio
operações. É importante os estudantes
Divisão euclidiana de estratégias variadas, com
incorporarem a ideia de que um problema pode
compreensão dos processos
ser resolvido de formas diferentes, fornecendo
neles envolvidos com e sem
uso de calculadora. meios de controle sobre possíveis erros em
cálculos. A utilização dos fatos básicos no cálculo
mental ou escrito se relaciona à memorização de
fatos mais simples, que podem ser acionados,
quando necessário, para resolução de atividades
numéricas mais complexas. Resolver problemas
com números naturais e racionais envolvendo as
operações requer a utilização de estratégias
diversas de cálculo, para tanto exige o
conhecimento de formas distintas de calcular,
quanto à identificação de diferentes significados
dessas operações. Ambos os aspectos são
essenciais para elaboração de problemas, uma
vez que a experiência em resolver problemas se
associa com a capacidade de elaborar
problemas. Uma aplicação da potência para
representar e calcular números “muitos grandes”
como, por exemplo, na astronomia (calcular a
distância entre astros). O uso da calculadora
deve ser um recurso para realizar estudo de
características na potenciação e como
ferramenta em situações nas quais as
calculadoras seriam um instrumento aliado no
desenvolvimento cognitivo dos estudantes, um
recurso que contribui com o aprendizado da
matemática.
Números Fluxograma para (MS.EF06MA04.s.04) Descrever situações cotidianas, elencando cada
determinar a Construir algoritmo em etapa (por exemplo, preparação para vir à
paridade de um linguagem natural e escola) realizada ordenadamente pelo estudante
número natural representá-lo por na execução de uma atividade e representar
Múltiplos e divisores fluxograma que indique a visualmente utilizando símbolos indicadores de
de um número resolução de um problema
início e fim, processos e métodos, tomadas de
natural Números simples (por exemplo, se um
decisão. Estender esta ideia para representar
primos e compostos número natural qualquer é
etapas da resolução de problemas, estruturas
par).
531
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
matemáticas e dados por meio de tabelas,
diagramas de rede e fluxogramas. O fluxograma
descreve graficamente a sequência de passos a
executar para resolver um determinado
problema e como os passos estão interligados. É
constituído por um conjunto de símbolos
geométricos ligados por setas. Alguns símbolos
utilizados no fluxograma: terminadores: indicam

o início e fim do fluxograma ; setas:


conectam os processos e ações →; símbolos de
processos: indicam um determinado processo e

método ; símbolos de decisão: indicam


uma decisão que irá ser tomada que altera as
possíveis direções do fluxograma

.
Assim o algoritmo para verificar se um número
natural é par, basta dividir por 2, se o resto for 0
o número é par e se o resto for 1 o número é
ímpar. A representação deste algoritmo no
fluxograma.

Números Fluxograma para (MS.EF06MA05.s.05) O conjunto dos múltiplos de um número


determinar a Classificar números naturais qualquer se forma por meio da multiplicação
paridade de um em primos e compostos, desse número por todos os demais números
número natural estabelecer relações entre naturais, portanto, a quantidade de múltiplos de
Múltiplos e divisores números, expressas pelos um número qualquer é infinita. Assim, os
de um número termos “é múltiplo de”, “é
múltiplos do número 3 são os números 0, 3, 6, 9,
natural Números divisor de”, “é fator de”, e
12 e assim sucessivamente até o infinito. Desta
primos e compostos estabelecer, por meio de
maneira pode-se dizer que um número A é
investigações, critérios de
divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, múltiplo de um número B quando este número
8, 9, 10, 100 e 1000. A se obtêm da multiplicação do número B por
outro número C (A = B . C → 24 = 3 . 8), ainda,

532
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
pode-se dizer que C é divisor de A e que B
também é um divisor de A (A : C = B, A : B = C →
24 : 3 = 8, 24 : 8 = 3); essa ideia poderá ser
utilizada para os estudantes investigarem quais
números são primos e quais são compostos.
Explore por meio de exemplos e verifique a
validade de afirmações como: o zero é múltiplo
de qualquer número natural; todo número
natural é múltiplo de si mesmo; um número
natural diferente de zero tem infinitos múltiplos;
o número 1 é divisor de qualquer número
natural, todo número natural é divisível por ele
mesmo, o zero não é divisor de nenhum número,
o 2 é um único número par que é primo. É
importante que o estudante associe a palavra
múltiplo com produto (divisor remete a divisão),
isto é, que ele perceba que um produto qualquer
é sempre um múltiplo dos fatores que o
geraram. O professor poderá explorar com os
estudantes os critérios para que um número seja
divisível por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 100 e 1000,
retomando os conceitos de múltiplos e divisores
e observando as regularidades, como
características para estabelecer a divisibilidade.
Números Fluxograma para (MS.EF06MA06.s.06) Nesta habilidade o estudante sistematizará
determinar a Resolver e elaborar estratégias anteriormente construídas nas
paridade de um problemas que envolvam as habilidades (MS.EF06MA04.s.04) e
número natural ideias de múltiplo e de (MS.EF06MA05.s.05) por meio de resolução e
Múltiplos e divisores divisor. elaboração de problemas. As situações, para
de um número
terem significados, precisam remeter a aspectos
natural Números
do cotidiano nas quais a melhor estratégia será
primos e compostos
perceber que o número é múltiplo ou divisor de
um número.
Números Frações: significados (MS.EF06MA07.s.07) Levar os estudantes, por meio de investigações,
(parte/todo, Compreender, comparar e a identificarem características para que duas ou
quociente), ordenar frações associadas mais frações sejam equivalentes, percebendo,
equivalência, às ideias de partes de desta forma , que há várias maneiras de
comparação, adição inteiros e resultado de representar uma mesma fração de um
e subtração; cálculo divisão, identificando frações
determinado inteiro. As frações equivalentes são
da fração de um equivalentes.
aquelas escritas de maneiras diferentes,
número natural;
entretanto, representando a mesma parte de um
adição e subtração
de frações todo ou da divisão, ou seja, são frações iguais,
porém representadas de maneiras distintas. É
importante explorar equivalência para introduzir
a simplificação e a comparação de frações. O
conceito de equivalência assim como a
construção de procedimentos para obtenção de
frações equivalentes é fundamental para resolver
problemas que envolvam a comparação e
ordenação de frações.

533
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Frações: significados (MS.EF06MA08.s.08) Para reconhecer que um número racional
(parte/todo, Reconhecer que os números positivo pode ser expresso na forma fracionária
quociente), racionais positivos podem e decimal passa pela compreensão de divisores,
equivalência, ser expressos nas formas assim será interessante utilizar a malha
comparação, adição fracionária e decimal, quadriculada para representar o todo e a parte
e subtração; cálculo estabelecer relações entre
como forma de associar a representação figural
da fração de um essas representações,
numérica, bem como aplicar a ideia de divisor
número natural; passando de uma
para verificar quantas vezes o denominador cabe
adição e subtração representação para outra, e
de frações relacioná-los a pontos na no numerador. Ainda pode-se tomar a reta
reta numérica. numerada para representar os números racionais
2
na forma fracionária e decimal ( = 0,4); uma boa
5
estratégia é utilizar o varal associado a cartas
numéricas (na forma fracionária e decimal) com
representação figural e pedir aos estudantes que
posicionem as respectivas cartas no varal a partir
de uma origem e associar à reta numérica.
Números Frações: significados (MS.EF06MA09.s.09) Para resolver e elaborar problemas é preciso
(parte/todo, Resolver e elaborar recorrer a situações significativas para o
quociente), problemas que envolvam o estudante, no entanto, ainda não é intenção que
equivalência, cálculo da fração de uma o estudante realize adição e subtração nesta
comparação, adição quantidade e cujo resultado habilidade, mas a fração como quociente, isto é,
e subtração; cálculo seja um número natural, 2
equivalente a um número natural, por exemplo
da fração de um com e sem uso de 2 .12 24 2 .12 2. 3. 2. 2
8

número natural; calculadora. de 12 = = = 3, ainda = →


8 8 8 2. 2. 2
adição e subtração como no numerador há três fatores 2 e no
de frações denominador também há três fatores 2, pode-se
afirmar que o numerador e denominador são
divisíveis ou têm como divisor o numeral 8, logo
24 3
é equivalente a = 3. Esta situação poderá
8 1
representar o seguinte problema em um grupo
2
de 12 estudantes, do qual se pretende escolher
8
dos estudantes para participar de um passeio.
Quantos estudantes serão escolhidos? Explore a
elaboração de diferentes problemas do contexto,
que envolvam os conceitos presentes nesta
habilidade.
Números Frações: significados (MS.EF06MA10.s.10) Explore situações-problema envolvendo adição e
(parte/todo, Resolver e elaborar subtração com números racionais na forma
quociente), problemas que envolvam fracionária sem a utilização do mínimo múltiplo
equivalência, adição ou subtração com comum, e sim por meio de frações equivalentes,
comparação, adição números racionais positivos múltiplos para se obter frações com o mesmo
e subtração; cálculo na representação fracionária.
denominador. Nesse momento não se usará o
da fração de um
algoritmo do mínimo múltiplo comum, assim
número natural;
estimule os estudantes a investigar estratégias
adição e subtração
de frações para adicionar e/ou subtrair frações de um
inteiro (com significado de parte/todo,
quociente) utilizando o conceito de frações
equivalentes já trabalhadas nas habilidades
(MS.EF06MA05.s.05), (MS.EF06MA06.s.06) e
(MS.EF06MA07.s.07).

534
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Operações (adição, (MS.EF06MA11.s.11) Explore situações-problema que envolvam as
subtração, Resolver e elaborar quatro operações fundamentais e a potenciação
multiplicação, problemas com números com números racionais positivos na
divisão e racionais positivos na representação decimal. Resolver problemas
potenciação) com representação decimal, recorrendo a cálculos (mentais ou escritos,
números racionais envolvendo as quatro
exatos ou aproximados) nos quais se utiliza dos
operações fundamentais e a
conceitos estudados em relação às operações
potenciação, por meio de
objetos destas habilidades por meio de
estratégias diversas,
utilizando estimativas e estratégias variadas, com compreensão dos
arredondamentos para processos nelas envolvidos, utilizando ou não a
verificar a razoabilidade de calculadora para verificar e controlar resultados.
respostas, com e sem uso de
calculadora.
Números Aproximação de (MS.EF06MA12.s.12) Quando um número apresenta grande
números para Fazer estimativas de quantidade de algarismos, pode-se realizar uma
múltiplos de quantidades e aproximar aproximação para múltiplos de 10 mais próximo.
potências de 10 números para múltiplos da Ao se fazer este tipo de arredondamento, o
potência de 10 mais resultado final dos cálculos não serão exatos,
próxima. mas uma estimativa. As estimativas nos
aproximam bastante do resultado real, desta
forma é interessante que investigue na mídia
matérias nas quais aparecem números muito
grandes representados por aproximações de
múltiplos de 10. Um recurso para ser explorado
neste trabalho são as classes hierárquicas em
que se representa um número, por exemplo, 4
532 380 pode ser representado como 4 532 000
ao arredondá-lo para a unidade de milhar mais
próxima ou representá-lo por 4 530 000 quando
o arredondado para um valor próximo da
dezena de milhar.
Números Cálculo de (MS.EF06MA13.s.13) Várias ideias de porcentagem foram associadas
porcentagens por Resolver e elaborar às frações estudadas desde os anos iniciais,
meio de estratégias problemas que envolvam sempre resgatando, ampliando e aprofundando
diversas, sem fazer porcentagens, com base na habilidades. Neste ano, o estudo de
uso da “regra de ideia de proporcionalidade, porcentagem ganha mais significado e
três” sem fazer uso da “regra de
aprofundamento. O interesse nesse objeto de
três”, utilizando estratégias
conhecimento é justificado pela grande
pessoais, cálculo mental e
importância do tema no cotidiano. A discussão
calculadora, em contextos
de educação financeira, desse assunto é fundamental para a
entre outros. compreensão de problemas que envolvem taxas
de juros, processo inflacionário, estimativas
eleitorais, dentre outras, contribuindo para a
formação crítica e cidadã dos estudantes. Uma
sugestão será pedir aos estudantes que tragam
para a sala de aula porcentagens presentes em
folhetos comerciais e revistas, dentre outros, e
em duplas instigue-os a interpretarem o
significado dos números acompanhados do sinal
%. A ideia é levá-los a perceber que toda
porcentagem envolve a questão de
proporcionalidade entre o todo e uma parte. As
aulas devem provocar atitudes que envolvam a
problematização de muitas situações da vida
cotidiana, principalmente a do estudante e a de
seus familiares como juros e descontos. Explorar

535
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
situações-problema sobre alguns temas, tais
como “É melhor pagar à vista ou a prazo?”, “Qual
é o preço final de um produto que sofreu um
desconto e/ou um acréscimo?” Cabe destacar,
que neste momento não se deve sistematizar
algoritmos que remeta à regra de três, então
pode-se retomar a ideia de fração unitária
(1/100) como estratégia para resolver os
problemas.
Álgebra Propriedades da (MS.EF06MA14.s.14) Retome com os estudantes a relação de
igualdade Reconhecer que a relação de igualdade ampliando a equivalência nas
igualdade matemática não igualdades, refletindo que a igualdade não se
se altera ao adicionar, altera quando se adiciona, subtrai, multiplica ou
subtrair, multiplicar ou divide os seus dois membros por um mesmo
dividir os seus dois membros
número (3 + 4 = 7→ (3 + 4) + 5 = 7 + 5; (3 + 4) -
por um mesmo número e
6 = 7 - 6; (3 + 4) . 2 = 7 . 2; (3 + 4) : 5 = 7 : 5). O
utilizar essa noção para
professor pode iniciar com exemplos numéricos
determinar valores
desconhecidos na resolução como forma de instrumentalizar o estudante
de problemas. para desenvolver a habilidade e assim
estabelecer estratégias de resolução de
problemas. Utilize deste conceito para explorar
situações-problema com o intuito de determinar
valores desconhecidos, por exemplo, “O dobro
da minha idade, mais 9 é igual a 81. Qual é a
minha idade?” (2 . ? + 9 = 81 → 2 . ? + 9 - 9 = 81
- 9→ 2 . ? = 72 → ( 2 . ?) : 2 = 72 : 2 → ? = 36). O
professor pode utilizar como recurso uma
balança de dois pratos (sugere-se construir com
materiais reutilizáveis) para explorar os princípios
da igualdade, entretanto, explore atividades em
que os estudantes descubram os valores sem
recorrer à resolução de equações.
Álgebra Problemas que (MS.EF06MA15.s.15) Explore situações-problema envolvendo partilha
tratam da partição Resolver e elaborar de uma quantidade em duas partes desiguais.
de um todo em duas problemas que envolvam a Proponha problemas para que os estudantes
partes desiguais, partilha de uma quantidade discutam e analisem as situações fazendo os
envolvendo razões em duas partes desiguais, registros das estratégias pessoais para
entre as partes e envolvendo relações aditivas
compartilhar com os colegas. Situações-
entre uma das e multiplicativas, bem como
problema do tipo dividir uma quantidade entre
partes e o todo a razão entre as partes e
duas partes de acordo com alguns critérios:
entre uma das partes e o
todo. divisão em partes iguais; divisão em que uma
parte tenha o dobro da outra; divisão em que
uma parte representa a terça parte da outra,
dentre outras e/ou problemas como “Carlos e
Marcos foram contratados para um serviço e o
pagamento será proporcional ao número de
horas trabalhadas para executá-lo. Carlos iniciou
o trabalho e concluiu a terça parte do trabalho
em duas horas. Marcos deu continuidade do
trabalho e o concluiu. Quando receberam pelo
serviço contratado, Marcos disse que deveria
receber 200 reais pelo seu trabalho.
Considerando que os dois realizaram o trabalho
com o mesmo empenho, é possível calcular o
número de horas que Marcos trabalhou neste

536
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
serviço? Compartilhar as diferentes estratégias
utilizadas para a solução do problema contribui
com a aprendizagem dos estudantes. Pode-se
assim, sistematizar a ideia de que é possivel
dividir uma quantidade em duas partes de
diferentes maneiras, explorando a razão entre as
partes e o todo na partilha em duas quantidades
desiguais. Esta habilidade é um aprofundamento
da habilidade (MA.EF05MA13.s.13) O professor
poderá trabalhar interdisciplinarmente com
Língua Portuguesa (MS.EF06 LP05.s.05 ), em
relação à leitura, compreensão e interpretação
de diferentes textos, para tanto pode utilizar
situações propostas no livro “O homem que
calculava - Malba Tahan.”
Geometria Plano cartesiano: (MS.EF06MA16.s.16) O plano cartesiano é composto de duas retas
associação dos Associar pares ordenados de perpendiculares que se cruzam no ponto zero de
vértices de um números a pontos do plano ambas. A horizontal (ou eixo das abscissas) é x, e
polígono a pares cartesiano do 1º quadrante, a vertical (ou eixo das ordenadas), y. Com a
ordenados em situações como a indicação de um número referente a cada eixo, o
localização dos vértices de
par ordenado (x, y) é possível encontrar qualquer
um polígono.
ponto, implica em localizar corretamente um par
ordenado no plano cartesiano e adquirir a
percepção de que uma inversão dos elementos
do par ordenado corresponde a pontos
totalmente diferentes no plano cartesiano. O uso
de jogos, por exemplo, batalha naval, nos quais a
malha quadriculada e os eixos configuram um
recurso, é uma situação de contextualização
desta habilidade; ainda, pode-se inserir os
polígonos em diferentes localizações no plano
cartesiano, para os estudantes registrarem as
coordenadas, como também pode solicitar aos
estudantes que dado o eixo referente ao 1º
quadrante, os polígonos em diferentes posições,
criando desafios para os colegas descobrirem as
coordenadas dos vértices e qual é o polígono.
Geometria Prismas e pirâmides: (MS.EF06MA17.s.17) Para desenvolver esta habilidade disponha de
planificações e Quantificar e estabelecer prismas e pirâmides de bases diferentes para
relações entre seus relações entre o número de explorar suas características e fazer relações
elementos (vértices, vértices, faces e arestas de entre seus elementos. Nesta habilidade pode-se
faces e arestas) prismas e pirâmides, em recorrer à planificação dos poliedros (prismas e
função do seu polígono da
pirâmides) para montarem e investigarem
base, para resolver
características dos sólidos e as relações entre os
problemas e desenvolver a
vértices, faces e arestas. Nas pirâmides, verifica-
percepção espacial.
se que a base é um polígono qualquer e as faces
laterais triangulares e pode-se relacionar: o
número de faces é sempre igual ao número de
lados do polígono da base mais um; o número
de arestas é sempre igual ao dobro do número
de lados do polígono da base e o número de
vértices é sempre igual ao número de lados do
polígono da base mais um, bem como as
características dos prismas (tem duas bases
paralelas e congruentes com faces laterais na

537
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
forma de paralelogramos e as relações: o
número de faces é sempre igual ao número de
lados do polígono da base mais dois; o número
de arestas é sempre igual ao triplo do número
de lados do polígono da base e o número de
vértices é sempre igual ao dobro do número de
lados do polígono da base).
Geometria Polígonos: (MS.EF06MA18.s.18) A habilidade de reconhecer polígonos é
classificações quanto Reconhecer, nomear e trabalhada desde os anos iniciais, no entanto
ao número de comparar polígonos, sem a sistematização. Neste momento, deve-se
vértices, às medidas considerando lados, vértices sistematizar o conceito de polígonos e classificá-
de lados e ângulos e e ângulos, e classificá-los em los tanto pelo número de lados e número de
ao paralelismo e regulares e não regulares,
vértices quanto pela medida do ângulo para
perpendicularismo tanto em suas
identificar polígonos regulares e não regulares.
dos lados representações no plano
Uma sugestão seria trabalhar com a construção
como em faces de poliedros.
de ladrilhamentos com o uso de figuras planas e
do tangram, para que os estudantes verifiquem
que o recobrimento de uma superfície pode ser
feito por determinadas figuras, assim os
estudantes poderão investigar quais são as
figuras possíveis de serem utilizadas e quais
características possuem. Para tanto, poderão
construir uma tabela contendo os elementos que
compõe as figuras planas, observando as
regularidades. Recorra aos poliedros regulares e
não regulares para que o estudante estabeleça
conexões entre polígonos representados nas
faces dos poliedros e a classificação dos
poliedros regulares e não regulares.
Geometria Polígonos: (MS.EF06MA19.s.19) Uma sugestão de trabalho em equipe é dispor
classificações quanto Identificar características dos de vários tipos de triângulos para que os
ao número de triângulos e classificá-los em estudantes investiguem suas características em
vértices, às medidas relação às medidas dos relação às medidas dos lados e ângulos e
de lados e ângulos e lados e dos ângulos. concluam que há diferenças entre os triângulos e
ao paralelismo e
saibam explicar suas diferenças recorrendo a
perpendicularismo
representações, à dobradura, ao esquadro e à
dos lados
régua para auxiliar na identificação dos ângulos
e medidas dos lados; ainda pode-se integrar às
formas geométricas presentes nas comunidades
indígenas e quilombolas identificando quais
figuras lembram os triângulos e se as
propriedades conhecidas ocidentalmente são as
mesmas nas culturas. Em outro momento, pode-
se fazer o uso de softwares de geometria
dinâmica para explorar os triângulos de forma
dinâmica e interativa. É importante um trabalho
de pesquisa e aplicação sobre a rigidez do
triângulo, ressaltando uma propriedade
importante utilizada em projetos de construção
civil, reconhecendo as inter-relações entre os
conceitos de triângulos e sua aplicação em
diferentes situações do cotidiano.

538
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Geometria Polígonos: (MS.EF06MA20.s.20) Para identificar características dos quadriláteros
classificações quanto Identificar características dos utilize de várias formas geométricas planas
ao número de quadriláteros, classificá-los recortadas em papel e peça que os estudantes
vértices, às medidas em relação a lados e a as classifiquem utilizando critérios por eles
de lados e ângulos e ângulos e reconhecer a definidos. A ideia é fazê-los perceber
ao paralelismo e inclusão e a intersecção de
regularidades, semelhanças e diferenças e
perpendicularismo classes entre eles.
relembrar características das formas
dos lados
geométricas, instigando-os a observar sobre
lados se paralelos ou não, diagonais e ângulos
formados nos quadriláteros. É importante que
compreendam que alguns quadriláteros podem
pertencer a diversas classes em virtude de suas
características que se interconectam,
conseguindo classificá-los em grupos distintos
ou iguais. Uma das classes dos quadriláteros
seria reconhecer como paralelogramos
(retângulos, losangos e quadrados) por
possuírem características semelhantes.
Reconhecer o trapézio como um quadrilátero
com características diferentes dos demais, já que
possui um par de lados opostos paralelos e não
congruentes e outro par de lados opostos não
paralelos formando assim uma classe dos
quadriláteros. O professor poderá realizar
atividades nas quais os estudantes criem textos
de autoria, descrevendo os quadriláteros para
que os colegas representem o que compreendeu
sobre o texto, assim verificando a necessidade
de ser claro em relação às características de cada
figura. Esta estratégia servirá para avaliar as
imagens construídas dos quadriláteros pelos
estudantes e também demonstrar a necessidade
de perceber as características que diferenciam os
quadriláteros.
Geometria Construção de (MS.EF06MA21.s.21) O trabalho com a construção de figuras planas
figuras semelhantes: Construir figuras planas explorando o conceito de semelhanças, em
ampliação e redução semelhantes em situações situações de ampliação e de redução, favorece o
de figuras planas em de ampliação e de redução, desenvolvimento das noções iniciais de razão e
malhas com o uso de malhas proporção, que serão trabalhadas futuramente,
quadriculadas quadriculadas, plano
para tanto, a representação de figuras planas na
cartesiano ou tecnologias
malha quadriculada em que a medida dos lados
digitais.
de cada quadrícula é 0,5 cm e solicitar que o
estudante represente a figura em outra malha na
qual a medida das quadrículas seja de 1,0 cm. O
uso de softwares de geometria dinâmica servirá
para os estudantes construírem diferentes
figuras planas e, a partir do deslocamento de um
vértice ou de um lado, verificar se a nova figura
será semelhante ou não, assim o professor
poderá instigar os estudantes a investigarem
quais as condições para que duas figuras planas
sejam semelhantes, tanto na construção na
malha quadriculada quanto no software. Outro
recurso será a representação no plano cartesiano
por meio de coordenadas e investigar qual deve

539
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
ser as novas coordenadas dos vértices para que
a figura seja o dobro da figura dada, ou seja, a
metade da figura dada.
Geometria Construção de retas (MS.EF06MA22.s.22) Esta habilidade retoma conceitos anteriormente
paralelas e Utilizar instrumentos, como trabalhados; dessa forma o estudante deverá
perpendiculares, réguas e esquadros, ou estabelecer conexões entre os diferentes
fazendo uso de softwares para conceitos (ângulo, retas e suas classificações).
réguas, esquadros e representações de retas Exemplificando, o uso de dobraduras para
softwares paralelas e perpendiculares e
observar os vincos formados em relação à borda
construção de quadriláteros,
da folha, como representação de segmentos de
entre outros.
retas. Inicialmente, percebendo se o vinco e a
borda lembram retas paralelas ou
perpendiculares ou não, definindo assim
características que possibilitam classificar as
retas em paralelas, perpendiculares ou
concorrentes. O uso de software de geometria
dinâmica possibilita que os estudantes realizem
várias construções e medições para identificar as
medidas de ângulos formados entre duas retas
(e a ideia que retas são infinitas), também o
estudante deverá utilizar o esquadro e a régua
para realizar a construção no papel de retas em
diferentes posições para classificar quais são
paralelas, quais são perpendiculares e aquelas
que não são nenhuma nem outra, reconhecendo
assim outras classificações para posição de retas.
Geometria Construção de retas (MS.EF06MA23.s.23) A mobilização de conhecimentos anteriormente
paralelas e Construir algoritmo para estudados serão ferramentas para que os
perpendiculares, resolver situações passo a estudantes desenvolvam esta habilidade; pode-
fazendo uso de passo (como na construção se iniciar com a descrição de trajetos a serem
réguas, esquadros e de dobraduras ou na percorridos para deslocar um polígono ou a
softwares indicação de deslocamento
representação de objetos no plano cartesiano a
de um objeto no plano
partir de um ponto de referência dado pelo
segundo pontos de
professor ou escolhido pelos estudantes. A
referência e distâncias
fornecidas etc.). produção de textos nos quais os estudantes
descrevem procedimentos para a construção de
dobraduras (sapinhos, tsuru, dentre outros), é
boa estratégia para o desenvolvimento desta
habilidade, uma forma de verificar se a descrição
está boa é realizar a troca de textos entre os
estudantes e verificar se a construção ficou
semelhante à pensada pelo criador. Lembrando
sempre que a Matemática tem como meta nos
anos finais o desenvolvimento do pensamento
geométrico; então, todas as atividades em que
for possível a integração de diferentes figuras
planas e espaciais, bem como suas
características, irão contribuir para levar o
estudante a desenvolver sua resiliência e a
autoconfiança na resolução de diferentes
situações.

540
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Grandezas e Problemas sobre (MS.EF06MA24.s.24) As atividades já realizadas com figuras planas
medidas medidas envolvendo Resolver e elaborar nas habilidades (MS.EF06MA19.s.19) e
grandezas como problemas que envolvam as (MS.EF06MA20.s.20) serão ferramentas
comprimento, grandezas comprimento, importantes para o trabalho com esta habilidade
massa, tempo, massa, tempo, temperatura, e vice-versa. A retomada das grandezas
temperatura, área, área (triângulos e
comprimento, massa, tempo, temperatura e área,
capacidade e retângulos), capacidade e
por meio da investigação e experimentação
volume volume (sólidos formados
serão recursos favoráveis à aprendizagem, visto
por blocos retangulares),
sem uso de fórmulas, que os estudantes poderão, por meio da
inseridos, sempre que composição e decomposição, diferenciar o
possível, em contextos conceito de perímetro (soma das medidas do
oriundos de situações reais contorno do objeto) do conceito de área
e/ou relacionadas às outras (medida da superfície, a partir de uma unidade
áreas do conhecimento. de medidas escolhida). Lembrar que, neste
momento, não é para sistematizar
fórmulas/algoritmos, mas por meio da
observação e da experimentação, em situações
reais e/ou relacionadas a outras áreas do
conhecimento, o estudante construirá noções.
Outro conhecimento a ser iniciado agora é a
determinação do volume de sólidos, os quais
podem ser decompostos por meio dos blocos
retangulares. Para o trabalho investigativo, o
professor pode recorrer a tiras com mesmo
comprimento e altura dividindo, por meio de
dobraduras, em quantidades diferentes (3, 4, 6),
construindo blocos de mesma altura, e com o
uso de uma quantidade de areia, feijão ou arroz
verificar qual tem maior volume, qual seria
melhor para armazenar produtos, e na natureza
quais aparecem representados nas estruturas de
objetos (por exemplo, favo de mel nas colmeias).
O desenvolvimento da capacidade de
investigação e da perseverança, na busca de
resultados, e a valorização do uso de estratégias
de verificação e controle dos resultados também
são objetos de trabalho nesta habilidade.
Grandezas e Ângulos: noção, (MS.EF06MA25.s.25) Está habilidade visa auxiliar os estudantes na
medidas usos e medida Reconhecer a abertura do compreensão do conceito de ângulo ampliando
ângulo como grandeza a habilidade (MS.EF04MA18.s.18), explorando
associada às figuras várias situações do cotidiano, brincadeiras, ideias
geométricas. de giro (ou rotação), abertura, inclinação e
região. A ideia de giro pode ser exemplificada
pelo movimento com o próprio corpo e
manobras de esqueitistas; a ideia de ângulo
como abertura utilizando o compasso como
suporte para visualizar a região determinante do
ângulo, a de ângulo como inclinação pelos
declives ou aclives de uma rampa e a ideia de
ângulo como região podem ser exemplificadas
quando associadas a cruzamentos de ruas e
estradas (se possível ver GPS). O estudo sobre
medidas de ângulos, pela ideia de giros, refere-
se a ângulos de um quarto, metade, três quartos
ou uma volta completa. Entre as diversas

541
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
aplicações de ângulos pode-se destacar a sua
utilização na aviação ao planejar uma rota aérea
o conhecimento acerca de ângulos é de
fundamental importância. É importante, mesmo
sem saber a medida exata do ângulo a ser
medido, estimar se ele é maior ou menor que
90°. Utilize os esquadros (se preciso utilize
ângulo de 90° de papel) para explorar na sala de
aula, em objetos, em embalagens e figuras
geométricas ângulos retos (90°), ângulos agudos
(menores que 90°) e ângulos obtusos (maiores
que 90°). Retomando o estudo de polígonos, já
trabalhado na habilidade (MS.EF06MA18.s.18),
investigar a presença de ângulos nas respectivas
figuras, classificando em ângulo igual a 90º,
menor que 90º e maior que 90º. Analisar se o
tipo de ângulo determina se o polígono é
regular ou não. Investigar se a medida do ângulo
determina o número de lados do polígono.
Grandezas e Ângulos: noção, (MS.EF06MA26.s.26) Esta habilidade é uma ampliação da habilidade
medidas usos e medida Resolver problemas que (MS.EF06MA25.s.25). O campo de visão é a
envolvam a noção de ângulo região que o olho vê quando está parado e olha
em diferentes contextos e em frente. Esse campo de visão é determinado
em situações reais, como pelo ângulo de visão que corresponde a
ângulo de visão.
abertura determinada pelo limite de nossos
olhos. O campo visual cobre cerca de 180° para
frente e a noção de profundidade é determinada
por 120° na intersecção da visão dos dois olhos.
Explore também o uso do campo de visão em
radares, câmeras de segurança e nas câmeras
fotográficas. Uma experimentação, em conjunto
com Ciências e/ou Geografia, será a construção
de uma câmera escura para exemplificar a ideia
de ângulo de visão. Ainda, pode-se levar
problemas nos quais os estudantes vivenciem
momentos da história da humanidade na
construção da matemática.
Grandezas e Ângulos: noção, (MS.EF06MA27.s.27) Nesta habilidade, deverá ser sistematizado o
medidas usos e medida Determinar medidas da conceito de ângulo e como se mede o ângulo
abertura de ângulos, por utilizando a unidade para medir ângulo (grau).
meio de transferidor e/ou Dessa maneira, o professor disponibilizará
tecnologias digitais. diferentes figuras e solicitará que, em grupos, os
estudantes meçam as medidas dos ângulos
presentes nas figuras utilizando para isso o
transferidor. Para a construção de ângulos
utiliza-se como recurso o transferidor e régua, a
combinação dos modelos de esquadros
“juntando” seus ângulos (30° com 45° dá o
ângulo de 75°) e/ou tecnologias digitais nas
quais os estudantes possam construir diferentes
polígonos e, utilizando ferramentas para
medição de ângulos, verificar que tipo de ângulo
foi construído. O uso do software de geometria
dinâmica pode contribuir para a construção da
ideia de medida de ângulo e como deve realizar

542
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
a medida. Esse momento é oportuno para
classificar os ângulos indicando as medidas
exatas dos ângulos agudos, obtusos, raso e volta
completa.
Grandezas e Plantas baixas e (MS.EF06MA28.s.28) Neste ano escolar, o estudante trabalha com
medidas vistas aéreas Interpretar, descrever e várias situações nas quais precisa observar o
desenhar plantas baixas espaço no qual está inserido; deve-se solicitar
simples de residências e que ele realize a planta baixa de espaços
vistas aéreas. conhecido por ele (seu quarto, sua casa, a sala
de aula, a escola, a aldeia, ocas, dentre outras).
Caso não existam comunidades representativas
de outras culturas, proponha um trabalho de
pesquisa em que os estudantes possam construir
plantas baixas dos espaços representativos das
culturas indígenas, quilombolas, ribeirinhas,
dentre outros. Essas representações devem
trazer detalhes sobre o local desenhado
pertinente a esta etapa. Pode-se levar conjuntos
de sólidos para que, a partir do local em que o
estudante está, realize o desenho da pilha de
sólidos, preparando-o para compreender como
deve ser visto e desenhado, por exemplo, a vista
área da sua casa ou mesmo da escola. Sugere-se
levar também a planta baixa da escola e pedir
que compare com seus desenhos. Cabe levar
mapas de regiões da cidade e solicitar que
descrevam a imagem, utilizando para isso
conceitos referentes a deslocamento (direção,
sentido, dentre outros). Outro recurso, ao qual o
professor pode recorrer, é utilizar os mapas
virtuais para que os estudantes identifiquem sua
casa, a escola ou o maior supermercado da
região, ainda, pedindo que descrevam o local.
Grandezas e Perímetro de um (MS.EF06MA29.s.29) O trabalho iniciado na habilidade
medidas quadrado como Analisar e descrever (MS.EF06MA24.s.24) será ampliado com a
grandeza mudanças que ocorrem no construção e análise, inicialmente, de quadrados
proporcional à perímetro e na área de um construídos em malha quadriculadas que sejam
medida do lado quadrado ao se ampliarem ampliação ou redução de um quadrado original.
ou reduzirem, igualmente, as
Explore, com os estudantes, elementos já
medidas de seus lados, para
estudados, por exemplo, ângulo e lados. Ainda,
compreender que o
pode-se investigar qual a relação entre a medida
perímetro é proporcional à
medida do lado, o que não do lado do quadrado construído na malha
ocorre com a área. quadriculada e o quadrado original,
identificando se o novo quadrado tem lados que
são o dobro do original ou metade do original. A
seguir, retomando o conceito de perímetro, peça
aos estudantes que verifiquem qual a soma das
medidas dos lados do quadrado original e dos
novos quadrados; para tanto, pode-se pensar
em algumas indagações que estimulem os
estudantes a permanecer investigando, tais
como, se somarmos as medidas do contorno da
figura original e de cada novo quadrado
desenhado na malha quadriculada, quais
relações podemos ter (um é duas vezes o outro,

543
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
ou um é a metade do outro)? Essas relações
existem quando se comparam os lados das
figuras? Se contarmos a quantidade de
quadradinhos nos quadrados novos e contarmos
no quadrado original mantêm-se as mesmas
relações? A quais conclusões pode-se chegar?
Como explicar essas relações?
Probabilidade e Cálculo de (MS.EF06MA30.s.30) O foco nesta habilidade está na observação de
estatística probabilidade como Calcular a probabilidade de que quanto mais vezes se realiza um
a razão entre o um evento aleatório, experimento, por exemplo, lançamento de uma
número de expressando-a por número moeda, mais se aproximará de valores de
resultados favoráveis racional (forma fracionária, 50
referência ( = 0,50 = 50%). O professor não
e o total de decimal e percentual) e 100

resultados possíveis comparar esse número com deverá sistematizar o algoritmo de


em um espaço a probabilidade obtida por probabilidade que será trabalhado
amostral meio de experimentos posteriormente (visão clássica). Nesse momento,
equiprovável sucessivos. os estudantes deverão representar, inicialmente,
Cálculo de na forma fracionária a probabilidade de um
probabilidade por evento e depois na forma decimal, bem como na
meio de muitas forma de percentual estabelecendo assim a
repetições de um relação entre as diferentes formas de representar
experimento um número racional. É importante que o
(frequências de
estudante perceba que o conteúdo dos números
ocorrências e
racionais têm relação com o conceito e
probabilidade
procedimentos próprios do pensamento
frequentista)
probabilístico.
Probabilidade e Leitura e (MS.EF06MA31.s.31) O trabalho com esta habilidade pode-se iniciar a
estatística interpretação de Identificar as variáveis e suas partir da pesquisa de gráficos, presentes em
tabelas e gráficos frequências e os elementos matérias, publicados em material impresso e
(de colunas ou constitutivos (título, eixos, digital. Realize a leitura de gráficos e tabelas,
barras simples ou legendas, fontes e datas) em explore as diferenças visuais identificando
múltiplas) referentes diferentes tipos de gráfico.
elementos importantes, como o título (indica o
a variáveis
que está sendo representado), a fonte (revela a
categóricas e
origem das informações) e, no caso dos gráficos,
variáveis numéricas
a legenda (decodifica as cores). Para instigar a
investigação proponha algumas indagações: De
que assunto trata o gráfico? Quantos dados são
apresentados? Como eles aparecem? Quais as
variáveis presentes? Qual a frequência de cada
variável? Esses são questionamentos pertinentes
a serem feitos aos estudantes para
estabelecerem relações com novas experiências
e situações de incertezas e mudanças, bem
como situações complexas e na tomada de
decisões.
Probabilidade e Leitura e (MS.EF06MA32.s.32) Propiciar o estabelecimento de ligações entre a
estatística interpretação de Interpretar e resolver matemática e os conteúdos de outras áreas e
tabelas e gráficos situações que envolvam com temas contemporâneos possibilitam que, à
(de colunas ou dados de pesquisas sobre medida que os estudantes interajam com os
barras simples ou contextos ambientais, conceitos percebam como instrumentos
múltiplas) referentes sustentabilidade, trânsito,
essenciais para constituição de uma atitude
a variáveis consumo responsável, entre
crítica diante de questões sociais, políticas,
categóricas e outros, apresentadas pela
culturais, científicas da atualidade. Igualmente,
variáveis numéricas mídia em tabelas e em
diferentes tipos de gráficos e orientado na habilidade (MS.EF06MA31.s.31),
redigir textos escritos com o pesquisar textos jornalísticos que envolvam
gráficos e tabelas sobre temas objetos desta
544
MATEMÁTICA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
objetivo de sintetizar habilidade, a partir daí levar os estudantes a
conclusões. analisar, destacar pontos importantes, pesquisar
o que seria uma sociedade ideal sustentável ou
para uma política de lisura. Com as informações
os estudantes deverão produzir textos
conclusivos.
Probabilidade e Coleta de dados, (MS.EF06MA33.s.33) Nos anos anteriores os estudantes começaram a
estatística organização e Planejar e coletar dados de explorar ideias básicas de estatística,
registro pesquisa referente a práticas aprendendo a coletar e organizar dados em
Construção de sociais escolhidas pelos tabelas e gráficos, estabelecer relações entre
diferentes tipos de estudantes e fazer uso de acontecimentos, fazer algumas previsões e
gráficos para planilhas eletrônicas para
observar a ocorrência de um acontecimento;
representá-los e registro, representação e
neste ano é importante fazer com que ampliem
interpretação das interpretação das
essas noções, aprendendo também a planejar,
informações informações, em tabelas,
vários tipos de gráficos e formular questões pertinentes para um conjunto
texto. de informações, a elaborar algumas conjecturas
e comunicar informações de modo convincentes.
Um recurso que o estudante deverá utilizar são
as planilhas eletrônicas para construção de
tabelas e respectivas representações em gráficos
diversos.
Probabilidade e Diferentes tipos de (MS.EF06MA34.s.34) Nesta habilidade deverão ser trabalhados os
estatística representação de Interpretar e desenvolver diferentes símbolos indicados na habilidade
informações: fluxogramas simples, (MS.EF06MA04.s.04) identificando as diferentes
gráficos e identificando as relações formas de representar hierarquias tanto dentro
fluxogramas entre os objetos da organização da escola como em
representados (por exemplo,
representações de caminhos a serem percorridos
posição de cidades
entre duas cidades (indicando estradas principais
considerando as estradas
e vicinais). É oportuno discutir as organizações
que as unem, hierarquia dos
funcionários de uma sociais e a importância das hierarquias
empresa etc.). constituídas nas sociedades indígenas,
quilombolas, ribeirinhas, dentre outras. Cabe
aqui as recomendações feitas nas habilidades
(MS.EF06MA30.s.30), (MS.EF06MA31.s.31) e
(MS.EF06MA32.s.32).

MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Múltiplos e divisores (MS.EF07MA01.s.01) Resolver e elaborar problemas, retomando os
de um número Resolver e elaborar conceitos já estudados em anos anteriores, neste
natural problemas com números ano aprofundam-se os estudos por meio de
naturais, envolvendo as situações nas quais as melhores estratégias
noções de divisor e de serão a aplicação da multiplicação como adição
múltiplo, podendo incluir de parcelas, configuração retangular,
máximo divisor comum ou proporcionalidade e a divisão como subtração
mínimo múltiplo comum, sucessiva e medida. Ainda, pode-se utilizar
por meio de estratégias situações nas quais as noções de máximo divisor
diversas, sem a aplicação de comum ou mínimo múltiplo comum sejam
algoritmos. estratégias para encontrar a solução. Note que,
nesse momento, não é objetivo sistematizar o
algoritmo, mas investigar padrões e encontrar a

545
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
solução. Uma boa estratégia será recorrer a
situações do cotidiano, como tomar três
medicamentos que tem periodicidade diferente
(Carlos foi ao médico e ele receitou três
remédios. O primeiro remédio deverá ser
tomado de 6 em 6 horas, o segundo deverá ser
tomado de 8 em 8 horas e o terceiro 12 em 12
horas. Tomando os três agora, quanto tempo
depois ele tomará os três juntos novamente?) ou
situações nas quais os estudantes tenham que
resolver situações, tais como: Mariana precisa
cortar três sarrafos de medidas diferentes, um
contendo 4 metros, outro, 6 metros, e o terceiro,
8 metros. Quanto deverá ter os pedaços para
que os três sarrafos sejam cortados sem sobrar
nada? Para contribuir com a aprendizagem o
professor poderá solicitar aos estudantes que
elaborem outros problemas e troquem entre si
de forma a contribuir com a construção do
conhecimento sobre o tema.
Números Cálculo de (MS.EF07MA02.s.02) O desenvolvimento desta habilidade passa pela
porcentagens e de Resolver e elaborar retomada de frações unitárias cujo denominador
acréscimos e problemas que envolvam é 100 (1/100) como parte-todo. A ideia da
decréscimos simples porcentagens, como os que extensão do conceito de fração unitária aplicada
lidam com acréscimos e em cálculo que resultem em acréscimos (Carlos
decréscimos simples, pretende acompanhar o crescimento do irmão,
utilizando estratégias para tanto ele precisa saber quantos por cento
pessoais, cálculo mental e ele cresceu de um mês para o outro. No primeiro
calculadora, no contexto de mês o irmão de Carlos media 150 cm e no início
educação financeira, entre do segundo mês ele media 150,5 cm. Qual foi o
outros. percentual de crescimento do seu irmão?). Nesta
habilidade o professor poderá trabalhar
situações que envolvam o preço de bens a vista
e a prazo relacionando o acréscimo aos juros e
os decréscimos aos descontos. O valor na conta
de luz no vencimento e fora do vencimento.
Uma situação interessante a ser trabalhada nesta
habilidade seria uma discussão sobre as formas
de pagamentos utilizados pelos pais e que são
notícias nos jornais falados. O professor poderá
propor atividades nas quais o estudante
estabeleça estratégias de cálculo mental para
encontrar resultados por estimativas,
aproximados e exatos.
Números Números inteiros: (MS.EF07MA03.s.03) Comparar e ordenar números inteiros; para
usos, história, Comparar e ordenar tanto, o professor poderá recorrer a contextos
ordenação, números inteiros em históricos da necessidade de construir novos
associação com diferentes contextos, conjuntos numéricos, ainda, relacionando-os a
pontos da reta incluindo o histórico, pontos na reta numérica implica compreender o
numérica e associá-los a pontos da reta significado dos valores, expressando essa
operações numérica e utilizá-los em comparação tanto verbalmente (maior que,
situações que envolvam menor que, igual a, diferente de) quanto pelo
adição e subtração. uso dos sinais de igualdade ou desigualdade
correspondentes às expressões verbais (<, >, =
ou ≠). A partir da representação geométrica dos
números inteiros na reta orientada e numerada
será interessante observar alguns aspectos:
visualizar o zero como ponto de referência
(origem) a partir do qual se definem os dois

546
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
sentidos; comparar números inteiros e identificar
diferenças entre eles (simétrico); reconhecer a
ordenação dos inteiros: dados dois números
inteiros quaisquer, o menor é o que está a
esquerda (no sentido da reta numérica) → dados
dois números positivos será maior o que estiver
mais distante do zero e dados dois negativos
será maior o que estiver mais próximo do zero;
inferir regras para operar com a adição e a
subtração, dentre outros. Precisa-se considerar
que as aprendizagens esperadas por esta
habilidade decorrem diretamente do que os
estudantes aprenderam nas habilidades
anteriores. Em especial, esta habilidade deverá
permitir a utilização de números inteiros em
diferentes contextos (diferença de temperatura
entre duas cidades, cuja temperatura seja
negativa ou positiva, situações do extrato
bancário, saldo de gols, indicar altitudes, lucros e
prejuízos, dentre outros), além da observação.
Assim, as situações envolvendo a adição e
subtrações de números inteiros podem ocorrer
pelo uso da reta numérica, da observação de
características ao realizar as operações com
suporte de retas, lembrando sempre que,
historicamente, a humanidade demorou séculos
para aceitar valores negativos como resultado de
uma situação-problema, então não se pode
desejar que a aprendizagem ocorra por meio de
uma única situação e/ou estratégia. Neste
momento o professor poderá retomar
propriedades de operações aditivas no conjunto
dos números naturais para realizar a extensão de
conceitos (por exemplo, 6 - 4 = 2 no conjunto
dos números naturais, mas neste novo conjunto
é possível realizar a operação 4 - 6 = - 2, em que
o valor ainda é 2 mas precedido do sinal
negativo (-). Outra situação que pode ser
explorada seria por meio de questões como, “é
possível adicionar 6 a um número e obter 1 no
resultado”, assim como “ é possível subtrair um
número de 2 e obter 9”. Como sugestão pode-se
trabalhar com fichas de cores diferentes
associando aos números positivos e negativos,
facilitando a assimilação dos cálculos de adição e
subtração envolvendo números inteiros.
Números Números inteiros: (MS.EF07MA04.s.04) Nesta habilidade as operações com números
usos, história, Resolver e elaborar inteiros serão sistematizadas por meio de
ordenação, problemas que envolvam situações-problema. Vale ressaltar que, apesar
associação com operações com números de existir particularidades, no momento de
pontos da reta inteiros. operar com os números inteiros (positivos e
numérica e negativos) é muito importante que os
operações estudantes estimem resultados e antecipem qual
será o sinal do resultado (positivo ou negativo).
Para auxiliar na compreensão dos estudantes, o
professor deverá recorrer a situações-problema
nos quais os estudantes, inicialmente, estimem o
resultado e depois verifiquem se suas
estimativas validaram o resultado ou não, por

547
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
obter um resultado muito grande ou muito
pequeno em relação situação estudada; ainda
estimule os estudantes a elaborarem situações
do seu cotidiano que envolva números inteiros,
com isso buscando tornar significativo o que se
estuda. Outro recurso será o uso de quadros nos
quais os estudantes realizem operações e assim
analisem regularidades, principalmente em
relação às propriedades das operações, por
exemplo, dado o quadro observar a regularidade
determinada pelas colunas preenchidas e
completar as outras.
Apresente outros quadros de multiplicação para
que compreendam e façam analogias. Retome a
divisão, agora com números inteiros, a partir dos
resultados obtidos na multiplicação para
determinar propriedades e características em
relação aos sinais, realizando a extrapolação das
ideias do campo da multiplicação para as
divisões. A utilização de sequências, como um
facilitador para o estudo de multiplicações com
números inteiros, configura uma estratégia para
a percepção do comportamento das operações

x -3 -2 -1 0 1 2 3 4

0 4 8 12 16

quando há números inteiros. Por exemplo,


analisar a sequência 25, 20, 15, 10, 5, 0, -5, -10, -
15 e observar que, nessa sequência de um termo
para o outro, há uma diminuição de 5 unidades
e que o 1º termo é 5 . 5, o 2º termo é 5 . 4, o 3º
termo é 5 . 3 e assim por diante, seguindo a
regularidade da sequência o sétimo termo é 5 .
(-1) o 8º termo é 5 . (-2). Lembrando sempre que
a habilidade deverá ser desenvolvida no decorrer
do ano; dessa forma, explore situações em que a
melhor estratégia seja o uso da potenciação,
cuja base é um número inteiro; novamente, leve-
os a perceberem regularidades e padrões no
momento de operar. Vale destacar que a
prioridade será a resolução de situações-
problema e que se deve estimular o estudante a
elaborar estratégias que o ajude a obter o
resultado.
Números Fração e seus (MS.EF07MA05.s.05) Os estudantes, ao resolverem problemas,
significados: como Resolver um mesmo necessitam refletir sobre as ideias que estão
parte de inteiros, problema utilizando inerentes e/ou ligadas ao problema, somente
resultado da divisão, diferentes algoritmos. assim ele assumirá como compromisso seu
razão e operador (responsabilidade) determinar a solução do
problema. Dessa forma, os estudantes (individual
e/ou coletivamente) deverão ser provocados a
elaborar estratégias e representá-las por meio
de algoritmos convencionais ou não. Para
auxiliar no desenvolvimento desta habilidade, o
professor poderá realizar algumas questões que
estimularão os estudantes a não acomodarem
548
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
com uma única estratégia e/ou algoritmo, por
exemplo, quais as ideias presentes no problema?
Há informações que não configuram dados?
Além dessa forma que você resolveu, existiriam
outras formas?
Números Fração e seus (MS.EF07MA06.s.06) O desenvolvimento desta habilidade requer que
significados: como Reconhecer que as o professor oportunize uma variedade de
parte de inteiros, resoluções de um grupo de problemas e provoque nos estudantes a
resultado da divisão, problemas que têm a observação de padrões e regularidades entre
razão e operador mesma estrutura podem ser procedimentos. Para isso será fundamental que
obtidas utilizando os os problemas envolvam os diferentes
mesmos procedimentos. significados das operações, bem como as
propriedades das operações. O debate de
procedimentos e a sistematização, com intuito
de identificar estruturas de um problema e como
interfere no algoritmo de resolução, contribuirão
na identificação de regularidades e padrões
favorecendo a organização de tabelas indicativas
sobre as estruturas e de possíveis
procedimentos, com isso reconhecendo grupos
de problemas que são resolvidos utilizando os
mesmos procedimentos.
Números Fração e seus (MS.EF07MA07.s.07) De acordo com orientações já descritas na
significados: como Representar por meio de um habilidade (MS.EF06MA04.s.04) e
parte de inteiros, fluxograma os passos (MS.EF07MA06.s.06), deverão ser sistematizados
resultado da divisão, utilizados para resolver um conceitos e procedimentos para resolver grupos
razão e operador grupo de problemas. de problemas que têm estrutura igual e
representar os procedimentos por meio de
fluxograma, explicitando etapas de
compreensão, tomadas de decisões e
validação/refutação dos resultados.
Números Fração e seus (MS.EF07MA08.s.08) Os estudantes, a cada ano, têm contato com
significados: como Comparar e ordenar frações frações envolvendo as ideias parte/todo e
parte de inteiros, associadas às ideias de quociente; nesta habilidade, essas ideias
resultado da divisão, partes de inteiros, resultado precisam ser sistematizadas e aprofundadas com
razão e operador da divisão, razão e operador. novas ideias → razão e operador. É necessária a
investigação, com intuito de identificar
características para que duas ou mais frações
sejam comparadas e ordenadas, utilizando-se,
para isso, registros verbais (maior que, menor
que, igual) e registros escritos por meio de
símbolos (>, <, =). Caso seja necessário discuta
estratégias para concluir sobre a comparação e
ordenação de frações, por exemplo, (razão) 2 de
cada 3 habitantes de uma cidade não são
1
imigrantes e conclui se que da população da
3
cidade é de imigrantes. Qual parcela da
população é maior? Representem, ordenando os
valores na forma fracionária utilizando os sinais
<, > e =, (operador): que número deve ser
multiplicado por 5 para obter 2? E para obter 4?
Qual número é maior? É possível representar na
forma fracionária?
Números Fração e seus (MS.EF07MA09.s.09) Os significados das frações são retomados nesta
significados: como Utilizar, na resolução de habilidade e devem ser a tônica dos problemas a
parte de inteiros, problemas, a associação serem trabalhados. Assim, as frações podem
resultado da divisão, entre razão e fração, como a indicar um índice comparativo de duas
razão e operador fração 2/3 para expressar a quantidades, ou seja, quando é interpretado
razão de duas partes de uma como razão tem-se a comparação de duas

549
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
grandeza para três partes da grandezas (ou quaisquer outros tipos de
mesma ou três partes de valores), recordando que grandeza é tudo o que
outra grandeza. se pode mensurar (medir): distâncias, massa,
altura, valor monetário, dentre outros. Isso
ocorre, por exemplo, quando se lida com
situações do tipo: “Carlos possui 35 figurinhas
em sua coleção, enquanto Gabriel possui 60.
Qual a razão entre as quantidades de figurinhas
que Carlos e Gabriel possuem? Analisando a
situação, tem-se a associação entre razão e
35 7
fração = , isso significa que a cada 7
60 12
figurinhas que Carlos possui, Gabriel possui 12.
Outras situações são as que envolvem
probabilidades: a chance de sortear uma bola
verde de uma caixa em que há 2 bolas verdes e 8
2
bolas de outras cores é de . Ainda, outras
10
situações ocorrem na abordagem de escalas em
plantas e mapas (escala de 1cm para 100 m:
1
representada por 1:10 000 ou ). A
10 000
autonomia de um carro em consumir 2 litros de
combustível, em média, em 25 km representada
2𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
por , bem como a exploração de situações
25 𝑘𝑚
que envolvam porcentagem, por exemplo, 70
em cada 100 estudantes da escola gostam de
70
futebol: = 70%, dentre outros.
100
Números Números racionais (MS.EF07MA10.s.10) É preciso deixar claro aos estudantes que o
na representação Comparar e ordenar conjunto dos números racionais busca uma
fracionária e na números racionais em ampliação dos conjuntos numéricos. Esses
decimal: usos, diferentes contextos e conceitos tomarão sentido à medida que forem
ordenação e associá-los a pontos da reta contextualizados e relacionados entre si. Utilizar
associação com numérica. a reta numérica como recurso para comparação
pontos da reta e ordenação de números racionais é um
numérica e facilitador que evidencia a diferenciação entre os
operações números. Para selecionar a forma mais adequada
de representá-los é fundamental que os
estudantes apliquem o conhecimento sobre
diferentes representações de um mesmo
número racional, comparando-os com outros
números já indicados na reta.

Números Números racionais (MS.EF07MA11.s.11) Compreender e utilizar a multiplicação e a


na representação Compreender e utilizar a divisão de números racionais implicam o
fracionária e na multiplicação e a divisão de estudante entender que se ao multiplicar um
decimal: usos, números racionais, a relação número natural por outro natural (sendo este
ordenação e entre elas e suas diferente de 0 ou 1) a expectativa é a de
associação com propriedades operatórias. encontrar um número maior que ambos e ao
1
pontos da reta multiplicar 10 por se surpreenderão ao ver que
2
numérica e o resultado é menor do que 10. Nesse momento,
operações o professor poderá retomar propriedades da
multiplicação e as relações para investigar
situações para validação ou não dentro do
conjunto dos números racionais para realizar a
extensão de conceitos.
Números Números racionais (MS.EF07MA12.s.12) Resolver e elaborar problemas que envolvam
na representação operações, implicam conhecer os aspectos
550
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
fracionária e na Resolver e elaborar estruturais que incluem conhecimentos de
decimal: usos, problemas que envolvam as termos, procedimentos e conceitos. Para utilizar
ordenação e operações com números os procedimentos, como objeto na resolução e
associação com racionais. elaboração de problemas, os estudantes
pontos da reta precisam sistematizá-los. Na adição e na
numérica e subtração envolvendo frações com
operações denominadores diferentes, pode-se transformá-
las em frações com o mesmo denominador (não
necessariamente o menor), aplicando as
propriedades das frações equivalentes. A
multiplicação de frações surgiu com a
necessidade de dividir o mesmo objeto mais de
uma vez; a compreensão da multiplicação com
frações pode ser pensada como “partes de
partes do total”. Utilize conhecimentos
adquiridos em habilidades desenvolvidas
anteriormente para sistematizar a divisão de
números racionais na forma fracionária; assim,
pode-se multiplicar ambos os termos de uma
divisão por qualquer número diferente de zero e
o quociente entre os dois permanece igual; essa
relação estende-se para divisão com frações de
maneira que se multiplica por um número
racional que torne o divisor igual a 1. Por
4 2 4 3 2 3 12 12
exemplo: : = ( ⋅ ): ( ⋅ ) = : 1 = , essa é
5 3 5 2 3 2 10 10
uma das maneiras de justificar a sistematização
da divisão de números racionais na forma
fracionária. Também nesta habilidade amplia-se
o estudo com problemas envolvendo
potenciação, com atenção às potências cuja base
seja um número racional, usando o mesmo
raciocínio relativo às bases com números inteiros
(multiplicações sucessivas), estendendo-se aos
casos em que o expoente é representado por um
número negativo, bem como o estudo das
propriedades de potências.
Álgebra Linguagem (MS.EF07MA13.s.13) Para o desenvolvimento desta habilidade
algébrica: variável e Compreender a ideia de sugere-se que se aplique em situações-problema
incógnita variável, representada por relações funcionais concretas que permita ao
letra ou símbolo, para estudante ver uma das funções para as letras ao
expressar relação entre duas identificá-las como números de um conjunto
grandezas, diferenciando-a numérico, úteis para representar generalizações,
da ideia de incógnita. isto é, variável pode representar qualquer
número dentro de seu contexto, enquanto uma
incógnita representa um número desconhecido
(valor único, estático). É importante ficar claro o
significado de variáveis e como elas se
relacionam; por exemplo, determinar o valor a
ser pago pela locação de um veículo variando o
número de dias e o de quilômetros rodados, ou,
um vendedor tem seu salário mensal composto
por uma parcela fixa mais uma comissão
(porcentagem) sobre o valor dos produtos
vendidos, dentre outros.
Álgebra Linguagem (MS.EF07MA14.s.14) A análise de sequências permite ao estudante a
algébrica: variável e Classificar sequências em compreensão das diferenças entre elas.
incógnita recursivas e não recursivas, Sequências recursivas são aquelas em que um
reconhecendo que o determinado termo pode ser definido a partir de
conceito de recursão está termos antecessores. Um exemplo de sequência

551
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
presente não apenas na não recursiva é a sequência repetitiva em que a
matemática, mas também unidade que se repete permite determinar a
nas artes e na literatura. ordem de diversos elementos da sequência por
meio de uma generalização, a exemplo disso
temos a sequência A11A11A11A11, considere os
três primeiros termos da sequência
sobre como você completaria os três próximos
termos. Estimule os estudantes a realizarem
pesquisa sobre o conceito de recursão presente
em outros campos, tal como nas artes, pois a
matemática se relaciona diretamente com as
artes: número áureo, fractais (na natureza -
romanesco, artes plástica), Triângulo de
Sierpinski, Sequência de Fibonacci. E, em
literatura, no reconhecimento se uma palavra é
palíndromo, nos fenômeno recursivo das línguas
naturais, tais como na frase - A bola do filho da
amiga da minha mãe está no jardim.
Álgebra Linguagem (MS.EF07MA15.s.15) Esta habilidade implica ampliar conceitos
algébrica: variável e Utilizar a simbologia algébricos e para isso é necessário propor
incógnita algébrica para expressar situações de modo que permitam identificar e
regularidades encontradas generalizar. Em sequências x + x + x + x + … + x
em sequências numéricas. (n parcelas de x) pode ser representada por x.n. E
na sequência x . x .x . x ... . x (n fatores de x)
pode ser representada por xn . Ou ainda na
sequência 0, 1, 2, 3, 4 … tem-se a sequência dos
números naturais com o número anterior
somado 1 representada por a + 1; na sequência
0, 2, 4, 6, 8 … tem-se a sequência dos múltiplos
de 2 representado por 2 . x. Ou ainda 3 + 2 + 2
+ 2 + … + 2 representada por 3 + 2 . n. É
interessante também propor situações em que
os estudantes possam investigar padrões, tanto
em sequências numéricas como em
representações geométricas e identificar suas
estruturas, construindo uma linguagem algébrica
para descrevê-los simbolicamente tornando-se
fundamental para o desenvolvimento da noção
de variável e para a compreensão da linguagem
algébrica. Exemplo, na sequência 1, 2, 3, 4 …
pode ser representada por x, x + 1, x + 2, x + 3,
… . Ainda, para contextualizar pode-se recorrer à
generalização das expressões que permitem
determinar a área e o perímetro de figuras
planas, bem como o volume de blocos
retangulares a partir de situações nas quais os
estudantes calculam a área das figuras dentro de
um conjunto de figuras (quadriláteros,
paralelogramo, retângulo e quadrados).
Álgebra Equivalência de (MS.EF07MA16.s.16) Esta habilidade é ampliação da habilidade
expressões Reconhecer se duas (MS.EF07MA15.s.15) podendo ser desenvolvida
algébricas: expressões algébricas mediante a interação entre os estudantes com
identificação da obtidas para descrever a atividades para analisarem expressões aplicando
regularidade de uma regularidade de uma mesma propriedades das operações e/ou atribuindo
sequência numérica sequência numérica são ou valores às variáveis para encontrar expressões
não equivalentes. algébricas equivalentes ou não.
Álgebra Problemas (MS.EF07MA17.s.17) No desenvolvimento desta habilidade é
envolvendo Resolver e elaborar importante o professor fazer o uso de situações-
grandezas problemas que envolvam problema que envolvam o conceito de dividir em

552
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
diretamente variação de partes proporcionais, conceitos iniciais
proporcionais e proporcionalidade direta e apresentados em habilidades nos anos
grandezas de proporcionalidade anteriores. Mostrar aos estudantes situações-
inversamente inversa entre duas problema reais que envolvam proporcionalidade
proporcionais grandezas, utilizando a fim de levá-los a diferenciar grandezas direta e
sentença algébrica para inversamente proporcionais, além de identificar
expressar a relação entre grandezas que não são proporcionais. Ambos
elas. estudos sobre as grandezas proporcionais direta
ou inversa podem ser realizadas com
investigação e registros em quadros para análise
dos valores e verificar como as grandezas estão
relacionadas e as relações entre as quantidades.
Álgebra Equações (MS.EF07MA18.s.18) No desenvolvimento desta habilidade é
polinomiais do 1º Resolver e elaborar importante o professor fazer o uso de situações-
grau problemas que possam ser problema que envolvam a representação de
representados por equações equações polinomiais de 1º grau para dar
polinomiais de 1º grau, sentido ao aprendizado de equações. Essas
redutíveis à forma ax + b = estratégias são ampliadas com a aquisição de
c, fazendo uso das noções de álgebra que permitem usar “letras”,
propriedades da igualdade. no sentido de incógnita, para representar
números, escrever equações que traduzem as
condições do problema passando gradualmente
da verbalização para o simbolismo algébrico.
Nessas situações as estratégias de resolução
consistem em recorrer às propriedades da
igualdade (reflexiva, simétrica e transitiva),
princípios da igualdade (aditivo e multiplicativo)
como procedimento.
Geometria Transformações (MS.EF07MA19.s.19) Retomar a construção do plano cartesiano, a
geométricas de Realizar transformações de localização de pontos, escritos de acordo com as
polígonos no plano polígonos representados no regras dos pares ordenados (x, y), no qual o
cartesiano: plano cartesiano, primeiro elemento pertence ao eixo das
multiplicação das decorrentes da multiplicação abscissas (x) e o segundo no eixo das ordenadas
coordenadas por um das coordenadas de seus (y) e que a inversão das coordenadas x e y
número inteiro e vértices por um número mudará a localização do ponto, explorar todos
obtenção de inteiro. os quadrantes do plano reconhecendo o sinal de
simétricos em cada coordenada em cada quadrante e a
relação aos eixos e à localização de pontos inclusive quando uma das
origem coordenadas é zero. É importante que
compreendam as marcações dos vértices de um
polígono para ligá-los e evitar que tracem
segmentos da diagonal ao invés de desenhar os
lados do polígono. Instigue-os a pensar o que
pode ocorrer se multiplicar as coordenadas dos
vértices do polígono por um número inteiro,
comparar perímetros, áreas, a distância da
origem, dentre outros. Uma boa estratégia para
o desenvolvimento dessa atividade é realizá-la
em grupos, valorizando o trabalho do próximo,
respeitando o modo de pensar dos colegas e
aprendendo com eles, colaborando com a
interpretação e na elaboração de estratégias de
resolução e em sua validação.
Geometria Transformações (MS.EF07MA20.s.20) Utilizar o plano cartesiano para representar o
geométricas de Reconhecer e representar, simétrico de figuras em relação aos eixos e à
polígonos no plano no plano cartesiano, o origem implica explorar situações em que se
cartesiano: simétrico de figuras em multiplicam as coordenadas dos vértices por
multiplicação das relação aos eixos e à origem. números inteiros. Utilize a malha quadriculada
coordenadas por um como facilitador para a construção do plano

553
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
número inteiro e cartesiano e a localização dos pontos dos
obtenção de vértices e desenhar o polígono. Como sugestão
simétricos em de reflexão em relação à origem, trabalhe no
relação aos eixos e à primeiro momento com polígonos localizados
origem no primeiro quadrante e investigue o que pode
ocorrer com o polígono se multiplicar as
coordenadas por - 1? Marque no mesmo plano
formando o novo polígono para facilitar as
comparações de investigação das figuras
semelhantes. Possuem o mesmo perímetro?
Possuem a mesma área? A distância de cada
vértice do primeiro polígono em relação à
origem se mantém no segundo polígono?
Explore outras possibilidades de simetria em
relação aos eixos: eixo x → (x, - y) e eixo y → (- x,
y).
Geometria Simetrias de (MS.EF07MA21.s.21) Ampliando a progressão das habilidades
translação, rotação e Reconhecer e construir anteriores, o desenvolvimento desta habilidade
reflexão figuras obtidas por simetrias requer o uso de instrumentos de desenho ou de
de translação, rotação e softwares de geometria dinâmica como
reflexão, usando instrumentos que podem auxiliar na realização
instrumentos de desenho ou de trabalhos, sem anular o esforço da atividade
softwares de geometria compreensiva. Assim, compreender que a
dinâmica e vincular esse simetria de reflexão usa o conceito do espelho, a
estudo a representações simetria de translação usa o deslocamento e a
planas de obras de arte, simetria de rotação usa o giro. Para completar o
elementos arquitetônicos, desenvolvimento da habilidade proponha aos
entre outros. estudantes que pesquisem obras artísticas que
representem simetrias, pois a simetria está
presente por toda parte do mundo que nos
rodeia: na natureza, na arquitetura, nas artes
representando a pluralidade cultural; tais
atividades podem partir da observação e
identificação dessas transformações em
tapeçarias, vasos, cerâmicas, azulejos, pisos,
jardins, em desenhos de aeronaves, edifícios,
móveis, flores, logotipos de empresas, dentre
outros. Sugere-se que sejam pesquisados
artistas como Vasarely, Escher, do brasileiro
Sacilotto, dentre outros. Proponha também a
reprodução de algumas obras.

Geometria A circunferência (MS.EF07MA22.s.22) O desenvolvimento desta habilidade implica a


como lugar Construir circunferências, utilização de instrumentos para construção da
geométrico utilizando compasso, circunferência com intuito de reconhecê-la como
reconhecê-las como lugar lugar geométrico de pontos equidistantes de um
geométrico e utilizá-las para centro e identificar alguns de seus elementos
fazer composições artísticas como diâmetro e raio bem como a relação entre
e resolver problemas que eles. Explore situações em torno do
envolvam objetos reconhecimento entre as diferenças da
equidistantes. circunferência em relação ao círculo. A
circunferência e o círculo (região interna) é usada
em muitas composições artísticas e/ou em
composições com outras formas geométricas.
Também pode-se sugerir a construção de
rosáceas e organizar uma exposição dos
trabalhos realizados pelos estudantes.
Geometria Relações entre os (MS.EF07MA23.s.23) Esta habilidade requer do estudante a
ângulos formados compreensão dos conceitos, representações e

554
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
por retas paralelas Verificar relações entre os construções de retas paralelas e concorrentes
intersectadas por ângulos formados por retas com o uso de softwares e com instrumentos
uma transversal paralelas cortadas por uma (régua, esquadros e transferidor). Destaque a
transversal, com e sem uso definição de retas paralelas, cuja distância entre
de softwares de geometria seus pontos não varia e que a reta transversal é
dinâmica. uma reta concorrente às retas paralelas. Com a
observação, fazer a análise sobre a quantidade e
identificação dos ângulos formados pela reta
transversal quando intercepta as retas paralelas,
para que investiguem a posição dos ângulos em
relação às retas, se os ângulos são internos ou
externos, se os ângulos representados realmente
são suplementares (somam 180°), relacionando
pares de ângulos, que ângulos colaterais
(internos e externos) estão do mesmo lado da
transversal, ângulos alternos (internos e
externos) estão em lados diferentes da
transversal e que ângulos correspondentes estão
do mesmo lado da transversal, um na região
interna das paralelas e outro na região externa
das paralelas. Lembrando que os ângulos
alternos, colaterais e correspondentes não
podem ser adjacentes.
Geometria Triângulos: (MS.EF07MA24.s.24) O desenvolvimento desta habilidade pode ser
construção, Construir triângulos, usando iniciado por uma pergunta. O que é um
condição de régua e compasso, triângulo? E a partir daí começar investigações
existência e soma reconhecer a condição de de reconhecimento deste polígono. Pode-se
das medidas dos existência do triângulo fazer abordagens empíricas para auxiliar os
ângulos internos quanto à medida dos lados e estudantes na compreensão dos conceitos. Faça
verificar que a soma das o uso de materiais manipuláveis (canudo,
medidas dos ângulos barbante, espaguete …) para que os estudantes
internos de um triângulo é cortem em três pedaços e colem de maneira que
180°. montem um triângulo, com os triângulos
montados e com os que não foram possíveis de
montar fazer uma análise de investigação sobre
as condições necessárias para se construir um
triângulo. Leve-os a perceber que se a medida
de um lado for maior ou igual ao comprimento
dos outros dois juntos ou que se a medida do
lado maior for igual à soma das medidas dos
outros dois em ambos os casos não é possível
construir o triângulo. Após as investigações, a
conclusão esperada é que para construir um
triângulo é necessário que a medida do lado
maior seja menor que a soma das medidas dos
outros dois lados, configurando a condição de
existência dos triângulos. Após a conclusão,
sistematize a condição de existência dos
triângulos. Para a verificação da soma das
medidas dos ângulos internos de um triângulo
qualquer ser 180°, utilize de dobraduras, recortes
e montagens para constatar essa propriedade
dos triângulos. Esses experimentos possibilitam a
compreensão dos conceitos.
Geometria Triângulos: (MS.EF07MA25.s.25) Para reconhecer a rigidez geométrica dos
construção, Reconhecer a rigidez triângulos, sugira aos estudantes um trabalho
condição de geométrica dos triângulos e em grupo na construção de diversos polígonos
existência e soma suas aplicações, como na com canudos e barbante; em seguida, observe
construção de estruturas em quais polígonos, ao se pressionar levemente

555
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
das medidas dos arquitetônicas (telhados, os vértices opostos, eles deformam e verificar se
ângulos internos estruturas metálicas e aconteceu com todos os polígonos. Quais
outras) ou nas artes polígonos que não houve a deformação? Após a
plásticas. experimentação, sistematizar que o triângulo é o
único polígono rígido, porque ao definir os seus
lados, seus ângulos também ficam definidos e
não podem mais ser alterados. Instigue os
estudantes a pensar sobre o porquê da maioria
dos telhados serem triangulares, sugira que
observem e reparem nas estruturas metálicas da
quadra da escola, do pátio, das treliças de
sustentação, dentre outros. Proponha um
trabalho de pesquisa sobre a rigidez do
triângulo e sua utilidade e importância em
projetos de construção civil na atualidade e
antigamente, inclusive nas habitações presentes
em aldeias indígenas, quilombos, vilas de
pescadores, dentre outras.
Geometria Triângulos: (MS.EF07MA26.s.26) Descrever um algoritmo é descrever a sequência
construção, Descrever, por escrito e por ordenada de passos que deve ser seguida para
condição de meio de um fluxograma, um realizar uma tarefa. Utilize-se das ferramentas do
existência e soma algoritmo para a construção fluxograma para representar esses passos do
das medidas dos de um triângulo qualquer, início ao fim da tarefa, conforme foi
ângulos internos conhecidas as medidas dos desenvolvida a ideia de fluxograma na
três lados. habilidade (MS.EF06MA06.s.06) e
(MS.EF07MA07.s.07).
Geometria Polígonos regulares: (MS.EF07MA27.s.27) Calcular medidas de ângulos internos de
quadrado e Calcular medidas de ângulos polígonos regulares, sem o uso de fórmulas,
triângulo equilátero internos de polígonos implica recorrer aos conhecimentos adquiridos
regulares, sem o uso de na habilidade (MS.EF07MA24.s.24) sobre a soma
fórmulas, e estabelecer dos ângulos internos de qualquer triângulo. Pois
relações entre ângulos os polígonos podem ser divididos em triângulos
internos e externos de não sobrepostos e multiplicar por 180° a
polígonos, quantidade de triângulos obtidos, assim se
preferencialmente obtendo a soma dos ângulos internos de um
vinculadas à construção de polígono. Apresente vários tipos de polígonos
mosaicos e de para que os estudantes realizem uma
ladrilhamentos. investigação traçando todas as diagonais de um
vértice e verificar a quantidade de triângulos
obtidos e a partir daí organizar em um quadro
os resultados encontrados, facilitando
determinar o valor do ângulo interno de cada
polígono. Para estudar os ângulos externos de
um polígono, também proponha alguns
experimentos e investigações com polígonos,
traçando prolongamentos dos lados dos
polígonos, destacando-os, separe os ângulos
recortando ao longo dos lados, em seguida cole
esses ângulos em torno de um único vértice.
Nesse momento, verifique se todos perceberam
que se formou um ângulo de 360° (uma volta): a
partir daqui como podemos definir a medida dos
ângulos externos do polígono? Pode-se
aproveitar também e explorar esta investigação
como definir o ângulo interno dos polígonos.
Para relacionar o aprendizado a um contexto
proponha a construção de mosaicos a partir de
ladrilhamento (pavimentação) do plano com
polígonos regulares. Entregue aos estudantes

556
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
vários polígonos regulares para recortar e
verificar quais polígonos regulares é possível
fazer a pavimentação formando mosaico
utilizando apenas um determinado tipo de
polígono regular.
Geometria Polígonos regulares: (MS.EF07MA28.s.28) Descrever um algoritmo é descrever a sequência
quadrado e Descrever, por escrito e por ordenada de passos que deve ser seguida para
triângulo equilátero meio de um fluxograma, um realizar uma tarefa. Utilize das ferramentas do
algoritmo para a construção fluxograma para representar esses passos do
de um polígono regular início ao fim da tarefa, conforme foi
(como quadrado e triângulo desenvolvida a ideia de fluxograma nas
equilátero), conhecida a habilidades (MS.EF06MA06.s.06),
medida de seu lado. (MS.EF07MA07.s.07) e (MS.EF07MA26.s.26).
Grandezas e Problemas (MS.EF07MA29.s.29) Disponibilizar aos estudantes situações-
medidas envolvendo Resolver e elaborar problema que explorem de maneira diversificada
medições problemas que envolvam as conexões dos diversos temas, proporcionando
medidas de grandezas um campo de problemas para a ampliação e
inseridos em contextos consolidação de conceitos. As medidas
oriundos de situações quantificam grandezas do mundo físico e são
cotidianas ou de outras essenciais para a interpretação deste, as
áreas do conhecimento, possibilidades de interação com outras áreas são
reconhecendo que toda bastante claras, também se fazem necessárias
medida empírica é para melhor compreensão de fenômenos sociais
aproximada. e políticos como movimentos migratórios,
questões ambientais, consumo, distribuição de
renda, políticas públicas de saúde e educação,
orçamento, dentre outras. Deve-se levar em
conta a oportunidade em comparar e registrar
os conhecimentos da tradição local, em relação
às medidas de grandezas, com os
conhecimentos consolidado academicamente,
possibilitando discutir a pluralidade cultural.
Grandezas e Cálculo de volume (MS.EF07MA30.s.30) No desenvolvimento desta habilidade é
medidas de blocos Resolver e elaborar importante que os estudantes compreendam
retangulares, problemas de cálculo de que volume é a medida do espaço que um corpo
utilizando unidades medida do volume de ocupa. Quando medimos um volume, significa
de medida blocos retangulares, que estamos comparando-o com outro volume
convencionais mais envolvendo as unidades usado como unidade de medida. De início pode-
usuais usuais (metro cúbico, se fazer a comparação entre o volume de dois
decímetro cúbico e cubos: um menor, utilizado como medida, e
centímetro cúbico). outro maior. Apresente situações em que facilite
a visualização para o estudante de um bloco
retangular (paralelepípedo) dividido em cubos
de 1 cm³ de volume, separado em camadas, a
fim de mostrar passo a passo as multiplicações
realizadas. Se possível, utilize uma fatura de
consumo de água e enfatize a necessidade de
economizar água. Apresente aos estudantes uma
tabela que mostre a quantidade de água
utilizada por dia na realização de algumas
tarefas cotidianas e também proponha aos
estudantes que tragam de casa embalagens em
forma de blocos retangulares (paralelepípedos)
para que calculem o volume aproximado dessas
embalagens, para isso peça que meçam as
medidas necessárias utilizando régua.
Grandezas e Equivalência de área (MS.EF07MA31.s.31) Estabelecer expressões de cálculo de área de
medidas de figuras planas: triângulos e de quadriláteros implica fazer
cálculo de áreas de investigações em relação à decomposição de

557
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
figuras que podem Estabelecer expressões de figuras, utilizando a malha quadriculada como
ser decompostas por cálculo de área de triângulos facilitadora para análise da importância da
outras, cujas áreas e de quadriláteros. decomposição de figuras planas para determinar
podem ser as expressões, retomando o conceito
facilmente relacionados à área dos quadrados e retângulos.
determinadas como Lembre aos estudantes a nomenclatura dos
triângulos e polígonos para facilitar a compreensão no
quadriláteros momento da investigação. Desse modo
compreenderão que triângulos e quadriláteros
podem ser decompostos de maneira a
simplificar o cálculo de suas áreas, assim será
possível estabelecer expressões para o cálculo
de áreas. A partir desses estudos, solicitar aos
estudantes que aplique o conteúdo estudado no
cálculo de área em objetos do seu cotidiano por
meio da decomposição em triângulos e
quadriláteros.
Grandezas e Equivalência de área (MS.EF07MA32.s.32) Na resolução e elaboração de problemas
medidas de figuras planas: Resolver e elaborar envolvendo cálculo de áreas, o estudante terá
cálculo de áreas de problemas de cálculo de contato com uma dimensão da medida que não
figuras que podem medida de área de figuras é obtida por uma comparação direta, e sim pelo
ser decompostas por planas que podem ser produto de medidas (lados, arestas entre outras).
outras, cujas áreas decompostas por Realize experiências simples, tal como a
podem ser quadrados, retângulos e/ou construção de um quadrado de 1 metro de lado
facilmente triângulos, utilizando a confeccionado com papel (jornal) para verificar
determinadas como equivalência entre áreas. quantas vezes esse “quadrado” cabe numa
triângulos e determinada superfície, realizando comparações
quadriláteros em situações reais facilitando a compreensão de
estimativa sobre área e ampliando o processo de
medida e seu conhecimento sobre as unidades
padronizadas das grandezas envolvidas.
Grandezas e Medida do (MS.EF07MA33.s.33) Pode-se iniciar o desenvolvimento desta
medidas comprimento da Estabelecer o número π habilidade questionando os estudantes sobre
circunferência como a razão entre a perímetro, pois é uma das maneiras mais
medida de uma utilizadas no cotidiano. Como perímetro é o
circunferência e seu comprimento da medida do contorno de uma
diâmetro, para compreender figura, instigar o estudante sobre como medir o
e resolver problemas, comprimento de uma figura que não tem lados.
inclusive os de natureza Ao relembrar que se trata da circunferência,
histórica. retome o nome de seus elementos e a relação
importante entre eles, que a medida do
diâmetro é o dobro da medida do raio (diâmetro
= 2 . r). Leve para a sala alguns recursos simples
para realizar uma investigação: barbante, fita
métrica ou régua e objetos circulares. Disponha
a turma em grupos e disponibilize os materiais
com pelo menos 4 objetos circulares para
realizarem a investigação com medições e
cálculo. Oriente-os a fazerem as anotações em
uma tabela dos cálculos realizados. Utilize o
barbante para contornar o objeto circular e
medir com a fita métrica ou régua o barbante
utilizado para o contorno, obtendo assim o
comprimento da circunferência, em seguida
meça o diâmetro do mesmo objeto circular e
anote na tabela. Faça isso com todos os objetos
disponíveis. Agora com o auxílio de uma
calculadora determine a razão entre a medida do
comprimento da circunferência e seu diâmetro e

558
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
anote na tabela. Após preencher toda a tabela
verifique os valores encontrados nas divisões.
Nesse momento espera-se que tenham
encontrados valores próximos de 3,14; converse
com a turma e explique que, para uma
circunferência perfeita, o valor da razão entre
seu comprimento e seu diâmetro se aproxima de
um valor constante, que vale aproximadamente
3,14 (número que possui infinitas casas decimais)
e que a essa razão foi dado o nome de pi
representado pela letra grega 𝜋, esta é uma boa
oportunidade para resgatar a história do 𝜋 na
construção do conhecimento da humanidade .
Nesse momento, provoque-os a determinar uma
expressão que represente o cálculo do
comprimento de uma circunferência: 𝜋 .
diâmetro ou 𝜋. 2.r, pois há várias medições que
não será possível realizar com a utilização do
barbante como recurso. Proponha situações-
problema que explorem em diversos contextos o
comprimento de circunferências.
Probabilidade e Experimentos (MS.EF07MA34.s.34) Probabilidade é o ramo da matemática em que
estatística aleatórios: espaço Planejar e realizar as chances de ocorrência de experimentos são
amostral e experimentos aleatórios ou calculadas. É por meio de uma probabilidade,
estimativa de simulações que envolvem por exemplo, que se pode saber desde a chance
probabilidade por cálculo de probabilidades ou de obter cara ou coroa no lançamento de uma
meio de frequência estimativas por meio de moeda até a chance de erro em pesquisas. Em
de ocorrências frequência de ocorrências. diversos momentos, no nosso dia a dia, surgem
situações em que se exige uma tomada de
decisão e que a probabilidade frequentista pode
auxiliar a estimar possíveis resultados e ajudar a
tomar decisões com base em pesquisa
realizadas. Tomadas de decisão, como escolher
um jogador para o time, estão vinculada às
estimativas de aproveitamento, por meio de uma
análise prévia interpretando uma tabela de
frequências de passes certos do jogador por
jogo para o cálculo da estimativa de
probabilidade. Outro exemplo, considerando
novamente o exemplo do dado, a estatística
frequentista para calcular a probabilidade de sair
uma determinada face iria lançar o dado muitas
e muitas vezes para concluir que (se o dado não
for torto) aproximadamente a probabilidade de
ocorrer uma face é 1/6. A probabilidade
frequentista fornece uma estimativa a partir de
um experimento, porém é necessário que se faça
um número grande de tentativas.
Probabilidade e Estatística: média e (MS.EF07MA35.s.35) Uma forma de explorar o processo estatístico é a
estatística amplitude de um Compreender, em contextos partir de leitura e discussão das informações.
conjunto de dados significativos, o significado Assuntos que costumam despertar o interesse
de média estatística como dos estudantes ajudam como contextos
indicador da tendência de significativos para a aprendizagem dos conceitos
uma pesquisa, calcular seu e procedimentos matemáticos neles envolvidos.
valor e relacioná-lo, É interessante propor situações em que seja
intuitivamente, com a possível ampliar a análise dos estudantes, como
amplitude do conjunto de levá-los a fazer resumos estatísticos e a
dados. interpretar resultados, para que compreendam o
significado e a importância das medidas de

559
MATEMÁTICA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
tendências de uma pesquisa com ênfase na
média aritmética e amplitude. Estas duas
medidas estatísticas auxiliam na representação e
caracterização de um conjunto de dados. Por
exemplo, organizar em uma tabela de
frequências as notas da turma e calcular a média
da turma, analisar o quer dizer essa média, se
todos tiram a mesma nota, calcular a amplitude
entre a nota mais alta e a nota mais baixa para
indicar a variação máxima entre esses dados e
realizar uma análise comparando a média e a
amplitude para verificar se os dados apresentam
uma amostra homogênea (valor da média
próximo ao valor da amplitude) ou a amostra
apresenta dados mais dispersos.
Probabilidade e Pesquisa amostral e (MS.EF07MA36.s.36) Formas interessantes de desenvolver esta
estatística pesquisa censitária Planejar e realizar pesquisa habilidade são por meio da realização de
Planejamento de envolvendo tema da pesquisas que tenham interesse para os
pesquisa, coleta e realidade social, estudantes. Ao propor um trabalho com
organização dos identificando a necessidade pesquisa é preciso mostrar aos estudantes a
dados, construção de ser censitária ou de usar importância que têm alguns aspectos: definir
de tabelas e gráficos amostra, e interpretar os clara e precisamente o problema, indicando a
e interpretação das dados para comunicá-los população a ser observada e as variáveis
informações por meio de relatório escrito, envolvidas; decidir se a coleta dos dados será
tabelas e gráficos, com o censitária ou por amostra; fazer uma análise
apoio de planilhas preliminar das informações contidas nos dados
eletrônicas. numéricos que possibilite uma organização
adequada desses dados, a observação de
aspectos relevantes e a realização de cálculos. É
preciso encontrar as representações mais
convenientes para comunicar e interpretar os
resultados, obter algumas conclusões e levantar
hipóteses sobre outras. É importante também a
escolha dos recursos visuais mais adequados e
que permitam a apresentação geral da
informação, a leitura rápida e o destaque dos
aspectos relevantes, para comunicar os
resultados da pesquisa. Se possível, utilize o
recurso de planilhas eletrônicas na organização
de tabelas e construção de gráficos.

Probabilidade e Gráficos de setores: (MS.EF07MA37.s.37) A leitura e interpretação de gráficos é uma


estatística interpretação, Interpretar e analisar dados ferramenta que amplia a compreensão das
pertinência e apresentados em gráfico de informações divulgadas pela mídia e favorece a
construção para setores divulgados pela tomada de decisões. O propósito desta
representar conjunto mídia e compreender habilidade é levar os estudantes a interpretar
de dados quando é possível ou adequadamente as informações apresentadas
conveniente sua utilização. pelos diferentes recursos visuais, comparando
dados representados em gráficos de setores
como facilitador na comparação entre as partes
e o total. Os gráficos são recursos utilizados para
apresentar visualmente resultados de pesquisa,
assim como o texto escrito, as imagens
informam e têm o poder de influenciar a vida
cotidiana das pessoas (compras, investimentos,
escolha de um candidato, dentre outros).

560
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Notação científica (MS.EF08MA01.s.01) Nesta habilidade deve-se iniciar com a retomada
Efetuar cálculos com de situações que anteriormente foram
potências de expoentes estudadas, como por exemplo, realizar
inteiros e aplicar esse aproximações para múltiplos da potência de 10
conhecimento na (MS.EF06MA12.s.12) como uma forma de
representação de números
retomar a ideia de representação de números
em notação científica.
por meio de múltiplos de 10. Ainda, o uso de
situações numéricas, nas quais há significado,
realizar a representação de números em notação
científica. É uma boa oportunidade para associar
a situações estudadas em Ciências, em relação a
grandezas da astronomia, por exemplo, distância
entre estrelas, entre estrelas e planetas, tamanho
das galáxias, dentre outros, ou grandezas
microscópicas, por exemplo, a distâncias entre
os elementos do átomo, tamanho das células, o
nanômetro, dentre outros.
Números Potenciação e (MS.EF08MA02.s.02) Resolver problemas envolvendo a relação entre
radiciação Resolver e elaborar potenciação e radiciação, para tanto caberá a
problemas usando a relação compreensão de como realizar a mudança entre
entre potenciação e o registro de um número na forma de radiciação
radiciação, para representar
e na forma de potenciação e vice-versa ( n√a =
uma raiz como potência de 1
expoente fracionário. b ⟺ bn = a ou an = b, n ∈ ℵ e n > 1).
É importante que o estudante perceba a relação
entre potenciação e radiciação como operações
inversas, bem como resolvem situações
significativas do cotidiano em que estão
presentes diferentes operações, por exemplo,
embora o Índice de Massa Corporal (IMC) seja
amplamente utilizado, existem ainda inúmeras
restrições teóricas ao uso e às faixas de
normalidade preconizadas. O Recíproco do
Índice Ponderal (RIP), de acordo com o modelo
alométrico, possui melhor fundamentação
matemática, já que a massa é uma variável de
dimensões cúbicas, e a altura uma variável de
dimensões lineares. As fórmulas que determinam
esses índices são:

Se uma menina, com 64 kg de massa, apresenta


IMC igual a 25 kg/m², qual será seu RIP? Como
representar este cálculo utilizando algoritmos? É
importante propor aos estudantes que realizem
pesquisas e a partir das pesquisas elaborem
problemas envolvendo a as operações de
radiciação, potenciação e o uso de expoentes
fracionários.

561
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números O princípio (MS.EF08MA03.s.03) Esta habilidade deve ser trabalhada para a
multiplicativo da Resolver e elaborar sistematização do conceito de contagem por
contagem problemas de contagem cuja meio do princípio multiplicativo, como forma de
resolução envolva a desenvolver o raciocínio combinatório. Para
aplicação do princípio tanto, os estudantes precisam ser orientados a
multiplicativo.
tomarem decisões de modo a assumirem
procedimentos sistemáticos para resolver
conjuntos de problemas que têm a mesma
estrutura e, consequentemente, a melhor
estratégia é o princípio multiplicativo. Cabe
trabalhar com problemas, tais como: Quantos
são os números de três dígitos distintos que
podemos formar com os algarismos de 0 a 9?
Em que os estudantes precisam se colocar no
papel da pessoa que deve fazer a ação e assim
tomarem decisões sobre o que deve ser feito.
Como anteriormente já exposto, é importante
que os estudantes elaborem problemas
significativos para sua ação cotidiana e
compartilhem entre eles; essa ação pode ser
feita em grupos ou individualmente.
Números Porcentagens (MS.EF08MA04.s.04) Apresentar situações-problema em que os
Resolver e elaborar estudantes devam calcular a porcentagem com
problemas, envolvendo ou sem o uso de tecnologias digitais. O uso da
cálculo de porcentagens, planilha eletrônica em que utilizam o recurso de
incluindo o uso de escrever uma expressão que possibilita o cálculo
tecnologias digitais.
da porcentagem contribui para que o estudante
compreenda o procedimento de cálculo e auxilia
o professor a perceber como pensam seus
estudantes. Uma situação em que o estudante
precisa calcular o aumento no preço da gasolina,
sabendo que o litro da gasolina sofreu, a partir
de determinado dia, um aumento de 15% e
passou a custar 4,589 reais. Quanto custava
antes do aumento? Neste problema o estudante
precisa compreender que 4,589/1,15 pode ser
um algoritmo para encontrar o valor. Outra
situação que pode ser explorado nesta
habilidade seria “Uma mercadoria sofreu um
aumento de 15% em seu preço. Um cliente
pretende comprar a vista esta mercadoria, mas
ele quer um desconto sobre o novo preço, a fim
de pagar por ela o mesmo que antes. Qual é o
desconto que ele deve pedir? E qual o desconto
que o vendedor pode dar para não ter prejuízo?
Novamente lembre-se da importância de o
estudante também elaborar situações-problema
envolvendo os conceitos de porcentagem, tanto
a redução à unidade quanto envolvendo a ideia
de proporcionalidade.
Números Dízimas periódicas: (MS.EF08MA05.s.05) Retomar o conceito de números racionais e suas
fração geratriz Reconhecer e utilizar representações (forma fracionária e forma
procedimentos para a decimal), explorando números que possuem
obtenção de uma fração 1
infinitas casas decimais ( =
3
0,3333333. . . , 𝑝𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑒𝑚𝑝𝑙𝑜). Quando uma fração
562
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
geratriz para uma dízima escrita na forma decimal apresenta um grupo de
periódica. algarismos que se repetem infinitamente esse
período é chamado de dízima periódica. A fração
que gera a dízima é chamada de fração geratriz,
obtida quando se divide seu numerador pelo
denominador, e o resultado será uma dízima
periódica simples ou composta. Portanto, toda
dízima periódica (número decimal) deve possuir
uma forma fracionária. A partir dessas
representações, explorar procedimentos para
realizar esta transformação entre as diferentes
formas, conduzindo os estudantes a perceberem
procedimentos para realizar esta passagem e
utilizá-los para determinar frações a partir da
forma decimal, por exemplo, 0,6666… chamando
a fração geratriz de x, isto é, x = 0,6666…; a partir
disso multiplicar ambos os membros pela
potência de 10𝑛 , em que n indica a quantidade
de algarismos distintos que aparecem na parte
decimal, tanto repetindo como não repetindo,
no caso do 0,666… multiplicamos por 101 ,visto
que há apenas um algarismo que repete e não
há algarismos distinto de 6 que não se repete.
Ao multiplicar, obter-se-á 10x = 6,666…,
subtraindo dessa igualdade a igualdade x =
0,666…, encontrar-se-á 9 x = 6, dividindo ambos
6
por 9 chegar-se-á à x = e, simplificando,
9
recorrendo ao conceito de divisores (3), chega-
2
se-á à fração . Vale ressaltar que todos esses
3
procedimentos precisam ser compreendidos
pelos estudantes e não utilizado sem uma
significação.
Álgebra Valor numérico de (MS.EF08MA06.s.06) Nesta habilidade deverão se retomados os
expressões Resolver e elaborar conceitos das operações anteriormente
algébricas problemas que envolvam estudado, bem como recorrer a situações do
cálculo do valor numérico de cotidiano do estudante pode configurar uma
expressões algébricas, boa forma de levar os estudantes a desenvolver
utilizando as propriedades
estes conhecimentos. Situações nas quais os
das operações.
estudantes possam discutir critérios sociais e
como trabalhar com as diferenças podem ser
uma saída, por exemplo, utilizando o Índice de
Massa Corporal, descrito na habilidade
(MS.EF08MA05.s.05), dessa forma, calculando o
IMC e o RIP de uma pessoa que tem 53 kg e 1,66
m de altura. Assim, encontrar o valor numérico
tem um significado que será a discussão sobre
questões alimentar. Outra situação que pode ser
trabalhada nesta habilidade, como forma de
contextualizar o conhecimento, seria: no Brasil, o
número de sapato está relacionado com o
tamanho do pé, em centímetros, e é dado pela

seguinte fórmula:
Na qual:

563
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
N é o número do sapato
p é o tamanho do pé, em centímetros.
Se o número de seu calçado é 39 então o seu pé
mede quanto? E se uma pessoa tem um pé que
mede 22,4 cm qual o número do seu sapato?
São situações em que há um significado para
encontrar o valor. Pode-se pedir para os
estudantes elaborarem outras situações a partir
de suas observações.
Álgebra Associação de uma (MS.EF08MA07.s.07) Retomar o conceito de equação linear do 1º
equação linear de 1º Associar uma equação linear grau servirá de partida para desenvolver esta
grau a uma reta no de 1º grau com duas habilidade, a partir dessas ideias apresentar
plano cartesiano incógnitas a uma reta no situações nas quais os estudantes deverão
plano cartesiano. encontrar a solução para duas variáveis
associando, assim, a um par ordenado (x, y).
Dessa forma, o uso do plano cartesiano, como
suporte para representar a reta numérica que
representa todas as possibilidades de solução, a
equação é a ideia principal desta habilidade,
assim levando a concluir que algumas situações
admitem mais de uma solução.
Álgebra Sistema de equações (MS.EF08MA08.s.08) Esta habilidade (MS.EF08MA08.s.08) é
polinomiais de 1º Resolver e elaborar aprofundamento dos conceitos estudados na
grau: resolução problemas relacionados ao habilidade anterior; dessa forma, o professor
algébrica e seu contexto próximo, que deve propor situações que envolvam elementos
representação no possam ser representados do contexto dos estudantes, como por exemplo:
plano cartesiano por sistemas de equações de
Camila pretende comprar dois tipos de
1º grau com duas incógnitas
camisetas totalizando 5 camisetas. Quando ela
e interpretá-los, utilizando,
foi a loja, os dois tipos que ela gostou foram
inclusive, o plano cartesiano
como recurso. camisetas com estampas de bandeiras dos
países que custam R$ 52,90 e camisetas com
estampas geométricas que custam R$ 75,60.
Sabendo que pretende gastar R$ 332,60,
quantas camisetas de cada tipo ela tem que
comprar? O uso do plano cartesiano para
interpretar a situação favorece a construção do
conceito e torna visual para o estudante a
solução, visto que cada equação, por serem
polinômios de 1º grau, representa uma reta e o
encontro ou não delas indicará o conjunto
solução (x, y).
Álgebra Inequações (MS.EF08MA00.n.09) Esta habilidade compreende o estudo de
polinomiais de 1º Resolver e elaborar inequações do 1º grau como extensão do
grau: resolução problemas que possam ser estudo de equações lineares do 1º grau. Nesse
algébrica e representados por sentido, a exploração desse estudo será
representação no inequações de 1º grau. importante para compreender a resolução e a
plano cartesiano
solução de possíveis situações-problemas. Para
tanto, o professor deve utilizar situações-
problema, nas quais os estudantes possam
iniciar resolvendo a equação polinomial de 1º
grau, e, depois, questionar sobre outros aspectos
que conduzam os estudantes a perceberem que
há um conjunto de soluções (por exemplo, “Ana
tem duas vezes a idade que Maria terá daqui a
dez anos, entretanto, a idade de Ana não supera

564
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
o quádruplo da idade de Maria.” A idade de
Maria pode ser qual?  4x ≤ 2(x + 10). Ao
resolver este problema o estudante depara com
a necessidade de encontrar não uma única
resposta, mas um conjunto de respostas que
satisfaçam o problema; para que ele perceba
esta possibilidade de resposta, o uso do plano
cartesiano, para representar o problema, pode
contribuir para que o estudante verifique que
um problema pode ter um conjunto de soluções,
a partir do domínio de validade que assegura a
existência do problema.

Observando o gráfico gerado, ao colocar a


situação descrita, o professor pode questionar: o
que significa esta representação? Como
podemos representar algebricamente a
resolução da situação? As atividades precisam
ser exploradas para compreender a existência do
domínio de validade para cada problema.
Álgebra Equação polinomial (MS.EF08MA09.s.10) Os procedimentos para resolver equações
de 2º grau do tipo Resolver e elaborar, com e devem ser aprofundados associando as
ax² = b sem uso de tecnologias, equações do 2º grau. A primeira ideia será
problemas que possam ser retomar o sentido de equivalência indicado pelo
representados por equações sinal de igual. Ainda, as situações podem
polinomiais de 2º grau do envolver o conceito de área [A = lado x lado]
tipo ax² = b. como ponto de partida para discutir como
resolver as equações polinomiais de 2º grau tipo
ax² = b. Uma atividade que pode ser explorada é
“uma tela retangular com área de 9.600 cm² tem
de largura uma vez e meia a sua altura. Quais
são as dimensões desta tela?” O uso da malha
quadriculada, para explorar a representação
geométrica da situação, configura um recurso a
ser utilizado pelo estudante para resolver a
situação-problema, o ponto de partida deverá
ser as ideias utilizadas para resolver equações
polinomiais de 1º grau. O uso do algoritmo deve
surgir da experimentação por meio da
associação com o conceito de área, visto que
esta situação pode ser representada pela
expressão algébrica (1,5x . x = 9600), e
geometricamente a representação poderia ser:

1,5x.x = 9600
x² = 9600 : 1,5

565
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
x² = 6400
√𝑥 2 = √6400
x = ± 80 cm
R: a altura mede 80 cm e a largura mede 120 cm,
visto que não se admite medidas negativas.
Discutir a resposta ajudará a compreensão das
ideias do problema, e consequentemente o
resultado que foi obtido. O professor poderá
recorrer ao uso da malha quadriculada para que
os estudantes realizem os desenhos possíveis,
associando uma tabela para que marquem as
medidas dos lados e a área da figura,
observando inicialmente os valores
correspondentes às medidas dos lados. Também
pode-se solicitar que os estudantes representem
no plano cartesiano os pontos correspondentes
aos lados, observando qual é a representação.
Como o foco desta habilidade é a resolução de
problemas, a partir da experimentação e
respectiva observação, explore sobre o sentido
do sinal de igual como equivalência.
Álgebra Sequências (MS.EF08MA10.s.11) Esta habilidade retoma ideias anteriormente
recursivas e não Identificar a regularidade de trabalhadas em relação à construção de
recursivas uma sequência numérica ou sequências numéricas e/ou figurais,
figural não recursiva e identificando os padrões e regularidades que
construir um algoritmo por permitem construir os elementos da sequência.
meio de um fluxograma que A partir dos registros, realize a construção de
permita indicar os números fluxogramas para representar os procedimentos
ou as figuras seguintes. para encontrar o algoritmo que expressa a
regularidade, a partir dessa análise apresentar
situações em que aparecem sequências que não
são recursivas, por exemplo, a sequência dos
números triangulares 1, 3, 6, 10, 15, obedece a
um padrão. Analisando a sequência indique o
sétimo termo da sequência. Como podemos
definir o padrão? Como podemos descrever as
etapas do procedimento? Essas e outras
indagações servirão de suporte para a
construção do fluxograma e com a compreensão
das ideias elaborar o algoritmo que permite
determinar um enésimo termo da sequência.
Cabe destacar que o estudante precisa investigar
e tirar algumas conclusões, tanto individual
quanto coletivamente.
Álgebra Sequências (MS.EF08MA11.s.12) As orientações feitas para a habilidade
recursivas e não Identificar a regularidade de (MS.EF08MA10.s.11) configuram ponto de
recursivas uma sequência numérica partida, no entanto, o foco desta habilidade é
recursiva e construir um uso de sequências numéricas recursivas.
algoritmo por meio de um Novamente, apresente problemas em que eles
fluxograma que permita
discutam as possibilidades para determinar o
indicar os números
próximo termo na sequência, tanto
seguintes.
consecutivamente quanto alternadamente. A
representação das etapas do procedimento para
encontrar os elementos da sequência, por meio
do fluxograma, auxiliará na determinação do
algoritmo que expressará a sequência.
Álgebra Variação de (MS.EF08MA12.s.13) Analisar como as grandezas se relacionam é uma
grandezas: prática necessária em diversas situações

566
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
diretamente Identificar a natureza da cotidianas. Explorar situações-problema, nas
proporcionais, variação de duas grandezas, quais os estudantes sejam capazes de identificar
inversamente diretamente, inversamente a variação entre grandezas direta ou
proporcionais ou proporcionais ou não inversamente, discriminando as grandezas e
não proporcionais proporcionais, expressando organizando os valores em tabelas para
a relação existente por meio
posteriormente definir uma sentença algébrica e
de sentença algébrica e
a representação gráfica. Observe a situação:
representá-la no plano
“com uma velocidade média de 80 km/h, meu
cartesiano.
carro consome 1 litro de gasolina a cada 12 km
rodados.” Nessas condições, com 2 litros de
gasolina, quantos quilômetros percorrerá? E com
4 litros? E com 10 litros? Pode-se organizar uma
tabela para os registros dos dados referente ao
consumo e aos km rodados. E verificar qual a
relação existente entre as grandezas (quantidade
de gasolina consumida e distância percorrida),
chegando a conclusão que as grandezas são
diretamente proporcionais porque dobrando a
quantidade de gasolina a distância percorrida
por esse carro também dobra, e assim por
diante. Assim, pode-se generalizar essa
proporcionalidade para x distância percorrida (12
. x). Com os dados da tabela é possível construir
um gráfico e acompanhar a evolução da
distância percorrida pelo carro e o consumo de
gasolina. Converse com os estudantes e explique
que nem sempre as relações entre as grandezas
são diretamente proporcionais e que pode
ocorrer das grandezas serem inversamente
proporcionais, em que ao dobrar o valor de uma,
o valor da outra se reduz pela metade; ao dividir
por 3 o valor de uma, o valor da outra é
multiplicado por 3 e assim por diante; por
exemplo quando repartimos um alimento, as
grandezas (o número de pedaços e o tamanho)
variam inversamente proporcional, ou o tempo
gasto por um veículo para percorrer
determinado trajeto e sua respectiva velocidade,
dentre outros. Também lembre que existem
relações entre grandezas que não possuem
proporcionalidade, por exemplo, a idade de uma
criança e sua estatura, promoções do tipo uma
garrafa de 1litro custa R$ 6,00 e de 600 ml custa
R$ 4,50, dentre outros. Explore também
situações-problema do cotidiano em que as
grandezas envolvidas têm uma relação clara de
dependência, mas não representa uma variação
proporcional, tais como a aquisição de um plano
pós-pago de telefone que você paga depende
dos minutos gastos, mas não é uma relação
proporcional; assim, tem-se também o que se
paga pela conta de energia e de água, dentre
outras.
Álgebra Variação de (MS.EF08MA13.s.14) O desenvolvimento desta habilidade implica
grandezas: conceitos já adquiridos sobre proporcionalidade

567
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
diretamente Resolver e elaborar e razão e aprofundada na habilidade
proporcionais, problemas que envolvam (MS.EF08MA12.s.13). É importante que
inversamente grandezas diretamente ou apresentem situações do contexto dos
proporcionais ou inversamente proporcionais, estudantes e criem boas perguntas para auxiliar
não proporcionais por meio de estratégias inicialmente na interpretação dos problemas
variadas.
identificando, assim, as grandezas direta e
inversamente proporcionais. A construção de
tabelas para organizar os dados e a observação
dos cálculos realizados contribuem com a
compreensão e favorece o domínio sobre os
conceitos. Explore diversos problemas com
situações variadas, as quais possibilitem ao
estudante a utilização de estratégias diferentes;
dessa maneira, poderão aprofundar suas
habilidades para construção de fluxogramas e
algoritmos, como também o uso de conjuntos
de problemas que têm estruturas semelhantes
para perceberem os padrões de resolução.
Recorrer à representação no plano cartesiano
pode ser uma estratégia de resolução.
Álgebra Operações com (MS.EF08MA00.n.15) De acordo com orientações já descritas em
binômios utilizando Descrever por meio de habilidade nos anos anteriores
procedimentos fluxogramas um algoritmo (MS.EF06MA04.s.04 e MS. EF07MA06.s.06),
aritméticos e/ou para realizar a multiplicação deverão ser sistematizados conceitos e
geométricos de binômio por monômio procedimentos para resolver situações de
e/ou por binômios, tendo
multiplicação de monômios e binômios,
como coeficiente números
descrever um algoritmo e representar os
racionais, que permitam
procedimentos por meio de fluxograma,
indicar padrões de
resolução. explicitando etapas de compreensão, tomadas
de decisões e validação/refutação dos
resultados. As expressões algébricas podem ter
uma, duas, três ou mais variáveis. Os monômios
são expressões algébricas formadas por um
único termo; o binômio possui dois termos, e
cada termo é constituído de duas partes: um
número, chamado de coeficiente, e uma variável
ou produto de variáveis, chamado parte literal. A
realização de multiplicações envolvendo
monômios e binômios implica aplicar as
propriedades da multiplicação e da potenciação
para calcular o produto. Recorrer a
representações geométricas contribui como
ferramenta para compreender como realizar as
operações, e com isso construir o fluxograma
que servirá de base para produzir o algoritmo de

cada operação. O uso de situações em que o

568
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
estudante precise expressar por meio de um
binômio ou monômio será a melhor estratégia,
por exemplo, escreva a área do retângulo:
Qual o perímetro da figura? Qual a expressão
que determina a área da figura? Ainda, o uso de
situações, tal como: Carlos pretende analisar se
seu colega representou corretamente o
perímetro e a área de um retângulo, para tanto
ele precisa de sua ajuda. Veja a representação do
colega de Carlos:

Analisando as expressões, estabeleça


procedimentos para verificar se estão corretas, e
justifique. Nesse caso, o professor deverá
estimular os estudantes a escreverem as etapas e
produzirem o fluxograma expressando como
chegar à resposta, que não será somente refazer
o cálculo, mas estabelecer formas de analisar
suas respostas e validar/refutar a mesma. O uso
de conjunto de situações, em que as
representações sejam semelhantes, contribuirá
para o estudante perceber algoritmos que
exprimem algebricamente as situações.
Álgebra Operações com (MS.EF08MA00.n.16) O trabalho com esta habilidade configura um
binômios utilizando Analisar a igualdade entre aprofundamento das ideias inicialmente
procedimentos duas expressões do tipo (a + trabalhadas na habilidade (MS.EF08MA00.n.15),
aritméticos e/ou b)² = a²+ 2ab +b², utilizando mas agora as atividades devem contemplar
geométricos procedimentos numéricos diferentes contextos nos quais os estudantes
e/ou geométricos para
devem recorrer a diferentes temáticas (números,
validar a igualdade.
geometria e álgebra) para determinar a
igualdade entre expressões algébricas, foco
desta habilidade. Sabe-se que os estudantes têm
dificuldades para resolver situações do tipo (a +
b)², por confundir a propriedade de potenciação
quando a base é uma soma e não a
multiplicação de números. Para isso, as
atividades devem conter situações que eles
tenham que recorrer inicialmente a números
particulares para determinar o valor numérico
das expressões como forma de verificar a
validade, mas não devem parar ou se
satisfazerem com o caso particular e sim
expressar por meio de expressões algébricas, por
exemplo, “seu colega precisava resolver uma
atividade proposta pelo professor dele, no
entanto ele tem dúvida se está certo. Por isso ele
pediu para você ajudá-lo a verificar se está certo.

569
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Ele mostrou a atividade e a resolução dele e
você para conferir deverá testar utilizando
inicialmente números particulares e depois
aplicar as propriedades algébricas”. Veja a
atividade:
Expresse algebricamente a área e o perímetro da
figura a seguir:

Oriente os estudantes a atribuir valores


numéricos para a e b, por exemplo, a = 2 e b = 4
e substituir primeiro na figura e calcular a área
das partes que compõe a figura maior e depois
substituir nas expressões algébricas, tanto no
primeiro membro quanto no segundo para
verificar a igualdade. Assim, o estudante
construirá procedimentos para validar seus
cálculos. Depois, solicite que criem estratégias
algébricas para calcular o produto (a + b) (a + b).
Novamente, vale lembrar que o estudante
precisa investigar, experienciar e errar para
descobrir procedimentos e regularidades.
Geometria Congruência de (MS.EF08MA00.n.17) A congruência de triângulos consiste em verificar
triângulos e Observar que dois triângulos se os elementos correspondentes de dois
demonstrações de são congruentes quando triângulos possuem a mesma medida, ou seja, se
propriedades de possuem lados os lados e ângulos correspondentes são
quadriláteros correspondentes iguais e congruentes. Para a maioria dos estudantes, a
reconhecer casos de passagem da geometria informal (em que a
congruências de triângulos, dedução das propriedades a partir de figuras e
identificando as medidas objetos particulares) para a geometria euclidiana
invariantes como (lados, (em que exige a dedução) configura fonte de
ângulos, perímetros, áreas, confusão. Dessa maneira, os estudantes devem
etc). ser incitados a considerar casos diferentes antes
de decidir se uma afirmação é verdadeira ou
falsa. Os estudos sobre os casos de congruências
de triângulos devem, dessa forma, iniciar com o
recorte de figuras triangulares, esparramadas
pela sala; solicite que peguem os pares que
imaginem sejam congruentes. Quando todos
tiverem seus pares, peça que expliquem que
critérios utilizaram para dizer que são
congruentes. Observe as dificuldades para
justificarem suas escolhas. Essa atividade
possibilita que eles realizem a sobreposição das
figuras o que validará ou não suas observações,
processo que deve ser orientado depois, se
nenhum estudante comentou isso, no momento

570
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
que questionar como poderia fazer para dizer
que os dois triângulos são congruentes.
Novamente, tem-se a vivência prática na sala de
aula como ponto de partida para estudar
conceitos e propriedades da matemática.
Finalmente apresente os critérios de congruência
e discuta exemplificando cada um.
Geometria Congruência de (MS.EF08MA14.s.18) Para o desenvolvimento desta habilidade sobre
triângulos e Demonstrar propriedades de as propriedades dos quadriláteros precisam-se
demonstrações de quadriláteros por meio da dos conhecimentos sobre congruência de
propriedades de identificação da congruência triângulos. Pode haver estudantes que não
quadriláteros de triângulos. reconheçam que o quadrado, por ter todos os
atributos do retângulo, também é um retângulo
e, da mesma forma, é um losango. Por sua vez,
os retângulos, por terem os lados paralelos dois
a dois, são também paralelogramos. A partir do
conceito de triângulos congruentes, verifica-se
que o paralelogramo e o trapézio, classificados
como quadriláteros, podem ser divididos por
uma de suas diagonais em dois triângulos
congruentes e deduzir algumas características
comuns a todos os paralelogramos e trapézios,
tais como: todo paralelogramo possui dois pares
de lados opostos paralelos e congruentes, além
de ângulos opostos congruentes; todo trapézio
possui um par de lados paralelos, denominados
base maior e base menor; e também que todo
trapézio isósceles possui os lados não paralelos
com mesma medida e os ângulos adjacentes à
mesma base também com mesma medida.
Geometria Construções (MS.EF08MA15.s.19) Sistematizar com a construção utilizando
geométricas: Construir, utilizando instrumentos de desenho ou softwares os
ângulos de 90°, 60°, instrumentos de desenho ou conceitos de mediatriz (reta perpendicular a um
45° e 30° e softwares de geometria segmento cruzando-o em seu ponto médio, o
polígonos regulares dinâmica, mediatriz, cruzamento das mediatrizes de um triângulo em
bissetriz, ângulos de 90°,
um único ponto é chamado de circuncentro), de
60°, 45° e 30° e polígonos
bissetriz (segmento de reta que une um vértice
regulares.
ao seu lado oposto, de maneira que esse
segmento divida o ângulo correspondente ao
vértice em dois ângulos congruentes e o
cruzamento das bissetrizes de um triângulo em
um único ponto é chamado de incentro). Com
esses conceitos compreendidos, os estudantes
poderão resolver problemas em que seja
necessário a construção de ângulos de 90º, 60º,
45º e 30º, consequentemente poderão construir
polígonos regulares. Os estudantes deverão ser
instigados a pesquisar e explorar os
instrumentos de medir ângulos utilizados pelos
povos indígenas, quilombolas, dentre outros,
resgatando e valorizando costumes antes
utilizados.
Geometria Construções (MS.EF08MA16.s.20) De acordo com orientações já descritas em
geométricas: Descrever, por escrito e por habilidade nos anos anteriores
ângulos de 90°, 60°, meio de um fluxograma, um (MS.EF06MA04.s.04) e (MS.EF07MA06.s.06),
algoritmo para a construção
571
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
45° e 30° e de um hexágono regular de deverão ser sistematizados conceitos e
polígonos regulares qualquer área, a partir da procedimentos para descrever um algoritmo e
medida do ângulo central e representar os procedimentos por meio de
da utilização de esquadros e fluxograma para construção de um hexágono
compasso. regular de qualquer área, explicitando etapas de
compreensão, tomadas de decisões e
validação/refutação dos resultados. Os
estudantes precisam experienciar a construção,
por isso leve os instrumentos de desenhos
(esquadros e compasso) para que os estudantes
construam diferentes hexágonos; inicialmente,
sem levar em consideração o ângulo central,
solicite que verifiquem com o compasso as
medidas dos lados, se são congruentes ou não.
Na sequência, desafie os estudantes a
construírem um hexágono cujos lados são
congruentes, mas solicite que anotem cada
passo e depois requeira que transformem as
escritas em um fluxograma o algoritmo de
construção do hexágono regular a partir do
ângulo central.
Geometria Mediatriz e bissetriz (MS.EF08MA17.s.21) Explore diversas situações-problema que sejam
como lugares Aplicar os conceitos de possível a aplicação dos lugares geométricos
geométricos: mediatriz e bissetriz como (circuncentro e incentro). Utilize os conceitos
construção e lugares geométricos na desenvolvidos na habilidade (MS.EF08MA15.s.19)
problemas resolução de problemas. na resolução de problemas, tal como: “Em um
sítio moram três famílias, que ocupam as casas
A, B e C indicadas por esquema na disposição
triangular. Pretende-se construir um poço
artesiano que fique à mesma distância da cada
uma das casas. Em que local o poço artesiano
deve ser construído? Outra situação “Uma
fazenda é cercada por três estradas. Precisa-se
construir uma galpão para armazenamento de
grãos. É importante que a localização do galpão
seja em um lugar estratégico: um local
equidistante das três estradas para facilitar o
acesso para o carregamento e/ou
descarregamento de grãos. Como é possível
determinar esse lugar?
Geometria Transformações (MS.EF08MA18.s.22) O estudo de simetria visa proporcionar
geométricas: Reconhecer e construir condições favoráveis ao desenvolvimento do
simetrias de figuras obtidas por conceito de congruência e semelhança de
translação, reflexão composições de figuras e suas propriedades. Nesta habilidade o
e rotação transformações geométricas estudante é levado a construir seu conhecimento
(translação, reflexão e
por meio de atividades que promovem a
rotação), com o uso de
observação, a criatividade e a análise de formas
instrumentos de desenho ou
em diferentes contextos. É importante que os
de softwares de geometria
dinâmica. estudantes sejam instigados a reconhecer e
construir padrões obtidos por composições de
transformações geométricas em objetos
(utensílios, artesanatos, artefatos, dentre outros)
da tradição local, arte indígena e de
quilombolas). Realize atividades explorando o
conhecimento que o estudante já possui sobre o

572
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
assunto, incentivando-o a criar conjecturas e a
testar suas hipóteses, utilizando como recurso
softwares de geometria dinâmica, os quais
possibilitam aos estudantes realizarem
experimentações que somente no papel
demoraria muito e seria exaustivo. Explore
usando tanto ferramentas que possibilitam a
construção intuitiva das transformações quanto
a construção sem o uso dessas ferramentas, de
forma que os estudantes precisem utilizar os
conhecimentos concernentes ao foco desta
habilidade.
Grandezas e Área de figuras (MS.EF08MA19.s.23) Esta habilidade é um aprofundamento das
medidas planas Resolver e elaborar habilidades (MS.EF07MA31.s.31 e
Área do círculo e problemas que envolvam MS.EF07MA32.s.32). Grandezas e Medidas é
comprimento de sua medidas de área de figuras articulador entre diversos conteúdos
circunferência geométricas, utilizando matemáticos, por proporcionar um vasto campo
expressões de cálculo de
de problemas que permitem consolidar e
área (quadriláteros,
ampliar a noção de número e possibilitar a
triângulos e círculos), em
aplicação de noções geométricas. No
situações como determinar
medida de terrenos. desenvolvimento desta habilidade o professor
deverá disponibilizar aos estudantes problemas
que envolvam medidas de superfícies com
formatos diversos, procurando estabelecer
conexões entre conceitos já apreendidos e
determinar o custo total de uma construção a
partir do material dos custos específicos de cada
parte por metro quadrado. Explore projetos de
maquetes em que eles tenham que determinar
tanto a área do piso quanto a área das paredes a
serem pintadas. Essa pode ser uma boa atividade
para incentivar os estudantes a pensarem em um
projeto de vida, visto que este projeto pode
envolver outros temas como a questão da
sustentabilidade, preservação dos mananciais,
dentre outros.
Grandezas e Volume de cilindro (MS.EF08MA20.s.24) Os estudantes já tiveram contato com o estudo
medidas reto Reconhecer a relação entre das medidas de capacidade, dessa forma explore
Medidas de um litro e um decímetro atividades práticas a partir de objetos,
capacidade cúbico e a relação entre litro graduados ou não, em que tenham
e metro cúbico, para resolver possibilidades de experienciar as comparações e
problemas de cálculo de
assim estabelecer relações entre litro e
capacidade de recipientes.
decímetro cúbico, ainda pode-se construir com
sarrafos e/ou isopor um recipiente com um
metro cúbico e com papel cartão um recipiente
com um decímetro cúbico, dessa maneira
poderá colocar o decímetro cúbico dentro da
construção do metro cúbico, verificando quantas
vezes o decímetro cúbico cabe no metro cúbico.
Proponha problemas a partir de folhetos de lojas
de materiais de construção, supermercados,
dentre outros, para os estudantes determinarem
as medidas de capacidade tanto em litro quanto
em decímetro cúbico ou metro cúbico. Não se
deve utilizar recursos mnemônicos para

573
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
estabelecer as relações. É importante utilizar
situações do cotidiano para criar problemas que
irão auxiliar a aprendizagem das medidas.
Grandezas e Volume de cilindro (MS.EF08MA21.s.25) Esta habilidade configura o aprofundamento dos
medidas reto Resolver e elaborar procedimentos trabalhados na habilidade
Medidas de problemas que envolvam o (MS.EF08MA20.s.24). A partir da comparação e
capacidade cálculo do volume de estabelecimento de relações entre as medidas
recipiente cujo formato é o de decímetro cúbico e metro cúbico, os
de um bloco retangular.
estudantes poderão deduzir o algoritmo para o
cálculo do volume de recipientes cujo formato é
um bloco retangular. Apresente problemas para
serem resolvidos, em grupo ou individualmente,
discuta as estratégias e finalmente sistematize as
estratégias de maior sucesso identificadas pelos
estudantes e relacione com o saber
institucionalizado academicamente.

Probabilidade e Princípio (MS.EF08MA22.s.26) Por meio da exploração de experimentos, o


estatística multiplicativo da Calcular a probabilidade de professor verifica se o estudante é capaz de
contagem eventos, com base na resolver problemas de contagem utilizando
Soma das construção do espaço procedimentos diversos, inclusive o princípio
probabilidades de amostral, utilizando o multiplicativo e de construir o espaço amostral
todos os elementos princípio multiplicativo, e
de eventos equiprováveis, indicando a
de um espaço reconhecer que a soma das
probabilidade de um evento por meio de uma
amostral probabilidades de todos os
razão. É fundamental que os estudantes
elementos do espaço
amostral é igual a 1. compreendam o significado de espaço amostral
e sua construção pela contagem dos casos
possíveis, utilizando-se do princípio
multiplicativo e de representações como uma
tabela de dupla entrada ou um diagrama de
árvore. Desse modo, será possível indicar o
sucesso de um evento utilizando-se de uma
razão.
Probabilidade e Gráficos de barras, (MS.EF08MA23.s.27) O estudo desta habilidade passa pelas questões:
estatística colunas, linhas ou Avaliar a adequação de como organizar os dados em tabelas e gráficos?
setores e seus diferentes tipos de gráficos Qual seria a melhor representação gráfica para
elementos para representar um os diversos tipos de dados? São questões que
constitutivos e conjunto de dados de uma devem ser exploradas inicialmente pelo
adequação para pesquisa.
professor e, para isso, precisa ter em mãos
determinado
matérias jornalísticas em que aparecem diversos
conjunto de dados
tipos de gráficos para análise dos estudantes e
identificar quais foram mais fáceis para leitura e
compreensão das informações. Explore os
diferentes tipos de variáveis (nominais são
variáveis que não têm uma ordem natural -
disciplina que gosta, por exemplo - e ordinais
são variáveis que têm por característica uma
ordem natural - muito grande, grande, razoável,
pouca) que irão interferir no tipo de gráfico; por
exemplo, um caso fictício em que se realizou
uma pesquisa para saber qual a opinião sobre o
desempenho de um governante, cujo os
resultados são apresentados na tabela:

574
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

Resposta Frequência

Péssimo 24

Ruim 21

Regular 5

Bom 19

Ótimo 12

Note-se que, caso se pretenda analisar se a


gestão dele é avaliada como regular, péssima ou
ótima, o gráfico de setor não contribui muito;
contudo, o gráfico de barras possibilita que os
estudantes percebam que a maior concentração
está nos extremos, com isso despertando

opiniões extremas.
Probabilidade e Organização dos (MS.EF08MA24.s.28) O desenvolvimento desta habilidade implica na
estatística dados de uma Classificar as frequências de compreensão do que significa distribuir em
variável contínua em uma variável contínua de classes as frequências de uma variável em uma
classes uma pesquisa em classes, de pesquisa. É importante que as classes tenham a
modo que resumam os mesma amplitude, pois, caso as classes tenham
dados de maneira adequada
amplitudes diferentes, poderá levar a
para a tomada de decisões.
interpretações errôneas dos resultados da
pesquisa, uma vez que é esperado que, quanto
maior a classe, maiores as frequências absoluta e
relativa correspondentes. É importante que o
professor estimule a turma a fazer uma pesquisa
sobre temáticas de interesse com a população
de no mínimo 50 participantes e no máximo 100
participantes.
Probabilidade e Medidas de (MS.EF08MA25.s.29) Esta habilidade é uma extensão da habilidade
estatística tendência central e Obter os valores de medidas (MS.EF08MA24.s.28), explorando a ideia de
de dispersão de tendência central de uma organização de dados inicialmente em rol e
pesquisa estatística (média, depois estabelecendo as classes e as respectivas
moda e mediana) com a frequências (absolutas e relativas), bem como o
compreensão de seus
estudo dos conceitos de média, moda e mediana
significados e relacioná-los
objetos desta habilidade. É importante valorizar
com a dispersão de dados,
a compreensão dos significados de cada medida
indicada pela amplitude.
e sua relação com a dispersão de dados por
meio da amplitude (avaliar quão espalhadas

575
MATEMÁTICA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
estão às observações de uma variável, em torno
de seus valores centrais).
Probabilidade e Pesquisas censitária (MS.EF08MA26.s.30) Nesse sentido, situações ligadas ao tema do
estatística ou amostral Selecionar razões, de trabalho podem se tornar contextos
Planejamento e diferentes naturezas (física, interessantes a serem explorados em sala de
execução de ética ou econômica), que aula: o estudo de causas que determinam
pesquisa amostral justificam a realização de aumento/diminuição de empregos; pesquisa
pesquisas amostrais e não
sobre oferta/procura de emprego; previsões
censitárias, e reconhecer que
sobre o futuro mercado de trabalho em função
a seleção da amostra pode
de indicadores atuais; pesquisas dos estudantes
ser feita de diferentes
maneiras (amostra casual dentro da escola ou na comunidade, a respeito
simples, sistemática e dos valores que os jovens de hoje atribuem ao
estratificada). trabalho. Questões comuns à problemática do
trabalho e do consumo - que envolvem a relação
entre produtividade e distribuição de bens -
dependem não só do acesso a informações, mas
também de todo instrumental matemático que
permita analisar e compreender os elementos da
política econômica que direciona essa relação. É
importante que o professor estimule a turma a
fazer uma pesquisa sobre as temáticas de
interesse com a população, de no mínimo, 50
participantes e, no máximo, 100 participantes,
orientando-os para a escolha do tipo de
amostra.
Probabilidade e Pesquisas censitária (MS.EF08MA27.s.31) O desenvolvimento desta habilidade potencializa
estatística ou amostral Planejar e executar pesquisa a habilidade (MS.EF08MA26.s.30). Ao propor um
Planejamento e amostral, selecionando uma trabalho com pesquisa é preciso mostrar aos
execução de técnica de amostragem estudantes a importância que têm alguns
pesquisa amostral adequada, e escrever aspectos: definir clara e precisamente o
relatório que contenha os
problema, indicando a população a ser
gráficos apropriados para
observada e as variáveis envolvidas; decidir a
representar os conjuntos de
seleção da amostra; fazer uma análise preliminar
dados, destacando aspectos
como as medidas de das informações contidas nos dados numéricos
tendência central, a que possibilite uma organização adequada
amplitude e as conclusões. desses dados, a observação de aspectos
relevantes e a realização de cálculos destacando
aspectos como medidas de tendência central e
amplitude. É preciso encontrar as representações
mais convenientes para comunicar e interpretar
os resultados, obter algumas conclusões e
levantar hipóteses sobre outras. É importante
também a escolha dos recursos visuais mais
adequados, que permitam a apresentação geral
da informação, a leitura rápida e o destaque dos
aspectos relevantes, para comunicar os
resultados da pesquisa. Incentivar os estudantes
quanto à produção de textos respeitando a
norma culta e comunicando suas conclusões.

576
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Números Necessidade dos (MS.EF09MA01.s.01) O trabalho com elementos da geometria e
números reais para Reconhecer que, uma vez situações do cotidiano configura estratégia que
medir qualquer fixada uma unidade de favorece a percepção e, consequentemente,
segmento de reta comprimento, existem desenvolve a necessidade de encontrar um
Números irracionais: segmentos de reta cujo elemento que possa representar os números
reconhecimento e comprimento não é
irracionais. Daí a necessidade de estender a ideia
localização de expresso por número
de número já aprendido no estudo de números
alguns na reta racional (como as medidas
racionais, dentro desse novo conjunto. Recorra a
numérica de diagonais de um
polígono e alturas de um materiais como barbante, caneta, dentre outros,
triângulo, quando se toma a para mensurar a medida da lousa (altura como
medida de cada lado como padrão de medida para mensurar a largura), a
unidade). medida da porta (largura da porta para mensurar
a altura da porta), medida das dimensões da
mesa (altura como padrão para mensurar a
medida da largura), o diâmetro para mensurar o
comprimento da base de latas e cestos
circulares, são experiências que os estudantes
vivenciarão a necessidade de existir um conjunto
numérico que abarque essas novas medidas.
Ainda, o uso de instrumentos de medidas (régua,
compasso, trena, dentre outros) para reconhecer
as dificuldades que surgem quando utiliza esses
instrumentos para medir dimensões que são
representações dos números irracionais. Uma
prática interessante seria retomar contextos
históricos em que os números irracionais
apareceram, dentre elas ao desenhar um
quadrado e sua diagonal, depois, verificar se o
lado do quadrado cabe um certo número de
vezes inteiras na diagonal do quadrado.
Números Necessidade dos (MS.EF09MA02.s.02) A partir das orientações apresentadas na
números reais para Reconhecer um número habilidade (MS.EF09MA01.s.01) o professor
medir qualquer irracional como um número pode, com o auxílio da calculadora, identificar o
segmento de reta real cuja representação coeficiente entre dois atributos, por exemplo,
243
,
Números irracionais: decimal é infinita e não 154
onde 243 e 154 sejam as medidas de segmentos
reconhecimento e periódica, e estimar a
localização de localização de alguns deles dadas em centímetros, para levar os estudantes
alguns na reta na reta numérica. a perceberem a existência de razões que geram
numérica números representados na forma decimal infinita
e periódica; contudo, há números representados
na forma decimal que não correspondem a uma
razão. Com o auxílio da calculadora pode-se
iniciar uma investigação, calcular o valor
aproximado do número de Ouro: 1:1 = 1; 2:1= 2;
3:2 = 1,5; 5:3 = 1,66666....; 8:5 = 1,6; 13:8 = 1,625;
21:13 = 1,615...; 34:21 = 1,619...; 55:34 = 1,617...
Por meio da reta numérica, pedir para os
estudantes representarem a diagonal de um
quadrado com lados medindo 1 cm e depois
com lados medindo 2 cm, e assim
sucessivamente; depois, com o auxílio da
calculadora solicite que extraiam a raiz quadrada
dos números. A ideia é retomar o estudo com
frações geratrizes e que percebam que não há
como transformar a representação decimal
obtida em uma representação fracionária,
577
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
necessitando que definam um novo conjunto,
que é a união de outros dois conjuntos
(racionais - mensuráveis e irracionais -
imensuráveis). Para isso, realize uma pesquisa
sobre o conceito de números reais identificando
a inclusão dos números irracionais no conjunto
dos números reais.

Números Potências com (MS.EF09MA03.s.03) É importante que os estudantes percebam a


expoentes negativos Efetuar cálculos com ampliação de cada conjunto numérico e que esta
e fracionários números reais, inclusive extensão não termina com a incorporação dos
potências com expoentes números irracionais. Explore, com os estudantes,
fracionários. as propriedades referentes às operações com
números irracionais, racionais, por exemplo, que
adicionando dois números irracionais nem
sempre resulta em um número irracional (2 + √2
+ 4 - √2 = 6 ∈Q?). Proponha atividades em que
os estudantes possam perceber a equivalência
entre a potência com expoente fracionário e a
radiciação, aproveitando para observar
propriedades operando com potências de
expoente fracionários dentro do conjunto dos
números reais.
Números Números reais: (MS.EF09MA04.s.04) É uma boa oportunidade para associar a
notação científica e Resolver e elaborar situações estudadas em Ciências, em relação a
problemas problemas com números grandezas da astronomia, por exemplo, distância
reais, inclusive em notação entre estrelas, entre estrelas e planetas, tamanho
científica, envolvendo de planetas, tamanho das galáxias, dentre
diferentes operações.
outros, ou grandezas microscópicas, por
exemplo, a distância entre os elementos do
átomo, tamanho das células, nanômetro, dentre
outros. Explore situações-problema nas quais os
valores são muito grandes ou muito pequenos.
Leve textos que apresentem valores muito
grandes ou muito pequenos, por exemplo, a
distância do planeta Terra ou Sol 149 000 000
km ⇒ 1,49 . 108 km ou o tamanho de um átomo
de hidrogênio 0,00000000005 m ⇒ 5 . 10-11 m.
Solicite aos estudantes que elaborem problemas
envolvendo números que aparecem nos textos.
Cabe destacar que o foco desta habilidade não é
somente o trabalho com notação científica, mas
com as diferentes representações dos números
reais.
Números Porcentagens: (MS.EF09MA05.s.05) A exploração e aplicação dos conceitos de
problemas que Resolver e elaborar porcentagem para encontrar valores referentes à
envolvem cálculo de problemas que aplicação de certa quantia, para obter ao final de
percentuais envolvam porcentagens, um período o montante desejado, configura
sucessivos com a ideia de aplicação de uma das ideias a serem trabalhadas nesta
percentuais sucessivos e a
habilidade. Para tanto, discuta com os
determinação das taxas
estudantes condições de aplicações oferecidas
percentuais,
pelas instituições bancárias, a ideia da
preferencialmente com o
uso de tecnologias digitais, previdência privada como uma garantia de um

578
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
no contexto da educação futuro “tranquilo”. Realize pesquisa sobre a
financeira. influência da inflação nos preços dos bens e
serviços disponíveis para o consumidor.
Incentive os estudantes a elaborarem estratégias,
procedimentos para obter a solução de um
problema. Uma situação que pode ser utilizada é
“Em virtude da elevação da taxa de inflação
semanal, um comerciante atentou-se para a
importância de aumentar os preços das
mercadorias em 8%, visando à contenção de
prejuízos. Na semana seguinte, em decorrência
de outra crescente no índice inflacionário, se viu
obrigado a aumentar novamente o preço das
mercadorias na faixa de 12%. Determine o preço
de uma mercadoria que antes do primeiro
aumento custava R$ 55,00.” Este tipo de
problema é objeto de erro pelas pessoas, por
não conseguirem manusear a aplicação de
porcentagens que indicam aumentos sucessivos.
Muitos acabam somando os percentuais, e
depois aplicam o resultado (20%) sobre o valor
R$ 55,00, quando o correto seria aplicar 8%
sobre R$ 55,00 e depois sobre o novo preço
aplica os 12% obtendo assim o valor final após
dois aumentos. É importante também trabalhar
com situações-problema que envolvam
descontos sucessivos, tais como a situação:
“Uma loja determinou a venda de todo o
estoque de eletrodomésticos, com descontos
que atingiram o percentual de 25%. Uma pessoa,
ao comprar um televisor no pagamento à vista,
foi premiada com um desconto de 12% sobre a
dedução promocional. Se o aparelho sem os
descontos era anunciado por R$ 1.200,00, qual o
valor final com os descontos recebidos?” Nos
descontos sucessivos, devemos calcular o
primeiro desconto sobre o valor inicial e sobre o
resultado, determinar o segundo desconto. O
uso de planilhas eletrônicas ou calculadoras
auxiliam nos cálculos por configurarem uma
ferramenta de apoio.
Álgebra Funções: (MS.EF09MA06.s.06) Analisar como as grandezas se relacionam é uma
representações Compreender as funções prática necessária em diversas situações
numérica, algébrica como relações de cotidianas. Explore situações-problema, nas
e gráfica dependência unívoca entre quais os estudantes sejam capazes de identificar
duas variáveis e suas a variação entre grandezas (x, y), organizando os
representações numérica,
valores em tabelas segundo uma sentença
algébrica e gráfica e utilizar
algébrica e a respectiva representação gráfica da
esse conceito para analisar
situação. Um exemplo disso seria “Uma máquina
situações que envolvam
relações funcionais entre de embalar alimentos produz 50 pacotes a cada
duas variáveis. minuto de funcionamento. Observe na tabela
abaixo a quantidade de pacotes que essa
máquina produz, de acordo com o tempo de
operação.”

579
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento

Produção da máquina de embalar alimentos

Tempo (em 1 2 3 4
minutos)

Quantidade de 50 100 150 200


pacotes

Leve os estudantes a observar que na tabela há a


relação de duas grandezas (tempo x quantidade)
e que para cada grandeza tempo há uma única
medida correspondente à segunda, assim,
dizemos que a segunda é função da primeira.
Dessa forma, a quantidade de pacotes
embalados é dada em função do tempo de
funcionamento da máquina. Analise o domínio
de validade da situação, isto é, podemos ter 50
pacotes e meio? É possível, a partir da tabela, ter
2 minutos e meio? Nessa situação, os valores
referentes à quantidade de pacotes embalados
são quantidades inteiras e positivas enquanto o
tempo não pode ter valores negativos, logo não
se terá um valor negativo para a quantidade de
pacotes e nem para o tempo. Recorra ao
conhecimento algébrico para encontrar uma
representação que expressa essa relação pacotes
(y) = 50 . tempo (x)
Álgebra Inequações (MS.EF09MA00.n.07) No trabalho com esta habilidade espera-se que
polinomiais de 1º Resolver inequações de o professor aprofunde a ideia de inequações,
grau: resolução primeiro grau, reconhecendo associando à ideia de intervalos numéricos.
algébrica e a representação do Dessa forma, diferentemente do que foi
representação no resultado na reta numérica. trabalhado no 8º ano, o estudante precisa
conjunto dos
identificar para cada situação apresentada o
números reais.
intervalo na reta numérica que corresponde ao
domínio de validade do problema, tal como:
considerando o conjunto dos números reais,
resolver 3x +1< 5x + 7
3x + 1 < 5x + 7(somando aos dois membros -5x
-1)
3x + 1 - 5x - 1 < 5x + 7 - 5x -1
-2x < 6 (dividindo ambos os membros por -2)
x > -3
A solução será definida para o intervalo ]−3, +∞[
ou 𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ/𝑥 > −3}
Álgebra Razão entre (MS.EF09MA07.s.08) Retome com os estudantes que duas grandezas
grandezas de Resolver problemas que podem estar relacionadas de maneira
espécies diferentes envolvam a razão entre duas proporcional e o conceito de razão. Proponha
grandezas de espécies aos estudantes diversas situações para que
diferentes, como velocidade explorem tanto para resolução como para
e densidade demográfica.
elaboração de problemas envolvendo
comparações entre duas grandezas, por
exemplo, para determinar velocidade média,
razão entre a distância percorrida e o tempo
gasto, e densidade demográfica, relação entre o

580
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
número de habitantes (população) e a área
ocupada. Há, aqui, oportunidade para o trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF09GE09.s.04, MS.EF09GE14.s.14 e
MS.EF09GE15.s12) de Geografia, no que se refere
a informações populacionais, análise e
interpretação de gráficos.

Álgebra Grandezas (MS.EF09MA08.s.09) Retome com os estudantes que duas grandezas


diretamente Resolver e elaborar podem estar relacionadas de maneira
proporcionais e problemas que envolvam proporcional, podendo ser diretamente
grandezas relações de proporcional ou inversamente proporcional e o
inversamente proporcionalidade direta e conceito de razão. Proponha aos estudantes
proporcionais inversa entre duas ou mais
diversas situações para que explorem tanto para
grandezas, inclusive escalas,
resolução como para elaboração de problemas
divisão em partes
envolvendo duas ou mais grandezas e
proporcionais e taxa de
variação, em contextos comparações entre grandezas, tais como a
socioculturais, ambientais e escala que representa a razão entre as
de outras áreas. dimensões apresentadas no desenho e o objeto
real por ele representado, lembrando que essas
dimensões devem ser sempre tomadas na
mesma unidade. As distâncias expressas em
mapas, plantas e maquetes são consideradas
representativas, isto é, indicam uma distância de
proporcionalidade usada na transformação para
a distância real. Há, aqui, oportunidade para o
trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF09GE.s.04), (MS.EF09GE14.s.11), e
(MS.EF09GE15.s.12), de Geografia, no que se
refere a transformações territoriais e análise da
globalização. Utilize problemas para
contextualizar a divisão em partes proporcionais,
tais como: “O prêmio de um concurso no valor
de R$ 392.000,00 deverá ser dividido de forma
diretamente proporcional aos pontos obtidos
pelos candidatos das três primeiras colocações.
Considerando que o primeiro colocado fez 220,
o segundo 150 e o terceiro 120 pontos,
determine a parte do prêmio relativa a cada
participante. Utilizando a ideia de
proporcionalidade para resolução de problemas,
primeiramente é necessário a identificação das
grandezas envolvidas e, em seguida, fazer a
análise das relações entre a grandeza com a
variável e outra grandeza, indicando se a
grandeza é direta ou inversamente proporcional
com abreviações. Na resolução de um problema
envolvendo grandezas inversamente
proporcionais, enfatize a compreensão do
significado de ter um comportamento inverso e
que no momento do cálculo tem-se que inverter
a razão determinada como inversa durante a
análise.

581
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Álgebra Expressões (MS.EF09MA09.s.10) Espera-se que o professor aprofunde o estudo
algébricas: fatoração Compreender os processos de produto de binômios, mas agora explorando
e produtos notáveis de fatoração de expressões os procedimentos de fatoração e envolvendo
Resolução de algébricas, com base em situações-problema. O uso da fatoração como a
equações suas relações com os escrita de uma expressão algébrica como um
polinomiais do 2º produtos notáveis, para
produto de fatores, isto é, decompondo uma
grau por meio de resolver e elaborar
expressão polinomial de 2º grau em produto de
fatorações problemas que possam ser
dois fatores binomiais. Retome com os
representados por equações
polinomiais do 2º grau. estudantes as representações geométricas (com
ou sem composição), as quais a medida dos
lados são letras.

(x + y) . (x + y) = (x + y)² = x² + xy + xy + y² = x²
+ 2xy + y²
O uso da álgebra integrado com a geometria
possibilitará o estudante perceber estratégias
para explicar as possíveis fatorações, nesse caso,
resultando em polinômios de segundo grau. A
fatoração também pode ser feita identificando
os fatores comuns a todos os termos da
expressão. O fator comum multiplicará os
demais fatores. Por exemplo:
x(x + y) x² + xy

Utilizar de problemas como contexto para


resolução de equações polinomiais do 2º grau,
que seja possível a resolução por meio de
fatoração, ou completar quadrados como
alternativa na resolução de equações polinomiais
do 2º grau contribuem com a compreensão do
significado dos procedimentos, por isso
considere diferentes estratégias que envolvam as
operações para o desenvolvimento da resolução.
Dada a equação x² + 6x + 8= 0, resolvendo pela
complementação do quadrado, ter-se-à:
x² + 6x + 8 = 0 (adicionando - 8 ao dois
membros)
x² + 6x + 8 - 8 = 0 - 8
x² + 6x = - 8
Adicionando o quadrado de 3, visto que o 6x =
3x + 3x corresponde a duas figuras congruentes
de mesma área que compõem o quadrado
maior.
x² + 6x + 9 = - 8 + 9 resultando em:

582
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
x² + 6x + 9 = 1, realizando a fatoração por meio
da ideia de área obter-se-à:
(x + 3) .(x + 3) = 1 ou (x + 3)² = 1
Extraindo a raiz quadrada de ambos os membros
tem-se::

√(x + 3)² = ±√1


(x + 3) = ±1
x + 3 = + 1 ou x + 3 = −1
resolvendo a primeira equação tem-se:
x+3=1
x=1-3
x=-2
Resolvendo a segunda equação tem-se:
x + 3 = -1
x=-1-3
x=-4
Ainda, incentive os estudantes a substituir cada
valor encontrado na equação inicial (x² + 6x + 8
= 0) para verificar se esses são os zeros da
equação polinomial de 2º grau, assim abstraindo
a ideia do zero da equação. Lembrando que o
foco não é somente o trabalho com o
procedimento de fatoração; o professor deverá
utilizar atividades que apresentem elaboração e
resolução de situações-problema cuja estratégia
de resolução seja por meio da fatoração.
Álgebra Expressões (MS.EF09MA00.n.11) A partir do trabalho com área de retângulos e
algébricas: fatoração Descrever, por escrito e por quadrados associado com representações
e produtos notáveis meio de fluxogramas, um algébricas, foco da habilidade
Resolução de algoritmos para resolver (MS.EF09MA09.s.10), o professor deverá
equações equações polinomiais do 2º incentivar os estudantes a descreverem, tanto
polinomiais do 2º grau.
por escrito quanto por meio de fluxograma, as
grau por meio de
etapas dos procedimentos aplicados para
fatorações
encontrar o zero das equações polinomiais de 2º
grau. A partir das suas produções deverão
produzir um algoritmo que possibilite resolver
qualquer tipo de equação polinomial do 2º grau.
Geometria Demonstrações de (MS.EF09MA10.s.12) Para desenvolver esta habilidade sugere-se que se
relações entre os Demonstrar relações simples utilize, inicialmente, uma folha de seda para
ângulos formados entre os ângulos formados reproduzir um conjunto de retas paralelas cortadas
por retas paralelas por retas paralelas cortadas por uma reta transversal já representado no
intersectadas por por uma transversal. caderno; sobreponha a figura da folha de papel de
uma transversal seda sobre a figura original; deslize a folha de seda
com os ângulos identificados marcados sobre as
retas, de forma que a figura do papel de seda
coincida com a figura original, neste momento o
estudante tem a oportunidade de verificar as
congruências dos ângulos, estabelecendo, assim, as
primeiras relações angulares quando uma reta
transversal corta duas retas paralelas. Dessa
maneira, espera-se que os estudantes identifiquem
que os ângulos correspondentes são congruentes,
que os ângulos opostos pelo vértice são
congruentes, que os pares de ângulos adjacentes,
formado pela interseção de uma reta paralela e a

583
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
reta transversal, são suplementares (formam 180°) e
que os ângulos alternos internos também são
congruentes. É importante valorizar a linguagem
matemática além da experimentação, por isso
depois que verificarem as congruências dos
ângulos, realize a demonstração com os estudantes;
para isso, pode-se utilizar linguagem acessível aos
estudantes demonstrando a relação entre os
ângulos formados por retas paralelas e uma
transversal, como ponto de partida para analisar e
tirar algumas conclusões. Inicialmente, chame a
atenção dos estudantes sobre dois ângulos que são
adjacentes, visto que são formados dois pares de
ângulos cuja soma é um ângulo reto. Mostre que, se
supor que as retas não são paralelas, essa afirmação
contradiz o teorema da soma externa de triângulo,
tendo em vista que se as retas não são paralelas ter-
se-à um ponto de interseção das retas à direita ou à
esquerda da reta transversal. Explore a história da
matemática retomando o quinto postulado de
Euclides. A aplicação das propriedades de
congruência entre pares de ângulos torna mais fácil
se simplificar para esta propriedade, quando duas
retas paralelas são interceptadas por uma
transversal: todos os ângulos agudos são
congruentes entre si; todos os ângulos obtusos são
congruentes entre si; e todos os pares de ângulos,
em que um é agudo e o outro, obtuso, são
suplementares.
Geometria Relações entre arcos (MS.EF09MA11.s.13) O desenvolvimento da habilidade consiste na
e ângulos na Resolver problemas por experimentação e reconhecimento dos objetos
circunferência de um meio do estabelecimento de matemáticos. Para tanto, retome a construção de
círculo relações entre arcos, ângulos figuras planas com o auxílio do compasso,
centrais e ângulos inscritos represente uma circunferência e solicite que
na circunferência, fazendo recortem e dobrem o disco ao meio e risque com
uso, inclusive, de softwares lápis o vinco que ficou. Explorem e nomeie outras
de geometria dinâmica. dobras. Em outro disco, determinem duas retas
perpendiculares e verifiquem qual a medida do
ângulo formado pelas duas no centro do disco.
Explore o registro dessas observações, para que os
estudantes possam consultar futuramente. Explore o
uso de problemas em que os conceitos, foco desta
habilidade, são as melhores estratégias de resolução
e irão dar significação para os estudantes. Ainda, o
uso de softwares de geometria dinâmica permitirá
que os estudantes construam diferentes
circunferências e relacionem a medida do arco
determinado pelo ângulo central e a medida deste
ângulo. Aproveitando as diferentes construções, o
professor deverá solicitar aos estudantes que
construam semirretas, cuja origem seja um ponto
da circunferência e secante a circunferência,
discutindo sobre o ângulo formado e sua relação
com o ângulo central.

584
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Geometria Semelhança de (MS.EF09MA12.s.14) Esta habilidade é um aprofundamento das ideias
triângulos Reconhecer as condições trabalhadas na habilidade (MS.EF08MA00.n.17).
necessárias e suficientes Retome a atividade de comparação de
para que dois triângulos triângulos, mas agora insira alguns triângulos
sejam semelhantes. que não sejam congruentes. Peça que escolham
pares de triângulos que acreditem ser
congruentes e os pares de triângulos que
acreditem não sejam congruentes. Utilize régua
para que meçam os lados e insira a ideia de
razão, visto que os triângulos congruentes terão
razão 1. Assim, iniciando a discussão sobre
semelhança de triângulo, conhecer as condições
necessárias e suficientes para que dois triângulos
sejam semelhantes implica reconhecer que dois
triângulos serão semelhantes se satisfizerem
duas condições simultaneamente: se seus lados
correspondentes possuírem medidas
proporcionais e se os ângulos correspondentes
forem iguais (congruentes).
Geometria Relações métricas no (MS.EF09MA13.s.15) Nesta habilidade recorre-se ao conceito de
triângulo retângulo Demonstrar relações semelhança e congruência de triângulos e, por
Teorema de métricas do triângulo meio da altura relativa à hipotenusa em um
Pitágoras: retângulo, entre elas o triângulo retângulo, os estudantes poderão
verificações teorema de Pitágoras, verificar as relações métricas nos triângulos
experimentais e utilizando, inclusive, a
retângulos. São essas as relações usadas na
demonstração semelhança de triângulos.
resolução de vários problemas, dentre elas, a
Retas paralelas
prova do teorema de Pitágoras, que é o mais
cortadas por
transversais: utilizado e também mais famoso: aplicando-o
teoremas de podemos resolver muitos problemas de cálculo
proporcionalidade e que envolve medida de segmentos de reta. É
verificações importante que se proponha aos estudantes
experimentais atividades com o intuito de investigarem as
diferentes demonstrações das relações métricas
do triângulo retângulo explorando-as com
materiais manipuláveis como facilitadores da
aprendizagem.
Geometria Relações métricas no (MS.EF09MA14.s.16) Problemas clássicos envolvendo o teorema de
triângulo retângulo Resolver e elaborar Pitágoras envolvem alguns problemas comuns
Teorema de problemas de aplicação do da geometria plana. Cabe um comentário sobre
Pitágoras: teorema de Pitágoras ou das o problema da escada: trata-se de um problema
verificações relações de de aplicação artificial, é muito pouco provável
experimentais e proporcionalidade
que o indivíduo queira calcular a distância do
demonstração envolvendo retas paralelas
topo da escada por esses métodos, chamar a
Retas paralelas cortadas por secantes.
atenção sobre isto e propor que os estudantes
cortadas por
transversais: investiguem e elaborem problemas reais em que
teoremas de o teorema se aplica.
proporcionalidade e
verificações
experimentais
Geometria Polígonos regulares (MS.EF09MA15.s.17) Descrever um algoritmo e representar os
Descrever, por escrito e por procedimentos por meio de fluxograma,
meio de um fluxograma, um explicitando etapas de passo a passo como
algoritmo para a construção construir um polígono regular, que este deverá
de um polígono regular cuja ter todos os lados com a mesma medida e todos
medida do lado é conhecida,
os ângulos internos congruentes utilizando

585
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
utilizando régua e régua e compasso e também softwares de
compasso, como também geometria dinâmica. Os softwares de geometria
softwares. dinâmica favorecem a agilidade na investigação,
pois construções geométricas que tomariam
certo tempo para serem realizadas no papel são
obtidas em segundos na tela do computador. A
interatividade oferecida por esses softwares
torna real a possibilidade de privilegiar as
propriedades geométricas de uma figura.
Geometria Distância entre (MS.EF09MA16.s.18) A menor distância entre dois pontos é dada por
pontos no plano Determinar o ponto médio uma reta. Para desenvolver esta habilidade
cartesiano de um segmento de reta e a proponha, inicialmente, a localização de pontos
distância entre dois pontos que sejam paralelos ao eixo x (abscissa) e/ou ao
quaisquer, dadas as eixo y (ordenada), assim, a medida de um
coordenadas desses pontos segmento paralelo ao eixo x é a diferença entre
no plano cartesiano, sem o as abscissas dos dois pontos indicando a
uso de fórmulas, e utilizar distância entre eles. De modo análogo, pode-se
esse conhecimento para determinar a distância entre dois pontos cujo
calcular, por exemplo, segmento é paralelo ao eixo y (ordenada). A
medidas de perímetros e partir dos cálculos iniciais, conduza os
áreas de figuras planas estudantes a determinar o ponto médio de um
construídas no plano. segmento de reta que é o ponto que separa o
segmento em duas partes com medidas iguais.
Conhecida a distância do segmento paralelo aos
eixos, divide-se por 2 para encontrar a abscissa
ou ordenada que divide o segmento em duas
partes com a mesma medida, podendo utilizar
para calcular medidas de perímetro e áreas de
figuras planas construídas no plano. Após a
observação de padrões na resolução de
atividades em que os segmentos são paralelos
aos eixos, proponha atividades em que os
segmentos não sejam paralelos aos eixos,
retomando as ideias trabalhadas na habilidades
(MS.EF09MA14.s.16), enfatizando a determinação
da distância entre os pontos sem recorrer a
fórmulas, mas como consequência de outras
ideias. Para auxiliar a aprendizagem, utilize
situações-problema que recorram a mapas com
escala e coordenadas no intuito de calcular a
distância entre pontos (cidades, lugares,
comércios, dentre outros) e determinar o ponto
médio entre esses dois pontos do mapa de
maneira que configure um contexto.
Geometria Vistas ortogonais de (MS.EF09MA17.s.19) Projeções ortogonais são as figuras formadas no
figuras espaciais Reconhecer vistas plano que resultam da projeção de todos os
ortogonais de figuras pontos de outra figura fora dele. Proponha
espaciais e aplicar esse atividades com o uso de malhas pontilhadas
conhecimento para como facilitador para desenvolvimento desta
desenhar objetos em
habilidade e sólidos geométricos para os
perspectiva.
estudantes representarem formas em
perspectivas: vista frontal, vista lateral esquerda,
vista lateral direita e vista superior. O
desenvolvimento desta habilidade envolve
trabalhar com atividades de percepção de
relações espaciais em que está inclusa a relação
das posições de dois ou mais objetos, notar

586
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
semelhanças e diferenças, completar uma figura
e reunir partes.
Grandezas e Unidades de medida (MS.EF09MA18.s.20) É importante utilizar os conceitos de variação de
medidas para medir Reconhecer e empregar capacidade de armazenamento das mídias, pois
distâncias muito unidades usadas para são conceitos bastante utilizados pelos
grandes e muito expressar medidas muito adolescentes. Esses temas ajudam os estudantes
pequenas grandes ou muito pequenas, a perceber situações que vivem no cotidiano.
Unidades de medida tais como distância entre
Aparelhos eletrônicos como tablet, computador
utilizadas na planetas e sistemas solares,
pessoal, notebook, smartphone, pen drive,
informática tamanho de vírus ou de
cartão de memória, HD, dentre outros, possuem
células, capacidade de
armazenamento de suas especificações em relação à capacidade de
computadores, entre outros. armazenamento de informações e velocidade de
processamento de dados. Para medir essas
especificações, são utilizadas as chamadas
unidades de medida de informática. Apresente
situações em que seja possível explorar as
unidades de informática para que os estudantes
conheçam a ordem de grandeza de bytes,
megabytes, gigabytes, terabytes, dentre outras;
assim, os estudantes compreendem melhor
essas grandezas, saindo da tentativa e erro ao
salvar arquivos. É importante relacionar
representação das unidades de medidas com as
potências (2, 10, dentre outras); analisando estas
relações, por exemplo, utilize da tabela de
conversões entre as unidades KB, MB, GB, dentre
outros; depois, questione os estudantes sobre
alguns aspectos observados, dentre eles: qual a
base da potência que podemos utilizar para
representar estas unidades? KB têm a mesma
ideia de Kg? Pensar sobre a capacidade de
memória de um computador traz a reflexão
sobre como os computadores “pensam” apenas
em 0 e 1. Todas as informações e tudo que o
computador faz está sendo processado em
dados compostos apenas de 0 e 1 e isso é o
sistema Binário. O número 35, por exemplo, é
um número escrito no sistema decimal, isso
significa que, nessa representação, existem dez
símbolos diferentes que, combinados, formam
todos os números possíveis a partir de potências
do número dez. A base decimal é a forma como
interpretamos números em praticamente todas
as ocasiões de nossas vidas, mas não é a única.
Outra, muito importante, é a base binária. Assim,
o tamanho e quantidade de bytes são
representados pelo sistema binário. A
quantidade contida em um gigabytes
corresponde à multiplicação feita ao múltiplo de
1 024. Este valor é obtido através do número 2
elevado a 10 e corresponde ao múltiplo de 2
mais próximo. Por exemplo, 1quilobyte, no
sistema de numeração decimal deveria
representar 1 000 bytes, mas, para facilitar os
cálculos feitos pelos computadores, representa

587
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
210, ou seja, 1 024 bytes. Explore situações-
problema que possibilitem a utilização de uma
tabela para conversão. Estenda a discussão para
as outras medidas e, da mesma forma, leve
situações nas quais aparecem medidas do tipo:
Unidades de medida micrômetro (µm) é a
unidade usada para conhecer as dimensões
celulares.
Grandezas e Volume de prismas e (MS.EF09MA19.s.21) Ao dar ênfase na resolução de problemas, a
medidas cilindros Resolver e elaborar partir dos problemas vividos no cotidiano, esta
problemas que envolvam abordagem permitirá ao estudante perceber
medidas de volumes de algumas aplicações práticas de conceitos
prismas e de cilindros retos, relacionados a volume e capacidade. Uma
inclusive com uso de
sugestão para que os estudantes lembrem e
expressões de cálculo, em
compreendam o conceito de volume será
situações cotidianas.
utilizando o material dourado, que vai
possibilitar que eles manipulem e construam
pilhas compostas de cubinhos, facilitando a
determinação do volume dessas pilhas, tomando
cada cubinho como unidade de medida de
volume. Explore atividades em que sejam
necessárias conversões de unidade de medida
de volume para unidade de capacidade. Realize
um experimento para relacionar as unidades de
medida de volume e de capacidade; por
exemplo, um recipiente cujo volume interno é de
1 dm³ tem capacidade para 1 l. Solicite aos
estudantes que tragam para a sala de aula
embalagens que representam escritos em seu
rótulo o volume ou a capacidade interna,
permitindo que realizem medições e calculem o
volume aproximado, para que comparem com as
informações dos rótulos. Por meio de
experiências, investigue o Princípio de Cavalieri,
utilizando, por exemplo, o empilhamento de cd’s
para investigar se há alteração no volume.
Probabilidade e Análise de (MS.EF09MA20.s.22) O trabalho com esta habilidade passa pela
estatística probabilidade de Reconhecer, em vivência de experimentos aleatórios (lançamento
eventos aleatórios: experimentos aleatórios, de duas moedas, retirar bolas de uma urna,
eventos eventos independentes e dentre outras) realizando questionamentos e o
dependentes e dependentes e calcular a respectivo registro para incentivar os estudantes
independentes probabilidade de sua
a perceberem quais eventos são independentes
ocorrência, nos dois casos.
e quais são dependentes. Discutar como se pode
realizar o cálculo das probabilidades de cada
evento. É importante que os estudantes, a partir
da observação e registro, constituam
procedimentos, estratégias e algoritmos com
significação para eles do cálculo de
probabilidade.
Probabilidade e Análise de gráficos (MS.EF09MA21.s.23) O trabalho com esta habilidade contribuirá com
estatística divulgados pela Analisar e identificar, em a aprendizagem dos estudantes ao levá-los a
mídia: elementos gráficos divulgados pela desenvolver a criticidade em relação a dados,
que podem induzir a mídia, os elementos que divulgados pela mídia falada e escrita, que
erros de leitura ou podem induzir, às vezes induzem ao erro de leitura e interpretação,
de interpretação propositadamente, erros de
ressaltando a importância de respeitar padrões

588
MATEMÁTICA - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
leitura, como escalas de distância entre classe de dados, tanto na
inapropriadas, legendas não tabela quanto no gráfico, as informações
explicitadas corretamente, apresentadas no título (gráfico, eixo horizontal e
omissão de informações vertical), legendas do gráfico e fontes de coletas
importantes (fontes e datas), de dados.
entre outros.
Probabilidade e Leitura, (MS.EF09MA22.s.24) Nesta habilidade deve-se aprofundar as ideias
estatística interpretação e Escolher e construir o gráfico anteriormente trabalhadas (MS.EF08MA23.s.27),
representação de mais adequado (colunas, dessa forma, explorando diferentes tipos de
dados de pesquisa setores, linhas), com ou sem variáveis relacionando-as com os diferentes tipos
expressos em uso de planilhas eletrônicas, de gráficos. O uso de planilhas eletrônicas
tabelas de dupla para apresentar um
contribuirá para as experimentações e
entrada, gráficos de determinado conjunto de
identificação do melhor gráfico para representar
colunas simples e dados, destacando aspectos
os dados. Retome o estudo com medidas de
agrupadas, gráficos como as medidas de
de barras e de tendência central. tendência central (média aritmética e ponderada,
setores e gráficos mediana, moda) destacando essas medidas nos
pictóricos gráficos, bem como comparando os dados com
as medidas de tendência central, determinando
assim a amplitude dos dados em relação a elas.
O uso de situações do cotidiano contribuirá para
que os estudantes se envolvam na atividade com
significado para eles, e para isso realizem
pesquisas em jornais para encontrar tabelas com
dados de interesse deles e, a partir desses dados,
discutir em grupo, qual o melhor gráfico para
representar os dados e calcular as medidas de
tendência central.
Probabilidade e Planejamento e (MS.EF09MA23.s.25) Esta habilidade é um aprofundamento da
estatística execução de Planejar e executar pesquisa habilidade (MS.EF08MA27.s.31); nesse sentido,
pesquisa amostral e amostral envolvendo tema proponha que façam uma pesquisa, visto que irá
apresentação de da realidade social e propiciar aos estudantes perceberem a
relatório comunicar os resultados por importância que têm alguns aspectos: definir
meio de relatório contendo
clara e precisamente o problema, indicando a
avaliação de medidas de
população a ser observada e as variáveis
tendência central e da
envolvidas; decidir a seleção da amostra; fazer
amplitude, tabelas e gráficos
adequados, construídos com uma análise preliminar das informações contidas
o apoio de planilhas nos dados numéricos, a qual possibilite a
eletrônicas. organização adequada desses dados, a
observação de aspectos relevantes e a realização
de cálculos, destacando aspectos como medidas
de tendência central e amplitude. É preciso
encontrar as representações mais convenientes
para comunicar e interpretar os resultados, obter
algumas conclusões e levantar hipóteses sobre
outras. O uso de planilhas eletrônicas configura
uma boa ferramenta para os estudantes
realizarem a experimentação e, assim, concluir
qual o melhor tipo de gráfico e os valores das
medidas de tendência central. A proposta de
trabalhos em grupos é versátil, dotada de
iniciativa e autonomia, permitindo a capacidade
de resolver problemas em equipe, de interpretar
informações, de adaptar-se a novos ritmos e de
comunicar-se fazendo uso de diferentes formas
de representação.

589
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, L.C. L. NÓBRIGA, J.C.C. Aprendendo Matemática com o geogebra. São Paulo: Exato 2010

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível
em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base/ >. Acesso em: maio, 2018.

_______. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Introdução. Ensino Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 1998.

_______. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Matemática. Ensino Fundamental. Terceiro e
quarto ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.

_______. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela alfabetização na Idade Certa. Alfabetização matemática. Brasília: MEC/SEB,
2014.

_______. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela alfabetização na Idade Certa. Alfabetização matemática na perspectiva
do letramento. Brasília: MEC/SEB, 2015.

FAYOL, M. Numeramento: aquisição das competências matemáticas. São Paulo. SP. Parábola editorial. 2012.

LIMA, E. L.; CARVALHO, P. C. P.; WAGNER, E.; MORGADO, A.C. Temas e Problemas Elementares. IMPA. Rio de Janeiro. RJ. 2005.

LINS, R. C. Perspectivas em Aritmética e Álgebra para o Século XXI. Campinas. SP. Papirus, 1997.

MACHADO, S. D. A. Aprendizagem em Matemática: Registros de Representação Semiótica. Campinas. SP. Papirus. 2003.

MALDANER, A. Educação Matemática: fundamentos teórico-práticos para professores dos anos iniciais. Porto Alegre.
Mediação. 2011.

SMOLE, K.S. DINIZ, M.I. MILANI E. Cadernos do Mathema. Ensino Fundamental. Porto Alegre: Artmed 2007.

TAHAN, M. O homem que Calculava. 76. ed. Rio de Janeiro: Record 2009.

VAN DE WALLE, J. A. Matemática no Ensino Fundamental: formação de professores e aplicação em sala de aula. Tradução:
Paulo Henrique Colonese. ed. Porto Alegre. RS. Artmed. 2009

590
8.5 Área de Ciências da Natureza – Componente Curricular Ciências

Todo grande progresso da ciência resultou de uma


nova audácia da imaginação.

(John Dewey)

A construção do conhecimento científico está relacionada às questões sociais, uma vez que possui
implicações diretas e indiretas no que tange aos aspectos econômicos, culturais, tecnológicos e
históricos. Além disso, a compreensão do saber científico favorece a cidadania, proporcionando

previsões, explicações e tomadas de decisão acerca das intervenções sobre o meio e seus impactos no

mundo contemporâneo.

Nessa perspectiva, a ciência representada como empreendimento humano colabora coletivamente para

a compreensão dos fenômenos naturais, da percepção do homem como indivíduo integrante e

participativo na sociedade e, em função das demandas sociais, além das políticas, econômicas e

tecnológicas, principalmente, devido ao processo de industrialização fortemente influenciado pelos

efeitos da Segunda Guerra Mundial, o ensino de Ciências foi incorporado ao currículo nacional.

Diante disso, em 1961, a Lei n. 4.024 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB) torna obrigatória a

disciplina de Ciências da Natureza (Programas de Saúde) no currículo do curso ginasial (anos finais do

Ensino Fundamental) e uma década depois passou a ser obrigatória nos currículos de primeiro e

segundo graus, atualmente denominados Ensino Fundamental e Ensino Médio (LDB 5.692/71).

Em 1996, foi aprovada uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei n. 9.394, a qual

preconiza a educação escolar vinculada ao mundo do trabalho e à prática social, além de estabelecer

nos currículos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio uma base nacional comum curricular.

Ainda no ano 1996, surgiram os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), documento orientador que
tem por “objetivo auxiliar o professor na execução de seu trabalho, compartilhando seu esforço diário

de fazer com que as crianças dominem os conhecimentos de que necessitam para crescerem como

cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade” (BRASIL, 1997). O

documento propõe a integração das áreas de conhecimento em uma perspectiva interdisciplinar,

fomentando discussões e reflexões acerca do currículo de Ciências da Natureza.

Com o advento da Base Nacional Comum Curricular – BNCC, 2017, o ensino de Ciências, neste
documento, orienta a formação de cidadão crítico, consciente e participativo e preconiza o ensino
contextualizado e problematizador, com o objetivo de proporcionar a compreensão e a reflexão

591
individual e coletiva sobre o cotidiano da sociedade. Assim, considerando a importância das abordagens
conceituais, procedimentais e as implicações sociais e históricas associadas aos eixos estruturantes do
Ensino de Ciências, constata-se que os conteúdos, em suas múltiplas dimensões, representam um meio

e não, necessariamente, o fim no processo de ensino e de aprendizagem, haja vista a formação integral
do estudante.

Nesse cenário, a diversidade de recursos didático-pedagógicos pode contribuir com o processo


contínuo de reorganização e reconstrução do conhecimento dos estudantes. Dessa forma, a proposta

de atividades pautadas em problematizações, por meio do ensino investigativo, possibilita a iniciação à


educação científica, pois permite ao estudante a ampliação de suas concepções sobre a Ciência, seus

avanços sociais, científicos e tecnológicos, os quais influenciam o contexto escolar e a vida cotidiana.

Em termos gerais, o ensino por investigação, conforme proposto pela BNCC, pode ser uma estratégia

para alcançar o letramento científico, visto que considera os estudantes como participantes no processo

de construção do conhecimento, capazes de reorganizá-lo a partir de observações, questionamentos,


elaborações de hipóteses, experimentações, análise, representação de resultados e proposta de

intervenção, bem como possíveis explicações para os diversos fenômenos cotidianos.

Assim, essa proposta pretende promover o acesso ao letramento científico de maneira igualitária,

contribuindo com a construção do conhecimento, o estímulo ao protagonismo e a autonomia dos


estudantes.

592
8.5.1 Competências específicas de Ciências da Natureza de acordo com a BNCC
(2017):

1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano e o conhecimento

científico como provisório, cultural e histórico.

2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem

como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir


segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do

trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,


democrática e inclusiva.

3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo

natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem
entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.

4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas


tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles

relativos ao mundo do trabalho.

5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis, negociar e

defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si

próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais,

sem preconceitos de qualquer natureza.

6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se

comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das


Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.

7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade

humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das

Ciências da Natureza e as suas tecnologias.

8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade,


resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar

decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde

individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

593
8.5.2 Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento, Habilidades e Ações
Didáticas

CIÊNCIAS - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Matéria e energia Características dos (MS.EF01CI01.s.01) Sugere-se ao professor o desmembramento da
materiais Comparar características de habilidade, como, por exemplo, identificar,
diferentes materiais presentes classificar e descrever os objetos do cotidiano de
em objetos de uso cotidiano, acordo com as características observáveis dos
discutindo sua origem, os materiais, reconhecendo a sua matéria prima
modos como são descartados (plástico, madeira, metal, dentre outros). Para
e como podem ser usados de contemplar esta habilidade, sugere-se ao
forma mais consciente. professor a utilização de recursos
multissemióticos que auxiliarão na compreensão
do aprendizado.
Ressalta-se a importância de abordar as
habilidades respeitando o desenvolvimento
cognitivo do estudante e o contexto no qual está
inserido. Nesta habilidade é possível propor
metodologias para desenvolver as competências
cognitivas e socioemocionais, como repertório
cultural, pensamento científico, crítico e criativo.
Esta habilidade possibilita a integração com o
Componente Geografia na habilidade
(MS.EF01GE06.s.05). Propõe-se a fundamentação
teórica nos temas contemporâneos, como
Educação Ambiental.
Matéria e energia Características dos (MS.EF01CI07.a.02) Sugere-se proporcionar a comparação das formas
materiais Identificar e reconhecer e texturas dos objetos a partir da percepção
materiais de diferentes sensorial do estudante, utilizando, por exemplo,
formas e texturas os tapetes sensoriais e caixa tátil. Para contemplar
esta habilidade, sugere-se ao professor a
utilização de recursos multissemióticos que
auxiliarão na compreensão do aprendizado.
Ressalta-se a importância de abordar as
habilidades, respeitando o desenvolvimento
cognitivo do estudante e o contexto no qual está
inserido. Nesta habilidade é possível propor
metodologias para desenvolver as competências
cognitivas e socioemocionais de abertura para o
novo, criatividade e comunicação. Esta habilidade
possibilita a integração com o Componente Arte
nas habilidades (MS.EF 15AR01.s.01) e
(MS.EF15AR02.s.02). Propõe-se a fundamentação
teórica nos Temas Contemporâneos, como
Educação Ambiental.
Matéria e energia Características dos (MS.EF01CI08.a.03) Para contemplar esta habilidade, sugere-se ao
materiais Conhecer e diferenciar os professor utilizar recursos multissemióticos que
resíduos recicláveis e não auxiliarão na compreensão do aprendizado
recicláveis identificando promovendo reflexão sobre a coleta seletiva e as
alguns impactos ambientais formas adequadas de descarte, como, por
provocados por ambos. exemplo, o papel. Orientam-se, também,
promover discussões e análise crítica em relação
ao consumismo envolvendo a comunidade
escolar, bem como a família. Nesta habilidade é
possível propor metodologias para desenvolver

594
CIÊNCIAS - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
as competências cognitivas e socioemocionais de
argumentação, de responsabilidade, de resolução
de problemas e de colaboração. É indicado o
aprofundamento teórico ao professor com a
leitura da Política Nacional dos Resíduos Sólidos e
da Política Nacional da Educação Ambiental.
Matéria e energia Características dos (MS.EF01CI09.a.04) Podem-se incluir habilidades de práticas
materiais Reconhecer e valorizar o uso sustentáveis para explicar com demonstrações,
consciente dos materiais ilustrações, dentre outros, as formas adequadas
utilizando as práticas de separação e descarte dos resíduos domésticos.
propostas pelos cinco R: Ressalta-se a importância de enfatizar o consumo
repensar, reduzir, recusar, consciente e a redução, entendendo que a
reutilizar e reciclar. reciclagem e o reaproveitamento são as últimas
etapas do processo.
Para contemplar esta habilidade, sugere-se
também a utilização de recursos multissemióticos
que auxiliarão na compreensão do conhecimento.
É importante abordar as habilidades respeitando
o desenvolvimento cognitivo do estudante e o
contexto no qual está inserido.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de comunicação, de
argumentação, de responsabilidade, de resolução
de problemas e de colaboração.
Indica-se o aprofundamento teórico com a leitura
da Educação Ambiental presente Temas
Contemporâneos e a Política Nacional dos
Resíduos Sólidos.
Vida e evolução Corpo humano (MS.EF01CI02.s.05) Sugere-se a utilização de recursos
Respeito à Localizar, nomear e multissemióticos tais como: imagens, colagens,
diversidade representar graficamente (por desenho, música, animações, além da utilização
meio de desenhos) partes do de modelo com bonecos, para representação do
corpo humano e explicar suas corpo humano etc.
funções. Para contemplar esta habilidade é necessário que
o professor solicite aos estudantes a descrição
das partes do corpo humano, com descrição das
características físicas como, por exemplo, cor da
pele, cor dos olhos, formato da boca, cor do
cabelo, altura, dentre outras. Dessa maneira, o
estudante poderá identificar, reconhecer e
descrever as partes do corpo, por meio das
linguagens supracitadas. Nesta habilidade é
possível propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
argumentação, de autoconhecimento, de
responsabilidade, de resolução de problemas, de
colaboração e de comunicação.
Esta habilidade possibilita a integração com o
Componente Educação Física (MS.EF12EF00.n.10),
e (MS.EF12EF00.n.11).

595
CIÊNCIAS - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Vida e evolução Corpo humano (MS.EF01CI10.a.06) Sugere-se ao professor trabalhar com atividades
Respeito à Relacionar as partes do corpo que possibilitem a identificação e o
diversidade responsáveis pela percepção reconhecimento dos órgãos dos sentidos como,
e aquisição de informações por exemplo, dinâmica da cabra cega, caixa tátil,
como cheiro, temperatura, tapete sensorial, teste de olfato, dentre outras, que
sonoridade, gosto e cor. permitem o trabalho fundamentalista sobre os
cinco sentidos.
Para contemplar esta habilidade é necessário que
o professor utilize linguagem multimodal para
proporcionar ao estudante a identificação, o
reconhecimento e a descrição das partes do corpo
responsáveis pela percepção e aquisição de
informações como cheiro, temperatura,
sonoridade, gosto e cor.
É possível propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
autoconhecimento, de resolução de problemas,
de abertura para o novo, de empatia, de
cooperação, e de comunicação.
Vida e evolução Corpo humano (MS.EF01CI03.s.07) Sugerem-se nesta habilidade promover
Respeito à Discutir as razões pelas quais discussões sobre os hábitos de higiene corporal e
diversidade os hábitos de higiene do os cuidados individuais, relacionando-os ao
corpo (lavar as mãos antes cotidiano do estudante, identificando em quais
de comer, escovar os dentes, deles a higiene está relacionada como ação
limpar os olhos, o nariz e as preventiva ou com manutenção da qualidade de
orelhas etc.) são necessários vida, a fim de que compreendam que alguns
para a manutenção da hábitos proporcionam o contágio ou a
saúde. proliferação de doenças. Para contemplar esta
habilidade sugere-se que o professor utilize
recursos multissemióticos que auxiliarão na
compreensão do aprendizado.
Para contemplar esta habilidade, faz-se
necessário identificar os hábitos de higiene,
relacionando-os com atitudes de prevenção e
com atividades do cotidiano como, por exemplo,
andar descalço, ter contato com água
contaminada e alimentos não higienizados.
Abordar, ainda, hábitos de higiene que estão
relacionados a comportamentos individuais que
têm reflexo na saúde coletiva, pois favorecem a
disseminação de doenças no ambiente.
Esta habilidade possibilita a integração com o
Componente Educação Física (MS.EF12EF00.n.10).
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de abertura para o novo, de
criatividade, de comunicação, de
responsabilidade, de cidadania e de
autoconhecimento. Propõe-se a fundamentação
teórica nos Temas Contemporâneos Saúde,
Sexualidade e Gênero, Vida Familiar e Social.

596
CIÊNCIAS - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Vida e evolução Corpo humano (MS.EF01CI04.s.08) Sugere-se trabalhar com atividades/situações que
Respeito à Comparar características possibilitem o desenvolvimento de atitudes
diversidade físicas entre os colegas, socioambientais de respeito e tolerância, frente à
reconhecendo a diversidade e diversidade cultural. Trabalhar com o processo de
a importância da valorização, investigação, desenvolvendo habilidades que
do acolhimento e do respeito envolvam identificar e descrever as características
às diferenças. individuais dos estudantes, utilizando dados
como, por exemplo, medir a altura, o peso, o
comprimento dos braços ou pernas etc. Assim, os
estudantes poderão identificar e reconhecer as
semelhanças e diferenças entre colegas, para
discutirem a diversidade e prevenção ao bullying.
Sugere-se ao professor a utilização de recursos
multissemióticos que auxiliarão na compreensão
do conhecimento.
Destaca-se a importância do respeito e da
valorização. Podem-se ampliar as discussões,
abordando as características de uma população e
seus hábitos culturais.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de repertório cultural, de
abertura para o novo, de criatividade, de
comunicação, de responsabilidade, de cidadania,
de autoconhecimento e de empatia.
Esta habilidade relaciona-se com a
(MS.EF01CI02.s.02), além de possibilitar a
integração com o componente História
(MS.EF01HI04.s.04).
Terra e Universo Escalas de tempo (MS.EF01CI05.s.09) Sugere-se ao professor identificar as atividades
Identificar e nomear do cotidiano do estudante que são realizadas em
diferentes escalas de tempo: cada período do dia, descrevendo-as e
os períodos diários (manhã, relacionando-as às características dos períodos
tarde, noite) e a sucessão de por meio de exemplificações.
dias, semanas, meses e anos. Explorar os calendários locais como, por exemplo,
ciclo de colheitas, ciclos das águas, piracema,
estações do ano, alterações climáticas sazonais,
horário de verão etc.
Propõe-se ao professor utilizar recursos
multissemióticos que auxiliarão na compreensão
do conhecimento.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de repertório cultural, de
abertura para o novo, de criatividade, de
comunicação, de responsabilidade e de cidadania.
Esta habilidade possibilita a integração com o
componentes curricular Matemática e Geografia
nas habilidades (MS.EF01MA17.s.19),
(MS.EF01MA18.s.20) e (MS.EF01GE05.s.09).

597
CIÊNCIAS - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Terra e Universo Escalas de tempo (MS.EF01CI06.s.10) Sugere-se para contemplar esta habilidade que o
Selecionar exemplos de como professor utilize recursos multissemióticos que
a sucessão de dias e noites auxiliarão na compreensão do conhecimento.
orienta o ritmo de atividades O professor pode trabalhar com habilidades de
diárias de seres humanos e de identificação, de listagem e descrição de
outros seres vivos. atividades diárias dos estudantes como, por
exemplo, despertar, ir para a escola, realizar
refeições, dormir, entre outras e, no caso dos
demais seres vivos, relatar alimentação, repouso e
outros hábitos comuns ao ciclo da vida. Esta
habilidade está relacionada com o
estabelecimento de conexões com a passagem do
tempo e a construção dos modos de se organizar
na realização de atividades ou hábitos diários.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de repertório cultural, de
criatividade, de comunicação, de
responsabilidade, de cidadania, e de
autoconhecimento.
Esta habilidade possibilita a integração com as
habilidades (MS.EF01CI05.s.05) e
(MS.EF01GE05.s.09), da Geografia.

CIÊNCIAS - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Matéria e energia Propriedades e usos (MS.EF02CI01.s.01) Nesta habilidade o professor poderá trabalhar
dos materiais Identificar de que materiais com imagens de materiais escolares do passado
Prevenção de (metais, vidro, etc.) são feitos tais como: ábaco, estojos de madeira com
acidentes domésticos os objetos que fazem parte divisórias, apontadores com manivela, dentre
da vida cotidiana, como esses outros, além de relógios, celulares etc.,
objetos são utilizados e com comparando-os com os materiais atuais.
quais materiais eram Sugere-se ao professor utilizar recursos
produzidos no passado. multissemióticos que auxiliarão na compreensão
do conhecimento.
É possível nesta habilidade desenvolver o
processo de investigação, por meio da
identificação de materiais utilizados em objetos
artesanais que são produzidos em sua região.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de repertório cultural, de
resolução de problemas, de criatividade, de
comunicação, de responsabilidade e de cidadania.
Esta habilidade possibilita a integração com as
habilidades (MS.EF02MA14.s.15), da Matemática,
e (MS.EF02GE09.s.07), da Geografia, associados à
identificação de objetos do mundo físico, suas
características e representações.

598
CIÊNCIAS - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Matéria e energia Propriedades e usos (MS.EF02CI02.s.02) Para contemplar esta habilidade o professor
dos materiais Propor o uso de diferentes poderá trabalhar com materiais diversos do
Prevenção de materiais para a construção cotidiano do estudante para identificação e
acidentes domésticos de objetos de uso cotidiano, comparação das propriedades destes materiais
tendo em vista algumas (flexibilidade, dureza, transparência).
propriedades desses Pode-se propor ao estudante o estudo e a
materiais (flexibilidade, investigação dos materiais mais adequados a
dureza, transparência etc.). objetos específicos do cotidiano e explicar o
motivo da escolha.
Sugere-se, ainda, a utilização de recursos
multissemióticos que auxiliarão na compreensão
do conhecimento.
Dessa forma, é imprescindível promover
discussões sobre o consumo consciente, para
depois abordar o descarte adequado dos
materiais.
Esta habilidade possibilita a integração com a
habilidade (MS.EF02CI01.s.01). Podem-se propor
metodologias para desenvolver as competências
cognitivas e socioemocionais de repertório
cultural, de resolução de problemas, de
pensamento crítico e de criatividade, assim como
o
aprofundamento em Temas Contemporâneos,
como Educação Ambiental.
Matéria e energia Propriedades e usos (MS.EF02CI03.s.03) Sugere-se ao professor incentivar o protagonismo
dos materiais Discutir os cuidados do estudante no processo de investigação,
Prevenção de necessários à prevenção de identificando possíveis situações de risco em sua
acidentes domésticos acidentes domésticos casa, na escola, no caminho entre a casa e a
(objetos cortantes e escola.
inflamáveis, eletricidade, Para desenvolver esta habilidade é necessário
produtos de limpeza, identificar, listar e explicar os possíveis riscos,
medicamentos etc.). relacionando com cuidados adequados e
necessários. O professor poderá utilizar
linguagem multimodal que possibilite o
conhecimento e realizar o trabalho com rótulos e
signos, vídeos, imagens, dentre outros,
relacionando-os com suas propriedades
(periculosidade, alta tensão e formas adequadas
de armazenamento).
É possível propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
resolução de problemas, de criatividade, de
comunicação e de abertura para o novo.
Vida e evolução Seres vivos no (MS.EF02CI04.s.04) Sugere-se trabalhar com as características das
ambiente Descrever características de plantas e animais com enfoque na flora e fauna,
Plantas plantas e animais (tamanho, regional e local. Para contemplar esta habilidade,
forma, cor, fase da vida, local o professor poderá trabalhar com o ensino
onde se desenvolvem etc.) investigativo e as habilidades de observação,
que fazem parte de seu identificação das plantas e dos animais que fazem
cotidiano e relacioná-las ao parte do cotidiano do estudante. Poderá, ainda,
ambiente em que eles vivem. relacionar tamanhos, formas e cores
características, descrevendo seus ambientes, bem
como a fase da vida que estavam ao serem
observados.
Por meio da linguagem multimodal, poderá
proporcionar aos estudantes, o conhecimento das
atividades diárias dos animais (nicho ecológico) e
o conhecimento dos diferentes habitats.

599
CIÊNCIAS - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de resolução de problemas, de
criatividade, de comunicação, de abertura para o
novo e de cidadania.
Vida e evolução Seres vivos no (MS.EF02CI05.s.05) Para contemplar esta habilidade, o professor
ambiente Investigar a importância da poderá utilizar diferentes recursos como
Plantas água e da luz para a linguagem multimodal, experimentos, dentre
manutenção da vida de outros, para promover a observação sobre a
plantas em geral. importância da água e da luz para os vegetais
(processo de fotossíntese).
Pode-se, ainda, desenvolver o processo de
investigação, o qual possibilitará identificar a
presença da vida em ambientes com diferentes
disponibilidades de água e luz. Além de relacionar
a incidência da luz solar às mudanças de
temperatura e aos ciclos da água. Com isso,
proporcionar o desenvolvimento de habilidades
cognitivas como identificar, conhecer e relacionar.
Vida e evolução Seres vivos no (MS.EF02CI06.s.06) Sugere-se ao professor utilizar recursos
ambiente Identificar as principais partes multissemióticos, experimentos, dentre outros,
Plantas de uma planta (raiz, caule, para desenvolver habilidades cognitivas como
folhas, flores e frutos) e a identificar, exemplificar e descrever as partes de
função desempenhada por uma planta, por meio de procedimentos
cada uma delas, e analisar as investigativos.
relações entre as plantas, o Propõe-se a utilização de plantas do cotidiano do
ambiente e os demais seres estudante, além de relacionar a função dos
vivos. vegetais na alimentação, bem como a base da
cadeia alimentar.
É importante que o professor trabalhe o
reconhecimento e a valorização da flora local,
identificando-as em seu ambiente.
Esta habilidade possibilita integração com a
habilidade (MS.EF02CI04.s.04) e
(MS.EF02CI05.s.05). É possível propor, ainda,
metodologias para desenvolver as competências
cognitivas e socioemocionais de repertório
cultural, de criatividade, de pensamento científico,
de pensamento crítico e criativo, de abertura para
o novo e de cidadania.
Propõe-se a fundamentação teórica no Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
Terra e Universo Movimento aparente (MS.EF02CI07.s.07) Nesta habilidade sugere-se o reconhecimento do
do Sol no céu Descrever as posições do Sol movimento aparente do sol, identificando a
O Sol como fonte de em diversos horários do dia e direção e o tamanho das sombras projetadas pela
luz e calor associá-las ao tamanho da luz do Sol, conforme a movimentação da Terra.
sombra projetada. Para o desenvolvimento desta habilidade propõe-
se ao professor, proporcionar o conhecimento
sobre os pontos cardeais, também abordado no
componente de Geografia em
(MS.EF02GE08.s.06), (MS.EF02GE09.s.09) e
(MS.EF02GE10.s.08).
Para aprimoramento desta habilidade, o professor
poderá trabalhar por meio do ensino investigativo
com observação e atividades práticas de campo,
que possibilitam registrar tamanho, forma e
posição das sombras e ilustrar a posição da
sombra de um objeto e suas mudanças em
relação à posição do sol (ex.: relógio do Sol).

600
CIÊNCIAS - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O professor poderá utilizar recursos
multissemióticos que auxiliarão os estudantes na
compreensão do conhecimento e, ainda,
descrever características relacionadas à
luminosidade e passagem do tempo durante o
período diário.
Esta habilidade possibilita a integração com as
habilidades (MS.EF02MA19.s.20), da Matemática,
e (MS.EF02HI07.s.07), da História, associados à
observação e medição da passagem do tempo.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de pensamento científico, crítico
e criativo, de abertura para o novo, de repertório
cultural e de colaboração.
Sugere-se, antes de iniciar as discussões sobre os
vegetais, abordar primeiro os conteúdos
relacionados ao sol e sistema solar.
Terra e Universo Movimento aparente (MS.EF02CI08.s.08) Para aprimoramento desta habilidade, o professor
do Sol no céu Comparar o efeito da poderá trabalhar com experimentos e exemplos
O Sol como fonte de radiação solar (aquecimento e que permitam observar, identificar, conhecer e
luz e calor reflexão) em diferentes tipos comparar os efeitos da radiação solar em
de superfície (água, areia, diferentes superfícies.
solo, superfícies escura, clara Sugere-se que, para contemplar esta habilidade, o
e metálica etc.). professor utilize recursos multissemióticos que
auxiliarão na compreensão do aprendizado.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de pensamento científico, crítico
e criativo, de abertura para o novo, de repertório
cultural e de colaboração.

CIÊNCIAS - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Matéria e energia Produção de som (MS.EF03CI01.s.01) Para identificação de variáveis que influenciam
Efeitos da luz nos Produzir diferentes sons a nos sons, sugere-se trabalhar com os conceitos
materiais partir da vibração de variados relacionando-os às atividades práticas:
Saúde auditiva e objetos e identificar variáveis a) Timbre: identidade do som.
visual que influem nesse fenômeno. Ex.: a mesma nota em diferentes instrumentos
musicais, timbre de distintas vozes;
b) Frequência: caracteriza o som agudo e o som
grave. Ex.: voz feminina >frequência - agudo), voz
masculina <frequência - grave;
c) Intensidade: som forte ou fraco. Ex.: som forte
>amplitude e som fraco <amplitude (volume).
Sugere-se explorar a temática da intensidade de
forma crítica em relação à saúde auditiva (ex.: uso
inadequado do fone de ouvido).
Ressalta-se a importância de se trabalhar as
terminologias corretas relacionando-as aos
respectivos conceitos.
Sugere-se que, para contemplar esta habilidade, o
professor utilize recursos multissemióticos que
auxiliarão os estudantes na compreensão do
conhecimento.
601
CIÊNCIAS - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
É possível, ainda, utilizar materiais que produzam
diferentes sons, além de instrumentos musicais
para relacionar o som produzido com a natureza
do material, de que são feitos e, ainda, a sua
forma ou tamanho, além de sons produzidos
pelos seres vivos, como por exemplo, miado,
latido, grasnado etc.
Esta habilidade possibilita a integração com as
habilidades (MS.EF15AR14.s14) e
(MS.EF15AR15.s.15), da Arte, associadas à
produção de sons a partir da exploração de
objetos convencionais e não convencionais.
É possível propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
comunicação, de pensamento científico, crítico e
criativo, de abertura para o novo, de repertório
cultural e de colaboração.
Matéria e energia Produção de som (MS.EF03CI02.s.02) Para desenvolver esta habilidade, o professor
Efeitos da luz nos Experimentar e relatar o que poderá trabalhar com o ensino investigativo e
materiais ocorre com a passagem da proporcionar a utilização de linguagem
Saúde auditiva e luz através de objetos multimodal. Além de experimentos que permitam
visual transparentes (copos, janelas a observação e descrição da passagem de luz em
de vidro, lentes, prismas, água diferentes objetos.
etc.), no contato com Sugere-se, para contemplar esta habilidade, que o
superfícies polidas (espelhos) professor utilize recursos multissemióticos que
e na intersecção com objetos auxiliarão na compreensão do conhecimento.
opacos (paredes, pratos, É possível propor metodologias para desenvolver
pessoas e outros objetos de as competências cognitivas e socioemocionais
uso cotidiano). como, autoconhecimento pensamento científico,
crítico e criativo, abertura para o novo, repertório
cultural e colaboração.
Matéria e energia Produção de som (MS.EF03CI03.s.03) Para desenvolver esta habilidade, sugere-se ao
Efeitos da luz nos Discutir hábitos necessários professor, inicialmente, apresentar as estruturas
materiais para a manutenção da saúde externas e internas dos olhos e aparelho auditivo
Saúde auditiva e auditiva e visual considerando de forma a promover discussões a respeito de
visual as condições do ambiente em enfermidades ocasionadas pela poluição sonora
termos de som e luz. por exposição excessiva ao som, destacando a
importância de hábitos preventivos para a
manutenção da saúde auditiva e visual.
Propõe-se ao professor utilizar recursos
multissemióticos que auxiliarão na construção do
conhecimento.
É importante discutir sobre hábitos do cotidiano
que prejudicam a saúde auditiva e visual.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de conhecimento, de repertório
cultural, de pensamento científico, critico e
criativo e de autoconhecimento.
Vida e evolução Características e (MS.EF03CI04.s.04) Para o desenvolvimento desta habilidade o
desenvolvimento dos Identificar características professor poderá listar, conhecer, identificar e
animais sobre o modo de vida (o que descrever as características sobre o modo de vida
comem, como se (o que comem, onde vivem, como se reproduzem,
reproduzem, como se como se locomovem) dos animais do seu
deslocam etc.) dos animais cotidiano.
mais comuns no ambiente É possível expandir a discussão abordando
próximo. animais característicos da região. Sugere-se que,
para contemplar esta habilidade, o professor

602
CIÊNCIAS - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
utilize recursos multissemióticos que auxiliarão na
compreensão do conhecimento.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de abertura para o novo, de
pensamento científico, crítico e criativo, de
responsabilidade e de colaboração. Propõe-se a
fundamentação teórica no Tema
Contemporâneos Educação Ambiental.
Vida e evolução Características e (MS.EF03CI05.s.05) Para o desenvolvimento desta habilidade, o
desenvolvimento dos Descrever e comunicar as professor poderá utilizar linguagem multimodal
animais alterações que ocorrem para que o estudante possa observar, identificar e
desde o nascimento em descrever alterações que ocorrem com os
animais de diferentes meios diferentes animais durante o seu
terrestres ou aquáticos, desenvolvimento.
inclusive o homem. Também pode-se destacar as características dos
animais que representam a fauna local,
identificando as fases do ciclo de vida e seu
habitat, bem como a interferência humana nesse
processo.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de pensamento científico, crítico
e criativo, e de colaboração.
Vida e evolução Características e (MS.EF03CI06.s.06) Nesta habilidade o professor poderá utilizar
desenvolvimento dos Comparar alguns animais e linguagem multisemiótica para observação e
animais organizar grupos com base identificação das características externas dos
em características externas animais. Há oportunidade de um trabalho
comuns (presença de penas, interdisciplinar com as habilidades da Língua
pelos, escamas, bico, garras, Portuguesa (MS.EF03LP24.s.24),
antenas, patas etc.). (MS.EF03LP25.s.25), (MS.EF03LP26.s.26) e
(MS.EF35LP20.s.20); da Matemática
(MS.EF03MA26.s.26), (MS.EF03MA27.s.27),
(MS.EF03MA28.s.28); da História
(MS.EF03HI03.s.03); da Geografia
(MS.EF03GE01.s.01); e (MS.EF03CI09.s.09),
associadas à coleta, leitura, comparação e
interpretação de dados, com apoio de recursos
multissemióticos (listas, tabelas, ilustrações,
gráficos).
Sugere-se o uso da classificação biológica
relacionando as características destacadas na
habilidade aos animais que as possuem. Nesta
habilidade é possível propor metodologias para
desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de pensamento científico, crítico
e criativo, de abertura para o novo, de
colaboração e de resolução de problemas.
Terra e Universo Características da (MS.EF03CI07.s.07) Nesta habilidade o professor poderá utilizar
Terra Identificar características da recursos multissemióticos para conhecer e
Observação do céu Terra (como seu formato identificar as características da Terra. Além disso,
Usos do solo esférico, a presença de água, poderá realizar modelos para que os estudantes
solo etc.), com base na possam conhecer as diferentes formas de
observação, manipulação e representação do planeta.
comparação de diferentes Ressalta-se, ainda, que o formato geóide, definido
formas de representação do por Gauss, é o modelo que mais se aproxima do
planeta (mapas, globos, formato da Terra.
fotografias etc.). Esta habilidade possibilita a integração com as
habilidades (MS.EF03MA19.s.19), da Matemática,

603
CIÊNCIAS - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
(MS.EF03HI09.s.09); da História,
(MS.EF03GE06.s.07) e (MS.EF03GE07.s.08), da
Geografia associadas à compreensão da
linguagem cartográfica, inclusive para
representação do planeta Terra. Nesta habilidade
é possível propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
argumentação, de repertório cultural, de
pensamento científico, crítico e criativo. Propõe-
se a fundamentação teórica nos Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.
Terra e Universo Características da (MS.EF03CI08.s.08) Nesta habilidade, sugere-se ao professor utilizar
Terra Observar, identificar e recursos multissemióticos para que os estudantes
Observação do céu registrar os períodos diários possam conhecer os astros e identificá-los.
Usos do solo (dia e/ou noite) em que o Sol, Proporcionar o ensino investigativo, como meio
demais estrelas, Lua e para que identifiquem e registrem os astros
planetas estão visíveis no céu. visíveis durante o dia e durante à noite.
Esta habilidade pode, ainda, ser complementada
com a referência a procedimentos de investigação
relacionados às escalas de tempo e à observação
de astros no céu.
Esta habilidade possibilita a integração com as
habilidades (MS.EF03MA17.s.17) e
(MS.EF03MA22.s.22), da Matemática referentes à
observação, medição e registro da passagem do
tempo. Nesta habilidade é possível propor
metodologias para desenvolver as competências
cognitivas e socioemocionais de repertório
cultural, pensamento científico, crítico e criativo,
de conhecimento e de resolução de problemas.
Terra e Universo Características da (MS.EF03CI09.s.09) Sugere-se ao professor o desenvolvimento de
Terra Comparar diferentes habilidades como observar, identificar, descrever
Observação do céu amostras de solo do entorno e comparar os diferentes tipos de solo de sua
Usos do solo da escola com base em região. Poderá, ainda, realizar atividades práticas
características como cor, com manuseio do solo, para que os estudantes
textura, cheiro, tamanho das possam conhecer as características do solo e,
partículas, permeabilidade além disso, conhecer o solo característico de sua
etc. região. Sugere-se que, para contemplar esta
habilidade, o professor utilize recursos
multissemióticos que auxiliarão na compreensão
do aprendizado.
Esta habilidade possibilita a integração com as
habilidades (MS.EF03LP24.s.24),
(MS.EF03LP25.s.25), (MS.EF03LP26.s.26) e
(MS.EF35LP20.s.20), da Língua Portuguesa,
(MS.EF03MA26.s.26), (MS.EF03MA27.s.27) e
(MS.EF03MA28.s.28), da Matemática
(MS.EF03HI03.s.03), da História,
(MS.EF03GE01.s.01), da Geografia e
(MS.EF03CI06.s.06), associadas à coleta, leitura,
comparação e interpretação de dados, com apoio
de recursos multissemióticos (listas, tabelas,
ilustrações, gráficos, dentre outros).
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de colaboração, de abertura
para o novo, de pensamento científico, crítico e
criativo.

604
CIÊNCIAS - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Terra e Universo Características da (MS.EF03CI10.s.10) Nesta habilidade, sugere-se ao professor utilizar
Terra Identificar os diferentes usos recursos multissemióticos, a fim de proporcionar
Observação do céu do solo (plantação e extração aos estudantes conhecimento sobre as diferentes
Usos do solo de materiais, dentre outras formas de utilização do solo.
possibilidades), É possível, ainda, propiciar atividades práticas
reconhecendo a importância com plantio em diferentes substratos para
do solo para a agricultura e verificar a importância de solo saudável e rico em
para a vida. nutrientes.
Também podem ser incluídas temáticas voltadas
à Educação Ambiental e à saúde na promoção da
qualidade de vida.
Esta habilidade possibilita a integração com o
componente Geografia (MS.EF03GE05.s.05), no
que tange à identificação de produtos naturais e
cultivados em diferentes lugares e suas
implicações nas formas de trabalho.
Sugere-se a leitura relacionada à temática
ambiental nos Temas Contemporâneos. Nesta
habilidade devem-se propor metodologias para
desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais, colaboração, abertura para o
novo, pensamento crítico, criativo e científico.
Terra e Universo Características da (MS.EF03CI11.s.11) Na habilidade sugere-se ao professor desenvolver
Terra Relacionar os registros feitos atividades de observação de processos de
Observação do céu a partir das observações dos floração e frutificação de plantas do cotidiano do
Usos do solo períodos diários às estações estudante (casa, escola, bairro etc.). Para
do ano, bem como sua complementar, poderá utilizar recursos
influência nas atividades multissemióticos para que os estudantes possam
humanas (agricultura e verificar as características que ocorrem nos
pecuária) e processos naturais vegetais em diferentes períodos do ano. Além de
(floração, frutificação), observar as atividades humanas no processo de
oportunizando reflexões agricultura e pecuária. Nesta habilidade é possível
socioambientais. discutir questões socioambientais e propor
metodologias para desenvolver as competências
cognitivas e socioemocionais de criatividade, de
colaboração, de pensamento científico, crítico e
criativo e de comunicação.

CIÊNCIAS - 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Matéria e energia Misturas (MS.EF04CI01.s.01) Para contemplar esta habilidade sugere-se ao
Transformações Identificar misturas na vida professor a realização de atividades práticas
reversíveis e não diária, com base em suas demonstrativas que envolvam comparação,
reversíveis propriedades físicas descrições e relatos por meio de registros, para
observadas, reconhecendo que, dessa maneira, os estudantes possam
sua composição. identificar os componentes de diferentes misturas
do cotidiano, tais como café, chá, bolo, dentre
outros. Propõe-se que, para contemplar esta
habilidade, o professor utilize recursos
multissemióticos que auxiliarão na compreensão
do aprendizado.
Esta habilidade possibilita a integração com o
componente de Matemática, na habilidade
(MS.EF04MA20.s.20), associando na medição da
massa das misturas e de seus componentes

605
CIÊNCIAS - 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
decompostos. Nesta habilidade é possível propor
metodologias para desenvolver as competências
cognitivas e socioemocionais, de pensamento
científico, crítico e criativo, de comunicação e de
argumentação.
Matéria e energia Misturas (MS.EF04CI02.s.02) Nesta habilidade, sugere-se ao professor o
Transformações Testar e relatar desenvolvimento da investigação, observação e
reversíveis e não transformações nos materiais comparação dos diferentes materiais do seu
reversíveis do dia a dia quando expostos cotidiano, a fim de verificar o comportamento dos
a diferentes condições diferentes materiais quando expostos em
(aquecimento, resfriamento, situações diversas. Para contemplar esta
luz e umidade). habilidade o professor pode utilizar recursos
multissemióticos que auxiliarão na compreensão
do aprendizado.
Esta habilidade possibilita a integração com o
componente Matemática, na habilidade
(MS.EF04MA23.s.23), associada à observação e
registro de mudanças de temperatura. É possível,
ainda, propor metodologias para desenvolver as
competências cognitivas e socioemocionais, de
pensamento científico, crítico e criativo, de
resolução de problemas, de argumentação e de
repertório cultural.
Matéria e energia Misturas (MS.EF04CI03.s.03) Nesta habilidade sugere-se abordar conceitos
Transformações Concluir que algumas relacionados com transformações químicas e
reversíveis e não mudanças causadas por físicas.
reversíveis aquecimento ou resfriamento É possível o desenvolvimento de atividades
são reversíveis (como as investigativas práticas que valorizam as
mudanças de estado físico da constatações e os relatos dos estudantes
água) e outras não (como o (descrições, hipóteses, expectativas de resultados,
cozimento do ovo, a queima dentre outros). Para contemplar esta habilidade, o
do papel etc.). professor pode utilizar recursos multissemióticos
que auxiliarão na compreensão do aprendizado. É
possível, ainda, propor metodologias para
desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais como a criatividade, a
colaboração e a capacidade de resolver
problemas.
Vida e evolução Cadeias alimentares (MS.EF04CI04.s.04) Nesta habilidade sugere-se o trabalho com os
simples Analisar e construir cadeias conceitos básicos de ecologia (ex.: ecossistemas,
Microrganismos alimentares simples, fatores bióticos e abióticos, nicho ecológico,
reconhecendo a posição população, comunidade etc.), teias alimentares e
ocupada pelos seres vivos níveis tróficos de uma cadeia alimentar.
nessas cadeias e o papel do Recomenda-se que, para contemplar esta
Sol como fonte primária de habilidade, o professor utilize recursos
energia na produção de multissemióticos que auxiliarão na compreensão
alimentos. do aprendizado.
É possível proporcionar o desenvolvimento de
atividade práticas, localizando, identificando e
reconhecendo seres vivos típicos da região, além
de descrever sua relação na construção das
cadeias alimentares, bem como a comparação
entre cadeias de diferentes biomas. Nesta
habilidade é possível propor metodologias para
desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de pensamento científico, crítico
e criativo, de conhecimento e de abertura para o
novo de comunicação e de resolução de
problemas.

606
CIÊNCIAS - 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Vida e evolução Cadeias alimentares (MS.EF04CI05.s.05) Nesta habilidade sugere-se a construção de
simples Descrever e destacar cadeias alimentares do ambiente local, utilizando
Microrganismos semelhanças e diferenças recursos multissemióticos, para estabelecer
entre o ciclo da matéria e o relação do ciclo da matéria e o fluxo de energia.
fluxo de energia entre os Destaca-se a necessidade de abordar a ação dos
componentes vivos e não decompositores na natureza, relacionando com a
vivos de um ecossistema. habilidade (MS.EF04CI06.s.06), de Ciências, que
possibilita discussões socioambientais
importantes para o desenvolvimento da
consciência ambiental e de atitudes sustentáveis
no ecossistema.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais da comunicação e o do
pensamento científico, crítico e criativo.
Vida e evolução Cadeias alimentares (MS.EF04CI06.s.06) Nesta habilidade sugere-se ao professor o
simples Relacionar a participação de desenvolvimento da investigação e da
Microrganismos fungos e bactérias no observação, por meio de atividades práticas com
processo de decomposição, os estudantes para compreensão do papel dos
reconhecendo a importância fungos e das bactérias no processo de
ambiental desse processo. decomposição da matéria e equilíbrios dos
ecossistemas. Sugere-se que, para contemplar
esta habilidade, o professor utilize recursos
multissemióticos que auxiliarão na compreensão
do conhecimento.
Sugere-se a leitura do item Educação Ambiental
dentro dos temas contemporâneos para
aprofundamento. Nesta habilidade é possível
propor metodologias para desenvolver as
competências cognitivas e socioemocionais de
conhecimento, de resolução de problemas e de
criatividade.
Vida e evolução Cadeias alimentares (MS.EF04CI07.s.07) Para contemplar esta habilidade, sugere-se ao
simples Verificar a participação de professor relacionar a produção de
Microrganismos microrganismos na produção medicamentos, de alimentos e de combustíveis
de alimentos, combustíveis, aos processos biotecnológicos. Propõe-se que,
medicamentos, entre outros. para contemplar esta habilidade, o professor
utilize recursos multissemióticos que auxiliarão na
compreensão do conhecimento.
É importante realizar abordagem histórica dos
processos biotecnológicos. Nesta habilidade é
possível propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
pensamento científico, crítico e criativo, de
abertura para o novo, de colaboração e de
resolução de problemas.
Vida e evolução Cadeias alimentares (MS.EF04CI08.s.08) Para contemplar a habilidade sugere-se ao
simples Propor, a partir do professor trabalhar com doenças
Microrganismos conhecimento das formas de infectocontagiosas de maior relevância e
transmissão de alguns incidência em Mato Grosso do Sul, tais como:
microrganismos (vírus, dengue, Chikungunya, leishmaniose, Zika, gripe e
bactérias e protozoários), febre amarela, dentre outras epidemias.
atitudes e medidas É possível ainda trabalhar conceitos relacionados
adequadas para prevenção de aos microrganismos para que os estudantes
doenças a eles associadas. conheçam e identifiquem suas características
estruturais.
Valorizar e propor discussões para sistematizar os
conhecimentos prévios dos estudantes,
direcionando para as atitudes e medidas de

607
CIÊNCIAS - 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
prevenção. Sugere-se que, para contemplar esta
habilidade, o professor utilize recursos
multissemióticos que auxiliarão na compreensão
do aprendizado. Nesta habilidade é possível
propor metodologias para desenvolver as
competências cognitivas e socioemocionais do
pensamento científico, crítico e criativo, da
comunicação, da argumentação, de colaboração e
de autocuidado.
Propõe-se, também, a leitura dos Temas
Contemporâneos relacionados à Saúde e à
Educação Ambiental.
Terra e Universo Pontos cardeais (MS.EF04CI09.s.09) Para desenvolver esta habilidade sugere-se ao
Calendários, Identificar os pontos cardeais, professor retomar conceitos relacionados aos
fenômenos cíclicos e com base no registro de pontos cardeais abordados nas habilidades
cultura diferentes posições relativas (MS.EF02GE08.s.06), (MS.EF02GE09.s.09) e
do Sol e da sombra de uma (MS.EF02GE10.s.08), da Geografia.
vara (gnômon). É possível desenvolver atividades investigativas
práticas, verificando as posições das sombras
projetadas obtidas com o uso do gnômon.
Nesta habilidade propõe-se desenvolver
habilidade de identificação de projeções de
sombras de diferentes locais. Sugere-se que, para
contemplar esta habilidade, o professor utilize
recursos multissemióticos que auxiliarão na
compreensão do conhecimento.
Esta habilidade possibilita a integração com as
habilidades (MS.EF04MA20.s.20), da Matemática,
(MS.EF04GE09.s.09) e (MS.EF04GE10.s.10), da
Geografia, (MS.EF04CI10.s.10), que podem
associar-se para a compreensão dos pontos
cardeais a partir da observação das projeções de
sombra feitas pelo Sol. Nesta habilidade é
possível propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais do
pensamento científico, crítico e criativo, da
comunicação e da argumentação. Sugere-se,
também, a leitura do Tema Contemporâneo
relacionado à Saúde.
Terra e Universo Pontos cardeais (MS.EF04CI10.s.10) Para desenvolver esta habilidade, que pode ser
Calendários, Comparar as indicações dos integrada à (MS.EF04CI09.s.09), devem-se utilizar
fenômenos cíclicos e pontos cardeais resultantes atividades práticas com procedimentos de
cultura da observação das sombras investigação, os quais possibilitam observação,
de uma vara (gnômon) com identificação, comparação, análise e
aquelas obtidas por meio de estabelecimento de relação, a respeito das
uma bússola. sombras projetadas em diferentes pontos de
referência. Propõe-se a utilização da bússola com
retomada aos pontos cardeais e a valorização
tecnológica, com base nos diferentes meios e
modos de orientação.
Sugere-se que, para contemplar esta habilidade, o
professor utilize recursos multissemióticos que
auxiliarão na compreensão do conhecimento.
Esta habilidade possibilita a integração com as
habilidades (MS.EF04MA20.s.20), da Matemática,
(MS.EF04GE09.s.09) e (MS.EF04GE10.s.10), da
Geografia, e (MS.EF04CI09.s.09), que podem
associar-se para a compreensão dos pontos
cardeais. Nesta habilidade é possível propor

608
CIÊNCIAS - 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
metodologias para desenvolver as competências
cognitivas e socioemocionais argumentação,
pensamento científico, crítico e criativo,
conhecimento.
Terra e Universo Pontos cardeais (MS.EF04CI11.s.11) Nesta habilidade, sugere-se ao professor utilizar
Calendários, Associar os movimentos recursos multissemióticos para proporcionar
fenômenos cíclicos e cíclicos da Lua e da Terra a diferentes meios para aprendizagem, resgatando
cultura períodos de tempo regulares os conhecimentos populares de diferentes
e ao uso desse conhecimento contextos geográficos e sócio-históricos.
para a construção de É possível identificar e estabelecer relação entre
calendários em diferentes os movimentos da Terra e da Lua, bem como a
culturas. marcação do tempo, retomando ainda os
conceitos relacionados aos movimentos de
rotação e translação. Propõe-se a fundamentação
teórica no Tema Contemporâneo Cultura Digital.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de comunicação, de resolução
de problemas, de argumentação e do
pensamento científico, crítico e criativo.

CIÊNCIAS - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Matéria e energia Propriedades físicas (MS.EF05CI01.s.01) Para contemplar esta habilidade, sugere-se ao
dos materiais Explorar fenômenos da vida professor a utilização de práticas que possibilitem
Ciclo hidrológico cotidiana que evidenciem a exploração de fenômenos que ocorrem no
Consumo consciente propriedades físicas dos cotidiano dos estudantes, em relação às
Reciclagem materiais – como densidade, propriedades físicas dos materiais. Propõem-se,
condutibilidade térmica e ainda, atividades investigativas preconizando a
elétrica, respostas a forças observação e identificação destes materiais. Nesta
magnéticas, solubilidade, habilidade é possível fazer uso de metodologias
respostas a forças mecânicas para desenvolver as competências cognitivas e
(dureza, elasticidade etc.), socioemocionais de colaboração, de pensamento
entre outras. científico, crítico e criativo, e de argumentação.
Matéria e energia Propriedades físicas (MS.EF05CI02.s.02) Para contemplar esta habilidade, sugere-se ao
dos materiais Aplicar os conhecimentos professor a utilização de recursos
Ciclo hidrológico sobre as mudanças de estado multissemióticos, procedimentos práticos de
Consumo consciente físico da água para explicar o investigação, a fim de proporcionar aos
Reciclagem ciclo hidrológico e analisar estudantes o desenvolvimento de habilidades
suas implicações na como conhecimento, identificação, pensamento
agricultura, no clima, na crítico e análise do ciclo hidrológico.
geração de energia elétrica, É possível associar e analisar a importância do
no provimento de água ciclo da água para a agricultura, para o clima e
potável e no equilíbrio dos para a geração de energia.
ecossistemas regionais (ou Ressalta-se a importância de trabalhar com os
locais). estudantes a Educação Socioambiental em
relação ao consumo consciente e ao desperdício,
bem como à conservação do patrimônio natural.
Propõe-se a fundamentação teórica no Tema
Contemporâneo Educação Ambiental, deste
documento, no Comitê de Bacias Hidrográficas do
Ministério do Meio Ambiente, na Política Nacional
de Educação Ambiental e nas Diretrizes Nacionais
de Educação Ambiental. Nesta habilidade é
possível propor metodologias para desenvolver

609
CIÊNCIAS - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
as competências cognitivas e socioemocionais do
pensamento científico, crítico e criativo, da
comunicação e de abertura para o novo, de
argumentação, reponsabilidade e cidadania.
Matéria e energia Propriedades físicas (MS.EF05CI03.s.03) Para contemplar esta habilidade, sugere-se ao
dos materiais Selecionar argumentos que professor a utilização de recursos
Ciclo hidrológico justifiquem a importância da multissemióticos.
Consumo consciente cobertura vegetal para a Ressalta-se a importância do trabalho
Reciclagem manutenção do ciclo da água, socioambiental, abordando conservação do solo,
a conservação dos solos, dos da cobertura vegetal (mata ciliar), dos cursos
cursos de água e da d’água, do ar atmosférico, valorizando atitudes
qualidade do ar atmosférico. socioambientais.
Propõe-se a fundamentação teórica nos temas
contemporâneos Educação Ambiental deste
documento, Comitês de Bacias hidrográficas do
Ministério do Meio ambiente, Política Nacional de
Educação Ambiental e Diretrizes Nacionais de
Educação Ambiental. Sugere-se, ainda, utilizar
metodologias voltadas para o trabalho com as
competências cognitivas e socioemocionais de
pensamento científico, crítico e criativo, de
argumentação, de comunicação, de
responsabilidade e de cidadania.
Matéria e energia Propriedades físicas (MS.EF05CI04.s.04) Para contemplar esta habilidade, sugere-se ao
dos materiais Identificar os principais usos professor a utilização de recursos
Ciclo hidrológico da água e de outros materiais multissemióticos para abordar as diferentes
Consumo consciente nas atividades cotidianas, formas de utilização da água nas atividades
Reciclagem para discutir e propor formas cotidiana. O professor poderá promover
sustentáveis de utilização discussões, a fim de desenvolver habilidades de
desses recursos. listar, reconhecer, descrever e selecionar, com
intuito de analisar práticas sustentáveis com
relação a água ou corpos d'água presentes em
seu ambiente, como rios, lagos e mares, e a
utilização da água no dia-a-dia das pessoas.
Propõe-se a fundamentação teórica nos temas
contemporâneos Educação Ambiental deste
documento, Comitês de Bacias hidrográficas do
Ministério do Meio ambiente, Política Nacional de
Educação Ambiental e Diretrizes Nacionais de
Educação Ambiental.
O professor pode, ainda, utilizar metodologias
voltadas para o trabalho com as competências
cognitivas e socioemocionais de argumentação,
de comunicação, de responsabilidade e de
cidadania.
Matéria e energia Propriedades físicas (MS.EF05CI05.s.05) Para contemplar esta habilidade sugere-se ao
dos materiais Construir propostas coletivas professor a utilização de recursos
Ciclo hidrológico para um consumo mais multissemióticos para a análise de algumas
Consumo consciente consciente e criar soluções práticas de consumo consciente.
Reciclagem tecnológicas para o descarte O professor poderá desenvolver atividades
adequado e a reutilização ou investigativas preconizando a identificação,
reciclagem de materiais reconhecimento e classificação quanto aos tipos
consumidos na escola e/ou de resíduos sólidos.
na vida cotidiana. Ressalta-se a importância de abordar o consumo
consciente, primando pela redução dos materiais,
conforme proposto na prática dos 5Rs da Política
Nacional dos Resíduos Sólidos. Nesta habilidade
é possível propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
610
CIÊNCIAS - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
empatia, de cooperação, de responsabilidade e de
cidadania, além da responsabilidade
socioambiental. Esta habilidade possibilita a
integração com o componente de Geografia
(MS.EF05GE11.s.14), associado à criação de
soluções para problemas ambientais próximos à
vida cotidiana do estudante.
Sugere-se a leitura do Tema Contemporâneo
Educação Ambiental e a Política Nacional de
Resíduos Sólidos.
Vida e evolução Nutrição do (MS.EF05CI06.s.06) Para contemplar esta habilidade, sugere-se ao
organismo Selecionar argumentos que professor a utilização de recursos
Hábitos alimentares justifiquem por que os multissemióticos para que os estudantes
Integração entre os sistemas digestório e conheçam, identifiquem e estabeleçam relações
sistemas digestório, respiratório são considerados entre os sistemas digestório, respiratório e
respiratório e corresponsáveis pelo circulatório.
circulatório processo de nutrição do Ressalta-se a importância de abordar os sistemas,
organismo, com base na de maneira que os estudantes identifiquem as
identificação das funções partes e funções de cada um deles.
desses sistemas. Esta habilidade está integrada com a
(MS.EF05CI07.s.07) de Ciências, e pode ser
aprofundada pela perspectiva da integração com
o sistema circulatório, desde que adequada ao
desenvolvimento cognitivo do estudante.
Pode-se, desta maneira, utilizar metodologias
voltadas às competências cognitivas e
socioemocionais de pensamento científico, crítico
e criativo, de autocuidado, de comunicação, de
argumentação.
Vida e evolução Nutrição do (MS.EF05CI07.s.07) Em relação a esta habilidade o professor deverá
organismo Justificar a relação entre o destacar o funcionamento do sistema excretor
Hábitos alimentares funcionamento do sistema humano e sua importância no processo de
Integração entre os circulatório, a distribuição dos eliminação dos resíduos produzidos pelo corpo.
sistemas digestório, nutrientes pelo organismo e a Para desenvolvê-la faz-se necessário o
respiratório e eliminação dos resíduos conhecimento sobre os sistemas e a identificação
circulatório produzidos. das partes com descrição das funções
desempenhadas no processo de nutrição do
organismo.
É possível ainda a utilização de modelos, dentre
outros recursos, que possibilitem a compreensão
do funcionamento e da integração dos sistemas,
bem como o papel desempenhado pelo sistema
circulatório nas trocas gasosas e transporte de
resíduos que serão excretados pelo organismo.
Nesta habilidade é possível desenvolver as
competências cognitivas e socioemocionais de
pensamento crítico, criativo e científico, de
comunicação e de argumentação.
Vida e evolução Nutrição do (MS.EF05CI08.s.08) Sugere-se dialogar com os estudantes sobre as
organismo Organizar um cardápio restrições alimentares mais comuns como, por
Hábitos alimentares equilibrado com base nas exemplo, a intolerância à lactose, ao glúten etc. É
Integração entre os características dos grupos possível ainda abordar a identificação dos
sistemas digestório, alimentares (nutrientes e diferentes tipos de alimentos reguladores,
respiratório e calorias) e nas necessidades construtores e energéticos, reconhecendo o
circulatório individuais (atividades alimento como fonte de matéria e energia para o
realizadas, idade, sexo etc.) crescimento e manutenção do corpo. Nesta
para a manutenção da saúde habilidade é possível desenvolver competências
do organismo. cognitivas e socioemocionais de pensamento

611
CIÊNCIAS - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
crítico, criativo e científico, de comunicação e de
argumentação, autoconhecimento e autocuidado.
Esta habilidade pode ser abordada de maneira
integrada ao componente Educação Física
(MS.EF45EF00.n.15).
Sugere-se, ainda, a leitura do Tema
Contemporâneo Educação Alimentar e
Nutricional.
Vida e evolução Nutrição do (MS.EF05CI09.s.09) Nesta habilidade sugere-se a integração com as
organismo Discutir a ocorrência de habilidades (MS.EF05CI08.s.08), da Ciências, e
Hábitos alimentares distúrbios nutricionais (como (MS.EF45EF00.n.15) da Educação Física.
Integração entre os obesidade, subnutrição etc.) É possível abordar procedimentos investigativos
sistemas digestório, entre crianças e jovens a para identificar e selecionar alimentos do seu
respiratório e partir da análise de seus cotidiano. Podem-se propor discussões a respeito
circulatório hábitos (tipos e quantidade dos distúrbios nutricionais com especialistas,
de alimento ingerido, prática dentre outros.
de atividade física etc.). Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de autoconhecimento, de
autocuidado e de argumentação.
Sugere-se, ainda, a leitura dos Temas
Contemporâneos Educação Alimentar e
Nutricional e Saúde Sexualidade e Gênero, Vida
Familiar e Social.
Terra e Universo Constelações e (MS.EF05CI10.s.10) Nesta habilidade podem-se utilizar
mapas celestes Identificar algumas procedimentos de investigação para desenvolver
Movimento de constelações no céu, com o outras habilidades como, observar, registrar e
rotação da Terra apoio de recursos (como descrever a respeito das constelações e de mapas
Periodicidade das mapas celestes e aplicativos celestes.
fases da Lua digitais, entre outros), e os Sugere-se desenvolver procedimentos
Instrumentos óticos períodos do ano em que elas investigativos de observação e identificação do
são visíveis no início da noite. céu da sua região, das constelações presentes em
mapas celestes, bem como usar aplicativos
digitais para identificação dessas constelações no
céu visível da sua cidade, além de outras. Podem-
se ainda, utilizar aplicativos digitais e Softwares
como, por exemplo, o Stellarium, Solar Systen
Scop, dentre outros.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de criatividade, de abertura para
o novo, de comunicação, de pensamento crítico,
criativo e científico e de argumentação.
Propõe-se, ainda, a leitura do Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Terra e Universo Constelações e (MS.EF05CI11.s.11) Ressalta-se a importância de evidenciar que o
mapas celestes Associar o movimento diário movimento é realizado pelo planeta Terra e a
Movimento de do Sol e das demais estrelas projeção do Sol é ocasionada devido ao
rotação da Terra no céu ao movimento de movimento do planeta. Sugerimos nesta
Periodicidade das rotação da Terra. habilidade trabalhar o conceito dos movimentos
fases da Lua de Translação e Rotação do planeta.
Instrumentos óticos Nesta habilidade podem-se utilizar
procedimentos de investigação para desenvolver
outras habilidades como observar, registrar e
descrever a respeito dos movimentos da Terra.
É possível, ainda, trabalhar com atividades
práticas e com a construção de modelos, além de
aplicativos digitais.

612
CIÊNCIAS - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Também é possível enriquecer as habilidades com
elementos da cultura, como comparar distintas
representações dos povos em diferentes épocas
sobre a relação entre o Sol, a Lua e a Terra, ou
identificar aspectos culturais influenciados pela
rotação da Terra, como as escalas de tempo na
agricultura ou na vida humana.
Propõem-se metodologias para desenvolver as
competências cognitivas e socioemocionais de
argumentação, de repertório cultural, de
pensamento científico, crítico e criativo.
Sugere-se a integração com a habilidade
(MS.EF05CI10.s.10), da Ciências, e a leitura do
Tema Contemporâneo Cultura Digital.
Terra e Universo Constelações e (MS.EF05CI12.s.12) Nesta habilidade destaca-se a importância desses
mapas celestes Concluir sobre a registros contemplando o quantitativo de meses
Movimento de periodicidade das fases da indicado para garantir que o estudante
rotação da Terra Lua, com base na observação identifique as fases lunares (7 a 8 dias) e o ciclo
Periodicidade das e no registro das formas lunar completo (29 a 30 dias).
fases da Lua aparentes da Lua no céu ao Valorizar e utilizar os conhecimentos dos
Instrumentos óticos longo de, pelo menos, dois estudantes a respeito das fases da lua,
meses. relacionando com cultura local.
Propõe-se para complementar o desenvolvimento
desta habilidade, a utilização de modelos que
exemplificam a influência das escalas de tempo
baseadas nas fases da Lua no cotidiano e na
forma de organização da vida, além de recursos
multissemóticos sobre a temática.
Promover ainda discussões a partir das
observações dos estudantes e suas construções, a
fim de propiciar habilidades que desenvolvam
competências cognitivas e socioemocionais como,
por exemplo, repertório cultural, conhecimento,
comunicação e resolução de problemas.
Sugere-se a leitura do Tema Contemporâneo
Cultura Digital.
Terra e Universo Constelações e (MS.EF05CI13.s.13) Nesta habilidade propõe-se trabalhar com a
mapas celestes Projetar e construir história da ciência, evidenciando a importância da
Movimento de dispositivos para observação utilização desses dispositivos construídos no
rotação da Terra à distância (luneta, periscópio passado.
Periodicidade das etc.), para observação Sugere-se a utilização de práticas de ensino
fases da Lua ampliada de objetos (lupas, investigativo com problematizações, para a
Instrumentos óticos microscópios) ou para construção de modelos de dispositivos para
registro de imagens observação a distância (luneta e periscópio), de
(máquinas fotográficas) e observação ampliada (microscópio e lupa) e de
discutir usos sociais desses imagem (máquina fotográfica).
dispositivos. É possível abordar metodologias que
desenvolvam competências cognitivas e
socioemocionais como, por exemplo, a
criatividade, o pensamento científico, crítico e
criativo, a argumentação, a colaboração, a
comunicação e a resolução de problemas.

613
CIÊNCIAS - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Matéria e energia Misturas (MS.EF06CI01.s.01) Nesta habilidade sugere-se conceituar e
homogêneas e Classificar como homogênea diferenciar substâncias puras (simples e
heterogêneas ou heterogênea a mistura de compostas) de misturas, além de classificar
Separação de dois ou mais materiais (água sistemas homogêneos e heterogêneos, utilizando
materiais e sal, água e óleo, água e exemplos do cotidiano.
Materiais sintéticos areia, etc). Propõe-se, ainda, iniciar com a conceituação de
Transformações átomos e moléculas utilizando o modelo de
químicas Dalton.
Para desenvolver esta habilidade o professor
poderá propor atividades investigativas práticas,
além da utilização de recursos multissemióticos.
É possível, ainda, abordar metodologias que
desenvolvam competências cognitivas e
socioemocionais como, por exemplo, criatividade,
pensamento científico, crítico e criativo,
argumentação, colaboração, comunicação e
resolução de problemas.
Matéria e energia Misturas (MS.EF06CI02.s.02) O professor poderá, nesta habilidade, introduzir
homogêneas e Identificar evidências de os termos solvente, soluto e fenômenos químicos,
heterogêneas transformações químicas a a fim de diferenciá-los e exemplificá-los. Sugere-
Separação de partir do resultado de se o trabalho com práticas relacionadas à
materiais misturas de materiais que realização de experimentos com mistura de
Materiais sintéticos originam produtos diferentes materiais que evidenciem ou não a ocorrência de
Transformações dos que foram misturados transformações químicas.
químicas (misturas de ingredientes É possível abordar metodologias que
para fazer um bolo, mistura desenvolvam as competências cognitivas e
de vinagre com bicarbonato socioemocionais como, por exemplo, pensamento
de sódio, etc.). científico, crítico e criativo, argumentação,
resolução de problemas.
Matéria e energia Misturas (MS.EF06CI03.s.03) Caracterizar, nesta habilidade, os métodos de
homogêneas e Selecionar métodos mais separação adequados a cada mistura como:
heterogêneas adequados para a separação decantação, filtração, peneiração, destilação,
Separação de de diferentes sistemas centrifugação, dentre outros, utilizando exemplos
materiais heterogêneos a partir da do cotidiano.
Materiais sintéticos identificação de processos de Propõe-se a utilização de atividades práticas de
Transformações separação de materiais (como investigação, pesquisando sistemas produtivos
químicas a produção de sal de cozinha, que utilizam separação de materiais como, por
a destilação de petróleo, exemplo, a Estação de Tratamento de Água (ETA),
entre outros). usinas, de açúcar e álcool, dentre outros.
Esta habilidade aprofunda a (MS.EF06CI01.s.01).
É possível, ainda, trabalhar práticas que envolvam
métodos de separação de sistemas homogêneos
e heterogêneos, considerando misturas comuns
no cotidiano do estudante, além de abordar
metodologias que desenvolvam competências
cognitivas e socioemocionais como, por exemplo,
pensamento científico, crítico e criativo e
argumentação.
Matéria e energia Misturas (MS.EF06CI04.s.04) Nesta habilidade sugere-se trabalhar com
homogêneas e Associar a produção de atividades de investigação, envolvendo pesquisas
heterogêneas medicamentos e outros relacionadas à produção dos medicamentos e o
Separação de materiais sintéticos ao desenvolvimento científico e tecnológico na
materiais desenvolvimento científico e melhoria da eficiência dos medicamentos ao
Materiais sintéticos tecnológico, reconhecendo longo do tempo, além de trabalhar os impactos
Transformações benefícios e avaliando socioambientais na sociedade.
químicas impactos socioambientais. É possível abordar habilidades relacionadas a
analisar aspectos de conservação, data de
fabricação e vencimento, bem como o descarte
mais adequado para determinados tipos de

614
CIÊNCIAS - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
medicamentos e ainda diferenciar medicamentos
fitoterápicos de medicamentos sintéticos,
abordando questões relacionadas a
automedicação.
Podem-se, também, abordar metodologias que
desenvolvam as competências cognitivas e
socioemocionais como, por exemplo, pensamento
científico, crítico e criativo e argumentação.
Sugere-se o aprofundamento teórico em temas
relacionados à biotecnologia.
Vida e evolução Célula como unidade (MS.EF06CI05.s.05) Para desenvolver esta habilidade, sugere-se
da vida Explicar a organização básica caracterizar os diferentes tipos de células e suas
Interação entre os das células e seu papel como estruturas (procarionte, eucarionte, unicelular e
sistemas locomotor e unidade estrutural e funcional pluricelular). E, ainda, diferenciar os níveis de
nervoso dos seres vivos. organização, estrutura e função biológica dos
Lentes corretivas seres vivos.
Propõe-se a diferenciação de tipos de células,
elencando as principais semelhanças e diferenças
entre elas, além de exemplificar os seres vivos que
as apresenta.
Para complementar a habilidade, sugere-se a
construção de modelos e atividades investigativas
que permitam conhecer a organização celular
como princípio da vida.
Podem-se, ainda, abordar metodologias que
desenvolvam as competências cognitivas e
socioemocionais como, por exemplo, pensamento
científico, crítico e criativo, argumentação,
resolução de problemas.
Vida e evolução Célula como unidade (MS.EF06CI06.s.06) Esta habilidade pode ser integrada à
da vida Concluir, com base na análise (MS.EF06CI05.s.05) e, para seu desenvolvimento
Interação entre os de ilustrações e/ou modelos sugere-se a explicação de diferentes níveis de
sistemas locomotor e (físicos ou digitais), que os organização a partir do nível celular.
nervoso organismos são um complexo É possível desenvolver atividades multissemióticas
Lentes corretivas arranjo de sistemas com e modelos que possibilitam a identificação da
diferentes níveis de organização de diferentes seres vivos. Ressalta-se
organização. a importância da construção e comparação,
partindo de uma linha evolutiva.
Propõe-se, ainda, a abordagem de metodologias
que desenvolvam as competências cognitivas e
socioemocionais como, por exemplo, o
pensamento científico, crítico e criativo, a
comunicação e a argumentação.
Vida e evolução Célula como unidade (MS.EF06CI07.s.07) Nesta habilidade sugere-se, inicialmente,
da vida Justificar o papel do sistema introduzir o conjunto de órgãos que compõem o
Interação entre os nervoso na coordenação das sistema nervoso e suas respectivas funções.
sistemas locomotor e ações motoras e sensoriais do Propõem-se atividades investigativas para
nervoso corpo, com base na análise desenvolver as habilidades de identificação, de
Lentes corretivas de suas estruturas básicas e relação entre fontes de estímulos que provocam
respectivas funções. atos reflexos e estão associadas ao sistema
nervoso.
O professor poderá propor a utilização de
práticas com base em elementos como a
degustação de alimentos, a modificação de
temperatura e as diversas fontes e tipos de
estímulos (quimiorreceptor, mecanorreceptor,
fotorreceptor e termorreceptor) para o organismo
humano.

615
CIÊNCIAS - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Sugere-se, ainda, a abordagem de metodologias
que desenvolvam as competências cognitivas e
socioemocionais, como, por exemplo,
conhecimento, pensamento científico, crítico e
criativo, comunicação e argumentação.
Vida e evolução Célula como unidade (MS.EF06CI08.s.08) Nesta habilidade sugere-se ao professor o
da vida Explicar a importância da trabalho com a anatomia e a fisiologia do olho
Interação entre os visão (captação e humano, por meio de atividades multissemióticas
sistemas locomotor e interpretação das imagens) e outras fontes de informações, enfatizando os
nervoso na interação do organismo problemas de saúde relacionados à visão.
Lentes corretivas com o meio e, com base no Propõe-se demonstração da região do cérebro
funcionamento do olho responsável pela visão e o processo de captura e
humano, selecionar lentes interpretação da imagem.
adequadas para a correção de E, ainda, podem-se utilizar atividades
diferentes defeitos da visão. investigativas que envolvam comparar as
estruturas do olho humano às de outros seres
vivos (anatomia comparada) e às de
equipamentos tecnológicos, como as câmeras
fotográficas atuais.
Sugere-se a utilização de modelos explicativos
para compreensão do funcionamento do olho
humano em condições variadas de luminosidade,
relacionando-o à orientação e hábitos dos seres
vivos pelos sentidos da visão em diferentes
ambientes.
Além disso, utilizar modelos de lentes de correção
para explicar defeitos relacionados à visão.
O professor pode, ainda, abordar metodologias
que desenvolvam as competências cognitivas e
socioemocionais, de conhecimento, de
pensamento científico, crítico e criativo, de
comunicação e de argumentação.
Vida e evolução Célula como unidade (MS.EF06CI09.s.09) Sugere-se ao professor identificar os órgãos dos
da vida Deduzir que a estrutura, a diferentes sistemas, criando modelos que
Interação entre os sustentação e a representam a associação entre esqueleto,
sistemas locomotor e movimentação dos animais músculos e coordenação do sistema nervoso.
nervoso resultam da interação entre Nesta habilidade é possível observar diferentes
Lentes corretivas os sistemas muscular, ósseo e formas de movimentos dos braços e pernas,
nervoso. relacionando com a integração entre os sistemas.
Podem-se, também, utilizar práticas que
envolvam o movimento do corpo humano,
expandindo para a saúde, como atividades físicas,
ergonomia, modos de prevenção, postura e
aumento da qualidade de vida.
Nesta habilidade sugere-se a integração com a
habilidade de Educação Física (MS.EF67EF08.s08)
e a abordagem de metodologias que
desenvolvam as competências cognitivas e
socioemocionais, de autoconhecimento e
autocuidado, de responsabilidade, de
pensamento científico, crítico e criativo, de
comunicação e argumentação.
Vida e evolução Célula como unidade (MS.EF06CI10.s.10) Para desenvolver esta habilidade, propõe-se
da vida Explicar como o trabalhar o conceito de drogas (lícitas e ilícitas),
Interação entre os funcionamento do sistema analisando suas implicações sociais no contexto
sistemas locomotor e nervoso pode ser afetado por sócio-histórico, bem como discutir as diferentes
nervoso substâncias psicoativas. motivações, seus fatores de risco e formas de
Lentes corretivas proteção e os efeitos no corpo humano.

616
CIÊNCIAS - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Nesta habilidade propõe-se a integração com a
(MS.EF06CI07.s.07), e a abordagem de
metodologias que desenvolvam as competências
cognitivas e socioemocionais, de
autoconhecimento e autocuidado, de
pensamento científico, crítico e criativo, de
responsabilidade e cidadania, de comunicação,
trabalho e projeto de vida. Sugere-se o
aprofundamento do Tema Contemporâneo Saúde
Sexualidade e Gênero, Vida Familiar e Social.
Terra e Universo Forma, estrutura e (MS.EF06CI11.s.11) Nesta habilidade sugere-se o trabalho de
movimentos da Terra Identificar as diferentes comparação de diferentes modelos
camadas que estruturam o representativos do planeta Terra em diferentes
planeta Terra (da estrutura culturas, como os modelos presentes nos mitos
interna à atmosfera) e suas dos povos guarani, de matriz africana, gregos e
principais características. portugueses à época das navegações, bem como
compreender o impacto do desenvolvimento
científico na construção dos modelos
representativos do planeta Terra.
É possível solicitar a construção de modelos da
estrutura interna da Terra e a identificação das
características associadas a evidências sobre a
composição dessa estrutura, priorizando
atividades multissemióticas sobre as camadas
internas da Terra e camadas atmosféricas.
Nesta habilidade propõe-se a integração com a
habilidade (MS.EF06GEI09.s.07), da Geografia, no
que se refere à compreensão e à elaboração de
representações do planeta Terra, seus elementos
e estruturas.
Sugerem-se, ainda, abordar metodologias que
desenvolvam as competências cognitivas e
socioemocionais, de pensamento científico, crítico
e criativo, de conhecimento, de repertório
cultural, de argumentação e comunicação.
Terra e Universo Forma, estrutura e (MS.EF06CI12.s.12) Nesta habilidade sugere-se ao professor ressaltar
movimentos da Terra Identificar diferentes tipos de a importância dos sítios paleontológicos
rocha, relacionando a presentes em nosso Estado. Orientar
formação de fósseis a rochas procedimentos investigativos para a exploração
sedimentares em diferentes dos tipos de solos encontrados na região da
períodos geológicos. escola e na residência dos estudantes.
Propõe-se o desenvolvimento de habilidades
cognitivas como identificar, selecionar, comparar
e classificar rochas, com base na descrição do
local, origem das rochas e suas características,
associando-as aos períodos geológicos,
utilizando, ainda, recursos multissemióticos.
O professor pode, ainda, abordar metodologias
que desenvolvam as competências cognitivas e
socioemocionais, de conhecimento, de
argumentação, de comunicação e de pensamento
científico, crítico e criativo.
Terra e Universo Forma, estrutura e (MS.EF06CI13.s.13) Ressalta-se a importância de explicar que nesta
movimentos da Terra Selecionar argumentos e habilidade o planeta Terra possui o formato
evidências que demonstrem a geóide com leve achatamento dos pólos,
esfericidade da Terra. evidenciando o posicionamento da Terra. Para
complementar esta habilidade, o professor
poderá utilizar imagens ou fotografias do espaço

617
CIÊNCIAS - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
e relacionar informações aos modelos
representativos.
Sugerem-se, ainda, abordar metodologias que
desenvolvam as competências cognitivas e
socioemocionais, de conhecimento, de
argumentação, de comunicação e de pensamento
científico, crítico e criativo. Ainda propõe-se a
leitura do Tema Contemporâneo Cultura Digital.
Terra e Universo Forma, estrutura e (MS.EF06CI14.s.14) Ressalta-se a importância de explicar que nesta
movimentos da Terra Inferir que as mudanças na habilidade o planeta Terra possui o formato
sombra de uma vara geóide com leve achatamento dos polos,
(gnômon) ao longo do dia em evidenciando o posicionamento da Terra. Para
diferentes períodos do ano complementar esta habilidade, o professor
são uma evidência dos poderá utilizar imagens ou fotografias do espaço
movimentos relativos entre a e relacionar informações aos modelos
Terra e o Sol, que podem ser representativos. Construir um relógio solar fixo ou
explicados por meio dos removível para observação das mudanças das
movimentos de rotação e sombras do gnômon ao longo do ano.
translação da Terra e da Sugerem-se, ainda, abordar metodologias que
inclinação de seu eixo de desenvolvam as competências cognitivas e
rotação em relação ao plano socioemocionais, de conhecimento, de
de sua órbita em torno do argumentação, de comunicação e de pensamento
Sol. científico, crítico e criativo.
Ainda propõe-se a leitura do Tema
Contemporâneo Cultura Digital.

CIÊNCIAS - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Matéria e energia Máquinas simples (MS.EF07CI01.s.01) Nesta habilidade, o professor poderá realizar uma
Formas de Discutir a aplicação, ao longo linha do tempo, abordando a trajetória de
propagação do calor da história, das máquinas algumas máquinas/invenções que contribuíram e
Equilíbrio simples e propor soluções e contribuem para realização de tarefas mecânicas.
termodinâmico e vida invenções para a realização Para contemplar a habilidade é necessário
na Terra de tarefas mecânicas proporcionar habilidades cognitivas de discutir,
História dos cotidianas. identificar e conhecer, o que são máquinas
combustíveis e das simples e seu funcionamento, identificando a
máquinas térmicas importância desses objetos no cotidiano. Propõe-
se, ainda, propiciar atividades que proporcionem
o desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais, como argumentação,
criatividade, comunicação e pensamento
científico, crítico e criativo, conhecimento.
Sugere-se a leitura do Tema Contemporâneo
Cultura Digital.
É possível abordar os reflexos para a sociedade,
sobre a utilização desses instrumentos/invenções.
É importante utilizar de recursos multissemióticos
para explorar a utilização das máquinas que
auxiliam com as tarefas mecânicas. Além disso, é
possível abordar procedimentos investigativos,
observando e construindo modelos de objetos/
instrumentos que são utilizados no cotidiano,
incluindo alavancas e polias.
Nesta habilidade sugere-se a integração com a
habilidade de Geografia (MS.EF07GE08.s.09), no

618
CIÊNCIAS - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
que se refere ao estudo das transformações
tecnológicas e suas relações com a história, a
sociedade e a economia, além dos impactos
socioambientais.
Matéria e energia Máquinas simples (MS.EF07CI02.s.02) Nesta habilidade o professor poderá trabalhar
Formas de Diferenciar temperatura, calor com atividades que contemplem as habilidades
propagação do calor e sensação térmica nas cognitivas como, por exemplo, conhecer,
Equilíbrio diferentes situações de identificar e diferenciar temperatura, calor e
termodinâmico e vida equilíbrio termodinâmico sensação térmica. É possível realizar
na Terra cotidianas. procedimentos de investigação que
História dos proporcionem aos estudantes formular hipóteses,
combustíveis e das realizar previsões sobre a irreversibilidade dos
máquinas térmicas fenômenos que envolvem transferência de calor
em diferentes situações de equilíbrio
termodinâmico cotidianas, a fim de que os
estudantes possam compreender equilíbrio
termodinâmico.
Sugere-se estabelecer como referência o estudo
do clima local e instrumentos utilizados,
considerando a temperatura da região e a
finalidade desse uso, incluindo-se as aplicações
tecnológicas e de processos de produção
econômica e industrial.
Ressalta-se a necessidade de recursos
multissemióticos para proporcionar diferentes
meios de conhecimentos sobre a temática.
É possível promover metodologias que favoreçam
o desenvolvimento das competências cognitivas e
socioemocionais, como comunicação,
pensamento científico, crítico e criativo,
argumentação, dentre outras.
Propõe-se, ainda, a integração com a habilidade
(MS.EF07CI03.s.03).
Matéria e energia Máquinas simples (MS.EF07CI03.s.03) Destaca-se que esta habilidade deve ser
Formas de Utilizar o conhecimento das trabalhada de forma integrada com a
propagação do calor formas de propagação do (MS.EF07CI02.s.02) da própria Ciências. Para
Equilíbrio calor para justificar a contemplar esta habilidade, o professor poderá
termodinâmico e vida utilização de determinados utilizar recursos multissemióticos para
na Terra materiais (condutores e proporcionar conhecimentos a respeito das
História dos isolantes) na vida cotidiana, formas de propagação de calor em diferentes
combustíveis e das explicar o princípio de meios.
máquinas térmicas funcionamento de alguns É possível desenvolver atividades investigativas
equipamentos (garrafa que possibilitem trabalhar habilidades cognitivas
térmica, coletor solar etc.) de investigar e analisar formas de propagação
e/ou construir soluções do calor para justificar a utilização de
tecnológicas a partir desse determinados materiais.
conhecimento. Ressalta-se a necessidade de trabalhar os
conceitos de materiais condutores e isolantes do
uso cotidiano, bem como as aplicações
tecnológicas e processos de produção econômica
e industrial de materiais diversos.
Ainda é possível utilizar procedimentos que
favoreçam o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais como, por exemplo,
argumentação, conhecimento, pensamento
científico, crítico e criativo, comunicação, dentre
outras.
Sugere-se a leitura dos Temas Contemporâneos
Cultura Digital e Educação Ambiental. Ressaltar a

619
CIÊNCIAS - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
importância de se discutir a origem desses
materiais, sustentabilidade e questões
socioambientais.
Matéria e energia Máquinas simples (MS.EF07CI04.s.04) Destaca-se que esta habilidade deve ser integrada
Formas de Avaliar o papel do equilíbrio às habilidades (MS.EF07CI02.s.02) e
propagação do calor termodinâmico para a (MS.EF07CI03.s.03).
Equilíbrio manutenção da vida na Terra, Sugere-se analisar, justificar e concluir como o
termodinâmico e vida para o funcionamento de equilíbrio dinâmico influi na manutenção da vida,
na Terra máquinas térmicas e em na conversão de calor em trabalho mecânico e na
História dos outras situações cotidianas. investigação do funcionamento de máquinas
combustíveis e das térmicas.
máquinas térmicas É necessário, ainda, discutir sobre as condições
favoráveis para a vida na Terra, partindo do
conhecimento proposto, além de discutir sobre o
funcionamento de máquinas térmicas no
cotidiano e sua influência na vida humana.
Propõe-se a construção de modelos que
exemplifiquem algumas máquinas térmicas e seu
funcionamento. Pode-se utilizar recursos
multissemióticos para auxiliar na exemplificação
de máquinas.
Ainda é possível propor atividades que favoreçam
o desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais, como argumentação,
conhecimento científico, crítico e criativo,
comunicação e criatividade.
Matéria e energia Máquinas simples (MS.EF07CI05.s.05) Nesta habilidade sugere-se ao professor
Formas de Discutir o uso de diferentes comparar os diferentes tipos de combustíveis e
propagação do calor tipos de combustível e máquinas, e ainda comparar a ecoeficiência dos
Equilíbrio máquinas térmicas ao longo combustíveis aos avanços ao longo do tempo,
termodinâmico e vida do tempo, para avaliar destacando consequências socioambientais
na Terra avanços, questões causadas pela utilização dessas máquinas.
História dos econômicas e problemas Ressalta-se a importância de incluir a discussão
combustíveis e das socioambientais causados de geração de combustíveis a partir de fontes
máquinas térmicas pela produção e uso desses renováveis.
materiais e máquinas. Propõe-se a utilização de recursos
multissemióticos para abordar a temática, além
de utilizar procedimentos investigativos e
construção de modelos a respeito das máquinas
térmicas, motores e geradores etc. e seu
funcionamento.
Esta habilidade proporciona o desenvolvimento
de habilidade cognitivas como por exemplo,
analisar, compreender e justificar. Ainda é
possível propor atividades que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais, como, por exemplo,
argumentação, conhecimento científico, crítico e
criativo, comunicação e cidadania.
Sugere-se a leitura do Tema Contemporâneo
Educação Ambiental.
Matéria e energia Máquinas simples (MS.EF07CI06.s.06) Nesta habilidade o professor poderá trabalhar
Formas de Discutir e avaliar mudanças habilidades cognitivas como analisar,
propagação do calor econômicas, culturais e compreender, justificar e inferir sobre mudanças
Equilíbrio sociais, tanto na vida econômicas, culturais e sociais na vida cotidiana e
termodinâmico e vida cotidiana quanto no mundo no mundo do trabalho, associando-as ao
na Terra do trabalho, decorrentes do desenvolvimento de novos materiais e
História dos desenvolvimento de novos tecnologias. É possível abordar questões como

620
CIÊNCIAS - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
combustíveis e das materiais e tecnologias (como eficiência energética e sustentabilidade
máquinas térmicas automação e informatização). socioambiental.
Para contemplar esta habilidade propõe-se
realizar atividades que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais, como argumentação,
conhecimento, pensamento científico, crítico e
criativo, comunicação e cidadania.
Sugere-se também a integração com a habilidade
(MS.EF07GE08.s.09), da Geografia, no que se
refere ao estudo das transformações tecnológicas
e suas relações com a história, a sociedade e a
economia.
Vida e evolução Diversidade de (MS.EF07CI07.s.07) Nesta habilidade sugere-se conhecer os
ecossistemas Caracterizar os principais diferentes tipos de biomas brasileiros, suas
Fenômenos naturais e ecossistemas brasileiros caraterísticas físicas, culturais, econômicas e
impactos ambientais quanto à paisagem, à ambientais. Destaca-se a necessidade de
Programas e quantidade de água, ao tipo enfatizar os ecossistemas como, por exemplo, o
indicadores de saúde de solo, à disponibilidade de Cerrado e o Pantanal, característicos da região
pública luz solar, à temperatura etc., Centro-Oeste, identificando os impactos
correlacionando essas provocados pela agricultura e pecuária.
características à flora e fauna Propõe-se, ainda, realizar atividades que
específicas. desenvolvam habilidades de conhecer, identificar,
comparar e caracterizar. Pode-se utilizar
diferentes recursos como mapas, cartas
geográficas e inventários de fauna e flora.
Ressalta-se a importância de discutir os valores
ecossistêmicos e serviços ambientais prestados
pela biodiversidade.
Pode-se utilizar recursos multissemióticos que
retratam esses ecossistemas.
Ressalta-se a necessidade de abordar questões
relacionadas à Educação Ambiental, ações
antrópicas, bem como espécies ameaçadas de
extinção.
Sugere-se a integração com a habilidade
(MS.EF07GE011.s.12), da Geografia, associada à
caracterização dos principais ecossistemas
brasileiros.
Propõe-se a leitura do texto Temas
Contemporâneos, Educação Ambiental.
Recomenda-se a realização de atividades que
favoreçam o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais, como
argumentação, conhecimento, pensamento
científico, crítico e criativo, comunicação e
responsabilidade e cidadania.
Sugere-se resgatar os conceitos básicos da
classificação tradicional de animais e plantas.
Vida e evolução Diversidade de (MS.EF07CI08.s.08) Esta habilidade pode ser integrada à habilidade
ecossistemas Avaliar como os impactos (MS.EF07CI07.s.07).
Fenômenos naturais e provocados por catástrofes Sugere-se ao professor, iniciar pelas
impactos ambientais naturais ou mudanças nos características de um ecossistema equilibrado
Programas e componentes físicos, para que, a partir disso, os estudantes possam
indicadores de saúde biológicos ou sociais de um conhecer e identificar possíveis modificações
pública ecossistema afetam suas ocorridas no ecossistema, como por exemplo,
populações, podendo enchentes, incêndios, alterações no clima,
ameaçar ou provocar a venenos aplicados na agricultura e no combate a
extinção de espécies, arboviroses, dentre outras, que podem afetar

621
CIÊNCIAS - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
alteração de hábitos, populações, ocasionando extinção, alteração de
migração etc. hábitos, migração, dentre outras.
É importante que o professor propicie discussões
a respeito de ações antrópicas, buscando causas e
consequências dessas mudanças, com vistas a
estimular a criticidade, bem como propostas que
busquem mudanças de comportamento
individual e coletiva a respeito das ações
antrópicas.
Ainda é possível identificar biomas, reconhecendo
aspectos relacionados às espécies (hábitos), às
cadeias alimentares, à influência da ação
antrópica nesses ambientes.
Para contemplar a habilidade, sugere-se a
utilização de recursos multissemióticos para
conhecer e analisar alguns ecossistemas e alguns
impactos ocorridos nesses ambientes.
Propõe-se realizar atividades que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais como, por exemplo,
argumentação, conhecimento, pensamento
científico, crítico e criativo, comunicação e
responsabilidade e cidadania.
Vida e evolução Diversidade de (MS.EF07CI09.s.09) Nesta habilidade sugere-se ao professor realizar
ecossistemas Interpretar as condições de atividades que contribuam para o
Fenômenos naturais e saúde da comunidade, cidade desenvolvimento das habilidades cognitivas de
impactos ambientais ou estado, com base na identificar, reconhecer e compreender os
Programas e análise e comparação de indicadores locais de saúde e ambiental.
indicadores de saúde indicadores de saúde (como É possível, ainda, associar às condições de vida
pública taxa de mortalidade infantil, existentes, como acesso a saneamento básico, à
cobertura de saneamento educação, à vacinação, à alimentação, dentre
básico e incidência de outras com as condições de saúde.
doenças de veiculação Para contemplar a habilidade propõe-se a
hídrica, atmosférica entre utilização de recursos multissemióticos, os quais
outras) e dos resultados de possibilitam a compreensão sobre doenças de
políticas públicas destinadas à veiculação hídrica e atmosférica e suas relações
saúde. com as políticas de prevenção à saúde. Ressalta-
se a importância de realizar atividades que
favoreçam o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais como, por exemplo,
argumentação, conhecimento, pensamento
científico, crítico e criativo, comunicação,
responsabilidade e cidadania.
Sugere-se a leitura dos Temas Contemporâneos
Saúde, Sexualidade, Gênero e Vida Social.
Vida e evolução Diversidade de (MS.EF07CI10.s.10) Nesta habilidade o professor poderá trabalhar a
ecossistemas Argumentar sobre a importância do sistema imunológico para o
Fenômenos naturais e importância da vacinação organismo, identificando seus componentes,
impactos ambientais para a saúde pública, com justificando a função de cada um para a defesa
Programas e base em informações sobre a do organismo. Além disso, poderá justificar a
indicadores de saúde maneira como a vacina atua relação entre o sistema imunológico e o sistema
pública no organismo e o papel circulatório.
histórico da vacinação para a É possível apresentar as formas de produção,
manutenção da saúde ação, resultados de vacinação para discutir sobre
individual e coletiva e para a o papel da vacina no organismo e para
erradicação de doenças. manutenção da saúde individual e coletiva.
Esta habilidade pode ser integrada à
(MS.EF07CI09.s.09), referente a informações para
a construção de argumentos sobre as doenças

622
CIÊNCIAS - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
nas populações locais e propor ações para a
manutenção da saúde individual e coletiva da
comunidade.
Para contemplar a habilidade, sugere-se, ainda, a
utilização de recursos multissemióticos, os quais
possibilitam a observação e a compreensão da
atuação dos sistemas imunológico e demais
sistemas relacionados, bem como a atuação das
vacinas.
Ressalta-se a importância de realizar atividades
que favoreçam o desenvolvimento de
competências cognitivas e socioemocionais como,
por exemplo, argumentação, conhecimento,
pensamento científico, crítico e criativo,
comunicação, responsabilidade e cidadania.
Vida e evolução Diversidade de (MS.EF07CI11.s.11) Nesta habilidade sugere-se ao professor
ecossistemas Analisar historicamente o uso identificar as tecnologias mais utilizadas pelos
Fenômenos naturais e da tecnologia, incluindo a estudantes, analisando as mudanças de
impactos ambientais digital, nas diferentes comportamento e hábitos ocasionadas pelo uso
Programas e dimensões da vida humana, constante desses recursos. É possível trabalhar
indicadores de saúde considerando indicadores com habilidades cognitivas como, registrar,
pública ambientais e de qualidade de discutir, explicar, descrever e justificar a respeito
vida. do tema. Além disso, pode-se propor
metodologias que favoreçam o desenvolvimento
de competências cognitivas e socioemocionais de
conhecimento, pensamento científico, crítico e
criativo, reponsabilidade e cidadania e
argumentação.
Propõe-se realizar discussões e pesquisas sobre
os impactos que determinadas tecnologias
ocasionam no ambiente em geral. Nesse sentido,
é importante que o estudante possa discutir e
avaliar o uso da tecnologia, destacando seus
pontos positivos e pontos de atenção, para uso
consciente.
Sugere-se a leitura do Tema Contemporâneo
Cultura Digital.
Terra e Universo Composição do ar (MS.EF07CI12.s.12) Nesta habilidade sugere-se identificar os
Efeito estufa Demonstrar que o ar é uma principais gases que compõem o ar atmosférico,
Camada de ozônio mistura de gases, observando alguns fenômenos que ocorrem no
Fenômenos naturais identificando sua planeta, de causas naturais ou antrópicas como,
(vulcões, terremotos e composição, e discutir por exemplo, queima de resíduos sólidos,
tsunamis) fenômenos naturais ou erupções vulcânicas etc.
Placas tectônicas e antrópicos que podem alterar É importante a utilização de recursos
deriva continental essa composição. multissemióticos para compreensão do tema.
Propõe-se realizar atividades de identificar, por
meio de experimentos, a presença de
determinados gases no ar. É possível
compreender os efeitos da poluição do ar,
associando-os às fontes de poluição atmosférica.
Propõe-se discutir as consequências da poluição
para a qualidade de vida e para a saúde, além de
fomentar ações que diminuam a poluição.
Pode-se, ainda, trabalhar com metodologias que
favoreçam o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais, como
argumentação, conhecimento, pensamento
científico, crítico e criativo, comunicação e
cidadania.

623
CIÊNCIAS - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Sugere-se a leitura do Tema Contemporâneo
Educação Ambiental.
Sugere-se uma abordagem inicial sobre
elementos químicos para trabalhar a composição
dos gases citados com maior propriedade.
Terra e Universo Composição do ar (MS.EF07CI13.s.13) Nesta habilidade pode-se trabalhar com
Efeito estufa Descrever o mecanismo habilidades cognitivas como, por exemplo,
Camada de ozônio natural do efeito estufa, seu conhecer, identificar, analisar e descrever sobre o
Fenômenos naturais papel fundamental para o efeito estufa e sua importância.
(vulcões, terremotos e desenvolvimento da vida na Sugere-se que o professor utilize recursos
tsunamis) Terra, discutir as ações multissemióticos para abordar o papel do efeito
Placas tectônicas e humanas responsáveis pelo estufa e ações antrópicas que fazem aumentar a
deriva continental seu aumento artificial temperatura da Terra.
(queima dos combustíveis É possível trabalhar com modelos para
fósseis, desmatamento, representar o efeito estufa, bem como promover
queimadas etc.) e selecionar e discussões a respeito das ações antrópicas nos
implementar propostas para a ecossistemas, que podem alterar artificialmente o
reversão ou controle desse efeito, além de provocar mudanças no clima.
quadro. Pode-se, trabalhar com metodologias que
favoreçam o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais como,
argumentação, conhecimento, pensamento
científico, crítico e criativo, comunicação e
cidadania.
Sugere-se a leitura dos Temas Contemporâneos
Educação Ambiental e Saúde.
Terra e Universo Composição do ar (MS.EF07CI14.s.14) Nesta habilidade sugere-se ao professor utilizar
Efeito estufa Justificar a importância da recursos multissemióticos, que permitam a
Camada de ozônio camada de ozônio para a vida definição e a identificação da camada de ozônio,
Fenômenos naturais na Terra, identificando os para que desta maneira o estudante possa
(vulcões, terremotos e fatores que aumentam ou desenvolver habilidades cognitivas de analisar,
tsunamis) diminuem sua presença na compreender, inferir e justificar a respeito da
Placas tectônicas e atmosfera, e discutir importância da preservação e conservação da
deriva continental propostas individuais e camada de ozônio como proteção ao planeta
coletivas para sua Terra.
preservação. É possível abordar a identificação das camadas
atmosféricas, a incidência da radiação solar no
planeta, descrevendo como a camada de ozônio
interage com os raios solares.
O professor poderá proporcionar discussões que
permitam explicar a influência da ação humana na
preservação da camada de ozônio, propondo
hábitos individuais e coletivos que corroboram
para a preservação.
Pode-se, trabalhar com metodologias que
favoreçam o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais como,
argumentação, conhecimento, pensamento
científico, crítico e criativo, comunicação e
cidadania.
Propõe-se a leitura do Tema Contemporâneo
Educação Ambiental.
Esta habilidade pode ser trabalhada integrada à
(MS.EF07CI12.s.12), de Ciências.

624
CIÊNCIAS - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Terra e Universo Composição do ar (MS.EF07CI15.s.15) Nesta habilidade sugere-se inicialmente
Efeito estufa Interpretar fenômenos conceituar fenômenos naturais. É possível explicar
Camada de ozônio naturais (como vulcões, sobre as placas tectônicas, sua relação com os
Fenômenos naturais terremotos e tsunamis) e fenômenos naturais (vulcões, terremotos e
(vulcões, terremotos e justificar a rara ocorrência tsunamis) evidenciando o posicionamento do
tsunamis) desses fenômenos no Brasil, Brasil para justificar a rara ocorrência desses
Placas tectônicas e com base no modelo das fenômenos.
deriva continental placas tectônicas. O professor poderá utilizar recursos
multissemióticos que exploram a atuação desses
fenômenos e possibilitam aos estudantes,
compreender a constituição da parte da litosfera
do Brasil para explicar a existência ou não desses
fenômenos naturais.
Propõe-se explorar a temática da formação
geológica a partir do movimento das placas
tectônicas, tais como o Pantanal e a Cordilheira
dos Andes, dentre outros.
Sugere-se, ainda, a construção de modelos para
analisarem, compararem o formato e modelo das
placas tectônicas, com representações, em
diferentes períodos históricos da posição dos
continentes.
Destaca-se o trabalho com metodologias que
favoreçam o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais, como
argumentação, conhecimento, pensamento
científico, crítico e criativo e comunicação.
Terra e Universo Composição do ar (MS.EF07CI16.s.16) Nesta habilidade sugere-se ao professor
Efeito estufa Justificar o formato das costas identificar as características biogeográficas de
Camada de ozônio brasileira e africana com base biomas costeiros do Brasil e do continente
Fenômenos naturais na teoria da deriva dos africano, comparando-os.
(vulcões, terremotos e continentes. O professor poderá utilizar recursos
tsunamis) multissemióticos que permitam a caracterização,
Placas tectônicas e observação e explicação de cada bioma costeiro.
deriva continental É possível propor discussões, pesquisas, dentre
outros, sobre a constituição da litosfera em placas
tectônicas, bem como a construção de modelos
que justifiquem e diferenciem os formatos.
Esta habilidade pode ser integrada com a
(MS.EF07CI15.s.15) do próprio componente.
Ressalta-se a importância de utilizar diferentes
metodologias que favoreçam o desenvolvimento
de competências cognitivas e socioemocionais
como, por exemplo, argumentação,
conhecimento, pensamento científico, crítico,
criativo e comunicação.

625
CIÊNCIAS - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Matéria e energia Fontes e tipos de (MS.EF08CI01.s.01) Nesta habilidade sugere-se ao professor
energia Identificar e classificar desenvolver atividades que possibilitem aos
Transformação de diferentes fontes (renováveis estudantes investigar o tipo de energia utilizada
energia e não renováveis) e tipos de em casa, na escola e em outros locais,
Cálculo de consumo energia utilizados em identificando as diferentes fontes (eólica,
de energia elétrica residências, comunidades ou hidrelétrica, solar, biomassa, entre outras). Além
Circuitos elétricos cidades. disso, possibilitar a análise dos impactos do uso
Uso consciente de dos diferentes tipos de energia e o uso consciente
energia elétrica da energia e seu impacto sobre o meio ambiente,
conjuntamente com a habilidade
(MS.EF08CI06.s.06).
Propõe-se o uso de metodologias que favoreçam
o desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais de argumentação,
conhecimento, pensamento científico, crítico,
criativo, comunicação, de responsabilidade e de
cidadania.
Matéria e energia Fontes e tipos de (MS.EF08CI02.s.02) Nesta habilidade sugere-se ao professor
energia Construir circuitos elétricos desenvolver atividades que possibilitem aos
Transformação de com pilha/bateria, fios e estudantes a construção de diferentes circuitos
energia lâmpada ou outros elétricos e o teste, com segurança, de materiais
Cálculo de consumo dispositivos e compará-los a condutores ou isolantes e o uso no cotidiano. É
de energia elétrica circuitos elétricos residenciais. importante também possibilitar a identificação e
Circuitos elétricos compreensão da função de resistores,
Uso consciente de capacitores, geradores, condutores e indutores,
energia elétrica assim como diferenciar circuitos simples de
paralelos, por meio de ilustrações.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
que favoreçam o desenvolvimento de
competências cognitivas e socioemocionais de
argumentação, conhecimento, pensamento
científico, crítico, criativo, comunicação, de
responsabilidade, de criatividade e de
colaboração. Deve-se ressaltar a importância da
destinação adequada de pilhas e baterias.
Matéria e energia Fontes e tipos de (MS.EF08CI03.s.03) Nesta habilidade sugere-se ao professor
energia Classificar equipamentos relacionar as habilidades (MS.EF08CI04.s.04) e
Transformação de elétricos residenciais (MS.EF08CI05.s.05) para o desenvolvimento de
energia (chuveiro, ferro, lâmpadas, TV, atividades que possibilitem ao estudante a
Cálculo de consumo rádio, geladeira etc.) de identificação, a classificação e a comparação dos
de energia elétrica acordo com o tipo de aparelhos elétricos mais utilizados no cotidiano,
Circuitos elétricos transformação de energia (da de acordo com o consumo de energia elétrica,
Uso consciente de energia elétrica para a discutindo hábitos que poderiam reduzir esse
energia elétrica térmica, luminosa, sonora e consumo.
mecânica, por exemplo). É possível propor metodologias que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais de conhecimento, de
responsabilidade, de criatividade, de colaboração,
de pensamento crítico, criativo e científico. Deve-
se ressaltar a importância de debater sobre fontes
de energias renováveis, como energia solar
(painéis solares).
Matéria e energia Fontes e tipos de (MS.EF08CI04.s.04) Sugere-se ao professor propor atividades para
energia Calcular o consumo de que os estudantes reconheçam e compreendam a
Transformação de eletrodomésticos a partir dos grandeza da potência elétrica, podendo utilizar a
energia dados de potência (descritos leitura de dados técnicos e a comparação de
Cálculo de consumo no próprio equipamento) e aparelhos (aquecedores de água, aspirador de pó,
de energia elétrica tempo médio de uso para batedeiras, videogames) quanto ao consumo
Circuitos elétricos avaliar o impacto de cada necessário para o seu funcionamento,

626
CIÊNCIAS - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Uso consciente de equipamento no consumo identificando a potência (WATTS), inferindo sobre
energia elétrica doméstico mensal. práticas domésticas de economia de energia. Esta
habilidade pode ser desenvolvida em articulação
com as habilidades (MS.EF08CI03.s.03) e
(MS.EF08CI05.s.05). Sugere-se um
aprofundamento na temática contemporânea em
Educação Ambiental. Nesta habilidade é possível
propor metodologias que favoreçam o
desenvolvimento de as competências cognitivas e
socioemocionais de responsabilidade, de
criatividade, de colaboração, de pensamento
científico, crítico e criativo e de resolução de
problemas.
Matéria e energia Fontes e tipos de (MS.EF08CI05.s.05) Nesta habilidade sugere-se ao professor propor
energia Propor ações coletivas para aos estudantes analisar e desenvolver
Transformação de otimizar o uso de energia estratégias/projetos de otimização do uso de
energia elétrica em sua escola e/ou energia elétrica na sua escola e/ou onde mora,
Cálculo de consumo comunidade, com base na assim como comparar as diferentes possibilidades
de energia elétrica seleção de equipamentos de uso de fontes de energia variadas. Esta
Circuitos elétricos segundo critérios de habilidade pode ser articulada com as habilidades
Uso consciente de sustentabilidade (consumo de (MS.EF08CI03.s.03) e (MS.EF08CI04.s.04).
energia elétrica energia e eficiência É possível propor metodologias que favoreçam o
energética) e hábitos de desenvolvimento de competências cognitivas e
consumo responsável. socioemocionais de responsabilidade, de
resolução de problemas e de pensamento
científico, crítico e criativo.
Matéria e energia Fontes e tipos de (MS.EF08CI06.s.06) Esta habilidade pode ser articulada com a
energia Discutir e avaliar usinas de (MS.EF08CI01.s.01). Sugere-se ao professor
Transformação de geração de energia elétrica promover atividades de identificação e
energia (termelétricas, hidrelétricas, compreensão da distribuição de energia elétrica
Cálculo de consumo eólicas etc.), suas nas residências, possibilitando aos estudantes
de energia elétrica semelhanças e diferenças, analisarem aspectos favoráveis ou desfavoráveis
Circuitos elétricos seus impactos de acordo com critérios de sustentabilidade e
Uso consciente de socioambientais, e como essa eficiência energética. É possível, ainda,
energia elétrica energia chega e é usada em correlacionar hábitos individuais e coletivos,
sua cidade, comunidade, casa aspectos econômicos, sociais, políticos e o
ou escola. impacto da geração de energia para o ambiente.
Argumentar sobre os diversos impactos
socioambientais sobre a instalação e manutenção
de usinas hidrelétricas.
É possível propor metodologias que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais de responsabilidade, de
resolução de problemas e de pensamento
científico, crítico e criativo.
Vida e evolução Mecanismos (MS.EF08CI07.s.07) Nesta habilidade é importante iniciar com a
reprodutivos Comparar diferentes morfologia dos sistemas reprodutores dos seres
Sexualidade processos reprodutivos em vivos nos aspectos evolutivos, identificar,
plantas e animais em relação diferenciar e descrever aspectos da reprodução
aos mecanismos adaptativos assexuada e sexuada, tipos de fertilização ou
e evolutivos. existência de cuidado parental, na perspectiva
evolutiva. Para o desenvolvimento desta
habilidade sugere-se ao professor utilizar como
exemplo seres vivos encontrados no bioma local,
além de recursos miltissemióticos que contribuam
para o desenvolvimento desta competência.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
que favoreçam o desenvolvimento de
competências cognitivas e socioemocionais do
627
CIÊNCIAS - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
pensamento científico, crítico e criativo,
conhecimento, argumentação.
Vida e evolução Mecanismos (MS.EF08CI08.s.08) Sugere-se ao professor desenvolver metodologias
reprodutivos Analisar e explicar as para que os estudantes possam reconhecer e
Sexualidade transformações que ocorrem descrever as estruturas que compõem os sistemas
na puberdade considerando a nervoso e hormonal, bem como a ação dos
atuação dos hormônios hormônios sobre o desenvolvimento e alterações
sexuais e do sistema nervoso. de características no organismo humano,
compreendendo, entre eles, o ciclo menstrual.
Além disso, é necessária a compreensão do papel
do sistema nervoso e das gônadas no organismo
e suas implicações típicas na puberdade, com
destaque para questões biológicas, emocionais,
sociais e culturais, ressaltando o respeito à
diversidade.
É possível propor metodologias que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais de pensamento científico, crítico
e criativo, de autoconhecimento e autocuidado,
de colaboração. Propõe-se, ainda, a utilização de
recursos multisemióticos e sugere-se
correlacionar a temática do sistema endócrino
com a puberdade e o desenvolvimento humano.
Vida e evolução Mecanismos (MS.EF08CI09.s.09) Sugere-se ao professor possibilitar aos estudantes
reprodutivos Comparar o modo de ação e a identificação, a compreensão e a diferenciação
Sexualidade a eficácia dos diversos dos métodos contraceptivos, de acordo com sua
métodos contraceptivos e adequação à prevenção de IST (Infecções
justificar a necessidade de Sexualmente Transmissíveis) e gravidez. Nesta
compartilhar a habilidade é importante também a compreensão
responsabilidade na escolha e do ciclo menstrual, gravidez, prevenção contra as
na utilização do método mais IST. Para a contextualização, o professor poderá
adequado à prevenção da utilizar indicadores de saúde locais, promovendo
gravidez precoce e indesejada discussões sobre a responsabilidade individual e
e de Doenças Sexualmente coletiva em torno da saúde sexual e reprodutiva,
Transmissíveis (DST). explorando a identificação de métodos
contraceptivos, de prevenção às IST e a
responsabilidade compartilhada na escolha e uso
desses métodos.
Propõe-se a fundamentação teórica no Tema
Contemporâneo Saúde, Sexualidade e Gênero,
Vida Familiar e Social.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
que favoreçam o desenvolvimento de
competências cognitivas e socioemocionais de
conhecimento, de responsabilidade, de
colaboração e de autoconhecimento e
autocuidado.
Vida e evolução Mecanismos (MS.EF08CI10.s.10) Nesta habilidade sugere-se ao professor
reprodutivos Identificar os principais possibilitar aos estudantes o reconhecimento e
Sexualidade sintomas, modos de descrição dos sintomas e tratamento das IST
transmissão e tratamento de como Gonorreia, Sífilis, HPV, Aids e Herpes.
algumas DST (com ênfase na Relacionando a habilidade (MS.EF08CI09.s.09),
AIDS), e discutir estratégias e espera-se que o estudante entenda os
métodos de prevenção. mecanismos de transmissão, selecionando
métodos de prevenção mais adequados às
diferentes IST, como uso de preservativo,
envolvendo a responsabilidade e consciência
sobre a sua saúde sexual.

628
CIÊNCIAS - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Propõe-se a fundamentação teórica nos temas
contemporâneos (3.9) Saúde, Sexualidade e
Gênero, Vida Familiar e Social.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
que favoreçam o desenvolvimento de
competências cognitivas e socioemocionais de
conhecimento, de responsabilidade, de
colaboração e de autoconhecimento e
autocuidado.
Vida e evolução Mecanismos (MS.EF08CI11.s.11) Para desenvolver esta habilidade propõe-se ao
reprodutivos Selecionar argumentos que professor, inicialmente, conceituar o termo
Sexualidade evidenciem as múltiplas sexualidade e suas múltiplas dimensões, além de
dimensões da sexualidade aspectos como o cuidado e o respeito a si mesmo
humana (biológica, e ao outro, a construção da identidade social e
sociocultural, afetiva e ética). cultural, a afetividade e a compreensão dos
aspectos culturais envolvidos na sexualidade
humana. Propor discussões sobre a maneira como
a sexualidade é construída e suas manifestações
na adolescência e na juventude.
Propõe-se a fundamentação teórica no Tema
Contemporâneo Saúde, Sexualidade e Gênero,
Vida Familiar e Social. Nesta habilidade é possível
propor metodologias que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais de responsabilidade e cidadania,
de colaboração e de comunicação,
autoconhecimento e autocuidado.
Vida e evolução Mecanismos (MS.EF08CI17.a.12) Nesta habilidade sugere-se ao professor
reprodutivos Analisar questões de gênero promover atividades que valorizem o diálogo e a
Sexualidade relacionadas à diversidade convivência, pautadas por princípios éticos,
das relações sociais (família, relacionadas à sexualidade humana, valorizando a
escola, mercado de trabalho, diversidade existencial do ser humano, e
entre outras), relacionadas aos aspectos biológicos, sociais,
compreendendo as culturais e afetivos, na compreensão de si mesmo
desigualdades que se e do outro.
estabelece nestas relações e Propõe-se a fundamentação teórica no Tema
discutindo formas para Contemporâneo Saúde, Sexualidade e Gênero,
superá-las. Vida Familiar e Social.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
que favoreçam o desenvolvimento de
competências cognitivas e socioemocionais de
responsabilidade, de colaboração e de
comunicação, de autoconhecimento e
autocuidado, de respeito e cidadania.
Terra e Universo Sistema Sol, Terra e (MS.EF08CI12.s.13) Sugere-se ao professor promover a identificação
Lua, Justificar, por meio da e caracterização dos aspectos observáveis da Lua
Clima construção de modelos e da em cada uma de suas fases, relacionando a sua
observação da Lua no céu, a ocorrência com base nos modelos Sol, Terra e
ocorrência das fases da Lua e Lua. Nesta habilidade é importante considerar as
dos eclipses, com base nas representações da Lua em diferentes culturas, a
posições relativas entre Sol, influência no desenvolvimento de plantas (época
Terra e Lua. de plantio), nas marés, além de utilizar
simuladores do movimento do sistema Sol, Terra
e Lua, de modo a exemplificar as alterações nas
características observáveis da Lua em suas
diferentes fases, bem como recursos
multissemióticos que contribuam para o
fortalecimento da competência.

629
CIÊNCIAS - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Nesta habilidade é possível propor metodologias
que favoreçam o desenvolvimento de
competências cognitivas e socioemocionais de
conhecimento, pensamento cientifico, crítico e
criativo, de argumentação e de comunicação.
Terra e Universo Sistema Sol, Terra e (MS.EF08CI13.s.14) Sugere-se ao professor o desenvolvimento de
Lua Representar os movimentos metodologias que possibilitem ao estudante a
Clima de rotação e translação da compreensão e descrição do movimento da Terra
Terra e analisar o papel da em torno de si mesma e o seu movimento em
inclinação do eixo de rotação torno do Sol, destacando a posição do eixo da
da Terra em relação à sua Terra durante o movimento, relacionando a
órbita na ocorrência das exposição aos raios solares com o outono, o
estações do ano, com a inverno, a primavera e o verão. Para o
utilização de modelos desenvolvimento da habilidade pode-se utilizar
tridimensionais. simuladores do modelo Sol, Terra e Lua, incluindo
os eclipses e a ocorrência de dias mais longos ou
mais curtos e a influência desses fenômenos no
cotidiano do estudante, como as diferenças de
temperaturas no verão e no inverno e a
organização de diversos calendários, ampliando
as discussões sobre o modo de vida na Terra.
Nesta habilidade é possível utilizar recursos
multissemióticos e propor metodologias que
favoreçam o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais de conhecimento,
pensamento cientifico, crítico e criativo, de
argumentação e de comunicação.
Terra e Universo Sistema Sol, Terra e (MS.EF08CI14.s.15) Nesta habilidade propõe-se ao professor que
Lua Relacionar climas regionais possibilite ao estudante a compreensão dos
Clima aos padrões de circulação deslocamentos das massas de ar e sua relação
atmosférica e oceânica e ao com as diferenças de temperatura e pressão
aquecimento desigual existentes na atmosfera terrestre e
causado pela forma e pelos reconhecimento da dinâmica da temperatura nos
movimentos da Terra. oceanos, associando esses fenômenos à forma e
ao movimento da Terra. Sugere-se, ainda, a
identificação de características do clima local, com
base em dados coletados em diversos períodos e
em diferentes estações do ano, que podem ser
analisados e relacionados aos padrões de
circulação atmosférica e aos movimentos e forma
da Terra, compreendendo também que o
equilíbrio ambiental também é uma questão de
saúde. Propõe-se a utilização de recursos
multissemióticos para contribuir com o
desenvolvimento dessa habilidade, que se
relaciona com o desenvolvimento da
(MS.EF08CI15.s.16) e da (MS.EF08CI16.s.17).
É possível, também, propor metodologias que
favoreçam o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais de conhecimento,
pensamento cientifico, crítico e criativo, de
argumentação e de comunicação.
Terra e Universo Sistema Sol, Terra e (MS.EF08CI15.s.16) Inicialmente sugere-se ao professor relacionar
Lua Identificar as principais esta habilidade à anterior para que possibilite ao
Clima variáveis envolvidas na estudante investigar o clima local, utilizando
previsão do tempo e simular informações a partir das análises de dados como
situações nas quais elas a temperatura diária, a umidade, a pressão e os
possam ser medidas. ventos, em diversos períodos, que podem ser
analisados para a construção de modelos

630
CIÊNCIAS - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
explicativos para a previsão do tempo. Pode
também associar a intervenção humana às
mudanças dessas variáveis, como por exemplo,
mudança na paisagem local e global,
possibilitando no reconhecimento de
desequilíbrio ambientais.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
que favoreçam o desenvolvimento de
competências cognitivas e socioemocionais de
conhecimento, pensamento cientifico, crítico e
criativo, de argumentação e de comunicação.
Terra e Universo Sistema Sol, Terra e (MS.EF08CI16.s.17) Inicialmente sugere-se ao professor o
Lua Discutir iniciativas que desenvolvimento de metodologias que
Clima contribuam para restabelecer possibilitem ao estudante a identificação e
o equilíbrio ambiental a partir descrição do clima, tempo, poluição atmosférica,
da identificação de alterações ações humanas que causam poluição e as que
climáticas regionais e globais minimizam o impacto no ambiente, identificando
provocadas pela intervenção e analisando o alcance dessas ações na
humana. sustentabilidade, além de propor soluções para as
alterações provocadas por elas. Propõe-se ainda
para o desenvolvimento da habilidade e
complementação das habilidades anteriores a
identificação das fontes poluidoras e quais ações
devem ser realizadas para minimizar os seus
impactos, incluindo atitudes individuais e
coletivas.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
que favoreçam o desenvolvimento de
competências cognitivas e socioemocionais de
conhecimento, pensamento cientifico, crítico e
criativo, de argumentação e de comunicação, de
responsabilidade e de colaboração.
Sugere-se a leitura da Política Nacional da
Educação Ambiental.

CIÊNCIAS - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Matéria e energia Aspectos (MS.EF09CI01.s.01) Nesta habilidade o professor poderá utilizar
quantitativos das Investigar as mudanças de procedimentos investigativos que abordem as
transformações estado físico da matéria e mudanças de estados físicos da matéria e utilizar
químicas explicar essas transformações modelos que exemplifiquem as transformações.
Estrutura da matéria com base no modelo de Por meio desses modelos poderá desenvolver
Radiações e suas constituição submicroscópica. habilidades cognitivas de reconhecer, analisar,
aplicações na saúde testar e aplicar.
O professor poderá abordar, ainda, a interação
entre as partículas e o seu comportamento sob o
efeito de diferentes agentes, como forças
mecânicas e luz, ou, ainda, explicar a interação
entre diferentes materiais.
É possível utilizar recursos multissemióticos para
abordar o tema.
Enfatiza-se a importância de utilizar diferentes
metodologias que favoreçam o desenvolvimento

631
CIÊNCIAS - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
de competências cognitivas e socioemocionais
de argumentação, de conhecimento, pensamento
científico, crítico, criativo e de comunicação.
Matéria e energia Aspectos (MS.EF09CI02.s.02) Para contemplar a habilidade, sugere-se ao
quantitativos das Comparar quantidades de professor a exploração de conceitos sobre as leis
transformações reagentes e produtos das proporções definidas e da conservação de
químicas envolvidos em massa.
Estrutura da matéria transformações químicas, O professor poderá utilizar atividades que
Radiações e suas estabelecendo a proporção desenvolvam habilidades cognitivas como
aplicações na saúde entre as suas massas. identificar, relacionar e estabelecer as proporções
da quantidade de substâncias utilizadas e
produzidas nas transformações químicas com
base em sua massa.
Sugerem-se, ainda, atividades investigativas, por
meio de experimentos.
Conceituar, observar e inferir sobre a lei das
conservações das massas e a lei das proporções
de massa, assim poderá diferenciar as leis das
reações químicas.
Ainda poderá identificar evidências de reações
químicas, classificando-as quanto ao tipo (adição,
decomposição, simples troca e dupla troca) e de
acordo com os processos energéticos envolvidos
(endotérmicas e exotérmicas).
O professor também poderá explorar o tema,
partindo das transformações químicas que são
realizadas no cotidiano dos estudantes, para
identificar e representar substâncias simples e
compostas e explorando símbolos, fórmulas e
equações, com enfoque na proporção em massa,
assim ampliando a habilidade (MS.EF09CI01.s.01).
É possível utilizar recursos multissemióticos para
abordar o tema. Enfatiza-se a importância de
utilizar diferentes metodologias, que favoreçam o
desenvolvimento de habilidades cognitivas e
socioemocionais como, por exemplo, a
argumentação, o conhecimento, pensamento
científico, crítico criativo e comunicação.
Explorar a temática de ácidos e bases segundo a
definição de Arrhenius.
Matéria e energia Aspectos (MS.EF09CI03.s.03) Nesta habilidade o professor poderá utilizar
quantitativos das Identificar modelos que procedimentos investigativos que possibilitem o
transformações descrevem a estrutura da desenvolvimento de habilidade cognitivas como,
químicas matéria (constituição do conhecer, identificar e compreender modelos que
Estrutura da matéria átomo e composição de descrevem a matéria. Propõe-se ao professor,
Radiações e suas moléculas simples) e realizar uma linha do tempo sobre a evolução
aplicações na saúde reconhecer sua evolução desses modelos atômicos. A partir disso, explorar
histórica. a argumentação sobre os avanços e a
importância/contribuição de cada um na história.
É possível, ainda, utilizar recursos
multissemióticos para abordar o tema. Enfatiza-
se, também, a importância de utilizar diferentes
metodologias que favoreçam o desenvolvimento
de competências cognitivas e socioemocionais
como, por exemplo, a argumentação, o
conhecimento, de pensamento científico, crítico,
criativo e a comunicação.

632
CIÊNCIAS - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Ressaltar a importância de explorar temas como
elementos químicos, tabela periódica e ciclos
biogeoquímicos.
Matéria e energia Aspectos (MS.EF09CI04.s.04) Nesta habilidade o professor poderá utilizar
quantitativos das Planejar e executar procedimentos investigativos que possibilitem o
transformações experimentos que evidenciem desenvolvimento de habilidades cognitivas como,
químicas que todas as cores de luz observar, testar, compreender e concluir
Estrutura da matéria podem ser formadas pela fenômenos relacionados à decomposição da luz.
Radiações e suas composição das três cores Propõe-se ao professor a realização de
aplicações na saúde primárias da luz e que a cor procedimentos experimentais para que os
de um objeto está estudantes possam observar e compreender a
relacionada também à cor da decomposição da luz e a mistura de cores (tanto
luz que o ilumina. pela luz quanto pela pigmentação). E ainda, para
o aprofundamento do tema, sugere-se relacionar
a percepção das cores com a visão em diferentes
materiais do cotidiano quando expostos a fontes
de iluminação.
É possível, ainda, utilizar recursos
multissemióticos e simuladores para abordar o
tema. Enfatiza-se também a importância de
utilizar diferentes metodologias, que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais, como, por exemplo, resolução
de problemas, pensamento científico, crítico e
criativo, argumentação, comunicação.
Retomar aspectos conceituais relacionados a
ondas mecânicas e eletromagnéticas.
Matéria e energia Aspectos (MS.EF09CI05.s.05) Nesta habilidade o professor poderá utilizar
quantitativos das Investigar os principais procedimentos investigativos que possibilitem o
transformações mecanismos envolvidos na desenvolvimento de habilidades cognitivas como
químicas Estrutura da transmissão e recepção de identificar, analisar, categorizar e explicar os
matéria Radiações e imagem e som que processos de transmissão e recepção de imagem
suas aplicações na revolucionaram os sistemas e som, relacionando-os às radiações
saúde de comunicação humana. eletromagnéticas.
Propõe-se ao professor a realização de uma linha
do tempo sobre a evolução dos equipamentos do
cotidiano do estudante que utilizam a radiação
eletromagnética e os meios de comunicação
como, por exemplo, celulares, controle remoto,
televisão, internet, dentre outros.
É possível, ainda, utilizar recursos
multissemióticos para abordar o tema. Enfatiza-se
também a importância de utilizar diferentes
metodologias que favoreçam o desenvolvimento
de competências cognitivas e socioemocionais
como, por exemplo, resolução de problemas,
pensamento científico, crítico, criativo e abertura
para o novo.
Sugere-se a leitura do Tema Contemporâneo
Cultura Digital.
Ressalta-se a importância de se explorar a
temática de ondas sob a perspectiva da Biologia
comparada no que tange aos aspectos visuais e
auditivos nos seres vivos (morcegos, golfinhos e
animais monocromatas, dicromatas, tricomatas e
tetracromatas).

633
CIÊNCIAS - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Matéria e energia Aspectos (MS.EF09CI06.s.06) Nesta habilidade o professor poderá utilizar
quantitativos das Classificar as radiações procedimentos investigativos que possibilitem o
transformações eletromagnéticas por suas desenvolvimento de habilidades cognitivas como
químicas frequências, fontes e reconhecer, compreender e categorizar as
Estrutura da matéria aplicações, discutindo e radiações eletromagnéticas, de acordo com as
Radiações e suas avaliando as implicações de suas diferentes características (frequência e
aplicações na saúde seu uso em controle remoto, fontes).
telefone celular, raio X, forno Propõe-se ao professor a realização de uma linha
de micro-ondas, fotocélulas do tempo sobre a evolução dos equipamentos do
etc. cotidiano do estudante que utilizam a radiação
eletromagnética e os meios de comunicação
como, por exemplo, celulares, controle remoto,
televisão, internet, dentre outros.
Ressaltar a importância de explorar a temática da
radiação sob o ponto de vista dos impactos
ambientais.
Enfatiza-se também a importância de utilizar
diferentes metodologias que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais como, por exemplo, resolução
de problemas, pensamento científico, crítico,
criativo, argumentação, comunicação e abertura
para o novo.
Matéria e energia Aspectos (MS.EF09CI07.s.07) Para contemplar esta habilidade, sugere-se a
quantitativos das Discutir o papel do avanço utilização de procedimentos investigativos em
transformações tecnológico na aplicação das relação ao avanço tecnológico, na perspectiva da
químicas radiações na medicina História da Ciência.
Estrutura da matéria diagnóstica (raio X, ultrassom, Pode-se propiciar o desenvolvimento de
Radiações e suas ressonância nuclear habilidades relativas a identificar, reconhecer e
aplicações na saúde magnética) e no tratamento compreender a aplicação das radiações
de doenças (radioterapia, eletromagnéticas no desenvolvimento e
cirurgia ótica a laser, funcionamento de aparelhos tecnológicos
infravermelho, ultravioleta utilizados na medicina diagnóstica e no
etc.). tratamento de pacientes, considerando suas
implicações na saúde e qualidade de vida.
Propõe-se, ainda, a articulação com a habilidade
(MS.EF09CI05.s.05) e o estímulo para que o
estudante compreenda e se posicione frente aos
desdobramentos dessas aplicações, favorecendo
o protagonismo estudantil. Enfatiza-se a
importância da utilização de metodologias que
oportunizem o desenvolvimento de competências
cognitivas e socioemocionais como, por exemplo,
resolução de problemas, pensamento científico,
crítico e criativo, abertura para o novo,
responsabilidade e autonomia.
Vida e evolução Hereditariedade (MS.EF09CI08.s.08) Nesta habilidade sugere-se o desenvolvimento de
Ideias evolucionistas Associar os gametas à habilidades como: identificar, compreender,
Preservação da transmissão das analisar e aplicar os conhecimentos em relação às
biodiversidade características hereditárias, leis de Mendel.
estabelecendo relações entre Propõe-se, ainda, a investigação de situações
ancestrais e descendentes. ilustrativas de cruzamentos que forneçam
elementos para que o estudante possa identificar
e analisar as características hereditárias em jogo,
o tipo de herança em questão, além de definir o
resultado dos cruzamentos, utilizando a lei de
segregação e o quadro de Punnett.
Sugere-se o desenvolvimento de metodologias
que favoreçam as competências cognitivas e
634
CIÊNCIAS - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
socioemocionais, conhecimento, pensamento
científico, crítico e criativo e resolução de
problemas.
Vida e evolução Hereditariedade (MS.EF09CI09.s.09) Propõe-se o desenvolvimento de habilidades que
Ideias evolucionistas Discutir as ideias de Mendel favoreçam a compreensão, a discussão e a
Preservação da sobre hereditariedade argumentação (ex. rodas de conversa) relativas às
biodiversidade (fatores hereditários, teorias evolucionistas propostas por Lamarck,
segregação, gametas, Darwin e Wallace, destacando a teoria adaptativa
fecundação), considerando-as e a nova síntese da evolução em relação à
para resolver problemas diversidade biológica.
envolvendo a transmissão de Sugerem-se, ainda, métodos investigativos para
características hereditárias em abordar o amplo conceito de biodiversidade,
diferentes organismos. destacando a variedade de seres vivos, genes,
populações, ecossistemas, bem como suas
interações.
Enfatiza-se o desenvolvimento de metodologias
que favoreçam as competências cognitivas e
socioemocionais, pensamento científico, crítico e
criativo e resolução de problemas, comunicação,
argumentação, responsabilidade e
autoconhecimento.
Vida e evolução Hereditariedade (MS.EF09CI10.s.10) Propõe-se o desenvolvimento de habilidades que
Ideias evolucionistas Comparar as ideias favoreçam a compreensão, a discussão e a
Preservação da evolucionistas de Lamarck e argumentação (ex. rodas de conversa) relativas às
biodiversidade Darwin apresentadas em teorias evolucionistas propostas por Lamarck,
textos científicos e históricos, Darwin e Wallace, destacando a teoria adaptativa
identificando semelhanças e e a nova síntese da evolução em relação à
diferenças entre essas ideias e diversidade biológica.
sua importância para explicar Sugerem-se, ainda, métodos investigativos para
a diversidade biológica. abordar o amplo conceito de biodiversidade,
destacando a variedade de seres vivos, genes,
populações, ecossistemas, bem como suas
interações.
Enfatiza-se o desenvolvimento de metodologias
que favoreçam as competências cognitivas e
socioemocionais, pensamento científico, crítico e
criativo e resolução de problemas, comunicação,
argumentação, responsabilidade e
autoconhecimento.
Vida e evolução Hereditariedade (MS.EF09CI11.s.11) Para contemplar esta habilidade sugere-se a
Ideias evolucionistas Discutir a evolução e a utilização de procedimentos investigativos para o
Preservação da diversidade das espécies com estudo da seleção natural, discutidos a partir do
biodiversidade base na atuação da seleção papel da reprodução na transmissão de
natural sobre as variantes de características hereditárias e na alteração da
uma mesma espécie, frequência de genes.
resultantes de processo No processo de construção de conhecimentos
reprodutivo. sobre o surgimento da diversidade de espécies,
com base em critérios e evidências científicos,
deve-se valorizar o conhecimento prévio do
estudante e seu modelo explicativo sobre o
assunto.
Propõem-se, ainda, pesquisas investigativas
utilizando diferentes recursos para analisar e
discutir as hipóteses e deduções de Darwin com
os Tentilhões, relacionando-as com as adaptações
evolutivas e o processo de seleção natural.
Enfatiza-se, também, a importância de utilizar
diferentes metodologias que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e

635
CIÊNCIAS - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
socioemocionais como, por exemplo, resolução
de problemas, pensamento científico, crítico e
criativo e abertura para o novo.
Vida e evolução Hereditariedade (MS.EF09CI12.s.12) Sugere-se o desenvolvimento de habilidades
Ideias evolucionistas Justificar a importância das relativas à identificação das características e
Preservação da unidades de conservação localização das Unidades de Conservação do
biodiversidade para a preservação da município, estado ou região.
biodiversidade e do Propõe-se classificar as unidades de conservação
patrimônio nacional, de acordo com seus objetivos (exemplo: Unidade
considerando os diferentes de Conservação Integral ou de Uso Sustentável).
tipos de unidades (parques, Enfatiza-se, ainda, a importância de desenvolver
reservas e florestas nacionais),
habilidades que permitam o reconhecimento da
as populações humanas e as
importância da preservação do patrimônio
atividades a eles relacionados.
natural.
Sugere-se, também, utilizar diferentes
metodologias, que favoreçam o desenvolvimento
de competências cognitivas e cognitivas e
socioemocionais como, por exemplo, resolução
de problemas, pensamento científico, crítico e
criativo, abertura para o novo, comunicação e
responsabilidade.
Vida e evolução Hereditariedade (MS.EF09CI13.s.13) Propõe-se o desenvolvimento de habilidades que
Ideias evolucionistas Propor iniciativas individuais identifiquem e reconheçam as causas dos
Preservação da e coletivas para a solução de problemas ambientais, bem como conhecer as
biodiversidade problemas ambientais da características de um ambiente poluído,
cidade ou da comunidade, associando-as às ações antrópicas.
com base na análise de ações Sugere-se, ainda, contemplar habilidades que
de consumo consciente e de permitam identificar, reconhecer hábitos
sustentabilidade bem- individuais e coletivos que possam ter impactos
sucedidas. no ambiente e na sociedade de modo geral.
Enfatiza-se, também, a importância de utilizar
diferentes metodologias que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais como, por exemplo, resolução
de problemas, pensamento científico, crítico e
criativo, comunicação, responsabilidade,
autoconhecimento, argumentação e autonomia.
Ressalta-se a importância de discutir a temática
“Tecnologias Sociais” como alternativas de
interação entre a comunidade e o meio, na
perspectiva da transformação social. Sugere-se a
leitura da Política Nacional de Educação
Ambiental.
Terra e Universo Composição, (MS.EF09CI14.s.14) Para contemplar esta habilidade sugere-se o
estrutura e Descrever a composição e a desenvolvimento de habilidades relativas à
localização do estrutura do Sistema Solar construção de representações em escala (mapas e
Sistema Solar no (Sol, planetas rochosos, ilustrações), por meio de recursos
Universo planetas gigantes gasosos e multissemióticos, além de habilidades que
Astronomia e cultura corpos menores), assim como permitam identificar e localizar o Sistema Solar e
Vida humana fora da a localização do Sistema Solar a Via Láctea. Propõe-se, ainda, trabalhar com
Terra na nossa Galáxia (a Via diferentes metodologias que favoreçam o
Ordem de grandeza Láctea) e dela no Universo desenvolvimento de competências cognitivas e
astronômica (apenas uma galáxia dentre socioemocionais conhecimento, pensamento
Evolução estelar bilhões). cientifico, critico e criativo, criatividade,
responsabilidade, comunicação e autonomia.

636
CIÊNCIAS - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Terra e Universo Composição, (MS.EF09CI15.s.15) Para contemplar esta habilidade sugere-se
estrutura e Relacionar diferentes leituras desenvolver habilidades de investigação como
localização do do céu e explicações sobre a identificar, reconhecer, selecionar as diversas
Sistema Solar no origem da Terra, do Sol ou do representações culturais do céu e da Terra e de
Universo Sistema Solar às necessidades todos os elementos do Sistema Solar. Sugerem-se
Astronomia e cultura de distintas culturas também pesquisas para aprofundamento do
Vida humana fora da (agricultura, caça, mito, tema, por meio de relatos locais, histórias, fábulas,
Terra orientação espacial e contos, dentre outros, bem como investigação da
Ordem de grandeza temporal etc.). influência dos astros e dos fenômenos a eles
astronômica relacionados, incluindo a construção de
Evolução estelar calendários em diferentes civilizações.
Propõe-se, ainda, trabalhar com diferentes
metodologias que favoreçam o desenvolvimento
de competências cognitivas e socioemocionais,
criatividade, pensamento científico, crítico e
criativo, responsabilidade, comunicação e
autonomia.
Terra e Universo Composição, (MS.EF09CI16.s.16) Para contemplar esta habilidade sugere-se o
estrutura e Selecionar argumentos sobre desenvolvimento de habilidades, por meio de
localização do a viabilidade da sobrevivência atividades investigativas sobre as condições e
Sistema Solar no humana fora da Terra, com elementos fundamentais para a manutenção da
Universo base nas condições vida no planeta Terra.
Astronomia e cultura necessárias à vida, nas Propõe-se a utilização de recursos
Vida humana fora da características dos planetas e multissemióticos, a construção de modelos e a
Terra nas distâncias e nos tempos promoção de debates e discussões sobre as
Ordem de grandeza envolvidos em viagens condições de suporte necessárias à vida em
astronômica interplanetárias e outros ambientes fora do planeta Terra.
Evolução estelar interestelares. Propõe-se, ainda, trabalhar com diferentes
metodologias que favoreçam o desenvolvimento
de competências cognitivas e socioemocionais,
criatividade, pensamento científico, crítico e
criativo, responsabilidade, comunicação e
autonomia, e abertura para o novo.
Terra e Universo Composição, (MS.EF09CI17.s.17) Sugere-se contemplar habilidades relativas às
estrutura e Analisar o ciclo evolutivo do atividades investigativas como identificar e
localização do Sol (nascimento, vida e descrever as fases do ciclo evolutivo das estrelas,
Sistema Solar no morte) baseado no assim como construir e ilustrar, por meio de
Universo conhecimento das etapas de representações, essas fases. No caso específico do
Astronomia e cultura evolução de estrelas de Sol, deve-se identificar e reconhecer as variáveis
Vida humana fora da diferentes dimensões e os que interferem no planeta Terra, as alterações que
Terra efeitos desse processo no ocorrem em cada fase e suas consequências na
Ordem de grandeza nosso planeta. manutenção da vida no planeta.
astronômica Pode-se estimular a formulação de perguntas e o
Evolução estelar desenvolvimento de modelos explicativos,
incluindo simulações de cenários possíveis que
poderiam ocorrer com o nosso planeta em cada
uma das fases.
Propõe-se, ainda, trabalhar com diferentes
metodologias que favoreçam o desenvolvimento
de competências cognitivas e socioemocionais,
pensamento científico, crítico e criativo,
comunicação, resolução de problemas e
argumentação.

637
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível
em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base/ >. Acesso em: maio, 2018.
_______. Presidência da República. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm> Acesso em 15 mai 2018.
_______. Presidência da República. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L4024.htm> Acesso 18 mai 2018.
_______. Presidência da República. Lei n, 5.692, de 11 de agosto de 1971. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5692.htm > Acesso em 18 mai 2018.
_______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais.
Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf> Acesso em 18 mai 2018

638
8.6 Área de Ciências Humanas

A área de Ciências Humanas apresenta-se como um elemento motriz para construção do saber, levando

em conta, tomando como referência imprescindível, a percepção de tempos e espaços e a


contextualização. Não se trata de conceber uma ideia do mero saber, mas partir da análise de
conjunturas históricas para dar destaque ao aspecto da diversidade humana, com o objetivo de

promover a admissão das diferenças.

Sob a perspectiva de diferentes linguagens, o estudo de Ciências Humanas poderá proporcionar aos
estudantes a percepção acerca de fenômenos sociais e da natureza e, sobretudo, a relação desses com
os espaços e com o tempo. A partir dessa percepção, serão capazes de interpretar e analisar a

importância de ações produzidas no passado e no presente e a relação entre elas.

A diversidade na apropriação de linguagens para a pesquisa e estudo de múltiplos objetos torna possível

que diferentes olhares sejam projetados sobre o conhecimento dos percursos realizados pela
humanidade. Movimento, espaço e tempo são conceitos básicos de Ciências Humanas, porém a

amplitude de linguagens e os olhares suscitam a valorização da crítica ordenada às relações sociais e de

poder e, de forma mais específica, a produção do conhecimento e dos saberes, visto que tudo isso é

originado em contextos históricos e espaços geográficos.

Ensinar Geografia e História é ser mediador de um movimento cognitivo voltado à melhor compreensão

do mundo. Ao compreender seu espaço e sua história, o estudante adquire condições para conquistar

sua autonomia e, dessa forma, promover intervenções conscientes no espaço e no meio social em que

está inserido. Sendo assim, entende-se que a área de Ciências Humanas tem como sentido e objetivo

trabalhar pela formação ética.

O trabalho da área com a formação ética pressupõe a intenção de construir o respeito e a valorização a

componentes substanciais para a sociedade, tais como o respeito ao meio ambiente e aos direitos
humanos, a valorização de atitudes solidárias e a participação na construção da cidadania, dentro de

uma perspectiva protagonista. Investir nesses aspectos significa postular a edificação de um

conhecimento que se comprometa com a diminuição das desigualdades sociais.

O conhecimento da área de Ciências Humanas, comprometido com a questão das desigualdades sociais,
deverá levar em conta a clareza na definição de objetos e métodos. Esses, por sua vez, devem favorecer
o desenvolvimento de habilidades que capacitem os estudantes a refletirem sobre sua sociedade, seu

meio e seu mundo, compreendendo a complexidade da diversidade cultural em diferentes tempos

639
históricos e, ao refletirem sobre essas questões pertinentes à sociedade, possam perceber-se como
indivíduos responsáveis pela história da sua família, da sua comunidade e do seu mundo.

Desde os anos iniciais do Ensino Fundamental a educação na área de Ciências Humanas deve

proporcionar explorações sociocognitivas, afetivas e lúdicas voltadas ao desenvolvimento da consciência


da criança sobre seu lugar nos seus espaços de atuação e convivência. Essa consciência é o princípio

para a abordagem de conhecimentos que impliquem reflexão sobre questões sociais, éticas e políticas.
Dessa forma, nessa fase da escolarização, são introduzidas as primeiras noções que poderão favorecer

o desenvolvimento da autonomia intelectual.

É importante ressaltar que para acontecer o desenvolvimento da autonomia intelectual, nessa etapa,

deverá ser considerada a capacidade de observação sobre aspectos de seu meio social e da paisagem

de seus espaços, ou seja, suas vivências e experiências que vão se acumulando. Evidentemente que,

nesse caso, as referências estão substancialmente relacionadas ao seu espaço biográfico. Vale ressaltar

que, na elaboração desse saber, ainda inicial, há espaço e demanda para procedimentos de investigação,
que devem incluir exploração de diferentes fontes e análise comparativa.

Na passagem para os anos finais do Ensino Fundamental, o ensino de História e Geografia deverá

considerar fatores fundamentais da vivência dos estudantes, tais como mudanças biológicas e

psicológicas, sociais e emocionais. Um novo mundo se desvenda para esse adolescente e a descoberta
desse mundo acontece de forma concomitante à descoberta de si mesmo. Esse é o momento oportuno

e adequado para o reconhecimento de que existe o Eu, o Outro e o Nós e, consequentemente, o

estudante passe a perceber as relações, muitas vezes complexas, entre grupos sociais distintos.

A habilidade de analisar passa a ser requerida com veemência nos anos finais do Ensino Fundamental,
pois pressupõe-se que nessa etapa de escolarização já está presente a ideia de indivíduos como atores

dos processos históricos, dos movimentos e das transformações sofridas pela natureza. Para que sejam

realizadas análises coerentes acerca de conjunturas diversas, faz-se necessária a abordagem de

diferentes linguagens, incluindo a escrita, a oral, a cartográfica, a artística, a estética e a tecnológica.

As análises deverão ser mais aprofundadas, conforme evoluam as etapas de escolarização dentro do

Ensino Fundamental. Da compreensão acerca da diversidade, o estudante da área de Ciências Humanas


pode avançar para conceitos mais complexos como a noção de Estado e, principalmente, as articulações
e mecanismos institucionais que são disponibilizados para o serviço da justiça. A perspectiva a ser

adotada deverá partir sempre do questionamento.

640
Promover a formação de estudantes questionadores é o ponto de partida para as Ciências Humanas.
Sujeitos questionadores estarão aptos a compreender as relações de produção e poder e as
transformações de si mesmo e do mundo. Essa compreensão, por sua vez, terá relevância imprescindível

para demarcação de posição ética e valorização da diversidade cultural, reconhecimento quanto à


necessidade de atuar na redução das desigualdades sociais e ampla conquista dos direitos humanos.

Trata-se de um projeto ambicioso que, para ser consolidado, dependerá da formação de sujeitos

autônomos, comprometidos e imbuídos de intencionalidades.

8.6.1 Competências Específicas de Ciências Humanas de acordo com a BNCC


(2017):

1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à


diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.

2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos
conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e
no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo
contemporâneo.

3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade,


exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação
espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.

4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às
diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas,
promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente, no mesmo espaço e em espaços variados e


eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.

6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e
defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência
socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e
a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e


tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço
temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e
conexão.

641
8.6.2 Geografia
Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-

lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria


alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave.
Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.

Hermann Hesse

A Geografia, por meio de seu objeto de estudo, o espaço geográfico, proporciona um entendimento
das relações do ser humano com o meio em que vive, juntamente com suas consequências. Nesse
contexto, a Geografia possui cinco conceitos-chave que são requisitos para análise dos fenômenos

geográficos, “todos se referem à ação humana modelando a superfície terrestre: paisagem, região,
espaço, lugar e território” (CORREA, 1995, p.16).

Corroborando, Santos (2002) afirma que é importante que o espaço seja estudado na Geografia não

somente na sua forma, mas também na sua estrutura, no seu processo e na sua função. Assim, enfatiza-

se o estudo das relações entre técnica e espaço, das repercussões espaciais da revolução tecnológica,

consagrando o período histórico como técnico-científico-informacional, consequência espacial do


período marcado pela globalização da produção e do consumo. É preciso compreender que quanto

mais os lugares se globalizam, mais se tornam singulares no sentido de que o arranjo dos elementos
integrantes no território em um determinado lugar não é encontrado em nenhum outro, permitindo

assim que cada lugar desenvolva a sua identidade. Em uma perspectiva diferente, porém não menos

importante, Tuan (1983) traz a importância da experiência no mundo vivido para construir o lugar.

Nesse sentido, os estudantes precisam “ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as

paisagens que podemos ver são resultado da vida em sociedade, dos homens na busca da sua
sobrevivência e da satisfação das suas necessidades. Em linhas gerais, esse é o papel da geografia na

escola” (CALLAI, 2005, p.228). Para ler o mundo da vida, é necessário partir do estudo do lugar, da

vivência do estudante, do cotidiano, ou seja, do espaço vivido em que a vida acontece, uma vez que a

complexidade desse novo olhar multifacetado nos leva a ver e vivenciar o mundo por meio de uma visão
holística dos fatos.

O ensino da Geografia deve garantir que o estudante compreenda melhor o mundo em que vive

tornando-o um agente de transformação social, um protagonista diante do mundo que o cerca. Sendo
assim, os conteúdos precisam ser abordados de forma contextualizada, ou seja, além de relacioná-los à
realidade vivida do estudante, é preciso situá-los no contexto histórico, nas relações políticas, sociais,
econômicas, culturais e em manifestações espaciais concretas, utilizando diversas escalas geográficas.

642
No entanto, como seria uma abordagem multiescalar dos conteúdos? Entende-se que a partir de uma
articulação dialética entre escalas locais e globais na construção de raciocínios espaciais complexos,
como se requer hoje para o entendimento da realidade do estudante (CAVALCANTI, 2010), partindo do

local para o global e retornando para o local, em uma dinâmica de “vai e vem” para que o estudante
compreenda a complexidade da relação das questões espaciais do seu lugar de vivência com fenômenos

globais – a globalização.

A Base Nacional Comum Curricular sugere a leitura de mundo por meio do desenvolvimento do

raciocínio geográfico, como “uma maneira de exercitar o pensamento espacial, levando em


consideração princípios para compreender aspectos fundamentais da realidade: a localização e a

distribuição dos fatos e fenômenos na superfície terrestre, o ordenamento territorial, as conexões

existentes entre componentes físico-naturais e as ações antrópicas” (BNCC, 2017, p. 359).

Aliado à construção dos conhecimentos, o uso da linguagem cartográfica, como recurso metodológico,

é imprescindível para compreender como os fenômenos se distribuem e se relacionam no espaço


geográfico. Nesse sentido, faz-se necessário que ocorra a alfabetização cartográfica ao longo da

Educação Básica proporcionando a leitura e a análise desse espaço.

Além disso, nas últimas décadas, a Geografia incorporou, de maneira transversal, Temas

Contemporâneos que trazem para o debate questões que orientam e promovem valores essenciais à
vida e ao convívio da coletividade para os espaços de aprendizagem, pois são necessidades

contemporâneas com as quais o estudo da Geografia pode e deve contribuir.

Portanto, o ensino da Geografia deve buscar contribuir para a formação de um cidadão que compreenda

o espaço e toda sua construção histórica, tornando-o um protagonista de sua realidade e entendendo
que suas decisões e ações são importantes para a sociedade.

643
8.6.2.1 Competências específicas de Geografia de acordo com a BNCC (2017):

1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e

exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.

2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a


importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos

fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico


na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia,

conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.

4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas,

de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que

envolvam informações geográficas.

5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender

o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar

ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem

conhecimentos científicos da Geografia.

6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e


pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à

biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.

7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade,

resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em


princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

644
8.6.2.2 Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento, Habilidades e Ações
Didáticas

GEOGRAFIA - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O sujeito e seu O modo de vida das (MS.EF01GE01.s.01) É importante que o estudante perceba os seus
lugar no mundo crianças em Descrever características locais de vivência (casa, escola, praça), suas
diferentes lugares de observadas de seus lugares particularidades, funções, além de perceber as
vivência de vivência (moradia, escola semelhanças e as diferenças que os espaços
etc.) e identificar semelhanças possuem. Nesta habilidade é possível propor
e diferenças entre esses metodologias para desenvolver as competências
lugares. cognitivas e socioemocionais do pertencimento,
da empatia e da experimentação, além de poder
ser trabalhada de forma interdisciplinar com a
habilidade (MS.EF01HI06.s.06).
O sujeito e seu O modo de vida das (MS.EF01GE02.s.02) Esta habilidade propõe trabalhar os jogos e
lugar no mundo crianças em Identificar semelhanças e brincadeiras para desenvolver a espacialidade e a
diferentes lugares de diferenças entre jogos e lateralidade para iniciar a alfabetização
vivência brincadeiras de diferentes cartográfica.
épocas e lugares. Sugere-se levar em consideração os jogos e
brincadeiras dos diferentes povos: campesinos,
indígenas, quilombolas, ribeirinhos, ciganos e
outros.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à aceitação do
outro, ao trabalho em equipe, ao uso da
linguagem, à expressão corporal, ao entusiasmo e
à valorização da diferença.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo o estudo da história e cultura
afro-brasileira e indígena.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF12EF01.s.01) e (MS.EF01HI05.s.05).
O sujeito e seu Situações de convívio (MS.EF01GE04.s.03) Entender que diferentes espaços requerem regras
lugar no mundo em diferentes lugares Discutir e elaborar, de convivência específica para aquele local,
coletivamente, regras de favorecendo o bom convívio.
convívio em diferentes Nesta habilidade é possível propor metodologias
espaços (sala de aula, escola para desenvolver as competências cognitivas e
etc.). socioemocionais da aceitação do outro, da
empatia, do trabalho em equipe, do uso da
linguagem, da responsabilidade e pode ser
trabalhada de forma interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF01LP21.s.21),
(MS.EF12EF04.s.07) e (MS.EF01HI04.s.04).
O sujeito e seu Situações de convívio (MS.EF01GE03.s.04) Ressalta-se a importância de que os estudantes
lugar no mundo em diferentes lugares Identificar e relatar entendam a função e as regras de convívio dos
semelhanças e diferenças de diferentes espaços públicos de uso coletivo para
usos do espaço público o cuidado com os mesmos.
(praças, parques) para o lazer Nesta habilidade é possível propor metodologias
e diferentes manifestações. para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange ao uso da
linguagem, da autogestão, de responsabilidade e
do trabalho em equipe.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Fiscal.

645
GEOGRAFIA - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Mundo do Diferentes tipos de (MS.EF01GE06.s.05) Sugere-se que os estudantes façam a observação
trabalho moradia existentes no Descrever e comparar de seus lugares de vivências (moradia, escola
seu dia a dia diferentes tipos de moradia etc.), identificando as semelhanças e diferenças
ou objetos de uso cotidiano entre esses lugares, compreendendo que há
(brinquedos, roupas, diferentes tipos de moradias (oca, palafitas,
mobiliários), considerando barracos, casas, edifícios etc.) e materiais que
técnicas e materiais podem ser utilizados na construção, além de
utilizados em sua produção. comparar habitações antigas e atuais.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange ao uso da
linguagem, da argumentação, da investigação, da
curiosidade e da experimentação.
Mundo do Diferentes tipos de (MS.EF01GE07.s.06) Identificar e apresentar as características das
trabalho trabalho existentes no Descrever atividades de atividades de trabalho e profissões existentes na
seu dia a dia trabalho relacionadas com o comunidade, por exemplo: na família; na escola:
dia a dia da sua comunidade. merendeira, professor, guarda, secretária,
faxineira, na rua, padeiro, farmacêutico,
açougueiro, enfermeiro, motorista etc.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange ao uso da
linguagem, da argumentação e da curiosidade.
Formas de Pontos de referência (MS.EF01GE08.s.07) Construir mapas mentais e/ou desenhos que
representação e Criar mapas mentais e expressem relação espacial e apresentem
pensamento desenhos com base em elementos que permitam localizar no espaço,
espacial itinerários, contos literários, desenvolvendo noções de espacialidades (frente e
histórias inventadas e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo,
brincadeiras. dentro e fora) tendo o corpo, a casa, a sala de
aula e a escola como primeiras referências
espaciais.
Formas de Pontos de referência (MS.EF01GE09.s.08) O estudante precisa desenvolver a lateralidade a
representação e Elaborar e utilizar mapas partir do estudo das noções espaciais com
pensamento simples para localizar relação ao seu corpo.
espacial elementos do local de Nesta habilidade é possível propor metodologias
vivência, considerando para desenvolver as competências cognitivas e
referenciais espaciais (frente e socioemocionais no que tange à expressão
atrás, esquerda e direita, em corporal, à desenvoltura, ao entusiasmo, ao
cima e embaixo, dentro e trabalho em equipe e pode ser trabalhada de
fora) e tendo o corpo como forma interdisciplinar com as habilidades
referência. (MS.EF01MA01.s.01), (MS.EF01MA11.s.13), da
Matemática,
(MS.EF15AR08.s.08), (MS.EF15AR10.s.10), da Arte,
(MS.EF12EF07.s.06), (MS.EF12EF11.s.08),
(MS.EF35EF07.s.05), (MS.EF35EF09.s.06), da
Educação Física.
Conexões e Ciclos naturais e a (MS.EF01GE05.s.09) Sugere-se comparar as características da
escalas vida cotidiana Observar e descrever ritmos temperatura e da umidade do ar, observando os
naturais (dia e noite, variação períodos do dia (manhã, tarde e noite), de ontem
de temperatura, umidade e hoje, desenvolvendo as noções de tempo e
etc.) em diferentes escalas espaço. É importante partir da vivência do
espaciais e temporais, estudante, do seu cotidiano estabelecendo um
comparando a sua realidade comparativo com outros lugares.
com outras. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais da investigação, estabelecer

646
GEOGRAFIA - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
conexões, compreender e analisar a
argumentação e a desenvoltura e pode ser
trabalhada de forma interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF01MA16.s.18),
(MS.EF01MA17.s.19), (MS.EF01MA18.s.20), da
Matemática, e (MS.EF01CI05.s09), da Ciências.
Natureza, Condições de vida (MS.EF01GE10.s.10) Na proposta desta habilidade é preciso que o
ambientes e nos lugares de Descrever características de estudante entenda que o comportamento das
qualidade de vida vivência seus lugares de vivência pessoas pode ser ditado pelos ritmos da natureza,
relacionadas aos ritmos da como por exemplo, no período chuvoso algumas
natureza (chuva, vento, calor atividades escolares são realizadas em espaços
etc.). cobertos e também no deslocamento do
estudante para casa ou escola pode ser necessária
a utilização de proteção, como o guarda-chuva.
Nesta habilidade é possível, ainda, propor
metodologias para desenvolver as competências
cognitivas e socioemocionais no que tange à
experimentação, à investigação, à argumentação,
ao uso da linguagem e pode contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
Natureza, Condições de vida (MS.EF01GE11.s.11) É importante relacionar o vestuário e a
ambientes e nos lugares de Associar mudanças de alimentação da comunidade com os períodos do
qualidade de vida vivência vestuário e hábitos ano, como, por exemplo, roupas leves nos
alimentares em sua períodos quentes (verão) e alimentos quentes em
comunidade ao longo do períodos de tempo frio, podendo, ainda, observar
ano, decorrentes da variação as regionalidades, a exemplo disso as bebidas -
de temperatura e umidade no tereré e chimarrão.
ambiente. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à investigação, à
experimentação, ao uso da linguagem, ao
trabalho em equipe e à desenvoltura.

GEOGRAFIA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O sujeito e seu Convivência e (MS.EF02GE01.s.01) Na descrição da história das migrações da
lugar no mundo interações entre Descrever a história das comunidade é importante destacar as diferenças
pessoas na migrações no bairro ou culturais desses grupos, partindo da migração
comunidade comunidade em que vive. familiar de cada estudante e que as migrações
ocorrem por conta de fatores naturais, sociais e
econômicos.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange ao pertencimento,
à aceitação do outro, ao trabalho em equipe, à
investigação, ao compreender e analisar, à
valorização da diferença.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Sul-Mato-Grossense e
Diversidade Cultural.

647
GEOGRAFIA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF02HI01.s.01).
O sujeito e seu Convivência e (MS.EF02GE02.s.02) Para desenvolver a habilidade o estudante precisa
lugar no mundo interações entre Comparar costumes e conhecer outros povos e grupos que formam a
pessoas na tradições de diferentes população da sua comunidade a fim de reafirmar
comunidade populações inseridas no a sua própria identidade a partir da diversidade
bairro ou comunidade em geográfica, étnica e cultural da população e,
que vive, reconhecendo a assim, respeitar as diversidades.
importância do respeito às Nesta habilidade é possível propor metodologias
diferenças. para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange ao pertencimento,
à aceitação do outro, ao trabalho em equipe, à
investigação, ao compreender e analisar e à
valorização da diferença.
Pode-se contemplar o Tema Contemporâneo
Cultura Sul-Mato-Grossense e Diversidade
Cultural.
Conexões e A Paisagem e suas (MS.EF02GE05.s.03) Nesta habilidade o estudante deve observar as
escalas transformações Analisar mudanças e mudanças em uma mesma paisagem (escola, rua,
permanências, comparando campo, aldeia etc.), os porquês e quais fatores
imagens de um mesmo lugar contribuíram para essa mudança.
em diferentes tempos. É possível, também, propor metodologias para
desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à investigação, à
argumentação, ao compreender e analisar, e à
curiosidade.
Pode-se contemplar o Tema Contemporâneo
Educação Ambiental.
Conexões e Riscos e cuidados nos (MS.EF02GE03.s.04) Para desenvolver esta habilidade é importante
escalas meios de transporte e Comparar diferentes meios apresentar aos estudantes os meios de
de comunicação de transporte e de transportes (fluvial, terrestre, aéreo, marítimo) e
comunicação, indicando o seu os meios de comunicação, destacando os meios
papel na conexão entre mais utilizados em sua comunidade. Podem ser
lugares, e discutir os riscos interessantes questionamentos, como, por
para a vida e para o ambiente exemplo, como os produtos consumidos
e seu uso responsável. (alimentos, roupas, remédios, eletrônicos etc.)
chegam até a comunidade? Como os produtos
locais são transportados para outros lugares?
Como as pessoas da comunidade se deslocam
dentro do município e para outros lugares? Quais
os meios de comunicação mais utilizados em sua
comunidade? Qual a importância desses meios
para a comunidade? Todos e todas têm acesso a
todos os meios de transporte e comunicação?
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à investigação, ao
uso da linguagem, ao raciocínio lógico e à
curiosidade.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação para o Trânsito.

648
GEOGRAFIA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Conexões e Experiências da (MS.EF02GE04.s.05) Considerar os modos de vida dos diversos grupos
escalas comunidade no Reconhecer semelhanças e sociais que vivem na cidade e no campo
tempo e no espaço diferenças nos hábitos, nas (indígenas, quilombolas, ribeirinhos, fronteiriços
relações com a natureza e no etc.), além da relação cultural existente entre as
modo de viver de pessoas em formas de vida e de ocupação do espaço.
diferentes lugares. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à aceitação do
outro, à investigação, à argumentação, ao uso da
linguagem, ao trabalho em equipe e ao
compreender e analisar.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF02HI08.s.08).
Formas de Localização, (MS.EF02GE08.s.06) É importante retomar as habilidades
representação e orientação e Identificar e elaborar MS.EF01GE08.s.07 e MS.EF01GE09.s.08 para
pensamento representação diferentes formas de progressão da alfabetização cartográfica,
espacial espacial representação (desenhos, incluindo nos mapas título e legenda e
mapas mentais, maquetes) representar a escola, o bairro ou a casa em
para representar desenhos com os componentes da paisagem:
componentes da paisagem elementos naturais (árvores, matas etc.) e
dos lugares de vivência. elementos culturais (carros, casas, prédios,
comércios, parques, praças etc.).
Nesta habilidade é possível,também, propor
metodologias para desenvolver as competências
cognitivas e socioemocionais no que tange ao
uso da linguagem, da argumentação, do
compreender e analisar e do entusiasmo.
Formas de Localização, (MS.EF02GE09.s.07) O estudante deve perceber as diferenças entre a
representação e orientação e Identificar objetos e lugares visão oblíqua (vista do alto e de lado) e a visão
pensamento representação de vivência (escola e moradia) vertical (vista do alto, exatamente de cima para
espacial espacial em imagens aéreas e mapas baixo). Indica-se o uso do programa Google Earth
(visão vertical) e fotografias para visualização das imagens.
(visão oblíqua). Podem-se propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais no
que tange ao uso da linguagem, da
argumentação, do entusiasmo e da investigação.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Esta habilidade pode, ainda, ser trabalhada de
forma interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF02LP20.s.20), da Língua Portuguesa,
(MS.EF02MA14.s.15), da Matemática, e
(MS.EF02CI01.s.01), da Ciências.
Formas de Localização, (MS.EF02GE10.s.08) Recomenda-se levar em consideração o princípio
representação e orientação e Aplicar princípios de de lateralidade em sala ou na escola com jogos e
pensamento representação localização e posição de brincadeiras, para que o estudante possa
espacial espacial objetos (referenciais progredir com relação à habilidade nos anos
espaciais, como frente e atrás, subsequentes.
esquerda e direita, em cima e Nesta habilidade é possível propor metodologias
embaixo, dentro e fora) por para desenvolver as competências cognitivas e
meio de representações socioemocionais no que tange à expressão
espaciais da sala de aula e da corporal, ao uso da linguagem e da
escola. experimentação e pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades

649
GEOGRAFIA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
(MS.EF02MA12.s.13), da Matemática, e
(MS.EF15AR09.s.09), da Arte.
Mundo do Tipos de trabalho em (MS.EF02GE06.s.09) Para desenvolver esta habilidade é importante
trabalho lugares e tempos Relacionar o dia e a noite a apresentar o movimento de Rotação da Terra que
diferentes diferentes tipos de atividades é responsável pelos períodos do dia e da noite.
sociais (horário escolar, Dessa forma, pode-se identificar as atividades
comercial, sono etc.). realizadas pelas pessoas nesses períodos.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange ao uso da
linguagem, do trabalho em grupo, estabelecer
conexões e desenvoltura e pode ser trabalhada
de forma interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF02CI07.s.07), (MS.EF02CI08.s.08), da
Ciências, e (MS.EF02MA18.s.18), da Matemática..
Mundo do Tipos de trabalho em (MS.EF02GE07.s.10) Apresentar a origem de alguns produtos do
trabalho lugares e tempos Descrever as atividades cotidiano dos estudantes relativos às atividades
diferentes econômicas (minerais, econômicas e relacionar aos impactos ambientais
agropecuárias, industriais) de provocados na extração ou produção. Exemplo: o
diferentes lugares, uso dos agrotóxicos na produção agrícola.
identificando os impactos Nesta habilidade é possível propor metodologias
ambientais. para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange ao uso da
linguagem, da investigação, do estabelecer
conexões, do compreender e analisar, da
argumentação e do trabalho em grupo.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
Natureza, Os usos dos recursos (MS.EF02GE11.s.11) A partir da relação do estudante com a
ambientes e naturais: solo e água Reconhecer a importância do importância da água e do solo em seu cotidiano
qualidade de vida no campo e na solo e da água para a vida, (escola, casa) – campo ou cidade, deverá
cidade identificando seus diferentes reconhecer a importância dos mesmos para a
usos (plantação e extração de sobrevivência dos diferentes seres vivos, além de
materiais, entre outras levantar e listar questões ambientais relacionadas
possibilidades) e os impactos ao desperdício da água e ao uso irregular do solo.
desses usos no cotidiano da Nesta habilidade é possível propor metodologias
cidade e do campo. para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à investigação, à
argumentação, ao uso da linguagem, ao trabalho
em equipe, e à curiosidade.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.

650
GEOGRAFIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O sujeito e seu A cidade e o campo: (MS.EF03GE01.s.01) Ressalta-se a relevância das contribuições
lugar no mundo aproximações e Identificar e comparar culturais e sociais dos povos da região do
diferenças aspectos culturais dos grupos estudante.
sociais de seus lugares de Nesta habilidade é possível propor metodologias
vivência, seja na cidade, seja para desenvolver as competências cognitivas e
no campo. socioemocionais no que tange ao trabalho em
grupo, ao pertencimento, à valorização da
diferença, à argumentação e ao uso da
linguagem.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Sul-Mato-Grossense e
Diversidade Cultural.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF35LP11.s.11),
(MS.EF03LP25.s.25), (MS.EF35LP20.s.20),
(MS.EF03LP26.s26), da Língua Portuguesa,
(MS.EF03MA26.s.26), (MS.EF03MA27.s.27),
(MS.EF03MA28.s28), da Matemática,
(MS.EF03CI06.s.06),
(MS.EF03CI09.s.09), da Ciências,
(MS.EF03HI03.s.03), (MS.EF03HI07.s.07) e
(MS.EF03HI08.s.08) da História.
O sujeito e seu A cidade e o campo: (MS.EF03GE02.s.02) Incluir as origens dos grupos sociais que
lugar no mundo aproximações e Identificar, em seus lugares desenvolveram a identidade e a diversidade
diferenças de vivência, marcas de cultural e econômica do lugar de vivência do
contribuição cultural e estudante.
econômica de grupos de Nesta habilidade é possível propor metodologias
diferentes origens. para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange ao uso da
linguagem, do compreender e analisar, da
valorização da diferença, do trabalho em grupo e
da argumentação.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Sul-Mato-Grossense e
Diversidade Cultural.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF15AR25.s.27), da Arte, e (MS.EF03HI03.s.03),
da História.
O sujeito e seu A cidade e o campo: (MS.EF03GE03.s.03) Como questão regional, o professor pode
lugar no mundo aproximações e Reconhecer os diferentes considerar o estudo dos diferentes modos de vida
diferenças modos de vida de povos e dos povos tradicionais de Mato Grosso do Sul.
comunidades tradicionais em Nesta habilidade é possível propor metodologias
distintos lugares. para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange ao uso da
linguagem, da argumentação, da desenvoltura, do
pesquisar e analisar e, ainda, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Sul-Mato-Grossense e
Diversidade Cultural.

651
GEOGRAFIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Conexões e Paisagens naturais e (MS.EF03GE04.s.04) É importante retomar a habilidade
escalas antrópicas em Explicar como os processos (MS.EF02GE05.s.03) para a progressão do
transformação naturais e históricos atuam na conceito de paisagem, levando em conta os
produção e na mudança das processos que modificam a paisagem ao longo
paisagens naturais e do tempo na cidade e no campo, enfatizando o
antrópicas nos seus lugares processo de modernização da agricultura que
de vivência, comparando-os a resulta no modelo agronegócio.
outros lugares. Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
Mundo do Matéria-prima e (MS.EF03GE05.s.05) Apresentar aos estudantes os setores econômicos
trabalho indústria Identificar alimentos, minerais (primário, secundário e terciário) que fazem parte
e outros produtos cultivados do seu cotidiano, relacionando-os ao campo e à
e extraídos da natureza, cidade.
comparando as atividades de Nesta habilidade é possível propor metodologias
trabalho em diferentes para desenvolver as competências cognitivas e
lugares. socioemocionais no que tange ao compreender e
analisar, à argumentação, ao trabalho em equipe
e à investigação.
Formas de Representações (MS.EF03GE00.n.06) Retomar a progressão das habilidades da
representação e cartográficas Criar mapas mentais e alfabetização cartográfica dos 1o e 2o anos.
pensamento desenhos com base em Nesta habilidade é possível propor metodologias
espacial itinerários, contos literários, para desenvolver as competências cognitivas e
histórias inventadas e socioemocionais no que tange à investigação, ao
brincadeiras. trabalho em equipe e ao uso da linguagem.
Formas de Representações (MS.EF03GE06.s.07) É necessário que o estudante diferencie imagens
representação e cartográficas Identificar e interpretar bidimensionais (mapa) e tridimensionais
pensamento imagens bidimensionais e (maquete).
espacial tridimensionais em diferentes Nesta habilidade é possível propor metodologias
tipos de representação para desenvolver as competências cognitivas e
cartográfica. socioemocionais no que tange ao uso da
linguagem, à argumentação, à investigação e ao
trabalho em equipe e pode ser trabalhada de
forma interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03MA19.s.19), da Matemática,
(MS.EF03CI07.s.07), da Ciências, e
(MS.EF03HI09.s.09), da História.
Formas de Representações (MS.EF03GE07.s.08) Na elaboração das legendas o estudante precisa
representação e cartográficas Reconhecer e elaborar compreender o significado dos símbolos
pensamento legendas com símbolos de utilizados na composição do mapa.
espacial diversos tipos de Nesta habilidade é possível propor metodologias
representações em diferentes para desenvolver as competências cognitivas e
escalas cartográficas. socioemocionais no que tange ao uso da
linguagem, da investigação, do compreender e
analisar e do trabalho em equipe.
Natureza, Impactos das (MS.EF03GE09.s.09) Nesta habilidade tem-se a oportunidade de
ambientes e atividades humanas Investigar os usos dos trabalhar a Educação Ambiental na perspectiva do
qualidade de vida recursos naturais, com cuidado com o bem natural, sendo a água um
destaque para os usos da elemento vital para a existência da vida (não
água em atividades cotidianas somente do ser humano).
(alimentação, higiene, cultivo Nesta habilidade é possível propor metodologias
de plantas etc.), e discutir os para desenvolver as competências cognitivas e
problemas ambientais socioemocionais no que tange à experimentação,
provocados por esses usos. à argumentação, à investigação, ao uso da
linguagem, ao entusiasmo, ao compreender e
analisar.

652
GEOGRAFIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporânea Educação Ambiental.
Natureza, Impactos das (MS.EF03GE10.s.10) É preciso demonstrar a utilização da água nos
ambientes e atividades humanas Identificar os cuidados diferentes setores econômicos (água virtual), nas
qualidade de vida necessários para utilização da atividades cotidianas e na produção de energia.
água na agricultura e na Apresentar os impactos socioambientais
geração de energia de modo provocados pelo uso irracional da água.
a garantir a manutenção do Sugere-se desenvolver projetos com as
provimento de água potável. concessionárias de água.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem, ao
compreender e analisar e ao trabalho em equipe.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
Natureza, Impactos das (MS.EF03GE11.s.11) O estudante precisa observar em sua localidade
ambientes e atividades humanas Comparar os impactos das os impactos socioambientais nos biomas no Mato
qualidade de vida atividades econômicas Grosso do Sul (Cerrado, Pantanal e Mata
urbanas e rurais sobre o Atlântica) causados pelas atividades humanas.
ambiente físico natural, assim Nesta habilidade é possível propor metodologias
como os riscos provenientes para desenvolver as competências cognitivas e
de ferramentas e máquinas. socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem, ao
compreender e analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
Natureza, Produção, circulação (MS.EF03GE08.s.12) Nesta habilidade tem-se a oportunidade de
ambientes e e consumo Relacionar a produção de lixo trabalhar a Educação Ambiental na perspectiva da
qualidade de vida doméstico ou da escola aos Política Nacional dos Resíduos Sólidos e na
problemas causados pelo prática dos 5 “Rs” (Repensar, Recusar, Reduzir,
consumo excessivo e Reaproveitar e Reciclar). É importante que o
construir propostas para o estudante, primeiramente, compreenda que é
consumo consciente, preciso reduzir o consumo, combater o
considerando a ampliação de desperdício, para só, então, destinar o resíduo
hábitos de redução, reuso e gerado corretamente.
reciclagem/descarte de Nesta habilidade é possível propor metodologias
materiais consumidos em para desenvolver as competências cognitivas e
casa, na escola e/ou no socioemocionais no que tange à experimentação,
entorno. à argumentação, à investigação, ao uso da
linguagem, ao entusiasmo, ao compreender e
analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.

653
GEOGRAFIA - 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O sujeito e seu Território e (MS.EF04GE01.s.01) Nesta habilidade é preciso identificar os grupos
lugar no mundo diversidade cultural Selecionar, em seus lugares constituintes da formação populacional do Brasil
de vivência e em suas (de Mato Grosso do Sul), relacionando-os aos
histórias familiares e/ou da fluxos migratórios, bem como reconhecer a
comunidade, elementos de contribuição que cada um trouxe para a cultura e
distintas culturas (indígenas,para os hábitos e costumes locais, regionais e
afro-brasileiras, de outras nacional. Além disso, proporcionar aos estudantes
regiões do país, latino- a identificação de diferentes culturas no ambiente
americanas, europeias, escolar e social, valorizando sua própria cultura e
asiáticas etc.), valorizando orespeitando a cultura de seus colegas.
que é próprio em cada uma Ressalta-se que, nesta habilidade, tem-se a
delas e sua contribuição para oportunidade de trabalhar a Lei n. 11.645/2008,
a formação da cultura local, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
regional e brasileira. Nacional para incluir no currículo oficial das redes
de ensino a obrigatoriedade da temática "História
e Cultura Afro-Brasileira e Indígena".
É possível propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais no
que tange ao pertencer, à aceitação do outro, à
valorização da diferença, à argumentação, à
investigação e ao uso da linguagem.
Podem-se, ainda, contemplar os Temas
Contemporâneos o Estudo da História e Cultura
Afro-brasileira e Indígena e Educação Ambiental e
trabalhar de forma interdisciplinar as habilidades
(MS.EF15AR03.s.03) da Arte, e (MS.EF04HI10.s.10)
da História.
O sujeito e seu Processos migratórios (MS.EF04GE02.s.02) A habilidade consiste em compreender os
lugar no mundo no Brasil Descrever processos processos migratórios que contribuíram para a
migratórios e suas formação da população brasileira e a sul-mato-
contribuições para a grossense e a dinâmica interna de migração no
formação da sociedade país como resultado de fatores naturais,
brasileira. econômicos e sociais, uma vez que, ao identificar
esses diferentes povos (indígenas, africanos e
europeus), pode-se conhecer diferentes grupos
étnicos.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à valorização da
diferença, à argumentação, à investigação, ao uso
da linguagem, ao entusiasmo e ao compreender e
analisar.
Pode-se contemplar o Tema Contemporâneo o
Estudo da História e Cultura Afro-brasileira e
Indígena e, ainda, e trabalhar de forma
interdisciplinar a habilidade (MS.EF04HI11.s.11),
da História.
Conexões e Territórios étnico- (MS.EF04GE06.s.03) Permitir ao estudante conhecer onde estão, como
escalas culturais Identificar e descrever foram e são formados os territórios indígenas e
territórios étnico-culturais quilombolas do Brasil e do Mato Grosso do Sul.
existentes no Brasil, tais como Reconhecer as contribuições desses povos com
terras indígenas e de relação à formação da nação brasileira e, além
comunidades remanescentes disso, destaca-se a importância de que o
de quilombos, reconhecendo estudante entenda o processo de legitimidade da
a legitimidade da demarcação demarcação dos territórios indígenas e
desses territórios. quilombolas.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à valorização da

654
GEOGRAFIA - 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
diferença, à argumentação, à investigação, ao uso
da linguagem e ao compreender e analisar.
Pode-se contemplar o Tema Contemporâneo o
Estudo da História e Cultura Afro-brasileira e
Indígena e, ainda, trabalhar de forma
interdisciplinar as habilidades
(MS.EF15AR25.s.27), da Arte, e (MS.EF04HI11.s.11),
da História.
Natureza, Conservação e (MS.EF04GE11.s.04) Espera-se que o estudante possa identificar
ambientes e degradação da Identificar as características diferentes formas de relevo: depressão, planície,
qualidade de vida natureza das paisagens naturais e montanha, planalto, bem como reconhecer as
antrópicas (relevo, cobertura características da cobertura vegetal do lugar:
vegetal, rios etc) no ambiente matas, florestas, pantanal, cerrado, caatinga,
em que vive, bem como a formações litorâneas (mangues, praias etc.). É
ação humana na conservação importante que o estudante identifique as
ou degradação dessas áreas. características naturais de Mato Grosso do Sul,
por exemplo, no relevo (planalto e chapadas da
bacia do Paraná, planície do Pantanal, Serra de
Maracaju, depressão do Miranda), vegetação
(Cerrado, Pantanal e Floresta Tropical), hidrografia
(Bacia do Paraguai e Bacia do Paraná) e clima
(Tropical e Subtropical). É importante, ainda,
considerar a ação humana na preservação e os
impactos ambientais como consequência das
características dos tipos de produção que a
distingue (ex: Agronegócio no Estado de Mato
Grosso do Sul). Nesta habilidade é possível
propor metodologias para desenvolver as
competências cognitivas e socioemocionais no
que tange à argumentação, à investigação, ao uso
da linguagem, ao entusiasmo, ao compreender e
analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
Conexões e Relação campo e (MS.EF04GE04.s.05) O estudante precisa identificar e diferenciar as
escalas cidade Reconhecer especificidades e características do campo e da cidade com relação
analisar a interdependência à produção, aos fluxos de matéria-prima, aos
do campo e da cidade, produtos e pessoas, além de perceber a
considerando fluxos interdependência entre ambos.
econômicos, de informações, Nesta habilidade o estudante precisa relacionar a
de ideias e de pessoas. origem e o processo de produção dos produtos
que ele consome no seu cotidiano, o
envolvimento das pessoas e a tecnologia na inter-
relação entre campo e cidade.
O professor pode retomar a habilidade
(MS.EF03GE05.s.05) e exemplificar a partir de
produtos de consumo do dia a dia, desde a
origem até chegar ao estudante/consumidor.
É possível contemplar o Tema Contemporâneo
Cultura Digital.
Mundo do Trabalho no campo e (MS.EF04GE07.s.06) O estudante precisa conhecer as atividades
trabalho na cidade Comparar as características realizadas em trabalhos no campo e na cidade. É
do trabalho no campo e na importante perceber as especificidades de
cidade. trabalho que o campo tecnológico possui na
atualidade, de maneira que o estudante possa
analisar a interdependência entre o rural e o
urbano, considerando fluxos econômicos, de
produção, circulação da produção, dinâmica de
informações, de ideias e de pessoas.

655
GEOGRAFIA - 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à valorização da
diferença, à argumentação, à investigação e ao
uso da linguagem.Pode-se, também, contemplar
o Tema Contemporâneo Cultura Digital.
Mundo do Produção, circulação (MS.EF04GE08.s.07) Retomar a progressão da habilidade
trabalho e consumo Descrever e discutir o (MS.EF03GE05.s.05), que apresenta aos
processo de produção estudantes os setores econômicos (primário,
(transformação de matérias- secundário e terciário), os quais fazem parte do
primas), circulação e consumo seu cotidiano, relacionando os que pertencem ao
de diferentes produtos. campo e à cidade. Introduzir noções relacionadas
à transformação da matéria-prima em produção
de bens e alimentos: o papel das fábricas,
indústrias, a produção em geral, além de
compreender as mudanças visíveis na paisagem,
percebendo quais marcas pode-se identificar, a
partir da produção agropecuária, da produção
extrativa e da produção industrial.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem e ao
compreender e analisar.
Conexões e Unidades político- (MS.EF04GE05.s.08) É preciso que o estudante conheça a organização
escalas administrativas do Distinguir unidades político- político-administrativa do país distinguindo
Brasil administrativas oficiais município, estado, país e região, além de
nacionais (Distrito, Município, identificar, no mapa, a localização do Estado de
Unidade da Federação e Mato Grosso do Sul no Brasil e na região Centro-
grande região), suas Oeste.
fronteiras e sua hierarquia, Nesta habilidade é possível propor metodologias
localizando seus lugares de para desenvolver as competências cognitivas e
vivência. socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem e ao
compreender e analisar.
Formas de Sistema de (MS.EF04GE09.s.09) Nesta habilidade é preciso que o estudante
representação e orientação Utilizar as direções cardeais aprenda os pontos cardeais e utilize-os como
pensamento na localização de forma de orientação (bússolas, Global Positioning
espacial componentes físicos e System - GPS, mapas, dentre outros) para a
humanos nas paisagens rurais localização em seus espaços de vivência, nas
e urbanas. paisagens rurais e urbanas, em desenhos e
representações cartográficas.
Sugere-se que o professor trabalhe com o jogo
“Corrida de Orientação”.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem, ao
entusiasmo, ao trabalho em equipe, ao
compreender e analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF04CI09.s.09), e (MS.EF04CI10.s.10), da
Ciências.

656
GEOGRAFIA - 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Formas de Elementos (MS.EF04GE10.s.10) Retomar a progressão das habilidades
representação e constitutivos dos Comparar tipos variados de relacionadas a alfabetização cartográfica do 3º
pensamento mapas mapas, identificando suas ano: (MS.EF03GE06.s.07) e (MS.EF03GE07.s.08).
espacial características, elaboradores, Espera-se que o estudante possa comparar os
finalidades, diferenças e mapas temáticos, reconhecendo as diferenças
semelhanças. entre eles: mapas econômicos, políticos,
demográficos, históricos e físicos.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem, ao entusiasmo
e ao trabalho em equipe.
O sujeito e seu Instâncias do poder (MS.EF04GE03.s.11) O estudante precisa reconhecer o papel de cada
lugar no mundo público e canais de Conhecer funções e papéis poder responsável pela administração municipal,
participação social dos órgãos do poder público estadual e nacional — poder executivo, legislativo
municipal e canais de e judiciário.
participação social na gestão Com a habilidade, é possível trabalhar a
do Município, incluindo a responsabilidade individual e coletiva dentro do
Câmara de Vereadores, conceito de gestão municipal, além de propor
Conselhos Municipais e metodologias para desenvolver as competências
Associações de bairros. cognitivas e socioemocionais no que tange à
argumentação, à investigação, ao uso da
linguagem e ao trabalho em equipe.

GEOGRAFIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Conexões e Unidades político- (MS.EF05GE00.n.01) Sugere-se que o professor utilize mapas, atlas,
escalas administrativas do Distinguir unidades político- slides e jogos (Gamificação) para apresentar a
Brasil administrativas oficiais divisão política do Brasil e a sua regionalização,
nacionais (Distrito, Município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Unidade da Federação e Estatística - IBGE.
grande região), suas Metodologia de Gamificação: é a aplicação de
fronteiras e sua hierarquia, elementos e mecânicas de design de jogos em
localizando seus lugares de outros contextos, que não são jogos eletrônicos.
vivência. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem, ao
entusiasmo, ao trabalho em equipe, ao
compreender e analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
O sujeito e seu Dinâmica (MS.EF05GE01.s.02) O professor pode apresentar fatores como taxa
lugar no mundo populacional Descrever e analisar de natalidade e mortalidade do seu município e
dinâmicas populacionais na da Unidade Federativa (ver site do IBGE) e
Unidade da Federação em migrações, para que o estudante perceba de que
que vive, estabelecendo maneira ocorre o crescimento ou a diminuição da
relações entre migrações e população.
condições de infraestrutura. Para desenvolver esta habilidade o professor
pode utilizar gráficos, tabelas e pirâmide etária.

657
GEOGRAFIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O sujeito e seu Diferenças étnico- (MS.EF05GE02.s.03) Trabalhar a superação da discriminação
lugar no mundo raciais e étnico- Identificar diferenças étnico- enfrentada por diferentes grupos étnico-raciais
culturais e raciais e étnico-culturais e que a caracterizam, em termos culturais, como
desigualdades sociais desigualdades sociais entre sua história é marcada por desigualdades e
grupos de diferentes discriminações, a luta contra as distintas formas
territórios. de discriminação, entre elas, a étnico-racial.
Sugere-se roda de conversa com militantes dos
movimentos Negro, Indígena, Direitos Humanos
de Mato Grosso do Sul, dentre outros, que
podem contribuir com a temática.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem, ao
entusiasmo, ao trabalho em equipe, ao
compreender e analisar, à valorização da
diferença e ao pertencimento.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo O Estudo da História e Cultura
Afro-brasileira e Indígena.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF05HI04.s.04), da História.
Conexões e Território, redes e (MS.EF05GE03.s.04) Nesta habilidade o professor pode problematizar
escalas urbanização Identificar as formas e com questionamentos: Como surge uma cidade?
funções das cidades e analisar Quais fatores contribuem para o crescimento ou
as mudanças sociais, não de uma cidade? Há diferenças de
econômicas e ambientais características entre os bairros (comercial,
provocadas pelo seu industrial, residencial, centro e periferia etc.) e
crescimento. entre cidades? Quais os problemas ambientais e
sociais comuns em sua cidade?
Sugere-se produção textual coletiva, pesquisa,
construção de um dicionário, portfólio e outras
possibilidades.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem, ao
entusiasmo, ao trabalho em equipe, ao
compreender e ao analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF35LP17.s.17) e (MS.EF05LP24.s.24), da
Língua Portuguesa.
Conexões e Território, redes e (MS.EF05GE04.s.05) Vale retomar as habilidades trabalhadas no 4o
escalas urbanização Reconhecer as características ano: MS.EF04GE04.s.05 e MS.EF04GE05.s.08, para
da cidade e analisar as o estudante compreender as relações entre as
interações entre a cidade e o cidades e as da cidade com o campo.
campo e entre cidades na
rede urbana.
Formas de Estudo da Cartografia (MS.EF05GE00.n.06) Nesta habilidade o professor pode trabalhar com
representação e Identificar os elementos de os mapas temáticos: político, físico (vegetação e
pensamento um mapa e interpretar hidrografia), populacional, rodoviário e outros,
espacial legendas, símbolos e cores.

658
GEOGRAFIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
para que o estudante possa ter acesso aos
mesmos elementos em diversos tipos de mapas.
Cabem, ainda, pesquisas com demonstrações
práticas do cotidiano da utilização dos mapas,
como nos noticiários, em viagens, na venda de
imóveis (lotes e casas), planta de casas e
agrimensura de propriedades rurais.
Formas de Estudo da Cartografia (MS.EF05GE09.s.07) Esta habilidade pode articular-se com os temas
representação e Estabelecer conexões e apontados em (MS.EF05GE04.s.05),
pensamento hierarquias entre diferentes (MS.EF05GE05.s.10), (MS.EF05GE06.s.11) e
espacial cidades, utilizando mapas (MS.EF05GE07.s.12), com destaque para a
temáticos e representações representação cartográfica.
gráficas. É importante o estudante reconhecer, no que se
refere à hierarquia, que as cidades se classificam
quanto ao seu tamanho em: pequena, média e
grande.
Explorar os mapas enfatizando que todos
possuem um tema e representações gráficas.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem, ao trabalho
em equipe e ao compreender e analisar.
Formas de Mapas e imagens de (MS.EF05GE08.s.08) Para trabalhar esta habilidade, sugere-se utilizar
representação e satélite Analisar transformações de uma sequência didática com a ferramenta Google
pensamento paisagens nas cidades, Earth ou fotografias. É possível, ainda, propor
espacial comparando sequência de metodologias para desenvolver as competências
fotografias, fotografias aéreas cognitivas e socioemocionais no que tange à
e imagens de satélite de investigação, ao uso da linguagem, ao
épocas diferentes. entusiasmo, ao trabalho em equipe e ao
compreender e analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Natureza, Conservação e (MS.EF05GE00.n.09) Espera-se que o estudante possa identificar
ambientes e degradação da Identificar as características diferentes formas de relevo: depressão, planície,
qualidade de vida natureza das paisagens naturais e montanha, planalto, bem como reconhecer as
antrópicas (relevo, cobertura características da cobertura vegetal do lugar:
vegetal, hidrografia e clima) matas, florestas, pantanal, cerrado, caatinga,
no ambiente do Mato Grosso formações litorâneas (mangues, praias etc.). É
do Sul, bem como a ação importante que ele identifique as características
humana na conservação ou naturais do Mato Grosso do Sul, por exemplo, no
degradação dessas áreas. relevo (Planalto e Chapadas da Bacia do Paraná,
Planície do Pantanal, Serra de Maracaju e outras
serras, Depressão do Miranda); vegetação nativa
(Campos, Cerrado, Pantanal e Floresta Tropical);
hidrografia (Bacia do Paraguai e Bacia do Paraná)
e clima (Tropical e Subtropical). É importante,
ainda, considerar a ação humana na preservação
ou degradação dessas áreas, bem como a
caracterização do tipo de produção que as
distingue.
É possível propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais no
que tange à argumentação, à investigação, ao uso
da linguagem, ao trabalho em equipe e ao
compreender e analisar.

659
GEOGRAFIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.
Mundo do Trabalho e inovação (MS.EF05GE05.s.10) Para trabalhar esta habilidade, faz-se necessário
trabalho tecnológica Identificar e comparar as retomar a habilidade (MS.EF04GE08.s.07), do 4o
mudanças dos tipos de ano.
trabalho e desenvolvimento Problematizar a questão sobre a tecnologia
tecnológico na agropecuária, (televisão, internet, smartphone, satélites, drones)
na indústria, no comércio e no cotidiano do estudante para reconhecer a
nos serviços. importância dessa ferramenta na interação entre
cidade e campo diante dos setores econômicos
(primário, secundário e terciário).
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem, ao
entusiasmo, ao trabalho em equipe e ao
compreender e analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Mundo do Trabalho e inovação (MS.EF05GE06.s.11) Sugere-se, por meio de slides, demonstrar os
trabalho tecnológica Identificar e comparar avanços dos meios de transporte e comunicação
transformações dos meios de com imagens comparativas (passado e presente).
transporte e de comunicação. Pode ser interessante problematizar, a partir dos
meios de transporte e comunicação, acessíveis ou
não, à comunidade do estudante.
Como atividade interdisciplinar, o professor de
História pode contribuir com a história do “Trem
do Pantanal” e a tentativa de abrir a rota
Atlântico-Pacífico.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à investigação, ao
uso da linguagem, ao trabalho em equipe e ao
compreender e analisar.
Mundo do Trabalho e inovação (MS.EF05GE07.s.12) Apresentar aos estudantes a relação da produção
trabalho tecnológica Identificar os diferentes tipos de energia em diferentes atividades econômicas
de energia utilizados na nas regiões brasileiras (IBGE) e o impacto na
produção industrial, agrícola economia de cada uma.
e extrativa e no cotidiano das Nesta habilidade é possível propor metodologias
populações. para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem, ao trabalho
em equipe e ao compreender e analisar.
Natureza, Qualidade ambiental (MS.EF05GE10.s.13) Nesta habilidade cabe trabalhar a Educação
ambientes e Reconhecer e comparar Ambiental enfatizando a importância de proteger
qualidade de vida atributos da qualidade o solo, os recursos hídricos e a vegetação nativa
ambiental e algumas formas do Cerrado, do Pantanal e da Mata Atlântica, além
de poluição dos cursos de de chamar a atenção para a proteção do Aquífero
água e dos oceanos (esgotos, Guarani e do Arco das Nascentes, onde nascem
efluentes industriais, marés os principais rios da Bacia Pantaneira e
negras etc.). demonstrar que o Cerrado de fato é o principal
produtor nacional de água. Uma possibilidade é
trabalhar com vídeos.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e

660
GEOGRAFIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
socioemocionais no que tange à argumentação, à
investigação, ao uso da linguagem, ao trabalho
em equipe e ao compreender e analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
Natureza, Diferentes tipos de (MS.EF05GE11.s.14) Esta habilidade reúne temas, conteúdos e
ambientes e poluição Identificar e descrever questões que proporcionam ao estudante pensar
qualidade de vida problemas ambientais que sobre atributos da questão ambiental,
ocorrem no entorno da identificando problemas que ocorrem no entorno
escola e da residência (lixões, da escola, no bairro e nos lugares de vivência e
indústrias poluentes, permanência. É possível complementar com
destruição do patrimônio habilidades que se refiram, especificamente, à
histórico etc.), propondo necessidade de, na área ambiental, atuar pela
soluções (inclusive coletividade, com responsabilidade, senso crítico
tecnológicas) para esses e exercício de ética e cidadania, especialmente na
problemas. dimensão da consciência socioambiental
promotora da responsabilidade e cidadania.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais no que tange à investigação, ao
uso da linguagem, ao trabalho em equipe e ao
compreender e analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
Natureza, Gestão pública da (MS.EF05GE12.s.15) É importante que o estudante identifique os
ambientes e qualidade de vida Identificar órgãos do poder órgãos, no município e/ou estado, responsáveis
qualidade de vida público e canais de pelas ações que envolvem questões
participação social socioambientais. Sugerem-se entrevistas com
responsáveis por buscar vereadores ou deputados estaduais que fazem
soluções para a melhoria da parte da Comissão de Meio Ambiente ou com
qualidade de vida (em áreas membros do Conselho Municipal de Meio
como meio ambiente, Ambiente ou Ministério Público.
mobilidade, moradia e direito Nesta habilidade é possível propor metodologias
à cidade) e discutir as para desenvolver as competências cognitivas e
propostas implementadas por socioemocionais no que tange ao uso da
esses órgãos que afetam a linguagem, à argumentação, ao trabalho em
comunidade em que vive. equipe e ao compreender e analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.

GEOGRAFIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O sujeito e seu Introdução a (MS.EF06GE00.n.01) Propõe-se que o estudante possa entender a
lugar no mundo Geografia Conhecer a importância da geografia considerando seu contexto histórico e
ciência geográfica a partir dos social, como sujeito ativo e transformador da
conceitos (espaço, lugar, sociedade.
paisagem, região, território) Recomenda-se, ainda, estabelecer uma relação
entre o espaço geográfico e seu lugar no mundo,
partindo da microescala para a macroescala
(local/global), entendendo a relação entre os
sujeitos e a paisagem.

661
GEOGRAFIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de autoria, investigação e
inovação.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
O sujeito e seu Identidade (MS.EF06GE01.s.02) Para possibilitar o trabalho com esta habilidade,
lugar no mundo sociocultural Comparar modificações das sugere-se utilizar uma sequência didática com a
paisagens nos lugares de ferramenta do Google Earth ou fotografias e/ou
vivência e os usos desses pesquisa de campo para demostrar as mudanças
lugares em diferentes que ocorrem na paisagem. Deve-se indicar quais
tempos. são os agentes transformadores naturais e
antrópicos da paisagem.
Propõe-se o uso de metodologias para
desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de estabelecer conexões,
trabalho em equipe e compreender e analisar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
O sujeito e seu Identidade (MS.EF06GE00.n.03) Esta habilidade tem relação direta com a
lugar no mundo sociocultural Analisar modificações de (MS.EF06GE01.s.02).
paisagens por diferentes tipos Pretende-se que os estudantes possam conhecer
de sociedade, com destaque os diferentes povos indígenas e quilombolas, e
para os povos originários do analisar suas contribuições na cultura e história de
Mato Grosso do Sul. Mato Grosso do Sul.
Para analisar as modificações das paisagens Sul-
Mato-Grossenses, o professor pode partir de
questionamentos: Como era a sua região antes da
colonização? Quem foram os primeiros habitantes
e como ocorreu a mudança da paisagem? Qual a
situação desses povos no Estado nos dias atuais?
Propõe-se o uso de metodologias para
desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de pertencimento, de
valorização da diferença, de aceitação do outro e
de autoria.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
sul-mato-grossense e Diversidade Cultural.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF06HI05.s.05), da História.
Conexões e Relações entre os (MS.EF06GE03.s.04) Retomando a habilidade (MS.EF06GE00.n.03), o
escalas componentes físico- Descrever os movimentos do estudante precisa descrever os movimentos do
naturais planeta (Rotação e planeta e relacioná-los com a circulação geral da
Translação) e sua relação com atmosfera. É necessário também reconhecer a
a circulação geral da atmosfera enquanto um sistema dinâmico, bem
atmosfera, o tempo como suas diferentes camadas. Isso permitirá a
atmosférico e os padrões compreensão da distribuição de temperaturas e
climáticos. zonas climáticas — polar, tropical e temperada.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de raciocínio lógico, de
metacognição e de experimentação.

662
GEOGRAFIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Pode-se trabalhar esta habilidade de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF06CI14.s.14), da Ciências.
Formas de Introdução a (MS.EF06GE00.n.05) Para o estudante desenvolver esta habilidade é
representação e Cartografia Conhecer os tipos de preciso conhecer os movimentos de rotação e
pensamento orientação (pontos cardeais e translação da Terra.
espacial colaterais), as coordenadas Por meio de diferentes leituras de mapas, levar os
geográficas e os elementos estudantes a desenvolver a interpretação dos
de um mapa. mapas para conhecer seus elementos, como
título, legenda, escala e, ainda, trabalhar
orientação, para que depois possam elaborar
mapas simples do local onde vivem.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de expressão corporal, de uso da
linguagem, de pesquisa e de aplicação.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF06CI11.s.11), (MS.EF06CI13.s.13),
(MS.EF06CI14.s.14), da Ciências, e
(MS.EF06MA23.s.23), da Matemática.
Formas de Fenômenos naturais e (MS.EF06GE08.s.06) Sugerem-se atividades com mapas de pequenas e
representação e sociais representados Medir distâncias na superfície grandes escalas, além de representações variadas
pensamento de diferentes pelas escalas gráficas e que permitam ao estudante exercitar a
espacial maneiras numéricas dos mapas. construção e a interpretação da medida de
distâncias na superfície terrestre.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF06MA28.s.28); e (MS.EF06MA29.s.29), da
Matemática.
Formas de Fenômenos naturais e (MS.EF06GE09.s.07) A habilidade diz respeito a produzir maquetes,
representação e sociais representados Elaborar modelos associadas a mapas, planta baixa (da casa, da
pensamento de diferentes tridimensionais, blocos- escola etc.) para que o estudante compreenda a
espacial maneiras diagramas e perfis relação de tridimensionalidade (da escola, do
topográficos e de vegetação, bairro ou do entorno) e bidimensionalidade.
visando à representação de Nesta habilidade é possível propor metodologias
elementos e estruturas da para desenvolver as competências cognitivas e
superfície terrestre. socioemocionais de insight, de imaginação e de
trabalho nas redes e em equipe.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF06CI11.s.11), da Ciências.
Conexões e Relações entre os (MS.EF06GE04.s.08) Nesta habilidade o estudante precisa identificar e
escalas componentes físico- Descrever o ciclo da água, explicar os processos hidrológicos que ocorrem
naturais comparando o escoamento em bacias hidrográficas (principalmente as bacias
superficial no ambiente de Mato Grosso do Sul: Paraguai e Paraná).
urbano e rural, reconhecendo Relacionar a retirada da vegetação e a
os principais componentes da impermeabilização do solo para reconhecer as
morfologia das bacias e das causas de erosão e alagamento, podendo
redes hidrográficas e a sua relacionar com o Zoneamento Ecológico
localização no modelado da Econômico de Mato Grosso do Sul – ZEE/MS.
superfície terrestre e da Nesta habilidade é possível propor metodologias
cobertura vegetal. para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de determinação, de
argumentação e de estabelecer conexões.

663
GEOGRAFIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.
Conexões e Relações entre os (MS.EF06GE05.s.09) Pretende-se que o estudante relacione os
escalas componentes físico- Relacionar padrões climáticos, padrões climáticos, solo, relevo e vegetação dos
naturais tipos de solo, relevo e biomas, como conjuntos de ecossistemas (fauna e
formações vegetais. flora) com uma diversidade biológica própria.
Espera-se, ainda, que o estudante possa
compreender o conceito de bioma, identificando
fragilidades ambientais a partir do
reconhecimento de características da distribuição
de flora e fauna, associadas a relevo, solos e
macroclimas. Deve-se enfatizar os biomas sul-
mato-grossenses.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de investigação, imaginação e
autoproposição.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.
Natureza, Biodiversidade e ciclo (MS.EF06GE10.s.10) O estudante precisa compreender a relação dos
ambientes e hidrológico Explicar as diferentes formas elementos da biosfera - ar (atmosfera), água
qualidade de vida de uso do solo (rotação de (hidrosfera) e solo (litosfera) - para explicar as
terras, terraceamento, aterros diferentes utilizações do solo e da água ao longo
etc.) e de apropriação dos do tempo.
recursos hídricos (sistema de Nesta habilidade é possível propor metodologias
irrigação, tratamento e redes para desenvolver as competências cognitivas e
de distribuição), bem como socioemocionais de compreender e analisar, de
suas vantagens e uso da linguagem e de resiliência.
desvantagens em diferentes Podem-se, também, contemplar os Temas
épocas e lugares. Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF06CI11.s.11) e (MS.EF06CI12.s.12), de
Ciências.
Natureza, Biodiversidade e ciclo (MS.EF06GE11.s.11) Nesta habilidade tem-se a oportunidade de
ambientes e hidrológico Analisar distintas interações trabalhar a Educação Ambiental na perspectiva de
qualidade de vida das sociedades com a como a sociedade se apropriou da natureza na
natureza, com base na ocupação das áreas e de como se dá a relação do
distribuição dos ser humano com a natureza no ambiente onde
componentes físico-naturais, vive e trabalha. Vale questionar sobre a perda da
incluindo as transformações biodiversidade e sugere-se utilizar a calculadora
da biodiversidade local e do da “Pegada Ecológica” (disponível online) para
mundo. medir a quantidade de recursos naturais
renováveis utilizados para manter nosso estilo de
vida.
Propõe-se utilizar metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
estabelecer conexões, insight, compreender e
analisar.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.

664
GEOGRAFIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF06MA32.s.32), da Matemática.
Natureza, Biodiversidade e ciclo (MS.EF06GE12.c.12) Espera-se que o estudante possa entender o que
ambientes e hidrológico Identificar o consumo dos é uma bacia hidrográfica e o ciclo hidrológico,
qualidade de vida recursos hídricos e o uso das percebendo a importância dos corpos de água
principais bacias hidrográficas para a humanidade e sua importância na
no Brasil e no Mato Grosso natureza. Deve, ainda, identificar as bacias
do Sul, enfatizando as hidrográficas brasileiras, de Mato Grosso do Sul e
transformações nos da sua região.
ambientes urbanos. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de pertencimento, de autoria e
de determinação.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.
Natureza, Atividades humanas e (MS.EF06GE13.s.13) Para desenvolver esta habilidade, pode-se
ambientes e dinâmica climática Analisar consequências, considerar as consequências das práticas
qualidade de vida vantagens e desvantagens humanas na dinâmica climática, a partir da
das práticas humanas na construção/estruturação do espaço urbano,
dinâmica climática (ilha de queimadas urbanas, poluição atmosférica,
calor etc.). desmatamento e outras.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.
Mundo do Transformação das (MS.EF06GE06.s.14) Espera-se que o estudante possa identificar e
trabalho paisagens naturais e Identificar as características analisar o papel da indústria e atividades
antrópicas das paisagens transformadas agropecuárias frente às questões ambientais,
pelo trabalho humano a partir considerando problemas trazidos e as
do desenvolvimento da necessidades dessas atividades para a sociedade,
agropecuária e do processo sempre articulando da escala local para global.
de industrialização. Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF06HI05.s.05), da História.
Mundo do Transformação das (MS.EF06GE07.s.15) É importante que o estudante relacione o
trabalho paisagens naturais e Explicar as mudanças na surgimento das cidades e o início da vida urbana
antrópicas interação humana com a com as mudanças na relação do ser humano com
natureza a partir do a natureza.
surgimento das cidades. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de curiosidade, de autogestão,
de avaliar e de gerenciar.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.

665
GEOGRAFIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O sujeito e seu Formação territorial (MS.EF07GE00.n.01) Sugere-se que o professor utilize mapas, atlas,
lugar no mundo do Brasil Localizar geograficamente o slides e jogos (Gamificação) para apresentar a
Brasil com seus limites, divisão política do Brasil e suas regionalizações.
fronteiras e regionalização na Além disso, é importante que o estudante
América e no mundo. conheça a regionalização da América e do
Mundo.
Metodologia de Gamificação: é a aplicação de
elementos e mecânicas de design de jogos em
outros contextos, que não são jogos eletrônicos.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de trabalho em redes, de
experimentação, de liderar e de ser liderado.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
O sujeito e seu Ideias e concepções (MS.EF07GE01.s.02) Sugere-se trabalhar as diversas possibilidades de
lugar no mundo sobre a formação Avaliar, por meio de se regionalizar um espaço (distribuição da
territorial do Brasil exemplos extraídos dos meios população, biomas, relevo, hidrografia, regiões
de comunicação, ideias e geoeconômicas, dentre outras).
estereótipos acerca das Faz-se necessário analisar os estereótipos que
paisagens e da formação circulam nos meios de comunicação a respeito
territorial do Brasil. das paisagens e do processo de formação
territorial do país. A exemplo disso, o estereótipo
de que o nordeste, como um todo, é seco e de
que o Mato Grosso do Sul não é “Pantanal” em
sua totalidade.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de autoria, de investigação e de
desenvoltura.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e de
Cultura Digital.
Conexões e Formação territorial (MS.EF07GE02.s.03) O estudante precisa conhecer e analisar
escalas do Brasil Analisar a influência dos criticamente a formação do território brasileiro,
fluxos econômicos e destacando quem foram os primeiros habitantes
populacionais na formação e como ocorreu o processo de ocupação
socioeconômica e territorial territorial capitalista de sua região e do Brasil. E,
do Brasil, compreendendo os ainda, de forma conjunta, analisar os fluxos
conflitos e as tensões econômicos que impulsionaram as migrações e
históricas e contemporâneas. conflitos históricos e contemporâneos.
Propõe-se utilizar metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
valorização da diferença, de aceitação do outro,
de compreender e analisar.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF07HI12.s.15), (MS.EF07HI13.s.16),
(MS.EF07HI14.s.17) e (MS.EF07HI16.s.19), da
História.
Conexões e Características da (MS.EF07GE04.s.04) Para desenvolver esta habilidade sugere-se o
escalas população brasileira Analisara distribuição trabalho com gráficos, mapas, pirâmide etária e
territorial da população tabelas para representar a distribuição da
brasileira, considerando a população brasileira no território.
diversidade étnico-cultural Nesse momento, o professor pode partir de
(indígena, africana, europeia e dados regionais da comunidade do estudante

666
GEOGRAFIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
asiática), assim como para entender a diversidade do brasileiro
aspectos de renda, sexo e (indígena, africana, europeia e asiática). Além
idade nas regiões brasileiras. disso, é uma oportunidade de trabalhar a
temática do racismo e da xenofobia.
Propõe-se utilizar metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
empatia, de aceitação do outro, de flexibilidade e
de investigação.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo O Estudo da História e Cultura
Afro-brasileira e Indígena.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF07HI10.s.13) e (MS.EF07HI11.s.14), da
História.
Conexões e Formação territorial (MS.EF07GE03.s.05) Sugere-se ao professor trazer para o estudante as
escalas do Brasil Selecionar argumentos que questões locais sobre os povos indígenas, os
reconheçam as conflitos envolvendo indígenas e fazendeiros,
territorialidades dos povos sobre a posse da terra e reservas indígenas no
indígenas originários, das Estado de Mato Grosso do Sul, como vivem e
comunidades remanescentes onde se localizam, além da situação dos
de quilombos, de povos das quilombolas, como vivem e onde se localizam os
florestas e do cerrado, de principais quilombos no Estado.
ribeirinhos e caiçaras, entre É importante, no desenvolvimento desta
outros grupos sociais do habilidade, que o estudante compreenda o
campo e da cidade, como conceito de território.
direitos legais dessas Propõem-se utilizar metodologias para
comunidades. desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de argumentação, de uso da
linguagem, de trabalho em equipe, de aceitação
do outro e de pertencimento.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos O Estudo da História e Cultura
Afro-brasileira e Indígena, Cultura Sul-mato-
grossense e Diversidade Cultural e Cultura Digital.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF07HI10.s.13), (MS.EF07HI11.s.14), da
História, e (MS.EF69AR00n.09), da Arte.
Mundo do Produção, circulação (MS.F07GE05.s.06) O estudante deve compreender que o surgimento
trabalho e consumo de Analisar fatos e situações do capitalismo comercial foi marcado,
mercadorias representativas das alterações principalmente, pela expansão ultramarina,
ocorridas entre o período colonização do novo mundo (continente africano,
mercantilista e o advento do asiático e americano), políticas mercantilistas e,
capitalismo. por fim, o surgimento das primeiras potências
europeias: Portugal e Espanha.
Nesta habilidade tem-se a oportunidade de
trabalhar a Educação Ambiental.
Pode-se, também, trabalhar de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF07HI17.s.20 ), da História.

667
GEOGRAFIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Mundo do Produção, circulação (MS.EF07GE06.s.07) Nesta habilidade tem-se a oportunidade de
trabalho e consumo de Discutir em que medida a trabalhar a Educação Ambiental.
mercadorias produção, a circulação e o Espera-se que o estudante compreenda as
consumo de mercadorias modificações que as atividades econômicas, por
provocam impactos meio da produção, da circulação e do consumo,
ambientais, assim como produzem no espaço, seja na cidade ou no
influem na distribuição de campo, além de analisar os impactos
riquezas, em diferentes socioambientais oriundos das ações do ser
lugares. humano, alertando para a necessidade de se
adotar um uso consciente dos recursos,
chamando a atenção para o consumo consciente.
É necessário, ainda, que o estudante relacione a
produção de mercadorias com a distribuição
desigual de riquezas e o consumo.
Propõe-se utilizar metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
argumentação, e de compreender e analisar.
Pode-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidades
(MS.EF07HI14.s.17), da História.
Mundo do Desigualdade social e (MS.EF07GE07.s.08) Para desenvolver esta habilidade o estudante precisa
trabalho o trabalho Analisara influência e o papel compreender que diferentes tipos de redes
das redes de transporte e geográficas (transporte e comunicação) dinamizam
comunicação na configuração os sistemas produtivos e redefinem, em escala
do território brasileiro. global, o uso do território, conferindo novas
possibilidades aos fluxos materiais (objetos,
mercadorias, pessoas) e imateriais (dados,
informação, comunicação). Além disso, compreender
que há um predomínio da utilização das rodovias em
relação às ferrovias e às hidrovias nos meios de
transporte do Brasil.
Nesta habilidade o professor tem a oportunidade de
salientar sobre o papel das redes de transporte e
comunicação de Mato Grosso do Sul.
Propõem-se utilizar metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
compreender e analisar, de imaginação, de trabalho
em redes e de flexibilidade.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Mundo do Desigualdade social e (MS.EF07GE08.s.09) O estudante deve conhecer as fases e as
trabalho o trabalho Estabelecer relações entre os características do processo de industrialização do
processos de industrialização Brasil, percebendo que esse processo ocorre
e inovação tecnológica com seguindo modelos e formas diferenciadas em todo o
as transformações mundo, com impacto sobre o território brasileiro de
maneira desigual.
socioeconômicas do território
Nesta habilidade é possível propor metodologias
brasileiro.
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de estabelecer conexões, de avaliar
e de gerenciar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF07CI01.s.01) e (MS.EF07CI06.s.06), de Ciências.

668
GEOGRAFIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Formas de Mapas temáticos do (MS.EF07GE09.s.10) Espera-se que o estudante possa elaborar e
representação e Brasil Interpretar e elaborar mapas interpretar os mapas temáticos, reconhecendo as
pensamento temáticos e históricos, diferenças entre eles: mapas econômicos, políticos,
espacial inclusive utilizando demográficos, históricos, físicos e outros mapas. É
tecnologias digitais, com possível utilizar o Google Earth e outros softwares.
Pode-se, também, contemplar o Tema
informações demográficas e
Contemporâneo Cultura Digital.
econômicas do Brasil
Esta habilidade pode ser desenvolvida a partir dos
(cartogramas), identificando temas e conteúdos das habilidades
padrões espaciais, (MS.EF07GE02.s.03), (MS.EF07GE03.s.05),
regionalizações e analogias (MS.EF07GE05.s.06)e (MS.EF07GE06.s.07).
espaciais.
Formas de Mapas temáticos do (MS.EF07GE10.s.11) Sugere-se a utilização de programas da internet
representação e Brasil Elaborar e interpretar gráficos como o Canva para a construção de infográficos,
pensamento de barras, gráficos de setores tabelas e gráficos referentes a dados
espacial e histogramas, com base em socioeconômicos das regiões brasileiras, no intuito
dados socioeconômicos das de favorecer a interpretação de dados gráficos, o
multiletramento e a cultura digital de interpretação
regiões brasileiras.
de dados.
Esta habilidade pode ser desenvolvida a partir dos
temas e conteúdos das habilidades
(MS.EF07GE02.s03(, (MS.EF07GE03.s.05),
(MS.EF07GE05.s.06) e )MS.EF07GE06.s.07).
Ressalta-se que, nesse contexto, é possível propor
metodologias para desenvolver as competências
cognitivas e socioemocionais de autogestão, de uso
da linguagem e de raciocínio lógico.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF07MA37.s.37).
Natureza, Biodiversidade (MS.EF07GE11.s.12) O estudante precisa identificar e caracterizar os
ambientes e brasileira Caracterizar dinâmicas dos domínios morfoclimáticos no Brasil e as principais
qualidade de vida componentes físico-naturais características de cada região, a partir dos seus
no território nacional, bem componentes físico-naturais: clima, solo, vegetação,
como sua distribuição e relevo, dentre outros. Nesta habilidade cabe
trabalhar a Educação Ambiental, enfatizando a perda
biodiversidade (Florestas
da biodiversidade no Brasil e no Mato Grosso do Sul.
Tropicais, Cerrados,
Podem-se, também, contemplar os Temas
Caatingas, Campos Sulinos e
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Matas de Araucária).
Digital.
Natureza, Biodiversidade (MS.EF07GE12.s.13) É importante que o estudante conheça o Sistema
ambientes e brasileira Comparar unidades de Nacional de Unidades de Conservação, identifique no
qualidade de vida conservação existentes no seu município e estado as Unidades de Conservação
Município de residência e em existentes e relacione as formas de apropriação dos
outras localidades brasileiras, biomas com o avanço urbano-industrial-
agropecuário e com os impactos ambientais desse
com base na organização do
avanço. Ainda, é possível conhecer os recursos
Sistema Nacional de
financeiros estaduais disponibilizados a cada
Unidades de Conservação
município para manutenção das Unidades de
(SNUC).
Conservação (ICMS Ecológico).
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de curiosidade, de apreciação
estética e de autoproposição.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.

669
GEOGRAFIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O sujeito e seu Distribuição da (MS.EF08GE01.s.01) Sugere-se conceituar os aspectos relacionados
lugar no mundo população mundial e Descrever as rotas de aos movimentos migratórios (diáspora) de
deslocamentos dispersão da população diferentes períodos da história utilizando mapas,
populacionais humana pelo planeta e os gráficos, textos e imagens. É necessário que o
principais fluxos migratórios estudante compreenda que a migração faz parte
em diferentes períodos da da história da humanidade, motivada por
história, discutindo os fatores diferentes fatores: mudanças climáticas,
históricos e condicionantes catástrofes naturais, conquistas militares,
físico-naturais associados à insegurança em sua terra de origem, perseguição,
distribuição da população povoamento de um novo território, insatisfação
humana pelos continentes. com o governo de seu país, esperança de
encontrar condições de vida melhores em outro
local, alguma oportunidade de trabalho ou de
estudos, dentre outros. É importante dialogar
sobre os movimentos migratórios
contemporâneos para o Brasil (africanos e latino-
americanos).
Nesta habilidade tem-se a oportunidade de
trabalhar a Lei n. 11.645/2008, que estabelece as
Diretrizes e Bases da Educação Nacional para
incluir no currículo oficial das redes de ensino a
obrigatoriedade da temática "História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena" e a Lei 13.445/17, que
trata do estatuto do estrangeiro.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de compreender e analisar, de
responsabilidade e de autoproposição.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF08HI03.s.03), da História.
O sujeito e seu Diversidade e (MS.EF08GE02.s.02) Sugere-se que o estudante realize um
lugar no mundo dinâmica da Relacionar fatos e situações levantamento dos grupos de migrantes em seu
população mundial e representativas da história município e da sua família, a fim de conhecer a
local das famílias do Município em história da vinda dessas pessoas para um
que se localiza a escola, determinado local, por onde passaram até
considerando a diversidade e chegarem ali, quais as dificuldades encontradas e
os fluxos migratórios da se foram acolhidas.
população mundial. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de empatia, de imaginação e de
investigação.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
O sujeito e seu Diversidade e (MS.EF08GE03.s.03) O estudante deve conhecer os indicadores que
lugar no mundo dinâmica da Analisar aspectos compõem a dinâmica da população (população
população mundial e representativos da dinâmica absoluta e relativa, taxa de natalidade, taxa de
local demográfica, considerando mortalidade, taxa de mortalidade infantil,
características da população crescimento natural, saldo migratório, dentre
(perfil etário, crescimento outros) para analisar os aspectos dessa dinâmica
vegetativo e mobilidade demográfica e, posteriormente, comparar os
espacial). dados de um lugar com outro para conhecer o
comportamento populacional de um local, região
ou país.

670
GEOGRAFIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Há a possibilidade de o professor utilizar
gráficos, mapas e dados do IBGE.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de raciocínio lógico, de
experimentação e de curiosidade.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
O sujeito e seu Diversidade e (MS.EF08GE04.s.04) O estudante precisa conhecer o processo de
lugar no mundo dinâmica da Compreender os fluxos de expansão capitalista marítima europeia dos
população mundial e migração na América Latina séculos XIV e XV na conquista do continente
local (movimentos voluntários e americano, dos povos pré-colombianos para
forçados, assim como fatores entender os fluxos de migração que ocorreram
e áreas de expulsão e atração) posteriormente nesse continente (América Latina
e as principais políticas e América Anglo-Saxônica), identificando os
migratórias da região. fatores atrativos/repulsivos que influenciam as
migrações.
É importante dialogar sobre os movimentos
migratórios contemporâneos na América Latina,
bolivianos, venezuelanos, haitianos, paraguaios,
dentre outros, na busca de melhores condições
de vida.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de compreender e analisar, de
avaliar e de gerenciar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Educação Ambiental.
Conexões e Corporações e (MS.EF08GE05.s.05) Identificar e diferenciar os conceitos de Estado,
escalas organismos Aplicar os conceitos de nação, território, governo e país, para entender as
internacionais e do Estado, nação, território, razões dos conflitos e tensões na América e na
Brasil na ordem governo e país para o África. É importante nesta habilidade desenvolver
econômica mundial entendimento de conflitos e a leitura e interpretação de mapas para conhecer
tensões na as regionalizações da América e da África.
contemporaneidade, com Nesta habilidade é possível propor metodologias
destaque para as situações para desenvolver as competências cognitivas e
geopolíticas na América e na socioemocionais de estabelecer conexões, de
África e suas múltiplas trabalho em redes e de entusiasmo.
regionalizações a partir do Pode-se, também, contemplar o Tema
pós-guerra. Contemporâneo Educação Ambiental.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF08HI06.s.06), da História.
Conexões e Corporações e (MS.EF08GE06.s.06) O estudante precisa conhecer as instituições no
escalas organismos Analisar a atuação das âmbito geopolítico, econômico e humanístico
internacionais e do organizações mundiais nos global, dentre elas: ONU, OMC, Otan, FMI, Banco
Brasil na ordem processos de integração Mundial, OIT e OCDE, e analisar a atuação dessas
econômica mundial cultural e econômica nos organizações no continente americano e africano.
contextos americano e É importante também que reconheça a influência
africano, reconhecendo, em dessas instituições no seu lugar de vivência.
seus lugares de vivência, Pode-se, também, contemplar o Tema
marcas desses processos. Contemporâneo Cultura Digital.
Conexões e Corporações e (MS.EF08GE07.s.07) Compreender e avaliar criticamente os efeitos da
escalas organismos Analisar os impactos ascensão dos EUA no mundo e na relação com o
internacionais e do geoeconômicos, Brasil e a China.

671
GEOGRAFIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Brasil na ordem geoestratégicos e O professor pode trabalhar com questionamentos
econômica mundial geopolíticos da ascensão dos atuais: qual é a posição, no cenário mundial, de
Estados Unidos da América liderança dos Estados Unidos? Quais as relações
no cenário internacional em existentes entre a China e o Brasil, e entre China,
sua posição de liderança Brasil e Estados Unidos? Qual a importância dos
global e na relação com a BRICS? Qual a função e o sentido da
China e o Brasil. regionalização mundial frente às questões
estratégicas, políticas e econômicas?
O professor de história pode contribuir com esta
habilidade, apresentando como os EUA se
consolidaram como uma potência econômica,
política e bélica.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de avaliar e de gerenciar, de
responsabilidade e de argumentação.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Conexões e Corporações e (MS.EF08GE08.s.08) O estudante precisa conhecer características
escalas organismos Analisar a situação do Brasil e gerais dos países que integram o continente
internacionais e do de outros países da América africano e americano, identificando área,
Brasil na ordem Latina e da África, assim população, língua, capital e características
econômica mundial como da potência socioeconômicas.
estadunidense na ordem Nesta habilidade é possível propor metodologias
mundial do pós-guerra. para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de avaliar e de gerenciar, de
trabalho em equipe e de autoconfiança.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Conexões e Corporações e (MS.EF08GE12.s.09) O estudante precisa compreender a formação dos
escalas organismos Compreender os objetivos e blocos regionais de integração no continente
internacionais e do analisar a importância dos americano. Espera-se que possa entender,
Brasil na ordem organismos de integração do também, como ocorre a formação dos blocos e
econômica mundial território americano qual a importância dos organismos de integração
(Mercosul, OEA, OEI, Nafta, do território americano na atualidade, além de
Unasul, Alba, Comunidade compreender os objetivos dos blocos frente aos
Andina, Aladi, entre outros). EUA.
Há a possibilidade de o professor utilizar trechos
do documentário “O mundo visto do lado de cá”
(Milton Santos) para discussões em sala.
Pode-se, ainda, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Natureza, Diversidade (MS.EF08GE22.s.10) O estudante precisa identificar e analisar que a
ambientes e ambiental e as Identificar os principais economia dos países da América Latina tem suas
qualidade de vida transformações nas recursos naturais dos países principais atividades produtoras voltadas para o
paisagens na América da América Latina, analisando setor primário, que corresponde à produção de
Latina seu uso para a produção de produtos agropecuários e ao extrativismo vegetal,
matéria-prima e energia e sua animal e mineral, diferentemente dos países
relevância para a cooperação desenvolvidos que têm base econômica nos
entre os países do Mercosul. setores secundário e terciário.
É importante que o estudante identifique os
recursos naturais renováveis e não renováveis
para compreender aspectos relativos à
capacidade de produção de energia dos países da
América Latina, assim como relacionar a produção

672
GEOGRAFIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
de matéria-prima, uso e cooperação entre os
países do MERCOSUL.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Conexões e Corporações e (MS.EF08GE09.s.11) Compreender a situação da produção,
escalas organismos Analisar os padrões distribuição e comercialização entre os BRICS. É
internacionais e do econômicos mundiais de importante, também, que o estudante possa fazer
Brasil na ordem produção, distribuição e questionamentos sobre qual a situação dos BRICS
econômica mundial intercâmbio dos produtos diante dos Estados Unidos.
agrícolas e industrializados, Cabe ainda o questionamento: qual a participação
tendo como referência os de Mato Grosso do Sul nesse contexto?
Estados Unidos da América e Nesta habilidade é possível propor metodologias
os países denominados de para desenvolver as competências cognitivas e
Brics (Brasil, Rússia, Índia, socioemocionais de metacognição, de resiliência
China e África do Sul). e de curiosidade.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Cultura Sul-mato-grossense e
Diversidade Cultural e Cultura Digital.
Mundo do Os diferentes (MS.EF08GE13.s.12) Espera-se que o estudante já conheça as
trabalho contextos e os meios Analisar a influência do características do setor primário, secundário e
técnico e tecnológico desenvolvimento científico e terciário da economia, e que nelas existem
na produção tecnológico na caracterização desenvolvimentos de técnicas e da ciência que
dos tipos de trabalho e na configuram uma nova economia e relação de
economia dos espaços trabalho nos espaços urbanos e rurais.
urbanos e rurais da América e Nesta habilidade é possível propor metodologias
da África. para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de autoria e de estabelecer
conexões.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.

Mundo do Os diferentes (MS.EF08GE14.s.13) O estudante precisa conhecer os conceitos de


trabalho contextos e os meios Analisar os processos de desconcentração, descentralização e
técnico e tecnológico desconcentração, recentralização das atividades econômicas para
na produção descentralização e poder levantar questionamentos tais como: onde
recentralização das atividades é feita a produção, como ocorre a integração da
econômicas a partir do capital produção, distribuição e circulação e qual a
estadunidense e chinês em relação do Brasil na ordem mundial da produção
diferentes regiões no mundo, com os Estados Unidos e a China.
com destaque para o Brasil. Sugere-se o documentário “A história das coisas”
para uma análise crítica do processo de produção
e consumo.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de liderar e de ser liderado, de
uso da linguagem e de trabalho em redes.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.

673
GEOGRAFIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Natureza, Diversidade (MS.EF08GE24.s.14) Nesta habilidade o estudante precisa descrever as
ambientes e ambiental e as Analisar as principais características produtivas dos países latino-
qualidade de vida transformações nas características produtivas dos americanos, enfocando a dinâmica agropecuária,
paisagens na América países latino-americanos industrial e o extrativismo, além de compreender
Latina (como exploração mineral na as características comuns oriundas do processo
Venezuela; agricultura de alta de colonização.
especialização e exploração Destaca-se a possibilidade de propor
mineira no Chile; circuito da metodologias para desenvolver as competências
carne nos pampas argentinos cognitivas e socioemocionais de insight e de
e no Brasil; circuito da cana- argumentação.
de-açúcar em Cuba; polígono Podem-se, também, contemplar os Temas
industrial do sudeste Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
brasileiro e plantações de soja Digital.
no centro-oeste;
maquiladoras mexicanas,
entre outros).
Formas de Cartografia: (MS.EF08GE18.s.15) Nesta habilidade o professor pode utilizar os
representação e anamorfose, croquis e Elaborar mapas ou outras mapas temáticos da África e da América. Para
pensamento mapas temáticos da formas de representação partir do contexto do estudante, sugere-se
espacial América e África cartográfica para analisar as consultar a base de mapas do IBGE e também do
redes e as dinâmicas urbanas Zoneamento Ecológico-Econômico de Estado de
e rurais, ordenamento Mato Grosso do Sul.
territorial, contextos culturais, Nesta habilidade é possível propor metodologias
modo de vida e usos e para desenvolver as competências cognitivas e
ocupação de solos da África e socioemocionais de autoria, de pesquisa e de
América. aplicação.
Formas de Cartografia: (MS.EF08GE19.s.16) Espera-se que o estudante possa compreender as
representação e anamorfose, croquis e Interpretar cartogramas, diferentes informações geográficas da África e da
pensamento mapas temáticos da mapas esquemáticos América, a partir de cartogramas (produção de
espacial América e África (croquis) e anamorfoses petróleo, importação e exportação) e
geográficas com informações anamorfoses (população urbana e rural na
geográficas acerca da África e América e na África).
América. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de raciocínio lógico e de
trabalho em rede.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Natureza, Identidades e (MS.EF08GE20.s.17) Para o desenvolvimento desta habilidade o
ambientes e interculturalidades Analisar características de estudante precisa conhecer os aspectos
qualidade de vida regionais: Estados países e grupos de países da populacionais da América e da África, as suas
Unidos da América, América e da África no que se divisões regionais, colonização, ocupação e
América espanhola e refere aos aspectos economia, e os aspectos físicos.
portuguesa e África populacionais, urbanos, Nesta habilidade o professor pode apresentar
políticos e econômicos, e dados de alguns desses países para comparar e
discutir as desigualdades discutir sua situação atual.
sociais e econômicas e as Pode-se, também, contemplar o Tema
pressões sobre a natureza e Contemporâneo Cultura Digital.
suas riquezas (sua
apropriação e valoração na
produção e circulação), o que
resulta na espoliação desses
povos.

674
GEOGRAFIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Mundo do Transformações do (MS.EF08GE16.s.18) Nesta habilidade o professor pode desafiar os
trabalho espaço na sociedade Analisar as principais estudantes a elencar e discutir as principais
urbano-industrial na problemáticas comuns às problemáticas das grandes cidades na América
América Latina grandes cidades latino- Latina.
americanas, particularmente Sugere-se que o professor utilize como
aquelas relacionadas à metodologia a Gamificação pelo aplicativo
distribuição, estrutura e SimCity (2013) para simular a organização de uma
dinâmica da população e às cidade.
condições de vida e trabalho. Metodologia de Gamificação: é a aplicação de
elementos e mecânicas de design de jogos em
outros contextos, que não são jogos eletrônicos.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de trabalho em redes e de
metacognição.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Mundo do Transformações do (MS.EF08GE17.s.19) Inicialmente, é importante que os estudantes
trabalho espaço na sociedade Analisar a segregação aprendam alguns conceitos da urbanização
urbano-industrial na socioespacial em ambientes como: centro urbano, periferia, conurbação,
América Latina urbanos da América Latina, metrópole, favela e outros. Para adiante,
com atenção especial ao compreender que existem relações de classe nos
estudo de favelas, alagados e espaços da cidade e que as exclusões sociais são
zona de riscos. mais evidentes nas regiões metropolitanas.
Propõem-se utilizar metodologias para
desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de compreender e analisar, de
argumentação e de resiliência.
Conexões e Corporações e (MS.EF08GE10.s.20) É importante que o estudante conheça a natureza
escalas organismos Distinguir e analisar conflitos das ações, tensões e conflitos dos movimentos
internacionais e do e ações dos movimentos sociais brasileiros e latino-americanos para que
Brasil na ordem sociais brasileiros, no campo possa distinguir e analisar as pautas de
econômica mundial e na cidade, comparando reivindicações.
com outros movimentos O professor pode propor um levantamento de
sociais existentes nos países material dos meios de comunicação sobre a
latino-americanos. atuação dos movimentos sociais brasileiros e,
posteriormente, recolher informações existentes
nos websites desses mesmos movimentos para
fazer uma comparação entre o que é noticiado e
a visão dos movimentos. Posteriormente, verificar
as alianças dos movimentos nacionais com os
demais movimentos da América Latina.
Outra proposta é pesquisar, produzir um relatório
e analisar a importância do uso das redes sociais
na organização dos movimentos sociais e sua
efetividade.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF08HI11.s.11), da História.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.

675
GEOGRAFIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Conexões e Corporações e (MS.EF08GE11.s.21) A partir do conceito de território é importante
escalas organismos Analisar áreas de conflito e que o estudante possa questionar como vivem as
internacionais e do tensões nas regiões de populações em regiões de fronteira no continente
Brasil na ordem fronteira do continente latino-americano. Espera-se, também, que possa
econômica mundial latino-americano e o papel de analisar e compreender o movimento das
organismos internacionais e fronteiras entre os países e a natureza das
regionais de cooperação tensões, principalmente as questões relacionadas
nesses cenários. aos refugiados.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de autogestão, de compreender
e de analisar.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação em Direitos Humanos,
Superação de Discriminações e Preconceitos,
como Racismo, Sexismo, Homofobia e outros e
Cultura Digital.
Mundo do Transformações do (MS.EF08GE15.s.22) Concomitante ao desenvolvimento da habilidade,
trabalho espaço na sociedade Analisar a importância dos o professor pode explorar com os estudantes as
urbano-industrial na principais recursos hídricos da temáticas: água virtual, rios voadores, Amazônia
América Latina América Latina (Aquífero Azul e consumo.
Guarani, Bacias do rio da Nesta habilidade é possível propor metodologias
Prata, do Amazonas e do para desenvolver as competências cognitivas e
Orinoco, sistemas de nuvens socioemocionais de trabalho em redes, de avaliar
na Amazônia e nos Andes, e de gerenciar.
entre outros) e discutir os Podem-se, também, contemplar os Temas
desafios relacionados à Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
gestão e comercialização da Digital.
água.
Natureza, Diversidade (MS.EF08GE23.s.23) O estudante deve interpretar, por meio da
ambientes e ambiental e as Identificar paisagens da cartografia, a ocupação de regiões com diferentes
qualidade de vida transformações nas América Latina e associá-las, características físicas: Cordilheira dos Andes e os
paisagens na América por meio da cartografia, aos povos mapuches, a paisagem desértica do
Latina diferentes povos da região, Atacama e os povos atacamenhos, as diversas
com base em aspectos da etnias e tribos indígenas das florestas tropicais
geomorfologia, da etc. É preciso, também, identificar as paisagens e
biogeografia e da relacioná-las com os povos a partir das
climatologia. informações físico-naturais das regiões, ainda por
meio da base cartográfica.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de apreciação estética e de
imaginação.
Natureza, Identidades e (MS.EF08GE21.s.24) Espera-se que o estudante possa compreender a
ambientes e interculturalidades Analisar o papel ambiental e importância desse continente no contexto
qualidade de vida regionais: Estados territorial da Antártica no geopolítico, que corresponde a aproximadamente
Unidos da América, contexto geopolítico, sua 70% das reservas de água doce da Terra.
América espanhola e relevância para os países da Sugere-se o estudo do Tratado da Antártida.
portuguesa e África América do Sul e seu valor Nesta habilidade é possível propor metodologias
como área destinada à para desenvolver as competências cognitivas e
pesquisa e à compreensão do socioemocionais de inovação, de autoria e de
ambiente global. entusiasmo.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.

676
GEOGRAFIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Natureza, Diversidade (MS.EF09GE16.s.01) O professor deve considerar que esta habilidade
ambientes e ambiental e as Identificar e comparar trata de apresentar os aspectos físicos da Europa,
qualidade de vida transformações nas diferentes domínios Ásia e Oceania, relacionando os vários elementos
paisagens na Europa, morfoclimáticos da Europa, que os compõem: vegetação, clima e relevo.
na Ásia e na Oceania da Ásia e da Oceania. Podem-se propor metodologias para desenvolver
as competências cognitivas e socioemocionais de
estabelecer conexões, de trabalho em equipe e de
investigação.
Conexões e Intercâmbios (MS.EF09GE07.s.02) Nesta habilidade sugere-se utilizar o aplicativo
escalas históricos e culturais Analisar os componentes Google Earth para analisar as paisagens da
entre Europa, Ásia e físico-naturais da Eurásia e os Eurásia.
Oceania determinantes histórico- Podem-se propor metodologias para desenvolver
geográficos de sua divisão as competências cognitivas e socioemocionais de
em Europa e Ásia. desenvoltura, de insight e de flexibilidade.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
O sujeito e seu As manifestações (MS.EF09GE04.s.03) Nesta habilidade o estudante deve relacionar as
lugar no mundo culturais na formação Relacionar diferenças de paisagens aos diferentes grupos étnicos, como os
populacional paisagens aos modos de viver anglo-saxões, escandinavos, eslavos, germânicos
de diferentes povos na e latinos, na Europa, assim como a grande
Europa, Ásia e Oceania, diversidade étnica cultural da Ásia e da Oceania.
valorizando identidades e Considera-se importante o professor explorar os
interculturalidades regionais. conceitos de povo, etnia e cultura e relacionar
com o espaço.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de valorização da diferença, de
empatia e de apreciação estética.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Superação de Discriminações e
Preconceitos, como Racismo, Sexismo, Homofobia
e outros e Cultura Digital.

Conexões e Intercâmbios (MS.EF09GE09.s.04) Nesta habilidade o estudante precisa identificar e


escalas históricos e culturais Analisar características de analisar as características dos países europeus,
entre Europa, Ásia e países e grupos de países asiáticos e da Oceania, sobre as questões sociais,
Oceania europeus, asiáticos e da políticas e econômicas. Deve, ainda, conseguir
Oceania em seus aspectos compreender a situação atual dessas regiões e
populacionais, urbanos, comparar as características dos grupos de países
políticos e econômicos, e refletindo sobre as condições de vida da
discutir suas desigualdades população e a desigual distribuição de riqueza
sociais e econômicas e desses continentes.
pressões sobre seus Podem-se propor metodologias para desenvolver
ambientes físico-naturais. as competências cognitivas e socioemocionais de
compreender e analisar, de estabelecer conexões
e de autoconfiança.
O sujeito e seu As manifestações (MS.EF09GE03.s.05) Nesta habilidade o estudante precisa identificar e
lugar no mundo culturais na formação Identificar diferentes analisar as características dos países europeus,
populacional manifestações culturais de asiáticos e da Oceania sobre as questões sociais,
minorias étnicas como forma políticas e econômicas. Deve, ainda, conseguir
de compreender a compreender a situação atual dessas regiões e a

677
GEOGRAFIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
multiplicidade cultural na importância geoestratégica do Oriente Médio,
escala mundial, defendendo o Japão, China e Índia, comparando as
princípio do respeito às características dos grupos de países, refletindo
diferenças. sobre as condições de vida da população e a
desigual distribuição de riqueza no mundo.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de argumentação, de aceitação
do outro, de valorização das diferenças e de
argumentação.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Conscientização, Prevenção e
Combate à Intimidação sistemática (bullying),
Superação de Discriminações e Preconceitos,
como Racismo, Sexismo, Homofobia e outros e
Cultura Digital.
O sujeito e seu A hegemonia (MS.EF09GE01.s.06) É necessário que o estudante analise e interprete
lugar no mundo europeia na Analisar criticamente de que o poder econômico, político e a influência da
economia, na política forma a hegemonia europeia Europa nas demais partes do mundo, desde a
e na cultura foi exercida em várias regiões colonização de países da América, África, Ásia e
do planeta, notadamente em Oceania, até os dias atuais, juntamente com
situações de conflito, diversos órgãos políticos e econômicos existentes.
intervenções militares e/ou É importante trabalhar o conceito de
influência cultural em eurocentrismo e os impactos da colonização
diferentes tempos e lugares. europeia nas culturas dos demais países.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF09HI14.s.1), da História.
O sujeito e seu Corporações e (MS.EF09GE02.s.07) O estudante precisa entender os objetivos de
lugar no mundo organismos Analisar a atuação das organismos internacionais (ONU, Banco Mundial,
internacionais corporações internacionais e FMI, OMC, OMS, OIT, dentre outros) e a influência
das organizações econômicas deles na vida da população.
mundiais na vida da Deve ser explorada a influência de cada um
população em relação ao desses organismos no Brasil (em especial na vida
consumo, à cultura e à do estudante).
mobilidade. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de inovação, de
responsabilidade, de pesquisa e de aplicação.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF09HI15.s.18) e (MS.EF09HI16.s.19), da
História.
Conexões e Integração mundial e (MS.EF09GE05.s.08) O estudante precisa compreender as
escalas suas interpretações: Analisar fatos e situações características da Nova Ordem Mundial, pós
globalização e para compreender a Guerra Fria, e as transformações geopolíticas no
mundialização integração mundial leste europeu. Para que o estudante possa
(econômica, política e analisar as situações atuais, é importante incluir
cultural), comparando as os conflitos de caráter étnico e separatista que
diferentes interpretações: estão no mapa do mundo e, principalmente, a
globalização e mundialização. questão sobre a Europa na globalização
econômica, frente às políticas neoliberais,
considerando que já estudou as organizações
econômicas internacionais (MS.EF08GE11.s.21).

678
GEOGRAFIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Há a possibilidade de o professor utilizar trechos
do documentário “O mundo global visto do lado
de cá” (Milton Santos) para discussões em sala.
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de trabalhar em rede, de avaliar
e de gerenciar.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF09HI28.s.32), (MS.EF09HI32.s.36) e
(MS.EF09HI33.s.37), da História.
Conexões e A divisão do mundo (MS.EF09GE06.s.09) Para associar a divisão do mundo em Ocidente e
escalas em Ocidente e Associar o critério de divisão Oriente ao Sistema Colonial implantado pelas
Oriente do mundo em Ocidente e potências europeias, é necessário considerar não
Oriente com o Sistema apenas a divisão geográfica, mas também a
Colonial implantado pelas religião, valores e cultura.
potências europeias. Vale trabalhar o questionamento: segundo as
questões físicas (Meridiano de Greenwich),
políticas e culturais, onde começa e termina o
Oriente/Ocidente?
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de estabelecer conexões e de
uso da linguagem.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF09LI17.s.19), da Língua Inglesa,
(MS.EF09HI14.s.17) e (MS.EF09HI31.s.35), da
História.
Conexões e Intercâmbios (MS.EF09GE08.s.10) O estudante deve compreender que no mundo
escalas históricos e culturais Analisar transformações existem conflitos que levam tensões a várias
entre Europa, Ásia e territoriais, considerando o fronteiras entre os países, como por exemplo, o
Oceania movimento de fronteiras, movimento separatista do povo basco, localizado
tensões, conflitos e múltiplas na Espanha e na França, e os conflitos
regionalidades na Europa, na permanentes entre judeus e palestinos, na Ásia, e
Ásia e na Oceania. os étnicos no Congo e Somália, na África.
É importante reconhecer que as divergências
estão ligadas às questões religiosas, econômicas,
territoriais e étnicas.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Superação de Discriminações e
Preconceitos, como Racismo, Sexismo, Homofobia
e outros.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF09HI35.s.39), da História.
Formas de Leitura e elaboração (MS.EF09GE14.s.11) Nesta habilidade o professor pode oferecer dados
representação e de mapas temáticos, Elaborar e interpretar gráficos (diversidade, diferenças e desigualdades
pensamento croquis e outras de barras e de setores, mapas sociopolíticas e geopolíticas mundiais) a fim de
espacial formas de temáticos e esquemáticos que os estudantes possam elaborar gráficos e
representação para (croquis) e anamorfoses mapas para, depois, em grupo, analisá-los e
analisar informações geográficas para analisar, entender causa/efeito.
geográficas sintetizar e apresentar dados

679
GEOGRAFIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
e informações sobre Pode ser interessante partir de dados e
diversidade, diferenças e informações do município do estudante.
desigualdades sociopolíticas Nesta habilidade é possível propor metodologias
e geopolíticas mundiais. para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de raciocínio lógico e de
curiosidade.
Formas de Leitura e elaboração (MS.EF09GE15.s.12) O estudante deve interpretar diferentes projeções
representação e de mapas temáticos, Comparar e classificar cartográficas. É possível comparar países e/ou
pensamento croquis e outras diferentes regiões do mundo regiões do mundo a partir de dados e
espacial formas de com base em informações informações populacionais, econômicas, políticas
representação para populacionais, econômicas e e ambientais, com base em mapas e
analisar informações socioambientais representações. Mais uma vez, o estudante pode
geográficas representadas em mapas partir de comparações de dados de seu
temáticos e com diferentes município.
projeções cartográficas. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de autoria, de trabalho em
equipe e de determinação.
Mundo do Transformações do (MS.EF09GE10.s.13) Nesta habilidade devem-se apresentar aos
trabalho espaço na sociedade Analisar os impactos do estudantes as Revoluções Industriais, iniciando
urbano-industrial processo de industrialização pela Inglaterra (séc. XVIII), até aos dias atuais, nos
na produção e circulação de três continentes.
produtos e culturas na Pode-se, ainda, privilegiar a análise dos impactos
Europa, na Ásia e na Oceania. da produção e conhecer as características da
produção, industrialização, circulação e consumo
da atualidade entre Europa, Ásia e Oceania.
Sugere-se utilizar o filme “História das coisas”,
apresentar e analisar o setor industrial de Mato
Grosso do Sul.
Pode-se, também, contemplar o Tema
Contemporâneo Cultura Digital.
Mundo do Transformações do (MS.EF09GE11.s.14) É importante que o estudante reconheça que a
trabalho espaço na sociedade Relacionar as mudanças inovação tecnológica e comunicacional impõe
urbano-industrial técnicas e científicas mudanças e transformações não só nas
decorrentes do processo de atividades, mas, sobretudo, nas relações
industrialização com as trabalhistas. Para tanto, é necessário identificar a
transformações no trabalho especificidade do trabalho na sociedade
em diferentes regiões do capitalista, o modo de produção flexível e o novo
mundo e suas consequências perfil do trabalhador.
no Brasil. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de uso da linguagem, de liderar
e de ser liderado.
Mundo do Cadeias industriais e (MS.EF09GE12.s.15) É necessário que o estudante associe as questões
trabalho inovação no uso dos Relacionar o processo de atuais que configuram a produção agropecuária
recursos naturais e urbanização às no Brasil e no mundo: o crescimento das cidades
matérias-primas transformações da produção e da vida urbana, a informatização da produção
agropecuária, à expansão do agropecuária e a diminuição dos empregos no
desemprego estrutural e ao campo, os avanços e as transformações das
papel crescente do capital indústrias, associados ao capital financeiro e
financeiro em diferentes internacional.
países, com destaque para o Questionamentos: Quais as principais causas do
Brasil. desemprego (estrutural e conjuntural)? Qual o
nível de conhecimento exigido do trabalhador?
Qual setor da economia mais emprega?

680
GEOGRAFIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Sugerem-se utilizar gráficos e tabelas para
reconhecer a expansão das agroindústrias e da
concentração de renda no setor primário e, ainda,
apresentar dados sobre o desemprego nas
esferas municipal, estadual, nacional e
internacional.
Esta habilidade pode ser trabalhada de forma
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF09HI05.s.06), da História.
Mundo do Cadeias industriais e (MS.EF09GE13.s.16) Nesta habilidade o estudante precisa
trabalho inovação no uso dos Analisar a importância da compreender que a produção agropecuária no
recursos naturais e produção agropecuária na Brasil e no mundo aumentou significativamente
matérias-primas sociedade urbano-industrial com o avanço tecnológico, mas, apesar de se
ante o problema da produzir mais alimentos no mundo, esse aumento
desigualdade mundial de de produção não se traduziu na extinção da fome.
acesso aos recursos Nesta habilidade tem-se a oportunidade de
alimentares e à matéria- trabalhar a Educação Ambiental e
prima. Sustentabilidade Socioambiental.
Questionamentos disparadores: as commodities
(soja, milho, café, algodão, etc) ajudam a extinguir
a fome de todas as pessoas? Há outras formas de
produção agropecuária (permacultura, sistemas
agroflorestais, orgânica)?
Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de imaginação, de desenvoltura
e de responsabilidade.
Natureza, Diversidade (MS.EF09GE17.s.17) Deve-se compreender e esclarecer o fato de que
ambientes e ambiental e as Explicar as características o uso da terra, a ocupação e a produção estão
qualidade de vida transformações nas físico-naturais e a forma de relacionados com as características físico-naturais
paisagens na Europa, ocupação e usos da terra em em diversas regiões da Europa, da Ásia e da
na Ásia e na Oceania diferentes regiões da Europa, Oceania.
da Ásia e da Oceania. Nesta habilidade é possível propor metodologias
para desenvolver as competências cognitivas e
socioemocionais de pesquisar, de aplicar e de
curiosidade.

Natureza, Diversidade (MS.EF09GE18.s.18) Para desenvolver esta habilidade é necessário


ambientes e ambiental e as Identificar e analisar as reconhecer as relações entre características físico-
qualidade de vida transformações nas cadeias industriais e de naturais de um país ou de um continente e as
paisagens na Europa, inovação e as consequências opções de produção industrial e diferentes fontes
na Ásia e na Oceania dos usos de recursos naturais de energia.
e das diferentes fontes de Nesta habilidade tem-se a oportunidade de
energia (tais como trabalhar a Sustentabilidade Socioambiental.
termoelétrica, hidrelétrica, Nesta habilidade é possível propor metodologias
eólica e nuclear) em para desenvolver as competências cognitivas e
diferentes países. socioemocionais de inovação, de investigação, de
desenvoltura e de flexibilidade.
Podem-se, também, contemplar os Temas
Contemporâneos Educação Ambiental e Cultura
Digital.

681
8.6.3 História
A história é um carro alegre

Cheio de um povo contente


Que atropela indiferente
Todo aquele que a negue

É um trem riscando trilhos

Abrindo novos espaços


Acenando muitos braços
Balançando nossos filhos

(Milton Nascimento)

Estar no mundo é tomar consciência de seu tempo e espaço, num movimento dialético que contempla
continuidade e mudança, causas e efeitos, perspectivas e contestabilidade e tal postura pode ser

construída no contexto da vida escolar. É nesse espaço que é oportunizado ao indivíduo participar do

saber edificado ao longo do tempo e construir seu protagonismo na história.

Ao pensar na História como ciência, é essencial voltar o olhar para a perspectiva da produção do

conhecimento e dos saberes históricos. Com essa concepção, o esperado é que a ideia de uma história
dinâmica e processual cause inquietações a ponto de desestabilizar e causar espanto, pois essa

constatação é a tradução de que fatos e vivências, mesmo que em outros tempos e lugares, são,

também, experiências que nos identificam e nos posicionam na constante dinâmica de construção do

mundo.

História é produto de relações humanas num dado tempo e espaço. Percorrer os caminhos do
conhecimento histórico é saber que a forma como se apreende o mundo hoje é diferente daquela

empregada em outros tempos e lugares. O entendimento dessa diferença permite que outros elementos

passem a fazer sentido para aquele que se propõe a investigar e conhecer a história.

É importante destacar que conhecer a história implica precisamente indagar e, para que esse exercício

aconteça, é necessário que haja a consciêntização do sujeito. Ao perceber-se como sujeito da história,
ficará mais fácil a percepção do outro que, por sua vez, poderá ser-lhe próximo, semelhante ou muitas

vezes distante, diferente. Mas é fundamental que os agentes empreendidos em mediar os saberes
históricos apropriem-se da ideia e da intencionalidade de contribuir para o desenvolvimento da
concepção do “eu”, “outro” e “nós”. Dentro dessa perspectiva, é possível transformar a história em
importante mecanismo de discernimento acerca das experiências humanas.

682
Compreender que existe um “Eu” e um “Outro” e que esses formam um “Nós” permite tomar consciência
de que existem várias formas de conceber a realidade. Tal entendimento na prática cotidiana pode
repercutir diretamente na estruturação de relações de convivência, pois ao enxergar e conhecer o

“Outro” o sujeito tem condições de compreender a diversidade. Esse pode ser o primeiro passo para
que situações de preconceito, discriminação e intolerância não acometam qualquer segmento da

sociedade. Vale lembrar que a própria história atesta que, quando o conceito de diversidade fica oculto,
aparecem de forma veemente a ideia e a prática de inferiorizar o outro. Os efeitos desse fenômeno

costumam ser maléficos e devastadores, levando em conta os abalos que já causaram para a
humanidade, em diferentes períodos da história em que processos de desumanização assolaram vários
grupos sociais.

A partir desta contextualização acerca de fundamentos essenciais do saber histórico, o referencial

curricular de História lança um olhar dentro de uma perspectiva reflexiva, que deverá partir de uma

conjuntura local para o global, num movimento dinâmico e dialógico. Não se trata apenas de ater-se a
conhecimentos históricos postos, mas sim agregar significados e conceitos que venham contribuir para

que vozes, antes não ouvidas, possam ecoar e valer-se como elemento constitutivo da história e da

identidade desse povo, principalmente os indígenas, pois foram eles os primeiros a ocuparem o espaço

que forma a sociedade sul-mato-grossense.

Para os anos iniciais, o ponto de partida é o conhecimento de si, porém as habilidades evoluem em

graus de complexidade, com o objetivo de construir o reconhecimento do “Eu”, do “Outro” e do “Nós”.

Das relações pessoais caminha-se para as noções de comunidade e sociedade, desde então, está

presente a intenção de romper com o conceito de homogeneidade, para que possa emergir a
consciência da diversidade como elemento constitutivo da sociedade. Contribuir para a percepção da

diversidade é uma importante aposta para que convicções voltadas à alteridade se manifestem. Essa

descoberta deve se ocorrer dentro de um processo, pois a descoberta do “Outro” é dolorida e a

alteridade é difícil de conceber.

Em relação aos anos finais do Ensino Eundamental, propõe-se que a ideia de descoberta do “Outro”

cresça em grau de importância, ou seja, para que a compreensão da diferença se consolide e o indivíduo

tenha, de fato, condições de conviver com ela. Para tanto, o elemento comparativo será essencial na
construção dessa ampla competência.

A história ocidental aparece como cenário para que o estudante inserido nos contextos temporais dos

mundos antigo, medieval, moderno e contemporâneo tenha condições de evidenciar e contestar o

683
estabelecimento de relações de poder, mecanismos de transformação e manutenção de estruturas
sociais, políticas, econômicas e culturais, ao longo do tempo e em diferentes espaços.

A noção de tempo e espaço é fundamental para que um paralelo dinâmico seja trabalhado, de forma

que a lógica de uma história eurocêntrica seja substituída pela percepção de continuidade, ou seja, na
análise da experiência de contato entre diferentes mundos, não deve haver a sobreposição de uma

história pela outra. A partir desse entendimento, o presente currículo sugere que elementos
comparativos sejam utilizados e que a história seja experimentada a partir do lugar em que está o seu

investigador.

Os eventos históricos, bem como os tempos históricos, são contextualizados e trazidos para a

particularidade local. Dessa forma, espera-se avançar no aspecto da construção da identidade sul-mato-

grossense, pois trabalha-se com a concepção de cidadão em circunstância e, nesse sentido, o

conhecimento passa a ser um elemento facilitador na construção dessa identidade.

Para a abordagem da história sul-mato-grossense é necessária a compreensão de que, por essas terras,
diferentes sociedades, povos originários, colonizadores, comunidades afrodescendentes e migrantes se

encontraram e de que esses encontros geraram situações de conflitos marcados por disputas,

resistências e estratégias. O ensino dessa história local deve proporcionar ao estudante sul-mato-

grossense a percepção de que está inserido em uma história em construção. Sob essa ótica, esse
estudante investigador poderá identificar-se ao reconhecer o protagonismo de suas etnias originárias,

manifestadas por meio de luta, resistência e resiliência.

Esse olhar reflexivo e comparativo para a história agrega significado ao passado, enriquece o presente

e pode oferecer subsídios para uma postura esclarecida diante de questões dadas na atualidade. Sem
conceber o saber histórico como doutrina, busca-se contemplar uma pluralidade de enfoques e, nessa

perspectiva, a História se apresenta como instrumento para tentar entender as difíceis contradições

humanas e a liberdade de expressão, a qual deve ser considerada na relação professor/estudante.

8.6.3.1 Competências específicas de História de acordo com a BNCC (2017):

1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de

transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo


do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo
contemporâneo.

2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e


processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e
684
culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica.

3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos,


interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias,

exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito.

4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com

relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios


éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

5. Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e

seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes


populações.

6. Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção

historiográfica.

7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico,


ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos

sociais.

685
8.6.3.2 Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento, Habilidades e Ações
Didáticas

HISTÓRIA - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Mundo pessoal: As fases da vida e a (MS.EF01HI01.s.01) Além de identificar, a habilidade demanda
meu lugar no ideia de Identificar aspectos do seu também, organizar, selecionar, comparar e
mundo temporalidade crescimento por meio do sequenciar informações. Portanto, será de
(passado, presente, registro das lembranças relevância trazer ao contexto da sala de aula,
futuro) particulares ou de lembranças fotos e outros registros de lembranças de família
dos membros de sua família (fontes históricas: oral, escrita, iconográfica e
e/ou de sua comunidade. material) e, através de uma roda de conversa e/ou
outras dinâmicas, revisitar o passado, iniciando a
compreensão das diferentes fases da sua vida.
Dessa maneira, a consciência de si e a percepção
de um passado pessoal aproximam o estudante
da noção de temporalidade, cuja compreensão é
uma competência específica da História
(competência específica n.2).
Mundo pessoal: As diferentes formas (MS.EF01HI02.s.02) Observa-se uma progressão desta habilidade em
meu lugar no de organização da Identificar a relação entre as relação à habilidade (MS.EF01HI01.s.01), sendo
mundo família e da suas histórias e as histórias de que o estudante pode, agora, reconhecer as
comunidade: os sua família e de sua conexões entre suas lembranças pessoais e as de
vínculos pessoais e as comunidade. sua família e comunidade, entre o Eu e o Outro.
relações de amizade Caberá um olhar para os pontos de convergência
entre as lembranças do estudante e as histórias
da família e da comunidade. Podem-se suscitar
alguns questionamentos: quem ou com quem?
Onde? Quando? Para isso, sugere-se promover a
troca de experiências pessoais (socioemocionais)
na perspectiva de que o estudante estabeleça
relações entre a sua história e a história do outro.
O diálogo e a convivência propiciados pela
atividade contemplam a competência geral n. 9.
Mundo pessoal: As diferentes formas (MS.EF01HI03.s.03) Descrever papéis e responsabilidades, nesta
meu lugar no de organização da Descrever e distinguir os seus habilidade, significa identificar-se como filho,
mundo família e da papéis e responsabilidades irmão, primo e neto, na família; estudante, colega,
comunidade: os relacionados à família, à na escola; criança, na comunidade. Para construir
vínculos pessoais e as escola e à comunidade. esta habilidade será viável valer-se de
relações de amizade metodologias que privilegiem a oralidade. A
criança poderá, dessa forma, perceber o que
muda e o que permanece quando ela exerce seus
papéis em cada um desses espaços de existência.
Será conveniente estimular os questionamentos:
quais são as responsabilidades do estudante na
escola? E do filho na família? São as mesmas?).
Será importante valer-se de metodologias que
contemplem ações como: contação de histórias,
produção de desenhos, peças teatrais, dentre
outras. É, também, possível oportunizar
momentos e espaços conversa e diálogo com
familiares sobre suas vidas, suas histórias. Avança-
se, assim, o aprendizado do estudante ao nível da
compreensão que já não é somente a da
percepção de si, mas de sua consciência social
(Competência Socioemocional de
Responsabilidade).

686
HISTÓRIA - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Mundo pessoal: A escola e a (MS.EF01HI04.s.04) A partir da identificação das diferenças entre os
meu lugar no diversidade do grupo Identificar as diferenças entre espaços de convivência que integra, o estudante
mundo social envolvido os variados ambientes em poderá construir outras habilidades, tais como:
que vive (doméstico, escolar e discussão e reflexão de regras de convívio social e
da comunidade), o reconhecimento quanto às especificidades de
reconhecendo as hábitos e regras que regulam esses ambientes.
especificidades dos hábitos e Ressalta-se que identificar diferenças e
das regras que os regem. reconhecer especificidades são fundamentais para
desenvolver a capacidade de análise com base em
fatos (competência geral n. 7) e para a
compreensão do fato e a aceitação da pluralidade
e das diferenças (competência específica n.4).
Nesse caso, podemos trabalhar na perspectiva da
valorização da diversidade, tendo em vista que o
Estado de Mato Grosso do Sul tem uma
diversidade cultural, que se manifesta no contexto
da sala de aula. Numa perspectiva progressiva,
espera-se que o estudante tenha, também, a
habilidade de exercitar a empatia, a cooperação e
a resolução de conflitos, contemplando, com isso,
a competência geral n.9. Há, aqui, a oportunidade
de trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF01LP21.s.21), da Língua Portuguesa,
(MS.EF12EF04.s.04), da Educação Física, e
(MS.EF01GE04.s.03), da Geografia, associadas à
identificação, discussão e escrita sobre regras de
convivência e sua importância.
Mundo pessoal: A vida em casa, a vida (MS.EF01HI05.s.05) Observa-se uma progressão da habilidade de
eu, meu grupo na escola e formas de Identificar semelhanças e identificar, em relação à (MS.EF01HI04.s.04), pois
social e meu representação social diferenças entre jogos e agora, além das diferenças, deve-se reconhecer e
tempo e espacial: os jogos e brincadeiras atuais e de elencar as semelhanças – o que exige maior
brincadeiras como outras épocas e lugares. atenção, pois aquilo que se assemelha tende a
forma de interação passar despercebido. É preciso buscar as
social e espacial características ou qualidades que fazem com que
os jogos e brincadeiras se pareçam entre si.
Importante lembrar que, em se tratando de uma
comparação que envolve tempos e espaços
diferentes, é necessário fornecer referências aos
estudantes por meio de fotografias, relatos,
vídeos e outros registros de vivências. Sugere-se,
também, considerar a possibilidade de revisitar as
brincadeiras antigas através do diálogo com
outras gerações e culturas, valorizando, inclusive,
jogos e brincadeiras indígenas e do campo.
Mundo pessoal: A vida em família: (MS.EF01HI06.s.06) Conhecer requer buscar a informação, ouvir,
eu, meu grupo diferentes Conhecer as histórias da anotar e lembrar. Com isso, apuram-se as
social e meu configurações e família e da escola e habilidades anteriormente trabalhadas de
tempo vínculos identificar o papel identificar, descrever, distinguir e reconhecer.
desempenhado por Identificar papéis, dá continuidade às habilidades
diferentes sujeitos em (MS.EF01HI03.s.03) e (MS.EF01HI04.s.04), mas
diferentes espaços. agora tratando das pessoas da família e da escola
em uma perspectiva social ampliada, que envolve
responsabilidades, direitos, deveres e
participação. O estudante pode fazer perguntas
que se adequam ao contexto escolar e familiar,

687
HISTÓRIA - 1° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
como: Quem é responsável por mim? Quem mora
na minha casa? Qual o trabalho dos adultos que
moram na minha casa? Quais suas
responsabilidades? Como chegaram até a
comunidade onde vivemos? Quem cuida da
escola? Quais os papéis desempenhados na
escola pelos adultos e crianças e quais as
atribuições de cada um?
Mundo pessoal: A vida em família: (MS.EF01HI07.s.07) Esta habilidade diz respeito tanto à percepção
eu, meu grupo diferentes Identificar mudanças e quanto às predominâncias na composição e
social e meu configurações e permanências nas formas de organização das famílias. O estudante pode
tempo vínculos organização familiar. responder a perguntas como: Os irmãos são
todos do mesmo pai e da mesma mãe? A família
é constituída somente por aqueles que moram na
mesma casa? Você conhece uma família diferente
da sua? Como ela é? Trata-se de uma habilidade
complexa. Para esse grupo etário, espera-se que o
estudante perceba que nem todas as famílias são
iguais à dele, que aponte em que se assemelham
e se diferenciam e, por fim, reconheça que,
independentemente das diferenças, o vínculo
familiar permanece.
Valorizar as comunidades cuja ênfase da
organização familiar é marcada por diferentes
relações de parentesco.
O trabalho, com essa perspectiva, atenderá às
competências e habilidades socioemocionais, que
contribuirão para avançar na perspectiva da
empatia e valorização da diferença.
Mundo pessoal: A escola, sua (MS.EF01HI08.s.08) Compreender o significado de eventos de caráter
eu, meu grupo representação Reconhecer o significado das nacional é uma habilidade complexa, pois requer
social e meu espacial, sua história comemorações e festas análise e avaliação. Aqui, contudo, para esta fase
tempo e seu papel na escolares, diferenciando-as escolar, espera-se que o estudante, também,
comunidade das datas festivas perceba que os eventos escolares, como feiras
comemoradas no âmbito culturais, encontros e apresentações artísticas,
familiar ou da comunidade. saraus, dentre outros, têm uma significação
distinta, em termos educacionais e sociais,
daqueles que são celebrados em outros âmbitos,
como aniversários, natal em família, aniversário da
cidade e outros. Para trabalhar a habilidade são
bem-vindas metodologias que contemplem as
TDIC (Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação), atendendo, dessa forma, a
competência geral n. 5.

688
HISTÓRIA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
A comunidade e A noção do “Eu” e do (MS.EF02HI01.s.01) Além de reconhecer, esta habilidade poderá ser
seus registros “Outro”: comunidade, Reconhecer espaços de trabalhada na perspectiva de construir outras
convivências e sociabilidade e identificar os habilidades específicas de História e Geografia,
interações entre motivos que aproximam e voltadas a responder às questões: onde, quem,
pessoas separam as pessoas em como e por quê?
diferentes grupos sociais ou Reconhecer espaços de sociabilidade implica em
de parentesco. observar e identificar os diferentes locais de
vivência, seja a praça, o parque, a igreja, a área de
lazer do shopping ou a rua, dentre outros e
perceber as relações entre as pessoas que os
frequentam. Nesses espaços, onde circulam
diferentes grupos de pessoas, o estudante deve
observar e buscar entender que conexões existem
entre as pessoas que ali circulam, incluindo as
interações entre elas e o próprio estudante. É de
grande relevância valer-se de metodologias
voltadas à competência socioemocional do
autoconhecimento, para que o estudante
conquiste as habilidades de autoaceitação e
autoconfiança. Para isso, faz-se necessário
promover diálogo entre os estudantes no intuito
de que possam relacionar vivências, memórias
individuais, familiares e de sua comunidade e
sintam-se partícipes de um mundo comum,
trabalhando valores voltados à identidade e à
alteridade.
A comunidade e A noção do “Eu” e do (MS.EF02HI02.s.02) A (MS.EF02HI01.s.01) é aprofundada nesta
seus registros “Outro”: comunidade, Identificar e descrever habilidade, pois exige do estudante reconhecer,
convivências e práticas e papéis sociais que explicar e esclarecer práticas e funções sociais em
interações entre as pessoas exercem em diferentes comunidades. As situações trabalhadas
pessoas diferentes comunidades. anteriormente servirão de referência para
comparar e distinguir o que fazem as pessoas em
diversos espaços, como em papéis profissionais,
familiares etc. A ideia é que, apropriando-se
dessas habilidades, o estudante tenha condições
de valorizar atitudes éticas, que visem ao bem
comum e à amizade, defendidas por um membro
do grupo ou pelo grupo todo. A aplicação de
metodologias voltadas à competência
socioemocional de colaboração contribuirá para
que o estudante desenvolva as habilidades
socioemocionais de empatia, de pertencimento e
de trabalho em equipe.
A comunidade e A noção do “Eu” e do (MS.EF02HI03.s.03) Levar em conta fatos comuns da vida da criança,
seus registros “Outro”: comunidade, Selecionar situações como ir à escola, a casa onde mora (ou morou
convivências e cotidianas que remetam à anteriormente); os meios que utiliza para se dirigir
interações entre percepção de mudança, à escola; sua companhia na hora de brincar,
pessoas pertencimento e memória. dentre outros aspectos da vida da criança.
Selecionar implica em escolher entre diversas
opções e de acordo com certos critérios. Nesse
caso, a escolha envolve subjetividades:
lembranças, percepção de mudança e
pertencimento. Observar mudanças de casa, de
trabalho, de alimentação etc, valorizando as
descobertas trazidas pela nova situação vivida.

689
HISTÓRIA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Trata-se de conectar tempo (memória e mudança)
e espaço (pertencimento). Nesse momento, o
estudante tem a oportunidade de perceber que,
além de pertencer a uma família, ter a sua
vivência numa comunidade-escola, também tem
uma experiência de vida no seu bairro. O
estudante deve fazer certos questionamentos que
podem levá-lo a essa compreensão, como: Que
brincadeiras eu gostava de fazer na praça quando
era mais novo? Houve mudanças nesse espaço?
Por que eu brinco nesse lugar? As festas de
aniversário foram sempre iguais ou mudaram?
Esta habilidade se comunica com a competência
específica de História n. 3. Será válido valer-se de
metodologias que prevejam o uso de TDIC
(Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação), assim, esta habilidade
contemplará a competência geral n. 5.
A comunidade e A noção do “Eu” e do (MS.EF02HI04.s.04) Selecionar implica fazer escolhas de acordo com
seus registros “Outro”: registros Selecionar e compreender o certos critérios. Nesse caso, a escolha será pela
ccc-de experiências significado de objetos e percepção do sentido dos objetos e documentos
pessoais e da documentos pessoais como pessoais como formas de resgatar histórias e
comunidade no fontes de memórias e memórias em diversos âmbitos da vida do
tempo e no espaço histórias nos âmbitos pessoal, estudante. Trata-se de uma habilidade complexa,
familiar, escolar e que exige analisar e avaliar, conforme já visto na
comunitário. habilidade (MS.EF01HI08.s.08). No caso de
documentos, espera-se que o estudante infira
que a importância, reconhecimento e valorização
desses marcos materiais de memória estão nas
informações que eles contêm, como nome,
filiação, data de nascimento, endereço etc. No
caso dos objetos, atentar-se às marcas do tempo,
tecnologias utilizadas na produção, informações
de fabricação e outros aspectos. Com essa
perspectiva, pretende-se progredir com a
habilidade (MS.EF02HI01.s.01), proporcionando,
mais uma vez, a competência socioemocional de
autoconhecimento e as habilidades de
autoaceitação, autoconfiança e resiliência. É viável
trabalhar com metodologias que priorizem o uso
das TDIC, trabalhando, dessa forma, a habilidade
em correspondência com a competência geral
n. 5.
A comunidade e Formas de registrar e (MS.EF02HI05.s.05) Escolher objetos e documentos próprios e de
seus registros narrar histórias Selecionar objetos e outras pessoas significa identificar, explicar para
(marcos de memória documentos pessoais e de que servem e como são usados, qual a função de
materiais e imateriais) grupos próximos ao seu um mesmo objeto ontem e hoje. A habilidade
convívio e compreender sua aprofunda a anterior (MS.EF02HI04.s.04), pois
função, seu uso e seu expande o quadro de referências do estudante e
significado. lhe possibilita comparar e diferenciar formas de
registros suas e de outros, oportunizando acesso
aos bens culturais. Atentar-se em como a
memória histórica se faz presente em objetos e
relatos.

690
HISTÓRIA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
A comunidade e O tempo como (MS.EF02HI06.s.06) A habilidade consiste em sequenciar fatos
seus registros medida Identificar e organizar, cotidianos de forma cronológica, aplicando
temporalmente, fatos da vida palavras e expressões temporais (antes, durante,
cotidiana, usando noções ao mesmo tempo e depois), o que permite
relacionadas ao tempo (antes, desenvolver a compreensão da temporalidade
durante, ao mesmo tempo e linear. Há, aqui, oportunidade para o trabalho
depois). interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF02MA18.s.18), da Matemática, associada à
identificação de intervalos de tempo entre datas e
organização temporal de fatos, utilizando
calendário. A habilidade comunica-se com a
competência específica de História n. 2, embora
essa competência não vá se consolidar nessa
etapa, o estudante deve iniciar, desde já, o
processo de sua construção. O trabalho com esta
habilidade deve contemplar metodologias que
priorizem o uso das TDIC, pois, dessa forma, a
habilidade estará em correspondência com a
competência específica n. 7 e a geral n. 5.
A comunidade e O tempo como (MS.EF02HI07.s.07) Esta habilidade consiste em identificar, examinar,
seus registros medida Identificar e utilizar diferentes compreender e utilizar relógios e calendários,
marcadores do tempo assim como outros marcadores temporais que
presentes na comunidade, estão inseridos nos lugares de vivência do
como relógio e calendário. estudante. É uma habilidade complexa, pois
implica em calcular, medir e dividir o tempo.
Possibilita um contexto de rotina, em que os
marcadores de tempo sejam utilizados,
apontando para as diferenciações (relógio x
calendário ou objetos materiais capazes de
significar o tempo, como cuias, pedras, cipós,
dentre outros) em contagem e marcação do
tempo. A habilidade pode, ainda, ser reforçada
com o uso de agendas e calendários em que os
estudantes registram tarefas e organizam o
tempo para realizá-las. Pode-se, também, pensar
em um trabalho multidisciplinar com Matemática,
já que o aprendizado de marcadores do tempo
necessita ser feito por meio de cálculos. Há, aqui,
oportunidade para o trabalho interdisciplinar com
as habilidades (MS.EF02MA18.s.18) e
(MS.EF02MA19.s.19), da Matemática e
(MS.EF02CI07.s.07), de Ciências da Natureza,
associadas à observação, à medição e a registros
da passagem do tempo, utilizando calendários
marcadores.
As formas de As fontes: relatos (MS.EF02HI08.s.08) Esta habilidade consiste em procurar e reunir as
registrar as orais, objetos, Compilar histórias da família histórias familiares e/ou da comunidade a partir
experiências da imagens (pinturas, e/ou da comunidade das informações coletadas em diferentes fontes,
comunidade fotografias, vídeos), registradas em diferentes como relatos orais, fotografias, objetos, notas em
músicas, escrita, fontes. jornais ou mensagens em redes sociais, dentre
tecnologias digitais outros. A habilidade exige que o estudante, com
de informação e mediação do professor, possa coletar, selecionar e
comunicação e organizar as informações que ele encontrou para,
inscrições nas depois, juntá-las em um só lugar. Importa
desenvolver no estudante a percepção de que a

691
HISTÓRIA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
paredes, ruas e história e as experiências da família e da
espaços sociais sociedade estão registradas sob diferentes formas
e que elas trazem mensagens e informações que
dizem respeito a um grupo ou a toda a
sociedade. Além de identificar documentos
históricos, pode-se trabalhar com uma atividade
prática que envolva a produção de um
documento histórico, por exemplo, uma “carta
memória” e a atividade pode ser desenvolvida
coletivamente, tendo o professor como escriba.
As formas de As fontes: relatos (MS.EF02HI09.s.09) Esta habilidade avança em relação ao que foi
registrar as orais, objetos, Identificar objetos e tratado nas habilidades (MS.EF02HI04.s.04) e
experiências da imagens (pinturas, documentos pessoais que (MS.EF02HI05.s.05), mas agora, com um
comunidade fotografias, vídeos), remetam à própria modificador mais complexo, que mobiliza outras
músicas, escrita, experiência no âmbito da habilidades, como explicar, interpretar e inferir,
tecnologias digitais família e/ou da comunidade, que permitam compreender as razões para
de informação e discutindo as razões pelas conservar ou descartar objetos e documentos.
comunicação e quais alguns objetos são Essa percepção deve vir como meio para o
inscrições nas preservados e outros são estudante reconhecer objetos e documentos que
paredes, ruas e descartados. apontem para o seu histórico familiar ou na
espaços sociais comunidade.
Deve-se levar em conta que o estudante precisa
perceber que fatores interferem na escolha
daquilo que se guarda e do que se joga fora.
O questionamento suscita reflexão e estimula o
estudante a criar hipóteses nas quais são
avaliados aspectos diversos, como validade e/ou
temporalidade do objeto e do documento,
informações neles contidas e até mesmo seu
significado afetivo enquanto memória pessoal,
familiar ou coletiva.
Atentar-se ao fato de que objetos são guardados
quando se tem a intencionalidade de preservar a
memória. Observar que objetos são descartados,
porque “parecem” não ter importância para a
memória (valorização mais frequente de objetos
feitos de ouro, prata, frente a outros feitos de
barro ou palha). A habilidade tem
correspondência com a competência específica
de História, n. 3. O desenvolvimento das
atividades deve contemplar metodologias que
priorizem o uso das TDIC, pois, trabalhando,
dessa forma, a habilidade estará em
correspondência com a competência específica n.
7 e a geral n. 5.
O trabalho e a A sobrevivência e a (MS.EF02HI10.s.10) Esta habilidade diz respeito a perceber, distinguir
sustentabilidade relação com a Identificar diferentes formas e avaliar as diferentes formas de trabalho
na comunidade natureza de trabalho existentes na exercidas pelas pessoas no entorno do estudante,
comunidade em que vive, como, na escola (professor, diretor, zelador,
seus significados, suas dentre outros.); nos comércios em seus locais de
especificidades e importância. vivência (trabalhadores de padarias, mercados,
dentre outros.). Essa percepção confere maior
significado à aprendizagem de que todas as
atividades de trabalho são valorosas e contribuem
para o bem comum. Pode-se prever atividades

692
HISTÓRIA - 2° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
que propiciem ao estudante planejar e realizar
uma pesquisa sobre diferentes formas de trabalho
existentes na comunidade, incluindo o informal e
as novas formas de trabalho (home office,
motorista de aplicativos etc.). Caberá aos
professores orientar os estudantes sobre o que
observar e registrar, assim como promover a
autoavaliação do trabalho realizado. Ater-se ao
caráter abrangente e substancial do mundo do
trabalho. O desenvolvimento das atividades deve
contemplar metodologias que priorizem o uso
das TDIC, pois trabalhando dessa forma a
habilidade estará em correspondência com a
competência específica n. 7 e a geral n. 5.
O trabalho e a A sobrevivência e a (MS.EF02HI11.s.11) Esta habilidade dá sequência à anterior
sustentabilidade relação com a Identificar impactos no (MS.EF02HI10.s.10), apresentando um novo
na comunidade natureza ambiente causados pelas conteúdo referente à relação causal entre
diferentes formas de trabalho trabalho e impactos ambientais. A habilidade
existentes na comunidade em torna-se mais complexa, pois implica em
que vive. reconhecer a correlação entre causa e efeito (ou
consequência), habilidade específica para o
desenvolvimento do raciocínio histórico. Para esta
fase escolar, espera-se que o estudante
identifique e reflita sobre diferentes formas de
trabalho e como elas se correlacionam com o
ambiente, alterando o espaço e a natureza, como,
por exemplo, a derrubada de árvores para
construir um conjunto habitacional ou para abrir
áreas de plantio ou pastoreio. Lançar o olhar para
questões como o lixo que é produzido em
decorrência de alguns tipos de trabalho sobre
desmatamento e assoreamento de rios, o uso de
agrotóxicos, o aumento de indústrias e seus
danos ao meio ambiente. Levar em consideração
o meio em que o estudante está inserido e a
comparação com o passado e o presente.

HISTÓRIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
As pessoas e os O “Eu”, o “Outro” e os (MS.EF03HI01.s.01) A habilidade implica em reconhecer, listar e
grupos que diferentes grupos Identificar os grupos localizar elementos da história da cidade e da
compõem a sociais e étnicos que populacionais que formam a região que tenham sido imprescindíveis para a
cidade e o compõem a cidade e cidade, o município e a sua formação, como grupos populacionais, suas
município os municípios: os região, as relações inter-relações, o crescimento econômico e
desafios sociais, estabelecidas entre eles e os tecnológico etc. O estudante é, assim, introduzido
culturais e ambientais eventos que marcam a em um contexto mais amplo da sociedade em
do lugar onde vive formação da cidade, como que vive, por meio da história de sua cidade ou
fenômenos migratórios (vida região, pensando em questões tais quais: Como
rural/vida urbana), surgiu minha cidade? Quem a fundou e povoou?
desmatamentos, O que aconteceu? Quando? Pode-se fazer,

693
HISTÓRIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
estabelecimento de grandes também, outros questionamentos como: Há
empresas etc. imigrantes na minha cidade? De que país ou
região do Brasil? Há afrodescendentes e
indígenas? Essas pessoas vieram antes ou depois
de meus pais e avós? O nome da cidade pode ser
um bom ponto de partida para levantar a história
local. O estudante pode pensar em por que a
cidade tem esse nome: Ele homenageia alguém?
É um nome de origem indígena, africana,
portuguesa ou outro? A cidade tinha outro nome
antes desse? Por que mudou? Contemplar,
especificamente, o lugar e região onde mora o
estudante, no passado e no presente. Considerar
a formação de sua cidade com o olhar para a
diversidade étnico-racial, social e histórica que
compreende sua comunidade. Considerar as
dificuldades, expectativas, realizações nas
migrações do campo para as cidades. Questionar
os estereótipos campo/ cidade. A habilidade se
comunica com a competência específica de
História n. 5. O uso de fontes jornalísticas, orais e
fotográficas será importante, além das TDIC, pois
trabalhando dessa forma a habilidade estará em
correspondência com a competência específica n.
7 e a geral n. 5.
As pessoas e os O “Eu”, o “Outro” e os (MS.EF03HI02.s.02) Esta habilidade consiste em escolher fatos
grupos que diferentes grupos Selecionar, por meio da coletados de diferentes fontes (relatos orais,
compõem a sociais e étnicos que consulta de fontes de fotográfias antigas, documentos, objetos etc.) que
cidade e o compõem a cidade e diferentes naturezas, e dizem respeito à história da cidade ou da região.
município os municípios: os registrar acontecimentos Depois, devem-se registrar essas informações;
desafios sociais, ocorridos ao longo do tempo isso exige do estudante sistematizar e organizar a
culturais e ambientais na cidade ou região em que informação, dando-lhe um sentido inteligível.
do lugar onde vive vive. Consultar fontes e selecionar informações são
habilidades específicas da História que o
estudante começou a desenvolver no 2º ano (nas
habilidades (MS.EF02HI04.s.04),
(MS.EF02HI05.s.05) e (MS.EF02HI09.s.09) e que no
3º ano, aprofundam-se com a habilidade de
registrar. Pode-se prever a pesquisa a partir da
investigação do feriado local que, em geral, é a
data da fundação da cidade. O estudante pode se
perguntar o que aconteceu naquela data. É
possível prever, também, a visita a uma biblioteca,
arquivo público ou museu local para que os
estudantes reúnam informações sobre a história
da cidade. Na ausência de instituições desse tipo,
pode ser uma oportunidade para a escola iniciar
um projeto de história local, com a contribuição
da comunidade e que tenha continuidade com
outras gerações de estudantes. Há, aqui,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF35LP26.s.25),
(MS.EF35LP17.s.17), da Língua Portuguesa,
(MS.EF03MA18.s.18), da Matemática, e
(MS.EF03HI03.s.03), da própria História,

694
HISTÓRIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
associadas à realização de pesquisas. São
exemplos de fontes diversas: fotografias,
noticiário jornalístico, documentos oficiais, atas,
relatos, dentre outros. A seleção das fontes
deverá ser realizada com vistas à investigação de
acontecimentos que são marcos históricos para a
cidade.
As pessoas e os O “Eu”, o “Outro” e os (MS.EF03HI03.s.03) Nesta habilidade os estudantes devem pesquisar
grupos que diferentes grupos Identificar e comparar pontos eventos importantes de sua região, coletar
compõem a sociais e étnicos que de vista em relação a eventos opiniões sobre eles e comparar esses pontos de
cidade e o compõem a cidade e significativos do local em que vista. Essas são habilidades que mobilizam outras,
município os municípios: os vive, aspectos relacionados a como escutar atentamente, cotejar, contrapor e
desafios sociais, condições sociais e à julgar. Para a criança, não é uma tarefa fácil lidar
culturais e ambientais presença de diferentes com opiniões divergentes de adultos. Essa
do lugar onde vive grupos sociais e culturais, atividade fortalece o diálogo como forma de
com especial destaque para resolver conflitos e permite refletir que existem
as culturas africanas, diferentes formas de entender ou explicar uma
indígenas e de migrantes. mesma situação.
Torna-se oportuno apoiar-se em metodologias
voltadas à competência socioemocional da
comunicação, para que o estudante desenvolva
as habilidades do uso da linguagem e
argumentação. É uma oportunidade de introduzir
a diferença entre palpite e argumento
fundamentado, estimulando os estudantes a
observarem como o entrevistado apresentou sua
opinião. Há, aqui, oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF03LP24.s.24), (MS.EF35LP25.s.26),
(MS.EF35LP26.s.25) e (MS.EF35LP20.s.20), da
Língua Portuguesa, (MS.EF03MA26.s.26),
(MS.EF03MA27.s.27) e (MS.EF03MA28.s.28), da
Matemática, (MS.EF03CI06.s.06) e
(MS.EF03CI09.s.09), da Ciências da Natureza, e
(MS.EF03GE01.s.01), da Geografia, associadas à
coleta, à leitura, à comparação e à interpretação
de dados, com apoio de recursos
multissemióticos (listas, tabelas, ilustrações,
gráficos). E, também, com as habilidades
(MS.EF35LP26.s.25), (MS.EF35LP17.s.17), da Língua
Portuguesa, (MS.EF03MA18.s.18), da Matemática,
e (MS.EF03HI02.s.02), da própria História,
associadas à realização de pesquisas.
Preocupar-se com o fato de que a história e a
organização de sua comunidade são marcadas
pela diversidade social e étnica; considerar que
para os acontecimentos do passado e do
presente existem pontos de vista distintos. Ao
comparar pontos de vista diferentes o estudante
passa a experimentar uma espécie de iniciação à
criticidade social e histórica.

695
HISTÓRIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
As pessoas e os Os patrimônios (MS.EF03HI04.s.04) Esta habilidade consiste em pesquisar, reconhecer
grupos que históricos e culturais Identificar os patrimônios e indicar quais são os patrimônios históricos,
compõem a da cidade e/ou do históricos e culturais de sua materiais e imateriais e culturais da cidade de
cidade e o município em que cidade ou região e discutir as vivência do estudante. A discussão em torno do
município vive razões culturais, sociais e porquê de serem considerados patrimônios
políticas para que assim implica em inferir, explicar e argumentar,
sejam considerados. baseando-se em informações culturais, sociais e
políticas a respeito deles.
Além de identificar os patrimônios históricos de
sua cidade, o estudante poderá avançar no
sentido de pensar criticamente a história;
questionar os aspectos que direcionaram a
escolha desses patrimônios e perceber o que os
mesmos revelam sobre a história. Pode-se prever
formas de oportunizar aos estudantes
conhecerem o patrimônio material da cidade, isto
é, locais e edificações de referência cultural para a
população (mercados, feiras, santuários, lojas
comerciais antigas, oficinas, bibliotecas públicas,
salas de cinema etc.), bem como vivenciarem o
patrimônio imaterial da cidade (cantigas, festejos,
produção artesanal típica etc.). Há, aqui,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF15AR25.s.25), da Arte; e
(MS.EF03GE02.s.02), associadas ao
reconhecimento do patrimônio histórico e
cultural.
O lugar em que A produção dos (MS.EF03HI05.s.05) Esta habilidade diz respeito a conhecer, coletar,
vive marcos da memória: Identificar os marcos compilar e selecionar informações sobre os
os lugares de históricos do lugar em que marcos históricos da cidade de vivência do
memória (ruas, vive e compreender seus estudante: nomes de ruas, praças, monumentos,
praças, escolas, significados. edifícios e moradias mais antigas da cidade,
monumentos, museus dentre outros. Deve-se observar que os nomes
etc.) dados aos locais públicos não são aleatórios, mas
têm uma razão que permite inferir seus
significados. O estudante pode trazer
questionamentos, como: É o nome de uma
personalidade nacional ou local? Uma data
histórica? Um fato histórico? Um nome indígena
ou africano? O nome tem alguma relação
histórica com o local que recebeu essa
denominação? Considerar silenciamentos
ocorridos na história do estado. Trata-se de
reconhecer que tal silenciamento necessita de
reparação histórica a sujeitos anteriormente
ignorados pela produção de marcos de memória
e de uma história seletiva e elitista. Por exemplo,
em Campo Grande, as lacunas na história da líder
afrodescendente Tia Eva e de sua comunidade, a
quem a historiografia ainda deve reconhecimento.
Sugere-se que seja apresentada uma discussão
sobre a história do lugar e o valor ou significado
dos marcos de memória no passado e no
presente, ou propor um passeio pela cidade e
seus principais pontos, o que pode propiciar aos

696
HISTÓRIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
estudantes a identificação dos marcos históricos e
a melhor compreensão de seus significados. A
atividade pode se estender para o
reconhecimento de prédios públicos, o que é
trabalhado na habilidade (MS.EF03HI09.s.09).
O lugar em que A produção dos (MS.EF03HI06.s.06) Nesta habilidade reforçam-se as habilidades já
vive marcos da memória: Identificar os registros de trabalhadas em (MS.EF03HI04.s.04), tendo agora
os lugares de memória na cidade (nomes por objeto os marcos de memória da cidade:
memória (ruas, de ruas, monumentos, nomes de ruas, praças, escolas, monumentos,
praças, escolas, edifícios etc.), discutindo os museus etc. Discutir os motivos pelos quais seus
monumentos, museus critérios que explicam a nomes foram escolhidos implica em pesquisar,
etc.) escolha desses nomes. inferir, explicar e argumentar.
Pode-se prever uma pesquisa sobre nomes
antigos atribuídos pelo próprio povo aos
logradouros públicos: São nomes relacionados à
topografia local? De um morador conhecido? De
uma atividade comercial que aconteceu ali? Esses
nomes foram mantidos ou mudados? A
habilidade permite ao estudante observar que há
uma história local, que está registrada nos nomes
e na memória de seus habitantes. Pode-se indicar
e reconhecer os logradouros da cidade também
por meio de fotografias e desenhos expostos em
um painel.
Sugere-se que seja apresentada uma discussão
sobre a história do lugar e o valor ou significado
dos marcos de memória, tais como nomes de rua,
nomes de lugares com referência a povos ou
figuras públicas. Discutir o valor cultural para a
sociedade no presente e se tal registro reflete a
identidade da comunidade ou as estruturas de
poder e intenções políticas. Entendem-se
registros de memória como elementos da
memória coletiva que são produzidos para que a
história seja preservada.
O lugar em que A produção dos (MS.EF03HI07.s.07) A habilidade implica observar e comparar dois ou
vive marcos da memória: Identificar semelhanças e mais grupos sociais da região, reconhecer que
formação cultural da diferenças existentes entre características ou qualidades se parecem entre
população comunidades de sua cidade eles ou que eles têm em comum e quais são
ou região, e descrever o distintos ou únicos. A partir dessa constatação, o
papel dos diferentes grupos estudante deve descrever, isto é, fazer um
sociais que as formam. detalhamento do que foi observado. Pode-se
comparar o tipo de trabalho exercido na
comunidade, a organização do espaço (ruas,
disposição das casas etc.), a interação entre as
pessoas da comunidade, a existência ou não de
infraestrutura (água encanada, luz etc.) e de
equipamentos eletroeletrônicos, as brincadeiras
das crianças e o lazer dos adultos etc. Sugere-se
que seja feita uma discussão sobre as
contribuições das comunidades e etnias que
formaram a cidade ou região e suas influências
culturais no passado e presente, bem como pode-
se prever a visita a uma comunidade vizinha, cuja
formação guarde elementos culturais e históricos

697
HISTÓRIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
específicos (comunidade quilombola, colônia de
imigrantes, população ribeirinha, indígena e
fronteiriças, por exemplo). Podem-se também
coletar informações sobre a comunidade
escolhida na universidade local. Caberá aos
professores roteirizar a visita e o trabalho
investigativo dos estudantes. Há, aqui,
oportunidade para o trabalho interdisciplinar com
as habilidades (MS.EF35LP11.s.11), da Língua
Portuguesa, (MS.EF03GE01.s.01), da Geografia, e
(MS.EF03HI08.s.08), da própria História,
especificamente no que se refere à identificação
de características regionais, urbanas e rurais da
fala, respeitando as diversas variedades
linguísticas.
O lugar em que A produção dos (MS.EF03HI08.s.08) Esta habilidade consiste em perceber que existem
vive marcos da memória: Identificar modos de vida na maneiras diferentes de fazer as coisas na vida
a cidade e o campo, cidade e no campo no urbana e na rural, observando, por exemplo,
aproximações e presente, comparando-os horário de despertar e tomar as refeições, formas
diferenças com os do passado. de locomoção, proximidade ou não a elementos
da natureza (rio, mata, animais silvestres etc.),
distância entre as moradias e destas em relação a
serviços (posto de saúde, mercado, banco,
farmácia etc.), brincadeiras das crianças e lazer
dos adultos etc. Considerar aspectos que
compreendem tanto a vida rural quanto urbana,
tais como: o trabalho e suas tecnologias
(identificar no uso das novas tecnologias
processos de uniformização de costumes e a
valorização de alguns estereótipos da cidade e do
campo), manifestações culturais, diferenças
sociais, levando, também, em conta que esses
dois contextos estão intimamente relacionados.
Possibilitar que ao revisitar o passado se perceba
que a vida, no campo e na cidade, passou por
transformações. Tais transformações são
perceptíveis ao se estabelecer comparação entre
passado e presente e podem também ser
abordadas por meio da tradição oral. Pode-se
considerar a utilização de mapas antigos da
cidade, incluindo periferia e área rural, o que
permite contrastar traçados de ruas, áreas
ocupadas e vazias, vias de acesso para a zona
rural etc. Fotografias antigas são outra fonte para
comparar passado e presente. Tomando
depoimentos de pessoas mais velhas, pode-se
constatar que os modos de vida na cidade e no
campo também mudaram ao longo do tempo, e
que costumes urbanos do passado podem se
assemelhar a costumes da área rural do presente.
Há, aqui, oportunidade para o trabalho
interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF35LP11.s.11), da Língua Portuguesa,
(MS.EF03GE01.s.01), da Geografia, e
(MS.EF03HI07.s.07), da própria História,

698
HISTÓRIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
especificamente no que se refere à identificação
de características regionais, urbanas e rurais da
fala, respeitando as diversas variedades
linguísticas.
A noção de A cidade, seus (MS.EF03HI09.s.09) Elaborar croqui do lugar em que vive, sinalizando
espaço público e espaços públicos e Mapear os espaços públicos seus elementos urbanos públicos (ruas, praças,
privado privados e suas áreas no lugar em que vive (ruas, escolas, prédios e outros), exige recorrer à
de conservação praças, escolas, hospitais, memória visual e espacial e traduzi-la em uma
ambiental prédios da Prefeitura e da representação gráfica. Ao identificar as funções
Câmara de Vereadores etc.) e dos espaços públicos (principalmente os edifícios
identificar suas funções. públicos, como Câmara, Prefeitura, Fórum,
Delegacia e outros), o estudante atribui
significados e reconhece o papel deles na vida e
administração da cidade.
Enfatizar que as características e funções de tais
espaços públicos são transformadas ou
preservadas ao longo do tempo e refletem as
mudanças históricas experimentadas pela
sociedade, no passado e no presente. Destacar
que algumas das funções dos prédios públicos
estão vinculadas à cidadania. Pode-se prever um
passeio da turma pelo centro urbano para o
reconhecimento de prédios públicos, hospitais,
escolas etc. O registro fotográfico dos locais pode
ser utilizado para o trabalho em sala de aula. Há,
aqui, oportunidade de trabalho interdisciplinar,
com as habilidades (MS.EF03MA19.s.19), da
Matemática, (MS.EF03CI07.s.07), da Ciência,
(MS.EF03GE06.s.07) e (MS.EF03GE07.s.08), da
Geografia, associadas à compreensão e utilização
da linguagem cartográfica. Também é possível
estabelecer um diálogo com a literatura regional,
observando representações de escritores
expoentes da cultura, história e identidades de
Mato Grosso do Sul.
A noção de A cidade, seus (MS.EF03HI10.s.10) Esta habilidade consiste em distinguir espaços
espaço público e espaços públicos e Identificar as diferenças entre privados (domésticos), públicos e áreas de
privado privados e suas áreas o espaço doméstico, os conservação ambiental. Compreender a quem
de conservação espaços públicos e as áreas pertence esses espaços, quem é responsável pela
ambiental de conservação ambiental, sua manutenção, quem frequenta, quais as suas
compreendendo a regras e restrições orientam o estudante a
importância dessa distinção. identificar as diferenças entre eles, assim como a
compreender as razões dessa distinção. Podem-
se utilizar fatos ou situações locais recentes –
pichações em monumentos e edifícios, ocupação
de escolas, manifestações públicas, lixo lançado
na rua, poluição do rio etc. – para refletir e
debater sobre a importância da conservação
ambiental, assim como as noções de público e
privado. O espaço público pode ser usado à
vontade? Qual o limite da liberdade do cidadão
no espaço público? Qual a diferença entre espaço
público e espaço privado de acesso público
(shopping center, bancos, lojas etc.)? Identificar
diferentes formas de relação (usos/contratos)

699
HISTÓRIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
entre os espaços públicos e os privados. Observa-
se oportunidade de desenvolvimento das
competências cognitivas e socioemocionais de
responsabilidade e de colaboração, a fim de
despertar o senso de pertencimento ao espaço
público.
Perceber que para cada um desses espaços os
indivíduos precisam estabelecer diferentes
relações, e essas relações se transformam ao
longo do tempo. Tais relações tem a ver com
conceitos de convivência, utilização de espaços
comuns e conservação do meio ambiente.
A noção de A cidade e suas (MS.EF03HI11.s.11) Amplia-se aqui o trabalho desenvolvido na
espaço público e atividades: trabalho, Identificar diferenças entre habilidade (MS.EF03HI08.s.08), buscando, agora,
privado cultura e lazer formas de trabalho realizadas diferenciar o trabalho da cidade e do campo,
na cidade e no campo, incluindo o uso de tecnologia (ferramentas,
considerando também o uso equipamentos mecânicos, elétricos e eletrônicos)
da tecnologia nesses nos dois lugares. A habilidade pode-se desdobrar
diferentes contextos. para outros espaços e formas de trabalho no
campo, como agricultura e pecuária, a pesca, o
extrativismo mineral e madeireiro, a coleta de
frutos nativos, a produção de cal, a reciclagem de
lixo etc., comparando-os a atividades de trabalho
realizadas na cidade, como no comércio, em
escritórios, consultórios, na construção civil etc., e
como a tecnologia mudou várias formas de
trabalhar em ambos os contextos. Sugere-se,
também, um olhar para as mudanças e
permanências quanto ao uso de tecnologias no
mundo do trabalho, fazendo um contraponto
entre o passado e o presente bem como as
perspectivas para o futuro. É relevante primar por
metodologias que contemplem o uso das TDIC,
uma vez que, trabalhando dessa forma, a
habilidade estará em correspondência com a
competência específica n. 7 e a geral n. 5.
A noção de A cidade e suas (MS.EF03HI12.s.12) A comparação requer, inicialmente, identificar que
espaço público e atividades: trabalho, Comparar as relações de existem diversos tipos de relações de trabalho
privado cultura e lazer trabalho e lazer do presente (assalariado, parceria, arrendatário, terceirizado,
com as de outros tempos e mão de obra familiar, posseiro, temporário) e de
espaços, analisando lazer (pescar, jogar ou assistir futebol, ir à praia
mudanças e permanências. etc.), e essa identificação deve ter por referência o
que for mais próximo da vida do estudante. Deve-
se, nesta habilidade, conhecer como eram esses
aspectos no passado e em outros lugares e, a
partir disso, comparar, inferir e explicar essas
relações, a fim de analisar mudanças e
permanências levando em conta as questões
voltadas a regionalismos e tradições culturais.
Pode-se planejar a coleta de informações junto a
moradores idosos, da cidade e do campo, com o
objetivo de reunir dados sobre formas de
trabalho e lazer no passado e em lugares
diversos, incluindo o trabalho informal e o serviço
doméstico, o lazer espontâneo e o lazer

700
HISTÓRIA - 3° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
deliberado, valorizar também a meditação e a
contemplação, como formas de desenvolver as
competências cognitivas e socioemocionais da
criatividade e do autoconhecimento, a fim de
despertar a imaginação, insight, bem como
autoaceitação e autoconfiança. O trabalho pode
ser estendido à pesquisa em arquivos de jornais e
sindicatos. Pode-se também recorrer à
universidade local para pesquisas acadêmicas que
tratam de formas antigas de trabalho e de lazer
na cidade ou região.

HISTÓRIA- 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Transformações e A ação das pessoas, (MS.EF04HI01.s.01) Esta habilidade consiste em perceber a ação
permanências nas grupos sociais e Reconhecer a história comohumana no tempo e no espaço, e compreender o
trajetórias dos comunidades no resultado da ação do ser fato de que essa ação pode gerar mudanças ou
grupos humanos tempo e no espaço: humano no tempo e no permanências, como a construção de espaços
nomadismo, espaço, com base na destinados à moradia ou trabalho, movimentos
agricultura, escrita, identificação de mudanças e
migratórios, enfatizando, também, a importância
navegações, indústria, permanências ao longo do das culturas indígenas autóctones e quilombolas,
entre outras. tempo. o avanço tecnológico, dentre outros. Partindo do
conhecimento prévio dos estudantes, pode-se
usar, por exemplo, o que foi trabalhado, no ano
anterior, na habilidade (MS.EF03HI12.s.12),
exemplificar ações humanas, em espaços e
tempos diferentes, para mostrar que são essas
transformações que constituem a história das
sociedades. Podem-se utilizar, como recurso
didático, contos populares, mitos ou um relato da
história local ou familiar, no qual o estudante
possa identificar uma ação humana e seus
resultados no tempo e no espaço (o que mudou e
o que permaneceu igual ou quase igual?) e, daí,
compreender o que é História e o que ela estuda.
Esse recurso serve de facilitador no
desenvolvimento da habilidade, dada a
subjetividade de seu objeto. Ressalta-se que esta
habilidade corresponde à competência específica
de História n. 6. Ainda que nessa fase esta
competência não se consolide, deve ser
trabalhada numa perspectiva de progressão.
Transformações e A ação das pessoas, (MS.EF04HI02.s.02) Esta habilidade diz respeito a perceber que a
permanências nas grupos sociais e Identificar mudanças e trajetória dos grupos humanos, ao longo do
trajetórias dos comunidades no permanências ao longo do tempo, está marcada por grandes mudanças que
grupos humanos tempo e no espaço: tempo, discutindo os sentidos ocorreram na história da humanidade: domínio
nomadismo, dos grandes marcos da do fogo, produção de ferramentas para caça e
agricultura, escrita, história da humanidade pesca, invenção da agricultura, domesticação e
navegações, indústria, (nomadismo, criação de animais, escrita, motor a vapor etc.
entre outras. desenvolvimento da Pode-se apresentar os grandes marcos históricos,
fornecendo aos estudantes uma visão panorâmica

701
HISTÓRIA- 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
agricultura e do pastoreio, da História, das primeiras comunidades aos
criação da indústria etc.). tempos atuais, a fim de que eles tenham
referências para a identificação das mudanças e
permanências ao longo do tempo. Destacar os
marcos históricos que possibilitaram a
sobrevivência humana, a modificação do meio
ambiente e o impulso para outras descobertas e
invenções. Para discutir a importância desses
eventos históricos, deve-se pesquisar, compilar
informações e expor pontos de vista junto aos
colegas. Esta habilidade se comunica com a n. 4,
específica de História. É relevante primar por
metodologias que contemplem o uso das TDIC,
uma vez que, trabalhando dessa forma, a
habilidade estará em correspondência com a
competência específica n. 7 e a geral n. 5. Será
oportuno desenvolver a competência
socioemocional da comunicação, com vistas a
conquistar a habilidade de argumentação.
Transformações e O passado e o (MS.EF04HI03.s.03) Esta habilidade consiste em perceber que as
permanências nas presente: a noção de Identificar as transformações mudanças ocorrem em ritmos diferentes: algumas
trajetórias dos permanência e as ocorridas na cidade ao longo mais rápidas (como a tecnologia e a moda) e
grupos humanos lentas transformações do tempo e discutir suas outras, mais lentas (hábitos e costumes), dando a
sociais e culturais interferências nos modos de impressão de que estão paradas no tempo e,
vida de seus habitantes, portanto, consideradas como “permanências”.
tomando como ponto de Deve-se explicar como essas mudanças se
partida o presente. manifestam na vida atual das pessoas na cidade
em que vivem. Nesse sentido, pode-se tomar
como exemplos situações, hábitos e costumes
locais (tradições) que parecem não ter mudado e
que se repetem há gerações (determinados
festejos, modos de preparar alimentos, cantigas e
brincadeiras, crendices e superstições etc). Para o
aprofundamento da habilidade, pode-se refletir
que permanência (tradições) não significa
atrasado, ultrapassado, fora de moda,
desatualizado ou parado no tempo. As
permanências são, ao contrário, valores, padrões
culturais e sociais de continuidade e que
identificam uma sociedade.
Circulação de A circulação de (MS.EF04HI04.s.04) Esta habilidade diz respeito a relacionar como a
pessoas, pessoas e as Identificar as relações entre necessidade de sobrevivência levou os grupos
produtos e transformações no os indivíduos e a natureza e humanos a interferirem na natureza por meios
culturas meio natural discutir o significado do diversos (caça, coleta, pesca, derrubada da mata,
nomadismo e da fixação das plantio, irrigação, domesticação de animais,
primeiras comunidades construção de aldeias, paliçadas etc.), e entender
humanas. que o nomadismo e o sedentarismo foram
alternativas para a sobrevivência humana e que
ambos provocaram mudanças no meio natural. É
possível incluir habilidades que permitam ao
estudante aprofundar o conceito de nomadismo,
compreendendo que ele não significa
deslocamento contínuo e sem parar, mas com
paradas temporárias para trocas comerciais,
plantio de culturas ligeiras e pastagem dos

702
HISTÓRIA- 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
animais sendo, portanto, um modo de vida que
também interfere na natureza. É possível ainda
explicitar, nas habilidades, que o nomadismo não
é um modo de vida atrasado que foi substituído
pelo sedentarismo, mas que ele continua
existindo na atualidade, sendo que muitos
nômades utilizam de tecnologias de ponta como
celulares e computadores. Essa constatação
permite retomar as habilidades
(MS.EF04HI02.s.02) e (MS.EF04HI03.s.03)
reforçando a ideia de permanência.
Circulação de A circulação de (MS.EF04HI05.s.05) Nesta habilidade, deve-se compreender e explicar
pessoas, pessoas e as Relacionar os processos de como as ocupações do campo interferiram no
produtos e transformações no ocupação do campo a meio natural e verificar os efeitos dessas
culturas meio natural intervenções na natureza, intervenções. A habilidade trabalha com a ideia
avaliando os resultados de causa e consequência, levando a compreender
dessas intervenções. que toda ação humana na natureza deixa marcas
e provoca alterações ambientais. Pode-se
considerar a história local ou regional da
ocupação do espaço e consequentes alterações
no meio natural: derrubada de florestas, alteração
de solo, da superfície dos rios, da drenagem de
pântanos ou áreas alagadiças etc. As alterações
causadas foram necessárias? Os danos causados
foram compensados de alguma forma? Como?
Foram irreparáveis ou de difícil reparação? As
reflexões motivadas pelas perguntas contribuem
para desenvolver a habilidade de relacionar e
discutir. O tema pode ser aprofundado
destacando um enfoque relevante para o
contexto do estudante, como, por exemplo, a
questão da água: os recursos hídricos foram
causa da ocupação do campo? Por quê? Como
foram aproveitados? Sofreram alterações? Como
são mantidos e cuidados hoje? Há, aqui,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
habilidade (MS.EF04HI05.s.05), da Geografia,
associada à identificação de mudanças na
natureza causadas pela ação humana. É relevante
primar por metodologias que contemplem o uso
das TDIC, pois, dessa forma, a habilidade estará
em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.
Circulação de A invenção do (MS.EF04HI06.s.06) Está presente nesta habilidade a ideia de que a
pessoas, comércio e a Identificar as transformações história da humanidade foi construída, também,
produtos e circulação de ocorridas nos processos de por meio desse do movimento de deslocamento
culturas produtos deslocamento das pessoas e de pessoas e mercadorias. Esse movimento, por
mercadorias, analisando as sua vez, deu origem à desagregação e diferenças
formas de adaptação ou sociais entre pessoas de um mesmo grupo e
marginalização. diferenças entre grupos distintos. A habilidade
consiste em perceber que a circulação de pessoas
e mercadorias propiciada, entre outras coisas,
pelo comércio, é fator de mudanças no meio
natural (na paisagem e na ocupação dos espaços)
e social (interação e trocas de culturas). Deve-se,

703
HISTÓRIA- 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
também, analisar as formas de adaptação ou
marginalização, o que significa coletar dados e
observá-los criticamente. É possível destacar que
o deslocamento sempre esteve presente na
história da cidade ou da região, realizando-se não
somente na troca de mercadorias, mas também
na troca e interação entre culturas. Pode-se,
ainda, considerar a possibilidade de pesquisar
como era realizado o comércio na região no
passado, conhecendo, por exemplo, a figura do
caixeiro viajante, de tropeiros, de vendedores
ambulantes (de alimentos, remédios populares,
aviamentos de costura) etc. Fontes orais serão
importantes para essa atividade. A habilidade tem
correspondência com as específicas n. 2 e n. 5, de
História. É relevante primar por metodologias que
contemplem o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.
Circulação de As rotas terrestres, (MS.EF04HI07.s.07) Esta habilidade consiste em perceber e explicar a
pessoas, fluviais e marítimas e Identificar e descrever a importância das vias de circulação e meios de
produtos e seus impactos para a importância dos caminhos transporte na formação das cidades, no
culturas formação de cidades terrestres, fluviais e marítimos desenvolvimento do comércio e nas
e as transformações para a dinâmica da vida transformações do meio natural. Cabe aqui
do meio natural comercial. retomar informações locais sobre vias hídricas,
terrestres ou aéreas que contribuíram para o
desenvolvimento da região em estudo, e também
identificar diversos tipos de caminhos (trilhas,
estradas, hidrovias, ferrovias, aéreo) e transportes
(muares, caminhão, balsa, barco, navio, trem e
avião) pelos quais as mercadorias e as pessoas
chegam a sua cidade ou região. Compreender
também situações de isolamento (ex. margem
dos rios) e a importância do funcionamento de
diversas redes de comunicação. Pode-se
complementar a habilidade apresentando um
panorama histórico das vias de acesso da cidade
no passado: que caminhos utilizavam as pessoas
em outros tempos? Há, na cidade, alguma via
cujo nome lembre um caminho antigo (Estrada da
Boiada, Rota dos Tropeiros etc.)? Que impactos
causaram a abertura e a pavimentação da rodovia
para o meio natural e para a cidade? Algum
caminho ou meio de transporte da cidade foi
abandonado ou desativado? Por quê? Se todos os
caminhos de acesso à cidade fossem
interrompidos, que dano haveria aos moradores?
As respostas a essas perguntas são estratégias
para desenvolver habilidades de compreender,
analisar e avaliar. A habilidade tem
correspondência com a específica n. 5, de
História.

704
HISTÓRIA- 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Circulação de O mundo da (MS.EF04HI08.s.08) Esta habilidade diz respeito a distinguir os
pessoas, tecnologia: a Identificar as transformações diversos meios de comunicação (da oralidade às
produtos e integração de ocorridas nos meios de tecnologias digitais de informação), entender e
culturas pessoas e as comunicação (cultura oral, explicar sua evolução ao longo do tempo e avaliar
exclusões sociais e imprensa, rádio, televisão, sua importância para integrar e/ou excluir as
culturais cinema, internet e demais pessoas de diferentes grupos sociais, analisando
tecnologias digitais de de forma global e local se o acesso às tecnologias
informação e comunicação) e se dá de forma igualitária. Pode-se considerar a
discutir seus significados para possibilidade de os estudantes conhecerem
os diferentes grupos ou aparelhos antigos de comunicação e seus
estratos sociais. dispositivos: telefone com disco, ficha telefônica
de metal, rádio com válvula, máquinas de
escrever, fax, televisão de tubo, disquete, filme
mudo etc. Pode-se utilizar esse material para
refletir e discutir sobre o significado dos meios de
comunicação antigos: o tempo para transmitir e
receber a mensagem, grupos sociais que tinham
acesso a eles etc. Sugere-se resgatar a história da
escrita e da comunicação (desde a pintura
rupestre). A habilidade tem correspondência com
as específicas n. 2 e n. 5, de História. Será
relevante primar por metodologias que
contemplem o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5. É uma oportunidade
de, também, trabalhar a competência
socioemocional da comunicação, com ênfase no
uso da linguagem, como forma de interação
social.
As questões O surgimento da (MS.EF04HI09.s.09) Esta habilidade consiste em identificar as causas
históricas espécie humana no Identificar as motivações dos que levam os grupos humanos a migrarem, desde
relativas às continente africano e processos migratórios em o surgimento da espécie humana na África, e os
migrações sua expansão pelo diferentes tempos e espaços efeitos provocados nas regiões onde se fixam. É
mundo e avaliar o papel necessário que o estudante perceba que os
desempenhado pela deslocamentos são inerentes à história da
migração nas regiões de humanidade e que isso levou à ocupação dos
destino. continentes, incluindo a América. Isso permite ao
estudante perceber que os povos têm uma
origem comum no continente africano. Pode-se
complementar a habilidade com mitos que tratam
da origem humana, refletindo sobre seus
significados para os povos que os criaram. É
possível, também, considerar trabalhar com mapa
mundi, promovendo um trabalho interdisciplinar
com Geografia, para instigar os estudantes a
lançarem hipóteses para explicar por que os
primeiros grupos humanos saíram da África. No
caso da ocupação do continente americano, por
exemplo, que caminhos teriam sido percorridos
para povoar o continente? É possível, ainda, fazer
um estudo sobre as migrações atuais na
humanidade causados por guerras e as mais
variadas formas de perseguições, principalmente
religiosas.

705
HISTÓRIA- 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
As questões Os processos (MS.EF04HI10.s.10) A habilidade suscita pensar no contexto do
históricas migratórios para a Analisar diferentes fluxos confronto entre os três mundos (indígenas,
relativas às formação do Brasil: os populacionais e suas portugueses e africanos) e analisar, numa
migrações grupos indígenas, a contribuições para a perspectiva geral, a influência deste encontro na
presença portuguesa formação da sociedade constituição do povo brasileiro, considerando
e a diáspora forçada brasileira. também processos de inclusão e exclusão. Esta
dos africanos habilidade permite avançar no estudo dos fluxos
Os processos migratórios, voluntários ou forçados, para o Brasil,
migratórios do final ao longo da História, também, de outros povos
do século XIX e início (italianos, japoneses etc.) e explicar sua herança
do século XX no Brasil cultural para a sociedade brasileira (língua,
As dinâmicas internas valores, costumes etc.). Para esse grupo etário,
de migração no Brasil basta que o estudante tenha uma visão histórica
a partir dos anos mais panorâmica da formação da sociedade
1960 brasileira, identificando os diversos fluxos
migratórios, sua cronologia e os motivos da
migração para o Brasil, reconhecendo, enfim, a
multiplicidade étnica da sociedade.
Pode-se considerar a visita a um sítio
arqueológico, um quilombo, uma comunidade
indígena, uma colônia de imigrantes europeus ou
a um museu etnológico para que os estudantes
possam reconhecer e avaliar a contribuição de
diferentes povos na formação da sociedade
brasileira.
É possível, ainda, aprofundar o tema abordando
fluxos migratórios recentes (bolivianos,
venezuelanos, haitianos etc.) para o estudante
identificar outras motivações dos processos
migratórios (guerras, conflitos políticos,
catástrofes naturais etc.). Há, aqui, a oportunidade
de trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF15AR03.s.03) da Arte, (MS.EF04GE01.s.01) e
(MS.EF04GE02.s.02), da Geografia, na perspectiva
da competência socioemocional de abertura para
o novo, associando ao reconhecimento e
valorização da diferença e de influências na
cultura brasileira, local ou regional.
As questões Os processos (MS.EF04HI11.s.11) A habilidade diz respeito a avaliar se a migração
históricas migratórios para a Analisar, na sociedade em ocorrida na sociedade em que vive o estudante
relativas às formação do Brasil: os que vive, a existência ou não provocou ou não mudanças no espaço e nas
migrações grupos indígenas, a de mudanças associadas à relações sociais de seu lugar de vivência. Há, aqui,
presença portuguesa e migração (interna e oportunidade de trabalho interdisciplinar com a
a diáspora forçada dos
internacional). habilidade (MS.EF04GE02.s.02), da Geografia,
africanos. Os processos
associada ao estudo de processos migratórios.
migratórios do final do
Pode-se promover um debate sobre os fluxos
século XIX e início do
migratórios (internos e internacionais) que
século XX no Brasil. As
dinâmicas internas de contribuíram para a formação do Brasil. O uso de
migração no Brasil a fontes orais pode ser importante, além das TDIC,
partir dos anos 1960 assim, a habilidade estará em correspondência
com a competência específica n. 7 e a geral n. 5.
Promover, também, debates, na perspectiva da
competência socioemocional de abertura para o
novo, de valorização da diferença, sobre a

706
HISTÓRIA- 4° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
influência das migrações dos refugiados de
diversos países em tempos de guerras.
As questões Os processos (MS.EF04HI00.n.12) Pode-se promover um debate sobre os fluxos
históricas migratórios na Analisar, na sociedade Sul- migratórios (internos e internacionais) que
relativas às história de Mato mato-grossense o fenômeno contribuíram para a formação da cidade em que
migrações Grosso do Sul: a da confluência de diferentes vive o estudante e a formação das primeiras
formação de sua grupos étnicos, associados à cidades de Mato Grosso do Sul. Identificar e
identidade e suas ondas migratórias (interna e observar o resultado da confluência de povos de
características internacional), e compreender diferentes etnias para a formação identitária de
regionais. a influência do intercâmbio MS. Perceber que costumes de migrantes, povos
com países vizinhos. originários, bem como o trânsito de fronteira e o
intercâmbio com países vizinhos caracterizam a
cultura deste Estado. Proporcionar, também,
reflexões para que o estudante perceba fatos que
são comuns quando há mobilizações migratórias,
por exemplo, a formação de cidades em torno de
Igrejas, talvez seja esse um elemento histórico do
lugar onde mora esse estudante. Ademais,
levantar questionamentos: Que grupos formaram
a cidade/estado? Quando e por que migraram?
Isolaram-se em uma área ou bairro ou se
integraram à sociedade? Que trabalho exerceram
inicialmente? Seus descendentes estudam na
mesma escola? Tenho amigos nesses grupos?
Essas e outras perguntas contribuem para
desenvolver as habilidades de descrever, de
selecionar, de interpretar e de inferir.

HISTÓRIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Povos e culturas: O que forma um (MS.EF05HI01.s.01) Nesta habilidade deve-se perceber a relação entre
meu lugar no povo: do nomadismo Identificar os processos de modos de vida nômade e sedentária e o espaço
mundo e meu aos primeiros povos formação das culturas e dos geográfico, entendendo como esse contribuiu
grupo social sedentarizados povos, relacionando-os com para o surgimento das primeiras culturas
o espaço geográfico sedentárias. A partir do conhecimento prévio
ocupado. adquirido nas habilidades (MS.EF04HI01.s.01) e
(MS.EF04HI01.s.02), aprofunda-se o conteúdo
tendo por objeto a passagem da pré-história para
a história, com destaque para a formação das
primeiras cidades. Levar em conta que o espaço
geográfico exerce influência nos processos de
fixação e formação dos povos, pois está
diretamente ligado a condições de sobrevivência.
Por exemplo: regiões próximas aos rios e terras
férteis oferecem boas perspectivas de
desenvolvimento e subsistência. É possível prever
o trabalho com mapas para o estudante localizar
e investigar o meio natural das primeiras culturas
sedentárias no Egito (rio Nilo e deserto do Saara),
Mesopotâmia (região alagadiça e pantanosa entre

707
HISTÓRIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
os rios Tigre e Eufrates) e Paquistão (Vale do rio
Indo). A análise deve ressaltar outros fatores
explicativos para a formação das primeiras
sociedades sedentárias e mostrar que esse
processo não foi a única alternativa na história
humana, a fim de não estabelecer um
determinismo geográfico nem a ideia de
“progresso” entre nômades e sedentários. Pode-
se considerar o contexto local - Mato Grosso do
Sul - investigando o meio natural e as primeiras
culturas sedentárias que aqui se estabeleceram.
Povos e culturas: As formas de (MS.EF05HI02.s.02) A habilidade consiste em perceber que a vida em
meu lugar no organização social e Identificar os mecanismos de uma sociedade sedentária levou à formação do
mundo e meu política: a noção de organização do poder político Estado. Para esse grupo etário, importa que o
grupo social Estado com vistas à compreensão da estudante reconheça que a vida em sociedade
ideia de Estado e/ou de exige algumas regras de convivência, necessidade
outras formas de ordenação de organização social e formação de lideranças/
social. poder (o governo) que dirige as decisões da
sociedade. Nessa faixa etária, a ideia de Estado
confunde-se com o poder autocrático do rei, o
que pode ser considerado correto tendo em vista
o Estado antigo (Egito, Babilônia, Pérsia,
monarquia de Roma etc.).
Pode-se usar, como contraponto ao Estado
antigo, o Estado moderno (democracia
representativa), mostrando que poder político
também tem uma história e que sofreu
transformações ao longo do tempo. Uma visão
histórica mais panorâmica sobre a evolução das
formas de governo fornece aos estudantes um
conhecimento prévio que será retomado e
aprofundado no 6º ano. A habilidade se comunica
com as competências específicas n. 1 e n. 2, de
História. Será relevante primar por metodologias
que contemplem o uso das TDIC, assim, a
habilidade estará em correspondência com a
competência específica n. 7 e a geral n. 5.
Povos e culturas: O papel das religiões (MS.EF05HI03.s.03) Esta habilidade diz respeito a examinar o papel da
meu lugar no e da cultura para a Analisar o papel das culturas religião na organização do poder político dos
mundo e meu formação dos povos e das religiões na composição povos antigos, entendendo-a como expressão da
grupo social antigos identitária dos povos antigos. identidade cultural desses povos. É importante
desenvolver a habilidade em seu contexto
histórico, mostrando que a religião, na
Antiguidade, era compartilhada por toda
sociedade e orientava as decisões políticas, o
trabalho, as artes e as ciências.
É importante considerar a possibilidade de
aprofundar o tema relacionando-o com o debate
contemporâneo sobre o Estado laico e o Estado
confessional. Nesse caso, pode-se exemplificar
com formas de governos atuais cujo sistema
político e jurídico está submetido à religião, como
é o caso, por exemplo, da Arábia Saudita e do Irã.
Pode-se, ainda, destacar que as sociedades
democráticas atuais comportam diferentes

708
HISTÓRIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
religiões, independentes do poder político e, nas
quais, a fé não é um fator excludente nem
discriminatório na vida social. Dentro desse
contexto é possível o desenvolvimento da
competência socioemocional de abertura para o
novo, com ênfase na valorização da diferença.
Será relevante primar por metodologias que
contemplem o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.
Povos e culturas: Cidadania, (MS.EF05HI04.s.04) Com esta habilidade deve-se entender o que é
meu lugar no diversidade cultural e Associar a noção de cidadania cidadania, considerando sua perspectiva histórica
mundo e meu respeito às diferenças com os princípios de respeito e a assimilação no presente, e relacioná-la com o
grupo social sociais, culturais e à diversidade, à pluralidade e respeito às diferenças sociais, culturais e aos
históricas aos direitos humanos. direitos humanos. Deve-se compreender que a
cidadania é a condição de quem vive em
sociedade como participante dela (por isso, o
cidadão tem direitos) e como membro que aceita
as regras (por isso, tem deveres). Pode-se
destacar que a cidadania comporta direitos e
deveres e que esses determinam as atitudes do
cidadão perante a sociedade. Nesse sentido,
respeitar a diversidade não é ser “bonzinho com
todo mundo”, mas uma responsabilidade social.
Relatar circunstâncias vividas pelos membros da
comunidade em que a ética pautou condutas
cidadãs. Pode-se exemplificar com situações
concretas e próximas às experiências sociais dos
estudantes: respeito a negros e brancos,
evangélicos e espíritas, obesos e magros, jovens e
idosos etc. (os exemplos duais são melhor
compreendidos pelo estudante dessa faixa etária).
Pode-se, ainda, considerar uma atividade em que
os estudantes possam vivenciar a noção de
cidadania fazendo propostas para a comunidade
escolar, como, por exemplo, estabelecer regras
para o bom desempenho na aula, propor ações
inclusivas voltadas para estudantes com
deficiência, organizar o trânsito na frente da
escola durante a entrada e saída dos estudantes
(oportunidade de se trabalhar com o Tema
Contemporâneo Educação para o Trânsito).
Torna-se oportuno o desenvolvimento da
competência socioemocional de abertura para o
novo e de colaboração, numa perspectiva de
aceitação do outro, de empatia, de flexibilidade e
de valorização da diferença.
Povos e culturas: Cidadania, (MS.EF05HI05.s.05) Esta habilidade consiste em conhecer aspectos da
meu lugar no diversidade cultural e Associar o conceito de história da cidadania entendendo-a como um
mundo e meu respeito às diferenças cidadania à conquista de esforço social que levou tempo para se realizar e
grupo social sociais, culturais e direitos dos povos e das que passou por revoluções, resistências e acertos
históricas sociedades, compreendendo- coletivos. Para esse grupo etário, pode-se
o como conquista histórica. considerar uma visão histórica mais panorâmica,
que pontue marcos históricos importantes da
conquista da cidadania: Atenas, século VI a.C.,

709
HISTÓRIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Revolução Francesa, 1789 e Declaração Universal
dos Direitos Humanos, 1948. Pode-se considerar
o trabalho com linha de tempo para que o
estudante possa entender e avaliar a
transformação da sociedade e seus avanços
sociais e compreenda a historicidade do processo
de conquista da cidadania. É importante
contextualizar o tema à luz da história recente do
país, mostrando que a cidadania é a soma de
conquistas cotidianas, na forma da lei, de
reparações às injustiças sociais, civis e políticas,
como a conquista do voto feminino, a lei que
criminaliza preconceitos de raça e cor (Lei n.
7.716, de 5 de janeiro de 1989), a lei Maria da
Penha (Lei n. 11.340, 7 de agosto de 2006) e o
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.
8.069/1990). É importante refletir, também, sobre
a efetivação da cidadania no Brasil, considerando
o processo histórico ocorrido entre o Império e a
implementação da República e os desafios dos
tempos atuais. A habilidade dialoga com a
competência específica n. 4, de História. Será
relevante primar por metodologias que
contemplem o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.
Registros da As tradições orais e a (MS.EF05HI06.s.06) Esta habilidade diz respeito a identificar e
história: valorização da Comparar o uso de diferentes discriminar diferentes formas de registros da
linguagens e memória linguagens e tecnologias no História (oral, escrita, pictografia, imagética,
culturas O surgimento da processo de comunicação e eletrônica, musical etc.) e avaliar seus efeitos na
escrita e a noção de avaliar os significados sociais, vida política, social e cultural da sociedade. Os
fonte para a políticos e culturais atribuídos meios de comunicação estudados no ano
transmissão de a elas. anterior, na habilidade MS.EF04HI08.s.08, ganham
saberes, culturas e aqui um novo significado, o de registros de
histórias memória e, como tal, fontes da História. Pode-se
considerar a possibilidade de os estudantes
vivenciarem diferentes formas de registro a fim de
perceber as dificuldades, limites e imprecisões
que podem ocorrer na comunicação. Sugestões:
transmitir uma mensagem completa por “telefone
sem fio”, por imagens, por mímica ou mesmo
pelos ícones usados nas redes sociais. É possível,
ainda, avaliar o impacto da invenção da
impressão nas sociedades ocidentais em relação à
difusão do conhecimento e da cultura letrada.
Levar em conta que os diferentes registros de
linguagens são fundamentais para a preservação
da memória e história dos povos ao longo do
tempo. Sugere-se o uso de metodologias
voltadas à competência socioemocional da
comunicação, que possam desenvolver a
habilidade de uso da linguagem. Será relevante
primar por metodologias que contemplem o uso
das TDIC, assim, a habilidade estará em

710
HISTÓRIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
correspondência com a competência específica n.
7 e a geral n. 5.
Registros da As tradições orais e a (MS.EF05HI07.s.07) Esta habilidade consiste em perceber que os
história: valorização da Identificar os processos de marcos e registros da história foram produzidos e
linguagens e memória produção, hierarquização e difundidos por um grupo social e que, por isso,
culturas O surgimento da difusão dos marcos de podem ser ou não representativos de todos os
escrita e a noção de memória e discutir a presença grupos que compõem a sociedade. A habilidade é
fonte para a e/ou a ausência de diferentes complexa, pois exige pensamento subjetivo para
transmissão de grupos que compõem a compreender a produção do conhecimento
saberes, culturas e sociedade na nomeação histórico e historiográfico. Para esse grupo etário,
histórias desses marcos de memória. é necessário que o estudante perceba que a
escrita (ou o documento escrito) não é a única
fonte da História e a reconstituição do passado
dos diversos grupos que compõem a sociedade
pode ser feita por meio de outros tipos de fontes,
como relatos orais, lendas, rituais, formas de
saber e fazer, objetos, fotos e construções. Pode-
se reconhecer a importância de outras fontes e
marcos históricos, como registros de memória de
povos sem escrita (como as comunidades
indígenas) ou sem acesso a documentos escritos
(como os quilombolas), destacando, nesses casos,
a importância do patrimônio étnico-cultural e
artístico para a preservação das memórias e das
identidades nacionais. Ter um olhar crítico para a
produção dos marcos de memória, atentar-se
para as questões de dominação e poder que
determinam e priorizam o que estará presente e,
o que ficará ausente nos registros históricos. A
habilidade tem correspondência com a
competência n. 3, específica de História. Será
relevante primar por metodologias que
contemplem o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.
Registros da As tradições orais e a (MS.EF05HI08.s.08) Esta habilidade consiste em perceber que os
história: valorização da Identificar formas de marcos e registros da história foram produzidos e
linguagens e memória marcação da passagem do difundidos por um grupo social e que, por isso,
culturas O surgimento da tempo em distintas podem ser ou não representativos de todos os
escrita e a noção de sociedades, incluindo os grupos que compõem a sociedade. Ela aprofunda
fonte para a povos indígenas originários e a (MS.EF05HI07.s.07), entretanto, agora atinge
transmissão de os povos africanos. certo grau de complexidade, pois exige
saberes, culturas e pensamento subjetivo para compreender a
histórias produção do conhecimento histórico. Para esse
grupo etário, é necessário que o estudante
perceba que a escrita (ou o documento escrito)
não é a única fonte da história e a reconstituição
do passado dos diversos grupos que compõem a
sociedade pode ser feita por meio de outros tipos
de fontes, como relatos orais, lendas, rituais,
formas de saber e fazer, objetos, fotos e
construções. Pode-se reconhecer a importância
de outras fontes e marcos históricos, como
registros de memória de povos sem escrita (como
as comunidades indígenas) ou sem acesso a

711
HISTÓRIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
documentos escritos (como os quilombolas),
destacando, nesses casos, a importância do
patrimônio étnico-cultural e artístico para a
preservação das memórias e das identidades
nacionais. É importante citar denominações que
identificam grupos étnicos que compõem a
população de Mato Grosso do Sul e, quando
possível, mostrar os resquícios de memória dessas
populações. Ter um olhar crítico para a produção
dos marcos de memória. Ressaltar que o silêncio,
também, fala muito sobre a história e memória.
Atentar-se para as questões de dominação e
poder que determinam e priorizam o que estará
presente e o que ficará ausente nos registros
históricos. A habilidade relaciona-se com a
competência específica n. 04.
Registros da As tradições orais e a (MS.EF05HI09.s.09) Nesta habilidade os estudantes devem pesquisar
história: valorização da Comparar pontos de vista temas impactantes e relevantes da atualidade,
linguagens e memória. O sobre temas que impactam a coletar opiniões sobre eles e comparar esses
culturas surgimento da escrita e vida cotidiana no tempo pontos de vista. Essas são habilidades que
a noção de fonte para presente, por meio do acesso mobilizam outras, como escutar atentamente,
a transmissão de
a diferentes fontes, incluindo cotejar, contrapor e julgar. Para a criança, não é
saberes, culturas e
orais. uma tarefa fácil lidar com opiniões divergentes de
histórias
adultos. Essa atividade fortalece o diálogo como
forma de resolver conflitos e permite refletir que
existem diferentes formas de entender ou explicar
uma mesma situação.
Pode-se considerar o trabalho com temas atuais
que permitam discutir a importância da escrita
como fonte e registro da história. Por exemplo, a
divulgação de “fake news” pelas redes sociais e o
“bullying” digital (ou “cyberbullying”) são temas
que impactam a vida cotidiana, especialmente
dos adolescentes, na medida em que criam ou
inventam uma história parcial, tendenciosa e
distorcida sobre alguém ou um fato. É
conveniente abordar o tema integrador
“Conscientização, prevenção e combate à
intimidação sistemática (bullying)”, tratando o
assunto numa abordagem crítica, de
conscientização, de prevenção e de combate a
todos os tipos de violência, em especial ao
bullying, e estabeleçam a cultura da paz.
O tema propicia trabalhar com segurança da
informação e ética no uso das tecnologias de
comunicação. Pode-se, ainda, levantar
argumentos a favor e contra a demarcação de
terra dos quilombolas e dos indígenas. O tema
bastante atual e polêmico deve esclarecer que a
ausência de documentos escritos (escritura de
propriedade) não impede a demarcação de terra,
pois a lei prevê outras formas para legalizar a
propriedade.
Atentar-se para as diferentes maneiras de se
contar e interpretar um mesmo evento histórico.

712
HISTÓRIA - 5° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Diferentes fontes possibilitam analisar dois lados
de uma mesma história. A habilidade dialoga com
a competência específica n. 04, de História. Será
relevante primar por metodologias que
contemplem o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5. Sugere-se o uso de
metodologias voltadas às competências
cognitivas e socioemocionais da comunicação e
do pensamento crítico, para que possam
desenvolver as habilidades de argumentação, de
investigação e de autoria.
Registros da Os patrimônios (MS.EF05HI10.s.10) Espera-se que o estudante reconheça os
história: materiais e imateriais Inventariar os patrimônios patrimônios materiais e imateriais da
linguagens e da humanidade materiais e imateriais da humanidade, analise e avalie suas diferentes
culturas humanidade e analisar formas, numa perspectiva de valorização e
mudanças e permanências preservação da história da humanidade, com
desses patrimônios ao longo ênfase no senso de pertencimento. Direcionar um
do tempo. olhar, também, para os patrimônios no âmbito
regional /local. Elencar os patrimônios materiais e
imateriais da humanidade, analisando as
transformações e permanências desses
patrimônios como registros ao longo da história.
Analisar documentos, fotografias antigas, relatos
e outros materiais afins. É importante, também,
abordar o tema integrador de preservação do
patrimônio cultural, tratando o assunto numa
abordagem crítica, buscando o despertar para a
valorização e preservação desses patrimônios
(material e imaterial), fontes imprescindíveis para
a compreensão de nossas origens.

HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
História: tempo, A questão do tempo, (MS.EF06HI01.s.01) Compreender a relação das sociedades com o
espaço e formas sincronias e Identificar diferentes formas tempo, bem como a relação da ciência História
de registros diacronias: reflexões de compreensão da noção de com o tempo, é uma habilidade tão complexa
sobre o sentido das tempo e de periodização dos quanto importante para a progressão da noção
cronologias processos históricos de história, seus objetos e finalidades. Dessa
(continuidades e rupturas). forma, será relevante trabalhar para que o
estudante possa, além de identificar diferentes
noções de tempo, inferir a relação entre visão do
tempo e cronologia linear e outras visões do
tempo, marcada por ciclo e, por vezes, pela
repetição. Para isso, será válido apresentar
diferentes calendários e diferentes instrumentos
de medição do tempo. Essa perspectiva tende a
contribuir para que o estudante perceba que a
compreensão do tempo sofreu alterações ao
longo da história, havendo, portanto,

713
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
permanências e rupturas; e, que mesmo no
tempo presente, diferentes povos usam diferentes
calendários e se relacionam de forma diversa com
o tempo. Perceber, então, que as sociedades
humanas têm maneiras diferentes de
compreender o tempo e de marcar sua história.
Assim, por exemplo, a divisão da história em
antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.) tem
sentido para os povos ocidentais cristãos e não
diz respeito aos muçulmanos e aos judeus, que
têm outra noção de tempo histórico e adotam
outra periodização. Alguns marcos históricos,
contudo, são convencionalmente aceitos pelos
pesquisadores. Pode-se explicitar habilidades
relativas ao trabalho com calendários de
diferentes sociedades (cristã, ortodoxa,
muçulmana, judaica, chinesa etc.), tomando-se
por referência a contagem dos anos, o marco de
início da contagem do tempo e a comemoração
do Ano Novo. É possível, ainda, prever a
elaboração de linha de tempo com a periodização
tradicional (Idade Antiga, Média, Moderna e
Contemporânea), com a indicação de alguns
marcos referenciais desses períodos (escrita,
pirâmides, castelos medievais, caravelas, ferrovias
etc.) e contrapor com outros períodos históricos
que contemplem civilizações dos demais
continentes (asiático, africano e americano), bem
como aos períodos históricos do Brasil (colônia,
independência, república etc.), observando
sincronias e diacronias. Será necessário valer-se
de metodologias voltadas a provocar a
competência socioemocional do pensamento
crítico, buscando conquistar as habilidades de
estabelecer conexões e investigar, para que,
dentro desse processo, o estudante perceba o ser
humano como ser histórico e produtor de cultura.
Essa percepção e a construção de tais habilidades
(em conjunto com outras), potencializa a iniciação
da autoria do estudante no seu projeto de vida.
História: tempo, Formas de registro da (MS.EF06HI02.s.02) Ater-se à necessidade de enfocar o saber
espaço e formas história e da Identificar a gênese da histórico de uma forma conceitual, indagando
de registros produção do produção do saber histórico e sobre seus métodos, percebendo como esse
conhecimento analisar o significado das saber é produzido e, a partir de quais fontes;
histórico fontes que originaram compreender que a construção da narrativa
determinadas formas de histórica está relacionada às fontes e às formas de
registro em sociedades e registro que as sociedades, em diferentes épocas,
épocas distintas. realizaram. Cada sociedade possui uma forma de
registrar sua história e isso interfere na sua
maneira de compreender a narrativa histórica, o
espaço histórico e o tempo histórico. Observa-se
que será apresentada ao estudante, a história,
com seu caráter científico e que, História tem
também a sua história, e cada produção histórica
pertence a um tempo. Identificar diferentes fontes

714
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
históricas (documentos escritos, depoimentos
orais, fotografias, objetos, edificações etc.)
significa perceber que a diversidade de
documentos históricos possibilita conhecer outras
dimensões da vida humana. Sendo assim, além de
identificar e analisar a origem e significado do
saber histórico e das fontes históricas, é viável
trabalhar metodologias que envolvam práticas
investigativas viabilizando o contato do estudante
com fontes históricas. Deve-se reconhecer, ainda,
que o documento não é a expressão da verdade
absoluta e indiscutível e, por isso, ele deve ser
contextualizado e criticado (por que, quando,
como, por quem e para quem foi produzido) e
confrontado com outros documentos. Espera-se
que o estudante colete textos e imagens de
determinado tema e/ou conteúdo (por exemplo,
informações sobre povos indígenas e escravos
africanos) para confrontar narrativas históricas e
abordagens e, com isso, compreender que o
saber histórico não é estanque, mas sofre
alterações e reavaliações. Pode-se confrontar
informações de documentos (escrito ou imagem)
que expressem opinião ou versões diferentes
sobre um mesmo fato (por exemplo, relatos de
colonizadores e povos colonizados). É possível,
ainda, explorar outras formas de registro da
história coletadas na região ou comunidade
(cantigas, histórias populares, monumento
histórico etc.), investigando a história que essas
fontes contam, sobre quem ou, ainda, a visão de
mundo que expressam. Nesse sentido, observa-se
uma progressão da habilidade MS.EF06HI01.s.01,
sendo possível, novamente, e de forma mais
enfática, trabalhar a competência socioemocional
do pensamento crítico e avanço das habilidades
de investigação, de estabelecer conexões e a
metacognição. A habilidade dialoga com a
competência específica n. 3 de História. Será
relevante primar por metodologias que
contemplem o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.
História: tempo, As origens da (MS.EF06HI03.s.03) A habilidade diz respeito a examinar o que os
espaço e formas humanidade, seus Identificar as hipóteses cientistas sabem a respeito da origem do homem
de registros deslocamentos e os científicas sobre o surgimento e que provas ou informações sustentam suas
processos de da espécie humana e sua hipóteses. Suas pesquisas respondem a todas as
sedentarização historicidade e analisar os perguntas? As hipóteses já foram refutadas?
significados dos mitos de Como os povos antigos explicavam o surgimento
fundação. do homem? A origem da humanidade é ainda
uma grande interrogação, apesar de todo
conhecimento científico acumulado. Os mitos
cosmogônicos ou de fundação trazem explicações
distintas sobre a origem dos seres humanos: ela
se deve a um deus criador, a um espírito, a um

715
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
animal, ao céu, à terra, a uma árvore, a uma rocha,
ao ovo primordial ou simplesmente ao nada.
Identificação e análise são as habilidades centrais
para esse eixo temático, todavia, requer enfatizar
que é necessário trazer ao contexto das
discussões o estabelecimento de contrapontos
entre as hipóteses científicas e entre elas, os mitos
e outras concepções. Pode-se, ainda, considerar a
pesquisa de algumas cosmogonias e/ou tradições
religiosas de mitologias diversas: sumeriana,
egípcia, grega, romana, persa, hebraica, iorubá,
asteca, maia, tupi-guarani, indiana, chinesa,
japonesa etc., para que o estudante possa analisar
de que maneira esses mitos explicam a origem da
humanidade. A abordagem científica deverá ser
pautada por métodos de pesquisa utilizados
pelos pesquisadores, tais como o uso do carbono
14 para se chegar às datações e às relações
interdisciplinares com outras áreas do
conhecimento, como a Paleontologia e a
Arqueologia, possibilitando, quando possível,
contato com fontes materiais e/ou registros. Essa
perspectiva, poderá possibilitar progressão e
aprofundamento da habilidade
(MS.EF06HI02.s.02). Será relevante primar por
metodologias que contemplem o uso das TDIC,
assim, a habilidade estará em correspondência
com a competência específica n. 7 e a geral n. 5.
História: tempo, As origens da (MS.EF06HI04.s.04) Do olhar para a história global caminha-se para
espaço e formas humanidade, seus Conhecer as teorias sobre a algo mais próximo. O estudante abordará a
de registros deslocamentos e os origem do homem ancestralidade e identidade histórica de seu
processos de americano. continente. Conhecer as teorias sobre a origem
sedentarização do homem americano é uma habilidade que
funcionará como um aporte para a conquista de
outras habilidades, mas sobretudo, para a
valorização da história do continente americano e
de suas populações em períodos anteriores à
escrita, observando a ligação desse contexto
histórico com fenômenos de deslocamentos e
migrações. Requer que os marcos temporais
sejam enfatizados, esclarecendo que a história
das américas remete a tempos muito anteriores à
modernidade. Será importante valer-se de fontes
e evidências diversas (fósseis humanos, artefatos
de pedra, pesquisas genéticas, estudos
linguísticos etc.) e de metodologias que
possibilitem a percepção da relatividade dos
conhecimentos produzidos, oportunizando que
sejam analisadas as diferentes concepções sobre
a origem da sociedade americana e os
fundamentos de cada uma delas. Pode-se
abordar as descobertas arqueológicas no Brasil,
destacando as recentes polêmicas sobre a
morfologia do crânio de Luzia (sítio de Lagoa
Santa, Minas Gerais) e as datações apresentadas

716
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
por Niède Guidon (Serra da Capivara, Piauí). Há,
aqui, uma oportunidade para que o estudante
reflita sobre o patrimônio arqueológico do Brasil,
debatendo sobre a importância de sua
preservação, bem como a do meio natural em
que ele está inserido. Tais metodologias podem,
positivamente, provocar a competência
socioemocional do pensamento crítico e as
habilidades de investigação, de estabelecer
conexões e da metacognição.
História: tempo, As origens da (MS.EF06HI05.s.05) Está implícita a ideia de que existiu,
espaço e formas humanidade, seus Descrever modificações da paralelamente, uma história de americanos e
de registros deslocamentos e os natureza e da paisagem africanos antes de seu contato com os povos da
processos de realizadas por diferentes tipos Europa. Essa história deixou suas marcas, e
sedentarização de sociedade, com destaque registros. Representou mudanças e rupturas. As
para os povos indígenas marcas e registros provém, em grande parte, dos
originários e povos africanos, sítios arqueológicos. Sendo assim, será relevante
e discutir a natureza e a destacar os diversos sítios arqueológicos, fontes
lógica das transformações de estudo na África e América, reconhecendo
ocorridas. que, os grupos humanos deixam vestígios e
alterações na paisagem (modificação do solo,
mudança na topografia, deslocamento de rochas,
gravações rupestres, acúmulo de artefatos etc.),
entendendo que essas transformações servem de
indícios para a elaboração de hipóteses sobre a
presença humana, mesmo sem a descoberta de
fósseis humanos. Nessa perspectiva, cabe fazer
um recorte abrangendo sítios arqueológicos do
Brasil e Mato Grosso do Sul, a exemplo do Sítio
Alto Sucuriú 12, onde foram encontrados os
registros mais antigos da história dos povos
originários deste Estado. A partir do estudo
desses registros, será possível descrever as
transformações da natureza, produzidas por
diferentes povos. É conveniente, também, abordar
o tema integrador de preservação do patrimônio
cultural, tratando o assunto numa abordagem
crítica, buscando o despertar para a valorização
desses patrimônios, fontes imprescindíveis para a
compreensão de nossas origens. Há, aqui,
oportunidade de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF06GE02.s.02) e
(MS.EF06GE06.s.06), da Geografia, no que se
refere à descrição e análise das modificações na
natureza e paisagem causadas por diferentes
sociedades, em especial os povos originários. A
habilidade poderá ser trabalhada em caráter
interdisciplinar com a disciplina de Geografia,
habilidade (MSEF06GE00.n.05).
História: tempo, As origens da (MS.EF06HI06.s.06) Dar ênfase às diferentes teorias sobre as rotas de
espaço e formas humanidade, seus Identificar geograficamente povoamento para o território americano.
de registros deslocamentos e os as rotas de povoamento no Trabalhar com metodologias que permitam
processos de território americano. observar essas rotas, através de representações
sedentarização cartográficas. É possível ir além da identificação,
podendo também, promover análise sobre o fator

717
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
deslocamento, possibilitando ao estudante a
compreensão de que as origens das Américas se
vincula aos deslocamentos, fenômenos próprio
das sociedades, porém, em tempos bem
anteriores à chamada Idade Moderna. Cabe,
também, mapear as possíveis rotas de
povoamento da América, identificando os
espaços geográficos e a direção percorrida pelos
primeiros povoadores do continente. Pode-se
propor que o estudante compreenda que não há
uma teoria verdadeira sobre o povoamento da
América. Embora a teoria de Clóvis (de que o
Estreito de Bering foi a única entrada para os
primeiros grupamentos humanos que chegaram à
América) seja atualmente a mais aceita em razão
da grande quantidade de vestígios fósseis
encontrados, as datações obtidas em sítios
arqueológicos no Chile (Monte Verde) e no Brasil
(Lagoa Santa, Minas Gerais), e a morfologia do
crânio de Luzia sugerem a possibilidade de que o
povoamento da América tenha sido muito
anterior, feito por mais de uma rota e em
momentos históricos diferentes. É possível
explicitar a habilidade de avaliar informações,
discutir argumentos e considerar contra-
argumentos.
Será relevante priorizar metodologias que
prevejam o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.
História: tempo, Povos ameríndios (MS.EF06HI00.n.07) A habilidade propõe um aprofundamento e
espaço e formas milenares de Mato Identificar, reconhecer e recorte da (MS.EF06HI05.s.05), trazendo ao
de registros Grosso do Sul. Grupo valorizar aspectos da contexto de estudo, uma especificidade sobre a
de pescadores- ancestralidade Sul-mato- ancestralidade de Mato Grosso do Sul. As
caçadores- coletores grossense. metodologias a serem dispostas para a
que ocupou o construção da habilidade, deve ter como base o
pantanal há mais de diálogo interdisciplinar com produções científicas
dez mil anos. na área de Arqueologia. Esse diálogo favorecerá o
mapeamento de espaços ocupados pelas
populações originárias, identificação e análise dos
registros deixados e, sobretudo, a interpretação e
reconstituição de suas histórias e culturas. Nessa
perspectiva, espera-se que o estudante tenha
contato com os restos do passado, tudo o que é
possível conhecer, e os mistérios, aquilo que não
se conhece, mas que fazem parte do conjunto de
elementos que constituem a cultura desse lugar.
Será relevante primar por metodologias que
contemplem o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.

718
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
A invenção do Povos da Antiguidade (MS.EF06HI07.s.08) Observar que a habilidade sugere uma
mundo clássico e na África (egípcios), Identificar aspectos e formas abordagem panorâmica sobre a história da
o contraponto no Oriente Médio de registro das sociedades escrita, podendo, além de identificar, reconhecer
com outras (mesopotâmicos) e antigas na África, no Oriente a importância desses registros para o estudo da
sociedades nas Américas (pré- Médio e nas Américas, história. Perceber que os vestígios do passado
colombianos) distinguindo alguns podem ser transformados em documentos, pois
Os povos indígenas significados presentes na são registros (escritos ou não) das sociedades
originários do atual cultura material e na tradição antigas. Para esse grupo etário, basta reconhecer
território brasileiro e oral dessas sociedades. a diversidade de registros, em que se incluem
seus hábitos culturais documentos escritos, orais, pictográficos e
e sociais imagéticos. Deve-se considerar, também, os
modos como eles foram produzidos. Assim, por
exemplo, os hieróglifos sobre papiros do Egito
Antigo, o cuneiforme da Mesopotâmia talhado na
pedra, os desenhos feitos na cerâmica pelos
povos da América Andina e até mesmo a maneira
como a história oral dos povos africanos era
transmitida fornecem indícios sobre a época, o
domínio técnico e a tecnologia do período. Outro
enfoque significativo é o contato com registros
dos três mundos (África, no Oriente Médio e nas
Américas), esse recorte, possibilita avançar na
perspectiva de valorização da história desses
povos, tendo em vista que a história tradicional,
tende a relegar importância à história dessas
civilizações. É possível, ainda, que possa
estabelecer analogia entre a pictografia (desenhos
figurativos e estilizados) – forma de escrita usada
por muitos povos do passado – e a representação
do design gráfico atual na sinalização do trânsito,
na identificação de locais, nos avisos de
segurança e até na comunicação dos usuários de
redes sociais, uma vez que estes são símbolos
autoexplicativos e universais. Será relevante
primar por metodologias que contemplem o uso
das TDIC, assim, a habilidade estará em
correspondência com a competência específica n.
7 e a geral n. 5.
A invenção do Povos da Antiguidade (MS.EF06HI08.s.09) A habilidade consiste em mapear as grandes
mundo clássico e na África (egípcios), Identificar os espaços sociedades americanas antigas (astecas, maias e
o contraponto no Oriente Médio territoriais ocupados e os incas) e os povos indígenas do território brasileiro
com outras (mesopotâmicos) e aportes culturais, científicos, e reconhecer a herança cultural, social, econômica
sociedades nas Américas (pré- sociais e econômicos dos e científica desses povos. A localização geográfica
colombianos) astecas, maias e incas e dos deve destacar e distinguir o meio natural
Os povos indígenas povos indígenas de diversas ocupado e os recursos disponíveis, relacionando-
originários do atual regiões brasileiras. os aos desafios enfrentados e ao
território brasileiro e desenvolvimento das técnicas e tecnologia dessas
seus hábitos culturais culturas. Faz-se necessário evidenciar que,
e sociais enquanto acontecia a história na Europa, no
período chamado “clássico”, também havia
produção cultural e histórica nos outros
continentes, inclusive nas Américas. Sugerem-se
metodologias que provoquem questionamentos
e reflexões, fazendo uso de fontes bibliográficas
diversas e, mais uma vez, dialogar com outras

719
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
áreas do conhecimento, como Arqueologia,
Paleontologia e Geografia. Recomenda-se análise
de mapas populacionais, comparando o número
de habitantes nos continentes, número de
habitantes nas cidades europeias e, na mesma
época na América. Podem-se privilegiar
habilidades de localização das áreas ocupadas
pelos povos americanos originários no mapa do
continente americano. É possível levantar
hipóteses sobre eventuais contatos e influências
entre eles, considerando barreiras geográficas,
distâncias e diversidade de paisagens. O
estudante poderá ainda, reconhecer o isolamento
do continente em relação ao resto do mundo e
avaliar a inventividade desses povos que não
tiveram influências externas. É possível, também,
reconhecer os conhecimentos desenvolvidos por
esses povos na astronomia, matemática,
engenharia, cantaria e metalurgia, mesmo sem o
desenvolvimento da escrita (pela maioria deles),
da metalurgia do ferro e do uso da roda. Esse
conhecimento vai servir de referência para o
estudante trabalhar a habilidade seguinte
(MS.EF06HI09.s.11). Além disso, é importante
destacar a descoberta da agricultura do milho e
de outros cultivos como fator da sedentarização e
crescimento populacional. Pode-se destacar
culturas indígenas brasileiras extintas, como a
marajoara, guaicuru, paiaguá e a tapajônica, bem
como grupos atuais, como Karajá, Kaiapó,
Kadiwéu, Terena, Guarani etc. Considera-se que
esta habilidade contribuirá, também, com o
combate a estereótipos e preconceitos. É viável e
oportuno trabalhar com a competência
socioemocional de abertura para novo, podendo,
dessa forma, desenvolver as habilidades de
curiosidade e de valorização da diferença. Será
relevante primar por metodologias que
contemplem o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.
A invenção do Os povos indígenas (MS.EF06HI00.n.10) Ao aprofundar a habilidade (MS.EF06HI08.s.09)
mundo clássico e originários do atual Identificar os espaços temos um objeto de conhecimento voltado
o contraponto território sul- territoriais ocupados e os especificamente para a história de Mato Grosso
com outras matogrossense, aportes culturais, sociais e do Sul. Sugere-se, portanto, que sejam
sociedades cultura e sociedade. econômicos dos povos contemplados os espaços territoriais ocupados
indígenas de Mato Grosso do pelos povos originários de Mato Grosso do Sul,
Sul. valendo-se de produções nas áreas de
Arqueologia e Antropologia. Nessa perspectiva, é
possível aprofundar a discussão iniciada na
habilidade (MS.EF06HI02.s.02). A investigação
histórica volta à pauta, os estudantes retomarão
os questionamentos sobre como historiadores,
antropólogos e arqueólogos investigam o
passado? No caso do Mato Grosso Sul, mapear

720
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
sítios arqueológicos, citar nomes de arqueólogos
e historiadores (suas obras) que trabalham na
exploração de fontes que nos ligam ao nosso
passado. Espera-se que, além de identificar, os
estudantes possam se apropriar de capítulos
significativos de nossa história antiga,
possibilitando a valorização dessa história e da
herança cultural, fatores necessários para
reconhecimento, respeito às diferenças, combate
ao preconceito e desconstrução de estereótipos,
na história do presente. Será importante valer-se
de metodologias que possibilitem visualização
dos espaços (uso de mapas). Esses recursos
devem estar associados às TDIC, assim, a
habilidade estará em correspondência com a
competência específica n. 7 e a geral n. 5.
Ressalta-se, também, que é oportuno trabalhar a
competência socioemocional de abertura para o
novo, podendo, dessa forma, desenvolver as
habilidades de curiosidade e de valorização da
diferença.
A invenção do O Ocidente Clássico: (MS.EF06HI09.s.11) Sugerem-se metodologias que proporcionem um
mundo clássico e aspectos da cultura Discutir o conceito de olhar reflexivo sobre os aspectos culturais da
o contraponto na Grécia e em Roma Antiguidade Clássica, seu Antiguidade Clássica que se manifestam no
com outras alcance e limite na tradição presente em nosso cotidiano, mas, é significativo
sociedades ocidental, assim como os elucidar que tais legados dividem espaços com
impactos sobre outras outras matrizes culturais, tais como matrizes
sociedades e culturas. africanas e indígenas. No estabelecimento de
contrapontos com outras culturas, será relevante
enfatizar a contribuição de sociedades africanas
para o conhecimento clássico. Pode-se explicitar
aprendizagens relativas à Antiguidade Clássica:
Quais os aspectos marcantes da cultura da Grécia
e da Roma antigas? Que legado nos deixaram?
Por que usamos o termo Antiguidade? Os gregos
e os romanos se consideravam “antigos”? Quem
os considerou assim? Pode-se considerar que um
povo é mais evoluído do que outro? Por quê?
Que critérios se usa para fazer essa avaliação? O
estudante pode, ainda, investigar a influência dos
padrões estéticos da Antiguidade Clássica na
atualidade, especialmente na arquitetura de
edifícios e mansões, para debater por que essas
linhas arquitetônicas ainda fascinam e questionar
que outros povos antigos ergueram construções
tão monumentais quanto os gregos e os
romanos. As referências para debater essa
questão foram desenvolvidas na habilidade
anterior (MS.EF06HI08.s.09).

721
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Lógicas de As noções de (MS.EF06HI10.s.12) A habilidade refere-se a explicar como a
organização cidadania e política Explicar a formação da Grécia dissolução das aldeias agrícolas (genos), com
política na Grécia e em Roma Antiga, com ênfase na terras de uso coletivo e sob a autoridade de um
• Domínios e formação da pólis e nas chefe-família, levou à formação das cidades-
expansão das culturas transformações políticas, estados gregas (pólis), com hierarquia social
grega e romana sociais e culturais. complexa, propriedade privada, economia
• Significados do mercantil dinâmica e vida política com
conceito de “império” participação dos cidadãos. Ao enfatizar a
e as lógicas de formação da pólis, pretende-se que se perceba os
conquista, conflito e elementos contraditórios que permearam a
negociação dessa cultura grega. Contradições essas, registradas por
forma de organização uma cultura de guerra, mas que, por outro lado,
política construiu uma história marcada por condições
As diferentes formas próprias de desenvolvimento, constituindo, dessa
de organização forma, sua organização política e social. Pode
política na África: auxiliar na construção desse conceito, uma
reinos, impérios, metodologia que contemple recursos
cidades-estados e audiovisuais como filmes épicos, documentários,
sociedades jogos educativos e outras mídias, entretanto, é
linhageiras ou aldeias necessário que esse trabalho se faça, numa
perspectiva exploratória e investigativa, com
imprescindível interlocução e mediação do
professor.
Lógicas de As noções de (MS.EF06HI11.s.13) Esta habilidade consiste em explicar os fatores
organização cidadania e política Caracterizar o processo de econômicos e sociais que levaram Roma a se
política na Grécia e em Roma formação da Roma Antiga e transformar de uma aldeia sob autoridade de um
• Domínios e suas configurações sociais e rei em uma cidade imperial governada por um
expansão das culturas políticas nos períodos Senado, e compreender o funcionamento da
grega e romana monárquico e republicano. República romana. Quanto à metodologia, as
• Significados do aprendizagens podem ser desenvolvidas por meio
conceito de “império” do mapa da bacia do Mediterrâneo, para que o
e as lógicas de estudante possa localizar Roma, perceber a
conquista, conflito e proximidade geográfica com a Grécia e a
negociação dessa possibilidade de acesso marítimo, bem como com
forma de organização outros povos (Egito, Palestina etc.). Pode-se,
política ainda, aprofundar o conteúdo da habilidade,
As diferentes formas explicitando que o estudante deve compreender
de organização como as guerras de conquistas geraram conflitos
política na África: e tensões sociais e políticas que acabaram por
reinos, impérios, transformar a República em Império.
cidades-estados e
sociedades
linhageiras ou aldeias
Lógicas de As noções de (MS.EF06HI12.s.14) É possível aprofundar as habilidades
organização cidadania e política Associar o conceito de (MSEF06HI10.s.12) e (MSEF06HI11.s.13),
política na Grécia e em Roma cidadania a dinâmicas de observando, mais uma vez, as contradições
• Domínios e inclusão e exclusão na Grécia presentes naquelas sociedades. A habilidade diz
expansão das culturas e Roma antigas. respeito a compreender que cidadania não é uma
grega e romana definição estanque, mas um conceito histórico e
• Significados do que, portanto, seu sentido variou no tempo e no
conceito de “império” espaço, incluindo sua abrangência e
e as lógicas de permeabilidade. Em Atenas do século V a.C., a
conquista, conflito e cidadania limitava-se à minoria dos habitantes da
negociação dessa cidade, incluindo apenas homens livres filhos de
forma de organização pais e mães atenienses. Em Roma, a cidadania era

722
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
política mais aberta, incluindo habitantes de cidades
As diferentes formas conquistadas na Itália, e chegou à plena
de organização cidadania, em 89 a.C., quando integrou os
política na África: escravos libertos por seus senhores ao corpo de
reinos, impérios, cidadãos. Nessa perspectiva, propõe-se analisar
cidades-estados e criticamente o conceito de cidadania
sociedades desenvolvido entre gregos e romanos,
linhageiras ou aldeias relacionando com o conceito de democracia da
atualidade percebendo que a dinâmica de
inclusão caminhou lado a lado com o universo
exclusivista. Deve compreender, ainda, que a
cidadania implica sentimento comunitário, de
pertencimento e inclusão no conjunto de direitos
civis, políticos e econômicos – são esses fatores
que possibilitam aproximar as distâncias sociais e
reduzir as tensões. Observar os papéis sociais
desempenhados por grupos da sociedade, como
mulheres, escravos e deficientes podem mostrar a
dimensão dessa lógica. O tema permite
estabelecer conexões com o presente, destacando
a longa luta pela extensão da cidadania às
mulheres, aos sem-renda, aos ex- escravos e aos
povos indígenas, demonstrando o quanto essa
conquista é recente. Ao contexto da sala de aula,
podem ser exploradas formas de relacionar o
tema a questões relativas à cidadania na
sociedade brasileira atual: o significado de
cidadania hoje, a política de cotas nas
universidades, a demarcação de terras indígenas e
quilombolas etc. Pode-se considerar comparar a
democracia direta da Grécia Antiga e a República
senatorial romana com a forma representativa de
governo do Brasil de hoje: como o passado
explica o presente? O que legitimava o poder no
passado? E hoje? Vale ressaltar a importância de
uma metodologia que contemple recursos
audiovisuais como filmes épicos, documentários e
outras mídias, entretanto, é necessário que esse
trabalho se faça, numa perspectiva exploratória e
investigativa, com imprescindível interlocução e
mediação do professor.
Lógicas de As noções de (MS.EF06HI13.s.15) Conceituar é uma habilidade complexa que
organização cidadania e política Conceituar “império” no demanda referências históricas sólidas e outras
política na Grécia e em Roma mundo antigo, com vistas à habilidades, como generalizar, julgar e avaliar.
• Domínios e análise das diferentes formas Para esse grupo etário, espera-se que o estudante
expansão das culturas de equilíbrio e desequilíbrio identifique a origem histórica do termo império e
grega e romana entre as partes envolvidas. compreenda o significado primário do conceito:
• Significados do império é conquista e domínio sobre outro. É
conceito de “império” necessário, também, compreender a origem do
e as lógicas de termo (do latim imperium. designando, em Roma
conquista, conflito e Antiga, o poder de comandar exércitos,
negociação dessa inicialmente do rei, depois dos magistrados
forma de organização durante a República e, a partir de 23 a.C., o poder
política militar exclusivo do imperador), bem como os
As diferentes formas diferentes significados com que esse termo foi

723
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
de organização empregado. Assim, por exemplo, nenhuma outra
política na África: sociedade antiga chamou suas conquistas de
reinos, impérios, império; foram os historiadores que o fizeram,
cidades-estados e denominando Império até formações políticas
sociedades anteriores ao Império Romano (Império Assírio,
linhageiras ou aldeias Babilônio, Helenístico etc.). O conceito de império
será importante para que o estudante consiga
discernir a relação entre a formação desses
impérios e o ideário de poder. O estudo das
relações de Roma com suas províncias permite ao
estudante analisar como o império se estruturava.
Nesse sentido, pode-se estabelecer uma conexão
com a habilidade anterior (MS.EF06HI12.s.14),
mostrando como a extensão da cidadania a todos
os súditos do império (Edito de Caracala, 212 d.C.)
estabeleceu um novo equilíbrio no império. Outro
elemento significativo na construção desse
conceito, é o estabelecimento de contrapontos
entre diferentes povos. Será substancial dar
destaque às diferentes organizações políticas de
impérios, reinos, cidades e aldeias da África,
identificando os conceitos de poder
predominantes nessas sociedades. As ideias de
fronteira e estrangeirismo próprias desse período
e contexto, também merecem destaque. Sugere-
se a apropriação de uma metodologia que
contemple recursos audiovisuais como filmes
épicos, documentários, jogos educativos e outras
mídias, entretanto, é necessário que esse trabalho
se faça, numa perspectiva exploratória e
investigativa, com imprescindível interlocução e
mediação do professor.
Lógicas de A passagem do (MS.EF06HI14.s.16) Identificar e analisar significa que o estudante
organização mundo antigo para o Identificar e analisar deve constatar as relações entre os grupos
política mundo medieval diferentes formas de contato, populacionais envolvidos na passagem do mundo
A fragmentação do adaptação ou exclusão entre antigo para o mundo medieval (romanos,
poder político na populações em diferentes germânicos, hunos e, posteriormente, vikings,
Idade Média tempos e espaços. magiares e muçulmanos) e concluir como essas
relações foram se alterando com o declínio do
Império Romano, levando, por fim, a sua
derrocada. Ou seja, propõe-se estudar o
conhecido período de transição do mundo antigo
para o medieval pelo viés do confronto entre
culturas. Aprofunda a habilidade
(MS.EF06HI13.s.13), pois também remete ao
conceito de fronteira e estrangeirismo. As
fronteiras, no recorte temporal proposto, eram
instáveis e frágeis, tal cenário foi determinante
para o modelo socioeconômico que se delineava
nesse período. Além de identificação e análise a
habilidade possibilita compreender o significado
das relações de poder e a gênese do modo de
produção que se formava. Para desenvolver esta
habilidade, espera-se que o estudante, por meio
de fontes diversas (documentos, mapas, trechos

724
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
historiográficos etc.), possa extrair informações:
identificar os grupos populacionais, localizar suas
áreas de origem, descrever as rotas das invasões,
contextualizar os contatos entre romanos e
germânicos e as concessões feitas pelo Império a
esses povos, bem como identificar os motivos do
desencadeamento das invasões, tudo isso,
contando, claro, com a interlocução e mediação
do professor. Fica contemplada nesta habilidade a
competência número n.1, específica de Ciências
Humanas.
Lógicas de O Mediterrâneo (MS.EF06HI15.s.17) Esta habilidade diz respeito a compreender de
organização como espaço de Descrever as dinâmicas de onde e para onde iam as mercadorias no
política interação entre as circulação de pessoas, Mediterrâneo, bem como que mercadorias eram
sociedades da produtos e culturas no essas, que caminhos e meios de transporte foram
Europa, da África e do Mediterrâneo e seu utilizados e que regiões e/ou continentes o
Oriente Médio significado. comércio envolvia. Caberá enfatizar o fenômeno
de intercâmbio entre a Europa e o Mediterrâneo,
também, pelo ponto de vista cultural, atentando-
se às mudanças de hábitos, formação de cidades,
trocas culturais, resgate de elementos do
chamado Mundo Antigo etc. Para o êxito no
estudo dessa temática, o estudante deve se
apropriar da aprendizagem de leitura de mapas
econômicos, o que envolve a observação atenta
da representação gráfica de rotas comerciais, a
identificação do espaço geográfico e a
compreensão das legendas e ícones. Isso lhe
permitirá compreender e descrever, por escrito ou
oralmente, as interações entre diferentes
sociedades conectadas por aquelas vias. Pode-se
prever o trabalho com mapas econômicos que
representem não apenas a região mediterrânea e
o comércio europeu (rotas bizantinas e
venezianas), mas também as rotas que
atravessavam o continente africano e o asiático, a
exemplo da expansão muçulmana na África e a
ocupação da Península Ibérica, bem como as
relações comerciais estabelecidas pelos árabes
com a Europa, África e Oriente. A habilidade
contempla a competência número n.2, específica
de Ciências Humanas. Além do uso de mapas,
convém valer-se de outras fontes e recursos:
textos clássicos, recursos audiovisuais como
filmes épicos, documentários, jogos educativos e
outras mídias. Para qualquer um desses recursos,
é imprescindível trabalhar numa perspectiva
exploratória e investigativa, com interlocução e
mediação do professor.
Trabalho e Senhores e servos no (MS.EF06HI16.s.18) Sugere-se que sejam enfatizadas as relações
formas de mundo antigo e no Caracterizar e comparar as sociais de trabalho e modo de produção, com
organização medieval dinâmicas de abastecimento olhar voltado para as diferenças entre sociedades
social e cultural Escravidão e trabalho e as formas de organização distintas e diferentes períodos. Caracterizar e
livre em diferentes do trabalho e da vida social comparar as dinâmicas de abastecimento e as
temporalidades e em diferentes sociedades e formas de trabalho no mundo antigo e medieval

725
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
espaços (Roma períodos, com destaque para exigem do estudante mobilizar aprendizagens
Antiga, Europa as relações entre senhores e que lhe permitam elaborar uma análise mais
medieval e África) servos. abrangente e na qual ele possa identificar os
Lógicas comerciais na marcos principais desses períodos históricos
Antiguidade romana (apogeu do Império Romano, crise do escravismo,
e no mundo medieval ruralização da economia e renascimento
comercial) e diferenciar a distribuição de
produtos, as relações sociais e de trabalho
(escravismo, colonato e servidão) naqueles
momentos. A habilidade complementa a anterior
(MS.EF06HI15.s.17) e fornece referências
históricas para trabalhar a próxima
(MS.EF06HI17.s.19). É possível contextualizar
esses períodos históricos com a atualidade,
fazendo análises quanto às relações de trabalho e
poder, pois, por exemplo, o abastecimento das
cidades romanas e medievais, de outras partes do
mundo, com suas rotas marítimas e terrestres,
fluxo de mercadorias e pessoas de diferentes
locais, pode suscitar reflexões e analogias
interessantes, relativas aos tempos atuais, de
modo que o estudante avalie a interdependência
entre produtores e consumidores, e a logística e
importância da produção e distribuição em escala
nacional e mundial. Para desenvolver essas
habilidades, é propício valer-se de trabalho com
linhas de tempo, mapas políticos e econômicos
do mundo antigo e medieval e documentos
históricos (fragmentos de textos e iluminuras
medievais) que permitam ao estudante confrontar
informações e identificar diferenças entre os
períodos históricos. Será relevante primar por
metodologias que contemplem o uso das TDIC,
assim, a habilidade estará em correspondência
com a competência específica n. 7 e a geral n. 5.
Trabalho e Senhores e servos no (MS.EF06HI17.s.19) A habilidade complementa a (MS.EF06HI16.s.18),
formas de mundo antigo e no Diferenciar escravidão, em que a questão central ainda é o trabalho, mas
organização medieval servidão e trabalho livre no agora o estudante precisa diferenciar dois
social e cultural Escravidão e trabalho mundo antigo. modelos de relação de trabalho, experimentados
livre em diferentes na antiguidade. Observar que a escravidão no
temporalidades e mundo antigo se difere de outros, podendo citar,
espaços (Roma também a escravidão moderna. Diferenciar essas
Antiga, Europa formas de trabalho no mundo antigo significa
medieval e África) compreender os conceitos no contexto histórico
Lógicas comerciais na da época a qual se referem (esses termos
Antiguidade romana recebem conceitos diferentes quando tratados no
e no mundo medieval contexto da Idade Moderna). Trata-se de uma
habilidade complexa, que pode suscitar
estereótipos do tipo “escrava é a pessoa que não
tem liberdade e trabalha sem receber salário”.
Para esse grupo etário, importa entender que o
trabalho compulsório não define a escravidão e
que, no mundo antigo, havia trabalho livre não
remunerado. Importa, também, que o estudante
perceba que o escravo antigo não era,

726
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
necessariamente, um negro africano (a escravidão
antiga não tinha uma identidade étnica nem
racial), que a escravidão antiga sempre conviveu
com outras formas de trabalho e que o poder do
senhor sobre seu escravo era grande, mas não
ilimitado. Essas distinções são importantes para o
estudante adquirir uma visão das sociedades
humanas menos rígida e dualista, e que perceba
nuances e relativize situações. Será bastante
oportuno tratar de questões da
contemporaneidade, trabalhos degradantes e
diversas formas de exploração. É possível prever
que essas aprendizagens sejam realizadas por
meio de consultas a dicionários e do
levantamento de ideias pré-concebidas que
devem ser confrontadas com trechos de textos
historiográficos e/ou documentos históricos que
forneçam subsídios para a reflexão e o debate
dos conceitos pelo estudante. A questão do
trabalho escravo pode ser trazida para o presente:
pesquisar as convenções internacionais e
nacionais que proibem a servidão por dívida, o
trabalho forçado, a intimidação, a violência física e
psicológica, o tráfico de mulheres e de crianças, o
trabalho degradante, coação e privação de
liberdade. A habilidade contempla a competência
n. 5, específica de Ciências Humanas.
Trabalho e O papel da religião (MS.EF06HI18.s.20) Trabalhar o fenômeno do cristianismo durante a
formas de cristã, dos mosteiros Analisar o papel da religião chamada Idade Média, reportando-se as suas
organização e da cultura na Idade cristã na cultura e nos modos origens no judaísmo monoteísta, destacando suas
social e cultural Média de organização social no influências na cultura e no imaginário coletivo.
período medieval. Destacar seu papel no modelo de construção do
saber, em especial, pelos mosteiros, responsáveis
pela preservação e transcrição de manuscritos do
mundo clássico e oriental. Ligado aos mosteiros
tivemos, também, o desenvolvimento do
pensamento filosófico e das ciências, a formação
das primeiras universidades e os avanços
tecnológicos dos séculos XI e XII. Tudo isso
tomou forma durante a modernidade e, são
refletidos, ainda, na história do presente. Na
elaboração do currículo, é possível explicitar
aprendizagens relativas à exploração dos traços
do cristianismo medieval no Brasil trazidos pelos
colonizadores portugueses, relativas aos
seguintes aspectos, dentre outros: (a) As cidades
brasileiras cresceram à volta de uma igreja cujo
santo padroeiro é festejado em feriado local. A
devoção a determinados santos e o calendário
religioso do país são, também, heranças do
catolicismo medieval. (b) As Santas Casas,
surgidas na Europa medieval, se multiplicaram no
Brasil e continuam atuantes. Além disso, pode-se
privilegiar a discussão sobre até que ponto o
predomínio da religião cristã encobriu outras,

727
HISTÓRIA - 6° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
porém, enfatizando o fenômeno do hibridismo
cultural. Isso pode ser exemplificado por meio de
expressões religiosas, como as nativas indígenas e
africanas, destacando a necessidade de que esta
se faça, sem preconceitos de qualquer natureza,
exercitando, assim, a competência geral 9. A
habilidade contempla as competências de
números 3 e 6, específicas de Ciências Humanas.
Será muito importante o uso de excertos de
textos clássicos e recursos audiovisuais como
filmes épicos, documentários e outras mídias.
Para qualquer um desses recursos, é
imprescindível trabalhar numa perspectiva
exploratória e investigativa, com imprescindível
interlocução e mediação do professor.
Trabalho e O papel da mulher na (MS.EF06HI19.s.21) Além de escrever e analisar as condições e
formas de Grécia e em Roma, e Descrever e analisar os espaços sociais impostos às mulheres em
organização no período medieval diferentes papéis sociais das diferentes tempos e espaços, é possível que o
social e cultural mulheres no mundo antigo e estudante amplie seu olhar, dialogando com
nas sociedades medievais. questões de gênero colocadas no tempo
presente, destacando sobretudo, as lutas e
conquistas das mulheres, no Brasil e em outras
sociedades contemporâneas em âmbitos diversos:
direitos políticos, acesso à educação e saúde,
autonomia de decisão e empoderamento,
profissão etc. É bastante viável que se trabalhe
numa perspectiva crítica, pode-se, por exemplo,
pesquisar e discutir e valorizar países que têm ou
tiveram mulheres na chefia do governo, adotando
metodologias que promovam interação e diálogo
entre os estudantes. Será muito importante
apresentar excertos de textos clássicos, poemas,
contos populares, peças teatrais, e da leitura
crítica de imagens (relevos, esculturas, pinturas e
iluminuras), também, recursos audiovisuais como
filmes épicos, documentários e outras mídias.
Para qualquer um desses recursos, é
imprescindível trabalhar numa perspectiva
exploratória e investigativa, com imprescindível
interlocução e mediação do professor. Essa
mesma metodologia poderá voltar-se à
competência socioemocional, voltada à abertura
para o novo, na expectativa de conquistar a
habilidade de valorização da diferença.

728
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O mundo A construção da ideia (MS.EF07HI01.s.01) Para esta habilidade deve-se considerar que o
moderno e a de modernidade e Explicar o significado de termo “modernidade” é uma construção cultural e
conexão entre seus impactos na “modernidade” e suas lógicas intelectual advinda de processos históricos
sociedades concepção de de inclusão e exclusão, com específicos da Europa e que, portanto, excluía
africanas, História base em uma concepção outros povos. Trata-se de uma habilidade
americanas e A ideia de “Novo europeia. complexa, pois exige abstração e aprendizagens
europeias Mundo” ante o para a contextualização do conceito. Salientar,
Mundo Antigo: também, que nesses processos históricos,
permanências e marcados por transformações, inclusão e exclusão
rupturas de saberes e caminharam paralelamente, compondo o referido
práticas na contexto. Quanto às metodologias, é possível
emergência do explicitar aprendizagens que permitam ao
mundo moderno estudante discutir o significado das palavras
“moderno” e “modernidade”, a partir de questões
como: Quem determina o que é moderno? A
quem ou a qual grupo interessa isso? É preciso
destruir o antigo para dar lugar ao moderno? É
possível ambos coexistirem? É possível, ainda,
propor a discussão de temas como ética, meio
ambiente, tradições populares, valores, costumes,
tecnologia, choque de culturas, além dos avanços
da época: humanismo, invenções, grandes
navegações e descobrimentos etc. A habilidade
está associada às competências específicas n. 1 e
n. 2. Para trabalhá-las será propício o uso de
excertos de textos clássicos e recursos
audiovisuais como filmes épicos, documentários e
outras mídias.
O mundo A construção da ideia (MS.EF07HI02.s.02) A habilidade consiste em apontar as conexões
moderno e a de modernidade e Identificar conexões e entre Europa e os povos da América, África e Ásia
conexão entre seus impactos na interações entre as à época das grandes navegações, bem como a
sociedades concepção de sociedades do Novo Mundo, complexa rede estabelecida de trocas
africanas, História da Europa, da África e da Ásia econômicas, políticas e culturais. Dentre os
americanas e A ideia de “Novo no contexto das navegações pontos significativos a serem considerados está o
europeias Mundo” ante o e indicar a complexidade e as de que, quando grandes civilizações ao redor do
Mundo Antigo: interações que ocorrem nos mundo entraram em contato umas com as outras,
permanências e Oceanos Atlântico, Índico e as crenças sociais, econômicas, religiosas e
rupturas de saberes e Pacífico. políticas foram frequentemente desafiadas e
práticas na significativamente alteradas, conjuntura esta que
emergência do formatava o que se convencionou chamar Mundo
mundo moderno Moderno. A expansão europeia permitiu, pela
primeira vez, um contato entre os povos de todos
os continentes do planeta, ampliou os objetivos
da nova economia mundial, ao mesmo tempo em
que desencadeou competições e alianças
comerciais no Atlântico, Índico e Pacífico.
Atentar-se para um olhar holístico acerca do
confronto entre os três mundos, tendo em vista
que, conforme proposto no referido currículo, a
história apresentada ao estudante, até chegar a
esse eixo temático, esteve pautada numa
perspectiva integrada, onde foram contempladas
as sociedades dos continentes africano,
americano e europeu. É essencial que esse estudo
tenha revisitado o passado dessas civilizações,
podendo conhecer, compreender, analisar e
refletir sobre os diferentes contextos
experimentados por elas no mesmo tempo,
mesmo que em espaços diferentes. Agora, esse

729
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
estudante terá a oportunidade de conhecer o
complexo contexto em que essas civilizações se
confrontaram. As Grandes Navegações são o
elemento disparador para avançar na perspectiva
de identificar e analisar a complexa conjuntura
que permeou as interações entre essas
civilizações. A expansão europeia permitiu, pela
primeira vez, um contato entre os povos de todos
os continentes do planeta, ampliou os objetivos
da nova economia mundial, ao mesmo tempo em
que desencadeou competições e alianças
comerciais no Atlântico, Índico e Pacífico. A
habilidade contempla as competências n. 3 e n. 6,
específicas de Ciências Humanas, n. 3, n. 4 e n. 5,
de História. Na produção didático-pedagógica,
pode-se explicitar aprendizagens que permitam
ao estudante trabalhar com mapas antigos
(planisférios, portulanos, globos), de diferentes
datas, para averiguar como as viagens oceânicas
foram pouco a pouco revelando os contornos dos
continentes. As ilustrações dos mapas antigos,
com suas figuras de monstros-marinhos,
natureza, animais e povos exóticos, mostram o
imaginário europeu sobre as novas terras –
imaginário ainda preso à mentalidade cristã
medieval e que aos poucos se rompeu para dar
lugar ao racionalismo (filmes épicos, podem
auxiliar a compreender esse contexto). É possível,
ainda, propor que se discuta o fato que as
interações dos navegadores com os povos
limitavam-se, em grande parte, às áreas
litorâneas, o que manteve o interior dos
continentes desconhecido e distante das
influências e do domínio europeu. É importante,
ainda, destacar que a intensificação dos contatos
mudou a concepção que o europeu tinha sobre o
planeta, rompeu com padrões mentais e reforçou
os elementos característicos do Renascimento. Na
construção da habilidade, é possível considerar a
possibilidade de um trabalho interdisciplinar com
Língua Portuguesa para a análise do poema “Os
Lusíadas”, de Camões, destacando os trechos que
descrevem o contato com os novos mundos. Será
relevante primar por metodologias que
contemplem o uso das TDIC assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.
O mundo Saberes dos povos (MS.EF07HI03.s.03) A habilidade complementa a (MS.EF07HI02.s.02) e
moderno e a africanos e pré- Identificar aspectos e a ênfase deve recair sobre aspectos originários da
conexão entre colombianos processos específicos das história dos africanos e americanos. A ideia é
sociedades expressos na cultura sociedades africanas e promover uma ruptura da falsa concepção de que
africanas, material e imaterial americanas antes da chegada a história dessas populações teve início a partir
americanas e dos europeus, com destaque do contato com o europeu. Antes da chegada dos
europeias para as formas de europeus, as Américas e a África possuíam
organização social e o Estados organizados, com sociedades
desenvolvimento de saberes hierarquizadas, economias dinâmicas, religiões
e técnicas. estruturadas e uma cultura sofisticada. Esses
mundos tinham uma dinâmica própria e, em
muitos sentidos, eram mais desenvolvidos

730
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
cientificamente que os europeus. Espera-se que o
estudante ao se apropriar dessa “nova”
concepção interprete e problematize a história,
isento da ideia de sobreposição de uma cultura
pela outra e de padrões universais. Recomenda-
se que no contexto da aula sejam abordados (por
meio de recursos de TDIC e/ou outros) os
grandes reinos e impérios africanos (Gana, Mali,
Songai e Congo), das sociedades iorubás de
Benin e Ifé, à primeira universidade, Tombuctu, às
rotas transaarianas e ao comércio do sal. É
importante que o estudante identifique os grupos
africanos e indígenas nativos que mais atuaram
na formação da sociedade brasileira e, se possível,
aqueles mais próximos da região ou comunidade
em que se vive (Guarani, Terena, Cayapó, Kaiowá,
dentre outros). Pode-se, ainda, incluir as grandes
culturas americanas (astecas, maias e incas),
destacando seus conhecimentos e técnicas na
astronomia, cantaria, construção, agricultura e
comércio.
Atentar-se para metodologias que favoreçam o
desenvolvimento de competência socioemocional
para o pensamento crítico, aspirando conquistar a
habilidade de estabelecer conexões e caminhar
para autoria.
O mundo Mato Grosso do Sul (MS.EF07HI.00.n.04) A habilidade carrega a intencionalidade de
moderno e a pré-colonial - Cultura Identificar aspectos e promover um olhar investigativo para os
conexão entre material e imaterial processos específicos das primórdios da história dos povos originários
sociedades dos povos originários sociedades originárias de brasileiros de Mato Grosso do Sul, antes do
africanas, (Tradição Mato Grosso do Sul antes da contato com populações não indígenas.
americanas e geométrica). chegada dos colonizadores, Aprofunda a (MS.EF07HI03.s.03), agora o
europeias Desenvolvimento da com destaque para as formas estudante será motivado a observar os sinais
agricultura e de organização social e o deixados por populações ancestrais dos Guarani,
produção de desenvolvimento de saberes Terena e outros, inclusive extintos, enquanto
artefatos cerâmicos. e técnicas. grupo, a exemplo dos Layana, Paiaguá, Guaicuru e
(século XI ao XVI). Oty. Essa observação deverá acontecer por meio
de investigação de produções arqueológicas que
permitem classificar algumas dessas populações,
a exemplo daquelas, cujos sinais remanescentes
são as figuras geométricas circulares, desenhadas
no solo (Petroglifos). Quanto à metodologia, o
uso de imagens é de grande relevância e, quando
possível, devem-se promover visitações a sítios
arqueológicos e em comunidades indígenas, tais
como: Guarani, Guató, Terena, Chamacoco,
Quiniquinau, dentre outros. A escassez de fontes
e produções sobre esses povos, pode ser,
também, um elemento importante a ser
analisado, o que o silêncio dessa história tem a
nos dizer? É o tipo de reflexão que possibilita a
construção crítica sobre a produção do
conhecimento histórico e sua ligação com os
setores da sociedade que tem suas memórias
legitimadas pela história tradicional, em
detrimento de outros tantos que atualmente se
mobilizam para resgatar e (re)-significar a história
de seu povo. Será oportuno atentar-se para
metodologias que favoreçam o desenvolvimento

731
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
de competência socioemocional para o
pensamento crítico, aspirando conquistar as
habilidades de investigação, estabelecer conexões
e, assim, caminhar para autoria. Recomenda-se
que se privilegiem metodologias que prevejam o
uso das TDIC, assim, a habilidade estará em
correspondência com a competência específica n.
7 e a geral n. 5.
Humanismos, Humanismos: uma (MS.EF07HI04.s.05) A habilidade consiste em reconhecer o
Renascimentos e nova visão de ser Identificar as principais Humanismo e o Renascimento como movimentos
o Novo Mundo humano e de mundo características dos que romperam com a mentalidade medieval,
Renascimentos Humanismos e dos difundindo uma nova visão de ser humano e de
artísticos e culturais Renascimentos e analisar seus mundo que influenciou todos os setores da vida
significados. do Ocidente. Ressalta-se que é necessário
retomar os conceitos de Antiguidade Clássica
discutido no 6º ano (MS.EF06HI09.s.11) e o de
Modernidade, trabalhado no 7º ano,
(MS.EF07HI01.s.01). Com essa retomada, espera-
se que o estudante tenha condições de
compreender os elementos que ligam esses dois
momentos da história da Europa, a influência do
primeiro sobre o segundo, os aspectos diversos
que caracterizam a modernidade e seus reflexos
para a história de outras partes do mundo
ocidental. Nessa linha, pode-se incluir a discussão
sobre a denominação Idade das Trevas, que os
próprios renascentistas deram à Idade Média, em
contraponto às mudanças de mentalidade e de
formas de expressão artística anunciadas pelo
Renascimento e Humanismo.
Nesse sentido, a habilidade não se reduz a
apontar nomes de autores, artistas e obras do
Renascimento e Humanismo, mas a reconhecer
esses movimentos como fundadores da própria
modernidade. Pretende-se que o estudante
interprete os humanismos, dentro de um
contexto histórico específico, e suas contribuições
para a atualidade. Deve-se atentar-se para a
pluralidade, pois esse detalhe remete à
diversidade desses dois movimentos,
dependendo do espaço, conjuntura e tempo em
que foram consolidados. Vale destacar, também,
aspectos do renascimento científico. Quanto à
metodologia, a habilidade permite, um trabalho
interdisciplinar com Arte, Ciências e Língua
Portuguesa, explorando a produção artística,
intelectual e científica dos grandes humanistas e
renascentistas. Ao tratar essa diversidade de
fontes, deve-se abordar, também, a tipologia de
análise. O uso de imagens é de grande relevância,
assim, como o uso das TDIC, correspondendo,
dessa forma, à competência geral n. 05. Podem-se
propor, também, metodologias que favoreçam o
desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais voltadas ao pensamento crítico,
aspirando conquistar a habilidade de investigação
e estabelecer conexões; e criatividade, podendo
desenvolver habilidades de imaginação, inovação
e experimentação.

732
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Humanismos, Reformas religiosas: a (MS.EF07HI05.s.06) Além de identificar, compreender que as reformas
Renascimentos e cristandade identificar e relacionar as religiosas ligaram as histórias da Europa e da
o Novo Mundo fragmentada vinculações entre as reformas América, onde as sociedades sofreram influências
religiosas e os processos na sua organização social, cultural e padrões
culturais e sociais do período éticos. Com esse enfoque, a habilidade suscita
moderno na Europa e na
perceber e relacionar o movimento das reformas
América.
religiosas (incluindo a Contra Reforma) aos seus
desdobramentos nas sociedades europeias e na
colonização da América. Nesse caso, deve-se
destacar o papel dos jesuítas na catequese dos
indígenas e os processos da Inquisição,
especialmente a espanhola, na perseguição aos
judeus e cristãos novos na península Ibérica e nas
Américas. Outro elemento importante é o fator
econômico. Nesse sentido, os procedimentos
metodológicos podem proporcionar
questionamentos: quais interesses pautaram a
reforma protestante? Quem a financiou? Criada a
nova religião, qual foi a posição de seus líderes
diante dos pobres revoltosos que clamavam por
justiça? Qual o interesse da primeira religião cristã
ao expandir seus domínios para o “novo mundo”?
Qual a dimensão de suas perdas morais e
financeiras? Pode-se considerar, também, a
possibilidade de propor aprendizagens que
permitam ao estudante debater e confrontar
pontos de vista diferentes, relativos a temáticas
religiosas que ainda hoje dividem a sociedade. Há
uma oportunidade de para refletir sobre o
fanatismo religioso e as perseguições de fiéis de
outros credos, exercitando a argumentação
fundamentada e o respeito à diversidade de
ideias e sentimentos. O uso de imagens é de
grande relevância, assim como recursos áudio
visuais e TDIC, correspondendo, assim, à
competência geral n. 05. Para qualquer um desses
recursos, é necessário trabalhar numa perspectiva
exploratória e investigativa, com imprescindível
interlocução e mediação do professor. Podem-se
propor metodologias que favoreçam o
desenvolvimento da competência
socioemocional, pensamento crítico, aspirando
conquistar as habilidades de investigação e de
estabelecer conexões.
Humanismos, As descobertas (MS.EF07HI06.s.07) Esta habilidade associa-se e complementa a
Renascimentos e científicas e a Comparar as navegações no habilidade (MS.EF07HI02.s.02). O estudante, ao
o Novo Mundo expansão marítima Atlântico e no Pacífico entre comparar as navegações da “era moderna” terá
os séculos XIV e XVI. condições de observar que as expansões
marítimas percorreram os dois oceanos, porém,
houve diferenças substanciais, principalmente,
quando se compara Atlântico e Pacífico, a
exemplo do processo de povoamento e a
influência cultural com as áreas invadidas. Outro
aspecto relevante para ser abordado, consiste em
relacionar as descobertas científicas ao
expansionismo marítimo do início dos tempos

733
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
modernos, diferenciar as navegações portuguesas
e espanholas (rotas, objetivos, áreas atingidas e
conquistadas) e reconhecer as disputas e tensões
entre as monarquias ibéricas pelo domínio de
rotas e acessos. É viável propor um trabalho
interdisciplinar com Geografia em que o
estudante exercite noções espaciais, investigando
as rotas marítimas realizadas pelos navegadores
europeus. É possível também privilegiar rotas e
caminhos mais antigos da África percorridos por
árabes, indonésios, chineses (rota transaariana,
rota da seda, rota do marfim, rota da noz-de-cola
e do sal, rota das especiarias etc.). Que distâncias
percorriam? Que paisagens atravessavam? Que
mercadorias trocavam? A habilidade permite
discutir o eurocentrismo do termo
“descobrimento”, tradicionalmente empregado
para designar o “achamento” da América,
Oceania, Ásia e África, e que desconsidera por
completo a existência de povos nativos nesses
territórios. Nessa mesma linha, pode-se discutir
os termos “povoamento” e “ocupação”, que dão a
ideia de terras vazias que teriam sido ocupadas
pela primeira vez pelos europeus.
A organização do A formação e o (MS.EF07HI07.s.08) Dar ênfase às relações e disputas de poder que
poder e as funcionamento das Descrever os processos de envolveram o processo de constituição dos
dinâmicas do monarquias formação e consolidação das Estados Modernos. Problematizar os motivos das
mundo colonial europeias: a lógica da monarquias e suas principais escolhas e lutas pela centralização política,
americano centralização política características com vistas à observando o contexto socioeconômico que
e os conflitos na compreensão das razões da configurava o período, enfatizando os fenômenos
Europa centralização política. de causa e efeito. Deve-se reconhecer que tais
processos não foram iguais e, portanto, não se
pode incorrer no erro de generalizar as
características de um modelo (como o
absolutismo francês) para todas as monarquias.
Para isso, deve-se confrontar processos históricos
diferentes, como, por exemplo, as monarquias
francesa, inglesa e portuguesa. Pode-se
considerar a retomanda de conteúdos de
habilidades anteriores – Renascimento e
Humanismo (MS.EF07HI04.s.05), Reformas
Religiosas (MS.EF07HI05.s.060 e Grandes
Navegações (MS.EF07HI06.s.07) para destacar
que foi no contexto desses movimentos que
ocorreram a centralização e consolidação das
monarquias europeias. A habilidade mobiliza
aprendizagens adquiridas no 5º ano
(MS.EF05HI02.s.02), permitindo retomar e
aprofundar a ideia de Estado, nação e território, e
garantindo formar um conhecimento que ajuda a
aplicar esses conceitos nos processos de
independência nas Américas (MS.EF08HI06.s.06).
Recomenda-se que se privilegie metodologias
que prevejam o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.

734
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
A organização do A conquista da (MS.EF07HI08.s.09) Esta habilidade consiste em compreender e
poder e as América e as formas Descrever as formas de relatar como as sociedades americanas estavam
dinâmicas do de organização organização das sociedades organizadas na época das conquistas e em que
mundo colonial política dos indígenas americanas no tempo da medida essa organização acabou servindo aos
americano e europeus: conflitos, conquista com vistas à conquistadores para impor seu domínio e
dominação e compreensão dos explorar o trabalho desses povos. Por outro lado,
conciliação mecanismos de alianças, também, requer um olhar para as populações
confrontos e resistências. originárias da América como protagonistas da
história, compreendendo que resistência,
resiliência e alianças foram constantes no
confronto entre esses mundos. É possível destacar
as tensões e disputas internas das sociedades
americanas pré-coloniais como fatores que
fragilizaram o poder central e contribuíram para
sua derrocada. No México, foram os povos
submetidos pelos astecas que se aliaram aos
espanhóis por considerá-los seus libertadores. No
Peru, a guerra entre dois herdeiros rivais do
Império Inca favoreceu a conquista espanhola.
Desmantelada a estrutura política dessas
sociedades, os espanhóis escravizaram os
indígenas, transformando costumes e tradições
desses povos em trabalho compulsório, como foi
o caso da “mita” inca. Pode-se estender o tema
para os povos nativos da América portuguesa,
evidenciando que as rivalidades entre grupos
indígenas também serviram aos colonizadores
para cooptar aliados e dominar territórios.
Recomenda-se desenvolver atividades que
privilegiem discussões e análises de diferentes
pontos de vista sobre a temática. É recomendável
o trabalho com as TDIC, assim, a habilidade estará
em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5. Atentar-se para
metodologias que favoreçam o desenvolvimento
da competência socioemocional de abertura para
o novo aspirando as habilidades de valorização
da diferença, de apreciação estética, de
curiosidade e de flexibilidade.
A organização do A conquista da (MS.EF07HI09.s.10) Sugere-se um olhar reflexivo e crítico sobre as
poder e as América e as formas Analisar os diferentes consequências sofridas, de imediato e a longo
dinâmicas do de organização impactos da conquista prazo, pelas populações originárias das Américas,
mundo colonial política dos indígenas europeia da América para as dando atenção especial para o fator resistência,
americano e europeus: conflitos, populações ameríndias e experimentadas de diversas formas por diferentes
dominação e identificar as formas de grupos. É importante que o estudante possa
conciliação resistência. compreender que a enorme diferença
populacional entre conquistadores (algumas
dezenas) e indígenas (contados aos milhares)
tornava desvantajosas as armas de fogo dos
espanhóis que, a cada disparo, precisavam ser
recarregadas. Além disso, que o extermínio
indígena deveu-se, em grande parte, às
epidemias e doenças trazidas pelos europeus,
para além da propalada superioridade
tecnológica. Recomenda-se priorizar
metodologias que possibilitem organizar um
fórum de debates sobre os impactos da conquista
europeia da América e as formas de resistência
das populações indígenas. Há muito material na

735
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
bibliografia especializada e também artigos
disponíveis nos sites de universidades e de
revistas acadêmicas, incluindo trabalhos recentes
que investigam como a drástica redução da
população nativa afetou o meio ambiente, devido
ao abandono de áreas de cultivo. Pode-se, ainda,
prever a pesquisa sobre populações indígenas no
Brasil de hoje, buscando informações em sites
oficiais, como Pib Socioambiental, Portal Brasil e
IBGE. A pesquisa ganha maior significado para o
estudante se os povos da região em que eles
vivem forem priorizados. O uso de metodologias
diversificadas, dinâmicas e interativas, tais como
jogos pedagógicos digitais, poderão favorecer o
entendimento e análise crítica da temática
proposta. Entretanto, é necessário atentar-se para
os conteúdos implícitos em determinados jogos,
eles não devem reforçar estereótipos de
superioridade de uma civilização sobre a outra,
“mocinho x bandido”.
A organização do Organização e (MS.EF07HI00.n.11) Além de analisar, espera-se que o estudante
poder e as resistência indígena Analisar os diferentes compreenda as transformações experimentadas
dinâmicas do no Mato Grosso do impactos sofridos pelas pelos povos originários, a partir da invasão dos
mundo colonial Sul colonial, face a populações indígenas de colonizadores. Sugere-se que sejam observadas
americano violência Mato Grosso do Sul, a partir as diferentes estratégias de resistência
empreendida durante do contato com os empreendidas por distintas populações indígenas
a expansão da portugueses. Identificar as de Mato Grosso do Sul: Guarani, Guaicuru,
América Portuguesa. formas de resistência Paiaguá, Guató, Kadiwéu, Terena, dentre outras.
empreendidas por diferentes Ressalta-se que o conceito de resistência pode
grupos indígenas. referir-se tanto ao enfrentamento quanto à
resiliência, pois, muitas vezes, para resistir,
sobreviver diante da ocupação hostil do invasor,
foi necessário valer-se da estratégia e não do
enfrentamento. Tal postura implicou em fazer
escolhas para decidir, em dado momento, se
elegeria novos inimigos, ou se formaria alianças
com eles, em desfavor de antigos inimigos.
Pontuar situações diferentes, que fizeram parte
desse contato entre populações originárias e o
colonizador, colabora para reafirmar a ideia de
que os povos indígenas foram sujeitos e
protagonistas de sua história. Será relevante
trabalhar com fontes históricas tais como diários
de viajantes e documentos oficiais. Exemplares de
cunho memorialístico e narrativo poderão ser
importantes para oferecer aportes às análises
propostas. Para leitura e interpretação dessas
fontes será imprescindível a interlocução e
orientação do professor. Sugere-se, ainda, que
sejam aplicadas metodologias voltadas à
competência socioemocional do pensamento
crítico, aspirando as habilidades de investigação,
de estabelecer conexões e de autoria.

736
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
A organização do Organização social de (MS.EF07HI00.n.12) Observar as continuidades e mudanças quanto a
poder e as populações Analisar, com base em territorialidades e fronteiras experimentadas por
dinâmicas do ameríndias de Mato documentos históricos, populações originárias de Mato Grosso do Sul,
mundo colonial Grosso do Sul produções historiográficas, face ao contato com os colonizadores e seus
americano (séculos XVI- XVIII): arqueológicas e empreendimentos. Levar em conta que, nesse
Arte, Língua, cultura, antropológicas, diferentes processo, escolhas e decisões foram tomadas por
política e sociedade. interpretações sobre as essas populações, circunstâncias que constituíram
dinâmicas da sociedade Sul- a gênese identitária do povo sul-mato-grossense,
mato-grossense no período manifestadas na atualidade, por meio de
colonial. expressões artísticas, sotaques, hábitos e
costumes. Esta habilidade pode ter como
contexto (tempo histórico) o período que é
denominado pela historiografia tradicional como
Mato Grosso do Sul Espanhol. Atentar-se para
ideia de que a construção identitária desse Estado
é bem anterior à divisão territorial que o
transformou em uma unidade federativa.
A organização do A estruturação dos (MS.EF07HI10.s.13) A habilidade consiste em avaliar diferentes pontos
poder e as vice-reinos nas Analisar, com base em de vista sobre a organização e o funcionamento
dinâmicas do Américas documentos históricos, das sociedades coloniais da América espanhola
mundo colonial Resistências diferentes interpretações e/ou portuguesa. Para esta habilidade será
americano indígenas, invasões e sobre as dinâmicas das fundamental apoiar-se em documentos históricos
expansão na América sociedades americanas no cartas, diários de viajantes, gravuras e aquarelas,
portuguesa período colonial. em especial, levantados em coletâneas escolares
de textos e documentos e nas redes sociais. Essa
postura investigativa servirá para observar e
analisar pontos de vistas diferentes sobre as
sociedades americanas, no período colonial.
Analisar diferentes pontos contribui para ampliar
a visão do estudante acerca do contexto em
estudo. A abordagem comparativa permite ao
estudante perceber especificidades e
semelhanças entre a América Espanhola e a
América Portuguesa. Ao traçar paralelos de
aspectos variados da colonização na América, o
estudante constatará as diferenças quanto à
administração colonial, à exploração econômica
das colônias, ao papel da Igreja, às formas de
tributação, à distribuição da população, ao
desenvolvimento urbano, à exploração da mão de
obra indígena e africana, ao comércio atlântico
etc. Outra possibilidade é interpretar gravuras e
aquarelas que representam costumes dos povos
nativos americanos sob o traço e a visão
europeia. Nesse caso, é pertinente trazer a
discussão sobre o conceito de “civilização”, uma
construção intelectual europeia que serviu aos
colonizadores para qualificar os índios como
selvagens, preguiçosos, canibais, violentos etc.
Pode-se considerar, também, estender o tema
incluindo a colonização inglesa na América do
Norte. Há, aqui, a oportunidade para o trabalho
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF07GE01.s.01), da Geografia, associada ao
estudo da formação territorial do Brasil.

737
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
A organização do A estruturação dos (MS.EF07HI11.s.14) A habilidade consiste em investigar e
poder e as vice-reinos nas Analisar a formação histórico- compreender como a colonização portuguesa,
dinâmicas do Américas geográfica do território da iniciada na área costeira, foi avançando para o
mundo colonial Resistências América portuguesa por meio interior, conquistando territórios dos indígenas e
americano indígenas, invasões e de mapas históricos. dando ao Brasil sua atual configuração
expansão na América geográfica. A análise deve ser feita por meio de
portuguesa mapas históricos que podem ser buscados em
atlas históricos escolares. É importante priorizar
os aspectos da formação histórico-geográfica do
país que dizem respeito à região em que se vive e
que podem estar relacionados a motivações
econômicas (busca e exploração do ouro,
exploração das drogas do sertão, criação de gado,
escravização indígena e africana, extração do látex
etc.), à defesa do território, aos tratados de
limites, à fundação de missões, fortes e cidades, a
disputas políticas (a posse da Colônia de
Sacramento, a guerra do Acre, por exemplo) ou à
formação de quilombos. Há, aqui, a oportunidade
para o trabalho interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF07GE01.s.01), da Geografia, associada ao
estudo da formação territorial do Brasil. Para esta
habilidade é imprescindível o uso de mapas
temáticos, não para mera descrição, mas com o
objetivo de proporcionar a visão de continuidades
e mudanças, podendo avançar para a
investigação sobre os efeitos imediatos e a longo
prazo dessas transformações histórico-
geográficas.
A organização do A estruturação dos (MS.EF07HI12.s.15) A habilidade consiste em compreender como se
poder e as vice-reinos nas Identificar a distribuição distribuiu a população brasileira no território
dinâmicas do Américas territorial da população nacional ao longo da história, identificando, nessa
mundo colonial Resistências brasileira em diferentes trajetória, sua composição étnico-racial em
americano indígenas, invasões e épocas, considerando a diferentes épocas. A habilidade dá sequência e
expansão na América diversidade étnico-racial e aprofunda o aprendizado anterior
portuguesa étnico-cultural (indígena, (MS.EF07HI11.s.14), abordando, agora, aspectos
africana, europeia e asiática). demográficos mais importantes. Será importante
priorizar os aspectos histórico-demográficos que
dizem respeito à região do atual Mato Grosso Sul,
sendo possível aproximar ainda mais para a
região em que se vive, buscando identificar quais
foram os grupos étnico-raciais preponderantes na
composição da população da região, se houve
mudança na composição populacional, quando
isso ocorreu e que fatores explicam essa
mudança. O trabalho investigativo permite ao
estudante desenvolver as habilidades de
pesquisar, ordenar e avaliar. Pode-se, ainda,
considerar a possibilidade de trabalhar com
mapas demográficos de diferentes épocas e
realizar um trabalho interdisciplinar com
Geografia. Nota-se aqui uma oportunidade para o
trabalho interdisciplinar com as habilidades
(MS.EF07GE03.s.03) e (MS.EF07GE04.s.03), da
Geografia, no que se refere ao estudo da
formação territorial do Brasil; e
(MS.EF07GE02.s.02), do mesmo componente,
associada à análise da influência de diferentes
fluxos econômicos e populacionais na formação

738
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
territorial do Brasil. Para esta habilidade será
necessário recorrer a documentários que
apresentam a história dessas transformações
geográficas. Ressalta-se que a ênfase na questão
étnico-racial atribuirá significado à proposta.
Dessa forma, deve-se atentar para a necessidade
de romper com a falsa ideia de “espaços vazios”,
tantas vezes utilizada por órgãos oficiais, tendo
em vista que, populações indígenas e
afrodescendentes, já ocupavam ou se
estabeleciam nessas áreas, posteriormente
ocupadas por colonizadores. Valorizar
metodologias que contemplem investigação e
produção e, quando possível, atividades de
campo, em comunidades indígenas e
remanescentes quilombola.
Lógicas As lógicas mercantis e (MS.EF07HI13.s.16) A habilidade consiste em examinar o comércio
comerciais e o domínio europeu Caracterizar a ação dos atlântico realizado pelos europeus (portugueses,
mercantis da sobre os mares e o europeus e suas lógicas espanhóis, ingleses, holandeses e franceses) com
modernidade contraponto Oriental mercantis visando ao domínio a América e a África, identificando os objetivos
no mundo atlântico. mercantis, o papel do Estado no controle do
comércio e da colonização, a circulação de
mercadorias, o comércio escravo, a exploração
das colônias e as disputas entre nações europeias
decorrentes do domínio do comércio atlântico. A
ênfase desta habilidade recai sobre o aspecto
econômico das colonizações europeias nas
Américas. Pode-se considerar uma pesquisa mais
ampla, que permita observar a dimensão do
comércio atlântico onde circulavam pessoas, bens
materiais e culturais, plantas e também doenças.
Os europeus, ao chegarem na África, tiveram que
estabelecer alianças com os reinos africanos.
Ademais, aqueles que foram submetidos à
travessia oceânica e tornados escravos,
reorganizaram suas crenças e interpretações do
mundo a partir das condições que possuíam. Não
foram aculturados no sentido literal da palavra,
mas sim, destacar que o contato entre povos de
diferentes culturas, possibilitou o fenômeno do
hibridismo cultural. Nota-se, aqui, oportunidade
de trabalho interdisiplinar com a habilidade
(MS.EF07GE02.s.02), da Geografia, no que se
refere à análise da influência de diferentes fluxos
econômicos e populacionais na formação
territorial do Brasil. Observar que o mercantilismo
teve uma lógica própria, vinculada às relações
comerciais advindas das explorações, via Oceano
Atlântico.
Lógicas As lógicas mercantis e (MS.EF07HI14.s.17) A habilidade dá sequência à anterior
comerciais e o domínio europeu Descrever as dinâmicas (MS.EF07HI13.s.16), tendo por foco, agora,
mercantis da sobre os mares e o comerciais das sociedades reconhecer o papel da América e da África no
modernidade contraponto Oriental americanas e africanas e comércio atlântico, o que coloca em evidência o
analisar suas interações com comércio de escravos, assim como reconhecer e
outras sociedades do relatar as interações desse comércio com outras
Ocidente e do Oriente. sociedades, incluindo o Oriente. Por outro lado,
sugere-se, também, um olhar para o pensamento
e práticas econômicas na perspectiva das
sociedades originárias da África e das Américas.

739
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Investigar como essas sociedades se relacionavam
com a natureza e como exploravam seus recursos
(de forma sustentável ou insustentável). Conhecer
diferentes modos de vida, características sociais,
culturais, econômicas, religiosas e políticas. O que
mudou e o que permaneceu após interação com
povos de outros continentes?
É possível explorar três grandes temas: o
comércio escravo no Atlântico, o comércio
interno no continente africano e seus contatos
com redes mediterrâneas e índicas (retomando,
com outra abordagem, a habilidade
(MS.EF07HI03.s.03) e o comércio europeu com a
Índia e ilhas do sudeste asiático (ampliando o que
foi visto na habilidade (MS.EF07HI06.s.06). Isso
permite compreender a chamada primeira
globalização da história pelas mudanças que
gerou ao aproximar e integrar economias e
sociedades de diferentes lugares do mundo. Com
isso, pode-se realizar um trabalho interdisciplinar
com Geografia, estabelecendo relações entre a
globalização do passado e dos tempos atuais no
que diz respeito aos meios de transporte,
comunicação, abrangência geográfica,
concentração de capital, mercado consumidor e
fornecedor, formas de consumo e degradação
ambiental gerada pela plantação e pecuária
intensiva, pelo desmatamento e atividade
mineradora. Há, ainda, a oportunidade de
trabalho interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF07GE02.s.02), da Geografia, no que se
refere à análise da influência de diferentes fluxos
econômicos e populacionais na formação
territorial do Brasil, e a (MS.EF07GE06.s.06), no
que se refere à descrição e discussão de
atividades econômicas em diferentes sociedades
e lugares.
Lógicas As lógicas internas (MS.EF07HI15.s.18) Esta habilidade diz respeito a compreender a
comerciais e das sociedades Discutir o conceito de forma e o significado que a escravidão assumiu
mercantis da africanas escravidão moderna e suas na Idade Moderna, isto é, reconhecer as
modernidade As formas de distinções em relação ao características que a diferenciam do escravismo
organização das escravismo antigo e à antigo e da servidão medieval. É uma habilidade
sociedades servidão medieval. complexa, que mobiliza aprendizagens adquiridas
ameríndias no 6º ano (MS.EF06HI17.s.19) e demanda outras
A escravidão habilidades de examinar, contrapor e inferir o
moderna e o tráfico trabalho compulsório em tempos e espaços
de escravizados históricos diferentes. Para discutir tal conceito,
vale reportar aos outros modelos de escravidão
adotados em outros tempos e espaços. É possível
avançar da discussão e conceito para a análise
crítica acerca dos impactos (irreparáveis), no
tocante às condições de trabalho impostas a
africanos e indígenas. Pode-se, também, fazer
referência às condições de trabalho análogas à
escravidão na história do presente. Mas não se
deve distanciar do cerne da temática, sendo
fundamental destacar que, no caso do
escravismo praticado entre os séculos XVI e XIX,
três aspectos foram predominantes: o volume de

740
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
escravizados arrancados de sua terra e levados
para além-mar (o que tornava praticamente
impossível o retorno), a unicidade racial que
associou a cor negra à condição de escravo e os
interesses mercantis dos Estados europeus
escravistas e dos chefes africanos com quem
negociavam. Pode-se considerar a possibilidade
de trabalhar com a ajuda de comunidades
quilombolas, bem como em aproximar o
estudante de manifestações culturais de origem
africana – cirandas, maracatu, jongo, congada etc.
– cujas raízes históricas se assentam na resistência
ao escravismo. Há, aqui, oportunidade de
trabalho interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF07GE02.s.02), da Geografia, no que se
refere à análise da influência de diferentes fluxos
econômicos e populacionais na formação
territorial do Brasil. Atentar-se para metodologias
que favoreçam o desenvolvimento da
competência socioemocional de abertura para o
novo, adquirindo as habilidades de valorização da
diferença, da curiosidade e da flexibilidade.
Lógicas As lógicas internas (MS.EF07HI16.s.19) A habilidade aprofunda a (MS.EF07HI15.s18) e
comerciais e das sociedades Analisar os mecanismos e as suscita um olhar mais atento para as questões
mercantis da africanas dinâmicas de comércio de que envolvem a escravidão durante a fase de
modernidade As formas de escravizados em suas colonização nas Américas. Que o estudante tenha
organização das diferentes fases, identificando condições de conhecer e analisar os métodos e
sociedades os agentes responsáveis pelo estratégias utilizados para efetivar o sistema
ameríndias tráfico e as regiões e zonas escravagista, que é abrangente, pois consiste em
A escravidão africanas de procedência dos explicar o funcionamento do comércio escravo:
moderna e o tráfico escravizados. como era feito, por quem, de onde e para onde,
de escravizados isto é, identificar as rotas, os agentes, as
negociações, os locais de procedência e a venda
final. Será oportuno, também, reconhecer as
diferentes fases do comércio transatlântico de
escravos: ciclo da Guiné (século XVI) e de Angola
(século XVII), ambos sob a supremacia
portuguesa, da Costa da Mina (Benin e Daomé,
século XVIII) praticado por diversas nações
europeias e o período de tráfico ilegal reprimido
pela Inglaterra (século XIX). Compreender que os
mecanismos e dinâmicas do comércio
transatlântico de escravizados ampliam a visão
sobre as sociedades envolvidas nesse comércio,
principalmente as africanas, cujos governos
preservaram sua soberania até o final do século
XIX, mantendo os europeus afastados de seus
domínios e submissos aos poderes dos chefes
africanos locais. Quanto à metodologia, é viável
propor um fórum de debates sobre o comércio
escravo em seus múltiplos aspectos: interesses
mercantis europeus e africanos, entrepostos nas
costas africanas, o navio negreiro, tratamento e
resistência dos escravizados, desequilíbrio político
e social nas sociedades africanas causado pelas
capturas de escravos, fluxo de escravos para as
Américas etc. É possível considerar, também, a
reflexão sobre o significado de termos e
expressões de uso corrente: por exemplo, qual a

741
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
diferença entre “escravo” e “escravizado” e entre
“comércio escravo” e “tráfico negreiro”? Nota-se,
aqui, uma oportunidade de trabalho
interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF07GE02.s.02), da Geografia, no que se
refere à análise da influência de diferentes fluxos
econômicos e populacionais na formação
territorial do Brasil. Espera-se que o contato com
essas informações, possibilite ao estudante ter
condições de tirar conclusões sobre as
experiências de homens, mulheres e crianças
escravizados, os impactos de curto e longo prazo
na vida dessas pessoas e de suas descendências.
Atentar-se para metodologias que favoreçam o
desenvolvimento da competência socioemocional
de autoconhecimento, adquirindo habilidades de
autoaceitação e autoconfiança.
Lógicas A emergência do (MS.EF07HI17.s.20) Trata-se de uma habilidade complexa, que requer
comerciais e capitalismo Discutir as razões da compreender dois conceitos – mercantilismo e
mercantis da passagem do mercantilismo capitalismo – à luz do que foi visto em
modernidade para o capitalismo. habilidades anteriores, como: (MS.EF07HI06.s.07),
(MS.EF07HI07.s.08), (MS.EF07HI13.s.16) e
(MS.EF07HI16.s.19). Estabelecer contraponto com
o feudalismo. A transição do mercantilismo para o
capitalismo, bem como a definição desses
conceitos, foi muito discutida pelos especialistas e
há divergências entre eles. Para essa faixa etária,
interessa destacar que o capitalismo é um
fenômeno histórico originado na Europa no
contexto das monarquias absolutistas, da
exploração colonial e do desenvolvimento
mercantil, e que ele separou o mundo antigo e
medieval do mundo moderno, impondo formas
de viver e de pensar baseadas no acúmulo de
bens materiais (a “ânsia pelo lucro”), no trabalho
livre e assalariado e na organização racional do
trabalho e da produção. Pensar o capitalismo é
uma forma de compreender o presente, uma vez
que esse sistema econômico impera hoje em uma
escala praticamente global. Quando o estudante
se depara com todo esse histórico, consegue
perceber, também, que o mercantilismo garantiu,
entre outras fatores, o acúmulo de capital que
impulsionou a Revolução Industrial. Quanto à
metodologia, pode-se propor o trabalho com
painéis em que o estudante crie representações
gráficas do feudalismo, mercantilismo e
capitalismo. Uma estratégia para a compreensão
do capitalismo é analisar propagandas, outdoors,
revistas e outras mídias para reconhecer valores e
padrões capitalistas propalados nas imagens e
textos. Há oportunidade de realizar uma síntese
dos temas estudados ao longo do ano,
mostrando as relações do mercantilismo com a
centralização do poder, o racionalismo
renascentista, as monarquias absolutistas, a
exploração das colônias e o comércio de
escravizados. Nessa linha, pode-se retomar a
habilidade (MS.EF07HI01.s.01) para aprofundar o

742
HISTÓRIA - 7° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
conceito de Modernidade. Há, aqui, a
oportunidade para o trabalho interdisciplinar com
a habilidade (MS.EF07GE05.s.05), da Geografia,
associada ao estudo da passagem do
mercantilismo para o capitalismo. Será importante
o uso das TDIC, assim, a habilidade estará em
correspondência com a competência específica n.
7 e a geral n. 5.

HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O mundo A questão do (MS.EF08HI01.s.01) A habilidade exige que o estudante mobilize
contemporâneo: iluminismo e da Identificar os principais aprendizagens adquiridas no ano anterior
o Antigo Regime ilustração aspectos conceituais do referentes ao Antigo Regime para que possa
em crise iluminismo e do liberalismo e compreender a importância do novo pensamento
discutir a relação entre eles e no núcleo das Revoluções Burguesas. Identificar e
a organização do mundo relacionar conceitos e estabelecer relações entre
contemporâneo. o Iluminismo e Liberalismo são disparadores para
que o estudante reconheça os padrões de
mudança e continuidade ao longo do tempo,
assim como perceba como indivíduos e grupos
são influenciados pelas ideias e valores de sua
época. Pode-se propor o debate sobre os limites
e o alcance do lema iluminista “Liberdade,
Igualdade e Fraternidade” na contemporaneidade.
Qual desses princípios foi plenamente atingido?
Qual ou quais ainda não foram alcançados pelas
sociedades contemporâneas? Por quê? É possível
trazer a reflexão sobre o liberalismo do século
XVIII para a atualidade: que formas ele assumiu
ao longo do tempo? O que preconiza o
liberalismo econômico e o liberalismo político? O
liberalismo hoje, rebatizado de neoliberalismo,
garante os direitos do trabalhador? Quais as suas
implicações para o mundo capitalista? Uma breve
biografia dos pensadores iluministas pode
contribuir para refletir sobre a heterogeneidade
social e ideológica do movimento: nem todos os
iluministas eram burgueses e, entre eles, havia
muitos nobres. Muitas parcelas da burguesia
eram hostis ao Iluminismo e muitos leitores das
obras iluministas eram nobres. Essa reflexão
contribui para desconstruir a ideia generalizante
de que toda burguesia é iluminista e toda
nobreza é reacionária. Será importante o uso das
TDIC assim, a habilidade estará em
correspondência com a competência específica n.
7 e a geral n. 5.
O mundo As revoluções (MS.EF08HI02.s.02) Esta habilidade supõe entender os fatores que
contemporâneo: inglesas e os Identificar as particularidades levaram à Revolução Gloriosa e à Declaração de
o Antigo Regime princípios do político-sociais da Inglaterra Direitos, na Inglaterra, no século XVII, e como
em crise liberalismo do século XVII e analisar os esse processo político acelerou o liberalismo e as
desdobramentos posteriores ideias antiabsolutistas que se difundiram pela
à Revolução Gloriosa. Europa no século seguinte. A habilidade pode ser

743
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
desdobrada abrangendo a Revolução Científica
do século XVII, que permite compreender como
as descobertas e invenções criaram uma nova
forma de pensar, marcada pelo racionalismo e
pela ideia de progresso – importantes para o
desenvolvimento do Iluminismo no século XVIII.
Ao identificar as particularidades da Inglaterra
nesse recorte temporal e histórico, o estudante
poderá avançar, no sentido de fazer conexão com
o processo de mudanças que produziu a
Revolução Industrial. Mas é oportuno propiciar
uma abordagem crítica acerca desse processo,
tendo em vista que o pioneirismo inglês é pauta
de divergência entre historiadores. Textos de
diferentes autores e recursos midiáticos diversos,
podem ser metodologias viáveis para essa
abordagem.
O mundo Revolução Industrial e (MS.EF08HI03.s.03) A habilidade diz respeito a identificar a produção
contemporâneo: seus impactos na Analisar os impactos da e os hábitos do homem antes e depois da
o Antigo Regime produção e circulação Revolução Industrial na Revolução Industrial, com a introdução da
em crise de povos, produtos e produção e circulação de máquina a vapor; perceber a Revolução Industrial
culturas povos, produtos e culturas. como um processo contínuo e inacabado, que
permanece nas transformações tecnológicas ao
longo dos séculos posteriores; analisar as
mudanças sociais que a Revolução Industrial
introduziu nas sociedades, com o surgimento de
um novo grupo social, o operariado. A habilidade
aprofunda a MS.EF08HI02.s.02 e aspira para o
potencial de análise do estudante, numa
perspectiva abrangente e crítica. Os impactos a
serem analisados vão além daqueles
experimentados pela população europeia, mas
remete de forma clara e intencional à influência
da Revolução Industrial no movimento dos povos
em todo o mundo, incluindo o tráfico
transatlântico de escravizados e transporte de
condenados para as terras do além mar. Ressalta-
se que a Revolução Industrial, a princípio, valeu-
se de reforços na prática escravista para suprir a
demanda por matérias primas. Quanto à
metodologia, pode-se instigar o debate sobre a
situação dos trabalhadores nos séculos XVIII e
XIX, mostrando como o processo industrial
modificou suas vidas, inserindo o aprisionamento
pelo relógio, baixos salários, situações insalubres,
doenças, mendicância e marginalização social. É
possível comparar esses dados com os do século
XX e XXI, confrontando diferenças e semelhanças.
Pode-se, ainda, considerar a possibilidade de um
trabalho interdisciplinar com Língua Portuguesa e
Língua Inglesa na leitura de autores cujas obras
retratam a sociedade industrial do século XIX:
Charles Dickens, Victor Hugo e Émile Zola, por
exemplo. É importante também destacar os
desdobramentos da Revolução Industrial na
contemporaneidade, ressaltando a Revolução
Tecnológica, cuja base é a eletrônica (uso de
computadores, robôs industriais, energia nuclear)
e que afetou as relações de trabalho, a produção

744
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
e a circulação dos produtos. Há, aqui,
oportunidade para o trabalho interdisciplinar com
a habilidade (MS.EF08GE01.s.01), da Geografia, no
que se refere à descrição e análise dos impactos
da Revolução Industrial nos fluxos migratórios.
Sugere-se que sejam utilizadas as TDIC, sempre
levando em conta que a interlocução e mediação
do professor são imprescindíveis. É viável,
também, trabalhar com a competência
socioemocional do pensamento crítico, aspirando
as habilidades de investigação, de estabelecer
conexões e de autoria.
O mundo Revolução Francesa e (MS.EF08HI04.s.04) Além de identificar e relacionar os
contemporâneo: seus desdobramentos Identificar e relacionar os desdobramentos, a habilidade suscita para as
o Antigo Regime processos da Revolução análises acerca da relação de causa e efeito que
em crise Francesa e seus repercutiram em toda a sociedade francesa.
desdobramentos na Europa e Refere-se a perceber a ocorrência da Revolução
no mundo. Francesa como o ápice das ideias Iluministas e, ao
mesmo tempo, desencadeadora das mudanças
que formaram o mundo contemporâneo nos
campos político, econômico e, principalmente,
social, com o surgimento da sociedade de classes.
O estudante deve perceber também que os
processos da Revolução Francesa não foram
planejados e organizados, não havia um líder e
nem uma filosofia única. Deve-se analisar o papel
de Napoleão Bonaparte na difusão das ideias
revolucionárias na Europa e América. É relevante
destacar a ascensão de Napoleão Bonaparte e a
influência de sua política expansionista no evento
da vinda da família real portuguesa para o Brasil.
Quanto à metodologia, é possível projetar a
Revolução Francesa para a contemporaneidade,
identificando seu legado no pensamento e na
prática política de hoje: democracia, direitos
humanos, cidadania, nação, liberdade, noções de
direita e esquerda. Deve-se entender, também,
que a mudança revolucionária não foi rápida;
muitos dos ideais tiveram que ser conquistados
ou ampliados em lutas posteriores (como o
direito político das mulheres). A Revolução
Francesa permite, ainda, debater a questão da
pena de morte: ela reduz a criminalidade? Pode-
se sugerir ao estudante pesquisar sobre os países
que adotam a pena de morte e comparar o índice
de homicídios desses países com os daqueles que
não têm a pena capital. Será relevante valer-se de
recursos como mapas para situação temporal e
geográfica dessa temática, além de fontes
imagéticas e TDIC, para os quais, é imprescindível
a interlocução e mediação do professor.
O mundo Rebeliões na América (MS.EF08HI05.s.05) A habilidade aprofunda a (MS.EF08HI04.s.04). Ela
contemporâneo: portuguesa: as Explicar os movimentos e as diz respeito a contextualizar as conjurações
o Antigo Regime conjurações mineira e rebeliões da América Mineira e Baiana no bojo dos movimentos e
em crise baiana portuguesa, articulando as revoluções que derrubaram o Antigo Regime
temáticas locais e suas (Iluminismo, Revolução Francesa, Independência
interfaces com processos dos Estados Unidos, Revolução Industrial),
ocorridos na Europa e nas reconhecendo suas articulações com esse
Américas. contexto internacional. Ou seja, agora o estudante

745
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
poderá analisar a dimensão dos movimentos
insurgentes na América Portuguesa, compreender
seus significados, levando em conta as relações
econômicas e de poder entre a Corte
metropolitana e os colonos. Porém, tal análise
necessita, também, de uma abordagem crítica
para questionar a natureza dessas rebeliões, se
tiveram ou não um caráter popular, diferenças
entre elas, dentre outros aspectos. Outro ponto
importante, diz respeito à percepção ou seu
aprofundamento quanto as influências de
contextos históricos da Europa, a exemplo da
Revolução Francesa. É viável refletir sobre a
circulação de ideias naquele período, quais eram
as fontes? Quais setores da sociedade tinham
acesso a elas? Como acessavam? Como essas
ideias impactavam nas ações do cotidiano e na
política? Qual era a situação econômica de Minas
Gerais e da Bahia e como isso influenciou nos
movimentos? Por quais caminhos as ideias
iluministas chegavam ao Brasil e aqui se
difundiam? O tema permite confrontar e
comparar a ideia de liberdade dos conjurados
mineiros e dos baianos: eles desejavam a
independência de toda colônia ou apenas da
região em que viviam? Eles tinham uma noção de
nacionalidade ou de brasilidade? Seus desejos de
liberdade incluíam a libertação dos escravos? É
importante pesquisar e discutir sobre a
representação de Tiradentes na arte e sua
transformação em herói nacional, tendo por base
a pintura “Tiradentes esquartejado”, de Pedro
Américo. A figura de Tiradentes corresponde às
informações históricas? Com quem ele se
assemelha? Haveria alguma razão para essa
semelhança? Por que a morte de Tiradentes é um
feriado cívico nacional e o mesmo não foi feito
em relação aos conjurados baianos? Sugere-se,
ainda, fazer um contraponto com a atualidade,
observando as diferentes formas de circulação de
ideias, principalmente aquelas veiculadas pelas
redes sociais, possibilitando uma análise crítica
quanto as consequências desse fenômeno para a
contemporaneidade, sobretudo no que diz
respeito à banalização de ideais.
Os processos de Independência dos (MS.EF08HI06.s.06) A habilidade consiste, em uma primeira etapa, em
independência Estados Unidos da Aplicar os conceitos de explicar o significado dos conceitos de Estado,
nas Américas América Estado, nação, território, nação, território, governo e país e, em uma
Independências na governo e país para o segunda etapa, empregá-los na análise das
América espanhola entendimento de conflitos e independências das colônias americanas (Estados
• A revolução dos tensões. Unidos, Haiti, América Espanhola e Brasil). É uma
escravizados em São habilidade complexa, pois demanda raciocínio
Domingo e seus abstrato para lidar com construções conceituais
múltiplos significados (qual a diferença entre Estado e governo, entre
e desdobramentos: o nação e país?) e, também, conhecimentos
caso do Haiti históricos que estão sendo adquiridos. Trata-se,
Os caminhos até a contudo, de uma habilidade importante para
independência do compreender não somente os processos de
Brasil independência do século XIX, como também os

746
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
movimentos nacionalistas europeus, o processo
de descolonização da África e os conflitos e
tensões do mundo contemporâneo. Para essa
faixa etária, importa que o estudante perceba que
a independência não funda, por si só, um Estado-
nacional e nem define limites territoriais. A
independência de uma colônia é somente o
primeiro passo para a constituição de uma nação
soberana e de uma identidade nacional coletiva. É
viável ressaltar que esses conceitos também se
transformam e agregam novos significados. Será
oportuno suscitar que esses conceitos foram
construídos, também, no contexto de colonização
das Américas e tiveram influência nos
movimentos de independência.
Quanto à metodologia, pode-se considerar a
possibilidade de o estudante realizar uma
pesquisa sobre o significado dos conceitos de
Estado, Nação, Território, Governo e País, e
confrontarem as informações coletadas para a
produção de painéis explicativos de cada
conceito. Os painéis devem permanecer fixados
na sala de aula durante toda unidade temática,
referência para debates como, por exemplo: Qual
o significado do nome “Estados Unidos da
América” para chamar um país? As primeiras
repúblicas formadas na América do Sul eram
nações ou países? Qual era a configuração
político-geográfica das Américas ao final do
processo de independência (por volta de 1825)?
Que fatores definem que um território pertence a
um país? Em 1815 o Brasil foi proclamado Reino
Unido de Portugal e Algarves: isso tornou o Brasil
um país, um Estado ou uma nação? Comparar o
governo formado nos Estados Unidos pós-
independência com os governos inaugurados
pelas ex-colônias espanholas que seguiram o
exemplo estadunidense. Há, aqui, oportunidade
para o trabalho interdisciplinar com as
habilidades (MS.EF08GE05.s.05) e
(MS.EF08GE08.s.08), da Geografia, no que se
refere à aplicação dos conceitos de Estado, nação,
território e país para a compreensão da ordem
internacional.
Os processos de Independência dos (MS.EF08HI07.s.07) Esta habilidade aprofunda a (MS.EF08HI06.s.06) e,
independência Estados Unidos da Identificar e contextualizar as numa abordagem mais complexa, espera-se que
nas Américas América especificidades dos diversos o estudante identifique, contextualize e avance no
Independências na processos de independência sentido de compreender as características e os
América espanhola nas Américas, seus aspectos motivos dos diferentes movimentos de
A revolução dos populacionais e suas independência e sua relação com os conceitos de
escravizados em São conformações territoriais. estado, nação, governo, territórios e fronteiras.
Domingo e seus Nessa perspectiva, aspira-se que o estudante
múltiplos significados analise o significado desses eventos no tempo
e desdobramentos: o imediato e a longo prazo. Isso significa, também,
caso do Haiti entender o processo de independência nas
Os caminhos até a Américas no contexto da crise do Antigo Regime,
independência do reconhecendo especificidades (a monarquia
Brasil mexicana e as repúblicas dos demais países, por
exemplo), a organização da sociedade hispano-

747
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
americana (peninsulares, criollos, mestiços,
indígenas e, no caso do Caribe, africanos
escravizados) e o espaço histórico (vice-reinos e
capitanias que se desmembram em outros
países). Metodologias que contemplem o uso de
mapas, devem ser valorizadas para situação
temporal e geográfica dessa temática, sendo
também importante o uso das TDIC, assim, a
habilidade estará em correspondência com a
competência específica n. 7 e a geral n. 5.
Os processos de Independência dos (MS.EF08HI08.s.08) Esta habilidade aprofunda a (MS.EF08HI07.s.07). Ela
independência Estados Unidos da Conhecer o ideário dos consiste em especificar as ideias dos líderes das
nas Américas América líderes dos movimentos independências hispano-americanas, bem como seu
Independências na independentistas e seu papel papel nesses movimentos. O que pensavam líderes
América espanhola nas revoluções que levaram à como José Martí, Simon Bolívar, San Martín, Manuel
Hidalgo, José Maria Morellos? Suas ideias sobre
A revolução dos independência das colônias
liberdade incluíam a abolição da escravidão africana
escravizados em São hispano-americanas.
e a libertação do trabalho compulsório indígena?
Domingo e seus
Defendiam direitos políticos universais ou limitados?
múltiplos significados
Eram monarquistas ou republicanos? Até que ponto
e desdobramentos: o o liberalismo e o modelo norte-americano os
caso do Haiti influenciou e inspirou os governos dos novos países
Os caminhos até a independentes? No processo de independência,
independência do esses líderes lutaram juntos ou isoladamente?
Brasil Importantes recortes podem ser feitos e enfatizados
para que o estudante perceba a diversidade e
complexidade dessas lutas e tenha condições de
estabelecer contrapontos com os eventos de mesma
natureza, experimentados por outras colônias.
Quanto à metodologia, pode-se utilizar documentos
históricos que permitam confrontar as ideias dos
líderes hispano-americanos, identificando pontos de
vista em comum e divergentes. Fazer uso de
biografias políticas também contribui para conhecer
o ideário político desses líderes. O tema pode incluir,
ainda, personagens da história do Brasil, como Frei
Caneca, José Bonifácio e D. Pedro I –
contemporâneos dos líderes hispâno-americanos –
para estabelecer contrapontos das ideias e atuações
dessas figuras históricas. Será, também, importante o
uso das TDIC, assim, a habilidade estará em
correspondência com a competência específica n. 7 e
a geral n. 5.
Os processos de Independência dos (MS.EF08HI09.s.09) Além de conhecer os nomes daqueles a quem é
independência Estados Unidos da Conhecer as características e atribuída a liderança e precursão dos movimentos de
nas Américas América os principais pensadores do independência, a habilidade suscita a necessidade de
Independências na Pan-americanismo. inferência quanto as principais ideias e projetos
América espanhola defendidos por eles, durante o processo de luta e
conquista da independência da Hispano-américa. O
• A revolução dos
estudante poderá diferenciar duas ideias de Pan-
escravizados em São
americanismo nascidas na mesma época: aquela
Domingo e seus
defendida por Simón Bolívar na Carta da Jamaica
múltiplos significados
(1815) e na Conferência do Panamá (1826) e a do
e desdobramentos: o presidente norte-americano James Monroe, a
caso do Haiti Doutrina Monroe (1823), que acabou por nortear, por
Os caminhos até a mais de um século, a política norte-americana na
independência do América Latina. É viável, também, que o estudante
Brasil possa analisar a influência do contexto de
independência na América do Norte. Quanto à
metodologia, é possível utilizar documentos
históricos que permitam comparar pontos de vista
diferentes, como, por exemplo, a Carta da Jamaica,
de Simón Bolívar, e caricaturas sobre a Doutrina
748
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Monroe. Ambos os pensadores defendem a
liberdade dos países latino-americanos, mas no que
se diferenciam? Por que a proposta de Simón Bolívar
não se realizou? Por que a Doutrina Monroe se
afirmou? O que isso significou para os países latino-
americanos? É interessante trazer o tema para a
contemporaneidade a fim de conhecer o pan-
americanismo no contexto da Segunda Guerra
Mundial, reforçado por uma aliança militar com os
Estados Unidos e, mais recentemente, sob a forma de
organizações econômicas, como o Mercosul, a Alca,
Alba e Aladi. É possível considerar a possibilidade de
um trabalho interdisciplinar com Geografia, inclusive
com a habilidade (MS.EF08GE08.s.08), associada à
compreensão da ordem internacional. Será, também,
importante o uso das TDIC, assim, a habilidade estará
em correspondência com a competência específica n.
7 e a geral n. 5.
Os processos de Independência dos (MS.EF08HI10.s.10) A habilidade consiste em destacar os múltiplos
independência Estados Unidos da Identificar a Revolução de São sentidos da Revolução de São Domingo: a
nas Américas América Domingo como evento primeira colônia a se tornar independente nas
Independências na singular e desdobramento da Américas depois dos Estados Unidos, a primeira
América espanhola Revolução Francesa e avaliar república negra do mundo, uma das maiores
• A revolução dos suas implicações. rebeliões de escravos da história e a única
escravizados em São vitoriosa, e o primeiro país americano a abolir a
Domingo e seus escravidão. O estudante deve avaliar o impacto
múltiplos significados do haitianismo na América, em especial na
e desdobramentos: o sociedade brasileira, que, durante todo o século
caso do Haiti XIX, foi amedrontada pelo temor da “onda negra”,
Os caminhos até a isto é, a repetição dos eventos do Haiti. O
independência do protagonismo da população afrodescendente
Brasil precisa ser analisado e reconhecido, aspirando à
valorização da luta e resistência empreendidas
por esses grupos. Quanto à metodologia, pode-se
explicitar aprendizagens para que o estudante
possa discutir aspectos como: por que a história
do Haiti é pouco conhecida? Que país europeu
colonizou a ilha? Qual a composição étnica da
população haitiana? Por que os livros dedicam
mais espaço para a Revolução Francesa e pouco
ou nada falam sobre o Haiti? Dessa maneira,
espera-se que o estudante possa compreender a
visão eurocêntrica da História Ocidental, bem
como o preconceito e o racismo ocultos pelo
apagamento da memória. É possível, ainda,
compreender a abordagem das revoltas escravas
no Brasil, como, por exemplo, a de Carrancas
(Minas Gerais, 1833) e a Revolta dos Malês (Bahia,
1835), que fizeram os senhores temerem uma
rebelião do tipo haitiana. É viável trabalhar na
perspectiva de favorecer metodologias que
proporcionem o desenvolvimento da
competência socioemocional de abertura para o
novo, aspirando as habilidades de valorização da
diferença, da curiosidade e da flexibilidade.

749
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Os processos de Independência dos (MS.EF08HI11.s.11) Esta habilidade aprofunda a (MS.EF08HI10.s.10),
independência Estados Unidos da Identificar e explicar os tendo em vista que identificar protagonismos,
nas Américas América protagonismos e a atuação estabelecer contrapontos e analisar mudanças e
Independências na de diferentes grupos sociais e permanências são o cerne dessa temática. Consiste
América espanhola étnicos nas lutas de em reconhecer a atuação de todos os segmentos
sociais e étnicos – camponeses, africanos
• A revolução dos independência no Brasil, na
escravizados, libertos, indígenas, mestiços, grandes
escravizados em São América espanhola e no Haiti.
proprietários – nos movimentos pela independência
Domingo e seus
nas Américas (Brasil, Haiti e colônias espanholas). A
múltiplos significados
habilidade supõe romper com a visão tradicional e
e desdobramentos: o elitista de uma história construída exclusivamente
caso do Haiti por heróis fundadores. Trata-se, aqui, de destacar a
Os caminhos até a participação de outros grupos sociais nos processos
independência do de independência. Será relevante destacar a
Brasil independência do Haiti, para, intencionalmente,
observar o protagonismo da população
afrodescendente, não só no empenho pela
independência, mas sobretudo pela resistência e
conquista da liberdade. Ressalta-se, entretanto, que
outros grupos étnicos participaram dos movimentos
de independência. Na américa espanhola, por
exemplo, houve participação de grupos indígenas,
aliados à elite criolla. Sobre os movimentos no Brasil,
será significativo enfatizar a Revolução Baiana, que,
também com participação popular, embora não
vitoriosa, representou importante contestabilidade
ao poder constituído. Sugere-se, que ao estudar esse
contexto da história do Brasil, seja dada atenção ao
silenciamento e/ou caráter seletivo da história
tradicional, que elegeu a Inconfidência Mineira como
símbolo dessa luta. Pode-se complementar a
habilidade (MS.EF08HI07.s.07), explicitando
habilidades relativas à composição social das
colônias e à presença majoritária dos segmentos
populares (africanos escravizados, indígenas,
mestiços, lavradores pobres). É importante, ainda,
que o estudante discuta questões como: essa
camada tão numerosa se manteve submissa e
distante dos acontecimentos políticos? O que
pretendiam líderes como o indígena Juan Santos
Atahualpa (Peru, 1710-1756) e Tupac Amaru (Peru,
1780)? Qual foi o desfecho desses movimentos? As
independências beneficiaram as camadas populares?
O ideal de liberdade dos heróis fundadores incluía a
abolição dos escravos e a cidadania de toda a
população? É possível propor pesquisas sobre
escravos e libertos na América que lutaram pela
liberdade, como Olaudah Equiano, Ottobah
Cugoano, Leonard Parkinson, líder Maroon, Toussaint
L'Ouverture e as mulheres negras Phyllis Wheatly e
Nanny Maroon. Há, aqui, oportunidade para o
trabalho interdisciplinar com a habilidade
(MS.EF08GE10.s.10), da Geografia, no que se refere à
compreensão de ações de diferentes movimentos
sociais latino-americanos, atual e historicamente.
Será, também, importante o uso das TDIC, assim, a
habilidade estará em correspondência com a
competência específica, n. 7 e a geral n. 5.

750
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Os processos de Independência dos (MS.EF08HI12.s.12) Além de caracterizar o contexto da história do
independência Estados Unidos da Caracterizar a organização Brasil, após a chegada da Corte portuguesa, será
nas Américas América política e social no Brasil relevante relacionar esse cenário com a
Independências na desde a chegada da Corte consolidação da independência brasileira, tendo
América espanhola portuguesa, em 1808, até em vista que a presença do reino na colônia,
• A revolução dos 1822 e seus desdobramentos possibilitou o desenvolvimento de ideias de
escravizados em São para a história política autogoverno por parte da elite colonial. Ou seja, o
Domingo e seus brasileira. estudante poderá compreender que governo
múltiplos significados joanino, no Brasil, preparou o caminho para a
e desdobramentos: o independência ao quebrar o pacto colonial e
caso do Haiti permitir o livre comércio, criar uma estrutura
Os caminhos até a burocrática-administrativa de Reino Unido
independência do (impressão régia, Conselho de Estado, Erário Real,
Brasil Banco do Brasil etc.) e promover a urbanização da
Corte. Vale ressaltar que os embates e a
proximidade entre o rei e essa elite geraram
causas e efeitos significativos para o processo de
construção do Estado brasileiro. Quanto à
metodologia, pode-se promover atividades
relativas a pesquisar o patrimônio histórico
cultural relativo ao governo joanino: Largo do
Paço (atual Praça XV de Novembro), Paço Imperial
(atual Centro Cultural), Chafariz do Mestre
Valentin, Igreja e Convento do Carmo, Quinta da
Boa Vista (atual Museu Nacional), Palácio
Tiradentes, Biblioteca Nacional etc. Pode-se
explicitar, ainda, habilidades segundo as quais o
estudante possa confrontar fotografias atuais com
as aquarelas de Debret e outros viajantes,
mostrando os mesmos locais à época de D. João
VI e D. Pedro I, reconhecer, na organização
política e social do governo joanino, os primeiros
passos para a formação do Estado e da nação
brasileira e, ainda, analisar o quadro de Pedro
Américo, “O Grito do Ipiranga”, 1888,
identificando-o como uma representação
idealizada e heroica da independência, construída
décadas depois do fato retratado. Para o
desenvolvimento dessas atividades será
imprescindível o uso das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.
Os processos de Independência dos (MS.EF08HI13.s.13) A análise deve recair sobre as singularidades dos
independência Estados Unidos da Analisar o processo de processos de independência nas Américas,
nas Américas América independência em diferentes observando as continuidades e mudanças. É
Independências na países latino-americanos e viável analisar a “longa espera” experimentada
América espanhola comparar as formas de pelos novos países para consolidar as suas
• A revolução dos governo neles adotadas. independências e se organizarem, enquanto
escravizados em São Estado. Ao analisar as formas de governo
Domingo e seus adotadas, espera-se que o estudante possa
múltiplos significados questionar: quais os fatores determinantes para
e desdobramentos: o que o Brasil fosse a única jovem nação americana
caso do Haiti a conservar o sistema monárquico como forma de
Os caminhos até a governo? Quanto à metodologia, é viável propor
independência do atividades relativas a comparar os processos de
Brasil independência com relação a três aspectos: a) a
presença da corte portuguesa no Brasil e o
isolamento das demais colônias em relação à
metrópole espanhola; b) a independência do

751
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Brasil feita pelo herdeiro da coroa (portanto, feita
“pelo alto”) e a das colônias espanholas feita pela
população e lideradas por um criollo; c) a adoção
da monarquia no Brasil, denotando uma
continuidade política e a adoção da república nos
demais países, indicando um rompimento com a
Europa. Por que o Brasil foi o único país a manter
o regime monárquico? Quais as consequências
dessa particularidade em relação às outras nações
latino-americanas? Pode-se prever, ainda,
habilidades relativas à pesquisa para identificar
monarquias americanas atuais: Antigua, Barbuda,
Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada,
Jamaica etc. É possível, também, prever a análise
de cartas de Simón Bolívar, textos de autores
como Eduardo Galeano, poemas de José Martí e
charges da época do governo joanino no Brasil
sobre a liberdade e seus significados. Será
relevante o uso de mapas e das TDIC, assim, a
habilidade estará em correspondência com a
competência específica n. 7 e a geral n. 5.
Os processos de A tutela da população (MS.EF08HI14.s.14) Lançar um olhar para eventos políticos e sociais
independência indígena, a Discutir a noção da tutela dos que aconteceram durante o século XIX, no
nas Américas escravidão dos grupos indígenas e a continente americano, dando ênfase a
negros e a tutela dos participação dos negros na participação da população negra e indígena. A
egressos da sociedade brasileira do final habilidade desdobra-se em três: 1) compreender
escravidão do período colonial, que as populações indígenas foram escravizadas
identificando permanências tanto quanto os negros africanos e que os
na forma de preconceitos, governos ibéricos criaram um aparato jurídico-
estereótipos e violências administrativo que considerava as populações
sobre as populações incapazes e, portanto, mantidas sob a tutela do
indígenas e negras no Brasil e Estado; 2) reconhecer a participação dos negros
nas Américas. na sociedade brasileira; 3) identificar os estigmas
de preconceitos enraizados em torno do indígena
e do negro em toda a América. A partir desses
pressupostos o estudante terá condições de
perceber mudanças e permanências na sociedade
brasileira no tocante à condição imposta às
populações afrodescendentes e indígenas. Mas,
esse estudo pode ser realizando analisando
outros espaços e contextos, abordando,
conjuntamente, aspectos que envolveram
populações negras indígenas, por exemplo, a
discussão sobre a escravidão africana no Brasil e
na América Espanhola; ao levantamento dos
contingentes populacionais negros nos países do
Caribe, onde são majoritários e, em menor
quantidade, na Colômbia, Peru e Equador e,
ainda, atentar-se para o elemento da violência
que é mantido por interesses econômicos e
manutenção de privilégios da classe dominante.
Entretanto, será relevante estabelecer um
contraponto entre a continuidade da escravidão
aos afrodescendentes e a tutela dispensada a
vários grupos indígenas, nesse contexto
específico, pós independência do Brasil.

752
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Os processos de Implementação da (MS.EF08HI00.n.15) Ater-se ao caráter intencional da habilidade, qual
independência política indigenista no Discutir a noção da tutela dos seja, observar os elementos históricos de um
nas Américas Brasil no século XIX, grupos indígenas, dado tempo e espaço e, dar voz a uma
no Antigo Sul de identificando permanências população, por vezes esquecida e/ou silenciada.
Mato Grosso e o na forma de preconceitos, Será profícuo tocar em questões enraizadas no
impacto dela sobre as estereótipos e violências imaginário coletivo, questões que, em muito,
populações sobre as populações contribuem para a manutenção do preconceito e
indígenas. indígenas do Antigo Sul de discriminação à sociedade indígena. Para
Mato Grosso. trabalhar esses elementos pode-se propor o
debate sobre referenciais do senso comum sobre
essas populações, pode-se destacar os
estereótipos e preconceitos sobre as populações
indígenas, de maneira que o estudante possa
analisar criticamente os estigmas, por exemplo,
um dos mais comuns, “índio preguiçoso”. É
possível suscitar, também, uma análise sobre a
ideia romântica representada na literatura pós
independência do Brasil, que figurava o indígena
como um herói romântico e dócil. Questionar: tal
princípio nativista da “nova pátria” contribuiu para
a valorização e promoção de direitos civis a essas
populações? Quais os impactos gerados pela
política de tutela imposta aos povos indígenas em
territórios onde hoje é o Mato Grosso do Sul?
Como a sociedade, de maneira geral, analisa a
questão da tutela: reparo? Desperdício?
Necessário ou desnecessário? A metodologia para
trabalhar essas temáticas deve proporcionar uma
postura investigativa e de abertura para o novo.
Será relevante o uso de excertos textuais, de
mapas e das TDIC, assim, a habilidade estará em
correspondência com a competência específica n.
7 e a geral n. 5.
Os processos de Modelo escravagista (MS.EF08HI00.n.16) A habilidade aprofunda a (MS.EF08HI14.s.14), no
independência no Antigo Sul de Discutir a existência e entanto, agora o olhar volta-se para os elementos da
nas Américas Mato Grosso • participação dos africanos história regional e o regime da escravidão no
“Fábrica de Escravos” e/ou afrodescendentes em período pós independência, em territórios onde
•Protocampesinato - terras sul-mato-grossenses atualmente é Mato Grosso do Sul. É necessário que o
o escravo camponês. no final do período colonial, estudante perceba as diferenças desse modelo
escravista em relação ao modelo clássico e genérico
caracterizando os modelos
conhecido na história do Brasil. Esclarecer que
escravistas adotados nesse
existiram as chamadas “fábricas de escravos” ou
território.
“criadores de escravos”, termos que fazem referência
às fazendas destinadas a abrigar escravos, para
depois encaminhá-los ao trabalho ou comercializá-
los em outras regiões. Outro diferencial, eram os
escravos camponeses, modelo, também,
desenvolvido nas terras do antigo sul de Mato
Grosso e que tiveram importância para a economia
de subsistência na então província, quando os
olhares ambiciosos dos colonizadores voltavam-se
para a exploração do ouro. São apropriações da
historiografia produzida recentemente que devem
ser levadas em conta, pois, além de elucidar aspectos
relevantes de nossa história, abrem margem para
questionamentos profícuos: Por que esses elementos
foram silenciados pela história tradicional? Quais
significados podem ser agregados a nossa história ao
analisar esses fenômenos?

753
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O Brasil no século Brasil: Primeiro (MS.EF08HI15.s.17) Nesta habilidade deve-se atentar à questão das
XIX Reinado Identificar e analisar o relações de poder figuradas no Brasil
O Período Regencial equilíbrio das forças e os independente e perceber as influências dessas
e as contestações ao sujeitos envolvidos nas disputas e alianças para o desenrolar da história
poder central disputas políticas durante o política do país, nesse período. Trabalhar esta
O Brasil do Segundo Primeiro e o Segundo habilidade implica em perceber as disputas
Reinado: política e Reinado. partidárias entre liberais e conservadores e seus
economia projetos políticos de federalismo e centralismo.
• A Lei de Terras e Implica reconhecer que a origem social dessas
seus desdobramentos forças, advinda do grande comércio e da grande
na política do propriedade de terra, e os mecanismos de
Segundo Reinado alternância no poder, acabaram favorecendo o
• Territórios e equilíbrio entre elas e, portanto, não causando
fronteiras: a Guerra transformações significativas na estrutura social e
do Paraguai econômica do país. Quanto à metodologia, pode-
se propor que o estudante discuta sobre o que é
um partido político e sua importância no jogo
democrático, destacando seu programa,
liderança, métodos de recrutamento, objetivos,
alianças, campanhas eleitorais e seu
comportamento político ao assumir o poder (se
executou ou não seu programa político). Essas
questões ganham relevância no contexto político
contemporâneo nacional, em que a democracia e
a participação popular nas disputas partidárias
ainda são recentes. Nessa linha, os
acontecimentos políticos do Período Monárquico
ganham uma dimensão maior, permitindo ao
estudante estabelecer comparações com
situações do presente.
Será importante valer-se metodologias que
contemplem recursos audiovisuais, como
documentários e outros. Vale ressaltar que é
imprescindível a interlocução e mediação do
professor na aplicação dessas metodologias.
O Brasil no século Brasil: Primeiro (MS.EF08HI16.s.18) Esta habilidade diz respeito a reconhecer,
XIX Reinado Identificar, comparar e contrastar e avaliar as especificidades regionais
O Período Regencial analisar a diversidade política, do país a fim de compreender as revoltas
e as contestações ao social e regional nas rebeliões ocorridas no período monárquico, especialmente
poder central e nos movimentos durante as regências, em seus contextos sociais e
O Brasil do Segundo contestatórios ao poder econômicos, percebendo seus limites, alcances e
Reinado: política e centralizado. desdobramentos. Ela aprofunda a
economia (MS.EF08HI15.s.17), em que o estudante poderá
• A Lei de Terras e perceber as diferentes facetas do modelo político
seus desdobramentos desenvolvido no Brasil, pós independência. Será
na política do relevante suscitar um olhar crítico quanto às
Segundo Reinado estratégias empreendidas pelos diversos setores
• Territórios e da classe política dominante, naquele período.
fronteiras: a Guerra Quanto à metodologia, pode-se privilegiar
do Paraguai atividades em que, utilizando mapas econômicos
e demográficos do século XIX, o estudante
poderá reconhecer e distinguir as regiões
produtoras, a densidade e a composição
populacional do país, inferindo, a partir daí, a
diversidade étnico-racial, social e econômica entre
as regiões. Pode-se explicitar , ainda, habilidades
como: discutir a noção de espaço histórico,
destacando as enormes distâncias entre a capital
e as províncias, a demora em estabelecer contatos

754
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
feitos quase exclusivamente por via marítima e
como isso afetava as populações das regiões mais
distantes, dando-lhes a impressão de isolamento
e abandono; compreender a fragilidade política
do Brasil império, ameaçado de desagregação
pelas numerosas rebeliões separatistas (Ceará,
1831-32; Pernambuco, 1832-35; Pará, 1835-37;
Bahia, 1837-38; Maranhão, 1838-41; Rio Grande
do Sul, 1835-45). Dessa maneira, espera-se que o
estudante compreenda que o período
monárquico não foi um período de paz e
estabilidade. A habilidade está intrinsecamente
vinculada à anterior (MS.EF08HI15.s.17),
permitindo que ele reconheça a relação entre as
disputas políticas na capital e os movimentos
contestatórios ao poder centralizado. Será
relevante o uso de mapas e das TDIC, assim, a
habilidade estará em correspondência com a
competência específica n. 7 e a geral n. 5.
O Brasil no século Brasil: Primeiro (MS.EF08HI17.s.19) A habilidade diz respeito a identificar as
XIX Reinado Relacionar as transformações mudanças na configuração geográfica por que
O Período Regencial territoriais, em razão de passou o Brasil ao longo do século XIX,
e as contestações ao questões de fronteiras, com incorporando e perdendo territórios (Guiana
poder central as tensões e conflitos durante Francesa e Província Cisplatina) e disputando com
O Brasil do Segundo o Império. os países vizinhos (questões platinas, o caso do
Reinado: política e Acre etc.). Implica, ainda, perceber que as
economia questões de fronteiras só foram resolvidas, em
• A Lei de Terras e boa parte, na República. É preciso cuidado no
seus desdobramentos desenvolvimento da habilidade, evitando uma
na política do lista enfadonha de datas, disputas e tratados de
Segundo Reinado fronteiras. Para essa faixa etária, é importante
• Territórios e perceber que o Brasil não “nasceu pronto”, mas
fronteiras: a Guerra foi adquirindo, pouco a pouco, a atual
do Paraguai configuração geográfica e, ainda, a expansão
territorial não foi um movimento planejado pelo
Estado, mas o resultado de deslocamentos
populacionais para além das fronteiras. Ressalta-
se que a habilidade oportuniza o olhar para as
regiões de fronteira no Mato Grosso do Sul,
levando em conta a característica geográfica
desse Estado e o marco temporal. Metodologias
que contemplem o uso de mapas, devem ser
valorizadas para a situação temporal e geográfica
dessa temática. A inferência dos estudantes pode
ser representada por meio de maquetes que
também ilustrem territórios e suas
transformações daquele período. Será relevante o
uso de mapas e das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.

O Brasil no século Brasil: Primeiro (MS.EF08HI18.s.20) A habilidade aprofunda a (MS.EF08HI17.s.19), em


XIX Reinado Identificar as questões que o estudante poderá explorar o enredo
O Período Regencial internas e externas sobre a histórico desse evento, levando em conta as
e as contestações ao atuação do Brasil na Guerra principais questões debatidas pela historiografia.
poder central do Paraguai e discutir É viável o olhar para as relações que o Brasil
O Brasil do Segundo diferentes versões sobre o mantinha com países vizinhos e analisar suas
Reinado: política e conflito. influências na deflagração desse conflito. Quanto
economia à metodologia, pode-se abordar a participação de

755
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
• A Lei de Terras e indígenas (os Terenas e os Guarani) e de negros
seus desdobramentos escravizados nos conflitos, de ambos os lados,
na política do destacando os anseios dessas populações e seus
Segundo Reinado dramas no desenrolar da guerra. O tema permite,
• Territórios e também, o trabalho interdisciplinar com
fronteiras: a Guerra Geografia (estudo de fronteiras por meio de
do Paraguai mapas, maquetes etc.) e com Língua Portuguesa
(influências linguísticas, obras literárias etc.). É
possível, ainda, utilizar-se de textos
historiográficos que mostram diferentes
interpretações sobre o conflito. Será relevante o
uso de mapas e das TDIC, assim, a habilidade
estará em correspondência com a competência
específica n. 7 e a geral n. 5.
O Brasil no século A Guerra da Tríplice (MS.EF08HI00.n.21) A habilidade aprofunda a (MS.EF08HI18.s.20) e o
XIX Aliança contra o Identificar e explicar os estudo agora deve direcionar suas análises para a
Paraguai, em solo sul- protagonismos e a atuação história de Mato Grosso do Sul no contexto da
mato-grossense. de diferentes grupos sociais e guerra contra o Paraguai, dando ênfase aos
• Participação de étnicos durante a Guerra do protagonismos indígenas (vários momentos e
povos indígenas: Paraguai, com destaques aos povos). A habilidade suscita um olhar para
lutas e resistências. povos indígenas do Antigo questões silenciadas pela história tradicional.
• As principais sul de Mato Grosso. Espera-se que o estudante perceba o
consequências protagonismo de populações indígenas nesse
sociopolíticas e conflito. Conhecer as diferentes formas de
econômicas para o atuação no conflito, nos campos de batalha, no
Sul da província de suprimento às tropas ou, como olheiros etc.
Mato Grosso. Espera-se, ao ter contato com essas informações,
que o estudante tenha condições de analisar
criticamente como a história, especificamente
desse evento, vem sendo tratada, questionando: a
quem interessa ocultar a participação desses
grupos?
O Brasil no século A Guerra da Tríplice (MS.EF08HI00.n.22) Nesta habilidade deve-se atentar aos legados
XIX Aliança contra o Identificar e analisar as para a história de Mato Grosso do Sul, levando
Paraguai, em solo sul- principais transformações em conta as transformações políticas, econômicas
mato-grossense. sociais, políticas e e os desdobramentos sociais no pós-guerra com
• Participação de econômicas ocorridas na o Paraguai. Suscitar análises quanto às
povos indígenas: região do atual Mato Grosso transformações que, gradativamente, ocorreram
lutas e resistências. do Sul, após a Guerra do após esse período: nova configuração da fronteira
• As principais Paraguai. oeste, construção de ferrovias, linhas telegráficas,
consequências criação de quartéis e a concessão à Companhia
sociopolíticas e Mate Laranjeira. Cabe questionar, como o poder
econômicas para o central passou a enxergar esse território após a
Sul da província de Guerra? No que diz respeito à preocupação com
Mato Grosso. delimitações mais precisas em relação as
fronteiras, é viável destacar a demarcação de
terras e expropriação de terras indígenas que
passaram a ser consideradas “devolutas”, gerando
sérias consequências para essas populações, que,
na história do presente, reivindicam a retomada
de seus territórios. No que diz respeito à
preocupação com a fronteira, cabe ressaltar que
tal preocupação renasce nesse período, mas,
ultrapassa décadas, sendo pauta, inclusive de
governos da era republicana, manifestada por
meio de políticas migratórias. A temática fronteira
pode ser ampliada nesta habilidade, atrelando-a a
questões da atualidade. Pode-se suscitar, por
exemplo, habilidades relativas à análise e

756
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
discussão sobre pessoas que atravessam
fronteiras para comercializar com os países
vizinhos, Bolívia e Paraguai, em especial, ou
mesmo para abrir negócios e comprar terras,
aproveitando as facilidades e baixos custos. Será
importante o uso de fontes como mapas, diários
e documentos oficiais, fontes memorialísticas,
ilustrações, dentre outras. Caberá, também, o uso
das TDIC, assim, a habilidade estará em
correspondência com a competência específica n.
7 e a geral n. 5.
O Brasil no século O pós-guerra do (MS.EF08HI00.n.23) A habilidade aprofunda as anteriores,
XIX Paraguai em Mato Analisar e caracterizar o (MS.EF08HI00.n.21) e
Grosso do Sul contexto histórico de Mato (MS.EF08HI00.n.22). Espera-se que o estudante
• A concessão da Erva Grosso do Sul no pós Guerra tenha condições de perceber as relações
Mate Laranjeira em entre a Tríplice Aliança e demarcadas por expropriações e poder que
território dos Guarani Paraguai, destacando as trouxeram miséria e incalculáveis perdas culturais
e Kaiowá, e questões de terra, exploração para as sociedades locais. De um lado famílias
exploração da mão de riquezas e poder, e suas que, por anos, travaram lutas pela legalização de
de obra indígena. consequências para posses de terras, uns conseguiram e outros não,
•Matte Laranjeira: populações indígenas. sinal do jogo de tráfico de influência; e, do
exploração do outro, sociedades indígenas que se dispersaram,
produto primário, perdendo suas áreas territoriais, convívio com seu
empobrecimento da povo, passando a ser confinadas em reservas,
população local e sofrendo, com o passar tempo, desgaste e abalos
exaustão de recursos em sua própria identidade. Vale retomar as
naturais. discussões trabalhadas na habilidade anterior
• Desapropriação de (MS.EF08HI00.n.22), mostrando os legados
terras indígenas: negativos dessa política dispensada às
aldeamento, violência populações indígenas, reforçando que os
e extermínio. conflitos de terras entre fazendeiros e indígenas
• Medo, inércia ou na atualidade são, em parte, reflexo do contexto
resistência. pós-guerra. Será importante o uso de fontes
• A invisibilidade como mapas, diários e documentos oficiais,
imposta pela história fontes memorialísticas, ilustrações, textos
tradicional e científicos, dentre outras. Caberá, também, o uso
estratégia de auto das TDIC, assim, a habilidade estará em
defesa dos povos correspondência com a competência específica n.
indígenas. 7 e a geral n. 5.
O Brasil no século O escravismo no (MS.EF08HI19.s.24) A habilidade consiste em discutir o legado da
XIX Brasil do século XIX: Formular questionamentos escravidão nas Américas, questionando as
plantations e revoltas sobre o legado da escravidão “justificativas” da escravidão negra e sua
de escravizados, nas Américas, com base na existência por tempo tão demorado no Brasil e
abolicionismo e seleção e consulta de fontes também em Cuba (1888 e 1886, respectivamente).
políticas migratórias de diferentes naturezas. O estudante deve perceber a presença de
no Brasil Imperial grandes contingentes populacionais negros nos
países do Caribe e, em menor número, mas ainda
assim significativo, na Colômbia, Peru e Equador.
Ao enfatizar legados, a habilidade suscita a
valorização de tudo que foi construído por essa
população, enfatizando o aspecto da herança
cultural e sua importância para a estruturação
econômica do país. Cabe analisar, criticamente, a
relação desse legado com as políticas afirmativas
implementadas na atualidade, com vistas a
favorecer (como reparação) afrodescendentes.
Quanto à metodologia, é possível contemplar
habilidades para que o estudante possa
reconhecer a grande desigualdade que atinge as

757
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
populações afrodescendentes nos países latino-
americanos, por meio de pesquisa e análise do
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Pode-
se, ainda, propor que o estudante levante
informações sobre a Lei de Terras (1850)
compreendendo que, na contramão de uma
reforma agrária, esta legislação tornou
praticamente inviável aos pobres (negros libertos,
mestiços, indígenas e quilombolas) a propriedade
da terra, o que trouxe insegurança e desamparo a
essas populações. Será relevante o uso de mapas
e das TDIC, assim, a habilidade estará em
correspondência com a competência específica n.
7 e a geral n. 5.
O Brasil no século O escravismo no (MS.EF08HI20.s.25) A habilidade aprofunda a (MS.EF08HI19.s.24) e,
XIX Brasil do século XIX: Identificar e relacionar agora, a ênfase deve recair, especificamente, às
plantations e revoltas aspectos das estruturas políticas afirmativas, à luz das Leis 10.639/2003 e
de escravizados, sociais da atualidade com os 11.645/2008. O estudante poderá aprofundar
abolicionismo e legados da escravidão no discussões que irão colaborar para que ele possa
políticas migratórias Brasil e discutir a importância reconhecer e associar a herança da escravidão ao
no Brasil Imperial de ações afirmativas. preconceito enraizado na sociedade brasileira,
bem como perceber que a consequente
desigualdade e pobreza que assola a maioria da
população nacional precisa ser compreendida em
sua dimensão etnorracial, daí a importância das
ações afirmativas. A habilidade dá continuidade à
anterior (MS.EF08HI19.s.24) ao trazer a questão
para a atualidade. Sugere-se a aplicação de
metodologias diversas e dinâmicas, para
favorecer o potencial de discussão e análise da
temática. Atentar-se, também, para metodologias
que favoreçam o desenvolvimento da
competência socioemocional de abertura para o
novo aspirando as habilidades de valorização da
diferença, da curiosidade e de flexibilidade.
O Brasil no século Políticas de (MS.EF08HI21.s.26) A habilidade proporciona o desenvolvimento da
XIX extermínio do Identificar e analisar as compreensão histórica, por meio dos conceitos de
indígena durante o políticas oficiais com relação significância e contestabilidade. Ressalta-se a
Império. ao indígena durante o necessidade de investigação acerca das políticas
Império. públicas voltadas às populações indígenas do Brasil.
A habilidade consiste em analisar o decreto imperial
de 1845, praticamente o único documento
indigenista do Império, reconhecendo que ele não
representou uma ruptura profunda em relação às
legislações do período colonial, mas trouxe algumas
mudanças significativas, dentre elas, a política de
“assimilação”, com o objetivo de integrar o índio na
sociedade brasileira, desde que ele deixasse de ser
indígena. É desse contexto a presença dominante das
ordens religiosas que dividiram com o Estado os
encargos relativos à questão indígena. A habilidade
dá sequência e aprofunda a (MS.EF08HI14.s.17).
Observar as evidências de que a ação dos governos
republicanos, por meio de políticas oficiais, ocultava
a pretensão de formar “cidadãos brasileiros” com
acesso limitado aos direitos civis, políticos e sociais.
Atentar-se, também, para metodologias que
favoreçam o desenvolvimento da competência
socioemocional de abertura para o novo aspirando
as habilidades de valorização da diferença, de
curiosidade e de flexibilidade.

758
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O Brasil no século Criação de reservas (MS.EF08HI00.d.27) Nesta habilidade deve-se atentar ao contexto
XIX indígenas em Mato Identificar e analisar as histórico de Mato Grosso do Sul, levando em
Grosso do Sul: políticas oficiais com relação conta as contradições e consequências das
confinamento, ao indígena durante o políticas públicas voltadas às populações
integração e Império, no território onde indígenas desse Estado. Pode-se considerar a
destruição de hoje é Mato Grosso do Sul. possibilidade de debater a questão indígena na
comunidades atualidade, prevendo aprendizagens relativas a
indígenas (século aspectos como: onde estão as populações
XIX). indígenas de Mato Grosso do Sul? Índio tem
história? Dessa maneira, pode-se especificar
habilidades relativas a que o estudante possa
constatar o desconhecimento e os estereótipos
sobre os povos indígenas, como, por exemplo,
eles estão “desaparecendo”, são “preguiçosos” ou
não existem mais “índios puros”. O próprio
pensamento de intelectuais ligados ao Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB, durante
o século XIX, foi pautado pela ideia de que os
índios não teriam história e que estavam em um
estágio inferior da escala civilizacional. É
importante destacar que a cultura indígena, como
outras culturas, não é estática e imutável, mas
está sujeita a transformações, e que elas vêm
acontecendo desde os primeiros contatos com os
colonizadores. É a diversidade da sociedade
brasileira e sul-mato-grossense que deve ser
reconhecida e respeitada, sobretudo a dos povos
indígenas, que apresentam diferenças culturais
significativas entre si. Deve-se tentar, também,
para metodologias que favoreçam o
desenvolvimento da competência socioemocional
de abertura para o novo, aspirando as habilidades
de valorização da diferença, de curiosidade e de
flexibilidade.
O Brasil no século O protagonismo (MS.EF08HI00.n.28) Nesta habilidade deve-se atentar para os
XIX Guaicuru no Sul de Analisar a história dos índios posicionamentos de grupos indígenas face às
Mato Grosso: da guaicuru e investigar a políticas oficiais; analisar os relatos de resistência e
resistência ao relação de sua história com o confronto dessa nação indígena quando sob ameaça
domínio colonial até reconhecimento de seu de invasão dos colonizadores; identificar os espaços
geográficos ocupados pelos Guaicuru; observar os
a subjugação total. protagonismo e autoria.
tratados e acordos de paz, firmados entre eles e o
colonizador, podendo associar essa constatação ao
caráter protagonista desse povo; perceber que
resistência e resiliência, muitas vezes, caminharam
juntas, entretanto, não foi suficiente para evitar o
extermínio dos Guaicuru. Cabe, ainda, questionar
aspectos da memória histórica conferida a esse povo,
em especial. Por que o destaque aos povos
Guaicuru? Pode-se mostrar que seu nome está em
avenidas, monumentos e prédios públicos. Sugere-
se a aplicação de metodologias que contemplem o
uso de recursos diversos, tais como, mapas, gravuras,
artigos científicos, fontes jornalísticas,
documentários, sendo imprescindível as TDIC.
Espera-se que tais metodologias favoreçam o
desenvolvimento da competência socioemocional de
abertura para o novo aspirando as habilidades de
valorização da diferença, de curiosidade e de
flexibilidade.

759
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O Brasil no século A produção do (MS.EF08HI22.s.29) Sugere-se o olhar para a construção identitária do
XIX imaginário nacional Discutir o papel das culturas país, levando em conta as diferentes formas de
brasileiro: cultura letradas, não letradas e das linguagem representadas na literatura, oralidade
popular, artes na produção das e diferentes expressões artísticas. O estudante
representações identidades no Brasil do poderá compreender e debater sobre a
visuais, letras e o século XIX. diversificada produção cultural do período
Romantismo no Brasil imperial, no bojo da formação do nacionalismo e
das identidades brasileiras. Estende-se às obras e
festejos populares que traziam em si conjuntos de
valores negros, indígenas e portugueses.
Desenvolver metodologias que possibilitem um
olhar investigativo sobre tradições culturais e
linguísticas e como eram representadas pelas
artes e pela cultura letrada. Quanto à
metodologia, é importante assegurar que o
estudante compreenda as diferentes formas de
manifestações artísticas brasileiras: uma
acadêmica, tendo como fonte de referência o
modelo europeu adaptado ao arquétipo nacional
e outra popular, negra e mestiça, que circulava
fora dos salões da Corte. Pode-se, ainda,
considerar a possibilidade de conhecer festejos
populares da região – Congada, Reisado, Boi
Bumbá, Festa de Reis, Entrudos, Festa do Divino,
Cavalhadas etc. –, buscando identificar suas
origens e acréscimos de elementos negros e
indígenas. A habilidade permite, ainda, um
trabalho interdisciplinar com Língua Portuguesa
para o estudo de obras clássicas românticas. Será
relevante o uso de mapas e das TDIC, assim, a
habilidade estará em correspondência com a
competência específica n. 7 e a geral n. 5.
Configurações do Nacionalismo, (MS.EF08HI23.s.30) A habilidade diz respeito a reconhecer o papel das
mundo no século revoluções e as novas Estabelecer relações causais ideologias raciais (darwinismo social) para justificar o
XIX nações europeias entre as ideologias raciais e o domínio do Ocidente, entendido, então, como
determinismo no contexto do “civilização superior”, sobre a Ásia e a África,
imperialismo europeu e seus ajudando a construir a ideia de “missão civilizatória”
das potências imperialistas. O estudante deve
impactos na África e na Ásia.
perceber que, na esteira desse pensamento, formou-
se a doutrina do racismo científico e da eugenia:
além disso, que as ideologias raciais encobriram a
intensa exploração econômica da África e da Ásia
como fontes de matérias-primas e mercado
consumidor dos produtos europeus. Deve-se, ainda,
descrever os efeitos da dominação europeia nos
países africanos e asiáticos, onde os territórios foram
divididos arbitrariamente, sem considerar as divisões
étnicas e culturais, o que forçou aproximações de
grupos rivais e destruiu tradições, costumes e crenças
religiosas. O trabalho com esta habilidade permite ir
além de estabelecer relações, mas, também,
oportuniza que o estudante perceba o caráter
articulador figurado pelos países que empreenderam
os imperialismos na África e na Ásia. Será importante
agregar significados ao conceito de supremacia,
atentando-se aos impactos sofridos por povos
africanos e asiáticos. Sugere-se a aplicação de
metodologias que favoreçam o desenvolvimento da
competência socioemocional de abertura para o
novo aspirando as habilidades de valorização da
diferença, curiosidade e flexibilidade.

760
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Configurações do Uma nova ordem (MS.EF08HI24.s.31) A habilidade aprofunda e amplia a
mundo no século econômica: as Reconhecer os principais (MS.EF08HI23.s.30), oportunidade em que o
XIX demandas do produtos, utilizados pelos estudante poderá compreender os motivos da
capitalismo industrial europeus, procedentes do exploração realizada, via imperialismo,
e o lugar das continente africano durante o identificando quais eram os interesses. Numa
economias africanas e imperialismo e analisar os perspectiva crítica, poderá analisar de forma mais
asiáticas nas impactos sobre as específica as influências dessa condição
dinâmicas globais comunidades locais na forma exploratória para o desenvolvimento social e
de organização e exploração econômico daquelas sociedades. Proporcionar
econômica. estudos que possibilitem ao estudante identificar
as riquezas minerais extraídas da África (minérios
como ferro, ouro, diamantes, carvão, estanho,
zinco etc.) e sua importância para as indústrias
europeias, bem como reconhecer que a
infraestrutura moderna introduzida pelos
europeus na África (estradas, vias férreas, portos
etc.) estava a serviço dos interesses econômicos
imperialistas e pouco contribuiu para o
desenvolvimento do continente. O estudante
deve compreender que as indústrias, atividades
artesanais e a produção local de alimentos foram
praticamente destruídas pela importação de
gêneros europeus baratos produzidos em série e,
ainda, que a monocultura, o trabalho forçado e o
abandono da produção alimentar provocaram
subnutrição, fome e epidemias, destruíram o
comércio interno no continente e tornaram os
estados africanos dependentes do mercado
externo. Sugere-se a aplicação de metodologias
que favoreçam o desenvolvimento da
competência socioemocional de abertura para o
novo aspirando as habilidades de valorização da
diferença, de curiosidade e de flexibilidade.
Configurações do Os Estados Unidos da (MS.EF08HI25.s.32) Sugere-se um olhar exploratório e investigativo para
mundo no século América e a América Caracterizar e contextualizar questões contemporâneas, envolvendo os Estados
XIX Latina no século XIX aspectos das relações entre Unidos da América e a América Latina. Será relevante
os Estados Unidos da América aplicar metodologias que contemplem leituras de
e a América Latina no século fontes secundárias e artigos científicos, com vistas a
XIX. estabelecer contrapontos entre essas duas
modalidades de fonte histórica. Espera-se que o
estudante tenha condições de analisar e reconhecer
o papel das ideologias raciais (darwinismo social)
para justificar o domínio do Ocidente, entendido,
então, como “civilização superior”, sobre a Ásia e a
África, ajudando a construir a ideia de “missão
civilizatória” das potências imperialistas. O estudante
deve perceber que, na esteira desse pensamento,
formou-se a doutrina do racismo científico e da
eugenia, além disso, que as ideologias raciais
encobriram a intensa exploração econômica da África
e da Ásia como fontes de matérias-primas e mercado
consumidor dos produtos europeus. Deve-se, ainda,
descrever os efeitos da dominação europeia nos
países africanos e asiáticos, onde os territórios foram
divididos arbitrariamente, sem considerar as divisões
étnicas e culturais, o que forçou aproximações de
grupos rivais e destruiu tradições, costumes e crenças
religiosas.

761
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Configurações do O imperialismo (MS.EF08HI26.s.33) Nesta habilidade deve-se atentar para a
mundo no século europeu e a partilha Identificar e contextualizar o intencionalidade da habilidade, pois a mesma
XIX da África e da Ásia protagonismo das sugere enfatizar o imperialismo na perspectiva
populações locais na dos povos afetados; analisar e conceituar de
resistência ao imperialismo na forma significante as diversas formas de
África e Ásia. resistência, com vistas a compreender que a
resistência foi fundamental para que tivesse fim o
imperialismo. Será importante contemplar
habilidades relativas a identificar o protagonismo
de africanos e asiáticos na luta contra o
imperialismo europeu, em que se pode destacar:
as Guerras do Ópio (China, 1839-42 e 1856-60), a
Guerra dos Sipaios (Índia, 1857), a Guerra dos
Boxers (China, 1899-1900), a Guerra Anglo-Zulu
(sul da África, 1879), a Guerra de Gungunhana
(Moçambique, 1894-1906), bem como os levantes
em Serra Leoa, Zimbábue, Angola, Namíbia,
Tanzânia, Costa do Marfim, Gana etc. O estudante
deve, ainda, reconhecer que as populações
nativas não ficaram impassíveis ante a invasão e a
exploração de seus territórios pelas potências
imperialistas e que resistiram como puderam, seja
pelas armas, por sabotagens, fugas e, inclusive,
por ações de líderes messiânicos e profetas
antieuropeus que pregavam a desobediência às
autoridades brancas. Será relevante aplicar
metodologias que contemplem leituras de fontes
secundárias e artigos científicos, com vistas a
estabelecer contrapontos entre essas duas
modalidades de fonte histórica. A habilidade
contempla a competência específica n. 6, de
Ciências Humanas.
Configurações do Pensamento e cultura (MS.EF08HI27.s.34) A habilidade sugere atenção à questão da
mundo no século no século XIX: Identificar as tensões e os resistência, pois tal posicionamento confere
XIX darwinismo e racismo significados dos discursos protagonismo aos povos que foram objeto dos
O discurso civilizatórios, avaliando seus discursos civilizatórios e de ações que causaram
civilizatório nas impactos negativos para os severos danos, a curto e longo prazo, às
Américas, o povos indígenas originários e populações indígenas e afrodescendentes. No
silenciamento dos as populações negras nas caso da população afrodescendente, destaca-se
saberes indígenas e Américas. dentre outras formas de resistência, a prática da
as formas de capoeira. Já com os indígenas, as danças e a
integração e pajelança são o destaque. Além, dessas temáticas,
destruição de será importante explicitar aprendizagens relativas
comunidades e povos aos povos latino-americanos: o que comumente
indígenas se pensa dos bolivianos, peruanos, argentinos e
A resistência dos mexicanos? Por que os países latino-americanos
povos e comunidades tiveram um desenvolvimento diferente dos
indígenas diante da Estados Unidos? Isso inclui os brasileiros? Por que
ofensiva civilizatória existiram mais ditaduras na América Latina do
que nos Estados Unidos? Dessa maneira, o
estudante pode identificar desconhecimentos,
distorções e estereótipos que são, em boa parte,
herdados das ideologias raciais disseminadas nos
países latino-americanos entre 1890 e 1920. A
análise de alguns excertos extraídos de obras
como “Pueblo enfermo” (1909), de Alcides
Arguedas e “Nuestra América” (1903), de Carlos
Otávio Bunge, podem contribuir para
compreender o pensamento racial da época, que

762
HISTÓRIA - 8° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
influenciou a elite dos países latino-americanos,
daí inferindo sua repulsa à democracia, à
sociedade de massas e à mistura de povos, bem
como o pensamento autodepreciativo das
populações latino-americanas, que se veem como
povos preguiçosos, incapazes, avessos ao
trabalho, sem espírito empreendedor e sem
caráter (trapaceiros). Há a oportunidade de
discutir as políticas migratórias no Brasil Imperial,
no contexto das ideologias raciais, como meio de
“branqueamento” da população brasileira. Pode-
se, ainda, investigar o racismo e o darwinismo
social de Sílvio Romero e Nina Rodrigues, bem
como as contradições de Euclides da Cunha,
surpreendido com a resistência dos sertanejos de
Canudos. A habilidade contempla a competência
específica n. 6, de Ciências Humanas.

HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O nascimento da Experiências (MS.EF09HI01.s.01) A habilidade diz respeito a caracterizar a sociedade
República no republicanas e Descrever e contextualizar os brasileira na época da Proclamação da República, no
Brasil e os práticas autoritárias: principais aspectos sociais, que tange à cultura, economia e política, no contexto
processos as tensões e disputas culturais, econômicos e do final do século XIX e começo do XX. Destaca-se,
históricos até a do mundo políticos da emergência da neste período, dentre outros aspectos, a enorme
desigualdade social entre as elites (fazendeiros e
metade do século contemporâneo República no Brasil.
grandes comerciantes) e a população pobre. A
XX A proclamação da
habilidade suscita ainda que, além de descrever e
República e seus
contextualizar, o estudante possa avançar na
primeiros
perspectiva da criticidade para questionar sobre
desdobramentos elementos, pouco retratados pela história tradicional.
Será oportuno questionar, por exemplo, o caráter
popular ou não da instituição da República e analisar
a perspectiva defendida por muitos historiadores de
que a Proclamação da República tenha sido, de fato,
um golpe militar. Será possível trabalhar também
sobre os mecanismos de poder da República Velha,
consolidados pela “política dos governadores”, o
voto de cabresto e o coronelismo. Analisar a
Constituição de 1891 relacionando o federalismo
com o fortalecimento das oligarquias regionais,
avaliando os motivos pelos quais a extensão do
direito de voto (universal, masculino e aberto) não
significou a efetiva participação política da
população. É importante contextualizar a emergência
da República ao período da Belle Époque com sua
visão otimista e modernizadora que, no Brasil, se
traduziu na execução, nas grandes capitais, de obras
urbanas grandiosas, de inspiração europeia,
financiadas pela riqueza da borracha, do cacau e do
café. Será relevante aplicar uma metodologia que
contemple fontes diversas, incluindo excertos de
textos literários e compilações de fontes jornalísticas
da época.

763
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O nascimento da Experiências (MS.EF09HI02.s.02) A habilidade aprofunda a (MS.EF09HI01.s.01) e o
República no republicanas e Caracterizar e compreender estudante terá como objeto de análise os eventos
Brasil e os práticas autoritárias: os ciclos da história históricos que caracterizaram a História
processos as tensões e disputas republicana, identificando Republicana como um todo, diferenciando fases
históricos até a do mundo particularidades da história distintas: República Velha, Era Vargas,
metade do século contemporâneo local e regional até 1954. estendendo-se até o Segundo Governo de Vargas
XX A proclamação da e reconhecendo as mudanças sociais, políticas e
República e seus econômicas que o país passou nesse período. É
primeiros importante, também, trabalhar conceitos de
desdobramentos continuidade e descontinuidade, reportando-se
sempre às implicações sociais face as formas de
governo caracterizadas durante esse período. Há
oportunidade de investigar elementos da história
local ou regional que permitam relacionar com
aspectos da República brasileira do período:
instalações urbanas da primeira metade do século
XX (estação ferroviária, escola, prefeitura, farmácia
etc.), nomes de ruas e praças que rememoram
personagens ou fatos republicanos, famílias
tradicionais e sua relação com o poder local e
regional, moradores que participaram da Segunda
Guerra Mundial, de revoltas urbanas ou
movimentos sociais (cangaço, messianismo etc.),
bem como relatos orais de idosos sobre fatos ou
personagens da história republicana.
O nascimento da A questão da (MS.EF09HI03.s.03) A habilidade sugere um olhar crítico para as
República no inserção dos negros Identificar os mecanismos de políticas públicas. Está presente o conceito de
Brasil e os no período inserção dos negros na mudança e continuidade ao longo do tempo, o
processos republicano do pós- sociedade brasileira pós- que torna viável e necessário analisar tal
históricos até a abolição abolição e avaliar os seus conjuntura, a partir da ótica dos afrodescendentes
metade do século Os movimentos resultados. egressos do então recente sistema escravista. É
XX sociais e a imprensa importante compreender que a inserção da
negra; a cultura afro- população negra na sociedade brasileira urbana e
brasileira como rural, ocorreu por diversos caminhos (migração
elemento de para os grandes centros, permanência nas
resistência e fazendas, trabalho de parceria no campo), sem
superação das que houvesse efetiva melhoria nas condições de
discriminações vida dessa parcela da população brasileira. É
possível destacar que a população negra não
permaneceu inerte e afastada da vida nacional à
espera de concessões do governo. Nesse sentido,
vale sublinhar que a abolição não se deveu a uma
generosidade da Princesa Isabel, mas foi o
resultado de movimentos sociais em que
escravos, libertos e livres participaram ativamente.
É importante ao estudante compreender que a
mudança de status de escravo para homem livre
não muda a mentalidade social da inferioridade
do negro, nem apaga o legado da escravidão.
Contextualizar a abolição e o advento da
República à disseminação das teorias racialistas,
ao discurso da inferioridade racial e ao ideal de
branqueamento como um projeto nacional,
inferindo, a partir daí, a construção do mito da
democracia racial, que contribuiu ainda mais para
a exclusão das populações negras. Pode-se
debater a questão negra e o racismo à luz da Lei
Afonso Arinos (Lei 1.390, de 1951), a primeira lei
contra o racismo. Pode-se, também, propor

764
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
habilidades ligadas a pesquisar o fato que
motivou a promulgação dessa lei e discutir por
que ninguém foi preso com base nela. É possível,
ainda, relacionar a situação de pobreza e
abandono da maioria da população negra nas
cidades às revoltas populares: Vintém (Rio de
Janeiro, 1879), Vacina (Rio de Janeiro, 1906) e
Chibata (Rio de Janeiro, 1910). A habilidade
contempla a competência específica n. 6, de
Ciências Humanas.
O nascimento da A questão da (MS.EF09HI04.s.04) A habilidade tem um caráter progressivo em
República no inserção dos negros Discutir a importância da relação a habilidade (MS.EF08HI20.s.20). Nesse
Brasil e os no período participação da população sentido, resgata e aprofunda os conhecimentos
processos republicano do pós- negra na formação que possibilitam perceber fenômenos de causa e
históricos até a abolição econômica, política e social efeito que repercutiram diretamente na vida de
metade do século Os movimentos do Brasil. mulheres, homens e crianças. Espera-se que essa
XX sociais e a imprensa percepção colabore para compreender e
negra; a cultura afro- destacar o papel da população negra na história
brasileira como do Brasil, percebendo sua atuação em
elemento de movimentos sociais, na criação de uma imprensa
resistência e especializada e em manifestações artísticas e
superação das culturais durante a primeira metade do século XX.
discriminações Para essa faixa etária, importa destacar que a
população negra não ficou passiva diante de
todas as dificuldades enfrentadas (no passado e
no presente, nos mais diversos setores da
sociedade), mas atuou em diversos setores da
vida nacional, demonstrando união e autoestima
mesmo diante de uma sociedade preconceituosa
e discriminadora. É possível, ainda, pesquisar a
participação da população negra durante a
primeira metade do século XX nos movimentos
operários e sindicais, no teatro, na educação
(fundação de escolas para negros), em
associações carnavalescas, na música e no
futebol. Todos esses setores lutaram contra a
discriminação e o preconceito, como, por
exemplo, na proibição governamental da inclusão
de jogadores negros na seleção nacional em 1920
e na tentativa de impedir a viagem à Paris do
grupo musical Oito Batutas, liderado por
Pixinguinha, em 1922. É importante, ainda,
conhecer o trabalho da Frente Negra Brasileira
(FNB), associação que existiu de 1931 a 1937 e
mobilizou milhares de negros e negras a lutarem
por seus direitos, especialmente quanto ao acesso
à educação. A imprensa negra pode ser acessada
online no portal do Arquivo Público de São Paulo
e no portal Imprensa Negra da Universidade de
São Paulo.
O nascimento da Comunidades (MS.EF09HI00.n.05) A habilidade aprofunda a (MS.EF09HI04.s.04).
República no quilombolas em Mato Discutir a importância da Agora o estudante focará suas discussões e
Brasil e os Grosso do Sul- participação da população inferências no Estado de Mato Grosso do Sul,
processos cultura afro-brasileira, negra na história de Mato porém conservará o olhar para a valorização e
históricos até a resistência e luta Grosso do Sul, enfatizando os reconhecimento do legado conferido aos
metade do século contra a aspectos culturais, sociais, afrodescendentes. Caberá buscar e elencar
XX discriminação. econômicos, lutas, protagonistas da presença afro em toda a região
resistências e autoafirmação. de Mato Grosso Sul, não necessariamente,
aqueles conhecidos nacionalmente, mas

765
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
sobretudo, aqueles que foram presença na
comunidade onde vive o estudante. Questionar,
também, as lacunas deixadas pela história,
compreendendo que o silêncio marcante sobre a
participação do povo negro na história de Mato
Grosso Sul é um indício de racismo, característica
da nação brasileira, que se reproduz nesse Estado.
Como os afrodescendentes estiveram em situação
desigual em relação aos brancos, pouco se
registrou e guardou sobre suas histórias. Além de
elencar personalidades, enfocar as comunidades
quilombolas e remanescentes quilombolas,
listando-os e buscando suas histórias, verificando
registros e oralidades. Questionar criticamente as
políticas oficiais voltadas a essas comunidades.
Por que foi declarado que não há quilombos em
terras sul-mato-grossenses? Qual a referência
utilizada nos estudos do Instituto Histórico e
Geográfico, que trouxeram essa conclusão? A
quem interessa essa afirmação? Quais as
consequências para as sociedades
afrodescendentes quando não têm reconhecidos
elementos de sua história e de sua origem. Será
relevante valer-se de fontes diversas, incluindo
oralidades, excertos textuais, artigos científicos,
fontes jornalísticas, gravuras, além das TDIC. A
habilidade contempla a competência específica n.
6, de Ciências Humanas.
O nascimento da Primeira República e (MS.EF09HI05.s.06) A habilidade sugere tratar de questões gerais
República no suas características Identificar os processos de referentes às transformações e, sobretudo,
Brasil e os Contestações e urbanização e modernização contradições da sociedade brasileira,
processos dinâmicas da vida da sociedade brasileira e estabelecendo com o seu espaço, revisitando esse
históricos até a cultural no Brasil avaliar suas contradições e passado e compreendendo os “projetos
metade do século entre 1900 e 1930 impactos na região em que modernizadores” que, entre o final do século XIX
XX vive. e começo do século XX, transformaram vários
centros urbanos nas primeiras metrópoles do
país, bem como avaliar suas contradições (falta de
moradia, infraestrutura insuficiente, falta de
transporte, problemas com o abastecimento de
água e alimentos, subemprego, mendicância etc.),
tendo por referência a região em que vive o
estudante, a história da capital ou de uma grande
cidade do Estado, mapeando as reformas e
transformações pelas quais ela passou (abertura
de ruas e avenidas, praças, calçamentos, rede de
luz, telefone, agência de correios e telégrafo, salas
de cinema etc.) e identificando que grupo social
era beneficiado pela política modernizadora e a
contradição entre urbanização e expansão da
pobreza e do subemprego. Deve-se destacar que
a urbanização afetou apenas as grandes cidades e
não alterou o resto do país, sendo que, naquele
período, o Brasil permaneceu sendo um país rural.
Tal perspectiva pode contribuir para a
identificação do estudante com o saber histórico.
Há oportunidade de um trabalho interdisciplinar
com Língua Portuguesa no estudo de obras
literárias relacionadas à sociedade urbana ou rural
do período; com Biologia, na investigação de

766
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
doenças e epidemias da época; e, com Geografia,
na análise do processo de urbanização e estudo
do mapa da cidade. A habilidade contempla a
competência específica n. 7, de Ciências
Humanas.
O nascimento da O período varguista e (MS.EF09HI06.s.07) Lançar um olhar para o mundo do trabalho
República no suas contradições Identificar e discutir o papel reconhecendo o protagonismo da classe
Brasil e os A emergência da vida do trabalhismo como força trabalhadora, a partir do nascimento de uma
processos urbana e a política, social e cultural no consciência trabalhista voltada à luta por direitos.
históricos até a segregação espacial Brasil, em diferentes escalas É necessário fazer conexão entre esse contexto e
metade do século O trabalhismo e seu (nacional, regional, cidade, o processo de urbanização. Importante, também,
XX protagonismo comunidade). conhecer e discutir o significado histórico do
político trabalhismo para a conquista dos direitos sociais
e, por conseguinte, da própria cidadania, o que
envolve a formação da classe trabalhadora e suas
relações com o Estado. Compreender, também, o
protagonismo político do trabalhismo,
destacando que a luta pela jornada de 8 horas e
outros direitos trabalhistas é muito anterior à
criação do Ministério do Trabalho (1930), da CLT
(1943) e do próprio “trabalhismo” ocorridos no
governo Vargas. Pode-se prever habilidades
relacionadas à pesquisa em fontes diversas
(internet, arquivos de sindicatos, relatos orais de
aposentados idosos etc.), sobre o movimento
operário na Primeira República e o trabalhismo na
Era Vargas. Há oportunidade, também, para
refletir as relações no campo onde foi mantida a
dominação dos coronéis sobre os trabalhadores
rurais (excluídos das leis trabalhistas). Pode-se,
ainda, relacionar a implantação das leis
trabalhistas da Era Vargas com a recente reforma
da CLT (2017), considerando seus contextos
históricos, interesses envolvidos, perdas e ganhos.

O nascimento da Mato Grosso do Sul (MS.EF09HI00.n.08) Sugere-se uma abordagem específica para o
República no no contexto da Caracterizar e compreender contexto histórico do antigo sul de Mato Grosso,
Brasil e os colonização as particularidades da história durante o período denominado Era Vargas,
processos contemporânea, a de Mato Grosso Sul no sobretudo, face à política de ocupação dos
históricos até a partir da Era Vargas. contexto da primeira espaços considerados vazios e suas
metade do século • A Marcha para o república, relacionando consequências, tais como a onda migratória para
XX Oeste - ideário políticas de Estado com a região após o fim do monopólio da Mate
expansionista e transformação de espaços, Larangeira e estabelecimento do projeto nacional
invenção dos espaços expropriação, apropriação e “Marcha para o Oeste”. Analisar os impactos
vazios. • concessão de terras. causados aos povos originários do antigo sul de
Movimentos Mato Grosso, desde a Primeira República até os
migratórios e dias atuais. Analisar, também, o impacto das
ocupação não índia ondas migratórias, em que pessoas de diversas
em terras do Antigo regiões do país, principalmente do nordeste,
Sul de Mato Grosso. • migraram para o Antigo Sul de Mato Grosso,
Esbulho de terras motivadas pelo sonho da conquista da terra.
tradicionalmente Vieram por meio de iniciativa pública, como a
indígenas. • Colônia Agrícola Nacional de Dourados, e pelas
Processo de colonizadoras de empreendimento particular.
desarticulação de Relacionar esse contexto a novas configurações
modos de vida de espaços, formação de novas cidades e

767
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
indígenas e o início confluência de culturas. Esse pode ser exatamente
de processos de o contexto histórico de formação contemporânea
etnogênese. do lugar em que vive o estudante e isso poderá
ser fonte de análise. Tal perspectiva pode
contribuir para a identificação do estudante com
o saber histórico. A habilidade contempla a
competência específica n. 7, de Ciências
Humanas.
O nascimento da A questão indígena (MS.EF09HI07.s.09) A ideia é associar a questão indígena do período
República no durante a República Identificar e explicar, em meio republicano, até 1964, à história do presente, em
Brasil e os (até 1964) a lógicas de inclusão e que diversas pautas reivindicatórias são
processos exclusão, as pautas dos povos anunciadas, com os processos históricos
históricos até a indígenas e das populações vivenciados por povos indígenas e
metade do século afrodescendentes, no afrodescendentes no Brasil. Faz-se necessário um
XX contexto republicano (até olhar para a situação dos povos indígenas e das
1964). populações afrodescendentes, identificando
ações (governamentais ou não) de inclusão ou
exclusão desses grupos na sociedade brasileira
durante a República (até 1964). Em relação aos
afrodescendentes, deve-se retomar as habilidades
(MS.EF09HI03.s.03) e (MS.EF09HI04.s.04), uma vez
que o contexto histórico não se alterou para esses
grupos, atualizando, porém, o protagonismo de
personalidades negras do período. A questão
indígena pode ser entendida no âmbito da
expansão das atividades econômicas em direção
às regiões tradicionalmente ocupadas por povos
indígenas, resultando em conflitos com
fazendeiros, pecuaristas etc. A criação do Serviço
de Proteção aos Índios (SPI), em 1910, inspirada
na “proteção fraternal” proposta por Rondon,
fortaleceu a tutela do Estado, resultando na
criação de reservas indígenas e na sedentarização
de povos errantes. Pode-se considerar métodos
investigativos sobre particularidades da história
local ou regional relativas a conflitos entre
indígenas e fazendeiros, pecuaristas, mineradores,
extrativistas, construtoras e empreiteiras de obras
públicas. Pode-se debater a questão negra e o
racismo à luz da Lei Afonso Arinos (Lei 1.390, de
1951), a primeira lei contra o racismo. É possível
pesquisar o fato que motivou a promulgação
dessa lei e discutir por que ninguém foi preso
com base nela. É importante, ainda, pesquisar o
protagonismo negro em diversos setores, como
no Teatro Experimental do Negro, criado por
Abdias Nascimento, em 1944, e diversos clubes
sociais surgidos em todo o Brasil, como o carioca
Renascença Clube, de 1951, e o paulistano
Aristocrata, fundado em 1961.
O nascimento da • indígenas sul- (MS.EF09HI07.s.10) Observa-se que a repetição desta habilidade
República no matogrossenses Identificar e explicar, em meio deve-se ao fato de que a mesma atende aos dois
Brasil e os durante a República, a lógicas de inclusão e objetos de conhecimento. O estudante focará
processos até 1964: Da tutela exclusão, as pautas dos povos suas análises na questão indígena
históricos até a aos novos processos indígenas e das populações contemporânea, no contexto histórico particular
metade do século de resistência e afrodescendentes, no de seu Estado. Poderá observar evidências de
XX estratégias de luta. contexto republicano (até continuidade e mudança, atentando ao
1964). protagonismo das sociedades indígenas, por
meio de diferentes estratégias de resistência. Tal

768
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
perspectiva pode contribuir para a identificação
do estudante com o saber histórico. A habilidade
contempla a competência específica n. 7, de
Ciências Humanas.
O nascimento da Anarquismo e (MS.EF09HI08.s.11) A habilidade diz respeito a identificar mudanças que
República no protagonismo Identificar as transformações a ideia ou o conceito de diversidade sofreu durante o
Brasil e os feminino ocorridas no debate sobre as século XX, que podem ser sintetizadas como, por
processos questões da diversidade no exemplo: 1) reconhecimento da existência de “outras
históricos até a Brasil durante o século XX e culturas”, coadjuvantes e inferiores frente a uma
cultura superior e dominante; 2) movimento
metade do século compreender o significado
multicultural que enfatiza as diferenças e as
XX das mudanças de abordagem
considera um produto da história, do poder e das
em relação ao tema.
ideologias. Trata-se de uma habilidade complexa,
que exige conhecimentos prévios e raciocínio
abstrato para trabalhar categorias teóricas. Para essa
faixa etária, importa destacar que a sociedade
brasileira não é uma mistura de raças que anula as
diferenças, nem é um todo homogêneo, mas é
constituída por um mosaico étnico-racial, no qual as
diferenças são produzidas em relações assimétricas e
desiguais. Sugere-se uma abordagem reflexiva e
dinâmica sobre a temática da diversidade. Considerar
as evidências de mudanças e continuidades nas
condições impostas a setores minoritários da
sociedade brasileira. Será viável, trabalhar com temas
contemporâneos, como igualdade de gênero e a
progressão das lutas por equidade, direitos e
liberdade. Pode-se valer de exemplos, tais como, a lei
contra feminicídio, Lei n. 13.104, que entrou em vigor
em 2015. Pode-se prever uma problematização inicial
para verificar conhecimentos prévios e estereótipos a
respeito da formação da sociedade brasileira: existe
um brasileiro típico? Que características físicas e
culturais são tipicamente brasileiras? É possível
pensar em um tipo único de brasileiro? Por quê? Do
século XIX até a década de 1970, o discurso sobre a
nacionalidade pautava-se pela ótica da mistura,
segundo a qual a sociedade brasileira era constituída
pela mistura das três raças: o branco como
protagonista e o indígena e o negro como
coadjuvantes na formação da nação. Portanto,
definia-se a nacionalidade por aquilo que nos unifica.
Essa mistura, idealmente, anularia as diferenças, daí
resultando a construção do “mito da democracia
racial” e de seu desdobramento, a “ideologia da
mestiçagem”, que consideram o povo brasileiro um
todo homogêneo. Hoje, a ideia de nacionalidade se
constitui pela valorização do que nos diferencia. É
importante compreender que somos uma nação
multirracial e pluriétnica, e daí a importância do
respeito mútuo, do reconhecimento das diferenças e
de falar sobre elas sem medo ou preconceito. O
estudante deve compreender a cultura brasileira em
suas múltiplas dimensões, entendendo-a no plural,
“culturas brasileiras”. O tema pode se estender para
além da diversidade étnico-racial, abordando
também a diversidade de gênero, por exemplo. A
habilidade contempla a competência específica n. 7,
de Ciências Humanas.

769
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
O nascimento da Anarquismo e (MS.EF09HI09.s.12) A habilidade aprofunda a (MS.EF09HI08.s.11) e
República no protagonismo Relacionar as conquistas de sugere ênfase as conquistas de direitos,
Brasil e os feminino direitos políticos, sociais e resultantes dos movimentos sociais e suas
processos civis à atuação de protagonistas. A habilidade se refere a relacionar
históricos até a movimentos sociais. as conquistas de direitos políticos, sociais e civis e
metade do século a ação de movimentos sociais, como os surgidos
XX no final do século XIX, entre os quais, o
anarquismo e o anarcossindicalismo. O
anarquismo e a luta das mulheres por direitos são
fenômenos historicamente distintos. Contudo,
ambos acabaram se ligando quando mulheres
militantes anarquistas se colocaram contra a
posição subalterna feminina frente aos homens,
entendendo que a libertação da mulher era
intrínseca à destruição do Estado, do sistema
capitalista, do patriarcado, das classes e da
burguesia. Daí a importância do anarquismo para
a pauta, também, da igualdade de direitos entre
homens e mulheres. A questão de igualdade de
gênero merece atenção nesta habilidade pelo seu
teor contemporâneo e a perversidade histórica
que sempre reforçou o machismo e o
preconceito, em nome da manutenção de valores
questionáveis. Será possível, ainda, trabalhar o
conceito de anarquismo e anarcossindicalismo em
seu contexto histórico, destacando seu papel no
movimento operário. Pode-se, ainda, relacionar a
visão estereotipada com que o termo chegou aos
nossos dias. É possível retomar a habilidade
(MS.EF08HI01.s.01) para discutir qual o alcance
da igualdade defendida pelo Iluminismo. Ela se
estendia às mulheres e à população negra? Há
oportunidade de pesquisar a biografia de
mulheres, anarquistas ou não, mas pioneiras em
diversos campos: pelo direito ao voto, pelo acesso
ao ensino superior, pela afirmação nas artes,
música, literatura, teatro, cinema, em cargos
executivos e na conquista do poder político.
Pode-se, ainda, propor ao estudante investigar,
na comunidade ou região, exemplos de mulheres
pioneiras ou transgressoras de barreiras sociais
impostas pelas tradições e pelas leis.
Totalitarismos e O mundo em conflito: (MS.EF09HI10.s.13) A habilidade consiste em relacionar a evolução do
conflitos a Primeira Guerra Identificar e relacionar as capitalismo com crises cíclicas que atingem
mundiais Mundial A questão da dinâmicas do capitalismo e diversos países, acirram as disputas econômicas e
Palestina suas crises, os grandes as rivalidades políticas. Por exemplo, por volta de
A Revolução Russa conflitos mundiais e os 1870, o capitalismo caracterizava-se pela
A crise capitalista de conflitos vivenciados na concentração de capitais, pela luta por mercados,
1929. Europa. pelas barreiras protecionistas dos países
industrializados e por intensa internacionalização
de produtos, capitais e pessoas, graças ao
aperfeiçoamento nos transportes e nas
comunicações (navios a vapor, ferrovias,
telégrafo). A Grande Depressão (1873-1896), a
primeira grande crise do capitalismo, levou à
concentração de capital nos grandes bancos, à
expansão colonialista na África e Ásia e ao
surgimento de monopólios internacionais. É nesse
contexto que crescem as tensões entre as

770
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
potências europeias que disputam o controle por
regiões na Europa (Alsácia-Lorena, Balcãs, estreito
de Bósforo etc.) e fora dela (Marrocos), levando à
eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Pode-se considerar diferentes temas relacionados
ao período de 1870 a 1914, apresentando uma
visão panorâmica e diversificada do mundo da
época. Pode-se, por exemplo, explorar os
seguintes conteúdos: invenções e descobertas, a
Segunda Revolução Industrial, a Belle Époque, a
vida nas grandes cidades europeias, fluxos
migratórios europeus para a América,
movimentos nacionalistas e separatistas europeus
etc. A Primeira Guerra Mundial foi um divisor de
águas na História Ocidental, cujos efeitos
perduram até hoje em termos de territórios,
povos e nações, pelas grandes mudanças culturais
e nos padrões sociais, ao colocar milhões de
mulheres na força de trabalho, pela ascensão da
hegemonia mundial dos Estados Unidos. Até
mesmo a Declaração de Balfour, que deu o apoio
britânico a um Estado judaico na Palestina, foi
assinada durante a guerra, em novembro de 1917.
Sugere-se, também, que o estudante estabeleça
relações entre a crise econômica de 1929 e a
deflagração dos conflitos mundiais. Requer
reportar ao contexto indicado, compreendendo as
dinâmicas e conceito de capitalismo próprios
daquele momento histórico. Espera-se que o
estudante, por meio de investigação, compreenda
o significado, motivos, causas e consequências
das Primeira e Segunda Guerras. A habilidade
possibilita trabalhar a Competência Geral 9, da
alteridade, do diálogo e da convivência.
Totalitarismos e O mundo em conflito: (MS.EF09HI11.s.14) A habilidade consiste em avaliar a relevância histórica
conflitos a Primeira Guerra Identificar as especificidades e compreender o contexto e os desdobramentos da
mundiais Mundial A questão da e os desdobramentos Revolução Russa (primeira revolução comunista da
Palestina mundiais da Revolução Russa História) e seus efeitos no cenário mundial (difusão
A Revolução Russa e seu significado histórico. do comunismo na Europa e na América). É necessário
abordar os conceitos de economia, governo e
A crise capitalista de
sociedade pertinentes ao período. Analisar o
1929.
significado da Revolução para a sociedade russa e
para história do mundo capitalista. Pode-se
desenvolver atividades sobre o conceito de
comunismo, verificando os conhecimentos prévios
dos estudantes e as distorções sobre o termo. É
importante destacar o caráter histórico do
comunismo como projeto revolucionário e utopia
política que buscava superar a sociedade capitalista
com suas injustiças sociais em busca da igualdade na
humanidade. Pode-se relacionar a Revolução Russa à
difusão do comunismo nos Estados Unidos e no
Brasil, onde se fundaram Partidos Comunistas e
ganhou força o movimento operário, com
consequente repressão a greves, perseguição a
líderes sindicais e expulsão de grevistas estrangeiros.
É relevante que se trabalhe com metodologias que
garantam a utilização de mapas políticos.

771
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Totalitarismos e O mundo em conflito: (MS.EF09HI12.s.15) A habilidade diz respeito a compreender a crise
conflitos a Primeira Guerra Analisar a crise capitalista de capitalista de 1929 no contexto da prosperidade e
mundiais Mundial A questão da 1929 e seus desdobramentos euforia especulativa dos anos 1924-1929, nos
Palestina em relação à economia Estados Unidos, em descompasso com a
A Revolução Russa global. superprodução de alimentos e produtos
A crise capitalista de industriais no mesmo período, e avaliar seus
1929 efeitos devastadores na economia mundial.
Analisar a crise de 1929 e relacioná-la com os
desdobramentos do capitalismo e da
globalização. Atentar-se para a percepção de
mudanças e continuidades, numa perspectiva
crítica e observadora para o caráter excludente
desse modelo econômico que se consolidou na
contemporaneidade. É possível, ainda, aprofundar
a década de 1920 nos Estados Unidos,
destacando suas inovações e contradições: a
sociedade de massa, a multiplicação dos bens de
consumo (automóveis, geladeiras, rádios, fogões
etc.), o boom do cinema, da liberação da mulher
etc., em contraste com a perseguição a negros
promovida pela Ku Klux Klan, leis restritivas a
imigrantes, perseguição a comunistas,
desigualdades sociais (cerca de 50% da
população vivia abaixo da linha da pobreza em
1927), bem como o rumoroso caso da execução
dos operários Sacco e Vanzetti (1927). Esse
contexto permite criticar o mito da democracia
norte-americana e de seu capitalismo vigoroso. A
habilidade contempla a competência específica n.
7, de Ciências Humanas.

Totalitarismos e A emergência do (MS.EF09HI13.s.16) Esta habilidade se refere a identificar os motivos


conflitos fascismo e do Descrever e contextualizar os que levaram ao surgimento do fascismo na Itália
mundiais nazismo processos da emergência do no contexto do pós-guerra e sua consolidação e
A Segunda Guerra fascismo e do nazismo, a difusão a outros países europeus no âmbito da
Mundial consolidação dos estados Grande Depressão que se seguiu à crise de 1929.
Judeus e outras totalitários e as práticas de Deve-se relacionar a teoria nazista da
vítimas do extermínio (como o “superioridade alemã” e “pureza da raça ariana”
holocausto. holocausto). às práticas de segregação seguidas pelo
extermínio de judeus e outros grupos sociais. A
habilidade suscita ir além de descrever e analisar,
mas, sobretudo, investigar as raízes do fascismo e
do nazismo. Espera-se que o estudante perceba
que tais ideias foram construídas a partir de
discursos que apontavam o ódio e a intolerância
àqueles que, falsamente, foram apontados como
causadores daquele contexto de crise. Vale
ressaltar que tais discursos tendem a emergir em
contextos de crise da história do presente.
Espera-se que o estudante possa identificar essas
ideologias na contemporaneidade e que tenha
condições de analisar, de forma crítica e pontual,
o papel que as redes sociais podem desempenhar
na reprodução desse tipo fenômeno; avaliar
também o surgimento do neonazismo em
diversas partes do mundo atual, que tem atraído
jovens, muitos dos quais desconhecem o que foi
realmente o nazismo. Pode-se começar definindo
democracias e liberalismo, visto que foi contra as

772
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
democracias liberais que os regimes totalitários se
ergueram. Outro caminho é trabalhar a formação
da sociedade de massa e os avanços da
propaganda na política – elementos fundamentais
na sustentação dos regimes fascistas. Será
adequado valer-se de metodologias que
contemplem o uso de recursos midiáticos, sempre
com interlocução e mediação do professor.
Totalitarismos e O colonialismo na (MS.EF09HI14.s.17) A habilidade diz respeito a compreender os
conflitos África Caracterizar e discutir as fatores da expansão colonialista na África e na
mundiais As guerras mundiais, dinâmicas do colonialismo no Ásia e o papel dessas colônias no capitalismo
a crise do continente africano e asiático internacional; reconhecer o protagonismo das
colonialismo e o e as lógicas de resistência das populações africanas como combatentes nas duas
advento dos populações locais diante das guerras mundiais e fornecedores de alimentos e
nacionalismos questões internacionais. matérias-primas, bem como na resistência ao
africanos e asiáticos domínio imperialista por diversos meios: levantes
armados, boicote aos produtos europeus e
atuação em movimentos libertários, como a
negritude e o pan-africanismo. A habilidade dá
sequência ao aprendizado do 8º ano
desenvolvido nas habilidades (MS.EF08HI23.s.30),
(MS.EF08HI24.s.31) e (MS.EF08HI26.s.33).
Identificar, também, os fatores que favoreceram o
fim do imperialismo na África e na Ásia. É
necessário lançar um olhar crítico e investigativo
para o fator resistência, identificando as
diferentes estratégias, em diferentes regiões, sob
o julgo do imperialismo, seja mapear os principais
movimentos pelos direitos e liberdade no mundo
e a conquista da independência pelas ex-colônias.
Pode-se prever a pesquisa sobre personalidades
africanas e indianas cujas trajetórias de vida
contribuem para romper o estereótipo de uma
África atrasada e com uma população ignorante.
Nesse sentido, pode-se propor pesquisar a
biografia de intelectuais africanos com títulos de
renomadas universidades europeias e prêmios
internacionais, entre eles, Léopold Sédar Senghor
(Senegal), Kwame N’Krumah (Gana) e Ahmed
Sékoud Touré (Guiné). Pode-se incluir, também,
líderes nacionalistas indianos, como Gandhi e
Nehru, que tiveram formação superior em
universidades britânicas. Os movimentos de não-
violência e desobediência civil de Gandhi, na
Índia, é exemplo de resistência pacífica que
conduziu ao processo de independência da mais
rica colônia do Império Britânico. Será adequado
valer-se de metodologias que contemplem o uso
de recursos midiáticos, sempre com interlocução
e mediação do professor.
Totalitarismos e A Organização das (MS.EF09HI15.s.18) A habilidade se refere a reconhecer que a
conflitos Nações Unidas (ONU) Discutir as motivações que Organização das Nações Unidas foi estruturada
mundiais e a questão dos levaram à criação da ainda durante a Segunda Guerra Mundial, visando
Direitos Humanos Organização das Nações colocar fim aos conflitos entre nações,
Unidas (ONU) no contexto do salvaguardar a paz e a segurança duradouras no
pós-guerra e os propósitos mundo e que, para isso, sua atuação se estendeu
dessa organização. para a promoção dos direitos humanos, para o
desenvolvimento econômico e o progresso social,
para a proteção ao meio ambiente e ajuda

773
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
humanitária a todos os países e povos. Pode-se
levantar questionamentos se esse ato (criação da
Organização das Nações Unidas) foi ou não, sinal
de aprendizado e tentativa de reparação, quanto
aos prejuízos sociais e econômicos e culturais
resultantes do conflito. Propor também pesquisas
sobre o funcionamento da ONU, com sua
composição, seus principais órgãos e funções. É
importante discutir o papel dessa organização
internacional no pós-guerra no que diz respeito à
ajuda material e ao reerguer das nações
beligerantes. Deve-se avaliar os resultados da
ONU na resolução de conflitos mundiais no
contexto da Guerra Fria e após esse período. É
importante conhecer os projetos e campanhas da
ONU no Brasil, implementados pelos seus
diversos organismos ou agências — Unicef, FAO,
Unesco, OMS — e avaliar sua importância e seus
efeitos.
Totalitarismos e A Organização das (MS.EF09HI16.s.19) Espera-se que o estudante possa investigar as
conflitos Nações Unidas (ONU) Relacionar a Carta dos lutas pelos direitos humanos, em profundidade,
mundiais e a questão dos Direitos Humanos ao como os direitos e liberdades foram ignorados,
Direitos Humanos processo de afirmação dos exigidos ou alcançados, no Brasil e no contexto
direitos fundamentais e de mundial mais amplo. Que ele possa reconhecer a
defesa da dignidade humana, importância da Carta dos Direitos Humanos da
valorizando as instituições ONU de 1948 para assegurar os direitos
voltadas para a defesa desses inalienáveis que devem garantir a liberdade, a
direitos e para a identificação justiça e a paz mundial. Deve-se destacar a
dos agentes responsáveis por abrangência dos direitos humanos, que inclui o
sua violação. direito a não ser escravizado, de igualdade
perante as leis, de livre expressão política e
religiosa, de liberdade de pensamento, de
participação política, direito ao lazer, à educação
e cultura, ao trabalho livre e remunerado etc. Será
possível propor discussões sobre o que são
direitos humanos, entendendo sua abrangência e
a importância de estarem assegurados na
Constituição, tornando-se, então, direitos
fundamentais. Pode-se investigar se a
Constituição Brasileira de 1988 incorporou os
direitos humanos. É possível, ainda, realizar uma
análise comparativa das declarações anteriores
(declaração de 1776, Estados Unidos, e de 1789,
França): que dispositivos tornam a Carta de 1948
tão importante e mais abrangente do que as
anteriores? Pode-se considerar a possibilidade de
o estudante vivenciar o trabalho de Ongs e
instituições voltadas para a promoção dos direitos
humanos na cidade em que vive. Em todo país, há
numerosas Ongs que trabalham com questões
diversas. É importante refletir por que, em países
em conflito social, como o Brasil, os direitos
humanos são distorcidos como “direitos de
bandido”. Deve-se avaliar a importância dos
direitos humanos para que a sociedade não se
torne refém da violência e da prática criminosa de
fazer justiça pelas próprias mãos.

774
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Modernização, O Brasil da era JK e o (MS.EF09HI17.s.20) A habilidade consiste em traçar um panorama
ditadura civil- ideal de uma nação Identificar e analisar histórico do Brasil de 1946-1964, destacando os
militar e moderna: a processos sociais, conflitos políticos, ameaças de golpe, aspirações
redemocratização urbanização e seus econômicos, culturais e populares e mudanças econômicas e sociais
: o Brasil após desdobramentos em políticos do Brasil a partir de ocorridas no período. A habilidade exige retomar
1946 um país em 1946. aprendizados anteriores (MS.EF09HI06.s.07) e se
transformação complementa com a habilidade seguinte
(MS.EF09HI18.s.21), tendo por cenário
internacional o contexto da Guerra Fria
(MS.EF09HI28.s.32), cuja polarização interferiu nos
rumos da história do país. À luz desse contexto, é
possível avaliar a dimensão que os
acontecimentos tiveram na época e a
manipulação da opinião pública. Espera-se que
analisar o referido período da história do Brasil o
estudante perceba que, apesar das contradições,
foi um momento de retomada de instâncias
democráticas e direitos civis. É viável suscitar
discussões quanto a fragilidade histórica da
democracia brasileira. Pode-se propor a pesquisa
de arquivos de grandes jornais para coletar
informações do período observando suas
manchetes, os títulos alarmistas referentes à
política nacional e o medo da infiltração
comunista na sociedade. Pode-se, também,
complementar a habilidade propondo discutir o
papel das mídias impressas e do rádio na
formação da opinião pública e perceber o
caminho que estava sendo preparado para o
golpe militar que foi dado em 1964.
Modernização, O Brasil da era JK e o (MS.EF09HI18.s.21) A habilidade consiste em avaliar a urbanização
ditadura civil- ideal de uma nação Descrever e analisar as acelerada do período 1946-1964, entendendo
militar e moderna: a relações entre as que ela beneficiou alguns segmentos sociais e
redemocratização urbanização e seus transformações urbanas e que foi feita em descompasso com o restante do
: o Brasil após desdobramentos em seus impactos na cultura país, o que agravou as desigualdades regionais e
1946 um país em brasileira entre 1946 e 1964 e sociais. Nesse contexto, se enquadram o aumento
transformação na produção das do êxodo rural, o surto industrial, em especial do
desigualdades regionais e setor automobilístico, novos padrões de
sociais. consumo, novos meios de comunicação (rádio e
televisão), a efervescência cultural (Cinema Novo,
Teatro de Arena e Teatro Oficina, bossa nova, rock
in roll etc.), a influência cultural Norte Americana,
bem como a crescente atuação dos trabalhadores
(CGT), estudantes (UNE) e das Ligas
Camponesas. Pode-se aprofundar a habilidade
explicitando o estudo de temas polêmicos da
época – por exemplo, a reforma agrária, que
mobilizou políticos, líderes camponeses,
proprietários rurais, intelectuais e artistas,
confrontando pontos de vista diferentes e
avaliando a pertinência dessas discussões ainda
na atualidade. Obra emblemática desse período
em defesa da reforma agrária é “Morte e Vida
Severina”, de João Cabral de Melo Neto. Há
oportunidade de realizar um trabalho
interdisciplinar com Língua Portuguesa na análise
de obras literárias que retratam a situação de
miséria no campo, como “Grande Sertão Veredas”
ou “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos e, também,

775
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
com Geografia no estudo das questões
ambientais da época, dos fatores do êxodo rural e
seus efeitos. Leituras de excertos de “Geografia da
Fome”, de Josué de Castro, permitem avaliar que
a situação denunciada por ele em 1946 continuou
existindo até a contemporaneidade. A habilidade
contempla a competência específica n. 6, de
Ciências Humanas.
Modernização, Os anos 1960: (MS.EF09HI19.s.22) Esta habilidade consiste em explicar o processo
ditadura civil- revolução cultural? Identificar e compreender o que resultou no golpe civil-militar de 1964 e na
militar e A ditadura civil-militar processo que resultou na instalação da ditadura (1964-1985) e reconhecer a
redemocratização e os processos de ditadura civil-militar no Brasil importância da Comissão Nacional da Verdade,
: o Brasil após resistência e discutir a emergência de que investigou as violações de direitos humanos
1946 As questões indígena questões relacionadas à cometidos entre 1946 e 1988 por agentes
e negra e a ditadura memória e à justiça sobre os públicos e pessoas ao seu serviço, com apoio ou
casos de violação dos direitos no interesse do Estado brasileiro. Pode-se propor
humanos. identificar as diferenças entre as duas faces do
regime que se implantou no Brasil em 1964: de
um lado, a aparência democrática por manter os
três poderes, as eleições (indiretas) e o sistema
partidário (controlado) e, de outro lado, a
realidade dos bastidores do poder, marcada pela
repressão militar e violação dos direitos humanos
(prisões, tortura, cassação de mandatos políticos e
exílio) e pelo Ato Institucional no 5 (1968-1978).
Nessa linha, é importante discutir as duas versões
do regime: para os militares, foi uma
“contrarrevolução” que evitou a “comunização”
do país; para a oposição, uma ditadura que
impediu o processo de democratização do país.
Pode-se aprofundar a habilidade propondo o
papel do general Geisel: teria sido o condutor da
distensão lenta e gradual para a pacífica transição
democrática ou o presidente frio que autorizou o
assassinato de opositores do regime, conforme
documento da CIA revelado em 2018? Nessa
discussão, é fundamental atentar para o fato de
que, em 2010, o Brasil foi condenado na Corte
Interamericana de Direitos Humanos da OEA
pelos crimes cometidos pelo regime militar
durante a guerrilha do Araguaia (1972-1974) e
por não ter punido os responsáveis por
sequestros, torturas e desaparecimentos. O
governo brasileiro se justificou afirmando que a Lei
da Anistia de 1979 impedia a investigação e os
julgamentos dos crimes. A Lei de Anistia foi
revalidada em 2010 pelo Supremo Tribunal Federal.
Vale ressaltar que ao abordar a temática com a
denominação civil-militar, espera-se que o estudante
investigue e perceba que tal denominação, remete a
um dos mais significativos fatores desse processo,
qual seja, a participação de setores influentes da
sociedade civil, que impetrou apoio ao golpe militar,
pois renegava as medidas ditas, progressistas,
tomadas pelo então governo. Além de compreender
o processo e caracterizá-lo, é relevante discutir sobre
a memória desse período e a efetivação ou não, da
justiça. Tal discussão poderá ser pautada por fontes
diversas.

776
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Modernização, Os anos 1960: (MS.EF09HI20.s.23) A habilidade se refere a analisar e identificar o
ditadura civil- revolução cultural? Discutir os processos de perfil sociocultural dos militantes e as diferentes
militar e A ditadura civil-militar resistência e as propostas de estratégias de resistências usadas pelos
redemocratização e os processos de reorganização da sociedade opositores do regime ditatorial, que iam de
: o Brasil após resistência brasileira durante a ditadura charges, notícias redigidas com duplo sentido
1946 As questões indígena civil-militar. para driblar a censura, letras de músicas com
e negra e a ditadura metáforas, manifestações populares até
movimentos armados nas cidades e no campo
(guerrilha do Araguaia), realizados por militantes
da esquerda. A habilidade permite explorar,
também, as manifestações culturais da época
(teatro, música, cinema, obras literárias). Pode-se
propor pesquisas que revelem a complexidade do
período, como habilidades que proponham
avaliar versões equivocadas ou distorcidas que,
hoje, parte da população tem sobre o período
ditatorial. Entrevistas com pessoas que viveram
aqueles anos também podem fornecer
informações, como: os sequestros dos
embaixadores dos Estados Unidos e da Suíça
(1969), o arrocho salarial e a repressão às greves
de 1968, o exílio de Caetano Veloso, Gilberto Gil e
outros em 1969, a grande seca do Nordeste de
1970, a epidemia de meningite (1971-1977), a
conquista do tricampeonato mundial de futebol
(1970), a morte de Vladimir Herzog (1975) e do
operário Manuel Fiel Filho, as greves do ABC
paulista (1978), o Movimento do Custo de Vida
(1978), o disparo da inflação a partir de 1981, o
atentado ao Rio Centro (1981), os saques a
supermercados (1983) e a Campanha pelas
Diretas Já (1984). Espera-se que o estudante
compreenda e valorize o significado dos
movimentos de resistência para a condição de
democracia, extensão de direitos civis e liberdade,
dos quais a sociedade dispõe nos dias atuais.
Modernização, Os anos 1960: (MS.EF09HI21.s.24) Para trabalhar esta habilidade, será necessário
ditadura civil- revolução cultural? Identificar e relacionar as uma postura investigativa sobre questões
militar e A ditadura civil-militar demandas indígenas e obscurecidas na história. O silenciamento da
redemocratização e os processos de quilombolas como forma de história tradicional pode ser objeto de discussão e
: o Brasil após resistência contestação ao modelo análise. A habilidade consiste em reconhecer os
1946 As questões indígena desenvolvimentista da movimentos indígenas e quilombolas como
e negra e a ditadura ditadura. formas de contestação à política
desenvolvimentista do regime ditatorial (1964-
1985), cujas obras públicas (rodovias,
hidrelétricas, usinas, barragens etc.) levaram a
desmatamentos, invasão de terras indígenas,
extermínio de etnias, bem como alagamento e
expulsão de terras de quilombolas. Será
pertinente a realização de pesquisa sobre o
impacto do desenvolvimentismo para as etnias
Arara, Waimiri-Atroari, Parakanã e Tenharim, na
Amazônia; Kaingang e Guarani, no sul; Yanomami,
no extremo norte; e Krenak, em Minas Gerais.
Comunidades quilombolas também foram
afetadas, como a do Rio dos Macacos, BA; de
Barra, Bananal e Riacho das Pedras, no município
de Rio de Contas, BA, que até hoje lutam para
serem indenizadas pela perda de suas terras. Na

777
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
área urbana do Rio de Janeiro, a agressiva política
de remoção das favelas nas décadas de 1960 e
1970 na região da Lagoa levou à remoção forçada
de comunidades quilombolas como a Favela da
Catacumba (atual Parque da Catacumba). O tema
é extenso e pode ser pesquisado nos portais
oficiais online, como a Fundação Cultural
Palmares, Instituto Socioambiental e FUNAI.
Pode-se, ainda, considerar a possibilidade de
pesquisar comunidades indígenas e quilombolas
da região em que vive o estudante, para levantar
sua história e reconhecer tensões e conflitos
sofridos frente à ação de agentes públicos ou
avanços de fazendeiros, empreiteiras etc. O tema
pode se estender para outros segmentos da
população, como seringueiros, castanheiros,
caboclos, ribeirinhos, garimpeiros – populações
pobres que perderam terras ou foram usadas
como bestas de trabalho nas “frentes de
expansão” que eram deslocadas sobre territórios
alheios. A habilidade contempla a competência
específica n. 4, de Ciências Humanas.
Modernização, A criação do Estado (MS.EF09HI00.n.25) A habilidade contempla um período significativo
ditadura civil- de Mato Grosso do Identificar e compreender o para a história de Mato Grosso do Sul. Espera-se
militar e Sul processo que resultou na que o estudante, ao analisar tal contexto, tenha
redemocratização • Movimentos criação do Estado de Mato condições de fazer conexões com a história do
: o Brasil após divisionistas Grosso do Sul. Brasil. Um ponto importante dessa análise, é a
1946 precursores; relação do ato de criação do Estado,
• A influência do relacionando-o com o contexto da ditadura civil-
Regime militar: um militar no Brasil e discutir as questões
novo Estado e a relacionadas à memória e à construção identitária.
ampliação de grupos Caberá recorrer aos registros dos primeiros
favoráveis ao sistema; movimentos divisionistas, mostrando, entretanto,
• O nome do Estado e que no contexto em que foi consolidada a criação
a construção da do Estado, não havia significativa mobilização por
identidade esta causa, o que demonstra o caráter estratégico
do governo central em tal demanda. Por que criar
um novo Estado interessa ao governo militar
ditatorial? Discutir a questão do nome do Estado.
Por que optou—se por uma nomenclatura tão
similar a Unidade Federativa de origem? Qual a
relação entre o nome escolhido e as questões de
identidade e reconhecimento nos dias atuais?
Para trabalhar essas e outras questões, pode se
recorrer à registros de debates propostos à
mudança do nome do Estado. Será relevante
trabalhar com diversas fontes, principalmente
jornalísticas, mapas, e documentos oficiais,
entretanto as TDIC, serão recursos importantes
para sistematização das ideias e conceitos
propostos.
Modernização, O processo de (MS.EF09HI22.s.26) Esta habilidade diz respeito a reconhecer o papel
ditadura civil- redemocratização Discutir o papel da da sociedade civil pela democratização, como, por
militar e A Constituição de mobilização da sociedade exemplo, em manifestações estudantis, no
redemocratização 1988 e a brasileira do final do período resultado das eleições (1974), no enfrentamento à
: o Brasil após emancipação das ditatorial até a Constituição ordem política (greves de 1978 e saques a
1946 cidadanias de 1988. supermercados de 1981), na campanha pela
(analfabetos, anistia (1978) e pelas Diretas Já (1984) e na vitória
indígenas, negros, maciça dos candidatos da oposição (1988). Os

778
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
jovens etc.) fatos listados permitem reconhecer que a
A história recente do sociedade não ficou passiva e que pressionou
Brasil: transformações pela abertura política, mesmo diante da tentativa
políticas, econômicas, de fechamento do regime pela “linha dura”
sociais e culturais de militar. É possível destacar, ainda, as tensões
1989 aos dias atuais internas do meio militar, divididas entre os que
Os protagonismos da apoiavam a abertura política e os contrários a ela
sociedade civil e as (a “linha dura”), esses últimos responsáveis pelo
alterações da agravamento da repressão (cassação de
sociedade brasileira mandatos, prisões de estudantes, professores e
A questão da jornalistas) e pelos atentados a bomba para
violência contra intimidar a oposição (caso Riocentro, 1981). É
populações importante reconhecer que as medidas do
marginalizadas governo militar para a transição democrática, em
O Brasil e suas 1979 (revogação do AI-5, aprovação da anistia
relações parcial e extinção do bipartidarismo), foram
internacionais na era resultado da pressão da sociedade brasileira.
da globalização Deve-se, ainda, elencar personagens importantes:
Dante de Oliveira, Ulisses Guimarães, Fernando
Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. A
habilidade sugere trabalhar também na
perspectiva da valorização dos benefícios
referentes a amplitude dos direitos civis
disponíveis na atualidade. Essa percepção pode
ser alcançada a partir das discussões e análise do
papel da sociedade no processo de
redemocratização do Brasil, com ênfase, na
constituição de 1988, que é um marco oficial da
reconstrução de uma sociedade com seus direitos
plenamente assegurados. Vale ressaltar a
necessidade de perceber as evidências de
esforços contínuos para preservar direitos
conquistados.
Modernização, O processo de (MS.EF09HI23.s.27) A habilidade complementa e aprofunda a
ditadura civil- redemocratização Identificar direitos civis, (MS.EF09HI22.s.26). Para esta habilidade, a
militar e A Constituição de políticos e sociais expressos Constituição Federal é o objeto de conhecimento
redemocratização 1988 e a na Constituição de 1988 e e recurso. Além de identificar o conjunto de
: o Brasil após emancipação das relacioná-los à noção de direitos vitais para o exercício da cidadania,
1946 cidadanias cidadania e ao pacto da espera-se que o estudante analise e perceba a
(analfabetos, sociedade brasileira de importância de empreender esforços contínuos
indígenas, negros, combate a diversas formas de para a manutenção desses direitos. A habilidade
jovens etc.) preconceito, como o racismo. consiste também em destacar os dispositivos
A história recente do legais da Constituição de 1988 que se referem aos
Brasil: transformações direitos e garantias fundamentais:
políticas, econômicas, reconhecimento dos direitos individuais e sociais
sociais e culturais de das mulheres, direitos dos indígenas, direitos de
1989 aos dias atuais não discriminação racial, direitos de greve para os
Os protagonismos da trabalhadores, proteção ao meio ambiente,
sociedade civil e as incorporação das leis trabalhistas como direitos
alterações da essenciais, direitos sociais de saúde, educação,
sociedade brasileira proteção à maternidade e à infância e assistência
A questão da aos desamparados etc. É possível propor ao
violência contra estudante comparar as Constituições de 1891 e
populações 1988, em seus três primeiros artigos, observando
marginalizadas que, enquanto a de 1891 começa definindo o
O Brasil e suas Estado, as províncias e a futura capital, a de 1988
relações inicia-se definindo seus princípios democráticos.
internacionais na era O que isso significa? Por que a constituição de
da globalização 1988 foi chamada de “Constituição cidadã”?

779
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Deve-se discutir, ainda, como a Constituição de
1988 tratou a posse da terra, o racismo, as
demandas indígenas e quilombolas. Como o
Estatuto da Terra, o Estatuto do Índio e a Lei
Afonso Arinos foram entendidos e atualizados
pela Constituição? É importante compreender que
a Constituição, ao incorporar leis, regimentos e
estatutos, torna o que antes era serviço prestado
por órgãos públicos em direitos sociais
fundamentais. Por exemplo, antes de 1988, a
assistência médica era tratada como um serviço
público prestado pela Previdência Social e apenas
aos contribuintes do Instituto Nacional de
Previdência Médica e Assistência Social (Inamps).
Com a nova Carta, a assistência médica e a
farmacêutica passaram a ser direito social. O que
essa diferença significa? Podem ser trabalhadas
metodologias diversificadas que contemplem
leituras de textos diversos, recursos audiovisuais e
provocação de debates, A habilidade contempla a
competência específica n. 4, de Ciências
Humanas.

Modernização, O processo de (MS.EF09HI24.s.28) Esta habilidade se refere a esclarecer e discutir as


ditadura civil- redemocratização Analisar as transformações mudanças ocorridas no Brasil, de 1989 aos dias
militar e A Constituição de políticas, econômicas, sociais atuais, em setores diversos (política, economia,
redemocratização 1988 e a e culturais de 1989 aos dias cultura, comunicação, sociedade etc.),
: o Brasil após emancipação das atuais, identificando questões identificando aquelas prioritárias à cidadania e
1946 cidadanias prioritárias para a promoção aos valores democráticos. A habilidade trata de
(analfabetos, da cidadania e dos valores múltiplos temas em um espaço temporal extenso,
indígenas, negros, democráticos. no qual, em meio a mudanças, persistiram
jovens etc.) problemas como desigualdades sociais, violências
A história recente do no campo, precariedade da saúde pública, baixo
Brasil: transformações nível da educação etc. Houve avanços na
políticas, econômicas, promoção da cidadania com direitos e garantias
sociais e culturais de constitucionais, entre elas: acesso à saúde e à
1989 aos dias atuais educação; proteção à criança e ao adolescente, ao
Os protagonismos da idoso e à maternidade; acesso a remédios
sociedade civil e as gratuitos pelo SUS; gratuidade das certidões de
alterações da nascimento e de óbito aos pobres; igualdade de
sociedade brasileira gênero (homens e mulheres são iguais em
A questão da direitos e obrigações); liberdade religiosa, livre
violência contra exercício dos cultos religiosos e proteção aos
populações locais de culto; assistência jurídica integral e
marginalizadas gratuita aos cidadãos sem recursos (Defensoria
O Brasil e suas Pública); indenização em caso de erro judiciário e
relações ao condenado que ficar preso além do tempo
internacionais na era fixado na sentença; condenação pelo crime de
da globalização racismo (inafiançável e imprescritível). Propor ao
estudante vivências de cidadania, isto é,
habilidades ou sugestões didáticas que o
estimulem à ação e à participação. Pode-se
propor discussões e projetos relativos à
promoção da cidadania no contexto escolar:

780
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
estamos assegurando que todos os colegas se
expressem livremente e sejam escutados? As
religiões de nossas famílias são respeitadas pelos
colegas? O que podemos fazer para ajudar um
colega com dificuldades no aprendizado? Como
manter a sala de aula limpa? Por que é
importante deixar o banheiro limpo e seco depois
de usá-lo? A escola tem acesso para deficientes?
O que podemos fazer para promover a cidadania
na escola, no bairro ou na comunidade? Pode-se
trabalhar com metodologias voltadas à
construção de competência socioemocional de
pensamento crítico para habilidades de
investigação, de estabelecer conexões, de
metacognição e de autoria.
Modernização, O processo de (MS.EF09HI25.s.29) Esta habilidade complementa e aprofunda a
ditadura civil- redemocratização Relacionar as transformações (MS.EF09HI22.s.26) e a (MS.EF09HI23.s.27).
militar e A Constituição de da sociedade brasileira aos Sugere-se um olhar reflexivo e sensibilizador para
redemocratização 1988 e a protagonismos da sociedade reconhecer os diferentes agentes ou atores
: o Brasil após emancipação das civil após 1989. sociais, que protagonizaram formas de
1946 cidadanias associativismo na sociedade civil de 1989 aos dias
(analfabetos, atuais; para que sejam valorizadas as lutas e as
indígenas, negros, conquistas que agregaram à sociedade brasileira
jovens etc.) avanços significativos de espaços e instâncias
A história recente do democráticos, aspectos fundamentais para a
Brasil: transformações consolidação de direitos básicos de cidadania. A
políticas, econômicas, partir de 1990, os movimentos sociais populares
sociais e culturais de de agendas diversas (de igualdade racial,
1989 aos dias atuais igualdade de gênero, das pessoas com
Os protagonismos da deficiência, dos sem-teto, sem-terra, em defesa
sociedade civil e as dos índios etc.) se organizaram de forma mais
alterações da institucional, ganhando maior visibilidade e
sociedade brasileira atuação social. Pode-se estabelecer uma
A questão da abordagem histórica dos movimentos sociais, da
violência contra formação do MST (1984), dos Caras-Pintadas
populações (1992), da Ação Cidadania contra a Miséria e pela
marginalizadas Vida, do sociólogo Betinho (1993), do Grito dos
O Brasil e suas Excluídos (1995) e daí se desdobrando em
relações numerosas organizações com agendas diversas
internacionais na era de reivindicações, entre elas, Movimento
da globalização Mulheres Camponesas, Instituto da Mulher Negra,
Uneafro Brasil, Movimento dos Trabalhadores
Sem Teto (MTST), Associação dos Caboclos e
Ribeirinhos da Amazônia, Frente de Luta pela
Moradia (FLM) etc. O objeto de conhecimento
envolve conceitos básicos, como o de sociedade
civil, participação cidadã, responsabilidade social /
compromisso social e desenvolvimento
sustentável, cuja compreensão é fundamental
para identificar as mudanças ocorridas na
sociedade brasileira após a ditadura. Deve-se
debater sobre o significado desses conceitos.
Pode-se realizar visita a ONGs, redes de
solidariedade, cooperativas e organizações do
Terceiro Setor existentes na região para conhecer
seu trabalho, seu alcance social e sua contribuição
para as mudanças na sociedade. A habilidade
contempla a competência específica n. 4, de
Ciências Humanas.

781
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
Modernização, O processo de (MS.EF09HI26.s.30) Esta habilidade consiste em discutir as causas da
ditadura civil- redemocratização Discutir e analisar as causas violência contra populações marginalizadas e
militar e A Constituição de da violência contra trabalhar com o reconhecimento das diferenças,
redemocratização 1988 e a populações marginalizadas com o exercício da empatia, do respeito e da
: o Brasil após emancipação das (negros, indígenas, mulheres, tolerância ao outro. A habilidade retoma
1946 cidadanias homossexuais, camponeses, aprendizagens anteriores, como o legado da
(analfabetos, pobres etc.) com vistas à escravidão, racismo e desigualdades sociais, para
indígenas, negros, tomada de consciência e à explicar a origem histórica da violência às
jovens etc.) construção de uma cultura de populações marginalizadas. Pode-se promover
A história recente do paz, empatia e respeito às discussões reflexivas sobre a violência contra
Brasil: transformações pessoas. populações marginalizadas, a partir de situações
políticas, econômicas, concretas usando referências locais. É importante
sociais e culturais de considerar que violência não é somente agressão
1989 aos dias atuais física, mas também verbal, psicológica, sexual,
Os protagonismos da moral, sentimental e até virtual, o chamado
sociedade civil e as ciberbullying. Deve-se destacar os danos
alterações da causados à pessoa por tais atos, que podem
sociedade brasileira marcá-la pelo resto da vida. É importante refletir
A questão da que a diferença não desqualifica uma pessoa, não
violência contra desvalia e nem pressupõe hierarquias. Deve-se,
populações ainda, avaliar que as desigualdades sociais e
marginalizadas econômicas também constituem um tipo de
O Brasil e suas violência. O etnocentrismo, a xenofobia, a
relações escravidão, o fundamentalismo religioso também
internacionais na era podem ser fatores de numerosas formas de
da globalização violência. É fundamental criticar a banalização da
violência e o sensacionalismo da mídia (na
linguagem e nas imagens), que desvaloriza e
descarta o ser humano, perpetuando a violência.
É necessário provocar uma postura investigativa
em que, o estudante analise tais contextos, numa
perspectiva ampla, reportando-se às possíveis
causas e efeitos, a curto e médio prazo, dos
fenômenos em análise. Podem ser contempladas
metodologias que promovam, quando possível,
intercâmbio com grupos indígenas, comunidades
quilombolas e organizações mistas que lutam
contra toda espécie de desigualdade. A
habilidade contempla a competência específica n.
4, de Ciências Humanas.
Modernização, O processo de (MS.EF09HI27.s.31) Esta habilidade suscita perceber as influências da
ditadura civil- redemocratização Relacionar aspectos das globalização nas mudanças econômicas, culturais
militar e A Constituição de mudanças econômicas, e sociais ocorridas no Brasil, a partir da década de
redemocratização 1988 e a culturais e sociais ocorridas 1990, e compreender o papel do país no cenário
: o Brasil após emancipação das no Brasil a partir da década internacional. Nesse sentido, importa que o
1946 cidadanias de 1990 ao papel do país no estudante perceba que acontecimentos e
(analfabetos, cenário internacional na era mudanças do Brasil nas últimas décadas devem
indígenas, negros, da globalização. ser compreendidos sob uma dimensão para além
jovens etc.) das questões internas porque envolvem relações
A história recente do e interesses internacionais cada vez mais estreitos.
Brasil: transformações Na elaboração do currículo, pode-se destacar os
políticas, econômicas, governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-
sociais e culturais de 2003) e de Lula da Silva-Dilma Rousseff (2003-
1989 aos dias atuais 2016), quando mudaram as diretrizes da política
Os protagonismos da externa brasileira para adequar o país aos novos
sociedade civil e as paradigmas impostos pela globalização e o
alterações da neoliberalismo. O país priorizou uma atuação
sociedade brasileira assertiva nos organismos multilaterais e ampliou
A questão da sua influência na América do Sul. A política

782
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
violência contra externa do governo Fernando Henrique Cardoso
populações foi marcada pela adesão às normas internacionais,
marginalizadas colaboração com os organismos internacionais e
O Brasil e suas construção da governança global. Já os governos
relações Lula-Rousseff diversificaram as relações
internacionais na era internacionais como meio de fortalecer o poder
da globalização de negociação do Brasil com os Estados Unidos e
a Europa e nossa inserção internacional. Nesse
sentido, fortaleceram-se as parcerias com a China,
Rússia, Índia e África do Sul, bem como a
integração com a América do Sul por meio do
Mercosul e a criação da Unasul e do Conselho de
Defesa Sul-Americano. É possível considerar um
trabalho interdisciplinar com Geografia no estudo
das relações internacionais do Brasil no mundo
globalizado e das mudanças que ocorrem no
cenário global nas últimas décadas. É propício
valer-se de metodologias que possibilitem ao
estudante identificar e localizar fontes relevantes,
com o uso das TDIC (Tecnologias Digitais de
Informação e Comunicação).
A história recente A Guerra Fria: (MS.EF09HI28.s.32) A habilidade diz respeito a identificar os blocos
confrontos de dois Identificar e analisar aspectos da Guerra Fria e a participação das potências
modelos políticos da Guerra Fria, seus principais (EUA e URSS) nesse duelo ideológico que afetou
A Revolução Chinesa conflitos e as tensões vários países no mundo. Deve-se explicar a guerra
e as tensões entre geopolíticas no interior dos armamentista, a luta pela exploração espacial e a
China e Rússia blocos liderados por luta por zonas de influência como características
A Revolução Cubana soviéticos e estadunidenses. do período. Além disso, é importante destacar as
e as tensões entre revoluções Chinesa e a Cubana, que desafiaram as
Estados Unidos da potências líderes da época, Rússia e Estados
América e Cuba Unidos, mostrando que a hegemonia soviética e
americana nem sempre foi total. É relevante que o
estudante tenha condições de perceber a
natureza do conflito e seus impactos no Brasil, na
perspectiva de causas e efeitos, a curto e longo
prazo. Para uma compreensão mais abrangente
da Guerra Fria, sugere-se a pesquisa, pelo
estudante, de diferentes fatos ocorridos no
período. Pode-se analisar filmes e/ou super-
heróis de histórias em quadrinhos (Super-
Homem, Mulher Maravilha, Capitão América) que
promoveram o ideário norte-americano na luta
contra o comunismo. É importante, ainda, romper
a ideia de que os Estados Unidos eram/são
favoráveis às democracias, investigando situações
contraditórias, como o apoio às ditaduras da
Arábia Saudita, Portugal, Cuba e Nicarágua, e as
deposições dos governos democráticos da
Venezuela, Guatemala e Chile. Além disso, pode-
se pensar em como as tensões da Guerra Fria
refletiram-se no cenário político brasileiro da
época. É propício valer-se de metodologias que
possibilitem ao estudante identificar e localizar
fontes relevantes, com uso das TDIC e outros
métodos. A habilidade contempla a competência
específica n. 7, de Ciências Humanas.

783
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
A história recente As experiências (MS.EF09HI29.s.33) Analisar a concretização de regimes ditatoriais na
ditatoriais na América Descrever e analisar as América Latina. É fundamental valer-se de
Latina experiências ditatoriais na metodologias que possibilitem ao estudante
América Latina, seus perceber a natureza desses regimes e seus impactos
procedimentos e vínculos para a sociedade. Provocar uma postura
investigativa, para que o estudante analise
com o poder, em nível
fenômenos externos que permearam essas
nacional e internacional, e a
experiências ditatoriais, observando, por exemplo, a
atuação de movimentos de
participação dos Estados Unidos da América. Deve-se
contestação às ditaduras.
destacar os movimentos de resistência às ditaduras
que mobilizaram uma geração de jovens militantes,
como os Tupamaros, no Uruguai; os Montoneros e o
ERP (Exército Revolucionário do Povo), na Argentina;
o MIR (Movimento de Esquerda Revolucionário), do
Chile; as FARCs (Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia) e o ELN (Exército de Libertação Nacional),
da Colômbia – estas últimas ainda em atuação.
Propor ao estudante pesquisar sobre as ditaduras e
os golpes na América Latina, no período de 1945 a
1990, permitindo, assim, traçar uma visão integrada
e cronológica dos acontecimentos no contexto da
Guerra Fria. Deve-se observar que foi no período de
1960 a 1980 que a América Latina esteve
basicamente dominada por regimes ditatoriais
militares, como: Paraguai (Alfredo Stroessner, 1954-
1989), Argentina (Rafael Videla, 1976-1981), Chile
(Augusto Pinochet, 1973-1990), Peru (Velasco
Alvarado, 1968-1975), Uruguai (1973-1985), Bolívia
(1964-1982) e Brasil (1964-1985). É importante
compreender que as elites agrárias e empresários
capitalistas latino-americanos se aliaram ao capital
estadunidense para se firmarem e consolidarem no
poder. Pode-se, ainda, identificar a conexão das
organizações guerrilheiras contrárias às ditaduras
com a vitória da Revolução Cubana, que serviu de
inspiração aos movimentos de contestação. Exemplo
disso foi a resistência dos mineiros bolivianos contra
a ditadura militar de René Barrientos, que contou
com o apoio da guerrilha de Che Guevara,
culminando com o massacre de “Siglo XX”, com
centenas de mineiros mortos e a captura e
assassinato de Che Guevara (1967). É propício valer-
se de metodologias que possibilitem ao estudante
identificar e localizar fontes relevantes, com uso das
TDIC e outros métodos. A habilidade contempla a
competência específica n. 6, de Ciências Humanas.
A história recente As experiências (MS.EF09HI30.s.34) A habilidade complementa a (MS.EF09HI29.s.33) e
ditatoriais na América Comparar as características o estudante poderá comparar as experiências nos
Latina dos regimes ditatoriais latino- diferentes países da América Latina. Atentar-se a
americanos, com especial obscuridade ainda muito recorrente nesse
atenção para a censura capítulo da história. Propiciar uma postura
política, a opressão e o uso investigativa que possibilite ao estudante
da força, bem como para as perceber os diversos métodos de cerceamento de
reformas econômicas e liberdades (como liberdade de expressão) e
sociais e seus impactos. direitos. Comparar os aparatos “legais” criados
para instrumentalizar a repressão. Questionar
quanto os interesses que permearam a
manutenção desses regimes por tanto tempo.

784
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
A história recente Os processos de (MS.EF09HI31.s.35) Analisar a concretização de regimes ditatoriais na
descolonização na Descrever e avaliar os América Latina. É fundamental valer-se de
África e na Ásia processos de descolonização metodologias que possibilitem ao estudante
na África e na Ásia. perceber a natureza desses regimes e seus
impactos para a sociedade. Provocar uma postura
investigativa, para que o estudante analise
fenômenos externos que permearam essas
experiências ditatoriais, observando, por exemplo,
a participação dos Estados Unidos da América.
Deve-se destacar os movimentos de resistência às
ditaduras que mobilizaram uma geração de
jovens militantes, como: os Tupamaros, no
Uruguai; os Montoneros e o ERP (Exército
Revolucionário do Povo), na Argentina; o MIR
(Movimento de Esquerda Revolucionário), do
Chile; as FARCs (Forças Armadas Revolucionárias
da Colômbia) e o ELN (Exército de Libertação
Nacional), da Colômbia – estas últimas ainda em
atuação. Propor ao estudante pesquisar sobre as
ditaduras e os golpes na América Latina, no
período de 1945 a 1990, de forma que permita
traçar uma visão integrada e cronológica dos
acontecimentos no contexto da Guerra Fria. Deve-
se observar que foi no período de 1960 a 1980
que a América Latina esteve basicamente
dominada por regimes ditatoriais militares, são
exemplos: Paraguai (Alfredo Stroessner, 1954-
1989), Argentina (Rafael Videla, 1976-1981), Chile
(Augusto Pinochet, 1973-1990), Peru (Velasco
Alvarado, 1968-1975), Uruguai (1973-1985),
Bolívia (1964-1982) e Brasil (1964-1985). É
importante compreender que as elites agrárias e
empresários capitalistas latino-americanos se
aliaram ao capital estadunidense para se firmarem
e consolidarem no poder. Pode-se, ainda,
identificar a conexão das organizações
guerrilheiras contrárias às ditaduras com a vitória
da Revolução Cubana, que serviu de inspiração
aos movimentos de contestação. Exemplo disso
foi a resistência dos mineiros bolivianos contra a
ditadura militar de René Barrientos, que contou
com o apoio da guerrilha de Che Guevara,
culminando com o massacre de “Siglo XX”, com
centenas de mineiros mortos e a captura e
assassinato de Che Guevara (1967). É propício
valer-se de metodologias que possibilitem ao
estudante identificar e localizar fontes relevantes,
com uso das TDIC e outros métodos. A
habilidade contempla a competência específica n.
6, de Ciências Humanas.
A história recente O fim da Guerra Fria e (MS.EF09HI32.s.36) A habilidade consiste em identificar e analisar
o processo de Analisar mudanças e mudanças e permanências dentro do processo de
globalização permanências associadas ao globalização, iniciado nos anos 1980, em que os
Políticas econômicas processo de globalização, mercados mundiais formaram uma aldeia global.
na América Latina considerando os argumentos O comércio não é mais feito por um país ou
dos movimentos críticos às potência, mas por blocos regionais, fortalecendo
políticas globais. a interdependência econômica entre os países,
mas, por outro lado, deixando-os sob o risco da
crise em um país abalar toda a cadeia de países

785
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
interligados. Outras críticas às políticas globais
dizem respeito aos custos humanos e ambientais
do processo, a partilha desigual dos benefícios, a
insegurança no trabalho e consequente
desemprego, a perda da autonomia dos
governos, a especulação financeira mundial etc. A
integração econômica global foi acompanhada de
outros dois processos integrados e simultâneos: a
revolução tecnológica e a liberalização dos
mercados – ambos serão desenvolvidos nas
habilidades seguintes: (MS.EF09HI33.s.37)
e (MS.EF09HI34.s.38). É possível propor ao
estudante comparar os principais blocos
econômicos e seus países membros: os que
negociam, com quem negociam, quais as regras
de entrada em um bloco econômico e quais os
benefícios para os países. O tema da globalização
está articulado ao neoliberalismo adotado no fim
dos anos 1970 pelos governos Margareth
Thatcher (1979-1990, Reino Unido) e Ronald
Reagan (1981-1989, Estados Unidos) e depois por
outros países da Europa ocidental. O que
preconizava o neoliberalismo e o que ele
significou para as populações dos países que os
adotaram? É importante considerar novos
cenários da globalização com a abertura
econômica da China comunista e sua entrada no
mercado ocidental e, a partir de 1990, dos países
da Europa central e oriental que, com o colapso
do bloco soviético, passaram a participar da
economia de mercado. O trabalho interdisciplinar
com Geografia contribui para aprofundar o tema.
Seria interessante, ainda, pesquisar os protestos
antiglobalização ocorridos em Seattle em 1999 e
nos encontros do G8, em que manifestantes de
todo o mundo representavam interesses distintos
com motivações ambientalistas, anticapitalistas
ou humanitárias. É necessário também que o
estudante investigue a significativa influência da
globalização no Brasil e em âmbito mundial; os
movimentos contestatórios em relação ao
conservadorismo e as ideias estabelecidas que
contrastam com questões de identidade e
heterogeneidade. Movimentos expressos no
campo das artes, música, movimentos sociais e
estudantis. É propício valer-se de metodologias
que possibilitem ao estudante identificar e
localizar fontes relevantes, com uso das TDIC e
outros métodos. A habilidade contempla as
competências específicas n. 6 e 7, de Ciências
Humanas.
A história recente O fim da Guerra Fria e (MS.EF09HI33.s.37) A habilidade diz respeito a identificar e avaliar o
o processo de Analisar as transformações alcance dos avanços nas TDIC que, junto com os
globalização nas relações políticas locais e transportes, dinamizaram as transações
Políticas econômicas globais geradas pelo internacionais, movimentando com rapidez
na América Latina desenvolvimento das grandes recursos financeiros, pessoas, materiais e
tecnologias digitais de informações. A habilidade complementa a
informação e comunicação. (MS.EF09HI32.s.36) e o estudante poderá
investigar e reportar-se à análise e ao papel das

786
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
tecnologias da informação e comunicação no
fornecimento de acesso a fontes e a necessidade
de fazer perguntas sobre essas fontes. Identificar
e analisar a formação de comunidades virtuais
criadas pelas tecnologias digitais e o consequente
empobrecimento de um debate sustentado por
argumentos sólidos. Pode-se considerar inserir o
avanço da tecnologia em outras áreas: a pesquisa
e criação de novos materiais (cerâmicas
industriais, materiais compostos, fibras óticas
etc.), inteligência artificial, robôs industriais,
engenharia genética, prevenção de doenças etc.
O tema permite um trabalho interdisciplinar com
Geografia e Ciências. Outra possibilidade é
discutir o consumo desenfreado das novidades
tecnológicas com a contínua busca por modelos
novos e suas consequências para o meio
ambiente, com o desperdício de materiais,
recursos naturais e de energia. Qual o custo social
da produção de um novo aparelho e do descarte
de um seminovo? O que fazer com o lixo
eletrônico que se avoluma a cada dia? O que é
consumo consciente? É propício valer-se de
metodologias que possibilitem ao estudante
identificar e localizar fontes relevantes, com uso
das TDIC e outros métodos. A habilidade
contempla as competências específicas n. 6 e 7,
de Ciências Humanas.
A história recente O fim da Guerra Fria e (MS.EF09HI34.s.38) Esta habilidade se refere a compreender que a
o processo de Discutir as motivações da adoção do neoliberalismo – em que o Chile, de
globalização adoção de diferentes políticas Augusto Pinochet, foi pioneiro – não seguiu a mesma
Políticas econômicas econômicas na América lógica em toda a América Latina, inclusive por conta
na América Latina Latina, assim como seus de movimentos populares que se opuseram à
abertura comercial, às privatizações e à flexibilização
impactos sociais nos países
dos direitos trabalhistas. Alguns países adotaram
da região.
medidas neodesenvolvimentistas, que, contudo, não
romperam com o neoliberalismo. Deve-se destacar
que os investimentos na América Latina provêm do
capital financeiro internacional para exploração dos
recursos naturais, sobretudo no setor agromineral,
perpetuando, dessa forma, a posição dos países
latino-americanos como fornecedores de matérias-
primas. Perceber a forte presença do neoliberalismo,
num contexto instável marcado pela influência de
grupos internacionais capitalistas, burguesia
regionais correlacionados com setores da política em
constante polarização. Pode-se propor analisar e
comparar comentários de economistas e jornalistas
especialistas publicados em jornais e revistas de
grande veiculação. É possível, ainda, comparar com
os dados do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) medido anualmente pela ONU e publicado
pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud). O site oficial da CEPAL
(Comissão Econômica para a América Latina e o
Caribe) publica anualmente um balanço dos
resultados econômicos dos países latino-americanos.
Pode-se coletar dados buscando reconhecer avanços
e recuos nas desigualdades sociais, no acesso à
educação, no padrão de vida e na saúde.

787
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
A história recente Os conflitos do século (MS.EF09HI35.s.39) Esta habilidade se refere a identificar os
XXI e a questão do Analisar os aspectos movimentos terroristas mundiais, relacionando o
terrorismo relacionados ao fenômeno do aumento das violências em certas áreas do globo
Pluralidades e terrorismo na como uma manifestação das mudanças
diversidades contemporaneidade, geopolíticas regionais, surgimento de ideias de
identitárias na incluindo os movimentos intolerância religiosa e manifestação de poder de
atualidade migratórios e os choques grupos armados, que não participam do mundo
As pautas dos povos entre diferentes grupos e globalizado. É importante desvincular a religião
indígenas no século culturas. muçulmana das ações terroristas, destacando que
XXI e suas formas de o fundamentalismo não é parte do islamismo,
inserção no debate afinal, há grupos fundamentalistas em todas as
local, regional, religiões. O estudante poderá pesquisar sobre as
nacional e organizações fundamentalistas mais atuantes no
internacional século XXI, como Taliban, Al Qaeda, ISIS (Estado
Islâmico), Boko Haram e Hamas, para identificar
sua origem, objetivos e ações. Por que essas
organizações têm como alvo principal os Estados
Unidos? Qual a relação entre essas organizações
terroristas e o processo de globalização? Uma
fonte de pesquisa é o instituto australiano
Institute for Economics & Peace, que, desde 2012,
publica o Índice Global de Terrorismo, um estudo
detalhado que informa números e dados inéditos
sobre a atuação de organizações terroristas ao
redor do globo. Assim, muito requer uma postura
investigativa e exploratória, que possibilite ao
estudante participar de um debate intenso que
envolve, dentre muitos aspectos, compreender as
causas e efeitos das ondas migratórias; do
endurecimento de leis para restringir o acesso por
parte de populações em condições de
vulnerabilidade em outros países. É necessário
trabalhar com metodologias que possibilitem um
olhar crítico e reflexivo, que possibilitem superar
visões maniqueístas que simplificam e deturpam
tais fenômenos, principalmente, no que se refere
ao terrorismo. É propício valer-se de
metodologias que possibilitem ao estudante
identificar e localizar fontes relevantes, com uso
das TDIC e outros métodos. A habilidade
contempla as competências específicas n. 6 e 7,
de Ciências Humanas.
A história recente Os conflitos do século (MS.EF09HI36.s.40) A habilidade consiste em reconhecer os
XXI e a questão do Identificar e discutir as movimentos identitários, urbanos ou rurais,
terrorismo diversidades identitárias e formados por segmentos sociais excluídos
Pluralidades e seus significados históricos pertencentes às camadas populares (mas não
diversidades no início do século XXI, exclusivamente), que podem incluir mulheres,
identitárias na combatendo as várias formas LGBTs, afrodescendentes, indígenas, grupos
atualidade de preconceitos e violências. geracionais (jovens, idosos), deficientes etc., que
As pautas dos povos lutam por direitos sociais, culturais, melhores
indígenas no século condições de vida, acesso à terra, moradia,
XXI e suas formas de serviços públicos, reconhecimento e visibilidade
inserção no debate social. A dimensão desses movimentos pode ser
local, regional, observada no Fórum Social Mundial, que
nacional e anualmente reúne movimentos sociais de muitos
internacional. continentes com o objetivo de elaborar
alternativas para uma transformação social global.
A habilidade amplia e aprofunda a
MS.EF09HI35.s.39 e o estudante poderá analisar

788
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
questões voltadas à diversidades e identidades,
superando as concepções uniformizadoras de
identidade e cultura, que ocultam diferenças
sociais e étnicas. É relevante investigar métodos
utilizados por grupos ativistas e/ou movimentos
sociais dos direitos civis para alcançar mudanças,
liberdades e equidades de direitos. Para
desenvolver estudos que comtemplem esta
habilidade, pode-se propor pesquisar sobre
alguns movimentos sociais da América Latina,
como os Piqueteiros da Argentina, os Cocaleiros
da Bolívia e Peru, os Zapatistas do México, e a
Revolução dos Pinguins, que reuniu estudantes
secundaristas do Chile. Pode-se, ainda, pesquisar
sobre os movimentos indígenas, no Brasil e na
América Latina (Bolívia, Equador, Guatemala,
Chile, Colômbia, Peru, Venezuela e México), que
lutam pela defesa e promoção dos direitos
territoriais e da autodeterminação dos povos
indígenas. Deve-se, também, propor análise sobre
o movimento negro, suas pautas, estratégias e
conquistas. Espera-se que o estudante tenha
condições de compreender o papel de um
indivíduo ou grupo nos esforços contínuos para
combates os diversos tipos de preconceito e
violência. É propício valer-se de metodologias
que possibilitem ao estudante identificar e
localizar fontes relevantes, com uso das TDIC e
outros métodos. A habilidade contempla as
competências específicas n. 6 e 7, de Ciências
Humanas e, n. 4, de História.
A história recente Protagonismo (MS.EF09HI00.n.41) Sugere-se uma abordagem reflexiva e questionadora
indígena em Mato Identificar e discutir as sobre as questões da história do presente, referentes
Grosso do Sul diversidades identitárias às populações indígenas de Mato Grosso do Sul.
• A pauta da terra: presentes em Mato Grosso do Despertar um olhar reflexivo que possibilite o
historicidade, Sul, com ênfase às reconhecimento das sociodiversidades indígenas,
superando discursos generalizantes e visões
reivindicação, populações indígenas,
folclorizadas que negam, desprezam, banalizam e
resistência e conflito. compreendendo seus
suprimem a presença identitária das sociedades
• A experiência significados históricos no
originárias e suas singularidades. Problematizar essas
indígena com a vida início do século XXI,
concepções contribuirá para a valorização dos
urbana: combatendo qualquer forma esforços contínuos para o reconhecimento de
ressignificação e de preconceitos, direitos dessas populações. Isso implicará em
afirmação de discriminações e violências. reconhecer a legitimidade de suas reivindicações,
identidade valorizando o caráter lógico da resistência,
percebendo que essas populações lutam por direitos
sociais, culturais, melhores condições de vida, saúde,
educação e acesso à terra, da qual, outrora, seus
ancestrais foram expulsos. No estudo dessa temática
caberão metodologias que instiguem uma postura
investigativa, na qual a diversidade de fontes,
incluindo as TDIC, oralidades (conversa com
indígenas) e jornalísticas, que deverão ser exploradas
numa perspectiva crítica e formadora. É viável
recorrer às fontes que apresentam relatos de
experiências passadas de pessoas (indígenas) que
foram removidas à força de suas terras e até mesmo
de seus grupos de origem. A habilidade contempla a
competência específica n. 4, de História.

789
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
A história recente Protagonismo (MS.EF09HI00.n.42) A habilidade amplia e aprofunda a
indígena em Mato Conhecer, discutir e analisar (MS.EF09HI00.n.41) e o estudante concentrará
Grosso do Sul as condições das sociedades seus olhares para a presença indígena em
• A pauta da terra: indígenas que vivem em contextos urbanizados. Será necessário despertar
historicidade, áreas urbanas e entorno das nesse estudante um olhar reflexivo acerca dos
reivindicação, cidades, compreendendo as diversos problemas que envolvem essa temática.
resistência e conflito. diferentes formas de Deve ser esclarecido que existem aldeias urbanas,
• A experiência organização nesses espaços e aldeamentos e aldeias próximas às áreas urbanas
indígena com a vida sua relação com os não e, também, indígenas que não são de aldeias, mas
urbana: indígenas. que vivem em áreas periféricas das cidades ou em
ressignificação e vilarejos. Atentar-se às condições de
afirmação de vulnerabilidade dessas populações, a exemplo do
identidade alto índice de suicídio entre os jovens, de algumas
comunidades (esse tema é uma espécie de tabu
para essas comunidades e merece sutileza ao ser
abordado); a presença do álcool e drogas; a fome
e a mortalidade infantil; o frustrante fascínio pela
cidade (consumo), a mesma cidade que o renega
e oprime; a violência, envolvendo assassinatos e
estupro, dentre outros. Todas essas questões
associadas aos fenômenos de hibridismo e
aculturação, além da cultura seminômade frente
ao trabalho mal remunerado, sem esquecer que
tudo isso está vinculado ao velho problema da
perda de suas terras e a dominação do
agronegócio. Paralelo a todas essas questões é
relevante que o estudante perceba a capacidade
de resistência desses povos, por meio de sua
presença no campo das artes e da educação, a
exemplo dos vários indígenas graduados e pós-
graduados; a educação escolar indígena nas
aldeias, que trabalha na perspectiva de conservar
traços culturais e línguas indígenas; além de
grupos de dança e música (grupo Brô BCs), dentre
outros. Caberá, também, uma análise quanto ao
campo das representações, instigando o
estudante a refletir sobre como essas sociedades
são retratadas nos textos, nas artes e no
imaginário coletivo.
A diversidade de fontes deve ser a principal
característica da proposta metodológica,
podendo recorrer a artigos científicos, textos
jornalísticos, documentários, fotografias,
produções artísticas (poemas, gravuras, artes
plásticas), dentre outras. Tais metodologias
poderão contribuir para a construção de
competência socioemocional de pensamento
crítico para habilidades de investigação, de
estabelecer conexões, de metacognição e de
autoria. A habilidade contempla a competência
específica n. 4, de História.
A história recente Protagonismo (MS.EF09HI00.n.43) A habilidade amplia e aprofunda a
afrodescendente em Identificar, discutir e (MS.EF09HI36.n.41), podendo agora ser discutida
Mato Grosso do Sul: compreender os significados a natureza dos movimentos sociais
Resistência cultural e históricos da presença, comprometidos com a causa dos
a luta pela superação cultura e resistência dos afrodescendentes. Observar os conceitos de
da desigualdade afrodescendentes no mudanças e continuidades, causas e efeitos, a
racial contexto da história recente curto e longo prazo que permeiam tal contexto.
(século XXI) de Mato Grosso Observar que o silenciamento também conta

790
HISTÓRIA - 9° ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Ações Didáticas
Temáticas Conhecimento
do Sul, combatendo qualquer histórias, geralmente indicativas de perseguições
forma de preconceito, e/ou negação de identidades e culturas.
discriminação e violência. Compreender a necessidade de se trabalhar com
políticas afirmativas, a exemplo da Lei 11.645, de
10 de março de 2008, reconhecendo que a escola
é o espaço onde é possível construir a valorização
da diversidade étnica e convivência respeitosa,
pautado no diálogo entre diferentes autores.
Trabalhar nessa perspectiva, implica compreender
que o combate à desigualdade racial tem sua
legitimidade embasada na cruel herança histórica
da escravização de seus ancestrais. Será viável
desenvolver metodologias que proporcionem
posturas investigativas para que sejam analisadas
a trajetória do movimento afro em Mato Grosso
do Sul, suas lutas, reivindicações e conquistas.
Identificar e compreender as diferentes formas de
resistências, a exemplo do resguardo das
tradições culturais. Diversas fontes podem ser
exploradas, tais como, fotografias, artigos, TDIC,
dentre outras. A habilidade contempla a
competência específica n. 4, de História. Pode-se
trabalhar com metodologias voltadas à
construção de competência socioemocional de
pensamento crítico para habilidades de
investigação, de estabelecer conexões, de
metacognição e de autoria.

791
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível
em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base/ >. Acesso em: maio, 2018.
CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a Ler o Mundo: A Geografia nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Caderno Cedes,
Campinas, vol. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v25n66/a06v2566.pdf>
Acesso em 25 mai 2018.
CAVALCANTI, L. de S. A Geografia e a realidade escolar contemporânea: avanços, caminhos e alternativas. Anais do I
Seminário Nacional: currículo em movimento – Perspectivas Atuais, Belo Horizonte, novembro de 2010.
CORREA, Roberto Lobato. Espaço um conceito-chave da Geografia. In: CASTRO, I, et al (orgs). Geografia. Conceitos e temas.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
SANTOS, Milton. Por uma geografia nova: da crítica da Geografia a uma Geografia Crítica. São Paulo. Editora Edusp, 2002
TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEL, 1983.

792
8.7 Ensino Religioso
Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua

origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se


elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor
chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.

(Nelson Mandela)

A construção do ser humano ocorre por meio das relações em um contexto histórico e social de
apropriação e produção cultural. Durante esse processo, o sujeito se constitui enquanto ser imanente e

transcendente.

Essas dimensões proporcionam aos sujeitos as relações entre os pares, com a natureza e com as

divindades, concebendo-se ora iguais, ora diferentes.

A percepção das alteridades oportuniza a distinção entre as características individuais e as coletivas em

que as relações dialógicas são mediadas por valores, crenças, convicções, dentre outros, necessários à

construção das identidades.

Especificamente na dimensão da transcendência encontra-se a base dos fenômenos e experiências

religiosas, por meio dos quais os sujeitos e as coletividades perceberam-se finitos e atribuíram

significados à vida e à morte. O ser humano, com anseios por explicações, atribuiu valor sagrado a
objetos, coisas, pessoas, forças da natureza ou seres sobrenaturais, indo além da existência concreta.

A dimensão da transcendência é mediada por linguagens específicas, tais como o símbolo, o mito e o

rito (BRASIL, 2017, p.436). Além dessas, os territórios sagrados são permeados por pessoas que prestam

serviços religiosos, líderes, funcionários, guias, sacerdotes, dentre outras designações. Esses exercem
função pública, e seus atos e orientações repercutem em todas as esferas sociais.

As crenças são “um conjunto de ideias, conceitos e representações estruturantes de determinada

tradição religiosa” (BRASIL, 2017, p. 438). Essas crenças, apoiadas no mito, no rito, no símbolo e nas

divindades, fornecem as explicações às inquietações dos sujeitos no que diz respeito à vida e à morte.

Acrescentam-se, também, aqueles com filosofias de vida que não se apoiam no universo religioso. Os
sujeitos sem religião vivenciam princípios éticos e morais pautados em fundamentos racionais,

científicos, filosóficos, dentre outros. Esses princípios, em geral, comungam com os valores disseminados

793
no mundo, tais como igualdade entre as pessoas, respeito às humanidades e aos direitos individuais e
coletivos.

Portanto, a proposta do componente Ensino Religioso fornece subsídios para conhecimento das

diversas manifestações religiosas, para compreensão da pluralidade religiosa, das individualidades e


coletividades, assim como das vivências pautadas em princípios éticos e nos Direitos Humanos.

8.7.1 Competências específicas de Ensino Religioso de acordo com a BNCC


(2017):

1. Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias

de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.

2. Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas e filosofias de vida, suas

experiências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios.

3. Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto expressão de valor


da vida.

4. Conviver com a diversidade de crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver.

5. Analisar as relações entre as tradições religiosas e os campos da cultura, da política, da economia,

da saúde, da ciência, da tecnologia e do meio ambiente.

6. Debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de intolerância,


discriminação e violência de cunho religioso, de modo a assegurar os direitos humanos no

constante exercício da cidadania e da cultura de paz.

794
8.7.2 Unidades Temáticas, Objetos de Conhecimento, Habilidades e Ações
Didáticas

ENSINO RELIGIOSO - 1º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
Identidades e O eu, o outro e o nós (MS.EF01ER01.s.01) A identidade humana, a individualidade de cada
alteridades Identificar e acolher as ser e as suas concepções religiosas constituem a
semelhanças e diferenças alteridade de cada indivíduo.
entre o eu, o outro e o nós. Nesta habilidade, deve-se destacar a importância
do ser humano enquanto ser único e ao mesmo
tempo membro de uma comunidade onde o
outro é muito importante, para que o “nós” se
fortaleça.
(MS.EF01ER02.s.02) Esta habilidade permite ao estudante reconhecer
Reconhecer que o seu nome o nome como algo fundamental na construção da
e o das demais pessoas os identidade e afirmação pessoal.
identificam e os diferenciam. Cada ser é único, e cada um tem o seu nome, sua
identidade e individualidade, assim, buscar
reconhecer as particularidades individuais é um
ato de respeito próprio.
Imanência e (MS.EF01ER03.s.03) Nesta habilidade, deve-se demonstrar ao
transcendência Reconhecer e respeitar as estudante que cada indivíduo é único e possui
características físicas e suas particularidades as quais devem ser
subjetivas de cada um. respeitadas e valorizadas.
O direito à integridade física, moral e religiosa
deve ser respeitado, de maneira integral, mesmo
que esse direito seja subjetivo.
(MS.EF01ER04.s.04) Nesta habilidade, deve-se levar o estudante a
Valorizar a diversidade de respeitar as diferentes formas de se viver, tanto
formas de vida. em aspectos relacionados a crenças religiosas
quanto em aspectos sociais.
(MS.EF01ER00.n.05) Nesta habilidade deve-se demonstrar o que é
Demonstrar o que é transcendência, destacando o ser superior, por
transcendência. meio dos conceitos de Imanência e
Transcendência. A abordagem neste momento
deve ser pela pluralidade étnica, cultural e
religiosa, considerando a leitura de mundo para
cada credo, com respeito aos seus dogmas.
Manifestações Sentimentos, (MS.EF01ER05.s.06) Deve-se mostrar ao estudante a importância de
religiosas lembranças, Identificar e acolher se valorizar a história pessoal de cada indivíduo,
memórias e saberes sentimentos, lembranças, destacando os conhecimentos adquiridos que o
memórias e saberes de cada identificam enquanto ser único em uma cultura
um. coletiva.
(MS.EF01ER06.s.07) Mostrar ao estudante a existência de diferentes
Identificar as diferentes formas de manifestar as crenças religiosas, os
formas pelas quais as pessoas sentimentos, os gostos e as ideias que estão
manifestam sentimentos, presentes nos mais diversos ambientes e que são
ideias, memórias, gostos e disseminados nos mais distintos lugares.
crenças em diferentes
espaços.

795
ENSINO RELIGIOSO - 2º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
Identidades e O eu, a família e o (MS.EF02ER01.s.01) Demonstrar ao estudante que em diferentes
alteridades ambiente de Reconhecer os diferentes espaços de convivência há manifestações
convivência espaços de convivência. religiosas e que é importante o ser, enquanto
indivíduo, estar em um ambiente familiar e
reconhecer esses espaços como fundamentais
para sua formação pessoal-cidadã. Diante disso,
percebe-se que os lugares sagrados e não
sagrados compõem a dimensão da materialidade
do sagrado, pois reúnem aspectos físicos que
orientam a paisagem religiosa e seus espaços de
convivência. Assim, há diferentes espaços de
convivência, como família, escola, igreja, clube,
bairro que precisam respeitar os diferentes
espaços sagrados que orientam a paisagem
religiosa na perspectiva da diversidade cultural
religiosa.
(MS.EF02ER02.s.02) Os costumes e as crenças podem caracterizar um
Identificar costumes, crenças povo e seus modos de vida. Os ambientes de
e formas diversas de viver em convivências tornam-se lugares sagrados onde
variados ambientes de são realizados regularmente os ritos, as festas e as
convivência. homenagens em prol da manifestação da fé do
grupo em questão. Neste sentido, deve-se
apresentar aos estudantes os lugares sagrados
em Mato Grosso do Sul e no Brasil, bem como as
práticas realizadas nesses espaços, procurando
ampliar os conhecimentos, destacando algumas
características e contemplando as diferentes
matrizes religiosas: indígena, ocidental, africana e
oriental.
Memórias e símbolos (MS.EF02ER03.s.03) A memória e o registro tornam-se os símbolos
Identificar as diferentes nos quais se guardam as narrativas, os aspectos e
formas de registro das as características da família, do grupo ou até
memórias pessoais, familiares mesmo de um povo ou país, demonstram, assim,
e escolares (fotos, músicas, como esses registros são importantes para a
narrativas, álbuns...). formação humana.
(MS.EF02ER04.s.04) Cada grupo religioso tem seus símbolos de
Identificar os símbolos representação. A pluralidade e a diversidade
presentes nos variados desses símbolos estão presentes em seus modos
espaços de convivência. de vida, nas casas, nos templos, ou até mesmo na
natureza e essas representações devem ser
respeitadas e valorizadas como forma de
expressão.
Símbolos religiosos (MS.EF02ER05.s.05) Os símbolos e lugares sagrados constituem-se de
Identificar, distinguir e diversas formas, tais como: objetos, ruas,
respeitar símbolos religiosos montanhas, rios, cachoeiras, matas etc. e podem
de distintas manifestações, se transformar num universo simbólico de uma
tradições e instituições forma especial que dependerá do resultado das
religiosas. crenças existentes nas tradições religiosas de cada
povo e cultura. Assim, valorizam-se as diferentes
manifestações religiosas e suas práticas, símbolos
e simbologias.
Manifestações Alimentos sagrados (MS.EF02ER06.s.06) Nesta habilidade, o estudante deve perceber que
religiosas Exemplificar alimentos um determinado alimento pode ser sagrado para
considerados sagrados por um povo ou cultura e não ser para outros, por
diferentes culturas, tradições mais que estejam próximos ou ligados de certa
e expressões religiosas. forma, por exemplo: o cordeiro pode ser sagrado
para os judeus e para os cristãos, porém não é
para os hindus, para os budistas ou para o Islã.

796
ENSINO RELIGIOSO - 2º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
Assim, convém conhecer o significado dos
alimentos e animais sagrados nas diferentes
religiões, na perspectiva da diversidade cultural
religiosa e valorizar os alimentos considerados
sagrados para diferentes manifestações religiosas,
explicando por que determinado alimento é
considerado sagrado para cada denominação
religiosa.
(MS.EF02ER07.s.07) Há alimentos aos quais são atribuídos significados
Identificar significados representativos e podem ser considerados
atribuídos a alimentos em também como oferendas, por exemplo: pão
diferentes manifestações e (corpo de Cristo), vinho (sangue de Cristo),
tradições religiosas. cordeiro (o sangue representou Cristo no Antigo
Testamento), ervas amargas (lembranças do não
esquecimento dos tempos ruins no Egito), doces
como oferta de amor (Cosme e Damião), primeiro
fruto da colheita (expressão de gratidão).

ENSINO RELIGIOSO - 3º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
Identidades e Espaços e territórios (MS.EF03ER01.s.01) O fenômeno religioso é um dado cultural,
alteridades religiosos Identificar e respeitar os sagrado e de identidade de cada grupo social.
diferentes espaços e Assim, respeitar a individualidade e a pluralidade
territórios religiosos de dos territórios e espaços religiosos de cada grupo,
diferentes tradições e povo, ou nação é um ato de valor próprio.
movimentos religiosos.
(MS.EF03ER02.s.02) Templos, igrejas, sinagogas, montanhas, vales,
Caracterizar os espaços e terreiros, rios ou mares têm o mesmo significado
territórios religiosos como religioso. Dessa forma, é preciso saber
locais de realização das reconhecer e respeitar esses locais e suas práticas
práticas celebrativas. celebrativas, sendo esta uma virtude que se
aprende ao longo da vida.
Manifestações Práticas celebrativas (MS.EF03ER03.s.03) O conhecimento e respeito em relação ao
religiosas Identificar e respeitar práticas pluralismo religioso no Brasil e suas
celebrativas (cerimônias, manifestações, por meio das práticas de
orações, festividades, celebração, são de extrema importância para a
peregrinações, entre outras) comunidade escolar e para a sociedade, uma vez
de diferentes tradições que a problematização dessas manifestações
religiosas. religiosas está presente no cotidiano das famílias,
bem como nas escolas.
(MS.EF03ER04.s.04) As práticas celebrativas estão presentes na
Caracterizar as práticas sociedade, às vezes de maneira subjetiva, outras
celebrativas como parte nem tanto, elas permeiam o cotidiano e o
integrante do conjunto das universo escolar, dependendo do contexto e do
manifestações religiosas de entorno da escola, bem como do bairro, da
diferentes culturas e cidade e até mesmo do país. A diversidade
sociedades. religiosa faz parte do Brasil, desde o seu
“descobrimento” até a chegada dos portugueses,
negros, imigrantes, bem como da miscigenação
dos povos e nações indígenas que foram
estabelecendo ao longo do tempo as várias
formas de manifestações, cultos e ritos religiosos.

797
ENSINO RELIGIOSO - 3º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
Indumentárias (MS.EF03ER05.s.05) As roupas, os acessórios, os símbolos, as
religiosas Reconhecer as indumentárias máscaras, bem como as pinturas corporais e
(roupas, acessórios, símbolos, faciais utilizadas nos rituais e/ou nos espaços
pinturas corporais) utilizadas espirituais das diversas tradições religiosas
em diferentes manifestações possuem suas características e significados que
e tradições religiosas. vão além do conhecimento humano e material.
Essas indumentárias representam muito o que se
deseja, representam vida e cultura.
(MS.EF03ER06.s.06) As indumentárias não são apenas detalhes,
Caracterizar as indumentárias marcas ou enfeites, são a representação de um
como elementos integrantes Ser Transcendente e suas manifestações, por
das identidades religiosas. meio das identidades religiosas de um povo e de
sua cultura e crenças. Assim, deve-se destacar a
importância das indumentárias e seus significados
dentro das diferentes manifestações religiosas e
de seus ritos e celebrações.

ENSINO RELIGIOSO - 4º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
Manifestações Ritos religiosos (MS.EF04ER01.s.01) Os ritos têm características próprias a depender
religiosas Identificar ritos presentes no da comunidade onde eles se manifestam,
cotidiano pessoal, familiar, considerando a diversidade cultural religiosa e as
escolar e comunitário. matrizes: indígena, africana, ocidental e oriental.
O nascimento, o batismo, a circuncisão, a crisma,
a 1ª comunhão, o casamento, a morte, os sete
sacramentos, o velório, os ritos de puberdade
(indígenas e África tribal, dentre outras culturas e
etnias), a missa de sétimo dia, os cultos, as
liturgias, a Santa Ceia etc. são considerados ritos.
Há de se lembrar que existem ritos sociais e ritos
religiosos e todos pertencem, de certa forma, ao
sagrado e são impregnados de religiosidade,
cultura e tradições.
(MS.EF04ER02.s.02) As tradições e as manifestações atribuem às
Identificar ritos e suas práticas religiosas o caráter sagrado e esse
funções em diferentes orienta suas questões que podem ser subjetivas
manifestações e tradições ou reais, estando presentes nas organizações
religiosas. religiosas. O nascimento, o casamento e a morte
são ritos que norteiam as tradições religiosas.
Deve-se considerar o respeito à diversidade
cultural religiosa, bem como as matrizes
indígenas, ocidental, africana e oriental.
(MS.EF04ER03.s.03) Os ritos e suas simbologias transformam as
Caracterizar ritos de iniciação relações pessoais culturais, sociais, políticas e
e de passagem em diversos econômicas de um grupo, povo e até mesmo de
grupos religiosos um país. O nascimento (iniciação da vida), o
(nascimento, casamento e casamento (responsabilidade, partilha e cuidado),
morte). a morte (pode ser o fim bem como o começo).
Todas as culturas e organizações religiosas têm
explicações ligadas a seu universo cultural para
questões relacionadas à vida, à morte e às
questões existenciais.

798
ENSINO RELIGIOSO - 4º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
(MS.EF04ER04.s.04) As relações e discussões sobre o sagrado devem
Identificar as diversas formas ser observadas numa perspectiva de Estado laico,
de expressão da pois a escola constitui-se numa grande
espiritualidade (orações, diversidade religiosa e cultural. Assim, não deve
cultos, gestos, cantos, dança, haver sobreposição de uma expressão religiosa
meditação) nas diferentes em detrimento de outra.
tradições religiosas.
Representações (MS.EF04ER05.s.05) Algumas tradições e/ou organizações religiosas
religiosas na arte Identificar representações possuem diferentes crenças, isso porque cada
religiosas em diferentes uma se constitui de diferentes ritos, cantos,
expressões artísticas(pinturas, danças, símbolos, pinturas corporais e mitos. É
arquitetura, esculturas, ícones, importante estabelecer a relação existente entre
símbolos, imagens), as manifestações religiosas e as artes e destacar
reconhecendo-as como parte como elas ajudam na divulgação e conhecimento
da identidade de diferentes acerca da manifestação religiosa.
culturas e tradições religiosas.
Crenças religiosas Ideia(s) de (MS.EF04ER06.s.06) As famílias e/ou as comunidades em seus
e filosofias de divindade(s) Identificar nomes, contextos particulares e históricos possuem
vida significados e representações estreita relação entre as divindades e as
de divindades nos contextos características de seus nomes, suas experiências
familiar e comunitário. no cotidiano, as heranças culturais, bem como a
cosmologia. Os nomes atribuídos às divindades
podem ser os nomes atribuídos também ao
contexto familiar, mediante as representações que
são construídas a partir dos fundamentos e
matrizes culturais, regionais e religiosas.
(MS.EF04ER07.s.07) O estudante deve compreender as diferentes
Reconhecer e respeitar as formas de ser, pensar, agir e viver, relacionadas ao
ideias de divindades de religioso e ao não religioso, com respeito às
diferentes manifestações e diversidades e identificar as práticas que
tradições religiosas. reconheçam a diversidade cultural religiosa na
perspectiva dos direitos humanos.

ENSINO RELIGIOSO - 5º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
Crenças religiosas Narrativas religiosas (MS.EF05ER01.s.01) Os acontecimentos sagrados de cada povo são
e filosofias de Identificar e respeitar únicos, têm suas particularidades, assim,
vida acontecimentos sagrados de identificar e respeitar essas tradições culturais e
diferentes culturas e tradições religiosas é ir além dos territórios sagrados de
religiosas como recurso para cada povo, é preservar suas heranças e memórias.
preservar a memória.
Mitos nas tradições (MS.EF05ER02.s.02) Os mitos e as lendas fazem parte da cultura de
religiosas Identificar mitos de criação muitos povos e eles interferem na relação da
em diferentes culturas e formação e da identidade de todos os envolvidos.
tradições religiosas. Na sua grande maioria é a maneira de explicar ou
tentar dar respostas aos fatos ocorrentes sobre o
transcendente, por meio das cerimônias sagradas.
Assim, devem-se identificar os mais variados
mitos existentes em diferentes tradições religiosas
e culturais.

799
ENSINO RELIGIOSO - 5º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
(MS.EF05ER03.s.03) Nesta habilidade, deve-se reconhecer as funções
Reconhecer funções e religiosas presentes nos mitos de criação. O mito,
mensagens religiosas segundo a ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA DO BRASIL
contidas nos mitos de criação (1997, p. 85) “constitui uma realidade
(concepções de mundo, antropológica fundamental, pois ele não só
natureza, ser humano, representa uma explicação sobre as origens do
divindades, vida e morte). homem e do mundo em que se vive, como traduz
por símbolos ricos de significado o modo como
um povo ou civilização entende e interpreta a
existência.”
Ancestralidade e (MS.EF05ER04.s.04) Deve-se destacar a importância das narrativas, a
tradição oral Reconhecer a importância da fim de perpetuar os acontecimentos religiosos.
tradição oral para preservar Elas são ensinamentos sagrados, transmitidos de
memórias e acontecimentos forma oral e escrita pelas diferentes culturas
religiosos. religiosas, expressos na literatura oral e escrita,
como em cantos, narrativas, poemas, orações,
pinturas rupestres, tatuagens, histórias da origem
de cada povo contadas pelos mais velhos, escritas
cuneiformes, hieróglifos egípcios etc. (PARANÁ,
2008)1.
(MS.EF05ER05.s.05) Propor ao estudante a reflexão e a
Identificar elementos da problematização da diversidade cultural e das
tradição oral nas culturas e tradições que permeiam as culturas religiosas e as
religiosidades indígenas, afro- crenças, possibilita que ele se posicione frente a
brasileiras, ciganas, entre sua crença e compreenda a manifestação religiosa
outras. do “outro”. A reflexão sobre as tradições e
culturas presentes no Brasil é de extrema
importância para a sua compreensão e
posicionamento frente à cultura da paz e da
intolerância.
(MS.EF05ER06.s.06) Nesta habilidade, deve-se compreender que
Identificar o papel dos sábios preservar o patrimônio cultural, por meio da
e anciãos na comunicação e memória individual e coletiva dos povos, dos
preservação da tradição oral. anciãos e sábios, implica a conservação das
tradições orais. Os sábios e os anciãos têm papel
fundamental dentro da cultura na qual estão
inseridos. Segundo Bosi (2004, p. 22): “O ancião
não sonha quando rememora: desempenha uma
função para a qual está maduro, a religiosa
função de unir o começo e o fim, de tranquilizar
as águas revoltas do presente alargando suas
margens [...].”
(MS.EF05ER07.s.07) Cada povo, em suas diferentes religiões, tem sua
Reconhecer, em textos orais, própria forma de expressar, registrar e guardar o
ensinamentos relacionados a sagrado de cada cultura e os seus entendimentos
modos de ser e viver. para repassá-los de geração a geração de
diversas formas, por meio de livros, histórias
contadas, músicas, danças, poesias, pinturas,
desenhos, esculturas ou outras formas. Os textos
sagrados necessariamente não precisam ser
escritos, podem ser orais ou pictóricos.

800
ENSINO RELIGIOSO - 6º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
Religião e (MS.EF06ER08.s.01) Nesta habilidade deve-se definir o significado de
Religiosidade Definir o que é religião e o religião e de religiosidade e como essas
que é religiosidade. interferem na vida cotidiana das pessoas.
Deve-se, ainda, refletir sobre a dimensão da
religiosidade nos poemas, nas músicas e nas
literaturas que não estejam ligadas
necessariamente a textos considerados sagrados
por alguma religião. Deve-se, também, propor
atividades que possibilitem a compreensão da
institucionalização do Estado Laico e as possíveis
relações com as religiões, trabalhando a distinção
com o Estado Teocrático.
Crenças religiosas Tradição escrita: (MS.EF06ER01.s.02) Os textos sagrados podem influenciar o modo de
e filosofias de registro dos Reconhecer o papel da vida de um grupo, e seus rituais e manifestações
vida ensinamentos tradição escrita na criam novas estruturas de unidade e de
sagrados preservação de memórias, identidade entre seus seguidores, de forma a
acontecimentos e garantir que seus ensinamentos sejam
ensinamentos religiosos. solidificados e transmitidos às novas gerações.
(MS.EF06ER02.s.02) O ponto preponderante que caracteriza um texto
Reconhecer e valorizar a como sagrado é a sua mensagem. O que ele
diversidade de textos transmite é reconhecido pelo grupo como sendo
religiosos escritos (textos do original e sagrado. Existe uma diversidade de
Budismo, Cristianismo, textos sagrados em todos os povos e culturas, e o
Espiritismo, Hinduísmo, que eles transmitem faz a ponte entre o homem e
Islamismo, Judaísmo, entre o sagrado. Não importa qual seja a tradição
outros). cultural ou religiosa, os textos aproximam o
homem do Ser Sagrado.
Ensinamentos da (MS.EF06ER03.s.03) Observa-se que existem tradições e
tradição escrita Reconhecer, em textos manifestações religiosas que são transmitidas
escritos, ensinamentos ainda de forma oral ou repassadas, por meio de
relacionados a modos de ser diferentes rituais. No entanto, os textos sagrados
e viver. registram episódios ressaltantes de uma tradição
e suas manifestações religiosas que podem ser:
orações, doutrina, história das práticas que
norteiam e orientam o grupo em questão. Assim,
é importante relacionar essas manifestações com
aspectos práticos e éticos vivenciados pelas
pessoas, a partir dos textos sagrados escritos.
(MS.EF06ER04.s.04) Os textos escritos viabilizam a preservação da
Reconhecer que os textos cultura de um povo e de seus ensinamentos. Eles
escritos são utilizados pelas apresentam, por meio de relatos e experiências,
tradições religiosas de as diferentes organizações religiosas, suas
maneiras diversas. tradições e manifestações do sagrado. Desta
forma, é necessário abordar a dimensão do
sagrado como parte da vida do homem, como
um fator que o constitui, ressaltando a
multiplicidade religiosa como riqueza para a
humanidade que se liga também à cultura e às
artes, no tocante à convivência em sociedade,
numa perspectiva de diálogo, inclusão,
solidariedade e respeito.
(MS.EF06ER05.s.05) Deve-se trabalhar a tolerância religiosa, o
Discutir como o estudo e a sincretismo religioso, a importância da
interpretação dos textos religiosidade para a tolerância e a convivência
religiosos influenciam os harmoniosa entre as pessoas, no convívio social,
adeptos a vivenciarem os na conduta ética-moral. Os ensinamentos
ensinamentos das tradições estabelecidos nos textos escritos podem ser
religiosas. coletivos e/ou individuais, no entanto, eles têm a
premissa de corroborar para resolver impasses da

801
ENSINO RELIGIOSO - 6º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
vida no dia a dia e trabalhar na conduta de seus
adeptos. Deve-se, também, ressaltar a
multiplicidade religiosa como riqueza para a
humanidade que se liga à cultura, às artes e à
vivência em sociedade, abordando os
ensinamentos estabelecidos nos textos escritos
que podem ser coletivos e/ou individuais.
Símbolos, ritos e (MS.EF06ER06.s.06) Esta habilidade visa possibilitar ao estudante o
mitos religiosos Reconhecer a importância entendimento da importância do sentido
dos mitos, ritos, símbolos e fantasioso por trás dos mitos e das lendas, a sua
textos na estruturação das mensagem social, religiosa/sagrada e as
diferentes crenças, tradições e manifestações refletidas no campo das vivências,
movimentos religiosos. das experiências humanas e do Transcendente.
(MS.EF06ER07.s.07) Entre as tradições religiosas é muito comum que
Exemplificar a relação entre elas constituam seus símbolos de forma natural
mito, rito e símbolo nas ou sobrenatural. Os símbolos, os mitos e os ritos
práticas celebrativas de são criados a partir da necessidade de cada
diferentes tradições cultura e têm o objetivo de estabelecer uma
religiosas. estreita relação entre o homem e o mundo
espiritual. Eles expressam os valores de um povo,
criam sentimentos de paz, amor ou até mesmo de
ódio. Aquilo que toca o homem,
incondicionalmente, precisa ser expresso por
meio de símbolos, porque apenas a linguagem
simbólica consegue expressar o condicional.
(TLLICHI, 1974)

ENSINO RELIGIOSO - 7º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
Manifestações Místicas e (MS.EF07ER01.s.01) Ressaltar que o Brasil possui uma diversidade
religiosas espiritualidades Reconhecer e respeitar as religiosa imensa que precisa ser conhecida para
práticas de comunicação com ser respeitada e promover visitas a espaços das
as divindades em distintas distintas manifestações e tradições religiosas,
manifestações e tradições considerados sagrados. As relações místicas e as
religiosas. práticas religiosas de cada cultura têm os seus
meios de comunicação junto às divindades.
(MS.EF07ER02.s.02) Nesta habilidade, o estudante deve identificar e
Identificar práticas de saber reconhecer como as pessoas entendem ou
espiritualidade utilizadas compreendem os fenômenos religiosos que
pelas pessoas em ocorrem no cotidiano de cada um, em momentos
determinadas situações de tristezas, alegrias, morte, acidentes e até
(acidentes, doenças, mesmo quando envolve a natureza climática,
fenômenos climáticos). procurando entender o espaço espiritual/ou
material de cada ser humano. Os princípios que
regem as práticas espirituais de um povo, cultura
ou etnia são as características que os levam a crer
em um Ser Superior que emana as energias em
suas ações e manifestações místicas.
Lideranças religiosas (MS.EF07ER03.s.03) Deve-se ressaltar que um líder precisa ser
Reconhecer os papéis tolerante e capaz de perceber as necessidades de
atribuídos às lideranças de seu povo, para que possa promover mais
diferentes tradições dignidade e esta seja promulgada entre toda a
religiosas. sociedade civil. O líder religioso tem um papel de
fundamental importância diante da comunidade

802
ENSINO RELIGIOSO - 7º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
da qual está à frente. Ele precisa ser cônscio da
cultura religiosa, da base familiar, da economia,
da política da educação e da saúde, com esses
elementos irá reger a sua função de líder. Em
cada cultura religiosa o líder pode manifestar-se
de diversas formas e nuances.
(MS.EF07ER04.s.04) Ao longo da história da humanidade surgiram
Exemplificar líderes religiosos grandes líderes que marcaram uma época, um
que se destacaram por suas povo ou até mesmo uma nação, como Madre
contribuições à sociedade. Teresa de Calcutá, Jesus Cristo, Ghandi, Max
Martin Luther King, Joana D’Arc, Dalai Lama, Papa
João Paulo II, Agostinho de Hipona, Francisco de
Assis, Frei Bento, Jacobina Mentz Maurer, Santo
Agostinho, Maomé, João Calvino, Paulo de Tarso,
Martinho Lutero, Jossei Toda, Zuruastra, Chico
Xavier e muitos outros.
Crenças religiosas Princípios éticos e (MS.EF07ER06.s.05) O estudante deve reconhecer que cada religião
e filosofias de valores religiosos Identificar princípios éticos tem sua maneira de viver a ética de forma
vida em diferentes tradições pluralizada, a qual pode ser diferenciada entre os
religiosas e filosofias de vida, povos e culturas.
discutindo como podem É importante trabalhar a pluralidade cultural, o
influenciar condutas pessoais sincretismo religioso, a tolerância religiosa, os
e práticas sociais. princípios ético-morais que envolvem as práticas
da convivência humana na sociedade, o respeito
ao outro, o amor ao próximo, o exercício da
caridade. O sentimento de pertencimento que
uma pessoa tem por sua religião envolve ética,
filosofia, valores e, acima de tudo, respeito. A
Ética está dentro da filosofia, e as religiões, seitas
e suas ramificações filosóficas possuem doutrinas
e princípios que norteiam as tradições religiosas.
Portanto, os princípios éticos influenciam a
conduta das pessoas, bem como suas práticas
sociais.
(MS.EF07ER05.s.06) A cultura da paz entre os povos precisa começar
Discutir estratégias que no leito da família, que deve discutir os princípios
promovam a convivência da convivência ética e respeitosa, a partir dos
ética e respeitosa entre as Direitos Humanos que não podem ser violados.
religiões.
Liderança e direitos (MS.EF07ER07.s.07) Promover o respeito aos direitos humanos é um
humanos Identificar e discutir o papel dever de toda a sociedade. A educação entre e
das lideranças religiosas e dentre os muros da escola tem muito a contribuir
seculares na defesa e com discussões e trabalhos educacionais que
promoção dos direitos envolvam toda a comunidade. Nesse sentido,
humanos. envolver as lideranças religiosas e seculares neste
processo é uma ação ética e política.
Crenças religiosas Liderança e direitos (MS.EF07ER08.s.08) Deve-se possibilitar ao estudante a consciência de
e filosofias de humanos Reconhecer o direito à realidades em que a liberdade e os direitos são
vida liberdade de consciência, privados, para que haja uma valorização das
crença ou convicção, conquistas de que ele desfruta em seu país. Todas
questionando concepções e as pessoas têm o direito de ir e vir, livre acesso às
práticas sociais que a violam. suas convicções, crenças e valores e devem saber
reconhecer e respeitar a liberdade e a opinião do
próximo, sem violar suas práticas.

803
ENSINO RELIGIOSO - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
Crenças religiosas Crenças, convicções e (MS.EF08ER01.s.01) O respeito para com o semelhante é singular e
e filosofias de atitudes Discutir como as crenças e saber reconhecer e viver em comunidade e ter
vida convicções podem influenciar atitudes éticas e políticas faz parte do viver e
escolhas e atitudes pessoais e conviver em sociedade, acima das crenças, valores
coletivas. e tradições religiosas.
Doutrinas religiosas (MS.EF08ER03.s.02) Dentre as muitas tradições religiosas, crenças e
Analisar doutrinas das filosofias, devem-se enfatizar o Cristianismo, as
diferentes tradições religiosas Religiões Indígenas, Religiões Afro-Brasileiras, o
e suas concepções de mundo, Hinduísmo, o Islã, o Espiritismo, o Judaísmo e o
vida e morte. Budismo. De forma resumida pode-se entender
que:
- cada grupo e tradição religiosa tem formas
diferentes de entender as concepções sobre
mundo, vida e morte;
- cada grupo existe e surgiu em contextos sociais
e culturais diferentes, no entanto, pode divergir
sobre os mesmos assuntos, como ressurreição,
encarnação, jejum, poligamia, sexualidade,
homossexualidade etc.;
- os princípios éticos não são eternos, podem
sofrer algum tipo de mudança com o passar do
tempo;
- as religiões procuram cada uma, ao seu modo,
ser um canal de mediação entre o homem e o
transcendente;
- a diversidade religiosa entre as etnias indígenas
tem relação com a natureza em sua forma de
organização;
- o sincretismo e as religiões Africanas
influenciaram a formação do catolicismo popular
e o nascimento de religiões Afro-Brasileiras.
Crenças, filosofias de (MS.EF08ER04.s.03) Muitos estudiosos, em seus estudos filosóficos,
vida e esfera pública Discutir como filosofias de entendem que não há dúvida alguma sobre a
vida, tradições e instituições amplitude teórica e empírica que as religiões
religiosas podem influenciar desempenham na vida das pessoas. Observa-se
diferentes campos da esfera que, em análise e comparação entre as diversas
pública (política, saúde, religiões, concluiu-se que, de um modo geral, as
educação, economia). religiões têm o poder de provocar transformações
na ordem social, sejam elas na esfera da
economia, da política ou da cultura em geral.
(MS.EF08ER05.s.04) Num país laico, debater sobre as tradições
Debater sobre as religiosas e como elas interferem nas esferas
possibilidades e os limites da públicas possibilita a promoção dos Direitos
interferência das tradições Humanos e o princípio da respeitabilidade ética.
religiosas na esfera pública.
(MS.EF08ER06.s.05) Os projetos e as políticas públicas implantadas no
Analisar práticas, projetos e país, nos últimos anos, vêm contribuindo muito
políticas públicas que com os avanços da cultura da paz. A liberdade de
contribuem para a promoção pensamento, expressão, raça, gênero e as crenças
da liberdade de pensamento, religiosas ganharam outros vieses, como, por
crenças e convicções. exemplo, veículos de comunicação, movimento
da parada gay, liberdade religiosa, luta de classes,
direito de ir e vir, direito à saúde, à educação e à
segurança. (Declaração Universal dos Direitos
Humanos - Art. 19).
(MS.EF08ER02.s.06) Observa-se que muitas pessoas buscam na fé ou
Analisar filosofias de vida, na religião crenças que possam lhes dar um porto
manifestações e tradições seguro para as suas emoções e medos. Entende-
se que a filosofia e as religiões fazem parte da

804
ENSINO RELIGIOSO - 8º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
religiosas destacando seus ética e têm os seus aportes doutrinários e
princípios éticos. princípios a serem seguidos. Cada religião, seita,
filosofia ou tradição tem seus princípios que são
seguidos por seus membros.
Tradições religiosas, (MS.EF08ER07.s.07) A implementação das muitas tecnologias e a
mídias e tecnologias Analisar as formas de uso das forma de uso das diversas mídias pelas
mídias e tecnologias pelas comunidades e/ou denominações religiosas vêm
diferentes denominações arrebatando um novo tipo de membro/seguidor
religiosas. que é aquele dito ocupadíssimo e sem tempo
para ficar sentado dentro de uma estrutura física
ou arquitetônica. Nos dias atuais, assistir a um ato
sagrado ou participar dele, necessariamente não
significa estar pessoalmente dentro de uma igreja,
templo, salão ou terreiro.
(MS.EF08ER00.n.08) Nesta habilidade deve-se demonstrar como as
Demonstrar como as tecnologias estão sendo utilizadas pelas
tecnologias podem ser uma diferentes denominações religiosas, fazendo o
ferramenta de difundir as uso das mídias disponíveis atualmente, por meio
práticas religiosas. de rádio, TV, redes sociais, jornais e revistas.
Deve-se, ainda, avaliar os aspectos positivos e
negativos que estão relacionados às tecnologias e
à religiosidade.

ENSINO RELIGIOSO - 9º ANO


Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
Crenças religiosas Imanência e (MS.EF09ER01.s.01) Em todas as culturas e tradições religiosas e nas
e filosofias de transcendência Analisar princípios e muitas filosofias de vida existe o valor dado à
vida orientações para o cuidado pessoa humana. São os princípios adotados por
da vida e nas diversas eles que regem e norteiam a vida dos seus
tradições religiosas e seguidores. Por mais que possa parecer estranho
filosofias de vida. aos olhos de quem está de fora, não cabe a
ninguém julgar ou tentar entender a fé, a religião,
as crenças, as filosofias de vida do semelhante.
Cabe sim, promover a cultura da paz entre todos.
Desta forma, é importante ressaltar que em todas
as culturas e tradições religiosas e nas muitas
filosofias de vida existe o valor dado à pessoa
humana e que são os princípios adotados por elas
que regem e norteiam a vida dos seus seguidores.
(MS.EF09ER02.s.02) O respeito e a valorização da vida devem ser
Discutir as diferentes discutidos à luz da cultura na qual está inserido,
expressões de valorização e lembrando dos princípios éticos e dos valores
de desrespeito à vida, por universais. Os noticiários, as mídias e as redes
meio da análise de matérias sociais vêm apresentando a desvalorização da
nas diferentes mídias. pessoa, assim, é fundamental discutir e refletir
sobre o assunto e destacar que esses fazem parte
dos Direitos Humanos e do Estatuto da Criança e
do Adolescente - ECA.
Vida e morte (MS.EF09ER03.s.03) As organizações e religiões explicam o sentido de
Identificar sentidos do viver e viver e morrer para seus seguidores de forma
do morrer em diferentes analógica, como se procede ao ato sobre a vida
tradições religiosas, através além da morte. Cada organização apresenta as
do estudo de mitos muitas interpretações no que tange ao sentido da
fundantes. vida além da morte, que pode ser a reencarnação,

805
ENSINO RELIGIOSO - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
a ressurreição, dentre outras, dependendo da
forma como a organização religiosa trabalha
essas questões entre seus adeptos.
(MS.EF09ER04.s.04) Os rituais de sepultamento e os funerais variam
Identificar concepções de de cultura, povo e etnia, sendo que cada
vida e morte em diferentes sociedade tem sua maneira de viver e respeitar a
tradições religiosas e morte. O ritual de pós-morte é um processo que
filosofias de vida, por meio da pode trazer dor, alegria e festa. Para muitos, os
análise de diferentes ritos funerais remetem às memórias e às recordações
fúnebres. que serão vividas de forma nostálgica e até
mesmo como ensinamentos por toda a vida dos
presentes.
(MS.EF09ER05.s.05) A ressurreição está presente para os cristãos,
Analisar as diferentes ideias islâmicos e judeus, eles acreditam que há vida
de imortalidade elaboradas após a morte. Os espíritas acreditam na
pelas tradições religiosas reencarnação, para eles, o espírito regressa em
(ancestralidade, reencarnação, um novo corpo humano e creem na evolução. No
transmigração e ressurreição). entanto, há doutrinas que acreditam que o ser
humano pode renascer em forma de animal ou
vegetal. Há também religiões e organizações em
que o conceito de reencarnar tem o sentido de
sequência no processo de se purificar. Observa-se
que existem muitas organizações e religiões que
acreditam na morte como uma viagem ou
passagem para uma vida de sucesso e riquezas
ou angústias.
Princípios e valores (MS.EF09ER06.s.06) A dignidade do homem diz respeito à ética e aos
éticos Reconhecer a coexistência valores morais que o envolve. A cultura religiosa
como uma atitude ética de ou a filosofia de vida de cada um determina seu
respeito à vida e à dignidade caráter e tudo aquilo em que ele acredita.
humana. “O homem vive em sociedade, convive com
outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar e
responder à seguinte pergunta: “Como devo agir
perante os outros?” (BRASIL.1995).
Observa-se que essa é uma pergunta fácil de
fazer, no entanto, complicada para responder,
uma vez que se trata de ética, respeito,
imparcialidade e moral.
(MS.EF09ER07.s.07) Os princípios éticos que norteiam e alicerçam os
Identificar princípios éticos projetos de vida de uma pessoa, família e/ou as
(familiares, religiosos e tradições religiosas e culturais estão embasados
culturais) que possam nos valores recebidos como a premissa de uma
alicerçar a construção de educação sustentada nos princípios da moral e da
projetos de vida. ética. A construção de projetos de vida de uma
pessoa envolve muitas particularidades e
singularidades.
(MS.EF09ER08.s.08) O projeto de vida de cada pessoa inicia muito
Construir projetos de vida cedo, envolve família, educação, saúde,
assentados em princípios e segurança, justiça e isso tudo está dentro do bojo
valores éticos. moral e ético. Por mais que isso conduza os
princípios ou padrões que norteiam uma
sociedade ou cultura, nem sempre são
desenvolvidos de forma reflexiva.
“Em outro sentido, ética pode referir-se a um
conjunto de princípios e normas que um grupo
estabelece para seu exercício profissional (por
exemplo, os códigos de ética dos médicos, dos
advogados, dos psicólogos etc.)” (BRASIL. 1995).
Com base nos princípios éticos e morais, pode-se

806
ENSINO RELIGIOSO - 9º ANO
Unidades Objetos de
Habilidades Contextualização
Temáticas Conhecimento
estabelecer a construção de um projeto de vida
que envolva a discussão das normas ou princípios
que fundamentam a educação recebida em casa.
Assim, é de extrema importância destacar a
importância de cada pessoa ter seu projeto de
vida pautado em princípios e valores éticos.

807
REFERÊNCIAS
ABDALLA, R. K. Islamismo. O maior desafio em todo mundo. Curitiba: AD Santos. 1998.

ALBUQUERQUE, Eduardo Basto de. Da História Religiosa à História Cultural do Sagrado. Ciência e Religião – História e
Sociedade. Volume 5, número 5, 2007. Pp. 34 – 49. BAKHTIN, Mikhail. A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento: o
contexto de François Rabelais. São Paulo/Brasília: Hucitec/Editora Universidade de Brasília, 2008.

ALVES, Rubem. O enigma da religião. Campinas: Papirus, 1988.


BENATTE, Antônio Paulo. O que é História das Religiões? Em torno da recepção da Bíblia no Pentecostalismo brasileiro. In:
MARANHÃO FILHO, Eduardo Meinberg de Albuquerque (Org.). Religiões e Religiosidades em (con)textos: Conferência e mesa
do Simpósio Sudeste da ABHR / Simpósio Internacional da ABHR: diversidades e (in)tolerâncias religiosas. São Paulo: Fonte
Editorial, 2013.

BELLOTTI, Karina Kosicki. História das Religiões: conceitos e debates na era contemporânea. In: História: Questões e Debates.
Curitiba: Editora UFPR, nº 55, pp. 13-42, jul/dez 2011.

BLOCH, Marc. Os Reis Taumaturgos: o caráter sobrenatural do poder régio. França e Inglaterra. São Paulo: Companhia das
Letras, 1993.

BORGES, Célia Maia. As Representações Religiosas, as Práticas Culturais e os Símbolos Sagrados: os Irmãos do Santíssimo
Sacramento da Colônia. In: OLIVEIRA, Camila Aparecida Braga; MODELO, Helena Miranda; BUARQUE, Virgínia Albuquerque de
Castro (orgs). Caderno de resumos & Anais do 5º. Seminário Nacional de História da Historiografia: biografia & história
intelectual. Ouro Preto: EDUFOP, 2011.

BORRES, Guilouski. Alimentos sagrados nos rituais. Curitiba, 2010.

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996.

________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais.
Apresentação dos temas transversais e Ética. Volume 8. Brasília: MEC/SEF, 2001.

________. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e ações para a
educação das relações étnico-raciais. Brasília: Secad, 2006.

_______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n.
8.069, 13 jul. 1990. Disponível em: . Acesso em: 27 abri. 2018.

CAMPBELL, Joseph. O Poder do Mito. São Paulo: Palas Athena,1990.

CARVALHO, Antonio, Vieira de. Teologia da educação cristã. São Paulo: Hagnos, 2006.

CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e representações. Lisboa: DIFEL, 2002. CHARTIER, Roger. A Beira da Falésia: a
História entre certezas e inquietudes. Rio Grande do Sul: EDUFRS, 2002.

CHAUÍ, Madalena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2005.

COSTA, Diná Raquel Daudt da. Palavras sagradas nos rituais. Curitiba, 2010.

CROATTO, J. S. As linguagens da experiência religiosa: uma introdução à fenomenologia da religião. São Paulo: Paulinas, 2001.
DARTON, Robert. Os dentes falsos de George Washington: um guia não convencional para o século XVIII. São Paulo: Companhia
das Letras, 2005.

ELIADE, Mircea. Aspectos do Mito, Edições 70, Lisboa ELÍADE, Mircea. Mito e Realidade Debate e Filosofia. São Paulo: Ed.
Perspectiva. 1972.

Enciclopédia Britânica do Brasil. Publicações Ltda. Rio de Janeiro, São Paulo, v. 10, 1997.

FONAPER. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Religioso. São Paulo, Mundo Mirim, 2009.
GAARDER, Jostein. O livro das religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

808
GASBARRO, Nicola. Missões: a civilização cristã em ação. In: MONTERO, Paula (org). Deus na Aldeia: missionários, índios e
mediação cultural. São Paulo: Globo, 2006.

HUIZINGA, Johan. O Outono da Idade Média. São Paulo: Cosac Naify, 2010. LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (Dir.). História:
Novas Abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.

__________. História: Novos Objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.

LE GOFF, Jacques. O Deus na Idade Média: conversas com Jean-Luc Pouthier. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

MASSENZIO, Marcello. A História das Religiões na Cultura Moderna. São Paulo: Hedra, 2005. MATA, Sérgio da. História e
Religião. Belo Horizone: Autêntica Editora. 2010.

MATO GROSSO DO SUL. Secretaria Estadual de Educação. Referencial curricular 2012 Ensino Fundamental/ Secretaria de Estado
de Educação de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: 2012.

MONTERO, Paula (org). Deus na Aldeia: missionários, índios e mediação cultural. São Paulo: Globo, 2006.

MOTA L. T.; ASSIS V. S. Populações indígenas no Brasil: histórias, culturas e relações interculturais. Maringá, PR: Eduem, 2008.

NUNES, Elton de Oliveira. Teoria e Metodologia da História das Religiões. In: MARANHÃO FILHO, Eduardo Meinberg de
Albuquerque (Org.). Religiões e Religiosidades em (con)textos: Conferência e mesa do Simpósio Sudeste da ABHR / Simpósio
Internacional da ABHR: diversidades e (in)tolerâncias religiosas. São Paulo: Fonte Editorial, 2013.

OLIVEIRA, Lilian Blank de ET all. Ensino Religioso no ensino fundamental. São Paulo: Cortez, 2007.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Pública
Estadual do Paraná. Ensino Religioso. Curitiba: Seed/DEB, 2008.

REIS, João José. A morte é uma festa: Ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do Séc. XIX. Cia. das Letras: São Paulo, 1991.

RODRIGUES, Cláudia. Lugares dos mortos na cidade dos vivos: tradições e transformações fúnebres no Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro, 1997.

SAHLINS, Marshall. Ilhas de História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 1994.

SANTOS, Francisco Jorge dos. Histórias do Amazonas. Manaus: Novo Tempo, 2002.

SCHLÖGL, Emerli. Caracóis e rituais. Curitiba, 2010.

SCHLÖGL, Emerli. Ao menos uma vez na vida quero ir até Meca. Curitiba, 2009.
SILVA, Aracy Lopes da; Luis Donisete Benzi. A temática indígena na escola. Brasília: MEC/Mari/Unesco, 1995.

SMITH, Cathryn. Programa de Educação Religiosa: Nova estrutura de educação religiosa para a igreja. Rio de Janeiro: JUERP,
1995.

STEEL, Edson. Ensino Religioso: ensino fundamental II. São Paulo: Global, 2009.

SOUZA, Rita de Cássia de. Direitos Humanos e Ensino Religioso: uma construção para a cidadania. Dissertação (Mestrado em
Teologia) – Programa de Pós-Graduação em Teologia, Escola Superior de Teologia, São Leopoldo, 2011.

SOUZA, R. M. de O. O Iaô – Princípio e fim de tudo. As relações de poder no Candomblé Kêto. In: SEMINÁRIO DE PESQUISA DA
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS, 2. nov. 2011. Anais... Goias, UFG. Disponível em:
<http://anais.cienciassociais.ufg.br/uploads/253/original_Robson_Max_de_Oliveira_ Souza.pdf> Acesso em: 13 abri. 2018.

TILLCH, Paul. Dinâmica da Fé. São Leopoldo: Sinodel, 1974.


VIESSER, Lizete Carmem. Fundamentos Pedagógicos do Ensino Religioso. IESDE, Curitiba: 2005.

- Documentos oficiais (anexar os dois documentos)


- Resolução CNE/CEB n. 5, de 17 de dezembro de 2009
- Resolução CNE/CEB n. 7, de 14 de dezembro de 2010

809
COMISSÕES REGIONAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E
ARTICULAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DA PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR NO ESTADO DE

MATO GROSSO DO SUL

CRE 01 - COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE AQUIDAUANA


Coordenadoria Regional De Educação De Aquidauana Benizet Da Silva Fernandes

Conselho Municipal De Educação Sheila Gonçalves Mendes Oliveira

Sindicato Municipal Dos Trabalhadores Em Educação Jeferson De Padua Melo


José De Ávila Ferraz
Secretaria Municipal De Educação De Anastácio Alzira Do Socorro Luciolo

Secretaria Municipal De Educação De Bodoquena José Albertino Duarte

Secretaria Municipal De Educação De Aquidauana Ivone Nemer De Arruda

Sec. Municipal De Educação De Dois Irmãos Do Buriti Lourdes Mendes Da Silva Pereira

Secretaria Municipal De Educação De Miranda Deusmar Gomes Correia Gonçalves

CRE 02 – COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO GRANDE – METROPOLITANA


Coord. Reg. de Educação de C. Grande – Metropolitano Sabrina Guimarães Gomes Rezende Dos Santos

Conselho Municipal De Educação Tânia Maria Terra Serra Dos Passos

Sindicato Municipal Dos Trabalhadores Em Educação Rosana Aparecida De Carvalho Silva


Renato Pires De Paula
Secretaria Municipal De Educação De Bandeirantes Ana Lina Rezende Martins De Abreu

Secretaria Municipal De Educação De Camapuã Nilta Antonio Da Silva

Secretaria Municipal De Educação De Corguinho Adriana Fernandes Borges

Secretaria Municipal De Educação De Jaraguari Maria Aparecida Dos Santos Rodrigues

Sec. Municipal De Educação De Nova Alvorada Do Sul Sueli Machado De Morais Cabreira

Sec. Municipal De Educação De Ribas Do Rio Pardo Ana Paula Antônio Da Silva

Secretaria Municipal De Educação De Rochedo Marcos Larreia Alves

Secretaria Municipal De Educação De Sidrolândia Einy Ferraz Caldas Ferreira

Secretaria Municipal De Educação De Terenos Cenira Figueiredo Lopes

810
CRE 03 – COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORUMBÁ
Coordenadoria Regional de Educação de Corumbá Vanesa Sara Neves Correia Lima Araújo

Conselho Municipal de Educação Jorsil Santana dos Santos

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação Rosa Maria da Silva


Raquel Guimarães do Prado
Secretaria Municipal de Educação de Corumbá Sandra Laura de Campos Santiago Garcia

Secretaria Municipal de Educação de Ladário Jeane Cristina da Silva Oliveira de Souza

CRE 04 – COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE COXIM


Coordenadoria Regional de Educação de Coxim Janete Cruz de Vitt

Conselho Municipal de Educação Nilsa Prospero de Andrade

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação Mara Núbia dos Santos


José Luis Ribeiro de Leon
Secretaria Municipal de Educação de Alcinópolis Lilian Flávia Muller

Secretaria Municipal de Educação de Costa Rica Nelize de Araujo Vargas

Secretaria Municipal de Educação de Coxim Maria Auxiliadora Bispo da Silva

Secretaria Municipal de Educação de Figueirão Patrik Talina do Amaral

Secretaria Municipal de Educação de Pedro Gomes Luzenir Severo dos Santos

Secretaria Municipal de Educação de Rio Negro Nicéa Maria dos Santos

Sec. Municipal de Educação de Rio Verde de Mato Grosso Lucineide Pereira da Silva

Secretaria Municipal de São Gabriel do Oeste Danielle dos Santos Souza

Secretaria Municipal de Educação de Sonora Joana Darc Pereira

CRE 05 – COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE DOURADOS


Coordenadoria Regional de Educação de Dourados Bruno Alves Moreira

Conselho Municipal de Educação Deborah Salette Fernandes Cruz

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação Apolinário Candado


Rosilda Moura de Carvalho
Secretaria Municipal de Caarapó Iracilda Moreira dos Santos

Secretaria Municipal de Educação de Deodápolis Antônio Carlos dos Santos Silva

Secretaria Municipal de Educação de Douradina Geise Messa Vidal

Secretaria Municipal de Educação de Dourados Clair Moron dos Santos Munhoz

Secretaria Municipal de Fátima do Sul Maria Odete Amaral

Secretaria Municipal de Educação de Glória de Dourados Cleusiléia Rodrigues de Matos Martinez

Secretaria Municipal de Educação de Itaporã Cristiane Teresinha

Secretaria Municipal de Educação de Jateí Hellen Souza Silva

Secretaria Municipal de Educação de Laguna Carapã Marlei Venilda Petry Sutel Idei

811
Secretaria Municipal de Educação De Maracaju Silvana Terezinha Carra Dias

Secretaria Municipal de Rio Brilhante Gabriela Tiossi Capasso Costa

Secretaria Municipal de Educação de Vicentina Werica Gomes Lima Souza

CRE 06 – COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO GRANDE - CAPITAL


Coord. Regional de Educação de Campo Grande – Capital Tiago Green de Freitas

Conselho Municipal de Educação Marta Regina Brostolin

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação Renato Pires de Paula


Rosana Aparecida de Carvalho Silva
Secretaria Municipal de Campo Grande Fernando Vendrame Menezes
Lílian Mara Dela Cruz

CRE – 07 – COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE JARDIM - OK


Coordenadoria Regional de Educação de Jardim Valquíria Domingues de Souza Lima

Conselho Municipal de Educação Romilda Arévalo da Rosa

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação Elder Basso


Sandra Luiza da Silva
Secretaria Municipal de Educação de Bela Vista Eraclides Nunes de Souza

Secretaria Municipal de Educação de Bonito Ana Márcia Borges Mafalda

Secretaria Municipal de Educação de Caracol Eder Salina Moraes

Secretaria Municipal de Educação de Guia Lopes da Laguna Elizangela Corrêa Arruda dos Santos

Secretaria Municipal de Educação de Jardim Valéria Regina de Cilo Mazucato

Secretaria Municipal de Educação de Nioaque Emerson Augusto Nahabedian Ramos

Secretaria Municipal de Educação de Porto Murtinho Joicylainne Acunha Oliveira

CRE 08 – COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE NAVIRAÍ


Coordenadoria Regional de Educação de Naviraí Michelle Milhorança Moreira

Conselho Municipal de Educação Marli dos Santos de Oliveira

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação José Luiz dos Santos


Margareti Macena de Lima Brito
Secretaria Municipal de Eldorado Roseli Dalfovo

Secretaria Municipal de Iguatemi Elenice Pereira Neves

Secretaria Municipal de Educação de Itaquiraí Márcia Aparecida Ramos

Secretaria Municipal de Educação de Japorã Nivaldo Dias Lima

Secretaria Municipal de Educação de Juti Claudia Mara Pontes Fernandes

Secretaria Municipal de Educação de Mundo Novo Camila Rubim de Moraes

Secretaria Municipal de Educação de Naviraí Rosicléia Pulquério Garcia

812
Secretaria Municipal de Educação de Sete Quedas Silvana Milioli de Lima

Secretaria Municipal de Educação de Tacuru Cleci Madalena Talini Iturbe

CRE 09 – COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE NOVA ANDRADINA


Coordenadoria Regional de Educação de Nova Andradina Marilza Nunes de Araújo Nascimento

Conselho Municipal de Educação Celio Vieira Nogueira

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação Maurício dos Santos


Geraldo Torrecilha Lopes
Secretaria Municipal de Educação de Anaurilândia Aparecida Gomes Zandonade

Secretaria Municipal de Educação de Angélica Solange Soares da Silva

Secretaria Municipal de Educação de Bataguassu Elizabhete Aparecida de Lima

Secretaria Municipal de Educação de Batayporã Claudia Amorfim Reis de Souza

Secretaria Municipal de Educação de Ivinhema Iraides Aparecida Cessel

Secretaria Municipal de Educação de Nova Andradina Ana Paula Machado Baptista

Secretaria Municipal de Educação de Novo Horizonte do Sul Silvano Balieiro Barbosa

Secretaria Municipal de Educação de Taquarussu Rogério Francisco dos Santos

CRE 10 – COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PARANAÍBA


Coordenadoria Regional de Educação de Paranaíba Cláudio Ferreira da Silva

Conselho Municipal de Educação Maria Ângela Pereira Pedroso

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação Tânia Mara de Morais Silva


Ronilson Nogueira Machado
Secretaria Municipal de Educação de Aparecida do Taboado Edileide Aparecida Xavier da Cruz

Secretaria Municipal de Educação de Cassilândia Fabiana de Pieri

Secretaria Municipal de Educação de Chapadão do Sul Sandra Cristina Mioto de Gouvea

Secretaria Municipal de Educação de Inocência Gilsa Alves de Queiroz

Secretaria Municipal de Paraíso das Águas Ieda Silva de Oliveira

Secretaria Municipal de Educação de Paranaíba Raquel Marques Ribeiro dos Santos

CRE 11 – COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PONTA PORÃ


Coordenadoria Regional de Educação de Ponta Porã Karla Santos de Almeida

Conselho Municipal de Educação Renata Sanches Franco Icassatti

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação Edivaldo Vieira


Luciana Ferriol de Matos
Secretaria Municipal de Educação de Amambai Silvana Lago Velozo

Secretaria Municipal de Educação de Antônio João Maria de Fátima Dutra Rodrigues

Secretaria Municipal de Educação de Aral Moreira Jackson Machado Barbosa

813
Secretaria Municipal de Educação de Coronel Sapucaia Milda Beatriz Recalde Ferreira

Secretaria Municipal de Educação de Paranhos Andreia Carniatto Porto

Secretaria Municipal de Educação de Ponta Porã Mirta Rie de Oliveira Tominaga

CRE 12 – COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE TRÊS LAGOAS


Coordenadoria Regional de Educação de Três Lagoas Bruna Tiago Almeida

Conselho Municipal de Educação Selma Ferreira da Silva

Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação Valdenia Aparecida de Almeida


Maria Inês Anselmo Costa
Secretaria Municipal de Educação de Água Clara Alan Cezar Alves de Souza

Secretaria Municipal de Educação de Brasilândia Maria Cristina da Silva Dameão

Sec. Municipal De Educação de Santa Rita do Pardo Katia Cristina da Silva

Secretaria Municipal de Educação de Selvíria Juraci Barcelos de Mello

Secretaria Municipal de Educação de Três Lagoas Angela Maria de Brito

814
815

Você também pode gostar