NBR 12576

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ABNT/CB-32

PROJETO 32:005.01-005 - Revisão da NBR 12576:1992


Abril:2010

Equipamentos de proteção individual – Calçado isolante elétrico para trabalhos


em instalações elétricas de baixa voltagem – Especificações e métodos de
ensaios
APRESENTAÇÃO
1) Este 5º Projeto foi elaborado pela CE-32:005.01 – Calçados de Uso Profissional - do
ABNT/CB-32 - Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual, nas reuniões de:
27/10/2008 15/12/2008 18/02/2009
16/04/2009

2) Este Projeto é previsto para revisar a ABNT NBR 12576:1992, quando aprovado, sendo que
nesse ínterim as referidas normas continuam em vigor;
3) Esta norma foi baseada em parte na ASTM F 2413
4) Não tem valor normativo;
5) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;
6) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:
Participante Representante

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Equipamentos de proteção individual – Calçado isolante elétrico para trabalhos


em instalações de baixa voltagem – Especificações e métodos de ensaios
Personal protective equipment – Eletrically insulating footwear for work on low voltage
installations - Specifications and test methods

Palavras-chave: Equipamento de proteção individual. Calçado de segurança. Calçado de proteção.


Calçado de trabalho. Calçado isolante elétrico. Instalações de baixa voltagem
Descriptors: Personal protective equipment. Safety footwear. Protective footwear. Occupational
footwear. Eletrical insulating footwear. Low voltage installations.

Sumário
Prefácio
1 Escopo
2 Referências normativas
3 Termos e definições
4 Classificação e aplicabilidade
5 Requisitos
6 Métodos de ensaios
7 Marcação
8 Informações a serem fornecidas
Bibliografia

Prefácio nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidades, laboratórios e outros).

1 Escopo
Esta Norma fornece as especificações e os métodos para ensaiar calçados projetados como equipamento de
proteção individual, com finalidade de isolação elétrica. Esta norma visa complementar as normas NBR ISO
20345, 20346 e 20347, para atendimento a requisitos elétricos para calçados do tipo I (couro, tecidos, laminados e
outros materiais, em calçados que não seja inteiramente elastomérios ou poliméricos).

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).
NBR ISO 20344:2008, Equipamento de Proteção Individual, Métodos de ensaios para calçados
NBR ISO 20345:2008, Equipamento de proteção individual – Calçado de segurança (ISO 20345:2004)
NBR ISO 20346:2008, Equipamento de proteção individual – Calçado de proteção (ISO 20346:2004)

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NBR ISO 20347:2008, Equipamento de proteção individual – Calçado ocupacional (ISO 20347:2004)

3 Termos e definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os termos e definições das Normas NBR ISO 20344, 20345, 20346 e
20347.
Risco elétrico: Risco de contato direto ou indireto com partes vivas sob tensão que possam causar choques.

Tensão (nesta
usuário de uso: Tensão
norma elétricaamáxima
é definida sob500
tensão de a qual
Voltsoem
calçado pode
corrente ser utilizado
contínua sem apresentar risco elétrico ao
ou alternada).

Tensão de ensaio: Tensão elétrica sob a qual o calçado é submetido para verificação de suas propriedades
elétricas (verificação da corrente de fuga) (nessa norma é definida a tensão de 14.000 Voits)

Corrente de fuga: dispersão da corrente elétrica que ocorre durante o ensaio elétrico (corrente máxima permitida
de 0,5mA quando se realiza o ensaio com 14000 volts).

4 Classificação e aplicabilidade
Os calçados de uso profissional são classificados conforme as NBR ISOs 20345, 20346 e 20347 :

Tabela 1 — Classificação do calçado

Designação do código Classificação

I Calçado feito de couro e outros materiais, excluindo


o inteiro de borracha ou inteiro polimérico
Calçado inteiro de borracha (inteiramente
II vulcanizado) ou inteiro polimérico (inteiramente
moldado)

O desenho dos calçados também segue as mesmas normas, podendo ser dos tipo A – Sapato, B – Bota de
tornozelo (botina), C – Bota meio-cano ou abaixo do joelho, D – Bota alta ou até o joelho.

Nota: o desenho E (bota até a coxa) geralmente é empregada para o tipo II, para trabalhos em ambientes alagados. Portanto não se aplica a
esta norma, já que esta destina-se somente a ambientes secos.

Esta norma especifica requisitos e métodos de ensaios para calçado isolante elétrico do tipo I – Calçado feito de
couro e outros materiais, excluindo o inteiro de borracha ou inteiro polimérico. Para atender a esta norma, o
calçado deve também atender uma das seguintes normas nos seus requisitos básicos e adicionais, se pertinentes:
NBR ISO 20345 Calçado de segurança, NBR ISO 20346 Calçado de proteção ou NBR ISO 20347 Calçado
ocupacional.

As especificações de calçado isolante elétrico do tipo II (calçados impermeáveis) não são tratadas por esta norma.
O calçado do tipo II é tratado nas próprias normas NBR ISOs 20345, 20346 e 20347, sendo o método de ensaio
especificado na NBR ISO 20344, que conduz a ensaio de isolação elétrica de acordo com a norma EN 50321.

Os calçados abrangidos por esta norma destinam-se tão somente a atividades em ambientes secos, sendo que
para ambientes úmidos devem ser utilizados calçados do tipo II.

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4 Amostragem e condicionamento
O número mínimo de amostras a serem ensaiadas para verificar o cumprimento dos requisitos especificados nesta
norma deverá ser de composto de 3 pares, sendo 1 par do menor tamanho fabricado, 1 par do maior tamanho
fabricado e um par de tamanho médio. Essa amostra será consituida por calçados que tenham sido fabricados
há mais de 14 dias.
Existem dois ensaios a serem realizados: ensaio de resistência elétrica e ensaio de isolamento elétrico. Não
devem ser utilizados os mesmos corpos-de-prova para os dois ensaios. O ensaio de resistência elétrica deverá
ser realizado em dois ambientes, seco e úmido.
Os ensaios devem preferencialmente ser realizados no par (pés esquerdo e direito). Opcionalmente, quando não
houver disponibilidade de material suficiente, poderão ser realizados ensaios em somente um pé de cada um dos
três tamanhos.
Os corpos-de-prova para ensaio de isolamento elétrico devem ser condicionados e realizados na temperatura-
padrão de (23 ± 2) ºC e (50 ± 5) % da umidade relativa do ar no mínimo 48 h antes dos ensaios, a menos que
determinado diferentemente para o método do ensaio.
Os corpos de prova para ensaio de resistência elétrica devem ser condicionados conforme determinado pelo item
5.10 da norma ISO 20344:2008, ou seja:
- ensaio a seco: (23 ± 2) ºC e (30 ± 5) % da umidade relativa, durante 7 dias (168 h);
- ensaio a úmido: (23 ± 2) ºC e (85 ± 5) % da umidade relativa, durante 7 dias (168 h).

O ensaio de resistência elétrica deve ser realizado nas condições acima, ou quando não possivel, em ambiente
(23 ± 2) ºC e (50 ± 5) % da umidade relativa, sendo que o tempo máximo transcorrido entre a retirada do corpo-de-
prova da atmosfera condicionada e o começo do ensao não deve ser maior do que 10 min .
.
Cada corpo-de-prova individual (o corpo-de-prova individual é representado por um pé do calçado) deve satisfazer
oserrequisito especificado,
relatados os valores não devendo
obtidos para ser
os calculado valor emédio
pés esquerdo do(s)
direito. par(res).
Quando Quandoapenas
é testado é testado
um opé
par, devem
deve ser
especificado no relatório de ensaio se o pé testado é direito ou esquerdo.
Nota:

a) É essencial o respeito às condições de climatização, sendo necessário a existência de rastreabilidade à estas condições (calibração
dos ambientes climatizados). A realização de ensaios fora das condições acima não constituirá valores válidos para atendimento
aos requisitos desta norma, a menos que especificado de forma diferente.

b) A condição de amostragem citada nesta norma refere-se a ensaio de tipo, ou seja, aquele ensaio destinado a verificar se o calçado
projetado atende à especificação da norma, geralmente utilizado na certificação de produtos. Num determinado processo de
certificação é estabelecido a freqüência ou tempo de amostragem, e pode ser também estabelecido um número maior de amostras
do que o estabelecido nesta norma. Neste tipo de amostragem não se leva em consideração o número de pares de um lote de
fornecimento ou fabricação.

c) Existe também o ensaio de aceitação (de acordo com condições contratuais para provar que o calçado satisfaz certas condições de
especificação), o ensaio de rotina (onde cada calçado individualmente é submetido durante ou depois de fabricação para averiguar
conformidade com os critérios definidos), o ensaio de amostragem (ensaio em vários calçados tomados ao acaso de um lote, de

acordo com
aceitação um critério
podem pré-estabelecido,
ser executados em todascujos resultados(ensaios
as unidades vão mostrar ou não
de rotina) ou aemconformidade do lotedas
uma amostragem todo). Os(ensaios
unidades ensaios de
de
amostragem). Se um cliente indicar em sua especificação que o calçado deverá satisfazer esta norma, os ensaios de aceitação
(ambos os de rotina e o de amostragem) serão os que são especificados nesta norma. Neste caso o cliente deve fixar as condições
ou critérios de amostragem (quantidade de amostras). Existem também normas nacionais e internacionais que estabelecem planos
de amostragem (tais como a ISO 2589 e NBR 5426). Nos ensaios de aceitação o cliente poderá desejar presenciar os ensaios, ter
outra pessoa para presenciá-los ou simplesmente aceitar o resultados dos ensaios, conforme executados pelo fabricante. Ele poderá
também especificar que os ensaios deverão ser executados no laboratório do fabricante ou fornecedor, em um laboratório
independente de sua escolha ou, ainda, em seu próprio laboratório.

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5 Requisitos
As especificações abaixo são destinadas somente a calçados de segurança, proteção e ocupacional do tipo I
(conforme definições do item 4 e das normas NBR ISO 20345, NBR ISO 20346 e NBR ISO 20347) com requisito
de isolação elétrica. As especificações referem-se somente a calçados isolantes elétricos para trabalhos em
baixa voltagem (até 500 V em corrente contínua ou alternada) em ambiente seco.

Para trabalhos em ambientes úmidos ou alagados, não se aplicam calçados do tipo I e o fabricante ou fornecedor
deverá indicar calçado do tipo II, que não são cobertos por esta norma. Conforme indicado no item 8 é obrigatório
que esta informação
repassada esteja
aos usuários junta de todos os calçados abrangidos por esta norma, e que esta informação seja
finais.

Esta norma também não é recomendável quando se espera isolação elétrica através do cabedal, e não só do
solado. Nesse caso recomenda-se também a utilização de um calçado do tipo II com requisito adicional de
isolação elétrica, conforme especificações das NBR ISO 20345, NBR ISO 20346 e NBR ISO 20347.

5.1 Requisitos não elétricos


5.1.1 Geral

Os calçados deverão cumprir os requisitos não elétricos de acordo com as normas NBR ISO 20345 – Calçado de
segurança ou NBR ISO 20346 – Calçado de proteção ou NBR ISO 20347 – Calçado ocupacional, dependendo de
qual for seu enquadramento. Os calçados deverão ter requisitos básicos mais o requisito adicional de isolação
elétrica, ou outros requisitos adicionais, conforme abaixo:

5.1.1 a) Calçado de segurança, proteção ou ocupacional, básico com isolação elétrica: deverão cumprir com
todos os requisitos básicos estabelecidos nas tabelas 2 e 3 das normas NBR ISO 20345, 20346 e 20347; além
dos requisitos estabelecidos nesta norma.

Os requisitos de proteção contra impacto e compressão (para calçados de segurança e proteção) poderão ser
conseguidos através de biqueiras de proteção fabricadas em qualquer material, porém as biqueiras não metálicas
e não condutivas podem melhorar aspectos de isolamento elétrico no cabedal.

5.1.1. b) Calçado de segurança, proteção ou ocupacional com requisitos adicionais e isolação elétrica: deverão
cumprir com todos os requisitos básicos das tabelas 2 e 3 das norma NBR ISO 20345, 20346 ou 20347 mais os
requisitos adicionais pertinentes, estabelecidos normas NBR ISO 20346 e 20347, além dos requisitos
estabelecidos nesta norma. Inclui-se nestes, o requisito de permeabilidade ao vapor de água de cabedal e forro
quando existente.

As normas NBR ISO 20345 e 20346 tornam obrigatório o uso de forro da gáspea. Esse item também deverá ser
obrigatório para o calçado ocupacional isolante elétrico que atenda a esta norma (pois a norma NBR ISO 20347
apenas cita que isso é opcional).

O calçado que atende a esta norma não deverá ter certos requisitos adicionais tais como os referentes aos
símbolos WR (water resistant, resistentes á água) e WRU (water resistant upper, cabedal resistente à água), por
envolver proteção á água, e este calçado não é destinado a trabalhos ambientes úmidos ou encharcados.

Para calçados com requisito adicional de proteção contra perfurações (símbolo P) não deverão ser utilizadas
palmilhas contra perfuração fabricadas em materiais metálicos ou condutivos elétricos. Não deve também haver
presença de materiais metálicos ou condutivos elétricos no solado.

Em casos específicos pode haver necessidade de um calçado isolante elétrico em ambientes agressivos, onde
sejam necessários outros requisitos adicionais previstos nas normas NBR ISO 20345, 20346 e 20347. Deve-se
neste caso, avaliar se a presença do calçado em ambiente onde exista um risco especifico (por exemplo calçado
com isolação ao frio, símbolo CI) não proporcionará atividades em ambiente úmido (por exemplo trabalho em
frigorífico com presença de umidade) ou alteração nas características do solado, de tal maneira a interferir na

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resistência elétrica do mesmo (como por exemplo um calçado com proteção térmica, onde possa haver alteração
nas características do solado devido ao frio ou calor, com relação à isolação elétrica).

5.1.2 Desenho

O calçado isolante elétrico do tipo I deverá ter desenho A, B, C ou D, sendo que deve possuir a região do salto
totalmente fechada (cabedal fechado).

O cabedal não deverá possuir costuras ornamentais e deverá ser construído com o menor número possível de
costuras e peças do cabedal.

Devem ser evitadas costuras unindo peças ou não, na região de flexão do calçado, que iniciem ou terminem na
união cabedal/solado (arremates sob o palmilha de montagem). São comuns costuras de união entre gáspea e
canos laterais, cujos terminais (inicio e términos) devem ocorrer o mais próximos possíveis da região do salto.
Esta medida visa evitar passagem de corrente de fuga pelas costuras, procurando-se afastar os arremates do
chão.

5.1.3 Resistência à água

Quando ensaiado de acordo com a norma NBR ISO 20344:2008, item 6.13, a penetração de água (expressa
como acréscimo da massa do tecido absorvente depois de 60 min.) não deve ser maior que 0,2 g e absorção de
água não deve ser maior que 30 %.

Portanto este requisito torna-se básico para o calçado isolante elétrico (não deverá ser utilizada a marcação WRU
- water resistant upper – cabedal resistente à água, de acordo com as normas NBR ISO 20345, 20346 ou 20347) .
Esse requisito visa dar maior segurança ao usuário no caso de trabalho em dias com alta umidade do ar, ou em
pequenos contatos acidentais com respingos de água durante o deslocamento do usuário. A presença deste
requisito no calçado, não o torna apto a trabalhos em ambientes úmidos ou alagados.

Deve-se esclarecer que este requisito básico para o calçado isolante elétrico, não torna o calçado disponível para
outras atividades opcionais, mesmo onde não exista risco de choques elétricos, em ambientes úmidos ou
alagados, pois, apesar de ser exigido a resistência à penetração de água do cabedal, este calçado não receberá
a simbologia WRU, que o tornaria com um requisito adicional para trabalhos em umidade. Portanto, não é
permitido a utilização deste calçado (que atende a esta norma) juntamente com a simbologia WRU e/ou WR, ou
ambas. Isso poderia confundir os usuários.

5.4 Requisitos elétricos


5.4.1 Geral
- O calçado isolante elétrico deve ser projetado, construído, e fabricado com sola e salto não-condutivo, resistente
ao choque elétrico, de forma que a sola externa do calçado pode fornecer uma fonte secundária de proteção de
resistência ao choque elétrico, para o usuário, contra os perigos de um contato incidental com circuitos elétricos
energizados, condutores, peças, ou aparelhos eletricamente energizados, em condições secas.
- A proteção de perigo elétrico é severamente deteriorada nas seguintes condições: desgaste excessivo da sola e
salto externo ou, exposição a ambientes molhados e úmidos, ou ambos. A utilização do calçado nestas
condições não proverá proteção contra choques elétricos.
- O calçado isolante elétrico do tipo I, especificado por esta norma, não é destinado à proteção do usuário quando
deseja-se proteção contra choques elétricos na parte do corpo que é coberto pelo cabedal do calçado. No caso
da possibilidade de esbarrões laterais do pé com partes energizadas, por exemplo, deve-se utilizar de um calçado
do tipo II, que não é abordado por esta norma.
- É recomendado que peças do cabedal não contenham materiais metálicos ou eletricamente condutivos, como
nos casos de biqueira de proteção contra impactos, de calçados de segurança e de proteção, ilhoses, etc.;
minimizando assim a possibilidade de contato elétrico. No caso de ter peças metálicas ou eletricamente
condutivas, estas deverão ser cobertas por material não condutivo do lado externo e/ou interno, de tal forma a ser
evitado o contato elétrico através das mesmas.

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- Os calçados isolantes elétricos com requisito adicional de proteção contra perfurações, não deverão conter
palmilhas metálicas ou de materiais eletricamente condutivos.
5.4.2 Resistência elétrica
Quando testado de acordo com o item 6.3.1, após condicionamento nas condições seca e úmida, o calçado
deverá apresentar resistência elétrica maior que 1000 M Ω, em todos os corpos-de-prova ensaiados.
5.4.3 Resistência à passagem de corrente de fuga

Quando
em 60Hztestado de acordo
por 1 min, comdeo item
sem fluxo 6.3.2,
corrente ouocom
calçado deverá
corrente de ser capaz de
dispersão resistir
igual a aplicação
ou superior de 14000
a 0,5mA, V (rms)
em todos os
corpos-de-prova ensaiados.
O valor de tensão de ensaio é de 14000 V não implica que o calçado possa ser utilizado nesta tensão. A tensão
de uso para o calçado objeto desta norma, é de 600 V.

O calçado também poderá ser ensaiado em corrente contiínua (VER REAL NECESSIDADE DISSO). Nesse caso
as condições de tensão e corrente de fuga seriam as mesmas para corrente alternada (14000 Volts e 0,5mA).

6 Métodos de ensaios
6.2 Ensaios não elétricos
Os métodos de ensaios de todos os requisitos básicos e adicionais, não elétricos, são especificados nas NBR ISO
20345, 20346 e 20347 e realizados conforme a NBR ISO 20344.

O método de ensaio de resistência à penetração de água no cabedal deverá ser realizado de acordo com a norma

6.3 Ensaios elétricos


6.3.1 Ensaio de resistência elétrica
Deve ser realizado, nas condições seca e úmida, de acordo com o item 5.10 da NBR ISO 20344

6.3.2 Ensaio elétrico para determinação da corrente de fuga


6.3.2.1 Resumo do método

O calçado é colocado em um eletrodo externo tipo plataforma de malha de metal e, um segundo eletrodo (interno)
é constituído em uma camada de esferas de metal pequenas preenchendo o interior do calçado.

A tensão é aplicada ao calçado no eletrodo interno por um tempo de 1 minuto.

A corrente de fuga é medida através do miliamperimetro que está em série com o circuito de ensaio.

6.3.2.2 Aparelho de ensaio


Advertência - O máximo cuidado deve ser tomado quando operar este aparelho de teste. O contato humano com
qualquer parte do circuito poderá ser letal. Somente operadores qualificados treinados em testes de alta-tensão
devem usar este aparelho. O equipamento deverá ser de preferência operado cercado em um gabinete, com
proteções de bloqueio na porta.
6.3.2.2.1 Uma fonte de alta tensão (transformador) no mínimo de 0,5 kVA, com um valor de impedância que não
exceda 280000 ohms . (ou substituir por “com classe de exatidão de ± 1% ou inferior”).

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6.3.2.2.2 Eletrodo externo (plataforma), consiste em uma malha de metal de tela fina que é montado com um
esticador sobre uma armação, usando tensão moderada. A malha deve ser suficiente para sustentar o peso do
calçado com o elétrodo interior conforme Figura 1.

6.3.2.2.3 Eletrodo interno, consistindo em esferas de metal sólido tendo um diâmetro de 3 mm , colocadas dentro
do calçado por uma profundidade de no mínimo 30 mm. Convém que sejam de metal não corrosivo, tal como aço
inoxidável.

6.3.2.2.4 Miliamperimetro CA para medição da corrente de fuga, com classe de exatidão de ±1,5% ou inferior.

6.3.2.2.5 Cronômetro.

Eletrodo interno de
esferas de metal de
3mm de diâmetro O eletrodo interno deve ser
de esferas de metal de
Tela do eletrodo 3mm de diâmetro, cobrindo
externo a superfície interna da sola
com altura mínima 30mm.

Tela de metal de 220mmx400mm


(tela de aço maleável flexível,
Ajuste de tensão da tela montada com tensão moderada)

Haste de ajuste de
tensão
Isoladores de
porcelana
(76mm)

Chapa de metal sólido aterrada


Haste de ajuste de tensão Contra-porca de fixação

Figura 1 – Aparelho de ensaio de corrente de fuga

6.3.2.3 Procedimento de ensaio

Coloque depois,
exterior, o calçado queo eletrodo
insira foi preenchido
internocom esferas de
nas esferas deaço
açoinoxidável
inoxidávelnosobre a plataforma
interior do calçado.de malha do elétrodo
Mantenha o eletrodo interno em potencial aterrado.
Aplique a voltagem de teste no eletrodo exterior em um baixo nível (próximo de 0 V).
Aumente a tensão em uma taxa de 1KV/s até 14 kV em 60Hz e mantenha esta tensão por 1 min..
Meça a corrente através do miliamperímetro conectado em série com o calçado em ensaio.

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6.3.2.4 Relatório de Ensaio

Registrar os valores individuais de corrente de fuga (dispersão) para cada corpo-de-prova ensaiado, especificando
valores para os pés direito e esquerdo, tensão de ensaio, valor máximo especificado por esta norma (0,5mA) e enquadramento
de cada corpo-de-prova individual ensaiado ao requisito desta norma.

7 Marcação
Cada pé do calçado deve ser marcado claramente e permanentemente, por exemplo, pela gravação ou a quente,
ou através de uma etiqueta, com o seguinte:
a) tamanho;

b) marca de identificação do fabricante;

c) designação do modelo pelo fabricante;

d) ano de fabricação e pelo menos o trimestre;

e) número e ano desta Norma NBR 12576:2010;

f) número e ano da norma NBR ISO a que atende (NBR ISO 20345 Calçado de segurança, NBR ISO 20346
Calçado de proteção ou NBR ISO 20347 Calçado ocupacional, assim como o(s) símbolo(s) de requisitos
adicionais previstos nestas normas se o calçado os possuírem. Deve-se lembrar que não são permitido os
símbolos WR e WRU para calçados isolantes elétricos.

g) Pictograma conforme abaixo, acompanhado do número da norma, da máxima tensão de uso (500V), e do tipo
de ambiente para o qual o calçado é destinado (seco). Exemplos conforme abaixo:

NBR 12576
NBR 12576
500V - SECO

NBR 12576
500 V - SECO 500 V - SECO

8 Informações a serem fornecidas ao usuário


8.1 Geral
O calçado isolante elétrico deve ser fornecido ao usuário com as seguintes informações, que não devem ser
ambíguas:

a) Nome e endereço completo do fabricante e/ou seu representante autorizado;


b) Número e ano desta Norma (NBR 12576:2010);

c) Número e ano da norma NBR ISO a que atende (NBR ISO 20345 Calçado de segurança, NBR ISO 20346
Calçado de proteção ou NBR ISO 20347 Calçado ocupacional, assim como o(s) símbolo(s) de requisitos
adicionais previstos nestas normas se o calçado os possuírem. Deve-se lembrar que não são permitido os
símbolos WR e WRU para calçados isolantes elétricos.

d) Pictograma conforme o item 7g) e explicação sobre o mesmo;

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e) Instruções de uso:

1) testes a serem feitos pelo usuário antes de usar, se pertinente;

2) ajustes, como calçar e como descalçar o calçado, se relevante;

3) aplicação; informação básica acerca dos possíveis usos e fonte para informação detalhada;

4) limitações de uso (por exemplo, tensão de uso por exemplo, etc.);

5) instruções sobre armazenamento e manutenção, com períodos máximos de ensaio de manutenção (se
importante, definir procedimentos de secagem);

6) instruções sobre limpeza e/ou descontaminação;

7) prazo final de validade ou período de validade;

8) se apropriado, aviso sobre problemas que possam ocorrer (modificações podem invalidar o tipo de
aprovação, por exemplo, calçado ortopédico);

9) se for útil, ilustrações adicionais, números de partes, etc.

f) referências sobre acessórios ou peças sobressalentes, se necessário;

f) tipo de embalagem adequada para transporte, se necessário.

8.2 Propriedades elétricas

Além das informações a serem fornecidas previstas no item 8.1, o calçado isolante elétrico para trabalhos em
instalações de baixa voltagem deverá informar em um texto explicativo em folheto apropriado que acompanha o
calçado ou na própria embalagem individual (se esta chegar ao usuário final), contendo no mínimo as seguintes
informações:

Calçado isolante elétrico

O calçado com propriedades isolantes oferece uma proteção limitada contra um contato inadvertido com aparelhos
elétricos danificados e, por isso, cada par deve ser fornecido com folheto contendo as seguintes informações:
a) O calçado isolante elétrico deve ser usado se existir o perigo de choque elétrico, por exemplo, devido ao
contato com aparelhos elétricos danificados.

b) O calçado isolante elétrico não pode garantir uma proteção de 100 % do choque elétrico e medidas adicionais
são essenciais para evitar este risco. Tais medidas, assim como as verificações adicionais abaixo mencionadas,
devem fazer parte das verificações de rotina do programa de prevenção de riscos.

c) A resistência elétrica deve estar dentro dos requisitos desta norma, a qualquer tempo durante toda a vida do
calçado.

d) Este nível de proteção durante o serviço pode ser afetado por:

1)Calçado que foi danificado por talho, corte, abrasão ou contaminação química necessita de inspeção
regular; recomenda-se que calçado gasto e danificado não seja usado.

2)Calçado de classificação I pode absorver umidade se usado por períodos prolongados e em condições
úmidas e molhadas, e pode tornar-se condutivo.

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ABNT/CB-32
PROJETO 32:005.01-005 - Revisão da NBR 12576:1992
Abril:2010

e) Se o calçado for usado em condições em que os materiais da sola sejam contaminados, por exemplo, por
produtos químicos, cuidados devem ser tomados quando se entrar em áreas de risco, já que isso pode
afetar as propriedades elétricas do calçado.

f) É recomendado que os usuários estabeleçam meios adequados de ter as propriedades de isolamento


elétrico do calçado inspecionadas e ensaiadas ainda em serviço.

g) Este calçado é destinado somente a trabalhos em ambientes secos, livres de umidade. A presença de umidade
poderá alterar significativamente a resistência elétrica do mesmo. Para trabalhos em ambientes úmidos deverá
ser utilizado um calçado do tipo II (calçado impermeável todo borracha ou polimérico) com requisito de isolação
elétrica, conforme normas NBR ISO 20345, 20346 ou 20347 (de acordo com com o calçado que está sendo
fornecido: segurança, proteção ou ocupacional).

8.3 Palmilhas internas


Se o calçado for fornecido com uma palmilha interna removível, no folheto deve ficar claro que os ensaios foram
feitos com a palmilha interna no local. Deve ser feita advertência de que o calçado só pode ser usado com
palmilha interna no local e que esta só pode ser substituída por uma outra similar, fornecida pelo fabricante srcinal
do calçado.
Se o calçado for fornecido sem a palmilha interna, no folheto deve ficar claro que os ensaios foram feitos sem a
presença da palmilha interna. Uma advertência deve ser feita informando que, colocando-se uma palmilha interna,
podem ser afetadas as propriedades de proteção do calçado.

Bibliografia

NBR ISO 20344:2008, Equipamento de Proteção Individual, Métodos de ensaios para calçados
NBR ISO 20345:2008, Equipamento de proteção individual – Calçado de segurança (ISO 20345:2004)
NBR ISO 20346:2008, Equipamento de proteção individual – Calçado de proteção (ISO 20346:2004)
NBR ISO 20347:2008, Equipamento de proteção individual – Calçado ocupacional (ISO 20347:2004)
ASTM D 2412-05 Standard Tests Methods for Foot Protections
ASTM D 2413-05 Standard Specification for Performance Requiriments for Foot Protection

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