Sistemas de Transmissão Mecânica PDF
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SISTEMAS DE
TRANSMISSÃO
MECÂNICA
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
SISTEMAS DE
TRANSMISSÃO
MECÂNICA
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
_________________________________________________________________________
S491s
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Sistemas de transmissão mecânica / Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina.
Brasília : SENAI/DN, 2012.
237 p. : il. (Série Automotiva).
ISBN
CDU: 629.331
_____________________________________________________________________________
SENAI Sede
4 Manual do Proprietário.................................................................................................................................................99
4.1 Características técnicas do veículo..................................................................................................... 100
4.2 Plano de manutenção (manutenção preventiva).......................................................................... 101
4.3 Desgaste dos componentes.................................................................................................................. 102
Referências......................................................................................................................................................................... 233
Índice................................................................................................................................................................................... 237
Introdução
Anotações:
Sistema de Transmissão Mecânica
Você já percebeu a importância que tem a transmissão nos veículos? Pense em um veículo
sem transmissão, onde as rodas sejam adaptadas diretamente ao motor por um sistema de ei-
xos. Você faz ideia do que aconteceria nesse caso? Será que este veículo teria condições de subir
uma ladeira ou, até mesmo, transportar uma carga superior ao seu próprio peso? Agora analise
este outro exemplo: imagine subir um bloco qualquer que pesasse 200kg, puxados por uma
corda fixa em uma única roldana, que é acionada por uma manivela? Conforme figura a seguir.
Seria muito pesado e seu esforço seria enorme, não é? Mas e se você utilizasse um sistema
de redução com três engrenagens com tamanhos diferentes: uma pequena ligada ao eixo da
roldana, outra três vezes maior, engrenada a essa engrenagem e uma terceira do tamanho da
primeira ligada à manivela, como indicado na seguinte figura?
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
22
1 ROLDANA
2 TRANSMISSÃO
Ação ou efeito de
transmitir, comunicação do
Vamos começar pelo início? Bem, prepare-se para voltar aos séculos antes de
Cristo, pois saiba que a tecnologia automotiva teve sua origem juntamente à in-
venção da roda.
Comstock ([20--?])
3 SISTEMA
Agrupamento de partes
coordenadas, dependentes
umas das outras, por isso
a definição (sistema de
transmissão).
wikipedia ([20--?])
Figura 4 - Triciclo de Dion-Bouton
Louis decidiu que iria subir com seu carro a Rua Lepic, em Montmartre, a mais
íngreme de Paris. Alguns amigos até duvidaram, porém, o jovem era um gênio
em mecânica e, para realizar tal proeza, desenvolveu uma transmissão direta, a
primeira caixa de transmissão da história do automóvel. Foi um feito na época e
o resultado desse acontecimento deu início a uma nova era do automobilismo.
O assunto não para por aqui! A seguir, você conhecerá mais sobre a definição
do sistema de transmissão mecânica.
Mas que dispositivos mecânicos seriam estes? Por que eles se interligam e de
que elementos o sistema é formado? Observe a figura a seguir e tente encontrar
as respostas para essas questões.
4 TORQUE Mas como isso acontece, e o que é cada componente acima citado? Acompa-
nhe, a seguir, as respostas para essas questões sobre os elementos que compõem
Aquilo que produz ou
tende a produzir rotação ou o sistema de transmissão.
torção; no veículo estamos
falando da força do veículo, Pode-se dizer que esses elementos estão ligados entre si, uma vez que, sem
da capacidade que ele tem
de puxar uma determinada essa ligação, não haveria comunicação entre a rotação produzida pelo motor e
carga. (DICIONÁRIO as rodas motrizes. Fazendo uma analogia utilizando a ligação de água de uma
MICHAELIS UOL, 2012).
residência, por exemplo: para que a água armazenada em uma caixa (fonte) che-
gue até a torneira é preciso estar unida por uma tubulação, não é mesmo? Veja a
figura a seguir.
O que é transmissão?
Ao falar em transmissão, logo remete-se que algo está sendo transmitido e
associa-se a transmissão ao meio de comunicação. Porém, aqui está relaciona-
do à transmissão de força, ou seja, transformar potência em força, multiplicar o
torque4 do motor dando potência ao veículo (velocidade) em terrenos planos e
torque (força) em subidas, uma vez que os motores, por mais potentes que se-
jam, não seriam suficientes para serem acoplados diretamente às rodas. Então,
perceba que de nada adianta ter um motor super potente e equipado com o que
há de mais moderno em tecnologia se essa tecnologia não chegar até as rodas. É
desta forma que a transmissão desempenha um papel muito importante quando
acoplada ao motor de um veículo.
Aqui você encerra mais uma etapa de estudos. Preparado para seguir adiante?
O assunto será tipos de transmissão mecânica. Vamos lá!
1. Caixa de marcha
2. Eixo articulado ou cardam
3. Diferencial traseiro
4. Diferencial dianteiro
5. Eixo articulado curto
6. Caixa de transferência
7. Eixo traseiro
8. Semieixo dianteiro
Figura 13 - Transmissão longitudinal
Fonte: Adaptada da apostila de transmissão Fiat (2012)
2 SISTEMA DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
31
Mas estes também podem ser montados na parte traseira de alguns veículos,
como indica essa outra figura.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
34
2.4 DIFERENCIAL
2.4.1 CARACTERÍSTICA
5 JUNTA TRIPOIDE OU Porém, ao efetuar uma curva, o ângulo de esterçamento entre as rodas torna-
TRIZETA
-se diferente. Portanto, as rodas não fazem o mesmo percurso. Confira, a seguir,
É uma junta tripla de como isso acontece.
articulação esférica.
A roda que está do lado interno da curva percorre uma distância menor, isso
ocorre devido ao fato de que a circunferência a ser percorrida pela roda é me-
nor. Já a roda que está pelo lado externo acaba tendo que percorrer uma distân-
cia maior, o que obrigaria automaticamente esta roda a girar a uma velocidade
maior. É neste momento que o diferencial começa a desempenhar sua função.
Visando corrigir essa diferença de velocidade, o diferencial faz a compensação
por meio das satélites e das planetárias, compensando esta diferença e distribuin-
do a carga necessária para cada roda.
Planetária: Peça que apresenta um formato cilíndrico, onde uma das extre-
midades constitui os dentes da engrenagem e está em contato com as engrena-
gens satélites e a sua outra extremidade pode ser composta por estrias ou um
alojamento de junta tripoide (ou trizeta)5, onde se fixa o semieixo da roda motriz.
Eixo das satélites: Peça cilíndrica em aço maciço que desempenha papel de
eixo, onde as satélites efetuam o movimento de translação.
Por outro lado, quando uma das planetárias começa a pressionar as engrena-
gens satélites, então as satélites dão início ao movimento de translação, girando
em torno de seu próprio eixo, como é ilustrado pela figura a seguir. Quando esse
fenômeno começa a acontecer, as planetárias começam a ter rotações diferentes,
pois as satélites tendem a distribuir mais velocidade onde a carga aplicada pela
planetária for menor.
Analisando o exemplo anterior, você viu que uma roda pode chegar a desen-
volver 200% da velocidade, e a outra 0%. Esta situação é um ponto crítico, pois
em uma situação onde uma roda está parada e a outra está girando, significa que
o veículo está parado. Por exemplo: ao entrar em um atoleiro, uma das rodas em-
perra e a outra fica livre, ou uma das rodas perde o contato com o solo.
Aqui você pôde conferir as características, componentes e também limitações
do diferencial. A seguir, conheça os sistemas de blocantes e a relação com o dife-
rencial.
2.5.1 CARACTERÍSTICAS
EIXO BLOQUEADO
AUTOBLOCANTE
2.6.1 CARACTERÍSTICAS
Você deve estar se perguntando como isso pode acontecer, como pode um
veículo desenvolver velocidades altas com baixo giro do motor ou vice versa. Veja
na sequência!
A caixa de câmbio possui diversas engrenagens, cada uma com diâmetro es-
pecífico e número de dentes diferentes, estando ligadas umas às outras. Essa dife-
rença de tamanho entre as engrenagens chama-se relação de marcha. Mas o que
é relação de marcha? É o resultado da divisão entre a engrenagem movida pela
engrenagem motora.
Mas o que é engrenagem motora e engrenagem movida? A engrenagem mo-
tora é aquela que recebe a rotação proveniente do motor, neste caso, ela sempre
vai possuir a rotação do motor. Exemplo: se o motor estiver a 1000RPM a engre-
nagem motora deve estar também a 1000RPM.
Já a engrenagem movida tem a função de modificar a rotação proveniente
da engrenagem motora. Como as duas engrenagens estão em contato, ela terá a
velocidade de saída menor. O par de engrenagens que possuir o número superior
de dentes da engrenagem movida (em relação ao número de dentes da engrena-
gem motora) terá sua velocidade de saída maior, isso se o número de dentes da
engrenagem motora for superior ao número de dentes da movida.Por exemplo:
para 1ª marcha existe uma única motora e uma única movida. Isso serve para cada
marcha e quantas marchas a caixa de câmbio possuir. Para entender melhor, veja
a seguinte figura.
2 SISTEMA DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
47
30
Rm = =3 terá uma relação de 3:1
10
movida
Rm =
motora
26
Rs = =2 terá uma relação de 2:1
13
Rt = Rm x Rs Rt = 3 x 2 = 6
Agora confira o que significam os termos 3:1, 2:1, 6:1 e sucessivamente. O pri-
meiro número, que é o resultado da divisão ou da multiplicação, representa o
número de voltas realizadas pelo motor (rotação do motor); o segundo número,
que sempre será 1 (um), representa o número de volta realizado pala roda motriz.
Então, uma relação de transmissão do tipo 6:1 significa que o eixo do motor, neste
caso o eixo piloto da caixa, precisa realizar 06 (seis) voltas completas para que a
roda possa efetuar uma volta completa.
Figura 32 - 1ª marcha
Fonte: Adaptada da apostila de transmissão Fiat (2012)
COMPACTA
CONVENCIONAL
Uma caixa de câmbio é basicamente composta por eixos cilíndricos com es-
trias, que são os eixos primários, secundários e intermediários, rolamentos de
apoio retos ou cônicos, garfos de mudança de relação, reténs de marcha, reten-
tores de vedação, engrenagens, conjunto sincronizador, defletores de óleo, anel
sincronizado, alavanca de mudança e uma carcaça. Agora, conheça cada um des-
ses componentes e o que eles representam em uma caixa de câmbio.
EIXOS DA CAIXA
Os eixos da caixa são peças cilíndricas, fabricadas em aço, onde são montadas
as engrenagens que compõem a caixa, os conjuntos sincronizadores e os rola-
mentos. Agora veja cada um desses eixos.
SENAI (1984)
SENAI (1984)
Figura 41 - Engrenagem de marcha à ré
Fonte: Adaptado de SENAI (2012)
HASTES E GARFOS
6 ABRASIVO
CONJUNTO SINCRONIZADOR
Seu funcionamento acontece da seguinte forma: o cubo (1) está fixo ao eixo
por estrias, tornando-o solidário a este eixo, sendo assim, apresenta a mesma ro-
tação do eixo. O cubo está também bloqueado por um anel elástico ou anel trava
(2), impedindo seu movimento axial. A luva (3), sob ação do garfo, quando é soli-
citada pelo motorista para efetuar uma troca de marcha, desliza sobre o cubo por
meio das estrias existentes nas duas peças, o que faz ambas girarem na mesma
velocidade. Quando a luva sai da posição de neutro e se desloca em direção à
marcha solicitada, ela pressiona o retém (4) contra o anel sincronizado (5), que
acaba sendo pressionado contra a parte cônica da engrenagem louca (6). Por atri-
to, o anel sincronizado arrasta a engrenagem louca, que passa agora a girar na
mesma velocidade do conjunto sincronizador. Desta forma, os dentes da luva do
conjunto sincronizador alinham-se aos dentes da engrenagem, possibilitando o
engrenamento suave da marcha, sem apresentar ruído.
ANEL SINCRONIZADO
RETÉM DE MARCHA
O retém de marcha é constituído por uma mola e uma esfera, sendo um con-
junto monobloco, onde a mola e a esfera fazem parte de uma única peça - por
uma mola e por um rolete ou por uma mola em formato de anel elástico e uma
chaveta. Todos são constituídos em aço, sua função é manter a luva na posição
neutra e auxiliar a luva durante as trocas de marcha, pressionando o anel sincro-
nizado. Veja, na figura a seguir, um exemplo de rolete de retenção de marcha.
ENGRENAGENS
Saiba que as engrenagens são peças em aço de alta dureza e formato cilíndri-
co, com dentes helicoidais uniformes e espaçamento regular, com exceção da
marcha à ré que, na maioria das caixas, utiliza dentes retos. São montadas em ei-
xos estriados que se combinam entre si com a finalidade de transmitir movimen-
to rotativo entre duas ou mais partes ligadas ao seu conjunto. Possuindo várias
combinações diferentes, as engrenagens, quando formam um par cinemático,
possibilitam variar a velocidade e a força transmitida às rodas. Veja, a seguir, en-
grenagens de dentes helicoidais e retos.
Static ([20--?])
Static ([20--?])
Figura 49 - Engrenagem de dentes retos
ROLAMENTOS DE APOIO
RETENTORES
Figura 53 - Retentor
Fonte: Adaptado de Tecnichs (2012)
CARCAÇA
DEFLETORES DE ÓLEO
Visto que a caixa funciona como desmultiplicador (redução), cada marcha soli-
citada impõe às rodas uma determinada rotação e velocidade. Veja um exemplo:
se tivermos uma marcha curta, que é o caso da 1ª marcha, cuja relação é bem re-
duzida, como 7:1, isso significa que o motor precisa efetuar sete voltas, enquanto
a roda efetua uma única volta. Assim, utiliza-se o máximo de torque do motor e
desenvolve-se baixa velocidade, por isso que um veículo é capaz de subir uma la-
deira íngreme. Entretanto, se a marcha engrenada for uma 5ª, por exemplo, onde
a relação é de 0,9:1, antes do motor realizar uma volta completa, a roda já realizou
uma volta. Conclusão: quanto maior o torque (força), menor a velocidade.
Aqui você pôde conferir características, tipos, componentes e o funcionamen-
to da caixa de câmbio. A seguir, o convite é para conhecer a embreagem e os
sistemas de acionamento.
2.7.1 CARACTERÍSTICA
Como você viu, a embreagem está instalada entre o motor e a caixa de câm-
bio, sendo a porta de comunicação entre o motor e a caixa que, consequente-
mente, faz funcionar todo sistema de transmissão. Por isso, é imprescindível man-
ter o bom estado de conservação do sistema de embreagem, para evitar danos
ao sistema de transmissão. Você agora irá conhecer um pouco sobre o sistema de
embreagem, seu funcionamento, os seus componentes e os tipos mais comuns.
Vamos lá!
7 FERRO-GUSA
ACIONAMENTO HIDRÁULICO
2.8 SEMIEIXO
O semieixo trata-se de uma barra de aço com formato cilíndrico, onde as extre-
midades estão sujeitas a acoplamentos. Basicamente, um semieixo é composto
dos seguintes elementos.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
72
8 ESTERÇAMENTO
Engrenagem desgastada ou
danificada. Substituir engrenagem.
Ruído na marcha à ré
Folga no conjunto coroa e Ajustar folga do conjunto.
pinhão.
Embreagem danificada.
Folga excessiva na caixa de
Substituir embreagem.
mudança e no diferencial.
Reparar a folga do conjunto.
Trancos Coxins do câmbio ou motor
Substituir o coxim danificado.
danificado.
Substituir peças danificadas.
Cruzetas ou juntas
homocinéticas danificadas.
Embreagem danificada.
Liames ou trambulador da Substituir engrenagens.
Marchas difíceis de engrenar ou alavanca de marchas danificado Substituir ou regular os liames
desengrenando ou desregulado. ou trambulador.
Folga do pedal de embreagem Regular a folga do pedal.
fora da especificada.
Engrenagens desgastadas.
Coxim da caixa de mudança Substituir as engrenagens.
danificado. Substituir os coxins.
As marchas escapam. Conjunto sincronizador desgas- Substituir o conjunto sincroni-
tado. zador.
Reténs de marcha sem pressão Substituir os reténs.
na mola.
Ruído (ronco) na caixa de Caixa de mudança sem óleo. Repor o óleo da caixa.
mudanças. Rolamentos danificados. Substituir o rolamento.
Esta folga é estabelecida por meio de calços colocados entre as capas de rola-
mento laterais da caixa satélite (caixa do diferencial) e a carcaça. Veja como pro-
ceder:
a) primeiramente, o conjunto já deve estar montado na carcaça (diferencial,
coroa, pinhão e rolamentos). Após esta montagem, você deve deslocar o
conjunto todo para o lado esquerdo;
b) instalar a capa do mancal do lado, apertando os parafusos com a pressão
dos dedos;
c) deslocar o conjunto até eliminar a folga entre a coroa e pinhão, com o auxí-
lio de uma chave de fenda;
d) medir a folga existente entre a capa do rolamento do lado esquerdo e a
carcaça. Montar, nesta região, um calço com o valor da folga encontrada;
e) instalar a capa do rolamento do lado esquerdo e apertar os parafusos com
a pressão dos dedos;
f) remover a capa do mancal do lado direito, e medir a folga entre a capa do
rolamento e a carcaça;
g) sobre a folga encontrada, você deve acrescentar um valor correspondente
ao valor de pré-carga fornecido pelo fabricante.
Logo que determinar os calços que serão utilizados, você deve instalar o con-
junto e medir a folga entre os dentes da coroa e pinhão, que deverá estar dentro
do especificado pelo fabricante.
Para finalizar o procedimento, você deve verificar o contato entre os dentes da
coroa e pinhão, utilizando um marcador que pode ser: batom, giz ou, até mesmo,
graxa.
2 SISTEMA DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
81
f) verificar o estado físico das coifas e braçadeiras de proteção das juntas ho-
mocinéticas;
g) verificar o estado de lubrificação das juntas de articulação;
h) conferir o torque da porca da ponta de eixo;
i) verificar o aperto dos parafusos de fixação das juntas articuladas;
j) verificar a presença de vazamento de lubrificantes nas juntas homocinéticas.
CASOS E RELATOS
Ficando na estrada
Sr. João Frederico, um comerciante dono de uma rede de panificadoras,
possui uma frota de pick-ups, que utiliza diariamente para abastecer seus
diversos postos de pães.
O Sr. João era muito cuidadoso com seus carros, efetuava revisões pe-
riódicas na oficina mecânica “Cia Car”. Até que designou esta função a
um funcionário que, analisando o relatório dos gastos com as revisões,
alegou que isso tudo era besteira, pois ele possuía um carro e nunca ha-
via feito revisão alguma. O Sr. João, no início, mostrou-se inflexível, mas
acabou cedendo e cometeu um erro fatal. Há mais de 20 anos na praça, a
panificadora DOCE SABOR sempre honrou seus compromissos.
Entretanto, um dia de verão, alta temporada, um de seus funcionários
carregou a pick-up pela manhã com bolos, tortas, pães, enfim, diversos
produtos fresquinhos e saiu para abastecer um dos postos, que ficava
na praia. No meio da viagem, quando subia uma ladeira íngreme, o mo-
torista ouviu um forte barulho e o veículo parou no meio da subida. O
motorista tentou identificar o que tinha havido, mas não percebeu nada
de errado. Então, ligou para o seu João, que imediatamente repassou à
oficina onde fazia as revisões – a Cia Car - e relatou que um de seus car-
ros estava parado na estrada. Segundo o motorista, o motor funcionava,
engatava todas as marchas, só que o carro não andava. Mas ele também
comentou que ouviu um barulho. Então disse: – “Olha Seu João, pelo que
o senhor está relatando, pode ter quebrado a junta homocinética ou o
semieixo. Neste caso, será preciso trazer o seu carro até a oficina.”
Você percebeu o problema? Por causa de uma suposta economia nos
gastos com a revisão dos veículos, Seu João acabou tendo um prejuízo
muito maior, pois teve que pagar um guincho, deixou seus clientes na
mão e teve que disponibilizar outro carro para entregar seus produtos.
Aqui você conclui este capítulo, foram vários conhecimentos importantes es-
tudados, não é mesmo? Mas saiba que ainda tem muita coisa interessante aguar-
dando por você. Vamos lá!
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
84
RECAPITULANDO
Anotações:
Caixa de Transferência
Você já parou para pensar como seus movimentos ao dirigir um veículo fazem com que todo
o carro se movimente? Ou ainda, como uma simples ação faz com que as rodas recebam tração
ou mensagem sobre a marcha que está sendo usada? Isso acontece porque existe ligação entre
todas as partes mecânicas do veículo. Portanto, ao realizar um comando como a mudança de
marcha, por exemplo, você está fazendo com que o câmbio e a embreagem se comuniquem
com o eixo, enviando o sinal para as rodas. Então, pode-se concluir que o sistema de transmis-
são mecânica tem grande importância nos veículos.
Sendo assim, neste capítulo você estudará sobre o componente do sistema de transmissão
que faz a ligação entre a rotação de saída da caixa de câmbio com as rodas dianteiras e as ro-
das traseiras dos veículos com tração nas quatro rodas. Você irá verificar, então, como é feita a
ligação entre a rotação de saída do câmbio em veículo com tração dianteira e motor montado
transversalmente na parte dianteira. Partindo destes conhecimentos, ao final do capítulo, você
terá subsídios para:
a) compreender os tipos de sistemas de tração 4x4 AWD e 4WD;
b) identificar as posições de motores e câmbio para tipos de trações diferenciadas;
c) utilizar este tipo de sistema de tração em condições diferenciadas;
d) aplicar os procedimentos de testes e tipos de manutenção.
Perceba que as oportunidades de aprendizagem serão muitas. Por isso, dedique-se ao estu-
do lembrando que motivação e comprometimento são fundamentais para sua aprendizagem.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
88
Como você pôde observar na figura anterior, a caixa de transferência fica ins-
talada na saída da caixa de câmbio, recebendo sua rotação e dividindo-a entre o
diferencial dianteiro e o traseiro.
Confira, a seguir, os tipos de caixa de transferência e qual o mais usado atual-
mente.
A maioria dos veículos com tração nas quatro rodas possui motor instalado
longitudinalmente na parte dianteira. A tração nas quatro rodas pode ser: per-
manente (quando o veículo tem sempre tração nas quatro rodas) ou temporária
(quando o veículo tem tração em duas rodas, geralmente traseiras, e quando as-
sim for desejado, tem tração nas quatro rodas).
Você sabe qual o fator que determina se um veículo tem tração nas quatro
rodas permanente ou temporária?
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
90
Quando o veículo possuir tração temporária nas quatro rodas e marcha re-
duzida, o procedimento é o seguinte:
a) a rotação que sai da caixa de câmbio entra na caixa de transferência pela
árvore de entrada;
b) se estiver selecionada a tração nas quatro rodas, a engrenagem vai estar fixa
à árvore intermediária e a transferência de rotação passa ao terceiro passo.
Caso a tração nas quatro rodas não estiver selecionada, a engrenagem vai
estar livre não havendo transferência de rotação;
c) a árvore intermediária recebe a rotação que vem da árvore de entrada pela
engrenagem normal fixa a ela e, se a marcha normal estiver selecionada,
transmite-a para a árvore de saída pela mesma engrenagem. Caso a marcha
reduzida esteja selecionada, a rotação vai ser transmitida pela engrenagem
de baixa velocidade;
d) se a marcha normal estiver selecionada, a engrenagem normal vai estar fixa
à árvore de saída e irá receber a rotação da árvore intermediária (a engre-
nagem de baixa velocidade vai estar livre). Caso a marcha reduzida estiver
selecionada, a engrenagem de baixa velocidade vai estar fixa à árvore de
saída e irá receber a rotação da árvore intermediária (a engrenagem normal
vai estar livre);
e) a rotação, então, sai para o eixo dianteiro pela extremidade dianteira da
árvore secundária e sai para o eixo traseiro pela sua extremidade traseira.
Saiba que isto é possível graças a duas bombas hidráulicas instaladas no dife-
rencial traseiro: uma na entrada do diferencial e uma na sua saída. Em condições
de tração normal, as rodas dianteiras e traseiras possuem a mesma velocidade,
fazendo com que as bombas de entrada e de saída possuam a mesma pressão.
Caso as rodas dianteiras patinem, a pressão da bomba de entrada vai ser superior
à de saída, pressionando um conjunto de embreagens de fricção que acopla a
transferência de tração as rodas.
3 CAIXA DE TRANSFERÊNCIA
95
CASOS E RELATOS
A caixa de transferência
Na oficina do Sr. Jair, chamada ‘Consertos e Reparos Ltda.’, foi reparado o
diferencial traseiro de um Jeep Gran Cherokee Limited 2001. Após o repa-
ro, a caixa de transferência do veículo começou a quebrar seguidamente.
Na terceira vez que o problema aconteceu, o técnico que efetuava o re-
paro, Osvaldinho, parou e começou a analisar o problema. Ele identificou
que o problema apareceu após o reparo do diferencial traseiro.
Efetuando um diagnóstico mais criterioso, Osvaldinho descobriu que a
coroa do diferencial que foi instalada no veículo estava errada, conten-
do mais dentes do que devia. Isto fazia com que a caixa de transferência
tivesse uma sobrecarga, devido à diferença de rotação e, por fim, que-
brasse. Osvaldinho procedeu com os reparos necessários, o que deixou o
proprietário do Jeep muito satisfeito.
Com este exemplo, perceba que a caixa de transferência não é um siste-
ma independente da transmissão, ao contrário, ela faz parte do sistema,
podendo ser danificada caso exista um problema em outro componente
ou danificar outro componente. Por esse motivo, sempre que você for
realizar um diagnóstico, procure visualizar todo o sistema.
3 CAIXA DE TRANSFERÊNCIA
97
RECAPITULANDO
Ao comprar qualquer produto eletrônico ou mecânico, muitas vezes você já deve ter se de-
parado com a seguinte situação: não saber como proceder na instalação de algum componen-
te ou, até mesmo, durante o funcionamento do equipamento.
Contudo, qualquer equipamento ou utensílio que você compre, geralmente possui o manu-
al de instruções, não é mesmo? Este manual contém diversas informações referentes à opera-
ção, cuidados e manutenção. Perceba que o mesmo ocorre com os veículos, que disponibilizam
informações a partir de um manual, chamado manual do proprietário. Esse manual traz infor-
mações de instalação de peças, reparação de defeitos e funcionamento.
Portanto, neste capítulo, você aprenderá alguns detalhes sobre o manual do proprietário do
veículo, o qual também pode e deve ser utilizado por você, reparador automotivo, uma vez que
ele contém algumas informações importantes e relevantes quanto à manutenção do veículo.
Sendo assim, partindo desses conhecimentos, ao final do capítulo, você terá subsídios para:
a) ler e interpretar os manuais de funcionamento dos sistemas do veículo;
b) reconhecer as características dos veículos;
c) identificar as características de desgastes dos componentes dos sistemas de transmissão.
A seguir, conheça e explore mais sobre o manual do proprietário, faça desse estudo um pro-
cesso dinâmico de construção de conhecimentos.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
100
As informações das características técnicas podem ser muito úteis para diag-
nosticar as possíveis causas dos problemas, se bem interpretadas. Por exemplo:
um veículo Citroën Xsara Picasso que o proprietário usa para trabalhar e também
para passear com a família e, certo dia, ocorre um problema na caixa de câmbio.
O proprietário leva o automóvel na oficina e ao relatar o problema, o técnico es-
panta-se pelo veículo ter danificado a caixa de câmbio tão cedo. No entanto, ana-
lisando o manual do veículo, é possível verificar que o peso total admissível pelo
veículo é de 2150 Kilos, mas a família do proprietário é de porte grande. Este fator
é de extrema importância, pois significa mais malas, além de outras coisas que a
família leva para a viagem. Conversando com o cliente, foi possível perceber que
os terrenos em que eles andam, nos fins de semana, são muito acidentados, por
isso, combinando o excesso de peso com condições extremas de tráfego, ocorreu
a danificação da caixa de câmbio, por causa da sobrecarga no sistema.
4 MANUAL DO PROPRIETÁRIO
101
CASOS E RELATOS
Aqui você termina mais essa etapa. O que achou até agora do que foi apresen-
tado? Esperamos que tenha sido construtivo.
RECAPITULANDO
Durante o reparo realizado no sistema de transmissão mecânica, você deve lembrar que é
preciso ter dados técnicos, ou seja, informações que não estão contidas nos manuais do pro-
prietário. Sendo assim, para realizar reparos específicos, obter informações sobre desgaste de
peças ou o aperto correto de parafusos, você precisa ter acesso às normas de qualidade técnica.
Além disso, você pode contar com a ajuda dos manuais de reparação dos veículos, que trazem
as informações necessárias para que você possa dar continuidade ao seu trabalho, sem perder
a qualidade. Portanto, neste capítulo você aprenderá alguns procedimentos relacionados aos
reparos do sistema de transmissão mecânica.
Partindo destes conhecimentos, ao final do capítulo, você terá adquirido subsídios para:
a) identificar características técnicas dos veículos;
b) realizar o checklist;
c) realizar procedimento de remoção, desmontagem, análise e instalação dos sistemas de
transmissão mecânica;
d) aplicar as normas de segurança;
e) aplicar os procedimentos, ferramentas e produtos de limpeza.
Inicie com atenção e comprometimento e explore todas as informações técnicas disponí-
veis, pois as oportunidades de aprendizagem serão muitas.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
106
Confira, agora, algumas características técnicas dos veículos que são de fun-
damental importância tanto para você, como reparador, como para o condutor
do veículo.
Para qualquer veículo que entrar em uma oficina e tiver como reclamação ‘pro-
blemas no sistema de transmissão’, será necessária a elaboração de uma análise
de falha. Esta análise, em muitos casos, está descrita nos manuais de reparação,
especificando o procedimento a ser tomado para realizar uma inspeção visual.
Entretanto, não confunda este procedimento com um checklist, pois estamos
falando em analisar conforme a reclamação de falha. Por este motivo, você deve
coletar o máximo de dados possíveis do cliente, os quais sejam relevantes ao fato
ocorrido e causador da falha.
Estes procedimentos visam indicar ao reparador a melhor forma de produzir
um diagnóstico, uma vez que o fabricante elabora testes de funcionamento e cria
procedimentos de reparação, antes mesmo de lançar um veículo ao mercado au-
tomotivo.
Ao realizar um procedimento de inspeção visual no sistema, você deve saber
qual a reclamação e ter uma ideia da provável causa do defeito. É com base nesta
informação que você deve focar sua análise, assim, quando estiver realizando a
inspeção visual, já estará procurando um causador do defeito e adotando um po-
sicionamento crítico sobre o assunto.
Getty Images ([20--?])
Esta inspeção visual deve ser realizada desde o momento que você receber o
veículo, até a desmontagem que antecede a reparação. Como por exemplo, se você
precisar desmontar uma caixa de câmbio, durante este processo, deverá realizar ins-
peções visuais em cada componente removido, preocupando-se em descobrir se
suas condições estão boas, ou ainda, se o componente necessitará ser substituído.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
108
1 RETENTOR
Que a maioria dos reparadores não observa as peças
É um componente VOCÊ durante a desmontagem? Com isso, algumas peças não
responsável por garantir SABIA? são substituídas e a vida útil da peça reparada diminui
a vedação da caixa de consideravelmente.
câmbio.
Após a realização dos reparos, é necessário realizar testes para verificar o per-
feito funcionamento do sistema reparado. Mas mesmo antes de reparar, ou ainda,
durante a reparação, você deve proceder alguns testes de avaliação dos compo-
nentes, analisando seu estado geral de funcionamento.
5 MECÂNICA DE REPARAÇÃO E NORMAS
111
Os rolamentos devem ser analisados para comprovar o estado dos roletes, as-
sim como o estado das capas de rodagem destes roletes. É necessário verificar
a folga de funcionamento do conjunto sincronizador, utilizando um calibre de
folgas, sendo os valores de tolerância determinados pelo fabricante.
Ao montar o diferencial, você deve testar e ajustar a folga entre os dentes do
pinhão e da coroa.
Foram vistos aqui, brevemente, alguns procedimentos de teste. Confira, a se-
guir, os parâmetros de avaliação dos componentes.
Realizar a limpeza dos componentes é, de fato, muito simples, mas requer al-
guns cuidados, de modo a não danificá-los.
Tomando como base que você precisará remover, desmontar e montar o siste-
ma de transmissão, confira, a seguir, alguns procedimentos aplicáveis a esse tipo
de serviço.
Primeiramente, você deve lavar os componentes ainda instalados no veículo,
para que você se suje o menos possível durante a remoção. Durante este proces-
so, você deverá utilizar somente água com pressão.
Após a remoção do sistema, limpe as peças separadamente, sendo que a caixa
de mudanças - como estará sem as juntas homocinéticas e, portanto, sem as coi-
fas de proteção - você deverá limpar com água sob pressão, apenas. Nas demais
peças, sendo todas de metal, você pode utilizar algum tipo de solvente de óleo ou
graxa que você tenha em mãos.
CASOS E RELATOS
Você cumpriu mais uma etapa. Siga em frente e explore todo o conteúdo de
ferramentas manuais universais.
RECAPITULANDO
6.1 DEFINIÇÃO
Você já deve ter visto, utilizado e até manuseado diversas ferramentas. Então
responda: o que é uma ferramenta?
A palavra ferramenta vem do latim ferramenta, e é utilizada para descrever
qualquer utensílio, item, material e, até mesmo, métodos para a realização de
tarefas. Dessa forma, o termo ficou imensamente abrangente, pois podem ser
incluídas nesse conceito: colheres, lápis, caminhões, telefones, computadores, e
milhares de outras coisas.
Como este é um curso de mecânica, serão abordadas as ferramentas que você,
enquanto profissional, irá utilizar. Dentre elas, pode-se mencionar a existência de
dois grupos. Veja, a seguir, mais detalhes sobre esses dois grupos de ferramentas.
As ferramentas de uso geral são utilizadas para as mais diversas tarefas de ma-
nutenção em dispositivos mecânicos montados com porcas, parafusos, fendas,
rebites, abraçadeiras e os mais variados componentes da metal-mecânica.
Conheça, na sequência, alguns exemplos mais comuns destas ferramentas.
ALICATE UNIVERSAL
Não se sabe exatamente quando surgiu o alicate nem o nome do seu inventor,
mas ele foi criado para manusear peças quentes nas oficinas dos ferreiros. Com
o passar do tempo, foram inventados alicates para outras finalidades, como por
exemplo, o alicate de corte. Já o alicate universal, possui como funções: segurar
peças, dobrar peças metálicas pequenas e cortar fios e arames.
Cabe ressaltar que o alicate não é um martelo e não serve para ser utilizado
como tal. Apesar de possuir o cabo plástico, não deve ser utilizado para lidar com
eletricidade. Os alicates utilizados para trabalhar com energia elétrica possuem
um isolamento adequado que suporta uma alta tensão e são ferramentas diferen-
tes do alicate convencional. Veja, a seguir, um alicate universal.
6 FERRAMENTAS MANUAIS UNIVERSAIS
117
ALICATE DE PRESSÃO
ARCO DE SERRA
O arco de serra é uma ferramenta metálica utilizada para fixar uma serra que
pode ser substituída. Sua função é cortar madeira, metal e plástico de forma efi-
ciente. Existem duas regras básicas para se utilizar um arco de serra: sempre po-
sicione os dentes da serra para frente, no sentido de onde deverá ser realizado o
corte, e nunca coloque seus dedos na trajetória da serra. Prestando atenção a es-
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
118
tes detalhes, você realizará o mínimo de esforço e estará preservando sua saúde.
Confira, na figura a seguir, um exemplo de arco de serra.
Ikedaono ([20--?])
Figura 76 - Arco de serra
CHAVE ESTRELA
A chave estrela foi desenvolvida para trabalhar com parafusos e porcas sexta-
vadas e hexagonais. Possui um ângulo de inclinação acentuado, o que lhe permi-
te adentrar em concavidades. Seu desenho permite uma boa aderência e acopla-
mento à cabeça do parafuso, evitando assim, que escape durante seu manuseio.
Jonnesway ([20--?])
CHAVE FIXA
iStockphoto ([20--?])
Figura 78 - Chave fixa
CHAVE COMBINADA
A chave combinada consiste na união de uma chave estrela com uma chave
fixa. Assim, a capacidade de atuar em diferentes posições é aumentada e com
um jogo de ferramentas pode-se obter os benefícios das duas chaves. A figura a
seguir traz um exemplo de chave combinada. Confira!
George Doyle ([20--?])
CHAVE DE FENDA
A chave de fenda foi inventada logo após o parafuso. Com ela, é possível trans-
mitir com eficácia os movimentos giratórios feitos pelo seu operador ao parafu-
so. Depois da aplicação de força, a rosca impressa no parafuso encarrega-se de
deslocá-lo e travá-lo.
Stockbyte ([20--?])
CHAVE PHILIPS
iStockphoto ([20--?])
Figura 81 - Chave Philips
CHAVE TORX®
CHAVE ALLEN
iStockphoto ([20--?])
Figura 83 - Chave Allen
CHAVE INGLESA
A chave inglesa recebeu este nome, pois foi produzida para trabalhar com por-
cas e encanamentos dimensionados de acordo com o sistema de medidas inglês,
que você conhecerá mais detalhes nos próximos capítulos.
Esta ferramenta é uma variação da famosa chave de boca, com a vantagem de
ser ajustada para a medida desejada. Desta forma, o profissional não precisa ter
um jogo inteiro de chaves, pois apenas uma ferramenta pode atender diversas
necessidades.
Como desvantagens, pode-se mencionar que é uma ferramenta mais robusta
que a chave fixa convencional, então seu uso torna-se mais difícil em locais que
dispõem de pouco espaço. Além disso, perde-se um pouco da firmeza em com-
paração com a oferecida pela chave de boca, mas sua versatilidade a torna útil
em diversas situações, especialmente quando se está lidando com tubulações e
encanamentos.
iStockphoto ([20--?])
CHAVE DE CATRACA
MARTELO
PUNÇÃO E TALHADEIRA
O punção é uma barra metálica resistente a pancadas. Possui uma ponta fina,
para encaixar em determinados componentes onde é necessária a aplicação de
força, como por exemplo, para remover um semieixo de homocinética do cubo
de rodas. Para isso, é necessário aplicar força, mas se for utilizado apenas um mar-
telo, o eixo será danificado, portanto, nesse caso, utilizando um punção o profis-
sional realizará a manutenção sem ter problemas.
Figura 87 - Punção
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
126
Você viu, até agora, algumas ferramentas de uso geral, ou universais. Mas o
que seria uma ferramenta especial? As ferramentas universais atendem neces-
sidades comuns à grande maioria dos mecanismos existentes, enquanto que as
ferramentas especiais são desenvolvidas em função da necessidade específica de
um determinado produto.
Um automóvel utiliza diversas ferramentas universais e também algumas es-
pecíficas. Isso pode ser observado, por exemplo, ao realizar uma troca de óleo,
pois o bujão do cárter é removido com uma ferramenta universal. No entanto,
o filtro de óleo é retirado utilizando uma cinta, que é uma ferramenta especial.
A cinta para remoção do filtro de óleo foi feita especialmente para este tipo de
trabalho.
6 FERRAMENTAS MANUAIS UNIVERSAIS
127
Eurotec ([20--?])
Figura 89 - Ferramenta para remover o filtro de óleo
CASOS E RELATOS
Josias e as ferramentas
Josias, um jovem empresário de Manaus que tem formação na área de
mecânica automotiva, conseguiu, depois de algum tempo de trabalho
e dedicação, montar uma oficina. Apesar de possuir recursos financeiros
limitados para investir em maquinário, Josias não queria que seu jogo de
ferramentas ficasse incompleto.
Para reduzir a quantidade de ferramentas que seriam compradas logo no
início do funcionamento da oficina, Josias optou por um jogo de chaves
combinadas, pois assim não seria necessário comprar um jogo inteiro de
chaves fixas e outro de chaves estrela.
Mas Josias queria trabalhar com caixas de câmbio, pois sua especialidade
é o sistema de transmissão mecânico. Porém, para trabalhar com essa
especialidade, seria necessário que ele investisse em um jogo completo
de ferramentas. Por isso, ele precisou investir em um jogo de ferramentas
específicas que, apesar de caro, permite que ele possa trabalhar em con-
formidade com o que as montadoras pedem. Por sorte, Josias havia feito
um planejamento de gastos e tinha uma reserva econômica para realizar
mais esse investimento.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
128
RECAPITULANDO
Anotações:
Ferramentas Especiais para
Transmissão Mecânica
Você já sabe que as ferramentas são utilizadas pelos mecânicos para ajudá-los a realizar re-
paros de forma mais rápida e segura. Mas vale lembrar que existem algumas peças específicas
nas quais não é possível utilizar as ferramentas universais. Então, qual seria a melhor forma de
retirar ou reparar essas peças? Para essas peças, existem as ferramentas especiais, que facilitam
a vida do mecânico, fazendo com que você não perca tempo de trabalho tentando adaptar as
ferramentas universais ou procurando a melhor forma de trabalho.
Sendo assim, conhecendo bem as ferramentas especiais e suas aplicações, você será capaz
de realizar seus reparos com maior qualidade e em menor tempo. Portanto, este capítulo apre-
sentará as ferramentas especiais, usadas na reparação do sistema de transmissão mecânica, as
quais permitem a remoção ou instalação de determinados componentes, bem como seus ajus-
tes e reparações. Partindo destes conhecimentos, ao final do capítulo, você terá subsídios para:
a) reconhecer os tipos de ferramentas especiais para transmissão mecânica;
b) diferenciar o uso de ferramentas universais daquelas de uso específico de transmissão
mecânica;
c) utilizar a ferramenta certa para o trabalho em cada componente diferenciado.
Ficou curioso para saber mais sobre as ferramentas especiais? Então, siga com os estudos e
aprofunde seus conhecimentos acerca desse assunto.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
132
Zamper ([20--?])
Existem também suportes para as caixas de câmbio, que facilitam o serviço por
permitir uma posição de trabalho mais adequada.
No caso das embreagens, existem guias para você montar o disco da embre-
agem corretamente, permitindo que o disco fique alinhado, possibilitando o seu
perfeito funcionamento.
Como já foi dito, existem diversos outros tipos de ferramentas especiais e es-
pecíficas, as quais você conhecerá no dia a dia de uma oficina. Seria muito com-
plicado falar de todas, devido ao grande número de caixas de câmbio existentes.
7.2 CONSERVAÇÃO
Ao utilizar uma ferramenta especial, você deve ter o cuidado de encaixá-la per-
feitamente à peça, evitando, assim, que ocorra um acidente de trabalho, levando
a ferimentos graves.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
É o componente
responsável por fazer a
articulação do eixo da
homocinética com a caixa
de câmbio.
3 SUPERAQUECIMENTO
Os testes de diagnóstico são realizados, geralmente, pelo técnico que irá pro-
ceder com a reparação. Estes testes permitem identificar os defeitos. Para isso,
você deve coletar as informações do cliente, que relata o defeito que percebeu.
Conforme o relato do cliente, você irá determinar sua linha de raciocínio, o que
irá direcionar sua atenção a um determinado caminho, para assim, chegar a um
diagnóstico final.
Para que você entenda melhor esses testes e verificações, você vai conhecer
alguns procedimentos a serem executados, para realizar testes de diagnóstico e
funcionamento.
Quando um cliente reclama que seu veículo está sem força e você desconfia
que o problema possa ser embreagem, você deve executar um teste de rodagem,
pois assim, você irá observar o funcionamento do sistema. Você pode, dentro do
pátio da empresa ou em local apropriado, engatar a quarta ou quinta marcha,
acelerar levemente o veículo e soltar suavemente o pedal da embreagem. O mo-
tor deverá morrer, mas se ele permanecer funcionando, significa que o disco de
embreagem está patinando.
Quando o cliente reclama de estalos ao esterçar1 e acelerar o veículo, você
pode testar, executando a situação como o cliente relatou. Se ao esterçar total-
mente e acelerar o veículo, o mesmo apresentar os estalos, é provável que as tri-
zetas2 das homocinéticas estejam danificadas.
Se o cliente relata que uma determinada marcha está arranhando ou, ainda,
não engata, você deve executar um teste de rodagem e analisar o sintoma do
defeito. Não será possível dar o diagnóstico final, pois, neste caso, é necessário
desmontar a caixa de câmbio para analisar as peças com defeito, mas a análise
prévia do defeito possibilita criar uma linha de análise.
Ao receber a reclamação de um ruído intenso, principalmente em uma deter-
minada velocidade, você deverá executar um teste de rodagem para analisar o
ruído, que pode ser do diferencial, ou ainda, de um rolamento defeituoso.
Depois de reparar uma caixa de câmbio, ou um diferencial, você deve engatar
todas as marchas para verificar se o engate funciona corretamente e depois de
instalado no veículo, executar um teste de rodagem para verificar se tudo funcio-
na perfeitamente.
Durante a execução do reparo de uma caixa de câmbio, você deve analisar os ro-
lamentos e verificar a coloração dos roletes, que devem ser lisos e espelhados, pois
se estiverem escurecidos, indica que sofreram superaquecimento3, e se estiverem
riscados, podem ter sofrido com falta de lubrificação. De qualquer forma, você deve
verificar se a lubrificação funciona corretamente, e substituir os rolamentos. O ideal
é que sejam trocados todos os rolamentos, já que a caixa de câmbio está aberta.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
142
CASOS E RELATOS
Aqui você conclui mais um capítulo. Mas lembre-se de que ainda têm muitos
assuntos interessantes que serão tratados! Continue atento!
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
144
RECAPITULANDO
Anotações:
Componentes do Sistema
de Transmissão Mecânica
Por diversas vezes, foi enfatizada a importância de preservar a vida útil dos
componentes, caso contrário, ocorre um desgaste prematuro dos componentes.
Mas perceba que a vida útil de qualquer componente não depende somente
do processo de instalação, ou ainda de fabricação, uma vez que a maior causa da
redução da vida útil é a imperícia1.
É comum uma pessoa comprar um carro popular, pensando, logicamente, na
economia de combustível. E como a maioria dos compradores de carros popula-
res, utiliza o veículo para viajar, passear com a família e, alguns, até em viagens
mais longas - muitas vezes por estradas em péssimas condições. O que a maioria
destes compradores não sabe é que, o carro popular não foi projetado para rece-
ber tanto esforço, ainda mais um esforço contínuo.
9 COMPONENTES DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
149
A ideia do carro popular é que você tenha a opção de ter um carro com baixo
consumo de combustível e baixo valor de manutenção. E ainda, que seja utilizado
dentro da cidade, ou para deslocamentos curtos e médios. Assim, essas viagens
longas tornam-se prejudiciais aos carros populares, uma vez que eles não estão
aptos a suportarem trajetos muito extensos. Quando estes veículos são projeta-
dos, os engenheiros pensam em sua utilização, e com base nessa ideia de utiliza-
ção, projetam as peças.
Isso quer dizer, então, que o simples fato de utilizar o veículo popular, por
exemplo, para longas viagens, ocasiona a redução da vida útil do veículo? Não
necessariamente, pois a redução da vida útil dos componentes é uma soma de
fatores.
Durante o projeto do veículo, também é calculado que ele irá rodar em um
asfalto liso, plano e bem feito, o que infelizmente não é realidade em nosso país.
As más condições da estrada, a aplicação inadequada do veículo e, ainda, a má
operação do veículo por parte do condutor, geram também a redução na vida útil
dos componentes. Note que, quando se afirma que a má operação contribui para
o desgaste das peças, isto quer dizer que os condutores, muitas vezes, possuem
vícios de pilotagem, acumulados durante anos como motoristas.
Esta ação é totalmente desnecessária e ainda prejudica o motor, pois este pre-
cisa parar num tranco forte, quando o correto é deixar o motor na lenta por um
minuto ou mais, e depois desligá-lo.
O mesmo ocorre com o sistema de transmissão, uma vez que o correto é não
forçar as marchas, portanto deve-se evitar realizar suas trocas de maneira muito
rápida. Outro costume ruim ao sistema de transmissão é acelerar e depois soltar o
acelerador de forma brusca, o que aumenta a folga no sistema, bem como dirigir
e fazer curvas em alta velocidade, o que acaba forçando o sistema de transmissão
e suspensão, prejudicando ambos os sistemas, além dos pneus.
Jupiterimages ([20--?])
3 CHASSI
O chassi é a estrutura do
9.5 FERRAMENTAS DE INFORMÁTICA E SISTEMAS DE GERENCIAMENTO
veículo, e nesta estrutura
existe uma numeração, que As montadoras disponibilizam aos seus concessionários literaturas técnicas,
é única para cada veículo.
apostilas, livros e manuais de reparação, entre outros. Contudo, todo este ma-
terial requer espaço e substituição para atualização, de tempos em tempos. Por
isso, as montadoras criaram um sistema eletrônico de literatura técnica, sendo
que cada uma possui seu próprio software2.
Sendo assim, se você tiver a oportunidade de trabalhar em uma concessioná-
ria, sempre que for realizar algum tipo de reparo no sistema de direção, poderá
coletar informações e dados técnicos nestes programas, o que facilitará sua fun-
ção de reparador automotivo.
Com relação ao número de chassi, lembre-se de que, para comprar uma peça,
é importante que você tenha em mãos esta numeração, pois como dito anterior-
mente, muitos catálogos fornecem as peças conforme o chassi do veículo. Este
número é necessário, principalmente, se você pretende comprar as peças em
uma rede autorizada do fabricante, ou ainda, em uma concessionária.
Mas você deve ficar atento, em muitos casos, as peças mudam pequenos de-
talhes em relação ao ano ou ao número do chassi e, sem estas informações, você
pode acabar comprando e instalando a peça errada, prejudicando o seu serviço e
o sistema de transmissão.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
154
4 COMISSÃO
É o pagamento de uma SAIBA Para saber mais informações sobre os catálogos de peças,
porcentagem ao mecânico, MAIS realize uma pesquisa no site: <www.oficinabrasil.com.br>.
conforme o que ele
consegue faturar de mão
de obra, ou seja, conforme
o que ele produz de mão
de obra. O assunto a seguir será ‘tempo padrão de mão de obra’. Vamos lá, pois esse
assunto é muito importante para sua prática profissional.
rápido que o determinado, podem pegar outro serviço, o que aumentará o fatu-
ramento da mão de obra e, consequentemente, o salário no fim do mês.
Não foi incluída uma destas tabelas aqui, pelo fato de haverem variações de
tabela conforme o fabricante do veículo, uma vez que alguns veículos são mais
fáceis e, consequentemente, mais rápidos de serem reparados que outros.
Quando um cliente traz seu veículo com defeito, dificilmente ele aceitará que
você execute o serviço de reparação e depois apenas passe o valor a ele. Normal-
mente, o que ocorre é o cliente pedir um orçamento do serviço a ser executado.
Mas como elaborar este orçamento? A primeira preocupação que você deve
ter é analisar corretamente o serviço, pois uma vez que o valor é passado, é muito
constrangedor aumentar o valor, devido a uma peça que não havia sido identifi-
cada.
Sendo assim, primeiro registre as observações do cliente e, com base nisto,
você iniciará seu diagnóstico.
Quando se trata de um defeito simples, como trocar cabo de embreagem, nor-
malmente não se cobra o tempo do diagnóstico, e sim, o tempo padrão de mão
de obra e as peças necessárias.
No caso de um defeito mais complicado, que requer a desmontagem do siste-
ma, você deve primeiramente deixar claro ao cliente que, ao elaborar o orçamen-
to, no caso de ele recusar a realização do serviço, você cobrará o tempo que foi
necessário para elaborar o orçamento. Isto deve ser feito com o intuito de evitar
que um cliente faça o diagnóstico com você, e a reparação em outro lugar.
No caso da reparação da caixa de câmbio, é impossível emitir um orçamento
sem abrir a caixa para verificar o estado das peças, mas se ainda assim, o cliente
insistir por um orçamento “fechado”, você deve listar todas as peças que podem
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
156
apresentar defeito, com isso, obviamente o valor ficará muito elevado. Sendo as-
sim, você deve explicar ao cliente que este valor poderá reduzir durante a repara-
ção da caixa de mudanças.
Portanto, elabore o orçamento com a máxima atenção possível, para que o
valor combinado seja o valor cobrado. Em alguns casos, podem ocorrer falhas de
orçamento devido à desatenção do mecânico, com isso, deve ser negociado com
o cliente o reajuste, o que, em alguns casos, acaba sendo absorvido pela oficina.
Por este motivo, lembre-se sempre de revisar o orçamento antes de passar para
o cliente.
Confira agora, no Casos e relatos, um exemplo prático de elaboração do orça-
mento de acordo com o tempo padrão de mão de obra. Vamos lá!
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
10
SAIBA SAIBA MAIS Para saber mais sobre algumas causas de ano-
malias, lendo as notícias e matérias do jornal oficina Brasil,
MAIS basta acessar o site: <http://www.oficinabrasil.com.br/>.
CASOS E RELATOS
Aqui você encerra mais uma etapa, o que achou dos conteúdos até aqui apre-
sentados? Saiba que são conhecimentos imprescindíveis para sua atuação profis-
sional.
RECAPITULANDO
11
Ao longo desse curso foi bastante enfatizada a qualidade do trabalho, mas não se pode es-
quecer a segurança dos mecânicos e de todos aqueles envolvidos no processo de reparo de um
veículo. Isso porque qualquer incidente, ou ainda, peças soltas podem provocar danos superfi-
ciais ou à saúde do trabalhador. Então você pode pensar: qual é a melhor forma de me proteger
e garantir que eu não sofra nenhum tipo de dano? Para garantir seu bem-estar, você deve usar
todos os equipamentos de proteção disponibilizados aos mecânicos, além de conhecer e res-
peitar os fundamentos e normas de segurança. Então, neste capítulo, você aprenderá sobre a
segurança no trabalho, e verá os riscos que você pode correr em algumas operações realizadas
durante um serviço. Para evitar acidentes, leia com muita atenção este capítulo.
A segurança no trabalho, sem dúvida alguma, é o que garante que você exerça sua profissão
com saúde plena. O setor de reparação automotiva é um setor com muitos perigos, e se você
não tomar os devidos cuidados, facilmente sofrerá um acidente de trabalho.
Ao final dos estudos deste capítulo, você terá subsídios para:
a) reconhecer os fundamentos da segurança no trabalho;
b) prevenir os acidentes que podem ocorrer durante a substituição e montagem dos com-
ponentes;
c) utilizar o EPI adequado para a situação do trabalho;
d) evitar acidentes de trabalho durante a geometria da direção.
Inicie com entusiasmo, pois tem muita coisa interessante para você aprender ao longo deste
conteúdo!
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
166
Você viu aqui, que a segurança do trabalho deve ser proporcionada pela em-
presa, em determinados quesitos indicados e regulamentados pelas NRs. Mas
também é dever do trabalhador agir de acordo com as normas, procedendo com
atitude segura, respeitando as orientações indicadas para o desenvolvimento das
suas atividades como, por exemplo, o uso de equipamentos de proteção indivi-
dual.
Dentro deste contexto, veja, a seguir, mais detalhes sobre os riscos proceden-
tes da inspeção e operação de reparação do sistema de transmissão mecânica.
Conheça, agora, alguns importantes cuidados que você deve ter ao realizar
determinadas atividades.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
168
Jupiterimages ([20--?])
Comstock ([20--?])
Todos os EPIs devem ser guardados limpos, para evitar contaminações por
bactérias, principalmente o protetor auricular, o qual é colocado dentro do ouvi-
do. Se este equipamento estiver sujo, poderá causar doenças que podem preju-
dicar sua audição.
Os óculos de proteção devem sempre estar limpos, caso contrário, prejudicam
a visibilidade e, assim, ao invés de protegerem, poderão causar um acidente de
trabalho.
Veja, a seguir, um exemplo verídico da importância de se utilizar equipamen-
tos de proteção adequados.
CASOS E RELATOS
*Esta história surgiu de um fato verídico e este profissional até hoje continua trabalhando, mas com
RECAPITULANDO
Neste capítulo, você aprendeu os riscos nas operações, as quais você exe-
cutará no dia a dia da oficina. Aprendeu como evitar os acidentes de tra-
balho e a importância do uso de EPIs.
Sendo assim, se você trabalha em uma oficina, uma interessante iniciati-
va é promover uma conscientização, explicando aos seus colegas de tra-
balho a importância da utilização dos EPIs e o conhecimento das normas
de segurança.
E lembre-se de que sua saúde é o seu maior bem, então cuide dela com
muito respeito.
11 SEGURANÇA NO TRABALHO
175
Anotações:
Manipulação de Componentes
12
Quando vamos ao médico para realizar exames de rotina, podemos perceber que o profis-
sional conta com equipamentos para medir nossa pressão e escutar as batidas de nosso cora-
ção, tudo isso para ajudá-lo a ter certeza de seu diagnóstico. Assim como o médico conta com
equipamentos para avaliar seus pacientes, você, como mecânico, também conta com equipa-
mentos que o ajudam a diagnosticar o defeito no veículo que chega à sua oficina.
Portanto, neste capítulo, você irá conhecer os equipamentos de apoio, seu uso e manuseio,
além dos procedimentos de uso e conservação de ferramentas. Você também vai aprender a
respeito dos procedimentos e normas técnicas da manipulação de componentes.
Sendo assim, ao final deste capítulo, você terá adquirido diversos conhecimentos, que ser-
virão de base para:
a) aplicar procedimentos de descarte de materiais de forma correta;
b) conhecer tipos de equipamentos para apoio de transmissão;
c) aplicar procedimentos com equipamentos certos para suportar o peso de diversos tipos
de câmbios;
d) aplicar os procedimentos de limpeza e conservação de ferramentas e equipamentos.
Agora você já está pronto para iniciar o estudo. Lembre-se de que autonomia e atenção
serão essenciais durante o percurso de aprendizagem.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
178
Com relação aos demais materiais, plásticos e metais, estes devem ser descar-
tados separadamente. Todo o metal deve ser vendido para empresas que façam
o recolhimento e o destinem para a reutilização em novos materiais.
Conheça, agora, os dispositivos e equipamentos de apoio.
12.2.1 TIPOS
12.2.2 CARACTERÍSTICAS
LJ Pneumáticos ([20--?])
12.2.3 APLICAÇÃO
LJ Pneumáticos ([20--?])
Figura 99 - Suporte para motor
12.2.4 CONSERVAÇÃO
Medioimages/Photodisc ([20--?])
CASOS E RELATOS
Viu como o uso correto dos equipamentos de apoio e EPIs são fundamentais
para o dia a dia na oficina? Aqui você finaliza mais um capítulo, mas saiba que
ainda tem muitos assuntos interessantes aguardando por você.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
184
RECAPITULANDO
Anotações:
Armazenagem de Componentes
13
Na rotina de uma oficina, você, como mecânico, trabalha com diversas peças que precisam
de cuidado, pois muitas possuem óleo e outras substâncias que podem ser nocivas à pele e
outras áreas sensíveis. Portanto, além de usar os equipamentos de proteção, é fundamental
que você conheça bem os produtos e equipamentos que utiliza em sua rotina e saiba como
armazenar cada um deles.
Saiba que o armazenamento correto dos produtos implica em evitar que incidentes aconte-
çam, ou ainda, que um produto entre em contato com outro, fazendo com que eles se tornem
impróprios para uso.
Sendo assim, neste capítulo você verá que, ao lidar com a caixa de câmbio é necessário ter
um cuidado especial com o armazenamento de todos os materiais. Por se tratar de diversas
partes mecânicas, é preciso tomar algumas precauções. Em especial com as engrenagens, que
costumam ter posições específicas de montagem. O óleo lubrificante também necessita de cui-
dados específicos, que você também conhecerá, a seguir. Portanto, ao final deste capítulo, você
terá adquirido diversos conhecimentos que servirão de base para você saber realizar o:
a) armazenamento de diversos tipos de resíduos;
b) descarte adequado dos resíduos citados.
Ficou curioso para saber mais sobre armazenagem de componentes? Então para iniciar este
capítulo de estudos, reúna comprometimento e energia e siga em frente!
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
188
Ao desmontar uma caixa de câmbio, você irá se deparar com dois eixos reple-
tos de engrenagens, travas e anéis, que estão montados na única forma em que
o conjunto funcionará bem.
Ao fazer a desmontagem dos componentes, é interessante organizá-los de
acordo com a sequência de desmontagem. Existem chavetas (travas mecânicas)
que precisam ser montadas na posição correta. Para que isto ocorra, é preciso
observar todas as marcações, tanto nos eixos como nas engrenagens.
O QUE FAZER
TIPO DE RESÍDUOS
EXEMPLO (SOMENTE PESSOAL
QUÍMICOS
HABILITADO) (2002)
Recolher os resíduos de cada
Mercúrio de termômetros, sais
Resíduo com cádmio, tálio e metal em separado. Se possível,
ou soluções com cádmio, tálio
mercúrio precipitar como sais insolúveis e
ou mercúrio.
guardar como sólido seco.
Solventes de HPLC, solventes
Recolher em separado para
Resíduo de solventes recicláveis de extração Sohxlet, solventes
futura recuperação.
rotaevaporados, formol.
Recolher os resíduos de cada
Resíduos de metais preciosos Sais ou soluções contendo pra-
metal em separado para futura
ou recicláveis ta, ósmio, ouro, platina, rutênio.
recuperação.
13 ARMAZENAGEM DE COMPONENTES
189
O QUE FAZER
TIPO DE RESÍDUOS
EXEMPLO (SOMENTE PESSOAL
QUÍMICOS
HABILITADO) (2002)
Cabeça e cauda de destilação,
solvente de limpeza, solventes
Resíduos de solventes para Neutralizar a acidez (se houver)
contaminados de difícil puri-
descarte e descartar em bombona.
ficação, misturas azeotrópicas
não–reutilizáveis.
1) Sólidos ou pastas - Misturar
com o mesmo volume de água.
Ajustar o pH entre 7 e 9.
Soluções de ácido clorídrico, sul- 2) Soluções concentradas -
fúrico, fosfórico, nítrico, acético, Diluir até que se obtenha uma
Resíduos ácidos
perclórico, ácidos sólidos (como solução com, pelo menos, 50%
oxálico e cítrico). de água em volume. Ajustar o
pH entre 7 e 9.
3) Soluções diluídas - Ajustar o
pH entre 7 e 9.
1) Sólidos ou pastas - Misturar
com o mesmo volume de água.
Ajustar o pH entre 7 e 9.
2) Soluções concentradas -
Aminas, soluções de hidróxidos,
Diluir até que se obtenha uma
soda cáustica, solução alcoolato,
Resíduos básicos solução com, pelo menos, 50%
amônia.
de água em volume. Ajustar o
pH entre 7 e 9.
3) Soluções diluídas - Ajustar o
pH entre 7 e 9.
1) Sólidos ou pastas - Misturar
com o mesmo volume de água.
Neutralizar com sulfito de sódio
Soluções ou sais de dicromato, e depois ajustar o pH entre 7 e 9.
permanganato, hipoclorito, 2) Soluções aquosas concentra-
iodato, persulfato, bismuto das - Diluir até que se obtenha
Resíduos fortemente oxidantes (III). Solução de bromo, iodo, uma solução com, pelo menos,
peróxido de hidrogênio. Sólidos: 50% de água em volume. Neu-
bismutato de sódio, dióxido de tralizar com sulfito de sódio e
chumbo, ácido crômico. depois ajustar o pH entre 7 e 9.
3) Soluções aquosas diluídas -
Neutralizar com sulfito de sódio
e depois ajustar o pH entre 7 e 9.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
190
O QUE FAZER
TIPO DE RESÍDUOS
EXEMPLO (SOMENTE PESSOAL
QUÍMICOS
HABILITADO) (2002)
1) Sólidos ou pastas - Misturar
com o mesmo volume de água.
Neutralizar com peróxido de hi-
drogênio a 30% e depois ajustar
o pH entre 7 e 9.
2) Soluções concentradas -
Hidrazina, soluções ou sais de Diluir até que se obtenha uma
Resíduos fortemente redutores sulfito, iodeto, tiosulfato, oxala- solução com, pelo menos, 50%
(exceto metais e ligas) to, ferro (II), estanho (II), fósforo de água em volume. Neutralizar
vermelho. com peróxido de hidrogênio a
30% e depois ajustar o pH entre
7 e 9.
3) Soluções aquosas diluídas
- Neutralizar com peróxido de
hidrogênio a 30% e depois
ajustar o pH entre 7 e 9.
Soluções contendo cromo(III),
Soluções aquosas contendo
chumbo(II), níquel (II), cobre Ajustar o pH entre 7 e 9, prefe-
sais ou complexos de metais
(II), cobalto(II), bismuto(III), rencialmente com carbonato de
pesados que não se enquadram
manganês(II), cádmio(II), sódio sólido.
nas classes anteriores
índio(III).
Lavar com água, secar e guardar
Resíduos sólidos contendo
Ferro, estanho, bronze, latão, como sólido seco. A água de
metais ou ligas (exceto hidroli-
zinco, solda, papel alumínio. lavagem deve ser tratada de
sáveis)
acordo com sua classe.
Sódio, potássio, cloretos de acila,
pentóxido de fósforo, hidreto de
Resíduos com substâncias Reagir cuidadosamente com
sódio, pentacloreto de fósforo,
hidrolisáveis água. Ajustar o pH entre 7 e 9.
anidridos de ácidos, cloreto de
alumínio anidro, alquil alumínio.
13 ARMAZENAGEM DE COMPONENTES
191
O QUE FAZER
TIPO DE RESÍDUOS
EXEMPLO (SOMENTE PESSOAL
QUÍMICOS
HABILITADO) (2002)
1) Sólidos ou pastas - Misturar
com o mesmo volume de água.
Adicionar 1 grama de NaOH por
100ml de solução. Adicionar
água sanitária.
2) Soluções concentradas -
Diluir até que se obtenha uma
Soluções e sólidos com sais de solução com, pelo menos, 50%
Resíduos com cianeto
cianeto. de água em volume. Adicionar
1 grama de NaOH por 100ml
de solução. Adicionar água
sanitária.
3) Soluções aquosas diluídas
- Adicionar 1 grama de NaOH
por 100ml de solução. Adicionar
água sanitária.
Pólvora, fósforo branco, peróxi- Pesquisar procedimentos
Resíduos explosivos, pirofóricos
do de benzoíla, hidro peróxido de inertização específicos. A
ou que reagem violentamente
de terc-butila, ácido peracético, solução resultante deve ter o pH
com oxigênio do ar.
ácido pícrico, trietilalumínio. ajustado entre 7 e 9.
Pesquisar procedimentos
Resíduos que sofrem polimeri- de inertização específicos. A
Acrilonitrila, ácido acrílico.
zação violenta solução resultante deve ter o pH
ajustado entre 7 e 9.
Pesquisar procedimentos
Brometo de etídio, nitrosaminas, de inertização específicos. A
Outros resíduos perigosos
aflatoxinas, PCBs, PCDDs, PCDFs. solução resultante deve ter o pH
ajustado entre 7 e 9.
Lavar, secar e guardar como
Agulhas, lâminas, pregos, para-
Perfuro-cortantes sólido seco em frasco plástico
fusos, facas, bisturis.
de parede grossa.
Lavar o interior do frasco com
etanol e depois com água.
Frascos de hidrocarbonetos, Recolher as lavagens como
Frascos de solventes vazios organoclorados, aminas, álcoois, resíduo de solvente. Os frascos
cetonas. limpos podem ser reutilizados
ou descartados no lixo que não
é lixo reciclável.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
192
O QUE FAZER
TIPO DE RESÍDUOS
EXEMPLO (SOMENTE PESSOAL
QUÍMICOS
HABILITADO) (2002)
Frascos de reativos, frascos
de soluções que sofreram Neutralizar o resíduo impreg-
Materiais de vidro ou plástico depósitos de sólidos, vidraria de nado no material conforme sua
contaminados com resíduos laboratório quebrada, filmes de classe. Descartar no resíduo de
químicos PVC (tipo magipack), placas de vidro e plástico de laboratório
microscópio, materiais plásticos ou no resíduo sólido seco.
de laboratório.
Papel de filtro usado, filtros de
Filtros contaminados com Descartar no resíduo sólido
gás, filtros de líquidos, filtros de
resíduos químicos seco.
poeira de laboratório.
Cloreto de sódio, cloreto de
Descartar no resíduo sólido
Sólidos inertes cálcio, sulfato de cálcio, fluoreto
seco.
de sódio, alumina, sílica gel.
Papel alumínio usado para Tratar como resíduo de metais
Papel alumínio contaminado
pesagem. e ligas.
Soluções com cloretos, nitratos,
acetatos, sulfatos de sódio,
Soluções aquosas de substân-
potássio, cálcio, magnésio. So- Descartar na pia.
cias inertes
luções de carboidratos. Extratos
vegetais.
Com relação a este tipo de material, que resulta das atividades produtivas hu-
manas, foi desenvolvido um conceito chamado de 3Rs. Este consiste em reduzir
a quantidade de material gerado, reutilizar tudo o que for possível e reciclar ao
máximo os materiais, dando novas finalidades antes que estes sejam descartados.
13 ARMAZENAGEM DE COMPONENTES
193
Saiba que todo o processo produtivo deve ser estudado para verificar onde
pode ser feita uma redução no material a ser utilizado. O desperdício deve ser
reduzido ao máximo e depois de ter um material pronto, que deixou de ser útil,
deve-se pensar em como aproveitá-lo para realizar outra função. Depois de tudo,
quando não houver mais utilidade para o mesmo, este deve ser então reciclado,
ou seja, transformado em outra coisa.
Os resultados de se trabalhar com ações sustentáveis é uma significativa redu-
ção na utilização e desperdício de recursos e, consequentemente, uma diminui-
ção na emissão de poluentes e na geração de lixo.
Confira agora, o Casos e relatos, que aborda uma questão essencial nos dias
atuais: a reutilização de materiais.
13 ARMAZENAGEM DE COMPONENTES
195
CASOS E RELATOS
Reutilização de materiais
Vanessa é consultora técnica de uma grande concessionária na região do
ABC Paulista e costuma trabalhar utilizando o conceito de 3R, que apren-
deu ao fazer um curso técnico em manutenção automotiva.
Enquanto atende seus clientes e imprime as ordens de serviço, ela pro-
cura utilizar o mínimo de folhas possíveis e imprimir somente a quanti-
dade necessária, procurando economizar papel e, assim, contribuir com
a preservação do meio ambiente, evitando o desperdício. Se, em algum
momento Vanessa comete um engano e imprime um número errado de
folhas, ela ainda procura seguir as orientações de economia de recursos
naturais e utilizar o verso da folha para fazer anotações e utilizar como
rascunho.
Graças às ações de Vanessa, a empresa evita desperdiçar materiais e o
escritório dela está sempre impecável, apenas com o material realmente
útil.
Aqui você finaliza mais uma etapa. Explore todas as informações disponíveis.
Lembre-se: dedicação e comprometimento são essenciais para o processo de
aprendizagem. Vamos em frente!
RECAPITULANDO
Neste capítulo, você pôde ver que as empresas, assim como também
muitas pessoas, em seu dia a dia, utilizam o conceito dos 3Rs (reduzir,
reutilizar e reciclar). E como é importante praticar essas ações na sua prá-
tica profissional!
Normas e Legislação Ambiental
14
Anteriormente, foi tratado sobre o padrão de serviço, para que as oficinas trabalhem sempre
da mesma forma. Imagine você levando seu carro para ser reparado em uma oficina e, algum
tempo depois, tendo que levar em outra oficina para verificar a necessidade de novos reparos.
Se cada oficina fizer suas próprias regras, o mecânico da segunda oficina não saberá com se-
gurança qual serviço foi realizado da primeira vez. Por isso, a importância de haver normas de
padronização e também regras ambientais.
As normas e regras ambientais, se seguidas, garantirão a padronização dos serviços e a saú-
de ambiental. Por isso é tão importante que você conheça os órgãos que estabelecem e regu-
lam para que essas normas sejam cumpridas.
Portanto, ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) reconhecer os órgãos competentes responsáveis pelas normatizações;
b) reconhecer o tratamento de resíduos aplicados ao sistema de transmissão.
Perceba que as oportunidades de aprendizagem serão muitas, sendo assim, inicie com de-
dicação e atenção e aproveite ao máximo essa oportunidade.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
198
Mas você sabe a razão da existência das normas da ABNT? De modo geral, elas
servem para que as oficinas tenham um padrão de serviço, de modo que as mes-
mas trabalhem seguindo um mesmo modelo. Esse padrão é baseado em normas
vigentes de atendimento, com o objetivo de estabelecer uma uniformidade.
Confira, a seguir, como ocorre o tratamento de resíduos aplicados ao sistema
de transmissão.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Você pôde verificar, neste capítulo, que existem leis e normas técnicas
que precisam ser respeitadas para que as atividades de manutenção pos-
sam ser realizadas.
Portanto, você viu que o descumprimento de normas e leis pode ocasio-
nar diversos problemas ao infrator, como por exemplo, receber multas e,
até mesmo, ter seu estabelecimento fechado.
14 NORMAS E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
201
Anotações:
Metrologia Aplicada nos
Sistemas de Transmissão
15
Para trabalhar com uma caixa de câmbio é preciso saber utilizar os seguintes
equipamentos: micrômetro, relógio comparador, paquímetro, torquímetro e es-
pecímetro ou calibre de lâminas.
Acompanhe, a seguir, mais detalhes sobre cada um destes equipamentos.
15.1.1 PAQUÍMETRO
15.1.2 MICRÔMETRO
Vale lembrar que o ponteiro pequeno serve para marcar o número de voltas,
ou o número de milímetros que o ponteiro grande já percorreu.
15.1.4 TORQUÍMETRO
15.1.5 ESPECÍMETRO
Para tirar as medidas é preciso colocar as lâminas entre a folga a ser medida e
verificar se ela passa ou não. Sendo que cada lâmina possui uma medida diferen-
te, então se a lâmina entrar, ela indicará o tamanho da folga; se não entrar, a folga
é menor que a lâmina.
Confira agora, o Casos e relatos que trata sobre a importância de uma correta
montagem.
CASOS E RELATOS
Nesta outra situação foi feita a conversão de um valor em milímetro para po-
legada fracionária. Primeiro, dividiu-se o valor por 25,4, depois, multiplicou-se o
resultado por 128 e, então, obteve-se o valor do dividendo. Após, foi colocado
este valor em uma fração sobre 128. E agora não será feita a divisão, e sim, a sim-
plificação, se assim for possível.
Converter um valor em polegada para um valor em milímetro é relativamente
simples. Veja, a seguir, a conversão da polegada fracionária, pois é a mais comple-
xa das duas:
3/8” → realize a divisão 3/8 → 0,375 (valor milesimal) → 0,375 x 25,4 = 9,525mm
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
212
Para fazer esta operação, apenas multiplique o valor milesimal por 25,4.
Aqui você encerra mais esta etapa. Lembre-se de que esses conteúdos são
muito relevantes para potencializar a qualidade de seu trabalho.
RECAPITULANDO
Anotações:
Técnicas de Ajustagem
16
Muitas vezes, ao nos depararmos com um problema inesperado, é comum pensarmos que
isso causará mudanças em nosso cronograma ou atraso no trabalho. Imagine que você estipu-
lou um prazo para entregar o veículo de um cliente e você percebe que uma das peças repara-
das ainda possui pontas irregulares, ou ainda, um parafuso não está fixado corretamente, por
possuir rebarbas. Nesse caso, se você tem experiência ou estudou as técnicas de ajustagem
mecânica, você saberá que a correção do defeito pode ser simples.
A ajustagem mecânica é todo procedimento de modelagem e acabamento feito manual-
mente em peças mecânicas. Portanto, neste capítulo, você verá que existem diversos procedi-
mentos que são realizados em uma determinada peça para que ela fique dentro dos padrões
necessários para seu bom funcionamento. Muitas vezes é preciso serrar, dobrar e, até mesmo,
desbastar algum material para que o funcionamento do mecanismo seja possível.
Com base nesses conhecimentos, ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) realizar ajustes detalhados em diversas peças de câmbio;
b) identificar as características das ferramentas para realizar estes tipos de ajustes;
c) utilizar todos os equipamentos de proteção para este tipo de operação.
Preparado para conhecer mais detalhes sobre as técnicas de ajustagem? Inicie conhecendo
as normas e procedimentos.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
216
O tipo da lima deve ser escolhido de acordo com o material a ser limado e com
a espessura a ser desbastada. Respeitando sempre a velocidade correta de 60 gol-
pes por minuto. Com relação ao cabo da lima, este deve ser encaixado com uma só
pancada, ficando a lima unida ao cabo e este sendo empurrado contra uma mesa.
O arco de serra é outra ferramenta muito utilizada para o corte de peças me-
tálicas. Sempre que for utilizado, precisa ter a serra posicionada com os dentes
para frente, pois esta ferramenta só corta no sentido de ida. A tensão aplicada na
serra deve ser suficiente para que ela possa apresentar uma folga com cerca de 2
milímetros.
16 TÉCNICAS DE AJUSTAGEM
217
Carbografite ([20--?])
Figura 115 - Arco de serra
Para dobrar uma chapa é preciso utilizar uma morsa e um martelo que não da-
nifique o material, além disso, a morsa deve ter sua mandíbula revestida por uma
chapa de metal fino e macio, para não danificar o material. Em caso de chapas
mais grossas, é preciso utilizar uma prensa hidráulica.
Wikipedia ([20--?])
Figura 117 - Tipos de lima
Hemera ([20--?])
Figura 120 - Óculos
CASOS E RELATOS
Perceba que quem trabalha em uma oficina precisa estar pronto para ter suas
habilidades técnicas testadas diariamente. Graças ao conhecimento de ajusta-
gem, o personagem do Casos e relatos resolveu o problema.
16 TÉCNICAS DE AJUSTAGEM
221
RECAPITULANDO
17
Quando você se depara com diversos tipos de problema é comum parar para analisar a situ-
ação antes de tomar qualquer decisão, certo? Nesse caso, um mecânico pode utilizar a mesma
lógica ao receber os veículos de seus clientes na oficina. No decorrer do curso, você pôde perce-
ber que, muitas vezes, foi enfatizada a qualidade de serviço. Então, para que você possa fazer o
serviço correto, existem alguns testes que podem ser utilizados para examinar previamente os
componentes do sistema de transmissão mecânica, bem como o nível de óleo e os lubrificantes
usados.
Portanto, é importante que você saiba que uma transmissão mecânica pode apresentar di-
versos tipos de problemas, e estes podem ser diagnosticados por meio de testes e verificações
no sistema. Sendo assim, neste capítulo você vai estudar os testes e a verificação de uma trans-
missão mecânica. Com esse conhecimento, você terá a capacidade de:
a) verificar o nível e o estado do óleo lubrificante;
b) verificar a impermeabilidade e a localização de vazamentos;
c) verificar o funcionamento da regulagem das hastes de trambulador;
d) realizar um teste de funcionamento ou ensaio na própria oficina;
e) realizar um teste de rodagem com o veículo.
Viu que interessante será este momento de aprendizagem? E ainda tem muita coisa interes-
sante para você aprender ao longo deste conteúdo. Continue atento.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
224
17.1 GENERALIDADES
Assim como o sangue revela aos médicos o estado de saúde, o óleo lubrifican-
te revela ao mecânico o estado de uma caixa de câmbio.
O óleo da transmissão deve ser trocado esporadicamente, dependendo do ve-
ículo, troca-se após 90.000Km. A coloração do óleo usado tende a ser ligeiramen-
te diferente do óleo novo, pois ele sofreu aquecimento e trabalhou por um longo
período, acumulando partículas das engrenagens.
17 TESTES E VERIFICAÇÃO DE UMA TRANSMISSÃO MECÂNICA
225
TESTE DE FUNCIONAMENTO
Caso seja necessário abrir a caixa de câmbio, isso deve ser feito em uma banca-
da, utilizando as ferramentas específicas recomendadas pelo fabricante.
Dentre os problemas mais comuns, podem ser citados: vazamentos, desgaste
de engrenagem e desgaste do conjunto sincronizador.
PREPARAÇÃO DO ENSAIO
DESENVOLVIMENTO DO TESTE
DESCRIÇÃO DO ENSAIO
PASSOS A SEGUIR
Sem dúvida, o teste na estrada irá comprovar se o serviço foi realizado com
sucesso ou não. Ao dirigir o veículo e utilizar a caixa de câmbio, você, como pro-
fissional, poderá diagnosticar rapidamente a localização do problema.
SISTEMAS DE TRANSMISSÃO MECÂNICA
230
PASSOS A SEGUIR
CASOS E RELATOS
Aqui você conclui os estudos desta unidade curricular, esperamos que os co-
nhecimentos construídos tenham sido significativos.
17 TESTES E VERIFICAÇÃO DE UMA TRANSMISSÃO MECÂNICA
231
RECAPITULANDO
Claudinei Aducio Pereira, graduação em andamento do curso de Engenharia Civil pela Universidade do Sul
de Santa Catarina – UNISUL e formado, em 1999, pela Escola Técnica Federal de Santa Catarina. Atuou por
10 anos na área de manutenção automotiva em concessionárias, onde recebeu capacitação para atuar nas
mais diversas áreas relacionadas à automobilística. Atualmente, é instrutor no SENAI, unidade de Palhoça,
nos cursos técnicos e de qualificação profissional. Atua também como instrutor da rede de concessionárias
RENAULT, em parceria com o SENAI.
Marcelo Bellini Ferrai é técnico na área Automotiva pelo SENAI de São Paulo/SP, gerente de pós-venda na
concessionária SATORU-Honda e professor do SENA/SC - Palhoça na área automotiva. Possui cursos e certifi-
cações de qualificação profissional nas áreas automotiva, além de ser formado no curso técnico em Proces-
samento de Dados.
Roberto Fernando Dusik finalizou seus estudos de mecânica a diesel, fez especialização em motores diesel
e estudou mecânica industrial no SENAI Canoas-RS, em 2007. Posteriormente, estudou diversos assuntos
dentro da área da mecânica automotiva, tornando-se especialista em diagnóstico de anomalias em motores
a diesel. Em 2009, concluiu o curso técnico em Automobilística. Atualmente, ministra aulas de mecânica
e eletricidade automotiva no SENAI São José/Palhoça, atuando na educação de jovens e adultos, desde o
ensino de qualificação profissional até o ensino técnico. Também está cursando a graduação em logística na
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
ÍNDICE
A
ABNT 7 198, 199
Ajustagem 11 14, 17, 81, 215, 216, 217, 218, 219, 220, 221
Alavanca de marcha 75, 102, 108
Análise 12, 103, 105, 107, 141, 142, 150, 168, 220, 228
Anel sincronizador 6, 52, 58, 59, 60, 230
Anel trava 59
Arco de serra 6, 7, 117, 118, 216, 217, 218
Autoblocante 42, 43, 44
Axial 50, 59
B
Blocantes 11, 22, 41, 45
C
Cabos 6, 22, 63, 69, 71, 81, 108, 116, 124, 148, 154, 155, 216
Caixa de mudança, 28, 29, 31, 32, 34, 35, 49, 50, 74, 75, 77, 81, 82
Caixa de transferência, 6, 12, 29, 30, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97
Calibre de lâminas, 204, 209
Câmbio 5, 7, 11, 22, 26, 32, 36, 45, 46, 49, 50, 51, 52, 53, 64, 65, 67, 68, 73, 75, 81, 87, 88, 89, 91, 92,
93, 94, 97, 100, 101, 102, 106, 107, 108, 113, 125, 127, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 140, 141, 143,
148, 155, 169, 179, 180, 181, 183, 187, 188, 193, 199, 203, 204, 205, 210, 212, 215, 224, 225, 226,
227, 228, 229, 230, 233
Carcaça 31, 38, 42, 44, 49, 50, 52, 61, 64, 79, 80, 88, 91, 95, 109, 178
Cardam 30, 81
Chaveta 60
Checklist 8, 11, 12, 74, 77, 105, 107, 147, 150
Coifa de proteção 162
Componentes 5, 6, 7, 11, 12, 13, 17, 22, 25, 26, 27, 28, 29, 34, 37, 38, 41, 52, 53, 54, 55, 57, 64, 65,
66, 74, 75, 77, 81, 84, 87, 88, 90, 91, 95, 96, 97, 99, 101, 102, 103, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112,
113, 116, 122, 125, 127, 131, 132, 133, 136, 139, 140, 142, 143, 144, 147, 148, 149, 150, 152, 153,
157, 160, 161, 165, 168, 169, 170, 174, 177, 179, 180, 181, 183, 184, 187, 188, 193, 200, 203, 207,
209, 210, 212, 223, 227, 228
Coroa 11, 32, 38, 39, 75, 79, 80, 82, 96, 97, 111, 142
Cossinete 7, 219
Cubo 58, 59, 72, 92, 96, 125, 148
D
Diagnóstico 12, 17, 96, 102, 107, 139, 140, 141, 142, 154, 155, 159, 177, 212, 224, 234, 235
Diferencial 5, 11, 22, 25, 28, 29, 30, 31, 32, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 49, 50, 51, 57, 74,
75, 77, 79, 80, 81, 82, 88, 89, 90, 94, 96, 106, 109, 110, 111, 141, 142, 160
Disco de embreagem 6, 34, 53, 65, 66, 67, 68, 70, 75, 76, 141, 160
E
Eixo das satélites 39
Eixo de transmissão 49, 50, 76, 82
Eixo intermediário 6, 51, 53, 54, 55, 56, 57, 91
Eixo piloto 34, 36, 48, 50
Eixo primário 5, 36, 48, 51, 53, 54, 56, 57, 61, 75, 109, 110
Eixos 5, 6, 7, 21, 22, 25, 26, 28, 29, 30, 31, 32, 34, 35, 36, 37, 39, 40, 42, 43, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54,
55, 56, 57, 59, 60, 61, 64, 72, 73, 74, 75, 76, 79, 80, 81, 82, 87, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 109,
110, 125, 133, 140, 188, 219, 220, 229
Eixo secundário 5, 32, 36, 48, 51, 53, 54, 55, 56, 57, 61, 110
Embreagem, 5, 6, 11, 25, 26, 28, 29, 31, 34, 35, 36, 43, 51, 53, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 74, 75,
76, 81, 82, 87, 102, 108, 134, 141, 148, 154, 155, 160
Engrenagens 5, 7, 21, 22, 25, 35, 36, 37, 39, 40, 42, 45, 46, 48, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 58, 60, 64, 67,
75, 76, 77, 90, 91, 92, 96, 97, 109, 133, 170, 178, 182, 187, 188, 224, 225, 226, 227, 228, 229, 233
Engrenamento 49, 50, 51, 57, 59, 64, 226
EPI 13, 135, 165, 170, 172, 173, 174, 183, 220
Esferas 6, 60, 61, 73, 109, 198
Esterçamento 38, 72, 73
Estrias 34, 39, 52, 53, 59, 76
F
Ferramentas 7, 12, 13, 14, 17, 77, 79, 105, 108, 109, 113, 115, 116, 117, 119, 121, 123, 124, 125,
126, 127, 128, 131, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 139, 152, 153, 168, 169, 170, 171, 177, 182, 203,
215, 216, 217, 218, 219, 221, 227, 231, 234
G
Garfo de acionamento 65, 69
Garfos 6, 7, 52, 57, 58, 59, 63, 65, 69, 71, 81, 92, 96, 109, 134, 228
H
Haste 7, 57, 179, 180, 181, 218
Helicoidais 6, 50, 60, 233
I
Inspeção 12, 13, 22, 107, 108, 113, 147, 167, 168, 203, 212, 228, 231
Integral 29, 89
J
Junta homocinética 6, 11, 73, 76, 83, 220, 239
Junta tripoide 38, 39, 239
Juntas articuladas 25, 82, 239
Juntas deslizantes 74
Juntas fixas 73
L
Lima 7, 216, 217, 218, 220, 239, 242
Limpeza 12, 13, 105, 111, 112, 172, 177, 182, 189, 200, 218, 226, 239
Longitudinal 5, 11, 29, 30, 31, 32, 239
Lubrificante 7, 14, 44, 76, 106, 169, 170, 178, 179, 182, 187, 198, 199, 223, 224, 225, 239
Luva 43, 54, 57, 58, 59, 60, 63, 92, 96, 172, 219, 239
M
Macho 7, 218, 219, 239
Manual de reparação 132, 142, 188
Manual do proprietário 12, 99, 101, 102, 151
Manutenção 11, 12, 17, 22, 24, 72, 74, 81, 82, 87, 95, 97, 99, 100, 101, 102, 103, 109, 116, 125, 128,
132, 149, 150, 151, 160, 183, 195, 200, 203, 205, 227, 235, 239
Mão de obra 13, 147, 154, 155, 156, 157, 239
Marcha 5, 6, 7, 28, 30, 32, 36, 38, 46, 47, 48, 49, 51, 52, 54, 55, 56, 57, 59, 60, 61, 63, 64, 65, 66, 75,
77, 79, 81, 87, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 109, 113, 133, 134, 141, 156, 226, 227, 228, 230, 237,
239
Mecânica, 11, 12, 13, 14, 17, 18, 21, 22, 23, 24, 27, 36, 73, 74, 77, 81, 83, 87, 100, 101, 103, 105,
106, 112, 113, 116, 127, 128, 131, 136, 139, 143, 144, 147, 156, 159, 160, 161, 162, 167, 200, 204,
212, 215, 217, 221, 223, 233, 234, 235, 239
Metrologia 13, 203, 204, 210, 216, 234, 239
Micrômetro 7, 13, 204, 205, 206
Mola membrana 67, 68, 69
Motopropulsor 32
Motora 6, 7, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 28, 29, 31, 32, 34, 35, 36, 44, 45, 46, 47, 48, 51, 53, 57, 64, 65, 66,
67, 68, 70, 71, 74, 75, 83, 87, 88, 89, 90, 95, 101, 102, 127, 133, 141, 148, 149, 151, 160, 173, 181,
182, 210, 224, 225, 229, 239
N
Normas 8, 12, 13, 14, 17, 103, 105, 106, 111, 112, 141, 147, 165, 166, 167, 174, 177, 178, 184, 188,
192, 197, 198, 199, 200, 215, 216
O
Óleo 7, 14, 43, 44, 52, 64, 70, 74, 75, 76, 77, 81, 82, 97, 101, 103, 106, 110, 112, 126, 127, 151, 169,
170, 178, 179, 182, 183, 187, 188, 198, 199, 200, 223, 224, 225, 226, 228, 229, 239
Orçamento 13, 147, 155, 156, 157, 239
P
Paquímetro 7, 13, 204, 205
Pinhão 11, 32, 38, 39, 57, 75, 79, 80, 82, 108, 111, 142, 239
Planetárias 36, 38, 39, 40, 43, 44, 72, 95, 96, 97
Platô de embreagem 6, 65, 67
Polia 132, 239
Ponto morto, 64
Procedimentos 12, 13, 14, 78, 79, 80, 87, 94, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 132, 135,
139, 141, 142, 147, 151, 177, 178, 183, 188, 191, 198, 200, 203, 210, 215, 216, 219, 221, 228, 229,
231, 239
Propulsão 34, 239
R
Redução 5, 21, 22, 47, 65, 69, 95, 96, 97, 148, 149, 161, 173, 194, 239
Relógio comparador 7, 13, 79, 110, 142, 204, 207
Retém 58, 59, 60
Retentor 6, 7, 62, 108, 132, 240
Rodas 5, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 29, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 48, 50, 60,
65, 72, 73, 87, 88, 89, 90, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 108, 125, 148, 171, 224, 240
Rodas motrizes 25, 26, 29, 32, 34, 38, 39, 41, 42, 43, 45, 240
Rolamento 6, 7, 50, 61, 62, 65, 69, 77, 78, 79, 80, 109, 110, 133, 141, 170, 210, 240
Rotação 5, 22, 25, 26, 29, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 38, 39, 43, 44, 45, 46, 48, 51, 53, 54, 55, 57, 58, 59,
61, 64, 65, 67, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 132, 224, 227, 230, 240
RPM 34, 46
S
Satélites 5, 36, 38, 39, 40, 41, 42, 80, 96, 97, 238
Semiárvores 37
Semieixos 6, 11, 25, 26, 29, 30, 31, 32, 39, 44, 71, 72, 81, 83, 125, 240
Sincronizado 6, 49, 51, 52, 58, 59, 60, 228
Superaquecimento 140, 141, 240
T
Torque 26, 27, 41, 42, 44, 45, 48, 49, 50, 54, 56, 65, 82, 120, 121, 124, 148, 208, 209, 210, 224
Torquímetro 7, 13, 110, 124, 204, 208, 209, 210
TPMO 13, 154
Tração 23, 28, 29, 31, 34, 41, 42, 43, 44, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 100, 106
Trambulador 14, 63, 75, 76, 81, 102, 108, 223, 226, 228, 230
Transmissão 5, 6, 7, 11, 12, 13, 14, 17, 18, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36,
37, 38, 41, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 58, 60, 63, 64, 65, 67, 68, 70, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 79, 81, 82,
84, 87, 88, 90, 96, 97, 99, 100, 101, 102, 103, 105, 106, 107, 110, 111, 112, 113, 126, 127, 128, 131,
132, 135, 136, 137, 139, 142, 144, 147, 148, 149, 150, 152, 153, 157, 159, 160, 161, 162, 163, 167,
169, 170, 177, 178, 184, 197, 199, 203, 223, 224, 225, 226, 227, 229, 231, 233, 234, 238
Transversal 5, 6, 11, 29, 30, 31, 88
Trizeta 38, 39, 140, 162
V
Varões 63, 81
Vida útil 12, 24, 90, 97, 102, 103, 108, 135, 142, 147, 148, 149, 150, 160, 161, 182
Volante 66, 67, 68, 70, 72, 140
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