Prodesi PDF
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Janeiro de 2018
Índice
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LISTA DE ACRÓNIMOS
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I. FUNDAMENTAÇÃO E ENQUADRAMENTO
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6. É neste contexto, que o Executivo estabelece o PRODESI – Programa de Apoio à
Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações, um programa
executivo para acelerar de forma focada e efectiva a diversificação da produção nacional e
geração de riqueza num conjunto de produções e fileiras específicas a integrar em clusters
com maior potencial de geração de valor e de exportação e substituição de importações,
designadamente: Alimentação e Agroindústria, Recursos Minerais, Petróleo e Gás Natural,
Florestal, Têxteis, Vestuário e Calçado, e Turismo e Lazer.
7. O PRODESI aproveita o que de melhor foi proposto e/ou está já em curso. No entanto,
reconhece, e tenta corrigir, os vários constrangimentos que obstaram ao sucesso das
anteriores iniciativas do Governo, em particular na definição clara das etapas, do
calendário de execução, responsáveis e metas, adoptando-se agora uma coordenação
transversal interministerial de várias iniciativas, subprogramas, projectos e actividades,
numa perspectiva integrada, que permita uma cabal conclusão das tarefas, a monitoria e
avaliação dos resultados e respectiva correcção. Adicionalmente, o PRODESI reconhece de
forma explícita a natureza dinâmica e interactiva dos sistemas económicos e a
necessidade de adaptação da sua intervenção e prevê a sua revisão e melhoria contínua.
9. Reconhecendo a exiguidade dos recursos orçamentais ordinários que podem ser alocados
para os Programas Prioritários para o Desenvolvimento que serão identificados na
execução do PRODESI, pretende-se subsidiariamente identificar e estruturar outras
fontes de recursos que permitam realizar cabalmente aqueles programas, como por
exemplo:
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I.2. PAPEL DO ESTADO
12. A experiência internacional ensina que o Estado pode ter um papel fundamental na
aceleração do desenvolvimento económico em particular nas primeiras fases do
desenvolvimento das fileiras e dos clusters e de actividades económicas emergentes.
14. Assim, e com excepção dos sectores estratégicos tipicamente reservados à intervenção
estatal (p.ex., indústria da defesa), o Estado deve basear a sua intervenção directa de
apoio ao sector produtivo em critérios transparentes de aumento de eficiência e
competitividade e progressivamente, seguindo uma lógica de maximização do valor de
venda para o Estado, alienar participações sociais em sectores produtivos não
estratégicos.
15. O sector público, dados os factores de rigidez que o condicionam, tem dificuldade em
responder, de forma atempada, às necessidades sociais e às dos mercados.
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16. Por isso, o Estado tem de mobilizar a iniciativa e a capacidade privadas para assegurar
respostas adequadas, promovendo a realização de Parcerias Público-privadas e a
celebração de Parcerias Empresariais Estratégicas.
17. Tal não obsta a que o Estado intervenha de forma activa na definição e promoção de
produções. O Estado pode catalisar a coordenação dos agentes económicos dando sinais
definitivos de apoio a produções, fileiras e clusters prioritários, reduzindo a incerteza e
promovendo o investimento de agentes económicos que, de outro modo, se absteriam
de o fazer.
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II. PRIORIDADES E OBJECTIVOS FUNDAMENTAIS
23. Nesta fase do desenvolvimento da economia nacional, o PRODESI prevê que o foco das
acções de aceleração da diversificação da economia, quer pela via da substituição de
importações, quer pela via da diversificação e aumento das exportações, seja dirigido para
a produção de bens e serviços prioritários, para que possam ganhar escala e criar relações
intra e intersectoriais, que permitam construir fileiras produtivas. À medida que estas
ganhem robustez e densidade intersectorial, vão-se construindo clusters produtivos em
domínios como os seguintes:
9|Página
3. No domínio da Indústria:
24. As produções prioritárias acima identificadas e, com base nelas, as respectivas fileiras
produtivas, caracterizam-se por existirem um conjunto de etapas consecutivas, ao longo
das quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformação, até a constituição de
um produto final (bem ou serviço). Tratam-se, portanto, em cada caso, de uma sucessão
de operações (ou de estágios técnicos de produção e de distribuição) integradas,
realizadas por diversas empresas interligadas como uma corrente, desde a extração e
manuseio da matéria-prima até a distribuição do produto. Compreende, portanto, em cada
caso, os sectores de fornecimento de serviços e insumos, máquinas e equipamentos, bem
como os sectores de produção, processamento, armazenamento, distribuição e
comercialização (por grosso e retalho), serviços de apoio (assistência técnica, crédito,
etc.).
25. Por conseguinte, as acções previstas no PRODESI têm em vista gerar as seguintes
dinâmicas:
27. Estes objectivos serão detalhados para cada uma das fileiras prioritárias, tendo-se em
conta as informações mais realistas que resultarão do trabalho de diagnóstico e “due
diligence” de cada uma das fileiras produtivas seleccionadas.
28. O programa define também cinco pressupostos instrumentais1, que são críticos para
alcançar os objectivos específicos acima definidos:
1
Os pressupostos instrumentais correspondem ao cumprimento de milestones que irão ser calendarizados.
11 | P á g i n a
5. Criar e ajustar incentivos fiscais e cambiais à diversificação das exportações e
substituição das importações.
31. Por forma a melhor controlar o impacto a nível sectorial, o PRODESI prevê a quantificação
de metas a atingir por cada produção, fileira e cluster, tanto no que respeita à
diversificação das exportações como na substituição de importações. Em virtude do actual
estado imperfeito da informação estatística existente estes objectivos e metas devem ser
encarados como preliminares e sujeitos a revisão, tendo presente que algumas das
medidas previstas têm diferenciados e razoáveis períodos de maturação, como são as que
visam a melhoria do ambiente de negócios.
32. Por outro lado, a subida de posições num “ranking” não dependerá somente do nosso
desempenho, mas também da evolução do que se passar nas restantes economias,
nomeadamente, das que se situam no mesmo patamar da economia angolana.
12 | P á g i n a
Quadro 1.Macro objectivos, Indicadores e Metas do PRODESI
34. Foram também definidas metas2 que permitirão aferir o grau de cumprimento de cada
objectivo específico identificado. Cada uma destas metas poderá ser alvo de reavaliação,
quando forem aperfeiçoadas as fontes de informação.
35. Existe um elevado potencial de redução da necessidade de dispêndio de divisas por via da
promoção da substituição das importações. Estima-se que, por cada bilião de dólares
despendido actualmente em importação, seja suficiente investir 200 milhões de dólares
para criar o tecido empresarial nacional capaz de suprir essas mesmas necessidades com
produção local.
36. As tabelas seguintes revelam a dimensão dos valores dos principais produtos importados.
No ano 2015, foram realizadas importações de produtos da agroindústria, da pesca e de
outros produtos industriais de cerca de USD 2,9 mil milhões, USD 232 milhões e USD 2,8
mil milhões, respectivamente. Como rapidamente se pode constatar, estes valores
indiciam o elevado potencial de substituição de importações por produção nacional,
conforme evidenciado nas tabelas seguintes (em USD):
2
As metas definidas para cada objectivo respeitaram a metodologia SMART pelo que cada indicador
deverá ser Específico (Specific), Mensurável (Mensurable), Alcançável (Attainable), Relevante (Relevant) e
Temporal (Timely)
13 | P á g i n a
Quadro2. Importações de Angola em 2015 (valores em USD)
14 | P á g i n a
37. Pese embora a implementação, pelo Executivo, de medidas de promoção da substituição
das importações poder aproveitar a infra-estrutura já existente em ministérios e institutos,
um eficaz acompanhamento carece da definição das produções e fileiras prioritárias e de
objectivos quantitativos concretos para aferir o sucesso das iniciativas e das acções
acordadas para as respectivas produções e fileiras. Essa priorização deverá ser objecto de
definição na mplementação do PRODESI.
41. Seguindo estas orientações, as produções e fileiras a priorizar poderão, assim, incluir:
• Leguminosas e oleaginosas;
• Hortícolas e tubérculos;
• Outros produtos agrícolas, tais como milho, soja, feijão, mandioca, arroz, cevada,
algodão, cana-de-açúcar, moringueiras e palmares, frangos e ovos frescos, caprinos,
ovinos, suínos;
• Sal iodado;
• Cerveja e refrigerantes;
• Água mineral e de mesa;
• Outros produtos da indústria alimentar tais como: fuba de bombó e de milho, sabão,
farinha de trigo, óleo alimentar, óleo de palma, massas alimentares, malte e açúcar;
• Fertilizantes e outros produtos petroquímicos;
• Indústria transformadora tais como do cimento, dos materiais de construção, da
transformação de madeira, dos plásticos do vidro.
42. O PRODESI estabelece que, dentro deste conjunto de orientações deverão ser definidas
prioridades de intervenção, tendo em consideração o potencial de crescimento e as
necessidades de investimento de cada produção e fileira num horizonte imediato. Uma vez
estabelecidas as produções e fileiras prioritárias deverão ser desenvolvidos Programas
Prioritários para a Diversificação e ser identificados objectivos quantitativos a alcançar no
curto e médio prazo.
3
Em particular, nas Linhas Mestras para a Definição de uma Estratégia para a Saída da Crise Derivada da
Queda do Preço do Petróleo No Mercado Internacional, de Janeiro de 2016
4
Existe, evidentemente, intersecção entre os vários grupos.
16 | P á g i n a
II.2. FOMENTO E DIVERSIFICAÇÃO DE EXPORTAÇÕES
43. Angola dispõe de recursos para ser um país exportador de referência no comércio
internacional.
44. Como referência, no ano 1974, as exportações dos 15 principais produtos não petrolíferos
representavam cerca de 44% do total das exportações nacionais. Nesse ano, o valor das
exportações desses produtos ascendeu a cerca de 554,1 milhões de USD que, segundo a
mesma fonte, representariam hoje 27 vezes o total das exportações de Angola em 2016
(142 milhões de USD), retirando às exportações actuais, o petróleo e os diamantes.
Mesmo considerando que o contexto e os factores de competitividade de 1974 são
diferentes do momento actual, é inegável admitir que o potencial de exportação nacional
é evidente.
45. O Executivo, reconhecendo que o fomento e diversificação das exportações são vitais ao
desenvolvimento da economia e do emprego nacional, seleccionou as produções e
fileiras que devem ser objecto de actuação prioritária:
• Banana;
• Café (considerando-se a necessidade começar imediatamente a realizar
investimentos na substituição de mudas e na extensão das existentes);
• Hortícolas e tubérculos (mandioca, batata);
• Leguminosas e Oleaginosas
• Mel
• Palmares;
• Produtos da pesca (peixe, marisco e crustáceos) e derivados (farinha e óleo de
peixe);
• Bebidas Alcoólicas e Não Alcoólicas
• Minério de Ferro
• Ouro;
• Quartzo;
• Madeiras;
• Rochas Ornamentais;
• Areias Naturais;
• Têxteis (na perspectiva de médio prazo com o desenvolvimento da produção de
algodão e com o desenvolvimento gradual de passamanarias e outros inputs);
• Cimento e Outros Materiais de Construção;
• Sal iodado;
• Produtos da Indústria Petroquímica;
• Serviços e Telecomunicações;
• Turismo.
48. Pelos motivos antes referidos de carência na qualidade de informação estes objectivos
devem ser considerados preliminares e serão completados/sujeitos a revisão.
18 | P á g i n a
III. INICIATIVAS E ACÇÕES ESPECÍFICAS
51. Para as seis iniciativas transversais o PRODESI define desde já diversas medidas e algumas
das actividades críticas para a sua execução. Estas medidas e actividades poderão e
deverão ser objecto de revisão e melhoria pelas respectivas equipas de gestão.
19 | P á g i n a
Figura 3. Fichas de apresentação de iniciativas do PRODESI
52. Para as iniciativas de fileira, já definidas como prioritárias, o PRODESI contém diversas
medidas com as respectivas actividades críticas. Estas medidas e actividades poderão
e deverão ser objecto de revisão e melhoria pelas respectivas equipas de gestão.
Adicionalmente, a UTPRODESI deverá propor à Comissão Interministerial as novas
produções e fileiras prioritárias, em particular para os futuros clusters de substituição de
importações.
53. As iniciativas transversais são iniciativas que, apesar de críticas para as produções e
fileiras prioritárias do PRODESI, pelo seu carácter abrangente e universal, são de apoio à
produção nacional e impactam todas as actividades económicas não se restringindo às
produções e fileiras exportadoras ou de substituição de importação definidas como
prioritárias. Estas iniciativas transversais foram agrupadas em sete categorias: i) Melhorar
o Ambiente de Negócios; ii) Incentivar o Investimento Privado; iii) Consolidar Infra-
estruturas físicas; iv) Reforçar o capital organizativo e digital do Estado; v) Intensificar a
Diplomacia Económica; vi) Capacitar e qualificar Recursos Humanos; vii) Promover o
Estabelecimento de Parcerias Empresariais Estratégicas, Nacionais e Internacionais e de
Parcerias Público-Privadas.
54. A seguir são, desde já, detalhadas as principais medidas previstas no PRODESI para cada
uma das iniciativas transversais. O macro cronograma destas actividades é igualmente
apresentado.
20 | P á g i n a
21 | P á g i n a
22 | P á g i n a
23 | P á g i n a
6. Capacitar e Qualificar Recursos Humanos
• Promover a criação de licenciaturas e de pós-graduações
certificadas em Comércio Internacional, Marketing, Gestão
Comercial, Comércio Internacional e Diplomacia Económica
• Promover a formação, através do Ensino Técnico e
Profissional, de técnicos profissionais, nomeadamente, em
Técnicas de Comércio Internacional (Impor-Expor), Análise de
Mercados e Promoção de Vendas
• Promover a formação e capacitação de empreendedores e
de empresários, em particular de jovens, em comércio
internacional, marketing e técnicas de vendas
7. Promover o Estabelecimento de Parcerias Empresariais
Estratégicas, Nacionais e Internacionais e de Parcerias
Público-Privadas
• Reforçar e actualizar o enquadramento jurídico-legal das
parcerias público-privadas (PPP) e dos seus diferentes modelos
• Elaborar o Programa Geral das PPP (PGPPP) e
operacionalizar a sua implementação, mantendo um estreito
controlo sobre a assumpção de responsabilidades futuras pelo
Estado
• Dinamizar o Gabinete para as Parcerias Público-Privadas do
Ministério da Economia e Planeamento
• Elaborar o quadro legal das Parcerias Empresariais e do
Sistemas de Cooperação Empresarial e respectivo sistema de
incentivos técnicos, financeiros e fiscais
• Criar no Ministério da Economia e Planeamento uma
capacidade técnica para promover e apoiar a celebração de
Parcerias Empresariais, de “Joint –Ventures” e de Outras Formas
de Cooperação Empresarial
• Apoiar a criação nas Associações Empresariais Angolanas,
de Gabinetes para a Cooperação Empresarial, Nacional e
Internacional e de Sistemas de Informação Empresarial
• Definir o Estatuto do Investidor Estrangeiro, incluindo o
regime de obtenção de vistos e de autorização de residência
• Promover a ratificação dos Acordos de Promoção e
Protecção Recíproca de Investimentos
24 | P á g i n a
III.1.1. Iniciativa Transversal 1: Melhorar o Ambiente de Negócios
25 | P á g i n a
iii. Facilitar a obtenção de licenças de construção
Prazo
Item Medidas Responsáveis
Limite
Melhorar a disponibilidade de informação sobre MINCON, MATRE,
Abril
1 regulamentações do sector da construção MINHOTUR,
2018
MINJDH
Rever os procedimentos de aprovação para licenças de MEP, MINCON,
Abril
2 construção e introduzir critérios de risco MINHOTUR,
2019
MATRE
Introduzir a obrigatoriedade de seguros contra defeitos MEP, MINCON,
MINHOTUR, Abril
3 latentes, para cobrir possíveis falhas estruturais ou problemas
MATRE 2020
no prédio depois de ocupado
Reforçar as qualificações profissionais dos agentes públicos das MEP, MINCON,
Abril
4 várias áreas MINHOTUR,
2019
MATRE
26 | P á g i n a
vi. Facilitar o acesso ao crédito
Prazo
Item Medidas Responsáveis
Limite
Reforçar o registo público de crédito do BNA MINJDH, BNA Abril
1
2019
Introduzir uma agência privada de informação de crédito MINJDH, BNA Abril
2
2020
Rever o quadro legal e regulamentar para transacções MINJDH, BNA Abril
3
garantidas 2019
Criar um registo de garantias de bens móveis indexado pelo MINJDH, BNA Abril
4
mutuário e geograficamente unificado 2019
56. As medidas já previstas no âmbito da iniciativa acima descrita deverão ser revistas e
melhoradas no âmbito da actividade de cada equipa de implementação, cujos responsáveis
foram descriminados acima.
57. Esta iniciativa visa incentivar o investimento privado em Angola com base nas seguintes
medidas, entre outras:
Prazo
Item Medidas Responsáveis
Limite
Fomentar a criação de produtos financeiros (crédito, garantias e
produtos transaccionais) nos Sectores da Banca e dos Seguros MEP, BNA, Abril
1
ajustados às necessidades dos operadores e com participação MINFIN 2019
activa das associações empresariais dos respectivos sectores
Estruturar linhas de crédito, fundos de garantia e fundos de MEP, BNA, Abril
2
investimento orientados para o programa MINFIN 2018
Fomentar a criação de produtos financeiros transaccionados no
MEP, BNA, Abril
3 Mercado de Valores Mobiliários direccionados à cobertura de
MINFIN 2018
risco cambial, físico e de preços de transacções comerciais
Fomentar a criação de seguros de crédito de forma a proteger MEP, BNA, Abril
4
os negócios contra o risco comercial de não recebimento MINFIN 2019
Fomentar a criação de produtos financeiros de suporte à
exportação em consignação, posicionando o armazenamento de
MEP, BNA, Abril
5 produtos feitos em Angola em locais estratégicos junto a
MINFIN 2019
grandes e tradicionais consumidores para assegurar a sua
distribuição rápida
Fomentar a criação de produtos financeiros de apoio aos MEP, BNA, Abril
6
projectos de internacionalização empresas Angolanas, voltados MINFIN 2018
28 | P á g i n a
Prazo
Item Medidas Responsáveis
Limite
para a instalação de unidades de produção de produtos em vias
de fabrico feitos em Angola em outros países
Incrementar o apoio financeiro à exportação de serviços,
MEP, BNA, Abril
7 fundamentalmente serviços de transportes e serviços na área
MINFIN 2018
das TICs.
Criar mecanismos de financiamento do Estado para projectos
específicos, contra celebração de contratos-programa com MEP, BNA, Abril
8
cláusulas precisas sobre direitos e deveres de cada parte, MINFIN 2018
prazos, metas produtivas e emprego a criar
Actualizar o Programa Angola Investe (PAI), renovando-o e
criando o Programa Angola Investe +, agora mais focado para
a substituição de importações e diversificação de exportações,
com produtos financeiros reestruturados e customizados à
medida de cada um dos produtos prioritários da diversificação
seleccionados, por exemplo: financiamento de diferentes
MEP, BNA, Abril
9 pacotes tecnológicos por tipo de cultura/localização geográfica;
MINFIN 2018
acordos de convenção de vendas (dispensando a apresentação
de projecto de viabilidade para quem já tendo a sua fazenda
operacional pretenda compras à crédito um tractor ou camião,
entre outros equipamentos); financiamentos na modalidade de
leasing, entre outros produtos financeiros que serão
incorporados ao PAI+
Criar legislação de incentivos fiscais, para promover o interesse
económico da produção local orientada à exportação, prevendo MEP, MINUH,
Abril
10 a criação de mecanismos expeditos de atribuição de incentivos, MATRE, MINFIN
2020
de acompanhamento da sua execução e de monitoria e (AGT)
avaliação
Criar legislação de incentivos fiscais, para promover o interesse
económico da produção local orientada à substituição de
MEP, BNA, Abril
11 importações, prevendo a criação de mecanismos expeditos de
MINFIN 2019
atribuição de incentivos, de acompanhamento da sua execução
e de monitoria e avaliação
Criar incentivos e projectos concretos para reduzir o grau de
informalidade das actividades económicas, reconvertendo a
MEP, MINFIN, Abril
12 economia informal, principalmente nas actividades que sejam
MINJDH, MATRE 2018
geradoras de grande volume de emprego (subprograma de
reconversão da economia informal)
Implementar um mecanismo de Priorização da afectação de
MEP, BNA, Abril
13 recursos cambiais aos Programas Prioritários da Diversificação
MINFIN 2018
da Economia
Definir o paradigma e implementar Acordos para evitar a Dupla MINFIN, MIREX, Abril
14
Tributação, priorizando a sua gradual implementação. MEP 2020
58. As medidas já previstas no âmbito da iniciativa acima descrita deverão ser revistas e
melhoradas no âmbito da actividade de cada equipa de implementação, cujos responsáveis
foram descriminados acima.
29 | P á g i n a
microlocalização dos empreendimentos, sem prejuízo da implementação dos programas e
projectos no domínio da construção de infra-estruturas para todo o país. Considerando-se o
que se pretende alcançar medidas previstas organizam-se em 3 grandes objectivos e são as
seguintes:
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iii. Potenciar PDIs, ZEEs e Zonas francas orientadas para exportação e
substituição de importações
Prazo
Item Medidas Responsáveis
Limite
Potenciar a ZEE de Luanda como pólo industrial prioritário para
MEP, MIND, Abril
1 as fileiras prioritárias do programa e analisar como potenciar
MINFIN 2020
pólos de Catumbela e do Namibe no mesmo sentido
Estudar impacto de Zonas francas orientadas para a exportação MEP, MINFIN, Abril
2
na posição competitiva de Angola na atracção de capital externo BNA 2018
Estudar impacto de instalar em áreas contíguas a aeroportos,
caminhos-de-ferro e portos complexos industriais e centros MEP, BNA, Abril
3
logísticos destinados ao processamento de produtos MINFIN 2018
exportáveis, livres de barreiras aduaneiras
Criar um serviço central de informação de áreas geográficas que
estão disponíveis para acolher investimento, nos sectores
prioritários para aceleração da diversificação da economia, como
por exemplo um banco de dados sobre terras aráveis disponíveis
no país, indicando as condições edafoclimáticas, rede viária,
energia e água e outras condições de infra-estruturas
associadas (aspectos da localização geográfica), um banco de MATRE, MEP,
dados de terrenos reservados para implantação de polos MINHUOT, Abril
4
industriais, um banco de dados e terrenos disponíveis para a MINAGRI, 2019
localização de empreendimentos para Hotelaria e o Turismo, MINHT
banco de dados sobre zonas destinadas para empreendimentos
da actividade da pesca e mar, entre outros. Este portal de
informações integradas sobre oportunidades de investimento no
território estará interligado a um serviço de informações e
contactos para concretização de visitas e estudos de potenciais
investidores a ser prestado pela APIEX
Criar uma ”bolsa de terras’’, ou seja um serviço de
intermediação de proprietários de terrenos e potenciais
interessados em promover empreendimentos em fileiras
produtivas promotoras da diversificação de exportações e
substituição de importações, colocando em contacto e
intermediando negócios de compra, ou arrendamento dos MINAGRI,
Abril
5 direitos de propriedade sobre a terra, ou outra forma de MINEA,
2019
contrato que permita que os detentores dos terrenos e os MINCOS, MEP
promotores da actividade produtiva no terreno entrem em
aliança para desenvolver nele a actividade produtiva pretendida.
O serviço do portal permitiria a descoberta de preços num
regime concorrencial em sistema de leilão, bem como garantiria
a fiabilidade e rigor dos contratos por esta via celebrados
60. As medidas já previstas no âmbito da iniciativa acima descrita deverão ser revistas e
melhoradas no âmbito da actividade de cada equipa de implementação, cujos responsáveis
foram descriminados acima.
61. Esta iniciativa visa consolidar a infra-estrutura organizativa e digital do Estado, garantindo
por meio do governo electrónico remover constrangimentos da tramitação burocrática e
acelerar a entrega de resultados dos serviços públicos, bem como promover o aumento da
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qualidade dos produtos e serviços do sector privado. A iniciativa organiza-se nas seguintes
medidas:
32 | P á g i n a
iii. Reforçar o papel do Sistema Nacional de Qualidade e as Certificações de
Qualidade
Prazo
Item Medidas Responsáveis
Limite
Implementar um programa destinado a aperfeiçoar e adequar a MINCO, MIND,
qualidade de produtos feitos em Angola às exigências do MINPES, Dezembro
1
mercado internacional MINAGRI, 2019
MINCONS
Conferir meios às entidades públicas competentes para certificar
MINCO, MIND,
o produto nacional como um produto de qualidade e de
MINPES, Dezembro
2 confiança para o consumidor final − sempre que necessário
MINAGRI, 2019
desenvolver parcerias sectoriais com entidades internacionais
MINCONS
reconhecidas para credibilização
Reforçar a rede de laboratórios e os centros de investigação de MINCO, MIND,
apoio a actividade produtiva existentes e impulsionar o MINPES, Abril
3
surgimento de novos agentes, garantido a melhoria da MINAGRI, 2019
fiabilidade técnica dos serviços com preços mais competitivos MINCONS
62. As medidas já previstas no âmbito da iniciativa acima descrita deverão ser revistas e
melhoradas no âmbito da actividade de cada equipa de implementação, cujos responsáveis
foram descriminados acima.
63. As medidas desde já previstas no âmbito da iniciativa que visa intensificar a diplomacia
económica organizam-se em dois objectivos e são as seguintes:
33 | P á g i n a
Acordos Bilaterais a nível regional
Promover iniciativas de divulgação (roadshow) dos produtos
nacionais nos mercados externos potenciando aumento de MEP, MINCO, Dezembro
3
quotas de mercado e atraindo investimentos qualificados nas MIREX 2018
respectivas áreas para o País
64. As medidas já previstas no âmbito da iniciativa acima descrita deverão ser revistas e
melhoradas no âmbito da actividade de cada equipa de implementação, cujos responsáveis
foram descriminados acima.
65. As medidas desde já previstas no âmbito da iniciativa que visa capacitar e qualificar os
recursos humanos são as seguintes:
Prazo
Item Medidas Responsáveis Limite
(arranque)
Promover a criação de licenciaturas e de pós-graduações
Fevereiro
1 certificadas em Comércio Internacional, Marketing, Gestão MINES
2019
Comercial e Diplomacia Económica
Promover a formação, através do Ensino Técnico e
Profissional, de técnicos profissionais, nomeadamente, em MED, MAPTSS, Fevereiro
2
técnicas de Comércio Internacional (Impor-Expor), Análise de MINCO 2019
Mercados e Promoção de Vendas
Promover a formação e capacitação de empreendedores e de
MEP, MAPTSS, Fevereiro
3 empresários, em particular de jovens, em Comércio
MINCO 2019
Internacional, Marketing e Técnicas de Vendas
66. As medidas já previstas no âmbito da iniciativa acima descrita deverão ser revistas e
melhoradas no âmbito da actividade de cada equipa de implementação, cujos responsáveis
foram descriminados acima.
Prazo Limite
Item Medidas Responsáveis
(arranque)
Elaborar o quadro legal das Parcerias Empresariais e do
Sistemas de Cooperação Empresarial e respectivo MEP, MINFIN, Setembro
1.
sistema de incentivos técnicos, financeiros e fiscais; MINCO, MIREX 2018
Responsáveis
Criar no Ministério da Economia e Planeamento uma
capacidade técnica para promover e apoiar a celebração Dezembro
2. MEP
de Parcerias Empresariais, de “Joint –Ventures” e de 2018
Outras Formas de Cooperação Empresarial
3. Apoiar a criação nas Associações Empresariais MEP, MINCO, 2018-2022
34 | P á g i n a
Prazo Limite
Item Medidas Responsáveis
(arranque)
Angolanas, de Gabinetes para a Cooperação MIREX, MIND
Empresarial, Nacional e Internacional e de Sistemas de
Informação Empresarial
Reforçar e actualizar o enquadramento jurídico-legal das
Dezembro
4. parcerias público-privadas (PPP) e dos seus diferentes MEP, MINFIN
2018
modelos
Elaborar o Programa Geral das PPP (PGPPP) e
operacionalizar a sua implementação, mantendo um Dezembro
5. MEP, MINFIN
estreito controlo sobre a assumpção de 2018
responsabilidades futuras pelo Estado
Promover a articulação das PPP com outras modalidades
mais recentes e inovadoras de financiamento de
6. projectos, disponíveis no sistema financeiro internacional MEP, MINFIN 2018-2022
(“Blended Finance”, “Project Finance” “Fundo Europeu
para o Desenvolvimento Sustentável” …)
Dinamizar o Gabinete para as Parcerias Público-Privadas
7. MEP Abril 2018
do Ministério da Economia e Planeamento
68. As iniciativas por produções e por fileiras prioritárias são iniciativas de aplicabilidade
direccionada à produção e fileira que se pretende dinamizar. Dada a heterogeneidade
quanto ao nível de desenvolvimento, optou-se por organizar os clusters em dois
grupos: i) Produções e fileiras com potencial para exportação, e ii) Produções e
fileiras com potencial para substituição de importações.
70. Apresentamos de seguida as iniciativas, desde já, previstas no PRODESI para cada uma
das produções e fileiras exportadoras prioritárias, sendo certo que as referidas fileiras
deverão ser tecnicamente avaliadas para que os programas de apoio promovidos pelo
PRODESI sejam viáveis e sustentados. O calendário detalhado das actividades, bem como
a indicação de responsáveis e líderes das iniciativas deverá ser preparado nos próximos 3
meses. Todavia, para alguns produtos previstos para exportação passamos a detalhar
algumas iniciativas preliminares:
35 | P á g i n a
Banana
• Lançar uma iniciativa de levantamento de informação de dados da procura e oferta
nacional na fileira, incluindo a validação de dados recentes e auscultação de
intervenientes no sector;
• Rever o modelo de exploração do recurso e estudar mecanismos de aceleração de
produção – por exemplo por via de concessões de explorações agrícolas
• Identificar zonas de crescimento natural de banana não exploradas
• Lançar acções de promoção de zonas de produção de banana junto de produtores
nacionais actuais e grandes produtores internacionais
• Acelerar a implementação da fileira da banana com iniciativa empresarial em certas
regiões do território (Cabinda, Zaire, Luanda/Bengo e Benguela)
• Melhorar, simplificar e facilitar regulações e licenciamento específico da fileira;
• Atender a necessidades de financiamento específicas de projectos de aumento de
produção de banana;
• Analisar constrangimentos na cadeia de valor (p.ex., infraestruturas, institucionais, etc)
e procurar soluções/sinergias com outras fileiras;
• Promover acordos bilaterais com mercados tipicamente importadores de banana
(actuais ou prospectivos).
Café
• Analisar o nível de implementação do programa de aumento da produção de café, que
almejava produção de 30 mil toneladas de café comercial e exportação de 400 mil sacos
de café em 2017 – diagnosticar constrangimentos na sua execução e assegurar a
recolha sistemática de dados actualizados sobre a procura e oferta nacional na fileira;
• Auscultar agentes do sector e confirmar se os custos elevados de insumos e ausência de
financiamento/subvenções se mantêm como os constrangimentos das médias e grandes
empresas do sector – em caso afirmativo, encontrar medidas efectivas para solução;
• Promover o investimento externo, em toda a cadeia de valor, propondo um modelo de
concessão de explorações à semelhança do petróleo que permita como alternativa a
recuperação de custos de desenvolvimento (p.ex.,unidades de torra e moagem)
• Acelerar a implementação da fileira do café com iniciativa empresarial em certas regiões
do território (Uíge, Kwanza Norte, Kwanza Sul e Bié);
• Melhorar, simplificar e facilitar regulações e licenciamento específico da fileira;
• Adequar e implementar medidas (institucionais, financeiras, técnicas, económicas,
logísticas e de parcerias) do programa dirigido original à capacidade e contexto de
produção actual.
Cereais
• Analisar o nível de implementação do programa de aumento da produção de cereais
(milho e arroz), que almejava produção de 1,5 milhões de toneladas de milho e 47 mil
toneladas de arroz em 2017 – diagnosticar constrangimentos na sua execução e
assegurar a recolha sistemática de dados actualizados sobre a procura e oferta nacional
na fileira;
36 | P á g i n a
• Auscultar agentes do sector e confirmar as fraquezas críticas diagnosticadas (e com
potencial papel interventivo do Estado) aquando da elaboração do Programa Dirigido:
Pouca disponibilidade de mão-de-obra qualificada, ineficiente assistência técnica, fraco
aproveitamento dos recursos hídricos, precaridade das vias de acesso, ausência de
energia eléctrica, morosidade no acesso ao crédito agrícola, inexistência do seguro
agrícola, entre outras – preparar plano efectivo de mitigação
• Alavancar parcerias já identificadas para promover investimento nesta fileira
• Acelerar implementação da fileira dos cereais com iniciativa empresarial em certas
regiões do território (Zaire, Malange, Kwanza Norte e Sul, Bengo, Benguela, Huambo,
Bié, Moxico, Huíla, Lunda Norte e Sul)
• Melhorar, simplificar e facilitar regulações e licenciamento específico da fileira
• Adequar e implementar medidas (institucionais, financeiras, técnicas, económicas,
logísticas e de parcerias) do programa dirigido original à capacidade e contexto de
produção actual.
Madeiras
• Lançar uma iniciativa de levantamento de informação de dados da procura e oferta
nacional na fileira, incluindo a validação de dados recentes e auscultação de
intervenientes no sector;
• Fazer o ponto da situação do quadro das acções do executivo para incrementar
produção florestal nacional;
• Reforçar o controlo para restringir o fluxo de exportação informal que não passa pelas
Alfândegas;
• Restruturar o Instituto do Planeamento Florestal;
• Rever a estratégia de exploração das madeiras tendo em conta a sustentabilidade dos
recursos nacionais, podendo obrigar à diversificação dos mercados de destino;
• Fomentar a criação do cluster da silvicultura (Cabinda, Uíge, Cuanza Norte, Bengo,
Huambo, Bié, Moxico, Lunda Sul e Cuando Cubango) com base na iniciativa empresarial
e na perspectiva do desenvolvimento integral do negócio da floresta.
Rochas ornamentais
• Lançar uma iniciativa de levantamento de informação de dados da procura e oferta
nacional na fileira, incluindo a validação de dados recentes e auscultação de
intervenientes no sector;
• Analisar nível de implementação do programa dirigido para as Rochas ornamentais;
• Identificar constrangimentos no eixo de exportação Huíla-Namibe e a nível do porto do
Namibe;
• Promover investimento externo em toda a cadeia produtiva dado o potencial de agregar
valor pelo processamento das rochas ornamentais – equacionar modelo de concessão à
semelhança do petróleo com recuperação de custos de desenvolvimento
• Acelerar implementação da fileira das rochas ornamentais com iniciativa empresarial em
certas regiões do território (Huíla e Namibe)
• Melhorar, simplificar e facilitar regulações e licenciamento específico da fileira;
• Desenvolver centros de formação e competências técnicas específicas.
37 | P á g i n a
Têxteis
• Analisar o nível de implementação da Estratégia de Operacionalização da Cadeia de
Valor do Algodão de 2015 que definia uma série de medidas para o relançamento da
produção de algodão em Angola e que tinha como objectivo atingir, em 2017, uma
produção de 25 mil toneladas de algodão que alimentaria toda a cadeia de valor;
• Actualizar o levantamento de toda a cadeia de valor dos têxteis (produção de algodão e
fibra, tecelagem e confecção) identificando parceiros e o ambiente competitivo em que
estão inseridos, a sua capacidade produtiva, bem como os constrangimentos que
enfrentam para concorrerem no mercado internacional;
• Analisar o estado de implementação dos 3 projectos seleccionados para o relançamento
da produção de algodão em 2015 identificando os eventuais constrangimentos que
dificultaram a sua implementação;
• Melhorar, simplificar e facilitar regulações e licenciamento específico da fileira;
• Adequar e implementar medidas (institucionais, financeiras, técnicas, económicas,
logísticas e de parcerias) do programa dirigido original à capacidade e contexto de
produção actual.
Cimento
• Lançar uma iniciativa de levantamento de informação de dados da procura e oferta
nacional na fileira, incluindo a validação de dados recentes e auscultação de
intervenientes no sector;
• Formalizar o comércio fronteiriço derivado do excedente de produção de cimento em
Angola, dado o abrandamento da actividade de construção civil do País;
• Negociar acordos bilaterais com países fronteiriços (p.ex.,RDC) para regulamentar o
comércio bilateral e transmitir confiança aos investidores no sector;
• Fomentar o reforço e alongamento da fileira do cimento (Cabinda, Luanda, Bengo,
Cuanza Sul e Benguela) com base na iniciativa empresarial;
• Interceder para resolução dos problemas de abastecimento de combustíveis (fuel-oil,
produção doméstica) às fábricas de cimento, principalmente se saldo cambial for
positivo.
38 | P á g i n a
• Renegociar Contractos de Partilha de Produção no sector das pescas que se têm
revelado de baixo interesse económico para o País, assegurando que os contratos são
efectivamente cumpridos;
• Melhorar, simplificar e facilitar regulações e licenciamento específico da fileira;
• Adequar e implementar medidas (institucionais, financeiras, técnicas, económicas,
logísticas e de parcerias) dos programas prioritários para a diversificação, incluindo os
da aquacultura, adaptando-os à capacidade e contexto de produção actual.
Turismo
• Lançar uma iniciativa de levantamento de informação de dados da procura e oferta
nacional na fileira, incluindo a validação de dados recentes e auscultação de
intervenientes no sector;
• Agilizar o procedimento de obtenção de visto turístico;
• Fazer ponto de situação das iniciativas de promoção de turismo encetadas;
• Levantar e analisar informação acerca da capacidade turística do País e manter
actualizada para publicitá-la em feiras internacionais de turismo;
• Rever modelos de concessão de zonas com potencial turístico;
• Fomentar a criação do cluster do turismo (nas províncias a seleccionar) com base na
iniciativa empresarial.
71. Como referido anteriormente, apesar de existirem fileiras que apresentam fortes indícios
de elevado potencial de substituição de importações, não foram ainda feitos estudos
tecnicamente fundamentados. Uma iniciativa fundamental será identificar as fileiras e as
acções críticas para a promoção do seu desenvolvimento, segundo as orientações
anteriormente estabelecidas. O plano de actividades do PRODESI irá calendarizar esta
actividade, devendo ser priorizada a análise nas seguintes produções e fileiras:
72. Não obstante o anteriormente descrito, já foram identificadas iniciativas concretas para
algumas produções e fileiras com evidente potencial. Pese embora estas iniciativas não
constituam ainda um programa estruturado, o PRODESI opta por incluir desde já estas
iniciativas no Programa, como “quick-wins” de substituição de importações, planeando
integrar estas iniciativas posteriormente num todo mais estruturado.
39 | P á g i n a
73. Existe um conjunto de oportunidades ganhos imediatos (“quick-wins”) nos futuros clusters
Agrícola e Agro-alimentar, e Indústrias de Transformação, com atractividade económica
que se presume alta para investidores privados pela combinação de dois factores: i)
dimensão do mercado interno (provado pelos respectivos valores de importações) e ii)
operacionalização de complexidade relativamente baixa, tais como:
75. As restantes fileiras deverão ser submetidas a uma iniciativa de priorização de fileiras que
permitirá optimizar o encadeamento de Programas Prioritários para a Diversificação.
O que se pretende em matéria da substituição selectiva de importações é delinear e
implementar medidas de política e actividades no sector privado que permitam atingir os
seguintes três objectivos em simultâneo:
40 | P á g i n a
41 | P á g i n a
IV. GOVERNANÇA E CONTROLO
77. A execução com sucesso de um programa desta dimensão, e deste nível de complexidade,
exige condições estruturais no modelo de governo, na coordenação com outros programas
em curso, nas ferramentas de controlo e na estratégia de comunicação interna e externa.
79. O modelo de governação deve ser robusto do ponto de vista de coordenação política. O
modelo proposto pretende alcançar esta visão e assegurar, em paralelo, tanto um controlo
em cascata do Programa como uma coordenação fluída e simples entre medidas já
identificadas para implementação e outras já em curso, evitando atropelos e duplicação de
trabalho.
80. Para este efeito, o Programa será liderado pela Comissão Económica do Conselho de
Ministros, presidida pelo Titular do Poder Executivo. A Comissão Económica do Conselho
de Ministros será responsável pelo acompanhamento de alto-nível do Programa, pela
aprovação do seu plano anual, pela aprovação de todas as decisões de carácter
estratégico do Programa e pela avaliação regular do cumprimento das metas definidas.
42 | P á g i n a
Figura 4. Modelo de Governo
84. A UTPRODESI será uma unidade profissional constituída pelos Secretários de Estado dos
Ministérios presentes na Comissão Interministerial e pelo Vice-governador do BNA. A
UTPRODESI funcionará como um órgão de gestão do Programa (num modelo de PMO-
Project Management Office). Em particular a UTPRODESI irá:
43 | P á g i n a
• Coordenar as equipas de gestão de iniciativas transversais e de fileira através de
reuniões semanais para reporte da evolução do Programa;
• Avaliar com uma periodicidade mensal o progresso do Programa, realizando um
reporte de progresso à Comissão Interministerial.
85. O Programa é composto por iniciativas transversais e por iniciativas ao nível das fileiras
prioritárias. Para cada iniciativa, será definida uma equipa de gestão, coordenada pelo
Secretário de Estado (membro da UTPRODESI) do sector correspondente. As equipas de
gestão têm o objectivo de ultrapassar um dos constrangimentos fundamentais
identificados na implementação de programas semelhantes no passado: a insuficiente
coordenação técnica e operacional resultante da existência de silos na comunicação
interministerial e do insuficiente envolvimento do sector privado. As equipas serão
responsáveis pela entrega do plano de actividades do Programa na sua área respectiva de
actuação. Em particular:
86. Para apoiar nestas actividades, a UTPRODESI será assessorada por uma equipa
especializada na implementação e monitorização de iniciativas com esta dimensão e
complexidade. A assessoria técnica terá como principais responsabilidades:
87. Por forma a assegurar a monitorização da execução das iniciativas do PRODESI, serão
definidos relatórios periódicos do progresso da implementação das iniciativas vis-a-vis os
objectivos quantitivos e o grau de execução dos milestones aprovados. Serão também
definidos responsáveis por cada iniciativa (Ministro, Secretário de Estado e respectiva
equipa). É da responsabilidade da Unidade Técnica propor a estrutura e conteúdo destes
relatórios.
44 | P á g i n a
88. Finalmente, será definida pela UTPRODESI uma estratégia de comunicação externa do
Programa (aprovada pela Comissão Interministerial), definindo mensagens claras e
alinhadas transmitidas nos momentos adequados aos principais stakeholders nacionais e
internacionais (associações empresariais, órgãos oficiais internacionais desde embaixadas
a organismos internacionais, potenciais investidores estrangeiros, e aos cidadãos
nacionais), as acções da estratégia de comunicação externa serão executadas pela APIEX.
45 | P á g i n a
V. RECURSOS E ORÇAMENTAÇÃO DO PROGRAMA
90. Para dar a melhor resposta aos desafios de execução deste programa, deverão ser
contratados serviços de consultoria estratégica/de gestão e serviços de assessoria jurídica.
91. Para dar a melhor resposta aos desafios de execução deste programa, a consultoria
estratégica contratada deverá cumprir uma série de requisitos:
46 | P á g i n a
VI. GLOSSÁRIO
47 | P á g i n a
PMO Equipa de gestão de projecto. Equipa dedicada ao acompanhamento
do projecto, cujas responsabilidades podem ir de apenas realizar a
monitorização e reporte dos resultados do projecto (Project
Management Office passivo) até à intervenção directa nas actividades
para conseguir alcançar resultados (Project Management Office
interventivo)
QUICK-WIN Ganho imediato ou de curto prazo
SAIDI Indicador que mede a duração temporal das interrupções no
fornecimento de energia
SAIFI O indicador que mede a frequência das interrupções no fornecimento
de energia
SPILLOVERS Os efeitos positivos ou negativos que uma determinada actividade
pode gerar sobre outros que não se encontram directamente
envolvidos nela.
SPOT O termo é usado nas bolsas de mercadorias para se referir a negócios
realizados com pagamento à vista e pronta entrega da mercadoria, em
oposição aos mercado a futuro e a termo
STAKEHOLDERS Intervenientes envolvidos num processo/actividade
ZONA ECONÓMICA Uma região geográfica de um país que apresenta uma legislação de
ESPECIAL direito económico e direito tributário diferente do resto do país para
atrair capital (investimentos) interno e estrangeiro e incentivar o
desenvolvimento económico da região
ZONA FRANCA Uma região isolada e delimitada dentro de um país, geralmente
situada em um porto ou em suas adjacências, onde entram
mercadorias nacionais ou estrangeiras sem se sujeitar às tarifas
alfandegárias normais
48 | P á g i n a
VII. ANEXO - Fichas de implementação das iniciativas
Fichas de implementação (I/XVIII)
ii | P á g i n a
Fichas de implementação (II/XVIII)
iii | P á g i n a
Fichas de implementação (III/XVIII)
iv | P á g i n a
Fichas de implementação (IV/XVIII)
v|Página
Fichas de implementação (V/XVIII)
vi | P á g i n a
Fichas de implementação (VI/XVIII)
vii | P á g i n a
Fichas de implementação (VII/XVIII)
viii | P á g i n a
Fichas de implementação (VIII/XVIII)
ix | P á g i n a
Fichas de implementação (IX/XVIII)
x|Página
Fichas de implementação (X/XVIII)
xi | P á g i n a
Fichas de implementação (XI/XVIII)
xii | P á g i n a
Fichas de implementação (XII/XVIII)
xiii | P á g i n a
Fichas de implementação (XIII/XVIII)
Data de
Principais medidas Resultados esperados
conclusão
2.1. Fomentar a criação de produtos financeiros nos Sectores da Banca e Abril 2019 • Maior oferta de produtos
dos Seguros bancários, seguros,
derivativos e recursos
2.2. Estruturar linhas de crédito, fundos de garantia e fundos de Abril 2018 para apoio aos sectores
investimento orientados para o programa económicos
2.3. Fomentar a criação de produtos financeiros de hedging Abril 2018 • Condições fiscais e
cambiais mais atractivas
2.4. Fomentar a criação de seguros de crédito de forma a proteger os Abril 2019 para investimento,
negócios contra o risco comercial de não recebimento produção nacional e
exportação
2.5. Fomentar a criação de produtos financeiros de suporte à exportação Abril 2019
em consignação
2.6. Fomentar a criação de produtos financeiros de apoio aos projectos de Abril 2018
internacionalização empresas Angolanas
xiv | P á g i n a
Fichas de implementação (XIV/XVIII)
Data de
Principais medidas Resultados esperados
conclusão
2.7. Incrementar o apoio financeiro à exportação de serviços Abril 2018 • Maior oferta de produtos
bancários, seguros,
2.8. Criar mecanismos de financiamento do Estado contra celebração de Abril 2018 derivativos e recursos
contratos-programa para apoio aos sectores
económicos
2.9. Actualizar o Programa Angola Investe (PAI) Abril 2018
• Condições fiscais e
2.10. Criar uma Bolsa de mercadorias que facilite as transacções (spot, Dezembro cambiais mais atractivas
forward, futuros, etc.) de mercadorias 2019 para investimento,
produção nacional e
2.11. Introduzir um sistema de licitação electrónico Dezembro exportação
2019
2.12. Criar uma base de dados de comparação de preços dos insumos Abril 2019
importados prioritários para a produção nacional
xv | P á g i n a
Fichas de implementação (XV/XVIII)
Data de
Principais medidas Resultados esperados
conclusão
2.13. Criar e ajustar incentivos fiscais, orientada à exportação Abril 2020 • Maior oferta de produtos
bancários, seguros,
2.14. Criar e ajustar incentivos fiscais, orientada à substituição de Abril 2019 derivativos e recursos
importações para apoio aos sectores
económicos
2.15. Criar incentivos e projectos concretos para reduzir o grau de Abril 2018
informalidade das actividades económicas • Condições fiscais e
cambiais mais atractivas
2.16. Implementar um mecanismo de Priorização da afectação de recursos Abril 2018 para investimento,
cambiais aos Programas Prioritários da Diversificação da Economia produção nacional e
exportação
2.17. Definir o paradigma e implementar Acordos para evitar a Dupla Abril 2018
Tributação, priorizando a sua gradual implementação.
xvi | P á g i n a
Fichas de implementação (XVI/XVIII)
xvii | P á g i n a
Fichas de implementação (XVII/XVIII)
xviii | P á g i n a
Fichas de implementação (XVIII/XVIII)
xix | P á g i n a