Cancer de Boca

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Câncer

de boca
Manual de detecção
de lesões suspeitas
Sumário

APRESENTAÇÃO

1. EPIDEMIOLOGIA 09

2. CARCINOGÊNESE 15
2.1. História da carcinogênese 16
2.2. Definições de tumor, neoplasia e lesões cancerizáveis 17
2.3. Diferença entre as neoplasias benignas e malignas 17

3. COMPORTAMENTOS DE RISCO 19
3.1. Alcoolismo 19
3.2. Tabagismo 19
3.3. Dieta 20
3.4. Agentes biológicos 20
3.5. Radiações 20
3.6. Irritação mecânica crônica 21
3.7. Fatores ocupacionais 21

4. MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO 22
4.1. Exame clínico 22
4.2. Teste azul de toluidina a 2% 24
4.3. Citologia esfoliativa 24
4.4. Auto-exame 25

5. LESÕES CANCERIZÁVEIS 27
5.1. Aspectos clínicos das lesões 27
5.2. Hiperceratose focal 27
5.3. Nevo pigmentado 27
5.4. Queilite actínica 28
5.5. Líquen plano 28
5.6. Leucoplasia 29
5.7. Eritroplasia 29
5.8. Ulceração traumática crônica 29

6. CÂNCER DE BOCA 30
6.1. Carcinoma espinocelular 30
6.2. Sarcoma 32
6.3. Melanoma 32
6.4. Neoplasias de glândulas salivares 33
6.5. Carcinoma Baso-celular 33

7. REFERÊNCIAS PARA ATENDIMENTO 34

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35
9
••••••••••••••••••••••••••• I •••••••••••••••• , ••

Milnual
de Câneer
de 60ça

1.EPIDEMIOLOGIA

As neoplasias (do grego neo=novo e plasia=formação) são um grupo de


patologias de características crônico-degenerativas que são relativamente
comuns no homem civilizado e que apresentam uma grande relação com a
longevidade. Estas doenças vêm apresentando resultados epidemiológicos
preocupantes em termos de morbi-mortalidade. Essaspatologias de carac-
terísticas crônico-degenerativas são relativamente comuns no homem civili-
zado e apresentam uma grande relação com a longevidade. Cerca de 4
milhões de mortes ocorrem no mundo a cada ano, sendo metade desses
casos em países em desenvolvimento, como o Brasil. (Organização Mundial da
Saúde, 1991).

o Gráfico 1.1 demonstra as principais causas de morte no nosso país, e pode-


mos verificar que os neoplasias são responsáveis por 12,7% do total, represen-
tando o terceiro lugar em causas de mortalidade.

Gráfico 1.1. Distribuição proporcional das principais causas de morte


no Brasil - 2000.

35

30
25
20
15 12,5
10

o
Aparelho Causas Aparelho Infecções
Neoplasias Outros
Circulatório Externas Respiratório Parasitárias
10 11
, •• , ••• I , • , •• , ••••••••••••••••••••••••••••••••

Manual Manual
do Câncer do Câncer
de Boca de Boca

Tabela 1.1. Estimativas para o ano 2005 das taxas brutas de incidência Tabela 1.3. Estimativas para o ano de 2005 das taxas brutas de
por 100.000 e de número de casos novos de câncer, em homens e incidência por 100.000 e de número de casos novos de câncer, em
mulheres, segundo região. mulheres, segundo localização primária.

Localização Primária Estado Capital


Região Estimativa dos Casos Novos
Neoplasia maligna Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta
Masculino Feminino Total - --
Centro-Oeste 13.850 13.395 27.240 Pele não Melanoma 56.600 60,53 15.010 68,58
Nordeste 33.010 39.710 72.720 Mama Feminina 49.470 52,93 18.220 82,55
Norte 8.010 8.530 16.540 Traquéia, Brônquio e Pulmão 8.680 9,31 2.855 12,78

Sudeste 121.860 128.310 250.110 Estômago 7.975 8,62 2.520 11,62


Sul 52.940 47.890 100.830 Colo do Útero 20.690 22,14 6.600 30,03
BRASIL 229610 237)33'0 467.440 Cólon e Reto 13.640 14,60 5.295 23,80

fONTE: INCA,/2005. Esôfago 2.450 2,61 525 2,33


leucemias 4.075 4,35 1.275 5,90
Cavidade Oral 3.895 4,18 1.255 5,66
Pele Melanoma 3.065 3,27 1.010 4,40

Outras Localizações 67.290 71,96 21.945 99,97


Tabela 1.2. Estimativas para o ano de 2005 das taxas brutas de
incidência por 100.000 e de número de casos novos de câncer, em Total 237.830 254,35 76..510 348,63
homens, segundo localização primária. Fonte: INCA 2003

Localização Primária Estado Capital


Neoplasia maligna Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta
Pele não Melanoma 56.420 62,22 14.140 71,47
Traquéia, Brônquio e Pulmão 17110 18,88 5.165 25,95
Estômago 15.170 16,73 4.035 20,52
Próstata 46.330 51,12 14.170 70,13
Cólon e Reto 12.410 13,69 4.400 21,86
Esôfago 8.140 8,99 1.770 8,92
Leucemias 5.115 5,64 1.520 7,65
CavÍ!iaôe Orall 9..985 1 Jtil,'9-9 3.005 il5,1.8
Pele Melanoma 2.755 3,04 785 3,86
Outras Localizações 56.175 61,95 17.990 90,85
,
rotal 22'9.:610 253,24 66.9.8(j) .3.3:8,2:9
Fonte: INCA 2005
12 13
......................................................
Manual MaroaI
do Câncer do Of1Cel'
de Boca de Boca

Tabela 1.4. Estimativas ano 2005 casos novos de câncer por região. A distribuição geográfica das neoplasias apresenta uma variação que
depende da realidade local, peculiaridades culturais, hábitos, vícios
....
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_.__.~~__ e costumes de seu povo. Na Ásia e, principalmente, na índia, o cân-
Pele não Melanoma 4.400 22.470 8.320 23.270 54.560
cer de boca mostra-se muito freqüente devido ao hábito de mascar o
Mama Feminina 1.110 7.090 2.480 9.650 29.140
betel (planta originária da índia) associado ou não ao fumo. Nas
Traquéia, Brônquio regiões do Baixo Reno, Alto Reno e Calvados, na França, a propor-
e Pulmão 920 3.100 1.520 6.930 13.320 ção de 40 a 50 casos por 100.000 habitantes faz com que esta área
Estômago 1.205 3.550 1.290 4.760 12.340 seja a campeã do mundo em incidência de câncer de boca nos ho-
Próstata 1.510 8.460 2.980 9.160 24.220 mens. Já nas mulheres, as maiores incidências estão nas regiões da
Colo do Útero 1.680 4.700 1.490 4.180 8.640 índia e Filipinas, com 18 a 28 casos e 15 casos por 100.000 habi-
Cólon e Reto 500 2.390 1.330 5.860 15.970 ta ntes, respectiva mente.
Esôfago 190 1.190 560 3.210 5.440
De forma geral 10% das neoplasias que ocorrem no corpo humano
Leucemias 460 1.760 620 1.790 4.560
acometem a região da cabeça e pescoço sendo que, desse percentual,
Cavidade Oral 380 2.100 660 2.550 8.190 30% a 40% atingem a cavidade bucal.
Pele Melanoma 90 420 240 1.830 3.240
Outras Localizações 4.095 15.490 5.750 27.640 70.490 Embora a Odontologia brasileira esteja entre as mais avançadas em

TOTAL 16.540 72.720 termos de tecnologia e os estudos epidemiológicos sobre cárie


27.240 100.830 250.110
dentária indiquem sua diminuição (Levantamento Epidemiológico
fONTE: INCA/2005.
NacionaI/1996), o câncer de boca, que representa 2% de todas as
neoplasias malignas, tem se destacado pelos altos índices de
morbidade e mortalidade atingindo, em proporções quase que equi-
valentes, homens e mulheres.

Há algumas décadas, o número de mulheres com câncer de boca era


quase inexistente. Os dados epidemiológicos atuais comprovam a in-
fluência dos costumes oriundos do processo de industrialização,
quando a população passou a estar mais exposta a agentes poluentes,
conservantes alimentícios e, principalmente, ao hábito do fumo e
do álcool. (Hospital do Câncer/PE/1997)

Em virtude da busca tardia aos serviços de saúde, aproximadamente


60% dos casos estão em estágio avançado no momento do diagnós-
tico, apresentando-se profundamente invasivos e com evidências de
metástase para os linfonodos regionais. Como conseqüência, no Bra-
sil, a média de sobrevida de pelo menos 5%dos pacientes portado-
res de neoplasias malignas, não atinge 30% para o câncer de boca
Estima-se que 80% das mortes poderiam ser evitadas pelo diagnós-
tico precoce. (Schütz-1997)
14 15
..............................................
Manual Manual
do Câncer do C~ncer
de Boca d Boce

Gráfico 1.2 - Proporção dos pacientes com câncer de boca, segundo o


estágio clínico e o ano de registro no Hospital de Câncer do INCA 2.CARCINOGENESE
(lNCA - 1997).

80
68,5
70 - 64,3
60~
57,7
54,5 53,5
60,2 60,3 61,8
o que é câncer?
50 ~ É uma alteração do controle intercelular, especialmente da membrana,
40- relacionada com a perda da sua regulação metabólica, possivelmente, por
30 modificação do nível molecular.

20 - A evolução da célula normal para a neoplásica é caracterizada por altera-


10 ções na composição dos cromossomos, que podem resultar na modificação
O dos protongeneses (genes que habitam normalmente as células e estão
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 quiescentes) em oncogenes (genes mutados que produzem características
de células neoplásicas) ou na inativação do gene de supressão tumoral (gene
_ Inicial, In Situo I e " _ Avançado
que inibe a proliferação das células tumorais).

A carcinogênese é a evolução da célula normal para a neoplásica, poden-


Dentre as prioridades definidas pela Gerência de Atenção à Doenças Crôni-
do envolver três fases:
co-degenerativas e Unidade de Acompanhamento e Avaliação das Ações de
Saúde Bucal da Secretaria de Saúde do Estado em relação ao câncer de
boca, está a de despertar cirurgiões-dentistas e a própria população para a Observação Interpretação
importância do diagnóstico precoce de lesões suspeitas, através de ações clínica histol6gica
educativas-preventivas que estimulem o auto-exame e a consciência da par-
ceria paciente/profissional, órgãos e entidades prestadoras de serviço para a
obtenção de resultados significativos na prevenção e controle do câncer de 1. Iniciação Alteração do DNA de uma célula pela exposição a um
boca. agente carcinogênico que pode ser químico, físico ou
biológico. Esta célula poderá ser eliminada do organis-
Assim, esperamos contribuir para a modificação dos dados epidemiológicos
mo ou vir a desenvolver outras alterações dependendo
existentes.
de novos estímulos.

2. Promoção Nesta fase, os mecanismos que regulam a replicação ce-


lular não são respeitados e as células adquirem fenótipo
maligno.

3. Progressão As células que passaram pelo processo de iniciação, se


submetidas a agentes promotores por períodos prolon-
gados, poderão induzir a carcinogênese.
16 17
II Manual Manual
do Câncer do Câncer
I de Boca de Boca

2.1. História da carcinogênese 2.2. Definições de tumor, neoplasia e lesões


cancerizáveis (potencialmente malignas)

Coloração rósea e uniforme Tumor


Hiperemia localizada da mucosa
Leucoplasia Aumento de volume tecidual, não significando especificamente câncer

Neoplasias

Fenômeno biológico que traduz crescimento novo e desordenado de tecido,


capaz de proliferação ilimitada e que normalmente não regride após a re-
REMOÇÃO Mucosa Normal moção do estímulo que produziu a lesão.
DOS AGENTES Benígnas - São as que raramente colocam em risco a vida do indivíduo. Não
Atipia Epitelial
AGRESSORES
Leve metastizam.
I
+ FATORES
DE PROTEÇÃO Malígnas - São as que se não diagnosticadas e tratadas precocemente levam
I I Atipia Epitelial
Moderada à morte. Metástases.
·1
Lesões cancerizáveis
I
Hiperemia difusa
I AGENTES Lesões que podem anteceder às neoplasias malignas, localizando-se, inicial-
I da mucosa AGRESSORES • mente, na superfície, ou seja: Epitélio, podendo ou não preceder os carcinomas.
Leucoplasia PERSISTENTES FONTE: adaptada do INCA 1997

Eritroplastia
2.3.diferença entre as neoplasias benignas e malignas

Características
Hiperemia difusa da mucosa I Alterações BENIGNO MALIGNO
vasculares I Leucoplasia I Eritropla I Leucoplasia crescimento lento e progressivo rápido e infiltrativo
mosqueada I Eritroplasia nodular I Úlcera rasa delimitação nítida imprecisa
destruição tecidual fraca intensa
necrose rara freqüente
hemorragia rara freqüente
Lesão ulcerada única Carcinoma in situ metástase ausente presente
com borda em pique Carcinoma superficialmente invasivo caquexia ausente presente
e fundo granuloso Carcinoma invasivo
diferenciação células diferenciadas células pouco diferenciadas
mitose atípica ausente numerosa
recidiva ausente freqüente

J.~L- ~ ~ ~~ _
18
, , , .. " , . 19
Manual Manual
doC~ncer do Câncer
de Bota de Boca

LESÕESpotencialmente malignas
3. COMPORTAMENTOS DE RISCO
Ulceração Traumática Persistente, Líquen Plano, Nevo Pigmentado, Queilite
Actínica, Leucoplasia, Eritroplasia (carcinoma invasivo).

Princípios gerais do tratamento das lesões Entende-se por fatores de risco condições favoráveis ao desenvolvimento de
certa doença, ou seja, aqueles que relacionam maior probabilidade de
lesões benignas> Tratamento conservador - Remoção apenas da lesão.
I desenvolvê-Ia. Essesfatores podem ser ambientais ou do próprio indivíduo,
externos ou internos. A sua conjugação com a variável tempo é responsável
Lesões malígnas > Tratamento radical - Remoção da lesão com margem de pela gênese dos tumores malignos que acometem a boca. Em relação ao
segurança tecidual, tanto em profundidade quanto em extensão (Radiotera- câncer de boca, apresentam-se como fatores de risco:
pia, Quimioterapia).

3.1. Alcoolismo
Relacionado, sobretudo, com os tumores do assoalho bucal e da língua. As
seguintes possibilidades de mecanismos de ação são estudadas:

3.1.1. Associação álcool e tabaco - aumento da permeabilidade das células


da mucosa bucal aos agentes carcinogênicos do tabaco devido ao
efeito solubilizante do álcool.

3.12. Presença de substâncias carcinogênicas nas bebidas alcoólicas, entre


elas a nitrosamina e os hidrocarbonetos.

3.13. Agressão às células pelos metabólicos do etanol, os chamados


aldeídos.

3.1.4. Perdas nutricionais oriundas do consumo crônico do álcool.

3.1.5. Para os consumidores crônicos, que associam todos os tipos de bebi-


das alcoólicas, o risco relativo do câncer de boca atinge índices 8,5 a
9,2 vezes maior do que os não consumidores.

3.2. Tabagismo
o tabaco é um dos mais potentes agentes cancerígenos conhecidos que o ser
humano introduz, voluntariamente, no organismo, quer seja, fumado, mascado
ou aspirado (rapé). No tabaco e na fumaça que dele se desprende, podem ser
identificadas mais de 60 substânciastóxicas que apresentam ação carcinogênica.
Fora mais de 2.000 outras substânciasnão estabelecidas.Existeuma forte relação
entre a quantidade de tabaco usada por dia e a duração do período de exposição,
relação dose - resposta, diminuindo o risco com a cessaçãodo uso do fumo. O
20 ............................................... , , .
Manual
......... ....... . 21
do Câncer Manual
de Boca do Cêncer
de Boca
tabaco sem fumaça, que inclui o rapé e tabaco para mascar, está bem estabelecido
como causa do câncer bucal. Esta forma de consumo de tabaco permite um contato
3.6. Irritação mecânica crônica
mais prolongado de resíduos entre a bochecha e a língua (superfície epitelial), favore-
cendo a ação das substâncias cancerígenas sobre a mucosa bucal. ~m dos mai~res problemas de ordem odontológica relaciona-se aos
raumas mecarucos que podem ser produzidos por próteses mal ada _
As úlceras bucais, mesmo que transitórias, proporcionam o contato direto tadas, dentes fraturados (com ponta cortante) cotos d' I h~
bitos t '1' E r ra ICU ares e a-
das substâncias cancerígenas. com o conjuntivo, otimizando as agressões rauma ICOS. sses fatores iatrogênicos que tornam-se irritantes
mais profundas e extensas sobre toda a mucosa. Este fato sugere existir um quando constantes, podem provocar lesões que podem d .. '
ca ter! ti . a quinr uma
risco ainda maior de câncer de boca para tabagistas que usam próteses mal rac ens rca potencialmente maligna e esta quando . d
tros fat de ri "associa a a ou-
adaptadas. . _ ore: e nsco. como álcool e tabagismo, aumentam a predi _
stçao ao cancer de boca. ISpO
Além da ação das substâncias cancerígenas, a exposição contínua ao calor
gerado pela combustão do fumo potencializa as agressões sobre a mucosa Ressaltamos que, todo paciente usuário de prótese dentária deve submeter-
bucal, pois a temperatura na ponta do cigarro aceso varia de 835 graus a se a exame da cavidade bucal, anualmente, com o cirurgião-dentista.
8.884 graus centígrados. Dependendo do tipo, da quantidade e da qualida-
de do tabaco usado, os tabagistas apresentam uma probabilidade 4 a 15 3.7. Fatores ocupacionais
vezes maior de desenvolver câncer de boca do que os não tabagistas.
Estudos in~icam haver relaçã~ :ntre a exposição continuada a certos
3.3. Dieta agentes_ qurrmcos e a alta Incldencia de câncer de boca entre eles
exposrçao aos produtos químicos agrícolas, da industria' de tecidos:
Estudos têm revelado que deficiências nutricionais e dietas inadequadas fun- me,tals. Em Pernambuco, tais fatores destacam-se em virtude das carac-
cionam como fontes dos chamados radicais livres, responsáveis por altera- terlsticas locais, como clima e atividade econômica Como I
observa-se q I . . exemp o,
ções do ADN, tornando o indivíduo mais vulnerável.ao câncer. Por outro . ue as cu turas açucarerra e pesqueira expõem os indivíduos
lado, o baixo risco de desenvolvimento do câncer de boca verificado entre os e~cesslvam~nte aos raios solares, favorecendo o desenvolvimento do
cancer de lábio
indivíduos que consomem altos índices de frutas cítricas e vegetais ricos em
beta-caroteno é outro ponto que enfatiza a importânciá dos fatores
nutricionais. O beta-caroteno é precursor da vitamina A. encontrado na ce-
noura, mamão, abóbora e batata doce.
Em resumo, podem ser considerados integrantes do grupo de risco os paci-
entes que possuam: I

3.4. Agentes Biológicos


1. idade superior a 40 anos
Estudos estão sendo desenvolvidos no sentido de relacionar a causalidade do
câncer de boca à presença de certos vírus. Para alguns autores, as estomatites 2. sexo masculino
crônicas causadas pela Candida albicans em áreas irritadas por próteses mal
3. tabagistas crônicos
adaptadas, representam condições predisponentes ao câncer de boca.
4. etilistas crônicos
3.5. Radiações 5. má higiene bucal
A exposição repetida e excessiva aos raios solares, por períodos superiores a
6. desnutridos e imunodeprimidos
15 ou 30 anos, provoca alterações nos lábios capazes de evoluir para o
carcinoma, tornando-se essencial a proteção com filtros solares. 7. portadores de próteses mal adaptadas (fator coadjuvante)
22
23
Manual
do Câncer Manual
de BOCà do Câncer
de Boca

4. MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO São realizados os exam:s EXTRA e INTRABUCAL, através de palpação bi-digital e
bl-ma~ual, para detecçao dos estados de elasticidade, consistência ou presença
de lesoes nodulares na face e cavidade bucal.

a) Exame extra bucal observar:


o diagnóstico tardio do câncer de boca tem sido apontado por especialistas do
setor, como responsável pela realidade dos pacientes buscarem os serviços de • Assimetria cérvico-crânio-facial·
saúde quando as patologias apresentam-se em estágio avançado e, conseqüen-
• Sinais cutâneos (manchas, fe~idas, fissuras,
temente, reduzidas são as possibilidades de cura e reabilitação. No entanto, o úlceras);
câncer de boca tem seu diagnóstico facilitado pela localização das lesões, o que
• Cadeias linfáticas (cabeça, pescoço e axilares).
possibilita a realização de exames clínicos simples, sem aparelhagem sofisticada.

O estímulo à realização do auto-exame é indicado como essencial para o diag- b) Exame intra-bucal:
nóstico precoce do câncer de boca, pois permite o conhecimento do estado de
Com a ,utdização de afastadores de bochechas e/ou abaixadores de língua
normalidade da cavidade bucal pelo próprio indivíduo, fazendo com que sinais
e sintomas sejam percebidas, rapidamente.
descartávek, para propiciar melhor campo visual e, auxílio de odontoscópio
e gaze, devemos observar: .
O estabelecimento do diagnóstico baseia-se na dualidade: EXAME CLíNICO +
• Comissura labial
EXAMES COMPLEMENTARES (entre eles a biópsia) e, em lesões com
• Fórnices gengivo-jugal
envolvimento ósseo, RADIOGRAFIA. Em alguns casos, como por exemplo
• Exame do Lábio
suspeita de leucemia, fazem-se necessário exames hematológicos. O Cirur-
• Superfícies vestibulares das gengivas
gião-Dentista adquiriu os conhecimentos necessários gerais e específicos e
deve estar capacitado em identificar os vários aspectos da morfologia nor-
mal da cavidade bucal e, assim, distinguir o anormal ou alterado. Figura 4.1. Mucosas jugal direita e esquerda (observar o conduto de
Stensen)
Portanto, deve-se observar manifestações clínicas no paciente como:

• Dor • Sangramento
• Perda de peso • Anorexia
• Mobilidade dental • Inflamação gengival severa
• Aumento de volume • Parestesia
• Alteração de cor

Os métodos de diagnóstico mais utilizados para o câncer bucal são: Exame


Clínico, Teste Azul de Toluidina a 2%, Citologia Esfoliativa, Biópsia, Radio-
logia e Auto-exame. Figura 4.2.
Re ião retro-molar

4.1. Exame Clínico


O exame clínico deverá ser iniciado na primeira consulta, realizado em toda
a cavidade bucal do paciente, de forma organizada, sistemática e, comple-
ta, em ambiente com boa iluminação, natural ou artificial.
24 ...........................................................
Manual
do Câncer
de Boca

4.3. Ungua (ventre, dorso e bordas laterais) que 20% dos seus resultados podem ser falsos-negativos, o profissional deve
sempre eleger a biópsia como o mais confiável exame de diagnóstico.

No entanto, em pacientes portadores do câncer de boca que já se submete-


ram a algum tipo de tratamento, pode-se utilizar a citologia esfoliativa para
que se estabeleça a diferença entre as lesões ulceradas e programas de con-
trole de ampla abrangência populacional, servindo como triagem.

Figura 4.6. Material utilizado para coleta de material destinado a


Figura 4.4. citologia esfoliativa
Assoalho Bucal Fonte: INCA- 2001

4.4. Biópsia
Figura 4.5. Palatos (mole e duro), Pilares amígdalianos e úvula.
Constitui-se na comprovação definitiva (padrão de excelência) da ausência ou
presença de uma lesão maligna, sendo uma manobra cirúrgica simples com
finalidade de diagnóstico, onde se remove uma parte ou toda a lesão a ser
analisada pelo exame histopatológico. O material removido deve ser acondici-
onado em recipiente limpo, contendo formol a 10%, totalmente submerso.

Fonte: www.infocompu.com
4.5. Auto-exame
Importante aliado ao diagnóstico precoce do câncer de boca, o auto-exame
4.2. Teste Azul-de-Toluidina 2% da cavidade bucal é um procedimento extremamente fácil, que não requer
nenhum instrumento sofisticado, necessitando apenas de um ambiente ilu-
Esteteste é realizado com o corante básico Azul-de-toluidina sendo fixado pelos
minado e um simples espelho para sua realização. Pode ser feito na própria
ácidos nucléicos presentes nas células. Como o número de células tumorais por
residência do paciente, numa periodicidade semestral e observando os si-
centímetro cúbico é maior que o das normais, a área da lesão se cora mais em nais de alerta abaixo descriminados:
azul do que asoutras. Muito importante para orientar a áreaque deveserbiopsiada.
Diferença na cor e volume da pele e mucosa
End urecimentos
4.3. Citologia Esfoliativa
Ulcerações que não cicatrizam por mais de duas semanas
Exame feito com esfregaços espatulares da superfície da mucosa bucal, de- Dentes fraturados
vendo ser realizado com o auxílio de uma espátula de madeira descartável. Sangramentos
Apresenta boa eficácia nas lesões superficiais ulceradas, mas considerando Áreas dormentes
...
26
M~nyª1
I , •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 27
Manual
ee çªn~~f
ee 8Çlçô do Câncer
de Boca

Esse exame deverá ser orientado ao paciente, conforme a seqüência:


5. LESÕES CANCERIZÁVEIS
AUTO-EXAME

,- Ficar em ambiente claro;


São lesões que podem anteceder as neoplasias malígnas da boca, localizando-se,
2- Ter em mãos um espelho;
inicialmente, na superfície, ou seja, envolvendo o epitélio. Podem preceder os
3- Elevar esse espelho à região do rosto; carcinomas, mas nem todas se tornam carcinomas, pois cada lesão tem seu po-
tencial de transformação em neoplasias malígnas, condicionados a presença de
4- Observar a existência de diferenças na cor e volume da pele da face; outros ou múltiplos fatores externos e internos.

5- Puxar com o dedo o lábio inferior, deixando visível a face interna, para
I111

que possa ser observada alguma anormalidade, palpar para identificar a


5.1. Aspectos clínicos das lesões
existência ou não de caroços. Esse procedimento deverá ser repetido no
A lesão, inicialmente, poderá ser assintomática, mas, também, poderá, clinica-
lábio superior e nas faces internas das bochechas;
mente, se apresentar sob a forma de úlceras, nódulos ou fissuras.
6- Colocar a língua para fora da boca e tentar observar qualquer ulceração
ou manchas (brancas ou vermelhas intensas), olhando os lados da língua 5.2. Hiperceratose Focal
(direito e esquerdo) para tentar identificar as mesmas alterações.

1. Localização: borda da língua e mucosa jugal.


7- Abrir a boca novamente observando alterações de cor e formato do céu
da boca (palato), fazendo "AA/'\' para ver pilares amigdalianos e úvula. 2. Sinais e sintomas: Aumento da espessura na
camada de ceratina, apresentando-se como
8- Com os dedos indicadores, pai par todo o rosto, pescoço, bochechas e
uma área esbranquiçada, simulando um calo.
língua, tentando identificar aumento de volume, na proc~ra de tumores
Está relacionada com uso de prótese mal adap-
inchaços, feridas ou qualquer alteração que chame atençao.
tada e dentes fraturados.

Figura 4.7. Ilustração do Auto-exame bucal 3. Tratamento: Remoção dos agentes irritantes.

5.3. Nevo Pigmentado


1.1 I~ 1. Localização: mucosa oral.
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2. Sinais e sintomas: Pequena lesão de cor castanha.
Os fatores de risco internos e externos e o
I\ traumatismo mecânico aumentam a possibilidade
" de transformação malígna dos nevos para
~ ~ ,~ melanoma.

3. Tratamento: Cirúrgico
-,
~ "'"'" ~
.".:
Fonte: INCA- 2001
28 29
. . . . .. . .
Manual Manual
do Câncer do Câncer
de Boca de Boca

5.4. Queilite Actínica 5.6. Leucoplasia


1. Localização: geralmente no lábio inferior 1. Localização: qualquer parte da mucosa oral, freqüente
na borda da língua, palato duro, assoalho bucal,
2. Sinais e sintomas: erosão atrófica de descamação
comissura labial e rebordo alveolar,
epidérmica e ulceração.
2. Sinais e Sintomas: placa esbranquiçada que não
3. Tratamento: proteção contra radiação solar. Em
sal com raspagem.
casos de ulcerações que não regridem, fazer a
vermelhectomia. 3. Tratamento: Cirúrgico

5.5. Líquen Plano 5.7. Eritroplasia


5.5.1 Líquen Plano Erosivo 1. Localização: língua, assoalho bucal, palato mole
e pilares amigdalianos.
I I~ 1. Localização: qualquer parte da mucosa oral.
2. Sinais e Sintomas: cor vermelha ou vermelho-
2. Sinais e sintomas: Doença emocional apresen-
esbranquiçada
tando-se como formação de bolhas de dife-
rentes tamanhos, com desprendimento 3. Tratamento: Cirúrgico
epitelial, que quando quebram, deixam o piso
da lesão exposto. O diagnóstico fica mais fácil
quando ao redor aparecem desenhos
esbranquiçados, típicos da doença
5.8. Ulceração traumática crônica
3. Tratamento: sintomático (corticoíde)
1. Localização: Qualquer local da mucosa oral

5.5.2 Líquen Plano Reticular 2. Sinais e sintomas: Perda de tecido superficial


epitelial com exposição do cónjuntiva, circunscri-
1. Localização: mucosa oral ta por uma zona avermelhada inflamatória, ligei-
2. Sinais e sintomas: doença emocional, apresen- ramente elevada nas bordas. O fundo da lesão é
tando-se corno um entrelaçado (rede) branco. de cor branca acinzentada devido à necrose super-
ficial. Sua consistência é elástica. gomóide e
3. Tratamento: sintomático (corticóide) edematosa. São dolorosas, principalmente quan-
do aparecem na língua e sempre estão relaciona-
das com um fator irritante local.
3. Tratamento: Remoção da causa
30
..........................
Manual
Manual
do Câncer
do Câncer
de Boca
de Boca

6.CÂNCER DE BOCA estimulam no organismo reação do tipo granulomatosa, como a leishmaniose, a


tuberculose, a blastomicose, a paracoccidiomicose e o cancro sifilítico.

6.1.1. Carcinoma Espinocelular de lábio superior (Câncer de Lábio)


"Nenhuma outra doença letal é mais fácil de curar que o câncer bucal
É um dos mais comuns tumores da boca e mais presente nos sexo masculino.
quando seu tamanho é menor que 1 cm de diâmetro. Desafortunadamen-
te, o tamanho clínico está relacionado com a sintomatologia e a maioria 1. Localização mais freqüente: porção central do
das lesões bucais são detectadas só depois que se tornam sintomáticas. lábio ou entre comissura e metade labial
Apesar de a cavidade bucal ser de fácil acesso, o câncer bucal é normal-
mente detectado quando está grande, a metade deles com linfoadenopatias 2. Sinaise sintomas: Geralmente se inicia como uma
regionais". placa ceratótica, seca e freqüentemente ulcerada

Arthur Masashberg.DDS. Fonte: www.infacompu.com 3. Tratamento: cirúrgico

6.1.2. Carcinoma Espinocelular de Língua (Câncer de Língua)


6.1. Carcinoma Espinocelular
1. Localização mais freqüente: bordas laterais
o
carcinoma espinocelular ou de células escamosas é a neoplasia malígna
entre as porções dorsal e ventral.
. mais comum da cavidade bucal. Afeta mais o sexo masculino e tem maior
incidência depois da quarta década de idade. Apresenta-se de diferentes 2. Sinaise sintomas: geralmentetem aparênciacomo
formas como uma lesão ulcerada, às vezes recoberta de uma crosta hemática . uma pequena úlceraou placavermelhapersistentes.
ou de crescimento vegetativo ou verrugoso que quando atinge um tamanho
maior pode ulcerar e sangrar ou sofrer necrose parcial, modificando, assim, 3. Tratamento: cirúrgico
seu aspecto.
6.1.3. Carcinoma Espinocelular de Palato (Câncer de Palato)
À palpação, no geral, tem os bordos invertidos e endurecidos, com uma base
infiltrada. Seu tamanho é variável podendo medir desde alguns milímetros 1. Localização mais freqüente: palato duro
até vários centímetros. No início, quase nunca provoca dor. O diagnóstico
2. Sinais e sintomas: lesão com aspecto verrugoso,
precoce do câncer de boca é bastante dificultado por dois motivos: além de
sangrante, halo central necrótico e bordos en-
ser assintomático, o que torna o estágio inicial muitas vezes despercebido, as
durecidos ou lesão ulcerada
lesões iniciais são raramente identificadas pela maioria dos profissionais que
examinam a boca. No entanto, existem relatos de que a queixa inicial do Fonte: www.infocompu.com 3. Tratamento: cirúrgico
paciente é a sensação de ter uma espinha na região, com sensação de furar.
6.1.4. Carcinoma Espinocelular de Região Retromolar (Câncer de
A palpaçãocuidadosadasáreasem tomo da úlceraé importante paradetectar endu-
Região Retromolar)
recimento que, por suavez, pode significar invasãode estruturasadjacentes,ou seja,
a propagação do tumor. Oscarcinomasda boca sedisseminamatravésda drenagem 1. Localização mais freqüente: Região retromolar.
linfática paraos linfonodos do pescoço,daí a importância, quando do examefísico,de
seinspecionare palpar minuciosamente esta região. 2. Sinais e sintomas: lesão com aspecto verrugosa,
sangrante, halo central necrótico e bordos en-
No entanto, outras doenças podem se manifestar como lesões ulceradas e durecidos, ou lesão ulcerada
causar confusão diagnóstica com o câncer de boca. É o caso das doenças que
Fonte: www.infocompu.com 3. Tratamento: cirúrgico
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Manual
Manual
do Câncer
do Câncer
de Boca
de Boca

6.1.5. Carcinoma Espinocelular de Assoalho de Boca (Câncer de Região 6.4. Neoplasias de glândulas salivares
de Assoalho de Boca)
Essestumores podem ser encontrados em qual-
1. Localização mais freqüente: região anterior do
quer região da boca, mas aparece com maior fre-
assoalho da boca
qüência no palato mole e no lábio superior por se-
2. Sinais e Sintomas: inicialmente como placas rem regiões que tem maior número de glândulas
salivares menores. Sua progressão é lenta e
leucoplásicas ou eritroplásicas. Com o prosse-
assintomática e quando atinge um grande volu-
guimento da lesão, forma-se uma lesão de for- Fonte: lnca- 2001 me pode ulcerar-se.
ma ulcerada de margens arredondadas e ba-
ses endurecidas. o carcinoma mucoepidermóide e o carcinoma
adenóide cístico são as neoplasias malignas de
3. Tratamento: cirúrgico
glândula salivar mais comuns.

6.2. Sarcoma
São tumores raros na boca, de origem 6.5. Carcinoma Base-celular
mesenquimatosa. Apresentam-se muito
vascularizados e de evolução rápida. Ao contrá- Ocorre especialmente no tegumento cutâneo da
rio dos carcinomas, ocorrem com maior freqüên- face, principalmente nas pregas naso-Iabiais. Tra-
cia em crianças e nos adultos jovens. São tumo- ta-se de um tumor dos mais comuns da pele. Para
res de extrema gravidade, que se metastatizam
alguns autores, essa forma de carcinoma nunca
Fonte: lnca- 2001 por via hematogênica, alcançando principalmen-
ocorre na mucosa bucal. O que é encontrado é a
te os pulmões.
extensão de uma lesão cutânea por infiltração.

6.3. Melanoma No entanto, como é uma lesão de pele dentre as


mais prevalentes (submetidas à biópsia) reflete
É raro na cavidade bucal e pode se apresentar uma maior conscientização do cirurgião-dentista
como uma mancha acastanhada, azulada, no que se refere ao exame extrabucal, a fim de
acinzentada ou negra que aparece com maior fre- diagnosticar lesões que acometem regiões de sua
qüência nos rebordos alveolares, palato e gengi- responsabilidades.
va. É importante seguir o sistema ABCD para seu
diagnóstico, aonde:

A significa assimetriana forma;

B significa que as bordas estão irregulares;


C significa coloração variada;
D significa que o diâmetro é maior que O,6cm.
34 35
Manual Manual
do Câncer do Câncer
de Boca de Boca

7. REFERÊNCIAS PARA ATENDIMENTO 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A Secretaria de Saúde de Pernambuco tem trabalhado para organizar o sistema de 1. BARIC JM, et aI. Influence of cigarette, pipe and cigar smoking, removable
referência de serviços de atenção ao câncer de boca. partial dentures, and age on oral leukoplakia. Oral Surg Oral Med Oral
Pathol 54:424-429, 1982.
As Unidades Básicas de Saúde, sob administração do gestor municipal, são consi-
deradas como "porta de entrada do sistema", uma vez que devem possibilitar o 2. BUCHNERA, HANSEN LS.Pigmented nevi of the oral mucosa: A clinicopathologic
diagnóstico precoce de lesões suspeitas. A partir daí, os pacientes serão encami- study of 36 new cases and review of 155 cases from the literature: Part I:
nhados conforme o estágio e o diagnóstico confirmados das lesões suspeitas para A clinicopathologic of 36 new cases. Oral Surg Oral Med Oral Pathol
Unidades de Saúde que ofertem atendimentos de média e/ou alta complexidade. 63:566-572,1987.

3. BUCHNERA; HANSEN LS.Pigmented nevi of the oral mucosa: A clinicopathologic


Sistema de Referência de Atenção ao Câncer de Boca study of 36 new cases and review of 155 cases from the literature: Part 11:
Analysis of 191 cases. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 63:676-682,1987.

PACIENTE ••• r~~~~;~~;~tr~~~:J.•. LESÃO SUSPEITA


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Keratosis are two separate precancers. In: Oral Oncology. Vo. 2. Edited by
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de Pernambuco UPE UFPE 14. www.infocompu.com/adolfo_arthur/portugues/_serv04.htm
Manual de detecção
doe, lesões suspeitas

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