Projeto de estradas
Unidade 01 - Aula 03
Professora: Msc. Katarini Araújo
2019
Projeto Geométrico – Elementos
Planimétricos
12
curvas de concordância 11
horizontal 10
9
Eixo da 4 8
5 6 7 Tangentes
estrada 3
2
Alinhamentos Retos
1
Tangentes externas
PP
Curvas de concordância horizontal
Na conexão de trechos em tangente pode-se usar:
Curva circular
composta com
transição
Curva
circular
simples
Curva Circular Simples
PC - marca o início da curva;
PI Φ PI – ponto de interseção das
E tangentes
t PT – marca o final da curva;
D
f C – corda que liga PC e PT;
PC Φab PT D – arco da curva;
c E – distância entre PI e D;
f – distância entre D e C;
AC – ângulo central;
R Φ – deflexão;
AC
Φab – deflexão da corda.
O
Curvas circular simples - Elementos
Primeiro deve-se estabelecer o valor do raio da curva.
Para isso são utilizados gabaritos sobre a planta. Em
cada interseção, verifica-se qual o raio que melhor
atende aos objetivos do projeto. A partir do raio,
calcula-se os demais elementos da curva.
• Deflexão e ângulo central:
O ângulo central é igual à deflexão
AC= Φ
Curvas circular simples - Elementos
𝐴𝐶
• Tangentes externas: t = 𝑅 × tan( )
2
1
• Afastamento: E = 𝑅 × ( 𝐴𝐶 − 1) Caso AC ≤ 5°, R
cos 2 deve ser
suficientemente
• Flecha: f = 𝑅 × (1 − 𝐶𝑂𝑆
𝐴𝐶
) grande para
2 garantir que:
𝜋×𝑅×𝐴𝐶 D > 30(10-AC)
• Desenvolvimento: D =
180
Curvas circular simples - Elementos
Depois de calculados os elementos da curva, deve ser feita a
definição das estacas dos PCs e PTs.
Para isso, os elementos básicos são:
• Distância entre o ponto 0 da estrada e PI;
• Comprimento das tangentes externas;
• Comprimentos do desenvolvimento da curva.
Por exemplo, se o estaqueamento usado for de 20m, nesse
caso:
𝑃𝐼1 −𝑃𝑃 𝑇1 𝐷1
𝑃𝐶1 = − 𝑃𝑇1 = 𝑃𝐶1 +
20 20 20
Curvas circular simples - Elementos
EXEMPLO 1: Para os alinhamentos mostrados na figura
abaixo, calcule elementos necessários na definição das
curvas e o estaqueamento, sabendo que R=100m.
PI1
0=PP
Curvas circular simples - Elementos
EXEMPLO 2: Calcule as estacas dos pontos notáveis para as
duas curvas a seguir:
Curvas circular simples - Elementos
EXEMPLO 3: Calcule flecha, afastamento e demais
elementos necessários na definição da curva e do
estaqueamento, sabendo que:
• R= 171,98 m
• AC= 45°30’
• PI= 180 + 4,12 m
Curvas circular simples - Elementos
EXEMPLO 4: Calcule elementos necessários na definição e
estaqueamento da curva a ser projetada em PI1, sabendo
que:
• R= 682 m
• AC= 57°48’08”
Pontos X (m) Y (m)
PP 365.778,00 3.488.933,00
PI1 366.778,00 3.490.216,00
PI2 367.778,00 3.488.207,00
Curvas circular simples - Elementos
EXEMPLO 5: Dados AC= 24°20” e R= 1.500 m, defina as
estacas de PC e PT, sabendo que E(PI)= 360 + 12,45.
Curvas circular simples - Elementos
Grau da curva (G): ângulo formado pelo raios que passam
pelos extremos da corda base
• Corda base (cb): subdivisões iguais da curva, se aproximando do
arco;
𝑐𝑏
G = 2 × 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛( )
2𝑅
Curvas circular simples - Elementos
LOCAÇÃO DA CURVA
Estacas Deflexões
Int Frac Sucessivas Acumuladas
Deflexões:
𝐴𝐶
3.1 Deflexão da corda: Φ𝐴𝐵 =
2
𝐺
3.2 Deflexão da corda base: Φ𝐶𝐵 =
2
𝐺
3.3 Deflexão por metro: Φ𝑚 =
2×𝐶𝐵
Superlargura
LB L’ Quando descrevem trajetórias
curvas, os veículos ocupam
fisicamente espaços laterais
maiores;
Os trechos em curva provocam
LB aparência de estreitamento da
L
pista.
Para compensar esses fatores, os trechos em curva contam
com uma largura adicional das faixas de trânsito,
denominada superlargura.
Superlargura - Dimensionamento
A fórmula geral:
𝑏2 2
𝑉
𝑆 =2∙ 𝐿+ + 𝐺𝐿 + 𝑅 + 𝐹 ∙ 𝐹 + 2𝑏 − 𝑅 + − 𝐿𝐵
2𝑅 10 𝑅
S = superlargura, em metros;
L = largura física do veículo, em m;
b = distância entre eixos, em m; Geometria do veículo
F = balanço dianteiro do veículo, em m;
R = raio da curva, em m;
V = velocidade diretriz, em km/h;
Geometria da via
LB = largura básica da pista em tangente, em m.
GL = folga lateral do veículo em movimento, em m;
Geometria do veículo
Veículo de Projeto: A AASHTO (American association of state
highway transportation officials) indica quatro grupos
básicos de veículos de projeto:
Veículos de passeio leves: automóveis, utilitários,
VP
furgões e similares.
Veículos comerciais rígidos: caminhões e ônibus
CO convencionais com 2 eixos e 6 rodas. (usual no
Brasil)
Veículos comerciais articulados: compostos de
SR
unidade tratora simples e semi reboque.
Veículos comerciais rígidos maiores que o CO,
O
como ônibus de turismo e caminhões longos.
Geometria do veículo
VP CO SR O
Comprimento total (m) 5,80 9,10 16,80 12,20
Distância entre eixos (m) 3,40 6,10 15,30 7,60
Largura total (m) 2,10 2,60 2,60 2,60
Balanço dianteiro (m) 0,90 1,20 0,90 2,10
A distância entre eixos, prevista no parágrafo anterior,
será medida de centro a centro das rodas dos eixos dos
extremos do veículo.
Figura 5.2.4
Geometria do veículo
Balanço dianteiro
Balanço traseiro
Geometria da via
Velocidade de projeto ou velocidade diretriz: máxima velocidade
que um veículo pode manter, em determinado trecho, em
condições normais, com segurança.
Classes de Relevo
projeto Plano Ondulado Montanhoso
0 100 100 80
I-A 100 80 60
I-B 100 80 60
II 80 70 50
III 70 60 40
IV-A 60 40 30
IV-B 60 40 30
Quadro 5.1.1
Geometria da via
Largura das faixas de rolamento, em tangente, em função do
relevo e da classe de projeto (m)
Classes de Relevo
projeto Plano Ondulado Montanhoso
0 3,60 3,60 3,60
I 3,60 3,60 3,50
II 3,60 3,50 3,30
III 3,50 3,30 3,30
IV-A 3,00 3,00 3,00
IV-B 2,50 2,50 2,50
Quadro 5.7.1.1
Geometria da via
Largura das faixas de acostamento externo, em função do
relevo e da classe de projeto (m)
Classes de Relevo
projeto Plano Ondulado Montanhoso
0 3,00 3,00 3,00
I 3,00 2,50 2,50
II 2,50 2,50 2,00
III 2,50 2,00 1,50
IV-A 1,30 1,30 0,80
IV-B 1,00 1,00 0,50
Quadro 5.7.2.1
Geometria da via
Coeficiente de atrito longitudinal pneu/pavimento: função
da velocidade diretriz
V
30 40 50 60 70 80 90 100 120
(km/h)
fmáx 0,20 0,18 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,11
Quadro 5.4.3.1
Largura básica da pista em tangente: Soma das larguras das
faixas de rolamento.
Folga lateral do veículo em movimento: função da largura
básica da pista em tangente.
Lb (m) 6,00 a 6,40 6,60 a 6,80 7,00 a 7,20
Gl (m) 0,60 0,75 0,90
p. 76
Superlargura
EXEMPLO 6: Calcule a superlargura a ser adotada para uma
rodovia:
• R= 250 m
• LB= 7,20 m
• V= 100 km/h
• Veículo SR
Superlargura
EXEMPLO 7: Calcule a superlargura para:
• Largura do veículo: L = 2,40 m.
• Distância entre os eixos do veículo: b = 7,0 m.
• Distância entre a frente do veículo e o eixo dianteiro: F =
1,40 m.
• Raio da curva: R = 180 m.
• Velocidade de projeto: V = 100 km/h.
• LB = 7,2 m
Superlargura
EXEMPLO 8: Calcule a superlargura a ser adotada em um
projeto com uma curva com 215m de raio, classe I do DNIT,
com pista dupla e relevo plano. Dados do veículo:
• Largura= 2,50m
• Distância entre eixos= 6,50m
• Balanço dianteiro= 1,10m
Superelevação
v Os efeitos combinados das forças
Fc Fat se fazem sentir tanto sobre os
passageiros quanto sobre as cargas
transportadas.
A superelevação é a declividade
transversal da pista nos trechos em
Fc
curva, introduzida com a finalidade de
Fat reduzir ou eliminar os efeitos das
forças laterais sobre os passageiros e
as cargas dos veículos em movimento.
Superelevação - Dimensionamento
Dependendo da velocidade de projeto, a superelevação só é
necessária para raios menores que os valores limites:
V (km/h) 30 40 50 60 70 80 90 100
Rmin (m) 450 800 1.250 1.800 2.450 3.200 4.050 5.000
Quadro 5.4.5.1
Fórmula geral:
e = superelevação (m/m);
V = velocidade diretriz (km/h);
𝑉2
𝑒= −𝑓 R = raio de curvatura (m);
127𝑅 f = coeficiente de atrito transversal,
entre pneu e pavimento.
Superelevação
Os valores admissíveis para a superlevação:
e Casos
12% Máximo absoluto, para circunstâncias muito específicas.
Máximo normal, para fluxo ininterrupto. Rodovias classe 0 e I, em
10%
regiões planas e onduladas.
Valor superior normal. Rodovias classe I, em regiões
8%
montanhosas e rodovias das demais classes de projeto.
Valor inferior normal. Áreas urbanizadas ou com tráfego sujeito a
6%
interrupções.
Mínimo, para situações extremas com intensa ocupação do solo
4%
adjacente.
Superelevação
EXEMPLO 9: Calcule a superelevação para rodovia de Classe I,
com V = 100 km/h e uma curva com raio de 600 metros.
Superelevação
EXEMPLO 10: Numa rodovia de Classe II, V = 80 km/h. Se uma
curva nesta rodovia tem raio de 200 m, calcular a
superelevação a ser adotada, segundo o DNER