Cindy Romualdo Souza Gomes PDF
Cindy Romualdo Souza Gomes PDF
Cindy Romualdo Souza Gomes PDF
DOURADOS/ MS
2011
Cindy Romualdo Souza Gomes
DOURADOS-MS
2011
KID VINIL
Zeca Baleiro
Em especial:
À minha família, sobretudo minha mãe Maria Ângela, meu pai Miguel
e minha irmã Steffany, pelo carinho, compreensão e apoio.
The data and discussions collection done in this search linked up to the
intention of reflecting and proposing that the school is the training locus to the
socio-cultural interactions of the children through the internet, the
websocialization. This concern came from the analysis of data from research
institutes, such as IBGE, IBOPE, CETIC.BR, SaferNet Brazil and others, it
allowed to trace the Brazilian internet user profile and the growing use of the
internet to mediate their activities. Local data were collected too through
questionnaires that were given to parents, teachers and children/students
linked to the final grades of elementary school of two educational institutions (a
public school and a private school) in Dourados-MS city, with the purpose to
know the dynamics between the school, the family and the internet. These
information allowed us to delimit the knowledge of the individuals about their
access and availability of content, use of the internet potential and, above all,
the risks and constraints that they expose themselves because they don‘t have
a formation directed to the conscious and responsible access. Based on the
civilizing processes theory, from Norbert Elias, we proposed to the teachers
and students, from the mentioned schools, the application of our didactic
proposal that linked information about the internet to three subjects in the
curriculum contents from this experience, we concluded that there are
possibilities to enter the subject in the school environment, but, before, a
formation that puts the teacher as the main character of the knowledge is
needed, which has the recognition of the internet as a potential vehicle to build
different means of learning, beyond the search, communication and
information function.
Figura 24 Capa do guia ―Guia prático para o bom uso da internet‖. 108
INTRODUÇÃO 15
REFERÊNCIAS 159
ANEXOS 171
Ofício apresentado às instituições escolares 172
Questionário Professores 173
Questionário Alunos/Filhos 176
Questionário Pais e/ou Responsáveis 179
Proposta Didática - Plano de aula: Língua Portuguesa 181
Proposta Didática - Plano de aula: Educação Física 198
Proposta Didática- Plano de aula: Geografia 227
INTRODUÇÃO
Figura 1: O Brasil mediado pela internet
Fonte:<http://api.ning.com/files/8uNnwqtoaTxLt8s7Jp7RiIBVe*i3uEBzJZfALPOXzaumUPIvhO9Jtt*JB2aHnxV4e
9AXFpRKInp2jIh3t3fm470g*1drpKob/Texto_18Internet.jpg>. Acesso em: 20 mar. 2011
INTRODUÇÃO
Não a vemos como algo ruim sobre nossa geração, pelo contrário
concordamos com as considerações de Ricardo Neves,
Mas na internet, com o anonimato o que fica em jogo? Até onde uma
pessoa é ela mesma? E até onde sua identidade é forjada? Na internet essa
35
então pensar qual o papel de cada uma em colaborar para uma formação
socializadora direcionada para a interatividade por meio da internet.
O desafio não é simples, pois cada instituição traz uma tradição que
é anacrônica as necessidade e configurações da atualidade. Em meio a
família, escola, igreja e mídias a educação socializadora modifica-se conforme
a instituição, frente aos fatos de riscos e constrangimentos vivenciados por
indivíduos, percebemos que essas instituições tem possibilitado uma
educação socializadora que contempla tão pouco as relações interpessoais
presenciais.
A escola não pode ficar alheia aos processos sócio-culturais, porém não
deve estar sozinha ao abordar o que vivenciamos na internet. Estar alheia é
ignorar novas formas de aprender e construir conhecimentos.
Por mais que a escola divida seus espaços com outras maneiras
de construir e disseminar aprendizagens, ainda sim é indiscutível a
importância e abrangência que seus ensinamentos possuem para a sociedade
e seus indivíduos. Nessa dinâmica escola e mídias, a relação com a internet
deve ser pensada de modo a agregar valores e diferentes possibilidades de
ter e construir o conhecimento. Pensando assim propomos uma formação
contínua e institucionaliza referente ao uso consciente, responsável e seguro
da internet, que a longo prazo possibilitará o uso mais racional das
potencialidades educacionais e culturais da rede.
Representação e comunicação
Construir, mediante experiências práticas, protótipos de
sistemas automatizados em diferentes áreas, ligadas à
realidade, utilizando-se para isso de conhecimentos
interdisciplinares.
Reconhecer a Informática como ferramenta para novas
estratégias de aprendizagem, capaz de contribuir de forma
significativa para o processo de construção do conhecimento,
nas diversas áreas.
Investigação e compreensão
Identificar os principais equipamentos de Informática,
reconhecendo-os de acordo com suas características funções
e modelos.
Compreender as funções básicas dos principais produtos de
automação da micro-informática, tais como sistemas
operacionais, interfaces gráficas, editores de textos, planilhas
de cálculos e aplicativos de apresentação.
59
Contextualização sócio-cultural
Conhecer o conceito de rede, diferenciando as globais, como a
Internet, que teriam a finalidade de incentivar a pesquisa e a
investigação graças às formas digitais e possibilitar o
conhecimento de outras realidades, experiências e culturas
das locais ou corporativas, como as Intranets, que teriam a
finalidade de agilizar ações ligadas a atividades profissionais,
dando ênfase a trabalhos em equipe.
Compreender conceitos computacionais, que facilitem a
incorporação de ferramentas específicas nas atividades
profissionais.
Reconhecer o papel da Informática na organização da vida
sócio-cultural e na compreensão da realidade, relacionamento
e manuseio do computador a casos reais, seja no mundo do
trabalho ou na vida privada. (BRASIL, 2000, p.63).
Urgência social
Esse critério indica a preocupação de eleger como Temas
Transversais questões graves, que se apresentam como
obstáculos para a concretização da plenitude da cidadania,
afrontando a dignidade das pessoas e deteriorando sua qualidade
de vida.
cria novos vínculos afetivos, que atualiza, comunica, que ensina e explica e
etc. Assim observamos que é crescente o interesse em usá-lo nas mediações
de atividades cotidianas. Segundo dados da PNAD/2008 divulgados pelo
IBGE, no ano 2007 o quantitativo de residências com computador era de
26,5%; desses, 20% com conexão; e em 2008 a posse de computadores nas
casas atingiu 31,2%, representando 17,95 milhões de domicílios, sendo que
desses, 23,8 % conectavam-se à internet.
Fonte: CETIC.BR,2008.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
2005 2008
Assistir à televisão
na Internet
Ouvir rádio
Percentual (%)
TOTAL BRASIL 49 47 44 43 32 20 15 15 15 9 2
SUDESTE 47 43 45 41 31 22 13 15 13 10 2
REGIÕES
NORDESTE 45 49 47 48 28 21 14 13 16 10 2
DO PAÌS
SUL 59 54 41 43 43 19 24 20 18 8 2
NORTE 43 52 39 43 25 14 15 8 16 10 1
CENTRO-OESTE 51 48 38 42 33 16 13 10 12 3 2
De 10 a 15 anos 49 24 69 38 23 23 12 12 11 9 1
De 16 a 24 anos 59 49 46 50 39 24 18 19 18 12 2
ETÁRIA
FAIXA
De 25 a 34 anos 45 58 33 42 35 18 15 14 15 7 2
De 35 a 44 anos 38 52 29 36 26 16 13 11 14 7 2
De 45 a 59 anos 34 53 24 36 25 10 15 8 10 8 2
De 60 anos ou mais 24 59 18 20 12 11 15 7 2 2 5
Checar a
Buscar
disponibilidade
Realizar informações Outras
de livros na Fazer
atividades/ sobre cursos atividades
Percentual (%) pesquisas de graduação,
biblioteca/ cursos
relacionadas à
fazer o download online
escolares pós-graduação educação
de material
e de extensão
online
TOTAL BRASIL 66 22 21 10 1
SUDESTE 63 22 20 11 1
REGIÕES
DO PAÍS
NORDESTE 72 22 22 8 1
SUL 56 17 19 7 -
NORTE 80 27 32 11 1
CENTRO-OESTE 72 25 20 11 -
De 10 a 15 anos 85 3 13 4 -
FAIXA ETÁRIA
De 16 a 24 anos 70 25 23 10 1
De 25 a 34 anos 58 32 27 13 1
De 35 a 44 anos 55 24 20 11 2
De 45 a 59 anos 37 20 18 10 1
De 60 anos ou mais 22 5 10 5 1
Fonte: NIC.BR-set/Nov. 2008.
75
ou a serviços de saúde
sobre bens e serviços
Procurar informações
Procurar informações
Procurar informações
Procurar informações
relacionadas à saúde
Buscar emprego/
sobre viagens e
enviar currículo
Procurar outras
entretenimento
relacionadas à
acomodações
diversão e ao
informações
Percentual (%)
TOTAL BRASIL 60 50 33 28 23 5
SUDESTE 60 50 33 33 25 6
REGIÕES DO PAÍS
NORDESTE 58 43 26 26 15 4
SUL 64 57 33 20 24 4
NORTE 57 46 37 26 20 5
CENTRO-OESTE 63 54 38 26 26 5
De 10 a 15 anos 58 17 11 5 6 5
FAIXA ETÁRIA
De 16 a 24 anos 67 50 31 36 22 4
De 25 a 34 anos 59 64 43 40 28 6
De 35 a 44 anos 52 66 42 29 32 7
De 45 a 59 anos 52 66 50 22 35 5
De 60 anos ou mais 44 63 55 10 32 11
Fonte: NIC.BR-set/Nov. 2008.
pode surgir devido a facilidade de término das tarefas escolares com o apoio
desses profissionais. (BUCHALLA, 2009)
mais de cinco vezes esse tipo de conteúdo, 5,93% o fizeram apenas uma vez,
1,94% publicaram fotos íntimas pelo menos cinco vezes e 88,19% afirmam
nunca terem postado fotos desse caráter na internet. (SAFERNET BRASIL,
2009).
recadinho ―para que seus desejos se realizem repasse essa mensagem para
tantas pessoas da sua lista de contatos.‖ Nesses casos muitas vezes a
pessoa que te enviou essa mensagem não sabe que nela tem embutido um
vírus ou outro programa que pode danificar o computador.
Figura 11: Notificação: Enciclopédia Livre Wikipédia, pesquisa sobre a "Dengue". Fonte:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Aviso_m%C3%A9dico>.
repetitiva, que muitas vezes pode extrapolar para agressões para além da
internet.
(atitude ilegal) sejam expressas opiniões entre outros tipos de conteúdos que
venham expor uma pessoa seja por brincadeira ou vingança.
*
Senninha em: Pilotando com segurança na internet. Disponível em:
http://senna.globo.com/senninha/navegue_protegido/hq2.asp?area=2. Acesso em: 17 jul. 2011.
Senninha e sua turma e Microsoft: a super defesa. Disponível
em:<http://senna.globo.com/senninha/navegue_protegido/hq1/index.html>. Acesso em 17 jul.2011.
93
Conteúdo da Cartilha:
(36 páginas)
Conteúdo do Guia
(06 páginas)
Conteúdo do Guia:
(38 páginas) vol.1
Figura 15: Capa do Guia ―Uso responsável da internet‖, vol 1. Fonte: Guia para o uso
responsável da Internet. Vol.1, 2008
97
Conteúdo do Guia:
35 páginas) vol.2
Introdução;
Web. 2.0;
Redes Sociais;
Netiqueta;
Crimes virtuais;
Pedofilia;
Endereço IP;
Lixo Tecnológico;
Lista de sites legais;
CDI;
GVT;
Histórias em quadrinhos;
Expediente;
Rede de apoio.
Conteúdo da Cartilha:
(35 páginas) 3.0
Conteúdo do Guia:
(44 páginas) Vol.3
Para que este guia? Dê o exemplo dentro de casa
A internet na nova era Explorando a web
Conheça os limites Ajude seu filho a explorar a internet
Segurança Histórias em quadrinhos
O que são crimes virtuais? inSeguro
Como proteger seus filhos Eu odeio
Dicas de proteção para você e seus filhos Fim de jogo
Como denunciar Pirataria tem preço
Pedofilia Mais respeito
Como identificar o comportamento de um pedófilo Perseguição
Ajude seus filhos a se protegerem E-mail falso
Quando os filhos são adolescentes Link suspeito
Protegendo seu computador O Gato
Dicas de proteção para o seu computador Namorados
Netiqueta He-Man
Do adulto Exagerado
Da crianças Gordinha eu?
Lixo Eletrônico Torneira seca
O que é e porque é nocivo e.Gírias
Lixo eletrônico tem que ir para o lugar certo Trabalho nota 10
Computador morto
O que é ornitorrinco?
GVT
CDI
Rede de Apoio
Expediente
Figura 18: Capa do guia ―Guia para o uso responsável da internet‖- pais, 3.0.
Fonte:<http://www.internetresponsavel.com.br/pdf/educandogvt/cartilha_gvt_pais.pdf>.
101
Conteúdo do Guia:
(44 páginas) Vol.3
Conteúdo da Cartilha:
(16 páginas)
Recomendações
gerais;
Orkut;
Orientações sobre
Orkut;
Twitter;
Recomendações
gerais;
Recomendações na
criação da conta;
Recomendações no
dia a dia;
Facebook;
Recomendações
gerais;
Recomendações na
criação da conta.
Figura 20: Capa da cartilha ―Segurança em redes sociais: recomendações gerais‖.
Fonte: < http://www.rnp.br/_arquivo/disi2009/rnp-disi-2009-cartilha.pdf >.
Conteúdo da Cartilha:
(27 páginas)
Paraná à SaferNet Brasil, esta por sua vez é uma associação civil sem fins
lucrativos e sem vinculação político-partidária, religiosa ou racial, formada (em
20 de dezembro de 2005) por um grupo de cientistas da computação,
professores, bacharéis em Direito e pesquisadores. (SAFERNET BRASIL,
2010). A cartilha tem escrita voltada para crianças e adolescentes seu
conteúdo é dividido em: ―aproveite‖, ―cuidado‖ e ―dicas para se manter
seguro‖.
Conteúdo da Cartilha:
(43 páginas)
Figura 22: Capa da cartilha ―Navegar com segurança: protegendo seus filhos da pedofilia e da
pornografia infanto-juvenil na internet‖. Fonte: <http://www.childhood.org.br/wp-
content/themes/twentyten/cartilha/>.
105
Conteúdo da Cartilha:
(59 páginas)
Surgimento da internet; Permissão para amigos no MSN;
Funcionamento da internet; Armazenando mensagens trocadas no
Utilização do computador pela criança; MSN;
Motivações para o uso da internet; Permissão para novos amigos no Skype;
Perigos no uso da internet; Armazenando mensagens no Skype;
Assédio sexual na internet; Histórico de mensagens no Skype;
Métodos de assédio dos pedófilos; Salas de bate-papo on-line;
Medidas de enfrentamento das ameaças; Bate-papo UOL;
Identificando e lidando com atitudes suspeitas; Tema da sala;
Utilização do computador em locais privados; Temas das salas de bate-papo;
Mudança de janelas; Sites de relacionamento;
Barra de tarefas do Windows escondida; Perfil no Orkut ;
Criação de usuários com senhas; Adequando o perfil no Orkut ;
Cyber Cafés e Lan Houses; Fotos no Orkut;
Regulamentação de proteção ao menor; Comunidades no Orkut;
Medidas preventivas; Página de recados no Orkut;
Navegadores; Perfil no MySpace;
Armazenando histórico no Internet Explorer; Adequando o perfil no MySpace;
Exibindo histórico no Internet Explorer; Fotos no MySpace;
Apagando histórico no Internet Explorer; Comentários e blog no MySpace;
Arquivos temporários no Internet Explorer; Blogs e Fotologs;
Visualizando arquivos temporários no Internet Fotolog;
Explorer; Blog;
Armazenando histórico no Firefox; Compartilhamento de vídeos;
Exibindo histórico no Firefox; Ambientes virtuais e jogos on-line;
Apagando histórico no Firefox; Proibição de jogos no Brasil;
Arquivos temporários no Firefox; Webcam;
Comunicadores; Riscos no uso de webcam;
Resumo
Figura 23: Capa da cartilha ―Segurança: Protegendo seus filhos no uso da internet‖.
Fonte: <http://esr.rnp.br/leitura/protegendo>.
107
Conteúdo da Cartilha:
(57 páginas)
Figura 24: Capa do guia ―Guia prático para o bom uso da internet‖.Fonte:MARIANI, Santos e
Advogados associados. Guia Prático para o bom uso da internet. Curitiba/Paraná, 2009.
109
Conteúdo da cartilha
(26 páginas)
A privacidade na Interne;t
Liberdade de expressão VS.
Violação do direito alheio;
Crimes na Internet;
Crimes de preconceito de raça ou
de cor;
Crimes contra o Direito Autoral;
Cyberbullying;
Pornografia Infantil;
Responsabilidade civil dos pais e
das escolas;
Dicas para usar a Internet sem
medo;
Como denunciar;
Conclusão
Figura 25: Capa da cartilha da OAB ―Recomendações e boas práticas para o uso seguro da internet
para toda a família‖.
Fonte:<http://www.cnpl.org.br/arquivos/USO_SEGURO_DA_INTERNET_PARA_TODA_A_FAMILIA
.pdf >.
Além disso,
112
3.1 Abertura
3.1.1 Interoperabilidade plena
3.1.2 Padrões e formatos abertos
3.1.3 Acesso a dados e informações públicos
3.2 Infraestrutura
3.2.1 Conectividade
3.2.2 Ampliação das redes de banda larga e inclusão digital
3.3 Capacitação
3.3.1 Cultura digital para o desenvolvimento social
3.3.2 Iniciativas públicas e privadas.
(CULTURA DIGITAL, 2010).
O que fica claro é que por mais que sejam importantes as iniciativas
dessas cartilhas, manuais e guias, ora voltados para pais, ora para pais e
116
Escola Privada = W$ X$
Escola Pública = Y* Z*
Passados alguns dias o contato foi feito por telefone com a escola
W$, novamente a secretária insistiu com a ideia da palestra, já que a política
da escola é de não abrir espaço para estagiários, intervenções e entrevistas,
apenas permitem palestras e aplicação de questionários.
A terceira visita foi feita na instituição Z*, o atendimento foi feito pela
coordenadora das turmas, que solicitou explicações sobre a proposta, a
mesma fez leituras sobre alguns textos e documentos presentes nos planos e
solicitações de aplicação do material. Demonstrou muito interesse na
temática, e comentou com outras coordenadoras sobre a proposta, e ainda
126
ressaltou sua opinião dizendo que ―há tempos a escola já deveria ter inserido
como tema transversal a temática sobre o uso responsável da internet‖. As
abordagens da pesquisa e a inserção na escola agradaram a coordenadora, e
por ela o espaço para a proposta estava cedido, porém solicitou ficar com o
material para que fosse apresentado aos professores para que avaliassem as
possibilidades de aplicação.
têm filhos em escola particular (P$), 54% dizem sempre perguntar, 29% dizem
que as vezes se interessam em saber e 26% o fazem frequentemente. Sobre
acompanhar o acesso os (P$) 9% apontam não acompanhar, 54% o fazem
parcialmente e 31% sempre acompanham seus filhos ao navegarem na rede.
Já os (P*) 25% acompanham 25% o fazem parcialmente e 50% não
acompanham seus filhos fazem ou deixam de fazer na rede.
material informativo, ou seja, além de não conhecerem por si só, a escola não
compartilhou do material, desses professores 43% dizem ter interesse em ler
guias e cartilhas sobre internet. A não partilha desse material pode estar
vinculada aos últimos acontecimentos na cidade, que envolveu caso de
pedofilia em duas escolas particulares e uma pública, praticado por um
professor de geografia. Entregar esse tipo material aos professores poderia
representar constrangimentos quanto suas condutas pessoais e profissionais.
Vício em internet
O primeiro sinal expresso pelo indivíduo que vive uma jornada longa
de navegação na rede é o baixo rendimento escolar e/ou profissional,
resultante de pouco ou nenhum momento de sono, (G1, 2008) e quando
desconectado, o indivíduo apresenta certa ansiedade pelo momento de
conectar-se novamente. Em longo prazo, a rotina de horas frente ao
computador pode resultar em sintomas físicos como
Fraudes
No ano de 2008 foram registrados 220 mil golpes pela internet, 39%
a mais quando comparado com o ano de 2007. (EP TV, 2009). Não é porque
reconhecemos alguns ícones de segurança, ou que conhecemos a pessoa
que nos mandou o e-mail que estamos sabendo analisar e prevenir-nos contra
as fraudes da rede.
Boletim de ocorrência
Mensagem falsa que usa o nome da Polícia Civil para enviar um
boletim de ocorrência. A fraude alerta que caso a vítima não entre
em contato será emitido um mandado de prisão. A fraude contém
diversos erros de português. O link contido na mensagem leva a
um arquivo malicioso que não foi identificado por nenhum antivírus
no momento da análise. (CAIS, 2011).
Atualização de dados
Mensagem falsa do Grupo Santander solicitando que a vítima
realize a atualização de dados Real internet banking. A mensagem
informa que a atualização é obrigatória e que, caso não seja
realizada, a vítima terá seu cartão e senha bloqueados. O link
contido na mensagem leva a um site falso destinado a roubar os
dados da conta bancária da vítima. (CAIS, 2011).
Webmail da Unicamp
Fraude em nome do administrador do Webmail da Unicamp
informando sobre a necessidade de atualização da conta. A vítima
é aliciada a responder a mensagem informando seu email e
senha. (CAIS, 2011).
146
Além desse tipo de aviso, os próprios sites, que têm suas páginas
falsificadas, disponibilizam em suas páginas oficiais explicações sobre sua
política de comunicação com clientes que geralmente diferem muito das
fraudes, além disso, orientam como agir.
Para estar exposto a uma fraude baste ter um e-mail, buscar fazer
uma compra pela internet, participar de redes sociais, fazer cadastro em sites.
Os conteúdos fraudulentos muitas vezes são gerados e enviados a partir de
programas que captam informações na internet por meio de cadastros e sites.
Adolescentes e jovens percorrem com o mouse por esses ambientes e muitas
vezes pelas facilidades, possibilidades oferecidas podem sofrer ou expor
outras pessoas a danos originários de fraudes. Em nossos questionários, 47%
responderam estarem aptos a reconhecer tentativas de fraudes, 35% dizem as
vezes saber reconhecer e 18% admitem não saber quando um documento é
fraudulento ou não, desses alunos 6% dizem ter sido alvo de fraudes e 86%
apontaram que nunca passaram por uma situação assim.
Exposição da Privacidade
foram distribuídos entre eles, a atividade era de uma leitura rápida para
discussões sobre os aspectos positivos e negativos dessas atividades de
lazer, bem como suas opiniões pessoais sobre o assunto. Porém o tempo
ficou restrito com discussões fragmentas e dispersas a atenção de todos.
Essa de dificuldade de acesso aos e-mails por parte dos alunos não
estava prevista e acabou por atrasar a conclusão da atividade, por mais que
tivéssemos a noção de que a escola não disponibiliza espaços nas atividades
na STE para acesso ao e-mail, esperávamos que os alunos tivessem uma
interação maior com essa ferramenta fora do espaço escolar. Algumas alunas
improvisaram duplas para poderem utilizar dos e-mails da amiga para finalizar
a tarefa, porém o e-mail da amiga não continha nada na caixa de e-mail. Por
fim apenas dois alunos entregaram a atividade, outros souberam diferenciar e-
mails fraudulentos dos demais, porém não houve tempo para que inserissem
comentários e argumentos que os validassem como tal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola por sua vez, a partir dos dados coletados por meio de
questionários, tem para si que seu uso da internet é o suficiente, e que as
demais ferramentas fora do rol de comunicar, informar e pesquisar, não são
necessárias. Os professores por sua vez observam a necessidade de uma
educação para a interatividade na internet e até incluem sua instituição de
trabalho como sendo um espaço propício. Porém o que foi observado refere-
se a muito mais do que abrir possibilidades para essa formação, os próprios
professores muitas vezes não se veem construtores de material didático para
suas aulas, e quando vão para a STE contam com o uso de softwares
elaborados para cada disciplina e turma.
CHAVES, Érica; LUZ, Lia. A nova civilização on-line. Veja Online, Agosto de
2007. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/especiais/tecnologia_2007/p_012.html>. Acesso em:
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GINDRE, Gustavo. Para Além do mercado. In: Pesquisa sobre o Uso das
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______. Minha primeira compra na internet: dicas para você realizar sua
compra online com segurança. Disponível em:
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NA INTERNET é assim. Você nunca sabe com quem está falando. SaferNet
Brasil, 2010. Vídeo. (00:00:27) Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=3AJAKXwXW_s>. Acesso em: 01 abr.
2011.
QUESTIONÁRIO PROFESSORES
Identificação:
Instituição Escolar
Questões:
1. Você costuma orientar seus alunos, em suas aulas, com relação ao acesso à
internet?
(_) sempre (_) frequentemente
(_) às vezes (_) nunca
3. Durante a graduação você cursou alguma disciplina que tenha relação com as
Tecnologias de Informação e Comunicação e seu uso na educação?
(_) sim (_) optativa
(_) não (_) carga horária de _________
(_) obrigatória
4. Você acha que sua formação para utilização e orientação quanto ao acesso à
internet é:
174
6. Para quais atividades você usa a internet com frequência? Assinale com um ―X‖
(_) comunicação com outras pessoas (_) compra ou encomenda de bens ou
serviços
(_) atividades de lazer (_) busca por informações e outros
serviços
(_) educação e aprendizado (_) leitura de revistas e jornais
(_) interação com autoridades públicas (_) transações bancárias ou financeiras
ou de órgãos do governo
7. Dos riscos que nos expomos na internet, quais você conhece? Assinale com um
―X‖.
(_) Fraudes; (_) Ciberbullying;
(_) Vício por internet; (_) Sexting;
(_) Plágio de informações e autorias; (_) Pedofilia;
(_) Pirataria; (_) Roubo de dados.
10. Qual dessas ferramentas e conteúdos da internet você julga ser passível de uso
para aprendizagem dos alunos? Classifique-as de maneira ordinal (1º;2º...)
(_) acessar e-mail (_) assistir televisão
(_) fazer ou atualizar blog/fotoblog (_) ler revistas e jornais
(_) sites de relacionamento (Orkut, (_) divulgar vídeos
Facebook)
(_) assistir filmes ou vídeos (_) participar de ambiente de simulação
(_) jogar online (_) participar de ambiente de realidade
virtual
(_) realizar pesquisas (_) buscas por informações
(_) visitar bibliotecas e museus (_) ouvir rádio
175
12. Você alguma vez teve conhecimento sobre algum manual, cartilha ou guia sobre
o uso responsável da internet?
(_) sim, mas não li (_) não conheço
(_) sim, eu li (_) não conheço, mas tenho interesse
em conhecer
176
Série_______________
Idade_______________
Sexo
(_) Masculino (_) Feminino
Questões:
1. O que você costuma acessar na internet? Enumere conforme sua
preferência de acesso.
(_) assistir vídeos (_) sites de relacionamento (Orkut,
Facebook...)
(_) bater papo (_) baixar música/ ou ouvir rádio
online
(_) pesquisas escolares (_) jogos
(_) blog (_) outros
2. Você recebe de seus pais alguma orientação com relação aos riscos que a
internet oferece?
(_) sempre (_) frequentemente
(_) às vezes (_) nunca
3. A orientação que você recebe dos seus pais sobre o uso da internet, você a
classifica como:
(_) boa (_) controle/desconfiança
(_) ruim (_) importante
(_) mal explicada (_) desnecessária
(_) bem explicada
4. Você acha que a internet oferece riscos a quem? Marque com (-) as
pessoas menos expostas e com (+) as pessoas mais expostas.
(_) adultos (_) idosos
(_) adolescentes
(_) crianças
177
8.Você conhece alguém que ficou exposto a riscos na internet por conta de
informações pessoais e/ou profissionais publicadas na internet?
(_) Sim, eu. (_) Não
(_) Sim um amigo/parente
12. Na escola a orientação que você recebe dos professores sobre o uso da
internet, você classifica como:
(_) boa (_) controle/desconfiança
(_) ruim (_) importante
(_) mal explicada (_) desnecessária
(_) bem explicada
14. Você acha que sua escola aproveita bem os conteúdos disponíveis na
internet para melhorar as aulas?
(_) sim (_) as vezes
(_) não
178
15. Você alguma vez teve conhecimento sobre algum manual, cartilha ou guia
sobre o uso responsável da internet?
(_) sim, mas não li (_) não conheço
(_) sim, eu li (_) não conheço, mas tenho interesse
em conhecer
179
Sexo
(_) masculino (_) feminino
Questões:
1. Você acessa a internet?
(_) sempre (_) não acessa
(_) as vezes (_) quase sempre
(_) frequentemente
4. Você costuma perguntar para seu(sua) filho(a) sobre o que ele(a) acessa na
internet?
(_) sempre (_) frequentemente
(_) as vezes (_) nunca
5. Você costuma perguntar para seu(sua) filho(a) sobre o que ele(a) publica na
internet? (fotos, textos, vídeos etc.)
(_) sempre (_) frequentemente
(_) as vezes (_) nunca
Dos riscos que nos expomos na internet quais você conhece? Assinale com
um ―X‖.
(_) Fraudes; (_) Ciberbullying;
(_) Vício por internet; (_) Sexting;
(_) Plágio de informações e autorias; (_) Pedofilia;
(_) Pirataria; (_) Roubo de dados.
9. Você alguma vez teve conhecimento sobre algum manual, cartilha ou guia
sobre o uso responsável da internet?
(_) sim, mas não li (_) não conheço
(_) sim, eu li (_) não conheço, mas tenho interesse
em conhecer
181
PROPOSTA DIDÁTICA
PLANO DE AULA LÍNGUA PORTUGUESA
1. Identificação
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 9º ano
Duração: 3 aulas
Professora da turma:
Mestranda responsável: Cindy Romualdo Souza Gomes
Aula número 1
Conteúdo: Gênero Textual
2.Objetivos
3.Atividades
4.Metodologia
Iniciar esse item com questionamentos aos alunos diante do que foi organizado
no quadro, buscando aprofundar as análises e categorização dos gêneros
textuais. Após o momento de reflexão, distribuir para os alunos o material sobre
as categorias dos gêneros textuais (tabela feita a partir da organização de
Schneuwly e Dolz ), solicitar a leitura, e solicitar comentários e questionamentos.
5.Materiais
GRUPOS DE GÊNEROS
ORAIS E ESCRITOS
SITUAÇÃO DE
AGRUPAMENTO PRODUÇÃO DESSES GÊNEROS
GÊNEROS
Contos, lendas, romances,
Narrar Ficção e criação
fábulas, crônicas
Artigos científicos,
Divulgação de um
Expor conferências, seminários,
conhecimento científico
verbetes de enciclopédias
Cartas do leitor, debates
Defesa de um
Argumentar políticos, artigos de
posicionamento
opinião, editoriais
Manuais de instrução,
Informação de
Instruir bulas de remédio, receitas,
procedimentos
regras de jogos
Diários de bordo,
Relato de algo que
Relatar depoimentos, reportagens,
realmente aconteceu
relatos de históricos
Fonte: Programa Escrevendo o Futuro - Gêneros Textuais. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=OQPw-xUK_tk>. Acesso
em: 28 dez. 2010.
GRUPOS DE GÊNEROS
ORAIS E ESCRITOS
SITUAÇÃO DE
AGRUPAMENTO PRODUÇÃO DESSES GÊNEROS
GÊNEROS
Contos, lendas, romances,
Narrar Ficção e criação
fábulas, crônicas
Artigos científicos,
Divulgação de um
Expor conferências, seminários,
conhecimento científico
verbetes de enciclopédias
Cartas do leitor, debates
Defesa de um
Argumentar políticos, artigos de
posicionamento
opinião, editoriais
Manuais de instrução,
Informação de
Instruir bulas de remédio, receitas,
procedimentos
regras de jogos
Diários de bordo,
Relato de algo que
Relatar depoimentos, reportagens,
realmente aconteceu
relatos de históricos
Fonte: Programa Escrevendo o Futuro - Gêneros Textuais. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=OQPw-xUK_tk>. Acesso
em: 28 dez. 2010.
185
PROPOSTA DIDÁTICA
PLANO DE AULA LÍNGUA PORTUGUESA
1. Identificação
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 9º ano
Duração: 3 aulas
Professora da turma:
Mestranda responsável: Cindy Romualdo Souza Gomes
Aula número 2
Conteúdo: Gênero Textual
2.Objetivos
3.Atividades
4.Metodologia
Solicitar que os alunos conversem com seus familiares e amigos fora da escola
com pessoas que tenham recebido e-mails do tipo fraudulentos. A tarefa consiste
em trazer para a escola esse tipo de e-mail, e destacar e justificar quais de suas
partes o caracterizam a tentativa de fraude.
5.Materiais
186
PROPOSTA DIDÁTICA
PLANO DE AULA LÍNGUA PORTUGUESA
1. Identificação
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 9º ano
Duração: 3 aulas
Professora da turma:
Mestranda responsável: Cindy Romualdo Souza Gomes
Aula número 3
Conteúdo: Gênero Textual
2.Objetivos
3.Atividades
Socialização dos resultados da tarefa;
Analisar e-mails fraudulentos a partir dos conhecimentos adquiridos nas
aulas sobre as características dos gêneros textuais (sala de tecnologias
educacionais):
Atividade de busca por e-mails fraudulentos nas contas de e-mail dos
próprios alunos; (sala de tecnologias educacionais)
4.Metodologia
A partir da busca por e-mails fraudulentos, caberá aos alunos registrar quais
foram as características encontradas nas mensagens, bem como contexto
pessoal e da mensagem que a caracteriza como sendo fraudulenta.
5.Materiais
188
FW: URGENTE
...
Cindy Gomes
<[email protected]>
De:
...
Adicionar a contatos
Para: [email protected]
From: [email protected]
To: [email protected]; [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]; [email protected];
[email protected]
Subject: URGENTE
Date: Sun, 3 Oct 2010 12:51:05 -0400
1 anexo
rapaz-perde-o-rosto.wmv(150Kb)
193
e
-
m
a
i
194
Porque houve a
iniciativa dessa
premiação?
Ausência de pontuação
necessária. “Sua posição
excepcional como Usuário
(a) Valioso (a) do Grupo
Virtual (,) qualificou você
para participar de uma
oportunidade de prêmio
(premiação) diferenciada”
195
196
197
198
INTERVENÇÃO DIDÁTICA
PLANO DE AULA EDUCAÇÃO FÍSICA
1. Identificação
Disciplina: Educação Física
Turma: 8ºe 9º ano
Duração: 2 aulas
Professora da turma:
Mestranda responsável: Cindy Romualdo Souza Gomes
Aula número 1
Conteúdo: importância das atividades físicas no combate ao sedentarismo e
promoção da boa saúde em atividades como ver televisão, acessar a internet e
jogar videogame.
2. Objetivo
3. Atividades
Saúde corporal;
Atividades diárias, que colaboram e prejudicam a saúde;
Caracterizar as atividades prejudiciais à saúde e suas consequências para
o corpo.
4. Metodologia
Saúde corporal;
5. Materiais
Segundo o site InformationWeek, o estudo é resultado de uma pesquisa com 1.100 jovens
entre 8 e 18 anos e revelou que os viciados em videogames recebem notas mais baixas na
escola e estão mais predispostos a serem diagnosticados com problemas de déficit de atenção.
Para o Dr. Douglas Gentile, diretor do Media Research Lab da Iowa State University, quase
um em cada dez jovens jogadores mostram sintomas suficientes para trazer danos à sua vida
escolar, familiar, bem como funcionamento psicológico.
Normalmente os viciados em jogos possuem consoles em seu quarto e passam uma média de
24,5 horas semanais destruindo vilões em mundos virtuais. O estudo também ligou problemas
de relacionamento e brigas, além de obesidade, ao vício do videogame.
Quase 25% dos entrevistados se assumiram viciados em jogos, enquanto 44% disseram ter
amigos que são. Nos Estados Unidos, aproximadamente 8 em cada 10 crianças e adolescentes
dizem jogar videogame ao menos uma vez ao mês.
Quanto ao tempo médio em frente ao videogame, a Harris Interactive descobriu que crianças
entre 8 e 12 anos jogam cerca de 13 horas semanais, enquanto adolescentes dos 13 aos 18
anos jogam aproximadamente 14 horas. O público masculino é mais assíduo, chegando a
jogar duas vezes mais que o público feminino.
"É importante que as pessoas entendam que jogar muito não é a mesma coisa de jogar
patologicamente. Para algo ser considerado um vício, tem que significar mais do que fazer
muito. Tem que significar que você faz isto de uma maneira que prejudica sua vida", explicou
Gentile, conforme noticiou o site Digital Trends.
O estudo só cobriu adolescentes até os 18 anos, mas sabe-se que o problema pode ser ainda
maior, já que uma pesquisa anterior mostrou que 44% dos jogadores possuem idades entre 18
e 49 anos, enquanto apenas 31% contabilizavam os menores de 18 anos.
Embora muitas análises sejam negativas, algumas investigações contam a favor dos
videogames. Estudos recentes apontam para a aplicação de jogos no estímulo da memória,
principalmente entre o público idoso, e outras pesquisas somam pontos quanto ao benefício
dos jogos, como uma feita pelo Beth Israel Medical Center, de Nova York, que descobriu que
o desempenho dos cirurgiões jogadores era melhor que o de doutores que não jogavam
videogames.
05/07/2010 - 17h02
201
Ela disse que concorda que uma criança não deve assistir mais de duas horas de TV por dia.
"Eu mesma não permito que meus filhos assistam por mais do que esse período", disse ela.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/762172-
videogame-pode-causar-problemas-de-atencao-em-criancas-diz-estudo.shtml>.
Acesso em: 03 nov. 2010
203
Marcel Frota
Anderson* é um adolescente normal como qualquer outro. Ele passou a ter problemas na
escola, seu desempenho estudantil não era dos melhores e por causa disso procurou a evitar o
colégio. Não usava a saúde, desculpa clássica para evitar as aulas, para fugir dos recorrentes
fracassos. Ele escolheu outro caminho, o virtual. Foi no ciberespaço que ele encontrou um
jeito de evitar as conseqüências do mau desempenho na escola. Lá ninguém o julgava ou o
cobrava por nada. Esse meio tão aconchegante se transformou na fuga de Anderson. Mais
tarde, esse foi o tormento em sua vida e de sua família.
Esse é um exemplo clássico identificado por psicólogos que tratam os viciados em Internet.
Ou seja, a pessoa usa a rede mundial para suprir uma carência que tem na vida real. O vício
em Internet nasce, na esmagadora maioria das vezes, assim. Não há nenhuma pesquisa
brasileira sobre o tema, mas um levantamento realizado pela Universidade La Salle, nos
Estados Unidos, estimou em 50 milhões o número de viciados em Internet. De acordo com o
Internet World Stats, 1,3 bilhão de pessoas usam Internet no mundo todo.
Anderson passou a freqüentar Lan Houses onde varava noites acordado. Quando dormia, era
picado e sobre o teclado. A alimentação e higiene passaram a ser sistematicamente
negligenciados e os amigos que tinha na vida real eram ignorados. Somente os amigos
virtuais tinham alguma relevância na sua precária vida social. O problema escolar se agravou
e o desespero da família também, sobretudo porque o rapaz ficava arredio quando era
impedido de usar o computador.
"Quem passa por esse problema geralmente fica agressivo, briga com os pais e fica realmente
atormentado quando está sem o computador", afirma a psicóloga Sylvia Van Enck Meira,
voluntária da equipe do AMITI (Ambulatório dos Transtornos do Impulso) do Hospital das
Clínicas. O hospital já tem uma equipe que presta assistência a pessoas viciadas em Internet.
O tratamento tem diversas etapas e é multidisciplinar. Os pacientes passam por avaliações que
irão nortear a abordagem usada para tratar o problema. Há casos em que o viciado é tratado
individualmente ou em grupo, a depender da gravidade da situação.
Na opinião de Sylvia, as mesmas motivações que levam alguém a se drogar podem levá-lo ao
vício no ciberespaço. "A maioria é formada por pessoas sem perspectiva de futuro que
204
acabaram por se envolver com isso", diz ela. A médica revela que os casos não têm
exatamente um perfil fixo. Há atendimentos para adolescentes, adultos e até idosos viciados
em Internet. Os interessados em procurar ajuda no Hospital das Clínicas podem fazer isso de
duas formas: por meio da página específica montada pelo hospital ou pelo telefone 11- 3069-
6975.
Como identificar?
No mundo corporativo contemporâneo, o acesso à Internet é praticamente fundamental e
muitos profissionais passam quase todo o tempo em que estão no escritório conectados à rede.
Isso não faz de ninguém um viciado. "Há profissionais que passam o dia na rede. Um
webdesigner pode ficar 14 horas na rede por causa do trabalho. O que determina o vício é a
qualidade de uso. É possível diagnosticar o vício com base na repetição do uso. Por exemplo,
uma pessoa fica três horas conectada e usa, o Orkut, o MSN, checa e-mails, lê notícias e
pesquisa temas. É diferente de alguém que fica três horas conectado e só acessa sites de sexo
em busca de possíveis parceiros sexuais ou conteúdos desse tipo", explica a psicóloga Andréa
Jotta, pesquisadora do NPPI (Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática) da PUC-SP
(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
O NPPI tem um sistema on-line de atendimento para viciados em Internet. Quem tiver
interesse em buscar a orientação dada pelo núcleo pode entrar em contato pelo endereço
eletrônico [email protected]. Andréa diz que o padrão baseado no tempo de conexão já não é tão
utilizado para se configurar o vício justamente em função das demandas profissionais e da
qualidade de uso. Tanto ela quanto Sylvia dizem que o viciado é identificado quando o uso da
rede passa a ser feito em detrimento dos compromissos que a pessoa tem na vida real. "O
referencial é esse, a pessoa deixa de fazer as coisas na vida dela para ficar na Internet. Deixa
de cuidar da vida social, do trabalho, dos estudos, em função da rede. Ou seja, o uso que faz
da Internet é abusivo e compromete a vida", resume Sylvia.
De acordo com Andréa, o modus operandi do viciado varia um pouco de acordo com o perfil
da pessoa. Homens tendem a procurar parceiras sexuais e gastam muito tempo em sites com
conteúdo erótico. Por outro lado, as mulheres tendem a procurar sites de relacionamentos,
como o Orkut, e gastam muito tempo em salas de bate-papo ou usam muito softwares de
conversas instantâneas, como o MSN.
Sylvia afirma que o vício em Internet pode ser a porta para outros vícios. "Abre a
possibilidade para uso de drogas, ou para o aumento do uso em quem já consumia. Alguns se
utilizam delas para se manter acordado, usam energéticos", declara ela. Sylvia diz ainda que a
alimentação empobrecida dos viciados também é um fator de risco e o início de um ciclo
205
vicioso. "Vemos casos de pessoas que se tornam obesas pela alimentação precária aliada à
falta de movimentação. Essas pessoas passam a ter a auto-imagem comprometida, não querem
correr o risco de se expor em público e nem de se relacionar fora do ambiente virtual. Têm
vários amigos no Internet e nenhum fora. Os viciados se isolam, perdem emprego, imaginam
que não serão mais aceitos e aí buscam cada vez mais conforto na Internet", alerta Sylvia.
Existem formas diferentes de abordar o viciado. O consenso é que a conversa é sempre a
melhor maneira de iniciar uma aproximação e assim, tentar demonstrar para o viciado os
malefícios de sua atitude. Andréa recomenda que, no caso dos adolescentes, os país façam
valer sua autoridade. "Cabe aos pais o controle. Em princípio você pode dialogar, mas se
chegar a uma situação extrema, é preciso impor a autoridade", recomenda ela. Mas por
autoridade, não leia-se radicalismos. Sylvia lembra que um de seus pacientes sofreu de uma
espécie de síndrome de abstinência quando foi proibido pelos pais de usar o computador.
Arredio, buscou acesso na casa de amigos e por fim, passou a vender objetos de casa para
poder financiar sua permanência em Lan Houses.
Para os adultos, Andréa recomenda muita conversa e em último caso a busca por ajuda
especializada. "É preciso conversar porque muitas vezes o adulto não se dá conta do problema
que atravessa. Mas é preciso insistir, envolver outras pessoas da família e conversar muito. Se
depois de tudo isso o problema não for resolvido, busque ajuda médica", recomenda ela.
* Nome fictício
SÉRGIO VINÍCIUS
da Folha de S.Paulo
Preocupação
O viciado fica constantemente preocupado com a internet quando está off-line e mal consegue
pensar em outra coisa.
Necessidade
O indivíduo tem a necessidade contínua e crescente de utilizar a internet como forma de obter
a excitação desejada.
Irritabilidade
Quando tentam reduzir seu tempo na internet, o adicto apresenta reação irritada e grande
dificuldade de aceitação.
Fuga
207
Ernani d`Almeida
Com o título “Preciso de ajuda”, Carolina G. fez um desabafo aos integrantes da comunidade
Viciados em Internet Anônimos, a que pertence no Orkut: “Estou muito dependente da web.
Não consigo mais viver normalmente. Isso é muito sério”. Logo obteve resposta de um colega
de rede. “Estou na mesma situação. Hoje, praticamente vivo em frente ao computador. Preciso
209
Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da
rede para estabelecer com ela uma relação doentia, como a que se revela nas histórias
relatadas ao longo desta reportagem. Em todos os casos, a internet era apenas “útil” ou
“divertida” e foi ganhando um espaço central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita
agora como sem sentido. Mudança tão drástica se deu sem que os pais atentassem para a
gravidade do que ocorria. “Como a internet faz parte do dia a dia dos adolescentes e o
isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, a família raramente detecta o
problema antes de ele ter fugido ao controle”, diz o psiquiatra Daniel Spritzer, do Grupo de
Estudos sobre Adições Tecnológicas, sediado no Rio Grande do Sul. A ciência, por sua vez,
já tem bem mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet
aumenta — até culminar, pasme-se, numa rotina de catorze horas diárias, de acordo com o
estudo americano. As situações vividas na rede passam, então, a habitar mais e mais as
conversas. É típico o aparecimento de olheiras profundas e ainda um ganho de peso relevante,
resultado da frequente troca de refeições por sanduíches — que prescindem de talheres e
liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente, a vida social vai se extinguindo. Alerta
a psicóloga Ceres Araujo: “Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do que fora dela, é
um sinal claro de que as coisas não vão bem”.
Claudio Gatti
210
Os jovens são, de longe, os mais propensos a extrapolar o uso da internet. Há uma razão
estatística para isso — eles respondem por até 90% dos que navegam na rede, a maior fatia —
, mas pesa também uma explicação de fundo mais psicológico, à qual uma recente pesquisa da
Universidade Stanford, nos Estados Unidos, lança luz. Algo como 10% dos entrevistados
(viciados ou não) chegam a atribuir à internet uma maneira de “aliviar os sentimentos
negativos”, tão típicos de uma etapa em que afloram tantas angústias e conflitos. Na rede, os
adolescentes sentem-se ainda mais à vontade para expor suas ideias. Diz o psiquiatra Rafael
Karam: “Num momento em que a própria personalidade está por se definir, a internet
proporciona um ambiente favorável para que eles se expressem livremente”. No perfil daquela
minoria que, mais tarde, resvala no vício se vê, em geral, uma combinação de baixa
autoestima com intolerância à frustração. Cerca de 50% deles, inclusive, sofrem de depressão,
fobia social ou algum transtorno de ansiedade. É nesse cenário que os múltiplos usos da rede
ganham um valor distorcido. Entre os que já têm o vício, a maior adoração é pelas redes de
relacionamento e pelos jogos on-line, sobretudo por aqueles em que não existe noção de
começo, meio ou fim. “Hoje eu me identifico mais com Furyoangel, meu apelido na web, do
que com meu próprio nome”, reconhece Marcelo Mello, 29 anos, ex-estudante de direito e
gerente de uma lan house no Rio de Janeiro.
Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados
Unidos, a dependência da internet é reconhecida — e tratada — como uma doença. Surgiram
grupos especializados por toda parte, inclusive no Brasil, como o da Santa Casa de
Misericórdia, no Rio de Janeiro, e o do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, na
Universidade de São Paulo. “Muita gente que procura ajuda aqui ainda resiste à ideia de que
essa é uma doença”, conta o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu. O prognóstico é bom: em
dezoito semanas de sessões individuais e em grupo, 80% voltam a níveis aceitáveis de uso da
internet. Não seria factível, tampouco desejável, que se mantivessem totalmente distantes
dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à bebida. Com a rede, afinal,
descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de conhecimento e ao
próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se privar. Toda a questão
gira em torno da dose ideal, sobre a qual já existe um consenso acerca do razoável: até duas
horas diárias, no caso de crianças e adolescentes. Quanto antes a ideia do limite for
sedimentada, melhor. “Os pais não devem temer o computador, mas, sim, orientar os filhos
sobre como usá-lo de forma útil e saudável”, avalia a psicóloga Ceres Araujo. Desse modo,
reduz-se drasticamente a possibilidade de que, no futuro, eles enfrentem o drama vivido hoje
pelos jovens viciados.
211
Ernani d`Almeida
Três anos perdidos
“Desperdicei três anos da minha vida
jogando Tibia, um game no computador cuja
graça, para aficionados como eu, é ser
infinito. Passava pelo menos seis horas por
dia em frente à tela e, longe dela, não
conseguia pensar em outra coisa senão na
hora em que voltaria ao jogo. Foi uma época
negra. Não saía de casa e perdi os amigos.
Estava tão isolada que, por iniciativa
própria, decidi restringir, por ora, o
computador na minha vida. Esse processo de
desintoxicação, imagino, deve ser tão
sofrido quanto o daqueles que tentam largar
o álcool. Você precisa reatar as velhas
amizades e até se acostumar de novo à vida
ao ar livre. O saldo é bom.”
Caroline Parreiras, 18 anos
Disponível em: Dispo em: <http://veja.abril.com.br/240310/quando-rede-vira-vicio-p-
110.shtml>. Acesso em: 21 jun.2010.
212
No artigo “Vício e Dependência de computador e internet” você soube o que caracteriza uma
pessoa que se tornou viciada em internet e, de modo geral, o que caracteriza uma dependência
por si só. Porém, agora chegou a hora de saber quais são e como funcionam os tratamentos
para esse vício.
1. Você permanece online mais tempo do que pretende, com cada vez mais frequência?
2. Ignora ou evita outros trabalhos ou atividades para poder gastar mais tempo online?
3. Constantemente verifica mensagens ou emails antes de fazer algo que você precisa fazer,
mesmo que isso atrase uma refeição?
4. Você fica irritado quando alguém o incomoda enquanto está fazendo algo online ou no
telefone?
5. Prefere gastar seu tempo online com outras pessoas - ou através de mensagens de texto via
celular - do que conversar pessoalmente?
7. Discute ou é criticado por amigos, namorada(o) ou família sobre o tempo que você passa
online?
8. Você fica eufórico pensando em quando será a próxima vez que estará online, ou mesmo,
fica pensando sobre o que fará quando se conectar?
9. Você prefere atividades em frente ao computador a sair de casa e fazer qualquer outra
coisa?
10. Você esconde dos outros - ou fica na defensiva quando alguém quer saber - aquilo que
você faz na internet?
Aqui vai uma boa, ou má, notícia: se cinco ou mais respostas foram “sim”, você
provavelmente precisa procurar ajuda de um especialista, pois há grandes chances de estar
com algum tipo de dependência com a internet!
Aquilo mencionado nas perguntas envolve todos os sintomas. Mas, em resumo, eles
envolvem: perder a noção do tempo online; não conseguir se concentrar em outras tarefas;
isolamento da família e amigos; sentir culpa quando usa a internet; sofrer de ansiedade; ficar
deprimido; ter outros vícios; não conhecer gente fora da internet; ser adolescente; atualmente
ser menos ativo socialmente do que costumava ser.
A maioria dos tratamentos envolve afastar o usuário da vida online por meio de atividades
com outras pessoas. Algo que também funciona é ficar tão cheio de atividades fora de casa
que não sobra tempo para o computador. Outras alternativas são: parar de usar um serviço
específico (por exemplo, o Orkut); colar bilhetes pela casa para lembrar de sair da internet;
criar uma lista das tarefas cotidianas e cumpri-la; procurar ajuda médica.
O Portal Baixaki conversou sobre o assunto com Aline Michelin Bonafini, psicóloga clínica, e
Pablo de Assis, pesquisador vinculado ao Núcleo de Estudos do Desenvolvimento Humano da
Universidade Federal do Paraná.
A dependência de internet, segundo Pablo de Assis, se trataria como qualquer outra. Só para
isso existem várias terapias, umas mais direcionadas e focadas, tratando especificamente o
comportamento de uso da internet, criando novos hábitos, etc.
Aline Michelin Bonafini entende que o tipo de tratamento para quem está viciado em internet
e que tem apresentado resultados diferenciados é a terapia de abordagem cognitivo-
comportamental. Ela pode ser utilizada tanto no tratamento de adolescentes, quanto de
adultos. O objeto de estudo da Terapia Cognito-Comportamental (como o próprio nome diz) é
o comportamento.
Essa terapia entende que pensamento pode gerar comportamento. E esses pensamentos
(chamados pensamentos automáticos) ocorrem devido a uma crença central. A partir do
momento que essa crença é identificada, você pode trabalhar estratégias para modificá-la.
Dessa forma, modificará os pensamentos e, consequentemente, o comportamento.
No Brasil, o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo é uma das instituições que
já trata do problema. Conforme a página da instituição diz, não somente a internet, mas
também video games são motivo de vício de muitas pessoas.
Esse pensamento revela uma crença central, no caso, uma crença de desvalor (baixa
autoestima). A partir do momento que essa crença é identificada, trabalham-se estratégias
para modificá-la: identificação das qualidades da pessoa, treino para ela reconhecer essas
qualidades e aproximar-se de pessoas "reais". Tudo isso é feito passo a passo, uma técnica
chamada de "aproximações sucessivas". Primeiro ela treina o comportamento no consultório,
durante a terapia, depois ela o leva para a sua "vida real".
Pablo de Assis afirma que a pessoa precisa reencontrar algo perdido consigo mesma e o vício
é um caminho que ela encontra. Isso é válido para qualquer vício. Então, se simplesmente
retirarmos retirar-se o comportamento, você tira o caminho que a pessoa tinha encontrado
para se encontrar ou se curar.
No caso mais específico de adolescentes, Pablo de Assis diz que nós mesmos precisamos
entender que a adolescência é uma época de descoberta da própria identidade. “Pode ser que
esse adolescente esteja procurando quem ele é em fóruns online, comunidades no Orkut ou
em sites espalhados pelo mundo. Mas ele precisa ser orientado que o mundo, e ele mesmo,
são muito mais do que isso. Algumas horas de atividades físicas, contato com amigos, cinema
ou qualquer atividade ao ar livre ou fora de casa são excelentes”.
Na China , por exemplo, a obsessão por internet fez com que o governo permitisse o uso de
choques como tratamento da doença em cerca de 3 mil jovens. Em 2009 esse tipo de medida
foi proibida, visto que o governo admitiu não ser uma opção realmente efetiva.
O psicólogo explica que, como muitas escolas e famílias impõem tantas atividades aos jovens,
muitas vezes eles mesmos não têm escolha em fazer outras coisas. Assim, gastam horas na
frente do computador fazendo pesquisas e trabalhos que não têm mais tempo para outras
atividades. Cabe a eles então procurar lazer e diversão no único canal que conhecem: a
internet e o computador.
http://www.baixaki.com.br/info/2224-vicio-e-dependencia-de-computador-e-internet.htm
faltou copiar deu problema na transferência.
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INTERVENÇÃO DIDÁTICA
PLANO DE AULA EDUCAÇÃO FÍSICA
1. Identificação
Disciplina: Educação Física
Turma: 8ºe 9º ano
Duração: 2 aulas
Professora da turma:
Mestranda responsável: Cindy Romualdo Souza Gomes
Aula número 2
Conteúdo: importância das atividades físicas no combate ao sedentarismo e promoção da boa
saúde em atividades como ver televisão, acessar a internet e jogar videogame.
2.Objetivo
3.Atividades
4.Metodologia
5. Materiais
Muitas vezes as dores e o cansaço que sentimos ao chegar em casa depois do trabalho, nada
mais é do que má postura. Nós fazemos uma porção de esforços desnecessários, deixando os
braços na altura errada, sobrecarregando as costas e outras posturas inadequadas. Além disto,
ainda há os problemas e as urgências, o efeito cumulativo só piora a situação, que se agrava
ainda mais devido ao stress.
As sugestões abaixo devem ser repetidas no mínimo três vezes por dia. Permaneça alguns
segundos em cada posição.
Coluna cervical
Alongue o pescoço para frente, para trás e para os lados. Faça uma rotação completa do
pescoço sobre os ombros de forma lenta e o mais acentuado possível, num sentido e depois no
outro.
Ombros
Eleve um dos braços na lateral da cabeça e segure-o na região do cotovelo. Repita o exercício
com o outro membro. Cruze a frente do tórax com um dos braços e pressione o cotovelo junto
ao peito. Repita o movimento com o outro braço. Estique o braço para frente e apóie a palma
de uma das mãos na parede. Gire o tronco para o lado oposto. Mantenha-se nessa posição até
sentir o ombro alongado. Depois, faça uma rotação simultânea nos dois ombros nos dois
sentidos.
218
Região lombar
Separe as duas pernas, flexione levemente os joelhos e solte o corpo para frente. Relaxe os
ombros, procurando chegar com as mãos o mais próximo possível do chão. Volte à posição
inicial endireitando o corpo, vértebra por vértebra.
219
Punhos
Estique um dos braços para frente e puxe o dorso da mão no sentido do antebraço. Em
seguida, puxe a palma da mão em direção ao antebraço. Repita os dois movimentos com o
outro braço.
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/exercicios_de_loangamento_e_relaxame
nto.htm>. Acesso em: 23 nov. 2010.
220
Alongamentos na Empresa
Atualmente, com uma vida cada vez mais sedentária e um ritmo de trabalho
simplesmente alucinante, é preciso alertar sobre a importância das atividades físicas
como medida preventiva às doenças crônico degenerativas (osteoporose, obesidade,
cardiopatias, diabetes, hipertensão arterial), que futuramente poderão nos acometer .
Segundo o Dr. Cooper, médico americano, considerado o pai da medicina preventiva, "o
corpo humano, da mesma forma que necessita de determinados nutrientes, sono e
repouso para alívio das tensões que o esforço da vida cotidiana provoca, precisa também
de exercícios. O excesso ou carência destas necessidades faz com que todo o organismo
se desequilibre. Onde há falta de equilíbrio, há também falta de bem-estar pessoal".
A primeira desculpa que nos damos é que não temos tempo para isto, portanto deixamos
de relaxar ou mesmo respirar lentamente em alguns momentos do dia, para sim
continuarmos num ritmo intenso de atividades mentais.
2. Mantendo a mesma posição inicial do exercício anterior, vire a cabeça para a direita e
depois esquerda, mantendo 10 a 15 segundos de cada lado.
3. Leve os braços para trás, sentado ou em pé, entrelace os dedos atrás das costas,
palmas das mãos voltadas para dentro e mantenha a posição por 10 a 15 segundos.
as palmas das mãos para fora, acima da cabeça e estenda os braços, mantendo por 10 a
15 segundos.
7. Segure o cotovelo esquerdo com a mão direita, puxando-o lentamente por trás da
cabeça, até sentir uma leve tensão , mantenha 15 segundos em cada braço.
223
8. Sentado eleve o braço direito para cima da cabeça e estenda o outro o para baixo,
respirando normalmente e estendendo os dedos. Mantenha de 10 a 15 segundos de cada
lado.
Afaste os dedos das duas mãos até sentir uma leve tensão mantendo por 10 a 15
segundos.
10. Aproxime as palmas das mãos à sua frente, movendo-as para baixo até sentir uma
leve tensão e mantenha durante 10 segundos. Em seguida gire as mãos voltadas para
baixo e alterne o movimento por 15 segundos de maneira suave.
11. Com os braços estendidos e mãos espalmadas realize a flexão dos punhos e
mantenha durante 15 segundos. Agora realize a extensão e também mantenha por 15
segundos.
224
Procure ser mais ativa e também alertamos que as lesões por esforços repetitivos e as
tendinites dos punhos, braços e mãos aumentaram 80% nas empresas nos últimos dez
anos, segundo U.S. Bureau of Labor Statistics.
Mexa-se!!!
Fonte: " STRTCHING AT YOU COMPUTER OR DESK" – by Bob & Jean Anderson
Prof. Roberto Cesar de Oliveira
PROPOSTA DIDÁTICA
PLANO DE AULA GEOGRAFIA
1. Identificação
Disciplina: Geografia
Turma: 6º ano
Duração: 2 aulas
Professora da turma:
Mestranda responsável: Cindy Romualdo Souza Gomes
Aula número 1
Conteúdo: Sistemas de orientação e localização geográficas
2.Objetivos
3.Atividades
4. Metodologia
Organizar os alunos em duplas para que joguem batalha naval e pratiquem algumas
coordenadas para eliminar o adversário. Para uma rápida introdução ao tema a partir da
prática orientar o alunos que desenhem apenas 3 elementos entre embarcações e aviões na
grade.
Por fim solicitar aos alunos os endereços de Orkut, entregues com nome e identificação do
perfil
5. Materiais
6. Referências
Uma matriz destina-se a desenhar os seus barcos, sem que os mesmos se toquem e a outra a
registar os "tiros", em número de três em cada jogada, e assinalar os barcos do outro jogador,
sempre que forem atingidos.
O objectivo do jogo é detectar a localização da frota do "inimigo" e deitá-Ia ao "fundo" com
tantos "tiros" quantas as quadrículas que ela ocupa. Um "tiro" errado será denunciado pelo
jogador receptor com a palavra "água" e o "abate" integral do barco com a palavra "fundo".
Os pedidos são feitos com a enunciação de um número e de uma letra; exemplo: "dá-me o 2
C".
Os barcos são:
1 -porta-aviões (5 quadrículas)
1 -barco de 4 canos (4 quadrículas)
1 -barco de 3 canos (3 quadrículas)
2 -barcos de 2 canos (2 quadrículas)
3 -submarinos (1 quadrícula)
230
Dispo em:
http://www.anossaescola.com/eb1/projectos_id.asp?projecto_ID=12&pageNum_rsTrabalhos=
3
PROPOSTA DIDÁTICA
PLANO DE AULA GEOGRAFIA
1. Identificação
Disciplina: Geografia
Turma: 6º ano
Duração: 2 aulas
Professora da turma:
Mestranda responsável: Cindy Romualdo Souza Gomes
Aula número 2
Conteúdo: Sistemas de orientação e localização geográficas
2. Objetivo
3. Atividades
4. Metodologia
Organizar os alunos em grupos para que apresentem as informações contidas nos materiais de
periódicos online sobre sequestros, roubos e prisões feitas a partir de informações pessoais e
de localização que auxiliaram na execução dessas ações, a partir de então pontuar ações
básicas para prevenir exposições a esse tipo de risco a partir das percepções dos alunos frente
as possibilidades de dados que podemos usar para localizar, lugares, pessoas e objetos.
5. Materiais
Imagens projetas a partir do datashow;
Acesso a internet;
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Luciana Bonadio Do G1 SP
Apesar da prisão, ela ainda sente medo, porque outros envolvidos no sequestro ainda não
foram localizados. “Apenas um não quer dizer muito”, afirmou. Por isso, ela falou do caso
sob condição de anonimato. O sequestro aconteceu em Vargem Grande Paulista, na região
metropolitana de São Paulo, em 13 de março. Ela estava com uma amiga no escritório onde
trabalha quando os criminosos chegaram.
Os homens a levaram para um buraco de 1,5 metro de largura por 2 metros de comprimento
no meio da mata, onde ela permaneceu durante quase três dias. “O pior de tudo foi ficar lá
porque eu não via a luz do dia, quase enlouqueci. Eu estava toda suja, machucada. Eu não
sentia fome, só tomava água. Tinha muito mosquito”, lembra. Ela tentou fugir, quebrou parte
da tampa que cobria o buraco e acabou descoberta. “Ele [um dos sequestradores] escutou o
barulho e me amarrou lá dentro.”
Depois desse período, a jovem foi levada para uma casa em São Vicente, onde ficou mais 12
dias. A polícia conseguiu libertá-la depois de uma denúncia anônima. Quando a polícia
chegou, ela estava sozinha. O suspeito preso seria o homem que a vigiou nesta casa. A jovem
conta que ficou de olhos vendados, mas conseguiu vê-lo uma vez, de relance. “Ficou
gravado”, afirmou. Ela começou a procurar o sequestrador nas redes sociais porque “queria
saber o final dessa história”. “Eles sabem de toda a minha vida”, afirma, com medo.
Apesar do tempo que passou desde o sequestro, a jovem ainda não se recuperou. “Eu estou
fazendo tratamento, tomo remédio e isso me ajudou bastante”, diz. Parte da rotina voltou ao
normal, mas ela conta que não consegue sair à noite com os amigos, por exemplo. “Eu não
tenho uma vida social como antes.”
Investigação
Com as informações obtidas na internet, a polícia encontrou a casa do suspeito, de 34 anos,
apontado como um dos chefes do tráfico na Baixada Santista. No local, foram apreendidos 40
quilos de maconha. O homem já tinha passagem pela polícia por sequestro. Ele estava
235
foragido desde o ano passado, quando saiu da prisão beneficiado pela saída temporária do dia
das crianças. A namorada dele, uma mulher de 20 anos, também foi presa em flagrante.
Policiais de São Paulo constataram que uma quadrilha que sequestrou um jovem de 19 anos
utilizava a internet para descobrir o perfil e a rotina das vítimas. Ele foi mantido em cativeiro
por cinco dias, em Ilha Comprida, litoral sul paulista. De acordo com a polícia, os criminosos
passavam horas em sites de relacionamento à procura de pessoas com sinais de riqueza.
Eles observavam, principalmente, as fotos para saber como era a casa da família e se a
possível vítima fazia viagens para o exterior. “O veículo que possui, a empresa em que
trabalha. Tudo isso serve de informação para que os criminosos possam iniciar um
levantamento para posteriormente cometer roubos, sequestros e outros crimes”, afirmou o
delegado Wilson Negrão.
Esta semana, o pai do estudante mantido refém em Ilha Comprida reconheceu, ao Fantástico,
que o filho expôs informações demais na internet. “Ele fica trancado no quarto dele. Acessa
[internet] quase todos os dias. Todos os pais têm que estar mais presentes, porque eu não
estava muito atento”, afirmou.
O estudante foi libertado pela polícia e nove sequestradores foram presos. Um deles, segundo
a polícia, é de uma família de empresários de renome na região de Sorocaba. As investigações
apontam que, em um mês, a quadrilha praticou dois sequestros e possuía uma lista de novas
vítimas.
Negociações tensas
“Nóis não tem dó, não tem piedade. Se precisar matar, „nóis vai‟ matar. Quem vai chorar é
você”, disse um dos sequestradores.
“Não faça isso, pelo amor de Deus”, pediu o pai do estudante que estava em Sorocaba.
“Cara, nessas horas, você não lembra de Deus, não, porque você está falando com o diabo.
Você tá falando com o demônio”, completou o criminoso.
No momento considerado o mais tenso das negociações, o sequestrador ameaçou cortar uma
orelha ou um dedo do estudante:
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“Escolhe: você quer um dedo ou você quer uma orelha de presente? Vou te mandar ainda
hoje. Só te ligo para falar onde tá”, afirmou o sequestrador. “Escolhe o que você quer.
Escolhe ou eu arranco os dois”, enfatizou.
Fotos divulgadas na internet podem revelar o lugar exato onde foram tiradas e
assim pôr em risco, sem que você saiba, sua segurança e privacidade
No entanto, desde então, Savage preferiu desativar a função de geomarcador em seu iPhone, e
não se preocupa com a foto no arquivo do Twitter porque se mudou para outra casa. Mas
outras pessoas talvez não tenham tanto conhecimento tecnológico nem sejam tão indiferentes
com sua privacidade.
"Diria que poucas pessoas sabem do alcance dos geomarcadores", afirma Peter Eckersley, da
Electronic Frontier Foundation, em São Francisco. "E o consentimento é um terreno
escorregadio quando a única forma de desabilitar a função em seu Smartphone é por meio de
um menu invisível que ninguém conhece realmente."
De fato, desativar a função do geomarcador geralmente requer superar vários menus até
encontrar a configuração de „localização‟, para depois selecionar „apagar‟ ou „não permitir‟.
Isso algumas vezes pode desabilitar todas as funções de GPS, incluindo mapas.
geomarcadores. Eles publicam estudos em redes sociais como Twitter, YouTube, Flickr e
CRaiglist, e apontam como é possível identificar a casa e gostos de uma pessoa.
Muitas das fotos mostram crianças jogando dentro ou ao redor de suas casas. Outras revelam
automóveis caros, computadores e televisores de tela plana. Também há fotos de pessoas na
casa de amigos ou no Starbucks que frequentam todas as manhãs.
Além disso, como sites multimídia como Twitter e YouTube têm interfaces de programação
de aplicações (API) amigáveis, alguém com pouco conhecimento sobre programação pode
criar um programa para buscar fotos com geomarcadores. Por exemplo, podem buscar as que
estejam acompanhadas com frases como "em férias" ou as tomadas em vizinhanças
específicas.
"Qualquer jovem de 16 anos que tenha conhecimentos básicos de programação pode fazer
isso", disse Gerald Friedland, pesquisador do Instituto de Computação da Universidade da
Califôrnia, em Berkeley. Friedland e seu colega Robin Sommer escreveram o documento
Cybercasing the Joint: On the Privacy Implications of Geotagging, que apresentaram esta
semana em Washington.