Lei-Organica Itanhandu PDF
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TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 1º - O Município de Itanhandu (MG), pessoa jurídica de direito público interno, no pleno
uso de sua autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei Orgânica,
votada e aprovada por sua Câmara Municipal.
Art. 2º - São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o
Executivo.
Parágrafo Único – São símbolos do Município a bandeira e o hino representativos de
sua cultura e história.
Art. 3º - Constituem bens do Município todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que
a qualquer título lhe pertençam.
Art. 4º - A cidade de Itanhandu é a Sede do Município.
SEÇÃO II
Da Divisão Administrativa do Município
Art. 5º - O Município poderá dividir-se, para fins administrativos, em Distritos a serem criados,
organizados, suprimidos ou fundidos por lei após consulta plebiscitária à população
diretamente interessada, observada a Legislação Estadual e o atendimento aos requisitos
estabelecidos no Artigo 6º desta Lei Orgânica.
§1º A criação do Distrito poderá efetuar-se mediante fusão de dois ou mais Distritos, que
serão suprimidos, sendo dispensada, nessa hipótese, a verificação dos requisitos do Artigo 6º
desta Lei Orgânica.
§2º A extinção do Distrito somente se efetuará mediante consulta plebiscitária à
população da área interessada.
§3º O Distrito terá o nome da respectiva Sede, cuja categoria será a de Vila.
Art. 6º - São requisitos para a criação de Distrito:
I. população, eleitorado e arrecadação não inferiores à quinta parte exigida para a
criação de Município;
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II. existência, na Povoação-Sede, de, pelo menos, cinqüenta moradias, escola pública,
posto de saúde e posto policial.
Parágrafo Único – A comprovação do atendimento às exigências enumeradas neste
Artigo dar-se-á mediante:
Parágrafo Único – As divisas distritais trecho a trecho, salvo, para evitar duplicidade, nos
trechos que coincidirem com os limites municipais.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
Da Competência Privativa
Art. 10 – Ao Município compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e
ao bem-estar de sua população, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as seguintes
atribuições:
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V. manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de
Educação Pré-Escolar e de Ensino Fundamental;
VI. elaborar o orçamento anual e plurianual de investimentos;
VII. instituir e arrecadar tributos, bem como aplicar as suas rendas;
VIII. fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos;
IX. dispor sobre organização, administração e execução dos serviços locais;
X. dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens públicos;
XI. organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico único dos servidores públicos;
XII. organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de concessão ou permissão, os
serviços públicos locais;
XIII. planejar o uso e a ocupação do solo em seu território, especialmente em sua zona
urbana;
XIV. manter convênio, subsidiariamente, com instituições Estaduais e Federais no sentido
de que o produtor rural seja orientado quanto à utilização e aplicação de agrotóxicos;
XV. estabelecer normas de edificação, de loteamento, de arruamento e de zoneamento
urbano e rural, bem como as limitações urbanísticas convenientes à ordenação do seu
território, observada a Lei Federal;
XVI. conceder e renovar licença para localização e funcionamento de estabelecimentos
industriais, comerciais, prestadores de serviços e quaisquer outros;
XVII. cassar a licença que houver concedido ao estabelecimento que se tornar prejudicial à
saúde, à higiene, ao sossego, à segurança ou aos bons costumes, fazendo cessar a
atividade ou determinando o fechamento do estabelecimento;
XVIII. estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços,
inclusive a dos seus concessionários;
XIX. adquirir bens, inclusive mediante desapropriação;
XX. regular a disposição, o traçado e as demais condições dos bens públicos de uso
comum;
XXI. regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente no perímetro
urbano, determinar o itinerário de e os pontos de parada dos transportes coletivos;
XXII. fixar os locais de estacionamento de táxis e demais veículos;
XXIII. conceder, permitir ou autorizar os serviços de transporte coletivo e de táxis, fixando as
respectivas tarifas;
XXIV. fixar e sinalizar as zonas de silêncio e de trânsito e tráfego em condições especiais;
XXV. disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima permitida a
veículos que circulem pelas vias públicas municipais;
XXVI. tornar obrigatória a utilização da estação rodoviária;
XXVII. sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e fiscalizar
sua utilização;
XXVIII. prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo
domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza;
XXIX. ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para funcionamento de
estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços, observadas as normas federais
pertinentes;
XXX. dispor sobre os serviços funerários e de cemitérios;
XXXI. regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a afixação de cartazes e
anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e
propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal;
XXXII. prestar assistência às emergências médico-hospitalares de pronto-socorro, por seus
próprios serviços ou mediante convênio com instituição especializada;
XXXIII. prestar assistência aos paraplégicos, oferecendo-lhes condições de se locomoverem
nas vias públicas com mais conforto e dignidade;
XXXIV. organizar e manter os serviços de fiscalização, necessários ao exercício do seu poder
de polícia administrativa;
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XXXV. fiscalizar, nos locais de venda, pesos, medidas e condições sanitárias dos gêneros
alimentícios;
XXXVI. dispor sobre o depósito e venda de animais e mercadorias apreendidos em
decorrência de transgressão da Legislação Municipal;
XXXVII. dispor sobre o registro, vacinação e captura de animais, mas com a finalidade
precípua de erradicar as moléstias de que possam ser portadores ou transmissíveis;
XXXVIII. estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;
XXXIX. promover os seguintes serviços:
SEÇÃO II
Da Competência Comum
I. zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar
o patrimônio público;
II. cuidar da saúde e da assistência pública, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência, mediante assistência própria ou convênios com instituições
especializadas;
III. proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV. impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico e cultural;
V. proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI. proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
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VII. preservar as florestas, a fauna e a flora, inclusive promover medidas judiciais e
administrativas as quais responsabilizarão os causadores de poluição ou degradação
ambiental;
VIII. fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX. promover programa de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e de saneamento básico;
X. registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisas e
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XI. estabelecer e implementar política de educação para a segurança do trânsito.
SEÇÃO III
Da Competência Suplementar
CAPÍTULO III
DAS VEDAÇÕES
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b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
Da Câmara Municipal
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I. a nacionalidade brasileira;
II. o pleno exercício dos direitos políticos;
III. o alistamento eleitoral;
IV. o domicílio eleitoral na circunscrição;
V. a filiação partidária;
VI. a idade mínima de 18 (dezoito) anos; e
VII. ser alfabetizado.
§2º Fica fixado em 11 (onze) o número de Vereadores, até que o Município atinja a
população de 50000 (cinqüenta mil) habitantes.
§1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos e feriados.
§2º A Câmara reunir-se-á em Sessões Ordinárias, Extraordinárias ou Solenes, conforme
dispuser o seu Regimento Interno.
§3º A Convocação Extraordinária da Câmara far-se-á:
I. pelo Prefeito, em caso de urgência ou interesse público relevante;
II. pelo Presidente da Câmara para o Compromisso e a Posse do Prefeito e Vice-Prefeito;
III. pelo Presidente da Câmara ou a requerimento da maioria dos membros da Casa, em
caso de urgência ou interesse público relevante.
§4º Na Sessão Legislativa Extraordinária a Câmara somente deliberará sobre a matéria
para a qual foi convocada.
Art. 17 – As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria
de seus membros, salvo disposição em contrário constante na Constituição Federal e nesta Lei
Orgânica.
Art. 18 – A Sessão Legislativa Ordinária não será interrompida sem a deliberação sobre o
Projeto de Lei Orçamentária.
SEÇÃO II
Do Funcionamento Da Câmara
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§1º A Posse ocorrerá em Sessão Solene, que se realizará independentemente de
número sob a Presidência do Vereador mais votado dentre os presentes.
§2º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista no parágrafo anterior deverá
fazê-lo dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados do início do funcionamento normal da
Câmara, sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absoluta dos
membros da Câmara.
§3º Imediatamente após a Posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a Presidência do mais
votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, elegerão os
componentes da mesa, os quais serão automaticamente empossados.
§4º Inexistindo número legal, o Vereador mais votado dentre os presentes permanecerá
na Presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.
§5º A eleição da Mesa da Câmara, para o segundo biênio, far-se-á no dia 1º (primeiro)
de fevereiro do 3º (terceiro) ano de cada Legislatura, considerando-se automaticamente
empossados os eleitos.
§6º No ato da Posse e ao término do mandato, os Vereadores deverão fazer
declarações de seus bens, as quais ficarão arquivadas na Câmara, constando das respectivas
atas os seus resumos.
Art. 22 – O mandato da Mesa será de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo
cargo na eleição imediatamente subseqüente.
Art. 28 – Por deliberação da maioria de seus membros, a Câmara poderá convocar Secretário
Municipal para, pessoalmente, prestar informações acerca de assuntos previamente
estabelecidos.
SEÇÃO III
Das Atribuições Da Câmara Municipal
Art. 33 – Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as
matérias de competência do Município e, especialmente:
I. instituir tributos de sua competência;
II. autorizar isenções, anistias fiscais e remissão de dívidas;
III. votar o Orçamento Anual e o Plano Plurianual de Investimentos, bem como autorizar a
abertura de créditos suplementares e especiais;
IV. deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem
como a forma e os meios de pagamento;
V. votar Projeto de Lei que disponha sobre:
a) concessão de auxílios e subvenções;
b) concessão de serviços públicos;
c) concessão de direito real de uso de bens municipais;
d) concessão administrativa de uso de bens municipais;
e) aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargo.
VI. votar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
VII. autorizar convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios com outros
Municípios;
VIII. delimitar o perímetro urbano;
IX. autorizar, na forma da lei, alteração da denominação de próprios, vias e logradouros
públicos;
X. estabelecer normas urbanísticas, particularmente as relativas a zoneamento e
loteamento.
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Art. 34 – Compete privativamente à Câmara exercer as seguintes atribuições, dentre outras:
a) o parecer do Tribunal será rejeitado por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara;
b) decorrido o prazo de 90 (noventa) dias, sem deliberação pela Câmara, a matéria será
mantida, prioritariamente, na Ordem do Dia, até decisão final;
c) rejeitadas as contas, serão estas, imediatamente, remetidas ao Ministério Público
para fins de direito;
VII. decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos indicados na
Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e na Legislação Federal aplicável;
VIII. proceder à tomada de contas do Prefeito, através de comissão especial, quando não
apresentadas à Câmara, dentro de 60 (sessenta) dias, após a abertura da Sessão
Legislativa;
Parágrafo Único – A proposição se sujeita à aprovação por 2/3 (dois terços) dos
membros da Câmara, após parecer da Comissão Especial da casa.
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XV. julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em Lei Federal;
XVI. fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração
indireta;
XVII. fixar, observado o que dispõem os Artigos 37 – XI, 150 – II, 153 – III e 153 §2º – I, da
Constituição Federal, a remuneração dos Vereadores, em cada Legislatura, para
vigorar na subseqüente;
XVIII. fixar, observado o que dispõem os Artigos 37 – XI, 150 – II, 153 – III e 153 §2º – I, da
Constituição Federal, em cada Legislatura, para vigorar na subseqüente, a
remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e Secretários.
SEÇÃO IV
Dos Vereadores
SEÇÃO V
Do Processo Legislativo
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Parágrafo Único – São ainda objetos de deliberação da Câmara, na forma do Regimento
Interno:
I. a Autorização;
II. a Indicação;
III. o Requerimento.
Art. 41 – A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:
I. da maioria dos membros da Câmara;
II. do Prefeito;
§1º A proposta será votada em 2 (dois) turnos, com interstício mínimo de 10 (dez) dias, e
aprovada por 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara.
§2º A Emenda à lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo
Número de Ordem.
§3º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de Estado de Sítio ou de
Intervenção no Município.
Art. 42 – A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito e ao eleitorado que se
exercerá sob a forma de Moção articulada, subscrita, no mínimo, por 5% (cinco por cento) do
total do número de eleitores do Município.
Art. 43 – As Leis Complementares somente serão aprovadas se obtiverem maioria absoluta
dos votos dos membros da Câmara, observados os demais termos de votação das Leis
Ordinárias.
Parágrafo Único – São Leis Complementares, dentre outras previstas nesta Lei
Orgânica:
I. Código Tributário;
II. Código de Obras;
III. Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;
IV. Código de Posturas;
V. Lei instituidora do regime jurídico dos servidores;
VI. Lei Orgânica instituidora da Guarda Municipal;
VII. Lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos.
Parágrafo Único – Não será admitido aumento da despesa prevista nos projetos de
iniciativa exclusiva do prefeito Municipal, ressalvado o disposto no Inciso IV, primeira parte.
Art. 45 – É da competência exclusiva da Mesa da Câmara a iniciativa das leis que disponham:
Art. 46 – O Prefeito poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa.
§1º Solicitada a urgência a Câmara deverá se manifestar em até 30 (trinta) dias sobre a
proposição, contados da data em que for feita a solicitação.
§2º Esgotado o prazo previsto no Parágrafo anterior sem deliberação pela Câmara, será
a proposição incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se as demais proposições, para que se
ultime a votação.
§3º O prazo do Parágrafo Primeiro não corre no período do recesso da Câmara nem se
aplica aos Projetos de Lei Complementar.
Art. 47 – Aprovado o projeto de Lei, será este enviado ao Prefeito, que, aquiescendo, o
sancionará.
Art. 48 – As Leis Delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a delegação à
Câmara.
Art. 50 – A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma Sessão Legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros da Câmara.
SEÇÃO VI
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
Art. 51 – A fiscalização contábil, financeira e orçamentária do município será exercida pela
Câmara mediante controle externo e pelo sistema de controle interno do Executivo, instituídos
em lei.
§1º O controle externo da Câmara será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do
Estado ou órgão estadual a que for atribuída esta incumbência, e compreenderá a apreciação
das contas do Prefeito e da Mesa da Câmara, o acompanhamento das atividades financeiras e
orçamentárias do Município, o desempenho de funções de auditoria financeira e orçamentária,
bem como o julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e
valores públicos.
§2º As contas do Prefeito e da Câmara Municipal, prestadas anualmente, serão julgadas
pela Câmara dentro de 90 (noventa) dias após o recebimento do parecer prévio do Tribunal de
Contas ou órgão estadual ao qual for atribuída esta incumbência. Decorrido este prazo, sem
deliberação, a matéria será mantida na Ordem do Dia, prioritariamente, até decisão final.
§3º Somente por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara será rejeitado o
parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado ou órgão estadual incumbido desta missão.
§4º As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e Estado serão
prestadas na forma da Legislação Federal e Estadual em vigor, podendo o Município
suplementá-las, sem prejuízo de sua inclusão na prestação anual de contas.
SEÇÃO I
Do Prefeito E Do Vice-Prefeito
Art. 54 – O Poder Executivo é exercido pelo prefeito, auxiliado diretamente por seus
Secretários.
Parágrafo Único – Decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a Posse, se o prefeito ou
o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, será este declarado
vago.
§1º O Vice-Prefeito não poderá se recusar a substituir o Prefeito, sob pena de perda do
mandato.
§2º O Vice-Prefeito além de outras atribuições que lhe forem conferidas, auxiliará o
Prefeito, sempre que por ele for convocado.
Art. 61 – O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exercício do cargo, não poderão, sem licença
da Câmara, ausentar-se do Município por período superior a 20 (vinte) dias, sob pena de perda
do cargo ou do mandato.
§2º O Prefeito gozará de férias anuais de 20 (vinte) dias, sem prejuízo de remuneração,
ficando a seu critério a época de usufruir o descanso.
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Art. 62 – Na ocasião da Posse e ao término do mandato, o Prefeito fará declaração de seus
bens, as quais ficarão arquivadas na Câmara, constando das respectivas Atas os seus
resumos, bem como as levará a registro no Cartório de Títulos e Documentos.
SEÇÃO II
Das Atribuições Do prefeito
Art. 64 – Enviar à Câmara, até o 15º (décimo quinto) dia útil de cada mês, os Balancetes
Contábeis e Orçamentários, juntamente com as cópias dos respectivos documentos que deram
origem às operações escrituradas no mês imediatamente anterior.
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XVII. colocar à disposição da Câmara, dentro de 10 (dez) dias de sua requisição as quantias
que devam ser despendidas de uma só vez e, até o dia 20 (vinte) de cada mês, os
recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias, compreendendo os
créditos suplementares e especiais;
XVIII. aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como revê-las quando impostas
irregularmente;
XIX. resolver sobre os Requerimentos, Reclamações ou Representações que lhes forem
dirigidos;
XX. oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradouros
públicos, mediante denominação aprovada pela Câmara;
XXI. convocar extraordinariamente a Câmara, em caso de urgência, ou interesse público
relevante;
XXII. aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento e zoneamento
urbano;
XXIII. apresentar, anualmente, à Câmara, relatório circunstanciado sobre o estado das obras
e dos serviços municipais, bem assim o programa da Administração para o ano
seguinte;
XXIV. organizar serviços internos das repartições;
XXV. contrair empréstimos e realizar operações de créditos, mediante prévia autorização da
Câmara;
XXVI. providenciar sobre a administração dos bens do Município e sua alienação, na forma
da lei;
XXVII. organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras do Município;
XXVIII. desenvolver e conservar o sistema viário do Município;
XXIX. conceder Auxílios, Prêmios e Subvenções, nos limites das respectivas Verbas
Orçamentárias e do Plano de Distribuição, prévia e anualmente aprovados pela
Câmara;
XXX. providenciar sobre o desenvolvimento do Ensino;
XXXI. estabelecer a Divisão Administrativa do Município, de acordo com a lei;
XXXII. solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para a garantia do cumprimento
de seus Atos;
XXXIII. adotar providências para a conservação e salvaguarda do Patrimônio Público;
XXXIV. publicar até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada bimestre relatório resumido
da Execução Orçamentária;
XXXV. promover convênios e acordos com os Poderes Públicos, escolas e entidades públicas
e privadas para promoverem, conjuntamente, ensino e prática de Ecologia, Agricultura
e Pecuária;
XXXVI. o Prefeito poderá delegar, por Decreto, a seus auxiliares as funções administrativas
previstas nos Incisos IX – segunda parte, XV e XXIV, do Artigo 65.
SEÇÃO III
Da Perda E Extinção Do Mandato
Art. 67 – É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função na Administração Pública direta
ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no
Artigo 60, I, IV e V desta Lei Orgânica.
§1º É igualmente vedado ao Prefeito e ao Vice-prefeito desempenhar função de
administração em qualquer empresa privada.
§2º A infringência no disposto neste Artigo e seu §1º importará em perda de mandato.
Art. 68 – As incompatibilidades declaradas no Artigo 36, seus Incisos e Alíneas desta Lei
Orgânica estendem-se, no que forem aplicáveis, ao Prefeito e aos Secretários Municipais.
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Art. 69 – São crimes de responsabilidade do prefeito os previstos em Lei Federal.
SEÇÃO IV
Dos Auxiliares Diretos Do Prefeito
I. ser brasileiro;
II. estar no exercício dos direitos políticos;
III. ser maior de 21 (vinte e um) anos;
SEÇÃO V
Da Administração Pública
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§1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.
§2º A não observância do disposto nos Incisos II e III implicará na nulidade do ato e a
punição da autoridade responsável, nos termos da lei.
§3º As reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão disciplinadas em
lei.
§4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a disponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§5º A Lei Federal estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas
ações de ressarcimento.
§6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurando o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
SEÇÃO VI
Dos Servidores Públicos
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XV. proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos
termos da lei;
XVI. adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
forma da lei;
XVII. aposentadoria;
XVIII. proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XIX. a investidura em cargo ou emprego públicos depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
XX. durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de prova ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego na carreira;
XXI. o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em Lei
Complementar Federal;
XXII. os vencimentos dos servidores públicos são irredutíveis e a remuneração observará o
que dispõem os Artigos 37 – XI, XII, 150 – II e 153 – III, §2º - I da Constituição
Federal;
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta), se mulher, com
proventos integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e 25
(vinte e cinco), se professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com
proventos proporcionais a esse tempo;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta), se mulher,
com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
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§1º Lei Complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no Inciso III, Alíneas ‘a’
e ‘c’, no caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas.
§2º A lei disporá sobre aposentadoria encargo ou empregos temporários.
§3º O tempo de Serviço Público Federal, Estadual ou Municipal será computado
integralmente para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade.
§4º Os proventos de aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma
data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também
estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos
servidores em atividade, inclusive quando decorrente de transformação ou reclassificação do
cargo ou função em que se deu a aposentadoria, na forma da lei.
§5º O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou
proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto no
Parágrafo Anterior.
Art. 82 – São estáveis, após 2 (dois) anos de efetivo exercício, os Servidores nomeados em
virtude de Concurso Público.
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
I. autarquia – serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e
receita próprios, para executar atividades típicas de administração pública, as quais
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizadas;
II. empresa pública – entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
criada por lei, com patrimônio e capital exclusivos do Município, para exploração de
atividades econômicas, a qual Governo seja levado a exercer, por força de
contingência ou conveniência administrativa, podendo revestir-se de qualquer das
formas admitidas em direito;
III. sociedade de economia mista – entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, criada por lei, para exploração de atividades econômicas, sob a forma de
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sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, ao
Município ou à entidade da administração indireta;
IV. fundação pública – entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
criada em virtude de autorização legislativa para o desenvolvimento de atividades que
não exijam execução por órgão ou entidades de direito público, com autonomia
administrativa, patrimônio próprio gerido por respectivos órgãos de direção e
funcionamento, custeado com recursos do Município e de outras fontes.
CAPÍTULO II
DOS ATOS MUNICIPAIS
SEÇÃO I
Da Publicidade dos Atos
Art. 84 – A publicidade de leis e atos far-se-á em órgão de imprensa local ou regional ou por
afixação na sede da Prefeitura ou da Câmara, conforme o caso.
§1º A escolha do órgão da imprensa para a divulgação das leis e atos administrativos
far-se-á através de licitação, em que se levarão em conta não só as condições de preço, como
as circunstâncias de freqüência, horário, tiragem e distribuição.
§2º Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.
§3º A publicação dos atos não normativos poderá ser resumida.
SEÇÃO II
Dos Livros
Art. 86 – O Município manterá livros onde, obrigatoriamente, serão registrados seu patrimônio
e bens.
§1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo presidente da
Câmara, conforme o caso.
§2º Os livros referidos neste Artigo poderão ser substituídos por fichas ou outro sistema,
convenientemente autenticados.
SEÇÃO III
Dos Atos Administrativos
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
a) regulamentação de lei;
b) instituição, modificação ou extinção de atribuições não constantes de lei;
c) regulamentação interna dos órgãos que forem criados na administração;
d) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado por lei, assim
como os créditos extraordinários;
e) declaração de necessidade ou utilidade pública ou interesse social, para fins de
desapropriação ou de servidão administrativa;
f) aprovação de regulamento ou de regimento;
g) permissão de uso dos bens, na forma desta Lei;
h) medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvimento Interno;
i) normas de efeitos externos, não privativas da lei;
j) fixação e alteração de preços públicos.
a) admissão de servidores para serviços de caráter temporário, nos termos do Art. 78,
VI, desta Lei Orgânica;
b) execução de obras e serviços nos termos da lei;
Parágrafo Único – Os Atos constantes nos Itens II e III deste Artigo poderão ser
delegados.
SEÇÃO IV
Das Proibições
SEÇÃO V
Das Certidões
Art. 93 – Os bens patrimoniais serão classificados, em razão de cada serviço e por sua
natureza.
§1º A concorrência poderá ser dispensada, por lei, quando o uso se destinar à
concessionária de serviço público, a entidades assistenciais, ou quando houver relevante
interesse público, devidamente justificado.
§2º A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes e
inaproveitáveis para edificações, resultantes de obras públicas, dependerá de prévia avaliação
e autorização legislativa, dispensada a licitação. As áreas resultantes de modificações de
alinhamento serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam aproveitáveis ou não.
Art. 96 – A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia avaliação
e autorização legislativa.
Art. 97 – É proibida a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dos parques,
praças, jardins ou largos públicos, salvo pequenos espaços destinados à venda de jornais,
revistas ou refrigerantes.
Art. 98 – O uso de bens municipais, por terceiros, só poderá ser feito mediante concessão ou
permissão a título precário e por tempo determinado, conforme o interesse público o exigir.
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
§1º A concessão de uso dos bens públicos de uso especial e dominial dependerá de lei
e concorrência e será feita mediante contrato, sob pena de nulidade do Ato. A concorrência
poderá ser dispensada, mediante lei, quando houver interesse público relevante, devidamente
justificado.
§2º A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente poderá ser
outorgada para finalidades escolares, de assistência social ou turística, mediante autorização
legislativa.
§3º A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita, a
título precário, por Ato unilateral do Prefeito, através de alvará.
§4º As benfeitorias e melhoramentos edificados pela permissionária ou concessionária
serão incorporados ao patrimônio público, sem ônus para o Município.
Art. 99 – Poderão ser cedidos a particulares, para serviços transitórios, máquinas com
operadores da Prefeitura, desde que não haja prejuízos para os trabalhos do Município e o
interessado recolha, previamente, a tarifa prevista.
CAPÍTULO IV
DAS OBRAS E SERVIÇOS
Art. 100 – Nenhum empreendimento de obras e serviços poderá ter início sem prévia
elaboração do plano respectivo no qual, obrigatoriamente, conste:
§1º Nenhuma obra, salvo casos de extrema urgência, será executada sem prévio
orçamento de seu custo.
§2º As obras públicas poderão ser executadas por terceiros, mediante licitação ou
concorrência.
Art. 101 – A permissão de serviço público a título precário será outorgada por decreto do
Prefeito, após edital de chamamento de interessados para escolha daquele que apresente
proposta que melhor atenda aos interesses da municipalidade.
§1º São nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como quaisquer
outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste Artigo.
§2º Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos à regulamentação e
fiscalização do Poder Público, incumbindo aos que os executem sua permanente atualização e
adequação às necessidades dos usuários.
§3º O Poder Público poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou
concedidos, desde que se revelarem insuficientes para o atendimento aos usuários.
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
§4º As concorrências para a concessão de serviços públicos deverão ser precedidas de
ampla publicidade local, inclusive no Diário Oficial do Estado.
Art. 102 – As tarifas dos serviços deverão ser fixadas pelo Executivo, tendo-se em vista a justa
remuneração.
CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA FINANCEIRA
SEÇÃO I
Dos Tributos
§1º O imposto previsto no Inciso I poderá ser progressivo, nos termos da lei, de forma a
assegurar o cumprimento da função social.
§2º O imposto previsto no Inciso II não incide sobre a transmissão de bens ou direitos
incorporados ao Patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a
transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
pessoa jurídica, salvo se, nestes casos, a atividade preponderante ao adquirente for a compra
e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
§3º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
impostos previstos nos Incisos III e IV.
Art. 105 – As taxas só poderão ser instituídas por lei, em razão do exercício do Poder de
Polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos à disposição pelo Município.
Art. 106 – A contribuição de melhoria poderá ser cobrada dos proprietários de imóveis
valorizados por obras públicas municipais, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Art. 107 – Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo
a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração, especialmente para
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Parágrafo Único – As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Art. 108 – O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o
custeio, em benefício destes, de sistema de previdência e assistência social.
SEÇÃO II
Da Receita e da Despesa
Art. 111 – A fixação dos preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e atividades
municipais será feita pelo Prefeito, mediante edição de decreto.
Parágrafo Único – As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus custos, sendo
reajustáveis quando se tornarem deficientes ou excedentes.
Art. 112 – Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributo lançado pela
Prefeitura, sem prévia notificação.
Art. 113 – A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Constituição Federal e
às normas de direito financeiro.
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
Art. 114 – Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponível e
crédito votado pela Câmara, salvo a que correr por conta de crédito extraordinário.
Art. 115 – Nenhuma lei que crie ou aumente despesa será executada sem que dela conste a
indicação do recurso para atendimento do correspondente encargo.
SEÇÃO III
Do Orçamento
Parágrafo Único – O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento
de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Art. 118 – Os Projetos de Lei relativos ao Plano Plurianual e ao Orçamento Anual e os Créditos
Adicionais serão apreciados pela Comissão Permanente de Orçamento e Finanças à qual
caberá:
§1º As Emendas serão apresentadas à Comissão que sobre elas emitirá parecer e
apreciadas na forma regimental.
§2º As Emendas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
Art. 120 – O Prefeito enviará à Câmara, no prazo consignado na Lei Complementar Federal, a
proposta de Orçamento Anual do Município para o exercício seguinte.
§1º O não cumprimento do disposto no “caput” deste Artigo implicará a elaboração pela
Câmara, independentemente do envio da proposta, a competente Lei de Meios, tomando por
base a Lei Orçamentária em vigor.
§2º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara para propor a modificação do Projeto
de Lei Orçamentária enquanto não iniciada a votação da parte que deseja alterar.
Art. 121 – A Câmara não enviando, no prazo consignado na Lei Complementar Federal, o
Projeto de Lei Orçamentária à sanção, será promulgada como lei, pelo Prefeito, o projeto
original do Executivo.
Art. 122 – Rejeitado pela Câmara o Projeto de Lei Orçamentária Anual, prevalecerá, para o
ano seguinte, o orçamento do exercício em curso, aplicando-se a este a atualização dos
valores.
Art. 123 – Aplicam-se ao Projeto de Lei Orçamentária, no que não contrariar o disposto nesta
Seção, as regras do Poder Legislativo.
Art. 124 – O Município, para a execução de projetos, programas, obras, serviços ou despesas,
cuja execução se prolongue além de 1 (hum) exercício financeiro, deverá elaborar orçamentos
plurianuais de investimentos.
Parágrafo Único – As dotações anuais dos orçamentos plurianuais deverão ser incluídas
no orçamento de cada exercício, para utilização do respectivo crédito.
Art. 126 – O orçamento não conterá dispositivo estranho à previsão da receita, nem à fixação
da despesa anteriormente autorizada. Não se incluem nesta proibição a:
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
II. a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais;
III. a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais
com finalidade precisa, aprovados pela Câmara por maioria absoluta;
IV. a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesa, ressalvada a
repartição do produto de arrecadação dos impostos a que se referem os Artigos 158 e
159 da Constituição Federal, a destinação de recursos para a manutenção e
desenvolvimento do ensino, como determinado pelo Artigo 159 desta Lei Orgânica e
a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação da receita,
previstas no Artigo 126, Inciso II desta Lei Orgânica;
V. a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e
sem indicação dos recursos correspondentes;
VI. a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa;
VII. concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII. utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do orçamento fiscal e
do orçamento da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de
empresas, fundações, inclusive dos mencionados no Artigo 124 desta Lei Orgânica;
IX. instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
Art. 129 – A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites
estabelecidos em Lei Complementar.
TÍTULO III
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
Art. 130 – O Município, dentro de sua competência, organizará a ordem econômica e social,
conciliando a liberdade da iniciativa com os superiores interesses da coletividade.
Art. 132 – O trabalho é obrigação social, garantindo a todos o direito ao emprego e à justa
remuneração, proporcionando existência digna na família e na sociedade.
Art. 133 – O Município considerará o capital não apenas como instrumento produtor de lucro,
mas também como meio de expansão econômica e de bem-estar coletivo.
Parágrafo Único – O Poder Executivo promoverá, respeitadas as prioridades, a criação,
construção e funcionamento de lavanderias públicas, devidamente equipadas, para atender às
lavadeiras profissionais e à mulher, no sentido de diminuir a sobrecarga da dupla ornada de
trabalho, condições de higiene, proteção à saúde e assistência social.
Parágrafo Único – A fiscalização de que trata este Artigo compreende o exame contábil
e as perícias necessárias à apuração das inversões de capital e dos lucros auferidos pelas
empresas concessionárias.
CAPÍTULO II
DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 137 – O Município, dentro de sua competência, regulará o serviço social, favorecendo e
coordenando as iniciativas particulares que visem a esse objetivo.
§1º Caberá ao Município promover e executar as obras que, por sua natureza e
extensão, não possam ser atendidas pelas instituições de caráter privado.
§2º O Plano de Assistência Social, nos termos que a lei estabelecer, terá por objetivo a
correção dos desequilíbrios do sistema social e a recuperação dos elementos desajustados,
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
visando a um desenvolvimento social harmônico, consoante e previsto no Artigo 203 da
Constituição Federal.
Art. 139 – Compete ao Município suplementar, se for o caso, os planos de previdência social
estabelecidos na Lei Federal.
CAPÍTULO III
DIREITOS HUMANOS E SOCIAIS
CAPÍTULO IV
DA SAÚDE
Art. 142 – A assistência à saúde é livre à iniciativa privada, sendo esta facultada participar dos
sistemas de saúde, mediante contratos ou convênios, nos quais serão resguardados os direitos
e os deveres das partes contratantes.
Art. 143 – As ações e serviços de saúde serão realizados pelo Município, pelas pessoas físicas
e pelas pessoas jurídicas de direito privado.
Art. 144 – Fica criado o Conselho Municipal de Saúde, dispensando a lei ordinária sobre seu
funcionamento e organização.
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
IV. combate e controle das principais zoonoses;
V. combate ao uso de tóxicos;
VI. serviços de assistência à maternidade e à infância;
VII. licença de até 10 (dez) dias à mãe para acompanhar seu filho em regime de
internação hospitalar;
VIII. licença à mãe, diariamente, por 1 (uma) hora, destinada à amamentação do filho até
6 (seis) meses de idade;
IX. incentivo aos profissionais de saúde, tais como:
Art. 146 – O Poder Executivo utilizará os seus recursos técnicos e humanos na inspeção
médica e sanitária dos estabelecimentos públicos e privados.
§1º Para o exercício da atividade fiscal poderá o Executivo designar e remanejar, se for
o caso, o servidor de um para outro serviço, independentemente de qualquer vínculo funcional.
§2º Constituirá exigência indispensável a apresentação, no ato da matrícula escolar, de
atestado de vacinação contra moléstias infecto-contagiosas.
§3º A inspeção médica nos estabelecimentos de ensino terá caráter obrigatório e deverá
ser gratuita.
Art. 148 – Fica estabelecido que os proprietários de lotes vagos deverão fechá-los e mantê-los
limpos, impedindo a contenção de água em recipientes que venham a contribuir para a
proliferação de vetores de doenças infecto-contagiosas.
CAPÍTULO V
DO SANEAMENTO BÁSICO
Art. 149 – O saneamento básico é ação da saúde, o qual implica na garantia ao cidadão de:
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
II. coleta e disposição dos esgotos sanitários, dos resíduos sólidos e drenagem das
águas pluviais, de forma a preservar o equilíbrio ecológico do meio ambiente e na
perspectiva de prevenção de ações danosas à saúde.
Art 152 – A estrutura tarifária a ser estabelecida para cobrança pelos serviços de saneamento
básico deve contemplar critérios de justiça, na perspectiva de uma distribuição de renda, de
eficiência na coibição de desperdícios e da compatibilidade do poder aquisitivo dos usuários.
CAPÍTULO VI
DA FAMÍLIA, DA CULTURA, DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
SEÇÃO I
Da Família
Art. 153 – As ações do Município de proteção à família serão organizadas com o objetivo de
assegurar:
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
V. a valorização do vínculo familiar e comunitário como medida preferencial para
integração social da criança e do adolescente;
VI. o incentivo aos programas de assistência integral e excepcional;
VII. o amparo às pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade,
defendendo sua dignidade e bem estar, garantindo-lhes o direito à vida;
VIII. a criação de programa de controle da natalidade.
SEÇÃO II
Da Cultura
§1º Estimular o desenvolvimento das ciências, das artes, das letras e da cultura,
observando o disposto na Constituição Federal.
§2º Suplementar, quando necessário, a Legislação Federal e a Estadual, dispondo sobre
a cultura.
§3º Dispor sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para o Município
e os diferentes segmentos étnicos que compõem a comunidade local.
§4º A gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua
consulta a quantos dela necessitarem.
§5º Proteger os documentos e outros bens de valores histórico, artístico e cultural,
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos.
§6º A adoção de incentivos fiscais que estimulem as empresas privadas a investirem na
produção cultural e artística.
§7º Estimular, com a colaboração da comunidade, a criação e manutenção de escolas e
bandas musicais.
SEÇÃO III
Da Educação
Art. 157 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
Art. 158 – O Município criará o Conselho Municipal de Educação com poderes deliberados.
Art. 159 – O Município aplicará, anualmente, nunca menos de 25% (vinte e cinco por cento),
no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências,
na manutenção e desenvolvimento do ensino.
Art. 160 – Os recursos serão distribuídos às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em Lei Federal, que:
Parágrafo Único – Os recursos de que trata este Artigo serão destinados a bolsas de
estudo para o Ensino Fundamental para os que demonstrarem insuficiência de recursos,
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade de residência
do educando, ficando o Município obrigado a investir, prioritariamente, na expansão de sua
rede de ensino na localidade em questão.
Art. 161 – O Município publicará, até 10 (dez) de março de cada ano, demonstrativo da
aplicação dos recursos previstos no Artigo anterior.
Art. 162 – O dever do Município com a educação será mediante a garantia de:
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
Art. 163 – O sistema de ensino assegurará aos alunos necessitados condições de eficiência
escolar.
Art. 164 – O ensino oficial será gratuito em todos os graus e atuará, prioritariamente, no Ensino
Fundamental e Pré-Escolar.
Art. 165 – O Município auxiliará, pelos meios a seu alcance, as organizações beneficentes,
culturais, colegiais e amadoristas, sendo que as amadoristas e as colegiais terão prioridade no
curso de estágios, campos e instalações de propriedade do Município.
Art. 166 – O Município manterá seu professorado em nível econômico, social e moral à altura
de suas funções.
Art. 167 – O Poder Público deverá estabelecer uma política de atendimento à criança, de zero
a seis anos, consoante com a Constituição Federal (Artigo 211 § 2º) e a Estadual (Artigo 198
Inciso X), garantindo:
SEÇÃO IV
Da Escola Comunitária
§1º Criação de uma escola comunitária para solução dos problemas do menor
desamparado ou desajustado e, através dela, visar à proteção e à educação, reintegrando-o na
sociedade, se for o caso.
§2º Para execução do previsto neste Artigo, serão adotadas as seguintes medidas:
SEÇÃO V
Dos Desportos, Do Lazer E Do Turismo
Art. 170 – Fica criado o Conselho Municipal de Desporto, Lazer e Turismo, dispondo a lei
ordinária sobre seu funcionamento e organização.
Art. 175 – O Município definirá, com apoio de órgão próprio estadual e de segmentos
econômicos locais, a política de turismo do Município, observadas as seguintes diretrizes e
ações:
CAPÍTULO VII
DO PLANO DIRETOR
SEÇÃO I
Do Plano De Desenvolvimento Local
Art. 176 – O Município elaborará o seu Plano Diretor nos limites da competência municipal, das
fusões da vida coletiva, abrangendo habitação, trabalho, circulação e recreação, considerando
em conjunto os aspectos físico, econômico, social e administrativo, nos seguintes termos:
Art. 177 – A elaboração do Plano Diretor deverá compreender as seguintes fases, com
extensão e profundidade, respeitadas as peculiaridades do Município:
II. diagnóstico:
a) política de desenvolvimento;
b) diretrizes de desenvolvimento econômico e social;
c) diretrizes de organização territorial.
SEÇÃO II
Da Política Urbana
Art. 178 – A política urbana a ser formulada e executada pelo Poder Público terá como objetivo
o pleno desenvolvimento das funções da cidade e a garantia do bem-estar de sua população.
Art. 179 – A execução da política urbana está condicionada às funções sociais da cidade,
compreendidas como direito de acesso de todo cidadão à moradia, transporte público,
saneamento, energia elétrica, gás, abastecimento, iluminação pública, comunicação,
educação, saúde, lazer e segurança, assim como preservação do patrimônio ambiental e
cultural.
Art. 180 – Para assegurar as funções sociais de cidade e de propriedade o Poder Público
usará, principalmente, os seguintes instrumentos:
Art. 181 – O direito de propriedade territorial urbana não pressupõe o direito de construir, cujo
exercício deverá ser autorizado pelo Poder Público, segundo critérios que forem estabelecidos
em Lei Municipal.
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
Art. 182 – As terras públicas não utilizadas ou subutilizadas serão, prioritariamente, destinadas
a assentamentos de população de baixa renda.
CAPÍTULO VII
DO MEIO AMBIENTE
Art. 188 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público, em
colaboração com os Governos Federal e Estadual e à Comunidade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para a presente geração, bem como para as futuras.
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
IV. exigir para a instalação de obra ou atividade de qualquer natureza, potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, devidamente aprovado pelo Poder Público, ao qual se dará publicidade;
V. controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem riscos para a vida, a qualidade de vida e ao meio
ambiente;
VI. promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;
VII. proteger a fauna e a flora, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função
ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade;
VIII. exigir de toda a pessoa física ou jurídica, para a execução de derrubada de árvores no
Município, que promova, antes dos cortes, a prova insofismável de haver plantado
área superior à que se pretende derrubar;
IX. promover arborização das vias públicas e estradas municipais, preferencialmente, com
árvores frutíferas;
X. compete ao Município o controle da poluição;
XI. compete ao Município a preservação dos seus recursos naturais;
XII. proteção aos rios Verde e Passa Quatro, em toda a sua extensão, no Município, contra
o lixo, animais mortos e detritos de indústrias;
§1º É proibido capinar, roçar, podar ou cortar capim, arbustos e árvores a um raio de
20m (vinte metros) de mananciais e nascentes de água no Município.
§2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente.
§3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente
da obrigação de recuperar os danos causados.
§4º A lei criará o Horto Florestal Municipal.
Art. 189 – A preservação da natureza, em todos os seus elementos essenciais à vida humana
e à manutenção do equilíbrio ecológico, é de competência do Município, em defesa de sua
população e de seus bens.
TÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
Art. 191 – Todo cidadão tem o direito de se defender e de expor o seu entendimento sobre
qualquer matéria de interesse municipal, junto ao Plenário da Câmara Municipal, desde que o
requeira à Mesa da Câmara.
Art. 192 – É ilícito a qualquer cidadão obter informações e certidões sobre assuntos referentes
à administração municipal.
Art. 193 – Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a declaração de nulidade ou
anulação dos atos lesivos ao patrimônio municipal.
Art. 194 – É feriado municipal o dia 8 (oito) de dezembro, em que se celebra a festa de Nossa
Senhora da Conceição, Padroeira do Município.
Art. 195 – O dia da Municipalidade, data em que foi sancionada a sua emancipação política,
será comemorada, festivamente, todos os anos, no dia da Padroeira do Município, em 8 (oito)
de dezembro.
Art. 196 – O Município não poderá dar nomes de pessoas vivas a bens e serviços públicos de
qualquer natureza.
Parágrafo Único – Para os fins deste Artigo, somente após um ano de falecimento
poderá ser homenageado qualquer pessoa, salvo personalidades marcantes que tenham
desempenhado altas funções na vida administrativa do Município, do Estado ou da União.
Art. 197 – Os cemitérios, no Município, terão sempre caráter secular e serão administrados
pela autoridade municipal e, quando particulares, serão fiscalizados pelo Poder Público.
Art. 198 – Os vencimentos de nível técnico não poderão ser inferiores a 2 ½ (dois e meio)
salários mínimos, bem como os de nível universitário não poderão ser inferiores a 3 (três)
salários mínimos.
Art. 199 – O Poder Público obriga-se a expedir, mensalmente, 5 (cinco) dias antes do
pagamento, o demonstrativo de pagamento especificando as verbas remuneratórias a que o
servidor tem direito, bem como os descontos legais determinados.
Art. 201 – Até a promulgação da Lei Complementar referida no Artigo 129 desta Lei Orgânica,
é vedado ao Município dispender mais do que 65% (sessenta e cinco por cento) do valor da
receita corrente, limite a ser alcançado no máximo em 5 (cinco) anos, à razão de 1/5 (um
quinto) por ano.
Art. 202 – Até a entrada em vigor da Lei Complementar Federal, o Projeto do Plano Plurianual,
para a vigência até o final do mandato do atual Prefeito, e o Projeto de Lei Orçamentária serão
encaminhados à Câmara até 4 (quatro) meses antes do encerramento do exercício financeiro e
devolvidos para sanção até o encerramento da Sessão Legislativa.
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
Art. 203 – Fica fazendo parte integrante desta Lei Orgânica a Declaração Universal dos
Direitos do Homem, subscrita pelo Brasil e adotada e programada pela Assembléia Geral das
Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, cujo texto segue transcrito na íntegra:
PREÂMBULO.
Considerando ser essencial que os direitos do homem sejam protegidos pelo império da
lei, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a
opressão;
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram na Carta sua fé nos
direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de
direitos do homem e da mulher, e que decidiram promover o progresso social e melhores
condições de vida em uma liberdade mais ampla;
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta
importância para o pleno cumprimento desse compromisso;
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LEI ORGÂNICA ITANHANDU - MG
ARTIGO I
Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de
razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
ARTIGO II
1. Todo homem tem capacidade para gozar dos direitos e liberdades
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo,
língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza,
nascimento ou qualquer outra condição.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política,
jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um
território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação
de soberania.
ARTIGO III
Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
ARTIGO IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de
escravos serão proibidos em todas as suas formas.
ARTIGO V
Ninguém será submetido a torturas, nem tratamento ou castigo cruel, desumano
ou degradante.
ARTIGO VI
Todo homem tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa
perante a lei.
ARTIGO VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual
proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a
presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
ARTIGO VIII
Todo homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes, remédio
efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela
Constituição ou pela Lei.
ARTIGO IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
ARTIGO X
Todo homem tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por
parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do
fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
ARTIGO XI
1. Todo homem acusado de um ato delituoso te o direito de ser presumido
inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a Lei, em julgamento
público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
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2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento,
não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta
pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
ARTIGO XII
Ninguém será sujeito a interferência na sua vida privada, na sua família, no seu
lar ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Todo homem tem direito
á proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
ARTIGO XIII
1. Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das
fronteiras de cada Estado.
2. Todo homem tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a este
regressar.
ARTIGO XIV
1. Todo homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo
em outros países.
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente
motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das
Nações Unidas.
ARTIGO XV
1. Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de
mudar de nacionalidade.
ARTIGO XVI
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça,
nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de
iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos
nubentes.
3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à
proteção da sociedade e do Estado.
ARTIGO XVII
1. Todo o homem tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
ARTIGO XVIII
Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este
direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa
religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou
coletivamente, em público ou em particular.
ARTIGO XIX
Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a
liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e
idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
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ARTIGO XX
1. Todo homem tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
ARTIGO XXI
1. Todo homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente
ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2. Todo homem tem direito de acesso ao serviço público de seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será
expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou
processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
ARTIGO XXII
Todo homem, como um membro da sociedade, tem direito à previdência social e
à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a
organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais
indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade.
ARTIGO XXIII
1. Todo homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições
justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todo homem, sem distinção qualquer, tem direito a igual remuneração por
igual trabalho.
3. Todo homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória
que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade
humana, e que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
4. Todo homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para
proteção dos seus direitos.
ARTIGO XXIV
Todo homem tem direito ao repouso e lazer, inclusive à limitação razoável das
horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
ARTIGO XXV
1. Todo homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe e à sua
família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os
serviços sociais indispensáveis e o direito á previdência em caso de desemprego, doença,
invalidez, viuvez, velhice ou outros de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora
de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais.
Todas as crianças, dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma proteção social.
ARTIGO XXVI
1. Todo homem tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos
graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-
profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas
liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade
entre todas as nações e grupos raciais e religiosos e coadjuvará as atividades das Nações
Unidas, em prol da manutenção da paz.
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3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será
ministrada a seus filhos.
ARTIGO XXVII
1. Todo homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da
comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios.
2. Todo homem tem direito à proteção dos interesses morais e materiais
decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.
ARTIGO XXVIII
Todo homem tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e
liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
ARTIGO XXIX
1. Todo homem tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno
desenvolvimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo homem estará sujeito apenas
às limitações determinadas pela Lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido
reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas
exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos
contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
ARTIGO XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade
ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui
estabelecidos.
Art. 204 – A partir da vigência desta Lei Orgânica as Leis Municipais serão numeradas
seqüencialmente com o mínimo de 3 (três) dígitos, iniciando-se de 001 (hum).
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