DIAL7 Teste 1.ºperíodo
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º ano
Teste de avaliação
1. Para cada item (1.1. a 1.3.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o
sentido do texto. Rodeia a opção escolhida.
1.1. Este texto sobre o outono foi divulgado
(A) nas vésperas da entrada desta estação.
(B) no dia em que começou esta estação.
(C) quando se aproximava a estação do inverno.
1
Diálogos, Português, 7.º ano
Texto A
Com a chegada do outono, a paisagem adapta-se. Os tons verdes das folhas dão
lugar aos amarelos, laranjas, ferruginosos e vermelhos escarlate. Esta é a resposta das
árvores às alterações do clima da nova estação, preparando-se para a dormência do
inverno. […]
5 Na primavera e no verão, as plantas precisam de mais energia porque estão num
período de desenvolvimento de flores, frutos, sementes e estruturas de renovação.
Durante esses meses, as folhas exibem tons verdes provenientes da clorofila – pigmento
essencial ao processo de fotossíntese.
À medida que os dias de outono vão sendo menos luminosos, a capacidade de
10 realizar a fotossíntese1 vai diminuindo e as plantas entram num período de dormência em
que a atividade celular é mínima e passa a depender de energia armazenada nos tecidos
da planta.
Quando a clorofila deixa de ser necessária, começa a desaparecer. O verde dá então
lugar a outros tons correspondentes a pigmentos que já se encontravam nas folhas mas
15 cuja cor estava mascarada pelos verdes clorofilinos que imperaram2 nos meses de
primavera e verão. Estes pigmentos, as xantofilas e os carotenos, conferem os novos
tons outonais que variam entre os amarelos e os laranja.
Contudo, há um outro tom que marca as folhas de outono – o vermelho, vibrante e
profundo. Este não se encontrava mascarado nas folhas pelos verdes clorofilinos – forma-
20 se agora, nos últimos instantes de vida das folhas, no momento em que o fenómeno de
abcisão foliar3 quebra a ligação entre ramos e folhas. […] Se as primeiras noites de outono
forem acompanhadas de geada, os tons vermelhos poderão não ser observados, sendo
os castanhos a ocupar o seu lugar – uma vez que as folhas morrerão queimadas antes
de completar a sua última transformação.
25 As folhas de outono, de tons quentes e vibrantes, caem deixando cicatrizes nos
ramos onde outrora se prendiam mas este não é sinal de um fim… apenas de um novo
começo de uma vida latente em pequenos gomos, adormecidos ao longo de todo o
inverno, esperando somente a chegada da primavera.
Helena Geraldes, in www.wilder.pt, 11-11-2016 (consult. em 19-10-2018, com supressões)
1. fotossíntese: função pela qual as plantas, as algas e algumas bactérias, em presença da luz
solar, transformam dióxido de carbono e água em matéria orgânica, libertando oxigénio. 2.
imperaram: predominaram. 3. abcisão foliar: corte rente das folhas.
1. Para cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que permite obter uma afirmação
adequada ao sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
2
Diálogos, Português, 7.º ano
1.1. Na frase “Esta é a resposta das árvores às alterações do clima da nova estação
[…].” (linhas 2-3), a palavra sublinhada refere-se
(A) à chegada do outono.
(B) à preparação para o inverno.
(C) à mudança de cor das folhas.
2. Deste texto, foi retirado o subtítulo, que sintetiza o seu assunto. Indica qual das
seguintes hipóteses é a mais adequada.
(A) As quatro estações do ano
(B) O que a natureza faz no outono
(C) É preciso defender as árvores
Texto B
Lê o texto.
A minha mãe olhou bem de frente para as árvores da nossa praceta e exclamou:
– Não é verdade! Não pode ser verdade! Devo estar com alucinações!
A minha mãe é habitualmente muito calma, gaba-se de ser pouco dada a gritarias ou
gestos expansivos, e por isso fiquei a olhar para ela, que por sua vez não parava de olhar
5 para as árvores.
Não vi nada que justificasse tamanho espanto, nem sequer por lá andava o gato da
vizinha Clotilde que, de vez em quando, salta para meio dos ramos e não sabe como sair
de lá (o gato, claro, não a vizinha Clotilde, coitadinha). [...]
– Estás a ver aquilo, Inês? – perguntava ela.
10 Mas eu, a bem dizer, não estava a ver nada.
– Tu não vês? Ali! Ali pelo meio das árvores! Aqueles fios, Inês!
Lá fiz um esforço e vi realmente que, de todas as árvores da nossa praceta, pendiam
fios de um verde muito escuro, com umas pequenas bolinhas atarraxadas.
3
Diálogos, Português, 7.º ano
Foi então que percebi tudo: ainda agora setembro terminou, e as árvores já estão todas
15 engalanadas para o Natal! E segundo afirma o Sr. Josué, que faz parte da associação de
comerciantes cá do bairro, que é quem organiza estas coisas, houve muita gente que
achou que já era um bocado tarde.
– É para animar a freguesia – diz ele –, o pessoal anda todo um bocado em baixo com
esta crise.
20 Mas a minha mãe não se conforma.
Porque a minha mãe tem os seus rituais bem estabelecidos e cada um tem de se
cumprir na altura certa, senão não faz sentido nenhum. […]
Para a minha mãe, Natal tem de ser em dezembro, e não quando um homem quiser.
– Porque depois o que acontece – diz ela – é que, na altura mesmo de o festejarmos,
25 já não podemos com tanto cântico pelas ruas, com tanto algodão-em-rama a fingir de
neve, com tanta luzinha a acender e a apagar em todas as árvores, com tanto Pai Natal
a bailar a dança do ventre.
O Sr. Josué diz que é bom para o comércio, mas mesmo assim a minha mãe não se
deixa convencer.
30 Mas, por muito que refile, nada a fazer, e ela já sabe que, mal acabemos de comer o
peru, já todas as lojas estarão inundadas de ursinhos de peluche e coraçõezinhos
vermelhos e o mais que se inventar para festejar o São Valentim, que no calendário só
chega em fevereiro.
Mas, como diz o Sr. Josué, são as leis do comércio. E o comércio é que manda. Pelo
35 menos na nossa praceta.
Alice Vieira, A vida nas palavras de Inês Tavares, Ed. Caminho, 2008
(págs. 113-117, com supressões)
5. Explica, por palavras tuas, por que razão a mãe da Inês discorda do momento em que
surgem os enfeites de Natal nas ruas.
6. Indica quem é beneficiado com a antecipação das datas festivas, explicando porquê.
7. Para os itens 7.1. e 7.2., seleciona a opção que completa corretamente cada uma das
afirmações.
Escreve o número de cada item e a letra que identifica a opção escolhida.
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Diálogos, Português, 7.º ano
7.1. A mãe da Inês reclama contra a antecipação dos festejos de algumas datas,
(A) pois acredita que poderá acabar com essa prática.
(B) porque tem saudades do tempo em que tal não acontecia.
(C) embora saiba que é uma “guerra” perdida.
(D) para convencer o governo a mudar as leis do comércio.
7.2. “E o comércio é que manda. Pelo menos na nossa praceta.” (linhas 34-35)
Com esta afirmação, a narradora
(A) exprime a sua revolta.
(B) critica os comerciantes.
(C) apresenta uma opinião.
(D) constata uma realidade.
8. Concordas com a prática de enfeitar as ruas para o Natal com muita antecedência?
Justifica a tua opinião.
Frases Classes
(A) A minha mãe olhou bem de frente para as árvores. 1. Nome
(B) – Estás a ver aquilo, Inês? 2. Pronome
(C) As árvores já estão engalanadas para o Natal. 3. Determinante
(D) Natal tem de ser em dezembro e não em outubro. 4. Adjetivo
5. Advérbio
(E) Ela discorda da antecipação dos festejos.
6. Conjunção
(F) O Sr. Josué diz que é bom para o comércio.
3. Transforma as duas frases simples seguintes numa frase complexa, utilizando uma
conjunção coordenativa explicativa.
A mãe da Inês estava indignada. Já havia enfeites de Natal.
5
Diálogos, Português, 7.º ano
GRUPO IV – Escrita
Imagina que, durante a noite, alguém foi à praceta onde mora a Inês e alterou o seu
aspeto. O que terá feito? E com que objetivo?
Escreve um texto narrativo, com um mínimo de 160 e um máximo de 260 palavras,
em que narres os acontecimentos desde a chegada da personagem à praceta até ao
momento em que a abandona.
O teu texto deve integrar:
– a descrição da praceta;
– um título adequado.
Cotações
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1.1 1.2 1.3 2.
I 12
2 2 2 6
1.1 1.2 1.3 1.4 2.
3 3 3 3 3
II 38
3. 4. 5. 6. 7. 8.
2 4 4 4 4 5
1. 2. 3. 4. 5. 6.
III 20
3 (0.5 x 6) 3 3 3 (0.5 x 6) 4 4
IV Item único 30
Total 100