Relatório Acessbilidade em Rampas

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ALEXANDRE GABRIEL MARAFON, LUCAS FELIPE RAMME, LUIZ FERNANDO


ELY, ANDRÉ VINICIUS MORAES, SEIJI LEONARDO MONSÃO UMETSU

ATIVIDADE EXTENSIONISTA: ANÁLISE DA ACESSIBILIDADE DA


RAMPA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DA UTFPR-TD

TOLEDO
2019
ALEXANDRE GABRIEL MARAFON, LUCAS FELIPE RAMME, LUIZ FERNANDO
ELY, ANDRÉ VINICIUS MORAES, SEIJI LEONARDO MONSÃO UMETSU

ATIVIDADE EXTENSIONISTA: ANÁLISE DA ACESSIBILIDADE DA


RAMPA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DA UTFPR-TD

Trabalho de Complemento de Carga


Horária realizado na disciplina de
Acessibilidade na Construção Civil, do
curso de Engenharia Civil da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, campus
Toledo, ministrada pelo Prof. Frederico
Braida.

TOLEDO
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 6

2 DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE 7

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO 7

2.2 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 7

2.3 RESULTADOS OBTIDOS 7

2.4 CONSIDERAÇÕES 8

3 CONCLUSÃO 9
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1 INTRODUÇÃO

Todas as pessoas, incluindo as que possuem algum tipo de deficiência, têm


direito ao acesso à educação, saúde, lazer, trabalho e demais esferas que promovem
a inserção social e desenvolvimento da qualidade de vida firmada sobre a perspectiva
de inclusão social. Tais direitos são definidos a partir da lei nº 7.853/89, que estabelece
as normas que visam garantir às pessoas com qualquer tipo de deficiência ações de
combate à discriminação e preconceito, o exercício da cidadania, integração e
inclusão social, igualdade de tratamento e oportunidade e, em conjunto com a lei nº
10.098/00, condições de acessibilidade.
Sendo assim, para que pessoas com qualquer tipo de deficiência física ou
mobilidade reduzida possam exercer os direitos assegurados por lei, devem possuir
condições adequadas de acessibilidade. A conquista de espaços acessíveis implica
na possibilidade de que pessoas com deficiência possam usufruir, com segurança e
autonomia, de edificações, vias e espaços públicos, mediante a supressão de
barreiras e de obstáculos e na construção adequada de rampas de acessibilidade.
Para tal, as normas para a construção de rampas de acessibilidade estão
definidas pela ABNT NBR 9050:2004, a qual define os critérios a serem atendidos a
fim de garantir a acessibilidade das edificações. Segundo a norma, as rampas devem
possuir inclinação máxima de 8,33%, além de atenderem às condições básicas de
utilização, como possuir largura adequada e ser livre de desníveis e irregularidades.
Em espaços de acesso público, como Universidades, por exemplo, a questão
merece ainda mais atenção, considerando que estas representam espaços de
educação, inclusão e prática social. Sendo assim, diante do exposto, este estudo tem
por objetivo central sensibilizar a comunidade acadêmica e usuária de um Restaurante
Universitário quanto às condições da rampa de acesso ao local, considerando a
inclinação e irregularidades ou defeitos da mesma.
A ação realizada ocorreu no dia vinte e nove de novembro de dois mil e
dezenove, durante o período de almoço (entre 12h e 13h30), em frente à rampa de
acesso ao Restaurante Universitário da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
– Câmpus Toledo. A execução da atividade demandou a utilização de uma cadeira de
rodas e da própria rampa do local, além da participação da comunidade que frequenta
o restaurante, composta sobretudo, por discentes da Universidade. Além disso,
participaram da ação os discentes responsáveis por promover e mediar o processo.
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2 DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

Em vista da necessidade de locais acessíveis em espaços públicos, optou-se


pela execução da ação em uma Universidade Pública, por conta da característica do
local, de acesso livre a todos os cidadãos e ambiente educacional e de formação, o
qual deveria atuar como responsável pela promoção de inclusão social e equidade de
condições.
A escolha pelo Restaurante Universitário se deu, primeiramente, mediante ao
fato de possuir uma rampa de acessibilidade e ser um dos locais mais frequentados e
com maior fluxo de pessoas na Universidade, em curtos períodos de tempo.

2.2 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

A atividade consistiu-se de uma Pesquisa-Ação Participante, a qual


caracteriza-se como uma atividade em que os autores/mediadores estão
comprometidos com propostas transformadoras ou de sensibilização acerca de
alguma realidade. Dessa forma, a concepção central da ação consistiu em realizar
uma dinâmica, na qual o público usuário do local foi abordado e convidado a utilizar
uma cadeira de rodas para subir a rampa de acessibilidade, relatando posteriormente,
por meio de uma entrevista registrada em vídeo, quais foram suas percepções,
dificuldades e considerações a respeito da utilização da rampa.

2.3 RESULTADOS OBTIDOS

Os resultados obtidos através da dinâmica mostraram que, apesar da maioria


dos participantes conseguirem subir a rampa utilizando a cadeira de rodas, relatou-se
uma grande dificuldade em realizar o procedimento, evidenciando a presença de
falhas relacionadas à inclinação da rampa e irregularidades em sua construção.
Nos relatos registrados em vídeo, questionou-se a percepção dos
participantes quanto às principais dificuldades encontradas durante a atividade
realizada. Entre os principais pontos citados, destacam-se: a inclinação da rampa,
inadequada e fora dos parâmetros permitidos por norma; as irregularidades, tendo o
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pavimento uma superfície muito irregular e com várias ondulações; e a falta de prática
na utilização do equipamento, o que pode refletir, ainda, as dificuldades que um
usuário temporário desse pode sentir ao enfrentar um obstáculo como o apresentado
no experimento.

2.4 CONSIDERAÇÕES

O êxito da atividade deu-se em função do comprometimento e engajamento


dos mediadores envolvidos na ação, em busca de estimular a participação do público,
buscando sensibilizá-lo e alertá-lo para o problema em questão; e pela participação
dos usuários do local, que aderiram prontamente à proposta e se envolveram com a
causa, possibilitando desde a execução da ação, até os relatos que forneceram dados
para a validação e avaliação dos resultados da atividade.
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3 CONCLUSÃO

A acessibilidade como forma de inclusão para pessoas com deficiência, ainda


hoje, configura-se como um desafio a ser superado e compreendido na sociedade.
Face a isso, os processos realizados descridos neste trabalho favoreceram a reflexão
de que a implantação e manutenção de ambientes acessíveis estão condicionados
não apenas à estrutura física dos locais, mas à sentidos que perpassam o real
significado de ambiente acessível. Acessibilidade vai além das barreiras
arquitetônicas, pois depende da atitude inclusiva.
Em consideração a tais fatores, um dos possíveis caminhos em busca da
compreensão da real importância da acessibilidade, é a sensibilização social como
forma de oportunizar a tomada de consciência acerca do problema em questão. Dessa
forma, ações participativas, como a realizada neste trabalho, são capazes de gerar
atitudes impulsionadoras em busca de mudanças.
Por fim, considera-se que o objetivo da ação foi alcançado, considerando que
a realização da mesma oportunizou a reflexão e análise, tanto para os autores quanto
para os participantes, onde foram observados os fatores que impedem ou auxiliam a
prática dos direitos de locomoção das pessoas em cadeira de rodas na universidade
que, enquanto espaço público e democrático, deveria concretizar a acessibilidade e
inclusão de maneira ainda mais categórica.

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