Apostila MR Mub Atualizada
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A cerveja era tida como uma bebida divina e oferecida frequentemente aos Deuses
cultuados. Sumérios, babilônios e gregos deixaram diversas provas arqueológicas que
apontam tradições religiosas e produtivas relacionadas à cerveja. O código hammurabi,
por exemplo, (conjunto de leis dos babilônios) exposto no museu do Louvre em Paris,
determinava não só regras para a fabricação da cerveja de boa qualidade, mas também a
quantidade diária de cerveja permitida para cada casta da sociedade.
As primeiras cervejas que surgiram eram muito diferentes das cervejas que conhecemos
hoje. Como o trigo era melhor cereal para a fabricação de pães devido à grande quantidade
de glúten, ele era também o cereal mais utilizado na fabricação de cervejas. Além disso,
era bastante habitual a adição de uvas e tâmaras ao mosto, pois era percebido que essas
frutas aceleravam o processo de fabricação da bebida (já que suas cascas traziam
leveduras e bactérias que conduzem a fermentação). O teor alcoólico desses produtos
eram bem baixo, em torno de 2,0 ou 3,0% e frequentemente eram
Nesta fase histórica a cerveja começou a tomar um perfil sensorial mais parecido com o
temos hoje. O lúpulo ganhou maior importância com a descoberta das suas propriedades
aromática e bacteriostáticas.
O que é cerveja?
Cerveja ou chope?
De acordo com o seu tipo, a cerveja poderá ser denominada: Pilsen, Eexport, Lager,
Dortmunder, Munchen, Bock, Malzbier, Ale, Stout, Porter, Weissbier, Alt e outras
denominações internacionalmente reconhecidas que vierem a ser criadas, observadas as
características do produto original.
Água:
Malte:
O malte é o produto transformado do grão de cevada (ou outro cereal) que foi induzido,
em um processo controlado, á germinação, e depois seco.
A malteação visa tornar mais disponível o amido do grão e ativar as enzimas que vão
ajudar no processo de fabricação da cerveja.
Lúpulo:
Lúpulo é uma planta trepadeira pertencente à família das Moráceas, sendo originária das
zonas temperadas do norte da Europa, Ásia e Américas, da qual se extrai de suas flores
substratos de sabor amargo para equilibrar o sabor adocicado proveniente do malte da
cerveja. Cabe ressaltar que somente as flores femininas não polinizadas (virgens) do
lúpulo podem ser utilizadas na fabricação da cerveja, o que ocorre porque as resinas de
lúpulo (lupulinas), óleos essenciais que dão sabor amargo e favorecem ao aroma e sabor
da cerveja, somente estão presentes nestas flores. Existem diversas variedades de lúpulo,
umas mais aromáticas, outras mais amargas, que podem ser utilizadas de várias maneiras,
Levedura:
Moagem do Malte:
O malte deve ser moído de forma a quebrar todos os grãos, porém sem fazer muito farelo.
Se o malte for moído muito fino irá fazer “farinha” da casca que gerará problemas na
filtragem e com taninos. A casca do malte possui taninos e os taninos em temperaturas
acima de 78°C irão se soltar da casca, indo para o seu mosto e o resultado será uma
cerveja com adstringência. Se o malte for moído muito grosso, diversos grãos não terão
seu conteúdo exposto e consequentemente você terá de gastar mais malte para conseguir
o resultado desejado.
Brassagem:
A Brassagem consiste em aquecer a água em determinadas temperaturas que favorecem
a atuação de enzimas, que transformam a mistura de água com malte moído.
Originalmente você tem amido e no final, após as enzimas atuarem sobre o líquido você
tem açucares pequenos fermentáveis e não fermentáveis.
60 ºC – Beta Amylase – Menos corpo e mais álcool
70 ºC – Alpha Amylase – Mais corpo e menos álcool
1. Aquecer a água:
Ligar a chama do fogo sob a panela.
Ao fazer isso devemos mexer constantemente o mosto para evitar que queime, grude algo
no fundo na panela e manter a temperatura do mosto o mais próxima possível em toda a
panela.
Passa a passo:
Após seu mosto passar no teste do Iodo devemos subir a temperatura para 74ºC a 76ºC.
Nessa temperatura inativamos as enzimas e facilitamos a filtragem.
Fervura do mosto:
Depois de recircular o mosto e fazer a lavagem, coloque o mosto para iniciuar a fervura.
adjuntos em relação ao final da fervura, ou seja: se a fervura durar uma hora e você for
adicionar lúpulo irá dizer: adicionei lúpulo a 50 minutos do final (10 minutos do início)
Quanto mais o lúpulo ferve maior o amargor que ele passará para o líquido e menor o
aroma de lúpulo na cerveja. Dessa forma o lúpulo que deixará o gosto na sua cerveja deve
ser adicionado no início da fervura e quanto mais tempo ficar fervendo mais amarga será
Lupulagem
IBUs: É abreviação de International Bitter Units é uma medida para averiguar quão
amarga é uma cerveja. Entre 10 e 15 IBU são pouco amargas. Com aproximadamente
35 IBU, existe um agradável realce do lúpulo. Acima de 40 IBU é uma cerveja forte,
bem lupulada (bem amarga). Ultrapassando os 60 IBU, é uma cerveja super lupulada e
muito amarga.
CALCULANDO A QUANTIDADE DE IBU :
Desta forma você consegue calcular de acordo com a tabela periódica a quantidade
Adicionando o lúpulo:
Após ter calculado o lúpulo, o mosto ter iniciado fervura, o processo durará uma hora. Os
A fervura deve ser o mais vigorosa possível. Quando finalizar o processo deve resfriar
rapidamente o mosto para 20ºC, se demorar neste processo será como se tivesse fervido
durante mais tempo, ou seja, mais amargor e menos aroma sua cerveja terá, e mais risco
de contaminação.
Dicas:
Antes e durante a fervura do mosto não era necessário tomar tanto cuidado com
sanitização. Porém, durante e após o resfriamento qualquer deslize pode resultar em
contaminação do mosto que em casos mais graves resulta na perda da leva.
Seguem algumas dicas que evitarão que você tenha esse tipo de problema:
Qualquer objeto que entrar em contato com o mosto deve ser sanitizado antes de ser
inserido no mosto.
Inoculação do fermento (Ativando o fermento):
Para ativar o fermento, coloca-se uma pequena quantidade do mosto em um recipiente, o
mosto tem que estar com temperatura até 30°C, se ultrapassar esta temperatura a levedura
morre. Ativar a levedura é dar um alimento extra para que a levedura acorde e comece a
se reproduzir antes de ser colocado na cerveja.
Resfriando o Mosto:
Esta etapa consiste em utilizar um chiller, resfriador de placas ou colocar a panela em um
recipiente com gelo a fim de abaixar a temperatura do mosto o mais rápido possível
chegando à temperatura de 20ºC, pois seu densímetro é calibrado para 20°C.
WIRPOOL – Consiste em girar o mosto na panela/balde sentido anti-horário e deixá-lo
descansar por alguns minutos para os sedimentos decantarem. Eles ficarão no fundo da
panela no centro. Depois basta utilizar um sifão ou a própria torneira do balde para
transferir o mosto para outro recipiente. Ao chegar próximo ao fim da transferência ficar
atento para não transferir também os sedimentos.
Medição da Densidade:
A densidade é a quantidade de açúcar em relação à água do mosto.
Para saber a quantidade de álcool sua cerveja tem (e para saber se tudo está indo como
planejado na receita) é necessário saber qual a densidade inicial - OG (original gravity)
do mosto e a densidade final – FG (final gravity). Com isso você descobre quanto açúcar
foi transformado pelo fermento e pode calcular quanto de álcool tem em sua cerveja. Para
medir a OG, você pode utilizar:
OG X 1.000 X 1000
7,5
Aerando o mosto:
Para aerar você pode apenas trocar o mosto já frio de um balde para o outro, ou você pode
utilizar um aerador (uma bombinha de aquário equipado com um filtro anti-bactericida e
uma mangueira de filtro de água) O objetivo, é adicionar o ar que a água perdeu durante
à fervura para fazer o fermento se reproduzir.
Após este processo coloque o fermento ativado ao mosto, tampe o balde e coloque o
airlok.
Fermentação:
A fermentação costuma levar sete dias. Claro que esse tempo varia de acordo com o
fermento utilizado e a densidade inicial da sua cerveja (quantidade de açúcar). Após sete
dias fazer a transfega do balde para iniciar a maturação.
Tirar a densidade final – FG (final gravity). Aplicara a fórmula.
DO – DF x 131 = ABV (volume Alcóolico)
Maturação:
A maturação é feita transferindo a cerveja do balde fermentador para um balde maturador
evitando a transferência do fermento junto com o mosto. É na maturação que as
substâncias químicas geradas na fermentação interagem entre si formando novos
componentes e refinando o sabor e odor da cerveja.
Existe certa discussão se em alguns estilos de cerveja essa fase é realmente necessária.
Engarrafamento:
Faça uma transfega de balde novamente para tirarmos mais resíduo de fermento da
maturação.
Existem diversos métodos para esterilizar suas garrafas
➢ Ferver as garrafas na água.
➢ Mergulhar as garrafas em ácido peracético
➢ Mergulhar as garrafas em cloro (não recomendo)
➢ Usar álcool 70 Etc.
Como vimos anteriormente, o fermento transforma açucares fermentáveis em CO2 e
álcool. Quando colocamos a cerveja nas garrafas ela não possui CO2 e geralmente todos
os açucares fermentáveis já foram fermentados. Dessa forma, colocamos o priming, uma
pequena quantidade de açúcar fermentável para gerar o gás da cerveja. O priming pode
feito com:
➢ Açúcar
➢ Mosto
➢ Mel
➢ Outros açúcares fermentáveis
Quem segue a lei de pureza ou quer evitar leves mudanças no sabor de sua cerveja utiliza
o mosto da própria cerveja guardado no congelador. O mais fácil é o priming com açúcar
mascavo ou cristal costumo colocar 6g de açúcar por litro de cerveja em uma panela
adicionamos duas gotinhas de vinagre ou limão e deixe ferver por 5 minutos, após deixe
esfriar e adicione no balde, mexa e comesse a engarrafar.
Referência:
www.cervejariamrmub.com.br
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