e - Fólio B
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e-Fólio B
Paulo Barreto nº800932
A primeira etapa tem os seus limites cronológicos entre 1415 e 1439/40. Ceuta era uma
cidade muito importante que controlava a entrada e saída marítima do Mediterrâneo e
era local de passagem de importantes rotas terrestres em solo marroquino (como a vinda
do oriente, com especiarias e ouro). A armada portuguesa era constituída por cerca de
duzentos navios, levando guerreiros e outros nobres, como o Condestável e o Infante D.
Henrique, procurando adquirir notoriedade pelo mérito das armas. Regressaram depois a
Portugal, bem carregados de despojos e deixando a cidade entregue a D. Pedro de
Meneses, nomeado governador e que contava com uma guarnição de 2500 homens para
a defender.. Mas depressa se deram conta de que Ceuta, por si só, de nada valia, e que,
ou conquistavam outras cidades e algum território em Marrocos, ou abandonavam a
praça capturada. Formaram-se dois partidos, o primeiro capitaneado pelo duque de
Viseu (Infante D. Henrique), o segundo pelo duque de Coimbra (Infante D. Pedro). Os
senhores feudais estavam igualmente divididos, embora a maioria se inclinasse para a
política expansionista, quer dirigida para Marrocos quer para Granada.
A segunda etapa, que o referido autor delimita entre 1440 e 1449, deve a sua
importância à continuação da exploração da costa atlântica africana e ao
estabelecimento das primeiras Feitorias comerciais (Golfo de Arguim). Até 1482, a
Feitoria do Golfo de Arguim, será o mais importante centro comercial ultramarino
português e europeu. A burguesia toma definitivamente o partido do Infante D.
Henrique e mobiliza-se para participar na Epopeia. Os particulares que quisessem
explorar a costa africana dependiam da licença do Infante e ficavam obrigados a pagar
um quinto dos lucros.
Para que a progressão no Atlântico fosse uma realidade, convém não esquecer que
tiveram de ser reunidas algumas condições como o conjunto de técnicas e
conhecimentos para a navegação.
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Oliveira, Aurélio - História dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa, Lisboa, 1999
BIBLIOGRAFIA