Processos de Negócio Software
Processos de Negócio Software
PROCESSOS DE NEGÓCIO
GRADUAÇÃO
ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO
DE SISTEMAS
MARINGÁ-PR
2013
Reitor: Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor: Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração: Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD: Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora: Cláudio Ferdinandi
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação
a Distância:
“As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir dos sites PHOTOS.COM e SHUTTERSTOCK.COM”.
Av. Guedner, 1610 - Jd. Aclimação - (44) 3027-6360 - CEP 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br
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PROCESSOS DE NEGÓCIO
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos.
A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para
liderança e solução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no
mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos
nossos fará grande diferença no futuro.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar almeja reconhecimento como uma instituição
universitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo do-
cente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesqui-
sa; consolidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a
distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e
administrativa; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o
mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relacionamento permanente com os
egressos, incentivando a educação continuada.
Seguindo nossos estudos, na Unidade III passaremos pelo BPM, quando serão apresentados
efetivamente todos os conceitos de Processos de Negócio, bem como os benefícios e impactos
da sua utilização em uma empresa. Serão apresentadas para você também as tecnologias que
envolvem o BPM como BPMS e BPEL.
Na Unidade IV, após você conhecer os conceitos de BPM, é a hora de colocar a “mão na
massa” e aprender a modelagem dos processos. Essa é uma etapa importantíssima do seu
estudo. Isso porque ela norteará a análise e escrita, e, consequente, melhoria dos processos
empresariais por meio de uma notação atual e moderna, a BPMN. Além disso, é por meio
da modelagem que você conseguirá implantar processos que poderão ser automatizados e
monitorados constantemente.
A última unidade apresentada a você é a Unidade V, nela discutimos com você a modelagem
de alguns casos e apresentamos passo a passo como chegar a modelos de processos
consistentes por meio de uma discussão prática e objetiva.
Esses conteúdos são essenciais para o seu aprendizado e entendimento dos Processos de
Negócio, que hoje são uma tendência das empresas. Organizar o processo é uma etapa
que antecede a definição e aquisição de ferramentas. Adquirir ferramentas sem pensar em
processo pode trazer prejuízos à empresa e tornar o atual processo ainda pior.
UNIDADE I
CONHECENDO AS EMPRESAS.............................................................................................16
OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO..........................................................................................19
ERP..........................................................................................................................................26
SCM..........................................................................................................................................27
CRM.........................................................................................................................................30
GESTÃO DO CONHECIMENTO..............................................................................................40
UNIDADE II
A GOVERNANÇA DE TI
O COBIT...................................................................................................................................56
A ITIL........................................................................................................................................61
O QUE É BPM..........................................................................................................................71
O BPMS E A BPEL...................................................................................................................81
FERRAMENTAS BPMS...........................................................................................................85
UNIDADE IV
BPMN.......................................................................................................................................96
ELEMENTOS DA BPMN..........................................................................................................97
UNIDADE V
A MODELAGEM BPMN
GERENCIAMENTO DE INCIDENTES...................................................................................123
CONCLUSÃO.........................................................................................................................135
REFERÊNCIAS......................................................................................................................136
UNIDADE I
OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS
ORGANIZAÇÕES
Prof. Dr. Nelson Nunes Tenório Junior
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
• Os Sistemas de Informação
• Gestão do Conhecimento
INTRODUÇÃO
As empresas estão no nosso dia a dia tanto para a aquisição de bens quanto para a prestação
de serviços. De um modo geral, as empresas movimentam a economia. Você sabe o conceito
de empresa? Segundo Rezende (2011), uma empresa pode ser definida como a junção de
diversos recursos (humanos, materiais, financeiros, tecnológicos) utilizados na produção de
bens a serem comercializados para satisfazer a necessidade das pessoas. Ou ainda, uma
empresa pode ser definida como uma organização social que possui pessoas e valores
trabalhando em conjunto para atingir um objetivo em comum, atuando sobre um nicho de
negócio por meio da gestão.
As empresas devem ter bem definidos os seus objetivos de curto, médio e longo prazos. De
uma forma geral, os objetivos de curto prazo são aqueles a serem realizados de imediato,
executados por seus setores operacionais (Gerência Operacional). O curto prazo costuma
ser de seis meses a um ano. Os objetivos de médio prazo são aqueles determinados pelas
gerências médias, geralmente com uma janela de um a três anos para a execução. Os
objetivos de longo prazo são estabelecidos pelos executivos da empresa, também chamados
de gerência sênior ou nível estratégico e, em geral, possuem um prazo de execução acima de
cinco anos. A pirâmide funcional da Figura 1 apresenta a pirâmide com os níveis empresariais
e os tipos de tomadas de decisões pertinentes a cada nível da pirâmide.
Gerência sênior
Gerência operacional
Nível Operacional: decisões
Trabalhadores dos serviços e da produção
a curto prazo. Trabalhadores de dados
Manufatura Vendas e
e produção marketing
Produto
ou serviço
Recursos Finanças e
humanos contabilidade
Ciência e
Economia
tecnologia
Clientes
Acionistas Fornecedores
Empresa
Órgãos
Concorrentes
reguladores
Mudanças
Política
internacionais
Para o seu bom funcionamento, as empresas necessitam dos Sistemas de Informação. São
diversos sistemas que podem estar em execução de forma a conduzir as informações aos
respectivos níveis empresariais para o suporte à tomada de decisão. Na operação desses
sistemas, são necessárias pessoas devidamente preparadas, independente de sua área de
formação. As empresas de hoje necessitam de profissionais mais do que preparados não
apenas para a operacionalização de seus sistemas, mas preparados para pensar e repensar
em seus processos de negócio. A próxima seção faz uma discussão do papel dos Sistemas de
Informação no ambiente empresarial.
OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Os SIs empresariais interagem com alguns elementos para a captação das entradas, em
seguida a realização do processamento gerando, finalmente, a saída apropriada, conforme
apresenta a Figura 4.
ORGANIZAÇÃO
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Processar
Classificar
Entrada Saida
Organizar
Calcular
Feedback
Agências
Concorrentes
reguladoras Acionistas
Os SIs são importantes para uma empresa porque agilizam a tomada de decisão nos diferentes
níveis organizacionais, já apresentados na Figura 1 desta unidade. Para atender a cada nível,
são necessários sistemas com características específicas, por isso os SIs recebem diferentes
classificações conforme o nível da pirâmide a que atendem.
Para atender aos usuários do nível médio da pirâmide, existem três tipos de sistemas com
A Figura 6 apresenta uma possível arquitetura para a composição de um SIG. Pode-se notar
que os dados do SIG advêm dos diferentes SPTs, como pedidos, produção e contabilidade. O
SIG centraliza esses dados de forma sumarizada para a emissão de relatórios aos gerentes.
Dados do
SPT
Dados SAD
externos (dados e modelo)
Gerentes Médios
Dados do
SIG
O nível mais alto da pirâmide, o estratégico das empresas, é apoiado pelo Sistema de Apoio
A integração da empresa é fundamental para o seu bom funcionamento. Ela deve se dar de
forma vertical e horizontal. Na integração vertical, a informação é compartilhada entres os
diferentes níveis empresariais, em maior e menor detalhe, como já foi discutido anteriormente.
A integração horizontal ocorre de forma interdepartamental, ou seja, os departamentos
compartilham as informações e trabalham de forma colaborativa e não mais isolada. A Figura
10 apresenta essas duas integrações.
Sistema de Sistema de
gerenciamento Processos gerenciamento
da cadeia de do relacionamento
suprimentos Processos com o cliente
Sistemas
de gestão do
conhecimento
ERP
Uma das fases mais importantes para uma empresa é a fase de implantação do ERP. É
nessa fase que o consultor faz o levantamento dos processos de negócios atuais e sugere as
adequações ou no software ou no próprio processo. Em geral, a maioria das empresas adere
boa parte dos processos já incluídos no software ERP.
SCM
A cadeia de suprimentos pode funcionar segundo alguns modelos. O modelo push “empurra”
o estoque aos distribuidores, varejistas e consumidores finais. Como mostra a Figura 12.
Um exemplo de utilização desse modelo é a indústria de bens e serviços. Por exemplo, uma
fábrica de fraldas descartáveis as produz com base em relatórios do sistema das avaliações
de demandas de consumo. Assim, ela tem uma programação de produção periódica a ser
executada.
Modelo Push
Outro modelo é o pull, o qual é orientado pela demanda, ou seja, com base nos pedidos
dos clientes que disparam as etapas da cadeia de suprimentos. Em geral, são fábricas que
28 PROCESSOS DE NEGÓCIO | Educação a Distância
trabalham com consumo de bens customizados ou extremamente caros, como a produção de
computadores, aviões, guindastes, dentre outros, observe a Figura 13. A vantagem desse tipo
de cadeia é que o estoque é o mínimo possível e, assim, o valor do estoque parado é menor.
Sabe-se que estoque parado é dinheiro parado, por isso girar o estoque constantemente é
importante.
Existem dois tipos de softwares para atender ao SCM, o software do planejamento de SCM e
o de execução da cadeia. O software de planejamento possibilita ao usuário modelar a cadeia
de suprimentos existente; planejar as demandas adequadamente; otimizar as aquisições
da manufatura; análises para estabelecer os níveis de estoque; e identificar os modos de
transportes necessários. O software de execução da cadeia permite gerenciar o fluxo de
produtos por meio dos centros de distribuição e armazéns.
A gestão eficaz da cadeia de suprimentos agrega valores à empresa porque é capaz de sintonizar
a oferta e a demanda; reduz os níveis de estoque (lembre-se, estoque parado é dinheiro
CRM
O CRM é o sistema para a gestão do relacionamento com o cliente. Ele viabiliza um lugar
único para a consolidação e análise de dados no que diz respeito aos clientes como clientes
mais lucrativos, fiéis, satisfeitos, inadimplentes, dentre outros. Os clientes interagem com o
sistema CRM quando ligam para uma central de atendimento solicitando auxílio, por exemplo.
Mas, muito além disso, o sistema captura e integra os dados do cliente permitindo, além das
análises do cliente, a distribuição dos resultados para os vários sistemas e pontos de contato
com esse cliente que podem estar espalhados. Isso faz com que haja uma visão única dos
clientes por toda a empresa. A Figura 14 mostra algumas das funções do CRM.
Assim como visto no SCM, também existem dois tipos de software para atender ao CRM.
O CRM operacional contém as aplicações voltadas ao cliente, tais como ferramentas para
automação da força de vendas, apoio ao atendimento e ao call center e automação do
marketing. Já o CRM analítico é responsável por consolidar e analisar os dados do cliente
advindos das aplicações de CRM operacionais.
O CRM agrega valor à empresa porque identifica a satisfação do cliente; diminui os custos de
marketing direto; realiza o marketing de forma mais eficiente; diminui os custos de conquista
e retenção do cliente; aumenta a receita de vendas; e permite o acompanhamento da taxa de
cancelamento (número de clientes que param de usar ou adquirir os produtos ou serviços da
empresa e acompanhamento do indicador do crescimento ou declínio da carteira de clientes
da empresa).
Você deve saber que o hardware é a parte física do computador e que existe uma gama de
Os servidores são tipos de computador de médio porte que suportam redes de computadores
e compartilhamento de arquivos e recursos (impressoras, aplicativos, internet, dentre outros).
Uma das aplicabilidades dos servidores é oferecer uma plataforma de hardware para o
comércio eletrônico, portais de internet, firewalls. Atualmente, os servidores são os mais
utilizados pelas empresas e seu custo caiu consideravelmente. Um exemplo de servidores
pode ser visto na Figura 15.
Fonte: SHUTTERSTOCK.com
Os supercomputadores mais sofisticados são usados para executar tarefas que requerem
cálculos complexos e extremamente rápidos envolvendo milhares de variáveis e milhões
de medidas. Esses computadores são utilizados em experimentos científicos, projetos
aeroespaciais, projetos de engenharia nuclear, em trabalhos militares, pesquisa de armas de
uso restrito e previsão do tempo. Na Figura 17, é mostrado um supercomputador da NASA.
É importante você entender que para suportar os SIs empresariais é essencial uma
infraestrutura de software. Existem dois grupos de softwares necessários em uma empresa:
Para o planejamento de custos, você precisa calcular o Custo Total de Propriedade (Total
Cost of Ownership — TCO). O TCO serve para você realizar as análises dos custos diretos
e indiretos. Dessa forma, a empresa consegue um panorama do real custo de implantação
de tecnologias específicas. Os Custos Diretos são considerados os custos de aquisição
de hardware e software. Já os Custos Indiretos são aqueles contínuos de administração,
atualizações, manutenção, suporte técnico, treinamento, instalações e aluguéis. Por fim,
você ainda deve considerar os Custos Ocultos, ou seja, aqueles referentes a pessoal de
suporte, downtime e gestão adicional da rede. Você consegue reduzir o TCO aumentando a
centralização e padronizando os recursos de hardware e software da empresa.
Até agora você pôde ver a importância dos SIs para uma empresa, bem como a infraestrutura
necessária para mantê-los funcionando. Mas a função principal dos SIs é apoiar a tomada de
decisão de pessoas que atuam nos diferentes níveis organizacionais. As tomadas de decisão
podem dar-se de forma estruturada, semiestruturadas e não estruturadas.
Para tomar uma decisão, você deve utilizar quatro etapas, segundo Laudon (2010). A
Inteligência é a primeira etapa e ela possibilita a descoberta, identificação e entendimento
de um problema. As perguntas-chave a serem feitas nessa etapa são: “por que existe o
Inteligência
Concepção
Seleção
Implementação
• Precisão. Você deve entender a precisão como uma decisão que reflete a realidade. Esse
tipo de decisão é tomado com base em fatos acontecidos, por exemplo, para se decidir se
a empresa vai investir em um imóvel próprio, o executivo deve ter em mãos o faturamento
mensal até aquela data, o valor do imóvel, os valores pagos com aluguel, uma projeção
de quando o imóvel será quitado e por qual valor, dentre outras informações. Enfim, não
se pode comprar um imóvel sem o faturamento suficiente e com riscos de não conseguir
pagar por ele.
• Abrangência. A decisão deve refletir uma consideração completa dos fatos e das
circunstâncias. Por exemplo, o impacto de se implantar um processo em um dos
departamentos da empresa. Se você estiver à frente dessa decisão deve se perguntar:
“Qual o impacto disso para as demais áreas?”, “Será que isso não deixará nossa empresa
mais lenta?”. O conhecimento de outros departamentos da empresa é essencial para você
conseguir avaliar a abrangência e analisar se ela é ou não satisfatória.
GESTÃO DO CONHECIMENTO
O conhecimento é um ativo intangível da empresa. Você pode entender por ativos intangíveis
aqueles que não podem ser vistos ou manipulados fisicamente, como a cultura, a marca, o
capital intelectual, a participação em mercados, a imagem, a qualidade nos relacionamentos
com diferentes grupos, os impactos ambientais, dentre outros.
O conhecimento é também a fonte de valor das empresas que traz grandes vantagens
competitivas. Para tanto, a empresa necessita de um sistema para essa gestão denominado
Sistema de Gestão de Conhecimento (SGC). Esses sistemas ajudam a captar, armazenar,
distribuir e aplicar conhecimento de modo que ele venha a trazer benefícios estratégicos
para a empresa. Os SGCs são responsáveis por gerenciar e distribuir documentos, gráficos e
outros objetos digitais do conhecimento, além disso, podem criar diretórios de conhecimento
com informações sobre empregados especializados e sua especialidade (expertise).
Você precisa saber que existem três tipos de conhecimento. O primeiro é o conhecimento
estruturado, que é composto por documentos textuais estruturados, como: relatórios,
As empresas podem formar uma rede de conhecimento com a finalidade de retê-lo para ser
utilizado posteriormente e disseminado internamente. Basicamente, uma rede de conhecimento
possui um banco de dados montado por especialistas em diversas áreas da empresa
contendo as soluções para os problemas conhecidos. O sistema promove a comunicação
entre funcionários que tenham informações e pessoas que possam solucionar os problemas
existentes. As soluções geradas nessa interação são, posteriormente, adicionadas ao banco
de dados de soluções, boas práticas na forma de perguntas frequentes (FAQs) ou outros
documentos.
“O empreendedor sempre busca mudanças, reage a ela e a explora como uma oportunidade.”
Peter Drucker
Peter Ferdinand Drucker nasceu em 1909 em Viena na Áustria e faleceu em 2005 na Califórnia,
EUA. Ele foi escritor, professor e consultor administrativo considerado como o pai da administração
moderna, sendo o mais reconhecido dos pensadores do fenômeno dos efeitos da Globalização, su-
bentendendo-se a administração moderna como a ciência que trata sobre pessoas nas organizações.
Leia mais em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Drucker>.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, você viu a forma como uma empresa se organiza em termos de sistemas.
Apresentamos a você as classificações e tipos de sistemas de informação bem como a
infraestrutura necessária para o seu funcionamento. Também lhe guiamos para que conhecesse
técnicas de tomada de decisões e gestão do conhecimento empresarial. Esse conhecimento
é fundamental para o direcionamento sobre uma gestão orientada por processos de negócio.
Na próxima unidade, você será apresentado(a) à governança de TI, a qual é essencial para
organizar os processos de serviços prestados pela TI, norteando gestão profissional do setor
em questão.
ATIVIDADES DE AUTOESTUDO
2. O conselho diretor da DistComp exigiu da Plus+ que os pedidos sejam entregues em até
30 dias. O não cumprimento do prazo prevê uma multa. Sabendo disso, o movimento da
Plus+ é estudar a aquisição de um software ERP para um controle integrado de suas
operações. Com base nessa informação, responda:
A GOVERNANÇA DE TI
Professor Dr. Nelson Nunes Tenório Jr.
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer o CMMI.
Plano de Estudo
• O COBIT
• A ITIL
Nesta unidade, primeiramente, serão apresentados os conceitos de empresa de GTI. Aqui você
descobrirá quais são as responsabilidades da GTI e como alinhá-la aos objetivos estratégicos
da empresa. Além disso, apresento a você o ciclo de vida da GTI em uma empresa. Após a
consolidação desses conceitos, você verá os modelos de GTI e os processos necessários
para a sua implantação e gestão.
A GTI é executada pelo setor de TI das empresas e trazem consigo vários benefícios, dentre
eles o alinhamento da TI aos objetivos organizacionais para garantir a continuidade dos
negócios e padronizar as tecnologias utilizadas.
Também você verá nesta unidade duas formas de gerenciar a TI, são os modelos COBIT e ITIL.
O primeiro é um modelo utilizado para gerenciar toda a TI da empresa. O segundo está voltado
à parte de serviços prestados. Os dois modelos são baseados em boas práticas utilizadas por
empresas de todo o mundo e são muito bem aceitos por empresas maduras no mercado.
Na sequência, você aprenderá o que é e qual a importância da GTI para as empresas. Por fim,
serão apresentados e discutidos dois modelos de GTI. Todo esse conhecimento você poderá
utilizar no auxílio para a tomada de decisões referentes à Tecnologia da Informação! Vamos
começar?
• Os marcos regulatórios (compliance): são regras para a restrição do negócio e são seguidos
pelas empresas de capital aberto para atrair mais investidores, aumentando assim a
lucratividade. A Sarbanes-Oxley Act, popularmente conhecida como SOX, determina que
TI Prestadora
de Serviço
Ambiente de Integração
Negócios tecnológica
Governança de TI
Marcos de
Regulatórios Segurança
(compliance)
Negócios
Dependentes da TI
• Garantir a continuidade do negócio, que nesse caso é evitar interrupções e falhas da TI.
Os autores ainda propõem um “Ciclo de Governança de TI”, conforme apresenta a Figura 22.
É importante você saber que a GTI alinha a TI aos requisitos dos negócios empresariais como
forma de garantir o atendimento às estratégias e à continuidade dos negócios, bem como o
cumprimento de marcos regulatórios. Para tanto, a priorização das iniciativas de TI gera um
portfólio que realiza a ligação entre a estratégia traçada e as ações do dia a dia.
Você viu anteriormente o ciclo da GTI. A Figura 23 apresenta um mapa mental com os domínios
e componentes da GTI. A partir de agora, você conhecerá cada um deles.
Alinhamento Estratégico
Princípios de TI
Necessidades de Aplicações
Arquitetura e Infraestrutura de TI Alinhamento 3 Operações de Serviços
Estratégico e 1
Objetivos de Desempenho Domínios e Estrutura, Processos, com usuário
Compliance Operações e Gestão
Componentes Relacionamentos
Capacidade de Atendimento da GTI com Fornecedores
Outsourcing 4 Medição e Gestão de Desempenho
Desempenho
Segurança da Informação
Competências
Processos e Organização
Plano de TI
Por meio dos Mecanismos de Decisão definem-se quais pessoas têm autoridade para tomar
decisão e que tipo de decisão elas podem tomar nos termos existentes no plano de TI. Caso
você seja um gerente de TI, é importante saber que delegar tarefas mostra a confiança no
trabalho da equipe e o permite um enfoque em tarefas essenciais como a melhoria contínua
do plano ou a negociações com os clientes.
O relacionamento com clientes e fornecedores abrange a interação com esses atores que, no
caso dos clientes, podem ser tanto internos quanto externos. Os processos básicos podem
ser estabelecidos em como um cliente ou um fornecedor deve proceder para solicitar um
serviço, quem pode solicitar o serviço, como um fornecedor deve responder a uma solicitação,
como são estabelecidos os acordos de níveis de serviço, como a qualidade do serviço é
avaliada para ser melhorada etc. Assim, as regras ficam claras e o atendimento a clientes e
fornecedores devidamente estabelecido e organizado.
Para a GTI, é necessário que você se familiarize com alguns conceitos básicos, são eles:
• Evento: é uma notificação criada por um serviço de monitoração causada pelo desvio
de desempenho da infraestrutura ou de entrega do serviço, por exemplo, a internet
de uma filial indisponível.
• Alerta: é um aviso sobre uma meta, mudança ou falha que ocorreu, por exemplo, o
uso de disco do servidor de e-mail ultrapassou 80% da sua capacidade.
O COBIT
O COBIT, criado pelo ISACA (Information Systems Audit and Control Association) por meio
do IT Governance Institute (<www.itgi.org>), é acrônimo de Control Objectives for Information
and Related Technology, e tem como missão a pesquisa, o desenvolvimento, a publicação e
promoção de um conjunto de padrões internacionais de boas práticas para o uso corporativo
da TI pelos gerentes e auditores de tecnologia.
Objetivos de Governança
CobiT
Figura 24: Visão geral das áreas de domínio e dos processos 34 do COBIT
Fonte: ISACA (2007, p. 28)
A alta direção das empresas é cada vez mais exigida para considerar a boa gestão da área
de TI, já que a informação é vista como um ativo organizacional. Por isso, além dos quatro
domínios principais que guiam o uso eficiente da TI nas empresas, existe ainda a questão
de auditoria que permite verificar, por meio de relatórios avaliativos, o nível de maturidade
PROCESSOS DE NEGÓCIO | Educação a Distância 59
dos processos executados da GTI. Esse modelo de maturidade é baseado num método que
permite avaliar a empresa pontuando níveis de maturidade de 0 (inexistente) a 5 (otimizado).
Este enfoque é derivado do modelo de maturidade CMMI do Software Engineering Institute
(SEI), definido para o desenvolvimento de software (ISACA, 2007).
2. Inicial: existem evidências de que a empresa reconhece que existem questões a serem
trabalhadas. O processo é realizado de modo desorganizado e não planejado.
O resultado da auditoria do COBIT para a avaliação do nível de maturidade, ou seja, o grau dos
processos da empresa ajuda a área de TI a identificar a maturidade atual e definir as diretrizes
necessárias para evoluir e melhorar seus processos continuamente.
A ITIL
A figura 25 apresenta ciclo de vida da ITIL v3. O ciclo de vida é composto das seguintes fases:
• Service Strategy (Estratégia do Serviço): essa fase prevê e define um conjunto de serviços
para auxiliar o negócio a alcançar seus objetivos. É aqui que são tomadas as decisões
estratégicas relacionadas aos serviços que vão ser desenvolvidos.
• Service Transation (Transição de Serviço): é aqui que serviços desenhados são colocados
em produção para serem executados. Nessa fase, os serviços são desenvolvidos, testados
e liberados de forma controlada.
• Continual Service Improvement (Melhoria de Serviço Continuada): essa é uma fase muito
importante que visa à melhoria continuada dos serviços prestados. Aqui são avaliados
os serviços e identificadas maneiras de melhoraria como forma de atingir de forma mais
precisa os objetivos do negócio.
Continual Service
Improvement
ITIL
Co Imp
e
vic
nt rov
in
er nt
ua em
l S e
ua em
l S en
tin rov
er t
vic
n
Co Imp
e
A ferramenta OTRS é um sistema multiusuário, o que significa que vários usuários podem
utilizá-la simultaneamente lendo as mensagens recebidas e respondendo-as. O OTRS é
escalável, isso quer dizer que ele é capaz de lidar com milhares de pedidos por dia e com um
número quase que ilimitado de usuários trabalhando simultaneamente.
A Figura 26 apresenta uma tela da ferramenta OTRS e você pode baixar a ferramenta por meio
do site: <www.otrs.org>.
Assim, você deve ter em mente que a GTI pode ser realizada em qualquer tipo de empresa,
64 PROCESSOS DE NEGÓCIO | Educação a Distância
de pequena a grande porte. Contudo, o essencial é que a empresa esteja madura o suficiente
para aderir aos modelos de governança. A ferramenta OTRS permite a execução e gerência
dos processos existentes na ITIL. O que você deve considerar é que uma ferramenta não é a
solução para os problemas da gestão, ao contrário do que se pensa, ela é uma facilitadora e
é o último fator a ser considerado e implantado. Mais importante que isso são os processos
devidamente definidos, desenhados e executados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, você viu a governança de TI, que contribui para o crescimento da empresa
por meio da gestão profissional dos ativos e serviços de TI. Ela também se torna fundamental
para o negócio a partir do alinhamento dos objetivos estratégicos empresariais com o setor de
TI, contribuindo para que a empresa alcance seus objetivos empresariais e melhorando a sua
competitividade no mercado.
Na próxima unidade, você será apresentado(a) à BPM, responsável pela gestão dos processos
de negócios da empresa. O BPM é essencial para organizar os processos empresariais e
para monitorar o seu desempenho possibilitando a melhoria contínua da empresa e dos seus
negócios. Portanto, vamos em frente!
Se uma empresa atingir um ou mais dos objetivos organizacionais como: excelência operacional,
novos produtos, novos serviços, novos modelos de negócio, relacionamentos estreitos com clientes
e fornecedores e melhoria na tomada de decisão, provavelmente essa empresa já alcançou alguma
vantagem competitiva. E, se executar os seus processos melhor que seus concorrentes (gastando
pouco para obter produtos superiores e respondendo a clientes e fornecedores em tempo real),
aumentará as vendas e os lucros substancialmente, até um nível que seus concorrentes não
conseguirão alcançar (LAUDON; LAUDON, 2010, p.11).
Exercício 1
TI Prestadora
de Serviço
Ambiente de Integração
Negócios tecnológica
Governança de TI
Marcos de
Regulatórios Segurança
(compliance)
Negócios
Dependentes da TI
a. Explique como a TI, entendida como prestadora de serviços, motiva uma governança de
TI.
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
• O BPMS e a BPEL
• Ferramentas BPMS
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, primeiramente, serão apresentados os conceitos BPM. Aqui você descobrirá
o que o BPM pode oferecer em termos de organização e ganhos para as empresas que o
utilizam. Além disso, apresento a você os benefícios adquiridos pelas empresas por meio da
utilização da gestão dos processos. Na sequência, discutiremos o planejamento do BPM e
seus impactos positivos e negativos quando implantado nas empresas.
O QUE É BPM
Em nosso dia a dia, sempre estamos cercados de vários processos, ou como atores
principais ou como coadjuvantes. Para que você entenda, toda vez que compramos um
produto ou adquirimos um serviço estamos inseridos em um processo. Dessa forma, somos
corresponsáveis dos processos que nos rodeiam. Alguns exemplos de processos dos quais
participamos são:
a. Atendimento médico.
b. Produção de alimentos.
d. Manutenção da casa.
Para uma empresa, a organização dos processos é ainda mais crítica, haja vista a alta
complexidade das operações existentes no ambiente empresarial. Então, o BPM (Business
Process Management), ou seja, Gerenciamento de Processos de Negócio, é uma iniciativa em
que a empresa reconhece que seus processos são a chave para um planejamento sólido e
consistente visando ao alcance de resultados cada vez melhores.
O BPM é uma evolução dos sistemas de workflow, tais sistemas foram criados no final da
década de 80. Ele integra a gestão de processos aos sistemas empresariais. O BPM possui
um conjunto de softwares que incluem métricas para o gerenciamento do desempenho
dos processos da empresa. Embora o BPM seja derivado dos sistemas de workflow, ele é
complementar às outras soluções de TI e não substituto delas.
Uma solução BPM deve “entregar” as tarefas aos usuários do sistema em caixas de entrada,
semelhantes às do correio eletrônico. Essas tarefas contêm “o quê” o usuário deve fazer, bem
como os links para os documentos caso seja necessária a consulta. Esta última funcionalidade
elimina a necessidade do usuário buscar documentos em arquivos físicos.
Uma abordagem por processos horizontaliza e integra toda a organização, conforme apresenta
a Figura 28. Note que, em uma visão funcional em que são considerados apenas os processos
Visão
de
Processo
Visão
Funcional
Harrington (1997 apud BALDAM, 2009) descreve um processo como uma série de atividades
logicamente inter-relacionadas que quando executadas produzem resultados esperados. O
processo é a maneira pela qual as empresas transformam insumos em resultados que visam
atender às necessidades e expectativas dos clientes.
Elemento Definição
O BPM é uma forte tendência por ter o enfoque em processos empresariais. Assim, a
necessidade da melhoria contínua e a facilidade na modificação de um processo, muitas
vezes por causa das constantes pressões dos mercados e dos consumidores, catalizaram a
difusão desse tipo de solução nas empresas. O impulso para a utilização do BPM veio após
a globalização, quando empresas grandes se expandiram pelo mundo por meio da compra
de diversas empresas menores. As empresas adquiridas possuíam sistemas e processos
Segundo Pavani (2011), alguns dos benefícios da utilização das técnicas de BPM são:
Para dar início ao BPM nas empresas, é importante que haja a contratação de uma pessoa
responsável pelos processos e que tenha conhecimento tanto nos requisitos dos negócios
quanto das soluções técnicas. Também é necessário reunir adeptos na organização e
selecionar um projeto inicial para aprimorar um ou mais processos deficitários que cause(m)
impacto direto no cliente, oferecendo um alto retorno sobre o investimento além de escolher a
solução mais adequada de gerenciamento de processos de negócio.
Para tanto, também é necessário definir o ciclo de vida do BPM. Esse ciclo norteia a implantação
e a manutenção dos processos de negócio. A figura 29 apresenta um ciclo sugerido por
Baldam (2009).
Responsabilidade social
Marcos regulatórios
Ambiente externo
Oportunidades
Ameaças
Etc.
Planejar o BPM
Seleção de processo críticos
Diretrizes e Priorização de atividades Realimentação
Especificações Formação de equipes
Controle das atividades
Melhores práticas
selecionadas
Benchmarking
Apoiar a implantação
processos
Desenvolvimentos
Configuração, Customização Implantação de novos proc. Monitoramento
e Especificação
Transferência de tecnologia
Monitoramento e controle de
instância de processo
A fase de Planejar o BPM tem o objetivo de definir as atividades de BPM que contribuem para
o alcance das metas organizacionais previstas no planejamento estratégico. Sendo assim,
nessa fase deve-se:
A fase de Modelar e otimizar processos engloba atividades que permitem gerar informações
sobre o processo atual (As Is) e/ou a proposta de processo futuro (To Be). O tratamento conjunto
dado às duas fases (As Is e To Be) está fundamentado no fato de que os autores geralmente
promovem certa mistura dessas fases. Isto indica que, mesmo ao se executar simplesmente
um As Is, cria-se uma oportunidade de “pensar sobre o processo”, que pode levar de imediato
a melhorias possíveis sobre o processo em questão. Sendo assim, nessa fase deve-se:
• Modelar os processos na situação atual.
• Quando necessário e possível, comparar o modelo com melhores práticas e
benchmarking.
• Definir e priorizar soluções para os problemas atuais.
Modelar os processos na situação futura, que inclui:
• Gerar especificações para a implantação (caso o processo ainda não esteja em uso),
para execução e para controle.
• Realimentar o planejamento do BPM.
A fase de Apoiar a implantação dos processos envolve as atividades que podem garantir a
implantação e a execução dos processos, como:
• Implantar novo processo (quando necessário).
O BPMS E A BPEL
Um BPMS típico inclui o mapeamento dos processos de negócio desde a sua concepção até
o final por meio do desenho dos fluxos e formulários eletrônicos, da definição de workflow,
das regras de negócio, da monitoração das atividades e dos alertas. A suíte é uma ferramenta
de gestão corporativa de processos bastante complexa e poderosa que visa garantir que os
processos sejam executados tais quais como modelados.
A solução BPMS não significa a substituição de sistemas utilizados pelas empresas, como
os ERPs, CRMs e SCMs. Ao invés disso, a BPMS considera a característica do processo de
negócio de ser distribuído e segmentado, oferece um ambiente de integração de sistemas de
informação que permite definir: fluxo de execução, regras, eventos e outras especificações para
a operação e gerenciamento do processo. Assim, torna o processo de negócio extremamente
dinâmico, de forma a possibilitar uma rápida e simples substituição de um software por outro.
Em geral, o BPMS utiliza o que chamamos de Web Services e XML, que facilitam a proliferação
de processos comerciais automatizados e distribuídos. Assim, houve um aumento das funções
de modelagem e do desenvolvimento de uma camada de programa para a camada de
informação (documento) e de transporte (mensagens).
Utilizando a tecnologia web service, uma aplicação pode invocar outra para efetuar tarefas
simples ou complexas mesmo que as duas aplicações estejam em diferentes sistemas e
escritas em linguagens diferentes.
Os web services são identificados por um URI (Uniform Resource Identifier), descritos e
definidos usando XML (Extensible Markup Language). Um dos fatores motivadores para o
uso de web services é o fato deles serem baseados em tecnologias padrão (XML e HTTP),
utilizados para disponibilizar serviços interativos na internet e podendo ser acessados por
outras aplicações utilizando o protocolo SOAP (Simple Object Access Protocol), por exemplo.
O objetivo dos web services é a comunicação de aplicações por meio da Internet realizada
com intuito de facilitar a EAI (Enterprise Application Integration), ou seja, a integração das
aplicações de uma empresa que favorecem a interoperabilidade da informação que orbita suas
diferentes aplicações, por exemplo, o e-commerce com os seus clientes e seus fornecedores.
A EAI permite definir um workflow entre as aplicações e pode constituir uma alternativa
aos ERPs, pois possibilita a otimização e o controle de processos e tarefas da empresa.
2. Os processos de negócio abstrato, que são especificações parciais dos processos que
não se destinem a serem executados.
Diversos BPMS podem ser utilizados para a implantação de um BPM na empresa, são eles:
IBM Websphere
Nesta unidade apresentamos a você o BPM, que direciona a empresa a uma gestão
voltada a processos de negócios. O BPM é fundamental para que uma empresa sobreviva
no mercado que a cada dia se torna mais competitivo. Com o BPM, é possível analisar os
processos empresariais atuais e modelá-los conforme a evolução do negócio. Igualmente é
possível monitorá-los visando à contínua melhoria empresarial por meio de suas análises de
desempenho da execução dos processos definidos.
Na próxima unidade, você entenderá como modelar esses processos e aprenderá uma
notação moderna, atual e específica para a representação dos processos organizacionais.
Sendo assim, continuemos nossos estudos!
“Não é o sufi ciente fazer o seu melhor, você deve saber o que fazer, e então fazer o seu melhor.”
William Edwards Deming
William Edwards Deming nasceu em 1900 e foi estatístico, professor universitário, autor, palestrante
e consultor. Ele foi amplamente reconhecido pela melhoria dos processos produtivos nos Estados
Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, sendo mais conhecido pelo seu trabalho no Japão quando
ele ensinou os executivos a melhorar projetos, a qualidade de produtos, os testes e vendas por meio
dos mercados globais.
Leia mais em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Edwards_Deming>.
ATIVIDADES DE AUTOESTUDO
1. Segundo os conceitos apresentados nesta unidade, defina BPM e as razões pelas quais
uma organização deve utilizá-lo.
3. Conforme vimos nesta unidade, explique as funções do BPEL e do XML para um BPMS.
Objetivos de Aprendizagem
• Definir BPMN.
Plano de Estudo
• Elementos da BPMN
INTRODUÇÃO
A sua meta nesta unidade é aprender sobre a Notação para Mapeamento de Processos de
Trabalho – BPMN – como uma linguagem simbólica para representação de um processo.
Daremos início aos estudos identificando alguns conceitos importantes: negócio, processo,
modelo e notação. Ao final desta unidade, você entenderá como modelar um processo de
negócio utilizando uma notação. Chegou o momento, vamos estudar?
Negócio
Entendemos como negócio aquilo que se faz para atingir a necessidade de uma pessoa.
Agora que sabemos o que significa negócio, vamos à próxima etapa para entender como
atingir a satisfação da necessidade. Pois para atingir essa necessidade, precisamos executar
algumas atividades que estão relacionadas e encadeadas. Vamos ao conceito de processo.
Processo
Campos (2013, p. 2) define processo como “[...] uma sequência de atividades com um objetivo
específico, isso quer dizer que, ao realizar todos os passos de um determinado processo,
teremos um resultado”.
Vamos discutir um pouco mais sobre processo, nele podemos recorrer ao conceito de tarefa
que consiste em pessoas realizando “algo”, esse “algo” poderia ser a aprovação na disciplina de
Processos de Negócio. Isso significa que, para isso, você deverá estudar, fazer as avaliações,
verificar sua nota final.
Importante!
Veja que os verbos utilizados estão no infinitivo – estudar, fazer, verificar –, assim podemos
entender uma ação sobre um objeto. A utilização dessa notação da ação do verbo no infinitivo
Agora podemos entender que processo são as etapas necessárias para a satisfação das
necessidades.
À união Processo + Negócio tem-se o processo de negócio. Então você já deve ter entendido
que, para a realização de um negócio, um processo se faz necessário.
Estamos prontos para a próxima etapa que é entender a modelagem como uma ferramenta
que irá auxiliar a entender, evoluir ou melhorar o processo de negócio.
Modelagem
Definimos notação como um conjunto de símbolos (linguagem) que são usados para abstrair
um modelo.
BPMN
A notação BPMN – Business Process Modeling Notation –, que em português significa Notação
para Modelagem de Processo de Negócio, tem como objetivos prover uma notação gráfica
padronizada para a modelagem de processos de negócio, ser de fácil entendimento e permitir
que uma única notação possa ser compreendida por todos os envolvidos, dos analistas
de negócio aos programadores de uma equipe de TI. A BPMN é uma notação gráfica que
descreve a lógica de passos de um processo de negócios. Esta notação foi proposta para
coordenar a sequência de processos e mensagens que fluem entre os participantes e suas
diferentes atividades; ela é aberta e isso significa que poderá ser evoluída e utilizada por
qualquer pessoa ou empresa, toda e qualquer organização pode acessar a especificação da
notação para desenvolver ferramentas baseadas nela sem custos.
A OMG (Object Management Group) é responsável desde 2006 pela manutenção e evolução
ELEMENTOS DA BPMN
Objetos de fluxo
Atividade: definimos atividade como um termo genérico para um trabalho que é realizado
em um processo. Uma atividade pode ser atômica ou não atômica (composto). Os tipos de
atividades que fazem parte de um modelo de processo são subprocessos e tarefas.
Gateways: servem para realizar divisões ou junções de fluxo, pois uma atividade pode sofrer
um desvio de fluxo, assim oferecem flexibilidade ao fluxo das atividades, possibilitando a
tomada de um caminho diferente.
Dados
Conectando objetos
Há quatro maneiras de conectar o fluxo de objetos uns aos outros ou a outras informações
que são:
• Fluxos de Sequência.
• Os fluxos de mensagens.
• Associações.
• Associações de dados.
Existem duas maneiras de agrupar os elementos primários de modelagem por meio dos
organizadores:
• Pools.
• Lanes.
Artefatos
Artefatos são usados p ara fornecer informações adicionais sobre o processo. Há dois artefatos
padronizados, porém, modeladores ou ferramentas de modelagem são livres para adicionar
tantos artefatos como necessário. Pode haver esforços adicionais BPMN para padronizar um
conjunto maior de artefatos para uso geral ou para os mercados verticais. O atual conjunto de
Artefatos inclui:
• Grupo.
• Anotação de texto.
Vamos apresentar agora os sete elementos básicos necessários para representar uma grande
quantidade de negócios de acordo com campos (2013), os quais são enumerados: Atividade,
Fluxo, Gateway, Evento, Artefato, Pool e Lane. Embora pareçam poucos elementos, quando
combinados, podem modelar um enorme volume de negócios. Campos (2013) faz uma
analogia com o alfabeto brasileiro que com 26 letras podemos escrever desde uma frase
a livros inteiros e também com as 7 notas musicais que podem compor uma diversidade
gigantesca de músicas.
Com esses argumentos, vamos iniciar essa fase apresentando os elementos básicos e
descrevendo cada um deles, em seguida levaremos você a pensar na aplicação dos elementos.
Você irá perceber que os dois primeiros elementos básicos que vamos apresentar logo abaixo
são imprescindíveis para a representação de um processo de negócio.
O próximo elemento faz a ligação das atividades, ele fará um encadeamento dos elementos,
ou seja, o fluxo.
Com base nos elementos acima, você já é capaz de representar um fluxo de atividade de um
processo. Vale salientar novamente que um processo nada mais é que uma sequência de
atividades com um objetivo específico. Todo processo necessitará de entrada (insumos), fará o
processamento e em seguida apresentará uma saída (resultado). Na figura 33, apresentamos
a base de um processo de negócio em que os elementos apresentados estão relacionados.
Entendendo um pouco mais sobre essa figura, podemos dizer que o que entra são os
insumos e o que sai é o resultado após passar pelo processo. O processo nada mais é
que o que acontece com os insumos (transformação). A essa transformação chamamos de
Para fixar melhor sobre atividades de um processo, pense: as atividades de um processo nada
mais são do que uma sequência de passos necessários para atingir um objetivo. Um bom
exemplo seria:
Para passar em uma disciplina você teria que executar quatro passos.
1. Matricular na disciplina.
2. Estudar.
3. Avaliar os resultados dos estudos.
4. Comemorar o resultado positivo na avaliação.
Esse conjunto de passos necessários para passar na disciplina de estudos poderá ser
representado com elementos que você já aprendeu, vamos lá?
Chegou o momento de você aprender um pouco mais, vamos a mais um elemento que
possibilitará a você uma alteração no caminho, a esse elemento representado abaixo damos
o nome de gateway.
Notou que a representação de um gateway (Losango) está associada a uma avaliação e partir
dela podemos desviar o fluxo da atividade. Quando você verificar seu resultado e ele for o
suficiente para passar na disciplina, você pode comemorar, no entanto, se esse resultado não
for o suficiente para aprovação, infelizmente você terá que fazer sua matrícula nela e seguir o
fluxo novamente.
Fim do processo.
Note que o modelo parece bastante explicativo, no entanto, ainda falta colocar alguns elementos
que ajudarão a melhorar ainda mais sua leitura. Um desses elementos é a descrição visual
das informações. No caso, em cada uma das fases do processo, podemos ter dados que são
produzidos e/ou consumidos. A esses dados chamamos de artefatos. Os artefatos, conforme
já salientamos, são produzidos em um processo e passarão a ser utilizados ou consumidos
no processo seguinte.
Para finalizar os elementos básicos, é hora de você entrar em contato com o elemento Pool e
Lane, que o ajudarão na divisão de responsabilidades. Veja a notação logo abaixo e também
como ela será aplicada no exemplo de estudo em que estamos trabalhando.
Nome (Lanes)
Nome(Pool)
(Pool)
Pool e Lane
Nome (Lanes)
Nome
Ler o Livro
X Fazer Avali
ação
Ler outros
materiais
Ler o Livro
Fazer Avali
ação
Ler outros
materiais
Ler Conteú-
+
dos
Fazer Avali
ação
Fazer resu -
mos
Quanto aos eventos por tempo é apresentado um relógio indicando seu início condicionado
ao tempo:
Acreditamos que você está preparado(a) para continuar seus estudos, conhecendo a notação
básica da BPMN. Vale lembrar que você deveria acessar o site <http://www.bpmn.org/> para
aprimorar seus estudos. Boa sorte em seus estudos!
Nesta unidade, você aprendeu a notação BPMN e seus principais elementos. Essa notação
é essencial para a representação dos processos empresariais e para a implantação de uma
gestão orientada a processos de negócio (BPM). Seguiremos nossos estudos apresentando
alguns casos para a aplicação e a fixação da notação vista nesta unidade.
Esperamos que esses casos lhe ajudem na aplicação da notação e na modelagem dos
processos de negócio. Recomendamos que, se você ficou com alguma dúvida sobre os
elementos básicos da BPMN, faça uma nova leitura desta unidade antes de prosseguir para a
próxima. Então, vamos em frente!
1. Faça uma releitura das definições de: Negócio, Processo, Modelagem e Notação, e
descreva com seu entendimento o que quer dizer modelagem de processo de negócio e
qual sua importância para uma empresa.
2. Na notação BPMN, um de seus elementos prevê o controle de fluxos. Diga o nome desse
elemento e como ele é classificado, em seguida, dê um exemplo para o uso em cada uma
das classificações.
Estudar
A MODELAGEM BPMN
Prof. Dr. Nelson Nunes Tenório Junior
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
• Gerenciamento de incidentes
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, você entrará em contato com diversos casos modelados utilizando a notação
BPMN. Esses casos darão a você uma visão pragmática da BPMN. Acreditamos que os casos
apresentados no decorrer da unidade, que vão desde modelos simples e de fácil compreensão
até modelos mais elaborados, ajudarão você a entender um pouco sobre a aplicação da
notação vista na unidade anterior em exemplos práticos.
Embora alguns exemplos sejam claros e fáceis de entender, recomendamos que faça uma
leitura da figura para um primeiro entendimento e em seguida leia o texto retornando à figura
para assimilar melhor como o modelo foi composto.
A atividade de modelar dependerá do conhecimento que você terá do negócio que estará
modelando, bem como do domínio da notação e também das técnicas que usará para abstrair
o modelo para a ferramenta que irá utilizar.
Daremos início aos estudos desta unidade apresentando os principais conceitos de modelagem
de processos utilizando a notação BPMN. Para melhor compreensão sugerimos que volte à
unidade anterior e reveja os principais elementos da notação, visto que não vamos explicar
cada um dos elementos que você irá encontrar nos diagramas, mas sim mostrar como utilizar
a notação BPMN na modelagem do processo. Nos primeiros exemplos, apresentamos como
utilizar o Pool e o controle de fluxos de mensagens para modelar explicitamente a colaboração
Na Figura 39, você pode observar todas as etapas no processo de distribuição de produtos
eletrodomésticos que uma empresa tem que cumprir antes das mercadorias encomendadas
Iniciamos o processo com “Mercadorias para enviar”, este simples evento indica que a
preparação para o envio do eletrodoméstico deve ser feita. Logo após a instanciação do
processo, existem duas coisas que podem ser feitas em paralelo, com o elemento de controle
de fluxo, gateway, indicando paralelismo. Enquanto o funcionário responsável toma a decisão
se esta é uma postagem normal ou um carregamento especial (note que não são definidos
critérios de como decidir isso dentro do modelo de processo apresentado), o armazenista
já pode começar a embalar as mercadorias. Esta tarefa do funcionário é seguida pelo “tipo
de transporte” no qual usamos um gateway exclusivo, que fica como um bom exemplo para
esclarecer o uso recomendado de um gateway. O gateway não é o responsável pela decisão de
que o transporte será especial ou será por meio de uma remessa postal normal. Essa decisão
é feita na atividade anterior o gateway apenas redireciona de acordo com a decisão tomada.
Dessa forma, o gateway funciona apenas como um roteador, que é baseado no resultado da
tarefa anterior e fornece caminhos alternativos.
Lembramos que uma tarefa representa uma unidade de trabalho real, enquanto uma porta de
entrada única é o encaminhamento do fluxo de sequência. Este portal, chamado de gateway,
conforme já visto na unidade anterior, nesse caso é denominado de “exclusivo”, porque apenas
um dos dois caminhos poderá ser seguido. Se precisarmos de um transporte especial, o
funcionário terá que escolher a transportadora que fará a entrega. Assim sendo, o responsável
Vamos iniciar uma descrição do nosso diagrama. Começaremos pelo topo, o cliente vai pedir
um lanche, pois notou que seu estômago está roncando de fome. O cliente escolhe um dos
lanches e em seguida faz o pedido para o fornecedor (Lanchonete). Após o pedido feito, o
cliente aguarda o lanche ser entregue no endereço indicado. O gateway baseado em eventos
após a tarefa “pedir um lanche” indica que o cliente deverá esperar pelo acontecimento de dois
eventos diferentes que podem acontecer: ou o lanche é entregue conforme indicado com o
evento mensagem, ou não haverá a entrega em 60 minutos, isto quer dizer que o cliente, após
esperar por uma hora, irá chamar a pizzaria novamente para verificar o atraso. Imaginemos
que foi prometido, durante a ligação, que o lanche seria entregue rapidamente, então o cliente
Neste exemplo, usamos objetos da mensagem não só para objetos informacionais, como
o pedido do lanche, mas também para objetos físicos, como o lanche ou então o dinheiro.
Podemos fazer isso, porque esses objetos físicos realmente atuam como objetos informacionais
inerentemente ao processo. Quando o lanche chega à porta do cliente, este irá reconhecer a
chegada do seu lanche e, portanto, saber que o lanche chegou, que é exatamente o objetivo
do evento mensagem esperada no Pool do cliente. Claro, só podemos usar o modelo dessa
forma porque este exemplo não é feito para ser executado por um mecanismo de processo.
Uma característica deste subprocesso adquirir são os dois eventos anexados. Ao utilizar
eventos anexados, é possível tratar eventos que podem ocorrer espontaneamente durante a
execução de uma tarefa ou subprocesso. Assim, quando temos um evento anexado, ele pode
decidir entre interromper e não interromper o evento anexo. Os eventos anexados podem
manipular a sequência de eventos que irão ocorrer, mas somente do tipo não interruptivo
(aqui é o evento de escalonamento “atraso na entrega”) não faz abortar a atividade que
está conectada. Quando o tipo de evento é interruptivo, ele provoca a interrupção e assim a
execução da atividade corrente para imediatamente.
Este processo semelhante ao processo de atendimento de pedidos lida com a exceção de erro
ao remover o item do catálogo. Mas neste processo de manutenção de estoque parece não
haver nenhuma necessidade para o tratamento da questão relacionada ao “atraso na entrega”
ou então eventos de escalonamento e por essa razão são deixados de fora e não são tratados
no modelo apresentado. Se o subprocesso de aquisição terminar normalmente, o nível de
estoque está acima do mínimo e o processo de manutenção de estoque termina com o final
do evento “item adquirido”.
No caso em que a entrega para o processo de aquisição durar mais de dois dias, um evento
de escalonamento é acionado pelo subprocesso dizendo a referência, ou seja, o processo
global que a entrega irá atrasar. Similar ao caso de erro, o evento de escalonamento tem
também um código de escalonamento que é necessário para fazer a ligação entre lançar e
capturar os eventos de escalonamento. Ao contrário do evento de lançamento de um erro,
os tópicos ativos no momento não são nem terminados nem afetados pelo lançamento do
evento de escalonamento intermediário. Além disso, o processo de aquisição continua sua
execução pela espera da entrega. No entanto, o evento lançado será tratado pela atividade
pai mais próxima com um evento de escalonamento intermediário em anexo, que tem o
mesmo código de escalonamento igual ao evento de escalonamento lançado. No processo de
cumprimento do pedido, o “atraso na entrega”, evento escalonado e anexado ao subprocesso
de aquisição, lança o evento capturado “atraso na entrega”. Mas, agora, o evento é um evento
não interruptivo. Com este evento, o caminho é seguido para manipulação de escalonamento
e desencadeia uma nova tarefa que é informar o cliente de que os itens encomendados serão
enviados mais tarde. Quando o subprocesso de compras termina, o processo de atendimento
de pedidos continua com o envio do item e da liquidação financeira.
GERENCIAMENTO DE INCIDENTES
Nesta próxima etapa de seus estudos, queremos mostrar as diferentes perspectivas que você
pode tomar no mesmo processo de negócio, utilizando BPMN. Na primeira etapa, vamos
mostrar um diagrama bastante simples, fácil de ler, que mostra um processo de incidente a
partir de um nível alto de visão. Em seguida, apresentaremos outros casos que fornecerão uma
visão ainda mais sólida da aplicação da notação BPMN. O principal objetivo deste nessa fase
de estudo é demonstrar como você pode usar BPMN para criar diagramas simples e com uma
boa abstração, mas que também possua uma visão detalhada sobre colaboração de pessoa
e, finalmente, para as especificações técnicas para a execução do processo. Convidamo-lo(a)
O esquema mostrado na Figura 44 é muito simples e de certa forma leva a um “caminho feliz”,
porque partimos do princípio de que vamos sempre encontrar uma solução que poderá ser
explicada ao cliente pelo gerente de atendimento. Esse modelo não possui todos os detalhes
da colaboração entre os funcionários envolvidos, e as tarefas abstratas indicam que não temos
qualquer informação sobre se o processo ou partes são automatizadas ou até mesmo como as
tarefas são executadas. Este tipo de diagrama será útil quando você quiser entender o âmbito
do processo, obtendo uma compreensão básica do fluxo de atividades, e compreender os
principais passos no processo, mas não é útil quando você quiser se aprofundar nos detalhes
para uma discussão de melhorias para o processo.
Quando a solicitação de empréstimo chega ao gerente de crédito, ele irá fazer a análise
dentro de seu limite para empréstimo bem como da capacidade de pagamento do cliente;
se a capacidade de pagamento do cliente for boa e o limite estiver dentro de sua alçada o
empréstimo será aprovado, um contrato será gerado e o gerente irá informar o cliente da
aprovação do crédito. Caso o gerente de crédito não possa aprovar, ele passará a proposta
para o gerente geral que irá avaliar a solicitação do empréstimo e dar uma resposta ao gerente
de crédito, terminando, assim, a sua participação no processo que terá que gerar o contrato,
caso seja aprovada, e informar o cliente de sua aprovação. Caso a proposta não tenha sido
aprovada, o gerente também irá informar o cliente.
As verificações que são feitas durante a tarefa efetuar backup também podem encontrar algum
problema e isso também irá acionar o suporte para a resolução do problema. Quando o suporte
é acionado, este executa o backup e termina um subprocesso. Note que para este modelo
fizemos uma abstração do processo “realizar backup manual” para que ele fosse detalhado a
seguir, apresentado a você um segundo exemplo de subprocesso.
Para finalizar nossos estudos nesta unidade, vamos apresentar a você um modelo de
realização de evento, no qual temos os organizadores e os participantes do evento. A
Quanto ao participante, ele receberá um convite pela rede social ou de outra forma não
especificada e avaliará seu interesse em participar do evento, caso ele julgue que a sua
participação é importante ele fará sua inscrição e, se estiver no prazo e a mesma for realizada
com sucesso ele participará do evento encerrando assim o processo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apresentamos nesta unidade diversos casos de aplicação da notação BPMN com o intuito
de ajudá-lo a entender como modelar utilizando a notação. Esperamos que com os casos
apresentados você tenha amplificado a sua visão sobre a modelagem dos processos
organizacionais e conhecido uma ferramenta importantíssima para esse contato inicial com a
gestão orientada a processos.
<http://www.ti2dummies.com/2012/05/84-servico-de-processo-de-negocio.html>.
Para as modelagens solicitadas abaixo, sugerimos que baixe a ferramenta Bizagi, disponível
em: <http://www.bizagi.com/index.php?option=com_content&view=article&id=335&Itemid=26
7#freeware>.
1. A situação é a seguinte, você deseja estudar um pouco mais sobre os assuntos abordados
na disciplina Processos de Negócio e, assim sendo, irá comprar um livro relacionado ao
tema em uma livraria online. Faça a modelagem desde a sua necessidade de comprar o
livro até a leitura do livro, use como exemplo o modelo do pedido de lanche especificado
nesta unidade.
2. Para esta questão, você está na livraria e precisa criar um processo para manutenção
de um estoque mínimo de livro para atender a seus clientes. A manutenção do estoque
mínimo de livros é um processo e uma de suas atividades passa a ser um subprocesso,
o qual é adquirir novos exemplares dos livros, dessa forma, a sua tarefa é: modelar o
processo de verificar estoque e, em seguida, fazer o pedido ao fornecedor (editora) de
novos exemplares para manter o estoque mínimo.
4. Com a base teórica de casos que estudamos como exemplos e todo comentário sobre o
mesmo, reflita sobre um evento simples e um evento colaborativo e descreva um exemplo
para cada um deles.
Caro(a) aluno(a), neste livro vimos os principais pontos da nossa disciplina de Processos de
Negócio. Com ele você obteve conhecimento sobre os sistemas de informação empresariais e
sua importância para que uma empresa se mantenha competitiva no mercado.
Foi apresentada também a Governança de TI, que sugere processos para o controle dos
ativos e serviços da TI de uma empresa. Você viu que, por meio da governança, é possível
uma gestão profissional da TI que melhora substancialmente a competitividade da empresa
no mercado.
Na sequência, você foi apresentado ao BPM, quando efetivamente você aprendeu os conceitos
de Processos de Negócio, os benefícios e os impactos da sua utilização nas empresas.
Seguimos pelas tecnologias do BPM, apresentamos em seguida a notação BPMN, a qual
é essencial para a modelagem dos processos empresariais com o intuito de entendê-los e
melhorá-los continuamente. Por fim, apresentamos alguns casos de modelagem com um
passo a passo de como modelar alguns tipos de processos com uma discussão clara, prática
e objetiva.
Esses conteúdos foram importantes para o seu entendimento dos Processos de Negócio. Um
analista de processos hoje é essencial para que a empresa se mantenha no mercado, que se
faz cada vez mais competitivo.
Tenha em mente que ainda existem muitos detalhes para se aprender a fim de que você se
torne um exímio analista de processos, uma profissão em ascendência e totalmente ligada a
TI. Esperamos ter despertado o seu interesse por essa área totalmente promissora nos dias
de hoje. Desejamos a você todo o sucesso em sua carreira, seja em qual área desejar seguir!
CAMPOS, André Luís Nogueira. A modelagem de processos com BPMN. Rio de Janeiro:
Brasport, 2013.
CAPOTE, Gart. BPM Para Todos: Uma Visão Geral Abrangente, Objetiva e Esclarecedora
sobre Gerenciamento de Processos de Negócio. Rio de Janeiro: Bookess, 2012.
ITIL. The Official Introduction to the ITIL Service Lifecycle. TSO, 2007.
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de informação gerenciais. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da informação aplicada a
sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da informação e dos sistemas de
informação nas empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.