Calor - Ibutg
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Calor - Ibutg
Físicos e ao Calor
31 e-Tec Brasil
As pessoas que trabalham em ambientes
onde a temperatura é muito alta estão su-
Prostração significa desânimo,
depressão e abatimento. jeitas a sofrer de fadiga, ocorrendo falhas
na percepção e no raciocínio, e sérias per-
turbações psicológicas que podem produzir
esgotamento físico e prostrações (BREVI-
GLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012).
Então, as trocas térmicas entre o corpo e o meio ambiente podem ser des-
critas pela seguinte expressão matemática (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPI-
NELLI, 2012):
M±C±R-E=S
Onde:
Assim, se:
Resumo
Nesta aula, você relembrou o que são agentes físicos e aprendeu conceitos
básicos acerca do calor, nosso primeiro agente físico a ser estudado.
Atividade de aprendizagem
• Você conhece alguém, entre seus amigos e familiares, que já teve desi-
dratação ou alguma outra doença resultante do calor? Caso não conhe-
ça, pesquise entre seus colegas de classe se algum deles já vivenciou esta
situação, seja por eles mesmos ou com conhecidos. Anote no espaço
abaixo os relatos, sintomas e queixas a respeito deste assunto.
Nesta aula, você vai aprender como deve ser feita a avaliação da
exposição ao calor. Vai entender também, quais são os instrumen-
tos de medição utilizados, quais são os parâmetros avaliados e,
também, as normas aplicáveis.
Vamos observar agora, no quadro 6.1, como cada troca térmica se correlacio-
na com as variáveis do meio ambiente e com a tarefa exercida (SESI, 2007).
35 e-Tec Brasil
6.1 Limites de tolerância
O Anexo 3 da NR-15, que trata dos limites de tolerância para exposição ao
calor, determina que devemos empregar na avaliação da exposição do calor
o Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG).
Onde:
tg = temperatura de globo
Ainda, de acordo com o Anexo 3 da NR-15, os aparelhos que devem ser usa-
dos nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro
É muito importante que você de globo e termômetro de mercúrio comum. As medições devem ser efe-
leia e estude o Anexo 3 da
NR-15 para dominar o que tuadas no local onde permanece o trabalhador à altura da região do corpo
se estabelece sobre os limites mais atingida.
de tolerância para exposição
ao calor. Este anexo pode ser
consultado no site do Ministério
do Trabalho e Emprego,
disponível em: http://portal.
mte.gov.br/legislacao/normas-
regulamentadoras-1.htm
• Termômetro de Bulbo
Úmido Natural: é um ter-
mômetro cujo bulbo é reco-
berto por um pavio em for-
ma tubular, de cor branca,
de tecido de algodão, com
alto poder de absorção de
água. Esse pavio deve ser
mantido úmido em água
destilada, no mínimo meia
hora antes de fazer a leitu- Figura 6.1: Termômetro de Bulbo Úmido Natural
ra da temperatura (tbn). Fonte: Fundacentro citado por SESI (2007)
Resumo
Nesta aula vimos:
Atividade de aprendizagem
• Como futuro técnico em segurança do trabalho, você deve estar familia-
rizado com as legislações, normas regulamentadoras e, também, normas
técnicas. Neste contexto, a Fundacentro, visando auxiliar profissionais da
área de Segurança, publicou algumas normas de higiene ocupacional,
dentre elas a NHO-06 que estabelece procedimentos técnicos para ava-
liação da exposição ao calor. Aproveite este momento de estudo para
consultar e estudar esta norma que se encontra disponível em: http://
www.fundacentro.gov.br/conteudo.asp?D=CTN&C=1191&menuA
berto=196. Anote no espaço abaixo as principais informações.
41 e-Tec Brasil
Regime de trabalho in- Tipo de atividade
termitente com descan-
so no próprio local de Leve Moderada Pesada
trabalho (por hora)
Antes de utilizar o Quadro 1, devemos calcular o IBUTG por meio das fór-
mulas vistas na aula 6 e determinar se o tipo de atividade realizada pelo
trabalhador é leve, moderada ou pesada. Para saber qual é o tipo da ativida-
de, consultamos o quadro 3 do Anexo 3 da NR-15, transcrito na figura 7.2.
Na sequência, de posse das informações, verificamos no Quadro 1, qual é o
regime de trabalho que a norma propõe para a situação avaliada.
Trabalho Moderado
180
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas.
175
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação.
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação.
220
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar.
300
Trabalho Pesado
440
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá).
Trabalho fatigante
550
Exercício Resolvido 1
Resposta:
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0
M = Mt × T t + M d × T d
60
Sendo que:
Exercício Resolvido 2
Nesse caso, temos duas situações térmicas diferentes, uma na boca do forno e
outra na segunda tarefa. Temos, portanto, de fazer as medições nos dois lugares.
Resposta:
(IBUTG)t = 31,6°C
A atividade metabólica de-
Local 2 Tg = 28°C finida por meio do Quadro
(Descanso) Tbn = 20°C 3 do Anexo 3 da NR-15
M = 125 kcal/h
(IBUTG)d = 22,4°C
Temos que calcular o IBUTG médio e o Metabolismo médio, que será a média
ponderada entre o local de trabalho e o de descanso. O tempo de trabalho no ciclo
é de 06 minutos e o de descanso de 04 minutos. Como os ciclos se repetem, em
uma hora teremos, portanto, 06 ciclos de 10 minutos cada um. Teremos em uma
hora 36 minutos de trabalho e 24 minutos de descanso.
Vimos, nesta aula, que é preciso utilizar os respectivos quadros e fórmulas es-
tabelecidos no Anexo 3 da NR-15 para fazer a avaliação da exposição ao calor.
Resumo
Nesta aula, você aprendeu a fazer a avaliação da exposição ao calor em duas
situações distintas: