Anais 2019 - Epods

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XI – SERRINHA-BA

ANAIS
III Seminário Internacional Educação, Políticas Públicas e
Desenvolvimento Social

26 e 27 de setembro de 2019

Organização:
Ivonete Barreto de Amorim
Selma Barros Daltro de Castro
REITOR
José Bites de Carvalho

VICE-REITOR
Marcelo Duarte Dantas de Avila

PRO-REITORA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO


Dayse Lago de Miranda

PRO-REITORA DE PESQUISA E ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO


Tania Maria Hetkowski

PRO-REITORA DE EXTENSÃO
Adriana dos Santos Marmori Lima

DIRETOR DO DEDC - CAMPUS XI


Jean da Silva Santos

DIRETORA SUBSTITUTA DO DEDC - CAMPUS XI


Jusceli Maria Oliveira de Carvalho Cardoso

COORDENADOR DO NUPE – CAMPUS XI


Janeide Bispo dos Santos

COMISSÃO ORGANIZADORA
Ana Paula Lopes
Diná Santana de Novais
Eder Vicente de Oliveira
Gildaite Moura de Queiroz
Ivonete Barreto de Amorim
Jean da Silva Santos
Jeane Ferreira de Oliveira
John Wolter Oliveira Silva
Juliana Melo Leite
Kelly Cristina Alves Silva
Krzysztof Dworak
Lousana de Jesus Santana
Márcia Torres Neri Santos
Maria Claudete M. Barbosa Estrela
Natiele Rios Rosario
Nélia de Mattos Monteiro
Raiane Cordeiro de Araújo
Sandra Célia Coelho Gomes da Silva
Selma Barros Daltro de Castro

COMITÊ CIENTÍFICO

Prof. Dr. Alcides Leão Santos Junior (UERN)


Prof. Dr. Alessandro Malpasso (UNAM)
Profa. Dra. Ana Cristina de Mendonça Santos (UNEB)
Profa. Msc. Ana Cristina Pereira (UNEB)
Prof. Dr. César Costa Vitorino (UNEB)
Profa. Dra. Cenilza Pereira dos Santos (UEFS)
Profa. Msc. Claudene Ferreira Mendes Rios (UNEB)
Profa. Dra. Cláudia Regina de Oliveira Vaz Torres (UNEB)
Profa. Dra. Danielle Ventura de Lima Pinheiro (UFPB)
Profa. Msc. Elisete Santana da Cruz França (FVC)
Prof. Dr. Emanuel Alberto Cardoso Monteiro (UNILAB)
Prof. Dr. Everton Nery Carneiro (UNEB)
Profa. Dra. Géssica Fabiely Fonseca (UFRN)
Profa. Msc. Gildaite Moura de Queiroz (UNEB)
Profa. Dra. Isaura Fontes (UNEB)
Prof. Dr. Ivan dos Reis Cardoso (UNEB)
Profa. Dra. Ivonete Barreto de Amorim (UNEB)
Profa. Dra. Janeide Bispo dos Santos (UNEB)
Profa. Dra. Januzia Souza Mendes (UNEB)
Prof. Dr. Janio Roque Barros de Castro (UNEB)
Profa. Dra. Jacqueline dos Santos Silva (UNEB)
Prof. Msc. Jean da Silva Santos (UNEB)
Prof. Dr. Jussara Fraga Portugal(UNEB)
Prof. Dr. Krzysztof Dworak (UC/ Lusófona)
Profa. Msc. Luciana Rios da Silva (FAT)
Prof. Dr. Marcelo Maximo Purificação (UNIFIMES)
Prof. Msc. Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros Ovídio (UNEB)
Profa. Dra. Márcia Torres Neri Santos (UNEB)
Profa. Dra. Marize Damiana Moura Batista e Batista (UNEB)
Profa. Msc. Miriam Barreto de Almeida Passos (UNEB)
Profa. Dra. Mônica Moreira de Oliveira Torres (UNEB)
Profa. Dra. Patrícia Julia Coelho (UNEB)
Prof. Dr. Paulo Cesar Borges Martins (UNEB)
Prof. Dr. Robério Pereira Barreto (UNEB)
Prof. Dra. Sandra Célia Coelho Gomes da Silva (UNEB)
Profa. Dra. Selma Barros Daltro de Castro (UNEB)
Profa. Dra. Simone Santos de Oliveira (UNEB)
Profa. Dra. Solange Mary Moreira Santos (UEFS)
Profa. Msc. Telma Regina Batista Nascimento (UNEB)

DIAGRAMAÇÃO
Jeane Ferreira de Oliveira
John Wolter Oliveira Silva
FICHA CATALOGRÁFICA
Sistema de Bibliotecas da UNEB
Maria Claudete Marques Barbosa Estrêla - CRB/ BA - 806

S471a Seminário Internacional Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento


Social. (3.: 2019: Serrinha, BA)
Anais [recurso eletrônico] . / Organizadoras: Ivonete Barreto de
Amorim; Selma Barros Daltro de Castro. - Serrinha: 2019.

Evento realizado pela: Universidade do Estado da Bahia,


Departamento de Educação Campus XI, Grupo de Pesquisa Educação,
Políticas Públicas e Desenvolvimento Social.

Modo de acesso: Internet.

ISSN 2527-001X

1. Pesquisa . 2. Iniciação Científica. I .Amorim, Ivonete Barreto.


II. Castro, Selma Barros III. Universidade do Estado da Bahia. IV. Título

CDD 001.4
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 16
PROGRAMAÇÃO 17
RESUMOS 34

Eixo 1 – Educação e Desenvolvimento Social: As políticas públicas nos


diversos contextos sociais

CONCEPÇÕES DE ENSINO PRESENTES NOS DOCUMENTOS OFICIAIS


E SEUS DESDOBRAMENTOS NA AVALIAÇÃO EXTERNA DA
EDUCAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DE SERRINHA/BA.
Alana Ramos dos Santos; Cenilza Pereira dos Santos. 34
HORTA ESCOLAR E SEGURANÇA ALIMENTAR: INSTRUMENTO
PEDAGÓGICO E SABER DIDÁTICO. Aline Oliveira Carneiro; Hélen
Cerqueira Araújo Bispo; Juciaylla Damião de Oliveira. 35
A PEDAGOGIA DA TOLERÂNCIA DE PAULO FREIRE E A PROPOSTA
PEDAGÓGICA DE ESCOLARIZAÇÃO DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE
PROSTITUIÇÃO NA CIDADE DE SALVADOR - BA ATRAVÉS DA EJA.
Ana Paula Aparecida de Assis, Manuela Estrela dos Santos e Verônica
Vieira Nunes. 37
AS ESCOLAS FAMÍLIAS AGRÍCOLAS (EFAS): ESPAÇOS DE
FORMAÇÃO E RESISTÊNCIA DO SUJEITO DO/NO CAMPO 1. Antônia
Euza Carneiro de Souza. 39
CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EFETIVIDADE DAS
DIRETRIZES DO PNAE. Dario da Silva Monte Nero; Alexandre Américo
Almassy Júnior. 41
PROCESSOS EDUCATIVOS EM AGROECOLOGIA: TENCIONANDO
OUTROS OLHARES DA JUVENTUDE RURAL. Edeilson Brito de Souza;
Dione Costa Santos; Heron Ferreira Souza. 42
LENDO O MUNDO PARA ESCREVER O LUGAR: INDO ALÉM DAS
OLIMPÍADAS DE LÍNGUA PORTUGUESA. Elieci Gomes de Santana; Ana
de Jesus Lima. 44
UNEB E UATI - A IMPORTÂNCIA DE RELAÇÕES INTERGERACIONAIS
ENTRE ESTUDANTES PARA A PROMOÇÃO DO CONHECIMENTO.
Fernando de Souza Nunes; Júlio César Gomes Santos. 46
EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESCOLAR: AÇÕES E REFLEXÕES PRÁTICAS
NO MUNICÍPIO DE SERRINHA-BA. Gabriel Carneiro Araujo Oliveira; Maria
Eduarda da Silva Carvalho; Richard Silvestre Silva Santos. 47
EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: A INSERÇÃO DOS FORMANDOS
DO ENSINO SUPERIOR NO MERCADO DE TRABALHO NO MUNICIPIO
DE FEIRA DE SANTANA. Gesner Brehmer de Araújo Silva; José Raimundo
Oliveira; Hélio Ponce Cunha.
49
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA DO EDUCADOR DA
EJA. Glauce Maciel Barbosa Pereira; Robson Santos Pereira; Lourival Luz
Bomfim Filho. 51
O GESTOR ESCOLAR E SUA REGULAMENTAÇÃO NOS PLANOS DE
CARREIRA DE ALGUNS MUNICÍPIOS TIPS. Hemily Araujo dos Santos;
Paula da Silva Damião; Selma Barros Daltro de Castro. 53
AS FORMAS DE PROVIMENTO DO CARGO DE DIRETOR EM ESCOLAS
DA REDE MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA. Iane Cunha Oliveira;
Solange Mary Moreira Santos. 55
FORMAÇÃO DOCENTE E EDUCAÇÃO BÁSICA: NARRATIVAS
FORMATIVAS DE PROFESSORAS- ESTUDANTES DO CURSO DE
PEDAGOGIA DA UNEB/CAMPUS XI. Irani Almeida de Jesus Barreto. 56
O PAR COMO MECANISMO DE POLÍTICA PÚBLICA NA LITERATURA
DA POLÍTICA EDUCACIONAL. Jacqueline Nunes Araújo. 57
EDUCAÇÃO E CISTERNAS: DIMENSÕES NO PROCESSO EDUCATIVO.
Joan Araújo Carneiro; Rubinaldo Almeida de Sena; Fagner de Aquino
Oliveira. 59
A EDUCAÇÃO ESCOLAR E A FORMAÇÃO DA CLASSE
TRABALHADORA NA PERSPECTIVA DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO.
Joseane da Conceição Pereira Costa; Davi Silva da Costa. 61
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AGROECOLOGIA: FERRAMENTAS DE
APRENDIZAGEM SOBRE O MANEJO DO SOLO NO SEMIÁRIDO.
Juciaylla Damião de Oliveira; Aline Oliveira Carneiro; Raquel Moura dos
Santos. 63
TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL DO POVOADO ALTO EM
TUCANO-BAHIA. Juliana Andrade do Carmo Martins; Francisca de Paula
Santos da Silva; Alfredo Eurico Rodrigues Matta. 65
DA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA O ACESSO AO MERCADO
INSTITUCIONAL – PNAE: UMA ANÁLISE DOS AGRICULTORES
FAMILIARES DA COMUNIDADE DE BASTIÃO E DO SOSSEGO NO
MUNICÍPIO DE RETIROLÂNDIA – BAHIA. Kamilla Ferreira da Silva Santos. 67
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS E CONTEMPORÂNEAS DA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL NO BRASIL. Karine das Neves Paixão Silva; Selma Barros
Daltro de Castro; Maria Lucia de Fátima Melo Alves Calábria. 69
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA DIFUSÃO DO LIVRO E LEITURA NO
BRASIL: CENAS CONTEMPORÂNEAS. Karolaine Soares dos Santos;
Abinalio Ubiratan da Cruz Subrinho. 71
POLÍTICAS PÚBLICAS E HORTA COMUNITÁRIA MEDICINAL:
CONSTRUINDO MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA USO EM PROJETOS 72
ASSOCIATIVOS. Karoline Oliveira Silva.
“SE LIGA”: A DINÂMICA DAS RELAÇÕES COM A IMPLEMENTAÇÃO
DOS PROGRAMAS PRIVADOS NA ESCOLA PÚBLICA. Kássia Suely
Ribeiro de Jesus; Jacqueline Nunes Araújo. 73
EL PROCESO DE SOBRECULTURALIDAD OBSERVADO EN EL MUSEO
DE LA GENTE SERGIPANA. Kelly Cristina Alves Silva. 75
ENSINO DE HISTÓRIA E FORMAÇÃO IDENTITÁRIA: UM OLHAR SOBRE
O TERRITÓRIO RECÔNCAVO BAIANO. Leandro Oliveira de Menezes;
Simone Santos de Oliveira. 76
INTERNACIONALIZACIÓN DE PROCESOS ACADÉMICO-FORMATIVOS:
EXPERIENCIAS DE PROFESORES INVESTIGADORES BRASILEÑOS EM
PAÍSES EDUCATIVOS DEL MERCOSUL. Levi Menezes Varjão; Jusceli
Maria Oliveira de Carvalho Cardoso; Nélida Idalina Palácios de Girett. 78
O DIREITO À EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DO
CAMPO: ORDENAMENTO JURÍDICO E AS CONTRIBUÇÕES DOS
JOGOS E BRINCADEIRAS. Luciana Freitas de Oliveira Almeida; Elizabete
Pereira Barbosa. 80
PROJETO UM CAMINHAR PARA A CIDADANIA: DESENVOLVIMENTO
DE POLÍTICAS PÚBLICAS NA RELAÇÃO PMBA E ESCOLA. Luciano
Araújo Lima; Aline Maria da Conceição de Jesus. 81
GESTÃO DA EDUCAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA: O QUE REVELAM OS
DOCUMENTOS NORMATIVOS DO SISTEMA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
(1990-2015) . Maciela Mikaelly Carneiro de Araújo; Solange Mary Moreira
Santos. 83
REFLEXÕES ACERCA DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E A
POLÍTCA DE FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOCENTE: ENTRE O
LEGAL E O REAL. Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros Ovídio; Antonio
Amorim; Eduardo José Fernandes Nunes. 84
O ENSINO DA SUSTENTABILIDADE NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DE EMPRESAS, REFLEXÕES SOBRE A TEMÁTICA NA UNEB - CAMPUS
XI - SERRINHA-BA. Manuela Novaes dos Santos; Janúzia Souza Mendes
de Araújo. 86
A GESTÃO ESCOLAR NO PME EM MUNICÍPIOS DO TIPS. Manuela
Ribeiro de Jesus; Silvaneide Santos Cordeiro. 87
FORMAÇÃO E AUTOFORMAÇÃO: MOVIMENTOS FEMINISTAS EM
AÇÃO. Márcia Lidiane Rodrigues Santana; Elisete Santana da Cruz França. 88
EDUCAÇÃO DO CAMPO E POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS A
SEGURANÇA ALIMENTAR. Maria Angelina Santos de Jesus; Maria
Auxiliadora Freitas dos Santos. 90
TIC EN EDUCACIÓN INFANTIL: ACCESO Y USO DESIGUAL EN
ARGENTINA Y BRASIL. María Alejandra Silva; Ivonete Barreto Amorim. 92
AÇÕES AFIRMATIVAS, MULHERES NEGRAS, INTERSECCIONALIDADE:
A EXPERIÊNCIA DAS GRADUANDAS DO CURSO DE DIREITO NA UNEB 94
– CAMPUS I. Marianna Claudino Moreira Silva; Fabrício Nascimento
Oliveira; Milene Diane dos Santos de Almeida.
QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE DO DOCENTE: SABERES EXPRESSOS
EM DISSERTAÇÕES DISPONÍVEIS EM UM BANCO DE DADOS. Noemia
Melo de Jesus; Selma Barros Daltro de Castro. 96
RELIGIÃO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: REVISITANDO LITERATURA
PRODUZIDA NOS ANOS ÚLTIMOS CINCO ANOS NO PROGRAMAS DE
PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO DO
NORDESTE BRASILEIRO. Rafaela de Carvalho Azevedo; Valéria Antunes
Dias; Sandra Célia Coelho G. Silva. 97
PRÁTICA DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR: DESAFIOS E
EXPERIÊNCIAS. Raiane Cordeiro de Araújo. 99
A EDUCAÇÃO SUSTENTÁVEL COMO ESTRATÉGIA PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIAL. Renato Alves Vieira de Melo; Kelly Cristina
A. Silva. 100
CISTERNAS CALÇADÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL NO
MUNICÍPIO DE SERRINHA-BA. Rubinaldo Almeida de Sena; Joan Araújo
Carneiro; Fagner de Aquino Oliveira. 102
A CARACTERIZAÇÃO FISICA COMO INSTRUMENTO DE
PLANEJAMENTO NO DESENVOLVIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS.
Sarah Andrade Sampaio; Sirius Oliveira Souza. 104
ANÁLISE DE DISCURSOS DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE
DIREITOS HUMANOS. Tatielle Gomes Rodrigues. 106
A EDUCAÇÃO DO CAMPO, A ESCOLA DA TERRA E A PEDAGOGIA
ISTÓRICO-CRÍTICA NO CONTEXTO DA REDE MUNICIPAL DE
SERRINHA. Virginia Gonçalves de Souza Santos; Janeide Bispo dos
Santos. 107
O OLHAR DA PSICOLOGIA ACERCA DA INDISCIPLINA NA SALA DE
AULA. Yones dos Santos Oliveira; Luciana Rios da Silva. 109

Eixo 2 - História da Educação, Currículo e Formação

A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE A EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA NA


BAHIA (1970 A 1990). Aline Pimentel Cupertino; Faní Quitéria Nascimento
Rehem. 110
EDUCAÇÃO INFANTIL: AS CONTRIBUIÇÕES DO CURSO DE
PEDAGOGIA NA FORMAÇÃO DOCENTE. Ana Cláudia Mota Estevam. 111
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
DE ESCOLAS PÚBLICAS DO CAMPO DE FEIRA DE SANTANA/BA. Ana
Cristina Santos Silva; Irlana Jane Menas da Silva. 113
JOGOS E BRINCADEIRAS NA INCLUSÃO DE PESSOAS COM
NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NO CONTEXTO
ESCOLAR. Antonia do Nascimento Pereira Santos; Ana Rosa Santos Farias. 114
ANÁLISE DOCUMENTAL SOBRE AUTONOMIA E TABALHO DOCENTE:
CONCEPÇÕES E POSSIBILIDADES. Carla Assueira da Silva Oliveira;
Cenilza Pereira dos Santos. 115
PEDAGOGOS EM FORMAÇÃO: ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE
SOLUÇÕES DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS. Claudene Ferreira Mendes
Rios. 116
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E FORMAÇÃO CONTINUADA: OUTRAS
FORMAS DE (RE) PENSAR A PRÁTICA DOCENTE. Dailza Araújo Lopes. 118
PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE FEIRA DE
SANTANA: DEFINIÇÕES E CONCEPÇÕES SOBRE CURRÍCULO
ESCOLAR. Darlene Silva Miranda Lima; Fabiana Castelo Branco de
Santana; Maria José Araújo Meireles. 119
JORNAL FOLHA DO NORTE: UMA REPRESENTAÇÃO SOCIAL E
HISTÓRICA DA ESCOLA NORMAL DE FEIRA DE SANTANA, A
PRINCESA DO SERTÃO. Edilsa Mota Santos Bastos; Magno Junior Guedes
dos Santos Reis. 121
ORDENAMENTO JURÍDICO E O ACESSO ESCOLAR: CONTRADIÇÕES
ENTRE O LEGAL E O REAL NAS ESCOLAS DO RECÔNCAVO. Elizabete
Pereira Barbosa. 123
SER ESTUDANTE E BOLSISTA DE IC/CNPQ NA UNEB CAMPUS XI:
DESAFIOS E POSSIBILIDADES. Erica de Jesus Santos; Natiele Rios
Rosario; Ivonete Barreto de Amorim. 124
AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO (ANA): CONTRIBUIÇÕES
DESTE INSTRUMENTO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS
PROFESSORES. Franclécia Barreto; Naiara Mercês; Renata Adrian. 126
NARRATIVAS SOBRE A MATEMÁTICA QUE APRENDEMOS:
PERSPECTIVAS DE UM ESTUDANTE DE PEDAGOGIA. Givanildo Santos
de Almeida; Claudene Ferreira Mendes Rios. 127
METODOLOGIA DO ENSINO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR:
PERSPECTIVAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS DO PROFISSIONAL
DOCENTE. John Wolter Oliveira Silva; Raiane Cordeiro de Araújo. 129
ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM SINDROME DE DOWN: UM
ESTUDO DE CASO EM UMA ESCOLA DE SALVADOR – BA. Juliana
Conceição Marques da Cruz; Juliana Gonçalves dos Santos. 131
EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPO INTEGRAL: PERSPECTIVA
DOCENTE. Laiza Tatielle do Amaral Santos; Faní Quitéria Nascimento
Rehem. 132
O PIBID E A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: EXPECTATIVAS E
INQUIETAÇÕES NO/DO CHÃO DA ESCOLA PÚBLICA. Lavínia Lima
Nunes da Silva; Manuela Machado dos Santos. 133
FORMAÇÃO E IDENTIDADE DOCENTE: DIMENSÕES DA AUTOIMAGEM
PARA UM TRABALHO MAIS SIGNIFICATIVO. Lidiane Almeida de Oliveira;
Faní Quitéria Nascimento Rehem. 135
IDENTIDADE DOCENTE: HISTÓRIAS, CONCEPÇÕES E SUAS
NUANCES. Lisandra de Oliveira Sampaio Leonidas.
136
REFLEXÕES ACERCA DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E A
POLÍTCA DE FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOCENTE: ENTRE O
LEGAL E O REAL. Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros Ovídio; Antonio
Amorim; Eduardo José Fernandes Nunes. 138
RELAÇÕES RACIAIS E DE GENÊRO: MAPEANDO PESQUISAS E
REPERCUSSÕES NAS LICECIATURAS DO DEPARTAMENTO DE
EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-CAMPUS XI.
Maíra da Silva Costa; Lícia Maria de Lima Barbosa. 140
FIOS E DESAFIOS QUE TECEM A FORMAÇÃO DOCENTE. Maria Cristina
Rodrigues Oliveira; Fabíola Silva de Oliveira Vilas Boas. 142
DESCORTINANDO O PERFIL DOS INGRESSANTES DO CURSO DE
LICENCIATURA PEDAGOGIA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA. Maria
Eurácia Barreto de Andrade; Sineide Cerqueira Estrela. 143
FORMAÇÃO DO/A PROFESSOR/A PESQUISADOR/A NO CONTEXTO DA
ESCOLA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS. Mônica Moreira de Oliveira
Torres; Cecília Maria de Alencar Menezes. 145
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PERSPECTIVAS DE
UMA PESQUISA NO PARFOR/PEDAGOGIA/SERRINHA-BA. Natiele Rios
Rosario. 147
PRÁTICA DE MONITORIA NA FORMAÇÃO DOCENTE: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA. Vanessa da Rocha Silva Reis; Camila Bahia Goes. 149
BOLSISTA PICIN/VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO CAMPUS
XI: PERCUSOS E PERCALÇOS. Vanessa Goes Lima; Maria Manoela dos
Santos Silva; Ivonete Barreto de Amorim. 151

Eixo 3 - Instituições escolares, Arranjos familiares e Diversidade

DEFICIÊNCIA: EXPRESSÃO DE DIFERENÇA OU DESIGUALDADE?.


Camila Bahia Góes; Romualdo Luiz Portela de Oliveira. 153
O (NÃO) LUGAR DA ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
SEXUAL E DE GÊNERO DE JOVENS HOMOSSEXUAIS. Fabiana Castelo
Branco de Santana. 155
NARRATIVAS DE PROFESSORAS NEGRAS NO ENSINO SUPERIOR:
REFLEXÕES A PARTIR DAS IDENTIDADES E
INTERSECCIONALIDADES. Gersier Ribeiro dos Santos; Lícia Maria de
Lima Barbosa. 157
A COSNTRUÇÃO DA APRENDIZAGEM DO ESTUDANTE COM
DEFICIÊNCIA VISUAL: UM OLHAR SOBRE OS JOGOS PEDAGÓGICOS
NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DO CAPENE.
Jaciene de Oliveira Queiroz; Gildaite Moura de Queiroz. 159
RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA: PERCEPÇÃO DOCENTE ACERCA DOS
IMPACTOS DE CONFLITOS FAMILIARES SOBRE O
DESENVOLVIMENTO ESCOLAR DE CRIANÇAS DE EDUCAÇAO
INFANTIL. Jaqueline Santos Queiroz; Daniela Cerqueira Santos; Luciana
Rios da Silva. 161
TRANSEXUALIDADE, RELAÇÕES RACIAIS E EDUCAÇÃO:
NARRATIVAS DAS TRAJETÓRIAS ESCOLARES DE JOVENS
MULHERES TRANSEXUAIS NEGRAS. José Mateus Carvalho dos Santos;
Lícia Maria de Lima Barbosa. 162
POR DENTRO DO UNIVERSO AUTISTA: EXPERIÊNCIA DE INCLUSÃO
DE UM JOVEM COM TEA, CONSTRUÍDA COLABORATIVAMENTE.
Juliane Mota Araújo. 164
DESAFIOS DE INCLUIR JOVENS COM SÍNDROMES RARAS NA
DINÂMICA DO ENSINO MÉDIO: CRIANDO PONTES PARA
APRENDIZAGEM. Jusceli Maria Oliveira de Carvalho Cardoso; Rita de
Cássia Nunes de Carvalho. 166
O DOCENTE NEGRO NA ESCOLA PARTICULAR DE CLASSE
MÉDIA/ALTA: TRAJETÓRIA PROFISSIONAL. Karina Macêdo de Assis. 168
VOZES QUE ECOAM: EMPODERAMENTO DE GESTORAS ESCOLARES
ADVINDAS DA ÁREA RURAL DO MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA - BA.
Marilene dos Santos Queiroz; Lícia Maria de Lima Barbosa. 170
RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A
PRODUTIVIDADE ESCOLAR: EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NAS SÉRIES INICIAIS EM UMA ESCOLA
DA ZONA RURAL DE SERRINHA. Mikaele dos Santos Silva Araujo; Gildaite
Moura de Queiroz. 172
O FAZER DOCENTE E A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) NO ENSINO
FUNDAMENTAL I. Monaliza dos Santos Xavier; Thaís Almeida os Santos;
Ana Conceição Alves Santiago. 174
POLITICAMENTE (IN)CORRETO? DIVERSIDADES SEXUAIS E DE
GÊNEROS NA ESCOLA A PARTIR DEARRATIVAS E INTERLOCUÇÕES
DE JOVENS ESTUDANTES. Pollyanna Rezende Campos. 175
COOPERAR COM O ENSINO MÉDIO: A EXPERIÊNCIA DO
COOPERATIVISMO EM ESCOLAS DE SERRINHA - BA. Valéria Carneiro
Ferreira; Gabriele de Souza Cupertino Martins; Matheus Gomes Pereira. 176

Eixo 4 - Novas formas de subjetivação e Organização comunitária

LETRAMENTO LITERÁRIO: LITERATURA PERIFÉRICO-MARGINAL


LOCAL PARA A FORMAÇÃO DE LEITOR. Adailce Celestina de Deus;
Denise Dias de Carvalho Sousa. 178
AS PRÁTICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA NA COMUNIDADE DE
SALGADO: OS CÍRCULOS BÍBLICOS COMO ELEMENTO DE
ARTICULAÇÃO SOCIAL. Ana Paula Araújo Lopes; Ivna Herbênia Silva
Souza. 180
A DANÇA E A GINÁSTICA NOS CÍRCULOS DE CONVIVÊNCIA SOCIAL
COM A TERCEIRA IDADE: CIDADANIA E INCLUSÃO SOCIAL NA
COMUNIDADE DE SÃO GONÇALO DO RETIRO. Angelo Márcio Correia da
Conceição; Fabiana Santos Céu; Márcio Costa Vitorino. 182
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO EM
DIREITOS HUMANOS. Cláudia Regina Vaz Torres; Alexnaldo Teixeira
Rodrigues; Tereza Cristina Pereira Carvalho Fagundes. 184
O DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS ASSOCIATIVISTAS NO
ESPAÇO URBANO DE SERRINHA/BA. Jadson Santiago dos Santos;
Agripino Souza Coelho Neto. 186
METAMORFOSE DE LEITURA. Jamim Santa Bárbara Santos; Irlana Jane
Menas da Silva. 188
A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL NO PROCESSO DE
RUPTURA DA DOMINAÇÃO HEGEMÔNICA: ANALISANDO O
ASSOCIATIVISMO NO CONTEXTO DO TERRITORIO DO SISAL. Janio
Roque Barros de Castro; Ana Paula Araújo Lopes; Janeide Bispo dos
Santos. 189
A COMPREENSÃO DOS IMPACTOS DO ESTRESSE NO TRABALHO
DOCENTE Marinalva de Souza Teixeira Silva; Janara Aparecida Teixeira
Batista; Cláudia Regina de Oliveira Vaz Torres. 191
URBANIDADE E RURALIDADES EM QUESTÃO: UM OLHAR SOBRE AS
RELAÇÕES ENTRE O RURAL E O URBANO NO MUNICÍPIO DE ÁGUA
FRIA/BA. Mário José dos Santos Fagundes; Agripino Souza Coelho Neto. 192

Eixo 5 - Novos contextos de Aprendizagem

TERNO DE REIS: PROPOSTA DE AÇÃO/INTERVENÇÃO NUMA ESCOLA


MUNICIPAL EM GENIPAPO DE SAÚDE- BA. Adão Fernandes Lopes. 194
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA: INSTRUMENTALIZAÇÃO
DA PRÁTICA DOCENTE NO ÂMBITO DA GEOGRAFIA ESCOLAR. Adriele
de Lima Costa; Damires da Mota Oliveira; John Wolter. 196
INTERVENÇÕES COLABORATIVAS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE
LEITORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Antônia Maria de Jesus; Ravena
Lima Santana; Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros Ovídio. 198
EMPREENDEDORISMO COMO PROCESSO CURRICULAR NOS CURSOS
TÉCNICOS DO CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
EM SAÚDE DO CENTRO BAIANO. Arnaldo Sebastião da Silva Neto; Mirian
Almeida de Menezes; Elizabeth Mota Nazareth de Almeida. 200
AÇÕES DE LETRAMENTOS SOCIAIS COM TEXTOS DO GRUPO
CULTURAL LAMPARINAS DO SERTÃO. Bárbara Celeste Teixeira de
Souza Evangelista; Robério Pereira Barreto; Elaína Cristina Araújo de Maria 202
Muniz.
O PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS ENQUANTO DIMENSÃO
FORMATIVA DO LICENCIANDO EM GEOGRAFIA. Caio Santos Rodrigues. 204
QUATRO “OLHARES” DE POSSENTI SOBRE ENSINO DE GRAMÁTICA
(NA ESCOLA). César Costa Vitorino; Constância Maria Borges de Souza;
Cristovao Luis Souza Santos. 206
OS DESAFIOS DA INDISCIPLINA NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
NUMA ESCOLA PÚBLICA DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
EM SERRINHA-BA. Cledson Santos de Souza; Jacqueline dos Santos Silva. 208
INTERFACES ENTRE A ABORDAGEM DOS CONCEITOS
GEOGRÁFICOS NOS LIVROS DIDÁTICOS E NO SABER-FAZER NA
ESCOLA: EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA E NARRATIVAS DE
PROFESSORES DE GEOGRAFIA.. Cleidinai Lima Santana; Jussara Fraga
Portugal. 209
LAS TECNOLOGÍAS DE LA INFORMACIÓN Y COMUNICACIÓN Y LA
RELACIÓN CON EL MUSEO. Daniel Valério Martins; Kelly Cristina Alves
Silva. 211
LETRAMENTOS NA ESCOLA: POR UM ENSINO PLURAL DAS
PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA EM SALA DE AULA. Daniela dos
Reis Santos Lima. 213
CURSO PROFISSIONALIZANTE EM AGROEOCOLOGIA E SUAS
ATUAÇÕES NO TERRITÓRIO DO SISAL. Dariele Franscisca Oliveira de
Jesus; Graziele Lima Cruz; Ludimila Santos Santana. 215
VIVÊNCIAS DE ESTÁGIO III: OS DESAFIOS NOS PROCESSOS DE
CONSTRUÇÃO DA LEITURA E ESCRITA NOS ANOS INICIAIS. Derivânia
de Jesus Santos; Cenilza Pereira dos Santos. 217
INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM ESCOLAS MULTISSERIADAS:
CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA SABERES DO CAMPO PARA O
MUNICÍPIO DE QUIXABEIRA-BA. Éden Santos de Castro. 218
O BRINCAR E AS APRENDIZAGENS SOCIAIS DA CRIANÇA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL. Edna Silva Santos; Renata Adrian Ribeiro Santos
Ramos. 220
O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA CONTEMPORANEIDADE: AS
TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO
ALIADAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO
BÁSICA. Elizabeth Mota Nazareth de Almeida; Arnaldo Sebastião da Silva
Neto; Mirian Almeida de Menezes. 222
PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS COMUNITÁRIAS: CONTEXTOS PARA A
FORMAÇÃO CIDADÃ E APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA LOCAL.
Erisvaldo Santos Souza; Francisca de Paula S. da Silva; Alfredo E.
Rodrigues Matta. 224
CHATBOT NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. Fábio Jose de
Castro e Lima; Yanna Leidy Ketley Fernandes Cruz; Antonio Fhillipi Maciel 226
Silva.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DE PAULO FREIRE E OS
ARGUMENTOS JUSFILOSÓFICOS DE NORBERTO BOBBIO: A LABUTA
POR UMA VISÃO MAIS HUMANIZADORA NOS CURSOS DE DIREITO DA
UNEB E DA FVC. Filipe Costa; Leonardo da Silva Vitorino; Lívia Assunção
Vitorino. 227
PROJETO DE EXTENSÃO ALFAGARIS: UMA REFLEXÃO SOBRE AS
EXPERIÊNCIAS ALFABETIZADORA. Geisa Sousa Salomão; Rogéria
Gonçalves Mota. 229
A CATEGORIA TERRITÓRIO PRESENTE NOS LIVROS DIDÁTICOS DE
GEOGRAFIA DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DO PNLD. Gilton
Cruz dos Santos; Simone Santos de Oliveira. 231
CIÊNCIA NA ESCOLA: EXPERIMENTAÇÃO CONTEXTUALIZADA,
INTERDISCIPLINAR, E PROBLEMATIZADORA DO MUNDO VIVIDO NO
MUNICÍPIO DE SERRINHA – BA. Giovane Araujo Carneiro; Duílio de Castro
Santos; Josenilda dos Santos Anunciação. 232
HORTA AGROECOLÓGICA: CONSTRUINDO SABERES POR MEIO DA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Graziele Lima Cruz; Graziele de Oliveira Moura. 234
EDUCAÇÃO INFANTIL É LUGAR DE BRINCAR? UMA INVESTIGAÇÃO
SOBRE A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DO BRINCAR NA ESCOLA. Iranésia
Santos Barbosa; Beatriz Santos Moura; Milena Helen de Jesus Oliveira. 236
UNIVERSIDADE E ESCOLA BÁSICA: UMA PROPOSTA DE
INTERVENÇÃO EDUCATIVA EM CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM.
Izabel Cristina Lima Dias Alves; Marcia Torres Neri Soares; Mônica Moreira
de Oliveira Torres. 238
O QUE OUVIMOS, O QUE VIMOS E O QUE PRECISAMOS APRENDER
SOBRE O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Janiquele Silva Mota;
Fabiana Ramos Araújo Santos; Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros
Ovídio. 240
ENSINO-PESQUISA E EXTENSÃO VIVENCIADOS POR ESTUDANTES
SURDOS NO IF BAIANO – CAMPUS SERRINHA: UMA EXPERIÊNCIA
COM SEMENTES CRIOULAS. Jean Carlos Cardoso Silva Júnior; Vinícius
Marques de Santana; Cristiane Barbosa Reis. 242
DINÂMICA DO NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO DO DEDC XI DA UNEB
ATRAVÉS DA PRÁTICA DO JORNALISMO. Juliana Melo Leite; Jonh
Kenned Firmino Carneiro. 244
NARRATIVAS DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA EM FORMAÇÃO
INICIAL: EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA, PIBID E APRENDIZAGENS
DA/NA/SOBRE A DOCÊNCIA. Jussara Fraga Portugal. 246
PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
SOBRE O APOIO FAMILIAR PARA PERMANÊNCIA E CONCLUSÃO DO
CURSO. Luciana Rios da Silva; Elaine Pedreira Rabinovich. 247
COMPREENSÃO SOBRE A EPISTEMOLOGIA AFRICANA PARA O 248
EXERCÍCIO DOCENTE: A PSICOLINGUÍSTICA DA LEITURA NA
PROPOSTA DE MEDIAÇÃO EM SALA DE AULA. Laryssa Victoria dos
Santos Valente; César Costa Vitorino; Jhon Wanderson Nogueira Santana.
O ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: REFLEXÕES
SOBRE UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO PARA A DOCÊNCIA.
Ludmila de Almeida Miranda; Gildaite Moura de Queiroz. 250
IMAGENS DO RELEVO: A LINGUAGEM IMAGÉTICA E SUAS
POTENCIALIDADES PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA. Manuela
Evangelista da Silva. 251
UMA PRÁTICA COM MULTILETRAMENTOS UTIZADO APARATOS
DIGITAIS: ESTUDO SOBRE A POPULAÇÃO DE SANTALUZ A PARTIR
DE DADOS DO IBGE. Maria Aparecida de Oliveira Gordiano; Ely Makeise
Araújo dos Santos Martins; Ilka Meyre Alves da Silva. 253
CONSTRUINDO A RELAÇÃO ENTRE GEOGRAFIA ESCOLAR E LUGAR
DE VIVÊNCIA-UMA CONTRIBUIÇÃO DOS MATERIAIS DIDÁTICOS
SOBRE FEIRA DE SANTANA/BA. Mariana Oliveira de Jesús; Cléa Cardoso
da Rocha. 254
COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO ENGENHO DA PONTE:
LUGAR DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO, SOLIDARIEDADE,
INCLUSÃO E TRABALHO. Mario Antonio Santana de Oliveira; César Costa
Vitorino. 256
NARRATIVAS DO FAZER DOCENTE: O TCC, SUAS AÇÕES,
ARTICULAÇÕES E DESAFIOS. Miriam Barreto de Almeida Passos. 258
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DIGITAIS: O CHROMEBOOK, A SALA DE
AULA E SUAS POSSIBILIDADES. Mirian Almeida de Menezes; Elizabeth
Mota Nazareth de Almeida; Arnaldo Sebastião da Silva Neto. 259
ORIENTAÇÃO, MOBILIDADE E AUDIODESCRIÇÃO: DISPOSITIVOS
PARA A INCLUSÃO DA PESSOA CEGA NA UNEB - CAMPUS XI. Nélia de
Mattos Monteiro; Márcia Raimunda de Jesus Moreira da Silva; Jusceli Maria
Oliveira de Carvalho Cardoso. 261
O MINICONTO NA SALA DE AULA: AÇÕES LETRAMENTOS NO ENSINO
FUNDAMENTAL I. Robério Pereira Barreto. Elaína Cristina Araújo de Maria
Muniz; Bárbara Celeste Teixeira de Souza Evangelista. 263
PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DO 6º ANO DO COLÉGIO MUNICIPAL
DE BIRITINGA SOBRE HORTA E HORTALIÇAS. Shamara Santos
Gonçalves; Xaiany Silva Gonçalves; Erasto Viana Silva Gama. 265
PROJETO DE LETRAMENTO: UMA EXPERIÊNCIA PARA ALÉM DOS
MUROS DA ESCOLA. Sineide Cerqueira Estrela; Maria Eurácia Barreto de
Andrade. 267
OS DISPOSITIVOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS INTEGRADOS AO
ENSINO DA GEOGRAFIA ESCOLAR: GEOGRAFIA EM FLUXO,
MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS ENTRE A BAHIA E A REGIÃO SUDESTE.
Valdirene Barbosa dos Santos; Gerlane dos Santos Carvalho; Vitória Letícia
de Jesus Sousa. 269
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II: EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS NA
TURMA DO 7º ANO (A) DA ESCOLA MUNICIPAL MARIA ÁUREA
PIMENTEL FERREIRA. Vanessa das Mercês Silva Lima; John Wolter
Oliveira Silva. 271
A INSERÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA
PÚBLICA DE SALVADOR NA PESQUISA CIENTÍFICA EM CIÊNCIAS
SOCIAIS. Wanderlene Cardozo Ferreira Reis; Pollyanna Rezende Campos. 273
IMPLANTAÇÃO DE HORTA ESCOLAR NO COLÉGIO MUNICIPAL DE
BIRITINGA: UM ESPAÇO DE TROCA E MÚLTIPLOS APRENDIZADOS.
Xaiany Silva Gonçalves; Shamara Santos Gonçalves; Erasto Viana Silva
Gama. 275

Eixo 6 - Políticas Públicas, Inovação e Métodos de Ensino para Nativos


Digitais

EM TOUCHES E EM CLIQUES: A FORMAÇÃO LEITORA POR


INTERMÉDIO DAS REDES SOCIAIS DA INTERNET. Abinalio Ubiratan da
Cruz Subrinho; Denise Dias de Carvalho Sousa. 277
EDUCAÇÃO PARA ALÉM DO CÁRCERE. Elisângela Silva Araújo; Jean da
Silva Santos; Camila Facundo Lima. 279
PROJETO KIDS BLOCK: INICIAÇÃO A PROGRAMAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DE JOGOS PARA CRIANÇAS. Emmanuelle Silva
Lisboa da Conceição; Ana Verônica Campos da Silva; Yanna Leidy Ketley
Fernandes Cruz. 281
O USO DO FACEBOOK E SUAS INTERFACES COM O PROCESSO DE
ENSINO E DE APRENDIZAGEM. Érica Santos Araújo; Úrsula Cunha
Anecleto. 283
PRÉ-VESTIBULAR UNIVERSIDADE PARA TODOS: TECENDO OS FIOS
DA ESPERANÇA E DO ACESSO A EDUCAÇÃO SUPERIOR NO
TERRITÓRIO DO SISAL BAIANO. Jean da Silva Santos; Luci Ana
Gonçalves Rosa Lopes. 285
INTERVENÇÃO EDUCATIVA NA SAÚDE PARA A PREVENÇÃO DE
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NO COLÉGIO
ESTADUAL TEIXEIRA DE FREITAS, SENHOR DO BONFIM – BA. Laís
Silva dos Santos; Jean da Silva Santos. 287
PARADIGMA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTANCIA NO BRASIL E
SEUS AVANÇOS. Laylla Luiza Pires de Araújo; Dario da Silva Monte Nero. 288
VIVÊNCIAS TECNOLÓGICAS NA ESCOLA PÚBLICA: COCRIAÇÃO E
PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS DIGITAIS EM SALA DE AULA. Luciana
Oliveira Lago. 289
O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA
NAS TURMAS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA ILHA DE
ITAPARICA/BA. Marcio Cabral de Sousa Santos. 290
16

APRESENTAÇÃO

O III seminário é promovido pelo Grupo de Pesquisa Educação, Políticas Públicas e


Desenvolvimento Social (EPODS), da Universidade do Estado da Bahia, do
Departamento de Educação/Campus XI - Serrinha, organizado e executado por
pesquisadores, estudantes e técnicos que compõem o grupo.

Em tempo, ratificamos que a pesquisa, o ensino e a extensão constitui-se em tripé


fundante na formação profissional de estudantes no âmbito da universidade que
preza pela qualidade. Com efeito, o III Seminário Internacional Educação, Políticas
Públicas e Desenvolvimento Social visa disseminar pesquisas oriundas de
Conclusão de Curso (TCC, Dissertações, Teses), Iniciação Científica e resultados de
pesquisas vinculados à Grupos de Pesquisa, PIBID, Experiência Profissional, Projeto
de Extensão e de Ensino.

Objetivos

❖ Socializar e debater pesquisas que ampliem os conhecimentos sobre


a relação educação, políticas públicas e desenvolvimento social, com
vistas a desvelar a complexidade de saberes e práticas educativas
concernentes, bem como as interfaces que tangenciam a formação
docente;
❖ Oportunizar a articulação entre ensino, pesquisa e extensão no DEDC
Campus XI e na Universidade;
❖ Fomentar a articulação de pesquisa em rede com outros grupos de
pesquisas e universidades;
❖ Fomentar a divulgação e sistematização de trabalhos acadêmicos e
científicos.
17

PROGRAMAÇÃO

26 de setembro de 2019 - Quinta-feira

07h – 09h – Credenciamento Local: Hall de Entrada.

09h – 09h30 - Atividade Cultural: Coral 30 de Junho.


Local: Auditório.

09h30 – 10h - Abertura oficial do evento: Mesa de abertura – Msc. Jean da Silva
Santos (Direção), Dra. Janeide Bispo dos Santos (NUPE), Dra. Ivonete Barreto de
Amorim (MPIES) e Dra. Selma Barros Daltro de Castro (EPODS).
Local: Auditório.

10h – 11h30 - Conferência de Abertura: “Políticas Públicas e Gestão da Educação


Superior” – Professora Doutora Lídia Boaventura Pimenta (GESTEC/UNEB) – com a
apresentação do Professor Msc. Jean da Silva Santos (UNEB).
Local: Auditório.

12h – 13h30 - INTERVALO

13h30–15h30 - Sessão de Comunicação


Local: Sala 01
Coordenação: Kássia Suely Ribeiro de Jesus e Selma Barros Daltro de Castro
Monitor (a): Paulo de Jesus Ribeiro
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 1 - Educação e Desenvolvimento Social: As Políticas Públicas nos diversos contextos
sociais
O DIREITO À EDUCAÇÃO FÍSICA NA
Luciana Freitas de Oliveira EDUCAÇÃO INFANTIL DO CAMPO:
Almeida UEFS ORDENAMENTO JURÍDICO E AS
Elizabete Pereira Barbosa CONTRIBUÇÕES DOS JOGOS E
BRINCADEIRAS

EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: A
Gesner Brehmer de Araújo Silva INSERÇÃO DOS FORMANDOS DO
José Raimundo Oliveira UEFS ENSINO SUPERIOR NO MERCADO DE
Hélio Ponce Cunha TRABALHO NO MUNICIPIO DE FEIRA DE
SANTANA
Colégio
Estadual LENDO O MUNDO PARA ESCREVER O
Elieci Gomes de Santana
Joaquim Inácio LUGAR: INDO ALÉM DAS OLIMPÍADAS
Ana de Jesus Lima de Carvalho DE LÍNGUA PORTUGUESA
(CEJIC)
Maciela Mikaelly Carneiro de GESTÃO DA EDUCAÇÃO NO ESTADO
Araújo UEFS DA BAHIA: O QUE REVELAM OS
Solange Mary Moreira Santos DOCUMENTOS NORMATIVOS DO
18

SISTEMA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO


(1990-2015)

15h30–17h - Sessão de Comunicação


AS FORMAS DE PROVIMENTO DO
Iane Cunha Oliveira CARGO DE DIRETOR EM ESCOLAS DA
UEFS
Solange Mary Moreira Santos REDE MUNICIPAL DE FEIRA DE
SANTANA

QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE DO


Noemia Melo de Jesus DOCENTE: SABERES EXPRESSOS EM
FAT
Selma Barros Daltro de Castro DISSERTAÇÕES DISPONÍVEIS EM UM
BANCO DE DADOS

O PAR COMO MECANISMO DE POLÍTICA


Jacqueline Nunes Araújo UEFS PÚBLICA NA LITERATURA DA POLÍTICA
EDUCACIONAL

“SE LIGA”: A DINÂMICA DAS


Kássia Suely Ribeiro de Jesus RELAÇÕES COM A IMPLEMENTAÇÃO
UEFS
Jacqueline Nunes Araújo DOS PROGRAMAS PRIVADOS NA
ESCOLA PÚBLICA

13h30–15h30 - Sessão de Comunicação


Local: Sala 2
Coordenação: Tatielle Gomes Rodrigues e Ivonete Barreto de Amorim
Monitor (a): Leane Liny dos Santos Lima
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 1 - Educação e Desenvolvimento Social: As Políticas Públicas nos diversos contextos
sociais
Dario da Silva Monte Nero CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Alexandre Américo Almassy UFRB NA EFETIVIDADE DAS DIRETRIZES DO
Júnior PNAE

Leandro Oliveira de Menezes ENSINO DE HISTÓRIA E FORMAÇÃO


UNEB-
IDENTITÁRIA: UM OLHAR SOBRE O
Simone Santos de Oliveira PROET
TERRITÓRIO RECÔNCAVO BAIANO

Yones dos Santos Oliveira O OLHAR DA PSICOLOGIA ACERCA DA


FAT
Luciana Rios da Silva INDISCIPLINA NA SALA DE AULA

Luciano Araújo Lima PROJETO UM CAMINHAR PARA A


Polícia
CIDADANIA: DESENVOLVIMENTO DE
Aline Maria da Conceição de Militar da
POLÍTICAS PÚBLICAS NA RELAÇÃO
Jesus Bahia
PMBA E ESCOLA
15h30–17h - Sessão de Comunicação
ANÁLISE DE DISCURSOS DE
Tatielle Gomes Rodrigues UFBA ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE
DIREITOS HUMANOS
Kelly Cristina Alves Silva Universidade EL PROCESO DE SOBRECULTURALIDAD
Renato Alves Vieira de Melo de OBSERVADO EN EL MUSEO DE LA
19

Salamanca GENTE SERGIPANA

POLÍTICAS PÚBLICAS E HORTA


COMUNITÁRIA MEDICINAL:
Karoline Oliveira Silva UEFS CONSTRUINDO MANUAL DE
ORIENTAÇÃO PARA USO EM PROJETOS
ASSOCIATIVOS

Renato Alves Vieira de Melo Universidade A EDUCAÇÃO SUSTENTÁVEL COMO


de ESTRATÉGIA PARA O
Kelly Cristina Alves Silva Salamanca DESENVOLVIMENTO SOCIAL

13h30–15h30 - Sessão de Comunicação


Local: Sala 03
Coordenação: Diná Santana de Novais
Monitor (a): Carina Santana da Silva
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 1 - Educação e Desenvolvimento Social: As Políticas Públicas nos diversos contextos
sociais
AS ESCOLAS FAMÍLIAS AGRÍCOLAS
(EFAS): ESPAÇOS DE FORMAÇÃO E
Antônia Euza Carneiro de Souza UNEB
RESISTÊNCIA DO SUJEITO DO/NO
CAMPO 1

A PEDAGOGIA DA TOLERÂNCIA DE
PAULO FREIRE E A PROPOSTA
Ana Paula Aparecida de Assis
PEDAGÓGICA DE ESCOLARIZAÇÃO DE
Manuela Estrela dos Santos UNEB
MULHERES EM SITUAÇÃO DE
Verônica Vieira Nunes
PROSTITUIÇÃO NA CIDADE DE
SALVADOR - BA ATRAVÉS DA EJA
Eixo 2 - História da Educação, Currículo e Formação
Vanessa da Rocha Silva Reis PRÁTICA DE MONITORIA NA FORMAÇÃO
FAT
Camila Bahia Goes DOCENTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Antonia do Nascimento Pereira JOGOS E BRINCADEIRAS NA INCLUSÃO


DE PESSOAS COM NECESSIDADES
Santos UEFS
EDUCACIONAIS ESPECIAIS NO
Ana Rosa Santos Farias CONTEXTO ESCOLAR
Maria Cristina Rodrigues Oliveira
FIOS E DESAFIOS QUE TECEM A
Fabíola Silva de Oliveira Vilas UEFS
FORMAÇÃO DOCENTE
Boas
15h30–17h - Sessão de Comunicação
FORMAÇÃO CONTINUADA DE
Ana Cristina Santos Silva PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
UEFS
Irlana Jane Menas da Silva DE ESCOLAS PÚBLICAS DO CAMPO DE
FEIRA DE SANTANA/BA

EDUCAÇÃO INFANTIL: AS
Ana Cláudia Mota Estevam UEFS CONTRIBUIÇÕES DO CURSO DE
PEDAGOGIA NA FORMAÇÃO DOCENTE
20

Darlene Silva Miranda Lima Secretaria


PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO
Fabiana Castelo Branco de Municipal de
INFANTIL DE FEIRA DE SANTANA:
Educação de
Santana DEFINIÇÕES E CONCEPÇÕES SOBRE
Feira de
Maria José Araújo Meireles CURRÍCULO ESCOLAR
Santana

Lavínia Lima Nunes da Silva O PIBID E A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO:


UEFS EXPECTATIVAS E INQUIETAÇÕES NO/DO
Manuela Machado dos Santos
CHÃO DA ESCOLA PÚBLICA

13h30–15h30 - Sessão de Comunicação


Local: Auditório
Coordenação: Raiane Cordeiro de Araújo e Sineide Cerqueira Estrela
Monitor (a): Vanessa Goes Lima
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 2 - História da Educação, Currículo e Formação

Aline Pimentel Cupertino A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE A


UEFS EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA NA BAHIA
Faní Quitéria Nascimento Rehem (1970 A 1990)

Laiza Tatielle do Amaral Santos EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPO


UEFS
Faní Quitéria Nascimento Rehem INTEGRAL: PERSPECTIVA DOCENTE
FORMAÇÃO E IDENTIDADE DOCENTE:
Lidiane Almeida de Oliveira
UEFS DIMENSÕES DA AUTOIMAGEM PARA UM
Faní Quitéria Nascimento Rehem
TRABALHO MAIS SIGNIFICATIVO
Secretaria
Municipal de
Lisandra de Oliveira Sampaio IDENTIDADE DOCENTE: HISTÓRIAS,
Educação de
Leonidas CONCEPÇÕES E SUAS NUANCES
Feira de
Santana
15h30–17h - Sessão de Comunicação
DESCORTINANDO O PERFIL DOS
Maria Eurácia Barreto de Andrade INGRESSANTES DO CURSO DE
UFRB
Sineide Cerqueira Estrela LICENCIATURA PEDAGOGIA DE UMA
UNIVERSIDADE PÚBLICA
ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM
Juliana Conceição Marques da
SINDROME DE DOWN: UM ESTUDO DE
Cruz FAMAM
CASO EM UMA ESCOLA DE SALVADOR
Juliana Gonçalves dos Santos
– BA

Edilsa Mota Santos Bastos JORNAL FOLHA DO NORTE: UMA


REPRESENTAÇÃO SOCIAL E HISTÓRICA
Magno Junior Guedes dos Santos UNEB
DA ESCOLA NORMAL DE FEIRA DE
Reis SANTANA, A PRINCESA DO SERTÃO

Vanessa Goes Lima BOLSISTA PICIN/VOLUNTÁRIO DE


Maria Manoela dos Santos Silva UNEB INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO CAMPUS XI:
Ivonete Barreto de Amorim PERCUSOS E PERCALÇOS
21

13h30–15h30 - Sessão de Comunicação


Local: Sala 04
Coordenação: Ana Conceição Alves Santiago e John Wolter Oliveira Silva
Monitor (a): Tainara da Silva Ferreira
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 1 - Educação e Desenvolvimento Social: As políticas públicas nos diversos contextos
sociais

Marianna Claudino Moreira Silva AÇÕES AFIRMATIVAS, MULHERES


Fabrício Nascimento Oliveira NEGRAS, INTERSECCIONALIDADE: A
UNEB EXPERIÊNCIA DAS GRADUANDAS DO
Milene Diane dos Santos de
CURSO DE DIREITO NA UNEB – CAMPUS
Almeida I
Eixo 2 - História da Educação, Currículo e Formação
RELAÇÕES RACIAIS E DE GENÊRO:
MAPEANDO PESQUISAS E
Maíra da Silva Costa REPERCUSSÕES NAS LICECIATURAS DO
UNEB
Lícia Maria de Lima Barbosa DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA -
CAMPUS XI
Eixo 3 - Instituições escolares, Arranjos familiares e Diversidade
POLITICAMENTE (IN)CORRETO?
DIVERSIDADES SEXUAIS E DE GÊNEROS
Pollyanna Rezende Campos UCSAL NA ESCOLA A PARTIR DEARRATIVAS E
INTERLOCUÇÕES DE JOVENS
ESTUDANTES
Camila Bahia Góes
Romualdo Luiz Portela de DEFICIÊNCIA: EXPRESSÃO DE
UFBA
DIFERENÇA OU DESIGUALDADE?
Oliveira
15h30–17h - Sessão de Comunicação
O DOCENTE NEGRO NA ESCOLA
Karina Macêdo de Assis SEDUC/FSA PARTICULAR DE CLASSE MÉDIA/ALTA:
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL
O (NÃO) LUGAR DA ESCOLA NA
Fabiana Castelo Branco de Secretaria CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SEXUAL
Municipal de
Santana E DE GÊNERO DE JOVENS
Educação
HOMOSSEXUAIS
RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA:
Jaqueline Santos Queiroz PERCEPÇÃO DOCENTE ACERCA DOS
Daniela Cerqueira Santos FAT IMPACTOS DE CONFLITOS FAMILIARES
Luciana Rios da Silva SOBRE O DESENVOLVIMENTO ESCOLAR
DE CRIANÇAS DE EDUCAÇAO INFANTIL

Monaliza dos Santos Xavier O FAZER DOCENTE E A APRENDIZAGEM


Thaís Almeida os Santos DA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO
FAT
ESPECTRO AUTISTA (TEA) NO ENSINO
Ana Conceição Alves Santiago FUNDAMENTAL I

13h30–15h30 - Sessão de Comunicação


Local: Sala 02 Anexo
22

Coordenação: Cláudia Regina de Oliveira Vaz Torres e Eder Vicente de Oliveira


Monitor (a): Danielle Helaine Brito Bispo
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 1 - Educação e Desenvolvimento Social: As políticas públicas nos diversos contextos
sociais
RELIGIÃO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
REVISITANDO LITERATURA PRODUZIDA
Rafaela de Carvalho Azevedo
NOS ANOS ÚLTIMOS CINCO ANOS NO
Valéria Antunes Dias UNEB
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Sandra Célia Coelho G. Silva
STRICTO SENSU EM CIÊNCIAS DA
RELIGIÃO DO NORDESTE BRASILEIRO
Eixo 4 - Novas formas de Subjetivação e Organização Comunitária
Jamim Santa Bárbara Santos
UEFS METAMORFOSE DE LEITURA
Irlana Jane Menas da Silva
UNEB O DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS
Jadson Santiago dos Santos
(DCET/Camp ASSOCIATIVISTAS NO ESPAÇO URBANO
Agripino Souza Coelho Neto
us I) DE SERRINHA/BA
LETRAMENTO LITERÁRIO: LITERATURA
Adailce Celestina de Deus
UNEB PERIFÉRICO-MARGINAL LOCAL PARA A
Denise Dias de Carvalho Sousa
FORMAÇÃO DE LEITOR
15h30–17h - Sessão de Comunicação
Instituição
Instituto de A DANÇA E A GINÁSTICA NOS
Angelo Márcio Correia da
Esporte, CÍRCULOS DE CONVIVÊNCIA SOCIAL
Conceição
Cidadania e COM A TERCEIRA IDADE: CIDADANIA E
Fabiana Santos Céu
Inclusão INCLUSÃO SOCIAL NA COMUNIDADE DE
Márcio Costa Vitorino
Social SÃO GONÇALO DO RETIRO
(IECIS)
Cláudia Regina Vaz Torres
FUNDAMENTOS TEÓRICO-
Alexnaldo Teixeira Rodrigues
UNEB METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO EM
Tereza Cristina Pereira Carvalho
DIREITOS HUMANOS
Fagundes
URBANIDADE E RURALIDADES EM
QUESTÃO: UM OLHAR SOBRE AS
Mário José dos Santos Fagundes
UNEB RELAÇÕES ENTRE O RURAL E O
Agripino Souza Coelho Neto
URBANO NO MUNICÍPIO DE ÁGUA
FRIA/BA
Marinalva de Souza Teixeira Silva
Janara Aparecida Teixeira Batista A COMPREENSÃO DOS IMPACTOS DO
UNEB
Cláudia Regina de Oliveira Vaz ESTRESSE NO TRABALHO DOCENTE
Torres

13h30–15h30 - Sessão de Comunicação


Local: Sala 3 Anexo
Coordenação: Robério Pereira Barreto e Mario Antonio Santana de Oliveira
Monitor (a): Maria Aparecida de Jesus Santos
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 5 – Novos contextos de Aprendizagem
Filipe Costa
UNEB O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DE
Leonardo da Silva Vitorino
23

Lívia Assunção Vitorino PAULO FREIRE E OS ARGUMENTOS


JUSFILOSÓFICOS DE NORBERTO
BOBBIO: A LABUTA POR UMA VISÃO
MAIS HUMANIZADORA NOS CURSOS DE
DIREITO DA UNEB E DA FVC
César Costa Vitorino
Constância Maria Borges de QUATRO “OLHARES” DE POSSENTI
UNEB SOBRE ENSINO DE GRAMÁTICA (NA
Souza ESCOLA)
Cristovao Luis Souza Santos
Centro
Arnaldo Sebastião da Silva Neto Estadual de EMPREENDEDORISMO COMO
Educação PROCESSO CURRICULAR NOS CURSOS
Mirian Almeida de Menezes
Profissional TÉCNICOS DO CENTRO ESTADUAL DE
Elizabeth Mota Nazareth de em Saúde do EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE
Almeida Centro DO CENTRO BAIANO
Baiano
Centro O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA
Elizabeth Mota Nazareth de Estadual de CONTEMPORANEIDADE: AS
Almeida Educação TECNOLOGIAS DIGITAIS DE
Profissional
Arnaldo Sebastião da Silva Neto INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO
em Saúde do
Mirian Almeida de Menezes Centro ALIADAS NO PROCESSO DE ENSINO-
Baiano APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO BÁSICA
15h30–17h - Sessão de Comunicação
Centro
Mirian Almeida de Menezes Estadual de
Elizabeth Mota Nazareth de Educação PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DIGITAIS: O
Profissional CHROMEBOOK, A SALA DE AULA E
Almeida em Saúde do SUAS POSSIBILIDADES
Arnaldo Sebastião da Silva Neto Centro
Baiano
Bárbara Celeste Teixeira de
Souza Evangelista AÇÕES DE LETRAMENTOS SOCIAIS COM
Robério Pereira Barreto UNEB TEXTOS DO GRUPO CULTURAL
Elaína Cristina Araújo de Maria LAMPARINAS DO SERTÃO
Muniz
Robério Pereira Barreto
Elaína Cristina Araújo de Maria O MINICONTO NA SALA DE AULA:
Muniz UNEB AÇÕES LETRAMENTOS NO ENSINO
Bárbara Celeste Teixeira de FUNDAMENTAL I
Souza Evangelista
COMUNIDADE REMANESCENTE DE
Mario Antonio Santana de QUILOMBO ENGENHO DA PONTE:
Oliveira UNEB LUGAR DE PRODUÇÃO DE
César Costa Vitorino CONHECIMENTO, SOLIDARIEDADE,
INCLUSÃO E TRABALHO

13h30–15h30 - Sessão de Comunicação


Local: Sala MPIES
Coordenação: Izabel Cristina Lima Dias Alves e Marcia Torres Neri Soares
Monitor (a): Erica de Jesus Santos
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
24

Eixo 5 – Novos contextos de Aprendizagem

Erisvaldo Santos Souza PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS


COMUNITÁRIAS: CONTEXTOS PARA A
Francisca de Paula S. da Silva UNEB
FORMAÇÃO CIDADÃ E APRENDIZAGEM
Alfredo E. Rodrigues Matta DA HISTÓRIA LOCAL
A CATEGORIA TERRITÓRIO PRESENTE
Gilton Cruz dos Santos NOS LIVROS DIDÁTICOS DE
UNEB
Simone Santos de Oliveira GEOGRAFIA DO 6º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL DO PNLD

Laryssa Victoria dos Santos COMPREENSÃO SOBRE A


Valente EPISTEMOLOGIA AFRICANA PARA O
EXERCÍCIO DOCENTE: A
César Costa Vitorino UNEB
PSICOLINGUÍSTICA DA LEITURA NA
Jhon Wanderson Nogueira PROPOSTA DE MEDIAÇÃO EM SALA DE
Santana AULA
Fábio Jose de Castro e Lima
Yanna Leidy Ketley Fernandes CHATBOT NO CONTEXTO DA
UFMA
Cruz EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Antonio Fhillipi Maciel Silva
15h30–17h - Sessão de Comunicação

Izabel Cristina Lima Dias Alves UNIVERSIDADE E ESCOLA BÁSICA:


UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Marcia Torres Neri Soares UNEB
EDUCATIVA EM CONTEXTOS DE
Mônica Moreira de Oliveira Torres APRENDIZAGEM

Colégio TERNO DE REIS: PROPOSTA DE


Estadual
AÇÃO/INTERVENÇÃO NUMA ESCOLA
Adão Fernandes Lopes Ernesto
Carneiro MUNICIPAL EM GENIPAPO DE SAÚDE-
Ribeiro BA

PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE
Luciana Rios da Silva GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA SOBRE O
UCSAL
Elaine Pedreira Rabinovich APOIO FAMILIAR PARA PERMANÊNCIA
E CONCLUSÃO DO CURSO

Sineide Cerqueira Estrela PROJETO DE LETRAMENTO: UMA


UFRB EXPERIÊNCIA PARA ALÉM DOS MUROS
Maria Eurácia Barreto de Andrade DA ESCOLA

13h30–15h30 - Sessão de Comunicação


Local: Sala 1 Anexo
Coordenação: Érica Santos Araújo e María Alejandra Silva
Monitor (a): Eva Cristina do Carmo Araújo
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 5 – Novos contextos de Aprendizagem
Universidade LAS TECNOLOGÍAS DE LA
Kelly Cristina Alves Silva de INFORMACIÓN Y COMUNICACIÓN Y LA
Salamanca RELACIÓN CON EL MUSEO
Vanessa das Mercês Silva Lima UNEB ESTÁGIO SUPERVISIONADO II:
25

John Wolter Oliveira Silva EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS NA TURMA


DO 7º ANO (A) DA ESCOLA MUNICIPAL
MARIA ÁUREA PIMENTEL FERREIRA
Eixo 6 - Políticas Públicas, Inovação e Métodos de Ensino para Nativos Digitais
VIVÊNCIAS TECNOLÓGICAS NA ESCOLA
UNEB e PÚBLICA: COCRIAÇÃO E PRODUÇÃO DE
Luciana Oliveira Lago
SEC/BA CONTEÚDOS DIGITAIS EM SALA DE
AULA
Emmanuelle Silva Lisboa da Instituto de
Conceição Educação, PROJETO KIDS BLOCK: INICIAÇÃO A
Ciência e PROGRAMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Ana Verônica Campos da Silva Tecnologia
Yanna Leidy Ketley Fernandes do Maranhão DE JOGOS PARA CRIANÇAS
Cruz – IEMA
15h30–17h - Sessão de Comunicação
Centro PARADIGMA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Laylla Luiza Pires de Araújo Universitário A DISTANCIA NO BRASIL E SEUS
Dario da Silva Monte Nero Leonardo da
Vinci AVANÇOS
Colégio
Estadual O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS PARA
Desembargad O ENSINO DE GEOGRAFIA NAS TURMAS
Marcio Cabral de Sousa Santos
or Julio DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Virgínio de NA ILHA DE ITAPARICA/BA
Sant'anna
O USO DO FACEBOOK E SUAS
Érica Santos Araújo
UNEB INTERFACES COM O PROCESSO DE
Úrsula Cunha Anecleto
ENSINO E DE APRENDIZAGEM
Abinalio Ubiratan da Cruz EM TOUCHES E EM CLIQUES: A
Subrinho UNEB FORMAÇÃO LEITORA POR INTERMÉDIO
Denise Dias de Carvalho Sousa DAS REDES SOCIAIS DA INTERNET

27 de setembro de 2019 - Sexta-feira

08h – 09h – Vídeo Conferência: Experiências de Pesquisa na América Latina e


Transformações da Política Internacional na Atualidade - Professor Doutor Alessandro
Malpasso (Universidad Nacional Autónoma de Mexico, UNAM) – com mediação da
Professora Msc. Ana Cristina Pereira (UNEB).
Local: Auditório.

10h–11h - Sessão de Comunicação


Local: Sala 03
Coordenação: Fernando de Souza Nunes e Maria Angelina Santos de Jesus
Monitor (a): Vanessa Goes Lima
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 1 - Educação e Desenvolvimento Social: As Políticas Públicas nos diversos contextos
sociais
Kamilla Ferreira da Silva Santos UNEB DA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA O
26

ACESSO AO MERCADO INSTITUCIONAL –


PNAE: UMA ANÁLISE DOS
AGRICULTORES FAMILIARES DA
COMUNIDADE DE BASTIÃO E DO
SOSSEGO NO MUNICÍPIO DE
RETIROLÂNDIA – BAHIA

Karolaine Soares dos Santos POLÍTICAS PÚBLICAS PARA DIFUSÃO


Abinalio Ubiratan da Cruz UNEB DO LIVRO E LEITURA NO BRASIL: CENAS
Subrinho CONTEMPORÂNEAS

Maria Angelina Santos de Jesus EDUCAÇÃO DO CAMPO E POLÍTICAS


IF Baiano
Maria Auxiliadora Freitas dos PÚBLICAS VOLTADAS A SEGURANÇA
Serrinha
Santos ALIMENTAR

UNEB E UATI - A IMPORTÂNCIA DE


Fernando de Souza Nunes RELAÇÕES INTERGERACIONAIS ENTRE
UNEB
Júlio César Gomes Santos ESTUDANTES PARA A PROMOÇÃO DO
CONHECIMENTO
11h–12h - Sessão de Comunicação
O ENSINO DA SUSTENTABILIDADE NO
Manuela Novaes dos Santos CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE
UNEB EMPRESAS, REFLEXÕES SOBRE A
Janúzia Souza Mendes de Araújo TEMÁTICA NA UNEB - CAMPUS XI -
SERRINHA-BA

CONCEPÇÕES DE ENSINO PRESENTES


NOS DOCUMENTOS OFICIAIS E SEUS
Alana Ramos dos Santos DESDOBRAMENTOS NA AVALIAÇÃO
UNEB
Cenilza Pereira dos Santos EXTERNA DA EDUCAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DE
SERRINHA/BA
Glauce Maciel Barbosa Pereira
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO
Robson Santos Pereira UNEB
CONTINUADA DO EDUCADOR DA EJA
Lourival Luz Bomfim Filho

10h–11h - Sessão de Comunicação


Local: Sala 04
Coordenação: Nélia de Mattos Monteiro e Márcia Raimunda de Jesus M. da Silva
Monitor (a): Paula da Silva Damião
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 1 - Educação e Desenvolvimento Social: As Políticas Públicas nos diversos contextos
sociais
Márcia Lidiane Rodrigues
FORMAÇÃO E AUTOFORMAÇÃO:
Santana UNEB
MOVIMENTOS FEMINISTAS EM AÇÃO
Elisete Santana da Cruz França

Edeilson Brito de Souza PROCESSOS EDUCATIVOS EM


IF Baiano AGROECOLOGIA: TENCIONANDO
Dione Costa Santos
Serrinha OUTROS OLHARES DA JUVENTUDE
Heron Ferreira Souza RURAL

Juciaylla Damião de Oliveira IF Baiano


Serrinha EDUCAÇÃO AMBIENTAL E
27

Aline Oliveira Carneiro AGROECOLOGIA: FERRAMENTAS DE


Raquel Moura dos Santos APRENDIZAGEM SOBRE O MANEJO DO
SOLO NO SEMIÁRIDO

Gabriel Carneiro Araujo Oliveira EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESCOLAR:


IF Baiano
Maria Eduarda da Silva Carvalho AÇÕES E REFLEXÕES PRÁTICAS NO
Serrinha
Richard Silvestre Silva Santos MUNICÍPIO DE SERRINHA-BA
11h–12h - Sessão de Comunicação
Nélia de Mattos Monteiro
Márcia Raimunda de Jesus M. da ORIENTAÇÃO, MOBILIDADE E
Silva AUDIODESCRIÇÃO: DISPOSITIVOS PARA
UNEB
A INCLUSÃO DA PESSOA CEGA NA
Jusceli Maria O. de Carvalho UNEB - CAMPUS XI
Cardoso
Aline Oliveira Carneiro HORTA ESCOLAR E SEGURANÇA
IF Baiano
Hélen Cerqueira Araújo Bispo ALIMENTAR: INSTRUMENTO
Serrinha
Juciaylla Damião de Oliveira PEDAGÓGICO E SABER DIDÁTICO

Levi Menezes Varjão INTERNACIONALIZACIÓN DE PROCESOS


Secretaria de
Jusceli Maria Oliveira de ACADÉMICO-FORMATIVOS:
Educação do
EXPERIENCIAS DE PROFESORES
Carvalho Cardoso Estado da
INVESTIGADORES BRASILEÑOS EM
Nélida Idalina Palácios de Girett Bahia
PAÍSES EDUCATIVOS DEL MERCOSUL

Hemily Araujo dos Santos O GESTOR ESCOLAR E SUA


Paula da Silva Damião UNEB REGULAMENTAÇÃO NOS PLANOS DE
Selma Barros Daltro de Castro CARREIRA DE ALGUNS MUNICÍPIOS TIPS

10h–12h - Sessão de Comunicação


Local: Sala 02 Anexo
Coordenação: Miriam Barreto de Almeida Passos
Monitor (a): Maria Manoela dos Santos Silva
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 5 - Novos contextos de Aprendizagem
CIÊNCIA NA ESCOLA:
Giovane Araujo Carneiro EXPERIMENTAÇÃO CONTEXTUALIZADA,
Duílio de Castro Santos IF Baiano INTERDISCIPLINAR, E
Josenilda dos Santos Serrinha PROBLEMATIZADORA DO MUNDO
Anunciação VIVIDO NO MUNICÍPIO DE SERRINHA –
BA
O ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
Ludmila de Almeida Miranda ADULTOS: REFLEXÕES SOBRE UMA
UNEB
Gildaite Moura de Queiroz EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO PARA A
DOCÊNCIA
Dariele Franscisca Oliveira de
Jesus CURSO PROFISSIONALIZANTE EM
IF Baiano
AGROEOCOLOGIA E SUAS ATUAÇÕES
Graziele Lima Cruz Serrinha
NO TERRITÓRIO DO SISAL
Ludimila Santos Santana
11h–12h - Sessão de Comunicação
Miriam Barreto de Almeida NARRATIVAS DO FAZER DOCENTE: O
UNEB
Passos TCC, SUAS AÇÕES, ARTICULAÇÕES E
28

DESAFIOS
OS DESAFIOS DA INDISCIPLINA NA
Cledson Santos de Souza PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NUMA
UNEB ESCOLA PÚBLICA DO ENSINO
Jacqueline dos Santos Silva FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS EM
SERRINHA-BA
Graziele Lima Cruz HORTA AGROECOLÓGICA:
IF Baiano
CONSTRUINDO SABERES POR MEIO DA
Graziele de Oliveira Moura Serrinha
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

10h–11h30 - Sessão de Comunicação


Local: Sala 03 Anexo
Coordenação: Daniela dos Reis Santos Lima e Mariana Oliveira de Jesús
Monitor (a): Leane Liny dos Santos Lima
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 5 - Novos contextos de Aprendizagem
INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM ESCOLAS
Universidad
MULTISSERIADAS: CONTRIBUIÇÕES DO
Éden Santos de Castro Nacional de
PROGRAMA SABERES DO CAMPO PARA
Rosario
O MUNICÍPIO DE QUIXABEIRA-BA

LETRAMENTOS NA ESCOLA: POR UM


Daniela dos Reis Santos Lima UEFS ENSINO PLURAL DAS PRÁTICAS DE
LEITURA E ESCRITA EM SALA DE AULA

Colégio A INSERÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO


Wanderlene Cardozo Ferreira
Estadual MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE
Reis
Clériston SALVADOR NA PESQUISA CIENTÍFICA
Pollyanna Rezende Campos
Andrade EM CIÊNCIAS SOCIAIS

Geisa Sousa Salomão PROJETO DE EXTENSÃO ALFAGARIS:


UEFS UMA REFLEXÃO SOBRE AS
Rogéria Gonçalves Mota EXPERIÊNCIAS ALFABETIZADORA

CONSTRUINDO A RELAÇÃO ENTRE


Mariana Oliveira de Jesús GEOGRAFIA ESCOLAR E LUGAR DE
UEFS VIVÊNCIA-UMA CONTRIBUIÇÃO DOS
Cléa Cardoso da Rocha MATERIAIS DIDÁTICOS SOBRE FEIRA DE
SANTANA/BA

10h–11h - Sessão de Comunicação


Local: Auditório
Coordenação: Manuela Evangelista da Silva e Natiele Rosario Rios
Monitor (a): Carina Santana da Silva
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 5 - Novos contextos de Aprendizagem
Centro
Universitário IMAGENS DO RELEVO: A LINGUAGEM
Manuela Evangelista da Silva Leonardo da IMAGÉTICA E SUAS POTENCIALIDADES
Vinci – PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA
UNIASSELVI
Caio Santos Rodrigues UNEB O PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA
29

TODOS ENQUANTO DIMENSÃO


FORMATIVA DO LICENCIANDO EM
GEOGRAFIA

NARRATIVAS DE PROFESSORES DE
GEOGRAFIA EM FORMAÇÃO INICIAL:
Jussara Fraga Portugal UNEB EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA, PIBID E
APRENDIZAGENS DA/NA/SOBRE A
DOCÊNCIA

CONCEITOS GEOGRÁFICOS, DA
Cleidinai Lima Santana ABORDAGEM NOS LIVROS DIDÁTICOS À
UNEB
Jussara Fraga Portugal PRÁTICA DOCENTE: NARRATIVAS DOS
PROFESSORES DE GEOGRAFIA
11h–12h - Sessão de Comunicação
ENSINO-PESQUISA E EXTENSÃO
Jean Carlos Cardoso Silva Júnior VIVENCIADOS POR ESTUDANTES
IF Baiano
Vinícius Marques de Santana SURDOS NO IF BAIANO – CAMPUS
Serrinha
Cristiane Barbosa Reis SERRINHA: UMA EXPERIÊNCIA COM
SEMENTES CRIOULAS
VIVÊNCIAS DE ESTÁGIO III: OS
Derivânia de Jesus Santos DESAFIOS NOS PROCESSOS DE
UNEB
Cenilza Pereira dos Santos CONSTRUÇÃO DA LEITURA E ESCRITA
NOS ANOS INICIAIS

13h30–16h - Sessão de Comunicação


Local: Auditório
Coordenação: Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros Ovídio e Gildaite Moura de Queiroz
Monitor (a): Paulo de Jesus Ribeiro
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 1 - Educação e Desenvolvimento Social: As Políticas Públicas nos diversos contextos
sociais
Madryracy Ferreira Coutinho REFLEXÕES ACERCA DO PLANO
Medeiros Ovídio MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E A POLÍTCA
UNEB
Antonio Amorim DE FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO
Eduardo José Fernandes Nunes DOCENTE: ENTRE O LEGAL E O REAL
Janiquele Silva Mota
Fabiana Ramos Araújo Santos O QUE OUVIMOS, O QUE VIMOS E O QUE
UNEB PRECISAMOS APRENDER SOBRE O
Madryracy Ferreira Coutinho
BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Medeiros Ovídio
Antônia Maria de Jesus
Ravena Lima Santana INTERVENÇÕES COLABORATIVAS NO
UNEB PROCESSO DE FORMAÇÃO DE
Madryracy Ferreira Coutinho
LEITORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Medeiros Ovídio
Rubinaldo Almeida de Sena CISTERNAS CALÇADÃO E
IF Baiano
Joan Araújo Carneiro DESENVOLVIMENTO SOCIAL NO
Serrinha
Fagner de Aquino Oliveira MUNICÍPIO DE SERRINHA-BA
Joan Araújo Carneiro IF Baiano
Rubinaldo Almeida de Sena Serrinha EDUCAÇÃO E CISTERNAS: DIMENSÕES
30

Fagner de Aquino Oliveira NO PROCESSO EDUCATIVO

13h30–16h - Sessão de Comunicação


Local: Sala 01
Coordenação: Jusceli Maria Oliveira de Carvalho Cardoso e Lousana de Jesus Santana
Monitor (a): Tainara da Silva Ferreira
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 3 - História da Educação, Currículo e Prática Docente: Novos Contextos de
Aprendizagem
A COSNTRUÇÃO DA APRENDIZAGEM DO
ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA VISUAL:
Jaciene de Oliveira Queiroz UM OLHAR SOBRE OS JOGOS
UNEB
Gildaite Moura de Queiroz PEDAGÓGICOS NO ATENDIMENTO
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DO
CAPENE
Jusceli Maria Oliveira de Colégio DESAFIOS DE INCLUIR JOVENS COM
Carvalho Cardoso Estadual SÍNDROMES RARAS NA DINÂMICA DO
Rita de Cássia Nunes de Rubem ENSINO MÉDIO: CRIANDO PONTES PARA
Carvalho Nogueira APRENDIZAGEM
TRANSEXUALIDADE, RELAÇÕES
José Mateus Carvalho dos RACIAIS E EDUCAÇÃO: NARRATIVAS
Santos UNEB DAS TRAJETÓRIAS ESCOLARES DE
Lícia Maria de Lima Barbosa JOVENS MULHERES TRANSEXUAIS
NEGRAS
RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA E SUA
CONTRIBUIÇÃO PARA A
PRODUTIVIDADE ESCOLAR:
Mikaele dos Santos Silva Araujo
UNEB EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DO
Gildaite Moura de Queiroz
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NAS SÉRIES
INICIAIS EM UMA ESCOLA DA ZONA
RURAL DE SERRINHA
Valéria Carneiro Ferreira
COOPERAR COM O ENSINO MÉDIO: A
Gabriele de Souza Cupertino IF Baiano
EXPERIÊNCIA DO COOPERATIVISMO EM
Martins Serrinha
ESCOLAS DE SERRINHA - BA
Matheus Gomes Pereira
NARRATIVAS DE PROFESSORAS
NEGRAS NO ENSINO SUPERIOR:
Gersier Ribeiro dos Santos
UNEB REFLEXÕES A PARTIR DAS
Lícia Maria de Lima Barbosa
IDENTIDADES E
INTERSECCIONALIDADES
VOZES QUE ECOAM: EMPODERAMENTO
Marilene dos Santos Queiroz DE GESTORAS ESCOLARES ADVINDAS
UNEB
Lícia Maria de Lima Barbosa DA ÁREA RURAL DO MUNICÍPIO DE
TEOFILÂNDIA - BA
Colégio POR DENTRO DO UNIVERSO AUTISTA:
Estadual EXPERIÊNCIA DE INCLUSÃO DE UM
Juliane Mota de Araújo
Rubem JOVEM COM TEA, CONSTRUÍDA
Nogueira COLABORATIVAMENTE
31

13h30–16h - Sessão de Comunicação


Local: Sala MPIES
Coordenação: Karine das Neves Paixão Silva e Ana Paula Araújo Lopes
Monitor (a): Danielle Helaine Brito Bispo
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 1 - Educação e Desenvolvimento Social: as políticas públicas nos diversos contextos
sociais
FORMAÇÃO DOCENTE E EDUCAÇÃO
BÁSICA: NARRATIVAS FORMATIVAS DE
Irani Almeida de Jesus Barreto UNEB PROFESSORAS- ESTUDANTES DO
CURSO DE PEDAGOGIA DA
UNEB/CAMPUS XI
Centro
Universitário PRÁTICA DOCENTE NO ENSINO
Raiane Cordeiro de Araújo
Leonardo da SUPERIOR: DESAFIOS E EXPERIÊNCIAS
Vinci

María Alejandra Silva TIC EN EDUCACIÓN INFANTIL: ACCESO Y


CONICET USO DESIGUAL EN ARGENTINA Y
Ivonete Barreto Amorim BRASIL
Karine das Neves Paixão Silva
Selma Barros Daltro de Castro PERSPECTIVAS HISTÓRICAS E
UNEB CONTEMPORÂNEAS DA EDUCAÇÃO
Maria Lucia de Fátima Melo Alves
PROFISSIONAL NO BRASIL
Calábria
Eixo 2 - História da Educação, Currículo e formação
Erica de Jesus Santos SER ESTUDANTE E BOLSISTA DE
Natiele Rios Rosario UNEB IC/CNPQ NA UNEB CAMPUS XI:
Ivonete Barreto de Amorim DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Eixo 4: Novas formas de subjetivação e organização comunitária
AS PRÁTICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
Ana Paula Araújo Lopes NA COMUNIDADE DE SALGADO: OS
UNEB
Ivna Herbênia Silva Souza CÍRCULOS BÍBLICOS COMO ELEMENTO
DE ARTICULAÇÃO SOCIAL
A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO
Janio Roque Barros de Castro SOCIAL NO PROCESSO DERUPTURA DA
Ana Paula Araújo Lopes UNEB DOMINAÇÃO HEGEMÔNICA:
Janeide Bispo dos Santos ANALISANDO O ASSOCIATIVISMO NO
CONTEXTO DO TERRITORIO DO SISAL

13h30–16h - Sessão de Comunicação


Local: Sala 03
Coordenação: Claudene Ferreira Mendes Rios e Diná Santana de Novais
Monitor (a): Paula da Silva Damião
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 2 - História da Educação, Currículo e Formação
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E
Dailza Araújo Lopes UNEB FORMAÇÃO CONTINUADA: OUTRAS
FORMAS DE (RE) PENSAR A PRÁTICA
32

DOCENTE

Givanildo Santos de Almeida NARRATIVAS SOBRE A MATEMÁTICA


UNEB QUE APRENDEMOS: PERSPECTIVAS DE
Claudene Ferreira Mendes Rios UM ESTUDANTE DE PEDAGOGIA

PEDAGOGOS EM FORMAÇÃO: ANÁLISE


Claudene Ferreira Mendes Rios UNEB REFLEXIVA SOBRE SOLUÇÕES DE
PROBLEMAS MATEMÁTICOS

AVALIAÇÃO NACIONAL DA
Franclécia Barreto ALFABETIZAÇÃO (ANA):
Naiara Mercês UNEB CONTRIBUIÇÕES DESTE INSTRUMENTO
Renata Adrian NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS
PROFESSORES
FORMAÇÃO DO/A PROFESSOR/A
PESQUISADOR/A NO
Mônica Moreira de Oliveira Torres
UNEB
Cecília Maria de Alencar Menezes CONTEXTO DA ESCOLA:
POSSIBILIDADES E DESAFIOS
ANÁLISE DOCUMENTAL SOBRE
Carla Assueira da Silva Oliveira
UNEB AUTONOMIA E TABALHO DOCENTE:
Cenilza Pereira dos Santos
CONCEPÇÕES E POSSIBILIDADES
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
DOCENTE: PERSPECTIVAS DE UMA
Natiele Rios Rosario UNEB
PESQUISA NO
PARFOR/PEDAGOGIA/SERRINHA-BA

13h30–16h - Sessão de Comunicação


Local: Sala 04
Coordenação: Juliana Melo Leite
Monitor (a): Maria Aparecida de Jesus Santos
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 1 - Educação e Desenvolvimento Social: As Políticas Públicas nos diversos contextos
sociais

Virginia Gonçalves de Souza A EDUCAÇÃO DO CAMPO, A ESCOLA DA


TERRA E A PEDAGOGIA ISTÓRICO-
Santos UNEB
CRÍTICA NO CONTEXTO DA REDE
Janeide Bispo dos Santos MUNICIPAL DE SERRINHA

A CARACTERIZAÇÃO FISICA COMO


Sarah Andrade Sampaio INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO NO
UNEB
Sirius Oliveira Souza DESENVOLVIMENTO DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS
Eixo 5 - Novos contextos de Aprendizagem
Xaiany Silva Gonçalves IMPLANTAÇÃO DE HORTA ESCOLAR NO
IF Baiano COLÉGIO MUNICIPAL DE BIRITINGA: UM
Shamara Santos Gonçalves
Serrinha ESPAÇO DE TROCA E MÚLTIPLOS
Erasto Viana Silva Gama APRENDIZADOS
Iranésia Santos Barbosa EDUCAÇÃO INFANTIL É LUGAR DE
UNEB
Beatriz Santos Moura BRINCAR? UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE
33

Milena Helen de Jesus Oliveira A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DO BRINCAR NA


ESCOLA
Joseane da Conceição Pereira A EDUCAÇÃO ESCOLAR E A FORMAÇÃO
IF Baiano DA CLASSE TRABALHADORA NA
Costa
Serrinha PERSPECTIVA DO ENSINO MÉDIO
Davi Silva da Costa INTEGRADO
Manuela Ribeiro de Jesus A GESTÃO ESCOLAR NO PME EM
UNEB
Silvaneide Santos Cordeiro MUNICÍPIOS DO TIPS
Juliana Melo Leite DINÂMICA DO NÚCLEO DE
UNEB COMUNICAÇÃO DO DEDC XI DA UNEB
Jonh Kenned Firmino Carneiro
ATRAVÉS DA PRÁTICA DO JORNALISMO
Shamara Santos Gonçalves PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DO 6º
IF Baiano ANO DO COLÉGIO MUNICIPAL DE
Xaiany Silva Gonçalves
Serrinha BIRITINGA SOBRE HORTA E
Erasto Viana Silva Gama HORTALIÇAS

13h30–16h - Sessão de Comunicação


Local: Sala 02 Anexo
Coordenação: Juliana Andrade do Carmo Martins e Alfredo Eurico Rodrigues Matta
Monitor (a): Maria Manoela dos Santos Silva
AUTOR(ES) INSTITUIÇÃO TÍTULO DO TRABALHO
Eixo 5 - Novos contextos de aprendizagem
Juliana Andrade do Carmo
Martins TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA:
Francisca de Paula Santos da DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O
UNEB
DESENVOLVIMENTO LOCAL DO
Silva POVOADO ALTO EM TUCANO-BAHIA
Alfredo Eurico Rodrigues Matta
Adriele de Lima Costa ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM
Damires da Mota Oliveira GEOGRAFIA: INSTRUMENTALIZAÇÃO
UNEB
DA PRÁTICA DOCENTE NO ÂMBITO DA
John Wolter Oliveira Silva GEOGRAFIA ESCOLAR
Maria Aparecida de Oliveira UMA PRÁTICA COM
Gordiano MULTILETRAMENTOS UTIZADO
Ely Makeise Araújo dos Santos UNEB APARATOS DIGITAIS: ESTUDO SOBRE
Martins A POPULAÇÃO DE SANTALUZ A PARTIR
Ilka Meyre Alves da Silva DE DADOS DO IBGE
Edna Silva Santos O BRINCAR E AS APRENDIZAGENS
Renata Adrian Ribeiro Santos UNEB SOCIAIS DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO
Ramos INFANTIL
OS DISPOSITIVOS DIDÁTICO-
PEDAGÓGICOS INTEGRADOS AO
Valdirene Barbosa dos Santos
ENSINO DA GEOGRAFIA ESCOLAR:
Gerlane dos Santos Carvalho UNEB
GEOGRAFIA EM FLUXO, MOVIMENTOS
Vitória Letícia de Jesus Sousa
MIGRATÓRIOS ENTRE A BAHIA E A
REGIÃO SUDESTE
METODOLOGIA DO ENSINO NA
John Wolter Oliveira Silva Centro EDUCAÇÃO SUPERIOR: PERSPECTIVAS
Universitário
Raiane Cordeiro de Araújo TEÓRICO-METODOLÓGICAS DO
UNINTER
PROFISSIONAL DOCENTE
34

Eixo 1 – Educação e Desenvolvimento Social: As Políticas Públicas nos


diversos contextos sociais

CONCEPÇÕES DE ENSINO PRESENTES NOS DOCUMENTOS OFICIAIS E SEUS


DESDOBRAMENTOS NA AVALIAÇÃO EXTERNA DA EDUCAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DE SERRINHA/BA

Alana Ramos dos Santos


Universidade do Estado da Bahia
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Cenilza Pereira dos Santos
Universidade do Estado da Bahia
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
Esta pesquisa, consiste em um estudo sobre a relação entre os resultados de
avaliação externa da educação municipal, especificamente dos anos iniciais do
Ensino Fundamental, e as concepções de ensino presentes nos documentos oficiais
por considerá-las como elementos indispensáveis para compreensão do
desenvolvimento da educação escolar. Partiu do questionamento sobre qual a
relação existente entre as concepções de ensino norteadoras do trabalho docente e
os desdobramentos nos índices de avaliação externa da educação dos municípios
da microrregião de Serrinha. Com isso, buscou-se de modo geral compreender a
relação entre as concepções de ensino como norteadoras do trabalho docente e os
índices de avaliação externa da educação dos municípios da microrregião de
Serrinha. Para tanto, inicialmente foram identificadas nos documentos legais as
concepções de ensino que aparecem como norteadoras do trabalho dos
professores. Em seguida foram analisados os índices de avaliação externa dos
munícipios, e por fim, buscou-se comparar a educação municipal almejada com os
resultados apontados nas avaliações externas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa
do tipo documental, que teve como procedimento de coleta de informações a análise
de documentos, estes que foram disponibilizados pelas Secretarias de Educação
dos Municípios de Barrocas, Biritinga, Conceição do Coité e Teofilândia. Nessa
lógica, este estudo teve como fundamentação teórica Tardif e Lessard (2005),
Libâneo (2012), Portela e Atta (2007), Freitas (2011), entre outros que discutem
elementos relevantes para o desenvolvimento de uma educação de qualidade.
Assim, as concepções de ensino presentes nos documentos oficiais e os indicadores
das avaliações externas da educação básica são realçados como aspectos
interligados que são indispensáveis para compreensão e busca de uma educação de
qualidade.

Palavras-chave: Concepções. Avaliação Externa. Trabalho Docente


35

HORTA ESCOLAR E SEGURANÇA ALIMENTAR: INSTRUMENTO PEDAGÓGICO


E SABER DIDÁTICO

Aline Oliveira Carneiro


[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) – Abel Manto
Hélen Cerqueira Araújo Bispo
[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) – Abel Manto
Juciaylla Damião de Oliveira
[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) – Abel Manto

Resumo:
Segundo o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (2017), uma alimentação
segura, é fundamental para o ser humano, e além disso, garantir o respeito do meio
ambiente é importante para a manutenção de recursos naturais para gerações
futuras. Nesta perspectiva e com base no princípios utilizados no curso de
Agroecologia, o projeto ''Horta Escolar e Segurança alimentar: Instrumento
pedagógico e saber didático'', surge com o objetivo de possibilitar a reflexão de
saberes tendo como base a segurança alimentar e nutricional, utilizando como
ferramenta a construção de uma horta escolar no Colégio Municipal Luíza Cecília no
município de Barrocas – Ba. Como uma das estratégias metodológicas foi
apresentado o projeto para a comunidade escolar, no qual houve momentos para os
alunos expressarem e relatarem suas expectativas quanto a execução do mesmo.
No decorrer foram realizadas dinâmicas e oficinas abordando temáticas relacionadas
aos elementos que compõem a horta, os tipos e a importância do solo, formas de
plantio, adubação e tipos de propagações, análise do Índice de Massa Corporal
(IMC) dos discentes e relação do projeto com as componentes curriculares. Em
sequência foram realizadas reflexões quanto aos os conhecimentos adquiridos no
curso técnico em Agroecologia com os saberes dos estudantes, vivenciando de
forma prática, como ocorre a confecção de uma horta de forma sustentável e
respeitando-se as especificidades locais. Foram dialogadas técnicas, tratos culturais,
que fomentaram uma discussão com o foco nos princípios de sustentabilidade e sua
relação com a alimentação de qualidade, bem como a aplicabilidade desta
tecnologia social enquanto instrumento didático pedagógico. Neste contexto, a
papel que o meio ambiente juntamente com a educação assume é cada vez mais
desafiador, segundo Jacobi (2005) a busca pela sensatez sobre os atos dos seres
humanos, os quais são responsáveis por grande parte da degradação dos recursos
naturais, é essencial para que haja uma transformação social, visando um modo de
associar a natureza, o universo e a humanidade. A educação ambiental é um fator
imprescindível e que deve ser levado em consideração, uma vez que visa orientar
cidadãos a se preocuparem não só com os problemas ambientais, mas também com
a má utilização dos recursos naturais que, por sua vez, são finitos. Nesse contexto, é
36

perceptível o quão importante é o questionamento das ações do ser humano


correlacionadas à natureza. Para a realização desse projeto foram realizadas
mobilizações com os estudantes e visitas na unidade escolar, em que foi realizado
o planejamento das ações, dentre eles: local mais adequado para a construção da
horta, delimitação da área de plantio e as culturas que foram utilizadas. A horta foi
confeccionada utilizando garrafas descartáveis, recolhidas pelos próprios discente,
demonstrando assim, a importância da reciclagem e da reutilização de resíduos
sólidos. Foram cultivadas hortaliças, como alface, cebolinha, cenoura, couve,
coentro, rúcula e salsa. Realizou-se também diferentes formas de propagação das
culturas, de forma a refletir a construção e desenvolvimento da horta sob diversos
aspectos. Frente às atividades já desenvolvidas, é perceptível que os educandos
despertaram interesse pelos conteúdos, uma vez que estes já detêm uma
proximidade com o meio, no entanto, faz-se necessário integrar de forma contínua e
permanente estas ações aos componentes curriculares existentes na escola

Palavras-chave: Sustentabilidade; Agroecologia; Segurança Alimentar e Educação


Ambiental.
37

A PEDAGOGIA DA TOLERÂNCIA DE PAULO FREIRE E A PROPOSTA


PEDAGÓGICA DE ESCOLARIZAÇÃO DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE
PROSTITUIÇÃO NA CIDADE DE SALVADOR - BA ATRAVÉS DA EJA

Ana Paula Aparecida de Assis


Fundação Visconde de Cairu (FVC)
[email protected]
NGEALC/UNEB
Manuela Estrela dos Santos
Fundação Visconde de Cairu (FVC)
[email protected]
NGEALC/UNEB
Verônica Vieira Nunes
Fundação Visconde de Cairu (FVC)
[email protected]
NGEALC/UNEB

Resumo:
A nossa abordagem reflexiva dialoga com a intencionalidade de ajuda da Obra
Social das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor (OSIOR), representada, na cidade
de Salvador –BA, por 4 (quatro) Irmãs e seis leigos que têm contato semanalmente
com mulheres em situação de prostituição para entender o fenômeno da exploração
sexual (prostituição e tráfico de seres humanos). Para as religiosas, a sociedade de
modo geral condena, sem saber e sem conhecer, quem são as mulheres e como é a
vida de uma mulher em situação de prostituição. Com outra perspectiva Freire
(2005, 1994, 1987, 1981, 1968) defende a tolerância e a dignidade humana como
uma virtude da convivência num mundo capitalista. Ana Maria Araújo Freire (2005),
viúva do educador, diz que Paulo Freire tinha admiração pela diversidade e
acreditava também na horizontalidade das relações entre as pessoas como sujeitos
da história. No livro Pedagogia da Tolerância, o educador Paulo Freire (2005, p.24)
assim se posiciona: “O que a tolerância legítima termina por ensinar é que, na
experiência, aprendo com o diferente”. Outros pesquisadores como Bacelar (1982),
Moreira (2015), Olivar (2012, 2007), Piscitelli (2015, 2005, 1997), Souza (1998),
Strelhow (2007), Rago (2013,1998) dão contribuições para compreendermos a
mulher prostituta para além de objeto de prazer, mas também com ser social e
sociável. A compreensão de tolerância apresenta-se num âmbito prático-
epistemológico, com o entendimento do termo e seu emprego, prezando pela
coerência entre a teoria e a prática. A nossa investigação tem o seguinte problema
de investigação: Como graduandas de Pedagogia da FVC e profissionais de Serviço
Social da FVC podem ajudar algumas mulheres em situação de prostituição na
cidade de Salvador – Bahia, ano2019, a (re) pensarem a inserção em Programas
e/ou Projetos da Educação de Jovens e Adultos(EJA) para uma melhor formação
escolar? O trabalho tem como objetivo incentivar mulheres em situação de
prostituição a darem prosseguimento aos estudos através da EJA. A pesquisa é
resultado de TCC de duas graduandas do curso de Pedagogia da Fundação
Visconde de Cairu (FVC) e de pesquisa de uma graduanda do curso de Serviço
Social (FVC) também integrante da pesquisa. As pesquisadoras motivadas pela
38

reflexão de A PORTA DO CONHECIMENTO SE ABRE PARA PROFISSIONAIS DO


SEXO, artigo de Natália Oliveira, 27/05/2018, publicada em O Tempo, resolveram
investir numa proposta de conscientização para as mulheres em situação de
prostituição retornarem às salas de aulas. Adotamos a metodologia de pesquisa
qualitativa, a qual intenciona uma forma de pesquisar mais dinâmica. Quanto aos
procedimentos adotamos a PESQUISA-AÇÃO, um tipo de investigação social com
base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou
com a resolução de um problema coletivo no qual os pesquisadores e os
participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo
cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 1988). As entrevistas (2016 – 2018),
realizadas com 08 (oito) mulheres em situação de prostituição, ocorreram nos locais
de trabalho delas, tanto nos bares quanto nos “pontos” que elas estabelecem nas
ruas e/ou em outros espaços. Nos resultados, apresentamos como pano de fundo a
questão específica da relação de mulheres em situação de prostituição com o
cliente, que certamente permeia todo o discurso acerca do mercado sexual. Dessa
forma, estabelecer um novo contato com as informantes e incentivá-las a cursarem
EJA nos faz pensar na importância de projetos de atenção a essa população por
parte da área de Ciências Humanas como um todo.

Palavras-chave: Pedagogia da Tolerância; Mulheres em situação de prostituição;


Serviço Social; Pesquisa - ação; EJA.
39

AS ESCOLAS FAMÍLIAS AGRÍCOLAS (EFAS): ESPAÇOS DE FORMAÇÃO E


RESISTÊNCIA DO SUJEITO DO/NO CAMPO1

Antônia Euza Carneiro de Souza


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]

Resumo:
A história da educação brasileira apresenta fortes marcas homogeneizadoras
sobretudo no campo, onde é perceptível uma situação de maior descaso. O ensino
ali oferecido sempre ignorou as especificidades dos campesinos para atender ao
desenvolvimento agroexportador e urbanocêntrico. A partir da década de 1960,
muitas lutas sociais emergiram buscando melhores condições de vida para os
sujeitos do campo. Sem respostas dos poderes públicos, no sentido de execução de
políticas públicas para assegurar direitos por uma vida digna, Arroyo (1999, p. 23)
apresenta os movimentos sociais como principais responsáveis pela efetivação de
muitas conquistas educacionais sobretudo para o campo, sendo inclusas em suas
agendas reivindicatórias, por acreditar ser o caminho que liberta o indivíduo das
amarras opressoras, tornando-o capaz de lutar pelos seus direitos. Diante da
justificativa apresentada foi que escolhemos uma dessas conquistas: a Escola
Família Agrícola de Jaboticaba, localizada no município de Quixabeira no sertão da
Bahia, distante aproximadamente 299 km da capital, para ser o lócus dessa
pesquisa no curso de Mestrado Profissional em Educação e Diversidade, oferecido
pela Universidade do Estado da Bahia. A investigação em andamento objetiva
compreender como a educação do campo a partir das experiências da Escola
Família Agrícola de Jaboticaba – Quixabeira - Bahia, contribui para o processo de
formação, resistência e permanência do jovem do campo em sua comunidade. Na
fundamentação teórica refletimos sobre a trajetória da Educação do Campo no
Brasil, incluindo uma crítica às políticas neoliberais para a educação pública do país
bem como a educação almejada pelos movimentos sociais, que culminou também
na criação das EFAs, cuja metodologia da Pedagogia da Alternância integra o saber
escolar com a prática cotidiana, junto à sua família e comunidade, embasando-se
nas discussões de Freire (2007), Caldart (2011), Molina (2006), Mézzarós (2008),
Reis (2004), Silva (2010), Gimonet (1999), Nascimento (2007) , Cavalcante (1977),
Nosella (1997). O trabalho caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa por
considerar que a dinâmica da Pedagogia da Alternância, deverá ser interpretada na
compreensão das culturas, ideologias, crenças e sentimentos que movem os
sujeitos dando significados a essa realidade investigada, o que para Ivenicki e
Canen (2016) são as características gerais desse tipo de pesquisa. A história de luta
no processo de criação das EFAs justifica nossa identificação com a abordagem do
materialismo histórico dialético, sendo introduzido nas discussões, alguns estudos
de Frigoto (2001), que nos leva a pensar a pesquisa também como proposta de

1
A pesquisa ora apresentada está sendo orientada pelo Professor Doutor José Carlos de Araújo
Silva - E-mail: [email protected] e coorientada pela Professora Doutora Maria Jucilene Lima
Ferreira - E-mail: [email protected]
40

transformação. Considerando a EFA de Jaboticaba uma experiência diferenciada na


região, adotamos o estudo de caso como método, embasados nas considerações
de André (2008), Gertz (2008), Yin (2010). Como dispositivos para coleta de
informações utilizaremos: entrevistas semi estruturadas, grupo focal e observação às
atividades realizadas, bem como a análise de documentos. Acreditamos que a ida a
campo nos levará a compreender como a formação por alternância contribui para a
permanência do jovem do campo em sua comunidade, nos servindo também de
embasamento para sensibilizarmos educadores de outras escolas localizados no
campo, a refletirem sobre a importância de propostas curriculares contextualizadas,
como práxis educativa no/do campo e forma de resistência ao pensamento
desenvolvimentista neoliberal.

Palavras-chave: Movimentos sociais; Pedagogia da Alternância. Práxis Educativa


no/do Campo.
41

CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EFETIVIDADE DAS DIRETRIZES


DO PNAE

Dario da Silva Monte Nero


UFRB
[email protected]
Mestrado de Gestão Social e Políticas Públicas
Alexandre Américo Almassy Júnior
UFRB
Programa de Mestrado em Gestão Social e Políticas Públicas

Resumo:
Durante a infância as experiências alimentares são incorporadas e se tornam
determinantes para a formação dos padrões alimentares adotados pelas pessoas,
assim a escola se torna um espaço de grande relevância, pois possibilita o contato e
a criação de comportamentos alimentares saudáveis. Por conta disso, o ambiente de
ensino tem como dever inserir, em seu contexto didático, práticas adequadas que
propiciem o controle de deficiências nutricionais, a redução da desnutrição infantil
através da merenda escolar, assim como a formação do aluno para uma
compreensão do mundo externo, no qual este aprendiz passe a ter práticas
saudáveis durante sua vida. E que para a sua complementação, faz necessário à
participação de todos os componentes curriculares, pois é através deste conjunto e
sua aplicação multidisciplinar que os estudantes tendem a compreender os
conteúdos, da prática social, como mais eficiência, com isso a disciplina de
Educação Física se torna um componente importante dessa conexão pedagógica, já
que dentro da sua prática existe a conjuntura da cultura corporal do movimento.
Sendo assim este estudo tem como objetivo discutir a cerca da disciplina Educação
Física como componente curricular pedagógico em favor de uma educação alimentar
e nutricional dos estudantes que estão inseridos no Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE). Esta pesquisa caracteriza-se como sendo uma
pesquisa bibliográfica. De acordo com Gil (2002), é uma forma de pesquisa que
utiliza principalmente livros e artigos como base para ser desenvolvida. Contudo é
nítido que os professores necessitam direcionar as atividades de forma
interdisciplinar por meio de elementos presentes no cotidiano escolar, principalmente
no que se refere à educação alimentar e nutricional, mais precisamente ao que diz
respeito à qualidade nutricional, que contribui para a formação de hábitos
alimentares saudáveis e que a Educação Física pode ser um importante
componente mediador para o estudante, dentro do contexto de hábitos alimentares,
onde irá promover o conhecimento e estimular uma consciência sobre seus hábitos.

Palavras-chave: Educação Física; Alimentação; Escolares; Políticas Públicas e


Sociedade.
42

PROCESSOS EDUCATIVOS EM AGROECOLOGIA: TENCIONANDO OUTROS


OLHARES DA JUVENTUDE RURAL

Edeilson Brito de Souza


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha.
[email protected]
Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial.
Dione Costa Santos
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha.
[email protected]
Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial.
Heron Ferreira Souza
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha.
[email protected]
Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial.

Resumo:
A afirmação da juventude rural enquanto ator político e categoria social tem
tencionado alguns enfrentamentos no tocante à montagem da agenda de governo e
a formulação de políticas públicas para os sujeitos do campo, cujas conquistas
remetem a organização e luta dos movimentos sociais. De modo geral, tem
emergido questões relacionadas a sucessão rural, agroecologia, trabalho, renda e
qualificação, pois é fundamental na discussão do “campo com gente” problematizar
a garantia de direitos, oportunidades e condições para os povos do campo, homens,
mulheres e jovens poderem produzir e se reproduzir socialmente com dignidade.
Tais fundamentos estão presente no Plano Nacional de Desenvolvimento Rural
Sustentável e Solidário (PNDRSS) resultado de intenso debate entre as esferas
governamentais juntamente com a sociedade e os movimentos sociais ao longo do
ano de 2013, objetivando estabelecer programas para o desenvolvimento rural
sustentável do Brasil, levando em consideração não somente a questão ambiental e
produtiva, mas também a social, trazendo metas e estratégias de curto, médio e
longo prazo. Atualmente, o desmonte das políticas sociais e a austeridade das
políticas neoliberais pela deserção do Estado têm reforçado a necessidade das
lutas, enfrentamentos e resistências dos povos do campo pela via da agroecologia e
da economia solidária. Partindo desse pressuposto, o objetivo deste resumo é
apresentar ações de um projeto PIBIC em que o foco foi tencionar um processo
formativo com jovens rurais na tentativa de tencionar uma consciência crítica sobre o
viver e produzir no campo. A metodologia está apoiada na pesquisa-ação e o
público-alvo do projeto foram jovens da comunidade Alto Isabel, município de
Serrinha, Bahia. A partir da realização do diagnóstico, projetou-se como ações a
realização de oficinas formativas sobre agroecologia, identidade, construção de uma
horta coletiva e um viveiro para mudas na sede da antiga Associação Artesanal,
incentivando os jovens a terem um olhar problematizador e ressignificado sobre suas
vivências e saberes. O objetivo deste trabalho é apresentar o caráter educativo e
político das oficinas formativas com estes jovens. Durante o processo formativo as
temáticas como agroecologia, economia solidária e autogestão permearam as
discussões e práticas com os jovens. De início, percebeu-se durante os diálogos que
43

os jovens não valorizavam o campo enquanto espaço de vida e produção, situação


problematizada no decurso do projeto. Em certa medida, a partir da identificação das
percepções e saberes dos jovens do campo imergimos na complexidade do viver e
produzir no campo diante da própria questão agrária brasileira, embora não
diretamente tratada aqui, mas cujos reflexos nos discursos dos sujeitos ficaram
evidente. Os jovens engajados no início das ações foram 18, porém no percurso
restaram poucos, efetivamente 6 (seis) têm demonstrado disposição para socializar
saberes adquiridos com os avós ou pais, dar sugestões no desenvolvimento das
atividades na horta e no projeto, além de mostrarem proatividade, criatividade,
solidariedade e exercício de liderança, mesmo que este precise ser aprimorado.
Consideramos que atingir os fins propostos não significa quantitativo de jovens
participando, mas o quanto o envolvimento no processo proposto tem construído
efeitos positivos no tocante ao fortalecimento de valores, práticas, saberes e
identidade dos jovens com o campo. Os diálogos com os sujeitos da pesquisa-ação
demonstraram a reprodução de visões distorcidas sobre o campo na perspectiva
sócio-produtiva (atraso x moderno), evidenciou o problema da garantia de
oportunidades e condições às populações do campo e reforçam o entendimento de
que a construção de outro projeto social de campo perpassa pela agroecologia e
economia solidária.

Palavras-chave: Pesquisa-ação; Solidariedade; Juventude Rural; Agroecologia.


44

LENDO O MUNDO PARA ESCREVER O LUGAR: INDO ALÉM DAS OLIMPÍADAS


DE LÍNGUA PORTUGUESA

Elieci Gomes de Santana


Colégio Estadual Joaquim Inácio de Carvalho (CEJIC)
[email protected]
Ana de Jesus Lima
Colégio Estadual Joaquim Inácio de Carvalho (CEJIC)
[email protected]

Resumo:
Este trabalho aborda uma experiência de prática docente desenvolvida em um
Colégio de Ensino Médio, do município de Irará (BA), voltada à leitura e escrita, no
contexto das ações propostas na olimpíada de “Língua Portuguesa Escrevendo o
Futuro”, para o corrente ano. As atividades realizadas contemplaram aspectos
inerentes aos gêneros textuais documentário e artigo de opinião, em se tratando da
forma escrita, e ao conceito de lugar, no que diz respeito ao conteúdo explorado
para a produção escrita. A contribuição desse trabalho para o eixo temático
“Educação e Desenvolvimento Social: as políticas públicas nos diversos contextos
sociais”, está no fato de que a apropriação da leitura e da escrita pelos estudantes,
em consorte com a compreensão e valorização do lugar, contribuem para o
desenvolvimento social, sendo, portanto, uma condição para o exercício da
cidadania. Neste sentido, no âmbito do colégio de ensino médio, em Irará, o trabalho
objetivou aprimorar as práticas de leitura e escrita dos estudantes, fazendo uso de
distintos gêneros textuais e criando estratégias de ampliação do conhecimento sobre
o lugar, com o propósito de valorizá-lo, tanto na produção das relações cotidianas,
quanto na produção escrita. O conceito de lugar foi entendido enquanto espaço de
múltiplas relações sociais em que os sujeitos vivem, produzem suas histórias e
podem criar condições para gerar mudanças necessárias à melhoria da vida em
comunidade. Os principais referenciais teóricos utilizados foram Geraldi (2003) e
Rodrigues (2005). A metodologia se delineou por um conjunto de atividades,
orientadas pelos seguintes passos: organização da proposta na coordenação
pedagógica da área de linguagens; seguindo, foi feita uma articulação com
profissionais da educação e áreas afins para contribuírem em palestras com os
estudantes. Os professores de Geografia abordaram o conceito de lugar,
apresentando as várias maneiras em que o mesmo pode ser entendido. Já os
professores de História e Língua Portuguesa, assim como os profissionais que
atuam com cultura e arte, trataram das dimensões da leitura e da escrita., enquanto
processo que envolve esforço para o estudo, criatividade, contextualização e
implicação com a realidade vivida. O desenvolvimento dessas atividades, reforçadas
em sala de aula, pelos professores, especialmente de Língua Portuguesa,
concorreram para que em outra etapa, os estudantes procedessem à escrita dos
textos, os quais foram submetidos à avaliação e seleção por uma banca
examinadora composta por professores da escola e professores colaboradores,
oriundos de outras escolas. A análise dos resultados parciais, possibilitou perceber
nos estudantes, uma maior apropriação do conteúdo, para realizar a escrita de
textos, nos gêneros textuais solicitados.
45

Palavras-chave: Leitura; Escrita; Lugar; Cidadania.


46

UNEB E UATI - A IMPORTÂNCIA DE RELAÇÕES INTERGERACIONAIS ENTRE


ESTUDANTES PARA A PROMOÇÃO DO CONHECIMENTO.

Fernando de Souza Nunes


Geo(Bio)grafar/UNEB, Campus XI - Serrinha
[email protected]
Júlio César Gomes Santos
UNEB, Campus XI - Serrinha
[email protected]

Resumo:
A UNEB (Universidade do Estado da Bahia) oferece, dentre vários cursos, um
programa de extensão universitária para atender alunos com idade superior a 60
anos alicerçada pela educação não formal, continuada e inclusiva: é a UATI
(Universidade Aberta da Terceira Idade). A UATI promove diversas oficinas e
atividades visando a promoção da dignidade da pessoa idosa de acordo ao que
preceitua o Estatuto e a Política do Idoso – sendo esta a principal justificativa para
as ações do eixo educação e desenvolvimento social. Dentre essas atividades
registrou-se um encontro de experiências entre jovens e adultos, no Campus XI –
Serrinha, em maio de 2017, entre os discentes dessas duas instituições. A mola
propulsora deste encontro foi de tentar entender qual a importância da troca de
experiências entre essas gerações, acerca de um tema em comum, para a
promoção do conhecimento? A apresentação deste trabalho tem portanto como
objetivo geral, relatar os desdobramentos desse encontro e ampliar as discussões
acerca das ações de ordem intergeracional como produtoras de conhecimento. Com
isso, o objetivo específico deste artigo é mostrar a importância de se estabelecer
relações intergeracionais como forma de se promover um conhecimento mais
profundo dos fenômenos a partir da visão de gerações distintas. Para tanto, a
metodologia utilizada foi de uma pesquisa participante e de cunho descritiva. Para
tanto, foram utilizados autores como: Marques, Dias e Costa (2010); Teiga (2012);
Borges e Magallhães (2011); Leite e França (2016), contribuem para conceituar
relações intergeracionais. Freire (1987) e (1996) sobre a Pedagogia do Oprimido e
da autonomia respectivamente. Sobre a pessoa idosa: Silveira, Bortolozzo e
Carvalho (2009). E sobre moral e ética estudou-se a República de Platão – tradução
de Nunes (2000). Nos resultados, observou-se como se dá a construção do
conhecimento a partir de experiências de gerações díspares em tempos históricos e
vivências diferentes desses e o quão é importante entender o presente sem
esquecer do passado.

Palavras-chave: UATI; UNEB; Relações Intergeracionais; Conhecimento;


Formação.
47

EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESCOLAR: AÇÕES E REFLEXÕES PRÁTICAS NO


MUNICÍPIO DE SERRINHA-BA

Gabriel Carneiro Araujo Oliveira


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
LaPPRuDes e Secretaria Municipal de Meio Ambiente – Serrinha, BA
Secretaria de Meio Ambiente do Município de Serrinha-Ba
[email protected]
Maria Eduarda da Silva Carvalho
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
LaPPRuDes e Secretaria Municipal de Meio Ambiente – Serrinha, BA
Secretaria de Meio Ambiente do Município de Serrinha-Ba
[email protected]
Richard Silvestre Silva Santos
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
LaPPRuDes e Secretaria Municipal de Meio Ambiente – Serrinha, BA
Secretaria de Meio Ambiente do Município de Serrinha-Ba
[email protected]

Resumo:
O despertar na educação ambiental é importante para a conscientização no
contexto da aprendizagem, principalmente durante a infância, no qual auxiliará na
formação de um cidadão consciente. O ambiente escolar consiste em um dos
espaços que promovem estas reflexões. Nesta perspectiva, Silva(2011) ressalta que
dos educadores durante seu exercício podem estimular o ensino e as reflexões
quanto às questões sobre os recursos naturais, os quais podem ser explorados sob
uma perspectiva interdisciplinar. Neste contexto, o projeto intitulado “Educação
Ambiental em espaços escolares”, tem como objetivo fomentar reflexões sobre
temas que norteiam a preservação ambiental em três escolas da rede municipal de
ensino localizadas no município de Serrinha, tendo como público participante
discentes dos 6º, 8º e 9º anos do ensino fundamental II. A escolha deste público
justifica-se pela necessidade de estimular os jovens quanto à realidade do ambiente
em diferentes dimensões, fomentando assim, novos enfrentamentos quanto as
questões socioambientais existentes e as que estão por vir. A representação dos
alunos sobre o ambiente poderá contribuir com a prática pedagógica do docente, de
forma que haja uma interação com a própria realidade vivenciada a partir de atitudes
individuais e/ou coletivas e que possam ser estabelecidas relações entre escola e
comunidade (BRASIL, 2001). Desta forma, estas ações são executadas a partir de
uma parceria entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEDHAM), Conselho
Municipal de Meio Ambiente (CONSEMA), IFBaiano campus Serrinha e apoio do
Projeto Horizonte Verde. A realização das etapas são: identificação e mobilização
das instituições escolares parceiras, visitas às unidades escolares e discussão sobre
temáticas ambientais a partir de estratégias metodológicas participativas, avaliação
processual e final das etapas concluídas. As primeiras oficinas buscaram, utilizando-
se a ferramenta do mapa mental, proporcionar a troca de saberes entre os discentes
e os executores do projeto, sobre o conceito de meio ambiente. A partir das
discussões levantadas, foram (re)construídos noções sobre o tema, desmistificando
48

seu caráter puramente biológico e antropocêntrico. Em seguida foram levantadas


discussões sobre os impactos ambientais negativos oriundos de uma sociedade
cada vez mais consumista e as diferentes formas de minimização destes efeitos. Em
uma das unidades escolares foi confeccionada uma horta escolar suspensa,
envolvendo alunos e docentes, utilizando como ferramenta materiais reaproveitáveis.
Posteriormente foram realizadas avaliações com todos os atores sociais envolvidos,
em que, serão realizadas práticas a partir das discussões que foram levantadas
inicialmente, respeitando-se as especificidades locais. Assim, devido à ampliação
dos problemas ambientais, urge a necessidade de promover ações em escolas a
partir da Educação Ambiental a fim de que o sujeito possa ter ou desenvolver uma
visão crítica do meio ao qual encontra-se inserido.

Palavras-chave: Educação ambiental, Ações e conscientização.


49

EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: A INSERÇÃO DOS FORMANDOS DO


ENSINO SUPERIOR NO MERCADO DE TRABALHO NO MUNICIPIO DE FEIRA
DE SANTANA

Gesner Brehmer de Araújo Silva


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária (IEPS)
José Raimundo Oliveira
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária (IEPS)
Hélio Ponce Cunha
[email protected]
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
Grupo de Estudos em Mercado, Estratégia, Gestão e Análise Regional (MEGA)

Resumo:
Diante de um contexto, em que cada vez mais pessoas têm tido acesso a educação
superior no Brasil, existe ainda um contingente elevado de adultos com indicadores
elementares de educação que encontram dificuldades de inserção no mercado de
trabalho. Neste cenário, a agenda das políticas públicas tem sido pautada por ações
que gerem o aumento dos níveis de educação e escolaridade destes indivíduos, ao
mesmo tempo em que, com estas ações, gerem recursos humanos para o mercado
de trabalho, fomentando assim a cidadania e o desenvolvimento social. Isto posto, o
presente artigo tem como objetivo expor os atuais níveis de formação e composição
de capital humano com base nos indicadores de educação superior no município de
Feira de Santana. Os principais referenciais teóricos utilizados neste trabalho foram
os teóricos do capital humano, Schultz (1971), Becker (2007) e Blundell (1999), que
abordam o conceito de capital humano na perspectiva de está intrinsecamente
associado pelo modo de como é estruturado e estimulado as potencialidades ligadas
ao cognitivo humano tais como: potencial, habilidades, desempenhos e experiências
individuais alinhados ao comprometimento da capacidade de pensar como
elementos cruciais para o aumento da probabilidade do trabalho e sua inserção no
mesmo. Em relação à educação como instrumento de desenvolvimento local,
autores como Singer (2002) e Dowbor e Pochmann (2008), chamam a atenção para
o fato de que o desenvolvimento deve ser compreendido e estudado além da
abordagem econômica, rompendo o modelo utilitarista que focam o desenvolvimento
enquanto resultado da modernidade. O desenvolvimento local seria assim, uma
perspectiva multidisciplinar, onde a sociedade a qual está inserida naquele lugar,
tenha acesso a bens materiais e culturais, alterando de forma qualitativa a relação
social e de produção na qual se está envolvida. Essa forma de desenvolvimento não
necessariamente precisa ser exógena e, caso seja, deve ser integrado e precisa
assumir compromissos territoriais locais com outras formas econômicas não
necessariamente mercadológicas, conforme discute Polanyi (1980), evitando
evasões tecnológicas, de capital, desfazimento das culturas e modos de vidas locais,
sob a égide deque o capital migra alternativamente ao seu bel prazer para
50

rendimentos alternativos. Metodologicamente, a pesquisa foi desenvolvida a partir da


revisão bibliográfica tanto das teorias do capital humano, quanto das teorias de
desenvolvimento local, com vista à sustentação teórica de ambas as perspectivas
teóricas. Amparamo-nos na matriz do método hipotético-indutivo, onde segundo Gil
(2010), através de uma combinação de observação cuidadosa, hábeis antecipações
e intuição científica, alcança um conjunto de postulados que governam os
fenômenos pelos quais está interessado, daí deduz-se as consequências por meio
de experimentação e, dessa maneira, refuta os postulados, substituindo-os, quando
necessário, por outros, e assim prossegue. Desta forma com a criação, adequação
ou modificação do método hipotético-dedutivo, observar-se-á se a inserção no
mercado de trabalho dos formandos do ensino superior no município de Feira de
Santana através dos dados do CAGED, RAIS E INEP. Como resultados obtidos,
percebemos que a maioria dos concluintes da educação superior hoje são advindas
das instituições de ensino privadas, e que estes concluintes tem pouca inserção no
mercado formal do município Isto pode significar que as instituições de ensino não
possuem conexões com o mercado formal da cidade, ou que a estrutura de
empregos do município não tem a capacidade de atender a esta demanda ou está
altamente concentrada na captação de mão-de-obra não local. “Nesta conjuntura,
torna-se preciso pensar em políticas públicas voltadas tanto para o fortalecimento
das instituições públicas para o desenvolvimento do tripé ensino-pesquisa e
extensão, como também em políticas públicas de geração de uma maior oferta de
trabalho para captar esta nova oferta de mão de obra qualificada a Feira de Santana.

Palavras-chave: Educação e Desenvolvimento; Educação Superior; Formação para


o Mercado.
51

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA DO EDUCADOR DA EJA

Glauce Maciel Barbosa Pereira


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Robson Santos Pereira
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Lourival Luz Bomfim Filho
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Resumo:
Essa pesquisa emerge das discussões em torno da formação do docente que atua
na Educação de Jovens e Adultos (doravante EJA), decorrentes dos encontros do
grupo de pesquisa e extensão na EJA, promovidos pelo Núcleo de Pesquisa e
Extensão em Educação de Jovens e Adultos - NPEEJA – consubstanciado pela
Universidade do Estado da Bahia – UNEB – CAMPUS XIII - Itaberaba – Bahia-Brasil.
Esse grupo é composto pela comunidade interna (alunos das licenciaturas e
funcionários do campus) por professores da Educação Básica das escolas públicas
de Itaberaba; estudantes de outras Instituições de Ensino Superior – IES, além de
pesquisadores da EJA. O referido Núcleo tem contribuído em atividades
acadêmicas; tais como: projeto de estágios, Trabalhos de Conclusão de Cursos –
TCC’s e pesquisas sobre a EJA, através de palestras, cursos, roda de conversas
sobre o histórico e panorama atual da EJA no Brasil. O presente trabalho tem o
propósito de investigar a atuação do poder público municipal no que tange aos
investimentos na formação continuada do educador da EJA nas escolas públicas do
município de Itaberaba - Bahia que atuam nesse segmento. Para análise dessa
temática utilizamos um aporte teórico ancorado em Freire (1967), Gadotti (1986),
Strelhow, 2010 e autores que têm ideias afins. Nesse sentido, surgem as questões
de pesquisa: Em que medida a formação pedagógica subsidiada pela Secretaria de
Educação do município de Itaberaba contribui para instrumentalizar a formação
continuada do profissional da EJA? A formação continuada desses professores
atende às necessidades pedagógicas dos educandos que frequentam essa
modalidade de ensino?Tomando por base os parâmetros curriculares da Educação
de Jovens e Adultos, como pode ser caracterizada a formação continuada dos
professores que atuam nesse campo? Dessa forma, esse trabalho propõe analisar a
formação continuada dos professores que atuam nessa modalidade educativa,
atentando-se para os investimentos pedagógicos amparados pela SEC e para
possíveis benefícios alcançados pelo público alvo – os alunos da EJA. A coleta de
dados foi amparada por uma metodologia que favorece a pesquisa de campo,
ficando o estudo submetido à abordagem qualitativa. Foram aplicados questionários
aos professores que ministram aulas nesse âmbito da Educação. O método desta
pesquisa está pautado nas discussões de Minayo (1994); Barros (2012) e Gil (2007).
Os dados analisados demonstraram que os investimentos direcionados pelo poder
público para a formação continuada do educador da EJA ainda são tímidos e não
refletem na qualidade do processo de ensino e aprendizagem do aluno. Desse
modo, constata-se a necessidade de implementação de políticas públicas que
assegurem investimentos robustos na formação continuada dos docentes envolvidos
52

nessa esfera educacional. Tal iniciativa pode converter-se em metodologias de


ensino e aprendizagem que certamente fomentará a inclusão dos sujeitos atendidos
pela EJA nos vários cenários sociais garantindo-lhes, dessa forma, uma formação
cidadã.

Palavras-chave: Educação; Educação de Jovens e Adultos; Políticas Públicas.


53

O GESTOR ESCOLAR E SUA REGULAMENTAÇÃO NOS PLANOS DE


CARREIRA DE ALGUNS MUNICÍPIOS TIPS

Hemily Araujo dos Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Paula da Silva Damião
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Selma Barros Daltro de Castro
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
A gestão escolar caracteriza-se como a utilização racional de recursos humanos e
intelectuais para determinado fim, tendo como caráter primordial a participação de
sujeitos envolvidos, sendo esses peças fundamentais para o fim que se deseja
alcançar (PARO, 2016). A temática problematizada faz referência a pesquisa de
Iniciação Científica (IC) da Uneb, vinculada ao grupo de pesquisa EPODS, sendo
recorte da pesquisa “Gestão escolar em municípios do território do sisal: concepções
reveladas nos documentos oficiais”. Tem como objetivo analisar a função,
atribuições e formação do gestor escolar nos Planos de Carreira do Magistério dos
Municípios de Barrocas e Teofilândia, sendo considerados para fim desta pesquisa
os documentos em vigor. Fundamenta-se nos autores (JOCOMINI E PENNA, 2016),
(PARO,2016) e (SANDER, 2007). O estudo possui como pressuposto metodológico
a pesquisa documental, que analisa a legislação de Teofilândia e Barrocas referente
a gestão escolar. Os municípios que serviram de campo de estudos são localizados
no Território do Sisal, Teofilândia é um município do Território do Sisal, localizado a
aproximadamente 205 km de distância da capital baiana, com população estimada
pelo IBGE em mais de 22.479 habitantes para 2018, com área de 351,892 km² e
matrícula registrada em 2018 de 1169 alunos da educação infantil e 3733 no Ensino
Fundamental regular e um quantitativo de 248 professores. Barrocas é um município
do Território do Sisal localizado a aproximadamente 203 km de distância da capital
baiana, com população estimada em 15.978 habitantes para 2019, com área de
207,297 km² e matricula registrada em 2018 em pré-escola: 471, Ensino
Fundamental: 2.517, e de docentes do Ensino Fundamental: 140. No Plano de
Carreira do município de Barrocas, os resultados evidenciam que a forma de
provimento do diretor, acontece por livre nomeação ou pelo poder executivo,
mostrando assim uma contradição com os princípios da gestão democrática, em que
um deles, é a eleição de diretor, sendo a gestão democrática o modelo de gestão
apontado no documento. No Plano de Carreira do município de Teofilândia, aponta
apenas as atribuições que o diretor deve desenvolver no ambiente escolar. Ressalta-
se que as informações aqui apresentadas, são as mesmas contidas nos documentos
de ambos municípios sobre o diretor escolar.
54

Palavras-chave: Gestão escolar; Diretor; Teofilândia; Barrocas.


55

AS FORMAS DE PROVIMENTO DO CARGO DE DIRETOR EM ESCOLAS DA


REDE MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA

Iane Cunha Oliveira


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
NUFOP
Solange Mary Moreira Santos
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
NUFOP

Resumo:
Há diferentes formas de provimento ao cargo de diretor das escolas públicas nas
redes municipais e estaduais, ou seja, não há uma uniformidade na escolha dos
dirigentes escolares. Dentre esses formas têm-se, segundo Paro (1996), três
mecanismos de provimento: a indicação política, a seleção através de concurso
público ou de aferição da competência técnica e a eleição. Cada uma dessas formas
traz em seu bojo diferentes concepções de gestor e de direcionamentos para a
gestão escolar. Nesse sentido, o presente trabalho é resultado de uma pesquisa de
Iniciação Científica sobre gestão escola, tendo por objetivo analisar as formas de
provimento ao cargo de diretor de duas escolas municipais da cidade de Feira de
Santana/Bahia. Os objetivos específicos que orientaram esta pesquisa foram:
analisar como o diretor escolar eleito e o indicado politicamente influenciam a gestão
democrática da escola; identificar a diferença entre a gestão de duas escolas
municipais que possuem distintas formas de provimento de dirigentes educacionais;
identificar se as formas de escolha de diretor escolar contribuem ou interferem na
qualidade de ensino na escola. A metodologia que orientou este trabalho foi a
abordagem qualitativa do tipo descritiva. O instrumento utilizado para coleta de
dados foi entrevista semiestruturada realizadas com os diretores de duas escolas
municipais de Feira de Santana, Bahia. Os fundamentos teóricos-metodológicos que
embasaram esse trabalho foram, Paro (1996), Mendonça (2000), Cury (2005). Os
resultados alcançados nos revela que pode haver relações diferentes da gestora
escolar com a comunidade interna da instituição de ensino a depender da forma
como a qual foi provida, pois pode haver uma diferenciação na reciprocidade e isso
poderá interferir na segurança do profissional e consequentemente em sua
autonomia. Porém, no que se refere à forma de gerir a escola, tanto a gestora eleita
como a nomeada demonstraram preocupação com a qualidade de ensino e
consequentemente com a efetivação da aprendizagem dos estudantes, pois prezam
pela democracia, participação e autonomia, princípios básicos para garantir uma boa
qualidade nesse processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Gestão Educacional; Sistema Estadual de Educação da Bahia;


Análise Documental.
56

FORMAÇÃO DOCENTE E EDUCAÇÃO BÁSICA: NARRATIVAS FORMATIVAS


DE PROFESSORAS- ESTUDANTES DO CURSO DE PEDAGOGIA DA
UNEB/CAMPUS XI1

Irani Almeida de Jesus Barreto


Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus XI
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
Este estudo é um recorte do trabalho monográfico intitulado Narrativas de
professores-estudantes do curso de Pedagogia da UNEB – Campus XI: percepções
entre a formação e atuação no contexto da Educação Básica foi fruto de uma
trajetória inicial de pesquisa-formação a partir da minha inserção como Bolsista do
Programa de Iniciação Científica (PICIN), no projeto de pesquisa de Iniciação
Científica (IC), vinculado à Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Departamento
de Educação, Campus XI-Serrinha-BA, articulado à linha de pesquisa do grupo
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS) e vincula-se à
pesquisa que discute sobre formação docente. A questão de pesquisa consistiu em:
como as professoras-estudantes vivenciam a realidade da formação, da atuação
docente e quais os sentimentos construídos nessa relação? Teve como objetivo
geral investigar com base em narrativas os sentimentos das professoras-estudantes
em relação à formação e exercício da profissão, levando em consideração as
relações consigo, com os colegas e com o processo formativo. Teve como objetivos
específicos: conhecer, através das narrativas, os sentimentos das professoras-
estudantes construídos no exercício profissional; compreender como as professoras-
estudantes refletem sobre relação entre formação e atuação na escola básica. O
trajeto metodológico foi de abordagem qualitativa, com inspiração na pesquisa
narrativa. Os sujeitos pesquisados foram estudantes do Curso de Pedagogia da
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Departamento de Educação Campus XI-
Serrinha-BA. O referencial teórico utilizado ancorou-se nos seguintes autores: Gatti
(2009); Bondía (1996); Nóvoa (2009); Souza (2004); Tardif (2002); Josso (2004);
Imbernón (2001, 2011,2014); dentre outros. Os resultados apontam que os
sentimentos dos colaboradores diante da formação e profissão contribuem para
ações que favoreçam os seus educandos a descobrirem novos caminhos, os quais
possam trilhar para alcançar aprendizagens significativas. Isso ficou evidenciado
quando as professoras enfatizaram os sentimentos da gratidão, amor, carinho na
sua formação e atuação profissional, além de outros sentimentos negativos que se
desvelaram ao longo da pesquisa como o medo e a desvalorização profissional, mas
que estes não são empecilhos para desistência da profissão.

Palavras-chave: Sentimento docente; Exercício profissional; Educação Básica.

1
Trabalho Orientado pela Professora Doutora Ivonete Barreto de Amorim (UNEB/EPODS).
57

O PAR COMO MECANISMO DE POLÍTICA PÚBLICA NA LITERATURA DA


POLÍTICA EDUCACIONAL

Jacqueline Nunes Araújo


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Pesquisadora do Centro de Estudos e de Documentação em Educação (CEDE)

Resumo:
Este trabalho faz parte de uma pesquisa maior sobre as relações
intergovernamentais entre a esfera federal e os municípios, por meio dos programas
vinculados ao Plano de Ações Articuladas-PAR. O nosso desafio neste trabalho, foi
compreender a discussão conceitual em torno do PAR. Como aponta a literatura, o
PAR foi considerado por Azevedo (2012), Santana (2011) e por Camini (2009) como
um mecanismo de planejamento estratégico para fazer com que as diretrizes do
Plano de Metas fossem cumpridas no âmbito dos governos subnacionais. Outros
autores Souza (2012), Santana (2011), afirmam ser o PAR mais do que um simples
conjunto de ações para a educação básica, este plano tem as feições de um
planejamento estratégico de apoio aos gestores municipais da educação no país. O
referencial teórico-metodológico de escrita reverbera nas ideias de Azevedo (2012),
Santana (2011), Camini (2009), Souza (2012), Grinkraut (2012), Costa (2014),
Batista (2012), Souza (2012).O uso de termos diferenciados, como plano,
instrumento, mecanismo, para referir-se ao PAR na literatura brasileira de política
educacional, não desconsidera sua função de articulação de relações
intergovernamentais e, por diversas vezes, reitera o discurso divulgado a partir do
Ministério da Educação sobre ser o PAR um mecanismo/instrumento para a
efetivação do regime de colaboração entre os entes federados. O Parecer CNE/CEB
nº 8 (CNE/CEB, 2010), ao tratar dos padrões mínimos de qualidade previstos na
LDBEN (inc. IX, art. 4º) (BRASIL, 1996), considerou o PAR como um instrumento de
gestão do Sistema Nacional de Educação. Esse parecer refere-se, ainda, ao PAR
como um instrumento de modernização da gestão escolar e atribuiu a esse
mecanismo um duplo papel, contribuir para a gestão de sistemas educacionais e
escolares. Farenzena (2012), Marchand (2012) e Mafassioli (2011) afirmam ser o
PAR um instrumento de planejamento multidimensional, designação também
utilizada pelo Ministério da Educação (BRASIL, 2007b) e capaz de intervir na
realidade educacional do município. A literatura, aqui arrolada, designa o PAR
indistintamente como mecanismo de planejamento e/ou como
instrumento/ferramenta de planejamento. Maroy e Voisin (2013) conceituam
mecanismo como a maneira pela qual diferentes instrumentos/ferramentas de
políticas públicas são articulados, com fins de orientação da conduta dos atores. Ou
seja, a ideia de mecanismo é uma ferramenta analítica que permite estabelecer
relações de causalidade entre o que se quer explicar e os elementos explicativos.
Nesse sentido, a partir da pesquisa podemos constatar que o PAR articulou os
seguintes instrumentos de políticas públicas em educação, sob a coordenação do
MEC: o IDEB (medida da aferição de resultados); o diagnóstico local das situações-
problema (multiplicidade de pontos de observação) e os programas centralmente
formulados (respostas institucionais do poder político central às demandas dos
58

poderes locais). Todo esse conjunto é atualmente coordenado pelo Sistema


Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação
(SIMEC). Desse modo, o Ministério da Educação passou a articular e coordenar
relações intergovenamentais no âmbito da educação básica, sob o discurso político
do planejamento sistêmico da educação.

Palavras-chave: Plano de ações articuladas; Relações intergovernamentais;


Políticas públicas; Regime de colaboração.
59

EDUCAÇÃO E CISTERNAS: DIMENSÕES NO PROCESSO EDUCATIVO

Joan Araújo Carneiro


[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia Abelmanto
Rubinaldo Almeida de Sena
[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia Abelmanto
Claudio da Silva Vieira
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia Abelmanto

Resumo:
Dentre as diferentes tecnologias sociais implementadas no semiárido baiano,
destacam-se as cisternas de placas, cuja água armazenada destina-se ao consumo
humano. No entanto, faz-se necessário a compreensão da gestão deste recurso
hídrico, armazenado em unidades familiares, de forma que venha a possibilitar uma
efetiva convivência com o semiárido, bem como refletir os princípios de uma
educação contextualizada consubstanciada em novos contextos de aprendizagem.
Sob este aspecto, estudos realizados por Miranda (2011) ressaltam que a educação
ambiental consiste em um dos instrumentos que fomentam mudanças e
comportamentos em comunidades que são contempladas com as cisternas, bem
como o processo educativo de forma contínua, valorizando os mecanismos de
apropriação do saber, no cotidiano das pessoas que utilizam essa água em suas
atividades rotineiras. Assim este trabalho teve como objetivo analisar a gestão da
água armazenada em cisternas rurais sob a perspectiva de ações educativas e de
políticas públicas locais. O presente trabalho foi realizado na comunidade rural
denominada de Maravilha, localizada no município de Serrinha, que tem a
agricultura familiar como uma das estratégias para a geração de renda. Vale
ressaltar que a escolha da comunidade se deu, em virtude da atuação do Programa
1 milhão de Cisternas (P1MC). A metodologia foi realizada nas seguintes etapas:
visitas à comunidade, seleção de agricultores que possuem cisternas construídas
pelo P1MC, realização de entrevistas semiestruturadas com os responsáveis pela
gestão da água, coleta e análise da água armazenada, observando os
procedimentos recomendados pelo o Standard Methods for the Examination of
Water and Wastewater (2005) e também, pelo manual de procedimentos de análises
e de qualidade de água da FUNASA. As análises físico-químicas foram realizadas
no Laboratório de Química do IFBaiano campus Serrinha-BA. Ao sistematizar e
interpretar os dados das análises da água, percebeu-se que os parâmetros
analisados de cor, turbidez e pH se encontraram adequados ao que estabelece a
legislação vigente sobre potabilidade da água. No entanto, vale ressaltar a
condutividade elétrica, pois esta assumiu valores elevados aos estabelecidos pelas
literaturas. Silva et al (2006) ressaltam que para compreender a dinâmica
comunitária sob as perspectivas educacionais, é importante conhecer a percepção
ambiental do grupo envolvido para um posterior delineamento de estratégias. Assim,
60

relacionando estes dados com o gerenciamento da água, bem como nas estratégias
de educação que são inseridas no Programa, este fator pode ser justificado pelos
seguintes relatos: mistura da água da chuva com a da concessionária local, tempo
de construção das cisternas, bem como dos processos de sua higienização e dos
dispositivos de armazenamento da água. Lisboa e Santos (2015), ressaltam que as
ações educativas exercidas pelo Programa assumem diferentes dimensões, dentre
elas, a social, política, cultural, ambiental, de saúde pública e econômica. Desta
forma, mesmo o Programa desenvolvendo estes processos educativos, é de suma
importância que estes sejam contínuosa e permanentes, a partir de diferentes atores
sociais e voltados à realidade vigente, pois necessitam assumir um caráter dinâmico
e participativo, para que ocorra a sensibilização quanto aos instrumentos
educacionais, que garantem uma água de qualidade e a efetivação de políticas
públicas voltadas ao semiárido.

Palavras-chave: Água; Gestão; Aprendizagem.


61

A EDUCAÇÃO ESCOLAR E A FORMAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA NA


PERSPECTIVA DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO

Joseane da Conceição Pereira Costa


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano)
[email protected]
Educação Profissional e Tecnológica
Davi Silva da Costa
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano)

Resumo:
Este estudo discute a formação da classe trabalhadora na perspectiva do Ensino
Médio Integrado, considerando-se os pressupostos da formação humana integral,
fruto das atividades do Grupo de Pesquisa em Educação Profissional e Tecnológica,
vinculado ao programa de Mestrado Profissional em Educação Profissional e
Tecnológica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, campus
Catu. O objetivo é o de refletir sobre os fundamentos do Ensino Médio Integrado e
seu papel estratégico na educação escolar frente aos desafios impostos pela
racionalização de processos pedagógicos que promovem a eliminação do caráter
político da educação, com vistas a atender às demandas efetivas do mercado e do
regime capitalista de produção. O estudo baseia-se na pesquisa bibliográfica e
apoia-se, principalmente, nos estudos de Frigotto et al, (2012), Moura (2010) e
Ramos (2008). Nessa perspectiva, a questão que surge é: que tipo de escola pode
desempenhar um novo papel, a serviço da autonomia e da emancipação dos
sujeitos no contexto do regime capitalista de produção? Que tipo de ensino, e
formação, fazem-se necessários para elevar o(a) trabalhador(a) à condição de
autotransformação? Embora essas pareçam questões de complexas respostas, a
base para um projeto de formação que vise ao desenvolvimento integral do sujeito e
possibilite construir concepções de mundo e de sociedade tencionando a
transformação já fora dada. Através da aprovação do Decreto nº 5154/04, o Ensino
Médio Integrado tem representado uma alternativa à dualidade estrutural fundada no
ensino propedêutico e profissionalizante de nível médio, e como tal visa à
(re)construção de princípios importantes e emancipatórios na(da) formação da
classe trabalhadora. Para tanto, um ensino efetivamente integrado busca a
articulação entre trabalho, ciência, cultura e tecnologia, na perspectiva de uma
formação politécnica. Isso requer, sobretudo, compreender o trabalho como princípio
educativo, o qual permitirá ao(à) estudante, para além da apropriação de
pressuposições teóricas e práticas que fazem do trabalho uma atividade criadora, a
construção de sua autonomia e a ampliação das possibilidades em seu percurso
formativo e laboral. Contudo, embora ainda não seja possível materializar uma
escola unitária conforme a perspectiva gramsciana, o compromisso com os
fundamentos de uma formação humana integral pode, de fato, contribuir com o
desenvolvimento de uma relação libertadora entre trabalho e educação. Assim, com
base nos elementos teóricos consubstanciados pela formação humana integral, este
estudo conclui pela defesa do Ensino Médio Integrado para superação das
dualidades educacionais e busca suscitar e amparar discussões mais densas no
âmbito da temática proposta, com foco na mobilização de esforços para se
62

compreender a real importância da integração no cenário da Educação Profissional e


na formação emancipatória de trabalhadores(as).

Palavras-chave: Ensino Médio Integrado; Formação de trabalhadores; Trabalho e


Educação.
63

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AGROECOLOGIA: FERRAMENTAS DE


APRENDIZAGEM SOBRE O MANEJO DO SOLO NO SEMIÁRIDO

Juciaylla Damião de Oliveira


[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) – Abel Manto
Aline Oliveira Carneiro
[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) – Abel Manto
Raquel Moura dos Santos
[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) – Abel Manto

Resumo
Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental, Lei nº 9795/1999, Art. 1º,
Educação ambiental é um processo que forma indivíduos preocupados com o meio
ambiente, afim de conserva-lo, buscando medidas para diminuir não só os impactos
ambientais causados pelo homem, mas também a má utilização dos recursos
naturais. Objetivando a preservação da natureza e a melhora na qualidade de vida,
visando sempre, a sustentabilidade. Nessa perspectiva, não há dúvidas de que
agroecologia é uma alternativa que pode contribuir de maneira significante com o
objetivo deste projeto que foi desenvolvido com a turma do 5º ano vespertino da
Escola Municipal Luiza Cecília, situada na zona rural de Barrocas - BA. O solo
corresponde a camada superficial da crosta terrestre e é um dos recursos naturais
essenciais para o desenvolvimento da vida na terra, sendo utilizado não só como
base para a agricultura, mas também como matéria prima em construções de casas
e edifícios. Diferente do que muitos pensam, o solo é um recurso não renovável
sujeito a intensa degradação promovida pelas ações antrópicas nos últimos séculos,
que se não for preservado, poderá trazer consequências para as futuras gerações.
Foi apresentado aos discentes do 5º ano o conceito de solo e sua importância, os
principais tipos, as diferenças entre os mesmos, o porquê de utilizar determinado
solo para uma atividade especifica, dentre outras temáticas. Todas as atividades já
citadas foram realizadas de forma bem prática por meio oficinas, brincadeiras e
dinâmicas. Vale ressaltar que os assuntos eram revisados semanalmente em todas
as aulas, assim, os alunos fixavam o conteúdo. Em uma das dinâmicas efetivada,
utilizou-se 4 (quatro) solos distintos para que os alunos, vendados, pudessem
identificar que tipo de solo era aquele (argiloso, arenoso, calcário e humoso) e o que
o caracterizava (pedra, matéria orgânica, argila). Ao final da dinâmica, os estudantes
receberiam prêmios se soubesse responder as perguntas sobre a identificação
daquele solo. Segundo Andrade et al. (2010), as regiões semiáridas do globo
terrestre se caracterizam pelo déficit hídrico e por um elevado saldo positivo de
energia solar, no entanto o semiárido brasileiro tem características específicas, tais
como: solos rasos ou de pouca profundidade, baixa capacidade de infiltração com
alto escoamento superficial pelo baixo índice pluviométrico. Tendo como aspectos
64

que tornam este recurso natural mais vulnerável aos impactos de degradação nessa
região. No entanto, devemos buscar alternativas para que esse bem não acabe, com
adoção de práticas de manejo aliado a sustentabilidade. E pensando na
sustentabilidade que foi decidido aplicar o projeto na zona rural em uma comunidade
escolar, uma vez que estes já têm mais proximidade com o meio. A agroecologia se
torna uma ótima alternativa para a conservação deste recurso natural. Dessa forma,
o projeto visa promover aos alunos, a conscientização sobre a real importância de
que o solo é um componente fundamental do ambiente natural que deve ser
preservado, refletindo sobre sua importância no cenário do semiárido, mostrando
maneiras de conserva-lo e enriquece-lo com auxilio dessa nova ciência; a
Agroecologia. Assim sendo, a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF´s), o
consórcio entre diferentes culturas, a rotação de culturas, o uso do sistema de cultivo
mínimo, o qual promove menor revolvimento do solo e a utilização de coquetéis de
sementes são ações que podem diminuir os efeitos causados no solo e aumentar a
fertilidade do mesmo.

Palavras-chave: Agroecologia; Educação Ambiental; Solo; Sustentabilidade.


65

TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O


DESENVOLVIMENTO LOCAL DO POVOADO ALTO EM TUCANO-BAHIA

Juliana Andrade do Carmo Martins


PPGEduC/UNEB
[email protected]
Grupos de Pesquisa Sociedade Solidária, Espaço, Educação e Turismo - SSEETU e
Sociedade em Rede
Francisca de Paula Santos da Silva
PPGEduC/UNEB e DMMDC/UFBA
[email protected]
Grupos de Pesquisa Sociedade Solidária, Espaço, Educação e Turismo - SSEETU e
Sociedade em Rede
Alfredo Eurico Rodrigues Matta
PPGEduC/UNEB e DMMDC/UFBA
[email protected]
Grupos de Pesquisa Sociedade Solidária, Espaço, Educação e Turismo - SSEETU e
Sociedade em Rede

Resumo:
O presente estudo versa sobre o Turismo de Base Comunitária - TBC como um
caminho de possibilidades e desafios para o processo de desenvolvimento local do
Povoado Alto, zona rural de Tucano-Ba. Trata-se de um texto introdutório do estudo
de mestrado em andamento no Programa de Pós-Graduação em Educação e
Contemporaneidade- PPGEduC/UNEB na linha de Educação, Gestão e
Desenvolvimento local sustentável, que propõe a construção de uma Educação
para o Turismo de Base Comunitária como estratégia para o Desenvolvimento local.
Tem se como objetivo neste artigo construir conhecimento sobre os desafios e
perspectivas do Turismo de Base Comunitária no Povoado Alto, enquanto proposta
para o desenvolvimento local. A metodologia utilizada tem como método, o estudo
de caso e como instrumento de coleta de dados e informações utilizou-se a revisão
de literatura, apontando o povoado Alto como um exemplo de localidade no sertão
baiano que vem organizando o TBC, o qual apesar dos desafios já apresenta efeitos
preliminares no desenvolvimento social da comunidade. Neste sentido, são
apresentadas algumas discussões sobre conceitos e princípios que regem a
perspectiva de educação adotada baseada em Freire (1982,1996, 2003, 2006), o
Turismo de Base Comunitária de acordo com Silva, Matta e Sá (2016), Silva (2012),
Eusébio e Rodrigues (2014), Holanda (2016), Irving (2009) e o desenvolvimento
Local segundo Dowbor (2006), Menezes e Campos (2013) e Mance (2008).
Expondo ainda, as principais diferenças entre o turismo convencional e o Turismo de
Base Comunitária, a fim de melhor compreender como este se constitui em
alternativa ao modelo tradicional para comunidades marginalizadas. Por fim,
considerando os resultados das ações desenvolvidas no Povoado Alto, conclui-se
que o Turismo de Base Comunitária tem se constituído uma importante estratégia
para o engajamento e protagonismo de jovens e adolescentes em atividades que
possibilitam a valorização de suas tradições e cultura local, bem como o sentimento
de pertencimento ao lugar onde vivem. Logo, é possível pensar o turismo de base
66

comunitária como uma proposta de desenvolvimento local e social. Sobretudo, pela


valorização dos sujeitos locais, visando melhorias no bem estar coletivo, na criação
de redes solidárias e na valorização e respeito da história e cultura local com suas
diversidades, bem como o potencial de cada sujeito envolvido.

Palavras-chave: Educação; Turismo de Base Comunitária; Desenvolvimento local;


Desenvolvimento social; Povoado Alto.
67

DA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS PARA O ACESSO AO MERCADO


INSTITUCIONAL – PNAE: UMA ANÁLISE DOS AGRICULTORES FAMILIARES
DA COMUNIDADE DE BASTIÃO E DO SOSSEGO NO MUNICÍPIO DE
RETIROLÂNDIA – BAHIA

Kamilla Ferreira da Silva Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Mestranda em Planejamento Territorial (PLANTERR)

Resumo:
O objetivo geral desta pesquisa-intervenção é elaborar um planejamento estratégico
juntamente com vinte agricultores familiares oriundos da comunidade de Bastião e
Sossego, no município de Retirolândia – Bahia, localizado no Território do Sisal,
para o fornecimento ininterrupto dos gêneros alimentícios da agricultura familiar para
a Alimentação Escolar. A pesquisa, ainda em andamento, pretende apresentar os
resultados obtidos enfocando dois objetivos específicos: o primeiro concernente à
caracterização dos sujeitos que acessam o Programa Nacional de Alimentação
Escolar – PNAE, o outro a análise dos dados secundários dispostos em sites
eletrônicos e dados oficiais para aprofundamento histórico-conceitual da temática.
Sabe-se que o PNAE é uma política antiga e reconhecida mundialmente. Ao longo
do tempo, trilhou mudanças de aperfeiçoamento, uma delas, a obrigatoriedade de
aquisição de, no mínimo, 30% dos produtos da agricultura familiar através da Lei nº
11.947/2009. A aquisição dos produtos é realizada através da compra direta de
alimentos da agricultura familiar possibilitando agregação de valor na produção. Com
a aquisição direta há uma desburocratização da compra, porque não há necessidade
de utilizar a normatização da Lei Federal nº 8.666/1993 (Estabelece as normas para
licitações e contratos da Administração Pública) e os recursos repassados pelo
PNAE ficam, em sua maior parte, no próprio município ocasionando, desta forma, o
desenvolvimento local. Segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação – FNDE, em 2017 o orçamento do PNAE foi de 4,5 bilhões de reais. Deste
total, R$ 1,24 bilhão foi destinado à compra de alimentos produzidos pela Agricultura
Familiar - AF. Foi constatado que o município de Retirolândia, em 2017, adquiriu
75% dos produtos oriundos da compra direta. Entre 2011 e 2017, apenas no ano de
2015 não houve o cumprimento da legislação, pois a aquisição ficou em 22%. A
priorização da compra dos produtos oriundos da AF reflete diretamente na diretriz do
PNAE no que tange à alimentação saudável viabilizando mudança nos hábitos
alimentares a partir de um cardápio nutritivo, saudável, livre de agrotóxicos,
proporcionando alimento tradicional, local/regional para os estudantes.
Metodologicamente, a pesquisa-intervenção respalda-se na abordagem qualitativa
adotando técnicas do Diagnóstico Participativo Rural – DRP. Foi aplicado um
formulário com questões objetivas e abertas e os dados tabulados e sistematizados.
A obtenção dos resultados ainda que em estágio inicial da pesquisa – intervenção
comprova que para que haja continuidade no acesso ao mercado institucional e, até
mesmo, a inserção em outros espaços comerciais é fundamental o processo de
planejamento, conhecimento da produção considerando a sazonalidade e a
capacidade produtiva. Ademais, existe um ganho para os agricultores familiares no
68

que tange à geração de renda, a autonomia, a independência política, a promoção


da segurança e soberania alimentar e nutricional culminando no desenvolvimento
local sustentável.

Palavras-chave: Alimentação Saudável; Agricultura Familiar; Desenvolvimento


Local; PNAE; Política Pública.
69

PERSPECTIVAS HISTÓRICAS E CONTEMPORÂNEAS DA EDUCAÇÃO


PROFISSIONAL NO BRASIL

Karine das Neves Paixão Silva


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)/ Mestrado Profissional em Intervenção
Educativa e Social (MPIES)
[email protected]
Educação Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Selma Barros Daltro de Castro
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)/ Mestrado Profissional em Intervenção
Educativa e Social (MPIES)
[email protected]
Educação Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Maria Lucia de Fátima Melo Alves Calábria
[email protected]
Educação Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
O presente trabalho, fruto do Mestrado em Intervenção Educativa e Social, propõe
uma análise das perspectivas históricas e contemporâneas da educação profissional
e a influência do neoliberalismo no contexto educacional. O texto apresenta uma
breve trajetória histórica do contexto de implementação das políticas públicas
voltadas à educação profissional. Metodologicamente foi utilizada a pesquisa
bibliográfica através de trabalhos acadêmicos e pesquisas referentes ao tema
discutido, de caráter exploratório. O referencial teórico tem aporte em autores como
Cunha (1978), Manfredi (2017), Frigotto (2005), Libâneo (2018) e Saviani (2008). O
primeiro aborda questões acerca do contexto histórico da Educação Profissional. O
segundo versa sobre a perspectiva histórica da Educação profissional no Brasil. Os
três últimos trazem contribuições a respeito das perspectivas contemporâneas da
educação. Outros autores também auxiliaram na problematização do tema. O
trabalho ainda apresenta impacto e as consequências da política neoliberal na
esfera da educação e, diante disso, a importância de trabalhar uma educação
profissional emancipatória em espaços formais de educação. As mudanças no
mundo do trabalho levam às mudanças na educação escolar e nesse contexto a
educação escolar ganha ênfase no cenário produtivo, pois a escola passa a ficar
com a responsabilidade do preparo polivalente e da formação flexível do indivíduo. A
educação tem sido tratada enquanto mercadoria, ao ponto de se cogitar e praticar
sua privatização, o que não deixa de ser uma ação intencional por parte dos
governantes e da prática de uma política neoliberal. Ao propor essa financeirização
da educação, o neoliberalismo interfere diretamente nas práticas pedagógicas, uma
vez que recria o produtivíssimo e o tecnicismo através de uma formação superficial e
reduzido às questões operacionais e de um status de empregabilidade, que alimenta
o capitalismo. Assim a educação deixa de exercer um trabalho de esclarecimento e
de abertura de consciências. Desta forma, o ensino profissional sempre esteve
ligado ao atendimento das necessidades de se ter mão de obra qualificada e
capacitada para suprir a demanda de mercado por novas atividades de comércio ou
serviço ou por determinada profissão. O grande desafio da educação profissional
70

está em: de um lado formar trabalhadores qualificados para o mundo do trabalho ,


do outro, tentar oferecer uma educação emancipatória, que contribua para a
formação cidadã e transformadora.para os trabalhadores.

Palavras-chave: Educação Profissional; Ensino profissionalizante; Neoliberalismo.


71

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA DIFUSÃO DO LIVRO E LEITURA NO BRASIL:


CENAS CONTEMPORÂNEAS

Karolaine Soares dos Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Abinalio Ubiratan da Cruz Subrinho
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Aláfia: Cartografias Culturais e Multilinguages

Resumo:
O presente artigo, Políticas Públicas para Difusão do Livro e Leitura no Brasil: Cenas
Contemporâneas se debruça sobre o estudo das atuais Políticas Públicas, geridas
pelo Ministério da Educação (MEC) para elaboração e distribuição dos livros
didático, paradidáticos e demais materiais de leitura nas escolas públicas brasileiras.
Objetiva-se com esse construto analisar quais as principais alterações propostas nos
últimos decretos e orientações nacionais para construção difusão desses materiais,
traçando um paralelo com políticas e programas doravante consolidados,
tensionando quais os possíveis impactos que essas mudanças podem exercer sobre
cotidiano escolar, sobre as práticas de ensino e aprendizagens e, mais
especificamente, sobre a formação leitora. É necessário nutrir o entendimento de
que, a discussão acerca da composição e do uso dos livros didático já resguarda
suas complexidades, tais como: (a) a predileção por alguns conteúdos, (b) as
percepções unilaterais acerca de alguns fenômenos e fatos históricos, (c) a
defasagem nos dados e informações, dentre outras questões. Entretanto, com todos
esses percalços, somados ao crescente uso dos livros e objetos de leitura
virtualizados e/ou digitais, ainda são os livros didáticos e paradidáticos dispostos nos
ambientes escolares os principais instrumentos utilizados no processo de formação
inicial do leitor, de mediação docente, e de leitura por parte dos alunos. A presente
investigação se estrutura a partir de uma pesquisa bibliográfica, com ênfase na
pesquisa documental, recorrendo às leis e decretos publicados no diário oficial da
união e sites oficiais dos ministérios no espaço-tempo de cinco anos (2014 a 2019).
Baseia-se nos pressupostos teóricos dispostos em Lajolo (1996), Barthes (1998),
Chartier (2002), Abreu (2003), Rojo e Batista (2003), Yunes(2006), Horellou-Lafarge
e Segré (2010), dentre outros. Com a busca ficou evidenciado que há uma
interrupção em programas federais essenciais ao fomento do livro/leitura em
ambientes escolares, assim como não há diretrizes claras das ações ou projetos que
os irão substituir, também que a ampliação de validade anual para os livros didáticos
ocasionará uma precarização no acesso a dados e informações oriundas de
amostragens científicas dentre outras.

Palavras-chave: Políticas Públicas; Livro e Leitura; Formação de Leitores.


72

POLÍTICAS PÙBLICAS E HORTA COMUNITÁRIA MEDICINAL:


CONSTRUINDO MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA USO EM PROJETOS
ASSOCIATIVOS

Karoline Oliveira Silva


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]

Resumo:
O presente relatório de pesquisa-intervenção aborda as relações existentes entre
políticas públicas, hortas comunitárias medicinais, associativismo e a Política
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). A partir da Conferência
Internacional sobre Atenção Primária à Saúde (APS) em Alma-Ata (República do
Casaquistão) em 1978 a temática das terapias integrativas e complementares foi
ganhando espaço e legitimidade, principalmente nas últimas décadas com a
realização da 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS) em 1986, seguido da criação
do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1990 e posteriormente a publicação de duas
políticas públicas e um programa governamental relacionado ao tema: Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPICS), Política
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), ambas no ano de 2006 e
em 2007 o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF). O
estudo tem como objetivo construir em parceria com membros da Associação
Comunitária Bastianense em Retirolândia - Bahia um plano de ação para
viabilização da construção de uma horta comunitária de plantas medicinais e a partir
desse processo elaborar um manual de orientação sobre construção de hortas
comunitárias de plantas medicinais. O percurso metodológico seguido nesse estudo
baseia-se na pesquisa-intervenção sendo estruturada a partir do entrecruzamento do
referencial teórico com a análise documental, fase de diagnóstico e fase de
intervenção. Para a realização da fase de diagnóstico está sendo feito uso do
procedimento metodológico diário de campo e aplicação de questionário aos sujeitos
da pesquisa. Os sujeitos da pesquisa são constituídos por 12 mulheres membros da
Associação Rural Bastianense. Considerando que a PNPMF enfatiza o
fortalecimento da agricultura familiar como mola propulsora para o fornecimento de
matéria-prima e fomenta a implantação de ações relacionadas à fitoterapia e plantas
medicinais através das secretarias dos Estados, Distrito Federal e Município, os
dados parciais encontrados nessa pesquisa-intervenção acerca do conhecimento
dos agricultores familiares participantes sobre a PNPMF, demonstra urgência de
espaços de diálogo sobre a temática assim como o fortalecimento de estratégias que
permitam aos agricultores familiares o acesso a PNPMF.

Palavras-chave: Hortas Comunitárias; Políticas Públicas; Associativismo e PNPMF.


73

“SE LIGA”: A DINÂMICA DAS RELAÇÕES COM A IMPLEMENTAÇÃO DOS


PROGRAMAS PRIVADOS NA ESCOLA PÚBLICA

Kássia Suely Ribeiro de Jesus


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Jacqueline Nunes Araújo
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Pesquisadora no Centro de Estudos e Documentação em Educação (CEDE)

Resumo:
Este trabalho busca compreender a dinâmica das relações entre as esferas público-
privada no âmbito escolar e como essa dinâmica afeta em especial a gestão na
escola pública. Tal estudo baseia-se numa reflexão crítica acerca dos discursos e
práticas de caráter neoliberal, que permitem cada vez mais, que as ações
capitalistas, representadas por instituições privadas sob o manto de políticas
públicas e travestidas de um discurso de responsabilidade social, expandam seus
investimentos na escola pública. Para compreender essas relações entre o privado
no espaço público, buscamos estudar sobre as práticas do Instituto Airton Senna,
por meio do seu programa “Se Liga”. O lócus da pesquisa foi uma escola pública
municipal do município de Feira de Santana, Bahia. Os referenciais teóricos
utilizados aqui, parte da concepção de responsabilização do estado como garantia
da educação, esta é pensada como um direito público, este pensamento é
referendado por alguns autores: Oliveira (2006), Peroni (2010), Luz (2011) e Adrião
(2012), estes problematizam sobre a redefinição do papel do estado frente a ideia de
que o privado gerenciando a verba pública destinado à educação, seria mais
eficiente. Ainda recorremos a aportes teóricos em; Barroso (2005), este discute
como a questão da regulação presente nas relações educacionais, demonstram que
as regras do jogo não estão dadas e sim são construídas por diversos e diferentes
atores no âmbito educacional (gestores, professores, coordenadores). Na vereda
metodológica recorremos aos instrumentos da pesquisa bibliográfica, nos valemos
da literatura impressa – em livros, periódicos, manuais, documentos, portarias e
resoluções. O estudo também recorreu a outras fontes por meio eletrônico: sites e
artigos digitais. E o estudo de campo por meio de uma abordagem qualitativa,
através de uso inicialmente de entrevistas e depois com a aplicação de um
questionário semiestruturado, com alguns atores do espaço escolar (professores,
gestores e coordenadores), a utilização desses recursos é duplamente importante:
além de ouvir os discursos desses atores, também construímos um olhar bem mais
próximo da realidade, e isso só reafirma a importância quando na análise dos
dados, considerar o contexto histórico, político, social e educacional em que as
fontes de pesquisa e os depoimentos dos atores foram construídas. É necessário
repensar as relações no âmbito das políticas públicas implementadas por instituições
privadas em espaço público, neste caso em escola pública. A nossa pesquisa
aponta uma corrida das esferas governamentais em buscar na iniciativa privada
apoio logístico e operacional para as responsabilidades que deveriam ser assumidas
inicialmente pelo estado. E no caso da escola pesquisada com a implementação de
74

uma política pública por meio do Programa “Se liga”, alguns achados são
reveladores, quando apontam uma redução de autonomia especialmente no âmbito
da gestão escolar. Afinal a escola é espaço de construção de sentidos e saberes
múltiplos e onde parte do pressuposto da participação da coletividade onde os seus
protagonistas são os alunos, professores, gestores, e demais participantes da
comunidade escolar, que estão lá no “chão da escola”, que conhecem a realidade na
qual estão inseridos, que interagem e fazem acontecer a educação, possibilitando
uma educação de qualidade e em prol da formação de cada educando.

Palavras-chave: Parceria público-privado; Políticas públicas; Educação pública;


Programa “Se Liga”.
75

EL PROCESO DE SOBRECULTURALIDAD OBSERVADO EN EL MUSEO DE LA


GENTE SERGIPANA

Kelly Cristina Alves Silva


Universidade de Salamanca
[email protected]
Renato Alves Vieira de Melo
Universidade de Salamanca

Resumen:
Este tema fue elaborado a partir del estudio desarrollado por el investigador Valerio
(2015), sobre el proceso de sobreculturalidad y de las observaciones realizadas
durante el trabajo de campo en el Museo de la Gente Sergipana, que pueden ser
vistas como herramientas de fortalecimiento del proceso de contacto cultural, aquí
denominado de sobreculturalidad. Los interlocutores que visitan el museo pueden
ser considerados un ejemplo real de ese proceso de contacto cultural, pues son
elementos que constituyen la base para el fortalecimiento de la identidad de la
cultura sergipana. Este proceso de visita y conocimiento de la propia cultura y/o de
otra cultura, posee elementos de todas las etapas del proceso mencionado,
conquistando al final el principal objetivo que es la supervivencia cultural de las
tradiciones del estado de Sergipe. Por eso, el Museo de la Gente Sergipana al ser
trabajado por medio de la educación intercultural no formal, alcanza tener
herramientas capaces de unir, en un solo proceso, todos los conceptos abordados y
trabajados anteriormente. De acuerdo con la división del proceso de contacto cultural
en etapas, como se ha presentado antes, se observa que el museo interactivo
consigue poner en práctica los conceptos teóricos de Intraculturalidad,
Multiculturalidad y Transculturalidad, hasta llegar a la Sobreculturalidad. En el caso
del museo interactivo, las TIC son los principales elementos utilizados como
herramientas de fortalecimiento de ese proceso de Sobreculturalidad, pues las
mismas poseen características capaces de unir todos los conceptos citados en un
único proceso de contacto interactivo cultural a través de los sentidos como visión,
audición y tacto. Por lo tanto, el trabajo de campo ha tenido como objeto de estudio
la cultura del pueblo sergipano, buscando analizar los tres proyectos interculturales
que presentan características específicas, pero con los mismos elementos de
autoaceptación y reconocimiento, conocimiento de ello y sobre el otro, buscándose
así el respeto y la interacción, de modo que el visitante del museo adquiera una
mirada diferenciada acerca de la cultura del estado de Sergipe, en desconformidad
con la interpretación generada por medio de los libros didácticos, periódicos, folletos.
Como ejemplo de aplicabilidad de los conceptos como etapas del proceso de
Sobreculturalidad se presentarán algunos ambientes de la Exposición Permanente
del Museo de la Gente Sergipana.

Palabras llave: Museo; Educacion; Cultura.


76

ENSINO DE HISTÓRIA E FORMAÇÃO IDENTITÁRIA: UM OLHAR SOBRE O


TERRITÓRIO RECÔNCAVO BAIANO

Leandro Oliveira de Menezes


UNEB-PROET / FADBA
[email protected]
Geo(bio)grafar
Simone Santos de Oliveira
UNEB-PROET
Geo(bio)grafar

Resumo:
Trata-se de uma pesquisa de mestrado em fase inicial vinculada ao Programa de
Pós-graduação em Estudos Territoriais – PROET/UNEB, no âmbito da Linha de
Pesquisa II – Área de Concentração em Processos Territoriais e Dinâmica Urbano-
regional. A pesquisa contribuirá para a ampliação das discussões que versam sobre
território e identidade, bem como sobre a importância do ensino de História na
formação identitária do sujeito numa determinada fração do espaço geográfico, pois
novos estudos contribuem com o amadurecimento da discussão teórica. Além disso,
há uma busca pessoal por tratar destas questões, sobretudo da possibilidade do
ensino de História contribuir com a formação identitária de jovens da escola pública.
Território e Identidade não são palavras tão fáceis de conceituar. Afora as
dificuldades conceituais, é cabível relacioná-los, reconhecendo que estão
imbricados, sobretudo, por se manifestarem nas relações sociais, que sempre serão
especializadas e históricas. Na presente pesquisa construímos uma referencial
teórico que consubstancia o alargamento do termo território ao longo das últimas
décadas (RAFFESTIN, 1993; HAESBAERT, 2004; SACK, 2011; GOTTMANN,
2012), buscando fazer aproximações com as discussões teóricas sobre
territorialidade (HAESBAERT, 2007; COELHO NETO, 2016), e as que envolvem o
ensino de história (BITTENCOURT, 2004; FONSECA, 2005; SCHIMIDT, 2005; LEE,
2006; CERRI, 2011). A intenção primordial é analisar como o ensino de História, nos
municípios de Cachoeira, Maragogipe, Muritiba e São Félix, contribui para a
formação identitária dos estudantes do ensino médio que vivem no Território de
Identidade do Recôncavo Baiano. Além disso, intenta-se, também, discutir a
importância da categoria Território para o ensino de História; conhecer quatro
unidades escolares públicas que oferecem o ensino médio nos municípios de
Cachoeira, Maragogipe, Muritiba e São Félix para analisar a relação entre o ensino
de História e a construção da identidade dos sujeitos que vivem no Território do
Recôncavo Baiano; caracterizar as unidades escolares, campo empírico, e os
colaboradores da pesquisa empreendida no Território de Identidade do Recôncavo
Baiano; e compreender, através das narrativas (auto)biográficas, como o ensino de
História contribui para a formação identitária dos estudantes do ensino médio que
vivem no Território de Identidade do Recôncavo Baiano. É, portanto, uma pesquisa
de natureza básica, sob uma abordagem qualitativa, ancorada nos princípios teórico-
metodológico da (auto)biografia, tendo a entrevista narrativa e o questionário
semiestruturado como dispositivos de recolha de informações. A pesquisa ainda está
em fase de submissão ao conselho de ética, e construção do referencial teórico. Os
77

resultados da pesquisa serão divulgados em meios e eventos acadêmicos, de modo


a colaborar com a ampliação sobre as questões que versam sobre a identidade dos
sujeitos do território investigado.

Palavras-chave: Ensino de História; Identidade; Território de Identidade do


Recôncavo Baiano.
78

INTERNACIONALIZACIÓN DE PROCESOS ACADÉMICO-FORMATIVOS:


EXPERIENCIAS DE PROFESORES INVESTIGADORES BRASILEÑOS EN
PAÍSES EDUCATIVOS DEL MERCOSUL

Levi Menezes Varjão


Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC)
[email protected]
GETEL
Jusceli Maria Oliveira de Carvalho Cardoso
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
GETEL
Nélida Idalina Palácios de Girett
Coordenação de Pós-graduação - UNINTER-PY
E-mail: [email protected]
GETEL

Resumen:
En este ensayo académico, discutimos las formas complejas de tejer los hilos de la
formación docente académica, en el contexto del desafío de estudiar en
universidades en el extranjero. El tema central del trabajo es sobre el proceso de
internacionalización de los caminos formativos de enseñanza, cuando las
experiencias de los estudiantes brasileños, cuando ingresan a universidades
ubicadas en el contexto del Mercosul Educativo. La pregunta guía del estudio se
centró en: ¿Cuáles son las expectativas formativo-académicas que llevaron a los
diversos estudiantes-investigadores brasileños a cruzar las fronteras geográficas y
entrar en los programas de posgrado de instituciones extranjeras, especialmente
ubicadas en los países de la triple frontera: Brasil, Argentina y Paraguay. Nuestros
objetivos fueron: identificar qué concepciones de investigación en educación
construyen el colaboradores, conocer las expectativas de los colaboradores en
relación con la ruta de estudio de doctorado en Instituciones en el Extranjero,
resaltar las dificultades y potencialidades constituidas por la inmersión en estudios
formativos académicos en Instituciones ubicadas en el extranjero. Ante el problema
motivador del estudio, llevamos a cabo una investigación de campo, durante la
publicación Disciplina de artículos científicos, en un ejercicio de colaboración, en el
aula de la clase de Doctorado en Educación, UNINTER-PY, durante la actividad
académica. Catorce investigadores doctorales brasileños regularmente inscritos en
el programa de posgrado UNINTER participaron en el estudio. Como apoyo teórico,
buscamos el diálogo con autores que discutan procesos de capacitación e
investigación como: Freire (1996), Alarcão (1996), Schön (2000), Contreras (2002),
Pimenta (2005) dentre otros. El estudio se llevó a cabo durante los módulos de
clase, en la sede de UNINTER en la ciudad de Asunción, Paraguay, en 2016, con la
técnica de recolección de datos para la entrevista individual. y el grupo focal. A partir
del estudio, se evidenciaron algunos elementos imperativos que no nos permitieron
reflexionar sobre la realidad educativa brasileña, especialmente con respecto a los
programas de posgrado, evidenciando brechas, pocos lugares en las clases de
maestría y doctorado, falta de apoyo gubernamental para la investigación en
79

educación, especialmente en el área de educación especial. La mayoría de los


estudiantes brasileños señalaron como causa principal para buscar capacitación
doctoral en el extranjero las dificultades que enfrentan para acceder a los programas
(desde las distancias, la falta de flexibilidad de los programas, las vacantes escasas
que generan exclusión de los investigadores en los procesos de selección.
Finalmente, se concluyó que es urgente y necesario redefinir las políticas
comprometidas con la internacionalización y el fortalecimiento de los acuerdos y
acuerdos de cooperación entre las instituciones brasileñas y las ubicadas alrededor
de la triple frontera, lo que beneficiará enormemente a estudiantes en sus procesos
de movilidad y reconhecimento de títulos que tienen un impacto positivo
principalmente en el fortalecimiento de la enseñanza, la extensión y la investigación
desarrolladas en los países de América del Sul.

Palabra clave: Enseñanza; Formación; Investigación; Internacionalización.


80

O DIREITO À EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL DO CAMPO:


ORDENAMENTO JURÍDICO E AS CONTRIBUÇÕES DOS JOGOS E
BRINCADEIRAS

Luciana Freitas de Oliveira Almeida


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Centro de Estudo e Documentação em Educação (CEDE)
Elizabete Pereira Barbosa
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
Centro de Estudo e Documentação em Educação (CEDE)

Resumo:
Com um olhar investigativo de estudante de Licenciatura em Educação Física, o
presente artigo é resultado da pesquisa realizada no Trabalho de Conclusão de
Curso de Graduação teve como objetivo fazer uma análise sobre as contribuições
dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil do Campo de uma escola municipal,
de um distrito de Feira de Santana. Para tanto utilizou-se a abordagem qualitativa de
pesquisa. Buscou-se fazer um levantamento, compreendendo um período de cinco
anos (2010 a 2015) no banco de dados da ANPED (Associação Nacional de
Pesquisa e Pós-graduação em Educação), Portal do MEC (Ministério de Educação)
e na revista Motrivivência, dialogando também com autores que debatem sobre
educação do campo, educação infantil, jogos e brincadeiras. Também foram
utilizados o ordenamento jurídico e os documentos oficiais tais como: Lei de
Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96 (BRASIL 1996), Diretrizes Operacionais
para Educação Básica nas Escolas do Campo (BRASIL 2002), Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação (BRASIL 2009). De acordo com a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394/96, no seu Art. 29º, a
Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e precisa assegurar o
desenvolvimento pleno do educando. Estabelece no Art. 28, a necessidade de
adaptações na oferta de educação básica para a população rural determinando que
os sistemas de ensino promovam adaptações necessárias às peculiaridades da vida
rural. A mesma lei institui que a Educação Física, integrada a proposta pedagógica
da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica. Além do
ordenamento jurídico analisado para melhor compreender as palavras chaves que
norteiam este trabalho foram estudados autores clássicos de cada área com:
Coletivo de Autores (1992); Caldart(2009); Freitas (1995) Kischimoto (1993,2007);
Os achados do estudo durante a revisão/levantamento bibliográfico revelam que a
utilização dos jogos e brincadeiras nas aulas da Educação Infantil do Campo
contribuem para o desenvolvimento, aprendizagem, valorização dos saberes e
culturas das crianças campesinas. Na escola pesquisada os jogos e brincadeiras
são trabalhados como estratégia metodológica e como conteúdo presente nas aulas
de Educação Física. Nesse sentido foi possível constatar que os jogos e
brincadeiras são trabalhados de formas sistemáticas e os professores compreendem
a importância do conteúdo para o desenvolvimento integral da criança.

Palavras-chave: Educação do Campo; Educação Infantil; Jogos e brincadeiras.


81

PROJETO UM CAMINHAR PARA A CIDADANIA: DESENVOLVIMENTO DE


POLÍTICAS PÚBLICAS NA RELAÇÃO PMBA E ESCOLA

Luciano Araújo Lima


Polícia Militar da Bahia
[email protected]
Coordenação de Projetos do 16º BPM
Aline Maria da Conceição de Jesus
Polícia Militar da Bahia
[email protected]
Equipe de Projetos do16° BPM

Resumo:
A violência, o uso de drogas e a prática de indisciplina no contexto escolar são,
atualmente, fenômenos reais, mas, por demasiado tempo, tal situação foi
negligenciada e somente recentemente entrou inexoravelmente na agenda política
de nosso país. Devido a isso, programas que visam ao combate à violência, às
drogas e à indisciplina, bem como os que fomentam o exercício da cidadania no
âmbito das escolas, por meio da inserção de lições e outras atividades, são
essenciais, uma vez que as raízes da violência não nascem, necessariamente, da
violência física. Assim, um programa estruturado sob o mote da cidadania é
extremamente necessário e sua aplicação em unidades de ensino é crucial para a
diminuição dos problemas de violência nas escolas e para reforçar a inclusão de
valores morais e éticos no âmbito escolar. Foi com esse propósito que foi criado o
Projeto Um Caminhar para a Cidadania. Tal projeto tem como foco criar laços entre
a PM e os jovens estudantes, os pais e a comunidade escolar como um todo, a fim
de promover, de maneira mais efetiva, a cultura da paz, o protagonismo juvenil, a
prática da cidadania de maneira mais ampla, bem como manter os jovens longe das
drogas. Logo, este trabalho se encaixa devidamente no Eixo 1 – Educação e
Desenvolvimento Social: as políticas públicas nos diversos contextos sociais. Para
embasar o desenvolvimento deste projeto, tomamos como principais pressupostos
teóricos Miriam Abramovay et al (2006), Abramovay e Maria das Graças Rua (2002),
B. Charlot (2005) Marlova Noleto (2003) e F. Milani, R.D.C.P. Jesus (2003), C.
Gomes (2001). O objetivo principal do Projeto Um Caminhar para a Cidadania é
propiciar um estreito relacionamento entre adolescentes, e sociedade como um todo,
e a Polícia Militar, a fim de colaborar, substancialmente, para que os jovens
estudantes, integrantes do projeto, trilhem o caminho do bem e influenciem outros a
fazerem o mesmo. Para tanto, busca-se desenvolver a socialização entre jovens
estudantes, comunidade escolar e Polícia Militar; fortalecer vínculos entre a PM e a
sociedade como um todo; promover a cultura da paz e a cidadania; instigar os
jovens ao protagonismo social; e estimular o respeito e amor ao próximo. Durante a
aplicação do Projeto Um Caminhar para a Cidadania, um policial militar,
devidamente fardado e qualificado, integra a grade curricular educacional da escola,
pelo período de três meses, em aulas de cinquenta minutos, oferecendo lições sob o
mote da cidadania. No desenvolvimento das atividades, várias instituições parceiras
podem colaborar como puderem. As atividades do projeto são realizadas desde o
primeiro semestre de 2017 em escolas das redes municipais de ensino de Serrinha-
82

Ba e região sisaleira e são pautadas em experiências lúdicas e socioculturais,


abordando temas que atendam às necessidades de crianças e adolescentes do 6º
ano do ensino fundamental. Desse modo, o projeto é de extrema relevância tanto
para a área de Educação quanto para a de Segurança Pública, uma vez que, ao
atuar nas escolas, a Polícia Militar realiza um trabalho de prevenção às drogas e à
violência e, ao mesmo tempo, colabora com a escola no desenvolvimento de ações
que contribuam de maneira positiva para o processo de formação dos estudantes.

Palavras-chave: Cidadania; Polícia e Escola; Cultura da Paz.


83

GESTÃO DA EDUCAÇÃO NO ESTADO DA BAHIA: O QUE REVELAM OS


DOCUMENTOS NORMATIVOS DO SISTEMA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO (1990-
2015)

Maciela Mikaelly Carneiro de Araújo


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
NUFOP
Solange Mary Moreira Santos
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
NUFOP

Resumo:
O presente trabalho é resultado de uma pesquisa de Iniciação Científica sobre
gestão educacional no Estado da Bahia, tendo por objetivo analisar as concepções
de gestão presentes nos documentos oficiais do Sistema Estadual de Educação da
Bahia. Os objetivos específicos que orientaram esta pesquisa foram: analisar a
relação entre políticas educacionais, gestão escolar e gestão da educação; discutir
concepções de gestão da educação; identificar os princípios orientadores que
regulam a gestão da educação e a gestão escolar no Estado da Bahia. Dessa forma,
a metodologia que orientou este trabalho foi a pesquisa documental de abordagem
qualitativa, a partir dos fundamentos teóricos-metodológicos Cellard (2008); Chizzotti
(1998); e Gomes (2015). Os documentos normativos analisados foram as leis que
regulamentam o Conselho Estadual de Educação, o Colegiado Escolar, o Estatuto
de Magistério Público da Bahia e o Plano Estadual de Educação, correspondente ao
período de 1990 a 2015. A contribuição teórica sobre gestão escolar, gestão da
educação e política educacional se fundamentaram nos seguintes autores: Azevedo
(2011); Azevedo e Farias (2018); Cury (2007); Dourado (2007); Ferreira (2014);
Gomes (2011); Poli e Lagares (2017); Sander (1995; 2007); e Vieira (2007), os quais
abordam concepções de gestão escolar e da educação e revelam a relação entre a
natureza da gestão e a organização das políticas educacionais. Os resultados
alcançados demonstram a modernização do conceito de gestão, que passa pelo
novo gerencialismo da educação, e evidenciam concepção híbrida de gestão nos
documentos normativos do Sistema Estadual de Educação da Bahia, em que a
legislação estudada apresenta indícios do princípio democrático vinculado à
diretrizes da administração tradicional, o que configura a modernização gerencial e a
Nova Gestão Pública. Além disso, os estudos realizados neste trabalho apontam
para os limites da efetivação de uma gestão participativa e situa a necessidade da
constante luta e articulação da comunidade escolar e dos profissionais de educação
por uma educação democrática, bem como assinala a importância da clareza teórica
nas produções científicas e acadêmicas na disseminação do saber sistematizado
sobre este tema.

Palavras-chave: Gestão Educacional; Sistema Estadual de Educação da Bahia;


Análise Documental.
84

REFLEXÕES ACERCA DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E A POLÍTCA


DE FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOCENTE: ENTRE O LEGAL E O REAL

Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros Ovídio


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Teoria Social e Projeto Político Pedagógico (TSPPP)
Gestão, Organização e Politicas Publicas em Educação (GEPE)
Antonio Amorim
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Gestão, Organização e Políticas Públicas em Educação (GEPE)
Eduardo José Fernandes Nunes
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Teoria Social e Projeto Político Pedagógico (TSPPP)

Resumo:
O presente trabalho tenciona contribuir para discussões sobre políticas de formação
e valorização docente no sistema de ensino no município de Serrinha-Bahia,
destacando ações/pretensões registradas em documentos oficiais e de políticas
públicas. Para tanto, levantamos a seguinte indagação: Como as metas e/ou
estratégias voltadas para formação e valorização docente estão sendo
implementadas no município de Serrinha/Ba? Como forma de responder a tal
indagação, o presente trabalho tem por objetivo investigar o cumprimento das metas
do PME/Serrinha que correspondem a formação e valorização docente no contexto
atual. Trata-se de uma reflexão fundamentada nas metas e estratégias do PNE
2014-2024 (BRASIL, 2014), no PME 2016-2026 (SERRINHA, 2016) no que se refere
a formação e valorização docente entrelaçados a alguns conceitos de Monlevade
(2000), Gatti (2011, 2012,2013) e Dourado (2013, 2015, 2017). A metodologia
utilizada está fundamentada em uma pesquisa qualitativa com suporte de dados
qualitativos através de informações sobre embates e reivindicações da categoria,
obtidos em entrevistas semiestruturadas com professores do município e de dados
quantitativos obtidos no PME (Corpus Documental). Os dados foram interpretados e
constatou-se que a meta 15 do PME, que trata da formação do profissional do
magistério, a meta 16 do PME, formação em nível de pós-graduação de 70% de
professores da educação básica, a meta 17 do PME, a cargo da remuneração
docente e a meta 18 do PME, que garante a reestruturação do plano de carreira
para os profissionais da educação básica seguem aguardando o cumprimento, até
então não efetivado. O plano de carreira, precisa passar por reformulação devido
mudanças na política de valorização do magistério empreendida no nível nacional,
foram observadas algumas situações já estabelecidas tanto na legislação federal
como na municipal (há algum tempo) na direção de valorizar o profissional da
educação que não foram ainda efetivadas. Com o exposto, fica evidente que a
reformulação do PCCR no município de Serrinha é tarefa que precisa ser realizada
85

com urgência, sendo debatido e construindo pelos profissionais de educação, que


sua construção seja reconhecida e referendada pela Câmara de Vereadores da
cidade e assumida pela gestão deste município para que se possa visualizar
horizontes menos turvos quanto à valorização docente no município. Foi possível
diagnosticar, durante a realização da pesquisa que as condições de trabalho do
professor envolvem arrocho salarial, inadequação, em alguns casos do plano de
cargos e salários, a perda de garantias trabalhistas e previdenciárias, oriundas dos
processos de reforma, que tem tornado cada vez mais agudo o quadro de
instabilidade e precariedade do emprego no magistério público. Com relação a
formação, o que se observa é que não há uma uniformização nas medidas em torno
do estabelecimento de carga horária para planejamento e estudos dos professores,
bem como no fortalecimento de ações para formação continuada. O estabelecimento
de cursos temporários parece ter se constituído estratégia política no município.
Fica evidente nos achados da pesquisa os efeitos perversos da política assumida
pelo governo central do país, que instalou um processo de revisão do papel do
Estado brasileiro no seu nível, minimizando a sua atuação na oferta de um serviço
básico (a educação), inspirado em um modelo de administração racional e
“modernizadora” que busca a redução dos custos e o controle dos resultados. Dessa
forma, as mudanças políticas orientam para direções nem sempre condizentes com
os objetivos propugnados, colaborando para que muitas ações sejam descontínuas
e fragmentadas, dificultando o alcance de uma educação verdadeiramente de
qualidade. Infelizmente, ainda percebemos que a educação pública municipal não é
tratada como prioridade em termos de implementação de políticas públicas que
venham, de fato, contribuir para melhoria da qualidade do ensino no município,
incluindo a formação e valorização docente.

Palavras-chave: Política Pública; Plano Municipal de Educação; Formação Docente;


Valorização Docente.
86

O ENSINO DA SUSTENTABILIDADE NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE


EMPRESAS, REFLEXÕES SOBRE A TEMÁTICA NA UNEB - CAMPUS XI -
SERRINHA-BA

Manuela Novaes dos Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Núcleo de Estudos em Desenvolvimento Regional (NEDER)
Janúzia Souza Mendes de Araújo
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Núcleo de Estudos em Desenvolvimento Regional (NEDER)

Resumo:
As causas socioambientais tem ocupado cada vez mais espaço na sociedade, sendo
pauta de inúmeros debates nas últimas décadas, pode-se afirmar que por seus
princípios formadores a ciência da administração se faz braço de apoio de muitos
dos temas socioambientais emergentes na atualidade, como por exemplo, a
sustentabilidade. No ambiente de trabalho é crescente a necessidade de novos
olhares para a utilização de recursos já existentes. A palavra sustentabilidade
significa de forma geral a capacidade de sustentação ou conservação de um
processo ou sistema. Na ciência da administração os princípios básicos de eficácia e
eficiência definido por DRUCKER (1990) sugere que “A eficiência consiste em fazer
certo as coisas com menos recursos – menos tempo, menor orçamento, menos
pessoas, menos matéria-prima. Já a eficácia consiste em fazer as coisas certas”.
Este estudo tem como objetivo entender como ocorre ensino/aprendizagem da
temática de sustentabilidade no curso de Bacharelado em Administração, realizando
uma pesquisa de campo com desenvolvimento e aplicação de questionários,
realização de entrevistas e construção de gráficos com indicadores referenciais. Por
se tratar de estudo em curso ainda não há resultados, mas acreditar-se ser possível
pontuar sugestões para uma maior incorporação do tripé da sustentabilidade que é
baseado na junção do social, o ambiental e o econômico, dentro do curso de
administração do campus XI, para que aja um melhoramento de toda a sociedade
serrinhense e local de atuação dos profissionais formados no mesmo. Nesse
processo pretende-se observar como a temática da sustentabilidade é vista durante
a graduação e qual a emergência de se pensar a mesma dentro do curso. Identificar
quais podem ser as abordagens e as correntes de pensamento da economia e
ecologia propostas para a educação, dentro de padrões que tratem da complexidade
e inserção da sustentabilidade na educação superior e principalmente no curso de
Administração.

Palavras-chave: Sustentabilidade; Administração; Graduação; Indicadores.


87

A GESTÃO ESCOLAR NO PME EM MUNICÍPIOS DO TIPS1

Manuela Ribeiro de Jesus


Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus XI/ Serrinha
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Silvaneide Santos Cordeiro
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus XI/ Serrinha
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
A gestão escolar caracteriza-se como uma estratégia para garantir o sucesso da
escola. Neste sentido a escolha do diretor que a represente, precisa ser um ato de
responsabilidade social. Esta pesquisa nasce dentro dos estudos desenvolvidos
pelo Grupo de Pesquisa Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social
(EPODS) é também um recorte de um projeto maior intitulado “Gestão escolar em
municípios do território do sisal: concepções reveladas nos documentos oficiais”.
Sendo o Plano Municipal de Educação (PME)é um documento legal que busca a
definição e de implementação contínua de políticas públicas locais, no setor da
educação por meio de metas e estratégias que levam em conta a realidade e
preservam a identidade do contexto municipal. Nesse cenário, o trabalho em
questão tem como objetivos analisar a gestão escolar do Território de Identidade
Portal do Sisal (TIPS) especificadamente dos municípios de Lamarão e Serrinha, a
partir do que é revelado no PME, identificando as concepções, princípios e
paradigmas sobre gestão escolar presentes nos documentos oficiais. É
fundamentada pelos autores Libâneo (2018), Paro (2016) e Sander (2007). A
metodologia e utilizada está amparada na pesquisa documental que analisa as leis
que criaram o PME dos municípios. Os resultados apresentam congruências em
relação à concepção de gestão a ser implementada nos dois municípios
investigados, haja vista que apresenta o modelo democrático para a gestão escolar.
Apresenta a forma de provimento do função de direção escolar através de eleição
direta entre os sujeitos da comunidade escolar, com tempo determinado para o
mandato. Os PME dos municípios de Serrinha e de Lamarão definem metas e
estratégias que fazem parte de um modelo de gestão escolar, pautada na
democracia e participação. O modelo democrático-participativo é defendido nos
PME, contudo a implementação das estratégias definidas se constitui como
próximos passos para o órgão gestor da educação municipal, tendo em vista que até
o momento da pesquisa não foi encontrado nenhum documento que comprove a
existência do pleito eleitoral para gestão escolar, a criação do Conselhos Escolares
ou a eleição de representantes para todos os órgãos colegiados vinculados à
educação.

Palavras-chave: Gestão escolar; PME; Educação Municipal.

1 Professora Doutora Selma Barros Daltro de Castro (MPIES/UNEB).


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FORMAÇÃO E AUTOFORMAÇÃO: MOVIMENTOS FEMINISTAS EM AÇÃO

Márcia Lidiane Rodrigues Santana


[email protected]
Grupo de Estudos Africanos e Afrobrasileiros em Línguas e Culturas – GEAALC
(UNEB)
Elisete Santana da Cruz França
Faculdade Visconde de Cairu
ENLACE
Grupo de Estudo e Pesquisa Sons no Silêncio (GEPSS)
Grupo Formaci

Resumo:
Discutir as relações de gênero tornou-se uma causa importante para lutar, se
engajar e dar visibilidade as diversas situações de violências que são impostas as
mulheres. Segundo dados do 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública em 2018,
59% da população brasileira afirmaram ter presenciado uma mulher sendo agredida
fisicamente ou verbalmente no ano de 2018. O anuário revela ainda que das
mulheres vitimadas em 2018, 24,7% são mulheres brancas, 27,5% mulheres pardas
e 28,4 mulheres pretas. Diante do contexto apresentado torna-se fundante discutir
sobre a relevância das redes de apoio as mulheres em situação de violência. Neste
sentido, a pesquisa apresenta a seguinte questão central: como ocorre a inserção e
participação das mulheres nos movimentos sociais feministas na cidade de
Salvador, e como essa participação contribui para sua autoformação? E tem como
objetivos específicos: Analisar os aspectos que fomentaram a participação das
mulheres nos movimentos sociais; Identificar as práticas formativas pedagógicas
sociais que contribuem para a construção de saberes destas mulheres. Para essa
investigação dialogamos com Gonçalves (2006), Gohn (2012), Paiva (2012),
Boaventura (2014), Goldman (2014), Butler (2016) e Maia (2017). Para tanto, foi
escolhido dois movimentos sociais feministas que apóiam mulheres vitimas de
violência da cidade de Salvador: a “TamoJuntas” e “Projeto Força feminina”. A
primeira organização foi criada a partir de uma ação desenvolvida por advogadas
objetivando atender gratuitamente mulheres vítimas de violência. A segunda é uma
instituição social, de caráter pastoral, iniciativa do Instituto das Irmãs Oblatas do
Santíssimo Redentor que tem por missão a promoção integral das mulheres em
situação de prostituição, de maneira a colaborar no processo de conscientização e
inserção cidadã. A pesquisa encontra-se ancorada metodologicamente na
abordagem qualitativa, visto que a investigação buscou descrever os sentidos que
as participantes atribuíram e atribuem as ações sociais e autoformativas realizadas
no interior dos movimentos. Assim, foi realizado um estudo de caso com duas
mulheres participantes das organizações supracitadas. Os resultados apontaram
que os movimentos sociais feministas desenvolvem uma ação formativa que envolve
não só as mulheres militantes, mas, aquelas que necessitam de atendimento e apoio
após terem vivenciado situações de violências. A relevância esse estudo é contribuir
na construção de um novo olhar e também um novo comportamento numa
sociedade em contínua construção.
89

Palavras-chaves: Movimentos Sociais; Relações de gênero; Violência contra


Mulher.
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EDUCAÇÃO DO CAMPO E POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS A SEGURANÇA


ALIMENTAR

Maria Agnelina Santos de Jesus


Instituto Federal Baiano/ Campus Serrinha
[email protected]
Maria Auxiliadora Freitas dos Santos
Instituto Federal Baiano/ Campus Serrinha
[email protected].
Laboratório de Políticas públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial -
LAPPRUDES

Resumo:
Com a necessidade de garantir a segurança alimentar e nutricional (SAN) dos
sujeitos que se encontravam em estado de vulnerabilidade, em virtude das práticas
alimentares não saudáveis, foram criadas políticas públicas, como o Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA), com o objetivo de orientar sobre a importância de uma alimentação saudável.
O PNAE está interligado ao PAA, uma vez que atua também com princípios que
envolvem a SAN da população, possibilitando a contribuição e o fortalecimento da
agricultura familiar, a qual se torna um agente de transformação dos hábitos
alimentares, principalmente através do cultivo e da utilização de produtos agrícolas
nos espaços educacionais. Almeida (2008) defende que políticas públicas, como o
PAA e o PNAE, contribuem com o desenvolvimento local endógeno na medida em
que promovem a reinclusão social e econômica dos agricultores familiares ao
aumentar seus postos de trabalho e a sua renda. Ainda de acordo com o mesmo
autor, a inclusão de produtos da agricultura familiar na merenda escolar mostrava
que o munícipio está preocupado com a prática de SAN, preocupando com a origem
dos alimentos. Desta forma, partindo da problemática “Em que medida os produtos
oriundos da agricultura familiar fomentam a valorização das potencialidades locais e
consolidam os mecanismos que norteiam os princípios da Segurança Alimentar e
Nutricional na Escola do Campo Jonice Silva Lima, localizada na Comunidade de
Subaé, em Serrinha- BA?”, o trabalho teve como objetivo de analisar as
transformações que o Programa de Alimentação Escolar (PNAE) possibilitou na vida
dos atores sociais que atuam na Escola do Campo Jonice Silva Lima, localizada na
Comunidade de Subaé, em Serrinha – BA. Durante o processo houve aplicabilidades
de diversas técnicas com base no Diagnóstico Rural Participativo DRT, utilizando
fundamentação teórica, dentre eles, THIOLLENT(1986). As estratégias
metodológicas da pesquisa-ação foram: questionário, entrevistas, roda de conversa
entre outras, evidenciando também com o apoio e a participação de movimentos
sociais como o Conselho de Alimentação Escolar, Movimento de Organização
Comunitária, nutricionistas e secretaria municipal de agricultura. As informações
foram coletadas através dos atores sociais que atuam direta ou indiretamente com a
merenda escolar, utilizando estratégias sob a perspectiva da pesquisa-ação.
Percebeu-se que o processo de implementação dos programas estudados
necessitam de reflexões voltadas ao campo das políticas públicas locais e
envolvimento das pessoas inseridas neste contexto. Foi elaborado pela
91

pesquisadora um plano de ação envolvendo diversos elementos provocados por


uma metodologia participativa, dentre eles, a confecção de uma horta a ser utilizada
como reflexões didático-pedagógicas quanto aos princípios que norteiam a SAN,
Nesse plano estão inseridos: docentes, discentes, gestores, merendeiras e agentes
de apoio da escola do campo da Comunidade do Subaé. Além disso, a partir da
aplicação da metodologia observaram-se resultados, dentre os quais podemos
destacar, a infestação de ervas daninhas em hortaliças, porém, através do manejo
adequado, consubstanciada nos princípios da agroecologia, foi possível alcançar o
controle da situação e utilizar os produtos na merenda escolar. Observou-se,
também que a partir da realidade da instituição escolar estudada, a necessidade da
ampliação da horta, e a mudança dos hábitos alimentares dos familiares do alunado
e da comunidade local, auxiliando na conscientização da própria produção de
produtos agrícolas e de uma comunidade limpa e ecológica, a qual implica no
desenvolvimento social local. O projeto discutido, elaborado e executado com a
participação da comunidade escolar atendeu e atingiu as metas e os objetivos
propostos, pois possibilitou a autonomia e as tomadas de decisões, facilitando
também a utilização de importantes instrumentos de reflexão na busca do
desenvolvimento local.

Palavras-chave: Segurança Alimentar, Políticas Públicas, Agricultura Familiar,


Merenda escolar.
92

TIC EN EDUCACIÓN INFANTIL: ACCESO Y USO DESIGUAL EN ARGENTINA Y


BRASIL

María Alejandra Silva


CONICET
[email protected]
Profa. Dra. Ivonete Barreto de Amorim
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus XI/ Serrinha
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumen:
La forma como vivimos, nos relacionamos con el mundo, la naturaleza, lo sagrado y
las demás personas han cambiado con las TIC. Las TIC (teléfono, internet y las
redes sociales) atraviesan la vida política, la vida social, las relaciones familiares, y
la seguridad de las personas pues sirve para educar, prevenir y disuadir, mediante la
información a la comunidad sobre cuidados-zonas de riesgo. Comunicar mediante
las TIC sobre las zonas con más riesgo de sufrir un delito, o las formas de prevenir
abuso sexual infantil o ser víctima de trata de persona atañe a todas las clases
sociales. Sin embargo todavía está pendiente el papel activo de los docentes como
indican estudios regionales de la OEI (2018), CIPPEC (2015). Se ve la “resistencia
del profesor” al uso de las TIC en la escuela, sumado a las brechas: regionales,
generacional, económica (de acceso), cultural y de políticas de aplicación de las TIC
en sala de aula. El Objetivo general es conocer la problemática del acceso y
aplicación de las TIC en la educación infantil de Argentina y Brasil. Se ha
comprobado en Argentina que las nuevas generaciones han nacido con la tecnología
y poseen competencias diferentes a sus propios profesores ya que fueron Formados
en una cultura enciclopedista basada en el libro impreso y el saber del profesor,
mientras los estudiantes viven con internet desde su primer año de vida, la conexión
permanente en línea y los videojuegos son parte de su vida cotidiana. (Silva, 2018).
Se han constatado desigualdades regionales. En el Censo Nacional 2010 mientras
en la capital del país casi todos los menores de 3 años a 18 años poseen
computadora en la casa, en Corrientes (nordeste) solo la mitad accede a la misma.
De modo que el único lugar de acceso y uso a internet se encuentra en el ámbito
escolar, donde aprende a usar y diseñar un aplicativo o un robot, y en caso de que
esto no ocurra por falta de políticas públicas empeoran las desigualdades entre los
niños. Como indica Dussel (2010) la tecnología: «no es simplemente una posibilidad
técnica, sino que supone prácticas sociales, dinámicas políticas y sensibilidades que
son las que determinan los sentidos y modos de uso». El uso, la formación docente,
las plataformas e-learning y los recursos didácticos (biblioteca digital, archivología,
video-gamme, etc.) Si bien los avances en educación infantil son incipientes en
ambos países, existen diferencias entre Brasil y Argentina pues el primero posee
políticas públicas desde la década de los 90, a diferencia de las escasas e
incipientes políticas para el uso educativo de las TIC en Argentina que comenzaron
de manera incipiente en 2005 en el acceso y recién logran fortalecerse en 2016 con
el nuevo gobierno nacional que implementa programación y robótica en todos los
niveles. Otra diferencia se observa en el impacto nacional, pues mientras Brasil
93

posee políticas públicas en todo el país, en Argentina no se ha priorizado el tema,


salvo la capital del país (que siempre va a la vanguardia). Se ven acciones desde
2005 en Rio Negro, 2007 en San Luis, 2008 en Misiones, 2010 en La Rioja
(CIPPEC, 2011). De modo que e 24 provincias, solamente cinco manifestaban
avances en: capacitación, conectividad, equipamiento y contenidos en niños de 6 a
12 años. De modo que en ambos países los desafíos son numerosos.

Palabras-clave: Educación Infantil; Tic; Acceso y Uso.


94

AÇÕES AFIRMATIVAS, MULHERES NEGRAS, INTERSECCIONALIDADE: A


EXPERIÊNCIA DAS GRADUANDAS DO CURSO DE DIREITO NA UNEB –
CAMPUS I

Marianna Claudino Moreira Silva


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Fabrício Nascimento Oliveira
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Milene Diane dos Santos de Almeida
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]

Resumo:
A história das mulheres negras no contexto brasileiro tem sido marcada pelos
processos de invisibilização sistêmicos de sua realidade interseccional, com
processos de autodeterminação e nomeação de experiências desse grupo sendo
fundamentais para fins de pleno respeito e contemplação de suas complexidades na
esfera nacional. Dessa forma, a insurgência da entrada em âmbitos educacionais
universitários, a partir de políticas públicas, possibilita um passo importante na
garantia de direitos para as mulheres negras, diante do propósito-mor freiriano do
educar como mecanismo de emancipação. De modo particular, as ações afirmativas
se configuram como uma discriminação positiva em prol de dirimir exclusões sociais
e de contribuir para assegurar a diversificação e o pluralismo sociais. Em
decorrência de tal conjuntura, a concretude das cotas na esfera racial existentes na
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus I reflete o silenciamento no
necessário posicionar-se sobre esse panorama, com a não-presença dessa política
governamental para essa minoria racial e de gênero. Assim, se insere a lógica
foucaultiana do “fazer viver, deixar morrer” proposital no que se refere aos sujeitos
negros (MBEMBE, 2016), em que nesse artigo enfocaremos no âmbito da negritude
feminina. A fundamentação teórica desse trabalho centrou-se em Ribeiro (2017),
Carneiro (2003), Piovesan (2005), Mbembe (2015), Freire (1987). O objetivo desse
artigo consiste em analisar como as políticas de ações afirmativas raciais são
recepcionadas no curso de Direito da UNEB, pelas mulheres negras que o cursam.
A metodologia utilizada é de cunho qualitativo e quantitativo – com embasamento de
Gil (2008), a qual se deu por revisão de literatura e entrevistas mediante formulário
online enviado por e-mail e aplicativo de mensagens (Whatsapp) com as discentes
que ingressaram no curso de 2015 até 2019. Os resultados dessa pesquisa
demonstram uma visão crítica das discentes, que argumentaram ser insuficiente o
tipo de cota racial existente no curso, uma vez que quando combina-se a existência
de preconceito como o racismo e sexismo, são explanadas as razões de ainda ser
deficitária a inserção da mulher negra no âmbito universitário e de produção de
conhecimento. Assim, a necessidade de também haver políticas discriminatórias
positivas exclusivamente para esse agrupamento, reforça o pensamento de Lúcia
Avelar, citado por Bairros (s/d) de que as cotas funcionam como combate à baixa
participação da mulher negra e correção de injustiças no monopólio de
95

representatividade masculina. Portanto, conclui-se acerca da imprescindibilidade de


um repensar fundamental no que tangem as políticas de ações afirmativas na
Universidade do Estado da Bahia.

Palavras-chave: Mulheres negras; Interseccionalidade; Ações afirmativas;


Graduandas Direito UNEB; Necropolítica.
96

QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE DO DOCENTE: SABERES EXPRESSOS EM


DISSERTAÇÕES DISPONÍVEIS EM UM BANCO DE DADO1

Noemia Melo de Jesus


Pedagoga pela Faculdade Anísio Teixeira (FAT)
Profa. Dra. Selma Barros Daltro de Castro
Professora Adjunta da Faculdade Anísio Teixeira (FAT) e da Universidade do Estado
da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
O campo da educação apresenta-se como novo espaço de estudos e investigação
da temática sobre qualidade de vida, especialmente quando se trata da qualidade de
vida docente. Diversas são as informações e reflexões frente à realidade do docente
em suas vivências laborativas, em função disso foram delineados para este artigo os
seguintes objetivos: analisar as produções existentes na Biblioteca Digital Brasileira
de Teses e Dissertações (BDTD) que versem sobre qualidade de vida e saúde do
docente no período de 2014 a 2018; discutir os conceitos de bem-estar e mal-estar
docente, atrelados ao debate de qualidade de vida e saúde docente. O aporte
teórico baseou-se nas obras de Marchesi (2008), Silva (2012) e Pereira et al. (2014).
A metodologia foi inspirada no estado da arte, com a definição do banco de dados
da BDTD para coleta dos trabalhos publicados em um recorte temporal
compreendido entre 2014 e 2018, com filtros de pesquisa determinados pelas
palavras-chave: Qualidade de vida do professor, Saúde docente, Adoecimento em
professores da educação básica. Os resultados evidenciaram que há espaços para a
produção de trabalhos que discutam as temáticas elencadas. Os trabalhos
demonstram preocupação com a relação entre saúde e trabalho docente, pois
apresentaram a trajetória vivida por professores em seu processo formativo e
laboral. Foram aspectos convergentes nas dissertações analisadas a necessidade
de investimento em políticas públicas voltadas para garantir condições de trabalho
adequadas e valorização social e financeira aos docentes.

Palavras-chave: Qualidade de vida. Saúde docente. Estado do conhecimento

1
Trabalho orientado pela Professora Doutora Selma Barros Daltro de Castro (FAT/UNEB/EPODS).
97

RELIGIÃO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: REVISITANDO LITERATURA


PRODUZIDA NOS ANOS ÚLTIMOS CINCO ANOS NO PROGRAMAS DE PÓS-
GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO DO NORDESTE
BRASILEIRO

Rafaela de Carvalho Azevedo


[email protected]
UNEB/campus XII (GEPERCS)
Valéria Antunes Dias
UNEB/campus XI (GEPERCS)
Dr. Sandra Célia Coelho G. Silva
UNEB/campus XII (GEPERCS)

Resumo:
A religião sempre esteve presente na história. Ela influencia no modo de vida das
diferentes culturas, sendo fator determinante para muitas ações sociais. A educação
é vista como fonte libertadora, produtora de conhecimento e esclarecimento da
sociedade. É através dela que se compreende a importância da tolerância e
respeito, gerando assim a inclusão dos excluídos. Diante desse pensamento, a
Educação Inclusiva é fruto da necessidade de se construir oportunidades iguais a
todos. É perceptível ao longo da história as mudanças de comportamentos sociais,
referentes as pessoas com deficiência, causadas pela influência da religião, com
seus pontos positivos e negativos. Na contemporaneidade, esses efeitos ainda são
marcantes. Por isso, o eixo temático “Educação e Desenvolvimento Social: as
políticas públicas nos diversos contextos sociais”, possibilita a discussão dando
abertura para se pensar uma educação libertadora e a compreensão da importância
de analisar as produções cientificas na área. Para fundamentação teórica foram
utilizados autores como Silva (1986), Santiago (2011), Wilges (1995), Freire (1991),
Teixeira (2014), entre outros. Afim de responder os seguintes questionamentos:
Quais as publicações sobre Religião e Educação Inclusiva? Quais programas estão
inseridos? Qual o perfil desses pesquisadores? Quais os sentidos dados aos
trabalhos encontrados? A pesquisa tem como objetivo apresentar/ analisar as
produções publicadas sobre Religião e Educação Inclusiva na região Nordeste nos
últimos cinco anos. Teve como abordagem metodológica a revisão integrativa de
literatura, utilizando o banco de dados dos Programas de pós graduação em
Ciências das Religiões na região Nordeste. Conforme Mendes, Silveira e Galvão
(2008), é preciso percorrer seis etapas distintas, a saber: identificação/ seleção;
inclusão e exclusão/ amostragem ou busca na literatura; seleção/ categorização;
avaliação; interpretação; apresentação/ síntese. Foram selecionados trabalhos dos
últimos cinco anos referentes a temática abordada, sem encontrados na
Universidade Federal da Paraíba (UFP) e Universidade Católica de Pernambuco
(UCP). Na contemporaneidade, o mundo é marcado por diversas transformações,
sejam elas no campo político, social, econômico ou religioso. As pessoas com
deficiências passam a serem vistas e defenderem seus direitos, garantindo políticas
públicas de inclusão nas diversas áreas da sociedade no qual discorremos logo
abaixo. Na religião, por um lado nos permite ver a manifestação de uma liberdade
religiosa que acolhe a todos. Por outro lado, um fundamentalismo religioso
98

excludente e causador de caos social. Diante dos resultados encontrados, é


importante destacar a necessidade de se discutir o tema, pois não há muitas
pesquisas na área. Outro fator determinante é a participação majoritária das
mulheres como pesquisadoras. Sendo assim, se faz relevante o levantamento
realizado com a finalidade de se aprofundar e trazer discussões inovadoras,
auxiliando no desenvolvimento educacional da sociedade.

Palavras-chave: Religião; Educação Inclusiva; Revisão de Literatura; Nordeste.


99

PRÁTICA DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR: DESAFIOS E EXPERIÊNCIAS

Raiane Cordeiro de Araújo


[email protected]
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
A docência no ensino superior é um desafio que proporciona também algumas
dificuldades, visto que os cursos de formação de professor se encarregam de
preparar profissionais para atuar na Educação Básica, cabendo ao profissional
docente, que deseja lecionar em Instituições de Ensino Superior, buscar outras
formações no âmbito da pós-graduação. O objetivo desse trabalho foi refletir sobre
os obstáculos da docência no Ensino Superior, na visão de uma professora durante
a sua prática cotidiana, e na contribuição para a formação de futuros pedagogos. O
desejo de relatar sobre esse estudo surge a partir da própria experiência enquanto
docente do curso de Pedagogia e após sentir a necessidade de buscar uma
especialização relacionada à docência em Ensino Superior. Assim, os teóricos que
subsidiaram esse trabalho foram: Libâneo (1998), discutindo sobre a Pedagogia, a
função do pedagogo e a trajetória histórica da educação; Pimenta (2008); Pimenta e
Anastasiou (2002) tratando de docência no ensino superior; Freire (1996), Souza
(2006) e Nóvoa (2009), abordando a autonomia do professor. O caminho
metodológico consistiu em uma pesquisa qualitativa, amparando-se na perspectiva
autobiográfica proporcionada com base na experiência profissional vivenciada na
atuação docente no Ensino Superior. Afinal, a abordagem autobiográfica permite
aquele que narra um movimento de reflexão da sua prática, da sua formação, sendo
também um pesquisador da sua ação. Analisar e refletir a própria prática docente é
um exercício diário que permite ao profissional perceber a necessidade de se
especializar, pois, como nos afirma Pimenta (2008), a qualificação é um fator
primordial no processo de aprimoramento de qualquer profissão, principalmente com
relação a educação, que está em constante transformação. Outrossim, o professor é
fundamental para a contribuição do processo de aprendizagem dos seus alunos e
futuros profissionais, visto que esses professores serão responsáveis por formarem
sujeitos críticos, questionadores e pesquisadores. Diante disso, um dos obstáculos
encontrados diz respeito ao fato de, na maioria das instituições de ensino superior,
principalmente naquelas de modalidade semipresencial, o professor receber o
planejamento das disciplinas prontos, o que em alguns aspectos engessam a
qualidade do seu trabalho e, além disso situações que se caracterizam como
imposições no processo de ensino e de aprendizagem por influenciarem na
quantidade de alunos da universidade. Portanto, nesse contexto desafiador em que
a educação está inserida atualmente e considerando que os cursos de formação de
professores tenham o seu campo de atuação definido, torna-se de extrema
importância a articulação da prática docente com o desejo de buscar a formação
complementar e, consequentemente, a autonomia do professor.

Palavras-chave: Prática docente; Formação docente; Ensino Superior.


100

A EDUCAÇÃO SUSTENTÁVEL COMO ESTRATÉGIA PARA O


DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Renato Alves Vieira de Melo


Universidade de Salamanca e Universidade Federal Ceará
[email protected]
UFC - GFOP
Kelly Cristina A. Silva
Universidade de Salamanca

Resumo:
O trabalho tem o propósito enfatizar a Educação sustentável juntamente com a
Cultura sustentável como alternativas determinantes para alcançar o
desenvolvimento social, no entanto, não há como negar a estreita relação entre
direitos humanos, meio ambiente e a sustentabilidade. Deste modo, utilizamos como
referencial metodológico o pensamento do antropólogo Boas (2010) e o trabalho
etnográfico de Melo (2018), com o objetivo evidenciar que temos que mudar nossos
valores para atingir o bem estar social em ambiente sustentável, e para isso,
compreender que a Educação e Cultura Sustentável são essenciais no mundo
globalizado para desenvolvimento humano e sustentável. A dinâmica do objeto de
estudo tem uma abordagem qualitativa os estudos etnológicos em processos de
desenvolvimento sustentável visando explorar o que seja uma Educação e uma
Cultura Sustentável. Atualmente estamos em uma época antropocêntrica, onde o
homem fortalece suas atitudes usufruindo dos recursos naturais ilimitadamente, e
isto, provoca uma cultura consumista onde a valorização da parte econômica
proporciona o aumento da pobreza com um padrão de vida insustentável, deixando
em segundo plano, o meio ambiente, o social e a solidariedade. A exploração do
meio ambiente de uma maneira devastadora, exterminando as florestas, arvores,
animais e biosfera, etc. fez com que ao longo da história, o meio ambiente fosse
explorado pelo homem ocasionando uma degradação ambiental inviabilizando a vida
do ser humano no planeta. O atual modelo consumista coloca em perigo a espécie
humana, marcado pelo estilo de vida individualista, onde o fator de sucesso é a parte
econômica, criando uma cultura insustentável com um padrão dito de consumo
global. Assim, Boas (2010) contribuiu com maneiras de compreender o ser humano
a partir do seu meio, valorizando a educação e a cultura, com os seus costumes,
atitudes e comportamentos, com o intuito de obter um padrão cultural, que valorize a
vida social e o seu desenvolvimento, desta maneira, os estudos de Melo (2018)
afirmam que as estratégias para alcançar um novo padrão cultural com a valorização
do social e o ambiental têm como base uma educação e uma cultural sustentável.
Neste contexto, se faz necessário o comprometimento de Políticas, em que os
Estados estabeleçam um modelo de desenvolvimento social direcionado para um
ambiente sustentável que atenda as questões humanísticas com a redução das
desigualdades sociais, dos problemas ambientais, da pobreza extrema e que atenda
os direitos fundamentais. Um ambiente que assegure a sobrevivência da espécie
humana e uma vida saudável que consiste na proteção da dignidade humana.
101

Palavras-chave: Educação Sustentável; Cultura Sustentável; Meio ambiente;


Desenvolvimento Social.
102

CISTERNAS CALÇADÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL NO MUNICÍPIO DE


SERRINHA-BA

Rubinaldo Almeida de Sena


Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
Núcleo de Estudos em Agroecologia Abelmanto
Joan Araújo Carneiro
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
Núcleo de Estudos em Agroecologia Abelmanto
Fagner de Aquino Oliveira
[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia Abelmanto

Resumo:
As políticas públicas voltadas ao fortalecimento do desenvolvimento rural local têm
contribuído significativamente na produção agrícola familiar, em especial, através de
implementação do Programa Uma Terra e Duas Àguas (P1+2), o qual utiliza ações
educacionais e de assistência técnica a agricultores e agricultoras rurais na
consolidação para a convivência com o semiárido. Para Navarro (2001), ao analisar
estas questões, este desenvolvimento pode ser refletido a partir de programas já
realizados, com objetivos previamente definidos, bem como referir-se à elaboração
de ações para cenários futuros. Sob este aspecto, esta pesquisa teve como objetivo
relacionar a produção agrícola em propriedades que dispõem da cisterna calçadão,
aos mecanismos que norteiam o desenvolvimento social e efetivação de políticas
públicas locais. O lócus de realização foi a comunidade Maravilha, localizada na
área rural do município de Serrinha, a uma distância de 19 km da sede, e tem como
fonte de renda a agricultura familiar. A escolha desta comunidade justifica-se pela
implementação de políticas públicas voltadas a produção agrícola, dentre elas, a
tecnologia denominada cisterna calçadão, que têm a capacidade para armazenar
52.000 (cinquenta e dois mil litros) de água. A metodologia ocorreu através de
visitas, em que foram realizadas entrevistas com agricultores familiares, baseando-
se em aspectos sociais, educacionais, econômicos, ambientais e produtivos, no
tocante à tecnologia social estudada, bem como a realização de registros
fotográficos e observações. A partir das etapas anteriores, identificou-se que a água
armazenada na cisterna calçadão tem origem somente da chuva, a qual, por meio
do processo de irrigação, é utilizada para o desenvolvimento de uma horta, em que
são cultivados os seguintes produtos: hortaliças (couve flor, coentro, alface, chuchu,
salsa), verduras e plantas ornamentais. Os entrevistados revelaram que não utilizam
agrotóxicos, mas técnicas de manejo pautadas na agroecologia. Foram identificadas
dimensões ambientais e econômicas, pois na primeira aproveita-se o potencial
hídrico existente na região, e na segunda a produção é destinada para o consumo
doméstico e comercializada em feiras agroeocológicas locais, ampliando assim, a
fonte de renda local. Quanto às dimensões social e de educação, revelaram que
participaram de capacitações diversas e intercâmbio de experiências, sendo de
103

suma relevância para a manutenção das atividades. No entanto, vale ressaltar que a
assistência técnica se encontra enfrentando fragilidades, sendo necessárias
orientações periódicas, pois caso contrário enfraquece as metas das políticas
públicas e do desenvolvimento social ao nível local. Conforme Montenegro e
Montenegro (2012), faz-se necessário o fortalecimento da assistência técnica aos
produtores, principalmente aos familiares, e adoção de medidas estruturais de
apropriação tecnológica, em particular sobre a conservação de água e solo.
Verificou-se que a tecnologia de captação de água da chuva tem potencial para
auxiliar na produção de alimentos, sendo adequada à realidade existente,
potencializando os processos produtivos locais. Assim, o cultivo desses produtos
contribui com a segurança alimentar e nutricional de muitas famílias no semiárido,
incentivando a integração e inclusão social. Portanto, a difusão das políticas públicas
pautadas no desenvolvimento social, vem fortalecendo a agricultura familiar na
comunidade em estudo, reduzindo as migrações rurais, fortalecendo o
desenvolvimento rural, bem como a preservação dos recursos naturais através de
manejo sustentável.

Palavras-chave: Políticas Públicas; Agricultura Familiar; Tecnologia Social.


104

A CARACTERIZAÇÃO FISICA COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO NO


DESENVOLVIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Sarah Andrade Sampaio


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Núcleo de Estudos das Paisagens Semiáridas Tropicais (NEPST)
Sirius Oliveira Souza
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)
Núcleo de Estudos das Paisagens Semiáridas Tropicais (NEPST)

Resumo:
Uma das principais funções do planejamento ambiental é direcionar a política
habitacional dos municípios, propiciando uma adequação habitacional evitando que
haja interferência em seus recursos naturais. Norteando pesquisas destinadas à
aplicação de políticas públicas em função de um desenvolvimento local e regional de
qualidade, e com foco neste trabalho, o planejamento reconhece, prevê as
propensões naturais para o desenvolvimento, assim como, por meio de definições
de políticas e principais estratégias, estabelecem as regras de ocupação do solo,
com o objetivo de aumentar a qualidade de vida no município (DUARTE, 2007).
Santos (2004, p. 28) afirma que o principal resultado do planejamento ambiental é “o
melhor aproveitamento do espaço físico e dos recursos naturais, economia de
energia, alocação e priorização dos recursos para as necessidades mais prementes
e previsão de situações”, e em contraponto a isto, revela que no Brasil, eles não
representam a realidade com eficiência, pois a teoria e aplicabilidade divergem,
assim como não há uma descentralização na gestão (necessária para uma melhor
aplicabilidade dos planos e projetos), a participação efetiva do poder popular e
mudanças significativas na administração e política. Segundo Peres e Chiquito
(2012), ao criar condições, através do planejamento, para a valorização,
aproveitamento e desenvolvimento do território, por meio da organização racional do
espaço e da implantação de equipamentos apropriados, há a melhoria das
condições de vida das populações. Como facilitador do planejamento são utilizadas
ferramentas, como os Sistemas de Informação Geográfica (SIG´s), e nesta pesquisa,
tem sua principal demanda em função do crescimento das cidades pequenas, com
foco na cidade de Ipiaú-BA. Tais ferramentas ajudam a prever as consequências das
alterações na paisagem, advindas do crescimento. Propõe-se essa pesquisa, com
vistas à importância do mapeamento das características físicas para o
desenvolvimento e aplicação de políticas públicas, como os aspectos climáticos,
geológicos, pedológicos, geomorfológicos, clinográficos e hidrográficos de cidades
pequenas, assim como, o entendimento dos fatores de dinâmicas urbanas
considerando o contexto histórico e econômico, e como isso se reflete no uso e
ocupação das terras. A importância desse trabalho se legitima, devido ao mau uso
das terras causado por falta de planejamento ambiental e urbano integrados, pontos
comuns em cidades de crescimento espontâneo no estado da Bahia, e os problemas
ambientais consequentes. Como pesquisa em desenvolvimento, quando concluído,
esse trabalho prevê, por meio de um mapeamento geomorfológico inédito na área,
105

contribuir com a conservação e com a recuperação geomorfológica da área em


estudo, aliada à possibilidade de contribuir com a problemática habitacional das
ocupações de risco pela população.

Palavras-chave: Caracterização Física; Planejamento Ambiental; Políticas Públicas.


106

ANÁLISE DE DISCURSOS DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE


DIREITOS HUMANOS

Tatielle Gomes Rodrigues


Universidade Federal da Bahia (UFBA)
[email protected]
Margens e Entrelinhas – UFBA

Resumo:
A presente pesquisa apresenta uma análise dos discursos de estudantes do Ensino
Médio, com o objetivo de investigar as concepções das(os) estudantes sobre os
Direitos Humanos. O estudo teórico e a análise desta pesquisa fundamentam-se nas
teorias da Análise do Discurso e Análise Crítica do Discurso (ACD). Neste campo,
faz-se necessário recorrer aos aportes teóricos de Resende e Ramalho (2006),
partindo das concepções de discurso que as autoras apresentam segundo Norman
Fairclough. A análise dos dados pauta-se nas concepções que as(os) estudantes
apontam sobre os Direitos Humanos e como a formação escolar influencia nesses
saberes, bem como o papel da escola diante da disseminação e aplicação dos
Direitos Humanos previstos em Constituição. São objetivos desse estudo analisar os
discursos sobre Direitos Humanos utilizados por estudantes do Ensino Médio no
município de Seabra-Ba e refletir de que forma esses discursos são construídos,
partindo assim da realidade em que essas(es) estudantes estão inseridas(os). Desta
forma, a principal indagação desse estudo é investigar de que forma os
conhecimentos sobre Direitos Humanos são conceptualizados, bem como identificar
a origem desses conhecimentos adquiridos pelas(os) estudantes. O
desenvolvimento metodológico desse trabalho fundamenta-se na pesquisa
bibliográfica, documental e qualitativa com entrevistas semiestruturadas e não
estruturadas para possibilitar a profundidade das informações através do contato
direito com as(os) estudantes. O presente estudo possibilita compreender que o
discurso do senso comum hierarquiza e constrói disparidades que são disseminadas
na mídia como o discurso dominante, sendo propagado por várias formas de
linguagens, principalmente as imagéticas, televisivas, propagandas, sites de
relacionamentos, dentre outros. Os discursos dominantes acabam distorcendo os
papéis sociais, contribuindo com preconceitos e discriminações para com os grupos
historicamente excluídos da sociedade. Com isso, esses discursos são
internalizados no universo social, transformando as condutas dos indivíduos, e
concebendo assim as desigualdades em vez de diferenças. Assim, é possível
identificar que o papel da escola torna-se primordial nesse processo, pois, os
resultados deste trabalho evidenciam que as concepções discursivas dos(as)
estudantes sobre os Direitos Humanos são pautadas em conhecimentos adquiridos
em sua formação escolar, marcando assim a importância da escola na disseminação
dos diversos saberes acerca dos Direitos Humanos.

Palavras-chave: Análise Crítica do Discurso; Direitos Humanos; Educação.


107

A EDUCAÇÃO DO CAMPO, A ESCOLA DA TERRA E A PEDAGOGIA


HISTÓRICO-CRÍTICA NO CONTEXTO DA REDE MUNICIPAL DE SERRINHA

Virginia Gonçalves de Souza Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Laboratório de Estudos, Pesquisa e Extensão em Geografia e Educação (LEPEGE)
Janeide Bispo dos Santos
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Laboratório de Estudos, Pesquisa e Extensão em Geografia e Educação (LEPEGE)

Resumo:
Este trabalho é resultado de uma pesquisa de Iniciação Cientifica (IC) realizada no
período de 2018-2019, que teve como objeto de estudo o trabalho pedagógico
realizado pelos professores egressos do Programa Escola da Terra, por meio da
especialização em Pedagogia Histórico-crítica, que atuam na rede municipal de
ensino de Serrinha. Sendo assim, este estudo tentou responder à seguinte questão
da pesquisa: como o curso de Pedagogia histórico-crítica contribuiu no
fortalecimento da Educação do Campo no município de Serrinha? O objetivo geral
foi analisar a relevância do curso de Pedagogia Histórico-crítica no fortalecimento da
Educação do Campo no município de Serrinha. Dessa maneira, as metas da
pesquisa foram: identificar o quantitativo de professores que concluíram o curso de
Pedagogia histórico-crítica; analisar, em que medida, os professores egressos do
curso de Pedagogia Histórico-crítica estão imbricados politicamente no contexto das
organizações de lutas populares do Território do Sisal; identificar se há, ou não,
participação dos egressos do curso nos espaços da Educação do Campo do
município; analisar a política de Educação do Campo do município de Serrinha nos
últimos dois anos. Essa pesquisa foi desenvolvida a partir de uma abordagem
qualitativa, que teve como metodologia a análise documental desenvolvida a partir
da análise do Projeto Político Pedagógico (PPP), e outros documentos do curso de
Especialização em Pedagogia Histórico – crítica elaborado pela UFBA para a
formação de docentes no Programa Escola da Terra no município de Serrinha. Além
disso, também coletou-se dados no âmbito da Secretaria Municipal de Educação
referentes aos egressos do curso e a educação escolar do campo no município
fazendo um comparativo com os últimos 5 anos, e por fim buscou-se informações
junto ao Conselho Territorial acerca do trabalho pedagógico que estes docentes
realizam. Este estudo foi realizado a luz do referencial teórico de autores tais como:
Arroyo (2011 e 2012), Caldart (2012) e Saviani (2008 e 2012), entre outros. Os
resultados apontam que, no total 139 de professores participaram do curso de
Especialização em Pedagogia Histórico-crítica, apenas 39 deles concluíram. Assim,
conforme dados da Secretaria Municipal de Educação de Serrinha, dos 39
professores que concluíram o curso, 20 eram professores contratados
provisoriamente e, com a mudança da gestão, estão fora da rede. Dos 19, nove não
estão trabalhando em escolas do campo. Localizamos a lotação dos 10 docentes e,
com autorização do setor pedagógico, analisamos nos portfólios, as atividades de
ensino, os planos de curso e os planos de aula. Na leitura minuciosa destes
documentos, a Pedagogia Histórico-crítica não aparece nem como citação. Todo o
108

trabalho pedagógico que faz menção ao campo é orientado a partir de duas


perspectivas: a do Projeto Baú de Leituras do Movimento de Organização
Comunitária (MOC) ou na perspectiva do Programa Despertar do Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural (SENAR). Desse modo, a Pedagogia Histórico-Crítica não
passou de mais um curso. Os dados revelam que não contribuiu no fortalecimento
de um ensino, portanto, o ensino pautado não permite aos sujeitos do campo
compreender as contradições socioespaciais e entender a questão agrária como
uma dimensão social construída no processo de territorialização do município de
Serrinha. Sendo assim, o curso não cumpriu o seu propósito. Tendo em vista as
reflexões tecidas a respeito “Escola da Terra” na UFBA com o Curso de
Aperfeiçoamento/Especialização em “Pedagogia Histórico-Crítica para as Escolas do
Campo” pode verificar que o curso tinha um objetivo diferente dos docentes que
foram fazer o curso e da política educacional do município. Pois, conforme princípios
da Educação do Campo, não conciliação com os princípios do capital, presente no
Projeto Despertar.

Palavras-chave: Escola da Terra; Formação de Professores; Educação do Campo;


Pedagogia Histórico-crítica.
109

O OLHAR DA PSICOLOGIA ACERCA DA INDISCIPLINA NA SALA DE AULA

Yones dos Santos Oliveira


Faculdade Anísio Teixeira (FAT)
[email protected]
Luciana Rios da Silva
Faculdade Anísio Teixeira (FAT)
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
Estudos sobre a incidência da indisciplina na sala de aula e na escola têm ocupado
lugar de destaque investigativo para pesquisadores de diversas áreas do
conhecimento, sobretudo do campo da psicologia e da educação que se diligenciam
em analisar esse fenômeno, que tem se avultado entre as principais preocupações
dos educadores, em virtude de ter se tornado um complicador, um entrave ao
trabalho docente e que, consequentemente, se reflete no desenvolvimento do
processo educativo. Justificado o interesse da presente pesquisa, emergiu a
necessidade de investigar o viés psicológico das produções acadêmicas que se
debruçam sobre a temática, o que fez levantar a seguinte questão: De que forma a
temática Indisciplina na sala de aula, é apresentada em artigos publicados na base
de dados Scielo, em periódicos de psicologia, no período de 2008-2018? Para
realização da pesquisa, foi estabelecido como objetivo analisar as produções sobre
Indisciplina na sala de aula, publicadas em periódicos de psicologia indexados na
Scielo, no período de 2008 a 2018. Para tanto, o estudo se debruçou sobre a
contextualização da disciplina e indisciplina no campo escolar, a partir das
concepções e bases teóricas apresentadas por Aquino (1998, 2011, 2016); Parrat-
Dayan; Vasconcelos (1997); Garcia (2001); entre outros. Para realização desse
estudo utilizou-se de uma abordagem metodológica qualitativa. Trata-se de um
estudo exploratório de natureza bibliográfica, “denominado estado da arte”, que
visou o levantamento de artigos científicos presentes na base de dados Scientific
Electronic Library Online (SCIELO). Para a busca eletrônica foram usados os
descritores “Indisciplina”, “indisciplina na sala de aula” e “indisciplina escolar”. A
escolha do material foi feita através da leitura dos títulos, análise dos resumos e a
seleção teve como critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, publicados
nos últimos 10 anos em periódicos de Psicologia, escritos em português e que
versam sobre indisciplina na sala de aula. Os resultados evidenciaram que os
trabalhos analisados estão demarcados pela heterogeneidade de abordagens e
propostas, no entanto, é notória a sucinta quantidade de publicações no segmento
escolhido, fato que expõe a necessidade de ampliação de estudos e de produções
de trabalhos que discutam mais profundamente a temática e de um diálogo mais
afinado dado à heterogeneidade de abordagens. A pesquisa salienta, ainda, a
necessidade de um olhar reflexivo sobre a indisciplina e seus sujeitos e sinaliza para
a importância e contribuição que a Psicologia pode agregar ao entendimento deste
fenômeno no contexto escolar.

Palavras-chave: Indisciplina; Indisciplina na sala de aula; Escola; Psicologia.


110

Eixo 2 - História da Educação, Currículo e Formação

A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE A EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA NA BAHIA


(1970 A 1990)

Aline Pimentel Cupertino


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Prof.ª Dr.ª Faní Quitéria Nascimento Rehem
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]

Resumo:
O presente resumo refere-se a um projeto de Iniciação Científica, vinculado ao
Centro de Documentação em Educação - CEDE da Universidade Estadual de Feira
de Santana (UEFS), nomeado “A produção acadêmica sobre a educação da Infância
na Bahia (1970 a 1990)” aprovado pelo CNPq/2019, que é parte de pesquisa maior
intitulada O projeto modernizador e a publicização da educação na Bahia: trajetórias
e ações dos sujeitos sociais e das instituições no período 1940-2010. Nesse sentido,
o presente trabalho questiona: Quais as características da produção acadêmica
sobre educação da infância na Bahia no período 1970-1990? Para tanto, se propõe
a Identificar e analisar a produção acadêmica sobre a educação infantil na Bahia
(1970 a 1990) no banco de teses e dissertações da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Esse plano de trabalho se
insere no Eixo 2 História da Educação, Currículo e formação, pois trata-se de
“estado da arte da produção em história da educação na Bahia, visando mapear a
produção intelectual já disseminada sobre a história da educação no estado”. A
metodologia a ser utilizada será como um “Estado da arte”, também denominado
“Estado de conhecimento” que será produzido a partir da análise dos resumos das
teses e dissertações. No processo da produção serão realizadas atividades de
revisão bibliográfica, levantamentos de dados, análises dos dados, compreensão
dos referenciais teóricos e participações nas reuniões do grupo de pesquisa. Como
referencial teórico nos amparamos nos estudos de Kuhlmann Jr (1991); Rosemberg
(1997); Arce (2004); Freitas (1997), Del Priore(1999) dentre outros que trabalham
com a história da infância e sua educação. Haverá a construção de um banco de
dados sobre a história da educação infantil na Bahia, visando servir de referência
para os estudos e publicações e apresentações de trabalhos acadêmicos em
eventos e periódicos. Os resultados possibilitarão, em nosso entendimento,
estabelecer um diálogo com os debates recorrentes realizados no departamento de
Educação da UEFS sobre a infância e a Educação Infantil, problematizando a
história da infância e da educação, especialmente na Bahia, além da ampliação dos
conhecimentos sobre a educação em nosso estado, o que justifica a sua relevância.

Palavras-chave: Educação Infantil; Bahia; Estado da Arte.


111

EDUCAÇÃO INFANTIL: AS CONTRIBUIÇÕES DO CURSO DE PEDAGOGIA NA


FORMAÇÃO DOCENTE

Ana Cláudia Mota Estevam


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]

Resumo:
Este trabalho visa se debruçar sobre a formação inicial de professores para a
docência na educação infantil, podendo contribuir para o fortalecimento da formação
inicial repleta de sentido para os profissionais que atuarão na Educação Infantil, bem
como para uma reestruturação de currículos de cursos superiores, em especial os
de Pedagogia, proporcionando diálogo entre a sala de aula universitária e a sala de
aula escolar. Tomaremos como base para discussão teórica autores como
Brzezinski (1996), Silva (2006), Azevedo (2013), Paula, Akamine e Azevedo (2012;
2016), Furlan (2008), Brasil (1996),Pimenta e Lima (2017) entre outros, que abordam
a história do curso de pedagogia, a experiência do professor enquanto estudante no
futuro lócus de trabalho através do estágio, a infância, bem como a docência na
Educação Infantil. Com referência nesse aporte teórico, pretende-se analisar como o
curso de licenciatura em pedagogia pode contribuir na formação de seus egressos
para a docência na Educação Infantil, considerando que a Educação Infantil,
primeira etapa da educação básica (BRASIL, 1996), é uma área com especificidades
que requer, assim como outras também, uma formação profissional contundente,
embasada e alicerçada em saberes que perpassam pela formação cultural, política e
social. Além do objetivo exposto, busca-se também identificar as contribuições do
curso de licenciatura em pedagogia para o exercício da docência na educação
infantil; identificar possíveis lacunas e/ou ausência de conteúdos necessários à
formação do professor e analisar os desafios da prática pedagógica de professores
da Educação Infantil. Para a realização desta monografia em andamento, de
abordagem qualitativa e que se aproxima de um estudo de caso, uma vez que visa
conhecer o/a sujeito(a) da pesquisa e suas considerações a respeito da teoria e das
experiências práticas, foi utilizado como instrumento de pesquisa a revisão
bibliográfica de livros e artigos e a entrevista semi-estruturada, escolhida dada a
compreensão da importância de se estar frente a frente com as participantes da
pesquisa para a coleta de dados, pois a entrevista está para além das perguntas e
respostas cruas, compreendendo também as expressões durante a interação. Até o
presente momento desta produção foi possível constatar a importância da formação
teórica que o curso de licenciatura em pedagogia dispõe, no entanto, visto que as
entrevistadas também cursaram o magistério, denota-se o contraste e os déficits que
a graduação apresenta quanto ao diálogo de seus componentes curriculares e
conteúdos em relação ao dia a dia da Educação Infantil, em contraponto ao
magistério que focava de maneira relevante nos planejamentos, rotinas e outros
aspectos próprios da sala de aula na educação básica. De acordo aos desafios
vivenciados na docência pelos egressos de cursos de pedagogia faz-se necessário
a análise dos currículos dos cursos de pedagogia, buscando identificar quais e como
os conteúdos de Educação Infantil são trabalhados, pois, mesmo que os
componentes estejam tecnicamente interligados, ainda há um prejuízo muito grande,
112

como se o trabalho com crianças na idade entre 0 a 5 anos não precisassem de


intencionalidade de ensino, planejamento específico e fundamental formação em
desenvolvimento humano.

Palavras-chave: Formação Inicial; Educação Infantil; Docência; Currículo de


Pedagogia.
113

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DE


ESCOLAS PÚBLICAS DO CAMPO DE FEIRA DE SANTANA/BA

Ana Cristina Santos Silva


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Grupo de estudos e Pesquisa em História, Educação e Gênero (GEPHEG)
Profª Drª. Irlana Jane Menos da Silva
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
Grupo de estudos e Pesquisa em História, Educação e Gênero (GEPHEG)

Resumo:
Os professores das escolas do campo enfrentam muitos problemas e desafios com
relação a falta de infraestrutura adequada de muitas escolas por não ter biblioteca,
equipamentos tecnológicos, uma boa área para o recreio, sala de professores,
banheiros apropriados que contemplem também discentes com necessidades
especiais e para os funcionários. Com relação ao nível de aprendizagem em que se
encontram os discentes, que podem sair do ensino fundamental I, dentre outras
dificuldades a de sair sem saber ler, lembrando que as escolas são do campo e
sofrem pela falta de investimentos públicos ao longo dos anos, ficando aquém das
escolas públicas urbanas. Além disso, podemos acrescentar as condições
socioemocionais, a inclusão dos diferentes tipos de deficiência e os conflitos
familiares que são refletidos na sala de aula, o que conduz a pensar em todos estes
aspectos com relação a aprendizagem. No sentido de enfrentar estas dificuldades e
desafios, o professor se depara com situações referentes à condição física das
escolas e a questão da falta de aprendizagem dos discentes. Para isto, o professor
deve ter uma base teórica sólida que norteie a sua prática pedagógica e resolva
possíveis questões, pois muitas delas ultrapassam os limites da escola. Arroyo
(2010) salienta que a formação específica dos professores vai além de uma política
de afirmação histórica de desigualdades e passa a ser defendida como proposta dos
povos do campo em processos de afirmação social, política, cultural e pedagógica.
Caldat (2010) referindo- se a educação do campo destaca que os educadores são
considerados sujeitos fundamentais da formulação pedagógica e das
transformações da escola. Dessa forma, este estudo, em fase de desenvolvimento,
tem por objetivo analisar se a formação continuada de professores da educação
básica de escolas públicas contribui para o desenvolvimento da aprendizagem e
fortalecimento da escola como vivência cultural e social dos sujeitos do campo.
Assim, esta pesquisa é do tipo descritiva e de abordagem qualitativa, pretendendo
entrevistar três professores, sendo um professor do 1º, outro do 3º e outro do 5º ano
do ensino fundamental I, em uma escola municipal do campo do distrito de Maria
Quitéria, em Feira de Santana/BA. Os resultados parciais ressaltam que o professor
do campo necessita de uma formação específica e continuada que possibilite
aprender a lidar com as especificidades desta área de conhecimento.

Palavras-chave: Formação continuada de professores; Educação básica; Escolas


públicas do campo.
114

JOGOS E BRINCADEIRAS NA INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES


EDUCACIONAIS ESPECIAIS NO CONTEXTO ESCOLAR

Antonia do Nascimento Pereira Santos


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
GEPHEG
Ana Rosa Santos Farias
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
GEPHEG

Resumo:
O estudo de pesquisa traz reflexões acerca dos jogos e brincadeiras na inclusão de
pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), no contexto escolar,
visto que, o ato de brincar, permite o desenvolvimento humano em várias dimensões
da vida. Entretanto, com o aparecimento do Cristianismo, havia o desinteresse pelos
jogos, posto que a religião direcionava a educação de forma disciplinadora,
entendendo que os jogos eram considerados ações pecaminosas, impedindo que
através dos jogos e brincadeiras os indivíduos pudessem exercitar o conhecimento.
Em contrapartida, foi no período Renascentista que os jogos assumiram uma nova
configuração, ao associar diversão ao aprendizado, o que permitiu ao sistema
educacional valorizar os jogos e brincadeiras na construção da aprendizagem.
Nesse aspecto, o eixo temático proposto é de grande relevância para o estudo
dessa pesquisa, por suscitar reflexões sobre a formação do professor, que necessita
desenvolver práticas educativas que atendam a especificidades dos sujeitos, que se
encontram segregadas quando se propõe a brincar com os colegas. Com isso, nota-
se que o ato de brincar envolve o significado que a criança projeta no brinquedo, o
que vivencia no mundo da imaginação ao se desvencilhar do mundo real. A escolha
do brinquedo demonstra o elo representativo que a criança pretende expressar
diante da realidade. Desse modo, esse trabalho de pesquisa teve como objetivo
analisar os jogos e brincadeiras na construção de aprendizagens que promovam a
inclusão de pessoas com NEE no ambiente escolar. Os encaminhamentos
metodológicos desse estudo foram delineados com base na abordagem de caráter
qualitativo por meio de uma pesquisa bibliográfica com as contribuições dos aportes
teóricos como, Winnicott (2008), Vygotsky (1991), Ariés (1981),Silva; Gonçalves
(2010). Tendo em vista os resultados teóricos dessa pesquisa, foi possível perceber,
que o ato de brincar permite que as crianças criem estratégias que possam facilitar a
resolução de problemas, além de ampliar suas experiências, por entender que os
jogos e as brincadeiras, oportuniza aos sujeitos a construção de novos saberes,
numa escola inclusiva que contempla os anseios e potencialidades das pessoas com
NEE no contexto da sala de aula.

Palavras-chave: Jogos; Brincadeiras; Aprendizagem; Inclusão.


115

ANÁLISE DOCUMENTAL SOBRE AUTONOMIA E TABALHO DOCENTE:


CONCEPÇÕES E POSSIBILIDADES

Carla Assueira da Silva Oliveira


Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus XI
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
[email protected]
Cenilza Pereira dos Santos
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
O presente trabalho socializa as análises do projeto de Pesquisa de Iniciação
Cientifica da Universidade do Estado da Bahia – UNEB – Campus XI que versa
sobre as concepções de autonomia docente evidenciadas nas entrelinhas das
Diretrizes Municipais de Educação e nos Planos de Valorização dos profissionais da
Educação. As questões da autonomia docente no âmbito da formação são
significativas para o crescimento político e profissional dos professores, pois
possibilita construções de saberes e atitudes transformadoras de realidades e
sujeitos. Nesta perspectiva, as reflexões tecidas são frutos da seguinte questão de
pesquisa: Em que medida as concepções de autonomia docente são evidenciadas
nas Diretrizes Municipais de Educação de nos Planos de Valorização dos
Profissionais da Educação dos municípios da microrregião de Serrinha? Na busca
para concretizar discussões sobre essa temática, propõe-se como objetivo geral:
Compreender as concepções de autonomia docente presentes nas Diretrizes
Municipais de educação e nos Planos de Valorização dos Profissionais da Educação
e as condições para desenvolvê-la no trabalho pedagógico; e como objetivos
específicos: Identificar as concepções de autonomia docente nas Diretrizes
Municipais de Educação e nos Planos de Valorização dos profissionais da Educação
dos municípios de Barrocas, Biritinga, Conceição do Coité e Teofilândia; tecer
considerações acerca das concepções de autonomia docente nos documentos
analisando suas contribuições para a qualidade do trabalho docente. Os argumentos
apresentados ancoram-se nas ideias de teóricos como Cellard (2008), Bardin (2016),
Contreras (2002), Ludke e André (1986), Tardif e Lessard (2007) e Nóvoa (1992).
Esta pesquisa é de natureza qualitativa com sustentação na pesquisa documental e
tem as Diretrizes Municipais de Educação e os Planos de Valorização dos
profissionais da educação como principais documentos de objeto de estudo para
recolha de informações. A autonomia docente é uma construção pessoal e social
que não se dissocia do desenvolvimento do profissional da educação enquanto
sujeito de si e sujeito da profissão, antes de tudo, intrinsecamente relaciona aquilo
que o professor sabe com aquilo que faz, ou seja, com os saberes e fazeres da
docência no trabalho pedagógico.

Palavras-chave: Formação de professores; Autonomia docente; Trabalho docente.


116

PEDAGOGOS EM FORMAÇÃO: ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE SOLUÇÕES DE


PROBLEMAS MATEMÁTICOS

Claudene Ferreira Mendes Rios


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Geo(bio)grafar

Resumo:
A formação em Pedagogia requer muitos aprendizados consistentes e um deles é
resolver problemas matemáticos para ensinar, porém, este aprendizado na formação
do pedagogo ainda se revela superficial, fragilizado, precisando de intervenções.
Nesse contexto, o presente trabalho apresenta uma reflexão sobre a resolução e
solução de problemas matemáticos, ocorridos em um curso de extensão com
duração de 60 horas, no Departamento de Educação, Campus XI, UNEB, Serrinha,
no ano de 2017 para graduandos de pedagogia e professores dos anos iniciais em
exercício, com os objetivos de: aguçar a curiosidade por resoluções criativas através
de diferentes formas de registros; resolver situações-problema validando estratégias
e resultados; desenvolver formas de raciocínios como intuição, indução, dedução,
analogia e estimativas e utilizar conceitos, procedimentos matemáticos e
instrumentos tecnológicos disponíveis. Para o embasamento teórico das ações
práticas trabalhamos com autores que discutem a resolução de problemas
matemáticos na perspectiva da construção criativa de soluções, a exemplo de: Polya
(1995) que estabeleceu uma metodologia para resolver problemas, Pozo (1998) que
considera resolver problema um conteúdo imprescindível para a educação básica,
Starepravo (2009) que estuda a resolução de problemas e jogos na construção de
conceitos matemáticos, Nacarato; Mengali e Passos (2001) que evidenciam a
pertinência do registro das estratégias utilizadas para a resolução de problemas,
Smole e Diniz (2016) que afirmam ser a investigação a postura essencial para a
resolução de problemas, entre outros. A partir das atividades de leitura, discussões
coletivas, reflexões e escritas das soluções foi possível evidenciar que a matemática
é uma área de conhecimento que embora prime pelo rigor nas resoluções,
possibilita, também, que este rigor seja construído mediante a compreensão de cada
um a partir da apropriação dos conceitos e procedimentos. E, quanto aos resultados
apontaram que, no contexto de uma ação extensionista, a aprendizagem foi
significativa pela superação de crenças em relação à capacidade de resolver
problemas matemáticos, como também por desenvolver uma consciência de que
tanto para a formação inicial quanto para a continuada se faz necessário mais
estudos envolvendo a área do ensino de matemática, visto que, aprender a resolver
problemas matemáticos é uma competência que se espera dos professores que
ensinam matemática. Além disso, foi valorizado pelos cursistas o espírito de
colaboração na construção de conceitos e resoluções, as práticas de sala de aula
vivenciadas, as crenças (re)construídas e as aprendizagens por si realizadas. Enfim,
atividades dessa natureza apresentam contribuições para as discussões no campo
da “História da Educação, Currículo e formação” do pedagogo, contribuindo
sobremaneira para análise reflexiva sobre soluções de problemas matemáticos.
117

Palavras-chave: Problemas matemáticos; Formação; Aprendizagens.


118

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E FORMAÇÃO CONTINUADA: OUTRAS FORMAS


DE (RE)PENSAR A PRÁTICA DOCENTE

Dailza Araújo Lopes


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Polo Salvador
[email protected]
Coletivo Angela Davis – Grupo de pesquisa em Gênero, Raça e Subalternidades
(UFRB)

Resumo:
O presente trabalho refere-se ao relato de experiência do Curso de extensão
Formação de professores e diversidade Cultural. Trazendo como contribuição para o
Eixo 2: História da Educação, Currículo e formação, reflexões empíricas e teóricas, a
respeito da importância da formação continuada para ampliação e fortalecimento da
prática docente, bem como da extensão, enquanto categoria indissociável da
pesquisa e do ensino, que cumpre seu papel formativo, tanto na formação inicial,
quanto na formação continuada de professores. Sendo assim, teve como objetivo
apresentar as contribuições formativas da extensão universitária como mecanismo
para fomentar a formação continuada. A metodologia desenvolveu-se a partir de
relato de experiência com base num estudo descritivo do curso de extensão
Formação de professores e diversidade cultural, ofertado no ano de 2016 no
Campus I da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Os principais teóricos
utilizados na discussão foram Arroyo (2014), Barreto e Gatti (2009), Candau (2008),
Hall (2003) e Silva (2015). O curso foi iniciado em outubro de 2016 e finalizado em
novembro de 2016, com aulas bastante dinâmicas e, sendo realizadas duas vezes
por semana, totalizando uma carga horária de sessenta horas, sendo um curso de
extensão mediado pela professora Msc. Katia Barbosa, apesar de ser aberto para a
comunidade externa, o perfil de alunos cursistas, foi em sua maioria oriundos do
curso de Pedagogia do Departamento de Educação da UNEB Campus I. Participar
do referido curso fortaleceu aspectos teóricos sobre a prática da Lei 10.639/2003 e
da Lei 11.645/2008, além de contribuir para aquisição de conhecimento a respeito da
abordagem sobre multiculturalismo relacionado à educação, possibilitando a
apreensão de novos olhares sobre a diversidade, a partir da perspectiva dos estudos
culturais, e como estes atravessam a realidade da sala de aula, a produção dos
currículos escolares, a pratica docente e as políticas públicas para a educação.

Palavras-chave: Extensão; Formação continuada; Multiculturalismo; Educação.


119

PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE FEIRA DE SANTANA:


DEFINIÇÕES E CONCEPÇÕES SOBRE CURRÍCULO ESCOLAR

Darlene Silva Miranda Lima


Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana
[email protected]
Fabiana Castelo Branco de Santana
Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana
[email protected]
Maria José Araújo Meireles
Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana
[email protected]

Resumo:
O município de Feira de Santana vem sendo alcançado por políticas de cunho
nacional reverberando em avanços na busca pela qualidade da Educação Infantil. O
lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e o Decreto n° 6.094
(BRASIL, 2007) que dispõe sobre a implementação do Plano de Metas
Compromisso Todos pela Educação, prevê apoio técnico e financeiro da União a
partir da elaboração de um Plano de Ações Articuladas (PAR) visibiliza a inexistência
de uma Proposta Curricular municipal, o que suscitou iniciar sua construção. Para a
efetivação dessa ação, caminhos foram percorridos, dentre eles, a necessidade de
definição de uma concepção de currículo que refletisse os ideais dos educadores de
Educação Infantil e nortearia o processo educacional fundamentado na construção
de um sujeito social e histórico em prol do seu desenvolvimento integral. As recentes
discussões e reflexões buscam superar concepções que compreendem o currículo
como veículo transmissor de “conhecimentos”, consolidando-se como construtor e
reconstrutor da criança e sua cultura, devendo este ser flexível e significativo. A
resolução CNE/CEB nº 5 de 17 de dezembro de 2009 que fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais de Educação Infantil (DCNEI) sinaliza que o currículo é
concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os
saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural,
artístico, científico e tecnológico. Oliveira (2012, p.39), ao defender a concepção
trazida na DCNEI, contesta versões semelhantes a listas de conteúdos obrigatórios,
disciplinas estanques, ou atividades que apenas antecipam aprendizagens das
etapas posteriores da Educação Infantil, colocando foco na ação mediadora da
escola, articulando experiências e saberes das crianças e os conhecimentos que
circulam na cultura que despertam o interesse infantil, considerando o quanto esta
concepção influencia na seleção e organização das experiências de aprendizagem
propostas. Saviani (2009) alerta que o currículo, para estar a serviço do sujeito de
direito na garantia de seus direitos de aprendizagem, deve ser pensado e construído
por todas e todos que compõem a escola. O trabalho aqui apresentado teve o
objetivo de construir, coletivamente, a concepção de currículo dos professores de
Educação Infantil da rede pública municipal de Feira de Santana para ancorar a
Proposta Curricular da rede. Esse processo envolveu 47 professores com atuação
em regência de classe na Educação Infantil e ocorreu através de encontros
120

formativos de carga horária de 08 horas dentro de uma proposta de formação em


serviço. O aporte metodológico que orientou os encontros formativos foi a pesquisa-
ação. Considera-se esta ser uma abordagem privilegiada, pois os sujeitos da
pesquisa contribuem coletivamente ao mesmo tempo para o processo de pesquisa e
para o processo de ação. Segundo Dionne (2007, p.79), a pesquisa-ação é uma
modalidade de intervenção coletiva, com vistas a melhorar uma situação precisa, em
prol de objetivos de mudança A partir de elementos teóricos referenciais,
documentos legais e discussões travadas a partir dos saberes-fazeres dos
professores, os resultados obtidos através desta pesquisa foi a definição clara pelos
professores de uma concepção de currículo que norteou a construção do documento
curricular da rede. Conclui-se uma definição de currículo construído a partir da
contribuição de muitos atores, instrumento relevante para o enfrentamento da
definição da identidade do trabalho pedagógico das instituições públicas de
Educação Infantil deste município.

Palavras-chave: Educação Infantil; Currículo; Escola.


121

JORNAL FOLHA DO NORTE: UMA REPRESENTAÇÃO SOCIAL E HISTÓRICA


DA ESCOLA NORMAL DE FEIRA DE SANTANA, A PRINCESA DO SERTÃO

Edilsa Mota Santos Bastos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Magno Junior Guedes dos Santos Reis
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Resumo:
O presente trabalho é resultado de uma monografia apresentada em 2017, que trata
do recorte histórico sobre a Escola Normal de Feira de Santana com base nas
publicações do Jornal Folha do Norte. Destaca-se a importância da referida
instituição e o valor social a ela atribuído no cenário educacional da cidade nas
décadas de 20 e 30 do século XX, por isso um trabalho voltado a esse tema. O
embasamento teórico se deu a partir de autores como Cruz (2000, 2012), Sousa
(2001), Martins e Luca (2013), Pesavento (2005), Samara (2010) entre outros. O
interesse pela temática nasceu das discussões realizadas a partir de leituras e
observações voltadas para a história da educação de Feira de Santana sendo de
suma importância o resgate da história da Escola Normal de Feira de Santana,
desde a sua criação e seus primeiros anos de funcionamento. Objetivou-se
investigar sobre as representações trazidas pelo Jornal Folha do Norte a respeito da
Escola Normal de Feira de Santana, bem como discutir a importância da imprensa –
jornais, como fonte de pesquisa para a História da Educação, caracterizar o Jornal
Folha do Norte (JFN) – a função social a que se propunha, a intencionalidade dos
idealizadores, seu posicionamento nos aspectos sociais, político e econômico diante
das administrações nacional, estadual e municipal, levantar os editoriais do JFN que
tratam da ENFS e Edições que discorriam sobre a ENFS no período de 1925 e 1935
e contribuir para o entendimento das ações da ENFS na sociedade em que estava
inserida à luz do Jornal Folha do Norte. Os dados da pesquisa foram coletados na
Biblioteca do Museu Casa do Sertão, localizada na Universidade Estadual de Feira
de Santana; além disso, foram realizadas consultas a livros, revistas, artigos e
dissertações de mestrado sobre o tema. As investigações realizadas para
desenvolver este trabalho, permitiram o levantamento de diversas informações sobre
a temática e, ao mesmo tempo, suscitaram diversos questionamentos. Apesar de
correr riscos de perdermo-nos no caminho sobre os problemas que podem surgir
nas pesquisas qualitativas, procuramos atingir o objetivo proposto de analisar as
representações do Jornal Folha do Norte sobre a Escola Normal, apesar desta se
constituir uma pauta que envolveu muito o jornal durante o período estudado. É uma
fonte primaria de grande relevância para as pesquisas referentes a cidade de Feira
de Santana, independentemente de quais aspectos se trate, seja nas questões
políticas, econômicas, religiosas, sociais, educacionais e culturais. Traz em seus
editorias opções para pesquisas e nos propicia voltar no tempo, fazer (re)leituras de
momentos distintos da história nesses mais de cem anos de existência. Foi um
jornal resistente, pois, com tantas mudanças dos e nos meios de comunicações,
mantem-se funcionando. Nos limites desta pesquisa tivemos contato sobre a
dinâmica da Escola Normal de Feira de Santana, através dos registros significativos
122

dos acontecimentos da Escola Normal de Feira de Santana, com base nas


representações construídas pelo Folha do Norte.

Palavras-chave: Jornal Folha do Norte; Escola Normal; Princesa do Sertão.


123

ORDENAMENTO JURÍDICO E O ACESSO ESCOLAR: CONTRADIÇÕES ENTRE


O LEGAL E O REAL NAS ESCOLAS DO RECÔNCAVO

Elizabete Pereira Barbosa


Doutora em Educação e Professora do Departamento de Educação da Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]

Resumo:
O presente capítulo tem como objetivo esclarecer como foi produzido o processo de
escolarização no Recôncavo da Bahia, no período de 1925 a 1946. Para atingir tal
propósito, foi necessário perceber as formas de oferta das condições do exercício do
magistério, tais como: o cumprimento do ordenamento jurídico, do aparato legal e
administrativo para regulamentação, controle e funcionamento das escolas, sempre
evidenciando como os sujeitos locais participaram deste processo. Para historicisar
a educação da infância no Recôncavo nas décadas de 1920, 1930 e 1940, é preciso
compreender as continuidades e rupturas no processo de implementação de
políticas educacionais no cenário nacional, perscrutando as formas como os sujeitos
sociais participaram da totalidade do processo no jogo do poder das relações sociais
e políticas. A defesa e a veemência do debate pedagógico em torno da publicização
da educação começaram a ganhar destaque no Brasil a partir do final do século
XVIII e se fortaleceram nas décadas iniciais do século XX. Porém, nos anos de
1920, 1930 e 1940, apesar do discurso vibrante, os passos foram tímidos e as ações
tiveram pouco alcance em direção à ampliação da escolarização pública. Ao
contrário dos países europeus que viveram experiências exitosas de educação
pública ainda durante o século XIX, o Brasil conviveu com vários obstáculos que
impediram a erradicação do analfabetismo. Para compreender a realidade local do
Recôncavo da Bahia, destacando a educação da infância, foi preciso contextualizar
o movimento político-econômico que o país estava vivenciando e as escolhas
priorizadas e executadas nesse contexto. Para tanto, apresento as políticas
educacionais nacionais e tomo como fontes principais a legislação, relatórios dos
gestores do período e dados estatísticos (prioritariamente do IBGE Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística). Para desenhar o cenário local, utilizo
Relatórios do Interventor do Estado da Bahia e Relatórios do Diretor Geral da
Instrução Pública da Bahia, no período em estudo. Reconhecer as condições
educacionais de uma sociedade de classe no período de 1925 a 1946 é demonstrar
que a legislação pode representar um instrumento viável de luta e que através dela
também poderia ter sido possível criar as condições propícias para garantir melhores
condições de acesso e permanência escolar da infância, no Recôncavo Fumageiro.
O estudo desse contexto histórico é uma das vias para compreender os marcos,
impasses, disputas conceituais e políticas na constituição histórica da educação para
a infância brasileira, baiana e, especificamente, do Recôncavo.

Palavras-chave: História da Educação; Ordenamento Jurídico; Recôncavo da


Bahia.
124

SER ESTUDANTE E BOLSISTA DE IC/CNPq NA UNEB CAMPUS XI: DESAFIOS


E POSSIBILIDADES

Erica de Jesus Santos


Bolsista de Iniciação Científica (CNPq) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Natiele Rios Rosario
Bolsista de Iniciação Científica (CNPq) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
[email protected]
Ivonete Barreto de Amorim
Orientadora de Iniciação Científica (CNPq) da Universidade do Estado da Bahia
(UNEB)
[email protected]

Resumo:
O presente resumo tem a finalidade de comunicar as experiências de estudantes do
Curso Licenciatura em Pedagogia e bolsistas no Programa de Iniciação Científica
(IC) CNPq, vinculado à Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XI,
Serrinha-BA, sob a coordenação da professora Drª Ivonete Amorim. Ser estudante
de Iniciação Científica possibilita aos estudantes um diferencial para a sua formação,
pois neste período pode-se entender como acontece o processo de pesquisa e a
real importância desta na vida acadêmica enquanto pesquisadores iniciantes. Para o
ingresso no Programa de Iniciação Científica da Universidade do Estado da Bahia,
foi necessário a submissão de um projeto macro pela orientadora intitulado
“Egressas do curso de Pedagogia do PARFOR/Serrinha-BA: diálogos sobre o
desenvolvimento profissional” e também a submissão de dois subprojetos pelas
respectivas estudantes a seguir: “Conquistas na carreira docente de egressas do
curso de Pedagogia/Parfor/Serrinha-Ba: percepções sobre os processos de
desenvolvimento profissional” e “Desenvolvimento profissional e implicações na
atuação docente: retratos de egressas do curso de Pedagogia PARFOR/Pedagogia
– Serrinha/BA”. Os projetos submetidos passaram pelo processo de seleção e
aprovação conforme o Edital 026/2018, com o período de vigência das bolsas de
01/08/2018 a 31/07/2019. No período como bolsistas de IC, foram grandes as
possibilidades de crescimento, a citar: tivemos a oportunidade de nos reunir
semanalmente e de trocar experiências umas com as outras, bem como com a
nossa orientadora, compartilhando momentos de aprendizagens. Durante esta
experiência de pesquisa, trilhamos um caminho com várias fases, que iniciaram com
as leituras e fichamentos, a elaboração do roteiro para a entrevista e,
posteriormente, a sua efetivação, transcrição e análise das informações e a
construção de artigos. Como em todo processo de mudança e/ou diante de grandes
desafios, no início, tivemos insegurança em relação ao nosso desempenho diante
das atividades propostas. Com dedicação, persistência e força de vontade, fomos
encarando e vencendo os desafios, que tanto nos enriqueceram em conhecimento,
aprendizagem e experiências como estudantes e pesquisadoras iniciantes. O estudo
esteve ancorado nos seguintes teóricos: Day (2001); Gatti e Barreto (2009); Nóvoa
125

(2009); Ramalho, Nuñez e Gauthuier (2014). A narrativa dessa experiencia ancorou-


se na inspiração da pesquisa autobiográfica (SOUZA, 2006). Diante de todo o
caminho percorrido, apesar das dificuldades enfrentadas, o sentimento é de
gratidão, dada a oportunidade de romper as barreiras que, muitas vezes, são postas
enquanto estudantes oriundos de escolas públicas e que ingressaram no Ensino
Superior em Universidades Públicas. Salientamos, ainda, que a bolsa CNPq, para
além de fomento à pesquisa, foi também auxílio para a nossa permanência na
universidade, colaborando com aquisição de livros, de outros materiais didáticos e
participação em eventos científicos.

Palavras-chave: Desenvolvimento profissional; Parfor; Pedagogia; Relato de


experiência.

.
126

AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO (ANA): CONTRIBUIÇÕES DESTE


INSTRUMENTO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES

Franclécia Barreto
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Naiara Mercês
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Renata Adrian
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Resumo:
A presente pesquisa buscou investigar a concepção de uma professora, sobre a
Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) e suas possíveis contribuições na prática
pedagógica. O objetivo desta, buscou compreender os impactos dos resultados da
ANA na prática pedagógica dos professores do 3° ano do Ensino Fundamental I de
uma escola públicas de Conceição do Coité-BA. Os objetivos específicos consistem
em: a) analisar os dados da avaliação do SAEB/ na escola municipal de Conceição
do Coité-BA; b) identificar e analisar a concepção de avaliação educacional expressa
pela docente; c) analisar nas falas da professora como as avaliações do SAEB/ANA
têm influenciado os trabalhos dentro da escola. Os procedimentos adotados foram à
análise dos documentos oficiais da Avaliação Nacional da Alfabetização, obras de
Araújo (2005), Cruz (2016) e Libâneo (1994), como procedimento metodológico
utilizou-se a entrevista semiestruturada com 1 professora do 3º ano do Ensino
Fundamental I de uma escola municipal de Conceição do Coité. A análise revelou
que a ANA não foi aplicada em uma quantidade significativa de escolas e que a
professora entrevistada percebe a prova enquanto instrumento diagnóstico da
situação escolar, servindo apenas para aferir o nível de desempenho das turmas.
Além disso, ficou evidenciado não haver preparação para aplicação dessa avaliação
e poucas contribuições na prática pedagógica da professora. Tais aspectos
demonstram que os reflexos do SAEB/ ANA se configuram em mudanças
periféricas, pois estão antes, marcadas pela preocupação com o ranking das
avaliações divulgados na mídia e menos como poderia ser constituída como um rico
instrumento de avaliação, contribuindo tanto para melhorias nas práticas
pedagógicas dos professores, e principalmente no contexto da alfabetização quanto
para a aprendizagem, pois seria possível ao professor fazer uma análise das
condições de escolaridade dos estudantes e traçar metodologias para a diminuição
das desigualdades educacionais.

Palavras-chave: Avaliação; Sistema de Avaliação da Educação Básica; Avaliação


Nacional da Aprendizagem; Prática pedagógica.
127

NARRATIVAS SOBRE A MATEMÁTICA QUE APRENDEMOS: PERSPECTIVAS


DE UM ESTUDANTE DE PEDAGOGIA

Givanildo Santos de Almeida


Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus XI
[email protected]
Claudene Ferreira Mendes Rios
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus XI
[email protected]

Resumo:
O presente trabalho “Narrativas sobre a matemática que aprendemos: perspectivas
de um estudante de pedagogia” se propõe a apresentar experiências e expectativas
de um estudante do curso de Pedagogia em relação ao ensino e aprendizagem de
Matemática na Universidade do Estado da Bahia – UNEB, decorridas ao longo da
sua escolarização e formação (em andamento) com o objetivo de refletir sobre
aspectos da aprendizagem matemática, que para a maioria dos estudantes da
escola básica brasileira ainda é algo incipiente, não satisfatória, como também para
graduandos. Trata-se de uma investigação-formação, ancorada em princípios
(auto)biográficos da pesquisa qualitativa, sobre a formação do professor para o
ensino de Matemática, com potencial para contribuir com o eixo História da
Educação, Currículo e formação, que emergiu na dinâmica provocativa do
componente curricular Fundamentos Teóricos Metodológicos do Ensino de
Matemática, no semestre de 2018.2 e, desencadeou em uma Monitoria de Ensino do
mesmo componente curricular em 2019.1. No processo de investigação foram
construídas narrativas de si sobre experiências vivenciadas com foco a responder a
indagação: a quem atribuir um aprendizado insatisfatório sobre matemática básica
tão necessária a vida cotidiana, como também para a formação de professores para
os anos inicias? Todo esse processo encontrou sustentação nos estudos de Curi
(2004), Souza (2007), Lima (2011), Nacarato e Passeggi (2012), Rios (2012, 2014,
2016), Souza e Rolim (2014), Alves (2016), entre outros; visando possibilitar ao
sujeito em formação o exercício da reflexão, tomando as suas experiências e
expectativas como campo/objeto de estudos com potencial de revelar aspectos
significativos e conexões para compreender, repensar e pensar na escolarização e
na formação docente em relação ao aprendizado matemático. Como resultados,
evidenciamos o desafio de pensar sobre a trajetória formativa essencial ao
desenvolvimento de uma consciência crítica sobre o que devemos aprender em
Matemática para nos tornarmos professores, além da percepção do quanto repensar
sobre o vivenciado contribui no avançar da formação. Nesse contexto, é certo
afirmar que muito já se avançou nas formações de Licenciatura em Pedagogia das
instituições de ensino superior do nosso país acerca do ensino de Matemática, e é
maior a cada dia o número de instituições que se preocupam em ofertar mais
componentes curriculares que trabalhem a Matemática. Se desde cedo construirmos
em nossos alunos o desejo e o interesse pela Matemática, formaremos cidadãos
mais ativos, reflexivos e pensantes e em paralelo estaremos colaborando para a
desconstrução de preconceitos que ainda existem a respeito da Matemática em
nossa sociedade, especialmente nos ambientes escolares.
128

Palavras-chave: Matemática; Formação; Pedagogia; Ensino; Aprendizagem.


129

METODOLOGIA DO ENSINO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: PERSPECTIVAS


TEÓRICO-METODOLÓGICAS DO PROFISSIONAL DOCENTE

John Wolter Oliveira Silva


Pós-graduando em Metodologia do Ensino na Educação Superior pelo Centro
Universitário UNINTER
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Raiane Cordeiro de Araújo
Pós-graduanda em Docência no Ensino Superior pelo Centro Universitário Leonardo
da Vinci UNIASSELVI
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
O processo de ensino-aprendizagem na Educação Superior é caracterizado por
inúmeros contextos desafiadores, seja de ordem teórico-metodológico, seja na
dimensão prática do ato de ensinar. Nessa perspectiva, o presente trabalho tem
como objetivo refletir sobre as perspectivas teórico-metodológicas de atuação
docente no âmbito da Educação Superior, considerando o quanto se torna
importante para o professor, ter a clareza acerca dos pressupostos metodológicos
que instrumentalizam sua atividade docente. A metodologia utilizada constituiu-se de
consultas documentais e bibliográficas, como a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB, 9.394/96) além de reflexões teóricas de autores, como
Aranha (1996), Freire (1997), Saviani (2014), dentre outros. A docência no ensino
superior se constitui como um espaço-tempo de formação, na medida que a relação
professor-aluno-conhecimento passa a ser orientada e intensificada no cotidiano
escolar pelas interrelações pessoais, levando em conta que os processos
pedagógicos devem têm como premissa a ampliação da autonomia intelectual
discente. De acordo com a LDB 9.394/96, compete a Educação Superior fomentar a
criação cultural, desenvolver o espírito científico e o pensamento reflexivo,
incentivando o trabalho de pesquisa e investigação científica na promoção da ciência
e da tecnologia, além da formação de profissionais diplomados em diferentes áreas
do conhecimento, habilitados para atuar nos respectivos setores. Neste contexto, as
instituições de ensino superior tornam-se responsáveis ao acolher estes futuros
profissionais, possibilitando-os uma formação digna de reconhecimento intelectual.
O aluno adulto acumula experiências e vivências que devem ser consideradas,
também aprende com os seus erros e está a todo momento avaliando quais
informações transmitidas no espaço escolar devem ou não ser absorvidas. Com
isso, o profissional docente tem o dever de refletir e instrumentalizar a sua ação
pedagógica com o intuito de facilitar a apreensão dos conhecimentos, desafiar os
limites, apresentar diferentes maneiras de pensar, realizar e permitir
questionamentos, além construir, sobretudo, possibilidades de correlação dos
conhecimentos com a realidade vivida de cada estudante. Dentre as perspectivas
teórico-metodológicas da educação, as quais dispõem de práticas pedagógicas que
caracterizam como tal, podemos destacar: a perspectiva tradicional, onde a
aprendizagem se dá pela memorização dos conteúdos, com a transcrição e
130

transmissão de saberes específicos sem o estímulo ao pensamento crítico-reflexivo;


na escola nova, busca-se desenvolver a individualidade e a autonomia, permitindo
ao educando aprender por si próprio, ou seja, aprender fazendo; na perspectiva
tecnicista, a escola deve ser mais eficiente e produtiva, tendo como princípios a
eficiência, a racionalidade, a produtividade, dentre outras; a perspectiva libertadora,
onde a educação deve ser problematizadora, conscientizadora e capaz de formar
sujeitos aptos a transformar sua realidade; E, por fim, a perspectiva histórico-crítica,
que compreende a educação tendo como ponto de referência a prática social, sendo
ao mesmo tempo o ponto de partida e de chegada da educação. Dessa forma, os
pressupostos teórico-metodológicos adotados tendem a influenciar na prática
docente em sala de aula. Portanto, torna-se de extrema importância o professor ter a
clareza acerca das perspectivas teórico-metodológicas que embasam sua atuação
profissional, a considerar que cada perspectiva influencia o direcionamento das
ações de planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades propostas e,
consequentemente, nos resultados ligados a aprendizagem.

Palavras-chave: Formação Docente; Metodologia do Ensino; Educação Superior.


131

ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM SINDROME DE DOWN: UM ESTUDO DE


CASO EM UMA ESCOLA DE SALVADOR – BA

Juliana Conceição Marques da Cruz


FAMAM
[email protected]
Juliana Gonçalves dos Santos
FAMAM

Resumo:
O presente trabalho pretende discutir sobre a alfabetização da criança com síndrome
de down, seu contexto escolar e as práticas pedagógicas utilizadas. Diante disso,
essa pesquisa visa compreender o processo de alfabetização da criança com SD,
levando em consideração as propostas pedagógicas, o desenvolvimento cognitivo e
suas habilidades. Desta forma, levantei o seguinte questionamento: Quais as
práticas pedagógicas adotadas pelo professor para alfabetizar a criança com SD em
uma escola de Salvador-Ba? Assim delineamos o objetivo deste trabalho:
Compreender o processo de alfabetização da criança com SD, levando em
consideração as propostas pedagógicas, o desenvolvimento cognitivo e suas
habilidades. Partindo desse contexto assim se delineiam os objetivos específicos:
conhecer o contexto escolar em relação ao atendimento da criança com síndrome de
down; verificar as práticas pedagógicas de alfabetização que favoreçam
aprendizagens e desenvolvimento das habilidades da criança com síndrome de
down; identificar a formação do professor alfabetizador e sua concepção sobre a
temática alfabetização. Foi usado como instrumento metodológico o estudo de caso,
a pesquisa qualitativa e análise documental. Esse levantamento nos mostra que o
método utilizado na alfabetização de forma contextualizada conforme as
especificidades dessas crianças atreladas a uma formação do professor
alfabetizador nos trazem uma melhor compreensão de como se deu esse processo.
É necessário que haja antes de qualquer coisa uma mudança nos paradigmas
educacionais repensando nas formas de inclusão, uma sensibilidade por parte desse
professor e uma formação adequada do mesmo para que tenhamos uma educação
igualitária para todos. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede privada de
Salvador – Ba que atende da educação infantil ao ensino fundamental I. Os dados
analisados e as informações registradas apontaram que o processo de alfabetização
da criança com SD não é diferente de nenhuma outra e que para que haja o
desenvolvimento de seu cognitivo e de suas habilidades é necessário o apoio de
todos os envolvidos.

Palavras-chave: Alfabetização; Síndrome de down; Práticas pedagógicas.


132

EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPO INTEGRAL: PERSPECTIVA DOCENTE

Laiza Tatielle do Amaral Santos


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Profa. Dra. Faní Quitéria Nascimento Rehem
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
Centro de Documentação em Educação – CEDE
[email protected]

Resumo:
O presente resumo refere-se ao Trabalho de Conclusão de Curso que tem como
objetivo geral analisar “Como professoras atuantes em instituições de Educação
Infantil do município de Feira de Santana-BA vêem a educação infantil em tempo
integral?” e se as suas práticas se diferenciam da educação em tempo parcial. Tal
pesquisa trata-se de um estudo de natureza investigativo-reflexiva, a metodologia
adotada parte de uma abordagem qualitativa e a entrevista como instrumento de
coleta de dados. Está em fase final, porém sem conclusões definidas. Este se insere
no Eixo 2 - História da Educação, Currículo e formação tendo em vista que se trata
de uma investigação que busca entender a história da educação de tempo integral,
além de buscar ouvir as professoras e entender as suas práticas na escola de tempo
integral. Como teóricos de base trabalhamos com Barbosa, Richter, Delgado (2013);
Paro (1988); Sarmento (2015), dentre outros. O conceito de escola em tempo
integral surge no Brasil na década de 1950 como a idealização de uma educação
democrática e ampliada que formasse indivíduos em sua completude, não
encontrando, portanto, políticas públicas que permitissem sua inserção. Sua
implantação parte de uma demanda social, clamada principalmente pelas famílias
menos abastadas com mães que precisavam voltar para o mercado de trabalho e
não tinham com quem deixar seus filhos pequenos. Em meio a essas demandas e
em busca do bem-estar social e cultural a educação das crianças de zero a seis
anos passa a ser ofertada em jornada de tempo integral em grande parte das
instituições, apresentando uma conotação assistencialista, com finalidade de guarda
das crianças como assistência às mães da classe trabalhadora.Discutir educação
em tempo integral é necessariamente discutir a ampliação do tempo de permanência
das crianças na escola, assim como, qualidade desse tempo. As possibilidades de
ampliação do conhecimento e de atividades construtivas para a formação do aluno
devem concomitantemente acompanhar essa extensão do tempo, para que esse
período maior tenha significado.Defendemos que abordar tal temática é muito
relevante para que a educação infantil possa ser pensada para além de suas
concepções e teorias usuais, trazendo reflexões acerca das práticas nas instituições
que têm um tempo maior com essas crianças. Além de contribuir academicamente
para uma formação mais “completa” dos futuros professores que possivelmente
trabalharão em instituições de ensino com jornada de tempo integral. Trazendo uma
reflexão acerca das práticas em tal jornada, contribuindo socialmente para uma
formação integral das crianças que freqüentam essas instituições de ensino.

Palavras-chave: Educação Infantil; Tempo Integral; Prática Docente.


133

O PIBID E A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: EXPECTATIVAS E INQUIETAÇÕES


NO/DO CHÃO DA ESCOLA PÚBLICA

Lavínia Lima Nunes da Silva


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Equipe de Estudos e Educação Ambiental (EEA)
Manuela Machado dos Santos
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
Núcleo de pesquisa em pedagogia universitária (NEPPU)

Resumo:
O presente trabalho é resultado de pesquisas bibliográficas acerca do tema
formação de professores e as experiências com o PIBID. O texto tem como objetivo
geral refletir a relevância do papel do professor frente a tensões que ocorrem no
contexto escolar e a importância da formação continuada, bem como as
perspectivas em função do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
e dos momentos de formação: em suma, a importância do PIBID para a formação
inicial de pedagogos. Considerando que recentemente os bolsistas foram inseridos
na instituição escolar de rede pública, foi possível, de imediato, observar a dinâmica
da mesma. A partir disso, é possível refletir sobre como a realidade escolar (relações
interpessoais, processo de ensino e de aprendizagem, conflitos etc), assim como o
trabalho docente irá repercutir e influenciar na formação inicial (graduação) do
pibidiano. O PIBID é o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência que
possibilita aos estudantes de diferentes cursos de licenciaturas das Universidades
Públicas uma oportunidade de inserção no contexto da educação básica,
proporcionando experiências anteriores aos estágios obrigatórios na formação
docente. Segundo a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior), o Programa foi criado em 2007 pelo Ministério da Educação (MEC), como
Política Nacional de Formação de Professores, com o intuito de antecipar o vínculo
entre futuros professores e as salas de aula da rede pública. Assim, o PIBID faz uma
articulação entre a Educação Superior (por meio das licenciaturas), a escola, os
sistemas estaduais e municipais e, sendo um programa de formação de professores,
se apresenta como um meio indispensável de aproximação com a realidade do
trabalho docente desenvolvido nas escolas, que influencia no processo de
desenvolvimento integral do professor uma vez que este, enquanto mediador da
aprendizagem, precisa conhecer e lidar com situações específicas e eventuais que
possam surgir no meio desse processos, o que exige habilidades necessárias e
específicas para determinados contextos. Então, a partir das inquietações
colocadas, como ressignificar a prática docente a partir do PIBID no contexto das
escolas públicas, levando em consideração a realidade das instituições que os
bolsistas estão inseridos sem perder de vista o fato de que cada escola possui suas
particularidades e especificidades. Como afirma Menegolla (2001, p. 40), a
educação como processo jamais pode ser desenvolvida fora do contexto, pois o
aluno está inserido em circunstâncias existenciais. A prática docente deve estar
relacionada com a realidade de cada sujeito, sendo necessário construir e
reconstruir a prática, num exercício de ação-reflexão-ação. Nesse sentido, a
134

formação continuada é a essência da práxis pedagógica que, vale ressaltar, não diz
respeito apenas ao trabalho docente, mas se estende a toda instituição escolar.
Portanto, o PIBID traz expectativas para os bolsistas, no que tange ao dia-a-dia da
escola, além de que, através desse contato com a escola, é possível compreender
como a teoria está relacionada com a prática, assim como pensar e estudar novas
possibilidades da e para a prática docente.

Palavras-chaves: Educação; PIBID; Formação de professores; Identidade Docente.


135

FORMAÇÃO E IDENTIDADE DOCENTE: DIMENSÕES DA AUTOIMAGEM PARA


UM TRABALHO MAIS SIGNIFICATIVO

Lidiane Almeida de Oliveira


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Profa. Dra. Faní Quitéria Nascimento Rehem
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Resumo:
O presente resumo refere-se a meu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC e tem
por finalidade contribuir com as discussões relacionadas à formação docente e
identidade profissional das professoras na educação infantil. Pois consideramos que
a partir dos debates e discussões em espaços que dialogam sobre o tema,
poderemos avançar sobre as questões epistemológicas, metodológicas e práticas da
profissão. O objetivo da pesquisa é identificar a percepção de professoras da
Educação Infantil sobre a autoimagem profissional, e também analisar em que essa
autoimagem pode influenciar na sua prática diária. A metodologia se deu por uma
pesquisa qualitativa segundo, Minayo (2009), foram realizadas entrevistas
semiestruturadas de acordo com Lavinne e Dione (1999), com professoras da
Educação Infantil e analisadas com base em autores, como Nóvoa (1988), Brzezinsk
(2002), Tardif (2002), Cerisara (2002), Rauff e Arce (2012), Kramer (2013), Freire
(2001 e 2016), dentre outros. Destacamos nessa pesquisa alguns marcos
importantes do histórico da formação na profissão docente, porque, quando
pensamos em autoimagem profissional não podemos deixar de falar sobre a
formação de professores em meio a avanços e retrocessos, encontros e
desencontros e de que forma essa profissão se consolida entre os séculos XIX e XX.
Discorremos sobre a história da Educação Infantil e buscamos elementos sobre a
formação de identidade profissional da educadora na infância, para considerar como
é construída a concepção de identidade dessa profissional. Demonstramos, que
dentre outros fatores importantes, a formação profissional é crucial para o
reconhecimento da identidade docente, colaborando com a busca da valorização da
professora e para o desenvolvimento de um trabalho consciente e significativo das
mesmas nessa etapa da educação básica. Entendemos que o trabalho se insere no
Eixo 2: História da educação, currículo e formação tendo em vista que traz para o
debate a autoimagem docente e a sua formação como temas centrais e contribui
para a discussão sobre a importância dessas profissionais na complexa tarefa de
educar a criança pequena.

Palavras-chave: Formação; identidade docente e educação infantil.


136

IDENTIDADE DOCENTE: HISTÓRIAS, CONCEPÇÕES E SUAS NUANCES

Lisandra de Oliveira Sampaio Leonidas


Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana
[email protected]

Resumo:
A formação dos profissionais da educação passou a ser considerada dispositivo
central à implementação das reformas na educação empreendidas durante o século
XX e neste panorama a profissionalização dos docentes torna-se objeto de discurso
de diversos teóricos da área, a exemplo de Aguiar et al (1999); Brezezinski (1996);
Libâneo (2002). O ponto de partida para tais discussões é a aprovação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, visto que a formação
docente foi contemplada em capitulo próprio. No artigo 62 dessa Lei estabelece que,
a formação mínima de docentes para atuar na educação básica se dará em nível
superior para o exercício do magistério na Educação Infantil e nos cinco primeiros
anos do Ensino Fundamental. Desta forma, essa Lei prioriza na formação desses
professores a construção de competências e habilidades necessária para o exercício
da profissão. Algo que contribui para esses debates estão girando em torno da crise
e da necessidade da reconstrução e da re-significação da identidade de professor,
em sua dimensão profissional e pessoal, sendo que a formação do professor e as
subjetividades dos mesmos são partes essenciais nas práticas educativas. Pimenta
(1999) confirma a importância de estar repensando a formação inicial, ressaltando a
relevância das reflexões acerca das novas exigências da LDB no que se refere à
formação dos professores e sua influência sobre a identidade profissional do
educador. Este trabalho possui relevância para os profissionais da área de
educação, pois, ajuda a fomentar uma maior discussão acerca do processo
identitário vivido pelo pedagogo em formação, processo este que irá intervir nas
concepções e práticas exercidas pelos profissionais. Estimular a reflexão sobre o
processo de construção da identidade do educador em formação contribui para que
os profissionais percebam-se como indivíduo que tem a sua prática influenciada pelo
processo vivido quando egresso. Desse modo, este estudo possui relevância social,
pois interfere direta e indiretamente na prática profissional do educador. Esse estudo
fundamentou-se em Nóvoa (1995), Veiga (2008), Sacristán (1995), Imbernón (2011)
entre outros, que refletem a importância de analisarmos a construção identitária
como um processo que é cercado de nuances subjetivas, políticas e sociais. Assim,
os autores defendem que a profissionalização docente deve romper com práticas
positivistas do passado assumidas passivamente como elementos intrínsecos à
profissão. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com o apoio do método
autobiográfico que visa perceber aspectos da história da formação de alguns futuros
educadores, não desprezando, assim, características do seu percurso de vida, ou
seja, pontos subjetivos e relações sociopolíticas, econômicas e culturais que
envolvem cada sujeito pesquisado. O espaço escolhido para a realização da
pesquisa foi a Universidade Estadual de Feira de Santana. A população escolhida
para a aplicação do instrumento de coleta de dados foram estudantes do 8º
semestre da referida instituição, a amostra foi de 4 estudantes, de um total de 18.
Apresento discussões com relação a construção da identidade docente na visão
137

sociológica, ressaltando definições dos termos profissão, profissionalidade e


profissionalização docente, bem como a relação do currículo e da formação. A partir
dos dados coletados, ficou evidenciado que a construção da identidade docente
ocorre quando existe uma relação dialética entre a objetividade (conhecimentos
teóricos) e subjetividade, as dimensões objetivas são necessariamente vistas com
olhares subjetivos de uma própria trajetória pessoal. E ao analisar a vida pessoal e
profissional dos sujeitos percebemos que é de fundamental importância estar
atentos a essa relação dialética, para verificar e analisar que a compreensão da
formação profissional docente e a construção identitária é uma recomposição da sua
própria trajetória de vida.

Palavras-chave: Identidade docente; Formação Docente; Subjetividade.


138

REFLEXÕES ACERCA DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E A POLÍTCA


DE FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOCENTE: ENTRE O LEGAL E O REAL

Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros Ovídio


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Teoria Social e Projeto Político Pedagógico (TSPPP)
Gestão, Organização e Politicas Publicas em Educação (GEPE)
Antonio Amorim
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Gestão, Organização e Políticas Públicas em Educação (GEPE)
Eduardo José Fernandes Nunes
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Teoria Social e Projeto Político Pedagógico (TSPPP)

Resumo:
O presente trabalho tenciona contribuir para discussões sobre políticas de formação
e valorização docente no sistema de ensino no município de Serrinha-Bahia,
destacando ações/pretensões registradas em documentos oficiais e de políticas
públicas. Para tanto, levantamos a seguinte indagação: Como as metas e/ou
estratégias voltadas para formação e valorização docente estão sendo
implementadas no município de Serrinha/Ba? Como forma de responder a tal
indagação, o presente trabalho tem por objetivo investigar o cumprimento das metas
do PME/Serrinha que correspondem a formação e valorização docente no contexto
atual. Trata-se de uma reflexão fundamentada nas metas e estratégias do PNE
2014-2024 (BRASIL, 2014), no PME 2016-2026 (SERRINHA, 2016) no que se refere
a formação e valorização docente entrelaçados a alguns conceitos de Monlevade
(2000), Gatti (2011, 2012,2013) e Dourado (2013, 2015, 2017). A metodologia
utilizada está fundamentada em uma pesquisa qualitativa com suporte de dados
qualitativos através de informações sobre embates e reivindicações da categoria,
obtidos em entrevistas semiestruturadas com professores do município e de dados
quantitativos obtidos no PME (Corpus Documental). Os dados foram interpretados e
constatou-se que a meta 15 do PME, que trata da formação do profissional do
magistério, a meta 16 do PME, formação em nível de pós-graduação de 70% de
professores da educação básica, a meta 17 do PME, a cargo da remuneração
docente e a meta 18 do PME, que garante a reestruturação do plano de carreira
para os profissionais da educação básica seguem aguardando o cumprimento, até
então não efetivado. O plano de carreira, precisa passar por reformulação devido
mudanças na política de valorização do magistério empreendida no nível nacional,
foram observadas algumas situações já estabelecidas tanto na legislação federal
como na municipal (há algum tempo) na direção de valorizar o profissional da
educação que não foram ainda efetivadas. Com o exposto, fica evidente que a
reformulação do PCCR no município de Serrinha é tarefa que precisa ser realizada
139

com urgência, sendo debatido e construindo pelos profissionais de educação, que


sua construção seja reconhecida e referendada pela Câmara de Vereadores da
cidade e assumida pela gestão deste município para que se possa visualizar
horizontes menos turvos quanto à valorização docente no município. Foi possível
diagnosticar, durante a realização da pesquisa que as condições de trabalho do
professor envolvem arrocho salarial, inadequação, em alguns casos do plano de
cargos e salários, a perda de garantias trabalhistas e previdenciárias, oriundas dos
processos de reforma, que tem tornado cada vez mais agudo o quadro de
instabilidade e precariedade do emprego no magistério público. Com relação a
formação, o que se observa é que não há uma uniformização nas medidas em torno
do estabelecimento de carga horária para planejamento e estudos dos professores,
bem como no fortalecimento de ações para formação continuada. O estabelecimento
de cursos temporários parece ter se constituído estratégia política no município.
Fica evidente nos achados da pesquisa os efeitos perversos da política assumida
pelo governo central do país, que instalou um processo de revisão do papel do
Estado brasileiro no seu nível, minimizando a sua atuação na oferta de um serviço
básico (a educação), inspirado em um modelo de administração racional e
“modernizadora” que busca a redução dos custos e o controle dos resultados. Dessa
forma, as mudanças políticas orientam para direções nem sempre condizentes com
os objetivos propugnados, colaborando para que muitas ações sejam descontínuas
e fragmentadas, dificultando o alcance de uma educação verdadeiramente de
qualidade. Infelizmente, ainda percebemos que a educação pública municipal não é
tratada como prioridade em termos de implementação de políticas públicas que
venham, de fato, contribuir para melhoria da qualidade do ensino no município,
incluindo a formação e valorização docente.

Palavras-chave: Política Pública; Plano Municipal de Educação; Formação Docente;


Valorização Docente.
140

RELAÇÕES RACIAIS E DE GENÊRO: MAPEANDO PESQUISAS E


REPERCUSSÕES NAS LICECIATURAS DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - CAMPUS XI

Maíra da Silva Costa


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Território, Cultura e Ações Coletivas
Lícia Maria de Lima Barbosa
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Território, Cultura e Ações Coletivas

Resumo:
A presente pesquisa mapeou os Trabalhos de Conclusão dos Cursos (TCC) de
licenciaturas em pedagogia e geografia do Departamento de Educação UNEB-
Campus –XI Serrinha-BA, evidenciando as produções acadêmicas que discutiram a
temática das relações étnico raciais e de gênero nas licenciaturas citadas entre os
anos de 2005 a 2017. O estudo partiu da evidencia que as produções acadêmicas
relacionadas ao tema Relações Étnico-raciais e Educação vem sendo abordada no
DEDC/CAMPUS XI da UNEB, mas a produção técnica e bibliográfica resultante
dessa tematização ainda não estava dimensionada em seus impactos e
repercussões. Teve como objetivo geral: Mapear a produção bibliográfica referente
às relações raciais e de gênero por meio dos Trabalhos de Conclusão dos cursos de
licenciaturas em pedagogia e geografia do DEDC/Campus XI. E como objetivos
específicos: Identificar, classificar e organizar os TCC dos cursos de pedagogia e
geografia em torno do tema; Analisar os TCC identificados por meio de abordagens
quantitativa e qualitativa; Analisar as repercussões da temática nas licenciaturas em
pedagogia e geografia do DEDC/Campus XI; Publicizar e apresentar os resultados
relacionados à pesquisa. Os referenciais teóricos utilizados foram: Azeredo,1994;
Bairros,1995; 2000; Barbosa, 2012, 2016. Barreto, 2005; Carvalho, 2006; Caldwell,
2000; Davis, 2011 e Ferreira, 2002. Como procedimento metodológico foi realizado o
levantamento das atas de defesas dos TCC junto aos colegiados de pedagogia e
geografia do DEDC/CAMPUS XI. A partir da pesquisa documental se catalogou os
trabalhos desenvolvidos em cada licenciatura e posteriormente foi selecionado os
trabalhos que estavam vinculados a temática da pesquisa obtendo o quantitativo de
produções realizadas. No que se refere a componentes curriculares que aborde a
referida temática há um memorando circular nº. 009 com data de 21 de Março de
2013 direcionado aos diretores de departamentos e coordenadores de colegiados, a
Lei Federal 11645/2008 que regulamenta a oferta da temática História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena para os cursos de licenciaturas. A orientação foi para um
componente com carga horário de 60h considerando a complexidade da temática e
a dimensão do conteúdo que abrange o estudo das culturas distintas. Componente
esse que passou a ser ofertado no curso de Geografia a partir de 16/03/2015, no
curso de pedagogia não foi encontrado data de quando começou a ser ofertado. A
pequena oferta de componentes curriculares relacionados ou que tratam da
141

educação para as relações étnico-raciais e de gênero nas matrizes curriculares dos


cursos de licenciaturas no DEDC-Campus XI repercutiu na baixa produção de TCC
que se relacionasse com a temática da pesquisa, revelando a necessidade de se
tratar o tema a partir de uma perspectiva trans/interdisciplinar.

Palavras-chave: Raça; Gênero; Licenciatura.


142

FIOS E DESAFIOS QUE TECEM A FORMAÇÃO DOCENTE

Maria Cristina Rodrigues Oliveira


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Profª Dra. Fabíola Silva de Oliveira Vilas Boas
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
Formação do Leitor (UEFS) e Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação e
Linguagem (GELING)

Resumo:
Este trabalho discute acerca do processo da formação docente, em especial, a
formação continuada de professores do Centro Territorial do Piemonte da
Diamantina II - CETEP, ofertada por meio de um curso de Pós-Graduação em
Metodologia do Ensino da Educação Profissional, pela Secretaria de Educação e
Cultura (SEC) e da Superintendência da Educação Profissional e Tecnológica
(SUPROT), em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (UNEB). O
objetivo do estudo foi analisar o processo de formação dos docentes vivenciado
neste curso, observando as implicações do processo formativo à prática pedagógica
por eles desenvolvidas. Considera-se que a construção da profissionalidade docente
é formada por um conjunto de saberes pessoais, científicos, pedagógicos
necessários ao exercício profissional. Nesse sentido, algumas vozes teóricas foram
convocadas para sedimentar este estudo, tais como: Alves e André (2014), Freire
(1996) Imbérnon (2009) Nóvoa (1999), Gati (2010). Além deles, aportes teóricos
que discutem a Educação Profissional também alimentaram o diálogo, tais como:
Lima (2019), Manfredi (2016), Moura (2007, 2016), Ramos (2014),Ciavatta ( 2014) e
Saviani ( 2017), posto que eles dialogam na vertente de formação, na qual o
protagonismo do professor deve ser âncora no processo de uma educação
transformadora. A produção de dados privilegiou a aplicação de questionário aos
docentes participantes do curso, a fim de refletir sobre as implicações deste curso à
prática pedagógica dos professores. Os resultados permitiram observar que houve
ressignificação para a prática.

Palavras-chave: Educação Profissional; Formação Continuada; Prática Pedagógica.


143

DESCORTINANDO O PERFIL DOS INGRESSANTES DO CURSO DE


LICENCIATURA PEDAGOGIA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA

Maria Eurácia Barreto de Andrade


Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
[email protected]
Núcleo de Alfabetização e Educação Popular
Sineide Cerqueira Estrela
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
GEPHEG

Resumo:
O presente artigo apresenta o resultado de uma pesquisa que objetivou delinear o
perfil parcial dos estudantes ingressantes do curso de Licenciatura em Pedagogia de
uma Universidade do estado da Bahia, no ano de 2019. Para tanto, buscou-se
analisar os dados relacionados à faixa etária dos estudantes, renda mensal da
família, trabalho, carga horária de atividade remunerada, escolaridade dos pais e
mães, número de livros lidos por ano, frequência da leitura de jornais, conclusão do
Ensino Médio, esfera do estabelecimento que cursou o Ensino Médio, atividades
artístico-culturais preferidas, razão pela escolha do curso de Licenciatura em
Pedagogia, pretensão em ser professor(a) e expectativa profissional futura com o
curso de Pedagogia. Este levantamento possibilitou compreender quem são esses
sujeitos e vislumbrar o perfil dos estudantes ingressantes. Tenciona um olhar
cuidadoso para a instituição formadora dos novos(as) Pedagogos(as), uma vez que
estudar o público-alvo, conforme destaca Saviani (2007), contribui de forma
significativa para ajudar na definição do perfil institucional, além de trazer indicações
importantes sobre sua relevância social. Por serem os cursos de Licenciatura de
fundamental importância pelo compromisso de formar professores(as) para atuação
na educação básica, tornam-se bastante desafiadores, tendo em vista as
especificidades nas suas diferentes áreas de abrangência. O aporte teórico utilizado
neste estudo baseou-se nas pesquisas de Souza (2011), Gatti (2009; 2010), Lima
(2008) e Saviani (2007). No âmbito metodológico, trata-se de uma pesquisa de
natureza qualitativa, apoiada na utilização de questionários aplicados a 32 (trinta e
dois) sujeitos. Os resultados da pesquisa revelaram que o perfil dos estudantes
ingressantes no curso de Licenciatura em Pedagogia da instituição pesquisada, traz
inúmeras demandas para a prática pedagógica do professor, tendo em vista alguns
pontos evidenciados no estudo em pauta, quais sejam: apesar de a grande maioria
dos estudantes, 90,7% estarem inseridos na faixa etária entre 18 a 24 nos de idade,
existe um pequeno número de estudantes entre 25 a 29 anos, e de 40 a 49 anos.
Isso revela que há necessidade de uma prática pedagógica que atenda a
diversidade etária deste público. Para tanto, os professores devem considerar estes
diferentes tempos humanos, bem como as expectativas dos sujeitos inseridos, a fim
de fortalecer o interesse e qualificar o processo formativo. Além disso, a pesquisa
evidencia que entre os estudantes do curso em pauta, 75% possui renda familiar de
até 3 (três) salários mínimos e são oriundos de família com baixa escolaridade.
37,6% é formado por estudantes trabalhadores. Infere-se com isso, a necessidade
de um olhar cuidadoso para as práticas pedagógicas, de modo que considerem o
144

contexto do público trabalhador, com suas experiências diversas. Outro resultado


que deve ser amplamente debatido no âmbito do curso de Pedagogia da instituição
pesquisada refere-se à razão pela escolha do curso, pois 31,1% dos estudantes
entrevistados destacaram ter sido o único curso que foi possível de acordo à nota no
ENEM. Este é um dado preocupante e que carece um trabalho focado nos campos
de atuação do(a) Pedagogo(a) a fim de que estes estudantes possam ser envolvidos
pelo curso e passem a olhar a Pedagogia com toda a sua beleza em todos os seus
âmbitos de atuação, quer seja na dimensão do ensino, da pesquisa ou da gestão.

Palavras-chave: Formação do(a) Professor(a); Pedagogia; Perfil dos Ingressantes.


145

FORMAÇÃO DO/A PROFESSOR/A PESQUISADOR/A NO CONTEXTO DA


ESCOLA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS

Mônica Moreira de Oliveira Torres


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
mtorres:@uneb.br
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Cecília Maria de Alencar Menezes
Instituto Superior de Educação Ocidemnte (ISEO)
[email protected]
Núcleo de Estudos em Meditação, Autoconhecimento e Consciência (NEMAC)

Resumo:
A articulação que deve existir entre o processo de construção de conhecimento e a
formação do/a professor/a da educação básica, nos levou a questionar a escola
como espaço privilegiado para essa prática formativa. A problemática nos instiga a
investigar a escola como espaço da formação teórica, prática e da atuação dos/as
professores/as como pesquisadores na produção da educação de qualidade.
Fundamentamos o texto na perspectiva de currículo apresentada por Moreira (1994),
que ao questionar as práticas que pleiteiam mudanças educacionais de forma
imediata e baseada em reformas externas, estabelece relação com duas
concepções básicas de Michael Young (1975) do desenvolvimento do currículo por
parte das/os professoras/es: uma, como forma de transmissão do conhecimento
“currículo como fato” e, outra como uma “atividade prática” em que a educação,
concebida como prática produzida na interação humana que possibilita a atribuição
de significados à vida e ao mundo que o cerca. Todavia, ratifica sua crença na
possibilidade de atuação dos professoras/es nas escolas de educação básica
quando sugere o “currículo como crítica”, vinculado às reformulações da Nova
Sociologia da Educação (YOUNG, 1989) e reforça a necessidade de conexão das
ações de professoras/es e estudantes com estratégias e lutas mais amplas, em prol
da articulação e emancipação humana. O objetivo geral foi analisar possibilidades e
desafios da escola como espaço de construção da formação do/a professor/a
pesquisador/a associado aos pressupostos da escola como espaço de construção
do conhecimento, identificando quais possibilidades e desafios dessa formação
continuada. A metodologia adotada foi qualitativa com estudo de campo, pesquisa
bibliográfica e análise documental de relatórios de gestão, onde foram analisadas
duas experiências formativas realizadas com professores e gestores. As análises e
discussões dos resultados indicaram que: a Atividade Complementar - AC realizada,
na Diretoria Regional de Educação - DIREC 10, atual Núcleo Territorial de Educação
– NTE 10, de Paulo Afonso, intitulada Revitalizando a prática pedagógica
proporcionou vivência de aulas, relato, troca de experiências e estudo teórico que
foram realizados no próprio núcleo com a participação de coordenadores
pedagógicos, professores articuladores de área e gestores das escolas. Para além
da expectativa de que os profissionais de educação participassem do processo
como produtores do conhecimento, a AC buscava promover aprendizagens
cooperativas e significativas para que cada escola pudesse atingir seus objetivos de
forma colaborativa. A outra experiência de AC analisada foi o PROJETO: AC –
146

INTERVENTIVA da DIREC 03, atual NTE 18 – Alagoinhas. Com o tema “Plano de


Intervenção Pedagógica da Unidade Escolar (PAIP) nas Atividades Complementares
(AC)”. Observamos que a AC teve o objetivo de promover encontros pedagógicos,
no ambiente escolar, para planejamento e avaliação das ações educativas, formação
continuada do educador e acompanhamento da escola com foco na elaboração e
implementação do Plano de Intervenção Pedagógica. Os participantes avaliaram que
o projeto foi de grande importância, pois subsidiava “[...] a dinâmica escolar
atendendo cada especificidade”. Além disso, também permitia que a formação dos
docentes “[...] ocorresse tomando como referência suas experiências práticas e a
análise crítica do contexto”. As experiências relatadas deram sentido ao processo
de profissionalização e apropriação dos conhecimentos pelos docentes podendo ser
instituídas como um dispositivo pedagógico de reflexão e formação continuada do/a
professor/a. Conclusões parciais apontaram para a possibilidade do AC ser um
momento fecundo para a formação reflexiva da/o professor/a, para sua afirmação
como professor/a pesquisador/a da própria prática e, ainda, em espaço/tempo
inerente ao trabalho pedagógico do/a professor/a destinado ao planejamento, estudo
e organização de suas atividades a serem realizadas de forma individual ou coletiva.
O desafio atual é que a escola crie as condições de trabalho necessárias para a
realização dessa atividade formativa na escola.

Palavras-chave: Escola; Formação continuada; Professor/a pesquisador/a.


147

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PERSPECTIVAS DE UMA


PESQUISA NO PARFOR/PEDAGOGIA/SERRINHA-BA1

Natiele Rios Rosario


Bolsista de Inociação Científica (CNPq) da Universidade do Estado da Bahia
(UNEB/MPIES)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
O desenvolvimento profissional está diretamente relacionado à formação, à prática
docente e à continuidade dos estudos. Com efeito, na atualidade, essa temática vem
ganhando notoriedade nas discussões à respeito da educação no Brasil a partir da
necessidade de melhorar os índices educacionais, o que implica em mais
profissionais atuando, bem como profissionais com uma formação de qualidade.
Para tanto, novas políticas e projetos foram criados para atender a esta
necessidade. Nesta perspectiva, este estudo teve a seguinte questão de pesquisa:
como aconteceu o processo de desenvolvimento profissional de egressas do
Parfor/Pedagogia/Serrinha-BA, no período 2015 a 2018 e suas implicações na
atuação docente? Com o objetivo geral de analisar o processo de desenvolvimento
profissional de egressas do Parfor/Pedagogia/Serrinha-BA, no período 2015 a 2018
e suas implicações na atuação docente. Tendo como objetivos específicos:
contextualizar a repercussão do Parfor/Pedagogia/Serrinha-BA na formação das
egressas a partir das narrativas docentes e descrever o processo de
desenvolvimento profissional de egressas do Parfor/ Pedagogia/Serrinha-BA, no
período 2015 a 2018, evidenciando as implicações na atuação docente. Vale
ressaltar que esta pesquisa tem ligação com a pesquisa realizada enquanto bolsista
de Iniciação Científica CNPq, no período de 01/08/2018 a 31/07/2019, através da
seleção pelo Edital 026/2018, processo que contribuiu significativamente para a
construção da escrita monográfica. A metodologia deste estudo esteve ancorada na
pesquisa qualitativa, tendo como instrumento de coleta das informações a entrevista
semiestruturada com cinco professoras egressas do Parfor/Serrinha-BA. Os teóricos
que balizaram as discussões foram: Amorim e Souza (2018), Day (2001), Gatti e
Barreto (2009), Nóvoa (2009) e Ramalho, Nuñez e Gauthier (2004). Para análise e
discussão das informações, ancorado na fundamentação teórica e nas entrevistas,
foram elencadas quatro categorias de análise a seguir: entendimento sobre
desenvolvimento profissional, implicações da formação na atuação docente, como a
formação é percebida na trajetória docente e a relação entre a formação e a
valorização profissional. Assim como o desenvolvimento profissional docente, a
compreensão que os sujeitos deste estudo têm deste processo é singular, permeada
de sua história pessoal e formativa, portanto, o professor deve ser compreendido em
sua totalidade. A formação inicial é compreendida como o ponto de partida para a
trajetória docente, sendo o período em que os futuros profissionais estruturam os
conhecimentos, habilidades, técnicas e conhecimentos que serão necessários para

1
Trabalho de Conclusão de Curso/IC/CNPq, Orientado pela Professora Doutora Ivonete Barreto de
Amorim EPODS/MPIES/UNEB.
148

a prática docente, com ênfase a uma formação que esteja alicerçada na realidade
escolar, aprendendo com o cotidiano e os professores experientes, bem como deve
considerar os diferentes contextos que constituem a sala de aula mediante as
diversas situações e realidades dos alunos. Os professores são peças importantes
para o cotidiano escolar e para o ensino e a aprendizagem, portanto, a valorização
destes profissionais enquanto pessoa e profissionais, oportunizando formações de
qualidade, que busquem o desenvolvimento profissional como apontado pelos
autores citados é necessário e implica também em um dos fatores para que estes
continuem ou não a desenvolver-se profissionalmente. Constituir-se professor não é
algo simples, que acontece aleatoriamente ou que depende somente de habilidades
específicas para tal, ser professor compreende um desenvolvimento pessoal e
profissional que se estende ao longo de toda a vida, envolve os desejos, metas,
realizações pessoais e profissionais e a história de vida.

Palavras-chave: Egressas; Parfor; Pedagogia.


149

PRÁTICA DE MONITORIA NA FORMAÇÃO DOCENTE: UM RELATO DE


EXPERIÊNCIA

Vanessa da Rocha Silva Reis


Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana (FAT)
[email protected]
Prof. ª Ma. Camila Bahia Goes
Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana (FAT)
[email protected]

Resumo:
Ensinar vai além da perspectiva meramente de transmissão do conhecimento ao
aluno, de fazer do aluno um depósito de conhecimentos. A educação é
transformadora, deve fazer do sujeito um crítico daquilo que aprende, deve ser o
criador e participar ativamente no seu processo de aprendizado (FREIRE, 1996).
Diante disso, podemos ressaltar que, na formação inicial de professores, é de
fundamental importância que haja a interação entre teoria e prática, pois apenas a
teoria não dá ao discente o embasamento necessário para agir no chão da sala de
aula, mas ao vivenciar tal experiência, possibilitará ao estudante a entender na
prática o que de fato acontece. No entanto, isso vai além dos estágios que são
obrigatórios para os cursos, mas sim, um conjunto de experiências outras que
enriquecem e ajudam o estudante durante o seu processo de formação enquanto
professor. A monitoria é uma das experiências que o discente pode passar durante a
sua graduação, ela tem por fundamento, orientar e auxiliar os alunos promovendo a
melhoria da qualidade da educação superior, sob a orientação de um docente
responsável pela disciplina, que auxilia nesse momento de aprendizado do discente.
Portanto, este trabalho tem por objetivo discutir a importância da prática da monitoria
durante o período de formação acadêmica através da vivência enquanto monitora na
disciplina de Psicologia da Educação nos semestres de 2018.2 e 2019.1 no curso de
Pedagogia em uma instituição privada de ensino superior na cidade de Feira de
Santana – BA, utilizamos como suporte teórico para a discussão desse trabalho os
autores: Freire (1996) e Pimenta (2012). A disciplina possui como proposta de
discussão, o estudo das abordagens teóricas no campo da Psicologia da
Aprendizagem e como tais interferem no desenvolvimento pedagógico, enfatizando a
infância e a adolescência nas situações escolares e nas práticas pedagógicas. A
monitoria teve como função, para além, das contribuições no planejamento e
organização das aulas junto a professora titular, a prática na sala de aula do ensino
superior com turmas de 1º semestre, discutindo e apresentando alguns teóricos
definidos durante o semestre, como também, horários reservados com pequenos
grupos para estudo dos conteúdos da disciplina. Participar enquanto monitora da
disciplina de Psicologia da Educação, foi possibilitar a relação entre teoria e prática
nas discussões que envolvem os teóricos da psicologia da educação, principalmente
no que diz respeito às fases do desenvolvimento infantil e o que cada uma destas
apresenta em comportamentos e características das crianças que refletem no chão
da sala de aula. Como é citado por Pimenta, “a profissão de professor é também
prática. E se o curso tem por função preparar o futuro profissional para praticar, é
adequado que tenha preocupação com a prática.” (2012, p. 35). Sendo assim, a
150

atuação enquanto monitora, me possibilita refletir para além da minha posição


enquanto estudante do curso de Pedagogia, mas principalmente, enquanto
formadora e educadora. Nesse contexto podemos afirmar que, o professor se dá a
partir da prática enquanto docente, por isso que a vivência em sala de aula se torna
de extrema importância na formação do mesmo. Considero, por fim, que a
experiência na sala de aula se tornou extremamente importante, principalmente no
contexto atual de desvalorização docente, por nos colocar em um lugar de reflexão
teórico-prática, nos construindo enquanto futuros formadores.

Palavras-chave: Formação docente; Monitoria; Ensino superior.


151

BOLSISTA PICIN/VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO CAMPUS XI:


PERCUSOS E PERCALÇOS

Vanessa Goes Lima


Bolsista de Iniciação Científica (PICIN) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
- DEDC - Campus XI
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Maria Manoela dos Santos Silva
Bolsista Voluntária de Iniciação Científica (PICIN) da Universidade do Estado da
Bahia (UNEB) - DEDC - Campus XI
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Ivonete Barreto de Amorim
Orientadora de Iniciação Científica (PICIN) da Universidade do Estado da Bahia
(UNEB/MPIES) - Campus XI
[email protected]

Resumo:
A oportunidade de vivenciar durante a formação docente na universidade uma
experiência na iniciação à pesquisa, especialmente no curso de Licenciatura em
Pedagogia, vem despertando interesse tanto de professores(as)/pesquisadores(as)
quanto dos(as) estudantes, em função da possibilidade de construção e
reconstrução dos saberes vinculados à educação e da aproximação do futuro
professor(a) com o campo de atuação, sobretudo para aqueles(as) estudantes que
fazem parte de Grupo de Pesquisa e compreendem a importância da pesquisa no
processo de formação. Os(as) estudantes, quando bolsistas de Iniciação Científica,
têm a oportunidade de ingressar no mundo da pesquisa, com o acompanhamento
sistemático de um(a) professor(a)/pesquisador(a), o que lhe possibilita segurança e
significativas aprendizagens. Além disso, o recebimento da bolsa contribuiu com a
permanência e sustentabilidade do(a) aluno(a) na universidade, sobretudo na
aquisição de livros e participação em eventos científicos. Contudo, em face ao
número de vagas para bolsistas ser menor do que as demandas de estudantes que
querem participar da Iniciação Científica (IC), a IC voluntário apresenta-se como
uma importante possibilidade de inserção de estudantes que desejam participar
dessa experiência única e formativa. A participação da bolsista/voluntária foi no
período de 1º de agosto de 2018 até 31 de julho de 2019, do Programa Institucional
de Iniciação Científica (PICIN), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Edital
nº 026/2018. Por conseguinte, este texto tem como objetivo explicitar a trajetória que
envolve o ser bolsista e voluntário de Iniciação Científica durante o processo de
formação na universidade, revelando seus percursos e percalços. Assim, o trabalho
baseou-se nos autores: Day (2001); Gatti e Barreto (2009); Souza (2006); Nóvoa
(2009); Ramalho, Nuñes e Guathier (2004); dentre outros. A metodologia escolhida
foi inspirada na pesquisa autobiográfica. Desta forma, a Iniciação Científica foi
essencial para poder compreender os percursos e percalço da real vivência do
mundo da pesquisa com fidedignidade e compreender o sujeito em seu processo
formativo, as dificuldades e vitórias que entrelaçam o seu caminho. Sendo assim, é
152

possível perceber que, ao se tratar de formação docente na perspectiva do


desenvolvimento profissional, está se falando do processo de melhoria nas práticas
pedagógicas, pesquisa, articulação com experiência e diversas possibilidade, dentre
as quais a Iniciação Cientifica possibilitou a busca do desenvolvimento profissional
que deve ser inerente ao processo formativo e ao longo da vida. Para tanto, as
instituições educacionais, em todos os níveis de ensino, em especial, na
universidade, precisam criar espaços que possibilitem gerar processos de formação
contínua que é essencial na trajetória discente.

Palavras-chave: Bolsistas; Iniciação Científica; Desenvolvimento Profissional.


153

Eixo 3 - Instituições escolares, Aarranjos familiares e Diversidade

DEFICIÊNCIA: EXPRESSÃO DE DIFERENÇA OU DESIGUALDADE?

Camila Bahia Góes


Universidade Federal da Bahia (UFBA)
[email protected]
Política e Gestão Educacional
Romualdo Luiz Portela de Oliveira
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
[email protected]
Política e Gestão Educacional

Resumo:
Este resumo é produto da disciplina intitulada Educação, Sociedade e Práxis
Pedagógica, referente ao doutoramento pelo Programa de Pós Graduação de
Educação da Universidade Federal da Bahia – UFBA, em 2019.1, e objetiva discutir
a deficiência na relação entre diferenças e desigualdades a partir da análise crítica
sobre a igualdade de oportunidades, tendo como base metodológica a revisão
bibliográfica. Para a realização deste estudo, foi utilizado como base teórica, autores
como: Therborn (2009); Crahay (2002); Barros (2017); Diniz (2008). Os estudos e as
pesquisas sobre as desigualdades e as diferenças permitem abordar as diferenças
no bojo da produção de controles sociais e de violências as mais complexas e
variadas, não sendo diferente quando pensamos sobre a deficiência. A deficiência é
abordada neste estudo pela compreensão do seu modelo social, (DINIZ, 2008), ou
seja, entende esta para além da lesão do próprio corpo do sujeito, mas sim, pela
“incapacidade social em prever e incorporar a diversidade humana” (p.9), por isso, a
sociedade utiliza de mecanismos que oprimem os sujeitos deficientes e que
favorecem a desigualdade entre os que tenham a deficiência e os que não a tem.
Discutir a deficiência, tendo como pano de fundo a contramão ideológica da
igualdade de oportunidades, é necessário compreender as formas das desvantagens
pessoais e sociais presentes nos processos de “inclusão” educacional, de modo a
identificar como a produção das desigualdades sociais e a configuração das
diferenças individuais são interdependentes. As relações de poder e de saber são
identificadas nos processos que geram argumentos delineadores da defesa a
diferença dos diferentes, apresentando práticas e saberes que diminuem a
densidade das ações inclusivas com estratégias que patologizam comportamentos,
inferiorizam formas do corpo e particularidades do intelecto, ligados a deficiência. A
diferença não é sinônima de desigualdade, existem formas de distinguir uma
natureza da outra, porém, a diferença pode se tornar um fator para propagar a
desigualdade quando vista enquanto uma violação a norma moral de igualdade entre
seres humanos, mas não na perspectiva de defender uma completa igualdade, e
sim, apontar para uma diferença que assume uma direção injusta. Ademais as
desigualdades são diferenças que seguem uma hierarquia, podem ser evitadas e
não apresenta justificativas morais (THERBORN, 2009). Pensar as diferenças
significa lançar mão da própria diversidade humana, ou seja, está atrelada à própria
diversidade inerente ao conjunto dos seres humanos, seja no que se refere a
154

características inerentes das pessoas, seja no que se refere aos fatores externos.
(BARROS, 2017) Dessa forma, é importante que se valorize a ideia das diferenças
dentro do contexto escolar, entendendo que as diferenças não são resultados
meramente das aptidões inatas ao indivíduo, mas sim, que existe correlação direta
com o contexto social e cultural o qual o sujeito faz parte. Então, a igualdade de
oportunidades deveria está respaldada na ideia do respeito às diferenças, na
compreensão de que cada um tem o seu próprio ritmo, tempo e meios de aprender e
com as intervenções adequadas o sujeito consegue avançar na aprendizagem.
Nessa perspectiva, é importante perceber a deficiência no contexto escolar como
uma expressão de diferença, mas não pelas limitações do indivíduo, e sim, na
necessidade de eliminar os obstáculos que limitam a aprendizagem e participação
dos deficientes no processo educativo, promovendo a diversidade entre as crianças
e buscando uma mudança de paradigma educacional a fim de minimizar a
desigualdade instalada pelos mecanismos sociais instalados.

Palavras-chave: Deficiência; Diferença; Desigualdade; Diversidade.


155

O (NÃO) LUGAR DA ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SEXUAL E


DE GÊNERO DE JOVENS HOMOSSEXUAIS

Fabiana Castelo Branco de Santana


Secretaria Municipal de Educação
[email protected]

Resumo:
Vivemos em uma época marcada pelas diferenças, sendo perceptível uma maior
assunção da homossexualidade. Apesar da maior visibilidade obtida através da
emergência dos movimentos sociais, a sociedade ainda apresenta atitudes
discriminatórias diante de grupos minoritários. O presente trabalho está assentado
nos conceitos de identidade de gênero e sexual adotadas por Louro (1997),
considerando que estas são algumas das dimensões constituintes da identidade
social (HEILBORN, 1996) do sujeito, identidades estas que são plurais, não fixas,
podendo até mesmo ser contraditórias, instáveis e passíveis de transformações,
considerando que sua identidade nasce no entrecruzamento de outras categorias
como classe social, religião, etnia, nacionalidade, geração, gênero, sexual, entre
outras. Nesta perspectiva, é fundamental saber como a escola lida com
expressões/manifestações da homossexualidade de seus estudantes, já que a
sexualidade, ao perpassar espaços escolares, instaura regras e normas, estabelece
mudanças no modo pelo qual os indivíduos atribuem sentido e valor a sua conduta,
desejos, prazeres, sentimentos e sonhos. A pesquisa teve como objetivo geral
analisar o processo de construção da identidade homossexual na escola e, como
objetivos específicos, identificar as formas de expressão da homossexualidade a
partir das narrativas dos sujeitos da pesquisa, conhecer e analisar o tratamento dado
pela escola (professores e coordenador pedagógico) à manifestações/expressões da
homossexualidade e analisar a presença/ausência da produção de modos legítimos
de masculinidades e feminilidades pela escola. A pesquisa teve caráter qualitativo, o
qual parte do fundamento de que “há uma relação dinâmica entre o mundo real e o
sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o objeto, um vínculo
indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito” (CHIZZOTTI, 1995,
p. 79). No âmbito da pesquisa aqui proposta, a metodologia contempla a
necessidade de uma reflexão sobre a leitura que o indivíduo homossexual faz a
respeito da expressão/manifestação de sua sexualidade no ambiente escolar e como
esta mesma instituição, enquanto sujeitos que compõem o quadro funcional
(professores e coordenadores pedagógicos), lida/reage frente a tal comportamento.
O universo de pesquisa foi constituído por quatro estudantes da Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS), com idade a partir de 18 anos, homossexuais
do sexo masculino. Os resultados obtidos através desta pesquisa demonstraram a
escola como instituição pouco capaz para reconhecer e acolher as diferenças,
reforçando a reprodução de estereótipos, reguladora de práticas sociais, através de
mecanismos diversos de controle e disciplinamento. As discussões em torno do
tema “Sexualidade na escola” toma um caráter informativo com tratamento científico,
o que revela ser na medida em que há uma ausência de reflexões a respeito da
construção da sexualidade e diversidade sexual. Há ainda um silenciamento,
insegurança e ausência da atuação dos profissionais da educação (professores e
156

coordenadores pedagógicos) frente a práticas homofóbicas, o que contribui para a


construção de um autoconceito negativo do sujeito homossexual. Assim, conclui-se
que a escola necessita avançar no que diz respeito a garantia de um espaço que
promova a igualdade de gênero e sexual criando ações efetivas de combate às
discriminações, não contribuindo para a reprodução das desigualdades que
persistem em nossa sociedade.

Palavras-chave: Gênero; Sexualidade; Escola.


157

NARRATIVAS DE PROFESSORAS NEGRAS NO ENSINO SUPERIOR:


REFLEXÕES A PARTIR DAS IDENTIDADES E INTERSECCIONALIDADES

Gersier Ribeiro dos Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Território, Cultura e Ações Coletivas
Lícia Maria de Lima Barbosa
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Território, Cultura e Ações Coletivas

Resumo:
Esse trabalho faz parte da pesquisa de conclusão de curso e tem como
característica central apresentar as discussões relacionadas às questões gerais
sobre os conceitos de identidades, gênero e raça, assim como, discorrer sobre
esses temas no âmbito da interseccionalidade, das formações indentitárias e das
vidas de mulheres negras professoras. A questão norteadora que fundamentou esse
estudo foi: como se deu os processos de construção identitárias de duas professoras
negras da Universidade do Estado da Bahia, Campus XI? Para conseguir
problematizar a questão acima teve como objetivo geral: compreender as narrativas
das construções das identidades profissionais e pessoais de duas professoras
negras no ensino superior da Universidade do Estado da Bahia campus XI. O aporte
teórico utilizado teve base em autoras/es que discutem as questões educacionais,
como Junqueira (2014); Gomes (2005); Silva (2000). As questões étnico-raciais:
Munanga (1999); Larkin (2003); Guimarães (1999); Figueiredo (2015). As questões
de gênero e sexualidades: Louro (2008); Jesus (2012); Mariano (2005).
Interseccionalidades: Crenshaw (2003); Bairros (1995); hooks (1999); Marcelino
(2011); Carneiro (2003). As questões culturais e identitárias: Hall (2006). É
importante aqui justificar a escolha das interlocutoras e do lócus de aplicação desse
estudo, que se baseia em aproximações fenotípicas e ideológicas. As professoras
interlocutoras da pesquisa são dos cursos de licenciaturas do Campus XI, uma
professora negra do curso de Licenciatura em Geografia e uma do curso de
Licenciatura em Pedagogia. Esse estudo parte da perspectiva e da compreensão de
um sujeito encarnado com o que se propõem a estudar, justamente por entender
que não cabe para mim, fazer pesquisa sem implicação pessoal e ou envolvimento
identitário com o meio cultural, ao qual a pesquisa está ancorada. Abordar questões
diretamente ligadas a dimensão étnico-racial é também entender que, de forma
interseccional, caberá discutir as relações de gênero, principalmente quando
tratamos das relações de vidas de mulheres negras. Cabe destacar que ao falar em
identidades, desconsidera-se, neste trabalho, a formatação e o ideário de
representações únicas e acabadas, entendendo que, as possibilidades de se
representar, enquanto ser humano, são diversas e vai para além de um ideal
representado por um grupo de pessoas, por um movimento ou instituição. Para tecer
os caminhos metodológicos dessa pesquisa, apropriei-me da pesquisa qualitativa, a
qual me permitiu adentrar nas subjetividades, e analisar de forma significativa as
vidas de mulheres negras no ensino superior. A escolha pelas narrativas parte de
158

uma perspectiva em que as vozes, as expressões e as manifestações do que é dito


por essas mulheres precisam de amplitude e originalidade, parte também de uma
escolha metodológica que melhor caracteriza e focaliza as vidas dessas mulheres,
seus processos formativos, suas relações profissionais e pessoais dentro do
ambiente acadêmico. A partir dessa pesquisa, foi possível perceber que as vidas das
mulheres negras caminham por uma perspectiva interseccional, que os cursos de
formação de professores necessitam de práticas curriculares que valorizem as
diferenças e que as relações acadêmicas, que são estabelecidas nas universidades,
não têm contribuído para as aproximações afetivas e de colaborações entre
mulheres negras professoras.

Palavras-chave: Identidades; Interseccionalidades; Professoras negras; Ensino


superior.
159

A CONSTRUÇÃO DA APRENDIZAGEM DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA


VISUAL: UM OLHAR SOBRE OS JOGOS PEDAGÓGICOS NO ATENDIMENTO
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DO CAPENE

Jaciene de Oliveira Queiroz


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Gildaite Moura de Queiroz
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
Este estudo apresenta os resultados do trabalho monográfico intitulado “A
construção da aprendizagem do estudante com deficiência visual: um olhar sobre os
jogos pedagógicos no Atendimento Educacional Especializado do CAPENE”, cujo
objeto estudado tem aderência ao Eixo Instituições escolares, arranjos familiares e
diversidade, haja vista se tratar de uma análise acerca do trabalho pedagógico
realizado com estudantes público alvo da educação especial. A pesquisa partiu do
seguinte problema: como os jogos pedagógicos contribuem para a construção da
aprendizagem do estudante com deficiência visual atendido no Atendimento
Educacional Especializado do CAPENE? No intuito de alcançar a compreensão de
tal problema, elencou-se como objetivo geral compreender as contribuições dos
jogos pedagógicos para a construção da aprendizagem da pessoa com deficiência
visual atendida no AEE do CAPENE e, como objetivos específicos: conceituar
deficiência visual e compreender o papel do atendimento educacional especializado;
identificar as estratégias pedagógicas utilizadas no AEE com ênfase nos jogos
pedagógicos que promovem a aprendizagem da pessoa com deficiência visual; e
identificar concepções do docente sobre o uso dos jogos pedagógicos no AEE/DV. O
lócus da pesquisa foi o Centro de Atendimento Pedagógico a Pessoas com
Necessidades Educacionais Especiais (CAPENE) e os sujeitos duas professoras do
AEE/DV. A abordagem metodológica fundamentou-se em uma investigação de
cunho qualitativo do tipo pesquisa de campo, na qual se determinou como
procedimento para coleta de dados a entrevista semiestruturada. Como referencial
teórico, buscou-se o aporte nos estudos de: Domingues (2010); Gil (2000); Góes
(2017); Kishimoto (1994); Mantoan e Prieto (2006); Porto (2002); Sá, Silva e Simão
(2010); dentre outros. Assim, os resultados evidenciaram que o jogo pedagógico se
constitui em um instrumento essencial de aprendizagem para o estudante com
deficiência visual, pois além de estar intimamente ligado ao desenvolvimento físico e
mental do ser humano, possibilita a imaginação, comunicação, descobertas e a
potencialização de diversas habilidades cognitivas e sociais primordiais para a
construção do conhecimento. Ademais, nos diálogos com as colaboradoras, foi
possível perceber que se apoiam no conceito acerca da deficiência visual com base
nos estudos científicos da área, bem como que a complexidade de conceituação
relaciona-se ao fato de essa deficiência está subdividida em baixa visão e cegueira.
Desse modo, evidenciou-se que cada especificidade (subdivisão) possui demandas
distintas e preparo dos profissionais que atuam no AEE para superar os desafios
encontrados no processo de ensino e aprendizagem desses estudantes. A
160

identificação das concepções docentes sobre o uso dos jogos pedagógicos no


AEE/DV partiu do princípio de que este professor, ao utilizá-los, consegue aproximar
o estudante com DV da realidade social, permitindo que estimule e explore os
sentidos remanescentes, além de ser uma maneira diversificada para a aquisição da
aprendizagem efetiva de maneira agradável e contextualizada. O estudo confirmou
que o Atendimento Educacional Especializado tem o papel de subsidiar a formação
do estudante com deficiência, complementando e suplementando as atividades
desenvolvidas nas escolas regulares, e que, para tanto, o professor especializado
deverá criar estratégias que possam eliminar barreiras e contribuir para a
participação do estudante na sociedade.

Palavras-chave: Aprendizagem; Deficiência Visual; Jogos Pedagógicos.


161

RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA: PERCEPÇÃO DOCENTE ACERCA DOS


IMPACTOS DE CONFLITOS FAMILIARES SOBRE O DESENVOLVIMENTO
ESCOLAR DE CRIANÇAS DE EDUCAÇAO INFANTIL

Jaqueline Santos Queiroz


Faculdade Anísio Teixeira (FAT)
Daniela Cerqueira Santos
Faculdade Anísio Teixeira (FAT)
Luciana Rios da Silva
Faculdade Anísio Teixeira (FAT)
Educação, Política Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
A família é um vínculo imprescindível para a vida de todo indivíduo, nesse sentido, é
salutar e necessário que a criança tenha um lar harmonioso para que seu
desenvolvimento ocorra de forma equilibrada em todos os aspectos do seu
desenvolvimento, sejam eles emocionais, sociais e cognitivos. A relação de parceria
entre família e escola deve fazer parte de todo processo educativo, que visa a
formação de sujeitos críticos. Partindo do pressuposto de que o núcleo familiar tem
influência direta sobre a aprendizagem das crianças, o presente estudo foi
desenvolvido a partir da seguinte questão norteadora: qual a percepção de
professores de uma escola da rede municipal de Feira de Santana, acerca das
implicações de conflitos familiares, sobre o desenvolvimento escolar de crianças da
educação infantil? O objetivo geral buscou analisar, a partir da perspectiva docente,
o impacto causado pelos conflitos familiares na aprendizagem e desenvolvimento
dos educandos da Educação Infantil. O estudo delineou-se a partir da abordagem
qualitativa, tendo como locus de pesquisa uma escola da rede pública municipal de
ensino, situada na cidade de Feira de Santana-Bahia. Os dados foram coletados
através da técnica de entrevista semiestruturada e os sujeitos foram três docentes
com formação em Pedagogia e que atuam na educação infantil há pelo menos cinco
anos. Para fundamentar a escrita utilizou-se as produções de Caiado (2012),
Kismann (2014), Ferreira (2008), Blengini (2011) e Casarin e Fonseca (2007),
Polonia e Dessen (2007), Kehl (2013). Os resultados apontaram que, para os
professores partícipes da pesquisa, o ambiente familiar pode contribuir tanto positiva
quanto negativamente para o desenvolvimento escolar da criança, e situações
conflituosas vivenciadas pelas crianças no seio familiar, podem motivar
comportamento agressivo, arredio ou disperso, refletindo sobre a aprendizagem das
mesmas. Sendo assim, conclui-se que a família e a escola devem interagir
mutualmente no processo de aprendizagem infantil, para que um ensino de sucesso
seja alcançado.

Palavras-chave: Educação Infantil; Família; Desenvolvimento Escolar.


162

TRANSEXUALIDADE, RELAÇÕES RACIAIS E EDUCAÇÃO: NARRATIVAS DAS


TRAJETÓRIAS ESCOLARES DE JOVENS MULHERES TRANSEXUAIS NEGRAS

José Mateus Carvalho dos Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Território, Cultura e Ações Coletivas (TECEMOS)
Lícia Maria de Lima Barbosa (orientadora)
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Território, Cultura e Ações Coletivas (TECEMOS)

Resumo:
Esta escrita traz as principais discussões desenvolvidas no Trabalho de Conclusão
de Curso (TCC) apresentado ao curso de Pedagogia da Universidade do Estado da
Bahia (UNEB) – Campus XI, com o título de “Transexualidade, Relações Raciais e
Educação: narrativas das trajetórias escolares de 3 jovens mulheres transexuais
negras das cidades de Araci-BA e Serrinha-BA” e mostra a importância das
instituições escolares incluírem em seus currículos e práticas educativas as
temáticas relacionadas às diversidades, em especial, as questões étnico-raciais, de
identidade de gênero e sexualidades, pois, isso contribui tanto para o combate às
violências e preconceitos enfrentados pela comunidade LGBTQI+, quanto no
enfrentamento ao racismo sofrido pelas pessoas negras na escola. Para
fundamentar essa pesquisa foram utilizados autores e autoras com perspectivas
decoloniais, como Costa e Grosfoguel (2016); pós-estruturalistas, como: Foucault
(1988); do campo dos estudos culturais, como: Hall (2006); antirracistas, como:
Munanga (2003 e 2005), Gomes (2005), as que interseccionam os marcadores de
gênero e raça, como: Crenshaw (2002) e Figueiredo (2015); da teoria queer e
estudos transfeministas, como: Butler (2000), Bento (2008 e 2014), Louro (2003 e
2008); Jesus (2012), Simpson (2011) e Vergueiro (2014 e 2015). Para tanto, a
questão que norteou essa pesquisa foi: quais os entraves e as possibilidades
encontradas nas trajetórias escolares de 3 jovens mulheres transexuais negras das
cidades de Araci-BA e Serrinha-BA para permanência e conclusão dos estudos?
Com o objetivo geral de: analisar os entraves e as possibilidades encontradas nas
trajetórias escolares de 3 jovens mulheres transexuais negras em Araci-BA e
Serrinha-BA para permanência e conclusão dos estudos. E os objetivos específicos,
foram: compreender de que forma se constituiu as identidades de 3 jovens mulheres
transexuais negras de Araci-BA e Serrinha-BA, a partir, da interseccionalidade de
raça, gênero e sexualidades; investigar como estava sendo utilizado o nome social
de pessoas trans em escolas públicas de Araci-BA e Serrinha-BA; e identificar meios
para o enfrentamento aos preconceitos e as discriminações sofridas por pessoas
trans negras na escola. A metodologia foi de base qualitativa e utilizada a entrevista
semiestruturada para colher das interlocutoras as narrativas de suas trajetórias
escolares. Foi percorrido esse caminho metodológico, pois ele propiciou detectar
alguns dos sentimentos construídos na escola e as marcas que esse período fez em
suas vidas. Diante disso, os resultados mostraram que em relação as suas
identidades de mulheres transexuais, jovens e negras, além de sofrerem com as
discriminações de gênero e sexualidade, também enfrentam os estigmas de raça,
163

classe social e regionalidade. Sobre a utilização do nome social na escola, a


interlocutora que conseguiu prosseguir nos estudos deixou evidente que a
Resolução nº 1, de 19 de Janeiro 2018 do CNE contribuiu no uso do seu nome e
ainda afirmou a importância da construção de leis e políticas públicas voltadas para
garantir a cidadania das pessoas trans. Por fim, foi possível compreender que para
amenizar os entraves e contribuir para a inclusão das pessoas trans na escola, é
preciso que essas tenham apoio e incentivo para seguir em frente nos estudos.
Porém, esse apoio só vem de pessoas que estão mais próximas, como as amigas/os
e alguns familiares, necessitando intensificar a participação da escola nesse
processo, não esquecendo da formação continuada para os/as profissionais da
educação e da inclusão dessas questões no currículo escolar.

Palavras-chave: Transexualidade; Relações raciais; Educação; Narrativas.


164

POR DENTRO DO UNIVERSO AUTISTA: EXPERIÊNCIA DE INCLUSÃO DE UM


JOVEM COM TEA, CONSTRUÍDA COLABORATIVAMENTE1

Juliane Mota de Araújo


AEE - Colégio Estadual Rubem Nogueira (CERN)
[email protected]
GETEL

Resumo:
Nos cenários contemporâneos da educação, emergem complexos desafios para as
escolas, dentre os quais destacamos neste artigo, a experiência de inclusão de um
jovem na condição de autista. O TEA- Transtorno do Espectro Autista consiste em
alterações do desenvolvimento global do sujeito, apresentando-se etiologias
múltiplas, definido de acordo com critérios eminentemente clínicos. As
características são muito abrangentes, afetando os indivíduos em diferentes graus
nas áreas de interação social, comunicação e comportamento. Atualmente, utiliza-se
o termo “Espectro Autista” tendo em vista as particularidades referentes às respostas
inconsistentes aos estímulos e ao perfil heterogêneo de habilidades e prejuízos. O
texto em tela, traz como tema central a questão da atenção educativa especializada
ao sujeito com Transtorno do Espectro Autista (TEA): uma experiência vivenciada
em uma Escola Pública na cidade de Serrinha/Bahia. A questão de pesquisa que
nos motivou a edificar estudos e conduzir as ações foi: Quais recursos de ensino são
usados com eficiência na atenção educativa do sujeito com TEA no contexto de
Atendimento Educacional e Especializado (AEE) e na sala de aula regular, local
onde o jovem está incluído? Como objetivo geral buscou-se: analisar os recursos e
desafios encontrados pelos profissionais para atender as crianças com TEA na sala
de aula regular e objetivos específicos: identificar concepções dos sujeitos
profissionais sobre o TEA e apontar recursos e atividades eficientes no processo de
atenção educativa para o sujeito com TEA. Para fundamentar a pesquisa foram
utilizados alguns autores, tais como: Von Tetzchner (2000); Kanner (1943), além de
alguns documentos legais, como a Constituição Federal (1988) e a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC-2017), entre outros. Os procedimentos e as atividades de
pesquisa foram efetivadas pela abordagem qualitativa, tendo como desenho o
traçado colaborativo-formativo, pautando-se pela inspiração nos etnométodos, sendo
que utilizamos estudos em diversas fontes e suportes, bem como, entrevistas à mãe,
aos docentes que atuam na sala de aula regular diretamente com o jovem autista,
tendo como lógica a compreensão das potencialidades, avanços e aprendizagem,
assim como, quais canais de interação podem ser fortalecidos como forma de
mediar as aprendizagens do jovem. A partir do esforço colaborativo envolvendo os
docentes, paulatinamente as ações práticas estão sendo edificadas no sentido de
educar o jovem com TEA, elaborando-se recursos, atividades e estratégias
empenhadas no processo de socialização e letramento do sujeito. Ademais, nosso
esforço, na implantação da Sala de AEE-Atendimento Educacional Especializado,
têm proporcionado o aprofundamento dos estudos, sobretudo quando das nossas
imersões teórico-metodológicas em espaços formativos para toda a equipe que atua

1 Trabalho orientado pela Professora Doutora Jusceli Maria Oliveira de Carvalho Cardoso.
165

na escola. O estudo encontra-se em fase de coleta de dados, sendo que, como


resultado parcial ponderamos que os desafios de educar e letrar o jovem com TEA
têm sido inspiradores para toda a equipe, desde educadores do AEE e docentes da
sala de aula regular, que se unem em torno dos estudos, como formas de construir,
adaptar recursos, materiais empenhados em potencializar os caminhos de
aprendizagem do jovem com TEA, sendo que, ao mesmo tempo, as incursões
teórico-empíricas feitas, têm colaborado, de modo ímpar, com os nossos percursos
formativos, pois a cada dia, concluímos que aprendemos a pensar, construir novos
caminhos para educar na diversidade.

Palavras-chave: Inclusão; Recursos; Aprendizagens; TEA - Transtorno do Espectro


Autista.
166

DESAFIOS DE INCLUIR JOVENS COM SÍNDROMES RARAS NA DINÂMICA DO


ENSINO MÉDIO: CRIANDO PONTES PARA APRENDIZAGEM

Jusceli Maria Oliveira de Carvalho Cardoso


Colégio Estadual Rubem Nogueira (CERN)
[email protected]
GETEL
Rita de Cássia Nunes de Carvalho
Colégio Estadual Rubem Nogueira (CERN)
[email protected]
Aluna Especial do Mestrado Profissional em Intervenção Educativa e Social

Resumo:
Neste trabalho, discutimos como temática central sobre os desafios de abrir os
portões das escolas para diversidade. Os esforços para inclusão de tod@s se
consolidam por meio de práticas que se configuram como complexas, sobretudo
quando refletimos sobre a amplitude das demandas que emergem a partir das ações
de construção da inclusão escolar. Alavancadas pelas leis e políticas públicas de
enfoque inclusivo, as escolas de ensino médio, têm recebido, a cada dia, um público
cada vez mais heterogêneo, demarcado pelas vozes e identidades plurais dos
jovens os quais precisamos acolher, garantir acessibilidade, permanência e
aprendizagem nos contextos da educação pública. Assim, no ano de 2019, fomos
desafiados, enquanto coletivo pedagógico, em uma escola pública localizada na
cidade de Serrinha, a construir rotas de aprendizagem para uma aluna portadora da
S.H.U.A - Síndrome Hemolítico Urêmica Atípica, condição que impõe à jovem,
restrições e necessárias internações hospitalares. O coletivo docente se deparou
com o problema mobilizador da ação pedagógica pautada na ideia da inclusão:
Precisaríamos construir ações de cunho prático para possibilitar a inclusão, numa
turma do ensino médio, de uma aluna na condição de portadora de uma síndrome
rara: a SHUA. Diante disso, objetivamos a: discutir e informar os sujeitos sobre a
existência de síndromes como a SHUA, alertando sobre as necessidades de serem
construídas alternativas pedagógicas empenhadas em incluir sujeitos portadores de
síndromes raras. No que concerne à metodologia, optamos por desenhar as ações
pela abordagem qualitativa, considerando as especificidades da aluna e do contexto
escolar, o que nos permitiu efetivar um estudo colaborativo, no sentido de que, a
equipe se engajou em um coletivo pedagógico, dialogando com a família, tendo
como foco conhecer mais sobre a SHUA e como poderíamos construir rotas,
momentos, recursos e caminhos para fomentar o ensino aprendizado focado na
aluna. Embora a jovem tenha um desenvolvimento cognitivo positivo, foi necessário
pensar coletivamente em estratégias empenhadas em incluir e assegurar a jovem
canais para contato, socialização e construção de conhecimentos inerentes as
habilidades e competências previstas para consolidação, ao longo do primeiro ano
do ensino médio. Para isso, a Coordenação pedagógica, junto ao Núcleo de AEE -
Atendimento Educacional Especializado implantado na referida escola, tem
promovidos sessões de estudos, em torno da Legislação e autores que dialogam
sobre a inclusão tais como: Mitller (2014), Miranda (2011), Mantoan (2002), Bueno
(1993), dentre outros. As metodologias para o atendimento educacional
167

especializado, enfocando a condição da jovem com SHUA, estão sendo


desenhadas em curso, sendo que podemos pontuar como ações elaboradas no
sentido de fomentar a inclusão da jovem: Criação de mensageiros, Abertura de sala
de AEE para que tenha condições de atendimento individual no contraturno ao do
estudo, criação da sala de aula virtual, onde são postados textos, vídeos, tutorias,
materiais, atividades para quando a aluna estiver hospitalizada. Sabemos que os
desafios de incluir a jovem na condição de ser portadora de SHUA demanda da
equipe, maiores esforços, posto que, são muitas as barreiras que a adolescente
enfrenta para vencer as intercorrências de saúde, por ser transplantada e precisar
fazer uso de medicamentos sistemáticos. Entretanto, o desejo da jovem aluna em
estar na escola e aprender, inspira a equipe pedagógica a construir novos sentidos,
novos olhares para os atos educativos, sendo que temos de fato, aprendido com o
caso da Jovem, a entender a escola e a educação como espaços para cultivar a
empatia, o respeito e o humanismo.

Palavras-chave: SHUA; Inclusão; Ensino; Aprendizagem; Diversidade.


168

O DOCENTE NEGRO NA ESCOLA PARTICULAR DE CLASSE MÉDIA/ALTA:


TRAJETÓRIA PROFISSIONAL

Karina Macêdo de Assis


SEDUC/FSA
[email protected]

Resumo:
O trabalho do negro, durante um grande período esteve voltado para manutenção do
bem-estar das classes dominantes, sendo desdenhado e inferiorizado pela
sociedade, o que se comprova desde o período escravagista, de forma acentuada,
mas que permanece em alguma medida, ainda que de forma camuflada.
Empenhando-se para mudar esta realidade, é que movimentos negros travaram e
têm travado grandes lutas, verdadeiros desafios, contra esta realidade desprezível
que marca a convivência cotidiana nas relações de classes. Estas lutas buscam
reconhecimento de identidade e reivindicam direitos sociais. Através delas os negros
têm mostrado sua grande capacidade de integração nos diversos meios da
sociedade, principalmente na educação, pois se visualiza a educação como um
importante meio de transformação social e cultural da sociedade, além de ser capaz
de promover ações inovadoras para uma inserção e integração de forma mais justa
do cidadão nos campos de trabalho, nos sistemas de poder. A escola é vista como
uma das instituições pela qual o indivíduo pode atingir os seus objetivos profissionais
e sociais, porém é importante enfatizar que ela, tem sido um desagradável espaço
de estruturação de padrões sociais, pois de acordo com Junqueira (2006) está
centrado na heteronormatividade ao construir e legitimar quadros estereotipantes e
desumanizantes, e mais ainda, contribuindo para a preservação de modelos
hierarquizados e excludentes. Neste trabalho de natureza qualitativa, onde o
objetivo principal foi conhecer a trajetória profissional do docente negro em uma
escola particular de classe média/alta da cidade de Feira de Santana, trabalhou-se
com uma revisão bibliográfica, a fim de obter um respaldo teórico sobre o tema em
questão. Para além disso, contou-se com o método da história oral, que é visto como
uma metodologia que captura o que ocorre no cruzamento da vida individual com a
social, possibilitando a construção de uma história, principalmente quando há
escassez ou carência de informações sobre um assunto voltados especificamente
para a temática da pesquisa. Uma análise mais operante sobre o tema permitiu
refletir sobre quais são as atuais condições de inserção e integração e quais
desafios são encontrados pelos professores negros no ambiente profissional deste
sistema privado. Esta pesquisa constatou que, pelo menos, na escola particular
pesquisada não há uma realidade quantitativamente gritante em relação à proporção
de docentes negros e brancos na instituição. E que a inserção dos professores
negros, citando exclusivamente os entrevistados, neste colégio, aconteceu de forma
tranquila. Esta realidade contradiz as pesquisas apresentadas no interior do
trabalho. A trajetória de formação dos negros no Brasil aconteceu de forma bastante
desestruturada, e de acordo com os relatos dos professores entrevistados, a
formação destes também tem marcas de muitas dificuldades. Mas apesar deste fato,
estes professores, através de muitas buscas, conseguiram galgar um espaço social
dito privilegiado – a escola particular. Chegaram a este espaço, que por muitas
169

vezes, foram silenciados e conquistaram o devido respeito, ao menos profissional.


Porém, mesmo galgando este espaço sem grandes dificuldades, devido à
valorização das qualificações profissionais, estes professores não ficaram isentos de
sofrerem algum tipo de preconceito ou discriminação racial. Fica notório assim, que
a ascensão social destes professores aconteceu, principalmente, através da
educação, o que reforça a ideia de que é a educação um dos principais instrumentos
de possibilidades de reconhecimento para o professor negro, aliás, para todos os
negros. Dessa forma, pensar e escrever sobre os docentes negros, suas histórias e
trajetórias, voltadas para o lado profissional, implicou pensar e escrever sobre o
contexto mais amplo do qual fazem parte os profissionais negros no Brasil.

Palavras-chave: Docente negro; Trajetória profissional; Escola particular.


170

VOZES QUE ECOAM:


EMPODERAMENTO DE GESTORAS ESCOLARES ADVINDAS DA ÁREA RURAL
DO MUNICÍPIO DE TEOFILÂNDIA - BA

Marilene dos Santos Queiroz


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Território Cultura e Ações Coletivas (TECEMOS)
Lícia Maria de Lima Barbosa
[email protected]
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Território Cultura e Ações Coletivas (TECEMOS)

Resumo:
Esta pesquisa resultante de um Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em
Pedagogia do DEDC – Campus XI-UNEB versa sobre o processo de
empoderamento de mulheres gestoras escolares, advindas da área rural do
município de Teofilândia-BA. Minha pretensão foi enfatizar o processo de
empoderamento de mulheres do interior da Bahia, sobretudo da área rural, espaço o
qual se configura com intensidade as relações desiguais de gênero e suas
intersecções, contribuindo assim para o eixo temático: instituições escolares,
arranjos familiares e diversidade, haja vista que discutir gênero no contexto
educacional é essencial no sentido de exercitar a cidadania para o reconhecimento
da igualdade entre homens e mulheres e consequentemente o desenvolvimento da
sociedade. Nesse sentido, a pesquisa, buscou responder a seguinte questão
norteadora: como se dá o processo de empoderamento de gestoras escolares
advindas da área rural no município de Teofilândia- BA? Como objetivo geral a
pesquisa quis compreender como se deu o processo de empoderamento de
gestoras escolares advindas da área rural do município de Teofilândia-Ba. Destaco
como objetivos específicos: analisar as influências das relações de gênero na
construção das identidades de mulheres, gestoras e advindas/da área rural;
identificar as relações sexistas e as implicações das opressões de gênero nas
trajetórias profissionais dessas gestoras; e refletir sobre como essas gestoras veem
e lidam com o empoderamento em suas vidas. As teorias que estão no contexto
desta pesquisa se localizam no campo dos estudos pós-estruturalistas como: Louro
(2014); estudos culturais, como: Hall (2006); antirracistas, como: Munanga (1999),
Gomes (2005); estudos de gênero e raça como: e Crenshaw (2002), Gonzales
(1983) e Carneiro (2006); feministas como: Beauvior (1970), Berth (2018), Lisboa
(2008). Utilizei a abordagem qualitativa por compreender o potencial que esse tipo
de pesquisa apresenta, ao se preocupar com o processo, as particularidades e
subjetividades dos indivíduos. Para colher as narrativas e traçar o perfil das
interlocutoras utilizei a entrevista semiestruturada. A partir das reflexões realizadas
evidenciou-se que o processo de empoderamento das interlocutoras perpassou por
relações de sexismo, racismo, preconceito, discriminação, que se intercruzam a
partir dos marcadores de gênero, raça, classe e territorialidade. Ademais,
compreender o processo de empoderamento de mulheres gestoras escolares
advindas da área rural possibilitou entender que apesar das especificidades, as
171

histórias de mulheres se intercruzam de forma que as trajetórias das mulheres


muitas vezes se fortalece mutuamente, numa rede de resistências femininas que é
preciso construir todos os dias.

Palavras-chave: Empoderamento; Gestoras escolares; Gênero; Ruralidades.


172

RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A


PRODUTIVIDADE ESCOLAR: EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO NAS SÉRIES INICIAIS EM UMA ESCOLA DA ZONA RURAL
DE SERRINHA

Mikaele dos Santos Silva Araujo


Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus XI
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Gildaite Moura de Queiroz
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus XI
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
O presente trabalho emerge de observações e intervenções pedagógicas realizadas
durante o período de estágio supervisionado em uma classe do 2º ano do ensino
fundamental de uma escola situada na zona rural do município de Serrinha - BA.
Durante o período de estágio foi possível observar aspectos importantes no tocante
a participação e envolvimento da família no cotidiano escolar, bem como
contribuições emergentes desta relação. O estudo da relação família e escola tem
ganhado a atenção de muitos pesquisadores, especialmente no que tange a
contribuição dessa parceria para o desenvolvimento escolar e aprendizagem dos
educandos. Desse modo, o presente trabalho teve por questão norteadora: de que
maneira a relação família e escola, vivenciada durante o estágio, contribui para a
produtividade escolar em uma classe do 2º ano do ensino fundamental? Tendo
como objetivogeralcompreenderaspectos relevantes da relação família e escola para
produtividade escolar em uma classe do 2º ano do ensino fundamentale, como
objetivos específicos: identificar as contribuições da relação família escola para o
impulso da produtividade escolar; refletirexperiências formativas acercada relação
família e escola, obtidas por meio do estágio no ensino fundamentalem uma escola
da zona rural de Serrinha-BA.Os autores que fundamentaramessa discussão
foramSzymanski (2010), Freddo (2004), Freire (1996),Pimenta e Gonçalves (1990),
dentre outros autores que abordam temáticas voltadas para relação família e escola
e contexto formativo do estágio supervisionado. A metodologia teve por base a
pesquisa de abordagem qualitativa, por meio dos procedimentos: observação e
entrevista através do instrumento de caracterização da escola, o projeto de
intervenção, os planos de aula e o registro das aulas.Na análise do contexto
empírico, percebeu-se a existência de uma boa relação entre a família e a escola,
contribuindo para um melhor desenvolvimento da produtividade escolar, além de
proporcionar maiorqualidade no aprendizado para os educandos. Entende-se que a
parceria e integração entre família e escola não é uma tarefa fácil, e tão pouco deve
ser compreendida de forma idealista, mas, como algo possível a se concretizar. As
experiências formativas adquiridas com o estágio supervisionado proporcionaram
um olhar reflexivo sobre a importância da relação família e escola, apontando para a
melhoria da função da escola, à medida que contribui para o desenvolvimento social,
emocional e cognitivo das crianças. Além de demonstrar a importância de uma boa
173

comunicação entre professores e familiares. Assim, o estágio possibilitou perceber


aspectos e posturas que devem ser inerentes ao exercício profissional docente,
configurando-se em um espaço de extrema relevância para formação do pedagogo.

Palavras-chave: Família; Escola; Experiências de Estágio.


174

O FAZER DOCENTE E A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM TRANSTORNO


DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) NO ENSINO FUNDAMENTAL I

Monaliza os Santos Xavier


Faculdade Anísio Teixeira (FAT)
[email protected]
Thaís Almeida os Santos
Faculdade Anísio Teixeira (FAT)
[email protected]
Ana Conceição Alves Santiago
Faculdade Anísio Teixeira (FAT)
[email protected]
Formação, Tecnologias, Educação a Distância e Currículo (ForTEC) – UNEB

Resumo:
Nos dias atuais, o índice de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm
crescido, principalmente em crianças do sexo masculino, gerando inquietações
sobre a causa e os diferentes tipos de manifestações desse transtorno. Nesta
perspectiva, o TEA pode ser considerado como um transtorno que compromete as
habilidades de comunicação e interação social, com isso, ao receber a criança na
escola, é necessário que a gestão desta, juntamente com o professor, possa ter um
diálogo com a família sobre uma possível suspeita do transtorno, para que o trabalho
pedagógico não seja prejudicado. Sabemos que, os professores têm enfrentado
dificuldades em promover a aprendizagem dessas crianças autistas, pois não foram
qualificados e nem há material específico para trabalhar com os mesmos. O
professor como mediador no processo de aprendizagem dessas crianças deve ser
capacitado, para que assim, possa adequar seu método de ensino às dificuldades de
cada indivíduo. A partir desse contexto, estabelecemos como questão norteadora:
Como tem ocorrido o processo de ensino e aprendizagem de um aluno com TEA do
2º ano no Ensino Fundamental I, em uma escola pública municipal de FSA-BA? Para
responder o questionamento, objetivamos conhecer as práticas pedagógicas
desenvolvidas com o aluno com TEA no processo de ensino e aprendizagem. Para
alcançar tais objetivos, a coleta de dados foi realizada através de entrevista
semiestruturada com a professora, a auxiliar e a professora do Atendimento
Educacional Especializado (AEE), a análise foi baseada nos seguintes aportes
teóricos: Silva (2009), Sampaio e Freitas (2011), Silva e Ferreira (2014), Mantoan
(2013), Barbosa, Zacarias, et.al. (2013).

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista; processo de ensino e


aprendizagem; práticas pedagógicas.
175

POLITICAMENTE (IN)CORRETO?
DIVERSIDADES SEXUAIS E DE GÊNEROS NA ESCOLA A PARTIR DE
NARRATIVAS E INTERLOCUÇÕES DE JOVENS ESTUDANTES.

Pollyanna Rezende Campos


Universidade Católica do Salvador (UCSAL)
[email protected]
Núcleo de Estudos em Direitos Humanos (NEDH/UCSAL)
Núcleo de Pesquisa e Extensão em Culturas, Gêneros e Sexualidade
(NUCUS/UFBA)

Resumo:
As inúmeras questões em torno das diversidades de gêneros e sexuais não
envolvem apenas informações ou conhecimentos, mas, sobretudo os valores e o
posicionamento ético, crítico e político diante da atual multiplicidade nas formas de
ser e viver. Quando o tema é sexualidades e juventudes, não há como distanciar-se
da dinâmica e das múltiplas possibilidades identitárias e de alteridade. Daí surge a
questão que norteia o presente estudo: a escola que deveria ser um ambiente plural
e inclusivo acolhe as diversidades sexuais e de gêneros? Assim, o estudo
desenvolvido a partir de uma abordagem epistemológica crítica sob a base teórica
de Judith Butler, Michel Foucault, Berenice Bento e Guacira Louro, visando propiciar
maior aproximação entre conceitos, atitudes e reflexões sobre o processo
constitutivo de identidades de jovens do 3º ano do ensino médio de uma escola da
rede pública de Salvador, a partir de uma experiência socioeducativa com intuito de
abrir diálogos e proporcionar integração na cultura da paz e de vivências mais
respeitosas, tolerantes e promotoras de direitos humanos, assim como distanciar-se
de práticas preconceituosas e violentas a fim de compreender e saber conviver com
as diversas formas de identidades de gêneros e sexualidades dentro do ambiente
escolar. Tendo como inserção metodológica a delimitação por abordagem
qualitativa, ademais de pautar-se em observações empíricas participativas do
cotidiano escolar e entrevistas narrativas com 10 jovens. A inserção e construção do
projeto foi a partir de uma atividade interdisciplinar entre as disciplinas de Inglês e
Biologia, na qual as professoras expuseram oito situações problemas fictícias, onde
@s jovens deveriam criar soluções para cada uma delas, chamando atenção das
professoras uma fala de um jovem ao entregar suas soluções: “colocamos o que é
politicamente correto, pois se colocássemos o que realmente pensamos tiraríamos
zero”, ascendendo a partir dessa fala a curiosidade das duas professoras em
observar e anotar essas interlocuções entre as equipes de alun@s na construção
das soluções-problemas. Os resultados demonstram que a maioria dos jovens tem
vivências e experiências altamente intolerantes com agravos em situação de
violências sobrepostas e cotidianas que comprometem o aprendizado e as relações
interpessoais nos diversos convívios sociais

Palavras-chave: Diversidade de gêneros; Sexualidades; Violências; Juventudes;


Escola.
176

COOPERAR COM O ENSINO MÉDIO: A EXPERIÊNCIA DO COOPERATIVISMO


EM ESCOLAS DE SERRINHA - BA

Valéria Carneiro Ferreira


[email protected]
Gabriele de Souza Cupertino Martins
Instituto Federal Baiano – campus Serrinha
[email protected]
Matheus Gomes Pereira
Instituto Federal Baiano – campus Serrinha
[email protected]

Resumo:
O presente trabalho aborda aspectos teóricos e práticos envolvendo o projeto de
extensão denominado Cooperar com o Ensino Médio, realizado por estudantes do
curso de Tecnologia em Gestão de Cooperativas do Instituto Federal Baiano –
Campus Serrinha com apoio de professores e servidores do Campus e teve como
principal finalidade evidenciar o que na maioria das vezes passa despercebido
diante da correria - a cooperação - vivenciada nos encontros que ocorreram com os
estudantes e em determinadas atividades, que se deram por meio de palestras,
rodas de conversa, que tiveram como objetivo, também, a arrecadação de leite para
doação à Fundação de Acolhimento Social – FAS. Cooperação é o ato ou efeito de
agir de modo que venha a colaborar com alguém, de forma a somar e agregar, onde
um venha ganhar com o outro, fato este que é notável desde a época primordial,
onde foi de suma importância para a evolução da humanidade (CARDOSO, 2014). O
projeto mostrou-se relevante para a realidade das instituições de ensino, públicas e
particulares, da cidade de Serrinha-BA, pois, trouxe a discussão da temática
cooperativista para o âmbito escolar, a qual é ofuscada diante do cenário competitivo
atual. Sendo assim, procurou sensibilizar os jovens da importância da cooperação
em qualquer ambiente, seja nas escolas, comunidade, família, política e relações
sociais. Para isso, o projeto de extensão foi pensado como instrumento didático para
o trabalho com turmas de 3º ano do ensino médio, além de pretender suscitar nos
estudantes o desejo de ingressar no curso de Tecnologia em Gestão de
Cooperativas. Como metodologia, em cada escola foram aplicadas diferentes
técnicas participativas de investigação, que serviram como diagnóstico inicial sobre o
conhecimento dos alunos a respeito do tema cooperação. Em seguida, foram
realizadas as apresentações em configuração de palestra e, posteriormente, as
discussões colaborativas dos conteúdos explicitados, dando espaço de fala aos
estudantes que participaram das reuniões, onde expunham o entendimento
construído sobre cooperativismo, alguns trouxeram relatos pessoais de ações que
realizavam antes sem saber que eram ações cooperativistas. Em caráter de
avaliação, foram disponibilizadas fichas onde os estudantes tinham a possibilidade
de expressar sua opinião sobre alguns aspectos da palestra: qualidade do conteúdo,
tempo de apresentação e desenvoltura do palestrante; além disso, havia um espaço
de sugestões para futuras melhorias nas apresentações. A culminância do projeto
aconteceu no Campus do Instituto Federal Baiano – Campus Serrinha, hall da
biblioteca, no dia 06 de maio com o título “Mostra Fotográfica do projeto Cooperar
177

com o Ensino Médio”, onde as fotos ficaram em exposição até o dia 18 do mesmo
mês.

Palavras-chave: Cooperação; Ensino; Educação; Desenvolvimento; Extensão.


178

Eixo 4: Novas formas de subjetivação e Organização comunitária

LETRAMENTO LITERÁRIO: LITERATURA PERIFÉRICO-MARGINAL LOCAL


PARA A FORMAÇÃO DE LEITOR

Adailce Celestina de Deus


Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus IV - Jacobina/BA
e-mail: [email protected]
Linguagem, Estudos culturais e Eormação do(a) leitor(a) (LEFOR)
Denise Dias de Carvalho Sousa
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus IV - Jacobina/BA
Linguagem, Estudos culturais e Eormação do(a) leitor(a) (LEFOR)

Resumo:
Este trabalho apresenta um recorte de uma pesquisa de Mestrado Letramento
literário: a (in)visibilidade da literatura periférico-marginal local para a formação de leitor
do tempo formativo III, eixo VI, EJA, em andamento, que tem como objetivo discutir
sobre os desafios e possibilidades da inserção da literatura periférico-marginal no
contexto escolar. Entende-se, portanto, a importância da contribuição deste estudo
para o eixo temático escolhido ao propor uma reflexão sobre o espaço das diversas
comunidades socioculturais com o intuito de atender às demandas científicas do
tempo presente e seu lugar de importância na produção e circulação de
conhecimento, ou seja, o que se produz de si mesmo e no seu próprio local para o
mundo. A discussão teórica tem como pilares as seguintes categorias: letramento e
letramento literário Rojo (2009, 2012), Street (2014), Kleiman( 1995), Soares (2004),
Cosson (2018), Souza; Cosson (2011); literatura periférico-marginal Nascimento
(2006), Gonçalves (2016), Ferréz (2005); Educação de Jovens e Adultos Moll
(2011), Freire (1999), Arroyo (2005); práticas educativas Tardif (2014), Pereira
(2010); entre outros autores e documentos oficiais que tratam da referida discussão.
O objetivo maior é compreender como o letramento literário, com ênfase em
atividades com gêneros da literatura periférico-marginal local, aparece no
planejamento e na prática pedagógica do docente de língua portuguesa do tempo
formativo III, eixo VI, EJA, turno noturno, de uma escola pública estadual, em
Jacobina - Bahia, com vistas à formação leitora dos estudantes. Além disso, o
levantamento de informação tem como intuito: analisar os fundamentos teóricos
inerentes à construção do processo de leitura literária de gêneros da literatura
periférico-marginal local, com ênfase no letramento literário; identificar o espaço do
letramento literário (atividades com gêneros da literatura periférico-marginal local) no
planejamento e nas práticas pedagógicas dos docentes de língua portuguesa da
referida modalidade de ensino; discutir sobre os desafios e possibilidades da
inserção da literatura periférico-marginal no contexto escolar; e construir,
coletivamente, um plano de intervenção pedagógica que contribua para a formação
leitora dos estudantes, com base no letramento literário, fortalecendo a cultura local
na sala de aula. A metodologia escolhida é a pesquisa qualitativa, pautada nos
pressupostos teóricos da pesquisa-ação. Os instrumentos de obtenção e construção
dos dados, a serem utilizados são: observação e análise dos planejamentos
docentes referentes ao ano 2019; a entrevista semiestruturada, análise documental
179

do projeto político-pedagógico (PPP); os círculos de reflexão com os docentes do


referido colégio, num movimento de busca de elementos que possibilitem a
produção de análises discursivas, com vistas à construção de um plano de
intervenção e, por fim, os casos de ensino que serão aplicados com a intenção de
propor um momento de escrita e escuta sobre as práticas pedagógicas na escola.
Ademais, este trabalho pretende ser, ainda, de grande relevância para oferecer
contribuições à escola no sentido de repensar as ações voltadas para a leitura,
enfatizando seu importante papel na formação do sujeito e na valorização da sua
cultura.

Palavras-chave: Letramento literário; Literatura periférico-marginal; Educação de


Jovens e Adultos; Práticas educativas.
180

AS PRÁTICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA NA COMUNIDADE DE SALGADO:


OS CÍRCULOS BÍBLICOS COMO ELEMENTO DE ARTICULAÇÃO SOCIAL

Ana Paula Araújo Lopes


Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus XI
[email protected]
Laboratório de Estudos, Pesquisa e Extensão em Geografia e Educação (LEPEGE)
Ivna Herbênia Silva Souza
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]

Resumo:
O presente artigo intitulado de “As práticas de economia solidária na comunidade de
salgado: os círculos bíblicos como elemento de articulação social”, se constitui um
desdobramento da pesquisa-ação desenvolvida como trabalho para conclusão do
curso de Especialização em Inovação Social com ênfase em Agroecologia e
Economia Solidária, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Baiano IF Baiano), Campus de Serrinha-BA. O objetivo do estudo se constitui em
compreender como se configura a economia solidária na comunidade de Salgado,
no município de Serrinha-BA e a relação entre os círculos bíblicos e os princípios
das Comunidades Eclesiais de base (CEB’s), a partir da re-construção da história da
comunidade. Em termos metodológicos optamos pela abordagem de pesquisa
qualitativa, onde permeamos pelas etapas da pesquisa-ação: diagnóstico;
planejamento; execução e avaliação, com o auxílio de ferramentas de metodologias
participativas, a exemplo das rodas de conversas, do mapa mental e da linha do
tempo. Para uma melhor compreensão do fenômeno investigado, buscamos
embasamento em alguns autores, a saber: Betto (1985); Costa (2010); Castro
(2010); Correa (2009); Dionne (2007); Le Goff (2013); Nobrega (1988); Paludo 2001;
Scolcuglia (2001); Singer (2012); Thiollent (1985); Thompson (1992). É importante
salientar que a compreensão em torno da economia solidária nesse presente estudo
vai além da dimensão econômica. Compreendemos a economia solidária como um
projeto de mundo, que busca a valorização do saber local e a promoção da
autonomia das comunidades e dos sujeitos sociais. A economia solidária e as
práticas associativas possuem bases pedagógicas e políticas bem delineadas e
implicadas nas contribuições das CEBs e na Educação Popular. Canterle (2004)
observou que a economia solidária concatenada com as práticas associativas, se
constitui um instrumento concreto que serve para o enfrentamento da sociedade
capitalista, pois que, se apresenta como um movimento social, com possibilidades
de transformação social, onde a cooperação, por sua vez, passa a ser a força
indutora que modifica comportamentos e abre caminhos para incorporar novos
conhecimentos. Mais do que isso, o associativismo junto à economia solidária
possibilita a construção de processos emancipatórios, onde coloca os atores sociais
no centro da transformação local. Os resultados do artigo revelam que as vivencias
coletivas na comunidade se iniciam a partir das articulações religiosas. Os princípios
religiosos orientados, sobretudo, pela igreja católica, desencadearam uma
capacidade mobilizadora, de articulação e protagonismo dentro da comunidade,
forjando processos de luta pelos direitos sociais e acesso às políticas públicas.
181

Contudo, a investigação traçada neste estudo não se encerra no escopo deste


trabalho, de modo que novas pesquisas são necessárias sobre o assunto aqui
abordado.

Palavras-chave: Círculos bíblicos; Solidariedade; Economia Solidária.


182

A DANÇA E A GINÁSTICA NOS CÍRCULOS DE CONVIVÊNCIA SOCIAL COM A


TERCEIRA IDADE: CIDADANIA E INCLUSÃO SOCIAL NA COMUNIDADE DE
SÃO GONÇALO DO RETIRO

Angelo Márcio Correia da Conceição


Instituto de Esporte, Cidadania e Inclusão Social (IECIS)
[email protected]
Fabiana Santos Céu
Instituto de Esporte, Cidadania e Inclusão Social (IECIS)
[email protected]
Márcio Costa Vitorino
Instituto de Esporte, Cidadania e Inclusão Social (IECIS)
[email protected]

Resumo:
Este trabalho é o resultado da reflexão de 02 (dois) educadores físicos engajados
num programa social que atende a uma comunidade periférica e de 01(um)
pedagogo que voluntariamente auxilia no planejamento.Os educadores físicos (um já
licenciado e bacharel) e o outro (ainda em formação acadêmica) têm vínculo
empregatício temporário com o Instituto de Esporte, Cidadania e Inclusão Social
(IECIS), núcleo 05 – São Gonçalo, na cidade de Salvador – BA. A reflexão inicial
partiu da seguinte indagação: De que forma a dança e a ginástica podem ser
benéficas às pessoas da terceira idade residentes em comunidades periféricas ?
.Pode-se dizer, então, que a inclusão social e o exercício da cidadania, nas suas
diferentes dimensões,são temáticas relevantes no século XXI. A partir de
planejamentos semanais realizaram-se diversas atividades para dança e ginástica.
Acreditamos que socializar o planejado e o realizado pode servir de motivação para
outros profissionais da área de Educação Física, principalmente quando forem
trabalhar com pessoas de baixo poder aquisitivo.Os teóricos para o planejamento e
execução das ações planejadas são:Barbosa (2010),Contreras (2016), Ducasse
(2009), Martin – Lorente (2002), Rarechbach (1990), Rikli e Jones(2008),Teixeira e
Guedes Jr (2016) e Teixeira (2013). Na educação física o exercício feito no corpo
ajuda no cognitivo. O objetivo geral consiste em proporcionar atividades físicas em
diferentes modalidades, com abordagem recreativa, visando a melhora da qualidade
de vida, o bem estar físico, social e emocional dos participantes.Os objetivos
específicos são:a)propor atividades físicas adaptadas às reais necessidades de
pessoas da terceira idade, favorecendo a melhora da auto estima, do equilíbrio da
destreza motora, levando-os a ter mais confiança nas suas potencialidades; b)
coletar os relatos dos benefícios percebidos pelos participantes de atividades
esportivas da terceira idade, após terem iniciado um programa de atividades física.
Aplicamos a Metodologia da Problematização (M.P.) com o Arco de Maguerez (que
se constitui com cinco etapas: observação da realidade e definição do problema,
pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade), em seus
participantes.Todas as informações coletadas e analisadas foram discutidas,
buscando-se respostas para os objetivos da investigação que são apresentados na
descrição e análise da temática, antecedidos por um breve histórico da Metodologia
da Problematização, com suas características.Participaram da pesquisa 45
183

(quarenta e cinco) informantes da terceira idade que apontaram pontos positivos e o


que necessita melhorar. Portanto, pudemos verificar que a motivação das pessoas
da terceira idade para a prática de atividade física é diversificada, variando de
acordo com a necessidade e história de vida de cada um, e que seus benefícios são
percebidos e contribuem para uma melhor qualidade de vida. Nesse sentido, conclui-
se que o respeito a cidadania e a verdadeira inclusão possibilitam a
construção/planejamento de uma rotina de prática de atividade física na terceira
idade em prol de benefícios na qualidade de vida, trazendo vigor e energia,
contribuindo para a diminuição do risco de doenças ou condições crônico-
degenerativas associadas aos baixos níveis de atividade física.Ter saúde é viver
com boa disposição física e mental.Os educadores físicos devem ter o compromisso
de auxiliar todo cidadão na prática de exercícios em prol da saúde – corpo – mente.

Palavras-chave: Terceira idade; Inclusão social; IECIS; Metodologia da


Problematização; Saúde.
184

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS


HUMANOS

Cláudia Regina Vaz Torres


Doutora pela Universidade Federal da Bahia/BRASIL – UFBA Professora da
UNEB/UNIFACS
E-mail: [email protected]
Alexnaldo Teixeira Rodrigues
Doutor em Estudos Interdisciplinares Sobre Mulheres, Gênero e Feminismo e Mestre
em Educação (2013, 2007) pela Universidade Federal da Bahia. Professor da
Fundação Visconde de Cairu (FVC)
[email protected]
Tereza Cristina Pereira Carvalho Fagundes
Doutora pela Universidade Federal da Bahia/BRASIL – UFBA - Pedagoga
Professora UFBA
E-mail: [email protected]

Resumo:
Este trabalho pretende discutir com base nos princípios e diretrizes norteadoras da
Educação em Direitos Humanos, os fundamentos teórico-metodológicos da
educação em e para os direitos humanos, destacando, a partir de uma abordagem
analítico-crítica, os marcos jurídicos deste tipo de educação, assim como a
importância da construção de práticas pedagógicas voltadas para a transformação
dos valores, atitudes e relações sociais e institucionais, que ainda se apresentam
hegemonicamente sexistas e androcêntricos, interferindo nos processos de
subjetivação. A metodologia empregada de natureza qualitativa está alicerçada na
pesquisa bibliográfica e documental. O estudo justifica-se pela necessidade do
reconhecimento de práticas pedagógicas voltadas para a transformação de valores,
atitudes e relações sociais e institucionais que ainda se apresentam
hegemonicamente sexistas e androcêntricos. Os estudos apontam que o direito à
educação em direitos humanos não se dissocia do reconhecimento do direito à
educação. Com a ONU há uma proposta de educação a partir dos princípios de
direitos humanos, das liberdades, favorecendo a participação efetiva na sociedade
de modo compreensivo, amistoso e tolerante. Com a Constituição e a Lei das
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 (BRASIL,1996) depreendemos
que é preciso reconhecer e realizar a educação como direito humano e a Educação
em Direitos Humanos como um dos eixos fundamentais do direito à educação,
situação que exige posicionamentos claros quanto à promoção de uma cultura de
direitos. Constituem-se marcos da Educação em Direitos Humanos a Década das
Nações Unidas para a Educação em Matéria de Direitos Humanos, período
compreendido entre 1995 a 2005 que teve como foco na fase 1 a Educação Básica.
O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos elaborado em 2003 e revisto
em 2006 que confirma o compromisso do Brasil com a EDH sob a forma de uma
política pública. O Programa Nacional de Direitos Humanos e as Diretrizes Nacionais
de EDH elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação. A prática pedagógica em
EDH para formar docentes e profissionais das diferentes áreas precisa articular uma
185

metodologia que desperte o interesse e articule os saberes construídos sobre


direitos humanos, saberes curriculares, pedagógicos e da experiência. A
metodologia de trabalho na educação em direitos humanos deve ser de natureza
interdisciplinar, possibilitando a construção de diferentes modos de subjetivação e
articulação do processo de ensino e de aprendizagem na medida em que se produz
como atitude e como pensar.

Palavras-chave: Educação em Direitos Humanos; Políticas Públicas educacionais;


Metodologias participativas.
186

O DESENVOLVIMENTO DAS PRÁTICAS ASSOCIATIVISTAS NO ESPAÇO


URBANO DE SERRINHA/BA

Jadson Santiago dos Santos


Universidade do Estado da Bahia (DCET/Campus I)
[email protected]
Territórios, rede e ação politica (TERRITÓRIOS)
Dr. Agripino Souza Coelho Neto
Universidade do Estado da Bahia (DCET/Campus I)
Territórios, rede e ação politica (TERRITÓRIOS)

Resumo:
A vida em sociedade possibilitou o surgimento de novas formas de reprodução e
organização da sociedade civil (SPOSITO, 2001) e (GOHN, 2010). No caso desta
pesquisa o foco será o Associativismo urbano, dada a sua característica de
surgimento e desenvolvimento no Brasil (GOHN, 2007, 2010) e no Território do Sisal
(SANTOS, SILVA E COELHO NETO, 2011) e (COELHO NETO, 2013).
Analisaremos o fenômeno associativista a luz das contribuições de Scherer-Warren
(1996) e Sousa (2011), que reconhece a presença de uma coletividade e interesses
comuns entre seus integrantes, possibilitando a superação das limitações locais,
apresentar-se enquanto um instrumento de participação, organização e articulação,
capaz de contribuir para o exercício da cidadania. Por emergir de demandas locais,
essas organizações estabelecem íntima relação com vivido, implicando na ação dos
sujeitos no espaço e na construção de nexos com a espacialidade. Para
compreender esta relação, será acionado o conceito territorialidade a luz das
contribuições de Sack (2011); Coelho Neto (2013 e 2016) e Haesbaert (2007), pois,
são proposições que possibilitam a reflexão acerca da relação entre sociedade e
espaço, permitindo pensar nos laços de pertencimento, controle, significados e
relações de poder - que, ocorre segundo uma dualidade concomitante entre a
disputa/conflito (FOUCAULT, 2009) e o consenso (ARENDENT, 2009) tornando-se
necessário e característico destes espaços. O propósito da pesquisa se dirige para a
compreensão das relações territoriais a partir do associativismo comunitário urbano
de Serrinha/BA. Secundariamente, objetiva-se a identificação das principais
associações comunitárias em serrinha (sua situação, ativa ou desativada), além
disso, visa também analisar a operacionalização das associações e suas relações
com a comunidade local, bem como legitimação enquanto organização capaz de
promover transformações na realidade social, e por fim, identificar as
potencialidades e/ou limitações das práticas associativistas no espaço urbano de
Serrinha/BA. A proposição esta pesquisa perpassara por três movimentos
interessantes. O primeiro foi a partir do contato direto como as organizações
associativista; o segundo é que esta pesquisa é um desdobramento dos estudos
iniciados durante a graduação, culminando no meu Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC), intitulado: Ações coletivas e estratégias de organização socioespacial na
comunidade do recanto, Serrinha/BA, que teve enquanto foco de análise da atuação
de uma associação do espaço rural de Serrinha/BA. Já o terceiro movimento emerge
a partir de questionamentos acerca da atuação (ou ausência) das associações junto
a população urbana, fazendo-se as seguintes questões: as associações foram
187

fundadas/criadas a partir de uma demanda local? Quais foram as condições histórico


e geográficas que motivaram o processo associativista? Elas contribuem(iram) para
transformações na comunidade? Quais são(foram) as suas principais ações? A
população é motivada a participar da associação? Afim de contemplar os
levantamentos realizados anteriormente, adotou-se uma análise de cunho
qualitativa, sustentado em observação participante, objetivando uma relação mais
próxima com o objeto estudado, bem como registros escritos, fotográficos, aplicação
de entrevistas semiestruturadas para representantes do poder público e diretoria das
associações investigadas, além da aplicação de questionário para o moradores das
comunidades. A pesquisa está centrada no método histórico-dialético, visando situar
geográfica e historicamente os fenômenos no contexto vivenciado, refletindo sobre
as contradições sociais que lhes fundam. É importante destacar que esta pesquisa
se refere a um trabalho em andamento junto ao programa de Programa de Pós-
Graduação em Estudos Territoriais (PROET), vinculada ao grupo de pesquisa:
Território, Rede e Ação Politica.

Palavras-chave: Associativismo; Territorialidade; Participação social; Espaço


Urbano.
188

METAMORFOSE DE LEITURA

Jamim Santa Bárbara Santos


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Grupo de Estudos e Pesquisa em História, Educação e Gênero (GEPHEG)
Irlana Jane Menas da Silva
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
Grupo de Estudos e Pesquisa em História, Educação e Gênero (GEPHEG)

Resumo:
Ao longo da história os homens têm construído várias formas de comunicação que
apontam para a veiculação da escrita e da oralidade como fonte profícua de novas
exigências para o leitor, espectador ou ouvinte. A leitura é importante para o
indivíduo, ao traduzir-se em formas de apreensão do conhecimento que amplia a
capacidade criativa e criadora na perspectiva da compreensão de que esta se torna
indissociável da vida e de suas remanescentes formas de saber. O projeto
Metamorfose de Leituras do Grupo de Estudos e Pesquisas em História, Educação e
Gênero – GEPHEG/UEFS tem como propósito junto ao grupo de convivência
Revelação tornar-se suporte de apropriação da leitura e escrita, através de textos da
área de história, educação e gênero que favorece a interpretação e a apropriação da
exploração possível para outras aprendizagens e para trilhar a conquista e a
autonomia de um leitor consciente, crítico, investigador e curioso. Para isso, os
objetivos são: promover a aquisição da leitura e escrita para as pessoas idosas,
através da criação de significados e representações sociais que permeia a prática
leitora. O projeto será desenvolvido através de Oficinas de ações educativas, por
meio de atividades programadas em conjunto com os participantes: Oficina:
Aprender a conhecer: entrevistas e planejamento; Oficina Aprender a fazer:
elaboração de atividades de leitura e escrita com diversos textos; Oficina Aprender a
Ser: atividades que visem a construção contínua do ser, com dinâmicas interativas e
criativas; Oficina Aprender a Conviver: dinâmicas de grupo e atividades integrativas
para promover as relações geracionais e intergeracionais. As perspectivas dos
resultados apontam para auto avaliação: perfil, criatividade, responsabilidade com a
leitura e escrita, através do Baú de leituras que terão textos diversificados para a
escolha de cada participante e socialização desta. O Projeto Metamorfose de
Leituras tem a intenção de desenvolver, sistematicamente, várias atividades
relacionadas à função de descoberta da dualidade existente entre o prazer da leitura
e o trabalho que exige ler, do aprender a debulhar os limites que o texto nos dá para
desvelá-lo, e da arte que nos envolve quando da capacidade imaginativa e criativa
que a leitura propicia. Além disso, os enlaces dos textos podem oferecer a aquisição
do conhecimento como propósito desejado e o prazer de ler. É claro que existe
aridez neste caminho, mas precisamos enfrentá-la com o conhecer técnico em
contextos sociais e culturais diversos, mas com a fluidez necessária para a
construção do diálogo efetivo e constitutivo dos sujeitos inseridos nas práticas
sociais.

Palavras-chave: Leitura e escrita; Apropriação; Construção; Criatividade.


189

A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL NO PROCESSO DE RUPTURA


DA DOMINAÇÃO HEGEMÔNICA: ANALISANDO O ASSOCIATIVISMO NO
CONTEXTO DO TERRITÓRIO DO SISAL

Janio Roque Barros de Castro


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Recôncavo: Território, Cultura, Memória e Meio Ambiente (UNEB/Campus V)
Ana Paula Araujo Lopes
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Laboratório de Estudos, Pesquisa e Extensão em Geografia e Educação
(LEPEGE/UNEB - Campus XI)
Janeide Bispo dos Santos
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Laboratório de Estudos, Pesquisa e Extensão em Geografia e Educação
(LEPEGE/UNEB - Campus XI)

Resumo:
O presente artigo objetiva tecer uma reflexão crítica da organização social como
impulsionadora de uma possível ruptura da perspectiva hegemônica no Território do
Sisal, destacando as práticas associativas construídas coletivamente no referido
contexto regional. Essas provocações emergiram das discussões realizadas no
Mestrado Profissional em Intervenção Educativa Social (MPIES), da Universidade do
Estado da Bahia (UNEB), Departamento de Educação, Campus XI, Serrinha-BA. O
percurso metodológico pautou-se na revisão de literatura das leituras realizadas no
Programa, bem como, uma pesquisa de base exploratória. No presente artigo,
buscamos embasamento nos estudos de Batista Nascimento (2009); Freire
(2005/2009); Gohn (2005); Martín-Baró (1998) e entre outros. O resultado das
discussões aponta que as ações de educação popular e de economia solidária,
sobretudo, no contexto do Território do Sisal, tem se constituído práticas relevantes
que possibilitam os sujeitos sociais a pensar tanto a produção, quanto a reprodução
das suas vidas, transformando assim, as suas realidades. A pujança da luta desses
diversos grupos sociais do Território do Sisal emergiu da necessidade de valorização
do saber local e da ausencia de políticas públicas de convivencia com o semiárido e
da negação dos direitos sociais. A organização social se constituiu para esses
sujeitos uma estratégia de enfrentamento da hegemonia dominante, para
rompimento com o imaginario da “indústria da seca”, por exemplo. As práticas do
associativismo se configuraram e foram sendo construidas ao lodo do tempo nesse
lugar e como foi imprescindivel o trabalho pedagógico das Comunidades Eclesiais
de Base (CEB’s) e do Movimento de Organização Comunitária (MOC) no processo
de retomada da consicencia coletiva e da participação e do protagonismo social. O
artigo tras algumas provocações sobre a necessidade de refletir sobre a
perversidade do capital e de repensar, ao mesmo tempo, o papel político da
Universidade em relação ao estreitamento dos laços com os movimentos sociais no
190

processo de rompimento das formas de assujeitamento e dos discursos politicos que


não nos autorizam a pensar e com lógica neoloberal.

Palavras-chave: Organização social; Associativismo; Território do Sisal.


191

A COMPREENSÃO DOS IMPACTOS DO ESTRESSE NO TRABALHO


DOCENTE

Marinalva de Souza Teixeira Silva


Mestranda em Intervenção Educativa e Social (MPIES/UNEB - Campus XI)
[email protected]
Janara Aparecida Teixeira Batista
Mestranda em Intervenção Educativa e Social (MPIES/UNEB - Campus XI)
Cláudia Regina de Oliveira Vaz Torres
Professora Orientadora - Programa de Mestrado Profissional em Intervenção
Educativa e Social (MPIES/UNEB - Campus XI)

Resumo:
O estudo do mal-estar docente nas últimas décadas começou a ganhar cada vez
maior importância em decorrência do descontentamento com o trabalho e os altos
níveis de fadiga e ansiedade que se apresentam acompanhado de problemas
emocionais, contribuindo para o desenvolvimento de problemas comportamentais.
Desse modo, pode-se pensar que natureza das transformações sociais deste século
influenciam diretamente na saúde mental e qualidade de vida desse profissional.
Este estudo tem como objetivo discutir em que medida os avanços tecnológicos,
competitividade, produtividade e jornadas elevadas de trabalho, associados às
exigências da atualidade e as necessidades subjetivas dos seres humanos
produzem nos docentes sintomas prejudiciais à saúde mental, a vida pessoal e
profissional. Nesse sentido, as novas formas de subjetivação e organização
comunitária é o eixo que permite produzir reflexões a cerca das relações de poder,
saber e subjetivação A Metodologia da pesquisa de natureza qualitativa envolve um
estudo de revisão bibliográfica focada nos estudos de Lipp (2003), Gadotti (1994),
acontecimentos sociais que são analisados conforme Goulart Junior (2008), Gentilli
(1996; 2001; 2003), Bauman (2001). Resultados: percebe-se que a sociedade da
informação produz demandas e situações conflituosas de adoecimento mental.
Ainda há carência de informações e reflexões sobre o tema saúde mental visando
contribuir para melhoria da qualidade de vida dos profissionais e alunos. A
discussão sobre essa problemática no contexto da rede pública municipal da cidade
de Guanambi/Bahia constitui um imperativo no momento.

Palavras-chave: Docente; Saúde mental; Qualidade de vida; Profissão.


192

URBANIDADE E RURALIDADES EM QUESTÃO: UM OLHAR SOBRE AS


RELAÇÕES ENTRE O RURAL E O URBANO NO MUNICÍPIO DE ÁGUA FRIA/BA

Mário José dos Santos Fagundes


Universidade do Estado da Bahia (UNEB - Campus I)
[email protected]
Programa de Pós-Graduação em Estudos Territoriais (PROET)
Orientador: Dr. Agripino Souza Coelho Neto
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Programa de Pós-Graduação em Estudos Territoriais (PROET)

Resumo:
Definir o que é rural e o que é urbano atualmente tem se tornado uma tarefa cada
vez mais difícil para quem se aventura neste tema. O avanço das novas tecnologias,
a modernização da produção no campo e a revalorização do rural como refúgio à
vida conturbada nas cidades, são alguns dos elementos complicadores que tornam
as categorias rural e urbano cada vez mais inter-relacionadas e indistintas. É
possível, atualmente, falarmos de urbano no rural e/ou rural no urbano produzindo
espaços híbridos carregados de simbolismos e subjetividades. Considerar e tais
símbolos e subjetividades é fundamental para compreender a produção sócio
espacial, principalmente do espaço/território do campo, dito por muitos, fadado ao
desaparecimento. É em contraposição à essa perspectiva que adotamos as
categorias urbanidades e ruralidades para estudar as relações entre o rural e o
urbano no município de Água Fria/BA. Partimos das formulações do filósofo francês
Henri Léfèbvre na perspectiva de um urbano que se expande e invade o campo,
corroendo as estruturas agrárias e promovendo uma urbanização física e simbólica,
discordando de sua ideia do fim do rural para se respaldar nas ideias de Raymond
Williams que, ao contrário do que prega Léfrèbvre, defende um rural que não está
fadado ao desaparecimento, mas que, assim como o urbano, sofre transformações,
mas que mantém suas especificidades e reage de forma diversa à influencia urbana.
Dentro dessa perspectiva as urbanidades propostas por João Rua nos permite
compreender a introdução de elementos urbanos no rural e seus impactos nos
comportamentos e modos de vida de sua população e, por outro lado, as novas
ruralidades, caracterizadas pela socióloga Maria José Carneiro, nos iluminas sobre
as estratégias e resistência do rural frente aos interesses urbanos. Assim sendo,
definiu-se o objetivo geral da pesquisa: Compreender as relações entre o campo e a
cidade, o rural e o urbano no município de Água Fria/BA, caracterizadas pela
inserção de urbanidades e novas ruralidades no cotidiano dos munícipes.
Fundamentais para atingirmos o objetivo central da pesquisa foram definidos outros
mais específicos: Identificar as atividades e os elementos que se caracterizam
enquanto urbanidades no município de Água Fria; Explicitar as manifestações e
atividades que se caracterizam enquanto ruralidades, em contraposição ou não às
urbanidades no município de Agua Fria; Compreender de que forma essas
urbanidades e ruralidades configuram a relação rural/urbano e interferem nos
hábitos, comportamentos e modos de vida no município em questão. Uma Pesquisa
qualitativa por natureza que permeia pela fenomenologia e, por conseguinte,
adotamos a pesquisa bibliográfica, a observação participante, entrevistas
193

semiestruturadas como procedimentos metodológicos e o discurso do sujeito


coletivo como estratégia de análise de dados. Salientamos que esta é uma pesquisa
em andamento a nível de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos
Territoriais (PROET) com previsão para conclusão e defesa para abril de 2021.

Palavras-chave: Urbano; Rural; Urbanidades; Ruralidades .


194

Eixo 5: Novos contextos de Aprendizagem

TERNO DE REIS: PROPOSTA DE AÇÃO/INTERVENÇÃO NUMA ESCOLA


MUNICIPAL EM GENIPAPO DE SAÚDE - BA

Adão Fernandes Lopes


Colégio Estadual Ernesto Carneiro Ribeiro
[email protected]
Linguagem, Estudos Culturais e Formação do leitor (LEFOR)

Resumo:
Esta comunicação apresenta um recorte das oficinas pedagógico-culturais utilizadas
como ferrramenta metodológica durante a construção de dados da pesquisa de
mestrado intitulada: Ô de casa ô de fora Maria, vai ver quem é”: o terno de reis de
figuras e espadas e suas implicações na(s) prática(s) educativa(s) no Colégio Dom
Antônio de Mendonça em Genipapo / Saúde-BA - cidade do Piemonte da
Diamantina na Bahia, sob orientação da professora Dr.ª Denise Dias de Carvalho
Sousa, no Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED), na
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), campus IV – Jacobina-BA. Salientamos
que a prática através de oficina-criação do terno de reis juvenil contribuiu para
repensar as práticas educativas dos professores/as do Colégio Dom Antônio de
Mendonça, em Genipapo, Saúde-BA e pode servir como inspiração para que outros
espaços educativos possam rememorar o processo histórico do reisado
caracterizando como esta tradição pode estar inserida no projeto político-
pedagógico, nos planejamentos e na prática pedagógica dos/das professores/as.
Para tanto, lançamos mão de teóricos como: Santos (1994), Silva (2008), Veiga
(1992, 1995, 2001, 2008), Vieira (2002), Thiollent (1994), Moraes Filho (1979),
Moreira e Candau (2008), Passarelli (2017), Pires Neto (2005), Gatti (2012), Hall
(2003), Canclini (1987, 1997, 2001), Bardin (2011), Brandão (1984) e Alencar (2011)
para elucidar questões teóricas que nortearam a pesquisa, as especificidades
metodológicas bem como a análise de conteúdo. Este diálogo tem como objetivos:
propiciar uma análise sobre a importância social, cultural e identitária que os
docentes/discentes podem atribuir a esse tipo de manifestação popular e construir,
coletivamente, uma proposta de intervenção, a fim de fortalecer/revitalizar a tradição
cultural do terno de reis dentro da escola tendo como base o reisado adulto que se
encontra no entorno escolar. A metodologia usada foi a pesquisa qualitativa, pautada
nos pressupostos teóricos da pesquisa-ação. Nos instrumentos de obtenção e
construção dos dados, utilizamos a observação participante, a análise documental,
as oficinas educativas e análise de conteúdo para compreensão dos dados
coletados. Reconhecemos as contribuições dos autores e as diversas pesquisas no
âmbito da cultura popular e sua relevância para a construção das identidades,
construções simbólicas, histórico-sociais e práticas pedagógicas nos contextos
escolares. Constatamos que trabalhar com a cultura popular do terno de reis no
contexto escolar significa dialogar sobre problemáticas relativas à história e
valorização da tradição cultural local. Dessa forma, futuras investigações podem
utilizar o conteúdo desta pesquisa para pensar na reelaboração das propostas
pedagógicas nas escolas do campo e os projetos políticos-pedagógicos, tendo em
195

vista a efetivação de leis que fortaleçam as potencialidades culturais nas redes de


ensino tanto das escolas do campo como as urbanas. Concluímos também que,
apesar das limitações identificadas, e de outras que podem ser apontadas, a
aplicação da cultura popular do terno de reis pode contribuir com novas reflexões e
novos itinerários de pesquisa, ampliando conhecimentos que assegurem mudanças
significativas nas práticas educativas e pedagógicas dos professores/as nas redes
de ensino. Por fim, este diálogo constitui-se num contributo para as pesquisas no
âmbito dos estudos culturais, da cultura popular e, sobretudo, na educação, dada a
relevância do tema, muito embora, reconheçamos e consideramos que muito há
ainda que percorrer no campo da investigação nesta área, sendo, portanto, um
campo fértil de pesquisa para futuras investigações.

Palavras-chave: Cultura popular; Práticas educativo-culturais; projeto político-


pedagógico; Reisado; Terno de reis.
196

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA: INSTRUMENTALIZAÇÃO DA


PRÁTICA DOCENTE NO ÂMBITO DA GEOGRAFIA ESCOLAR

Adriele de Lima Costa


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Damires da Mota Oliveira
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
John Wolter Oliveira Silva
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
O presente trabalho tem a intenção de socializar as vivências proporcionadas pelo
Estágio Supervisionado II, do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade
do Estado da Bahia – UNEB, campus XI – Serrinha/BA. O ensino de Geografia
Escolar tem passado por vários momentos de críticas da atuação docente no
decorrer dos anos. Isso ocorreu devido a tradicional postura do professor frente ao
processo de ensino-aprendizagem, de forma que, em alguns casos, não reinventa
seus fazeres pedagógicas e segue sempre as mesmas metodologias e práticas em
sala de aula, como que fosse o cumprimento puro e simplesmente de um manual
pedagógico, considerando importante apenas a memorização dos conteúdos. Nesse
contexto, segundo Silva (2014), o ensino de Geografia necessita de renovações,
exige dos educadores desta área uma formação continuada que acompanhe o ritmo
das mudanças da sociedade. Dessa forma, o Estágio Supervisionado surge com o
intuito de promover ao licenciando o debate de situações presentes no ambiente
escolar, sendo assim um momento muito importante para a construção da identidade
docente dos estagiários, além de ser uma profícua oportunidade de praticar aquilo
que foi apreendido na Academia no decorrer dos semestres letivos. Proporciona
também uma reflexão sobre a profissão docente, proporcionando uma análise de
que é realmente essa carreira que se pretende seguir. Desta forma, acredita-se que
o Estágio é o momento decisivo da carreira profissional. Em termos teórico-
metodológicos, este trabalho está amparado nas discussões sobre Ensino de
Geografia Escolar amplamente refletidas por Khaoule (2012), Portugal e Chaigar
(2012) e Bento (2014); e Estágio Supervisionado abordadas por Silva (2014) e Corte
e Lemke (2015). O estágio foi realizado em uma unidade escolar da rede pública, na
Escola Municipal de Barrocas, localizada na cidade de Barrocas-BA, em uma turma
do 6° ano do Ensino Fundamental II e se desenvolveu em duas etapas: 1)
observação da classe/ alunos pelos estagiários e 2) momento da regência de classe,
em que os estagiários puderam exercer a prática docente. Dentre as atividades
propostas, podemos destacar a realização de experimentos com bexigas que
serviram para propiciar uma melhor compreensão acerca da Teoria do Big Bang, ao
abordarmos sobre a origem da paisagem e as transformações da paisagem; e a
elaboração e confecção de painéis representativos sobre o Sistema Solar, a história
da Terra com base nas Eras Geológicas. Vale ressaltar que atividades como essas
197

que são realizadas no âmbito escolar, se enquadram no contexto de reflexão do


processo de ensino-aprendizagem que perpassa pela exposição dialogada e
participativa dos conteúdos, problematização e análise de argumentos, além
construção sistemática e intencionada de instrumentos didático-pedagógicos que
possam contribuir na assimilação dos conteúdos estudados. A reinvenção de
práticas pedagógicas que possam dinamizar o processo de ensino-aprendizagem
pressupõe o domínio de conteúdos e pressupostos teórico-metodológico. Desta
forma, não acontece de modo aleatório e sem objetivo claro e antecipadamente
estabelecido. Dessa forma este trabalho nos permite refletir sobre a importância do
Estágio supervisionado para a formação dos futuros professores, por possibilitar
trocas e ampliação de saberes específicos da área de Geografia e saberes
pedagógicos para o exercício da profissão docente, fazendo com que, os estagiários
se tornem condutores e promovedores de conhecimento para seus futuros alunos.

Palavras-chave: Ensino de Geografia Escolar; Estágio Supervisionado; Formação


Docente.
198

INTERVENÇÕES COLABORATIVAS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE


LEITORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Antônia Maria de Jesus


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Ravena Lima Santana
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros Ovídio
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Teoria Social e Projeto Político Pedagógico (TSPPP)
[email protected]

Resumo:
O presente trabalho, recorte de uma experiência de Pesquisa e Estágio na
Educação Infantil, busca contemplar as reflexões sobre a importância da Literatura
na Educação Infantil a partir de narrativas de experiências vividas em atividades
realizadas com as crianças do grupo 4, em uma escola da rede pública municipal, no
município de Serrinha-Bahia, mais especificamente, no projeto intitulado “Sala de
Leitura”, sob orientação da Profa. Me. Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros Ovídio,
Coordenadora de Pesquisa e Estágio II – Educação Infantil, na Universidade do
Estado da Bahia/UNEB/CAMPUS XI/SERRINHA. A opção por desenvolver a
pesquisa e o projeto junto às crianças da referida escola, ocorreu a partir de
inquietações provocadas pela ausência da literatura infantil na prática pedagógica
desenvolvida naquele contexto. Assim, chegamos ao tema em questão: Qual a
importância da literatura e como trabalhar a literatura no contexto pesquisado? Este
estudo buscou fundamentação teórica em alguns autores que vem estudando as
infâncias e autores que tem se dedicado ao estudo sobre a importância e
contribuição da literatura Infantil para o desenvolvimento da criança. Destes
estudiosos destacam-se: Cademartori (1994), Abramovich (19950, Bettelheim
(1996), Oliveira (2002), Kramer (2007), Kuhlmann JR (2010), que nos auxiliaram na
abordagem do fenômeno investigado para o desenvolvimento da pesquisa, em suas
diversas fases. O trabalho teve como base para o seu desenvolvimento a pesquisa
qualitativa, em aspectos do enfoque colaborativo, em caráter intervencionista, por
oportunizar vivenciar o campo investigativo, ouvindo as narrativas das professoras e
crianças. A coleta de dados foi realizada na escola onde o projeto foi desenvolvido
por meio de entrevistas semiestruturadas e observações, visando delinear a
intencionalidade das ações a serem implementadas na realidade observado
(Intervenções práticas colaborativas). Os dados produzidos compõem descrições
das situações envolvendo as crianças e as suas vivencias, as suas experiências,
incluindo entrevistas, relatos, fotografias, desenhos e vários tipos de intervenções
que possibilitaram a expressão dos sujeitos pesquisados. Neste percurso
metodológico o foco principal foi o acompanhamento aos processos enredados pelas
crianças durante a contação de histórias, realizadas na escola no período do
estágio, objetivando incentivar a formação de leitores, levando em conta o gosto e a
faixa etária em que a criança se encontrava. Durante o estágio, o trabalho teve como
199

objetivo oportunizar experiências prazerosas com a literatura infantil em sala de aula


e que as crianças interagissem com diversos textos, possibilitando o entendimento
do mundo em que vivem e que construíssem, pouco a pouco, seu próprio
conhecimento. Além de contar ou ler a história, criamos condições para que as
crianças trabalhassem a história a partir do seu ponto de vista, trocando opiniões
sobre a mesma, assumindo diferentes posições frente aos fatos narrados,
defendendo personagens e atitudes, construindo novas situações através das quais
as crianças vão criando uma nova história, a sua própria história. Este estudo, por
seus resultados preliminares, aponta a necessidade e importância da contação de
histórias para o desenvolvimento infantil, bem como, o incentivo à leitura
contribuindo para formação de leitores de si mesmos e do mundo. Sendo assim, é
relevante que seja desenvolvida, estimulada desde a Educação Infantil a prática da
contação de histórias, despertando na criança o gosto e o encantamento pelas
leituras infantis, estabelecendo uma relação dialógica com a criança, sua cultura, o
livro e a própria realidade. Ressaltamos que os dados apresentados no presente
trabalho não esgotam os inúmeros resultados alcançados pela pesquisa e o projeto
de intervenção, deixando rastros de indagações e novas pistas para investigações
posteriores.

Palavras-chave: Literatura infantil; Contação de histórias; Educação Infantil;


Pesquisa e Estágio.
200

EMPREENDEDORISMO COMO PROCESSO CURRICULAR NOS CURSOS


TÉCNICOS DO CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM
SAÚDE DO CENTRO BAIANO

Arnaldo Sebastião da Silva Neto


Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde do Centro Baiano
[email protected]
Mirian Almeida de Menezes
Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde do Centro Baiano
[email protected]
Elizabeth Mota Nazareth de Almeida
Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde do Centro Baiano
[email protected]

Resumo:
A presente comunicação propõe apresentar os resultados parciais de uma das
etapas do projeto em desenvolvimento no âmbito do mestrado em Ciências da
Educação, pela Universidad San Lorenzo/Paraguai. Seu objetivo é refletir sobre a
formação dos novos profissionais Técnicos em Enfermagem, inserindo-os na
discussão a respeito da busca de soluções que visam ampliar o campo de trabalho
desses profissionais. Sabemos que o desenvolvimento de diferentes competências
comunicativas e relacionais, a capacidade de compreender e se posicionar diante do
mundo da informação, da tecnologia e inovações, de ser empreendedor, de
aprender em situações novas, de conviver e acolher a diversidade são algumas das
questões com as quais as instituições técnicas profissionais têm que se deparar,
caso deseje continuar sendo espaço de formação. Nessa construção, torna-se
necessário oferecer as condições necessárias para que o indivíduo não navegue na
superficialidade das informações, mas antes, possa usufruir dos recursos a respeito
dos novos meios de atuação, através do empreendedorismo, sendo capaz de
aproveitar oportunidades de atualização, aprofundamento e enriquecimento para
poder acompanhar a evolução do mundo moderno. Diante disso, lançamos o
seguinte questionamento: Como proceder para a implantação de um núcleo de
estudo e pesquisa sobre empreendedorismo? Com o intuito de propor caminhos
para responder essa pergunta, nos reportaremos ao aporte teórico-metodológico
baseado, principalmente, por Sampieri (2013), a partir da proposta metodológica da
pesquisa experimental com métodos mistos; Moraes (2013), ao considerarmos que a
figura do profissional técnico em enfermagem empreendedor ainda é nova, mas,
vem ganhando destaque devido à necessidade de gerar novos postos de trabalho;
Backes (2010), ao pensarmos nas várias razões e oportunidades que o profissional
de enfermagem tem para expandir seu leque de opções profissionais, quando e se
necessário, pelo fato de se tratar de uma profissão que tem uma compreensão das
necessidades do ser humano de forma holística, além do potencial para explorar
novos campos, não necessitando submeter-se apenas aos espaços tradicionais de
cuidado; bem como em Ferreira (2010), ao apontarmos que o empreendedorismo na
enfermagem requer uma preparação cuidadosa dos futuros profissionais, do seu
campo de ação, criando-se estruturas legais, socioeconômicas, profissionais e
pessoais, além de dispositivos que permitam apoiar os empreendedores. Pensando
201

nestes fatores, e ainda, buscando atender a um dos objetivos da pesquisa, a saber,


determinar a habilidade uso de tecnologias e redes sociais dos docentes para
beneficiar a formação empreendedora, propomos a implantação do Núcleo de
Educação, Saúde e Empreendedorismo, no Centro Estadual de Educação
Profissional em Saúde do Centro Baiano, localizado na cidade de Feira de Santana,
Bahia. Como resultados esperados para essa ação, intentamos refletir sobre a
formação de novos profissionais técnicos em enfermagem, inserindo-os na
discussão sobre as possíveis soluções que visam oferecer serviços privativos da
enfermagem com qualidade e eficiência, ampliando, desta forma, o campo de
trabalho desses profissionais.

Palavras-chave: Empreendedorismo; Enfermagem; Tecnologias Digitais.


202

AÇÕES DE LETRAMENTOS SOCIAIS COM TEXTOS DO GRUPO CULTURAL


LAMPARINAS DO SERTÃO

Bárbara Celeste Teixeira de Souza Evangelista


[email protected]/[email protected]
PROFLETRAS – UNEB –DCH-V
Robério Pereira Barreto
UNEB – DCH –V – SAJ
[email protected]/[email protected]
GEELMAD – EPODS
Elaína Cristina Araújo de Maria Muniz
[email protected]
PROFLETRAS – UNEB – DCH-V

Resumo:
Este trabalho tem como objetivo mostrar como as práticas de letramentos sociais
externas à escola podem ser vista como parceiras no desenvolvimento de leitores
proficientes através da leitura de textos teatrais - no gênero teatr. Para tal, utilizamos
para as intervenções pedagógicas as produções artísticas do grupo teatral
Lamparinas do Sertão, no qual atuam jovens da cidade de Seabra, Bahia. Para isso,
propomos projeto de intervenção didática objetivando dialogar as produções
Lamparinas do Sertão no ambiente escolar – aula de língua portuguesa do nono ano
do ensino fundamental I. Considerando que esses grupos artísticos, são grupos de
teatro, que tem em suas atividades o campo do oral artístico-literário intrínseco ao da
literatura escrita, pois escrevem para oralizar, como se estabelece a convivência de
textos contemporâneos e clássicos, orais e escritos nesse contexto? Posto isto,
como os letramentos sociais desenvolvidos pelos integrantes desses grupos fora do
ambiente escolar, podem oferecer elemento que possam repercutir na escola, no
desenvolvimento de propostas exitosas no tocante à leitura e escrita de textos
contemporâneos. O projeto visa inserir no espaço formal da escola, letramentos
sociais desses grupos artísticos, muitas vezes, subsidiadas pelo leque de opções de
textos que temos a disposição na sociedade: do clássico ao contemporâneo, tendo
como suporte o livro ou a tela, passeando pelos vários gêneros e tipos textuais, além
das vivências sociais e políticas do contexto em que surgiram e estão inseridos.
Fundamenta-se em alguns conceitos de Chartier no tocante da evolução da escrita,
que consequentemente influência nas novas formas de leitura; sobre letramentos
discutirá alguns conceitos de Magda Soares, Luiz Percival, Brian Street, Rojane
Roxo entre outros, além de bibliografias que tratam da relação entre leitura e teatro.
Para realização do Projeto teremos como foco o fomento das práticas leitoras aos
estudantes do Colégio Municipal Profª Ivani Oliveira, uma vez que se pretende
trabalhar com textos contemporâneos, além de seus portadores, congregados com
os clássicos e linguagem artístico-literária. Para tal, a pesquisa qualitativa em suas
faces e interfaces será utilizada. Far-se-á primeiramente um estudo exploratório da
do Grupo Cultural Lamparinas do Sertão, suas atividades e rotinas nos eventos de
letramentos promovidos ou participados pelos mesmos. Emprega-se ainda, a
pesquisa-ação, visto que essa proporcionará aos participantes estudantes e
professores diretos e indiretos a ação-reflexão-ação sobre as os letramentos sociais
203

e como essas precisam ser integradas às práticas escolares. Esse será executado
em 26h distribuídas em seis oficinas realizadas com a participação do Grupo Cultural
Lamparinas do Sertão com a colaboração dos professores de Língua Portuguesa.
Espera-se que com o projeto que os letramentos sociais sejam reconhecidos na
prática docente com vistas a melhoria do ato de ensinar e aprender leitura e escrita
na escola ao tempo que alunos reconheçam a importância desses em sua vida,
reconhecendo que os mesmos são condições intrínsecas à transformação pessoal e
social.

Palavras-chave: Letramentos sociais; Lamparinas do Sertão; Leitores e escritores


proficientes.
204

O PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS ENQUANTO DIMENSÃO


FORMATIVA DO LICENCIANDO EM GEOGRAFIA

Caio Santos Rodrigues


Universidade do Estado da Bahia (UNEB), DEDC – Campus XI
[email protected]
Geografia, diversas linguagens e Narrativas de professores
GEO(BIO)GRAFAR

Resumo:
Esta investigação emerge das experiências vivenciadas enquanto monitor/professor
da disciplina de geografia no âmbito do programa Universidade para Todos no
município de Água Fria. Assim, este trabalho objetiva discutir a dimensão formativa
do Programa Universidade Para Todos na formação do licenciando em geografia. O
programa Universidade para todos está inserido como ação do Faz Universitário
uma política que tem como objetivo subsidiar estudantes que durante toda sua
trajetória estudaram em escolas públicas, no sentido de promover bolsa de estudos
para aqueles que ingressarem em universidades privadas ou bolsas-auxílio ou bolsa
iniciação ao trabalho para aqueles que ingressarem em universidades públicas.
Nesse sentido, a proposta do UPT é criar ações que possibilitem o estudante
condições de concorrer de forma menos desigual a uma vaga em uma universidade
pública. Sendo assim, é válido ressaltar que o programa também traz como uma de
suas metas a capacitação dos estudantes de graduação para desempenhar a função
de monitor/professor, dessa forma o UPT traz em seu bojo uma interface entre a
inserção de estudantes na universidade pública e o estreitamento do graduando com
a docência. Nessa perspectiva a questão que mobilizou a escrita desde trabalho foi
a intenção de investigar como as experiências formativas proporcionadas pelo
programa Universidade para Todos contribui para a formação do licenciando em
geografia? As ações desempenhadas do âmbito desse projeto enquanto
monitor/professor, consistia no planejamento acompanhado por formação
pedagógica. Os saberes do professor se constituem a partir de vários eixos que se
imbricam e fazem parte dos conhecimentos necessários para atuação profissional. A
formação inicial é uma etapa muito importante do seu processo formativo, pois é
nesse momento que o graduando vai ter acesso a uma série de conhecimentos que
contribuirão na sua prática docente. Os projetos e programas que permeiam os
cursos de formação de professores ganham papel de destaque, o Universidade Para
Todos que está inserido no contexto da universidade se torna também um espaço
formativo pois possibilita ao graduando experienciar vivências na sala de aula para
além das experenciais vivenciadas nos estágios supervisionado abarcando uma
serie de aprendizagens. Compõe o referencial teórico desse trabalho Teixeira
(2017), Pimenta (1996), Martins (2009), Menezes e Kaercher (2015), dentre outros.
Os procedimentos metodológicos são constituintes de pesquisa qualitativa, por meio
da análise documental dos documentos norteadores dos programas, bem como
entrevista à coordenadora pedagógica e a outros monitores de Geografia de outros
municípios, bem como questionários, com o uso do programa google docs. Essa
pesquisa está na fase inicial. Até o momento realizamos a análise de documentos e
pudemos considerar que de forma preliminar essas experiencias se mostraram
205

relevantes na formação do licenciando. O próximo passo será o de confrontar as


propostas apresentadas nos documentos com as falas dos entrevistados, bem como
exercitar uma escuta sensível a esses licenciandos visando atender aos objetivos
propostos.

Palavras-chave: Universidade para todos; Formação docente; Prática docente.


206

QUATRO “OLHARES” DE POSSENTI SOBRE ENSINO DE GRAMÁTICA (NA


ESCOLA)

César Costa Vitorino


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Constância Maria Borges de Souza
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Gcomport
Cristóvão Luis Souza Santos
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]

Resumo:
Apresentam-se considerações sobre a produção acadêmica relacionada ao ensino
de gramática a partir das reflexões de Possenti (2019, 2016, 2015, 2011, 2009,
1998,1996, 1993). A motivação para a pesquisa surgiu da leitura da entrevista de
Possenti (2016) concedida para 2 (duas) doutorandas do Programa de Pós-
graduação em Letras, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS). As entrevistadoras Gonçalves e Barbosa (2016) nas 4(quatro) questões
feitas ao renomado linguista perguntaram a respeito da obra Por que (não) ensinar
gramática na escola (1996), pode-se sintetizar que as indagações giraram em torno
de: 1) o papel da escola e do professor em relação ao ensino de línguas;2) definição
de gramática e a noção de “erro”;3) a preocupação dos cursos de Letras, em todo
território brasileiro, em formar pesquisadores e não professores de línguas ;4) o
professor, na atividade diária na sala de aula, não deve assumir apenas o papel de
revisor ou editor e tão – somente de corretor e vigia da língua. Alia-se a essa
discussão didático – pedagógica os argumentos da gramática contextualizada.
Nesse tipo de abordagem gramatical as descrições que dela são feitas encontram
apoio nos usos reais, orais e escritos, do português contemporâneo, ou seja, nos
textos que ouvimos, nos documentos oficiais, nos livros ou revistas de divulgação
científica. Elegeu-se como objetivo geral deste trabalho compreender o papel da
gramática na educação básica prioritariamente em escolas públicas municipais e
estaduais da cidade de Salvador-BA. Para tanto, a nossa investigação parte da
indagação: o que seria, no exercício pedagógico do trabalho com a linguagem,
ensinar gramática? Outros suportes teóricos para a discussão estão alicerçados em
Antunes (2014), Moura Neves (2003) e André (2009). É oportuno assinalar que as
contribuições de renomados pesquisadores sobre o ensino de gramática na escola
auxiliaram alguns acadêmicos do curso de Letras Vernáculas da UNEB, campus I, a
(re) pensarem que o ensino-aprendizagem de gramática não acontece “despregada”
de uma prática social qualquer de linguagem. Assim, os acadêmicos matriculados
nas disciplinas Prática Pedagógica II e Estudos Pedagógicos II realizaram
entrevistas, no 2º semestre de 2019, com 23 (vinte e três) docentes de Língua
Portuguesa que trabalham na rede pública de ensino, na cidade de Salvador − BA,
regentes de classes de 8º e 9º anos do ensino fundamental e 1º, 2º e 3º anos do
207

ensino médio. Os pesquisadores − discentes utilizaram um roteiro de entrevista para


saber a respeito da prática docente para ensinar conteúdos gramaticais. Na visão
metodológica, com base em André (2009) sobre etnografia da prática escolar,
procurou-se: (1) analisar as práticas pedagógicas dos professores entrevistados; (2)
levantar as dificuldades e os problemas que esses professores enfrentam no seu dia
a dia para a realização de um trabalho coletivo e /ou individual com a gramática. Os
resultados das entrevistas apontam que os docentes têm desejo, vontade de
participar de encontros pedagógicos para uma “melhor” orientação de como
trabalhar saberes gramaticais na escola. Conclui-se que os docentes estão ávidos
por uma capacitação em serviço para aclarar o entendimento do que seria, no
exercício pedagógico do trabalho com a linguagem, uma gramática contextualizada.
Possenti (2019), em comentário no facebook sobre ensino de gramática, argumenta
que “Se é para desenvolver raciocínio abstrato e lógico, a gramática tradicional NÃO
é a melhor opção (embora as obras não sejam uniformes etc.)”.Sendo assim,
propõe-se que os discentes de Letras Vernáculas da UNEB analisem depoimentos
de docentes que estão em sala de aula e (re) pensem possíveis orientações para
auxiliá-los no fazer pedagógico.

Palavras-chave: Ensino de Gramática; Discentes – pesquisadores; Etnografia de


sala de aula; Letras Vernáculas UNEB.
208

OS DESAFIOS DA INDISCIPLINA NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NUMA


ESCOLA PÚBLICA DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS EM SERRINHA-
BA

Cledson Santos de Souza


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Jacqueline dos Santos Silva
Universidade do Estado da Bahia (UNEB - Campus X)
[email protected]

Resumo:
A indisciplina não é algo novo, mas uma problemática antiga, difícil de estabelecer
um significado devido à variedade de fatores que influenciam na sua interpretação.
Nesta perspectiva, o presente trabalho visa apresentar os resultados do Trabalho de
Conclusão de Curso intitulado: “Os desafios da indisciplina na produção do
conhecimento numa escola pública do ensino fundamental anos iniciais em Serrinha-
BA”; buscando demonstrar o quão é difícil para os docentes ensinarem num
ambiente com resquícios de indisciplina. Na tentativa de proporcionar melhor análise
dos questionamentos, foi demarcada a seguinte questão norteadora para a
pesquisa: quais estratégias os professores utilizam para limitar os impasses da
indisciplina e promover a construção de conhecimento numa escola pública do
Ensino Fundamental Anos Iniciais em Serrinha-BA? É uma proposta que teve como
objetivo geral: analisar as estratégias utilizadas pelos professores da escola pública
do Ensino Fundamental Anos Iniciais em Serrinha-BA, para conter os índices da
indisciplina durante a mediação na construção de conhecimento. E como objetivos
específicos, os seguintes: discutir teoricamente as concepções de indisciplina e
produção de conhecimento; identificar a concepção de indisciplina numa escola
pública do Ensino Fundamental Anos Iniciais em Serrinha-BA; e identificar até que
ponto os mecanismos utilizados pela escola pública do Ensino Fundamental Anos
Iniciais em Serrinha-BA são eficazes na redução dos casos de indisciplina. A
pesquisa foi fundamentada na abordagem qualitativa, baseada nos princípios do
estudo de caso, tomando como dispositivo para a coleta de dados a entrevista
semiestruturada e a observação participante, cujos colaboradores foram 01 docente
e 01 aluno. Para dar sustentação a este estudo, o referencial teórico foi escrito à luz
dos estudos dos seguintes teóricos: Aquino (1996); Ferreira, (1986); Freire (1996),
(1989); Garcia (2005); Capelle et al. (2008); Oliveira (2005); Kenski (2004); Santos
(2005); Libâneo (1982); Melo e Spada (2007); André (2008); Barros (2013); Antunes
(2010); Pérez Serrano (2002); Valadares (2005); Sales (2017); Fusari (1990);
Andrade (2010); Mizukami (1986); La Taille (1996); Melo (2007); Rebelo (2010);
Rego (1996); Tassoni (2000); Vasconcelos (1992); entre outros. Assim, os
resultados encontrados evidenciam que a professora precisa reavaliar os conceitos
de indisciplina e produção de conhecimento em sala de aula, como mudar a prática
de ensino, de modo que as estratégias escolhidas sejam eficientes para o aprendizado dos
alunos e para o enfrentamento da indisciplina escolar.

Palavras-chave: Indisciplina; Produção de conhecimento; Práticas Pedagógicas.


209

INTERFACES ENTRE A ABORDAGEM DOS CONCEITOS GEOGRÁFICOS NOS


LIVROS DIDÁTICOS E NO SABER-FAZER NA ESCOLA:
EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA E NARRATIVAS DE PROFESSORES DE
GEOGRAFIA

Cleidinai Lima Santana


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Programa de Pós-Graduação em Estudos Territoriais (PROET)
[email protected]
GEO(BIO)GRAFAR: Geografia, Diversas Linguagens e Narrativas de Professores
Jussara Fraga Portugal
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Programa de Pós-Graduação em Estudos Territoriais (PROET)
[email protected]
GEO(BIO)GRAFAR: Geografia, Diversas Linguagens e Narrativas de Professores

Resumo:
Este trabalho está ancorado na pesquisa em andamento, intitulada “Conceitos
geográficos: da abordagem nos livros didáticos à prática docente – narrativas dos
professores de Geografia”, a qual intenciona responder a questão: como os
conceitos de paisagem, lugar, região, espaço e território são abordados nos livros
didáticos e no devir das práticas pedagógicas de seis professores que desenvolvem
a docência em três escolas da rede pública estadual localizadas no bairro de Pau da
Lima em Salvador, capital do estado da Bahia? Outras questões subjacentes são
desdobramentos da questão norteadora, a saber: as seguintes questões: Quem são
os professores de Geografia do Ensino fundamental II, dos colégios estaduais lócus
da pesquisa? Quais as suas vivências e experiências de trajetórias de escolarização
e formação docente? Os conceitos geográficos abordados no livro didático adotado
estão alinhados às principais legislações? Quais critérios são adotados na avaliação
e escolha das coleções didáticas que serão adotadas pelo colégio? Como esses
conceitos emergem na prática docente? Desse modo, o objetivo geral é
compreender como os conceitos de paisagem, lugar, região, espaço e território são
abordados nos livros de Geografia aprovados no PNLD/2020 e como esses
emergem no saber-fazer cotidiano dos professores que atuam nos anos finais do
Ensino Fundamental. Já os específicos são: caracterizar os espaços educativos
onde os seis professores exercem a profissão; analisar as coleções didáticas
adotadas nas escolas lócus da pesquisa, tendo em vista compreender como os
conceitos – paisagem, lugar, região, espaço e território – são abordados, conhecer
as histórias de vida e as trajetórias de formação – escolar e acadêmica – dos
professores, analisar as narrativas dos professores de Geografia sobre o saber-fazer
na escola, conhecer os modos como os professores abordam tais conceitos e
identificar as estratégias os critérios adotados na seleção das coleções didáticas e
analisar a abordagem dos conceitos geográficos contemplados nos livros que
compõem as coleções adotadas nas escolas. Trata-se de uma pesquisa de
abordagem qualitativa, inspirada nos princípios teórico-metodológicos da pesquisa
narrativa, cujos procedimentos metodológicos são: análise das coleções adotadas
pelos professores, análise interpretativa-compreensiva das narrativas decorrentes
210

das entrevistas narrativas que serão realizadas no devir da investigação e as


observações em sala de aula das práticas docente, tendo em vista os quais são
importantes categorias de análise geográfica.

Palavras-chave: Educação geográfica; Professores de Geografia; Conceitos


geográficos; Livros didáticos; Narrativas de docentes.
211

LAS TECNOLOGÍAS DE LA INFORMACIÓN Y COMUNICACIÓN


Y LA RELACIÓN CON EL MUSEO

Daniel Valério Martins


Universidade de Salamanca
[email protected]
Kelly Cristina Alves Silva
Universidade de Salamanca
[email protected]

Resumen:
Para reflexionar sobre las Tecnologías de la Información y Comunicación (TIC) y la
relación que se establece con el museo, es interesante considerar la afirmación de
Paulo Freire (2011): "El hombre no es una isla. Es comunicación. Así que hay una
estrecha relación entre la comunicación y la búsqueda" (Freire, 2011, p. 34). Para
alimentar esta reflexión sobre la importancia de este tema, es necesario considerar,
también, un hecho: nuestro mundo está en un proceso de transformación estructural
desde hace dos décadas. Es un proceso multidimensional, pero está asociado con la
aparición de un nuevo paradigma tecnológico, basado en las tecnologías de
comunicación e información, que comenzaron a tomar forma en los años 60 y que se
distribuyeron de forma desigual en todo el mundo. (Castells, 2005, p. 17)En lo que
se refiere a las tecnologías, José Ortega y Gasset (1963) comprende la técnica
como el conjunto de acciones específicas del hombre que alteran la naturaleza o
condición, haciendo que exista lo que en ella no había y de lo que se necesita, en el
que la estructura están siempre presentes la invención de un procedimiento, la
búsqueda de minimizar el acaso y el esfuerzo. Así que, la tecnología es un conjunto
de conocimientos que permite nuestra intervención en el mundo, comprendiendo
herramientas físicas, instrumentos psíquicos o simbólicos, sociales y organizadores.
Se trata de un saber hacer, alimentado de la experiencia, la tradición, la reflexión y
de las contribuciones de las diferentes áreas de conocimiento (Sancho, 2001).A
partir de este concepto es posible observar que la tecnología no es algo reciente en
las prácticas humanas. Los seres humanos adoptan técnicas que pueden facilitar
sus vidas. El final del siglo XX, sin embargo, significó el inicio de una dinámica social
diferente, muy influenciada por las tecnologías desarrolladas (Santaella, 2003). Un
escenario diferente pasa a mostrase: de hecho, la cultura de los medios proporciona
una circulación más fluida y las articulaciones más complejas de los niveles, géneros
y formas de cultura, produciendo el cruce de sus identidades. Inseparable del rápido
crecimiento de las tecnologías de la comunicación, la cultura mediática es
responsable por la ampliación de los mercados culturales y por la extensión y
creación de nuevos hábitos en la cultura de consumo. Inseparable también de la
transnacionalización de la cultura y aliado con el nuevo orden económico y social de
las sociedades post-industriales globalizadas, la dinámica cultural mediática es pieza
clave para entenderse los cambios y contradicciones, los diseños móviles de la
heterogeneidad pluritemporal y espacial que caracteriza las culturas post-modernas.
(Santaella, 2003, p. 59). Esta nueva coyuntura generó la promoción de las
Tecnologías de la Información y la Comunicación, con un extremo auge de los
medios y el acceso a la información de manera más rápida, lo que permite una
212

interacción social diferenciada. Difícilmente alguien pondrá en desacuerdo de que la


sociedad de la información es el principal aspecto característico del debate público
sobre desarrollo, sea a nivel local o global en este comienzo del siglo XXI. De las
propuestas políticas particulares de cada territorio de los países industrializados y de
las discusiones académicas, la expresión “sociedad de la información” se ha
transformado rápidamente en jerga en los medios de comunicación alcanzando, de
forma conceptualmente imprecisa, el vocabulario del ciudadano. (Werthein, 2000, p.
71)

Palabras-llave: Tecnología de la informacion; Comunicación; Museo; Cultura.


213

LETRAMENTOS NA ESCOLA: POR UM ENSINO PLURAL DAS PRÁTICAS DE


LEITURA E ESCRITA EM SALA DE AULA

Daniela dos Reis Santos Lima


Mestre em Letras - PROFLETRAS
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]

Resumo:
Este trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa-intervenção realizada no
âmbito do Profletras-Uefs, cujo cerne aponta a necessidade de inserir, nas práticas
de leitura e escrita realizadas durante as aulas de Língua Portuguesa, os diversos
letramentos que compõem a sociedade atual. Trata-se de um estudo de base
etnográfica e de caráter qualitativo, aplicado em uma escola da rede municipal da
cidade de Santaluz, na Bahia, em uma turma do 9º ano do Ensino Fundamental II.
Os aportes teóricos utilizados perpassam pelos achados de Cosson (2016; 2019),
Petit (2009), Yunes (2002), Lajolo (2001;2008), Soares (1998; 2001; 2002), Street
(2014), Rojo (2009), Marcuschi (2006), Dionísio (2006), Coscarelli (2016), Sá (1985),
Massaud (1967), Antunes (2003;2010), Dolz (2004), Costa-Hubes (2009), entre
outros. Com base neles, objetivou-se desenvolver competências leitoras e
escritoras, a partir de leituras e produções de crônicas literárias, utilizando-se de
uma sequência didática que primou pela valorização da cultura local e pela inserção
das múltiplas linguagens, possibilitando assim, a formação de leitores e escritores
proficientes. Os achados da pesquisa mostram que o ensino de leitura e escrita, a
partir de crônicas, promovem o letramento literário, uma vez que os sujeitos se
utilizaram da linguagem literária para dizer sobre si e sobre o mundo ao seu redor,
exercitando a imaginação e a criticidade. No decorrer da intervenção, houve a
realização de uma oficina de fotografia que foi de suma importância para o
conhecimento, exploração da linguagem fotográfica e inclusão, nas aulas, de
práticas costumeiras dos alunos dos tempos hodiernos. A inserção deste evento na
pesquisa possibilitou que os estudantes conhecessem a técnica e aplicassem-na
durante a atividade de campo ocorrida para o registro de imagens fotográficas
representativas do cotidiano da população local. Tais imagens, capturadas por meio
de telefones celulares, serviram como mote para a produção das crônicas literárias.
Ademais, outros eventos de letramentos, como A roda de conversa com o escritor
local e A exposição Olhares cotidianos: entre crônicas e imagens, foram essenciais
para a promoção de práticas de letramentos e o desenvolvimento do protagonismo
estudantil. Assim, levando em consideração os resultados obtidos, este estudo se
faz pertinente para o ensino de Língua Portuguesa, uma vez que ele contribui para a
formação de alunos críticos, reflexivos e competentes no uso linguagem. Espera-se
que ele contribua, de maneira positiva, com o trabalho de professores de educação
básica, mostrando-lhes que o ensino fundamentado nos letramentos é capaz de
desenvolver melhorias expressivas na aprendizagem dos alunos. A pesquisa, nesse
sentido, contribui positivamente na busca por melhorias no ensino de leitura e escrita
nos tempos atuais. Por esse motivo, é necessário que o professor assuma o seu
papel de pesquisador, atuando sobre a realidade na qual está inserido.
214

Palavras-chave: Letramentos; Pesquisa-intervenção; Crônica literária; Leitura e


escrita.
215

CURSO PROFISSIONALIZANTE EM AGROEOCOLOGIA E SUAS ATUAÇÕES


NO TERRITÓRIO DO SISAL

Dariele Franscisca Oliveira de Jesus


Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
Núcleo de Estudos em Agroecologia Abelmanto
Graziele Lima Cruz
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia Abelmanto
Ludimila Santos Santana
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia Abelmanto

Resumo:
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano) campus
Serrinha, localizado no município de Serrinha-BA, constitui uma instituição de ensino
técnico profissionalizante sob a esfera federal e dentre os cursos ofertados, destaca-
se o curso técnico integrado em Agroecologia. Ao verificar os princípios
educacionais, o mesmo visa integrar ao seu currículo, questões que fortaleçam uma
produção e tradução cultural, intelectual, histórica que relaciona o itinerário formativo
do (a) discente com o mundo do trabalho, a formação técnico humanística integral e
com o contexto socioeconômico (PPC, 2015). Dentre as atividades propostas no
plano pedagógico do curso, bem como nos componentes curriculares, suas
premissas são pautadas em fomentar uma aproximação entre os conhecimentos
teóricos e as comunidades circunvizinhas, vislumbrando uma educação
contextualizada e respeitando-se as especificidades locais. Sob esta perspectiva,
este trabalho tem como objetivo refletir sobre as experiências e vivências
pedagógicas do curso técnico em Agroecologia ofertado pelo IF Baiano campus
Serrinha, em municípios situados no território do Sisal, envolvendo temáticas que
norteiam a agroecologia, segurança alimentar e educação ambiental. Desta forma,
foram identificadas as atividades que visem esta relação entre teoria e prática, a
partir da experiência dos discentes com atividades de ensino, pesquisa e extensão
dos alunos que cursam o 3ºano, segundo os dados existentes nos grupos de
pesquisa: Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidade e Desenvolvimento Territorial
(LAPRUDES), Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), Núcleo de
Estudos em Agroecologia Abelmanto (NEA), Grupo de Pesquisa e Estudos sobre
Lavouras (XEROFILAS), Grupo de Teatro na Roça (CAATINGARTE) e (JURÚS).
Foram evidenciadas as seguintes ações: realização de projetos de extensão e
pesquisa que norteiam as temáticas: horta agroecológica, segurança alimentar,
educação ambiental formal e não formal, novas formas de aprender ciência, água,
convivência com o semiárido e tecnologias sociais. Percebe-se desta forma, que
estas dinâmicas tem desenvolvido uma visão crítica dos estudantes do curso de
agroecologia, atuando segundo a realidade a qual encontram-se inseridos. De
acordo com Lei de Diretrizes e Bases - Lei 9394/96 Art.39 presente no artigo Ensino
Médio e educação profissionalizante, está descrito que a educação profissional,
integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia,
216

conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Com


isso, os estudantes de agroecologia enquanto técnicos tem a oportunidade de
colocar em prática os seus conhecimentos e crescer enquanto profissional e ser
humano, pois o IF Baiano lhe proporciona estar presente em espaços que possam
demonstrar e apresentar seus projetos de pesquisa ou extensão e poder passar
seus conhecimentos para a comunidade. Ser técnico em agroecologia consiste em ir
além da chegada em determinada comunidade com os agricultores familiares e
impor o que eles devem fazer, o dever consiste em dialogar os diversos tipos de
conhecimentos para que possam ser valorizada a racionalidade ambiental em seus
diferentes contextos.

Palavras-chave: IF Baiano; Agroecologia; Educação.


217

VIVÊNCIAS DE ESTÁGIO III: OS DESAFIOS NOS PROCESSOS DE


CONSTRUÇÃO DA LEITURA E ESCRITA NOS ANOS INICIAIS

Derivânia de Jesus Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus XI Serrinha
[email protected]
Cenilza Pereira dos Santos
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus XI Serrinha
[email protected]

Resumo:
O estágio é um momento da formação acadêmica que possibilita a reflexão teoria e
prática. É nesse espaço que lidamos com diversos desafios no fazer pedagógico,
exigindo novas estratégias e reflexões. Nesse sentido, a experiência de estágio III
que ocorreu no 2º ano dos anos iniciais, foi um espaço formativo ímpar, visto que,
permitiu vivenciar outros contextos de aprendizagem sobre os processos de leitura e
escrita, e a relevância da valorização das produções autônomas das crianças. Dessa
forma, buscamos fundamentar a discussão sobre a leitura e escrita a partir dos
trabalhos de Bacha (1975), Cagliari (2009), Freire (2011) e Martins (1994), e dado
que, discutem sobre a leitura e a escrita como importantes no processo de
transformação social. Porém, é necessário levar em conta as dificuldades das
crianças, valorizando as nuances culturais na construção do conhecimento. Partindo
dessa perspectiva, o trabalho teve como questão norteadora: Quais os desafios no
processo de leitura e escrita na experiência de estágio III? Tivemos como objetivo
geral: Apresentar as reflexões críticas sobre o processo de leitura e escrita na
experiência de estágio no 2º dos anos iniciais. Sendo os objetivos específicos;
refletir sobre as diversas formas de leitura para um aprendizado significativo; relatar
a importância da valorização da escrita autônoma da criança; analisar os possíveis
desafios vivenciados no percurso do estágio III quanto ás práticas de leitura e
escrita. A metodologia se estruturou pela abordagem qualitativa, tendo inspiração no
projeto de intervenção cuja concepção se fundamentou no construtivismo. As ações
se voltaram para a valorização dos conhecimentos dos educandos, estimulando os
como construtores do seu próprio aprendizado. Utilizamos como instrumento de
coleta de informações a observação do campo empírico e da prática pedagógica
docente, realizamos entrevista semiestruturada com a coordenação e a direção da
escola. As crianças estavam acostumadas a reproduzir o que já estava escrito,
apresentavam dificuldades tanto na leitura individual e na escrita cursiva e
autônoma. Assim, como ações prioritárias realizadas: oficinas lúdicas, atividades
com diversidade de gêneros textuais, atividades de expressão livre de escrita e entre
outros. Por fim, mediante a pesquisa concluímos que há muitas dificuldades a serem
vencidas em relação ao processo de construção de leitura e escrita no cenário do 2º
ano, tais como: dificuldades de decodificação e codificação das palavras e a
dificuldade da autonomia, liberdade no exercício do uso social da escrita. Portanto, o
estágio propiciou um novo olhar sobre o fazer pedagógico e a importância da leitura
e escrita para a formação de crianças construtoras do seu aprendizado.

Palavras-chave: Leitura; Escrita; Estágio.


218

INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM ESCOLAS MULTISSERIADAS: CONTRIBUIÇÕES


DO PROGRAMA SABERES DO CAMPO PARA O MUNICÍPIO DE QUIXABEIRA-
BA

Éden Santos de Castro


Universidad Nacional de Rosario
[email protected]

Resumo:
As classes multisseriadas possuem uma configuração diferente das classes
urbanas, mas devido à referência de qualidade estar focada no modelo seriado
urbanocêntrico, a metodologia utilizada nelas, na maioria das vezes, segue a
utilizada nas escolas seriadas. Por conta disso, os professores reproduzem o
currículo urbano e muitos deles, por falta de uma devida formação, não sabem o que
fazer com a heterogeneidade da multisseriação, separando os alunos por grupos-
série, perpetuando divisão e desigualdade e fugindo do verdadeiro ideal. O presente
trabalho resulta da análise de uma experiência profissional ocorrida no município de
Quixabeira que pretendeu, através de um programa de formação elaborado e
executado pela coordenação pedagógica das escolas multisseriadas do próprio
município, capacitar professoras de escolas multisseriadas para atuarem como
formadoras de alunos-pesquisadores, oportunizando o acesso introdutório à
pesquisa e à ciência, ao mesmo tempo em que valorizando os saberes locais e
globais historicamente construídos pelos indivíduos, pelas comunidades e pela
humanidade. Tal estudo teve como questão norteadora: qual a contribuição do
Programa Saberes do Campo para a iniciação científica dos alunos das escolas
multisseriadas do município de Quixabeira? Para a realização do mesmo foi
necessário compreender as possibilidades e desafios da ação docente em classes
multisseriadas, analisar a proposta metodológica do Programa Saberes do Campo
do município de Quixabeira e compreender de que maneira o Programa Saberes do
Campo auxiliou no processo de iniciação científica dos alunos das escolas
multisseriadas do município de Quixabeira. O trabalho desenvolvido fundamentou-se
em autores de referência sobre Educação do Campo e Classe Multisseriada, tais
como: Arroyo (2012), Saviani (2000), Martins e Marsiglia (2010), Gohn (2012),
Antunes-Rocha (2010). A justificativa para a elaboração do Programa Saberes do
Campo se deu pela necessidade da garantia do direito a uma educação pública,
gratuita e de qualidade para todos conquistada pela intensificação das lutas sociais
que abriu à população brasileira um cenário de respeito e adequação educacional às
singularidades culturais e regionais, o que se desdobrou no surgimento de uma
educação do campo e no campo, com qualidade e valorização dos saberes próprios
desse povo, garantida pelas Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas
Escolas do Campo. A pesquisa de cunho qualitativo foi realizada através de
observação participante e análise de documentos e permitiu verificar que através da
elaboração de módulos de formação docente e do direcionamento e orientação de
atividades práticas a partir desses módulos, bem como da realização pelas
professoras de atividades de pesquisa de campo com os alunos das escolas
multisseriadas em suas respectivas comunidades sobre temáticas locais os alunos
puderam experimentar momentos de investigação científica inicial através de coleta
219

de materiais, observação da comunidade e entrevistas a membros das localidades,


além de realizarem análise do material coletado, elaboração de cartazes para
apresentação e momentos de socialização das experiências de pesquisa. Conclui-se
que o Programa Saberes do Campo possibilitou um trabalho através do qual as
funções docentes se ampliaram pois visaram não somente o ensino de conteúdos
mas a formação de alunos-pesquisadores que, em conjunto com as professoras,
puderam ir a campo analisar, refletir e dialogar com a sua própria realidade em
paralelo com a realidade global na qual também estão inseridos para, assim, poder
efetivar o direito de igualdade pautado na diversidade e na singularidade dos povos.

Palavras-chave: Educação do Campo; Classe Multisseriada; Programa Saberes do


Campo; Iniciação científica.
220

O BRINCAR E AS APRENDIZAGENS SOCIAIS DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

Edna Silva Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus XI
[email protected]
Renata Adrian Ribeiro Santos Ramos
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus XI
[email protected]

Resumo:
Neste trabalho objetivou-se conhecer a realidade de aspectos da prática educativa
no contexto de uma escola pública do município de Serrinha-BA da Educação
Infantil, destacando a importância do brincar e as aprendizagens sociais da criança
através dessa prática. Traz como problema investigativo: De que maneira o brincar
contribui para a construção de aprendizagens sociais pela criança na Educação
Infantil no contexto de uma turma de Pré-escola pública de Serrinha/BA? Assim,
cabe evidenciar que este recorte feito da ação da pesquisa desenvolvida, articula-se
com o eixo 5: Novos contextos de aprendizagens deste III seminário. Tem como
objetivo geral: conhecer as contribuições do brincar para a construção de
aprendizagens sociais da criança na Educação Infantil. E como objetivos
específicos: caracterizar as crianças do ponto de vista biopsicossocial; identificar
como as crianças interagem entre si no momento do brincar; e relacionar o brincar
às aprendizagens sociais desenvolvidas pelas crianças. Para fundamentar a
pesquisa, foram utilizados alguns autores, tais como Ariès (1978); Kramer (1999)
Moyles (2002); além de alguns documentos legais, como a Constituição Federal
(1988) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC-BRASIL, 2017), entre outros.
Este trabalho equivale-se de uma pesquisa de campo, com observação da prática
docente com as crianças e entrevista com a professora, embasada na abordagem
qualitativa. Portanto, conclui-se que as crianças aprendem enquanto brincam,
possibilitando uma relação natural com o mundo, compartilhando suas emoções,
socialização, descobertas, se descobrindo e adquirindo aprendizagens para a vida.
O brincar é uma das maneiras mais naturais e divertidas de construir conhecimento,
possibilitando o desenvolvimento da autonomia do ser que brinca. De acordo as
observações e os estudos com os autores, pode-se evidenciar que o brincar entre as
crianças acontece como algo natural e inerente ao seu processo de
desenvolvimento. Elas brincam sozinhas e em grupo, imitando e reinventando
sentidos da realidade. Com a intensão de descobrir de que maneira o brincar
contribui para a construção de aprendizagens sociais pela criança na Educação
Infantil, foi necessária a observação do cotidiano das mesmas, numa turma de Pré-
escola II, com faixa etária entre cinco e seis anos, além de uma entrevista com a
docente. A entrevista visou coletar informações sobre a formação, qualificação e
qual a concepção que a docente tinha em relação a prática do brincar na sala de
aula e como as crianças aprendiam através desta. Os critérios para essa seleção
deram-se por conta da frequência assídua dos sujeitos observados. Os resultados
da análise de dados evidenciaram que a professora valorizava o brincar como uma
condição inerente ao ser criança, reconhecendo sua importância para as
221

aprendizagens sociais, assim como também considerava a criança como um sujeito


em processo de desenvolvimento, enfatizando que é fundamental sua participação
em todo o processo.

Palavras-chave: Brincar; aprendizagens; Educação Infantil.


222

O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA CONTEMPORANEIDADE: AS


TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO
ALIADAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO
BÁSICA

Elizabeth Mota Nazareth de Almeida


Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde do Centro Baiano
[email protected]
Arnaldo Sebastião da Silva Neto
Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde do Centro Baiano
[email protected]
Mirian Almeida de Menezes
Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde do Centro Baiano
[email protected]

Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo apresentar os resultados parciais do projeto
de pesquisa inserido no âmbito do Doutorado em Estudos Linguísticos/UEFS, a
partir de uma proposta de trabalho didático-pedagógico do ensino do léxico com foco
na variação, aliado a uma plataforma digital de aprendizagem, buscando apontar
possibilidades para o estudo do léxico de maneira contextualizada e dialógica do
português como língua materna e para ampliação da competência lexical dos
estudantes de uma Escola Básica da rede pública estadual de ensino, inseridos em
uma sociedade tecnológica digital. Para isso, propormos um caminho teórico-
metodológico contextualizado para o estudo do léxico, tomando por base
principalmente o que preconizam teóricos como Ferraz (2010; 2014; 2006; 2016;
2017), Isquerdo (2014), Barbosa (1990), Ilari (2002), Seide e Hintze (2015); Barreiros
(2018; 2016) e Antunes (2012), ao considerarmos o léxico como parte fundamental
para domínio de uma língua (FERRAZ, 2014), indo além de mero apêndice nas
gramáticas tradicionais, para figurar como nível de análise tanto para a
"compreensão do funcionamento do sistema, quanto para a compreensão do
processo de produção cultural" (FERRAZ, 2017, p. 413), além de teóricos como
Lévy (1999); Chartier (1999); Xavier (2007; 2011) e Tapscott (2010), ao propormos o
uso integrado das TDIC em sala de aula. Pensando em propor um caminho teórico-
metodológico para o ensino contextualizado do léxico na contemporaneidade, o
projeto seguirá as trilhas das pesquisas de natureza aplicada, ao nos apoiarmos na
Linguística Aplicada, mais especificamente no âmbito da Lexicologia Aplicada, no
que diz respeito à adaptação das investigações de natureza lexicológicas ao ensino
(ORSI, 2012, p. 172), e em uma abordagem qualitativa. Como uma das etapas das
ações a serem realizadas no projeto, prevemos a revitalização do laboratório de
informática do Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde do Centro
Baiano, escola lócus da pesquisa. Nesta direção, implementamos o Núcleo de
Educação, Letramentos e Tecnologias Digitais com o objetivo de desenvolver e
orientar pesquisas voltadas para a área de Ciências da Educação; Linguagem e
Sociedade; Multiletramentos; e, Uso de Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação (TDIC). A partir desses pressupostos, como resultados esperados,
intentamos apresentar direções que levem ao ensino contextualizado do léxico na
223

Educação Básica na contemporaneidade e que promovam a ampliação da


competência lexical dos estudantes, articulando o estudo do léxico ao ensino-
aprendizagem do português como língua materna, contribuindo assim para as
construções de sentido, reflexão sobre questões linguísticas e identitárias.

Palavras-chave: Língua portuguesa; Léxico; Ensino-aprendizagem; Tecnologias


digitais.
224

PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS COMUNITÁRIAS: CONTEXTOS PARA A


FORMAÇÃO CIDADÃ E APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA LOCAL

Erisvaldo S. Souza
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus I
[email protected]
SSEETU – REDE EDUCA/Uneb
Francisca de Paula S. da Silva
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus I
SSEETU – REDE EDUCA/Uneb
Alfredo E. Rodrigues Matta
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus I
REDE EDUCA /SSEETU – Uneb

Resumo:
A atual conjuntura tecnológica digital impõe as instituições escolares, e
consequentemente ao processo de ensino e aprendizagem, a busca pelo
desenvolvimento de encantos que levem os estudantes a se sentirem atraídos e
motivados pela/na escola. Essa instituição, que realiza as funções de socialização e
transmissão dos saberes, através do diálogo, favorecendo aquilo que Freire (1996),
afirma: Não há docência sem discência. Partindo do pressuposto de que a escola se
configura como o local estruturado, com liberdade e com finalidades socializadoras
determinantes à transformação da realidade, as quais consistem na aquisição de
valores, atitudes, hábitos e padrões de comportamento socialmente recomendados,
para, assim, tratar das questões consideradas complexas da sociedade. Na
perspectiva de ver/fazer acontecer na escola um contexto de aprendizagens
inovadoras, Machado (2019), acredita que a escola, é o espaço de “alargamento de
horizontes”, favorecendo a convivência entre os outros, principalmente com o Outro,
significando a diferença no futuro dos estudantes, os quais têm as suas bases nas
práticas socioculturais, principalmente as consideradas originais do lugar, do
contexto vivenciado, ainda que essas práticas tenham alguma ligação ou
representação de uma determinada ideologia emblemática, fazendo ou não parte do
calendário comemorativo da comunidade. Essas práticas, que sendo da/na zona
urbana, atrai uma atenção maior dos meios de comunicação, do que aquelas
eminentemente rurais, como é o caso da Festa do Pescador, que ocorre com bases
ideológicas ambientais, na comunidade do Mergulho, povoado do distrito de Ipuaçú
em Feira de Santana. Ao colocar as práticas urbanas, numa condição de presumível
hegemonia cultural, corre-se o risco de que as práticas socioculturais rurais sejam
colocadas numa espécie de desterro cultural, afastando-as das possibilidades
tecnológicas propiciadoras de um alcance maior, culminando com perdas de
oportunidades impares de preservação/difusão dessas práticas comunitárias, bem
como dos modos de incentivar/motivar às novas gerações à prática. Assim, coloca-
se como problema, a inexistência de uma solução tecnológica digital, que oportunize
o reconhecimento/valorização/difusão das práticas socioculturais das comunidades
detentoras dos seus modos singulares de expressão, em especial da comunidade
supracitada. Objetiva-se assim, a construção de uma solução pedagógica, com
premissas de sustentabilidade, como meio de promover a reversão da provável
225

hegemonia cultural urbana reinante nos meios de comunicação, em uma forma de


integração cultural campo/cidade. Propõe-se, também, a motivar/incentivar as novas
gerações para que reconheçam o valor e o aprendizado que essas produções
socioculturais exercem na sua formação cidadã. O estudo está embasado na
abordagem metodológica DBR1, em diálogos com os sujeitos, nas rodas de
conversas, bem como da observação/participante do pesquisador, que coletiva e
colaborativamente, com as comunidades escolar e geral, produzirão a solução acima
referida, que auxiliará na preservação/difusão de suas práticas socioculturais. O
percurso do estudo tem início com as visitas as comunidades, bate papos,
discussões e a pesquisa sobre as origens das práticas locais, através de
depoimentos das pessoas que vivem há mais tempo no lugar, promovendo assim a
vinculação cultural entre o dito e o vivido. Com as bases teóricas de Freire
(1984,1987, 1989, 2007), Scocuglia (2019), Brandão (2009), Gramsci (1982),
Bakhtin (2006), Vygotsky (2005), Matta (2005, 2012, 2014), Schaff (1995), Castells
(1999), Souza (2017), Williams (2011), Boaventura (2017) e outros que discutem a
temática, buscaremos alcançar os objetivos propostos. Espera-se que ao final do
estudo, a solução pedagógica transforme em realidade os desejos dos sujeitos das
comunidades, quanto ao reconhecimento/valorização/difusão de suas práticas
socioculturais, e que essas possam ser sentidas e difundidas não apenas por/para
esses sujeitos da comunidade, mas que contribua no processo de reversão da
presumível hegemonia cultural urbana, promovendo a interação/integração entre as
práticas socioculturais e os seus criadores/produtores.

Palavras-chave: Práticas socioculturais; Comunidades; Diálogo; Tecnologia Digital.

1 DBR pode ser traduzida livremente em Pesquisa em Aplicação


226

CHATBOT NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Fábio Jose de Castro e Lima


Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
[email protected]
Yanna Leidy Ketley Fernandes Cruz
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
[email protected]
Antonio Fhillipi Maciel Silva
Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
[email protected]

Resumo:
O termo chatbot foi proposto em 1994 por Michael Maulding para identificar os
programas de computador que permitem a interação (conversação) com usuários
humanos (ABU SHAWAR & ATWELL, 2007). Chatbots são agentes de conversação,
ou melhor, aplicativos inteligentes que simulam a conversação como se fossem
seres humanos. Dessa forma, através de sugestões contextuais, o chatbot consegue
aprender e responder perguntas em diversos contextos, tornando-se, portanto, mais
humanizado ao fazer uso do Processamento da Linguagem Natural - PLN. Este
projeto, tem por objetivo implantar um chatbot como ferramenta de apoio pedagógico
entre professores e alunos dos cursos oferecidos pelo Núcleo de Educação à
Distância – NEAD, da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. Nesse contexto,
o chatbot será implementado como uma ferramenta síncrona, na qual permitirá aos
alunos, por meio de conversas e interações, terem, a qualquer momento, um
mecanismo para resolução de dúvidas relacionadas ao conteúdo das disciplinas
disponíveis. É importante destacar que, tal ferramenta não será implantada com a
finalidade de substituir o professor, mas, como um mecanismo auxiliar no processo
de ensino/aprendizagem. Destaca-se, também, a importância do professor e do
apoio técnico especializado na preparação dos conteúdos a serem utilizados como
base de informação do chatbot, sem o qual seria impossível o seu desenvolvimento.
O projeto encontra-se em sua fase inicial, buscando identificar, em conjunto com
professores de diversas disciplinas, conteúdos que serão utilizados como base de
informação para o chatbot. Além disso, está sendo realizada a triagem das principais
dúvidas e questionamentos dos alunos relacionadas ao contexto educacional. Por
fim, será realizada uma análise quantitativa, visando identificar características como
tempo de uso, quantidade perguntas respondidas corretamente, nível de satisfação
dos alunos com as respostas recebidas, entre outras. Será realizada, também, uma
análise qualitativa, por meio de entrevista e acompanhamento pedagógico, na qual
dados serão coletados visando identificar as principais contribuições do chatbot no
processo de ensino/aprendizagem.

Palavras-chave: Chatbot; Ambiente Virtual de Aprendizagem; Ensino à Distância.


227

O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DE PAULO FREIRE E OS ARGUMENTOS


JUSFILOSÓFICOS DE NORBERTO BOBBIO: A LABUTA POR UMA VISÃO
MAIS HUMANIZADORA NOS CURSOS DE DIREITO DA UNEB E DA FVC

Filipe Costa
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
NGEALC
Leonardo da Silva Vitorino
Fundação Visconde de Cairu
[email protected]
Lívia Assunção Vitorino
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]

Resumo:
Vincular as reflexões de Freire (2013,1992, 1983),educador nordestino e defensor de
uma educação como prática libertadora e Bobbio (2010, 2000, 1995), renomado
jurista italiano, defensor da educação para a cidadania, ao eixo 5 - Novos contextos
de aprendizagem, é inovador na interface Direito e Educação e oportuniza uma visão
mais humanizadora.Reconhece-se que os ilustres autores ajudam a vislumbrar
melhor a ação didático - pedagógica nos cursos de bacharelado em Direito.
Ressalta-se, entretanto, que a militância de Freire e Bobbio é em prol de melhores
condições de vida para os excluídos da nossa sociedade. O Direito pode e deve
desenvolver um importante papel na luta contra-hegemônica, assim como pode ser
usado para obter conquistas políticas importantes para populações oprimidas,
através do chamado uso crítico do Direito por operadores jurídicos conscientes do
ideário político por detrás das regras aparentemente neutras. A nossa indagação
para a pesquisa foi a seguinte: Como Freire e Bobbio contribuem para (re) pensar o
curso de Direito de forma prática/utilitária e dialógica? O objetivo geral é mostrar
que os referenciais freireano e bobbiano têm contribuído para ampliar a pesquisa
em Direito no trato de objetos de investigação, categorias analíticas e processos
metodológicos, com repercussões sobre a formação e a prática pedagógica. Em
relação à metodologia optamos por snowball (bola de neve), técnica metodológica
para pesquisa comunitária, forma de investigação sociocultural que exige a utilização
de um conjunto de procedimentos e normas que possibilitam a organização e
produção de conhecimento. Nessa técnica os participantes iniciais de um estudo
indicam novos participantes que, por sua vez, indicam outras pessoas e assim
sucessivamente, até que seja alcançado o objetivo proposto(o“ponto de
saturação”).O questionário foi enviado por e-mail e/ou watshapp com a solicitação de
que fosse respondido e devolvido e indicado uma forma de contato com outro
profissional para também responder o questionário. Enviou-se títulos de obras e
sinopses de Freire e Bobbio, sendo tarefa do /a estudante, dentre outras
solicitações, indicar em ordem crescente as obras recomendadas para leitura e
debates.Obteve-se questionários respondidos por 50(cinquenta) acadêmicos.
Comunga-se com a ideia de Gomes (2008) que a educação sociocomunitária tem
estreita relação com o Direito, cuja função excede o simples regulamentar as
228

relações sociais para ir além, buscando justiça, igualdade e paz social. A extensão
universitária no campo do Direito, solicitação dos pesquisadores após contato com
as respostas dos/as entrevistados/as, é recomendável para inserção de teorias
críticas nos cursos de Direito. Assim, o Direito deixa de ser um tema exclusivamente
para os letrados tornando-se um instrumento de conscientização política.Os
resultados apresentados atestam que os discentes dos cursos de Direito da UNEB e
FVC são favoráveis à propagação das ideias de Freire e Bobbio quer seja através
de cursos de extensão, fóruns de debates e disciplinas optativas. Portanto, a essa
contribuição teórico-metodológica parece estar reservada uma vida longa.

Palavras-chave: Direito; Discentes; Freire; Bobbio; Snowball.


.
229

PROJETO DE EXTENSÃO ALFAGARIS: UMA REFLEXÃO SOBRE AS


EXPERIÊNCIAS ALFABETIZADORA

Geisa Sousa Salomão


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Grupo de Estudo e Pesquisa em História, Educação e Gênero (GEPHEG)
Rogéria Gonçalves Mota
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Grupo de Estudo e Pesquisa em História, Educação e Gênero (GEPHEG)

Resumo:
O presente trabalho relata as experiências vivenciadas no transcorrer do Projeto de
Extensão Alfagaris (Alfabetização dos agentes de limpeza), contemplando
importantes etapas entre a pesquisa e a extensão em meio aos desafios e
conquistas por parte das alfabetizadoras. O mencionado projeto tem como objetivo a
alfabetização de jovens e adultos profissionais de limpeza pública de Feira de
Santana, Bahia, em uma parceria entre a UEFS – através do Programa de Extensão
(PROEX) – e a Empresa de Saneamento Sustentare S.A. Além disso, é de suma
relevância para a construção de uma identidade docente, no que se refere à
Educação de Jovens e Adultos, modalidade educacional que acontecia em um
ambiente não formal. Sendo assim, abordaremos como se deu esta experiência
durante o nosso processo formativo, proporcionada pelo convênio entre a instituição
de ensino e a empresa financiadora. A Universidade Estadual de Feira de Santana –
UEFS assume o desafio socioeducativo, em parceria com a Empresa Sustentare
S.A, de reverter o índice de agentes de limpezas não alfabetizados ou de baixa
escolarização na cidade de Feira de Santana, com vistas a contribuir para a
melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos. A parceria na ação envolve
bolsistas alfabetizadoras, coordenadoras pedagógicas, coordenadora administrativa,
por meio de uma ação pedagógica numa perspectiva sócio interacionista. A partir
desta parceria o Projeto de Extensão Alfagaris é realizado da seguinte forma: de
segunda a quinta-feira acontecem as aulas com as bolsistas com três horas diárias.
A avaliação e planejamento semanal do projeto, são realizados às sextas-feiras,
envolvendo a produção de material didático sob a orientação da coordenação
vigente. A empresa Sustentare S.A se responsabiliza pelo pagamento das bolsistas
alfabetizadoras, organização das salas de aula, a reprodução/aquisição de material
didático, de apoio, de fardamento e de merenda para os educandos. A UEFS se
responsabiliza pela Coordenação Pedagógica com professoras que tenham
experiências na Educação de Jovens e Adultos e trabalha em parceria com a
coordenação administrativa da empresa e sob a orientação da Pró- Reitoria de
Extensão. As ações desenvolvidas têm a marca do compromisso, de
responsabilidade social, do respeito aos parceiros e aos cidadãos envolvidos
diretamente no projeto. E por acreditar que a alfabetização é um ato político, que
envolve a aquisição do domínio da leitura e da escrita e tudo isso se torna mais
latente diante do atual cenário caótico da educação no Brasil que tem uma
população de jovens e adultos analfabetos e com histórias de vida árdua, tomamos
230

como ponto de partida as experiências dos sujeitos no processo da aprendizagem,


sendo o nosso ponto de chegada o domínio e aquisição dos códigos linguísticos.
Para Ferreiro (2000, p.17): “[...] Saber algo a respeito de certo objeto não quer dizer,
necessariamente, saber algo socialmente aceito como “conhecimento [...] ”. Neste
sentido buscamos partir da curiosidade dos alunos, aumentando seu interesse em
buscar saber mais disto ou daquilo que o inquieta, na busca por provocar o desejo
de aprender cada vez mais. Assim ressalta Freire (2015, p.85): “O exercício da
curiosidade convoca à imaginação, a intuição, as emoções [...]”. Nas aulas
buscamos provocar os alunos a partir de suas vivências, por acreditar que estes têm
liberdade para nos dizer o que queriam aprender, o que indica o tema gerador para
ampliar seus conhecimentos.

Palavras-chave: Alfabetização; Educação de Jovens e Adultos; Formação.


231

A CATEGORIA TERRITÓRIO PRESENTE NOS LIVROS DIDÁTICOS DE


GEOGRAFIA DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DO PNLD

Gilton Cruz dos Santos


UNEB/PROET/Geo(bio)grafar
[email protected]
Simone Santos de Oliveira
UNEB/PROET/Geo(bio)grafar
[email protected]

Resumo:
Trata-se de um trabalho vinculado a um projeto de pesquisa de mestrado do
Programa de Pós-graduação em Estudos Territoriais (PROET) da Universidade do
Estado da Bahia (UNEB/Campus I/Salvador), cujo objeto versa sobre a categoria
território contida no livro didático de Geografia. A problematização envolve o
seguinte questionamento: - como a categoria território é abordada nos livros
didáticos de Geografia do 6º ano do ensino fundamental II do Programa Nacional do
Livro Didático (PNLD) do triênio 2017 a 2019, adotadas em duas escolas públicas
localizadas no município de Simões Filho, no Território de Identidade Metropolitano
de Salvador? É importante ressaltar que tal inquietação surgiu devido às dificuldades
enfrentadas pelos professores de Geografia durante a escolha do livro didático para
os anos finais do Ensino Fundamental II, derivando-se numa proposta de pesquisa
inicial, de natureza básica, de abordagem qualitativa vinculada ao PROET da
Universidade do Estado da Bahia, cuja metodologia envolve análise de Obras
Didáticas de Geografia do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). O principal
objetivo da pesquisa é analisar de que forma a categoria Território é abordada nos
livros didáticos de Geografia do 6º ano do Ensino Fundamental II do PNLD de 2017
a 2019, adotados em duas escolas no município de Simões Filho – BA, pois no
contexto da educação brasileira, o livro didático se tornou um recurso essencial e até
mesmo indispensável para o processo de ensino – aprendizagem geográfica. Nesse
caso, o dispositivo configura-se como o recurso mais utilizado pelos professores,
pois este material é constituído por textos diversos, além de charges, tiras, mapas,
histórias em quadrinho, dentre outras formas de linguagens, o que contribui para
novos contextos de aprendizagem que possibilitam associar as transformações
ocorridas no âmbito educacional, auxiliando o docente na inovação de suas
metodologias em sala de aula no intuito de flexibilizar a transposição didática do
conteúdo. Nesse contexto, os livros didáticos de Geografia do 6º ano do Ensino
Fundamental II do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) apresentam em um
de seus principais conteúdos a categoria Território, o qual tem embasamento em
diversos teóricos como: Claude Raffestein (1980), Marcelo Lopes de Souza (2000) e
Manuel Correia de Andrade (2004). Como esta pesquisa encontra-se em fase inicial,
em processo de ampliação do referencial teórico e ajustes no próprio projeto de
pesquisa, ainda não há resultados parciais para serem apontados.

Palavras-chave: Território; Livros didáticos de Geografia do 6º Ano; PNLD; Ensino


Fundamental II.
232

CIÊNCIA NA ESCOLA: EXPERIMENTAÇÃO CONTEXTUALIZADA,


INTERDISCIPLINAR, E PROBLEMATIZADORA DO MUNDO VIVIDO NO
MUNICÍPIO DE SERRINHA – BA

Giovane Araujo Carneiro


[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – campus Serrinha
LaPPRuDes - Ciência na Escola e Projeto financiado pelo CNPq
Duílio de Castro Santos
[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – campus Serrinha
LaPPRuDes - Ciência na Escola e Projeto financiado pelo CNPq
Josenilda dos Santos Anunciação
[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – campus Serrinha
LaPPRuDes - Ciência na Escola e Projeto financiado pelo CNPq

Resumo:
O despertar para a ciência, em muitas situações e contextos escolares e não
escolares representa uma dissociação entre teoria e prática. O ensino de ciências, a
partir dos anos 80, pode ser visualizado sob uma ótica que engloba as Ciências
Humanas e Sociais com uma (re)construção que envolve elementos humanos e não
apenas como uma verdade única e natural. Segundo Serafim (2001), o aluno que
não reconhece o conhecimento científico em situações do seu cotidiano, não foi
capaz de compreender os aspectos relacionados. A experimentação
problematizadora constitui uma das ferramentas que venha a consolidar e
estabelecer a dinâmica e indissociável relação entre teoria e prática. Assim, esta
pesquisa buscou estimular discentes do ensino fundamental em ações que
envolvam metodologias pautadas no estímulo à pesquisa no ensino de Ciências em
uma escola localizada no município de Lamarão-BA. A metodologia utilizada para a
execução do projeto foi através de oficinas, as quais tiveram atividade práticas e
dinâmicas com enfoque no ensino de Ciências. Os temas das oficinas consistiam em
atividades práticas voltadas ao contexto em que os discentes se encontravam
inseridos, permitindo-lhes observar a ciência presente em seu dia a dia e
relacionando-as com ações que norteiam o seu aprendizado, sendo realizadas nos
laboratórios do IFBaiano campus Serrinha-BA. Dentre as oficinas realizadas,
destacam-se: “Técnicas microscópicas” “Técnicas para coleta da água bruta”,
“Técnicas para análise de água bruta”, “Conhecendo o solo” e “Técnicas para
análise de água tratada”. Foi possível a percepção quanto o envolvimento dos
discentes nas atividades, os quais foram estimulados ao pensamento crítico do
ambiente ao qual encontram-se inseridos. Desta forma, as aulas práticas e
contextualizadas no ensino de Ciências possibilitaram a efetivação de diferentes
funções para diversas concepções do papel da escola e da forma de aprendizagem
(Krasilchik, 2000). Ainda para esta autora, a partir do momento em que a Ciência e a
Tecnologia foram reconhecidas como primordiais ao desenvolvimento econômico,
cultural e social, o ensino de ciências foi ampliando sua importância no tocante à
transformação do ensino. Também compreenderam, na prática, o significado dos
233

parâmetros observados nas análises das amostras e na coleta da água, além de


proporcionar aos discentes, espaço para dialogar sobre a relação entre Ciência e
Agroecologia. As concepções de Silva, Moura e Del Pino (2015) baseiam-se que a
atividade experimental problematizadora necessita ser compreendida a partir de um
despertar crítico e reflexivo, auxiliando na compreensão do fenômeno em si e na sua
própria realidade vivida, e não como uma estratégia de formação ou doutrinação do
aluno a agir de modo único. Na oficina “Conhecendo o solo” evidenciou-se a
contextualização deste recurso natural, sua diversidade, formação e técnicas de
manejo e conservação na agricultura familiar existente no semiárido local. Com a
realização desse projeto, pode-se concluir que aulas práticas e contextualizadas
permitiram aos estudantes perceber a ciência em seu cotidiano, além de se
caracterizar como um novo instrumento para uma ciência mais criativa e reflexiva
nas escolas.

Palavras-chave: Ensino; Investigação; Alfabetização Científica.


234

HORTA AGROECOLÓGICA:
CONSTRUINDO SABERES POR MEIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Graziele Lima Cruz


Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
Núcleo de Estudos em Agroecologia Abelmanto
Graziele de Oliveira Moura
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
Núcleo de Estudos em Agroecologia Abelmanto

Resumo:
A educação ambiental torna-se estratégia para a formação de indivíduos enquanto
sujeitos conscientes, solidários e sustentáveis. Verificando esta premissa, um dos
pontos de partida consiste em refletir sobre questões que norteiam a gestão
sustentável em diversos contextos, pois fomenta-se a educação transformadora, a
qual vislumbra a construção de indivíduos como sujeitos ativos e protagonistas do
processo em questão (FREIRE, 2001). Neste contexto, o projeto “Horta
Agroecológica: construindo saberes por meio da educação ambiental” tem como
objetivo a construção de uma horta suspensa sob a perspectiva da troca de saberes
entre os diferentes atores sociais que atuam em uma unidade escolar, utilizando
princípios que norteiam a agroecologia. A implementação de uma horta escolar
estimula a realização de várias atividades, dentre elas, a história da agricultura, da
comunidade, importância da educação ambiental e alimentar (CRIBB, 2010). As
ações foram executadas em uma escola da rede municipal denominada Pregidio
Pereira dos Santos, localizada na comunidade Maria Preta, município de Teofilândia-
BA, tendo como público, alunos do 5º ano, ensino fundamental. As estratégias
metodológicas foram baseadas em dinâmicas e oficinas pedagógicas, envolvendo
ações participativas e confecção de um diário de campo, as quais estão descritas
nas seguintes fases: Oficina de mobilização e reflexão sobre os saberes dos
discentes quanto à existência, implementação e utilização da horta suspensa
enquanto instrumento de educação ambiental contextualizada, a partir de novos
meios de aprendizagem. Posteriormente, a segunda atividade consistiu em uma
roda de conversa e realização de ações práticas para a o plantio das hortaliças.
Neste momento foram estimuladas reflexões sobre as discussões anteriores, bem
como histórias e experiências de vida sobre a prática realizada, sempre relacionando
a educação ambiental. Nestes momentos foram identificados elementos que
possibilitaram a integração da educação ambiental no ambiente escolar, pois, houve
motivação, interesse, habilidade no compartilhamento de experiências, bem como a
interação com outros contextos, inclusive relações com disciplinas dos componentes
curriculares existentes no plano pedagógico, bem como uma troca de
conhecimentos. Tal estratégia associa-se ao que Freire (1987) ressalta sobre a
importância de despertar o aluno, sendo necessário a utilização de “bagagem de
conhecimentos trazidos de casa”. Este diálogo de saberes foi consolidado em virtude
dos discentes já desenvolverem atividades voltadas à agricultura familiar em seu
cotidiano, assim, foram realizadas reflexões sobre hortaliças encontradas na região
e suas perspectivas de crescimento quanto às necessidades de água existente,
235

reutilização de materiais recicláveis, já que a horta foi confeccionada com garrafa


PET, bem como, princípios que norteiam a agroecologia associada à educação
ambiental. Desta forma, como ressalta Dias (1992), “sabe - se que a maioria dos
problemas ambientais tem suas raízes em fatores socioeconômicos, políticos e
culturais, e que não podem ser previstos ou resolvidos por meios puramente
tecnológicos”. Espera-se que os alunos iniciem suas reflexões sobre os diferentes
conteúdos desenvolvidos durante a execução do projeto, com perspectivas para
atuações e sensibilizações que norteiam a educação ambiental aos níveis local e
regional.

Palavras-chave: Educação ambiental; Meio ambiente; Horta agroecológica;


Conscientização.
236

EDUCAÇÃO INFANTIL É LUGAR DE BRINCAR? UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE


A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DO BRINCAR NA ESCOLA

Iranésia Santos Barbosa


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Beatriz Santos Moura
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Milena Helen de Jesus Oliveira
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]

Resumo:
O presente trabalho tem o intuito de apresentar os resultados do Estágio na
Educação Infantil, desenvolvido no período de setembro a novembro de 2018, em
uma turma do grupo 3, de uma escola pública da rede municipal, na cidade de
Serrinha-Bahia, orientado pela profa. Me. Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros
Ovídio, Coordenadora de Pesquisa e Estagio II – Educação Infantil, da Universidade
do Estado da Bahia/CAMPUS XI/SERRINHA. A questão motivadora para o projeto
de intervenção foi: como contribuir para o desenvolvimento e melhoria da
aprendizagem na creche Cheiro de Amor a partir da utilização de estratégias, que
envolvam o brincar? As intervenções realizadas durante o estágio da educação
infantil tiveram por finalidade, com base em pressupostos teóricos e os resultados da
pesquisa, apresentar evidências sobre as contribuições que o brincar oferece ao
desenvolvimento infantil no contexto escolar. Justifica-se pela importância que o
brincar possui para o desenvolvimento e aprendizado das crianças em processo
inicial de escolarização e a necessidade de esclarecer sobre o trabalho pedagógico
que deve ser desenvolvido com crianças, empregando como recurso didático o
brincar no contexto da educação infantil. Como subsídio teórico utilizou-se dos
estudos de Vygotsky (1991), Friedmann (1996), Kishimoto (1999), Moyles (2002),
entre outros que evocam o reconhecimento da necessidade da introdução e
utilização prática do brincar nas escolas. Com referência a metodologia, ao
desenvolvimento e resultados deste estudo, destaca-se uma pesquisa de cunho
qualitativo, pautada na pesquisa do tipo intervenção pedagógica, definida como uma
pesquisa que envolve planejamento e implementação de inferências (mudanças,
inovações pedagógicas) destinadas a gerar avanços, melhorias, nos processos de
aprendizagem dos sujeitos que delas participam e posteriormente avaliação dos
efeitos dessas inferências. Optou-se pela entrevista semiestruturada e a observação
do cotidiano escolar, como dispositivo de recolha de dados, tendo como sujeitos
colaboradores da pesquisa professora e gestora da unidade escolar. Além das
entrevistas e observações, foi desenvolvida um projeto de intervenção, tendo como
principal instrumento para registro de dados, o diário de campo. Foi possível
evidenciar através do estágio e dos estudos analisados, que o tema é importante
para o trabalho docente nesta área. Outra constatação, se refere ao número limitado
de brinquedos disponíveis e do espaço do brincar no planejamento das ações
pedagógicas que é negado para dar lugar a outras atividades, embora saibamos que
237

o brincar é a atividade predominante na infância. Todavia, questões referentes ao


espaço físico, a formação dos profissionais que atuam nesses espaços, limitação de
materiais/recursos, entre outros, demarcam as práticas pedagógicas desenvolvidas
com/para as crianças pequenas e revelam dificuldades para implementação do
brincar no contexto escolar. Cabe ainda, destacar a questão das particularidades
infantis que remetem a uma necessidade de elaboração e construção de um
currículo que contemple o universo da educação infantil, levando em conta o
contexto em que se insere a instituição. Portanto, os resultados deste estudo
indicam a necessidade de ampliar as reflexões a respeito das práticas pedagógicas
na educação infantil, a fim de garantir um currículo que contemple atividades que
envolvam o brincar e ofereçam espaços para as crianças terem liberdade de
inventar, criar, imaginar e experimentar livremente, explorando a si mesma, o outro e
o mundo. Por fim, pretende-se por meio deste trabalho oferecer aos profissionais da
educação e outros a oportunidade de reverem e, se necessário, reestruturarem seus
planos de trabalho, oportunizando que haja espaço para discussão do brincar no
currículo da educação Infantil, ou seja, um currículo para infância.

Palavras-chave: Brincar; Educação Infantil; Pesquisa e Estágio.


238

UNIVERSIDADE E ESCOLA BÁSICA: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO


EDUCATIVA EM CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM

Izabel Cristina Lima Dias Alves


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)/Mestrado Profissional em Intervenção
Educativa e Social (MPIES)
[email protected]
Educação Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Marcia Torres Neri Soares
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)/Mestrado Profissional em Intervenção
Educativa e Social (MPIES)
[email protected]
Educação Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Mônica Moreira de Oliveira Torres
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)/Mestrado Profissional em Intervenção
Educativa e Social (MPIES)
[email protected]
Educação Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
Esse trabalho tem inserção no Mestrado Profissional de Intervenção Educativa e
Social (MPIES) é proposto no intuito de encontrar estratégias que vão possibilitar a
elaboração de um plano de gestão pedagógica para os Complexos Integrados de
Educação (CIE), instituídos com a parceria entre Secretaria de Educação do Estado
da Bahia (SEC) e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a partir de uma ação
de intervenção educativa. Desse modo, apresenta uma reflexão sobre a importância
da articulação pedagógica da Universidade com a educação básica e destina-se a
profissionais que irão atuar como gestores, coordenador e articuladores na
perspectiva de subsidiar tais profissionais para efetivação de ações de
acompanhamento e gestão do espaço educativo CIE. O interesse pelo tema surgiu
em 2017, quando atuei no complexo Integrado de Educação de Ipiaú como
articuladora pedagógica na parceria entre UNEB e da SEC. Muitas foram as
dificuldades encontradas, entre elas a barreira imposta por parte dos professores
que resistiam a inferências e a reflexões das práticas desenvolvidas no âmbito da
escola. Tem como objetivo geral a elaboração de um plano de gestão pedagógica e
institucional para articulação da Universidade do Estado da Bahia com o CIE, em
Ipiaú e como objetivos específicos: elaboração um plano de ação das atividades
pedagógicas que deverão ser desenvolvidas com a finalidade de favorecer a
articulação entre a universidade e a educação básica; estabelecer um cronograma
de reuniões com o grupo de gestores, coordenadores e articuladores de área para
formular atividades e ações que deverão ser desenvolvidas pela Universidade nos
CIE’s. Na fundamentação teórica será utilizado (DINIZ-PEREIRA, 2008), (LÜDKE,
2009), (GOLDEMBERG 1993), (KUENZER,1999), (OLIVEIRA,2010) dentre outros.
Espera-se, nesse estudo, a consolidação de uma melhoria na qualidade do ensino
básico além de permitir uma aproximação na relação entre universidade e educação
básica .Espera-se ainda que a percepção dos agentes sociais do CIE seja positiva e
permita construir novas formas curriculares e novos eixos disciplinares
239

Palavras-chave: Educação básica; Ensino superior; Intervenção educativa.


240

O QUE OUVIMOS, O QUE VIMOS E O QUE PRECISAMOS APRENDER SOBRE O


BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Janiquele Silva Mota


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Fabiana Ramos Araújo Santos
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Madryracy Ferreira Coutinho Medeiros Ovídio
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Teoria Social e Projeto Político Pedagógico (TSPPP)
[email protected]

Resumo:
Este trabalho tem como objetivo relatar o processo de observação, reflexão,
planejamento e execução do projeto de intervenção, realizada por nós durante a
experiência de Pesquisa e Estágio do curso de Licenciatura em Pedagogia da
Universidade do Estado da Bahia, sob coordenação da Profa. Me. Madryracy
Ferreira Coutinho Medeiros, realizada em uma turma da Educação Infantil, na rede
pública Municipal da cidade de Conceição do Coité- Bahia, que objetivou construir
junto as crianças, uma proposta de intervenção prática colaborativa a partir de uma
sequência didática a ser desenvolvida na Educação Infantil com o objetivo de
estimular o aprendizado infantil criando uma rotina de jogos e brincadeiras. Nessa
perspectiva, a nossa inquietação parte de como criar, de fato, uma rotina que inclua
jogos e brincadeiras no contexto pedagógico vivenciado por crianças em instituições
de Educação infantil? Essa questão serviu de referência e norteou a proposta de
intervenção pedagógica estruturada em uma sequência didática, cuja atividades
foram divididas em etapas estimulando brincadeiras e jogos; ordenando momentos
para o brincar na rotina da Educação infantil, utilizando o espaço interno e externo
da escola; facilitando a disposição dos brinquedos, mobiliário, e os demais
elementos da sala de aula, incitando as crianças a desenvolverem brincadeira nesta
ou naquela direção, mas só como incitações, nunca obrigação, deixando-as
tomarem a decisão de se engajarem na atividade. O aporte teórico deste trabalho
está pautado em Vygotsky (1984), Château (1988), Kishimoto (2011), entre outros
teóricos que estudam a temática da importância do brincar na Educação Infantil. O
modelo de investigação utilizado é de cunho qualitativo, embasado num estudo
exploratório-descritivo, usando como recursos metodológicos a observação das
crianças em sala de aula e em situação de recreação livre e a entrevista
semiestruturada. Após diversos momentos de observação da rotina escolar e das
análises realizadas durante a vivência na Educação infantil, pudemos constatar que
a brincadeira oportuniza às crianças ações na esfera imaginativa, criação das
intenções voluntárias, formação de planos da vida real, motivações intrínsecas e
oportunidade de interação com o outro, que, sem dúvida contribuirão para o seu
desenvolvimento. Portanto, é fundamental que o docente da Educação Infantil
reconheça a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil e suas
implicações para organizar o processo educativo de modo mais positivo,
241

colaborando para o desenvolvimento das crianças. Durante o Estágio com a inclusão


do brincar na rotina da Educação infantil intencionalmente, foi perceptível a
participação positiva das crianças nas diversas atividades propostas, levando-nos a
inferir que o uso dos jogos e brincadeiras na Educação infantil deve ganhar mais
espaço do que geralmente é dado. Considerando a relevância do brincar na
Educação Infantil ficam evidentes importantes questões não só para os
pesquisadores da área como também para os educadores que trabalham com esta
etapa da educação básica. É, de fato, imprescindível que os profissionais repensem
o lugar que o brincar tem ocupado dentro das instituições educativas, criando na
rotina, nos planejamentos mais espaços para as brincadeiras. Embora seja notório
os esforços da gestão escolar, dos profissionais de educação nesse trabalho para
garantia do ensino de qualidade, ainda precisamos empenhar esforços para
estabelecer uma articulação maior entre o brincar, o projeto pedagógico e a rotina de
atividades para que o brincar possa ser, de fato, um facilitador do desenvolvimento
humano. Certamente, ainda há muito para se fazer para que o brincar e sua relação
com a rotina, organização temporal e planejamento seja incluído nas instituições
educativas infantis. Contudo, esperamos que este relato de nossa experiência sirva
como um convite para que os professores e futuros professores de Educação Infantil
se deixem apaixonar pelo brincar e pelo sem fim de possibilidades nele existentes.

Palavras-chave: Brincar; Desenvolvimento Infantil; Educação Infantil; Pesquisa e


Estágio.
242

ENSINO-PESQUISA E EXTENSÃO VIVENCIADOS POR ESTUDANTES SURDOS


NO IF BAIANO – CAMPUS SERRINHA: UMA EXPERIÊNCIA COM SEMENTES
CRIOULAS

Jean Carlos Cardoso Silva Júnior


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial -
LaPPRuDes
Vinícius Marques de Santana
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
LaPPRuDes
Cristiane Barbosa Reis
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
LaPPRuDes

Resumo:
O presente trabalho foi desenvolvido com o propósito de envolver estudantes
surdos, do curso Técnico em Agroecologia em atividades de pesquisa e extensão no
Instituto Federal Baiano Campus Serrinha, por meio da disciplina Projeto Integrador.
Tomando como base o referencial teórico trazido por Caporal et al. (2009), que diz
que a Agroecologia é uma ciência do campo da complexidade que pressupõe o
envolvimento dos diferentes sujeitos na construção dos conhecimentos a partir das
suas vivências e dos contextos sociais, culturais, ambientais, políticos e econômicos
a partir dos saberes populares, transmitidos de forma intergeracional, e
conhecimento científico. E por Ferreira e Carvalho (2016) que defendem que as
sementes crioulas carregam saberes ancestrais das comunidades tradicionais e,
portanto, patrimônio biocultural das comunidades e, portanto, sendo um forte
elemento de ligação entre os saberes e de mesmas. Este trabalho é vinculado ao
projeto Multiplicação e Catalogação Bilingue de Sementes Crioulas que é
desenvolvido junto ao Banco de Sementes Crioulas do Laboratório de Políticas
Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial – LaPPRuDes. O Banco de
Sementes Crioulas do LaPPRuDes funciona com o propósito fomentar as ações de
ensino, pesquisa e extensão do grupo através do envolvimento de estudantes do IF
Baiano na multiplicação e intercâmbio de variedades crioulas entre as comunidades
e povos do campo onde atua. As ações de pesquisa desenvolvidas pelos estudantes
estão relacionadas a realização de levantamento e catalogação das sementes
crioulas das diferentes espécies e variedades, na realização de testes de viabilidade
das sementes armazenadas no banco, no estabelecimento do plantio e cultivo das
espécies e variedades. As atividades de extensão têm envolvido a troca de
experiencia com surdos e ouvintes sobre as sementes crioulas, possibilitando a
aproximação da comunidade surda com os saberes sobre as sementes crioulas.
Está previsto, ainda, a elaboração de um catálogo bilíngue (português, sinalização
em LIBRAS e escrita de sinais), e a apresentação da experiencia desenvolvida em
espaços acadêmicos e não acadêmicos, em especial para a comunidade surda. As
243

sementes crioulas têm se mostrado um importante “pano de fundo” na construção de


conhecimento essencial para a formação do profissional Técnico em Agroecologia
surdo e isso envolve a integralidade dos saberes que envolvem ações para além do
ensino, mais também de pesquisa e extensão.

Palavras-chave: Inclusão; Biodiversidade; Educação profissional.


244

DINÂMICA DO NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO DO DEDC XI DA UNEB ATRAVÉS


DA PRÁTICA DO JORNALISMO

Juliana Melo Leite


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Jonh Kenned Firmino Carneiro
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Grupo de Estudos em Tecnologias, Educação e Libras

Resumo:
O Núcleo de Comunicação do Departamento de Educação (DEDC) do Campus XI,
Serrinha, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), desde a sua implantação,
vem desenvolvendo ações que dão suporte a imagem institucional da Universidade,
assessoramento às mídias sociais existentes e a democratização da informação,
pensando uma sociedade detentora do conhecimento como instrumento para alterar
a sua realidade. Entre os produtos já consolidados, apresentamos o Boletim
Conexão Sisal, que é um informativo de circulação interna de produção de
textos/matéria com publicação periódica; a elaboração de matérias para o Portal de
Notícias da UNEB, cobertura de eventos com a finalidade de alimentar a TV
Universitária, a gestão das redes sociais com o alinhamento das principais notícias
que interferem diretamente no cotidiano da comunidade universitária e o envio de
releases para a mídia local e cidades circunvizinhas. O jornalismo é atividade
profissional que consiste em lidar com notícias factuais e divulgações de notícias.
Tem o propósito de coletar, editar, apurar e publicar informações eventuais. O
jornalista pode atuar em diversas áreas como rádio, televisão, websites, assessoria,
entre outras áreas da comunicação. Com base em fundamentos teóricos da
profissão do jornalismo, sobretudo da prática na web, que explora a instantaneidade
e a interatividade, o webtelejornal aplicado, tenta se adequar ao seu público direto e
objetivo. A prática do jornalismo na web tenta examina essa dinâmica mais rápida
usando de algumas ferramentas, como o audiovisual por chamar mais atenção. O
jornalismo informativo emerge das novas dinâmicas sociais, consolidando em
importantes produtos a serem consumidos por toda uma comunidade, seja ela
universitária ou não e adjacências. Ao acessar Traquina, 2004, o autor nos traz a
ideia da alfabetização das camadas populares, a partir da criação e expansão de
serviços educacionais públicos, como aspecto decisivo para a conquista de novos
leitores. A internet se tornou uma ferramenta útil para a expansão do jornalismo e a
legitimação das relações democráticas. Uma espécie de representante da sociedade
ou mesmo um porta-voz, ratificando o compromisso com o público. Dessa forma,
estando o Núcleo de Comunicação do DEDC XI, inserido em uma instituição pública
e popular, a UNEB, e que atua em diversas cidades do estado da Bahia, foi
necessário a utilização das abordagens do jornalismo para o escoamento de notícias
e informações inerentes à instituição, dando amplo e irrestrito conhecimento das
atividades ofertadas. Desde a sua implantação, o Núcleo de Comunicação pôde
observar que não só os estudantes do DEDC XI, mas toda a comunidade externa e
245

dos demais campi que compõe a multicampia e diversidade da UNEB, se mantêm


cada vez mais informados e participativos junto às ações oferecidas pela instituição.

Palavras-chave: Comunicação; Jornalismo; Informação; Sociedade.


246

NARRATIVAS DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA EM FORMAÇÃO INICIAL:


EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA, PIBID E APRENDIZAGENS DA/NA/SOBRE A
DOCÊNCIA

Jussara Fraga Portugal


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Geografia, Diversas Linguagens e Narrativas de professores –GEO(BIO)GRAFAR

Resumo:
Este trabalho apresenta um recorte da pesquisa Trajetórias de aprendizagem da
docência em Geografia: narrar, formar e iniciar desenvolvida no âmbito do estágio
pós-doutoral no Programa de Pós-graduação em Geografia, na Universidade
Estadual de Londrina – UEL, norte do estado do Paraná, na região sul do
país. Trata-se de um desdobramento/análise das situações formativas
experienciadas no devir das ações do subprojeto Formação docente e Geografia
Escolar: das práticas e saberes espaciais à construção do conhecimento geográfico,
desenvolvido na Universidade do Estado da Bahia, Campus XI, e em seis escolas de
educação básica de três munícipios – Conceição do Coité, Serrinha e Teofilândia –
do Território de Identidade do Sisal, no período de 2014-2018. Portanto, a minha
intenção é partilhar algumas reflexões decorrentes da análise interpretativa-
compreensiva das narrativas de formação de quinze professores, graduandos em
Geografia e que atuaram como bolsistas de iniciação á docência vinculados ao
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação á Docência – PIBID, contemplando,
sobretudo, as memórias e histórias narradas referentes às experiências formativas
vivenciadas no devir das práticas, a partir das ações didático-pedagógicas que
compuseram a proposta do subprojeto, as quais, segundo relatos, possibilitaram
relevantes aprendizagens da/na e sobre a docência em escolas rurais. A questão
norteadora da pesquisa foi: como os professores de Geografia em formação inicial,
bolsistas de iniciação à docência, concebem as aprendizagens da/na/sobre a
docência em escolas rurais a partir de situações experienciadas no âmbito do
referido subprojeto? Trata-se de uma investigação-formação de abordagem
qualitativa, ancorada nos princípios do método (auto)biográfico, cujas fontes –
memorial, diário de formação e entrevista narrativa – possibilitaram a apreensão do
objeto investigado. As narrativas escritas, grafadas nos memoriais e nos diários de
formação e, as orais, recolhidas mediante a realização de entrevistas narrativas
revelaram episódios marcantes nas trajetórias de vida-escolarização-formação e
evidenciaram as contribuições das situações formativas decorrentes das ações do
subprojeto e suas implicações no tornar-se professor de Geografia e na construção
da identidade docente.

Palavras-chave: Narrativas de Formação de Professores de Geografia;


Aprendizagem da/na/sobre a docência; PIBID; Educação Geográfica.
247

PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA SOBRE O


APOIO FAMILIAR PARA PERMANÊNCIA E CONCLUSÃO DO CURSO

Luciana Rios da Silva


Universidade Católica do Salvador (UCSAL)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Elaine Pedreira Rabinovich
Universidade Católica do Salvador (UCSAL)
Grupo de Pesquisa Ambiental do Instituto de Estudos Avançados – USP
Grupo de Pesquisa Família, (Auto)Biografia e Poética - FABEP/ UCSAL

Resumo:
O apoio familiar, tão importante no desenvolvimento da carreira profissional de
adolescentes e adultos jovens, torna-se ainda mais crucial quando se trata de
estudantes mulheres que voltam a estudar tardiamente e que já constituíram suas
próprias famílias, com filhos e cônjuge. A maioria justifica o retorno tardio aos
estudos, com a busca por melhoria na qualidade de vida familiar através de novas
possibilidades profissionais, bem como com o desejo de ascensão social, no
entanto, embora o objetivo dessas mulheres seja o bem estar da família, ao longo do
processo formativo, é comum que vivenciem conflitos pessoais motivados por
situações como não dar conta dos afazeres do lar ou das atividades acadêmicas,
fatores que podem ocasionar a auto cobrança excessiva e o consequente
acometimento de desconfortos emocionais, levando até, à evasão do curso. Este
estudo investigou a percepção de estudantes da graduação em Pedagogia, de uma
instituição de ensino superior da rede privada de Feira de Santana- Ba, sobre o
reflexo do apoio recebido da família, para permanência e conclusão do curso. O
estudo foi desenvolvido com estudantes do gênero feminino, concluintes de curso,
que além de graduandas, são mães, donas de casa e trabalham fora. Constituiu-se
em uma pesquisa de cunho qualitativo e teve como técnica de coleta de dados, a
aplicação de um formulário utilizado como instrumento de caracterização do perfil de
estudantes do referido curso, a partir do qual foram solicitadas informações
referentes aos dados sócio demográficos das mesmas, além de questões acerca
das dificuldades pedagógicas e de permanência, vivenciadas em suas trajetórias
acadêmicas. A revisão de literatura está pautada nas pesquisas de Bourdieu (1998),
Libâneo e Pimenta (1999), Libâneo (2010), Abrantes (2012) Salgado, Siqueira,
Salgado (2016), Nascimento (2016), entre outros. Para interpretação dos dados foi
utilizada a análise de conteúdos e os resultados apontaram para a importância do
apoio de familiares no processo formativo das futuras profissionais de educação,
sobretudo no tocante à compreensão de que estudar pode significar renúncias
momentâneas e na colaboração com a divisão de tarefas em casa, fatores que para
as estudantes, contribuem tanto para melhoria do desempenho educacional quanto
dos aspectos emocionais favorecendo, assim, o bem estar das relações familiares
durante a graduação.

Palavras-chave: Estudante de graduação; Apoio familiar; Permanência.


248

COMPREENSÃO SOBRE A EPISTEMOLOGIA AFRICANA PARA O EXERCÍCIO


DOCENTE: A PSICOLINGUÍSTICA DA LEITURA NA PROPOSTA DE
MEDIAÇÃO EM SALA DE AULA

Laryssa Victoria dos Santos Valente


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
NGEALC/UNEB
César Costa Vitorino
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Jhon Wanderson Nogueira Santana
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
NGEALC/UNEB

Resumo:
O Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros em Línguas e Culturas (NGEALC),
vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UNEB, alocado no prédio do
CPEDR/UNEB, 1º andar, sala 02, campus I, conta com a participação de docentes
da UNEB e de outras instituições e também de discentes do Departamento de
Ciências Humanas – DCH I / UNEB. Nas reuniões realizadas no grupo discutimos a
respeito de saberes sobre história e culturas africanas e afro-brasileira. Com a
intenção de proporcionar aos discentes do curso de licenciatura em História,
recentemente incluídos no grupo, alguns saberes sobre a África, elegemos como
reflexão dois capítulos (1 e 2) do livro A ÁFRICA EXPLICADA AOS MEUS FILHOS,
autoria do historiador Alberto da Costa e Silva (2009). A partir da leitura os
acadêmicos,segundo depoimento deles, souberam alguns segredos, detalhes do
passado do continente africano de onde veio boa parte dos nossos ancestrais. A
epistemologia africana tem de levar em consideração tanto as semelhanças quanto
as diferenças entre as diferentes concepções de conhecimento e verdade nas
diferentes culturas africanas. Malomalo (2018), refletindo sobre as epistemologias
que sustentam o pensamento africano e afro-diaspórico, enfatiza que deve-se
investir energias na educação para que os/as pesquisadores/as negros/as
brasileiros/as consigam a emancipação humana e cósmica.Para dar continuidade
aos estudos sobre epistemologia escolhemos como suporte teórico a Revista online
Gragoatá, especificamente Epistemologias e contemporaneidade: (re)discutindo
concepções e categorizações para língua(s), v. 24, n. 48, 2019,com artigos
analisados, pelos discentes do curso de licenciatura de História , de Scherer
(2019),Aquino (2019) e Dias (2019).A partir da produção de mapa conceitual feito
por 06(seis) discentes do curso de História da UNEB, campus I, fez-se uma relação
com os ensinamentos de Gabriel et al(2014),Vitorino (2017, 2016,2014) e Morais e
Kolinsky (2016) para mostrar aos discentes colaboradores da pesquisa que os
estudos psicolinguísticos vêm contribuindo decisivamente para entendermos como
funciona a linguagem humana. O objetivo consistiu em compreender os mecanismos
249

cognitivos de processamento da informação durante a leitura de estudantes


universitários na fase inicial da vida acadêmica. A metodologia respaldou-se em
Flick (2013),cuja pretensão consistiu em esclarecer pontos importantes para um
projeto de pesquisa social de cunho qualitativo.Em relação à pesquisa on –
line,opção para a nossa pesquisa,pode-se ressaltar como ponto positivo a
agilidade,devido ao baixo custo,retorno mais rápido,assim como a rápida formatação
do mapa conceitual solicitado.Conclui-se que a pertinência desta reflexão
fundamenta-se na promoção de sociedades inclusivas, em que diversificados tipos
de saber-sentir linguístico possam participar na construção da diversidade linguística
e para a harmonização social e a coesão nacional.

Palavras-chave:. NGEALC/UNEB; Epistemologia africana; Psicolinguística da


leitura; Mapa conceitual; Discentes de História.
250

O ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: REFLEXÕES SOBRE


UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO PARA A DOCÊNCIA

Ludmila de Almeida Miranda


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Gildaite Moura de Queiroz
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
O estudo emergiu do estágio no curso de Pedagogia da Uneb/Campus XI, realizado
em uma turma da Educação de Jovens de Adultos (EJA), em uma escola da rede
pública municipal de Serrinha-BA. Dessa experiência surgiu o interesse de refletir,
com mais atenção, sobre a importância do estágio e o modo como a prática
pedagógica no estágio pode colaborar na formação docente do estudante do curso
de Pedagogia. Torna-se necessário enfatizar que o estágio se estrutura em dois
momentos: o primeiro comporta o período de observação e entrevista (20h), e o
segundo momento a regência (80h), mediada pelo projeto de intervenção que partiu
do seguinte problema: de que maneira a prática pedagógica desenvolvida no estágio
na EJA pode colaborar, de forma positiva, na formação docente do estudante do
Curso de Pedagogia? Desse modo, este estudo tem como objetivo geral: analisar de
que maneira a prática pedagógica desenvolvida no estágio pode colaborar, de forma
positiva, na formação docente do estudante do Curso de Pedagogia. Seguindo dos
objetivos específicos: compreender o papel do estágio para a formação docente;
refletir as aprendizagens construídas durante o estágio na EJA. A pesquisa realizada
no estágio se fundamentou na perspectiva metodológica de natureza qualitativa,
através da utilização de instrumentos de coleta de dados como: a observação, o
roteiro de caraterização da escola, o projeto de intervenção, os planos de aula e os
registros diários. Teve como aporte teórico, Andrade (2018), Freire, (2002), Lima
(2001; 2008), Santos (2006), dentre outros. Assim, partindo do princípio da pesquisa
no estágio e com base na experiência docente na EJA, foi possível chegar aos
seguintes resultados: que é o estágio um espaço importante porque permite o
exercício da docência e aprofunda o debate sobre a formação de professores; que o
estágio possibilita construir reflexões sobre as concepções de educação dos
professores regentes. Os dados revelaram ainda que através dos registros reflexivos
feitos após cada ação desenvolvida em sala de aula, torna-se possível identificar as
falhas e os acertos no planejamento do ensino, reafirmando a importância do
registro para qualificar a prática pedagógica; que a EJA possui especificidades que
precisam ser consideradas pelo professor como: a experiência de vida dos alunos,
seus saberes e suas condições como trabalhadores; que o estágio na EJA
potencializa refletir concepções sobre essa modalidade de ensino. Desse modo, foi
possível concluir que a relevância do estágio para formação de professores, bem
como que a docência na EJA se configura como uma experiência formativa
significativa para os estudantes do curso de Pedagogia.

Palavras-chave: Estágio; Formação Docente; Prática Pedagógica; EJA.


251

IMAGENS DO RELEVO:
A LINGUAGEM IMAGÉTICA E SUAS POTENCIALIDADES PARA O ENSINO DE
GEOGRAFIA

Manuela Evangelista da Silva


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
[email protected]
Geografia, Diversas Linguagens e Narrativas de professores –GEO(BIO)GRAFAR

Resumo:
As imagens são elementos cotidianos presentes em jornais, revistas, outdoors,
redes sociais e, cada vez mais, têm sido utilizadas nos livros didáticos com o intuito
de contextualizar os mais diversos conteúdos curriculares. Assim, estes escritos
intencionam apresentar as experiências vivenciadas no âmbito do estágio
profissional pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em uma turma de 6º ano do Ensino
Fundamental, no Colégio Estadual de Bandiaçu, distrito de Bandiaçu, município de
Conceição do Coité, Território de Identidade do Sisal, estado da Bahia. Enquanto
metodologia para o desenvolvimento da presente pesquisa utilizou-se a abordagem
qualitativa, por permitir o envolvimento com os alunos e seus processos de
aprendizagem, tendo como método o estudo de caso. A atividade cujas vivências
são narradas e refletidas neste trabalho está atrelada ao grupo de pesquisa
Geografia, Diversas linguagens e Narrativas de professores – Geo(bio)grafar –,
tendo como objetivo potencializar o ensino-aprendizagem através da apropriação da
linguagem imagética enquanto artefato didático-pedagógico para a compreensão do
conteúdo curricular “formas de relevo e dobramentos modernos”, a partir de um jogo
intitulado “Imagens do relevo: desvendando as formas”. Para a realização da práxis
foi elaborada uma sequência didática, na qual foram destinadas 5 horas/aula, sendo
que, nas três primeiras aulas foi realizada uma exposição dialogada sobre o
conteúdo curricular, tendo como aporte o livro didático e os recursos nele
disponibilizados (mapas, imagens, gráficos, entre outros). As aulas posteriores
destinaram-se a aplicação do jogo, o qual foi desenvolvido a partir da utilização de
imagens das diversas formas de relevo, primando por apresentar as unidades que
mais se aproximassem da realidade dos alunos, mas sem desconsiderar as demais
escalas de análise geográfica. As imagens foram impressas em papel A4, recortadas
e coladas em cartolina, tendo sido fixadas, com numeração, no quadro da sala de
aula. A turma foi dividida em dois grupos, de forma aleatória e, os alunos teriam que
escolher um dos cartões enumerados para que a peça fosse virada. Ao observar a
imagem, os alunos teriam que analisá-la e informar qual a unidade de relevo estava
sendo representada, sendo que cada grupo teria uma chance por vez, vencendo
àquele que tivesse mais acertos. Ao término do jogo, os alunos foram orientados a
se reunirem em duplas, escolherem aleatoriamente uma das imagens utilizadas e,
com o auxílio do livro didático, construírem um texto de análise sobre a forma de
relevo representada, elencando qual o tipo, o processo de formação e as
características de cada unidade geomorfológica. Como aporte teórico foi utilizado
Ribeiro, Portugal e Silva (2018) ao destacarem o potencial das imagens por propiciar
um “novo olhar” para as transformações no espaço geográfico e os aspectos
intrínsecos a este; Silva, Lima e Portugal (2019) por delinearem o modo como esta
252

linguagem possibilita diversas leituras, análises e interpretações da realidade, a


partir de uma apropriação pedagógica; Carvalho, Silva e Anjos (2016) ao apontarem
o quanto as imagens auxiliam na construção de uma aprendizagem significativa
através da ludicidade e, Lévy (1998), através do conceito de inteligência coletiva, o
qual principia pelo reconhecimento e enriquecimento mútuo entre as pessoas.
Portanto, a linguagem imagética enquanto artefato didático-pedagógico para o
ensino de Geografia auxilia no construto de uma aprendizagem que tenha
significado, ao permitir que o aluno analise os fatos e fenômenos geográficos em
distintas escalas, potencializando suas leituras e visões de mundo e abrindo um
leque de possibilidades formativas e formadoras. Desse modo, a práxis narrada e
refletida neste escrito fomentou o debate sobre as unidades geomorfológicas
estudadas, permitindo que os alunos tirassem dúvidas no momento do jogo, a partir
de intervenções didáticas e, contribuiu com uma aprendizagem pautada em uma
construção coletiva dos conceitos.

Palavras-chave: Ensino de Geografia; Formas de relevo; Linguagem imagética;


Práticas pedagógicas.
253

UMA PRÁTICA COM MULTILETRAMENTOS UTIZADO APARATOS DIGITAIS:


ESTUDO SOBRE A POPULAÇÃO DE SANTALUZ A PARTIR DE DADOS DO
IBGE

Maria Aparecida de Oliveira Gordiano


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Ely Makeise Araújo dos Santos Martins
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Ilka Meyre Alves da Silva
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]

Resumo:
O presente trabalho contempla um relato de experiência de prática de
multiletramento no âmbito do ensino das disciplinas de Geografia e Matemática, com
alunos do 2º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual José Leitão, no município
Santaluz, território do sisal, no estado da Bahia. Tem por objetivo mostrar a
importância da prática de multiletramentro no ensino, utilizando as potencialidades
das tecnologias digitais através de pesquisa na internet, como fonte IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), para a obtenção de informações de dados.
Para atingir essa finalidade, apresenta-se a seguinte questão: quais possibilidades o
ensino por meio de mutiletramentos e suporte digitais com pesquisa na internet com
a fonte do IBGE proporcionam para que estudantes obtenham conhecimentos,
agregando mais significados ao aprendizado? Com base nos dados do censo do
IBGE 2010, a partir da pesquisa realizada no site, foi solicitado que os alunos
utilizassem os dados para obterem informações sobre a população do município o
qual eles pertencem, dados como quantidade masculina e feminina, cor, religião,
faixa etária, habitantes do campo e da cidade; a partir das informações, os alunos
realizaram cálculos de porcentagem e transformaram em gráficos e tabelas,
apresentaram os resultados dialogando com os estudos sobre densidade
populacional. A metodologia ancora-se na abordagem quantitativa na construção
dos gráficos e tabelas com os aportes matemáticos, assim como na qualitativa nas
discussões sobre os resultados correlacionando com o lugar dos alunos e o conceito
de população nas análises geográficas. Como aporte teórico, partimos das
discussões sobre população (DAMIANI, 1991) tecnologias digitais (LÉVY, 1999;
SANTAELLA, 2003); multiletramentos (ROJO, 2012). Os resultados apontam que o
trabalho com os multiletramento, a partir dos aparatos das tecnologias digitais por
meio de pesquisa pela internet, contribuiu para desenvolver conhecimentos do lugar
vivido pelos alunos, aprendizagens criativas na construção dos gráficos e tabelas,
mostrando que a interdisciplinaridade é possível.

Palavras-chave: Multiletramentos; Tecnologias digitais; População.


254

CONSTRUINDO A RELAÇÃO ENTRE GEOGRAFIA ESCOLAR E LUGAR DE


VIVÊNCIA-UMA CONTRIBUIÇÃO DOS MATERIAIS DIDÁTICOS SOBRE FEIRA
DE SANTANA/BA

Mariana Oliveira de Jesús


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
Cléa Cardoso da Rocha
Universidade Estadual Feira de Santana (UEFS)
[email protected]

Resumo:
A utilização de materiais didáticos facilita o processo de ensino e aprendizagem por
muitas vezes, concretizar os conteúdos escolares, trazendo imagens e escritas que
podem fazer a relação entre o conteúdo e o lugar de vivência dos alunos. Lugar de
vivência é compreendido aqui como o espaço familiarizado onde as pessoas moram,
trabalham e se locomovem, ganhando sentido a partir das formas de uso que as
pessoas fazem dele (CARLOS, 2007). Entende-se por material didático todo o
recurso utilizado pelo professor como: lousa digital, livro didático, pincéis, cartilhas,
painéis, slides, indo desde o piloto até os materiais mais elaborados (FISCARELLI,
2007). A possibilidade de construção de materiais por parte dos professores
inserindo na realidade escolar, a cidade onde os alunos vivem e estudam, faz com
que os assuntos passem a ter significado para a vida dos educandos. Esta pesquisa
teve como objetivo elaborar materiais didáticos sobre Feira de Santana que
relacionem os conteúdos da geografia escolar com o lugar de vivência dos
educandos. Foi necessário para o desenvolvimento desta pesquisa o
aprofundamento sobre as temáticas que embasaram todo o trabalho, a saber: Lugar,
geografia escolar e materiais didáticos, tomando como base autores como Carlos
(2007), Callai (2001), Castrogiovanni (2001,2006), Fiscarelli (2007), Kaecher (2007),
Passini (2007) e Zabala (1998). No decorrer da pesquisa foram elaborados e
utilizados instrumentos de investigação para os professores e alunos da escola
campo, o que contribuiu posteriormente para a escolha dos temas e elaboração dos
materiais didáticos e na escolha do material a ser produzido. A partir das análises
dos questionários aplicados foi possível perceber que os alunos desconhecem o
conceito de lugar além de não se identificarem com o lugar onde vivem. A falta da
materialização dessa relação do lugar com os conteúdos da geografia escolar
acentua a dificuldade dos alunos de se reconhecerem enquanto cidadãos e de ver a
geografia como uma disciplina que está presente no cotidiano. A identificação de
temas para o material didático e a sua elaboração faz com que se caminhe na
tentativa de fazer a relação entre o que se vive e o que se ensina, possibilitando ao
educando construir o seu conceito de lugar além de associar ao seu cotidiano. A
partir dos resultados dos questionários, da pesquisa anterior e das discussões
realizadas no Grupo Lugar surgiu a necessidade de elaborar materiais didáticos para
servir como instrumentos que auxiliem o ensino de geografia contribuindo para
melhorar a relação entre conhecimentos cotidianos e científicos. Como temas para o
material didático foram selecionados conteúdos de urbanização e meio ambiente
255

dando ênfase à investigação da expansão urbana sobre a Lagoa do Prato Raso e


suas implicações para a comunidade do entorno.

Palavras-chave: Lugar; Geografia escolar; Materiais didáticos.


256

COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO ENGENHO DA PONTE:


LUGAR DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO, SOLIDARIEDADE, INCLUSÃO E
TRABALHO

Mario Antonio Santana de Oliveira


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
César Costa Vitorino
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)

Resumo:
Nas considerações apresentadas por Leite (2008), o projeto político Quilombo
atravessou séculos de história para se consolidar como direito constitucional.
Quilombo e liberdade são, segundo a autora, contrafaces de uma mesma realidade
histórica. A luta da população quilombola constitui um marco importante na
conflituosa história brasileira. Desde o período colonial, as populações negras rurais
vêm lutando para ter direito a terra. Os quilombos são considerados a mais
expressiva manifestação de luta, resistência e ensinamento da ancestralidade. A
palavra quilombo sofreu um conjunto de ressignificações, uma delas nos remete ao
seu agenciamento político enquanto símbolo ou metáfora de resistência negra, razão
de afirmação de toda uma cultura e luta ancestral, a outra nos remete ao campo da
militância pela reforma agrária e aos estudos sociológicos sobre o direito camponês,
tendo como foco as regras e padrões de transmissão, controle e acesso à terra.
Nessas comunidades, entretanto, compartilha-se um conjunto de saberes,
constroem-se etno-aprendizagens e etnométodos que se traduzem em evidentes
formas de convivência formativa, de sobrevivência e de resistência face ao
desamparo social em que vivem e ao descaso do Estado. A discussão desse
trabalho vincula-se à linha de pesquisa Novos Contextos de Aprendizagem, que se
preocupa, dentre outros assuntos, com as aprendizagens experienciais
comunitárias. O objetivo desse artigo é apresentar algumas reflexões acerca de
produções desenvolvidas em grupo intergeracional, no contexto da atividade laboral,
realizadas por mulheres e homens da Comunidade Remanescente de Quilombo
Engenho da Ponte, Cachoeira - BA. O que se pretende apresentar são
considerações de alguns/algumas quilombolas da referida comunidade quanto a
influência e especificidade dessa organização social na construção e formação
cidadã desses sujeitos. Santos (2014) enfatiza que as comunidades quilombolas, no
século XXI, lutam por reconhecimento de direitos na esfera pública brasileira. Outros
teóricos que dão suportem à pesquisa são Cavalcante et al (2017), Gomes (2006),
Jovelino (2018), Le Goff (1996), Lima (2012), Nascimento (2019). As entrevistas
exploratórias foram realizadas junto a algumas pessoas da comunidade investigada.
Com base nos dados mapeados nas entrevistas e também nas rodas de saberes e
na observação participante das práticas de cultivo e uso da terra da comunidade,
será diagnosticada as reais necessidades da comunidade no que diz respeito a
possíveis intervenções no campo da agroecologia. Como resultados dessa pesquisa,
257

esperamos que os membros da comunidade garantam a segurança alimentar e


nutricional, bem como a sustentabilidade ambiental e econômica da geração atual e
das futuras gerações.

Palavras-chave: Grupos de trabalho; Quilombolas; Lugar de formação;


Comunidade; Organização.
258

NARRATIVAS DO FAZER DOCENTE:


O TCC, SUAS AÇÕES, ARTICULAÇÕES E DESAFIOS

Miriam Barreto de Almeida Passos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]

Resumo:
Objetiva-se com esta narrativa, apresentar a dinâmica do Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC), do ensino superior, tomando-se por base a proposta do programa do
referido componente curricular, desenvolvido na Universidade do Estado da Bahia –
Campus XI, com alunos do curso de Licenciatura em Pedagogia, na cidade de
Serrinha, no Território de Identidade do Sisal, no semiárido da Bahia – Brasil. O
referencial teórico que norteou esta reflexão fundamentou-se nos autores, a saber:
Antonio Carlos Gil (2008); Menga Ludke (1986); Antônio Joaquim Severino (2002);
Pedro Demo (1996); Eva Maria Lakatos (1996); Paul Ricoeur (2010); entre outros.
As questões que orientaram o estudo teve como motes as seguintes indagações: De
que maneira se processou a produção do conhecimento no componente curricular
TCC? Como foi estabelecida metodologicamente a arquitetura científica? Quais os
pontos nevrálgicos percebidos no componente? O tipo de pesquisa empreendida é
qualitativa, ancorada nos princípios da (auto)biografia, que toma a narrativa como
elemento estruturante da investigação, buscando compreender os fatos a partir da
subjetividade do sujeito que vive a realidade e a percebe de modo singular. Acredita-
se que trabalhos dessa ordem podem trazer contribuições significativas para novos
contextos de aprendizagem sobre o tema em questão, assim como, a reflexão sobre
a prática da pesquisa científica na universidade, sobre os estudos dos currículos
acadêmicos, além do próprio contexto do exercício profissional da docência no
ensino superior que prima pela pesquisa como princípio pedagógico e formativo.

Palavras-chave: Narrativas; TCC; desafios.


259

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DIGITAIS: O CHROMEBOOK, A SALA DE AULA E


SUAS POSSIBILIDADES

Mirian Almeida de Menezes


Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde do Centro Baiano
[email protected]
Elizabeth Mota Nazareth de Almeida
Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde do Centro Baiano
[email protected]
Arnaldo Sebastião da Silva Neto
[email protected]

Resumo:
Com o avanço da tecnologia, as ferramentas digitais cada vez mais tem nos
ajudado, a partir das hipermídias, nas múltiplas tarefas em nosso cotidiano. O
ciberespaço oferece a possibilidade de transcendermos à barreira física,
oportunizando, desta forma, que atividades possam ser desenvolvidas em qualquer
espaço. De fato, vemos que as tecnologias digitais de informação e comunicação
têm ampliado as possibilidades de acesso à informação e resolução de problemas
em todas as esferas da sociedade, revolucionando a forma como interagimos e
lidamos com o conhecimento. No âmbito escolar, observamos as potencialidades
que as tecnologias digitais de informação e comunicação podem oferecer em prol do
processo de ensino-aprendizado. Contudo, apesar de muitas escolas estarem sendo
equipadas com instrumentos tecnológicos como, por exemplo, Chromebooks,
compreendemos que a mera presença de ferramentas tecnológicas na escola não
garante o desenvolvimento de ações que tragam impacto ao processo de ensino-
aprendizado. A partir disso, apresentaremos os resultados parciais de uma das
etapas da pesquisa, em fase inicial, vinculada ao mestrado em Ciências da
Educação, pela Universidad San Lorenzo/Paraguai, em desenvolvimento no Centro
Estadual de Educação Profissional em Saúde do Centro Baiano, com vistas a
compreender como se dá a relação entre as tecnologias digitais de informação e
comunicação na escola e o desenvolvimento de ações didático-pedagógicas
voltadas para o seu uso efetivo em sala de aula. Para isso, utilizamos o aporte
teórico multidisciplinar de Lévy (1999); Chartier (1999) e Dionísio (2006); os quais
nos auxiliaram na compreensão do ciberespaço, suas características e múltiplas
ferramentas, e aspectos relacionados à multimodalidade; Xavier (2007; 2011) e
Tapscott (2010), ao propormos o uso integrado das TDIC em sala de aula. O objetivo
desta etapa realizada da pesquisa foi conhecer a dimensão de utilização do
Chromebook pelos professores do Centro Estadual de Educação Profissional em
Saúde do Centro Baiano, em Feira de Santana – BA. Como caminhos
metodológicos, escolhemos a pesquisa de campo, de abordagem social e
qualitativa, a partir de questionários semiestruturados. Como resultado, percebemos
que, apesar da escola dispor de recursos tecnológicos digitais, nem todos os
docentes conheciam as potencialidades de uso das tecnologias digitais de
informação e comunicação em prol do processo de construção colaborativa do
conhecimento.
260

Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; Tecnologias Digitais; Chromebook.


261

ORIENTAÇÃO, MOBILIDADE E AUDIODESCRIÇÃO: DISPOSITIVOS PARA A


INCLUSÃO DA PESSOA CEGA NA UNEB - CAMPUS XI

Nélia de Mattos Monteiro


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Márcia Raimunda de Jesus Moreira da Silva
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Grupo de Estudos em Tecnologias, Educação e Libras (GETEL)
Jusceli Maria Oliveira de Carvalho Cardoso
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Grupo de Estudos em Tecnologias, Educação e Libras (GETEL)

Resumo:
Orientação e Mobilidade (OM) e Audiodescrição são dois importantes dispositivos
mediadores do processo de inclusão de estudantes cegos que passaram a integrar a
dinâmica das atividades acadêmicas desenvolvidas pelo NAI - Núcleo de
Acessibilidade e Inclusão da UNEB - Campus XI, desde que três alunos com
Deficiência Visual foram matriculados nos cursos de graduação oferecidos pelo
Departamento. Esses dispositivos buscam fornecer suporte e construção de
recursos para a mobilidade e inclusão de pessoas não videntes, fomentando a
edificação da autonomia e independência na Universidade e fora dela. Novos
contextos de aprendizagem surgiram e também mostrou-se necessária a
mobilização da equipe de funcionários e docentes quanto à construção de ações que
potencializassem o processo de acolhimento, acessibilidade e inclusão desses
alunos. Nesse sentido objetivamos refletir e compreender os desafios e
possibilidades dos trabalhos de Orientação e Mobilidade e audiodescrição
desenvolvidos no contexto acadêmico. Elegemos como norte teórico a teoria
sociointeracionista de Vygotsky, bem como as contribuições de Rego (2012),
Stainback; Stainback (1999), Mittler (2003), Aranha (2001), Garcia (2003), dentre
outros. A condução do estudo se consolidou pela abordagem qualitativa, sendo
considerado como um estudo de caso colaborativo, tendo como métodos da
pesquisa edificados numa perspectiva dos etnométodos sendo a observação
participante e as sessões dialogais como técnicas de coleta de dados. Foram
perceptíveis os desafios que os estudantes universitários cegos têm em relação a
sua própria localização e construção da espacialidade e/ou mobilidade dentro do
Campus XI, desvelando barreiras que precisam ser removidas. Foram então
implementadas ações em fluxo de realização, tais como: formação continuada dos
servidores, discentes e docentes com atividades diversificadas nas salas de aula
com estudantes nas escolas e na universidade; diálogos com funcionários do
departamento sobre inclusão e acessibilidade; formação dos servidores do campus
para inclusão; interfaces com comissão de validação de cotas da UNEB; oficinas
formativas em Braille e Libras; curso de audiodescrição e orientação e mobilidade;
seminários temáticos abertos à comunidade; orientações de TCC e publicações
diversas. Assim, acreditamos caminhar na ressignificação de uma sociedade e uma
262

Universidade que celebre, viva, aprenda a conviver e produzir conhecimentos


movida pela força da diversidade humana.

Palavras-chave: Universidade; Cegueira; Orientação e Mobilidade; Audiodescrição.


263

O MINICONTO NA SALA DE AULA: AÇÕES LETRAMENTOS NO ENSINO


FUNDAMENTAL I

Robério Pereira Barreto


UNEB – DCH –V – SAJ
[email protected]/[email protected]
GEELMAD – EPODS
Elaína Cristina Araújo de Maria Muniz
Email [email protected]
PROFLETRAS – UNEB – DCH-V
Bárbara Celeste Teixeira de Souza Evangelista
Email: [email protected]
PROFLETRAS – UNEB –DCH-V

Resumo:
O artigo aborda a leitura de minificção no ensino fundamental I e busca responder à
questão: Como os fundamentos do letramento literário podem ser aplicados em
ações pedagógicas de ensino/aprendizagem através de minicontos, contribuindo,
assim, para aquisição de competência leitora de alunos do ensino fundamental I, da
escola municipal Dr. Djalma Rocha Galvão, da cidade de Conceição do Almeida –
Bahia, Brasil? Fundamentar-se-á teórico e metodologicamente está proposição na
Teoria da ação letrada, de Bazerman (2015), e do Letramento literário, de COSSON,
(2014), Consequencias dos letramentos, de GOOD e WATT (2006), Gênero, de
BAWARSHI (2013), Escrita criativa com minicontos, de SPALDING (2019) e outros.
Apesar de haver significativas pesquisas e estudos que tratam do tema, justifica-se
este trabalho por ele está centrado na inovação à formação leitora de uma massa
carente de proposições de ensino/aprendizagem desafiadoras de leitura de textos,
cujos sentidos se condensam em poucos parágrafos. O miniconto como gênero
textual, embora seja uma produção literária realizada por grandes escritores, só
recentemente foi incorporado ao livro didático nono ano do ensino fundamental I. Os
resultados a priori indicam que ensino de leitura com o gênero miniconto, a partir da
metodologia da sequencia didática elaborada cuidadosamente para este fim, revela
que a apreensão de sentidos no texto indica que, a prática é prospera ao
desenvolvimento da habilidade de leitura dos aprendentes. Acredita-se que para se
formar bom leitores é fundamental que se leia diferentes gêneros literários e em
quantidade significativa. No entanto, os atos de leitura oferecidos na sala de aula
não atendem bem aos pressupostos de formação de bom leitor, o “leitor proficiente”,
considerando que nem sempre se estimula a escuta do autor, tampouco a interação
com o texto e seus significados. Em décadas recentes, guias oficiais passaram a
ditar normas para o trabalho com textos literários em sala de aula, a partir da
perspectiva de que gêneros textuais-discursivos auxiliariam, metodologicamente, o
professor na elaboração da sequência didática para que houvesse a inserção do
novo leitor no universo da leitura. No entanto, este processo não reconhece os
desejos e as expectativas do aluno enquanto sujeito leitor capaz de construir sua
trajetória na formação leitora. Sabe-se que, graças à popularização das
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação – TDIC –; os estudantes
acessam aos gêneros textual e literário diversos, enquanto os professores insistem
264

na polarização: textos clássicos versus texto cotidianos disponíveis na internet. Esta


prática continuada tem refletido no processo de ensino-aprendizagem de leitura,
oferecido aos alunos pela escola, uma vez que os gêneros textuais não canônicos
ou mais conhecidos dos professores passam a brancas nuvens. Obviamente, os
mais prejudicados são os estudantes que, precariamente, leem textos esparsos ou
fragmentados de gêneros clássicos presentes no livro didático da série.

Palavras-chave: Miniconto; Leitura literária; Letramento literário; Leitor.


265

PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DO 6º ANO DO COLÉGIO MUNICIPAL DE


BIRITINGA SOBRE HORTA E HORTALIÇAS

Shamara Santos Gonçalves


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial -
LaPPRuDes
Xaiany Silva Gonçalves
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
LaPPRuDes
Erasto Viana Silva Gama
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
LaPPRuDes

Resumo:
A educação é o principal item formador do capital humano e que deve ser
incentivado e promovido para um país que pretende ter um desenvolvimento que
implique não só em crescimento econômico, mas também em progresso social,
diminuição das desigualdades e cuidados com o meio-ambiente (OLIVEIRA et al.,
2016). A horta são locais onde são cultivados alimentos, tendo grande importância
para a população e para o meio ambiente. No ambiente escolar as hortas servem
como ferramenta didático-pedagógica de melhoria de aprendizagem dos estudantes
envolvidos (TRENTIN e PEREIRA, 2014). Este trabalho é resultado da etapa inicial
do projeto Implantação de horta escolar no Colégio Municipal de Biritinga (CMB) e
tem por objetivo realizar o diagnóstico sobre a percepção e conhecimento de
estudantes do 6º ano do ensino fundamental, acerca desse tema, para servir como
base para implantação de uma horta escolar. A metodologia utilizada para a
investigação dessa realidade, foi o Diagnóstico Rápido Participativo - DRP
(VERDEJO, 2006). A atividade foi realizada com as turmas 6º ano E e F. A turma E
tem aproximadamente 20 alunos na faixa etária apropriada para a série, ou seja,
estudantes menores de 14 anos. A turma F, possui estudantes de 14 a 27 anos. Nas
duas turmas, a grande maioria dos estudantes é filho de agricultores familiares e
mora na zona rural do município. Para realização da atividade, as turmas foram
divididas em dois grupos e os alunos estimulados a transmitirem em forma de
desenho para o papel metro o que compreendem sobre horta e hortaliças. Em
seguida eles socializavam com os colegas o que foi construído. Como resultados da
atividade foram produzidos quatro cartazes, dois por cada turma. Nos desenhos, os
estudantes colocaram coentro, couve, alface, alho poró, chuchu, cebola, pimenta
malagueta, flores, fruteiras e outras árvores. Dentre os estudantes mais jovens ficou
nítido que eles compreendem como um espaço geográfico localizado próximo a
residência e não relaciona exclusivamente com as espécies hortícolas, mas incluem
nessa percepção as espécies arbóreas e fruteiras. Esta percepção pode estar
relacionada ao local de convivência familiar, conhecido como o quintal. Já os
estudantes de maior idade (turma F), conseguem relacionar o espaço da horta com
266

a produção de espécies hortícolas e com o possível local de geração de renda.


Nesse caso, a percepção pode estar associada a compreensão de mundo e ao
envolvimento destes com o mundo do trabalho, seja com a própria família ou
comunidade. Percebeu-se que não estava claro para todos os estudantes o que é
uma horta e quais as espécies que normalmente são cultivadas nesses espaços e
poderiam ser plantadas na horta escolar. A partir da realização do diagnóstico, foi
traçada como estratégia de implantação da horta no CMB a realização de uma
oficina sobre os diferentes tipos de hortas e de hortaliças. Com a realização deste
diagnóstico foi perceptível que a percepção dos estudantes do 6º ano do CBM sobre
hortas e hortaliças é diferente em função da idade destes estudantes e das suas
vivências.

Palavras-chave: DRP; Horta Escolar; Ensino Fundamental; Agroecologia; Caatinga.


267

PROJETO DE LETRAMENTO: UMA EXPERIÊNCIA PARA ALÉM DOS MUROS


DA ESCOLA

Sineide Cerqueira Estrela


Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
[email protected]
GEPHEG-UEFS
Maria Eurácia Barreto de Andrade
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Núcleo de Alfabetização e Educação Popular

Resumo:
Este trabalho é uma síntese das atividades realizadas com 22 crianças do 2º ano do
ensino fundamental, a partir da premissa de que o trabalho com textos literários
desenvolve a oralidade, a escrita e potencializa a formação de crianças escritoras e
leitoras, sendo a contação de história uma estratégia promissora por instigar o
desejo de ler e escrever, além de apresentar o livro como instrumento de fruição e
ludicidade. Pesquisas indicam que ao ouvir histórias a criança manifesta
sentimentos, ideias, pensamentos e busca soluções para problemas, ampliando seu
conhecimento de mundo. Ao colocar-se como contadora de histórias, ela mobiliza
recursos cognitivos que permitem experimentar, praticar a língua, organizar ideias,
expressar, concluir, descrever, ilustrar, selecionar, etc., (NEITZEL, 2007). O autor
constatou ainda que, a escuta de textos literários amplia as capacidades de
reconhecer, identificar, interpretar, reorganizar, concluir, selecionar, inventariar, entre
outros, o que torna necessário um trabalho que articule a escola e a família, pois
concordando com Purcell-Gates (2004) as interações alfabetizadoras no seio familiar
são cruciais para suas aprendizagens, sendo necessário realizar ações educativas
orientadas para esse fim, uma vez que o processo de alfabetização depende das
coordenadas das aprendizagens que se desenvolvem nos diferentes espaços e das
relações de vida das crianças (GALLART, 2004). O estudo anunciado está
sustentado pelas contribuições dos autores referidos, entre outros. Tendo-se como
objetivos: identificar de que forma a literatura pode auxiliar no desenvolvimento da
linguagem oral, leitura e escrita das crianças em processo de alfabetização, criar
estratégias para ampliar o letramento literário das crianças, fortalecendo a prática da
oralidade e leitura a partir das interações escola/família/comunidade. Nesses termos
o estudo ora apresentado é de relevância para esse eixo de investigação porque
apresenta outros contextos de aprendizagem, por reafirmar o trabalho interativo
entre escola/família, através da vivência de situações leitoras nos diversos espaços
da comunidade: bibliotecas, museus, praças, parques, casas, ruas, feiras de livros,
etc. A intenção é expor as crianças às práticas de leitura, escrita, contos e recontos
de histórias, dramatizações; visita agendada da escola as casa dos estudantes para
rodas de leitura, utilização da mala viajante e de tapete de leitura, etc. Trata-se de
uma pesquisa qualitativa, do tipo pesquisa-ação, pautada na observação
participante, entrevista semiestruturada e análise de atividades, contando com a
análise de conteúdo para a apreciação dos dados coletados. O percurso
investigativo apontou para a riqueza dessa experiência. Observou-se que as práticas
leitoras com e em famílias são estratégias ímpares para a alfabetização com sentido.
268

Os dados reafirmaram os estudos de Gallart (2004) quando pontua que a


participação da comunidade na aula, ajuda a acelerar as aprendizagens e contribui
para a alfabetização inicial, o que nos autoriza a inferir que a leitura de casa, de rua
e as sessões de contação de histórias despertam o interesse das crianças pelo livro.
As crianças participaram das práticas orais com mais liberdade e desenvoltura, tanto
na escola como fora dela, também contatou-se uma maior procura pelos livros,
melhorando os níveis de leitura e escrita de textos, o que evidencia que todos
podem aprender se são dadas as condições necessárias: adultos comprometidos e
material de boa qualidade.

Palavras-chave: Alfabetização; Projeto de letramento; Família/escola e


comunidade; Literatura.
269

OS DISPOSITIVOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS INTEGRADOS AO ENSINO DA


GEOGRAFIA ESCOLAR: GEOGRAFIA EM FLUXO, MOVIMENTOS
MIGRATÓRIOS ENTRE A BAHIA E A REGIÃO SUDESTE

Valdirene Barbosa dos Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus XI/Serrinha
[email protected]
Território, Rede e Ação Política (TERRITÓRIOS)
Gerlane dos Santos Carvalho
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus XI/Serrinha
[email protected]
Vitória Letícia de Jesus Sousa
Instituição: UNEB/Campus XI/Serrinha
[email protected]

Resumo:
A presente pesquisa é fruto do eixo curricular do Estágio Supervisionado I, do curso
de Licenciatura de Geografia, da Universidade do Estado Bahia / Campus XI-
Serrinha/BA, cuja intenção é alcançar a aprendizagem por meio da ludicidade,
inserindo nas aulas de Geografia as diversas linguagens. A articulação entre as
vivências cotidianas dos estudantes com os conhecimentos institucionalizados torna-
se fundamental no processo educativo, haja vista que tais saberes ganham
significados na vida destes sujeitos. Por meio de diferentes artefatos pedagógicos
(música, charge, imagem, fotografia, jogo etc.), o momento da aprendizagem torna-
se uma experiência sensorial, pois o que irá ser construído é uma interação profícua
entre o indivíduo, dotado de especificidades, com o objeto, cuja consequência é,
senão, uma aprendizagem significativa. Através do projeto interventivo intitulado
“Geografia em fluxo: Movimentos migratórios entre a Bahia e a região Sudeste”, a
ser aplicado na Escola Municipal Plinio Carneiro/Serrinha-Ba, a utilização das
diversas linguagens aparece como uma forma de subsidiar a prática reflexiva e
crítica dos alunos sobre a realidade que eles estão inseridos, cujo tema mobilizador
é A Bahia e suas geografias: Imagens e representações. Por este ângulo, a
multiescalaridade conferida ao fenômeno das migrações é um fator facilitador para
articular fatos particulares e/ou mais gerais nas discussões em sala. Na região
Nordeste destaca-se um fluxo considerável de migrações na Bahia, cujo destino é,
principalmente, a região Sudeste do país. Tendo em vista que a população baiana,
ao longo de séculos, sofre com a falta de emprego, condições precárias de vida,
falta ou a precariedade de serviços sociais, entre outras condições, fazem com que
homens e mulheres baianas saiam de suas terras/municípios à procura de melhor
estabilidade socioeconômica e cultural em outras áreas da região Sudeste do Brasil.
O quadro teórico é integrado por autores como: Santos e Chiapetti (2011), Carvalho
(2017), dentre outros. Os procedimentos metodológicos empregados assentam-se
no levantamento de dados qualitativos no lócus de pesquisa, assim como revisão
bibliográfica a partir dos autores citados, cuja culminância se dará através da
realização da oficina. O principal dispositivo didático-pedagógico a ser utilizado será
o jogo de tabuleiro denominado como tabuleiro migratório, tendo também como
linguagens de suportes a música, a charge e a fotografia. Os resultados a serem
270

obtidos partirão da análise e discussão em sala de aula da temática das migrações


em que sequencialmente os alunos construirão paródias ou textos tendo em vista
dar visibilidade as suas aprendizagens nesse processo formativo. Conclui-se que, as
linguagens utilizadas no projeto irão auxiliar na inter-relação e apreensão dos
conteúdos que concernem temas e conceitos sobre a temática migrações, de modo
a contextualizá-los e colocar os estudantes como participantes ativos na construção
do conhecimento propiciando que os mesmos não somente se envolvam em todo o
processo, como também sejam protagonistas através da socialização das próprias
vivências os saberes.

Palavras-chave: Diversas linguagens; Ensino de Geografia; Aprendizagem


significativa; Migrações.
271

ESTÁGIO SUPERVISIONADO II: EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS NA TURMA DO


7º ANO (A) DA ESCOLA MUNICIPAL MARIA ÁUREA PIMENTEL FERREIRA

Vanessa das Mercês Silva Lima


Universidade do Estado da Bahia (UNEB), DEDC – Campus XI – Serrinha/BA
[email protected]
John Wolter Oliveira Silva
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), DEDC – Campus XI – Serrinha/BA
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
[email protected]

Resumo:
O Estágio Supervisionado em Geografia se constitui enquanto um espaço-tempo
formativo inerente ao processo de ensino-aprendizagem do profissional docente em
formação. Nesta perspectiva, o presente trabalho tem como objetivo socializar as
experiências formativas vivenciadas e adquiridas com o desenvolvimento das
atividades do componente curricular Estágio Supervisionado em Geografia II, da
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Departamento de Educação – Campus XI
(Serrinha/BA), nas etapas observação e regência de classe ocorridas na Escola
Municipal Maria Áurea Pimentel Ferreira, com o 7º ano, turma A do turno matutino,
Ensino Fundamental II, localizada no município de Serrinha/BA. Logo, tem relevante
importância no processo de formação inicial da carreira docente em geografia, por
possibilitar momentos de apreensão de conhecimentos da realidade escolar
necessários a atuação e constituição do perfil profissional docente, pois o Estágio
Supervisionado como momento de potencialização das aprendizagens concebidas
no decurso da graduação, sobretudo por possibilitar ao licenciando vivenciar a
prática docente, a partir do estabelecimento de troca dos saberes e fazeres
docentes/discentes, durante no processo de formação inicial. Com efeito, o ambiente
escolar se destaca como abundante fonte de situações inusitadas que só o professor
constituído de saberes e práticas emancipatórias saberá decidir oportunamente
frente as diversas ações desempenhadas pelos alunos. Em aspectos teórico-
metodológicos, este trabalho está amparado nas discussões de importantes autores
da área de prática e estágio em geografia, como Castrogiovanni (2007), Cavalcanti
(2002 e 2013), Passini (2010) e Portugal e Chaigar (2012). Desse modo, é no
período de Estágio Supervisionado que os licenciandos planejam e realizam
atividades didático-pedagógicas articuladas com as diversas linguagens e os
variados instrumentos didáticos-pedagógicos que possibilitam ensinar e aprender
diferentes tema da Geografia Escolar. A regência no Estágio Supervisionado pode
ser considerada como o momento de minimização do que se pode chamar de
dicotomia entre a teoria apreendida e discutida nas salas de aula da Universidade
com a prática que se revela no cotidiano do ambiente escolar da educação básica.
Neste sentido, esta etapa foi planejada e desenvolvida com base nos seguintes
aspectos e elementos desafiadores identificados na fase de observação do ambiente
escolar e da prática didático-pedagógica do professor titular: conversa paralela,
nichos de dispersão, desatenção, portas e janelas abertas e monopólio do quadro
branco e, por conseguinte, da linguagem textual. Dentre as atividades realizadas,
destacamos a pintura de mapas das regiões brasileiras, caça palavras sobre os
272

aspectos físicos geográficos da região Sudeste, uma carta enigmática que retratava
um pequeno texto introdutório sobre o assunto “População da região Sudeste”, para
que os estudantes decifrassem o enigma figuro-textual, lendo após, coletivamente, o
texto decifrado. Também ocorreu a realização do Estudo Dirigido intitulado “Análise
do filme ‘O tempo e o vento’, baseado na obra de Erico Veríssimo”. O estudo dirigido
consistiu primeiro na exposição dos conteúdos e em seguida na exibição do referido
filme, para que os estudantes respondessem cinco questionários temáticos
discursivos sobre os aspectos e elementos presentes no filme que apresentam
relação com o conteúdo estudado. Desta forma, o Estágio Supervisionado em
Geografia é uma profícua oportunidade de reflexão e amadurecimento do processo
de ensino-aprendizagem na graduação, pois as experiências formativas vivenciadas
repercutem significativamente no perfil profissional docente o qual almejamos
constituir. Portanto, o referido momento formativo é rico em aprendizagens
modeladoras do perfil profissional docente, que são indispensáveis ao processo de
ensino-aprendizagem do profissional docente em formação.

Palavras-chave: Estágio Supervisionado; Prática Docente; Saberes Pedagógicos.


273

A INSERÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE


SALVADOR NA PESQUISA CIENTÍFICA EM CIÊNCIAS SOCIAIS

Wanderlene Cardozo Ferreira Reis


Colégio Estadual Clériston Andrade
[email protected]
Projeto de Iniciação Científica no Ensino Médio (PICEM)
Pollyanna Rezende-Campos
Colégio Estadual Clériston Andrade (SEC-Ba)
Projeto de Iniciação Científica no Ensino Médio (PICEM)

Resumo:
Este artigo tem como objetivo apresentar algumas reflexões de um grupo de
professores que experienciaram o PICEM (Projeto de Iniciação Científica no Ensino
Médio) em uma escola pública no Subúrbio Ferroviário de Salvador-Bahia, no ano de
2017. O PICEM foi instituído no Colégio Estadual Clériston Andrade, com a
perspectiva de um novo olhar sobre as práticas educativas e pedagógicas
incentivando o desenvolvimento da aprendizagem a partir de uma formação mais
crítica, humana e emancipatória, fundamentado nos contextos e demandas
socioculturais trazidos pelas óticas dos próprios educandos. Foi desenvolvido com
todas as turmas dos 3º anos do Ensino Médio, desde o ano de 2013, na disciplina de
Sociologia, ministrada então, pela professora Wanderlene Reis. Em 2017, um grupo
de professores ingressou no Projeto, atuando como professores-orientadores, sendo
então, alocado um professor para cada turma, e contando com mais uma professora
de Matemática e Estatística, totalizando quatro professores participantes. A proposta
de pesquisa permaneceu a mesma de como fora iniciada em 2013, ou seja, os
projetos dos alunos deveriam contemplar temas da disciplina de Ciências Sociais.
Participaram do PICEM 2017, 126 alunos das três turmas do Ensino Médio. As aulas
e orientações ocorreram ao longo do ano letivo, contudo, o cronograma foi
especificado em três unidades distintas: Na primeira unidade foi realizado todo o
aporte teórico-metodológico necessário para prover o embasamento de pesquisa
científica aos alunos; na segunda unidade, cada turma se subdividiu em grupos
menores, de no máximo seis componentes cada, de acordo com as linhas de
pesquisas disponíveis e escreveram seus projetos, apresentado-os para qualificação
à uma banca de professores mestres e doutorandos; na terceira unidade, os grupos
saíam à campo para coletar seus dados de pesquisa de acordo com o que fora
formulado na parte metodológica de cada projeto de pesquisa, e no final desta
unidade, apresentaram seus trabalhos em um Seminário (em 2017, fora o V
Seminário de Iniciação Científica em Ciências Sociais do Colégio). Momento em que
são apresentados os resultados das pesquisas realizadas pelos educandos ao longo
do projeto. No contexto escolar da educação básica, a iniciação à pesquisa científica
está diretamente conectada com os quatro pilares para a educação do século XXI,
descritos por Jacques Delors (1998/2006) no relatório da Comissão Internacional
sobre Educação para o século XXI da Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), quais sejam: aprender a conhecer,
aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Sendo, portanto, uma
construção significativa para efetivação de novos contextos de aprendizagens a
274

partir do processo de construção do próprio conhecimento, pois, para além da


introdução ao campo do conhecimento científico, os estudantes passam a ter novos
olhares e uma gama de possibilidades para o aprendizado de conteúdos
diversificados e de forma multidisciplinar. Assim, o PICEM vem sendo uma
ferramenta de transformação, na medida em que passa a ser compreendido como
aporte prático-teórico para a construção do conhecimento na busca de respostas
aos problemas, que se originam a partir de dúvidas, curiosidades e indagações,
quando até mesmo, da própria realidade vivenciada pelos estudantes. Desse modo,
esse relato de experiência parte de algumas reflexões sobre teoria e prática da vida
educacional de professores e jovens estudantes do Ensino Médio e aponta como
caminho, a contextualização e a aprendizagem significativa, como abordadas por
Ausubel e Dewey no século XX.

Palavras-chave: PICEM; Experiências; Contextualização; Aprendizagem


significativa.
275

IMPLANTAÇÃO DE HORTA ESCOLAR NO COLÉGIO MUNICIPAL DE


BIRITINGA: UM ESPAÇO DE TROCA E MÚLTIPLOS APRENDIZADOS

Xaiany Silva Gonçalves


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial -
LaPPRuDes
Shamara Santos Gonçalves
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
LaPPRuDes
Erasto Viana Silva Gama
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Campus Serrinha
[email protected]
LaPPRuDes

Resumo:
A hortas são locais onde são cultivados alimentos, tendo grande importância para a
população e para o meio ambiente. No ambiente escolar as hortas servem como
ferramenta didático-pedagógica de melhoria da aprendizagem dos estudantes
envolvidos. O Colégio Municipal de Biritinga é uma instituição de ensino
fundamental, com base no ensino propedêutico, no entanto, como nas demais
escolas de nível fundamental da região, possui uma disciplina, técnicas agrícolas, na
grade curricular. Essa disciplina se relaciona diretamente com a base de formação
do curso Técnico em Agroecologia, mas é lecionada por professores sem
conhecimentos específicos da área. Em contrapartida, os estudantes do Curso
Técnico em Agroecologia do Instituto Federal Baiano - Campus Serrinha, tem a
possibilidade de desenvolver ações fora do instituto, vinculadas as disciplinas como:
Projeto Integrador e Estágio Curricular Obrigatório, ou mesmo através do
desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão. Nesse sentido, o presente
trabalho discute a implantação de uma horta escolar no Colégio Municipal de
Biritinga (CMB) como estratégia pedagógica para condução da disciplina Técnicas
Agrícolas do 6º ano do ensino fundamental, por meio das ações do Projeto
Integrador. O projeto iniciou-se no dia 13 de fevereiro com a apresentação do projeto
ao corpo docente do colégio municipal de Biritinga, para que os professores
pudessem conhecer melhor o projeto e dar suas contribuições. A partir deste
momento foram realizados encontros semanais com as duas turmas participantes
envolvidas com o projeto (6º ano E e F). Os encontros foram conduzidos no formato
de oficinas teórico práticas em que os estudantes eram estimulados a relatarem os
seus conhecimentos e saberes sobre as temáticas que envolvem a produção de
hortaliças, mediadas e conduzidas pelas estudantes do IF Baiano. A implantação da
horta envolveu o diagnóstico inicial, a realização de oficinas sobre tipos de hortas e
hortaliças, escolha da área apropriada para implantação de uma horta, tipos de
canteiros, limpeza e preparo da área, preparação de canteiros, semeadura direta e
indireta de hortaliças, cuidados com os canteiros, tratos culturais aplicados a
hortaliças. A realização das oficinais possibilitou o envolvimento direto dos
276

estudantes em todas as etapas da implantação da horta. Foram implantados cinco


canteiros de 2 m² cada, nos quais estão sendo cultivados coentro, rúcula, cenoura,
couve e alface. Até o momento, apenas o coentro foi colhido e partilhado entre os
estudantes e utilizado na merenda escolar. Para além dos resultados obtidos com o
envolvimento dos estudantes com atividades práticas de plantio, manejo e colheita
de hortaliças a experiência tem possibilitado um aprendizado mútuo, partilhado entre
os estudantes do CMB e do IF Baiano. Outra percepção nítida dentre os estudantes
é a sensação de pertencimento do espaço da horta, notado nos cuidados
desempenhados durante os dias da semana que não tem encontro, a
espontaneidade que é manifestada nos dias de atividade e a satisfação demostrada
no momento de colheita.

Palavras-chave: DRP; horta escolar; ensino fundamental; Agroecologia; Caatinga.


277

Eixo 6: Políticas Públicas, Inovação e Métodos de Ensino para Nativos Digitais.

EM TOUCHES E EM CLIQUES: A FORMAÇÃO LEITORA POR INTERMÉDIO DAS


REDES SOCIAIS DA INTERNET

Abinalio Ubiratan da Cruz Subrinho


Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Linguagem, Estudos Culturais e Formação do Leitor (LEFOR)
Denise Dias de Carvalho Sousa
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
[email protected]
Linguagem, Estudos Culturais e Formação do Leitor (LEFOR)

Resumo:
A pesquisa Em Touches e em cliques: A Formação Leitora por meio das Redes
Sociais da Internet, se ocupa dos recentes estudos das práticas de leitura que
ocorrem nos meios virtuais das redes sociais e, em função dessas, da insurgência
de novos perfis leitores e de novos comportamentos de leitura. As avaliações da
aprendizagem, tanto as internas quanto as externas, desvelam que a formação do
leitor proficiente ainda ocorre muito a contento, evidenciando números significativos
de educandos que ainda necessitam aperfeiçoar suas práticas de leitura. Logo,
objetiva-se com esse estudo analisar como as redes sociais da internet (Facebook,
Instagram e Twitter) podem colaborar na formação leitora dos educandos. Para
tanto, a investigação filiou-se a uma abordagem de cunho qualitativo, pois buscou
descrever e refletir acerca de um dado fenômeno, considerando a diversidade do
objeto pesquisado e a subjetividade dos colaboradores da pesquisa, adotando por
método a pesquisa ação, delineada a partir dos estudos de Thiollent (1998; 2011),
Barbier (2007) e Gatti (2005), exposta a dimensões formativas, designando por
dispositivos de construção de dados: o grupo de discussão e a aplicação de
questionários. Detém por lócus o Colégio Estadual de Serrolândia (CES), em
Serrolândia – BA e por colaboradores alunos do 3° Ano do Ensino Médio e
professores de Língua Portuguesa. A pesquisa estabelece enquanto pressupostos
teóricos os estudos relacionados a cibercultura, internet e mídias digitais presentes
em Santaella (2007; 2010 e 2011), Castells (1999), Prensk (2006), Lévy (1993; 1996
e 1999). Amparando-se também nas concepções de leitor e leitura discutidas por
Horellou-Lafarge e Segré (2010), Abreu (2006; 2010), Chartier (1998; 2002), assim
como nas pesquisas sobre a formação e mediação de leitura em ambientes virtuais
realizadas por Miller (2012), Coscarelli (2016; 2017), Rojo (2012) e Vilson (2016).
Desse modo, esta investigação buscou corroborar com os estudos de formação
leitora por meio das redes sociais, estabelecendo, de modo colaborativo,
propositivas para o enfrentamento de dada problemática. Lodo, por meio dessa se
pode constatar que; todos os alunos acessam regularmente a internet, dispõem de
perfis ativos nas redes sociais e estão em constante contato com os gêneros
discursivos e emergentes, assim como reconhecem a necessidade de a escola
aproxima-los das linguagens tecnológicas digitais.
278

Palavras-chave: Formação Leitora; Redes Sociais; Cibercultura; Comportamentos


de Leitura.
279

EDUCAÇÃO PARA ALÉM DO CÁRCERE

Elisângela Silva Araújo


Instituição Universidade Estadual do Ceará (UECE)
[email protected]
Jean da Silva Santos
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), DEDC - Campus XI
[email protected]
Laboratório de Estudo, Pesquisa e Extensão em Geografia e Educação (LEPEGE)
Camila Facundo Lima
Universidade Estadual do Ceará (UECE)
[email protected]

Resumo:
Trata-se da abertura de um campo para breves reflexões acerca da humanização no
contexto da qualificação profissional relacionada ao egresso prisional, numa
perspectiva favorável de revalorização do ser humano em sua integralidade, a partir
de um aspecto teórico extraído da dissertação de mestrado intitulado de Qualificação
Profissional como Meio de Ressocialização do Egresso Penitenciário no Estado do
Ceara: uma analise a partir de dados em 2016, do Programa de Mestrado Profissional
em Planejamento e Políticas Públicas - Escola Superior de Magistratura do Estado do
Ceara (ESMEC) da Universidade Estadual do Ceará (UECE), defendido em 2018.
Quando se discute a valorização social do egresso prisional em contexto de
reinserção no mercado de trabalho, é fundamental compreender as dimensões que
envolvem este processo, uma delas é a Educação. A defesa da permanência e
ampliação de uma política pública no campo educacional para este grupo dentro da
organização do sistema prisional brasileiro significa, antes de qualquer coisa,
posicionar-se como ato político no sentido de acreditar em mudanças objetivas e
subjetivas dos sujeitos em processos de ressocialização, de reintegração social, de
forma a reconhecer a capacidade inata de adaptação destes frente as novas
possibilidades que se abrem nas descobertas que se apresentam no campo
semântico educacional e das relações interpessoais que se constituem como
possível caminho para a superações das dificuldades que, por sua vez, se interpõe
num conjunto complexo de ser e estar no mundo quando oriundo do sistema
carcerário, sobretudo o brasileiro. Para se pensar em liberdades como direto
adquirido de sujeitos oriundos do cárcere, garantido pela Constituição Federal,
destaca-se a educação como pilar necessário e como condição de manifestação
plena para a reflexão profunda sobre princípios inegociáveis correlacionados com a
condição humana, a exemplo da convivência pacífica em sociedade, em humanizar-
se frente ao perverso processo de desumanização em curso nas relações
socioafetivas e políticas verificadas na atualidade. Amparada por Lei
infraconstitucional, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/1996,
ressalta a valorização dos estudos, afirmando ser este um processo amplo de
transformação e de responsabilidade sob o ponto de vista das mudanças pessoais e
sociais. Objetivando estimular a reflexão crítica sob o ponto de vista humano e social
acerca dos direitos historicamente negados, entendemos e defendemos que a
contribuição da Educação para a inserção no mercado de trabalho torna-se de
280

fundamental importância para a recuperação da autonomia e dignidade dos sujeitos.


Portanto, dentre os muitos aspectos encontrados como resultados da citada
dissertação, destaca-se a defesa em comprovar que o aspecto da qualificação
profissional direcionada ao egresso prisional, vem sendo desvalorizada como uma
importante intervenção social, o que denota um possível cenário de inexistência da
política pública e o consequente prejuízo ao egresso prisional em reinserção social e
profissional, sobretudo no mercado de trabalho em um processo de resgate da
dignidade e de reprodução da vida.

Palavras-chave: Educação; Qualificação Profissional; Cárcere.


281

PROJETO KIDS BLOCK: INICIAÇÃO A PROGRAMAÇÃO E


DESENVOLVIMENTO DE JOGOS PARA CRIANÇAS

Emmanuelle Silva Lisboa da Conceição


Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA)
[email protected]
Ana Verônica Campos da Silva
Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA)
[email protected]
Yanna Leidy Ketley Fernandes Cruz
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
[email protected]

Resumo:
Nos dias atuais sabe-se o quão essencial é o pensamento computacional em todos
os sentidos da vida do ser humano, desde o ambiente social, passando por suas
experiências culturais e, principalmente, profissionais. Equiparado à escrita e à
leitura, o pensamento computacional remete a estratégias para resolução de
problemas através de raciocínio lógico e formal, em vários níveis de abstração
(FALCÃO & BARBOSA 2015; WING 2006). No caso de crianças, os jogos
estabelecem formas delas se manterem em contato com o lúdico e experimentar
certos níveis de controle nas suas decisões, o que torna o aprender um meio de
descoberta. Gee (2013) considera o jogo por natureza uma engrenagem poderosa
de aprendizagem, especialmente por ser um gatilho de estímulos para despertar a
imaginação quando se está engajado em uma experiência relevante (OLIVEIRA et
al, 2014). É importante, também, ressaltar que professores podem utilizar destes
meios para incrementar suas práticas pedagógicas, sem abrir mão da importância do
embasamento teórico de todos os conteúdos (ZANOTTI, 2007). Noções raciocínio
lógico e de interpretação presentes em linguagens de programação se relacionam
diretamente não apenas com a matemática e o português, mas com grande parte
dos ensinamentos ministrados em sala de aula. Embora haja registros do avanço no
processo de aprendizagem no ensino fundamental em relação aos últimos anos
(FAJARDO & FOREQUE, 2018), ainda encontra-se em um patamar insuficiente nas
diversas áreas, sobre tudo, quando se trata do ensino em escolas públicas
brasileiras. Desta forma, este trabalho pretende investigar as contribuições dos jogos
digitais e noções de lógica de programação no processo de aprendizagem dos
alunos do ensino fundamental. Nomeado projeto Kids Block, é uma iniciativa dos
estudantes do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), na
cidade de São José de Ribamar, que atenderá as crianças de escolas municipais da
região, proporcionando o engajamento pelo mundo computacional a partir do
conhecimento lúdico-pedagógico. Sob a orientação de professoras da instituição, os
alunos utilizarão a ferramenta Scratch como mecanismo de ensino de jogos digitais.
O projeto se encontra em sua fase inicial, buscando identificar, em conjunto com
professores de diversas disciplinas, conteúdos que possam ser utilizados no
contexto computacional, conteúdos estes que servirão como base para o
desenvolvimento dos jogos. Além disso, está sendo realizada a capacitação de
alunos que irão auxiliar no desenvolvimento do projeto. Por fim, será realizada uma
282

análise qualitativa, por meio de entrevista e acompanhamento pedagógico, dados


serão coletados visando identificar as principais contribuições dos jogos digitais no
desenvolvimento cognitivo em crianças.

Palavras-chave: Jogos Digitais; Ensino fundamental; Scratch; Informática na escola.


283

O USO DO FACEBOOK E SUAS INTERFACES COM O


PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM

Érica Santos Araújo


Universidade do Estado a Bahia (UNEB) - Campus XI
[email protected]
Educação, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social (EPODS)
Úrsula Cunha Anecleto
Universidade do Estado a Bahia (UNEB) - Campus XIV
Grupo de Estudos e Pesquisa em (Multi)letramentos, Educação e Tecnologias
[email protected]

Resumo:
O presente estudo apresenta um relato de experiência vivenciado na disciplina
Tecnologia da Informação e Comunicação -TIC, do Mestrado Profissional em
Educação e Diversidade – MPED, da Universidade do Estado da Bahia –
UNEB/Campus XIV, em relação a uma ação interventiva realizada no curso de
Extensão Tecnologias, (Multi)letramentos e Formação de Professores, com docentes
da Educação Básica, no município de Retirolândia (BA). Tem como objetivo
apresentar considerações sobre a atuação no processo formativo desses docentes,
a partir da discussão sobre o uso das TIC no processo de ensino e de aprendizagem
na sala de aula. O Curso de Extensão, realizado no município de 2017 a 2018,
busca ampliar e estimular debates teórico-práticos sobre a temática, além de
oportunizar o compartilhamento de experiências vivenciadas no campo dos
(multi)letramentos e das tecnologias da informação e comunicação no contexto
educacional. Como forma de intervenção no curso supracitado, promoveu-se o
minicurso intitulado Sociedade em Rede e Construção do Conhecimento, que teve
como finalidade ampliar, junto aos professores, discussões sobre a utilização, de
forma planejada e sistematicamente marcada, das TIC, especialmente das redes
sociais, no contexto pedagógico para a promoção da aprendizagem, como artefatos
que possibilitam a interação e, dessa forma, contribuam com a formação de sujeitos
que saibam atuar em uma sociedade em rede, tendo em vista a cultura da
participação (SHIRKY, 2011) e da autonomia (CASTELLS, 2005), e não apenas de
forma técnica, a partir do uso instrumental desses meios. O minicurso teve como
aporte teórico os estudos sobre mídias na educação (TEZANI, 2011), redes sociais
de internet (LEFFA, 2018) e da abordagem construcionista (PAPERT, 2008). No que
se refere ao processo metodológico, baseou-se na construção de uma oficina
técnico-pedagógica sobre o uso de redes sociais de internet como mídia para a ação
educativa, tendo como enfoque maior o Facebook, como um ambiente virtual de
aprendizagem, que, a partir da diversidade de gêneros textuais e discursivos, de
possibilidades temáticas e de interação, constituem-se em comunidades de
aprendizagem. Assim, organizou-se, inicialmente, uma reflexão acerca de conceitos
referentes às redes sociais de internet, a necessidade de comportamento ético ao
interagir com esse meio e o diálogo com outras estéticas proporcionadas pela
diversidade semiótica e de modalidades textuais que circulam nesse ambiente. Em
seguida, juntos com os professores realizamos a criação de grupos no Facebook,
destacando as potencialidades dessa mídia como espaço virtual de ensino e de
284

aprendizagem colaborativa, a partir de uma prática pedagógica coerente, consciente,


critica e reflexiva. Após as discussões e da atividade realizada, pudemos relatar que
o compartilhamento dos atos e a interação síncrona e assíncrona possibilitadas por
essa rede social evidenciou o Facebook constituiu-se em um importante e interativo
meio às atividades escolares, na construção coletiva do saber, para o
desenvolvimento da leitura e da escrita dos alunos. Dessa forma, concluímos que
conhecer, compreender, desenvolver habilidades e competências para o uso das
TIC na sala de aula ultrapassa as necessidades da estrutura escolar, pois é um
chamado social, contemporâneo, uma vez que diversas agências sociais pelas quais
os alunos transitam em seu cotidiano estão conectados em rede e a escola, como a
maior agência formal da cultura letrada, também deve aproximar-se de práticas
multiletradas de seus alunos.

Palavras-chave: Tecnologias da Informação e Comunicação; Prática Pedagógica;


Facebook.
285

PRÉ-VESTIBULAR UNIVERSIDADE PARA TODOS: TECENDO OS FIOS DA


ESPERANÇA E DO ACESSO A EDUCAÇÃO SUPERIOR NO TERRITÓRIO DO
SISAL BAIANO

Jean da Silva Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB), DEDC - Campus XI
[email protected]
Laboratório de Estudo, Pesquisa e Extensão em Geografia e Educação (LEPEGE)
Luci Ana Gonçalves Rosa Lopes
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), DEDC - Campus XI
[email protected]

Resumo:
O Território de Identidade do Sisal baiano se caracteriza por inúmeros desafios,
dentre os quais se ressalta a necessidade incontornável de edificar uma educação
que acolha e celebre a força da diversidade humana. Neste cenário a Uneb, em
especial o Campus XI, que tradicionalmente se implica em ações focadas na
educação como força motriz, a qual fomenta transformações e desenvolvimento da
região sisaleira, sedia o Polo do Pré-vestibular Universidade Para Todos (UPT) na
edição de 2019. Com o intuito e o desafio de difundir conhecimento nos vários
mapas rurais e urbanos que compõe este território, a oportunidade de acesso aos
cursos superiores da Uneb e outras IES, de modo a promover a ampliação de
acesso, sobretudo dos menos favorecidos a estes centros de produção do
conhecimento. Diante disso, surge o projeto UPT como um programa de governo,
que ainda precisa ser consolidada como uma política pública, a fim de materializar o
sonho de acesso ao Ensino Superior de uma parcela significativa da sociedade
baiana. Destacamos que para a sua materialização, importantes profissionais da
Universidade: corpo técnico administrativo, docentes e discentes (monitores) são
mobilizados como aqueles que implementam o projeto visando a prestação de um
serviço de qualidade a comunidade. Quanto aos aspectos metodológicos o projeto
ganha corpo com ações voltadas para o ensino dialógico, criativo, aulões coletivos,
oficinas formativas, palestras, e, em especial no Campus XI, intersecciona-se com
projetos estruturantes da atual gestão departamental (biênio 2018-2020), a exemplo
do Projeto Ciclo de Debates Contemporâneos Sem Conversa Fiada dentre outros.
As ações efetivadas pelo UPT, no cenário do território sisaleiro se expandem para
além do que a sua administração central previa, haja vista a abrangência de mais 04
extensões em municípios onde a distância entre estas localidades constitui-se como
um dos desafios para realização do projeto, visto que são de difícil acesso, a
exemplo de Lamarão, Cipó, Serra Preta e Água Fria. A força criativa da gestão, dos
funcionários e docentes têm caracterizado este projeto como de relevância
acadêmica e social posto que, recebemos nos espaços-tempos do UPT jovens,
adultos e têm repercutido junto a estes, ações e reconhecimentos de sua relevância
nas comunidades de origem e do entorno da UNEB. As ações desenvolvidas pelo
UPT ressoam através dos jovens que avançam nos estudos, aqueles que logram
êxito do acesso a IES pública, tem transitado satisfatoriamente através da produção
de conhecimentos socialmente referenciados. Podemos afirmar que atualmente em
cada um dos cursos de graduação do Campus XI encontraremos relevante parcela
286

de aliunos oriundos do Programa, gente que por aqui passou, se construiu e deixou
em cada um dos partícipes do UPT a certeza de que de fato, estamos agindo
colaborativamente na tessitura dos fios de esperanças e de acesso a uma educação
plural, democrática ética e pulsantemente inclusiva.

Palavras-chave: Pré-Vestibular; UPT; Uneb; Campus XI.


287

INTERVENÇÃO EDUCATIVA NA SAÚDE PARA A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES


SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NO COLÉGIO ESTADUAL TEIXEIRA DE
FREITAS, SENHOR DO BONFIM – BA

Laís Silva dos Santos


Universidade do Estado da Bahia (UNEB), DEDC - Campus VII – Senhor do Bonfim
[email protected]
Jean da Silva Santos
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), DEDC - Campus XI
[email protected]
Laboratório de Estudo, Pesquisa e Extensão em Geografia e Educação (LEPEGE)

Resumo:
As infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) ocorrem através do contato sexual
sem uso de preservativo ou de mãe para filho durante a gestação, parto ou
amamentação. Em Senhor do Bonfim – BA, o índice de notificações de pessoas
infectadas com sífilis tem sido alarmante o que nos leva, enquanto estudantes da
área de saúde, a pensar estratégias de intervenções educacionais possíveis para a
sensibilização da população quanto aos riscos dos processos de infecção, bem
como dos cuidados necessários para o tratamento e prevenção. Estes foram os
principais objetivos traçados pela intervenção educacional promovida por algumas
alunas do 5º semestre do Curso de Enfermagem da Uneb, Campus VII no Colégio
Estadual Teixeira de Freitas, situado no citado município no mês de julho de 2019.
Como requisito curricular a cumprir do componente Saúde Coletiva II, onde foi
estudado a respeito das IST’s, suas formas de transmissão, prevenção e etiologia. A
intervenção educativa em saúde foi pelo formato de oficina executada em um dia e
teve quatro momentos, sendo o primeiro de planejamento e os demais junto a turma
do 1º Ano do Ensino Médio, com a abordagem teórica dialógica sobre a incidência
das doenças mais acometidas no município, no terceiro momento foi realizado uma
dinâmica de interação lúdica com os participantes e, no quarto, finalizamos com uma
breve socialização. Os conteúdos trabalhados foram: definição das IST’s, o contexto
de contágio e índice de incidência no município de Senhor do Bonfim, a importância
do uso de preservativo masculino. Destacamos que com a realização dessa
intervenção fica explícito a importância da educação em saúde como ferramenta de
conscientização da população, vários alunos afirmaram não conhecer as doenças
abordadas e ao final da intervenção, os participantes sanaram suas dúvidas e
demostraram interesses para que fosse realizado mais intervenções dessa natureza
em sua comunidade.

Palavras-chave: IST’s; Saúde e Intervenção Educativa; Enfermagem.


288

PARADIGMA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTANCIA NO BRASIL E SEUS


AVANÇOS

Laylla Luiza Pires de Araújo


Centro Universitário Leonardo da Vinci
[email protected]
Pós-Graduação em Gestão e Tutoria a Distância
Dario da Silva Monte Nero
UFRB
Programa de Mestrado em Gestão Social e Políticas Públicas

Resumo
O desenvolvimento da Educação a Distância (EaD), no Brasil, tem seu início no
século XX, em decorrência do iminente processo de industrialização cuja trajetória
gerou uma demanda por políticas educacionais que formassem o trabalhador para a
ocupação industrial. Dentro desse contexto, a EaD surge como uma alternativa para
atender à demanda, principalmente através de meios radiofônicos, o que permitiria a
formação dos trabalhadores do meio rural sem a necessidade de deslocamento para
os centros urbanos. Com isso a educação superior a distancia no Brasil vive um
período de grandes transformações, pois o avanço da tecnologia está promovendo o
aumento do número de cursos de graduação em todo o território nacional dentro de
uma conjuntura social cada vez mais informatizada e diversificada. Dessa forma este
trabalho tem como objetivo realizar um estudo acerca do modo como a Educação
Superior a Distância no Brasil vem sendo produzida e implantada nesse novo
contexto tecnológico. Trata-se de um ensaio crítico realizado com base em revisão
da literatura e em dados oficiais fornecidos pelo Censo da Educação Superior. No
período entre 2007 e 2017 o número de matrículas de cursos de graduação à
distância aumentaram significativamente 375,2%, já na modalidade presencial o
crescimento foi de apenas 33,8%, no mesmo período em relação ao número de
concluintes dos cursos de graduação EaD ocorreu um aumentou de 745,85%,
enquanto que no sistema presencial foi de 25,21%. No quesito nota no Exame
Nacional de Desempenho do Estudante (ENADE) no ano de 2017 os cursos EaD
tiveram desempenho ruim, sendo que 6,3 % dos cursos tiveram a pior nota no
exame, comparado a 4,9 % dos cursos presenciais, e quando se refere a melhores
notas os cursos EaD conseguiram apenas 2,4% de melhor nota, enquanto 6,1 % dos
cursos presencias alcançaram as melhores notas. Contudo a EaD vem aumentando
sua colaboração na ampliação da democratização do ensino e na conquista dos
mais diversos conteúdos acadêmicos e que o uso das tecnologias tornam-se
ferramentas indispensáveis na geração de novos conhecimentos, e na criação de
códigos culturais.

Palavras-Chave: Ensino; Graduação; Tecnologia; Educação e Ensino a distância.


289

VIVÊNCIAS TECNOLÓGICAS NA ESCOLA PÚBLICA: COCRIAÇÃO E


PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS DIGITAIS EM SALA DE AULA

Luciana Oliveira Lago


UNEB e SEC/BA
[email protected]
Grupo de Estudo e Pesquisa em Multiletramentos, Educação e Tecnologias (GEPLET)

Resumo:
Este artigo apresenta reflexões sobre a cocriação e produção de conhecimento e
conteúdos digitais em sala de aula sob um viés atualizado das discussões sobre
cultura digital e educação, que emergem dos debates contemporâneos e da
práxis pedagógica, por um olhar de perto e de dentro. Nesse sentido, contribui
ainda com o eixo temático no que diz respeito ao devir contemporâneo da sala de
aula. O objetivo geral estabelecido consistiu em: analisar de que forma a
cocriação e a produção de conteúdos digitais podem ocorrer em sala de aula,
unindo os saberes digitais dos estudantes e as habilidades conectivas dos
professores de uma escola pública. Os objetivos específicos foram: (1) discutir
com estudantes e professores sobre a criação de conteúdos digitais a partir da
cultura local; (2) possibilitar o protagonismo digital em sala de aula; (3) produzir
conhecimentos de autoria e coautoria entre professora e estudantes no
ciberespaço. Os aportes teóricos utilizados: Couto (2015), Castells (1999; 2003),
Lévy (1999), Parry (2012), Porto, Santos, Oswald, e Couto (2015), Pretto e Assis
(2008), Santaella (2012) e Silva (2015). O método é qualitativo, de cunho
descritivo e analítico, inspirado na Netnografia (KOZINETS, 2010) e na pesquisa
bibliográfica. Com base em uma prática pedagógica que focaliza o uso das
tecnologias digitais para construções de novos conhecimentos, como alternativa
metodológica, foi criado um grupo focal virtual no WhatsApp com a participação
de professores e estudantes para analisar de que forma a cocriação e a produção
de conteúdos digitais podem ocorrer em sala de aula. Apresenta-se, em um
panorama geral, a educação básica da escola pública nos tempos da cibercultura,
considerando as diversidades e adversidades apresentadas por um sistema
educacional com políticas públicas de acesso às tecnologias digitais no contexto
escolar que pouco efetivam o direito ao acesso gratuito e de qualidade ao
ciberespaço no ambiente escolar, constituindo-se, portanto, mais uma negação de
direitos. Os resultados obtidos foram: protagonismo juvenil e inovação pedagógica
para superar os desafios, possibilitando a criação de conteúdos digitais como:
Expofotos do Território do Sisal sob o olhar Juvenil e o Museu Virtual do Sisal, de
autoria dos estudantes junto com a professora de turmas do 9º ano de um colégio
estadual em Conceição do Coité. Conclui-se, permitindo compreender o caminho
para a produção de conteúdo/conhecimentos em sala de aula com a mobilidade
no ciberespaço a partir da cocriação, propondo algumas possibilidades para a
construção de uma escola pública que articule o encontro dos saberes e
valorização dos atores escolares na era da cultural digital.

Palavras-chave: Cibercultura; Netnografia; Cocriação; Tecnologias Digitais;


Políticas Públicas.
290

O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA NAS


TURMAS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA ILHA DE ITAPARICA/BA

Marcio Cabral de Sousa Santos


[email protected]

Resumo:
O presente trabalho busca propor uma intervenção na prática pedagógica do
professor da disciplina de Geografia nas turmas de EJA da educação básica, através
do desenvolvimento de um aplicativo experimental para smartphone. O uso das
novas tecnologias pode promover o desenvolvimento, o conhecimento, a criatividade
e a emancipação humana nos espaços de educação formal, ultrapassando a
maneira isolada de utilização desse instrumento, revelando assim novas formas de
perceber os recursos midiáticos. Na atualidade as novas tecnologias e a educação
estão intimamente relacionadas no currículo formal ou no currículo oculto, logo a
utilização das novas tecnologias tem influência direta na formação cotidiana dos
estudantes, porém tem sido relegada a sua utilização nas redes públicas de ensino
no Brasil, talvez por carência de formações continuadas e/ou orientações nos
espaços educacionais. Contribuem para o embasamento teórico desta pesquisa,
Paulo Freire, Lev S. Vigotsky, Geraldo Donizete Banhara, Maria Madalena de Aguiar
Cavalcante, Ana Solange Biesek, Jonas Marques da Penha e Josandra Araújo
Barreto de Melo. O uso de novas tecnologias para o ensino da geografia no âmbito
metodológico se expressa pela construção de possibilidades para os estudantes na
articulação da leitura geográfica dos processos naturais, sociais e suas múltiplas
escalas, nesta perspectiva, o objetivo geral consiste em construir e desenvolver um
aplicativo experimental de smartphone para o ensino de Geografia para as turmas
de EJA nas escolas da rede pública estadual da Ilha de Itaparica na Bahia, que
contenham informações sobre os planos de aulas, conteúdos e objetos
educacionais, incluindo alguns temas geradores e ilustrações, no qual a
aprendizagem mediada pelos professores terão maior acesso e alcance em relação
aos estudantes, além de objetivar aos indivíduos dimensões significativas de suas
vivências, cuja análise crítica lhe possibilite reconhecer a interação das partes. Nos
objetivos específicos busca-se realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o uso das
novas tecnologias para o ensino da geografia nas turmas de EJA, bem como
analisar metodologias de ensino de geografia já aplicadas pelos professores desse
componente curricular nas unidades de ensino da rede pública estadual da Ilha de
Itaparica/BA, identificando as formas que os estudantes se apropriam dos recursos
tecnológicos para aprender os temas da geografia. A metodologia utilizada será
abordagem qualitativa para melhor compreender a realidade. O método proposto
será o estudo de caso, pois, ao representar a rotina escolar em detalhes, esse tipo
de pesquisa oferece elementos preciosos para uma melhor compreensão do papel
da escola e suas relações com outras instituições da sociedade. A pesquisa
bibliográfica e documental será ponto chave para fundamentação teórica das
categorias trabalhadas na pesquisa, como ensino de geografia, Educação de Jovens
e Adultos, prática pedagógica e aprendizagens por meio de novas tecnologias. Será
utilizada a coleta de dados para capturar a realidade, através de entrevistas
semiestruturadas, oficinas e observação. Espera-se com essa pesquisa inovar as
291

práticas pedagógicas e deixar a aula mais prazerosa, interativa e dinâmica, pois, isto
pode tornar-se um elemento facilitador do aprendizado além de reduzir o desgaste
do professor, e diminuir a dependência da utilização de recursos tecnológicos que
necessitam da participação de outros profissionais da unidade de ensino para
instalar/desinstalar aparelhos eletroeletrônicos, nos quais, em alguns casos,
acontecem situações constrangedoras, além de gastar desnecessariamente o tempo
de aula.

Palavras-chave: Novas tecnologias; Ensino de geografia; Aplicativo para


smartphone; Educação de Jovens e Adultos.
292

Os resumos que compõem esses anais são de responsabilidade dos seus


respectivos autores e coautores.

Comissão Organizadora
Serrinha, 27 de setembro de 2019.

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