Guia Workshop 4
Guia Workshop 4
Guia Workshop 4
GUIA WORKSHOP 4
Gestão do Cuidado
PlanificaSUS
WORKSHOP 4
Gestão do Cuidado
© 2019 Ministério da Saúde. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial –
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta
obra, desde que citada a fonte.
EQUIPE DE TRABALHO
1. Atenção à Saúde 2. Redes de Atenção à Saúde 3. Sistema Único de Saúde I. Sociedade Beneficente Israelita
Brasileira Albert Einstein – SBIBAE.
APRESENTAÇÃO
A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE) foi fundada em 1955
e tem como missão oferecer excelência de qualidade no âmbito da saúde, da geração
do conhecimento e da responsabilidade social, como forma de evidenciar a contribuição
da comunidade judaica à sociedade brasileira. Apresenta como pilares o Hospital
Israelita Albert Einstein, a Medicina Diagnóstica, o Ensino e Pesquisa, a Consultoria e a
Responsabilidade Social.
A Diretoria de Responsabilidade Social desenvolve várias atividades relacionadas ao Sistema
Único de Saúde (SUS). Dentre elas, estão, por exemplo, projetos ligados ao Programa de Apoio
ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), desenvolvido
pelo Ministério da Saúde para colaborar com o fortalecimento do SUS.
O projeto A Organização da Atenção Ambulatorial Especializada em Rede com a Atenção
Primária à Saúde (PlanificaSUS) via PROADI-SUS, executado pela SBIBAE, tem como
objetivo geral implantar a metodologia de Planificação da Atenção à Saúde (PAS), proposta
pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), em Regiões de Saúde das 27
Unidades Federativas (UF), fortalecendo o papel da Atenção Primária à Saúde (APS) e a
organização da Rede de Atenção à Saúde (RAS) no SUS. A SBIBAE é o executante do projeto,
solicitado pelo CONASS e é acompanhado e monitorado pelo Departamento de Saúde da
Família da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde.
A proposta da PAS tem como objetivo apoiar o corpo técnico-gerencial das Secretarias
Estaduais e Municipais de Saúde, na organização dos macroprocessos da APS e da Atenção
Ambulatorial Especializada (AAE). Permite desenvolver a competência das equipes para o
planejamento e a organização da atenção à saúde, com foco nas necessidades dos usuários
sob sua responsabilidade, baseando-se em diretrizes clínicas, de acordo com o Modelo
de Atenção às Condições Crônicas (MACC). Nesse sentido, as atividades da planificação
podem ser compreendidas como um momento de discussão e mudança no modus operandi
das equipes e dos serviços, buscando a correta operacionalização de uma dada rede de
atenção.
A fundamentação teórica de referência para o diálogo entre a construção social da APS e o
cuidado das condições crônicas perpassa a edificação do MACC proposto por Eugenio Vilaça
Mendes para o SUS, a partir dos modelos da Pirâmide de Riscos da Kaiser Permanente,[1] de
Cuidados Crônicos[2] e sobre os Determinantes Sociais da Saúde.[3] Estes modelos estão
descritos nos livros publicados pelo CONASS e pela Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS), com foco na implantação das RAS, a saber: As Redes de Atenção à Saúde,[4] O
Cuidado das Condições Crônicas na Atenção Primária à Saúde[5] e A Construção Social da
Atenção Primária à Saúde.[6]
O modelo operacional descrito por Mendes[6] propõe a metáfora da construção de uma
casa (Figura 1), citando vários momentos para organização dos macroprocessos da APS
adaptados para a organização dos macroprocessos na AAE.
O PlanificaSUS será operacionalizado por meio de uma etapa preparatória e por seis etapas
operacionais com ciclos de workshops, oficinas tutoriais, etapa controle e cursos curtos. O
público-alvo serão os profissionais dos serviços de APS e AAE, e os profissionais dos demais
serviços relacionados à linha de cuidado definida como prioritária, além de profissionais
da gestão. A figura 2 apresenta o esquema operacional do PlanificaSUS. Os workshops são
os momentos de alinhamento teórico, que abordam os conceitos centrais do PlanificaSUS.
São utilizados trabalhos em grupo, estudos dirigidos, estudos de caso, dramatizações,
leitura de textos de apoio, debates, com apresentação e sistematização das discussões em
plenária, além de aulas interativas. Os temas abordados nos workshops terão continuidade
nas discussões das oficinas tutoriais.
Nas oficinas tutoriais, acontecem momentos técnicos operacionais de tutoria nos serviços
da RAS. Não se trata de um processo de fiscalização ou de avaliação de desempenho, e nem
mesmo de definição sobre o que os profissionais devem fazer. Pelo contrário, é um “fazer junto”,
sem substituir o profissional em suas funções e responsabilidades, ajudando-o na reflexão
sobre a própria prática, na identificação de fragilidades e nas ações corretivas necessárias. O
objetivo é o de fortalecer as competências de conhecimento, habilidade e atitude.
Além dos workshops e tutorias, será utilizada a estratégia de cursos curtos, que abordarão
o conhecimento de temas específicos e/ou proverão treinamento de habilidades relativas a
processos pertinentes para a organização dos macroprocessos. Os temas dos cursos serão:
estratificação de risco, saúde mental, cuidado farmacêutico e sistemas de informações. Será
disponibilizado o material pela Equipe PlanificaSUS, sendo a execução de responsabilidade
da Secretaria de Saúde do Estado de cada região. Os cursos deverão ser desenvolvidos a
partir da integração entre as equipes da APS e AAE.
O projeto reúne um conjunto de ações educacionais, baseadas em metodologias ativas,
voltadas para o desenvolvimento de competências de conhecimento, habilidade e atitude,
necessárias para a organização e a qualificação dos processos assistenciais. Baseando-se
Figura 2. Esquema operacional do PlanificaSUS. APS: Atenção Primária à Saúde; AAE: Atenção Ambulatorial
Especializada; RAS: Rede de Atenção à Saúde; MACC: Modelo de Atenção às Condições Crônicas.
◼◼ PROGRAMAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
◼◼ ROTEIRO DE ATIVIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
◼◼ REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42
◼◼ RECOMENDAÇÕES DE LEITURAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
MANHÃ
Horário Atividades programadas
8h Atividade 1 – Acolhimento e abertura do workshop
8h20 Atividade 2 – Apresentação da experiência da tutoria na Etapa 3
8h40 Atividade 3 – Orientações para o trabalho em grupos
8h50 Atividade 4 – Trabalho em grupo: Gestão da clínica
10h20 Intervalo
10h30 Atividade 5 – Vídeo de apresentação: Condição de Saúde
11h Atividade 6 – Trabalho em grupo: Por que organizar a atenção aos eventos agudos na Atenção
Primária à Saúde?
12h30 Intervalo para almoço
TARDE
Horário Atividades programadas
14h Atividade 7 – Dinâmica de aquecimento
14h10 Atividade 8 – Trabalho em Grupo: Por que organizar a atenção às condições crônicas na Atenção
Primária à Saúde?
15h30 Intervalo
15h40 Atividade 9 – Trabalho em Grupo: O ambulatório de atenção especializada no modelo de atenção
às condições crônicas
16h50 Avaliação
17h Encerramento
Considerando que cada região tem uma dinâmica de organização, é importante ter
flexibilidade para combinar com os participantes as adequações de horários, de acordo com
a realidade do lugar, ficando mais confortável para garantir um melhor aproveitamento.
MANHÃ
GESTÃO DA CONDIÇÃO
DE SAÚDE
GESTÃO DE CASO
DIRETRIZES
CLÍNICAS
AUDITORIA CLÍNICA
LISTA DE ESPERA
1 Texto adaptado de Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde. O imperativo da
consolidação da estratégia de saúde da família [Internet]. Brasília, DF: Organização Pan-Americana da Saúde/
Organização Mundial da Saúde/Conselho nacional de Secretários da Saúde; 2012 [cited 23 Sep 2019]. Available from:
http:// bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude.pdf
NÍVEL 5:
SUBPOPULAÇÃO COM CONDIÇÃO
GESTÃO DE
CRÔNICA MUITO COMPLEXA
CASO DETERMINANTES
SOCIAIS INDIVIDUAIS
NÍVEL 4: COM CONDIÇÃO DE
SUBPOPULAÇÃO COM CONDIÇÃO
GESTÃO DA SAÚDE E/OU FATOR DE
CRÔNICA COMPLEXA
CONDIÇÃO DE SAÚDE RISCO BIOPSICOLÓGICO
ESTABELECIDO
SUBPOPULAÇÃO COM CONDIÇÃO NÍVEL 3:
CRÔNICA SIMPLES E/OU COM GESTÃO DA RELAÇÃO
FATOR DE RISCO BIOPSICOLÓGICO CONDIÇÃO DE SAÚDE AUTOCUIDADO/
ATENÇÃO PROFISSIONAL
SUBPOPULAÇÃO COM
FATORES DE RISCO LIGADOS NÍVEL 2: DETERMINANTES SOCIAIS
AOS COMPORTAMENTOS E INTERVENÇÕES DE PREVENÇÃO DAS DA SAÚDE PROXIMAIS
ESTILOS DE VIDA CONDIÇÕES DE SAÚDE
Por essa razão, as tecnologias que serão aqui desenvolvidas são as diretrizes clínicas, a
gestão da condição de saúde, a gestão de caso e a lista de espera. Não obstante, há que se
reconhecer que a tecnologia de auditoria clínica deve ser utilizada na ESF, especialmente
vinculada a programas de melhoria da qualidade.
1. As diretrizes clínicas
São recomendações preparadas de forma sistemática, com o propósito de influenciar
decisões dos profissionais de saúde e das pessoas usuárias a respeito da atenção apropriada,
em circunstâncias clínicas específicas. [8] Para alcançar seus objetivos, as diretrizes clínicas
devem combinar medicina baseada em evidência (MBE), avaliação tecnológica em saúde,
avaliação econômica dos serviços de saúde e garantia de qualidade.[9]
O processo de desenvolvimento das diretrizes clínicas deve ser encarado não como linear,
mas como um ciclo de atividades interdependentes, que envolve a elaboração, a implantação,
a avaliação e a revisão das diretrizes clínicas, a educação permanente, a acreditação dos
serviços de saúde, a avaliação tecnológica em saúde e a auditoria clínica. [10]
3. Gestão de caso
A gestão de caso (case management) é o processo cooperativo que se desenvolve entre
um profissional gestor de caso e uma pessoa portadora de uma condição de saúde muito
complexa e sua rede de suporte social, para planejar, monitorar e avaliar opções de
cuidados e de coordenação da atenção à saúde, de acordo com as necessidades da pessoa
e com o objetivo de propiciar uma atenção de qualidade, humanizada, capaz de aumentar a
capacidade funcional e de preservar a autonomia individual e familiar.
4. A lista de espera 2
A lista de espera é uma tecnologia de gestão da clínica, sustentada por diretrizes clínicas
baseadas em evidência, que objetiva racionalizar o acesso a serviços de saúde, nos quais
existam desequilíbrios de demanda e oferta, normalizando seus usos em determinado
ponto de atenção, por meio de critérios de ordenamento de riscos e da transparência. [7]
2 Texto adaptado de Mendes EV. A construção social da atenção primária à saúde [Internet]. Brasíla, DF: Conselho
Nacional de Secretários de Saúde; 2015 [cited 2019 Sep 23]. Available from: http://www.saude.go.gov.br/wp-content/
uploads/2016/12/a-construcao-social-da-atencao-primaria-a-saude.pdf
INTERVALO
TEXTO 2
OS EVENTOS AGUDOS NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE3
3 Texto adaptado do livro Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). CONASS Debate. A crise contemporânea
dos modelos de atenção à saúde [Internet]. Brasília, DF: CONASS, 2014 [cited 2019 Sep 23]. Available from:
https://www.conass.org.br/biblioteca/conass-debate-a-crise-contemporanea-dos-modelos-de-atencao-a-saude/; e de Mendes
EV. A construção social da Atenção Primária à Saúde [Internet]. Brasília, DF: Conselho Nacional de Secretários de
Saúde; 2015 [cited 2019 Sep 23]. Available from: http://www.saude.go.gov.br/wp-content/uploads/2016/12/a-construcao-
social-da-atencao-primaria-a-saude.pdf
SUBPOPULAÇÃO COM
EVENTO AGUDO
4 A GESTÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE
NÍVEL
3 A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
NÍVEL
INTERVENÇÕES DE
POPULAÇÃO TOTAL
1 PROMOÇÃO DA SAÚDE
Fonte: Brasil.[22]
Figura 2. Classificação geral dos casos de demanda espontânea na Atenção Primária.
Fonte: Caderno de Atenção Básica nº 28 - Ministério da Saúde, 2013.
TARDE
AS CONDIÇÕES CRÔNICAS NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE4
4 Texto adaptado do livro Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). CONASS Debate. A crise contemporânea
dos modelos de atenção à saúde [Internet]. Brasília, DF: CONASS, 2014 [cited 2019 Sep 23]. Available from:
https://www.conass.org.br/biblioteca/conass-debate-a-crise-contemporanea-dos-modelos-de-atencao-a-saude/; e de Mendes
EV. A construção social da Atenção Primária à Saúde [Internet]. Brasília, DF: Conselho Nacional de Secretários de
Saúde; 2015 [cited 2019 Sep 23]. Available from: http://www.saude.go.gov.br/wp-content/uploads/2016/12/a-construcao-
social-da-atencao-primaria-a-saude.pdf
Pessoas
Interações Equipe de
usuárias
produtivas saúde proativa
ativas e
e preparada
informadas
De acordo com esse modelo, para se obterem bons resultados clínicos e funcionais nas
condições crônicas, devem-se promover mudanças nos sistemas de saúde, que estabeleçam
interações produtivas entre equipes de saúde proativas e preparadas e pessoas usuárias
ativas e informadas. Para isso, são necessárias mudanças em dois campos: no sistema de
saúde e nas relações desses sistemas com a comunidade.
No sistema de saúde, as mudanças devem ser feitas na organização da atenção à saúde,
no desenho do sistema de prestação de serviços, no suporte às decisões, nos sistemas de
informação clínica e no autocuidado apoiado. Na comunidade, as mudanças estão centradas
em novas formas de articulação dos serviços de saúde com os recursos da comunidade.
Há evidências, na literatura internacional, dos efeitos positivos do CCM na atenção às
condições crônicas, como: os portadores de diabetes tiveram decréscimo significativo de
seu risco cardiovascular; os portadores de insuficiência cardíaca apresentaram melhores
tratamentos e utilizaram menos 35% de internações, medidas por leitos/dia; os portadores
de asma e diabetes receberam tratamentos mais adequados às suas doenças; e as
mudanças produzidas pela implantação do CCM tiveram sustentabilidade em 82% das
organizações estudadas e se difundiram dentro e fora dessas organizações.[25]
NÍVEL 3
1-5% de pessoas
com condições
GESTÃO
altamente complexas
DE CASO
NÍVEL 2
GESTÃO DA
20-30% de pessoas
CONDIÇÃO DE SAÚDE
com condições complexas
NÍVEL 1
AUTOCUIDADO 70-80% de pessoas
APOIADO com condições simples
A figura 2 mostra que uma população portadora de condição crônica pode ser estratificada por
níveis de complexidade. Assim, 70% a 80% estão no nível 1 e são pessoas que apresentam
condição simples, possuem capacidade para se autocuidarem e constituem a maioria da
população total portadora da condição crônica. Cerca de 20% a 30% estão no nível 2, sendo
pessoas que apresentam condição complexa porque têm fator de risco biopsicológico
ou condição crônica, ou mais de uma, com certo grau de instabilidade, ou potencial de
deterioração de sua saúde, a menos que tenham o suporte de equipe profissional. A maior
parte do cuidado deve ser provida por equipe de Atenção Primária à Saúde, com apoio de
especialistas. O autocuidado apoiado continua a ser importante para esta subpopulação,
mas a atenção profissional pela equipe de saúde é mais concentrada. Há, nesta população,
importante uso de recursos de atenção à saúde. Finalmente, 1% a 5% estão no nível 3, são
pessoas que apresentam necessidades altamente complexas e/ou usuárias frequentes
de atenção não programada, de emergência, ambulatorial ou hospitalar, e que requerem
gerenciamento ativo por parte de um gestor de caso. Há, nesta subpopulação, uso muito
intensivo de recursos de atenção à saúde.
A lógica do modelo da Pirâmide de Riscos está em promover a saúde de toda a população,
estruturar as ações de autocuidado apoiado para os portadores de condições de saúde
, CULTURA
ÔMICAS IS E
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E CONDIÇÕES DE VIDA AI
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Produção HEREDITÁRIOS
agrícola e de Habitação
alimentos
SUBPOPULAÇÃO COM
FATORES DE RISCO LIGADOS NÍVEL 2: DETERMINANTES SOCIAIS
AOS COMPORTAMENTOS E INTERVENÇÕES DE PREVENÇÃO DAS DA SAÚDE PROXIMAIS
ESTILOS DE VIDA CONDIÇÕES DE SAÚDE
No nível 2, as intervenções são de prevenção das condições de saúde e com foco nos
determinantes proximais da saúde ligados aos comportamentos e aos estilos de vida,
considerados fatores de risco modificáveis e potenciados pelos determinantes sociais
intermediários e distais. Os mais importantes são o tabagismo, a alimentação inadequada,
a inatividade física, o excesso de peso e o uso excessivo de álcool.
Até o segundo nível não há condição de saúde estabelecida e nem manifestação de fator de
risco biopsicológico, à exceção dos riscos por idade ou sexo. Somente a partir do nível 3 do
MACC é que se vai operar com fator de risco biopsicológico individual e/ou com condição
de saúde cuja gravidade, expressa na complexidade, convoca intervenções diferenciadas
do sistema de atenção à saúde. Por isso, as intervenções relativas às condições de saúde
estabelecidas implicam a estratificação dos riscos, segundo as evidências produzidas pelo
modelo da Pirâmide de Riscos.
Os níveis 3, 4 e 5 do MACC estão vinculados aos indivíduos com suas características de
idade, sexo, fatores hereditários e fatores de risco biopsicológicos – a camada central do
modelo de DSS. As intervenções são predominantemente clínicas, operadas por tecnologias
de gestão da clínica, a partir da gestão com base na população. Aqui é o campo privilegiado
da clínica, em seu sentido mais estrito.
A partir do nível 3, exige-se a definição de subpopulações recortadas, segundo a estratificação
de riscos da condição de saúde, definida pelo modelo da Pirâmide de Riscos. Nesse nível
3, estruturam-se as intervenções sobre os fatores de risco biopsicológicos como idade,
sexo, hereditariedade, hipertensão arterial, dislipidemias, depressão, pré-diabetes e outros.
CONDIÇÕES CRÔNICAS
ISCO
AUT
DE R
O
CUID
ESTABILIZAÇÃO
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AÇÃ
ADO
IFIC
APO
RAT
IADO
EST
TEXTO 4
Carteira de serviços
A descrição de uma carteira de serviços tem o objetivo de orientar sobre a organização
de determinado serviço ou sistema, com o foco nos elementos que caracterizam o novo
modelo de AAE, em relação à estrutura física, ao quadro de pessoal, aos equipamentos e
aos exames, incluindo sua descrição e parametrização.
A descrição da carteira de serviços da AAE do PlanificaSUS propõe a sistematização da
carteira em três categorias: básica, ampliada e avançada.
Carteira básica Deve estar disponível no momento de início das atividades do ambulatório
É desejável que esteja disponível no momento de início das atividades do ambulatório.
Entretanto, não sendo possível, deverá ser implantada em curto prazo
Carteira ampliada
Nesse intervalo de tempo, a assistência deve ser garantida por meio de fluxos
pactuados na rede de atenção
Deve ser garantida por meio de fluxos pactuados na rede de atenção
Carteira avançada Quando instalada no próprio ambulatório, indica um padrão alto de qualidade e
resolutividade do serviço
Exercício de fixação
Considerando as redes de atenção à saúde organizada no Modelo de Atenção às Condições
Crônicas, o usuário certo, no tempo certo, local certo, com o custo certo, com a qualidade
certa, marque com um X nos critérios que configuram a necessidade de compartilhamento
do cuidado da Atenção Primária à Saúde com a Atenção Ambulatorial Especializada.
Usuário com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus residente em área de risco
Usuário com histórico familiar para hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus
Usuário com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica com lesão de órgão-alvo
Gestante analfabeta desempregada e moradora de área de risco
Usuário apresentando elevação da pressão arterial e em uso de drogas ilícitas
Criança com cardiopatia congênita
Usuário com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1
Usuário gestante com diagnóstico de diabetes mellitus gestacional
Usuário de 82 anos com diagnóstico de diabetes mellitus
Gestante negra, com 42 anos de idade, baixo peso, analfabeta, moradora da área rural.
Usuário com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus com transtorno
psiquiátrico moderado/grave.
Usuário com hipertensão arterial sistêmica com retinopatia hipertensiva.
Usuário portador de hipertensão arterial sistêmica e ou diabetes mellitus que manifestou três
episódios de agudização de suas condições crônicas nos últimos 12 meses.
Gestante indígena, 15 anos, sobrepeso.
Usuário idoso frágil, acamado, com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus
Usuário com diabetes mellitus tipo 2 compensado, com história de diarreia crônica, perda de memória,
formigamento generalizado, disfunção sexual e depressão leve
AVALIAÇÃO
Vamos avaliar o nosso workshop de hoje. Sua opinião é muito importante para melhorarmos
este processo. Conto com sua avaliação! Você pode acessá-la pelo link: http://j.mp/2VwN9YA
LIVROS
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). CONASS Debate. Inovação na Atenção Ambulatorial
Especializada [Internet]. Brasília, DF: CONASS; 2016 [cited Sep 23]. Available from:
https://www.conass.org.br/biblioteca/pdf/CONASS-Debate-N-5.pdf
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS). Para entender a gestão do SUS. A Atenção Primária
e as Redes de Atenção à Saúde [Internet]. Brasília, DF: CONASS; 2015 [cited 2019 Sep 23]. Available from:
https://www.conass.org.br/biblioteca/pdf/A-Atencao-Primaria-e-as-Redes-de-Atencao-a-Saude.pdf
Mendes EV. A construção social da Atenção Primária à Saúde [Internet]. Brasília, DF: Conselho Nacional de
Secretários de Saúde; 2015 [cited 2019 Sep 23]. Available from:
http://www.saude.go.gov.br/wp-content/uploads/2016/12/a-construcao-social-da-atencao-primaria-a-saude.pdf
Mendes EV. As redes de atenção à saúde [Internet]. Brasília, DF: Organização Pan-Americana da Saúde; 2011
[cited 2019 Sep 23]. Available from: https://www.conass.org.br/bibliotecav3/pdfs/redesAtencao.pdf