Dengue SBP 2019
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Dengue
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que devem ser conhecidas para manejo adequa- Este documento da SBP, escrito em parceria
do do seu tratamento. O conhecimento da fisio- com os departamentos de Infectologia, Emer-
patologia da Dengue permite o estadiamento de gência e Terapia Intensiva tem, portanto, o ob-
gravidade e a melhora da qualidade na condução jetivo de servir como ferramenta de consulta e
clínica do tratamento. A gravidade é determina- de atualização dos pediatras brasileiros para o
da pelo extravasamento de fluídos e proteínas manejo adequado da dengue.
do leito vascular para os espaços intersticiais e
cavidades serosas, devido ao aumento de per-
meabilidade vascular generalizada, ocasionada
Etiopatogênese
por resposta inflamatória sistêmica generaliza-
da ou seletiva que quando desregulada leva às
formas de Choque e à Síndrome de Disfunção de O virus da dengue é um RNA vírus do gêne-
Múltiplos Órgãos. ro Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae.
São conhecidos quatro sorotipos diferentes do
Quanto à fisiopatologia, o principal deter- virus da dengue: DENV-1, -2, -3, e -4. A infec-
minante de gravidade é o extravasamento de ção com um tipo de DENV promove imunidade
fluídos, sendo que o principal determinante de permanente contra este tipo e imunidade fugaz,
mortalidade, entretanto, são as disfunções orgâ- de curta duração (geralmente de meses) contra
nicas que estão relacionadas ao estado de hipo- a infecção causada pelos demais tipos de DENV.
perfusão tecidual não identificadas. A presença Cada um dos quatro sorotipos tem variantes
de sangramento não define a gravidade da doen- genéticas, existindo uma associação entre de-
ça, pois esse fenômeno pode estar presente em terminadas variantes genéticas dos sorotipos
todas as suas formas clínicas. com maior gravidade da infecção5,6. Entre essas
variantes associadas à doença mais grave em in-
A incorporação do termo Síndrome da res- fecções secundárias, destacam-se os genótipos
posta inflamatória sistêmica e disfunção orgâni- “Asiáticos” dos DENV-2 e DENV-37,8.
ca na abordagem atual pela nova classificação da
OMS 2009 facilita o entendimento da fisiopato- A patogênese da dengue é multifatorial, re-
logia e a percepção de inúmeras situações, ditas sultante de interações complexas entre caracte-
sepse-símile. Apresenta boa acurácia em relação rísticas do hospedeiro e do agente viral.
à definição das formas mais graves e serve para Estudos de soroprevalência em Cuba e na
orientar a conduta terapêutica inicial, aproxi- Tailândia dão suporte para o papel da infecção
mando o tratamento da dengue aos protocolos secundária heterotípica como fator de risco para
e rotinas já implantados na assistência médica. a ocorrência de formas graves de dengue, ape-
Além disso, incorpora conceitos atuais da fisio- sar de haver relatos de casos graves associados à
patologia da dengue como SIRS, choque, seus primo-infecção. O intervalo de tempo decorrido
estágios evolutivos e disfunção orgânica que entre infecções também parece desempenhar
podem levar a quadros como SARA (desconforto papel na gravidade dos casos, tendo sido obser-
respiratório grave) e CIVD (coagulação intravas- vado maior gravidade em infecções separadas
cular disseminada; formas de hemorragia impor- por períodos maiores de 20 anos em compara-
tantes)3. ção a intervalos mais curtos1, 6-11.
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mães infectadas que apresentam infecção por artrópode, há raros relatos de transmissão em
um tipo heterólogo no primeiro ano de vida12. transplantes de órgãos, transfusão de sangue, e
De acordo com esta teoria, os pacientes que transmissão vertical, de uma mãe infectada para
sofrem uma segunda infecção, por um soroti- o feto1-6.
po diferente daquele responsável pela primo-
Os sintomas da dengue no homem, geral-
-infecção, apresentam risco maior de desenvol-
mente, se iniciam 4 a 7 dias após a picada do
ver as formas graves de dengue. Os anticorpos
mosquito, podendo este período de incubação
heterólogos pré-existentes, não neutralizantes,
(conhecido como período intrínseco de incuba-
reconhecem o novo vírus infectante, forman-
ção) variar de 3 a 14 dias (figura 1). Para que a
do complexos antígeno-anticorpo, que pene-
transmissão do DENV ocorra, o mosquito deve
tram e multiplicam-se nas células do sistema
picar o individuo infectado durante a fase vi-
fagocítico-mononuclear paradoxalmente com
rêmica, que dura em geral 5 a 7 dias, inician-
maior eficiência, aumentando assim o número
do-se já desde 1 a 2 dias antes do início dos
de células infectadas e exacerbando a infecção.
sintomas. Importante salientar que esta fase
Ocorre ativação dos linfócitos T e liberação de
virêmica ocorre também em indivíduos assinto-
citocinas (mediadores vasoativos – IL-2, TNFα,
máticos, podendo, portanto, haver transmissão
INFγ, FAP), resultando em aumento da perme-
do DENV ao mosquito caso seja picado. No or-
abilidade vascular, extravasamento de plasma,
ganismo do mosquito o DENV necessita de 8 a
destruição plaquetária e manifestações he-
12 dias para iniciar o processo de replicação e
morrágicas que caracterizam as formas graves
poder ser transmitido a outros humanos (perí-
da dengue. A participação dos linfócitos T de
odo extrínseco de incubação), permanecendo
memória ativados em uma infecção secundária
potencialmente infectante pelo resto de sua
com sorotipos heterólogos, além da ativação do
vida. O mosquito macho não transmite a doen-
sistema complemento, são fatores que podem
ça, pois alimenta-se de seiva de plantas, sendo
contribuir para o desenvolvimento das formas
que a fêmea age predominantemente de dia1,6.
graves de dengue.
(Figura 1)
Em relação às características genéticas do
hospedeiro associadas à maior gravidade, des-
Figura 1: Ciclo de transmissão do vírus da dengue.
tacamos a idade (mais frequente em crianças),
sexo (feminino), raça (branca) e indivíduos com
doenças crônicas (especialmente asma, diabe- Transmissão do Vírus da
tes, hemoglobinopatias)1,6-14. Dengue pelo Aedes aegypri
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Adaptado de Yip WCL. Dengue haemorrhagic fever: current approaches to management. Medical Progress, 1980, 7:13.
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até 10 vezes), coração (miocardites, com eleva- De acordo com a nova classificação há mu-
ção das enzimas cardíacas e alterações no ritmo danças também na definição de casos e a inclu-
cardíaco), SNC (meningites, encefalites, polirra- são de uma definição específica para crianças16.
diculoneurites e outras alterações neurológicas,
descritas tanto na fase febril como na fase de Serão considerados casos suspeitos de dengue:
recuperação) e rins (insuficiência renal, em geral
Quaisquer pessoas que vivam ou tenham via-
associada à pior prognóstico) pode ocorrer inde-
jado nos últimos 14 dias para área onde esteja
pendentemente da presença de extravasamento
ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a
plasmático ou choque.
presença de Aedes aegypti, que apresenta febre,
usualmente entre 2 e 7 dias, e apresente duas ou
Fase de recuperação
mais das seguintes manifestações: náusea, vô-
Os doentes que passaram pela fase crítica, mitos, exantema, mialgia, artralgia, cefaleia, dor
apresentam reabsorção do líquido extravasado retro orbitária, petéquias, prova do laço positiva
para interstício e terceiro espaço e apresentam ou leucopenia.
melhora clínica gradativa. Durante a fase de re-
cuperação da dengue, geralmente entre o 6º e Também deve ser considerado caso suspeito
8º dias da doença, podem ocorrer sinais de com- toda criança proveniente ou residente em área
plicação infecciosa bacteriana, como pneumonia com transmissão de dengue, com quadro febril
ou sepse, cujo quadro, às vezes, se superpõe ao agudo, usualmente entre 2 a 7 dias, e sem foco
quadro da dengue. Alguns pacientes desenvol- de infecção aparente.
vem bradicardia sem repercussão hemodinâmi- Todo caso suspeito de dengue deve ser no-
ca, desaparecendo no final da convalescência. tificado à Vigilância Epidemiológica e quando
apresenta a forma grave, a notificação deve ser
imediata.
Classificação de dengue
A prova do laço, que avalia a fragilidade ca-
pilar, pode ser positiva tanto nos pacientes com
O novo sistema de classificação, de acor-
dengue clássica como nos casos graves, e deve
do com a Organização Mundial da Saúde (OMS)
ser realizada em todos os pacientes com suspei-
e adotada pelo Ministério da Saúde, propõe o
ta de dengue (Quadro 2).
agrupamento dos casos em duas categorias, ten-
do como base a gravidade da doença: DENGUE
COM OU SEM SINAIS DE ALARME E DENGUE GRA- Quadro 2 - Prova do Laço
VE (Figura 3). Essa nova denominação se mos-
trou mais sensível para captar os casos graves • Desenhar um quadrado de 2,5 cm de lado no
e com isso contribuir para melhorar o diagnós- antebraço do paciente,
tico, estadiamento/manejo dos pacientes, pos- • Verificar a pressão arterial (sentado ou dei-
sível redução da letalidade por dengue e maior tado),
aproximação entre vigilância epidemiológica e • Calcular o valor médio (pressão arterial sistó-
assistência. O Ministério da Saúde propõe uma lica + pressão arterial diastólica/ 2),
abordagem clínico-evolutiva, classificando os • Insuflar o manguito até o valor médio e aguar-
pacientes em grupos: A (Dengue sem sinais de dar 5 minutos (em crianças, 3 minutos),
alarme, sem condição especial, sem risco social • Contar o número de petéquias dentro da mar-
e sem comorbidades), B (Dengue sem sinais de cação feita,
alarme, com condição especial, ou com risco so- • Considerar positiva a prova quando houver
cial e com comorbidades), C (Sinais de alarme 20 ou mais petéquias em adultos e 10 ou
presente e sinais de gravidade ausentes) e D mais em crianças
(Dengue grave) (Figura 3).
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Dengue
NÃO SIM
Hidratação oral para pacientes do grupo A e B. Hidratação venosa para pacientes dos grupos C e D.
Condições clínicas especiais e/ou risco social ou comorbidades: lactentes (< 2 anos), gestantes, adultos com idade > 65 anos, com
hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares, diabetes mellitus , Dpoc, doenças hematológicas crônicas (principalmente anemia
falciforme), doença renal crônica, doença ácido péptica e doenças autoimunes. Estes pacientes podem apresentar evolução desfavorável e
devem ter acompanhamento diferenciado.
Fonte: Adaptado de: BRASIL. Ministério da Saúde. Sec retaria de Vigilância em Saúde.
Adaptado de ref.Dengue:
16 diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança: recurso eletrônico.
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< http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/marco/30/dengue-manejo-
adulto-crianca-5d.pdf>.
Caso suspeito de dengue com sinais de alarme: - Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural,
pericárdico),
É todo caso de dengue que, no período de
defervescência da febre apresenta um ou mais - Sangramento de mucosas,
dos seguintes sinais de alarme: - Letargia ou irritabilidade, hipotensão postural
- Dor abdominal intensa e contínua, ou dor a (lipotímia),
palpação do abdomen - Hepatomegalia maior do que 2 cm,
- Vômitos persistentes, - Aumento progressivo do hematócrito.
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Caso suspeito de dengue grave: casos com suspeita clínica e propiciar informa-
ção epidemiológica adequada às autoridades
Será todo caso de dengue que apresente um
sanitárias. Importante destacar que o manejo
ou mais dos seguintes eventos:
clínico não depende do diagnóstico laborato-
1. Extravasamento plasmático grave levando a rial, sendo sua realização reservada a situações
específicas. Os métodos utilizados para o diag-
• Choque: evidenciado por taquicardia, ex-
nóstico laboratorial da dengue incluem a de-
tremidades frias e tempo de enchimento
capilar igual ou maior a três segundos, pul- tecção do vírus ou/e de algum dos seus compo-
so débil ou indetectável, pressão diferen- nentes (antígeno de dengue, genoma viral) ou
cial convergente ≤ 20 mm Hg; hipotensão provas sorológicas (pesquisa de anticorpos da
arterial em fase tardia. classe IgM e IgG)1,6,16-18. O desenvolvimento re-
cente de testes rápidos (point of care), uma vez
• Acúmulo de fluido com desconforto respira-
que demostrem sensibilidade e especificidade
tório
adequadas em locais de alta endemicidade tra-
2. Sangramento grave rá grande benefício para o manejo da doença19.
9
b) Detecção de antígenos virais: NS1, isolamento viral, RT-PCR e imunohis-
toquímica. Devem ser solicitados até o quinto dia do início dos sintomas.
Dengue
Se positivos confirmam o caso; se negativos, uma nova amostra para
sorologia IgM deve ser realizada para confirmação ou descarte.
Figura 4 – Evolução clínica e laboratorial da dengue
Choque
Sangramento
Fonte:
Adaptado de ref.World
16 Health Organization – WHO (2009), com adaptações.
31
Ainda na primo-infecção, observamos au- • Em períodos não-epidêmicos, solicitar o exa-
mento gradual e lento nos títulos de IgG, que me de todos os casos suspeitos;
se tornam elevados apenas após 9 ou 10 dias • Em períodos epidêmicos, solicitar o exame em
do início dos sintomas, persistindo em títulos todo paciente grave ou com dúvidas no diag-
baixos pelo resto da vida do indivíduo. Nas in- nóstico, além de seguir as orientações da Vigi-
fecções secundárias observamos, em geral, títu- lância Epidemiológica de cada região.
los mais baixos de IgM. Atenção deve ser dada
Entre os achados laboratoriais inespecíficos
à possibilidade de reações falso-positivas para
podemos destacar a leucopenia, com predomínio
IgG em indivíduos previamente expostos a ou-
de linfócitos e monócitos e presença de linfócitos
tros Flavivirus ou que receberam vacinas com es-
atípicos, como achado frequente nos pacientes
tes agentes (febre amarela, encefalite japonesa,
com dengue. Os casos graves podem apresentar
etc)1,6,16-19.
hemoconcentração, plaquetopenia (muitas vezes
A solicitação dos testes de isolamento viral/ com menos de 100.000/mm³), além de hipoalbu-
sorologia será orientada de acordo com a situa- minemia, elevação moderada das transaminases
ção epidemiológica: e alteração das provas de coagulação.
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Adaptado de ref. 16
Figura 5: Fluxograma para classificação de risco e manejo de dengue.
ou dor; deve ser evitada a via intramuscular d) Hematócrito (Htc) aumentado entre 10% e
até que se conheça a contagem de plaquetas; 20% do valor basal ou maior que 38%, em
crianças, >40% em mulheres e >45% em ho-
1. Antitérmicos e analgésicos
mens, com ou sem plaquetopenia.
• Dipirona ou Acetominofen (Paracetamol)
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transaminases, TAP, TTPA, EAS, gasometria e – Caso haja piora clínica e laboratorial, con-
ecocardiograma. duzir como Grupo D.
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cavitários não estão indicados, assim como • Melhora visível do quadro clínico.
procedimentos invasivos, sob risco de he- • Hematócrito normal e estável por 24 horas.
morragia incontrolável.
• Plaquetas em elevação e acima de 50.000/mm³.
• Havendo necessidade de punção venosa
profunda, recomenda-se que seja guiada
por Doppler, avaliar uso de Intraóssea. A
ventilação não invasiva deve ser considera- Prevenção
da antes da intubação, assim como o uso de
máscara laríngea 1. Vacinas
• Monitoração hemodinâmica minimamente
invasiva, como oximetria de pulso, é desejá- A busca por uma vacina contra dengue en-
vel, mas em pacientes graves, descompen- frentou inúmeros desafios nos diversos estudos
sados, de difícil manuseio, os benefícios clínicos realizados ao longo das últimas déca-
de monitoração invasiva como PAM, PVC, das. Entre os principais desafios a serem supe-
Svc02 podem suplantar os riscos. O choque rados durante as fases de estudo das vacinas,
com disfunção miocárdica pode necessitar podemos destacar a necessidade de que uma
de inotrópicos; tanto na fase de extravasa- vacina ideal contra dengue deve proteger simul-
mento como na fase de reabsorção plasmá- taneamente contra os quatro sorotipos, conferir
tica, lembrar que, na primeira fase, necessi- proteção em longo prazo e ser isenta de efei-
ta reposição hídrica e, na segunda fase, há tos adversos graves, especialmente o risco da
restrição hídrica. indução de ADE (Antibody Dependent Enhance-
ment), ou seja a possibilidade de gerar quadros
de maior gravidade em indivíduos que se expu-
Indicações para internação hospitalar16: sessem ao vírus após a imunização, fenômeno
a) Presença de sinais de alarme ou de choque, conhecido nas infecções secundárias pelo vírus
sangramento grave ou comprometimento da dengue1,23.
grave de órgão (grupos C e D).
A vacina Dengvaxia®, desenvolvida pelo la-
b) Recusa na ingestão de alimentos e líquidos. boratório Sanofi-Pasteur, foi a primeira vacina li-
c) Comprometimento respiratório: dor torácica, cenciada no mundo para a prevenção da dengue.
dificuldade respiratória, diminuição do mur- Trata-se de uma Vacina tetravalente, atenuada,
múrio vesicular ou outros sinais de gravidade. quimérica, e concebida a partir de um “arcabou-
ço” do vírus vacinal da febre amarela (cada cepa
d) Impossibilidade de seguimento ou retorno à da vacina expressa os genes da pré-membrana
unidade de saúde. (prM) e do envelope de um dos quatro sorotipos
e) Comorbidades descompensadas como dia- do vírus da dengue e tem como base a cepa do
betes mellitus, hipertensão arterial, insufi- vírus vacinal da febre amarela 17D24.
ciência cardíaca, uso de dicumarínicos, crise
As evidências acumuladas até o momento,
asmática etc.
em indivíduos de todos os grupos etários estu-
f) Outras situações a critério clínico. dados, soronegativos ao receber a vacina Den-
gvaxia®, mostraram um maior risco de hospita-
Critérios de alta hospitalar16: lização por dengue e dengue clinicamente grave
ou com sinais de alarme, quando comparado aos
Recomenda-se que todos os seguintes crité- participantes do grupo controle que receberam
rios sejam cumpridos para a alta hospitalar: placebo. Desta forma, a OMS recomenda que a
• Estabilização hemodinâmica durante 48 horas. vacina só seja administrada em indivíduos com
• Ausência de febre por 48 horas. documentação de infecção prévia por dengue25.
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Dengue
Nestes indivíduos com demonstração de in- de 18 meses após uma ou duas doses da vacina
fecção prévia por dengue, de 9 a 45 anos de ida- foram recentemente publicados, mostrando que
de, a vacina demonstrou benefício com redução neste prazo não foram detectados eventos ad-
de casos e de hospitalizações por dengue. versos sérios, tendo sido observadas respostas
imunes para todos os sorotipos28.
A Agência de Vigilância Sanitária do Brasil
(Anvisa) também se posicionou, solicitando em Em fases mais incipientes de desenvolvi-
bula a recomendação da não utilização da vacina mento estão as vacinas recombinantes de subu-
em indivíduos soronegativos26. A vacina Dengva- nidades (E. coli, baculovirus), Vacinas de DNA e
xia® não deve, portanto, ser administrada em in- as Vacinas inativadas29.
divíduos que não tenham sido previamente in-
fectados pelo vírus da dengue. 2. Controle do vetor:
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Diretoria
Triênio 2016/2018
PRESIDENTE: Galton Carvalho Vasconcelos (MG) Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Julia Dutra Rossetto (RJ) Flávio Diniz Capanema (MG)
1º VICE-PRESIDENTE: Luisa Moreira Hopker (PR) EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Rosa Maria Graziano (SP) Renato Procianoy (RS)
2º VICE-PRESIDENTE: Celia Regina Nakanami (SP) EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA E COORDENAÇÕES: Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
SECRETÁRIO GERAL: DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Sidnei Ferreira (RJ) Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
1º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DO CEXTEP: Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
Cláudio Hoineff (RJ) Hélcio Villaça Simões (RJ) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
2º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Gil Simões Batista (RJ)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Mauro Batista de Morais (SP) Sidnei Ferreira (RJ)
3º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Isabel Rey Madeira (RJ)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) José Hugo de Lins Pessoa (SP) Sandra Mara Moreira Amaral (RJ)
DIRETORIA FINANCEIRA: Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Maria de Fátima Bazhuni Pombo March (RJ)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Nelson Augusto Rosário Filho (PR) Sílvio da Rocha Carvalho (RJ)
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education Consortium) Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Ricardo do Rego Barros (RJ)
COORDENAÇÃO DO PRONAP
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Sérgio Augusto Cabral (RJ) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Francisco José Penna (MG) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Membros: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA Fábio Ancona Lopez (SP)
Hans Walter Ferreira Greve (BA) Marun David Cury (SP) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL Joel Alves Lamounier (MG)
Alberto Jorge Félix Costa (MS) Sidnei Ferreira (RJ)
Analíria Moraes Pimentel (PE) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Cláudio Barsanti (SP) Cláudio Leone (SP)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Mário Roberto Hirschheimer (SP) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
COORDENADORES REGIONAIS:
Norte: Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) João Cândido de Souza Borges (CE) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO VIGILASUS Rosana Fiorini Puccini (SP)
Nordeste: Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Sudeste: Luciano Amedée Péret Filho (MG) Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Rosana Alves (ES)
Sul: Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA)
Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN)
Centro-oeste: Regina Maria Santos Marques (GO) Edson Ferreira Liberal (RJ) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: Célia Maria Stolze Silvany (BA) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Assessoria para Assuntos Parlamentares: Kátia Galeão Brandt (PE) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Marun David Cury (SP) Elizete Aparecida Lomazi (SP) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Assessoria de Relações Institucionais: Maria Albertina Santiago Rego (MG) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Isabel Rey Madeira (RJ) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Jocileide Sales Campos (CE) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Assessoria de Políticas Públicas:
Mário Roberto Hirschheimer (SP) COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR Jefferson Pedro Piva (RS)
Rubens Feferbaum (SP) Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Maria Albertina Santiago Rego (MG) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Álvaro Machado Neto (AL) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Adolescentes com Deficiência: Cecim El Achkar (SC) Clóvis Francisco Constantino (SP)
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO Tânia Denise Resener (RS)
Assessoria de Acompanhamento da Licença DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Maternidade e Paternidade: Dirceu Solé (SP) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
João Coriolano Rego Barros (SP) DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Jefferson Pedro Piva (RS)
Alexandre Lopes Miralha (AM) Lícia Maria Oliveira Moreira (BA) Sérgio Luís Amantéa (RS)
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Gil Simões Batista (RJ)
Assessoria para Campanhas: Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS Aurimery Gomes Chermont (PA)
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Luciano Amedée Péret Filho (MG)
GRUPOS DE TRABALHO:
Drogas e Violência na Adolescência: Paulo César Guimarães (RJ) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Evelyn Eisenstein (RJ) Cléa Rodrigues Leone (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Hélcio Maranhão (RN)
Doenças Raras:
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL Edson Ferreira Liberal (RJ)
Atividade Física Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
Coordenadores: Maria Fernanda Branco de Almeida (SP)
Ricardo do Rêgo Barros (RJ) Ruth Guinsburg (SP) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
Luciana Rodrigues Silva (BA) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Membros: Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) Kátia Laureano dos Santos (PB) Herberto José Chong Neto (PR)
Patrícia Guedes de Souza (BA) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Profissionais de Educação Física: Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Cláudio Barsanti (SP)
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Alex Pinheiro Gordia (BA) PEDIÁTRICA (CANP) Gilberto Pascolat (PR)
Isabel Guimarães (BA) Virgínia Resende S. Weffort (MG) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Jorge Mota (Portugal) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Isabel Rey Madeira (RJ)
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) Luciana Rodrigues Silva (BA) Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Colaborador: Coordenadores: Valmin Ramos da Silva (ES)
Dirceu Solé (SP) Nilza Perin (SC) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Metodologia Científica: Normeide Pedreira dos Santos (BA) Tânia Denise Resener (RS)
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) Fábio Pessoa (GO) João Coriolano Rego Barros (SP)
Cláudio Leone (SP) PORTAL SBP Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Pediatria e Humanidade: Flávio Diniz Capanema (MG) Marisa Lopes Miranda (SP)
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA CONSELHO FISCAL
Luciana Rodrigues Silva (BA) José Maria Lopes (RJ) Titulares:
João de Melo Régis Filho (PE) Núbia Mendonça (SE)
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Nélson Grisard (SC)
Transplante em Pediatria: Altacílio Aparecido Nunes (SP)
Themis Reverbel da Silveira (RS) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
João Joaquim Freitas do Amaral (CE) Suplentes:
Irene Kazue Miura (SP)
Carmen Lúcia Bonnet (PR) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Adriana Seber (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA) João de Melo Régis Filho (PE)
Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) Dirceu Solé (SP) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
Fabianne Altruda de M. Costa Carlesse (SP) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Joel Alves Lamounier (MG) Presidente:
Oftalmologia Pediátrica
Coordenador: DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Mario Santoro Júnior (SP)
Fábio Ejzenbaum (SP) Fábio Ancona Lopez (SP) Vice-presidente:
Membros: EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Joel Alves Lamounier (MG) Secretário Geral:
Dirceu Solé (SP) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Jefferson Pedro Piva (RS)
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