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02b - Agregados

O documento discute os diferentes tipos de agregados usados em engenharia civil, incluindo suas classificações, propriedades e usos. É descrito como agregados podem ser classificados de acordo com origem, massa específica, tamanho de grão e outros fatores. Exemplos específicos como areia, cascalho, argila expandida e brita são explicados.

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02b - Agregados

O documento discute os diferentes tipos de agregados usados em engenharia civil, incluindo suas classificações, propriedades e usos. É descrito como agregados podem ser classificados de acordo com origem, massa específica, tamanho de grão e outros fatores. Exemplos específicos como areia, cascalho, argila expandida e brita são explicados.

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Agregados

Prof.ª Natália Ramalho Souza Lima


Agregados
“Material granular, geralmente inerte, com dimensões,
características e propriedades adequadas para o uso em
engenharia civil.”

IMPORTÂNCIA: compreende de 60 a 80% do volume do concreto


(areias e britas)

Aspectos técnicos:

• resistência ao desgaste por abrasão


• geralmente apresentam resistência mecânica superior à da
pasta (cimento hidratado pela água).
• entra na composição das argamassas e concretos, contribuindo
para o aumento da resistência mecânica.
• Aspectos econômicos: economia de cimento
Classificação dos agregados

QUANTO À ORIGEM
NATURAIS E ARTIFICIAIS

QUANTO À MASSA ESPECÍFICA


LEVES, NORMAIS E PESADOS

QUANTO ÀS DIMENSÕES
MIÚDOS E GRAÚDOS
Classificação dos agregados
QUANTO À ORIGEM

NATURAIS: são encontrados na natureza ou requerem simples britagem


Ex. areia, seixo rolado, brita, pó de pedra, pedrisco...

ARTIFICIAIS: produzidos artificialmente a partir de matérias primas


naturais ou artificiais
Ex. argila expandida, vermiculita expandida, escória de alto-forno
(resíduo resultante da fabricação de ferro gusa), alguns materiais
reciclados...
No caso dos materiais reciclados, seu uso se restringe à aplicações
onde o critério resistência é menos significativo.

Seixo rolado Argila expandida Vermiculita expandida


Classificação dos agregados

QUANTO À MASSA ESPECÍFICA

LEVES: massa específica  2,0 kg/dm3


Ex. argila expandida, vermiculita expandida

NORMAIS: 2,0  massa específica  3,0 kg/dm3


Ex. areias naturais, seixos rolados, britas...

PESADOS: massa específica  3,0 kg/dm3


Ex. minérios do tipo barita, magnetita, hematita, limonita...
Estes minérios são utilizados na composição do concreto de
alta densidade, indicado para câmaras de raio X ou raios
gama, paredes de reatores atômicos, lajes de sub pressão,
lastros e contra pesos.
Classificação dos agregados

QUANTO ÀS DIMENSÕES (NBR 7211)

MIÚDOS: agregado cujos grãos passam pela peneira com


abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira
com abertura de malha de 150 μm, em ensaio realizado de
acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas
pela ABNT NBR NM ISO 3310-1. As areias são os principais
exemplos de agregado míudo.

CLASSIFICAÇÃO COMERCIAL
Areia grossa - grãos com diâmetro entre 2 a 4 mm
Areia média - grãos com diâmetro entre 0,42 a 2 mm
Areia fina - grãos com diâmetros entre 0,05 a 0,42 mm
Classificação dos agregados

QUANTO ÀS DIMENSÕES (NBR 7211)

GRAÚDOS: agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura


de malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de
malha de 4,75 mm, em ensaio realizado de acordo com a ABNT
NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISO 3310-
1. Cascalho e britas são exemplos de agregados graúdos.

CLASSIFICAÇÃO COMERCIAL
B0: 4,8mm – 9,5mm
B1: 9,5mm – 19,0mm
B2: 19,0mm – 25,0mm
B3: 25,0mm – 38,0mm
B4: 38,0mm – 76,0mm
PEDRA DE MÃO -  76,0MM
Classificação dos agregados

SÉRIE NORMAL E SÉRIE


INTERMEDIÁRIA DE
PENEIRAS: conjunto de
peneiras sucessivas, que
atendem à ABNT NBR NM
ISO 3310-1, com as
aberturas estabelecidas na
tabela 1.
Areia
A areia é um agregado miúdo que pode ser originário de fontes
naturais como leitos de rios, depósitos eólios, bancos e cavas ou de
processos artificiais como a britagem. Quando proveniente de fontes
naturais, a extração do material, na maioria dos casos, é feita por meio
de dragas e processos de escavação e bombeamento. Independente
da forma de extração, o material passa por processos de lavagem e
classificação antes de ser comercializado.

Quanto ao tamanho de seus grãos, a areia é classificada em areia fina,


areia média e areia grossa.

Como material de construção, a areia pode ser destinada ao preparo


de argamassas, concreto betuminoso, concreto de cimento portland,
pavimentos rodoviários, base de paralelepípedos, confecção de filtros
para tratamento de água e efluentes, entre outras aplicações.
Areia
Cascalho
O cascalho é um sedimento fluvial de rocha ígnea formado de grãos de
diâmetro em geral superior a 5 mm, podendo chegar a 100 mm. Os
grãos são de forma arredondada devido ao atrito causado pelo
movimento das águas onde se encontram. É conhecido também como
pedregulho ou seixo rolado e apresenta grande resistência ao
desgaste, por já ter sido exposto a condições adversas no seu local de
origem.

Concretos que têm cascalho como agregado graúdo apresentam, em


igualdade de condições, maior trabalhabilidade que os preparados com
brita.
Argila Expandida
A argila expandida é classificada como um agregado leve em função
de seu peso específico reduzido. O processo de obtenção desse
agregado é o tratamento térmico da matéria-prima argila. A argila,
formada por silicatos de alumínio e óxidos de ferro e alumínio, pode ter
propriedades expansivas quando exposta a altas temperaturas, que
promovem a expansão de gases, fazendo com que o material se
transforme em grãos porosos de variados diâmetros.

Principais características: leveza, resistência, isolamento térmico e


acústico devido aos poros, inércia química, estabilidade dimensional,
contribui para a sustentabilidade da obra.

A argila expandida é utilizada principalmente como agregado leve para


concreto (concreto de enchimento) com resistência de até 30Mpa.
Placas de concreto com este tipo de agregado servem como isolantes
térmicos e acústicos. Também é muito utilizada para fins ornamentais
em jardins.
Vermiculita Expandida
A vermiculita é um minério que,
quando é submetida a
aquecimento adequado, a água
contida entre as suas milhares
de lâminas se transforma em
vapor, fazendo com que as
partículas aumentem, se
tornando vermiculita expandida.

Principais características: até


78% de redução de peso na
obra; é um ótimo isolante
térmico e acústico; solução leve,
fácil e econômica para
regularização, enchimento e
nivelamento de lajes e pisos.
Escória de alto forno
Resíduos resultantes da produção de ferro gusa em altos-fornos,
constituída basicamente de compostos oxigenados de ferro, silício e
alumínio.

Dependendo do modo de resfriamento resultam diferentes tipos de


escórias, que resultam diferentes tamanhos de agregados.

Podem ser empregados em bases de estradas, asfaltos e agregado


para concreto. A principal utilização da escória granulada é a
fabricação de cimento portland.
Pedra Brita

A pedra brita é um agregado originado da britagem ou


diminuição de tamanho de uma rocha maior, que pode
ser do tipo basalto, granito, gnaisse, entre outras.

O processo de britagem dá origem a diferentes


tamanhos de pedra que são utilizadas nas mais
diversas aplicações.

De acordo com a dimensão que a pedra adquire após


a britagem, recebe nomes diferentes.
Pedra Brita

Principais produtos do processo de britagem:

Brita: agregado obtido a partir de rochas compactas


que ocorreram em jazidas, pelo processo industrial de
fragmentação da rocha maciça.

Rachão: agregado constituído do material que passa


no britador primário e é retido na peneira de 76mm. O
rachão também é conhecido como “pedra de mão” e
geralmente tem dimensões entre 76 e 250mm.
Pedra Brita
Bica-corrida: material britado no estado em que se
encontra à saída do britador. Chama-se primária
quando deixa o britador primário (graduação na faixa
de 0 a 300 mm) e secundária, quando deixa o britador
secundário (graduação na faixa de 0 a 76 mm).

Pedra Britada: produto da diminuição artificial de uma


rocha, geralmente com o uso de britadores, resultando
em uma série de tamanhos de grãos que variam de
2,4 a 64mm. Esta faixa de tamanhos é subdividida em
cinco graduações, denominadas, em ordem
crescente, conforme os diâmetros médios: pedrisco ou
brita 0, brita 1, brita 2, brita 3 e brita 4.
Pedra Brita

Pó de pedra: material mais fino que o pedrisco, sendo


que sua graduação varia de 0 à 4,8mm. Tem maior
porcentagem de finos que as areias padronizadas,
chegando a 28% de material abaixo de 0,075, contra
os 15% da areia para concreto.

Areia de brita: obtida dos finos resultantes da


produção da brita dos quais se retira a fração inferior a
0,15mm. Sua graduação é 0,15 à 4,8mm.
Pedra Brita

Fíler: agregado de graduação 0,005 à 0,075, com


grãos da mesma grandeza de grãos de cimento.
Material obtido por decantação nos tanques das
instalações de lavagem de britas das pedreiras. É
utilizado em mastiques betuminosos, concretos
asfálticos e espessamentos de betumes fluídos.

Restolho: material granular de grãos frágeis que pode


conter uma parcela de solos. É retirado do fluxo na
saída do britador primário.
Brita Graduada

Brita graduada é a camada de base ou sub-base,


composta por mistura em usina de produtos de
britagem, apresentando granulometria contínua, cuja
estabilização é obtida pela ação mecânica do
equipamento de compactação.
Fabricação e beneficiamento dos agregados

O processo de fabricação da pedra brita começa com


a extração dos blocos, que são fragmentos de rochas
retirados das jazidas, com dimensões acima de 1m.

Classificação quanto
ao tipo de jazida

• bancos (acima do leito do


terreno)
• minas (subterrânea)
• jazidas de rios (leitos e
margens de rios)
• jazidas de mar (praias e fundo
do mar)
Jazida de basalto
Fabricação e beneficiamento dos agregados

Esses blocos alimentam o britador primário, que é o


equipamento responsável pela primeira diminuição de
tamanho da rocha.
O subproduto do britador primário é a bica-corrida
primária, que pode ter aplicações específicas ou ser
encaminhada ao britador secundário para dar
continuidade ao processo de fabricação de pedras
com tamanhos menores.
Quando a fração maior que 76 mm é separada da
bica-corrida primária, temos um tipo específico de
pedra conhecido como rachão.
Fabricação e beneficiamento dos agregados

Após a rocha passar pelo britador secundário, onde


ocorre mais uma diminuição de tamanho, temos a
bica-corrida secundária. Em algumas britagens pode-
se ter um terceiro britador. A bica-corrida secundária
passa por uma série de peneiras com diferentes
aberturas, que separam o agregado conforme o
tamanho dos grãos. Os fragmentos de rocha que
ficam retidos em cada peneira são transportados por
meio de correias para as pilhas de estocagem
correspondentes a cada tamanho.
Dessa etapa resultam os seguintes produtos: pedrisco
ou brita 0, a brita 1, a brita 2, a brita 3 e a brita 4.
Fabricação e beneficiamento dos agregados

Bica-Corrida Primária

Visão geral do processo de produção de uma britagem


Fabricação e beneficiamento dos agregados

Visão geral do processo de produção de uma britagem


Principais aplicações dos
produtos da britagem
Concreto de cimento: empregados principalmente o
pedrisco, a brita 1 e a brita 2. Também se usa o pó de
pedra. Em concretos ciclópicos são utilizados a brita 4
e o rachão.
Concreto Asfáltico: uso de mistura de diversos
agregados comerciais – fíler, areia, brita 1, brita 2 e
brita 3.
Argamassas de enchimento: uso da areia de brita e
pó de pedra.
Correção de solos: uso de proporções de pó de
pedra para diminuir a plasticidade.
Principais aplicações dos
produtos da britagem
Aterros: uso de restolhos.
Pavimentos Rodoviários: em subleitos usa-se a bica corrida
secundária e o pó de pedra. Para a base, emprego de pedra
britada de graduação maior que 6mm (a ideal é 25 mm)
originada de rocha sã e como material de enchimento a mistura
de areia grossa e fina. Para o concreto betuminoso, uso de
várias faixas granulométricas de brita, dependendo da camada
(camada de rolamento – 1,7 à 9,5) e fíler para engorda de
revestimentos betuminosos, evitando que o revestimento
amoleça em dias de muito calor.
Principais aplicações dos
produtos da britagem
Lastro de estradas de ferro: uso de brita com grãos
de formas regulares variando de 12 à 50mm.

Lastro

Sublastro
Propriedades e características
de um agregado
Conhecer as propriedades e características de um agregado é
de grande importância para definir os usos mais adequados que
se pode fazer dele. Grande parte das características de um
agregado é determinada por meio de análises, ensaios e
experimentos descritos em normas técnicas.

A ABNT NBR 7211:2009 - Agregados para concreto -


Especificação, especifica, para uma amostra representativa de
um lote de agregado miúdo ou graúdo, coletada de acordo com
a ABNT NBR NM 26 e reduzida para ensaio de acordo com a
ABNT NBR NM 27, quais requisitos devem ser atendidos.

Por meio destes requisitos (índices) e realização de ensaios, é


possível avaliar a qualidade do agregado.
Ensaios de Caracterização do Agregado
Ensaios de caracterização para agregado miúdo
- Granulometria
- Substância nociva
- Durabilidade
- Ensaios especiais

Ensaios de caracterização para agregado graúdo


- Granulometria
- Forma dos grãos
- Desgaste
- Substância nociva
- Durabilidade
- Ensaios especiais
Especificação de Agregados para concreto
Distribuição granulométrica: a distribuição granulométrica,
determinada segundo a ABNT NBR NM 248, deve atender aos
limites estabelecidos nas tabelas 2 (agregado miúdo) e 6
(agregado graúdo).
Podem ser utilizados como agregado miúdo para concreto
materiais com distribuição granulométrica diferente das zonas
estabelecidas na tabela 2, desde que estudos prévios de
dosagem comprovem sua aplicabilidade.
Composição granulométrica – distribuição das partículas dos materiais
granulares entre várias dimensões.
Dimensão máxima característica – dimensão da abertura da peneira (mm) à
qual corresponde uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente
inferior a 5% em massa.
Módulo de finura – soma das porcentagens retidas acumuladas, em massa,
nas peneiras da série normal, dividida por 100. O valor do módulo de finura
decresce à medida que o agregado vai se tornando mais fino.
ENSAIO DE COMPOSIÇÃO GRANULMÉTRICA NBR 248
Amostra 1 Amostra 2 Médias
Peneira (mm) Retido (g) Retido (%) Retido (g) Retido (%) Retido (%) Ret Acum (%)
* 76
64
50
* 38
32
25
* 19
12,5
* 9,5
6,3
* 4,8
* 2,4
* 1,2
* 0,6
* 0,3
* 0,15
Fundo
Total
Massa inicial (g)

MÓDULO DE FINURA:
* Peneiras da série normal (abertura
nominal)
Outras: peneiras da série intermediária
DMC (mm):
CLASSIFICAÇÃO - NBR 7211:
Especificação de Agregados para concreto
Especificação de Agregados para concreto

Curva granulométrica da areia


Especificação de Agregados para concreto
Especificação de Agregados para concreto
Especificação de Agregados para concreto
Forma dos grãos: o índice de forma dos grãos do agregado não
deve ser superior a 3, quando determinado de acordo com a ABNT
NBR 7809:2006 - Agregado graúdo – Determinação do índice de
forma pelo método do paquímetro - Método de ensaio.
A forma e a textura influenciam mais as propriedades do concreto
no estado fresco.
• Formato dos grãos:
• arredondada – areias de depósitos eólicos, areias e pedras de
zonas marítimas.
• angulosa – agregado de rochas britadas (vértices e arestas).
• lamelar – a espessura é pequena em relação às outras duas
dimensões.
• Textura:
• Áspera:  pasta de cimento  trabalhabilidade   custo do
concreto
• Lisa:  Aderência
Especificação de Agregados para concreto
Desgaste: O índice de desgaste por abrasão “Los Angeles”,
determinado segundo a ABNT NBR NM 51:2001 - Agregado
graúdo - Ensaio de abrasão "Los Angeles", deve ser inferior a
50%, em massa, do material.
A resistência à abrasão mede a capacidade que o agregado tem
de não se alterar quando manuseado: carregamento,
basculamento, estocagem.
Especificação de Agregados para concreto
Substância nociva: a quantidade de substâncias nocivas não
deve exceder os limites máximos em porcentagem
estabelecidos nas tabelas 3 (agregado miúdo) e 7 (agregado
graúdo) com relação à massa do material.

As impurezas contidas nos agregados podem interferir química


e fisicamente no uso que se faz deles.
Quando os agregados são utilizados na confecção de concretos,
as impurezas presentes nos agregados podem causar
interferência no processo de hidratação do cimento e na
aderência entre o agregado e pasta de cimento.
A presença de partículas fracas e friáveis acima das proporções
permitidas também é prejudicial ao desempenho do agregado,
seja qual for a aplicação que se fizer.
Especificação de Agregados para concreto

(pedaços de madeira e raízes)

(húmus / material em
decomposição)
Especificação de Agregados para concreto
Especificação de Agregados para concreto
Especificação de Agregados para concreto
Especificação de Agregados para concreto
Durabilidade: em agregados provenientes de regiões litorâneas,
ou extraídos de águas salobras ou ainda quando houver
suspeita de contaminação natural (regiões onde ocorrem
sulfatos naturais como a gipsita) ou industrial (água do lençol
freático contaminada por efluentes industriais), os teores de
cloretos e sulfatos não devem exceder os limites estabelecidos
na tabela 4.
Especificação de Agregados para concreto
Especificação de Agregados para concreto
Ensaios especiais: em determinadas regiões ou para concretos
com determinados requisitos específicos, pode ser necessária a
exigência, por parte do consumidor, de prescrições especiais
adicionais, ficando a seu critério os limites e os métodos de
ensaio. Algumas destas prescrições ou os métodos para sua
determinação são exemplificados nas tabelas 5 (agregado
miúdo) e 8 (agregado graúdo).
Especificação de Agregados para concreto
Especificação de Agregados para concreto
Especificação de Agregados para concreto
Especificação de Agregados para concreto
• MASSA ESPECÍFICA:
 massa específica: relação entre a massa do agregado seco e seu
volume, excluindo os poros permeáveis.

 massa específica aparente: relação entre a massa do agregado


seco e seu volume, incluindo os poros permeáveis.
2600 a 2700 kg/m3

 massa unitária: relação entre a massa do agregado lançado no


recipiente, padronizado conforme Norma Técnica ABNT NM
45:2006, e o volume deste recipiente.
1300 a 1750 kg/m3
Especificação de Agregados para concreto
• ÍNDICE DE VOLUME DE VAZIOS

É o número que, multiplicado pelo volume total do agregado dá o


volume de vazios nesse agregado.

Quanto maior o coeficiente de vazios maior o consumo de pasta para


ligar os agregados.

Depende da massa específica e da massa unitária do material.


Especificação de Agregados para concreto
• ABSORÇÃO E TEOR DE UMIDADE
• Condição úmida ou saturada: apresenta água livre na superfície.
• Condição saturada superfície seca (SSS): a superfície não apresenta
água livre, mas os vazios permeáveis das partículas de agregados estão
cheios dela.
• Seco ao ar: não apresenta umidade superficial, tendo umidade interna sem
saturação.
• Condição seca em estufa: toda a umidade, externa e interna, foi
eliminada por um aquecimento aproximado de 100ºC.
• Capacidade de absorção – quantidade total de água para o agregado
passar da condição seca em estufa para SSS
• Umidade superficial – quantidade de água além da requerida para a
condição SSS
Especificação de Agregados para concreto
• INCHAMENTO

A água presente entre os grãos de agregado provoca o afastamento


entre eles, o que resulta no inchamento do conjunto. Esse aumento de
volume ocorre até determinado teor de umidade acima do qual o
inchamento permanece praticamente constante. Esse teor de umidade
é chamado Umidade Crítica.
A norma técnica NBR 6467, estabelece o método para a determinação
do inchamento de agregados miúdos para concreto. Como resultado
deste ensaio deve constar:
- Curva de inchamento, traçada em gráfico;
- Valor da umidade crítica;
- Valor do coeficiente de inchamento médio.
Especificação de Agregados para concreto
• INCHAMENTO: EXEMPLO DE RESULTADO
ENSAIO DE COMPOSIÇÃO GRANULMÉTRICA NBR 248
Exemplo Tabela Resumo
Composição granulométrica (NBR NM 248)

Peneiras Médias
Abertura de Malha % Retida % R. Acumulada
(mm)
4,8 0 0
2,4 4 4
1,2 14 18
0,6 26 44
0,3 15 59
0,15 35 94
Fundo 6 -
Total 100 -
Módulo de Finura (NBR NM 248): 2,19
Dimensão máxima característica (NBR NM 248): 2,4mm
Agregados - Determinação do material fino que passa através da peneira 75 µm,
por lavagem (NBR NM 46): 0,5 %
Teor de argila em torrões e partículas friáveis (NBR 7218): 0,01 %
Massa específica (NBR NM 52): 2,64 kg/dm3
Massa unitária no estado solto (NBR NM 45): 1,62 kg/dm3
Impurezas orgânicas húmicas em agregado miúdo (NBR NM 49): cor clara
Pesquisa 1
Fazer um resumo de todos os ensaios de agregados não
desenvolvidos no laboratório de materiais de construção.
Para cada ensaio, deve constar as seguintes informações:
- Norma vigente (número, título e ano)
- Objetivos
- Equipamentos
- Procedimento
- Resultados
Pesquisa 2
Já aprendemos sobre agregados para concreto. Agora faça uma
pesquisa sobre agregados para pavimentação asfáltica,
incluindo caracterização e ensaios.
Pesquisa 3
Realizar uma pesquisa em 3 estabelecimentos comerciais de
materiais de construção, a fim de levantar informações a respeito
dos agregados miúdos e graúdos comercializados. Para cada tipo
de agregado, deve-se pesquisar as seguintes informações:
1. Tamanhos de agregados: Se trata de areia fina, média ou
grossa? Se trata de brita 1, 2, 3, pedrisco, pó de pedra?
2. Origem do agregado: jazida, pedreira, cava, rio? De que
município é originária?
3. Forma de comercialização: metro cúbico, sacos?
4. Valores de venda.
5. Quais as principais aplicações de cada material comercializado
na região?
Referências
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7211:
Agregados para concreto. Rio de Janeiro: 2009.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7225:
Materiais de pedra e agregados naturais. Rio de
Janeiro: 1993.
BAUER, L. A. Falcão. Materiais de Construção. 5 ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2008.

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