Cartilha - Areas - Risco UNUNDAÇÃO PDF
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DE RISCO DE INUNDAÇÃO
1
I – CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA:
1
Disponível em http://www.ibge.gov.br
2
CARTA DE ATENAS, repositório das recomendações aprovadas pelo Congresso Internacional
de Arquitetura Moderna, Grécia, 1933, citado por NELSON SAULE JUNIOR, In A proteção
jurídica da Moradia nos Assentamentos Irregulares. Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris, 2004.
3
JUNIOR, Nelson Saule. Direito Urbanístico, vias jurídicas das políticas urbanas. Porto
Alegre: Antônio Fabris Editor, 2007 Nelson Saule Junior(Org.) pg. 30. A propósito, a
Constituição Federal, no §2.º do artigo 5.º, estabelece que os direitos e garantias expressos na
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou
dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil participe.
2
4
Por derivar do direito a um nível de vida adequado, o direito à moradia envolve não somente a
existência de um abrigo, mas também outros aspectos como higiene e conforto, segurança,
salubridade, preservação da intimidade, segurança, paz e dignidade, exigindo, no mais das
vezes, uma prestação positiva do Estado, voltada para a população vulnerável, para sua
concretização. A respeito vide SAULE JUNIOR, Nelson. Instrumentos de Monitoramento de
Direito Humano à Moradia Adequada, In. FERNADES, Edésio; ALFONSIN, Betânia (org. e co-
autores).. Direito Urbanístico, Estudos Brasileiros e Internacionais. Belo Horizonte: DelRey,
2006. p.215-250.
5
Instrução Normativa nº1, de 24 de agosto de 2012
6
Conforme Manual Capacitação Básica em da Defesa Civil, 5ª edição, Florianópolis, 2014. p.96
7
Conforme Manual Capacitação Básica em da Defesa Civil, 5ª edição, Florianópolis, 2014.
p.75-76 e 93 , citando LAVELL, Allan. Desastres y desarrollo: hacia um entendimento de las
formas de construcción social de un desastre: el caso del Huracán Mitch em Centroamérica.
San José, Costa Rica: BID, CIDHS, 2000
3
eficiente de risco de desastres. Deve atuar, por exemplo, para fazer frente à
ocupação irregular do espaço urbano, fator que agrava os danos causados,
buscando incorporar na gestão de desastres, e vice-versa, políticas de
ordenamento territorial, de recursos hídricos, saneamento, moradia, meio
ambiente, etc.
O gerenciamento das áreas de risco, considerada prevenção e controle
(eliminação ou redução do risco), pode ser vista sob três enfoques, que podem
ser simultâneos, cada um deles com custo – público e social - a ser sobpesado:
Eliminar/reduzir o risco
- Agindo sobre o processo
- Agindo sobre a consequência
Evitar a formação de áreas de risco
- Controle efetivo do uso do solo
Conviver com os problemas
- Planos Preventivos de Defesa Civil
A primeira ação tem como objetivo, eliminar ou reduzir o risco agindo sobre o
próprio processo - por meio da implantação de medidas estruturais, ou sobre a
consequência - removendo os moradores das áreas de risco.
A segunda ação visa, evitar a formação e o crescimento de áreas de risco
aplicando um controle efetivo da forma de uso e ocupação do solo, por meio de
fiscalização e de diretrizes técnicas que possibilitem a ocupação adequada e
segura de áreas suscetíveis a riscos geológicos e hidrológicos.
A terceira ação objetiva a convivência com os riscos geológicos presentes por
meio da elaboração e operação de planos preventivos de defesa civil, envolvendo
um conjunto de ações coordenadas que buscam reduzir a possibilidade de
ocorrência de perda de vidas humanas, visando um convívio com as situações de
8
risco dentro de níveis razoáveis de segurança .
8
Conforme Mapeamento de Riscos em Encostas e Margens de Rios. Ministério das Cidades,
Brasil. IPT, 2007. p.16
9
A Lei nº 7.257/2010, por sua vez, também conceitua ações de prevenção como aquelas
“destinadas a reduzir a ocorrência e a intensidade de desastres, por meio da identificação,
mapeamento e monitoramento de riscos, ameaças e vulnerabilidades locais, incluindo a
capacitação da sociedade em atividades de defesa civil, entre outras estabelecidas pelo
Ministério da Integração Nacional” (artigo 2º, inciso IX).
4
10
Disponível em: http://www.eird.org/esp/terminologia-esp.htm. Acesso em 05.06.2016
11
Disponível em: http://www.unisdr.org/files/1037_hyogoframeworkforactionenglish.pdf. Acesso
em 06 de junho de 2016
12
ITP,2007. p.126
5
13
Trazendo a necessidade de considerar a bacia hidrográfica como unidade de planejamento territorial nos
processos decisórios que envolvem gerenciamento de áreas urbanas ou de expansão urbana, vide
MENDES, Carlos André Bulhões e GREHS, Sandor Arvino, Enfoques Econômicos para Dilemas
Ambientais de Cidades: Análise em Bacias Hidrográficas. RDE – REVISTA DE DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO. p. 69-78. Ano IX. N.º15. Janeiro de 2007. Salvador, BA. Disponível em:
http://www.revistas.unifacs.br/index.php/rde/article/view/1007/786. Acessado em 19 de outubro de 2015
14
Vejam-se a propósito, as diversas leis referidas no referencial teórico. Mais precisamente: artigo 42-
A,§2º, Estatuto das Cidades.
6
(...) Em primeiro lugar, porque no Brasil simplesmente não existe, nem nunca
existiu, um sistema de ordenamento territorial. O que existem são regras setoriais
(meio ambiente, patrimônio, urbanismo) que não dialogam entre si e, muito
menos, com os sistemas de financiamento do desenvolvimento urbano. Os planos
diretores que, teoricamente, deveriam cuidar desta tarefa de ordenar o território,
ou são mera expressão dos interesses econômicos dos setores envolvidos
diretamente na produção da cidade, ou simplesmente não regulam nem definem
os investimentos em cidade nenhuma do país. Além do mais, os planos diretores
são municipais, sendo que muitas das nossas cidades são aglomerados ou
15
regiões metropolitanas.
15
ROLNICK, Raquel. As enchentes e o planejamento urbano. Artigo disponível em:
http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/as-enchentes-e-o-planejamento-urbano-por-raquel-rolnik.
acesso em 19 de outubro de 2015
16
MARICATTO, Ermínia. As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias. p.124. Disponível
em: http://labcs.ufsc.br/files/2011/12/07.-MARICATO-E.-As-id%C3%A9ias-fora-do-lugar-e-o-
lugar-fora-das-id%C3%A9ias.pdf. Acesso em 19 de outubro de 2015
7
17
FERNANDES, Edésio O Desafio dos Planos Diretores Municipais. In. FERNADES, Edésio;
ALFONSIN, Betânia (Orgs.) Direito Urbanístico, Estudos Brasileiros e Internacionais. Belo
Horizonte: DelRey, 2006. p.350.
18
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Municipal Brasileiro. 13.ª edição. São Paulo: Malheiros
Editores, 2003. p.519
8
19
O IPTU, contribuição de melhoria e incentivos e benefícios fiscais e financeiros.
20
A desapropriação, servidão administrativa, limitações administrativas, tombamento, unidades
de conservação, ZEIS, concessão de direito real de uso, concessão de uso especial para fins
de moradia, parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, usucapião especial de imóvel
urbano, direito de superfície, direito de preempção, outorga onerosa do direito de construir e de
alteração do uso, transferência do direito de construir, operações urbanas consorciadas,
regularização fundiária assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos
sociais menos favorecidos e referendo popular e plebiscito.
10
21
SILVA, José Afonso da. Direito Urbanístico Brasileiro. 7ª Edição. São Paulo: Malheiros,
2012. p. 87.
22
Op.cit. p. 143.
23
Conforme Estatuto da Cidade para compreender, Brasília:2001 p.18.
24
E, para tanto, suas diretrizes e prioridades estarem incorporadas junto ao Plano plurianual,
diretrizes orçamentárias e o orçamento anual (artigo 40,§1.º, Lei 10.257/01).
25
Conforme SILVA, José Afonso da. Op. cit. p. 135.
11
Leis de
ordenamento
territorial,
Regularização
Fundiária
Plano de
Plano de
Recursos
Saneamento
Hídricos
PLANO
DIRETOR
Plano de
Plano de
Habitação de
Defesa Civil
Interesse Social
26
Op.cit., p.177
27
Op.cit., p.238
12
Art. 3º Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas
urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo
plano diretor ou aprovadas por lei municipal.
28
No mesmo sentido: Lei Estadual nº 11.520/2000, que institui o Código Estadual do meio Ambiente,
artigo 193, parágrafo único.
13
29
A Regularização Fundiária de Interesse Específico em APP veio autorizada por meio da Lei
nº 12.651/12, artigo 65.
30
Conceito trazido no artigo 47, II, da Lei nº 11.977/09
31
A elaboração do PLHIS fica condicionada apenas ao acesso aos recursos do Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social, regulamento pelo Decreto nº 5.796/2006.
15
32
“O PHLIS deverá conter um diagnóstico do setor habitacional e um plano de ação. O
diagnóstico deve reunir informações a respeito do déficit e da inadequação habitacional,
identificar os assentamentos precários e levantar suas características urbanísticas, ambientais,
sociais e fundiárias. Deve, também, apontar as necessidades habitacionais e estimar o volume
de recursos necessários para enfrentar o déficit habitacional acumulado e demanda
demográfica futura. O plano de ação, que traz as estratégias de ação, por sua vez, consiste na
definição de como atuar para resolver os principais problemas habitacionais e urbanos. Nesse
plano de ação devem constar: (1) diretrizes e objetivos da política local de habitação; (2) linhas
programáticas e ações; (3) metas a serem alcançadas e estimativa dos recursos necessários
para atingi-las, por meio de programas ou ações, identificando-se as fontes existentes; (4) e
indicadores que permitam medir a eficácia do planejamento.” In Curso à distância:
elaboração do PLHIS. Secretaria Nacional de Habitação. Ministério das Cidades, p.05,
disponível em:
http://www.mprs.mp.br/areas/urbanistico/arquivos/manuais_orientacao/livro_ead_plhis.
pdf
16
o
§ 1 A inscrição no cadastro previsto no caput dar-se-á por iniciativa do Município
ou mediante indicação dos demais entes federados, observados os critérios e
procedimentos previstos em regulamento.
o
§ 2 Os Municípios incluídos no cadastro deverão:
o
§ 3 A União e os Estados, no âmbito de suas competências, apoiarão os
o
Municípios na efetivação das medidas previstas no § 2 .
o
§ 4 Sem prejuízo das ações de monitoramento desenvolvidas pelos Estados e
Municípios, o Governo Federal publicará, periodicamente, informações sobre a
evolução das ocupações em áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de
grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos
correlatos nos Municípios constantes do cadastro.
o o
§ 5 As informações de que trata o § 4 serão encaminhadas, para conhecimento
e providências, aos Poderes Executivo e Legislativo dos respectivos Estados e
Municípios e ao Ministério Público.
o
§ 6 O Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil será elaborado no
prazo de 1 (um) ano, sendo submetido a avaliação e prestação de contas anual,
por meio de audiência pública, com ampla divulgação.”
Art. 42-A. Além do conteúdo previsto no art. 42, o plano diretor dos
Municípios incluídos no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à
ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou
processos geológicos ou hidrológicos correlatos deverá conter: (Incluído pela
Lei nº 12.608, de 2012)
o
§ 1 A identificação e o mapeamento de áreas de risco levarão em conta
as cartas geotécnicas. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
o
§ 2 O conteúdo do plano diretor deverá ser compatível com as
disposições insertas nos planos de recursos hídricos, formulados consoante a Lei
o
n 9.433, de 8 de janeiro de 1997. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
o
§ 3 Os Municípios adequarão o plano diretor às disposições deste artigo,
por ocasião de sua revisão, observados os prazos legais. (Incluído pela Lei nº
12.608, de 2012)
o
§ 4 Os Municípios enquadrados no inciso VI do art. 41 desta Lei e que
não tenham plano diretor aprovado terão o prazo de 5 (cinco) anos para o seu
encaminhamento para aprovação pela Câmara Municipal. (Incluído pela Lei nº
12.608, de 2012)
Além disso, qualquer que seja o Município, desde que pretenda ampliar
seu perímetro urbano, deve promover à delimitação das áreas suscetíveis à
ocorrência de desastres, com restrição à urbanização ou sujeitos a controle
especial:
Art. 42-B. Os Municípios que pretendam ampliar o seu perímetro urbano após a
data de publicação desta Lei deverão elaborar projeto específico que contenha, no
mínimo: (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
o
§ 1 O projeto aprovado deverá ser executado no prazo constante do cronograma
de execução, sob pena de caducidade da aprovação. (Incluído pela Lei nº
12.608, de 2012)
o
§ 2 Nos Municípios inseridos no cadastro nacional de municípios com áreas
suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas
ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos, a aprovação do projeto de que
trata o caput ficará vinculada ao atendimento dos requisitos constantes da carta
geotécnica de aptidão à urbanização. (Incluído pela Lei nº 12.608, de
2012) (Vigência)
o
§ 3 É vedada a aprovação de projeto de loteamento e desmembramento em
áreas de risco definidas como não edificáveis, no plano diretor ou em legislação
dele derivada. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
33
Conforme MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental Brasileiro, 20ª edição. São
Paulo: 2012. Editora Malheiros. p.523
24
Além disso, tal como nas demais políticas até aqui analisadas, também
a Política Nacional de Recursos Hídricos busca a aproximação com os demais
planejamentos regionais, estaduais ou nacionais e com o uso do solo (artigo
3.º, IV e V), possuindo potencial para influenciar diretamente na escala
municipal.
Outra não foi, para relembrar, a diretriz estabelecida pelo artigo 42-B,
§2º, do estatuto da Cidade:
“O conteúdo do plano diretor deverá ser compatível com as disposições insertas
o
nos planos de recursos hídricos, formulados consoante a Lei n 9.433, de 8 de
janeiro de 1997.”
O Município não planejará olhando somente para sua realidade política, social e
econômica, mas haverá de ter em conta o ecossistema em que está inserido,
principalmente a bacia e a sub-bacia hidrográfica de que faz parte. Seria uma
aberração jurídica e ecológica deixar o plano diretor municipal de se adaptar às
diretrizes do plano de bacia hidrográfica. O Municípi, como membro do Comitê da
Bacia Hidrográfica, tem sua oportunidade de opinar e votar para a elaboração do
plano da bacia hidrográfica. Portanto, o plano diretor e o plano da bacia hidrgrafica
34
vão interagir-se e completar-se.
34
Op.cit. p.451
25
35
SILVA, Ricardo Siloto da; PERES, Renata Bovo. Interfaces da gestão ambiental urbana e
gestão regional: análise da relação entre Planos Diretores Municipais e Planos de Bacia
Hidrográfica. Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana (Brazilian Journal of Urban
Management), v.5, n.2, p13-25, jul./dez.201.
36
Op.cit., p.16
26
a) EVENTO:
Fenômeno com características, dimensões e localização geográfica registrada
no tempo, sem causar danos econômicos e/ou sociais .
b) PERIGO (HAZARD):
Condição ou fenômeno com potencial para causar uma consequência
desagradável.
F VULNERABILIDADE:
Grau de perda para um dado elemento, grupo ou comunidade dentro de uma
determinada área passível de ser afetada por um fenômeno ou processo.
d) SUSCETIBILIDADE:
Indica a potencialidade de ocorrência de processos naturais e induzidos em uma
dada área, expressando-se segundo classes de probabilidade de ocorrência.
e) RISCO
Relação entre a possibilidade de ocorrência de um dado processo ou fenômeno,
e a magnitude de danos ou consequências sociais e/ou econômicas sobre um
dado elemento, grupo ou comunidade. Quanto maior a vulnerabilidade, maior o
risco.
f) AREA DE RISCO:
Área passível de ser atingida por fenômenos ou processos naturais e/ou induzidos
que causem efeito adverso. As pessoas que habitam essas áreas estão sujeitas a
danos a integridade física, perdas materiais e patrimoniais. Normalmente, no
contexto das cidades brasileiras, essas áreas correspondem a núcleos
habitacionais de baixa renda (assentamentos precários).
g) ENCHENTE ou CHEIA:
37
Conceitos extraídos do manual do IPT, 2007. pgs. 25-26 e 89-96
27
i) PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO:
Define-se como planície de inundação as áreas relativamente planas e baixas que
de tempos em tempos recebem os excessos de agua que extravasam do seu
canal de drenagem (figura 5.4). Tecnicamente, o canal de drenagem que confina
um curso d´agua denomina-se leito menor e a
planície de inundação representa o leito maior
do rio. Emprega-se também o termo várzea
para identificar a planície de inundação de um
canal natural de drenagem.
j) ALAGAMENTOS:
28
k) ENXURRADAS:
Define-se enxurrada como o escoamento
superficial concentrado e com alta energia
de transporte, que pode ou não estar
associado a áreas de domínio dos
processos
fluviais (figura 5.6). E comum a ocorrência
de enxurradas ao longo de vias
implantadas sobre antigos cursos d’agua
com alto gradiente hidráulico e em
terrenos com alta declividade natural.
Escoamento superficial concentrado e
com alta energia de transporte.
l) EROSÃO MARGINAL:
Remoção e transporte de solo dos taludes marginais dos rios provocados pela
ação erosiva das aguas no canal de drenagem
m) SOLAPAMENTO:
Ruptura de taludes marginais do rio por erosão e ação instabilizadora das águas
durante ou logo após processos de enchentes e inundações
29
38
Mapeamento de riscos em Encostas e margens de rios. IPT, 2007. p.100
30
39
A respeito, ver Cidades e Inundações, um Guia para a gestão integrada do risco de
inundação urbana para o século XXI. Um resumo para os formuladores de Políticas. Abhas K
Jha, Robin Bloch, Jessica Lamond. The World Bank. p.19. No mesmo sentido, o professor
CARLOS TUCCI elenca os principais impactos sobre a população: prejuízos de perdas
materiais e humanos; interrupção de atividade econômica das áreas inundadas; contaminação
por doenças de veiculação hídrica como leptospirose, cólera, entre outras; contaminação da
água pela inundação de depósitos de material tóxico, estações de tratamentos, entre outros. In
TUCCI, Carlos E. M. Gestão de Inundações Urbanas – Ministério das Cidades – Global Water
Partnership – World Bank - Unesco, 2005. p.30
40
In TUCCI, Carlos E. M. Gestão de Inundações Urbanas – Ministério das Cidades – Global
Water Partnership – World Bank - Unesco, 2005. p.29
31
41
In Mapeamento de riscos em encostas e margens de rios – Brasil, Ministério das Cidades.
IPT, 2007. p.98. No mesmo sentido, BOTELHO: “Novos elementos são adicionados pelo
homem, como edificações, pavimentação, canalização e retificação de rios, entre outros, que
acabam por reduzir drasticamente a infiltração e favorecem o escoamento das águas, que
atingem ser exultório mais rapidamente e de forma mais concentrada, gerando o aumento da
magnitude e da frequência da enchentes nessas áreas. As bacias hidrográficas urbanas são,
portanto, marcadas pela diminuição do tempo de concentração de suas águas e pelo aumento
dos picos de cheias, quando comparados às condições anteriores à urbanização”. BOTELHO,
R.G.M., Bacias hidrográficas urbanas, In GUERRA, A.J.T. (org.) Geomorfologia urbana. Bertran
Brasil. Rio de Janeiro:2011, p.72-73
32
42
Anuário Brasileiro de Desastres Naturais, 2013 – Ministério da Integração Nacional. Brasília,
2014
33
43
Anuário Brasileiro de Desastres Naturais, 2013 – Brasília, 2014, p.69-71
34
44
Atlas Brasileiro de Desastres Naturais – 1999 a 2012 – volume Rio Grande do Sul, p.69-80
35
o
Art. 3 Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas
urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo
plano diretor ou aprovadas por lei municipal. (Redação dada pela Lei nº 9.785,
de 1999)
artigos da seção de Recursos Hídricos nas leis orgânicas dos municípios, onde,
no art. 2, inciso IV, é prescrito que se deve " proceder ao zoneamento das áreas
sujeitas a riscos de inundações, .." e, no inciso VI, é recomendado o seguinte: "
implantar sistema de alerta e defesa civil, para garantir a saúde e segurança
públicas, quando de eventos hidrológicos indesejáveis". Como se observa, não
existe nenhum programa sistemático em qualquer nível para controle da ocupação
das áreas de risco de inundação no Brasil. Há, apenas, poucas ações isoladas de
alguns poucos profissionais. Em geral, o atendimento a enchente somente é
realizado depois de sua ocorrência. A tendência é que o problema fique no
45
esquecimento após cada enchente, retornando na seguinte.
45
TUCCI, Carlos E. M. Inundações Urbanas, p.2021-2022. Disponível em:
http://4ccr.pgr.mpf.mp.br/institucional/grupos-de-trabalho/encerrados/residuos/documentos-
diversos/outros_documentos_tecnicos/curso-gestao-do-terrimorio-e-manejo-integrado-das-
aguas-urbanas/drenagem1.PDF. Acessado em 19.10.2015.
46
TUCCI, Carlos E.M. Gestão de Inundações Urbanas, Ministério das Cidades, Brasil. 2005.
p.75.
47
Op.cit., p.59
38
48
Op.cit. p.56-7.
49
BOTELHO, R.G.M., Bacias hidrográficas urbanas, In GUERRA, A.J.T. (org.) Geomorfologia
urbana. Bertran Brasil. Rio de Janeiro:2011, p.95
39
o
Art. 6 Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de
interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com
florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes
finalidades:
50
Carvalho, Delton Winter e Damacena, Fernanda Dalla Libera. Direitos dos Desastres. Livraria
do Advogado. Porto Alegre:2013, p.71
40
Fonte: Manual Capacitação Básica em Defesa Civil, 5ª edição, Florianópolis, 2014, p.73
51
Princípio estabelecido em Cidades e Inundações, um Guia para a gestão integrada do risco
de inundação urbana para o século XXI. Um resumo para os formuladores de Políticas. Abhas
K Jha, Robin Bloch, Jessica Lamond. The World Bank. p.45
42
Alto Feliz
Capão do Leão
Dom Pedrito
Eldorado do Sul
Estrela
Igrejinha
Novo Hamburgo
Porto Alegre
São Lourenço do Sul
52
Disponível em: http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Geologia-de-Engenharia-
e-Riscos-Geologicos/Cartas-de-Suscetibilidade-a-Movimentos-Gravitacionais-de-Massa-e-
Inundacoes-3507.html#riosul. Acesso em 07.06.2016
53
Disponível em: http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Geologia-de-Engenharia-
e-Riscos-Geologicos/Cartas-Geotecnicas-de-Aptidao-a-Urbanizacao-Frente-aos-Desastres-
Naturais-4144.html. Acesso em 07.06.2016
43
V – CONCLUSÕES:
54
Manual Defesa Civil, p.93
47
a) “Evitar construções de qualquer obra pública nas áreas de risco como escolas,
hospitais e prédios em geral. As existentes devem possuir um plano de remoção
com o passar do tempo;
b) Planejar a cidade para gradualmente deslocar seu eixo principal para os locais
de baixo risco;
c) Utilizar mecanismos econômicos para o processo de incentivo e controle das
áreas de risco: (a) retirar o imposto predial dos proprietários que mantiverem sem
construção as áreas de risco e utilizarem, por exemplo, para agricultura, lazer,
etc.; (b) procurar criar um mercado para as áreas de risco de tal forma que as
mesmas se tornem públicas com o passar do tempo;
d) Prever a imediata ocupação das áreas de risco público quando desocupadas
55
com algum plano que demarque a presença do município ou do Estado” .
55
TUCCI, Carlos. Op. cit. p 81-82
56
deixando de se submeter a processo licitatório para realização das despesas e fragilizando a
devida prestação de contas
48