Toque Nomes

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Atabaque (ou Tabaque) é um instrumento musical de percussão.

O nome
é de origem árabe: at-tabaq (prato). Constitui-se de um tambor cilíndrico
ou ligeiramente cônico, com uma das bocas cobertas de couro de boi,
veado ou bode.
É tocado com as mãos, com duas baquetas (aquidavi), ou por vezes com
uma mão e uma baqueta, dependendo do ritmo e do tambor que está
sendo tocado. Pode ser usado em kits de percussão em ritmos
brasileiros, tais como o samba e o axé music.

Atabaque é também um grande instrumento de percussão usado nas


rodas de capoeira. O couro vem da pele da vaca e é esticado por um
sistema de anéis de metais ou aros, cordas e cunhas de madeira. Para
afinar o atabaque, tira-se do pedestal (pé) e bate-se nas cunhas. A força
nas cunhas empurrará o aro de baixo esticando a cordas e
consequentemente afinando o couro. No candomblé é considerado objeto
sagrado. Candomblé é a religião que mais conservou as fontes do
panteão africano, servindo como base para o assentamento das
divindades que regeriam os aspectos religiosos da Umbanda. É
conhecido e praticado, não só no Brasil, como também em outras partes
da América Latina onde ocorreu a escravidão negra - a Santería cubana é
famosa. Em seu culto, para cada Orixá há um toque, um tipo de canto, um
ritmo, uma dança, um modo de oferenda, uma forma de incorporação, um
local próprio e uma saudação diferente.
Os deuses do Candomblé têm origem nos ancestrais africanos
divinizados há mais de 5000 anos. Muitos acreditam que esses deuses
eram capazes de manipular as forças naturais, por isso, cada orixá tem
sua personalidade relacionada a um elemento da natureza.
As cerimônias são realizadas com cânticos, em geral, em língua nagô ou
yorubá. Os cânticos em português são em menor número e refletem o
linguajar do povo. Há sacrifícios de animais (galo, bode, pomba) ao som
de cânticos e danças. A percussão dos atabaques constitui a base da
música.
Os tambores começaram a aparecer pelas escavações arqueológicas do
período neolítico. Um tambor encontrado na escavação na Morávia, foi
datado de 6.000 anos antes de Cristo. Tambores têm sido encontrados na
antiga Suméria com a idade de 3.000 A . C. Na Mesopotâmia foram
encontrados pequenos tambores datados de 3.000 A . C. Tambores com
peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos egípcios, a 4.000
A . C. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de
tronco de árvore oco. Estes troncos eram cobertos nas bordas com peles
de alguns répteis, e eram percutidos com as mãos, começou-se a usar
peles mais resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O tambor
com duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de tamanho.
A Umbanda é uma das religiões mais praticadas no Brasil, com maior
propagação na Bahia e no Rio de Janeiro, a Umbanda brasileira começou
a ser formada por volta de 1530, com a mistura de concepções religiosas
trazidas pelos negros da África, na época da escravidão. O primeiro
terreiro foi fundado em 1908 através de Zélio Fernandino de Moraes. Na
época com 17 anos, Zélio, que fazia parte de uma família tradicional de
Niterói, RJ, incorporava o chamado Caboclo das Sete Encruzilhadas e foi
o responsável pela formação de sete tendas que acabaram difundindo a
Umbanda. Todas as tendas funcionavam sob o lema: "manifestação do
espírito para a caridade" e usavam rituais simples com cânticos baixos e
harmoniosos.
A Umbanda incorpora os adeptos dos deuses africanos como caboclos,
pretos velhos, crianças, boiadeiros, espíritos das águas, eguns, exus, e
outras entidades desencarnadas na Terra, sincretizando geralmente as
religiões: católica e espírita. O chefe da casa é conhecido como Pai de
Santo e seus filiados são os filhos ou filhas de santo. O Pai de Santo
principia a cerimônia com o encruzamento e a defumação dos presentes e
do local. Seguem-se os pontos, cânticos sagrados para formar a corrente
e fazer baixar o santo. Muitos são os Orixás invocados na cerimônia de
Umbanda, entre eles Ogun, Oxóssi, Iemanjá, Exu, entre outros. Também
invocam pretos velhos, índios, caboclos, ciganos.

RITMOS DO CANDOMBLÉ - PARTE I

De modo geral, pode-se definir candomblé como uma designação dada a


várias formas de expressão religiosa de origem africana que têm como
base a crença em ancestrais divinizados e fazem do estado de transe
mítico a forma, por excelência, de contato entre os deuses e a
comunidade religiosa. Esses deuses são
chamados de “orixás”, “voduns” ou “inquices”, de acordo com a “nação”
à qual a casa esteja ligada. Candomblé Jeje, Angola, Ketu-Nagô,
Macumba, Xangô do Recife, Batuque e Tambor de Mina são algumas das
possíveis modalidades rituais e litúrgicas encontradas pelo país.
Os diferentes toques executados pelos atabaques, por si só, podem
configurar e delimitar a “nação” à qual está vinculada uma casa de santo.
Assim, o que se costumou chamar de candomblé Ketu-Nagô pode ser
definido “também” pelos ritmos tocados pelos tambores no contexto
litúrgico-religioso
“O som é a primeira relação com o mundo, desde o ventre materno. Abre
canais de comunicação que facilitam o tratamento. Além de atingir os
movimentos mais primitivos, a música actua como elemento ordenador,
que organiza a pessoa internamente”
O som é o condutor do Axé do Orixá, é o som do couro e da madeira
vibrando que trazem os Orixás, são sinfonias africanas sem partitura.
O ritmo é algo visto como uma expressão de diferentes domínios da vida
da comunidade de santo, assumindo variadas e significativas formas de
realização. Essa visão aproxima-se do modelo conceitual traçado por Kofi
Agawu (African rhythm. Londres: Cambridge University Press,
1995). quando define cinco domínios básicos de “modos rítmicos de
significação”:

- Domínio gestual
- Domínio oral / aural (com atributos tonais e rítmicos
- Domínio da música vocal (com ritmo livre e estrito)
- Domínio da música instrumental (linguagem dos tambores e ritmos de
dança)
- Domínio coreográfico
No espaço do terreiro, esses domínios se realizam não só durante os
rituais públicos mas no dia-a-dia da comunidade. A tentativa de fazer aqui
uma tipologia das linhas-guia executadas pelo agogô só fará sentido se
as reconhecermos como uma expressão rítmica particularizada e
circunscrita – particularmente o domínio da música instrumental – que,
no entanto, se inter-relaciona com todas as outras dimensões rítmico-
expressivas.
Observando esses domínios de expressão rítmica, vemos que a prática
instrumental dos tambores está intimamente ligada a formas específicas
de configurações gestuais e posturais; a rítmica gestual é, assim, a
materialização tridimensional do fenômeno sonoro. Quando um tocador
eleva o braço para executar uma batida, no atabaque ou no agogô, esse
ato configura-se também como um evento rítmico dotado de
temporalidade estrita. Dessa forma, a percepção da articulação
instrumental do som musical passa não só por sua captação sonora, ou
seja, como ele é “ouvido”, mas também pelo entendimento de que sua
realização se dá num tempo e num espaço determinados; em outras
palavras, a percepção de “como” ele é articulado.
Os Atabaques, são os principais instrumentos da música do Candomblé,
cuja execução é da responsabilidade dos Ogãs.
São de origem africana, usados em quase todos rituais, típicos do
Candomblé. De uso tradicional na música ritual e religiosa, são utilizados
para convocar os Orixás.
O Atabaque maior tem o nome de Rum, o segundo tem o nome de Rumpi
e o menor tem o nome de Le. No Gantois, Mãe menininha denominava os
atabaques como Ilu, Ilu da direita e ilu da esquerda, No batuque h

á três tipos de ilu, de tamanhos diferentes: o maior é o INHÃ,

o médio, MELÊ ANCÔ e o menor, MELÊ. Para o povo Bantu,o maior


NGOMA UA TXINA, o médio NGOMA UA MUCUNDO e o menor NGOMA UA
CASSUMBI.
Os atabaques no candomblé são objectos sagrados e renovam
anualmente esse Axé. São usados unicamente nas dependências do
terreiro, não saem para a rua como os que são usados nos Afoxés, estes
são preparados exclusivamente para esse fim.
As membranas dos atabaques são feitas com os couros dos animais que
são oferecidos aos Orixás: independente da cerimónia que é feita para
consagração dos mesmos quando são comprados (o couro que veio da
loja geralmente é descartado), só depois de passar pelos rituais é que
poderão ser usados no terreiro
Os atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo Alagbê (nação
Ketu), Xicarangoma (nações Angola e Congo) e Runtó (nação Jeje) que é
o responsável pelo Rum (o atabaque maior), e pelos Ogãs nos atabaques
menores sob o seu comando
É o Alagbê que começa o toque, e é através do seu desempenho no Rum
que o Orixá vai executar a sua coreografia de dança, sempre
acompanhando o floreio do Rum.
O Rum é que comanda o Rumpi e o Le.
Fonte: vários sites
AGOGO/GAN

Do iorubá agogô, que significa 'sino'. Instrumento de percussão


introduzido no Brasil por africanos, presente em várias manifestações
musicais afro-brasileira, como a capoeira, o maculelê e o candomblé. O
instrumento é composto de uma ou mais campânulas, de tamanho e
sonoridade diferentes, geralmente de ferro, percutidas por uma vareta,
geralmente de metal. Chama-se também gonguê, gan ou gã e xeré.
Texto: http://www.iluobademin.com.br

Aguidavis/ Akidavis/ D’avenin: Aguidavis são varetas feitas de madeira,


aqui no Sul é costume utilizar Cambuim ou na falta a goiabeira como
matéria prima para confecção dos aguidavis, e com essas varetas e com a
mão é que são tocados os tambores. Sendo essas varetas diferentes das
utilizadas no Candomblé de Keto, tanto no tamanho, quanto na espessura
e comprimento, os aguidavis de Jeje são mais curtos de espessura
grossa e não são retos, sendo algumas tortos na ponta que são
chamadas de aguidavis de volta, o que redobra.
No antigo Daome Existem três tipos de akidavis: o primeiro é D’ele, que é
uma vareta longa cortada angularmente, e que normalmente, é usada com
os tambores menores e posicionados entre as pernas com o couro para
frente e a ressonância para trás; o segundo é o D’humpi que são as
varetas arredondadas, normalmente tiradas de árvores sagradas como a
gameleira branca, baobá ou árvore de cola, que são utilizadas com
diversos diâmetros para os tambores de médio a grande porte; o terceiro,
o D’Avenin, são varetas com a ponta curvada e que são tocadas com os
tambores cujo couros estão em ambos os lados Segundo os velhos
bokonos do Daome, o grande tambor é tocado com par de D’avenin tirado
da árvore sagrada do kwe, especialmente feitos por vodunsis
virgens.Também se utiliza ainda o Xequerê.
Texto de Pai Leo de Oxalá- http://leodeoxala.blogspot.com

Xequerê
Instrumento feito de cabaça, que é um fruto da família do melão e da
abóbora, portanto pode ser encontrado em diferentes formatos e
tamanhos, já que são feitos a partir de um material natural. A cabaça é
envolta por contas que, ao deslizarem, produzem acentos e ritmos. O
xequerê é muito usado em ritmos afro-brasileiros. No Batuque é chamado
de AGÊ.

Nomes dos Toques dos Orixás na Nação Ketu/Jeje:

ADABI AGABI ou EGO - Utilizado no Jeje ou Nagô – Bater para nascer é


seu significado. Ritmo sincopado dedicado a Exú/Ogum.

ADARRUM – Ritmo evocatório de todos os Orixás. Rápido, forte e


contínuo marcado junto com o Agôgô. Pode ser acompanhado de canto
especialmente para Ogum. Utilizado no Jeje.

ALUJÁ OU ELUJÁ (divide-se em roli e pani-pani) – Significa orifício ou


perfuração. Toque rápido com características guerreiras. É dedicado a
Xangô. Utilizado no Ketu.

AGUERE – Em Yorubá significa “lentidão”. Ritmo cadenciado para Oxóssi


com andamento mais rápido para Iansã. Quando executado para Iansã é
chamado de “quebra-pratos” ou Abata (tipo de Ilu). Utilizado no ketu.
Pode ser utilizado para todos os orixás.

AVAMUNHA,AVANINHA, AVANIA, REBATE OU ARREBATE - Utilizado


no Jeje para todos.

BATA – Batá significa tambor para culto de Egun e Sangô . Ritmo


cadenciado especialmente para Xangô. Pode ser tocado para outros
Orixás. Tocado com as mãos.

BRAVUM – Dedicado a Oxumaré,Ogum e Nanã .Ritmo marcado por


golpes fortes do Run.Utilizado no Jeje.

CORRIDO, MASSÁ - Nagô - Todos

FORIBALE - “Dobrar o Couro” Nagô - ´Pessoas Notáveis

HUNTÓ ou RUNTÓ – Ritmo de origem Fon executado para Oxumaré. Pode


ser executado com cânticos para Obaluaiê e Xangô

IGBIN – Significa Caracol. Execução lenta com batidas fortes. Descreve a


viagem de um Ancião. É dedicada a Oxalufã.

IJESA – Ritmo cadenciado tocado só com as mãos. É dedicado a Oxum


quando sua execução é só instrumental. Usado também para Ogum,
Oxalá e Exu
ILU – Termo da língua Yorubá que também significa atabaque ou tambor.
Ritmo dedicado a Oya/Iansã

KAKAKA-Umbó ou Batá-Cotô - Ketu - Xangô, Oxaguiã

KORIN- EWE ou AGUERÉ DE OSSAIN – Originário de Irawo, cidade onde é


cultuado Ossain na Nigéria. O seu significado é “Canção das Folhas”.

OGUELE – Ritmo atribuído a Obá. Executado com cânticos para Ewá.

OPANIJE – Dedicado a Obaluaiê, Onile e Xapanã. Andamento lento


marcado por batidas fortes do Run. Significa “o que mata e come”

SATÓ – A sua execução lembra o ritmo Bata com um andamento mais


rápido e marcado pelas batidas do Run. Dedicado a Yemanja ,Oxumaré ou
Nanã. Significa a manifestação de algo sagrado.

TONIBOBÉ – Pedir e adorar com justiça é o seu significado. Tocado para


Xangô

Angola/Congo
Arrebate
Congo de Ouro
Cabula
Barra Vento
Alujá
Ijexá
Muzenza

No Batuque é tocado o:

Ogueré” para Odé e sua mulher, Otím;


Biofã”, para Oxalá, Iemanjá, Oxum, Xapanã e Obá.
Alujá”, um ritmo rapidíssimo, para Xangô;
Jêje”, também muito rápido, para todos os orixás em sua forma jovem
Aré”, com andamento similar, para Ogum, Bará, Oiá, Xangô, Ossanha,
Xapanã,
Oxum e Oxalá.
Lô-coridí” (para outros “olocorí”) para a Oxum Docô, a velha.

NÃO PERCA TEMPO


Todos possuímos algo chamado Livre-Arbítrio. Com essa capacidade, temos poder
total sobre nossa vida para aceitar ou não qualquer forma de pensamento que chega
até nós. Meu interesse é dar uma visão sobre a espiritualidade em geral,pois
fundamentos pertencem a tradição oral,só poderão ser colocados nas nossas casas de
santo, postarei textos de pessoas sérias portanto, não tenciono ser detentora da
verdade absoluta e indiscutível sobre qualquer coisa. Se não concordares comigo em
qualquer ponto, esteja a vontade para fazer uma crítica e dar a sua visão sobre o
tema ou até mesmo simplesmente ignorar essa coluna.

PENSANDO COM A CABEÇA DE UM NEGRO


"NÃO SE PODE COMPREENDER A CULTURA DE UM POVO SEM CONHECER
A SUA HISTÓRIA. PARA CONHECER A HISTÓRIA DE UM POVO É PRECISO
CONHECER A HISTORIA DOS SEUS GRANDES HOMENS AQUELES QUE
FIZERAM A HISTÓRIA E DETERMINARAM SEU DESTINO. NÓS SOMOS
APENAS SEGUIDORES, ETERNOS COPIADORES".

AQUELE QUE SABE NÃO MORRE COMO O QUE NÃO SABE.

O HOMEM QUE NÃO SABE, E SABE QUE NÃO SABE, É UM IGNORANTE,


INSTRUA-O!

O HOMEM QUE SABE, E NÃO SABE QUE SABE, ESTÁ DORMINDO.


DESPERTA-O!

O HOMEM QUE SABE , E SABE QUE SABE,

PORÉM NÃO FAZ ALARDE DE SABER, É UM VERDADEIRO SÁBIO. SIGA-O!

A Ignorância

O ignorante estabelece critérios que desclassifiquem o conselho alheio,em prol da sua


falta de conhecimento, busca estabelecer ideias falsas sobre si mesmo e o mundo que
o cerca de forma errônea, que desagrade aqueles que o cercam.

Ignorância é não saber, e não saber que não se sabe.

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