Tábula Máxima Hiperbórea
Tábula Máxima Hiperbórea
Tábula Máxima Hiperbórea
CAPÍTULO I
Advertência Especial
Tentar aprender essa Tábula Máxima é como tentar comer e digerir um elefante em
alguns minutos. Nenhum leitor inteligente se assustará com essa advertência, mas só um
grande tonto a desprezará.
É possível que demores muitos anos em compreender em profundidade o conteúdo
desse livro, e muito mais em poder aplicar o conhecimento de forma prática. Mas, assim
como não é possível que uma boa árvore construa seu enorme corpo de dura madeira em
uma hora, tampouco é possível para um homem normal dessa civilização aprender os
mistérios do Cosmos em uma só leitura. Ainda menos quando não tem consciência de si
mesmo.
A recomendação é ler tranquilamente, deixando de lado, por um momento tudo o
que não compreendas, ou seja difícil de assimilar. Nada deves acreditar, mas
compreender, e como verás, não é fácil compreender rapidamente o produto intelectual de
milênios de atividade filosófica. Se uma planta leva meses pra formar um fruto que
comemos em uns minutos, é compreensível que um conhecimento obtido em tantos
milênios por muitas mentes observadoras, requeira, para sua assimilação, alguns anos.
Não tem que “esforçar-se” em compreender nem deixar que a mente faça
demasiadas perguntas, porque entrará em um labirinto do qual custará a sair, e isso
causará sofrimento mental. Tem que viver normalmente, sendo muito mais importante
praticar a simplicidade da Doutrina Kristã e a meditação psicológica. Podes deixar este
Terceiro Livro para aqueles momentos em que possas ler muito tranquilo, sem
preocupações emocionais. Tudo aquilo que produz alguma inquietação ou mal-estar
intelectual, é produto de que não se entendeu corretamente o que se leu, ou se
compreendeu parcialmente, deixando algumas lacunas que não satisfazem as perguntas
que a mente faz consciente ou subconscientemente. Elas podem fazer-te sentir um abismo
emocional (ou mental) e de nada serve se assustar, ou ficar tentando compreender. Mais
vale nesse caso deixar por um momento a leitura e atender ao combate interno da
meditação (observação, diferenciação e eliminação dos Eus psicológicos). Todo o
conhecimento do universo que podemos ter, não resulta tão útil como livrar-se de um só
que seja dos parasitas emocionais. A máxima do explorador é que deve tirar os espinhos
antes de seguir caminhando.
Antes de começar a leitura da Tábula Máxima, é conveniente treinar a mente num
simples exercício de “não pensar” ou de deixar passar as imagens mentais (objetivas ou
subjetivas) sem que te afetem no emocional nem permaneçam no consciente. O “não
pensar” implica dirigir a mente a qualquer coisa útil, mas que não te deixe obcecado por
nenhuma ideia. Sem tal disciplina, o mais provável é que se consiga uma grande confusão
em vez da iluminação.
Não se preocupe por ter que ler várias vezes este livro para chegar a uma
conclusão, pois você vai aprender muito mais do que imagina por toda sua feliz eternidade.
Esta Tábula é a máxima chave de todas as ciências, porque é a manifestação
própria de Deus Pai Absoluto do Universo. Está composta de Oito Leis ou Arcanos Maiores
chamadas de Princípios Metafísicos, cada uma das quais representa uma das oito formas
que atuam na manifestação divina.
Os Princípios Metafísicos são absolutos e imutáveis, as Leis Herméticas são
relativas e imutáveis. Tanto os Princípios quanto as Leis devem ser respeitados e seu
conhecimento pode ser aplicado correta ou “teurgicamente” de acordo com a vontade
divina – o que produzirá liberdade, felicidade, paz, alegria de viver ou existir, permitindo
evoluir a estágios cada vez mais gloriosos e perfeitos. Mas, o uso incorreto ou
“Demiúrgico” deste conhecimento contra a vontade divina produz escravidão, involução,
sofrimento, infelicidade e aniquilação do Ego ou Consciência Humana. Não existe forma de
violar as leis divinas; só é possível produzir desequilíbrios em suas manifestações, mas é
impossível escapar dos efeitos. Tudo o que existe, contém essencialmente todos os
Princípios e Leis porque é produto de manifestação delas.
Todos os Princípios e Leis podem ser usados positiva ou negativamente, destrutiva
ou construtivamente e os efeitos serão determinados como bons ou maus, não pela
polaridade (negativa ou positiva) mas pela intenção do ser atuante e o equilíbrio entre o
amor, a inteligência e o poder que se aplique.
1 – PRINCÍPIO DE AMOR
Não existe atitude que não se faça por amor em alguma de suas incontáveis formas
de expressão. Por amor se vive e se morre, se evolui ou se involui. Uma guerra se faz por
amor; seja por amor à escravidão e ao domínio (como fazem os demiúrgicos) ou por amor
à liberdade e à dignidade (como fazem os teurgos).
O amor é a força de Deus manifestada numa relação entre dois ou mais
indivíduos, assim como a vontade e a força de Deus manifestada numa ação
individual.
Como se pode ver, o amor é um conjunto de forças mecânicas; certamente que o
Universo é mecânico pois tudo nele se relaciona mediante essas forças, e assim mesmo é
possível ver o mecanismo universal refletido em todos os demais Princípios, mas este
Aspecto Mecânico do Universo não é oposto à espiritualidade, sendo que a
espiritualidade em si mesma está dada e refletida na Perfeição Absoluta destes Princípios.
E todo este Aspecto Mecânico é - como já dissemos - “O Rosto Cognoscível de Deus”.
Podemos dizer que o Incognoscível (o Criador deste mecanismo) só pode ser vislumbrado
ou vivenciado depois de havermos nutrido totalmente o intelecto com o conhecimento
desses Princípios e passarmos a vida respeitando-os, o qual representa o ato mais pleno
de respeito a Deus.
Quando um místico não conhece esses Princípios e Leis tais como foram aqui
expostos, mas há filosofado o suficiente para alcançar a essência da Doutrina aqui
esclarecida, pode dizer-se - se vive conforme a ela -, que é um homem espiritualizado.
Mas a maioria das pessoas que professam uma religião sem ter compreendido nem os
Princípios, nem a Doutrina, somente tem uma vida psicológica similar a uma ilusão, pois
tem com Deus uma relação puramente emocional (no plano psíquico menor) que não
garante em absoluto a felicidade e realização do Ser.
O impulso interior (do Ego) pela busca do espiritual - dado que o Ser mesmo é uma
“Chispa Divina” -, leva o indivíduo a refletir de algum modo sua ideia de Divindade. Assim
cria imagens, totens, etc., ou vê nos fenômenos naturais a expressão de um ou de vários
deuses, extrapolando sempre a ideia, buscando lá fora o que tem por dentro. E muitas
vezes aceita ideias espirituais (arquétipos) totalmente distorcidas e daninhas, e por algum
ponto de afinidade com sua psicologia, isso se imprime em sua mente, com as
consequências de fanatismo religioso, sofrimento interior e as lógicas deformações que
estas ideias do psiquismo profundo afetam nos demais níveis da mente e do corpo
emocional.
Colocamos por exemplo, a imagem de Jesus crucificado - a margem da realidade ou
falsidade histórica do feito - que se tem impresso e mantido reforçando-a desde o século IX
com milhões de quadros, estampas, estátuas, livros, filmes e obras teatrais, de modo que a
imagem do amor Divino e perfeito que deveríamos ter pelos Cristãos, se deformou em um
Deus que exige a seu “Filho Predileto” - uma falha a mais nessa ideia, pois um pai perfeito
não teria predileções - fazer um sacrifício infernal como foi a crucificação.
Tanto que se Jesus for um Deus Absoluto mesmo, ou se é Seu Filho, a ideia de tê-lo
crucificado tem gerado em milhões de Almas, sentimentos de culpa e dor como nenhuma
outra religião ou crença já fez. E os que superam esse sentimento, sentindo-se solidário
com Jesus, tomam o arquétipo com atitude de resignação e sacrifício, mas sofrem porque
não se sentem capazes de tomar semelhante atitude voluntariamente e deixar-se
crucificar. Por outro lado, se pergunta: se ele se sobrecarregou com todos os pecados do
mundo, como é possível que, por dois milênios, os sofrimentos e horrores da humanidade
se hajam multiplicados mais que em qualquer outra etapa conhecida da história? Ainda
que não foi Jesus o causador de tais desgraças, mas que a causa está na distorção da
história, as baixezas do cristianismo em muitos casos com sadismo psicológico, o seguem
crucificando ou ressuscitando, em vez de apresentar um Jesus Iluminado; a estrapolação
pela busca, a indolência de rezar para pedir que se cumpram caprichos e bens materiais, é
a atitude geral, em vez de pedir-lhe que ilumine nossa inteligência e estimule o nosso
amor. Inclusive em vez de discutir a teologia tão ridiculamente como estão fazendo, sem
respeitar as mais elementares pautas da razão e da filosofia, o melhor para um cristão
seria praticar a doutrina em toda sua plenitude. Nenhum Mestre veio para ser adorado, e
sim para que seus seguidores aprendam e cheguem a ser Mestres também; e no A-mor
que significa “sem morte” existe uma grande chave. Disse Jesus: “Amai a vossos inimigos”.
Não disse que não teríamos e menos ainda que não os combateriam, simplesmente que
os amássemos.
Quem destrói em si mesmo essas ilusões impostas pelos interesses políticos e
econômicos, alcança, através da compreensão, aprendizagem ou próprio trabalho
filosófico, compreender a Deus intelectualmente, emocionalmente e praticamente reflete
em si mesmo a Divindade. E, por isso, compreende a Natureza Divina dos demais Seres e
coisas do Universo, amando-os com tal radiação que todos os sofrimentos que poderiam
lhe provocar as condições externas, não podem lhe impedir de ser feliz. Além disso, em
um tempo determinado pelo progresso, no dito entendimento e o equilíbrio na aplicação
prática, as condições externas de um indivíduo em evolução se vão ajustando cada vez
mais a Sua Vontade, assim permanentemente avança na compreensão da Vontade Divina;
e essa só pode ser Perfeita. Se bem que um indivíduo nunca pode ser o Absoluto, pode
compreendê-lo e viver em harmonia perfeita com Ele.
Nos estendemos nessa questão porque a humanidade precisa compreender a
Natureza do Amor em seu panorama total. O Amor Divino não é unicamente místico nem
unicamente mecânico. O científico sem místico é essencialmente daninho, e o místico sem
ciência, que descarta a razão, se faz fanático e deforma a essência religiosa levando-a a
um plano psicológico inferior. O científico deve ter sentimento místico e o místico deve ser
científico. Ambos devem ter os filósofos completos, já que não é possível entender o
Verdadeiro Amor sem o equilíbrio da Inteligência; e a Inteligência sem Amor só pode criar
escravidão, desastres e sofrimentos.
O Ser Humano deve manifestar Amor por si mesmo, pois como todo manancial, não
poderia dar o que não tem.
Isso se chama Dignidade. E só quem é Digno, pode dar Amor e até sacrificar-se em
alguma medida pelos demais, de acordo com o que sua consciência lhe indique. Mas, para
que seja sempre justo, deve conhecer os presentes Princípios e Leis.
1b) ATRAÇÃO: “Os corpos se atraem entre si em razão direta de suas massas
e em razão inversa ao quadrado de suas distâncias”.
É a fórmula redescoberta por Newton, a chamada “Força da Gravidade”.
F = Força
K = Constante = 6,67 x 10-11 Newtons x m2
m = Massa Kg2
d = Distância
Matematicamente, a repulsão é uma variante desta força, mas no seu oposto exato,
pois depende da constituição física e química dos corpos.
Nos seres, a atração se manifesta de diversos modos e intensidade. No casal
(masculino e feminino), a atração implica uma completa atividade mental, emocional e
física, mas é no início de um processo mais complexo que, quando não é contínua, resulta
na monotonia e destruição do par como tal. Já que se estão afinados a tal ponto que não
tem mais atração e suas vidas parecem vãs, passam a um sentimento fraterno que,
embora bom, não é próprio do ideal do casal. Quando o processo de atração continua, se
alcança a adesão no físico, a coesão no mental e a fusão no emocional. Nunca os seres
chegam até a separação porque deixariam de Ser.
1e) COESÃO: “É o estado em que dois ou mais corpos unem suas estruturas,
no geral com adesão e tendo relacionado intimamente suas primeiras camadas
atômicas”.
Fisicamente, é uma espécie de fusão limitada à primeira camada atômica ou
molecular, mas entre os seres, esta lei se manifesta com a atividade sexual, a qual é
correta e harmônica entre seres de diferentes sexos. A coesão homossexual produz
desarmonia em relação há várias outras leis, mas principalmente às leis do Princípio Vida
como se explica mais adiante.
A coesão é o que marca a formação de um casal, e deve produzir-se primeiramente
no psicológico, sendo a relação física um efeito e não uma causa, nem o motivo pela
busca de uma relação. Quando a coesão é produzida nas camadas mais profundas da
mente, regidas geralmente pelos arquétipos da alma, a relação pode ajustar-se e
harmonizar-se mediante o processo de meditação psicológica, tornando-se um casal feliz.
Para eles também devem coincidir os objetivos de vida, planejando a vida na relação. Só
assim é possível ao casal manifestar a lei seguinte.
1f) FUSÃO: “É o estado em que dois ou mais corpos unem suas estruturas
moleculares ou atômicas confundindo em uma resultante com características
químicas ou físicas iguais ou diferentes ao seu original, podendo ser do mesmo ou
diferentes elementos, mas mantendo-se inalteradas as características nucleares
particulares na maioria dos casos”.
No material, isto está claro, mas nos seres, a coisa é mais complicada para explicar,
por ser mais complexas e diferentes, sendo que as constituições dos corpos são estruturas
psicológicas e requerem um tempo de afinação muito longo para afinar-se a tal ponto que
possam fundir-se. Com a Yoga Sexual correta se produz uma fusão parcial a nível
espiritual, (nos níveis da alma) e as vezes até em nível astral, mas em um estado
correspondente ao reino humano, não existe a fusão total. Nem entre indivíduos, nem
entre estes e o Absoluto. A fusão com o Absoluto não é “absoluta” jamais, pois deixaria de
ser individual. Não se perde a individualidade em nenhum Reino a menos que esta se
aniquile por involução, (indo ao contrário das leis naturais) pois nada ganharia o Absoluto
Deus com a extinção das individualidades que são justamente as infinitas impressões e
manifestações de sua perfeição.
Certo é que se pode experimentar certas comunhões momentâneas com o Absoluto
(Iluminação) e isso é uma autêntica fusão da alma com Ele. Mas, nisso fica demonstrada a
Vontade do Absoluto de que a individualidade siga existindo como tal, pois Deus não
absorve o Ser. O Iluminado não desaparece, segue sendo o mesmo indivíduo, mesmo que
a experiência tenha afetado maravilhosamente sua psicologia e lhe tenha enriquecido
(sempre e quando o sujeito não distorce mentalmente a experiência nem se alimente com
a radiação de consciência recebida dos parasitas psicológicos).
O processo de Ascensão ao Reino Krístico, requer uma fusão momentânea da
alma, do astral, do corpo mental e do físico, para o qual o indivíduo se tem preparado ao
longo da sua existência a um Reino determinado (humano, no nosso caso), mas o
indivíduo tampouco desaparece, a menos que ele tenha passado a um Reino mais
glorioso. E assim, sucessivamente, o indivíduo recorre a Eternidade, sem nada nem
remotamente parecido ao tédio existencial que aparece na psicologia de quem desconhece
esta perspectiva. Não é possível escapar da existência fundindo-se ao Absoluto, mas se
escapa da imperfeição e da infelicidade do sofrimento, crescendo eternamente amparado
nas suas leis perfeitas. A aniquilação por involução, tampouco supõe uma fusão da
individualidade com o Absoluto, senão sua desintegração total voltando ao constituinte
básico (espírito) dos veículos de manifestação dessa individualidade, ao Oceano Cósmico
que é o corpo do Absoluto.
CAPÍTULO II
2. PRINCÍPIO VIDA
“Tudo que existe possui um princípio vital que determina sua construção ou
sua destruição, seu movimento ambiental e o movimento interno das partes que o
compõem. Tal Princípio está determinado pelo equilíbrio entre os elementos
materiais e a Vontade de um Ser de manifestar-se no mundo das formas”.
Pode-se dizer que “tudo tem vida” e que “a vida permeia tudo”. Desde o átomo
infinitamente pequeno como o infinitamente grande, o Princípio Vital está presente de tal
maneira que, enquanto se der as condições apropriadas, este começa a se manifestar em
virtude da Eterna Vontade criativa de Deus (e, portanto, das infinitas individualidades que
povoam seu Universo).
2e) SELEÇÃO: “A evolução orgânica e a evolução dos seres que fazem uso do
organismo material é possível graças a seleção que a natureza cumpre
inexoravelmente. Todo aquele indivíduo que não se adapta ao meio, perece. Toda
aquela espécie que se perverte em seus valores originais, desaparece. Toda espécie
que busca adaptação mediante a destruição do meio ambiente e outros seres,
produz sua própria involução até desaparecer”.
Isto é igualmente válido – e mais ainda – quando o número aumenta
desproporcionalmente (superpopulação). A superpopulação degenerada rompe seu próprio
equilíbrio ecológico, e com ela, todo o sistema. A nossa civilização é um claro exemplo
disso. As Leis de Mendel explicam muito dos mecanismos naturais da seleção, mas
basicamente os elementos são aqueles que podemos chamar “valores originais”: beleza,
harmonia, equilíbrio biopsíquico, saúde, força, etc. E no homem se somam inteligência,
poder, moral, grau de consciência, etc.
O homem atual tem perdido estes valores em grande medida. Se casa por dinheiro,
por atrativo sexual – estético - , por “conveniência” de classe; pinta quadros com manchas
que um bebê e até mesmo um símio poderia fazer, possuem esculturas deformadas ou
sem nenhuma mensagem; ainda o mais rico vive como miserável e se relaciona com eles,
se maravilham com pseudo-músicas que, em vez de facilitar sua elevação e recuperação
da evolução psico-espiritual, estimula suas paixões animais e distorce seu corpo
energético impedindo seu desenvolvimento astral e espiritual. Todos eles obedecem a um
plano demiúrgico que leva a humanidade à sua própria destruição. É cada vez mais
escrava de um sistema político, econômico e cultural, imposto por uns poucos, e segue
fazendo filhos da carne, sem importar-se com o mundo em que os joga... mas o fenômeno
de entropia – já irreversível – leva essa civilização ao seu inevitável fim. Só sobreviverão
os indivíduos cujo sangue (genético) não tenha sido adulterado de modo extremo, nem
debilitado mediante os remendos demiúrgicos que representam as vacinas e a medicina do
mercado. Esses “dissidentes” do sistema serão os que terão capacidade de sobreviver
como aqueles homens originais, dos quais descendem toda a humanidade. Ou ao menos
como os sobreviventes das anteriores civilizações (munitas, lemurianos e atlantes).
Os aborígenes de quase todas as raças e culturas, possuíam o sagrado e amoroso
costume de afogar na água (nunca queimar, asfixiar ou apunhalar) os filhos que nasciam
com defeitos graves. Não se tratava de crueldade ou brutalidade, de modo algum. Sabiam
que se essa criança crescesse, seria para sofrer uma vida miserável e se, se reproduzisse,
isso representaria um dano imenso às gerações seguintes. O mal se espalharia na espécie
e um dia todos poderiam ser afetados, e a espécie desapareceria. O afogar em água o
bebê, e não o matar de outro modo, se deve a que a morte por imersão é a menos cruel.
Após alguns segundos de desespero (que o bebê praticamente não sente porque se havia
acostumado ao meio líquido), sobrevêm um estado de paz muito profunda, porque o corpo
astral também é “água alquímica” e possui as qualidades magnéticas da água. Pela
mesma razão, uma pessoa que sofreu um grande trauma psicológico – como uma violação
– necessita banhar-se mais que nenhuma outra coisa, porque consegue uma limpeza
emocional, não só física. Os prejuízos derivados de valorizar a vida física mais que tudo,
se fazem defendidos por leis políticas, com o que se consegue mergulhar milhões de
pessoas em sua indignidade de uma vida em condições infernais, enquanto que o mesmo
sistema lhes brinda (e não de modo gratuito) desde as mais grosseiras formas de
aturdimento, até as mais refinadas e sobrepostas formas de evasão psicológica,
impedindo-os tomar consciência de sua real situação.
Retornando ao tema da seleção, cabe destacar que em nossa civilização seria
suficiente que os enfermos, alcoólatras ou indivíduos com qualquer defeito ou tendência
que possa estender-se geneticamente, seja educado para eliminar seu instinto reprodutor.
Não seria necessário nem sequer a castração, pois o Yoga tântrico lhe permitiria realizar-
se sexualmente sem nenhum problema para a sociedade. E no caso de indivíduos
defeituosos por causas genéticas, os irmãos deveriam seguir a mesma educação, já que
os genes embora recessivos neles, estão latentes e se manifestarão cedo ou tarde em
seus filhos, netos ou bisnetos.
Em uma sociedade realmente evolutiva, somente deveriam ter filhos aqueles
indivíduos cuja árvore genealógica não possuíssem problemas graves. Se os mais dotados
tem filhos, e os que não podem tê-los – por autoconsciência e espírito de responsabilidade
racial e grupal – tratam essas crianças com o amor que teriam por seus próprios filhos,
indubitavelmente que essa Seleção Natural melhoraria a espécie, se viveria infinitamente
melhor, se lhe liberaria a sociedade de encargos com indivíduos inúteis e desgraçados, e
não por ter este um sentido “utilitário”, mas que é bem claro que não se pode realizar-se
plenamente uma pessoa ou uma sociedade com alto índice de deficiências genéticas.
Aqueles planos políticos que modernamente tem considerado seriamente essa
questão, tem sido objeto de calúnias internacionais, guerras por instigação e até
massacres, já que os interesses econômicos (mais claramente falando, demiúrgicos) não
se interessam por ter povos saudáveis, mas sim grandes consumidores (compradores) de
medicamentos e aparatos. Muitos médicos e cientistas de todo tipo se aderem a este
arquétipo deformado do dinheiro e, consciente ou inconscientemente, rechaçam esse
conhecimento embora seja evidente em nossos dias, por que não imaginam outra forma de
vida que não seja a que lhes dê dinheiro, que ganham com as enfermidades mais do que
com a saúde.
Aos indivíduos, custa entender que o bem individual, a curto ou longo prazo,
somente pode estar assegurado pelo bem coletivo. E ao desconhecer ou negar o
fenômeno da reencarnação e seus mecanismos, não tomam consciência de que eles
mesmos serão, em outros corpos, vítimas de suas omissões ou ações contrárias às leis do
universo. Assim, em vez de compreender, evoluir ou transcender, a maioria dos humanos
padecem à involução, na infernal roda das reencarnações. Para sair dela existe um
caminho muito simples: aprender estas coisas e seguir a Doutrina Kristã que Jesus
reatualizou no conhecimento da humanidade mortal, e que no último milênio tem sido
extremamente distorcida.
No caso dos minerais, a Consciência dos cristais é apenas a necessária para sua
formação e a radiação de seus princípios energéticos. Nos vegetais, o nível de consciência
é superior, com capacidade de sentir e de responder aos sentimentos de outros seres;
muitos elementais vegetais (a alma da planta) são antropomorfos (de forma humana) e
possui um instinto emocional refinado. Sua matéria é magnética (na ordem magnética que
chamamos “astral”). Os animais atuais são um produto de manipulação genética feita
ancestralmente por humanos, restos involutivos de antiquíssimas civilizações e manuseios
genéticos dos Animais Primordiais em laboratórios de alta tecnologia, cuja existência tem
sido demonstrada por descobertas abundantes (polidos a nível molecular e dissolvidos em
pedra – em pirâmides - , peças de cristal de quartzo como o crânio de Lub-an Tun e muitos
outros).
Apesar da maior parte do Reino Animal que habita a superfície externa não ser
criação sua, a Natureza do Logos do Mundo emprega milhões de anos para arrumar os
desastres que os homens fizeram consigo mesmo e com o resto do orbe. De todo modo os
animais possuem um cérebro que lhes permite pensar, elaborar ideias e tomar decisões
dentro de um esquema instintivo limitado. Tem sentimentos, são sustentados pelo Princípio
Vital que tende a aperfeiçoar seu veículo. As atitudes dos lobos e de outros caninos
racialmente bastante puros, assim como alguns felinos, revelam uma psicologia “Egoica”,
tanto emocional como mental (aplicação da inteligência). Se pudessem falar ou escrever
diriam “Eu... uma coisa dessas”.
Eles têm evidentemente uma consciência que transcende o simples padrão
instintivo e o reflexo condicionado. Muitos homens têm menos consciência egoica que
estes animais, já que os egos psicológicos os despersonalizam a tal ponto que são
psicologicamente uma massa de desejos, vícios, ódios e temores. Acredito que por
reflexão intelectual, e não por autoconsciência.
Os minerais não cristalizados possuem vida a nível atômico e não existe uma
Consciência dirigente, mas um cristal já é um ser vivo, cujo ciclo vital é de milhões de anos
e seu nível de consciência é imperceptível para outros Reinos, mas existe.
O ser humano deve compreender que sua existência material, sua vida física, é a
Sustentação e veículo para alcançar estados superiores de consciência e existência, mas
eles devem respeitar as Leis Naturais. Os instintos primários ou “primitivos” nada tem que
ver com os impulsos degenerados e mal chamados “instintos” fornicários, gulosos e
malvados do homem moderno, nem com a poligamia (socialmente necessária em raros
casos), nem com a competição entre semelhantes. Aqueles que conseguem superar o
caminho da involução atual, recuperando os valores originais, poderão ascender a super-
homens e a planos de realização cada vez mais gloriosos onde o elemento de sustentação
se aperfeiçoa e sutiliza ou densifica a vontade. Esclarecemos que “primário” é o elemental,
“primordial” é o original (que na natureza é perfeito) e “primitivo” se chama ao que caiu em
involução, e está evoluindo novamente.
Os seres de cada Reino Natural utilizam matérias e energias produzidas por Reinos
Menores e Maiores. Por exemplo: o Reino Vegetal se nutre basicamente do Mineral, e dos
restos do seu próprio Reino. O Animal e o Homem formam seus corpos com matéria
produzida pelos Reinos Mineral, Vegetal e Animal. O Reino Krístico se forma com os
Homens que por própria vontade tem elevado sua matéria a essas oitavas vibrações
maiores, e com certas energias muito sutis do sol interno de cada planeta. Mas Todos os
Reinos recebem a matéria e a radiação dos Reinos Cósmicos. Mais exatamente do Logos
Criador do Planeta em que se desenvolvem. Assim mesmo e seguindo essa escala de
sustentação, os planetas recebem a matéria e a energia das estrelas que os originam.
CAPÍTULO III
3. PRINCÍPIO VERDADE
3b) RELATIVIDADE: “Toda verdade que não seja um Princípio Absoluto é uma
verdade relativa”.
Isto é assim porque só é absoluto o Onisciente (que sabe de tudo), o Onipotente
(pode tudo, porque tudo o que ocorre está dentro do Absoluto) e o Onipresente (porque o
Espírito e os Princípios do Absoluto estão em todo lugar, e sua Consciência é testemunha
de tudo). Em troca, para qualquer observador individual será impossível observar uma
verdade – por pequena que ela seja – em toda sua dimensão, assim como será impossível
observar todos seus efeitos e as infinitas relações deles com os infinitos efeitos de tantas
outras causas. Por sua vez, para um observador qualquer que não seja o Absoluto, é
impossível ver a cadeia infinita de sucessivos efeitos que são derivados dessa verdade
como em um efeito mesmo da cadeia. Ademais, toda verdade é só parte infinitesimal da
Verdade Única que é o Absoluto. As Leis Herméticas – inclusive esta que estamos
explicando – são Verdades Eternas e Imutáveis, como os Princípios; mas diferente desses,
não são absolutas porque podem ser superadas umas com outras, conquistando infinitos
efeitos sem que impliquem desequilíbrio do indivíduo. Quando se viola uma Lei Hermética
e se produz o mal, é porque se fez sem relação aos Princípios, falhando nesse plano
primeiramente. A violação, por exemplo, da Lei de Seleção, e a manipulação genética com
todas suas manchas, tem sido consequência de não respeitar o Princípio Amor na ordem
psíquica, o qual produz um desequilíbrio na Inteligência como Princípio manifestado no
indivíduo que começou a indisciplina. Uma parte da Inteligência serviu a uma Vontade sem
Amor. Assim temos que só os Oito Princípios – que na realidade formam um Todo -, são
Absolutos, mas de lá para baixo, inclusive as Leis Herméticas que o formam, são relativas.
3c) FINALIDADE: “Toda coisa existente, toda verdade criada tem uma causa,
portanto uma razão de ser; podemos dizer, uma intencionalidade positiva ou
negativa”.
A finalidade tem sido muitas vezes tratada em psicologia e filosofia como
“existencialismo”. O homem, que tem em diversos planos vibracionais uma existência real,
se questiona permanentemente a razão possível de sua existência, a intencionalidade de
seu Criador. O “conflito existencial” lhe cabe porque tem alguma consciência de que é um
Ser eterno e transcendente, mas não sabendo e não vendo esta gloriosa transcendência
refletida nas religiões e nas atividades da vida, sofre e teme a morte; mas deve
compreender que tudo que existe para a Glória do Absoluto, existe também para a Glória
de suas Manifestações Individuais, e que toda verdade positiva tem um efeito
transcendente, enquanto que toda verdade negativa se dissolve desde sua causa até seu
último efeito, por ação dos mecanismos de expansão e contração da matéria, com a qual
se apaga o áskasis em sua totalidade ao final de cada Ciclo Universal.
Só sobrevivem à “morte momentânea” de cada Plano Dimensional, os seres que
são Espiritualizados na Matéria, enquanto que desaparecem da memória cósmica os que
pretendem (ainda que conquistado parcialmente) materializar o Espírito. O primeiro é
uma atitude Divina ou Teúrgica (está de acordo com as Leis do Absoluto), enquanto que o
segundo, é uma atitude demiúrgica diabólica; e todo demiurgo ou seguidor de um
demiurgo deixa de existir como individualidade, por aniquilação ao final dos tempos de seu
Plano Universal (cabe mencionar que as Bolhas Cósmicas estão compostas por infinitos
Planos Universais ou “Dimensões” e tem outro tipo de ciclos menos relacionados a
expansão e contração da matéria, e mais relacionados às variações vibracionais em outras
ordens).
O Ser ou individualidade é um Espírito corporizado, manifestado em uma estrutura
material, a qual deve levar a estados cada vez mais superiores (espiritualizar a matéria),
acrescentando autenticamente sua própria Glória. Mas quando o veículo (físico, mental,
astral e Alma) se perverte e toma uma orientação inversa, se produz a involução, com que
o Espírito (o Ser em si), se difunde em seu veículo cada vez mais, crendo ser um corpo,
com todas as suas debilidades e limitações; e com ele perde cada vez maior quantidade
de seus atributos: Ser, Consciência e Vontade. Então é um espírito materializado. Está em
uma atitude oposta a Finalidade Divina, que é Evolução e Glória.
A Intencionalidade ou Finalidade do Criador Absoluto é a Felicidade, Perfeição e
Glória de suas infinitas Manifestações Individuais. É, portanto uma finalidade perfeita; é o
amor em sua mais Infinita e Gloriosa expressão. Quando o cientista, o sacerdote, o político
ou o homem comum entendem isso no profundo de sua mente e seus sentimentos, todas
as diferenças se fazem ninharias e os problemas humanos não conseguem tirar sua
felicidade. Se desenvolve mais consciência e paz interior para encarar os problemas com
maior força e vontade. Esta compreensão é fundamental para o indivíduo e para a
comunidade. Já não se pode seguir pedindo aos seres que amem a um Deus que não
entendem, e menos crer que Deus é uma caricatura representada de um tirano sádico e
enlouquecido do Jardim do Éden, criador de homens mortais.
Observe cada um, sua própria intencionalidade em cada sentimento,
pensamento, palavra e ato, e achará os defeitos psicológicos que tem que erradicar para
viver conforme as Leis de Deus, e para deixar que sua Divina Presença, e o Eu Divino
guiem a personalidade pelos Caminhos da Perfeição.
Indo a outro tema, digamos que na prática, conhecer a finalidade de cada coisa é
chegar-se a Perfeição. Vejamos um exemplo: Em muitas oportunidades, as grandes
bibliotecas – especialmente aquelas que contenham grandes tesouros intelectuais – foram
queimadas para impedir ao homem acessar aos conhecimentos aqui expostos. Também,
com a mesma finalidade, se faz hoje o contrário. Podemos dizer que se editam livros-lixo,
que envenenam psicologicamente aos povos. Sem contar as quantidades de novelas
patéticas, sem mensagens, sem coisas úteis ao leitor e que, no melhor dos casos, podem
entreter um pouco. Mas isto também é nocivo, porque os afastam mais ainda da realidade
que deveria lhes interessar. Um “bom livro” é aquele que, além de entreter, entusiasma,
deixa um conhecimento real e útil, e contribui para felicidade existencial ou espiritual.
Por sua parte, o leitor deve buscar a utilidade – que é a manifestação prática da Lei
de Finalidade – em todas as coisas. Não se trata de ser utilitarista no sentido egoísta, mas
num sentido muito amplo, que não o impede de ser solidário (pois o que é útil a alguém,
em algum momento, pode ser útil aos demais). Bem podia dizer-se que “tudo o que não é
útil positivamente é útil ao negativo e, portanto, é nocivo”, ou “tudo o que não serve,
estorva”. O importante é que a utilidade não seja egoísta, é dizer que o que seja útil para
um, não seja prejudicial para outros.
4. PRINCÍPIO INTELIGÊNCIA
CAPÍTULO V
5. PRINCÍPIO ESPÍRITO
5c) TOTALIDADE: “Não existe nada que não seja composto por espírito e de
espírito. Todas as modificações que este pode ter, estão comtempladas em suas
próprias Leis e em sua infinita capacidade de manifestação. O Universo Absoluto é
um Oceano Infinito de Espírito”.
Pode-se considerar que não é possível, sem Espírito, modalidade alguma de
existência. O Ser é um “centro” ou vórtice de Espírito Puro e “passivo” (a Divina
Presença), que se individualiza ao por em vibração uma determinada quantidade de
Espírito ativo ao seu redor, mediante ao qual se manifesta formando as Esferas de
Consciência, com as que influi no Oceano Cósmico, gerando com sua “água” (também
Espírito), as diversas modalidades de energia e matéria. Podemos dizer que a matéria não
é outra coisa que Espírito posto em vibração pelos diferentes Seres que, na escala
evolutiva Cósmica, povoam o Infinito.
PRINCÍPIO UNIDADE
6d) AFINIDADE: “Os Seres que são parecidos entre si, de modo instintivo,
intelectual ou intuitivo, buscam identificar-se por igualdade, por oposição ou por
combinação de ambas as condições”.
A Afinidade é uma espécie de Interação seletiva, tanto a nível da matéria como a
nível da consciência. Pode comparar-se com a Lei de Atração do Princípio Amor, porque
essa a molda profundamente, formando um complexo mecanismo de atrações em diversos
planos atômicos e vibracionais. A afinidade entre um homem e uma mulher, por exemplo,
está dada em fatores como “atração das massas atômicas do corpo emocional, interação
harmônica entre as vibrações odoríferas e sua percepção pela outra pessoa”, etc.... neste
caso, o acúmulo de fatores de afinidade é respaldado pela Lei da Geração.
A Lei de Afinidade permite uma grande quantidade de processos naturais,
relacionando desde os protozoários até o homem e de todos os seres entre si, já que rege
desde os mais densos até os mais sutis planos da matéria, e de igual modo quem respeita
os processos evolutivos da consciência. Por exemplo: um microrganismo que deseja
evoluir, possui uma inclinação de consciência igual a de um homem que deseja evoluir
também. Isso o faz contribuir com este homem em seu plano de atividade, assim como
esse homem contribui com outras hierarquias e com a célula planetária que habita.
Quando a tendência evolutiva se rompe, o homem adoece, porque se rompe a afinidade,
surgindo o antagonismo ou a neutralidade no plano emocional ou astral (Água alquímica
que define o caráter da intencionalidade). O microrganismo que o servia já não pode servi-
lo porque possui tendências opostas, mas em troca este homem se associa
vibracionalmente com microrganismos que tem tendência entrópica (involutiva), os quais
tende a destruir por superpopulação, etc.... o habitat que os contém. Assim, o homem
adoece de invasão (infecção) e morre junto com os vírus que o invadiu. Quando a
orientação do indivíduo é evolutiva, a afinidade é maior com quem o serve e a quem este
resulta útil (seja microrganismos ou outros seres humanos ou de outros Reinos),
produzindo as saudáveis simbioses harmônicas.
As polaridades afins (Princípio, lei de Polaridade) atuam construtiva ou
negativamente no mais denso da matéria e até no plano anímico.
CAPÍTULO VII
7. PRINCÍPIO DO PRINCÍPIO
7a) KARMA (Causa e Efeito): “Toda causa produz um efeito e todo efeito
provém de uma causa. Existe uma Causa Eterna Primordial em que toda a existência
se origina. A essa Causa Primeira chamamos DEUS; Dele emanam eternamente as
infinitas cadeias de causas e efeitos.”
Damos duas explicações diferentes para essa Lei que é tão necessária
compreender, posto que as más interpretações feitas a respeito, tem perturbado os
criadores de mistérios:
Esta Lei de Karma, para ser entendida corretamente, não pode separar-se da Lei de
Polaridade. A causa é fator positivo em si mesmo; o efeito é o oposto, podemos dizer:
negativo. (Não confundir com “bom” ou “mau”, porque o bem e o mal tem mais que ver
com a Lei de Evolução que com a de Polaridade). Por sua vez, o efeito se polariza como
positivo para converter-se em causa e assim sucessivamente.
Quando estudamos a Lei em sua ativação sobre a consciência, não devemos
descartar essa mecânica natural, porque cairíamos em confusões pueris das doutrinas
adulteradas. Existe como Karma, a dupla polaridade: as boas ações geram um Karma
Evolutivo (chamado “Positivo”), enquanto que as más geram um Karma Involutivo
(chamado “Negativo”). Devemos considerar que os efeitos só são percebidos por uma
Consciência, assim como as verdadeiras causas são promovidas por ela. Tomando em
conta essa simples verdade, compreenderemos que a polaridade da Vontade, - como
manifestação do Ser e da Consciência - e principalmente a intencionalidade emanada da
manifestação do Amor ou seu distorcido reflexo mundano, definirá o tipo de Karma. A
qualidade dessa Vontade, ou melhor, a proporção e qualidade de Amor que lidera, é o que
chamamos “Intencionalidade”.
A intenção pode ser boa ou má, segundo a linha escolhida pelo Ser, de acordo com
as inclinações de sua consciência. O livre-arbítrio reside na opção dentro de uma
dualidade: intenção construtiva ou destrutiva, amorosa ou odiosa, valente ou temerosa,
consciente e volitiva ou estúpida e indolente. Aqui temos também a Lei de Karma atuando
inevitavelmente, mas devemos utilizá-la inteligentemente: primeiro devemos meditar e
saber qual é a verdadeira intenção que nos move. Se é perfeita, construtiva e harmônica
com Deus (minimamente harmônica com nossa consciência interior), estaremos dispostos
a qualquer sacrifício para a conquista. Mas se não estamos dispostos a tudo pelo todo, é
porque a intenção é egoísta ou de escassa Vontade, ou não representa nosso ideal.
A atitude pensada neste caso, pode não corresponder a nosso desejo interno (o
desejo da Alma segundo a orientação evolutiva ou involutiva) em um momento dado.
Sempre que emitimos um sentimento, um pensamento, uma palavra ou um ato, estamos
gerando causas, as que inexoravelmente produzirão seus efeitos, e os primeiros efeitos se
produzirão em nós mesmos como produtores dessas causas.
Na economia “ou matemática da consciência”, o efeito sempre é duplo:
a) Efeito sobre os corpos de manifestação, (humanos, vegetais, o mundo
todo) por variação vibratória. Inclusive o próprio corpo é o primeiro a ser afetado
analogamente pelos sentimentos e pensamentos que produzimos.
b) Efeito “boomerang”, por reação de outras Consciências, que
respondem harmonicamente às nossas atitudes harmônicas (generosas, amistosas,
compreensivas, etc.), e desarmonicamente às nossas atitudes desarmônicas
(daninhas, maledicentes, etc.).
Se estudarmos bem uma sucessão de causas e efeitos, veremos que se o
causante emite um ato bom (de orientação evolutiva), gerará uma série alternada de
causa-efeito, que logo concluirá um ciclo de longitude variável, em um efeito sobre
si mesmo, do mesmo signo. Se atua bem, recebe bem; se atua mal, recebe
indefectivelmente mal. E quanto mais tempo passar até receber esse efeito, mais
mal ou mais bênçãos receberá, pois há uma inércia acumulativa nos mentalismos.
Com essa usura especula o demiurgo para ter-nos presos aos mortais. Nos faz
promover causas com efeitos “a longo prazo”, como a violação ao instinto racial,
cujos efeitos não são muito visíveis até se passar muitos anos ou várias gerações.
Os aparentes efeitos destrutivos de uma intenção construtiva, quase nunca
poderão ser conhecidos de antemão pelo Homem comum, enquanto que um
discípulo pode vislumbrar o fenômeno, e o Adepto* considerará estes fatores dentro
da planificação de sua obra (sempre de acordo com o Plano da Hierarquia do
Logos).
[*O Adepto tem consciência Krística e está perto de ascender; o
discípulo já é um Homem Livre e aspira a ser imortal. O homem comum ainda
não sabe que pode fazer-se imortal.]
O manejo das polaridades (tomando parametricamente como negativo, o
destrutivo e positivo, o construtivo) requer então – como passo fundamental – a
sinceridade ao analisar a própria intenção, afim de dar à causa uma polaridade
totalmente positiva. De acordo com os conhecimentos que temos recebido e que
tenham achado seu reflexo na Alma, se atuará com maior ou menor inteligência;
mas se o primeiro passo é correto, os efeitos serão seguramente construtivos no
balanço, apesar do sofrimento causado pela falta na inteligência aplicada.
A chave mágica para gerar com exatidão cada vez mais Karma Evolutivo ou
“positivo” é assim: “A Inteligência, o Poder e o Amor, devem estar em equilíbrio,
tendo como parâmetro o fator que sentimos mais elevado dentre eles. Se
compensarão as proporções faltantes mediante a meditação necessária. Quando os
três fatores coincidem, temos a “Santíssima Trindade”: Ser – Consciência –
Vontade, cujo equilíbrio é Perfeição, Ser é Amor, Consciência é Inteligência Divina,
e Vontade é Poder de Deus”.
O que fazemos com profundo Amor a Deus Absoluto e, portanto, a Todos os
Seres, com toda a inteligência possível e aplicando todo o poder que temos, sempre
resultará em um benefício, em um mérito. O mal não é outra coisa que o
desequilíbrio. O Karma negativo se produz pela falta de Amor. Eles fazem com que
o Poder e a Inteligência Divina sejam utilizados para satisfazer um amor pequeno,
individualizado (um amor próprio ou ególatra). Este é o pior dos males.
Também se produz um mal (embora o menor) quando o Amor e a
Inteligência não têm Poder para manifestar-se; e por último, o mal intermediário se
produz quando falta a inteligência. Ali o Amor se manifesta com Poder, sem o
controle adequado, e pode haver desastres. Por isso é que não basta “boa
intenção”, pois se gera Karma negativo por estupidez, por ignorância ou por
desinteligência.
Esclarecemos agora o assunto do Dharma, sobre o que tanto se tem
especulado, confundindo-o muitas vezes com o Karma positivo. Em parte, é “Karma
já cobrado”, pois é a experiência acumulada na Alma. Também o Dharma pode ser
Evolutivo (positivo), quase sempre a mercê da Esfera de Consciência de
Transmutação, que permite que as más experiências sejam proveitosas; ou pode
ser Involutivo (negativo), quando a orientação faz com que a involução seja tal que a
consciência vai desaparecendo, ou são tantas vezes reiteradas a maldade que “a
alma se apodrece”. A Alma também é mente, embora em um grau superior, e se só
acumulamos más experiências e as aceitamos como realidades totais, o balanço
termina sendo negativo. Por isso não há que resignar-se ao mal nem ao sofrimento.
Tem que sair do inferno interno como do externo. A atmosfera natural da Alma é a
felicidade, e se aceitarmos permanecer no sofrimento, na tortura, na humilhação, na
pobreza e na ignorância, cairemos na loucura em que o demiurgo quer nos levar.
Ninguém pode dizer a outro que lhe faltam tantas ou quantas encarnações, pois um
só e maravilhoso instante de iluminação é o que necessitamos para renegar
definitivamente as falsidades deste mundo extrapolado.
O Karma que cada um tem é o que lhe impede despertar, mas a Vontade de
Ver, Conhecer, Saber e Atuar conforme a Verdade, pode fazer do mais demônio
escravo, um Homem Livre para sempre, no instante em que decida sê-lo. Basta
uma encarnação – a presente – para que o homem geneticamente completo (ainda
com muitos defeitos) faça sua Ascensão a Kristos, ou ao menos fique em condições
de encarnar no Paraíso Terrestre.
Toda causa produz inevitavelmente um efeito e vice-versa, e não é possível
que exista um efeito sem causa, nem que uma causa não tenha efeito. A causa é
ação e o efeito é reação. Por sua vez, a reação é causa de outro efeito e esse efeito
é causa de outro, e assim infinitamente. A Vontade da Consciência pode levar essa
sucessão de causas e efeitos de forma evolutiva ou involutiva. O Ego produtor de
causas pode ascender ou descender, segundo seja a polaridade (construtiva ou
destrutiva) das causas que promove.
O Karma não é uma “vingança divina” como fazem parecer as religiões
patrocinadas pelos arquétipos demiúrgicos. O Karma é uma Lei Mecânica Perfeita
que impede que o causante da destruição possa destruir o Universo, já que quem
gera causas negativas ou destrutivas recebe inexoravelmente sobre seus veículos
de manifestação (corpo e alma), os efeitos do mesmo signo.
A individualidade manifestada (infra-humana, humana ou supra-humana) é
um Ego (SER, CONSCIÊNCIA E VONTADE), e é um centro de influência no mundo
em que se manifesta. Gera causas com o sentimento, pensamento, palavra e ato.
Tem livre-arbítrio para gerar causas, mas os efeitos são sempre análogos a essas
causas e a chave causal é a INTENCIONALIDADE, não a aparência material.
Por exemplo: um Guerreiro defende sua Dignidade ou a dos fracos, embora
para isso tenha que ferir ou matar. Se sua intenção fundamental é o Amor e a
Justiça, e atua com a Vontade e a Inteligência proporcionais, criará um Karma
positivo para si mesmo, o que ajudará o seu próprio Ser a alcançar a Glória do
estado de consciência seguinte. Mas se sua intenção é de domínio, subjugação e
escravidão de outros, gerará um Karma negativo composto pelas vibrações de ódio
de si mesmo e as dos pensamentos e sentimentos de todas as suas vítimas.
O Humano deve vencer o Karma que ele mesmo gerou, e a única maneira de
fazer isso é elevando seu nível vibratório, sua compreensão; limpando seus veículos
(corpos mental, emocional e físico), e sobretudo evitando continuar com o Pecado
Original, que é trazer filhos ao mundo, a menos que honestamente observe que seja
apto para procriar filhos com perspectivas genéticas superiores a ele mesmo (além
das condições adequadas para cria-los felizes e sadios). Para isso deve assegurar-
se a mesma pureza racial e sanidade genética de seu par. Só com essa
responsabilidade na mentalidade da humanidade é que poderá liberar-se do Karma
da mortalidade. Assim sendo, o Karma individual exerce, em particular, a força
suficiente para que o indivíduo escape ao Karma negativo grupal.
A única forma de escapar do Karma na superfície externa do Planeta Terra é
declarando-se “em falência financeira espiritual”, evitando contrair dívidas kármicas
negativas, como filhos de carne imperfeita quando se tem manchas genéticas,
sentimentos retorcidos de ódio, ganância, etc., que impedem fazer a Ascensão ao
Kristos, que é o Corpo Virtual de Perfeição que cada um tem em sua genética
mental.
Esse “Corpus Cristi” deve ser completo, levando toda energia componente do
corpo físico VIVO, do corpo mental VIVO e do corpo astral ou emocional VIVO, ao
plano de Equilíbrio Vibratório Perfeito ou “Quinto Céu”, onde se acham as mais
elevadas vibrações da matéria magnética perceptível para os Seres desta Bolha
Universal.
7e) RITMO: “Toda coisa, fenômeno ou efeito tem seu fluxo e refluxo, seu
ascenso e descenso, um ir e um vir, um movimento oscilante, uma alternância
constante entre os fatores da polaridade e do gênero, assim como uma oscilação
entre as causas e os efeitos, havendo uma manifestação e uma não manifestação
periódica. Tudo tem uma variação sob ciclos que podem ser percebidos e
antecipados. Só a Consciência Divina pode colocar-se por sobre essa Lei, depois de
superar a si mesma a dualidade do positivo e do negativo”.
Se entende como Consciência Divina, uma Consciência que pode ser humana,
com a condição de que esteja orientada pelo superior, ocupando seu aspecto Vontade em
elevar a vibração de seus veículos.
Em respeito a Lei em si, o Ritmo pode ver-se em todas as coisas: a maré, os ventos,
as estações, o dia e a noite, etc... Um Ser Humano não pode evitar que existam esses
ritmos, mas pode colocar-se sobre seus efeitos mediante sua Inteligência e sua Vontade.
Mas, no que diz respeito a seus próprios veículos de manifestação no mundo – que são
seus corpos físico, mental e emocional – ele pode colocá-los por sobre seus próprios
ritmos na medida em que a vibração seja inteligentemente aumentada. A vibração se
aumenta ao pensar com amor em vez de ódio; com dignidade em vez de submissão; com
alegria em vez de tristeza; com generosidade em vez de egoísmo.
O início de um ritmo se chama “impulso” e este tem as características que
determinarão uma “inércia rítmica”, sendo necessária uma vontade tão poderosa como a
que produziu o ritmo, para inverter sua polaridade, para modificá-lo ou para detê-lo (detê-lo
definitivamente implica a morte da manifestação). O batimento cardíaco é um impulso
biológico. No início de uma ideia, a intencionalidade define boa parte do impulso na qual é
gerada materialmente com o primeiro movimento físico.
Quando uma pessoa observa que seus períodos são de bonança e de sofrimento
alternados, deve dar-se conta que se elevar a vibração de seus pensamentos, e eliminar
as emoções inferiores para colocar em seu lugar sentimentos verdadeiros (Esferas de
Consciência), se colocará por cima dos ritmos. Os sucessos não o afetarão tanto e ele
mesmo terminará produzindo ritmos melhores para si e para seu entorno.
Na ordem Cósmica, cada Plano Universal ou Dimensão tem um ritmo de expansão
e contração que varia segundo a quantidade de matéria que o constitui. Dado que um
mesmo Plano Universal está constituído por átomos de dimensões não muito diferentes, os
ritmos dos conjuntos de corpos siderais (Galáxias, Aglomerados e Superaglomerados) são
aproximadamente proporcionais. Um conjunto de Superaglomerados Galácticos está
nucleado por um “atractor” que é o centro de uma parte muito pequena de um Plano
Universal. Chame-se a esta “parte” Globo Galáctico (é constituído por uns quantos
trilhões de galáxias). Cada Globo Galáctico se expande e se contrai corrigindo a mesma
atividade dos demais Globos. Nosso Globo tem ciclos de uns quatro bilhões de anos (entre
um Big Ban e outro), mas o Plano Universal em si, possui ciclos que excedem o manejo
numérico da mente humana, porque ali, temos que calcular a relação entre a contração e
expansão da matéria de todos os Globos Galácticos, a quantidade de ciclos que pode
repetir-se em cada um, e a quantidade de Globos Galácticos que formam este Plano. E,
assim, apenas teríamos algum vislumbre da duração do ciclo deste Plano Universal. A esta
abismal grandiosidade temos que agregar a relação entre as diferentes dimensões
atômicas, infra-atômicas e extra globulares, para ter uma noção do que é um Universo em
Particular.
Se existe alguma utilidade para nós sondarmos os abismos, é puramente espiritual,
já que isso nos permite compreender – ou infinitesimalmente vislumbrar – a Imensidade de
Deus Absoluto e compreender que todo deus que possa individualizar-se, não é muito
mais que nós mesmos. Aqueles deuses que ajudaram aos homens mortais várias vezes
(inimigos todos do demiurgo) o fizeram para que sigamos, como eles, o caminho da
Evolução. Porque em nosso infinitesimal ponto de existência, – tão infinitesimal como a
mais excelsa individualidade imaginável – somos Herdeiros da Perfeição do Absoluto.
Podemos conhecer os Princípios que regem o infinito porque regem nossa própria Vida e
todos os aspectos de nossa existência. Esses Princípios Eternos são nossa própria
essência. Se buscarmos compreender e ficarmos atentos às Leis da Criação, nossos
ritmos Álmicos, mentais e psíquicos serão elevados por efeito da elevação vibracional. E
só isso pode produzir infinita felicidade, embora vosso intelecto não o entenda no princípio.
A prática da Doutrina e da meditação fazem que o intelecto – cedo ou tarde e sem apuros
– entenda estas coisas e as aproveite com a maior satisfação possível (ver página
seguinte).
7f) MENTALISMO: “Tudo que existe é mental antes de ser manifestado. Tudo é
primeiramente uma ideia”.
A Criação Universal é um eterno pensamento na mente do Absoluto (mas não uma
“ilusão”), é o Pensamento Perfeito. Tudo que existe nesta Criação por Vontade de uma
individualidade (infra-humana, humana ou supra-humana) é primeiro uma ideia. Cada
individualidade é co-criadora com o Absoluto, participando de Sua Mente Universal, de
acordo com seus atributos (Amor, Inteligência e Poder).
Não é possível que exista algo que não tenha sido primeiramente imaginado,
visualizado por uma mente individual, assim como não é possível a existência do Universo
sem um Criador Absoluto.
Os Princípios Metafísicos, Leis Herméticas e seus derivados – Leis biológicas,
matemáticas, físicas, alquímicas e químicas – são Criação Universal do Absoluto, mas as
formas de vida de cada Bolha Cósmica e de cada Plano Universal são criações dos Logos
Planetários, Solares, Galácticos, etc...
Em um plano muito mundano, digamos que o homem não pode fazer um móvel,
uma casa, um vestido, nem coisa alguma sem primeiro imaginá-lo. Em seu campo de ação
mental, o homem cria, mas não pode criar as Leis aqui expostas. Pode tentar violá-las e
jogar com a genética para fazer outros homens que inevitavelmente serão inferiores a ele.
Pode modificar o que fez e se for harmônico com o Logos, criará coisas magníficas; mas
não pode criar uma nova espécie de seres sem cometer enganos que o Logos Planetário
deve corrigir depois. Pode o homem manejar o átomo e se destruir a si mesmo se sua
intenção é destruí-lo; mas não pode inventar nem modificar as Leis da Genética nem as
Leis Físicas, que dependem das Leis Herméticas e dos Princípios Vida e Amor
respectivamente.
O Logos Planetário não é criador dessas Leis, mas as aplica para criar, irradiando
magneticamente os Princípios Ativos da Vontade Divina. São as chamadas CHAMAS
METAFÍSICAS, que são OITO e se correspondem com os Princípios a saber:
PRINCÍPIO AMOR >>>>>>>>>>>>>> CHAMA ROSA OU ROXA
PRINCÍPIO INTELIGÊNCIA >>>>>>>> CHAMA AMARELA OU DOURADA
PRINCÍPIO PRINCÍPIO >>>>>>>>>>> CHAMA AZUL
PRINCÍPIO VERDADE >>>>>>>>>>> CHAMA BRANCA
PRINCÍPIO VIDA >>>>>>>>>>>>>>>> CHAMA VERDE
PRINCÍPIO ESPÍRITO >>>>>>>>>>>> CHAMA ALARANJADA OU ACOBREADA
PRINCÍPIO UNIDADE >>>>>>>>>>>> CHAMA VIOLETA
PRINCÍPIO ETERNIDADE >>>>>>>>>> CHAMA NEGRA OU INCOLOR
Cada Chama é um impulso da Vontade do Ser, que se manifesta em sua esfera
mental superior ou Manas, formando as denominadas “Esferas de Consciência da Alma”, e
estas são:
CHAMA BRANCA >>>>>>>>>> VERDADE, PUREZA, EQUILÍBRIO E PERFEIÇÃO
CHAMA AMARELA >>>>>>>>>>> CONSCIÊNCIA, INTELIGÊNCIA E SABEDORIA
CHAMA ALARANJADA >>>>>>>>>>>> PROVISÃO, RIQUEZA E ABUNDÂNCIA
CHAMA ROXA >>>>>>>>>>>>>>>>>> AMOR E LEALDADE
CHAMA VIOLETA >>>>>>>>>>>>>>>>> TRANSMUTAÇÃO E PERDÃO
CHAMA VERDE >>>>>>>>>>>>>>>>>>> VIDA E SAÚDE
CHAMA AZUL >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> PODER, DIGNIDADE E LIBERDADE
CHAMA NEGRA >>>>>>>>>>>>>>>> IMORTALIDADE
Cada Alma tem em si mesmo todos os atributos da Mente Divina, e pela aplicação
destes Princípios Ativos pode libertar-se da triste condição de escravo do demiurgo, e
alcançar assim a imortalidade que lhe corresponde por Herança Divina. Mas não é
possível compatibilizar o Poder Divino com a debilidade, a imortalidade com a resignação,
a doença com o medo da morte; não é possível crer em um Deus bondoso e amoroso que
impõe a seus filhos sofrimento, humilhação, escravidão e temor... Se adoecemos e
morremos não é por culpa do Deus Criador do Universo, mas por causa desse Homem
malvado e impostor que dá mandamentos perversos e faz com que suas criaturas lhes
supliquem, lhe temam e lhe adorem servilmente.
A aplicação destas Chamas consiste na meditação profunda em cada uma destas
Esferas de Consciência, e a visualização das cores correspondentes na mais bela
expressão possível, para tomar consciência de que cada humano contém em si mesmo
todos os Atributos Divinos, mas que devem aflorar em perfeito equilíbrio e com a
polaridade correta POR ESFORÇO DE CADA UM E SEM ESPERAR DE UM DEUS
EXTERNO, POSTO QUE CADA SER HUMANO É UMA PARTÍCULA DE DEUS
ADORMECIDA, QUE DEVE DESPERTAR. Como se disse anteriormente, não deve
intentar-se nisto sem primeiramente eliminar os Eus psicológicos ou “defeitos da
personalidade”.
Cada indivíduo é feito “a sua imagem e semelhança”, mas imagem e semelhança se
perdem em contradição da consciência. Não pode se parecer a Deus nem chegar a Ele
uma pessoa que, em vez de Verdade, Pureza, Equilíbrio e Perfeição, vive na mentira, na
sociedade (interna e externa), no desequilíbrio (de qualquer tipo) e se desculpe com um “...
bom... ninguém é perfeito”. Não pode aproximar-se de Deus quem, em vez de Inteligência
e Sabedoria, trabalhe com estupidez e por impulso inconsciente quando, até os animais,
geralmente fazem demonstrações de “sentido comum”.
Não pode ir até Deus, quem aceite a pobreza e não lute com toda sua força para
alcançar a segurança e liberdade material, assim como não pode chegar-se a Deus o que
vive na opulência à custa da pobreza alheia ou na cobiça e na avareza. Os “pobres de
Espírito” não são nem serão bem-aventurados – embora o digam assim as Bíblias
adulteradas – mas que passarão toda classe de desgraças, vivendo no mesmíssimo
inferno que se produzem mentalmente. O que é merecido, por confiar mais nas
adulteradas escrituras dos homens, que em seu próprio sentido comum e na Consciência
Divina que cada um tem.
Não vai até Deus quem, em vez de atuar por Amor, é movido pelo ódio, nem quem
em vez de transmutar ou perdoar, cristaliza rancores que “apodrecem seu coração”
(destroem seu próprio sistema mental). Não é possível alcançar a Consciência Divina
quando se aceita a enfermidade como uma benção e a morte como uma necessidade. Se
bem que não temos que temer a morte nem se apegar a vida física, devemos aprender,
meditar e fazer o que corresponda, nos preparando mentalmente para alcançar a Vida
Eterna.
Tampouco vai até Deus quem aceita com resignação a debilidade e a usa como
desculpa para não fazer o que deve, sendo que a Consciência que é Inteligência Divina,
está composta também por Vontade, que é Poder Divino. A falta de equilíbrio nestes
elementos constituintes do Ego (que é reflexo do Eu Divino) gera todo mal. A falta de
Vontade se deve a indolência, a comodidade e a preguiça. E permanecer na escravidão é
o Karma do indolente. Por sua indolência, seu medo e sua aceitação de tais condições, se
faz cúmplice do demiurgo. O ESCRAVO É SEMPRE CÚMPLICE DO ESCRAVAGISTA.
Não é possível chegar a Deus sem alcançar o conceito mental de Eternidade.
Quando o Ser medita o suficiente e a mente compreende, se dá conta que o Eu Divino é
imortal, eterno e que é UM MESMO. Mas deve aceitá-lo assim e trabalhar em
consequência, sem medo a deus nenhum, nem ao diabo, nem a ninguém. Deus não quer
vosso medo porque Ele é Absoluto e Perfeito; o demiurgo sim quer vosso medo porque é
assim como os domina. Assim é que o medo é uma das maiores debilidades. É oposto a
Vontade, ao Poder e a Liberdade. Também “se teme o que se odeia e se odeia o que se
teme”. O Deus Absoluto do qual cada Eu Divino individual somos um reflexo, merece um
profundo RESPEITO, que é Amor e Veneração, mas de nenhum modo temor e
servilidade. E esse Respeito se pratica dando-o a todos os Seres e coisas, reconhecendo
a Divindade até no inimigo, embora deva combater-se sua manifestação, se é demiúrgica.
Por isso quando Jesus dizia “Amai até vosso inimigo”, não dizia que não se devia ter
inimigo, nem que não o combateria, mas que é necessário amá-lo, posto que também luta
pela sua libertação.
O Homem deve manejar corretamente esses conhecimentos para poder, assim,
gerar mentalismos adequados à sua necessidade atual e retornar ao estado de
Consciência Divina; mas deve estar preparado para empunhar uma espada, em vez de
juntar as mãos em atitude suplicante. A súplica é humilhante e a promove, o escravagista.
As mãos juntas como para deixar-se colocar correntes ou algemas, são um arquétipo de
rendição e submissão; de escravidão ante um Deus malvado. O Verdadeiro Deus só aceita
de seus Filhos o Respeito e o Amor. A misericórdia cabe para a individualidade, que se
identifica compassivamente com a miséria do outro. Mas um sentimento mais elevado
ainda é a Magnanimidade. O Deus Verdadeiro é Absoluto, não humilha e nem é sádico. É
amoroso e magnânimo; assim, não quer filhos humilhados e escravos, mas Dignos,
Livres e Soberbos (mas não tolamente vaidosos, não com soberba psicológica). Vós, Pais
carnais, permitis que vossos filhos se humilhem ante vós e os temam? Gostarias de que
eles os suplicassem com sofrimento antes de dar-lhes de comer? Os faríeis crucificar para
permitir-lhes crescer?
Saber que TUDO É MENTAL antes de ser matéria, e que tudo tem motivação
emocional – que é Vontade mental – é fundamental para escapar da influência demiúrgica,
contrapondo os arquétipos (moldes mentais) adequados. As Ginásticas Rúnicas, o
conhecimento e as Chamas Metafísicas, a Magia Sexual Kristã e o sentido comum, são
as armas para destruir todos os mentalismos que cada um tem criado respondendo a
arquétipos macabros de domínio e escravidão nesta e em anteriores encarnações.
Se vos mentalizais suplicantes, temerosos e culpados, sereis cada vez mais
indignos, covardes e pobres; se vos mentalizais ricos, dignos, bondosos, livres, valentes e
generosos, virá a vós toda a benção natural. Se vos mentalizais imortais, gloriosos, dignos
filhos de um Deus de Perfeição, e trabalhares como tais, alcançareis a Vida Eterna embora
morra vosso corpo atual. Já vos disse o Grande Guerreiro Essênio: “Batei e se abrirá, pedir
e se o dará”. A atitude de pedir dignamente provê, mas a atitude suplicante é para a Lei de
Mentalismo como dizer a Deus: “Considera-me indigno”, e o indigno não é merecedor.
Recordando: vossos sentimentos e pensamentos, palavras e atos determinam
vossa vida presente e futura. Na medida que os dominais e os purificais, vossa vida mortal
e mundana mudará e se orientará em direção à Vida Eterna. Não é necessário nem
conveniente colocar-se prazos, mas não há que mentalizar que isso “está demasiado longe
de mim”. Pois embora a mudança de orientação implicará alguns sofrimentos e grandes
esforços, como quando é arrastado por um rio em direção a mortal catarata, o esforço fará
a diferença entre evolução ou involução. Quem se deixa arrastar, cedo ou tarde sofrerá
mais que aquele que se esforce por seguir o rio da vida em direção a Deus.
Não verás tão longe a praia da Perfeição do Oceano Divino, porque a Felicidade
verdadeira está perto para o que decide orientar-se em direção ao espiritual. Não é
necessário nem conveniente tornar-se místico, e muito menos fanatizar-se. Iniciar a
depuração psicológica com valentia e determinação – que como já dissemos é muito mais
importante que entender a Mecânica Universal – é o passo mais importante. Quando reler
essa Tábula com menos carga emocional, a confusão emergente da primeira leitura irá
desaparecendo, e o intelecto fará seu maravilhoso trabalho com menos esforço. O
Mentalismo de cada um funciona determinando nossas próprias vidas muito mais que
todas as influências externas, de modo que se vamos nos harmonizando emocionalmente
com a Natureza Divina, as mesmas forças universais que antes eram obstáculos e nos
confundiam, serão nossas invencíveis aliadas; e será cada vez mais fácil entendê-las e
aplicá-las.
CAPÍTULO VIII
8. PRINCÍPIO ETERNIDADE
Trataremos de expressar essas Leis do infinito com as dificuldades de nossa
limitada linguagem humana, superável unicamente mediante a profunda meditação de
cada um.
“A Eternidade é o único ABSOLUTAMENTE REAL, e se manifesta através
deste conjunto de Leis. Tudo o que não é eterno, é como uma ilusão – real, mas
relativa – na mente de Deus; o Universo é uma criação mental do Absoluto e Nele
tem lugar todas as coisas. “O grau de realidade” de uma existência, depende do
grau de Consciência que contenha”.
Por exemplo: a Alma do homem é mais real que o seu corpo; seu corpo Krístico é
mais real que a Alma, e sua Divina Presença é o único Absolutamente Real; seu Eu
Humano ou EGO é seu Ser potencial e relativamente Imortal e Eterno (já que para
conservar-se Eterno, deve manter-se orientado evolutivamente). Com o corpo físico vive
uns anos, embora que a Alma dure tantas encarnações quanto necessite para ascender ao
estado Krístico ou até que seja aniquilada pela involução. No centro da Terra ou “o Paraíso
Terrestre” se encarna uma só vez como humano, para ascender, em vez de morrer. (A
morte ritual representa a Ascenção, não a lamentável morte biológica dos seres da
superfície externa da Terra).
O corpo Krístico dura eras (mais que o presente Universo material), mas o Eu Divino
é Infinito e Eterno porque é parte infinitesimal – mas unida – do Absoluto. Este Eu Divino
não pode ser aniquilado, mas depois da involução total do seu veículo, se funde com o
Absoluto até que transcorra todo o ciclo de seu Plano Universal (uns quatro bilhões de
anos para o nosso) *Bilhão castelhano, ou seja, milhões de milhões.
8b) VONTADE: “Existe um Único Ser Absoluto, uma única Vontade Absoluta.
Cada Ser individual manifesta uma porção infinitesimal de Vontade, de acordo com a
medida de sua Consciência”.
Para dar um exemplo didático, digamos que um Iniciado com alto grau de
consciência terá sempre uma maior vontade que aquele que dá seus primeiros passos no
caminho Espiritual, porque SABE, CONHECE e COMPREENDE o valor de sua tarefa, de
seus exercícios e de suas obrigações ou responsabilidades. Do mesmo modo, o homem
mundano que obedece a desejos materialistas, na medida de seus desejos, aplicará sua
Vontade. A diferença entre ambas as linhas (o Iniciado e o mundano), consiste em que o
Iniciado será capaz de enfrentar todo sacrifício, a pobreza, a dor; vencerá em seu caminho
aos monstros internos (agregados psicológicos) e as harpias externas (carnais, astrais,
etc.) que muitas vezes tentarão fazê-lo cair nas tentações viciosas e involutivas; o Iniciado
será capaz de remontar a corrente que arrasta o resto da Humanidade e se fosse
necessário se enfrentaria só, na luta para libertar o Mundo, por seus ideais ou por fazer
despertar nem que seja uma só Alma de seu sonho mundano.
Por outro lado, o mundano não é capaz de sustentar um combate, nem sequer para
defender sua própria dignidade ou sua liberdade. Só busca comodidade, porque não
possui vontade para o sacrifício, dado que carece de consciência das responsabilidades
para consigo mesmo. A tenacidade dos escravagistas não deve confundir-se com a
Vontade, porque em tal caso a Vontade deste Ser está sendo usada por um Eu psicológico
(o “Eu escravagista”). Tampouco deve confundir-se a Vontade com a força robótica dos
que seguem arquétipos mentais sob pressão de cobiça ou de medo. Muitas pessoas que
entenderam o desenvolvimento da presente civilização e suas desastrosas consequências
individuais e coletivas, permanecem indolentes ou em aparente indiferença a respeito, sem
fazer nada por elas mesmas, e menos ainda por seus semelhantes; porque como precisam
de conscientização clara do assunto, não podem aplicar a devida Vontade. Se bem que os
obstáculos principais são os apegos emocionais e as dependências psicológicas ao
material, isto desaparece na medida que a pessoa “toma consciência” da realidade, porque
isso implica um despertar da Vontade interna, verdadeira. Esta não deve confundir-se com
essa força robótica do empregado que vai com relutância a seu trabalho que detesta,
fazendo um esforço titânico que nunca alcança, que lhe aflige, e que destrói sua dignidade.
A verdadeira Vontade não é um sacrifício psicológico nem um pesar, nem um
tormento para a personalidade, mas é uma força desenvolvida, um ímpeto que supera a
personalidade e a todos os componentes do ser humano, sacrificando tudo o que seja
necessário aos seus interesses, porque está mobilizada pela Força Cósmica que é o
Amor. A Vontade do empregado com desgosto é uma atitude mal forçada e sempre
negativa; nunca se acompanha do poder criativo e da emoção alegre do que faz bárbaros
esforços em busca de uma realização de Vontade consciente. O pai e o esposo que faz
um trabalho que não lhe corresponde vocacionalmente, mas o faz por amor a sua família,
pode não sentir o peso de suas tarefas porque a motivação não será a criativa experiência
da atividade que gosta, mas o amor familiar o motiva de igual modo. Mas se aplicasse
mais inteligência à sua amorosa vontade, talvez obteria mais satisfação vocacional e
realização. O manejo correto da Vontade em nossa degradada civilização, só pode
alcançar-se equilibrando-a com grande Amor e Inteligência; porque nossa vontade
individual é utilizada pelo escravagista contra nós próprios e em seu exclusivo benefício
material.
O Absoluto cria tudo mercê a sua Infinita Vontade e em tudo se manifesta com uma
alegria sem par, porque em sua incessante atividade não há imperfeição, não há desgosto,
não faz nada contra sua própria Vontade Perfeita. O homem que atua por Vontade de seu
Divino Ser Interno compartilha com o Absoluto essa alegria inefável que busca no Mundo
sem achar, e que chamamos FELICIDADE.
FIM
* * *
Tábula Máxima Hiperbórea
Votivum Hermeticum
Digitalizador: Ramiro Granada & Los Caballeros de la Biblia Negra
01/01/03
Traduzido por Antonia Rodrigues da Silva e Cíntia Rodrigues da Silva
17/04/19