Menezesetal 2003 CatlogoPeixesMarinhos Brasil PDF
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Brasília – DF
2017
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde
Classificação de Risco
dos Agentes Biológicos
3ª edição
Brasília – DF
2017
2006 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons –
Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional. É permitida a
reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual
em Saúde do Ministério da Saúde: <www.saude.gov.br/bvs>.
Editoração:
Eliana Carlan (Decit/SCTIE/MS)
Jessica Alves Rippel (Decit/SCTIE/MS)
Ficha Catalográfica
ISBN 978-85-334-2547-7
1. Classificação e identificação por risco de substâncias, produtos e materiais. 2. Fatores de risco. 3. Biossegurança. I. Título.
CDU 616-022
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2017/0635
Coordenadores:
Nínive Aguiar Colonello Frattini (SCTIE/MS)
Pedro Canisio Binsfeld (SCTIE/MS)
Especialistas:
Ana Cristina Gales (Unifesp)
Carlos Pelleschi Taborda (USP)
Cláudia Portes Santos Silva (Fiocruz/IOC)
Erna Geessien Kroon (UFMG)
José Pascoal Simonetti (Fiocruz/IOC)
Lúcia Mendonça Previato (UFRJ)
Márcia dos Santos Lazera (Fiocruz/IPEC)
Sandra Regina Rodrigues Simonetti (Fiocruz/IOC)
Revisores:
Carlos Roberto Sobrinho do Nascimento (Fiocruz/INCQS)
Giliane de Souza Trindade (UFMG)
Mário Jorge de Araujo Gatti (Fiocruz/IOC)
Maurício Lacerda Nogueira (FAMERP/São José do Rio Preto)
Renata Garcia Costa (Fiocruz/IOC)
Sônia Ermelinda Alves da Silva (Fiocruz/IOC)
Lista de siglas
AISA – Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde
MS – Ministério da Saúde
NB – Nível de Biossegurança
1 INTRODUÇÃO 11
3 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 15
REFERÊNCIAS 39
GLOSSÁRIO 45
APRESENTAÇÃO
Entre as atribuições da Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS) do Ministério da
Saúde, está a elaboração e atualização da classificação dos agentes biológicos com
potencial risco à saúde humana. A Comissão Intraministerial foi instituída pela Portaria
GM/MS nº 1.683/2003, sendo coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos (SCTIE) e integrada pela: Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS),
Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde
(AISA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Portaria GM/MS nº 1.608, de 5 de
julho de 2007, delegou à CBS a responsabilidade de designar, instituir e coordenar a
Comissão de Especialistas para a revisão e a atualização da Classificação de Risco dos
Agentes Biológicos a cada dois anos a contar da publicação desta portaria e aprovou a
primeira “Classificação de Risco dos Agentes Biológicos”.
Cabe destacar ainda que embora a presente classificação seja similar às internacionais há
variações em virtude de fatores regionais específicos que influenciam na sobrevivência
e na endemicidade do agente biológico.
COORDENAÇÃO DA CBS/MS
1 INTRODUÇÃO
A Biossegurança em sua perspectiva mais ampla está envolvida em diferentes áreas,
dentre as quais destaca-se a saúde, onde o risco biológico está presente ou constitui uma
ameaça potencial. Portanto, a “Biossegurança” pode ser definida como “um conjunto
de medidas e procedimentos técnicos necessários para a manipulação de agentes e
materiais biológicos capazes de prevenir, reduzir, controlar ou eliminar riscos inerentes
às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal, vegetal e o meio
ambiente” (BRASIL, 2010). Este documento tem como objetivo dotar os profissionais
e as instituições de instrumentos que permitam o desenvolvimento de suas atividades,
disponibilizando informações para a avaliação do risco dos agentes biológicos, sua
classificação e níveis de contenção recomendados para a sua manipulação.
Por este motivo, as classificações dos agentes biológicos com potencial patogênico em
14 diversos países, embora concordem em relação à grande maioria destes, variam em
função de fatores regionais específicos.
A classe de risco 1 é representada por agentes biológicos não incluídos nas classes
de risco 2, 3 e 4 e para os quais até o momento a capacidade de causar doença no
homem não foi reconhecida.
Chlamydia trachomatis
Eikenella corrodens
Erysipelothrix rhusiopathiae
Escherichia coli extra intestinal (ExPEC): Escherichia coli Uropatogênica (UPEC), Escherichia
coli que causa Meningite Neonatal (MNEC) e cepas diarreiogênicas (DEC): Escherichia
coli enteropatogênica (EPEC), Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC), Escherichia coli
enteroinvasora (EIEC), Escherichia coli enteroagregativa (EAggEC), Escherichia coli de
aderência difusa (DAEC), exceto Escherichia coli produtora de toxina Shiga-Like (STEC),
grupo no qual está incluído aquelas que podem determinar o quadro de Síndrome
Hemolítica Urêmica e Colite Hemorrágica, como a Escherichia coli enterohemorrágica
(EHEC), classificada como de risco 3
Plesiomonas shigelloides
Porphyromonas spp.
Prevotella spp.
Streptobacillus moniliformis
FUNGOS 21
Acremonium alabamense, A. potronii, A. recifei [Nomenclatura anterior:
Cephalosporium recifei]
Aphanoascus fulvescens
Apophysomyces elegans
Botryomyces caespitosus
1 Restrição para manipulação da fase micelial esporulada (conídios) – recomenda-se aumentar o nível de contenção e o uso de
equipamentos de proteção individual.
Classificação de Risco dos Agentes Biológicos
Gymnoascus dankaliensis
Neotestudina rosatii
Ochroconis humicola
Paecilomyces variotii
Ministério da Saúde
Pseudallescheria boydii
Saksenaea vasiformis
Schizophyllum commune
Scytalidium hyalinum
2 Restrição para manipulação da fase micelial esporulada (conídios) – recomenda-se aumentar o nível de contenção e o uso de
equipamentos de proteção individual.
3 Classificação taxonômica incerta, atualmente considerado parasita protista aquático – pertence à classe Mesomycetozoea, porém
apresenta grande número de casos relatados em humanos.
Classificação de Risco dos Agentes Biológicos
PARASITOS – HELMINTOS
Acanthoparyphium tyosenense
Alaria spp.
Appophalus donicus
Ministério da Saúde
Artyfechinostomum oraoni
Baylisascaris procyoni
Brachylaima cribbi
Cathaemacia cabrerai
Clonorchis sinensis
Cotylurus japonicus
26 Cryptocotyle lingua
Diplogonoporus balaenopterae
Dipylidium caninum
Dracunculus medinensis
Enterobius vermicularis
Episthmium caninum
Fasciolopsis buski
Fischoederius elongatus
Gastrodiscoides hominis
Gymnophaloides seoi
Heterophyopsis continua
27
Himastla spp.
Lagochilascaris minor
Loa loa
Macracanthorhynchus hirudinaceus
Metorchis conjunctus
Moniliformis moniliformis
Nanophyetus salminicola
Necator americanus
Onchocerca volvulus
Ministério da Saúde
Prosthodendrium molenkampi
Pseudoterranova decipiens
Spelotrema brevicaeca
Stellantchasmus falcatus
Trichuris trichiura
Uncinaria stenocephala
Watsonius watsonius
Wuchereria bancrofti
PARASITOS – PROTOZOÁRIOS
Acanthamoeba castellani
Classificação de Risco dos Agentes Biológicos
Balantidium coli
Entamoeba histolytica
Enterocytozoon bieneusi
Giardia lamblia
Isospera belli
Naegleria fowleri
Sarcocystis spp.
Toxoplasma gondii
29
Trypanosoma brucei brucei, T. brucei gambiense, T. brucei rhodesiense, T. cruzi
(recomenda-se tratar cepas resistentes à quimioterapia corrente com procedimentos
de classe 3)
VÍRUS E PRIONS
Família Bunyaviridae:
Gênero Hantavirus – Prospect Hill, Puumala (manipulações com altas cargas virais
devem ser conduzidas em laboratórios de nível de segurança 3) – com exceção de
Andes, Belgrade, Hantaan, Seoul, Sin Nombre que são classificados como de risco 3
Gênero Nairovirus – Dugbe, Ganjam, Hazara, Nairobi Sheep Disease – com exceção
do vírus Crimean Congo hemorrhagic fever que é classificado como de risco 4
Gênero Phlebovirus – Punta Toro, Rift Valley (linhagem vacinal MP-12), Sandfly fever
Naples, Toscana – com exceção de Rift Valley fever e SFTS phlebovirus (severe fever
with thrombocytopenia syndrome virus) que são classificados como de risco 3
Família Caliciviridae:
Família Circoviridae
Família Coronaviridae:
Família Flaviviridae:
Langat, Louping ill, Murray Valley encephalitis, Powassan, Rocio, Sal Vieja, San Perlita,
Siberian Tick-borne encephalitis, Spondweni, Tick-borne encephalitis, Wesselsbron
que são classificados como de risco 3 e Kyasanur forest disease, Omsk hemorrhagic
fever, Russian spring-summer encephalitis, que são classificados como de risco 4
Família Herpesviridae:
Família Orthomyxoviridae:
Família Paramyxoviridae:
Família Parvoviridae:
Família Picobirnaviridae
Família Picornaviridae:
Gênero Parechovirus
Família Poxviridae:
Família Reoviridae:
Família Rhabdoviridae:
Família Retroviridae:
Família Togaviridae:
Bacillus anthracis
Brucella melitensis biovar Abortus, B. melitensis biovar Canis, B. melitensis biovar Suis,
Brucella spp.
Clostridium botulinum
Coxiella burnetii
Escherichia coli produtoras de toxina Shiga-Like (STEC), grupo no qual está incluído
aquelas que podem determinar o quadro de Síndrome hemolítica Urêmica (SHU) e
Colite Hemorrágica, como a Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC), como por
exemplo, E. coli O157:H7
Yersinia pestis
FUNGOS
4 Em caso de manipulação de formas parasitárias teciduais (fase leveduriforme para H. capsulatum e esférula para espécies de
Coccidioides), como por exemplo, no manejo de amostras clínicas suspeitas, em procedimentos que não geram aerossóis, o risco
potencial é reduzido e, portanto, pode ser manipulado em laboratório de nível de biossegurança 2, acrescido de equipamentos de
proteção individual.
Classificação de Risco dos Agentes Biológicos
VÍRUS E PRIONS
Família Bunyaviridae:
Gênero Phlebovirus – Rift Valley fever, SFTS phlebovirus (severe fever with
thrombocytopenia virus)
3. Tecidos humanos e de roedores potencialmente infectados também podem ser manipulados em instalações do tipo NB-2
seguindo práticas de NB-3. 5 De acordo com o CDC, soro de indivíduos potencialmente infectados por hantavírus podem ser
manipulados em laboratório de nível de biossegurança 2. Somente isolamento e amplificação viral devem ser conduzidos em
laboratório de nível de biossegurança
Ministério da Saúde
Família Retroviridae:
VÍRUS
Família Filoviridae:
Família Poxviridae – Gênero Orthopox – Variola (vírus da varíola – major e minor), todas
as linhagens incluindo Whitepox, Camelpox (varíola do camelo)
37
REFERÊNCIAS
ADVISORY COMMITTEE ON DANGEROUS PATHOGENS. Advice on Experimental
working with Influenza Viruses of Pandemic Potential HSE. 2008. Disponível em:
<http://www.hse.gov.uk/biosafety/diseases/acdpflu.pdf>. Acesso em: 27 out. 2016.
______. The approved list of biological agents. United Kingdom, Health and Safety
Executive, 2013. 35 p. Disponível em: <http://www.hse.gov.uk/pubns/misc208.pdf>.
Acesso em: set. 2016.
______. Interim Risk Assessment and Biosafety Level Recommendations for Working
With Influenza A (H7N9) Viruses. Disponível em: <http://www.cdc.gov/flu/avianflu/
h7n9/risk-assessment.htm>. Acesso em: out. 2016.
HOFFMAN, K.; DISCHER, S.; VOIGT, K. Revision of the genus Absidia (Mucorales,
Zygomycetes) based on physiological, phylogenetic, and morphological characters;
thermotolerant Absidia spp. form a coherent group, Mycocladiaceae fam. nov.
Mycological Research, Waltham, v. 111, p. 1169-1183, 2007.
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Centraalbureau voor Schmmelcultures, 2011.
KURTZMAN, C. P.; FELL, J. W. The yeasts: a taxonomy study. 5 ed. Amsterdam: Elsevier
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LUDLOW M. et al. Neurotropic virus infections as the cause of immediate and delayed
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NUCCI, M.; ANAISSIE, E. Emerging fungi. Infectious Disease Clinics of North America,
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PUBLIC HEALTH AGENCY OF CANADA. Influenza A virus subtypes H5, H7 and H9.
Disponível em: <http://www.phac-aspc.gc.ca/lab-bio/res/psds-ftss/influenza-grippe-a-
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______. Pathogen Safety Data Sheets and Risk Assessment. Disponível em: <http://
www.phac-aspc.gc.ca/lab-bio/res/psds-ftss/index-eng.php>. Acesso em: set. 2016.
______ et al. Cladosporium species recovered from clinical samples in the United
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TIAN, D.; ZHENG, T. Comparison and Analysis of Biological Agent Category - Lists
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Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4076228/pdf/
pone.0101163.pdf>. Acesso em: set. 2016.
44
GLOSSÁRIO
Agente Biológico – definido como sendo todo organismo ou molécula com potencial
ação biológica infecciosa sobre o homem, animais, plantas ou o meio ambiente em
geral, incluindo vírus, bactérias, archaea, fungos, protozoários, parasitos, ou entidades
acelulares como prions, RNA ou DNA (RNAi, ácidos nucleicos infecciosos, aptâmeros,
genes e elementos genéticos sintéticos etc) e partículas virais (VPLs).
Esporos – estruturas resistentes originadas por algumas espécies de bactérias sob certas
condições ambientais, geralmente adversas. A célula que origina o esporo se desidrata,
forma uma parede espessa e sua atividade metabólica torna-se muito reduzida. Certos
esporos são capazes de se manter em estado de dormência por dezenas de anos. Ao
encontrar um ambiente adequado, o esporo se reidrata e origina uma bactéria ativa,
que passa a se reproduzir por divisão binária. Podem-se citar como exemplo bactérias
pertencentes aos gêneros Clostridium e Bacillus.
OGE – qualquer organismo vivo que tenha tido o genoma ou parte deste editado por
técnicas de edição de genes ou genoma.
OGM – qualquer organismo vivo modificado por técnicas de engenharia genética e uso
de DNA recombinante, inclusive sintético, bem como OGE.
9 788533 425477
MINISTÉRIO DA
SAÚDE