A Revolução Da Semente de Linhaça
A Revolução Da Semente de Linhaça
A Revolução Da Semente de Linhaça
Introdução ao livro:
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
Apesar da cor, não confundir uma com a outra, pois as produzidas em Dakota do Sul são
mais apropriadas para se alcançar os benefícios para a saúde. No plantio de linhaça algumas
práticas agronômicas são permitidas. Alguns herbicidas são aprovados para o controle de
pragas, porém não é apreciado, pois deixa resíduos nas sementes.
Contudo, aquela pessoa que seja realmente exigente quanto ao produto orgânico não
aceitará este fato.
A linhaça é usualmente armazenada por longos períodos com umidade abaixo de 75%
para evitar problemas de bactérias e crescimento de fungos. As sementes são usualmente limpas
por um processador vibratório, que através de vibração remove impurezas (partes da planta:
caule palhas, folhas, restos de terra). Existem vários usos para linhaça (pães, biscoitos, vitaminas,
creme e óleo em cápsulas).
USO DA LINHAÇA
Como pode-se notar existem muitas formas de consumir as sementes de linhaça, porem
nenhum produto apresenta a quantia ideal de nutrientes que irão propiciar os resultados
esperados para a saúde. No hemisfério norte é muito comum encontrar produtos a base da
semente de linhaça, incluindo cosméticos. No Brasil, a semente de linhaça (marrom) foi
introduzida na alimentação através de pães integrais contendo as mesmas, por falta de
conhecimento da existência da variação dourada. Nem sempre a quantidade de grãos influencia
nos resultados esperados para a saúde. O que influencia é, sim, a absorção dos mesmos. Caso as
sementes sejam consumidas inteiras, boa parte delas não serão digeridas e, com isso, os
resultados esperados não aparecerão. A melhor forma de consumo seria as sementes trituradas e
logo consumidas. A farinha resultante da extração total do óleo contém 12% aprox. do mesmo. A
qualidade da farinha varia dependendo do método de extração do óleo (prensagem a frio ou
método de extração através de solventes como o hexano). As lignanas são extraídas desta
farinha usando o etanol. Após o uso do etanol, o que resta é um material seco que contem
açucares e secoisolariciresinol diglicosideo (SDG). O SDG deixou muitos pesquisadores
entusiasmados, tendo resultados positivos em aplicações contra diabetes, arteriosclerose, lupus
nephritis e na prevenção do choque endo-tóxico. De fato formou-se nos EUA, parcerias para o
desenvolvimento de aplicações terapêuticas do SDG (Bresciani, 1996).
CAPÍTULO IV
LIGNANA E SEUS BENEFÍCIOS
Tabela de Lignanas
Existem muitos estudos sobre o efeito das lignanas sobre o metabolismo dos hormônios.
Estudos de laboratórios mostram claramente o efeito das lignanas provenientes da linhaça sobre
a síntese dos hormônios, atividades receptoras e efeitos estrogênicos. Exitem mais estudos a
respeito da saúde feminina que masculina. No caso dos homens não há mudanças significativas
no âmbito hormonal, a não ser pelo aumento da excreção de lignanas pela urina (Shultz et al,
1991). Nas mulheres existe uma significativa mudança hormonal que ocorre no ciclo menstrual,
gonodatropia e diminuição dos níveis de estradiol. Estas alterações são similares as que ocorrem
com a isoflavona da soja. O fraco efeito anti-estrogênico das lignanas pode contribuir para a
prevenção do câncer.
Em um outro estudo feito com a linhaça usando o SDG isolado das sementes para
tratamento do colesterol alto, arteriosclerose, diabetes, choque endotóxico e lupus nefrites,
constatou-se que, em coelhos houve uma diminuição de 33 a 35% do LDL colesterol e aumento
do HDL colesterol maior que 200% e a arteriosclerose foi reduzida em 73%. Não havia dados em
relação ao ser humano até então (1990 a 1997).
As lignanas tem efeito antiviral, antibacterial e antifúngico (McRae and Towers, 1984),
inibidor das células cancerígenas (câncer de mama) (Mousavi and Adlercruetz, 1992) e
propriedades antioxidantes (Adlercreutz et al, 1995). Lignanas são moduladoras da atividade
enzimática que envolve a regulagem da síntese do colesterol.
CAPÍTULO V
FIBRAS
Linhaça tem fibras solúveis e insolúveis com grande capacidade emulsificante. Pelas suas
qualidades benéficas para a saúde, as fibras encontradas foram recomendadas para uma dieta
saudável pela National Câncer Institute-USA, fazendo parte de uma dieta diária auxiliando
casos de constipação.
Um dos mais antigos efeitos dos fitoestrógenos conhecidos (doenças dos cravos) foi nas
ovelhas australianas (Benntts et al, 1996). Depois de comerem certas espécies de pastagem
(cravos vermelhos) sofriam desordem reprodutiva de permanente infertilidade. Pesquisas
identificaram que isoflavonas, geisteina e daidezina e a seus precursores foram responsáveis.
Outras espécies como cavalos ou bovinos não sofrem os mesmos efeitos. Lignanas tem se
mostrado ligadas ao que se chama de ligação nuclear estrogênica tipo II de moderada a alta
capacidade de ligação. Estas ligações estão envolvidas na regulagem do estímulo estrogênico do
crescimento uterino e por isso desempenham um papel nos cânceres hormônio-dependentes.
Enterolactona, a mais abundante lignana mamífera é um moderado inibidor de aromatase e
compete com a ligação do androstene dione. Por isso é uma das muitas enzimas aromatases
disponíveis. As substâncias (substratos) com a maior concentração são a que favorecem a ligação
de enzimas e a forma final do produto. Se lá existe uma alta concentração de lignanas será como
estar com falta de estradiol produzidos nos tecidos. A enterolactona pode acrescentar o
suficiente na concentração nas células de gordura que a produção do estradiol reduziu. Isto não
deve ser o efeito procurado em mulheres com dominância de estrogênio. SHBG é a proteína que
carrega testosterona e estradiol. A produção de SHBG é estimulada pelas lignanas e pode
reduzir o efeito biológico desses hormônios. SHBG liga-se aos hormônios livres tornando-os
essencialmente inativos. A fração de hormônios livres são biologicamente ativos. Vegetarianos
geralmente tem um alto índice de SHBG se comparados aos onívoros. (Adlercreutz et al, 1995).
Estudos epidemiológicos mostram uma grande associação entre o consumo de lignanas
(semente de linhaça) e níveis hormonais. Mulheres vegetarianas menopausadas que excretam
alta quantidade de lignanas tem valores de SHBG alto no plasma comparadas às onívoras ou
pacientes com câncer de mama. Uma dessas mulheres estudadas ingeriu 3,50 g de linhaça em
sua refeição. Depois seus níveis hormonais foram medidos e visivelmente o aumento de
lignanas encontrados na urina foi de 7 a 28 vezes tomando como referencia a semana interior. A
enterolactona foi encontrada 5 vezes a mais do que o enterodiol. E apesar desses significativos
aumentos não houve significativas mudanças na testosterona ou SHBG. Contudo, os resultados
podem ser confundidos pela falta de controle de outros fitormônios como geisteina.
Há alguns estudos sobre os efeitos da linhaça no ciclo menstrual. Duas publicações
mostram que 18 mulheres (entre 20 e 34 anos) tiveram seus ciclos normalizados consumindo 10
gramas de linhaça por dia. (Phipps et al, 1993. Lampe et al, 1994). Cada uma consumiu sua dieta
usual com baixa quantidade de fibras por 3 ciclos menstruais e por outros 3 suplementadas com
linhaça. O segundo e terceiros ciclos (suplementação com linhaça) foram comparados com o
segundo e terceiro sem linhaça. Amostras de urina (3 dias) foram coletadas nas fases folicular e
lútea e foram testadas a presença de lignanas ou isoflavoides. Seus resultados mostraram que o
aumento no consumo de linhaça ao longo da fase lútea promovem uma proporcionalidade da
progesterona para o estradiol. Acrescentando, houve 3 ciclos sem ovulação no grupo com
alimentação normal e nenhum ciclo anavulatorio no outro. A linhaça não apresentou efeitos na
concentração de estradiol em nenhuma das fases (no início ou metade da fase folicular). A
concentração de estrogênio e progesterona não mostrou mudanças significativas ao longo do
ciclo total. Contudo houve uma diminuição em estradiol e um aumento de progesterona durante
a fase lútea pelas consumidoras de linhaça. Houve um pequeno aumento do HSBG pelas
consumidoras de linhaça, porém, estatisticamente insignificante.
O uso do Ômega 3 contidos nas sementes da linhaça pode fazer uma grande diferença
para muitas pessoas com problemas imunológicos. Desordens do sistema imunológico surgiram
em nossa moderna sociedade ocidental. Artrite reumatóide, lupus erimatoso, doenças crônicas e
alergias de todos os tipos são comuns. Ômega 3 da linhaça, pode-se reduzir ou mesmo eliminar
estes problemas.
Em 1981, uma equipe de pesquisas da Austrália utilizou baixas concentrações do óleo de
linhaça no Victória Hospital.
Nos animais, a deficiência de ácidos graxos reduz a resposta dos anticorpos e reduz as
células de proteção T. Outras células também são reduzidas pela falta de ácidos graxos. O
sistema imunológico é profundamente afetado pelo equilíbrio dos eicosanóides e seu acido
graxo precursor. Estes eicosanóides existem em varias classes. Quando existe uma
superabundância dos eicosanóides reativos, a proteção do sistema imunológico é reduzida. Ate
1980 achava-se que somente o ômega 6 seria fundamental, mas após o trabalho do Dr. Donald
Rubin esta posição mudou radicalmente.
No seu estudo, 50% de seus pacientes tinham alguma desordem imunológica, alergia a
alimentos ou poeira, artrite, infecções crônicas, etc. alguns tiveram grande alivio com bons
resultados. Um homem sofria de infecção folicular no nariz por 2 anos. Ficou curado em 6
semanas utilizando o óleo de linhaça. Uma mulher com inflamação nas juntas dos dedos das
mãos, depois de 2 semanas estava bem. Cinco de cada 44 pacientes sofriam artrite reumatóide.
Dois não responderam ao tratamento. Contudo duas mulheres sofrendo há muito tempo de
artrite mostraram recuperação 2 meses depois do estudo. A última mulher sofria de dor nas
ancas e pulso. Ela ficou curada dos problemas no pulso. Curiosamente o cérebro possui seu
sistema imunológico. Possui uma varidade enorme de células neste sistema. Um destes tipos de
células chamada de microglias, quando ativadas podem atacar e destruir células nervosas. O
sinal de ataque das microglias é modulada pelas citoquinas. Este processo químico neural é
regulado pelos eicosanóides e seus precursores, os ácidos graxos. Este processo regulador
mantém a homeostase. A principal matéria estrutural do cérebro é formada de 60% de gorduras
e lipídeos. O cérebro usa somente ácido araquidônico e decohexaenóico e eles constituem uma
grande proporção de ácidos graxos usados na construção e funcionamento do cérebro e vasos
sanguíneos. Citoquinas em toda a circulação podem ser responsáveis pela resposta e um
agravamento de inflamações. Duas citoquinas que acredita-se serem responsáveis pela
inflamação da artrite reumatoide (TNF-alpha) que é falta de necrose tumoral e K-1 beta. Um dos
objetivos da terapia é reduzir a produção de citoquinas. Foi provado em uma recente pesquisa
esta redução em pacientes que incluíram em sua dieta óleo de linhaça. Pacientes com fadiga
crônica foram beneficiados com uma dieta equilibrada de ômega 3 e 6 numa proporção de 2
para 1. Fadiga crônica é descrita como uma disfunção do sistema imunológico com o aumento
do níveis de K-6 (K-6 é uma citoquina inflamatória e potente estimulante do hipotálamo-
pituitária-adrenal-HPA), resultando num aumento do nível de cortisol (Papanicolau, 1998).
Elevado nível de cortisol não é saudável e pode causar danos ao cérebro, ossos e outros tecidos.
Este k-6 inflamatório é estimulado pelo TNF-alpha e K-1 beta. Estes problemas poderão ser
reduzidos ingerindo-se mais ômega 3.
A linhaça possui baixo índice glicêmico e é ideal para diabéticos. Os maiores fatores que
determinam a velocidade da glicemia é a estrutura do carboidrato, coexistência de fibras e a
quantidade de gordura. Os carboidratos complexos deverão ser quebrados em açucares simples
para serem absorvidos.
Há três açucares comestíveis: e entre eles há uma ligeira diferença na estrutura química:
glucose é o mais comum, seguido da frutose e galactose. A glucose é encontrada em pães,
farináceos em geral; frutose é o açúcar das frutas e a galactose do leite e derivados.
A glucose vai diretamente para a corrente sanguínea enquanto que a frutose e a galactose
deverão ser transformadas no fígado antes de cair na corrente sanguínea. Frutose é a mais lenta
nesse processo. A linhaça é uma das que mais contem baixo índice glicêmico, pois tem uma
proporção entre proteína e carboidrato de 0,79. O ideal segundo Barry Sears, ph.D é de 0,75. por
isso a linhaça dourada de Dakota recebeu o selo do Diabetes Resource Center-USA.
Fibras são tipo de carboidrato não digerível e não exercem nenhum efeito sobre a insulina.
Funcionam retardando o índice glicêmico. Níveis altos de insulina podem trazer danos a saúde
pois diminuem o açúcar no sangue provocando acúmulo de gordura, por isso em alguns casos,
dietas com altas taxas de carboidratos e baixa gordura podem levar a obesidade. Isto coloca em
questão a pirâmide de alimentos dos EUA e que foi adotada para o Brasil, sendo base de estudo
inclusive para nutricionistas. Nela a quantidade de carboidratos é exagerada podendo causar
uma hiper-glicemia; nela também não há nenhuma distinção entre gordura e carboidrato.
As recomendações nutricionais para diabéticos têm variado enormemente nos últimos 60
anos. Existe muita controvérsia entre as porcentagens de carboidratos gorduras e proteínas. O
que é mais relevante neste caso é a porcentagem entre ômega 3 e 6 na dieta. Em pacientes não
dependentes de insulina (tipoII) a redução na dieta de ômega 3 pode prejudicar a liberação de
insulina resultando numa liberação excessiva do fígado.
Este desequilíbrio no consumo de ômega 3 e 6 é responsável pelo aumento de diabetes.
Em contraste com os efeitos negativos do consumo excessivo do ômega 6, dietas ricas em ômega
3 beneficiam o metabolismo das pessoas com diabetes do tipo II. Ômega 3 reduz a hiperglicemia
e hipertensão e o ganho de peso, consequentemente.
É recomendável incluir na dieta ¼ de xícara de linhaça por dia.
*índice glicêmico é a velocidade com que os açucares são absorvidos pela corrente sanguínea. Quanto
mais alto o índice glicêmico de um alimento menos indicado é para o diabético.
Desde que fatores de risco de doenças cardiovasculares foram avaliados por laboratírios
através de estatísticas, as pessoas deveriam tomar conhecimento destes.
Em humanos a linhaça promoveu uma redução no colesterol total e LDL colesterol. Em
estudos, 9 fêmeas de ratos tinham uma dieta contendo 50 gramas de linhaça diariamente por 4
semanas. O colesterol total foi reduzido em 9% e o LDL reduzido a 18%. Outro estudo feito com
10 ratos (5 machos e 5 femeas) chegou a uma redução de 6% neste estudo. O consumo total de 50
gramas estava na forma de muffins. (Kritchevsky, 1995).
Em outro estudo ainda foram analisadas 15 cobaias onde foram adicionados 15 g de
linhaça por dia, durante três meses. O colesterol foi reduzido de 266 para 248 mg/dl e o LDL
colesterol de 190 para 171 mg/dl. (Bierenbaum et al, 1993).
Em outro estudo utilizando apenas óleo de linhaça (35 mg/Kg de peso) não houve efeito
significante nos níveis lipídicos.
Nas décadas de 50 e 60 houve uma grande controvérsia entre os ômegas 3 e 6. Somente na
década de 70 houve conclusões mais concretas sobre a influência destes ácidos graxos. Um
grupo de esquimós foi estudado e tinham baixa incidência de doenças cardiovasculares, tinham
uma dieta variada de ômega-3. Na ocasião o item mais estudado foi a gordura do peixe.
CAPÍTULO X
Efeitos da linhaça sobre as doenças do rim
LUPUS
É uma doença auto-imune com uma variedade clínica de sintomas e sinais. A nefrite é a
mais complicada das SLE (Systemic lupus erymathosus) e afeta cerca de 45 a 75% dos pacientes.
Nefrite é a maior causa de morte de pacientes de lupus. Eles precisam de tratamento focado em
modos imune, inflamatório e aterogênicos desta doença. A linhaça foi vista como potencial
agente terapêutico na dieta nos tratamentos de lupus. Investigadores canadenses construíram
um modelo lupus imune-real chamado MRL/lpr. Um rato desenvolveu o quadro de sinais e
sintomas associado com o sistema auto-imune da doença e glomerulonefrite muito similar ao
CAPÍTULO XI
EFEITOS DA LINHAÇA SOBRE AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
CAPÍTULO XII
Efeitos da linhaça nas doenças da pele
Existem casos relatados de cura de psoríase com o uso constante da linhaça. No livro
Ômega 3 óleos do Dr. Donald Rudin, ele cita que os ácidos graxos são essenciais para a saúde de
nossa pele. O omega 3 é essencial para regular o aquecimento cutâneo, distribuição de gordura
nos tecidos, crescimento de cabelo e circulação sanguinea.
De acordo com o Dr. Rudin, 45 de 50 pacientes estudados tinham problemas de pele e
foram curados com o uso da linhaça, em 3 semanas houve uma cura rápida com resultados
positivos, e curas totais após 6 semanas.
CAPÍTULO XIII
Efeito da linhaça na artrite
Artrite reumatóide é uma doença inflamatória das articulações. Os sintomas da artrite são
inflamação, vermelhidão, inchaço e dores ao movimentar. A linhaça atua como anti-
inflamatório das articulações.
CAPÍTULO XIV
Efeito da linhaça nas doenças pulmonares
Atua como anti-inflamatório das vias respiratórias superiores. Útil em bronquites, asma,
sinusite e rinite por ingestão.
CAPÍTULO XV
Efeitos da linhaça em certos tipos de câncer
A linhaça é o único alimento que possui alto nível de ALA, lignanas e fibras conjugados.
Os 3 principais elementos da linhaça (omega-3, lignanas e fibras) é que dão esse efeito anti-
câncer, sendo a lignana a mais importante para a prevenção, encontradas nas plantas e fluidos
biológicos humanos e animais. O enterodiol dos mamíferos e a enterolactona são produzidos
pela ação bacteriológica no intestino grosso. Essas bactérias transformam a lignana vegetal em
lignana animal, que é eventualmente excretada pela urina, principalmente as glucoronides
conjugadas. A excreção de lignana pela urina é muito baixa em pacientes com câncer de mama e
cólon, comparando ao não vegetariano, pois os vegetarianos têm um baixo risco de desenvolver
tais doenças. Primatas com dieta normal são resistentes aos efeitos carcinogênicos do estrógeno,
e tem alto nível de excreção de lignanas.
As lignanas têm estruturas parecidas com dietilstilbestrol (DES), fitoestrógenos
isoflavonóides e tamoxifeno com ação suave e anti-estrogenica. Algumas lignanas possuem
efeito anti-micótico, anti-estrogênico, anti-viral, anti-bacteriano e anti-fúngico.
CAPÍTULO XVI
Linhaça na dieta infantil
Os excessos de ácidos graxos trans na alimentação moderna fazem com que os receptores
das células nervosas sejam modificados na fase de crescimento. Existe uma taxa muito elevada
no sangue de gorduras trans fazendo com que comunicação intracelular seja modificada
trazendo problemas de pele, unhas quebradiças. Suplementação de zinco e vitamina b é
necessária para a conversão dos ácidos graxos.
CAPÍTULO XVII
Efeito colaterais da linhaça
VITAMINA B6
Levantou-se uma hipótese de que o consumo da linhaça pode causar uma deficiência de
vitamina b6. este cenário não se refere aos humanos.
GLICOSÍDEO CIANOGÊNICO
CÁDMIO
A taxa de cádmio é relativa ao solo onde a planta foi cultivada. Tais valores podem
aumentar significativamente dependendo dos fertilizantes. O uso prolongado e intensivo de
fertilizantes à base de fósforo, entre outros insumos agrícolas aumentam estas concentrações de
cádmio. Alguns países estabeleceram limites máximos para o cádmio (Kolodziejczyk e Fedec,
1995).
Na Austrália, o máximo permitido foi 0,2 mg por kg (300ppb) para o trigo e a aveia e 0,05
para outros alimentos. Na Alemanha 0,03mg por Kg é o valor máximo para a linhaça. Alguns
testes constataram que algumas sementes de linhaça marrom continham concentrações de 1700
ppb (1,7 mg p/ kg).
CAPÍTULO XVIII
SELEÇÃO E DOSAGEM DA MELHOR LINHAÇA
- origem
- solo e tipo de cultivo (orgânico);
- propriedades nutricionais comprovadas em análise;
- aparência;
- sabor;
- nível de toxidade;
- embalagem (ao abrigo da luz);
- umidade;
- temperatura.
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