Resumo - Psicanálise

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Influências anteriores da Psicanálise:

1- Filosofia (Teorias da mente inconsciente).

2-Ideias sobre psicopatologia:

 Idade Média – doença mental = possessão.


 Século XVIII – asilos – tratamentos desumanos.
 Psiquiatria – Psíquica e somática.
 Pinel – Humanização no tratamento do doente mental. (Doença mental como
uma condição passível de cura).

3- Darwin – Teve sua obra lida por Freud.

 Pulsão – entre somático e psíquico.


 Sexo – mola, motivação humana básica.

Hipnose – Charcot (tratamento de histéricas – todas doentes mentais).

 Estado de relaxamento profundo, assim conseguiam falar de seus traumas e


medos.

Catarse – Breuer (remontar a experiência do passado, que era a origem do seu medo.
Quando ela relembra o trauma consegue se liberar do seu sintoma.

Ocorrem divergências do método de hipnose entre Freud e Charcot:

 Hipnose para Freud não levava a cura, apenas a melhora passageira.


 Critica: O que é real e o que era uma sugestão do terapeuta?

Breuer – escutar o doente.

 Deixar o paciente falar.


 Freud vai estudar com Breuer.

Associação livre – Freud.

Conceitos fundamentais:

 Associação livre – Clínica psicanalítica.


 Análise do sonho – Conflitos inconscientes, conteúdos latentes e manifestos,
desejos.
 Atos falhos – Atos de esquecimento ou lapsos de fala que refletem os motivos
inconscientes.
 Transferência.
 Fatores sexuais da neurose.

Método do desenvolvimento da psicanálise: Catarse e hipnose.

Sonho – Simbolismo inconsciente.

 Dinâmica de interações.
 Ferramenta interessante.
Método Freudiano: Sonho, associação livre.

Instancias psíquicas ligadas as personalidades:

 Id – Força motriz, busca pelo prazer, satisfação, inconsciente.


 Ego – Razão, ponderar, mediação com a realidade, inconsciente e consciente.
 Superego – Aspecto moral, internalização das normas e valores sociais,
interação social, consciente e inconsciente.

Libido – Energia psíquica (fonte biológica) que direciona o indivíduo na busca e prazer.

 Consciente
Estrutura localizada na periferia da psique e é área das ideias, na qual recebe
informações externas e internas simultaneamente. Relaciona-se com o aqui e agora. É
responsável pelas percepções, juízos e pensamentos de forma momentânea. E
recepciona todas as informações advindas do exterior e do interior, mas não
armazenará as informações.
O consciente se relaciona com os fenômenos dos quais podemos pensar através da a
razão.

 Pré-Consciente
O Pré Consciente trabalha em conjunto com a consciência, está localizada próxima à
mesma, e é separada do Inconsciente pela barreira da Censura, barreira essa que se
caracteriza pela rigidez que impede que conteúdos recalcados (nome empregado
devido à força que o reprime, chamada de Recalque) retornem a consciência, pois o
mesmo traria um sofrimento psíquico. Os fenômenos pre-conscientes são aqueles que
estão prestes a chegar a consciência, a transitar para o nível consciente.
O Pcs caracteriza-se por ser um diminuto “arquivo”, e seus conteúdos podem ser
recuperados por vontade voluntária do indivíduo. Esses conteúdos podem retornar
devido uma “representação da palavra”, componente que deixou indícios em sua
passagem. Podemos, portanto, dizer que essa é a área das lembranças.

 Inconsciente
É o terreno dos fenômenos obscuros. Medos, desejos, pulsões... Tudo aquilo que a
mente guarda para não sofrer, habita o inconsciente. Temos acesso a esses fenômenos
apenas por meio dos atos falhos, dos sonhos, ou da analise psicanalítica. Os conteúdos
ali presentes não podem advir ao Cs, nem ao Pcs devido a barreira da Censura (ou do
Recalque), evitando uma grande angústia. O Ics é formado por energia pulsional, e opera
como um arquivo sensorial no qual estão armazenados acontecimentos ocorridos até
os 5/6 anos de idade.
Nos estudos do livro “A Interpretação dos Sonhos”, Freud afirma que os conteúdos
recalcados podem adentrar ao Cs durante o estado de sono, através da elaboração
onírica, na qual consiste em uma “alegoria” do conteúdo recalcado, trazendo uma
realização do desejo. Daí a sua citação de que os sonhos são um caminho real para o
inconsciente.
O inconsciente não é as profundezas da consciência, nem aquilo que a subjetividade tem
de caótico e impensável. “O inconsciente não é o mais profundo, nem o mais instintivo,
nem o mais tumultuado, nem o menos lógico, mas uma outra estrutura, diferente da
consciência, mas igualmente inteligível.” (Roza, 2005, pág. 173).
O que define consciente e inconsciente não são seus conteúdos, mas o modo segundo
o qual cada um dos dois sistemas opera, impondo a seus conteúdos determinadas
formas.

 Nossa atividade psíquica inicia-se a partir de estímulos (internos e externos) e


termina numa descarga motora. A primeira representação do aparelho psíquico
seria a de um conjunto formado por dois sistemas: um que receberia os
estímulos e que ficaria localizada na extremidade sensorial do aparelho (Sistema
perceptivo – Pept) e outro que ficaria localizado na extremidade motora (Sistema
motor – M).
 O sistema Pept, situado na frente do aparelho psíquico, recebe os estímulos
perceptivos, mas não os registra nem os associa.
 Os sistemas são responsáveis pelas funções de armazenamento e de
associação, os sistemas nmêmicos recebem excitações do primeiro sistema e as
transforma em traços permanentes.
 É no Ics que Freud localiza o impulso à formação dos sonhos. O desejo
inconsciente liga-se a pensamentos oníricos pertencentes ao Pcs/Cs e procura
uma forma de acesso à consciência.
- Freud definiu dois modos de funcionamento do aparelho psíquico:
 Processo primário
Caracteriza o sistema inconsciente. É caracterizado por um estado livre de energia,
que tende para a descarga da forma mais direta possível.
 Processo secundário
Caracteriza o sistema pré-consciente-consciente. São aqueles processos que só se
tornam possíveis mediante uma boa catexia do ego e que representam versões
atenuadas dos processos psíquicos primários.
Forma de energia ligada, quando sua carga é retardada ou controlada.
Regressão:

 É o retorno da excitação do pre-consciente-consciente, para o inconsciente


durante o sonho, que é quando a censura está baixa.
 Não é apenas nos sonhos e nas alucinações que se verifica a regressão;
durante a vigília ocorre fenômenos psíquicos normais nos quais verificamos
um movimento retrogressivo do aparelho psíquico.
 Em seu sentido tópico, a regressão é o retorno da excitação, através dos
sistemas que compõem o aparelho psíquico, do Pcs/Cs para o Ics; a regressão
temporal designa o retorno do indivíduo a estruturas psíquicas mais antigas;
a regressão formal designa a passagem a modos de expressão mais
primitivos, isto é, menos estruturados.
Progressão: É o contrário da regressão, onde a excitação vai do inconsciente ao pré-
consciente-consciente durante a vigília.
A realização de desejos:

 Desejo é uma ideia ou um pensamento.


 O sonho é constituído de pensamentos que em nada diferem dos pensamentos
da vigília, daí a necessidade de serem distorcidos para não serem identificáveis
pela consciência.
 O pensamento que constitui a matéria-prima do sonho não é portador apenas
de um sentido, mas também de um valor.
 De onde se origina os desejos que se realizam nos sonhos? Freud aponta,
incialmente três origens possíveis: 1) Restos diurnos não satisfeitos; 2) Restos
diurnos recalcados e 3) Desejos que nada têm que ver com a vida diurna, mas
que pertencem ao Ics e emergem durante o sono.
 Os sonhos desagradáveis são também realizações de desejos. Freud chama a
atenção ainda para os sonhos de punição.
Catexia: concentração de todas as energias mentais sobre uma representação bem
precisa, um conteúdo de memória, uma sequencia de pensamentos ou encadeamento
de atos.
Descarga: Deslocamento de energia do inconsciente para o consciente. Liberação de
carga de de afetos retidos.
Censura: É um processo do pré-consciente que censura um pensamento do
inconsciente, antes de chegar a consciência por não ser suportável.
Defesa: designa um processo mais genérico de evitamento da dor;
Recalque: designa uma operação mais específica cuja essência consiste em manter
afastado no inconsciente representações ligadas a uma pulsão. Consequência da
censura, ocorre quando o eu não consegue integrar a ideia a ele; Conflito entre o eu e a
ideia, que é expulsa para o inconsciente; Esquecida da consciência, fica isolada e ainda
atira no inconsciente; Produz sintomas que são descarregados no corpo. O modelo do
recalcamento oferecido por Freud é o do evitamento da lembrança, que é uma repetição
da fuga anterior à percepção penosa.
Interpretação dos sonhos
O eu está no sonho. O sonho implica em o que nós criamos, segundo a psicanalise. O
motor dos sonhos é o inconsciente.

 A interpretação dos sonhos é a vida real que leva ao conhecimento das


atividades inconscientes da mente, e não apenas isso, mas também é o melhor
caminho para o estudo da neurose.
 Segundo Freud, os sonhos não são tão absurdos, mas possuem um sentido e os
sonhos são realizações de desejos.
 O que é interpretado psicanaliticamente não é o sonho, mas o seu relato.
 A pessoa que sonha, sabe o significado do seu sonho, apenas não sabe que sabe,
e isso ocorre porque a censura a impede de saber.
 O sonho é sempre uma forma disfarçada de realização de desejos e incide
sobre ele uma censura cujo efeito é a deformação onírica. O sonho que
recordamos após o despertar e que relatamos ao interprete foi submetido a
uma deformação cujo objetivo é proteger o sujeito do caráter ameaçador dos
seus desejos.
 O sonho se inscreve, portanto em dois registros: o que corresponde ao sonho
lembrado e contado pela pessoa (conteúdo manifesto), e um outro oculto,
inconsciente, que pretendemos atingir pela interpretação (pensamentos
oníricos latentes).
O trabalho que transforma os pensamentos latentes em conteúdo manifesto, impondo-
lhes uma distorção que os torna inacessíveis ao sonhador, é o que Freud chama de
elaboração onírica; e o trabalho inverso, que procura chegar ao conteúdo latente
partindo do manifesto que visa decifrar a elaboração onírica, é o trabalho de
interpretação.
Sonho: É a realização de um desejo inconsciente. Construído a partir de uma massa de
pensamentos oníricos na qual aqueles elementos que possuem articulações mais fortes
e numerosos passam a forma o conteúdo onírico
Sonho manifesto: O que se é lembrado e contado pela pessoa. O sonho manifesto, assim
como os sintomas, são efeito de uma distorção cuja causa é a censura. É a esse trabalho
de distorção que Freud dá o nome de “elaboração onírica” ou “trabalho do sonho”. As
partes omitidas do sonho ou aquelas que aparecem de forma estranhamente confusa
são os indícios de sua ação.
Sonho latente: Ocorre através da elaboração onírica. É o conteúdo do inconsciente no
sonho, oculto. Ele aparece no sonho manifesto por meio de quatro mecanismos da
elaboração onírica: condensação, deslocamento, figuração, elaboração secundária.
Condensação: A condensação pode operar de três maneiras: primeiro, omitindo
determinados elementos do conteúdo latente; segundo, permitindo apenas um
fragmento de alguns complexos do sonho latente apareça no sonho manifesto; terceiro,
combinado vários elementos do conteúdo latente que possuem algo em comum num
único elemento do conteúdo manifesto. Acontece uma mistura, para que se manifeste
em única coisa, no sonho.
Deslocamento: Mudança de acento de foco que eu imponho no relato do sonho, pode
ser resultado do recalque/censura. É obra da censura dos sonhos, e opera basicamente
das seguintes maneiras: a primeira, pela substituição de um elemento latente por um
outro mais remoto que funcione em relação ao primeiro como uma simples alusão; a
segunda maneira é quando o acento é mudado de um elemento importante para outros
sem importância, é uma forma de descentramento da importância.
Figuração: é a seleção de transformação dos pensamentos do sonho em imagens. É
responsável pela distorção resultante da elaboração onírica.
Elaboração secundária: consiste numa modificação do sonho a fim de que apareça sob
a forma de uma história coerente e compreensível. A finalidade da elaboração
secundária é fazer com que o sonho perca sua aparência de absurdidade, aproximando-
o do pensamento diurno.
Encontrar o sentido de um sonho, é percorrer o caminho que nos leva do conteúdo
manifesto aos pensamentos latentes, e o procedimento que nos permite isso é a
interpretação. Não se interpreta o sonho sonhado, mas o relato do sonho. O trabalho
de interpretação é realizado ao nível da linguagem. Quem vai interpretar é o paciente.
Portanto, a elaboração onírica é um mecanismo de disfarce do inconsciente, antes de
algum pensamento chegar a consciência.
Sobredeterminação e Superinterpretação:

 Todo sonho é sobredeterminado, isto é, um mesmo elemento do sonho


manifestado pode nos remeter a séries de pensamentos latentes inteiramente
diferentes.
 A sobredeterminação atinge tanto o sonho considerado como um todo, como
seus elementos considerados isoladamente, e isso acontece porque o sonho é
construído a partir de uma massa de pensamentos oníricos.
 Freud afirma que a gênese das neuroses é sobredeterminada.
 A superinterpretação não ocorre em virtude de ter a primeira interpretação sido
mal feita ou por ter revelado de forma incompleta o sentido do sonho.
Sobredeterminado

 O sonho manifesto pode não ter a ver com o sonho latente


 Pluralidade de fatores determinantes
 Atinge o sonho como um todo e seus elementos isoladamente
Superinterpretação

 Diz respeito a uma segunda interpretação que se sobrepõe a primeira e que nos
fornece um outro significado do sonho, distinto daquele que foi obtido pela
interpretação original.
Simbolismo nos sonhos:

 Um signo é considerado por como sendo aquilo que, sob certo aspecto ou modo,
representa alguma coisa (seu objeto).
 Um signo pode ser denominado índice, ícone ou símbolo.
 Um signo é denominado índice (ou sinal) quando mantém uma relação direta
com o objeto que ele representa. Exemplo: Rua molhada pode ser índice ou sinal
que choveu.
 Ícone quando sua reação com o objeto é de semelhança. Exemplo: retrato e
retratado.
 Símbolo quando sua relação com o objeto é arbitrária ou convencional, isto é,
não natural. É o caso das palavras.
Associação livre: tem por objetivo permitir que o paciente diga tudo aquilo que vem a
mente. Assim o pensamento consciente é retirado e abre-se espaço para pensamentos
ligados a processos inconscientes.
Interpretação: (transferência, contratransferência, resistência e o desejo)
Algumas anotações do caderno

 Cisão do psiquismo: Ter a consciência separada do inconsciente.


 A mente é dividida em instancias que geram conflitos e defesas: Pré-
consciente, consciente e inconsciente.
 A analise hoje é uma reconstrução, ressignificação dos conflitos.
 Histeria: sintomatização do corpo. Quando o afeto investe em outras ideias.
 Neurose X Histeria: cada uma possui uma defesa diferente.
 A psicanalise não trabalha com a ideia de transtorno, mas de sintomatização.
 O Conflito gera o Recalque, que gera o Sintoma
 Na origem da histeria, estaria um conflito entre o eu e a ideia inconciliável. O
eu expulsa a ideia inconciliável do consciente, gerando assim o recalque. O
recalque é uma defesa.
 Toda defesa é uma defesa falha, de forma que algo escapa e a defesa vem no
lugar. O sintoma é uma forma do inconsciente se manifestar.
 Sintoma neurose obsessiva, exemplo: culpa. Fobia: angustia. Etc
 Em dado momento, Freud dá mais ênfase ao psíquico, na ordem da fantasia
(edpiana)
 O inconsciente tem haver com as concepções de édipo, sexualidade,
incestos, etc, e o eu se defende disso.
 Não é a situação em si que causa o trauma, mas sim a interpretação que
temos disso.
 O que é uma análise? Superar a resistência do eu, para que possamos
decifrar o inconsciente. O que está por trás do sintoma deve ser o foco e não
o sistema em si.
 Determinismo psíquico: Trabalho que o sintoma causa.
 Método catártico: Antigamente, este método era feito da seguinte forma: o
momento traumático era rememorado e a pessoa falava sobre.
 A repetição acontece por não se saber elaborar.

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