Filo Crustaceos

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Filo Arthropoda

Subfilo Crustacea
Etimologia:
Latim: crusta = pele grossa ou crosta

Importância:
Ecológica: ocupam vários níveis tróficos - elos
Algumas espécies são utilizadas em estudos
ecotoxicológicos
Indicadores ecológicos
Abundância: ~ 40.000 espécies descritas
Importância Econômica:
Alimentação humana
Cultivos Intensivos
Algumas espécies são parasitas
Características gerais
Característica distintiva do subfilo: dois pares de antenas;
Na cabeça: além dos dois pares de antenas, apresentam
um par de mandíbulas e dois pares de maxilas.
Outros apêndices toráxicos e abdominais altamente
diversificados
Simetria bilateral. Formato do corpo varia de alongado a
esférico;
Corpo com órgãos e sistemas;
Características gerais
Possuem diferenças quanto divisão corporal entre os grupos. Principais
tagmas são: cabeça, tórax e abdômen, mas a fusão de somitos é
freqüente. P. ex. cefalotórax + abdome;

Tubo digestivo completo, reto, apresentando dois divertículos no


intestino médio (digestão e absorção dos alimentos), presença de ossículos
gástricos;
Características gerais
Cabeça com ocelos medianos
ou olhos compostos laterais,
estes últimos algumas vezes
localizados sobre pedúnculos
móveis;
Cabeça sem segmentação
externa, freqüentemente
escondida sobre a carapaça, as
vezes ausente. Tronco,
geralmente com segmentação
externa evidente;
Sistema excretor por glândulas
maxilares ou antenais;
Características gerais
Exoesqueleto formado por quitina, proteína e
carbonato de cálcio;
Trocas gasosas através da superfície do corpo, ou
por meio de brânquias desenvolvidas a partir de
determinadas regiões dos apêndices torácicos ou
abdominais;
Sangue com hemocianina, raramente com outro
pigmento;
Características gerais

Sistema nervoso com um par de gânglios por segmento.


Primitivamente, com gânglios e cordões nervosos ventrais
separados, mais freqüentemente fundidos entre si. As
vezes, todos os gânglios torácicos fundidos formando uma
massa única;

Dióicos ou raramente, hermafroditas. Fecundação interna,


com cópula, realizada por meio de gonópodos ou pênis.
Localização do gonóporo é variável, geralmente no tórax;
Copepodo
Características gerais
Ovos geralmente transportados
pela fêmea, ou protegidos em
bolsas especializadas. Alguns
jovens eclodem com número
completo de segmentos do adulto. A
maioria eclode como larva náuplio;
Náuplio
São essencialmente marinhos, mais
algumas espécies são de água doce
(13%) e poucas terrestres (3%).
Anatomia externa

Tergito = placa
dorsal cuticular

Esternito = placa
ventral
Anatomia externa
Anatomia
interna
Apêndices
Os apêndices cilindros ou foliáceos são primitivamente
birremes (dois ramos), com forma diferente;

A porção basal do apêndice


(protopodito) apresenta um
exopodito (lateral) e um
endopodito (medial).

O protopodito é constituído
por um ou dois artículos
(basipodito e coxopodito)
Apêndices – Homologia seriada

Exopodito – amarelo, Endopodito – púrpura, Protopodito - rosa


Reprodução e Desenvolvimento

A maioria é dióica, mas apresentam variações para a


cópula entre os diversos grupos (cracas são monóicas);
Alguns realizam reprodução partenogenética;
Possuem algum cuidado parental: câmaras
incubatórias (cladócera), sacos anexos ao abdômen
(copépodes) ou carregam os ovos ou juvenis nos
apêndices.
Reprodução e Desenvolvimento
Reprodução e Desenvolvimento

Cópula ocorre logo após à muda Larva náuplio


Ciclo de vida

Podem
ocorrer
migrações
reprodutivas
para
ambientes
diferentes
Ecdise - Necessária para o
crescimento do animal
Classes
Classe Branchiopoda
Ordem Cladocera
Características gerais:

Branchiopoda = pés branquiais;


Crustáceos pequenos quase restritos a água doce;
Apêndices cefálicos pequenos ou vestigiais (exceto
as antenas);
Não possuem segmento do tronco fundido à cabeça;
Tronco apresenta apêndices semelhantes: filtração
de alimentos e natação.
Classe Branchiopoda
Ordem Cladocera
Características gerais:

Locomoção pelo 2 par de antenas, principalmente


vertical; cerdas no abdômen auxiliam no
direcionamento do movimento;
Olhos compostos e sésseis auxiliam na orientação
do nado;
Alimentação: Alimentam-se do material em
suspensão (não seletivo);
Há espécies de cladóceros predadores;
Classe Branchiopoda
Ordem Cladocera

Características gerais:

Circulação: Presença de hemoglobina no sangue;


Excreção pela glândulas maxilares (ainda pouco
conhecida);
Reprodução: Sexuada - gonóporos abrem-se perto
do ânus ou no pós-abdômen (formação de ovo de
resistência – efípio);
Assexuada - incubação dos ovos em uma câmara
incubatória, com desenvolvimento direto na maioria
dos cladóceros;
Classe Branchiopoda
Ordem Cladocera
Classe Branchiopoda
Ordem Anostraca
Artemia

Utilizado como bio-indicador de ambientes aquáticos


contaminados;
Cistos, náuplios e juvenis de Artemia – alimentação
de espécies aquáticas;
Náuplios – alimento inicial de larvas de peixes e
de camarões;
Artemias

Características gerais:

Dependendo das diferentes condições do ambiente,


as populações de Artemia se reproduzem
sexualmente ou partenogeneticamente, liberando
náuplios ou cistos ;

São ricas em proteínas, vitaminas (caroteno) e sais


minerais, por isso são utilizadas em larga escala em
cultivo de camarões e peixes na fase larval,
acelerando o crescimento dos animais;
Crescimento

crescimento da Artemia envolve uma série de mudas,


passando por estágios do ovo até a maturidade sexual
que é atingida em duas semanas e podem produzir cerca
de 200 náuplios a cada cinco dias. O ciclo de vida da
Artemia, se fecha em aproximadamente 21 dias;

Corpo está dividido em cabeça, tórax e abdome. A


cabeça consiste de dois segmentos fusionados que
suportam dois olhos pedunculados, um olho naupliano,
assim como as antênulas e antenas. As antênulas
filiformes estão localizadas na parte dorsal. As antenas
dos machos são transformadas em órgãos de
preensão. Nas fêmeas elas são curtas e foliáceas.
Classe Copepoda
Ordem Cyclopoidea
Características gerais:

Grande maioria marinhos, mas há espécies de água


doce e espécies parasitas principalmente de peixes;
Copépodos marinhos são o componente mais
abundante do plâncton, mas existem copépodos
bentônicos;
Corpo geralmente afilado da parte anterior para a
posterior, composto de tórax e abdômen;
Olhos compostos ausentes, mas há presença de um
olho naupliano, característico da classe;
Primeiro par de antenas evidentes e geralmente em
ângulo reto com o eixo do corpo;
Classe Copepoda

Características gerais:

Cabeça fundida com o primeiro segmento torácico;


Primeiro par de apêndices torácicos são modificados
em maxilípides;
Abdômen composto de 5 segmentos sem apêndices
abdominais;
Alimentação: Copépodos planctônicos alimentam-se
do plâncton, sendo o fitoplâncton o mais abundante;
Algumas espécies planctônicas são onívoras e outras
são predadoras;
Bentônicos alimentam-se de detritos e
microrganismos;
Classe Copepoda

Características gerais:

Locomoção: Tantos os apêndices torácicos como as


segundas antenas são utilizadas para a natação;
Copépodos predadores nadam ativamente, enquanto os
herbívoros alternam natação e alimentação;
Excreção pelas glândulas maxilares;
Machos menores que as fêmeas;
Reprodução: Machos produzem espermatóforo que é
introduzido na fêmea;
Classe Copepoda Náuplio

Copepodo Características gerais:

Alguns copépodos eliminam os ovos na água, mas


geralmente encontram-se fechados no ovissaco;
Ovos eclodem como náuplios;
Podem ocorrer ovos de dormência de casca dura;
Estágios de copepoditos ou até mesmo adultos podem
encistar-se.
Classe Copepoda
Classe Malacostraca
Ordem Decapoda
Características gerais:

Formas mais conhecidas: camarões, lagostas e


caranguejos;
Maior ordem dos crustáceos;
Em sua maioria marinhos, mas existem espécies de
água doce;
Primeiros 3 pares de apêndices torácicos são
transformados em maxilípedes;
5 pares de apêndices torácicos restantes são pernas
(Decapoda);
1 ou 2 par de apêndices torácicos podem estar
transformados em quelípedes (quelas = pinças);
Anatomia externa

Tergito = placa
dorsal cuticular

Esternito = placa
ventral
Classe Malacostraca
Ordem Decapoda
Características gerais:

Pernas geralmente não são birremes (ausência de


exopódo);
A grande maioria dos decápodos são bentônicos,
mas existem espécies pelágicas;
Camarões - flexão do abdômen para escape rápido;
Pelágicos o corpo é cilíndrico e comprimido
lateralmente, já os bentônicos são achatados dorso-
ventralmente, pernas mais fortes, presença de
quelípedes;
Siris e caranguejos possuem o abdômen reduzido
que se encaixa no cefalotórax;
Classe Malacostraca
Ordem Decapoda
Características gerais:

Alimentação é muito variada e pode estar


relacionada com a disponibilidade;
Existem decápodos herbívoros, predadores,
detritívoros e filtradores;
Intestino anterior – modificado em estômago com
presença de dentes trituradores para desintegração
mecânica;
Hepatopâncreas – órgão bilobado com funções de
secreção de enzimas digestivas e armazenamento
de nutrientes;
Classe Malacostraca
Ordem Decapoda
Características gerais:

Trocas gasosas: Geralmente possuem 4 brânquias em


cada lado de cada segmento torácico;
Sangue contém hemocianina;
Excreção: Glândulas antenais (glândulas verdes) –
órgãos excretores, mais desenvolvido em todo os
cretáceos;
Excreção de N-NH3 pelas brânquias;
Alguns possuem grande tolerância a variações de
salinidade;
Decápodos terrestres – adaptações;
Classe Malacostraca
Ordem Decapoda
Características gerais:

Sist. Nervoso: Nos camarões e lagostas – cordão nervoso


ventral - há gânglios separados para cada segmento
torácico;
Nos caranguejos os gânglios migraram formando um
gânglio torácico;
Pernas e antenas são importantes para a busca de
informações do meio;
Estetos – cerdas quimiosensoriais – nas antenas;
Reprodução: Formação de espermatóforos, transferidos a
fêmea pelo par de pleópodos modificados para a
reprodução;
Cópula sempre ocorre depois da muda, feromônios;
A maioria dos decápodos a fertilização ocorre na postura.
Classe Malacostraca
Ordem Decapoda
Bibliografia
BARNES, R.S.K; CALOW, P. & LIVE, P.J.W. 1995
Invertebrados: uma nova síntese. Atheneu Editora São Paulo.
526p.

RIBEIRO-COSTA, C.S. & ROCHA, R.M. 2002 Invertebrados:


Manual de aula prática. Série Manuais Práticos em Biologia.
Holos Editora. 225p.

RUPPERT, E.E. & BARNES, R.D. 1996. Zoologia dos


Invertebrados. 6a. Edição. Roca, São Paulo, 1029p.

HICKMAN C.P.; ROBERTS, L.S & LARSON, A. 1995 Integrated


Principles of Zoology. WCB Publishers. 983p.

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