Psicologia Iridologia

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Psicologia e iridologia

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personalidade-iris2.shtml

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Psicologia e Iridologia - uma união possível. A


personalidade na íris (página 2)
José Antonio de Oliveira

Seria possível a união entre Psicologia e Iridologia? Qual papel caberia a ambas? Como se
enquadraria a Medicina nesse contexto? Estas perguntas encerram o objetivo deste
trabalho, qual seja, o de demonstrar que o método Rayid tem um valor científico e que a
Psicologia muito se beneficiaria com o seu reconhecimento, aliando-o à sua prática
clínica. Para isso, será utilizada a teoria psicológica desenvolvida por Carl Gustav Jung,
denominada de Psicologia Junguiana, a qual tem seu valor científico reconhecido pela
Psicologia, sendo uma de suas especialidades.

Finalmente, tentar-se-á provar que há uma correlação entre a Psicologia, notadamente a


Psicologia Junguiana, com a Iridologia, através do método Rayid, bem como, destas com
a Medicina.

Iridologia / irisdiagnose
Iridologia significa estudo da íris. A íris é a parte do olho que lhe dá a cor. A Iridologia
poderia, então, ser definida como "o estudo da íris que vai desde a sua anatomia, fisiologia,
histologia, farmacologia, patologia até a possibilidade de se conhecer a constituição geral e
parcial do indivíduo". (BATELLO, 1999).

No entanto, para a proposta deste trabalho, o termo Irisdiagnose, que pode ser definido
como sendo o conhecimento do ser humano obtido através do estudo da íris, é o mais
adequado pois o estudo iridológico nos proporciona conhecer não somente a
constituição física mas, também, os aspectos psíquicos da pessoa.

Medicina e Psicologia sempre viveram em confronto, pois uma só conseguia ver o físico,
o palpável; o que não podia ser medido não tinha valor científico. A outra, muitas vezes
relegava, a segundo plano, o físico, voltando-se tão somente para o psíquico, o
inominável e, por isso, era considerada misticismo, quando seus métodos de atuação e
pesquisa, por mais sistematizados que fossem, não revelassem dados concretos. Como
exemplo temos o trabalho com sonhos que, por não poderem ser medidos,
sistematizados, observados e sentidos, a não ser pelo próprio sonhador, são
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classificados como ficção, sendo que o único referencial é o relato do sonhador no qual
se tem que confiar cegamente. A utilização tão somente de técnicas psicológicas
intuitivas acaba por se tornarem reducionistas, que desprezam situações concretas
vivenciadas pela pessoa.

Este cisma que ainda perdura, divide o ser humano em metades: corpo e mente. De um
lado, a Medicina a cuidar do corpo. De outro, a Psicologia a cuidar da psique. E com isso
o ser humano que é único tornou-se o objeto de desejo da ciência.

Para por fim a essa disputa insana, surge a Irisdiagnose que permite ao profissional da
saúde ver, enxergar a unicidade do ser humano através da simples observação de uma
minúscula parte do corpo, a qual revela o físico e o psíquico ao mesmo tempo, provando
que corpo e mente é a mesma coisa! Um é o reflexo do outro. Como nos diz o Dr. Batello:
"a medicina é uma só, o que difere são as técnicas e os métodos terapêuticos utilizados"
(BATELLO, 1999). Assim, podemos ser comparados a uma folha de papel: o que é
impresso de um lado pode vir a impressionar o outro lado e vice-versa. Ou seja, uma
pessoa que sofre a amputação de um braço pode vir a apresentar um quadro
depressivo. Ou, então, uma pessoa extremamente ansiosa e distônica por vir a fazer
uma úlcera duodenal! E que maravilha é, através da Irisdiagnose, poder ver revelada na
íris do indivíduo ambas as situações e, com isso, poder tratar e cuidar da sua pessoa por
completo.

A Irisdiagnose é um novo marco do saber que recoloca o ser humano no centro, único,
indiviso, como a própria íris o é em seu formato circular, a indicar que o nosso olho
passa a ser a janela para a nossa alma.

História da iridologia
Não podemos precisar um início para a Iridologia. No Egito e Grécia antigos há relatos de
estudos iridológicos. No século XVII encontra-se estudos científicos sobre sinais na íris.
Em todos os povos o olho, e mais especificamente a íris, é reverenciado como um
caminho para o conhecimento interior do homem.

Entretanto, um acontecimento singular e original pode ser colocado como um marco


para o que a Iridologia viria a se tornar. O mérito cabe ao húngaro Ignatz Von Peczely
que aos 10 anos de idade fez uma observação espetacular. Ao passear por uma floresta
"encontrou uma coruja que havia ficado presa numa cerca. Ignaz tentou ajudá-la e esta,
apavorada, agarrou-se na mão do jovem. Ele, na tentativa de livrar-se das garras, quebrou-
lhe uma das patas. Nesse momento notou que, na íris da coruja correspondente ao lato da
fratura, apareceu um traço escuro. Ignaz tratou o ferimento e observou como o traço foi
clareando gradativamente até restar uma tênue marca" (PIN e DOS SANTOS, 1997).
Formando-se médico, Ignatz inicia seus estudos em Iridologia, tendo criado "o primeiro
Mapa Iridológico, o qual mostrava, embora ainda de forma rudimentar, a correlação de
órgãos e sistemas a áreas específicas do disco iridal". (PIN e DOS SANTOS, 1997).

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Após Ignatz, muitos outros estudiosos pesquisaram a correlação entre alterações do
funcionamento fisio-psíquico normal e os sinais na íris. Entre os que mais se destacaram
temos o dr. Bernard Jensen, precursor da escola americana; Josef Deck, da escola alemã;
Denny Jonhson, americano precursor da Iridologia Psíquica; dr. Celso Batello, brasileiro e
criador do mapa condensado de Irisidiagnose que reúne os principais mapas
iridológicos desenvolvidos até os dias atuais; dr. Daniele Lo Rito, italiano e seus estudos
dos traumas psicológicos, dentre tantos outros.

Particularmente no Brasil a Iridologia-Irisdiagnose tem tido um avanço significativo. Em


1992 foi fundada a Associação Médica Brasileira de Iridologia, a qual, juntamente com a
Associação Mundial de Irisdiagnose, tem realizado vários congressos e simpósios. Tem-
se que ressaltar a existência de um curso em nível latu sensu, que tem formado
inúmeros profissionais interessados em atuar com a Irisdiagnose como um instrumento
auxiliar de suas atividades. Este curso talvez seja o único no mundo que propicia tal nível
de formação acadêmica. Tudo isso serve para mostrar que a Iridologia-Irisdiagnose
tende a ser um instrumento científico de suma importância, no trabalho com o cuidado
do bem-estar do homem, despontando como um elo transdisciplinar a unir as mais
diferentes áreas do saber.

Possibilidade e limites
A partir deste ponto estaremos utilizando o termo Irisdiagnose por entendê-lo mais
apropriado do que Iridologia, em função do que é proposto neste estudo.

A Irisdiagnose surge como novo limiar científico onde corpo e mente são vistos como
uma única realidade, embora com suas especificidades a se influenciarem mutuamente.
Com isso, sua aplicabilidade se torna quase que inesgotável. Medicina e Psicologia, ou
melhor, as ciências da saúde têm, agora, um novo instrumento que possibilita antever
padrões físicos e psíquicos que podem se tornar ativos e, assim, conduzirem a vida das
pessoas. Para que isso seja compreendido é preciso entender o significado dos termos
grifados em itálico acima.

Antes cabe uma explicação. O conhecimento que a íris nos proporciona está relacionado
com sua leitura. Isto é feito através da verificação de sinais em sua superfície que estão
relacionados aos diversos órgãos do corpo, utilizando-se de mapas iridológicos onde
consta a localização desses órgãos. Assim, um determinado sinal como uma mancha
psórica ou uma lacuna (ou pétala) num ponto da íris que corresponda a determinado
órgão pode significar uma fragilidade. Com isso, dizemos que aquele órgão é um órgão de
choque que apresenta uma fragilidade inerente. Qualquer ação física ou
situação/acontecimento psíquico podem desencadear doenças ou comportamentos que
venham a prejudicar a homeostase, aquele estado de equilíbrio funcional quase (porquê
se total significaria a morte) perfeito que mantém a vida da pessoa dentro de padrões
aceitáveis como normais.

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Quando dizemos antever, significa que podemos nos valer da Irisdiagnose como um
instrumento preventivo na verificação de possíveis disfunções físicas e/ou distúrbios
psíquicos. Ora se ao ler uma íris observamos que o coração aparece com um órgão de
choque, ou seja, um órgão de menor resistência, o profissional da saúde pode atuar
antes do aparecimento de um infarto controlando-se, por exemplo, o modo de vida e a
alimentação do paciente. Como corpo e mente são únicos, a Psicologia sabendo o
significado simbólico do coração, pode agir no campo emocional conhecendo o
comportamento e atitudes do paciente e, junto com ele, trabalhar para que aqueles
aspectos de sua vida que não estejam sendo vividos da maneira correta possam ser
atualizados antes que o Self, centro controlador e regulador de nosso funcionamento,
interfira e compense a negligência da pessoa com sua expressão amorosa com um infarto!
Neste caso, há um duplo benefício proporcionado pela Psicologia: previne-se um
sintoma físico e corrige-se um padrão comportamental/emocional que poderia estar
levando a pessoa à infelicidade e à perda da homeostase.

Falamos em padrões físicos e psíquicos. Ora, mesmo os padrões têm variações e, em


nosso caso, isso é devido à individualidade de cada ser humano, em função de sua
genética única e de seu convívio social a influenciar seus comportamentos, isso sem
mencionar seus complexos psíquicos que norteiam seu modo de ser no mundo, sua
personalidade. Então, o que vale para uma pessoa pode não servir para outra e vice-versa.
Mas os padrões existem e são eles que possibilitam a existência da ciência, senão não
teríamos dados para serem coletados, medidos, analisados e comparados. Nem tão
pouco se poderia desenvolver e aplicar teorias, pois, estaríamos sendo ilusionistas, ao
mostrar algo que não existe.

Neste pensamento científico se enquadra perfeitamente a Irisdiagnose. Segundo Batello,


no aspecto físico, "muito embora seja impossível estabelecer um diagnóstico, que pressupõe
dar nomes às doenças, a Irisdiagnose funciona como um pré diagnóstico, onde a detecção
dos órgãos de choque, permite mais facilmente a elaboração do mesmo, através de exames
complementares que venham a confirmar as suspeitas clínicas" (BATELLO, 1999).

O mesmo raciocínio vale para o aspecto psicológico. A Irisdiagnose, de forma


revolucionária, pode ser aplicada, como se pretende mostrar neste trabalho, a
determinar os padrões de personalidade de uma pessoa, sem a necessidade de um teste
tipológico de personalidade! E mais, quando a aplicação de tal procedimento é
impossível, como no caso de pessoas não alfabetizadas, ou de nível intelectual sofrível
ou, ainda, dissociadas egoicamente, visto ser o "Quati", teste padrão utilizado na
determinação tipológica da personalidade, composto de perguntas e respostas. Neste
sentido, a Irisdiagnose torna-se um instrumental único do qual pode se valer a
Psicologia, notadamente a Junguiana.

Esta escola de Psicologia ensina que o ser humano possui, em sua personalidade, duas
atitudes energéticas básicas e contrárias e quatro funções: duas conscientes, sendo uma
dominante e outra auxiliar, e outras duas inconscientes. Isto será visto em detalhes no
item I.8, aqui apenas colocado para melhor entendimento do que está sendo exposto.

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"Essas funções (sensação, pensamento, sentimento e intuição) serão introvertidas ou
extrovertidas segundo o tipo psicológico do indivíduo. De ordinário uma só dessas funções, a
função principal, é constantemente exercitada... diferencia-se em detrimento das três outras"
(SILVEIRA, 1981). Para Jung, "graus de atividade muito diferentes dessas funções podem
originar perturbações neuróticas. O exercício de atividades ocupacionais, escolhidas
intencionalmente, viria solicitar o uso de cada uma das quatro funções e especialmente
estimularia a função inferior, conforme o tipo psicológico" (SILVEIRA, 1981). A estimulação
das funções menos desenvolvidas evitaria que o inconsciente se ativasse pondo em
risco um ego fragilizado. Por outro lado, o estímulo adequado da função principal
reforçaria o complexo do ego, impedindo seu esfacelamento.

Ora, como por em prática tão importante terapêutica se não pudermos saber a estrutura
de personalidade do indivíduo, pela impossibilidade da aplicação de um teste de
personalidade? A resposta está na Irisdiagnose, como será demonstrado no decorrer
deste trabalho.

É importante frisar que a Irisdiagnose não faz diagnóstico. Na melhor das hipóteses ela
atua como um instrumento de pré-diagnóstico e como preventivo de acontecimentos
que poderiam interferir negativamente na vida da pessoa, seja no nível físico e/ou
psíquico, bem assim, como um instrumento auxiliar da prática psicológica no que tange à
doença mental, visando à homeostase físico/psíquica da pessoa.

Aqui está uma das maiores limitações da Irisidiagnose. O profissional ao fazer uso dela
poderia ser levado a atuar corretivamente sobre algo que poderiam não estar
ocorrendo, o que seria um desastre. Imagine dizer a uma pessoa que ela tem um câncer.
Ou, então, que ela é esquizofrênica. Isto deixaria marcas indeléveis na sua vida. E não é
só. Descoberta a falha e "corrigido" o problema, a competência desse profissional estaria
abalada. Por isso fizemos questão de frisar a expressão "pode", pois o que a íris nos
mostra pode vir a ocorrer ou não. Por outro lado, o que é mostrado "pode" estar
ocorrendo neste momento ou "já ter ocorrido". Quanto ao que se relaciona ao passado,
podemos nos reportar a um trauma psicológico que, como já mencionado, pode ter
ficado impresso na íris. Estes fatos fazem parte de um estudo do Dr. Daniele Lo Rito e de
seu estudo chamado cronorischio, o qual não será aqui abordado por não fazer parte
desta proposta.

Entretanto, quanto ao que a íris mostra que pode estar ocorrendo no momento
presente na vida do paciente, temos um outro meio de utilização da Irisdiagnose e, aqui
sim, como um pré-diagnóstico pois, a Irisdiagnose, per se, é insuficiente para mostrar o
quantum um órgão está afetado ou até que ponto um comportamento pode estar
levando a pessoa a um distúrbio psíquico. Por isso, o profissional consciente e ético deve
usar de todos os meios científicos para se confirmar o pré-diagnóstico dado pela íris,
quer seja através de exames laboratoriais e/ou clínicos, quer seja através da análise
psicológica, para que se feche o diagnóstico propriamente dito e, assim, o paciente seja
realmente visto em sua integralidade física e psíquica, aliás, como é seu direito e o dever
de todo profissional que se põe a cuidar do bem-estar do ser humano.

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As limitações aqui colocadas poderiam depor contra a Irisdiagnose o que não é verdade.
Ao contrário, atuam para que não se caia na "verdade indiscutível", no "eu sei tudo", "eu
vejo tudo", abrindo-se caminho para a prepotência e a "cegueira narcísica" onde o
profissional iridologista é o "deus do saber" e o resto é simplesmente resto. Não se pode
negar os avanços científicos, nem tão pouco as especialidades médicas ou psicológicas,
posto ser a pessoa humana extremamente complexa em sua existência o que torna
impossível para uma única ciência saber tudo sobre ela. A mesma advertência vale para
as demais ciências da saúde que, como já foi dito, tendem a negar tudo aquilo que não
pode ser mensurado e que poderiam não dar, como não têm dado, à Irisdiagnose seu
devido valor.

Portanto, cabe aos profissionais da saúde, conscientes de seu dever para com a
evolução científica e o saber humano, atuar de maneira ética, precisa, comedida e
científica para que a Irisdiagnose se torne um instrumento reconhecido e que possa
servir de maneira eficaz à saúde e felicidade do ser humano.

O olho
É necessário fazer uma breve descrição anatômica, fisiológica e embriológica – e
principalmente esta, para que se entenda o funcionamento do olho e o que se busca em
um estudo iridológico.

De modo geral, as pessoas e, infelizmente, os profissionais de saúde não reconhecem na


Irisdiagnose algo "científico". É mister, então, tornar evidente as razões que levam os
iridologistas a praticarem a Irisdiagnose com total confiança naquilo que fazem. E isto
porque eles sabem e conhecem aquilo com que estão lidando. Interessante notar que
muitas coisas passam desapercebidas e, justamente, por estarem tão à "nossa vista".
Pior é ver que, mesmo elas sendo trazidas à luz da consciência, muitos cientistas ainda
teimam em renegar achados concretos, talvez em funções de interesses outros que não
a evolução científica ou, quiçá, querendo disfarçar a própria ignorância.

Não se pode conceber que pessoas intelectualizadas, ditas sábias, estudiosas do corpo e
da mente humana não admitam a validade da Irisdiagose diante de provas tão cabais
que são e que já foram produzidas no decorrer das décadas em milhares de estudos
iridológicos. Espera-se que tais pessoas e o próprio leitor, encontrem neste trabalho a
certeza de que a Irisdiagnose é muito mais do que uma ciência. É a prova cabal de que o
ser humano está acima de convenções sociais político-partidárias deste ou daquele
interesse, pois o micro cosmos da íris revela todo o macro cosmos que é nosso corpo-
mente.

I.4.1 - Embriologia

"O olho se forma na 4a. semana de vida, a partir de 2 folhetos o ectoderma e o mesoderma.
O ectoderma recebe do neuroectoderma do cérebro anterior (prosencéfalo), a base da
vesícula óptica e do ectoderma superficial da cabeça, o lens placóide do cristalino, o
mesoderma (da cabeça) recebe a base do mesênquima ocular." (BATELLO, 1996).
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"Da prega neural no extremo cranial do embrião de 4 semanas, surge o sulco óptico que
invagina para formar as vesículas ópticas. Com o desenvolvimento das vesículas ópticas, sua
conexão com o cérebro anterior se estreita para dar origem ao pedículo óptico. O ectoderma
superficial (lens placóide) se expressa e invagina até formar uma vesícula que irá se
transformar no cristalino." (BATELLO, 1996).

Figura 1

"O rebordo do cálice óptico que se projeta na frente do cristalino, cobrindo-o parcialmente
tem o nome de ÍRIS e é composto por uma camada pigmentar, uma camada neural, pelo
corpo ciliar e pela retina." (BATELLO, 1996) .

Figura 2

Quando da formação embriológica, "o tubo neural se diferencia em duas regiões, o cérebro
primitivo e a medula espinhal" (BATELLO, 1996), que é a responsável por conduzir os
impulsos nervosos até o cérebro e deste para os mais distantes receptores do corpo. Ou
seja, todo o corpo tem ligação com o cérebro.

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Figura 3 Figura 4

O cérebro primitivo se segmenta em 3 porções: a anterior, a média e a posterior. A


porção anterior se divide em telencéfalo e diencéfalo, sendo que do diencéfalo brotam
dois pedículos laterais que irão formar os dois olhos.

Figura 5

Aqui está o cerne de tudo o que foi


exposto até agora, a razão de se
afirmar que a Irisdiagnose é tão ciência
ou mais do que qualquer outra. Temos
o seguinte diagrama: numa
extremidade o corpo e na outra o
olho/íris e no centro, unindo os dois, o
cérebro.

A medula espinhal é formada do mesmo tecido neural que dá origem ao cérebro e é


responsável pelas transmissões nervosas de todas as regiões, órgãos e tecidos do corpo.
O olho e a íris são tecidos cerebrais, formados a partir do cérebro e, por isso, pode-se
afirmar sem medo de errar que o olho e íris são uma extensão do cérebro. Ora se a
medula traz ao cérebro todas as informações do corpo e sendo o olho e a íris uma
extensão do cérebro, fica evidente que o corpo, e seu estado funcional, se revela na íris.
Isto, pensando-se no aspecto físico, mas não é só.

A íris nos mostra, também, os aspectos psíquicos da pessoa. Isto ficará evidente nos
próximos capítulos, que é nosso objetivo primário. Entretanto, se fez necessário, agora,
esse maior enfoque no aspecto físico, pois era preciso comprovar a relação íris-olho com
o corpo, para que não pairasse quaisquer dúvidas sobre o que será mostrado daqui
para a frente. Não se esqueça, também que a Psicologia sempre pregou, como já
demonstrado no capítulo anterior, que corpo e mente é a mesma coisa expressa cada
qual em sua dimensão, ou seja, o corpo na dimensão física e a mente na dimensão
psíquica. Daí não dá para analisar o corpo sem ver a mente e vice-versa. Isto nos deixa
tranqüilos para demonstrar que a personalidade de uma pessoa pode ser evidenciada
na íris.
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I.4.2 - Sinais Iridológicos

A análise da íris é feita através da leitura dos sinais que ela apresenta.

Como estaremos abordando os aspectos psíquicos, quais sejam, os diversos padrões de


personalidade estaremos nos valendo tão-somente de quatro sinais básicos, cuja
presença ou não na íris, em conjunto ou isoladamente irão nos mostrar as características
de personalidade da pessoa.

Sabemos que não existem duas pessoas perfeitamente idênticas. Igualmente, não
existem duas íris perfeitamente iguais, mesmo em gêmeos univitelínios, o que confirma
que cada pessoa é um ser único. Os sinais, então, servem como referencial que, quando
presentes, indicarão que a pessoa cuja íris está sendo analisada e que contenham
determinados sinais, possui determinadas características que são básicas e estão
presentes em todas as pessoas que possuam sinais semelhantes.

Esses sinais se resumem basicamente em quatro e estarão sendo anali-

sados psicologicamente. Caso estivesse sendo feita uma análise orgânica, a


interpretação desses sinais seria totalmente diferente. Como isso foge ao objetivo deste
trabalho, não será aqui abordado.

O primeiro "sinal" é a "ausência de sinais". Isto é visto numa íris que possua uma
aparência lisa, sem manchas.

Foto 1

O segundo "sinal" é o que tem o formato de


"pétalas" da flor margarida, "são aberturas
curvas ou arredondadas nas fibras da íris".
(JOHNSON, 1992). Neste caso as fibras da íris
são frouxas.

Foto 2

O terceiro "sinal" são "manchas" escuras,


"concentrações que parecem pontos nas fibras da
íris, em cores que variam do ouro claro ao negro"
(JOHNSON, 1992), podendo ser uma ou várias.

Foto 3

O quarto "sinal" é a presença na íris tanto de "manchas" escuras ou de "pétalas".

Foto 4

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O quinto e sexto "sinais" é a verificação da existência ou não de uma coloração mais
escura (dourado ou marrom) na região do colarete (ao redor da pupila), em relação ao
restante da cor da íris.

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Foto 5 - Foto 6

A leitura e o significado desses sinais serão vistos no próximo capítulo, à luz do método
Rayid, desenvolvido por Denny Johnson, que foi uma primeira tentativa de associar
aspectos psicológicos e Irisdiagnose.

Corpo e mente - o "ser"


O ser humano é formado por um conjunto de 46 cromossomos, sendo 23 doados pelo
pai e 23 pela mãe. O processamento da conjugação desses 23 pares de cromossomos
que irá formar o novo ser ainda é um mistério para a ciência e talvez nunca seja
revelado. Isto nos leva a acreditar numa pré-destinação dada pela Natureza para cada
vivente. Quer dizer que uma pessoa já nasce com um perfil físico-psíquico pré-
determinado. Pré-determinado e não simplesmente determinado, pois fatores sociais e
emocionais podem influir no modo como a pessoa atuará durante sua vida.

Entretanto, uma base formativa ou formada existe e irá nortear suas ações, seu
comportamento e sua personalidade, como mostra Jung: "a personalidade já existe em
germe na criança, mas só se desenvolverá aos poucos por meio da vida e no decurso da
vida". (JUNG, 1994). Por exemplo, uma pessoa não se torna, mas já nasce extrovertida.
Outra pessoa pode ser mais fria, racional. Embora o convívio social, por exemplo, possa
influenciar o comportamento de ambas para que atuem de maneira um tanto quanto
diferente, a base da personalidade não pode ser alterada, conforme diz Jung: "sem
determinação, inteireza e maturidade não há personalidade". (JUNG, 1994).

Em termos metafísicos a teoria da pré-determinação psíquica pode bem explicar o fato


de a personalidade de uma pessoa ser inata. Ora, em não sendo a personalidade básica
construída, mas sendo formada durante a concepção e, sendo o cérebro - na verdade o
corpo – o centro das emoções de uma pessoa, fica claro que na íris também está
expressa a personalidade.

Atualmente, os estudos psicológicos se valem de teste de personalidade e das


observações do analista em relação ao seu analisando para determinar a personalidade
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deste. A irisdiagnose, portanto, se coloca como algo extremamente inovador e sem
precedentes, como um valioso auxiliar do trabalho psicológico antevendo e agilizando
diagnósticos que poderiam demorar mais tempo. Por exemplo, um teste para
corroborar observações clínicas, que já demandaram pelo menos 5 sessões
psicoterápicas, pode demorar algumas horas para ser concluído, desde o início de sua
feitura pelo analisando até o laudo emitido. Somando-se essas duas situações lá se vão
de 3 a 6 semanas. A Irisdiagnose "pode" reduzir isso para "1 dia"! Agora, que fique bem
claro as aspas, principalmente o "pode" pois, a Irisdiagnose deve ser um auxiliar e não
um fim em si mesmo. Então, ela pode ser usada como um primeiro passo, para agilizar
observações iniciais que deverão vir a ser confirmadas. Diagnósticos rápidos,
"relâmpagos" na Psicologia não existem e se forem tentados podem rotular uma pessoa
para sempre. Imaginem se o diagnóstico tenha sido "equivocado"? Imaginem o estrago
na vida dessa pessoa. Portanto, ser criterioso, ético e parcimonioso na utilização desses
instrumentais é de fundamental importância para que injustiças não sejam cometidas.

O "Olho de Deus"
Nos termos em que tudo está sendo colocado o olho, dentro de todas as estruturas do
corpo, passa a ter uma importância capital, pois ele nos revela o "todo" do ser. Estava
correta a pessoa que cunhou a expressão: "os olhos são a janela para a alma".

Como esta própria frase diz, estamos lidando com a pessoa em todos os seus aspectos,
em toda sua essência. Portanto, uma qualificação profissional teórica-técnica é
fundamental. A essência da pessoa estará exposta à nossa frente e tudo o que
dissermos poderá ser usado contra ela, lembrando Oliveira Filho: "só diga coisas que
possam ajudar o paciente" (OLIVEIRA FILHO, in BATELLO, 1996). Assim, uma avaliação só
deporá contra a pessoa se não formos éticos e capacitados e se nossas observações,
sendo mal-feitas, estiverem erradas. Como, então, ter certeza de que o parecer que
emitimos está correto? Como saber se o que observamos na íris está correto?

Na ciência, como em tudo, as grandes descobertas são feitas pelo método simplório, mas
não menos eficiente da "tentativa e erros (e acertos!). Tentar, arriscar é válido mas, como
já mencionado, pode destruir uma pessoa. O iridologista deverá se valer de outros
métodos e, não sendo qualificado, deverá encaminhar o paciente para um profissional
que o seja, para eliminar senão minimizar quaisquer possibilidades de erros.

O homem é imperfeito, mas busca a perfeição em tudo; e o deve fazê-lo sempre.


Quando lidamos com um objeto uma "coisa" pode-se errar em todas as tentativas. Mas
ao lidar com um ser humano... isso pode ser fatal. Não somos deuses, mas devemos agir
como se fôssemos. Só assim o olho, a íris e a Irisdiagnose poderá ser vista como um
instrumento sine qua non para o conhecimento integral, holístico do ser humano.

O método "Rayid"

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Denny Johnson foi o criador do método Rayid. Baseando-se nos conhecimentos já
existentes em Iridologia ele criou esse método que consiste em verificar a personalidade
de uma pessoa através de sua íris. "Ray", significa "raio" e "id" é o representado do
"inconsciente" preconizado por Freud. Portanto, Rayid poderia ser definido como um
raio de luz a partir do inconsciente. "O método Rayid descreve as maravilhas da luz invisível
que existe dentro e em torno de cada pessoa: ele acompanha o avanço dessa luz de dentro
para fora, passando através dos inúmeros níveis da mente e do corpo." (JOHNSON, 1992).

O método é simples e baseado, logicamente, nos sinais iridológicos. Ele reúne conceitos
psicológicos, pois é uma tentativa de se tornar um instrumento nesse nível. Entretanto, a
Psicologia, como as demais ciências, pode demorar anos, décadas até reconhecer um
procedimento como científico. Até lá muitas pessoas idôneas, sérias, éticas serão
perseguidas, terão seus diplomas cassados, por utilizarem algo que é não-científico no
exercício profissional, até o momento que, num rompante de luz, tudo é validado.

Com o método Rayid não é diferente. Ele não é reconhecido como um instrumento, uma
técnica psicológica científica. Portanto, não pode ou deve ser utilizado como tal por um
psicólogo. E o profissional que fizer uso dele, poderá ser cassado. Nossa tentativa,
portanto é a de mostrar que o método Rayid pode ser sim científico e utilizado pela
Psicologia como recurso para o conhecimento do ser humano.

Na sua essência, esse método procura determinar a personalidade e atitudes de uma


pessoa como, por exemplo, se ela é introvertida ou extrovertida, se mais emocional ou
racional e, ainda, usando de "simbologia", se um determinado sinal numa determinada
área da íris que representa um determinado órgão leva a pessoa a ter uma determinada
atitude. Através do método Rayid descobrimos que "o olho também é um holograma. É
um holograma que revela mais do que apenas o físico. Ele expressão com precisão a
totalidade de nossos pensamentos, emoções e capacidades." (JOHNSON, 1992).

Então, no método Rayid temos a extroversão que "é o movimento para fora da vitalidade
emocional e física" (JOHNSON, 1992) e introversão que "é o movimento da vitalidade
emocional e física voltado para dentro" (JOHNSON, 1992). Sobre esses fluxos energéticos
básicos tem-se os 4 padrões de personalidades que são: o padrão jóia que "reagem aos
demais com análise, pensamento e palavras" (JOHNSON, 1992); o padrão flor que "reagem
à vida com os sentimentos e a comunicação visual" (JOHNSON, 1992); o padrão corrente
que "são fisicamente sensíveis e reagem ativamente aos outros com gestos delicados"
(JOHNSON, 1992); e, finalmente, o padrão agitador que "são pessoas intensamente
entusiastas, em geral dedicadas a uma causa ou a um objetivo" (JOHNSON, 1992).

A correlação entre os sinais iridológicos, as características de personalidade apontadas


pelo método Rayid e a Psicologia Junguiana será mos-

trada com detalhes no item I.8.2.

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Será possível uma interface entre a Psicologia e a Iridologia, através da Irisdiagnose?
Poderá a Irisdiagnose vir a ser reconhecida como um método científico pela Psicologia?
Temos total convicção que sim. Então porque esse reconhecimento ainda não ocorreu?

A Psicologia é uma ciência relativamente "nova"; tem pouco mais de 100 anos (embora
desde que existe o ser humano ela existe – não oficialmente, não cientificamente).
Igualmente, a Iridologia também é uma ciência nova. Como já visto, o homem precisa do
concreto para que algo exista. Assim, uma "teoria" psicológica, abstrata, carecerá de
observações e conclusões dentro das metodologias científicas para que seja
reconhecida. Isso implica em muito trabalho, pesquisas e publicações de resultados para
que algo abstrato se transforme em algo "concreto" ou reconhecido.

Como psicólogo junguiano vemos uma "estreita relação" entre o método Rayid e a
Psicologia Junguiana, mesmo porque as duas se baseiam na simbologia. O sintoma na
doença é um símbolo que pode ser interpretado. Segundo Dahlke, "o meio de expressão
do corpo é a linguagem simbólica". (DAHLKE, 2000). Todo órgão "doente" tem um símbolo
e esse símbolo é sempre particular e dirigido para a pessoa que o possui! Ora, se
falamos de sinais iridológicos que podem determinar a fragilidade ou falência de um
órgão, podemos nos referir ao símbolo ali mostrado, pois "tudo o que acontece no corpo
de um ser vivo é a expressão do padrão correspondente de informação, ou seja, é a
condensação da imagem correspondente." (DETHLEFSEN e DAHLKE, 1996). E isso é o
campo do trabalho psicológico. Temos então, a interface entre Psicologia e Irisdiagnose
que, sem sombra de dúvida, será reconhecido e aclamado como a grande descoberta
deste século.

I.8.1 - Psicologia Junguiana

Assim como na Medicina existem as inúmeras especialidades, na Psicologia existem os


diversos métodos ou teorias psicológicas. Somos adeptos da teoria junguiana criada pelo
psicólogo suíço Carl Gustav Jung. Isso se deve ao fato de uma identificação pessoal, ou
seja, "nos vemos na teoria". Por outro lado, a achamos a mais completa, pois ela vê o ser
humano como um "todo" e não apenas alguns de seus aspectos. Nem tão pouco
procura "reduzir" o ser humano e suas vicissitudes a apenas um de seus aspectos como,
por exemplo, o faz a teoria freudiana que tenta explicar tudo o que acontece a uma
pessoa através do impulso sexual que, na verdade, é apenas uma das facetas do ser.

Essa amplidão, essa liberdade, proporcionada pela Psicologia Junguiana nos dá espaço
para ver e entender a Irisdiagnose e poder aplicá-la na clínica como um instrumento
auxiliar sem precedentes. Logicamente estamos indo contra os "preceitos científicos
atualmente reconhecidos" mas, isso também não o fez Freud, Jung, Einstein, Galileu,
Copérnico e outros? E no final não foram reconhecidos, eles e seus métodos?

Utilizando a Irisdiagnose como um auxiliar da prática psicológica, não estamos usando


algo "ilegal", mas um método que se vale do mesmo objeto que a própria Psicologia
utiliza, especialmente a Junguiana, que é o "símbolo" e a "interpretação simbólica" de um

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achado físico, um sintoma. Se o uso do símbolo e sua interpretação simbólica já têm o
reconhecimento científico pela Psicologia a Irisdiagnose também é científica!

A teoria junguiana não será aqui colocada em detalhes, pois fugiria ao nosso objetivo e
incorreria no fato de ser repetitiva com o que será colocado no próximo capítulo. Fica a
sugestão para aqueles que quiserem maiores esclarecimentos que se valham da
bibliografia utilizada neste trabalho.

I.8.2 - A personalidade e a íris

A partir de agora será feita a ligação entre a Psicologia e a Irisdiagnose. Para cada
aspecto psicológico haverá uma breve introdução sendo utilizada especificamente a
teoria junguiana, a qual será aplicada ao método Rayid. Após cada exposição teórica
será colocada uma foto para demonstrar como este ou aquele aspecto será visto e
estará determinado na íris.

Para a Psicologia Junguiana, a personalidade de uma pessoa encerra um número


indefinido de potencialidades. Essas potencialidades são inatas. São os fatores
interativos, notadamente os sociais, que farão uma determinada potencialidade aflorar
e outra se retrair e ficar "escondida" no subconsciente. Essas potencialidades são
conhecidas pela Psicologia Junguiana como "arquétipos" que são "sistemas de prontidão
para a ação e, ao mesmo tempo, imagens e emoções." (JUNG, apud SHARP, 1993). Esses
sistemas psíquicos constituem o inconsciente coletivo que é "camada estrutural da psique
humana" (SHARP, 1993), e que são encontrados em todas as pessoas de qualquer
cultura; como exemplo o arquétipo materno.

Paralelamente, os complexos são "idéias carregadas de sentimento que, com o correr do


tempo, se acumulam ao redor de determinados arquétipos". (SHARP, 1993). Não são bons
nem ruins mas, quando ativados, são acompanhados de afeto o que podem interferir e
até dominar a orientação do ego (que também é um complexo). O correto, então, é dizer
que um complexo tem a pessoa e não que a pessoa tem um complexo. Eles se diferem
dos arquétipos, por serem pessoais, ou seja, embora estejam presentes em todas as
pessoas, só estão ativos naquelas em que foram levados a serem dominantes; como
exemplo um complexo de inferioridade. Isto é determinado pela interação social. Os
complexos que não foram ativados, que não atuam junto ao complexo do ego, são
"reprimidos" para o subconsciente especificamente numa instância psíquica chamada
de "sombra". Isto não significa que os complexos reprimidos estejam "mortos". Eles
continuam a atuar e a influenciar as pessoas, principalmente se forem aspectos dos
quais elas precisem para serem perfeitas. Esse complexos podem aflorar no corpo em
forma de sintomas, forçando a pessoa a tomar ou mudar certas atitudes ou
comportamentos. Neste ponto a avaliação iridológica pode ajudar a antecipar essas
mudanças evitando sofrimentos para a pessoa.

I.8.2.1 - Atitudes e funções

15/42
Vejamos, então, os aspectos e características psicológicas "básicas" que estão expressas
na íris:

I.8.2.1.a-; As atitudes

"Prontidão da psique para agir ou reagir de um determinado modo, com base em uma
orientação psicológica subjacente. A adaptação ao meio ambiente requer uma atitude
apropriada: mas, devido à mudança de circunstâncias, nenhuma atitude é permanentemente
conveniente." (SHARP, 1993). Quando uma atitude não é mais apropriada à realidade
interior ou exterior, pode haver o surgimento de um sintoma para compensar e tentar
orientar o sujeito para uma mudança de atitude. De acordo com Jung existem dois tipos
de atitudes: a extroversão e a introversão.

I.8.2.1.a.1 - introversão

A pessoa está voltada para o seu interior de onde retira sua energia. Pode-se dizer que
ela quase não precisa do meio para sentir-se viva. Exemplo: pessoa que aprecia um
esporte individual, como a natação, ao contrário de um esporte coletivo.

Essa atitude pode ser vista na íris como uma faixa de cor concentrada circundando a
pupila.

Foto 7

Características pessoais: são pessoas


sensíveis, reservadas e observadoras.
Preferem os arredores conhecidos do lar e
as horas íntimas com poucos amigos mais
chegados. Preferem fazer tudo com seus
próprios recursos, por sua própria
iniciativa e a seu próprio modo. Com isso,
tendem a serem classificadas como
egoístas e individualistas, o que pode não
ser verdade.

I.8.2.1.a.2 - extroversão

A pessoa é movida por motivações


externas a si. É como se retirasse sua energia vital do ambiente que a circunda,
confiando naquilo que é recebido de fora e não é propenso a examinar motivações
pessoais. Preferem o convívio social, por exemplo, preferindo esportes coletivos como o
futebol.

Na íris, a extroversão é caracterizada pela ausência de concentração de cor e por uma


estria distinta circundando a pupila.

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Foto 8

Características pessoais: são pessoas


expressivas e francas, exteriorizando
pensamentos, emoções e palavras.
Quando chegam em algum lugar são logo
percebidas ou se fazem perceber, o que
pode ser uma vantagem em situações
sociais e no relacionamento com o meio
ambiente. Procuram sempre o convívio
social. Tendem a serem classificadas como
pessoas verdadeiras e que não escondem o
que pensam, sendo que isso pode não
corresponder à realidade, pois podem usar
essa habilidade de relacionarem-se para
proveito próprio.

I.8.2.1.b - As funções

Jung descobriu que o ser humano possui quatro funções psicológicas

básicas, sendo uma dominante da sua personalidade, outra ficando num nível mais
abaixo na sua psique, no subconsciente e, as outras duas, compondo seu inconsciente,
mas não menos atuante e influenciando o comportamento da pessoa. Isto pode ser
visto nos complexos que, quando são ativados e por estarem inconscientes e reprimidos,
são forçados "para fora" para o consciente, tentando conduzir o comportamento da
pessoa, tirando-a de seu "eixo emocional".

Cada função tem sua oposta: o pensamento é oposto ao sentimento; a intuição é oposta
à sensação. Com isso, se a função pensamento é a função dominante, o sentimento
estará no mais profundo inconsciente. Se a função intuição estiver no subconsciente, a
sensação estará no inconsciente, mas num nível menos profundo do que o sentimento.
São essas funções aliadas às atitudes, introversão ou extroversão, que regem a
personalidade da pessoa, as quais serão pormenorizadas adiante.

"Em síntese, a função da sensação nos assegura de que algo existe; a do pensamento nos diz
do que se trata; o sentimento nos fornece o seu valor e, através da intuição, temos um palpite
do que podemos fazer com isso (as possibilidades)." (SHARP, 1990).

I.8.2.1.b.1 - a pessoa pensamento (jóia)

Corresponde ao padrão mental jóia no método Rayid. Utilizam o processo mental de


interpretação daquilo que é percebido. É uma função racional, tendo a lógica como base.
"O pensamento consiste em associar idéias umas às outras para chegar a um conceito geral
ou à solução de um problema. É uma função intelectual que procura compreender as coisas."
(HALL e NORDBY, 1992).

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Na íris, são observadas manchas de tonalidades escuras que variam do dourado claro ao
negro.

Foto 9

Características pessoais: usam poucos gestos


físicos e subconscientemente aprendem
melhor a partir de instruções visuais. As
pessoas pensamentos podem ser tachadas
como frias e calculistas mas, na realidade,
pensam e analisam profundamente antes de
tomarem uma atitude. Sentem-se atraídas por
pessoas do tipo sentimento, seu oposto, como
um movimento para compensar este aspecto
inconsciente.

I.8.2.1.b.2 - a pessoa sentimento (flor)

Corresponde ao padrão emocional flor no método Rayid. A função sentimento, assim


como o pensamento, é uma função racional, avaliadora. "Aceita ou rejeita uma coisa,
idéias ou fato tomando como base o sentimento agradável ou desagradável que suscita."
(HALL e NORDBY, 1992). Não se deve confundir emoção, que é afeto e resultado de um
complexo ativo, com o sentimento. O sentimento, não contaminado pelo afeto, pode ser
bastante frio.

Na íris, são vistas estruturas como pétalas de uma margarida, aberturas arredondadas e
ovaladas nas fibras.

Foto 10

Características pessoais: como julgam o valor, as


pessoas sentimento podem parecer "lentas".
Costumam reagir com emoção e podem ser
sentimentais, saudosistas. Utilizam bastante a
visão e aprendem melhor através de instruções
auditivas. Sentem-se atraídas por pessoas do tipo
pensamento, seu oposto psíquico.

I.8.2.1.b.3 - a pessoa sensação (corrente)

Corresponde ao padrão cinestésico corrente do


método Rayid. Perce-

be a realidade através dos sentidos físicos, que "incluem todas as experiências conscientes
produzidas pela estimulação dos órgãos dos sentidos, tanto quanto as sensações que têm
origem no interior do corpo." (HALL e NORDBY, 1992). A sensação, assim como a intuição,

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são tidas como funções irracionais, pois são experiências dadas imediatamente e não
resultantes da análise do pensamento ou avaliação do sentimento.

Na íris, são vistas variações sutis nas fibras da íris que aparecem como linhas retas ou
faixa de cor.

Foto 11

Características pessoais: As pessoas sensação


têm uma sensibilidade física extrema, sentindo
as percepções físicas, externas e internas, com
grande intensidade. Por exemplo, quando
sentem fome, ficam desesperadas, irritadas, só
voltando ao seu estado emocional "normal"
quando têm essa sensação desagradável
aliviada. Aprendem melhor através da
experiência e do toque. Percebemos facilmente
uma pessoa sensação pela sua maneira de
vestir: elas costumam não serem muito
discretas, usando muitos adereços, como
brincos, anéis, roupas mais coloridas, perfumes fortes. Aprendem melhor através da
experiência, do toque e das idéias. Por isso, são atraídas pelo seu oposto, as pessoas do
tipo intuição.

I.8.2.1.b.4 - a pessoa intuição (agitador)

Corresponde ao padrão extremista agitador do método Rayid. Também é uma função


irracional, porque sua apreensão do mundo baseia-se na percepção dos fatos dados
através do inconsciente, não dependendo da realidade concreta. "A pessoa não sabe de
onde vem (a intuição) nem como ela se origina." (HALL e NORDBY, 1992). São os
conhecidos insights. Devido à falta de concretude, a pessoa intuitiva pode não ser levada
a sério, sendo freqüentemente vista como visionária e fora da realidade, quase um
louco.

Na íris, são observados pontos de cor, como no padrão jóia-pensamento, além de


pétalas, como no padrão flor-sentimento. Seria uma junção dos dois sinais.

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Foto 12

Características pessoais: São pessoas


dinâmicas, progressistas, visionárias, que se
aventuram além dos limites convencionais do
pensamento e ação. Na vanguarda da
mudança e da inovação, desafiam a vida pela
entrega e dedicação, muitas vezes através do
ridículo. Impelida para o sucesso, passa por
ciclos de grandes altos e baixos. São
dedicadas a uma causa e aventureiras,
aprendendo pelo contato físico e pelo
movimento. Por isso, são atraídas pelo seu
oposto, as pessoas do tipo sensação.

Aspectos éticos
A quem cabe o exercício da Irisdiagnose? Ao médico, ao psicólogo, ao nutricionista, ao
fisioterapeuta, ao terapeuta ocupacional, ao naturopata ou será que deve ser exercida
por qualquer pessoa bem intencionada? Sendo a Iridologia e mais a Irisdiagnose não
reconhecidas como ciência, devem ser exercidas e praticadas enquanto atividades
relacionadas à saúde? Quais atitudes poderiam validar estas práticas?

Responder a estas perguntas e a outras pertinentes é difícil, porquanto não há uma


sistematização para o ensino e a prática da Iridologia/Irisdiagnose. Ainda "não são
científicas". E isso torna a sua prática algo que "ilegal". Por isso observa-se que os
aspectos éticos envolvidos são de suma importância.

Nos dias atuais qualquer pessoa ou profissional pode se valer das técnicas iridológicas
que estão sendo desenvolvidas para exercer a "profissão" de iridologista, geralmente
por trás de um título, no mínimo impróprio, de "terapeuta". Há até um sindicato para
tornar "oficiosa" esta e outras práticas não reconhecidas oficialmente. Isto faz da
Iridologia/Irisdiagnose uma "terra de ninguém", onde uma pessoa com um curso de
"final-de-semana", possa avocar a si o saber inerente para ser um terapeuta.

É inadmissível que um leigo que faça um curso de 24, 48 horas saia pelo mundo à fora se
dizendo terapeuta e "receitando" medicamentos para pessoas doentes, mesmo que
sejam fitoterápicos. Ou, então, exercendo a função do psicólogo e dispondo-se a "tratar"
a pessoa acometida de uma alteração psíquica "visualizada" na íris.

Dúvidas não há quanto à aplicabilidade da Irisdiagnose nas mais diversas áreas da


saúde. Isto, per se, já delimita o quadro de profissionais que poderiam se valer de tal
técnica. Mas não é o suficiente. Há que se ter o reconhecimento oficial do ensino e
instituições que o forneçam. Entretanto, antes é preciso reconhecer-se o valor científico
da Iridologia. E mais: permitir-se somente pessoas legalmente habilitadas e vinculadas à
área da saúde o exercício profissional da Irisdiagnose. Como bem observa Valter de
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Oliveira Filho: "... o exame iridológico deve ser de competência de médicos, médicos
veterinários, psicólogos, ou, no mínimo, assessorado por estes profissionais". (OLIVEIRA
FILHO, in BATELLO, 1996)

Em nosso entender somente o psicólogo e o médico seriam os profissionais aptos ao


exercício da Irisdiagnose, devidamente autorizados e respaldados pelas normas de seus
respectivos Conselhos Profissionais. A estes caberia, também, a fiscalização, denúncia e
punição de quaisquer outros que praticassem a Irisdiagnose irregularmente.

Mas para que tudo isso seja atingido, é preciso que a Iridologia seja reconhecida como
ciência e a Irisdiagnose como uma prática válida e eficaz. Talvez um começo ideal para
isso seria impedir que pessoas não relacionadas à Medicina ou à Psicologia pudessem
ter acesso a esses estudos e práticas. O seu ensino seria considerado "sério" e sua
prática "válida" pois seria exercida por pessoas competentes e aptas para tal.

Pressuposto
O método Rayid se propõe a dar informações sobre o psiquismo do ser humano.
Contudo, ainda, faltam elementos que comprovem ou validem este método.

Partindo-se do pressuposto que a Psicologia Junguiana é aceita pela Comunidade


Científica como sendo uma teoria psicológica válida cujo campo de ação está centrado
no estudo da personalidade humana, e sendo este composto pela determinação do
padrão tipológico do indivíduo, pretende-se estabelecer uma correlação entre o método
Rayid e a Psicologia Junguiana.

Isto será feito através da análise dos sinais iridológicos e sua comparação com os
resultados obtidos com a aplicação do Questionário de Avaliação Tipológica Quati, que é
o teste utilizado na determinação tipológica da personalidade e aprovado pelo Conselho
Federal de Psicologia.

Justificativa
O método Rayid é praticado no mundo inteiro, sendo utilizado como um instrumento
único de avaliação psíquica, indicando padrões de comportamento social e emocional,
baseados em fatores genéticos. Isto, per se, já o torna uma revolução no estudo do
psiquismo e abre precedentes ainda não calculados. Neste sentido, algo que reconheça
e valide este método pode ser de extrema valia para a Ciência.

Outro fator que também justifica este reconhecimento é a rapidez, praticidade e fácil
execução que o método Rayid proporciona, bastando a utilização de instrumentos
baratos como uma lupa e uma laterna, olhando-se diretamente a íris do analisando.

E mais. O único instrumento para determinação tipológica da personalidade, até hoje, é


um teste que precisa ser respondido pelo analisando. Ora, uma pessoa não-alfabetizada
ou sem condições intelectuais jamais poderia ter seu padrão de personalidade
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determinado. Isso não existe com o método Rayid, pois é possível analisar-se qualquer
íris e de qualquer pessoa.

Portanto, a Psicologia não pode abrir mão de um diferencial como este que facilitará a
sua práxis.

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é, em se analisando a íris humana através da ótica do método


Rayid, se estabelecer uma inter-relação com a Psicologia Junguiana obtendo-se, assim, o
reconhecimento científico para este método e sua ampla utilização pelos profissionais
psicólogos.

Material e método
Foram analisadas as íris de 24 pessoas, escolhidas aleatoriamente entre estudantes,
funcionários públicos, profissionais autônomos, estudantes, donas-de-casa,
aposentados, empresários e pacientes psiquiátricos, todos em condições de
responderem ao teste tipológico aplicado.

V.1 - MATERIAL

Após a explicação da finalidade científica do experimento e obtenção de autorização


para a pesquisa, por escrito, aplicou-se o Questionário de Avaliação Tipológica QUATI,
obtendo-se o resultado do tipo de personalidade de cada um, de acordo com padrão
determinado pela Psicologia Junguiana.

Em seguida, fotografou-se as íris com uma máquina fotográfica digital Sony Mavica
FD200 com a utilização do iridofoto, lente especialmente desenvolvida para esse fim,
analisando-as sob a ótica do método iridológico Rayid.

Posteriormente, comparou-se os dois resultados, tabulando-os e expressando-os em


gráficos. Neste particular, considerou-se o conjunto de personalidades e não seus
portadores, posto que são aquelas que estão sendo analisadas e comparadas. Afinal, a
personalidade independe de a pessoa ser um funcionário público ou um empresário,
mas exatamente o contrário.

Como a intenção é a validação científica do método Rayid, a explanação teórica sobre os


padrões de personalidade centrou-se na teoria da Psicologia Junguiana, não só por ser
esta reconhecida oficialmente pela Ciência mas, também, em função de as
características de personalidade descritas no Rayid serem essencialmente as mesmas
desta teoria psicológica.

V.2 - ESTUDO METODOLÓGICO

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Com o intuito de se mostrar que há uma correlação entre personalidade e a íris, serão
feitas análises de íris utilizando-se o método iridológico Rayid com concomitante
classificação frente ao modelo tipológico da Psicologia Junguiana sendo que, neste caso,
utilizou-se da aplicação do teste tipológico de personalidade Quati.

Cabe ressaltar que o teste Quati classifica a personalidade em função dominante com
uma correspondente auxiliar. Neste trabalho estamos, apenas, ressaltando a função
dominante sem mencionar sua auxiliar, motivo pelo qual algum sinal possa vir a ser
visualizado na íris sem ser mencionado, sendo que isto não invalida o resultado final da
avaliação. A função auxiliar também pode ser determinada pelo método Rayid mas,
igualmente, nos delimitamos em mostrar apenas a função principal, em razão da
importância e/ou maior presença dos sinais iridológicos, bem como ser a que rege
funcionamento consciente da pessoa. Tal procedimento visou simplificar a análise,
avaliação e classificação das íris.

As fotos não diferenciam as íris, se íris esquerda ou íris direita, por isso não interessar-
nos e nem interferir nos resultados.

V.2.1 - Fatores técnicos de análise

Mostra-se abaixo os resultados encontrados na análise das íris de 24 pessoas através do


método Rayid, sendo que o índice de corroboração com o método Junguiano, através do
Questionário de Avaliação Tipológica Quati, ficou em torno de 95 % (noventa e cinco por
cento) . Este índice de concordância, embora não total, é suficiente para validar o
método Rayid, mesmo porque, a discrepância verificada deve-se ao fato de o Quati
assinalar o momento de vida presente. Como a pessoa vive em interação com o meio,
ela deve adaptar-se a este levando-a a mudar de forma relativa o seu comportamento,
seu modus operandi, para que a homeostase pessoa-meio seja relativamente
estabelecida e sua vida tenha um curso normal. Entretanto, a base da personalidade fica
preservada e é a registrada na íris. Nos gráficos, então, optou-se por registrar tão
somente os resultados obtidos pelo método Rayid.

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V.2.2 - Quadro resumo

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Discussão
"Conheça-te a ti mesmo". Esta parece ser a frase que melhor definiria a aventura humana
na terra. Ciência, Filosofia, Religião, Psicologia, Medicina são criações do próprio homem,
esse ser que busca o conhecimento de si próprio, traduzido em normas e experiências
físicas e metafísicas. Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Isto é tudo? Ou será
uma parte, um início?

Desde a pré-histórica essa busca se efetiva. E hoje se torna intensa. O conhecimento, a


gnose (sabedoria) é buscada com ânsia. Clonagem, manipulação genética, projeto
Genoma, bilhões de dólares investidos, dias, meses, anos, décadas de estudos para se
chegar a um simples resultado, uma descoberta ínfima, quando ocorre. Mas é preciso
tentar, é preciso saber.

Irisdiagnose, a gnose através da íris, também faz parte do pool de estratégias que o
homem está utilizando para seu auto-conhecimento. E é uma ferramenta espetacular,
pois permite conhecer o homem no seu todo, corpo, mente e espírito. E no que ela é
insuficiente em si, funciona como auxiliar de outros mecanismos científicos.

Quando comecei a estudar Irisdiagnose há 5 anos, o fiz por curiosidade. Já havia ouvido
falar, mas nada sabia a respeito e, como intuitivo que sou, vislumbrei possibilidades.
Mas, também, sou uma pessoa pensamento, racional. Preciso ver lógica nos fatos, ou
seja, que sejam científicos, comprováveis. Qual não foi minha surpresa quando descobri
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que algo que, até então, era tido como uma prática de misticismo, se transformava na
mais pura ciência. Mais surpreso ainda fiquei, quando vi que podia aplicar a Irisdiagnose
em minha prática clínica de psicologia. Um instrumento de trabalho impar,
revolucionário, científico e não invasivo.

Jung falava da totalidade do ser. Todos os aspectos psíquicos estando presentes na


personalidade da pessoa, um compensando a ação do outro, levando o indivíduo à
totalidade e, ao mesmo tempo, à individuação. Da mesma forma, cada ser é parte de um
todo maior, cósmico, indiviso. Estes ensinamentos psicológicos não podiam ser
contemplados fisicamente. Uma tentativa de solução dessa problemática é a física
quântica e falaríamos até em psicologia quântica mas, ainda, abstratas. Com a
Irisdiagnose esse impasse é superado, pois o abstrato e o psicológico podem ser
visualizados. O método Rayid propiciou isso, como técnica de Irisdiagnose. Agora pode
ser validado e incorporado como uma técnica psicológica e de apoio ao trabalho do
psicólogo.

Para mim ficou bem claro, com a realização deste trabalho, os alcances da aplicação da
Irisdiagnose como método propedêutico, propiciando uma visão integral do ser
humano. Mente e corpo, até agora tratados de forma separada, como que não fazendo
parte de um único ser podem, desde já, serem re-unidos e vistos em sua unicidade.

Entretanto me pergunto até quando o Conselho de Psicologia irá lutar contra inovações
na prática psicológica? Até quando trabalhos psicoterapêuticos, que poderiam ser
realizados em cima do desenvolvimento psíquico, levando a pessoa à individuação e a
humanidade a um estágio evolutivo superior, serão taxados de prática espúria ou
proibida? Isso me deixa profundamente triste, enquanto psicólogo. Se esqueceram que a
própria Psicologia, em seu início, foi considerada loucura e misticismo. Sei que uma
prática para ser científica precisa ser pesquisada, aplicada, testada, confirmada mas, já
são mais de 100 anos de existência da Iridologia, praticamente a mesma o mesmo
tempo de existência da Psicologia, sem que esse reconhecimento tenha chegado. Onde a
Irisdiagnose está falhando? Ou será que a falha é mais subjetiva? Não podemos
esquecer que toda mudança ou inovação causa estranheza e medo. O que se teme com
a Irisdiagnose?

Concluo este trabalho com esta esperança. Que os resultados aqui obtidos falem por si.
Que a comunidade científica comece a ver a Irisdiagnose através de um critério científico
por excelência e não pejorativo e depreciativo. E, como integrante da comunidade
humana, lutando para que as perguntas feitas no início desta discussão, possam ser
respondidas com a ajuda da Irisdiagnose.

Conclusão
Não se pode calcular a capacidade do saber humano, posto estar vinculado ao que se há
por aprender. Do mesmo modo, não há como se quantificar o que tem para ser
aprendido pelo homem, pois não sabemos até onde vai nossa existência e, aqui, a
existência deve ser entendida como todo o universo.
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Buscar, pesquisar, errar, acertar, ser um cientista, um aventureiro, um idealista, um
realizador, parece fazer parte de nossa própria essência. A existência do homem é
impulsionada por desafios, para a superação de seus limites e por suas descobertas. É
isso que dá energia à vida.

A Iridologia/Irisdiagnose é uma dessas descobertas ao acaso e um desafio que nos


intriga, encanta, impressiona e estimula a irmos sempre em frente. Essa força da
Iridologia/Irisdiagnose vem exatamente de seu objeto de estudo: o ser humano. Buscar
nossa essência, nossa origem e tentar saber nosso destino é o que mais nos impele em
nossa existência. E se cuidamos de nós mesmos, devemos fazê-lo com o máximo de
critérios.

Por isso, essa ciência que desponta não deve ser tratada como uma

"coisa" qualquer, mas como algo que nos torna capazes de conhecermos a nós mesmos,
corpo e alma. Portanto, Medicina e Psicologia devem se valorizar mutuamente, deixando
diferenças de lado e lembrando que o "ser" de compreensão de ambos é o ser humano,
que é único e indivisível.

Essa união pode voltar a existir e o caminho será a Iridologia/Irisdiagnose que provou
isso quando permitiu a visão de um achado psíquico através da observação do físico. Por
outro lado ela, também, propiciou encontrar algo físico através de um fato psíquico. Na
íris a união corpo-mente se evidencia. Na Iridologia/Irisdiagnose a re-união Medicina-
Psicologia se concretiza.

Damos, assim, por atingido nosso objetivo primevo que era o de demonstrar que as
descobertas da Iridologia no campo psíquico são válidas e que a Psicologia pode valer-se
da Irisdiagnose para melhor desempenhar suas funções. Mais ainda, concluímos que
Psicologia-Iridologia-Medicina são facetas diferenciadas da mesma realidade humana – o
saber humano. Poder-se-ia falar num novo termo: Psicoiridomedicina ou
Iridopsicomedicina. Mas, na verdade, o que importa é que sempre se tenha em mente
que o que sempre estará em jogo é a vida humana e que o objetivo final, seja da
Psicologia, da Medicina ou da Iridologia, deve ser o bem-estar e o estar-bem de cada um
dos seres humanos, nós.

Pós conclusão
Quando do início deste trabalho não atuávamos com a prática da Irisdiagnose. Apenas
tínhamos contato em sala-de-aula e com estudo de casos. Entretanto, após a finalização
da redação, fomos contratados pela municipalidade de Jundiaí (SP), através de concurso
público, para atuar na Secretaria da Saúde, mais especificamente no CAPS – Centro de
Atenção Psicossocial, que cuida de doentes mentais graves – neuróticos e psicóticos, de
classes sociais menos abastadas.

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A população atendida é, em sua maioria, de pessoas não alfabetizadas ou semi-
alfabetizadas, com baixo nível intelectual e/ou cognitivo que, embora tenham
diagnósticos severos, acham-se com certo controle egóico. Essas características per se
impedem uma atuação "dialética" na abordagem psicoterapêutica sendo que o mais
indicado é o trabalho através da terapêutica ocupacional como anteriormente citado.
Este trabalho se traduziria em um reforço/reestruturação egóica, ao mesmo tempo em
que se tem que integrar, no consciente, conteúdos do inconsciente que irrompem na
consciência desestruturando-a e ocasionado, assim, o surto psicótico ou neurótico.
Como os melhores ou únicos procedimentos, métodos, formas e técnicas terapêuticas,
bem como o enfoque psicológico utilizado nesses casos, são preconizados pela
Psicologia Junguiana que estabelece que o ponto de partida é a determinação dos
padrões de personalidades, fica evidente a dificuldade que se apresenta, face à
impossibilidade de determinar tais padrões pelos métodos convencionais – os testes
psicológicos.

Poderíamos ficar, então, com as observações do psicoterapeuta que poderiam ser falhas
dado que inconsciente e consciente estariam quase num mesmo nível de atividade. Pela
perspectiva da Psicologia Junguiana não haveria, então, muito o que fazer sem um
procedimento sistematizado, organizado, organizador e re-estruturador da
personalidade do doente. Estaria criado um impasse?

Sim, estaria mas, graças à predestinação (será que se poderia falar em destino?),
chegamos ao final do curso de especialização com um instrumental fantástico: a
Irisdiagnose que, através do método Rayid e da comprovação de sua íntima relação com
os conceitos da Psicologia Junguiana, mostrou que é possível sua aplicabilidade como
método eficaz, válido e comprovado de pesquisa e de auxílio na prática clínica da
psicoterapia. Pese-se o fato de a Irisdiagnose poder ser utilizada no serviço público de
saúde que, diante dos recursos financeiros escassos, não pode abrir mão de um método
propedêutico por excelência, seja no âmbito médico como quanto no psicológico,
auxiliando no pré-diagnóstico ou na redução do tempo de tratamentos prolongados
como tende a ser a psicoterapia.

Surge, agora, uma nova possibilidade de exploração da práxis da Irisdiganose, bem


como, seu reconhecimento oficial como ciência ou, no mínimo, um método de atuação
oficialmente reconhecido pela Psicologia e pela Medicina. Como nosso objetivo era o de
mostrar a interface Psicologia/Iridologia, por sinal totalmente atingido, e reforçado pelo
ora exposto, fizemos uma pequena menção desta grande descoberta, qual seja, a
utilização da Irisdiagnose na determinação dos padrões de personalidade. Ficando,
portanto, em aberto a necessidade de novos estudos que possam ampliar esta pesquisa.

Palavras-chave: iridologia, irisdiagnose, método Rayid, Psicologia Junguiana, atitudes,


fluxo, função, padrão.

Unitermos: personalidade, sinais iridológicos, psiquismo, energia psíquica, padrões


básicos de personalidade, extroversão, introversão.

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Key Words: Iridology, Irisdiagnosis, method Rayid, Psychology Junguiana, attitudes, flow,
functions, standards.

Uniterms: personality, iridological signals, psyche, psychic energy, basic standards of


personality, extroverted, introverted.

Referências bibliográficas
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Ground, 1994.

2 - BATELLO, C. Iridologia Total. 2a. ed. São Paulo: Ground, 1996.

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4 - CONGER, JP. Jung & Reich - o corpo como sombra. Trad.: Maria Silvia Mourão

Netto. São Paulo: Summus, 1993.

5 - DAHLKE, R. A doença como símbolo. Trad.: Saulo Krieger. São Paulo: Cultrix, 2000.

6 - DETHLEFSEN, T. e DAHLKE, R. A doença como caminho. Trad.: Zilda H.Schild.

4a. ed. São Paulo: Cultrix, 1996.

7 - FERREIRA-SANTOS, E. Psicoterapia breve. 2a. ed. São Paulo: Ágora, 1997.

8 - HALL, C. S. e NORDBY, V. J. Introdução à psicologia junguiana. Trad.: Heloysa de

Lima Dantas. 4a. ed. São Paulo: Cultrix, 1992.

9 - HALL, J. A. A experiência junguiana. Trad.: Adail U. Sobral e Maria S. Gonçalves.

2a. ed. São Paulo: Cultrix, 1992.

10 - JACOBY, M. O encontro analítico. Trad.: Cláudia Gerpe. 2a. ed. São Paulo: Cultrix,

1992

11 - JOHNSON, D. O olho revela. Trad.: Beatriz Sidou. 3a. ed. São Paulo: Ground,

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12 – JUNG, C. G. A prática da psicoterapia. 4a. ed. Trad.: Maria Luiza Appy. Petrópolis

Vozes, 1991

13 - --------------- A energia psíquica. 5a. ed. Trad.: Pe. Dom Mateus Ramalho Rocha.

39/42
Petrópolis: Vozes, 1994

14 - --------------- O desenvolvimento da personalidade. Trad.: Frei Valdemar do Amaral

São Paulo: Círculo do Livro, 1995.

15 - JURASUNAS, S. e PACHECO, C. Iridologia – Um diagnóstico natural. Tubarão:

Copiart, 1995

16 - KURTZ, R. e PRESTERA H. O corpo revela. Trad.: Maria Ap. Barros Libanio.

2a. ed. São Paulo: Summus, 1989.

17 - PIN, E. G. e dos SANTOS, M. L. De olho na saúde. São Paulo: Saraiva, 1997

18 - RAMOS, D. G. A psique do coração. 2a. ed. São Paulo: Cultrix, 1995.

19 - ------------------. A psique do corpo. São Paulo: Summus, 1994.

20 - SHARP, D. Tipos de personalidade. Trad.: Yara Camillo. São Paulo: Cultrix, 1990.

21 - -------------- Léxico junguiano. Trad.: Raul Milanez. São Paulo: Cultrix, 1993.

22 - SILVEIRA, N. Imagens do inconsciente. 4a. ed.. Brasília: Alambra, 1981

23 - ----------------- O mundo das imagens. São Paulo: Ática, 2001

24 - STEINBERG, W. Aspectos clínicos da terapia junguiana. Trad.: Pedro S. Dantas Jr.

São Paulo: Cultrix, 1992.

25 - VALVERDE, R. Os olhos dos deuses. São Paulo: Ground, 1997.

26 - VON FRANZ, M-L e HILLMAN J. A tipologia de Jung. Trad.: Adail Ubirajara

Sobral. São Paulo: Cultrix, 1995.

27 - WHITMONT, E. C. A busca do símbolo. Trad.: Eliane F. Pereira e Kátia M. Orberg

2a. ed. São Paulo: Cultrix, 1994.

28 - ZACHARIAS, J. J. M. Questionário de Avaliação Tipológica – QUATI – 2ª. Ed.

São Paulo: Vetor, 1997

29 - Anais do V Congresso Brasileiro de Iridologia e III Congresso Internacional de

Irisdiagnose. Valinhos: 2000

CRÉDITOS DAS ILUSTRAÇÕES


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Figuras 1, 2, 3 e 4:

Iridologia Total de Celso Batello

Figura 5:

Iridologia e Irisdiagnose de Celso Batello

Fotos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12:

O Olho Revela de Denny Johnson

À minha mulher CONCEIÇÃO APARECIDA,

pelo amor, carinho e compreensão nas

ausências e por sua ajuda na revisão do texto;

e aos colegas e amigos que, com suas íris, contribuíram

para que este trabalho pudesse ser o mais completo possível,

e em especial ao Dr. CELSO BATELLO, por sua confiança,

DEDICO

Autor:

José Antonio de Oliveira

junguiano[arroba]saudepsi.com.br

Orientador: Prof. Dr. Celso Batello

São Paulo (SP) - 2004

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - FACIS

INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS

HOMEOPÁTICOS – IBEHE

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