Didatica Do Ensino Superior PDF
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SUPERIOR
Belo Horizonte
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SUMÁRIO
A construção do sistema escolar, não foi um trabalho que se fez senão com
grandes sacrifícios. Cada povo, cada século, cada pensador pedagogo contribuiu
com atos e teses para a melhoria do que se conhecia.
Longe está uma nação que possa· ser considerada possuidora de sistema
educacional definitivo, mesmo porque a educação é um ato atrelado às condições
da sociedade e esta por sua vez está em contínuo processo.
Importante observar que nos dias atuais ficam cada vez mais difíceis modelos
pedagógicos individuais. Importante saber, também, que a Escola Nova, influenciou
os destinos da educação ocidental e está ainda por ser estudada, aplicada, e, em
algumas situações, criticada e modificada.
O professor tem que entender que exerce um papel histórico:
Conhecer, aplicar, afirmar e rejeitar, propor e escrever são ações de vital
importância para a ciência chamada Educação.
No século XX - ao final do século XIX, política e filosoficamente os países já
haviam se estruturado melhor. Ao lado da França, a Inglaterra, a Alemanha e a
Rússia, no velho mundo e os Estados Unidos da América do Norte já tinham mais
clareza sobre o que pretendiam para a educação. Muitos programas foram
estruturados e aplicados. Congressos disseminaram e discutiram pesquisas e
projetos, conferências internacionais possibilitaram troca de informações. Alguns
trabalhos modelos são amplamente reconhecidos, por exemplo:
• Itália - Maria Montessori, médica que trabalhou com crianças
consideradas deficientes (em inteligência, física ou comportamento), demonstrando
que a aprendizagem, quando aplicada com o método ativo, produz efeitos altamente
eficientes para qualquer tipo de aluno;
• Alemanha - Kerchnsteiner identifica a escola à ação, de acordo com o
interesse dos alunos; também prova que a aprendizagem é melhor quando aplicada
essa metodologia;
2 – O que é Educação?
Educação e Valores
Numa linguagem bem simples, podemos dizer que valor significa uma
preferência por algo. Um valor está associado, a significados que conferimos às
coisas ou a situações que, fora de um contexto bem definido e localizado, podem
não representar muito. (...)
Atribuir sentido especial às coisas é, portanto, um ato que exige uma situação
concreta, na qual o indivíduo manifesta sua adesão a determinadas coisas ou repulsa
para outras tantas.
Quando discutimos os valores em educação, estamos nos referindo a coisas
que têm uma conotação positiva ou negativa.
Vejamos alguns exemplos de valores geralmente aceitos e difundidos em
nossas escolas:
• Através do estudo, os que são mais capazes chegam aos postos mais
importantes.
• O trabalho manual é uma ocupação inferior.
• Os que "não querem estudar" ficam relegados às tarefas que nossa
sociedade valoriza menos.
Educação e Escola
Educação não se confunde com escolarização, pois a escola não é o único
lugar onde a educação acontece. Em todo o lugar existem redes e estruturas sociais
de transferência de saber de uma geração para outra. Mesmo nos lugares onde não
há sequer a sombra de algum modelo de ensino formal e centralizado, existe
educação. Mesmo se as escolas fossem abolidas as crianças aprenderiam.
Será isso verdade?
Muitos pensadores e críticos educacionais discordam dessa /maneira de
pensar. Para Peter Drucker, por exemplo, "as escolas realmente precisam de
mudanças drásticas em todos os níveis, mas nós precisamos não é de uma 'não-
escola', e sim de uma instituição de ensino que funcione e que seja administrada
adequadamente".
Outros autores, que também questionam a qualidade de nossas escolas,
julgam necessário que haja alguma forma de educação sistemática.
Convém lembrar, também, que além dos lugares onde a educação se
processa de forma sistemática - as escolas -, existem lugares onde ela se processa
de forma assistemática. Entre esses lugares podemos citar: a família, a igreja, os
sindicatos, as empresas, os meios de comunicação de massa, etc.
forma, estabelece a educação que está de acordo com os valores que guiam essa
sociedade.
A sociedade que estrutura a educação em função dos interesses de quem tem
o poder, encontra na educação um fator fundamental para a preservação desse
poder. (FREIRE, P e ILLlCHI, I. Diálogo. Buenos Aires, Búsqueda, 1975. p. 30.)
Diante dessa situação, o que é possível fazer? É o próprio Paulo Freire quem
responde:
"Só é possível uma transformação profunda e radical da educação quando
também a sociedade tenha se transformado radicalmente. Isso não significa que o
educador nada possa fazer. É muito o que ele pode realizar, ainda que para tanto
não conte com normas prescritas para suas atividades. Com efeito, ele mesmo deve
descobri-las e averiguar por si mesmo como praticá-las em sua situação histórica
particular".
Educação e Professores
O professor profissional não é o único agente da educação. Assim como a
validade e a necessidade da escola é questionada, também a necessidade da
existência de professores profissionais é posta em dúvida por alguns críticos
educacionais
Se admitirmos que o professor é um mero transmissor de informações ou um
fabricante de especialistas, podemos admitir que sua função não é tão necessária.
Sabemos, no entanto, que o professor não pode se limitar a um simples repetidor.
Sua função é bem mais ampla.
O que mais influi nas crianças das primeiras séries do Ensino Fundamental é
a personalidade do professor. O professor dominador que emprega a força, ordena,
ameaça, culpa, envergonha e ataca a posição pessoal do aluno, evidentemente
exercerá sobre a personalidade do mesmo, uma influência distinta do professor que
solicita, convida e estimula. Este, por meio de explicações, faz com que seus
objetivos adquiram significado para o aluno, o qual passa a ter uma atitude de
simpatia e colaboração.
Grande parte dos comportamentos e das atitudes dos alunos é provocada pelo
comportamento, pelos métodos e pelas atitudes do professor.
"O professor que tem entusiasmo, que é otimista, que acredita nas
possibilidades do aluno, é capaz de exercer uma influência benéfica na classe como
um todo e em cada aluno individualmente, pois sua atitude é estimulante e
provocadora de comportamentos ajustados. O clima da classe torna-se saudável, a
imaginação criadora emerge espontaneamente e atitudes construtivas tornam-se a
tônica do comportamento da aula como grupo."
Segundo Frances Rummell, as principais características de um bom professor
- apresentadas por Juraci C. Marques, são:
Os melhores professores estão profissionalmente alerta. Não vivem
suas vidas confinados ou isolados do meio social. Tentam fazer da comunidade e
particularmente da escola o melhor ambiente para os jovens.
Estão convencidos do valor de seu trabalho. Seu desejo é exercer cada
vez melhor a profissão a que se dedicam.
São humildes, sentem necessidades de crescimento e
desenvolvimentos pessoais, porque compreendem a grande responsabilidade da
função que exercem.
É bem verdade que atualmente existem muitas limitações que impedem que
o professor exerça essa função com maior eficácia. A superação de muitas dessas
limitações, no entanto, não depende exclusivamente dele nem do sistema escolar.
Como vimos, depende principalmente da transformação da estrutura social.
Mas, mesmo com relação a esse aspecto, o próprio professor pode
desempenhar um papel muito importante. Ele, mais do que qualquer outro
profissional, tem enormes possibilidades de ser um agente de transformação social.
Para tanto, é preciso que se proponha a ter uma participação ativa no processo
pedagógico. Deverá, por exemplo, indagar-se constantemente sobre a legitimidade
dos fins pedagógicos da escola, sobre os objetivos propostos, sobre o conteúdo
apresentado, sobre os métodos utilizados, enfim, sobre o sentido social e político de
sua própria atividade docente.
O professor, portanto, em sua atividade docente, poderá estar trabalhando
para mudar a sociedade ou para conservá-la na forma em que ela se encontra. Nesse
sentido, Maria Teresa Nidelcoff apresenta ·rês tipos de postura possíveis:
a) Existem mestres para quem tudo está muito bem do jeito que está e
para quem os valores e as características da sociedade atual não devem mudar e
devem mesmo ser difundidos. Eles atuam conscientemente como representantes do
atual regime social, assumindo a responsabilidade de incorporar os alunos a tal
regime, e de adaptá-las ao sistema de vida e aos valores que a sociedade propõe.
b) Outros, que são a maioria, definem-se a si mesmos como 'professores'
e nada mais, 'professores-professores'. Afirmam que 'a escola é escola e a política é
política'. Em outras palavras: eles não percebem ou não querem perceber as
implicações ideológicas e sociais de muitas das tarefas e dos 'ritos' escolares. Com
sua atitude aparentemente apolítica e sua postura acrítica, eles se convertem de fato
em policiais - guardiões do regime social - sem sabê-lo e, muitas vezes, sem querê-
la. Na medida em que não trabalham para mudar, ajudam aos que querem conservar.
c) A terceira opção pode ser definida como o 'professor-povo'. Ele não
acredita que sua missão seja difundir entre o povo os valores do opressor; ao
contrário, acredita que o sentido de seu trabalho é ajudar o povo a se descobrir, a se
expressar, a se liberar. Quer construir a escola do povo, a partir do povo. Ou seja:
'professor-povo' é aquele que quer contribuir através do seu trabalho para a criação
de homens novos e para a edificação de uma sociedade também nova, onde se dê
primazia aos despossuídos e onde o povo se torne protagonista. Ele será um
professor para modificar, não conservar".
ENSINAR E APRENDER
"Um dos primeiros mágicos que revolucionaram o mundo com suas invenções
foi o escocês Jaime Watt (Uót). Um dia, em que estava observando uma chaleira
d'água ao fogo, impressionou-se com a dança da tampa levantada pelo vapor. 'Se
esse vapor ergue uma tampa de chaleira, pode erguer tudo mais', pensou Watt. E
dessa ideia saiu a máquina a vapor, na qual o vapor d'água move um pistão, que por
sua vez move uma roda. A máquina a vapor causou verdadeira revolução industrial
no mundo.
Se a máquina a vapor move uma roda’, pensou outro inglês de nome
Stephenson - 'por que não há de mover-se a si própria?' - e dessa ideia nasceu a
locomotiva, que é uma máquina a vapor que se move a si própria.
Se a máquina a vapor se move na terra' - pensou um americano de nome
Fulton - 'por que não há de mover-se também no mar?' - e dessa ideia nasceu o
navio a vapor que iria mudar todo o sistema de navegação.
O povo riu-se da primeira máquina de Watt, da primeira locomotiva de
Stephenson e do primeiro navio a vapor de Fulton. Eram na realidade grotescos e de
muito pequeno rendimento. Mas aperfeiçoaram-se com rapidez, e hoje constituem
verdadeiras maravilhas da mecânica. (LOBATO, M. História do mundo para crianças.
São Paulo, Brasiliense. 1972. p. 208.)
Essa atitude científica, graças à qual temos o progresso tecnológico, também
é necessária àqueles que se dedicam à educação. Hoje, mais do que nunca, é
necessário ter uma atitude indagadora perante tudo o que se relaciona com a
educação.
Se em nossos dias, apesar do progresso tecnológico, as pessoas não
melhoraram muito, talvez isso se deva, em parte, à falta de questionamento no
campo da educação, principalmente no que se refere aos valores. "A questão dos
valores talvez seja a que mais coloca em causa a educação de nossos dias. Vencida
a fase da luta pela sobrevivência, diante de uma natureza, às vezes, inóspita e rude,
o homem contemporâneo encontra-se às voltas com formas de destruição nunca
antes imaginadas. A luta atual não se reveste de um otimismo encorajador e
romântico, mas sim de apreensões e inquietações diante do futuro. Neste quadro, o
saber distinguir o que é valioso ou não dentro dos propósitos de formação humana
exige uma atitude corajosa de ir além das aparências na busca das verdadeiras
causas que regem nossos comportamentos. (...) Vincular a discussão dos valores da
educação a setores mais amplos, que envolvem a própria estrutura social como um
todo, é um caminho que esperamos venha o estudante de educação a percorrer para
o seu aprofundamento nesta questão". (GARCIA, W. E.).
3 – Que é Aprendizagem?
O ensino visa a aprendizagem. Mas o que é a aprendizagem? A aprendizagem
é um fenômeno, um processo bastante complexo. Hoje existem muitas teorias sobre
a aprendizagem. Elas são estudadas pela Psicologia Educacional.
Inicialmente convém salientar que aprendizagem não é apenas um processo
de aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações. As informações são
importantes, mas precisam passar por um processamento muito complexo, a fim de
se tornarem significativas para a vida das pessoas. Todas as informações, todos os
dados da experiência devem ser trabalhados, de maneira consciente e crítica, por
quem os recebe.
Podemos descrever a aprendizagem como sendo "um processo de aquisição
e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de
perceber, ser, pensar e agir." (SCHMITZ.) Isso é bem mais do que aprender uma
informação. "Pode-se saber tudo a respeito de dentes: a sua estrutura, a causa de
suas cáries e de suas moléstias e, ainda assim, nada disso alterar a conduta prática
na vida.
Só se aprende para a vida quando não somente se pode fazer a coisa de outro
modo, mas também se quer fazer a coisa desse outro modo. Só essa aprendizagem
interessa à vida e, portanto, à escola. Tal aprendizagem é, inevitavelmente, mais
complexa do que a simples aprendizagem informativa." (TEIXEIRA, A. Pequena
introdução à Filosofia da Educação. São Paulo. )
Alguns preferem definir aprendizagem como sendo a aquisição de novos
comportamentos. O problema é que o termo comportamento geralmente é reduzido
a algo exterior e observável. E, se limitarmos a aprendizagem ao observável, exclui-
se dela o que tem de mais essencial: a consciência, a formação de novos valores,
disposições e formas interiores de pensar, ser e sentir que se exteriorizam apenas
em algumas atitudes e ações, mas nem sempre são imediatamente observáveis.
(SCHMITZ, E. F.)
Tipos de Aprendizagem
Aprendizagem Motora ou motriz - Consiste na aprendizagem de hábitos que
incluem desde simples habilidades motoras - aprender a andar e aprender a dirigir
um automóvel, por exemplo -, até habilidades verbais e gráficas - aprender a falar e
a escrever.
Aprendizagem cognitiva - Abrange a aquisição de informações e
conhecimentos. Pode ser uma simples informação sobre os fatos ou suas
interpretações, com base em conceitos, princípios e teorias. A aprendizagem das
regras gramaticais, por exemplo, é uma aprendizagem cognitiva. Aprender os
princípios e teorias educacionais também é aprendizagem cognitiva.
Aprendizagem afetiva ou emocionar - Diz respeito aos sentimentos e
emoções. Aprender a apreciar o belo através das obras de arte é uma aprendizagem
afetiva.
A aprendizagem afetiva tem uma série de implicações pedagógicas. Ela é
decorrência do "clima" da sala de aula, da maneira de tratar o aluno, do respeito e
da valorização da pessoa do aluno e assim por diante. É importante observar, com
relação aos tipos de aprendizagem, que não se aprende uma só coisa de cada vez,
mas várias. Quando uma criança aprende a escrever, por exemplo, aprende também
o significado das palavras e desenvolve o gosto pela apresentação estética da
escrita.
Aprendizagem e Motivação
Para que alguém aprenda é necessário que ele queira aprender. Ninguém
consegue ensinar nada a uma pessoa que não quer aprender. Por isso é muito
importante que o professor saiba motivar os seus alunos.
Através de uma variedade de recursos, métodos e procedimentos, o professor
pode criar uma situação favorável à aprendizagem.
Para criar essa situação o professor deve:
Conhecer os interesses atuais dos alunos para mantê-los ou orientá-los.
Buscar uma motivação suficientemente vital, forte e duradoura para
conseguir do aluno uma atividade interessante e alcançar o objetivo da
aprendizagem.
Aprendizagem e Maturação
Além da motivação, outra condição da aprendizagem é a maturação. A
maturação consiste em mudanças de estrutura, devidas em grande parte à herança
e ao desenvolvimento fisiológico e anatômico do sistema nervoso. Segundo Piaget,
a maturação cerebral fornece certo número de potencialidades (possibilidades) que
se realizam, mais cedo ou mais tarde (ou nunca), em função das experiências e do
meio social. O processo de maturação apresenta certo paralelismo com a idade.
Esta, porém, por si só não fixa os limites da maturação. A maturação, portanto,
resulta de diversos fatores: desenvolvimento biopsíquico, interesses, evolução
social, educação, etc.
Só quando o indivíduo estiver maduro para uma determinada tarefa, podemos
dizer que está apto para realizá-la. Só poderá aprender algo quando estiver maduro
para essa aprendizagem.
Embora a aprendizagem requeira um determinado grau de maturidade, a
própria aprendizagem - quando certas condições didáticas são observadas –
contribui para a maturação da pessoa.
Fases da Aprendizagem
A aprendizagem parte sempre de uma situação concreta. Por isso,
inicialmente a visão do problema ou da situação é sincrética, ou seja, é geral, difusa,
indefinida. Em seguida, através da análise, das considerações dos diversos
elementos integrantes, chega-se a uma visão total do problema' ou da situação. O
terceiro passo é a síntese. Através da síntese integram-se os elementos mais
significativos e essenciais. É através da diversificação, da análise que se chega à
síntese ou à integração.
Essas fases devem ser levadas em consideração no momento de se criar uma
situação de aprendizagem. O ponto de partida deve ser sempre a observação da
realidade para se ter uma visão global, ou síncrese, do assunto a ser ensinado. A
essa visão global seguese uma discussão sobre os diversos aspectos observados -
análise e, finalmente, procura-se integrar os aspectos conclusivos - síntese.
PEDAGOGIA E DIDÁTICA
O que é Pedagogia
A palavra pedagogia vem do grego (pais, paidós = criança; agein conduzir;
logos = tratado, ciência). Na antiga Grécia, eram chamados de pedagogos os
escravos que acompanhavam as crianças que iam para a escola. Como escravo, ele
era submisso à criança, mas tinha que fazer valer sua autoridade quando necessária.
Por esse motivo, esses escravos desenvolveram grande habilidade no trato com as
crianças.
Hoje, pedagogo é o especialista em assuntos educacionais e Pedagogia, o
conjunto de conhecimentos sistemáticos relativos ao fenômeno educativo.
Temos diversas definições de Pedagogia: - Pedagogia é a ciência da
educação.
• Pedagogia é a ciência e a arte de educar.
• Pedagogia é a arte de educar.
• Pedagogia é a reflexão metódica sobre a educação para esclarecer e
orientar a prática educativa. (DURKHEIM e RADICE.)
O conceito moderno de Pedagogia é o seguinte: Pedagogia é a filosofia, a
ciência e a técnica da educação. (Prof. C. MATTOS). Esse conceito é completo
porque abrange todos os aspectos fundamentais a Pedagogia.
individuais mas, sim, as diferenças que existem entre grupos de indivíduos (classes
sociais, grupos políticos e agrupamentos de trabalho).
Aspecto técnico - Refere-se à técnica educativa, ao como educar. Este
aspecto situa-se entre o filosófico e o científico, isto é, entre que deve ser e o que é,
ligando o ideal ao real. Sob o aspecto técnico estuda-se:
Os métodos e processos educativos.
Os sistemas escolares.
As normas e diretrizes orientadoras da parte estática e da dinâmica de
cada escola.
Os métodos e as práticas de ensino.
As técnicas de trabalho escolar.
Divisão da Pedagogia
O que é Didática
Agora que vimos o que estuda a Pedagogia e que situamos a Didática dentro
da Pedagogia vejamos o que é Didática. Isso é muito importante, pois a Didática é o
objeto de estudo deste Curso.
Já sabemos que a Didática é uma disciplina técnica e que tem como objeto
específico a técnica de ensino (direção técnica da aprendizagem). A Didática,
portanto, estuda a técnica de ensino em todos os seus aspectos práticos e
operacionais, podendo ser definida como: "A técnica de estimular, dirigir e
encaminhar, no decurso da aprendizagem, formação do homem". (AGUAYO.)
Didática e Metodologia
Tanto a Didática como a Metodologia estudam os métodos de ensino. Há, no
entanto, diferença quanto ao ponto de vista de cada uma. A Metodologia estuda os
métodos de ensino, classificando-os e revendo-os sem fazer juízo de valor.
A Didática, por sua vez, faz um julgamento ou uma crítica do valor dos
métodos de ensino. Podemos dizer que a Metodologia nos dá juízos de realidade, e
a Didática nos dá juízos de valor.
Juízos de realidade são juízos descritivos e constatativos.
Exemplos:
• Dois mais dois são quatro.
• Acham-se presentes na sala 50 alunos.
Ciclo Docente
Os princípios, as normas e as técnicas de ensino são postos em prática
através das atividades de planejamento, orientação e controle do processo de
ensino-aprendizagem.
Essas atividades constituem as fases ou etapas do ciclo docente e são
representadas graficamente da seguinte maneira:
pode ser eficiente sem ser eficaz. Ele será apenas eficiente se, apesar de tudo o que
faz, não obtiver resultados. Mas será eficiente e eficaz quando os alunos aprenderem
o que ele ensinou. A eficácia, portanto, é a ação que alcança resultados. Eficiência
é apenas a ação realizada de acordo com as normas estabelecidas, mas sem
resultados.
Para que a ação do professor seja eficaz e não apenas eficiente, controle é
muito importante e engloba as seguintes atividades:
a) Sondagem: Antes de iniciar seu trabalho de ensino propriamente dito,
o professor deve procurar conhecer as características, as qualidades e dificuldades
de seus alunos. Fazer uma sondagem, portanto, consiste em levantar informações
sobre os alunos. (Isto ocorre na fase de
Planejamento.)
b) Prognose: Os dados colhidos na sondagem servirão de base para a
previsão ou prognose do que se pode esperar dos alunos de determinada turma.
c) Diagnóstico e retificação da aprendizagem: o estudo das causas da
aprendizagem deficiente logo que esta se manifesta (diagnóstico) servirá de base
para a seleção e o emprego de medidas, visando dar melhor assistência ao aluno e,
portanto, retificando a aprendizagem no devido tempo.
d) Manejo ou direção de classe: É a supervisão e o controle efetivo que
o professor exerce sobre uma classe de alunos, para criar um ambiente propício à
aprendizagem.
COMO ENSINAR
Procedimentos de ensino, estratégias, métodos e técnicas.
Esses são alguns dos termos utilizados para designar aspectos relativos ao
modo de ensinar. Vejamos o significado específico de cada um desses termos:
Estratégia - Trata-se de uma descrição dos meios disponíveis pelo
professor para atingir os objetivos específicos.
Método - é um roteiro geral para a atividade. O método indica as
grandes linhas de ação, sem se deter em operacionalizá-las. Podemos dizer que o
método é o caminho que leva até certo ponto, sem ser o veículo de chegada, que é
a técnica.
Técnica - É a operacionalização do método.
Procedimentos - maneira de efetuar alguma coisa. Consiste em
descrever as atividades pelo professor e as atividades desenvolvidas pelos alunos.
1 – O que é Currículo?
Um programa de ensino só se transforma em currículo após as experiências
que a criança vive em torno do mesmo. A palavra currículo vem do latim - curriculum
- e significa percurso, carreira, curso, ato de correr. E seu significado não abrange
apenas o ato de correr, mas também o modo, a forma de fazê-lo (a pé, de carro, a
cavalo), o local (estrada, pista, hipódromo) e o que ocorre no curso ou percurso
efetuado.
Da palavra curriculum temos, analogamente, a expressão curriculum vitae,
que engloba todos os dados pessoais, cursos, experiência e atividades que possam
dar uma ideia do que a pessoa conseguiu realizar durante a sua vida. Os dados são
apresentados como um todo integrado, variável para cada pessoa, mas que revela
continuidade, sequência e objetivos atingidos e/ou a atingir.
Aplicado à educação, o termo currículo apresenta uma variação no decorrer
do tempo. Essa variação depende da concepção de educação e de escola e,
também, das necessidades de determinada sociedade num dado momento histórico.
Tradicionalmente currículo significou uma relação de matérias ou disciplinas,
com um corpo de conhecimentos organizados sequencialmente em termos lógicos.
Alguns fatos históricos, no entanto, impuseram mudanças no modo de ver e
pensar do próprio homem, determinando-lhe, também, novas necessidades e
atitudes perante a vida. Diante de novas necessidades surgidas, os educadores
passaram a questionar o conceito de educação, de aprendizagem e,
consequentemente, de currículo. A preparação dos alunos para enfrentar um mundo
em constante transformação, passou a exigir uma dinâmica diferente da instituição
escolar. Nessa dinâmica, o aluno não é mais visto como um ser passivo que deve
apenas assimilar os conhecimentos que lhe são transmitidos pelos seus professores.
É visto, antes de mais nada, como um ser ativo que aprende não apenas através do
contato com o professor e com a matéria (conteúdo) mas através de todos os
elementos do meio. A partir desse novo enfoque, o currículo deixou de ser confundido
com distribuição de matéria ou carga horária de trabalho escolar.
Dimensões do Currículo
O currículo pode ser determinado a partir de três dimensões fundamentais:
Dimensão filosófica - Refere-se ao tipo de educação apropriada a uma
cultura. Trata-se das opções de valor, baseadas na concepção que se faz do homem,
da sociedade, etc. Nessas concepções baseiam-se as escolhas feitas quanto aos
fins da educação, propósitos e conteúdo da escola.
Dimensão sócio-antropológica - Devido às transformações sociais que se
processam de forma acelerada, é necessário que a escola tenha uma visão lúcida
da realidade social com a qual está lidando para que possa desenvolver um trabalho
educativo, dinâmico e atual. Daí a necessidade de um levantamento de- dados sobre
as características da cultura na qual a escola está inserida. A escola precisa saber
quais são os padrões de comportamento que influenciam os alunos, as forças
Planejamento de Currículo
Considerando que o currículo é a soma de experiências vividas pelos alunos
de uma escola, é fácil concluir que o planejamento do currículo é o planejamento
dessas experiências.
Cada escola deve elaborar o seu planejamento de currículo com a
participação de todos aqueles que direta ou indiretamente estão ligados à dinâmica
do processo educativo: diretor, supervisor pedagógico, orientador educacional e
professores. Juntos definirão os objetivos finais, o conteúdo básico e delinearão os
métodos e as estratégias de avaliação, pesquisando ainda os recursos que poderão
utilizar. No planejamento do currículo devemos levar em conta a realidade de cada
escola e as sugestões apresentadas pelo Conselho Estadual de Educação (C.E.E.)
que abrangem os seguintes aspectos:
• subsídios para a elaboração dos currículos;
• relação das matérias que podem construir a parte diversificada numa
tentativa de atender peculiaridades locais;
• Normas de avaliação;
• Recuperação de alunos.
Certa vez um professor afirmou que somente entraria em sala de aula para
lecionar quando os alunos modificassem seu comportamento, tornando-se mais
disciplinados. Essa fala é significativa na medida em que alerta para o sentido da
disciplina, ou melhor, da indisciplina em sala de aula e sua implicação no caso do
desenvolvimento da aprendizagem. Por outro lado, a afirmação suscita um
questionamento muito sério: Que vem a ser disciplina ou indisciplina dentro de uma
sala de aula? É possível avaliar-se o desempenho do professor pela disciplina
constatada em suas aulas?
Conceitos
O termo tem diferentes significados, e isolando-se, apenas, a questão
comportamental, tem-se:
• Para a Escola Tradicional diz respeito ao silêncio absoluto dos alunos
que ouvem as explicações do professor;
• Para a Escola Nova/Progressista o problema não existe;
• Para a Escola Globalizadora significa a concentração da atenção e
interesse em determinado processo de ensino/aprendizagem.
O próprio docente
Pode originar-se na sua falta de vocação e aptidão para enfrentar e aceitar as
tarefas específicas do magistério; ou pode estar no desconhecimento do conteúdo
pelo qual é responsável, o que o torna vulnerável pela insegurança que manifesta
diante de situações/questões didáticas problemáticas; pode originar-se na timidez,
ou no autoritarismo; nas limitações físicas não compreendidas e dominadas por ele
mesmo; pode ser, igualmente, reflexo de problemas familiares, sociais, e/ou
econômicos vividos.
Assim, um docente com problemas fatalmente provocará indisciplina pela falta
de domínio de si mesmo. Dessa forma, para que se resolva ou contorne a situação,
é necessário, anteriormente, conhecer-se e dominar-se.
Prováveis soluções - é necessário que o docente conquiste o grupo de
alunos a seus cuidados desde sua primeira apresentação em aula: ter uma postura
física, demonstrar aos alunos sua maneira de agir, o que pretende da classe, os
parâmetros que orientarão a relação professor/aluno e sua metodologia e sistema de
avaliação, dando ciência do conteúdo que será desenvolvido no decorrer do ano
escolar.
A construção escolar
A localização em ruas e avenidas com trânsito intenso, ou a arquitetura do
prédio com instalações adaptadas, sem condições pedagógicas, certamente são
fatores propícios para a agitação dentro da sala de aula.
Prováveis soluções - reconstruir o prédio é absolutamente impossível, mas
um tratamento mais participativo da comunidade pode minorar os malefícios. Aqui
entra a participação docente nas tarefas administrativas: sentir-se como um membro
daquela comunidade, mesmo que o seu local de moradia não seja o mesmo; dialogar
com os pais e alunos a respeito da propriedade efetiva do estabelecimento; discutir
com os colegas as formas mais ajustadas de arejamento das classes; cuidar para
que estrutura e mobiliário sejam respeitados seriam algumas formas para, pelo
menos, minimizar os problemas.
O currículo escolar
A natureza dos conteúdos selecionados e a forma de organização das
atividades de uma escola podem ser fatores decisivos para a indisciplina.
Assim, escolas que trabalham na forma excessiva de Centros de Interesse,
nos quais, mês a mês, se projetam e se realizam inúmeros festejos de modo a
prejudicar o desenvolvimento do ensino em sala de aula podem ser altamente
indisciplinadas, ou, também, conjuntos de atividades didáticas que não respondem
às necessidades sociais e políticas da comunidade na qual se encontra a escola
podem ser fatores altamente indisciplinadores,
Prováveis soluções - a escolha de uma grade curricular não é, na maioria
das vezes, tarefa de competência dos docentes, mas é de sua responsabilidade um
planejamento consciente, realista, moderno e contínuo. O trabalho integrado de
diferentes disciplinas/matérias, a colocação de alunos em permanente atividade de
aprendizagem, o controle e a correção de tarefas executadas por eles são soluções
que promovem atividade comportada, conforme atestam os docentes e os próprios
alunos.
O pessoal da escola
A maioria dos estabelecimentos, especialmente nas redes públicas, tem suas
equipes de trabalho defasadas, sobrecarregando, assim, os que estão em atividade.
Ao mesmo tempo nem sempre o pessoal de apoio (secretários, servidores,
inspetores de alunos, bedéis, guardas escolares etc.) tem preparo pedagógico
específico para o relacionamento com os alunos. Fato idêntico pode acontecer com
a direção e mesmo com o próprio corpo docente, a quem caberia especificamente o
domínio da classe. Nessa realidade, todo o pessoal da escola poderá vir a ser uma
fonte de indisciplina escolar.
As questões sociais
Agitações, greves, mudanças na estrutura econômica, desestruturação
familiar, comunidades permissivas ou opressoras, modelos comportamentais
apresentados pela TV, todos esses elementos, isoladamente ou no seu conjunto
promovem fatalmente a indisciplina. É evidente que o professor não é responsável
pela maioria dessas questões, e, igualmente, é evidente que também ele está
sofrendo esses efeitos.
Prováveis soluções - uma observação mais atenta ao conjunto das questões
sociais remete à conclusão de que, em sua maioria, estão em jogo as questões
políticas que envolvem a vida dos cidadãos. Aí entra a importância da
educação/educador para as soluções, que, na maioria das vezes, têm alcance
mediato, não imediato.
Imediatamente cabe ao professor a percepção clara da situação que está
sendo vivenciada por todos. Mediatamente compete-lhe trabalhar no
desenvolvimento do raciocínio social, por meio de uma metodologia que busque as
causas e consequências de atos pessoais e sociais. Exercitar a democracia na
eleição (no mínimo) dos representantes do Grêmio Estudantil, dos componentes da
Associação de Pais e Mestres e/ou Conselho de Escola; avaliar periodicamente o
comportamento desses representantes mediante seus planos de trabalho, corrigir os
rumos desses planos são medidas que, no conjunto encaminham a verdadeira
disciplina coletiva e, que, evidentemente devem ter na sua origem um projeto
especial e coletivo de estabelecimento.
Princípios
Correspondem às origens e são entendidos como regras fundamentais que se
destinam a todas as pessoas, em qualquer tempo ou em qualquer lugar.
Duas são as fontes que propõem fins educacionais: a Filosofia, as instituições
de caráter universal, as Igrejas, por exemplo; e/ou Estado por intermédio de sua
Constituição.
No processo de projeto educativo, entretanto, o professor não professará
necessariamente tais princípios, mas deverá ter certeza dos bens que faltam à
humanidade (em qualquer tempo, ou lugar, ou pessoa), e propor-se a lutar por eles.
Uma tarefa de tal magnitude será tanto mais amena e eficaz quanto mais revelar
conhecimento de toda a coletividade acadêmica.
No caso da Constituição Brasileira (1988), outros princípios já estão
determinados e, na qualidade de professores desta nação, cumpre-nos observá-los.
São estes os princípios previstos na Constituição que regem a cidadania da nação.
Art. 205: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Art. 206: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
Objetivos
Correspondem ao local, ou fim a que se pretende chegar.
Também os objetivos correspondem a bens desejáveis, pelos quais lutamos.
Advêm de correntes filosóficas e ideológicas, além de sofrerem a pressão de fatos
diários.
Suas fontes são mais numerosas:
Objetivo da escola: A escola tem obrigações, problemas e preocupações
curriculares próprias. Com as mudanças radicais que a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, 9394/96 está proporcionando aos rumos da educação brasileira,
as escolas, professores e alunos precisam consultar os Parâmetros Curriculares
Nacionais, se o nível escolar corresponder ao Ensino Fundamental ou Médio, e às
Diretrizes Curriculares, se o nível escolar for o Ensino Superior, uma vez que tais
documentos apontam o objetivo proposto e que fatalmente irão estar na base das
avaliações institucionais, popularmente batizadas de provões.
Isso não impede que o próprio local do projeto expresse seus objetivos, isso
é mais verdadeiro quando se fala da instituição universidade. Observem-se alguns
casos:
• Uma escola pode ressentir-se da falta de sala especial para o
ensino/aprendizagem de Ciências;
• Outra pode estar mais interessada em criar o ensino específico de
computação;
• Outra pode pensar em melhorar o nível nutritivo da merenda;
• Outra pode estar repensando a relação diária entre professor e aluno;
• E assim por diante, tudo sempre correspondendo a bens que a escola
não possua, mas deseja.
Observe:
• A inteligência diz respeito ao cognos, ou seja, o conhecimento, ela
refere-se ao conteúdo que o ser humano deve absorver e ao ensino que o professor
deve proporcionar;
• A ação diz respeito à necessidade que o ser humano tem de fazer,
realizar mostrando suas habilidades e no processo educacional corresponde à
pesquisa e/ou investigação;
• A sociabilidade diz respeito ao sentir prazeroso que o ser humano tem
em viver com os demais, que o leva ao sentimento de· apreciação ao que faz e ao
seu grupo e no processo educacional refere-se à extensão à sociedade daquilo que
foi aprendido e feito todos os seres humanos.
Objetivos:
• Verificar a forma de prevenção de doenças provocadas por bactérias;
• Entrevistar a equipe do posto de saúde local para verificar o que tem
sido feito pela prevenção de doenças;
• Verificar o projeto de saúde em andamento na cidade;
• Analisar as profissões ligadas à área da saúde e o que fazer para se
entrar nesta força de trabalho;
• Participar como agente de saúde local;
• Pesquisar e trazer a biografia de um médico brasileiro que se destacou
ou se destaca hoje na área de saúde, mostrando porque ele é importante também
para o seu bairro e escola.
TEORIAS EDUCACIONAIS
anos 1980: tanto os educadores considerados de direita (José Mário Pires Azanha,
à frente) quanto aos que se auto reivindicavam como pertencentes à esquerda
marxista (José Carlos Libâneo e Dermeval 8aviani à frente), fizeram a leitura de
Dewey - justamente o filósofo da democracia - como um "tecnicista" ou alguém que
teria dado margem para o "tecnicismo" em educação. Mas a fala de Hook é
adequada: a teoria educacional de Dewey era política, em favor da ampliação da
democracia.
Educando-educador e
educador educando. O "método
dialógico" aqui empregado, consistiria
na explicitação do relato dos
participantes a respeito de suas
experiências de vida, suas
dificuldades e problemas. O
"animador" do “centro de cultura", uma
vez tendo vivido na comunidade,
estaria apto a resgatar, nesse
momento, os "temas geradores" e as
"palavras geradoras", já previamente
"sentidos" por ele próprio na
comunidade, como que espelhando
dificuldades.
A "problematização" implicaria
a ideia de que "ninguém educa
ninguém", e também de que "ninguém
se educa a si mesmo", mas "os
"Problematização através homens se educam em comunhão",
do diálogo "mediatizados pelo: mundo", como
escreveu Paulo Freire: a
problematização se faria, assim,
através do esforço pelo qual
educadores e educandos iriam
percebendo, criticamente, como
"estão sendo
Através da "problematização",
educador-educando e educando-
educador poderiam fixar o ponto de
partida para a "conscientização".
Caberia ao educador-educando
Conscientização problematizar a visão de mundo dos
educandos-educadores que, por uma
série de razões, poderiam não estar
aptos a entender a realidade
criticamente. A
"conscientização" exigiria o
"pensar crítico", capaz de procurar a
"causalidade profunda" dos
acontecimentos, fazendo o
"desvelamento da realidade”.
A "conscientização" se
Ação social e política completaria na ação social e política –
na “práxis de busca de libertação de
todos os homens da opressão”.
REFERÊNCIAS
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 5ª ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1975.
Peeters ,F. e COOMAN, M.A. de . História da Educação. 10ª ed. São Paulo:
Melhoramentos, 1971.
TOSI, Maria Reineldes. Didática Geral; um olhar para o futuro. 3ª ed. Campinas-SP.
Editora Alínea, 2003.
Ghiraldelli Júnior, Paulo. Didática e Teorias Educacionais. Rio de Janeiro: DP&A,
2000.
SILVA, T.M.N. A construção do currículo na sala de aula, o professor como
pesquisador. São Paulo. EPU - 1990.
PILLETI, Claudino. Didática Geral. 23ª edição. Série Educação -Editora Ática, 2006.