Texto de Apoio
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Conceito de Legislação
O termo deontologia foi criado no ano de 1834, pelo filósofo inglês Jeremy Bentham,
para falar sobre o ramo da ética em que o objeto de estudo é o fundamento do dever e
das normas. A deontologia é ainda conhecida como "Teoria do Dever".
Immanuel Kant também deu sua contribuição para a deontologia, uma vez que a
dividiu em dois conceitos: razão prática e liberdade.
Para Kant, agir por dever é a maneira de dar à ação o seu valor moral; e por sua vez, a
perfeição moral só pode ser atingida por uma livre vontade.
Para os profissionais, deontologia são normas estabelecidas não pela moral e sim para
a correção de suas intenções, ações, direitos, deveres e princípios.
O primeiro Código de Deontologia foi feito na área da medicina, nos Estados Unidos.
Deontologia Farmacêutica
A Terminologia Ética
No latim não existe uma palavra que veio a traduzir o êthos e outra que veio a
traduzir o ethos; ambas são representadas pela expressão mos, que significa
exatamente os costumes e valores de uma determinada cultura. A palavra
moralis foi introduzida por Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.) para traduzir o
termo ethikos. Assim, originariamente, êthos e mos, “caráter” e “costume”,
assentam-se num modo de comportamento que não corresponde a uma
disposição natural, mas que é adquirido ou conquistado por hábito (ZUBIOLI,
2004).
Por outro lado, Aristóteles afirmava que as virtudes são resultantes do hábito, tanto
que defendia que a origem do sentimento de felicidade é a relação entre ações e os
resultados destas.
Dessa forma, a diferença entre Platão e Aristóteles é que o segundo afirmava que era
possível ensinar as virtudes.
Para Nietzsche, é impossível uma ciência que possa estabelecer uma moral, já que os
valores não são universais e surgem de variações de costumes em relação às
diferentes culturas (MARCONDES, 2007).
Outro ponto a ser destacado é a filosofia utilitarista, cuja discussão ética trata da
avaliação das consequências dos atos de cada um e faz uma reflexão sobre como
estabelecer um critério de julgamento das ações e seu valor, como é caso de Stuart
Mill, que defende promoção da felicidade e do prazer e exclusão da dor, sofrimento
ou infelicidade. Para Stuart Mill, os prazeres são considerados “tanto em relação à
quantidade como à qualidade” e deve-se colocar “o interesse de cada indivíduo tanto
quanto possível em harmonia com o interesse da totalidade [...] de tal modo que seria,
para ele, inconcebível a possibilidade de obter felicidade para si próprio com uma
conduta oposta ao bem comum” (MARCONDES, 2007).
Como observa Marcondes (2007), no que diz respeito à abordagem da ética segundo
Stuart Mill, “não fica suficientemente claro como se dá a passagem do prazer ou da
realização, individual, para o bem comum, o que tem suscitado um grande debate em
torno das ideias utilitaristas até nossos dias”.
A despeito dos diferentes referenciais teóricos e suas soluções para as questões éticas,
pensados ao longo da história da filosofia e, conforme citado anteriormente, pode-se
adotar a origem etimológica da palavra ética como o termo grego ethos, significando
o modo de ser, o caráter. E como tradução para o latim ethos o termo mos,
relacionado a costumes, derivado de mores. Marilena Chauí (2003) afirma que:
Geralmente, associa-se o significado do termo ética a questões como o que é ser justo,
ser honesto e correto sem considerar-se a necessidade de verificar os costumes,
valores e cultura presentes em uma determinada sociedade. Um julgamento ético,
nesse sentido, deve levar em conta a formação dos valores e, em cada cultura, o
conteúdo das condutas morais. Ainda segundo Marilena Chauí (2003), deve-se
reconhecer que: Frequentemente, não notamos a origem cultural dos valores
éticos, do senso moral e da consciência moral, porque somos educados
(cultivados) para eles e neles, como se fossem naturais ou fáticos, existentes em si
e por si mesmos. [...] para garantir a manutenção dos padrões morais através do
tempo e sua continuidade de geração a geração, as sociedades tendem a
naturalizá-los. A naturalização da existência moral esconde, portanto, a essência
da moral, ou seja, que ele é essencialmente uma criação histórico-cultural, algo
que depende das ações humanas.
Dessa forma, parece que o sentido ético deve estar associado a ações e relações
entre o homem e a sociedade. São suas ações, também reconhecidas como
conduta ética, que repercutirão na sociedade. Para que um “sujeito ou a pessoa
moral” (CHAUÍ, 2003) possa existir, deve preencher algumas condições básicas:
ser consciente de si e dos outros; ser dotado de vontade; ser responsável; ser
livre.Assim, o homem, desde que iniciou sua vida social, sentiu a necessidade de
se orientar por alguns deveres, mesmo que impostos pela sociedade, com o
propósito de buscar a virtude individual e a excelência moral dos indivíduos em
prol da coletividade.
A conduta ética sempre foi orientada como formação do caráter do sujeito moral
para que estivesse trabalhando para controlar racionalmente seus impulsos, seus
apetites e desejos, orientando a vontade para o bem próprio e como membro da
coletividade. Enquanto isso, a questão ética também é definida por um senso
comum – conjunto de regras a serem cumpridas para que se alcance o bem-estar,
por exemplo, de um grupo de profissionais e, destes, em relação aos seus
pacientes; regras que são entendidas como ponto de partida para o respeito
próprio e aos que nos cercam.
Essa questão torna-se mais complexa ao considerar que nas IESs há um público
extremamente heterogêneo, onde cada discente traz consigo uma história pessoal, uma
personalidade formada ou em formação, um conceito de bom ou ruim, justo ou injusto,
certo ou errado, verdade ou mentira.
Segundo Aristóteles (384-322 a.C.) “O homem, quando guiado pela ética, é o melhor
dos animais, quando sem ela, é o pior de todos”.