Ebook Enem Intensivo Semana 02
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Ebook Enem Intensivo Semana 02
2019
Semana 02
22 a 26 de Jul
Biologia
Proteínas
Resumo
Proteínas são uma cadeia de aminoácidos formada durante o processo de tradução, que possui a
participação de RNA e ribossomos. Elas podem ser classificadas quanto a sua estrutura em:
A temperatura alta ou um pH ácido pode desnaturar uma proteína. Quando uma proteína perde a sua
estrutura, ela também perde a sua função.
As proteínas podem ter diversas funções, como de catalizadores (ex.: enzimas), transporte (ex.:
hemoglobina), estrutura (ex.: colágeno), defesa (ex.: anticorpos) e reguladoras (ex.: hormônios).
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Biologia
Exercícios
1. Além de serem as macromoléculas mais abundantes nas células vivas, as proteínas desempenham
diversas funções estruturais e fisiológicas no metabolismo celular. Com relação a essas substâncias,
é correto afirmar que:
2. O perigo das febres altas se associa principalmente a inativação das proteínas do sistema nervoso,
podendo ser fatal para o organismo. Nessa condição, e correto afirmar que as proteínas:
3. Analise a figura a seguir que mostra a mudança da estrutura terciária de uma proteína enzimática, pela
modificação das condições às quais ela está exposta.
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Biologia
4. Qual o composto biológico que tem como função facilitar e aumentar a velocidade das reações
envolvendo biomoléculas orgânicas nas células?
a) esteroides
b) carboidratos
c) polissacarídios
d) lipídios
e) proteína com função enzimática
5. Proteínas são moléculas essenciais à vida, atuando como enzimas, hormônios, anticorpos, antibióticos
e agentes antitumorais, além de estarem presentes nos cabelos, na lã, na seda, em unhas, carapaças,
chifres e penas dos seres vivos. Em relação às proteínas é correto afirmar que:
a) São biopolímeros constituídos de aminoácidos, que são unidos entre si por meio de ligações
peptídicas.
b) A produção dessas moléculas se dá sem “gasto” de energia pelos organismos, já que os
aminoácidos provêm da alimentação.
c) Todas as proteínas possuem peso molecular idêntico, característica especial dessas moléculas.
d) Apesar da diversidade na constituição e estruturação de seus aminoácidos, essas moléculas
apresentam, no seu conjunto, a mesma velocidade de degradação no meio ambiente.
e) A grande variabilidade biológica dessas moléculas permite sua utilização para fins de identificação
pessoal, da mesma forma e com a mesma precisão que os exames de DNA.
a) Duas proteínas que por hidrólise originam os mesmos aminoácidos, nas mesmas proporções,
podem não ser proteínas iguais.
b) Desnaturação significa ligação entre aminoácidos, e é uma síntese por desidratação.
c) A estrutura terciária de uma proteína determina sua forma, mas não interfere como sua função ou
especificidade.
d) Além da importante função estrutural, as proteínas também são as mais importantes substâncias
de reserva energética e de defesa.
e) O colágeno e a elastina são componentes contráteis das células musculares e deslizam gerando
movimentos.
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Biologia
9. Apesar da carne bovina ser frequente na dieta humana, a proteína bovina não é encontrada em nosso
corpo. Isso ocorre porque:
a) o ser humano não possui enzimas para digerir as proteínas da carne bovina.
b) as vitaminas da carne bovina desnaturam durante o cozimento.
c) a proteína bovina sofre digestão e os aminoácidos liberados são usados na produção de proteínas
humanas.
d) os lipídios presentes na carne bovina impermeabilizam suas proteínas, impedindo a absorção.
e) os aminoácidos presentes na carne bovina são diferentes daqueles usados pelas células humanas.
10. Sobre o alisamento capilar, resolva a questão. A principal proteína constituinte dos cabelos é a
queratina que, quando aquecida, pelas altas temperaturas da chapinha:
a) incorpora novos aminoácidos a molécula, alongando-se.
b) sofre um processo denominado desnaturação, sofrendo alteração na sua estrutura.
c) transforma a forma globular em fibrosa.
d) quebra as pontes de hidrogênio que liga o grupo amina de um aminoácido ao grupo carboxila do
aminoácido seguinte.
e) provoca modificação na sequência dos aminoácidos que a constituem.
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Biologia
Gabarito
1. D
Todas as proteínas são formadas a partir do processo de tradução, que tem a participação do material
genético
2. D
O aumento da temperatura pode desnaturar a proteína, fazendo com que ela perca sua função
3. E
Podemos ver que há uma perda da forma terciária da proteína (desnaturação), que pode ocorrer por
fatores ambientais, como exemplo, aumento da temperatura.
4. E
As proteínas com função enzimática possuem função catalítica, facilitando reações
5. A
As proteínas são moléculas orgânicas formadas pelo sequenciamento de aminoácidos, onde a ligação
peptídica ocorre entre a carboxila de uma molécula e o grupo amina de outra.
6. C
O texto descreve a ligação de macromoléculas de proteínas, ou seja, é uma forma de proteína quaternária.
7. A
Os aminoácidos que compõem uma proteína podem ser os mesmos, porém a ordem que eles se ligam
pode ser diferente, e alterar a forma, o tipo e a função da proteína.
8. E
A insulina, assim como o glucagon, é um tipo de hormônio proteico, cuja função está relacionada à
absorção de glicose pelos tecidos (como o fígado e músculos).
9. C
As proteínas ingeridas precisam sofrer digestão, liberando aminoácidos. Estes aminoácidos que serão
absorvidos e utilizados na produção de proteínas, e não as sequencias deles que foram ingeridas.
10. B
As altas temperaturas da chapinha fazem com que as ligações que mantém a forma secundária da
queratina se rompam, causando o processo de desnaturação.
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Biologia
Resumo
População é o conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que vivem e ocupam uma mesma área ao
mesmo tempo. O tamanho populacional equivale ao número de indivíduos de uma população, enquanto a
densidade populacional pode variar de acordo com as alterações do meio, e é determinada pela seguinte
fórmula:
O potencial biótico é a capacidade de uma população para crescer em condições favoráveis, ou seja, é a
capacidade dos seres vivos se multiplicarem através da reprodução. Já a resistência do meio é o conjunto de
fatores que limitam o crescimento populacional, impedindo um crescimento exponencial da população, e
geram como consequências a competição, o parasitismo e o predatismo.
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Biologia
Chamamos de princípio de Gause, ou princípio da exclusão competitiva, quando duas espécies compartilham
o mesmo nicho ecológico, por causa dos recursos limitados, e competem entre si.
As relações ecológicas são as relações dos seres vivos entre si, podendo ser classificadas em:
• Intra-específicas - ocorrem dentro da mesma população (isto é, entre indivíduos da mesma espécie).
• Interespecíficas – ocorrem entre populações diferentes (entre indivíduos de espécies diferentes).
• Harmônicas – relações em que nenhuma das partes têm prejuízo
• Desarmônicas – relações em que pelo menos uma sai prejudicada
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Biologia
Exercícios
1. O aumento das infestações por cupins em casas e prédios pode ser resultante da ação do homem
sobre o ambiente e das características biológicas desses animais.
A combinação de fatores que melhor explica esse aumento de infestações nas cidades é:
a) facilidade de reprodução e organização dos indivíduos em diferentes castas.
b) eliminação de predadores e maior número de machos reprodutores na colônia.
c) disponibilidade de alimento e facilidade para instalação de novas colônias.
d) presença de numerosos indivíduos operários e maior proteção do ninho.
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Biologia
Considere o tipo de relação ecológica entre essas duas espécies e indique a afirmação correta.
a) A espécie P. aurelia é predadora de P. caudatum.
b) P. aurelia exclui P. caudatum por competição intraespecífica.
c) P. aurelia e P. caudatum utilizam recursos diferentes.
d) P. aurelia exclui P. caudatum por parasitismo.
e) P. aurelia exclui P. caudatum por competição interespecífica.
4. No estudo da dinâmica das populações naturais, entre os fatores demográficos que regulam o
crescimento populacional podemos citar natalidade, mortalidade, imigração e emigração.
Considerando as associações abaixo:
I. Natalidade + imigração = mortalidade + emigração.
II. Natalidade + imigração > mortalidade + emigração.
III. Natalidade + imigração < mortalidade + emigração.
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Biologia
5. Traíras são predadoras naturais dos lambaris. Acompanhou-se, em uma pequena lagoa, a evolução da
densidade populacional dessas duas espécies de peixes. Tais populações, inicialmente em equilíbrio,
sofreram notáveis alterações após o início da pesca predatória da traíra, na mesma lagoa.
Esse fato pode ser observado no gráfico abaixo, em que a curva 1 representa a variação da densidade
populacional da traíra.
6. Os vaga-lumes machos e fêmeas emitem sinais luminosos para se atraírem para o acasalamento. O
macho reconhece a fêmea de sua espécie e, atraído por ela, vai ao seu encontro. Porém, existe um tipo
de vaga-lume, o Photuris, cuja fêmea engana e atrai os machos de outro tipo, o Photinus, fingindo ser
desse gênero. Quando o macho Photinus se aproxima da fêmea Photuris, muito maior que ele, é
atacado e devorado por ela.
A relação descrita no texto, entre a fêmea do gênero Photuris e o macho do gênero Photinus, é um
exemplo de:
a) comensalismo.
b) inquilinismo.
c) cooperação.
d) predatismo.
e) mutualismo.
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Biologia
7. As orquídeas e a erva de passarinho são plantas que fazem fotossíntese e vivem sobre outras plantas.
As orquídeas apenas se apóiam sobre as plantas, enquanto a erva de passarinho retira água e sais
minerais das árvores em que vivem.
Assinale a alternativa correta quanto às relações da erva de passarinho e das orquídeas com as plantas
hospedeiras, respectivamente.
a) amensalismo e parasitismo
b) parasitismo e epifitismo
c) parasitismo e predatismo
d) parasitismo e protocoperação
e) protocoperação e epifitismo
9. Os líquens são formados pela associação de certas espécies de algas e um fungo. Ambas as espécies
são beneficiadas nessa relação, sendo que uma espécie não é capaz de viver isoladamente naquele
local. Nesse caso, há uma relação chamada de:
a) Comensalismo.
b) Inquilinismo.
c) Mutualismo.
d) Protocooperação.
10. O fungo Penicillium, por causar apodrecimento de laranjas, acarreta prejuízos pós-colheita. Nesse caso,
o controle biológico pode ser feito utilizando-se a levedura Saccharomycopsis, que mata esse fungo,
após perfurar sua parede e absorverseus nutrientes. É CORRETO afirmar que esse tipo de interação é
conhecido como:
a) comensalismo.
b) mutualismo.
c) parasitismo
d) predatismo.
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Biologia
Gabarito
1. C
a disponibilidade de alimento juntamente com a capacidade de sobrevivência em ambientes urbanos
permitem que a população destes animais crescerem.
2. E
entre os dias 8 e 20 a população permaneceu de forma estável, ou seja, a população chegou na
capacidade limite do ambiente.
3. E
o terceiro gráfico mostra que quando cultivadas juntas, a P. aurelia exclui P. caudatum por competição
interespecífica, onde P. aurelia possui elevada densidade, enquanto que P. caudatum tem sua densidade
bastante reduzida.
4. B
com a natalidade e imigração maiores que a mortalidade e emigração, a população vai aumentar ao longo
do tempo, pois se nasce mais que morre e entra mais indivíduos em um dado local do que sai.
5. D
como a população de traíras foi reduzida, a predação exercida sobre a população de lambaris também
foi e isso permitiu um crescimento populacional de lambaris na região.
6. D
Vagalumes do gênero Photuris se alimenta do macho do gênero Photinus, um caso de predação.
7. B
a erva de passarinho é um parasita pois ela retira nutrientes da planta hospedeira. Já as orquídeas são
epífitas, pois apenas se apoiam no tronco das árvores.
8. B
a sociedade é uma relação intraespecífica harmônica em que há divisão de trabalho. Já o parasitismo é
uma relação desarmônica interespecífica que não causa a morte do hospedeiro.
9. C
Líquens são um caso clássico de mutualismo, sendo eles seres vivos formados por uma associação entre
alga e fungo, na qual um não pode viver sem o outro.
10. D
pelo fungo se alimentar perfurando e matando o outro, trata-se de um caso de relação desarmônica
interespecífica conhecida como predação.
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Filosofia/Sociolgia
Pré-socráticos
Resumo
Os filósofos pré-socráticos são os primeiros filósofos da história, tendo vivido entre os séculos VII e VI
a.C., e contribuído decisivamente para a ruptura entre o pensamento mítico e o pensamento racional. Eles são
chamados de pré-socráticos por terem precedido o grande filósofo Sócrates, cuja importância é tão grande
que dividiu a história da filosofia entre os pensadores que lhe precederam, e os que lhe sucederam, como
Platão e Aristóteles. A maior parte da obra desses primeiros filósofos foi perdida, restando-nos fragmentos
e comentários feitos por filósofos posteriores, o que chamamos de doxografia. A grande genialidade desses
pioneiros foi ter, ao menos em parte, abandonado as explicações mitológicas sobre o mundo, para buscar
uma explicação mais lógica, mais racional, sem a presença de seres sobrenaturais.
Assim, os pré-socráticos irão buscar uma explicação do mundo através do Logos (razão ou
explicação argumentativa) e não mais através do mito, abandonando o recurso tão usado pela poesia
homérica ao divino e ao transcendente. Dentre os filósofos pré-socráticos podemos destacar Heráclito de
Éfeso, Parmênides de Eleia, Demócrito de Abdera, Tales de Mileto, Empédocles de Agrigento, entre outros.
Uma das questões centrais do pensamento pré-socrático era: qual é o fundamento ou origem (arché) de todas
as coisas que existem? Ou seja, qual é a arché (princípio) que governa a existência de todas as coisas?
Segundo Heráclito, o primeiro princípio de tudo é o fogo; para Tales é a água; para Empédocles são os quatro
elementos: fogo, água, terra e ar; para Demócrito é o átomo. No entanto, em relação à questão do
conhecimento, destaca-se a discussão entre Heráclito e Parmênides.
Heráclito defende que tudo o que existe no mundo está em constante transformação, num fluxo
perpétuo, ou seja, nada permanece idêntico a si mesmo, “tudo flui”. Nesse sentido, o ser (tudo o que existe)
está sempre em movimento, por isso Heráclito é considerado um filósofo mobilista. A imagem que melhor
representa esse pensamento é a imagem do rio. Diz Heráclito que não podemos entrar duas vezes no mesmo
rio, pois, quando entramos pela segunda vez, as águas do rio não são as mesmas e, portanto, o rio não é o
mesmo. Além do mais, nós, quando entramos novamente no rio, não somos também os mesmos, já somos
diferentes do que éramos, pois estamos submetidos necessariamente à mudança. Se nada permanece igual,
o conhecimento está diante de um problema: como posso dizer que conheço algo de maneira objetiva dado
que essa coisa que digo conhecer, assim como tudo, está em constante transformação? Nesse sentido, o
conhecimento é justamente a percepção das transformações. Como o ser o móvel, o Logos (razão) é
mudança e contradição.
Parmênides, por outro lado, não aceitará em seu método as contradições, sendo famoso justamente
por ter estabelecido o princípio de não contradição através da frase: “o ser é e o não ser não é”. Assim, se
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Filosofia/Sociolgia
para Heráclito a permanência é uma ilusão, já para Parmênides a mudança é que consiste numa ilusão, sendo
impossível a passagem do ser para o não ser ou do não ser para o ser. Evidentemente, Parmênides não quer
dizer com isso que não existe mudança no mundo, mas apenas que as mudanças estão restritas ao mundo
material, às coisas sensíveis, mas a essência de uma coisa nunca muda, é imóvel. Assim Parmênides é
considerado um filósofo imobilista, pois aquilo que existe não pode deixar de ser o que é, ou seja, não pode
perder a sua essência. O mundo do pensamento, portanto, é imóvel e o conhecimento objetivo sobre as coisas
é possível graças à identidade que ele reconhece entre ser, pensar e dizer: as palavras refletem o pensamento,
e o pensamento tem a capacidade de exprimir a essência imutável das coisas.
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Filosofia/Sociolgia
Exercícios
1. A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a
matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três
razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em
segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela embora
apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural. 1999
2. TEXTO I
Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas
vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de novo reúne.
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo. Abril Cultural, 1996 (adaptado).
TEXTO II
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável
e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que
é perecer? Como poderia gerar-se?
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).
Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das
a) investigações do pensamento sistemático.
b) preocupações do período mitológico.
c) discussões de base ontológica.
d) habilidades da retórica sofistica.
e) verdades do mundo sensível.
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Filosofia/Sociolgia
3. Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era algo real
e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado
apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não
passavam de invenções humanas.
RACHELS. J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
4. O homem sempre buscou explicações sobre os aspectos essenciais da realidade que o cerca e sobre
sua própria existência. Na Grécia antiga, antes de a filosofia surgir, essas explicações eram dadas pela
mitologia e tinham, portanto, um forte caráter religioso. Historicamente, considera-se que a filosofia
tem início com Tales de Mileto, em razão de ele ter afirmado que “a água é a origem e a matriz de todas
as coisas”. Nesse sentido, pode-se dizer que a frase de Tales tem caráter filosófico pelas seguintes
razões:
a) Porque destaca a importância da água para a vida; porque faz referência aos deuses como causa
da realidade e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é
matéria”.
b) Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz sem imagem e fabulação e porque
nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é um”.
c) Porque narra uma lenda; porque narra essa lenda através de imagens e fabulação e porque nela,
embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é movimento”.
d) Porque enuncia uma verdade revelada por Deus; porque o faz através da imaginação e, porque
nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “o homem é a medida de todas
as coisas”.
e) Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz recorrendo a deuses e a imaginação
e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “conhece-te a ti
mesmo”.
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Filosofia/Sociolgia
6. Heráclito nasceu na cidade de Éfeso, região da Jônia, e viveu aproximadamente entre 540 e 480 a.C.
Ficou conhecido como “o obscuro”, porque seus escritos eram, em geral, aforismos, isto é, frases
enigmáticas que condensam a ideia transmitida. Dentre suas ideias mais destacadas está a do “eterno
devir”.
A partir dessas informações, marque a alternativa que descreve corretamente o significado de “eterno
devir”.
a) O princípio de que tudo é água ou o elemento úmido.
b) A permanência do ser.
c) Transformação incessante das coisas.
d) O Mundo das Ideias.
7. A relação entre mito e filosofia é objeto de polêmica entre muitos estudiosos ainda hoje. Para alguns,
a filosofia nasceu da ruptura com o pensamento mítico (teoria do “milagre grego”); para outros, houve
uma continuidade entre mito e filosofia, ou seja, de alguma forma os mitos continuaram presentes –
seja como forma, seja como conteúdo – no pensamento filosófico.
A partir destas informações, assinale a alternativa que NÃO contenha um exemplo de pensamento
mítico no pensamento filosófico.
a) Parmênides afirma: “Em primeiro lugar, criou (a divindade do nascimento ou do amor) entre todos
os deuses, a Eros...”.
b) Platão propõe algumas teses como a teoria da reminiscência e a transmigração das almas.
c) Heráclito afirma: “As almas aspiram o aroma do Hades”.
d) Aristóteles divide a ciência em três ramos: o teorético, o prático e o poético.
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Filosofia/Sociolgia
8. Leia o texto e as assertivas a seguir a respeito das relações entre o nascimento da filosofia e a
mitologia.
O nascimento da filosofia na Grécia é marcado pela passagem da cosmogonia para a cosmologia. A
cosmogonia, típica do pensamento mítico, é descritiva e explica como do caos surge o cosmos, a partir
da geração dos deuses, identificados às forças da natureza. Na cosmologia, as explicações rompem
com a religiosidade: a arché (princípio) não se encontra mais na ordem do tempo mítico, mas significa
princípio teórico, enquanto fundamento de todas as coisas. Daí a diversidade de escolas filosóficas,
dando origem a fundamentações conceituais (e, portanto, abstratas) muito diferentes entre si.
ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. São Paulo: Moderna, 1993, p. 93.
I. Uma corrente de pensamento afirma que houve ruptura completa entre mito e filosofia, tal corrente
é a que defende a tese do milagre grego.
II. Outra corrente de pensamento afirma que não houve ruptura completa entre mito e filosofia, mas
certa continuidade, é a que defende a tese do mito noético.
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Filosofia/Sociolgia
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Filosofia/Sociolgia
Gabarito
1. C
Nietzsche faz referência ao surgimento da filosofia através dos pré-socráticos que buscavam na natureza
(physis) uma justificativa racional para a origem de tudo. Inicialmente, encontravam um elemento
essencial (arché) como solução primordial.
2. C
Foram um grupo de filósofos que especularam sobre a origem do mundo e observaram a natureza como
fonte de conhecimento. A teoria de Parmênides visava o imobilismo, enquanto a de Heráclito, o mobilismo.
daí, encontramos a contradição teórica. Ontologia é um estudo voltado para o “ser”, portanto, cada um
dos filósofos possui um posicionamento quanto ao papel do “ser” na natureza.
3. D
Para o pensamento platônico, as noções de justiça e ética estão voltadas para o ensinamento transmitido
através da vida em comunidade, já que cada indivíduo é responsável por suas ações para si e para os
demais.
4. B
O surgimento da filosofia está atrelado ao momento em que os homens passam a investigar as origens
do mundo, dos seres, enfim, de tudo o que os cerca, sem ter de recorrer a explicações baseadas no divino
ou no mito. A frase de Tales de Mileto aponta justamente isso, porque atribui a origem das coisas a um
ente físico (a água) e não a um ente sobrenatural. Encaixa-se nas teorias monistas dos primórdios da
filosofia (uma única origem para tudo). Excetuando a questão B, todas as outras alternativas estão
erradas, porque referem-se a uma informação que não está presente na afirmação (a presença de deuses
ou fabulação para explicarem a realidade); e se esses elementos estivessem presentes, não estaríamos
falando de filosofia, mas de mitos.
5. D
a) Incorreta. Segundo Parmênides, o ser é identidade, não há multiplicidade alguma.
b) Incorreta. Quem disse isso foi Heráclito de Éfeso, para quem o ser é devir constante.
c) Incorreta. Segundo Parmênides o ser é e o não ser não é.
d) Correta. Para Parmênides o que "é" é o que pode ser pensado e dito, e o que "não é" não pode nem
ser pensado nem dito. Ou seja, pluralidade ou multiplicidade, mudança ou movimento e oposições
são irreais, impensáveis e indizíveis. Assim, "não ser", "perceber" e "opinar" são o mesmo: nada, diante
do pensamento, que exige estabilidade, permanência e verdade.
6. C
a) Incorreta. Para Tales de Mileto tudo era água ou o elemento úmido.
b) Incorreta. A permanência do ser é a definição de Parmênides para a arché.
c) Correta. Segundo Heráclito, um homem não entra duas vezes no mesmo rio, porque o homem não
será o mesmo, tampouco o rio.
d) Incorreta. O mundo das ideias faz parte da filosofia posterior, de Platão.
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Filosofia/Sociolgia
7. D
A única afirmativa que não apresenta referência a alguma ideia de origem mítica é a D, na qual está
indicada a divisão da ciência proposta por Aristóteles, em uma visão racionalista. A afirmativa A fala em
um Ser Criador não palpável que cria um deus, Eros; a afirmativa B fala em transmigração de almas e
reminiscências, compreensíveis apenas em um contexto mítico, já que não possuem comprovação
racional ou científica; e a afirmativa C fala novamente em almas e em Hades, o deus grego que governaria
o mundo para onde iriam as almas dos mortos, portanto, um entendimento mítico do mundo.
8. C
Sobre a origem da filosofia existem, de fato, duas correntes. A primeira diz que o fato de os gregos terem
conseguido sistematizar inicialmente o pensamento filosófico foi um milagre, dado seu ineditismo.
Porém, essa corrente tende a ignorar a contribuição dos povos do Oriente e a importância do
conhecimento do mundo pela perspectiva mítica, que contribuiu muito ao raciocínio filosófico.
A segunda entende que o conhecimento filosófico é uma continuidade do pensamento mítico que o
precedeu, e é mais coerente com a ideia de que o conhecimento é cumulativo e interpretativo.
9. D
A, B e C estão incorretas porque para Parmênides nada é fora do ser, ou seja, o ser é a única coisa pensável
e exprimível. Portanto, o Ser não tem passado, pois não seria mais, e não tem futuro (devir) porque não
seria ainda, mas é presente eterno. E mais, há neste princípio a primeira formulação de não contradição,
isto é, aquele principio que afirma a impossibilidade de os contraditórios existirem simultaneamente.
D - Correta. Anda pelo caminho do erro aquele que afirma que o ser não existe porque, segundo
Parmênides, o ser é a única via do pensar, a ponto de podermos afirmar que pensar e ser coincidem, no
sentido de que não há pensamento que não exprima o ser.
10. A
A questão refere-se ao surgimento da filosofia na Grécia, momento no qual se passa do pensamento
mítico para o filosófico. a) Correta. Os filósofos pré-socráticos debruçavam-se sobre a natureza para
entender o mundo. b) e c) Incorretas. Ao surgir, a filosofia substitui o pensamento mítico pelo racional e
valoriza a razão. d) Incorreta. Não existe uma fase conceituada como pós-socrática na história da
filosofia. e) Incorreta. Tanto no período mítico como no racional, a fantasia não era um elemento criador
de sentidos, mas sim a observação do mundo. Com a diferença de que no período mítico o homem ainda
não ocupava a centralidade observadora.
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Física
Resumo
Lançamento Vertical: movimento realizado na vertical com velocidade inicial diferente de zero. Pode ser
lançamento para cima ou para baixo.
Queda Livre: movimento realizado na vertical com velocidade inicial sempre igual a zero. Apenas movimentos
para baixo (queda).
Equação da posição:
Equação da velocidade:
Torricelli:
Altura máxima:
Algumas coisas mudaram em relação ao MUV: H é a altura que o corpo está, g é a aceleração da gravidade e
o ± indica se a gravidade está a favor ou contra o movimento.
Lembre-se de sempre adotar um referencial antes de começar a resolver as questões. É interessante usar
tudo que está para cima positivo e tudo que está para baixo negativo.
A altura máxima é atingida quando o corpo não consegue mais subir. Nessa situação, a velocidade do corpo
é igual a zero.
A gravidade tem o valor aproximado g=9,81m/s², mas para algumas questões é possível utilizar g=10m/s² (a
própria questão vai informar isso).
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Física
Gráficos
Lançamento Vertical para cima (g contra o movimento)
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Física
Exercícios
1. Um objeto é lançado verticalmente para cima e retorna ao ponto de partida em 2,0s. Desprezando-se a
resistência do ar e considerando g = 10 m/s², a altura atingida pelo objeto é, em metros:
a) 2,5.
b) 5,0.
c) 10.
d) 20.
e) 40.
2. Para calcular a altura de uma ponte sobre o leito de um rio, um garoto abandonou uma pedra da ponte,
a partir do repouso, e mediu o tempo transcorrido até que ela atingisse a superfície da água.
Considerando a aceleração da gravidade igual a 10m/s² e sabendo que o tempo de queda da pedra foi
de 2,2 segundos, pode-se afirmar que a altura da ponte, em metros, é um valor mais próximo de:
a) 16.
b) 20.
c) 22.
d) 24.
e) 48.
3. Atira-se em um poço uma pedra verticalmente para baixo, com uma velocidade inicial V 0=10m/s. Sendo
a aceleração local da gravidade igual a 10 m/s² e sabendo-se que a pedra gasta 2s para chegar ao
fundo do poço, podemos concluir que a profundidade deste é, em metros:
a) 30.
b) 40.
c) 50.
d) 20.
e) Nenhuma das respostas anteriores.
3
Física
4. Para medir o tempo de reação de uma pessoa, pode-se realizar a seguinte experiência:
I. Mantenha uma régua (com cerca de 30 cm) suspensa verticalmente, segurando-a pela extremidade
superior, de modo que o zero da régua esteja situado na extremidade inferior.
II. A pessoa deve colocar os dedos de sua mão, em forma de pinça, próximos do zero da régua, sem
tocá-la.
III. Sem aviso prévio, a pessoa que estiver segurando a régua deve soltá-la. A outra pessoa deve
procurar segurá-la o mais rapidamente possível e observar a posição onde conseguiu segurar a
régua, isto é, a distância que ela percorre durante a queda.
O quadro seguinte mostra a posição em que três pessoas conseguiram segurar a régua e os
respectivos tempos de reação
A distância percorrida pela régua aumenta mais rapidamente que o tempo de reação porque a
a) energia mecânica da régua aumenta, o que a faz cair mais rápido.
b) resistência do ar aumenta, o que faz a régua cair com menor velocidade.
c) aceleração de queda da régua varia, o que provoca um movimento acelerado.
d) força peso da régua tem valor constante, o que gera um movimento acelerado.
e) velocidade da régua é constante, o que provoca uma passagem linear de tempo.
4
Física
5. Do terraço de um edifício, você solta, sucessivamente, com velocidade inicial nula, três bolinhas de aço,
a 0,50s de intervalo. No instante em que você solta a terceira, as duas primeiras se encontram nas
posições s indicadas na opção:
a) c) e)
b) d)
6. Um corpo é lançado de baixo para cima com velocidade inicial de 100m/s. Qual a altura em que ele
para e o tempo que demora depois para cair? Dado g=10m/s².
a) 1000m; 100s
b) 750m; 50s
c) 500m; 25s
d) 500m; 10s
e) 350m; 5s
7. De um helicóptero que desce verticalmente é abandonada uma pedra, quando o mesmo se encontra a
100m do solo. Sabendo que a pedra leva 4 segundos para atingir o solo e supondo g=10m/s², a
velocidade de descida do helicóptero, no momento em que a pedra é abandonada, tem valor:
a) 25m/s
b) 20m/s
c) 15m/s
d) 10m/s
e) 5m/s
5
Física
8. Um jogador de basquetebol consegue dar um grande impulso ao saltar e seus pés atingem a altura de
1,25 m. A aceleração da gravidade no local tem o valor de g = 10 m/s2. O tempo que o jogador fica no
ar, aproximadamente, é:
a) 1 s.
b) 2 s.
c) 3 s.
d) 4 s.
e) 5 s.
9. Um objeto é lançado do solo verticalmente para cima. Quando sua altura é 2 m, o objeto está com uma
velocidade de 3 m/s. Admitindo-se que a aceleração gravitacional vale g=10m/s², pode-se afirmar que
a velocidade com que esse objeto foi lançado, em m/s, é de:
a) 4,7.
b) 7.
c) 8,5.
d) 9.
e) 9,5.
10. A altura alcançada por um corpo lançado verticalmente para cima, no vácuo, com velocidade inicial V0,
até sua velocidade se reduzir à metade é dada, em função da altura máxima H, pela expressão:
a) H/2.
b) H/4.
c) H/8.
d) 3H/4.
6
Física
Gabarito
1. B
Como o tempo de subida é igual ao de descida e ambos valem 1 segundos, podemos calcular a altura
através da equação de queda livre:
H=a.t²/2
H=10.1²/2
H = 5 metros
2. D
S= gt²/2
S=10*2,2²/2
S=10*4,84/2
S=48,2/2
S = 24,1metros.
3. B
S = So+Vot + at
S=10 . 2 + 10 . 2 = 20. 2 = 40m
4. D
5. B
As 2 bolas que foram abandonadas percorrem um MUV no caso especial de queda livre. Para a primeira
bola, que tem um movimento que dura 1 segundo.
𝑎𝑡 2
𝑆 = 𝑆𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 +
2
10(1)²
𝑆 = 0 + 0.1 + =5𝑚
2
O movimento da segunda bola dure apenas 0,5 segundos. Logo:
10(0,5)²
𝑆 = 0 + 0.0,5 + = 1,25 𝑚
2
Essa analise mostra que a primeira bola esta bem afastada da segunda e da terceira bola e a segunda
bola esta mais proxima da terceira. Essa conclusão nos leva ao desenho da letra [B].
6. D
Nesse tipo de movimento, adotando o referencial para cima, a velocidade é positiva e a aceleração é
negativa,pois é contrária ao movimento,sabendo da presença da gravidade podemos admitir que se trata
de um M.U.V. vamos aplicar essa situação em uma das fórmulas:
Lembrando que o instante que o instante que o móvel para num lançamento vertical é na mudança de
sentido, ou seja, v = 0 m/s
7
Física
V=vo+a.t
0=100+(-10).t
10t=100
t=10s
7. E
S=So+Vo.t+(1/2)a.t²
0=100+vo.4+1/2.(-10).4²
0=100+4vo-5.16
4vo=100-80
4vo=20
vo=20/4
vo = 5 m/s
8. A
V²=Vo²-2.g.h
0=Vo²-2.10.1,25
0=Vo²-20.1,25
Vo²=25
V=5m/s
V=v0 + at
5 = 0 – 10t
T = 1/2s
9. B
𝑣 2 = 𝑣02 + 2𝑔ℎ
32 = 𝑣02 − 40
𝑣0 = 7 𝑚/𝑠
10. D
0 = 𝑣02 − 2𝑔𝐻
𝑣02
𝐻=
2𝑔
8
Física
𝑣0 𝑣02 3 𝑣02 3𝐻
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑣 = → = 𝑣02 − 2𝑔𝐻 → ℎ = . →ℎ=
2 4 4 2𝑔 4
9
Física
Leis de Newton
Resumo
Força Peso
É a força que o planeta (ou uma grande massa) exerce sobre um corpo. No caso comum de um objeto na Terra,
a força peso é a força que a Terra faz no objeto, atraindo-o para o centro da Terra.
Dica: Na Lua, a aceleração da gravidade é menor (cerca de 6 vezes menor). Na Lua os objetos possuem a
mesma massa que na Terra, mas peso menor (o peso depende da localização do corpo, a massa não).
Tração ou Tensão
Tração: força trocadas entre um corpo e um fio (elemento transmissor de força, que também pode ser cabo ou
corda). A direção da tração é a mesma do fio, sempre no sentido do puxão.
Obs.: Se o fio é ideal, ou seja, sua massa é desprezível, podemos considerar que |T'|=|T|.
Força Elástica
A força elástica é a força que aparece em molas, elásticos ou meios deformáveis. Uma força aplicada no meio
elástico provoca uma deformação x (deslocamento em relação à posição de equilíbrio), tal que a força é
proporcional à deformação.
F∝x
1
Física
Para retirar o símbolo de proporcional coloca-se uma constante k. Essa constante é chamada de constante
elástica e está relacionada com a “dureza” da mola. Quanto maior o valor de k, maior é a força necessária para
deformá-la.
Assim a força elástica possui a forma:
F = kx
Obs.: A força elástica é na verdade uma força restauradora, assim a expressão correta da força elástica (Lei de
Hooke) é F = - kx, onde o sinal negativo indica que a mola exerce uma força contrária ao sentido da deformação.
Isto é, se um corpo comprime uma mola, ela exerce uma força contrária à compressão. Se um corpo aplica
uma força para esticar (puxar) a mola, ela exerce uma força contrária ao puxão (como na figura à seguir).
Leis de Newton
Primeira Lei de Newton – Lei da Inércia
Todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a permanecer em
MRU (Movimento Retilíneo e Uniforme), a menos que a soma das forças (resultante) sobre ele seja diferente de
zero.
O conceito de inércia é um conceito importante: todo corpo que possui massa possui inércia; inércia é a
tendência dos corpos de se opor ao movimento.
2
Física
Exercícios
1. Um elevador possui massa de 1500 kg. Considerando a aceleração da gravidade igual a 10m/s², a tração
no cabo do elevador, quando ele sobe vazio, com uma aceleração de 3m/s², é de :
a) 4500 N
b) 6000 N
c) 15500 N
d) 17000 N
e) 19500 N
Admitindo-se que não exista atrito entre os blocos e a superfície, o valor da força que A exerce em B, em
newtons, é
a) 50.
b) 30.
c) 20.
d) 10.
3
Física
4
Física
5. Durante um teste de desempenho, um carro de massa 1200 kg alterou sua velocidade conforme mostra
o gráfico.
Considerando que o teste foi executado em uma pista retilínea, pode-se afirmar que a força
resultante que atuou sobre o carro foi de
a) 1200 N
b) 2400 N
c) 3600 N
d) 4800 N
e) 6000 N
6. O sistema a seguir apresenta aceleração de 2m/s² e a tração no fio é iguala 72 N. considere que a massa
de a é maior que a massa de b o fio é inextensível e não ha átrio na polia a diferença entre as massas
desses dois corpos é igual a
Considere g= 10 m/s²
a) 1kg
b) 3kg
c) 4kg
d) 6kg
5
Física
7. A queda de um elevador em um prédio no centro de Porto Alegre no final de 2014 reforçou as ações de
fiscalização nesses equipamentos, especialmente em relação à superlotação. A partir desse fato, um
professor de Física resolve explorar o tema em sala de aula e apresenta aos alunos a seguinte situação:
um homem de massa 70 kg está apoiado numa balança calibrada em newtons no interior de um elevador
que desce à razão de 2 m/s² . Considerando g = 10 m/s² , pode-se afirmar que a intensidade da força
indicada pela balança será, em newtons, de:
a) 560
b) 840
c) 700
d) 140
e) 480
8. Na montagem experimental abaixo, os blocos A, B e C têm massas 𝑚𝐴 = 5,0 kg, 𝑚𝐵 = 3,0 kg e 𝑚𝐶 = 2,0 kg.
Desprezam-se os atritos e resistência do ar. Os fios e as polias são ideais e adota-se | g | = 10 m/s²
No fio que liga B com C, está intercalada uma mola leve, de constante elástica 3,5 · 10³ N/m. Com o
sistema em movimento, calcule, em centímetros, a deformação da mola.
a) 2,0 cm
b) 1,0 cm
c) 1,5 cm
d) 2,8 cm
e) 4,2 cm
9. Um fabricante de elevadores estabelece, por questões de segurança, que a força aplicada nos cabos de
aço que sustentam seus elevadores não pode ser superiores a 1,2x 104 N. Considere um desses
elevadores com uma massa total de 1,0x103 kg (massa do elevador com os passageiros) e admita g = 10
m/s² . Nessas condições, a aceleração máxima do elevador na subida não pode ser superior a:
a) 1,2 m /s²
b) 2,0 m/s²
c) 5,0 m/s²
d) 9,8 m/s²
6
Física
10. O tiro com arco é um esporte olímpico desde a realização da segunda olimpíada em Paris, no ano de
1900. O arco é um dispositivo que converte energia potencial elástica, armazenada quando a corda do
arco é tensionada, em energia cinética, que é transferida para a flecha.
Num experimento, medimos a força F necessária para tencionar o arco até uma certa distância x,
obtendo os seguintes valores:
a) 16 m/N
b) 1,6 kN/m
c) 35 N/m
d) 5/8 x 10−2 m/N
7
Física
Gabarito
1. E
2. B
3.
4. B
5. C
8
Física
6. B
9
Física
7. A
8. B
9. B
10
Física
10. B
11
Geografia
Resumo
O início do governo militar e sua relação com a industrialização brasileira – 1964 até 1967/1968
Os primeiros momentos dos governos militares não foram marcados por grandes avanços na industrialização
brasileira, nem pelos grandes projetos, pois o país enfrentava um grave quadro de endividamento externo,
fruto da política de internacionalização da economia proposta por Juscelino Kubitschek (JK), que buscou o
empréstimo de capital estrangeiro como um dos pilares do tripé econômico para o investimento em indústrias
de bens de consumos duráveis.
Pode-se afirmar, portanto, que esse primeiro período dos governos militares, que vai dos anos de 1964 até
1967, foi marcado por uma retração na economia e pouco crescimento da indústria brasileira.
A partir de 1968, o país experimentou uma nova fase de sua economia e de seu processo de industrialização.
A recuperação financeira, fruto da reforma tributária, criação de fundos de poupança compulsória (PIS, PASEP,
FGTS) e ampliação do crédito lançaram bases para o momento considerado como o “milagre brasileiro”.
Entretanto, fatores externos também explicam esse crescimento, como o crescimento da economia mundial
nestes anos, que permitiu o acesso a um abundante crédito externo, possibilitando o endividamento e criando
espaço para a diversificação e o crescimento das exportações brasileiras.
O fraco desempenho da indústria e economia no início da década de 60 também deu margem para um grande
crescimento com o aumento do nível de investimento e captação de recursos externos do país.
Como forma de legitimar o seu poder autoritário, os governos ditatoriais investiram fortemente em obras de
impacto, em áreas como transporte e energia. Dentre essas obras podemos destacar a Usina Hidrelétrica de
1
Geografia
Itaipu, binacional (Brasil-Paraguai), responsável por produzir 17% da energia nacional e, até 2008, a maior
hidrelétrica do mundo.
A implantação da usina nuclear de Angra é outra marca do investimento em energia do período. Também
podemos citar a ponte Rio-Niterói, expressão da modernidade e de grande complexidade, tendo o maior vão
em viga reta construído pelo homem. É a 13ª no mundo em extensão.
Além disso, ocorreu a construção de rodovias com a ampliação da malha viária de 3 mil para 45 mil
quilômetros, sem falar nos estádios de futebol, como o Castelão, em Fortaleza, e o Mineirão, em Minas Gerais,
que serviram como forma de expressão e propaganda da ditadura.
O saldo do período registrou uma percentual anual de crescimento industrial de 12,7%. Já o Produto Interno
Bruto (PIB) cresceu entre 1968 e 1973 11,3%, superando com grande margem o período anterior, quando o
crescimento médio anual havia sido de 3,2%.
A primeira crise do petróleo, em 1973, causada pela guerra do Yom Kippur fez com que a concessão de
empréstimos diminuísse levando o Brasil para o período que ficou conhecido como Marcha Forçada.
Em períodos de crise há a necessidade de formação de reservas de dinheiro, sendo assim, os países que
emprestavam ao Brasil à juros baixos reduziram os empréstimos concedidos. Todos os países resolveram
frear o crescimento, menos o Brasil, que viu esse momento como uma oportunidade de despontar. Foi como
se o Brasil ignorasse as altas do petróleo e a recessão mundial para forçar um ritmo de crescimento
insustentável a longo prazo. O objetivo era fazer o Brasil crescer a qualquer custo, a exemplo da compra de
empresas que estavam prestes a falir (estatizações) e através do 2º PND estimular as obras faraônicas como
a ponte Rio-Niterói, a rodovia Transamazônica e a Usina de Itaipu.
Uma das consequências da década perdida foi a diminuição de postos de trabalho. Após toda a euforia vivida
com o milagre econômico, a realidade foi exposta na década seguinte, com os anos 80, considerada a década
perdida, devido ao preço pago pelo grande endividamento externo e explosão da inflação, corroendo o salário
do trabalhador.
É importante destacar que o crescimento apresentado no período do milagre econômico foi baseado também
em um grande arrocho salarial, em um contexto mundial no qual as empresas multinacionais perceberam
que poderiam reduzir custos instalando-se em países que possibilitassem mão-de-obra barata, legislação
ambiental frágil, grande quantitativo de recursos naturais e infraestrutura básica. Esse movimento estrangeiro
permitiu que as empresas nacionais, que disputavam o mercado em condições de extrema desigualdade,
fossem sendo absorvidas pelas multinacionais, o que provocou uma intensa concentração de capital nas
mãos destas grandes e poucas empresas.
2
Geografia
O mesmo fenômeno de concentração pôde ser percebido no campo onde a tecnologia expulsou milhares de
trabalhadores, que migraram para as áreas urbanas em busca de sobrevivência. Isso tudo caracterizou uma
sociedade fortemente desigual, com a renda concentrada na mão de poucos. Com o aumento do
endividamento e as crises internacionais do petróleo, nos anos de 1973 e 1979, os juros sobre a dívida
aumentaram significativamente, e a medida de emitir papel-moeda no mercado só serviu para explodir a
inflação, de forma que isso tudo trouxe uma grande retração econômica e da produção industrial, acarretando
o fim do período militar e a entrada na democracia com um país em grave crise econômica.
Podemos sinalizar que o espaço brasileiro teve grandes transformações, principalmente levando em questão
a integração que as rodovias construídas no período militar proporcionaram, permitindo uma maior
integração no território nacional. Apesar disso, ocorre uma concentração espacial das indústrias
principalmente na região Sudeste, com destaque para São Paulo, fato que só começa a diminuir no período
democrático, pós-ditadura, com o processo de fuga para cidades menores e com maiores atrativos
econômicos para as empresas, como isenção de impostos, solos urbanos mais baratos, menor
congestionamento, entre outras características.
Esse processo de descontração espacial vai ajudar na própria desmetropolização, devido ao maior
dinamismo e crescimento de cidades médias, em muitos casos, fruto da instalação de grandes indústrias,
levando desenvolvimento econômico e crescimento populacional para essas cidades, devido a esse novo
polo atrativo.
3
Geografia
Exercícios
2. Em meados da década de 1970, as condições externas que haviam sustentado o sucesso econômico
do regime militar sofreram alterações profundas.
(Tania Regina de Luca. Indústria e trabalho na história do Brasil, 2001.)
As condições externas que embasaram o sucesso econômico do regime militar e as alterações que
sofreram em meados da década de 1970 podem ser exemplificadas, respectivamente
a) pelos investimentos oriundos dos países do Leste europeu e pelo aumento gradual dos preços em
dólar das mercadorias importadas.
b) pela ampla disponibilidade de capitais para empréstimos a juros baixos e pelo aumento súbito do
custo de importação do petróleo.
c) pelos esforços norte-americanos de ampliar sua intervenção econômica na América Latina e pela
redução acelerada da divida externa brasileira.
d) pela ampliação da capacidade industrial dos demais países latino-americanos e pelo crescimento
das taxas internacionais de juros.
e) pela exportação de tecnologia brasileira de informática e pela recessão econômica enfrentada
pelas principais potências do Ocidente.
1
Geografia
3. "Brasil, ame-o ou deixe-o" foi um dos célebres 'slogans' do regime militar, em torno de 1970, época em
que o Governo Médici divulgava a imagem do "Brasil Grande" e proclamava o "Milagre Econômico" que
faria do país uma grande potência. Assinale a opção que melhor caracteriza a política econômica
correspondente ao chamado "Milagre".
a) Fusão do capital industrial e do bancário, gerando monopólios capazes de impor preços
inflacionários, dos quais resultaram o crescimento econômico e o aumento do mercado
consumidor nos grandes centros urbanos.
b) Desenvolvimento de obras de infraestrutura, a exemplo de hidrelétricas e rodovias, com base na
poupança nacional e no investimento de bancos públicos.
c) Crescimento econômico e aquecimento do mercado de bens duráveis ancorados em políticas
salariais redistributivas e na indexação de rendimentos do mercado financeiro.
d) Elevados investimentos no setor de bens de capital e na indústria automobilística combinados a
uma vigorosa agricultura comercial de médio porte.
e) Incentivo à entrada maciça de capitais estrangeiros combinada ao arrocho salarial, resultando em
elevados índices de crescimento econômico e inflação baixa.
4. Uma das características da economia brasileira posterior aos anos 1950 foi a consolidação da
chamada sociedade de consumo, acompanhada pelo desenvolvimento da propaganda. Apesar de a
crise econômica ter marcado o período 1962-1967, o aumento do consumo de eletrodomésticos nos
domicílios de trabalhadores de baixa renda mostrou-se constante, até, pelo menos, a crise do “milagre”
brasileiro, na década de 1970.
2
Geografia
5. O chamado "milagre brasileiro" estendeu-se de 1968 a 1973. Assinale a alternativa correta, relativa a
seus pontos críticos.
a) Era totalmente atrelado à política do FMI, que organizou o próprio modelo econômico.
b) Causou notável desproporção entre o avanço econômico e a qualidade de vida, sobretudo pelo
abandono dos programas sociais pelo Estado.
c) Baseava-se na política liberal, rejeitando qualquer interferência do Estado na economia.
d) Embora com altos indicadores sociais, não obteve os índices de crescimento esperados.
e) Não aumentou a capacidade de arrecadar tributos e beneficiou sobretudo as camadas baixas da
população.
6. De 1967 a 1973, o Brasil alcançou taxas médias de crescimento muito elevadas e sem precedentes,
decorrentes da política econômica, mas também de uma conjuntura econômica internacional muito
favorável. Esse período (e por vezes de forma mais restrita nos anos 1968-1973) passou a ser
conhecido como o do "milagre econômico brasileiro". Infelizmente, o mês de outubro de 1973 marca o
término desse período de crescimento.
Disponível em: <http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/milagre-economico-brasileiro>. Acesso em:
23 de mar, 2017. (Adaptado)
7. Entre o final da década de 1960 e o início da década de 1970, a economia brasileira obteve altos índices
de crescimento. O fenômeno se tornou conhecido como milagre econômico e derivou da aplicação de
uma política que provocou, entre outros efeitos,
a) êxodo rural e incremento no setor ferroviário.
b) crescimento imediato dos níveis salariais e das taxas de inflação.
c) aumento do endividamento externo e da concentração de renda.
d) estatização do aparato industrial e do setor energético.
e) crise energética e novos investimentos em pesquisas tecnológicas.
3
Geografia
8. Com o crescimento econômico ocorrido durante o século XX, o Brasil pode ser considerado um país
industrializado, embora os males do subdesenvolvimento continuem presentes. O processo de
industrialização brasileiro contou com um agente de fundamental importância: o Estado Nacional.
Sobre o papel do Estado no processo de industrialização brasileiro, assinale a alternativa CORRETA:
a) Foi responsável pela construção dos setores de infraestrutura e transporte, pelo investimento
direto no setor industrial e pela criação de uma legislação trabalhista.
b) Foi responsável pelos investimentos em infraestrutura e transporte, porém não participou dos
investimentos diretos no setor industrial e se omitiu na criação de uma legislação trabalhista.
c) Agiu na criação de uma legislação trabalhista, porém não participou dos investimentos em
infraestrutura e transportes, bem como dos investimentos diretos no setor industrial.
d) Foi responsável pelos investimentos diretos no setor industrial, porém, por falta de recursos,
deixou a cargo das empresas privadas os investimentos na criação de infraestrutura e transportes.
e) Abriu mão do papel de empreendedor, não participando dos investimentos diretos no setor
industrial, nem dos investimentos em infraestrutura.
9. Visto à luz das reformas de caráter neoliberal, realizadas pelos governos brasileiros na década de 1990,
o modelo econômico implantado pelo regime militar em 1964 aparece hoje, mais do que aparecia na
época,
a) associado ao capital internacional e em ruptura com o modelo anterior, baseado num capitalismo
nacional.
b) nacionalista e continuísta com relação ao modelo anterior, que associava capitalismo nacional e
internacional.
c) empenhado em uma política econômica modernizadora, que rompia com o passado e diminuía a
esfera de ação estatal.
d) subordinado aos interesses do capital internacional, que o impediu de modernizar a produção
agrícola.
e) vinculado a uma política econômica conservadora e em alinhamento automático com a política
externa norte-americana.
4
Geografia
10. A partir da década de 1970, dois fatos importantes ocorreram simultaneamente: inicio da diminuição
da concentração industrial no Sudeste e o processo de desconcentração industrial no Brasil. Dentre os
motivos que podem explicar esses fatos citam-se
a) o esgotamento dos recursos minerais no Sudeste e o aumento das necessidades de exportação
geradas pela entrada do Brasil na ALADI.
b) a forte atuação do Estado criando incentivos fiscais para que indústrias do Sudeste se instalassem
em outras regiões e o desenvolvimento em âmbito nacional de infraestrutura de transportes e
comunicações.
c) o aumento das necessidades de combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo, inexistentes no
Sudeste e a formação do Mercosul que representa maiores exportações para o Pais.
d) o declínio acentuado dos fluxos migratórios em direção ao Sudeste e a descoberta de importantes
recursos minerais em vários pontos do Pais, como o caso de Carajás.
e) a limitação do espaço do Sudeste para a instalação de novos parques industriais e a elevação
generalizada dos padrões de renda e consumo da população brasileira.
5
Geografia
Gabarito
1. B
Apesar do grande desenvolvimento econômico brasileiro no período que ficou conhecido como milagre
econômico brasileiro, não houve uma distribuição de renda, aumentando ainda mais as desigualdades
sociais internas, pois com o argumento de esperar a economia crescer para depois redistribuir ocorreu
uma maior concentração de renda.
2. B
O sucesso econômico do período conhecido como "milagre brasileiro” se deu em razão do forte
investimento externo aliado a oferta de crédito para o mercado, o que elevou a produção e o consumo do
pais. Contudo, o "Choque do Petróleo" altera o cenário econômico mundial elevando as taxas de juros e a
dívida externa do país, encerrando o período de crescimento da produção.
3. E
O crescimento econômico brasileiro no período citado se se deu em decorrência da aquisição de
empréstimos internacionais a juros baixos, empréstimos esses utilizados no processo de industrialização
e desenvolvimento infra estrutural em curso naquele momento. Soma-se a este cenário o arrocho salarial,
ou seja, o não aumento dos salários acompanhando a inflação, acarretando desigualdades sociais. Esses
fatores juntos caracterizam a política econômica do referido período.
4. D
Em um primeiro momento dos governos militares houve a concessão de crédito à população visando a
saída do país da situação econômica que se encontrava, um grave quadro de endividamento externo, fruto
da política de internacionalização da economia proposta por Juscelino Kubitschek (JK), que buscou o
empréstimo de capital estrangeiro como um dos pilares do tripé econômico para o investimento em
indústrias de bens de consumos duráveis.
5. B
A questão dá enfoque ao âmbito social no período do milagre econômico brasileiro, em que por um lado
verificou-se o crescimento da economia, mas por outro observou-se a crescente desigualdade social
decorrente da não distribuição de renda.
6. B
O milagre econômico terminou com a primeira crise do petróleo (1973). A elevação dos preços dessa
matéria-prima prejudicou a economia mundial, diminuindo a confiança dos investidores e, portanto, a
disponibilidade de crédito. Além de afetar a balança comercial dos países que importavam grandes
quantidades de petróleo, tal como o Brasil.
7. C
O Milagre Econômico Brasileiro foi caracterizado por um elevado crescimento de seu PIB, possível graças
ao intenso processo de industrialização e investimentos em infraestrutura. Porém, tal processo ocorreu
a custas de um elevado endividamento externo, além de se observar um crescimento da concentração da
renda, pois uma vez que a melhora econômica do país não se traduziu na diminuição da desigualdade.
8. A
O processo de industrialização iniciado no governo Vargas (1930) e que evoluiu durante o governo de JK
e no período militar foi marcado pelos investimentos estatais no setor de infraestrutura, a exemplo da
construção de rodovias, no setor de transporte, com o estímulo a entrada de indústrias automobilísticas
no país, investimentos no setor industrial diretamente com a inauguração de indústrias de base e a
6
Geografia
9. B
Assim como no período do governo JK, os governos militares foram marcados pela associação entre o
capital nacional, público e privado, e internacional. Ambos acarretaram uma grande dívida externa para o
país e uma grande desigualdade social.
10. B
A década de 1970 foi marcada por crises econômicas mundias associadas à variação do preço de
petróleo. Com isso, o Estado brasileiro buscou incentivar a desconcentração industrial para interior dos
estados ou outras unidades federativas com mão de obra mais barata. Porém, isso só era possível com
investimentos em âmbito nacional na infraestrutura de transportes e comunicações.
7
Geografia
Resumo
Para entender a industrialização do Brasil é necessário voltar ao ciclo do café, que foi o motor inicial
para que esse processo ocorresse. Até o início da década de 1930, o espaço geográfico brasileiro foi
estruturado ao redor do modelo primário-exportador, fazendo com que a configuração das atividades
econômicas fosse dispersa e com rara ou ausente interdependência (arquipélagos econômicos).
A partir do crescimento da economia cafeeira, o processo de urbanização se intensificou,
principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, com o objetivo de facilitar o escoamento da produção e a
distribuição, através da ampliação das linhas férreas. Com o fim da escravidão e a chegada dos imigrantes,
o mercado consumidor cresceu consideravelmente, o que possibilitou a produção para o mercado interno e
o desenvolvimento das indústrias. A concentração da riqueza na região Sudeste, devido a riqueza oriunda do
café, fez com que as indústrias também se concentrassem na região, aumentando as disparidades inter-
regionais.
É importante destacar o contexto mundial deste período. O mundo passava pelo fim da Primeira Guerra
Mundial, conflito em que muitos dos principais países produtores de produtos industrializados estavam
envolvidos o que afetou o abastecimento mundial. Neste sentido, iniciou-se no Brasil a política de substituição
de importações, ou seja, passou-se a produzir aqui o que antes se importava de outros países. É importante
destacar o papel de Getúlio Vargas para o impulso da indústria nacional, principalmente através da criação
das indústrias de base, fundamentais para o surgimento de outras indústrias, dentre as quais podemos
destacar a Companhia Siderúrgica Nacional, a Vale do Rio Doce e a Petrobrás. O processo de
desconcentração industrial também estava acontecendo ao redor do mundo. Vargas preparou o cenário com
as indústrias de base, e o processo da criação de parques industriais veio a se consolidar com JK em meados
dos anos 50. Os países hegemônicos, que tinham se industrializado primeiro, começaram a precisar ampliar
seu mercado consumidor. Nesse momento, as tecnologias de comunicação e os meios de transporte
estavam se desenvolvendo. Assim, a industrialização do Brasil contou com a colaboração do capital externo.
Para os países subdesenvolvidos, com industrialização tardia, era importante conceder vantagens para atrair
o modelo industrial e o capital externo. Essas vantagens podem ser isenções fiscais, legislações ambientais
flexíveis, ou concessões de outras naturezas. Isso consolida relações entre os países, uma vez que as
indústrias podem passar a serem multinacionais. Por isso a formação de oligopólios vem crescendo ao longo
do desenvolvimento dos meios produtivos. Na região amazônica temos o exemplo de montadoras de carros
no período JK, a criação da Fordlândia. Foram concedidas isenções fiscais para consolidação do polo
industrial de Manaus. Nessa época, a indústria automobilística tinha bastante destaque. Antes, regulava e
estimulava a produção de borracha nessa mesma região. Agora, atraia montadoras de fora que se utilizam
do território, dos recursos e da mão de obra nacional. Essas montadoras não adquiriram o caráter
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Geografia
multinacional ou aglutinaram industrias nacionais. Nesse mesmo período, JK investia no modal rodoviário,
já consolidado em outros países mundo a fora, construindo muitas estradas e direcionando os fluxos de mão
de obra que também foram motivados pelo aumento da concentração fundiária no campo.
Essas estradas eram criadas para;
Atrair industrias automotivas de fora – como foram o caso das montadoras
Cumprir o projeto de integração territorial – dinamizando e selecionando as funções regionais
brasileiras e também estimulando e viabilizando os fluxos migratórios e o êxodo rural, num novo planejamento
nacional.
Esses fluxos migratórios foram;
Para o sudeste, onde foram colocadas os primeiros polos urbano-industriais do Brasil, concentrando
oferta de mão de obra num crescimento urbano desordenado. As indústrias ficaram concentradas nessa
região pelo histórico da produção de café.
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Geografia
Exercícios
2. A política para o desenvolvimento do governo Getúlio Vargas, no período do Estado Novo, priorizou
a) a tecnificação da agricultura para exportação.
b) a promoção da indústria de base, a exemplo da siderurgia.
c) a estatização dos meios de comunicação, com o surgimento da Embratel.
d) a produção de bens de consumo, a exemplo da indústria automotiva.
e) a privatização dos setores industriais de base.
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Geografia
3. Com o crescimento econômico ocorrido durante o século XX, o Brasil pode ser considerado um país
industrializado, embora os males do subdesenvolvimento continuem presentes. O processo de
industrialização brasileiro contou com um agente de fundamental importância: o Estado Nacional.
Sobre o papel do Estado no processo de industrialização brasileiro, assinale a alternativa CORRETA:
a) Foi responsável pela construção dos setores de infraestrutura e transporte, pelo investimento
direto no setor industrial e pela criação de uma legislação trabalhista.
b) Foi responsável pelos investimentos em infraestrutura e transporte, porém não participou dos
investimentos diretos no setor industrial e se omitiu na criação de uma legislação trabalhista.
c) Agiu na criação de uma legislação trabalhista, porém não participou dos investimentos em
infraestrutura e transportes, bem como dos investimentos diretos no setor industrial.
d) Foi responsável pelos investimentos diretos no setor industrial, porém, por falta de recursos,
deixou a cargo das empresas privadas os investimentos na criação de infraestrutura e
transportes.
e) Abriu mão do papel de empreendedor, não participando dos investimentos diretos no setor
industrial, nem dos investimentos em infraestrutura.
4. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi fundada em abril de 1941, durante o governo Getúlio
Vargas, com o financiamento estadunidense, em troca da cessão do uso do porto de Natal (RN) como
base militar dos Estados Unidos no decorrer da Segunda Guerra Mundial.
Essa siderúrgica foi construída no município de
a) Cubatão, localizado no estado de São Paulo, entre a capital e o porto de Santos, maior porto
brasileiro na ocasião.
b) Carajás, no interior do estado do Pará, para aproveitar a maior reserva mundial de minério de
ferro, situada naquela localidade.
c) Volta Redonda, situado entre São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores cidades brasileiras na
época, e próximo ao Quadrilátero Ferrífero.
d) São Paulo, capital do estado mais rico da federação naquele período e maior consumidor de
produtos siderúrgicos e metalúrgicos da América Latina.
e) Salvador, capital do país naquele momento, grande centro financeiro e industrial, cortado pelas
linhas da Rede Ferroviária Federal, que abasteciam os fomos da companhia.
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Geografia
6. A industrialização brasileira tem como marco a década de 1930, com o processo de implantação de
setores de base. Isto não quer dizer que, antes daquela década, não houvesse indústrias no país. Elas
existiram, só que compuseram um setor de pouca monta e, ainda:
a) se caracterizaram pela forte dependência a uma política de investimentos governamentais.
b) se basearam em capitais provenientes da exportação da borracha amazônica.
c) tiveram, na redução de tarifas de importação de manufaturados, seu principal fator de
competitividade.
d) estiveram ligadas à formação de um mercado consumidor representado pelo afluxo de
imigrantes europeus assalariados.
e) apresentaram forte concentração de investimentos nos setores de energia e transportes.
7. Não é difícil entender o que ocorreu no Brasil nos anos imediatamente anteriores ao golpe militar de
1964. A diminuição da oferta de empregos e a desvalorização dos salários, provocadas pela inflação,
levaram a uma intensa mobilização política popular, marcada por sucessivas ondas grevistas de várias
categorias profissionais, o que aprofundou as tensões sociais. Dessa vez, as classes trabalhadoras se
recusaram a pagar o pato pelas “sobras” do modelo econômico juscelinista.
(MENDONÇA, S. R. A industrialização Brasileira. São Paulo: Moderna, 2002 (adaptado)
Segundo o texto, os conflitos sociais ocorridos no início dos anos 1960 decorreram principalmente
a) da manipulação política empreendida pelo governo Joao Goulart.
b) das contradições econômicas do modelo desenvolvimentista.
c) do poder político adquirido pelos sindicatos populistas.
d) da desmobilização das classes dominantes frente ao avanço das greves.
e) da recusa dos sindicatos em aceitar mudanças na legislação trabalhista.
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Geografia
8. Juscelino Kubitschek assumiu a presidência do Brasil em 31 de janeiro de 1956. Seu governo foi
marcado pela ênfase na necessidade de promover o desenvolvimento econômico sem criar o risco de
perturbar a ordem social, embalado pelo otimismo do lema “cinquenta anos em cinco”. A política
econômica do governo JK, voltada para os transportes, a educação, a produção de alimentos, o
desenvolvimento da indústria de base e a construção de Brasília, foi definida em um documento que
sintetizava 31 objetivos.
Marque a opção que contém o nome desse plano.
a) Plano de Metas
b) Plano Collor
c) Plano Cruzado
d) Plano Piloto
e) Plano Real.
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Geografia
10. No período compreendido entre os anos JK e o final do governo Geisel, o Brasil apresentou, entre outras
características econômicas,
a) o predomínio da substituição de importações de bens de consumo e a redução das disparidades
regionais.
b) grande desenvolvimento industrial dependente de tecnologia e capitais estrangeiros e maior
intervenção do Estado na economia.
c) grande expansão das empresas industriais de capitais nacionais, privados e estatais, e declínio da
dívida externa.
d) o predomínio da substituição de importações de bens de consumo e menor intervenção do Estado
na economia.
e) grande desenvolvimento industrial dependente de tecnologia e capitais estrangeiros e a redução
de disparidades regionais.
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Geografia
Gabarito
1. D
A postura adotada pelo governo Vargas nesse contexto de crise, em que os estoques brasileiros estavam
cheios de café e não se tinha mais os mercados estrangeiros para compra-lo, foi a substituição de
importações, ou seja, começar a produzir o que antes comprava de outros países com o capital oriundo
da comercialização do café.
2. B
O governo de Getúlio Vargas priorizou os investimentos em infraestrutura e na indústria de bens de
produção (indústria de base) como a Cia. Vale do Rio Doce e a Cia. Siderúrgica Nacional.
3. A
As bases da industrialização brasileira foram estabelecidas nos governos Vargas e JK, os quais
investiram, entre outros aspectos, nas indústrias de base, na criação de legislações trabalhistas para o
trabalhador urbanos (CLT) e no setor de transportes, especificamente, o rodoviarismo.
4. C
A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) foi implantada no governo de Getúlio Vargas e fazia parte de
uma estratégia de intervenção do Estado na economia para estimular a industrialização do país. A CSN
está localizada no Vale do Paraíba, no município de Volta Redonda, Rio de Janeiro.
5. B
Os governos de Vargas e JK em certa medida se complementaram, isto porque, o primeiro investiu o
capital nacional na criação de empresas do setor energético (a exemplo da Petrobras) e de transportes,
enquanto JK investiu na entrada do capital estrangeiro o que fez com que chegassem ao Brasil inúmeras
indústrias automobilísticas.
6. D
Antes do efetivo início do processo de industrialização no Brasil, houveram os chamados surtos
industriais, tentativas isoladas de industrialização que não se consolidaram por conta da força dos
grandes ruralistas, entre outras razões. Neste período, as “ilhas” que compunham o arquipélago
econômico brasileiro, centrados na agroexportação e cuja força de trabalho e mercado consumidor era
composta essencialmente por imigrantes europeus (sobretudo na produção cafeeira), exerciam grande
influência na balança comercial brasileira.
7. B
Os avanços econômicos ocorridos no governo de JK trouxeram também ônus para a população, o que
representava uma contradição, visto que por um lado avançava-se economicamente e por outro retraía-
se no setor social.
8. A
O Plano de Metas criado por JK reunia os objetivos que deveriam ser alcançados em 5 anos, dentre estes
a construção de Brasília.
9. B
O Plano de Metas, um conjunto de 30 metas mais a meta síntese, foi elaborado no governo JK e visava o
desenvolvimento de 5 setores do Brasil. Esse plano fez parte do objetivo de JK que era um rápido
desenvolvimento brasileiro sob o slogan “50 anos em 5”. Pode-se dizer que esse objetivo deu
continuidade à substituição de importações iniciada em Vargas pois visava o desenvolvimento da
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Geografia
indústria brasileira mas nesse novo momento recebendo capitais nacionais e externo (tripé econômico)
(nacional-desenvolvimentismo).
10. B
Durante o período compreendido entre o governo JK (1956-1961) e Geisel (1974-1979) o Brasil recebeu
grande quantidade de capitais estrangeiros que foram investidos na economia e em especial na indústria.
Isso contribuiu para uma crescente dependência do país em relação a tecnologia estrangeira que era
investida nas indústrias e foi um processo guiado pela ação estatal caracterizando uma intervenção
direta.
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História
A Expansão Marítima
Resumo
Motivações
Com o monopólio italiano (mais precisamente de Gênova e Veneza) sobre o comércio mediterrâneo
com o oriente, o principal produto eram as especiarias como a canela e a pimenta que vinham da Índia e os
artigos de luxo como a seda chinesa. Sendo que a rota mais curta para o oriente era o mediterrâneo os
Genoveses e Venezianos estes controlavam os preços dos produtos vendidos nas feiras da Europa.
Outro motivo era a escassez dos metais preciosos nas minas europeias, isso além de ser um motivo
para que os europeus se lançassem ao mar incentivou o mercantilismo, pois como não havia ouro e prata em
abundância o comércio vendendo especiarias era um meio das coroas arrecadarem ouro para seus cofres.
A Igreja tem o seu papel nas motivações, o clero perdeu muitos fiéis (principalmente os ricos) para o
protestantismo, esta visando recuperar os fiéis incentivou as aventuras para o além-mar, tanto que o Concilio
de Trento havia criado a Companhia de Jesus onde os missionários (chamados de Jesuítas) iriam para as
novas terras catequizar os nativos. Essa companhia foi muito atuante no Brasil, um dos mais famosos
missionários era o Padre Anchieta.
Pioneirismo Português
Principalmente pela sua geografia e localização, Portugal foi uma das primeiras nações a se lançarem
ao atlântico, sua costa favorável e a posição na ponta da península ibérica Portugal era o país mais a oeste
da Europa continental. Houve um grande interesse da burguesia comercial em boa parte formada por cristãos
novos (judeus convertidos ao cristianismo), que era forte e influente no reino, para que se conseguissem
novos produtos e rotas para sua atividade.
Assim os burgueses e a coroa patrocinaram as empreitadas marítimas construiu-se a Escola de Sagres,
que era uma escola de navegação para os portugueses formarem novos navegantes e aprimorarem as
técnicas de navegação. Vale ressaltar que a criação da escola nos moldes acadêmicos é controversa, muitos
historiadores defendem que os navegadores apenas encontravam-se em determinado lugar para trocar
informações.
Outros fatores que valem ser citados é a grande tradição pesqueira do país o que confere certa
experiência na navegação, outro fator é a grande influência deixada pela invasão árabe que dominou durante
anos a península ibérica já que estes eram exímios navegadores. Podemos ainda citar o controverso “espírito
aventureiro” dos portugueses que é citado por alguns historiadores como um dos motivos para o pioneirismo,
sua controvérsia se constrói em não ter nenhum motivo concreto para esse espírito sendo que em qualquer
povo com tecnologia semelhante poderia surgir este espírito, sem contar que todos os povos que se lançaram
ao mar podem ser considerados aventureiros.
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História
Consequências
Podemos apontar como principal consequência da expansão marítima certa unificação dos mercados,
isso não foi uma consequência imediata, foi sendo construída ao longo dos séculos sendo que essa
unificação se torna consolidada somente no fim do século XX com a globalização, mas com certeza seu
começo foi durante o século XV e XVI.
Outra consequência que perdurou até o século XX foi a hegemonia europeia sobre o mundo, antes das
navegações os maiores impérios do mundo se localizavam na África e Ásia. Porém com as grandes
navegações os países europeus tomaram a frente na hegemonia mundial, pois estes dominaram a América
e a África tendo mais terras para gerar renda das mais variadas maneiras, essa hegemonia somente veio
terminar com o fim da guerra fria, onde começa a hegemonia estadunidense.
Essa dominação teve o sistema colonial por base, onde as colônias somente poderiam comerciar com
as suas metrópoles (países dominantes), gerando mais riquezas para o continente europeu e impedindo por
muito tempo sua independência. É infeliz ter que citar aqui a escravidão como consequência dessa expansão
marítima.
A escravidão e os outros tipos de trabalho compulsório foram uma das maiores vergonhas da
humanidade, destruindo a vida de milhões e deixando marcas na sociedade até hoje. É importante lembrar
que havia escravidão no mundo antigo europeu, africano e asiático, porém nunca antes em uma escala tão
grande e com um comércio que abrangia todos os países do atlântico (no caso dos negros), podemos dizer
que as descriminações raciais e a desvalorização dos trabalhos manuais no Brasil são consequência diretas
dos anos escravistas.
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História
Exercícios
2. A propósito da expansão marítima comercial europeia dos séculos XV e XVI pode-se afirmar que :
a) a igreja católica foi contrária à expansão e não participou da colonização das novas terras.
b) os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países ibéricos.
c) a centralização política fortaleceu-se com o descobrimento das novas terras.
d) os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos dos povos americanos.
e) os descobrimentos intensificaram o comércio de especiarias no mar Mediterrâneo
3. No extremo leste da Indonésia, na parte oriental de uma ilha, situa-se um dos membros da Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Timor Leste, cuja autonomia só recentemente foi
assegurada, graças à importante presença de forças da ONU.
3
História
4. “Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da
maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma
a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para
o Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição.”
Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527.
O texto remete diretamente
a) à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos.
b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas.
c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária.
d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.
e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima
5. Referindo-se à expansão marítima dos séculos XV e XVI, o poeta português Fernando Pessoa escreveu,
em 1922, no poema “Padrão”:
Nestes versos identificamos uma comparação entre dois processos históricos. É válido afirmar que o
poema compara:
4
História
6. O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494 e confirmado nos seus termos pelo Papa
Júlio II em 1506, representou para o século XVI um marco importante nas dinâmicas europeias de
expansão marítima. O tratado visava:
a) demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o
desenvolvimento da expansão comercial marítima.
b) estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e
da formação do exército nacional.
c) impor a reserva de mercado metropolitano espanhol, por meio da criação de um sistema de
monopólio que atingia todas as riquezas coloniais.
d) reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois
das expedições de Vasco da Gama às Índias.
e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da
Invencível Armada de Filipe II, da Espanha.
7. Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa: Antologia poética / organizador Álvaro Cardoso Gomes. Sl: Moderna, 1994. Col. Travessias.
No poema acima citado, Fernando Pessoa refere-se à expansão do Império Português, no início da Era
Moderna. Se os resultados finais mais conhecidos dessas "Navegações Ultramarinas" foram a abertura
de novas rotas comerciais em direção à Índia; a conquista de novas terras e a difusão da cultura
europeia, outros elementos também compõem o panorama daquele contexto, como:
a) os relatos de viajantes medievais; a reconquista árabe em Portugal; o anseio de crescimento
mercantil.
b) a ânsia de expandir o cristianismo; a demanda de especiarias; a aliança com as cidades italianas.
c) a busca do enriquecimento rápido; o mito do abismo do mar; a desmonetarização da economia.
d) o desenvolvimento da matemática; a busca do ouro para as cruzadas; a descentralização
monárquica.
e) o avanço das técnicas de navegação; a busca do mítico paraíso terrestre; a percepção do universo,
segundo uma ordem racional.
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História
8. Acerca das pretensões iniciais da exploração e conquista do Brasil, assinale a alternativa correta.
a) Interesses antropológicos levaram os portugueses a fazer contato com outros povos, entre eles
os índios do Brasil.
b) O rei dom Manuel tinha-se proposto chegar às Índias navegando para o ocidente, antecipando-se,
assim, a Cristovão Colombo.
c) O interesse científico de descobrir e classificar novas espécies motivou cientistas portugueses
para lançarem-se à aventura marítima.
d) Os conquistadores estavam interessados em encontrar terras férteis para desenvolver a cultura
do trigo e, assim, dar solução às crises agrícolas que sofriam em Portugal.
e) Os portugueses estavam interessados nas riquezas que as novas terras descobertas podiam
conter, além de garantir a segurança da rota para as Índias.
9. “Porque uma das coisas principalmente requeridas para a prosperidade e felicidade de um reino, é ter
em si uma contínua e grande quantidade de moeda, e abundância de ouro e prata, que são em essência
todas as riquezas temporais desta vida, ou todas vêm resultar nelas... E o que destrói esta abundância
e causa pobreza é a sua saída, quando é permitida.”
Tomás de Mercado, séc. XVI. Apud Vilar, Pierre. Desenvolvimento econômico e análise histórica. Lisboa, Editorial Presença,
1982.
O trecho de Fernando Pessoa fala da expansão marítima portuguesa. Para entendê-lo, devemos saber
que:
a) "Bojador" é o ponto ao extremo sul da África e que atravessá-lo significava encontrar o caminho
para o Oriente.
b) a "dor" representa as doenças, desconhecidas dos europeus, mas existentes nas terras a serem
conquistadas pelas expedições.
c) o "abismo" refere-se à crença, então generalizada. de que a Terra era plana e que, num determinado
ponto, acabaria, fazendo caírem os navios.
d) menção a "Deus" indica a suposição, à época, e que o Criador era contrário ao desbravamento dos
mares e que puniria os navegadores.
e) o "mar" citado é o Oceano Índico, onde estão localizadas as Índias, objetivo principal dos
navegadores
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História
Gabarito
1. E
As rotas monopolizadas pelos comerciantes italianos através do mediterrâneo fizeram os países – como
Portugal - procurarem novas rotas até a Índia.
2. C
A centralização política foi fundamental para as grandes navegavações, já que o rei teve papel importente
na organização do empreendimento, assim como na articulação dos interesses das diversas camadas
sociais, como a burguesia, o clero e a nobreza.
3. E
O pioneirismo português nas Grandes Navegações levou os lusos para lugares bem distantes da
metrópole, como às índias, o litoral africana e o sul da américa. Neste contexto, formou-se o que
chamamos de Império Português.
4. D
O Tratado de Tordesilhas, assinado por Espanha e Portugal, era frequentemente disputado e
desrespeitado pelos Estados Nacionais que não se incluiam no acordo.
5. B
O porta compara a extensão das colonizações da antiguidade e da modernidade, fazendo menção as
conquistas greco-romanas no mediterrâneo.
6. A
O Tratado de Tordesilhas foi ratificado pela igreja e pretendia dividir o mundo entre as duas potências
marítima.
7. E
Com o renascimento, a ordem racional tomou a frante no que diz respeito às explicações sobre o mundo,
promovendo grandes transformações na mentalidade da época.
8. E
O monopólio das rotas pelo mediterrâneo pelos italianos impulsionou os portugueses á a buscarem novas
fontes de riqueza e rotas alternativas às ideias. Após a chegada na América, as terras “recém descobertas”
passaram a cumprir esse papel.
9. E
O metalismo defendia a acumulação de metais preciosos pelos reinos europeus. Esse princípio do
mercantilismo é um fatores que impulsiona às grandes navegações;
10. C
Havia a crença, defendida sobretudo pela Igreja Católica, de que a terra seria plana, fato que passar a ser
questionado a partor do contexto do Renascimento.
7
História
América Colonial
Resumo
Colonização Portuguesa
A economia da América portuguesa é bem diversificada, no entanto começa com uma economia
baseada no extrativismo, com o principal produto sendo o pau brasil que era recolhido pelos indígenas e
estocado em feitorias ao longo da costa, com o aumento da ocupação portuguesa depois da metade do
século XVI diversificam-se as atividades, com destaque para o açúcar em São Paulo e Pernambuco, mas com
diversas outras atividades em menor escala, como o tabaco (que era trocado por escravos na África) e o
algodão, principalmente depois das invasões holandesas e do declínio do ouro em Minas Gerais essas
culturas acabaram ganhando destaque. A mão de obra era primordialmente escrava, primeiro com os
indígenas e depois com os negros em razão do grande comércio intercontinental, com pequenas exceções
como no início das minerações em Minas Gerais no século XVII e na pecuária do Sertão no mesmo século,
no entanto todas as atividades tinham a presença escrava em certa medida.
A administração colonial foi inicialmente comandada por particulares de confiança do reino, assim as
Capitanias Hereditária eram dirigidas por estes “homens bons” que eram em sua maioria senhores de
engenho. Estes eram como reis em seus territórios, e reproduziam de certo modo a lógica do feudalismo
dentro de seu território, apesar de vários nem se quer virem ao Brasil. Este modelo fracassa devido à enorme
descentralização do poder e dificuldades do novo território, é instalado então um Governo Geral em Salvador
em 1549 o sistema incentivou as catequeses indígenas, resolveu boa parte dos conflitos entre brancos e
indígenas além de incentivar o uso de escravos negros por causa do mercado internacional. Em 1621 o Brasil
é dividido entre Estado do Brasil e Estado do Maranhão (posteriormente Maranhão e Grão Para), porém se
reunifica com Marquês de Pombal se tornando um Vice Reino de Portugal, o que lhe conferia mais autonomia
mas ainda sim com o controle extremo da metrópole, a capital ainda é mudada de Salvador para o Rio de
Janeiro ficando mais perto das minas de ouro de Minas Gerais e dos interesses portugueses na bacia do
prata.
A sociedade colonial portuguesa tem configurações variadas de acordo com a região e com o tempo,
assim temos um Brasil com muitas influências indígenas no sul (principalmente São Paulo) onde inclusive a
língua falada era a geral indígena, o Nheengatu, tendo sido inclusive utilizada por brancos, como os
bandeirantes. Já no nordeste temos uma maior presença portuguesa devido a prosperidade do açúcar e
proximidade com o velho continente, depois do século XVIII a presença de portugueses e da coroa se
intensifica devido ao ouro e a integração comercial dos mercados dentro da colônia para suprir a zona aurífera,
assim, temos uma maior miscigenação cultural que viria a formar uma cultura pretensamente europeia nos
níveis mais altos da sociedade mas com efetiva incorporação e sincretismo dos modos e costumes negros,
1
História
Colonização Francesa
A economia das colônias francesas seguia as demais empreitadas coloniais, com a principal atividade
econômica centrada nas exportações de gêneros tropicais, como o rum, café, frutas, açúcar, tabaco entre
outros, podemos destacar nesse cenário a Guiana Francesa, centrada no Norte da América do Sul e banhada
pelo mar do Caribe tem as suas atividades voltadas para a pesca e a mineração aurífera. O império francês
utilizava mão de obra livre nas suas colônias mais ao como a Louisiana e o Canadá, porém em localidades
no Caribe a mão de obra escrava era intensamente utilizada.
A política na colônia sempre teve o apoio real e o acompanhamento de perto de seus representantes
reais, no entanto podemos citar a fracassada França Antártica, colônia instalada na atual Baia de Guanabara,
seu fracasso deveu-se a desavenças entre católicos e protestantes, por evasões de franceses para as tribos
ao redor e pelo abandono de diversos colonos, estes foram derrotados por Estácio de Sá em 1565. A França
ainda perde diversos territórios ao longo dos quatro séculos de colonização, como as posseções da Nova
França assaltadas por ingleses e pelos indígenas locais, diversos territórios são perdidos na Guerra dos 7
Anos com os Ingleses ou cedidos aos estadunidenses depois de sua independência, ainda podemos destacar
o caso do Haiti, que depois da volta da escravidão pelas mãos Girondinas na Revolução Francesa promoveu
uma enorme revolta escrava (a única bem sucedida da história) e teve sua independência da França em 1802.
Ainda sobre o Haiti e as colônias escravistas da França podemos destacar as trocas culturais entre franceses
e negros nessas regiões foram mais intensas e curiosamente os filhos de relações (violentas ou não) entre
senhores (gran blancs) escravos (gens de coleur) eram livres, alfabetizados e conseguiam alguma ascensão
social como administradores de fazenda, totalmente diferente dos escravos que mantinham um intenso
vínculo cultural com a África, o que facilitou a organização de resistências em marrons (equivalente aos
quilombos brasileiros).
Colonização Espanhola
A economia espanhola divergia quanto ao ambiente explorado, com seu extenso império desde a atual
Califórnia nos Estados Unidos á Patagônia nos atuais Chile e Argentina os diferentes climas e territórios
diversificavam a sua produção. Nas regiões centrais da América do Sul temos a alta produção de prata,
principalmente em Potosí na atual Bolívia, já no México temos uma intensa produção aurífera, ambas eram
altamente nocivas aos corpos dos trabalhadores indígenas já que estas usavam o mercúrio no processo. Nas
regiões não mineradoras temos uma intensa produção de gêneros tropicais como café, cacau, açúcar, tabaco
etc. Com destaque a tradicional produção de tabaco, rum e açúcar no Caribe, principalmente na ilha de Cuba,
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História
e de carne no estuário da Prata. Sua principal mão de obra era baseada nas tradicionais formas de trabalho
dos povos nativos, daí nascia a mita e a encomienda, a primeira consistia em serviços prestados pelos
indígenas em um período do ano para os donos das minas, já o segundo era usada nas áreas agrícolas onde
o donatário da terra teria direito sobre a terra e seus habitantes que também trabalhavam um período nas
terras dos espanhóis.
A política colonial inicialmente é semelhante a dos portugueses, os primeiros “conquistadores”
recebiam a posse das terras que conquistavam e as comandavam, no entanto com o avançar da exploração
dos descendentes de Pizarro e Cortês fomentaram diversas rebeliões que foram duramente reprimidas pela
coroa, assim, a administração colonial faz profundas mudanças, são fundados os Vice-Reinos nas áreas mais
centrais como o do Rio da Prata (atuais Argentina, Paraguai, Uruguai e parte da Bolívia) e as Capitanias Gerais
em áreas mais fronteiriças ou litorâneas que detinham interesses de defesa como a Capitania Geral de Cuba,
que servia de entreposto dos carregamentos de ouro e prata para a Espanha.
A sociedade espanhola era dividida basicamente em três grupos, abaixo de todos estavam os indígenas
e escravos, que eram excluídos da maior parte da vida social da colônia e eram brutalmente explorados pelos
espanhóis, já os escravos eram totalmente renegados a posições inferiores em todas as esferas coloniais, no
meio da pirâmide social estão os Criollos, filhos de espanhóis nascidos na colônia, em sua maioria eram
donos das minas ou fazendeiros e representavam a elite econômica da colônia, estes durante o século XIX
vão organizar a independência destes locais, o grupo mais privilegiado era o dos Chapetones, ou ibéricos,
espanhóis nascidos na metrópole que vinham para a colônia como administradores reais e altos oficiais do
exército, esse grupo constantemente entrava em conflitos de interesse com os criollos.
Colonização Inglesa
A economia das colônias inglesas variava muito de acordo com o seu ambiente e povoamento, no Norte
das 13 colônias temos uma enorme rede comercial com as colônias espanholas no caribe e a África, onde
fazia-se o comércio triangular com ênfase na troca de rum e tabaco por escravos, além disso, durante os
séculos XVII e XVIII temos diversas instalações manufatureiras utilizava-se a mão de obra livre. Já no Sul das
Treze Colônias a situação era totalmente diferente, a produção no modo de Plantation com mão de obra
escrava, monocultura algodoeira e grandes latifúndios acabavam por diferenciar profundamente as duas
regiões em questão causando grandes diferenças. No Caribe ao contrário do norte das treze colônias era
extensamente escrava, com sua produção também focada em gêneros tropicais, principalmente do rum e
açúcar na ilha da Jamaica.
A política variava de acordo com a região, no Caribe temos um intenso controle da metrópole, assim
como o Sul das Treze Colônias onde era muito rígido o exclusivo metropolitano com os ingleses,
principalmente por causa do seu principal produto o algodão, de especial interesse para as indústrias têxteis
da Inglaterra. Ao Norte a administração era totalmente diferente, a “negligência salutar” dos ingleses quanto
as colônias do norte foi primordial para a construção dessa liberdade política e comercial e para a futura
independência das Treze Colônias mais tarde.
3
História
A sociedade inglesa colonial era bem diversificada, com a interação de diversos grupos, mesmo dentro
dos colonos que dividiam-se entre puritanos (calvinistas ingleses) e anglicanos, os puritanos sendo os
primeiros á adentrarem em território americano a bordo do May Flower, no entanto, os negros e indígenas
sofriam profunda segregação na sociedade colonial inglesa com raras uniões entre indígenas e ingleses, além
de quase nenhuma interação entre negros e ingleses, no caso dos indígenas aconteceram diversos
extermínios planejados dessa população no período colonial e depois da independência na chamada “Marcha
para o Oeste”.
4
História
Exercícios
1. Erro de português
Sobre o contexto histórico em que se insere o fenômeno que os versos identificam é correto afirmar
que
a) a descoberta de metais preciosos favoreceu o estabelecimento das primeiras relações
econômicas entre portugueses e indígenas.
b) a agressividade demonstrada pelos nativos despertou o interesse metropolitano pela ocupação
efetiva das novas terras.
c) a conquista da América pelos portugueses contribuiu para o crescimento demográfico da
população indígena no Brasil.
d) no chamado período pré-colonial, o plantio e a exploração do pau-brasil incentivaram o tráfico
africano.
e) apesar de ter tomado posse da terra em nome do rei de Portugal, o interesse da monarquia estava
voltado para o Oriente.
5
História
a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi
transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da
sociedade brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a
escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não
tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros,
tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade
colonial.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros,
não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos
XVI e XVII.
3. "Como não se tratava de regiões aptas para a produção de gêneros tropicais de grande valor comercial,
como o açúcar ou outros, foi-se obrigado para conseguir povoadores (...) a recorrer às camadas pobres
ou médias da população portuguesa e conceder grandes vantagens aos colonos que aceitavam irem-
se estabelecer lá. O custo do transporte será fornecido pelo Estado, a instalação dos colonos é cercada
de toda a sorte de providências destinadas a facilitar e garantir a subsistência dos povoadores; as
terras a serem ocupadas são previamente demarcadas em pequenas parcelas, (...) fornecem-se
gratuitamente ou a longo prazo auxílios vários (instrumentos de trabalho, sementes, animais, etc)".
(Prado Júnior, C. História econômica do Brasil. 27 ed. S. Paulo: Brasiliense, 1982. p. 95-6)
6
História
“Nos anos 1575-1600, Potosí produziu talvez a metade de toda a prata hispano-americana. Tal profusão
de prata não teria vindo à tona sem a concomitante abundância de mercúrio de Huancavélica, que
naqueles mesmos anos estava também produzindo como nunca havia feito. Outro estimulante para
Potosí foi claramente a mão de obra barata fornecida através da mita de Toledo.”
BETHELL, Leslie (org.). História da América Latina. in: América Latina Colonial. v. 2. São Paulo: Edusp, 1999. p. 141.
Como indicado no texto, os espanhóis utilizaram um sistema de trabalho denominado mita, que
consistia:
a) no trabalho obrigatório e temporário, mobilizando mão de obra indígena geralmente escolhida por
sorteio entre as tribos, sendo deslocada para qualquer região da colônia.
b) no emprego de tribos inteiras de indígenas, dirigidas por seus chefes naturais, assegurando ainda
a instrução cristã dos envolvidos.
c) no trabalho compulsório e permanente de escravos que chegavam ao porto de Toledo.
d) em contratos de servidão realizados entre espanhóis e astecas.
e) em um sistema de servidão por dívidas, pois com a desintegração da economia tradicional
indígena, esses foram obrigados a adquirir produtos vindos da Europa.
“Aqueles que foram de Espanha para esses países (e se têm na conta de cristãos) usaram de duas
maneiras gerais e principais para extirpar da face da terra aquelas míseras nações. Uma foi a guerra
injusta, cruel, tirânica e sangrenta. Outra foi matar todos aqueles que podiam ainda respirar ou suspirar
e pensar em recobrar a liberdade ou subtrair-se aos tormentos que suportam, como fazem todos os
senhores naturais e os homens valorosos e fortes; pois comumente na guerra não deixam viver senão
mulheres e crianças: e depois oprimem-nos com a mais horrível e áspera servidão a que jamais tenham
submetido homens ou animais.”
LAS CASAS, Frei Bartolomeu de. O paraíso destruído. Brevíssima relação da destruição das Índias [1552]. Porto Alegra: L&PM,
2001.
O trecho do texto de Las Casas aponta o processo de dizimação das populações indígenas americanas
por parte dos espanhóis. Além da guerra, os processos de trabalho e o controle disciplinar imposto
resultaram na morte de milhões de habitantes nativos da América. Dentre os processos de trabalho
impostos aos indígenas e que resultaram em sua mortandade, destaca-se:
a) a escravidão imposta a eles, semelhante a dos africanos levados à América para trabalhar na
extração de metais.
b) a encomienda, um processo de trabalho compulsório imposto a toda uma tribo para executar
serviços agrícolas e extrativistas.
c) o assalariamento, pago em valores muito baixos e geralmente em espécie.
d) a parceria, onde os indígenas eram obrigados a trabalhar na agricultura e nas minas, destinando
dois terços da produção aos espanhóis.
e) o arrendamento das terras indígenas pelos próprios nativos implicava para os espanhóis uma
imensa carga tributária aos indígenas.
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História
6. “Para o progresso do armamento marítimo e da navegação, que sob a boa providência e proteção divina
interessam tanto à prosperidade, à segurança e ao poderio deste reino [...], nenhuma mercadoria será
importada ou exportada dos países, ilhas, plantações ou territórios pertencentes à Sua Majestade, ou
em possessão de Sua Majestade, na Ásia, América e África, noutros navios senão nos que [...]
pertencem a súditos ingleses [...] e que são comandados por um capitão inglês e tripulados por uma
equipagem com três quartos de ingleses [...], nenhum estrangeiro [...] poderá exercer o ofício de
mercador ou corretor num dos lugares supracitados, sob pena de confisco de todos os seus bens e
mercadorias [...]”.
Segundo Ato de Navegação de 1660. In: Pierre Deyon. O mercantilismo. São Paulo: Perspectiva, 1973, p. 94-95.
7. A conquista colonial inglesa resultou no estabelecimento de três áreas com características diversas na
América do Norte. Com relação às chamadas “colônias do Sul” é correto afirmar que:
a) baseava-se, sobretudo, na economia familiar e desenvolveu uma ampla rede de relações
comerciais com as novas colônias do Norte e com o Caribe.
b) baseava-se numa forma de servidão temporária que submetia os colonos pobres a um conjunto
de obrigações em relação aos grandes proprietários de terras.
c) baseava-se numa economia escravista voltada principalmente para o mercado externo de
produtos, como o tabaco e o algodão.
d) consolidou-se como o primeiro grande polo industrial da América com a transferência de diversos
produtores de tecidos vindos da região de Manchester.
e) caracterizou-se pelo emprego de mão de obra assalariada e pela presença da grande propriedade
agrícola monocultora.
8
História
8. Durante o século XVII, grupos puritanos ingleses perseguidos por suas ideias políticas (anti-
absolutistas) e por suas crenças religiosas (protestantes calvinistas) abandonaram a Inglaterra,
fixando-se na costa leste da América do Norte, onde fundaram as primeiras colônias. A colonização
inglesa nessa região foi facilitada:
a) pela propagação das ideias iluministas, que preconizavam a proteção e o respeito aos direitos
naturais dos governados.
b) pelo desejo de liberdade dos puritanos em relação à opressão metropolitana.
c) pelo abandono dessa região por parte da Espanha, que então atuava no eixo México-Peru
d) pela possibilidade de explorar grandes propriedades agrárias com produção destinada ao
mercado europeu.
e) pelas consciências políticas dos colonos americanos, desde logo treinados nas lutas coloniais.
9. O texto abaixo trata das incursões francesas na América; entretanto, essas ainda não representavam
que a França tivesse dado início à sua expansão.
“Ao longo do século XVI, os franceses estiveram na América, mas isso não significava uma atitude
sistemática e coerente desenvolvida pela Coroa. Era, no mais das vezes, atuação de corsários e uns
poucos indivíduos. Como exemplo, pode-se mencionar as invasões do litoral brasileiro, (…) e algumas
visitas à América do Norte.”
(FARIA, R. de M. e outros. História para o ensino médio. Belo Horizonte:Lê, 1998,p.182)
Entre os motivos que levaram a França a iniciar tardiamente sua expansão marítima e comercial,
podemos destacar:
a) os problemas internos ligados à consolidação do Estado Nacional.
b) a derrota da França na violenta guerra contra a Alemanha.
c) a falta de associação entre a Coroa e a burguesia francesa.
d) a violenta disputa entre calvinistas e luteranos.
e) A não inclusão das classes superiores no projeto expansionista.
10. As tentativas francesas de estabelecimento definitivo no Brasil ocorreram entre a segunda metade do
século XVI e a primeira metade do século XVII. As regiões que estiveram sob ocupação francesa foram:
a) Rio de Janeiro (França Antártica) e Pernambuco (França Equinocial);
b) Pernambuco (França Antártica) e Santa Catarina (França Equinocial);
c) Bahia (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);
d) Maranhão (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);
e) Espírito Santo (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica).
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História
Gabarito
1. E
A colônia americana ficaria sem uma ocupação definitiva até 1530, o foco econômico dos portugueses
acaba sendo o comércio de especiarias com o Oriente que já havia lhes conferido lucros astronômicos
desde a primeira viagem.
2. D
A organização medieval da sociedade portuguesa se adapta ao chegar no Brasil, além dos costumes
tanto de plebeus quanto de fidalgos terem se adaptado á nova terra, vemos que as formas de trabalho
compulsório também mudam sua feição, agora ao invés dos brancos servos europeus, plebeus e nobres
detinham escravos indígenas e negros em condição de subordinação.
3. D
A exploração econômica da Amazônia encontrou inúmeras dificuldades, além do terreno que empurraria
os colonos á uma atividade extrativista, ainda temos a insegurança do terreno, tanto por indígenas como
por estrangeiros que adentravam o Rio Amazonas, fator que foi incrivelmente dispendioso para a coroa.
4. A
A mita se aproveitava de tradições incas já existentes antes da chegada dos espanhóis para uma
exploração econômica em um ritmo muito mais acelerado que o das populações nativas, além disso,
temos a extração por amalgamação que faz o trabalhador lidar constantemente com vapores do mercúrio
deteriorando severamente seu corpo.
5. B
A encomienda apresar de não tratar com vapores de mercúrio acaba sendo tão destrutiva aos indígenas
quanto a mita, pois imprime-se um trabalho extremamente dificultoso nos corpos dos indígenas que
sobraram depois de diversos genocídios.
6. B
Os atos de navegação de Oliver Crowell acabaram por dar a condição necessária para a Inglaterra dominar
os mares e expandir seu império nos séculos seguintes, assim, foi possível a tomada da ilha da Jamaica
dos espanhóis em 1655.
7. C
A economia do Sul das Treze Colônias é o que pode se chamar de Plantation, onde podemos conferir as
três principais características para essa classificação como a monocultura, trabalho escravo e grande
latifúndio, as marcas desse sistema são percebidas até hoje no sul dos Estados Unidos como o racismo
e a proliferação de entidades supremacistas brancas.
8. B
As lutas religiosas na Inglaterra acabaram por expulsar um grande número de puritanos (calvinistas
ingleses) que fundaram as Treze Colônias originais, sua base ideológica de valorização do trabalho pode
ser percebida fortemente na cultura dos Estados Unidos durante os anos.
10
História
9. A
A consolidação do estado francês difere um pouco dos outros estados que se formaram anteriormente e
posteriormente, pois seu governo é formado em uma intensa briga religiosa e política entre católicos e
huguenotes.
10. D
Ambas as regiões que foram tentadas pelos franceses tinham uma forte proximidade com a cultura do
açúcar, no Rio de Janeiro além dos engenhos da região esta era próxima ao rio da Prata e de São Paulo
(produtor de açúcar) já no Maranhão os franceses estavam perto da costa nordestina, que no momento,
era a mais promissora região da colônia.
11
Literatura
Gêneros literários
Resumo
Os gêneros literários são conjuntos ou categorias que reúnem aspectos semelhantes de forma e conteúdo em
relação às produções literárias. Esse agrupamento também pode ser realizado de acordo com características
semânticas, contextuais, discursivas e sintáticas. O filósofo Aristóteles foi o primeiro a definir os gêneros e os
dividiu em três importantes classificações: épico ou narrativo, dramático e lírico.
Gênero épico
No gênero épico, temos a presença de um narrador que conta, de forma heroica, um episódio sobre a história
de um povo e seus personagens. O narrador fala de um determinado passado e apresenta também o espaço
onde sucederam as ações. Em geral, o texto é constituído por versos e há a presença de elementos míticos ou
fantasiosos.
Duas obras muito conhecidas são “Ilíada” e “Odisseia”, poeta da Grécia Antiga. Abaixo, você encontra um
pequeno trecho de “Ilíada” e as características da lírica épica:
Gênero narrativo
O gênero narrativo deriva do épico, no entanto, o texto é constituído em prosa e uma narração acerca da
movimentação, das ações dos personagens. Há cinco elementos importantes no texto narrativo:
• Enredo
• Tempo
• Espaço
• Personagem
• Narrador
É importante lembrar os tipos de narradores: há o narrador-personagem, que é aquele que narra e também faz
parte do enredo; há o narrador-observador, que não faz parte do enredo e narra a história em 3ª pessoa e, por
fim, há o narrador onisciente, que é aquele que narra e sabe os anseios e sentimentos dos personagens.
1
Literatura
Leia, abaixo, um trecho da obra “Senhora”, de José de Alencar e identifique as características do texto
narrativo:
“Filho de um empregado público e órfão aos dezoito anos, Seixas foi obrigado a abandonar seus estudos na
Faculdade de São Paulo pela impossibilidade em que se achou sua mãe de continuar-lhe a mesada.
Já estava no terceiro ano, e se a natureza que o ornara de excelentes qualidades lhe desse alguma energia a
força de vontade, conseguiria ele vencendo pequenas dificuldades, concluir o curso; tanto mais quanto um
colega e amigo, o Torquato Ribeiro lhe oferecia hospitalidade até que a viúva pudesse liquidar o espólio.
Mas Seixas era desses espíritos que preferem a trilha batida, e só impelidos por alguma forte paixão, rompem
com a rotina. Ora, a carta de bacharel não tinha grande solução para sua bela inteligência mais propensa à
literatura e ao jornalismo.”
Gênero dramático
Como gênero dramático, entende-se textos que foram criados para serem representados, encenados, como
ocorre com os textos de cunho teatral. A voz narrativa está vinculada aos personagens, encenada por atores, e
esses contam uma história por meio de diálogos ou monólogos.
2
Literatura
Gênero lírico
Os textos desse gênero costumam ser breves, pois não há uma história sendo contada, há a supressão do
enredo. Versam sobre sentimentos, divagações, etc. do eu-lírico. É através deles que o indivíduo extravasa suas
emoções, por isso a subjetividade é marca desse gênero. Os poemas são textos que se enquadram, em sua
maioria, nesse gênero.
Obs.: eu-lírico é a voz que fala com o leitor dentro do texto. O poeta é autor do eu-lírico. É comum autores
masculinos escreverem um eu-lírico do gênero oposto e vice-versa.
Os textos poéticos representam muito o gênero lírico, que mantém relações estreitas com a música.
Antigamente, as obras eram acompanhadas por instrumentos musicais. Recursos sonoros se fazem presentes
nesses textos: métrica, rima e figuras de linguagem moram neles.
Recursos sonoros
Métrica: organização silábica de acordo com a fala e não com a ortografia que privilegia a sonoridade dos
versos. Conta-se desde a primeira sílaba até a última tônica do verso. Exemplo:
E/ra u/ma/ ca/sa → de acordo com a fala: é¹ ru² ma³ cá4 sa (paramos de contar na
última silaba tônica do verso)
Mui/to em/gra/ça/da
Vinicius de Moraes
Versos de 5 e 7 sílabas métricas são chamados de redondilhas. Os de 5 sílabas métricas são chamados de
redondilhas menores e os de 7, redondilhas maiores. Esses versos são muito populares.
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Literatura
Rima: repetições sonoras no final dos versos. Podem ser avaliadas quanto a disposição nos versos e quanto a
qualidade.
Interpoladas: ABBA
Preciosa: rimas de palavras pertencentes a mais de
duas classes gramaticais (ex: estrela / vê-la).
Refrão: não é uma figura de linguagem, mas um verso que se repete a fim de criar ritmo.
4
Literatura
Exercícios
1. Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação.
A palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária
destinada à apresentação por atores em um palco, atuando e dialogando entre si.
O texto dramático é complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma
estrutura específica, caracterizada:
1. pela presença de personagens que devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação;
2. pela ação dramática (trama, enredo), que é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e de agir
das personagens encadeadas à unidade do efeito e segundo uma ordem composta de exposição,
conflito, complicação, clímax e desfecho;
3. pela situação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se
situa a ação;
4. pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real por meio
da representação.
COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado).
Considerando o texto e analisando os elementos que constituem um espetáculo teatral, conclui-se que
a) a criação do espetáculo teatral apresenta-se como um fenômeno de ordem individual, pois não é
possível sua concepção de forma coletiva.
b) o cenário onde se desenrola a ação cênica é concebido e construído pelo cenógrafo de modo
autônomo e independente do tema da peça e do trabalho interpretativo dos atores.
c) o texto cênico pode originar-se dos mais variados gêneros textuais, como contos, lendas, romances,
poesias, crônicas, notícias, imagens e fragmentos textuais, entre outros.
d) o corpo do ator na cena tem pouca importância na comunicação teatral, visto que o mais importante
é a expressão verbal, base da comunicação cênica em toda a trajetória do teatro até os dias atuais.
e) a iluminação e o som de um espetáculo cênico independem do processo de produção/recepção do
espetáculo teatral, já que se trata de linguagens artísticas diferentes, agregadas posteriormente à
cena teatral.
5
Literatura
2. Autorretrato falado
Venho de um Cuiabá de garimpos e de ruelas entortadas.
Meu pai teve uma venda no Beco da Marinha, onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá entre bichos do chão,
aves, pessoas humildes, árvores e rios.
Uma obra literária pode combinar diferentes gêneros, embora, de modo geral, um deles se mostre
dominante. O poema de Manoel de Barros, predominantemente lírico, apresenta características de um
outro gênero. Qual?
a) Gênero épico.
b) Gênero poético.
c) Gênero elegíaco.
d) Gênero dramático.
e) Gênero narrativo.
6
Literatura
Nesse texto teatral, o emprego das expressões "o peste" e "cachorro da molest'a" contribui para
4. Aquele bêbado
— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os indicadores. Acrescentou: — Álcool.
O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana.
Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana, embebedava-se de Índia Reclinada, de Celso Antônio.
— Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos. Só ele sabia que andava mais bêbado que um
gambá. Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu féretro
ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras anônimos.
ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque,
ao longo da narrativa, ocorre uma:
a) metaforização do sentido literal do verbo “beber”.
b) aproximação exagerada da estética abstracionista.
c) apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem.
d) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.
e) citação aleatória de nomes de diferentes artistas.
7
Literatura
5. Os gêneros literários são empregados com finalidade estética. Leia os textos a seguir.
a) Lírico e dramático.
b) Épico e lírico.
c) Dramático e épico.
d) Lírico e épico.
6. FABIANA, arrepelando-se de raiva — Hum! Ora, eis aí está para que se casou meu filho, e trouxe a mulher
para minha casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor meu filho que quem casa quer casa... Já
não posso, não posso, não posso! (Batendo com o pé). Um dia arrebento, e então veremos.
PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 dez. 2012.
As rubricas em itálico, como as trazidas no trecho de Martins Pena, em uma atuação teatral, constituem:
a) necessidade, porque as encenações precisam ser fiéis às diretrizes do autor.
b) possibilidade, porque o texto pode ser mudado, assim como outros elementos.
c) preciosismo, porque são irrelevantes para o texto ou para a encenação.
d) exigência, porque elas determinam as características do texto teatral.
e) imposição, porque elas anulam a autonomia do diretor.
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Literatura
7. Múltiplos sorrisos
Pendurou a última bola na árvore de Natal e deu alguns passos atrás. Estava bonita. Era um pinheiro
artificial, mas parecia de verdade. Só bolas vermelhas. Nunca deixava de armar sua árvore, embora as
amigas dissessem que era bobagem fazer isso quando se mora sozinha.
Olhou com mais vagar. Na luz do fim de tarde, notou que sua imagem se espelhava nas bolas.
Em todas elas, lá estava seu rosto, um pouco distorcido, é verdade -mas sorrindo.
“Estão vendo?”, diria às amigas, se estivessem por perto. Eu não estou só.
Há um contraste irônico entre o título do conto e o seu desenvolvimento. As ideias essenciais desse
contraste são:
a) alegria - isolamento
b) admiração - distorção
c) ornamentação - inutilidade
d) multiplicidade - contemplação
8. Galinha cega
O dono correu atrás de sua branquinha, agarrou-a, lhe examinou os olhos. Estavam direitinhos, graças a
Deus, e muito pretos. Soltou-a no terreiro e lhe atirou mais milho. A galinha continuou a bicar o chão
desorientada. Atirou ainda mais, com paciência, até que ela se fartasse. Mas não conseguiu com o gasto
de milho, de que as outras se aproveitaram, atinar com a origem daquela desorientação. Que é que seria
aquilo, meu Deus do céu? Se fosse efeito de uma pedrada na cabeça e se soubesse quem havia mandado
a pedra, algum moleque da vizinhança, aí... Nem por sombra imaginou que era a cegueira irremediável
que principiava.
Também a galinha, coitada, não compreendia nada, absolutamente nada daquilo. Por que não vinham
mais os dias luminosos em que procurava a sombra das pitangueiras? Sentia ainda o calor do sol, mas
tudo quase sempre tão escuro. Quase que já não sabia onde é que estava a luz, onde é que estava a
sombra.
GUIMARAENS, J. A. Contos e novelas. Rio de Janeiro: lmago, 1976 (fragmento).
Ao apresentar uma cena em que um menino atira milho às galinhas e observa com atenção uma delas,
o narrador explora um recurso que conduz a uma expressividade fundamentada na
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Literatura
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Literatura
Gabarito
1. C
Conforme o texto, o espetáculo teatral é uma composição literária, cujo texto dramático possui uma
estrutura particular, sendo caracterizado, geralmente, pela forma como é contado: pela ação e diálogo dos
personagens, e não por um narrador; e não por seu conteúdo, que pode ser proveniente de diversas fontes.
2. E
O poema apresenta características do gênero narrativo. Essa mistura dos gêneros - em que o verso se
aproxima da prosa - é uma herança da poesia modernista. Uma das características do gênero narrativo que
se mostra no poema de Manoel de Barros é a apresentação dos fatos numa sequência temporal, tal como
se dá quando contamos uma história. (Comentário Uerj)
3. B
As expressões são utilizadas para construir uma cena em determinada região onde elas são comumente
faladas. Dessa forma, o texto fica rico em expressões regionais para caracterizar seu próprio uso linguístico.
4. A
A ironia ocorre porque o verbo “beber é ressignificado de forma conotativa. A alternativa “a” traduz essa
ideia de metaforização do verbo “beber”.
5. D
O primeiro excerto é centrado na subjetividade do poeta; o segundo, num grande feito, numa coisa que
parece uma narrativa de viagem.
6. B
As rubricas, utilizadas no teatro para a marcação da cena, em itálico constituem possibilidade, já que o texto
pode ser mudado, assim como outros elementos, o que mostra que nem sempre os atores seguem as
marcações feitas pelo autores.
7. A
O personagem fica alegre ao ver seu reflexo e perceber que não está sozinho, entretanto, ter se dado conta
de que sua companhia é apenas seu reflexo é muito solitário. Portanto, as ideias que contrastam são: alegria
e isolamento.
8. D
A narrativa é multiperspectivada: em um primeiro momento, o ponto de vista é o do narrador; logo em
seguida, o ponto de vista da galinha é explicitado.
9. A
Os textos nos quais predominam pronomes e verbos na 1ª pessoa e a exploração da musicalidade das
palavras são os líricos. Nos textos épicos, há um apagamento do “eu” sentimental e predominância de
acontecimentos heroicos.
10. D
A presença das rubricas deixa claro que esse texto deve ser interpretado.
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Matemática
Resumo
A função do 1° grau tem como gráfico uma reta não-paralela aos eixos x e y, ou seja, oblíqua.
Ex.1: Na função y=x+2, para descobrir a raiz, basta zerar na função (y = 0).
0=x+2
X=-2 -> então temos que quando y=0, x=-2
(-2,0) é, portanto, o ponto no qual a reta passa no eixo x. Vejamos: podemos apelidar este ponto de A por
exemplo.
Na função y=x+2, para descobrir onde a reta corta o eixo Y, basta zerar na função a incógnita x.
Y=0+2
1
Matemática
Y=2 -> então temos que quando x=0, y=2, e vice-versa (0,2), este é, portanto, o ponto onde a reta corta o eixo
y. Vejamos:
Matemágica: Perceba que na função y=x+2, o termo independente é 2, será coincidência que o termo
independente da função é o mesmo valor do ponto que corta o eixo y?
Não existe coincidência na matemática, então sem fazer contas já só de olhar a função já conseguimos
identificar onde que a reta corta o eixo Y.
2
Matemática
3
Matemática
Exercícios
1. No Brasil há várias operadoras e planos de telefonia celular. Uma pessoa recebeu 5 propostas (A, B, C,
D e E) de planos telefônicos. O valor mensal de cada plano está em função do tempo mensal das
chamadas, conforme o gráfico.
Essa pessoa pretende gastar exatamente R$ 30,00 por mês com telefone. Dos planos telefônicos
apresentados, qual é o mais vantajoso, em tempo de chamada, para o gasto previsto para essa pessoa?
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
4
Matemática
2. Certo vendedor tem seu salário mensal calculado da seguinte maneira: ele ganha um valor fixo de R$
750,00, mais uma comissão de R$ 3,00 para cada produto vendido. Caso ele venda mais de 100
produtos, sua comissão passa a ser de R$ 9,00 para cada produto vendido, a partir do 101º produto
vendido.
a) c)
b) d)
e)
5
Matemática
3. Um sistema de depreciação linear, estabelecendo que após 10 anos o valor monetário de um bem será
zero, é usado nas declarações de imposto de renda de alguns países. O gráfico ilustra essa situação
Uma pessoa adquiriu dois bens, A e B, pagando 1 200 e 900 dólares, respectivamente. Considerando
as informações dadas, após 8 anos, qual será a diferença entre os valores monetários, em dólar, desses
bens?
a) 30
b) 60
c) 75
d) 240
e) 300
4. Em um mês, uma loja de eletrônicos começa a obter lucro já na primeira semana. O gráfico representa
o lucro (L) dessa loja desde o início do mês até o dia 20. Mas esse comportamento se estende até o
último dia, o dia 30.
6
Matemática
5. Uma pousada oferece pacotes promocionais para atrair casais a se hospedarem por até oito dias. A
hospedagem seria em apartamento de luxo e, nos três primeiros dias, a diária custaria R$150,00, preço
da diária fora da promoção. Nos três dias seguintes, seria aplicada uma redução no valor da diária, cuja
taxa média de variação, a cada dia, seria de R$ 20,00. Nos dois dias restantes, seria mantido o preço
do sexto dia. Nessas condições, um modelo para a promoção idealizada é apresentado no gráfico a
seguir, no qual o valor da diária é função do tempo medido em número de dias.
De acordo com os dados e com o modelo, comparando o preço que um casal pagaria pela hospedagem
por sete dias fora da promoção, um casal que adquirir o pacote promocional por oito dias fará uma
economia de
a) R$ 90,00.
b) R$ 110,00.
c) R$ 130,00.
d) R$ 150,00.
e) R$ 170,00.
6. Duas pequenas fábricas de calçados, A e B, têm fabricado respectivamente 3000 e 1100 pares de
sapatos por mês. Se, a partir de janeiro a fábrica A aumentar sucessivamente a produção em 70 pares
por mês e a fábrica B aumentar sucessivamente a produção em 290 pares por mês, a produção da
fábrica B superará a produção de A a partir de:
a) março
b) maio
c) julho
d) setembro
e) novembro
7
Matemática
7. As frutas que antes se compravam por dúzias, hoje em dia, podem ser compradas por quilogramas,
existindo também a variação dos preços de acordo com a época de produção. Considere que,
independente da época ou variação de preço, certa fruta custa R$ 1,75 o quilograma.
Dos gráficos a seguir, o que representa o preço m pago em reais pela compra de n quilogramas desse
produto é:
a)
c)
b) d)
e)
8
Matemática
8. A raiva é uma doença viral e infecciosa, transmitida por mamíferos. A campanha nacional de vacinação
antirrábica tem o objetivo de controlar a circulação do vírus da raiva canina e felina, prevenindo a raiva
humana. O gráfico mostra a cobertura (porcentagem de vacinados) da campanha, em cães, nos anos
de 2013,2015 e 2017, no município de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Os valores das coberturas dos
anos de 2014 e 2016 não estão informados no gráfico e deseja-se estimá-Ios. Para tal, levou-se em
consideração que a variação na cobertura de vacinação da campanha antirrábica, nos períodos de
2013 a 2015 e de 2015 a 2017, deu-se de forma linear.
a) 62,3%
b) 63,0%
c) 63,5%
d) 64,0%
e) 65,5%
9
Matemática
9. Uma cisterna de 6 000 L foi esvaziada em um período de 3 h. Na primeira hora foi utilizada apenas uma
bomba, mas nas duas horas seguintes, a fim de reduzir o tempo de esvaziamento, outra bomba foi
ligada junto com a primeira. O gráfico, formado por dois segmentos de reta, mostra o volume de água
presente na cisterna, em função do tempo.
Qual é a vazão, em litro por hora, da bomba que foi ligada no início da segunda hora?
a) 1 000
b) 1 250
c) 1 500
d) 2 000
e) 2 500
10. Um dos grandes desafios do Brasil é o gerenciamento dos seus recursos naturais, sobretudo os
recursos hídricos. Existe uma demanda crescente por água e o risco de racionamento não pode ser
descartado. O nível de água de um reservatório foi monitorado por um período, sendo o resultado
mostrado no gráfico. Suponha que essa tendência linear observada no monitoramento se prolongue
pelos próximos meses.
Nas condições dadas, qual o tempo mínimo, após o sexto mês, para que o reservatório atinja o nível
zero de sua capacidade?
a) 2 meses e meio.
b) 3 meses e meio.
c) 1 mês e meio.
d) 4 meses.
e) 1 mês.
10
Matemática
Gabarito
1. C
Pela análise do gráfico, para um gasto de R$ 30,00, o plano mais vantajoso, em tempo de chamada, é o
plano C, que atinge aproximadamente 30 minutos.
2. E
O salário S em função de x, para:
1) 0 ≤ x ≤ 100, é S = 750 + 3. x
2) x ≥ 101, é S = 1050 + 9. (x – 100) = 9x + 150
3. B
Vamos achar a equação desta reta!
Sabemos que a reta corta o eixo Y no valor inicial de um determinado bem, ou seja, dependendo do bem,
esse valor se altera. Assim, chamaremos de V.
f(x) = ax + V
y −V
Agora, vamos calcular o valor de a, o coeficiente angular, que é dado por a= = .
x 10
V
Ou seja, nossa equação fica f ( x) = − x + V , sendo x os anos passados após a aquisição do bem.
10
Finalmente, iremos calcular o valor Monetário de A e B passados 8 anos:
1200
A: f (8) = − .8 + 1200 = 240, 00
10
900
B: f (8) = − .8 + 900 = 180, 00
10
Dessa maneira, temos que a nossa resposta é 240 – 180 = 60,00.
4. D
Como o gráfico corta o eixo y em y = - 1 000, sabemos que b = - 1 000.
Só com essa informação já poderíamos marcar a letra D.
Mas vamos calcular agora o coeficiente angular.
y [0 − (−1000)] 1000
a= = = = 200
x 5−0 5
Assim, L(t) = 200t - 1 000.
5. A
Fora da promoção, o casal pagaria por 7 dias: 7 ⋅ 150 = 1050 reais.
Com a promoção, o casal pagaria por 8 dias: 3 ⋅ 150 + 130 + 110 + 3 ⋅ 90 = 960 reais. Assim, um casal
que aderir ao pacote promocional fará uma economia de 1050 – 960 = 90 reais.
6. D
3000 + 70x = 1100 + 290x, em que x é a quantidade de meses que passa
290x-70x= 3000-1100
220x= 1900
x = 1900/220
x = 8,63, aproximadamente. O próximo número inteiro é 9. Como começamos a contar desde janeiro, a
produção B supera a A em setembro.
11
Matemática
7. E
O preço m pago, em reais, pela compra de n quilogramas desse produto é m = 1,75 n, cujo gráfico é uma
reta, ou seja, função do primeiro grau, que passa pela origem e contém o ponto (1; 1,75).
8. B
9. C
10. A
12
Matemática
Resumo
A exemplo da função de 1º grau, existem muitos problemas práticos que podem ser resolvidos com auxílio da
função quadrática.
Exemplo:
A figura ao lado mostra um terreno com 20 metros de lado, onde forma retirados: de cada canto superior um
quadrado de lado x metros e de cada canto inferior um retângulo de lados 12 metros e x metros para
construção de um estacionamento (área hachurada). Obtenha a área da figura hachurada.
Área do terreno = 20 . 20 = 400 m2
Área quadrado superior = x . x = x2
Área retângulo inferior = 12. x = 12x
Definimos então, função quadrática ou função polinomial do 2º grau, como qualquer função f definida pela lei:
f(x) = ax2 + bx + c, em que a, b e c são números reais e a≠0.
Uma notação importante é que b²-4ac também é chamado de delta ou Δ. Repare que na equação existem dois
sinais antes da raiz sendo um positivo e o outro negativo, por isso existe a possibilidade de existirem duas
raízes. As raízes são descobertas quando igualamos a função a zero, se chamarmos as raízes de x1 e x2 os
pares ordenados serão (x1,0) e (x2,0). Sobre este delta é importante saber que:
1
Matemática
O coeficiente c é onde a função intercepta, “corta” o eixo y, pois quando o x=0 a equação fica y=a.0² +b.0 + c
→ y = c.
Dessa forma o par ordenado é (0,c), semelhante ao que acontece na função do primeiro grau.
2
Matemática
Exercícios
1. Uma padaria vende, em média, 100 pães especiais por dia e arrecada com essas vendas, em média,
R$ 300,00. Constatou-se que a quantidade de pães especiais vendidos diariamente aumenta, caso o
preço seja reduzido, de acordo com a equação q = 400 – 100p, na qual q representa a quantidade de
pães especiais vendidos diariamente e p, o seu preço em reais. A fim de aumentar o fluxo de clientes,
o gerente da padaria decidiu fazer uma promoção. Para tanto, modificará o preço do pão especial de
modo que a quantidade a ser vendida diariamente seja a maior possível, sem diminuir a média de
arrecadação diária na venda desse produto.
O preço p, em reais, do pão especial nessa promoção deverá estar no intervalo
2. Um professor, depois de corrigir as provas de sua turma, percebeu que várias questões estavam muito
difíceis. Para compensar, decidiu utilizar uma função polinomial f, de grau menor que 3, para alterar as
notas x da prova para notas y = f(x), da seguinte maneira:
● A nota zero permanece zero.
● A nota 10 permanece 10.
● A nota 5 passa a ser 6.
A expressão da função y = f(x) a ser utilizada pelo professor é
a)
b)
c)
d)
e)
3
Matemática
3. A parte interior de uma taça foi gerada pela rotação de uma parábola em torno de um eixo z, conforme
mostra a figura.
A função real que expressa a parábola, no plano cartesiano da figura, é dada pela lei
b) 2
c) 4
d) 5
e) 6
4. Um posto de combustível vende 10.000 litros de álcool por dia a R$ 1,50 cada litro. Seu proprietário
percebeu que, para cada centavo de desconto que concedia por litro, eram vendidos 100 litros a mais
por dia. Por exemplo, no dia em que o preço do álcool foi R$ 1,48, foram vendidos 10.200 litros.
Considerando x o valor, em centavos, do desconto dado no preço de cada litro, e V o valor, em R$,
arrecadado por dia com a venda do álcool, então a expressão que relaciona V e x é:
a) V = 10.000 + 50x – x².
4
Matemática
5. A temperatura T de um forno (em graus centígrados) é reduzida por um sistema a partir do instante de
b) 19,8
c) 20,0
d) 38,0
e) 39,0
6. Um meio de transporte coletivo que vem ganhando espaço no Brasil é a van, pois realiza, com relativo
conforto e preço acessível, quase todos os tipos de transportes: escolar e urbano, intermunicipal e
excursões em geral.
O dono de uma van, cuja capacidade máxima é de 15 passageiros, cobra para uma excursão até a
capital de seu estado R$ 60,00 de cada passageiro. Se não atingir a capacidade máxima da van, cada
passageiro pagará mais R$ 2,00 por lugar vago.
Sendo x o número de lugares vagos, a expressão que representa o valor arrecadado V(x), em reais, pelo
dono da van, para uma viagem até a capital é
a) V(x) = 902x
b) V(x) = 930x
c) V(x) = 900 + 30x
d) V(x) = 60x + 2x2
e) V(x) = 900 - 30x - 2x2
7. Para evitar uma epidemia, a Secretaria de Saúde de uma cidade dedetizou todos os bairros, de modo a
evitar a proliferação do mosquito da dengue. Sabe-se que o número f de infectados é dado pela função
f(t) = -2t² + 120t (em que t é expresso em dia e t = 0 é o dia anterior à primeira infecção) e que tal
expressão é válida para os 60 primeiros dias da epidemia.
A Secretaria de Saúde decidiu que uma segunda dedetização deveria ser feita no dia em que o número
de infectados chegasse à marca de 1 600 pessoas, e uma segunda dedetização precisou acontecer.
A segunda dedetização começou no
a) 19º dia.
b) 20º dia.
c) 29º dia.
d) 30º dia.
e) 60º dia.
5
Matemática
8. A empresa SWK produz um determinado produto x, cujo custo de fabricação é dado pela equação de
uma reta crescente, com inclinação dois e de variável x. Se não tivermos nenhum produto produzido,
a despesa fixa é de R$ 7,00 e −2x2 + 229,76x − 441,84 é a função venda de cada unidade x. Tendo em
vista uma crise financeira, a empresa fez algumas demissões. Com isso, caiu em 12% o custo da
produção de cada unidade produzida. Nessas condições, a função lucro da empresa pode ser expressa
como:
9. Um túnel deve ser lacrado com uma tampa de concreto. A seção transversal do túnel e a tampa de
concreto têm contornos de um arco de parábola e mesmas dimensões. Para determinar o custo da
obra, um engenheiro deve calcular a área sob o arco parabólico em questão. Usando o eixo horizontal
no nível do chão e o eixo de simetria da parábola como eixo vertical, obteve a seguinte equação para a
parábola:
y = 9 – x², sendo x e y medidos em metros.
2
Sabe-se que a área sob uma parábola como esta é igual a da área do retângulo cujas dimensões
3
são, respectivamente, iguais à base e à altura da entrada do túnel. Qual é a área da parte frontal da
tampa de concreto, em metro quadrado?
a) 18
b) 20
c) 36
d) 45
e) 54
6
Matemática
a) 6
b) 8
c) 10
d) 12
e) 14
7
Matemática
Gabarito
1. A
A arrecadação é dada pelo preço de cada pão multiplicado pela quantidade de pães vendidos e essa
arrecadação é de 300, assim, temos:
(400 – 100p).p = 300
p² – 4p + 3 = 0.
Resolvendo essa equação do segundo grau temos que p = 3 ou p = 1, logo, o pão deverá ter seu preço
reduzido para 1 real.
2. A
Temos que f(x) = ax² + bx + c é a função que muda da nota x para a nota f(x). Assim, temos:
f(0) = a.0² + b.0 + c = 0, logo, c = 0
f(10) = a.10² + b.10 + c = 10 => 10.a + b = 1
f(5) = a.5² + b.5 + c = 6 => 25.a + 5.b = 6
Resolvendo o sistema:
10.a + b = 1
25.a + 5.b = 6
a = – 1/25
b = 7/5
Logo, a função f(x) é dada por:
y = – 1/25 x² + 7/5.x
3. E
Como podemos ver pelo gráfico, a função possui apenas 1 raiz real (Ponto V), portanto Δ = 0, assim:
b² – 4ac = 0
(-6)² – 4.(3/2). C = 0
36 – 6C = 0
C=6
4. D
Do enunciado temos:
V = (1,50 – x/100)(10 000 + 100x)
V = (150 – x) ⋅ (100 + x)
V = 15000 + 50x – x²
8
Matemática
5. D
O tempo mínimo de espera ocorre quando a temperatura chega à 39ºC, assim:
Repare que o tempo não pode ser negativo, por isso descartamos a raiz negativa.
6. E
x pessoas não compareceram para a excursão.
Pagamento pelos lugares ocupados: 60(15 – x) = 900 – 60x.
Cada passageiro que compareceu vai pagar mais R$ 2,00 por lugar vago: 2x.
Total de pagamento pelos lugares vagos: 2x(15 – x) = 30x – 2x² .
Valor arrecadado V(x), em reais, pelo dono da van, para uma viagem até a capital é:
V(x) = 900 – 60x + 30x – 2x² = 900 – 30x – 2x²
7. B
Portanto, como o número de infectados alcança pela primeira vez no 20º dia, segue o resultado.
8. A
A função custo C(x) é uma função afim da forma C(x) = 2x + 7, pois a despesa fixa será o coeficiente
linear. Com a queda de 12%, o custo passou a ser 88% do anterior.
Isto é, (0,88).C(x) = (0,88).(2x + 7) = 1,76x + 6,16.
Como L(x) = V(x) - C(x), temos:
L(x) = (−2x2 + 229,76x − 441,84) – ( 1,76x + 6,16) = −2x2 + 229,76x − 441,84 – 1,76x − 6,16)
9
Matemática
9. C
2
A área pedida é .6.9 = 36
3
10. A
Pelo gráfico:
g(x)= ax+3 [passa pelo ponto(0,3)]
Determinando f(-1):
f(-1)= 2(-1)^2=2
Determinandog(3):
g(3)=3+3=6
10
Matemática
Exercícios
1. No desenho a seguir, está ilustrada uma estrela de três pontas iguais, com lados
AB = BC = CD = DE = EF = FA , inscrita no triângulo equilátero ACE.
2. Na figura = .
Então:
a) y=3x
b) y=2x
c) x+y=180
d) x=y
e) 3x=2y
1
Matemática
3. Na figura, os dois triângulos ABC e FDE são equiláteros. Qual é o valor do ângulo x?
a) 30°
b) 40°
c) 50°
d) 60°
e) 70°
a)
b)
c)
d)
e)
2
Matemática
6. Seja ABC um triângulo isósceles de base BC. Sobre o lado deste triângulo considere um ponto D
tal que os segmentos , e são todos congruentes entre si. A medida do ângulo BÂC é igual
a:
a) 23°
b) 32°
c) 36°
d) 40°
e) 45°
7. Na figura adiante, = , = e = .
8. Um dos ângulos internos de um triângulo isósceles mede 100°. Qual e a medida do angulo agudo
formado pelas bissetrizes dos outros ângulos internos?
a) 20°
b) 40°
c) 60°
d) 80°
e) 140°
3
Matemática
9. Dada a figura:
Sobre as sentenças
I. O triangulo CDE e isósceles.
II. O triangulo ABE e equilátero.
III. AE e bissetriz do angulo BAD.
é verdade que:
a) somente a I é falsa.
b) somente a II é falsa.
c) somente a III é falsa.
d) são todas falsas.
e) são todas verdadeiras.
10. Três pontos, A, B e C, não pertencentes a uma mesma reta, representam as posições de três casas
construídas numa área plana de um condomínio. Uma farmácia está localizada num ponto M que fica
equidistante das três casas. Na Geometria Euclidiana Plana, o ponto M é conhecido como:
a) baricentro
b) circuncentro
c) ortocentro
d) incentro
e) ponto médio
4
Matemática
Gabarito
1. D
Como AB = BC , então o triângulo ΔABC é isósceles.
Como o ângulo ABC = 150°, e a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°, então os outros
dois ângulos desse triângulo medem 15°
2. A
Observe a figura :
DBC = 2x, pois é ângulo externo ao triângulo ABD. Como ABD e BCD são isósceles podemos fazer a
marcação de alguns ângulos, como mostrado na figura.
Dessa maneira,
x + 180 – 4x + y = 180
y = 3x
3. B
Como ABC e DEF são triângulos equiláteros, seus ângulos internos medem 60 graus. Daí, analisando o
triângulo AGD, podemos escrever:
GAD = 180 – 75 – 60 = 45
GDA = 180 – 65 – 60 = 55.
Logo, AGD = 180 – 45 – 55 = 80.
No triângulo CGH, x + 80 + 60 = 180
x = 40.
5
Matemática
4. B
Como a escala é de 1 cm para 100 km, temos que os região triângulos tem catetos de 200 e 300 km.
Dessa maneira, a área é de 200 x 300/2 = 30 000 km²
5. C
Usando a conceito de ângulos externos, podemos perceber que o ângulo da base QB do triangulo BPQ é
a soma dos ângulos da base PA do triangulo AQP, dando um valor de "a" para o angulo do vértice A
concluímos que o ângulo P em PQ também é "a" por se tratar de um triangulo isósceles, então temos que
o ângulo de Q é "2a" e o ângulo de B em PB também é "2a" (usando as regras dos ângulos externos),
seguindo esse mesmo raciocínio de triangulo isósceles e ângulos externos percebemos que o angulo de
CBP é "A" logo de BCP é 3a e de CPB também.
180º= π
a+3a+3a=180
7a= π
a= π/7
6. C
Observe a figura:
Do triângulo ABC:
Além disso,
180 – 2x + α = 180
α = 2x (ii)
6
Matemática
7. D
Quando temos lados igual a outro em um triângulo, isso indica que 2 ângulos são iguais e um
diferente.
No triângulo ABC, AB=AC, então os ângulos B e C são iguais. Como A = 40°, e a somas dos ângulos
internos de um triângulo é 180° :
180 - 40 = 140°
B + C = 140
B= 70° e C= 70°
No triângulo XBY, BX = BY, então os ângulos Y e X são iguais. Como B = 70° e a soma dos ângulos
internos é 180:
180 - 70 = 110
X + Y = 110
X = 55° e Y = 55°
No triângulo ZCY, CZ = CY, então os ângulos Y e Z são iguais. Como C = 70° e a soma dos ângulos
internos é 180:
180 - 70 = 110
Z + Y = 110
Z = 55° e Y= 55°
A soma dos 3 ângulos de Y forma um ângulo raso de 180°, dois deles já temos, e o outro é oque
justamente a questão ta pedindo, então :
8. B
O triângulo isósceles tem 2 ângulos com a mesma medida.
x+x+y = 180º
O ângulo de 100º só pode ser y, pois se for x, só os 2x dariam 200 graus, e sabemos que os 3 somados
têm que dar 180.
x+x+100 = 180
2x = 180 - 100
2x = 80
x = 40º
Bissetriz é a ceviana que divide o ângulo no meio, então a bissetriz de um ângulo de 40º divide-o em 2
ângulos de 20º.
7
Matemática
De início só temos como calcular o valor do ângulo obtuso, pois ele forma com as bissetrizes um novo
triângulo (é o que está pintadinho na imagem em anexo).
20+20+a = 180
40+a = 180
a = 180 - 40
a = 140°
a e b estão sobre a mesma reta. São ângulos suplementares. a é o obtuso, de 140º b é seu
suplementar:
180-140= 40º
9. E
I. 90º(C) + 45º(D) + x(E) = 180º => x = 45º , portanto verdadeira => isósceles 2 angulos iguais
II. 60º(A) + 60º(B) + x (E)= 180º => x = 60º, portanto verdadeira=> equilátero 3 ângulos iguais
III. bissetriz divide angulo em dois => 60º(B) + 90º(C) + 90º(D) + (60º+ x)(A) = 360º => x = 60º, portanto
verdadeira
10. B
Esta é a definição de circuncentro.
8
Matemática
Triângulos
Resumo
Condição de existência
A condição de existência de um triângulo é: Num triângulo ABC, em qualquer lado tem que ele é menor que a
soma dos outros dois e maior que o módulo da diferença, ou seja:
Lei angular
Classificação do triângulo
Quanto aos lados
Equilátero: Apresenta os três lados congruentes
Isósceles: Apresenta os dois lados congruentes (e ângulos da base iguais)
Escaleno: Apresenta os três lados diferentes entre si
1
Matemática
Área do Triângulo
Ceviana é qualquer segmento que parte de um vértice de um triângulo e corta o lado oposto a esse vértice. São
exemplos de cevianas: mediana, altura e bissetriz
Mediana
Mediana é uma ceviana que liga o vértice de onde ela parte ao ponto médio do lado oposto a esse vértice.
Baricentro
O Baricentro é exatamente o ponto de encontro das medianas.
2
Matemática
Importante saber que se BD for a mediana do triangulo temos algumas relações importantes:
BG = 2 DG
2
BG = BD
3
1
DG = BD
3
Altura
A altura é uma ceviana que parte de um vértice e faz 90° com o lado oposto ao mesmo, ou seja, ela é
perpendicular ao lado oposto a esse vértice.
Ortocentro
O ortocentro é exatamente o ponto de encontro das três alturas desse triângulo.
3
Matemática
Bissetriz
A Bissetriz é uma ceviana que parte de um vértice do triângulo e que divide ao meio o ângulo referente a esse
vértice.
Incentro
O incentro é o ponto onde se encontram as três bissetrizes do triângulo.
Mediatriz
Qualquer segmento de reta perpendicular a um lado do triângulo e que passa por seu ponto médio.
4
Matemática
A reta r é a mediatriz do triângulo ABC relativa ao lado BC pois é perpendicular a BC e M é ponto médio
deste lado.
Circuncentro
Todo triângulo possui três mediatrizes que se encontram em um ponto denominado circuncentro, simbolizado
na figura pela letra C:
5
Matemática
Exercícios
1. No desenho a seguir, está ilustrada uma estrela de três pontas iguais, com lados
AB = BC = CD = DE = EF = FA , inscrita no triângulo equilátero ACE.
a) 15º
b) 20º
c) 25º
d) 30º
2. Na figura = .
Então:
a) y=3x
b) y=2x
c) x+y=180
d) x=y
e) 3x=2y
6
Matemática
3. Na figura, os dois triângulos ABC e FDE são equiláteros. Qual é o valor do ângulo x?
a) 30°
b) 40°
c) 50°
d) 60°
e) 70°
a)
b)
c)
d)
e)
7
Matemática
6. Seja ABC um triângulo isósceles de base BC. Sobre o lado deste triângulo considere um ponto D tal
que os segmentos , e são todos congruentes entre si. A medida do ângulo BÂC é igual a:
a) 23°
b) 32°
c) 36°
d) 40°
e) 45°
7. Na figura adiante, = , = e = .
a) 40°
b) 50°
c) 60°
d) 70°
e) 90°
8. Um dos ângulos internos de um triângulo isósceles mede 100°. Qual e a medida do angulo agudo
formado pelas bissetrizes dos outros ângulos internos?
a) 20°
b) 40°
c) 60°
d) 80°
e) 140°
8
Matemática
9. Dada a figura:
Sobre as sentenças
I. O triangulo CDE e isósceles.
II. O triangulo ABE e equilátero.
III. AE e bissetriz do angulo BAD.
é verdade que:
a) somente a I é falsa.
b) somente a II é falsa.
c) somente a III é falsa.
d) são todas falsas.
e) são todas verdadeiras.
10. Três pontos, A, B e C, não pertencentes a uma mesma reta, representam as posições de três casas
construídas numa área plana de um condomínio. Uma farmácia está localizada num ponto M que fica
equidistante das três casas. Na Geometria Euclidiana Plana, o ponto M é conhecido como:
a) baricentro
b) circuncentro
c) ortocentro
d) incentro
e) ponto médio
9
Matemática
Gabarito
1. D
Como AB = BC , então o triângulo ΔABC é isósceles.
Como o ângulo ABC = 150°, e a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°, então os outros
dois ângulos desse triângulo medem 15°
2. A
Observe a figura:
DBC = 2x, pois é ângulo externo ao triângulo ABD. Como ABD e BCD são isósceles podemos fazer a
marcação de alguns ângulos, como mostrado na figura.
Dessa maneira,
x + 180 – 4x + y = 180
y = 3x
3. B
Como ABC e DEF são triângulos equiláteros, seus ângulos internos medem 60 graus. Daí, analisando o
triângulo AGD, podemos escrever:
GAD = 180 – 75 – 60 = 45
GDA = 180 – 65 – 60 = 55.
Logo, AGD = 180 – 45 – 55 = 80.
No triângulo CGH, x + 80 + 60 = 180
x = 40.
10
Matemática
4. B
Como a escala é de 1 cm para 100 km, temos que os região triângulos tem catetos de 200 e 300 km. Dessa
maneira, a área é de 200 x 300/2 = 30 000 km²
5. C
Usando a conceito de ângulos externos, podemos perceber que o ângulo da base QB do triangulo BPQ é a
soma dos ângulos da base PA do triangulo AQP, dando um valor de "a" para o angulo do vértice A
concluímos que o ângulo P em PQ também é "a" por se tratar de um triangulo isósceles, então temos que
o ângulo de Q é "2a" e o ângulo de B em PB também é "2a" (usando as regras dos ângulos externos),
seguindo esse mesmo raciocínio de triangulo isósceles e ângulos externos percebemos que o angulo de
CBP é "A" logo de BCP é 3a e de CPB também.
180º= π
a+3a+3a=180
7a= π
a= π/7
6. C
Observe a figura:
Do triângulo ABC:
Além disso,
180 – 2x + α = 180
α = 2x (ii)
11
Matemática
7. D
Quando temos lados igual a outro em um triângulo, isso indica que 2 ângulos são iguais e um diferente.
No triângulo ABC, AB=AC, então os ângulos B e C são iguais. Como A = 40°, e a somas dos ângulos
internos de um triângulo é 180° :
180 - 40 = 140°
B + C = 140
B= 70° e C= 70°
No triângulo XBY, BX = BY, então os ângulos Y e X são iguais. Como B = 70° e a soma dos ângulos
internos é 180:
180 - 70 = 110
X + Y = 110
X = 55° e Y = 55°
No triângulo ZCY, CZ = CY, então os ângulos Y e Z são iguais. Como C = 70° e a soma dos ângulos
internos é 180:
180 - 70 = 110
Z + Y = 110
Z = 55° e Y= 55°
A soma dos 3 ângulos de Y forma um ângulo raso de 180°, dois deles já temos, e o outro é oque
justamente a questão ta pedindo, então :
8. B
O triângulo isósceles tem 2 ângulos com a mesma medida.
x+x+y = 180º
O ângulo de 100º só pode ser y, pois se for x, só os 2x dariam 200 graus, e sabemos que os 3 somados
têm que dar 180.
x+x+100 = 180
2x = 180 - 100
2x = 80
x = 40º
Bissetriz é a ceviana que divide o ângulo no meio, então a bissetriz de um ângulo de 40º divide-o em 2
ângulos de 20º.
12
Matemática
a e b estão sobre a mesma reta. São ângulos suplementares. a é o obtuso, de 140º b é seu suplementar:
180-140= 40º
9. E
I. 90º(C) + 45º(D) + x(E) = 180º => x = 45º , portanto verdadeira => isósceles 2 angulos iguais
II. 60º(A) + 60º(B) + x (E)= 180º => x = 60º, portanto verdadeira=> equilátero 3 ângulos iguais
III. bissetriz divide angulo em dois => 60º(B) + 90º(C) + 90º(D) + (60º+ x)(A) = 360º => x = 60º, portanto
verdadeira
10. B
Esta é a definição de circuncentro.
13
Português
Resumo
Advérbios
A classificação dos advérbios ocorre devido à circunstância ou outra ideia acessória que expressam. Entre eles
estão os advérbios de afirmação, de dúvida, de intensidade, de lugar, de modo, de negação, de tempo.
Locuções Adverbiais
São expressões que exercem a função de advérbios. Iniciam-se comumente por preposição e classificam-se
como os advérbios, isto é, de acordo com as circunstâncias que exprimem: tempo, modo, intensidade, etc.
Às cegas, às claras, à toa, a medo, à pressa, às pressas, à tarde, à noite, a fundo, às escondidas, às vezes, ao
acaso, de súbito, vez por outra, lado a lado, etc. Exemplos:
1
Português
Exercícios
A charge é uma ilustração que tem como objetivo fazer uma sátira de alguém ou de alguma situação
atual por meio de desenhos caricatos
I. O advérbio já, indicativo de tempo, atribui à frase o sentido de mudança;
II. Entende-se pela frase da charge que a população de idosos atingiu um patamar inédito no país;
III. Observando a imagem, tem-se que a fila de velhinhos esperando um lugar no banco sugere o
aumento de idosos no país.
2
Português
O adjetivo “principal” (em a principal dificuldade é com clareza) permite inferir que a clareza é apenas um
elemento dentro de um conjunto de dificuldades, talvez o mais significativo. Semelhante inferência pode
ser realizada pelos advérbios:
a) avidamente, principalmente, primordialmente.
b) sobretudo, avidamente, principalmente.
c) avidamente, antigamente, principalmente.
d) sobretudo, principalmente, primordialmente.
e) principalmente, primordialmente, esporadicamente.
3.
Na passagem: “Assim as moscas nunca vão cair na sua teia” (Texto 12), as expressões em destaque
caracterizam-se, respectivamente, como advérbios de
Parte superior do formulário
a) Modo, negação e lugar
b) Modo, tempo e lugar.
c) Modo, negação e tempo.
d) Tempo, modo e lugar.
e) Tempo, lugar e modo.
3
Português
4. Na frase: “Estamos a bordo”, a preposição indica uma relação de lugar. Escreva duas frases em que o
emprego dessa mesma preposição indique:
a) relação de tempo habitual.
b) relação de instrumento.
5. Filme
Berenice não gostava de ir ao cinema, de modo que o pai a levava à força. Cinema era coisa que ele
adorava, sempre sonhara em se tornar cineasta; não o conseguira, claro, mas queria que a filha
partilhasse sua paixão, com o que se sentiria, de certa forma, indenizado pelo destino. Uma
responsabilidade que só fazia aumentar o verdadeiro terror que Berenice sentia quando se aproximava o
sábado, dia que habitualmente o pai, homem muito ocupado, escolhia para a sessão cinematográfica
semanal. À medida que se aproximava o dia fatídico, ela ia ficando cada vez mais agitada e nervosa; e
quando o pai, chegado o sábado, finalmente lhe dizia, está na hora, vamos, ela frequentemente se punha
a chorar e mais de uma vez caíra de joelhos diante dele, suplicando, não, papai, por favor, não faça isso
comigo. Mas o pai, que era um homem enérgico e além disso julgava ter o direito de exigir da filha que o
acompanhasse (viúvo desde há muito, criara Berenice sozinho e com muito sacrifício), mostrava-se
intransigente: não tem nada disso, você vai me acompanhar. E ela o fazia, em meio a intenso sofrimento.
Por fim, aprendeu a se proteger. Ia ao cinema, sim. Mas antes que o filme começasse, corria ao banheiro,
colocava cera nos ouvidos. Voltava ao lugar, e mal as luzes se apagavam cerrava firmemente os olhos,
mantendo-os assim durante toda a sessão. O pai, encantado com o filme, de nada se apercebia; tudo o
que fazia era perguntar a opinião de Berenice, que respondia, numa voz neutra mas firme:
- Gostei. Gostei muito.
Era de outro filme que estava falando, naturalmente. Um filme que o pai nunca veria.
MOACYR SCLIAR. In: Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
4
Português
6. MÃOS DADAS
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é TÃO grande, NÃO nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei PARA AS ILHAS nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.
DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. "Mãos dadas". In: Sentimento do Mundo. Record.
5
Português
7.
A repetição pode expressar diferentes intenções estilísticas, conforme se observa nos fragmentos
abaixo.
Um certo Miguilim morava com sua mãe, seu pai e seus irmãos, longe, longe daqui, muito depois da
Vereda-do-Frango-d'Água e de outras veredas sem nome (l. 1-4)
É um lugar bonito, entre morro e morro, com muita pedreira e muito mato, (l. 14-15)
6
Português
8.
As palavras classificadas como advérbios agregam noções diversas aos termos a que se ligam na frase,
demarcando posições, relativizando ou reforçando sentidos, por exemplo.
O advérbio destacado é empregado para relativizar o sentido da palavra a que se refere em:
a) utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? (l. 8-9)
b) Certamente me irão fazer falta, (l. 17)
c) Afirmarei que sejam absolutamente exatas? (l. 25)
d) desenterrarmos pacientemente as condições que a determinaram. (l. 36-37)
7
Português
8
Português
9. Se são eles que vêm até aqui, não há dúvida de que são muito mais desenvolvidos do que nós (l. 16)
O vocábulo que melhor representa o sentido da expressão sublinhada é:
a) certamente
b) provavelmente
c) prioritariamente
d) fundamentalmente
10. Claro, ao abrirmos a possibilidade de que vida extraterrestre inteligente exista, (l. 22)
No fragmento acima, o vocábulo claro projeta uma opinião do autor do texto sobre o que vai ser dito em
seguida. Outro exemplo em que a palavra ou expressão sublinhada cumpre função semelhante é:
a) Desde então, ideias sobre a pluralidade dos mundos têm ocupado (l. 4)
b) Por mais de 40 anos, cientistas vasculham os céus (l. 28)
c) Infelizmente, até agora nada foi encontrado. (l. 29)
d) Nesse caso, quão diferentes seriam dos deuses (l. 38)
9
Português
Gabarito
1. E
Todas as sentenças estão corretas.
2. D
“sobretudo, principalmente, primordialmente.” São os advérbios que se enquadram o mesmo contexto
trazido pelo enunciado da questão em relação ao adjetivo “principal”.
3. B
“Assim” equivale a “desse modo”; “nunca” expressa a ideia de tempo, uma impossibilidade eterna; “na sua
teia” é o local onde a ação vai ou não ocorrer.
4.
a) Às segundas e terças-feiras fazemos visitas a instituições de caridade.
b) O assaltante foi morto a tiros.
5. A
6. D
“Tão” indica intensidade; “não” negação”. “para as ilhas” lugar (para onde).
7. A repetição é um valioso artifício estilístico. No fragmento do texto de Guimarães Rosa, pode-se observá-la
em dois momentos diferentes. No primeiro, "longe, longe daqui", a repetição do longe, advérbio, tem efeito
superlativante, intensificador (muito longe, longíssimo), tornando a distância maior. Em "entre morro e
morro", a repetição dos substantivos confere ao par valor quantitativo (muitos morros). A
preposição entre funciona como elemento limitador do espaço. (Comentário Uerj)
8. A
Quando se diz que um advérbio pode relativizar o sentido do termo a que se liga, quer se dizer que o termo
não pode ser tomado em sentido absoluto, mas apenas em sentido relativo a determinada circunstância.
No caso, o advérbio "presumivelmente", em "utilizá-las em história presumivelmente verdadeira?", de fato
relativiza o sentido do adjetivo "verdadeira": a história não é absolutamente verdadeira, mas verdadeira
apenas em relação ao que presume quem a conta, isto é, de que deve ser verdadeira. (Comentário Uerj)
9. A
A expressão grifada tem por objetivo apresentar uma conclusão inequívoca do autor para a condição
enunciada anteriormente, e o vocábulo que melhor expressa esse sentido pretendido é "certamente".
10. C
Modalizadores são palavras ou expressões que projetam um ponto de vista do enunciador acerca do que
está sendo enunciado, revelando diferentes intenções comunicativas. Com o uso de "infelizmente", por
exemplo, fica clara a expectativa do autor de que fosse encontrado sinal de vida extraterrena, assim como
a frustração dessa expectativa.
10
Português
Resumo
Palavras denotativas
As palavras denotativas possuem essa nomenclatura por não se enquadrarem em nenhuma classe gramatical.
Embora elas se assemelhem, em alguns aspectos, aos advérbios, não mantêm as mesmas relações que eles.
Do ponto de vista semântico, elas são importantes no contexto em que se encontram e são classificadas de
acordo com a ideia que expressam, são elas: designação, exclusão, inclusão, realce, retificação e situação,
afetividade, explanação e limitação.
Preposição
É a classe gramatical responsável pela coesão textual no nível vocabular; ou seja, cumpre a função de conectar
vocábulos/palavras para estabelecer entre elas, em geral, um nexo semântico.
Além disso, as preposições denotam diferentes significados dependendo do contexto em que estão inseridas.
Elas podem possuir valores semânticos de: posse, causa, matéria, assunto, companhia, finalidade, instrumento,
lugar, origem, tempo, meio, conformidade, modo e oposição. Veja alguns exemplos:
1
Português
Interjeição
A interjeição é a expressão com que traduzimos uma reação emotiva. Uma mesma interjeição pode
corresponder a sentimentos variados e, por isso, deve-se estar atento ao contexto e a entoação dessa palavra.
Assim como os advérbios, as interjeições também são classificadas de acordo com o sentimento que denotam.
Veja os exemplos mais comuns:
2
Português
Exercícios
1.
2. Bode no pasto
Quase ninguém duvidou do saber do homem, do seu poder mágico, pois andava com uns livros de
história, de magia, com versões sobre fatos reais, mistérios, ciências ocultas. Até mesmo os céticos,
críticos, admitiam sua condição de mestre, de domínio da arte, da mágica, reflexo de vivências no país e
no mundo.
Então visto como sábio, senhor de poderes ocultos, o homem prometeu uma façanha, ou seja, domar
bodes, mudar o hábito da espécie. Aí pegou umas folhas, esfregou na venta dum cabrito, e garantiu que
a praga estava eliminada, nunca mais faria estragos naquela terra. (…)
(Nagib Jorge Neto. Diário de Pernambuco. 20/11/98)
3
Português
3. Impressionista
Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.
(Adélia Prado)
a) O vocábulo “uma” (verso 1), por singularizar uma ocasião especificada ao longo do poema, deve
ser tratado como numeral, e não como artigo.
b) No segundo verso, o vocábulo “toda” possui a mesma classificação morfológica que “alaranjado”.
c) A preposição “por”, genericamente, introduz uma indicação de tempo, já que participa de uma
expressão adverbial de valor durativo.
d) O advérbio “constantemente” empresta, além de uma noção de modo, uma de frequência ao verbo
“amanhecendo”, que ele modifica.
4
Português
Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma
tal sentença em Roma. reinando nela Neto; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os
nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos. ou para a emenda, ou para a cautela, não
preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam
que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca. e que se não
podem ofender: e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar.
[..]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza
de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu
pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno os que não só vão, mas levam, de
que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais afta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo
[São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa;
os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam
os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com
manha, Já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes
roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros,
se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
Essencial. 2011.
5
Português
a) Ainda que flexione o verbo ver no imperativo, o personagem do primeiro quadrinho, ao fazê-lo na
primeira pessoa do plural, faz uma espécie de convite ao colega para conhecerem juntos as novas
regras ortográficas. É como se dissesse: Vamos ver as novas regras.
b) O termo Nossa!!, no segundo quadrinho, não funciona como um pronome possessivo, mas como
uma interjeição, não só porque exprime uma sensação do personagem, como porque, na escrita, as
interjeições vêm, via de regra, acompanhadas de ponto de exclamação.
d) Pode-se inferir do terceiro quadrinho que as regras ortográficas são imposições decorrentes do uso
que os falantes fazem da língua, ou seja, como a maioria dos usuários desconhecia a função do
trema e não sabia empregá-lo na escrita, o sinal tornou-se obsoleto, não havendo razão para
continuar existindo nas regras ortográficas da língua.
e) O significado das interjeições está sempre vinculado ao uso, por isso qualquer palavra ou expressão
da língua pode atuar como interjeição, dependendo do contexto e da intenção do falante. Assim,
conclui-se que, por expressarem espanto, as três falas do personagem no segundo quadrinho são
interjeições.
6
Português
6. ELA INTERNET
Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje
Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu velho orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé
Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer
Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut acessar
O chefe da Macmilícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus pra atacar programas no Japão
Eu quero entrar na rede pra contactar
Os lares do Nepal, os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um vídeopôquer para se jogar
(Gilberto Gil, 1997.1)
7
Português
Na primeira frase do texto, a preposição para, na oração destacada, foi empregada com o valor semântico
de:
a) finalidade
b) conclusão
c) explicação
d) concessão
e) proporcionalidade
8. O projeto Montanha Limpa, desenvolvido desde 1992, por meio da parceria entre o Parque Nacional de
Itatiaia e a DuPont, visa amenizar os problemas causados pela poluição em forma de lixo deixado por
visitantes desatentos.
(Folheto do Projeto Montanha Limpa do Parque Nacional de Itatiaia.)
A preposição que indica que o Projeto Montanha Limpa continua até a publicação do folheto é:
a) entre.
b) por (por visitantes).
c) em.
d) por (pela poluição).
e) desde.
8
Português
No verso “Metal de voz que enleva de doçura”, a preposição de ocorre duas vezes, formando expressões
que indicam, respectivamente, relação de:
a) posse e consequência.
b) causa e posse.
c) qualificação e causa.
d) modo e qualificação.
e) posse e modo.
9
Português
Gabarito
1. D
A palavra “droga” foi utilizada para expressar uma emoção de seu emissor.
2. B
As palavras “pois” e “como” são conjunções e considerando o contexto no qual foram inseridas,
estabelecem, respectivamente, relação de causa e de comparação; já as demais são palavras denotativas
e estabelecem as seguintes relações lógicas: “até mesmo” (inclusão); “ou seja” (explicação)
e “aí” (situação).
3. C
A preposição “por”, seguida da expressão “muito tempo”, apresenta a ideia de passagem de tempo, ação
de valor durativo.
4. B
A preposição “a” antecede o pronome relativo “quem”, que não admite artigo; o artigo “a” antecede o
substantivo feminino “pobreza”; e a preposição “a” antecede o pronome demonstrativo masculino “este”.
5. C
A interjeição não é definida pela pontuação que a sucede, e sim pelo seu uso. Considerando que “Que
coisa...” exprime espanto, pode-se classificar a expressão como uma interjeição.
6. A
De acordo com a música de Gilberto Gil, pode-se perceber que as preposições “de” e “para” possuem,
respectivamente, o sentido de origem de um site, ou seja, o site é proveniente de Helsinque e tem como
objetivo abastecer.
7. A
No fragmento apresentado, a preposição “para” indica a finalidade dos cílios, ou seja, para a proteção dos
olhos.
8. E
A preposição “desde” apresenta, no fragmento, o sentido que o projeto começou em 1992 e até os dias de
hoje continua existindo no Parque Nacional de Itatiaia.
9. E
No poema de Gregório de Matos, o verso “Com sua língua ao nobre o vil decepa” apresenta uma inversão
dos termos da oração, visto que a palavra “vil” é o sujeito e a palavra “nobre” é objeto direto, que foi
preposicionado para evitar ambiguidade.
10
Português
10. C
Na expressão “metal de voz”, a preposição rege o adjunto que determina metal. Trata-se, na verdade, de
uma transposição, pois o sentido é de “voz de metal”, que qualifica, metaforicamente, o timbre da voz (soa
como se fosse metal). Em “que enleva de doçura”, a preposição indica relação de causa: enleva por causa
da doçura.
11
Química
Resumo
Distribuição eletrônica
O químico Linus Pauling propôs um diagrama prático de distribuição eletrônica. Nele, os elétrons são
distribuídos em ordem crescente de energia em níveis e subníveis da eletrosfera do átomo.
Veja o Diagrama de Pauling, na figura abaixo, e perceba a ordem de preenchimento expressa nas setas
vermelhas.
Neste ponto, é importante notar que os elétrons que existem hoje, com exceção dos descobertos em 2016, se
distribuem em até 7 níveis de energia e cada nível contém um determinado número de subníveis.
Exemplo:
Veja o preenchimento de um átomo com 60 elétrons como exemplo:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f4
Importante!
Para saber o número de elétrons a preencher em um átomo neutro lembre-se que o número de prótons é igual
ao número de elétrons em um átomos neutro. Portanto, o número atômico indicará o número de elétrons. No
caso de íons, deve-se adicionar ou remover elétrons à quantidade de elétrons no átomo neutro após a
distribuição do elétrons do átomo na sua forma neutra.
1
Química
Exemplo:
Fe: 1s22s22p63s23p64s23d6
Fe2+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6
Camada 1 ou K = 2;
Camada 2 ou L = 8;
Camada 3 ou M = 18;
Camada 4 ou N = 32;
Camada 5 ou O = 32;
Camada 6 ou P = 18;
Camada 7 ou Q = 8.
Perceba a diferença entre os tipos de preenchimento pelo exemplo do enxofre (S). Em uma das distribuições,
mostram-se os subníveis, enquanto a outra mostra apenas as camadas preenchidas.
Em 1871, Ordem pelas Massas Atômicas, Dimitri Mendeleev (russo) anotou, em fichas, as propriedades de
todos os elementos conhecidos na época, como massa, ponto de fusão, ponto de ebulição etc. As analisou e
percebeu que se organizasse em ordem crescente de massa haveria certa regularidade entre os elementos.
Guardava semelhanças com a classificação atual, mas ainda apresentava problemas: isótopos, ou seja, um
elemento com duas massa distintas, como organizar?
Mendeleev chegou a prever massa e propriedades de elementos ainda não descobertos à época. Anotou um
ponto de interrogação e determinou algumas de suas propriedades. Futuramente foram se confirmando suas
previsões.
2
Química
Em 1913, Ordem de Número Atômico, Moseley (inglês): Após resultado de trabalho de Moseley com raios-X de
cerca de 40 elementos, a tabela foi modificada: passou a ser orientada pelo número atômico dos elementos ao
invés do peso. Ele associou as propriedades dos elementos aos seus números atômicos. E Seabord
acrescentou lantanídeos e actinídeos à tabela.
Tabela atual
Organização
• É feita em linhas e colunas
• As linhas recebem nomes: períodos ou séries.
3
Química
• O período diz quantas camadas um átomo tem, e elementos do mesmo período possuem o mesmo
número de camadas
• Colunas são chamadas de grupos ou famílias
• Elementos de uma mesma coluna irão apresentar a mesma terminação na distribuição eletrônica e terão
propriedades químicas semelhantes. Exemplos: Si e C.
Série dos lantanídeos e actinídeos (elementos de transição interna): são aqueles que terminarão sua
distribuição eletrônica no subnível f.
• Metais são dúcteis e maleáveis, ótimos condutores de eletricidade (em verde na tabela abaixo). Em geral,
apresentam poucos elétrons na camada de valência e tendem a doar seus elétrons para alcançar seus
octetos.
• Ametais tem propriedades distintas das de cima (elementos em amarelo na tabela abaixo). Em geral, têm
muitos elétrons na última camada e tendem a receber elétrons ou compartilhar por ligação covalente
normal ou dativa. Apresentam alta eletronegatividade.
4
Química
• Raio atômico
O raio atômico também pode ser chamado de tamanho do átomo, é a metade da distância entre o núcleo de
dois átomos isótopos. Com isso pode-se dizer que o raio atômico é a distância do núcleo até o seu elétron mais
externo.
Analisando a tabela periódica podemos dizer que o tamanho do raio atômico cresce com o aumento do número
de camadas (crescendo para baixo) e com a diminuição do seu número atômico (crescendo para a esquerda).
Obs.: o raio de um cátion é menor que o raio de seu átomo, e o raio de um ânion é maior que o raio de seu átomo.
Analisando a tabela periódica podemos dizer que a energia de ionização cresce com a diminuição do número
de camadas, pois haverá assim uma menor distância e maior atração entre prótons e elétrons (crescendo para
cima) e com o aumento do seu número atômico (crescendo para a direita).
• Eletronegatividade
É a energia necessária para a entrada de um elétron num átomo isolado. Quanto maior a afinidade eletrônica,
maior é a capacidade do átomo de receber elétron.
Analisando a tabela periódica podemos dizer que a eletronegatividade cresce com a diminuição do período, pois
haverá assim uma menor distância e maior atração entre prótons e elétrons (crescendo para cima) e com o
aumento do seu número atômico (crescendo para a direita).
5
Química
Analisando a tabela periódica podemos dizer que a afinidade eletrônica cresce com a diminuição do período,
pois haverá assim uma menor distância e maior atração entre prótons e elétrons (crescendo para cima) e com
o aumento do seu número atômico (crescendo para a direita).
• Eletropositividade ou caráter metálicoÉ a capacidade que um átomo apresenta de ceder elétrons em uma
ligação química. Está propriedade reflete a capacidade contrária a da eletronegatividade.
Propriedade aperiódicas
São aquelas que de acordo com o aumento do número atômico não possuem regularidade ao longo dos
períodos e grupos da tabela periódica.
Portanto, crescimento é inverso ao número atômico (que é proporcional à massa): para a esquerda e para cima.
6
Química
Exercícios
1. Sendo o subnível 4s1 (com um elétron) o mais energético de um átomo podemos afirmar que:
I. O número total de elétrons deste átomo é igual a 19.
III. Sua configuração eletrônica é 1s2 2s2 2p6 3s2 3d10 4s1
2. Em relação à configuração eletrônica nos níveis e subníveis dos átomos, analise as seguintes afirmativas:
I. Quanto mais distanciado do núcleo se encontrar o elétron, maior será o seu conteúdo energético.
II. A terceira e quarta camadas admitem, no máximo, 18 elétrons e 32 elétrons, respectivamente.
III. A primeira camada é a menos energética e pode ter, no máximo, 8 elétrons.
a) I apenas.
b) II apenas.
c) III apenas.
d) I e II apenas.
e) II e III apenas.
3. Durante uma prova de Química, um aluno do 2° grau deveria citar características do elemento químico
flúor. Esse aluno tinha como fonte de consulta apenas uma tabela periódica. Assinale a alternativa que
contém uma característica que ele não poderia ter retirado de sua fonte.
a) Possui 7 elétrons na camada de valência.
b) Possui o número atômico igual a 9.
c) Possui alta eletronegatividade.
d) Possui alta viscosidade.
e) Pertence a família 7A.
7
Química
a) II e III.
b) II e IV.
c) I, II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV
8
Química
6. Assinale a alternativa que apresenta corretamente os símbolos das espécies que possuem,
respectivamente, as seguintes configurações eletrônicas:
a) Se, Zn, Cℓ
b) Se, Cu, Cℓ
c) As– , Zn, Cℓ
d) As, Cu+ , Cℓ –
e) As, Zn2+, Cℓ –
7. Os implantes dentários estão mais seguros no Brasil e já atendem às normas internacionais de qualidade.
O grande salto de qualidade aconteceu no processo de confecção dos parafusos e pinos de titânio, que
compõem as próteses. Feitas com ligas de titânio, essas próteses são usadas para fixar coroas dentárias,
aparelhos ortodônticos e dentaduras, nos ossos da mandíbula e do maxilar. Jornal do Brasil, outubro
1996. Considerando que o número atômico do titânio é 22, sua configuração eletrônica será:
9
Química
9. Considerando um grupo ou família na Tabela Periódica, podemos afirmar em relação ao raio atômico
que:
a) aumenta com o aumento do número atômico, devido ao aumento do número de camadas.
b) Aumenta à medida que aumenta a eletronegatividade.
c) Não sofre influência da variação do número atômico.
d) Diminui à medida que aumenta o número atômico, devido ao aumento da força de atração do núcleo.
e) Diminui com o aumento do número atômico, devido ao aumento do número de elétrons
10. Na classificação periódica, a energia de ionização e a eletronegatividade (exceto gases nobres) dos
elementos químicos aumenta:
a) das extremidades para o centro, nos períodos.
b) das extremidades para o centro, nas famílias.
c) da direita para a esquerda, nos períodos.
d) de cima para baixo, nas famílias.
e) de baixo para cima, nas famílias.
10
Química
Gabarito
1. D
I. O número total de elétrons deste átomo é igual a 19. Verdadeiro. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1
II. Este átomo apresenta 4 camadas eletrônicas. Verdadeiro. K = 2, L = 8, M = 8, N =1
III. Sua configuração eletrônica é 1s2 2s2 2p6 3s2 3d10 4s1 - Falso.
A sua distribuição é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1
2. D
I. Quanto mais distanciado do núcleo se encontrar o elétron, maior será o seu conteúdo energético.
Verdadeiro. Quanto mais distante o elétron estiver do núcleo, menor a força de atração e maior é a sua
energia total.
II. A terceira e quarta camadas admitem, no máximo, 18 elétrons e 32 elétrons, respectivamente.
Verdadeiro.
III. A primeira camada é a menos energética e pode ter, no máximo, 8 elétrons. Falso. A primeira camada
é a menos energética e contém no máximo 2 elétrons
3. D
A viscosidade não está relacionada com as propriedades periódicas
4. D
I. A primeira energia de ionização é a energia necessária para remover um elétron de um átomo neutro
no estado gasoso. Verdadeiro.
II. A primeira energia de ionização do sódio é maior do que a do magnésio. Falso. Sódio e magnésio estão
localizados no mesmo período, sendo assim, o magnésio que apresenta o maior número atômico
(maior nº de prótons no núcleo) apresenta maior energia de ionização.
III. Nos períodos da tabela periódica, o raio atômico, sempre cresce com o número atômico. Falso. Nos
períodos, o raio atômico, aumenta com a diminuição do número atômico.
IV. A segunda energia de ionização de qualquer átomo é sempre maior que a primeira. Verdadeiro.
5. D
11
Química
6. B
I. Se → [Ar] 4s2 3d10 4p4
II. Cu → [Ar] 4s1 3d10
III. Cℓ → [Ne] 3s2 3p5
7. D
Para Z = 22 temos: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2
8. E
A energia de ionização aumenta nas famílias de baixo para cima, sendo assim, o sódio apresenta energia
de ionização maior do que o potássio
9. A
O raio atômico aumenta nas famílias de cima para baixo de acordo com o aumento do número de camadas
ao redor do núcleo, e da direita para a esquerda nos períodos, em função da diminuição do número de
prótons do núcleo, que diminui a força de atração que o núcleo exerce sobre os seus elétrons, aumentando
o tamanho do átomo
10. E
Na classificação periódica, a energia de ionização e a eletronegatividade (exceto gases nobres) dos
elementos químicos aumenta de baixo para cima nas famílias e da esquerda para a direita nos períodos.
12
Química
Resumo
Teoria do Octeto
Os átomos não ficam ‘sozinhos’ na natureza, mas ligados, porque não são estáveis. Tal instabilidade, com
exceção de um grupo de elementos, é fruto da configuração eletrônica incompleta da maioria dos elementos
químicos.
É uma observação da natureza que os chamados gases nobres não costumam se ligar a outros elementos.
Eles ‘preferem’ ficar ‘sozinhos’ ou seja, são encontrados não ligados, na forma de Ne, Xe, He. Tais elementos
apresentam suas últimas camadas, as de valência, completas, com oito elétrons. Associou-se, portanto, a
completude da última camada à estabilidade dos átomos.
Conectando-se os pontos, chegamos ao comportamento geral, com exceções, dos elementos na natureza. Eles
tendem a se ligar para completar suas camadas de valência. Em geral, tendem a atingir oito elétrons na última
camada. Eis a teoria do octeto.
Obs. É válido ressaltar que H, He, Li, Be e B, se estabilizam com 2 elétrons na última camada.
Exemplos:
Na e Cl
1
Química
Para completar o octeto, o melhor para o sódio seria perder um elétron. O cloro, idealmente, ganharia um elétron
para completar seu octeto.
Mg e F
Para cada magnésio, precisa-se de dois átomos de flúor para todos terem seus octetos completos.
A partir dos íons formadores, o valor numérico do nox do cátion, em módulo, se torna o índice do ânion e o
mesmo acontece com o nox do ânion, que vira índice do cátion. É mais fácil ver pelos exemplos abaixo. Tente
perceber a regra.
Ligação metálica
Ocorre entre metais: Na e Na; Fe e Fe; Al e Al; ligas metálicas de Cu e Au
Em materiais com este tipo de ligação, os elétrons se movem livremente (“mar de elétrons”) pelos átomos de
metal da estrutura. Este é o motivo da alta condutividade dos metais e da sua aplicabilidade em circuitos
elétricos.
Propriedades dos metais: Pontos de fusão e ebulição elevados, com exceção do mercúrio. Bons condutores
térmicos e de eletricidade nos estados sólido e líquido, maleáveis e possuem brilho.
Ligas metálicas são formadas por dois ou mais metais ou um metal com um ametal em quantidade pequena.
Aço: Fe e C
Aço inox: Fe + C + Ni + Cr
Bronze: Cu + Sn
Latão: Cu + Zn
Ouro: Au + Ag ou Au + Cu
2
Química
Ligação covalente
Esse tipo de ligação se dá por compartilhamento de um par de elétrons, sendo um elétron de cada átomo. Há
formação de moléculas, logo, esta ligação é também chamada de molecular. Ele acontece entre ametais ou
entre o hidrogênio e um ametal, e entre hidrogênios. A diferença das eletronegatividades dos átomos envolvidos
é menor que 1,7.
Observação1: Quando a diferença das eletronegatividades dos átomos envolvidos for igual a zero (∆en = 0),
dizemos que a ligação tem caráter apolar e quando a diferença das eletronegatividades for diferente de zero
(∆en ≠ 0), dizemos que o caráter da ligação é polar.
Exemplo:
O2
Eletronegatividade: O = 3,5
NH3
Observação2: Nos últimos anos usamos chamamos de ligação covalente dativa ou coordenada a ligação que
ocorre entre um átomo que atinge a estabilidade eletrônica e outro que ainda necessita de dois elétrons para
completar sua camada eletrônica. Podemos representar esses pares de elétrons por uma seta.
Exemplo:
3
Química
PSIU!!
Embora a diferença de eletronegatividades seja maior que 1,7, no caso do BF 3 a ligação não é iônica, pois trata-
se da ligação entre ametais; portanto, ligação covalente polar.
4
Química
Exercícios
2. Em uma ligação química em que há grande diferença de eletronegatividade entre os átomos, irá ocorrer
formação de compostos:
a) moleculares.
b) de baixo ponto de fusão.
c) não-condutores de corrente elétrica, quando fundido.
d) insolúveis na água.
e) que apresentam retículo cristalino.
5
Química
4. A melhor maneira de inferir sobre o tipo de ligação química predominante em uma determinada
substância é analisar algumas de suas propriedades físicas. Em relação às propriedades das
substâncias, é INCORRETO afirmar que:
a) os compostos iônicos conduzem a corrente elétrica no estado líquido, mas os compostos
covalentes moleculares geralmente são maus condutores de corrente elétrica nesse estado.
b) na temperatura de 25°C e 1 atmosfera de pressão, todos os compostos iônicos são sólidos,
enquanto os compostos que apresentam ligações covalentes podem ser sólidos, líquidos ou
gasosos.
c) os compostos com ligações metálicas são bons condutores de calor e eletricidade.
d) os pontos de ebulição são altos para todos os compostos iônicos e metálicos e baixos para todos
os compostos covalentes.
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV
6. Quantos átomos de cloro se combinam com um átomo de qualquer elemento da família IIA da Tabela
Periódica?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
6
Química
b) A2B e iônico.
c) AB e iônico.
d) AB3 e iônico.
e) AB4 e iônico
8. As substâncias etano (C2H6), bromo (Br2), água (H2O) e cloreto de magnésio (MgCℓ2) apresentam seus
átomos unidos, respectivamente, através de ligações:
a) covalentes, covalentes, covalentes e iônicas.
b) covalentes, iônicas, covalentes e iônicas.
c) metálicas, iônicas, iônicas e metálicas.
d) covalentes, covalentes, iônicas e iônicas.
e) covalentes, covalentes, iônicas e metálicas.
9. Os compostos SiH4, PH3, CS2 e SO3 possuem uma característica em comum. Assinale a opção que
identifica esta característica.
a) brilho metálico.
b) elevado ponto de ebulição.
c) capacidade de conduzir eletricidade.
d) elevada dureza.
e) baixo ponto de fusão
10. Um átomo possui a seguinte distribuição eletrônica: {Ar} 3d10 4s2 4p5. Esse átomo, ao se ligar a outros
átomos não metálicos, é capaz de realizar:
a) somente uma covalência normal.
b) somente duas covalências normais.
c) uma covalência normal e no máximo uma dativa.
d) duas covalências normais e no máximo duas dativas.
e) uma covalência normal e no máximo três dativas.
7
Química
Gabarito
1. B
X: família IIA, carga = +2, Z: família VIA, carga = -2, com isso ficamos com: [X2+Z2- ]→ XZ (composto iônico).
2. E
Em uma ligação química em que há grande diferença de eletronegatividade entre os átomos, irá ocorrer
formação de compostos que apresentam retículo cristalino
3. B
Substância X → composto iônico (alto PF, conduz eletricidade fundido)
Substância Y → composto molecular (baixo PF, não conduz eletricidade)
4. D
Compostos iônicos são sólidos que possuem altos ponto de fusão e ebulição, conduzem eletricidade em
solução aquosa e fundidos.
Compostos moleculares são moléculas simples, com baixo peso molecular, que podem ser sólidos, líquidos
ou gasosos à temperatura ambiente, possuem baixo pontos de fusão e ebulição, não conduzem eletricidade.
Compostos covalentes são macromoléculas com alto peso molecular, sólidos à temperatura ambiente,
possuem alto ponto de fusão e ebulição e não conduzem eletricidade.
Compostos metálicos são sólidos à temperatura ambiente que possuem altos pontos de fusão e ebulição,
conduzem eletricidade no estado sólido devido a presença dos elétrons livres onde os metais encontram-
se inseridos.
5. B
Compostos iônicos são sólidos cristalinos à temperatura ambiente, com altos pontos de fusão e ebulição,
conduzem eletricidade em solução aquosa e puros fundidos.
6. B
M: família IIA, carga = +2, Cℓ: família VIIA, carga = -1, com isso ficamos com: [M2+Cℓ-1 ], MCℓ2 → ligação
iônica, onde M = metal e Cℓ = ametal.
7. C
56A: família IIA, carga = +2, 34B: família VIA, carga = -2, com isso ficamos com: [A2+B-2 ], AB →ligação iônica,
onde A = metal e B = ametal.
8. A
C2H6 → ligação covalente (H + ametal)
Br2 → ligação covalente (ametal + ametal)
H2O → ligação covalente (H + ametal)
MgCℓ2 → ligação iônica (metal + ametal)
9. E
Os compostos indicados são moleculares que possuem características tais como: sólidos, líquidos ou
gasosos, baixo PF e PE, não conduzem eletricidade.
8
Química
10. D
O elétron que fica sozinho na última camada pode fazer uma ligação simples e os outros três pares de
elétrons podem realizar ligações dativas
9
Redação
Resumo
As Etapas de Preparação
É preciso ressaltar, antes de tudo, que a primeira etapa talvez seja a mais importante de todas. Isso
porque, se o candidato não tiver conseguido apreender na totalidade aquilo que a banca colocou em
discussão, sempre será aplicado algum tipo de penalidade. Essa “falha” do vestibulando é o que chamamos
de fuga ao tema. A fuga pode ser total ou parcial: no primeiro caso, a redação é anulada pela banca (como
corrigir um texto que não versa sobre o que foi pedido? Como compará-lo com os demais?) e, obviamente, a
nota correspondente é zero; no segundo caso, as possibilidades de erro são inúmeras, com as penalizações
variando na mesma medida.
Para que esse tipo de problema não ocorra, é preciso que nos atenhamos a aspectos extremamente
importantes, abaixo discriminados.
1
Redação
1) Dê atenção total a cada uma das palavras que compõem o tema. A banca teve cerca de um ano para
pensar na proposta e, se aquelas palavras foram utilizadas, cada uma delas desempenha uma função
específica dentro do contexto. Para que a apreensão dos sentidos da proposta seja completa –
impedindo que ocorra fuga ao tema – esses sentidos específicos devem ser inter-relacionados para
a composição do todo.
2) Muito cuidado para não confundir tema e assunto. A falta de distinção pode levar o aluno a uma falha
bastante grave. O assunto pode ser uma referência genérica ou um fato específico; o que o diferencia
do tema é que este último é uma discussão direcionada, construída a partir do assunto escolhido.
Para maior entendimento, observe os exemplos abaixo:
Em ambos os exemplos, fica clara a distinção entre tema e assunto. No primeiro, o assunto vem com
uma referência genérica (educação dos surdos), enquanto o tema traz uma discussão mais direcionada, um
recorte em que se questionam os desafios na formação educacional dos surdos, delimitando o Brasil como
o espaço de análise. No segundo, os casos de intolerância religiosa divulgados em 2016 é o assunto usado
como pretexto para trazer à tona a verdadeira discussão: os caminhos para combater, nos dias de hoje, a
intolerância religiosa no Brasil.
Em síntese, nesta etapa você deve elencar em uma folha de ‘rascunho’ toda e qualquer referência que
sobrevier acerca do tema abordado. É o que chamamos de brainstorm – tempestade cerebral. Esse trabalho
possui dupla função: primeiro, impedir que uma boa ideia seja esquecida no momento de escritura do texto;
segundo, permitir ao candidato que suas referências sobre o tema sejam mais bem visualizadas e, com isso,
a organização das mesmas possa ser mais eficiente.
Neste momento, você já “passou para o papel” todo o seu conhecimento sobre a proposta de tema.
Como você está bem preparado, as referências são muitas e é praticamente impossível que todas elas façam
parte do texto final, sob pena de este tornar-se muito superficial. Por isso, deve-se proceder à seleção das
melhores ideias, organizadas e associadas entre si, de modo a que a máxima coerência possível seja obtida.
2
Redação
Trata-se do último momento pré-textual. Depois de todo o processo anterior, você já deve ter
percebido que alguns “parágrafos” começam a se definir. Agora, é necessário preparar as linhas gerais da
introdução, a ordem mais adequada para os parágrafos argumentativos que vão compor o desenvolvimento
e o encaminhamento da conclusão.
Somente depois de observadas essas quatro etapas é que o candidato deverá começar a escrever.
Lembre-se: quanto mais tempo for investido no planejamento do texto, menos tempo será gasto na escritura
propriamente dita. Isso porque um texto bem planejado “flui” muito mais do que aquele feito “na hora” - em
que o aluno acaba “empacando” inúmeras vezes.
Nos meios acadêmico e literário, fala-se muito do processo de “deixar o texto dormir” ou “colocar o
texto para descansar”. Em poucas palavras, isso significa que devemos, em certo momento, deixar a nossa
produção de lado por um instante, a fim de avaliá-la com certo distanciamento, certa frieza, facilitando a
identificação de erros.
Na redação do vestibular, essa estratégia é bem interessante, uma vez que o aluno, depois de tanto
ler o mesmo texto pronto, não percebe muitos defeitos na argumentação e na própria forma (letras “comidas”,
pontuações equivocadas, palavras repetidas, etc).
O processo é simples: o candidato pode finalizar a etapa de rascunho, deixar o texto de lado e se
dedicar a certo número de questões da prova. Depois de algum tempo, pode, por fim, voltar ao texto e, com
certeza, perceberá os problemas antes escondidos e deixará a redação mais “polida”. Experimente fazer isso.
3
Redação
Exercícios
Levando em consideração as etapas aprendidas, como se estivesse em uma prova de vestibular, produza
um planejamento de texto de acordo com os seguintes temas:
Tema 1
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado, apresentando proposta de
conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Liberdade Sem Fio
A ONU acaba de declarar o acesso à rede um direito fundamental do ser humano – assim como
saúde, moradia e educação. No mundo todo, pessoas começam a abrir seus sinais privados de wi-fi,
organizações e governos se mobilizam para expandir a rede para espaços públicos e regiões onde ela ainda
não chega, com acesso livre e gratuito.
ROSA, G.; SANTOS, P. Galileu. Nº 240, jul. 2011 (fragmento).
TEXTO II
A internet tem ouvidos e memória
Uma pesquisa da consultoria Forrester Research revela que, nos Estados Unidos, a população já
passou mais tempo conectada à internet do que em frente à televisão. Os hábitos estão mudando. No
Brasil, as pessoas já gastam cerca de 20% de seu tempo on-line em redes sociais. A grande maioria dos
internautas (72%, de acordo com o Ibope Mídia) pretende criar, acessar e manter um perfil em rede. “Faz
parte da própria socialização do indivíduo do século XXI estar numa rede social. Não estar equivale a não ter
uma identidade ou um número de telefone no passado”, acredita Alessandro Barbosa Lima, CEO da eLife,
empresa de monitoração e análise de mídias.
As redes sociais são ótimas para disseminar ideias, tornar alguém popular e também arruinar
reputações. Um dos maiores desafios dos usuários de internet é saber ponderar o que se publica nela.
Especialistas recomendam que não se deve publicar o que não se fala em público, pois a internet é um
ambiente social e, ao contrário do que se pensa, a rede não acoberta anonimato, uma vez que mesmo quem
se esconde atrás de um pseudônimo pode ser rastreado e identificado. Aqueles que, por impulso, se
exaltam e cometem gafes podem pagar caro.
Disponível em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 30 jun. 2011 (adaptado).
4
Redação
TEXTO III
Tema 2
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o
tema Publicidade infantil em questão no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
A aprovação, em abril de 2014, de uma resolução que considera abusiva a publicidade infantil,
emitida pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), deu início a um
verdadeiro cabo de guerra envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores interessados na
continuidade das propagandas dirigidas a esse público.
Elogiada por pais, ativistas e entidades, a resolução estabelece como abusiva toda propaganda
dirigida à criança que tem “a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço” e que
utilize aspectos como desenhos animados, bonecos, linguagem infantil, trilhas sonoras com temas infantis,
oferta de prêmios, brindes ou artigos colecionáveis que tenham apelo às crianças.
Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação prática da resolução. E associações de
anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de licenciamento e fabricantes de produtos infantis criticam
a medida e dizem não reconhecer a legitimidade constitucional do Conanda para legislar sobre publicidade
e para impor a resolução tanto às famílias quanto ao mercado publicitário. Além disso, defendem que a
autorregulamentação pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) já seria uma
forma de controlar e evitar abusos.
IDOETA, P. A.; BARBA, M. D. A publicidade infantil deve ser proibida? Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 23 maio 2014
(adaptado).
5
Redação
TEXTO II
TEXTO III
Precisamos preparar a criança, desde pequena, para receber as informações do mundo exterior, para
compreender o que está por trás da divulgação de produtos. Só assim ela se tornará o consumidor do
futuro, aquele capaz de saber o que, como e por que comprar, ciente de suas reais necessidades e
consciente de suas responsabilidades consigo mesma e com o mundo.
SILVA, A. M. D.; VASCONCELOS, L. R. A criança e o marketing: informações essenciais para proteger as crianças dos apelos do
marketing infantil. São Paulo: Summus, 2012 (adaptado).
6
Redação
Como se você estivesse em uma prova, produza planejamentos textuais para cada um dos temas abaixo,
levando em consideração todas as suas etapas.
TEXTO I
CAPÍTULO IV
DO DIREITO À EDUCAÇÃO
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional
inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo
desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo
suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar
educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência,
negligência e discriminação.
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar,
acompanhar e avaliar: [...]
IV – oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua
portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas; [...]
XII – oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de
forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação.
BRASIL Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 9 jun. 2017 (fragmento).
TEXTO IV
No Brasil, os surdos só começaram a ter acesso à educação durante o Império, no governo de Dom
Pedro II, que criou a primeira escola de educação de meninos surdos, em 26 de setembro de 1857, na antiga
capital do País, o Rio de Janeiro. Hoje, no lugar da escola funciona o Instituto Nacional de Educação de
Surdos (Ines). Por isso, a data foi escolhida como Dia do Surdo.
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Redação
Contudo, foi somente em 2001, por meio da sanção da Lei nº 10.436, que a Língua Portuguesa de
Sinais (Libras) foi reconhecida como segunda língua oficial no País. A legislação determinou também que
devem ser garantidas, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços
públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Libras como meio de comunicação
objetiva.
Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 9 jun. 2017 (adaptado).
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo da sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre
o tema “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para a defesa de seu ponto de vista.
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Redação
Gabarito
2. Tema 1: Por meio da leitura da frase-tema é possível perceber o recorte feito pela banca. O assunto é
sobre a internet, mas o tema pede que seja analisado os limites entre o que é público e o que é privado
em uma local (redes sociais), por meio da internet onde tudo se torna público e questiona o aluno a pensar
se existe privacidade nesse meio, em pleno século XXI (recorte temporal).
Tema 2: O segundo exemplo apresenta como assunto a publicidade infantil e o tema possui apenas o
recorte no cenário brasileiro. Dessa forma, o aluno deveria, com auxílio da coletânea de textos, identificar
um caminho a ser seguido. No primeiro texto da coletânea, fala-se sobre as publicidades persuasivas
direcionadas às crianças que são consideradas abusivas. O texto II apresenta um gráfico sobre a
publicidade para as crianças no mundo e informa que no Brasil há uma autorregulamentação, pois como
não há leis nacionais, o setor cria normas e faz acordos com o governo. Já no texto III, aborda sobre como
a criança deve ser preparada para receber informações para poder tornar-se um consumidor no futuro.
Levando em consideração as informações analisadas, deveria ser pensado sobre como o Brasil não
possui leis para a publicidade infantil e a propagandas abusivas que visam persuadir os seus leitores
(crianças).
3. Tema 1: todas as pessoas estão conectadas no século xxi; ativos em redes sociais (twitter, facebook,
instagram); excesso de exposição; falta de privacidade.
Tema 2: excesso de publicidades infantis persuasivas em mídias (TV, internet); comerciais de produtos
infantis com referência à personagens infantis; restaurantes fast-foods com brinquedos; falta de leis que
regulamentem a publicidade para crianças no Brasil.
4. Tema 1: a internet tem se tornado cada vez mais presente na vida das pessoas; o tempo gasto conectado
é maior do que outras atividades; não há mais limites entre o que é privado e público na internet; alta
exposição.
Tema 2: falta de regulamentação das publicidades infantis, excesso de publicidade voltada para as
crianças.
5. Tema 1: Introdução – a internet tem se tornado cada vez mais presente na vida das pessoas;
Argumento 1 – o tempo gasto conectado é maior do que outras atividades;
Argumento 2 – não há limites entre o que é público e o privado devido à alta exposição na internet;
Solução – promoção de campanhas publicitárias que incentivem a diminuição do tempo gasto na internet
com o objetivo de promover também a reflexão sobre a exposição excessiva na rede.
Tema 2: Introdução – existem, hoje, muitas propagandas voltadas ao público infantil seja de alimentos à
brinquedos.
Argumento 1 – não há regulamentação de leis sobre as publicidades direcionadas às crianças;
Argumento 2 – devido à falta de maturidade, as crianças não conseguem bloquear a persuasão feita pelas
publicidades.
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Redação
Solução – o governo deve criar uma lei efetiva e é papel da família promover o senso crítico da criança
como futuro consumidor.
7. A frase-tema apresentada faz um recorte para que seja abordado os desafios que os surdos enfrentam
na formação educacional e apresentando o Brasil como o espaço de análise acerca desse problema.
8. O texto I é um fragmento da Lei nº 13.146 que aborda os direitos à educação. Nela é previsto que a
educação é um direito da pessoa com deficiência assegurado em um sistema inclusivo sendo dever do
Estado, da família e da comunidade escolar assegurar educação de qualidade a eles. Além disso, deve-
se garantir educação bilíngue, em Libras como primeira língua; oferta de ensino do Sistema Braille e uso
de recursos de tecnologia com o objetivo de promover a autonomia e participação dos alunos.
9. De acordo com o gráfico apresentado no texto II, desde o ano de 2011 há uma queda no número de
matrícula de surdos na Educação Básica tanto em classes comuns, quanto em classes especiais ou em
escolas inclusivas.
10. A publicidade do texto III apresenta a informação que um homem surdo possui pós-graduação, ou seja,
conseguiu uma continuidade em sua formação, entretanto, questiona se nas empresas há espaço para
pessoas com deficiência (PCD).
11. No texto IV é apresentado informações sobre o percurso percorrido ao longo dos anos pelos surdos.
Apresenta o dia 26 de setembro como Dia do Surdo, visto que, em 1857, essa data foi importante pela
criação da primeira escola de educação de meninos surdos, hoje, atual Instituto Nacional de Educação
de Surdos (Ines), além de apresentar que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a segunda língua oficial
do país desde 2012.
12. Constituição - liberdade e igualdade; Princípio de Equidade de Aristóteles; uma escola específica para
surdos no RJ - Ines; licenciatura - disciplina de libras obrigatória; poucas escolas oferecem Libras como
disciplina aos alunos do Ensino Fundamental; Paulo Freire – escola como instituição integradora e crítica
aos estudantes.
13. Liberdade e igualdade não são aplicadas na prática; o futuro professor precisa saber Libras, mas não
adianta somente o professor se os alunos não forem bilíngues também; poucas escolas especializadas
no ensino de alunos surdos além de serem restritas à região metropolitana; falta de oportunidades para
continuar a formação acadêmica.
14. Introdução: Pilares da democracia (liberdade e igualdade) + as máximas não são aplicadas;
Argumento 1: Obstáculo na formação dos profissionais especializados.
Argumento 2: Barreiras na inclusão dos surdos no ambiente escolar.
Solução: Ensino de LIBRAS obrigatório desde o EFII e capacitação e formação contínua aos profissionais
da educação.
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Filosofia/Sociolgia
Auguste Comte
Resumo
O filósofo francês Augusto Comte (1798 – 1857) é considerado um dos fundadores da Sociologia e o
pai de uma corrente de pensamento denominada de positivismo. Essa corrente de pensamento defendia, em
grande medida, a aplicação de métodos científicos baseados na experimentação como única forma de
proporcionar um conhecimento verdadeiro sobre a sociedade. Assim, Comte se esforça por delimitar o
campo de estudo da Sociologia, tendo sido influenciado profundamente por acontecimentos históricos de
sua época, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial.
Comte foi uma grande influência no pensamento do século XIX, influenciando o trabalho de pensadores
sociais como Karl Marx, John Stuart Mill e George Eliot. Seu conceito de sociologia e evolucionismo social
deu o tom para os primeiros teóricos sociais e antropólogos, como Harriet Martineau e Herbert Spencer,
evoluindo para a moderna sociologia acadêmica apresentada por Émile Durkheim como pesquisa social
prática e objetiva.
Em linhas gerais, O positivismo como corrente de pensamento defendia que a ciência era o único
conhecimento útil a ser buscado pela humanidade, ou seja, que o caminho do progresso dependia
necessariamente da aplicação da metodologia científica. Nesse sentido, os fenômenos sociais também
deveriam ser analisados, segundo Comte, a partir dos métodos rigorosos da ciência. Assim, teve surgimento
a Sociologia com estudo científico acerca das sociedades.
Comte observou esse processo de formação dos grandes centros urbanos, podendo refletir sobre
fenômenos sociais absolutamente novos que surgiram em razão das modificações ocorridas na sociedade
europeia da época. De acordo com a teoria de Comte, o estudo da sociedade deve ser tão rigoroso quanto,
por exemplo, o estudo empreendido pelas ciências naturais. Assim, a ciência da sociedade deve ser rigorosa,
baseando-se sempre na experimentação a fim de explicar corretamente os fenômenos sociais.
Comte defende que a história do pensamento humano progredia em estágios. O espírito humano, então,
desenvolve-se através de três fases principais, a saber: a teológica, a metafísica e a positiva. No estágio
teológico, o espírito humano ainda está muito mais voltado para crenças do que propriamente para o uso da
ciência como forma de construção do conhecimento.
A fase teológica, então, está relacionada com uma tentativa de explicação do mundo a partir da
imaginação, apelando comumente para deuses e entes sobrenaturais a fim de explicar a realidade.
A fase metafísica, exemplificada pelo período histórico do Renascimento, está relacionada com uma
explicação da realidade não em termos imaginativos, como na fase teológica, mas em termos naturais. No
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Filosofia/Sociolgia
lugar da imaginação, surge a argumentação metafísica, que questiona as explicações que se baseiam em
entes sobrenaturais.
Já o estado positivo, é marcado pela observação como forma de entendimento da realidade, o que
ocorre através da experimentação própria do método científico.
Essa estrutura de pensamento de Comte foi denominada Lei dos três estados. Ela compõe a base onde
está assentada o edifício filosófico, científico e político do positivismo A Lei dos Três Estados é o fundamento
da obra de Comte, aplicando-se aos vários âmbitos da existência humana, desde as belas-artes até a política,
passando pelas ciências e pela economia. O enunciado da lei dos três estados é o seguinte: "Cada
entendimento oferece uma única a sucessão dos três estados, fictício, abstrato e positivo, em relação às
nossas concepções quaisquer, mas com uma velocidade proporcional à generalidade dos fenômenos
correspondentes".
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Filosofia/Sociolgia
Exercícios
2. (UEM - 2011) - O evolucionismo social do século XIX teve um papel fundamental na constituição da
sociologia como ramo científico. Sobre essa corrente de pensamento, que reunia autores como
Augusto Comte e Herbert Spencer, assinale o que for correto.
a) O evolucionismo define que as estruturas, naturais ou sociais, passam por processo de
diferenciação e integração que levam ao seu aprimoramento.
b) O evolucionismo propõe que a evolução das sociedades ocorre em estágios sucessivos de
racionalização.
c) O evolucionismo considera o Estado Militar como a forma mais evoluída de organização social,
fundamentada na cooperação interna e obrigatória.
d) O evolucionismo rejeita o modelo político e econômico liberal, baseado na livre iniciativa e no
laissez-faire, considerando-o uma orientação contrária à evolução social.
e) O evolucionismo defende a unidade biológica e cognitiva da espécie humana, independente de
variações particulares.
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Filosofia/Sociolgia
Com base nos conhecimentos sobre o surgimento da Sociologia, assinale a alternativa que apresenta,
corretamente, a relação entre conhecimento sociológico de Auguste Comte e as ideias iluministas.
a) A ideia de desenvolvimento pela revolução social foi defendida pelo Iluminismo, que influenciou o
Positivismo.
b) A crença na razão como promotora do progresso da sociedade foi compartilhada pelo Iluminismo
e pelo Positivismo.
c) O Iluminismo forneceu os princípios e as bases teóricas da luta de classes para a formulação do
Positivismo.
d) O reconhecimento da validade do conhecimento teológico para explicar a realidade social é um
ponto comum entre o Iluminismo e o Positivismo.
e) Os limites e as contradições do progresso para a liberdade humana foram apontados pelo
Iluminismo e aceitos pelo Positivismo.
4. O positivismo foi uma das grandes correntes de pensamento social, destacando-se, entre seus
principais teóricos, Augusto Comte e Émile Durkheim.
Sobre a concepção de conhecimento científico, presente no positivismo do século XIX, é correto
afirmar:
a) A busca de leis universais só pode ser empreendida no interior das ciências naturais, razão pela
qual o conhecimento sobre o mundo dos homens não é científico.
b) Os fatos sociais fogem à possibilidade de constituírem objeto do conhecimento científico, haja
vista sua incompatibilidade com os princípios gerais de objetividade do conhecimento e a
neutralidade científica.
c) Apreender a sociedade como um grande organismo, a exemplo do que fazia o materialismo
histórico, é rejeitado como fonte de influência e orientação para as investigações empreendidas
no âmbito das ciências sociais.
d) A ciência social tem como função organizar e racionalizar a vida coletiva, o que demanda a
necessidade de entender suas regras de funcionamento e suas instituições forjadas
historicamente.
e) O papel do cientista social é intervir na construção do objeto, aportando à compreensão da
sociedade os valores por ele assimilados durante o processo de socialização obtido no seio
familiar.
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Filosofia/Sociolgia
5. A sociologia surge em um período em que o fazer científico encontrava-se influenciado por algumas
teses desenvolvidas durante o século XIX. Herbert Spencer, Charles Darwin e Auguste Comte, por
exemplo, tiveram grande importância para o pensamento sociológico. O primeiro, por aplicar às
ciências humanas o evolucionismo, mesmo antes das teses revolucionárias sobre a seleção das
espécies do segundo. Com relação a Comte, houve a influência de seu “espírito positivo” na formação
dos muitos intelectuais do período.
Sobre as ideias de evolução e progresso e seu impacto no pensamento sociológico, podemos afirmar
que:
a) A ideia de progresso, apesar de ter grande influência na área das ciências naturais, não teve
impacto decisivo na constituição da sociologia.
b) A ideia de evolução foi uma das palavras de ordem do período, mas a sociologia rejeitou a sua
adoção, assim como qualquer comparação entre seus efeitos no reino natural e no mundo social.
c) A explicação sociológica procurou, desde o seu início, afastar-se de qualquer forma de
determinismos, fossem biológicos ou geográficos, pois se contrapunha fortemente às explicações
de cunho evolucionista.
d) Em sua busca por constituir-se como disciplina, a sociologia passou pela valorização e
incorporação dos métodos das ciências da natureza, utilizando metáforas organicistas, assim
como conferindo ênfase à noção de função.
6. Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx identificam imperfeições na sociedade industrial capitalista,
embora cheguem a conclusões bem diferentes: para o positivismo de Comte, os conflitos entre
trabalhadores e empresários são fenômenos secundários, deficiências, cuja correção é relativamente
fácil, enquanto, para Karl Marx, os conflitos entre proletários e burgueses são o fato mais importante
das sociedades modernas. A respeito das concepções teóricas desses autores, é CORRETO afirmar:
a) Comte pensava que a organização científica da sociedade industrial levaria a atribuir a cada
indivíduo um lugar proporcional à sua capacidade, realizando-se assim a justiça social.
b) Comte considera que a partir do momento em que os homens pensam cientificamente, a atividade
principal das coletividades passa a ser a luta de classes que leva necessariamente à resolução de
todos os conflitos.
c) Marx acredita que a história humana é feita de consensos e implica, por um lado, o antagonismo
entre opressores e oprimidos; por outro lado, tende a uma polarização em dois blocos: burgueses
e proletários.
d) Para Karl Marx, o caráter contraditório do capitalismo manifesta-se no fato de que o crescimento
dos meios de produção se traduz na elevação do nível de vida da maioria dos trabalhadores
embora não elimine as desigualdades sociais.
e) Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx concordam que a sociedade capitalista industrial expressa
a predominância de um tipo de solidariedade, que classificam como orgânica, cujas
características se refletirão diretamente em suas instituições.
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Filosofia/Sociolgia
7. O autor considerado “pai” da sociologia, Augusto Comte, acreditava que a nova ciência das sociedades
deveria igualar-se às demais ciências da natureza que se pautavam pelos fenômenos observáveis e
mensuráveis para que assim fosse possível apreender as regras gerais que regem o mundo social do
indivíduo. Essa perspectiva ideológica é chamada de:
a) Iluminismo.
b) Darwinismo.
c) Dadaísmo.
d) Positivismo.
8. A sociologia nasce no séc. XIX após as revoluções burguesas sob o signo do positivismo elaborado
por Augusto Comte. As características do pensamento comtiano são:
a) a sociedade é regida por leis sociais tal como a natureza é regida por leis naturais; as ciências
humanas devem utilizar os mesmos métodos das ciências naturais e a ciência deve ser neutra.
b) a sociedade humana atravessa três estágios sucessivos de evolução: o metafísico, o empírico e o
teológico, no qual predomina a religião positivista.
c) a sociologia como ciência da sociedade, ao contrário das ciências naturais, não pode ser neutra
porque tanto o sujeito quanto o objeto são sociais e estão envolvidos reciprocamente.
d) o processo de evolução social ocorre por meio da unidade entre ordem e progresso, o que
necessariamente levaria a uma sociedade comunista.
9. A filosofia da História – o primeiro tema da filosofia de Augusto Comte – foi sistematizada pelo próprio
Comte na célebre “Lei dos Três Estados” e tinha o objetivo de mostrar porque o pensamento positivista
deve imperar entre os homens. Sobre a “Lei do Três Estados” formulada por Comte, é correto afirmar
que
a) Augusto Comte demonstra com essa lei que todas as ciências e o espírito humano desenvolvem-
se na seguinte ordem em três fases distintas ao longo da história: a positiva, a teológica e a
metafísica.
b) na “Lei dos Três Estados” a argumentação desempenha um papel de primeiro plano no estado
teológico. O estado teológico, na sua visão, corresponde a uma etapa posterior ao estado positivo.
c) o estado teológico, segundo está formulada na “Lei dos Três Estados”, não tem o poder de tornar
a sociedade mais coesa e nenhum papel na fundamentação da vida moral.
d) o estado positivista apresenta-se na “Lei dos Três Estados” como o momento em que a
observação prevalece sobre a imaginação e a argumentação, e na busca de leis imutáveis nos
fenômenos observáveis.
e) para Comte, o estado metafísico não tem contato com o estado teológico, pois somente o estado
metafísico procura soluções absolutas e universais para os problemas do homem.
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Filosofia/Sociolgia
10. Para Augusto Comte, uma das funções da Sociologia ou Física Social era encontrar leis sociais que
conduzissem o progresso da humanidade. Sobre os estágios do progresso social discutidos pelo autor,
é correto afirmar:
a) O estágio teológico nega a existência de apenas uma explicação divina para os fenômenos
naturais e sociais.
b) O positivismo é o estágio superior do progresso social, porque se sustenta nos métodos
científicos.
c) O estágio mais simples é o mítico, seguido pelo teológico e pelo científico, que é o mais elaborado.
d) O primeiro estágio do conhecimento é o metafísico, em que conceitos abstratos explicam o
mundo.
e) A Europa exemplificava uma sociedade em estado de desenvolvimento teológico.
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Filosofia/Sociolgia
Gabarito
1. B
O autor fundante da sociologia como ciência, apresentando método e pressupostos próprios para o
estudo científico da sociedade, é Durkheim. Por sua vez, suas ideias e maneiras de enxergar a análise
social derivam dos estudos de Auguste Comte e de sua filosofia positiva. São, portanto, esses dois
autores considerados primordiais no primeiro momento do estudo sociológico.
2. B
A alternativa “B” é a correta. O evolucionismo social define que os estágios anteriores de primitivismo
social só são superados mediante a racionalização do mundo e do ser humano, em uma lógica
eurocêntrica que via o restante do mundo como “bárbaros” ou “primitivos”.
3. E
Correta, pois, para Norbert Elias, a sociedade é formada por redes de funções que as pessoas
desempenham umas em relação às outras por meio de sucessivos elos. Elias contrapõe-se, assim, tanto
às teorias que estipulam a superioridade do social sobre o individual quanto às teorias que concebem
que os indivíduos formam livremente uma sociedade. Coloca-se, portanto, contra o estruturalismo e o
individualismo metodológico.
4. D
Alternativa “d”. Comte propunha uma ciência da sociedade, capaz de explicar e compreender todos os
fenômenos sociais da mesma forma que as ciências naturais buscavam interpelar seus objetos de
estudo.
5. D
A afirmativa A está errada. A sociologia surge justamente na busca de soluções para conciliar o
progresso humano (com sua consequente diferenciação) e sua efetiva harmonia social, junção
defendida inclusive pelo positivismo; A afirmativa B também está errada, pois as teorias evolucionistas
foram largamente adotadas nos primórdios da sociologia como meios de explicação de vários
fenômenos sociais; A afirmativa C está errada, pois o determinismo também foi usado para explicar as
ações sociais, especialmente o biológico e o geográfico. As ideias de meio, momento histórico e
antecedentes biológicos do individuo eram elementos definidores das ações destes para os primeiros
sociólogos. Dessa forma, a resposta correta é a letra D.
6. A
A alternativa A está correta. Segundo o pensamento positivista, cada indivíduo tem um papel na
sociedade e deve aceitá-lo para o bem comum. A alternativa B está incorreta, pois mistura conceitos
positivistas e marxistas. Para Comte, o pensamento científico levaria à harmonia e não ao conflito de
classes. A alternativa C está incorreta porque é contraditória (se a história humana é feita de "consensos",
porque há antagonismo e polarização?). Além disso, atribui a Comte pressupostos teóricos de Marx. A
afirmativa D está incorreta porque não há elevação do nível de vida dos trabalhadores no raciocínio
marxista. Eles sempre seriam explorados pelos capitalistas o máximo possível. Por fim, a alternativa E
está incorreta porque Marx não acreditava em uma sociedade capitalista orgânica (na qual as partes se
completam em harmonia), mas sim em uma sociedade baseada no conflito dialético dos meios de
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Filosofia/Sociolgia
produção (desse conflito resultaria uma solução, que daria início a um novo conflito, sempre por motivos
econômico-produtivos).
7. D
A alternativa “D” é a correta. Augusto Comte foi um dos principais autores do positivismo, que entendia
que o verdadeiro conhecimento só era construído por meio da experimentação sensível do objeto de
estudo. A utilização do método científico de mensuração, experimentação e observação tinha por
finalidade estabelecer leis e regras fundamentais para o funcionamento dos fenômenos observados.
8. A
A alternativa [A] é a única que condiz totalmente com o positivismo. Vale ressaltar que, segundo essa
corrente de pensamento, os três estágios são o teológico, o metafísico e o positivo, a sociologia deve ser
neutra e a sociedade não caminha para o comunismo.
9. C
A afirmação correta é a da letra “c”. O estado positivo caracteriza-se, segundo Comte, pela subordinação
da imaginação e da argumentação à observação. Isso quer dizer que o processo de construção do
conhecimento humano ocorre a partir da experimentação própria do método científico.
10. B
Auguste Comte desenvolveu a sua teoria baseada em três estágios: teológico, metafísico e positivo. O
último seria marcado pelo apogeu dos anteriores. Seria sua característica a busca por conexões
regulares através da observação dos fenômenos com o objetivo final de estabelecer leis racionais sobre
eles, tendo como base a perspectiva científica das ciências exatas.
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