Ebook Enem Intensivo Semana 02

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Intensivo ENEM

2019
Semana 02
22 a 26 de Jul
Biologia

Proteínas

Resumo

Proteínas são uma cadeia de aminoácidos formada durante o processo de tradução, que possui a
participação de RNA e ribossomos. Elas podem ser classificadas quanto a sua estrutura em:

• Primário: é uma sequência linear de aminoácidos


• Secundário: é a sequência começando a ganhar forma. Pode ser helicoidal ou pregueado.
• Terciário: é uma estrutura tridimensional na qual já pode desempenhar uma função.
• Quaternário: é a junção de duas ou mais estruturas terciárias.

A temperatura alta ou um pH ácido pode desnaturar uma proteína. Quando uma proteína perde a sua
estrutura, ela também perde a sua função.

As proteínas podem ter diversas funções, como de catalizadores (ex.: enzimas), transporte (ex.:
hemoglobina), estrutura (ex.: colágeno), defesa (ex.: anticorpos) e reguladoras (ex.: hormônios).

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Biologia

Exercícios

1. Além de serem as macromoléculas mais abundantes nas células vivas, as proteínas desempenham
diversas funções estruturais e fisiológicas no metabolismo celular. Com relação a essas substâncias,
é correto afirmar que:

a) são todas constituídas por sequências monoméricas de aminoácidos e monossacarídeos.


b) além de função estrutural, são também as mais importantes moléculas de reserva energética e de
defesa.
c) são formadas pela união de nucleotídeos por meio dos grupamentos amina e hidroxila.
d) cada indivíduo produz as suas proteínas, que são codificadas de acordo com o material genético.
e) a sua estrutura é determinada pela forma, mas não interfere na função ou especificidade.

2. O perigo das febres altas se associa principalmente a inativação das proteínas do sistema nervoso,
podendo ser fatal para o organismo. Nessa condição, e correto afirmar que as proteínas:

a) Rompem as ligações internas entre os lipídios.


b) Ganham átomos que se agregam a sua molécula.
c) Separam os aminoácidos e suas ligações peptídicas.
d) Alteram sua estrutura, prejudicando sua função biológica.
e) Sofrem uma desnaturação que promove sua reestruturação espacial.

3. Analise a figura a seguir que mostra a mudança da estrutura terciária de uma proteína enzimática, pela
modificação das condições às quais ela está exposta.

Disponível em: https://www.puc-rio.br/vestibular/repositorio/provas/2011/download/provas/VEST2011PUCRio_GRUPOS


Esta mudança é chamada de

a) saturação e pode ser causada pela alteração do pH do meio.


b) renaturação e pode ser causada pela alteração da temperatura do meio.
c) saponifização e pode ser causada pela alteração de pH do meio.
d) floculação e pode ser causada pela mudança de densidade do meio.
e) desnaturação e pode ser causada pela alteração de temperatura do meio.

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Biologia

4. Qual o composto biológico que tem como função facilitar e aumentar a velocidade das reações
envolvendo biomoléculas orgânicas nas células?

a) esteroides
b) carboidratos
c) polissacarídios
d) lipídios
e) proteína com função enzimática

5. Proteínas são moléculas essenciais à vida, atuando como enzimas, hormônios, anticorpos, antibióticos
e agentes antitumorais, além de estarem presentes nos cabelos, na lã, na seda, em unhas, carapaças,
chifres e penas dos seres vivos. Em relação às proteínas é correto afirmar que:
a) São biopolímeros constituídos de aminoácidos, que são unidos entre si por meio de ligações
peptídicas.
b) A produção dessas moléculas se dá sem “gasto” de energia pelos organismos, já que os
aminoácidos provêm da alimentação.
c) Todas as proteínas possuem peso molecular idêntico, característica especial dessas moléculas.
d) Apesar da diversidade na constituição e estruturação de seus aminoácidos, essas moléculas
apresentam, no seu conjunto, a mesma velocidade de degradação no meio ambiente.
e) A grande variabilidade biológica dessas moléculas permite sua utilização para fins de identificação
pessoal, da mesma forma e com a mesma precisão que os exames de DNA.

6. Uma molécula de hemoglobina é composta por quatro unidades macromoleculares correspondentes a


duas cadeias alfa e duas cadeias beta. Essas cadeias ligam-se de maneira estável de modo a assumir
a configuração tetraédrica da molécula completa. O arranjo descrito explica a:
a) Estrutura dos coacervados.
b) Estrutura terciária das proteínas.
c) Estrutura quaternária das proteínas.
d) Estrutura secundária das proteínas.
e) Estrutura primária das proteínas.

7. Quanto às proteínas, podemos afirmar corretamente que:

a) Duas proteínas que por hidrólise originam os mesmos aminoácidos, nas mesmas proporções,
podem não ser proteínas iguais.
b) Desnaturação significa ligação entre aminoácidos, e é uma síntese por desidratação.
c) A estrutura terciária de uma proteína determina sua forma, mas não interfere como sua função ou
especificidade.
d) Além da importante função estrutural, as proteínas também são as mais importantes substâncias
de reserva energética e de defesa.
e) O colágeno e a elastina são componentes contráteis das células musculares e deslizam gerando
movimentos.

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Biologia

8. As proteínas, formadas pela união de aminoácidos, são componentes químicos fundamentais na


fisiologia e na estrutura celular dos organismos. Em relação às proteínas, assinale a proposição correta.
a) O colágeno é a proteína menos abundante no corpo humano apresentando forma globular como a
maioria das proteínas.
b) A ligação peptídica entre dois aminoácidos acontece pela reação dos grupos carboxila dos dois
aminoácidos.
c) A ptialina, enzima produzida pelas glândulas salivares, atua na digestão de proteínas.
d) A anemia falciforme, causada por fatores nutricionais, é atribuída ao rompimento das hemácias em
função da desnaturação da molécula protéica de hemoglobina em decorrência do aumento da
temperatura corporal.
e) A insulina, envolvida no metabolismo da glicose, é um exemplo de hormônio proteico.

9. Apesar da carne bovina ser frequente na dieta humana, a proteína bovina não é encontrada em nosso
corpo. Isso ocorre porque:

a) o ser humano não possui enzimas para digerir as proteínas da carne bovina.
b) as vitaminas da carne bovina desnaturam durante o cozimento.
c) a proteína bovina sofre digestão e os aminoácidos liberados são usados na produção de proteínas
humanas.
d) os lipídios presentes na carne bovina impermeabilizam suas proteínas, impedindo a absorção.
e) os aminoácidos presentes na carne bovina são diferentes daqueles usados pelas células humanas.

10. Sobre o alisamento capilar, resolva a questão. A principal proteína constituinte dos cabelos é a
queratina que, quando aquecida, pelas altas temperaturas da chapinha:
a) incorpora novos aminoácidos a molécula, alongando-se.
b) sofre um processo denominado desnaturação, sofrendo alteração na sua estrutura.
c) transforma a forma globular em fibrosa.
d) quebra as pontes de hidrogênio que liga o grupo amina de um aminoácido ao grupo carboxila do
aminoácido seguinte.
e) provoca modificação na sequência dos aminoácidos que a constituem.

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Biologia

Gabarito

1. D
Todas as proteínas são formadas a partir do processo de tradução, que tem a participação do material
genético

2. D
O aumento da temperatura pode desnaturar a proteína, fazendo com que ela perca sua função

3. E
Podemos ver que há uma perda da forma terciária da proteína (desnaturação), que pode ocorrer por
fatores ambientais, como exemplo, aumento da temperatura.

4. E
As proteínas com função enzimática possuem função catalítica, facilitando reações

5. A
As proteínas são moléculas orgânicas formadas pelo sequenciamento de aminoácidos, onde a ligação
peptídica ocorre entre a carboxila de uma molécula e o grupo amina de outra.

6. C
O texto descreve a ligação de macromoléculas de proteínas, ou seja, é uma forma de proteína quaternária.

7. A
Os aminoácidos que compõem uma proteína podem ser os mesmos, porém a ordem que eles se ligam
pode ser diferente, e alterar a forma, o tipo e a função da proteína.

8. E
A insulina, assim como o glucagon, é um tipo de hormônio proteico, cuja função está relacionada à
absorção de glicose pelos tecidos (como o fígado e músculos).

9. C
As proteínas ingeridas precisam sofrer digestão, liberando aminoácidos. Estes aminoácidos que serão
absorvidos e utilizados na produção de proteínas, e não as sequencias deles que foram ingeridas.

10. B
As altas temperaturas da chapinha fazem com que as ligações que mantém a forma secundária da
queratina se rompam, causando o processo de desnaturação.

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Biologia

Dinâmica de populações e relações ecológicas

Resumo

População é o conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que vivem e ocupam uma mesma área ao
mesmo tempo. O tamanho populacional equivale ao número de indivíduos de uma população, enquanto a
densidade populacional pode variar de acordo com as alterações do meio, e é determinada pela seguinte
fórmula:

, onde D = densidade; N = número de indivíduos da população; S = unidade de área ou de volume.


Os principais fatores que modificam esta densidade são a imigração (novos indivíduos chegam na população),
a emigração (os indivíduos saem da população), a natalidade (indivíduos que nascem em uma população) e
mortalidade (número de indivíduos que morre em uma população).
A imigração (I) e a natalidade (N) aumentam a densidade populacional, enquanto a emigração (E) e a
mortalidade (M) diminuem a densidade.

O potencial biótico é a capacidade de uma população para crescer em condições favoráveis, ou seja, é a
capacidade dos seres vivos se multiplicarem através da reprodução. Já a resistência do meio é o conjunto de
fatores que limitam o crescimento populacional, impedindo um crescimento exponencial da população, e
geram como consequências a competição, o parasitismo e o predatismo.

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Biologia

Chamamos de princípio de Gause, ou princípio da exclusão competitiva, quando duas espécies compartilham
o mesmo nicho ecológico, por causa dos recursos limitados, e competem entre si.

As relações ecológicas são as relações dos seres vivos entre si, podendo ser classificadas em:
• Intra-específicas - ocorrem dentro da mesma população (isto é, entre indivíduos da mesma espécie).
• Interespecíficas – ocorrem entre populações diferentes (entre indivíduos de espécies diferentes).
• Harmônicas – relações em que nenhuma das partes têm prejuízo
• Desarmônicas – relações em que pelo menos uma sai prejudicada

Assim, podemos classificar as relações existentes em:


• Harmônicas Intra-específicas
1. Colônia (+;+) – indivíduos são ligados uns aos outros (ex.: coral, caravela)
2. Sociedade (+;+) – indivíduos separados. Há divisão de trabalho (ex.: cupim, formiga)
3. Gregarismo (+;+) – indivíduos separados. Não há divisão de trabalho (ex.: cardume)
• Harmônicas Interespecíficas
1. Protocooperação (+;+) – relação em que ambos saem beneficiados, mas não é obrigatória,
pois ambos conseguem viver separados (ex.: anu e boi)
2. Mutualismo (+;+) – relação em que ambos saem beneficiados e é obrigatória, pois eles não
sobrevivem quando estão separados (ex.: bactéria e boi)
3. Comensalismo (0;+) – uma espécie come os restos alimentares de outros seres (ex.: tubarão
e rêmora)
4. Inquilinismo (0;+) – um indivíduos vive dentro ou sobre outra espécie, sem prejudicar. O
epifitismo é considerado um subtipo de inquilinismo (ex.: bromélia e árvore; peixe agulha e
pepino-do-mar)
5. Foresia (0;+) – uma espécie, geralmente séssil, usa a outra para a locomoção (ex.: carrapicho
e o cachorro)
• Desarmônicas Intra-específicas
1. Canibalismo (+;-) – quando o indivíduo come outro ser da mesma espécie (ex.: louva-deus;
aranha viúva-negra)
2. Competição (-;-) – quando indivíduos da mesma espécie competem por comida, reprodução,
território, abrigo, etc. A competição sempre é negativa, pois traz desgaste a ambos (ex.: leões
por parceiras sexuais)
• Desarmônicas interespecíficas
1. Competição (-;-) – quando indivíduos de espécies diferentes competem por comida,
reprodução, território, abrigo, etc. A competição sempre é negativa, pois traz desgaste a
ambos (ex.: leão e hiena)
2. Predação (+;-) – quando um animal se alimenta de outro, causando sua morte (ex.: leão e
zebra)
3. Parasitismo (+;-) – quando um animal se alimenta de outro, sem causar sua morte (ex.:
lombriga e o homem). Pode ser dividido entre holoparasitismo, quando uma planta usa seiva
bruta de uma planta (ex.: cipó-chumbo e árvore) e hemiparasitismo, quando a planta usa seiva
elaborada de outra planta (ex.: erva-de-passarinho e árvore)
4. Esclavagismo (+;-) – quando uma espécie escraviza a outra (ex.: formiga e pulgão)
5. Amensalismo (0;-) – quando uma espécie libera toxinas que inibem o crescimento e
desenvolvimento de outra (ex.: maré vermelha)

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Biologia

Exercícios

1. O aumento das infestações por cupins em casas e prédios pode ser resultante da ação do homem
sobre o ambiente e das características biológicas desses animais.
A combinação de fatores que melhor explica esse aumento de infestações nas cidades é:
a) facilidade de reprodução e organização dos indivíduos em diferentes castas.
b) eliminação de predadores e maior número de machos reprodutores na colônia.
c) disponibilidade de alimento e facilidade para instalação de novas colônias.
d) presença de numerosos indivíduos operários e maior proteção do ninho.

2. A partir da contagem de indivíduos de uma população experimental de protozoários, durante


determinado tempo, obtiveram-se os pontos e a curva média registrados no gráfico abaixo. Tal gráfico
permite avaliar a capacidade limite do ambiente, ou seja, sua carga biótica máxima. De acordo com o
gráfico:

a) a capacidade limite do ambiente cresceu até o dia 6.


b) a capacidade limite do ambiente foi alcançada somente após o dia 20.
c) a taxa de mortalidade superou a de natalidade até o ponto em que a capacidade limite do ambiente
foi alcançada.
d) a capacidade limite do ambiente aumentou com o aumento da população.
e) o tamanho da população ficou próximo da capacidade limite do ambiente entre os dias 8 e 20.

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Biologia

3. As figuras abaixo mostram o crescimento populacional, ao longo do tempo, de duas espécies de


Paramecium cultivadas isoladamente e em conjunto. Os resultados desse experimento embasaram o
que é conhecido como Princípio de Gause.

Considere o tipo de relação ecológica entre essas duas espécies e indique a afirmação correta.
a) A espécie P. aurelia é predadora de P. caudatum.
b) P. aurelia exclui P. caudatum por competição intraespecífica.
c) P. aurelia e P. caudatum utilizam recursos diferentes.
d) P. aurelia exclui P. caudatum por parasitismo.
e) P. aurelia exclui P. caudatum por competição interespecífica.

4. No estudo da dinâmica das populações naturais, entre os fatores demográficos que regulam o
crescimento populacional podemos citar natalidade, mortalidade, imigração e emigração.
Considerando as associações abaixo:
I. Natalidade + imigração = mortalidade + emigração.
II. Natalidade + imigração > mortalidade + emigração.
III. Natalidade + imigração < mortalidade + emigração.

Assinale a alternativa cuja(s) associação(ões) leva(m) ao crescimento populacional:


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) I e II.
e) I, II e III.

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Biologia

5. Traíras são predadoras naturais dos lambaris. Acompanhou-se, em uma pequena lagoa, a evolução da
densidade populacional dessas duas espécies de peixes. Tais populações, inicialmente em equilíbrio,
sofreram notáveis alterações após o início da pesca predatória da traíra, na mesma lagoa.
Esse fato pode ser observado no gráfico abaixo, em que a curva 1 representa a variação da densidade
populacional da traíra.

A curva que representa a variação da densidade populacional de lambaris é a de número:


a) 2
b) 3
c) 4
d) 5

6. Os vaga-lumes machos e fêmeas emitem sinais luminosos para se atraírem para o acasalamento. O
macho reconhece a fêmea de sua espécie e, atraído por ela, vai ao seu encontro. Porém, existe um tipo
de vaga-lume, o Photuris, cuja fêmea engana e atrai os machos de outro tipo, o Photinus, fingindo ser
desse gênero. Quando o macho Photinus se aproxima da fêmea Photuris, muito maior que ele, é
atacado e devorado por ela.
A relação descrita no texto, entre a fêmea do gênero Photuris e o macho do gênero Photinus, é um
exemplo de:
a) comensalismo.
b) inquilinismo.
c) cooperação.
d) predatismo.
e) mutualismo.

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Biologia

7. As orquídeas e a erva de passarinho são plantas que fazem fotossíntese e vivem sobre outras plantas.
As orquídeas apenas se apóiam sobre as plantas, enquanto a erva de passarinho retira água e sais
minerais das árvores em que vivem.
Assinale a alternativa correta quanto às relações da erva de passarinho e das orquídeas com as plantas
hospedeiras, respectivamente.
a) amensalismo e parasitismo
b) parasitismo e epifitismo
c) parasitismo e predatismo
d) parasitismo e protocoperação
e) protocoperação e epifitismo

8. Os indivíduos de uma comunidade podem estabelecer relações harmônicas e desarmônicas entre


indivíduos da mesma espécie, ou entre indivíduos de espécies diferentes. Essas relações ecológicas
são denominadas relações intra-específicas e interespecíficas, podendo ser exemplificadas,
respectivamente, por:
a) mutualismo e herbivorismo.
b) sociedade e parasitismo.
c) predatismo e colônia.
d) protocoperação e mutualismo.
e) colônia e sociedade.

9. Os líquens são formados pela associação de certas espécies de algas e um fungo. Ambas as espécies
são beneficiadas nessa relação, sendo que uma espécie não é capaz de viver isoladamente naquele
local. Nesse caso, há uma relação chamada de:
a) Comensalismo.
b) Inquilinismo.
c) Mutualismo.
d) Protocooperação.

10. O fungo Penicillium, por causar apodrecimento de laranjas, acarreta prejuízos pós-colheita. Nesse caso,
o controle biológico pode ser feito utilizando-se a levedura Saccharomycopsis, que mata esse fungo,
após perfurar sua parede e absorverseus nutrientes. É CORRETO afirmar que esse tipo de interação é
conhecido como:
a) comensalismo.
b) mutualismo.
c) parasitismo
d) predatismo.

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Biologia

Gabarito

1. C
a disponibilidade de alimento juntamente com a capacidade de sobrevivência em ambientes urbanos
permitem que a população destes animais crescerem.

2. E
entre os dias 8 e 20 a população permaneceu de forma estável, ou seja, a população chegou na
capacidade limite do ambiente.

3. E
o terceiro gráfico mostra que quando cultivadas juntas, a P. aurelia exclui P. caudatum por competição
interespecífica, onde P. aurelia possui elevada densidade, enquanto que P. caudatum tem sua densidade
bastante reduzida.

4. B
com a natalidade e imigração maiores que a mortalidade e emigração, a população vai aumentar ao longo
do tempo, pois se nasce mais que morre e entra mais indivíduos em um dado local do que sai.

5. D
como a população de traíras foi reduzida, a predação exercida sobre a população de lambaris também
foi e isso permitiu um crescimento populacional de lambaris na região.

6. D
Vagalumes do gênero Photuris se alimenta do macho do gênero Photinus, um caso de predação.

7. B
a erva de passarinho é um parasita pois ela retira nutrientes da planta hospedeira. Já as orquídeas são
epífitas, pois apenas se apoiam no tronco das árvores.

8. B
a sociedade é uma relação intraespecífica harmônica em que há divisão de trabalho. Já o parasitismo é
uma relação desarmônica interespecífica que não causa a morte do hospedeiro.

9. C
Líquens são um caso clássico de mutualismo, sendo eles seres vivos formados por uma associação entre
alga e fungo, na qual um não pode viver sem o outro.

10. D
pelo fungo se alimentar perfurando e matando o outro, trata-se de um caso de relação desarmônica
interespecífica conhecida como predação.

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Filosofia/Sociolgia

Pré-socráticos

Resumo

Pré-socráticos: Os primeiros filósofos

Os filósofos pré-socráticos são os primeiros filósofos da história, tendo vivido entre os séculos VII e VI
a.C., e contribuído decisivamente para a ruptura entre o pensamento mítico e o pensamento racional. Eles são
chamados de pré-socráticos por terem precedido o grande filósofo Sócrates, cuja importância é tão grande
que dividiu a história da filosofia entre os pensadores que lhe precederam, e os que lhe sucederam, como
Platão e Aristóteles. A maior parte da obra desses primeiros filósofos foi perdida, restando-nos fragmentos
e comentários feitos por filósofos posteriores, o que chamamos de doxografia. A grande genialidade desses
pioneiros foi ter, ao menos em parte, abandonado as explicações mitológicas sobre o mundo, para buscar
uma explicação mais lógica, mais racional, sem a presença de seres sobrenaturais.
Assim, os pré-socráticos irão buscar uma explicação do mundo através do Logos (razão ou
explicação argumentativa) e não mais através do mito, abandonando o recurso tão usado pela poesia
homérica ao divino e ao transcendente. Dentre os filósofos pré-socráticos podemos destacar Heráclito de
Éfeso, Parmênides de Eleia, Demócrito de Abdera, Tales de Mileto, Empédocles de Agrigento, entre outros.
Uma das questões centrais do pensamento pré-socrático era: qual é o fundamento ou origem (arché) de todas
as coisas que existem? Ou seja, qual é a arché (princípio) que governa a existência de todas as coisas?
Segundo Heráclito, o primeiro princípio de tudo é o fogo; para Tales é a água; para Empédocles são os quatro
elementos: fogo, água, terra e ar; para Demócrito é o átomo. No entanto, em relação à questão do
conhecimento, destaca-se a discussão entre Heráclito e Parmênides.
Heráclito defende que tudo o que existe no mundo está em constante transformação, num fluxo
perpétuo, ou seja, nada permanece idêntico a si mesmo, “tudo flui”. Nesse sentido, o ser (tudo o que existe)
está sempre em movimento, por isso Heráclito é considerado um filósofo mobilista. A imagem que melhor
representa esse pensamento é a imagem do rio. Diz Heráclito que não podemos entrar duas vezes no mesmo
rio, pois, quando entramos pela segunda vez, as águas do rio não são as mesmas e, portanto, o rio não é o
mesmo. Além do mais, nós, quando entramos novamente no rio, não somos também os mesmos, já somos
diferentes do que éramos, pois estamos submetidos necessariamente à mudança. Se nada permanece igual,
o conhecimento está diante de um problema: como posso dizer que conheço algo de maneira objetiva dado
que essa coisa que digo conhecer, assim como tudo, está em constante transformação? Nesse sentido, o
conhecimento é justamente a percepção das transformações. Como o ser o móvel, o Logos (razão) é
mudança e contradição.
Parmênides, por outro lado, não aceitará em seu método as contradições, sendo famoso justamente
por ter estabelecido o princípio de não contradição através da frase: “o ser é e o não ser não é”. Assim, se

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Filosofia/Sociolgia

para Heráclito a permanência é uma ilusão, já para Parmênides a mudança é que consiste numa ilusão, sendo
impossível a passagem do ser para o não ser ou do não ser para o ser. Evidentemente, Parmênides não quer
dizer com isso que não existe mudança no mundo, mas apenas que as mudanças estão restritas ao mundo
material, às coisas sensíveis, mas a essência de uma coisa nunca muda, é imóvel. Assim Parmênides é
considerado um filósofo imobilista, pois aquilo que existe não pode deixar de ser o que é, ou seja, não pode
perder a sua essência. O mundo do pensamento, portanto, é imóvel e o conhecimento objetivo sobre as coisas
é possível graças à identidade que ele reconhece entre ser, pensar e dizer: as palavras refletem o pensamento,
e o pensamento tem a capacidade de exprimir a essência imutável das coisas.

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Filosofia/Sociolgia

Exercícios

1. A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a
matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três
razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em
segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela embora
apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural. 1999

O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?


a) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades
racionais.
b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.
c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.
d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.
e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.

2. TEXTO I
Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas
vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de novo reúne.
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo. Abril Cultural, 1996 (adaptado).

TEXTO II
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável
e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que
é perecer? Como poderia gerar-se?
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).

Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das
a) investigações do pensamento sistemático.
b) preocupações do período mitológico.
c) discussões de base ontológica.
d) habilidades da retórica sofistica.
e) verdades do mundo sensível.

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Filosofia/Sociolgia

3. Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era algo real
e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado
apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não
passavam de invenções humanas.
RACHELS. J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.

O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a


correlação entre justiça e ética é resultado de
a) determinações biológicas impregnadas na natureza humana.
b) verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.
c) mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.
d) convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.
e) sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.

4. O homem sempre buscou explicações sobre os aspectos essenciais da realidade que o cerca e sobre
sua própria existência. Na Grécia antiga, antes de a filosofia surgir, essas explicações eram dadas pela
mitologia e tinham, portanto, um forte caráter religioso. Historicamente, considera-se que a filosofia
tem início com Tales de Mileto, em razão de ele ter afirmado que “a água é a origem e a matriz de todas
as coisas”. Nesse sentido, pode-se dizer que a frase de Tales tem caráter filosófico pelas seguintes
razões:
a) Porque destaca a importância da água para a vida; porque faz referência aos deuses como causa
da realidade e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é
matéria”.
b) Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz sem imagem e fabulação e porque
nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é um”.
c) Porque narra uma lenda; porque narra essa lenda através de imagens e fabulação e porque nela,
embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “tudo é movimento”.
d) Porque enuncia uma verdade revelada por Deus; porque o faz através da imaginação e, porque
nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “o homem é a medida de todas
as coisas”.
e) Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; porque o faz recorrendo a deuses e a imaginação
e, porque nela, embora apenas subentendido, está contido o pensamento: “conhece-te a ti
mesmo”.

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Filosofia/Sociolgia

5. De acordo com o pensamento do filósofo Parmênides de Eleia, marque a alternativa correta.


a) A identidade é uma característica inerente ao domínio da opinião, uma vez que a pluralidade das
opiniões é o que atesta a identidade de cada indivíduo.
b) Segundo Parmênides, um mesmo homem não pode entrar duas vezes em um mesmo rio, posto
que a mutabilidade do mundo impede que o mesmo evento se repita.
c) Uma das leis lógicas, presente no pensamento de Parmênides, é o princípio de identidade, segundo
o qual todas as coisas podem ser e não ser ao mesmo tempo.
d) O caminho da verdade é também a via da identidade e da não contradição. Nesse sentido, somente
o Ser – por ser imóvel e idêntico – pode ser pensado e dito.

6. Heráclito nasceu na cidade de Éfeso, região da Jônia, e viveu aproximadamente entre 540 e 480 a.C.
Ficou conhecido como “o obscuro”, porque seus escritos eram, em geral, aforismos, isto é, frases
enigmáticas que condensam a ideia transmitida. Dentre suas ideias mais destacadas está a do “eterno
devir”.

A partir dessas informações, marque a alternativa que descreve corretamente o significado de “eterno
devir”.
a) O princípio de que tudo é água ou o elemento úmido.
b) A permanência do ser.
c) Transformação incessante das coisas.
d) O Mundo das Ideias.

7. A relação entre mito e filosofia é objeto de polêmica entre muitos estudiosos ainda hoje. Para alguns,
a filosofia nasceu da ruptura com o pensamento mítico (teoria do “milagre grego”); para outros, houve
uma continuidade entre mito e filosofia, ou seja, de alguma forma os mitos continuaram presentes –
seja como forma, seja como conteúdo – no pensamento filosófico.

A partir destas informações, assinale a alternativa que NÃO contenha um exemplo de pensamento
mítico no pensamento filosófico.
a) Parmênides afirma: “Em primeiro lugar, criou (a divindade do nascimento ou do amor) entre todos
os deuses, a Eros...”.
b) Platão propõe algumas teses como a teoria da reminiscência e a transmigração das almas.
c) Heráclito afirma: “As almas aspiram o aroma do Hades”.
d) Aristóteles divide a ciência em três ramos: o teorético, o prático e o poético.

5
Filosofia/Sociolgia

8. Leia o texto e as assertivas a seguir a respeito das relações entre o nascimento da filosofia e a
mitologia.
O nascimento da filosofia na Grécia é marcado pela passagem da cosmogonia para a cosmologia. A
cosmogonia, típica do pensamento mítico, é descritiva e explica como do caos surge o cosmos, a partir
da geração dos deuses, identificados às forças da natureza. Na cosmologia, as explicações rompem
com a religiosidade: a arché (princípio) não se encontra mais na ordem do tempo mítico, mas significa
princípio teórico, enquanto fundamento de todas as coisas. Daí a diversidade de escolas filosóficas,
dando origem a fundamentações conceituais (e, portanto, abstratas) muito diferentes entre si.
ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando. São Paulo: Moderna, 1993, p. 93.

I. Uma corrente de pensamento afirma que houve ruptura completa entre mito e filosofia, tal corrente
é a que defende a tese do milagre grego.
II. Outra corrente de pensamento afirma que não houve ruptura completa entre mito e filosofia, mas
certa continuidade, é a que defende a tese do mito noético.

Assinale a alternativa correta.


a) I é falsa e II verdadeira.
b) I é verdadeira e II falsa.
c) I e II são verdadeiras.
d) I e II são falsas.

9. Leia o texto abaixo:


“Afasta o pensamento desse caminho de busca e que o hábito nascido de muitas experiências
humanas não te force, nesse caminho, a usar o olho que não vê, o ouvido que retumba e a língua: mas,
com o pensamento, julga a prova que te foi fornecida com múltiplas refutações. Um só caminho resta
ao discurso: que o ser existe.”
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: filosofia pagã antiga. Tradução de Ivo Storniolo. São Paulo: Paulus,
2003. p. 35.
Com base no pensamento de Parmênides, assinale a alternativa correta.
a) Os sentidos atestam e conduzem à verdade absoluta do ser.
b) O ser é o eterno devir, mas o devir é de alguma maneira regido pelo Logos.
c) O discurso se move por teses e antíteses, pois essas são representações exatas do devir.
d) Quem afirma que “o ser não existe” anda pelo caminho do erro.

6
Filosofia/Sociolgia

10. Atente ao texto a seguir:


Na história do pensamento ocidental, a filosofia nasce na Grécia, por volta do século VI (ou VII) a.C.
Por meio de longo processo histórico, surge promovendo a passagem do saber mítico ao pensamento
racional.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. São Paulo, 2002. p. 73.

Disponível em: <http://filosofia.uol.com.br>.

Sobre o texto, é correto afirmar que


a) os filósofos pré-socráticos são conhecidos, também, como os filósofos da natureza.
A investigação filosófica nesse período se dirige à natureza.
b) a filosofia grega nasceu procurando desenvolver o conhecimento mitológico em contraste com o
conhecimento racional.
c) na sua origem, o pensamento grego enfatiza o sentimento em contraposição à razão; o
saber mítico privilegia a busca da sabedoria.
d) a fase inaugural da filosofia grega é conhecida como pós-socrática. Esse período enfatiza o estudo
do homem como essencial.
e) na passagem do saber mitológico ao pensamento racional, o saber filosófico tem como fonte
criadora de sentidos a fantasia.

7
Filosofia/Sociolgia

Gabarito

1. C
Nietzsche faz referência ao surgimento da filosofia através dos pré-socráticos que buscavam na natureza
(physis) uma justificativa racional para a origem de tudo. Inicialmente, encontravam um elemento
essencial (arché) como solução primordial.

2. C
Foram um grupo de filósofos que especularam sobre a origem do mundo e observaram a natureza como
fonte de conhecimento. A teoria de Parmênides visava o imobilismo, enquanto a de Heráclito, o mobilismo.
daí, encontramos a contradição teórica. Ontologia é um estudo voltado para o “ser”, portanto, cada um
dos filósofos possui um posicionamento quanto ao papel do “ser” na natureza.

3. D
Para o pensamento platônico, as noções de justiça e ética estão voltadas para o ensinamento transmitido
através da vida em comunidade, já que cada indivíduo é responsável por suas ações para si e para os
demais.

4. B
O surgimento da filosofia está atrelado ao momento em que os homens passam a investigar as origens
do mundo, dos seres, enfim, de tudo o que os cerca, sem ter de recorrer a explicações baseadas no divino
ou no mito. A frase de Tales de Mileto aponta justamente isso, porque atribui a origem das coisas a um
ente físico (a água) e não a um ente sobrenatural. Encaixa-se nas teorias monistas dos primórdios da
filosofia (uma única origem para tudo). Excetuando a questão B, todas as outras alternativas estão
erradas, porque referem-se a uma informação que não está presente na afirmação (a presença de deuses
ou fabulação para explicarem a realidade); e se esses elementos estivessem presentes, não estaríamos
falando de filosofia, mas de mitos.

5. D
a) Incorreta. Segundo Parmênides, o ser é identidade, não há multiplicidade alguma.
b) Incorreta. Quem disse isso foi Heráclito de Éfeso, para quem o ser é devir constante.
c) Incorreta. Segundo Parmênides o ser é e o não ser não é.
d) Correta. Para Parmênides o que "é" é o que pode ser pensado e dito, e o que "não é" não pode nem
ser pensado nem dito. Ou seja, pluralidade ou multiplicidade, mudança ou movimento e oposições
são irreais, impensáveis e indizíveis. Assim, "não ser", "perceber" e "opinar" são o mesmo: nada, diante
do pensamento, que exige estabilidade, permanência e verdade.

6. C
a) Incorreta. Para Tales de Mileto tudo era água ou o elemento úmido.
b) Incorreta. A permanência do ser é a definição de Parmênides para a arché.
c) Correta. Segundo Heráclito, um homem não entra duas vezes no mesmo rio, porque o homem não
será o mesmo, tampouco o rio.
d) Incorreta. O mundo das ideias faz parte da filosofia posterior, de Platão.

8
Filosofia/Sociolgia

7. D
A única afirmativa que não apresenta referência a alguma ideia de origem mítica é a D, na qual está
indicada a divisão da ciência proposta por Aristóteles, em uma visão racionalista. A afirmativa A fala em
um Ser Criador não palpável que cria um deus, Eros; a afirmativa B fala em transmigração de almas e
reminiscências, compreensíveis apenas em um contexto mítico, já que não possuem comprovação
racional ou científica; e a afirmativa C fala novamente em almas e em Hades, o deus grego que governaria
o mundo para onde iriam as almas dos mortos, portanto, um entendimento mítico do mundo.

8. C
Sobre a origem da filosofia existem, de fato, duas correntes. A primeira diz que o fato de os gregos terem
conseguido sistematizar inicialmente o pensamento filosófico foi um milagre, dado seu ineditismo.
Porém, essa corrente tende a ignorar a contribuição dos povos do Oriente e a importância do
conhecimento do mundo pela perspectiva mítica, que contribuiu muito ao raciocínio filosófico.
A segunda entende que o conhecimento filosófico é uma continuidade do pensamento mítico que o
precedeu, e é mais coerente com a ideia de que o conhecimento é cumulativo e interpretativo.

9. D
A, B e C estão incorretas porque para Parmênides nada é fora do ser, ou seja, o ser é a única coisa pensável
e exprimível. Portanto, o Ser não tem passado, pois não seria mais, e não tem futuro (devir) porque não
seria ainda, mas é presente eterno. E mais, há neste princípio a primeira formulação de não contradição,
isto é, aquele principio que afirma a impossibilidade de os contraditórios existirem simultaneamente.
D - Correta. Anda pelo caminho do erro aquele que afirma que o ser não existe porque, segundo
Parmênides, o ser é a única via do pensar, a ponto de podermos afirmar que pensar e ser coincidem, no
sentido de que não há pensamento que não exprima o ser.

10. A
A questão refere-se ao surgimento da filosofia na Grécia, momento no qual se passa do pensamento
mítico para o filosófico. a) Correta. Os filósofos pré-socráticos debruçavam-se sobre a natureza para
entender o mundo. b) e c) Incorretas. Ao surgir, a filosofia substitui o pensamento mítico pelo racional e
valoriza a razão. d) Incorreta. Não existe uma fase conceituada como pós-socrática na história da
filosofia. e) Incorreta. Tanto no período mítico como no racional, a fantasia não era um elemento criador
de sentidos, mas sim a observação do mundo. Com a diferença de que no período mítico o homem ainda
não ocupava a centralidade observadora.

9
Física

Lançamento vertical e queda livre

Resumo

Lançamento Vertical: movimento realizado na vertical com velocidade inicial diferente de zero. Pode ser
lançamento para cima ou para baixo.

Queda Livre: movimento realizado na vertical com velocidade inicial sempre igual a zero. Apenas movimentos
para baixo (queda).

Como trata-se de um MUV, as equações que regem tal movimento são:

Equação da posição:

Equação da velocidade:

Torricelli:

Altura máxima:

Algumas coisas mudaram em relação ao MUV: H é a altura que o corpo está, g é a aceleração da gravidade e
o ± indica se a gravidade está a favor ou contra o movimento.

Lembre-se de sempre adotar um referencial antes de começar a resolver as questões. É interessante usar
tudo que está para cima positivo e tudo que está para baixo negativo.

A altura máxima é atingida quando o corpo não consegue mais subir. Nessa situação, a velocidade do corpo
é igual a zero.

A gravidade tem o valor aproximado g=9,81m/s², mas para algumas questões é possível utilizar g=10m/s² (a
própria questão vai informar isso).

1
Física

Gráficos
Lançamento Vertical para cima (g contra o movimento)

Lançamento Vertical para baixo (g a favor do movimento)

Queda Livre (g a favor do movimento)

2
Física

Exercícios

1. Um objeto é lançado verticalmente para cima e retorna ao ponto de partida em 2,0s. Desprezando-se a
resistência do ar e considerando g = 10 m/s², a altura atingida pelo objeto é, em metros:
a) 2,5.
b) 5,0.
c) 10.
d) 20.
e) 40.

2. Para calcular a altura de uma ponte sobre o leito de um rio, um garoto abandonou uma pedra da ponte,
a partir do repouso, e mediu o tempo transcorrido até que ela atingisse a superfície da água.
Considerando a aceleração da gravidade igual a 10m/s² e sabendo que o tempo de queda da pedra foi
de 2,2 segundos, pode-se afirmar que a altura da ponte, em metros, é um valor mais próximo de:
a) 16.
b) 20.
c) 22.
d) 24.
e) 48.

3. Atira-se em um poço uma pedra verticalmente para baixo, com uma velocidade inicial V 0=10m/s. Sendo
a aceleração local da gravidade igual a 10 m/s² e sabendo-se que a pedra gasta 2s para chegar ao
fundo do poço, podemos concluir que a profundidade deste é, em metros:
a) 30.
b) 40.
c) 50.
d) 20.
e) Nenhuma das respostas anteriores.

3
Física

4. Para medir o tempo de reação de uma pessoa, pode-se realizar a seguinte experiência:
I. Mantenha uma régua (com cerca de 30 cm) suspensa verticalmente, segurando-a pela extremidade
superior, de modo que o zero da régua esteja situado na extremidade inferior.
II. A pessoa deve colocar os dedos de sua mão, em forma de pinça, próximos do zero da régua, sem
tocá-la.
III. Sem aviso prévio, a pessoa que estiver segurando a régua deve soltá-la. A outra pessoa deve
procurar segurá-la o mais rapidamente possível e observar a posição onde conseguiu segurar a
régua, isto é, a distância que ela percorre durante a queda.

O quadro seguinte mostra a posição em que três pessoas conseguiram segurar a régua e os
respectivos tempos de reação

A distância percorrida pela régua aumenta mais rapidamente que o tempo de reação porque a
a) energia mecânica da régua aumenta, o que a faz cair mais rápido.
b) resistência do ar aumenta, o que faz a régua cair com menor velocidade.
c) aceleração de queda da régua varia, o que provoca um movimento acelerado.
d) força peso da régua tem valor constante, o que gera um movimento acelerado.
e) velocidade da régua é constante, o que provoca uma passagem linear de tempo.

4
Física

5. Do terraço de um edifício, você solta, sucessivamente, com velocidade inicial nula, três bolinhas de aço,
a 0,50s de intervalo. No instante em que você solta a terceira, as duas primeiras se encontram nas
posições s indicadas na opção:

a) c) e)

b) d)

6. Um corpo é lançado de baixo para cima com velocidade inicial de 100m/s. Qual a altura em que ele
para e o tempo que demora depois para cair? Dado g=10m/s².
a) 1000m; 100s
b) 750m; 50s
c) 500m; 25s
d) 500m; 10s
e) 350m; 5s

7. De um helicóptero que desce verticalmente é abandonada uma pedra, quando o mesmo se encontra a
100m do solo. Sabendo que a pedra leva 4 segundos para atingir o solo e supondo g=10m/s², a
velocidade de descida do helicóptero, no momento em que a pedra é abandonada, tem valor:
a) 25m/s
b) 20m/s
c) 15m/s
d) 10m/s
e) 5m/s

5
Física

8. Um jogador de basquetebol consegue dar um grande impulso ao saltar e seus pés atingem a altura de
1,25 m. A aceleração da gravidade no local tem o valor de g = 10 m/s2. O tempo que o jogador fica no
ar, aproximadamente, é:
a) 1 s.
b) 2 s.
c) 3 s.
d) 4 s.
e) 5 s.

9. Um objeto é lançado do solo verticalmente para cima. Quando sua altura é 2 m, o objeto está com uma
velocidade de 3 m/s. Admitindo-se que a aceleração gravitacional vale g=10m/s², pode-se afirmar que
a velocidade com que esse objeto foi lançado, em m/s, é de:
a) 4,7.
b) 7.
c) 8,5.
d) 9.
e) 9,5.

10. A altura alcançada por um corpo lançado verticalmente para cima, no vácuo, com velocidade inicial V0,
até sua velocidade se reduzir à metade é dada, em função da altura máxima H, pela expressão:
a) H/2.
b) H/4.
c) H/8.
d) 3H/4.

6
Física

Gabarito

1. B
Como o tempo de subida é igual ao de descida e ambos valem 1 segundos, podemos calcular a altura
através da equação de queda livre:
H=a.t²/2

H=10.1²/2

H = 5 metros

2. D
S= gt²/2
S=10*2,2²/2
S=10*4,84/2
S=48,2/2
S = 24,1metros.

3. B
S = So+Vot + at
S=10 . 2 + 10 . 2 = 20. 2 = 40m

4. D

5. B
As 2 bolas que foram abandonadas percorrem um MUV no caso especial de queda livre. Para a primeira
bola, que tem um movimento que dura 1 segundo.
𝑎𝑡 2
𝑆 = 𝑆𝑜 + 𝑣𝑜 𝑡 +
2
10(1)²
𝑆 = 0 + 0.1 + =5𝑚
2
O movimento da segunda bola dure apenas 0,5 segundos. Logo:
10(0,5)²
𝑆 = 0 + 0.0,5 + = 1,25 𝑚
2
Essa analise mostra que a primeira bola esta bem afastada da segunda e da terceira bola e a segunda
bola esta mais proxima da terceira. Essa conclusão nos leva ao desenho da letra [B].

6. D
Nesse tipo de movimento, adotando o referencial para cima, a velocidade é positiva e a aceleração é
negativa,pois é contrária ao movimento,sabendo da presença da gravidade podemos admitir que se trata
de um M.U.V. vamos aplicar essa situação em uma das fórmulas:
Lembrando que o instante que o instante que o móvel para num lançamento vertical é na mudança de
sentido, ou seja, v = 0 m/s

7
Física

V=vo+a.t
0=100+(-10).t
10t=100
t=10s

Ou seja depois de 10 segundos o corpo para lá em cima e muda de sentido(começa a cair).


Pra achar o espaço(altura) vamos recorrer a fórmula de Torricelli.
V²=V0²+2AΔS
0=10000+2.(-10).Δs
Δs=10000/20
Δs = 500m (altura máxima)

7. E
S=So+Vo.t+(1/2)a.t²
0=100+vo.4+1/2.(-10).4²
0=100+4vo-5.16
4vo=100-80
4vo=20
vo=20/4
vo = 5 m/s

8. A
V²=Vo²-2.g.h
0=Vo²-2.10.1,25
0=Vo²-20.1,25
Vo²=25
V=5m/s

V=v0 + at
5 = 0 – 10t
T = 1/2s

Tempo de subida = tempo de descida


Tempo total igual a soma dos tempos de subida e descida
Portanto, tempo total igual a 1 s.

9. B
𝑣 2 = 𝑣02 + 2𝑔ℎ
32 = 𝑣02 − 40
𝑣0 = 7 𝑚/𝑠

10. D
0 = 𝑣02 − 2𝑔𝐻
𝑣02
𝐻=
2𝑔

8
Física

𝑣0 𝑣02 3 𝑣02 3𝐻
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑣 = → = 𝑣02 − 2𝑔𝐻 → ℎ = . →ℎ=
2 4 4 2𝑔 4

9
Física

Leis de Newton

Resumo

Força Peso
É a força que o planeta (ou uma grande massa) exerce sobre um corpo. No caso comum de um objeto na Terra,
a força peso é a força que a Terra faz no objeto, atraindo-o para o centro da Terra.

Seu módulo é calculado pelo produto:


P=mg

Dica: Na Lua, a aceleração da gravidade é menor (cerca de 6 vezes menor). Na Lua os objetos possuem a
mesma massa que na Terra, mas peso menor (o peso depende da localização do corpo, a massa não).

Tração ou Tensão
Tração: força trocadas entre um corpo e um fio (elemento transmissor de força, que também pode ser cabo ou
corda). A direção da tração é a mesma do fio, sempre no sentido do puxão.

Obs.: Se o fio é ideal, ou seja, sua massa é desprezível, podemos considerar que |T'|=|T|.

Força de uma superfície


Força de contato que o plano exerce sobre o corpo (perpendicular ao plano – normal).

Força Elástica
A força elástica é a força que aparece em molas, elásticos ou meios deformáveis. Uma força aplicada no meio
elástico provoca uma deformação x (deslocamento em relação à posição de equilíbrio), tal que a força é
proporcional à deformação.
F∝x

1
Física

Para retirar o símbolo de proporcional coloca-se uma constante k. Essa constante é chamada de constante
elástica e está relacionada com a “dureza” da mola. Quanto maior o valor de k, maior é a força necessária para
deformá-la.
Assim a força elástica possui a forma:
F = kx

Obs.: A força elástica é na verdade uma força restauradora, assim a expressão correta da força elástica (Lei de
Hooke) é F = - kx, onde o sinal negativo indica que a mola exerce uma força contrária ao sentido da deformação.
Isto é, se um corpo comprime uma mola, ela exerce uma força contrária à compressão. Se um corpo aplica
uma força para esticar (puxar) a mola, ela exerce uma força contrária ao puxão (como na figura à seguir).

Leis de Newton
Primeira Lei de Newton – Lei da Inércia
Todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a permanecer em
MRU (Movimento Retilíneo e Uniforme), a menos que a soma das forças (resultante) sobre ele seja diferente de
zero.
O conceito de inércia é um conceito importante: todo corpo que possui massa possui inércia; inércia é a
tendência dos corpos de se opor ao movimento.

Segunda Lei de Newton – Princípio Fundamental da Dinâmica.


A força resultante sobre um corpo é diretamente proporcional à aceleração que ele adquire.
É importante entender que se o corpo não está em repouso ou em MRU, ele tem uma força resultante que é
igual ao produto de sua massa pela aceleração resultante.

Terceira Lei de Newton – Ação e reação


Para toda ação de uma força em um corpo A, existe uma reação de igual intensidade, igual direção e sentido
oposto no corpo B que produziu a ação.
É preciso ressaltar que as forças de ação e reação:
• Atuam em corpos distintos;
• Não admitem resultante;
• São sempre simultâneas.

2
Física

Exercícios

1. Um elevador possui massa de 1500 kg. Considerando a aceleração da gravidade igual a 10m/s², a tração
no cabo do elevador, quando ele sobe vazio, com uma aceleração de 3m/s², é de :
a) 4500 N
b) 6000 N
c) 15500 N
d) 17000 N
e) 19500 N

2. Um trabalhador empurra um conjunto formado por dois blocos A e B de massas 4 kg e 6 kg,


respectivamente, exercendo sobre o primeiro uma força horizontal de 50 N, como representado na figura
a seguir.

Admitindo-se que não exista atrito entre os blocos e a superfície, o valor da força que A exerce em B, em
newtons, é
a) 50.
b) 30.
c) 20.
d) 10.

3
Física

3. Os corpos A e B, ligados ao dinamômetro D por fios inextensíveis, deslocam-se em movimento


uniformemente acelerado. Observe a representação desse sistema, posicionado sobre a bancada de um
laboratório.

A massa de A é igual a 10 kg e a indicação no dinamômetro é igual a 40 N. Desprezando qualquer atrito


e as massas das roldanas e dos fios, estime a massa de B.

4. A tabela apresenta a forca elástica e a deformação de 3 molas diferentes.

Comparando-se as constantes elásticas destas 3 molas, tem-se que

a) K1 > K2 > K3.


b) K2 > K1 > K3.
c) K2 > K3 > K1.
d) K3 > K2 > K1.

4
Física

5. Durante um teste de desempenho, um carro de massa 1200 kg alterou sua velocidade conforme mostra
o gráfico.

Considerando que o teste foi executado em uma pista retilínea, pode-se afirmar que a força
resultante que atuou sobre o carro foi de
a) 1200 N
b) 2400 N
c) 3600 N
d) 4800 N
e) 6000 N

6. O sistema a seguir apresenta aceleração de 2m/s² e a tração no fio é iguala 72 N. considere que a massa
de a é maior que a massa de b o fio é inextensível e não ha átrio na polia a diferença entre as massas
desses dois corpos é igual a
Considere g= 10 m/s²

a) 1kg
b) 3kg
c) 4kg
d) 6kg

5
Física

7. A queda de um elevador em um prédio no centro de Porto Alegre no final de 2014 reforçou as ações de
fiscalização nesses equipamentos, especialmente em relação à superlotação. A partir desse fato, um
professor de Física resolve explorar o tema em sala de aula e apresenta aos alunos a seguinte situação:
um homem de massa 70 kg está apoiado numa balança calibrada em newtons no interior de um elevador
que desce à razão de 2 m/s² . Considerando g = 10 m/s² , pode-se afirmar que a intensidade da força
indicada pela balança será, em newtons, de:
a) 560
b) 840
c) 700
d) 140
e) 480

8. Na montagem experimental abaixo, os blocos A, B e C têm massas 𝑚𝐴 = 5,0 kg, 𝑚𝐵 = 3,0 kg e 𝑚𝐶 = 2,0 kg.
Desprezam-se os atritos e resistência do ar. Os fios e as polias são ideais e adota-se | g | = 10 m/s²

No fio que liga B com C, está intercalada uma mola leve, de constante elástica 3,5 · 10³ N/m. Com o
sistema em movimento, calcule, em centímetros, a deformação da mola.
a) 2,0 cm
b) 1,0 cm
c) 1,5 cm
d) 2,8 cm
e) 4,2 cm

9. Um fabricante de elevadores estabelece, por questões de segurança, que a força aplicada nos cabos de
aço que sustentam seus elevadores não pode ser superiores a 1,2x 104 N. Considere um desses
elevadores com uma massa total de 1,0x103 kg (massa do elevador com os passageiros) e admita g = 10
m/s² . Nessas condições, a aceleração máxima do elevador na subida não pode ser superior a:
a) 1,2 m /s²
b) 2,0 m/s²
c) 5,0 m/s²
d) 9,8 m/s²

6
Física

10. O tiro com arco é um esporte olímpico desde a realização da segunda olimpíada em Paris, no ano de
1900. O arco é um dispositivo que converte energia potencial elástica, armazenada quando a corda do
arco é tensionada, em energia cinética, que é transferida para a flecha.

Num experimento, medimos a força F necessária para tencionar o arco até uma certa distância x,
obtendo os seguintes valores:

O valor e unidades da constante elástica, k, do arco são:

a) 16 m/N
b) 1,6 kN/m
c) 35 N/m
d) 5/8 x 10−2 m/N

7
Física

Gabarito

1. E

2. B

3.

4. B

5. C

8
Física

6. B

9
Física

7. A

8. B

9. B

10
Física

10. B

11
Geografia

Indústria e os governos militares

Resumo

Crescimento e distribuição da população mundial


O período da ditadura militar (1964-1985) apresentou diversos aspectos que foram importantes para o
desenvolvimento da industrialização brasileira. Este momento da história foi pela continuidade do processo
de industrialização brasileira, iniciado com Vargas e JK, atrelado ao crescimento econômico que se verificou
no país. Em um segundo momento, verificou-se que, ao mesmo tempo em que foram realizados grandes
projetos, o endividamento público crescia em proporções astronômicas. Ou seja, aproveitando a centralização
do poder político que o autoritarismo permitia, o que possibilitou a atração de grandes remessas de
empréstimos internacionais e posteriormente o crescimento industrial, no período da ditadura o país
apresentou números expressivos de crescimento econômico, que teve um custo alto a ser pago
posteriormente.

O início do governo militar e sua relação com a industrialização brasileira – 1964 até 1967/1968

Os primeiros momentos dos governos militares não foram marcados por grandes avanços na industrialização
brasileira, nem pelos grandes projetos, pois o país enfrentava um grave quadro de endividamento externo,
fruto da política de internacionalização da economia proposta por Juscelino Kubitschek (JK), que buscou o
empréstimo de capital estrangeiro como um dos pilares do tripé econômico para o investimento em indústrias
de bens de consumos duráveis.

Pode-se afirmar, portanto, que esse primeiro período dos governos militares, que vai dos anos de 1964 até
1967, foi marcado por uma retração na economia e pouco crescimento da indústria brasileira.

O milagre brasileiro – 1968 até 1973

A partir de 1968, o país experimentou uma nova fase de sua economia e de seu processo de industrialização.
A recuperação financeira, fruto da reforma tributária, criação de fundos de poupança compulsória (PIS, PASEP,
FGTS) e ampliação do crédito lançaram bases para o momento considerado como o “milagre brasileiro”.
Entretanto, fatores externos também explicam esse crescimento, como o crescimento da economia mundial
nestes anos, que permitiu o acesso a um abundante crédito externo, possibilitando o endividamento e criando
espaço para a diversificação e o crescimento das exportações brasileiras.

O fraco desempenho da indústria e economia no início da década de 60 também deu margem para um grande
crescimento com o aumento do nível de investimento e captação de recursos externos do país.

Como forma de legitimar o seu poder autoritário, os governos ditatoriais investiram fortemente em obras de
impacto, em áreas como transporte e energia. Dentre essas obras podemos destacar a Usina Hidrelétrica de

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Itaipu, binacional (Brasil-Paraguai), responsável por produzir 17% da energia nacional e, até 2008, a maior
hidrelétrica do mundo.

A implantação da usina nuclear de Angra é outra marca do investimento em energia do período. Também
podemos citar a ponte Rio-Niterói, expressão da modernidade e de grande complexidade, tendo o maior vão
em viga reta construído pelo homem. É a 13ª no mundo em extensão.

Além disso, ocorreu a construção de rodovias com a ampliação da malha viária de 3 mil para 45 mil
quilômetros, sem falar nos estádios de futebol, como o Castelão, em Fortaleza, e o Mineirão, em Minas Gerais,
que serviram como forma de expressão e propaganda da ditadura.

O saldo do período registrou uma percentual anual de crescimento industrial de 12,7%. Já o Produto Interno
Bruto (PIB) cresceu entre 1968 e 1973 11,3%, superando com grande margem o período anterior, quando o
crescimento médio anual havia sido de 3,2%.

A primeira crise do petróleo, em 1973, causada pela guerra do Yom Kippur fez com que a concessão de
empréstimos diminuísse levando o Brasil para o período que ficou conhecido como Marcha Forçada.

Marcha Forçada – 1973 até 1979

Em períodos de crise há a necessidade de formação de reservas de dinheiro, sendo assim, os países que
emprestavam ao Brasil à juros baixos reduziram os empréstimos concedidos. Todos os países resolveram
frear o crescimento, menos o Brasil, que viu esse momento como uma oportunidade de despontar. Foi como
se o Brasil ignorasse as altas do petróleo e a recessão mundial para forçar um ritmo de crescimento
insustentável a longo prazo. O objetivo era fazer o Brasil crescer a qualquer custo, a exemplo da compra de
empresas que estavam prestes a falir (estatizações) e através do 2º PND estimular as obras faraônicas como
a ponte Rio-Niterói, a rodovia Transamazônica e a Usina de Itaipu.

Década Perdida – 1979 até 1989

Uma das consequências da década perdida foi a diminuição de postos de trabalho. Após toda a euforia vivida
com o milagre econômico, a realidade foi exposta na década seguinte, com os anos 80, considerada a década
perdida, devido ao preço pago pelo grande endividamento externo e explosão da inflação, corroendo o salário
do trabalhador.

É importante destacar que o crescimento apresentado no período do milagre econômico foi baseado também
em um grande arrocho salarial, em um contexto mundial no qual as empresas multinacionais perceberam
que poderiam reduzir custos instalando-se em países que possibilitassem mão-de-obra barata, legislação
ambiental frágil, grande quantitativo de recursos naturais e infraestrutura básica. Esse movimento estrangeiro
permitiu que as empresas nacionais, que disputavam o mercado em condições de extrema desigualdade,
fossem sendo absorvidas pelas multinacionais, o que provocou uma intensa concentração de capital nas
mãos destas grandes e poucas empresas.

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O mesmo fenômeno de concentração pôde ser percebido no campo onde a tecnologia expulsou milhares de
trabalhadores, que migraram para as áreas urbanas em busca de sobrevivência. Isso tudo caracterizou uma
sociedade fortemente desigual, com a renda concentrada na mão de poucos. Com o aumento do
endividamento e as crises internacionais do petróleo, nos anos de 1973 e 1979, os juros sobre a dívida
aumentaram significativamente, e a medida de emitir papel-moeda no mercado só serviu para explodir a
inflação, de forma que isso tudo trouxe uma grande retração econômica e da produção industrial, acarretando
o fim do período militar e a entrada na democracia com um país em grave crise econômica.

Podemos sinalizar que o espaço brasileiro teve grandes transformações, principalmente levando em questão
a integração que as rodovias construídas no período militar proporcionaram, permitindo uma maior
integração no território nacional. Apesar disso, ocorre uma concentração espacial das indústrias
principalmente na região Sudeste, com destaque para São Paulo, fato que só começa a diminuir no período
democrático, pós-ditadura, com o processo de fuga para cidades menores e com maiores atrativos
econômicos para as empresas, como isenção de impostos, solos urbanos mais baratos, menor
congestionamento, entre outras características.

Esse processo de descontração espacial vai ajudar na própria desmetropolização, devido ao maior
dinamismo e crescimento de cidades médias, em muitos casos, fruto da instalação de grandes indústrias,
levando desenvolvimento econômico e crescimento populacional para essas cidades, devido a esse novo
polo atrativo.

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Exercícios

1. Durante o governo Médici, o Brasil assistiu a um vigoroso desenvolvimento que as manifestações


ufanistas patrocinadas pelo governo batizaram de “milagre econômico”. A esse respeito, pode-se
afirmar que:
a) O sucesso das cifras econômicas deveu-se à criação do Plano de Metas, idealizado pelo então
ministro Antonio Delfim Neto.
b) Enquanto o PIB subia a taxas em torno de 10% ao ano, ocorreu, paradoxalmente, um aumento da
concentração de renda e da pobreza.
c) O “milagre” foi decorrência direta da transformação da economia brasileira, que então abandonava
suas bases rurais e passava a se concentrar na produção urbano industrial.
d) A arrancada econômica foi fruto do abandono da indústria de base e da adoção de uma política
de substituição de importações que tornou o Brasil menos dependente do mercado mundial.
e) Favorecido pela política de recuperação salarial da classe média posta em prática nos anos
sessenta, o “milagre” chega ao fim com o arrocho salarial imposto pelo governo Geisel.

2. Em meados da década de 1970, as condições externas que haviam sustentado o sucesso econômico
do regime militar sofreram alterações profundas.
(Tania Regina de Luca. Indústria e trabalho na história do Brasil, 2001.)

As condições externas que embasaram o sucesso econômico do regime militar e as alterações que
sofreram em meados da década de 1970 podem ser exemplificadas, respectivamente
a) pelos investimentos oriundos dos países do Leste europeu e pelo aumento gradual dos preços em
dólar das mercadorias importadas.
b) pela ampla disponibilidade de capitais para empréstimos a juros baixos e pelo aumento súbito do
custo de importação do petróleo.
c) pelos esforços norte-americanos de ampliar sua intervenção econômica na América Latina e pela
redução acelerada da divida externa brasileira.
d) pela ampliação da capacidade industrial dos demais países latino-americanos e pelo crescimento
das taxas internacionais de juros.
e) pela exportação de tecnologia brasileira de informática e pela recessão econômica enfrentada
pelas principais potências do Ocidente.

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3. "Brasil, ame-o ou deixe-o" foi um dos célebres 'slogans' do regime militar, em torno de 1970, época em
que o Governo Médici divulgava a imagem do "Brasil Grande" e proclamava o "Milagre Econômico" que
faria do país uma grande potência. Assinale a opção que melhor caracteriza a política econômica
correspondente ao chamado "Milagre".
a) Fusão do capital industrial e do bancário, gerando monopólios capazes de impor preços
inflacionários, dos quais resultaram o crescimento econômico e o aumento do mercado
consumidor nos grandes centros urbanos.
b) Desenvolvimento de obras de infraestrutura, a exemplo de hidrelétricas e rodovias, com base na
poupança nacional e no investimento de bancos públicos.
c) Crescimento econômico e aquecimento do mercado de bens duráveis ancorados em políticas
salariais redistributivas e na indexação de rendimentos do mercado financeiro.
d) Elevados investimentos no setor de bens de capital e na indústria automobilística combinados a
uma vigorosa agricultura comercial de médio porte.
e) Incentivo à entrada maciça de capitais estrangeiros combinada ao arrocho salarial, resultando em
elevados índices de crescimento econômico e inflação baixa.

4. Uma das características da economia brasileira posterior aos anos 1950 foi a consolidação da
chamada sociedade de consumo, acompanhada pelo desenvolvimento da propaganda. Apesar de a
crise econômica ter marcado o período 1962-1967, o aumento do consumo de eletrodomésticos nos
domicílios de trabalhadores de baixa renda mostrou-se constante, até, pelo menos, a crise do “milagre”
brasileiro, na década de 1970.

Uma das explicações para esse aumento do consumo envolveu:


a) o favorecimento, pelo então Ministro Roberto Campos, das empresas industriais estatais, que
puderam baratear o custo dos bens de consumo duráveis que produziam.
b) o aumento do salário real das classes trabalhadoras, beneficiadas pela nova política salarial do
governo Castelo Branco, voltada para a desconcentração da renda no país.
c) o fortalecimento das pequenas e médias empresas industriais nacionais, as maiores produtoras
de bens de consumo duráveis, favorecidas pela criação do Imposto sobre a Produção Industrial,
nos anos 1960.
d) as facilidades do crédito concedidas ao consumidor, após 1964, de modo a preservar a
rentabilidade das indústrias produtoras de bens de consumo duráveis, alvos da política
econômica, então inaugurada.
e) os constrangimentos tributários impostos pelo governo às multinacionais produtoras de bens de
consumo duráveis, que perderam a concorrência para as estatais desse mesmo setor.

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5. O chamado "milagre brasileiro" estendeu-se de 1968 a 1973. Assinale a alternativa correta, relativa a
seus pontos críticos.
a) Era totalmente atrelado à política do FMI, que organizou o próprio modelo econômico.
b) Causou notável desproporção entre o avanço econômico e a qualidade de vida, sobretudo pelo
abandono dos programas sociais pelo Estado.
c) Baseava-se na política liberal, rejeitando qualquer interferência do Estado na economia.
d) Embora com altos indicadores sociais, não obteve os índices de crescimento esperados.
e) Não aumentou a capacidade de arrecadar tributos e beneficiou sobretudo as camadas baixas da
população.

6. De 1967 a 1973, o Brasil alcançou taxas médias de crescimento muito elevadas e sem precedentes,
decorrentes da política econômica, mas também de uma conjuntura econômica internacional muito
favorável. Esse período (e por vezes de forma mais restrita nos anos 1968-1973) passou a ser
conhecido como o do "milagre econômico brasileiro". Infelizmente, o mês de outubro de 1973 marca o
término desse período de crescimento.
Disponível em: <http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/milagre-economico-brasileiro>. Acesso em:
23 de mar, 2017. (Adaptado)

Um fator responsável pelo fim do milagre econômico apresentado foi


a) a queda na exportação de produtos agrícolas brasileiros, principal mente, o café.
b) o primeiro choque do petróleo e a consequente crise no mercado internacional.
c) o aumento no valor das matérias-primas importadas pelo Brasil, com destaque para a bauxita.
d) as sucessivas greves produzidas pelo movimento sindical, inviabilizando a produção para
exportação.
e) início da Guerra Fria e diminuição das relações exteriores com países do bloco socialista

7. Entre o final da década de 1960 e o início da década de 1970, a economia brasileira obteve altos índices
de crescimento. O fenômeno se tornou conhecido como milagre econômico e derivou da aplicação de
uma política que provocou, entre outros efeitos,
a) êxodo rural e incremento no setor ferroviário.
b) crescimento imediato dos níveis salariais e das taxas de inflação.
c) aumento do endividamento externo e da concentração de renda.
d) estatização do aparato industrial e do setor energético.
e) crise energética e novos investimentos em pesquisas tecnológicas.

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8. Com o crescimento econômico ocorrido durante o século XX, o Brasil pode ser considerado um país
industrializado, embora os males do subdesenvolvimento continuem presentes. O processo de
industrialização brasileiro contou com um agente de fundamental importância: o Estado Nacional.
Sobre o papel do Estado no processo de industrialização brasileiro, assinale a alternativa CORRETA:
a) Foi responsável pela construção dos setores de infraestrutura e transporte, pelo investimento
direto no setor industrial e pela criação de uma legislação trabalhista.
b) Foi responsável pelos investimentos em infraestrutura e transporte, porém não participou dos
investimentos diretos no setor industrial e se omitiu na criação de uma legislação trabalhista.
c) Agiu na criação de uma legislação trabalhista, porém não participou dos investimentos em
infraestrutura e transportes, bem como dos investimentos diretos no setor industrial.
d) Foi responsável pelos investimentos diretos no setor industrial, porém, por falta de recursos,
deixou a cargo das empresas privadas os investimentos na criação de infraestrutura e transportes.
e) Abriu mão do papel de empreendedor, não participando dos investimentos diretos no setor
industrial, nem dos investimentos em infraestrutura.

9. Visto à luz das reformas de caráter neoliberal, realizadas pelos governos brasileiros na década de 1990,
o modelo econômico implantado pelo regime militar em 1964 aparece hoje, mais do que aparecia na
época,
a) associado ao capital internacional e em ruptura com o modelo anterior, baseado num capitalismo
nacional.
b) nacionalista e continuísta com relação ao modelo anterior, que associava capitalismo nacional e
internacional.
c) empenhado em uma política econômica modernizadora, que rompia com o passado e diminuía a
esfera de ação estatal.
d) subordinado aos interesses do capital internacional, que o impediu de modernizar a produção
agrícola.
e) vinculado a uma política econômica conservadora e em alinhamento automático com a política
externa norte-americana.

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10. A partir da década de 1970, dois fatos importantes ocorreram simultaneamente: inicio da diminuição
da concentração industrial no Sudeste e o processo de desconcentração industrial no Brasil. Dentre os
motivos que podem explicar esses fatos citam-se
a) o esgotamento dos recursos minerais no Sudeste e o aumento das necessidades de exportação
geradas pela entrada do Brasil na ALADI.
b) a forte atuação do Estado criando incentivos fiscais para que indústrias do Sudeste se instalassem
em outras regiões e o desenvolvimento em âmbito nacional de infraestrutura de transportes e
comunicações.
c) o aumento das necessidades de combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo, inexistentes no
Sudeste e a formação do Mercosul que representa maiores exportações para o Pais.
d) o declínio acentuado dos fluxos migratórios em direção ao Sudeste e a descoberta de importantes
recursos minerais em vários pontos do Pais, como o caso de Carajás.
e) a limitação do espaço do Sudeste para a instalação de novos parques industriais e a elevação
generalizada dos padrões de renda e consumo da população brasileira.

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Gabarito

1. B
Apesar do grande desenvolvimento econômico brasileiro no período que ficou conhecido como milagre
econômico brasileiro, não houve uma distribuição de renda, aumentando ainda mais as desigualdades
sociais internas, pois com o argumento de esperar a economia crescer para depois redistribuir ocorreu
uma maior concentração de renda.

2. B
O sucesso econômico do período conhecido como "milagre brasileiro” se deu em razão do forte
investimento externo aliado a oferta de crédito para o mercado, o que elevou a produção e o consumo do
pais. Contudo, o "Choque do Petróleo" altera o cenário econômico mundial elevando as taxas de juros e a
dívida externa do país, encerrando o período de crescimento da produção.

3. E
O crescimento econômico brasileiro no período citado se se deu em decorrência da aquisição de
empréstimos internacionais a juros baixos, empréstimos esses utilizados no processo de industrialização
e desenvolvimento infra estrutural em curso naquele momento. Soma-se a este cenário o arrocho salarial,
ou seja, o não aumento dos salários acompanhando a inflação, acarretando desigualdades sociais. Esses
fatores juntos caracterizam a política econômica do referido período.

4. D
Em um primeiro momento dos governos militares houve a concessão de crédito à população visando a
saída do país da situação econômica que se encontrava, um grave quadro de endividamento externo, fruto
da política de internacionalização da economia proposta por Juscelino Kubitschek (JK), que buscou o
empréstimo de capital estrangeiro como um dos pilares do tripé econômico para o investimento em
indústrias de bens de consumos duráveis.

5. B
A questão dá enfoque ao âmbito social no período do milagre econômico brasileiro, em que por um lado
verificou-se o crescimento da economia, mas por outro observou-se a crescente desigualdade social
decorrente da não distribuição de renda.

6. B
O milagre econômico terminou com a primeira crise do petróleo (1973). A elevação dos preços dessa
matéria-prima prejudicou a economia mundial, diminuindo a confiança dos investidores e, portanto, a
disponibilidade de crédito. Além de afetar a balança comercial dos países que importavam grandes
quantidades de petróleo, tal como o Brasil.

7. C
O Milagre Econômico Brasileiro foi caracterizado por um elevado crescimento de seu PIB, possível graças
ao intenso processo de industrialização e investimentos em infraestrutura. Porém, tal processo ocorreu
a custas de um elevado endividamento externo, além de se observar um crescimento da concentração da
renda, pois uma vez que a melhora econômica do país não se traduziu na diminuição da desigualdade.

8. A
O processo de industrialização iniciado no governo Vargas (1930) e que evoluiu durante o governo de JK
e no período militar foi marcado pelos investimentos estatais no setor de infraestrutura, a exemplo da
construção de rodovias, no setor de transporte, com o estímulo a entrada de indústrias automobilísticas
no país, investimentos no setor industrial diretamente com a inauguração de indústrias de base e a

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criação de legislação trabalhista, inicialmente para o trabalhador urbano e posteriormente para o


trabalhador do campo.

9. B
Assim como no período do governo JK, os governos militares foram marcados pela associação entre o
capital nacional, público e privado, e internacional. Ambos acarretaram uma grande dívida externa para o
país e uma grande desigualdade social.

10. B
A década de 1970 foi marcada por crises econômicas mundias associadas à variação do preço de
petróleo. Com isso, o Estado brasileiro buscou incentivar a desconcentração industrial para interior dos
estados ou outras unidades federativas com mão de obra mais barata. Porém, isso só era possível com
investimentos em âmbito nacional na infraestrutura de transportes e comunicações.

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Processo de industrialização no Brasil

Resumo

Para entender a industrialização do Brasil é necessário voltar ao ciclo do café, que foi o motor inicial
para que esse processo ocorresse. Até o início da década de 1930, o espaço geográfico brasileiro foi
estruturado ao redor do modelo primário-exportador, fazendo com que a configuração das atividades
econômicas fosse dispersa e com rara ou ausente interdependência (arquipélagos econômicos).
A partir do crescimento da economia cafeeira, o processo de urbanização se intensificou,
principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, com o objetivo de facilitar o escoamento da produção e a
distribuição, através da ampliação das linhas férreas. Com o fim da escravidão e a chegada dos imigrantes,
o mercado consumidor cresceu consideravelmente, o que possibilitou a produção para o mercado interno e
o desenvolvimento das indústrias. A concentração da riqueza na região Sudeste, devido a riqueza oriunda do
café, fez com que as indústrias também se concentrassem na região, aumentando as disparidades inter-
regionais.
É importante destacar o contexto mundial deste período. O mundo passava pelo fim da Primeira Guerra
Mundial, conflito em que muitos dos principais países produtores de produtos industrializados estavam
envolvidos o que afetou o abastecimento mundial. Neste sentido, iniciou-se no Brasil a política de substituição
de importações, ou seja, passou-se a produzir aqui o que antes se importava de outros países. É importante
destacar o papel de Getúlio Vargas para o impulso da indústria nacional, principalmente através da criação
das indústrias de base, fundamentais para o surgimento de outras indústrias, dentre as quais podemos
destacar a Companhia Siderúrgica Nacional, a Vale do Rio Doce e a Petrobrás. O processo de
desconcentração industrial também estava acontecendo ao redor do mundo. Vargas preparou o cenário com
as indústrias de base, e o processo da criação de parques industriais veio a se consolidar com JK em meados
dos anos 50. Os países hegemônicos, que tinham se industrializado primeiro, começaram a precisar ampliar
seu mercado consumidor. Nesse momento, as tecnologias de comunicação e os meios de transporte
estavam se desenvolvendo. Assim, a industrialização do Brasil contou com a colaboração do capital externo.
Para os países subdesenvolvidos, com industrialização tardia, era importante conceder vantagens para atrair
o modelo industrial e o capital externo. Essas vantagens podem ser isenções fiscais, legislações ambientais
flexíveis, ou concessões de outras naturezas. Isso consolida relações entre os países, uma vez que as
indústrias podem passar a serem multinacionais. Por isso a formação de oligopólios vem crescendo ao longo
do desenvolvimento dos meios produtivos. Na região amazônica temos o exemplo de montadoras de carros
no período JK, a criação da Fordlândia. Foram concedidas isenções fiscais para consolidação do polo
industrial de Manaus. Nessa época, a indústria automobilística tinha bastante destaque. Antes, regulava e
estimulava a produção de borracha nessa mesma região. Agora, atraia montadoras de fora que se utilizam
do território, dos recursos e da mão de obra nacional. Essas montadoras não adquiriram o caráter

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multinacional ou aglutinaram industrias nacionais. Nesse mesmo período, JK investia no modal rodoviário,
já consolidado em outros países mundo a fora, construindo muitas estradas e direcionando os fluxos de mão
de obra que também foram motivados pelo aumento da concentração fundiária no campo.
Essas estradas eram criadas para;
Atrair industrias automotivas de fora – como foram o caso das montadoras
Cumprir o projeto de integração territorial – dinamizando e selecionando as funções regionais
brasileiras e também estimulando e viabilizando os fluxos migratórios e o êxodo rural, num novo planejamento
nacional.
Esses fluxos migratórios foram;
Para o sudeste, onde foram colocadas os primeiros polos urbano-industriais do Brasil, concentrando
oferta de mão de obra num crescimento urbano desordenado. As indústrias ficaram concentradas nessa
região pelo histórico da produção de café.

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Exercícios

1. Ao deflagrar-se a crise mundial de 1929, a situação da economia cafeeira se apresentava como se


segue. A produção, que se encontrava em altos níveis, teria que seguir crescendo, pois os produtores
haviam continuado a expandir as plantações até aquele momento. Com efeito, a produção máxima
seria alcançada em 1933, ou seja, no ponto mais baixo da depressão, como reflexo das grandes
plantações de 1927-1928. Entretanto, era totalmente impossível obter crédito no exterior para financiar
a retenção de novos estoques, pois o mercado internacional de capitais se encontrava em profunda
depressão, e o crédito do governo desaparecera com a evaporação das reservas.
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1997 (adaptado).

Uma resposta do Estado brasileiro à conjuntura econômica mencionada foi o(a)


a) atração de empresas estrangeiras.
b) reformulação do sistema fundiário.
c) incremento da mão de obra imigrante.
d) desenvolvimento de política industrial.
e) financiamento de pequenos agricultores.

2. A política para o desenvolvimento do governo Getúlio Vargas, no período do Estado Novo, priorizou
a) a tecnificação da agricultura para exportação.
b) a promoção da indústria de base, a exemplo da siderurgia.
c) a estatização dos meios de comunicação, com o surgimento da Embratel.
d) a produção de bens de consumo, a exemplo da indústria automotiva.
e) a privatização dos setores industriais de base.

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3. Com o crescimento econômico ocorrido durante o século XX, o Brasil pode ser considerado um país
industrializado, embora os males do subdesenvolvimento continuem presentes. O processo de
industrialização brasileiro contou com um agente de fundamental importância: o Estado Nacional.
Sobre o papel do Estado no processo de industrialização brasileiro, assinale a alternativa CORRETA:
a) Foi responsável pela construção dos setores de infraestrutura e transporte, pelo investimento
direto no setor industrial e pela criação de uma legislação trabalhista.
b) Foi responsável pelos investimentos em infraestrutura e transporte, porém não participou dos
investimentos diretos no setor industrial e se omitiu na criação de uma legislação trabalhista.
c) Agiu na criação de uma legislação trabalhista, porém não participou dos investimentos em
infraestrutura e transportes, bem como dos investimentos diretos no setor industrial.
d) Foi responsável pelos investimentos diretos no setor industrial, porém, por falta de recursos,
deixou a cargo das empresas privadas os investimentos na criação de infraestrutura e
transportes.
e) Abriu mão do papel de empreendedor, não participando dos investimentos diretos no setor
industrial, nem dos investimentos em infraestrutura.

4. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi fundada em abril de 1941, durante o governo Getúlio
Vargas, com o financiamento estadunidense, em troca da cessão do uso do porto de Natal (RN) como
base militar dos Estados Unidos no decorrer da Segunda Guerra Mundial.
Essa siderúrgica foi construída no município de
a) Cubatão, localizado no estado de São Paulo, entre a capital e o porto de Santos, maior porto
brasileiro na ocasião.
b) Carajás, no interior do estado do Pará, para aproveitar a maior reserva mundial de minério de
ferro, situada naquela localidade.
c) Volta Redonda, situado entre São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores cidades brasileiras na
época, e próximo ao Quadrilátero Ferrífero.
d) São Paulo, capital do estado mais rico da federação naquele período e maior consumidor de
produtos siderúrgicos e metalúrgicos da América Latina.
e) Salvador, capital do país naquele momento, grande centro financeiro e industrial, cortado pelas
linhas da Rede Ferroviária Federal, que abasteciam os fomos da companhia.

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5. Sobre a indústria brasileira, sua concentração e desconcentração espacial, a alternativa correta é:


a) A industrialização brasileira foi tardia, ao longo do século XIX, concentrando-se na região
Sudeste do Brasil, reproduzindo as desigualdades regionais sociais e econômicas.
b) No governo de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo, a preocupação estatal foi com a
indústria de base, com enfoque na produção de energia e setor de transportes; já no governo de
Juscelino Kubitschek, o setor automobilístico teve a atenção maior.
c) A industrialização como substituição de importações, com capital estatal abundante e mão-de-
obra barata, acontece no Brasil através da indústria de bens de consumo duráveis e com
destaque para o setor têxtil e produção de alimentos.
d) A partir de 1950, como parte do planejamento estatal do governo federal, inicia-se a
desconcentração industrial, acentuada depois de 1990, pela crescente abertura econômica e
desenvolvimento técnico- científico.
e) Com a desconcentração industrial, o Sudeste brasileiro, principalmente São Paulo, passou por
grandes mudanças espaciais e sociais, deixando de ser a área de maior concentração industrial,
posto ocupado hoje pelo Nordeste brasileiro.

6. A industrialização brasileira tem como marco a década de 1930, com o processo de implantação de
setores de base. Isto não quer dizer que, antes daquela década, não houvesse indústrias no país. Elas
existiram, só que compuseram um setor de pouca monta e, ainda:
a) se caracterizaram pela forte dependência a uma política de investimentos governamentais.
b) se basearam em capitais provenientes da exportação da borracha amazônica.
c) tiveram, na redução de tarifas de importação de manufaturados, seu principal fator de
competitividade.
d) estiveram ligadas à formação de um mercado consumidor representado pelo afluxo de
imigrantes europeus assalariados.
e) apresentaram forte concentração de investimentos nos setores de energia e transportes.

7. Não é difícil entender o que ocorreu no Brasil nos anos imediatamente anteriores ao golpe militar de
1964. A diminuição da oferta de empregos e a desvalorização dos salários, provocadas pela inflação,
levaram a uma intensa mobilização política popular, marcada por sucessivas ondas grevistas de várias
categorias profissionais, o que aprofundou as tensões sociais. Dessa vez, as classes trabalhadoras se
recusaram a pagar o pato pelas “sobras” do modelo econômico juscelinista.
(MENDONÇA, S. R. A industrialização Brasileira. São Paulo: Moderna, 2002 (adaptado)

Segundo o texto, os conflitos sociais ocorridos no início dos anos 1960 decorreram principalmente
a) da manipulação política empreendida pelo governo Joao Goulart.
b) das contradições econômicas do modelo desenvolvimentista.
c) do poder político adquirido pelos sindicatos populistas.
d) da desmobilização das classes dominantes frente ao avanço das greves.
e) da recusa dos sindicatos em aceitar mudanças na legislação trabalhista.

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8. Juscelino Kubitschek assumiu a presidência do Brasil em 31 de janeiro de 1956. Seu governo foi
marcado pela ênfase na necessidade de promover o desenvolvimento econômico sem criar o risco de
perturbar a ordem social, embalado pelo otimismo do lema “cinquenta anos em cinco”. A política
econômica do governo JK, voltada para os transportes, a educação, a produção de alimentos, o
desenvolvimento da indústria de base e a construção de Brasília, foi definida em um documento que
sintetizava 31 objetivos.
Marque a opção que contém o nome desse plano.
a) Plano de Metas
b) Plano Collor
c) Plano Cruzado
d) Plano Piloto
e) Plano Real.

9. “O programa consistia em 30 metas, agrupadas em 5 setores:


I. Energia - 43,4 % do investimento em 5 metas: energia elétrica; energia nuclear; carvão; produção de
petróleo; refinação de petróleo.
II. Transportes: 29,6% do investimento nas seguintes metas: reequipamento e construção de estradas
de ferro; pavimentação e construção de estradas de rodagem; portos e barragens; marinha
mercante; transportes aéreos.
III. Alimentos: 3,2 % do investimento em 6 metas: trigo; armazéns e silos; frigoríficos; matadouros;
mecanização da agricultura; fertilizantes.
IV. Indústria de base: 20,4 % do investimento em 11metas: aço; alumínio; metais não ferrosos; cimento;
álcalis; papel e celulose; borracha; exportação de ferro; indústria de veículos motorizados; indústria
de construção naval; maquinaria pesada e equipamento elétrico.
V. Educação: 4,3 % do investimento em meta única.”
NOSSO SÉCULO. 1945-1960, 2ª parte. São Paulo: Abril. 1985 [adapt.].

A proposta eleitoral, denominada “Plano de Metas”, correspondeu


a) ao nacionalismo estatizante – que desejava a industrialização apoiada pela burguesia nacional,
especialmente a automobilística, com a FNM (Fábrica Nacional de Motores) – no governo de
Eurico Gaspar Dutra.
b) ao slogan “50 anos em 5” – que previa desenvolvimento infraestrutural, com destaque às
rodovias, e substituições das importações – a ser aplicado no governo de Juscelino Kubitschek.
c) aos projetos na área de Energia, Transportes, Alimentos, Indústrias de Base, Educação, no Estado
Novo, período ditatorial comandado por Getúlio Vargas.
d) às Reformas de Base, tanto agrária e urbana como industrial, na presidência do socialista João
Goulart, que acabou sendo destituído pelos militares nacionalistas.
e) à concentração da maioria dos recursos financeiros nos setores de Energia e Educação, com o
apoio da Aliança para o Progresso, durante a presidência de Jânio Quadros.

4
Geografia

10. No período compreendido entre os anos JK e o final do governo Geisel, o Brasil apresentou, entre outras
características econômicas,
a) o predomínio da substituição de importações de bens de consumo e a redução das disparidades
regionais.
b) grande desenvolvimento industrial dependente de tecnologia e capitais estrangeiros e maior
intervenção do Estado na economia.
c) grande expansão das empresas industriais de capitais nacionais, privados e estatais, e declínio da
dívida externa.
d) o predomínio da substituição de importações de bens de consumo e menor intervenção do Estado
na economia.
e) grande desenvolvimento industrial dependente de tecnologia e capitais estrangeiros e a redução
de disparidades regionais.

5
Geografia

Gabarito

1. D
A postura adotada pelo governo Vargas nesse contexto de crise, em que os estoques brasileiros estavam
cheios de café e não se tinha mais os mercados estrangeiros para compra-lo, foi a substituição de
importações, ou seja, começar a produzir o que antes comprava de outros países com o capital oriundo
da comercialização do café.

2. B
O governo de Getúlio Vargas priorizou os investimentos em infraestrutura e na indústria de bens de
produção (indústria de base) como a Cia. Vale do Rio Doce e a Cia. Siderúrgica Nacional.

3. A
As bases da industrialização brasileira foram estabelecidas nos governos Vargas e JK, os quais
investiram, entre outros aspectos, nas indústrias de base, na criação de legislações trabalhistas para o
trabalhador urbanos (CLT) e no setor de transportes, especificamente, o rodoviarismo.

4. C
A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) foi implantada no governo de Getúlio Vargas e fazia parte de
uma estratégia de intervenção do Estado na economia para estimular a industrialização do país. A CSN
está localizada no Vale do Paraíba, no município de Volta Redonda, Rio de Janeiro.

5. B
Os governos de Vargas e JK em certa medida se complementaram, isto porque, o primeiro investiu o
capital nacional na criação de empresas do setor energético (a exemplo da Petrobras) e de transportes,
enquanto JK investiu na entrada do capital estrangeiro o que fez com que chegassem ao Brasil inúmeras
indústrias automobilísticas.

6. D
Antes do efetivo início do processo de industrialização no Brasil, houveram os chamados surtos
industriais, tentativas isoladas de industrialização que não se consolidaram por conta da força dos
grandes ruralistas, entre outras razões. Neste período, as “ilhas” que compunham o arquipélago
econômico brasileiro, centrados na agroexportação e cuja força de trabalho e mercado consumidor era
composta essencialmente por imigrantes europeus (sobretudo na produção cafeeira), exerciam grande
influência na balança comercial brasileira.

7. B
Os avanços econômicos ocorridos no governo de JK trouxeram também ônus para a população, o que
representava uma contradição, visto que por um lado avançava-se economicamente e por outro retraía-
se no setor social.

8. A
O Plano de Metas criado por JK reunia os objetivos que deveriam ser alcançados em 5 anos, dentre estes
a construção de Brasília.

9. B
O Plano de Metas, um conjunto de 30 metas mais a meta síntese, foi elaborado no governo JK e visava o
desenvolvimento de 5 setores do Brasil. Esse plano fez parte do objetivo de JK que era um rápido
desenvolvimento brasileiro sob o slogan “50 anos em 5”. Pode-se dizer que esse objetivo deu
continuidade à substituição de importações iniciada em Vargas pois visava o desenvolvimento da

6
Geografia

indústria brasileira mas nesse novo momento recebendo capitais nacionais e externo (tripé econômico)
(nacional-desenvolvimentismo).

10. B
Durante o período compreendido entre o governo JK (1956-1961) e Geisel (1974-1979) o Brasil recebeu
grande quantidade de capitais estrangeiros que foram investidos na economia e em especial na indústria.
Isso contribuiu para uma crescente dependência do país em relação a tecnologia estrangeira que era
investida nas indústrias e foi um processo guiado pela ação estatal caracterizando uma intervenção
direta.

7
História

A Expansão Marítima

Resumo

Motivações

Com o monopólio italiano (mais precisamente de Gênova e Veneza) sobre o comércio mediterrâneo
com o oriente, o principal produto eram as especiarias como a canela e a pimenta que vinham da Índia e os
artigos de luxo como a seda chinesa. Sendo que a rota mais curta para o oriente era o mediterrâneo os
Genoveses e Venezianos estes controlavam os preços dos produtos vendidos nas feiras da Europa.
Outro motivo era a escassez dos metais preciosos nas minas europeias, isso além de ser um motivo
para que os europeus se lançassem ao mar incentivou o mercantilismo, pois como não havia ouro e prata em
abundância o comércio vendendo especiarias era um meio das coroas arrecadarem ouro para seus cofres.
A Igreja tem o seu papel nas motivações, o clero perdeu muitos fiéis (principalmente os ricos) para o
protestantismo, esta visando recuperar os fiéis incentivou as aventuras para o além-mar, tanto que o Concilio
de Trento havia criado a Companhia de Jesus onde os missionários (chamados de Jesuítas) iriam para as
novas terras catequizar os nativos. Essa companhia foi muito atuante no Brasil, um dos mais famosos
missionários era o Padre Anchieta.

Pioneirismo Português

Principalmente pela sua geografia e localização, Portugal foi uma das primeiras nações a se lançarem
ao atlântico, sua costa favorável e a posição na ponta da península ibérica Portugal era o país mais a oeste
da Europa continental. Houve um grande interesse da burguesia comercial em boa parte formada por cristãos
novos (judeus convertidos ao cristianismo), que era forte e influente no reino, para que se conseguissem
novos produtos e rotas para sua atividade.
Assim os burgueses e a coroa patrocinaram as empreitadas marítimas construiu-se a Escola de Sagres,
que era uma escola de navegação para os portugueses formarem novos navegantes e aprimorarem as
técnicas de navegação. Vale ressaltar que a criação da escola nos moldes acadêmicos é controversa, muitos
historiadores defendem que os navegadores apenas encontravam-se em determinado lugar para trocar
informações.
Outros fatores que valem ser citados é a grande tradição pesqueira do país o que confere certa
experiência na navegação, outro fator é a grande influência deixada pela invasão árabe que dominou durante
anos a península ibérica já que estes eram exímios navegadores. Podemos ainda citar o controverso “espírito
aventureiro” dos portugueses que é citado por alguns historiadores como um dos motivos para o pioneirismo,
sua controvérsia se constrói em não ter nenhum motivo concreto para esse espírito sendo que em qualquer
povo com tecnologia semelhante poderia surgir este espírito, sem contar que todos os povos que se lançaram
ao mar podem ser considerados aventureiros.

1
História

Consequências

Podemos apontar como principal consequência da expansão marítima certa unificação dos mercados,
isso não foi uma consequência imediata, foi sendo construída ao longo dos séculos sendo que essa
unificação se torna consolidada somente no fim do século XX com a globalização, mas com certeza seu
começo foi durante o século XV e XVI.
Outra consequência que perdurou até o século XX foi a hegemonia europeia sobre o mundo, antes das
navegações os maiores impérios do mundo se localizavam na África e Ásia. Porém com as grandes
navegações os países europeus tomaram a frente na hegemonia mundial, pois estes dominaram a América
e a África tendo mais terras para gerar renda das mais variadas maneiras, essa hegemonia somente veio
terminar com o fim da guerra fria, onde começa a hegemonia estadunidense.
Essa dominação teve o sistema colonial por base, onde as colônias somente poderiam comerciar com
as suas metrópoles (países dominantes), gerando mais riquezas para o continente europeu e impedindo por
muito tempo sua independência. É infeliz ter que citar aqui a escravidão como consequência dessa expansão
marítima.
A escravidão e os outros tipos de trabalho compulsório foram uma das maiores vergonhas da
humanidade, destruindo a vida de milhões e deixando marcas na sociedade até hoje. É importante lembrar
que havia escravidão no mundo antigo europeu, africano e asiático, porém nunca antes em uma escala tão
grande e com um comércio que abrangia todos os países do atlântico (no caso dos negros), podemos dizer
que as descriminações raciais e a desvalorização dos trabalhos manuais no Brasil são consequência diretas
dos anos escravistas.

2
História

Exercícios

1. Dispostos a participar do lucrativo comércio de especiarias, realizado pelos portos do levante


mediterrâneo e controlado pelos venezianos, os portugueses buscaram um caminho alternativo. Em
1498, Vasco da Gama conseguiu chegar à Índia:
a) através dos portos do poente mediterrâneo.
b) utilizando as antigas rotas terrestres do Meio Oriente.
c) utilizando o canal do Panamá.
d) através do Estreito de Magalhães.
e) circunavegando a África.

2. A propósito da expansão marítima comercial europeia dos séculos XV e XVI pode-se afirmar que :
a) a igreja católica foi contrária à expansão e não participou da colonização das novas terras.
b) os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países ibéricos.
c) a centralização política fortaleceu-se com o descobrimento das novas terras.
d) os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos dos povos americanos.
e) os descobrimentos intensificaram o comércio de especiarias no mar Mediterrâneo

3. No extremo leste da Indonésia, na parte oriental de uma ilha, situa-se um dos membros da Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Timor Leste, cuja autonomia só recentemente foi
assegurada, graças à importante presença de forças da ONU.

A existência de um país de língua portuguesa nessa região deve-se


a) à Companhia de Jesus, que disseminou o catolicismo na região e contribuiu para que seu povo
adotasse o idioma de Camões.
b) ao imperialismo neocolonialista do final do século XIX, levou essa região do globo a ser partilhada
pelos países europeus.
c) à ação humanitária dos portugueses, que intervieram na região para impedir que sua população
cristã fosse subjugada pela maioria budista.
d) aos conflitos originados da Guerra Fria, quando os EUA apoiaram a presença portuguesa na região
para defender os interesses ocidentais.
e) à expansão comercial e marítima dos séculos XV e XVI, que levaram as naus portuguesas a essa
região, então, incorporada ao império de Lisboa.

3
História

4. “Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da
maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma
a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para
o Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição.”
Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527.
O texto remete diretamente
a) à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos.
b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas.
c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária.
d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.
e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima

5. Referindo-se à expansão marítima dos séculos XV e XVI, o poeta português Fernando Pessoa escreveu,
em 1922, no poema “Padrão”:

“E ao imenso e possível oceano


Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.”
Fernando Pessoa, Mensagem – poemas esotéricos. Madri: ALLCA XX, 1997, p. 49.

Nestes versos identificamos uma comparação entre dois processos históricos. É válido afirmar que o
poema compara:

a) o sistema de colonização da Idade Moderna aos sistemas de colonização da Antiguidade Clássica:


a navegação oceânica tornou possível aos portugueses o tráfico de escravos para suas colônias,
enquanto gregos e romanos utilizavam servos presos à terra.
b) o alcance da expansão marítima portuguesa da Idade Moderna aos processos de colonização da
Antiguidade Clássica: enquanto o domínio grego e romano se limitava ao mar Mediterrâneo, o
domínio português expandiu-se pelos oceanos Atlântico e Índico.
c) a localização geográfica das possessões coloniais dos impérios antigos e modernos: as cidades-
estados gregas e depois o Império Romano se limitaram a expandir seus domínios pela Europa,
ao passo que Portugal fundou colônias na costa do norte da África.
d) a duração dos impérios antigos e modernos: enquanto o domínio de gregos e romanos sobre os
mares teve um fim com as guerras do Peloponeso e Púnicas, respectivamente, Portugal figurou
como a maior potência marítima até a independência de suas colônias.

4
História

6. O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494 e confirmado nos seus termos pelo Papa
Júlio II em 1506, representou para o século XVI um marco importante nas dinâmicas europeias de
expansão marítima. O tratado visava:
a) demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o
desenvolvimento da expansão comercial marítima.
b) estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e
da formação do exército nacional.
c) impor a reserva de mercado metropolitano espanhol, por meio da criação de um sistema de
monopólio que atingia todas as riquezas coloniais.
d) reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois
das expedições de Vasco da Gama às Índias.
e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da
Invencível Armada de Filipe II, da Espanha.

7. Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa: Antologia poética / organizador Álvaro Cardoso Gomes. Sl: Moderna, 1994. Col. Travessias.

No poema acima citado, Fernando Pessoa refere-se à expansão do Império Português, no início da Era
Moderna. Se os resultados finais mais conhecidos dessas "Navegações Ultramarinas" foram a abertura
de novas rotas comerciais em direção à Índia; a conquista de novas terras e a difusão da cultura
europeia, outros elementos também compõem o panorama daquele contexto, como:
a) os relatos de viajantes medievais; a reconquista árabe em Portugal; o anseio de crescimento
mercantil.
b) a ânsia de expandir o cristianismo; a demanda de especiarias; a aliança com as cidades italianas.
c) a busca do enriquecimento rápido; o mito do abismo do mar; a desmonetarização da economia.
d) o desenvolvimento da matemática; a busca do ouro para as cruzadas; a descentralização
monárquica.
e) o avanço das técnicas de navegação; a busca do mítico paraíso terrestre; a percepção do universo,
segundo uma ordem racional.

5
História

8. Acerca das pretensões iniciais da exploração e conquista do Brasil, assinale a alternativa correta.
a) Interesses antropológicos levaram os portugueses a fazer contato com outros povos, entre eles
os índios do Brasil.
b) O rei dom Manuel tinha-se proposto chegar às Índias navegando para o ocidente, antecipando-se,
assim, a Cristovão Colombo.
c) O interesse científico de descobrir e classificar novas espécies motivou cientistas portugueses
para lançarem-se à aventura marítima.
d) Os conquistadores estavam interessados em encontrar terras férteis para desenvolver a cultura
do trigo e, assim, dar solução às crises agrícolas que sofriam em Portugal.
e) Os portugueses estavam interessados nas riquezas que as novas terras descobertas podiam
conter, além de garantir a segurança da rota para as Índias.

9. “Porque uma das coisas principalmente requeridas para a prosperidade e felicidade de um reino, é ter
em si uma contínua e grande quantidade de moeda, e abundância de ouro e prata, que são em essência
todas as riquezas temporais desta vida, ou todas vêm resultar nelas... E o que destrói esta abundância
e causa pobreza é a sua saída, quando é permitida.”
Tomás de Mercado, séc. XVI. Apud Vilar, Pierre. Desenvolvimento econômico e análise histórica. Lisboa, Editorial Presença,
1982.

O documento explicita a seguinte prática econômica mercantilista:


a) monopólio comercial;
b) livre comércio;
c) industrialismo;
d) pacto colonial;
e) metalismo.

10. "Quem quer passar além do Bojador,


Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
"Fernando Pessoa, "Mar Português" in Obra poética. Ria de Janeiro, Editora José Aguilar, 1960, p 19

O trecho de Fernando Pessoa fala da expansão marítima portuguesa. Para entendê-lo, devemos saber
que:
a) "Bojador" é o ponto ao extremo sul da África e que atravessá-lo significava encontrar o caminho
para o Oriente.
b) a "dor" representa as doenças, desconhecidas dos europeus, mas existentes nas terras a serem
conquistadas pelas expedições.
c) o "abismo" refere-se à crença, então generalizada. de que a Terra era plana e que, num determinado
ponto, acabaria, fazendo caírem os navios.
d) menção a "Deus" indica a suposição, à época, e que o Criador era contrário ao desbravamento dos
mares e que puniria os navegadores.
e) o "mar" citado é o Oceano Índico, onde estão localizadas as Índias, objetivo principal dos
navegadores

6
História

Gabarito

1. E
As rotas monopolizadas pelos comerciantes italianos através do mediterrâneo fizeram os países – como
Portugal - procurarem novas rotas até a Índia.

2. C
A centralização política foi fundamental para as grandes navegavações, já que o rei teve papel importente
na organização do empreendimento, assim como na articulação dos interesses das diversas camadas
sociais, como a burguesia, o clero e a nobreza.

3. E
O pioneirismo português nas Grandes Navegações levou os lusos para lugares bem distantes da
metrópole, como às índias, o litoral africana e o sul da américa. Neste contexto, formou-se o que
chamamos de Império Português.

4. D
O Tratado de Tordesilhas, assinado por Espanha e Portugal, era frequentemente disputado e
desrespeitado pelos Estados Nacionais que não se incluiam no acordo.

5. B
O porta compara a extensão das colonizações da antiguidade e da modernidade, fazendo menção as
conquistas greco-romanas no mediterrâneo.

6. A
O Tratado de Tordesilhas foi ratificado pela igreja e pretendia dividir o mundo entre as duas potências
marítima.

7. E
Com o renascimento, a ordem racional tomou a frante no que diz respeito às explicações sobre o mundo,
promovendo grandes transformações na mentalidade da época.

8. E
O monopólio das rotas pelo mediterrâneo pelos italianos impulsionou os portugueses á a buscarem novas
fontes de riqueza e rotas alternativas às ideias. Após a chegada na América, as terras “recém descobertas”
passaram a cumprir esse papel.

9. E
O metalismo defendia a acumulação de metais preciosos pelos reinos europeus. Esse princípio do
mercantilismo é um fatores que impulsiona às grandes navegações;

10. C
Havia a crença, defendida sobretudo pela Igreja Católica, de que a terra seria plana, fato que passar a ser
questionado a partor do contexto do Renascimento.

7
História

América Colonial

Resumo

Colonização Portuguesa

A economia da América portuguesa é bem diversificada, no entanto começa com uma economia
baseada no extrativismo, com o principal produto sendo o pau brasil que era recolhido pelos indígenas e
estocado em feitorias ao longo da costa, com o aumento da ocupação portuguesa depois da metade do
século XVI diversificam-se as atividades, com destaque para o açúcar em São Paulo e Pernambuco, mas com
diversas outras atividades em menor escala, como o tabaco (que era trocado por escravos na África) e o
algodão, principalmente depois das invasões holandesas e do declínio do ouro em Minas Gerais essas
culturas acabaram ganhando destaque. A mão de obra era primordialmente escrava, primeiro com os
indígenas e depois com os negros em razão do grande comércio intercontinental, com pequenas exceções
como no início das minerações em Minas Gerais no século XVII e na pecuária do Sertão no mesmo século,
no entanto todas as atividades tinham a presença escrava em certa medida.
A administração colonial foi inicialmente comandada por particulares de confiança do reino, assim as
Capitanias Hereditária eram dirigidas por estes “homens bons” que eram em sua maioria senhores de
engenho. Estes eram como reis em seus territórios, e reproduziam de certo modo a lógica do feudalismo
dentro de seu território, apesar de vários nem se quer virem ao Brasil. Este modelo fracassa devido à enorme
descentralização do poder e dificuldades do novo território, é instalado então um Governo Geral em Salvador
em 1549 o sistema incentivou as catequeses indígenas, resolveu boa parte dos conflitos entre brancos e
indígenas além de incentivar o uso de escravos negros por causa do mercado internacional. Em 1621 o Brasil
é dividido entre Estado do Brasil e Estado do Maranhão (posteriormente Maranhão e Grão Para), porém se
reunifica com Marquês de Pombal se tornando um Vice Reino de Portugal, o que lhe conferia mais autonomia
mas ainda sim com o controle extremo da metrópole, a capital ainda é mudada de Salvador para o Rio de
Janeiro ficando mais perto das minas de ouro de Minas Gerais e dos interesses portugueses na bacia do
prata.
A sociedade colonial portuguesa tem configurações variadas de acordo com a região e com o tempo,
assim temos um Brasil com muitas influências indígenas no sul (principalmente São Paulo) onde inclusive a
língua falada era a geral indígena, o Nheengatu, tendo sido inclusive utilizada por brancos, como os
bandeirantes. Já no nordeste temos uma maior presença portuguesa devido a prosperidade do açúcar e
proximidade com o velho continente, depois do século XVIII a presença de portugueses e da coroa se
intensifica devido ao ouro e a integração comercial dos mercados dentro da colônia para suprir a zona aurífera,
assim, temos uma maior miscigenação cultural que viria a formar uma cultura pretensamente europeia nos
níveis mais altos da sociedade mas com efetiva incorporação e sincretismo dos modos e costumes negros,

1
História

indígenas e brancos como no caso da incorporação da mandioca (influência indígena) na alimentação de


todos, houve ainda o surgimento de religiões que misturam culturas de todas as vertentes como a umbanda
e a jurema, outro fator é a língua portuguesa falada no Brasil que também é fruto das misturas culturais,
contando com palavras indígenas (como açaí, arapuca e carioca) e negras (como banguela, cachaça e
cafundó) com a língua portuguesa.

Colonização Francesa
A economia das colônias francesas seguia as demais empreitadas coloniais, com a principal atividade
econômica centrada nas exportações de gêneros tropicais, como o rum, café, frutas, açúcar, tabaco entre
outros, podemos destacar nesse cenário a Guiana Francesa, centrada no Norte da América do Sul e banhada
pelo mar do Caribe tem as suas atividades voltadas para a pesca e a mineração aurífera. O império francês
utilizava mão de obra livre nas suas colônias mais ao como a Louisiana e o Canadá, porém em localidades
no Caribe a mão de obra escrava era intensamente utilizada.
A política na colônia sempre teve o apoio real e o acompanhamento de perto de seus representantes
reais, no entanto podemos citar a fracassada França Antártica, colônia instalada na atual Baia de Guanabara,
seu fracasso deveu-se a desavenças entre católicos e protestantes, por evasões de franceses para as tribos
ao redor e pelo abandono de diversos colonos, estes foram derrotados por Estácio de Sá em 1565. A França
ainda perde diversos territórios ao longo dos quatro séculos de colonização, como as posseções da Nova
França assaltadas por ingleses e pelos indígenas locais, diversos territórios são perdidos na Guerra dos 7
Anos com os Ingleses ou cedidos aos estadunidenses depois de sua independência, ainda podemos destacar
o caso do Haiti, que depois da volta da escravidão pelas mãos Girondinas na Revolução Francesa promoveu
uma enorme revolta escrava (a única bem sucedida da história) e teve sua independência da França em 1802.
Ainda sobre o Haiti e as colônias escravistas da França podemos destacar as trocas culturais entre franceses
e negros nessas regiões foram mais intensas e curiosamente os filhos de relações (violentas ou não) entre
senhores (gran blancs) escravos (gens de coleur) eram livres, alfabetizados e conseguiam alguma ascensão
social como administradores de fazenda, totalmente diferente dos escravos que mantinham um intenso
vínculo cultural com a África, o que facilitou a organização de resistências em marrons (equivalente aos
quilombos brasileiros).

Colonização Espanhola
A economia espanhola divergia quanto ao ambiente explorado, com seu extenso império desde a atual
Califórnia nos Estados Unidos á Patagônia nos atuais Chile e Argentina os diferentes climas e territórios
diversificavam a sua produção. Nas regiões centrais da América do Sul temos a alta produção de prata,
principalmente em Potosí na atual Bolívia, já no México temos uma intensa produção aurífera, ambas eram
altamente nocivas aos corpos dos trabalhadores indígenas já que estas usavam o mercúrio no processo. Nas
regiões não mineradoras temos uma intensa produção de gêneros tropicais como café, cacau, açúcar, tabaco
etc. Com destaque a tradicional produção de tabaco, rum e açúcar no Caribe, principalmente na ilha de Cuba,

2
História

e de carne no estuário da Prata. Sua principal mão de obra era baseada nas tradicionais formas de trabalho
dos povos nativos, daí nascia a mita e a encomienda, a primeira consistia em serviços prestados pelos
indígenas em um período do ano para os donos das minas, já o segundo era usada nas áreas agrícolas onde
o donatário da terra teria direito sobre a terra e seus habitantes que também trabalhavam um período nas
terras dos espanhóis.
A política colonial inicialmente é semelhante a dos portugueses, os primeiros “conquistadores”
recebiam a posse das terras que conquistavam e as comandavam, no entanto com o avançar da exploração
dos descendentes de Pizarro e Cortês fomentaram diversas rebeliões que foram duramente reprimidas pela
coroa, assim, a administração colonial faz profundas mudanças, são fundados os Vice-Reinos nas áreas mais
centrais como o do Rio da Prata (atuais Argentina, Paraguai, Uruguai e parte da Bolívia) e as Capitanias Gerais
em áreas mais fronteiriças ou litorâneas que detinham interesses de defesa como a Capitania Geral de Cuba,
que servia de entreposto dos carregamentos de ouro e prata para a Espanha.
A sociedade espanhola era dividida basicamente em três grupos, abaixo de todos estavam os indígenas
e escravos, que eram excluídos da maior parte da vida social da colônia e eram brutalmente explorados pelos
espanhóis, já os escravos eram totalmente renegados a posições inferiores em todas as esferas coloniais, no
meio da pirâmide social estão os Criollos, filhos de espanhóis nascidos na colônia, em sua maioria eram
donos das minas ou fazendeiros e representavam a elite econômica da colônia, estes durante o século XIX
vão organizar a independência destes locais, o grupo mais privilegiado era o dos Chapetones, ou ibéricos,
espanhóis nascidos na metrópole que vinham para a colônia como administradores reais e altos oficiais do
exército, esse grupo constantemente entrava em conflitos de interesse com os criollos.

Colonização Inglesa
A economia das colônias inglesas variava muito de acordo com o seu ambiente e povoamento, no Norte
das 13 colônias temos uma enorme rede comercial com as colônias espanholas no caribe e a África, onde
fazia-se o comércio triangular com ênfase na troca de rum e tabaco por escravos, além disso, durante os
séculos XVII e XVIII temos diversas instalações manufatureiras utilizava-se a mão de obra livre. Já no Sul das
Treze Colônias a situação era totalmente diferente, a produção no modo de Plantation com mão de obra
escrava, monocultura algodoeira e grandes latifúndios acabavam por diferenciar profundamente as duas
regiões em questão causando grandes diferenças. No Caribe ao contrário do norte das treze colônias era
extensamente escrava, com sua produção também focada em gêneros tropicais, principalmente do rum e
açúcar na ilha da Jamaica.
A política variava de acordo com a região, no Caribe temos um intenso controle da metrópole, assim
como o Sul das Treze Colônias onde era muito rígido o exclusivo metropolitano com os ingleses,
principalmente por causa do seu principal produto o algodão, de especial interesse para as indústrias têxteis
da Inglaterra. Ao Norte a administração era totalmente diferente, a “negligência salutar” dos ingleses quanto
as colônias do norte foi primordial para a construção dessa liberdade política e comercial e para a futura
independência das Treze Colônias mais tarde.

3
História

A sociedade inglesa colonial era bem diversificada, com a interação de diversos grupos, mesmo dentro
dos colonos que dividiam-se entre puritanos (calvinistas ingleses) e anglicanos, os puritanos sendo os
primeiros á adentrarem em território americano a bordo do May Flower, no entanto, os negros e indígenas
sofriam profunda segregação na sociedade colonial inglesa com raras uniões entre indígenas e ingleses, além
de quase nenhuma interação entre negros e ingleses, no caso dos indígenas aconteceram diversos
extermínios planejados dessa população no período colonial e depois da independência na chamada “Marcha
para o Oeste”.

4
História

Exercícios

1. Erro de português

Quando o português chegou


Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
(Oswald de Andrade. "Poesias reunidas". 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972)

Sobre o contexto histórico em que se insere o fenômeno que os versos identificam é correto afirmar
que
a) a descoberta de metais preciosos favoreceu o estabelecimento das primeiras relações
econômicas entre portugueses e indígenas.
b) a agressividade demonstrada pelos nativos despertou o interesse metropolitano pela ocupação
efetiva das novas terras.
c) a conquista da América pelos portugueses contribuiu para o crescimento demográfico da
população indígena no Brasil.
d) no chamado período pré-colonial, o plantio e a exploração do pau-brasil incentivaram o tráfico
africano.
e) apesar de ter tomado posse da terra em nome do rei de Portugal, o interesse da monarquia estava
voltado para o Oriente.

5
História

2. A sociedade colonial brasileira

"herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas


de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) As
distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que
cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial.
A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar
seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio
transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização
de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes
étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e
hierarquias baseadas na cultura e na cor."
(Stuart B. Schwartz, SEGREDOS INTERNOS)

A partir do texto pode-se concluir que:

a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi
transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da
sociedade brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a
escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não
tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros,
tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade
colonial.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros,
não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos
XVI e XVII.

3. "Como não se tratava de regiões aptas para a produção de gêneros tropicais de grande valor comercial,
como o açúcar ou outros, foi-se obrigado para conseguir povoadores (...) a recorrer às camadas pobres
ou médias da população portuguesa e conceder grandes vantagens aos colonos que aceitavam irem-
se estabelecer lá. O custo do transporte será fornecido pelo Estado, a instalação dos colonos é cercada
de toda a sorte de providências destinadas a facilitar e garantir a subsistência dos povoadores; as
terras a serem ocupadas são previamente demarcadas em pequenas parcelas, (...) fornecem-se
gratuitamente ou a longo prazo auxílios vários (instrumentos de trabalho, sementes, animais, etc)".
(Prado Júnior, C. História econômica do Brasil. 27 ed. S. Paulo: Brasiliense, 1982. p. 95-6)

Com base no texto, é possível afirmar que o autor se refere:


a) à colonização do sertão nordestino através da pecuária.
b) à ocupação da Amazônia através das drogas do sertão.
c) à expansão para o interior paulista pelas entradas e bandeiras.
d) à colonização do Sul através da pecuária.
e) ao povoamento das Capitanias Hereditárias.

6
História

4. Leia o texto abaixo e responda posteriormente ao que é pedido.

“Nos anos 1575-1600, Potosí produziu talvez a metade de toda a prata hispano-americana. Tal profusão
de prata não teria vindo à tona sem a concomitante abundância de mercúrio de Huancavélica, que
naqueles mesmos anos estava também produzindo como nunca havia feito. Outro estimulante para
Potosí foi claramente a mão de obra barata fornecida através da mita de Toledo.”
BETHELL, Leslie (org.). História da América Latina. in: América Latina Colonial. v. 2. São Paulo: Edusp, 1999. p. 141.

Como indicado no texto, os espanhóis utilizaram um sistema de trabalho denominado mita, que
consistia:
a) no trabalho obrigatório e temporário, mobilizando mão de obra indígena geralmente escolhida por
sorteio entre as tribos, sendo deslocada para qualquer região da colônia.
b) no emprego de tribos inteiras de indígenas, dirigidas por seus chefes naturais, assegurando ainda
a instrução cristã dos envolvidos.
c) no trabalho compulsório e permanente de escravos que chegavam ao porto de Toledo.
d) em contratos de servidão realizados entre espanhóis e astecas.
e) em um sistema de servidão por dívidas, pois com a desintegração da economia tradicional
indígena, esses foram obrigados a adquirir produtos vindos da Europa.

5. Leia o texto abaixo:

“Aqueles que foram de Espanha para esses países (e se têm na conta de cristãos) usaram de duas
maneiras gerais e principais para extirpar da face da terra aquelas míseras nações. Uma foi a guerra
injusta, cruel, tirânica e sangrenta. Outra foi matar todos aqueles que podiam ainda respirar ou suspirar
e pensar em recobrar a liberdade ou subtrair-se aos tormentos que suportam, como fazem todos os
senhores naturais e os homens valorosos e fortes; pois comumente na guerra não deixam viver senão
mulheres e crianças: e depois oprimem-nos com a mais horrível e áspera servidão a que jamais tenham
submetido homens ou animais.”
LAS CASAS, Frei Bartolomeu de. O paraíso destruído. Brevíssima relação da destruição das Índias [1552]. Porto Alegra: L&PM,
2001.

O trecho do texto de Las Casas aponta o processo de dizimação das populações indígenas americanas
por parte dos espanhóis. Além da guerra, os processos de trabalho e o controle disciplinar imposto
resultaram na morte de milhões de habitantes nativos da América. Dentre os processos de trabalho
impostos aos indígenas e que resultaram em sua mortandade, destaca-se:
a) a escravidão imposta a eles, semelhante a dos africanos levados à América para trabalhar na
extração de metais.
b) a encomienda, um processo de trabalho compulsório imposto a toda uma tribo para executar
serviços agrícolas e extrativistas.
c) o assalariamento, pago em valores muito baixos e geralmente em espécie.
d) a parceria, onde os indígenas eram obrigados a trabalhar na agricultura e nas minas, destinando
dois terços da produção aos espanhóis.
e) o arrendamento das terras indígenas pelos próprios nativos implicava para os espanhóis uma
imensa carga tributária aos indígenas.

7
História

6. “Para o progresso do armamento marítimo e da navegação, que sob a boa providência e proteção divina
interessam tanto à prosperidade, à segurança e ao poderio deste reino [...], nenhuma mercadoria será
importada ou exportada dos países, ilhas, plantações ou territórios pertencentes à Sua Majestade, ou
em possessão de Sua Majestade, na Ásia, América e África, noutros navios senão nos que [...]
pertencem a súditos ingleses [...] e que são comandados por um capitão inglês e tripulados por uma
equipagem com três quartos de ingleses [...], nenhum estrangeiro [...] poderá exercer o ofício de
mercador ou corretor num dos lugares supracitados, sob pena de confisco de todos os seus bens e
mercadorias [...]”.
Segundo Ato de Navegação de 1660. In: Pierre Deyon. O mercantilismo. São Paulo: Perspectiva, 1973, p. 94-95.

Por meio do Ato de Navegação de 1660, o governo inglês:


a) estabelecia que todas as mercadorias comercializadas por qualquer país europeu fossem
transportadas por navios ingleses.
b) monopolizava seu próprio comércio e impulsionava a indústria naval inglesa, aumentando ainda
mais a presença da Inglaterra nos mares do mundo.
c) enfrentava a poderosa França retirando-lhe a posição privilegiada de intermediária comercial em
nível mundial.
d) desenvolvia a sua marinha, incentivava a indústria, expandia o Império, abrindo novos mercados
internacionais ao seu excedente agrícola.
e) protegia os produtos ingleses, matérias-primas e manufaturados, que deveriam ter sua saída
dificultada, de modo a gerar acúmulo de metais preciosos no Reino inglês.

7. A conquista colonial inglesa resultou no estabelecimento de três áreas com características diversas na
América do Norte. Com relação às chamadas “colônias do Sul” é correto afirmar que:
a) baseava-se, sobretudo, na economia familiar e desenvolveu uma ampla rede de relações
comerciais com as novas colônias do Norte e com o Caribe.
b) baseava-se numa forma de servidão temporária que submetia os colonos pobres a um conjunto
de obrigações em relação aos grandes proprietários de terras.
c) baseava-se numa economia escravista voltada principalmente para o mercado externo de
produtos, como o tabaco e o algodão.
d) consolidou-se como o primeiro grande polo industrial da América com a transferência de diversos
produtores de tecidos vindos da região de Manchester.
e) caracterizou-se pelo emprego de mão de obra assalariada e pela presença da grande propriedade
agrícola monocultora.

8
História

8. Durante o século XVII, grupos puritanos ingleses perseguidos por suas ideias políticas (anti-
absolutistas) e por suas crenças religiosas (protestantes calvinistas) abandonaram a Inglaterra,
fixando-se na costa leste da América do Norte, onde fundaram as primeiras colônias. A colonização
inglesa nessa região foi facilitada:
a) pela propagação das ideias iluministas, que preconizavam a proteção e o respeito aos direitos
naturais dos governados.
b) pelo desejo de liberdade dos puritanos em relação à opressão metropolitana.
c) pelo abandono dessa região por parte da Espanha, que então atuava no eixo México-Peru
d) pela possibilidade de explorar grandes propriedades agrárias com produção destinada ao
mercado europeu.
e) pelas consciências políticas dos colonos americanos, desde logo treinados nas lutas coloniais.

9. O texto abaixo trata das incursões francesas na América; entretanto, essas ainda não representavam
que a França tivesse dado início à sua expansão.
“Ao longo do século XVI, os franceses estiveram na América, mas isso não significava uma atitude
sistemática e coerente desenvolvida pela Coroa. Era, no mais das vezes, atuação de corsários e uns
poucos indivíduos. Como exemplo, pode-se mencionar as invasões do litoral brasileiro, (…) e algumas
visitas à América do Norte.”
(FARIA, R. de M. e outros. História para o ensino médio. Belo Horizonte:Lê, 1998,p.182)

Entre os motivos que levaram a França a iniciar tardiamente sua expansão marítima e comercial,
podemos destacar:
a) os problemas internos ligados à consolidação do Estado Nacional.
b) a derrota da França na violenta guerra contra a Alemanha.
c) a falta de associação entre a Coroa e a burguesia francesa.
d) a violenta disputa entre calvinistas e luteranos.
e) A não inclusão das classes superiores no projeto expansionista.

10. As tentativas francesas de estabelecimento definitivo no Brasil ocorreram entre a segunda metade do
século XVI e a primeira metade do século XVII. As regiões que estiveram sob ocupação francesa foram:
a) Rio de Janeiro (França Antártica) e Pernambuco (França Equinocial);
b) Pernambuco (França Antártica) e Santa Catarina (França Equinocial);
c) Bahia (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);
d) Maranhão (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);
e) Espírito Santo (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica).

9
História

Gabarito

1. E
A colônia americana ficaria sem uma ocupação definitiva até 1530, o foco econômico dos portugueses
acaba sendo o comércio de especiarias com o Oriente que já havia lhes conferido lucros astronômicos
desde a primeira viagem.

2. D
A organização medieval da sociedade portuguesa se adapta ao chegar no Brasil, além dos costumes
tanto de plebeus quanto de fidalgos terem se adaptado á nova terra, vemos que as formas de trabalho
compulsório também mudam sua feição, agora ao invés dos brancos servos europeus, plebeus e nobres
detinham escravos indígenas e negros em condição de subordinação.

3. D
A exploração econômica da Amazônia encontrou inúmeras dificuldades, além do terreno que empurraria
os colonos á uma atividade extrativista, ainda temos a insegurança do terreno, tanto por indígenas como
por estrangeiros que adentravam o Rio Amazonas, fator que foi incrivelmente dispendioso para a coroa.

4. A
A mita se aproveitava de tradições incas já existentes antes da chegada dos espanhóis para uma
exploração econômica em um ritmo muito mais acelerado que o das populações nativas, além disso,
temos a extração por amalgamação que faz o trabalhador lidar constantemente com vapores do mercúrio
deteriorando severamente seu corpo.

5. B
A encomienda apresar de não tratar com vapores de mercúrio acaba sendo tão destrutiva aos indígenas
quanto a mita, pois imprime-se um trabalho extremamente dificultoso nos corpos dos indígenas que
sobraram depois de diversos genocídios.

6. B
Os atos de navegação de Oliver Crowell acabaram por dar a condição necessária para a Inglaterra dominar
os mares e expandir seu império nos séculos seguintes, assim, foi possível a tomada da ilha da Jamaica
dos espanhóis em 1655.

7. C
A economia do Sul das Treze Colônias é o que pode se chamar de Plantation, onde podemos conferir as
três principais características para essa classificação como a monocultura, trabalho escravo e grande
latifúndio, as marcas desse sistema são percebidas até hoje no sul dos Estados Unidos como o racismo
e a proliferação de entidades supremacistas brancas.

8. B
As lutas religiosas na Inglaterra acabaram por expulsar um grande número de puritanos (calvinistas
ingleses) que fundaram as Treze Colônias originais, sua base ideológica de valorização do trabalho pode
ser percebida fortemente na cultura dos Estados Unidos durante os anos.

10
História

9. A
A consolidação do estado francês difere um pouco dos outros estados que se formaram anteriormente e
posteriormente, pois seu governo é formado em uma intensa briga religiosa e política entre católicos e
huguenotes.

10. D
Ambas as regiões que foram tentadas pelos franceses tinham uma forte proximidade com a cultura do
açúcar, no Rio de Janeiro além dos engenhos da região esta era próxima ao rio da Prata e de São Paulo
(produtor de açúcar) já no Maranhão os franceses estavam perto da costa nordestina, que no momento,
era a mais promissora região da colônia.

11
Literatura

Gêneros literários

Resumo

Os gêneros literários são conjuntos ou categorias que reúnem aspectos semelhantes de forma e conteúdo em
relação às produções literárias. Esse agrupamento também pode ser realizado de acordo com características
semânticas, contextuais, discursivas e sintáticas. O filósofo Aristóteles foi o primeiro a definir os gêneros e os
dividiu em três importantes classificações: épico ou narrativo, dramático e lírico.

Gênero épico
No gênero épico, temos a presença de um narrador que conta, de forma heroica, um episódio sobre a história
de um povo e seus personagens. O narrador fala de um determinado passado e apresenta também o espaço
onde sucederam as ações. Em geral, o texto é constituído por versos e há a presença de elementos míticos ou
fantasiosos.
Duas obras muito conhecidas são “Ilíada” e “Odisseia”, poeta da Grécia Antiga. Abaixo, você encontra um
pequeno trecho de “Ilíada” e as características da lírica épica:

“Torna ao conflito o herói; se à frente há pouco


Era atroz, o furor se lhe triplica.
Quando o leão, que assalta agreste bardo,
Sem rendê-lo o pastor golpeia e assanha,
Foge e a grei desampara; a pulo a fera
Trepa, amedronta o ermo, umas sobre outras
Atropela as lanígeras ovelhas,
Do redil sai ovante e ensangüentado:
Anda assim na baralha o cru Tidides.”

Gênero narrativo
O gênero narrativo deriva do épico, no entanto, o texto é constituído em prosa e uma narração acerca da
movimentação, das ações dos personagens. Há cinco elementos importantes no texto narrativo:
• Enredo
• Tempo
• Espaço
• Personagem
• Narrador

É importante lembrar os tipos de narradores: há o narrador-personagem, que é aquele que narra e também faz
parte do enredo; há o narrador-observador, que não faz parte do enredo e narra a história em 3ª pessoa e, por
fim, há o narrador onisciente, que é aquele que narra e sabe os anseios e sentimentos dos personagens.

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Literatura

Leia, abaixo, um trecho da obra “Senhora”, de José de Alencar e identifique as características do texto
narrativo:

“Filho de um empregado público e órfão aos dezoito anos, Seixas foi obrigado a abandonar seus estudos na
Faculdade de São Paulo pela impossibilidade em que se achou sua mãe de continuar-lhe a mesada.
Já estava no terceiro ano, e se a natureza que o ornara de excelentes qualidades lhe desse alguma energia a
força de vontade, conseguiria ele vencendo pequenas dificuldades, concluir o curso; tanto mais quanto um
colega e amigo, o Torquato Ribeiro lhe oferecia hospitalidade até que a viúva pudesse liquidar o espólio.
Mas Seixas era desses espíritos que preferem a trilha batida, e só impelidos por alguma forte paixão, rompem
com a rotina. Ora, a carta de bacharel não tinha grande solução para sua bela inteligência mais propensa à
literatura e ao jornalismo.”

Gênero dramático
Como gênero dramático, entende-se textos que foram criados para serem representados, encenados, como
ocorre com os textos de cunho teatral. A voz narrativa está vinculada aos personagens, encenada por atores, e
esses contam uma história por meio de diálogos ou monólogos.

Alguns exemplos de gênero dramático são a comédia, a tragédia, a tragicomédia e a farsa.

Encenação da peça “Os Saltimbancos”


http://portalnoar.com/wpcontent/uploads/2014/10/2017fb34c07aa5a6e529abae5224c804.jpg

2
Literatura

Gênero lírico
Os textos desse gênero costumam ser breves, pois não há uma história sendo contada, há a supressão do
enredo. Versam sobre sentimentos, divagações, etc. do eu-lírico. É através deles que o indivíduo extravasa suas
emoções, por isso a subjetividade é marca desse gênero. Os poemas são textos que se enquadram, em sua
maioria, nesse gênero.

Obs.: eu-lírico é a voz que fala com o leitor dentro do texto. O poeta é autor do eu-lírico. É comum autores
masculinos escreverem um eu-lírico do gênero oposto e vice-versa.

Os textos poéticos representam muito o gênero lírico, que mantém relações estreitas com a música.
Antigamente, as obras eram acompanhadas por instrumentos musicais. Recursos sonoros se fazem presentes
nesses textos: métrica, rima e figuras de linguagem moram neles.

Recursos sonoros

Métrica: organização silábica de acordo com a fala e não com a ortografia que privilegia a sonoridade dos
versos. Conta-se desde a primeira sílaba até a última tônica do verso. Exemplo:

E/ra u/ma/ ca/sa → de acordo com a fala: é¹ ru² ma³ cá4 sa (paramos de contar na
última silaba tônica do verso)

Mui/to em/gra/ça/da

Não/ ti/nha/ te/to

Não /ti/nha /na/da

Vinicius de Moraes

Os versos acima têm 4 sílabas métricas.

Os versos podem ser classificados de acordo com as sílabas métricas:

Versos de 5 e 7 sílabas métricas são chamados de redondilhas. Os de 5 sílabas métricas são chamados de
redondilhas menores e os de 7, redondilhas maiores. Esses versos são muito populares.

3
Literatura

Rima: repetições sonoras no final dos versos. Podem ser avaliadas quanto a disposição nos versos e quanto a
qualidade.

Quanto à disposição nos versos Quanto à qualidade

Alternadas: ABAB Pobre: rima de palavras pertencentes à mesma classe


gramatical.

Emparelhadas: AABB Rica: rima de palavras pertencentes a classes


gramaticais diferentes.

Interpoladas: ABBA
Preciosa: rimas de palavras pertencentes a mais de
duas classes gramaticais (ex: estrela / vê-la).

Misturadas (requer poemas


longos para que possa existir)

Obs.: versos brancos são os que não apresentam rimas.

Outros recursos sonoros:

Anáfora: repetição de um mesmo termo, gerando um eco proposital dentro do texto.

Aliteração: Repetição de sons consonantais. Exemplo:

Vozes veladas, veludosas vozes,

Volúpias dos violões, vozes veladas,

Vagam nos velhos vórtices velozes

Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas


Cruz e Souza

Assonância: repetição de sons vocálicos.

Refrão: não é uma figura de linguagem, mas um verso que se repete a fim de criar ritmo.

4
Literatura

Exercícios

1. Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediária entre si e o público a representação.
A palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ação. A peça teatral é, pois, uma composição literária
destinada à apresentação por atores em um palco, atuando e dialogando entre si.
O texto dramático é complementado pela atuação dos atores no espetáculo teatral e possui uma
estrutura específica, caracterizada:
1. pela presença de personagens que devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação;
2. pela ação dramática (trama, enredo), que é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e de agir
das personagens encadeadas à unidade do efeito e segundo uma ordem composta de exposição,
conflito, complicação, clímax e desfecho;
3. pela situação ou ambiente, que é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se
situa a ação;
4. pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real por meio
da representação.
COUTINHO, A. Notas de teoria literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 (adaptado).

Considerando o texto e analisando os elementos que constituem um espetáculo teatral, conclui-se que

a) a criação do espetáculo teatral apresenta-se como um fenômeno de ordem individual, pois não é
possível sua concepção de forma coletiva.
b) o cenário onde se desenrola a ação cênica é concebido e construído pelo cenógrafo de modo
autônomo e independente do tema da peça e do trabalho interpretativo dos atores.
c) o texto cênico pode originar-se dos mais variados gêneros textuais, como contos, lendas, romances,
poesias, crônicas, notícias, imagens e fragmentos textuais, entre outros.
d) o corpo do ator na cena tem pouca importância na comunicação teatral, visto que o mais importante
é a expressão verbal, base da comunicação cênica em toda a trajetória do teatro até os dias atuais.
e) a iluminação e o som de um espetáculo cênico independem do processo de produção/recepção do
espetáculo teatral, já que se trata de linguagens artísticas diferentes, agregadas posteriormente à
cena teatral.

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Literatura

2. Autorretrato falado
Venho de um Cuiabá de garimpos e de ruelas entortadas.
Meu pai teve uma venda no Beco da Marinha, onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá entre bichos do chão,
aves, pessoas humildes, árvores e rios.

Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar


entre pedras e lagartos.
Já publiquei 10 livros de poesia: ao publicá-los me sinto
meio desonrado e fujo para o Pantanal onde sou
abençoado a garças.

Me procurei a vida inteira e não me achei — pelo que


fui salvo.
Não estou na sarjeta porque herdei uma fazenda de gado.
Os bois me recriam.
Agora eu sou tão ocaso!

Estou na categoria de sofrer do moral porque só faço


coisas inúteis.

No meu morrer tem uma dor de árvore.

Uma obra literária pode combinar diferentes gêneros, embora, de modo geral, um deles se mostre
dominante. O poema de Manoel de Barros, predominantemente lírico, apresenta características de um
outro gênero. Qual?
a) Gênero épico.
b) Gênero poético.
c) Gênero elegíaco.
d) Gênero dramático.
e) Gênero narrativo.

6
Literatura

3. PINHÃO Sai ao mesmo tempo que BENONA entra.


BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer falar com você.
EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas não quero falar com ele.
BENONA: Mas Eurico, nós lhe devemos certas atenções.
EURICÃO: Você, que foi noiva dele. Eu, não!
BENONA: Isso são coisas passadas.
EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu. Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro,
se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora,
parece que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem louco atrás dele, sedento, atacado de
verdadeira hidrofobia. Vive farejando ouro, como um cachorro da molest’a, como um urubu, atrás do
sangue dos outros. Mas ele está enganado. Santo Antônio há de proteger minha pobreza e minha
devoção.
SUASSUNA, A. O santo e a porca, Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento)

Nesse texto teatral, o emprego das expressões "o peste" e "cachorro da molest'a" contribui para

a) marcar a classe social das personagens.


b) caracterizar usos linguísticos de uma região.
c) enfatizar a relação familiar entre as personagens.
d) sinalizar a influência do gênero nas escolhas vocabulares.
e) demonstrar o tom autoritário da fala de uma das personagens.

4. Aquele bêbado
— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os indicadores. Acrescentou: — Álcool.
O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana.
Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana, embebedava-se de Índia Reclinada, de Celso Antônio.
— Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos. Só ele sabia que andava mais bêbado que um
gambá. Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu féretro
ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras anônimos.
ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.

A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque,
ao longo da narrativa, ocorre uma:
a) metaforização do sentido literal do verbo “beber”.
b) aproximação exagerada da estética abstracionista.
c) apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem.
d) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.
e) citação aleatória de nomes de diferentes artistas.

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Literatura

5. Os gêneros literários são empregados com finalidade estética. Leia os textos a seguir.

Busque Amor novas artes, novo engenho,


Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Camões, L. V. de. Sonetos. Lisboa: Livraria Clássica Editora. 1961. Fragmento.

Porém já cinco sóis eram passados


Que dali nos partíramos, cortando
Os mares nunca doutrem navegados,
Prosperamente os ventos assoprando,
Quando uma noite, estando descuidados
Na cortadora proa vigiando,
Uma nuvem, que os ares escurece,
Sobre nossas cabeças aparece.
Camões, L. V. Os Lusíadas. Abril Cultural, 1979. São Paulo. Fragmento.

Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a classificação dos textos.

a) Lírico e dramático.
b) Épico e lírico.
c) Dramático e épico.
d) Lírico e épico.

6. FABIANA, arrepelando-se de raiva — Hum! Ora, eis aí está para que se casou meu filho, e trouxe a mulher
para minha casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor meu filho que quem casa quer casa... Já
não posso, não posso, não posso! (Batendo com o pé). Um dia arrebento, e então veremos.
PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 dez. 2012.

As rubricas em itálico, como as trazidas no trecho de Martins Pena, em uma atuação teatral, constituem:
a) necessidade, porque as encenações precisam ser fiéis às diretrizes do autor.
b) possibilidade, porque o texto pode ser mudado, assim como outros elementos.
c) preciosismo, porque são irrelevantes para o texto ou para a encenação.
d) exigência, porque elas determinam as características do texto teatral.
e) imposição, porque elas anulam a autonomia do diretor.

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Literatura

7. Múltiplos sorrisos
Pendurou a última bola na árvore de Natal e deu alguns passos atrás. Estava bonita. Era um pinheiro
artificial, mas parecia de verdade. Só bolas vermelhas. Nunca deixava de armar sua árvore, embora as
amigas dissessem que era bobagem fazer isso quando se mora sozinha.
Olhou com mais vagar. Na luz do fim de tarde, notou que sua imagem se espelhava nas bolas.
Em todas elas, lá estava seu rosto, um pouco distorcido, é verdade -mas sorrindo.
“Estão vendo?”, diria às amigas, se estivessem por perto. Eu não estou só.

Há um contraste irônico entre o título do conto e o seu desenvolvimento. As ideias essenciais desse
contraste são:
a) alegria - isolamento
b) admiração - distorção
c) ornamentação - inutilidade
d) multiplicidade - contemplação

8. Galinha cega
O dono correu atrás de sua branquinha, agarrou-a, lhe examinou os olhos. Estavam direitinhos, graças a
Deus, e muito pretos. Soltou-a no terreiro e lhe atirou mais milho. A galinha continuou a bicar o chão
desorientada. Atirou ainda mais, com paciência, até que ela se fartasse. Mas não conseguiu com o gasto
de milho, de que as outras se aproveitaram, atinar com a origem daquela desorientação. Que é que seria
aquilo, meu Deus do céu? Se fosse efeito de uma pedrada na cabeça e se soubesse quem havia mandado
a pedra, algum moleque da vizinhança, aí... Nem por sombra imaginou que era a cegueira irremediável
que principiava.
Também a galinha, coitada, não compreendia nada, absolutamente nada daquilo. Por que não vinham
mais os dias luminosos em que procurava a sombra das pitangueiras? Sentia ainda o calor do sol, mas
tudo quase sempre tão escuro. Quase que já não sabia onde é que estava a luz, onde é que estava a
sombra.
GUIMARAENS, J. A. Contos e novelas. Rio de Janeiro: lmago, 1976 (fragmento).

Ao apresentar uma cena em que um menino atira milho às galinhas e observa com atenção uma delas,
o narrador explora um recurso que conduz a uma expressividade fundamentada na

a) captura de elementos da vida rural, de feições peculiares.


b) caracterização de um quintal de sítio, espaço de descobertas.
c) confusão intencional da marcação do tempo, centrado na infância.
d) apropriação de diferentes pontos de vista, incorporados afetivamente.
e) fragmentação do conflito gerador, distendido como apoio à emotividade.

9
Literatura

9. São características do gênero dramático:


I. Representam sentimentos e emoções a partir da expressão individual e subjetiva. Nos textos
dramáticos há a predominância de pronomes e verbos na 1ª pessoa e a exploração da musicalidade
das palavras.
II. Nos textos dramáticos o poeta despoja-se do seu “eu” sentimental para atirar-se na direção dos
acontecimentos que o rodeiam. O amor é uma temática, mas na narrativa dramática ele é abordado
em episódios isolados.
III. Os textos dramáticos são produzidos para serem representados, pois a voz narrativa está entregue
às personagens, que contam a história por meio de diálogos ou monólogos sem mediação do
narrador.
IV. O auto, a comédia, a tragédia, a tragicomédia e a farsa integram-se ao gênero dramático.

a) III e IV estão corretas.


b) I e III estão corretas.
c) I e II estão corretas.
d) I e IV estão corretas.
e) II, III e IV estão corretas.

10. Lições de motim


DONA COTINHA – É claro! Só gosta de solidão quem nasceu pra ser solitário. Só o solitário gosta de
solidão. Quem vive só e não gosta da solidão não é um solitário, é só um desacompanhado. (A reflexão
escorrega lá pro fundo da alma.) Solidão é vocação, besta de quem pensa que é sina. Por isso, tem de
ser valorizada. E não é qualquer um que pode ser solitá- rio, não. Ah, mas não é mesmo! É preciso ter
competência pra isso. (De súbito, pedagógica, volta-se para o homem.) É como poesia, sabe, moço? Tem
de ser recitada em voz alta, que é pra gente sentir o gosto. (FAZ UMA PAUSA.) Você gosta de poesia? (O
HOMEM TORNA A SE DEBATER. A VELHA INTERROMPE O DISCURSO E VOLTA A LHE DAR AS COSTAS,
COMO SEMPRE, IMPASSÍVEL. O HOMEM, MAIS UMA VEZ, CANSADO, DESISTE.) Bem, como eu ia
dizendo, pra viver bem com a solidão temos de ser proprietários dela e não inquilinos, me entende? Quem
é inquilino da solidão não passa de um abandonado. É isso aí.
ZORZETTI, H. Lições de motim. Goiânia: Kelps, 2010 (adaptado).

Nesse trecho, o que caracteriza Lições de motim como texto teatral?

a) O tom melancólico presente na cena.


b) As perguntas retóricas da personagem.
c) A interferência do narrador no desfecho da cena.
d) O uso de rubricas para construir a ação dramática.
e) As analogias sobre a solidão feitas pela personagem.

10
Literatura

Gabarito

1. C
Conforme o texto, o espetáculo teatral é uma composição literária, cujo texto dramático possui uma
estrutura particular, sendo caracterizado, geralmente, pela forma como é contado: pela ação e diálogo dos
personagens, e não por um narrador; e não por seu conteúdo, que pode ser proveniente de diversas fontes.

2. E
O poema apresenta características do gênero narrativo. Essa mistura dos gêneros - em que o verso se
aproxima da prosa - é uma herança da poesia modernista. Uma das características do gênero narrativo que
se mostra no poema de Manoel de Barros é a apresentação dos fatos numa sequência temporal, tal como
se dá quando contamos uma história. (Comentário Uerj)

3. B
As expressões são utilizadas para construir uma cena em determinada região onde elas são comumente
faladas. Dessa forma, o texto fica rico em expressões regionais para caracterizar seu próprio uso linguístico.

4. A
A ironia ocorre porque o verbo “beber é ressignificado de forma conotativa. A alternativa “a” traduz essa
ideia de metaforização do verbo “beber”.

5. D
O primeiro excerto é centrado na subjetividade do poeta; o segundo, num grande feito, numa coisa que
parece uma narrativa de viagem.

6. B
As rubricas, utilizadas no teatro para a marcação da cena, em itálico constituem possibilidade, já que o texto
pode ser mudado, assim como outros elementos, o que mostra que nem sempre os atores seguem as
marcações feitas pelo autores.

7. A
O personagem fica alegre ao ver seu reflexo e perceber que não está sozinho, entretanto, ter se dado conta
de que sua companhia é apenas seu reflexo é muito solitário. Portanto, as ideias que contrastam são: alegria
e isolamento.

8. D
A narrativa é multiperspectivada: em um primeiro momento, o ponto de vista é o do narrador; logo em
seguida, o ponto de vista da galinha é explicitado.

9. A
Os textos nos quais predominam pronomes e verbos na 1ª pessoa e a exploração da musicalidade das
palavras são os líricos. Nos textos épicos, há um apagamento do “eu” sentimental e predominância de
acontecimentos heroicos.

10. D
A presença das rubricas deixa claro que esse texto deve ser interpretado.

11
Matemática

Função afim: gráfico e estudo de sinal

Resumo

A função do 1° grau tem como gráfico uma reta não-paralela aos eixos x e y, ou seja, oblíqua.

Para melhor compreensão vamos construir e entender o gráfico da função y = x + 2.

*Para construir a reta é suficiente que conheçamos dois de seus pontos.

Existem dois pontos muito importantes numa função afim:


• O ponto no qual a reta corta o eixo x, cuja abscissa é a raiz da função e cuja ordenada é zero.
• O ponto no qual a reta corta o eixo y, cuja ordenada é o coeficiente b e cuja abscissa é zero.

Ex.1: Na função y=x+2, para descobrir a raiz, basta zerar na função (y = 0).
0=x+2
X=-2 -> então temos que quando y=0, x=-2
(-2,0) é, portanto, o ponto no qual a reta passa no eixo x. Vejamos: podemos apelidar este ponto de A por
exemplo.

Na função y=x+2, para descobrir onde a reta corta o eixo Y, basta zerar na função a incógnita x.
Y=0+2

1
Matemática

Y=2 -> então temos que quando x=0, y=2, e vice-versa (0,2), este é, portanto, o ponto onde a reta corta o eixo
y. Vejamos:

Agora é só ligar os pontos!

Matemágica: Perceba que na função y=x+2, o termo independente é 2, será coincidência que o termo
independente da função é o mesmo valor do ponto que corta o eixo y?

Não existe coincidência na matemática, então sem fazer contas já só de olhar a função já conseguimos
identificar onde que a reta corta o eixo Y.

Estudo do sinal da função do 1° grau


Estudar os sinais da função do 1°grau y=ax+b é determinar os valores de x para os quais y=0, y>0, y<0

1° caso: função crescente a>0.


Ex.: y=2x+4

2
Matemática

A função é positiva com x>-2


A função é negativa com x<-2

2° caso: função decrescente: a<0


Ex.: y = -3x - 6

A função é negativa quando x>-2


A função é positiva quando x<-2.

3
Matemática

Exercícios

1. No Brasil há várias operadoras e planos de telefonia celular. Uma pessoa recebeu 5 propostas (A, B, C,
D e E) de planos telefônicos. O valor mensal de cada plano está em função do tempo mensal das
chamadas, conforme o gráfico.

Essa pessoa pretende gastar exatamente R$ 30,00 por mês com telefone. Dos planos telefônicos
apresentados, qual é o mais vantajoso, em tempo de chamada, para o gasto previsto para essa pessoa?
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E

4
Matemática

2. Certo vendedor tem seu salário mensal calculado da seguinte maneira: ele ganha um valor fixo de R$
750,00, mais uma comissão de R$ 3,00 para cada produto vendido. Caso ele venda mais de 100
produtos, sua comissão passa a ser de R$ 9,00 para cada produto vendido, a partir do 101º produto
vendido.

a) c)

b) d)

e)

5
Matemática

3. Um sistema de depreciação linear, estabelecendo que após 10 anos o valor monetário de um bem será
zero, é usado nas declarações de imposto de renda de alguns países. O gráfico ilustra essa situação

Uma pessoa adquiriu dois bens, A e B, pagando 1 200 e 900 dólares, respectivamente. Considerando
as informações dadas, após 8 anos, qual será a diferença entre os valores monetários, em dólar, desses
bens?
a) 30

b) 60

c) 75

d) 240

e) 300

4. Em um mês, uma loja de eletrônicos começa a obter lucro já na primeira semana. O gráfico representa
o lucro (L) dessa loja desde o início do mês até o dia 20. Mas esse comportamento se estende até o
último dia, o dia 30.

A representação algébrica do lucro (L) em função do tempo (t) é


a) L(t) = 20t + 3 000
b) L(t) = 20t + 4 000
c) L(t) = 200t
d) L(t) = 200t - 1 000
e) L(t) = 200t + 3 000

6
Matemática

5. Uma pousada oferece pacotes promocionais para atrair casais a se hospedarem por até oito dias. A
hospedagem seria em apartamento de luxo e, nos três primeiros dias, a diária custaria R$150,00, preço
da diária fora da promoção. Nos três dias seguintes, seria aplicada uma redução no valor da diária, cuja
taxa média de variação, a cada dia, seria de R$ 20,00. Nos dois dias restantes, seria mantido o preço
do sexto dia. Nessas condições, um modelo para a promoção idealizada é apresentado no gráfico a
seguir, no qual o valor da diária é função do tempo medido em número de dias.

De acordo com os dados e com o modelo, comparando o preço que um casal pagaria pela hospedagem
por sete dias fora da promoção, um casal que adquirir o pacote promocional por oito dias fará uma
economia de
a) R$ 90,00.
b) R$ 110,00.
c) R$ 130,00.
d) R$ 150,00.
e) R$ 170,00.

6. Duas pequenas fábricas de calçados, A e B, têm fabricado respectivamente 3000 e 1100 pares de
sapatos por mês. Se, a partir de janeiro a fábrica A aumentar sucessivamente a produção em 70 pares
por mês e a fábrica B aumentar sucessivamente a produção em 290 pares por mês, a produção da
fábrica B superará a produção de A a partir de:
a) março
b) maio
c) julho
d) setembro
e) novembro

7
Matemática

7. As frutas que antes se compravam por dúzias, hoje em dia, podem ser compradas por quilogramas,
existindo também a variação dos preços de acordo com a época de produção. Considere que,
independente da época ou variação de preço, certa fruta custa R$ 1,75 o quilograma.
Dos gráficos a seguir, o que representa o preço m pago em reais pela compra de n quilogramas desse
produto é:

a)
c)

b) d)

e)

8
Matemática

8. A raiva é uma doença viral e infecciosa, transmitida por mamíferos. A campanha nacional de vacinação
antirrábica tem o objetivo de controlar a circulação do vírus da raiva canina e felina, prevenindo a raiva
humana. O gráfico mostra a cobertura (porcentagem de vacinados) da campanha, em cães, nos anos
de 2013,2015 e 2017, no município de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Os valores das coberturas dos
anos de 2014 e 2016 não estão informados no gráfico e deseja-se estimá-Ios. Para tal, levou-se em
consideração que a variação na cobertura de vacinação da campanha antirrábica, nos períodos de
2013 a 2015 e de 2015 a 2017, deu-se de forma linear.

Qual teria sido a cobertura dessa campanha no ano de 2014?

a) 62,3%
b) 63,0%
c) 63,5%
d) 64,0%
e) 65,5%

9
Matemática

9. Uma cisterna de 6 000 L foi esvaziada em um período de 3 h. Na primeira hora foi utilizada apenas uma
bomba, mas nas duas horas seguintes, a fim de reduzir o tempo de esvaziamento, outra bomba foi
ligada junto com a primeira. O gráfico, formado por dois segmentos de reta, mostra o volume de água
presente na cisterna, em função do tempo.

Qual é a vazão, em litro por hora, da bomba que foi ligada no início da segunda hora?

a) 1 000
b) 1 250
c) 1 500
d) 2 000
e) 2 500

10. Um dos grandes desafios do Brasil é o gerenciamento dos seus recursos naturais, sobretudo os
recursos hídricos. Existe uma demanda crescente por água e o risco de racionamento não pode ser
descartado. O nível de água de um reservatório foi monitorado por um período, sendo o resultado
mostrado no gráfico. Suponha que essa tendência linear observada no monitoramento se prolongue
pelos próximos meses.

Nas condições dadas, qual o tempo mínimo, após o sexto mês, para que o reservatório atinja o nível
zero de sua capacidade?
a) 2 meses e meio.
b) 3 meses e meio.
c) 1 mês e meio.
d) 4 meses.
e) 1 mês.

10
Matemática

Gabarito

1. C
Pela análise do gráfico, para um gasto de R$ 30,00, o plano mais vantajoso, em tempo de chamada, é o
plano C, que atinge aproximadamente 30 minutos.

2. E
O salário S em função de x, para:
1) 0 ≤ x ≤ 100, é S = 750 + 3. x
2) x ≥ 101, é S = 1050 + 9. (x – 100) = 9x + 150

3. B
Vamos achar a equação desta reta!
Sabemos que a reta corta o eixo Y no valor inicial de um determinado bem, ou seja, dependendo do bem,
esse valor se altera. Assim, chamaremos de V.
f(x) = ax + V
y −V
Agora, vamos calcular o valor de a, o coeficiente angular, que é dado por a= = .
x 10
V
Ou seja, nossa equação fica f ( x) = − x + V , sendo x os anos passados após a aquisição do bem.
10
Finalmente, iremos calcular o valor Monetário de A e B passados 8 anos:
1200
A: f (8) = − .8 + 1200 = 240, 00
10
900
B: f (8) = − .8 + 900 = 180, 00
10
Dessa maneira, temos que a nossa resposta é 240 – 180 = 60,00.

4. D
Como o gráfico corta o eixo y em y = - 1 000, sabemos que b = - 1 000.
Só com essa informação já poderíamos marcar a letra D.
Mas vamos calcular agora o coeficiente angular.
y [0 − (−1000)] 1000
a= = = = 200
x 5−0 5
Assim, L(t) = 200t - 1 000.

5. A
Fora da promoção, o casal pagaria por 7 dias: 7 ⋅ 150 = 1050 reais.
Com a promoção, o casal pagaria por 8 dias: 3 ⋅ 150 + 130 + 110 + 3 ⋅ 90 = 960 reais. Assim, um casal
que aderir ao pacote promocional fará uma economia de 1050 – 960 = 90 reais.

6. D
3000 + 70x = 1100 + 290x, em que x é a quantidade de meses que passa
290x-70x= 3000-1100
220x= 1900
x = 1900/220
x = 8,63, aproximadamente. O próximo número inteiro é 9. Como começamos a contar desde janeiro, a
produção B supera a A em setembro.

11
Matemática

7. E
O preço m pago, em reais, pela compra de n quilogramas desse produto é m = 1,75 n, cujo gráfico é uma
reta, ou seja, função do primeiro grau, que passa pela origem e contém o ponto (1; 1,75).

8. B

9. C

10. A

12
Matemática

Função quadrática: definição e fómula quadrática, intersecções


com os eixos coordenados

Resumo

A exemplo da função de 1º grau, existem muitos problemas práticos que podem ser resolvidos com auxílio da
função quadrática.
Exemplo:

A figura ao lado mostra um terreno com 20 metros de lado, onde forma retirados: de cada canto superior um
quadrado de lado x metros e de cada canto inferior um retângulo de lados 12 metros e x metros para
construção de um estacionamento (área hachurada). Obtenha a área da figura hachurada.
Área do terreno = 20 . 20 = 400 m2
Área quadrado superior = x . x = x2
Área retângulo inferior = 12. x = 12x

Área hachurada em função de x será: y = 400 – 2(12x) – 2 (x2)


Portanto:
A função definida acima é um exemplo de função quadrática.

y = -2x - 24x + 400


2

Definimos então, função quadrática ou função polinomial do 2º grau, como qualquer função f definida pela lei:
f(x) = ax2 + bx + c, em que a, b e c são números reais e a≠0.

Raízes da função do 2º grau (zeros da função)


Chama-se zeros ou raízes da função do 2º grau , os números reais x tais que f(x)= 0. Então as raízes da função,
são as soluções da equação de 2º de segundo grau ax2 + bx + c = 0, as quais são dadas pela chamada Fórmula
de Bháskara:

Uma notação importante é que b²-4ac também é chamado de delta ou Δ. Repare que na equação existem dois
sinais antes da raiz sendo um positivo e o outro negativo, por isso existe a possibilidade de existirem duas
raízes. As raízes são descobertas quando igualamos a função a zero, se chamarmos as raízes de x1 e x2 os
pares ordenados serão (x1,0) e (x2,0). Sobre este delta é importante saber que:

1
Matemática

Se Δ>0, a função terá duas raízes reais e distintas.


Se Δ=0, a função terá duas raízes reais e iguais.
Se Δ<0, a função não terá raiz real.
Exemplo: Seja a função x²+2x-3=0. O Δ vale 16 logo a função terá duas raízes reais distintas. A raiz de Δ será

igual a 4. Assim, . -3 e 1 são as raízes.

O coeficiente c é onde a função intercepta, “corta” o eixo y, pois quando o x=0 a equação fica y=a.0² +b.0 + c
→ y = c.
Dessa forma o par ordenado é (0,c), semelhante ao que acontece na função do primeiro grau.

As interseções de uma parábola com o eixo x são justamente as suas raízes.

2
Matemática

Exercícios

1. Uma padaria vende, em média, 100 pães especiais por dia e arrecada com essas vendas, em média,
R$ 300,00. Constatou-se que a quantidade de pães especiais vendidos diariamente aumenta, caso o
preço seja reduzido, de acordo com a equação q = 400 – 100p, na qual q representa a quantidade de
pães especiais vendidos diariamente e p, o seu preço em reais. A fim de aumentar o fluxo de clientes,
o gerente da padaria decidiu fazer uma promoção. Para tanto, modificará o preço do pão especial de
modo que a quantidade a ser vendida diariamente seja a maior possível, sem diminuir a média de
arrecadação diária na venda desse produto.
O preço p, em reais, do pão especial nessa promoção deverá estar no intervalo

a) R$ 0,50 ≤ p < R$ 1,50

b) R$ 1,50 ≤ p < R$ 2,50

c) R$ 2,50 ≤ p < R$ 3,50

d) R$ 3,50 ≤ p < R$ 4,50

e) R$ 4,50 ≤ p < R$ 5,50

2. Um professor, depois de corrigir as provas de sua turma, percebeu que várias questões estavam muito
difíceis. Para compensar, decidiu utilizar uma função polinomial f, de grau menor que 3, para alterar as
notas x da prova para notas y = f(x), da seguinte maneira:
● A nota zero permanece zero.
● A nota 10 permanece 10.
● A nota 5 passa a ser 6.
A expressão da função y = f(x) a ser utilizada pelo professor é

a)

b)

c)

d)

e)

3
Matemática

3. A parte interior de uma taça foi gerada pela rotação de uma parábola em torno de um eixo z, conforme
mostra a figura.

A função real que expressa a parábola, no plano cartesiano da figura, é dada pela lei

, onde C é a medida da altura do líquido contido na taça, em centímetros. Sabe-


se que o ponto V, na figura, representa o vértice da parábola, localizado sobre o eixo x. Nessas
condições, a altura do líquido contido na taça, em centímetros, é:
a) 1

b) 2

c) 4

d) 5

e) 6

4. Um posto de combustível vende 10.000 litros de álcool por dia a R$ 1,50 cada litro. Seu proprietário
percebeu que, para cada centavo de desconto que concedia por litro, eram vendidos 100 litros a mais
por dia. Por exemplo, no dia em que o preço do álcool foi R$ 1,48, foram vendidos 10.200 litros.
Considerando x o valor, em centavos, do desconto dado no preço de cada litro, e V o valor, em R$,
arrecadado por dia com a venda do álcool, então a expressão que relaciona V e x é:
a) V = 10.000 + 50x – x².

b) V = 10.000 + 50x + x².

c) V = 15.000 – 50x – x².

d) V = 15.000 + 50x – x².

e) V = 15.000 – 50x + x².

4
Matemática

5. A temperatura T de um forno (em graus centígrados) é reduzida por um sistema a partir do instante de

seu desligamento (t = 0) e varia de acordo com a expressão , com t em minutos. Por


motivos de segurança, a trava do forno só é liberada para abertura quando o forno atinge a temperatura
de 39ºC. Qual o tempo mínimo de espera, em minutos, após se desligar o forno, para que a porta possa
ser aberta?
a) 19,0

b) 19,8

c) 20,0

d) 38,0

e) 39,0

6. Um meio de transporte coletivo que vem ganhando espaço no Brasil é a van, pois realiza, com relativo
conforto e preço acessível, quase todos os tipos de transportes: escolar e urbano, intermunicipal e
excursões em geral.
O dono de uma van, cuja capacidade máxima é de 15 passageiros, cobra para uma excursão até a
capital de seu estado R$ 60,00 de cada passageiro. Se não atingir a capacidade máxima da van, cada
passageiro pagará mais R$ 2,00 por lugar vago.
Sendo x o número de lugares vagos, a expressão que representa o valor arrecadado V(x), em reais, pelo
dono da van, para uma viagem até a capital é
a) V(x) = 902x
b) V(x) = 930x
c) V(x) = 900 + 30x
d) V(x) = 60x + 2x2
e) V(x) = 900 - 30x - 2x2

7. Para evitar uma epidemia, a Secretaria de Saúde de uma cidade dedetizou todos os bairros, de modo a
evitar a proliferação do mosquito da dengue. Sabe-se que o número f de infectados é dado pela função
f(t) = -2t² + 120t (em que t é expresso em dia e t = 0 é o dia anterior à primeira infecção) e que tal
expressão é válida para os 60 primeiros dias da epidemia.
A Secretaria de Saúde decidiu que uma segunda dedetização deveria ser feita no dia em que o número
de infectados chegasse à marca de 1 600 pessoas, e uma segunda dedetização precisou acontecer.
A segunda dedetização começou no

a) 19º dia.

b) 20º dia.

c) 29º dia.

d) 30º dia.

e) 60º dia.

5
Matemática

8. A empresa SWK produz um determinado produto x, cujo custo de fabricação é dado pela equação de
uma reta crescente, com inclinação dois e de variável x. Se não tivermos nenhum produto produzido,
a despesa fixa é de R$ 7,00 e −2x2 + 229,76x − 441,84 é a função venda de cada unidade x. Tendo em
vista uma crise financeira, a empresa fez algumas demissões. Com isso, caiu em 12% o custo da
produção de cada unidade produzida. Nessas condições, a função lucro da empresa pode ser expressa
como:

a) L(x) = −2x2 + 228x − 448,00


b) L(x) = −2x2 + 227,76x − 448,84
c) L(x) = −2x2 + 228x − 441,84
d) L(x) = −2x2 + 229,76x − 441,84
e) L(x) = −2x2 + 227,76x − 448,96

9. Um túnel deve ser lacrado com uma tampa de concreto. A seção transversal do túnel e a tampa de
concreto têm contornos de um arco de parábola e mesmas dimensões. Para determinar o custo da
obra, um engenheiro deve calcular a área sob o arco parabólico em questão. Usando o eixo horizontal
no nível do chão e o eixo de simetria da parábola como eixo vertical, obteve a seguinte equação para a
parábola:
y = 9 – x², sendo x e y medidos em metros.

2
Sabe-se que a área sob uma parábola como esta é igual a da área do retângulo cujas dimensões
3
são, respectivamente, iguais à base e à altura da entrada do túnel. Qual é a área da parte frontal da
tampa de concreto, em metro quadrado?

a) 18

b) 20

c) 36

d) 45

e) 54

6
Matemática

10. Na figura temos os gráficos das funções f e g.

Se f(x)=2x², então g(3) vale:

a) 6

b) 8

c) 10

d) 12

e) 14

7
Matemática

Gabarito

1. A
A arrecadação é dada pelo preço de cada pão multiplicado pela quantidade de pães vendidos e essa
arrecadação é de 300, assim, temos:
(400 – 100p).p = 300
p² – 4p + 3 = 0.
Resolvendo essa equação do segundo grau temos que p = 3 ou p = 1, logo, o pão deverá ter seu preço
reduzido para 1 real.

2. A
Temos que f(x) = ax² + bx + c é a função que muda da nota x para a nota f(x). Assim, temos:
f(0) = a.0² + b.0 + c = 0, logo, c = 0
f(10) = a.10² + b.10 + c = 10 => 10.a + b = 1
f(5) = a.5² + b.5 + c = 6 => 25.a + 5.b = 6
Resolvendo o sistema:
10.a + b = 1
25.a + 5.b = 6
a = – 1/25
b = 7/5
Logo, a função f(x) é dada por:
y = – 1/25 x² + 7/5.x

3. E
Como podemos ver pelo gráfico, a função possui apenas 1 raiz real (Ponto V), portanto Δ = 0, assim:
b² – 4ac = 0
(-6)² – 4.(3/2). C = 0
36 – 6C = 0
C=6

4. D
Do enunciado temos:
V = (1,50 – x/100)(10 000 + 100x)
V = (150 – x) ⋅ (100 + x)
V = 15000 + 50x – x²

8
Matemática

5. D
O tempo mínimo de espera ocorre quando a temperatura chega à 39ºC, assim:

Repare que o tempo não pode ser negativo, por isso descartamos a raiz negativa.

6. E
x pessoas não compareceram para a excursão.
Pagamento pelos lugares ocupados: 60(15 – x) = 900 – 60x.
Cada passageiro que compareceu vai pagar mais R$ 2,00 por lugar vago: 2x.
Total de pagamento pelos lugares vagos: 2x(15 – x) = 30x – 2x² .
Valor arrecadado V(x), em reais, pelo dono da van, para uma viagem até a capital é:
V(x) = 900 – 60x + 30x – 2x² = 900 – 30x – 2x²

7. B

Queremos calcular o valor de para o qual se tem Logo, temos

Portanto, como o número de infectados alcança pela primeira vez no 20º dia, segue o resultado.

8. A
A função custo C(x) é uma função afim da forma C(x) = 2x + 7, pois a despesa fixa será o coeficiente
linear. Com a queda de 12%, o custo passou a ser 88% do anterior.
Isto é, (0,88).C(x) = (0,88).(2x + 7) = 1,76x + 6,16.
Como L(x) = V(x) - C(x), temos:
L(x) = (−2x2 + 229,76x − 441,84) – ( 1,76x + 6,16) = −2x2 + 229,76x − 441,84 – 1,76x − 6,16)

L(x) = −2x2 + 228x - 448,00.

9
Matemática

9. C

2
A área pedida é .6.9 = 36
3
10. A
Pelo gráfico:
g(x)= ax+3 [passa pelo ponto(0,3)]

Determinando f(-1):
f(-1)= 2(-1)^2=2

Determinando o coeficiente angular de g(x):


g(-1)=f(-1)=2 ==> -a+3=2 ==> a=1 ==> g(x)= x+3

Determinandog(3):
g(3)=3+3=6

10
Matemática

Exercícios sobre Triângulos

Exercícios

1. No desenho a seguir, está ilustrada uma estrela de três pontas iguais, com lados
AB = BC = CD = DE = EF = FA , inscrita no triângulo equilátero ACE.

Se ABC = 150º, os ângulos FAB , BCD e DEF medem igualmente:


a) 15º
b) 20º
c) 25º
d) 30º
e) 45°

2. Na figura = .

Então:
a) y=3x
b) y=2x
c) x+y=180
d) x=y
e) 3x=2y

1
Matemática

3. Na figura, os dois triângulos ABC e FDE são equiláteros. Qual é o valor do ângulo x?

a) 30°
b) 40°
c) 50°
d) 60°
e) 70°

4. Um ambientalista, desejando estimara área de uma região de preservação ambiental, observou em um


mapa, com escala de 1 cm para cada 100 km, que o formato da região era, aproximadamente, um
triângulo retângulo de catetos medindo 2 cm e 3cm.
Com base nesses dados, conclui-se que a área da região de preservação ambiental era,
aproximadamente, de:
a) 20.000 km².
b) 30.000 km².
c) 35.000 km².
d) 40.000 km².
e) 60.000 km².

5. Considere um triângulo ABC isósceles de base , e os pontos P e Q tais que P e Q . Se


, a medida do ângulo de vértice A, em radianos, é:

a)

b)

c)

d)

e)

2
Matemática

6. Seja ABC um triângulo isósceles de base BC. Sobre o lado deste triângulo considere um ponto D
tal que os segmentos , e são todos congruentes entre si. A medida do ângulo BÂC é igual
a:

a) 23°
b) 32°
c) 36°
d) 40°
e) 45°

7. Na figura adiante, = , = e = .

Se o ângulo A mede 40°, então o ângulo mede:


a) 40°
b) 50°
c) 60°
d) 70°
e) 90°

8. Um dos ângulos internos de um triângulo isósceles mede 100°. Qual e a medida do angulo agudo
formado pelas bissetrizes dos outros ângulos internos?
a) 20°
b) 40°
c) 60°
d) 80°
e) 140°

3
Matemática

9. Dada a figura:

Sobre as sentenças
I. O triangulo CDE e isósceles.
II. O triangulo ABE e equilátero.
III. AE e bissetriz do angulo BAD.

é verdade que:
a) somente a I é falsa.
b) somente a II é falsa.
c) somente a III é falsa.
d) são todas falsas.
e) são todas verdadeiras.

10. Três pontos, A, B e C, não pertencentes a uma mesma reta, representam as posições de três casas
construídas numa área plana de um condomínio. Uma farmácia está localizada num ponto M que fica
equidistante das três casas. Na Geometria Euclidiana Plana, o ponto M é conhecido como:
a) baricentro
b) circuncentro
c) ortocentro
d) incentro
e) ponto médio

4
Matemática

Gabarito

1. D
Como AB = BC , então o triângulo ΔABC é isósceles.

Como o ângulo ABC = 150°, e a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°, então os outros
dois ângulos desse triângulo medem 15°

O mesmo acontece no triângulo ΔAFE.


Como o triângulo ΔAEC é equilátero, então cada ângulo interno mede 60°.

Sendo assim, temos que:


EAF + FAB + BAC = 60°
15° + FAB + 15° = 60°
30° + FAB = 60°
FAB = 30°

Portanto, os ângulos FAB, BCD e DEF medem 30°.

2. A
Observe a figura :

DBC = 2x, pois é ângulo externo ao triângulo ABD. Como ABD e BCD são isósceles podemos fazer a
marcação de alguns ângulos, como mostrado na figura.
Dessa maneira,
x + 180 – 4x + y = 180
y = 3x

3. B
Como ABC e DEF são triângulos equiláteros, seus ângulos internos medem 60 graus. Daí, analisando o
triângulo AGD, podemos escrever:
GAD = 180 – 75 – 60 = 45
GDA = 180 – 65 – 60 = 55.
Logo, AGD = 180 – 45 – 55 = 80.
No triângulo CGH, x + 80 + 60 = 180
x = 40.

5
Matemática

4. B
Como a escala é de 1 cm para 100 km, temos que os região triângulos tem catetos de 200 e 300 km.
Dessa maneira, a área é de 200 x 300/2 = 30 000 km²

5. C
Usando a conceito de ângulos externos, podemos perceber que o ângulo da base QB do triangulo BPQ é
a soma dos ângulos da base PA do triangulo AQP, dando um valor de "a" para o angulo do vértice A
concluímos que o ângulo P em PQ também é "a" por se tratar de um triangulo isósceles, então temos que
o ângulo de Q é "2a" e o ângulo de B em PB também é "2a" (usando as regras dos ângulos externos),
seguindo esse mesmo raciocínio de triangulo isósceles e ângulos externos percebemos que o angulo de
CBP é "A" logo de BCP é 3a e de CPB também.
180º= π
a+3a+3a=180
7a= π
a= π/7

6. C
Observe a figura:

Do triângulo ABC:

Além disso,
180 – 2x + α = 180
α = 2x (ii)

Igualando (i) e (ii):

Resolvendo a equação, encontramos x = 36.

6
Matemática

7. D
Quando temos lados igual a outro em um triângulo, isso indica que 2 ângulos são iguais e um
diferente.
No triângulo ABC, AB=AC, então os ângulos B e C são iguais. Como A = 40°, e a somas dos ângulos
internos de um triângulo é 180° :
180 - 40 = 140°
B + C = 140
B= 70° e C= 70°

No triângulo XBY, BX = BY, então os ângulos Y e X são iguais. Como B = 70° e a soma dos ângulos
internos é 180:
180 - 70 = 110
X + Y = 110
X = 55° e Y = 55°

No triângulo ZCY, CZ = CY, então os ângulos Y e Z são iguais. Como C = 70° e a soma dos ângulos
internos é 180:
180 - 70 = 110
Z + Y = 110
Z = 55° e Y= 55°

A soma dos 3 ângulos de Y forma um ângulo raso de 180°, dois deles já temos, e o outro é oque
justamente a questão ta pedindo, então :

55° + 55° + zyx = 180


zyx = 180 - 110
zyx = 70°

8. B
O triângulo isósceles tem 2 ângulos com a mesma medida.
x+x+y = 180º
O ângulo de 100º só pode ser y, pois se for x, só os 2x dariam 200 graus, e sabemos que os 3 somados
têm que dar 180.

x+x+100 = 180
2x = 180 - 100
2x = 80
x = 40º

Bissetriz é a ceviana que divide o ângulo no meio, então a bissetriz de um ângulo de 40º divide-o em 2
ângulos de 20º.

7
Matemática

As duas bissetrizes se encontram no interior do triângulo, formando 4 ângulos: 2 agudos e 2 obtusos. O


problema quer saber o valor dos agudos.

De início só temos como calcular o valor do ângulo obtuso, pois ele forma com as bissetrizes um novo
triângulo (é o que está pintadinho na imagem em anexo).

20+20+a = 180
40+a = 180
a = 180 - 40
a = 140°

a e b estão sobre a mesma reta. São ângulos suplementares. a é o obtuso, de 140º b é seu
suplementar:

180-140= 40º

9. E
I. 90º(C) + 45º(D) + x(E) = 180º => x = 45º , portanto verdadeira => isósceles 2 angulos iguais
II. 60º(A) + 60º(B) + x (E)= 180º => x = 60º, portanto verdadeira=> equilátero 3 ângulos iguais
III. bissetriz divide angulo em dois => 60º(B) + 90º(C) + 90º(D) + (60º+ x)(A) = 360º => x = 60º, portanto
verdadeira

10. B
Esta é a definição de circuncentro.

8
Matemática

Triângulos

Resumo

Condição de existência
A condição de existência de um triângulo é: Num triângulo ABC, em qualquer lado tem que ele é menor que a
soma dos outros dois e maior que o módulo da diferença, ou seja:

Lei angular

Teorema do ângulo externo


Seja ABC um triângulo qualquer, temos que o ângulo externo relativo a um vértice é igual a soma dos outros
dois ângulos internos. Como no esquema:

Classificação do triângulo
Quanto aos lados
Equilátero: Apresenta os três lados congruentes
Isósceles: Apresenta os dois lados congruentes (e ângulos da base iguais)
Escaleno: Apresenta os três lados diferentes entre si

1
Matemática

Quanto aos ângulos


Retângulo: Possui um ângulo interno de 90 graus (reto) e dois ângulos agudos
Acutângulo: Possui três ângulos internos agudos (menor que 90 graus)
Obtusângulo: Possui um ângulo obtuso (maior que 90 graus) e dois ângulos agudos

Área do Triângulo

Ceviana é qualquer segmento que parte de um vértice de um triângulo e corta o lado oposto a esse vértice. São
exemplos de cevianas: mediana, altura e bissetriz

Mediana
Mediana é uma ceviana que liga o vértice de onde ela parte ao ponto médio do lado oposto a esse vértice.

Baricentro
O Baricentro é exatamente o ponto de encontro das medianas.

2
Matemática

Importante saber que se BD for a mediana do triangulo temos algumas relações importantes:
BG = 2 DG
2
BG = BD
3
1
DG = BD
3

Altura
A altura é uma ceviana que parte de um vértice e faz 90° com o lado oposto ao mesmo, ou seja, ela é
perpendicular ao lado oposto a esse vértice.

De cada vértice do triângulo parte UMA altura.

Ortocentro
O ortocentro é exatamente o ponto de encontro das três alturas desse triângulo.

3
Matemática

Bissetriz
A Bissetriz é uma ceviana que parte de um vértice do triângulo e que divide ao meio o ângulo referente a esse
vértice.

Em um triângulo, de cada vértice parte UMA bissetriz.

Incentro
O incentro é o ponto onde se encontram as três bissetrizes do triângulo.

O incentro também é o centro da circunferência inscrita nesse triângulo:

Mediatriz
Qualquer segmento de reta perpendicular a um lado do triângulo e que passa por seu ponto médio.

4
Matemática

A reta r é a mediatriz do triângulo ABC relativa ao lado BC pois é perpendicular a BC e M é ponto médio
deste lado.

Circuncentro
Todo triângulo possui três mediatrizes que se encontram em um ponto denominado circuncentro, simbolizado
na figura pela letra C:

O Circuncentro é equidistante dos lados do triângulo.


Obs.: A Mediatriz não é dita ceviana, pois não necessariamente parte do vértice.

5
Matemática

Exercícios

1. No desenho a seguir, está ilustrada uma estrela de três pontas iguais, com lados
AB = BC = CD = DE = EF = FA , inscrita no triângulo equilátero ACE.

Se ABC = 150º, os ângulos FAB , BCD e DEF medem igualmente:

a) 15º
b) 20º
c) 25º
d) 30º

2. Na figura = .

Então:

a) y=3x
b) y=2x
c) x+y=180
d) x=y
e) 3x=2y

6
Matemática

3. Na figura, os dois triângulos ABC e FDE são equiláteros. Qual é o valor do ângulo x?

a) 30°

b) 40°

c) 50°

d) 60°

e) 70°

4. Um ambientalista, desejando estimara área de uma região de preservação ambiental, observou em um


mapa, com escala de 1 cm para cada 100 km, que o formato da região era, aproximadamente, um
triângulo retângulo de catetos medindo 2 cm e 3cm. Com base nesses dados, conclui-se que a área da
região de preservação ambiental era, aproximadamente, de:
a) 20.000 km².
b) 30.000 km².
c) 35.000 km².
d) 40.000 km².
e) 60.000 km².

5. Considere um triângulo ABC isósceles de base , e os pontos P e Q tais que P e Q . Se

, a medida do ângulo de vértice A, em radianos, é:

a)

b)

c)

d)

e)

7
Matemática

6. Seja ABC um triângulo isósceles de base BC. Sobre o lado deste triângulo considere um ponto D tal

que os segmentos , e são todos congruentes entre si. A medida do ângulo BÂC é igual a:
a) 23°
b) 32°
c) 36°
d) 40°
e) 45°

7. Na figura adiante, = , = e = .

Se o ângulo A mede 40°, então o ângulo mede:

a) 40°
b) 50°
c) 60°
d) 70°
e) 90°

8. Um dos ângulos internos de um triângulo isósceles mede 100°. Qual e a medida do angulo agudo
formado pelas bissetrizes dos outros ângulos internos?
a) 20°
b) 40°
c) 60°
d) 80°
e) 140°

8
Matemática

9. Dada a figura:

Sobre as sentenças
I. O triangulo CDE e isósceles.
II. O triangulo ABE e equilátero.
III. AE e bissetriz do angulo BAD.

é verdade que:

a) somente a I é falsa.
b) somente a II é falsa.
c) somente a III é falsa.
d) são todas falsas.
e) são todas verdadeiras.

10. Três pontos, A, B e C, não pertencentes a uma mesma reta, representam as posições de três casas
construídas numa área plana de um condomínio. Uma farmácia está localizada num ponto M que fica
equidistante das três casas. Na Geometria Euclidiana Plana, o ponto M é conhecido como:
a) baricentro
b) circuncentro
c) ortocentro
d) incentro
e) ponto médio

9
Matemática

Gabarito

1. D
Como AB = BC , então o triângulo ΔABC é isósceles.

Como o ângulo ABC = 150°, e a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°, então os outros
dois ângulos desse triângulo medem 15°

O mesmo acontece no triângulo ΔAFE.


Como o triângulo ΔAEC é equilátero, então cada ângulo interno mede 60°.

Sendo assim, temos que:

EAF + FAB + BAC = 60°


15° + FAB + 15° = 60°
30° + FAB = 60°
FAB = 30°

Portanto, os ângulos FAB, BCD e DEF medem 30°.

2. A
Observe a figura:

DBC = 2x, pois é ângulo externo ao triângulo ABD. Como ABD e BCD são isósceles podemos fazer a
marcação de alguns ângulos, como mostrado na figura.
Dessa maneira,
x + 180 – 4x + y = 180
y = 3x

3. B
Como ABC e DEF são triângulos equiláteros, seus ângulos internos medem 60 graus. Daí, analisando o
triângulo AGD, podemos escrever:
GAD = 180 – 75 – 60 = 45
GDA = 180 – 65 – 60 = 55.
Logo, AGD = 180 – 45 – 55 = 80.
No triângulo CGH, x + 80 + 60 = 180
x = 40.

10
Matemática

4. B
Como a escala é de 1 cm para 100 km, temos que os região triângulos tem catetos de 200 e 300 km. Dessa
maneira, a área é de 200 x 300/2 = 30 000 km²

5. C
Usando a conceito de ângulos externos, podemos perceber que o ângulo da base QB do triangulo BPQ é a
soma dos ângulos da base PA do triangulo AQP, dando um valor de "a" para o angulo do vértice A
concluímos que o ângulo P em PQ também é "a" por se tratar de um triangulo isósceles, então temos que
o ângulo de Q é "2a" e o ângulo de B em PB também é "2a" (usando as regras dos ângulos externos),
seguindo esse mesmo raciocínio de triangulo isósceles e ângulos externos percebemos que o angulo de
CBP é "A" logo de BCP é 3a e de CPB também.
180º= π
a+3a+3a=180
7a= π
a= π/7

6. C
Observe a figura:

Do triângulo ABC:

Além disso,
180 – 2x + α = 180
α = 2x (ii)

Igualando (i) e (ii):

Resolvendo a equação, encontramos x = 36.

11
Matemática

7. D
Quando temos lados igual a outro em um triângulo, isso indica que 2 ângulos são iguais e um diferente.

No triângulo ABC, AB=AC, então os ângulos B e C são iguais. Como A = 40°, e a somas dos ângulos
internos de um triângulo é 180° :
180 - 40 = 140°
B + C = 140
B= 70° e C= 70°

No triângulo XBY, BX = BY, então os ângulos Y e X são iguais. Como B = 70° e a soma dos ângulos
internos é 180:
180 - 70 = 110
X + Y = 110
X = 55° e Y = 55°

No triângulo ZCY, CZ = CY, então os ângulos Y e Z são iguais. Como C = 70° e a soma dos ângulos
internos é 180:
180 - 70 = 110
Z + Y = 110
Z = 55° e Y= 55°

A soma dos 3 ângulos de Y forma um ângulo raso de 180°, dois deles já temos, e o outro é oque
justamente a questão ta pedindo, então :

55° + 55° + zyx = 180


zyx = 180 - 110
zyx = 70°

8. B
O triângulo isósceles tem 2 ângulos com a mesma medida.
x+x+y = 180º
O ângulo de 100º só pode ser y, pois se for x, só os 2x dariam 200 graus, e sabemos que os 3 somados
têm que dar 180.

x+x+100 = 180
2x = 180 - 100
2x = 80
x = 40º

Bissetriz é a ceviana que divide o ângulo no meio, então a bissetriz de um ângulo de 40º divide-o em 2
ângulos de 20º.

12
Matemática

As duas bissetrizes se encontram no interior do triângulo, formando 4 ângulos: 2 agudos e 2 obtusos. O


problema quer saber o valor dos agudos.
De início só temos como calcular o valor do ângulo obtuso, pois ele forma com as bissetrizes um novo
triângulo (é o que está pintadinho na imagem em anexo).
20+20+a = 180
40+a = 180
a = 180 – 40
a = 140°

a e b estão sobre a mesma reta. São ângulos suplementares. a é o obtuso, de 140º b é seu suplementar:

180-140= 40º

9. E
I. 90º(C) + 45º(D) + x(E) = 180º => x = 45º , portanto verdadeira => isósceles 2 angulos iguais
II. 60º(A) + 60º(B) + x (E)= 180º => x = 60º, portanto verdadeira=> equilátero 3 ângulos iguais
III. bissetriz divide angulo em dois => 60º(B) + 90º(C) + 90º(D) + (60º+ x)(A) = 360º => x = 60º, portanto
verdadeira

10. B
Esta é a definição de circuncentro.

13
Português

Palavras invariáveis: advérbios

Resumo

Advérbios

A função básica de um advérbio é modificar um verbo, entretanto, os advérbios de intensidade e formas


semanticamente correlatas podem reforçar o sentido de um adjetivo, advérbio, ou ainda uma oração inteira.
Observe os exemplos abaixo, respectivamente:

1. Ficara completamente imóvel.


2. O homem caminhava muito devagar.
3. Eu me recuso, simplesmente.

A classificação dos advérbios ocorre devido à circunstância ou outra ideia acessória que expressam. Entre eles
estão os advérbios de afirmação, de dúvida, de intensidade, de lugar, de modo, de negação, de tempo.

Analisando os exemplos apresentados acima, temos advérbios de modo terminados em –mente


(completamente e simplesmente) e um advérbio de intensidade (muito).

Locuções Adverbiais
São expressões que exercem a função de advérbios. Iniciam-se comumente por preposição e classificam-se
como os advérbios, isto é, de acordo com as circunstâncias que exprimem: tempo, modo, intensidade, etc.

Às cegas, às claras, à toa, a medo, à pressa, às pressas, à tarde, à noite, a fundo, às escondidas, às vezes, ao
acaso, de súbito, vez por outra, lado a lado, etc. Exemplos:

O capitão me olhou de alto a baixo.


Chagou de tardinha a Floripa’’.

1
Português

Exercícios

1. Considere a charge e as afirmações.

A charge é uma ilustração que tem como objetivo fazer uma sátira de alguém ou de alguma situação
atual por meio de desenhos caricatos
I. O advérbio já, indicativo de tempo, atribui à frase o sentido de mudança;
II. Entende-se pela frase da charge que a população de idosos atingiu um patamar inédito no país;
III. Observando a imagem, tem-se que a fila de velhinhos esperando um lugar no banco sugere o
aumento de idosos no país.

Está correto o que se afirma em


a) I apenas.
b) II apenas.
c) I e II apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.

2
Português

2. A questão a seguir refere-se ao texto abaixo.


(…) As angústias dos brasileiros em relação ao português são de duas ordens. Para uma parte da
população, a que não teve acesso a uma boa escola e, mesmo assim, conseguiu galgar posições, o
problema é sobretudo com a gramática. É esse o público que consome avidamente os fascículos e livros
do professor Pasquale, em que as regras básicas do idioma são apresentadas de forma clara e bem-
humorada. Para o segmento que teve oportunidade de estudar em bons colégios, a principal dificuldade
é com clareza. É para satisfazer a essa demanda que um novo tipo de profissional surgiu: o professor de
português especializado em adestrar funcionários de empresas. Antigamente, os cursos dados no
escritório eram de gramática básica e se destinavam principalmente a secretárias. De uns tempos para
cá, eles passaram a atender primordialmente gente de nível superior. Em geral, os professores que atuam
em firmas são acadêmicos que fazem esse tipo de trabalho esporadicamente para ganhar um dinheiro
extra. “É fascinante, porque deixamos de viver a teoria para enfrentar a língua do mundo real”, diz Antônio
Suárez Abreu, livre-docente pela Universidade de São Paulo (…)
JOÃO GABRIEL DE LIMA. Falar e escrever, eis a questão. Veja, 7/11/2001, n. 1725

O adjetivo “principal” (em a principal dificuldade é com clareza) permite inferir que a clareza é apenas um
elemento dentro de um conjunto de dificuldades, talvez o mais significativo. Semelhante inferência pode
ser realizada pelos advérbios:
a) avidamente, principalmente, primordialmente.
b) sobretudo, avidamente, principalmente.
c) avidamente, antigamente, principalmente.
d) sobretudo, principalmente, primordialmente.
e) principalmente, primordialmente, esporadicamente.

3.

Na passagem: “Assim as moscas nunca vão cair na sua teia” (Texto 12), as expressões em destaque
caracterizam-se, respectivamente, como advérbios de
Parte superior do formulário
a) Modo, negação e lugar
b) Modo, tempo e lugar.
c) Modo, negação e tempo.
d) Tempo, modo e lugar.
e) Tempo, lugar e modo.

3
Português

4. Na frase: “Estamos a bordo”, a preposição indica uma relação de lugar. Escreva duas frases em que o
emprego dessa mesma preposição indique:
a) relação de tempo habitual.
b) relação de instrumento.

5. Filme
Berenice não gostava de ir ao cinema, de modo que o pai a levava à força. Cinema era coisa que ele
adorava, sempre sonhara em se tornar cineasta; não o conseguira, claro, mas queria que a filha
partilhasse sua paixão, com o que se sentiria, de certa forma, indenizado pelo destino. Uma
responsabilidade que só fazia aumentar o verdadeiro terror que Berenice sentia quando se aproximava o
sábado, dia que habitualmente o pai, homem muito ocupado, escolhia para a sessão cinematográfica
semanal. À medida que se aproximava o dia fatídico, ela ia ficando cada vez mais agitada e nervosa; e
quando o pai, chegado o sábado, finalmente lhe dizia, está na hora, vamos, ela frequentemente se punha
a chorar e mais de uma vez caíra de joelhos diante dele, suplicando, não, papai, por favor, não faça isso
comigo. Mas o pai, que era um homem enérgico e além disso julgava ter o direito de exigir da filha que o
acompanhasse (viúvo desde há muito, criara Berenice sozinho e com muito sacrifício), mostrava-se
intransigente: não tem nada disso, você vai me acompanhar. E ela o fazia, em meio a intenso sofrimento.
Por fim, aprendeu a se proteger. Ia ao cinema, sim. Mas antes que o filme começasse, corria ao banheiro,
colocava cera nos ouvidos. Voltava ao lugar, e mal as luzes se apagavam cerrava firmemente os olhos,
mantendo-os assim durante toda a sessão. O pai, encantado com o filme, de nada se apercebia; tudo o
que fazia era perguntar a opinião de Berenice, que respondia, numa voz neutra mas firme:
- Gostei. Gostei muito.
Era de outro filme que estava falando, naturalmente. Um filme que o pai nunca veria.
MOACYR SCLIAR. In: Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Era de outro filme que estava falando, naturalmente.


Neste trecho, o termo em destaque cumpre a função de:
a) afirmar ponto de vista
b) projetar ideia de modo
c) revelar sentimento oculto
d) expressar sentido reiterativo

4
Português

6. MÃOS DADAS
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é TÃO grande, NÃO nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei PARA AS ILHAS nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.
DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. "Mãos dadas". In: Sentimento do Mundo. Record.

No poema "Mãos dadas", os termos destacados apresentam, respectivamente, as circunstâncias


adverbiais de:
a) afirmação, negação e modo.
b) afirmação, intensidade e lugar.
c) intensidade, tempo e modo.
d) intensidade, negação e lugar.
e) intensidade, negação e modo.

5
Português

7.

A repetição pode expressar diferentes intenções estilísticas, conforme se observa nos fragmentos
abaixo.

Um certo Miguilim morava com sua mãe, seu pai e seus irmãos, longe, longe daqui, muito depois da
Vereda-do-Frango-d'Água e de outras veredas sem nome (l. 1-4)
É um lugar bonito, entre morro e morro, com muita pedreira e muito mato, (l. 14-15)

Explicite o sentido de cada um dos pares sublinhados.

6
Português

8.

As palavras classificadas como advérbios agregam noções diversas aos termos a que se ligam na frase,
demarcando posições, relativizando ou reforçando sentidos, por exemplo.
O advérbio destacado é empregado para relativizar o sentido da palavra a que se refere em:
a) utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? (l. 8-9)
b) Certamente me irão fazer falta, (l. 17)
c) Afirmarei que sejam absolutamente exatas? (l. 25)
d) desenterrarmos pacientemente as condições que a determinaram. (l. 36-37)

7
Português

Utilize o texto a seguir para responder as questões 9 e 10

8
Português

9. Se são eles que vêm até aqui, não há dúvida de que são muito mais desenvolvidos do que nós (l. 16)
O vocábulo que melhor representa o sentido da expressão sublinhada é:
a) certamente
b) provavelmente
c) prioritariamente
d) fundamentalmente

10. Claro, ao abrirmos a possibilidade de que vida extraterrestre inteligente exista, (l. 22)
No fragmento acima, o vocábulo claro projeta uma opinião do autor do texto sobre o que vai ser dito em
seguida. Outro exemplo em que a palavra ou expressão sublinhada cumpre função semelhante é:
a) Desde então, ideias sobre a pluralidade dos mundos têm ocupado (l. 4)
b) Por mais de 40 anos, cientistas vasculham os céus (l. 28)
c) Infelizmente, até agora nada foi encontrado. (l. 29)
d) Nesse caso, quão diferentes seriam dos deuses (l. 38)

9
Português

Gabarito

1. E
Todas as sentenças estão corretas.

2. D
“sobretudo, principalmente, primordialmente.” São os advérbios que se enquadram o mesmo contexto
trazido pelo enunciado da questão em relação ao adjetivo “principal”.

3. B
“Assim” equivale a “desse modo”; “nunca” expressa a ideia de tempo, uma impossibilidade eterna; “na sua
teia” é o local onde a ação vai ou não ocorrer.

4.
a) Às segundas e terças-feiras fazemos visitas a instituições de caridade.
b) O assaltante foi morto a tiros.

5. A

6. D
“Tão” indica intensidade; “não” negação”. “para as ilhas” lugar (para onde).

7. A repetição é um valioso artifício estilístico. No fragmento do texto de Guimarães Rosa, pode-se observá-la
em dois momentos diferentes. No primeiro, "longe, longe daqui", a repetição do longe, advérbio, tem efeito
superlativante, intensificador (muito longe, longíssimo), tornando a distância maior. Em "entre morro e
morro", a repetição dos substantivos confere ao par valor quantitativo (muitos morros). A
preposição entre funciona como elemento limitador do espaço. (Comentário Uerj)

8. A
Quando se diz que um advérbio pode relativizar o sentido do termo a que se liga, quer se dizer que o termo
não pode ser tomado em sentido absoluto, mas apenas em sentido relativo a determinada circunstância.
No caso, o advérbio "presumivelmente", em "utilizá-las em história presumivelmente verdadeira?", de fato
relativiza o sentido do adjetivo "verdadeira": a história não é absolutamente verdadeira, mas verdadeira
apenas em relação ao que presume quem a conta, isto é, de que deve ser verdadeira. (Comentário Uerj)

9. A
A expressão grifada tem por objetivo apresentar uma conclusão inequívoca do autor para a condição
enunciada anteriormente, e o vocábulo que melhor expressa esse sentido pretendido é "certamente".

10. C
Modalizadores são palavras ou expressões que projetam um ponto de vista do enunciador acerca do que
está sendo enunciado, revelando diferentes intenções comunicativas. Com o uso de "infelizmente", por
exemplo, fica clara a expectativa do autor de que fosse encontrado sinal de vida extraterrena, assim como
a frustração dessa expectativa.

10
Português

Palavras Invariáveis (Preposições, Interjeições e Palavras


Denotativas)

Resumo

Palavras denotativas
As palavras denotativas possuem essa nomenclatura por não se enquadrarem em nenhuma classe gramatical.
Embora elas se assemelhem, em alguns aspectos, aos advérbios, não mantêm as mesmas relações que eles.
Do ponto de vista semântico, elas são importantes no contexto em que se encontram e são classificadas de
acordo com a ideia que expressam, são elas: designação, exclusão, inclusão, realce, retificação e situação,
afetividade, explanação e limitação.

• Sinto que ele me escapa, ou melhor, que nunca me pertenceu. (retificação)


• Da família só elas duas subsistiam. (exclusão)
• Tudo na vida engana, até a Glória. (inclusão)
• Ainda bem que o orador foi breve! (afetividade)

Preposição
É a classe gramatical responsável pela coesão textual no nível vocabular; ou seja, cumpre a função de conectar
vocábulos/palavras para estabelecer entre elas, em geral, um nexo semântico.

Vou a Roma. (A preposição “a” conecta o substantivo “Roma” ao verbo “vou”)

Além disso, as preposições denotam diferentes significados dependendo do contexto em que estão inseridas.
Elas podem possuir valores semânticos de: posse, causa, matéria, assunto, companhia, finalidade, instrumento,
lugar, origem, tempo, meio, conformidade, modo e oposição. Veja alguns exemplos:

• Os objetos que foram comprados são feitos com porcelana. (matéria)


• Viajaremos nas férias para descansar. (finalidade)
• Os visitantes vinham do Maranhão. (origem)
• Recebemos as visitas com muita alegria. (modo)

1
Português

Interjeição
A interjeição é a expressão com que traduzimos uma reação emotiva. Uma mesma interjeição pode
corresponder a sentimentos variados e, por isso, deve-se estar atento ao contexto e a entoação dessa palavra.
Assim como os advérbios, as interjeições também são classificadas de acordo com o sentimento que denotam.
Veja os exemplos mais comuns:

• Alegria: Oba! Oh! Ah!


• Aplauso: Bis! Bravo! Viva!
• Dor: Ai! Ui!
• Espanto ou surpresa: Ah! Ih! Oh! Ué! Puxa!
• Invocação: Alô! Ô! Ó! Olá! Psiu!
• Silêncio: Psiu! Silêncio!

Há, com menos frequência, interjeições de papel apelativo:

Psiu! Venha aqui.


"Ei, você aí, me dá um dinheiro aí"

2
Português

Exercícios

1.

No último quadrinho, a expressão “DROGA!” refere-se a:


a) um substantivo que nomeia o objeto que o menino deveria comprar.
b) um adjetivo que qualifica o modo como a mãe deu a ordem para o menino.
c) um advérbio que acompanha o verbo esquecer, modificando-o em seu valor original.
d) uma interjeição que indica um julgamento negativo do menino sobre sua própria ação.
e) uma conjunção subordinativa que imprime valor de circunstância concessiva ao trecho seguinte.

2. Bode no pasto
Quase ninguém duvidou do saber do homem, do seu poder mágico, pois andava com uns livros de
história, de magia, com versões sobre fatos reais, mistérios, ciências ocultas. Até mesmo os céticos,
críticos, admitiam sua condição de mestre, de domínio da arte, da mágica, reflexo de vivências no país e
no mundo.
Então visto como sábio, senhor de poderes ocultos, o homem prometeu uma façanha, ou seja, domar
bodes, mudar o hábito da espécie. Aí pegou umas folhas, esfregou na venta dum cabrito, e garantiu que
a praga estava eliminada, nunca mais faria estragos naquela terra. (…)
(Nagib Jorge Neto. Diário de Pernambuco. 20/11/98)

As palavras destacadas no texto estabelecem, respectivamente, as seguintes relações lógicas:


a) explicação, soma, comparação, soma, conclusão
b) causa, inclusão, comparação, explicação, situação
c) causa, exclusão, conformidade, retificação, tempo
d) conclusão, soma, conformidade, ratificação, tempo
e) explicação, inclusão, causa, retificação, conclusão

3
Português

3. Impressionista
Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.
(Adélia Prado)

Sobre aspectos gramaticais, assinale a opção correta:

a) O vocábulo “uma” (verso 1), por singularizar uma ocasião especificada ao longo do poema, deve
ser tratado como numeral, e não como artigo.

b) No segundo verso, o vocábulo “toda” possui a mesma classificação morfológica que “alaranjado”.

c) A preposição “por”, genericamente, introduz uma indicação de tempo, já que participa de uma
expressão adverbial de valor durativo.

d) O advérbio “constantemente” empresta, além de uma noção de modo, uma de frequência ao verbo
“amanhecendo”, que ele modifica.

4
Português

4. Observe o fragmento a seguir do “Sermão do Bom Ladrão” de Antônio Vieira:

Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma
tal sentença em Roma. reinando nela Neto; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os
nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos. ou para a emenda, ou para a cautela, não
preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam
que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca. e que se não
podem ofender: e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar.
[..]
Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza
de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu
pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno os que não só vão, mas levam, de
que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais afta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo
[São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa;
os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam
os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com
manha, Já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes
roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros,
se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.
Essencial. 2011.

Os termos destacados constituem, respectivamente,


a) artigo, uma preposição e uma preposição.
b) uma preposição, um artigo e uma preposição.
c) um artigo, um pronome e um pronome.
d) um pronome, uma preposição e um artigo.
e) uma preposição, um artigo e um pronome.

5
Português

5. Leia esta tira de Orlandeli e assinale a alternativa incorreta.

a) Ainda que flexione o verbo ver no imperativo, o personagem do primeiro quadrinho, ao fazê-lo na
primeira pessoa do plural, faz uma espécie de convite ao colega para conhecerem juntos as novas
regras ortográficas. É como se dissesse: Vamos ver as novas regras.

b) O termo Nossa!!, no segundo quadrinho, não funciona como um pronome possessivo, mas como
uma interjeição, não só porque exprime uma sensação do personagem, como porque, na escrita, as
interjeições vêm, via de regra, acompanhadas de ponto de exclamação.

c) Embora apresente um valor semântico de admiração, de surpresa, a expressão Que coisa..., no


segundo quadrinho, não se configura uma interjeição, pois vem seguida de reticências, que somente
indicam suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

d) Pode-se inferir do terceiro quadrinho que as regras ortográficas são imposições decorrentes do uso
que os falantes fazem da língua, ou seja, como a maioria dos usuários desconhecia a função do
trema e não sabia empregá-lo na escrita, o sinal tornou-se obsoleto, não havendo razão para
continuar existindo nas regras ortográficas da língua.

e) O significado das interjeições está sempre vinculado ao uso, por isso qualquer palavra ou expressão
da língua pode atuar como interjeição, dependendo do contexto e da intenção do falante. Assim,
conclui-se que, por expressarem espanto, as três falas do personagem no segundo quadrinho são
interjeições.

6
Português

6. ELA INTERNET
Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje
Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu velho orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé
Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer
Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut acessar
O chefe da Macmilícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus pra atacar programas no Japão
Eu quero entrar na rede pra contactar
Os lares do Nepal, os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um vídeopôquer para se jogar
(Gilberto Gil, 1997.1)

“Num site de Helsinque para abastecer”

As preposições sublinhadas expressam as noções, respectivamente, de:


a) origem e finalidade.
b) localização e causalidade.
c) pertencimento e objetividade.
d) causalidade e conclusão.

7
Português

7. Leia o texto a seguir e responda à questão:


As matas ciliares são tão importantes para os rios e lagos, como são os cílios para a proteção dos nossos
olhos. (...) Sem as matas ciliares, as nascentes secam, as margens dos rios e riachos solapam, o
escoamento superficial aumenta e a infiltração da água no solo diminui, reduzindo as reservas de água
do solo e do lençol freático. As consequências são dramáticas para o meio ambiente: a poluição alcança
facilmente os mananciais e a vida aquática é prejudicada, rios e reservatórios transformam-se em
grandes esgotos ou lixões.

Na primeira frase do texto, a preposição para, na oração destacada, foi empregada com o valor semântico
de:
a) finalidade
b) conclusão
c) explicação
d) concessão
e) proporcionalidade

8. O projeto Montanha Limpa, desenvolvido desde 1992, por meio da parceria entre o Parque Nacional de
Itatiaia e a DuPont, visa amenizar os problemas causados pela poluição em forma de lixo deixado por
visitantes desatentos.
(Folheto do Projeto Montanha Limpa do Parque Nacional de Itatiaia.)

A preposição que indica que o Projeto Montanha Limpa continua até a publicação do folheto é:
a) entre.
b) por (por visitantes).
c) em.
d) por (pela poluição).
e) desde.

9. Neste mundo é mais rico, o que mais rapa


Quem mais limpo se faz, tem mais carepa
Com sua língua ao nobre vil decepa
O Velhaco maior sempre tem capa.
(Gregório de Matos)
Assinale a alternativa correta:

a) Na expressão “Neste mundo”, o pronome refere-se a um mundo utópico, irreal.


b) Em “Quem mais limpo se faz”, o pronome “se” indica reciprocidade.
c) “Língua” e “capa” são termos empregados em sentido denotativo.
d) A expressão “Com sua língua”, que remete a “nobre”, é indicativa de causa.
e) Em “ao nobre”, emprega-se a preposição para evitar ambiguidade.

8
Português

10. Uns lindos olhos, vivos, bem rasgados,


Um garbo senhoril, nevada alvura;
Metal de voz que enleva de doçura,
Dentes de aljôfar, em rubi cravados;

Fios de ouro que enredam meus cuidados,


Alvo peito que cega de candura;
Mil prendas e (o que é mais que formosura)
Uma graça, que rouba mil agrados;

Mil extremos de preço mais subido


Encerra a linda Márcia, a quem of’reço
Um culto, que nem dela inda é sabido;

Tão pouco de mim julgo que a mereço,


Que enojá-la não quero de atrevido
Co’as penas que por ela em vão padeço.
(Filinto Elísio)1

No verso “Metal de voz que enleva de doçura”, a preposição de ocorre duas vezes, formando expressões
que indicam, respectivamente, relação de:
a) posse e consequência.
b) causa e posse.
c) qualificação e causa.
d) modo e qualificação.
e) posse e modo.

9
Português

Gabarito

1. D
A palavra “droga” foi utilizada para expressar uma emoção de seu emissor.

2. B
As palavras “pois” e “como” são conjunções e considerando o contexto no qual foram inseridas,
estabelecem, respectivamente, relação de causa e de comparação; já as demais são palavras denotativas
e estabelecem as seguintes relações lógicas: “até mesmo” (inclusão); “ou seja” (explicação)
e “aí” (situação).

3. C
A preposição “por”, seguida da expressão “muito tempo”, apresenta a ideia de passagem de tempo, ação
de valor durativo.

4. B
A preposição “a” antecede o pronome relativo “quem”, que não admite artigo; o artigo “a” antecede o
substantivo feminino “pobreza”; e a preposição “a” antecede o pronome demonstrativo masculino “este”.

5. C
A interjeição não é definida pela pontuação que a sucede, e sim pelo seu uso. Considerando que “Que
coisa...” exprime espanto, pode-se classificar a expressão como uma interjeição.

6. A
De acordo com a música de Gilberto Gil, pode-se perceber que as preposições “de” e “para” possuem,
respectivamente, o sentido de origem de um site, ou seja, o site é proveniente de Helsinque e tem como
objetivo abastecer.

7. A
No fragmento apresentado, a preposição “para” indica a finalidade dos cílios, ou seja, para a proteção dos
olhos.

8. E
A preposição “desde” apresenta, no fragmento, o sentido que o projeto começou em 1992 e até os dias de
hoje continua existindo no Parque Nacional de Itatiaia.

9. E
No poema de Gregório de Matos, o verso “Com sua língua ao nobre o vil decepa” apresenta uma inversão
dos termos da oração, visto que a palavra “vil” é o sujeito e a palavra “nobre” é objeto direto, que foi
preposicionado para evitar ambiguidade.

10
Português

10. C
Na expressão “metal de voz”, a preposição rege o adjunto que determina metal. Trata-se, na verdade, de
uma transposição, pois o sentido é de “voz de metal”, que qualifica, metaforicamente, o timbre da voz (soa
como se fosse metal). Em “que enleva de doçura”, a preposição indica relação de causa: enleva por causa
da doçura.

11
Química

Distribuição eletrônica, classificação periódica dos elementos e


propriedades periódicas e aperiódicas

Resumo

Distribuição eletrônica
O químico Linus Pauling propôs um diagrama prático de distribuição eletrônica. Nele, os elétrons são
distribuídos em ordem crescente de energia em níveis e subníveis da eletrosfera do átomo.

Veja o Diagrama de Pauling, na figura abaixo, e perceba a ordem de preenchimento expressa nas setas
vermelhas.

Neste ponto, é importante notar que os elétrons que existem hoje, com exceção dos descobertos em 2016, se
distribuem em até 7 níveis de energia e cada nível contém um determinado número de subníveis.

O subnível s comporta o máximo de 2 elétrons; o p, 6; o d, 10 e o f, 14.

Exemplo:
Veja o preenchimento de um átomo com 60 elétrons como exemplo:

1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f4

Importante!
Para saber o número de elétrons a preencher em um átomo neutro lembre-se que o número de prótons é igual
ao número de elétrons em um átomos neutro. Portanto, o número atômico indicará o número de elétrons. No
caso de íons, deve-se adicionar ou remover elétrons à quantidade de elétrons no átomo neutro após a
distribuição do elétrons do átomo na sua forma neutra.

Distribuição eletrônica em íons


Íons podem seguir a seguinte regra de distribuição: faz-se o preenchimento do átomo em seu estado neutro e,
depois, retira(m)-se o(s) elétron(s) da camada de valência (a mais externa). No caso de ânions, adicionam-se
os elétrons nas camadas seguintes.

1
Química

Exemplo:
Fe: 1s22s22p63s23p64s23d6
Fe2+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6

S: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4


S2-: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6

Distribuição por camadas e por subníveis


Camadas serão representadas por letras ou números (de 1 a 7 ou de K a Q) e suportam um número definido de
elétrons (representadas abaixo):

Camada 1 ou K = 2;
Camada 2 ou L = 8;
Camada 3 ou M = 18;
Camada 4 ou N = 32;
Camada 5 ou O = 32;
Camada 6 ou P = 18;
Camada 7 ou Q = 8.

Perceba a diferença entre os tipos de preenchimento pelo exemplo do enxofre (S). Em uma das distribuições,
mostram-se os subníveis, enquanto a outra mostra apenas as camadas preenchidas.

S: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4 → (por subníveis)


S: K = 2; L = 8; M = 6 → (por níveis ou camadas)

Classificação periódica dos elementos


Em 1817, Lei das Tríades, Dobereiner (alemão): organizou elementos em tríades (com propriedades
semelhantes), as chamadas ‘Tríades de Dobereiner’. Nesse trio, o elemento do meio teria a média das massas
dos elementos anterior e posterior. Foi a primeira tabela, ou tentativa de organização, com alguma relevância.

Em 1871, Ordem pelas Massas Atômicas, Dimitri Mendeleev (russo) anotou, em fichas, as propriedades de
todos os elementos conhecidos na época, como massa, ponto de fusão, ponto de ebulição etc. As analisou e
percebeu que se organizasse em ordem crescente de massa haveria certa regularidade entre os elementos.
Guardava semelhanças com a classificação atual, mas ainda apresentava problemas: isótopos, ou seja, um
elemento com duas massa distintas, como organizar?

Mendeleev chegou a prever massa e propriedades de elementos ainda não descobertos à época. Anotou um
ponto de interrogação e determinou algumas de suas propriedades. Futuramente foram se confirmando suas
previsões.

2
Química

Exemplo da organização proposta por Mendeleev, que teve grande influência

Em 1913, Ordem de Número Atômico, Moseley (inglês): Após resultado de trabalho de Moseley com raios-X de
cerca de 40 elementos, a tabela foi modificada: passou a ser orientada pelo número atômico dos elementos ao
invés do peso. Ele associou as propriedades dos elementos aos seus números atômicos. E Seabord
acrescentou lantanídeos e actinídeos à tabela.

Tabela atual

Organização
• É feita em linhas e colunas
• As linhas recebem nomes: períodos ou séries.

3
Química

• O período diz quantas camadas um átomo tem, e elementos do mesmo período possuem o mesmo
número de camadas
• Colunas são chamadas de grupos ou famílias
• Elementos de uma mesma coluna irão apresentar a mesma terminação na distribuição eletrônica e terão
propriedades químicas semelhantes. Exemplos: Si e C.

A tabela contém 18 colunas divididas em famílias. A família A (elementos representativos), B (metais de


transição), lantanídeos e actinídeos.

Família A (grupos 1, 2, e de 13 a 18)


IA: Metais alcalinos (terminam distribuição em ns1, onde n é o número do período)
IIA: Metais alcalinos terrosos (terminam distribuição em ns2)
IIIA: Família do Boro (terminam distribuição em ns2 np1)
IVA: família do Carbono (terminam distribuição em ns2 np2)
VA: Família do Nitrogênio (terminam distribuição em ns2 np3)
VIA: Calcogênios (terminam distribuição em ns2 np4)
VIIA: Halogênios (terminam distribuição em ns2 np5)
VIIIA: Gases Nobres (terminam distribuição em ns2 np6)

Família B (elementos de transição externa, grupos 3 ao 12):


1a coluna da família B até a última: IIIB, IVB, VB, VIB, VIIB, VIIIB, IB, IIB.
Elementos dessas colunas terminam suas distribuições em ns2 (n-1)dx, onde x vai de 1 a 10 e depende da coluna
onde o elemento se encontra. Por exemplo: IIIB, x = 1; VB, x =3.

Série dos lantanídeos e actinídeos (elementos de transição interna): são aqueles que terminarão sua
distribuição eletrônica no subnível f.

Divisão por propriedades


Metais e ametais (fundamental conhecê-los para entender melhor ligações químicas)

• Metais são dúcteis e maleáveis, ótimos condutores de eletricidade (em verde na tabela abaixo). Em geral,
apresentam poucos elétrons na camada de valência e tendem a doar seus elétrons para alcançar seus
octetos.

• Ametais tem propriedades distintas das de cima (elementos em amarelo na tabela abaixo). Em geral, têm
muitos elétrons na última camada e tendem a receber elétrons ou compartilhar por ligação covalente
normal ou dativa. Apresentam alta eletronegatividade.

• H não é nem metal, nem ametal, nem gás nobre

4
Química

Propriedades Periódicas e Aperiódicas


Propriedade periódicas são aquelas que de acordo com o aumento do número atômico os valores aumentam
ou diminuem de forma regular ao longo dos períodos e grupos da tabela periódica.

• Raio atômico
O raio atômico também pode ser chamado de tamanho do átomo, é a metade da distância entre o núcleo de
dois átomos isótopos. Com isso pode-se dizer que o raio atômico é a distância do núcleo até o seu elétron mais
externo.
Analisando a tabela periódica podemos dizer que o tamanho do raio atômico cresce com o aumento do número
de camadas (crescendo para baixo) e com a diminuição do seu número atômico (crescendo para a esquerda).

Obs.: o raio de um cátion é menor que o raio de seu átomo, e o raio de um ânion é maior que o raio de seu átomo.

• Energia de Ionização ou Potencial de ionização (E.I.)


É a energia mínima necessária para que um átomo isolado, e no estado gasoso, perca um elétron e se
transforme em um cátion.

Analisando a tabela periódica podemos dizer que a energia de ionização cresce com a diminuição do número
de camadas, pois haverá assim uma menor distância e maior atração entre prótons e elétrons (crescendo para
cima) e com o aumento do seu número atômico (crescendo para a direita).

X(g) + E.I. → X+(g) + e-

• Eletronegatividade
É a energia necessária para a entrada de um elétron num átomo isolado. Quanto maior a afinidade eletrônica,
maior é a capacidade do átomo de receber elétron.

Analisando a tabela periódica podemos dizer que a eletronegatividade cresce com a diminuição do período, pois
haverá assim uma menor distância e maior atração entre prótons e elétrons (crescendo para cima) e com o
aumento do seu número atômico (crescendo para a direita).

X(g) + e- → X+(g) + Energia

5
Química

• Afinidade eletrônica ou eletroafinidade (A.E.)


É a quantidade de energia liberada quando um átomo isolado, e no estado gasoso, ganha um elétron e se
transforme em um ânion.

Analisando a tabela periódica podemos dizer que a afinidade eletrônica cresce com a diminuição do período,
pois haverá assim uma menor distância e maior atração entre prótons e elétrons (crescendo para cima) e com
o aumento do seu número atômico (crescendo para a direita).

X(g) + e- → X+(g) + A.E.

• Eletropositividade ou caráter metálicoÉ a capacidade que um átomo apresenta de ceder elétrons em uma
ligação química. Está propriedade reflete a capacidade contrária a da eletronegatividade.

Propriedade aperiódicas
São aquelas que de acordo com o aumento do número atômico não possuem regularidade ao longo dos
períodos e grupos da tabela periódica.

• Massa atômica (A)


A massa atômica é dada pelo somatório do número atômico (Z) e nêutrons (n). A massa cresce no mesmo
sentido do número atômico, para direita e para baixo.
A=Z+n

• Calor específico (c)


O calor específico é dado por:
c = Q/m(Tf-To)

Portanto, crescimento é inverso ao número atômico (que é proporcional à massa): para a esquerda e para cima.

6
Química

Exercícios

1. Sendo o subnível 4s1 (com um elétron) o mais energético de um átomo podemos afirmar que:
I. O número total de elétrons deste átomo é igual a 19.

II. Este átomo apresenta 4 camadas eletrônicas.

III. Sua configuração eletrônica é 1s2 2s2 2p6 3s2 3d10 4s1

a) apenas a afirmação I é correta.

b) apenas a afirmação II é correta.

c) apenas a afirmação III é correta.

d) as afirmações I e II são corretas.

e) as afirmações II e III são corretas.

2. Em relação à configuração eletrônica nos níveis e subníveis dos átomos, analise as seguintes afirmativas:
I. Quanto mais distanciado do núcleo se encontrar o elétron, maior será o seu conteúdo energético.
II. A terceira e quarta camadas admitem, no máximo, 18 elétrons e 32 elétrons, respectivamente.
III. A primeira camada é a menos energética e pode ter, no máximo, 8 elétrons.

Está(ão) correta(s), pelo modelo atual,

a) I apenas.
b) II apenas.
c) III apenas.
d) I e II apenas.
e) II e III apenas.

3. Durante uma prova de Química, um aluno do 2° grau deveria citar características do elemento químico
flúor. Esse aluno tinha como fonte de consulta apenas uma tabela periódica. Assinale a alternativa que
contém uma característica que ele não poderia ter retirado de sua fonte.
a) Possui 7 elétrons na camada de valência.
b) Possui o número atômico igual a 9.
c) Possui alta eletronegatividade.
d) Possui alta viscosidade.
e) Pertence a família 7A.

7
Química

4. Considere as afirmativas abaixo:


I. A primeira energia de ionização é a energia necessária para remover um elétron de um átomo neutro
no estado gasoso.
II. A primeira energia de ionização do sódio é maior do que a do magnésio.
III. Nos períodos da tabela periódica, o raio atômico, sempre cresce com o número atômico.
IV. A segunda energia de ionização de qualquer átomo é sempre maior que a primeira.

São afirmativas corretas:

a) II e III.
b) II e IV.
c) I, II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

5. Considere as afirmações a seguir:


I. O elemento químico de número atômico 30 tem 3 elétrons de valência.
II. Na configuração eletrônica do elemento químico com número atômico 26 há 6 elétrons no subnível
3d.
III. 3s2 3p3 corresponde à configuração eletrônica dos elétrons de valência do elemento químico de
número atômico 35. IV. Na configuração eletrônica do elemento químico de número atômico 21 há
4 níveis energéticos.

Estão corretas, somente:

a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV

8
Química

6. Assinale a alternativa que apresenta corretamente os símbolos das espécies que possuem,
respectivamente, as seguintes configurações eletrônicas:

Dados: Números atômicos: Ne (Z = 10), Cℓ (Z = 17), Ar (Z = 18), Cu (Z = 29), Zn (Z = 30), As (Z = 33), Se (Z


= 34)

a) Se, Zn, Cℓ
b) Se, Cu, Cℓ
c) As– , Zn, Cℓ
d) As, Cu+ , Cℓ –
e) As, Zn2+, Cℓ –

7. Os implantes dentários estão mais seguros no Brasil e já atendem às normas internacionais de qualidade.
O grande salto de qualidade aconteceu no processo de confecção dos parafusos e pinos de titânio, que
compõem as próteses. Feitas com ligas de titânio, essas próteses são usadas para fixar coroas dentárias,
aparelhos ortodônticos e dentaduras, nos ossos da mandíbula e do maxilar. Jornal do Brasil, outubro
1996. Considerando que o número atômico do titânio é 22, sua configuração eletrônica será:

8. Analisando a classificação periódica dos elementos químicos, pode-se afirmar que:


a) o raio atômico do nitrogênio é maior que o do fósforo.
b) a afinidade eletrônica do cloro é menor que a do fósforo.
c) o raio atômico do sódio é menor que o do magnésio.
d) a energia de ionização do alumínio é maior que a do enxofre.
e) a energia de ionização do sódio é maior que a do potássio.

9
Química

9. Considerando um grupo ou família na Tabela Periódica, podemos afirmar em relação ao raio atômico
que:
a) aumenta com o aumento do número atômico, devido ao aumento do número de camadas.
b) Aumenta à medida que aumenta a eletronegatividade.
c) Não sofre influência da variação do número atômico.
d) Diminui à medida que aumenta o número atômico, devido ao aumento da força de atração do núcleo.
e) Diminui com o aumento do número atômico, devido ao aumento do número de elétrons

10. Na classificação periódica, a energia de ionização e a eletronegatividade (exceto gases nobres) dos
elementos químicos aumenta:
a) das extremidades para o centro, nos períodos.
b) das extremidades para o centro, nas famílias.
c) da direita para a esquerda, nos períodos.
d) de cima para baixo, nas famílias.
e) de baixo para cima, nas famílias.

10
Química

Gabarito

1. D
I. O número total de elétrons deste átomo é igual a 19. Verdadeiro. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1
II. Este átomo apresenta 4 camadas eletrônicas. Verdadeiro. K = 2, L = 8, M = 8, N =1
III. Sua configuração eletrônica é 1s2 2s2 2p6 3s2 3d10 4s1 - Falso.
A sua distribuição é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1

2. D
I. Quanto mais distanciado do núcleo se encontrar o elétron, maior será o seu conteúdo energético.
Verdadeiro. Quanto mais distante o elétron estiver do núcleo, menor a força de atração e maior é a sua
energia total.
II. A terceira e quarta camadas admitem, no máximo, 18 elétrons e 32 elétrons, respectivamente.
Verdadeiro.
III. A primeira camada é a menos energética e pode ter, no máximo, 8 elétrons. Falso. A primeira camada
é a menos energética e contém no máximo 2 elétrons

3. D
A viscosidade não está relacionada com as propriedades periódicas

4. D
I. A primeira energia de ionização é a energia necessária para remover um elétron de um átomo neutro
no estado gasoso. Verdadeiro.

II. A primeira energia de ionização do sódio é maior do que a do magnésio. Falso. Sódio e magnésio estão
localizados no mesmo período, sendo assim, o magnésio que apresenta o maior número atômico
(maior nº de prótons no núcleo) apresenta maior energia de ionização.

III. Nos períodos da tabela periódica, o raio atômico, sempre cresce com o número atômico. Falso. Nos
períodos, o raio atômico, aumenta com a diminuição do número atômico.

IV. A segunda energia de ionização de qualquer átomo é sempre maior que a primeira. Verdadeiro.

5. D

11
Química

6. B
I. Se → [Ar] 4s2 3d10 4p4
II. Cu → [Ar] 4s1 3d10
III. Cℓ → [Ne] 3s2 3p5

7. D
Para Z = 22 temos: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2

8. E
A energia de ionização aumenta nas famílias de baixo para cima, sendo assim, o sódio apresenta energia
de ionização maior do que o potássio

9. A
O raio atômico aumenta nas famílias de cima para baixo de acordo com o aumento do número de camadas
ao redor do núcleo, e da direita para a esquerda nos períodos, em função da diminuição do número de
prótons do núcleo, que diminui a força de atração que o núcleo exerce sobre os seus elétrons, aumentando
o tamanho do átomo

10. E
Na classificação periódica, a energia de ionização e a eletronegatividade (exceto gases nobres) dos
elementos químicos aumenta de baixo para cima nas famílias e da esquerda para a direita nos períodos.

12
Química

Ligações químicas: teoria do octeto, ligação iônica, ligação metálica


e ligação covalente

Resumo

Teoria do Octeto
Os átomos não ficam ‘sozinhos’ na natureza, mas ligados, porque não são estáveis. Tal instabilidade, com
exceção de um grupo de elementos, é fruto da configuração eletrônica incompleta da maioria dos elementos
químicos.
É uma observação da natureza que os chamados gases nobres não costumam se ligar a outros elementos.
Eles ‘preferem’ ficar ‘sozinhos’ ou seja, são encontrados não ligados, na forma de Ne, Xe, He. Tais elementos
apresentam suas últimas camadas, as de valência, completas, com oito elétrons. Associou-se, portanto, a
completude da última camada à estabilidade dos átomos.
Conectando-se os pontos, chegamos ao comportamento geral, com exceções, dos elementos na natureza. Eles
tendem a se ligar para completar suas camadas de valência. Em geral, tendem a atingir oito elétrons na última
camada. Eis a teoria do octeto.

Obs. É válido ressaltar que H, He, Li, Be e B, se estabilizam com 2 elétrons na última camada.

Ligação iônica ou eletrovalente


Na ligação iônica, os elétrons são transferidos de um átomo com tendência a doar (metais) para um átomo
com tendência a perder elétrons (ametais). Após a transferência, formam-se íons e estes se ligam por força
eletrostática.

A diferença de eletronegatividade é, em geral, maior que 1,7 em ligações iônicas.

Exemplos:

Na e Cl

11Na => 1s2 2s2 2p6 3s1 (1 elétron de valência)

17Cl => 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 (7 elétrons de valência)

1
Química

Para completar o octeto, o melhor para o sódio seria perder um elétron. O cloro, idealmente, ganharia um elétron
para completar seu octeto.

Mg e F

12Mg => 1s2 2s2 2p6 3s2 (2 elétrons de valência)


9F => 1s2 2s2 2p5 (7 elétrons de valência)

Para cada magnésio, precisa-se de dois átomos de flúor para todos terem seus octetos completos.

MgF2 (fórmula molecular); Mg2+F- (fórmula iônica, mostram-se as cargas)

Como montar a fórmula molecular de um composto iônico?

A partir dos íons formadores, o valor numérico do nox do cátion, em módulo, se torna o índice do ânion e o
mesmo acontece com o nox do ânion, que vira índice do cátion. É mais fácil ver pelos exemplos abaixo. Tente
perceber a regra.

Al3+ e Cl- formam AlCl3


Ba2+ e Br- formam BaBr2
Li+ e S2- formam Li2S
Na+ e N3- formam Na3N

Ligação metálica
Ocorre entre metais: Na e Na; Fe e Fe; Al e Al; ligas metálicas de Cu e Au
Em materiais com este tipo de ligação, os elétrons se movem livremente (“mar de elétrons”) pelos átomos de
metal da estrutura. Este é o motivo da alta condutividade dos metais e da sua aplicabilidade em circuitos
elétricos.
Propriedades dos metais: Pontos de fusão e ebulição elevados, com exceção do mercúrio. Bons condutores
térmicos e de eletricidade nos estados sólido e líquido, maleáveis e possuem brilho.

Ligas metálicas são formadas por dois ou mais metais ou um metal com um ametal em quantidade pequena.

Veja algumas ligas metálicas comuns:

Aço: Fe e C
Aço inox: Fe + C + Ni + Cr
Bronze: Cu + Sn
Latão: Cu + Zn
Ouro: Au + Ag ou Au + Cu

2
Química

Ligação covalente
Esse tipo de ligação se dá por compartilhamento de um par de elétrons, sendo um elétron de cada átomo. Há
formação de moléculas, logo, esta ligação é também chamada de molecular. Ele acontece entre ametais ou
entre o hidrogênio e um ametal, e entre hidrogênios. A diferença das eletronegatividades dos átomos envolvidos
é menor que 1,7.

Observação1: Quando a diferença das eletronegatividades dos átomos envolvidos for igual a zero (∆en = 0),
dizemos que a ligação tem caráter apolar e quando a diferença das eletronegatividades for diferente de zero
(∆en ≠ 0), dizemos que o caráter da ligação é polar.

Exemplo:

O2

Eletronegatividade: O = 3,5

∆en 3,5 - 3,5 = 0 → ligação covalente apolar

NH3

Eletronegatividades: N = 3,0 H = 2,1

∆en 3,0- 2,1 = 0,9 → ligação covalente polar

Observação2: Nos últimos anos usamos chamamos de ligação covalente dativa ou coordenada a ligação que
ocorre entre um átomo que atinge a estabilidade eletrônica e outro que ainda necessita de dois elétrons para
completar sua camada eletrônica. Podemos representar esses pares de elétrons por uma seta.

Exemplo:

Usando o exemplo SO2, temos:

3
Química

PSIU!!

Exceções à regra do octeto


O berílio, o boro e o alumínio formam compostos estáveis com um número de elétrons inferior a 8,
desobedecendo assim à regra do octeto.

Embora a diferença de eletronegatividades seja maior que 1,7, no caso do BF 3 a ligação não é iônica, pois trata-
se da ligação entre ametais; portanto, ligação covalente polar.

4
Química

Exercícios

1. Um elemento X que apresenta distribuição eletrônica em níveis de energia K = 2, L = 8, M = 8, N = 2, forma


com:
a) um halogênio Y um composto molecular XY.
b) um calcogênio Z um composto iônico XZ.
c) o hidrogênio um composto molecular HX.
d) um metal alcalino M um composto iônico MX.
e) um halogênio R um composto molecular X2R.

2. Em uma ligação química em que há grande diferença de eletronegatividade entre os átomos, irá ocorrer
formação de compostos:
a) moleculares.
b) de baixo ponto de fusão.
c) não-condutores de corrente elétrica, quando fundido.
d) insolúveis na água.
e) que apresentam retículo cristalino.

3. Duas substâncias sólidas, x e y, apresentam propriedades listadas na tabela adiante:

Baseado nestas afirmações, pode-se afirmar que:

a) x é substância molecular e y é substância iônica.


b) x é substância iônica e y é substância molecular.
c) x é substância metálica e y é substância iônica.
d) x e y são substâncias moleculares.
e) x e y são substâncias iônicas.

5
Química

4. A melhor maneira de inferir sobre o tipo de ligação química predominante em uma determinada
substância é analisar algumas de suas propriedades físicas. Em relação às propriedades das
substâncias, é INCORRETO afirmar que:
a) os compostos iônicos conduzem a corrente elétrica no estado líquido, mas os compostos
covalentes moleculares geralmente são maus condutores de corrente elétrica nesse estado.
b) na temperatura de 25°C e 1 atmosfera de pressão, todos os compostos iônicos são sólidos,
enquanto os compostos que apresentam ligações covalentes podem ser sólidos, líquidos ou
gasosos.
c) os compostos com ligações metálicas são bons condutores de calor e eletricidade.
d) os pontos de ebulição são altos para todos os compostos iônicos e metálicos e baixos para todos
os compostos covalentes.

5. Dentre as seguintes propriedades das substâncias:


I. elevada temperatura de fusão;
II. boa condutividade elétrica no estado sólido;
III. formação de solução aquosa condutora de corrente elétrica;
IV. elevada solubilidade em líquidos apolares. Quais caracterizam compostos iônicos?

a) I e II

b) I e III

c) II e III

d) II e IV

e) III e IV

6. Quantos átomos de cloro se combinam com um átomo de qualquer elemento da família IIA da Tabela
Periódica?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

6
Química

7. Sejam os elementos 56A e 34B. Quando eles se combinam, o composto formado é


a) AB2 e iônico.

b) A2B e iônico.

c) AB e iônico.

d) AB3 e iônico.

e) AB4 e iônico

8. As substâncias etano (C2H6), bromo (Br2), água (H2O) e cloreto de magnésio (MgCℓ2) apresentam seus
átomos unidos, respectivamente, através de ligações:
a) covalentes, covalentes, covalentes e iônicas.
b) covalentes, iônicas, covalentes e iônicas.
c) metálicas, iônicas, iônicas e metálicas.
d) covalentes, covalentes, iônicas e iônicas.
e) covalentes, covalentes, iônicas e metálicas.

9. Os compostos SiH4, PH3, CS2 e SO3 possuem uma característica em comum. Assinale a opção que
identifica esta característica.
a) brilho metálico.
b) elevado ponto de ebulição.
c) capacidade de conduzir eletricidade.
d) elevada dureza.
e) baixo ponto de fusão

10. Um átomo possui a seguinte distribuição eletrônica: {Ar} 3d10 4s2 4p5. Esse átomo, ao se ligar a outros
átomos não metálicos, é capaz de realizar:
a) somente uma covalência normal.
b) somente duas covalências normais.
c) uma covalência normal e no máximo uma dativa.
d) duas covalências normais e no máximo duas dativas.
e) uma covalência normal e no máximo três dativas.

7
Química

Gabarito

1. B
X: família IIA, carga = +2, Z: família VIA, carga = -2, com isso ficamos com: [X2+Z2- ]→ XZ (composto iônico).

2. E
Em uma ligação química em que há grande diferença de eletronegatividade entre os átomos, irá ocorrer
formação de compostos que apresentam retículo cristalino

3. B
Substância X → composto iônico (alto PF, conduz eletricidade fundido)
Substância Y → composto molecular (baixo PF, não conduz eletricidade)

4. D
Compostos iônicos são sólidos que possuem altos ponto de fusão e ebulição, conduzem eletricidade em
solução aquosa e fundidos.
Compostos moleculares são moléculas simples, com baixo peso molecular, que podem ser sólidos, líquidos
ou gasosos à temperatura ambiente, possuem baixo pontos de fusão e ebulição, não conduzem eletricidade.
Compostos covalentes são macromoléculas com alto peso molecular, sólidos à temperatura ambiente,
possuem alto ponto de fusão e ebulição e não conduzem eletricidade.
Compostos metálicos são sólidos à temperatura ambiente que possuem altos pontos de fusão e ebulição,
conduzem eletricidade no estado sólido devido a presença dos elétrons livres onde os metais encontram-
se inseridos.

5. B
Compostos iônicos são sólidos cristalinos à temperatura ambiente, com altos pontos de fusão e ebulição,
conduzem eletricidade em solução aquosa e puros fundidos.

6. B
M: família IIA, carga = +2, Cℓ: família VIIA, carga = -1, com isso ficamos com: [M2+Cℓ-1 ], MCℓ2 → ligação
iônica, onde M = metal e Cℓ = ametal.

7. C
56A: família IIA, carga = +2, 34B: família VIA, carga = -2, com isso ficamos com: [A2+B-2 ], AB →ligação iônica,
onde A = metal e B = ametal.

8. A
C2H6 → ligação covalente (H + ametal)
Br2 → ligação covalente (ametal + ametal)
H2O → ligação covalente (H + ametal)
MgCℓ2 → ligação iônica (metal + ametal)

9. E
Os compostos indicados são moleculares que possuem características tais como: sólidos, líquidos ou
gasosos, baixo PF e PE, não conduzem eletricidade.

8
Química

10. D
O elétron que fica sozinho na última camada pode fazer uma ligação simples e os outros três pares de
elétrons podem realizar ligações dativas

9
Redação

Interpretação do Tema e Planejamento do Texto

Resumo

Você já esteve ou se imaginou em uma situação-limite como o momento da realização da prova de


Redação no vestibular? É fácil imaginar os “estágios” dessa ocasião tão peculiar em nossas vidas: certa
tensão no ar, o silêncio imperando na sala, os minutos do relógio passando tão lenta e, ao mesmo tempo, tão
rapidamente, num paradoxo angustiante. Nesse contexto, apenas um aspecto vem a sua mente: resolver a
prova a todo custo! Escrever é a regra do jogo, e você deve fazer isso de forma consciente, constante e
organizada. Então, você começa a escrever tudo aquilo que foi aprendido, todas as referências lidas, todas as
reflexões feitas em sala de aula... Enfim, tudo o que você sabe e que diga respeito ao tema proposto pela
banca. Desse modo, a nota atribuída pelo corretor será boa, certo? Errado. Infelizmente, a melhor estratégia
não é a descrita acima.
De fato, uma prova de Redação só será corrigida se houver um “caderno de respostas” devidamente
preenchido. No entanto, os alunos têm a (falsa) impressão de que somente no momento em que a caneta é
utilizada na folha de prova é que esta está sendo resolvida. Na verdade, a tarefa de produção textual é muito
mais complexa, e necessita de uma fase “pré-textual” talvez até mais demorada que a fase de escritura em
si. Explique-se: do mesmo modo que um edifício ou uma viagem, para darem certo, devem ser pensados e
planejados com antecedência (quantos pavimentos vão existir, o perímetro a ser construído, a disposição dos
cômodos, entre outros, no caso do edifício; o meio de transporte utilizado, o número de dias, a programação
a ser “conferida”, no caso da viagem), um texto também só produzirá o efeito esperado se tiver passado por
uma fase de preparação. Essa fase pode ser dividida, para fins didáticos, em quatro etapas distintas, que, se
percorridas com o devido cuidado, permitirão ao candidato um gigantesco salto de qualidade no que tange à
apreciação da banca. Vamos a elas?

As Etapas de Preparação

Etapa 1: Interpretação da proposta de tema.

É preciso ressaltar, antes de tudo, que a primeira etapa talvez seja a mais importante de todas. Isso
porque, se o candidato não tiver conseguido apreender na totalidade aquilo que a banca colocou em
discussão, sempre será aplicado algum tipo de penalidade. Essa “falha” do vestibulando é o que chamamos
de fuga ao tema. A fuga pode ser total ou parcial: no primeiro caso, a redação é anulada pela banca (como
corrigir um texto que não versa sobre o que foi pedido? Como compará-lo com os demais?) e, obviamente, a
nota correspondente é zero; no segundo caso, as possibilidades de erro são inúmeras, com as penalizações
variando na mesma medida.
Para que esse tipo de problema não ocorra, é preciso que nos atenhamos a aspectos extremamente
importantes, abaixo discriminados.

1
Redação

1) Dê atenção total a cada uma das palavras que compõem o tema. A banca teve cerca de um ano para
pensar na proposta e, se aquelas palavras foram utilizadas, cada uma delas desempenha uma função
específica dentro do contexto. Para que a apreensão dos sentidos da proposta seja completa –
impedindo que ocorra fuga ao tema – esses sentidos específicos devem ser inter-relacionados para
a composição do todo.

2) Muito cuidado para não confundir tema e assunto. A falta de distinção pode levar o aluno a uma falha
bastante grave. O assunto pode ser uma referência genérica ou um fato específico; o que o diferencia
do tema é que este último é uma discussão direcionada, construída a partir do assunto escolhido.
Para maior entendimento, observe os exemplos abaixo:

Ex. 1 – Assunto: educação dos surdos


Tema: Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil. (ENEM 2017)

Ex. 2 – Assunto: intolerância religiosa


Tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. (ENEM 2016)

Em ambos os exemplos, fica clara a distinção entre tema e assunto. No primeiro, o assunto vem com
uma referência genérica (educação dos surdos), enquanto o tema traz uma discussão mais direcionada, um
recorte em que se questionam os desafios na formação educacional dos surdos, delimitando o Brasil como
o espaço de análise. No segundo, os casos de intolerância religiosa divulgados em 2016 é o assunto usado
como pretexto para trazer à tona a verdadeira discussão: os caminhos para combater, nos dias de hoje, a
intolerância religiosa no Brasil.

Etapa 2: Listagem de ideias, exemplos, referências e argumentos.

Em síntese, nesta etapa você deve elencar em uma folha de ‘rascunho’ toda e qualquer referência que
sobrevier acerca do tema abordado. É o que chamamos de brainstorm – tempestade cerebral. Esse trabalho
possui dupla função: primeiro, impedir que uma boa ideia seja esquecida no momento de escritura do texto;
segundo, permitir ao candidato que suas referências sobre o tema sejam mais bem visualizadas e, com isso,
a organização das mesmas possa ser mais eficiente.

Etapa 3: Organização e seleção das ideias.

Neste momento, você já “passou para o papel” todo o seu conhecimento sobre a proposta de tema.
Como você está bem preparado, as referências são muitas e é praticamente impossível que todas elas façam
parte do texto final, sob pena de este tornar-se muito superficial. Por isso, deve-se proceder à seleção das
melhores ideias, organizadas e associadas entre si, de modo a que a máxima coerência possível seja obtida.

2
Redação

Etapa 4: Roteiro da redação.

Trata-se do último momento pré-textual. Depois de todo o processo anterior, você já deve ter
percebido que alguns “parágrafos” começam a se definir. Agora, é necessário preparar as linhas gerais da
introdução, a ordem mais adequada para os parágrafos argumentativos que vão compor o desenvolvimento
e o encaminhamento da conclusão.

Somente depois de observadas essas quatro etapas é que o candidato deverá começar a escrever.
Lembre-se: quanto mais tempo for investido no planejamento do texto, menos tempo será gasto na escritura
propriamente dita. Isso porque um texto bem planejado “flui” muito mais do que aquele feito “na hora” - em
que o aluno acaba “empacando” inúmeras vezes.

Dica: O “descanso" do texto

Nos meios acadêmico e literário, fala-se muito do processo de “deixar o texto dormir” ou “colocar o
texto para descansar”. Em poucas palavras, isso significa que devemos, em certo momento, deixar a nossa
produção de lado por um instante, a fim de avaliá-la com certo distanciamento, certa frieza, facilitando a
identificação de erros.

Na redação do vestibular, essa estratégia é bem interessante, uma vez que o aluno, depois de tanto
ler o mesmo texto pronto, não percebe muitos defeitos na argumentação e na própria forma (letras “comidas”,
pontuações equivocadas, palavras repetidas, etc).

O processo é simples: o candidato pode finalizar a etapa de rascunho, deixar o texto de lado e se
dedicar a certo número de questões da prova. Depois de algum tempo, pode, por fim, voltar ao texto e, com
certeza, perceberá os problemas antes escondidos e deixará a redação mais “polida”. Experimente fazer isso.

3
Redação

Exercícios

Levando em consideração as etapas aprendidas, como se estivesse em uma prova de vestibular, produza
um planejamento de texto de acordo com os seguintes temas:

Tema 1

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado, apresentando proposta de
conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Liberdade Sem Fio

A ONU acaba de declarar o acesso à rede um direito fundamental do ser humano – assim como
saúde, moradia e educação. No mundo todo, pessoas começam a abrir seus sinais privados de wi-fi,
organizações e governos se mobilizam para expandir a rede para espaços públicos e regiões onde ela ainda
não chega, com acesso livre e gratuito.
ROSA, G.; SANTOS, P. Galileu. Nº 240, jul. 2011 (fragmento).

TEXTO II
A internet tem ouvidos e memória

Uma pesquisa da consultoria Forrester Research revela que, nos Estados Unidos, a população já
passou mais tempo conectada à internet do que em frente à televisão. Os hábitos estão mudando. No
Brasil, as pessoas já gastam cerca de 20% de seu tempo on-line em redes sociais. A grande maioria dos
internautas (72%, de acordo com o Ibope Mídia) pretende criar, acessar e manter um perfil em rede. “Faz
parte da própria socialização do indivíduo do século XXI estar numa rede social. Não estar equivale a não ter
uma identidade ou um número de telefone no passado”, acredita Alessandro Barbosa Lima, CEO da eLife,
empresa de monitoração e análise de mídias.
As redes sociais são ótimas para disseminar ideias, tornar alguém popular e também arruinar
reputações. Um dos maiores desafios dos usuários de internet é saber ponderar o que se publica nela.
Especialistas recomendam que não se deve publicar o que não se fala em público, pois a internet é um
ambiente social e, ao contrário do que se pensa, a rede não acoberta anonimato, uma vez que mesmo quem
se esconde atrás de um pseudônimo pode ser rastreado e identificado. Aqueles que, por impulso, se
exaltam e cometem gafes podem pagar caro.
Disponível em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 30 jun. 2011 (adaptado).

4
Redação

TEXTO III

Tema 2

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o
tema Publicidade infantil em questão no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

A aprovação, em abril de 2014, de uma resolução que considera abusiva a publicidade infantil,
emitida pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), deu início a um
verdadeiro cabo de guerra envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores interessados na
continuidade das propagandas dirigidas a esse público.
Elogiada por pais, ativistas e entidades, a resolução estabelece como abusiva toda propaganda
dirigida à criança que tem “a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço” e que
utilize aspectos como desenhos animados, bonecos, linguagem infantil, trilhas sonoras com temas infantis,
oferta de prêmios, brindes ou artigos colecionáveis que tenham apelo às crianças.
Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação prática da resolução. E associações de
anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de licenciamento e fabricantes de produtos infantis criticam
a medida e dizem não reconhecer a legitimidade constitucional do Conanda para legislar sobre publicidade
e para impor a resolução tanto às famílias quanto ao mercado publicitário. Além disso, defendem que a
autorregulamentação pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) já seria uma
forma de controlar e evitar abusos.
IDOETA, P. A.; BARBA, M. D. A publicidade infantil deve ser proibida? Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 23 maio 2014
(adaptado).

5
Redação

TEXTO II

TEXTO III

Precisamos preparar a criança, desde pequena, para receber as informações do mundo exterior, para
compreender o que está por trás da divulgação de produtos. Só assim ela se tornará o consumidor do
futuro, aquele capaz de saber o que, como e por que comprar, ciente de suas reais necessidades e
consciente de suas responsabilidades consigo mesma e com o mundo.
SILVA, A. M. D.; VASCONCELOS, L. R. A criança e o marketing: informações essenciais para proteger as crianças dos apelos do
marketing infantil. São Paulo: Summus, 2012 (adaptado).

A partir da leitura dos temas apresentados:

1. Identifique o assunto das propostas temáticas.

2. Faça a interpretação dos temas.

3. Liste ideias, argumentos, referências e exemplos.

4. Organize as ideias selecionadas.

5. Esboce o roteiro da redação.

6
Redação

Como se você estivesse em uma prova, produza planejamentos textuais para cada um dos temas abaixo,
levando em consideração todas as suas etapas.

TEXTO I

CAPÍTULO IV
DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional
inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo
desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo
suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar
educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência,
negligência e discriminação.
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar,
acompanhar e avaliar: [...]
IV – oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua
portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas; [...]
XII – oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de
forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação.
BRASIL Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 9 jun. 2017 (fragmento).

TEXTO IV

No Brasil, os surdos só começaram a ter acesso à educação durante o Império, no governo de Dom
Pedro II, que criou a primeira escola de educação de meninos surdos, em 26 de setembro de 1857, na antiga
capital do País, o Rio de Janeiro. Hoje, no lugar da escola funciona o Instituto Nacional de Educação de
Surdos (Ines). Por isso, a data foi escolhida como Dia do Surdo.

7
Redação

Contudo, foi somente em 2001, por meio da sanção da Lei nº 10.436, que a Língua Portuguesa de
Sinais (Libras) foi reconhecida como segunda língua oficial no País. A legislação determinou também que
devem ser garantidas, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços
públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Libras como meio de comunicação
objetiva.
Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em: 9 jun. 2017 (adaptado).

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo da sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre
o tema “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para a defesa de seu ponto de vista.

A partir da leitura da coletânea de textos e da frase-tema:

6. Identifique o assunto da proposta temática.

7. Faça a interpretação do tema.

8. Sintetize as informações presentes no texto I.

9. Sintetize as informações presentes no texto II.

10. Sintetize as informações presentes no texto III.

11. Sintetize as informações presentes no texto IV.

12. Liste ideias, argumentos, referências e exemplos.

13. Organize as ideias selecionadas.

14. Esboce o roteiro da redação.

8
Redação

Gabarito

1. Tema 1: Assunto – internet


Tema 2: Assunto – publicidade infantil

2. Tema 1: Por meio da leitura da frase-tema é possível perceber o recorte feito pela banca. O assunto é
sobre a internet, mas o tema pede que seja analisado os limites entre o que é público e o que é privado
em uma local (redes sociais), por meio da internet onde tudo se torna público e questiona o aluno a pensar
se existe privacidade nesse meio, em pleno século XXI (recorte temporal).
Tema 2: O segundo exemplo apresenta como assunto a publicidade infantil e o tema possui apenas o
recorte no cenário brasileiro. Dessa forma, o aluno deveria, com auxílio da coletânea de textos, identificar
um caminho a ser seguido. No primeiro texto da coletânea, fala-se sobre as publicidades persuasivas
direcionadas às crianças que são consideradas abusivas. O texto II apresenta um gráfico sobre a
publicidade para as crianças no mundo e informa que no Brasil há uma autorregulamentação, pois como
não há leis nacionais, o setor cria normas e faz acordos com o governo. Já no texto III, aborda sobre como
a criança deve ser preparada para receber informações para poder tornar-se um consumidor no futuro.
Levando em consideração as informações analisadas, deveria ser pensado sobre como o Brasil não
possui leis para a publicidade infantil e a propagandas abusivas que visam persuadir os seus leitores
(crianças).

3. Tema 1: todas as pessoas estão conectadas no século xxi; ativos em redes sociais (twitter, facebook,
instagram); excesso de exposição; falta de privacidade.
Tema 2: excesso de publicidades infantis persuasivas em mídias (TV, internet); comerciais de produtos
infantis com referência à personagens infantis; restaurantes fast-foods com brinquedos; falta de leis que
regulamentem a publicidade para crianças no Brasil.

4. Tema 1: a internet tem se tornado cada vez mais presente na vida das pessoas; o tempo gasto conectado
é maior do que outras atividades; não há mais limites entre o que é privado e público na internet; alta
exposição.
Tema 2: falta de regulamentação das publicidades infantis, excesso de publicidade voltada para as
crianças.

5. Tema 1: Introdução – a internet tem se tornado cada vez mais presente na vida das pessoas;
Argumento 1 – o tempo gasto conectado é maior do que outras atividades;
Argumento 2 – não há limites entre o que é público e o privado devido à alta exposição na internet;
Solução – promoção de campanhas publicitárias que incentivem a diminuição do tempo gasto na internet
com o objetivo de promover também a reflexão sobre a exposição excessiva na rede.
Tema 2: Introdução – existem, hoje, muitas propagandas voltadas ao público infantil seja de alimentos à
brinquedos.
Argumento 1 – não há regulamentação de leis sobre as publicidades direcionadas às crianças;
Argumento 2 – devido à falta de maturidade, as crianças não conseguem bloquear a persuasão feita pelas
publicidades.

9
Redação

Solução – o governo deve criar uma lei efetiva e é papel da família promover o senso crítico da criança
como futuro consumidor.

6. Educação dos surdos.

7. A frase-tema apresentada faz um recorte para que seja abordado os desafios que os surdos enfrentam
na formação educacional e apresentando o Brasil como o espaço de análise acerca desse problema.

8. O texto I é um fragmento da Lei nº 13.146 que aborda os direitos à educação. Nela é previsto que a
educação é um direito da pessoa com deficiência assegurado em um sistema inclusivo sendo dever do
Estado, da família e da comunidade escolar assegurar educação de qualidade a eles. Além disso, deve-
se garantir educação bilíngue, em Libras como primeira língua; oferta de ensino do Sistema Braille e uso
de recursos de tecnologia com o objetivo de promover a autonomia e participação dos alunos.

9. De acordo com o gráfico apresentado no texto II, desde o ano de 2011 há uma queda no número de
matrícula de surdos na Educação Básica tanto em classes comuns, quanto em classes especiais ou em
escolas inclusivas.

10. A publicidade do texto III apresenta a informação que um homem surdo possui pós-graduação, ou seja,
conseguiu uma continuidade em sua formação, entretanto, questiona se nas empresas há espaço para
pessoas com deficiência (PCD).

11. No texto IV é apresentado informações sobre o percurso percorrido ao longo dos anos pelos surdos.
Apresenta o dia 26 de setembro como Dia do Surdo, visto que, em 1857, essa data foi importante pela
criação da primeira escola de educação de meninos surdos, hoje, atual Instituto Nacional de Educação
de Surdos (Ines), além de apresentar que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a segunda língua oficial
do país desde 2012.

12. Constituição - liberdade e igualdade; Princípio de Equidade de Aristóteles; uma escola específica para
surdos no RJ - Ines; licenciatura - disciplina de libras obrigatória; poucas escolas oferecem Libras como
disciplina aos alunos do Ensino Fundamental; Paulo Freire – escola como instituição integradora e crítica
aos estudantes.

13. Liberdade e igualdade não são aplicadas na prática; o futuro professor precisa saber Libras, mas não
adianta somente o professor se os alunos não forem bilíngues também; poucas escolas especializadas
no ensino de alunos surdos além de serem restritas à região metropolitana; falta de oportunidades para
continuar a formação acadêmica.

14. Introdução: Pilares da democracia (liberdade e igualdade) + as máximas não são aplicadas;
Argumento 1: Obstáculo na formação dos profissionais especializados.
Argumento 2: Barreiras na inclusão dos surdos no ambiente escolar.
Solução: Ensino de LIBRAS obrigatório desde o EFII e capacitação e formação contínua aos profissionais
da educação.

10
Filosofia/Sociolgia

Auguste Comte

Resumo

O surgimento da sociologia: Comte

O filósofo francês Augusto Comte (1798 – 1857) é considerado um dos fundadores da Sociologia e o
pai de uma corrente de pensamento denominada de positivismo. Essa corrente de pensamento defendia, em
grande medida, a aplicação de métodos científicos baseados na experimentação como única forma de
proporcionar um conhecimento verdadeiro sobre a sociedade. Assim, Comte se esforça por delimitar o
campo de estudo da Sociologia, tendo sido influenciado profundamente por acontecimentos históricos de
sua época, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial.
Comte foi uma grande influência no pensamento do século XIX, influenciando o trabalho de pensadores
sociais como Karl Marx, John Stuart Mill e George Eliot. Seu conceito de sociologia e evolucionismo social
deu o tom para os primeiros teóricos sociais e antropólogos, como Harriet Martineau e Herbert Spencer,
evoluindo para a moderna sociologia acadêmica apresentada por Émile Durkheim como pesquisa social
prática e objetiva.
Em linhas gerais, O positivismo como corrente de pensamento defendia que a ciência era o único
conhecimento útil a ser buscado pela humanidade, ou seja, que o caminho do progresso dependia
necessariamente da aplicação da metodologia científica. Nesse sentido, os fenômenos sociais também
deveriam ser analisados, segundo Comte, a partir dos métodos rigorosos da ciência. Assim, teve surgimento
a Sociologia com estudo científico acerca das sociedades.
Comte observou esse processo de formação dos grandes centros urbanos, podendo refletir sobre
fenômenos sociais absolutamente novos que surgiram em razão das modificações ocorridas na sociedade
europeia da época. De acordo com a teoria de Comte, o estudo da sociedade deve ser tão rigoroso quanto,
por exemplo, o estudo empreendido pelas ciências naturais. Assim, a ciência da sociedade deve ser rigorosa,
baseando-se sempre na experimentação a fim de explicar corretamente os fenômenos sociais.
Comte defende que a história do pensamento humano progredia em estágios. O espírito humano, então,
desenvolve-se através de três fases principais, a saber: a teológica, a metafísica e a positiva. No estágio
teológico, o espírito humano ainda está muito mais voltado para crenças do que propriamente para o uso da
ciência como forma de construção do conhecimento.
A fase teológica, então, está relacionada com uma tentativa de explicação do mundo a partir da
imaginação, apelando comumente para deuses e entes sobrenaturais a fim de explicar a realidade.
A fase metafísica, exemplificada pelo período histórico do Renascimento, está relacionada com uma
explicação da realidade não em termos imaginativos, como na fase teológica, mas em termos naturais. No

1
Filosofia/Sociolgia

lugar da imaginação, surge a argumentação metafísica, que questiona as explicações que se baseiam em
entes sobrenaturais.
Já o estado positivo, é marcado pela observação como forma de entendimento da realidade, o que
ocorre através da experimentação própria do método científico.
Essa estrutura de pensamento de Comte foi denominada Lei dos três estados. Ela compõe a base onde
está assentada o edifício filosófico, científico e político do positivismo A Lei dos Três Estados é o fundamento
da obra de Comte, aplicando-se aos vários âmbitos da existência humana, desde as belas-artes até a política,
passando pelas ciências e pela economia. O enunciado da lei dos três estados é o seguinte: "Cada
entendimento oferece uma única a sucessão dos três estados, fictício, abstrato e positivo, em relação às
nossas concepções quaisquer, mas com uma velocidade proporcional à generalidade dos fenômenos
correspondentes".

2
Filosofia/Sociolgia

Exercícios

1. Dentre os principais autores articuladores da Sociologia na sua fase inicial de desenvolvimento, é


CORRETO citar os nomes de
a) Marx e Foucault.
b) Comte e Durkheim.
c) Descartes e Marx.
d) Aristóteles e Comte.
e) Durkheim e Chartier.

2. (UEM - 2011) - O evolucionismo social do século XIX teve um papel fundamental na constituição da
sociologia como ramo científico. Sobre essa corrente de pensamento, que reunia autores como
Augusto Comte e Herbert Spencer, assinale o que for correto.
a) O evolucionismo define que as estruturas, naturais ou sociais, passam por processo de
diferenciação e integração que levam ao seu aprimoramento.
b) O evolucionismo propõe que a evolução das sociedades ocorre em estágios sucessivos de
racionalização.
c) O evolucionismo considera o Estado Militar como a forma mais evoluída de organização social,
fundamentada na cooperação interna e obrigatória.
d) O evolucionismo rejeita o modelo político e econômico liberal, baseado na livre iniciativa e no
laissez-faire, considerando-o uma orientação contrária à evolução social.
e) O evolucionismo defende a unidade biológica e cognitiva da espécie humana, independente de
variações particulares.

3
Filosofia/Sociolgia

3. Leia o texto a seguir.


Até o século XVIII, a maioria dos campos de conhecimento, hoje enquadrados sob o rótulo de ciências,
era ainda, como na Antiguidade Clássica, parte integral dos grandes sistemas filosóficos. A
constituição de saberes autônomos, organizados em disciplinas específicas, como a Biologia ou a
própria Sociologia, envolverá, de uma forma ou de outra, a progressiva reflexão filosófica, como a
liberdade e a razão.
Adaptado de: QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. M. Um Toque de Clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo
Horizonte: UFMG, 2002. p.12.

Com base nos conhecimentos sobre o surgimento da Sociologia, assinale a alternativa que apresenta,
corretamente, a relação entre conhecimento sociológico de Auguste Comte e as ideias iluministas.
a) A ideia de desenvolvimento pela revolução social foi defendida pelo Iluminismo, que influenciou o
Positivismo.
b) A crença na razão como promotora do progresso da sociedade foi compartilhada pelo Iluminismo
e pelo Positivismo.
c) O Iluminismo forneceu os princípios e as bases teóricas da luta de classes para a formulação do
Positivismo.
d) O reconhecimento da validade do conhecimento teológico para explicar a realidade social é um
ponto comum entre o Iluminismo e o Positivismo.
e) Os limites e as contradições do progresso para a liberdade humana foram apontados pelo
Iluminismo e aceitos pelo Positivismo.

4. O positivismo foi uma das grandes correntes de pensamento social, destacando-se, entre seus
principais teóricos, Augusto Comte e Émile Durkheim.
Sobre a concepção de conhecimento científico, presente no positivismo do século XIX, é correto
afirmar:
a) A busca de leis universais só pode ser empreendida no interior das ciências naturais, razão pela
qual o conhecimento sobre o mundo dos homens não é científico.
b) Os fatos sociais fogem à possibilidade de constituírem objeto do conhecimento científico, haja
vista sua incompatibilidade com os princípios gerais de objetividade do conhecimento e a
neutralidade científica.
c) Apreender a sociedade como um grande organismo, a exemplo do que fazia o materialismo
histórico, é rejeitado como fonte de influência e orientação para as investigações empreendidas
no âmbito das ciências sociais.
d) A ciência social tem como função organizar e racionalizar a vida coletiva, o que demanda a
necessidade de entender suas regras de funcionamento e suas instituições forjadas
historicamente.
e) O papel do cientista social é intervir na construção do objeto, aportando à compreensão da
sociedade os valores por ele assimilados durante o processo de socialização obtido no seio
familiar.

4
Filosofia/Sociolgia

5. A sociologia surge em um período em que o fazer científico encontrava-se influenciado por algumas
teses desenvolvidas durante o século XIX. Herbert Spencer, Charles Darwin e Auguste Comte, por
exemplo, tiveram grande importância para o pensamento sociológico. O primeiro, por aplicar às
ciências humanas o evolucionismo, mesmo antes das teses revolucionárias sobre a seleção das
espécies do segundo. Com relação a Comte, houve a influência de seu “espírito positivo” na formação
dos muitos intelectuais do período.

Sobre as ideias de evolução e progresso e seu impacto no pensamento sociológico, podemos afirmar
que:
a) A ideia de progresso, apesar de ter grande influência na área das ciências naturais, não teve
impacto decisivo na constituição da sociologia.
b) A ideia de evolução foi uma das palavras de ordem do período, mas a sociologia rejeitou a sua
adoção, assim como qualquer comparação entre seus efeitos no reino natural e no mundo social.
c) A explicação sociológica procurou, desde o seu início, afastar-se de qualquer forma de
determinismos, fossem biológicos ou geográficos, pois se contrapunha fortemente às explicações
de cunho evolucionista.
d) Em sua busca por constituir-se como disciplina, a sociologia passou pela valorização e
incorporação dos métodos das ciências da natureza, utilizando metáforas organicistas, assim
como conferindo ênfase à noção de função.

6. Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx identificam imperfeições na sociedade industrial capitalista,
embora cheguem a conclusões bem diferentes: para o positivismo de Comte, os conflitos entre
trabalhadores e empresários são fenômenos secundários, deficiências, cuja correção é relativamente
fácil, enquanto, para Karl Marx, os conflitos entre proletários e burgueses são o fato mais importante
das sociedades modernas. A respeito das concepções teóricas desses autores, é CORRETO afirmar:
a) Comte pensava que a organização científica da sociedade industrial levaria a atribuir a cada
indivíduo um lugar proporcional à sua capacidade, realizando-se assim a justiça social.
b) Comte considera que a partir do momento em que os homens pensam cientificamente, a atividade
principal das coletividades passa a ser a luta de classes que leva necessariamente à resolução de
todos os conflitos.
c) Marx acredita que a história humana é feita de consensos e implica, por um lado, o antagonismo
entre opressores e oprimidos; por outro lado, tende a uma polarização em dois blocos: burgueses
e proletários.
d) Para Karl Marx, o caráter contraditório do capitalismo manifesta-se no fato de que o crescimento
dos meios de produção se traduz na elevação do nível de vida da maioria dos trabalhadores
embora não elimine as desigualdades sociais.
e) Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx concordam que a sociedade capitalista industrial expressa
a predominância de um tipo de solidariedade, que classificam como orgânica, cujas
características se refletirão diretamente em suas instituições.

5
Filosofia/Sociolgia

7. O autor considerado “pai” da sociologia, Augusto Comte, acreditava que a nova ciência das sociedades
deveria igualar-se às demais ciências da natureza que se pautavam pelos fenômenos observáveis e
mensuráveis para que assim fosse possível apreender as regras gerais que regem o mundo social do
indivíduo. Essa perspectiva ideológica é chamada de:
a) Iluminismo.
b) Darwinismo.
c) Dadaísmo.
d) Positivismo.

8. A sociologia nasce no séc. XIX após as revoluções burguesas sob o signo do positivismo elaborado
por Augusto Comte. As características do pensamento comtiano são:
a) a sociedade é regida por leis sociais tal como a natureza é regida por leis naturais; as ciências
humanas devem utilizar os mesmos métodos das ciências naturais e a ciência deve ser neutra.
b) a sociedade humana atravessa três estágios sucessivos de evolução: o metafísico, o empírico e o
teológico, no qual predomina a religião positivista.
c) a sociologia como ciência da sociedade, ao contrário das ciências naturais, não pode ser neutra
porque tanto o sujeito quanto o objeto são sociais e estão envolvidos reciprocamente.
d) o processo de evolução social ocorre por meio da unidade entre ordem e progresso, o que
necessariamente levaria a uma sociedade comunista.

9. A filosofia da História – o primeiro tema da filosofia de Augusto Comte – foi sistematizada pelo próprio
Comte na célebre “Lei dos Três Estados” e tinha o objetivo de mostrar porque o pensamento positivista
deve imperar entre os homens. Sobre a “Lei do Três Estados” formulada por Comte, é correto afirmar
que
a) Augusto Comte demonstra com essa lei que todas as ciências e o espírito humano desenvolvem-
se na seguinte ordem em três fases distintas ao longo da história: a positiva, a teológica e a
metafísica.
b) na “Lei dos Três Estados” a argumentação desempenha um papel de primeiro plano no estado
teológico. O estado teológico, na sua visão, corresponde a uma etapa posterior ao estado positivo.
c) o estado teológico, segundo está formulada na “Lei dos Três Estados”, não tem o poder de tornar
a sociedade mais coesa e nenhum papel na fundamentação da vida moral.
d) o estado positivista apresenta-se na “Lei dos Três Estados” como o momento em que a
observação prevalece sobre a imaginação e a argumentação, e na busca de leis imutáveis nos
fenômenos observáveis.
e) para Comte, o estado metafísico não tem contato com o estado teológico, pois somente o estado
metafísico procura soluções absolutas e universais para os problemas do homem.

6
Filosofia/Sociolgia

10. Para Augusto Comte, uma das funções da Sociologia ou Física Social era encontrar leis sociais que
conduzissem o progresso da humanidade. Sobre os estágios do progresso social discutidos pelo autor,
é correto afirmar:
a) O estágio teológico nega a existência de apenas uma explicação divina para os fenômenos
naturais e sociais.
b) O positivismo é o estágio superior do progresso social, porque se sustenta nos métodos
científicos.
c) O estágio mais simples é o mítico, seguido pelo teológico e pelo científico, que é o mais elaborado.
d) O primeiro estágio do conhecimento é o metafísico, em que conceitos abstratos explicam o
mundo.
e) A Europa exemplificava uma sociedade em estado de desenvolvimento teológico.

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Filosofia/Sociolgia

Gabarito

1. B
O autor fundante da sociologia como ciência, apresentando método e pressupostos próprios para o
estudo científico da sociedade, é Durkheim. Por sua vez, suas ideias e maneiras de enxergar a análise
social derivam dos estudos de Auguste Comte e de sua filosofia positiva. São, portanto, esses dois
autores considerados primordiais no primeiro momento do estudo sociológico.

2. B
A alternativa “B” é a correta. O evolucionismo social define que os estágios anteriores de primitivismo
social só são superados mediante a racionalização do mundo e do ser humano, em uma lógica
eurocêntrica que via o restante do mundo como “bárbaros” ou “primitivos”.

3. E
Correta, pois, para Norbert Elias, a sociedade é formada por redes de funções que as pessoas
desempenham umas em relação às outras por meio de sucessivos elos. Elias contrapõe-se, assim, tanto
às teorias que estipulam a superioridade do social sobre o individual quanto às teorias que concebem
que os indivíduos formam livremente uma sociedade. Coloca-se, portanto, contra o estruturalismo e o
individualismo metodológico.

4. D
Alternativa “d”. Comte propunha uma ciência da sociedade, capaz de explicar e compreender todos os
fenômenos sociais da mesma forma que as ciências naturais buscavam interpelar seus objetos de
estudo.

5. D
A afirmativa A está errada. A sociologia surge justamente na busca de soluções para conciliar o
progresso humano (com sua consequente diferenciação) e sua efetiva harmonia social, junção
defendida inclusive pelo positivismo; A afirmativa B também está errada, pois as teorias evolucionistas
foram largamente adotadas nos primórdios da sociologia como meios de explicação de vários
fenômenos sociais; A afirmativa C está errada, pois o determinismo também foi usado para explicar as
ações sociais, especialmente o biológico e o geográfico. As ideias de meio, momento histórico e
antecedentes biológicos do individuo eram elementos definidores das ações destes para os primeiros
sociólogos. Dessa forma, a resposta correta é a letra D.

6. A
A alternativa A está correta. Segundo o pensamento positivista, cada indivíduo tem um papel na
sociedade e deve aceitá-lo para o bem comum. A alternativa B está incorreta, pois mistura conceitos
positivistas e marxistas. Para Comte, o pensamento científico levaria à harmonia e não ao conflito de
classes. A alternativa C está incorreta porque é contraditória (se a história humana é feita de "consensos",
porque há antagonismo e polarização?). Além disso, atribui a Comte pressupostos teóricos de Marx. A
afirmativa D está incorreta porque não há elevação do nível de vida dos trabalhadores no raciocínio
marxista. Eles sempre seriam explorados pelos capitalistas o máximo possível. Por fim, a alternativa E
está incorreta porque Marx não acreditava em uma sociedade capitalista orgânica (na qual as partes se
completam em harmonia), mas sim em uma sociedade baseada no conflito dialético dos meios de

8
Filosofia/Sociolgia

produção (desse conflito resultaria uma solução, que daria início a um novo conflito, sempre por motivos
econômico-produtivos).

7. D
A alternativa “D” é a correta. Augusto Comte foi um dos principais autores do positivismo, que entendia
que o verdadeiro conhecimento só era construído por meio da experimentação sensível do objeto de
estudo. A utilização do método científico de mensuração, experimentação e observação tinha por
finalidade estabelecer leis e regras fundamentais para o funcionamento dos fenômenos observados.

8. A
A alternativa [A] é a única que condiz totalmente com o positivismo. Vale ressaltar que, segundo essa
corrente de pensamento, os três estágios são o teológico, o metafísico e o positivo, a sociologia deve ser
neutra e a sociedade não caminha para o comunismo.

9. C
A afirmação correta é a da letra “c”. O estado positivo caracteriza-se, segundo Comte, pela subordinação
da imaginação e da argumentação à observação. Isso quer dizer que o processo de construção do
conhecimento humano ocorre a partir da experimentação própria do método científico.

10. B
Auguste Comte desenvolveu a sua teoria baseada em três estágios: teológico, metafísico e positivo. O
último seria marcado pelo apogeu dos anteriores. Seria sua característica a busca por conexões
regulares através da observação dos fenômenos com o objetivo final de estabelecer leis racionais sobre
eles, tendo como base a perspectiva científica das ciências exatas.

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