Lei - Complementar - 17-97 ATUALIZADA
Lei - Complementar - 17-97 ATUALIZADA
Lei - Complementar - 17-97 ATUALIZADA
Judiciárias do Estado do
Amazonas
Organizador: Ronnie Frank Torres Stone
Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Amazonas
(Lei Complementar 17, de 23.01.97 – Republicada no DO 15.04.97)
O GOVERNADOR DO ESTADO DO
AMAZONAS
FAÇO SABER que a todos os habitantes que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono
a presente
LEI:
TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA
CAPÍTULO I
DOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO
Art. 2º A administração da Justiça compete ao Poder Judiciário, pelos seus órgãos, com
a colaboração dos serviços auxiliares judiciais.
Art. 3.º O Poder Judiciário é exercido pelos seguintes órgãos: I - Tribunal de Justiça; II - Turmas
Recursais dos Juizados Especiais; III - Tribunais do Júri; IV - Juízes de Direito; V - Juízes de
Direito Auxiliar; VI - Juízes Substitutos de Carreira; VII - Conselhos de Justiça e Auditoria Militar;
VIII - Juízes de Paz.
§1º Mediante disposição legal, poderão ser criados outros órgãos na estrutura do Poder
Judiciário.
Parágrafo renumerado de único para 1º, pela LC n. 35, de 13.09.04.
§2º Sempre que necessário à adequada prestação jurisdicional e sem importar aumento
de despesa, o Plenário do Tribunal de Justiça, mediante Resolução, fixará a distribuição de
competência dos órgãos previstos neste artigo, podendo promover a sua redenominação e a
redistribuição dos feitos em curso nas Comarcas, Juízos e Juizados.
Parágrafo acrescido pela LC n. 35, de 13.09.04.
Art. 4º Para assegurar o cumprimento e a execução dos seus atos e decisões, poderão
os órgãos do Poder Judiciário requisitar o auxílio da força pública, devendo a autoridade a
quem for dirigido o pedido prestá-lo, sem inquirir do fundamento da requisição, sob pena de
responder por crime de desobediência.
CAPÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO DA DIVISÃO JUDICIÁRIA
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais
Art. 6.º Para fins de administração do Poder Judiciário, o Estado do Amazonas tem como unidades
judiciárias Comarcas, Termos Judiciários, e Distritos, criados e instalados na forma desta Lei
Complementar. Parágrafo único. O Tribunal de Justiça, por Resolução, poderá agrupar as unidades
judiciárias para otimizar a prestação jurisdicional.
SEÇÃO II
DAS COMARCAS
SUBSEÇÃO I
DA CLASSIFICAÇÃO
SUBSEÇÃO II
DA SEDE
SUBSEÇÃO III
DA IMPLANTAÇÃO E INSTALAÇÃO
SUBSEÇÃO IV
DO REBAIXAMENTO
Art. 12. A Comarca poderá ser rebaixada à condição de Termo, em caso de regressão
ou extinção das condições necessárias e essenciais para o seu funcionamento, previsto no art.
10 desta Lei, mediante decisão da maioria dos membros do Tribunal, que definirá o
aproveitamento dos serventuários alocados na Comarca rebaixada.
Parágrafo único. O rebaixamento dar-se-á quando a maioria dos Membros do Tribunal
se convencer de que o número de litígios não mais justifica a permanência da Comarca.
SEÇÃO III
DOS TERMOS JUDICIÁRIOS
Art. 13. O Município cuja Comarca ainda não estiver implantada constituirá Termo
Judiciário, permanecendo, enquanto nessa condição, vinculado à Comarca com sede mais
próxima.
Parágrafo único. Os serviços judiciais dos Termos Judiciários ficam afetos ao Juízo da
Comarca à qual estão vinculados.
SEÇÃO IV
DOS DISTRITOS JUDICIÁRIOS
Art. 14. O Distrito Judiciário constitui unidade do Termo Judiciário e terá, pelo menos, um
ofício de registro civil de pessoas naturais e um Juizado de Paz.
§1º A instalação do Distrito dar-se-á com a posse do Oficial do Registro Civil de Pessoas
Naturais.
§2º O cargo de Oficial do Registro Civil de Pessoas Naturais será provido mediante
concurso público de provas, elaborado na conformidade de ato regulamentar baixado pelo
Tribunal de Justiça.
§3º O cargo de Juiz de Paz só será exercido no Distrito Judiciário ao qual estiver vinculado.
CAPÍTULO III
DA JUSTIÇA DE SEGUNDA INSTÂNCIA
SEÇÃO I
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, SUA COMPOSIÇÃO E ALTERAÇÃO
“Art. 18. O Tribunal de Justiça tem como Órgãos Julgadores o Tribunal Pleno, as Câmaras Isoladas Cíveis e
Criminais, as Câmaras Reunidas e o Conselho da Magistratura, cuja organização, atribuição e
funcionamento serão estabelecidos em seu Regimento Interno, observadas as disposições deste Código e da
Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
SEÇÃO III
DA SUBSTITUIÇÃO DE DESEMBARGADORES
SEÇÃO IV
DO FUNCIONAMENTO DO TRIBUNAL PLENO
Art. 25. O Tribunal Pleno funcionará com a presença mínima da maioria absoluta de
seus membros desimpedidos.
Parágrafo único. O Tribunal Pleno será secretariado pelo Secretário Geral do Tribunal
de Justiça.
Art. 26. O Tribunal Pleno, as Câmaras Reunidas e as Câmaras Isoladas realizarão uma
sessão ordinária por semana, conforme dispuser o Regimento Interno.
Parágrafo único. Poderão os órgãos, indicados no caput deste artigo, se reunir
extraordinariamente, na forma estabelecida no Regimento Interno.
Art. 27. O Tribunal Pleno será presidido pelo Presidente do Tribunal; as Câmaras Reunidas, pelo Vice-
Presidente e as Câmaras Isoladas, por um de seus Membros, eleito nos termos do Regimento Interno do
Tribunal de Justiça, observado o disposto no art. 54, deste Código.
SEÇÃO V
DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL PLENO
SUBSEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA DO PROCESSO LEGISLATIVO EXTERNO
Art. 28. Compete ao Tribunal Pleno, através do seu Presidente, propor ao Poder
Legislativo:
I – a organização e a divisão judiciária;
II – observado o disposto no art. 169 da Constituição Federal:
a) a alteração do número de seus membros e dos Juízes de 1ª Instância;
b) a criação e a extinção de Juízos de primeiro grau, de serviços auxiliares e de Juizados
de Paz;
c) a fixação de vencimentos dos Magistrados, dos servidores de justiça e dos órgãos que
lhe forem vinculados.
III – a aprovação ou alteração do Regimento de Custas.
SUBSEÇÃO II
DO REGIMENTO INTERNO
Art. 29. Ao Tribunal Pleno, como órgão máximo da Administração Superior do Poder
Judiciário, compete elaborar seu Regimento Interno, com observância das normas de processo
e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos
respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos.
SUBSEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA JURISDICIONAL
SUBSEÇÃO IV
DA COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA ORIGINÁRIA
SUBSEÇÃO V
DA COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA RECURSAL
“Art. 32. Compete ao Tribunal Pleno processar e julgar os recursos I - das decisões do Presidente do
Tribunal de Justiça, nas seguintes matérias: a) pedidos de licença, férias e vantagens; b) licitações, contratos
e alienações; c) concurso público para provimento de cargos de Juiz Substituto de Carreira, bem como de
cargos do pessoal administrativo e auxiliar do Poder Judiciário; II - das decisões proferidas pelo Conselho da
Magistratura, no exercício de sua competência originária; III - das decisões de penas disciplinares de
demissão ou perda de delegação.
SEÇÃO VI
DO CONSELHO DA MAGISTRATURA
SUBSEÇÃO I
DA SEDE, JURISDIÇÃO, COMPOSIÇÃO, ELEIÇÃO E POSSE
SUBSEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA
SUBSEÇÃO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR NO CONSELHO DA MAGISTRATURA
SEÇÃO VII
DAS CÂMARAS REUNIDAS
SUBSEÇÃO I
DO FUNCIONAMENTO
SUBSEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA JURISDICIONAL
SEÇÃO VIII
Das Câmaras em Geral
SUBSEÇÃO I
Da Organização, competência e funcionamento
SUBSEÇÃO II
DAS CÂMARAS CÍVEIS ISOLADAS
Art. 61. As Câmaras Cíveis Isoladas funcionarão com a presença de todos os seus
membros componentes, na forma estabelecida no Regimento Interno do Tribunal.
Art. 62. Às Câmaras Cíveis Isoladas, além da competência genérica prevista no art. 52
deste Código, compete:
I – processar e julgar:
a) o habeas corpus, quando a prisão for civil;
b) as reclamações e quaisquer outros incidentes que ocorram nas causas sujeitas ao seu
conhecimento;
c) os mandados de segurança contra atos de Procuradores de Justiça.
II – julgar:
a) os recursos de decisões de Juízes do cível, salvo os de mandados de segurança;
b) os recursos de sentença em juízo arbitral;
c) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos;
d) os agravos e outros recursos cabíveis de despachos proferidos nos feitos de sua
competência, pelo Presidente ou Relator.
SUBSEÇÃO III
DAS CÂMARAS CRIMINAIS ISOLADAS
Art. 63. As Câmaras Criminais Isoladas funcionarão com a presença de todos os seus
membros componentes.
Parágrafo único. O funcionamento e as atribuições das Câmaras Criminais Isoladas
serão expressos no Regimento Interno do Tribunal.
Art. 64. Os pedidos de habeas corpus originários e recursos de habeas corpus serão
distribuídos entre todos os membros das Câmaras Criminais, inclusive ao Presidente.
Art. 65. As Câmaras Criminais, além da competência genérica estabelecida no art. 52
deste Código, compete:
I – processar e julgar:
a) os pedidos de habeas corpus, quando a violência ou ameaça de coação for atribuída
a Juiz de Primeiro Grau, ressalvada a competência do art. 62, I, letra a;
b) os mandados de segurança contra atos de Juiz, em matéria criminal;
c) nos crimes de responsabilidade, os funcionários da Secretaria do Tribunal de Justiça,
inclusive os lotados na Diretoria do Fórum de Manaus;
CAPÍTULO IV
DOS ÓRGÃOS DIRETIVOS DO TRIBUNAL
SEÇÃO I
DA ELEIÇÃO E POSSE DOS CARGOS DE DIREÇÃO
Art. 66. O Tribunal de Justiça é dirigido por um de seus Desembargadores como Presidente,
escolhido pelo voto direto e aberto de todos os seus membros em atividade sendo elegíveis todos os
Desembargadores em exercício.
§2.º O processo de eleição de que trata o caput e o parágrafo anterior serão regulamentados pelo
Regimento Interno. ”
Art. 67. Os dirigentes do Tribunal de Justiça tomarão posse perante o Tribunal Pleno, no
dia 4 de julho, seguinte ao término do mandato de seus antecessores.
Art. 68. Vagando o cargo de Presidente, Vice-Presidente ou Corregedor-Geral de
Justiça, no curso do primeiro ano de mandato, proceder-se-á, dentro de uma semana, à eleição
do sucessor para completar o mandato.
Parágrafo único. O Presidente eleito para completar o mandato anterior do caput deste
artigo poderá ser reconduzido para o período subsequente.
Art. 69. Vagando os cargos de Presidente, Vice-Presidente e Corregedor-Geral de
Justiça, faltando menos de doze meses para o término do mandato, a substituição far-se-á, do
Presidente pelo Vice-Presidente, e este e o Corregedor, pelos demais membros na ordem
decrescente de antiguidade.
Vide art. 20.
SEÇÃO II
DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
SEÇÃO III
DO VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
SEÇÃO IV
DA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA
SUBSEÇÃO I
DA ORGANIZAÇÃO
SUBSEÇÃO III
DAS CORREIÇÕES E SUAS FORMAS
Art. 85. Verificada a existência de autos e papéis com antiguidade superior a trinta anos,
determinará o Corregedor a sua remessa ao Arquivo Público do Estado.
Art. 86. Ao Corregedor compete, ainda, quando em correição:
I – examinar a legalidade dos títulos com que servem em seus cargos e ofícios todos os
serventuários sujeitos à correição;
II – sindicar de sua conduta funcional, com relação ao cumprimento dos deveres,
desempenho de atribuições e permanência na sede da Comarca, termo ou Distrito Judiciário;
III – fiscalizar o que diz respeito à administração das pessoas e bens de órfãos,
interditos, ausentes e nascituros;
IV – fiscalizar a execução dos testamentos e administração das fundações;
V – fiscalizar a execução das leis e regulamentos referentes à arrecadação e
administração de heranças jacentes;
VI – fiscalizar a aplicação de leis estaduais ou federais, por parte de Tabeliães, na
lavratura de escritura e demais instrumentos que passarem em suas notas, assim como, por
parte dos Notários;
VII – levar ao conhecimento da Ordem dos Advogados, do Procurador-Geral de Justiça,
do Defensor Público Geral do Estado e do Secretário de Estado de Justiça, Segurança Pública
e Cidadania falta atribuída, respectivamente, a advogado, estagiário ou solicitador, do
Ministério Público, do Defensor Público e autoridade policial.
VII – verificar ainda:
a) se existem, na serventia, todos os livros exigidos por Lei;
b) se os livros existentes estão devidamente autenticados, bem encadernados e
escriturados;
c) se os autos , livros e papéis, findos ou em andamento, estão bem guardados,
conservados e catalogados;
d) se os depósitos de coisas são seguros e higiênicos;
e) se nos lugares onde devem permanecer as partes, servidores, serventuários,
empregados de ofícios notariais e registrais, jurados e pessoas judicialmente convocadas, há
higiene, comodidade, segurança e decência;
f) se há servidores atacados de moléstias contagiosas ou portadoras de moléstia ou
defeito físico que prejudique o exercício das respectivas funções;
g) se os feitos e escrituras são distribuídos e processados na forma da Lei;
h) se há processos parados e se são cumpridos os prazos de conclusão;
i) se são regularmente cobrados emolumentos, taxas e outros tributos devidos à União,
ao Estado e ao Município;
j) se as custas são cobradas nos escritos termos do respectivo Regimento;
k) se os Oficiais do Registro Civil processam com regularidade os papéis de habilitação
ao casamento civil;
l) se as determinações do Juiz, na marcha dos processos, e as do Corregedor, em
correições anteriores, foram fielmente executadas.
Art. 87. O Corregedor dará audiência aos presos ou internados para receber-lhe as
queixas ou reclamações, sobre elas providenciando. Duas vezes ao ano, pelo menos, visitará
os asilos, cadeias, estabelecimentos penitenciários, correcionais e de reforma, assim como
prisões outras, verificando:
a) se os edifícios e dependências são higiênicos, seguros e aparelhados para o fim a
que se destinam;
b) se há pessoas detidas ou internadas ilegalmente, ou de modo diverso do prescrito em
Lei, promovendo acerca de sua soltura.
c) se as pessoas detidas ou internadas são alimentadas, vestidas, abrigadas e tratadas.
Parágrafo único. Observada a falta de higiene, segurança ou aparelhamento,
representará ao Tribunal de Justiça para a adoção das providências indispensáveis.
Art. 88. O Corregedor fixará prazo razoável:
I – para aquisição ou legalização dos livros que faltarem ou estiverem irregulares;
II – para organização de arquivos, tombamento de móveis e utensílios;
III – para a restituição, na forma do art. 30 do Código de Processo Civil e do respectivo
Regimento, de custas indevidas ou excessivas, devidamente atualizadas;
IV – em geral, para emenda de erros, abusos ou omissões verificados.
Parágrafo único. Ordenará o Corregedor:
I – que sejam prestadas, ou reforçadas, as fianças omitidas ou insuficientes;
II – que sejam registrados e inscritos os testamentos e tomadas as contas dos tutores,
curadores e testamenteiros, síndicos, liquidatários, administradores de fundações e mais
responsáveis;
III – que sejam nomeados tutores e curadores a menores, ausentes, interditos e herança
jacente;
IV – que se proceda à especialização da hipoteca legal, nos casos em que haja interesse
do Estado ou de incapazes;
V – que seja dado o destino legal a quaisquer bens ou valores irregularmente conservados
em poder de funcionários ou particulares.
Art. 89. Ao Corregedor compete, também, durante as correições, sindicar:
a) se os Juízes e Serventuários de Justiça têm residência nos lugares onde servem e se
cumprem, com exatidão, todos os seus deveres;
b) se tais autoridades costumam ausentar–se, abandonando, fora dos casos permitidos
em Lei, o exercício de seus cargos, sem os transmitirem ao substituto, quando a isso são
obrigados;
c) se as audiências designadas são realizadas com regularidade;
d) se as autoridades judiciárias são assíduas em deferir e ministrar justiça às partes, e se
têm vida irrepreensível, pública e privada;
e) se os feitos são distribuídos equitativa e legalmente;
f) se há inquérito paralisado em poder das autoridades policiais ou se estas deixam de
instaurá-los, comunicando o fato ao Conselho da Magistratura e ao Secretário de Segurança
Pública;
g) instaurar processo de abandono de cargo contra Juiz, serventuário e funcionário de
Justiça.
Art. 90. As correições parciais terão por objeto a averiguação dos fatos que as
determinarem, aplicando-se-lhes os mesmos preceitos das gerais, no que for cabível.
Art. 91. O Conselho da Magistratura, mediante provimento, expedirá, para os casos
especiais, as instruções que se fizerem precisas ao melhor desempenho das funções do
Corregedor.
CAPÍTULO V
DA ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA
§1.º O mandato do Diretor e do Subdiretor da Escola será coincidente com o mandato do Presidente
do Tribunal de Justiça.
§2.º A Direção da Escola caberá ao Desembargador que encerrar o mandato da Presidência do
Tribunal de Justiça, salvo recusa expressa ou tácita, passando, neste caso, a escolha do nome ao
Presidente do Tribunal de Justiça que submeterá a indicação à aprovação do Plenário, observando-
se as restrições do §3.º, deste artigo.
§3.º A Subdiretoria da Escola Superior da Magistratura será exercida por Desembargador que não
ocupe cargo de direção no Tribunal de Justiça e nem no Tribunal Regional Eleitoral, escolhido pelo
Presidente do Tribunal de Justiça e submetida a indicação à aprovação do Pleno. ”
CAPÍTULO VI
DA JUSTIÇA DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO I
DA COMPOSIÇÃO
Art. 96. A magistratura de primeiro grau de jurisdição compõe-se de: I - Juízes Substitutos de Carreira; II -
Juízes de Direito Auxiliares; e III - Juízes de Direito.
Art. 97. O Juiz Substituto de Carreira é nomeado dentre bacharéis em direito concursados e, durante o
transcurso do estágio probatório destinado à obtenção de vitaliciedade, tem a mesma competência conferida
aos Juízes de Direito. Parágrafo único. Os Juízes Substitutos, quando não titulares de Varas, substituirão e
auxiliarão os Juízes de Direito de 1.ª Entrância.
“Seção II-A
Do Juiz de Direito Auxiliar
Art. 97-A. Compete ao Juiz de Direito Auxiliar, por designação da Presidência do Tribunal de Justiça,
mediante critérios estabelecidos em Resolução, substituir ou atuar com os titulares de Varas e Juizados da 2.ª
Entrância. §1.º No exercício de suas atribuições, o Juiz de Direito Auxiliar terá a mesma competência
conferida ao Juiz de Direito Titular da unidade jurisdicional para a qual for designado pela Presidência do
Tribunal de Justiça. §2.º Nos casos de jurisdição cumulativa, a atuação prestada ao Juiz de Direito Titular
será especificada no ato da designação. §3.º As vagas para titulares de varas que ocorrerem na 2.ª Entrância
serão providas por remoção, alternadamente pelos Juízes de Direito e Juízes de Direito Auxiliares,
observando-se as regras estabelecidas em Resolução do Tribunal Pleno e o seguinte: I - independentemente
de inscrição, pelo critério de antiguidade, quando a vaga for destinada aos Juízes de Direito Auxiliares; II -
critério de antiguidade e merecimento, alternadamente, quando a vaga for destinada aos Juízes de Direito da
2.ª Entrância.”
SEÇÃO III
DOS JUÍZES DE DIREITO DAS COMARCAS DO INTERIOR
SUBSEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA
§1.º Nas Comarcas providas de duas Varas, observar-se-á, entre elas, a distribuição dos feitos em
geral, cabendo: I - ao Juiz da 1.ª Vara, a Presidência do Tribunal do Júri, as execuções criminais, e o processo
e julgamento das matérias relacionadas aos Registros Públicos, conforme atribuições previstas nas alíneas
h e i do inciso IV, alíneas m e s do inciso IV, e no inciso III deste artigo; II - ao Juiz da 2.ª Vara, as questões
relacionadas à proteção da criança e da juventude, a instrução criminal dos processos de competência do
Tribunal do Júri, conforme disposto no inciso II, e na alínea d do inciso IV deste artigo, respectivamente.
§2.º Nas Comarcas providas de três Varas, observar-se-á, entre elas, a distribuição dos feitos em
geral, cabendo: I - ao Juiz da 1.ª Vara, a Presidência do Tribunal do Júri e as execuções criminais, conforme
as atribuições previstas nas alíneas h e i do inciso IV e alíneas m e s do inciso IV deste artigo,
respectivamente; II - ao Juiz da 2.ª Vara, as matérias relacionadas à proteção da criança e da juventude, a
instrução criminal dos processos de competência do Tribunal do Júri, nos termos no inciso II, e da alínea d
do inciso IV deste artigo; III - ao Juiz da 3.ª Vara, a matéria de Registros Públicos prevista no inciso III
deste artigo, e a instrução criminal dos processos de competência do Tribunal do Júri, nos termos da alínea
d do inciso IV deste artigo.
§3.º Nas Comarcas providas de quatro Varas, observar-se-á, entre elas, a distribuição dos feitos em
geral, cabendo: I - ao Juiz da 1.ª Vara, a Presidência do Tribunal do Júri e as execuções criminais, conforme
as atribuições previstas nas alíneas h e i do inciso IV e alíneas m e s do inciso IV deste artigo,
respectivamente; II - ao Juiz da 2.ª Vara, as matérias relacionadas à proteção da criança e da juventude, a
instrução criminal dos processos de competência do Tribunal do Júri, nos termos do inciso II, e da alínea d
do inciso IV deste artigo; III - ao Juiz da 3.º Vara, a matéria de Registros Públicos prevista no inciso III
deste artigo, e a instrução criminal dos processos de competência do Tribunal do Júri, nos termos da alínea
d do inciso IV deste artigo; IV - ao Juiz da 4.º Vara, as ações de estado, de alimentos, regime de bens e
guarda de filhos, bem como toda a matéria relacionada nos incisos II, III, IV, V, VI, VII e VIII do artigo
154 desta Lei Complementar.
§4.º Nas Comarcas providas de cinco Varas ou mais, o Tribunal de Justiça, ouvido o Corregedor-
Geral da Justiça, fixará, mediante resolução: I - a distribuição das competências cíveis e criminais das Varas
existentes na Comarca; II - de acordo com a conveniência da administração judiciária, atribuições para
processar e julgar matérias específicas, relacionadas à natureza da Vara e observadas às especializações
previstas para as Varas da Comarca da Capital.”
SUBSEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA EM OUTRAS ÁREAS DE JURISDIÇÃO
Art. 99. Aos Juízes de Direito, em exercício no interior do Estado, quando investidos na
jurisdição federal compete:
a) processar e julgar as causas mencionadas no §3º do art. 109 da Constituição Federal
de 1988, bem como as mencionadas nos incisos I, II e III do art. 15 da Lei nº 5.010/66; o
recurso cabível das decisões será encaminhado ao Tribunal Regional Federal da 1º Região,
sediado em Brasília;
b) mandar cumprir os atos e diligências da Justiça Federal requeridos pelos Juízes
Federais ou Tribunais Regionais Federais através de ofício ou mandado.
Art. 100. Os Juízes de Direito, quando investidos na jurisdição trabalhista, têm a mesma
competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, onde não funcione órgão dessa justiça
especializada. Os recursos de suas decisões proferidas em ações trabalhistas devem ser
encaminhados ao Tribunal Regional Trabalho, sediado em Manaus.
Dispositivo inócuo, pois o TRT da 11ª Região, há muito, passou a prestar jurisdição sobre todo o
Estado do Amazonas por intermédio de seus próprios juízes.
Art. 101. Os Juízes de Direito, quando investidos na jurisdição eleitoral, têm a competência
estabelecida na legislação eleitoral. Os recursos das decisões em matéria
eleitoral serão encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas.
SUBSEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 102. Ressalvadas as atribuições originárias do Tribunal de Justiça e as demais
restrições contidas no presente Código, são as seguintes as atribuições administrativas dos
Juízes de Direito de 1ª Entrância:
a) cumprir as determinações baixadas pela Presidência do Tribunal de Justiça, pelo
Tribunal Pleno, pelo Conselho da Magistratura, pelo Corregedor-Geral da Justiça e pelas
Câmaras Reunidas;
b) fiscalizar e conferir as contas de custas judiciais, glosando as que forem indevidas ou
excessivas;
c) requisitar das repartições públicas informações e diligências;
d) exercer qualquer outra atribuição cometida ao Juiz de Primeiro Grau pelas leis em
vigor;
e) praticar atos cuja execução lhes for delegada pelas autoridades superiores.
SUBSEÇÃO IV
DAS ATRIBUIÇÕES COMO DIRETOR DO FÓRUM
Art. 103. Em cada Comarca haverá uma Diretoria do Fórum.
Vide art. 70, LVIII.
Art. 104. Quando no exercício da função de Diretor do Fórum, nas Comarcas de Vara
única ou de mais de uma Vara, compete ao Juiz de Direito:
a) superintender o serviço judiciário da Comarca;
b) ministrar instruções ou ordens aos servidores de Justiça, serventuários e empregados
a estes subordinados, sem prejuízo das atribuições, se houver, dos demais Juízes da
Comarca;
c) presidir os concursos destinados ao preenchimento dos cargos de serventuário e
servidor de Justiça na respectiva Comarca;
d) comunicar-se diretamente com quaisquer outras autoridades públicas, federais,
estaduais ou municipais, quando tiver de tratar de assuntos relacionados com matéria
administrativa do interesse do Fórum da Comarca;
e) nomear serventuários de justiça ad hoc, nas faltas e impedimentos eventuais dos
efetivos;
f) designar substitutos para os titulares e auxiliares de secretarias ou cartórios
extrajudiciais, nas faltas e impedimentos;
g) aplicar, quando cabíveis, sanções disciplinares a servidores de justiça, serventuários,
empregados destes e do Juízo, e a Juízes de Paz, sem prejuízo de igual procedimento dos
demais Juízes da Comarca nos processos que estes dirigirem;
h) decidir reclamações contra atos praticados por serventuários de justiça, sem prejuízo
da competência dos demais Juízes;
i) abrir, numerar, rubricar e encerrar os livros utilizados na secretaria administrativa do
Fórum e nos notariados e ofícios de registro;
j) exigir a publicação no Diário da Justiça do nome do substituto do Notário, Oficial de
Registro ou Escrivão, nas Comarcas do interior do Estado;
k) rubricar balanços comerciais;
l) tomar providências de ordem administrativas que digam respeito à fiscalização,
disciplina e regularidade dos serviços forenses;
m) supervisionar a distribuição;
n) requisitar à Seção de Material do Tribunal de Justiça o fornecimento de material de
expediente, móveis e utensílios necessários ao serviço judicial, vedada a requisição para uso
de escrivães não remunerados pelos cofres públicos;
o) exercer a fiscalização permanente em todos os serviços da Justiça, na atividade dos
servidores e sobre o não cumprimento de obrigações impostas neste Código;
p) (REVOGADA).
Alínea revogada pela LC 35, de 13.09.04.
SEÇÃO IV
DO TRIBUNAL DO JÚRI
“Art. 105. O Tribunal do Júri funcionará, em cada Comarca, obedecendo a sua composição e funcionamento
às normas estabelecidas em Lei.
Art. 106. As sessões do Tribunal do Júri serão realizadas nos meses de fevereiro a junho e de agosto a
dezembro, reunindo-se extraordinariamente, por convocação do Juiz de Direito ou por determinação do
Corregedor-Geral de Justiça.
Art. 107. A lista geral de jurados será publicada pelo Juiz Presidente do Júri até o dia 10 de outubro de cada
ano, observando o disposto nos artigos 425 e 426 do Código de Processo Penal (Decreto-Lei n. 3.689/41), e,
se for o caso, dará ciência da revisão à Corregedoria Geral de Justiça, até o décimo dia útil após o fim do
prazo para a publicação definitiva.
SEÇÃO V
DA JUSTIÇA MILITAR
SUBSEÇÃO I
DA ORGANIZAÇÃO
Art. 108. A Justiça Militar do Estado do Amazonas será exercida em primeiro grau, com
jurisdição em todo o Estado, pelo Juiz Auditor, Juiz Auditor Substituto e pelos Conselhos de
Justiça Militar.
Parágrafo único. Das decisões dos Conselhos de Justiça Militar e da Auditoria caberá
recurso para o Tribunal de Justiça.
SUBSEÇÃO II
DOS CONSELHOS DE JUSTIÇA MILITAR
SUBSEÇÃO III
DA AUDITORIA MILITAR
:
Art. 115. A Auditoria Militar será composta de
I – um Juiz de Direito Auditor Militar;
II – um Juiz Auditor Militar Substituto;
III – dois Promotores da Justiça Militar;
IV – um Defensor Público;
V – um Oficial Superior Assistente Policial-Militar;
VI – um Oficial Intermediário;
VII – uma Secretária.
Parágrafo único. A Secretaria da Auditoria Militar será constituída de: um Escrivão; dois
Escreventes Juramentados; dois Oficiais de Justiça; um Sargento PM, Escrevente Auxiliar de
Cartório; um Cabo PM, Auxiliar de Cartório; e dois Soldados PM, Auxiliares de Cartório.
Art. 116. Compete ao Juiz de Direito Auditor Militar:
I – processar e julgar, nos crimes militares, os Oficiais e Praças da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros do Estado do Amazonas;
II – decidir sobre o recebimento de denúncia, pedido de arquivamento de processo ou
devolução de inquérito ou representação;
III – relaxar, em despacho fundamentado, prisão que for comunicada por autoridade
encarregada de investigação policial;
IV– decretar, ou não, em despacho fundamentado, a prisão preventiva de indiciado em
inquérito, a pedido do respectivo encarregado;
V– requisitar das autoridades civis ou militares as providências necessárias ao andamento
do processo e esclarecimento do fato;
VI – requisitar a realização de exames periciais;
VII – determinar as diligências necessárias ao esclarecimento do processo;
VIII – nomear peritos;
IX – requisitar da autoridade policial local o auxílio de força, quando necessário:
X – relatar os processos dos Conselhos de Justiça em que funcionar, e redigir, no prazo
legal, as sentenças e decisões;
XI – proceder, em presença do Promotor Militar, aos sorteios dos Conselhos;
XII – expedir Mandados e Alvarás de Solturas;
XIII – decidir sobre o recebimento dos recursos interpostos;
XIV – executar, de acordo com o Código Penal Militar, art. 59, I e II, as sentenças
condenatórias, cuja pena privativa de liberdade não exceda a dois anos;
XV– renovar, de seis em seis meses, junto às autoridades competentes, diligências para
captura de condenados;
XVI – comunicar à autoridade a que estiver subordinado o acusado as decisões a ele
relativas, logo que lhe chegue ao conhecimento;
XVII – cumprir, além do explicitado neste artigo, o que for aplicável na forma da
legislação federal pertinente.
Art. 117. Compete ao Juiz de Direito Auditor Militar Substituto:
I – substituir o Juiz de Direito Auditor Militar em suas faltas e impedimentos;
II – auxiliar o Juiz de Direito Auditor Militar no processamento e no julgamento de feitos
que lhe forem por ele distribuídos;
III – exercer outras atribuições que lhe forem cometidas pelo Juiz de Direito Auditor
Militar.
Art. 118. Os Promotores Militares integram o quadro do Ministério Público do Estado do
Amazonas e terão reguladas suas atividades pela Lei Orgânica a eles pertinentes.
Art. 119. A Assistência Policial-Militar será exercida por um Oficial Superior da ativa.
Art. 120. São atribuições do Assistente Policial-Militar da Auditoria Militar:
a) prestar total assistência ao Juiz de Direito Auditor Militar, nos mais diversos assuntos
referentes aos policiais militares;
b) manter pronto atendimento com os órgãos da Polícia Militar, a fim de que as
atividades da Auditoria não venham sofrer solução de continuidade em sua administração;
c) providenciar para que esteja sempre em ordem toda documentação referente aos
policiais militares, visando a atender às solicitações da Polícia Militar;
d) manter sempre atualizada a relação de oficiais da ativa da Polícia Militar, a fim de
facilitar a audiência de sorteio dos Membros do Conselho de Justiça Militar;
e) assessorar, também, o Juiz de Direito Auditor Militar Substituto e o Ministério Publico
Militar, no que lhe for solicitado no tocante a assuntos relacionados com policiais-militares;
f) exercer outros encargos que lhe forem determinados pelo Juiz de Direito Auditor
Militar.
Parágrafo único. Ao Oficial Intermediário da Assistência Militar compete assessorar o
Assistente, de acordo com as normas estabelecidas pelo Juiz de Direito Auditor Militar.
Art. 121. À Secretaria da Auditoria Militar incumbe manter em dia todo o seu serviço
burocrático, bem como diretamente através do Escrivão, dos Escreventes e dos Oficiais de
Justiça a regularidade no andamento dos processos em tramitação na Auditoria, tudo na forma
prevista em Lei.
Art. 122. O Escrivão, os Escreventes e os Oficiais de Justiça da Auditoria Militar serão
nomeados na forma prevista para os demais Escrivães, Escreventes e Oficiais de Justiça do
Poder Judiciário do Estado.
Parágrafo único. Nas faltas e impedimentos dos Oficiais de Justiça deverá, de preferência,
ser nomeado ad hoc o Cabo Auxiliar do Cartório.
Art. 123. São atribuições do Sargento PM, Escrevente-Auxiliar do Cartório:
a) substituir o Escrivão em seus impedimentos eventuais;
b) manter sob o seu controle atualizado o material-carga do Cartório e pertencente à
Polícia Militar;
c) auxiliar o serviço da Auditoria na forma ordenada pelo Juiz de Direito Auditor Militar.
Art. 124. O Cabo PM, Auxiliar do Cartório, terá as atribuições que lhe forem ordenadas
pelo Juiz de Direito Auditor Militar.
Art. 125. São atribuições do Soldado PM Auxiliar do Cartório:
a) conservar o Cartório em boa ordem, limpo e bem apresentável;
b) exercer quaisquer outras atribuições que lhes forem ordenadas pelo Juiz de Direito
Auditor Militar.
Art. 126. O Sargento PM, Escrevente-Auxiliar de Cartório, o Cabo PM, Auxiliar de
Cartório, e o soldado PM, Auxiliar do Cartório, serão postos à disposição da Auditoria Militar pelo
Comandante Geral da Polícia Militar, mediante indicação do Juiz de Direito Auditor Militar.
Vide nota ao art. 115.
SEÇÃO VI
DAS TURMAS RECURSAIS E DOS JUIZADOS ESPECIAIS
“Art. 127. As Turmas Recursais são compostas por 04 (quatro) Juízes togados de entrância final,
preferencialmente integrantes do sistema dos Juizados Especiais, designados por ato do Presidente
do Tribunal de Justiça para um mandato de 02 (dois) anos, sendo vedada a recondução, salvo
quando não houver outro Juiz na área de competência da Turma Recursal. §1.º No julgamento dos
recursos e das ações originárias, a decisão será tomada pelo voto de 03 (três) Juízes, em sistema de
revezamento. §2.º Dos 04 (quatro) Juízes integrantes de cada Turma Recursal, 01 (um) será seu
Presidente e os demais membros efetivos. §3.º O Presidente e os demais membros da Turma fazem
jus a uma gratificação de 10% (dez por cento) sobre o subsídio. §4.º Cada membro das Turmas
Recursais, incluindo seu Presidente, terá 01 (um) assessor classificado como PJ-ASV. §5.º A Turma
Recursal será presidida pelo Juiz mais antigo entre os seus componentes e, em caso de empate, pelo
mais antigo na entrância. §6.º Nos impedimentos e ausências, o Presidente será automaticamente
substituído pelo membro mais antigo. §7.º Em caso de afastamento temporário de qualquer dos
membros integrantes da Turma, não haverá redistribuição de processos. §8.º Compete à Turma
Recursal processar e julgar os recursos interpostos contra as decisões dos Juizados Especiais, bem
como os embargos de declaração de suas próprias decisões. §9.º A Turma Recursal é igualmente
competente para processar e julgar os mandados de segurança e os habeas corpus impetrados contra
atos dos Juízes dos Juizados Especiais, os conflitos de competência entre Juízes de Juizados
Especiais, os incidentes de impedimento e suspeição de seus membros, do representante do
Ministério Público que oficiar perante a turma recursal, bem como de Juízes e de Promotores de
Justiça que atuarem nas varas dos Juizados Especiais e a restauração de autos. §10. O Tribunal de
Justiça, mediante Resolução, criará tantas Turmas Recursais quantas forem necessárias e disporá, no
ato da criação, a respeito de sua sede e competência territorial. §11. As funções administrativas e de
chefia serão exercidas por um Secretário das Turmas Recursais, símbolo PJ-DAS, nível II, o qual
deverá ser exercido exclusivamente por servidor, bacharel em direito, do quadro efetivo, auxiliado
por 04 (quatro) Coordenadores Técnico Auxiliares, símbolo PJ-DAI, observando o disposto na Lei
n. 3.226, de 04 de março de 2008. §12. Caberá ao Tribunal de Justiça, por Resolução, disciplinar as
demais normas de organização e funcionamento das Turmas Recursais.
Art. 128. Fica o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas autorizado a implantar 40 (quarenta)
Juizados Especiais, nas comarcas da capital e do interior, para os fins previstos na Lei Federal n.
9.099, de 26 de setembro de 1995, e na Lei Federal n. 12.153, de 22 de dezembro de 2009, sendo
que as Varas por instalar dependerão, para tal, de Resolução do Pleno do Tribunal de Justiça,
quando houver imperiosa necessidade e disponibilidade financeira. Parágrafo único. O Tribunal de
Justiça, mediante Resolução, disporá sobre a organização, composição, competência e localização
dos Juizados Especiais, privilegiando, sempre que possível, áreas de elevada densidade populacional
com intuito de proporcionar comodidade e presteza no atendimento aos jurisdicionados.”
Art. 129. Em cada unidade jurisdicional, o Juiz de Direito poderá contar com o auxílio de
juízes leigos e conciliadores, cujas atividades são consideradas como de serviço público
relevante, podendo a estes ser atribuído valor pecuniário referente à prestação de serviços, o
que, em nenhuma hipótese, importará em vínculo empregatício com o Poder Judiciário.
Redação dada pela LC 55, de 27.07.07.
§1º O Tribunal de Justiça poderá, por Resolução, conforme as disponibilidades
orçamentárias, estabelecer o número de juízes leigos e conciliadores, bem como estabelecer
os valores pelos serviços por eles prestados, observando-se critério de produtividade.
Parágrafo acrescido pela LC 55, de 27.07.07.
§2º Os pagamentos dos valores pecuniários por serviços prestados pelos juízes leigos e
conciliadores não terão efeito retroativo e serão regulamentados pelo Tribunal de Justiça, ao
que se dará ampla publicidade.
Parágrafo acrescido pela LC 55, de 27.07.07.
Seção VII
Da Justiça de Paz
Art. 130. A Justiça de Paz será exercida por Juiz de Paz eleito, segundo o princípio
majoritário, para mandato de quatro anos, pelo voto direto, universal e secreto do eleitorado do
Município respectivo, permitida uma reeleição.
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
Parágrafo único. A escolha dos candidatos a Juiz de Paz e respectivos suplentes, pelos
Partidos Políticos, bem como o registro da candidatura e a eleição, que ocorrerá
simultaneamente com as eleições municipais, submeter-se-á à legislação eleitoral vigente.
Art. 131. O registro dos candidatos ao cargo de Juiz de Paz, regulado pela legislação
eleitoral, observará o número de vagas destinadas a cada Município, constante do Quadro
Anexo, deste Código.
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
Art. 132. O Juiz de Paz eleito e diplomado, nos termos da legislação eleitoral, tomará
posse na mesma data da posse do Chefe do Poder Executivo Municipal, perante o Juiz de
Direito Diretor do Foro da Comarca do Município a que pertencer e, na Capital, perante o
Corregedor Geral de Justiça.
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
Art. 133. A vacância do cargo de Juiz de Paz ocorrerá por:
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
I - morte;
II - renúncia;
III - perda do mandato.
§ 1º No caso de morte, a vacância do cargo será decretada pelo Corregedor Geral de
Justiça, tão logo lhe seja apresentada a respectiva certidão de óbito.
§ 2º A renúncia é formalizada mediante declaração unilateral de vontade do renunciante,
apresentada por escrito ao Corregedor Geral de Justiça.
§ 3º A perda do mandato de Juiz de Paz ocorrerá em decorrência de:
I - abandono das funções, configurado pela ausência injustificada por mais de trinta dias
consecutivos ou mais de quarenta e cinco dias não consecutivos, no período de um ano;
II - descumprimento de prescrições legais ou normativas;
III - procedimento incompatível com a função exercida;
IV - sentença judicial transitada em julgado.
Art. 134. A perda do mandato, nas hipóteses enumeradas nos incisos I a III do § 3º do
artigo 133, será precedida da instauração de processo administrativo que tramitará perante o
Conselho Superior da Magistratura, assegurada a ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes, na forma estabelecida na Lei n. 1.762, de 14 de novembro de 1986, e na legislação
suplementar aplicável.
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
Parágrafo único. Ocorrendo decisão definitiva sobre a perda do mandato, o Juiz de Paz
será afastado de suas funções, comunicando-se à Justiça Eleitoral a vacância do cargo.
Art. 135. Decretada a vacância do cargo de Juiz de Paz, o suplente será convocado
para assumi-lo, observando-se, no que couber, o disposto no § 3º do artigo 132.
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
§ 1º Inexistindo suplente a ser convocado, o Presidente do Tribunal de Justiça designará
Juiz de Paz ad hoc entre cidadãos domiciliados no local que preencham os requisitos do artigo
130, e submeterá o nome à aprovação do Tribunal Pleno que confirmará ou rejeitará a
indicação.
§ 2º Confirmada a indicação, o Juiz de Paz ad hoc permanecerá no cargo apenas pelo
período remanescente do cargo vago, salvo se incorrer em uma das hipóteses previstas no §
3º do artigo 133.
Art. 136. Nos casos de falta, impedimento ou ausência eventual do Juiz de Paz, a sua
substituição será feita pelos respectivos suplentes.
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
Art. 137. Compete ao Juiz de Paz:
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
I - presidir a celebração de casamento civil, observadas as normas legais;
II - opor impedimento à celebração de casamento, nos termos da lei civil;
III - exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, lavrando ou mandando
lavrar o termo da conciliação concluída;
IV - comunicar ao Juiz de Direito competente a existência de crianças ou adolescentes
em situação irregular;
V - zelar, na área territorial de sua jurisdição, pela observância das normas concernentes
à defesa do meio ambiente e à vigilância ecológica sobre matas, rios e fontes, tomando as
providências necessárias ao seu cumprimento;
VI - intermediar acordo para solução de pequenas demandas e ocorrências corriqueiras
de trânsito.
Parágrafo único. No exercício das atribuições conciliatórias, o Juiz de Paz poderá, se
achar necessário, nomear escrivão/secretário ad hoc para a lavratura do termo de conciliação.
Art. 138. O Juiz de Paz será remunerado por meio de subsídios, observando-se a
Tabela Anexa, deste Código.
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
§ 1º Veda-se ao Juiz de Paz receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou
participação em processo, inclusive nos procedimentos de habilitação de casamento.
§ 2º Os suplentes não serão remunerados, salvo quando no efetivo exercício das
funções de Juiz de Paz.
§ 3º Pela realização de cerimônias de casamento fora da sede do Cartório, a
Corregedoria Geral de Justiça fixará, mediante Provimento, o valor a ser pago para efeito de
despesas de deslocamento, disciplinando, ainda, as hipóteses de dispensa para os
hipossuficientes.
Art. 139. O servidor público em efetivo exercício do mandato de Juiz de Paz perceberá
as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo de
Juiz de Paz, caso haja compatibilidade de horários.
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
Parágrafo único. Não havendo compatibilidade de horários, o servidor de que trata este
artigo ficará afastado do cargo, emprego ou função enquanto durar o mandato de Juiz de Paz,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração, contando o tempo de serviço para todos os
efeitos, exceto para promoção, por merecimento, mantido o regime previdenciário
correspondente.
Art. 140. Aplicam-se ao Juiz de Paz, subsidiariamente e no que couber, a legislação
relacionada com a organização judiciária do Estado.
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
Art. 141. Onde houver mais de um Juiz de Paz, caberá à Corregedoria Geral de Justiça,
por Provimento, estabelecer a área de atuação nos respectivos Municípios pelos quais tenham
sido eleitos.
Redação deste artigo dada pela LC 99, de 13.03.12.
SEÇÃO VIII
DAS SUBSTITUIÇÕES DOS JUÍZES DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Art. 142. A substituição dos Juízes, nas faltas, ausências ocasionais, férias individuais
ou coletivas, licenças, impedimentos e suspeições, far-se-á do seguinte modo:
Vide Res. 23, de 15.07.10 (DJe de 09.08.10), do TJAM, que regulamenta as substituições e
impedimentos nas Varas Especializadas na Capital e dos Juízes do Interior do Estado do Amazonas.
I – nas Comarcas do interior:
a) os Juízes de Comarca de Vara única serão substituídos pelo Juiz de Direito ou
Substituto da Comarca mais próxima;
b) nas Comarcas de três ou mais Varas, a substituição, nos casos de falta,
impedimentos, suspeições e licenças até cinco dias, dar-se-á de forma sucessiva e
independentemente de designação, da seguinte forma: o Juiz da 1ª Vara será substituído pelo
Juiz da 2ª Vara; o da 2ª, pelo da 3ª, sendo que o Juiz da última Vara, na ordem sucessiva, será
substituído pelo Juiz da 1ª.
c) nas Comarcas com duas Varas, cabe, reciprocamente, a substituição de um titular
pelo outro, nas faltas, impedimentos, suspeições e licenças até cinco dias. Nos demais casos,
a substituição dar-se-á pelo Juiz de Direito que responder pela Zona, ou se também estiver
impedido, por Juiz de Comarca que dela faça parte, por designação da Presidência do Tribunal
de Justiça.
II – na Comarca da Capital:
a) os Juízes de Varas Especializadas isoladas serão substituídos, em suas faltas, férias
individuais, licenças, impedimentos ou suspeições pelos juízes das Varas indicadas através de
portaria da Presidência do Tribunal, expedida anualmente, no mês de dezembro, nada
impedindo que o Presidente do Tribunal, no transcorrer do ano, modifique as indicações;
b) os Juízes de Varas Especializadas não isoladas substituir-se-ão, automática e
independentemente de qualquer designação na forma constante das letras b e c, do inciso I
deste artigo, nas faltas, afastamentos, férias individuais, licenças, impedimentos ou suspeições;
c) os Juízes dos Juizados Especiais, Cíveis e Criminais, serão substituídos na forma do
disposto na letra b, do inciso I, deste artigo.
Parágrafo único. Na Comarca de Manaus, o Presidente do Tribunal Pleno, nos meses
de junho e dezembro, designará os Juízes para responder pelas diversas Varas durante os
meses de janeiro e julho.
Art. 143. O critério de substituição, regulado no artigo anterior e seu parágrafo, poderá
ser alterado por motivo de relevante interesse judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal de
Justiça fazê-lo.
Parágrafo único. Os Juízes que vierem a substituir ou auxiliar outros, ou tiverem sua
competência ampliada para outra Vara da mesma comarca ou de comarcas diferentes, farão
jus a uma gratificação de um terço (1/3) sobre o vencimento básico e a representação.
Parágrafo único acrescido pela LC 35, de 13.09.04. Redação atual dada pela LC 42, de 18.03.05.
SEÇÃO IX
DA CORREIÇÃO PERMANENTE
Art. 144. A correição permanente, a cargo dos Juízes de Primeiro Grau, consiste no
exame diário dos processos, através de despachos, decisões interlocutórias e sentenças, bem
como no exame dos livros obrigatórios das Secretarias das Varas, e das Escrivanias, Notariados
e Oficialatos de Registros, podendo o Juiz, na inspeção de autos, livros e demais papéis, tomar
conhecimento de reclamações ou denúncias apresentadas por escrito ou
verbalmente, reduzindo estas a termo, dando o encaminhamento regular e, se for o caso,
resolvendo-as.
§1.º Ao Juiz de Direito de 1.ª Entrância, corregedor permanente, compete: I - fiscalizar a Secretaria,
o Cartório Judicial, as Serventias Extrajudiciais, podendo instaurar sindicâncias e processos administrativos
disciplinares para apurar a responsabilidade de servidores e titulares de serventias judiciais, aplicando-lhes
as sanções disciplinares previstas em lei; II - comunicar ao Corregedor-Geral de Justiça, no prazo de 05
(cinco) dias, o resultado das sindicâncias e processos administrativos disciplinares; III - fiscalizar os
estabelecimentos destinados às prisões provisórias e ao cumprimento de penas definitivas, vinculados à
respectiva unidade judiciária; IV - representar ao Corregedor-Geral de Justiça, ou, quando for o caso, a
autoridades de Órgãos Municipais, Estaduais ou Federais para providências que extrapolem as suas
atribuições legais.”
§2º Os autos deverão ser examinados, mediante cotejo com os dados constantes do
livro de distribuição e do livro de tombo, verificando se foi dado baixa na distribuição dos autos
findos e se estes, posteriormente, foram encaminhados ao arquivo do Fórum; verificar se todos
os processos em andamento estão sendo apresentados para despachos. Em caso da falta de
algum processo, o Juiz tomará as providências cabíveis para sua apresentação ou, ser for o
caso, restauração.
Art. 145. Estão sujeitos à correição permanente:
a) os processos pendentes;
b) os livros que a Secretaria da Vara ou serventia extrajudicial são obrigadas a possuir.
Vide art. 406, I a XIV.
Art. 146. Durante a correição o Juiz fiscalizará e verificará:
I – em geral:
a) se os autos, livros e papéis findos ou em andamento estão devidamente abertos,
numerados, escriturados, encerrados, encadernados, guardados e conservados;
Vide art. 406, §2º.
b) se não há processos irregularmente parados e se os prazos a que estão sujeitos as
partes, os Defensores Públicos e os Promotores de Justiça são cumpridos;
c) se os feitos são distribuídos e processados na forma prescrita em Lei;
d) se há demora injustificada no cumprimento dos atos judiciais, cartas precatórias,
procedimentos criminais e nos feitos em que algum dos interessados é beneficiário da gratuidade
de Justiça;
e) se é regularmente publicado o expediente judicial;
f) se constam na capa dos processos o nome das partes e seus advogados;
g) se são cobrados os autos em poder dos peritos, Advogados, Defensores Públicos,
Promotores de Justiça, por mais tempo que o determinado em Lei;
h) se são informados nos autos a não devolução de mandados pelos oficiais de justiça e
avaliadores, e a não devolução de precatórias nos prazos conferidos para seu cumprimento;
i) se estão regularmente enumeradas e rubricadas as folhas dos autos e se as certidões,
informações e termos neles lavrados estão subscritos pelo Diretor de Secretaria ou seu
substituto legal.
II – em matéria criminal:
a) se há observância dos prazos para as instruções criminais;
b) se no julgamento dos réus presos está sendo obedecida a preferência fixada no artigo
431 do Código de Processo Penal;
c) se há observância do prazo fixado para conclusão de inquérito policial e que somente
pode voltar à delegacia quando novas diligências se tornarem imprescindíveis ao oferecimento
da denúncia;
d) se os inquéritos policiais, ainda que requerendo prazo para conclusão, ao chegarem
da delegacia, são distribuídos, autuados e registrados como procedimento criminal diverso;
e) se as intimações de réus presos que devam tomar conhecimento de qualquer ato do
processo são feitas no próprio estabelecimento penal onde se acharem os referidos réus.
III – taxa judiciária, fundo de reaparelhamento do Poder Judiciário, Associação dos
Magistrados do Amazonas, Associação Amazonense do Ministério Público, e fundo especial da
Defensoria Pública:
Vide nota ao art. 74, XXVII.
a) se a cobrança das taxas, a que se refere o caput do item III do artigo 144, bem como
as custas processuais, estão sendo feitas e recolhidas de acordo com o regimento respectivo;
Erro no texto publicado. Não existe item III, no artigo 144. Para melhor compreensão da alínea leia-
se: “...a que se refere este inciso, bem como...”.
b) se os valores são recolhidos através das guias próprias e depositados na rede
bancária, e, ainda, se as guias de cada uma daquelas despesas são regularmente juntadas
aos autos para permitir a conferência.
IV – dos Diretores de Secretaria e Escrivães, nas Comarcas do interior do Estado:
a) se verifica e informa ao Juiz a não devolução dos autos após o prazo de “vista”;
b -Geral da Justiça, até o dia dez de cada mês,
) se relatório mensal simplificado contendo os dados atinentes ao movimento processual de
certifi sua Vara, acompanhado de quadro estatístico sobre ações ou procedimentos
ca distribuídos, especificando audiências realizadas, natureza das decisões interlocutórias
nos e sentenças proferidas, informações sobre os feitos em seu poder cujos prazos para
auto despacho ou decisões estão excedidos, além de outros dados que entender conveniente
s a ou que forem exigidos pela Corregedoria através de Provimento específico.
Vide art. 39, da LOMAN.
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dado DA COMARCA DA
pelo CAPITAL
Ofici SUBSEÇÃO I
DO DIRETOR DO FÓRUM DA
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Justi
ça- Art. 148. Na Comarca da Capital, a Diretoria do Fórum será exercida por Desembargador, sem
Avali prejuízo de sua atividade jurisdicional, designado, bienalmente, pelo Presidente do Tribunal de
ador, Justiça, permitida uma recondução.
quan §1.º Sem prejuízo de outras atribuições estabelecidas por Resolução do Pleno do Tribunal de
do Justiça, caberá ao Diretor do Fórum: I - superintender a administração e polícia dos edifícios do
deco fórum, sem prejuízo da atribuição dos Juízes de Direito quanto ao policiamento das audiências e
rrido sessões do Tribunal do Júri; II - dar ordens e instrução à guarda destacada nos edifícios; III -
o determinar as providências necessárias ao bom funcionamento do serviço forense; IV - dirigir o
praz serviço a cargo dos servidores do fórum que não estejam subordinados a outra autoridade; V - fazer
o manter a ordem e o respeito entre os servidores do fórum, partes ou seus procuradores e entre as
para demais pessoas presentes nos edifícios; VI - elaborar a proposta orçamentária na parte relativa à
seu administração do fórum; VII - requisitar e distribuir material, móveis e utensílios necessários ao
cum funcionamento das serventias; VIII - organizar e fiscalizar, com auxílio do Juiz de Direito designado
prim para a Central de Mandados, a atuação dos Oficiais de Justiça na central de mandados; IX -
ento. classificar e movimentar os servidores nos diversos serviços da diretoria do fórum e das secretarias
de
A varas, tendo em vista o interesse da justiça; X - fiscalizar a distribuição dos feitos na Comarca de
Manaus,
r tomando as providências necessárias ao seu regular e correto funcionamento.
§2.º
t O Diretor do Fórum poderá indicar ao Presidente do Tribunal de Justiça, para cada edifício dos
fóruns
. descentralizados na Capital, um Juiz de Entrância Final para, sem prejuízo de sua atividade
jurisdicional,
1 auxiliá-lo no exercício das atribuições previstas nos incisos I, II, III, IV e V, deste
artigo.
4
7
.
Subseção
O II
Da Central de Mandados e Cartas Precatórias
J
u
Art. 149. À Central de Mandados e Cartas Precatórias da Capital, integrante da estrutura
i
administrativa da Diretoria do Fórum, serão remetidos, salvo as ordens de prisão, os mandados
z
expedidos pelos Juízos da Capital; e, distribuídas todas as cartas precatórias, rogatórias e de ordem a
e
serem cumpridas na Capital.
Parágrafo
n único. Juiz da Capital, designado, sem prejuízo de suas atribuições jurisdicionais, pelo
Presidente
v do Tribunal de Justiça, será o coordenador da Central de Mandados e Cartas Precatórias,
competindo-lhe:
i I - organizar, gerenciar e fiscalizar o fiel cumprimentos dos mandados judiciais
expedidos
a pelos Juízos da Capital, zelando para que as diligências realizadas dentro dos prazos
estabelecidos
r pela legislação; II - determinar o cumprimento de todas as cartas precatórias,
rogatórias e de ordem que tenham como objetivo a realização de diligência de notificação,
á
intimação e/ou citação; III - observada a competência, determinar a imediata redistribuição das
à
cartas precatórias, rogatórias e de ordem para uma das Varas da Capital que tenham como objetivo a
C
realização de ato processual diverso dos descritos no inciso anterior. IV - mediante delegação do
o
Corregedor-Geral de Justiça, instaurar sindicâncias e processos disciplinares para apurar a
r
responsabilidade disciplinar dos Oficiais de Justiça Avaliadores vinculados à Central de Mandados
er Cartas Precatórias, aplicando-lhes as sanções disciplinares previstas em lei.”
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i DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DOS JUÍZES DA COMARCA DA
a CAPITAL
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U JURISDIÇÃO
B CIVIL
S
E
Art. 150. Na Comarca de Manaus, as atribuições dos
juízes de direito são exercidas medianteÇÃ
distribuição,
respeitada a separação entre as jurisdições
O cível,
criminal e especial. I
D
A
Art. 151. Aos Juízes C
de Direito das Varas Cíveis compete exercer as
atribuições definidas neste O Código, não privativas de outro Juízo, servindo por
distribuição. M
P
E
T
Ê
N
C
Art. 152. Ao Juiz daI Vara da Fazenda Pública compete processar e julgar por distribuição: I
A
- as ações em que a Fazenda Pública e suas respectivas entidades autárquicas e fundacionais
J
forem interessadas, como
U autores, réus, assistentes ou opoentes, excetuadas falências e
ações que versem sobre
R matéria tributária; II - as ações civis públicas por ato de
improbidade administrativa
I e de ressarcimento de danos causados à Fazenda Pública ou às
S
suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e consórcios
D
públicos; III - o mandado de segurança contra atos das autoridades, administradores de
I
entidades autárquicas,
C bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais
no exercício de atribuições
I do Poder Público, ressalvada a competência originária do
Tribunal de Justiça, O
na forma do artigo 72, I, alínea c, da Constituição Estadual; IV - os
N para assegurar o conhecimento de informações, retificação de dados
habeas data impetrados
A
ou anotação nos assentamentos, de interesse pessoal do impetrado quando relacionados a
L
registro ou a banco de dados de entidades públicas estaduais e municipais, observada a
competência originária do Tribunal de Justiça, na forma do art. 72, I, alínea c, da
A Constituição Estadual; V - as ações em que forem demandados Estados-membros da
rt. Federação, o Distrito Federal, na forma prescrita pelo art. 52, do Código de Processo Civil.
150. VI - as ações em que forem demandados Municípios do Estado do Amazonas ou
Na Municípios de outros Estados-membros da Federação, observadas as regras de competência
Com estabelecidas pelo Código de Processo Civil. ”
arca
de “Art. 152-A. Ao Juiz da Vara da Fazenda Pública Municipal compete processar e julgar por
Man distribuição: I - em matéria cível: a) as ações em que o Município e suas respectivas
aus, entidades autárquicas e fundacionais forem interessadas, como autores, réus, assistentes ou
as opoentes, excetuadas falências, e ações que versem sobre matéria tributária; b) as ações
atrib civis públicas por ato de improbidade administrativa e de ressarcimento de danos causados
uiçõ à Fazenda Pública Municipal ou às suas autarquias, fundações, empresas públicas,
es sociedades de economia mista e consórcios públicos; c) o mandado de segurança contra
dos atos das autoridades, administradores de entidades autárquicas municipais, bem como os
juíze dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do Poder
s de Público, ressalvada a competência originária do Tribunal de Justiça, na forma do artigo 72,
I, alínea “c”, da Constituição Estadual; d) os habeas data impetrados para assegurar o
direit
conhecimento de informações, retificação de dados ou anotação nos assentamentos, de
o
interesse pessoal do impetrado quando relacionados a registro ou a banco de dados de
são entidades municipais, observada a competência originária do Tribunal de Justiça, na forma
exer do artigo 72, I, alínea “c”, da Constituição Estadual; e) as ações em que forem demandados
cidas Municípios do Estado do Amazonas ou Municípios de outros Estados-membros da
a Federação, observadas as regras de competência estabelecidas pelo Código de Processo
cível, Civil. II - em matéria criminal, os crimes contra a ordem tributária, tipificados pela Lei n.
crimi 8.137, de 27 de dezembro de 1990, de interesse do Município, suas autarquias e fundações.”
nal e
espe “Art. 153. Ao Juiz da Vara Especializada em Dívida Ativa, compete processar e julgar por
cial. distribuição: I - na Vara Especializada da Dívida Ativa Estadual: a) as execuções fiscais
propostas pelo Estado e suas autarquias; b) as ações que tenham por objeto matéria
S
tributária, nas quais sejam interessados o Estado e suas autarquias; c) o mandado de
segurança, em matéria tributária,U contra atos das autoridades estaduais, administradores de
entidades autárquicas estaduais,BS
bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas
naturais no exercício de atribuições
E do Poder Público Estadual, ressalvada a competência
originária do Tribunal de Justiça,
Ç na forma do artigo 72, I, alínea “c”, da Constituição
Estadual; d) os habeas data impetrados
à para assegurar o conhecimento de informações,
retificação de dados ou anotação O nos assentamentos, de interesse pessoal do impetrado
q no âmbito tributário, observada a competência originária do Tribunal de Justiça, na forma
u do artigo 72, I, alínea “c”, da Constituição Estadual; e) as ações, de natureza tributária, em
a que forem demandados Estados-membros da Federação ou o Distrito Federal, na forma
n prescrita pelo artigo 52, do Código de Processo Civil; II - na Vara Especializada da Dívida
d Ativa Municipal: a) as execuções fiscais propostas pelo Município e suas autarquias; b) as
o ações que tenham por objeto matéria tributária, nos quais sejam interessados o Município e
r suas autarquias; c) o mandado de segurança, em matéria tributária, contra atos de autoridade
e municipal, administradores de entidades autárquicas municipais, bem como os dirigentes de
l pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do Poder Público
a Municipal, ressalvada a competência originária do Tribunal de Justiça, na forma do artigo
c 72, I, alínea c, da Constituição Estadual; d) os habeas data impetrados para assegurar o
i conhecimento de informações, retificação de dados ou anotação nos assentamentos, de
o interesse pessoal do impetrado quando relacionados a registro ou a banco de dados de
n entidades municipais, no âmbito tributário, observada a competência originária do Tribunal
a de Justiça, na forma do artigo 72, I, alínea “c”, da Constituição Estadual; e) as ações, de
d natureza tributária, em que forem demandados outros Municípios do Estado do Amazonas
o ou Municípios de outros Estados-membros da Federação, observadas as regras de
s competência estabelecidas pelo Código de Processo Civil. Parágrafo único. Aos Juízes
a referidos no caput deste artigo, caberá o cumprimento das cartas precatórias, rogatórias ou
r de ordem, no âmbito de suas respectivas competências, bem como aquelas de interesse de
e outros Municípios do Estado do Amazonas ou Municípios de outros Estados-membros da
g Federação e respectivas entidades da administração direta e indireta, quando a diligência
i não se enquadrar dentre as prescritas pelo artigo 149, §1.º, I, desta Lei Complementar.”
s
t
“Art.
r 154. Ao Juiz de Vara de Família compete por distribuição: I - processar e julgar: a) as ações de
o
estado; b) as ações de alimentos; c) as ações referentes ao regime de bens e à guarda de filhos; d) as
o
ações de investigação de paternidade, cumuladas ou não com petição de herança; e) as ações
u
decorrentes do artigo 226 da Constituição Federal. II - conhecer das questões relativas à capacidade
ea curatela, bem como de tutela, em casos de ausência ou interdição dos pais, ressalvada a
b
competência das Varas da Infância e da Juventude e de Órfãos e Sucessões; III - praticar os atos de
a
jurisdição voluntária necessários à proteção de incapazes e à guarda e administração de seus bens,
n
ressalvada a competência das Varas da Infância e da Juventude e de Órfãos e Sucessões; IV -
c
processar justificação judicial a menores que não se apresentem em situação descrita no artigo 98 da
o n. 8.069, de 13 de julho de 1990; V - processar os pedidos de alvarás requeridos com
Lei
d
fundamento no Decreto n. 85.845, de 26 de março de 1981, quando o requerente estiver assistido
epela Defensoria Pública Estadual. ” VI - declarar a ausência; VII - autorizar a adoção de maiores;
d - a partilha de bens, intervivos, decorrente vínculo conjugal já dissolvido.”
VIII
a
“Art.
d 154-A. Ao Juiz de Vara de Órfãos e Sucessões compete: I - processar e julgar os feitos
o
relativos a sucessões causa mortis; II - processar e julgar a arrecadação de herança jacente, bens de
s
ausentes e vagos, salvo as ações diretas contra a Fazenda Pública; III - praticar os atos relativos à
d
tutela de órfãos, ressalvada a competência das Varas da Infância e da Juventude; IV - praticar os
e de jurisdição voluntária necessários à proteção de órfãos e à guarda e administração de seus
atos
ebens, ressalvada a competência das Varas da Infância e da Juventude; V - processar e julgar as
n
ações de petição de herança, quando não cumuladas com as de investigação de paternidade; VI -
t
processar e julgar questões relacionadas a testamentos ordinários, determinando, conforme o caso, o
i
registro, inscrição e cumprimento. Parágrafo único. Fica preservada a competência das Varas de
d
Família para processar os pedidos de alvarás requeridos com fundamento no Decreto n. 85.845, de
a de março de 1981, quando o requerente estiver assistido pela Defensoria Pública Estadual. ”
26
d
e
s
g
o SUBS
v EÇÃO
e III
DA JURISDIÇÃO
r CRIMINAL
n
a
Art. 155. Compete aos Juízes de Direitos das Varas Criminais exercer as
m
atribuições genéricas e plenas na matéria de sua denominação, não privativas de outros
e
njuízos, servindo por distribuição.
t Art. 156. Aos Juízes de Direito da Vara de Delitos sobre Tráfico e Uso de
a Substâncias
i Entorpecentes compete, por distribuição, o processo e julgamento dos delitos
s decorrentes do tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que
, determinem dependência física e/ou psíquica.
anças e Adolescentes, compete, por distribuição, processar e julgar crimes contra a
dignidade sexual, que tenham como vítimas crianças e adolescentes, tipificados na Parte
A Especial, Título VI do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 e artigos 240, 241,
r 241-A, 241-B, 241-C, 241-D, 241-E, e 244-A, da Lei Federal n. 8.069, de 13 de julho de
t 1990.”
.
1 Art. 157. Na Capital, cada Tribunal de Júri contará com dois magistrados, sendo um deles
5 Juiz Sumariante, e outro, Juiz Presidente, com atribuições assim distribuídas: I - ao Juiz
6 Sumariante competirá: a) receber ou rejeitar a denúncia; b) presidir a instrução; c) proferir
- sentença de pronúncia, de impronúncia, de desclassificação ou de absolvição sumária e
A processar o recurso que for interposto; II - ao Juiz Presidente competirá: a) receber o libelo;
. b) preparar o processo para julgamento; c) presidir a sessão de julgamento e proferir
A sentença; d) processar os recursos interpostos contra decisões que proferir; e) organizar a
o lista geral de jurados anualmente; f) fazer o sorteio e a convocação dos vinte e um (21)
J jurados componentes do júri para a sessão.
u §1.º Ficará preventa a competência do Juiz Sumariante na hipótese de desclassificação,
i salvo se operada pelo Tribunal do Júri.
z §2.º Aos juízes, presidente e sumariante, do Tribunal do Júri, nas fases do processo em que
d exercerem a competência funcional, caberá decretar, relaxar ou regular a prisão do réu, bem
e como conceder-lhe liberdade provisória.
D §3.º Nos impedimentos e ausências justificadas, os Juízes Sumariante e Presidente
i substituir-se-ão reciprocamente sempre que não houver incompatibilidade ao
r desenvolvimento de suas específicas funções, independentemente de designação.”
e
i
t “Art. 158. Ao Juiz da Vara de Crimes de Trânsito compete, por distribuição, processar e
ojulgar os feitos relativos aos crimes tipificados no Código de Trânsito Brasileiro, Lei n. 9.503, de
d23 de setembro de 1997, respeitadas as regras de conexão e continência e ressalvada a competência
a dos Juizados Especiais Criminais.”
V
a
r Art. 159. Aos Juízes Auditores da Justiça Militar compete:
a I – funcionar como Auditores nos processos de alçada da Justiça Militar Estadual;
d II – praticar, em geral, os atos de jurisdição criminal regulados pelo Código de
e Processo
CPenal Militar, não atribuídos expressamente à jurisdição
r diversa;
i III – providenciar a remessa dos autos à Vara das Execuções Criminais tão logo
mtransite em julgado a sentença, passando-lhe à disposição os condenados presos
e e fazendo as devidas comunicações.
s
c
o Art. 160. Aos Juízes da Vara de Execução Penal, compete: I - aplicar aos casos julgados lei
n
posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; II - declarar extinta a punibilidade; III -
t
decidir sobre: a) soma ou unificação de penas; b) progressão ou regressão nos regimes; d)
r
a suspensão condicional da pena, quando omissa a sentença transitada em julgado, mediante
a requerimento do Ministério Público ou da defesa; e) livramento condicional; f) incidentes da
Dexecução; IV - autorizar saídas temporárias; V - determinar: a) a conversão da pena privativa de
i liberdade em restritiva de direitos; b) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição
gda pena por medida de segurança; c) etc. §1.º Compete, ainda, ao Juízo da Vara de Execução Penal
nprocessar e julgar as ações civis públicas que tenham por objeto: I - a efetividade das garantias
i previstas no Título II, Capítulos II e III, da Lei n. 7.210, de 11 de julho de 1984; II - a interdição de
destabelecimentos penais por conta de funcionamento em condições inadequadas ou com
a infringência aos dispositivos da Lei n. 7.210, de 11 de julho de 1984. §2.º A Vara de Execução
dPenal será composta por três (03) juízes de direito de 2.ª Entrância, nominados, para efeito de
e distribuição das competências, de primeiro, segundo e terceiro Juiz de Execução, competindo-lhes,
Sno que couber, decidir sobre o que dispõem os incisos do caput do artigo 160, na forma seguinte: I
e - ao primeiro Juiz de Execução, o cumprimento e os incidentes relativos às penas privativas de
xliberdade cumpridas, provisória ou definitivamente, no regime fechado; II - ao segundo Juiz de
uExecução, o cumprimento e os incidentes relativos às penas privativas de liberdade cumpridas,
a provisória ou definitivamente, no regime semiaberto;
l
d
e
C
r
i
Art. 160a. Ao Juiz da Vara de Execuções de Medidas e Penas Alternativas compete, por
distribuição:
Artigo acrescido pela LC 50, de 25.10.06.
I - promover a execução e a fiscalização:
Inciso acrescido pela LC 50, de 25.10.06.
a) das penas restritivas de direito ou medidas penais alternativas;
b) da suspensão condicional do processo;
c) da suspensão condicional da pena;
d) do livramento condicional.
II - cadastrar e credenciar entidades públicas ou com elas conveniar sobre programas
comunitários a serem beneficiados com a aplicação da medida ou pena alternativa;
Inciso acrescido pela LC 50, de 25.10.06.
III - instituir cadastro estadual para efeito do disposto no art. 76, parágrafo 2°, inciso II, da
Lei n° 9.099/95;
Inciso acrescido pela LC 50, de 25.10.06.
IV - designar entidade ou programa comunitário, o local, dias e horário para o cumprimento
da medida ou pena alternativa;
Inciso acrescido pela LC 50, de 25.10.06.
V - criar programas comunitários para facilitar a execução das medidas e penas
alternativas;
Inciso acrescido pela LC 50, de 25.10.06.
VI - acompanhar pessoalmente, quando necessário, a execução dos trabalhos;
Inciso acrescido pela LC 50, de 25.10.06.
VII - declarar cumprida a medida ou extinta a pena, comunicando aos Juízos das Varas
Criminais Comuns e Especializadas dos Juizados Especiais ou aos Juízos das Varas de
Execuções Criminais; e
Inciso acrescido pela LC 50, de 25.10.06.
VIII - decidir os incidentes que possam surgir no curso da execução das medidas e
penas referidas neste artigo.
Inciso acrescido pela LC 50, de 25.10.06.
SUBSEÇÃO IV
DO JUIZADO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE
“Art. 161. Ao Juiz de Direito da Vara da Infância e da Juventude, cabe a competência definida no
Estatuto da Criança e do Adolescente e legislação complementar e, na Capital, observará a seguinte
estrutura: I - Vara do Juizado Cível da Infância e da Juventude; II - Vara do Juizado Infracional da
Infância e da Juventude; e III - Vara de execução de medidas socioeducativas. §1.º O Tribunal Pleno
disciplinará, no que lhe couber, as atribuições dos Juízes Titulares das Varas do Juizado da Infância
e da Juventude. §2.º A execução de medidas socioeducativas de prestação de serviços à comunidade,
liberdade assistida, semiliberdade ou internação serão acompanhadas e avaliadas pelo Juízo da Vara
de Execução de Medidas Socioeducativas, cabendo-lhe, ainda, inspecionar os estabelecimentos e
órgãos responsáveis pelo cumprimento das medidas socioeducativas; e promover ações para o
aprimoramento do sistema de execução das medidas socioeducativas.”
SUBSEÇÃO V
DA VARA DO MEIO AMBIENTE
Art. 161a. Ao Juízo da Vara Especializada do Meio Ambiente, com sede na Comarca de
Manaus, compete processar e julgar, por distribuição, com jurisdição no território das Comarcas
de Manaus, Iranduba, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva, as questões ambientais;
Artigo acrescido pela LC 48, de 03.03.06.
Art. 161b. Ao Juiz de Direito da Vara Especializada do Meio Ambiente, de que trata o
artigo anterior, no âmbito de sua jurisdição, na esfera civil, compete:
Artigo acrescido pela LC 48, de 03.03.06.
I – processar e julgar as ações referentes ao Meio Ambiente, assim definidas em Lei,
bem como os executivos fiscais oriundas de multas aplicadas por ofensa ecológica;
II – processar e julgar as causas ambientais e agrárias em que o Estado do Amazonas,
os Municípios de abrangência de sua jurisdição, e suas entidades autárquicas forem
interessadas como autores, réus, assistentes ou opoentes;
III – processar e julgar as causas ambientais em que forem do mesmo modo
interessadas as empresas públicas estatais e municipais, sociedades de economia mista ou
fundações instituídas pelo Poder Público Estadual e Municipal;
Mais preciso seria “... empresas públicas estaduais”.
IV – processar e julgar os mandados de segurança e medidas cautelares que versem
sobre matéria ambiental, intentados contra atos das autoridades estaduais, municipais, suas
autarquias ou pessoas naturais ou jurídicas que exerçam funções delegadas do Poder Público
Estatal, no que se entender com essas funções, ressalvada a competência originária do
Tribunal de Justiça e de seus órgãos em relação à categoria da autoridade apontada como
coatora.
Art. 161c. Ao Juiz de Direito da Vara Especializada do Meio Ambiente, de que trata o
artigo 161a, no âmbito de sua jurisdição, na esfera criminal, compete:
Artigo acrescido pela LC 48, de 03.03.60.
I – processar e julgar as infrações de competência dos Juizados Especiais, definidos na
Lei Federal n° 9.099/95;
II – processar e julgar os delitos ambientais expressos na Lei 9.065/98, bem como
qualquer outro crime ambiental previsto na forma da legislação específica;
III – (REVOGADO).
Inciso revogado pela LC 55, de 27.07.07.
Art. 161d. Os casos omissos serão disciplinados por resolução do Tribunal de Justiça do
Estado do Amazonas.
Artigo acrescido pela LC 48, de 03.03.60.
SUBSEÇÃO VI
Da Vara de Registros Públicos e Usucapião
Art. 161 e. Ao Juiz da Vara de Registros Públicos e Usucapião compete: I - processar e julgar: a) os feitos
contenciosos ou administrativos, principais, acessórios e seus incidentes relativos aos registros públicos,
inclusive os de loteamento de imóveis, bem de família, casamento nuncupativo e usucapião de bem imóvel;
b) as suspeições opostas aos serventuários dos cartórios que lhes estão subordinados; c) os mandados de
segurança impetrados contra ato de registradores e tabeliães; II - dirimir ou decidir sobre: a) as dúvidas dos
oficiais de registro e tabeliães, quanto aos atos de seu ofício e as suscitadas em execução de sentença
proferida em outro juízo, sem ofender a coisa julgada; e, ainda, as dúvidas suscitadas entre acionistas, na
forma do artigo 103, parágrafo único da Lei n. 6.404/76; b) as reclamações formuladas e ordenar a prática ou
cancelamento de qualquer ato de serventuário sujeito à sua disciplina e inspeção, salvo matéria da
competência especifica do outro juízo; c) os incidentes nas habilitações de casamento; d) as consultas
formuladas para casos concretos por notários e oficiais do registro público, vedada a formulação de consulta
com caráter genérico ou normativo; III - na qualidade de Juiz Corregedor Permanente, inspecionar os
serviços a cargo dos tabeliães e oficiais de registros e protestos de títulos, aplicando, quando for o caso, as
penas disciplinares previstas no artigo 32, da Lei n. 8.935/94, sem prejuízo da atuação concorrente da
Corregedoria Geral de Justiça; IV - processar e decidir dúvidas e consultas em matéria administrativa que
versem sobre o valor dos emolumentos e adicionais neles incidentes, ficando os efeitos da decisão sujeitos
ao referendo do Corregedor-Geral de Justiça; V - cumprir as cartas precatórias pertinentes à matéria de sua
competência. §1.º Excluem-se da competência definida neste artigo as causas em que houver interesse da
Fazenda Pública. §2.º Quando o registro, averbação e retificação resultarem de execução de sentença, o juiz
competente para determinar qualquer desses atos será o do processo de execução. §3.º A oposição de
usucapião como matéria de defesa não deslocará a competência do feito à Vara de Registros Públicos e
Usucapião. §4.º Os recursos das decisões proferidas em matéria administrativa, bem como as decisões
relativas à aplicação de penas previstas nos incisos I, II e III do artigo 32, da Lei n. 8.935/94, serão
encaminhadas ao Conselho da Magistratura que proferirá decisão final sobre a questão. §5.º As decisões nos
procedimentos administrativos, abertos de ofício ou por meio de representação do Ministério Público ou de
terceiros interessados, que resultem na aplicação de perda de delegação somente produzirão efeitos depois de
confirmadas pelo Pleno do Tribunal de Justiça, observando-se o seguinte: I - o recurso de ofício e, se houver,
o recurso voluntário, serão encaminhados ao Pleno do Tribunal de Justiça e relatados pelo Presidente; II -
confirmada a perda da delegação, a medida será executada na Secretaria do Pleno do Tribunal de Justiça que
determinará o cumprimento do acórdão pela Presidência do Tribunal de Justiça. §6.º O Corregedor-Geral de
Justiça poderá avocar procedimentos administrativos em tramitação na Vara de Registros Públicos e
Usucapião quando o interesse público o exigir, para imprimir maior celeridade ao procedimento ou, ainda,
quando na Corregedoria-Geral de Justiça tramitar outro procedimento que apure fatos conexos.”
Art. 161-F. Ao Juiz da Central de Inquéritos Policiais compete apreciar e decidir, desde os atos preparatórios
para a instauração dos Inquéritos Policiais Civis até a conclusão destes, os pedidos formulados pela
Autoridade Policial Judiciária, pelo Ministério Público e pelo indiciado, que visem: I - à manutenção ou
relaxamento do flagrante; II - à prisão temporária, prisão preventiva e liberdade provisória; III - à busca e
apreensão e restituição de coisas apreendidas; IV - à interceptação telefônica e quebra de sigilo em geral para
prova em investigação criminal; V - ao habeas corpus em que figure como coatora a Autoridade Policial
Judiciária; VI - ao incidente de insanidade mental; VII - ao mandado de segurança e demais medidas
cautelares de natureza criminal, reputados urgentes; VIII - ao pedido de arquivamento; IX - à transferência
de presos, por razões de ordem administrativa, disciplinar, tratamento de saúde ou exame médico, salvo a
competência do juízo de execução penal; §1.º A Central de Inquéritos realizará audiências de custódia de
flagranteados, na forma disciplinada por Resolução do Tribunal Pleno. §2.º Os Inquéritos Policiais Civis não
serão distribuídos para a Central de Inquéritos, mas apenas as medidas elencadas nos incisos I a IX, do caput
deste artigo. Art. 161-G. A Central de Inquéritos Policiais será coordenada por um Juiz de Direito da 2.ª
Entrância, designado na forma e pelo prazo estabelecido em Resolução do Tribunal Pleno, auxiliado por
Juízes de Direito Auxiliar designados na forma do artigo 97-A, em número suficiente para atender às
demandas da Central. Parágrafo único. O Tribunal de Justiça, por Resolução, disciplinará sobre a destinação
dos instrumentos do crime, bens apreendidos e substâncias entorpecentes vinculadas aos inquéritos policiais,
bem como sobre os protocolos de segurança nos pedidos formulados em segredo de justiça com intuito de se
resguardar o sigilo das investigações criminais.”
SEÇÃO XII
DOS JUÍZES DE DIREITO DO INTERIOR DO ESTADO
SUBSEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA DOS JUÍZES DAS COMARCAS COM VARA ÚNICA
Art. 162. Nas Comarcas de Vara única, os Juízes terão competência cumulativa dos
processos de natureza cível e criminal.
SUBSEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA DOS JUÍZES DAS COMARCAS COM MAIS DE UMA VARA
Art. 163. A competência dos Juízes de Direito com mais de uma Vara será exercida com
observância desta Lei e da Legislação pertinente, e será disciplinada por portaria da Presidência.
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA DOS MAGISTRADOS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO I
DO PROVIMENTO
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
§2º O requisito contido no inciso IX somente será exigido depois de graduada a primeira
turma mantida pelo curso em alusão.
SUBSEÇÃO III
DA INSCRIÇÃO NO CONCURSO
Art. 171. O concurso de Juiz Substituto, será anunciado pelo Tribunal de Justiça mediante
publicação de edital no Diário da Justiça. Simultaneamente, o Tribunal fará publicar o
regulamento específico, no qual serão observados os princípios estabelecidos na Constituição
da República, na Constituição do Estado do Amazonas e neste Código.
Art. 172. O pedido de inscrição ao concurso, formalizado por escrito e datilografado,
devidamente acompanhado dos documentos comprobatórios dos requisitos mencionados no
art. 168 deste Código, será dirigido ao Presidente do Tribunal de Justiça.
Onde se vê “art. 168”, leia-se “art. 170”.
§1º A solicitação poderá ser feita por procurador com poderes especiais.
Vide art. 23, IV, da Res. 75, de 12.05.09, do CNJ.
§2º O Tribunal, por resolução, poderá exigir, para inscrição no concurso, comprovante de
conclusão em Curso de Preparação de Juízes, realizado pela Escola Superior de Magistratura.
Vide nota ao art. 70, IX, e art. 94, §1º.
Art. 173. O pedido e os documentos que o instruírem serão autuados, formando-se um
processo cujo número será o de ordem da apresentação.
§1º Para fins de inscrição, não será permitido, sob qualquer pretexto, a juntada de
documento posterior ao último dia do prazo previsto no edital de abertura.
§2º O Conselho da Magistratura procederá à investigação dos aspectos sociais e morais
do candidato, juntando aos autos respectivos os documentos que coligir, fazendo prévia
apreciação dos pedidos.
Vide nota ao §1º, do art. 170, desta Lei; e arts. 61 e 62, da Res. 75, de 12.05.09, do CNJ.
§3º Em seguida, o Presidente do Conselho submeterá as inscrições à apreciação do
Tribunal Pleno que motivadamente as deferirá, ou não.
§4º Finda a apreciação dos pedidos de inscrição, o Presidente do Tribunal de Justiça
publicará relação nominal com os nomes dos candidatos que obtiverem deferimento e dos que
não o obtiverem.
§5º O pedido de inscrição poderá ser feito por procurador com poderes especiais para tal
finalidade.
Norma já prevista no §1º, do art. 172.
SUBSEÇÃO IV
DO CONCURSO
Art. 174. O concurso constará de quatro provas escritas e uma oral, sendo que aquelas
estão distribuídas em duas fases distintas e subsequentes, quais sejam uma objetiva e outra
subjetiva.
§1º O Presidente baixará edital de realização do concurso, designando dia, hora e local
para a realização da prova objetiva, de caráter eliminatório.
§2º A prova objetiva constará de cem questões, versando sobre:
a) Direito Constitucional;
b) Direito Administrativo e Direito Tributário;
c) Direito Civil;
d) Direito Processual Civil;
e) Direito Penal;
f) Direito Processual Penal;
g) Direito Comercial
h) Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho;
i) Direito Eleitoral; e,
j) especificamente, sobre Organização Judiciária e Registros Públicos.
§3º Na prova objetiva, para cada disciplina ou grupo de disciplina constante das letras do
parágrafo anterior, formular-se-ão dez questões.
§4º Publicados os resultados da prova objetiva, os candidatos que houverem logrado
aprovação serão submetidos a três provas escritas subjetivas, cada uma de caráter
eliminatório.
§5º Os candidatos aprovados nas provas subjetivas submeter-se-ão a uma prova oral,
realizada de acordo com o regulamento do concurso.
§6º Divulgado o resultado da prova oral, a comissão, em sessão pública, procederá a
avaliação dos títulos apresentados, e proclamará o resultado final, que será publicado no Diário
da Justiça.
Vide art. 381, I, letra “a”.
Vide arts. 66 e seguintes da Res. 75, de 12.05.09, do CNJ.
§7º Os candidatos aprovados no concurso de provas e títulos serão, seguidamente,
submetidos a exame de sanidade física e mental, não sendo nomeados os que forem
considerados inaptos.
Art. 175. O prazo de validade do concurso será de dois anos, prorrogável uma vez por
igual período.
Parágrafo único. Dentro do período de dois anos, ou, se houver, no período de
prorrogação, ocorrendo novas vagas, serão nomeados os remanescentes aprovados, na ordem
de classificação do concurso. Estes remanescentes terão prioridade sobre novos concursados
para assumir o cargo.
SUBSEÇÃO V
DA NOMEAÇÃO
SUBSEÇÃO VI
DA POSSE E DO COMPROMISSO
SUBSEÇÃO VII
DO EXERCÍCIO
Art. 185. O juiz, ao ser empossado e entrar no efetivo exercício de seu cargo, para
contagem de tempo de serviço por antiguidade, deverá obedecer rigorosamente à ordem de
classificação no respectivo concurso.
Art. 186. Empossado e havendo entrado em exercício, o juiz poderá ser submetido a
treinamento mediante estágio em Varas, comuns e especializadas, da Capital, Fórum ou
Tribunal Regional Eleitoral, e curso específico ministrado pela Escola Superior da Magistratura,
na conformidade de instruções baixadas pelo Tribunal de Justiça.
SUBSEÇÃO VIII
DA AQUISIÇÃO DA VITALICIEDADE
Art. 187. A vitaliciedade será adquirida após dois anos de exercício, quando então, o juiz
substituto de carreira passará a denominar-se juiz de direito de primeira entrância.
§1º Durante o período necessário à aquisição da vitaliciedade, em relação ao juiz
substituto, serão avaliados:
a) idoneidade moral (dignidade funcional, retidão de conduta, probidade e independência);
b) assiduidade (frequência ao Fórum nos dias úteis e plantões, cumprimento de horário e
supervisão das atividades forenses);
c) aptidão (qualidade de trabalho, eficiência das sentenças, atuação eficaz e serena,
conhecimento prático e teórico, diligência e observação dos prazos legais);
d) disciplina (senso de responsabilidade, discrição, observância das normas legais e
relacionamento com o pessoal de apoio);
e) produtividade (efetiva atuação no exercício da magistratura, quantidade de trabalho,
remessa de relatórios mensais à Corregedoria-Geral da Justiça);
f) bom relacionamento com os advogados, defensores públicos, membros do Ministério
Público e partes (respeito aos direitos dos advogados, relacionamento normal nas audiências,
observância das prerrogativas do Ministério Público, tratamento respeitoso e cordial para com
os advogados, defensores públicos e partes).
§2º Através de cadastro especial dos juízes em estágio, a Corregedoria-Geral da Justiça
providenciará sobre a anotação dos fatos relativos às atividades funcionais desses
magistrados, devendo o cadastro se constituir de pasta individual, ficha de avaliação e outros
elementos úteis fornecidos à Corregedoria.
§3º A apuração dos requisitos constantes do §1º deste artigo será feita pela
Corregedoria.
§4º No semestre imediatamente anterior à aquisição da vitaliciedade, o juiz substituto
encaminhará ao Presidente do Tribunal de Justiça seu pedido de aquisição da vitaliciedade,
instruindo-o com prova de residir na Comarca, prova de quitação de suas obrigações junto à
Corregedoria-Geral e ao Conselho da Magistratura e outros documentos que entender
convenientes.
§5º Os pedidos serão encaminhados ao Conselho da Magistratura que, no penúltimo
mês do biênio, emitirá parecer relativo à idoneidade moral e intelectual do juiz substituto e à
sua eficiência no desempenho do cargo para apreciação pelo Tribunal de Justiça.
Art. 188. Constarão do prontuário que instruirá o parecer do Conselho:
I – os documentos encaminhados pelo próprio interessado;
II – as informações colhidas durante o biênio pelo Conselho da Magistratura, junto à
Presidência do Tribunal e à Corregedoria-Geral da Justiça;
III – as referências ao juiz substituto, constantes de acórdãos ou declarações de voto,
enviadas pelos respectivos prolatores;
IV – quaisquer outras informações idôneas.
Art. 189. O Tribunal de Justiça, em sessão plenária, pelo voto da maioria dos
desembargadores presentes, avaliará a atuação do requerente e decidirá pela sua indicação
ao cargo de juiz de direito.
§1º Poderá o Tribunal de Justiça recusá-lo por decisão adotada pelo voto da maioria
absoluta de seus membros efetivos.
§2º Os juízes substitutos de carreira não poderão perder o cargo senão por deliberação
do Tribunal de Justiça, tomada pelo voto de dois terços de seus membros efetivos.
§3º Afastado o juiz de exercício do cargo, na forma do parágrafo anterior, decidindo-se
pelo não vitaliciamento, a exoneração caberá ao Presidente do Tribunal, ainda que a decisão
seja proferida após o biênio.
Art. 190. Antes de decorrido o biênio, necessário à aquisição da vitaliciedade, desde que
seja apresentada proposta pelo Tribunal ao seu Presidente, para exoneração do juiz substituto,
este ficará afastado de suas funções e perderá o direito à vitaliciedade ainda que o ato de
exoneração seja assinado após o decurso daquele período.
Art. 191. Aprovado no estágio probatório, o juiz substituto de carreira passará a
denominar-se juiz de direito de 1ª Entrância, com a expedição do respectivo ato declaratório da
vitaliciedade, por ato do Presidente do Tribunal de Justiça.
Parágrafo único. Os nomes não indicados à nomeação, para que se considere findo o
período de estágio probatório, serão objeto de ato de exoneração.
SUBSEÇÃO IX DA
ANTIGUIDADE
SUBSEÇÃO X
DA PROMOÇÃO DOS JUÍZES DE DIREITO
§3.º A promoção de Juiz de Direito de 1.ª Entrância para a 2.ª Entrância sempre se dará para o cargo de Juiz
de Direito Auxiliar da 2.ª Entrância, observada a alternância estabelecida no §3.º do artigo 97, desta Lei
Complementar.”
SUBSEÇÃO XI
DA PROMOÇÃO POR MERECIMENTO
SUBSEÇÃO XII
DA PROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE
SUBSEÇÃO XIII
DA REMOÇÃO EM GERAL
Art. 207. Vaga uma comarca, o seu provimento será feito inicialmente, por remoção,
salvo se o preenchimento tiver que acontecer segundo critério de antiguidade.
Vide art. 81, da LOMAN.
Parágrafo único. A juízo do Tribunal de Justiça poderá ainda ser provida, pelo mesmo
critério, vaga decorrente de remoção, destinando-se a seguinte, obrigatoriamente, ao
provimento por promoção.
Art. 208. O exercício do cargo, no caso de remoção ou permuta, terá reinício dentro do
prazo de trinta dias, contados da data da publicação do ato no Diário da Justiça do Estado.
SUBSEÇÃO XIV
DA REMOÇÃO VOLUNTÁRIA
Art. 209. A remoção voluntária far-se-á mediante escolha, pelo Presidente do Tribunal de
Justiça, de nome constante de lista tríplice, sempre que possível, organizada pelo Tribunal de
Justiça e contendo os nomes dos candidatos inscritos, com mais de seis meses de efetivo
exercício na comarca.
Art. 210. Vagando o cargo de juiz de direito ou juiz substituto de carreira, o Tribunal de
Justiça verificará a existência de juiz integrante da carreira da magistratura da mesma Entrância,
sem exercício, por motivo de disponibilidade, e examinará a conveniência de ser ele aproveitado.
Parágrafo único. O aproveitamento obedecerá ao disposto nos artigos 225 e 227 deste
Código.
Art. 211. Não havendo juiz em exercício, na forma do artigo anterior, ou decidindo o
Tribunal não aproveitá-lo, o Presidente fará publicar a existência de vaga para remoção, por
meio de edital, com o prazo de quinze dias, contados de sua publicação, para efeito de pedido
de inscrição.
Parágrafo único. Para cada vaga destinada ao preenchimento por remoção, abrir-se-á
inscrição distinta, com a indicação da Comarca ou Vara a ser provida.
Art. 212. O juiz que requerer remoção fará acompanhar seu requerimento de certidão da
Secretaria do Tribunal de Justiça sobre os seus assentamentos funcionais e de informação da
Corregedoria-Geral quanto à atuação funcional de requerente no exercício do cargo.
O pedido de remoção voluntária será negado se o interessado se encontrar com acúmulo injustificado
de processos (§2º, do art. 3º, da Res. 32, do CNJ, com redação dada pela Res. 97).
SUBSEÇÃO XV
DA REMOÇÃO COMPULSÓRIA
Art. 213. O procedimento para a decretação da remoção compulsória terá início por
determinação do Tribunal de Justiça, de ofício, ou mediante representação fundamentada do
Poder Executivo ou Legislativo, do Ministério Público, ou do Conselho Seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil.
Vide art. 42, III, da LOMAN.
§1º O Presidente terá voto nessa deliberação.
§2º Da resolução que for tomada será lavrado acórdão nos autos.
§3º Configurando-se motivo urgente e grave, atendida a conveniência da Justiça, o juiz
poderá ser afastado do cargo pelo Conselho da Magistratura com vencimentos integrais.
Art. 214. O procedimento de remoção compulsória será instaurado, se o magistrado
deixar de cumprir os deveres constantes desta Lei, os quais, pela sua gravidade, podem
incompatibilizá-lo com o meio social ou forense.
Art. 215. O Presidente do Tribunal de Justiça remeterá ao juiz acusado, nas quarenta e
oito horas imediatamente seguintes a apresentação da acusação, cópias do teor da mesma e
das provas existentes, para que o magistrado proceda à sua defesa prévia, que deve ser
formulada no prazo de quinze dias, contados da entrega da acusação.
§1º Findo o prazo da defesa prévia, haja ou não sido apresentada, o Presidente, no dia
útil imediato à sua expiração, convocará o Tribunal para que, em sessão pública, decida sobre
a instauração do processo, e, caso determinada pelo voto da maioria dos seus membros, no
mesmo dia distribuirá o feito e fará entregá-lo ao Relator.
§2º O Tribunal, na sessão em que ordenar a instauração do processo, assim como no
seu transcorrer, poderá afastar o magistrado do exercício das funções, sem prejuízo dos
vencimentos e desvantagens até a decisão final.
Art. 216. As provas requeridas e deferidas, bem como as que o relator determinar de
ofício, serão produzidas no prazo de vinte dias, cientes o Ministério Público, o magistrado ou o
procurador por ele constituído, a fim de que possam delas participar.
§1º Finda a instrução, o Ministério Público, o magistrado ou seu procurador terão,
sucessivamente, vista dos autos por dez dias para as razões.
§2º O julgamento será realizado em sessão ordinária do Tribunal de Justiça, depois de
relatório oral, e a decisão no sentido da penalização do magistrado só será tomada pelo voto
de dois terços dos membros do colegiado em escrutínio reservado.
Vide art. 336.
§3º Da decisão publicar-se-á somente a conclusão, fazendo-se, no entanto, as
anotações devidas nos assentamentos individuais do magistrado.
Vide art. 381, I, letra “c”.
Art. 217. Verificando-se que o magistrado se acha incurso em alguma disposição de Lei
penal, remeter-se-ão cópias das peças necessárias ao Procurador-Geral de Justiça.
Art. 218. O magistrado removido compulsoriamente aguardará, fora do exercício, com as
vantagens integrais do cargo, a designação, pelo Tribunal, de nova Comarca ou Vara, sendo
considerado em trânsito para todos os efeitos.
Art. 219. Se o juiz não aceitar a remoção compulsória, deixando de assumir o exercício
das funções no prazo de trinta (30) dias, será imediatamente iniciado o processo de abandono
de cargo, suspendendo-se os pagamentos dos respectivos vencimentos.
SUBSEÇÃO XVI
DA PERMUTA
Art. 220. Os juízes interessados em permutar seus cargos devem contar, cada um, com
pelo menos seis meses de efetivo exercício na Comarca.
Restrição temporal não extensível aos Desembargadores.
Art. 221. Os interessados deverão se dirigir ao Tribunal de Justiça que deliberará pela
maioria dos seus membros à vista dos pedidos.
Vide art. 28, do RITJAM.
SUBSEÇÃO XVII DA
REINTEGRAÇÃO
SUBSEÇÃO XVIII
DA READMISSÃO
Art. 223. A readmissão é ato pelo qual o magistrado exonerado reingressa nos quadros
da magistratura, assegurada a contagem do tempo de serviço anterior, para efeito de
disponibilidade, gratificação adicional e aposentadoria.
A readmissão não é possível diante do ordenamento constitucional vigente.
Parágrafo único. A readmissão dependerá de prévia inspeção médica e comprovada
idoneidade moral, não podendo o interessado ter idade superior a sessenta e cinco anos e nem
mais de vinte e cinco anos de serviço público.
Art. 224. A readmissão no cargo inicial da carreira somente será concedida quando não
houver candidato aprovado em concurso, em condições de nomeação.
A readmissão não é possível diante do ordenamento constitucional vigente.
SUBSEÇÃO XIX
DA REVERSÃO
SUBSEÇÃO XX
DO APROVEITAMENTO
CAPÍTULO III
DO ACESSO AO TRIBUNAL
SEÇÃO I
DO ACESSO PELOS JUÍZES DE CARREIRA
Art. 230. O acesso ao Tribunal de Justiça dar-se-á por antiguidade e por merecimento,
alternadamente, apurados na última entrância.
Vide art. 93, III, da CF e art. 87, da LOMAN.
Art. 231. Na apuração da antiguidade, o Tribunal somente poderá recusar o juiz mais
antigo pelo voto de dois terços de seus membros presentes à sessão, conforme procedimento
próprio, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação, condicionada a recusa à existência de
procedimento administrativo que o recomende, ou à determinação de abertura de tal
procedimento, contra o juiz recusado.
Vide art. art. 93, II, d, da CF.
Art. 232. No caso de merecimento a lista tríplice compor-se-á de nomes escolhidos
dentre os juízes com mais de dois anos de exercício na última entrância e integrar o juiz a
primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem
aceite o lugar vago, caso em que concorrerão os integrantes da segunda quinta parte, e assim
sucessivamente.
Vide art. art. 93, II, b, da CF.
Parágrafo único. Feita a nomeação e a publicação do ato, o Presidente designará dia e
hora para sessão solene de posse do novo desembargador.
Art. 233. No acesso por merecimento serão observadas as regras estabelecidas na
promoção por merecimento e, no que couber, as normas sobre posse, compromisso e
exercício.
SEÇÃO II
DO ACESSO PELO QUINTO CONSTITUCIONAL
Art. 234. Na composição do Tribunal de Justiça, um quinto dos lugares será preenchido
por advogados em efetivo exercício da profissão, de notório saber jurídico e de reputação ilibada,
com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, e membros do Ministério Público
com mais de dez anos de carreira, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de
representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Enquanto for ímpar o número de vagas destinadas ao quinto
constitucional, uma delas será, alternada e sucessivamente preenchida por advogado e por
membro do Ministério Público, de tal forma que, também sucessiva e alternadamente, os
representantes de uma dessas classes superem os da outra em uma unidade.
Art. 235. Verificada vaga que deva ser provida pelo quinto constitucional, o Presidente
do Tribunal de Justiça anunciará mediante publicação no Diário da Justiça e oficiará ao
Ministério Público ou à Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Amazonas, para que, no
prazo de trinta dias, indiquem os integrantes da lista sêxtupla, com observância dos requisitos
constitucionais e legais exigidos.
§1º Recebida a lista sêxtupla, o Tribunal de Justiça formará a lista tríplice em sessão
pública e escrutínio reservado e a enviará ao Chefe do Poder Executivo para que, nos vinte
dias subsequentes à remessa, escolha e nomeie um de seus integrantes para o cargo de
desembargador.
§2º Publicado o ato de nomeação, o Presidente do Tribunal de Justiça designará data e
hora para a sessão solene de posse.
CAPÍTULO IV
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 236. Serão considerados de efetivo exercício, para os efeitos legais, inclusive para
promoção, os dias em que o magistrado estiver afastado do exercício do cargo em virtude de:
I – férias;
II – licença:
a) para tratamento de saúde;
b) por motivo de doença em pessoa da família;
c) para repouso à gestante;
d) paternidade, por cinco dias consecutivos.
III – luto pelo falecimento de cônjuge ou companheiro, de ascendente ou descendente,
de sogro ou sogra, de irmãos ou dependentes; de cunhados, até oito dias consecutivos;
IV – casamento, até oito dias;
V – frequência a cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos, pelo prazo
máximo de dois anos;
VI – prestação de serviço exclusivamente à Justiça Eleitoral;
VII – direção de Escola de formação e aperfeiçoamento de Magistrados, por prazo não
superior a dois anos;
VIII – realização de missão ou serviços relevantes à administração da justiça;
IX – exercício exclusivo da Presidência da Associação dos Magistrados do Amazonas,
desde que requerido;
X – suspensão em virtude de pronúncia, em crime de que haja sido absolvido, e de
suspensão administrativa, quando a acusação for, afinal, julgada improcedente.
Art. 237. O advogado nomeado Desembargador ou Juiz terá computado o tempo de
exercício na advocacia, como de serviço público de acordo com a lei federal:
I – Integralmente, para aposentadoria, observado o disposto no art. 202, §2º e §9º, inciso
VI, da Constituição da República;
II – Até o máximo de quinze anos, para efeito de gratificação adicional por tempo de
serviço.
Parágrafo único. O tempo de advocacia será provado por inscrição na Ordem dos
Advogados e certidões de secretarias de varas ou escrivanias, vedada a acumulação com
serviço em cargo público, exercido simultaneamente.
Art. 238. Será computado, para efeito de disponibilidade, gratificação adicional e de
aposentadoria:
a) o tempo de serviço público federal, estadual e municipal, bem assim o prestado a
entidades autárquicas, empresas públicas, sindicatos e sociedades de economia mista;
b) o período de serviço ativo nas forças armadas, contando-se em dobro o tempo em
que tenha efetivamente participado de operações bélicas ou de comboios marítimos e aéreos,
em período de guerra;
c) o número de dias de serviço prestado como extranumerário ou sob qualquer outra
forma de admissão, desde que remunerado o servidor pelos cofres públicos.
Parágrafo único. Aplica-se, somente para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o
tempo de serviço prestado a empresa privada, vedada a acumulação com serviço em cargo
público, exercido simultaneamente, ressalvado o direito adquirido.
Art. 239. Aplicam-se aos magistrados as normas do Estatuto dos Funcionários Públicos
Civis do Estado sobre contagem de tempo de serviço e vantagens outras, quando não
colidirem com as disposições especiais desta Lei.
CAPÍTULO V
DA RETRIBUIÇÃO PECUNIÁRIA
SEÇÃO I
DOS VENCIMENTOS
Art. 240. Os vencimentos dos magistrados são irredutíveis e fixados em lei, em valor
certo.
Parágrafo único. A irredutibilidade dos vencimentos dos magistrados não impede os
descontos fixados em lei.
Art. 241. O Presidente do Tribunal de Justiça, o Vice-Presidente e o Corregedor-Geral
da Justiça, perceberão uma gratificação mensal, correspondente a trinta por cento para o
Presidente, vinte e cinco por cento para o Vice-Presidente e Corregedor-Geral da Justiça, e
vinte por cento para os Presidentes das Câmaras isoladas e membros eleitos para o Conselho
da Magistratura, calculada sobre as suas respectivas remunerações.
Art. 242. Os vencimentos dos magistrados serão pagos no período de 20 a 30 de cada
mês, não podendo ultrapassar o décimo dia útil do mês subsequente ao vencido.
Art. 243. Os valores das verbas de vencimento e representação dos membros do
Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas serão equivalentes aos valores das verbas
percebidas a título de subsídio e representação pelos membros do Poder Legislativo (art. 1º,
caput, da Lei nº 2.278, de 26.4.94).
§1º As parcelas fixadas no caput serão automaticamente reajustadas, na mesma época
e na mesma proporção, sempre que houver revisão da remuneração dos Membros do Poder
Legislativo do Estado (§2º, do art. 1º da Lei nº 2.278, de 26.04.94).
§2º O adicional por tempo de serviço dos Magistrados incide sobre a soma das duas
parcelas previstas neste artigo.
Art. 244. Na fixação dos vencimentos da magistratura amazonense, observar-se-á uma
.
diferença não superior a dez por cento de uma para outra das categorias da carreira
Art. 245. Os proventos dos magistrados, ativos e inativos, e as pensões dos seus
dependentes serão reajustados na mesma data e com o mesmo percentual da revisão da
remuneração dos magistrados em atividade (art. 3º da Lei nº 2.278/94).
Art. 246. Aos magistrados ativos e inativos do Estado do Amazonas são assegurados os
direitos sociais, previstos no art. 7º, VIII e XVII, da Constituição da República.
Art. 247. Para efeito de equivalência e limite de vencimentos, são excluídas do cômputo
apenas as vantagens de caráter pessoal ou de natureza transitória.
Art. 248. Os juízes substitutos de carreira perceberão vencimentos iguais aos dos juízes
de direito de 1ª Entrância.
Art. 249. Sem prejuízo do vencimento, remuneração ou de qualquer direito ou vantagem
legal, o magistrado poderá afastar-se de suas funções:
I – por oito dias consecutivos, por motivo de:
a) casamento;
b) falecimento de cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente, irmão ou
dependente.
II – até cinco dias consecutivos, por motivo de:
a) paternidade;
b) adoção.
SEÇÃO II
DAS VANTAGENS
Art. 250. Além dos vencimentos, constituem vantagens pecuniárias dos magistrados:
Vide nota ao art. 239.
I – ajuda de custo, para despesa de transporte e mudança, equivalente a um mês de
vencimentos;
II – ajuda de custo, para moradia nas Comarcas onde não houver residência oficial para
juiz, exceto na Capital, equivalente a dez por cento sobre seus vencimentos;
Vide Res. 35, de 11.10.07, do TJAM, que disciplina o pagamento do auxílio moradia.
III – salário-família;
Verba está absorvida pelo subsídio.
IV – diárias;
V – gratificação adicional de um por cento por ano de serviço, incidente sobre o
vencimento básico e a gratificação de representação, compreendido no tempo de serviço o
exercício da advocacia, até o máximo de quinze anos e observada a garantia constitucional da
irredutibilidade;
O adicional por tempo de serviço previsto no art. 65, VIII, da LC 35/79, é de 5% para cada
quinquênio, até o limite de sete.
VI – vantagem pessoal: o magistrado que contar seis anos completos, consecutivos ou
não, de exercício de confiança, fará jus a ter adicionado ao vencimento do respectivo cargo
efetivo como vantagem pessoal a importância equivalente a um quinto:
Dispositivo viola o §2º, do art. 65, da LC 35/79 – LOMAN.
a) da diferença entre a remuneração do cargo em comissão e o vencimento do cargo
efetivo;
Dispositivo viola o §2º, do art. 65, da LC 35/79 – LOMAN.
b) da função de confiança.
Dispositivo viola o §2º, do art. 65, da LC 35/79 – LOMAN.
§1º O acréscimo a que se refere o item VI somente ocorrerá a partir do sexto ano, à
razão de um quinto de ano completo de exercício de cargo ou função de confiança até
completar o décimo ano.
Onde se vê “inciso VI, leia-se “item VI”.
Dispositivo viola o §2º, do art. 65, da LC 35/79 – LOMAN.
§2º A gratificação adicional será concedida independentemente de requerimento.
Art. 251. Por aula proferida em Curso Oficial de Preparação para a Magistratura ou em
Escola Especial de Aperfeiçoamento de magistrados, será conferida ao magistrado uma
gratificação de magistério.
Art. 252. Ao magistrado que for convocado para substituir, no primeiro grau, juiz de
entrância superior, perceberá a diferença de vencimentos correspondentes, durante o período
de afastamento do titular, inclusive diárias e transporte, se for o caso.
Assim, nas convocações de juízes para responder, com exclusividade, por Varas na Capital cabe
apenas a diferença de subsídios entre as Entrâncias, não se aplicando o que dispõe o §1º, do art.
253.
Art. 253. Quando a substituição se verificar entre juízes da mesma ou de inferior
entrância somente serão devidas diárias e transporte, através de adiantamento arbitrado pelo
Presidente do Tribunal de Justiça, ficando o magistrado sujeito a posterior prestação de contas.
§1º O Juiz que responder por outro juízo, por período igual ou superior a trinta dias, fará
jus a uma gratificação de um terço sobre o vencimento básico e a representação, vedada a
acumulação em caso de responder por mais de uma Vara.
Redação atual dada pela LC 42, de 18.03.05.
Critério adotado é incoerente, pois assegura ao magistrado que responde por outro juízo, na mesma
entrância, gratificação superior àquele convocado para responder em entrância superior.
§2º Ao Magistrado que responder pelo plantão no recesso ou nas férias forense, será
devido uma gratificação de um terço sobre seus vencimentos.
Redação dada pela LC 35, de 13.09.04.
De acordo com o CNJ, o plantão judicial é atividade inerente ao próprio exercício da magistratura,
motivo pelo qual não cabe compensação de natureza remuneratória.
Art. 254. Ao magistrado será devida uma gratificação pelo efetivo exercício em Comarca
de difícil acesso, equivalente a vinte por cento sobre seus vencimentos, competindo ao Tribunal
de Justiça, mediante provimento declarar a Comarca naquela situação, considerando fatores
objetivos tais como segurança, transporte e salubridade.
O TJAM não fixou, até a presente data, critérios objetivos para o reconhecimento de Comarcas como
de difícil acesso.
Art. 255. No caso de substituição de desembargador, o juiz de primeiro grau convocado
perceberá, enquanto perdurar a substituição, o equivalente à diferença entre os seus
vencimentos e os de desembargador.
Critério adotado é similar ao previsto no art. 252.
Art. 256. Ao juiz substituto de carreira, quando nomeado, e ao juiz de direito, quando
promovido ou removido ex officio para Comarca diferente, será paga uma ajuda de custo
equivalente a um mês de vencimento.
Por exclusão, não cabe ao pagamento da ajuda de custo se a remoção é voluntária.
§1º A ajuda de custo será paga independentemente de o magistrado haver assumido o
cargo e restituída caso não o faça.
§2º Será devida também ajuda de custo, no mesmo valor especificado no caput deste
artigo, ao magistrado autorizado a frequentar curso de aperfeiçoamento e estudo fora da sede
do juízo.
Deve, entretanto, observar o limite do teto remuneratório (art. 1º, I, letra “h”, item “6”, da Res. 14, de
21.03.06, do CNJ.
Art. 257. Ao magistrado que, devidamente autorizado pelo Presidente do Tribunal de
Justiça, deslocar-se da respectiva sede, a serviço do Poder Judiciário, será concedida diária
para se ressarcir das despesas de transporte, alimentação e pousada.
Vide Res. 73, de 28.04.09, do CNJ.
§1º As diárias serão pagas antecipadamente e independem de requisição.
§2º A diária corresponderá a um trinta avos dos vencimentos do magistrado e será paga
em dobro se o afastamento ocorrer para fora do Estado.
Art. 258. Ao magistrado, pelo exercício em órgão disciplinar de correição, serão atribuídos
transporte e diárias para alimentação e pousada, quando se deslocar de sua sede.
Art. 259. O magistrado que for designado para fazer parte de comissões encarregadas
de estudo de qualquer assunto, ou de tarefas especiais, desde que não se afaste do exercício
normal de suas funções, terá o direito à percepção de uma gratificação equivalente a um terço
de seus vencimentos.
Gratificação sem respaldo na LC n. 35/79 – LOMAN, e vedada pelo CNJ.
Art. 260. Os magistrados perceberão salários-famílias na conformidade da legislação
aplicável aos funcionários públicos em geral.
O salário família foi absorvido pelo subsídio. Além disso, o salário família, na sua essência, tem como
objetivo auxiliar famílias de baixa renda, o que não é o caso dos magistrados.
Art. 261. Ao cônjuge sobrevivente, e, em sua falta, aos herdeiros necessários de
magistrado falecido em atividade ou já aposentado, será abonada importância igual a um mês
dos proventos que percebia, para atender a despesas de funeral e luto.
Parágrafo único. Na falta das pessoas enumeradas neste artigo, quem houver custeado
os funerais do magistrado será indenizado das despesas realizadas dentro dos limites traçados
neste Código.
CAPÍTULO VI
DAS FÉRIAS
Art. 262. Os magistrados terão direito a férias anuais, por sessenta dias, coletivas ou
individuais.
Vide nota ao art. 263.
Art. 263. Os membros do Tribunal de Justiça gozarão de férias coletivas nos períodos de
2 a 31 de janeiro e de 2 a 31 de julho.
Parágrafo único. Durante as férias coletivas compete ao Presidente do Tribunal de
Justiça, ou seu substituto legal, no âmbito da competência deste Tribunal, decidir pedidos de
liminar em mandado de segurança, determinar liberdade provisória ou sustação de ordem de
prisão e demais medidas que reclamem urgência.
Art. 264. As férias dos magistrados de 1ª e 2ª Entrância serão individuais, concedidas de
uma só vez, com base em escala a ser autorizada e aprovada pelo Presidente do Tribunal de
Justiça.
Vide art. 70, XV.
Art. 265. O Presidente do Tribunal de Justiça, o Vice-Presidente e o Corregedor gozarão
de trinta dias consecutivos de férias individuais por semestre.
Parágrafo único. Ao Vice-Presidente, ou na sua falta, ou impedimento, ao
desembargador mais antigo que, na ordem decrescente, o substituir, assumindo a Presidência,
nas férias coletivas, é assegurado o gozo de férias individuais pelo tempo em que esteve no
exercício.
Vide nota ao art. 263.
Art. 266. As autoridades competentes, antes do início do ano judiciário, organizarão as
escalas de férias, atendendo, quando possível, às solicitações dos interessados, sem prejuízo
da conveniência do serviço.
§1º As escalas de férias poderão sofrer modificações, por motivo justo, a requerimento
dos interessados.
§2º O juiz que for removido ou promovido em gozo de férias não as interromperá, sem
prejuízo da posse imediata.
Art. 267. São feriados forenses:
I – os domingos, os dias de festa nacional ou estadual, como tais decretados, a quinta-
feira e a sexta-feira da Semana Santa;
A LC 48, de 03.03.06, transformou em inciso I, o texto que anteriormente estava disposto como
alínea a.
II – o dia oito de dezembro, consagrado à Justiça.
A LC 48, de 03.03.06, transformou em inciso II, o texto que anteriormente estava disposto como
alínea b.
Parágrafo único. São suspensas as atividades jurisdicionais dos Juízes de Direito da
Comarca de Manaus e dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas,
do dia 20 de dezembro ao dia 06 de janeiro, funcionando neste período o plantão judicial.
Parágrafo acrescido pela LC 48, de 03.03.06.
Art. 268. Os juízes que, designados para o plantão durante as férias coletivas e recesso
forense do mês de dezembro, e, ainda, por necessidade de serviço, e em nome do interesse
público não puderem gozar as referidas férias, farão jus a férias individuais a serem gozadas
em tempo oportuno.
Vide nota ao art. 263.
Art. 269. Computar-se-ão em dobro as férias individuais e coletivas não gozadas por
motivo de interesse público.
Art. 270. As férias serão remuneradas com acréscimo de um terço da remuneração
global do magistrado, e seu pagamento se efetuará até dois dias antes do início do respectivo
período.
CAPÍTULO VII
DAS LICENÇAS
SEÇÃO I DISPOSIÇÕES
GERAIS
SEÇÃO II
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
Art. 272. A licença para tratamento de saúde por prazo superior a trinta dias, bem como
as prorrogações que importem licença por período ininterrupto também superior a trinta dias
dependem de inspeção pelo serviço médico do Tribunal ou do órgão previdenciário do Estado,
a critério do magistrado.
Art. 273. A licença pode ser prorrogada de ofício ou a pedido, em ambos os casos,
dependendo das conclusões do laudo médico.
Art. 274. Terminada a licença, o magistrado reassumirá, imediatamente, o exercício do
cargo, ressalvadas as hipóteses de prorrogação e aposentadoria.
Parágrafo único. O pedido deverá ser apresentado antes de findo o prazo de licença; se
indeferido, contar-se-á como de licença o período em que o magistrado deixou de comparecer
ao serviço por desconhecimento oficial do despacho.
Art. 275. A licença gozada dentro de sessenta dias, contados do término da anterior,
será considerada como prorrogação.
Art. 276. O magistrado não poderá permanecer em licença por prazo superior a vinte e
quatro meses, salvo nos casos de doença em pessoa da família, de tuberculose ativa,
alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia ou cardiopatia grave.
Vide art. 284.
Art. 277. Expirado prazo do artigo anterior, o magistrado será submetido a novo exame
médico e aposentado se for julgado inválido.
Parágrafo único. O tempo necessário ao exame médico será considerado como de
prorrogação.
Art. 278. Será integral o vencimento do magistrado licenciado para tratamento de saúde,
acidentado em serviço ou atacado das moléstias indicadas no art. 274 desta Lei.
Onde se vê “art. 274”, leia-se “art. 276”.
Art. 279. O magistrado, ao entrar em gozo de licença, comunicará à autoridade que a
concedeu, o local onde poderá ser encontrado.
§1º O magistrado licenciado não pode exercer nenhuma das suas funções jurisdicionais
ou administrativas, nem exercitar qualquer função pública ou particular.
§2º Salvo contraindicação médica, o magistrado licenciado poderá proferir decisões em
processos que, antes da licença, lhe haviam sido conclusos para julgamento ou tenham
recebido seu visto como relator ou revisor.
Art. 280. A licença para tratamento de saúde, até sessenta dias, assim entendida a
prorrogação por mais trinta dias, será concedida mediante atestado médico particular do
requerente, com expressa declaração do tempo necessário ao tratamento.
§1º A licença para tratamento de saúde do magistrado por tempo superior a sessenta dias,
assim entendida a prorrogação, depende de laudo expedido pela junta médica do Poder
Judiciário.
§2º O magistrado do sexo feminino terá direito a licença especial para gestante, na forma
da lei.
§3º Tanto as licença para tratamento de saúde quanto a de repouso à gestante serão
concedidas com vencimentos integrais.
Art. 281. O magistrado, após dois anos de efetivo exercício, poderá obter licença, sem
vencimentos, para tratar de interesses particulares.
Parágrafo único. A licença para tratar de interesses particulares não poderá ultrapassar
de vinte e quatro meses, nem ser renovada antes de decorridos dois anos de seu término.
Art. 282. As licenças para tratamento de saúde serão concedidas:
Vide art. 381, II.
a) pelo Tribunal de Justiça, ao seu Presidente;
b) pelo Presidente do Tribunal de Justiça, aos demais desembargadores e magistrados.
SEÇÃO III
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
Art. 283. O magistrado poderá obter licença por motivo de doença em pessoa de
ascendente e descendente, cônjuge ou companheiro, irmão ou dependente, na forma da lei,
provando ser indispensável sua assistência ao enfermo.
Vide art. 381, II.
Parágrafo único. O Presidente do Tribunal de Justiça fará expedir o ato concessivo à
vista do laudo de exame médico e das informações prestadas pelo juiz.
Art. 284. A licença por motivo de doença em pessoa da família será concedida com
vencimentos integrais até dois anos. Depois desse prazo não será pago vencimento.
SEÇÃO IV
DA LICENÇA À GESTANTE
Art. 285. A licença para repouso à magistrada gestante será concedida pelo prazo de
cento e vinte dias.
SEÇÃO V
DA LICENÇA ESPECIAL
Art. 286. Após cada quinquênio ininterrupto de exercício, o magistrado fará jus a três
meses de licença especial, com a remuneração do cargo efetivo, na forma do disposto no
Estatuto dos Funcionários Civis do Estado do Amazonas.
SEÇÃO VI
DAS OUTRAS LICENÇAS
Art. 287. O Tribunal de Justiça poderá conceder ao magistrado, com mais de dois anos
de exercício, licença por tempo não superior a vinte e quatro meses para se afastar da função,
para frequentar, fora do Estado, cursos de aperfeiçoamento jurídico sem prejuízo de seus
vencimentos.
Vide Resoluções 65/08 e 133/11, do CNJ
Art. 288. O magistrado poderá afastar-se do serviço por oito dias, em decorrência de
casamento, por luto em virtude de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente e
companheira.
Parágrafo único. O magistrado, ao afastar-se em qualquer das hipóteses deste artigo,
comunicará ao Presidente do Tribunal de Justiça a data do afastamento, o tempo de sua duração
e o fim para qual se afastou.
CAPÍTULO VIII
DA VACÂNCIA
SEÇÃO I DISPOSIÇÕES
GERAIS
SEÇÃO II
DA DISPONIBILIDADE
SEÇÃO III
DA APOSENTADORIA
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 295. Com proventos integrais, a aposentadoria dos magistrados vitalícios será
compulsória aos setenta anos de idade, ou por invalidez comprovada, e facultativa aos trinta
anos de serviço, após cinco anos de exercício efetivo na judicatura.
Para a aposentadoria facultativa deve-se observar as novas disposições constitucionais, bem como
as regras de transição.
Vide LC 30, de 27.12.01.
Art. 296. Para efeito de aposentadoria, será computado integralmente o tempo de
serviço de qualquer natureza em cargo ou em função federal, estadual e municipal, bem assim
o prestado a entidades autárquicas, empresas ou instituições que tenham passado à
responsabilidade do Estado, empresas públicas e privadas, e sociedade de economia mista.
Art. 297. Ao advogado ou membro do Ministério Público, nomeado desembargador, é
exigida, para aposentadoria voluntária, a efetividade mínima de cinco anos, no Tribunal de
Justiça.
Art. 298. Os proventos da aposentadoria serão reajustados na mesma proporção dos
aumentos dos vencimentos concedidos, a qualquer título, aos magistrados em atividade.
SUBSEÇÃO II
DA APOSENTADORIA COMPULSÓRIA
Art. 299. A aposentadoria compulsória dos magistrados, aos setenta anos de idade,
deverá ser declarada pelo Tribunal de Justiça, a vista dos seus assentamentos individuais, de
ofício ou a requerimento do Procurador-Geral de Justiça, consoante o estabelecido no regimento
interno.
§1º À falta de requerimento do Procurador-Geral de Justiça, até cinco dias antes da data
em que o magistrado deverá completá-la, o Presidente do Tribunal baixará portaria para que se
instaure o processo de ofício, fazendo-se a necessária comprovação da idade por meio da
certidão de nascimento ou prova equivalente.
§2º É permitido ao interessado provar, através de documentos, defeitos ou inexatidões
nos assentamentos individuais.
SUBSEÇÃO III
DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Art. 300. A aposentadoria compulsória dos magistrados, por invalidez, observará o que
preceitua o regimento interno a respeito de verificação deste estado, com a observância dos
seguintes procedimentos:
I – o processo terá início a requerimento do magistrado, por ordem do Presidente do
Tribunal, de ofício ou em cumprimento de deliberação do plenário ou, ainda, por provocação da
Corregedoria-Geral da Justiça;
II – tratando-se de incapacidade mental, o Presidente do Tribunal nomeará curador ao
paciente, sem prejuízo da defesa que este queira oferecer pessoalmente, ou por procurador
que constituir;
III – o paciente deverá ser afastado, desde logo, do exercício do cargo, até final decisão,
devendo ficar concluído o processo no prazo de sessenta dias;
IV – a recusa do paciente em submeter-se à perícia médica permitirá o julgamento
baseado em quaisquer outras provas;
V – o magistrado que, por dois anos consecutivos, afastar-se, ao todo, por seis meses,
ou mais, para tratamento de saúde, deverá submeter-se, ao requerer nova licença para igual
fim, dentro de dois anos, a exame para verificação de invalidez;
VI – se o Tribunal concluir pela incapacidade do magistrado, comunicará imediatamente
a decisão ao Presidente, para os devidos fins.
Art. 301. Ao magistrado, cujo estado de saúde não lhe permitir o exercício do cargo sem
agravação do seu mal, perigo de contaminação e prejuízo do serviço, por efeito de
enfermidade incurável e outras moléstias que a lei indicar, ou quando invalidado em
consequência de acidente do trabalho, será concedida licença, se a inspeção médica a que for
submetido não concluir pela necessidade imediata da aposentadoria.
§1º Efetivar-se-á a aposentadoria se, dentro do prazo de dois anos, não houver
expectativa razoável de cura.
§2º As inspeções de saúde serão feitas obrigatoriamente pela Junta Médica do Tribunal
de Justiça.
§3º Decretada a aposentadoria, o magistrado continuará a perceber, sem interrupção,
como proventos provisórios, a importância que percebia na atividade, até que sejam fixados os
proventos definitivos.
SEÇÃO IV
DA EXONERAÇÃO
Art. 302. A exoneração do magistrado dar-se-á a pedido ou de ofício.
Art. 303. A exoneração de ofício dar-se-á:
a) quando o juiz substituto de carreira não tomar posse ou não entrar no exercício do seu
cargo;
b) quando o juiz substituto de carreira não satisfizer as condições necessárias à
aquisição da vitaliciedade.
Art. 304. Na exoneração a pedido, o interessado se dirigirá ao Tribunal de Justiça,
através de requerimento devidamente formalizado e com firma reconhecida. O Tribunal, depois
de apreciada a solicitação, a encaminhará ao Presidente para expedição do respectivo ato.
Parágrafo único. Ao magistrado sujeito a processo judicial não será concedida
exoneração enquanto não for julgado e, caso aplicada sanção que não importe em demissão,
enquanto não a houver cumprido.
SEÇÃO V DA
DEMISSÃO
CAPÍTULO IX
DAS INCOMPATIBILIDADES E SUSPEIÇÕES
SEÇÃO I
DAS INCOMPATIBILIDADES
Art. 307. No Tribunal, não poderão ter assentos na mesma Turma, Câmara ou grupo de
Câmaras, cônjuge e parentes consanguíneos ou afins, em linha reta, bem como em linha
colateral, até o 3º grau.
Parágrafo único. Nas sessões do Tribunal Pleno, o primeiro dos membros, mutuamente
impedidos que votar, excluirá a participação do outro no julgamento.
Art. 308. No mesmo juízo não podem servir, conjuntamente como Juiz de Direito ou
Substituto, parentes consanguíneos ou afins no grau indicado no artigo anterior.
Art. 309. São nulos os atos praticados pelo Juiz depois de se tornar incompatível.
SEÇÃO II
DAS SUSPEIÇÕES
Art. 310. O Juiz deve dar-se por suspeito e, se não o fizer, poderá como tal ser recusado
por qualquer das partes, na forma da Lei.
Vide art. 100, do CPP; e art. 312, do CPC.
Art. 311. Também estará impedido de funcionar:
I – se houver oficiado na causa como órgão do Ministério Público, advogado, árbitro ou
perito, ou nessa situação tiver parentes em grau proibido;
II – se houver funcionado na causa como Juiz de outro grau, pronunciando-se, de fato ou
de direito, sobre a mesma questão submetida à julgamento.
Art. 312. Poderá o Juiz dar-se de suspeito se afirmar a existência de motivo de natureza
íntima que, em consequência, o iniba de julgar, quer com respeito à parte, quer ao seu
procurador.
CAPÍTULO X
DA INCAPACIDADE DOS MAGISTRADOS
Art. 313. O Magistrado vitalício não será afastado do cargo senão mediante processo
administrativo em que se apure a incapacidade física ou moral.
Art. 314. O procedimento para a verificação da incapacidade dos Magistrados será
iniciado por determinação do Tribunal, de ofício, ou mediante representação fundamentada do
Poder Executivo ou Legislativo, do Ministério Público, ou do Conselho Seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil.
§1º A instrução do processo correrá perante o Conselho da Magistratura, que concederá
ao magistrado o prazo de quinze dias para a defesa prévia e nomeará, findo esse prazo, uma
Junta Médica composta de três especialistas, consoante a hipótese clínica, a fim de proceder
ao exame necessário, ordenando as diligências que julgar convenientes à completa elucidação
do caso.
§2º Do prazo referido no parágrafo anterior o paciente será intimado por ofício do
Presidente, com a cópia da ordem inicial.
§3º Tratando-se de incapacidade mental, o Presidente nomeará, desde logo, um curador
idôneo, que assista ou represente o paciente em todos os termos do processo.
§4º Quando se tratar de incapacidade mental, poderão os interessados requerer audiência
do médico assistente do paciente, se ele não houver funcionado como perito.
Art. 315. Se o paciente estiver fora da Capital, os exames e diligências serão
deprecados à autoridade judiciária local competente.
Art. 316. Aos exames e outras diligências assistirão o Procurador-Geral de Justiça, o
paciente e o Curador, que poderão requerer o que for a bem da justiça.
Parágrafo único. Em casos extraordinários, poderá o Procurador-Geral delegar a
Procurador de Justiça as funções que lhe competem.
Art. 317. Não comparecendo ou recusando o paciente a submeter-se ao exame
ordenado, será marcado novo dia. Se o fato se repetir, o julgamento basear-se-á em qualquer
outra prova legal.
Art. 318. Instruído o procedimento, poderá o paciente, ou seu Curador apresentar
alegações no prazo de dez dias. Ouvido a seguir o Procurador-Geral, serão os autos distribuídos
e julgados em sessão pública do Tribunal de Justiça.
§1º A decisão será adotada pelo voto de dois terços dos membros efetivos do Tribunal
de Justiça, cabendo ao Presidente o direito de voto.
§2º Concluindo o Tribunal de Justiça pela incapacidade do Magistrado, o Presidente
expedirá, no prazo de trinta dias, o ato de aposentadoria.
Vide art. 381, I, letra “b”.
Art. 319. Verificando-se, no curso do processo, que o Magistrado se acha incurso em
alguma disposição de Lei penal, determinará o acórdão a remessa de cópias das peças
necessárias ao Procurador-Geral de Justiça.
Art. 320. Correrão por conta do Estado todas as despesas do processo, salvo as das
diligências requeridas pelo paciente, se a decisão lhe for desfavorável.
CAPÍTULO XI
DAS GARANTIAS E PRERROGATIVAS
SEÇÃO I
DAS GARANTIAS
SEÇÃO II
DAS PRERROGATIVAS
CAPÍTULO XII
DOS DEVERES, RESPONSABILIDADES E PROIBIÇÕES
SEÇÃO I
DOS DEVERES
SEÇÃO II
DAS RESPONSABILIDADES
SEÇÃO III
DAS PROIBIÇÕES
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 330. A administração e a disciplina no Judiciário são exercidas pelos seus vários
órgãos competentes, na forma das leis e deste Código.
Parágrafo único. Os órgãos judiciários, quando for o caso, representarão ao Conselho
da Magistratura, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do
Brasil.
Art. 331. A atividade censória do Tribunal de Justiça e do Conselho da Magistratura é
exercida com o resguardo devido à dignidade e à independência do Magistrado, a este sempre
assegurada ampla defesa.
Art. 332. O Magistrado não poderá ser punido ou prejudicado apenas por suas opiniões
que manifestar ou pelo teor das decisões que proferir em sentença.
SEÇÃO II
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES E SUA APLICAÇÃO
SEÇÃO III
DISPOSIÇÕES GERAIS DA AÇÃO DISCIPLINAR
SEÇÃO V
DO PROCESSO DISCIPLINAR
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 351. O processo disciplinar será instaurado por determinação do Tribunal Pleno ou
do Conselho da Magistratura, e deverá ser iniciado dentro do prazo, improrrogável, de dez dias,
após a expedição da portaria respectiva, com a designação da autoridade processante, e
concluído dentro de sessenta dias, a partir da citação do indiciado.
Na ADI 4.638, o STF assegurou autonomia aos Tribunais para dispor sobre qual órgão procederá à
apuração de eventuais irregularidades. Entendemos, contudo, que a instauração do processo
administrativo, no TJAM, somente se dará por decisão do Tribunal Pleno.
Na Res. 135, do CNJ, o prazo é maior: 140 dias (art. 14, §9º).
§1º Mediante requerimento motivado do Corregedor, ou, eventualmente, de qualquer
outra autoridade processante, o prazo para conclusão do processo poderá ser prorrogado por
mais sessenta dias.
§2º Somente em casos especiais, poderá ser autorizada nova prorrogação.
Art. 352. A instrução do procedimento guardará forma processual própria resumidos,
quando possível, os termos lavrados pelo secretário.
Parágrafo único. A juntada de peças aos autos far-se-á na ordem cronológica de
apresentação, as quais serão rubricadas, como as demais folhas que os constituem.
Art. 353. Nos casos omissos, a juízo da autoridade processante, serão aplicáveis ao
processo disciplinar as regras do Código de Processo Penal.
Vide nota ao §3º, do art. 350. Em relação à produção de provas (periciais, testemunhais etc), a Res.
135, do CNJ, assegura a aplicação subsidiária das normas processuais penal e civil.
Art. 354. Autuada a portaria ou o ato ordenatório da instauração do processo, com as
peças que o acompanharem, serão designados dia e hora para a audiência inicial, citado o
indiciado e intimado o denunciante, se for o caso, a pessoa ofendida, se houver, e as
testemunhas.
A citação inicial tem como objetivo primeiro assegurar ao magistrado prazo de 05 dias (10 dias
comuns, se requeridos dois ou mais magistrados) para apresentar defesa e requerer as provas
necessárias à defesa. (art. 17, da Res. 135, CNJ)
§1º A citação será feita, pessoalmente, com o prazo mínimo de vinte quatro horas, sendo
acompanhada de extrato da portaria ou ato ordenatório, de modo que permita ao citado
conhecer o motivo do processo.
§2º Achando-se o indiciado ausente do lugar em que se realiza o processo, será ele citado
pelo meio mais rápido, juntando-se aos autos o comprovante de citação.
§3º Não sendo encontrado o indiciado, ou ignorando-se o seu paradeiro, a citação far-se-
á por edital, com o prazo de quinze dias, publicado por três vezes seguidas, no Diário da Justiça.
Na citação por edital, o prazo é de 30 dias (art. 17, III, da Res. 35, do CNJ), com uma única
publicação.
§4º O prazo a que se refere o parágrafo anterior, será contado da primeira publicação,
certificando o secretário, no processo, as datas em que as publicações foram feitas.
Vide nota ao §3º, deste artigo.
§5º O indiciado, depois de citado, não poderá, sob pena de prosseguir o processo à
revelia, mudar de residência ou dela ausentar-se por mais de dez dias, sem comunicar à
autoridade processante o lugar onde poderá ser encontrado.
Art. 355. Feita a citação, sem que compareça o indiciado, prosseguir-se-á no processo,
à sua revelia, dando-se-lhe defensor.
§1º O indiciado tem o direito de, pessoalmente ou por intermédio de advogado, assistir
aos atos probatórios que se realizem perante a autoridade processante, requerendo o que
julgar conveniente à sua defesa.
§2º A autoridade processante, com a ciência do indiciado, poderá indeferir requerimento
evidentemente protelatório ou de nenhum interesse para o esclarecimento do fato.
Art. 356. No dia designado, serão ouvidos o representante e a vítima, se existente,
seguindo-se o interrogatório do indiciado.
§1º A todo o tempo, novo interrogatório poderá ser efetuado.
§2º É vedado ao defensor do indiciado interferir ou influir de qualquer modo no
interrogatório.
Vedação incompatível com as novas regras processuais que disciplinam o interrogatório.
Art. 357. Em prosseguimento, serão inquiridas as testemunhas arroladas pela autoridade
processante ou pelo representante, podendo a defesa requerer perguntas.
§1º A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor, salvo no caso de
proibição legal, nos termos do art. 207 do Código de Processo Penal, ou quando se tratar das
pessoas mencionadas no art. 216 do mesmo diploma legal.
§2º Se arrolados como testemunhas o Chefe do Poder Executivo, os Secretários de
Estado, os Magistrados, os Deputados, os Prefeitos ou pessoas indicadas no art. 221 do
Código de Processo Penal, serão eles ouvidos no local, dia e hora previamente ajustados com
a autoridade processante.
§3º Aos respectivos chefes serão requisitados os servidores públicos civis ou militares
arrolados como testemunhas.
§4º Tratando-se de militar, o seu comparecimento será requisitado ao respectivo
comando, com as indicações necessárias.
§5º As testemunhas residentes em outras localidades poderão ser ouvidas em seus
domicílios por autoridade judiciária, mediante delegação, se assim for entendido conveniente.
Art. 358. O indiciado, dentro do prazo de cinco dias, após o interrogatório, poderá
produzir prova documental, requerer diligências e arrolar testemunhas, até o máximo de oito,
as quais serão notificadas.
O interrogatório somente ocorrerá após a produção de todas as provas (art. 18, §6º, da Res. 135, do
CNJ).
§1º Havendo mais de um indiciado no processo, o número de testemunhas de cada um
não excederá de cinco.
Essa restrição não consta no art. 18, da Res. 135, do CNJ.
§2º Se as testemunhas de defesa não forem encontradas, e o indiciado, dentro de três
dias, não indicar outras, em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do processo.
Art. 359. Durante o processo, poderá a autoridade processante ordenar toda e qualquer
diligência que seja requerida ou se afigure necessária ao esclarecimento do fato.
Parágrafo único. No caso em que se faça mister o concurso de técnicos ou peritos
oficiais, a autoridade processante os requisitará a quem de direito.
Art. 360. É permitido à autoridade processante tomar conhecimento de arguições novas
que surgirem contra o indiciado, caso em que este poderá produzir outras provas em sua
defesa.
Art. 361. O extrato da ficha funcional do indiciado constará sempre dos autos do
processo.
Art. 362. Encerrada a instrução, o indiciado, dentro de dois dias, terá vista dos autos, em
mãos do secretário, para apresentar alegações finais, no prazo de cinco dias.
Ao término da instrução, será dado vista ao MP e, posteriormente ao magistrado ou seu defensor para,
no prazo de 10 (dez) dias apresentarem suas manifestações e razões finais (art. 19, da Res. 135, do CNJ)
§1º No relatório, a ser apresentado no prazo de oito dias, a autoridade processante
apreciará as irregularidade, as faltas funcionais imputadas ao indiciado, as provas colhidas e as
razões de defesa propondo a absolvição ou a punição, e indicando, neste caso, a sanção a ser
aplicada.
§2º É facultado à autoridade processante sugerir quaisquer outras providências que lhe
parecerem necessárias.
Art. 363. Recebendo o processo, o Conselho da Magistratura proferirá julgamento,
dentro do prazo de quinze dias, prorrogável por igual período.
Vide nota ao art. 351.
§1º O Conselho poderá determinar a realização de diligências, a serem cumpridas pela
autoridade processante, dentro do prazo mencionado neste artigo.
§2º Quando a imposição da penalidade escapar à sua alçada, o Conselho encaminhará
o processo a quem de direito.
§3º O Tribunal Pleno, à vista do processo administrativo revelador de fato que, se apurado
em processo judicial, autorizaria a condenação do magistrado à perda do cargo, abrirá vista dos
autos ao Procurador-Geral de Justiça, para fins de direito.
Art. 364. A autoridade que presidir ao julgamento promoverá a expedição dos atos
decorrentes da decisão e as providências necessárias à sua execução.
§1º Deverão constar do assentamento individual dos Juízes as sanções que lhes forem
impostas, vedada a sua publicação nos caso previstos nos números I e II do art. 303 desta Lei,
de cuja decisão publicar-se-á somente a conclusão.
§2º Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, as decisões serão publicadas no Diário
da Justiça, dentro do prazo de oito dias, delas cabendo recurso, no prazo de dez dias.
SUBSEÇÃO II
DO PROCESSO POR ABANDONO DE CARGO
Art. 365. No caso de abandono de cargo, instaurado o processo e feita a citação na forma
do §1º do art. 352, serão tomadas as declarações do indiciado, marcando-se-lhe, após, o prazo
de cinco dias, para a produção de provas em sua defesa.
§1º Observar-se-á, no que couber, o disposto nos §§2º e 3º do art. 352 desta Lei.
§2º No caso de revelia serão aplicadas as disposições do art. 353, §§1º e 2º.
SUBSEÇÃO III
DO PROCESSO POR ACUMULAÇÃO PROIBIDA
Art. 366. No caso de acumulação não permitida (art. 95, parágrafo único, inciso I, da
Constituição Federal), instaurado o processo, proceder-se-á na forma do art. 352 e parágrafos,
deste Código.
Art. 367. Verificada a acumulação proibida e provada a boa-fé, o Juiz poderá optar por
um dos cargos.
§1º Provada a má-fé, será o juiz não vitalício demitido de todos os cargos e funções,
devolvendo o que indevidamente houver recebido.
§2º Em se tratando de juiz vitalício, proceder-se-á na forma do art. 352 deste Código.
SUBSEÇÃO IV
DOS RECURSOS
Art. 368. Da aplicação de sanção disciplinar caberá recurso, sem efeito suspensivo, à
autoridade imediatamente superior a que impôs a sanção.
Art. 369. O prazo de interposição do recurso é de dez dias, a contar da data em que o
interessado tiver conhecimento da imposição da penalidade disciplinar.
Art. 370. O recurso será interposto mediante petição fundamentada dirigida à autoridade
julgadora que, se mantiver a decisão, encaminhá-lo-á ao órgão julgador de segundo grau, onde
a decisão final será proferida no prazo de trinta dias.
Art. 371. Quando a sanção disciplinar for aplicada pelo Tribunal Pleno, o interessado
poderá pedir reconsideração, dentro de dez dias.
Art. 372. Da deliberação do Conselho da Magistratura, que concluir pela demissão do
juiz não vitalício, caberá recurso para o Tribunal Pleno dentro do prazo de dez dias.
Vide nota ao caput do art. 341.
SEÇÃO VI
DA REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 373. A revisão do processo findo será admitida até seis meses após a punição do
magistrado:
A limitação temporal não encontra respaldo doutrinário e nem jurisprudencial, sendo firme o
entendimento de que diante de fato novo a revisão poderá ser dar a qualquer tempo.
I – quando a decisão for contrária ao texto expresso da lei ou à evidência dos autos;
Hipótese não contemplada pelo art. 174, da Lei 8.112/90, que aqui se aplica subsidiariamente por
força da Res. 135/11, do CNJ.
II – quando a decisão se fundar em depoimento, exames ou documentos falsos ou
viciados;
Hipótese não contemplada pelo art. 174, da Lei 8.112/90, que aqui se aplica subsidiariamente por
força da Res. 135/11, do CNJ.
III – quando, após a decisão, descobrirem-se novas provas de inocência do interessado,
ou de circunstâncias que autorizem diminuição de penalidades disciplinares.
Parágrafo único. Os pedidos que não se fundarem nos casos enumerados neste artigo
serão indeferidos liminarmente.
Art. 374. Da revisão não poderá resultar agravação de penalidade.
Art. 375. A revisão poderá ser pedida pelo próprio interessado ou seu procurador e,
quando falecido, pelo cônjuge, descendente, ascendente ou irmão.
Parágrafo único. O requerimento será dirigido ao Conselho da Magistratura, que
processará a revisão, como dispuser o seu regimento interno.
Por se tratar de revisão de pena disciplinar de magistrado, o pedido deverá ser dirigido ao Tribunal
Pleno.
Art. 376. O requerimento será apenso ao processo, marcando o Presidente o prazo de
dez dias para que o requerente junte as provas documentais de suas alegações.
Art. 377. Concluída a instrução do processo, dar-se-á vista dos autos ao requerente, em
mãos do Secretário, pelo prazo de dez dias, para razões finais.
Art. 378. Decorrido o prazo a que se refere o artigo anterior, com as razões ou sem elas,
o processo entrará em pauta do Conselho, para seu relatório e decisão ou parecer, conforme o
caso, dentro dos quinze dias seguintes.
Vide nota ao parágrafo único do art. 375.
Parágrafo único. Quando não for de sua alçada a penalidade aplicada, o Conselho
remeterá o processo, com seu parecer, à autoridade competente.
Art. 379. Julgada procedente a revisão, a autoridade revisora cancelará ou modificará a
penalidade imposta se não for o caso de anular o processo.
§1º Aplica-se a reintegração do magistrado, se a pena foi a de demissão.
Vide art. 222.
§2º Nos demais casos de procedência da revisão, o requerente será indenizado dos danos
funcionais que tenha sofrido, com o ressarcimento de outros prejuízos que forem apurados.
CAPÍTULO XIV
DO DIREITO DE PETIÇÃO
CAPÍTULO XV
DOS RECURSOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
CAPÍTULO I
DOS SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DE SEGUNDO GRAU
Parágrafo único. O detalhamento de estrutura dos órgãos de que trata este artigo, bem
como as suas atribuições e de seus dirigentes serão objeto de regimento interno, aprovado por
resolução do Tribunal Pleno.
CAPÍTULO II
DOS SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DE PRIMEIRO
GRAU DA COMARCA DE MANAUS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 387. A Diretoria do Fórum da justiça de primeiro grau da Comarca de Manaus terá
seus serviços auxiliares, de natureza administrativa e judicial, organizados conforme dispuser
este Código e Resolução do Tribunal Pleno.
Art. 388. Os servidores da diretoria do fórum serão admitidos de conformidade com os
preceitos da legislação em vigor, e terão as atribuições que lhes forem conferidas pelo
respectivo Regulamento.
Art. 389. Os serviços auxiliares judiciais da Justiça de Primeiro Grau da Comarca de
Manaus compreendem:
a) distribuição dos feitos judiciais;
b) contadoria;
c) partilhas e leilões; e
d) depósito público de bens apreendidos.
SEÇÃO II
DO SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO
Art. 390. O serviço de distribuição do fórum judicial da Comarca de Manaus terá três
seções especializadas: uma, para os feitos cíveis; uma, para os feitos de natureza penal; e
uma, para as execuções fiscais e ações delas decorrentes.
Art. 391. Além do disposto no art. 254 do Código de Processo Civil, antes de proceder à
distribuição dos feitos, o serviço tomará as seguintes providências:
I – verificará, através de seus arquivos ou sistema computadorizados, a existência:
a) de prevenção;
b) de dependência.
II – verificará, mediante consulta aos seus arquivos, se:
a) há juiz impedido ou suspeito consoante comunicação deste, por ofício, e arquivado na
distribuição;
b) o advogado está suspenso de suas atividades, consoante comunicação, por ofício, da
Ordem dos Advogados do Brasil ou, se inscrito noutra seção da OAB, não anexou ele prova de
haver participado sua advocacia eventual à Seccional local da mesma Instituição;
c) há Defensor Público ou Promotor de Justiça, consoante relação trimestralmente
fornecida pela Defensoria Pública e Ministério Público respectivamente, mediante solicitação.
§1º Constatada as circunstâncias apontadas nos incisos I, alíneas a e b e II, alínea a, o
serviço, através da respectiva seção, procederá como de direito, fazendo oportuna
compensação.
§2º Se ocorrer as hipóteses das letras b e c, do inciso II, a seção certificará a ocorrência,
mediante aposição de um carimbo no dorso da primeira folha da petição inicial, devendo o
encarregado datar e assinar a certidão.
Art. 392. Compete ao Serviço de Distribuição:
a) distribuir, em audiência pública, em dia e hora certa, na presença do diretor do fórum,
bem como de representante da OAB e Ministério Público, os feitos judiciais entre os diversos
Juízes da Capital, observando-se o disposto no inciso I do artigo anterior;
b) mediante requerimento em formulário próprio autenticado por banco oficial, expedir
certidão única, negativa ou positiva, de processos distribuídos em andamento;
c) encaminhar, imediatamente, os feitos distribuídos às varas através das respectivas
Secretarias;
d) dar baixa nos autos, encaminhados pelas Secretarias de Varas, ou Escrivanias, por
força de despacho judicial.
Art. 393. O serviço de distribuição não poderá reter quaisquer processos e atos
destinados à distribuição, tão logo seja procedida esta, em ordem rigorosamente sucessiva, à
proporção que lhe forem apresentados, deverá encaminhar os processos ou papéis a quem
estejam dirigidos.
Art. 394. Distribuir-se-ão por dependência os feitos de qualquer natureza que se
relacionarem com outros já distribuídos e ajuizados.
Art. 395. Os atos e processos que não estiverem sujeitos à distribuição serão, não
obstante, prévia e obrigatoriamente, registrados pelo distribuidor em livros especiais.
Art. 396. O serviço de distribuição será informatizado, mantendo banco de dados de
todos os processos, para possibilitar a sua distribuição automática e a expedição imediata de
certidões negativas ou positivas.
Art. 397. Todos os processos findos serão, por despacho judicial, objeto de baixa na
Distribuição, antes de serem arquivados.
Parágrafo único. Após o despacho judicial, o serviço de distribuição procederá
imediatamente à baixa, certificando-a nos autos, devolvendo-os à secretaria da vara de origem.
Art. 398. As guias de recolhimento referentes ao percentual cabível à Associação dos
Magistrados do Amazonas, à Associação Amazonense do Ministério Público, ao Fundo
Especial da Defensoria Pública, ao Fundo de Reaparelhamento do Poder Judiciário e às custas
processuais, desde que corretamente preenchidas e autenticadas, poderão ser, desde logo,
juntadas à petição inicial e documentos que a instruem.
Vide nota ao artigo. 74, XXVII.
Parágrafo único. Salvo os casos de obtenção de gratuidade de justiça, quando não
juntada a guia de recolhimento aos autos, o Juiz determinará a intimação da parte autora para
que efetive o recolhimento no prazo de trinta dias, sob pena de cancelamento da distribuição.
Intimação desnecessária. Vide art. 257, do CPC.
SEÇÃO III
DO SERVIÇO DE CONTADORIA
SEÇÃO IV
DO SERVIÇO DE PARTILHAS E LEILÕES
SEÇÃO V
DO SERVIÇO DE DEPÓSITO PÚBLICO DE BENS APREENDIDOS
Art. 401. Incumbe ao Serviço de Depósito Público de Bens Apreendidos receber os bens
apreendidos por determinação judicial, fornecendo recibo, em modelo próprio, em quatro vias,
contendo os dados do processo e identificação pormenorizada dos bens apreendidos. A
primeira via ficará arquivada no serviço, a segunda será destinada aos autos do processo, a
terceira e a quarta vias serão entregues respectivamente ao autor e réu da ação.
Vide Res. 09, de 22.05.12, do TJAM, que trata do Depósito Público.
§1º A Chefia do Serviço será exercida, em comissão, por pessoas portadoras de diploma
de nível superior, preferencialmente bacharéis em direito.
§2º O serviço deverá ter sob sua guarda direta e inteira segurança aos bens, zelando-os
e comunicando, de imediato, ao Diretor do Fórum e ao Juiz ordenador da apreensão qualquer
irregularidade para a adoção das providências cabíveis.
Art. 402. As vendas dos bens entregues à guarda do serviço não podem ser efetuadas
sem prévia autorização judicial.
§1º O chefe do serviço, quando se tratar de bem imprestável ou sem valor apreciável,
dar-lhe-á o destino adequado, mediante autorização do Juiz do processo ou, se for o caso, pelo
Diretor do Fórum.
§2º No caso de bens perecíveis, o Chefe do Serviço comunicará essa circunstância ao
Juiz do processo ou ao Diretor do Fórum, quando for o caso, publicando-se edital, com prazo
de trinta dias, para o conhecimento dos interessados a fim de requererem o que for de sua
conveniência.
§3º Os bens de que trata o parágrafo anterior serão vendidos em hasta pública,
observadas as prescrições da lei, e o produto das alienações será aplicado em conta
remunerada em banco oficial.
§4º Os bens de que tratam os parágrafos anteriores, enquanto permanecerem no
depósito público, estarão sujeitos ao pagamento de uma taxa prevista no Regimento de Custas
do Estado do Amazonas.
Art. 403. A estrutura organizacional e funcional das Secretarias das Varas de Primeiro Grau do
Poder Judiciário do Estado do Amazonas funcionará sob o modelo de Unidades de Processamento
Judicial - UPJ constituídas de, no mínimo 2 (duas) e no máximo 4 (quatro) unidades autônomas,
subordinadas diretamente à Secretaria das Unidades de Processamento Judicial de Primeiro Grau e
indiretamente à Presidência do Tribunal, respeitado o direito adquirido das escrivanias titularizadas,
e os Juízos de Gabinetes de Juiz de Entrância Final”.
Art. 403-A. À proporção que as atuais escrivanias forem vagando, serão transformadas em Unidade
de Processamento Judicial, desde que observado o quantitativo previsto no artigo anterior ou, em
caso de impossibilidade, em Secretarias de Varas a serem superintendidas por Diretores de
Secretarias de Varas, cargos estes de provimento comissionado previstos no artigo 43 da Lei n.
3.226/2008, a serem providos por portadores de diploma de Bacharel em Direito. §1.º Fica vedado o
acesso de escrivães da Primeira Entrância à Segunda, salvo aos portadores de diploma de Bacharel
em Direito. §2.º A implantação da estrutura de Secretaria de Vara importará automaticamente na
criação do cargo de Diretor de Secretaria de Vara. §3.º A transformação das escrivanias vagas em
Unidades de Processamento Judicial ou Secretarias de Varas, como previsto no caput deste artigo,
em relação às Comarcas de Primeira Entrância, dependerá de Resolução do Tribunal de Justiça; ao
qual incumbirá decidir, a seu critério, sobre a viabilidade ou não dessa transformação, podendo
manter o sistema de escrivanias.
Art. 403-B. A Secretaria das Unidades de Processamento Judicial de Primeiro Grau, vinculada
diretamente à Presidência do Tribunal de Justiça, será composta com a estrutura mínima de: I -
Secretário de Primeiro Grau; II - Assistente de Secretário. §1.º O cargo de provimento em comissão
de Secretário das Unidades de Processamento Judicial de Primeiro Grau será ocupado
exclusivamente por servidor efetivo do quadro permanente deste Tribunal, com bacharelado em
Direito escolhido e nomeado pelo Presidente do Tribunal. §2.º O Assistente do Secretário das
Unidades de Processamento Judicial de Primeiro Grau fará jus à Função Gratificada, simbologia
FG-1, Nível III. §3.º A estrutura da Secretaria das Unidades de Processamento Judicial de Primeiro
Grau poderá sofrer modificações por meio de resoluções, visando atender à complexidade e à
amplitude das atividades desenvolvidas”. Seção III Da Estrutura Funcional das Unidades de
Processamento Judicial Art. 403-C. As Unidades de Processamento Judicial - UPJ’s, que serão
subordinadas diretamente à Presidência do Tribunal, funcionarão com a estrutura máxima de: I -1
(um) Diretor de UPJ; II -1 (um) Assistente de Atendimento e Suporte; III - 1 (um) Assistente de
Movimentação; IV -1 (um) Assistente de Processamento. §1.º O cargo comissionado de Diretor de
UPJ será ocupado exclusivamente por servidores do quadro efetivo, com bacharelado em Direito,
escolhido pelo Presidente do Tribunal de Justiça. §2.º As funções gratificadas de Assistente de
Atendimento e Suporte, Movimentação e Processamento serão ocupadas exclusivamente por
servidores efetivos, preferencialmente com bacharelado em Direito, mediante indicação do
Secretário das UPJ’s. Seção IV Da Estrutura Funcional dos Gabinetes de Juízes de Entrância Final
Art. 403-D. Os Gabinetes dos Juízes de Entrância Final das Varas integrantes da Unidade
Processamento Judicial serão compostos da estrutura máxima de: I - 1 (um) Assessor Jurídico de
Juiz de Direito de Entrância Final; II - 1 (um) Assistente Técnico de Juiz de Direito de Entrância
Final; III - 2 (dois) servidores efetivos. Art. 403-E. A implantação da Unidade de Processamento
Judicial importará automaticamente na criação da estrutura orgânica e funcional definida nesta Lei.
Art. 403-F. Não será permitida a movimentação de servidores e estagiários lotados na Secretaria das
UPJ’s, pelo prazo de 6 (seis) meses, a contar da efetiva instalação da unidade. Art. 403-G. A
Secretaria das Unidades de Processamento Judicial de Primeiro Grau e as Unidades de
Processamento Judicial - UPJ’s, poderão ter suas atribuições complementadas por ato da Presidência
do Tribunal.”
SEÇÃO II
DOS AUXILIARES DAS SECRETARIAS DAS VARAS
Art. 409. Na Comarca de Manaus, além do Diretor, cada Secretaria de Vara contará com
pelo menos, um Técnico Judiciário, dois Assistentes Técnicos Judiciários e dois Atendentes
Judiciários, todos do quadro permanente do Poder Judiciário, com as atribuições consoantes
desta seção e cujas carreiras são organizadas na forma como dispuser o plano de cargos e
salários dos funcionários do Poder Judiciário.
§1º Será respeitado o direito adquirido dos atuais, Escreventes Juramentados, cujos
cargos, à proporção que forem vagando, ficarão automaticamente extintos.
§2º Nas Comarcas do interior, além dos funcionários relacionados no caput deste artigo,
haverá, obrigatoriamente, dois Oficiais de Justiça-Avaliadores.
Art. 410. Os cargos de Técnico Judiciário têm por função as atividades judiciárias de
assistência aos Juízes e ao Diretor de Secretaria, inclusive de substituição deste último, em suas
faltas e impedimentos, quando terá as mesmas atribuições daquele.
Art. 411. Os cargos de Assistentes Técnicos Judiciários têm por função o desempenho
de atividades judiciárias de nível médio de natureza processual judiciária e, eventualmente,
administrativa.
Art. 412. Os Atendentes Judiciários terão suas atividades relacionadas com o atendimento
aos Juízes, inclusive à Diretoria do Fórum, nos gabinetes e salas de audiência, no tocante à
tramitação dos feitos, realização de pregões de abertura e encerramento de audiências;
chamada das partes, advogados e testemunhas, tramitação de processos, guarda e
conservação de bens e processos judiciais.
Art. 413. Ao Oficial de Justiça-Avaliador incumbe, de modo específico:
I - cumprir os mandados, fazendo citações, intimações, notificações e outras diligências
emanadas do Juiz;
II – fazer avaliação de bens, inventários e lavrar termos de penhora;
III – lavrar autos e certidões referentes aos atos que praticarem;
IV – convocar pessoas idôneas que testemunhem atos de sua função, quando a lei o exigir
anotando, obrigatoriamente, os respectivos nomes, número da carteira de identidade ou outro
documento e endereço;
V – exercer, cumulativamente, quaisquer outras funções previstas neste Estatuto e dar
cumprimento às ordens emanadas do Juiz, pertinentes ao serviço judiciário.
§1º Nenhum Oficial de Justiça – Avaliador poderá cumprir o mandado por outrem sem que
antes seja substituído expressamente pelo Diretor do Fórum ou pelo Juiz da Vara de onde
emanar a ordem, mediante despacho nos autos. Em caso de transgressão, o juiz mandará
instaurar sindicância e o consequente processo disciplinar.
§2º Os Oficiais de Justiça somente entrarão em gozo de férias, estando os mandados
aos mesmos distribuídos devidamente cumpridos e devolvidos à respectiva Vara ou Juizado,
cabendo a estes órgãos expedir certidão negativa destinada à Diretoria do Fórum.
§3º No cumprimento das diligências do seu ofício, o Oficial de Justiça- Avaliador,
obrigatoriamente, deverá exibir sua cédula de identidade funcional, não podendo proceder com
desvio de poder.
§4º Nas certidões que lavrar, o Oficial de Justiça, após subscrevê-las, aporá um carimbo
com seu nome completo e matrícula.
“CAPÍTULO IV Dos Serviços Notariais e de Registro, Exercidos em Caráter Privado por Delegação do
Poder Judiciário do Estado do Amazonas e sob sua Fiscalização.
SEÇÃO I Dos Serviços de Tabelionato de Notas, de Tabelionato de Notas e Registro de Contratos Marítimos
e Protesto.
Art. 414. Haverá na Comarca de Manaus, 09 (nove) Tabeliães de Notas (1.º, 2º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 9.º
Ofícios) 01 (um) Tabelião, 01 (um) Oficial do Registro de Contratos Marítimos e 04 (quatro) Tabeliães de
Protesto de Títulos.
Art. 415. Nas Comarcas de Coari, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru e Parintins, haverá, em cada uma, dois
(02) Ofícios. I - nas Comarcas referidas no caput do artigo 415, um ofício acumulará as atribuições de
Registro de Imóveis, Registro Civil de Pessoas Naturais, Registro Civil de Pessoas Jurídicas e de Títulos e
Documentos, enquanto o outro acumulará as atribuições de Tabelionato de Notas, Tabelionato de Protestos
e Tabelionato de Notas e Registro de Contratos Marítimos, todos exercidos em caráter privado por delegação
do Poder Judiciário do Estado do Amazonas.
Parágrafo único. Resolução do Tribunal estabelecerá as bases de atuação de cada Ofício na respectiva
Comarca, respeitando sempre o direito adquirido dos delegatários.
Art. 416. Em todas as Comarcas de primeira entrância, haverá apenas um Ofício em cada uma, que
acumulará as atribuições de Registro de Imóveis, Registro Civil das Pessoas Naturais, Registro Civil das
Pessoas Jurídicas e de Títulos e Documentos, Tabelionato de Notas, Tabelionato de Protestos e Tabelionato
de Notas e Registro de Contratos Marítimos, criadas, automaticamente, quando instaladas as Comarcas.
SEÇÃO II
Do Registro Civil de Pessoas Jurídicas e de Títulos e Documentos, Do Registro Civil das Pessoas Naturais
Art. 417. Haverá, na sede da Comarca de Manaus, 02 (dois) Ofícios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas
e de Títulos e Documentos, com numeração de 1.º e 2.º.
Art. 418. Haverá, na sede da Comarca de Manaus 10 (dez) Ofícios de Registro Civil das Pessoas Naturais,
que serão distribuídos conforme Resolução do Tribunal de Justiça, com numeração de 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º,
6º, 7.º, 8.º, 9.º e 10.º.
Parágrafo único. Haverá, em cada Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais, um Juiz de Paz, observadas
as formalidades legais.
SEÇÃO III
Do Registro de Imóveis Art. 419. Haverá, na Comarca de Manaus, 06 (seis) Ofícios de Registro de Imóveis
com numeração de 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º e 6.º.
§2.º Enquanto não aprovada a Lei prevista no parágrafo anterior, serão mantidas as circunscrições
geográficas de atuação de cada Ofício na Comarca da Capital, previstas na Resolução n. 23/2005, de 4 de
outubro de 2005 e Memorial Descritivo Final publicado no Diário Oficial do Estado do Amazonas no dia 3
de julho de 2006.
TÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 420-B. Fica preservada a existência das 06 (seis) serventias de protesto de títulos na
Comarca de Manaus até a ocorrência da primeira vacância, quando a serventia vaga será extinta
e seus arquivos incorporados à de número imediatamente anterior no prazo máximo de 06 (seis)
meses.
Parágrafo único. A segunda serventia a se tornar vaga será igualmente extinta e seus arquivos
incorporados à de número imediatamente anterior no prazo máximo de 06 (seis) meses,
procedendo-se à remuneração das unidades de modo a preservar a sequência numérica.
Art. 420-C. A instalação do 2.º Ofício de Registro Civil de Pessoas Jurídicas e de Títulos e
Documentos da comarca Manaus e do 2.º Ofício da Comarca de Iranduba ocorrerá após a
delegação dos serviços através de concurso público de ingresso ou remoção.
Art. 420-D. Nas Comarcas de Maués e Tabatinga fica extinta a serventia que já se encontra
vaga, devendo seus arquivos serem incorporados a outra no prazo máximo de 06 (seis) meses.
Parágrafo único. O Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas designará interino para
promover a transferência do acervo da serventia extinta para a remanescente no prazo previsto
no caput deste artigo.
Art. 420-E. Nas Comarcas de Tefé, Manicoré e Humaitá a primeira serventia extrajudicial que
vagar será extinta e seus arquivos serão incorporados a outra no prazo máximo de seis (06)
meses.
Parágrafo único. Ocorrendo a vacância, o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas designará
interino para promover a transferência do acervo da serventia extinta para a remanescente no
prazo previsto no caput deste artigo.
Art. 420-F. Nas Comarcas de Itacoatiara e Parintins fica preservada a acumulação das
atividades de Registro de Imóveis, Registro Civil de Pessoas Naturais, Registro Civil de
Pessoas Jurídicas e de Títulos e Documentos, Tabelionato de Notas, Tabelionato de Protesto e
Tabelionato de Notas e Registro de Contratos Marítimos nas serventias existentes até a
ocorrência da primeira vacância, oportunidade em que as atividades de registro da serventia
extinta serão atribuídas a uma das remanescentes e as atividades de tabelionatos à outra,
conforme estabelecido no artigo 415, I desta Lei.
Parágrafo único. Ocorrendo a vacância de uma serventia extrajudicial, o titular da serventia
remanescente na Comarca, mais antigo no exercício da atividade notarial e de registro, terá o
direito de opção pelos serviços de registro ou de tabelionato.
Art. 421. O Diretor do Fórum, no prazo de vinte dias, contados da vigência desta Lei,
prorrogáveis por sessenta dias, ouvidos os Juízes de Direito, redistribuirá, entre as diversas
Secretarias de Varas, os funcionários lotados nas Escrivanias desativadas, salvo os que não
percebiam pelos cofres públicos.
Art. 422. Quando da implantação do sistema de Secretarias, os casos omissos serão
resolvidos pela Presidência do Tribunal de Justiça, podendo esta declarar cinco dias úteis
como feriados forenses, assegurando-se a devolução de prazo às partes e funcionamento de
órgãos judiciários para atendimento a casos de urgência.
Art. 423. As cópias das petições destinadas à citação, fornecidas pelas partes,
datilografadas, em xerox ou fotocópias autenticadas, podem ser utilizadas como parte
integrante do mandado e como contrafé, sem prejuízo do que estabelece o art. 225 do Código
de Processo Civil.
Art. 424. Os juízes, advogados, jurados, serventuários de justiça, servidores de justiça, e
representantes do Ministério Público devem usar vestes talares nas sessões do Tribunal do Júri
e nas audiências do Fórum.
Art. 425. Nos casos omissos, aplicam-se aos magistrados, subsidiariamente, o Estatuto
dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Amazonas.
Art. 426. O provimento inicial, em face de vacância dos cargos da atividade notarial, do
registro imobiliário e protesto de títulos, obedecerá ao que dispuser resolução do Tribunal de
Justiça.
Art. 427. Todos os direitos e vantagens, previstos neste Código, no que couber, serão
extensivos aos servidores e serventuários de Justiça Militar do Estado.
Art. 428. O quadro de magistrados do Poder Judiciário é integrado dos seguintes cargos:
I - vinte e seis (26) Desembargadores;;
Redação dada pela LC 36, de 15.09.04.
II – cento e vinte e nove de Juiz de Direito de Segunda Entrância;
III – oitenta de Juízes de Direito, compreendidos aí os Juízes Substitutos de Carreira e
Juízes de Direito de Primeira Entrância.
Art. 429. A Comarca de Manaus é composta de 100 (cem) Varas, sendo que, as Varas
por instalar, dependerão para tal, de Resolução do Pleno do Tribunal de Justiça, quando
houver imperiosa necessidade da população da Capital e disponibilidade financeira.
Redação dada pelo artigo 3°, da LC 48 de 03.03.06.
Parágrafo único. As atribuições e competência de cada Vara serão definidas na forma da
lei.
Art. 430. As Comarcas de Primeira Entrância são compostas das seguintes varas,
1
numeradas ordinalmente:
a) Comarcas com uma única Vara:
1ª Coari 5ª Manicoré
2ª Humaitá 6ª Tabatinga
3ª Manacapuru 7ª Tefé
4ª Maués
1ª Itacoatiara 3ª Manacapuru
2ª Parintins
Parágrafo único. A terceira Vara das Comarcas de Manacapuru, Tabatinga e Tefé serão
instaladas na forma do disposto no artigo 429 deste Código.
Art. 431. Os processos serão redistribuídos sempre que instalada uma nova Vara,
observando-se a sua especialização e proporcionalidade.
Art. 432. O Tribunal de Justiça estabelecerá normas para reversão em benefício da
Justiça das fianças de natureza criminal, após seis meses da ocorrência das hipóteses
1
O quantitativo de Varas no interior do Estado já sofreu alterações por força de duas leis complementares, a saber:
LC 55/07 (10 Varas do Juizado Especial) e LC 58/07 (12 Varas ordinárias). Pelas novas disposições, a distribuição
de Varas, para alguns municípios do interior, passou a ser a seguinte: Coari - 04 Varas: 02 Varas ordinárias; 01
Vara do JECC; 01 Vara por instalar / Humaitá - 04 Varas: 02 Varas ordinárias; 01 Vara do JECC; 01 Vara por
instalar / Iranduba - 02 Varas ordinárias / Itacoatiara - 05 Varas: 03 Varas ordinárias; 01 Vara do JECC; 01 Vara por
instalar / Lábrea – 03 Varas: 01 Vara ordinária; 02 Varas por instalar, sendo uma ordinária e outra do JECC /
Manacapuru - 05 Varas: 02 Varas ordinárias; 01 Vara do JECC; 02 Varas por instalar / Manicoré - 04 Varas: 02
Varas ordinárias; 02 Varas por instalar, sendo uma ordinária e outra do JECC / Maués - 04 Varas: 02 Varas
ordinárias; 02 Varas por instalar, sendo uma ordinária e outra do JECC / Parintins - 05 Varas: 03 Varas ordinárias;
01 Vara do JECC; 01 Vara por instalar / Presidente Figueiredo – 02 Varas: 01 Vara ordinária; 01 Vara ordinária por
instalar / Tabatinga – 04 Varas: 02 Varas ordinárias; 02 Varas por instalar, sendo uma ordinária e outra do JECC /
Tefé - 04 Varas: 02 Varas ordinárias; 01 Vara do JECC; 01 Vara por instalar.
previstas em lei para suas devoluções, sem que os interessados as requeiram, bem como nos
casos de perda total ou parcial da fiança.
Art. 433. O Tribunal de Justiça, a Corregedoria-Geral de Justiça e a Diretoria do Fórum
da Comarca de Manaus poderão baixar atos para a fiel execução desta Lei.
Art. 434. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.