Anatomia Humana
Anatomia Humana
Anatomia Humana
2º
SEMESTRE
ANATOMIA HUMANA II
Índice
Índice.........................................................................................................2
Sistema nervoso...........................................................................................6
Medula espinal:..........................................................................................6
Neurónios:................................................................................................6
Neuroglia: ................................................................................................7
SNP:..........................................................................................................8
Há vários tipos de nervos.........................................................................9
Nervos cranianos:...................................................................................10
Parassimpático:......................................................................................12
Funções das partes do SNA:...................................................................13
Sensibilidade visceral:............................................................................14
Vias motoras e vias sensitivas.................................................................14
Bulbo raquidiano......................................................................................18
Vista lateral:...........................................................................................20
Ponte de Varólio:....................................................................................21
Configuração interna:.............................................................................21
Cerebelo ..................................................................................................22
Quarto ventrículo.....................................................................................25
Conformação externa do cérebro:............................................................28
Lobo Temporal.......................................................................................28
Lobo Parietal..........................................................................................29
Lobo Occipital.........................................................................................30
Diencéfalo .............................................................................................30
Tálamo. .................................................................................................31
Subtálamo..............................................................................................31
Epitálamo...............................................................................................32
Hipotálamo ............................................................................................32
Telencéfalo – Hemisférios Cerebrais......................................................32
Face superior e Lateral:..........................................................................33
Face medial do Cérebro:........................................................................34
Face Inferior:..........................................................................................34
Estruturas Internas dos Hemisférios Cerebrais......................................35
Tórax .....................................................................................................63
Abdómen:...............................................................................................64
Veias dos membros superiores .............................................................65
Capilares sanguíneos.............................................................................67
Sistema linfático.......................................................................................69
Plexo linfático – pulmão .........................................................................70
Pleuras e pulmões....................................................................................70
Nariz.......................................................................................................70
Faringe...................................................................................................71
Laringe...................................................................................................71
Pleuras................................................................................................... 72
Pulmões..................................................................................................74
Traqueia e brônquios ............................................................................77
Circulação sistémica (brônquica)...........................................................78
Respiração bocal (curiosidade)..............................................................78
Mediastino................................................................................................79
Pericárdio.................................................................................................80
Coração e grandes vasos.........................................................................81
Limites do Coração.................................................................................81
Camadas da parede cardíaca.................................................................81
Configuração interna..............................................................................82
Aurícula direita.......................................................................................82
Aurícula direita.......................................................................................82
Ventrículo esquerdo...............................................................................83
Ciclo cardíaco.........................................................................................83
Inervação: .............................................................................................84
Sistema digestivo.....................................................................................84
Funções..................................................................................................84
Boca.......................................................................................................85
Dentes ...................................................................................................86
Língua.................................................................................................... 86
Faringe...................................................................................................86
Esófago.................................................................................................. 87
Estômago...............................................................................................88
Intestino delgado....................................................................................89
Intestino grosso......................................................................................89
Cólons ...................................................................................................90
Funções do Intestino Grosso .................................................................91
Peristáltismo..........................................................................................91
Peritónio.................................................................................................91
Órgãos anexos.......................................................................................92
Fígado.................................................................................................... 92
Vesícula biliar.........................................................................................93
pâncreas................................................................................................94
Sistema urinário.......................................................................................94
Rim.........................................................................................................94
Anatomia interna dos rins......................................................................95
Néfrons ..................................................................................................95
Funções dos Rins ...................................................................................96
Glândulas supra-renais...........................................................................96
Uréter.....................................................................................................96
Bexiga....................................................................................................96
Uretra ....................................................................................................97
Uretra Masculina ...................................................................................97
Uretra Feminina ....................................................................................97
Sistema nervoso
Medula espinal:
Estrutura do sistema nervoso é constituído por:
Neurónios:
• Corpo celular;
inibem o neurónio
Neuroglia:
• Mais abundante que os neurónios;
• Encéfalo;
NOTA:
Meninges
• Pia-máter – camada transparente e a mais externa;
• Aracnóide-máter
• Dura-máter – mais espessa e rígida.
As meninges e o líquido cefalo cerebroespinal (LCE) circulam e protegem o
SNC. O LCE está localizado entre a pia-máter e a Aracnóide-mater.
NOTA:
Quando há uma lesão na medula ou no encéfalo na maioria dos casos os
neurónios não se recuperam. Os cotos dos neurónios próximos crescem
no âmbito da regeneração, mas por outro lado a proliferação dos
astrócitos impedem a regeneração.
SNP:
• Fibras nervosas
NOTA:
• Nervo que inerva a pele (unilateral) – dermátomo
• Nervo que inerva o músculo (unilateral) – miótomo
• A inervação dos membros é através dos ramos anteriores e
adjacentes – plexos nervosos – aqui misturam-se os dois tipos de
as fibras nervosas e formam-se os nervos periféricos
multissegmentares
Nervos cranianos:
Alguns nervos possuem apenas fibras sensitivas, outras apenas motoras. E
ainda outras que possuem os dois tipos de fibras. Há comunicação entre os
nervos cranianos e entre os nervos cranianos e espinais (cervicais). Assim
um nervo que inicialmente conduzia apenas motoras pode conduzir também
fibras sensitivas unidas distalmente do seu trajecto e vice-versa. Excepto os
dois primeiros nervos responsáveis pelo olfacto e a visão – nervos sensitivos
que levam a informação para o encéfalo através dos gânglios sensitivos.
Nota:
As fibras eferentes viscerais do SNA são acompanhadas por fibras
eferentes viscerais.
As fibras nervosas eferentes e os gânglios do SNA são originados em duas
partes: simpático (toracomotor) e parassimpático (craniossacral). Ao
contrario da enervação somática na qual a passagem de impulso entre o
SNC e a terminação sensitiva envolve um único neurónio. Nas duas partes
do SNA, a condução do impulso do SNC para o órgão efector envolve uma
serie de 2 neurónios multipolares.
Parassimpático:
Os corpos celulares dos neurónios só se encontram nas colunas celulares
intermédias ou núcleo da medula espinal (T1-T12 e L1-L2/L3 – medula espinal).
As colunas IM são responsáveis pela inervação da cabeça que se situa-se
superiormente, e a inervação pelas vísceras pélvicas e dos membros
inferiores estão localizadas inferiormente. As distribuições dos corpos
celulares pós-sinápticos desenvolvem-se através dos gânglios
paravertebrais e gânglios pré-vertebrais. Os gânglios paravertebrais estão
associados para formar o tronco sináptico direito e esquerdo, e estendem-se
ao longo da coluna vertebral. Este gânglio superior (cervical) situa-se na
base do crânio e o gânglio impar situa-se entre os dois troncos se unem ao
nível do cóccix. Os gânglios pré-vertebrais situam-se nos plexos que
circundam a origem da aorta abdominal, como os 2 grandes gânglios
celíacos que circundam a origem do tronco celíaco.
Nos troncos simpáticos as fibras pré-sinápticas podem seguir quatro
trajectos:
1. Ascender o tronco simpático para fazer
sinapse com um neurónio pós-sináptico
de um gânglio paravertebral mais alto;
2. Descer no tronco simpático para fazer
sinapse com um neurónio pós-
simpático de um gânglio paravertebral
mais baixo;
3. Entrar e fazer sinapse imediatamente
com um neurónio pós-sináptico do
gânglio paravertebral naquele nível.
4. Atravessar o tronco simpático sem
fazer sinapse, continuando através de
um nervo esplénico abdominopelvico
para chegar a gânglios paravertebrais.
As fibras pré-sinápticas são responsáveis
pela inervação autónoma: cabeça, tronco, parede do corpo, membros e
cavidade torácica. Já as fibras pós-sinápticas inervam também cabeça,
tronco, membros e parede do corpo. Estas fibras seguem os gânglios
paravertebrais anteriores, para ramos adjacentes dos nervos especiais
através de ramos comunicantes cinzentos (sem bainha de mielina). Desta
forma, entram todos nos 31 pares de nervos espinais para estimular vasos
sanguíneos (vasomotricidade) e estimular músculos erectores dos pêlos –
piloerecção (pode causar sudorese). As fibras simpáticas pós sinápticas
executam funções na cabeça pois possuem os corpos celulares no gânglio
cervical superior.
NOTA:
Neurónios pré-sinápticos----------> T1-T12 e
L1-L2/L3
O sistema nervoso simpático atinge praticamente todas as partes do corpo,
com a rara excepção do tecido avascular, como cartilagens e unhas. Com
Excepção:
Vasos coronários e dos músculos esqueléticos após uma inervação
simpática os vasos sofrem dilatação.
Sensibilidade visceral:
Os reflexos viscerais controlam a pressão arterial e a bioquímica mediante a
alteração de funções como frequência cardíaca e respiratória e resistência
vascular. A sensibilidade visceral que atinge um nível consciente,
geralmente é mal localizada ou é uma forma de cólica ou náusea. Mas uma
estimulação adequada pode sentir-se o verdadeiro problema através de:
distensão súbita, espasmos e contracções fortes, irritações químicas,
estimulação mecânica quando o órgão é activo e distúrbios patológicos (ex:
isquemia). A maioria dos impulsos de dor visceral seque em direcção central
ao longo das fibras aferentes viscerais que acompanham as fibras
simpáticas.
NOTA:
Aferente – sensitivo
Eferente - motor
passam pelos feixes que estão situados na margem lateral do cordão lateral
da espinal medula, o feixe espinho cerebelar dorsal e o feixe espinho
cerebelar central, para a transmissão da via sensitiva muscular consciente.
Os neurónios que aproveitam o feixe espinho cerebelar dorsal são neurónios
que têm os seus núcleos na região da haste posterior de substancia
cinzenta da espinal medula principalmente através do núcleo dorsal. A nível
do tórax estão muito bem organizados, na região cervical e lombar não quer
dizer que não existam, só não esta organizados como na região torácica.
Tendo o núcleo ao nível da haste posterior vão-se colocar no feixe
cerebeloso directo/espinho cerebelar posterior, este feixe entra no cerebelo
ao nível dos pedúnculos cerebelares anterior, ou seja, situa-se perto dos
corpos restiformes e entra no cerebelo através dos pedúnculos cerebelares
inferiores. Em relação ao núcleo do feixe espinho cerebelar central ou feixe
de Gower, este é também uma via de transporte de vias sensitivas
musculares inconsciente, mas esta informação já está mais relacionada com
o feixe de Gower (coloca-se ao pé da oliva no bulbo raquidiano, atravessa a
região da ponte até os pedúnculos cerebrais, o topo deste feixe encontra-se
ao nível dos tubérculos quadrigémios anteriores) com o núcleo rubro com o
cerebelo, e este é a sede da parte sensitiva da postura e o núcleo rubro é a
sede da parte motora da postura. Então este feixe de Gower dirige-se
primeiro para a região do núcleo rubro – pedúnculos cerebrais – parte dessa
informação fica no núcleo rubro e outra parte dirige-se para o cerebelo. No
entanto alguma das decisões a nível postural não são tomadas
exclusivamente pelo cerebelo mas podem ser tomadas automaticamente
pelo núcleo rubro – uma via bastante mais eficiente a via que apanha a
região do núcleo rubro.
Algumas vias específicas da via sensitiva - via da temperatura – esta via não
é completamente compreensível, a via mais comum é uma via que tem
origem na haste posterior da espinal medula para pela fissura branca pelo
lado contra-lateral para se colocarem novamente no feixe do Gower.
Algumas destas fibras que são constituídas por neurónios fazem também
sinapses a nível do tálamo. As decisões relacionadas com a integração
desta informação correspondente a temperatura (externa) normalmente
chegam ao tálamo, a informação do que fazer nesta situação. No entanto a
decisão nesses casos é uma decisão que
é tomada imediatamente – parte reflexa,
estes mecanismos não são
perfeitamente identificáveis. Quando se
põe a mão numa panela a ferver, a
reacção de tirar de lá a mão verificou-se
na substância gelatinosa de rolando.
Normalmente estas decisões nem saem
da espinal medula, é transmitido para a
espinal medula a informação, que chega
a substância cinzenta e sai
imediatamente pela via motora. No
entanto apesar de não se saber bem que
Bulbo raquidiano
Continuo inferiormente com a espinal medula e superiormente com a
protuberância anelar ou ponte de Varólio.
Ponte de Varólio:
Esta na transição entre o bulbo raquidiano e os pedúnculos cerebrais. Esta
parece uma ponte entre os dois hemisférios cerebelares (direito e
esquerdo). Ou seja, em princípio farão a comunicação entre eles, através da
ponte de Varólio. Também vai ter a obrigação de transportar neurónios
desde o bulbo raquidiano para os pedúnculos cerebrais e vice-versa. O sulco
basilar que vai se inserir a artéria basilar. As raízes do nervo trigémeo, uma
raiz mais fina (sensitiva) e uma mais espessa (motora), emergem a nível da
ponte de Varólio (face anterior).
Configuração interna:
Parte posterior da ponte de Varólio encontra-se o quarto ventrículo, de
forma triangular. Nesta massa difusa de substancia branca e de substancia
cinzenta. Existem 3 tipos de fibra na substancia branca: fibras
transversais – são aquelas que passam do hemisfério cerebelar direito para
o esquerdo e vice-versa (direcção transversal); fibras intercerebelosas, que
fazem a comunicação entre o cerebelo do lado direito e o esquerdo; ainda
algumas fibras vinda do cerebelo, vão-se unir a neurónios que estão na
ponte de Varólio (cerebelo ponticas). Fibras longitudinais estão presentes
em quatro regiões, fazem união entre estruturas do bulbo raquidiano e de
estruturas do pedúnculo cerebelar (as fibras do fascículo piramidal e o
fascículo genicular). Cinta de Reil, é precisamente o local onde o feixe
cuneiforme e o feixe grácil iriam colocar os seus neurónios para
conseguirem atravessar a região da ponte. Posterior e interiormente nas
margens do quarto ventrículo está a cinta longitudinal posterior. Nesta cinta
estarão o feixe de Gower e os feixes do fascículo fundamental do cordão
antero-lateral. As fibras restiformes vêm do cordão antero-lateral aproveita
para se curvar em direcção lateral, mas que na realidade acabam todas elas
por ir parar a cinta longitudinal posterior. Substância cinzenta é
Cerebelo
O quarto ventrículo é uma das cavidades que constitui o sistema
ventricular. Situa-se entre a ponte de Varólio, cerebelo e bulbo raquidiano.
O cerebelo encontra-se mais posteriormente a região da ponte de Varólio e
também mais posteriormente ao bulbo raquidiano. Tem uma relação
indirecta com lóbulo occipital externo. Recebe o nome de cerebelo pelo
facto de parecer um cérebro pequeno. Está separado do bulbo raquidiano e
da ponte de Varólio por causa do quarto ventrículo. Considera-se que o
cerebelo constitui o tecto do quarto ventrículo.
O cerebelo possui duas faces e uma circunferência. A face superior que é
uma face que esta dirigida para o lóbulo occipital externo do cérebro, mas
tem uma relação indirecta com este lóbulo. Este apresenta dois hemisférios
cerebelares, um do lado esquerdo e outro do lado direito, em que na linha
média é como uma união entre os dois hemisférios, sendo atribuído o verme
do cerebelo. Este verme encontra-se em cima do lóbulo médio do cerebelo.
A face inferior direito tem uma estrutura quando idêntica a superior, tem
dois hemisférios: um esquerdo e outro direito, e na linha média encontra-se
novamente o verme cerebelar. Esta parte inferior do cerebelo apresenta
uma chanfradura cerebelar mediana que corresponde a escavação que os
dois hemisférios fazem. Na união dos hemisférios, nos 2/3 posteriores, há
uma região mais ampla aproximadamente na linha média, e esta zona vai-
se designar de pirâmides de Malacarne. Anteriormente as pirâmides de
Malacarne podem encontrar a região da úvula. Tanto a úvula como as
pirâmides de Malacarne situam-se no verme do cerebelo, logo estas nomes
são regiões destes, que permitem diferenciar as faces do cerebelo. São
todas estas regiões que permitem diferenciar as partes do cerebelo. Se
seguirmos pelo cerebelo em direcção ao quarto ventrículo, perto do quarto
ventrículo estará presente a válvula de Tarin ou véu medular inferior (ou
posterior). Já a circunferência que constituí a forma do cerebelo apresenta
duas chanfraduras. Há uma chanfradura mais anterior - chanfradura
semilunar - e outra mais posterior e talvez mais profunda – chanfradura
marsupial. O cerebelo apresenta sulcos, o que o torna irregular, dai ser
designado por cérebro pequeno pelos primeiros anatomistas.
Os chamados sulcos de primeira ordem é que vão dar esse relevo quer pela
parte superior quer pela parte inferior. Na proximidade do quarto ventrículo
situa-se o flóculo do nervo vago ou flóculo do lado esquerdo, esta
cerebelar esquerdo quer no direito, e este núcleo vai ser designado como
núcleo dentado porque tem a forma de dentes. Na proximidade do núcleo
dentado ou oliva cerebelosa, vão-se encontrar os núcleos paraolivares (que
estão a periferia). O mais próximo desta oliva terá a forma de êmbolo e por
esta razão atribui-se o nome de núcleo emboliforme. Já mais próximo do
verme, encontram-se dois núcleos rubosos, e no lóbulo médio do cerebelo
estão situado os núcleos fastigiais. As fibras cerebelos dirigem-se para a
substancia cinzenta central do cerebelo que na maior parte dos casos
terminam no núcleo dentado.
A substancia branca que se encontra na profundidade do cerebelo o aspecto
desta é muito diferente.
O cerebelo tem a principal função de coordenação motora como o equilíbrio.
No entanto se relacionarmos as relações com o a ponte de Varólio e o bulbo
raquidiano pode-se considerar também, que em toda região do tronco os
núcleos são responsáveis pela respiração, motricidade, etc. O cerebelo se
relaciona com o resto do sistema nervoso através de 3 vias apenas:
pedúnculo cerebeloso inferior que tem relação com a face posterior do
bulbo raquidiano; Pedúnculo cerebeloso médio estabelecesse
essencialmente a relação e conexão entre o cerebelo e a ponte de Varólio; o
pedúnculo cerebeloso superior vai estabelecer ligação entre o cerebelo
entre os pedúnculos cerebrais. Na organização dos pedúnculos não é muito
evidente, pode-se diferenciar o inferior dos restantes, mas o superior e o
médio estão extremamente próximos. O pedúnculo cerebeloso superior
mantém a união entre os dois pedúnculos superiores, encontra-se uma
comissura entre os dois pedúnculos superiores de ambos os lados do
cerebelo. Essa comissura será designada por válvula de Vieussens. Esta
válvula também tem relação com o quarto ventrículo, fica extremamente
próximo do ângulo superior do quarto ventrículo (em forma de losango).
Esta válvula faz parte do tecto do quarto ventrículo e algumas fibras do
pedúnculo cerebeloso superior cruzam por esta válvula.
Vias aferentes vêm para o para o sistema nervoso central, e vias eferentes
saem do sistema nervoso central. As aferencias são essencialmente
sensitivas e as eferencias são motoras. No caso do cerebelo as vias
aferentes podem ter várias origens, podem vir da espinal medula, do bulbo
raquidiano, da ponte de Varólio ou do núcleo vestibular. No caso da origem
medular estarem em contacto com o cerebelo através do espinho-cerebelar
central cerebelar posterior ter relação com o feixe espinho-cerebelar
posterior (o feixe cerebeloso directo ou espinho-cerebelar dorsal). Na de
origem bulbar, mas tem a sua origem na oliva cerebelosa - núcleo olivar
inferior – um conjunto de neurónios dirige-se para a região do cerebelo.
Estas fibras vão ser designadas de fibras olivares. As fibras da ponte de
Varólio ou cerebelo pontinas (ponto-cerebelosas) têm origem na ponte e
vão para o cerebelo. Têm origem no núcleo vestibular e o núcleo hipoglosso.
As fibras eferentes, as fibras que saem do cerebelo para outras regiões,
para o SNC, SN periférico. O fascículo mas superior aquele que se vais dirigir
através do pedúnculo cerebelar superior e serão chamados: fascículo
cerebelo talâmico, fascículo cerebelo púbico. No pedúnculo cerebral está o
Quarto ventrículo
É uma estrutura do sistema reticular da parte craniana do sistema nervoso
central. São cisternas que têm uma dimensão suficiente para serem
considerados ventrículo e não apenas canais. Na região craniana o canal do
ependimo termina ao nível do bulbo raquidiano. O líquido cefaloraquidiano
que se encontra no interior das estruturas do sistema nervoso central vai-se
encontrar em cisternas, que se vai atribuir o nome de ventrículos. Vamos
encontrar alguns na porção craniana e na região do tronco cerebral, o
sistema ventricular que está presente, é precisamente designado como
quarto ventrículo. Este quarto ventrículo apresenta uma forma de um
losango com um ângulo superior, um ângulo inferior e dois ângulos laterais.
Terá uma parede que corresponde a parede posterior do tronco cerebral, ou
seja, corresponde a face posterior da ponte e do bulbo raquidiano pela
forma vai-se atribuir o nome de soalho. E uma parede que corresponde a
parte anterior do cerebelo e que se vai designar de tecto do quarto
ventrículo. A designação de soalho e tecto não parece muito evidente, pelo
facto de não se encontrar num plano longitudinal puro, o ventrículo tem
uma posição inclinada, ligeiramente oblíquo e desta forma. Logo aquilo que
deveria ser face anterior (parece do tronco cerebral) passa-se a chamar de
soalho e a face posterior (parede de cerebelo) irá chamar-se de tecto.
Em relação ao soalho do quarto ventrículo apresenta no fundo duas
metades, uma metade superior é um pouco mais extensa que a metade
NOTA:
O giro para-hipocampal se liga posteriormente ao giro do cíngulo através
de um giro estreito, o istmo do giro do cíngulo.
Lobo Parietal
Na face superior e lateral do cérebro apresenta dois sulcos principais:
a. sulco pós-central: quase paralelo ao sulco central, é frequentemente
dividido em dois segmentos, que podem estar mais ou menos
distantes um do outro.
b. sulco intraparietal: muito variável e geralmente perpendicular ao pós-
central, com o qual pode estar unido, estende-se para trás para
terminar no lobo occipital.
Entre o sulco central e o pós-central fica o giro pós-central, onde se localiza
uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica. O
sulco intraparietal separa o lóbulo parietal superior do lóbulo parietal
inferior. Neste último descrevem-se dois giros: o giro supramarginal,
curvado em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o
giro angular, curvado em torno da porção terminal e ascendente do sulco
temporal inferior.
Na face medial existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o
parietal:
a. sulco do corpo caloso: começa abaixo do rostrum do corpo caloso,
contorna o tronco e o esplênio do corpo caloso, onde continua, já no
lobo temporal, com o sulco do hipocampo.
b. sulco do cíngulo: tem curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual
é separado pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente dividindo-se
em dois ramos: o ramo marginal, que se curva em direcção à
margem superior do hemisfério, e o sulco subparietal, que continua
posteriormente.
Destacando-se do sulco do cíngulo em direcção à margem superior do
hemisfério, existe quase sempre o sulco paracentral, que delimita com o
sulco do cíngulo e seu ramo marginal, o lóbulo paracentral, assim
denominado em razão de suas relações com o sulco central, cuja
extremidade superior termina aproximadamente no seu meio.
Acima do corpo caloso temos o giro do cíngulo; mais acima temos, de trás
para diante, o pré-cuneus, o lóbulo paracentral e a face medial do giro
frontal superior.
Lobo Occipital
Na face superior e lateral do cérebro o lobo occipital ocupa uma porção
relativamente pequena, onde apresenta pequenos sulcos e giros
inconstantes e irregulares. Um importante desses inconstantes e variáveis
sulcos é um sulco em meia-lua, o sulco lunatus.
Na face medial apresenta dois sulcos importantes:
a. sulco calcarino: inicia-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem um
trajecto arqueado em direcção ao pólo occipital.
b. sulco parietoccipital: muito profundo, separa o lobo occipital do
parietal e encontra em ângulo agudo o sulco calcarino.
Entre o sulco parietoccipital e o sulco calcarino, situa-se o cúneus, giro
complexo, de forma
triangular. Adiante do
cúneus, por conseguinte
já no lobo parietal temos
o pré-cuneus. Abaixo do
sulco calcarino situa-se o
giro occípito-temporal
medial, que continua
anteriormente com o
giro para-hipocampal, já
no lobo temporal.
O cérebro é a maior
parte do encéfalo,
constituinte de
expansões do
prosencéfalo, situado na
fossa anterior e média do crânio, muitos autores são da opinião que
possuímos dois cérebros, um direito e um esquerdo, já que o cérebro é
dividido em dois hemisférios. Esse conjunto, denominado cérebro possui
duas grandes divisões: o diencéfalo (uma porção mais medial, central) e
outra, mais periférica, maior, observada nas espécies mais desenvolvidas,
como nos humanos, trata-se do telencéfalo. Observamos nos animais
inferiores, um cérebro mais primitivo, equivalente ao nosso tronco
encefálico. Na medida que vamos evoluindo, observamos a formação
telencefálica, sendo os lobos temporais, estruturas que originaram-se
centralmente e descenderam lateralmente, sendo as mais afectadas nos
traumatismos cranianos.
Diencéfalo
O diencéfalo consiste no III ventrículo, e nas estruturas que formam sua
parede. Posteriormente o III ventrículo se estende até o aqueduto
mesencefálico e, anteriormente, até o forame interventricular ou forame de
Monro.
O III ventrículo é uma estreita fenda, ímpar, mediana, que comunica-se com
os ventrículos laterais pelo forame interventricular (Monro) e com o IV
Fissura inter-
hemisférica
Corpo
Tálamo caloso
óptico
PutamAderência
eintertalámica
Núcleo
lentifor
Globo
me
pálido
Lobo insular
Núcleo
caudado
NOTA:
Corpo estriado
Meninges
Se por algum motivo se perder algum liquido cefaloraquidiano quer
internamente ou na periferia é evidente que o SNC vai sofrer outro sentido
de pressão. A forma como o liquido cefaloraquidiano se mantém em
proximidade com o SNC decorre da presença de três membranas que
envolvem o SNC que tem o nome de meninges. A camada mais externa das
meninges tem o nome de dura-máter, uma camada intermédia com o nome
de aracnóide e uma mais interna a piamater. A perfuração de uma destas
meninges é potencialmente letal. Uma meninge pode ser lesada devido a
uma infecção o que pode ser muito perigoso porque está muito perto do
SNC, pois a principal protecção do SNC são as meninges. A piamater
encontra-se em adesão com as estruturas do SNC. A dura-máter devido a
ser mais externa e normalmente mais resistente. Na região da coluna
vertebral também vai apresentar a dura-máter a periferia aderida camada
Dura-máter
A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada.
Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou
qualquer sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, que é
responsável pela maioria das dores de cabeça.
Pregas da dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter
destaca-se do externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana
em compartimentos que se comunicam amplamente. As principais pregas
são:
• Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que
ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois
hemisférios.
• Tenda do cerebelo: projecta-se para diante como um septo
transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do
cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo
a cavidade craniana em um compartimento superior, ou
supratentorial, e outro inferior, ou infratentorial. A borda anterior
livre da tenda do cerebelo, denominada incisura da tenda, ajusta-se
ao mesencéfalo.
• Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da
tenda do cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares.
• Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que fecha
superiormente a sela túrcica, deixando apenas um orifício de
passagem para a haste hipofisiária.
Aracnóide-máter
• Cisternas subaracnóideas: a aracnóide justapõe-se à dura-máter e
ambas acompanham apenas grosseiramente o encéfalo e a sua
superfície. A pia-máter adere intimamente a esta superfície que
acompanha os giros, os sulcos e depressões. Deste modo, a distância
Nervos cranianos
Nervo olfactório (NC I)
Tem a função sensitiva – olfacto. Os corpos celulares dos neurónios
receptores olfactivos (também são condutores) estão localizados no órgão
olfactório que está localizado no tecto da cavidade nasal, ao longo do septo
nasal e da parede medial da concha nasal superior. As superfícies apicais
dos neurónios possuem cílios olfactórios do epitelio. As superfícies basais
dos neurónios receptores bipolares da cavidade nasal de um lado dão
origem aos processos centrais reunidos aproximadamente 20 filamentos do
nervo olfactório (direito ou esquerdo) – atravessam a lâmina cribriforme (do
etmóide) e entram no bulbo olfactório (na fossa anterior do crânio). Esta
lâmina está em contacto com a superfície inferior cerebral.
Dorsalmente aos
Núcleo motor visceral 2/3 rostrais do
acessório núcleo motor
somático
Percurso:
NOTA:
O nervo mandibular (NC V3) inerva os M. da mastigação, milo-hioideo,
ventre anterior do M. digástrico, tensor do véu palatino e tensor do
tímpano (derivado 1º arco faríngeo).
sinaps
Fibras parassimpáticas Gânglios
es
NOTA:
Sensitivo geral: algumas fibras do gânglio geniculado suprem uma
pequena área da pele da concha da orelha, perto do meato acústico
externo.
Paladar: As fibras conduzidas pelo nervo corda do tímpano unem-se
ao nervo lingual para conduzir a sensibilidade gustativa de 2/3
anteriores da língua e do palato mole.
Sistema circulatório
O sangue sob muita pressão deixa o coração e é distribuído pelo corpo
através de artérias ramificadas. Os vasos de distribuição final – arteriolas –
levam o sangue oxigenado para os capilares. Os capilares formam um leito
capilar, onde ocorre troca de oxigénio, nutrientes, resíduos e outras
substâncias com líquido extracelular. A maioria dos vasos do sistema
circulatório possui 3 camadas: túnica intima que é um revestimento interno
formado por uma única camada de células epiteliais extremamente
achatadas – endotélio – sustentado por tecido conjuntivo; túnica média é
uma camada intermediária que consiste basicamente em músculo liso e a
túnica externa que consiste numa bainha externa de tecido conjuntivo. A
túnica média é mais variável. As artérias veias e vasos linfáticos são
distinguíveis pela espessura dessa camada em relação ao tamanho da luz e
também podem variar na quantidade de fibras elásticas.
Artérias
Conduzem o sangue que sai do coração e distribuem-no para o corpo. Há
uma mudança gradual das características morfológicas das artérias. As
grandes artérias elásticas (artérias condutoras) possuem muitas camadas
elásticas em suas paredes. Sua elasticidade permitem que se expandam
quando o coração contrai, minimizando a mudança de pressão e retornam
ao tamanho normal entre as contracções cardíacas. As artérias musculares
médias (artérias distribuidoras) têm paredes constituídas principalmente por
fibras musculares lisas dispostas de forma circular. As contracções pulsáteis
de suas paredes musculares contraem suas luzes de forma temporária e
rítmica em sequencia progressiva, propelindo e distribuindo o sangue para
as várias partes do corpo. As pequenas artérias ou arteriolas possuem luzes
relativamente estreitas e paredes musculares espessas.
Vascularicação coração
A irrigação do coração é assegurada pelas artérias coronárias e pelo seio
coronário. As artérias coronárias são duas, uma direita e outra esquerda.
Elas têm este nome porque ambas percorrem o sulco coronário e são as
duas originadas da artéria aortas. Esta artéria, logo depois da sua origem,
dirige-se para o sulco coronário percorrendo-o da direita para a esquerda,
até ir se anastomosar com o ramo circunflexo, que é o ramo terminal da
artéria coronária esquerda que faz continuação desta circundado o sulco
coronário. A artéria coronária direita: da origem a duas artérias que vão
irrigar a margem direita e a parte posterior do coração, são ela artéria
marginal direita e artéria interventricular posterior. A artéria coronária
esquerda, de início, passa por um ramo por trás do tronco pulmonar para
atingir o sulco coronário, evidenciando-se nas proximidades do ápice da
aurícula esquerda.
Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e um ramo
circunflexo que da origem a artéria marginal esquerda. Na face
diafragmática as duas artéria se anastomosam formando um ramo
circunflexo. O sangue venoso é colectado por diversas veias que
desembocam na veia magna do coração, que inicia ao nível do ápice do
coração, sobe o sulco interventricular anterior e segue o sulco coronário da
esquerda para a direita passando pela face diafragmática, para ir
desembocar no átrio direito. A porção terminal deste vaso, representada por
Veias
As veias normalmente reconduzem o sangue desoxigenado (venoso) dos
leitos capilares para o coração, o que confere as veias uma aparência azul-
escura. As grandes vais pulmonares são atípicas porque conduzem sangue
bem oxigenado dos pulmões para o coração. Normalmente as veias não
pulsam e não ejectam nem jorram sangue quando seccionadas. Existem
três tamanhos de veias: as venulas drenam os leitos dos capilares e unem-
se a vasos semelhantes para formarem pequenas veias; as veias médias
drenam os plexos venosos, e acompanham as artérias médias, nos
membros e em alguns outros locais a força da gravidade se opõe ao fluxo
sanguíneo em direcção ao coração, mas não na direcção inversa. Existem
também as grandes veias e estas são caracterizadas por largos feixes de
Seios da dura-máter:
São verdadeiros túneis escavados na membrana dura-máter. Esta, é a
membrana mais externa das meninges. Estes canais são forrados por
endotélio. Os seios da dura-máter podem ser divididos em seis ímpares e
sete pares.
SEIOS ÍMPARES (6): são três relacionados com a calvária craniana e três
com a base do crânio.
Seios da calvária craniana:
• Seio sagital superior: situa-se na borda superior e acompanha a foice
do cérebro em toda sua extensão.
• Seio sagital inferior: ocupa dois terços posteriores da borda inferior da
parte livre da foice do cérebro.
• Seio reto: situado na junção da foice do cérebro com a tenda do
cerebelo.
• Anteriormente recebe o seio sagital inferior e a veia magna do
cérebro (que é formada pelas veias internas do cérebro) e
posteriormente desemboca na confluência dos seios.
Seios da base do crânio:
• Seio intercavenoso anterior: liga transversalmente os dois seios
cavernosos. Situado na parte superior da sela túrsica, passando
diante e por cima da hipófise.
• Seio intercavernoso posterior: paralelo ao anterior, este liga os dois
seios cavernosos, passando por trás e acima da hipófise.
• Plexo basilar: é um plexo de canais venosos que se situa no clivo do
occipital.
• Este plexo desemboca nos seios intercavernoso posterior e petrosos
inferiores (direito e esquerdo).
SEIOS PARES: são situados na base do crânio.
• Seio esfenoparietal: ocupa a borda posterior da asa menor do osso
esfenóide.
• Seio cavernoso: disposto no sentido ântero-posterior, ocupa cada lado
da sela túrsica.
• Recebe anteriormente a veia oftálmica, a veia média profunda do
cérebro e o seio esfenoparietal e, posteriormente, se continua com o
seios petrosos superior e inferior.
• Seio petroso superior: estende-se do seio cavernoso até o seio
transverso, situa-se na borda superior da parte petrosa do temporal.
• Seio petroso inferior: origina-se na extremidade posterior do seio
cavernoso, recebe parte do plexo basilar, indo terminar no bulbo
superior da veia jugular interna.
• Seio transverso: origina-se na confluência dos seios e percorre o sulco
transverso do osso occipital, até a base petrosa do temporal, onde
recebe o seio petroso superior e se continua com o seio sigmóide.
• Seio sigmóide: ocupa o sulco de mesmo nome, o qual faz um
verdadeiro "S" na borda posterior da parte petrosa do temporal, indo
terminar no bulbo superior da veia jugular interna, após atravessar o
Tórax
Encontramos duas excepções principais:
• A primeira se refere ao seio coronário que se abre directamente no
átrio direito.
Sistema linfático
Embora o sistema linfático esteja presente na maior
parte do corpo, grande parte não é visível no cadáver,
este sistema é essencial para a sobrevivência.
Diariamente até 3 litros de líquido não são reabsorvidos
pelos capilares sanguíneos. Além disso parte da proteína
plasmática passa para os espaços extracelulares e o
material originado pelas células não pode atravessar a
parede dos capilares sanguíneos. Se houvesse uns
acúmulos desse material no espaço extracelular poderia
ocorrer uma osmose inversa, atraindo mais líquido para
esse espaço. Não há esse acumulo devido à existência
do sistema linfático, que mantém equilibrado o líquido no
espaço extracelular. O sistema linfático é constituído por:
plexos linfáticos, vasos linfáticos, linfa, linfonodos,
linfócitos e tecido linfóide. Os plexos linfáticos são redes
de capilares linfáticos que são formados por um
endotélio simples, assim é mais fácil para as proteínas plasmáticas,
bactérias, resíduos celulares ou até mesmo células inteiras passarem para
dentro destes plexos. Os vasos linfáticos são uma rede presente em quase
todo o corpo, com vasos de paredes finas com válvulas linfáticas
abundantes. Em indivíduos vivos, estes vasos destacam-se nos locais onde
se encontram as válvulas regularmente separadas conferindo ao sistema
linfático um aspecto de contas. Os vasos linfáticos não estão nos dentes, no
osso, na medula óssea e em toda a parte central do sistema nervoso. A linfa
é um líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido por
vasos linfáticos. Geralmente é transparente, aquosa e ligeiramente
amarelada. Os linfonodos são pequenas massas de tecido linfático situados
ao longo do trajecto dos vasos linfáticos nas quais a linfa é filtrada em seu
trajecto até ao sistema venoso. Os linfócitos são células circulantes do
sistema imunitário, que reagem contra materiais estranho. Os tecidos
linfóide são locais onde se produz linfócitos.
Os vasos linfáticos superficiais e profundos atravessam os linfonodos em
seu trajecto no sentido proximal, tornando-se maiores à medida que se
fundem com vasos que drenam regiões adjacentes. Os vasos linfáticos
maiores entram nos grandes vasos colectores, denominados troncos
linfáticos, que se unem para formar o ducto linfático direito ou o ducto
torácico. O ducto linfático direito drena a linfa do quadrante superior direito
do corpo. O ducto torácico drena a linfa restante do corpo. Os troncos
linfáticos que drenam a metade inferior do corpo fundem-se no abdómen,
algumas vezes formando um saco colector dilatado, a cisterna do quilo.
Outras funções do sistema linfático: absorção e transporte de gordura da
alimentação (ex: lácteos) e formação de um mecanismo de defesa para o
corpo (ex: quando há remoção de uma proteína estranha).
Pleuras e pulmões
Nariz
O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte
exterior denominada nariz externo e a escavação que apresenta
interiormente conhecida por cavidade nasal.
O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e
cuja a face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face. As faces
laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de
asa do nariz. O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas
chamadas narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e
esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal
separa essas duas cavidades. Os pêlos do interior das narinas filtram
grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a
cavidade nasal contêm células receptoras para o olfacto.
A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é
subdividida em dois compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada
compartimento dispõe de um orifício anterior que é a narina e um posterior
denominado coana. As coanas fazem a comunicação da cavidade nasal
com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja,
é filtrado, humedecido e aquecido. Na parede lateral da cavidade nasal
encontramos as conchas nasais (cornetos) que são divididas em superior,
média e inferior. O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal,
ossos nasais e maxilares. A cavidade nasal contém várias aberturas de
drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é drenado. Os seios
paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o
esfenoidal.
Faringe
A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no
pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às
vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e
revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e
alimento. É dividida em 3 regiões: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.
A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe, tem
as seguintes comunicações: duas com as coanas, dois óstios faríngeos das
tubas auditivas e com a orofaringe. A tuba auditiva se comunica com a
faringe através do ósteo faríngeo da tuba auditiva, que por sua vez conecta
a parte nasal da faringe com a cavidade média timpânica do ouvido. A parte
intermediária da faringe, a orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral e
estende-se do palato mole até o nível do hióide. A parte da orofaringe tem
comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o
alimento. A laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hióide, e
conecta-se com o esófago (canal do alimento) e posteriormente com a
laringe (passagem de ar). Como a parte oral da faringe, a laringofaringe é
uma via respiratória e também uma via digestiva.
Laringe
A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se
situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta
vértebra cervicais.
A laringe tem três funções:
• Actua como passagem para o ar durante a respiração;
• Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de
voz);
• Impede que o alimento e objectos estranhos entrem nas estruturas
respiratórias (como a traqueia).
A laringe desempenha função na produção de som, que resulta na fonação.
Na sua superfície interna, encontramos uma fenda ântero-posterior
denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega vestibular
(cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras).
Pulmões
A sua principal função é oxigenar o sangue colocando o ar inspirado bem
próximo do sangue venoso nos capilares pulmonares. Os pulmões em
pessoas vivas e saudáveis são normalmente leves, macios e esponjosos, e
ocupam totalmente as cavidades pulmonares. Também são elásticos e
retraem-se para aproximadamente 1/3 do tamanho original quando a
cavidade torácica é aberta. Os pulmões são separados um dos outros pelo
mediastino, ao qual estão fixados nas raízes dos pulmões – brônquios e
vasos associados (artérias e veias pulmonares, plexos pulmonares nervosos,
vasos linfáticos).
NOTA:
Antes da ramificação do
brônquio a configuração
geral é:
• Artéria pulmonar
superior à
esquerda;
• Veias pulmonares
superior e inferior,
mais interior e
mais inferior,
respectivamente;
• Brônquio
aproximadamente
ao meio do limite
posterior, com os
vasos brônquicos
imediatamente
NOTA:
O hilo do pulmão é uma área cuneiforme da superfície medial de cada
pulmão, o ponto no qual as estruturas que formam a raiz entram e saem
do pulmão. O hilo pode ser comparado à área da terra na qual as raízes
de uma planta penetram no solo,
Traqueia e brônquios
As paredes das vias aéreas são sustentadas por anéis de cartilagens hialina
em formato de ferradura que constitui a árvore traqueobrônquica.
O brônquio principal direito é mais calibroso, mais curto e mais vertical que
o brônquio principal esquerdo, porque entra directamente no hilo do
pulmão. O brônquio principal esquerdo segue ínfero-lateralmente, abaixo do
arco da aorta e anterior ao esófago e à aorta torácica, para chegar ao hilo
do pulmão.
Mediastino
O mediastino ocupado pela massa de tecido entre as cavidades pulmonares,
é o compartimento central da cavidade torácica. É coberto de cada lado
pela pleura mediastinal e contém todas as vísceras e estruturas torácicas,
excepto os pulmões. O mediastino estende-se da abertura superior do tórax
até ao diafragma inferiormente e do esterno e das cartilagens costais
anteriormente até os corpos das vertebrais torácicas posteriormente. Nos
indivíduos vivos é uma região muito móvel, porque consiste principalmente
em estruturas viscerais ocas unidas apenas por tecido conjuntivo frouxo,
frequentemente infiltrado com gordura. O mediastino também é circundado
vasos sanguíneos, linfáticos, linfonodos, nervos e gordura. Para fins de
descrição, o mediastino é artificialmente dividido em parte superior e
inferior. O mediastino superior estende-se inferiormente da abertura
superior do tórax até o plano horizontal que inclui o ângulo esternal
anteriormente e passa aproximadamente através da junção das vértebras
T4 e T5 posteriormente, frequentemente definido como plano transverso do
tórax. O mediastino inferior situado entre este plano e o diafragma. O
Pericárdio
O mediastino médio inclui o pericárdio, o coração e as raízes de seus
grandes vasos – aorta ascendente, tronco pulmonares e Veia Cava Superior
– que entram e saem do coração. O pericárdio é uma membrana
fibrosserosa que cobre o coração e o inicio de seus grandes vasos. O
pericárdio é um saco fechado formado por duas camadas: camada externa
resistente, o pericárdio fibroso é contínua com o tendão central do
diafragma. A superfície interna do pericárdio fibroso é revestida por uma
membrana serosa brilhante – lâmina parietal do pericárdio seroso. Esta
lâmina é reflectida sobre o coração nos grandes vasos – aorta tronco e veias
pulmonares e, veias cavas superior e inferior – como a lâmina visceral do
pericárdio seroso. O pericárdio seroso é constituído essencialmente por
mesotélio, uma única camada de células achatadas que formam um epitélio
que reveste a superfície interna do pericárdio fibroso e a superfície externa
do coração.
Características do pericárdio fibroso:
• Continuo superiormente com a túnica adventícia dos grandes vasos
que entram e saem do coração e com a lâmina pré-traqueal da fáscia
cervical profunda;
• Fixado anteriormente à superfície posterior do esterno pelos
ligamentos esternopericardicos, que são muito variáveis em seu
desenvolvimento;
• Unido posteriormente por um tecido frouxo às estruturas no
mediastino posterior;
• É contínuo inferiormente com tendão central do diafragma.
A parede inferior do saco pericárdico fibroso encontra-se firmemente fixada
centralmente devido ao ligamento pericardicofrénico. O pericárdio fibroso
protege o coração contra o superenchimento súbito, porque é tão inflexível
quanto intimamente relacionado aos grandes vasos que o perfuram
superiormente. A aorta ascendente leva o pericárdio superiormente além do
coração até o nível do ângulo esternal. A cavidade pericárdica é um espaço
virtual entre as camadas opostas das lâminas parietal e visceral do
pericárdico seroso. Existe uma camada muito fina de líquido para não haver
atrito aquando o batimento cardíaco. A lâmina visceral do pericárdio seroso
constitui o Epicárdio (camada mais externa da parede cardíaca) – estende-
se sobre o inicio dos grandes vasos, tornando-se contínua com a lâmina
parietal do pericárdio e seroso, onde a aorta e o tronco pulmonar deixam o
coração, onde a VCS e VCI e veias pulmonares entram no coração. À medida
que as veias do coração se desenvolvem e se expandem, uma reflexão
pericárdica que as circunda forma o seio obliquo do pericárdio. Este está
aberto inferiormente.
Aurícula direita
O átrio esquerdo é uma cavidade de parede fina, com paredes posteriores e
anteriores lisas, que recebe o sangue já oxigenado; por meio de quatro
veias pulmonares. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo
esquerdo, através da valva bicúspide (mitral), que tem apenas duas
cúspides. O átrio esquerdo também apresenta uma expansão piramidal
chamada aurícula esquerda.
Ventrículo esquerdo
O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração. No óstio atrioventricular
esquerdo, encontramos a valva atrioventricular esquerda, constituída
apenas por duas laminas denominadas cúspides (anterior e posterior). Essas
valvas são denominadas bicúspides. Como o ventrículo direito, também tem
trabéculas carnosas e cordas tendíneas, que fixam as cúspides da valva
bicúspide aos músculos papilares. O sangue passa do átrio esquerdo para o
ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular esquerdo onde localiza-
se a valva bicúspide (mitral). Do ventrículo esquerdo o sangue sai para a
maior artéria do corpo, a aorta ascendente, passando pela valva aórtica -
constituída por três válvulas semilunares: direita, esquerda e posterior. Daí,
parte do sangue flui para as artérias coronárias, que se ramificam a partir
da aorta ascendente, levando sangue para a parede cardíaca; o restante do
sangue passa para o arco da aorta e para a aorta descendente (aorta
torácica e aorta abdominal). Ramos do arco da aorta e da aorta
descendente levam sangue para todo o corpo. O ventrículo esquerdo recebe
sangue oxigenado do átrio esquerdo. A principal função do ventrículo
esquerdo é bombear sangue para a circulação sistémica (corpo). A parede
ventricular esquerda é mais espessa que a do ventrículo direito. Essa
diferença se deve à maior força necessária para bombear sangue para a
circulação sistémica.
Ciclo cardíaco
Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um batimento
cardíaco. No ciclo cardíaco normal os dois átrios se contraem, enquanto os
dois ventrículos relaxam e vice-versa. O termo sístole designa a fase de
contracção; a fase de relaxamento é designada como diástole. Quando o
coração bate, os átrios contraem-se primeiramente (sístole atrial), forçando
o sangue para os ventrículos. Uma vez preenchidos, os dois ventrículos
contraem-se (sístole ventricular) e forçam o sangue para fora do coração.
Para que o coração seja eficiente na sua acção de bombeamento, é
necessário mais que a contracção rítmica de suas fibras musculares. A
direcção do fluxo sanguíneo deve ser orientada e controlada, o que é obtido
por quatro valvas já citadas anteriormente: duas localizadas entre o átrio e
o ventrículo - atrioventriculares (valva tricúspide e bicúspide); e duas
localizadas entre os ventrículos e as grandes artérias que transportam
sangue para fora do coração - semilunares (valva pulmonar e aórtica).
Complemento: As valvas e válvulas são para impedir este comportamento
anormal do sangue, para impedir que ocorra o refluxo elas fecham após a
passagem do sangue. Sístole é a contracção do músculo cardíaco, temos a
Sistema digestivo
Funções
• Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias
estranhas ditas alimentares, que asseguram a manutenção de seus
processos vitais.
Boca
A boca também referida como cavidade oral ou bucal é formada pelas
bochechas (formam as paredes laterais da face e são constituídas
externamente por pele e internamente por mucosa), pelos palatos duro
(parede superior) e mole (parede posterior) e pela língua (importante para o
transporte de alimentos, sentido do gosto e fala). O palato mole se estende
posteriormente na cavidade bucal como a úvula, que é uma estrutura com
forma de letra V e que está suspensa na região superior e posterior da
cavidade bucal. A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e
preparado para a digestão no estômago e intestino delgado. O alimento é
mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das glândulas salivares,
facilita a formação de um bolo alimentar controlável. A deglutição é iniciada
voluntariamente na cavidade da boca. A fase voluntária do processo
empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe – a parte expandida do
trato digestiva– onde ocorra a fase automática da deglutição.
A cavidade da boca consiste em duas partes: o vestíbulo da boca e a
cavidade própria da boca. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a
uma fenda entre os dentes e a gengiva e os lábios e as bochechas. A
cavidade própria da boca é o espaço entre os arcos dentais superior e
inferior. É limitada lateral e anteriormente pelos arcos alveolares maxilares
e mandibulares que alojam os dentes. O teto da cavidade da boca é
formado pelo palato. Posteriormente, a cavidade da boca se comunica com
a parte oral da faringe. Quando a boca está fechada e em repouso, a
cavidade da boca é completamente ocupada pela língua.
Dentes
Os dentes são estruturas cónicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula
e maxila que são usados na mastigação e na assistência à fala. Crianças
têm 20 dentes decíduos (primários ou de leite). Adultos normalmente
possuem 32 dentes secundários. Na época em que a criança está com 2
anos de idade, provavelmente já estará com um conjunto completo de 20
dentes de leite. Quando um adulto jovem já está com algo entre 17 e 24
anos de idade, geralmente está presente em sua boca um conjunto
completo de 32 dentes permanentes
Língua
A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da
fala, além de auxiliar na mastigação e deglutição dos alimentos. Localiza-se
no soalho da boca, dentro da curva do corpo da mandíbula. A raiz é a parte
posterior, por onde se liga ao osso hióide pelos músculos hioglosso e
genioglosso e pela membrana glossohióidea; à epiglote, por três pregas da
mucosa; ao palato mole, pelos arcos palato-glossos, e a faringe, pelos
músculos constritores superiores da faringe e pela mucosa. O ápice é a
extremidade anterior, um tanto arredondada, que se apoia contra a face
lingual dos dentes incisivos inferiores. A face inferior possui uma mucosa
entre o soalho da boca e a língua na linha mediana que forma uma prega
vertical nítida, o frênulo da língua. No dorso da língua encontramos um
sulco mediano que divide a língua em metades simétricas. Nos 2/3
anteriores do dorso da língua encontramos as papilas linguais. Já no 1/3
posterior encontramos numerosas glândulas mucosas e folículos linfáticos
(tonsila lingual).
• Papilas Linguais - são projecções do cório, abundantemente
distribuídas nos 2/3 anteriores da língua, dando a essa região uma
aspereza característica. Os tipos de papilas são: papilas valadas,
fungiformes, filiformes e simples.
• Músculos da Língua - a língua é dividida em metades por um septo
fibroso mediano que se estende por todo o seu comprimento e se fixa
inferiormente no osso hióide. Em cada metade há dois conjuntos de
músculos, extrínsecos e intrínsecos. Os músculos extrínsecos são:
genioglosso, hioglosso, condroglosso, estiloglosso e palatoglosso. Os
intrínsecos são: longitudinal superior, longitudinal inferior, transverso
e vertical.
Faringe
A faringe é um tubo que se estende da boca até o esófago. A faringe
apresenta suas paredes muito espessas devido ao volume dos músculos
que a revestem externamente, por dentro, o órgão é forrado pela mucosa
faríngea, um epitélio liso, que facilita a rápida passagem do alimento. O
movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da
deglutição. A deglutição é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a
faringe e o esófago.
Três estágios:
boca para o estômago leva 4-8 segundos; alimentos muito moles e líquidos
passam cerca de 1 segundo.
Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o interior do
esófago causa azia (ou pirose). A sensação de queimação é um resultado da
alta acidez do conteúdo estomacal.
O refluxo gastresofágico se dá quando o esfíncter esofágico inferior
(localizado na parte superior do esófago) não se fecha adequadamente após
o alimento ter entrado no estômago, o conteúdo pode refluir para a parte
inferior do esófago.
O esófago é formado por três porções:
• Porção Cervical: porção que está em contacto íntimo com a traqueia.
• Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do
brônquio esquerdo (mediastino superior, entre a traqueia e a coluna
vertebral).
• Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado,
formando nele a impressão esofágica.
Estômago
O estômago está situado no abdómen, logo abaixo do diafragma,
anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e a esquerda do
fígado. É parcialmente coberto pelas costelas. O estômago está localizado
no quadrante superior esquerdo do abdómen (Ver quadrantes abdominais
no menu principal), entre o fígado e o baço. O estômago é o segmento mais
dilatado do tubo digestivo, em virtude dos alimentos permanecerem nele
por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esófago e o
intestino delgado. A forma e posição do estômago são muito variadas de
pessoa para pessoa; o diafragma o empurra para baixo, a cada inspiração, e
o puxa para cima, a cada expiração e por isso não pode ser descrita como
típica. O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: cárdia, fundo,
corpo e piloro. O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do
ponto onde se faz a junção do esófago com o estômago. O corpo representa
cerca de 2/3 do volume total. Para impedir o refluxo do alimento para o
esófago, existe uma válvula (orifício de entrada do estômago - óstio cárdico
ou orifício esofágico inferior), a cárdia, situada logo acima da curvatura
menor do estômago. É assim denominada por estar próximo ao coração.
Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado
prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa válvula muscular,
um esfíncter chamado piloro (orifício de saída do estômago - óstio pilórico).
Pouco antes da válvula pilórica encontramos uma porção denominada antro-
pilórica. O estômago apresenta ainda duas partes: a curvatura maior (margem
esquerda do estômago) e a curvatura menor (margem direita do estômago).
Funções Digestivas
• Digestão do alimento
• Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestivas e ácido
hidroclorídrico como substâncias mais importantes.
• Secreção de hormona gástrica e factor intrínseco.
Intestino delgado
A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do
piloro até a junção iliocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino
grosso. O intestino delgado é um órgão indispensável. Os principais eventos
da digestão e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto sua
estrutura é especialmente adaptada para essa função. Sua extensão
fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda
muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades.
O intestino delgado retirado numa é de cerca de 7 metros de comprimento,
podendo variar entre 5 e 8 metros (o comprimento de intestino delgado e
grosso em conjunto após a morte é de 9 metros). O intestino delgado, que
consiste em duodeno, jejuno e íleo, estende-se do piloro até a junção
ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino grosso.
Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por
ter seu comprimento aproximadamente igual à largura de doze dedos (25
centímetros). É a única porção do intestino delgado que é fixa. Não possui
mesentérico. Apresenta 4 partes:
• Parte Superior ou 1ª porção - origina-se no piloro e estende-se até o
colo da vesícula biliar
• Parte Descendente ou 2ª porção - é desperitonizada.
Cólons
• Colo Ascendente – é a segunda parte do intestino grosso. Passa para
cima do lado direito do abdómen a partir do ceco para o lobo direito
do fígado, onde se curva para a esquerda na flexura direita do colo
(flexura hepática).
• Colo Transverso – é a parte mais larga e mais móvel do intestino
grosso. Ele cruza o abdómen a partir da flexura direita do colo até a
flexura esquerda do colo, onde curva-se inferiormente para tornar-se
colo descendente. A flexura esquerda do colo (flexura esplénica),
normalmente mais superior, mais aguda e menos móvel do que a
flexura direita do colo.
• Colo Descendente – passa retroperitonealmente a partir da flexura
esquerda do colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contínuo
com o colo sigmóide.
• Colo Sigmóide – é caracterizado pela sua alça em forma de “S”, de
comprimento variável. O colo sigmóide une o colo descendente ao
reto. A terminação das tênias do colo, aproximadamente a 15cm do
ânus, indica a junção reto-sigmóide.
O recto recebe este nome por ser quase rectilíneo. Este segmento do
intestino grosso termina ao perfurar o diafragma da pelve (músculos
levantadores do ânus) passando a se chamar de canal anal. O canal anal
apesar de bastante curto (3 centímetros de comprimento) é importante por
apresentar algumas formações essenciais para o funcionamento intestinal,
das quais citamos os esfíncteres anais. O esfíncter anal interno é o mais
profundo, e resulta de um espessamento de fibras musculares lisas
circulares, sendo consequentemente involuntário. O esfíncter anal externo é
constituído por fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente
em torno do esfíncter anal interno, sendo este voluntário. Ambos os
esfíncteres devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer.
Funções do Intestino Grosso
• Absorção de água e de certos eletrólitos;
• Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;
• Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);
• Eliminação de resíduos do corpo (defecação).
Peristáltismo
Ondas peristálticas intermitentes e bem espaçadas movem o material fecal
do ceco para o interior do colo ascendente, transverso e descendente. Á
medida que se move através do colo, a água é continuamente reabsorvida
das fezes, pelas paredes do intestino, para o interior dos capilares. As fezes
que ficam no intestino grosso por um período maior perdem o excesso de
água, desenvolvendo a chamada constipação. Ao contrário, movimentos
rápidos do intestino não permitem tempo suficiente para que ocorra a
reabsorção de água, causando diarreia.
Peritónio
pâncreas
O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático
que entra no duodeno através dos ductos pancreáticos, uma secreção
endócrina produz glucagon e insulina que entram no sangue. O pâncreas
produz diariamente 1200 – 1500ml de suco pancreático. O pâncreas é
achatado no sentido ântero-posterior, ele apresenta uma face anterior e
outra posterior, com uma borda superior e inferior e sua localização é
posterior ao estômago. O comprimento varia de 12,5 a 15cm e seu peso na
mulher é de 14,95g e no homem 16,08g.
O pâncreas divide-se em cabeça (aloja-se na curva do duodeno), colo, corpo
(dividido em três partes: anterior, posterior e inferior) e cauda.
Ducto Pancreático - O ducto pancreático principal começa na cauda do
pâncreas e corre para sua cabeça, onde se curva inferiormente e está
intimamente relacionada com o ducto colédoco. O ducto pancreático se une
ao ducto colédoco (fígado e vesícula biliar) e entra no duodeno como um
ducto comum chamado ampola hematopancreática.
O pâncreas tem as seguintes funções:
• Dissolver carboidrato (amilase pancreática);
• Dissolver proteínas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase e
elastáse);
• Dissolver triglicerídios nos adultos (lípase pancreática);
• Dissolver ácido nucléicos (ribonuclease e desoxirribonuclease).
Sistema urinário
Rim
Os rins são órgãos pares, em forma de grão de feijão, localizados logo acima
da cintura, entre o peritónio e a parede posterior do abdómen. Sua
coloração é vermelho-parda. Os rins estão situados de cada lado da coluna
vertebral, por diante da região superior da parede posterior do abdómen,
estendendo-se entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª vértebra
lombar. São descritos como órgãos retroperiotoneais, por estarem
posicionados por trás do peritónio da cavidade abdominal. Os rins são
recobertos pelo peritoneu e circundados por uma massa de gordura e de
tecido areolar frouxo. Cada rim tem cerca de 11,25cm de comprimento, 5 a
7,5cm de largura e um pouco mais que 2,5cm de espessura. O esquerdo é
um pouco mais comprido e mais estreito do que o direito. O peso do rim do
homem adulto varia entre 125 a 170g; na mulher adulta, entre 115 a 155g.
O rim direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo
devido ao grande tamanho do lobo direito do fígado. Na margem medial
côncava de cada rim encontra-se uma fenda vertical – o HILO RENAL – onde
a artéria renal entra e a veia e a pelve renal deixam o seio renal. No hilo, a
veia renal está anterior à artéria renal, que está anterior à pelve renal. O
hilo renal é a entrada para um espaço dentro do rim. O seio renal, que é
ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos e
uma variável quantidade de gordura. Cada rim apresenta duas faces, duas
bordas e duas extremidades.
Néfrons
O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do
rim. Cada rim contém cerca de 1 milhão de néfrons. A forma do néfron é
peculiar, inconfundível, e admiravelmente adequada para sua função de
produzir urina. O néfron é formado por dois componentes principais:
Corpúsculo Renal:
• Cápsula Glomerular (de Bowman);
• Glomérulo – rede de capilares sanguíneos enovelados dentro da
cápsula glomerular
Túbulo Renal:
• Túbulo contorcido proximal;
• Alça do Néfron (de Henle);
• Túbulo contorcido distal;
• Túbulo colector.
Glândulas supra-renais
As glândulas supra-renais (adrenais) estão localizadas entre as faces
supero-mediais dos rins e o diafragma. Cada glândula supra-renal, envolvida
por uma cápsula fibrosa e um coxim de gordura, possui duas partes: o
córtex e a medula supra-renal, ambas produzindo diferentes hormonas. O
córtex secreta hormonas essenciais à vida, enquanto que os hormonas
medulares não são essenciais para a vida. A medula da supra-renal pode ser
removida, sem causar efeitos que comprometem a vida. A medula supra-
renal secreta dois hormonas: epinefrina (adrenalina) e norepinefrina. Já o
córtex supra-renal secreta os esteróides.
Uréter
São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. Órgãos
pouco calibrosos, os ureteres têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm
de comprimento. Pelve renal é a extremidade superior do uréter, localizada
no interior do rim. Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o
uréter percorre por diante da parede posterior do abdómen, penetrando em
seguida na cavidade pélvina, abrindo-se no óstio do uréter situado no
assoalho da bexiga urinária. Em virtude desse seu trajecto, distinguem-se
duas partes do uréter: abdominal e pélvica. Os ureteres são capazes de
realizar contracções rítmicas denominadas peristaltismo. A urina se move
ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao peristaltismo.
Bexiga
A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o
armazenamento da urina. Quando vazia, a bexiga está localizada
inferiormente ao peritónio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia,
ela se eleva para a cavidade abdominal. É um órgão muscular oco, elástico
que, nos homens situa-se directamente anterior ao reto e, nas mulheres
está à frente da vagina e abaixo do útero. Quando a bexiga está cheia, sua
superfície interna fica lisa. Uma área triangular na superfície posterior da
bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono da bexiga e é sempre
lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os pontos de entrada dos dois
ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante clinicamente,
pois as infecções tendem a persistir nessa área. A saída da bexiga urinária
contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se contrai
involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo
esfíncter, envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo,
que controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de
urinar. A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800ml; é menor
nas mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da
bexiga.
Uretra
A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo,
sendo revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas
secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio
externo da uretra. A uretra é diferente entre os dois sexos.
Uretra Masculina
A uretra masculina estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária
até o orifício uretral externa na extremidade do pénis. Apresenta dupla
curvatura no estado comum de relaxamento do pénis. É dividida em três
porções: a prostática, a membranácea e a esponjosa, cujas as estruturas e
relações são essencialmente diferentes. Na uretra masculina existe uma
abertura diminuta em forma de fenda, um ducto ejaculatório.
Uretra Feminina
É um canal membranoso estreito estendendo-se da bexiga ao orifício
externa no vestíbulo. Está colocada dorsalmente à sínfise púbica, incluída
na parede anterior da vagina, e de direcção oblíqua para baixo e para
frente; é levemente curva, com a concavidade dirigida para frente. Seu
diâmetro, quando não dilatada, é de cerca de 6mm. Seu orifício externo fica
imediatamente na frente da abertura vaginal e cerca de 2,5cm dorsalmente
à glande do clítoris. Muitas e pequenas glândulas uretrais abrem-se na
uretra. As maiores destas são as glândulas parauretrais, cujos ductos
desembocam exactamente dentro do óstio uretral.