NP en Iso 19011 - 2019 Auditorias
NP en Iso 19011 - 2019 Auditorias
NP en Iso 19011 - 2019 Auditorias
NP EN ISO 19011
2019
Portuguesa
Linhas de orientação para auditorias a sistemas de gestão
(ISO 19011:2018)
ICS HOMOLOGAÇÃO
03.100.70; 03.120.20 Termo de Homologação n.º 48/2019, de 2018
O presente documento substitui a NP EN ISO 19011:2012
(Ed. 2)
CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
Versão portuguesa da EN ISO 19011:2018 CT 80 (APQ)
Versão portuguesa
Linhas de orientação para auditorias a sistemas de gestão
(ISO 19011:2018)
Leitfaden zur Auditierung von Lignes directrices pour l’audit des Guidelines for auditing
Managementsystemen systèmes de management management systems
(ISO 19011:2018) (ISO 19011:2018) (ISO 19011:2018)
A presente norma é a versão portuguesa da Norma Europeia EN ISO 19011:2018 e tem o mesmo estatuto que
as versões oficiais. A tradução é da responsabilidade do Instituto Português da Qualidade.
Esta norma europeia foi ratificada pelo CEN em 2018-06-18.
Os membros do CEN são obrigados a submeter-se ao Regulamento Interno do CEN/CENELEC que define as
condições de adoção desta norma europeia, como norma nacional, sem qualquer modificação.
Podem ser obtidas listas atualizadas e referências bibliográficas relativas às normas nacionais
correspondentes junto do Secretariado Central ou de qualquer dos membros do CEN.
A presente norma europeia existe nas três versões oficiais (alemão, francês e inglês). Uma versão noutra
língua, obtida pela tradução, sob responsabilidade de um membro do CEN, para a sua língua nacional, e
notificada ao Secretariado Central, tem o mesmo estatuto que as versões oficiais.
Os membros do CEN são os organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Antiga
República Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha,
Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta,
Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia, Suíça e Turquia.
CEN
Comité Europeu de Normalização
Europäisches Komitee für Normung
Comité Européen de Normalisation
European Committee for Standardization
2018 CEN Todos os direitos de exploração sob qualquer forma e por qualquer meio reservados
mundialmente para os membros do CEN
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Sumário Página
Preâmbulo nacional ..................................................................................................................................................... 2
Preâmbulo europeu ..................................................................................................................................................... 6
Introdução ....................................................................................................................................................................... 7
1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................................. 9
2 Referências normativas .......................................................................................................................................... 9
3 Termos e definições ................................................................................................................................................. 9
4 Princípios de auditoria ........................................................................................................................................ 13
5 Gestão de um programa de auditoria ............................................................................................................. 14
5.1 Generalidades .......................................................................................................................................................................... 14
5.2 Estabelecimento dos objetivos do programa de auditoria .................................................................................. 17
5.3 Determinação e avaliação dos riscos e oportunidades do programa de auditoria ................................... 17
5.4 Estabelecimento do programa de auditoria ............................................................................................................... 18
5.5 Implementação do programa de auditoria ................................................................................................................. 21
5.6 Monitorização do programa de auditoria .................................................................................................................... 25
5.7 Revisão e melhoria do programa de auditoria .......................................................................................................... 26
6 Condução de uma auditoria ............................................................................................................................... 27
6.1 Generalidades .......................................................................................................................................................................... 27
6.2 Início da auditoria .................................................................................................................................................................. 27
6.2.1 Generalidades....................................................................................................................................................................... 27
6.2.2 Estabelecimento de contacto com o auditado ....................................................................................................... 27
6.2.3 Determinação da exequibilidade da auditoria ....................................................................................................... 28
6.3 Preparação das atividades de auditoria ....................................................................................................................... 28
6.4 Condução das atividades de auditoria .......................................................................................................................... 31
6.5 Preparação e distribuição do relatório da auditoria .............................................................................................. 37
6.6 Encerramento da auditoria ................................................................................................................................................ 38
6.7 Condução do seguimento da auditoria ......................................................................................................................... 38
7 Competência e avaliação dos auditores ......................................................................................................... 38
7.1 Generalidades .......................................................................................................................................................................... 38
7.2 Determinação das competências de um auditor ...................................................................................................... 39
7.3 Estabelecimento dos critérios de avaliação de auditores .................................................................................... 43
7.4 Seleção do método adequado de avaliação de auditores...................................................................................... 44
7.5 Condução da avaliação de um auditor .......................................................................................................................... 45
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Preâmbulo europeu
A presente Norma (EN ISO 19011:2018) foi elaborada por colaboração entre o Comité Técnico
ISO/PC 302 “Guidelines for auditing management systems” e o CCMC*).
A esta norma europeia deve ser atribuído o estatuto de norma nacional, seja por publicação de um
texto idêntico, seja por adoção, o mais tardar em janeiro 2019, e as normas nacionais divergentes
devem ser anuladas, o mais tardar em janeiro 2019.
Pode acontecer que alguns elementos do presente documento sejam objeto de direitos de propriedade.
O CEN não é responsabilizado pela identificação de alguns ou de todos esses direitos.
A presente norma substitui a EN ISO 19011:2011.
A presente norma foi elaborada no âmbito de um mandato atribuído ao CEN pela Comissão Europeia e
pela Associação Europeia de Comércio Livre.
De acordo com o Regulamento Interno do CEN/CENELEC, a presente norma deve ser implementada
pelos organismos nacionais de normalização dos seguintes países: Alemanha, Antiga República
Jugoslava da Macedónia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia,
Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia,
Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia,
Suécia, Suíça e Turquia.
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Introdução
Desde que a segunda edição desta norma foi publicada em 2011, várias normas novas de sistemas de
gestão foram entretanto publicadas, sendo que muitas delas têm uma estrutura comum, requisitos de
base idênticos e termos e definições de base comuns. Daí resultou haver agora a necessidade de ter em
consideração um âmbito mais lato de auditoria a sistemas de gestão, bem como de proporcionar linhas
de orientação que sejam mais genéricas. Os resultados das auditorias podem proporcionar entradas
para a perspetiva analítica do planeamento do negócio e podem contribuir para a identificação de
necessidades e atividades de melhoria.
Uma auditoria pode ser conduzida de acordo com um conjunto de critérios de auditoria,
separadamente ou em combinação, incluindo mas não se limitando a:
requisitos definidos em uma ou mais normas de sistemas de gestão;
políticas e requisitos especificados por partes interessadas relevantes;
exigências estatutárias e regulamentares;
um ou mais processos de sistemas de gestão definidos pela organização ou por outras partes;
plano(s) de sistema(s) de gestão relativos à disponibilização de resultados específicos de sistemas
de gestão (p. ex. plano da qualidade, plano de projeto).
Esta norma proporciona orientações para organizações de todos as dimensões e tipos e para
auditorias de diversos âmbitos e escalas, incluindo as que são conduzidas por grandes equipas
auditoras, como é normal em organizações de maiores dimensões, e as que são conduzidas apenas por
um auditor, tanto em organizações de grandes como de pequenas dimensões. Estas orientações
deverão ser adaptadas conforme seja apropriado ao âmbito, à complexidade e à escala do programa de
auditoria.
Esta norma concentra-se nas auditorias internas (de primeira parte) e nas auditorias conduzidas pelas
organizações aos seus fornecedores externos e a outras partes interessadas externas (de segunda
parte). Esta norma pode ser igualmente útil para auditorias externas conduzidas para outros efeitos
que não sejam a certificação de um sistema de gestão por terceira parte. A ISO/IEC 17021-1
proporciona requisitos para a auditoria a sistemas de gestão para efeitos de certificação; a presente
norma pode proporcionar orientações adicionais úteis (ver o Quadro 1).
Para simplificar a legibilidade desta norma, foi dada preferência { forma singular “sistema de gestão”,
mas os leitores podem adaptar a implementação da orientação às suas próprias situações. Isto é
igualmente aplic|vel { utilização de “pessoa” e “pessoas”, “auditor” e “auditores”.
Pretende-se que esta norma seja aplicável a um vasto leque de utilizadores potenciais, incluindo
auditores, organizações que implementam sistemas de gestão e organizações que necessitam de
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2 Referências normativas
Não há referências normativas nesta norma.
3 Termos e definições
Para os fins da presente norma aplicam-se os seguintes termos e definições.
A ISO e IEC gerem bases de dados de terminologia cujo objetivo é a sua utilização como ferramenta de
normalização. Estão disponíveis nos seguintes endereços:
ISO Online browsing platform: https://www.iso.org/obp
IEC Electropedia: http://www.electropedia.org/
3.1 auditoria
Processo sistemático, independente e documentado para obter evidência objetiva (3.8) e respetiva
avaliação objetiva, com vista a determinar em que medida os critérios da auditoria (3.7) são
cumpridos.
NOTA 1 à secção: As auditorias internas, por vezes denominadas “auditorias de primeira parte”, são conduzidas por ou em
nome da própria organização.
NOTA 2 à secção: As auditorias externas incluem as auditorias de segunda e de terceira parte. As auditorias de segunda
parte são conduzidas por partes com interesse na organização, tais como clientes ou pessoas em seu nome. As auditorias de
terceira parte são conduzidas por organizações auditoras independentes, tais como as que proporcionam certificação/registo
de conformidade ou agências governamentais.
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[ISO 9000:2015, 3.13.5, modificado – a Nota 1 à secção foi modificada, a Nota 2 à secção foi
acrescentada]
[ISO 9000:2015, 3.13.7, modificado – a definição foi modificada e as Notas 1 e 2 à secção foram
acrescentadas]
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3.13 auditado
Organização a ser auditada na sua totalidade ou em algumas das suas partes.
[ISO 9000:2015, 3.13.12, modificado]
3.15 auditor
Pessoa que conduz uma auditoria (3.1).
[ISO 9000:2015, 3.13.15]
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NOTA 1 à secção: Conhecimentos específicos ou experiência qualificada no que diz respeito à organização, à atividade, ao
processo, ao serviço, ao produto, à disciplina a auditar, à língua ou à cultura.
NOTA 2 à secção: Um perito técnico não atua como auditor (3.15) no âmbito da equipa auditora (3.14).
3.17 observador
Pessoa que acompanha a equipa auditora (3.14) mas que não atua como auditor (3.15).
[ISO 9000:2015, 3.13.17, modificado]
3.19 risco
Efeito da incerteza.
NOTA 1 à secção: Um efeito é um desvio ao esperado - positivo ou negativo.
NOTA 2 à secção: A incerteza é o estado, ainda que parcial, de deficiência de informação, relacionado com a compreensão ou
conhecimento de um evento, sua consequência ou verosimilhança.
NOTA 3 à secção: O risco é frequentemente caracterizado por referência a potenciais eventos (como definido no
Guia ISO 73:2009, 3.5.1.3) e consequências (como definido no Guia ISO 73:2009, 3.6.1.3), ou a uma combinação destes.
NOTA 4 à secção: O risco é frequentemente expresso em termos de uma combinação das consequências de um evento
(incluindo alterações nas circunstâncias) com a verosimilhança (como definida no Guia ISO 73:2009, 3.6.1.1) de ocorrência
associada.
3.20 conformidade
Satisfação de um requisito (3.23).
[ISO 9000:2015, 3.6.11, modificado – a Nota 1 à secção foi eliminada]
3.22 competência
Aptidão para aplicar conhecimentos e saber-fazer para atingir resultados pretendidos.
[ISO 9000:2015, 3.10.4, modificado – as Notas à secção foram eliminadas]
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3.23 requisito
Necessidade ou expectativa expressa, geralmente implícita ou obrigatória.
NOTA 1 à secção: “Geralmente implícito” significa que é h|bito ou pr|tica comum para a organização e para as partes
interessadas que a necessidade ou expectativa em consideração esteja implícita.
NOTA 2 à secção: Um requisito especificado é um requisito que é expresso, p. ex. em informação documentada.
3.24 processo
Conjunto de atividades inter-relacionadas ou interatuantes que utiliza entradas para disponibilizar um
resultado pretendido.
[ISO 9000:2015, 3.4.1, modificado – as Notas à secção foram eliminadas]
3.25 desempenho
Resultado mensurável.
NOTA 1 à secção: O desempenho pode referir-se a constatações quantitativas ou qualitativas.
NOTA 2 à secção: O desempenho pode referir-se à gestão de atividades, a processos (3.24), a produtos, a serviços, a sistemas
ou a organizações.
3.26 eficácia
Medida em que as atividades planeadas são realizadas e atingidos os resultados planeados.
[ISO 9000:2015, 3.7.11, modificado – a Nota 1 à secção foi eliminada]
4 Princípios de auditoria
A atividade de auditoria é caracterizada por se basear num conjunto de princípios. Estes princípios
deverão ajudar a fazer da auditoria uma ferramenta eficaz e fiável de suporte às políticas e aos
controlos de gestão, ao proporcionar informação sobre a qual uma organização pode atuar para
melhorar o seu desempenho. A adesão a estes princípios é um pré-requisito para proporcionar
conclusões da auditoria que sejam relevantes e suficientes e para permitir que auditores, trabalhando
independentemente uns dos outros, cheguem a conclusões semelhantes em circunstâncias
semelhantes.
As orientações dadas nas Secções 5 a 7 baseiam-se nos sete princípios que se resumem a seguir.
a) Integridade: pilar do profissionalismo.
Os auditores e a(s) pessoa(s) responsável(eis) pela gestão do programa de auditoria deverão:
realizar o seu trabalho com ética, honestidade e responsabilidade;
iniciar atividades de auditoria apenas se forem competentes para o fazer;
realizar o seu trabalho de forma imparcial, isto é, permanecer justo e isento de influências em
todas as suas relações;
estar cientes de quaisquer influências que poderão ser exercidas sobre os seus juízos durante a
realização de uma auditoria.
b) Apresentação imparcial: obrigação de relatar com verdade e rigor.
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5.2
Estabelecimento
dos objetivos do
programa de
auditoria
5.3 Determinação
e avaliação dos 5.7 Revisão e
riscos e melhoria do
oportunidades do programa de
programa de auditoria
auditoria
5.4
Estabelecimento
do programa de
auditoria
5.5 5.6
Implementação Monitorização
do programa de do programa de
auditoria auditoria Secção 5
Secção 6
6.2 Início da
auditoria
6.5
Preparação e 6.6
distribuição Encerramento
do relatório da auditoria
da auditoria
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b) recursos, p. ex. prazos, equipamentos e/ou formação insuficientes para desenvolver o programa de
auditoria ou para conduzir uma auditoria;
c) seleção da equipa auditora, p. ex. competência global insuficiente para conduzir auditorias com
eficácia;
d) comunicação, p. ex. processos/canais de comunicação internos/externos que não sejam eficazes;
e) implementação, p. ex. coordenação ineficaz das auditorias do programa de auditoria ou não
consideração da segurança e da confidencialidade da informação;
f) controlo da informação documentada, p. ex. determinação ineficaz da informação documentada
necessária que é requerida pelos auditores e pelas partes interessadas relevantes, falha na proteção
adequada dos registos de auditoria para demonstrar a eficácia do programa de auditoria;
g) monitorização, revisão e melhoria do programa de auditoria, p. ex. monitorização ineficaz dos
resultados do programa de auditoria;
h) disponibilidade e cooperação do auditado e disponibilidade de evidências a amostrar.
As oportunidades de melhoria do programa de auditoria podem incluir:
a possibilidade de conduzir várias auditorias numa única visita;
a redução dos tempos e distâncias na deslocação para os sítios;
o ajustamento do nível de competência da equipa auditora ao nível de competência necessário para
atingir os objetivos da auditoria;
o alinhamento das datas de auditoria com as disponibilidades de pessoal-chave do auditado.
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Outros fatores que têm impacto na extensão de um programa de auditoria podem incluir o seguinte:
a) o objetivo, o âmbito e a duração de cada auditoria e o número de auditorias a conduzir, o método
de relatar e, se aplicável, o seguimento da auditoria;
b) as normas de sistemas de gestão ou outros critérios aplicáveis;
c) o número, importância, complexidade, semelhança e localização das atividades a auditar;
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5.5.1 Generalidades
Depois de estabelecido o programa de auditoria (ver 5.4.3) e determinados os recursos relacionados
(ver 5.4.4), é necessário implementar o planeamento operacional e a coordenação de todas as
atividades inerentes ao programa.
A(s) pessoa(s) responsável(eis) pela gestão do programa de auditoria deverá(ão):
a) comunicar as partes relevantes do programa de auditoria, incluindo os riscos e oportunidades
envolvidos, às partes interessadas relevantes e informá-las periodicamente sobre o seu progresso,
utilizando os canais de comunicação externa e interna estabelecidos;
b) definir objetivos, âmbito e critérios de cada uma das auditorias;
c) selecionar os métodos de auditoria (ver A.1);
d) coordenar e calendarizar as auditorias e outras atividades relevantes para o programa de auditoria;
e) assegurar que as equipas auditoras têm a competência necessária (ver 5.5.4);
f) disponibilizar os recursos individuais e globais necessários às equipas auditoras (ver 5.4.4);
g) assegurar a condução das auditorias de acordo com o programa de auditoria, gerindo todos os
riscos, oportunidades e questões operacionais (isto é imprevistos), que surjam no decurso do
programa;
h) assegurar que a informação documentada relevante relativa às atividades de auditoria é
devidamente gerida e mantida (ver 5.5.7);
i) definir e implementar os controlos operacionais (ver 5.6) necessários para a monitorização do
programa de auditoria;
j) rever o programa de auditoria para identificar oportunidades de melhoria (ver 5.7).
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O âmbito da auditoria deverá ser coerente com o programa de auditoria e com os objetivos da
auditoria. Inclui fatores como locais, funções, atividades e processos a auditar, bem como o período de
tempo coberto pela auditoria.
Os critérios da auditoria são utilizados como referências em relação aos quais é determinada a
conformidade. Estes poderão incluir um ou mais dos seguintes aspetos: políticas aplicáveis, processos,
procedimentos, critérios de desempenho incluindo objetivos, exigências estatutárias e
regulamentares, requisitos de sistemas de gestão, informação relativa ao contexto e aos riscos e
oportunidades tal como determinados pelo auditado (incluindo requisitos relevantes de partes
interessadas externas/internas), códigos de conduta sectoriais ou outras disposições planeadas.
Se ocorrerem quaisquer alterações nos objetivos, âmbito ou critérios da auditoria, o programa de
auditoria deverá ser modificado se necessário e comunicado às partes interessadas para aprovação, se
adequado.
Quando várias disciplinas são auditadas em simultâneo, é importante que os objetivos, âmbito e
critérios de auditoria sejam coerentes com os programas de auditorias relevantes para cada disciplina.
Para algumas disciplinas o âmbito reflete toda a organização, enquanto para outras o âmbito reflete
apenas uma parte da organização.
Para assegurar a competência global da equipa auditora, deverão ser dados os seguintes passos:
identificação das competências necessárias para serem atingidos os objetivos da auditoria;
seleção dos membros da equipa auditora para que as competências necessárias estejam presentes
na equipa auditora.
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Ao decidir a dimensão e a composição da equipa auditora para uma auditoria específica, deverá ser
tido em consideração o seguinte:
a) competência global da equipa auditora necessária para serem atingidos os objetivos da auditoria,
tendo em conta o âmbito e os critérios da auditoria;
b) a complexidade da auditoria;
c) se é uma auditoria combinada ou conjunta;
d) os métodos de auditoria selecionados;
e) a garantia de objetividade e imparcialidade para evitar quaisquer conflitos de interesse no processo
de auditoria;
f) a aptidão dos membros da equipa auditora para trabalhar e interagir eficazmente com os
representantes do auditado e das partes interessadas relevantes;
g) as questões externas/internas relevantes, tais como a língua da auditoria e as caraterísticas sociais
e culturais do auditado. Estas questões poderão ser abordadas pelo próprio saber-fazer do auditor,
ou com a ajuda de um perito técnico, considerando também a necessidade de intérpretes;
h) o tipo e complexidade dos processos a auditar.
Se apropriado, a(s) pessoa(s) responsável(eis) pela gestão do programa de auditoria deverá(ão)
consultar o coordenador da equipa auditora sobre a composição da equipa auditora.
Se os auditores da equipa auditora não reunirem todas as competências necessárias, deverão ser
incluídos peritos técnicos com as competências adicionais para dar apoio à equipa.
Auditores em formação poderão ser incluídos na equipa auditora, mas deverão participar sob a
direção e a orientação de um auditor.
No decurso da auditoria poderão ser necessárias alterações da composição da equipa auditora, p. ex.
se surgirem questões de conflito de interesses ou de competência. Se uma destas situações se verificar,
a mesma deverá ser resolvida com as partes envolvidas (p. ex. coordenador da equipa auditora, a(s)
pessoa(s) responsável(eis) pela gestão do programa de auditoria, o cliente da auditoria ou o auditado)
antes de se proceder a quaisquer alterações.
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f) detalhes dos contactos do auditado, locais, prazos e duração das atividades de auditoria a
conduzir;
g) recursos necessários para conduzir a auditoria;
h) informação necessária para avaliar e abordar os riscos e oportunidades identificados para serem
atingidos os objetivos da auditoria;
i) informação que ajude o(s) coordenador(es) da(s) equipa(s) auditora(s) nas suas interações com o
auditado para a eficácia do programa de auditoria.
Conforme adequado, esta informação deverá também englobar o seguinte:
língua de trabalho e de relato da auditoria, se for diferente da do auditor e/ou do auditado;
relato da auditoria conforme requerido e a quem tem que ser distribuído;
questões relacionadas com confidencialidade e segurança da informação, conforme requerido pelo
programa de auditoria;
quaisquer disposições em matéria de saúde, segurança pessoal e ambiente relativas aos auditores;
requisitos de viagem ou de acesso a locais remotos;
quaisquer requisitos de segurança e de autorização;
quaisquer ações a rever, p. ex. ações de seguimento de uma auditoria anterior;
coordenação com outras atividades de auditoria, p. ex. no caso de equipas diferentes auditarem
processos similares ou relacionados em locais diferentes ou no caso de uma auditoria conjunta.
Numa auditoria conjunta e antes da mesma começar, é importante que as organizações que conduzem
a auditoria cheguem a acordo sobre as responsabilidades específicas de cada parte, nomeadamente no
que respeita à autoridade do coordenador da equipa auditora designado para a auditoria.
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6.2.1 Generalidades
A responsabilidade pela condução da auditoria é do coordenador da equipa auditora nomeado (ver
5.5.5) até que a mesma seja encerrada (ver 6.6).
Para iniciar uma auditoria, deverão ser consideradas as etapas constantes da Figura 1; contudo,
dependendo do auditado, dos processos e de circunstâncias específicas da auditoria, a sequência pode
ser diferente.
*) Tradução dos termos em inglês "safety" - segurança pessoal, "security" – segurança (nota nacional).
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k) resolver questões sobre a composição da equipa auditora com o auditado ou com o cliente da
auditoria.
Quando a auditoria não for exequível, deverá ser proposta ao cliente da auditoria uma alternativa que
tenha o acordo do auditado.
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quaisquer ações específicas a empreender na abordagem aos riscos para a consecução dos
objetivos da auditoria e as oportunidades decorrentes;
questões relacionadas com confidencialidade e segurança da informação;
quaisquer ações de seguimento de uma auditoria anterior ou de outra(s) fonte(s), p. ex. lições
aprendidas, revisões de projeto;
quaisquer ações de seguimento da auditoria planeada;
coordenação com outras atividades de auditoria, no caso de uma auditoria conjunta.
Os planos de auditoria deverão ser apresentados ao auditado. Quaisquer questões com os planos de
auditoria deverão ser resolvidas entre o coordenador da equipa auditora, o auditado e, se necessário
a(s) pessoa(s) responsável(eis) pela gestão do programa de auditoria.
A informação documentada preparada para a auditoria e a que resulte da mesma deverá se retida pelo
menos até à conclusão da auditoria, ou conforme especificado no programa de auditoria. A retenção de
informação documentada após a conclusão da auditoria está descrita em 6.6. A informação
documentada produzida durante o processo de auditoria que envolva informação confidencial ou
protegida deverá ser sempre devidamente salvaguardada pelos membros da equipa auditora.
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6.4.1 Generalidades
As atividades de auditoria são normalmente conduzidas numa sequência definida, tal como indicado
na Figura 1. Esta sequência poderá ser alterada para se adaptar às circunstâncias de auditorias
específicas.
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A revisão poderá ser combinada com outras atividades de auditoria e poderá continuar ao longo de
toda a auditoria, desde que não prejudique a eficácia da condução da auditoria.
Se a informação documentada adequada não puder ser fornecida dentro do prazo previsto no plano de
auditoria, o coordenador da equipa auditora deverá informar a(s) pessoa(s) responsável(eis) pela
gestão do programa de auditoria e o auditado. Dependendo dos objetivos e do âmbito da auditoria,
deverá ser decidida a continuação ou a suspensão da auditoria até que as questões relativas à
informação documentada estejam resolvidas.
Apenas deve ser aceite como evidência de auditoria a informação que possa ser submetida a algum
grau de verificação. Quando o grau de verificação for baixo, o auditor deverá utilizar o seu juízo
profissional para determinar o nível de confiança que lhe possa ser atribuído enquanto evidência. As
evidências de auditoria que originem constatações de auditoria deverão ser registadas. Se, ao recolher
evidências, a equipa auditora se aperceber de quaisquer circunstâncias, riscos ou oportunidades que
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sejam novos ou tenham sido alterados, os mesmos deverão ser tratados pela equipa de forma
adequada.
A Figura 2 dá uma visão geral de um processo-tipo, desde a recolha de informação até às conclusões da
auditoria.
Fonte de informação
Evidências de auditoria
Constatações da auditoria
Revisão
Conclusões da auditoria
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*)Tradução dos termos em inglês "compliance" - conformidade legal, "non-compliance" - não conformidade legal (nota
nacional).
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7.2.1 Generalidades
Ao definir as competências necessárias para uma auditoria, deverão ser tidos em consideração os
conhecimentos e saber-fazer de um auditor relacionados com:
a) a dimensão, a natureza, a complexidade, os produtos, os serviços e os processos dos auditados;
b) os métodos de auditoria;
c) as disciplinas do sistema de gestão a auditar;
d) a complexidade e os processos do sistema de gestão a auditar;
e) os tipos e níveis dos riscos e oportunidades abordados pelo sistema de gestão;
f) os objetivos e a extensão do programa de auditoria;
g) a incerteza associada a serem atingidos os objetivos da auditoria;
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h) outros requisitos, tais como os impostos pelo cliente da auditoria ou outras partes interessadas
relevantes, se adequado.
Esta informação deverá ser comparada com a que é listada em 7.2.3.
7.2.3.1 Generalidades
Os auditores deverão ter:
a) conhecimentos e saber-fazer necessários para atingir os resultados pretendidos das auditorias que
venham a realizar;
b) competência geral e um nível de conhecimentos e de saber-fazer específicos da disciplina e dos
setores em causa.
Os coordenadores das equipas auditoras deverão ter os conhecimentos e saber-fazer adicionais
necessários para liderar a equipa auditora.
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proteção da segurança pessoal e saúde dos membros da equipa auditora durante a auditoria,
incluindo assegurar a conformidade dos auditores com as disposições relevantes em matéria de
segurança pessoal e saúde e de segurança;
gestão dos membros da equipa auditora;
gestão e orientação dos auditores em formação;
prevenção e resolução de conflitos e problemas que possam ocorrer durante a auditoria,
inclusive na equipa auditora, se necessário;
e) representar a equipa auditora nas comunicações com a(s) pessoa(s) responsável(eis) pela gestão
do programa de auditoria, o cliente da auditoria e o auditado;
f) liderar a equipa auditora para tirar conclusões da auditoria;
g) preparar e ultimar o relatório da auditoria.
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Tradução do termo inglês "role playing" (nota nacional).
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Anexo A
(informativo)
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A responsabilidade pela aplicação eficaz de métodos de auditoria para qualquer auditoria na fase de
planeamento incumbe à(s) pessoa(s) responsável(eis) pela gestão do programa de auditoria ou ao
coordenador da equipa auditora. Este tem esta responsabilidade por ser quem conduz as atividades de
auditoria.
A exequibilidade de atividades de auditoria à distância pode depender de diversos fatores (p. ex. o
nível de risco de se atingirem os objetivos da auditoria, o nível de confiança entre o auditor e o pessoal
do auditado e as exigências regulamentares).
Ao nível do programa de auditoria, deverá ser assegurado que a utilização de métodos de auditoria à
distância e no local é adequada e equilibrada, para assegurar que são satisfatoriamente atingidos os
objetivos do programa de auditoria.
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Deverá ser também considerado se a informação verificada proporciona evidência objetiva suficiente
para demonstrar que os requisitos estão a ser satisfeitos.
Se a informação é dada de maneira diferente da esperada (p. ex. por outras pessoas, por meios
alternativos), deverá ser avaliada a integridade da evidência.
É necessário ter um cuidado especial com a segurança da informação devido aos regulamentos de
proteção de dados aplicáveis (nomeadamente com informação que esteja fora do âmbito da auditoria,
mas que esteja também contida no documento).
A.6 Amostragem
A.6.1 Generalidades
A amostragem em auditoria faz-se quando não for possível ou rentável examinar toda a informação
disponível no decurso da auditoria, p. ex. os registos são muito numerosos ou estão geograficamente
muito dispersos para justificar o exame de cada item da população. A amostragem em auditoria de
uma grande população consiste em selecionar menos de 100 % dos itens dentro de todo o conjunto de
dados disponíveis (população) para obter e avaliar a evidência de certas características dessa
população, para tirar uma conclusão sobre essa população.
O objetivo da amostragem em auditoria é obter informação que permita ao auditor ter confiança em
que os objetivos da auditoria podem ser ou serão atingidos.
O risco associado à amostragem é o de as amostras poderem não ser representativas da população a
partir da qual são selecionadas. Assim, a conclusão do auditor poderá ser enviesada e diferir daquela
que se tiraria se fosse examinada toda a população. Poderá haver outros riscos dependendo da
variabilidade da população a amostrar e do método escolhido.
A amostragem para auditoria envolve normalmente os seguintes passos:
a) estabelecer os objetivos da amostragem;
b) selecionar a extensão e a composição da população a amostrar;
c) selecionar um método de amostragem;
d) determinar a dimensão da amostra a recolher;
e) realizar a atividade de amostragem;
f) recolher, avaliar, relatar e documentar os resultados.
Quando se faz amostragem, deverá ser considerada a qualidade dos dados disponíveis, já que amostrar
dados insuficientes e inexatos não dará um resultado útil. A escolha de uma amostra adequada deverá
basear-se simultaneamente no método de amostragem e no tipo de dados pretendidos, p. ex. inferir
um dado padrão de comportamento ou fazer inferências sobre uma população.
O relato sobre a amostra selecionada poderá ter em conta a dimensão da amostra, o método de seleção
e as estimativas feitas com base na amostra e no nível de confiança.
Nas auditorias tanto se pode usar amostragem dirigida (ver A.6.2) como amostragem estatística (ver
A.6.3).
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O tratamento dos riscos e oportunidades pela organização, incluindo o nível de risco que está disposta
a aceitar e como é controlado, irá requerer a aplicação de juízo profissional por parte do auditor.
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g) consciência das limitações da comunicação não verbal em ambientes virtuais; o foco deverá estar
no tipo de questões a usar para procurar evidência objetiva;
h) os resultados da entrevista deverão ser resumidos e revistos com a pessoa entrevistada;
i) deverá-se agradecer a participação e a cooperação das pessoas entrevistadas.
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Bibliografia