Tocqueville, Sarmiento e Alberdi: três visões sobre a

democracia nas Américas

quarta-feira, 18 de setembro de 2019 23:23

Resumo

- Análise comparativa de três ideólogos liberais do XIX: Tocqueville, Sarmiento e Alberdi;

- Situados em diferentes continentes;
- Discussão acerca do significado da democracia nos marcos da ordem liberal;
- Abordagem de seus conceitos e argumentos desenvolvidos em suas obras, articulando
com posiçoes políticas e ideológicas que sustentavam, nos contextos específicos que
atuaram;

- A construção da nação e de uma ordem política liberal estiveram no centro do

debate político e intelectual argentino de meados do século XIX;
- Debates travados em um contexto de criação, circulação e apropriação ideológica de
teorias europeias e norte-americanas;
- Diversos conceitos políticos foram mobilizados, como: soberania, democracia,
liberdade, igualdade, razão, indivíduo e povo; estes revelaram uma tradição
republicana moderna, contemporânea à configuração da modernidade política que na
Europa se contrapunha ao tradicionalismo e aos restos do Antigo Regime;

- Democracia na América: Obra de Tocqueville, uma das publicações que mais

repercutiu nas américas;
- tornou-se uma referência para o debate sobre os caminhos para as transformações da
realidade;
- Obra que encantou dois intelectuais argentinos ligados à fundação da Argentina
Moderna: Domingo Faustino Sarmiento e Juan Bautista Alberdi;

- Ambos os intelectuais entendiam a atividade intelectual como indissociável da ação

política;
- Devotaram-se a refletir sobre os problemas nacionais e da Am. Latina;
- Formularam programas políticos alternativos, consubstanciados em duas obras
clássicas: Facundo: civilización y barbárie, de Sarmiento, e Bases y Puntos de Partida
para la Organización Política de la Republica Argentina, de Alberdi;

* Obra pretende demarcar tanto as afinidades e analogias quanto as diferenças e

oposições entre os autores, centrando atenção no significado da democracia, na concepção
de cidadania e na relação entre as leis e os costumes, ao final, comparar a visão dos três
autores em relação ao futuro político das Américas;

• Facundo: Civilização e Barbárie:

- Consagrada como uma das obras mais importantes da Am. Latina no XIX, fora
elaborada no centro das lutas políticas que passavam pelo continente;
- Escrita e publicada durante o exílio de Sarmiento no Chile;
- Traçou um profundo e inédito diagnóstico dos males que afligiam a Argentina;
- "Intuitivamente, Sarmiento percebeu que as suas ideias transcendiam as fronteiras das

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- "Intuitivamente, Sarmiento percebeu que as suas ideias transcendiam as fronteiras das
províncias argentinas, estendendo-se à América Latina, sendo correspondido por uma
legião de leitores latino-americanos, que encontraram no Facundo uma fonte de
inspiração para explicar os desafios políticos dos seus respectivos países" (pp. 60);
- Ao mesmo tempo, Tocqueville já era considerado um intelectual consagrado no
mundo todo por "A Democracia na América";
- A obra apresentava uma nova interpretação política sobre os EUA, e seu experimento
democrático;
- Inspiração por parte de Sarmiento em Tocqueville, mas também uma tentativa de se
igualar a ele ao tentar desvendar a política latino-americana;
- Obra de Sarmiento obteve ampla repercussão internacional, tendo o autor como
intérprete ilustrado da realidade latino-americana;

- Nos anos de perseguição às forças liberais derrotadas, os intelectuais assumiram um

destacado papel na crítica aos aspectos autoritários impostos pelo novo sistema;
- Principal expoente era Juan Manoel de Rosas;
- "O Estado centralizado fora praticamente uma ficção desde a independência das
Províncias Unidas do Rio da Prata, em 1816,em vista dos desentendimentos entre
províncias ,as quais, em 1820 e novamente em 1827 puseram abaixo o poder central
sediado em Buenos Aires" (pp. 61);
- O governo de Rosas representou o conjunto da confederação nas relações exteriores e
ao mesmo tempo exerceu o monopólio das rendas do porto de Buenos Aires, assim
como o controle sobre a navegação do rio da Prata, o que lhe conferiu um poder
excepcional;

- Político extremamente habilidoso, conquistou o apoio dos setores populares e da

burguesia na Província de Buenos Aires, além do seu poder legislativo provincial, que
lhe conferiu poderes ilimitados em 1835;
- Pressionou opositores com intimidação, perseguição e morte;
- Fundação da sociedade secreta Associação de Maio como saída de grupos de
intelectuais para organizar os críticos à ordem estabelecida;
- Em seus membros haviam nomes que seriam fundadores da nação argentina, como
Juan Bautista Alberdi, Estebán Echeverria, Juan Maria Gutierrez e Vicente Fidel Lopez;
"Geração de 37"
- "[...] os ideais desse grupo foram abraçados por Sarmiento, que definiu os seus
membros como "os apóstolos da República e da civilização europeia", com a
expectativa de que os “poderes intelectuais hão de ter parte na direção da República”."
(pp. 62);
- Tomados de ideais iluministas, os participantes discutiam diversas correntes
europeias, como os românticos, os socialistas utópicos e liberais, acreditando que
neles poderiam ser encontradas as fontes da civilização que faltava às nações do rio
da Prata;
- Preferência por autores franceses, mas voltavam-se aos Estados Unidos na busca de
exemplos políticos;
- Sarmiento expressava grande admiração pelos EUA: "Agora e desde esses últimos
anos, tenho me voltado para outro sol que não se eclipsa, que nenhuma nuvem oculta:
os Estados Unidos. Como teoria, como ação prática, como poder, como influência,
como futuro, sob todos os aspectos, a democracia ali encontro-a forte, consistente em
si mesma e dominante também como fato" (pp. 62);

- Modelo político dos EUA apresentava uma república representativa, federalista e com

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 - Modelo político dos EUA apresentava uma república representativa, federalista e com
divisão tripartite do poder, experiência não só inédita, como contrária à filosofia da
impossibilidade de um governo popular em grande extensão territorial;
- "Portanto, o governo democrático posto em prática diferia da forma pura ou direta de
democracia, apenas aplicável a pequenos territórios, e configurava um novo conceito
de governo democrático, baseado na representação política, equivalente dali em
diante a república representativa." (pp. 63);

• Tocqueville

- Nos dois volumes de "A Democracia na América" é notória a admiração de Tocqueville

diante a realidade política dos EUA;
- No primeiro volume prioriza a descrição e a explicação do funcionamento da
democracia norte-americana sob vários ângulos, no 2° volume, aborda de maneira
mais teórica, aprofundando a reflexão sobre a natureza da própria democracia como
modelo político;
- Preocupações de Tocqueville estava na compreensão do fenômeno democrático que
se espelhava pela Europa, especialmente na França;
- Em seu ponto de vista, "a democracia não era um fenômeno fortuito, mas um
movimento histórico irresistível de longa duração, por ele denominado “revolução
democrática”."(pp. 64);
- Tocqueville buscou compreender o fenômeno democrático de maneira inovadora,
refletindo de maneira a conjugar igualdade e liberdade;
- Suas análises fizeram com que a democracia e liberdade não fossem mais tratadas a
partir de definições filosóficas ou jurídicas e passaram a ser abordadas na prática, na
ação concreta dos homens comuns;

- "Uma das principais conclusões presentes na obra era que o fundamento último da
democracia americana residia nos costumes — moeurs— do povo que tornavam os
homens iguais entre si: Isto é, nas opiniões ,comportamentos e crenças que davam
forma àquilo que posteriormente foi definido como a cultura política de uma
sociedade." (pp. 64);
- Liberdade: Analisada a partir do controle efetivo dos cidadãos sobre a política e o
Estado;

- Diferença entre Tocqueville e Sarmiento reside no fato de que o primeiro buscou

explicar as condições de funcionamento da república democrática; o segundo,
buscava desvendar os obstáculos que impediam o desenvolvimento de um processo
similar ao americano em território argentino;

• SARMIENTO

- "Logo no início de seu livro, Sarmiento surpreende o leitor e o convida a penetrar num
mundo tão insondável que apenas o recurso ao espírito de um cadáver poderia ajudar
a desvendá-lo: “Espectro terrível de Facundo, vou evocar-te para que, sacudindo o
ensangüentado pó que cobre tuas cinzas, te levantes para explicar-nos a vida secreta e
as convulsões internas que dilaceram as entranhas de um nobre povo! Tu possuis o
segredo, revela-nos!”." (pp. 65);

- Facundo Quiroga era um caudilho, conhecido também por "tigre de los llanos", era
governador da província de La Rioja, quando foi assassinado numa emboscada ao

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 governador da província de La Rioja, quando foi assassinado numa emboscada ao
transitar pela província de Córdoba, em 1835;
- Autoria do assassinato é incerta, porém fora acusado o clã político cordobês dos
irmãos Reinafé, dos quais dois (o governador José Vicente Reinafé e seu irmão
Guillermo) foram julgados, condenados e enforcados em Buenos Aires;
- Sarmiento, acreditava que Rosas seria o verdadeiro mentor da morte de Facundo, no
afã de eliminar seus aliados para a obtenção de maiores poderes sobre a
confederação;

- "Sarmiento retoma a lenda, segundo a qual Facundo não morrera na emboscada e que
um dia retornaria, para argumentar que de fato o espírito bárbaro desse caudilho
estava vivo, podendo ser encontrado nas tradições populares, na política e nas
revoluções argentinas. Rosas, por sua vez, era definido por Sarmiento como o principal
herdeiro de Facundo, a encarnação da sua essência sob uma forma mais acabada,
requintada e perfeita, ao transformar em sistema político o que no sanguinário
Facundo era apenas instinto desorganizado" (pp. 65);

- Obra apresenta uma biografia de Facundo, tendo 15 capítulos que podem ser divididos
em 3 partes:

→ 1ª parte: Descrição dos aspectos físicos da Argentina, dos seus tipos populares e
as formas de sociabilidade dos pampas, local habitado pelos gaúchos;

→ 2ª parte: Biografia de Facundo é desenvolvida; pano de fundo estabelecido e

fatalidade de se crescer nessas condições socioambientais;

→ 3ª parte: O livro conclui com uma apaixonada acusação do despotismo de Rosas

e com a apresentação de um programa de tarefas a serem abraçadas pelo novo
governo depois da sua deposição;

- Sarmiento e Tocqueville deixaram suas preocupações com a política contemporânea

impressas em suas obras;
- Apesar da diferença de objetivos em suas obras, naquilo que pesa "as grandes
diferenças históricas entre a França e a Argentina, ambos os autores compartilhavam
de um horizonte ideológico liberal." (pp. 66);]
- Grande similaridade metodológica entre os dois ao tentar compreender a política da
Argentina e EUA;
- Ponto de convergência: "[...] reside na abordagem da política a partir da sociedade,
na busca de fatores explicativos estruturais inscritos na longa duração." (pp. 66);

IMPORTANTE -> "A novidade do enfoque de ambos se encontra, portanto, no exercício

de uma sociologia “avant la lettre”,ao buscarem nas profundezas do social os
fundamentos da sociabilidade política. O exemplo disto é que ambos os autores
valorizam menos as leis e os grandes homens públicos do que o papel desempenhado
pelo homem comum na configuração dos comportamentos políticos das nações." (pp.
66);
- Convergência teórica produziu avaliações opostas: Hábitos dos norte-americanos os
tinham conduzido à democracia; hábitos dos argentinos os haviam levado para a
barbárie;

- Abordagens descritivas:

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 → Tocqueville dá exemplos dos comportamentos cotidianos dos norte-americanos;
→ Sarmiento descreve a geografia, os gaúchos, as ações de Rosas e traça a
biografia de Facundo;

- As duas obras delineiam os tipos ideais, que são manipulados nas obras para melhor
expressar o ponto de vista dos autores;

- "[...] no segundo volume de A Democracia na América, Tocqueville debruça-se sobre os

Estados Unidos com o objetivo de desenvolver um “modelo de democracia” de caráter
mais amplo e universal, no qual predomina o temor do esmagamento da liberdade
pela igualdade" (pp. 67);

- Aspecto já percebido e apontado na obra de Tocqueville, porém na obra de Sarmiento,

isso não fica tão claro;
- Sarmiento faz uso dos mesmos filtros ideológicos e culturais do ambiente intelectual
da Europa -> "Geração de 37";
- A partir disso, ele pôde estabelecer um critério conceitual que lhe permitiu definir a
realidade argentina como uma continuação da barbárie dos povos não-europeus;
- Descrições de paisagens pampeanas e tipos humanos de sua região, vão sendo
construídas em associação com exemplos apropriados de escritores europeus -> Ásia e
a África como barbárie;

- "Para Sarmiento a luta que dilacerava a Argentina era [...] entre a barbárie e a
civilização: “A mesma luta entre civilização e barbárie da cidade e do deserto existe
hoje na África; os mesmos personagens, o mesmo espírito, a mesma estratégia
indisciplinada entre a horda e a montonera”." (pp. 67);

• Apesar das descrições dos pampas, dos gaúchos e de Facundo sejam convincentes,
Sarmiento nunca colocou seus pés naquela região e nunca vira Facundo frente a frente;

-> TESE: Mesmo que contenha inexatidões na obra, para Sarmiento era "mais relevante a
glória de escritor argentino, destinado a fustigar o mundo e a humilhar a soberba dos
grandes da terra, sábios ou governos." (pp. 68);

• JUAN BAUTISTA ALBERDI

- Junto de Sarmiento, foi um dos principais dentro da ordem política subsequente;

- Responsável pela redação do esboço da Constituição argentina sancionada em 1853,
publicado no ano anterior com o título "Bases y Puntos de Partida para la
Organización Política de la Republica Argentina";
- Dívida intelectual à Tocqueville: " A Democracia na América", para ele, era o livro
político “mais adequado e mais belo” que chegara às repúblicas Sul-Americanas;

- Primeiras décadas após independências e grande frustração das elites liberais pelas
jovens repúblicas estarem "mergulhadas em guerras civis e convulsões políticas,
colocando em xeque a capacidade de as constituições conformarem uma nova
realidade." (pp. 68);
- "Para Alberdi, o papel da Constituição na América Latina era muito mais que o de

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- "Para Alberdi, o papel da Constituição na América Latina era muito mais que o de
instrumento legal de organização do poder. Tratava-se de um dispositivo para forjar
nações tanto em termos das instituições quanto do seu povo. O povo bárbaro deveria
dar lugar a outro civilizado com hábitos pautados pelos princípios de liberdade e
igualdade, mediante a criação de novas instituições, da mudança da composição
étnica, do crescimento econômico, sob a liderança de elites ilustradas" (pp. 69);
- Assertiva alberdiana: Na América Latina, governar significa povoar;
- "Dentre as liberdades civis a serem fomentadas destacavam-se o direito de realização
de casamentos mistos entre argentinos e estrangeiros, e uma série de liberdades
voltadas para o desenvolvimento econômico: adquirir, vender, trabalhar, navegar,
comercializar, transitar e exercer todo tipo de indústria. A fonte de inspiração da sua
proposta era explicitamente a Constituição da Califórnia, de 1849." (pp. 69);
- Tal qual outros liberais de seu tempo, Alberdi também nutria desconfiança à
participação política das massas, responsáveis pelo impedimento de consolidação
política dos governos constitucionais anteriores;
- Sustentou regras que visavam limitar a participação política dos setores populares de
nacionalidade argentina e exclusão de imigrantes;

- Duas categorias:

→ uma dotada apenas de direitos civis (imigrantes);

→ outra detentora de cidadania plena, por possuir direitos políticos além dos
direitos civis (argentinos);

- Atitude tomada visando a exclusão de imigrantes do processo político;

- "tal divisão do povo significava a coexistência de duas repúblicas simultaneamente"

(pp. 70);
- Alberdi acreditava em uma nação crescentemente habitada por imigrantes europeus
e reserva do governo do país a uma minoria de nascidos na Argentina;

IMPORTANTE -> "Duas nações simultâneas" sendo uma formada por habitantes,
voltados para o exercício das funções econômicas, e outra composta por cidadãos
plenos, habilitados para o exercício do poder;
- Nesse quadro, os imigrantes formarima um exército de trabalhadores dotados de
direitos civis, mas sem cidadania -> imigrante estariam orientados à conquista de
riquezas materiais;

- Cidadania extensiva à todos os argentinos do sexo masculino, existiam diversos

mecanismos que visavam limitar a participação política destes;
- "Naquela época o assunto também foi debatido pelos liberais europeus, para os quais
as restrições eleitorais representariam os “novos mediadores da razão” ,no papel de
filtro que permitiria a seleção da elite dirigente e frearia a interferência das “paixões
populares” no processo político" (pp. 70);
- Proposta de Alberdi foi acatada pelos representantes que em 1853 sancionaram a
nova Constituição;

- Sarmiento e Alberdi: mesmo compartilharem posições liberais, após a queda de Rosas,

passaram a se confrontar politicamente;
"após a aprovação da nova Constituição em 1853, Sarmiento publicou "Comentários
de la Constitución de la Confederación Argentina" em tom polêmico com as propostas
de Alberdi, que por sua vez respondeu na obra "Estudios sobre la Constitución

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 de Alberdi, que por sua vez respondeu na obra "Estudios sobre la Constitución
Argentina" (pp. 71);

- Alberdi: propunha um compromisso entre a tradição e o progresso com medidas

políticas acordes com o passado colonial;

- Sarmiento: Inversamente, Sarmiento propunha a ruptura total com o passado,

mediante o transplante da Constituição dos Estados Unidos; naturalização dos
imigrantes, difusão da educação gratuita, a descentralização política;
- Também era crítico da limitação dos direitos políticos aos argentinos natos;

• DUAS FORÇAS DE INTERVENÇÃO ÀS DEMOCRACIAS

- Tocqueville: Duas forças para garantir a manutenção da democracia americana, leis e

hábitos;

- Alberdi: Barbárie argentina traduzia um fato político;

- Permanente desrespeito às leis e à autoridade constituída só poderia ser corrigido
formando-se novos hábitos sociais moldados pela imigração e pelo exercício da
atividade econômica;

- Sarmiento: Embora assinalasse em "Facundo" que nos hábitos do povo residia o

principal obstáculo para o desenvolvimento da civilização, no início dos anos 50
alterou a abordagem do problema, passando a defender que a adoção de uma
Constituição similar à norte-americana seria um poderoso fator para a mudança da
situação “bárbara”da Argentina;
- As leis seriam capazes de moldar uma nova realidade social e cultural.

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