Manual Do Amostrador de Grandes Volumes
Manual Do Amostrador de Grandes Volumes
Manual Do Amostrador de Grandes Volumes
AGV PTS
(AMOSTRADOR DE GRANDE VOLUME
PARA PARTÍCULAS TOTAIS EM SUSPENSÃO)
MANUAL DE OPERAÇÃO
Responsável:
José Walderley Coêlho Dias
CALIBRAÇÃO VS ENSAIO
ÍNDICE
Seção Descrição Pág.
1.0 Introdução 1
3.0 O Equipamento 7
ÍNDICE (continuação)
Seção Descrição Pág.
ÍNDICE (continuação)
Seção Descrição Pág.
9.0 Manutenção 70
9.1 Casinhola 70
9.2 Porta-filtro 70
9.3 Motoaspirador 70
9.3.1 Considerações Gerais 70
9.3.2 Remoção do Motoaspirador 72
9.3.3 Troca de Escovas e Limpeza do Coletor 73
9.3.4 Reinstalação do Motoaspirador 73
9.3.5 Troca de Escovas 74
9.3.6 Descarte do Motoaspirador 74
9.4 Painel de Controle 74
9.4.1 Variador de Tensão (Vari-Vol) 77
9.4.2 Horâmetro 77
9.4.3 Programador de Tempo (Timer) 77
9.4.4 Sinaleiro 77
9.4.5 Fusível 77
9.5 Registrador de Vazão 77
9.6 Cabos Elétricos e Conexões 77
9.7 Material e Peças de Reposição 78
10.0 Referências 80
Apêndices:
A Programador de Tempo (Timer Digital) 81
B Regulador de Tensão (Vari-Vol) 85
C Horâmetro 87
D Registrador Contínuo 88
E Calibração do Programador de Tempo (Timer) 91
F Ensaio do PTV 92
G Regressão e Correlação 103
H Câmara de Equilibração 106
I Determinação do Volume de Amostragem pela Norma NBR 9547 108
J Formulários 114
Pág. 1
1.0 INTRODUÇÃO
Este manual tem como objetivo apresentar as técnicas de ensaio, operação e manutenção do
Amostrador de Grande Volume (AGV) para Partículas Totais em Suspensão (PTS), com vazão
variável, aqui denominado AGV PTS, ou simplesmente PTS.
Ao escrever este manual, procuramos o máximo possível nos pautarmos dois documentos
relacionados abaixo, que sustentam oficialmente a amostragem de partículas totais em suspensão
(PTS) no país:
Visto que a resolução do CONAMA e o método da ABNT são de uma certa forma resumidos,
não havendo no país outras informações oficiais com maiores detalhes sobre a amostragem de
PTS, resolvemos acrescentar ao manual alguns detalhes pertinentes colhidos da U.S. EPA. Alguns
documentos da U.S. EPA, abordando temas como localização, frequência de amostragem e
garantia da qualidade, estão listados no Capítulo 10.0 (Referências). Três desses documentos
(Refs. 9, 10 e 11) foram traduzidos pela ENERGÉTICA e suas traduções podem ser encontradas
na Biblioteca do site www.energetica.ind.br.
Por fim, cabe informar, a fim de evitar confusão, que, além do AGV PTS, objeto deste manual,
há três outros modelos de Amostrador de Grande Volume (AGV) fabricados pela ENERGÉTICA:
• O Amostrador de Grande Volume (AGV) para Partículas Totais em Suspensão (PTS) com
vazão controlada, aqui denominado AGV PTSCVV ou simplesmente PTSCVV.
• O Amostrador de Grande Volume (AGV) para Partículas de até 2,5 µm (MP2,5), aqui
denominado AGV MP2,5 ou simplesmente MP2,5.
Os AGVs podem ser comparados por apenas duas de suas características gerais, ou sejam,
a entrada de separação e o controle (ou não) da vazão. Por exemplo, o AGV PTS e o AGV PTSCVV
são semelhantes quanto à entrada (teto em forma de duas águas), mas diferem quanto ao controle
da vazão. O AGV PTS não tem controlador. Sua vazão varia durante a amostragem e é registrada
por um registrador contínuo. Já o AGV PTSCVV se assemelha aos AGV MP10 e AGV MP2s,5 quanto
ao controle da vazão - ambos o possui, do tipo venturi -, mas diferem um do outro, e
substancialmente, no que diz respeito à entrada. As entradas do AGV MP10 e do AGV MP2,5 são
bem mais elaboradas, proporcionando uma separação mais precisa das partículas. Finalmente, as
maiores diferenças estão entre o AGV PTS e os AGV MP10: e AGV MP2,5, tanto quanto à entrada
de separação como ao regime de vazão.
Pág. 2
O AGV PTS, devidamente instalado num local de medição, puxa uma certa quantidade de ar
ambiente através de um filtro, instalado dentro de uma casinhola de abrigo, durante um período de
amostragem de 24 horas (nominais). A vazão imprimida pelo aparelho, dentro da faixa de 1,1
m3/min. a 1,7 m3/min., bem como a geometria da entrada da casinhola, dependendo da vazão
operacional do amostrador, bem como da velocidade e da direção do vento, favorecem a coleta de
partículas de até 25-50 µm (diâmetro aerodinâmico). Os filtros empregados são específicos para
uma eficiência mínima de 99 por cento para a coleta de partículas FDO (Ftalato de Dioctil) de 0,3
µm.
O filtro é pesado (após equilibração de umidade) antes e após a coleta para se determinar o
ganho líquido em peso (massa). O volume de ar amostrado, corrigido para condições padrão [25°C,
760 mmHg], é determinado a partir da vazão medida e do tempo de amostragem. A concentração
das partículas totais em suspensão no ar ambiente é computada dividindo-se a massa de partículas
coletada pelo volume de ar amostrado e é expressada em microgramas por metro cúbico (µg/m3):
= 10 (Eq. 2.1)
onde:
PTS = concentração de partículas totais em suspensão, µg/m3
Ml= ganho líquido de PTS no filtro durante a amostragem, g
Vp = volume total de amostrado em unidade padrão de volume, m3padrão
106 = fator de conversão, µg/g
Na Equação 2.1, Ml é simplesmente a diferença entre o peso final do filtro (com coleta), Mf, e
o peso inicial do filtro (limpo, sem coleta), Mi, pesados com uma balança com precisão de 0,1 mg.
Os procedimentos de pesagem dos filtros são apresentados nas Seções 5.0 e 7.0.
=∑ ∆ (Eq. 2.2)
onde:
Nos Amostradores de Grande Volume (AGV) para Partículas Totais em Suspensão (PTS), a
“entrada”, tem sido, desde os primórdios do amostrador (aí pela década dos 70), um teto na forma
de duas águas (ver Figura 2.1). Quando o amostrador é posto em funcionamento, o ar é puxado
através da área perimetral total por baixo das beiradas do teto. Dependendo exatamente desta área
e da vazão imprimida pelo motoaspirador, o ar flui para dentro do amostrador com uma certa
velocidade. É esta velocidade do fluxo de ar que determina o ponto de corte das partículas. Maior
velocidade, maior o ponto de corte; menor a velocidade, menor o ponto de corte.
Infelizmente, devido ao projeto simples do teto de entrada dos amostradores de PTS, o ponto
de corte é também afetado pela direção e velocidade dos ventos incidentes no aparelho.
Estudos patrocinados pela US EPA para o AGV PTS indicam uma variação do ponto de corte
na faixa de 25-50 µm (diâmetro aerodinâmico). Como sabemos, o AGV PTS, sem controlador de
vazão, é permitido funcionar com vazão na faixa de 1,1 a 1,7 m3/min. durante a amostragem. No
PTSCVV, com vazão controlada, em torno de 1,13 m3/min., estima-se, por dedução lógica, que o
ponto de corte se situe em torno de 30 µm (diâmetro aerodinâmico).
O AGV PTS, conforme mencionado no Capítulo 1.0, não é dotado de controlador. Portanto,
quando em operação, sua vazão é livre de variar, ao sabor das flutuações na tensão de linha, das
flutuações na direção e velocidade dos ventos e da perda de carga através do filtro, sendo
monitorada indiretamente por uma transdutor de pressão (chamado aqui de registrador de vazão).
A correlação entre a vazão e a deflexão da pena no registrador, normalmente na forma de uma reta,
é obtida por meio de um calibrador secundário, ou padrão de transferência de vazão (PTV), do tipo
orifício. O ensaio do amostrador é apresentada na Seção 4.0.
Por exigência de norma, a vazão durante a amostragem deve ser mantida dentro dos
seguintes limites:
• Vazão mínima de 1,1 m3/min.
• Vazão máxima de 1,7 m3/min.
O AGV PTS é dotado de um motoaspirador com capacidade suficiente para cobrir com folga
a faixa de vazão exigida pelas normas.
Também por exigência de norma, a vazão deve ser corrigida para condições-padrão (298 K e
760 mm Hg) antes mesmo do ensaio do amostrador. Esta correção é feita por ocasião do ensaio
do PTV utilizado para ensaiar o amostrador. Deste modo, tanto no ensaio do amostrador quanto na
sua operação, a vazão é tratada nas condições-padrão.
Por norma, deve-se ter, com o AGV PTS, condições de determinar concentrações de partículas
em suspensão tão baixas quanto 2 µg/m3 (baixíssima!). A título de ilustração, com nível tão baixo
de concentração obter-se-ia, nas 24 horas de amostragem, apenas 3,25 mg de partículas coletadas
Pág. 4
no filtro. Esta massa, baixíssima, é a razão de se ter que utilizar balanças com precisão de 0,1 mg,
sem a qual não se obteria pesagens significativas.
Padrão Primário:
1) Concentração média geométrica anual de 80 microgramas por metros cúbicos (µg/m3) de ar.
2) Concentração máxima de 24 (vinte e quatro) horas de 240 microgramas por metros cúbicos
(µg/m3) de ar, que não deve ser excedida mais de uma vez por ano.
Padrão Secundário:
1) Concentração média geométrica anual de 60 microgramas por metros cúbicos (µg/m3) de ar.
2) Concentração máxima de 24 (vinte e quatro) horas de 150 microgramas por metros cúbicos
(µg/m3) de ar, que não deve ser excedida mais de uma vez por ano.
Todos estes métodos foram baseados no método da US EPA, "Reference Method for the
Determination of Suspended Particulates in the Atmosphere (High Volume Method)", contido no
Federal Register 40 CFR 50, Appendix B, USA, versões de 1972 e 1988 (Ref. 6). Este método da
US EPA e os três nacionais estão relacionados no Capítulo 10.0 (Referências).
2.6 Aplicações
O AGV PTS é utilizado para outros fins além do seu uso comum em medidas de material
particulado total em suspensão, como por exemplo:
• Análise de poluentes orgânicos (nitratos, sulfatos, amônia, benzopireno), extraindo-se os
poluentes do filtro por meio de solventes orgânicos em solução aquosa;
• Análise da presença de metais (Si, Ca, Na, Pb, Zn e outros) por meio de extração ácida
ou outras técnicas;
• Medidas da concentração de radioatividade em poeira em suspensão. Ex.: mina com
minério contendo urânio/tório como materiais secundários.
Pág. 7
3.0 O EQUIPAMENTO
3.1 O Conjunto Padrão
O AGV PTS pode ser fornecido para 110 V ou 220 V, conforme a necessidade do cliente.
Os dados técnicos do amostrador, tanto para 110 V quanto para 220 V, são apresentados na
Tabela 3.1. O calibrador do amostrador é detalhado na Subseção 3.9.
O AGV PTS é normalmente fornecido já montado, embalado numa só caixa. Portanto, para
operação, basta instalá-lo no local de amostragem, ligá-lo numa tomada, calibrá-lo, colocar um filtro
no porta-filtro, colocar uma carta gráfica e uma pena no registrador, programar o timer e dar partida.
A Cabeça de Separação do AGV PTS, na forma de um teto em duas águas, tem um formato
tal que por sua abertura periférica (por baixo dos beirais) só passam, à vazão entre 1,13 m3/min. e
1,7 m3/min., e dependendo da vazão operacional e da velocidade e direção dos ventos incidentes,
partículas na faixa de 25 a 50 µm (diâmetro aerodinâmico). Portanto, ele não é apenas um teto para
proteção do filtro contra vento e chuva, mas sim também um sistema de separação inercial de
partículas.
O teto é preso à base do amostrador por duas dobradiças. Quando em operação, o teto deve
estar baixado e com suas beiradas num plano horizontal. Para mantê-lo erguido, há uma escora de
alumínio presa no topo da lateral da casinhola, à esquerda do operador. Detalhes do teto são vistos
na Figura 2.1 (com vista lateral do amostrador).
Nos EUA, o teto é chamado de “inlet” (entrada). Usaremos aqui a denominação “Cabeça de
Separação PTS”, ou pela sigla CABPTS”.
Toda base do amostrador é envolvida por um abrigo de alumínio anodizado. A base tem cerca
de 110 cm de altura, 38 cm de largura e 38 cm de fundo. Os componentes principais instalados na
base são: o conjunto porta-filtro/motor, o painel de controle e o registrador de vazão. A base
também é dotada dos seguintes componentes menores: uma abraçadeira para sustentação do
conjunto porta-filtro/motor, um cabo de força e duas alças para transporte.
Pág. 8
MOLDURA DE APERTO
TETO DO FILTRO
PAINEL DE CONTROLE
PORTA-FILTRO (COM VARI-VOL, TIMER,
HORÂMETRO, CHAVE
LIGA-DESLIGA, SINALEIRO
CASINHOLA E PORTA-FUSÍVEL)
PORTA
PORTA-MOTOR
REGISTRADOR
110 V 220 V
Casinhola Alumínio anodizado (12 µm) Alumínio anodizado (12 µm)
Dois estágios, refrigeração direta, Dois estágios, refrigeração direta,
Motoaspirador 120 V/60 Hz, monofásico, 145 mm 240 V/60 Hz, monofásico, 145 mm
de diâmetro de diâmetro
Faixa de vazão 1,1 – 1,7 m3/min. 1,1 – 1,7 m3/min.
Faixa de potência 760 - 840 W 778 - 848 W
Faixa de 6,7 – 7,4 A 3,6 – 3,9 A
amperagem
Faixa de vácuo 87 – 128 cm H2O 34,9 – 48,5 cm H2O
Faixa de rotação 17.700 – 18.700 rpm 18.736 – 18.800 rpm
Peso 30 Kg 30 Kg
Altura 137 mm 137 mm
Laterais do teto 47 mm x 47 mm 47 mm x 47 mm
Laterais da base 38 mm x 38 mm 38 mm x 38 mm
Nível do filtro 107 mm 107 mm
Porta-filtro Para filtros de 203 mm x 254 mm Para filtros de 203 mm x 254 mm
Tipos de filtros Vários (ver normas). Consultar Vários (ver normas). Consultar
utilizados ENERGÉTICA ENERGÉTICA
Transdutor de pressão, para carta Transdutor de pressão, para carta
Registrador de
circular de 102 mm de diâmetro, giro circular de 102 mm de diâmetro, giro
vazão RP4
de 24 h, 110 V/60 Hz. de 24 h, 220 V/60 Hz.
Digital, resolução de 1 seg., com Digital, resolução de 1 seg., com
Timer
programação semanal, 110 V/60 Hz programação semanal, 220 V/60 Hz
Eletromecânico, resolução de 1/100 Eletromecânico, resolução de 1/100
Horâmetro
h, 110 V/ 60 Hz. h, 220 V/ 60 Hz.
Variador de A estado sólido, 110 V/60 Hz, A estado sólido, 220 V/60 Hz,
tensão (Vari-Vol) 880 W (potência de saída) 1.760 W (potência de saída)
Voltímetro Digital, 110V/60Hz Digital, 110V/60Hz
Pág. 10
O porta-filtro consiste em duas telas de inox engastadas num funil de fibra de vidro. É dotado
de quatro furos laterais para sua fixação, por parafusos e porcas (manípulos), no topo da base. Por
cima, recebe a moldura de aperto do filtro, dotada de junta de borracha para vedação. A moldura é
apertada por meio de quatro manípulos de alumínio.
O porta-filtro é alojado num furo retangular localizado na bandeja rebaixada no topo da base.
Não é necessário, mesmo para manutenção do motor e troca de escovas, remover o porta-filtro do
seu alojamento.
Consiste em um cilindro de fibra de vidro com flange na sua parte superior, um prensa-cabo
à meia altura e um furo central no fundo. É um dos componentes do amostrador desmontado com
mais frequência, para a troca das escovas do motor ou do próprio motor. A manutenção do motor e
de suas escovas pode ser visto com detalhe na Subseção 9.3.
O porta-motor é mantido preso pela abraçadeira fixada no fundo da casinhola. Para removê-
lo, primeiramente solte-o de sua abraçadeira e retire o plugue do motor de sua respectiva tomada
na caixa de tomadas e, em seguida, afrouxe os quatro manípulos de alumínio, tendo o cuidado de
segurar firmemente o porta-motor com uma das mãos.
O painel contém quase todo o sistema elétrico do amostrador. Ver o esquema elétrico do
amostrador na Figura 9.2.
O registrador do AGV PTS é ajustado na fábrica de tal modo que, trabalhando a 110 V (ou
3
220 V), o limite 1,7 m /min fique entre o “6” e o “7” da carta gráfica.
No Capítulo 4.0, será abordada o ensaio do registrador e, no Capítulo 8.0, mostrar-se-á como
calcular o volume a partir do traçado na carta gráfica.
Pág. 11
PAINEL DE CONTROLE
(COM VARI-VOL,
VOLTÍMETRO, TIMER
HORÂMETRO, CHAVE
CASINHOLA LIGA-DESLIGA, SINALEIRO
E PORTA-FUSÍVEL)
PORTA
PORT-AMOTOR
REGISTRADOR
Cabo de força (Figura 3.4). - O cabo de força, de 5 m, fornecido com o amostrador, penetra
no aparelho através de um prensa-cabo instalado na lateral de fundo. Na sua extremidade interna,
o cabo é dotado de uma tomada de extensão, para receber o plugue de alimentação do painel de
controle.
Alças para transporte. - Para transporte do aparelho, estas alças estão localizadas nas duas
laterais da casinhola.
7. Caso o amostrador esteja sendo instalado no seu local definitivo, não se esqueça de
ancorá-lo firmemente no seu pedestal.
9. Coloque um filtro e uma carta gráfica (podem ser usados, para teste) no amostrador.
Ligue o amostrador e certifique-se que a pena do registrador se desloca para a direita da
carta. Desligue o amostrador.
Pa in e l d e
c on trole
Cabo do
m o to r
cabo
C abo do de
re g istrado r
força
(5 m)
M o to r
Tomada de
extensão
Pre nsa -
R e g istra d o r
ca b o P o rta- m o to r
C A B O S E L É TR IC O S
Mangueira do
registrador
M o to r
P o rta - m o to r
2) Chave liga-desliga. - Localizada no painel, a chave, quando ligada (para cima), deixa o
sistema em condições de se energizar. Quando o timer já está programado para acionar
o amostrador, todos os consumidores (motor, registrador, variador de tensão, voltímetro
e horâmetro) se energizam ao se ligar a chave. O timer digital já é energizado por uma
bateria embutida, a fim de não parar o "clock" de seu sistema. O sinaleiro logo abaixo da
chave indica, quando aceso, que o sistema está ligado. Um porta-fusível, abaixo do
sinaleiro, serve para proteção. Recomenda-se usar fusível de 15 A (para 110 V) ou de 7
A (para 220 V). Caso ligar a chave e o sinaleiro não acender, sugere-se ao usuário
verificar primeiramente se o fusível está bom e bem encaixado. Se nada houver de errado
com o fusível, o usuário deve então checar a alimentação.
Pelas razões expostas acima, torna-se conveniente trabalhar-se a níveis de voltagens os mais
baixos possíveis, contanto, obviamente, que não se deixe de atender às normas.
O volume é dado de maneira indireta: vazão x tempo. A vazão varia ao longo da amostragem
e é obtida por meio de uma correlação com a deflexão da pena no registrador. O volume então,
como é mostrado no Capítulo 8.0, é obtido dividindo-se a carta gráfica de registro em intervalos de
tempo (24 intervalos de 1 hora cada), calculando-se o volume de ar para cada intervalo (vazão
média em cada intervalo multiplicada pelo respectivo tempo do intervalo) e, finalmente, totalizando-
se os vários volumes individuais dos segmentos.
Nota: A ABNT, na Subseção 4.9.1.2 da NBR 9547 (Ref. 2), adota um procedimento diferente
do procedimento adotado pela Energética para a determinação do volume de amostragem. Pela
ABNT, divide-se também o traçado na carta em intervalos (costuma-se adotar 24 intervalos), lê-se
a deflexão da pena (Di) em cada intervalo, tira-se a média (Dm) das deflexões nos intervalos e aí
determina-se a vazão média (Qp) em função desta deflexão média. O volume total (Vp) é a vazão
média (Qp) multiplicada pelo tempo decorrido da amostragem (t). Ver detalhes do procedimento da
ABNT no Capítulo 8.
No Brasil, o sistema de ensaio da vazão de um AGV foi por anos conhecido pela sigla CPV
(Calibrador Padrão de Vazão), sigla esta adotada pela ABNT na norma NBR 9547. O nome CPV
era coerente com o termo “calibração”, como era conhecido o procedimento de certificação do AGV.
Recentemente, com a decisão do Inmetro de considerar a certificação do AGV como “ensaio”, e
não como “calibração”, o nome CPV tornou-se discrepante, e assim decidimos substitui-lo pela sigla
PTV (Padrão de Transferência da Vazão), cuja tradução para o inglês, Flow Rate Transfer Standard,
é utilizada nos EUA para identificar o instrumento.
Há dois tipos comuns de PTV disponíveis (ambos do tipo orifício): um com um conjunto de
placas de resistência fixas e outro com uma válvula de resistência variável.
O PTV fabricado pela ENERGÉTICA é do tipo simples, com placas múltiplas. Ele é fornecido
com um “copo” com um orifício, uma placa adaptadora (para instalação no amostrador), um relatório
de ensaio do “copo” de orifício, um conjunto de cinco placas circulares de resistência,
respectivamente com 5, 7, 10, 13 e 18 furos, um manômetro de coluna contendo um líquido
indicador de densidade 1,0 e com 400 mm na escala e uma mangueira flexível para ligação do copo
de orifício ao manômetro. Ver Figura 3.5 com um croqui do PTV ENERGÉTICA.
Nota: O PTV utilizado no ensaio do AGV PTS é idêntico ao utilizado no ensaio do dos
Amostradores de Grande Volume com Controlador Volumétrico da Vazão (MP10, MP2,5 e PTSCVV),
à exceção das placas de resistência empregadas. Enquanto nos amostradores com CVV emprega-
se as placas de 8,9.10.13 e 18 furos, no AGV PTS omite-se as placas de 8 e 9 furos e acrescenta-
se as de 5 e 7 furos. Ficam, portanto, as placas de 5, 7, 10, 13 e 18 furos.
Pág. 17
Ressalta-se que o PTV fornecido pela ENERGÉTICA não inclui nem o termômetro nem o
barômetro, pois supõe-se que o cliente já os possui.
Os testes de estanqueidade devem ser realizados antes de cada ensaio (ver Subseção 4.3
para detalhes) ou quando se tornar necessário por outra razão. Deve-se proceder da seguinte
maneira:
1. Monte o sistema de ensaio conforme ilustrado na Figura 4.2. O AGV PTS é calibrado sem
filtro instalado. A perda de carga do filtro em operação é simulada com um padrão de
transferência de vazão (PTV). Quando for instalar a placa adaptadora do PTV na tela de
suporte do filtro, aperte bem os manípulos, em cantos alternados, de modo a impedir
vazamentos e a obter aperto uniforme. O aperto deve ser à mão; compressão em demasia
pode danificar a junta. Certifique-se que a junta do PTV esteja entre a placa adaptadora
e o PTV. Instale o PTV na placa adaptadora, certificando-se que o anel de aperto fica
bem rosqueado.
2. Tape, com uma fita adesiva reforçada ou com uma tampa de borracha, o orifício do PTV.
Feche ambas as válvulas (torneiras) do manômetro de 400 mm (associado ao PTV). Com
as válvulas fechadas, o fluido não se movimenta. Verifique, pela porta da casinhola, se a
mangueira encaixada na tomada de pressão do porta-filtro está encaixada, na outra
extremidade, na tomada de pressão do registrador. Caso não esteja conectada
adequadamente, conecte-a.
4. Caso não haja vazamentos no sistema, desligue o amostrador e retire a fita adesiva que
está bloqueando o orifício do PTV.
Atenção: cuidado para não queimar o motor. Lembre-se que ele é de refrigeração direta;
portanto, seja rápido.
• Do amostrador:
• Do laboratório:
Neste manual, o ensaio do PTV será abordado na Subseção 4.2; a do registrador de vazão,
na Subseção 4.3; e as de todos os outros instrumentos associados, na Subseção 4.4.
Conforme a NBR 9547 (Ref. 2), tanto o ensaio como o monitoramento da vazão operacional
do AGV PTS são feitos em unidade de vazão volumétrica padrão (Qp), de modo que o relatório de
ensaio do PTV tem que formalmente apresentar a vazão nas condições-padrão. Por outras
palavras, a correção da vazão para condições-padrão (25 °C ou 298 K e 760 mm Hg) já é realizada
no ensaio do PTV. Ver detalhes do ensaio do PTV no Apêndice F.
A vazão de ar corrigida para vazão volumétrica padrão é simbolizada por Qp. A unidade
tradicionalmente usada é o m3-padrão/min. Caso se queira converter Qp para condições reais, a
vazão volumétrica real de ar, medida e expressada nas condições existentes de pressão e
temperatura, é simbolizada por Qr. A unidade usada para Qr é m3/min.
P Tp
Qp = Qr 3 (Eq.4.2)
P T
p 3
Pp T
Qr = Qp a (Eq.4.3)
Pa Tp
onde:
Qp = vazão volumétrica padrão, m3-padrão/min.
Qr= vazão volumétrica real, m3-real/min.
Pa = pressão barométrica ambiente, mm Hg
Pp = pressão barométrica padrão CONAMA, 760 mm Hg
Tp = temperatura padrão CONAMA, 298 K
Ta = temperatura ambiente, K (K = °C + 273)
Qp =vazão volumétrica padrão média para o período de amostragem, m3-padrão/min.
Qr =vazão volumétrica real média para o período de amostragem, m3/min.
P3 = pressão barométrica ambiente média durante o período de amostragem, mm Hg
T3 = temperatura ambiente média durante o período de amostragem, K
Para fins didáticos, a ENERGÉTICA divide todo o processo de utilização do AGV PTS em três
fases, conforme a NBR 9547, ou seja:
A idéia de dividir em fases é para evitar confusão entre condições (temperatura e pressão).
Quando, por exemplo, o usuário ver T3, isto se refere à temperatura na fase de operação do
amostrador. Na Equação 4.4, abaixo, a1 (inclinação da reta) e b1(intercepto da reta) dizem respeito
à relação de ensaio do PTV e T2 e P2 dizem respeito à temperatura ambiente e pressão barométrica
durante o ensaio do AGV PTS.
A rigor, as determinações da vazão operacional do AGV PTS teriam que ser realizadas tendo-
se à disposição os valores das temperatura (T3) e pressão (P3) médias individuais para cada período
de 24 horas de amostragem. A obtenção de P3 e T3 não é uma tarefa fácil numa amostragem de 24
horas, a não ser que o usuário possua registros contínuos dos dois índices meteorológicos no local,
que possibilitem obter as médias durante a amostragem.
Segundo a EPA (Ref. 7), os erros decorrentes das flutuações diárias da temperatura ambiente
e da pressão barométrica são relativamente pequenos, comparados com os efeitos da altitude na
pressão barométrica e das alterações sazonais na temperatura ambiente, de modo que é possível
utilizar-se, em muitas regiões, onde as alterações de temperatura e pressão não são significativas,
as médias sazonais, semestrais ou mesmo anuais.
Ainda segundo a EPA (Ref. 7), a pressão barométrica média sazonal para o local, Ps, pode
ser estimada a partir da altitude do local, usando-se, para isso, uma tabela de pressão-altitude ou
reduzindo-se a pressão ao nível do mar, de 760 mm Hg, em 26 mm Hg para cada 305 m (1.000
Pág. 21
pés) de altitude. Por exemplo, a 500 m de altitude, a pressão barométrica seria de aproximadamente
717,4 mm Hg. A pressão média sazonal pode também ser determinada tirando-se a média de
leituras no local com um barômetro ou de medidas de uma estação meteorológica ou aeroportos
próximos (pressão da estação, não corrigida) durante vários meses. A ABNT(Ref. 2) recomenda
que a pressão barométrica média sazonal situe-se dentro de ± 60 mm Hg da pressão barométrica
verdadeira para aquele local.
A temperatura média sazonal (ou semestral, ou anual), Ts, para um local pode ser estimada a
partir de leituras de temperatura no local ou dos registros de estações meteorológicas próximas
durante o período sazonal. De preferência, a temperatura média deve refletir a temperatura na hora
ou dia no qual o registrador é normalmente lido. Contudo, é aceitável uma média determinada a
partir de registros de médias diárias (24 horas) da temperatura. Para alguns locais - em áreas
tropicais ou equatoriais, por exemplo - é suficiente uma temperatura média (anual); em outros, são
suficientes duas temperaturas médias (verão e inverno); porém, para locais onde as alterações
climáticas são severas, podem ser necessárias quatro temperaturas médias sazonais para
acomodar as alterações.
De preferência, conforme a ABNT (Ref. 2), a temperatura média sazonal (ou semestral, ou
anual) deve geralmente situar-se dentro de ± 15 °C da temperatura ambiente local no momento da
leitura do registrador. Caso as alterações diárias da temperatura no local sejam muito drásticas,
impedindo-a de ser representada por uma média sazonal (para ± 15 °C), deve-se obter as correções
reais da temperatura toda vez que se for ler a vazão.
O PTV é um padrão secundário, ensaiado, por sua vez, contra um medidor padrão de volume
(MPV) de deslocamento positivo (tipo Roots, por exemplo), também secundário, rastreável a um
padrão primário. Ver detalhes técnicos na Subseção 3.9.
O ensaio do PTV deve resultar numa relação Qp (vazão nas condições padrão) versus dHc
(pressão diferencial manométrica), a pressão barométrica (P2) e a temperatura ambiente (T2),
relação esta na forma de uma reta, definida por uma inclinação a1 e um intercepto b1. A
ENERGÉTICA fornece, com o PTV, um relatório de ensaio, com os dados do ensaio e a equação
da reta obtida por regressão linear. Ver exemplo de relatório resumido na Figura 4.1.
Note-se na Figura 4.1 que são apresentados resultados (inclinação a1 e intercepto b1) para
duas condições, a saber: condições reais e condições padrão. Os resultados para condições reais
são para ensaio de amostradores com CVV (MP10. MP2,5 e PTSCVV). Os para condições padrão
são para ensaio do AGV PTS, objeto do presente manual. No exemplo da Figura 4.1, a1 = 2,919 e
b1 = 0,017.
Com o relatório do PTV, o usuário poderá determinar os vários valores para a vazão durante
o ensaio do amostrador. A equação da reta a ser utilizada tem a forma:
$%&
= # #−) * (Eq. 4.4)
! " '
onde:
Qp = vazão volumétrica em condições padrão indicada pelo PTV, m3-padrão/min.
dHc = perda de carga através do orifício do PTV, cm H2O
P2 = pressão barométrica durante o ensaio do AGV PTS, mm Hg
T2 = temperatura ambiente durante o ensaio do AGV PTS, K (K = °C + 273)
a1 = inclinação da relação de ensaio do PTV
b1 = intercepto da relação de ensaio do PTV
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DADOS DO ENSAIO:
Placa ou t dHc dP Vm
Volts (min.) (cm H2O) (mm Hg) (m3)
45 3,65 10,2 1,3 3,9714
50 3,36 12,0 1,5 3,9700
55 3,14 13,7 1,8 3,9690
65 2,72 18,1 2,3 3,9668
75 2,45 22,4 2,8 3,9654
85 2,22 27,1 3,6 3,9641
TABULAÇÃO DE DADOS:
Condições Reais Condições Padrão
Tensão (Eixo - x) (Eixo - y) Tensão (Eixo - x) (Eixo - y)
Va Qr (dHc x Ta/Pa)1/2 Vp Qp
(volts) (m3) (m3/min.) (volts) (m3) (m3/min.) [dHc(Pa/Ta)(298/760)]1/2
45 3,887 1,086 1,993 45 3,979 1,090 3,194
50 3,965 1,180 2,170 50 3,975 1,183 3,473
55 3,963 1,262 2,316 55 3,966 1,263 3,704
65 3,949 1,452 2,663 65 3,960 1,456 4,264
75 3,947 1,611 2,962 75 3,949 1,612 4,735
85 3,954 1,781 3,260 85 3,954 1,781 5,206
REGRESSÃO LINEAR:
1 T 1 P2 298
Qa = dH c a − b1
Q p = dH c −b
a1 Pa a1 760 T2 1
Nota 1: Vale esclarecer que a Equação 4.4 é uma forma remanejada (com o Qp explicitado)
da equação abaixo, que pode ser chamada de “reta de ensaio”.
$%&
! "
# '
# = , +) (Eq. 4.5)
$%&
Y= # #
! " '
a = a1
X = Qp
b = b1
Nota 2: O usuário deverá observar que a reta acima dá a vazão (Qp) corrigida para as
condições-padrão (760 mm Hg e 298 K), atendendo, assim, à Resolução n° 3 do CONAMA.
De acordo com a NBR 9547 (Ref. 2), o PTV deve ser ensaiado na sua aquisição e,
subsequentemente, reensaiado em intervalos de um ano. Os copos de orifício do PTV devem ser
inspecionados visualmente antes de cada aplicação. Sinais de amassaduras no orifício implicam
reensaio ou mesmo sucateamento do copo.
2. Resulta do ensaio uma curva (reta) construída traçando-se uma linha por pontos de
correlação entre vazão (Qp) e raiz quadrada da deflexão da pena (D) multiplicada por
frações de pressão e temperatura (ver expressão da Equação 4.6). Tem-se
tradicionalmente traçado uma curva usando-se apenas 5 pontos, mas, na realidade, o
usuário, se possuir os meios, pode utilizar um maior número de pontos, tantos quanto
queira. Também vale salientar que os pontos correspondentes às placas de resistência
(tome-se as do PTV ENERGÉTICA como exemplo) são apenas 5 pontos - poderiam ser
outros 5 pontos - convenientemente distribuídos para se levantar a curva. O importante,
deve-se fixar em mente, é construir uma curva que cubra a faixa de 1,1 a 1,7 m3/min.,
como, por exemplo, com pontos que vão de 1,0 a 1,8 m3/min. na escala de 0 a 10 da
carta.
Desenho apresentando o AGV PTS com o PTV instalado. O manômetro de coluna d’água
da ENERGÉTICA é facilmente enganchado na frente, como mostrado na figura, ou na
porta do amostrador. Toda a operação de ensaio é facilitada pela visão perfeita do
conjunto e pela rapidez na colocação das placas de resistência. O conjunto macho/fêmea
rosqueada do PTV permite rápidos aperto e remoção do copo de orifício.
Portanto, o resultado do ensaio do amostrador deve fornecer a vazão (Qp) nas condições-
padrão.
4. Visto que o PTV pode estar ensaiado em termos de condições reais de temperatura e
pressão (condições consideradas por norma para o ensaio do MP10 do MP2,5 e do
PTS/CVV), o usuário deve determinar se é o caso e então modificar a curva de ensaio
para condições padrão, pois o AGV PTS deve ser ensaiado em condições-padrão de
temperatura e pressão. Note-se que no exemplo da Figura 4.1 os resultados do ensaio
do PTV estão também para condições-padrão.
5. Por norma, o ensaio tem que ser realizado no mesmo local e posição em que se farão as
amostragens. Portanto, não se deve, em hipótese alguma, ensaiar o aparelho num local
e depois deslocá-lo para amostragem em outro local, a não ser que se faça novo ensaio.
8. O ensaio do AGV PTS pode ser afetado por alterações na voltagem de linha. Por esta
razão, caso a voltagem de linha no local for baixa e tenda a flutuar significativamente,
recomenda-se utilizar um estabilizador de voltagem.
10. Conforme discutido na Subseção 4.1.3, o usuário deve, antes de iniciar as amostragens
com seu amostrador, verificar se é possível, para o local da amostragem, considerar a
temperatura média sazonal e a pressão barométrica média nos cálculos das
amostragens. Isso, como foi explicado, facilita consideravelmente os trabalhos. Caso
contrário, o usuário terá que determinar as temperaturas e pressões médias durante a
amostragem.
O formulário de campo, para registro dos dados do ensaio, é mostrado na Fig. 4.3. No mínimo
os seguintes dados têm que ser registrados:
• Dados gerais:
Número do formulário de registro
Data de emissão do registro
Nome do executante
Nome do conferente
• Dados do equipamento:
Identificação do amostrador
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TAG 12/001
AS: 12/001
AGV PTS - ENSAIO Local:
Data cal.:
Rio
01/04/12
Formulário de Registro de Dados
Hora cal. 12:00
Executante: Lúcia Baso
Conferente: José Said
Número: 12/001 Data de emissão: 04/04/12
DADOS DO SOLICITANTE
Solicitante Aldo Monte
End./setor: Qualidade do Ar
DADOS DO EQUIPAMENTO
AGV PTS N° HVP-1125 Registrador ° RP4-1326
DADOS AMBIENTAIS
Pressão barométrica (P2): 761 mm Hg Temperatura (T2): 27 °C
CONDIÇÕES DE REFERÊNCIA
As condições de referência da Resolução n° 3 do CONAMA são: 25 °C (298 K) para a temperatura
ambiente (Tp) e 760 mm Hg (1013,2 mbar) para a pressão barométrica (Pp).
Nota: Caso utilize a alternativa das condições sazonais, anotar abaixo os valores de Ps e Ts:
Pressão barométrica (Ps): 759 mm Hg Temperatura (Ts): 26 °C
DADOS DO PTV (PADRÃO DE TRANSFERÊCIA DE VAZÃO) (VER RELAT. ENSAIO)
Número do PTV: PTV-0151 Data último ensaio: 23/01/12
Relação (reta) de ensaio:
Inclinação a1: 2,9510 Intercepto b1: 0,0020 Correlação r1: 0,9990
OUTROS PADRÕES/EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Termômetro TLV TLV-004 Régua graduada: EQUI-003
Barômetro BAR-005 Manômetro U H2O MAN40-009
MEDIÇÕES DE ENSAIO
Placa Pressão Deflexão da
N° diferencial - dHc pena na carta
cm H2O D
Leitura Leitura
para Para
cima baixo
18 13,0 13,2 9,4
13 11,0 11,2 7,9
10 9,0 9.4 6.4
7 6,0 6,6 4,6
5 4,0 4,2 2,8
OBSERVAÇÕES
Figura 4.3 Formulário de Registro de Dados - Ensaio do AGV PTS (com exemplo)
Pág. 27
Identificação do registrador
• Dados ambientais:
Pressão barométrica medida no local durante o ensaio (P2)
Temperatura ambiente no local durante o ensaio (T2)
Pressão barométrica média sazonal (Ps), se for considerado a alternativa
Temperatura ambiente média sazonal (Ts), se for considerado a alternativa
• Dados do PTV
Identificação do PTV
Data do último ensaio do PTV
Inclinação (a1)
Intercepto (b1)
Correlação (r1)
• Medições do ensaio:
Dados da pressão manométrica (dHc) para as placas 18, 13, 10, 7 e 5
Nota: anotar no formulário as leituras para cima (a partir do zero da escala) e para baixo
(igualmente, a partir do zero da escala) para todas as placas. O usuário deve abster-se de
realizar as somas e anotá-las no formulário. A soma será efetuada pela planilha.
Dados da deflexão da pena na carta gráfica (D) para as placas 18, 13, 10, 7 e 5.
Ao chegar no local, o usuário deve logo verificar se o AGV PTS está pronto para ser
energizado e operado de forma adequada. Já sabendo a priori qual dos procedimentos vai seguir
com respeito à temperatura ambiente e a pressão barométrica durante as amostragens, o usuário
pode finalmente dar início ao ensaio.
Utilize o formulário de campo da Fig. 4.3 e proceda da seguinte maneira (Ver a Figura 4.1
apresentando um croqui representativo do amostrador com o PTV):
6. Instale uma carta gráfica no registrador, certificando-se que está girando livremente.
Atenção: Depois de zerar o registrador, não mexa mais no “zeramento”. Caso mexer no
“zeramento” após concluído um ensaio, este é invalidado e um novo ensaio terá que ser
realizado.
Nota: Como o padrão ENERGÉTICA permite troca rápida das placas de resistência, não
havendo tempo para que o motor e o interior do porta-motor se resfriem, a ENERGÉTICA
sugere que não se espere por aquecimento para a segunda placa em diante – muito pelo
contrário, tente ser rápido -e que se use o artifício das tapinhas suaves no registrador
para que a pena vença qualquer resistência por atrito e se acomode rapidamente na sua
posição de equilíbrio. Deste modo, toda a operação não leva mais do que uns poucos
segundos.
10. Seguro de que a pena esteja na sua posição de equilíbrio na carta, após aplicar as
tapinhas no registrador, registre, na coluna “Pressão diferencial – dHc” do formulário da
Fig. 4.3, as leituras “para cima” e “para baixo” do dHc (cm H2O), indicadas na escala do
manômetro, para a placa nº 18 (já instalada). A soma das duas leituras dá o dHc total.
Atenção: Sempre faça as leituras para acima (a partir do zero da escala) e para baixo
(igualmente a partir do zero da escala) e anote-as no formulário de registro. Abstenha-se
de somá-las. Deixe a soma para a planilha de cálculo. Lembre-se que anotando as
leituras “para cima” e para baixo”, você está permitindo que alguém confira as leituras e
verifique a soma delas (dHc total). O zeramento da escala não é crítico, visto que não
afeta a soma das leituras.
11. Antes de prosseguir para a próxima placa, ainda com o motor ligado, e seguro que deu
as tapinhas no registrador, pegue a chave de fenda, introduza-a na fenda da ferragem
quadrada no centro do registrador e gire a carta um pouquinho (cerca de 5 a 10 mm de
traçado da pena) no sentido dos ponteiros do relógio. Em assim fazendo, obtém-se um
pequeno patamar indicando a deflexão da pena para a placa nº 18. Veja exemplo na
Figura 4.4.
12. Desligue o motor, não se preocupando se a pena não retornar completamente ao zero.
13. Mude a placa de resistência para uma com o próximo número de furos em ordem
decrescente (nº 13).
15. Não havendo entrada fala de ar, anote, na coluna “Pressão diferencial – dHc” do
formulário, as leituras “para cima” e “para baixo” da pressão diferencial no manômetro
(dHc) para a placa 13.
16. Logo em seguida, dê tapinhas no registrador até assegurar-se que a pena atingiu sua
posição de equilíbrio e aí gire a carta (como no Passo 11 acima), traçando um patamar
de 5 a 10 mm para a placa nº 13.
18. Repita os Passos 13, 14, 15, 16 e 17 para as três placas restantes (nº 10, nº 7 e nº 5).
19. Retire a carta do registrador e anote nela os mesmos dados iniciais anotados no
formulário. Em seguida, identifique os cinco patamares traçados pela pena pelos números
correspondentes às placas, ou sejam, 18, 13, 10, 7 e 5. Veja exemplo na Figura 4.4.
Pág. 30
20. Leia os valores das cinco deflexões, na escala de 0 a 10 da carta, e anote-os na coluna
“Deflexão da pena na carta” do formulário de campo. Não jogue fora a carta; anexe-a
(grampeie-a)no formulário de campo.
P T
1 (Eq.4.4)
Qp = dH c 2 p − b1
a1 P T
p 2
onde
Qp = vazão volumétrica em condições padrão indicada pelo PTV, m3-padrão/min.
dHc = perda de carga através do orifício do PTV, medido com o manômetro de coluna
d’água do kit de ensaio, em cm H2O
P2 = pressão barométrica durante o ensaio do AGV PTS, mm Hg
T2 = temperatura ambiente durante o ensaio do AGV PTS, K (K = °C + 273)
Pp = 760 mm Hg (valor de referência do CONAMA) para pressão barométrica
Tp = 25 °C (298 K) (valor de referência do CONAMA para temperatura
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DADOS DO SOLICITANTE
Solicitante: Energética
Endereço/setor: Projetos
DADOS DO EQUIPAMENTO
AGV PTS Nº HVP-1125 mm Hg Registrador Nº RP4-1326
DADOS AMBIENTAIS
P2: 761 mm Hg T2: 27 °C 300 K
CONDIÇÕES DE REFERÊNCIAS
As condições de referência da Resolução nº 3 do CONAMA são: 25 °C (298 K) para a
temperatura ambiente (Tp) e 760 mm Hg (1013,2 mbar) para a pressão barométrica (P p).
DADOS DO PTV (PADRÃO DE TRANSFERÊNCIA DE VAZÃO) (VER RELAT. ENSAIO)
Número do PTV: 0151 Último Ensaio: 23/01/12
Relação (Reta) de Ensaio:
Inclin. a 1: 2,9510 Interc. b1: 0,0020 Corr. r1: 0,9990
OUTROS PADRÕES/EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Termômetro: TLV-004 Régua graduada: EQUI-003
Barômetro: Bar-005 Manômetro U H2O: MAN40-009
Para cálculo de Qp na Coluna (4) abaixo, usar a expressão:
1 P Tp
Qp = dHc 2 − b1
a1 P T
p 2
MEDIDAS DO ENSAIO
1 2 3 4 5 6 7 8
Placa dHc (cm H2O) * Qp D **
p/ cima p/ baixo total m3/min Deflexão
18 13,0 13,2 26,2 5,1049 1,729 9,40 3,0577
13 11,0 11,2 22,2 4,6990 1,592 7,90 2,8032
10 9,0 9,4 18,4 4,2780 1,449 6,40 2,5230
7 6,0 6,6 12,6 3,5401 1,199 4,60 2,1390
5 4,0 4,2 8,2 2,8559 0,967 2,80 1,6688
P T p P T p
(*) = dH c 2 (* * ) = D 2
P T P T
p 2 p 2
Responsável: Data:
P Tp
D 2 = a2Q p + b2 (Eq.4.6)
P T
p 2
onde
Qp = vazão volumétrica em condições padrão indicada pelo PTV, m3-padrão/min.
D = deflexão da pena na carta gráfica, de 0 a 10, com divisão mínima de 0,2
(Nota: D é adimensional)
P2 = pressão barométrica durante o ensaio do AGV PTS, mm Hg
T2 = temperatura ambiente durante o ensaio do AGV PTS, K (K = °C + 273)
Pp = 760 mm Hg (valor de referência do CONAMA para pressão barométrica)
Tp = 25 °C (298 K) (valor de referência do CONAMA para temperatura)
a2 = inclinação da relação de ensaio do AGV PTS, a ser obtida por regressão linear
b2 = intercepto da relação de ensaio do AGV PTS, a ser obtida por regressão linear
P2 Tp
Y = D (valores na coluna 8 da planilha)
P T
p 2
Notar que a planilha contém 5 pares de valores (X,Y), valores estes com os quais,
utilizando-se a técnica dos mínimos quadrados (regressão linear), obtém-se a2 e b2. No
exemplo, a2 = 1,4254 e b2= 0,0183.
Nota: Caso não possua meios eletrônicos, e, portanto, tenha que utilizar papel gráfico
para plotagem dos pontos, o usuário pode traçar a curva (reta) de ensaio do amostrador
plotando os valores de D P2 Pp T p T2 na coluna (8) versus os valores de Qp na coluna
( )( )
(6).
Deve-se ter em mente, no caso de se usar papel milimetrado, que a NBR 9547 (Ref. 2)
exige que “os valores locados nas curvas de ensaio sejam lidos com aproximação de 0,02
m3/min. nas condições padrão”.
4. De acordo com a EPA (Ref. 7), para que uma relação de ensaio (Eq. 4.6) seja válida,
cada um de seus pontos (são geralmente 5 pontos) deve estar dentro dos limites de
linearidade de ± 5 %. Isto pode ser feito determinando-se um Ycal para cada valor de Qp
anotado na Coluna (4) do formulário de ensaio. Ycal é determinado usando-se, na relação
da Eq. 4.7 abaixo, a inclinação (a2) e o intercepto (b2) da curva (reta) de ensaio (Eq. 4.6).
Ycal = a 2 Q p + b2 (Eq.4.7)
Pág. 33
A diferença percentual para cada valor é determinada pela Eq. 4.8 abaixo, comparando-
se cada Ycal com o Y ( D P2 Pp Tp T2 ) correspondente anotado na Coluna (8).
( )( )
Y − Ycal
% diferença = 100 (Eq.4.8)
Ycal
Qualquer ponto de ensaio que apresente uma diferença maior que ± 5 % deve ser
repetido, gerando-se uma nova e correta relação de ensaio.
Nota: Uma maneira alternativa à metodologia acima para a verificação dos limites de
linearidade consiste em determinar o fator de correlação r (ver cálculos no Apêndice G) e
considerar correta a relação de ensaio apenas quando r> 0,99. O valor de r é também
apresentado nas planilhas de ensaio (Fig. 4.5 e Fig. 4.6).
Nota: A significação quantitativa de r é apresentada na Seção 9.4 da Ref. 13. Ver também
o Informativo 34 (agosto de 2013), “Utilização do Coeficiente de Correlação nas
calibrações/Ensaios da Energética”.
5. A vazão, Qp, nas amostragens (fase 3), é dada pela Equação 4.9.
1 P3 Tp
Qp = D − b (Eq.4.9)
a 2 Pp T3 2
onde:
Qp = vazão volumétrica em condições padrão indicada pelo PTV, m3-padrão/min.
D = deflexão da pena na carta gráfica
P3 = pressão barométrica durante a amostragem, mm Hg
T3 = temperatura ambiente durante a amostragem, K (K = °C + 273)
Pp = 760 mm Hg (valor de referência do CONAMA para pressão barométrica)
Tp = 25 °C (298 K) (valor de referência do CONAMA para temperatura)
a2 = inclinação da relação de ensaio do AGV PTS
b2 = intercepto da relação de ensaio do AGV PTS
O procedimento de ensaio para esta Alternativa (B) é semelhante ao da Alternativa (A), exceto
que:
1) A planilha de cálculo tem a forma apresentada na Figura 4.6.
2) São retirados do formulário de registro de dados (Fig. 4.3) os valores das médias sazonais
(ou semestrais ou anuais) para a pressão (Ps) e para a temperatura (Ts).
P T
D 2 s
Ps T2
Pág. 34
DADOS DO SOLICITANTE
Solicitante: Energética
Endereço/setor: Projetos
DADOS DO EQUIPAMENTO
AGV PTS Nº HVP-1125 mm Hg Registrador Nº RP4-1326
DADOS AMBIENTAIS (MÉDIAS SAZONAIS)
P2: 761 mmHg T2: 27 °C 300 K
Ps: 759 mm Hg Ts: 26 °C 299 K
CONDIÇÕES DE REFERÊNCIA
As condições de referência da Resolução nº 3 do CONAMA são: 25 °C (298 K) para a
temperatura ambiente (Tp) e 760 mm Hg (1013,2 mbar) para a pressão barométrica (P p).
DADOS DO PTV (PADRÃO DE TRANSFERÊNCISA DE VAZÃO) (VER RELAT. ENSAIO)
Número do PTV: CPV-0151 Último Ensaio: 23/01/12
Relação (Reta) de Ensaio:
Inclin. a 1: 2,9510 Interc. b1: 0,0020 Corr. r1: 0,9990
OUTROS PADRÕES/EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Termômetro: TLV-004 Régua graduada: EQUI-001
Barômetro: Bar-005 Manômetro U H2O: MAN40-009
Para cálculo de Qp na Coluna (4) abaixo, usar a expressão:
1 P Tp
Qp = dHc 2 − b1
a1 P T
p 2
MEDIDAS DA ENSAIO
1 2 3 4 5 6 7 8
Placa dHc (cm H2O) * Qp D **
p/ cima p/ baixo total m3/min Deflexão
18 13,0 13,2 26,2 5,1067 1,730 9,40 3,0659
13 11,0 11,2 22,2 4,7007 1,592 7,90 2,8107
10 9,0 9,4 18,4 4,2795 1,450 6,40 2,5298
7 6,0 6,6 12,6 3,5414 1,199 4,60 2,1448
5 4,0 4,2 8,2 2,8569 0,967 2,80 1,6733
P T p P T s
(*) = dH c 2 (* *) = D 2
T
P T
p 2 Ps 2
P Ts
D 2 = a2Qp + b2
(Eq.4.10)
Ps T2
1
Qp = ( D − b2 ) (Eq.4.11)
a2
Atendendo à NBR 9547 (Ref. 2), o AGV PTS deve ser ensaiado com a seguinte frequência:
Além dos ensaios do PTV e do registrador de vazão, já apresentados, o usuário deve, a fim
de obter medições formalmente representativas e passíveis de resistir a auditorias oficiais, cuidar
também para que os seguintes instrumentos do amostrador e do laboratório sejam devidamente
ensaiados/calibrados:
• Horâmetro
• Programador de tempo - timer
• Balança analítica
• Higrômetro
• Termômetro
• Barômetro
4.4.1 Horâmetro
Segundo a EPA (Ref. 7), o horâmetro deve, a cada seis meses, ser checado contra um
cronômetro padrão de comprovada exatidão, seja no local de amostragem ou no laboratório. Um
ganho ou perda de mais de 2 minutos num período de 24 horas implica reparo ou reposição do
horâmetro.
Conforme a NBR 9547 (Ref. 2), o timer só é aceitável para uso quando ligar e desligar dentro
de 24 h ± 30 min.
Segundo a EPA (Ref. 7), o timer deve ser checado no seu recebimento após a compra e
subsequentemente a cada trimestre, usando-se, para isso, um horâmetro previamente calibrado
como referência (pode ser o do próprio amostrador). Um exemplo de procedimento de calibração
do timer é apresentado no Apêndice E.
Pág. 36
• Eficiência de mais de 99,9 % (teste do FDO - Ftalato de Dioctil para partículas de 0,3 µm)
• Baixa reação a material corrosivo
• Baixa higroscopia.
• Resistente a temperaturas de até 540 °C
• Resistente a tensões, não se rompendo facilmente com o manuseio.
Dados técnicos do filtro GFA, ora comercializado pela Energética, e de outros filtros (outrora
fornecidos pela ENERGÉTICA) podem ser vistos na Figura 5.1 e na Tabela 5.1, respectivamente.
Além dos filtros tipo “padrão”, que se prestam quase que exclusivamente para a determinação
por processo gravimétrico das concentrações de partículas totais em suspensão, há filtros mais
apurados, com baixo teor de contaminantes orgânicos e inorgânicos, para medidas de traços
metálicos e não-metálicos, onde se requer análises químicas das amostras. Este tipo de filtro é
conhecido como tipo “qualidade espectral”. A ENERGÉTICA oferece tipos de filtro com “qualidade
espectral’, seja de fibra de vidro, seja de quartzo.
Na Tabela 5.1, como ilustração, o usuário poderá ver dados comparativos entre filtros de fibra
de vidro e de quartzo de vários fabricantes.
Além de ser um filtro de qualidade espectral, o filtro de quartzo se destaca entre os vários
tipos de filtro por apresentar alcalinidade na faixa de pH de 6,5 a 7,5. Por ser basicamente neutro,
o filtro de quartzo evita a absorção, durante a amostragem, de dióxido de enxofre na forma de
partículas de sulfato. Experiências realizadas no EUA com filtros de fibra de vidro, em condições
normais de amostragem, indicaram a possibilidade de erros da ordem de 0,3 a 3,0 µg/m3 devido à
deposição de sulfatos. Os filtros de fibra de vidro disponíveis comercialmente, inclusive o GF/A,
apresentam pH superior a 7,5. Entretanto, assim mesmo, são utilizados para a determinação de
PTS, visto que a NBR 9547 (Ref. 2) aceita filtros com pH na faixa de 6 a 10.
Cabe salientar também que outros tipos de filtro, como, por exemplo, o de celulose, poderão
ser utilizados no AGV PTS. De trato difícil, devido a sua alta higroscopia e baixa eficiência, o filtro
de celulose torna-se, entretanto, imprescindível em certos tipos de amostragem, como é o caso das
de ar com predominância de sílica, onde não se pode empregar filtros de fibra de vidro e de quartzo.
Uma quantidade de filtros, suficiente para um período ≥ 3 meses para cada amostrador, deve
ser numerada e pesada em um lote, um filtro de cada vez. Empilhe os filtros dentro de sua caixa de
embalagem (ou uma caixa de igual tamanho), separando um do outro por uma folha de papel
colorido de aproximadamente 21,5 x 28,0 cm de tamanho. Certifique-se que os filtros fiquem
empilhados em ordem numérica, de modo que o operador os use na sequência certa.
Pág. 38
CARACTERÍSTICAS GERAIS
O Whatman GF/A se presta para o monitoramento da qualidade do ar, onde se deseja apenas determi-
nar a concentração total de particulados e aerossóis na atmosfera, e para a determinação de emissões
em chaminés.
MODELOS E TAMANHOS
GFA8X10IN - Folha retangular, de 203 x 254 mm, utilizada nos Amostradores de Grande Volume
(PTS, MP10 ou MP2,5)
GFA110MM – Disco de 110 mm de diâmetro, utilizado nas medições com o Handi-Vol e com o
AMOTOX
SIMILARES
O GFA é similar aos filtros GA55, da MFS, nº 31, da Schleichel & Schuell, APFA, da Milipore e nº 111,
da Ahlstrom.
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS
Material do filtro Filtro borossilicato sem aglutinantes
Porosidade nominal (µm) <1
Espessura (mm) 0,26
Perda de carga a 1,13 m3/min (cmH2O) 46,6
Máxima resistência à temperatura (ºC) 540
Eficiência de coleta medida pela retenção de
partículas de DOP (ftalato de dioctila), com diâ- 99,9
metro cima de 0,3 µm (teste ASTM-2986) (%)
Peso da folha de 203 x 254 mm (g) 2,73
Fibra de vidro
Quartzo
“Impurezas” Padrão Qualidade espectral
MFS Whatman Whatman Pall Whatman
GA55 GF/A EPM 2000 A/E QMA
Alumínio (Al) N/D 4.300 170 N/D 4
Antimônio (Sb) N/D 5.500 N/D 20 <1
Arsênio (As) N/D <6 <6 20 <6
Bário (Ba) N/D 8.500 50 N/D N/D
Berílio (Be) N/D 0,2 <1 1 1
Bismuto (Bi) N/D 0,3 <4 10 10
Boro (B) N/D N/D N/D N/D 42
Cádmio (Cd) 3 1 <1 2 0,2
Cálcio (Ca) N/D 2.500 540 N/D 85
Chumbo (Pb) 88 10 2,5 10 2,3
Cloro (Cl) N/D N/D N/D N/D N/D
Cobalto (Co) N/D 11 <1 10 1,1
Cobre (Cu) 13 56 1 2 3,4
Cromo (Cr) 45 0,2 10 10 1,6
Enxofre (S) 26 N/D N/D N/D
Estanho (Sn) N/D 5.500 15 10 10
Ferro (Fe) 795 100 15 100-1800 23
Magnésio (Mg) N/D 1.090 238 N/D N/D
Manganês (Mn) 28 8 <1 2 0,5
Mercúrio (Hg) N/D N/D N/D 80 N/D
Molibdênio (Mo) N/D 2 <2 10 <2
Níquel (Ni) 18 6 -- 10 3,4
Potássio (K) 775 573 N/D N/D
Selênio (S) N/D N/D N/D 200 N/D
Titânio (Ti) N/D 0,1 <1 10 <1
Vanádio (V) N/D 0,1 N/D 10 N/D
Zinco (Zn) 56800 N/D N/D 90 N/D
Informações Complementares
O peso de uma folha de filtro, para qualquer modelo, situa-se geralmente
Peso folha
entre 3 e 4 g.
1) Os dados para os filtros da Whatman foram retirados do site
www.whatman.com e do Compendium of Methods for Inorganic Air
Pollutants – Method IO-3.1, de junho de 1999
Fontes dos dados 2) Os dados do filtro GA55 foram fornecidos pela MFS Advantec no dia
01/11/1990.
3) Os dados do filtro Pall (ex-Gelman) foram tirados de um antigo manual
da Wedding and Associates
Recomendações
Os dados acima são valores ilustrativos para cada filtro. Portanto, recomenda-se não utilizá-los como valor
do “branco” em suas análises.
Pág. 40
Um lado da caixa pode ser cortada, de tal forma que o operador possa retirar os filtros sem danificar
seus cantos.
Cada filtro deve receber um número de série; por exemplo, 10001, 10002, 10003 e assim por
diante. O número deve ser carimbado em dois cantos diagonalmente opostos do filtro, bem próximo
da borda. Utilize o lado menos áspero do filtro para numerar. Tenha o máximo cuidado para não
danificar o filtro. Caso não tenha um carimbo, utilize uma caneta esferográfica com ponta a mais
grossa possível. Escreva com cuidado e de forma a deixar o número bem claro. Evite duplicação
ou omissão de números.
Os filtros, tanto antes quanto após a amostragem (já com coleta), devem ser transportados
em invólucros protetores, como, por exemplo, cassetes de acrílico e envelopes reforçados. Os
envelopes, além da impressão para endereçamento num lado, poderão ter colado no verso o próprio
formulário de campo para registro das amostragens (ver Figura 5.2).
Todos os filtros devem ser inspecionados visualmente, antes de sua pesagem inicial, sendo
rejeitados aqueles encontrados com defeitos. A inspeção deve, de preferência, ser feita contra uma
fonte de luz plana (igual à usada em checagens de raios-X). Deve-se procurar principalmente pelos
seguintes defeitos:
2. Material solto--Qualquer outro material solto ou partículas de poeira no filtro, que deva ser
removido antes da pesagem do filtro. Utilize uma escova bem macia para a remoção.
5. Outros--Um filtro com qualquer imperfeição não descrita acima, tal como superfícies
irregulares ou outros resultados de pobre fabricação.
Os filtros devem ser equilibrados num ambiente condicionado, por pelo menos 24 horas, antes
de serem pesados. Neste ambiente, a umidade relativa (UR) deve ser mantida constante em torno
de um valor médio abaixo de 50 %, com uma variação de não mais que ± 5 % durante todo o tempo
de condicionamento. O ideal seria que a umidade permanecesse em torno de 40 %. Já a
temperatura, deve ser mantida constante em torno de um valor médio entre 15 e 30 °C, com uma
variação de não mais que ± 3 °C. A UR e a temperatura devem ser checadas e registradas nos dias
de equilibração (manualmente, ou com um termohigrógrafo ou datalogger), assegurando-se assim
a conformação com as diretrizes acima.
No Apêndice H, repete-se a descrição da ABNT (Ref. 3 da Seção 10) para uma câmara de
condicionamento e pesagem. Na câmara descrita, atente-se para a existência, dentro da câmara,
de uma balança analítica, de um higrômetro, de um termômetro e de um recipiente com sílica-gel.
Caso não possua uma câmara de equilibração (condicionamento e pesagem), o usuário pode
usar uma sala com ar-condicionado para equilibração, contanto que possa ser mantida, durante
Pág. 41
Número Formulário
AGV PTS – Data de emissão:
AMOSTRAGEM Executante:
Conferente:
Formulário de Registro de Dados
DADOS DA AMOSTRAGEM
N° da Amostragem: Período: a
Local: Hora: a
Nº do Filtro: Tipo de filtro:
DADOS DO AMOSTRADOR
Nº do Amostrador: Nº Horâmetro:
Nº do Registrador Nº Timer:
DADOS DO ENSAIO DO AGV PTS
Ensaiado c/ PTV n°: Data último ensaio do AGV PTS:
Inclinação (a2): Intercepto (b2): Correlação (r2):
ANOTAÇÕES DE CAMPO
Temperatura ambiente média (T3): °C Tp = 298 K
ou Temperatura média sazonal (Ts) °C Pp = 760 mm Hg
Pressão barométrica média (P3): mm Hg
ou Pressão média sazonal (Ps) mm Hg
Leitura inicial horâmetro: horas Leitura final horâmetro: horas
a equilibração, nas faixas exigidas para a UR e a temperatura. Da mesma forma, deve-se manter
um termômetro e um higrômetro na sala. Os sistemas de equilibração mais comumente utilizados,
obviamente pela facilidade de obtê-los no mercado, são os dessecadores.
Deve-se numerar e pesar, ao mesmo tempo, um lote de filtros que seja suficiente para pelo
menos três meses de amostragem.
Os filtros devem ser pesados numa balança analítica com resolução de pelo menos 0,1 mg.
Cada balança usada nos procedimentos de pesagem deve ser identificada por um número. Cada
balança deve receber um bloco de números de identificação de filtros, para uso sequencial. São os
seguintes os procedimentos:
1. Certifique-se que a balança foi calibrada (pelo menos anualmente). Caso a calibração da
balança esteja com prazo vencido, providencie sua recalibração.
3. Coloque o filtro tarado, com seu número de identificação para cima, em seu recipiente
original ou numa caixa de tamanho comparável. Coloque uma folha de papel colorido,
indicador, com 21,5 x 28,0 cm, entre cada filtro.
A ENERGÉTICA recomenda que sejam usados, para a localização do AGV PTS, os mesmos
critérios usados pela U.S. EPA para a localização de Amostradores de Grande Volume (AGV) para
Partículas de Até 10 µm (MP10). Este critérios, completos, são encontrados no 40 CFR 58 (Ver Refs.
9 e 10, Capítulo 10). Algumas exigências mínimas são apresentadas abaixo:
Fácil de usar, o AGV PTS é um instrumento capaz de fornecer dados exatos e reprodutíveis,
bastando, para isso, que seja adequadamente calibrado e operado. Se os procedimentos de ensaio
apresentados neste manual forem devidamente seguidos, a operação de rotina do amostrador
torna-se altamente simplificada.
Também foi mencionado na Subseção 4.1.3 que caso o cliente não possua uma estação
meteorológica próxima, própria ou de outrem, ou um datalogger, as médias T3 e P3 podem ser
substituídas respectivamente pelas médias sazonais (ou semestrais ou anuais) Ts e Ps. Deve-se,
contudo, tomar o cuidado para que estas médias sazonais estejam disponíveis e que as condições
reais no local possam ser razoavelmente representadas por tais médias. Lembre-se que a NBR
9547 (ref. 2) recomenda que os valores sazonais representem valores reais com aproximação de
15°C para a temperatura e 60 mm Hg para a pressão barométrica.
2. Inspecione o filtro e veja se está identificado (na borda, do lado menos rugoso) e se não
há furos, rasgos ou outras irregularidades. Caso encontre irregularidades, rejeite o filtro e
selecione outro. Anote o número de identificação do filtro selecionado atrás da carta
gráfica e no formulário de campo.
3. Manuseie o filtro com todo o cuidado. É recomendável usar luvas e uma pinça para alojá-
lo no invólucro protetor (cassete ou envelope reforçado).
2. Retire o cadeado, levante o teto e abra a porta da casinhola. Mantenha o teto levantado
com a escora de alumínio que se encontra ao lado do porta-filtro.
5. Verifique o topo do porta-filtro e veja se não risco de o filtro ficar colado após aperto. Caso
haja risco, recomenda-se passar um pano no porta-filtro.
6. Coloque, com cuidado e bem centralizado, o filtro novo (identificado e já pesado), com o
lado rugoso para cima, diretamente sobre a tela de arame. Certifique-se que o filtro ficará,
após instalado, com no mínimo 1 cm de borda, em cada um de seus quatro lados, apoiado
na moldura do porta-filtro.
Pág. 46
7. Aperte os quatro manípulos de aperto, o suficiente para evitar entrada falsa entre o filtro
e a moldura de aperto. O aperto dos manípulos deve ser de dois a dois, diagonal e
simultaneamente, a fim de obter compressão uniforme da junta. Evite apertar os
manípulos excessivamente, pois poderá causar a colagem do filtro no porta-filtro ou
danificar permanentemente a junta.
13. Retire a carta de teste e instale a carta “para valer” (com anotações). Com uma chave de
fenda, e a pena ainda levantada, gire a carta (no sentido horário) até a hora do início de
amostragem. Quando devidamente ajustada a carta, a hora de início fica coincidindo com
o ponteiro indicador localizado do lado direito da carta. Verifique se a carta está livre de
girar.
14. Prepare o timer (ver Apêndice A). Certificando-se que o clock do timer está funcionado
adequadamente, acerte-o (data, hora e minuto). Em seguida, programe-o conforme a
programação de amostragem. Lembre-se que a U.S. EPA exige que a amostragem seja
de ½ noite a ½ noite. Faça a leitura do horâmetro e anote-a no formulário de campo.
• N° do formulário
• Data de emissão
• Nome do executante
• Nome do conferente
• Nº da amostragem
• Local da amostragem
• Período (datas) previsto para a amostragem
• Horário programado para amostragem
• Identificação do filtro (número e tipo)
• Identificação do amostrador
• Identificação do registrador
• Identificação do horâmetro
• Identificação do timer
• Dados do último ensaio do AGV PTS
• Leitura inicial do horâmetro
• Peso inicial do filtro
Veja, na Figura 6.1a, a folha de campo preenchida com os dados iniciais do campo.
1. Tão logo que possível, de preferência logo na manhã após a ½ noite do término da
amostragem, retorne à estação do AGV PTS, não esquecendo de levar o seguinte
material:
4. Cheque o filtro, vendo se não há sinais de passagens de ar, que podem resultar de juntas
da moldura gastas ou mal instaladas. Caso encontre passagens de ar, rejeite o filtro
(anule a amostragem), determine a causa e inicie ação corretiva antes de iniciar outro
período de amostragem.
6. Veja se não há danos físicos no filtro que possam ter surgidos durante ou após a
amostragem. Danos físicos ocorridos após a amostragem não invalidam a amostra
contanto que todos os pedaços do filtro sejam colocados no invólucro protetor.
Entretanto, passagens de ar no filtro durante o período de amostragem ou perda de
partículas soltas após a amostragem (por exemplo, quando da dobra do filtro) invalidam
a amostra. Deste modo, marque tais amostras com a palavra “nula” antes de mandá-las
para o laboratório.
Pág. 48
7. Verifique a aparência das partículas coletadas. Quaisquer alterações na cor normal, por
exemplo, podem ser indicativas de novas fontes de emissão ou de atividades de
construção na área. Anote qualquer alteração observada no formulário, além de
quaisquer razões óbvias para a alteração.
8. Dobre o filtro ao meio, no sentido de seu maior comprimento, com o lado da coleta para
dentro. Caso a amostra coletada não esteja centrada no filtro (por exemplo, a borda não
exposta ficou disforme em redor do filtro), dobre o filtro de modo que só área de depósito
toque área de depósito. O manuseio inadequado do filtro pode, por exemplo, prejudicar
eventuais amostragens para determinação de metais, onde o filtro tem que ser cortado
em partes iguais.
10. Retire a carta gráfica do registrador. Observe se não há alguma anormalidade no traçado
da pena, que possa invalidar a amostragem. Caso ainda não tenha sido feito, anote, atrás
da carta, a identificação do AGV PTS, o local e a data de amostragem. Coloque a carta,
juntamente com o filtro, no invólucro protetor, tendo o devido cuidado de evitar que o lado
com o traçado da pena fique em contato com o filtro.
11. Cheque o timer e veja se seu clock continua acertado. Em seguida, faça a leitura final do
horâmetro.
14. Antes de retornar ao laboratório, mesmo sem filtro instalado e mesmo que por pouco
tempo, ligue o amostrador e verifique se está tudo funcionando, principalmente o motor,
o Vari-Vol, o horâmetro, o registrador e o timer. Anote os defeitos que por ventura
observar.
16. Obtenha e anote no formulário os valores médios da temperatura ambiente (T3 ou Ts) e
da pressão barométrica no local (P3 ou Ps). Para orientação, caso necessite, veja a
Subseção 4.1.3.
Caso a amostra não seja analisada imediatamente, o encarregado deve guardar o filtro dentro
de um recipiente protetor, a fim de minimizar perdas de partículas voláteis. O pessoal do laboratório
deve fazer uma checagem secundária da validade da amostra, seguindo o procedimento
apresentado na Subseção 6.3.2.
Pág. 50
Veja, na Figura 6.1b, como fica o formulário de campo após preenchido com os dados pós-
amostragem.
A análise pós-amostragem de filtros é discutida nas Seção 7.0. O cálculo das concentrações
de PTS é tratado na Seção 8.0.
1. De tempo:
2. De vazão:
2. Verifique se não há dano físico no filtro com coleta, que possa ter ocorrido durante ou
após a amostragem. Dano físico após a amostragem não invalidará a amostra se todos
os pedaços do filtro estiverem colocados na pasta. Contudo, perdas completas de
partículas soltas após a amostragem (por exemplo, perda quando da dobra do filtro)
invalidará a amostra. Marque tais amostras com “nula” e anote no formulário de campo.
3. Verifique a aparência das partículas. Quaisquer alterações na cor normal pode indicar
novas fontes de emissão ou atividades de construção na área. Anote alterações.
6.3.3 Documentação
Os seguintes dados, anotados até este ponto pelo operador (ou operadores) de campo no
formulário de campo (Figuras 6.1a e 6.1b), devem ser posteriormente conferidos, de preferência por
um profissional de supervisão:
• N° do formulário
• Data de emissão
• Nome do executante
• Nome do conferente
• Nº da amostragem
• Local da amostragem
• Período (datas) previsto para a amostragem
• Horário programado para amostragem
• Identificação do filtro (número e tipo)
• Identificação do amostrador
• Identificação do registrador
• Identificação do horâmetro
• Identificação do timer
• Dados do último ensaio do AGV PTS
• Leitura inicial do horâmetro
• Peso inicial do filtro
• Dados de temperatura ambiente média durante a amostragem (T3) ou temperatura média
sazonal (Ts) e da pressão atmosférica média durante a amostragem (P3) ou pressão
média sazonal (Ps) (caso já os possua)
• Término da amostragem
• Leitura final do horâmetro
• Condições da amostragem, inclusive indicação de anormalidades nas cercanias, caso
tenham ocorrido
Nota: Para completar o preenchimento do formulário, faltam ainda o peso final do filtro (a ser
considerado no Capítulo 7.0) e os dados da carta gráfica (a serem considerados no
Capítulo 8.0.
Pág. 53
Ao receber uma amostra (filtro com coleta) do campo, o responsável pela guarda das
amostras deve obedecer ao seguinte procedimento:
2. Caso o filtro com coleta tenha vindo acondicionado para remessa, remova o filtro de seu
invólucro protetor(cassete ou envelope de papel reforçado) e examine este invólucro.
Caso tenha havido desprendimento de material do filtro, recupere-o, tanto quanto
possível, do invólucro para a área de depósito do filtro, usando para isso uma escova de
cerda bem macia ou uma pinça.
4. Inspecione o filtro e veja se não há danos surgidos durante a amostragem. Conduza uma
checagem secundária da validade de uma amostra (conforme apresentado na Subseção
6.3.2). Caso haja insetos incrustados no depósito de amostra, remova-os com pinças com
pontas de teflon, mexendo o menos possível no depósito de amostra. Caso observe mais
de 10 insetos, leve a amostra ao conhecimento do supervisor, para que seja tomada uma
decisão quanto à aceitação ou rejeição do filtro antes de sua análise.
5. Coloque os filtros sem defeitos de volta nos invólucros protetores (cassete ou envelope
de papel reforçado) e os encaminhe para pesagem e análise no laboratório. Arquive as
folhas de dados, para cálculos posteriores da concentração mássica.
6. Coloque os filtros defeituosos, com a relação dos defeitos ocorridos, em invólucros limpos
e separados, etiquete os invólucros e entregue-os ao supervisor do laboratório para
aprovação final ou não da validade do filtro.
Os filtros com coleta devem ser equilibrados e pesados da mesma forma que os filtros sem
coleta, ou seja, num ambiente de condicionamento por um período de 24 h. Para os filtros com
coleta, caso se suspeite de umidade elevada, o período de condicionamento pode ser estendido de
24 para até 48 horas. Veja a Subseção 5.4 e o Apêndice H com procedimentos detalhados para a
equilibração de filtros.
Nota: Os filtros com coleta são normalmente pesados dobrados, com a coleta para dentro.
2. Caso possível, pese os filtros com a balança dentro da câmara condicionada. Caso
contrário, certifique-se que a balança esteja tão próxima quanto possível da câmara
condicionada, onde esteja relativamente livre de correntes de ar e onde esteja à ou
próxima à temperatura da câmara. A pesagem deve ser efetuada não mais de 30 s após
a retirada dos filtros de dentro da câmara condicionada.
3. Anote o peso bruto do filtro na Folha de Controle das Pesagens (Figura 5.3) e no
Formulário de Registro de Dados da Amostragem (Figura 6.1b). Na Figura 7.1 mostra-se
o formulário de campo com o peso bruto anotado.
5. Caso o filtro de PTS não tenha que ir para análises adicionais, coloque-o no invólucro
protetor. Entregue os filtros pesados ao responsável pela guarda de filtros, para serem
arquivados.
6. Por outro lado, caso o filtro tenha que ir para análises adicionais, coloque-o num invólucro
protetor. Certifique-se que as análises adicionais exigidas estejam anotadas no invólucro.
Cuidadosamente remeta cada filtro para o responsável pela guarda de filtros, que o
encaminhará para o laboratório responsável pelas análises adicionais.
O peso bruto menos a tara do filtro de PTS é o peso líquido de PTS para aquele filtro. Cada
cálculo deste processo deve ser independentemente validado. A Seção 8.0 trata dos procedimentos
de cálculo da concentração mássica de PTS.
Pág. 55
Ml
PTS = (106 ) (Eq. 2.1)
Vp
onde:
Conforme exigido pela Resolução n° 3 do CONAMA, a concentração PTS tem que ser
corrigida para as condições de referência ou padrão do CONAMA (as mesmas da US EPA), ou
sejam 25 °C (298 K) e 760 mm Hg.
A determinação do PTS é feita numa planilha Excel fornecida pela ENERGÉTICA. Ver
detalhes na Seção 8.4.
O numerador da fração na Eq. 2.1, ou seja, o ganho líquido em peso (massa), aqui
simbolizado por Ml, é a diferença entre o peso final do filtro (com coleta), Mf, e o peso inicial do filtro
(limpo, sem coleta), Mi, pesados com uma balança com precisão de 0,1 mg. Os procedimentos de
pesagem dos filtros são apresentados nos Capítulos 5.0 e 7.0. Lembre-se que ambas as pesagens
são realizadas somente após terem sido executadas as respectivas equilibrações de umidade.
24
V p = ∑V pi (Eq. 8.1)
1
onde
Vp = volume total de ar amostrado em unidade padrão de volume,m3-padrão/min.,
Vpi = volume de ar amostrado no intervalo i em unidade padrão de volume,
m3-padrão/min.,
n = número de intervalos (24).
V p i = Q pi × ∆t (Eq. 8.2
onde
Qpi = vazão padrão média no intervalo, m3-padrão/min.
∆t = tempo do intervalo, 60 min.
Qpi, a vazão média em cada intervalo de 60 minutos i, é determinada pela equação abaixo.
1 P3 Tp
Q pi = D − b2 (Eq.8.3)
a2
i T
Pp 3
onde
Di = deflexão média obtida da leitura na carta para o intervalo i considerado
P3 = pressão barométrica média durante a amostragem, mmHg
Pp = 760 mmHg
Tp = 298 K
T3 = temperatura ambiente média durante a amostragem, K
a2 = inclinação da reta de ensaio do AGV PTS
b2 = intercepto da reta de ensaio do AGV PTS.
1. Vê-se na Eq. 8.4 que não há necessidade de medir a pressão barométrica, P3, e a
temperatura ambiente, T3, toda vez que se for amostrar, pois neste procedimento, já estão
incorporadas a pressão e a temperatura sazonais.
2. A Eq. 8.3 e a Eq. 8.4 são semelhantes às Eq. 4.9 e Eq. 4.11, respectivamente, oriundas,
por remanejamento, das retas de ensaio do AGV PTS (Eq. 4.6 e Eq. 4.10).
As deflexões médias Di, em cada período i, são obtidas “lendo-se” o traçado na carta gráfica.
Quando for “ler” a carta, analise primeiramente o traçado e veja como ele varia.
O normal é que a curva vá se voltando para o centro à medida que se processa a coleta.
Caso o ar ambiente esteja bem carregado, a volta para o centro pode ser acentuada.
Caso contrário, quando o ar está limpo, a curva pode apresentar uma forma circular, como
se nada houvesse acontecido. Alterações bruscas no traçado, para cima ou para baixo,
podem ocorrer e são principalmente devido a duas razões: variação na voltagem da rede
ou surgimento brusco de partículas em suspensão. A velocidade do motor responde
sensivelmente à voltagem. Portanto, caso esta se eleve, eleva-se também a velocidade
e, por conseguinte, a vazão através do filtro. O mesmo raciocínio é válido para redução
da voltagem, com consequente redução da velocidade do motor. E, caso o amostrador
esteja próximo a uma chaminé (ou a qualquer outra fonte de emissão), pode acontecer
que, de repente, se veja coberto de partículas emitidas em grande intensidade. O
registrador acusa então o evento com a sua pena dando uma forte guinada para o centro.
Pág. 58
É necessário cuidado para que estas emissões fortes não sejam longas demais, pois
podem obstruir completamente o filtro e assim cortar a refrigeração do motor.
Veja a Figura 8.1 com exemplo (exagerado) de traçado numa carta. Este exemplo não foi
tirado de uma amostragem real. Ele é apenas uma montagem para fins didáticos. Chama-
se a atenção para o fato de que um traçado como esse, com movimentos tão abruptos,
não é comum em amostragem.
Normalmente o traçado é muito mais "bem comportado", como mostrado na Figura 8.2.
Nesta figura, logo abaixo da foto da carta, vê-se uma tabela com os 24 valores das médias
das deflexões para cada intervalo. As médias são obtidas visualmente, “no olho”, como
se diz na gíria.
Note-se que a escala da carta gráfica vai de zero a 10, em dez intervalos iguais,
compreendidos por circunferências de linha grossa. Entre uma circunferência de linha
grossa e outra há cinco intervalos menores, correspondendo cada a 0,2 na escala. Às
vezes, o traçado cai entre uma circunferência e outra, como, por exemplo, entre o 5,2 e
5,4. Neste caso, lê-se 5,3.
3. Utilizando-se a carta da Figura 8.2 como exemplo, lança-se então os valores das médias
das deflexões no formulário da Figura 7.1, obtendo-se o formulário (com dados) da Figura
8.3.
Os valores de a2 e são retirados das planilhas do último ensaio do AGV PTS (ver Figuras 4.5
e 4.6). No exemplo da Figura 4.5, a2 = 1,7811 e b2 = -0,0185. E no exemplo da Figura 4.6, a2 =
1,7853 e b2 = -0,0186.
Oriente-se pela Subseção 4.1.3 para obtenção dos valores da pressão e temperatura.
A duração de uma coleta é normalmente de 24 horas. Entretanto, a NBR 9547 (Ref. 2) aceita
uma folga de ± 1 hora, ou seja, um período de coleta de 24 ± 1 horas. O horâmetro instalado no seu
amostrador permite ter-se este tempo decorrido com precisão de centésimo da hora. A folga de ± 1
hora no tempo da coleta tem permitido que se use timer eletromecânicos com resolução de ± 15
minutos ou mais. No caso do AGV PTS, o timer utilizado, digital, tem precisão de 1 segundo.
No caso de divisão em intervalos, em que o tempo total decorrido não seja exatamente de 24
horas, considere o último intervalo com qualquer que seja seu tempo decorrido. Feito isto, some os
tempos (em minutos) decorridos de cada intervalo e cheque a soma contra o tempo total da
amostragem, medido com o horâmetro ou com a própria carta. Devem ser iguais. Dê preferência à
leitura com o horâmetro.
Pág. 59
a) Início da amostragem. Deflexão 5,6 (= 1,57 m3/min.). O traçado prossegue sem nenhuma
variação por mais de 4 horas.
b) Na 5ª hora, queda brusca no traçado, devido a surgimento brusco de partículas em
suspensão. A deflexão desce para 4,1 (= 1,34 m3/min.) e se mantém aí até a 10ª hora.
c) Elevação da voltagem na 10ª hora, fazendo com que o motoaspirador gire mais rápido. A
deflexão sobe para 4,3 (= 1,38 m3/min.) e se mantém neste patamar até o início da 12ª
hora.
d) No início da 12ª hora, a voltagem começa a retornar no nível anterior. Deflexão desce para
3,8 (= 1,29 m3/min.) a aí permanece até a 19ª hora.
e) Na 19ª, mais partículas: o filtro se impregna mais. A deflexão desce para 3,4 (1,22 m3/min.)
e aí se mantém até a 23ª hora.
f) Após isso, a voltagem se normaliza e o filtro se impregna mais: a deflexão baixa até 3,0
(1,15 m3/min.).
g) Fim da amostragem. O timer desligou com 37 minutos além das 24 horas.
N° Deflexão N° Deflexão
Intervalo D Intervalo D
1 6,3 13 5,9
2 6,5 14 5,8
3 6,5 15 5,7
4 6,3 16 5,7
5 6,2 17 5,5
6 6,2 18 5,2
7 6,2 19 5,1
8 6,2 20 5,0
9 6,1 21 5,0
10 6,0 22 4,9
11 6,0 23 4,8
12 6,0 24 4,7
Da mesma maneira que para o ensaio, há duas planilhas para amostragem fornecidas pela
ENERGÉTICA. Uma planilha (ver Fig. 8.4) é para quando os valores médios de temperatura e
pressão durante a amostragem (T3 e P3, respectivamente) forem obtidos de uma fonte como uma
estação meteorológica ou por um datalogger para temperatura ambiente e pressão barométrica. A
outra planilha (ver Fig. 8.5) é para quando o usuário optar por temperatura e pressão médias
sazonais (Ts e Ps, respectivamente).
Antes de começar a usar a planilha (Fig. 8.4), certifique-se que tem à mão o formulário de
registros com todos os dados necessários (ver Fig. 8.3 com todos os dados).
Os dados da Figura 8.3 são transferidos para as células correspondentes em cor verde da
Figura 8.4.São transferidos os seguintes dados:
• Dados da amostragem:
Número do formulário
Data de emissão
Nome do executante ou operador
Nome do conferente ou supervisor
Nº da amostragem (opcional)
Local do amostrador
Data do início e data do fim da amostragem
Hora do início e hora do fim da amostragem. Normalmente de ½ a ½ noite.
Número do filtro utilizado na amostragem
Tipo de filtro. Geralmente utiliza-se filtro de fibra de vidro, mas pode-se usar outros
tipos, como quartzo e celulose.
Dados do amostrador
Nº do amostrador
Nº do registrador
Nº do horâmetro
Nº do timer
• Dados do ensaio do amostrador:
Número do PTV
Data do último ensaio do PTV (tirado do relatório)
Inclinação (a2) do PTV (tirado do relatório)
Intercepto (b2) do PTV (tirado do relatório)
Correlação (r2) do PTV (tirado do relatório)
• Anotações de campo:
Temperatura ambiente média (T3)
Pressão barométrica média (P3)
• Valores das deflexões médias de cada intervalo. São 24 valores.
• Condições do amostrador durante a amostragem (sim ou não).
• Anormalidades durante a amostragem (enumerar).
• Dados da pesagem do filtro:
Peso inicial
Peso final
• Assinaturas do operador e do conferente ou supervisor
Com as células em verde todas preenchidas, a planilha executa (em Excel) os seguintes
cálculos:
Pág. 63
Planilha de Amostragem Nº formulário 12/0001
ANOTAÇÕES DE CAMPO
T3= 24,00 °C P 3= 761,00 mm Hg Tp = 298 K P p=760 mm Hg
Leitura inicial horâmetro: 4.443,45 horas Leitura final horâmetro: 4.467,45 horas
Diferença de leituras do horâmetro: 24,00 horas Diferença em minutos: 1.440,0 minutos
DADOS DO VOLUME
Número Temp Pressão Vazão Intervalo Volume
Intervalo Deflexão (°C) (mm Hg) (m3/min) (min) (m3)
1 6,30 24,0 761,00 1,4304 60 85,82
2 6,50 24,0 761,00 1,4525 60 87,15
3 6,50 24,0 761,00 1,4525 60 87,15
4 6,30 24,0 761,00 1,4304 60 85,82
5 6,20 24,0 761,00 1,4192 60 85,15
6 6,20 24,0 761,00 1,4192 60 85,15
7 6,20 24,0 761,00 1,4192 60 85,15
8 6,20 24,0 761,00 1,4192 60 85,15
9 6,10 24,0 761,00 1,4079 60 84,48
10 6,00 24,0 761,00 1,3966 60 83,79
11 6,00 24,0 761,00 1,3966 60 83,79
12 6,00 24,0 761,00 1,3966 60 83,79
13 5,90 24,0 761,00 1,3851 60 83,11
14 5,80 24,0 761,00 1,3736 60 82,41
15 5,70 24,0 761,00 1,3619 60 81,71
16 5,70 24,0 761,00 1,3619 60 81,71
17 5,50 24,0 761,00 1,3947 60 83,68
18 5,20 24,0 761,00 1,3569 60 81,41
19 5,10 24,0 761,00 1,3440 60 80,64
20 5,00 24,0 761,00 1,3310 60 79,86
21 5,00 24,0 761,00 1,3310 60 79,86
22 4,90 24,0 761,00 1,3179 60 79,08
23 4,80 24,0 761,00 1,3047 60 78,28
24 4,70 24,0 761,00 1,2913 60 77,48
Volume total de ar em condições padrão = 1.991,66 m3
1 P3 298
Qp = D − b2
a 2 760 T3
Dados da Pesagem
Peso inicial (Mi): 3,1426 g
Peso final (Mf ): 3,3017 g
Peso líquido (Ml): 0,1591 g
M 6
PTS = l 10
V
p
Executante Conferente:
O valor de PTS obtido pela planilha é para condições padrão (de referência do CONAMA).
Entretanto, caso desejado, a concentração de material particulado real pode ser calculada por:
P3 T p
( PTS ) R = PTS (Eq. 8.5)
Pp T3
onde
3
(PTS)R = concentração real nas condições no local de amostragem, µg/m
PTS = concentração mássica de material particulado total em suspensão para condições-
padrão, µg/m3-padrão
P3 = pressão barométrica média durante a amostragem, mm Hg
Pp = 760 mm Hg
T3 = temperatura ambiente média durante a amostragem, K.
Tp = 298 K
O (PTS)R acima (Equação 8.5) torna-se simplesmente PTS [(PTS)R = PTS] quando se tiver
incorporado nos cálculos os valores médios sazonais (ou semestrais ou anuais) da pressão
barométrica (Ps) e da temperatura (Ts). Isto porque P3=Pp=Ps e T3=Tp=Ts.
O Formulário de Registro com Dados da Amostragem com os dados para esta opção (B) é
mostrado na Figura 8.5. Nesta, os valores das médias sazonais (Ts e Ps) bem como os dados do
ensaio do AGV PTS (a2, b2 e r2) foram tirados da planilha de ensaio da Figura 4.6. O restante dos
dados são semelhantes aos correspondentes na Figura 8.3 (para a Opção A).
A planilha de amostragem utilizada é mostrada na Figura 8.6, com exemplo, cujos dados
foram tirados do formulário da Figura 8.5.
Pág. 65
ANOTAÇÕES DE CAMPO
Ts = 26,00 °C Ps = 759,00 mm Hg Tp = 298 K Pp=760 mm Hg
Leitura inicial horâmetro: 4.443,45 horas Leitura final horâmetro: 4.467,45 horas
Diferença de leituras do horâmetro: 24,00 horas Diferença em minutos: 1.440,0 minutos
DADOS DO VOLUME
Número Temp Pressão Vazão Intervalo Volume
Intervalo Deflexão (°C) (mm Hg) (m3/min) (min) (m3)
1 6,30 26,0 759,00 1,4483 60 86,90
2 6,50 26,0 759,00 1,4704 60 88,22
3 6,50 26,0 759,00 1,4704 60 88,22
4 6,30 26,0 759,00 1,4483 60 86,90
5 6,20 26,0 759,00 1,4372 60 86,23
6 6,20 26,0 759,00 1,4372 60 86,23
7 6,20 26,0 759,00 1,4372 60 86,23
8 6,20 26,0 759,00 1,4372 60 86,23
9 6,10 26,0 759,00 1,4259 60 85,56
10 6,00 26,0 759,00 1,4146 60 84,88
11 6,00 26,0 759,00 1,4146 60 84,88
12 6,00 26,0 759,00 1,4146 60 84,88
13 5,90 26,0 759,00 1,4032 60 84,19
14 5,80 26,0 759,00 1,3916 60 83,50
15 5,70 26,0 759,00 1,3800 60 82,80
16 5,70 26,0 759,00 1,3800 60 82,80
17 5,50 26,0 759,00 1,3564 60 81,39
18 5,20 26,0 759,00 1,3202 60 79,21
19 5,10 26,0 759,00 1,3079 60 78,48
20 5,00 26,0 759,00 1,2955 60 77,73
21 5,00 26,0 759,00 1,2955 60 77,73
22 4,90 26,0 759,00 1,2830 60 76,98
23 4,80 26,0 759,00 1,2703 60 76,22
24 4,70 26,0 759,00 1,2575 60 75,45
Volume total de ar em condições padrão = 1.991,83 m3
1
Q p =
a2
( D − b2 )
Dados da Pesagem
Peso inicial (Mi): 3,1426 g
Peso final (Mf ): 3,3017 g
Peso líquido (Ml): 0,1591 g
Executante Conferente:
O procedimento de determinação do volume (Vp), conforme ditado pela NBR 9547 (Ref. 2) é
ligeiramente diferente do procedimento apresentado em 8.3.1. A Subseção 4.9.1.2 da NBR
determina que se divida o período de amostragem em intervalos (geralmente 24 intervalos) e se
calcule um valor médio para a deflexão (D) antes de se obter Qp (vazão média durante toda a
amostragem).
Para este procedimento, utiliza-se o mesmo formulário de registro de dados da Figura 5.1, em
que há espaço para os registros dos valores de temperatura e pressão nos vários intervalos. A
Figura 8.7 mostra o formulário com exemplo para a opção do Procedimento Sofisticado.
Finalmente, os dados do formulário de registro de dados (Figura 8.7) são transferidos para a
planilha de cálculo da Figura 8.8.
ANOTAÇÕES DE CAMPO
Valores horários de temperatura e pressão abaixo: Tp = 298 K Pp=760 mm Hg
Leitura inicial horâmetro: 4.443,45 horas Leitura final horâmetro: 4.467,45 horas
Diferença de leituras do horâmetro: 24,00 horas Diferença em minutos: 1.440,0 minutos
DADOS DO VOLUME
Número Temp Pressão Vazão Intervalo Volume
Intervalo Deflexão (°C) (mm Hg) (m3/min) (min) (m3)
1 6,30 22,4 758,70 1,4321 60 85,92
2 6,50 22,1 758,20 1,4545 60 87,27
3 6,50 21,7 757,70 1,4550 60 87,30
4 6,30 21,7 757,50 1,4326 60 85,96
5 6,20 21,8 757,50 1,4212 60 85,27
6 6,20 22,1 757,60 1,4206 60 85,23
7 6,20 22,8 758,30 1,4196 60 85,17
8 6,20 24,6 759,00 1,4160 60 84,96
9 6,10 25,7 759,10 1,4023 60 84,14
10 6,00 27,0 758,60 1,3876 60 83,25
11 6,00 28,3 757,60 1,3837 60 83,02
12 6,00 30,7 756,60 1,3775 60 82,65
13 5,90 32,2 755,60 1,3620 60 81,72
14 5,80 32,7 754,60 1,3487 60 80,92
15 5,70 32,9 754,00 1,3363 60 80,18
16 5,70 31,6 754,10 1,3391 60 80,35
17 5,50 29,4 754,60 1,3210 60 79,26
18 5,20 26,4 755,70 1,2924 60 77,55
19 5,10 25,8 756,50 1,2821 60 76,93
20 5,00 25,6 756,90 1,2705 60 76,23
21 5,00 25,3 757,20 1,2714 60 76,28
22 4,90 24,4 757,90 1,2613 60 75,68
23 4,80 23,9 757,70 1,2495 60 74,97
24 4,70 23,9 757,70 1,2367 60 74,20
Volume total de ar em condições padrão = 1.954,41 m3
1 P3 298
Qp = D − b2
a2 760 T3
Dados da Pesagem
Peso inicial (Mi): 3,1426 g
Peso final (Mf ): 3,3017 g
Peso líquido (Ml): 0,1591 g
Executante Conferente:
9.0 MANUTENÇÃO
Um programa regular de manutenção permite que uma rede de monitoramento opere por
maiores períodos de tempo sem que ocorra falhas no sistema. Com o tempo, pode-se observar que
são necessários ajustes nas frequências de manutenção em função da demanda operacional dos
amostradores. A ENERGÉTICA recomenda, contudo, que sejam observados certos intervalos para
as atividades de limpeza e manutenção, até que se estabeleça um histórico operacional estável dos
amostradores.
9.1 Casinhola
• Tanto o coletor (comutador) quanto as escovas do motor sofrem, por centelhamento entre
eles, um desgaste natural quando em uso. É imperativo, a fim de evitar não só riscos de
dano ao motor como também perdas de amostragem, que o usuário os troque antes que
se desgastem totalmente. Para isso, o usuário deve estabelecer uma programação de
manutenção preventiva. Uma programação conservadora é apresentada nas Subseções
9.3.5 e 9.3.6.
• Pode-se tentar obter maior rendimento do motor e das escovas, mas, para isso, ter-se-á
que acompanhar visualmente o desgaste dos mesmos, o que implica remover
periodicamente o motor do porta-motor. Este processo é trabalhoso, mas traz o benefício
de tornar o usuário familiarizado com o processo de desgaste do coletor e das escovas.
Ele poderá, por exemplo, em cada inspeção, examinar o comprimento restante das
escovas. Nota: A ENERGÉTICA recomenda trocar as escovas tão logo seu comprimento
(do grafite) se reduza a menos de 3 milímetros.
• Outros fatores importantíssimos no prolongamento das vidas úteis do coletor e das escovas
são a tensão (voltagem) em serviço do motor e os cuidados com o coletor e as escovas
durante as trocas destas. Para a tensão, o ideal seria que os valores recomendados para
os motores fornecidos pela ENERGÉTICA, ou seja, 105 V para o AGV PTS de 110 V e 200
V para o de 220 V, não fossem ultrapassados durante a amostragem. Atenção: utilize o
voltímetro instalado no painel para ler a tensão. Caso não haja voltímetro no painel, utilizar
um multímetro comum. Os cuidados que o usuário deverá ter por ocasião das trocas das
escovas estão descritos nos procedimentos apresentados ainda nesta subseção.
Pág. 71
• Aconselha-se o usuário a não tentar, após desgaste total do coletor, repará-lo ou trocá-lo.
Dificilmente o coletor poderá ser reparado. Nem sua troca por um original é aconselhável,
visto que o motor se desbalanceia com o uso, não permitindo mais obter-se bom
rendimento do coletor e das escovas de reposição. Em suma, o motor deverá ser
simplesmente descartado após desgaste total de seu coletor.
• Muitos usuários são impactados pelos desgastes usuais do motor e de suas escovas.
Entretanto, este fato tem que ser encarado e recomendamos acostumar-se com a ideia de
que o motor e as escovas de reposição, devido à regularidade com que se desgastam, se
comportam como material de “consumo” - e não como material de “reposição”-. De fato,
caso o usuário faça um levantamento do custo de uma amostragem, deverá chegar à
conclusão de que a participação do motor e das escovas no custo total é comparável ou
mesmo menor do que a de filtros, cartas e penas.
• As escovas utilizadas no AGV PTS são de menor espessura (cerca de 6 mm) do que a das
escovas do AGV MP10 e do PTS/CVV (cerca de 8 mm), e não devem, em hipótese alguma,
ser usadas nos motores destes. A solicitação de corrente elétrica no AGV MP10 e no
PTS/CVV é de cerca de 30 % maior do que no PTS. Portanto, as escovas de menor
espessura, se instaladas no AGV MP10 ou no PTS/CVV, além de proporcionar risco de
danos no motor, terão vida útil extremamente breve.
2. Como o motor pousado, seja no chão, seja na bancada, solte a porca do prensa-cabo na
saída do cabo elétrico no cilindro, de modo que o cabo elétrico possa mover-se pelo
respectivo furo do cilindro. Para a troca das escovas, não é necessário remover todo o
cabo elétrico. Isto seria necessário apenas quando se tiver que remover o motoaspirador
totalmente, seja para reparo, seja para descarte. Neste caso, ter-se-ia que desconectar o
plugue do cabo elétrico e remover a porca, a bucha e a arruela do prensa-cabo. Em assim
fazendo, remove-se todos os empecilhos para que o cabo passe totalmente pelo furo no
cilindro.
4. Empurre suavemente o cabo elétrico para o interior do cilindro até topar nos componentes
do prensa-cabo e do pino elétrico.
6. Se necessário, deite o cilindro e coloque o motoaspirador numa posição (com o motor para
cima) de modo a se ter acesso às suas escovas.
1. Com o motor apoiado, desaparafuse, com uma chave philips, as abraçadeiras das escovas
e solte-as. Em seguida, com uma chave de fenda, retire cuidadosamente o terminal do fio
que se encaixa na fenda na parte superior da escova. Cuidado para não quebrar o grafite
(também chamado de carvão)!
2. Cheque o comprimento das escovas (do grafite). Caso já estejam totalmente gastas
(menos que 3 mm), troque-as por novas. Nota: Sempre troque ambas.
3. Instale as escovas novas, observando que elas possuem um pequeno ressalto para
encaixe na sua sede no motor. O ressalto fica para baixo. Coloque o terminal do fio na
fenda da escova nova, reponha as abraçadeiras e aperte os parafusos com a chave philips.
Atenção: Não ligue o AGV PTS diretamente em 110 V/220 V sem antes amaciar as
escovas, pois isso poderá reduzir significativamente a vida útil do motor.
3. Com uma mão, segure o porta-motor (já com o motoaspirador dentro) e, com a outra,
coloque a borracha de vedação sobre a flange do porta-motor. Em seguida, acople,
enfiando os quatro parafusos prisioneiros nos respectivos furos da flange do porta-filtro, o
porta-motor ao porta-filtro e, finalmente, coloque e aperte os quatro manípulos de aperto.
À medida que for apertando os manípulos, observe se a junta permanece bem colocada.
Deve-se ter o cuidado de apertar os manípulos por igual, a uma pressão tal que se
assegure de que não haja entrada falsa de ar.
1. Troque as escovas antes do seu desgaste total, pois poderá danificar o coletor. A
velocidade com que as escovas se gastam é função das condições de trabalho das
mesmas, ou sejam, amaciamento prévio, condições do coletor, voltagem de trabalho, altas
flutuações ou não na voltagem de linha etc. Recomenda-se trocar as escovas toda vez que
se reduzirem a 3 mm de comprimento. Isso implica a abertura frequente do porta-motor
para verificação do comprimento das escovas, ação esta indesejável por muitos usuários.
Potenciômetro 6
7
9
10
2
3
Voltímetro
Digital 9
10
Timer
1
2
3
4
5
Horâmetro
Tomada
Motor
Tomada
Sinaleiro Registrador
Chave
Liga-desliga
Terra alimentação
energia
P o rt a -f u s í v e l
Chapa
alumíniuo
9.4.2 Horâmetro
Conforme mencionado na Subseção 4.4.1, o horâmetro deve, a cada seis meses, ser checado
contra um cronômetro padrão de comprovada exatidão, seja no local de amostragem ou no
laboratório. Um ganho ou perda de mais de 2 minutos num período de 24 horas implica reparo ou
reposição do horâmetro.
Conforme mencionado na Subseção 4.4.2, o timer deve ser checado no seu recebimento após
a compra e subsequentemente a cada trimestre, usando-se, para isso, um horâmetro previamente
calibrado como referência (pode ser do próprio amostrador). O timer só é aceitável para uso quando
ligar e desligar dentro de 24 h ± 30 min. Um exemplo de procedimento de calibração do timer é
apresentado no Apêndice E.
O timer atual do AGV PTS utiliza uma bateria comum, descartável (anteriormente, a bateria
utilizada era recarregável), encontrada normalmente no mercado. Modelo da bateria: CR2032.
Teoricamente, esta bateria dura 5 anos. Entretanto, recomenda-se trocá-la a cada ano.
9.4.4 Sinaleiro
O sinaleiro instalado no painel tem a função de apenas indicar se o sistema está energizado
ou não. Deve-se salientar que a queima do mesmo não implica desenergização do sistema. Por
outras palavras, o amostrador liga e funciona normalmente com o sinaleiro queimado.
9.4.5 Fusível
Certifique-se, toda vez que for fazer amostragem, que a pena do registrador está deixando
traço na carta. Verifique se o motor de giro está funcionando e se não há quebras e dobras na
mangueira do registrador. Verifique a porta do registrador e veja se está vedando bem; caso não
esteja, mande trocar a junta.
Deve-se, a cada amostragem, verificar se não há quebras e dobras nos cabos elétricos e se
não há conexões expostas. Não deixe que os cabos e tomadas fiquem imersos n’água. Se
necessário, levante os cabos acima do solo e prenda-os, com fita, nas pernas da casinhola.
Pág. 78
Ver a Tabela 9.3 com uma relação do material e peças mais comuns.
Porta-filtro/Motor (ENERGÉTICA):
10.0 REFERÊNCIAS
7. U.S. EPA. Quality Assurance Handbook for Air Pollution Measurements Systems, Volume
II, Ambient Air Specific Methods. Section 2.2: Reference Method for the Determination of
Suspended Particulates in the Atmosphere (High-Volume Method). U.S. Environmental
Protection Agency, Research Triangle Park, North Carolina 27711, EPA-600/4-77-027a,
Jan. 1983.
8. U.S. EPA. Quality Assurance Handbook for Air Pollution Measurements Systems, Volume
II, Ambient Air Specific Methods. Section 2.11: Reference Method for the Determination
of Particulate Matter as PM10 in the Atmosphere. U.S. Environmental Protection Agency,
Research Triangle Park, North Carolina 27711.
9. U.S. EPA. Network design for State and Local Air Monitoring Stations (SLAMS), National
Air Monitoring Stations (NAMS), and Photochemical Assessment Monitoring Stations
(PAMS). CFR 40, Chapter I, Part 58, Appendix D. U.S. Environmental Protection
Agency, Research Triangle Park, North Carolina 27711.
10. U.S. EPA. Probe Siting Criteria for Ambient Air Quality Monitoring. CFR 40, Chapter I, Part
58, Appendix E. U.S. Environmental Protection Agency, Research Triangle Park, North
Carolina 27711.
11. U.S. EPA. Operating Schedule. CFR 40, Chapter I, Part 58, Section 58.13. U.S.
Environmental Protection Agency, Research Triangle Park, North Carolina 27711.
12 Methods of Air Sampling and Analysis. Third Edition. James P. Lodge, Jr. (Editor), Inter-
society Committee, Lewis Publishers, Inc., 1989.
APÊNDICE A
PROGRAMADOR DE TEMPO
(TIMER DIGITAL)
1.0 INTRODUÇÃO
O timer digital serve para ligar e desligar automaticamente o amostrador. É de alta precisão.
Com ele pode-se programar o liga-desliga do amostrador em qualquer dia, hora e minuto da
semana. O aparelho compreende basicamente um CLOCK (relógio) e um TIMER (programador de
tempo). A ideia é primeiramente acertar o dia da semana, a hora e o minuto no CLOCK e depois
programar o TIMER conforme o desejado.
2.0 DESCRIÇÃO
O timer permite oito programações (com 14 combinações cada), através de cinco teclas
frontais, diariamente ou por grupos de dias (segunda a sexta, sábado e domingo e segunda a
domingo). Uma bateria no instrumento provê uma reserva de energia de pelo menos um ano. O
timer digital tem um canal de saída e permite RESET (retorno ao estado zero). O timer tem formato
redondo, com cerca de 62 mm de diâmetro. No painel há sete teclas, um display em cristal líquido
(LCD) e um sinaleiro LED. As teclas são identificadas no painel por símbolos ou pelos termos:
Nos display pode-se ler dados do CLOCK (dia da semana, hora, minuto e segundo) e dados
do TIMER (dia da semana, hora e minuto).
4.0 INSTALAÇÃO
O timer digital é instalado no painel do amostrador. O esquema de ligação é apresentado na
traseira do instrumento.
5.0 RESET
O reset do timer, ou seja, o retorno ao estado zero tanto do CLOCK quanto do TIMER, é
realizado pressionando-se a tecla RESET. Como a tecla é pequena, de borracha e rebaixada,
recomenda-se usar um objeto fino, porém não muito pontudo, para acioná-la. Na realidade,
necessita-se mesmo acionar o RESET apenas em um caso:
• Ligado (ON)
• Desligado (OFF)
• Acionamento automático (AUTO)
7.0 PROGRAMAÇÃO
7.1 Para Acertar o Clock (Relógio)
Dia da semana
• Mantendo a tecla CLOCK pressionada, acione a tecla DAY. O dia da semana (MO, TU,
WE, TH, FR, SA ou SU) aparecerá no display em letras bem pequenas sobre os dígitos e
mudará para o próximo cada vez que se acionar a tecla DAY.
• Caso segure as teclas CLOCK e DAY, simultaneamente, por mais de três segundos, o dia
da semana saltará para o próximo mais rapidamente.
Hora
• Mantendo a tecla CLOCK pressionada, acione a tecla HOUR. A hora do dia (0 a 23) mudará
para a próxima cada vez que se acionar a tecla HOUR.
• Caso segure as teclas CLOCK e HOUR, simultaneamente, por mais de 3 segundos, a hora
do dia saltará mais rapidamente.
Minuto
• Mantendo a tecla CLOCK pressionada, acione a tecla MIN. O minuto da hora (0 a 59)
mudará para o próximo cada vez que se acionar MIN.
• Caso segure as teclas CLOCK e MIN, simultaneamente, por mais de 3 segundos, o minuto
saltará mais rapidamente.
• Aperte e solte a tecla TIMER para entrar na programação do timer. Aparece então o número
“1” à esquerda, no display, com ON logo acima em letras bem pequenas. Isto indica que
se pode programar o instante do início da energização da carga programável no programa
1. Lembrar que o aparelho permite 8 programações.
• Acione a tecla DAY para selecionar o dia da semana (MO, TU, etc.)
- MO (segunda) -SA + SU
- TU (terça) -MO + WE + FR
- WE (quarta) -TU + TH + SA
- TH (quinta) -MO + TU + WE
- FR (sexta) -TH + FR + SA
- SA (sábado) - MO + TU + WE + TH + FR + SA
- SU (domingo) - MO + TU + WE + TH + FR + SA + SU
Para escolher qualquer das programações da lista acima o operador deverá acionar a tecla
DAY sucessivamente até aparecer o grupo de dias desejado. A sequência se dá conforme
acima.
Nota: A última combinação, por exemplo, significa que a operação liga-desliga se repete
uniformemente em todos os dias da semana. A oitava combinação significa que a operação
liga-desliga será feita somente nos sábados e domingos.
Pág. 84
• Após acertar o dia da semana, a hora e o minuto para ON (liga) no programa 1, aperte e
solte a tecla TIMER para programar o OFF (desliga) ainda no programa 1.
• Repita os passos 2, 3 e 4 acima para programar o dia, a hora e o número do OFF (desliga).
• Acione a tecla MANUAL e mova o tracinho (que deve estar na posição OFF) para a posição
AUTO.
Nota: Quando for programar para início imediato, sugere-se programar o início (ON) do timer
para 3 minutos mais tarde, tempo suficiente para se fazer toda a programação. E é só esperar
um pouquinho, que o usuário verá seu amostrador ligar, iniciando o funcionamento
programado.
8.0 BATERIA
A programação realizada no timer é guardada em memória protegida por bateria. Utilizar
bateria CR-2032. Quando esta estiver com sua carga reduzida, um mensagem aparece no visor,
indicando que a bateria deve ser substituída. Teoricamente, a bateria dura 5 anos. Entretanto, a
ENERGÉTICA recomenda trocá-la a cada ano.
APÊNDICE B
REGULADOR DE TENSÃO
(VARI-VOL)
1.0 INTRODUÇÃO
O Vari-Vol é um regulador de tensão, de utilização no AGV PTS, que tem como função básica
aumentar a vida útil do motoaspirador e de suas escovas, bem como manter a coleta da amostra
dentro da faixa de vazão de amostragem recomendada pelas normas vigentes.
2.0 NECESSIDADE
É comum, na indústria ou mesmo em locais públicos, encontrar-se pontos nas redes elétricas
com voltagens que variam de 90/180 a 130/260 V ou mais. As voltagens acima de 120/240 V não
são adequadas para o funcionamento do AGV PTS e devem pois ser evitadas.
O motor, de alta rotação (por volta de 18.000 rpm), possui um alto potencial de desgaste
devido a longos períodos de operação e à sua alta rotação. Este desgaste já é substancial para a
voltagem de projeto dos motores utilizados (120 V e 240 V) e aumenta significativamente para
voltagens maiores, podendo ocorrer desgaste prematuro das escovas ou, pior ainda, a queima do
motor.
Por outro lado, o AGV PTS, para voltagens acima de 120/240 V, quase sempre coleta com
vazão acima do máximo indicado pela norma.
Faz-se pois necessário evitar que o AGV PTS opere em voltagens acima de 120/240 V.
3.0 A SOLUÇÃO
O AGV PTS continua operando sem problemas de vazão quando a tensão é reduzida para
105 V (para motor com tensão 120 V) e 200 V (para motor com tensão 240 V), medidas com o
voltímetro do próprio amostrador ou, caso o amostrador não seja dotado de voltímetro, com um
multímetro comum. Além disso, nesses níveis de tensão, a vida útil das escovas aumenta
significativamente. A solução consiste então em reduzir a tensão da rede para um valor situado em
torno de 105 V (para motor de 120 V) e 200 V (para motor de 240 V), utilizando-se o Vari-Vol para
ajuste.
Atributo HV-8
Escala Decimal (%)
Consumo máx. de corrente -
Tensão operação da carga 200...250 V(rms)
Frequência da rede 47...63 Hz
Corrente de regime 8 A(rms)
Temp. ambiente 0 a 50 °C
Dimensões 133x48x48 mm
6.0 INSTALAÇÃO
O Vari-Vol vem instalado no painel de controle do AGV PTS.
7.0 OPERAÇÃO
Opera-se o Vari-Vol por meio de um botão central que gira ao longo de uma escala de 0 a 10,
correspondendo à faixa de 0 a 100% da potência de entrada. A escala é adimensional, tendo-se,
portanto, que utilizar algum meio para se estabelecer a correlação entre a posição do botão e a
tensão de saída do Vari-Vol (tensão de entrada no motoaspirador). A tensão de saída é indicada
pelo voltímetro instalado no painel. A operação de acerto da tensão é feita com o motoaspirador em
funcionamento. Conforme já frisado, a ENERGÉTICA recomenda 1095/200 V para a tensão de
entrada do motoaspirador.
Atenção: Caso seu amostrador não tenha voltímetro no painel, utilize um multímetro comum
para monitorar a tensão de saída do Vari-Vol.
Pág. 87
APÊNDICE C
HORÂMETRO
1.0 INTRODUÇÃO
O horâmetro instalado no AGV PTS serve para medir, com precisão, o tempo de amostragem.
É também útil na determinação do tempo acumulado do uso do motor e de suas escovas, facilitando
a realização de um programa de manutenção preventiva.
2.0 DESCRIÇÃO
O horâmetro é eletromecânico, sendo acionado por um micromotor síncrono de elevada
precisão. Quando acionado, o micromotor movimenta o conjunto de dígitos legíveis, indicando o
tempo de funcionamento do sistema. A contagem é progressiva e cumulativa, isto é, não retorna ao
zero (não resseta).
O modelo instalado vem com 7 dígitos, com indicação de 1/100 da hora. Atenção: Tem-se
que converter de centésimo (1/100 da hora) para minuto (1/60 da hora).
4.0 INSTALAÇÃO
O horâmetro é instalado no painel de controle do amostrador. Ver circuito de instalação na
seção sobre manutenção.
5.0 OPERAÇÃO
O horâmetro é ligado em paralelo ao motoaspirador. Portanto, seu acionamento é concomitante
com o do motor.
6.0 CALIBRAÇÃO
O horâmetro deve ser calibrado a cada seis meses contra um cronômetro de exatidão
comprovada. O ganho ou perda não pode ser superior a 2 min. num período de 24 horas. Se isso
ocorrer, descarte-o ou mande-o para reparo.
Pág. 88
APÊNDICE D
REGISTRADOR CONTÍNUO
1.0 INTRODUÇÃO
O registrador fornecido no seu AGV PTS permite conhecer-se contínua a instantaneamente a
vazão de ar que está amostrando.
O registrador conta com um motor AC sincrônico que faz girar a carta uma volta em 24 horas.
3.0 COMPONENTES
O registrador conta com os seguintes componentes:
4.0 INSTALAÇÃO
O registrador é fixado, através de 4 parafusos, no painel inferior do AGV PTS. A mangueira
de tomada de pressão que vem do porta-filtro é encaixada no adaptador (espigão) localizado na
face inferior do registrador. A energização do registrador se dá através de seu cabo flexível, cujo
pino é inserido na tomada inferior localizada na lateral do painel de controle. O funcionamento do
registrador é comandado pelo timer, concomitantemente com o do motoaspirador e do horâmetro.
Pág. 89
5.0 PENA
O registrador vem equipado com uma pena. A pena consiste em uma ponta fibrosa e porosa
e uma carga de tinta. O conjunto pode ser trocado com facilidade. Quando acabar a tinta,
simplesmente substitua a pena por outra nova.
8.0 MANUTENÇÃO
8.1 Inspeção de Recebimento
Ao receber seu equipamento realize uma inspeção para conferir se o registrador não sofreu
quebra e/ou maltrato no transporte. Verifique se o vidro não foi quebrado ou se a caixa externa não
foi danificada. Um teste simples para verificar rapidamente se o registrador está funcionando
consiste em primeiro lugar abrir a porta frontal e baixar a alavanca levantadora da pena e depois
soprar suavemente na mangueira de tomada de pressão e verificar se a pena se movimenta com a
pressão exercida.
O registrador foi projetado especificamente para o presente uso, sendo um aparelho confiável
e que requer pouca manutenção. Obviamente, deixá-lo cair ou deixá-lo exposto a excessos de
vibração, calor ou voltagem não é recomendável e pode causar-lhe sérios danos. O registrador que
sofrer danos deve ser enviado de volta à ENERGÉTICA para conserto e ajuste.
Existem algumas peças que podem ser trocadas no local de uso, como, por exemplo, a porta
com o visor e junta, haste da pena, a alavanca levantadora da pena etc. Em caso de dúvida,
solicitamos entrar em contato com a ENERGÉTICA para maiores informações. Recomendamos
porém enviar o registrador completo para troca de peças e reajuste.
Pág. 91
APÊNDICE E
CALIBRAÇÃO DO
PROGRAMADOR DE TEMPO (TIMER)
Apresenta-se, neste Anexo, o procedimento recomendado pela U.S. EPA para a calibração
do timer:
APÊNDICE F
ENSAIO DO PTV
O relatório do PTV pode, para um mesmo ensaio, ser apresentado de três maneiras
diferentes:
Nota: Nas Figuras E.1, E.2 e E.3, chama-se a atenção para as diferentes notações usadas
para temperatura e pressão durante o ensaio do amostrador. No ensaio do PTS, utiliza-se T2 e P2
para simbolizar pressão e temperatura durante o ensaio do amostrador. Ver Figuras E.2 e E.3. Caso
o usuário consulte o manual do PTS, verá, que, por razões didáticas, as atividades de ensaio do
PTV, de ensaio do amostrador e de operação de amostragem são respectivamente chamadas de
Fase 1, Fase 2 e Fase 3. Por exemplo, T1 e P1 dizem respeito ao ensaio do PTV; T2 e P2, ao ensaio
do amostrador; T3 e P3, à operação de amostragem. No caso do PTS/CVV, do AGV MP10 e do AGV
MP2,5, não há essa simbolização diferente para as diferentes fases, a não ser T1 e P1, para
simbolizar respectivamente a temperatura e pressão durante o ensaio do PTV, e os parâmetros da
reta, que são os mesmo para todos os AGVs, ou sejam: a1, b1 e r1 para a relação de ensaio do PTV
e a2, b2 e r2 para a relação de ensaio de todos os amostradores (registrador de vazão, no caso do
AGV PTS, e CVV, no caso do PTS/CVV, do AGV MP10 e do AGV MP2,5).
PTV n°°: _0180__ MPV (Medidor Roots) n°°: _8065037_ Data do Ensaio: 31/08/98_
Data em Serviço: ________________ T1 (K) __29 7__ P1 (mm Hg) _688__
Ensaio realizado por __José Silva___________________________________________
DADOS DO ENSAIO:
Placa ou t dHc dP Vm
Volts (min.) (cm H2O) (mm Hg) (m3)
40 3,633 9,525 5 4,00
45 3,350 11,176 6 4,00
50 3,083 13,208 7 4,00
60 2,667 17,272 9 4,00
70 2,367 22,352 12 4,00
80 2,133 27,432 14 4,00
TABULAÇÃO DE DADOS:
Va (Eixo - x) (Eixo - y) Regressão
(m3) 3
Qa(m /min.) (dHc x Ta/Pa)1/2 Linear
3,9709 1,0929 2,0278
3,9651 1,1836 2,1965 y = a1x + b1
3,9593 1,2841 2,3878
3,9477 1,4804 2,7306 a1 = 1,8984
3,9302 1,6607 3,1063 b1 = -0,0533
3,9186 1,8368 3,4412 r1 = 0,9997
FÓRMULAS PARA CÁLCULO DE Va e Qa:
P − dP Va
Va = V m 1 Qa =
P1 t
PARA CÁLCULO DAS VAZÕES NOS ENSAIOS DO AGV MP10, o AGV MP2,5 e o
PTS/CVV:
1 T
Qa = dH c a − b1
a1 Pa
PTV n°°: _0180__ MPV (Medidor Roots) n°°: _8065037_ Data doEnsaio: 31/08/98_
Data em Serviço: ________________ T1 (K) __29 7__ P1 (mm Hg) _688__
Ensaio realizado por __José Silva___________________________________________
DADOS DO ENSAIO:
Placa ou t dHc dP Vm
Volts (min.) (cm H2O) (mm Hg) (m3)
40 3,633 9,525 5 4,00
45 3,350 11,176 6 4,00
50 3,083 13,208 7 4,00
60 2,667 17,272 9 4,00
70 2,367 22,352 12 4,00
80 2,133 27,432 14 4,00
TABULAÇÃO DE DADOS:
Vp (Eixo - x) (Eixo - y) Regressão
(m3) 3
Qp (m /min.) [dHc(P1/760)(298/T1)]1/2 Linear
3,6068 0,9927 2,9414
3,6016 1,0751 3,1861 y = a1x + b1
3,5963 1,1664 3,4637
3,5857 1,3446 3,9609 a1 = 3,0318
3,5699 1,5084 4,5058 b1 = -0,0773
3,5593 1,6684 4,9917 r1 = 0,9997
FÓRMULAS PARA CÁLCULO DE Vp e Qp:
P − dP 298 Vp
V p = Vm 1 Qp =
760 T1 t
1 P 298
Qp = dH c 2 − b
a1 760 T2 1
DADOS DO ENSAIO:
Placa ou t dHc dP Vm
Volts (min.) (cm H2O) (mm Hg) (m3)
40 3,633 9,525 5 4,00
45 3,350 11,176 6 4,00
50 3,083 13,208 7 4,00
60 2,667 17,272 9 4,00
70 2,367 22,352 12 4,00
80 2,133 27,432 14 4,00
TABULAÇÃO DE DADOS:
Condições Reais Condições Padrão
Tensão (Eixo - x) (Eixo - y) Tensão (Eixo - x) (Eixo - y)
Va Qa (dHc x Ta/Pa)1/2 Vp Qp
(volts) (m3) (m3/min.) (volts) (m3) (m3/min.) [dHc(Pa/Ta)(298/760)]1/2
40 3,9709 1,0929 2,0278 40 3,6069 0,9927 2,9414
45 3,9651 1,1836 2,1965 45 3,6016 1,0751 3,1861
50 3,9593 1,2841 2,3878 50 3,5963 1,1664 3,4637
60 3,9477 1,4804 2,7306 60 3,5857 1,3446 3,9609
70 3,9302 1,6607 3,1063 70 3,5699 1,5084 4,5058
80 3,9186 1,8368 3,4412 80 3,5593 1,6684 4,9917
REGRESSÃO LINEAR:
Cond. Reais Cond. Padrão
a1 1,8984 a1 3,0318
b1 -0,0533 b1 -0,0773
r1 0,9997 r1 0,9997
FÓRMULAS PARA CÁLCULOS DE Vp, Qp, Va e Qa ACIMA:
P − dP Va P − dP 298 Vp
Va = V m 1 Qa = V p = Vm 1 Qp =
P1 t 760 T1 t
PARA CÁLCULO DAS VAZÕES NOS ENSAIOS POSTERIORES DOS AGVs:
DO AGV MP10 E DO PTS/CVV: DO AGV PTS: DO
1 P 298
dH c 2
1 Ta Qp =
a1
− b
760 T2 1
Qa = dH c − b1
a1 Pa
TERMÔMETRO
BARÔMETRO
MANÔMETRO
MANÔMETRO DE ÁGUA
DE ÁGUA
COPO COM
ORIFÍCIO
MEDIDOR DE
DESLOCAMENTO
POSITIVO (ROOTS)
MOSTRADOR
MOTOASPIRADOR
DO MEDIDOR
4. Conecte o PTV à entrada do MPV. Conecte, por meio de uma mangueira, o manômetro
de 800 mm (do MPV) à entrada do MPV. Conecte, por meio de uma mangueira, o
manômetro de 400 mm (do PTV) à tomada de pressão do PTV. Conecte um
motoaspirador de grande volume à saída do MPV. Certifique-se que todas as juntas estão
nas suas posições e em boas condições.
Cuidado: Evite manter o amostrador funcionando por mais de 30 s de cada vez com o
orifício bloqueado. Esta precaução reduzirá a chance de o motor superaquecer e
danificar-se devido à falta de refrigeração.
9. Após estabelecer uma vazão, permita que o sistema funcione por pelo menos um minuto
para que a velocidade do motor se mantenha constante. Observe a leitura no
Pág. 98
10. Registre o volume inicial que o dial do medidor estava indicando quando o cronômetro foi
iniciado. Mantenha esta vazão constante até que pelo menos 4 m3 de ar passe através
do MPV. Registre, como dP, a leitura do manômetro de pressão da entrada do MPV, e,
como dHc, a leitura do manômetro do PTV. Certifique-se que esteja indicando as unidades
de medição corretas. Caso dHc se altere significativamente durante a rodada, aborte a
rodada e dê início novamente.
11. Após pelo menos 4 m3 de ar ter passado através do sistema, observe a leitura do MPV e
simultaneamente pare o cronômetro. Registre o volume final que o dial do medidor estava
indicando quando o cronômetro foi parado. Registre o tempo decorrido (t) indicado no
cronômetro.
12. Calcule o volume medido pelo MPV (Vm) usando a Equação F.1 e registre.
13. Calcule o volume de ar em condições reais (Va) pela Equação F.2 e em condições padrão
(Vp) pela Equação F.3.
P − dP
Va = V m 1 (Eq. F.2)
P1
e
P − dP 298
V p = Vm 1 (Eq. F.3)
760 T1
onde:
Va = volume em condições reais, m3
Vp = volume em condições padrão, m3-padrão
Vm = volume real medido pelo MPV, m3
P1 = pressão barométrica ambiente durante o ensaio do PTV, mm Hg
dP= pressão diferencial na entrada do MPV, mm Hg
T1 = temperatura ambiente durante o ensaio do PTV, K
14. Calcule a vazão volumétrica para condições reais (Qa) pela Equação F.4 e a vazão
volumétrica para condições padrão pela Equação F.5:
Va
Qa = (Eq. F.4)
t
e
Vp
Qp = (Eq. F.5)
t
onde:
Qa = vazão volumétrica em condições reais através do orifício (PTV), m3/min.
Qp = vazão volumétrica padrão através do orifício (PTV), m3-padrão/min.
Va = volume em condições reais, m3
Vp = volume em condições padrão, m3-padrão
t = tempo decorrido, min.
Pág. 99
15. Repita os Passos 9 a 14 para pelo menos mais quatro vazões (pontos) diferentes dentro
da faixa aproximada de 1,0 a 1,8 m3/min. Todas as vazões (pontos) devem estar
distribuídas uniformemente na faixa considerada. No caso específico do MP10, do MP2,5
e do PTS/CVV, que funcionam com controlador de vazão, a US EPA pede que pelo
menos três das vazões (pontos) consideradas estejam no intervalo especificado para a
vazão do amostrador (1,05 a 1,21 m3/min.).
Nota: Nos ensaios do PTVs empregados nos ensaios dos AGVs ENERGÉTICA tem-se,
normalmente, considerado 6 vazões (pontos).
16. Para cada vazão (ponto), compute [(dHc) (Ta/Pa)]1/2 e anote na coluna do eixo-x nas
Figuras F.1 e F.3. Faça a mesma coisa para as Figuras F.2 e F.3, computando [(dHc)
(P1/760)(298/T1)]1/2.
T
dH c a = a1 ( Q a ) + b1 (Eq. F.6)
Pa
e
P 298
dH c 1 ( )
= a1 Q p + b1
7601 T1
(Eq. F.7)
calcule, por regressão linear (técnica dos mínimos quadrados), a inclinação (a1), a
interseção (b1) e o coeficiente de correlação (r1) da relação de certificação.
Nota: Conforme recomendação da Andersen, o fator de correlação (r1) deve ser ≥ 0,99
para que o ensaio seja válido. Caso r1 < 0,99, refaça os cálculos e, se necessário, repita
o procedimento de ensaio.
18. Para uso subsequente do PTV nos ensaios dos AGVs, calcule Qa e Qp a partir das
relações de ensaio abaixo (obtidas por explicitação de Qa e Qp, respectivamente, nas
Equações F.6 e F.7 acima):
1 Ta
Qa = dH c − b1 (Eq. F.8)
a1 Pa
onde:
Qa = vazão volumétrica em condições reais indicada pelo PTV, m3-padrão/min.
dHc = perda de carga através do orifício do PTV, cm H2O
Ta = temperatura ambiente durante o ensaio do MP10, do MP2,5 ou do PTS/CVV, K
(K = °C + 273)
Pa = pressão barométrica no local do ensaio do MP10 ou do PTS/CVV, mm Hg
a1 = inclinação da relação de ensaio do PTV
b1 = interseção da relação de ensaio do PTV
1 P2 298
Q p = dH c −b (Eq. F.9)
a1 760 T2 1
onde:
Qp = vazão volumétrica em condições padrão indicada pelo PTV, m3-padrão/min.
dHc = perda de carga através do orifício do PTV, cm H2O
P2 = pressão barométrica durante o ensaio do AGV PTS, mm Hg
T2 = temperatura ambiente durante o ensaio do AGV PTS, K (K = °C + 273)
a1 = inclinação da relação de ensaio do PTV
b1 = interseção da relação de ensaio do PTV
APÊNDICE G
REGRESSÃO E CORRELAÇÃO
1.0 INTRODUÇÃO
O usuário, quando for calibrar o PTV o AGV PTS, o AGV PTS/CVV, o AGV MP10 ou o AGV
MP2,5, poderá recorrer ao artifício da regressão linear como alternativa ao uso de curvas francesas
para obter a curva de ensaio no sistema de coordenadas XY.
Descreve-se, nos itens abaixo, a técnica da regressão linear e como se avalia se a curva
obtida é uma boa representante da distribuição dos pontos.
Y = aX + b
onde
Y = variável dependente, medida no eixo da ordenada
X = variável independente, medida no eixo da abcissa
a = inclinação da reta com relação ao eixo da abcissa
b = intersepto da reta com relação ao eixo da ordenada
i =1 i =1
b = Y − aX (Eq.G.2)
X = Qp
e
P T p
Y= D 2
Pp T2
Pág. 104
Hoje, com a proliferação dos computadores e das calculadoras manuais, é fácil instalar
programas que calculem os parâmetros a, b e r da reta. Neste caso, o usuário apenas entra com
os pontos XY e, vapt-vupt, com um apertar do botão, obtém os dados. Entretanto, quando não se
possui as maravilhosas máquinas, o jeito é trabalhar à mão,
Suponhamos que o ensaio do PTV foi feita com cinco pontos. Temos então a tabulação
abaixo:
X Y X2 XY
1,7193 3,0577 2,955992 5,257104
1,5845 2,8032 2,510640 4,441670
1,4451 2,5230 2,088314 3,645987
1,1990 2,1390 1,437601 2,564661
0,9492 1,6688 0,900981 1,584025
2
ΣX = 6,8971 ΣY = 12,1917 ΣX = 9,893528 ΣXY = 17,49345
n, o número de pontos = 5
∑X
i =1 6,8971
X= = = 1,37942
n 5
5
∑Y
i =1 12,1917
Y= = = 2,4383
n 5
17,49345−1,37942×12,1917
a= = 1,781074
9,893528−1,37942× 6,8971
Y = 1,7811X - 0,0185
4.0 CORRELAÇÃO
Correlação é a medida do grau de relação entre duas variáveis. A medida de quão boa é a
relação é dada por um coeficiente chamado de coeficiente de correlação (r).
Se todos os pontos caíssem em cima da curva (reta) de regressão, os quadrados dos resíduos
a partir da reta seriam zero e o coeficiente de correlação seria +1,000. O coeficiente, portanto, mede
a dispersão dos pontos no sistema de coordenadas. Caso a distribuição dos pontos seja
completamente aleatória, a correlação é zero e não há relação entre as variáveis.
Nota: Deve-se procurar obter uma relação cujo fator de correlação r não seja inferior a 0,997.
Em todo o caso, nunca aceite uma relação com r abaixo de 0,99.
n n n
n ∑ XY − ∑ X∑Y
i =1 i =1 i =1
r =
n n n 2
2
n
2
n ∑ X − ∑ X n ∑ Y − ∑ Y
2
i =1 i = 1 i = 1 i = 1
APÊNDICE H
CÂMARA DE EQUILIBRAÇÃO (ABNT - NBR 13412)
1.0 ESQUEMA
A ABNT recomenda que a câmara para condicionamento e pesagem dos filtros seja fabricada
conforme o esquema da Figura H.1.
2.0 ESPECIFICAÇÕES
A câmara deve atender às seguintes especificações:
1. Suas arestas devem ser vedadas com silicone ou outro material que mantenha boa
vedação.
2. Deve ser mantida aos níveis de umidade recomendados na Subseção 5.4 para
condicionamento dos filtros. Para tanto, é necessário que a sílica-gel seja colocada na
câmara pelo menos 12 horas antes da colocação dos filtros na câmara.
4. Deve possuir duas aberturas frontais que possibilitem a introdução das mãos do operador
para pesagem dos filtros.
6. Deve possuir uma par de luvas tipo utilizado em incubadora hospitalar, fixadas nas
aberturas mencionadas na alínea 4, de forma a evitar o contato direto do operador com o
interior da câmara.
VISTA FRONTAL VISTA LATERAL
900 700
BALA NÇA
ANALÍTI CA
FLA NGE E
B ALANÇA CONTRA FLA NGE
A NA LÍ TICA
BORBOLETAS
2 00
MANGAS DE
BORRACHA
LUVAS D E
BORRA CH A
BANC ADA PR ÓPR IA
PAR A BALAN ÇA
APÊNDICE I
DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE AMOSTRAGEM PELA
NORMA NBR 9547 (ABNT) (Ref. 2)
O procedimento de determinação do volume (Vp), conforme ditado pela NBR 9547 (Ref. 2) é
ligeiramente diferente do procedimento apresentado em 8.3.1. A Subseção 4.9.1.2 da NBR diz:
“pode-se obter maior exatidão dividindo-se o período de amostragem em intervalos e calculando-
se um valor médio para a deflexão (D) antes de se obter Qp (vazão média durante toda a
amostragem)”
Vp = Qp × t (Eq. I.1)
onde
1 D P3 T p
− b2
Qp = (Eq. I.2)
a2 m T
Pp 3
onde
24
∑D
1
i
Dm = (Eq. I.3)
n
onde
Dm= deflexão media durante a amostragem,
Di = deflexão média em cada intervalo i,
n = número de intervalos (24).
O formulário de registro de dados a ser utilizado com este procedimento é mostrado na Figura
I.1. Nele, não há espaço para os registros hora a hora dos valores das temperatura ambiente e
pressão barométrica, visto que na determinação da vazão (Qp) entram os valores médios daqueles
parâmetros (ver Equação I.2 acima).
Pág. 109
Quando são utilizados procedimentos com valores médios sazonais para a temperatura
ambiente (Ts) e a pressão barométrica (Ps), utiliza-se o mesmo formulário da Figura I.1 (ver, na
Figura I.3, o formulário com valores das médias sazonais).
A planilha de cálculo baseada nas médias sazonai para a temperatura ambiente e a pressão
barométrica, utilizando, como exemplo, os dados contidos no formulário da Figura I.3, é apresentada
na Figura I.4. Observe na planilha que a expressão para a vazão média é (Qp) é dada pela Equação
8.4 abaixo (para maiores esclarecimentos, ver Item B da Subseção 4.3.2 deste manual).
1
Qp =
a2
( Dm − b2 ) (Eq. 8.4)
. Pág. 111
ANOTAÇÕES DE CAMPO
Temperatura ambiente média (T3): 24 °C 297 K Tp= 298 K
Pressão barométrica média (P3): 761 mm Hg Pp= 760 mmHg
Leitura inicial horâmetro: 4.443,45 horas Leitura final horâmetro: 4.467,45 horas
Diferença de leituras do horâmetro: 24,00 horas Diferença em minutos: 1.440,0 minutos
Dados do Volume
Número Deflexão
Intervalo (D i ) Deflexão média (Dm), Vazão (Qp ) e Volume (Vp )
1 6,30
2 6,50 Deflexão média (D m ) = 5,7
3 6,50
4 6,30 24
5 6,20 ∑ Di
6 6,20 D = 1
m
7 6,20 n
8 6,20
9 6,10 Vazão média (Q p ) = 1,3668 m3/min
10 6,00
11 6,00
12 6,00
D P3 T p
13 5,90
− b2
14 5,80
1
Qp =
a2 m
15
16
5,70
5,70 Pp T3
17 5,50
3
18 5,20 Volume (V p ) = 1.968,14 m
19 5,10
20 5,00
21 5,00
Vp = Qp × t
22 4,90
23 4,80 t = tempo decorrido de amostragem
24 4,70
DADOS DA PESGEM
Peso inicial (Mi): 3,1426 g
Peso final (Mf ): 3,3017 g
Peso líquido (Ml): 0,1591 g
M 6
PTS = l 10
V
p
Responsável: Data:
ANOTAÇÕES DE CAMPO
Temperatura sazonal média (Ts ): 26 °C 299 K Tp= 298 K
Pressão sazonal média (Ps ): 759 mm Hg P p= 760 mmHg
Leitura inicial horâmetro: 4.443,45 horas Leitura final horâmetro: 4.467,45 horas
Diferença de leituras do horâmetro: 24,00 horas Diferença em minutos: 1.440,0 minutos
Dados do Volume
Número Deflexão
Intervalo (D i ) Deflexão média (Dm), Vazão (Qp ) e Volume (V p )
1 6,30
2 6,50 Deflexão média (D m ) = 5,7
3 6,50
4 6,30 24
5
6
6,20
6,20
∑1
Di
7 6,20
Dm =
8 6,20
n
9 6,10 Vazão média (Q p ) = 1,3605 m3/min
10 6,00
11 6,00
12 6,00
13 5,90 1
14 5,80
Qp =
a2
( D m − b2 )
15 5,70
16 5,70
17 5,50
3
18 5,20 Volume (V p ) = 1.959,12 m
19 5,10
20 5,00
21 5,00
Vp = Qp × t
22 4,90
23 4,80 t = tempo decorrido de amostragem
24 4,70
DADOS DA PESGEM
Peso inicial (Mi): 3,1426 g
Peso final (Mf ): 3,3017 g
Peso líquido (Ml): 0,1591 g
M 6
PTS = l 10
V
p
Responsável: Data:
APÊNDICE J
FORMULÁRIOS
1.0 INTRODUÇÃO
Formulários em branco são fornecidos nas próximas páginas para conveniência do usuário
deste manual. Cada formulário retém seu respectivo número de figura do texto.
Formulário Título
4.3 Formulário de Registro de Dados - Ensaio do AGV PTS
5.1 Formulário de Registro de Dados da Amostragem
5.2 Folha de Controle das Pesagens
Pág. 115
TAG
AGV PTS AS:
ENSAIO Local:
Data cal.:
Formulário de Registro de Dados
Hora cal.
Executante:
Conferente:
Número: Data de emissão:
DADOS DO SOLICITANTE
Solicitante
End./setor:
DADOS DO EQUIPAMENTO
AGV PTS N° Registrador °
DADOS AMBIENTAIS
Pressão barométrica (P2): mm Hg Temperatura (T2): °C
CONDIÇÕES DE REFERÊNCIA
As condições de referência da Resolução n° 3 do CONAMA são: 25 °C (298 K) para a temperatura
ambiente (Tp) e 760 mm Hg (1013,2 mbar) para a pressão barométrica (Pp).
Nota: Caso utilize a alternativa das condições sazonais, anotar abaixo os valores de Ps e Ts:
Pressão barométrica (Ps): mm Hg Temperatura (Ts): °C
DADOS DO PTV (PADRÃO DE TRANSFERÊNCIA DE VAZÃO) (VER RELAT. ENDSAIO)
Número do PTV: Data último ensaio
Relação (reta) de ensaio:
Inclinação a1: Intercepto b1: Correlação r1:
OUTROS PADRÕES/EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Termômetro TLV Régua graduada:
Barômetro Manômetro U H2O
MEDIÇÕES DA ENSAIO:
Placa Pressão Deflexão da
N° diferencial - dHc pena na carta
cm H2O D
Leitura Leitura
para Para
cima baixo
18
13
10
7
5
OBSERVAÇÕES
Número Formulário
AGV PTS Data de emissão:
AMOSTRAGEM Executante:
Conferente:
Formulário Geral de Registro de Dados
DADOS DA AMOSTRAGEM
N° da Amostragem: Período: a
Local: Hora: a
Nº do Filtro: Tipo de filtro:
DADOS DO AMOSTRADOR
Nº do Amostrador: Nº Horâmetro:
Nº do Registrador Nº Timer:
DADOS DO ENSAIO DO AGV PTS
Ensaiado c/ PTV n°: Data ultimo ensaio do AGV PTS:
Inclinação (a2): Intercepto (b2): Correlação (r2):
ANOTAÇÕES DE CAMPO
Temperatura ambiente média (T3): °C Tp = 298 K
ou Temperatura média sazonal (Ts) °C Pp = 760 mm Hg
Pressão barométrica média (P3): mm Hg
ou Pressão média sazonal (Ps) mm Hg
Leitura inicial horâmetro: horas Leitura final horâmetro: horas
Operador da Supervisor de
Balança: CQ:
Data N° Filtro Tara da Balança Tara Peso Bruto Análise
(g) (g) Adicional
Número Formulário
AGV PTS –AMOSTRAGEM Data de emissão:
Procedimento NBR 9547 Executante:
Formulário de Registro de Dados Conferente:
DADOS DA AMOSTRAGEM
N° da Amostragem: Período: a
Local: Hora: a
Nº do Filtro: Tipo de filtro:
DADOS DO AMOSTRADOR
Nº do Amostrador: Nº Horâmetro:
Nº do Registrador Nº Timer:
DADOS DO ENSAIO DO AGV PTS
Ensaiado c/ PTV n°: Data último ensaio do AGV PTS:
Inclinação (a2): Intercepto (b2): Correlação (r2):
ANOTAÇÕES DE CAMPO
Temperatura ambiente média (T3): °C Tp = 298 K
ou Temperatura média sazonal (Ts) °C Pp = 760 mm Hg
Pressão barométrica média (P3): mm Hg
ou Pressão média sazonal (Ps) mm Hg
Leitura inicial horâmetro: horas Leitura final horâmetro: horas