Mahomed Ossufo Ali (His1)
Mahomed Ossufo Ali (His1)
Mahomed Ossufo Ali (His1)
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3
Conclusão ................................................................................................................................... 7
Bibliografia ................................................................................................................................. 8
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Introdução
Com inicio no séc. VII (7) da n. e. altura em que começaram a chegar à costa oriental da
África navegadores vindo de diversas regiões de Ásia. Estes eram comerciantes Indonésios,
Indianos, Persas, Chineses e árabes. O seu objectivo era trocar produtos dos seus países ou
das regiões por onde passavam com produtos das terras africanas.
Eles traziam pano de algodão, missangas, sal e louças e levavam, em troca ouro, marfim,
ferro, cobre, peles de animais. Por vezes levavam também escravos.
Destes comerciantes, os que se fixaram na costa oriental de África foram os árabes. Para
realizar o seu comércio, eles construíam pequenas povoações a beira do mar ou nas margens
dos rios e ai se estabeleciam, para trocar as mercadorias vindas de longe, pelos produtos
locais.
Do contacto que os árabes tinham com os povos nativos, a partir do século XII, começam a
nascer Estados africanos com influência do islão, religião praticada pelos árabes, os chamados
Estados Afro-Islâmicos da Costa Orienta de África que é o tema do trabalho da cadeira de
História de Moçambique, tendo como objectivo geral, Compreender os Estados Afro-
Islâmicos da Costa Orienta de África e objectivos específicos, Descrever a génese da sua
formação, Indicar as suas características políticas económicas e sociais e causas da
decadência dos estados;
Segundo a tradição oral, a origem deste sultanato está ligado à fixação em Angoche de
refugiados de Quíloa. O primeiro Sultao de Angoche teria sido Xosa, filho de um tal de
Hassani que vivera em Quelimane, por ter constatado que Angoche reunia melhores
condições para o comércio. (Mussa, 2008:74)
Grande parte da população destes reinos [estados] foi islamizada, isto é, a cultura dos árabes
influenciou a vida do dia-a-dia das pessoas que viviam nestes reinos. A islamização teve
influência na língua e nos usos e costumes das populações locais. Assim, surgem línguas
novas faladas na costa, como são os casos do swahili, kimwane, ekote, echuabo e esakagi.
HAFKIN (1976), afirma a sucessão ao trono fazia-se pela via patrilinaer, em virtude de
Angoche ter escolhido o Islão como a religião do Estado. Assim o filho primogénito devia
suceder ao trono em caso de morte. Em Sancul parece ter existido um sistema de sucessão,
por linhagens alternadas, alinha de sucessória dos Xeicados de Sangage era definida por via
matrilinear. Em todos estados existiam duas classes: dominante e dominada. (Departamento
de Historia, Universidade Eduardo Mondlane, 2000:111)
Influência do islão;
Teoricamente os sheicados (Xeicados) e sultanatos encontravam-se subordinados aos
portugueses, mas na prática, a situação era fictícia, porque esta subordinação existia
enquanto os portugueses não interferissem contra os seus interesses e autonomia;
A fonte de renda de todos os estados afro-islâmicos era o comércio de escravos;
Foram formados por emigrantes da Ilha de Moçambique e Quíloa;
A causa de decadência destes estados foi uma só a ocupação efectiva das suas terras
pela Coroa Portuguesa;
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A diferença entre estes estados reside na forma (ou sistema) de sucessão que variava de
um estado para outro por exemplo no Sultanato de Angoche a sucessão era patrilinaer, o
filho primogénito devia suceder ao trono em caso de morte, no Xeicado de Sancul o
sistema de sucessão era por linhagem alternada e no Sangage era definida por via
matrilinear.
Apesar de grande “resistência ” que [o Xeicado de Sancul] opôs aos portugueses, foi obrigado
a seguir uma politica mais moderada a partir de 1899. O ultimo acto de revolta dos Xeicados
de Quitangonha verificou-se em 1903-1904, quando a politica portuguesa de “ ocupação
efectiva” decorria tendo o xeique Mahamu Amade e suas forças atacado o Mussuril nesse
período. Anos depois no âmbito da política colonial de ocupação efectiva, os portugueses
submeteram o Xeicado e transformaram-no num posto militar.
A causa da decadência do Xeicado de Sangage foi ocupação efectiva pelo governo colonial
que termina com a prisão e deportação de Mussa-Phiri para Temo onde morreu. As terras do
Xeicado, agora ocupado pelos portugueses foram transformados num regulado, à frente do
qual colocado um chefe colaborador. (Departamento de Historia, Universidade Eduardo
Mondlane, 2000:119, 120, 122).
A pois da morte de Ussene Ibraimo, subiu ao trono Ibraimo, tendo governado de1889 até
1902. Nesse mesmo ano, o poder voltou a ser ameaçado pela luta de sucessão, até que farelay
tomou o trono, governando conjuntamente com Ibraimo ate 1910, ano em que Massano de
Amorim deu o golpe final aos últimos redutos da resistência em angoche. (HAFKIN 1976)
Conclusão
A causa de decadência destes estados foi a “ ocupação efectiva” das suas terras pelo governo
colonial português.
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Bibliografia
HAFKIN, Nancy Jane. Trade, society and politics in northern Mozambique c. 1753-1913.Ann
Harbor: University Microfilms Internacional, 1976 xxiii, 423p.mapa.Tese de doutoramento
apresentado à Universidade de Boston em 1973
Souto, Amélia Neves De, Guia Bibliográfica para estudantes de Historia de Moçambique
(200/300 – 1930), Universidade Eduardo Mondhane - Centro de Estudos Africanos, 1ª edição
moçambicana, Maputo, 1996,p.99,100