Raíssa - Memorial Acadêmico e Artístico

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Nome: Raíssa Rodrigues Leal

Curso pretendido: Mestrado em Música – UNESP


Projeto de Pesquisa:Um panorama da produção musical em video game music no Brasil
Linha de pesquisa: Música, Epistemologia e Cultura
Especialidade: Estética
Orientadora pretendida: Lia Tomas

Memorial Acadêmico e Artístico

Sou formada em Bacharelado em Música pela Universidade Federal de Pelotas


(UFPel), com habilitação em Ciências Musicais. Antes de entrar para o curso, fiz um ano de
Licenciatura em Música na mesma universidade, onde tive meus primeiros contatos com a
pesquisa em música através do Projeto PIBID. Nesse projeto eu comecei a publicar trabalhos
em eventos científicos, realizar musicalização infantil e formação de professores e foi a partir
dessa experiência com pesquisa e com ensino que tomei a decisão mudar para o curso de
Ciências Musicais.

Dentro do curso pude desenvolver habilidades que englobam os três pilares da


atividade acadêmica, a pesquisa, o ensino e a extensão. Dentro das atividades regulares do
curso de Ciências Musicais tive meu primeiro contato com Arquivologia musical, onde, na
disciplina de Práticas de Pesquisa em Ciências Musicais, pude obter experiência com
higienização, digitalização e organização do acervo Lucia Mantovani que se encontra no
Laboratório de Ciências Musicais da UFPel. Em 2014 participei do Projeto de Extensão
Núcleo de Produção Musical Discoteca/Radio Federal FM onde realizei o trabalho de
catalogação de parte do acervo de discos de 33 e 45 R.P.M. da Discoteca Luiz Carlos
Vinholes bem como a organização física da mesma. Entre 2016 e 2018 participei do projeto
de pesquisa Oscar Guanabarino e a Crítica musical no Brasil e fiz a localização, transcrição
e revisão das críticas musicais escritas por Guanabarino no Jornal O Paiz (1884-1917), como
resultado dessa pesquisa apresentei uma comunicação em Lisboa intitulada A critica de Oscar
Guanabarino para a temporada lírica de 1910 no 5º Congresso MUSPRES de la Sociedad
Española de Musicología. Entre 2016 e 2019 fui monitora de canto no projeto de extensão
Afina Sul – Pelotas onde pude lecionar canto lírico e popular e organizar apresentações
musicais com os professores e alunos do projeto. No meu trabalho de conclusão de curso
pesquisei a respeito de Video Game Music (VGM), obtendo bons resultados com
apresentações de comunicações nos eventos II Encontro de Pesquisa do Bcharelado em
Música da UFPel, XXV Congresso de Iniciação Científica – CIC – Ufpel e XXVII Congresso
da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música. Em 2018 participei da
disciplina de mestrado Gestão de Acervos Musicais Históricos na Unesp com o professor
Paulo Castagna onde pude aprofundar meus conhecimentos a respeito de acervos musicais
brasileiros e seus processos de conservação, higienização e salvaguarda de documentos
musicais. Recentemente atuei como moderadora de sessões de apresentações de trabalhos
orais, subáreas "Sonologia” e “Musicologia”, durante o XXIX Congresso da ANPPOM
(Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música), realizado em Pelotas-RS,
agosto de 2019.

Paralelo a minha trajetória acadêmica, devo citar aqui a minha trajetória


artística/musical. Sou formada no curso técnico em Canto Popular pela Escola Técnica de
Artes – SP e desde então tenho exercido atividade como cantora. Em Pelotas participei de três
projetos musicais, a Guilda dos Bardos, Rainhas Arcanas e A Barda, sendo esse último um
projeto que existe até hoje. Com o Grupo Guilda dos Bardos me apresentei em eventos de
música folk e cultura pop. Com esse grupo apresentávamos um repertório de inspiração celta
e medieval de universos fantásticos (filmes, jogos e séries) como o Senhor dos Anéis, Game
of Thrones, Skyrim , Guild Wars e interpretações de músicas de bandas de folk, folk metal,
metal sinfônico, e derivados. Com o grupo Rainhas Arcanas, fizemos apresentações com
música e dança tribal (ATS) desenvolvendo o mesmo tipo de repertório que a Guilda dos
Bardos, porém com acréscimo de músicas New Age e de cunho pagão; apresentamo-nos em
eventos culturais de Pelotas e região como o Piquenique Cultural, Feira do Livro, Feira
Nacional do Doce, eventos de cultura pop entre outros. De 2017 até a presente data tenho me
apresentado sob o nome artístico de A Barda, cantando esse mesmo repertório em Pelotas e
cidades do Rio Grande do Sul, já cantei em eventos voltados para a temática folk como
Thorhammerfest-RS, Camp Celta 2018, St. Patrick’s Day – Beer Hostel, e organizei os
recitais A Barda – Folk and Game Music 1ª, 2ª e 3ª edições que foram realizados na
Biliotheca Pública Pelotense e no Salão Milton de Lemos do Conservatório de Música de
Pelotas.

Além das práticas musicais citadas, também busquei me aprofundar no canto lírico,
participando de Oficinas e Master Class com cantores relevantes no cenário nacional.
Participei do 8º Festival Internacional Sesc de Música, organizei a 1ª Gala Lírica na
Bibliotheca Pública Pelotense e fiz apresentações de canto lírico em Pelotas, Bagé e Canguçu
como o projeto Ópera na Escola que propõe-se a trazer ao público infanto-juvenil a recriação
de cenas de óperas com a finalidade de divulgar o repertório lírico e ao mesmo tempo
desenvolver habilidades de atuação, canto e organização de palco nos alunos do curso de
Bacharelado da UFPel. Como cantora também recebi dois prêmios Kamiwaza na categoria
Animekê, recebi também prêmio de melhor intérprete vocal no Rass Festival de Música em
Pelotas.

É possível observar que a minha trajetória musical e acadêmica possuem algo em


comum, o interesse pela música dos vídeo-games. Comecei a desenvolver esse interesse ainda
antes de entrar no curso de Ciências Musicais, pois sempre tive muito contato com jogos de
computador, consoles e derivados. No palco, eu sempre tento trazer trilhas sonoras de jogos
de fantasia medieval, e com isso levar ao público esse repertório que ainda não é muito
compreendido como sendo possível de ser tocado ou cantado como qualquer outro. O meu
projeto de pesquisa visa justamente trazer mais visibilidade para a Video Game Music,
principalmente no meio acadêmico onde ele ainda é pouco estudado.

Com a minha aprovação no mestrado em Música, pretendo dar continuidade a minha


pesquisa em trilhas de jogos e também seguir desenvolvendo minhas habilidades como
pesquisadora de acervos musicais históricos em projetos de pesquisa desenvolvidos pelos
professores e orientadores da Unesp. Com a tendência atual de pesquisas voltadas para o
desenvolvimento de uma Nova Musicologia acredito que o pesquisador em música de nosso
tempo deve valorizar o conhecimento produzido pelos músicos do passado, respeitando e
cuidando dos materiais e documentos que fizeram parte da história musical do nosso país e,
ao mesmo tempo, deve conhecer e se apropriar da música contemporânea, fazendo parte ele
mesmo do cenário musical como performer, pesquisador e/ou professor de música.

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