Guia de Transição - Ciências Da Natureza - 1º Bimestre
Guia de Transição - Ciências Da Natureza - 1º Bimestre
Guia de Transição - Ciências Da Natureza - 1º Bimestre
João Doria
Secretário da Educação
Rossieli Soares
Secretário Executivo
Chefe de Gabinete
Renata Hauenstein
Caetano Siqueira
Ciências da Natureza 3
Professoras e professores,
Caetano Siqueira
Coordenador da CGEB
Ciências da Natureza 4
Apresentação
Ciências da Natureza 5
SUMÁRIO
Ciências...........................................................................................................5
6º ano..................................................................................................10
7º ano..................................................................................................30
8º ano..................................................................................................39
9º ano..................................................................................................54
Biologia......................................................................................................... 64
1ª série................................................................................................ 66
2ª série...............................................................................................101
3ª série...............................................................................................135
Física.............................................................................................................169
1ª série................................................................................................171
2ª série................................................................................................185
3ª série................................................................................................197
Química........................................................................................................ 211
1ª série................................................................................................214
2ª série................................................................................................228
3ª série................................................................................................247
Fundamentos da Área de Ciências da Natureza
Nesse sentido, os estudos que envolvem a área de Ciências da Natureza devem primar para
o entendimento de que o conhecimento científico, como todo conhecimento, objetiva contribuir
para uma aprendizagem significativa, para promover o espírito crítico, a reflexão e a formação da
cidadania planetária.
Ciências da Natureza 4
Ciências da Natureza 5
Unidades Temáticas do Componente Ciências
Ciências da Natureza 6
Quadro 1 – Apresentação dos Objetos do Conhecimentos das Unidades Temáticas por ano
Unidade Temática
Matéria e Energia Vida e Evolução Terra e Universo
Objetos de conhecimento: Objetos de conhecimento: Objetos de conhecimento:
Misturas homogêneas e Célula como unidade dos seres vivos Forma, estrutura e
heterogêneas Célula como unidade da vida movimentos da Terra
Separação de materiais Níveis de organização dos seres vivos
6º
Transformações químicas Interação entre os sistemas locomotor
ano
Materiais sintéticos e nervoso
Interação entre os sistemas muscular
e nervoso
Lentes corretivas
Sistema locomotor ou esquelético
Objetos de conhecimento: Objetos de conhecimento: Objetos de conhecimento:
Ciências da Natureza 7
As orientações pedagógicas referentes às atividades apresentadas nesse Guia foram
construídas como subsídios para o planejamento do trabalho e para a organização de planos de
aula a serem desenvolvidas durante o 1º bimestre. Com ênfase em todo o Ensino Fundamental –
Anos Finais, elas contemplam recursos didáticos, foco nos objetos do conhecimento e no
desenvolvimento de habilidades pensadas para a Unidade Temática: Matéria e Energia. Além
disso, consideram particularidades do tema e apresentação das competências específicas que
integram o escopo do Currículo Paulista, versão 1, associadas às Competências Gerais da BNCC
Primeiro momento
Compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento do(a)s estudantes com a temática e
as aprendizagens que se pretende alcançar. Prevê apresentação das aprendizagens esperadas,
sensibilização à temática e socialização de conhecimentos. O intuito é propiciar processos
pedagógicos contextualizados e que permitam o desenvolvimento integral dos educandos.
Segundo momento
Compreende um conjunto de atividades que objetivam o desenvolvimento de habilidades
relacionadas aos objetos de conhecimento e articuladas às competências específicas e gerais,
trazendo diferentes estratégias e possibilidades. Essas atividades também podem ser
apresentadas em etapas, considerando sensibilização, sistematização, avaliação com foco na
investigação, argumentação, na leitura e escrita, nos registros, na comunicação e etc.
Ciências da Natureza 9
Terceiro momento
Visa a sistematização do processo de aprendizagem, por meio do desenvolvimento de
atividades, que permitam aos estudantes estabelecer relações entre o seu conhecimento inicial
com os conhecimentos adquiridos e utilizá-los para compreensão e interferência na realidade,
seja para resolução de problemas, para adoção de atitudes pessoais e coletivas, entre outros.
Nesse momento é fundamental que se insira uma atividade de autoavaliação sistematizada,
onde o(a)s estudantes e o(a) professor(a) possa(m) ter clareza das metas atingidas.
Observação: As dificuldades devem ser identificadas coletivamente para traçar estratégias de
recuperação.
Apresentação
Ciências da Natureza 10
ATIVIDADE INTRODUTÓRIA
Apresentação da Atividade
Conhecer e confrontar as diferentes visões sobre Ciência, sobre o trabalho/método
científico, assim como construir coletivamente novas percepções sobre o tema “o que faz um
cientista e o que é Ciência” são os objetivos pretendidos por esta atividade introdutória proposta.
Mediação
O início do primeiro bimestre é um período apropriado para explicitar aos estudantes o seu
compromisso como professor(a), de trabalhar as questões das Ciências a partir das experiências,
Ciências da Natureza 11
percepções e concepções, em suas diferentes frentes. Esse momento também é oportuno para
provocá-los e desafiá-los sobre o papel da ciência no contexto da vida pessoal e da escolar.
Contextualizar exemplos pontuais é uma boa estratégia de significar esse conhecimento e atraí-
los.
O que é ciência?
O que faz um cientista?
Como é a rotina de trabalho de um cientista?
Como é a vida de um cientista fora do ambiente de trabalho?
Qual a importância da ciência para nosso cotidiano, dê exemplos?
O que motiva um cientista a desenvolver seu trabalho?
Antes do início desta atividade, deixe clara a importância de darem opinião sobre o tema,
sem a preocupação com respostas certas ou erradas.
Ciências da Natureza 12
Mapa de Conhecimento
A partir do levantamento das hipóteses e dos entendimentos prévios dos estudantes sobre
os temas em discussão, organize as informações coletadas no quadro, para que possam visualizar.
É importante exercitar um acolhimento com a turma para que se estabeleça uma relação de
confiança com os estudantes e, dessa forma, todos se posicionarem durante as aulas, sem se
sentirem temerosos com as reações do professor ou dos colegas.
1
GIL-PÉRZ, Daniel, et.al. Para uma imagem não deformada do trabalho científico. Ciência & Educação, v.7, n.2, p.125-
153, 2001. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v7n2/01.pdf >. Acesso em: 04fev2019.
2
Kosminsky, Luis; Giordan, Marcelo. Visões de ciências e sobre cientistas entre estudantes do ensino médio. Química
Nova na Escola, n. 15, maio 2002. Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc15/v15a03.pdf >. Acesso em:
04fev2019.
Ciências da Natureza 14
Sistematização das Percepções e Informações
Para sistematizar as percepções dos(as) estudantes e as informações abordadas, retome o
que foi discutido e revise o quadro, ou mapa, construído de forma colaborativa. Não deixe de
reforçar a prática leitora e de resgatar as informações que foram registradas e organizadas no
mapa de conhecimento da turma. É importante, neste momento, a realização de um trabalho em
grupo, conforme sugerido a seguir.
Atividade em grupo
Organize a turma em grupos e peça aos estudantes que relatem e registrem as concepções
sobre Ciência que aprenderam. Cada grupo deverá apresentar suas conclusões sobre “o que faz
um cientista e o que é Ciência”, e quais proposições foram escolhidas como as mais significativas.
Em seguida, proponha a realização de um produto, de acordo com as indicações descritas a seguir:
Com base nas ideias dos estudantes, sistematize as principais visões apresentadas sobre
ciência e o trabalho científico.
Se possível, organize uma exposição na escola com os trabalhos de cada turma, no intuito
de valorizar as produções dos alunos e socializar os conhecimentos construídos.
Finalize a discussão ressaltando que todos podemos “fazer ciência” em nosso dia a dia. Para
isso, precisamos estar motivados por um problema e estimulados a articular evidências empíricas
e teóricas no processo de construção de explicações.
Nota: Os resultados deste momento poderá ser o norteador para estimular os estudantes a
planejarem um Projeto de Pesquisa Investigativa mais aprofundado, inserindo-os no contexto da
Pré-Iniciação Científica, e, dessa forma, poderem participar de Feiras de Ciências, como a proposta
pela SEESP, a FeCEESP.
Verifique com os estudantes, também, sobre o que deverá ser alterado em virtude do que
foi aprendido. Essas perguntas contribuem para identificar se os conseguem visualizar e traçar o
caminho percorrido pela presente atividade e, dessa forma, articular o processo científico e as
competências socioemocionais e cognitivas inerentes ao desenvolvimento da ciência.
Pontue para os estudantes as respostas dadas por eles e indique que, nesse componente
curricular, poderão explorar as conexões entre Ciências, reflexão e os modos de ver o mundo. Com
isso, poderão se desenvolver integralmente e desenvolver competências. Destaque como cada um
Ciências da Natureza 16
poderá desenvolver a curiosidade intelectual e a argumentação. Nessa conversa, busque uma
linguagem simples e próxima do cotidiano deles.
Primeiro Momento
Promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir,
esclarecer assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim como
Ciências da Natureza 17
propor e negociar algumas alterações, se necessárias, desde que comprometidas com a
aprendizagem a que todos e todas têm direito. É importante registrar as contribuições e os
questionamentos, assim como e justificar sempre que não for possível agregar uma proposta.
Dessa forma, os(as)estudantes se sentem respeitado(a)s, o que contribui, também, para a
melhoria da relação professor(a)-aluno(a).
Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, é fundamental que o(a) professor(a)
construa, coletivamente com os(as) estudantes, uma lista de regras que garanta um bom diálogo
participativo, democrático e colaborativo. Caso a turma ou a escola já possuam essas regras
estabelecidas, por exemplo, no estatuto ou em documentos oficiais do Grêmio Estudantil ou,
ainda, no Regimento Escolar, será importante relembrá-las.
Ciências da Natureza 18
relações que se elaborar e testar
Misturas (EF06CI02) Observar, identificar e
estabelecem entre hipóteses, formular e
homogêneas e reconhecer evidências de
eles, exercitando a resolver problemas e
heterogêneas transformações químicas,
curiosidade para criar soluções
decorrentes da mistura de diversos
fazer perguntas, (inclusive
materiais, ocorridas tanto na
Separação de buscar respostas e tecnológicas) com
realização de experimentos quanto
materiais criar soluções base nos
em situações do cotidiano, como a
(inclusive conhecimentos nas
mistura de ingredientes para fazer um
tecnológicas) com diferentes áreas.
bolo, mistura de vinagre com
Transformações base nos
bicarbonato de sódio como também
químicas conhecimentos das
pelo conhecimento, via publicação
Ciências da
eletrônica ou impressa, de situações
Natureza.
relacionadas ao sistema de produção
e elaborar registros das observações
realizadas.
Misturas
(EF06CI03) Selecionar métodos
homogêneas e
adequados para a separação de
heterogêneas
diferentes sistemas heterogêneos a
Separação de partir da investigação e da
materiais identificação de processos de
separação de materiais de uso
Materiais cotidiano, bem como pesquisar sobre
sintéticos procedimentos específicos tais como
a produção do sal e a destilação do
Transformações petróleo, entre outros.
químicas
Ciências da Natureza 19
Sensibilização à temática: Matéria e Energia
O vídeo produzido pela TV PinGuim para a TV Escola, possibilita uma reflexão com
os(as) alunos(as) sobre quantos conhecimentos (científicos ou não) são necessários
para a fabricação deste objeto de uso cotidiano, quantos materiais diferentes são
utilizados e quanta energia é empregada. Possibilita ainda a discussão sobre o
importante papel da curiosidade científica para novas descobertas.
Após a exibição do vídeo, faça uma roda de diálogo e discuta com os(as) alunos(as) sobre as
observações que fizeram e as ideias principais do vídeo.
Não se preocupe com os erros e acertos, já que as ideias equivocadas deverão ser
retomadas durante o desenvolvimento das atividades, à medida que a turma for construindo o
conhecimento, e ao final do bimestre, levando cada estudante a perceber o quanto aprendeu no
decorrer do percurso. Para isso, organize o grupo de modo que todos e todas possam explicitar
suas percepções e os oriente para que registrem, em seus cadernos, as discussões e as conclusões
apresentadas na roda de diálogo.
Socialização de conhecimentos
Durante a socialização, entende-se ser importante o olhar atento para os conhecimentos
prévios dos(as) estudantes, verificados, também, no momento da apresentação das habilidades
estabelecidas neste período de transição. Esse diagnóstico irá fornecer mais informações sobre a
3
BRASIL. Ministério da Educação. TV Escola. De onde vem o sapato? 2002. Disponível em: <
https://api.tvescola.org.br/tve/video/de-onde-vem-de-onde-vem-o-sapato >. Acesso em: 04fev2019.
Ciências da Natureza 20
aquisição de conhecimentos e de habilidades que poderão nortear a escolha de procedimentos e
atividades a serem desenvolvidas no percurso.
Segundo Momento
Antes de iniciar a atividade, e para estabelecer uma relação com a anterior, esclareça que
iniciarão com o estudo dos materiais.
Ciências da Natureza 21
Atividade: “Solucionando soluções”4
Recursos e Materiais de trabalho: palitos de picolé; copos transparentes com água (50 mL
providências ou 100 mL); sal de cozinha; açúcar; amido de milho; óleo; clipes de metal;
cortiça.
Depois de discutir essas e outras questões, inicie o experimento abaixo para construir
explicações, com base em dados observados, sobre misturas.
4
Adaptado de Instituto Ayrton Senna. Orientação para Planos de Aula – Ciências. Educação Integral em Tempo Parcial
para o Ensino Fundamental Anos Finais, 2018.
Ciências da Natureza 22
Palitos de picolé
Procedimentos
1) Identifique todos os copos com números: use um número para cada copo;
2) Preencha com água, cerca de 50% do volume de todos os copos;
3) Em cada um dos copos será colocado um dos outros itens disponíveis, por exemplo:
Copo 1 - sal; Copo 4 - cortiça;
Copo 2 - açúcar; Copo 5 - óleo;
Copo 3 - amido de milho; Copo 6 - clipes de metal;
5) Observações importantes:
Ciências da Natureza 23
Dependendo da quantidade de açúcar e sal misturados à água, a solução pode saturar
ou não, mudando a percepção sobre mistura homogênea ou heterogênea. Explore estas
diferenças com os(as) estudantes.
c) Encerramento e encaminhamentos
As propriedades da água são diversas e, por isso, podem ser amplamente discutidas
por várias áreas de conhecimento. Como encerramento desta atividade, proponha pesquisas
e reflexões em que os(as) estudantes tenham de levantar hipóteses, coletivamente, sobre a
seguinte situação: “O que deve acontecer com essas substâncias após a água evaporar?”.
Uma vez que essa questão será o ponto de partida para a discussão da atividade
seguinte, em que serão tratados métodos de separação de misturas e tratamento da água, é
importante que esse tema seja abordado nesse momento. Solicite então que, em grupos de
cinco integrantes, escrevam pequenos resumos em seus cadernos sobre o que esperam que
aconteça com as substâncias das misturas estudadas após a água evaporar.
Nesse momento, essa metodologia é de extrema importância, uma vez que os(as)
estudantes que não tiveram a compreensão total dos objetivos das aulas terão uma nova
oportunidade de sistematizar esses conteúdos.
Ciências da Natureza 24
2. Objeto de conhecimento: Transformações químicas
Algodão (1 chumaço)
Recursos e
Óleo (1 colher)
providências
2 pregos novos (sem ferrugem)
3 copos (é necessário que um deles esteja seco) Água
Desenvolvimento da atividade:
Professor, antecipe a montagem do experimento para que os resultados fiquem mais
visíveis para os(as) alunos(as).
a) Procedimentos
1. Unte um dos pregos com óleo e coloque-o no copo seco;
5
Adaptado de Instituto Ayrton Senna. Orientação para Planos de Aula – Ciências. Educação Integral em Tempo
Parcial para o Ensino Fundamental Anos Finais, 2018.
Ciências da Natureza 25
2. Umedeça o algodão com água e deposite-o no fundo de um dos copos;
3. No terceiro copo, coloque um pouco de água e acrescente o último prego;
4. Guarde esse material e volte a observá-lo depois de três dias.
b) Resultados
Peça que comparem suas observações com as do(a)s colegas e, junto(a)s, tentem
explicar, em forma de debate, o que concluíram sobre a ferrugem e o que é possível fazer
para evitá-la.
c) Conclusão
Ao final do experimento, todos e todas devem compreender o seguinte resultado: “O
prego untado com óleo não apresenta ferrugem ao final do terceiro dia. O óleo funcionou
como um isolante, não deixando que o oxidante (ar) entrasse em contato com o material
oxidável (prego)”. Estimule os(as) estudantes a registrarem suas observações e conclusões.
d) Observações:
Após a atividade experimental, você pode apresentar o conceito de “oxidação” - uma
das transformações químicas mais visíveis a olho nu, que ocorre devido ao contato de alguns
materiais com o oxigênio. Lembre-se de que, neste ano de escolaridade, é importante
considerar a aproximação do conceito ao desenvolvimento da atividade.
Ciências da Natureza 26
3. Objeto de conhecimento: Separação de materiais
A partir das reflexões a respeito dos procedimentos que ocorrem em nossa cozinha,
chame a atenção dos(as) alunos(as) sobre a preparação do café ou chá, onde ocorre um dos
mais simples processos de separação de misturas: a filtração.
Esta atividade pode ser iniciada com o levantamento de hipóteses sobre os meios
mais adequados de separação das misturas e, em seguida, com uma pesquisa orientada
sobre como métodos de separação são desenvolvidos e quais experimentos podem ser
feitos na escola.
Para finalizar e sistematizar este estudo, você pode explorar o vídeo “De onde vem o
sal?”, da TV Escola6. O vídeo aborda o mar como fonte para a extração do sal e mostra o
processo que faz com que ele seja retirado da água salgada e o que é feito nas fábricas para
eliminar as impurezas e a secagem, fazendo com que ele possa chegar à mesa.
6
[4] BRASIL. Ministério da Educação. TV Escola. De onde vem o sal? 2002. Disponível em: <
https://api.tvescola.org.br/tve/video/de-onde-vem-de-onde-vem-o-sal >. Acesso em 04fev2019.
Ciências da Natureza 27
4. Objeto de conhecimento: Materiais sintéticos
Relembre com os(as) alunos(as) o vídeo “De onde vem o sapato?” e, a partir daí,
reflita sobre a gama de possibilidades de materiais utilizados para fabricar calçados. Se
possível, faça uma pequena roda de conversa com a turma, estimulando-o(a)s a observarem
os calçados do(a)s colegas, tentando identificar quantos materiais diferentes foram
utilizados em sua fabricação, sendo muitos deles sintéticos (como a borracha, o plástico, o
nylon, o “couro ecológico”, entre outros). Explore, também, os aspectos ambientais
relacionados à geração de resíduos e descarte de produtos utilizados como matéria-prima.
Para fechar esta atividade, poderão ser utilizados dois textos do site Ciência Hoje das
Crianças:
7
CIÊNCIAS HOJE DAS CRIANÇAS. Do lixo à energia. 2013. Disponível em: < http://chc.org.br/do-lixo-a-energia/
>. Acesso em: 04fev2019.
8
CIÊNCIAS HOJE DAS CRIANÇAS. Coma com plástico e tudo. 2015. Disponível em: < http://chc.org.br/coma-com-
plastico-e-tudo/ >. Acesso em: 04fev2019.
Ciências da Natureza 28
Para trabalhar com os textos, é fundamental lançar mão das estratégias de leitura9,
procedimentos utilizados antes, durante e depois da leitura, tanto para motivar os(as)
alunos(as) quanto para garantir a compreensão do texto e dos conceitos envolvidos.
Terceiro Momento
9
GAGLIARDI, Eliana. Orientações sobre ensino de procedimentos de leitura. Disponível em: <
https://dialogosassessoria.files.wordpress.com/2015/09/quadros-leituraantesdurantedepoisrevlc3b4.pdf >.
Acesso em: 04fev2019.
Ciências da Natureza 29
Guia de Transição de Ciências - 7º ano
Apresentação
Ciências da Natureza 30
Primeiro Momento
Promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir,
esclarecer assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim
como propor e negociar algumas alterações, se necessárias, desde que comprometidas com
a aprendizagem a que todos e todas têm direito. É importante registrar as contribuições e os
questionamentos, assim como e justificar sempre que não for possível agregar uma
proposta. Dessa forma, os(as)estudantes se sentem respeitado(a)s, o que contribui,
também, para a melhoria da relação professor(a)-aluno(a).
Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, é fundamental que o(a)
professor(a) construa, coletivamente com os(as) estudantes, uma lista de regras que garanta
um bom diálogo participativo, democrático e colaborativo. Caso a turma ou a escola já
possuam essas regras estabelecidas, por exemplo, no estatuto ou em documentos oficiais do
Grêmio Estudantil ou, ainda, no Regimento Escolar, será importante relembrá-las.
Ciências da Natureza 31
Quadro 2 - Articulação entre as competências, habilidades e objetos de conhecimento
previstos no 7º ano – 1º bimestre
Unidade Temática: Matéria e Energia
Ciências da Natureza 32
Máquinas tecnológicas, formular, negociar e
simples (EF07CI03) Aplicar, considerando a vida socioambientais e do defender ideias,
prática, o conhecimento sobre formas de mundo do trabalho, pontos de vista e
Formas de propagação de calor no uso de determinados continuar decisões comuns que
propagação materiais condutores e isolantes, explicitar o aprendendo e respeitem e
do calor funcionamento de alguns equipamentos como colaborar para a promovam os
garrafa térmica e coletor solar, dentre outros, construção de uma direitos humanos e a
Equilíbrio e/ou propor, elaborar e construir soluções sociedade justa, consciência
termodinâmi tecnológicas a partir desse conhecimento. democrática e socioambiental em
co e vida na inclusiva. âmbito local, regional
Terra e global, com
(CE 3) Analisar,
posicionamento ético
compreender e
em relação ao
História dos explicar
cuidado de si mesmo,
combustíveis características,
dos outros e do
e das fenômenos e
planeta.
máquinas processos relativos
térmicas ao mundo natural,
social e tecnológico
(incluindo o digital),
Máquinas (EF07CI04) Identificar, analisar e avaliar o como também as
simples papel do equilíbrio termodinâmico para a relações que se
manutenção da vida na Terra, para o estabelecem entre
Formas de funcionamento de máquinas térmicas e em eles, exercitando a
propagação outras situações cotidianas. curiosidade para
do calor fazer perguntas,
buscar respostas e
Equilíbrio criar soluções
termodinâmi (inclusive
co e vida na tecnológicas) com
Terra base nos
conhecimentos das
História dos Ciências da
combustíveis Natureza.
e das
máquinas
térmicas
Ciências da Natureza 33
Máquinas (EF07CI05) Identificar e reconhecer o uso de
simples diferentes tipos de combustível e máquinas
térmicas ao longo do tempo, comparar,
Formas de analisar e avaliar avanços na perspectiva
propagação econômica e consequências socioambientais
do calor causadas pela produção e uso desses
materiais e máquinas.
Equilíbrio
termodinâmi
co e vida na
Terra
História dos
combustíveis
e das
máquinas
térmicas
10
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI). EJA Mundo do Trabalho.
O surgimento das máquinas. 2014. Disponível em: <
http://www.ejamundodotrabalho.sp.gov.br/ConteudoCEEJA.aspx?MateriaID=64&tipo=Videos >. Acesso em:
04fev2019.
Ciências da Natureza 34
Apresente o vídeo aos(às) estudantes e solicite que, durante a exibição, observem as
seguintes situações:
Após a exibição do vídeo, faça uma roda de diálogo e discuta com os(as) alunos(as)
sobre as observações que fizeram e as ideias principais do vídeo.
Não se preocupe com os erros e acertos, já que as ideias equivocadas deverão ser
retomadas durante o desenvolvimento das atividades, à medida que a turma for construindo
o conhecimento, e ao final do bimestre, levando cada estudante a perceber o quanto
aprendeu no decorrer do percurso. Para isso, organize o grupo de modo que todos e todas
possam explicitar suas percepções e os oriente para que registrem, em seus cadernos, as
discussões e as conclusões apresentadas na roda de diálogo.
Socialização de Conhecimentos
Entende-se ser importante realizar uma atividade complementar para diagnóstico dos
conhecimentos prévios do(a)s estudantes, parcialmente verificados no momento da
apresentação das aprendizagens esperadas, uma vez que grande parte do conteúdo
previsto, neste primeiro bimestre, pode já ter sido desenvolvido em etapas anteriores. Esse
diagnóstico irá fornecer mais informações sobre a aquisição de conteúdos específicos e de
habilidades que poderão nortear a escolha de procedimentos e atividades a serem
realizadas no percurso.
Ciências da Natureza 35
poderão perceber com maior clareza o quanto já sabem e o quanto ainda precisam
aprender.
Segundo Momento
(EF07CI01) Compreender o que são máquinas simples e como funcionam, tomando por base o seu
uso ao longo da história da humanidade, relacionando-as com as necessidades da vida
contemporânea e as possíveis alternativas para a realização de tarefas mecânicas.
Para iniciar a discussão com os(as) estudantes a respeito das máquinas simples,
indicamos o vídeo “Ciências: máquinas simples”11, gravado no espaço Museu Catavento.
11
NOVA ESCOLA. Ciências: máquinas simples. 2010. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=G9XFWhlEZLs >. Acesso em: 21dez2018.
Ciências da Natureza 36
Apresente o vídeo aos estudantes e solicite que, durante a exibição, observem as
seguintes situações:
Após a exibição do vídeo, faça uma roda de diálogo e discuta com os(as) alunos(as)
sobre as observações que fizeram e as ideias principais do vídeo, destacando o
funcionamento das máquinas simples, seu desenvolvimento ao longo da história e o seu uso
em atividades diversas.
12
BRASIL. Ministério da Educação. MEC. Portal do Professor. Transferência de calor e equilíbrio térmico. 2009.
Disponível em: < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=17646 >. Acesso em: 27dez2018.
Ciências da Natureza 37
Terceiro Momento
Ciências da Natureza 38
Guia de Transição de Ciências - 8º ano
Apresentação:
Primeiro Momento
Promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir,
esclarecer assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim
como propor e negociar algumas alterações, se necessárias, desde que comprometidas com
a aprendizagem a que todos e todas têm direito. É importante registrar as contribuições e os
questionamentos, assim como e justificar sempre que não for possível agregar uma
proposta. Dessa forma, os(as)estudantes se sentem respeitado(a)s, o que contribui,
também, para a melhoria da relação professor(a)-aluno(a).
Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, é fundamental que o(a)
professor(a) construa, coletivamente com os(as) estudantes, uma lista de regras que garanta
um bom diálogo participativo, democrático e colaborativo. Caso a turma ou a escola já
possuam essas regras estabelecidas, por exemplo, no estatuto ou em documentos oficiais do
Grêmio Estudantil ou, ainda, no Regimento Escolar, será importante relembrá-las.
Ciências da Natureza 40
Quadro 2 - Articulação entre as competências, habilidades e objetos de conhecimento
previstos no 8º ano – 1º bimestre
Unidade Temática: Matéria e Energia
Ciências da Natureza 41
Cálculo de (EF08CI04) Calcular o compreender e conhecimentos das
consumo de consumo de explicar diferentes áreas.
energia elétrica eletrodomésticos, a partir características,
dos dados de potência fenômenos e
CG nº 4: Utilizar
descritos no próprio processos relativos ao
diferentes linguagens
Circuitos elétricos equipamento e tempo mundo natural, social
– verbal (oral ou
médio de uso, para e tecnológico
visual-motora, como
comparar e avaliar o (incluindo o digital),
Uso Libras, e escrita),
impacto de cada como também as
corporal, visual,
consciente de equipamento no consumo relações que se
sonora e digital –,
energia doméstico. estabelecem entre
bem como
elétrica eles, exercitando a
conhecimentos das
curiosidade para fazer
linguagens artística,
perguntas, buscar
(EF08CI05) Selecionar, matemática e
Fontes e tipos de respostas e criar
planejar e propor ações científica, para se
energia soluções (inclusive
coletivas para otimizar o expressar e partilhar
tecnológicas) com
uso de energia elétrica na informações,
Transformação de base nos
escola e/ou comunidade, experiências, ideias e
energia conhecimentos das
com base na seleção de sentimentos em
Ciências da Natureza.
equipamentos segundo diferentes contextos,
Cálculo de além de produzir
critérios de
consumo de (CE4) Avaliar sentidos que levem
sustentabilidade, tais como
energia elétrica aplicações e ao entendimento
consumo de energia e
eficiência energética, e implicações políticas, mútuo.
ainda hábitos de consumo socioambientais e
responsável. culturais da ciência e
CG nº 10: Agir
de suas tecnologias
Uso pessoal e
para propor
consciente de coletivamente com
alternativas aos
energia autonomia,
desafios do mundo
elétrica responsabilidade,
contemporâneo,
flexibilidade,
(EF08CI06) Identificar e incluindo aqueles
resiliência e
Fontes e tipos explicar o percurso da relativos ao mundo do
determinação,
de energia eletricidade desde as trabalho.
tomando decisões
usinas geradoras (CE6)1 Utilizar com base em
termelétricas, hidrelétricas, diferentes linguagens princípios éticos,
Transformação eólicas e outras, até sua e tecnologias digitais democráticos,
de energia cidade, comunidade, casa de informação e inclusivos,
ou escola, analisar comunicação para se sustentáveis e
semelhanças e diferenças, comunicar, acessar e solidários.
Uso bem como os aspectos disseminar
consciente de favoráveis e desfavoráveis, informações, produzir
energia relacionar a produção de conhecimentos e
elétrica energia com os impactos resolver problemas
socioambientais desses das Ciências da
processos e avaliar a Natureza de forma
evolução da produção de crítica, significativa,
Ciências da Natureza 42
energia com o reflexiva e ética.
desenvolvimento
(CE8) Agir pessoal e
econômico e a qualidade
coletivamente com
de vida.
respeito, autonomia,
responsabilidade,
flexibilidade,
resiliência e
determinação,
recorrendo aos
conhecimentos das
Ciências da Natureza
para tomar decisões
frente a questões
científico-
tecnológicas e
socioambientais e a
respeito da saúde
individual e coletiva,
com base em
princípios éticos,
democráticos,
sustentáveis e
solidários.
13
QURIEN ANIMATION. No light. 2011. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?time_continue=437&v=2KLNiMXrYM0 >. Acesso em: 27dez2018.
Ciências da Natureza 43
Existe desperdício de energia?
Após a exibição do vídeo, faça uma roda de diálogo e discuta com os(as) alunos(as)
sobre as observações que fizeram e as ideias principais do vídeo.
Ciências da Natureza 44
preocupando-se tão somente com o próprio aprendizado, ou seja, esse será também um
momento de autoavaliação, onde poderão perceber com maior clareza o quanto já sabem e
o quanto ainda precisam aprender.
Segundo Momento
Antes de iniciar a atividade, e para estabelecer uma relação com a anterior, esclareça
aos alunos que iniciarão com estudos sobre energia.
14
Adaptada de: CENPEC – Centro de Pesquisa para Educação e Cultura. Ensinar e Aprender: Ciências. São Paulo:
CENPEC, 1998, Vol. 1, p.46.
Ciências da Natureza 45
“Quais são as máquinas, aparelhos e equipamentos que são importantes e fazem
parte do nosso dia-a-dia”?
Comunicação
Transporte
Iluminação
Aquecimento
Manipulação e preparo
de materiais
Mesmo considerando suas diferenças, discuta com eles(as) que todos utilizam alguma
forma de energia para funcionar. Para isso, você pode lançar alguns questionamentos,
como:
“O que é preciso para que o telefone toque, a lâmpada acenda e a bicicleta ande?”
É importante que esta investigação seja conduzida de modo a destacar o quanto
esses aparelhos e máquinas são úteis e necessários às atividades humanas.
Chame a atenção dos(as) alunos(as) para o fato de que “para que um equipamento
qualquer desempenhe a função para a qual foi projetado, é imprescindível alguma fonte de
energia”.
Ciências da Natureza 46
Para concluir a atividade, poderá ser utilizado o vídeo “Fontes de energia renováveis
e não renováveis”15, ou um texto que contemple estes conceitos. O texto “Energia limpa”16,
disponível no site da revista “Ciência Hoje das Crianças”, também apresenta boas reflexões a
respeito do tema.
Ressaltamos que, para trabalhar com textos, é fundamental lançar mão das
estratégias de leitura17 – procedimentos utilizados antes, durante e depois da leitura, tanto
para motivar quanto para garantir a compreensão do texto e dos conceitos envolvidos.
Ao final deste guia, no item Para saber mais, há uma série de referências para apoiar
o planejamento das aulas e atividades.
15
LEITE, Leandro et.al. Fontes de energia renováveis e não renováveis. 2011. Disponível em: <
www.youtube.com/watch?v=nWj57Kf3sEo >. Acesso em: 27dez2018.
16
CIÊNCIAS HOJE DAS CRIANÇAS. Energia Limpa. 2011. Disponível em: < http://chc.org.br/energia-limpa/ >.
Acesso em: 27dez2018.
17
GAGLIARDI, Eliana. Orientações sobre ensino de procedimentos de leitura. Disponível em: <
https://dialogosassessoria.files.wordpress.com/2015/09/quadros-leituraantesdurantedepoisrevlc3b4.pdf >.
Acesso em: 17dez2018.
18
PEPATO, Almir Rogério et.al. Instrumentação para o ensino de Ciências. Circuito Elétrico. Disponível em: <
http://www.ib.usp.br/iec/conteudo/fisica/circuito-eletrico/ >. Acesso em: 27dez2018.
19
BRASIL. Ministério da Educação. MEC. Portal do Professor. Disponível em: <
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/recursos.html >. Acesso em: 27dez2018.
20
CIÊNCIA VIVA. Circuitos Elétricos. Disponível em: <
http://www.cienciaviva.pt/projectos/fibonacci/eletricidade/index.asp >. Acesso em: 27dez2018.
Ciências da Natureza 47
3. Objeto de conhecimento: Transformação de energia
“Dos equipamentos que listamos nas atividades anteriores, de uso cotidiano, todos
utilizam a mesma fonte de energia?”
A partir das ideias que surgirem no grupo, procure encaminhar as discussões
concluindo que os equipamentos mencionados podem ser novamente classificados a partir
das fontes de energia que utilizam (energia elétrica, energia química dos combustíveis,
energia solar, energia eólica, energia do movimento dos animais ou do homem). E que, para
cumprirem a função a que se destinam, transformam a energia que utilizam em outros tipos
de energia.
Reúna, então, os(as) alunos(as) em pequenos grupos e forneça o quadro abaixo para
que discutam estas ideias e o preencham.
Rádio
Furadeira
21
Adaptada de: CENPEC – Centro de Pesquisa para Educação e Cultura. Ensinar e Aprender: Ciências. São Paulo:
CENPEC, 1998, Vol. 1, p.47-48.
Ciências da Natureza 48
Lanterna
Bicicleta
Trator
Moinho de vento
Roda d’água
Televisão
Barco à vela
E que, apesar de dizermos que alguns aparelhos “consomem” energia elétrica, essa
energia não desaparece: ela se transforma em outros tipos.
Ciências da Natureza 49
Atividade: Calculando o consumo de energia elétrica
Agora, aprofundando um pouco mais este assunto, apresente novos
questionamentos aos(às) alunos(as):
Qual a principal fonte de energia utilizada pela maioria dos aparelhos que
utilizamos em nosso dia a dia?
Dos aparelhos eletrodomésticos que utilizamos, quais consomem mais energia
elétrica? E quais consomem menos?
Habilidade EF08CI05: Selecionar, planejar e propor ações coletivas para otimizar o uso de
energia elétrica na escola e/ou comunidade, com base na seleção de equipamentos
segundo critérios de sustentabilidade, tais como consumo de energia e eficiência
energética, e ainda hábitos de consumo responsável.
22
SEESP. Currículo +. Simulador de consumo de energia elétrica. 2013. Disponível em: <
http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/simulador-de-consumo-de-energia-eletrica/ >. Acesso em 27dez2018.
Ciências da Natureza 50
garrafa pet. Isso ocorreu no começo dos anos 2000, quando houve uma crise no
fornecimento de eletricidade que ameaçava gerar um “apagão” no Brasil. Você pode ilustrar
este evento apresentando aos(às) alunos(as) um dos diversos vídeos sobre o assunto
disponíveis na internet. Recomendamos “A ideia de um brasileiro que iluminou o mundo”23.
23
DW BRASIL. A ideia de um brasileiro que iluminou o mundo. 2016. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=qF52dg8Jtpg >. Acesso em: 27dez2018.
24
WWF BRASIL. Hora do Planeta. Disponível em: < https://www.wwf.org.br/participe/horadoplaneta/ >.
Acesso em: 27dez2018.
Ciências da Natureza 51
6. Objetos de conhecimento: Fontes, tipos, transformação e uso consciente de energia
elétrica
Para tanto, você deve elaborar um roteiro onde constem, além dos questionamentos
e/ou aspectos a serem pesquisados, as fontes de consulta. Considere as diversas
possibilidades para o planejamento desta atividade, tanto em termos de organização dos(as)
alunos(as) (individual, em duplas, em pequenos grupos), quanto em termos de distribuição
dos assuntos, em conformidade com a habilidade a ser desenvolvida.
Como se trata da última atividade da Unidade Temática Matéria e Energia, você pode
lançar mão de um olhar mais atento às possíveis dificuldades dos(as) alunos(as) durante este
percurso, retomando alguns aspectos que achar importante e conveniente.
A série “De onde vem?, da TV Escola, possui um episódio que pode concluir esta
atividade de maneira muito satisfatória: “De onde vem a energia elétrica?”25.
25
BRASIL. Ministério da Educação. TV Escola. De onde vem a energia elétrica? 2002. Disponível em: <
https://api.tvescola.org.br/tve/video/de-onde-vem-de-onde-vem-a-energia-eletrica >. Acesso em: 26dez2018.
Ciências da Natureza 52
Terceiro Momento
Sistematização das aprendizagens
ELETROPAULO. Uma Viagem Eletrizante: kit de mídias paradidáticas. São Paulo, 2004.
MANUAL DO MUNDO. Mini gerador eólico: transforme vento em energia elétrica!
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=VKFpp1oljps. Acesso em: 20 dez. 2018.
REVISTA CIÊNCIA HOJE. A energia em nossas vidas. Disponível em:
http://cienciahoje.org.br/coluna/a-energia-em-nossas-vidas/. Acesso em: 20 dez. 2018.
REVISTA CIÊNCIA HOJE. Energia Essencial. Disponível em:
http://cienciahoje.org.br/coluna/energia-essencial/. Acesso em: 20 dez. 2018.
SBPC –Instituto Ciência Hoje. Ciência Hoje na Escola: Eletricidade. Rio de Janeiro: Ciência
Hoje, 3ª ed., vol. 12, 2006.
TV USP PIRACICABA. Casa eficiente. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=eLKiMysoc7c&index=8&list=PLfXk38BbOIlpVccuYpWYZ
noYIdJv423WI. Acesso em: 20 dez. 2018.
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI). EJA
Mundo do Trabalho. Energia. 2014. Disponível em
http://www.ejamundodotrabalho.sp.gov.br/Conteudo.aspx?MateriaID=51&tipo=Videos.
Acesso em 26/12/2018.
Ciências da Natureza 53
Guia de Transição de Ciências - 9º ano
Apresentação:
Primeiro Momento
Ciências da Natureza 54
Anos Finais do Ensino Fundamental, conhecer o que aprenderam nos Anos Iniciais e as
concepções que construíram. Aproveite para realizar uma sondagem dos conhecimentos
que eles possuem sobre a área de Ciências da Natureza e para criar um momento de
reflexão sobre as novas experiências e desafios, individuais e coletivos, diante desta nova
etapa escolar.
Promova uma roda de diálogo, em que os(as) estudantes terão espaço para ouvir,
esclarecer assuntos apresentados ou relacionados e/ou curiosidades sobre os temas, assim
como propor e negociar algumas alterações, se necessárias, desde que comprometidas com
a aprendizagem a que todos e todas têm direito. É importante registrar as contribuições e os
questionamentos, assim como e justificar sempre que não for possível agregar uma
proposta. Dessa forma, os(as)estudantes se sentem respeitado(a)s, o que contribui,
também, para a melhoria da relação professor(a)-aluno(a).
Para garantir uma boa discussão na roda de diálogo, é fundamental que o(a)
professor(a) construa, coletivamente com os(as) estudantes, uma lista de regras que garanta
um bom diálogo participativo, democrático e colaborativo. Caso a turma ou a escola já
possuam essas regras estabelecidas, por exemplo, no estatuto ou em documentos oficiais do
Grêmio Estudantil ou, ainda, no Regimento Escolar, será importante relembrá-las.
Ciências da Natureza 55
Quadro 2 - Articulação entre as competências, habilidades e objetos de conhecimento
previstos no 9º ano – 1º bimestre
Unidade Temática: Matéria e Energia
Habilidades de Ciências Competências Competências
Objetos de
Currículo Paulista versão 1 Específicas de Ciências Gerais Base
Conhecimento
(Transição – EF 9º ano) Currículo Paulista Nacional Curricular
(versão 1) Comum (BNCC)
correspondentes
Ciências da Natureza 56
(EF09CI04) Planejar e executar características, e resolver
Estrutura da
experimentos para verificar o fenômenos e processos problemas e criar
matéria
fenômeno da decomposição da luz, relativos ao mundo soluções (inclusive
Radiações e suas reconhecer e explicar a natural, social e tecnológicas) com
aplicações na decomposição da luz em cores tecnológico (incluindo base nos
saúde primárias, identificando que a cor o digital), como conhecimentos das
de um objeto está relacionada também as relações diferentes áreas.
também à cor da luz que o ilumina. que se estabelecem
entre eles, exercitando
a curiosidade para CG nº 10: Agir
fazer perguntas, buscar pessoal e
respostas e criar coletivamente com
soluções (inclusive autonomia,
tecnológicas) com base responsabilidade,
(EF09CI05) Identificar, analisar, nos conhecimentos das flexibilidade,
Estrutura da
categorizar e explicar os processos Ciências da Natureza. resiliência e
matéria
de transmissão e recepção de determinação,
Radiações e suas imagem e som que revolucionaram CE nº4: Avaliar
aplicações e tomando decisões
aplicações na os sistemas de comunicação
implicações políticas, com base em
saúde humana.
socioambientais e princípios éticos,
culturais da ciência e democráticos,
de suas tecnologias inclusivos,
para propor sustentáveis e
alternativas aos solidários.
desafios do mundo
contemporâneo,
(EF09CI06) Reconhecer, incluindo aqueles
Radiações e
compreender e categorizar as relativos ao mundo do
suas aplicações
radiações eletromagnéticas de trabalho.
na saúde
acordo suas frequências, fontes e
aplicações, discutindo e avaliando
as implicações de seu uso em
aparelhos tais como controle
remoto, telefone celular, raio X,
forno de micro-ondas e fotocélulas.
(EF09CI07) Identificar,
Radiações e suas
compreender o avanço tecnológico
aplicações na
na aplicação das radiações na
saúde
medicina diagnóstica, tais como o
raio X, ultrassom dentre outras, e
discutir as relações entre as
necessidades sociais e a evolução
das tecnologias relacionadas à
radiação valorizando as condições
de saúde e qualidade de vida.
Ciências da Natureza 57
Sensibilização à temática: Matéria e Energia
Apresentados os itens, verificar com os(as) alunos(as) se compreenderam o que irão
aprender e se gostariam de aprender algo não foi descrito na Unidade Temática Matéria e
Energia. A partir destes dados, será oportuno dialogar sobre como a temática avançará ao
longo do Ensino Fundamental.
O que é átomo?
Como a agitação das partículas da matéria interfere nas mudanças de estado físico?
O vídeo “Quer que desenhe? - Átomo” é uma animação que possibilita uma reflexão sobre a
constituição do átomo e os modelos atômicos.
Após a exibição do vídeo, faça uma roda de diálogo e discuta com os(as) alunos(as)
sobre as observações que fizeram e as ideias principais levantadas durante a apresentação.
Como o vídeo apresenta conceitos que, provavelmente, serão novos para os(as) estudantes,
estimule a turma a fazer perguntas e compartilhar com o grupo. É importante anotar as
principais dúvidas em um painel para retomá-las ao longo do bimestre.
26
RUAS, Carlos. Quer que desenhe? – Átomo. 2013. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=JvA4tKRDgzE >. Acesso em 27dez2018.
Ciências da Natureza 58
Socialização dos Conhecimentos
Segundo Momento
Ciências da Natureza 59
1.Objeto de conhecimento: Estrutura da Matéria
Resumo Atividade teórica e prática para facilitar a compreensão dos estados físicos dos
materiais. Desenvolver a leitura de textos científicos relacionados com o assunto
e sua interpretação.
Objetivos Os alunos deverão ser capazes de compreender o que são materiais, e que os
materiais são formados por moléculas.
Professor(a), prepare para a turma uma atividade para compreensão dos estados
físicos dos materiais. Para tanto você precisará de:
27
Adaptado de Instituto Ayrton Senna. Orientação para Planos de Aula – Ciências. Educação Integral em Tempo
Parcial para o Ensino Fundamental Anos Finais, 2018.
Ciências da Natureza 60
Procedimentos:
Coloque as bolinhas na vasilha, de forma organizada, ficando uma sobre a outra.
Mostre a turma e solicite que observem que elas estão paradas e ocupando um pequeno
espaço na vasilha.
Pergunte aos(às) alunos(as) o que perceberam desta atividade e estimule que emitam
suas opiniões:
Ciências da Natureza 61
Etapa 2- Discutindo outros materiais
Nota: É importante lembrar aos estudantes dos outros estados físicos da matéria,
especialmente o plasma.
28
BRASIL. Ministério da Educação. MEC. Portal do Professor. A física e o cotidiano – Laboratório virtual:
espectro eletromagnético. 2011. Disponível em: <
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=33261 >. Acesso em 27dez2018.
29
SEESP. Currículo +. Espectro Eletromagnético. 2014. Disponível em: <
http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/espectro-eletromagnetico/ >.Acesso em 27dez2018.
Ciências da Natureza 62
Terceiro Momento
Ciências da Natureza 63
Ciências da Natureza 64
Fundamentos do componente curricular - Biologia
Ciências da Natureza 65
1ª série Biologia
Currículo do Estado de São Paulo em articulação com a BNCC – 1º Bimestre
Ciências da Natureza 66
os seres vivos. - Reconhecer nos esquemas de negociar e defender ideias,
cadeias e teias o significado da seta pontos de vista e decisões
- Descrever as relações alimentares comuns que respeitem e
estabelecidas nas cadeias e teias promovam os direitos humanos,
alimentares a consciência socioambiental e
- Comparar os processos pelos quais o consumo responsável em
animais e vegetais utilizam a energia âmbito local, regional e global,
da matéria orgânica com posicionamento ético em
- Descrever a circulação de energia relação ao cuidado de si
ao longo das cadeias alimentares e mesmo, dos outros e do
identificar as perdas de energia planeta.
- Comparar os diferentes tipos de
pirâmide alimentar, identificando o 10. Agir pessoal e
que cada uma representa coletivamente, com autonomia,
- Identificar as principais etapas dos responsabilidade, flexibilidade,
ciclos biogeoquímicos resiliência e determinação,
- Diferenciar, com base na descrição tomando decisões com base em
de situações concretas, fatores princípios éticos, democráticos,
bióticos e abióticos inclusivos, sustentáveis e
- Identificar, em situações concretas, solidários.
habitat e nicho ecológico
- Relacionar as principais atividades
econômicas no cenário nacional às
principais alterações nos
ecossistemas brasileiros
- Interpretar gráficos e tabelas que
contenham dados sobre crescimento
e densidade populacional.
Ciências da Natureza 67
Curricular Comum (BNCC), que, entendemos, estão mais diretamente articuladas ao previsto no
currículo para este bimestre.
Sendo assim, temos a primeira coluna apresentando a temática e os conteúdos específicos da
biologia e a segunda coluna com as habilidades a serem desenvolvidas a partir desses temas,
conforme previsto no Currículo do Estado de São Paulo. Na terceira coluna, inserimos as
competências gerais da BNCC correspondentes que, neste caso, entendemos ser as competências 1,
2, 7 e 10.
Associar o currículo com as competências gerais tem como objetivos: 1. tratar da transição
para o Novo Ensino Médio; 2. incluir e avaliar aspectos importantes que precisam ser contemplados
para uma formação integral de nosso(a)s estudantes. A seguir, tecemos alguns comentários visando
o reconhecimento de pontos contemplados pelas expectativas previstas no Currículo do Estado de
São Paulo para o primeiro bimestre de biologia e elementos presentes nas Competências da BNCC a
serem incorporados, conforme segue:
Apesar de termos a clareza de que o processo educativo é amplo e com certeza outros
aspectos presentes nessas e até em outras competências gerais poderão ser contemplados, optamos
por apontar os aspectos mais diretamente relacionados, de modo a permitir uma avaliação por parte
Ciências da Natureza 68
do(a) professor(a) e do(a)s estudantes sobre a apropriação, ou não, desses conhecimentos, que,
juntamente com a avaliação da apropriação dos demais conteúdos previstos, nortearão retomadas e
(re)direcionamentos para a continuidade das aprendizagens.
Avaliação
Ciências da Natureza 69
que permitem o planejamento e o replanejamento, o ajuste, o redirecionamento de práticas
pedagógicas no intuito de aprimorar as aprendizagens do(a)s estudantes.
Como sugestão, o(a) professor(a) pode avaliar a participação e o envolvimento do(a)s
estudantes (com perguntas e comentários) ou, mais especificamente, o desempenho nas questões
escritas, no desenvolvimento de projetos, nas questões inspiradas em processos seletivos de
universidades, por exemplo. Contudo, o olhar deve ser de verificação das aprendizagens para
reorganização dos rumos, seja em atividades de recuperação, seja para dar prosseguimento aos
trabalhos.
Visando facilitar a compreensão e oferecer maior clareza dos objetivos que se pretende, bem
como contribuir para uma aprendizagem participativa e dinâmica, as proposições de ações de
aprendizagem apresentadas neste guia foram organizadas em três momentos, conforme descrito no
quadro a seguir.
Ciências da Natureza 70
estudantes se apropriaram, bem como se são capazes de estabelecer relações entre os
conhecimentos adquiridos e utilizá-los para compreensão e interferência na realidade, seja para
resolução de problemas, para adoção de atitudes pessoais e coletivas, entre outros. Nesse momento,
é fundamental que se insira uma atividade de autoavaliação sistematizada, em que (a)s estudantes e
o(a) professor(a) possa(m) ter clareza das metas atingidas.
PRIMEIRO MOMENTO
Envolvimento com a Temática
Considerando que uma das principais dificuldades apontadas pelo(a)s professore(a)s para
que ocorra uma aprendizagem efetiva está relacionada com o que se costuma rotular de “falta de
interesse” do(a)s estudantes, buscamos apresentar estratégias que podem contribuir para amenizar
essa questão. Uma metodologia de trabalho nesse sentido seria promover a participação de todo(a)s
desde o planejamento. Propomos, então, que as aprendizagens almejadas sejam apresentadas às
turmas e que, na sequência, se promova uma roda de diálogo de modo que possam ser inseridas
propostas do(a)s próprios estudantes aos planos de trabalho. A seguir, quadro com a proposta de
atividade esquematizada:
Ciências da Natureza 71
Para início de conversa...
Propomos que apresente aos estudantes, antes de iniciar as atividades específicas, durante, ou
logo após o acolhimento, os conteúdos/habilidades que se espera que aprendam neste bimestre,
sempre dialogando sobre a importância/relevância dos mesmos.
Os estudantes podem escrever suas propostas/dúvidas etc. numa folha e colam com
fita adesiva na lousa ou num quadro na sala de aula para visualização coletiva das
contribuições; ou o(a) professor(a) registra na lousa, se possível, com giz colorido;
enfim, o importante é garantir a participação e a visualização coletiva de todas as
proposições.
Combinados
Nesse momento, converse com o(a)s estudantes de modo que saibam e se sintam
corresponsáveis pelo próprio processo de aprendizagem.
Durante a Roda de Diálogo é fundamental que o(a) professor(a) abra espaço para que os
estudantes possam propor assuntos relacionados e/ou curiosidades sobre os temas que gostariam
de esclarecimentos. Isso deve ser feito de modo a promover também a corresponsabilidade pelo
processo de aprendizagem. Aqui será possível ouvir e adotar temas relacionados que sejam do
interesse dos estudantes ou mesmo negociar algumas alterações, desde que comprometidas com
a aprendizagem a que os educandos têm direito. Registre todas as contribuições e
questionamentos e justifique sempre que não for possível incorporar uma proposta. Dessa forma,
o(a)s estudantes se sentem respeitado(a)s, o que contribui também para melhoria da relação
professor(a)-aluno(a).
Ciências da Natureza 72
bimestre, principalmente a competência 10, conforme consta: “Agir pessoal e coletivamente, com
autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base
em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”.
Avaliação Diagnóstica
Nesse primeiro momento, entende-se ser importante realizar uma atividade complementar
para diagnóstico dos conhecimentos prévios do(a)s estudantes, parcialmente verificados no
momento da apresentação das expectativas de aprendizagem (conforme proposto no quadro
anterior), uma vez que grande parte do conteúdo previsto neste primeiro bimestre pode já ter sido
desenvolvido em etapas escolares anteriores. Esse diagnóstico irá fornecer mais informações sobre
aquisição de conhecimentos específicos e de habilidades que poderão nortear a escolha de
procedimentos e atividades a serem desenvolvidas no percurso.
É importante compreender que a avaliação aqui é entendida como parte do processo de
aprendizagem. Nesse sentido, sugere-se que você, professor(a), converse com o(a)s estudantes
sobre a importância de resgatarem o que sabem, preocupando-se tão somente com o próprio
aprendizado, ou seja, esse será também um momento de auto avaliação, em que poderão perceber
com maior clareza o quanto já sabem e o quanto ainda precisam aprender, considerando as
aprendizagens previstas, apresentadas na atividade anterior.
Ainda considerando a questão da possível “falta de interesse”, entendemos que para superar
esse problema, entre outras ações, é essencial evitar iniciar o trabalho pedagógico com um texto
informativo seguido de explicação e questões referentes ao que foi “dado e explicado”, uma vez que
esse é um dos fatores que desestimulam a aprendizagem. Isso acontece por não propiciar o
envolvimento do(a) aluno(a), não oferecer desafios, não promover o diálogo entre o conhecimento
científico e a realidade/contexto do(a)s estudantes, enfim, não contempla o desenvolvimento da
aprendizagem por meio da investigação, sendo significativa. Assim, apresentamos uma proposta de
atividade de sensibilização sobre a temática a ser desenvolvida no bimestre, conforme segue.
Ciências da Natureza 73
Sensibilização à temática – Interdependência da Vida
Para promover a sensibilização nada melhor do que apresentar e/ou propor algo que possa
‘mexer’ com o emocional das pessoas. No caso da biologia, que tem como objeto de estudo a vida, e,
neste bimestre, em que a temática é a compreensão de fenômenos naturais que ocorrem nos
ecossistemas, nada mais propício do que iniciarmos o diálogo com imagens e/ou reflexões que
remetam ao encantamento pela vida. Sendo assim, indica-se o uso de um ou mais vídeos da série “A
Natureza está Falando”, produzida pela ONG Conservação internacional:
A campanha "A Natureza está Falando" quer inspirar a sociedade e promover o debate sobre a
importância da natureza para o bem-estar humano. Para tanto, foram produzidos vídeos narrados
por pessoas famosas, que dão voz à natureza e/ou aos diversos elementos que a compõem, tais
como: florestas, oceanos, flores, céu, solo, água, montanha, entre outros. Esses vídeos comovem,
encantam e nos chamam para a reflexão sobre a condição humana.
Descrição da proposta:
Apresentar o vídeo – “A Mãe Natureza” (com Maria Bethânia na narração), da campanha “A
Natureza está Falando” (professor(a) assista o vídeo antes de apresentá-lo aos estudantes.) Link:
https://www.youtube.com/watch?v=Uq6brcVVh6Y (acesso em 17.12.18)
Sugerimos propor reflexões a partir de do vídeo por meio de questionamentos, como, por exemplo:
- Como se sentem em relação ao vídeo?
- No vídeo, a Natureza está dizendo que não precisa das pessoas, mas as pessoas é que precisam da
Natureza. Como analisam essa afirmação?
- Qual(is) relação(ões) fazem entre o vídeo e as expectativas de aprendizagem sobre as quais
dialogaram anteriormente?
Professor(a): recomenda-se registrar as contribuições, seja anotando no quadro, seja solicitando que
registrem numa folha para exposição em classe. Ao final da conversa é importante olhar para esse
“quadro” de sentimentos e/ou conhecimentos, uma vez que poderão servir de subsídios para as
próximas atividades, constituindo também material a ser utilizado para avaliação. Lembre-se que a
proposta dessa atividade é o diálogo, sendo importante que o(a)s estudantes se sintam à vontade
para expor suas ideias sem a “sombra” do certo ou errado, mas que entendam que cabe a(o)
professor(a) propor novos questionamentos e reflexões a partir das falas (essa atitude faz parte da
aprendizagem investigativa).
Ciências da Natureza 74
Ao final, o(a)s estudantes são chamados a compreender melhor o que está acontecendo por meio do
desenvolvimento de atividades de aprofundamento dos temas envolvidos, bem como de atividades
integradoras, de reflexões mais amplas e/ou de intervenção na realidade, conforme proposto no
“Segundo Momento” deste material, a ser adaptado de acordo com o seu planejamento,
professor(a).
SEGUNDO MOMENTO
- Desenvolvimento de atividades -
Toda aprendizagem é o resultado de um processo educativo que pode ser desenvolvido sob
diversas e diferentes abordagens e etapas, ou momentos. Contudo, a forma como se propõe o
desenvolvimento pedagógico determina a qualidade das aprendizagens, bem como se serão
aprimoradas habilidades e competências; se o(a)s estudantes serão capazes de inferir opiniões
fundamentadas, aplicar os conhecimentos adquiridos para soluções de problemas do seu dia a dia, se
serão capazes de reconhecer e/ou elaborar proposições para outras formas de ser e viver nas
sociedades, de ter olhar crítico sobre a produção científica e suas implicações, entre outros aspectos
fundamentais.
Portanto, nós, professore(a)s de biologia temos um papel fundamental na formação do(a)s
educando(a)s e podemos fazer a diferença em suas vidas, considerando as escolhas individuais
relacionadas à saúde, qualidade ambiental, sexualidade, alimentação etc., bem como na formação de
cidadãos e cidadãs que atuem em prol de sociedades mais justas e sustentáveis. Nesse sentido,
planejar estratégias contextualizadas numa abordagem investigativa que permita o desenvolvimento
de aprendizagens significativas constitui-se em condição para que possamos desenvolver nosso papel
com êxito. Para tanto, é preciso estar atento para dois aspectos fundamentais que, incorporados a
diferentes estratégias de ensino, permitem o desenvolvimento de aprendizagens significativas.
Ciências da Natureza 76
Quadro 2: Em foco - Abordagem Investigativa e alfabetização científica
O ensino na área de Ciências da Natureza foi construído com base nos conhecimentos que
resultam dos processos de investigação/pesquisas científicas, sendo a ciência o resultado de uma
indagação que leva a uma busca de respostas para questionamentos realizados sobre: fenômenos
naturais, o ser humano, a origem e a diversificação da vida na Terra etc., numa tentativa de entender
e explicar os padrões e processos que ocorrem em nosso mundo e fora dele.
Nesse sentido, pode-se inferir que pensar, perguntar, questionar são ações inerentes ao ser
humano e, cabe à escola estimular esse aspecto, bem como oferecer situações de aprendizagem que
promovam a investigação, pois são fundamentais para desenvolver competências tais como
levantamento de hipóteses, argumentação, formulação de conclusões e também para permitir a
compreensão da natureza da ciência e seu funcionamento.
Dessa forma, um sujeito alfabetizado cientificamente possui: 1. compreensão básica de
termos, conhecimentos e conceitos científicos fundamentais e a importância deles; 2. compreensão
da natureza da ciência e dos fatores éticos e políticos que circundam sua prática; 3. entendimento
das relações existentes entre ciência, tecnologia, sociedade e meio ambiente (SASSERON &
CARVALHO, 2008).
Inserir pesquisa sobre matéria viva e bruta, por exemplo, com a construção de experimentos
com o viés investigativo, podendo ser iniciado por meio de uma situação problema, seguida do
levantamento de hipóteses pelos estudantes, bem como sugestões de como testar essas hipóteses é
uma forma de desenvolver habilidades investigativas.
Nessa abordagem também é importante inserir aspectos metodológicos presentes em
pesquisas científicas, tais como grupo controle e de acompanhamento, registros organizados,
prevendo tempo e dados a serem coletados, que permitam a verificação das hipóteses. É importante
que o(a) professor aproveite esses momentos para referendar a diferença entre evidências
observadas e opinião, bem como para contribuir para o desenvolvimento da argumentação
consistente.
Nesse sentido, e considerando o contexto, é importante promover uma aprendizagem de
forma que a ciência possa ser compreendida como uma construção humana e, como tal, factível de
erros, não neutra, ou seja, que influencia e é influenciada por aspectos históricos, econômicos,
sociais e culturais.
Ciências da Natureza 77
Para contribuir com o ensino investigativo, existem programas e projetos que poderão ser
incorporados às atividades escolares, tais como:
Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo – FeCEESP.
Disponível em <http://www.educacao.sp.gov.br/feiradeciencias> Acesso em 31 de outubro de 2018.
Indicação de material sobre Método Científico para uso do(a) professor(a):
http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/metodologia/Apostila/CAP02PG.pdf
Proposição de Atividades
A seguir são elencadas propostas de atividades que utilizam diferentes estratégias, visando
possibilitar processos de aprendizagens significativas. Entendemos que caberá a você, professor(a),
definir, considerando também essas contribuições, qual(is) o(s) melhor(es) encaminhamento(s), os
quais serão detalhados durante o planejamento escolar, no caso, que contou com contribuições
do(a)s estudantes conforme trabalhado na atividade “Para Início de Conversa”.
Ciências da Natureza 78
Trabalhando com ecossistemas: componentes e interações
Investigando e experimentando...
EXPERIMENTO: Terrário como miniecossistema
Ciências da Natureza 79
verdadeiro desafio e, quanto menor o terrário, mais difícil será essa manutenção duradoura.
Professor(a), as informações acima não devem ser repassadas para o(a)s estudantes num
primeiro momento, pois um dos objetivos dessa atividade é que ele(a)s possam construir esses
conhecimentos por meio da observação e coleta de informações, pesquisa em livros didáticos,
internet etc. Cabe a você, portanto, mediar, orientar e levantar questionamentos que permitam
essas aprendizagens.
Construindo o terrário:
Materiais necessários: (propõe-se solicitar, já no dia da atividade “Para Início de Conversa”, que os
grupos de estudantes tragam os materiais necessários, indicando a data em que o terrário será
construído).
▪ - Recipiente transparente com tampa, de boca larga (de plástico ou vidro)
▪ - Planta de pequeno porte
▪ - Pedrinhas
▪ - Terra
▪ - Água
Ciências da Natureza 80
muda em uma floricultura. Não utilize cactos e suculentas, essas espécies não se adaptam bem ao
ambiente úmido do terrário fechado.
Observação: após algumas horas um pouco de água deve começar a condensar nas laterais do
terrário. Se isso não acontecer, oriente o(a)s estudantes a abrir e colocar um pouco mais de água.
Se, ao contrário, muita água ficar condensada, oriente para que deixem o terrário destampado por
algumas horas até este excesso de água secar. Recomende que observem com atenção nos
primeiros dias, pois acertar a quantidade de água é crucial para a manutenção do terrário fechado.
Ciências da Natureza 81
Considerações sobre outros aspectos que poderão ser abordados a partir do Terrário:
Ciclos Biogeoquímicos – a partir do terrário também é possível trabalhar a noção dos ciclos
biogeoquímicos, como, por exemplo, o ciclo da água, muito fácil e simples de ser observado. Para
complementar e aprofundar o estudo, utilize o livro didático. Recomendamos que, antes de
“explicar o conceito”, oriente as observações para que o(a)s próprio(a)s estudantes participem
ativamente da construção dos conhecimentos.
A partir do terrário, mesmo com suas limitações, também é possível trabalhar com os
estudantes os conceitos de ecossistema, relações alimentares, fotossíntese e fluxo unidirecional de
energia, ciclagem de matéria e também níveis tróficos, nicho e habitat, de maneira geral, a serem
complementados com outras atividades, leituras, imagens etc. conforme sugestões deste guia e
outras, encontradas em diversos materiais pedagógicos. Os diferenciais propostos foram: primeiro
envolver os estudantes por meio da prática e na sequência promover o aprendizado de conceitos a
partir da observação.
Ciências da Natureza 82
Visitas a ecossistemas naturais ou mesmo a uma praça ou ao jardim ou horta da escola
também podem se constituir em ricos momentos de aprendizagem. Nesses casos, propomos a
utilização de questões problematizadoras e um roteiro de observação, para orientar o(a)s estudantes
em seus registros, que poderão ser feitos por meio da escrita e/ou de fotografias, as quais podem ser
complementadas com legendas.
Ressalta-se que, ao abordarem outras temáticas relacionadas às interações que ocorrem nos
ecossistemas, sempre poderão se reportar ao terrário e extrapolar para outros ecossistemas,
inclusive urbanos, questionando de modo que os estudantes percebam as inter-relações que
acontecem entre os seres vivos entre si e deles com o ambiente.
Ao finalizar a construção do terrário e o(a)s estudantes responderem a questionamentos
básicos, é importante avaliar o que compreenderam até o momento, se há clareza de que diversos
fenômenos em estudo ou que serão estudados acontecem nesse ambiente, mas também que
fazemos parte de um espaço macro onde tudo isso acontece em escala maior e mais complexa,
porém com a mesma base de produção, fluxo e reaproveitamento de matéria e produção e fluxo
unidirecional de energia.
Ciências da Natureza 83
Relações alimentares nos ecossistemas – fluxo unidirecional de energia e ciclagem
de matéria
A partir dos conhecimentos adquiridos, o(a)s estudantes poderão esquematizar e explicar
cadeias e teias alimentares (inclusive a partir do terrário) e realizar experimentos para verificação da
fotossíntese e decomposição, que contribuem para a compreensão do fluxo de energia e ciclagem de
matéria e também das relações de interdependência entre os seres vivos e entre eles e o meio físico.
Importante auxiliar o(a)s estudantes na leitura e construção de esquemas, no caso, que representam
as cadeias e teias alimentares, orientando que se trata de uma representação, mas não é um retrato
fiel de como acontece na natureza, apenas uma forma para facilitar a compreensão das relações
alimentares e do fluxo de energia e ciclagem de matéria.
Para o estudo das cadeias e teias alimentares e sobre os tipos de pirâmides ecológicas
propõe-se a utilização do livro didático e/ou de outras atividades já bastante disseminadas sobre
esses assuntos. Contudo, sugere-se iniciar o processo com uma sensibilização/envolvimento com o
tema, que pode ser a partir do terrário, do uso de imagens e/ou a partir de questionamentos sobre o
assunto, como por exemplo:
“o que comemos?”, “de que se alimentam outras espécies?” (sempre registrar os
conhecimentos prévios e partir desse contexto para continuidade dos trabalhos).
Entendemos ser importante também garantir que o(a)s estudantes compreendam que as
relações alimentares ocorrem nos ecossistemas e que nós fazemos parte disso, bem como entendam
como as alterações provocadas nos ecossistemas podem desequilibrar essas relações.
Ciências da Natureza 84
os estudantes se colocam como investigadores. A atividade pode ser adaptada e desenvolvida com
seu(a)s estudantes.
Apresentam-se argumentos e demonstra-se a importância da atitude do(a) professor(a) no
desenvolvimento de uma atividade experimental sob o viés investigativo e não apenas
demonstrativo. Um ponto importante refere-se ao fato de que o fazer deve ser intercalado com o
pensar, registrar, refletir, rever posicionamentos diante do observado e/ou da inclusão de novas
informações.
Recomendamos ajudá-lo(a)s também a organizar o registro dos dados e a comentar sobre o
processo de observação, o qual deve ser feito da forma mais objetiva possível, sem inferir resultados
esperados, mas não observados. Comentar com o(a)s estudantes que hipóteses não confirmadas
fazem parte do processo investigativo e podem levar a novos questionamentos e descobertas. Não
confundir com erros. Fazer perguntas do tipo: “por que isso acontece?”, por exemplo, e sugerir
pesquisas em livros didáticos, sites etc. para buscarem as respostas é uma mediação interessantes.
No caso, lembramos que é importante orientar os estudantes para consultar apenas sites
confiáveis e que estejam no âmbito científico e didático, e nunca se basear em opiniões não
fundamentadas ou crenças, pois essas ideias devem ser respeitadas, mas não utilizadas como fonte.
Sempre indicar que utilizem livros específicos e, no caso da internet, sites confiáveis, como de
universidades, revistas científicas e de divulgação científica, além de outras instituições de
referência.
Ciências da Natureza 85
alimentares e como interferências nas populações podem desequilibrar as relações nos ecossistemas
e afetar a diversidade biológica.
A atividade “O Jogo das Relações Ecológicas” constitui-se numa releitura para o “Jogo da
Sobrevivência”, de forma a abordar mais claramente o tema relações ecológicas e propiciar a
percepção da dinâmica das populações.
A atividade “Crescimento Vegetal e Experimentação” tem como objetivo principal que o(a)s
estudantes percebam os principais fatores envolvidos no crescimento vegetal a partir do método
científico. Considerando as aprendizagens que se almeja para esse bimestre não propomos a
realização dessa atividade nesse momento.
Para acessar as atividades, clique aqui.
Para responder a essas questões, seria interessante analisar caso a caso, no coletivo ou em pequenos
grupos, e registrar as observações em uma tabela, como, por exemplo, a representada a seguir
(dessa forma estão sendo trabalhadas as habilidades de coleta de informação pela observação e
construção de tabelas):
Ciências da Natureza 86
Seres envolvidos Beneficia/prejudica Relação Ecológica
(intra ou interespecífica) (harmônica / desarmônica) (nome da relação ecológica)
Indo a campo...
Contribuindo com a contextualização dos conteúdos abordados, e de acordo com a
possibilidade da escola e seu entorno, recomenda-se realizar uma aula de campo para observação de
algumas relações ecológicas in loco, possível de serem observadas até mesmo no jardim da escola,
numa praça ou um parque próximo.
Indica-se uma visita prévia pelo(a) professor(a) para verificação do que poderá ser
observado, como, por exemplo: inquilinismo (árvores com plantas epífitas); líquens (interessante
abordar, nesse caso, sua utilização como indicador de qualidade ambiental), sociedades
(formigueiros ou mesmo colmeias), entre outras. Se a atividade de campo for realizada após as aulas
em classe, os estudantes poderão ser desafiados a localizar as relações ecológicas, fotografá-las e
construírem legendas para as relações observadas. Nesse momento é importante verificar se sabem
para que servem as legendas e, se necessário, orientá-los nessa construção.
Avaliação
As tabelas construídas e os registros da atividade de campo são produções ricas para serem
avaliadas, pois indicam os conhecimentos adquiridos no processo. Mais uma vez, é importante
Ciências da Natureza 87
chamar a atenção do(a)s estudantes para que percebam o que estão aprendendo, se estão
conseguindo relacionar os temas, bem como se ainda possuem dúvidas a respeito.
Uma sugestão para reforçar os tipos de interações é a utilização do clássico quadro que usa
os sinais + e - para indicar a influência (benéfica ou prejudicial) da relação ecológica sobre as espécies
envolvidas. Este quadro pode ser utilizado em forma de avaliação, de modo que os alunos atribuam
os valores ao quadro, deduzindo a partir do que foi abordado durante as aulas.
Recomendamos realizar a leitura integral do texto indicado, que pode ser feita no coletivo,
com a inserção de comentários e explicações a serem feitas por você, professor(a), de modo a
associar a relação ecológica estudada “simbiose” como uma característica fundamental no processo
de evolução das espécies.
Ciências da Natureza 88
Atividade: Estudando nicho ecológico
Observação: Nesse link poderão visualizar também, por meio de esquemas com imagens, os
principais conceitos abordados no estudo da ecologia.
Sugestão de avaliação
Retomar com o(a)s estudante que a avaliação é processual e que ele(a)s devem se auto
avaliar, buscando perceber o quanto estão aprendendo. Ao propor a resolução de questões, que
podem aparecer em vestibulares, por exemplo, é importante adotar a postura de parceria,
estimulando-os a tentarem resolver as questões como parte do processo de aprendizagem. Nesse
Ciências da Natureza 89
sentido, cabe valorizar as tentativas e argumentos oferecidos ao defenderem as respostas corretas e,
ao transformar em “nota”, respeitar essa premissa.
Para avaliação da apropriação dos conceitos trabalhados, é possível utilizar questões, que
poderão ser respondidas individualmente ou em duplas para posterior conferência no coletivo, com
espaço aberto para esclarecimentos, se necessário. Mais uma vez, se perceber que ainda há dúvidas,
retomar os conceitos utilizando-se de estratégias diferenciadas, num processo de recuperação de
aprendizagem.
Ciências da Natureza 90
estudantes, esse tipo de aula pode ser importante para sistematizar as aprendizagens, auxiliar na
percepção das interrelações entre os temas estudados e para levantar novos questionamentos, uma
vez que são as perguntas que levam à busca do conhecimento.
Tendo em vista que a participação do(a)s estudantes na Feira de Ciências do Estado de São
Paulo - FeCEESP, bem como o envio direto de trabalhos de pesquisa científica para participarem de
outras Feiras e eventos de Divulgação Científica Escolar, podem incluir apresentação de trabalhos em
outros países, entende-se que articular os trabalhos de iniciação científica com outras disciplinas, no
caso, com a Língua Inglesa, propicia uma atuação interdisciplinar que permite o desenvolvimento de
habilidades comuns a biologia e a linguagem, e que podem favorecer a comunicação do(a)s
estudantes numa possível participação num evento internacional.
A proposição da Feira de Ciências está alinhada ao Currículo do Estado de São Paulo, bem
como com a Base Nacional Comum Curricular e as habilidades de ambos corroboram para a
exploração de diferentes gêneros textuais, como por exemplo:
- projeto científico: onde constam título, resumo, introdução, justificativa, problema,
hipóteses, metodologia, resultados, contrapartida social, considerações finais e referências;
- banner: consiste na apresentação do trabalho na forma de painel explicativo, contendo
textos e figuras, sendo que a linguagem visual é priorizada;
- exposição oral: complementa o banner e a apresentação do(a) estudante, muitas vezes, em
inglês.
Entendendo que esses gêneros são de responsabilidade comum entre as áreas de Linguagens
e Ciências da Natureza, e visando o melhor preparo para comunicação, principalmente oral, do(s)
estudantes, propõe-se um trabalho conjunto, principalmente nas situações que envolvam o
desenvolvimento de projetos de iniciação científica.
Ciências da Natureza 91
A proposta é convidar o(a) professor(a) de inglês de suas turmas para verificar a possibilidade
de utilizar os gêneros textuais e trabalhar com os estudantes, em inglês, os conteúdos abordados em
biologia, principalmente em atividades que desenvolvam a pesquisa científica, incluindo o apoio no
desenvolvimento de apresentações de trabalhos, construídos de acordo com o método científico, em
linguagem estrangeira, ou seja, o(a) professor(a) de inglês utilizaria esses trabalhos como objetos de
estudo na linguagem, tanto gênero textual escrito como na oralidade. Entendemos que um trabalho
como esse favorecer a contextualização do Ensino da Língua Estrangeira por meio de conteúdos
biológicos. Para apoiar os trabalhos, sugerimos acessar o regulamento da FeCEESP, bem como as
Feiras de Ciências e Tecnologias às quais é afiliada.
Outros programas, além das Feiras de Ciências, podem ser trabalhados, de forma
contextualizada, conjuntamente com a disciplina de inglês, como, por exemplo:
Prêmio Zhayed Future Energy.
Disponível em <https://anba.com.br/category/oriente-se/> Acesso em 31 de outubro de 2018.
Ciências da Natureza 92
as habilidades trabalhadas nas aulas de biologia com aspectos da Educação Ambiental, entre eles, a
formação para a cidadania, a conscientização sobre as questões socioambientais, mudanças de
valores e atitudes e a participação como forma de superação da atual crise ecológica em que o
planeta se encontra. Sendo assim, a atividade proposta a seguir possui essas características.
Ciências da Natureza 93
- Tráfico e comércio ilegal de animais silvestres (apesar de ilegal, para muitos é uma
atividade econômica, sendo que a caça ilegal afeta as populações de diferentes espécies, o que
interfere em todas as relações que ocorrem nos ecossistemas, além de causar a redução e/ou
extinção de espécies).
Indústria e comércio (produção e consumo – gera resíduos sólidos, poluição, desmatamento,
entre outros)
Mineração (gera desmatamento, deslocamentos humanos, poluição, dejetos contaminantes,
etc.)
Recomenda-se indicar um formato para apresentação dos resultados da pesquisa, que pode
ser um cartaz, um painel, uma exposição, um vídeo, uma página na internet, entre outras
possibilidades. Contudo, ressaltamos a importância de que contemplem os objetivos e que não haja
Ciências da Natureza 94
erros conceituais ou de português. Por isso, sugerimos que façam uma revisão antes de finalizar o
trabalho.
Fundamento:
BRASIL, Resolução 02 – Conselho Nacional de Educação - Diretrizes Curriculares Nacional para a
Educação Ambiental - http://conferenciainfanto.mec.gov.br/images/pdf/diretrizes.pdf
Ciências da Natureza 95
TERCEIRO MOMENTO
Sistematizando os conhecimentos
Após os estudos realizados ofereça um desafio aos estudantes. Peça que localizem notícias
sobre destruição do ambiente e que indiquem como a ação descrita na notícia afetou o(s) habitat(s)
e, possivelmente, o nicho de determinada(s) espécie(s), bem como quais são as possíveis relações
que foram afetadas, seja entre as espécies, seja entre elas e o meio ambiente. Para tanto, sugerimos
o roteiro apresentado a seguir:
1. Solicite que o(a)s estudantes pesquisem e selecionem uma notícia que ofereça
informações sobre uma atividade humana que gerou danos sobre um ecossistema (pode ser
terrestre ou aquático) e levem para a classe, já informando que farão uma atividade a partir dessa
notícia.
2. Em sala peça que leiam com atenção a notícia e descrevam: (essas questões devem ser
registradas na lousa ou entregues a(o)s estudantes, como roteiro)
- local onde ocorreu o impacto ambiental;
-qual atividade humana provocou esse impacto, indicando os objetivos dessa atividade
econômica;
- como essa atividade afeta o ambiente, descrevendo como os prejuízos causados afetam
os seres que vivem nesse ambiente (aqui espera-se que compreendam que a poluição, derrubadas
de matas etc. prejudicam os habitats e, desse modo, o nicho de determinadas espécies, o que afetará
as relações alimentares e outras relações ecológicas que ocorrem no local).
3. Ofereça as seguintes questões para reflexão, solicitando que registrem as ideias que
elaboraram a respeito:
- Essa atividade econômica é necessária para beneficiar a sociedade? Se sim, como?
- Seria possível evitar tal ação e/ou seus impactos?
- Quais os benefícios da manutenção de áreas naturais para nós, seres humanos?
Ciências da Natureza 96
4. Socializar os trabalhos coletivamente. Sugerimos que seja por meio da construção de um
mural ou uma exposição.
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2015/11/e-oficial-o-rio-doce-esta-
completamente-morto.html
Ciências da Natureza 97
Site do Greenpeace:
https://www.greenpeace.org/brasil/?s=not%C3%ADcias&orderby=relevant
Recuperação
Referências Bibliográficas:
DURÉ, ANDRADE & ABÍLIO, 2018. Ensino de Biologia e Contextualização do Conteúdo: Quais Temas
o Aluno de Ensino Médio Relaciona com seu Cotidiano? Experiências em Ensino de Ciências. V.13, n
1.
Ciências da Natureza 98
KATO, D. S., & KAWASAKI, C. S. (2011). As Concepções de Contextualização do Ensino em
Documentos Curriculares Oficiais e de Professores de Ciências. Ciência e Educação. p.39. Disponível
em: http://scielo.br/pdf/ciedu/v17n1/03.pdf. (Acesso em 11 de dez. 2018)
São Paulo (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Biologia. In: Currículo
do Estado de São Paulo: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. São Paulo: SE, 2012. P.25-30, 60-95.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: orientações educacionais
complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais; ciências da natureza, matemática e suas
tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.
1) Animação em flash representando relações ecológicas entre seres vivos da Grande Barreira de
Corais australiana. A proposta é explorar os ambientes e descobrir as interações. Possível trabalho
conjunto com o(a) professor(a) de inglês.
http://www.pbs.org/wgbh/evolution/survival/coral/index.html
2) Breve vídeo mostrando o peixe-palhaço em uma anêmona (relações ecológicas – beleza da vida)
http://www.youtube.com/watch?v=D6WfjoEZWFM&NR=1
Ciências da Natureza 99
Imagem: Exemplo de sociedade: abelhas. Fonte:
http://educacao.uol.com.br/biologia/ult1698u25.jhtm
Recursos Complementares
Para professore(a)s:
Artigo: “Ecologia de População – Nicho Ecológico”, site Slide Share
Fonte: Disponível em http://pt.slideshare.net/popecologia/nicho-ecolgico
Associar o currículo com as competências gerais tem como objetivos: 1. tratar da transição
para o Novo Ensino Médio; 2. incluir e avaliar aspectos importantes que precisam ser contemplados
para uma formação integral de nosso(a)s estudantes. A seguir, tecemos alguns comentários visando
o reconhecimento de pontos contemplados pelas expectativas previstas no Currículo do Estado de
São Paulo para o primeiro bimestre de biologia e elementos presentes nas Competências da BNCC a
serem incorporados, conforme segue:
Apesar de termos a clareza que o processo educativo é amplo e com certeza outros aspectos
presentes nestas e até em outras competências gerais poderão ser contemplados, optamos por
apontar os aspectos mais diretamente relacionados, de modo a permitir uma avaliação por parte
do(a) professor(a) e do(a)s estudantes sobre a apropriação, ou não, desses conhecimentos, que
nortearão retomadas e (re)direcionamentos para a continuidade das aprendizagens.
Primeiro momento - compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento do(a)s estudantes
com a temática e aprendizagens que se pretende alcançar, bem como prevê atividades de
sensibilização, sempre com o intuito de propiciar processos pedagógicos contextualizados e que
permitam o desenvolvimento integral de nosso(a)s educando(a)s. As atividades são apresentadas na
íntegra. Indicações de avaliação também são apresentadas neste momento, inclusive a
autoavaliação.
Considerando que uma das principais dificuldades apontadas pelo(a)s professore(a)s para
que ocorra uma aprendizagem efetiva, está relacionada com o que se costuma rotular de “falta de
interesse” do(a)s estudantes, entende-se que uma forma de amenizar essa questão seria promover a
participação dele(a)s desde o planejamento. Propõe-se, então, que as expectativas de aprendizagem
sejam apresentadas às turmas e que, na sequência, se promova uma roda de diálogo de modo que
possam ser inseridas propostas do(a)s próprios estudantes. A seguir, quadro com a proposta
esquematizada:
Combinados
Registrar todas as incorporações possíveis que deverão fazer parte do planejamento e
apresentá-las à turma. Neste momento, converse com eles para que saibam e se sintam
corresponsáveis pelo próprio processo de aprendizagem.
Durante a Roda de Diálogo é fundamental que o(a) professor(a) abra espaço para que os
estudantes possam propor assuntos relacionados e/ou curiosidades sobre os temas que gostariam
de esclarecimentos. Isso deve ser feito de modo a promover também a corresponsabilidade pelo
processo de aprendizagem. Aqui será possível ouvir e acatar temas relacionados que sejam do
interesse do(a)s estudantes ou mesmo negociar algumas alterações, desde que comprometidas com
Avaliação Diagnóstica
Neste primeiro momento, entende-se como importante realizar uma atividade
complementar para diagnóstico dos conhecimentos prévios do(a)s estudantes, parcialmente
verificados no momento da apresentação das aprendizagens esperadas (conforme proposto no
quadro acima), uma vez que parte do conteúdo previsto neste primeiro bimestre pode já ter sido
desenvolvido em etapas anteriores. Esse diagnóstico irá fornecer mais informações sobre aquisição
de conhecimentos específicos e de habilidades que poderão nortear a escolha de procedimentos e
atividades a serem desenvolvidas no percurso.
É importante compreender que a avaliação aqui é entendida como parte do processo de
aprendizagem. Neste sentido, sugere-se que você converse com o(a)s estudantes sobre a
importância de resgatar o que sabem, preocupando-se tão somente com o próprio aprendizado, ou
seja, esse será também um momento de autoavaliação, onde poderão perceber com maior clareza o
quanto já sabem e o quanto ainda precisam aprender considerando as expectativas de aprendizagem
elencadas na atividade anterior.
Ainda considerando a questão da possível “falta de interesse”, entendemos que, para ajudar
a superar esse problema, entre outras ações, é essencial evitar iniciar o trabalho pedagógico com
um texto informativo seguido de explicação e questões referentes ao que foi “dado e explicado”,
uma vez que este é um dos fatores que desestimulam a aprendizagem, pois não envolve, não oferece
desafios e muitas vezes, não dialoga com a realidade/contexto do(a)s estudantes, enfim, não
contempla os objetivos de uma aprendizagem por meio da investigação e que seja significativa.
Portanto, professor(a), antes de iniciarmos com as sugestões para trabalhar com os
conteúdos e habilidades do bimestre, apresentaremos uma síntese da proposta. Portanto, como já
mencionado anteriormente, as proposições foram organizadas em três momentos. Para o primeiro
momento - Sensibilização - sugerimos que inicie com a construção de um mapa mental coletivo e
solicite aos(as) estudantes que registrem. Em seguida, propomos a utilização de um vídeo e/ou
Para promover a sensibilização nada melhor do que apresentar e/ou propor algo que possa
‘mexer’ com o emocional das pessoas. No caso da Biologia, que tem como objeto de estudo a vida e,
neste bimestre, abordando o tema “Identidade dos seres vivos – Organização celular e funções vitais
básicas”, estamos propondo duas atividades para sensibilizar o(a)s estudantes com a temática. Desse
modo, indicamos que inicie com uma questão: o que você conhece sobre seres vivos?
Posteriormente, propomos que escreva o termo ‘seres vivos’ na lousa e construa
coletivamente com o(a)s estudantes um mapa mental. “Os mapas mentais, em suma, podem ser
entendidos como produto das experiências do indivíduo em contato com o meio” (NETO; DIAS, 2011,
p. 02). Portanto, os mapas mentais são livres, ainda não evidenciam a preocupação com as relações
entre os conceitos (MOREIRA, 2012).
Por exemplo: Mapa Mental - Seres Vivos (imagem cedida por Paula Borges)
Apresentar o vídeo e/ou realizar a leitura do texto (descrito abaixo) – “O Recife de Coral” (com Max
Fercondini). Link: https://www.youtube.com/watch?v=ZeytbM65wLI
O Recife de Coral
Eu sou o recife de coral. As pessoas acham que eu sou só uma pedra. Quando na verdade eu
sou uma das maiores estruturas vivas deste planeta. Eu sou tão grande que eu posso ser visto do
espaço. Por quanto tempo mais? Eu venho crescendo por quase 250 milhões de anos. Daí vieram os
humanos e agora 1/5 de mim já se foi. Claro! Eu moro no fundo do mar e você não costuma me ver
com tanta frequência, mas você precisa de mim.
Você sabia que ¼ da vida marinha depende de mim?
Eu sou um berçário para o mar. Peixes pequenos dependem de mim para se alimentar e para
se esconderem dos peixes grandes. E adivinha quem come os peixes grandes? Acertou! Você. Eu sou
uma fábrica de proteína para todo mundo. E ainda assim você aumenta a temperatura dos oceanos. E
agora eu não posso mais viver aqui. E quando as grandes tempestades e tsunamis varrem os oceanos,
eu sou sua barreira de proteção, mas você me destrói com bombas e me envenena com poluição. Bom
aqui vai uma ideia meio maluca: Pare de me matar.
A Natureza não precisa das pessoas. As pessoas precisam da Natureza.
Fonte: ONG Conservação Internacional.
Sugerimos propor reflexões a partir do vídeo e/ou texto, por meio dos seguintes
questionamentos:
● O que sentiram após assistir ao vídeo e/ou ler o texto?
● Pensando nos seres vivos apresentados no vídeo/texto, o que mais chamou sua atenção
em relação às suas características?
Referências
Investigando e experimentando…
Professor(a), para que o(a)s estudantes reflitam sobre os questionamentos propostos sugere-
se a realização de uma atividade fora da sala de aula, onde possam explorar o ambiente do entorno
da escola. A sugestão é para que investiguem quais elementos observados são formados por células.
Para tanto, sugerimos que o(a)s estudantes sejam organizados em grupos pequenos para observar e
fazer anotações.
Sugere-se o tempo de 20 min. para a “exploração” do ambiente. No retorno a sala de aula,
recomendamos que solicite aos grupos que dialoguem sobre os critérios utilizados para identificar e
qualificar o que acreditam que seja constituído por célula(s). Na sequência seria importante solicitar
aos grupos para apresentar esses critérios e as observações do que identificaram ser formado por
células. Essas observações deverão ser anotadas pelo(a) professor(a) na lousa ou papel pardo e
discutido com a sala para a formação inicial do conceito de célula.
Observação: caso haja dificuldade de trabalhar com o ambiente de entorno da escola,
recomendamos utilizar imagens de livros didáticos, internet, etc. Vale ressaltar que o principal
objetivo desta atividade é a formação inicial do conceito sobre a célula, sem oferecer o conceito
“pronto”, mas propiciando sua construção no processo.
Após perceberem que a célula é a unidade fundamental da vida, é importante que o(a)s
estudantes reconheçam os tipos celulares e suas diferenciações, de modo que sejam capazes de
responder:
✓ O que diferencia uma célula vegetal de uma célula animal?
✓ Quais as semelhanças e diferenças existentes entre uma célula procarionte e uma
eucarionte?
Professor (a), a intenção, no primeiro momento, é de deixar o(a)s estudantes à vontade para
realizarem a construção da maquete. Desta forma, é possível identificar se houve um trabalho de
cooperação entre os membros da equipe. Recomendamos que também sejam feitos
questionamentos que se refiram diretamente ao conceito e composição dos diversos tipos de célula.
Portanto, é essencial elaborar questões sobre os pontos que pretende questionar. Seguem alguns
exemplos:
O que avaliar?
Entendemos que todas as etapas devem ser avaliadas: a construção da maquete, o trabalho
da equipe, os conhecimentos adquiridos e evidentemente, a maquete. Outros pontos poderão ser
avaliados, mas cabe ressaltar que a avaliação deve estar relacionada ao objetivo. Portanto,
professor(a), antes do desenvolvimento da atividade, apresente ao(a)s estudantes o objetivo
esperado e ao final, avalie identificando se ele foi alcançado. Ressaltamos que a solicitação de
autoavaliação contribui com o processo de aprendizagem e reforça a corresponsabilidade do(a)s
estudantes sobre o próprio processo de aprendizagem.
Para dar sequência ao estudo da célula, informamos que a articulação entre o conteúdo do
bimestre a ser estudado a seguir apresenta maior contribuição ao desenvolvimento da competência
geral 1 da BNCC. Nesse sentido, espera-se que o(a) estudante consiga compreender e reconhecer o
processo histórico da construção de conhecimentos, conquistando autonomia para estudar e
aprender em diversos contextos. Dessa forma, segue mais uma proposta de atividade temática que,
acreditamos, contribuirá para a construção de aprendizagens significativas.
“Quem viu a célula primeiro e como isso foi possível?” (sugerimos registrar as respostas,
nesse caso, lembrando que são livres e servem para verificar se fazem ideia de como foi construída a
teoria celular).
Dando sequência à investigação, sugerimos que apresente mais questionamentos que
possam nortear uma pesquisa sobre o assunto, como, por exemplo:
● Como foi descoberta a existência da célula?
● Quem descobriu? Qual seria a especialidade deste(s) pesquisadores(es)?
Atividade sobre célula I: Identificar como as células estão organizadas; diferenciar uma célula
procariótica de uma eucariótica; identificar as organelas citoplasmáticas presentes nos diversos tipos
de células e a função que cada uma desempenha dentro da célula. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=39918 Acesso em: 19 de dez
2018.
Atividade sobre célula II - Elaborar o conceito de célula; identificar as estruturas básicas das
células; diferenciar a célula animal da célula vegetal; pesquisar sobre a história da Citologia.
Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?pagina=espaco%2Fvisualizar_aula&a
ula=56206&secao=espaco&request_locale=es Acesso em: 19 de dez 2018.
Referências
DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São
Paulo: Cortezo. p. 89-102.
GILBERT, J., BOULTER, C. & ELMER, R. (2000). Positioning Models in Science Education and InDesign
and Technology Education. Developing Models in Science Education, 3-17.
Investigando e experimentando…
Caso você, professor(a), tenha optado por essa sequência, agora que foram realizadas as
atividades anteriores propostas, espera-se que o(a) estudante já possua informações básicas sobre o
que é uma célula, tipos celulares, organelas e suas funções. Agora, portanto, seria o momento de
aprofundar o estudo sobre a importância da membrana celular.
Observação: sugerimos solicitar aos grupos que se organizem para levar os materiais necessários no
dia do experimento. Lembramos que, para tanto, são mobilizadas competências relacionadas a
responsabilidade, respeito, colaboração e trabalho em equipe.
Procedimentos:
Propomos que a atividade seja realizada em grupo, sendo que cada um deles deve seguir os
seguintes procedimentos:
1. Retirar a casca da batata e cortar três cubos de 2 cm cada.
2. Utilizando uma régua, anotar as medidas do cubo: altura, comprimento e largura.
2.1. Pesar um dos cubos como padrão e anotar.
Tabelas e gráficos:
Observação: tabela e gráfico cedidos pela professora Ludmila Sadokoff, parte dos resultados
obtidos por suas turmas de biologia.
Sugerimos a leitura deste artigo que propõe a realização de um procedimento experimental para
trabalhar o conceito de osmose e demonstrar suas aplicações. Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc26/v26a11.pdf Acesso em: 19 de dez. 2018.
Plasmólise macroscópica com vegetais - Experimento prático utilizando vegetais para demonstrar o
fenômeno da plasmólise.
http://www.ufjf.br/fisiologiavegetal/files/2018/07/4_16-Plasm%C3%B3lise-Macrosc%C3%B3pica.pdf
Acesso em: 19 de dez. 2018.
Investigando e experimentando…
Investigando...
Henrietta Lacks foi uma jovem americana afrodescendente que faleceu em 1951, vítima de um
câncer. Na época, pesquisadores coletaram uma amostra do tumor de Henrietta e, sem seu
consentimento, cultivaram as células cancerosas em laboratório. As características únicas destas
células permitiram isolar a primeira linhagem celular imortal humana, conhecida como HeLa.
A linhagem HeLa trouxe grandes avanços nas pesquisas biomédicas, sendo utilizada em laboratórios
de todo o mundo até hoje em estudos sobre câncer, aids, desenvolvimento de vacinas e muitos
outros.
O filme é baseado em livro homônimo, lançado em 2010, tendo como personagens principais
Deborah Lacks (filha de Henrietta Lacks) e Rebeca Skloot (autora do livro). O enredo mostra a
construção de uma relação de confiança entre Deborah e a escritora, que pesquisava informações
sobre a vida de Henrietta para seu livro. O filme aborda conceitos de biologia celular e pesquisa
biomédica, mas seu foco é maior nas questões éticas envolvidas na doação involuntária das células
de Henrietta, no uso comercial da linhagem HeLa e no descaso com a família Lacks.
O filme A Vida Imortal de Henrietta Lacks, portanto, nos convida a refletir sobre questões
éticas na Ciência e sobre avanços científicos, bem como nos possibilita refletir sobre aspectos
sociológicos e filosóficos que envolvem as relações étnico-raciais. Levando em consideração a
relevância destas questões, sugerimos que elabore um roteiro para análise e discussão do filme;
destacando trechos que considere importantes para análise e fazendo questionamentos para
estimular o desenvolvimento da argumentação e de reflexão sobre essa temática.
A seguir, uma proposta de procedimentos para orientar o(a)s estudantes sobre pontos
relevantes a serem observados no filme (as questões podem ser apresentadas previamente ou logo
após a exibição):
- Apontar aspectos que consideraram relevantes no filme;
- Destacar questões da biologia celular apresentadas;
- Como o filme aborda a atitude do médico que utilizou as células sem o consentimento da
Henrietta Lacks?
- Indicar se acreditam que seria diferente caso não se tratasse de uma mulher
afrodescendente e apontar argumentos (articulação com o tema transversal “Relações
Étnicorraciais”);
- Solicite que pensem, considerando o filme, como enxergam a Ciência, o que é Ciência
para ele(a)s, como acreditam que ela é feita e se qualquer pessoa pode fazer Ciência;
- Convide-os a refletir sobre a questão: vale tudo em nome da Ciência, e de possíveis
benefícios científicos? A ciência é neutra?
Atividade: Hábitos de vida e sua estreita relação com determinados tipos de cânceres:
discussões sobre as maneiras mais adequadas de prevenção.
Para dar sequência aos trabalhos, convidamos você, professor(a), a conhecer uma atividade
sobre Hábitos de vida e sua estreita relação com determinados tipos de cânceres, que poderá
contribuir para desenvolver habilidades específicas de Biologia, articulada às Competências Gerais
1,2, 7, 8 e 10 da BNCC, e à Competência Leitora. Portanto, é uma atividade que propõe o exercício de
uma leitura cuidadosa.
Ler um texto não é apenas uma forma de alcançar informação, mas uma possibilidade de nos
tornarmos mais críticos e capazes de considerar diversos lados de uma situação (SOLÉ, 2018). Sendo
assim, conforme destaca a autora, entendemos que há necessidade de uma intervenção específica
no processo de leitura escolar. Por isso, o papel do(a) professor(a) é essencial.
Ao apresentar um texto ao(a) estudante, SOLÉ (2018) ressalta que é preciso planejar
estratégias específicas de leitura para ensinar aos estudantes a lidar com as atividades de leitura de
cada disciplina, além disso, destaca a importância de ter objetivos claros. Por isso, enfatizamos a
importância da Competência Leitora no ensino de Biologia, uma vez que poderá contribuir para que,
entre outras coisas, o(a)s estudantes sejam capazes de diferenciar fatos de opinião, interpretar
dados e informações, desenvolver um olhar crítico diante de um problema e, desse modo, tomar
decisões mais conscientes.
Segue uma sugestão de atividade que poderá contribuir para atender esta proposta.
Objetivo: Reconhecer que os hábitos de vida têm estreita relação com diversos tipos de câncer,
ressaltando a importância da prevenção e do tratamento da doença.
Mulheres que já tiveram muitos parceiros sexuais estão mais propensas ao câncer de colo do útero.
Mito - O sexo sem proteção adequada é um fator de risco para contrair inúmeras doenças
sexualmente transmissíveis, entre elas o HPV, intimamente relacionado ao câncer de colo de útero.
Entretanto, existem pacientes que tiveram apenas um parceiro e desenvolveram tumores. Não há
relação com a quantidade de parceiros e propensão ao aparecimento de câncer, mas sim, com o sexo
sem proteção.
Procedimentos:
Etapa 1
● Apresente as afirmações aos estudantes sem as respostas, podendo utilizar os seguintes
recursos: lousa, slides, papel pardo etc., (acrescente outras afirmações, se considerar necessário);
● Divida a turma em grupos;
● Dê a seguinte comanda: leiam as afirmações, dialoguem no grupo e preparem uma
apresentação para o coletivo, com o que consideram como mito ou verdade (combine um tempo
para execução da tarefa);
● Em seguida, peça que cada grupo socialize suas respostas para toda turma;
● Registre as respostas no quadro através de uma tabela;
● Apresente somente a quantidade de erros e acertos de cada grupo sem dar as respostas;
Referências
SOLÉ, I. Para Isabel Solé, a leitura exige motivação, objetivos claros e estratégias. Revista Nova
Escola. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/304/para-isabel-sole-a-leitura-exige-motivacao-objetivos-claros-
e-estrategias. Acesso: 08 nov. 2018.
VERONEZI, G. M. B. A Metilação de DNA em Células Hela após Tratamento com o Ácido Valproico.
Dissertação (Mestrado em Biologia). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017. Disponível
em: http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/330702 Acesso em 19 de dez. 2018.
Para a sistematização dos conhecimentos deste bimestre, após a realização dos estudos,
sugerimos que ofereça aos estudantes um desafio: solicite que construam um mapa conceitual para
sistematizar os conhecimentos construídos no decorrer do bimestre.
Segundo Moreira (2005, p. 01), “Mapas conceituais são diagramas de significados, de
relações significativas; de hierarquias conceituais, se for o caso. Isso também os diferencia das redes
semânticas que não necessariamente se organizam por níveis hierárquicos e não obrigatoriamente
incluem apenas conceitos. Mapas conceituais também não devem ser confundidos com mapas
mentais que são livres, associacionistas, não se ocupam de relações entre conceitos, incluem coisas
que não são conceitos e não estão organizados hierarquicamente”.
Moreira (2005), nos chama atenção para diferença entre mapas mentais, que são livres e não
tem preocupação com conceitos, e mapas conceituais, que buscam relações significativas, por vezes,
uma hierarquia conceitual. Portanto, segundo o autor, o mapa conceitual deve evidenciar quais são
os conceitos mais importantes no contexto e quais os secundários. Por isso, oriente o(a)s estudantes
na elaboração do mapa conceitual, apresente as diferenças entre o mapa mental construído no início
do bimestre e a proposta de fechamento para este momento.
Professor(a), você encontrará exemplos de construção de mapa conceitual no link disponível em:
http://lief.if.ufrgs.br/pub/cref/pe_Goulart/Material_de_Apoio/Referencial%20Teorico%20-
%20Artigos/Mapas%20Conceituais%20e%20Aprendizagem%20Significativa.pdf. Acesso em: 06 de
dez. 2018. No apêndice 2, pagina 14, são apresentados os procedimentos para construir um mapa
conceitual.
Ressaltamos que não existe um modelo pronto e ideal de mapa conceitual para cada termo.
Cada estudante poderá construir o seu mapa conceitual e estabelecer as relações de acordo com sua
compreensão. Por isso, ao avaliar, reflita sobre alguns pontos, por exemplo: Os conceitos mais
importantes estão em destaque? É possível interpretar sem que o estudante precise explicar? Há
relação entre os conceitos apontados? Conseguiram apresentar termos estudados em diferentes
momentos do bimestre? Entre outras questões que considerar importantes para este momento de
avaliação.
A avaliação, conforme mencionado, deve ser feita em todos os momentos. Como sugestão, a
construção do mapa conceitual pode oferecer elementos importantes para avaliar o processo de
ensino e aprendizagem. Contudo, o olhar deve ser de verificação das aprendizagens para
reorganização dos rumos, seja em atividades de recuperação, seja para dar prosseguimento em
continuidade.
Recuperação
Entendemos que a recuperação em sala de aula necessita acontecer assim que o professor
perceber e constatar a dificuldade do(a) estudante, visto que nem todos(as) aprendem da mesma
maneira e ao mesmo tempo. Deve ser oferecida ao longo do processo ensino e aprendizagem,
revendo as práticas que foram oferecidas, para adequá-las. Professor(a), se não sanar logo as
dificuldades que o(a)s estudantes apontam, elas se somam, acumulam e geram novas dificuldades,
danos na aprendizagem que poderão ser irreparáveis. As práticas de recuperação estão atreladas,
diretamente, a avaliação, pois é através desta ferramenta “avaliação” que se têm a estimativa da
concepção da aprendizagem do(a) estudante.
Portanto, professor(a), orientamos que, quando for diagnosticado que alguns estudantes
apresentam dificuldades, você prime por retomar as habilidades, utilizando novas estratégias,
iniciando ou intensificando as que já foram utilizadas. O processo de recuperação poderá ser
realizado por meio de atendimento individual, em duplas, utilização de monitores, solicitação de
tarefas, agrupamentos produtivos, entre outros procedimentos pedagógicos que julgar pertinentes.
Referência
MOREIRA, M. A. Mapas Conceituais e Aprendizagem Significativa. 2012. Disponível em:
http://lief.if.ufrgs.br/pub/cref/pe_Goulart/Material_de_Apoio/Referencial%20Teorico%20-
%20Artigos/Mapas%20Conceituais%20e%20Aprendizagem%20Significativa.pdf (acesso em 06 dez.
2018).
● Resolução SE 93, de 8-12-2009 :Dispõe sobre estudos de recuperação aos alunos do ciclo II do
ensino fundamental e do ensino médio, das escolas da rede pública estadual. Disponível em:
http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/93_09.HTM Acesso em: 19 de dez 2018.
Primeiro momento - compreende ações pedagógicas que visam o envolvimento do(a)s estudantes
com a temática e aprendizagens que se pretende alcançar, bem como prevê atividades de
sensibilização, sempre com o intuito de propiciar processos pedagógicos contextualizados e que
permitam o desenvolvimento integral de nosso(a)s educando(a)s. As atividades são apresentadas na
íntegra. Indicações de avaliação também são apresentadas nesse momento, inclusive a
autoavaliação.
Considerando que uma das principais dificuldades apontadas pelo(a)s professore(a)s para
que ocorra uma aprendizagem efetiva está relacionada com o que se costuma rotular de “falta de
interesse” do(a)s estudantes, buscamos apresentar estratégias que, entende-se, podem contribuir
para amenizar essa questão. Uma metodologia de trabalho nesse sentido seria promover a
participação de todo(a)s desde o planejamento. Propõe-se, então, que as aprendizagens almejadas
sejam apresentadas às turmas e que, na sequência, seja realizada uma roda de diálogo de modo que
possam ser inseridas propostas do(a)s próprios estudantes aos planos de trabalho. A seguir, quadro
com a atividade proposta esquematizada:
Os estudantes podem escrever suas propostas/dúvidas etc. numa folha e colar com fita
adesiva na lousa ou num quadro na sala de aula para visualização coletiva das
contribuições; ou o(a) professor(a) registra na lousa, se possível, com giz colorido;
enfim, o importante é garantir a participação e a visualização coletiva de todas as
proposições.
Combinados
Nesse momento converse com o(a)s estudantes de modo que saibam e se sintam
corresponsáveis pelo próprio processo de aprendizagem.
Durante a Roda de Diálogo é fundamental que o(a) professor(a) abra espaço para que o(a)s estudantes
possam propor assuntos relacionados e/ou curiosidades sobre os temas que gostariam de
esclarecimentos. Isso deve ser feito de modo a promover também a corresponsabilidade pelo processo de
aprendizagem. Aqui será possível ouvir e acatar temas relacionados que sejam do interesse do(a)s
estudantes ou mesmo negociar algumas alterações, desde que comprometidas com a aprendizagem a
que o(a)s educandos têm direito. Registre todas as contribuições e questionamentos e justifique sempre
que não for possível incorporar uma proposta. Dessa forma, o(a)s estudantes se sentem respeitado(a)s, o
que contribui também para melhoria da relação professor(a)-aluno(a).
Visando envolver e sensibilizar o(a)s estudantes com a temática, sugerimos utilizar a técnica
do brainstorm (“tempestade de ideias”) que permitirá explorar o que já sabem a respeito de um
tema específico, no caso, Biodiversidade. Para contribuir com o processo, inserimos o quadro a
seguir com esclarecimentos sobre essa dinâmica.
O que é o brainstorm?
É uma expressão inglesa formada pela junção das palavras "brain", que significa cérebro, intelecto e
"storm", que significa tempestade.
O brainstorming é uma dinâmica de grupo que é usada em várias instituições como uma técnica para
resolver problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar informação e para
estimular o pensamento criativo.
A técnica de brainstorm propõe que um grupo de pessoas se reúnam e utilizem seus pensamentos e ideias
para que possam chegar a um denominador comum, a fim de gerar ideias inovadoras que levem um
determinado projeto adiante. Nenhuma ideia deve ser descartada ou julgada como errada ou absurda,
todas devem estar na compilação ou anotação de todas as ideias ocorridas no processo, para depois
evoluir até a solução final.
Para uma sessão de brainstorm devem ser seguidas algumas regras básicas: é proibido debates e críticas
às ideias apresentadas, pois causam inibições, quanto mais ideias melhor; nenhuma ideia deve ser
desprezada, ou seja, as pessoas têm liberdade total para falarem sobre o que quiserem; para o bom
andamento, deve-se reapresentar uma ideia modificada ou combinação de ideias que já foram
apresentadas; por fim, igualdade de oportunidade - todos devem ter chance de expor suas ideias.
Neste caso, a proposta é realizar um levantamento das ideias prévias que o(a)s estudantes já trazem sobre
a temática que será estudada.
O esquema pode permanecer fixado em sala para que, constantemente, os conceitos sejam
retomados/revistos/replanejados, ao longo do bimestre.
Desse modo, estamos propondo que, ao inserir o tema “Diversidade da vida - o desafio da
classificação biológica”, os estudos sejam iniciados pela biodiversidade, de modo a promover a
aproximação do(a)s estudantes com o ambiente no seu entorno e, neste contexto, tornar a
aprendizagem mais significativa.
Para ampliar a compreensão sobre essa exuberância da vida na Terra permita ao(a)
estudante vivenciar/visualizá-la colocando-o(a) em contato com imagens, vídeos ou estudo de
campo na escola ou em seu entorno. No caso de estudo de campo, sugerimos que solicite aos
estudantes que tirem fotos das espécies que observaram, identificando o local. Por exemplo:
espécies observadas no jardim da escola (sequência de fotos, com legenda); espécies observadas
no trajeto de casa para a escola, com a sequência das fotos. Para articular com a sequência dos
estudos previstos para esse bimestre, sugerimos que estimule o(a)s estudantes a verificarem as
Uma outra possibilidade para sensibilizar o(a)s estudantes sobre Biodiversidade seria
apresentar o vídeo “Bio é vida - A diversidade de seres vivos” (Vídeo UNICAMP). O vídeo da série
“Seres Vivos” apresenta a diversidade de organismos, fazendo relações entre as características de
várias espécies de animais e o meio em que vivem. Vídeo disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=mr45_Yu2xos (acesso em 13/12/2018).
Dentre as competências gerais da BNCC, pode-se inferir que cabe ao(a) professor(a)
construir e/ou aplicar situações de aprendizagem (SA) de modo que o(a) estudante possa exercitar a
curiosidade intelectual e utilizar as ciências com criticidade e para investigar causas, elaborar e
testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (Competência 2).
Nesse sentido, entendemos que toda aprendizagem é o resultado de um processo educativo,
que pode ser desenvolvido sob diversas e diferentes abordagens e etapas, ou momentos. Contudo, a
forma como se propõe o desenvolvimento pedagógico determina a qualidade das aprendizagens,
bem como se serão aprimoradas habilidades e competências; se o(a)s estudantes serão capazes de
inferir opiniões fundamentadas, aplicar os conhecimentos adquiridos para soluções de problemas do
seu dia a dia, se serão capazes de reconhecer e/ou elaborar proposições para outras formas de ser e
viver nas sociedades, de ter olhar crítico sobre a produção científica e suas implicações, entre outros
aspectos fundamentais.
Portanto, nós, professore(a)s de biologia temos um papel fundamental na formação do(a)s
educando(a)s e podemos fazer a diferença, considerando as escolhas individuais relacionadas a
diversos aspectos da vida, bem como na formação de cidadãos e cidadãs que atuem em prol de
sociedades mais justas e sustentáveis. Nesse sentido, planejar estratégias contextualizadas numa
abordagem investigativa que permita o desenvolvimento de aprendizagens significativas constitui-se
O ensino na área de Ciências da Natureza foi construído com base nos conhecimentos que
resultam dos processos de investigação/pesquisas científicas, sendo a ciência o resultado de uma
indagação, que leva a uma busca de respostas para questionamentos realizados: sobre fenômenos
naturais, sobre o que acontece com o ser humano, sobre a origem e a diversificação da vida na Terra
etc., numa tentativa de entender e explicar os padrões e processos que ocorrem em nosso mundo e
fora dele.
Nesse sentido, pode-se inferir que pensar, perguntar, questionar são ações inerentes ao ser
humano e, cabe à escola estimular esse aspecto, bem como promover situações de aprendizagem
que promovam a investigação, pois são fundamentais para desenvolver competências tais como
levantamento de hipóteses, argumentação, formulação de conclusões, bem como para permitir a
compreensão da natureza da ciência e seu funcionamento.
Dessa forma, um sujeito alfabetizado cientificamente possui: 1. compreensão básica de
termos, conhecimentos e conceitos científicos fundamentais e a importância deles; 2. compreensão
da natureza da ciência e dos fatores éticos e políticos que circundam sua prática; 3. entendimento
das relações existentes entre ciência, tecnologia, sociedade e meio ambiente (SASSERON &
CARVALHO, 2008).
Nessa abordagem também é importante inserir aspectos metodológicos presentes em
pesquisas científicas, tais como grupo controle e acompanhamento e registros organizados,
prevendo tempo e dados a serem coletados, que permitam a verificação das hipóteses. É importante
que o(a) professor(a) aproveite esses momentos para referendar a diferença entre evidências
observadas e opinião, bem como para contribuir para o desenvolvimento da argumentação
consistente.
Nesse sentido, e considerando o contexto, é importante que se promova uma aprendizagem
de forma que a ciência possa ser compreendida como uma construção humana e, como tal, factível
de erros, não neutra, ou seja, que influencia e é influenciada por aspectos históricos, econômicos,
sociais e culturais.
Para contribuir com o ensino investigativo, existem programas e projetos que poderão ser
incorporados às atividades escolares, tais como:
Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo – FeCEESP.
Para ampliar a compreensão do ensino por investigação, sugerimos que assista a vídeoaula
“O ensino por investigação”, na qual Anna Maria Pessoa de Carvalho e Ana Paula Solino explicam
que essa abordagem tira o(a)s estudantes da passividade de aulas clássicas de sala de aula e o(a)s
coloca em busca de solucionar problemas, com a ajuda e o encaminhamento do(a)s professore(a)s.
O objetivo é alfabetizar o(a)s educando(a)s cientificamente, para que tenham uma experiência de
trabalhar por si próprios, inclusive errando, já que o erro é visto como parte essencial para o
aprendizado, pois estimula os alunos a pensar e buscar responder suas dúvidas, dando liberdade
intelectual para construírem as coisas. Disponível em:
http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=4586 . Acesso em 4/12/2018.
Enfim, em quais dessas situações cabe a nós, cidadãos comuns, se envolver? E como?
Para buscar responder às questões que nortearam o diálogo inicial e resolver a situação
proposta, sugerimos que divida a turma em grupos (critério de escolha a definir com o(a)s
estudantes), sendo que cada grupo ficará responsável por esclarecer uma parte da situação em
investigação descrita no quadro, apresentando possíveis soluções a partir dos temas propostos a
seguir. E, como um produto, sugere-se a elaboração de um painel coletivo, que contará com as
contribuições de todos os grupos, num exercício de um trabalho em colaboração.
Grupo 1 - Caracterização do local: o grupo terá como objetivo observar a biodiversidade da sua
região. A primeira etapa é a pesquisa do bioma (foco na fauna e flora). Essa atividade propiciará
a(o)s estudantes conhecer os diferentes ambientes onde vivem e aprender sobre eles. Solicite ao
grupo a elaboração de um quadro com ilustrações de animais e vegetais de sua região (o quadro
deverá compor o painel coletivo).
Propomos que recomende ao grupo a produção de um áudio com sons de animais e
pássaros observados e/ou levantados durante a pesquisa.
Nesse caso, sugerimos que, durante a apresentação dos áudios, oriente a turma para que
fechem os olhos e fiquem em silêncio de modo que possam ouvir e perceber melhor quantos sons
diferentes conseguem identificar (é uma atividade que sensibiliza as pessoas).
Observação: Existem vários aplicativos que permitem baixar o som dos pássaros silvestres, entre
eles, sugerimos este aqui .
Grupo 2. Ao viajar por uma rodovia podemos pensar: Quantos animais morrem todos os anos nas
rodovias brasileiras? O grupo terá como objetivo sensibilizar o(a)s demais estudantes para o
problema do atropelamento e discutir os motivos.
Grupo 4. Uma curiosidade: em quais ambientes naturais os animais silvestres de sua região vivem?
É fácil encontrá-los caminhando, se alimentando e ou descansando? Como saber que eles vivem
em determinado ambiente se não conseguimos avistá-los?
Ao orientar o grupo, sugerimos que explique aos estudantes que nem sempre conseguimos
avistar os animais em uma mata, devido aos seus hábitos (diurnos ou noturnos) ou por se
esconderem quando se sentem ameaçados, neste caso, pela presença humana. Uma das formas de
saber que animais vivem em determinado ambiente é por meio de seus vestígios (pegadas, fezes,
penas, crânios ou outros ossos, sons e cheiros). A proposta para o grupo é investigar na região
vestígios de animais silvestres e relacioná-los ao seu habitat.
Oriente o grupo a pesquisar vestígios como crânio, pegadas, ninhos, penas, entre outras
evidências e a criarem uma caixa ou cubo apresentando alguns vestígios de animais silvestres (pode
ser colagem de imagens, não necessariamente precisa apresentar materiais reais) e apresentem aos
colegas instigando-os a descobrir qual o animal e seu habitat (esse material deverá compor também
o painel coletivo).
Consulte o manual “Bicho quem te viu, quem te vê” – as páginas 24 e 25 mostram representações
dos cubos. Disponível em http://www.cdcc.usp.br/ExpoItinerante/Manual.pdf . Acesso 11.12.2018.
Os materiais a seguir também poderão ajudar nessa pesquisa:
-Manual de Rastros da Fauna Paranaense. Disponível em:
http://www.redeprofauna.pr.gov.br/arquivos/File/biblioteca/ManualRastros_web22XII08.pdf .
Acesso em 14.11.2018.
-Cartilha Pegadas – Identificando mamíferos. Disponível em http://ipam.org.br/cartilhas-
ipam/pegadas-identificando-mamiferos/ Acesso em 14.11.2018.
Materiais de apoio:
- Documentário - “Silvestre não é pet”. Disponível em https://youtu.be/Sx6-5DxXKYg Acesso
em 14.11.2018
- Reportagem “Animais invadem áreas urbanas para fugir dos desmatamentos”. Disponível
em http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2014/10/animais-invadem-areas-urbanas-para-fugir-
dos-desmatamentos.html . acesso em 14.11.2018
Se você presenciar alguma tramitação ilegal, anote todos os detalhes possíveis (placas de veículos, locais,
descrição física das pessoas e dos animais envolvidos) e ligue imediatamente para a Linha Verde do
IBAMA, no 0800-618080. Isto também vale para casos em que você tenha conhecimento de que alguém
vende ou compra animais silvestres ilegalmente. O crime vale tanto para quem comercializa, quanto para
quem adquire.
Grupo 6. E nós com isso? Nós, cidadãos comuns, possuímos alguma responsabilidade no processo
de preservação e conservação das áreas naturais?
Este grupo ficará com a responsabilidade de pesquisar e dialogar sobre as possibilidades de
se fazer preservação e conservação; e motivar o(a)s demais estudantes a tomadas de atitude em
prol do meio ambiente e, especificamente, da biodiversidade.
Para realizar esse trabalho, o grupo poderá pesquisar reportagens que relatam casos bem
sucedidos de preservação e conservação de espécies e/ou da biodiversidade, organizações
governamentais e não governamentais que atuam na área de preservação, movimentos
socioambientais, entre outros, sempre com o intuito de verificar possibilidades de ações que possam
ser feitas pelo(a)s próprios estudantes para contribuir.
Após todo esse envolvimento com a diversidade de espécies, entendemos que, para dar
sequência às aprendizagens que se pretende para este bimestre, é importante questionar o(a)s
estudantes sobre como são definidas e nomeadas as espécies biológicas. Para ressaltar a
importância de se organizar e classificar essa biodiversidade indicamos, através dos recursos
didáticos que existem na escola, como o livro didático, por exemplo, trabalhar alguns conteúdos e
habilidades previstos, como, por exemplo.
No site a seguir, entre outras, você encontrará proposta de atividade sobre sistemas de classificação
dos seres vivos:
http://www.cdcc.usp.br/experimentoteca/medio_biologia.html
Para contribuir com os estudos sobre definição de espécie, sugerimos consultar:
http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/VADefiningSpecies.shtml
Materiais necessários:
● 2 retalhos de madeira do mesmo tamanho, com furos nos 4 cantos
● 4 parafusos, 4 arruelas e 4 porcas tipo borboleta
● papelão
● jornal
● amostras frescas de folhas e flores
● ficha impressa com informações da exsicata
● linha, agulha, ou cola branca
Procedimento:
1. Sobre a base de madeira da prensa, coloque uma camada grossa de papelão e uma camada de
jornal.
2. Espalhe o material a ser herborizado sobre o jornal, aproveitando o espaço disponível da melhor
forma possível.
3. Arrume as folhas e pétalas para que fiquem bem visíveis, pois não será possível mudar sua
posição depois de secas. Evite colocar na mesma camada folhas/flores de espessuras muito
diferentes.
4. Cubra com mais uma camada de jornal e repita o processo até atingir a altura da prensa (ou seja,
a altura dos parafusos, deixando alguns centímetros para poder rosquear).
5. Feche a prensa e coloque os parafusos. Aperte os 4 parafusos por igual, deixando a tampa da
prensa nivelada.
6. Guarde a prensa em local seco e arejado. O tempo necessário para o material secar varia
conforme as condições de temperatura e umidade. Geralmente 3 meses são suficientes. Uma
maneira de acelerar o processo é trocar os jornais e o papelão semanalmente, mas o
procedimento é delicado e há o risco de estragar as amostras de plantas.
7. Após o período de secagem, abra a prensa e retire as plantas secas com cuidado.
8. Utilize papel sulfite ou cartolina para montar cada exsicata. Uma das técnicas mais utilizadas para
prender o material herborizado ao papel é costurar com agulha e linha. Alguns herbários utilizam
fitas de papel autocolante para o mesmo fim. Se as exsicatas estão sendo feitas apenas para fins
didáticos e não serão armazenadas por muito tempo, nem utilizadas para fins científicos, pode-se
colar com cola branca.
Existem vários modelos de fichas de catalogação das plantas. Como sugestão segue um
modelo de uma ficha de coleta:
Modelo de ficha de coleta
Classificação do vegetal:
Nome científico:__________________________________________________________________________
Nome popular: ___________________________________________________________________________
Classificação da estrutura:
Nome: _________________________________________________________________________________
Tipo: ___________________________________________________________________________________
Observações antes de herborização: _________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
Observações após a herborização: ___________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
Herbário online: um espaço para pesquisar as espécies coletadas para o herbário da escola
O Brasil agora tem um herbário virtual com mais de 2 milhões de espécimes vegetais, com
acesso público. A coleção de plantas está online, depois de um trabalho de digitalização iniciado em
2010 e desenvolvido por pesquisadores brasileiros e estrangeiros. O objetivo é que, em 2020, o
acervo contemple toda a flora brasileira com espécies descritas, ilustradas e identificadas. Explore
com o(a)s estudantes essa inovação - atualmente todo material biológico (exsicatas) são digitalizadas
e arquivadas.
Para o trabalho de digitalização, as exsicatas são fotografadas em uma estação especial
criada para auxiliar no projeto. Depois, são acrescentados dados referentes à espécie em um sistema
padronizado. Participam desta tarefa pesquisadores e estudantes que estão em território nacional e
no exterior, permitindo, assim, a divulgação científica e a ampliação do conhecimento. Nesse
sentido, sugerimos que oportunize ao(a)s estudantes conhecerem e explorarem o herbário online,
disponível em:
http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/ConsultaPublicaUC.do#Condic
aoTaxonCP (acesso em 14.12.2018).
É comum, ainda nos dias de hoje, encontrarmos nos livros e outros materiais didáticos, a
classificação dos organismos vivos em cinco reinos: Reino Monera, Reino Protista, Reino Fungi,
Reino Plantae e Reino Animalia. Atualmente sabe-se que essa classificação apresenta algumas falhas
e que alguns reinos já não são mais considerados. Sendo assim, mantemos os estudos considerando
os cinco reinos, mas trazendo à tona também a classificação dos seres vivos mais aceita atualmente.
● Objetivo do jogo:
- Classificar os seres vivos presentes em figuras de acordo com critérios de livre escolha e critérios
usualmente estabelecidos para a classificação, no caso, primeiramente, considerando os 5 reinos e, a
partir dessa classificação, orientá-los quanto à classificação de acordo com os três domínios.
● Material:
- Figuras de representantes dos 5 reinos (Monera, Protista, Fungo, Animal e Plantas) - podem ser
recortados de revistas/jornais, encartes ou impressos. Se preferir, solicite a pesquisa de seres vivos
encontrados na localidade/região, sempre de modo a garantir a inclusão de representantes dos cinco
reinos.
● Procedimentos:
1. Permitir que o(a)s estudantes formem pequenos grupos.
2. Distribuir figuras dos representantes dos 5 reinos para todos os grupos.
3. Solicitar que o(a)s estudantes elaborem critérios para agrupar as figuras. Ele(a)s deverão nomear
Observação: É importante que, durante a apresentação, o debate seja aberto, permitindo assim que
o(a)s integrantes dos demais grupos possam questionar sobre o que está sendo apresentado, sugerir
alterações, fazer correções, etc. Esse tipo de ação propicia o desenvolvimento da oralidade, da
argumentação, da colaboração e da aprendizagem participativa.
REINO
REPRESENTANTE
CARACTERÍSTICAS
DOMÍNIOS
REPRESENTANTE
CARACTERÍSTICAS
Observação: recomendamos que oriente o(a)s estudantes a registrarem em seus cadernos as tabelas
completas, já com as adequações e correções apontadas, se for o caso.
No site “Império biológico”, indicamos o vídeo, conforme link abaixo, de pouco mais de 4
minutos que contribui para a compreensão de como realizar a leitura de diferentes representações
de árvores filogenéticas. Importante para ampliar a competência leitora de esquemas, bem como
para preparação para o ENEM e vestibulares.
https://www.youtube.com/watch?v=lCat7e7zwcM
Ampliando o conhecimento…
Recomendamos uma atividade investigativa para ser feita em grupos de três a quatro
pessoas, idealmente, durante duas a quatro aulas ou como exercício complementar. Os estudantes
devem ser instigados, inclusive, a pesquisar maiores detalhes sobre os animais estudados. Essa
atividade pode ser acessada no link http://lopespl.blogspot.com/2017/07/sistematica-de-
dinosauria.html. (acesso em 12.12.2018).
Oriente os alunos a pesquisarem a visão mais antiga de evolução dos hominídeos e a visão
atualmente aceita com base na árvore filogenética, para comparação e compreensão do processo de
produção científica.
Sugerimos que, após os estudos realizados, seja apresentado um desafio ao(a)s estudantes.
Dessa forma, espera-se possibilitar que possam sistematizar e, se possível, aplicar os conhecimentos
adquiridos no processo. Esse tipo de atividade permite também o desenvolvimento da autonomia e
protagonismo do(a)s estudantes, além de contribuir com as competências gerais da BNCC prescritas
no quadro de conteúdos/temas apresentados a(o)s estudantes no início desse bimestre. Nesse
sentido, propomos o desenvolvimento da atividade descrita a seguir.
Para a realização dessa atividade, recomendamos que o(a)s estudantes sejam organizados
em grupos de, no máximo, cinco componentes, e que sejam feitos os combinados de participação
ativa de todo(a)s. A proposta é que possam verificar os conhecimentos adquiridos.
Avaliação em processo…
A avaliação, conforme mencionado, deve ser feita em todos os momentos. Como sugestão,
o(a) professor(a) pode avaliar a participação e o envolvimento do(a)s estudantes nas atividades (com
perguntas e comentários) ou, mais especificamente, o desempenho nas questões inspiradas em
processos seletivos de universidades, por exemplo. Contudo, o olhar deve ser de verificação das
aprendizagens para reorganização dos rumos, seja em atividades de recuperação, seja para dar
prosseguimento em continuidade.
Sugerimos também que, durante todo o processo de realização das atividades, sejam feitas
avaliações, inclusive autoavaliação, de modo que os estudantes possam ir percebendo o que estão
aprendendo e como. Ao final de cada atividade, voltar ao quadro das expectativas e verificar o
quanto avançaram. Lembre-se que cabe a(o) professor(a) sempre apoiar, se colocar à disposição,
Recuperação
A recuperação em sala de aula necessita acontecer assim que o professor perceber e
constatar a dificuldade do(a) estudante, visto que nem todos(as) aprendem da mesma maneira e ao
mesmo tempo. Deve ser oferecida ao longo do processo ensino e aprendizagem, revendo as práticas
que foram oferecidas para adequá-las. Professor (a), se não sanar logo as dificuldades que o(a)s
estudantes apontam, elas se somam, acumulam e geram novas dificuldades, danos na aprendizagem
que poderão ser irreparáveis. As práticas de recuperação estão atreladas, diretamente, a avaliação,
pois é através desta ferramenta “avaliação” que se têm a estimativa da concepção da aprendizagem
do(a) estudante.
Professor(a), orientamos, portanto, que, quando for diagnosticado que alguns estudantes
apresentam dificuldades, você prime por retomar as habilidades, utilizando novas estratégias,
iniciando ou intensificando as que já foram utilizadas. O processo de recuperação poderá ser
realizado por meio de atendimento individual, em duplas, utilização de monitores, solicitação de
tarefas, agrupamentos produtivos, entre outros procedimentos pedagógicos que julgar pertinentes.
Profissões envolvidas
MOVIMENTOS – GRANDEZAS, VARIAÇÕES E • Identificar movimentos que se realizam no dia 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos
CONSERVAÇÕES a dia e as grandezas relevantes que os historicamente construídos sobre o mundo físico,
caracterizam. social, cultural e digital para entender e explicar a
realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
• Reconhecer características comuns aos
construção de uma sociedade justa, democrática e
movimentos e sistematizá-las segundo
inclusiva.
Identificação, caracterização e estimativa de trajetórias, variações de velocidade e outras
grandezas do movimento variáveis. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à
abordagem própria das ciências, incluindo a
• Observação de movimentos do cotidiano – • Fazer estimativas, realizar ou interpretar
investigação, a reflexão, a análise crítica, a
distância percorrida, tempo, velocidade, massa medidas e escolher procedimentos para
imaginação e a criatividade, para investigar causas,
etc. caracterizar deslocamentos, tempos de
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
percurso e variações de velocidade em
• Sistematização dos movimentos segundo problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
situações reais.
trajetórias, variações de velocidade etc. com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
• Identificar diferentes formas de representar
• Estimativas e procedimentos de medida de 3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou
movimentos, como trajetórias, gráficos, funções
tempo, percurso, velocidade média etc. visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,
etc.
visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
• Reconhecer causas da variação de das linguagens artística, matemática e científica, para
movimentos associadas a forças e ao tempo de se expressar e partilhar informações, experiências,
duração das interações. ideias e sentimentos em diferentes contextos e
• Modificação nos movimentos decorrentes de • Reconhecer a conservação da quantidade de 4. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
interações ao se dar partida a um veículo. movimento, a partir da observação, análise e informação e comunicação de forma crítica,
experimentação de situações concretas, como significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
• Variação de movimentos relacionada à força
quedas, colisões, jogos ou movimentos de sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
aplicada e ao tempo de aplicação, a exemplo de
automóveis. acessar e disseminar informações, produzir
freios e dispositivos de segurança.
conhecimentos, resolver problemas e exercer
• Comparar modelos explicativos das variações
• Conservação da quantidade de movimento protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
no movimento pelas leis de Newton.
em situações cotidianas.
5. Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
• Reconhecer que tanto as leis de conservação
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
das quantidades de movimento como as leis de
determinação, tomando decisões com base em
Newton determinam valores e características
princípios éticos, democráticos, inclusivos,
dos movimentos em sistemas físicos.
Leis de Newton sustentáveis e solidários.
o
Física do Futebol. Autores: Emico Okuno e Marcos Duarte. Editora: Oficina de
Textos
●
Física 1: Mecânica – GREF (Grupo de Reelaboração de Ensino de Física da
Universidade de São Paulo) Editora: Edusp
●
Um Olhar para os Movimentos - Física Um Outro Lado. Autores: Aníbal Figueiredo e
Maurício Pietrocola. Editora FTD
●
Por Que as Coisas Caem? Autor: Alexandre Cherman e Bruno Rainho Mendonça.
Editora: Zahar
●
Física Conceitual. Autor: Paul G. Hewitt. Editora: Bookman
●
Origens e Evolução das Ideias da Física. Autor: José Fernando Rocha (Org.). Editora:
EDUFBA
●
Aprendizagem e o Ensino de Ciências: Do Conhecimento Cotidiano ao
Conhecimento Científico. Autores: Juan Ignacio Pozo & Miguel Ángel Gómez
Crespo. Editora Artmed
●
Necessária Renovação do Ensino das Ciências. Autores: Anna Maria Pessoa De
Carvalho, Antonio Cachapuz e Daniel Gil-Perez. Cortez Editora
●
Ensino de Ciências: Fundamentos e Métodos. Autores: Demétrio Delizoicov, José
André Angotti e Marta Maria Pernambuco. Cortez Editora
●
Ensino de Física - Coleção Ideias em Ação. Autores: Anna Maria Pessoa de Carvalho,
Elio Carlos Ricardo, Lúcia Helena Sasseron, Maria Lúcia Vital dos Santos Abib e
Maurício Pietrocola. Editora: Cengage Learning
CALOR, AMBIENTE E USOS • Identificar fenômenos, fontes e sistemas que envolvem calor para a 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos
DE ENERGIA escolha de materiais apropriados a diferentes usos e situações. historicamente construídos sobre o mundo
• Identificar e caracterizar a participação do calor nos processos naturais físico, social, cultural e digital para entender e
Calor, temperatura e ou tecnológicos. explicar a realidade, continuar aprendendo e
fontes • Reconhecer as propriedades térmicas dos materiais e sua influência nos colaborar para a construção de uma sociedade
• Fenômenos e sistemas processos de troca de calor. justa, democrática e inclusiva.
cotidianos que envolvem • Reconhecer o calor como energia em trânsito. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à
trocas de calor. • Estimar a ordem de grandeza de temperatura de elementos do abordagem própria das ciências, incluindo a
• Controle de temperatura cotidiano. investigação, a reflexão, a análise crítica, a
em sistemas e processos • Propor procedimentos em que sejam realizadas medidas de imaginação e a criatividade, para investigar
práticos. temperatura. causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
• Procedimentos e • Identificar e caracterizar o funcionamento dos diferentes termômetros. resolver problemas e criar soluções (inclusive
equipamentos para • Compreender e aplicar a situações reais o conceito de equilíbrio tecnológicas) com base nos conhecimentos das
medidas térmicas. térmico. diferentes áreas.
• Procedimentos para • Explicar as propriedades térmicas das substâncias, associando-as ao 3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou
medidas de trocas de conceito de temperatura e à sua escala absoluta, utilizando o modelo visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,
energia envolvendo calor e cinético das moléculas. visual, sonora e digital, bem como
trabalho. • Identificar as propriedades térmicas dos materiais nas diferentes conhecimentos das linguagens artística,
formas de controle da temperatura. matemática e científica, para se expressar e
Propriedades térmicas • Relacionar mudanças de estado da matéria em fenômenos naturais e partilhar informações, experiências, ideias e
• Dilatação, condução e em processos tecnológicos com as variações de energia térmica e de sentimentos em diferentes contextos e produzir
capacidade térmica; calor temperatura. sentidos que levem ao entendimento mútuo.
o
Clima e Aquecimento:
✓
Simulador - Cuidado com o granizo:
http://curriculomais.educacao.sp.gov.br/cuidado-com-o-granizo
EQUIPAMENTOS • Identificar a presença da eletricidade no dia a dia, tanto em 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente
ELÉTRICOS equipamentos elétricos como em outras atividades. construídos sobre o mundo físico, social, cultural e
digital para entender e explicar a realidade, continuar
• Classificar equipamentos elétricos do cotidiano segundo a sua
aprendendo e colaborar para a construção de uma
função.
Circuitos elétricos sociedade justa, democrática e inclusiva.
• Caracterizar os aparelhos elétricos a partir das especificações dos
• Aparelhos e 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à
fabricantes sobre suas características (voltagem, potência,
dispositivos domésticos abordagem própria das ciências, incluindo a
frequência etc.), reconhecendo os símbolos relacionados a cada
e suas especificações investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e
grandeza.
elétricas, como a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar
potência e tensão de • Relacionar informações fornecidas pelos fabricantes de aparelhos hipóteses, formular e resolver problemas e criar
operação. elétricos a propriedades e modelos físicos para explicar seu soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
funcionamento. conhecimentos das diferentes áreas.
• Modelo clássico de
propagação de corrente • Identificar e caracterizar os principais elementos de um circuito 3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-
em sistemas resistivos. elétrico simples. motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens
• Avaliação do consumo • Relacionar as grandezas mensuráveis dos circuitos elétricos com o
artística, matemática e científica, para se expressar e
elétrico residencial e em modelo microscópico da eletricidade no interior da matéria.
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos
outras instalações;
• Compreender o choque elétrico como resultado da passagem da em diferentes contextos e produzir sentidos que levem
medidas de economia.
corrente elétrica pelo corpo humano, avaliando efeitos, perigos e ao entendimento mútuo.
o
Guia Mangá de Eletricidade. Autor: Kazuhiro Fujitaki. Editora: Novatec
o
Para Gostar de Ler a História da Física. Autor: Robson Fernandes de Farias e José
Maria Filardo Bassalo. Editora: Átomo & Alínea
o
Mundo Nanométrico: A Dimensão do Novo Século. Autor: Henrique E. Toma.
Editora: Oficina de Textos
o
Física do Dia a Dia 1 - 105 Perguntas e Respostas Sobre Física Fora da Sala de
Aula. Autora: Regina Pinto de Carvalho. Editora: Gutenberg
o
Física do Dia a Dia 2 - Mais 104 Perguntas e Respostas Sobre Física Fora da Sala
de Aula... E Uma na Sala de Aula! Autora: Regina Pinto de Carvalho. Editora:
Gutenberg
o
Física Conceitual. Autor: Paul G. Hewitt. Editora: Bookman
o
Antes de finalizar, é fundamental tratar da avaliação e da recuperação da
aprendizagem. Ponderando que uma atividade, associada a determinado conteúdo, pode
propiciar o desenvolvimento uma ou várias habilidades, assim como uma habilidade pode
ser desenvolvida por meio de diferentes atividades, retomamos as considerações realizadas
anteriormente sobre a necessidade de diversificação de instrumentos na composição de um
processo avaliativo e de recuperação que aconteça ao longo de todo o bimestre e que
tenham caráter reflexivo e não punitivo, isto é, que conduzam à reorientação da
●
Física 3: Eletromagnetismo – GREF (Grupo de Reelaboração de Ensino de Física da
Universidade de São Paulo) Editora: Edusp
●
Tudo é Relativo e Outras Fábulas da Ciência e Tecnologia. Autor: Tony Rothman.
Editora Bertrand
●
Física Conceitual. Autor: Paul G. Hewitt. Editora: Bookman
●
Origens e Evolução das Ideias da Física. Autor: José Fernando Rocha (Org.). Editora:
EDUFBA
●
Aprendizagem e o Ensino de Ciências: Do Conhecimento Cotidiano ao
Conhecimento Científico. Autores: Juan Ignacio Pozo & Miguel Ángel Gómez
Crespo. Editora Artmed
Desta forma, é necessário que a escola utilize recursos didáticos que priorizem a
alfabetização científico-tecnológica, como uma condição da educação integral e inclusiva,
que acolha as diversidades e que seja comprometida com o projeto de vida dos alunos, com
vistas ao exercício pleno da cidadania. Estes recursos didáticos precisam promover e
fortalecer a participação dos alunos como corresponsáveis pela sua aprendizagem. As
temáticas devem responder aos desafios que os alunos vivem, de forma significativa e
contextualizada, para ampliar a consciência socioemocional, a comunicação, a disseminação
de ideias e informações e, principalmente, promover nos educandos a produção de
conhecimentos, a autoria.
Em linhas gerais, o ensino investigativo, toma como ponto de partida uma situação-
problema que irá instigar a curiosidade dos alunos. Para tanto, deve-se sugerir a observação
de um fenômeno que necessita de uma explicação, dentro de um contexto da realidade e
que seja socialmente importante. É necessário também levantamento de conhecimentos
prévios (diagnóstico), elaboração de hipóteses iniciais sobre os fenômenos em estudo e
realização de pesquisas e/ou experimentos para coleta de dados. Estas hipóteses então,
poderão ser testadas de diversas maneiras e discutidas para a elaboração de conclusões.
Desta forma, gradativamente, os alunos assumem um processo ativo de aprendizagem, pois
serão responsáveis pela elaboração das hipóteses e dos procedimentos, pela análise e
reflexão, pela reelaboração das hipóteses, pela conclusão/resolução da situação-problema e
pela divulgação dos resultados. O professor poderá dividi-los em grupos para o
desenvolvimento das atividades e/ou projetos, para incentivo do trabalho coletivo. Cada
grupo poderá se dedicar em um dos aspectos sugeridos, que serão definidos conjuntamente,
entre o professor e os alunos.
Bom trabalho!
•Separação de
substâncias por • Avaliar e escolher métodos de
filtração, flotação, separação de substâncias (filtração,
destilação, destilação, decantação etc.) com base
sublimação, nas propriedades dos materiais
recristalização
•Métodos de
separação no sistema
produtivo
B - Estratégias:
A partir da apresentação do esquema do processo de obtenção do etanol, o
professor poderá apresentar os temas/conteúdos a serem desenvolvidos e as situações-
problema, com o intuito de explorar os conhecimentos prévios dos alunos, dando início ao
processo investigativo.
Situação-problema:
1. Qual é a matéria-prima utilizada para a produção de etanol?
2. Qual a importância da produção de etanol para o Brasil?
3. O Brasil é um bom produtor de etanol? Por quê?
4. Quais vantagens o Brasil tem em relação aos outros países sobre o custo de produção
de etanol?
Observação: Nesse momento, é importante que os alunos iniciem o registro das hipóteses.
Vídeos:
1. Etanol Sem Fronteira - episódio 1. De onde vem o etanol? Como é o plantio da
cana? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=-
WDYCDTHhI&list=PL6EA9B4FD5C83A0B9&index=1. Acesso em: 13 nov.2018.
2. Etanol Sem Fronteira - episódio 2. O que muda com a tecnologia no campo?
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=7EJ_TE5ER2U&list=PL6EA9B4FD5C83A0B9&in
dex=2
Acesso em: 13 nov. 2018.
A - Orientações:
Na terceira etapa, o professor poderá abordar o processo de fermentação alcoólica
do mosto: a enzima (invertase), encontrada nas leveduras (Saccharomyces cerevisiae), que
são adicionadas ao mosto, converte a sacarose (C12H22O11) em glicose (C6H12O6) e em frutose
(C6H12O6), que por meio da ação da outra enzima (zimase), também presente na levedura,
são transformadas em etanol (C2H5OH) e gás carbônico (CO2), com a liberação de energia
térmica. Essas transformações são representadas pelas seguintes equações:
B - Estratégias:
Nessa etapa, o professor poderá apresentar os temas/conteúdos envolvidos, bem
como, as seguintes situações-problema:
1. O que é fermentação?
2. O que é necessário para que aconteça uma fermentação?
3. É possível produzir etanol utilizando diferentes matérias-primas?
C - Habilidades envolvidas:
Ao final da terceira etapa, espera-se que os alunos, por meio do processo de
fermentação alcoólica, identifiquem a ocorrência das transformações químicas a partir das
evidências macroscópicas (formação de gás carbônico, mudanças de temperatura etc.) e
conheçam os aspectos gerais (matérias-primas envolvidas, produtos obtidos), para a
compreensão de todo o processo. Espera-se ainda que os alunos verifiquem e classifiquem
essas transformações como endotérmicas e exotérmicas, revertíveis ou irrevertíveis, bem
como, reconheçam a importância da utilização desse processo no dia a dia e no sistema
produtivo.
Etapa 4 - Destilação
A - Orientações:
Na quarta etapa da destilação, o professor poderá trabalhar os processos de
separação de substâncias contemplando os métodos utilizados na produção de etanol. Tais
como, observar o processo de ventilação usado para a separação da palha da cana-de-açúcar
na colheita; a separação magnética ocorrida após a lavagem da cana com o objetivo de
retirar os materiais ferrosos e componentes metálicos; a peneiração do caldo para retirar as
impurezas; a decantação do caldo com a formação do lodo; a destilação do vinho
fermentado para aumentar o teor alcoólico para 96%. Outros processos que envolvem o dia
B - Estratégias:
Para o desenvolvimento da etapa quatro, o professor poderá começar a aula com a
apresentação do tema e da situação-problema proposta.
Situação-problema:
1. Como é possível obter etanol 96°GL (4% de água e 96% de etanol)?
2. Como é possível obter etanol puro (100%)?
É importante que o professor faça a retomada de conceitos como os processos de
separação de misturas que os alunos conhecem e que fazem parte do seu dia-a-dia. Os
alunos poderão registrar suas hipóteses e observações.
Depois, o professor poderá rever o processo de produção de etanol, com o apoio de
alguns vídeos e textos já trabalhados nas etapas anteriores, a fim de que os alunos
verifiquem os métodos de separação, aplicados durante a produção.
Para um aprofundamento e maior compreensão do processo de destilação,
recomenda-se a leitura do texto de Liebmann (1956), disponível no quadro 2, que traz uma
abordagem histórica do processo de destilação, a partir da evolução de montagens e
utensílios. Nesse texto, há também a sugestão de uma atividade prática para os alunos
construírem o seu próprio destilador, utilizando materiais do seu cotidiano. É fundamental
que os alunos registrem as suas observações e considerações.
Texto: Química Nova Escola. Destilação: uma sequência didática baseada na História da
Ciência. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc40_2/06-RSA-23-17.pdf.
Acesso em: 13 nov.2018.
Para complementar o estudo, o professor poderá solicitar uma pesquisa aos alunos
sobre a obtenção de etanol puro (100%) e outra sobre a produção de açúcar com o intuito
de reconhecerem os processos de separação envolvidos.
C - Habilidades envolvidas:
Espera-se que, ao final dessa etapa, os alunos reconheçam e compreendam os
métodos de separação de substâncias (filtração, catação, decantação, destilação,
cristalização, etc.) utilizados no seu dia a dia e no sistema produtivo. É importante ainda que
os alunos avaliem e escolham métodos de separação de substâncias, por meio das
propriedades dos materiais.
B - Estratégias:
O professor poderá começar a aula com a apresentação das situações-problema de
forma dialogada, levando em consideração o conhecimento do aluno sobre o tema
“Produção do Etanol - Qualidade”. É importante que os alunos registrem suas hipóteses e
façam suas anotações durante todo o processo.
C - Habilidades envolvidas
Espera-se que os alunos compreendam como determinar a qualidade do etanol, por
meio da utilização de densímetros; compreendam também o cálculo das densidades,
estimem e interpretem dados de gráficos e tabelas que envolvem as propriedades de
solubilidade, densidade, temperatura de fusão e de ebulição, com o intuito de identificar e
diferenciar substâncias.
Saiba Mais: Seria interessante que o professor ampliasse alguns temas, como por
exemplo, o Etanol de segunda geração. Sugere-se, portanto, o vídeo abaixo para inserir o
assunto com os alunos, podendo promover uma atividade de aprofundamento. O vídeo
trata do seguinte: Como será o etanol do futuro? Ele apresenta o processo do etanol de
segunda geração no laboratório do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), que
aproveita o bagaço da cana-de-açúcar, garantindo maior produtividade, eficiência e
sustentabilidade no ciclo de produção do biocombustível.
Vídeo: Etanol Sem Fronteira - episódio 5. Como é o etanol do futuro? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=FXLgQP0Txp4&index=5&list=PL6EA9B4FD5C83A0B9
Acesso em: 13 nov.2018.
Importante: Na atividade, para apresentar cada uma das 9 etapas do tratamento de água,
sugere-se que o professor promova o desenvolvimento dos temas apontados, nos momentos
adequados, para potencializar, contextualizar e exemplificar ao mesmo tempo os
conhecimentos postos em pauta. Ou seja, em cada uma das 9 etapas, o professor poderá
Etapa 1 - Captação: a água é bombeada das represas e passa por uma grade para reter
resíduos grandes.
A - Orientações:
Nesta etapa da captação de água, o professor poderá explorar os conhecimentos
prévios sobre a água de uma maneira geral, adquiridos anteriormente nos estudos e do
senso comum dos alunos. Sabemos que a água é um tema amplo e abrangente, abordado
por várias áreas do conhecimento e sob vários aspectos. Poderá relembrar sobre o ciclo da
água, discutir qual água pode ser consumida e porquê, quais os critérios de potabilidade,
além de discutir qual a importância da água para o ser humano, para a vida de um modo
geral e para o planeta. Esse diagnóstico com os alunos será fundamental para detectar o
aprofundamento que será necessário na abordagem inicial do tema.
B - Estratégias:
Inicialmente o professor poderá apresentar o esquema das etapas do tratamento de
água e realizar uma das duas propostas para diagnosticar os conhecimentos prévios dos
alunos:
1. Um Brainstorm sobre quais informações os alunos já possuem sobre este tema,
podendo o professor introduzir algumas ideias iniciais à medida que os alunos façam
uma referência sobre os conceitos.
2. Ou então, para a apresentação das próximas etapas, o professor poderá utilizar o
vídeo a seguir para introduzir os procedimentos do tratamento de água. O vídeo
funcionará como um disparador de ideias e promoverá uma reflexão sobre o
consumo e uso consciente da água. Após o vídeo o professor poderá verificar
Utilizando qualquer uma dessas duas sugestões acima, o professor poderá auxiliar os
alunos na elaboração das hipóteses que nortearão a resolução da situação-problema
escolhida.
Etapa 2 - Coagulação: nesta etapa, haverá a adição de cal hidratada (hidróxido de cálcio) e
sulfato de alumínio. O objetivo é aglomerar partículas presentes na água, para aumentar o
peso e o volume, permitindo que se depositem no fundo do recipiente, facilitando a
separação da água.
A - Orientações:
Os temas que poderão ser trabalhados nas etapas 2, 3, 4 e 5, além de serem
importantes para vários itens da Química, são também para a compreensão dos
procedimentos do tratamento de água. O professor poderá aproveitar estas etapas para
demonstrar na teoria e na prática como estes conceitos aparecem. Para tanto, será
necessário propor aos alunos que iniciem suas atividades investigativas para a resolução da
situação-problema.
Nestas atividades investigativas os alunos precisarão compreender o porquê
adiciona-se o hidróxido de cálcio e o sulfato de alumínio nas devidas proporções
estequiométricas, para ocorrer a floculação, possibilitando a retenção das partículas de
sujeira, separando-as da água, por ação da gravidade (decantação). A filtração completa o
processo de separação, pois retém no cascalho/areia/antracito algumas partículas menores
que porventura ainda permaneçam na água e que não decantam. Será também uma
oportunidade de rever os conceitos de métodos de separação de substâncias estudadas no
1º bimestre da 1ª série em Química.
Neste momento da atividade, o professor poderá aprofundar as características e
propriedades da água, como solvente universal, falar sobre a diluição de soluto em solvente
e como calcular suas concentrações. Há a necessidade de fazê-los compreender que a
qualidade da água está diretamente ligada à quantidade de oxigênio dissolvido na água -
DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio). Isto torna-se extremamente útil para aplicar na
prática do tratamento de água.
B - Estratégias:
A partir deste ponto, o professor poderá desenvolver uma das seguintes estratégias:
1 - Em cada etapa, aproveitar a oportunidade para explicar os cálculos que serão
necessários para compreender essas etapas do Tratamento de Água (aula expositiva) e
propor atividades investigativas paralelas.
2 - Ou então, poderá definir com os alunos o que caberá a cada grupo trabalhar ou
qual projeto desenvolver, desde que estejam diretamente ligados ao tema central e
complementem os temas/conteúdos que serão estudados no 1º bimestre. Neste caso,
distribuir uma etapa do tratamento de água para cada grupo de alunos e solicitar a
apresentação.
3 - Ou ainda, se o professor preferir, poderá sugerir temas a serem distribuídos entre
os grupos de alunos e trabalhados paralelamente, tais como:
● Experimento de tratamento de água;
● Como é o sistema de abastecimento de água da escola (qual represa, distribuidora,
etc.);
● Projeto de construção de sistema de reutilização da água de chuva na escola;
● Rios e córregos da região da escola;
● Consumo sustentável de água na escola;
● etc.
Para o início das atividades investigativas dos grupos, o professor poderá sugerir que
eles realizem pesquisas prévias, utilizando ferramentas de busca da internet, livros e/ou
revistas científicas que tratem sobre o tema e da situação-problema em questão ou dos
temas correlatos, a fim de buscar respostas que indiquem soluções ou estratégias que
A - Orientações:
Para desenvolver a Etapa 6, o professor poderá trabalhar o tema em parceria com o
professor de Biologia para aprofundamento dos conhecimentos quanto aos agravantes da
presença de microrganismos patogênicos na água e seus padrões apropriados para o
consumo humano.
Os indicadores de contaminação fecal pertencem a um grupo de bactérias
denominadas coliformes, como por exemplo a Escherichia coli. O Ministério da Saúde
estabelece que sejam determinadas a presença de coliformes totais e termotolerantes na
água, para verificação de sua potabilidade. A contagem padrão de bactérias é muito
importante durante o processo de tratamento da água, visto que permite avaliar a eficiência
das várias etapas do tratamento.
A - Orientações:
Nas etapas 7 e 8, o professor poderá desenvolver temas referentes às características
da água potável com relação à importância da presença do flúor em proporções adequadas
para auxiliar na saúde bucal e também com relação ao pH mais adequado para o consumo e
que favoreça a saúde.
A presença de flúor na água é um assunto que já foi trabalhado na 1ª série do Ensino
Médio em Biologia, principalmente no 3º e 4º bimestres. Portanto, será importante
utilizar/relembrar esses conhecimentos adquiridos, neste momento da atividade e fazer um
paralelo com a disciplina de Química.
Acidez e basicidade das soluções e pH são temas que serão abordados na 3ª série
com maior profundidade, porém, já foram vistos em outros momentos, no decorrer do
Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio, de forma superficial, na introdução de
temas que envolvem estas substâncias. O professor poderá falar do teste de pH comentando
sobre o valor adequado para consumo humano.
Prática:
O professor também poderá sugerir a seguinte prática: solicitar aos alunos que
recolham amostras de água de diversos pontos da escola para verificar os valores de pH das
amostras, por meio do papel de tornassol e/ou do papel indicador universal de pH.
A - Orientações:
Depois de tratada, a água é armazenada em reservatórios de distribuição em
reservatórios de bairros, estrategicamente localizados, seguindo por tubulações maiores
(adutoras) que entram nas redes até chegar ao consumidor. Estas etapas podem apresentar
oportunidades de ensino de vários conceitos, fomentando uma parceria entre o professor de
Química e o professor de Física, com o intuito de trabalhar com os alunos alguns temas
como, por exemplo, colunas de pressão, ação da gravidade, princípios de hidrostática, etc.
Além disso, na etapa 9, o professor poderá colocar em pauta assuntos que envolvam
os direitos e deveres do cidadão com relação à conscientização do uso racional e sustentável
da água, incentivar hábitos de reuso da água e economia de água de uma maneira geral. O
B - Estratégias:
Para trabalhar a reserva e distribuição de água, salientamos a parceria dos
professores de Química e Física. Nessa parceria, os professores poderão sugerir aos alunos
que façam pesquisas utilizando as informações de empresas de saneamento básico, como a
Sabesp, por exemplo, que auxiliarão na compreensão da distribuição de água de uma
determinada localidade.
Além disso, na etapa 9, o professor poderá sugerir aos alunos a realização de debates
voltados para temas de cidadania, baseados na realidade de sua região ou até mesmo do
mundo, com relação à qualidade da água fornecida, valores, deveres e direitos do cidadão e
práticas de incentivo à conscientização do uso racional e sustentável da água.
Poderá solicitar aos alunos o desenvolvimento de projetos que tenham como
objetivo principal o incentivo de criar bons hábitos e estratégias para o reuso da água, para a
captação da água da chuva e para a economia de água de uma maneira geral: nas
residências, nas escolas, no comércio, etc. Estes projetos e suas estratégias poderão ser
divulgadas por meio de banners, cartazes, maquetes, nas mídias, etc., e até mesmo serem
implementadas nas escolas ou para demonstrações em Feiras de Ciências.
Finalizando a sequência de etapas do tratamento de água, o professor poderá utilizar
inúmeros recursos para realizar o fechamento das ideias gerais, para compreensão de todos
os temas envolvidos no 1º bimestre.
Os professores poderão verificar os vídeos 1 e 2 abaixo, que contém práticas de
tratamento de água no laboratório, e observar a viabilidade de reproduzi-las na escola, para
os alunos.
Vídeo 2: Nova Escola. Exemplo de aula prática de tratamento de água. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=_iLJQhxp2HY. Acesso em: 13 nov.2018.
O professor também poderá utilizar o vídeo 3 indicado abaixo para apresentar todas
as etapas do tratamento de água numa Estação de Tratamento de Água - ETA.
Plano de Aula: Nova Escola. Química - Conteúdo: Misturas e soluções; Processo físico e
químico na análise de reações químicas. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/5449/agua-poluida-e-um-portfolio-periodico. Acesso
em: 13 nov.2018.
A - Orientações
Para o contemplar este tema, sugere-se uma atividade que permeie todos os
conceitos que fundamentam o ar atmosférico e suas particularidades. Além disso, poderá
ser trabalhada a composição do ar e os gases poluentes que possivelmente estejam
presentes (vide o item Saiba Mais*). Será determinante compreender a importância do
processo de destilação fracionada do ar atmosférico para obtenção de matéria-prima para
uso industrial. O professor poderá introduzir essa temática com algumas situações-problema
para verificar os conhecimentos prévios dos alunos e instigá-los para a elaboração de
hipóteses.
B - Estratégias:
O professor poderá iniciar a atividade partindo-se dos questionamentos abaixo e
inserir conceitos/ideias que nortearão o trabalho dos alunos, para o levantamento de
hipóteses e no direcionamento de pesquisas.
Situações-problema:
1. Como é o ar que respiramos?
2. Como o ar atmosférico pode ser utilizado, além da respiração dos seres vivos?
3. Como o ar pode ser usado na indústria?
Texto 2: Química Nova Escola. Ensino por Temas: A qualidade do ar auxiliando na construção
de significados em Química. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_1/08-
RSA-63-13.pdf. Acesso em: 13 nov.2018.
Após a leitura dos textos, para dar continuidade ao estudo do ar atmosférico como
fonte de matéria-prima, o professor poderá solicitar aos alunos que pesquisem sobre a
composição do ar (oxigênio, nitrogênio e gases nobres), as características desses
componentes e os fatores que influenciam em seu comportamento. É importante observar
as temperaturas de ebulição e liquefação dos gases, visto que será fundamental para a
compreensão do processo de destilação fracionada.
Feito isso, poderá ser sugerida a pesquisa sobre a utilização e aplicação dos gases que
compõem o ar atmosférico, enfatizando o uso industrial de cada um deles. Neste momento
é importante enfatizar que os gases são utilizados separadamente na indústria.
Poderá ser solicitado aos alunos que registrem as informações e os dados da
pesquisa e sistematizá-los em uma tabela.
Na sequência, o professor poderá apresentar o vídeo abaixo, que trata do
funcionamento de uma coluna de destilação.
C - Habilidades envolvidas:
Ao final do desenvolvimento do tema “Ar atmosférico como fonte de matéria-prima”
espera-se que os alunos reconheçam que o ar atmosférico é composto por uma mistura de
gases, que podem ser utilizados como matéria-prima para uso industrial. Compreender que
A - Orientações
O estudo do equilíbrio químico requer a identificação de algumas reações químicas
consideradas incompletas e que existem fatores que influenciam neste fenômeno. Para o
desenvolvimento deste tema, sugere-se que o professor inicie a atividade com o estudo de
bebidas gaseificadas (refrigerantes, por exemplo), como modo de contextualizar a aplicação
dos conceitos, para que os alunos compreendam o processo de gaseificação e as
transformações químicas envolvidas.
B - Estratégias
Situações-problema:
1. Por que o refrigerante gelado tem mais gás que o refrigerante em temperatura
ambiente?
2. Por que o refrigerante dá sensação de estufamento no estômago?
3. Por que quem tem gastrite não pode tomar refrigerante?
Para esta atividade, sugere-se que o professor inicie um debate com os alunos,
verificando os conhecimentos prévios sobre a fabricação dos refrigerantes, o histórico
industrial, o impacto na saúde e na economia. O objetivo é fazer com que os alunos
C - Habilidades envolvidas:
Ao término dessas atividades, espera-se que os alunos reconheçam transformações
químicas incompletas, compreendam quando atingem o estado chamado de equilíbrio
químico e identifiquem quais são os fatores que influenciam diretamente no equilíbrio
químico das reações.
A - Orientações
No tema da rapidez das transformações químicas, o professor poderá explorar várias
reações químicas, observar a variação da velocidade e os fatores que podem influenciar
nesse processo.
Para trabalhar esse assunto, a proposta das atividades visa proporcionar a
compreensão deste fenômeno, bem como observar como ele está presente no nosso
cotidiano, com exemplos próximos da nossa vida, mesmo que não percebamos.
Para isso, será proposto que o professor utilize diversas ferramentas pedagógicas
para apresentar os conceitos envolvidos no tema e, paralelamente, exemplos que
contextualizem as atividades, como a conservação de alimentos para facilitar a compreensão
dos alunos.
Sugere-se algumas situações-problema para que os alunos investiguem o tema e
elaborem hipóteses e conclusões.
B - Estratégias
Situações-problema:
1- O que acontece ao adicionarmos água oxigenada em um machucado?
2 - Por que precisamos da geladeira?
3- Por que precisamos guardar alguns alimentos na geladeira?
4- Por que carnes salgadas não necessitam de refrigeração?
Texto: Química Nova na Escola. A História sob o Olhar da Química: As Especiarias e sua
Importância na Alimentação Humana. Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_2/05-HQ-5609.pdf Acesso em: 13 nov.2018.
Objeto Digital interativo: Cinética Química. Editora Ática e Scipione. Disponível em:
http://sites.aticascipione.com.br/planetaquimica/simuladores/cinetica_quimica/cinetica_qu
imica.htm Acesso em: 13 nov.2018.
C - Habilidades envolvidas:
Ao final desta atividade, espera-se que os alunos compreendam que as
transformações químicas podem ter sua velocidade alterada, ou seja, acelerada ou
retardada. Para que isso ocorra, existem alguns fatores que influenciam nesse fenômeno. O
aluno deverá ser capaz de explicar como esses fatores agem nas transformações.
Além disso, o aluno poderá compreender a aplicação de conceitos químicos no
âmbito industrial tornando o estudo da Química contextualizado e com vistas ao mundo do
trabalho.
Referências Bibliográficas:
1. ANDRADE, M.F.D; SILVA, F.C. Destilação: uma sequência didática baseada na História
da Ciência. Química Nova na Escola. Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc40_2/06-RSA-23-17.pdf. Acesso em: 13 nov.
2018.
2. Base Nacional Comum Curricular - Educação é a base. 2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-
content/uploads/2018/12/BNCC_14dez2018_site.pdf. Acesso em: 13 nov.2018.
3. CARVALHO, Anna M. P. (org). Ensino de Ciências - Unindo a Pesquisa e a Prática. Ed.
Thomson, 2004. Cap. 2, pg 19. Disponível em:
https://books.google.com.br/books?hl=pt-
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%20por%20investiga%C3%A7%C3%A3o&f=false. Acesso em: 13 nov.2018.
4. Cetesb. Histórico da medição da qualidade do ar em São Paulo. Disponível em:
https://cetesb.sp.gov.br/ar/. Acesso em: 20 nov.2018.
5. Currículo do Estado de São Paulo. Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Ensino
Fundamental - Ciclo II e Ensino Médio - Química. 2008. Disponível em: