Jogos Didaticos
Jogos Didaticos
Jogos Didaticos
Resumo: O jogo didático se caracteriza como uma importante alternativa para auxiliar nos processos
de construção do conhecimento. Assim, o estudo desenvolvido teve por objetivos elaborar,
confeccionar e avaliar a utilização de um jogo, visando favorecer na aprendizagem do conteúdo sobre
animais vertebrados. O jogo foi desenvolvido no âmbito das atividades do Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), com
base na literatura concernente aos jogos educativos e nos conteúdos específicos de Ciências, e foi
aplicado a vinte alunos do 7º. anoª do ensino fundamental de uma escola pública estadual do
município de Ivinhema (MS). Em seguida, aplicou-se um questionário do tipo misto, a fim de
identificar a percepção dos alunos sobre o ensino com jogos didáticos e sobre quais seriam as
principais dificuldades para aprender Ciências. Os resultados mostraram que os participantes
aprovaram o jogo e que este contribuiu no processo de ensino aprendizagem.
Resumen: El juego didáctico se caracteriza como una importante alternativa para apoyar los procesos
de construcción del conocimiento. Así, el estudio desarrollado tuvo por objetivos elaborar,
confeccionar y evaluar la utilización de un juego, con el objetivo de favorecer en el aprendizaje del
contenido sobre animales vertebrados. El juego fue desarrollado en el ámbito de las actividades del
Programa Institucional de Beca de Iniciación a la Docencia de la Universidad Estadual de Mato
Grosso do Sul (PIBID/UEMS), basado en la literatura concerniente a los juegos educativos y en los
contenidos específicos de Ciencias, y fue aplicado a veinte estudiantes de la octavo año de la
enseñanza primaria de una escuela pública estadual del municipio de Ivinhema/MS. Luego, se aplicó
un cuestionario del tipo mixto, con el objetivo de identificar la percepción de los estudiantes sobre la
enseñanza con juegos didácticos y sobre cuáles serían las principales dificultades para aprender
Ciencias. Los resultados mostraron que los participantes aprobaron el juego y que éste aportó en el
proceso de enseñanza aprendizaje.
INTRODUÇÃO
Hoje o ensino não é mais como antigamente: professor falando e aluno anotando. É
preciso rever as formas de ensinar frente a uma nova geração que também não aprende mais
somente como as gerações passadas. Nesse sentido, a inovação é necessária e, para se renovar
o ensino de Ciências, necessita de uma renovação epistemológica dos professores. No entanto,
Revista Brasileira de Educação Básica | Vol. 2 | Número 5| Agosto – Outubro 2017| Página 1
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO BÁSICA – RBEB
Revista Brasileira de Educação Básica | Vol. 2 | Número 5| Agosto – Outubro 2017| Página 2
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO BÁSICA – RBEB
que são óbvias. Poucos alunos (0,3%) no Brasil têm o melhor desempenho em ciência, o que
pode significar que eles podem identificar, explicar e aplicar o conhecimento científico e o
conhecimento sobre a ciência em uma variedade de situações de vida complexas.
Apesar de sua grande importância em nossa cultura e do interesse pela ciência e
tecnologia de nossa população, o conhecimento científico que é apresentado nas escolas não
reflete nenhum dos aspectos da ciência como desenvolvimento humano, nem desperta a
curiosidade, muito ao contrário, a tradição do ensino científico obriga os alunos a memorizar
os conhecimentos já comprovados, que não são usados nem nas próprias classes dessa área
(CARVALHO, 2007, p. 27).
METODOLOGIA
Como se trata de um estudo na área da educação, desenvolvemos uma pesquisa de
cunho qualitativo e, para atingirmos nossos objetivos, desenvolvemos uma pesquisa de campo
que, como o próprio nome indica, tem a fonte de dados no próprio campo em que ocorrem os
fenômenos. No caso da pesquisa em educação, o campo são os espaços educativos. Assim,
realizamos este estudo em uma escola pública estadual do município de Ivinhema (MS). Vale
destacar que esta escola é parceira da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
de Ivinhema no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), do qual
também participamos como bolsista.
O jogo “Vertetrilha” foi desenvolvido no âmbito das atividades do Pibid da UEMS de
Ivinhema com o objetivo de trabalhar o conteúdo sobre o filo chordata e subfilo vertebrata.
Trata-se de uma trilha em tamanho grande em que os “peões/peças” são representantes das
cinco classes: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Os alunos são divididos em grupos
para classe e o objetivo do jogo é ser o primeiro que, partindo de uma casa de origem, chega
com seu peão à casa final. Para isso, é necessário responder de maneira correta às perguntas
sobre os vertebrados, devendo-se dar a volta inteira no tabuleiro e chegar antes dos
adversários.
A atividade foi desenvolvida com alunos do 7º ano do Ensino Fundamental durante
uma aula da disciplina de Ciências, cuja professora também é participante do Pibid. Em
seguida, aplicou-se um questionário misto (contendo questões abertas e fechadas) a fim de
identificarmos as impressões dos participantes sobre o jogo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Revista Brasileira de Educação Básica | Vol. 2 | Número 5| Agosto – Outubro 2017| Página 3
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO BÁSICA – RBEB
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Utilizar um jogo didático na aula de Ciências se mostrou uma experiência muito
promissora e demonstrou que pode ser possível a sua utilização para favorecer o processo de
ensino e aprendizagem. No entanto, sabemos que o jogo não pode ser usado para substituir as
aulas convencionais, mas para atuar como uma metodologia de apoio ao professor, pois sua
simples utilização não garante a aprendizagem dos conteúdos. Nesse caso, é preciso haver
uma preparação antecipada do professor, permitindo que os alunos entendam o verdadeiro
significado do jogo e não o vejam como um mero passatempo.
Revista Brasileira de Educação Básica | Vol. 2 | Número 5| Agosto – Outubro 2017| Página 4
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO BÁSICA – RBEB
REFERÊNCIAS
CACHAPUZ, A. et al. (Orgs.). Necessária renovação do ensino de ciências. São Paulo:
Cortez, 2005.
CAMPOS, L. M. L.; BORTOLOTO, T. M.; FELÍCIO, A. K. C. A produção de jogos
didáticos para o ensino de ciências e biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem.
Cadernos dos Núcleos de Ensino, São Paulo, p. 35-48, 2003. Disponível em:
<http://bit.ly/2qSOP0H>. Acesso em: 27 jul. 2017.
CARVALHO, A. M. P. Habilidades de professores para promover a enculturação científica.
Contexto & Educação, Ijuí, v. 22, n. 77, p. 25-49, jan./jun. 2007. Disponível em:
<http://bit.ly/2v3wjoX>. Acesso em: 27 jul. 2017.
CUNHA, N. H. S. Brinquedo, desafio e descoberta. Rio de Janeiro: FAE, 1988.
KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2008.
MARQUES, F. Gargalo na sala de aula. Revista Pesquisa Fapesp, São Paulo, n. 200, p. 32-
38, out. 2012. Disponível em: <http://bit.ly/2tNSwYU>. Acesso em: 27 jul. 2017.
Revista Brasileira de Educação Básica | Vol. 2 | Número 5| Agosto – Outubro 2017| Página 5