Pteridófitas
Pteridófitas
Pteridófitas
Divisões: TRADICIONAL/moderna
Rhyniophyta, Trimerophytophyta e Zosterophyllophyta (fósseis)
Pterydophyta extintas
1-Rhyniophyta: últimos representantes datados do Devoniano médio cerca de 380 milhões de anos atrás.
2-Trimerophytophyta: surgiram no devoniano inferior, há cerca de 395 milhões de anos e foram extintas 20 milhões de
anos depois de seu aparecimento.
3-Zosterophyllophyta: viveram entre o período Devoniano inferior e o superior, de 408 até 370 milhões de anos atrás.
Zosterophyllum
Essas plantas estão hoje incluídas em duas linhagens monofiléticas distintas: licófitas e monilófitas (Pryer et al. 2004).
As licófitas possuem 1.350 espécies, que se distinguem pela presença de micrófilo, e incluem as Lycopodiaceae,
Selaginellaceae e Isoetaceae (Moran & Riba 1995).
Já a linhagem das monilófitas inclui aproximadamente 11.500 espécies, que possuem megáfilos e uma vascularização
distinta com o protoxilema confinado a lobos do cordão do xilema (Pryer et al. 2004). Os táxons desta linhagem estão
agrupados nas classes:
Este último é o grupo das pteridófitas leptosporangiadas, o maior dentre as monilófitas atuais, com cerca de 11.000
espécies distribuídas em várias famílias e que compreende a maioria das plantas que são vulgarmente chamadas de
samambaias ou fetos e avencas(Smith et al. 2006).
Alternância de gerações:
Origem: acredita-se que tenha sido a 400 milhões de anos atrás, a partir de algas verdes ou de Anthoceros.
presença de vasos;
estruturas de suporte (raiz, caule e folhas);
Morfologia
Raiz
Geralmente são adventícias fasciculadas e se originam de uma célula tetrafacial. Apresentam crescimento primário. As
Psilotophyta não possuem raiz.
Caule
Pode ser herbáceo ou fibroso. Muitas vezes se apresenta sob forma de um rizoma rastejante, subterrâneo ou meio
subterrâneo, dorsiventral ou achatado.
Consta de um tecido parenquimático envolto por uma epiderme (com estômatos as vezes)
Os feixes são colaterais ou concêntricos; tubos crivados sem células anexas e xilema central com traqueídes
escalares, anulares e espiraladas.
Presença de esclerênquima.
O caule cresce por uma célula trifacial e limita-se ao crescimento primário.
O xilema e floema, bem como toda medula formam o estelo.
Tipos de estelo
1-Protostelo
É o mais primitivo, consiste em um feixe de tecido vascular no qual o floema circunda o xilema ou nele está difuso;
2-Sifonostelo
Caracteriza-se por apresentar uma medula central circundada por tecidos vasculares; o floema pode estar localizada
apenas na parte externa do cilindro de xilema; pode-se observar lacunas foliares.
É o tipo de estelo em que grandes lacunas foliares se arqueiam e secionam o sistema vascular em feixes, cada qual com o
respectivo floema envolvendo o xilema.
Folhas
Funções:
trofófilo (fotossíntese)
esporófilos (produzem esporos)
Microfilos
Megafilos
Micrófilos
São estruturas foliformes (ou filiformes) mais primitivas que os megáfilos. Possivelmente evoluíram de protuberâncias
laterais do caule. Inicialmente eram apêndices escamiformes ou espiniformes desprovidos de tecidos vasculares e
gradativamente, desenvolveram traços foliares que com a evolução, chegaram até o ápice.
Megáfilos
Acredita-se que evoluíram de um sistema de ramos com ramificação dicotômica, pela sobreposição e
achatamento das ramificações, seguindo-se da fusão dos ramos.
geralmente grandes;
presentes em caules que possuem sifonostelo;
traços foliares associados a lacunas foliares
possuem um sistema complexo de venação.
Esporos:
Os macrósporos são produzidos dentro de macroporângios (estes por sua vez produzidos pelo macrosporófilo);
Os micrósporos são produzidos dentro dos microsporângios (estes por sua vez produzidos sobre o microsporófito)
Obs. Macrosprófilo e microsporófilo podem estar reunidos em estróbilos.(lic.sel.cav.). Os esporos podem ser encontrados
reunidos em estróbilos ou sobre as folhas como em samambaias e avencas.
Desenvolvimento do esporângio
Os esporos são produzidos em pequenas cápsulas redondas=esporângio, encontrados nas folhas e desenvolvem-se
a partir de células epidérmicas=arquespórios.
O arquespório em cada esporângio fornece não só as células-mãe, mas também uma cada de células estéreis
denominadas TAPETO, o qual fica entre a parede do esporângio e a camada esporógena.(durante o processo as
células do tapeto são absorvidas pelo esporo em formação)
Taxonomia de pteridófitas
1-Psilotophyta/Psilotopsida/Psilotales/Psilotaceae
Plantas sem raízes, ancoram-se por um sistema de caules subterrâneo que produz gemas;
Caules eretos ou pêndulos, glabros, simples ou dicotomicamente ramificados;
Folhas em disposição espiraladas, em formato de escamas, espinhos até simples ou bifurcadas;
Esporângios 2-3 lóculos e lobados, grandes sésseis ou acima da base de esporófilos bifurcados;
Plantas homosporadas; esporos em formato de ervilha de coloração pálida
Gênero Psilotum
• Psilotum apresenta distribuição tropical e subtropical enquanto Tmesipteris é restrito ao sul do Pacifico.
• É o único entre as vasculares atuais que não apresentam raízes nem folhas;
• O esporófito (planta adulta) consiste em uma porção aérea dicotomicamente ramificada com apêndices
pequenos em forma de escamas e uma porção subterrânea ramificada;
Gênero Tmesipteris
Ocorrem no sudeste da Ásia e no Pacífico Sul, em geral como de epífitas de palmeiras ou samambaias arborescentes.
2-DIVISÃO LYCOPHYTA
Existem várias espécies de Lycophyta extintas, muitas delas arbóreas, que predominaram a aproximadamente 360
milhões de anos, no Período Carbonífero (era Paleozóica).
Sua extinção aconteceu no final da era Paleozóica, no período Permiano (aproximadamente 248 milhões de anos),
época em que surgiram as primeiras coníferas.
Todas as Lycophyta, atuais e fósseis, possuem microfilos, um tipo de folha altamente característico da divisão.
As três famílias atuais de Lycophyta são basicamente ervas. São elas: Lycopodiaceae, Selaginellaceae e
Isoetaceae.
Lycopodiaceae
A maioria das 400 espécies é tropical. Entretanto, suas espécies são distribuídas desde as regiões árticas, até as
tropicais. Maior parte é epífita.
O esporófito (planta adulta) consiste de um rizoma (tipo de caule típico de pteridófitas) ramificado em ramos
aéreos e raízes.
Em geral, os microfilos são dispostos espiraladamente ao redor dos ramos.
Plantas de pequeno porte,constituídas por uma porção rizomatosa prostrada, revestida por folhas e ramos eretos;
Folhas pequenas (microfilos) dispostas em espiral;
Ramificação dicotômica;
Esporângios reunidos em estróbilos localizados no ápice dos ramos férteis;
Nos estróbilos encontram-se somente esporófilo e esporângio, onde cada folha fértil transporta um (1)
esporângio;
Protalo pode ser verde ou não;
Sem lígula e isosporada.
Os esporângios ocorrem na parte superior dos microfilos (que neste momento são chamados de esporofilos:
folhas que contém esporângios). Exceto em Lycopodium, que apresenta estróbilos nas extremidades dos ramos.
São homosporadas. Após a germinação dos esporos, formam-se gametófitos bissexuados.
A água ainda é necessária para a fecundação (anterozóide biflagelado).
Selaginellaceae
Maioria das espécies com distribuição tropical. Algumas de deserto, tornando-se dormentes nas épocas mais
quentes.Xerófilas e higrófilas.
O esporófito é herbáceo apresenta micrófilos, formando estróbilos.
São heterosporadas, com gametófitos unissexuados.
Anterozóides biflagelados (dependência da água).
Suas pequenas folhas (os microfilos) são dispostos na face dorsal (duas fileiras com folhas maiores) e na face
ventral (duas fileiras com folhas bem reduzidas)
Esporófito herbáceo ramificado dicotomicamente, revestido de folhas providas de lígula;
Pode ter dois tamanhos de folhas;
A fixação do caule se faz por intermédio de RIZÓFORO do qual nascem as raízes;
Dois tipos de esporângios dispostos em espigas férteis (estróbilos), nos ápices dos ramos;
Cada esporófilo transporta um único esporângio: micro ou macro conforme já visto;
A germinação do micrósporo se processa dentro do esporo res. num anterozóide biflagelado;
Isoetaceae
Único membro da família é o gênero Isoetes. Podem ser aquáticas ou viver em locais alagados em certas épocas
do ano.
O esporófito consiste de um caule subterrâneo, curto e suculento (cormo), do qual partem os microfilos.
Este cormo é originado a partir de um câmbio, responsável pelo crescimento secundário. Importante característica
que diferencia esta família das outras Lycophyta.
São heterosporados, formando gametófitos unissexuados.
Algumas plantas de altas altitudes têm a característica de extrair seu carbono para a fotossíntese a partir do
sedimento, e não a partir da atmosfera. Suas folhas praticamente não apresentam estômatos, possuem cutícula
espessa e basicamente não fazem trocas gasosas com a atmosfera.
3-Divisão Equisetophyta
Assim como as Lycophyta, esta divisão ocorre desde o período Devoniano (Era Paleozóica). Durante o período
Devoniano e Carbonífero, estavam representadas pelas Calamites (árvores de 18 m de altura). Atingiram sua
diversidade e abundancia máxima no final da Era Paleozóica (cerca de 300 milhões de anos). Neste momento,
surgiram as Equisetites, plantas semelhantes ao atual gênero Equisetum, único gênero atual desta divisão.
Equisetum pode ser o gênero de plantas mais antigo sobrevivendo na Terra.
Comparativo: representantes desta divisão são mais antigos que os dinossauros, que surgiram no Triássico (Era
Mesozóica) a 248 milhões de anos.
As cavalinhas são típicas de locais úmidos, encharcados ou à margem das florestas.
Apresentam nós e entrenós bem evidentes, de onde partem as pequenas folhas em forma de escamas.
Os ramos, quando surgem, são formados de forma alternada com as folhas.
Consta de um rizoma subterrâneo nitidamente articulado e de ramos erectos que saem dos entrenós.
Nós (região escura) e entrenós (ramo verde) da planta cavalinha, do gênero Equisetum. Observar as pequenas
folhas em forma de escamas que partem dos nós.
Os entrenós apresentam estrias rígidas e os caules aéreos partem de rizomas (caules subterrâneos).
O caule aéreo é verde, estriado e impregnado de sílica.
São plantas homosporadas e os estróbilos são formados na extremidade do caule.
Suas propriedades adstringentes e diuréticas, auxiliam no tratamento da gonorréia, diarréias, infecções de rins e
bexiga,
estimulam a consolidação de fraturas ósseas,
agem sobre as fibras elásticas das artérias,
atuam em casos de inflamação e inchaço da próstata,
aceleram o metabolismo cutâneo,
estimulam a cicatrização e aumentam a elasticidade de peles secas,
sendo indicada ainda para o combate de hemorragias ou cãibras, úlceras gástricas e anemias.
É usada também como hidratante profundo, ajuda a evitar varizes e estrias, limpa a pele, fortalece as unhas, dá
brilho aos cabelos, auxilia no tratamento da celulite e também da acne.
Com fins ornamentais é utilizada na composição da flora de lagos decorativos, em áreas brejosas, etc.
Ordem Filicales